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March 26, 2018 | Author: Andreea Serpisor | Category: Brazil


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Índia Yanomami na rede © Elena AtsmaOs Yanomami e sua terra Os Yanomami formam uma sociedade de caçadores-agricultores da floresta tropical do Norte da Amazônia cujo contato com a sociedade nacional é, na maior parte do seu território, relativamente recente. Seu território cobre, aproximadamente, 192.000 km², situados em ambos os lados da fronteira Brasil-Venezuela na região do interflúvio Orinoco - Amazonas (afluentes da margem direita do rio Branco e esquerda do rio Negro). Constituem um conjunto cultural e lingüístico composto de, pelo menos, quatro subgrupos adjacentes que falam línguas da mesma família (Yanomae, Yanõmami, Sanima e Ninam). A população total dos Yanomami, no Brasil e na Venezuela, é hoje estimada em cerca de 26.000 pessoas. No Brasil, a população yanomami é de 12.795 pessoas, repartidas em 228 comunidades (censo da Fundação Nacional de Saúde de 1999). A Terra Indígena Yanomami, que cobre 9.664.975 ha (96.650 km²) de floresta tropical é reconhecida por sua alta relevância em termo de proteção da biodiversidade amazônica e foi homologada por um decreto presidencial em 25 de maio de 1992. Cliquez pour agrandir O nome “Yanomami” O etnônimo "Yanomami" foi produzido pelos antropólogos a partir da palavra yanõmami que, na expressão yanõmami thëpë, significa "seres humanos". Essa expressão se opõe às categorias yaro (animais de caça) e yai (seres invisíveis ou sem nome), mas também a napë (inimigo, estrangeiro, "branco"). Os Yanomami remetem sua origem à copulação do demiurgo Omama com a filha do monstro aquático Tëpërësiki, dono das plantas cultivadas. A Omama é atribuída a origem das regras da sociedade e da cultura yanomami atual, bem como a criação dos espíritos auxiliares dos pajés: os xapiripë (ou hekurapë). O filho de Omama foi o primeiro xamã. O irmão ciumento e malvado de Omama, Yoasi, é a origem da morte e dos males do mundo. Os brancos: napëpë Uma narrativa mítica ensina que os estrangeiros devem também sua existência aos poderes demiúrgicos de Omama. Conta-se que foram criados a partir da espuma do sangue de um grupo de ancestrais Yanomami levado por uma enchente após a quebra de um resguardo menstrual e devorado por jacarés e ariranhas. A língua "emaranhada" dos forasteiros lhes foi transmitida pelo zumbido de Remori, o antepassado mítico do marimbondo comum nas praias dos grandes rios. Page 1/6 - Curriculum vitae of Surname(s) First name(s) For more information on Europass go to http://europass.cedefop.europa.eu © European Union, 2004-2010 24082010 Estes postos constituíram uma rede de pólos de sedentarização. após a penetração colonial nas regiões do alto Orinoco e dos rios Negro e Branco. a partir do século XIX e até o começo do século XX. Entre os anos 1940 e meados dos anos 1960. fazendas. os Yanomami mantinham contato apenas com outros grupos indígenas vizinhos. graves fenômenos de desestruturação social. os projetos de desenvolvimento do Estado começaram a submeter os Yanomami a formas de contato maciço com a fronteira econômica regional em expansão. Tal expansão geográfica dos Yanomami foi possível. acabou favorecendo também o processo de expansão yanomami. por sua vez. de várias missões católicas e evangélicas. antropométrica ou lingüística com os seus vizinhos atuais.eu © European Union. No Brasil. ocorreram nas décadas de 1910 a 1940. A configuração contemporânea das terras yanomami tem sua origem neste antigo movimento migratório.Curriculum vitae of Surname(s) First name(s) For more information on Europass go to http://europass. canteiros de obras e primeiros garimpos.Para chegar a esta inclusão dos brancos numa humanidade comum. que passaram a chamar de napëpë (“estrangeiros. a abertura de alguns postos do SPI e. em algumas áreas. na primeira metade do século XIX. que.cedefop. ainda que oriunda de uma criação "de segunda mão". ao sul e ao oeste). divisor de águas entre o alto Orinoco e os afluentes da margem direita do rio Branco. origem de graves surtos epidêmicos (sarampo. os primeiros encontros diretos de grupos yanomami com representantes da fronteira extrativista local (balateiros. estabeleceu os primeiros pontos de contato permanente no seu território. os antigos Yanomami tiveram que viver um longo tempo de encontros perigosos e tensos com esses estranhos. 2004-2010 24082010 . Primeiros contatos Até o fim do século XIX. o centro histórico do seu habitat situa-se na Serra Parima. principalmente no oeste de Roraima: estradas. e ali iniciado o seu processo de diferenciação interna (há 700 anos) para acabar desenvolvendo suas línguas atuais. piaçabeiros. por um importante crescimento demográfico. Page 2/6 . Vários antropólogos consideram que essa expansão populacional foi causada por transformações econômicas induzidas pela aquisição de novas plantas de cultivo e de ferramentas metálicas através de trocas e guerras com grupos indígenas vizinhos (Karib. mantinham um contato direto com a fronteira branca. Essa é ainda a área mais densamente povoada do seu território. projetos de colonização. bem como com soldados da Comissão de Limites e funcionários do SPI ou viajantes estrangeiros. uma degradação sanitária generalizada e. muitas vezes. como os Yekuana (de língua karib). serrarias. mas também. O movimento de dispersão do povoamento yanomami a partir da Serra Parima em direção às terras baixas circunvizinhas começou. Esses contatos provocaram um choque epidemiológico de grande magnitude. gripe e coqueluche). dizimados pelo contato com a sociedade regional por todo o século XIX. caçadores). Segundo a tradição oral yanomami e os documentos mais antigos que mencionam este grupo indígena. O tempo do “desenvolvimento”. Uma vez estabelecido enquanto conjunto lingüístico. portanto. sobretudo. provavelmente. os antigos Yanomami teriam ocupado a área das cabeceiras do Orinoco e Parima há um milênio. fonte regular de objetos manufaturados e de alguma assistência sanitária. ao norte e a leste. De fato.europa. Nas décadas de 1970 e 1980. Os antigos Yanomami Por não possuírem afinidade genética. na segunda metade do século XVIII. inimigos”). geneticistas e lingüistas que os estudaram deduziram que os Yanomami seriam descendentes de um grupo indígena que permaneceu relativamente isolado desde uma época remota. a primeira visão que tiveram dos brancos foi de um grupo de fantasmas vindo de suas moradias nas "costas do céu" com o escandaloso propósito de voltar a morar no mundo dos vivos (a volta dos mortos é um tema mítico e ritual particularmente importante para os Yanomami). O esvaziamento progressivo do território desses grupos. causando altas perdas demográficas. Arawak. tendência que poderá ser ampliada no futuro em conseqüência do apagamento dos limites da demarcação por um mega-incêndio que atingiu Roraima no começo de 1998.Curriculum vitae of Surname(s) First name(s) For more information on Europass go to http://europass. 2004-2010 24082010 . Além disso. até hoje núcleos de garimpagem continuam encravados na terra yanomami. além do persistente interesse garimpeiro sobre a região. deve-se notar que quase 60% do território yanomami está coberto por requerimentos e títulos minerários registrados no Departamento Nacional de Produção Mineral por empresas de mineração públicas e privadas. no entanto. que acabou agravando-se no final dos anos 1980 e tomou a forma. uma nova ameaça à integridade das terras yanomami. no futuro.Desenho: Morzaniel Yanomami (1996) Desenho André Hewënahipitheri Yanomami (1981) A estrada Perimetral Norte As duas principais formas de contato inicialmente conhecidas pelos Yanomami . Ameaças futuras? A frente de expansão garimpeira tendeu. O número de garimpeiros na área yanomami de Roraima foi.eu © European Union. depois. não possam constituir. empreendimentos madeireiros e agropecuários.cedefop. estimado em 30 a 40. de onde seguem espalhando violência e graves problemas sanitários e sociais.coexistiram até o início dos anos 1970 como uma associação dominante no seu território. Isto não significa. Tratava-se. o projeto de levantamento dos recursos amazônicos RADAM (1975) detectou a existência de importantes jazidas minerais na região. ainda incipientes ou inexistentes. com a fronteira extrativista e. no fim da década de 1980. nacionais e multinacionais. cerca de cinco vezes a população indígena ali residente. A corrida do ouro Uma centena de pistas clandestinas de garimpo foi aberta no curso superior dos principais afluentes do Rio Branco entre 1987 e 1990. essencialmente.000. mineração industrial). Entretanto. apesar de sua demarcação e homologação. Assim. Page 3/6 .europa. da abertura de um trecho da estrada Perimetral Norte (1973-76) e de programas de colonização pública (1978-79) que invadiram o sudeste das terras yanomami. os projetos de colonização implementados nas décadas de 1970 e 1980 no leste e sudeste das terras yanomami criaram uma frente de povoamento que tende a expandir-se para dentro da área indígena (regiões de Ajarani e Apiaú) devido ao fluxo migratório direcionado para Roraima . Embora a intensidade dessa corrida do ouro tenha diminuído muito a partir do começo dos anos 1990. Nesse mesmo período. os anos 1970 foram marcados (especialmente em Roraima) pela implantação de projetos de desenvolvimento no âmbito do “Plano de Integração Nacional” lançado pelos governos militares da época. que outras atividades econômicas (agricultura comercial. a partir de 1987. A publicidade dada ao potencial mineral do território yanomami desencadeou um movimento progressivo de invasão garimpeira. com a fronteira missionária . então. de uma verdadeira corrida do ouro.primeiro. a suplantar as formas anteriores de contato dos Yanomami com a sociedade envolvente e até a relegar a segundo plano a fronteira dos projetos de desenvolvimento surgida nos anos 1970. europa. fazendo da casa coletiva ou aldeia yanomami um denso e confortável emaranhado de laços de consangüinidade e afinidade. motores de aviões e helicópteros) e à queima de suas possessões (mercúrio e ouro. O espaço social fora da casa coletiva ou da aldeia. O terceiro círculo. cerimonial e econômica com vários grupos vizinhos. é a área de caça individual (rama huu) e da coleta familiar do dia-a-dia.eu © European Union. apesar desse ideal autárquico. junto às quais se acampa esporadicamente – para cultivar nas primeiras. O segundo círculo. A casa/aldeia Os grupos locais yanomami são geralmente constituídos por uma casa plurifamiliar em forma de cone ou de cone truncado chamado yano ou xapono (Yanomami orientais e ocidentais). gente desconhecida e longínqua (tanomai thëpë). que podem matar. papéis. o(a) filho(a) de um tio materno e uma tia paterna. avareza ou ciúme sexual. pesca coletiva com timbó. enterros ou ingestões de cinzas nas cerimônias intercomunitárias reahu). bem como das longas expedições plurifamiliares de coleta e caça (três a seis semanas) durante a fase de maturação das novas roças (waima huu). circunscreve a área de uso imediato da comunidade: pequena coleta feminina.Enfim. os "brancos" (napëpë). nas grandes cerimônias funerárias e de aliança intercomunitária reahu. casar-se nesta comunidade de parentes com um(a) primo(a) "cruzado(a)". diante dos quais temem-se as epidemias (xawara) associadas às fumaças produzidas por suas "máquinas" (maquinários de garimpo. Encontramse também nesse "terceiro círculo" tanto as roças novas quanto as antigas. todos grupos locais mantêm uma rede de relações de troca matrimonial. o que já suscitou protestos de lideranças yanomami de Roraima. enfim. pesca individual ou. ou por aldeias compostas de casas de tipos retangulares (Yanomami do norte e nordeste).cedefop. num raio de cinco quilômetros.Curriculum vitae of Surname(s) First name(s) For more information on Europass go to http://europass. que pode provocar doenças letais mandando espíritos xamânicos predadores ou caçar o duplo animal rixi das pessoas (os rixi vivem nas matas remotas. Os Yanomami costumavam passar entre um terço e quase a metade do ano acampados em abrigos provisórios (naa nahipë) em diferentes locais dessa área de floresta mais afastada da sua casa coletiva ou aldeia. um quarto está previsto na região de Ericó). dos quais os Yanomami ficam dependentes para ter acesso a remédios e mercadorias. induzindo graves problemas sociais (prostituição) na população local. "nós co-residentes") e seus membros preferem. três bases militares do “Projeto Calha Norte” foram implementadas na Terra Yanomami desde 1985 (Pelotões Especiais de Fronteira/ PEF de Maturacá. Page 4/6 . Cada casa coletiva ou aldeia considera-se como uma entidade econômica e política autônoma (kami theri yamaki. categoria paradoxal de estrangeiros (inimigos potenciais) próximos. que liga a totalidade das casas coletivas e aldeias yanomami de um lado ao outro do território indígena. 2004-2010 24082010 . lonas e lixo). considerados aliados frente aos outros conjuntos multicomunitários da mesma natureza. O espaço social inter-aldeão Porém. no verão. consideradas como mônadas de parentesco próximo. Esses círculos delimitam áreas de uso de modos e intensidade distintos. Surucucus e Auaris. num raio de cinco a dez quilômetros. é a área das expedições de caça coletivas (henimou) de uma a duas semanas que antecedem os rituais funerários (cremações dos ossos. caça ocasional de curta duração (ao amanhecer ou ao entardecer) e atividades agrícolas. podem causar doenças usando de feitiçaria para se vingar de insultos. Esse tempo de vida na floresta tende a diminuir quando se estabelecem relações de contato regular com os brancos. idealmente. Esse tipo de casamento é reproduzido o quanto possível entre as famílias numa geração e de geração em geração. O primeiro círculo. é tido com desconfiança como o universo perigoso dos "outros" (yaiyo thëpë): visitantes (hwamapë). ou seja. que. colher nas segundas – e em cujos arredores a caça é abundante. Esses conjuntos superpõem-se parcialmente para formar uma malha sócio-política complexa. inimigos (napë thëpë). longe de seu duplo humano). num raio de dez a vinte quilômetros. atacando a aldeia como guerreiros (waipë) ou feiticeiros (okapë). O uso dos recursos O espaço de floresta usado por cada casa-aldeia yanomami pode ser descrito esquematicamente como uma série de círculos concêntricos. agressões ao duplo animal) ou nãohumana (advinda dos seres maléficos në waripë). Entidade viva. dos méis silvestres. quelônios. Esse poder de conhecimento/ visão e de comunicação com o mundo das “imagens/essencias vitais” (utupë) faz dos pajés os pilares da sociedade yanomami. xamanismo agressivo. da água. também. boi. "minha terra".Urihi. Os espíritos xapiripë A iniciação dos pajés é dolorosa e extática. um simples cenário inerte submetido à vontade dos seres humanos. enfim. inalando por muitos dias o pó alucinógeno yãkõana (resina ou fragmentos da casca interna da árvore Virola sp. crustáceos e insetos. urihi. "a terra yanomami". "imagens" xamânicas (utupë) de entes da floresta. uma geografia cosmológica. Urihi pode ser. Os xapiripë foram deixados por Omama para que cuidassem dos humanos. principalmente. No topo das montanhas. o nome do mundo: urihi a pree. Fonte de recursos. sustentam a abóbada do céu para impedir sua queda (a terra atual é um antigo céu caído). peixes. Os animais (yaropë) que abriga são vistos como avatares dos antepassados míticos homens/animais da primeira humanidade (yaroripë) que acabaram assumindo a condição animal em razão do seu comportamento descontrolado. ela tem uma imagem essencial (urihinari). trovão. nas suas colinas e nos seus rios. assim. cujas irmãs seduzem e enlouquecem os jovens caçadores yanomami. os pajés yanomami podem chamar até si os xapiripë. afastam os predadores sobrenaturais da floresta. Toda a extensão de urihi é coberta pelos seus espelhos onde brincam e dançam sem fim. é a mata que Omama deu para os Yanomami viverem de geração em geração. não é. como o espírito do cachorro. numa festa intercomunitária reahu. das pedras. para os Yanomami. Existem xapiripë de mamíferos. seria. O trabalho dos pajés Uma vez iniciados. relâmpago) e de personagens mitológicas. da seca e das chuvas. Existem espíritos de diversas árvores. mobilizados. a terra-floresta. provocando doenças e mortes. contra-atacam as investidas de espíritos agressivos de pajés inimigos e.eu © European Union. dando-lhes. um sopro (wixia). batráquios.cedefop. "a grande terra-floresta". em nossas palavras. Controlam a fúria dos trovões e dos ventos de tempestade. secados e pulverizados) sob a condução dos mais antigos. pode referir-se à região de nascimento ou à região de moradia atual do enunciador. Ao longo dela. No fundo das águas. por homeopatia simbólica. a abundância da caça. cavalo). tempestade. a regularidade da alternância do dia e da noite. Significa também território: ipa urihi. Sua dança de apresentação é comparada à ruidosa e alegre chegada de grupos convidados. pássaros. bem como um princípio imaterial de fertilidade (në rope). espíritos das folhas. curam os doentes. lagartos. das cachoeiras… Muitos são também "imagens" de entidades cósmicas (lua. eles são também incansáveis negociadores e guerreiros do invisível. Escudo contra os poderes maléficos oriundos dos humanos e dos não-humanos que ameaçam a vida dos membros de suas comunidades. dedicados a domar as entidades e as forças que movem a ordem cosmológica. Existem. acesso à carreira xamânica. Existem também humildes xapiripë caseiros. sobretudo. "a floresta dos seres humanos". Nas profundezas emaranhadas da urihi. São. o espírito do fogo ou da panela de barro. 2004-2010 24082010 . escondem-se inúmeros seres maléficos (në waripë). yanomae thëpë urihipë. a fertilidade das plantações. vítimas da malevolência humana (feitiçarias. iinversão das regras sociais atuais. para combater as epidemias) e de seus animais domésticos (galinha. sogro de Omama. moram as imagens (utupë) dos ancestrais-animais transformadas em espíritos xamânicos xapiripë. onde moram também os espíritos yawarioma. aprendem a "ver/ conhecer" os espíritos xapiripë e a "responder" a seus cantos. a terra-floresta A palavra yanomami urihi designa a floresta e seu chão.Curriculum vitae of Surname(s) First name(s) For more information on Europass go to http://europass. espíritos dos "brancos" (os napënapëripë. esconde-se a casa do monstro Tëpërësik«. que ferem ou matam os Yanomami como se fossem caça. sol. Ver os espíritos xapiripë Page 5/6 . para que estes atuem como espíritos auxiliares. ricamente adornados. répteis.europa. Os xapiripë são vistos sob a forma de miniaturas humanóides enfeitadas de ornamentos cerimoniais coloridos e brilhantes. espíritos dos cipós. com os quais acabam identificando-se. 2004-2010 24082010 . considerado como a comida dos espíritos. ao contrário da percepção ilusória da "gente comum" (kua përa thëpë). o fazer pajelança diz-se xapirimu.Entre e veja as fotos de Claudia Andujar Crianças Yanomami brincando com arco e flecha Page 6/6 . Assim. os pajés inalam o pó yãkõana.Para saber mais . "gente espírito". quando "seus olhos morrem".Curriculum vitae of Surname(s) First name(s) For more information on Europass go to http://europass.Para desenvolver suas sessões. Sob seu efeito. imitando as coreografias e cantos de cada um em função da sua mobilização na pajelança (designam-se os pajés como xapiri thëpë.Claudia Andujar . Bruce Albert Pesquisador do IRD (Paris) associado ao Instituto Socioambiental (São Paulo) Junho de 1999 .cedefop.eu © European Union. à capacidade de modificar seu curso. portanto.Comissão Pró-Yanomami . os pajés adquirem uma visão/ poder que. "agir enquanto espírito"). dizem "morrer": entram num estado de transe visionário durante o qual "chamam" a si e "fazem descer" vários espíritos auxiliares. lhes dá acesso à essência dos fenômenos e ao tempo de suas origens.europa.
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