Zootoxinas

April 2, 2018 | Author: Sisizinhah Sisi | Category: Necrosis, Inflammation, Shock (Circulatory), Coagulation, Medicine


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ZootoxinasZootoxinas substâncias tóxicas produzidas por seres vivos. Toxinologia é a ciência que estuda as toxinas produzidas pelos seres vivos. Peçonha é produzida por glândulas especializadas e transmitida por mordedura ou ferroada. No Brasil temos serpentes e não cobras. Veneno são substâncias tóxicas encontradas no tecido dos animais. Os acidentes vêm crescendo com o desenvolvimento das cidades. Escorpiões e serpentes lideram os acidentes levando a morte após as picadas destes animais. As mortes ocorrem mesmo com os indivíduos tratados. Escorpiões não se adaptam em ambientes frios. As serpentes têm horário e datas para atacar. A atividade do homem no campo é maior no período de chuva, para colher e plantar grãos. Começa em outubro e vão até janeiro fevereiro, um período que aumenta a incidência dos acidentes. Além da presença do homem no campo, para causar os acidentes, a presença de alimentos, atrai as serpentes. E a presença dos grãos atrai os roedores. E onde há presença de roedores, há serpentes. As serpentes são pecilotérmicas, no inverno e verão elas possuem a mesma atividade corpórea. Ofidismo No Brasil há 4 principais espécies de serpentes que causam acidentes ofídicos. JARARACA – gênero Bothrops. Bothrops alternatus (urutu), Bothrops atrox (jararaca-do-amazonas), Bothrops jararacuçu, Bothrops moojeni, Bothrops neuwiedi. Elas são responsáveis por 70 – 95% dos acidentes ofídicos que ocorrem no Brasil. Ela é abundante e praticamente presente em todo o território nacional. Ela é uma cobra agressiva e que ataca se sente ameaçada. CASCAVEL – gênero Crotalus. Crotalus durissus terrificus, Crotalus durissus collilineatus, Crotalus durissus cascavella e Crotalus durissus marajoensis. Ela é encontrada desde a patagônia até o Canadá, diferindo apenas nas espécies, ela é amplamente distribuída nas Américas. Presente no Brasil principalmente na região do agreste e no cerrado. Elas não gostam de ambientes úmidos, não gosta de floresta nem áreas alagadas. Não estão presentes em região alagada e de Pantanal. Com exceção a regiões litorâneas, encontramos as cascavéis em todo o Brasil. Micrurus frontalis e Micrurus lemniscatus. Possuem um alcance de bote maior e a quantidade de peçonha produzida também é maior. sendo que as verdadeiras corais são 4 espécies. Suas presas são anatomicamente difíceis de inocular a peçonha nos humanos. ou seja. são proteróglifas. que são enzimas que degradam o acido hialurônico. Existem diferenças entre os tratamentos e na toxicodinâmica entre as corais. São 22 espécies conhecidas. Existem corais verdadeiras e as falsas. local de florestas. Só existem duas espécies de Lachesis e ambas estão no Brasil. presente em tecido conjuntivo (ação lítica . As principais no Brasil são: Micrurus corallinus. porque seu óbito decorre de insuficiência respiratória. Sua peçonha é de grande gravidade. Os acidentes são raros porque são de hábitos noturno. CORAIS – gênero Micrurus. anunciando a sua presença. as toxinas produzidas por essa serpente é extremamente tóxica. Acidente botrópico (JARARACA) Acidente crotálico (CASCAVEL) Acidente laquético (SURUCUCU) Acidente elapídico (CORAL) Acidente botrópico (JARARACA) A composição de sua peçonha é 95% constituída de proteínas. um completo proteico com atividade proteolítica. Encontram-se predominantemente na região amazônica. Elas gostam de florestas. Ela também ataca quando ameaçada. Dentro desses 95% há hialuronidases. SURUCUCU – gênero Lachesis. porque são extremamente tímidas e de hábitos noturno.Possuem o guizo na ponta da cauda. Os acidentes são muito raros. e chegam até 3 metros de comprimento. e são avantajadas. Lachesi muta muta (Surucucu) ou a Lachesis muta rhombeata. Presença de proteases como hemotoxna. Efeito lítico (degradação de colágeno e ácido hialurônico) e facilita ainda mais a absorção de outros compostos proteolíticos. por causa da quantidade do edema. Isto leva a um excesso de edema comprimindo os vasos. toda a circulação sanguínea até o pé será comprometida. Por isso que não deve – se fazer o torniquete. causando além da dor. sistêmicas e arteriolares musculares. transformas o fibrinogênio em fibrina. levando a isquemia (diminuição de aporte sanguíneo nos tecidos adjacentes. Se injetar essas enzimas. ou seja. Levando a necrose por causa da atividade proteolítica e processo inflamatório intenso. irão causar degradação tecidual no local da picada. Botrojaracina. ocorrendo alterações vasculares. promovendo a coagulação. citolisina e botropasina. Presença de fosfolipases e esterases (as fosfolipases promovem os efeitos inflamatórios por meio da degradação do acido aracdônico. causando processo inflamatório local e dor – comum nos acidentes botrópico). serotonina e bradicina. fazendo com que haja mais absorção. fazendo com que forme coágulos. e elevada intensidade do edema comprimi os vasos próximos da picada. Ainda existem esterases e fosfolipases. com ação em mastócitos com liberação de histamina. Hemorraginas que são metaloproteinases endotéliotóxicas. fazendo com que haja um aumento de bradicinina. um efeito inflamatório intenso. deve-se realizar a fasciotomia. Retira-se todo sangue coagulado (necrosado) e o músculo morto. levando a uma reação inflamatória local de grande intensidade. esgotamento dos fatores de . causando mais inflamação. Patogenia do mecanismo de ação: como tem proteases e hialuronidases. Se uma pessoa levar uma picada na panturrilha. botrotrombina e jararacina C. Uma inflamação é caracterizada por edema. e com isso o individuo sangra. Há enzimas do tipo trombina. há uma ativação da atividade da cascata de coagulação por todo o organismo. e aminas vasoativas (histaminas e serotonina). É um processo cíclico. levando a mais necrose e consequentemente mais processo inflamatório). Por causa da atividade proteolítica da proteólise (destruição de célula e morte celular) ocorrendo inicialmente necrose líquida. Para que diminua o edema senão o paciente perde a perna. essas substâncias são enzimas do tipo trombina. Essas proteases degradam proteínas. degradando o endotélio fazendo que haja processos hemorrágicos.sobre colágeno. membrana basal). causando a dor. A fasciotomia é a abertura do tecido. pois senão faz com que o tecido morto. permite que haja maior absorção e distribuição sistêmica da peçonha. porque não haverá mais fator de coagulação para manter o sangue. que se não for tratado. formando trombos e estimulando o processo hemorrágico. fique no local. produzindo prostaglandinas leucotrienos. fazendo com que haja mais isquemia. levando ao choque. quando mais rápido. Picada na região do pescoço é perigoso.Leve: dor local. não só no local. equimoses (hematomas). O peso corpóreo tem interferência. peso corpóreo e quantidade de peçonha injetada são importantes. edema. causando hipovolemia devido à hemorragia e hipotenso devido a vasodilatação. A Síndrome Compartimental é o resultado do excesso de edema que causa vasoconstrição. apesar dos acidentes ocorrem nos pés. acidente em criança é mais preocupante. e ainda há o processo hemorrágico decorrente da ação das hemorraginas e devido ao esgotamento de fatores de coagulação. Eles queimam a cana para espantar as cobras. Há hemorragias disseminadas. Devido ao edema exacerbado e compressão dos vasos próximos ao local. porque pode ter coágulos nos rins.coagulação. Ainda pode ocorrer liberação de TNF. mas sim em todo o organismo. fazendo com que haja um processo de isquemia e hipóxia. causando hipotensão. aumento do tempo de . (!) Há formação de trombos por causa dos coágulos. Tempo decorrido para o tratamento. devido ao esgotamento dos fatores de coagulação. formando hematomas. A idade. Formação de micro coágulos que se perdem no organismo e principalmente no SNC (pode levar a um AVC) e também a CID (Coagulopatia Intravascular Disseminada). O edema impede a passagem de sangue no local. consequentemente mais necrose. equimoses. há Síndrome Compartimental. melhor. Ao picar a pessoa pode sofrer infecções secundárias. sangramento normalmente perto do local da picada. Os acidentes podem ser classificados como: . A flora bucal desta serpente também é contraminada. levando a esta síndrome. cujo tratamento é a fasciotomia. provocando necrose tubular e endotelial. Alguns fatores que interferem na gravidade do acidente ofídico: quantidade de peçonha injetada através da evolução clínica do paciente. Algumas jararacas escalam árvores para caçarem pássaros. A própria toxina tem uma atividade nefrotóxica. pernas e mãos (roçar cana). com o aumento de TNF há a presença de vasodilatação no organismo inteiro. levando a uma insuficiência renal aguda. podendo ocasionar AVC e interromper a filtração glomerular. Local da picada interfere. manifestações hemorrágicas discretas. . edema endurado (não há mais sinal de godet). hidratação. demorando mais para coagular). isquemia. administração de dipirona em caso de analgesia. Geral: Drenagem postural do segmento.coagulação (devido ao esgotamento dos fatores de coagulação. edema e equimoses ultrapassa o local da picada (picada no pé e mancha na perna). crotamina.Moderada: dor mais intensa. levando a degeneração de fibras . Achados laboratoriais: alteração e aumento no tempo de coagulação. convulxina. Essas associações de antiofídico são porque nem sempre se sabe qual serpente a pessoa foi picada. Quando não tratado ou tratado tardiamente: presença da necrose seca. Na ausência. presença de equimoses. leucocitose (devido ao processo inflamatório) com neutrofila e desvio à esquerda (liberação de neutrófilos imaturos como bastonetes etc). Soro antibotrópico por via IV (sempre). hemorragia e choque. substâncias bioativas. antibióticoterapia (por causa da mordida). Tratamento do acidente botrópico: é um tratamento específico. em caso de síndrome compartimnetal. Crotoxina. hemorragias locais e sistêmicas por causa do esgotamento dos fatores de coagulação (epistaxes. para que haja diluição da peçonha. manifestação sistêmica com hipotensão arterial. manter o membro para cima. Acidente crotálico (CASCAVEL) Composição da peçonha: é um complexo proteico. hematúria) e aumento do tempo de coagulação. bolhas devido ao processo inflamatório. 50 % deste complexo é constituído por crotoxina. fasciotomia e debridamento (retirar o tecido) da área afetada.Grave: dor. A crotamina age em conjunto com a crotoxina. fosfatase alcalina e creatina quinase (decorrente da proteólise muscular e não por causa de alterações renais). giroxina. antibotrópico-laquético. oligúria. alterações hepáticas. existem composições como antibotrópico-crotálico. . sem presença de insuficiência renal. paralisia flácida.Leve: fáceis mistastênicas ausente ou tardiamente. A crotoxina atua nas terminações pré-sinápticas colinérgicas. interferindo no influxo de cálcio no interior do neurônio. crânio caudal: paralisia da região de olhos. . dor muscular (mioglobinúria). não tem insuficiência renal. não havendo estimulação dos receptores nicotínicos da JNM e ocorrendo uma paralisia flácida (!). . logo uma leucocitose com neutrofilia e desvio à esquerda (aumento de neutrófilo . Neste caso. A hemorragia não é muito característica em picada por cascavel.Grave: evidente a face miastênica. Os acidentes podem ser classificados como: . palato. não consegue engolir. Distúrbios de coagulação devido ao aumento do tempo de coagulação. diminuindo o influxo de cálcio nas terminações neuronais pré-sinápticas. quantidade de peçonha injetada. não ocorrendo liberação de neurotransmissores (no caso a acetilcolina). Achados laboratoriais: aumento do tempo de coagulação. chegando na musculatura diafragmal e morte. peso. Isto de desenvolve até 48 horas após a picada da cascavel. sendo altamente nefrotóxica. a crotoxina inibe a liberação de Ach. A crotamina + crotoxina promovem a degeneração da musculatura. tamanho da serpente. sem dor muscular. visão turva. caindo na circulação e se precipitando nos rins. urina avermelhada. não apresenta urina vermelha ou marrom ou seja ainda não há a mioglobinúria. então se não há liberação de Ach na JNM.Moderada: apresenta a fáceis miastênica. processo inflamatório. fazendo com que não haja a liberação de Ach. Sinais clínicos: os fatores que interferem são os mesmos da Bothropis como idade pessoa. há uma paralisia flácida no paciente. mas pode evoluir. desenvolver a insuficiência renal aguda. o soro pode ser até 10 frascos (elevada quantidade). causando uma insuficiência renal aguda. há liberação de mioglobina. dor muscular (porque o músculo esta sendo destruído). Resumindo. A fasciculação de feixe devido à diminuição da liberação de Ach. mas principalmente na Junção neuromuscular. A Ach tem um efeito no organismo. liberação de mioglobina). Manifestações clínicas: podem ser caracterizadas como fáceis miastênicas (paralisação do rosto. chamado de rabdomiólise (destruição das fibras musculares. Insuficiência respiratória aguda é rara.musculares. boca. possuem uma neurotoxina pós-sináptica extremamente potente. isquemia ocasionando pelo complexo proteico da peçonha. ou seja.circulante e imaturos). Alterações de potássio e acido urido devido as alterações renais. Ureia e creatinina devido à deposição de mioglobina nos túbulos renais levando a IRA. dor. Essas neurotoxinas promovem inibição pós-sináptica colinérgica (Micrurus frontalis. diminuindo seu efeito tóxico (!).  Micrurus corallinus e Micruris lemniscatus: possui neurotoxina pré-sináptica. Os efeitos tóxicos são parecidos e ainda efeitos da síndrome vagal. Acidente laquético (SURUCUCU) e elapídico (CORAL) Acidente laquético é promovido pela Lachesis (Surucucu) e elapídico pela Micrurus (Coral). Além do efeito necrótico. ocorre estimulação do quadro. devido ao TNF e hipotensão) e ainda há constituinte vagal fazendo com que haja mais vasodilatação. O choque é a principal causa mortis do acidente laquético. Toda a patogenia acontece também com a Lachesis. pois faz com que a diminuição da deposição da mioglobina. lesão muscular !!!) e creatina quinase muscular. . Tratamento: soro anticrotálico por via IV e ausência as associações. Possui uma atividade antagônica nos receptores nicotínicos na junção neuromuscular. No caso das serpentes Micruris. Geral: fluídoterapia para diminuir os efeitos da IRA.  Micrurus frontalis: possui a neurotoxina pós-sináptica. Aumento da fosfatase alcalina (alteração muscular. plasma com aspecto avermelhado devido a presença de mioglobina. ocorrendo estimulação vagal. mas quando chega a uma oligúria. E ainda possui um componente parassimpaticomimético. administra-se furosemida (diurético de alça) e alcalinização da urina. mesmo apesar de terem dificuldade em picar. A peçonha da Surucucu (Lachesis muta muta) é bastante parecida com a da Bothropis. diurese osmótica. A mordida é urgência médica. Urina vermelha devido à mioglobinúria. Inibe a liberação da Ach nas sinapses. um efeito parassimpaticomimético). efeito antagônico sobre os receptores nicotínicos) ou pode ser présináptica (caso da Micrurus coralinus e Micrurus lemniscatus). Causa efeito nos receptores nicotínicos. hipotensão grave (porque além do choque hipovolêmico por causa da hemorragia. Apresentando bradicardia. Causa paralisia. . dispnéia e morte. Geral: semelhante da Bothrops. Geralmente os acidentes ocorrem porque encosta ou pisa no animal. Não haverá Ach agindo na JNM. mas deve-se tentar. e Tityus bahiensis. ele se sente ameaçado e fica ferroando várias vezes. oftalmoplegia. ou associação. Em acidentes elapídicos há dor local com parestesia (formigamento). Na dúvida deve-se administrar a neostigmina. deve-se melhorar a condição do indivíduo. paralisias da musculatura respiratória. Se ele não melhorar pode-se classificar que foi uma picada por corallinus. A fisiostigmina passa a barreira hematoencefálica. Nos dois casos (picada por coralinus ou frontalis) deve-se dar a neostigmina. A neostigmina tem um efeito anticolinesterásico. com entulho. específico com soro laquético. . Utilizar a neostigmina e não a fisiostigmina. Em acidente elapídico: específico. fraqueza muscular progressiva (crânio-caudal). ventilação artificial. porque terá competição. dificuldade de deglutir (devido a paralisia do palato). Se for picado por uma corallinus. Dependendo da quantidade de ferroada. . portanto utiliza-se principalmente um anticolinesterásico. drenagem postural. gostam de terrenos baldios.Com a picada. São diferentes em tamanho e presentes em todo o estado de São Paulo (áreas urbanas). caso seja a frontalis. no caso a neostigmina. melhora a condição do indivíduo. uso de dipirona.Sinais clínicos: em acidentes laquéticos. bradicardia e alterações gastrointestinais). são semelhantes da Bothrops e ainda com efeitos colinérgicos centrais por causa da estimulação vagal (hipotensão. O aumento da Ach. Acidente com escorpiões (ESCORPIONISMO) Não gostam de ambientes frios. No Brasil é o principal responsável pelos acidentes. As principais espécies que causam acidente no Brasil são: Tityus serrulatus. aumenta a quantidade de peçonha que é injetada. haverá uma paralisia flácida decorrente da inibição pré e póssinápticas. mas não ocorre o efeito porque tem o antagonista no receptor. Não será claro qual serpente que o indivíduo foi picado. tendo um efeito central. ocorrendo parada respiratória. fáceis miastênicas. soro antielapídico sempre por via IV e anticolinesterásico. pois ele ainda esta apto em produzir a Ach. no caso da neurotoxina pós-sináptica. inibindo a acetilcolinesterase de degradar pouca Ach que tem ali. não haverá efeito nenhum.Tratamento: em acidentes laquéticos. Tratamento: geralmente sintomático. . os acidentes acontecem porque a pessoa toca nelas. agressivas. Não somente adrenalina e noradrenalina e dopamina. Acidente com aranhas (ARANEÍSMO) Os dois principais gêneros de aranhas de preocupação médica.Varias proteínas compõem a peçonha. Há confusão mental. parassimpáticas e na JNM. hipo e hipertensão e edema pulmonar agudo decorrente da hipertensão (estimulação simpática e parassimpática). Proteínas com atividade lítica e fração neurotóxica (não somente nível central. A viúva-negra não possui preocupação médica. Esta estase nos pulmões favorece a formação de edema. estimulações simpáticas. mas todo o organismo como abertura de canais de sódios neuronais. Para aliviar as dores administrar analgésicos. uso de diuréticos para manutenção do edema decorrente da hipertensão arterial que o indivíduo desenvolve. Cada bombeada acumula sangue. O soro específico é somente quando indivíduo apresenta sintomas moderados a graves. Não são .Sinais clínicos: Depende da espécie do escorpião. Comuns na região sul e sudeste e gosto de ambientes peridomiciliares em busca de abrigo. taquicardia que pode virar bradicardia. há apresentação de arritmia cardíaca (ventricular quanto atrial). A causa mortis da intoxicação por escorpião é o edema pulmonar agudo decorrente da hipertensão arterial. fazendo com que o paciente tenha espasmos e tremores). hipermotilidade do TGI. Controle da função cardíaca. O edema agudo de pulmão por causa de uma hipertensão arterial se há uma hipertensão arterial. . levando uma estase sanguínea nos pulmões. agitação com desorientação. Aranha-marrom são pequenas (1 cm de corpo e 3 cm de perna). Os sinais clínicos são decorrentes da liberação maciça de acetilcolina e catecolaminas. O neurônio é despolarizado. Dor local (picada dolorida). Devido às alterações da presença de sangue no coração. As principais são: Loxosceles (aranha-marrom) e Phoneutria (armadeira). convulsões em algumas situações. tanto em nível central tanto em periférico. Esta é a principal causa mortis por Tityus é o edema agudo de pulmão decorrente da hipertensão devido ao excesso de catecolamina que são liberadas no paciente. há um aumento da sobrecarga pós-carga (o coração fica com dificuldade de enviar sangue). êmese. seu tamanho e número de picadas. (!!) há também falência cardíaca devido o coração sempre trabalhar com sobrecarga. massa corporal da vítima (crianças sempre são importantes). sudorese. insuficiência cardíaca (edema pulmonar pela insuficiência cardíaca). Dependendo da quantidade que foi inoculada. . taquicardia e hipotensão arterial que evolui para arritmia. Até 12 horas o individuo pode não sentir dor. A ação hemolítica leva a uma insuficiência renal aguda (multifatorial. Ativação do sistema complemento. A manifestação cutânea pode estar confinada onde houve a picada ocorrendo um processo inflamatório intenso que desenvolve para necrose tecidual. convulsões e coma. porque pode ter alterações hepáticas e hemoglobinúria decorrente da hemólisevascular. ocorrendo também hemólise intravascular.Acidentes com Loxosceles: A peçonha é composta por enzimas proteolíticas. não se sente dor. Ativa canais de sódio e liberação de neurotransmissores (parecido com o escorpião). sudorese. transfusão de sangue por causa da atividade hemolítica e manutenção da insuficiência renal aguda (promover a diurese e hidratação). A ação lítica das esfingomielinase sob esfingolipídios presentes em membranas epiteliais de hemácias e plaquetas. edema. esfingomielinase que destrói a membrana basal das células e do endotélio. componentes proteicos. possui uma função cardiotóxica importante. há náuseas. A peçonha é composta por neurotoxinas com ação local e cardiotóxica. para digerir. fofatases e proteases. . As suas quelíceras habitam bactérias do gênero Clostridium botulinum. Lipases. . Uso de AINE para diminuir o processo inflamatório e dor. edema. As proteínas podem cair na circulação sistêmica provocando ação hemolítica nas hemácias.Tratamento: existe o soro antiloxoscélico. ação proteolítica. É quimiotático para neutrófilo (neutrofilia com processo inflamatório). ativação do sistema complemento causando edema. Um intenso processo inflamatório que evolui para processo necrótico.Sinais clínicos: Leves: dor intensa. eritema e formigamento Moderados: além dos sinais leves. mas terá efeito se o paciente apresentar ao hospital ate 36 horas do acidente. É uma aranha com 5 cm de corpo e até 15 cm de envergadura. Após 2 ou 4 horas inicia-se a dor intensa com vermelhidão em volta. levando a necrose. A insuficiência cardíaca leva a um pre- . vômito. E ainda uma coagulopatia intravascular disseminada (CID) que é a principal causa de óbito no caso da manifestação cutânea visceral. Os sintomas são sempre tardios. Acidentes com Phoneutria: a Phoneutria é também conhecida como armadeira devido a sua postura e também aranha-das-bananas. somente um incômodo.Sinais clínicos: ao levar a picada. Possui comportamento agressivo podendo até pular. hipotensão. geralmente acontece inchaço. . Pois não irá desenvolver e ainda terá degranulação de todos os mastócitos do organismo. coma e morte. O choque anafilático a pessoa tem predisposição a produzir IgE que irá se ligar a receptores levando a uma reação de hipersensibilidade do tipo 1. A peçonha é composta por proteínas e aminas vasoativas.Tratamento: analgesia local. causando inflamação com edema. Os efeitos tardios há hematúria por causa da hemólise. convulsões. fazendo que ela haja tanto vasodilatação. ocorrendo uma reação inflamação inflamatória local. Para agravar o efeito das aminas vasoativas há o fator de degranulador de mastócitos. edema pulmonar. Se o paciente tiver predisposição a ter degranulação mastocitária devido a uma hipersensibilidade de tipo 1 (anafilática). uso de lidocaína sem adrenalina (pois irá concentrar a adrenalina no local da aplicação e é vasoconstritora e se cai na circulação pode ter um efeito cardiotóxico adicionado) e AINE. porém bastante agressiva devido ao cruzamento de abelhas africanas e americanas. o vômito. Ele não consegue jogar o sangue para fora. náusea. A melitina compõem 75 % da massa seca da peçonha das abelhas. tendo alteração da contratilidade do coração (cardiotóxico) ocorrendo estase sanguínea e edema pulmonar. que entrará em choque anafilático. fraqueza muscular. hipotensão. Dependendo da quantidade de picadas pode morrer. Os sintomas podem ser imediatos como agitação. presença de peptídeos e proteínas. Essa melitina causa bloqueio muscular com paralisia respiratória e atividade lítica sobre membranas celulares. liberação de TNF. o coração não consegue ejetar o sangue. torpor. taquipnéia. processo inflamatório. Tratamento sintomático para casos mais graves e não há soro.cárdio. Presença de cardiopeptídeos com propriedades cardiotóxicas. Também presença de hialuronidase e fosfolipase A2 para promover mais a inflamação. taquicardia. hematomas (decorrente . Fatores que levam a intoxicação: quantidade de picadas. Adquiriu uma capacidade de produziu bastante mel. Quando há poucas picadas. Caso ocorrer múltiplas picadas. Apamina com ação nefrotóxica motora. Acidentes com abelhas Apis mellifera. a pessoa pode morrer. hemoglobinúria. uma única picada pode matar. lesão renal. levando a arritmias cardíacas. A reação anafilática porque a pessoa tem predisposição de desenvolver uma reação de hipersensibilidade do tipo 1. dores musculares. levando a convulsões e espasmos musculares. da picada). hematúria). Deve-se retirar o ferrão e com uma lamina tira o bulbo e depois pinçar para tirar o ferrão. urinálise (proteinúria.Achados laboratoriais: como tem hemólise há a diminuição do hematócrito. CID (Coagulopatia Intravascular Disseminada). . rabdomiólise (lesão muscular.Tratamento: sintomático. degeneração da musculatura esquelética). . .
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