William Hendriksen - 1Ttimóteo 2 Timóteo e Tito

March 26, 2018 | Author: André Ameixa | Category: Paul The Apostle, Acts Of The Apostles, Heresy, Faith, Gospel Of Luke


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1 Timóteo 2 Timóteo e Tito WILLIAM HENDRIKSEN © 2001, Editora Cullura Cristã. Publicado originalmente em inglês com o título New Testament Commentary, Exposition ofthe Pastoral Epistles por Baker Books, uma divisão da Baker Book House Company, P.O. Box 6287. Grand Rapids, MI 49516-6287. © 1981, William Hendriksen. Todos os direitos são reservados. P edição em Português - 2001 3.000 exemplares Tradução Vai ter Graciano Martins Revisão Claudete Água de Melo Rubens Castilho Editoração Eline Alves Martins Capa Expressão Exata Publicação autorizada pelo Conselho Editorial: Cláudio Marra ( Presidente ), Alex Barbosa Vieira, Aproniano Wilson de Macedo, Fernando Hamilton Costa, Mauro Meister, Ricardo Agreste, Sebastião Bueno Olinto. Superintendente: Haveraldo Ferreira Vargas Editor. Cláudio Antônio Batista Marra X » ÍNDICE I J S T A DE A B R E V I A T U R A S I N T R O D U Ç Ã O ÀS E P Í S T O L A S P A S T O R A I S I. POR QUE DEVEMOS ESTUDÁ-LAS? (1. Q U E M ESCREVEU AS PASTORAIS? III. A Q U E M FORAM ENDEREÇADAS IV. QUAL É SEU ANTECEDENTE HISTÓRICO E PROPÓSITO? COMENTÁRIO SOBRE 1 TIMÓTEO CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 CAPÍTULO 4 CAPÍTULO 5 CAPÍTULO 6 COMENTÁRIO SOBRE 2 TIMÓTEO CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 CAPÍTULO 4 COMENTÁRIO SOBRE TITO CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 BIBLIOGRAFIA SELETA BIBLIOGRAFIA G E R A L 415 441 469 491 492 275 301 345 377 65 117 148 182 206 239 7 9 9 9 47 54 LISTA DE ABREVIATURAS As letras nas abreviaturas dos livros são seguidas por pontos. As nas abreviaturas de periódicos omitem os pontos e são grafadas em itálico. Assim, o leitor pode ver num relance se a abreviatura se refere a um livro ou a um periódico. A. Abreviaturas de Livros A.R.V. A.V. C.N.T. Gram.N.T. I.S.B.E. L.N.T. M.M. American Standard Revised Version Authorized Version (King James) Comentário do Novo Testamento de William Hendriksen A. T. Robertson, Grammar ofthe Greek New Testament in the Light of Historical Research International Standard Bible Encyclopedia Thayer's Greek-English Lexicon ofthe New Testament The Vocahulary ofthe Greek New Testament Illustrated from the Papyri and Other Non-Literary Sources, por James Hope Moulton e George Milligan (edição, Grand Rapids, 1952) Novum Testamentum Graece, organizado por D. Eberhard Nestle e D. Erwin Nestle (edição mais recente) Revised Standard Version Westminster Dictionaiy ofthe Bible Westminster Historical Atlas to the Bible N .N. R.S.V. W.D.B. W.H.A.B. 8 EPÍSTOLAS PASTORAIS B. Abreviaturas de Periódicos EQ JBL JThS GThT WThJ ZNTW Evangélica.I Qucirteríy Journal of Biblical Literatura Journal of Theological Studies Gereformeerd Theologisch Tijdschrift Westminster Theologica Journal Zeitschrift für die Neutestamentliche Wissenschaft INTRODUÇÃO ÀS EPÍSTOLAS PASTORAIS — ^ — I. Por que Devemos Estudá-las? É necessário estudar exaustivamente as Epístolas Pastorais pelas seguintes razões: (1) Porque elas lançam luz sobre o importante problema da administração eclesiástica. Essas cartas contêm algumas diretrizes acerca do culto público que faríamos bem em prestar atenção? Que qualidades deve um homem possuir para ser um bom pastor? Um ancião digno? Um diácono consciente? Até que ponto poderiam as mulheres ser usadas na obra da igreja? Sobre quem repousa a responsabilidade primária de suprir os necessitados? Como o ministro deve tratar os homens de idade avançada que necessitam de conselho pastoral? E as mulheres idosas? E os jovens? E as jovens? (2) Porque enfatizam a sã doutrina. É verdade que não importa o que uma pessoa creia contanto que seja sincera no que ela crê? A Bíblia é de fato "a Palavra de Deus" tal como ela se apresenta, ou simplesmente se torna a Palavra de Deus quando ela o "toca"? Como deve alguém defrontar-se com hereges? E possível prestar demasiada atenção aos erros deles? (3) Porque exigem uma vida consagrada. E possível que uma pessoa seja "doutrinariamente sã", porém "corrompida na prática"? Os homens maus devem ser disciplinados? Com que prontidão? Com que propósito em mente? (4) Porque respondem à pergunta: "Os credos têm algum valor'!" A igreja creu, no período de transição, na formulação de credos, nas 10 EPÍSTOLAS PASTORAIS declarações concisas e em outros meios de transmitir a verdade do evangelho aos interessados e à juventude? Havia alguns hinos? O lema: "Credos não, Cristo sim" está em harmonia com o ensino das Pastorais? (5) Porque nos informam das atividades finais na vida do grande apóstolo Paulo. O livro de Atos apresenta um relato completo de todas as suas viagens? Houve realmente duas prisões em Roma? (6) Porque são uma valiosa fonte para a compreensão da história da. igreja no terceiro quarto do 1° século d. C. (Ver M. C. Tenney, The New Testament, A Su.rvey, p. 354). (7) Porque nessas Epístolas, tanto quanto nas demais, Deus nos fala. II. Quem Escreveu as Pastorais? A expressão "epístolas pastorais", como um título comum para 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito, data da primeira parte do século 18.] Ora, essas cartas certamente fornecem importantes diretrizes aos pastores. Não obstante, o título não é exato. Timóteo e Tito não eram "pastores" no sentido usual e atual do termo. Não eram ministros de uma congregação local, mas, antes, delegados apostólicos, enviados especiais ou comissionados do apóstolo Paulo, enviados por ele para cumprirem missões específicas. A eles foram confiadas tarefas concretas segundo a necessidade do momento. A tarefa deles era cumprir seu ministério espiritual aqui ou acolá, levando a bom termo a obra que se havia iniciado, para em seguida informar ao apóstolo suas descobertas e realizações. Marcião, em meados de 2.° século, rejeitou essas três cartas. Tertuliano afirma: "Entretanto, estou surpreso que enquanto ele [Marcião] aceitou esta carta [Filemom] que fora dirigida a um só homem, tenha rejeitado as duas epístolas a Timóteo e a dirigida a Tito, as quais tratam da disciplina eclesiástica" ( Against Marcion V.xxi). Ora, é natural que um homem como Marcião, que pregava o mais estrito ascetismo, negava a legalidade do matrimônio e estabeleceu regras rígidas para o jejum, rejeitasse as Epístolas Pastorais nas quais o ascetismo é condenaI. P. Anton chamou sua o b r a "E.xegetische Abhandhmg der Pastoralbriefe". Sugeriu o t e r m o p e l a p r i m e i r a v e z e m 1726, INTRODUÇÃO 11 do ( l T m 4.3, 4; Tt 1.14, 15). Um herege não gosta de um escrito que direta ou indiretamente condena sua heresia ou algo parecido. No século 19 (1807, para ser exato), F. Shleiermacher rejeitou a autoria paulina de 1 Timóteo. F. C. Baur, em sua obra sobre as Epístolas Pastorais (Stuttgart e Tübingen, 1835), defendia a posição de que é inconsistente aceitar 2 Timóteo e Tito e rejeitar 1 Timóteo. As três deviam ser consideradas como literatura pseudo-epigráfica. Muitos discípulos entusiastas - a Escola de Tübingen - endossaram seu ponto de vista. Hoje essa posição é aceita por muitos, ainda que alguns tenham adotado um ponto de vista um pouco mais conservador (ver p. 27). Pode-se honestamente sustentar que nessa atitude negativa os críticos são tão objetivos como dizem ser? E possível que a forma em que essas três pequenas jóias tratam "alguns dos mais queridos temas da mente moderna" 2 tenha algo que ver com a forma decidida em que negam que Paulo seja o autor? As Epístolas Pastorais põem ênfase especial em assuntos tais como a realidade e importância dos ofícios eclesiásticos (1 Tm 3; Tt 3), a inspiração da palavra escrita (2Tm 3.16), a necessidade de manter a pureza doutrinai ( l T m 4.1-6; 2Tm 3.14; 4.3; Tt 2.1), a realidade da ressurreição (2Tm 2.18) e a exigência divina de que a fé se torne militantemente manifesta. (2Tm 4.2, 7, 8). Ora, se tendências subjetivas têm ou não prevalecido, uma conclusão se torna inescapavelmente clara quando os fatos são examinados: os críticos não conseguiram provar sua tese que afirma que Paulo não poderia ter escrito as Pastorais. Os argumentos dos críticos podem ser assim resumidos: 3 (1) No tocante ao vocabulário, as três epístolas são muito semelhantes entre si, mas inteiramente diferentes das outras dez. epístolas, 2 . C f . E d m u n d K . S i m p s o n , " T h e A u t h e n t i c i t y and A u t h o r s h i p o f the P a s t o r a l E p i s t l e s " . EQ 12 ( 1 9 4 0 ) , 3 1 1 . 3. Q u e m q u e r q u e leia a s e g u i n t e literatura - u m a s e l e ç ã o d e n t r e c e n t e n a s de livros e a r t i g o s s o b r e e s t e t e m a - terá os a r g u m e n t o s d o s c r í t i c o s e as r e s p o s t a s d o s q u e a d e r e m ao p o n t o de v i s t a t r a d i c i o n a l c o m r e f e r ê n c i a à a u t o r i a d a s P a s t o r a i s . Reconhecemos nossa dívida a todos C., C.. os /, seguintes: 2 Timóteo e Tito (ín Korte Verklaring der Heilige 13-35. en 17-60. Titus (in Kommentaar Timotheus Schrift met Nieuwe Bouma, Bouma. Vertaling). s e g u n d a e d i ç ã o . K a m p e n , 1953, e s p e c i a l m e n t e pp. De Brieven vau de» Aposte! Pautas aan op het Nieuwe Testament). A m s t e r d ã , 1942, e s p e c i a l m e n t e pp. L c i p z i g . 191-197. S i m p s o n . J„ Die Pastorale Briefe.. Scott. to the Literature of the New Testament. H. .3 9 2 . p. Harrison. N o v a Y o r k . The Moffatt Commentary). 6.. 1918. 0. reimpressão. 13. Vol. a saber. Vol. Vol. The Pastoral Epístles. 2 3 8 .. F. (in Internation the Pastoral Epistíes 1931.4 B r o o k s . M i c h . J o h n . The Pastoral Epistíes (in s e m dala. M o f f a t t . Lock. 2 2 5 . pp.. 2 0 3 - R a p i d s . especialmente pp. T o r m . T ü b i n g e n . N a g e l i . The Expositor's Bible). F.3 1 1 . J. " P a s t o r a l b r i e f e und W o r t s t a t i s t i k " . JBL 7 0 ( d e z e m b r o d e 1951). ZNTW 28 ( 1 9 2 9 ) . T e n n . K n o x . Romanos. 1946. 20. L i n d s e y P. D. pp. H.. Die Pastoralbriefe. p. 1905. 1 Tessalonicenses. 4. pp. p. 85ss." edição. vol. Literature of lhe New Testament. L o n d r e s . Schleiermacher. Van O o s t e r z c e . p. . Gefangenschaftbriefe. p.2 2 6 . p. The Pastara! Epistíes (in 1931.. lntroduction P h e r i g o .. 5 5 5 . 1947. pp. N o v a York. B u r t o n S c o t t . T h . xxi. Der Worlscliatz des Aposteis Paulus. M. R i d d l e . R. 1921. J. . Chapters in a Life ofPaul. Word Pictures in the New 'Testament. K. J. T. t e r c e i r a e d i 85-88. J. N o v a York e L o n d r e s . S c o t t . M i c h . W h i t e . 1920. 1949. Mich. E. 1940. Einleilung in das Neue Testament. s e m data. The Problem of the Pastoral Epístles. E a s t o n . . A. Plummer. Vol. Zur M i c h a e l i s . The. Parry. A. 6 9 . Efésios. s e g u n d a e d i ç ã o . Colossenses. . Robertson. " T h e A u t h e n t i c i t y and A u ü r o r s h i p o f t h e P a s t o r a l E p i s t í e s " . N o v a York e N a s h v i l l e . pp. 277-284. 1-23. Michaelis.12 EPÍSTOLAS PASTORAIS as quais são tradicionalmente atribuídas a Paulo. F i l a d é l f i a . " T h e P r o b l e m of the P a s t o r a l E p í s t l e s " . W.5 5 8 .. 1932. 2-6.. E. H a w k i n s . pp. 1943. N o v a York. T o r o n t o .1 9 0 0 . A Criticai and Exegetical Commentary 1924. IV. K. John. E. p o r e x e m p l o . Filipenses.7 6 . C h i c a g o . The Pastoral Epistíes (in L a n g e ' s Commentary on the Holy Scriptures). 1943. S„ Bizondere Canoniek. New Testament Life and Literature. pp. The Literature ofthe New Testament. The Recovery of the Histórica! Paul. Ueber den Sogenannten Brief von Paulus an den Timotheus. G r a n d Rapids.. r e i m p r e s s ã o . G o t t i n g e n . . F. The Pastoral Epístles (in The Pastoral Epistíes. Echtheitsfrage der Pasto1930. N o v a York. II. S i m p s o n . ç ã o . 2 8 9 . I 807. The Mysticism of Paul lhe Apostle. 57-82. W. 4 2 .2 4 3 . J.. E. 1947. onal Criticai Commentary).. " P a u f s L i f e A f t e r the C l o s e o f A c t s " . c H u t s o n . G r a n d R a p i d s . F. N. ralbriefe. N a s h v i l l e . p. Pastoralbriefe und xxv-xxxi. pp. G r c y d a n u s .. O x f o r d . 2 0 5 . P N„ G o o d s p e e d . Gálatas.. E. Ver. F.. 1 Coríntios. Paul. The Moffatt Commentary). 1 8 9 7 . S c o l t . 1931. The First and Second Epistíes to Timothv and lhe Epistle to Tttus (in The Expositor 's Greek Testament). pp. r e i m p r e s s o cm G r a n d 1946. 1880. " U e b e r d i e S p r a c h e i n den P a s t o r a l b r i e f e n . 3 8 9 . Z a h n . 2 Tessalonicenses e Filemom. T a m b é m do m e s m o autor. K a m p e n . T h . N o v a York. s e m dala. M . 4. 2 Coríntios. D i b e l i u s . Pastoral Epistíes. . 6. W. EQ 12 ( o u t u b r o d e 1940). 193. W.. 1954. JThS 23 ( 1 9 2 2 ) . N o v a York e L o n d r e s . Hotzmann. H. E. A. 29-35. " Z N T W 1 8 ( 1 9 1 8 ) . N o v a York. 208.. S c h w e i t z e r . pp. Alfred.. E. c. outros enfatizam outro: a.6. 14). mas famílias completas de palavras? Para apresentar apenas um exemplo: a família de compostos que se centraliza em torno da idéia comum do ensino ou da didática.12. 2 Timóteo e Tito. A grande similaridade no vocabulário das três pastorais. nas Pastorais. O número de palavras novas por página (!) do texto grego que o autor introduz nessas três cartas.oi Kevocjxovíaç. "segue a d o u t r i n a " (uma f o r m a de TTapaKoXouSéco com ri] 5i5aaKccA. alguns críticos enfatizam um ponto.n u a ^eiíduuf r u m p e u . lTm 4. só três vezes.20.17)? E. "incircuncisão" (àicpopuaiiía). Não é verdade que as Pastorais apresentam pela primeira vez com ramificações sem paralelos. Os contraste entre o vocabulário das Pastorais e o das outras dez epístolas. "homem de Deus" (ai'0püouoç 0eoO. /zqiNTRCfoirtilfâa.20. "obras da lei" (epya vó^iou). de famílias de palavras inteiramente novas ou grandemente expandidas. o autor das Pastorais. não é verdade que muitas palavras que são usadas diversas vezes nas dez [epístolas] não aparecem nas três: "fazer injustiça" (àÕLKéoo).? Burton Scott Easton realça que o verdadeiro Paulo usa a palavra "Espírito" umas oitenta vezes. 6 0 . 2Tm 3. lTm6.11. 1 Tm 6. etc. é possível que tenha escrito as Pastorais? Além disso. Oxford. As vezes quase pareceria que um simples relance nos famosos diagramas de Harrison (em seu livro The Problem ofthe Pastoral Epistles. A presença. não está totalmente fora de proporção em relação à quantidade muito menor de palavras novas por página usadas por Paulo nas outras dez epístolas? Se o apóstolo escreveu as dez.9 7 0 13 Quanto aos seguintes pontos que se acham enfatizados sob esse tópico geral.10). CE. I Tm 6.: As seguintes não ocorrem em parte alguma nas dez: . não apontam para um autor distinto de Paulo expressões como as seguintes: "guarda o depósito" ("cf|v uccpa9r|Kr|v 4>úÀai. 2Tm 1. não só muitas palavras particulares. 0 0 1 . "sangue" (a!|ia). 2Tm 3. "linguagem profana" (pé|3r|A.16). 2Tm 2. b.ía.ov. em contrapartida. 1921) seria suficiente para convencer alguns de que Paulo não poderia ter escrito 1 Timóteo. d.12. 1 Timóteo 1. 1 Timóteo 2.14 EPÍSTOLAS PASTORAIS ÕLÕCCKTLKÓÇ apto para ensinar.2.7 KccÀoÕLÕáaKaloç mestre daquilo que é bom. Alega-se que isso indica que as Pastorais correspondem aos primórdios do 2. O fato de que várias palavras que se encontram em 1 Timóteo. Quanto a isso.3 ÔiõaoKaÀÍa ensino. 4. coisa. 2 Timóteo 2. mestre.24 voiaoõiõáoKaA. e o fato complementar de que uma alta porcentagem de palavras genuinamente paulinas não aparece nas três e tampouco aparece no vocabulário dos Pais Apostólicos. 6.11. O sentido totalmente diferente nas Pastorais das palavras que se encontram tanto nelas como nas dez. aparecerem no vocabulário dos Pais Apostólicos. 6. 1 Timóteo 1. 2 Timóteo e Tito. o argumento sobre os latinismos que ocorrem nas Pastorais ao menos se encontram na lista das causas para o ceticismo.2.2. 2 Timóteo 1.° século. Tito 1. L Timóteo 3. A ausência de famílias de palavras paulinas. e. mas que certamente teria sido alguém que morava em Roma ou nas proximidades de Roma. Ou. Isso é o inverso do precedente. doutrina. 2 Timóteo 2. nas Pastorais ocorrendo com grande freqüência.3.11. Tito 2. . Diz-se que isso indica que o autor das Pastorais não poderia ter sido Paulo.3 liepoôiõaaKaÀelv ensinar outra. ensinar doutrina diferente. 2 Timóteo 4. f.oç mestre da lei. é também costumeiramente realçado que durante o 2.9 Que ocorrem também em seis das dez: ÕLÕáoKG) ensinar.7. 4. g. porém não nas dez. tanto sentido ativo quanto no passivo (doutrina) õiõctxtí ensino.11.° século houve o ressurgimento da dicção clássica. O uso freqüente de palavras e expressões latinas. 1 Timóteo 2. se tal conclusão não for expressa exatamente dessa forma. Tito 1.2. Mantém-se que isso explica a presença de um número considerável de palavras clássicas nas cartas.3 Que ocorrem também em duas ou três das dez: ôiôáoKalo<. o fato é que pouco mais de um quarto do vocabulário total da Epístola de Paulo aos Romanos é "novo" no sentido em que não é usado nas outras nove epístolas.13.s e a p r o p o r ç ã o d e p a l a v r a s n o v a s c o m r e s p e i t o a o total d o v o c a b u l á r i o .16 em referência à ascensão de Cristo. em proporção ao total do vocabulário empregado. Em 1 Timóteo. Por certo.. Das palavras novas ( novas no sentido em que não aparecem nas dez) bem poucas se encontram em todas as três em conjunto.) Quanto a b. que Paulo não poderia ter escrito as Pastorais. apenas nove. enquanto que em Efésios 6. outras 45. a tese dos críticos. letra é usada por Paulo num sentido desfavorável. 1 Timóteo e 2 Timóteo contêm apenas dezessete. 1 Timóteo contém 127 palavras novas.. outras 81. porém. 2 Timóteo. e Tito.15 = os escritos sacros. apenas vinte. Finalmente. letras. O mesmo vale para Tito. porém. tanto o vocabulário quanto o estilo. porém são escassas nas Pastorais). 16 no sentido de "tomar" armas espirituais. apontam antes para um só autor. a usa no sentido de confiança subjetiva. apenas nove de um total de 306! Daí. h. em 2 Timóteo (palavras que não aparecem nas dez) é apenas superior a de Romanos. as três. com base nesses fatos. 2 Timóteo e Tito. haveria algo a dizer em prol de uma proposição que sustentasse que há um autor diferente para cada epístola pastoral. Quanto a a.INTRODUÇÃO Exemplos: 15 fé é usada objetivamente nas Pastorais = o que se crê. em conjunto. se a falta de similaridade no vocabulário é prova de que o autor é outro. d a d a p o r . até certo ponto a verdade é exatamente o oposto. apenas sete. tomados em conjunto. A porcentagem de palavras novas. (Todavia. mas também "as ferramentas e argamassa" (partículas de transição e inferência. 1 Timóteo e Tito. cerca de um terço das palavras são novas. tomar é usado em l Timóteo 3. a saber. que saturam as dez. a verdadeira religião. S e g u e . o fato de que não só "as pedras" diferem das usadas por Paulo. são usadas em sentido favorável em 2 Timóteo 3. Não é difícil demonstrar que o valor deste argumento e de suas ramificações tem sido excessivamente superestimado. Em conjunto. Paulo. não procede! 5 5 . não surpreende que certas palavras. . embora a doutrina propriamente dita não esteja completamente ausente. 31 e 32 de seu livro. p. pois poder-se-ia também dizer que a própria presença de famílias inteiras de palavras aqui nas Pastorais como nas dez aponta na direção de autoria idêntica. Portanto.3% 114:413 = 2 7 . A ausência de qualquer uma delas é estranha nas Pastorais. cie. ainda que se torna mais claramente por que não deve ser achada mais num caso do que noutro. Kommentaar Ver M i c h a e l i s . a fim de expressar seus pensamentos (inspirados pelo Espírito) acerca do tema específico de que está tratando. Ora. B o u m a . 2 Tessalonicenses e Filemom? Quanto a c. não deveríamos também rejeitar a paternidade literária paulina de Colossenses. O mesmo vale para as demais palavras apresentadas por Harrison nas pp.6% 173:529 = 32. é uma espada de dois gumes. se devemos negar que Paulo é o autor das Pastorais pelo fato de que a palavra "Espírito" aparece somente três vezes. o apóstolo não precisava expor em detalhes a Timóteo e Tito. essas 469 estão ausentes nas outras nove. 31. e q u e . todo o tema da justiça. p.. e n f a t i z a o f a t o de q u e . op het Nieuwe Testament. 2 1 0 . A terceira é ccxpopuotía: incircuncisão. estejam ausentes nas três. o a r t i g o c i t a d o . encontradas nas dez. corresponde a epístolas tais como Romanos.7% 140. a doutrina da justificação mediante a fé! Por isso é que é plenamente natural que essas três palavras não apareçam aqui. ver Tito 3. m a s n ã o nas P a s t o r a i s . 6 % 81:293 = 27. Isso se h a r m o n i z a c o m as c i f r a s d a d a s p o r H a r r i s o n . é nessas epístolas que devemos buscar tais palavras e outras similares. Por essa razão. 5 4 .5-7. fazer injustiça. Paulo usa as palavras (inspiradas pelo Espírito) de que necessita. e também nas Pastorais'. seus amigos íntimos e colaboradores na obra. 7 3 : G r e y d a n u s . A primeira é àÕLKéco: fazer mal.16 EPÍSTOLAS PASTORAIS Em cada epístola. em certa extensão. p. tomando-as na ordem em que aparecem. e d. portanto. cit. op. obtida pelo pecador mediante o sangue de Cristo e não por meio de ritos tais como a circuncisâo. p. Michaelis e Greydanus: Romanos: 2 Timóteo: Tito: 1 Timóteo: 261:993 = 26. Além do mais. a 1 Coríntios. porém. Por exemplo. op. Gálatas e. tomemos as primeiras três palavras mencionadas por Harrison em sua lista na p. das 5 8 2 p a l a v r a s q u e a p a r e c e m nas d e z .. A segunda é oú|ia: sangue. n ã o m e n o s de 4 6 9 se e n c o n t r a m em apenas uma e p í s t o l a . Seguramente. nas quais havia necessidade específica de bom conselho acerca de sua tarefa específica de comunicar instrução. se a presença ou a ausência de certas palavras e famílias de palavras é decisiva na determinação da autoria..C. de vez em quando. Além disso.° século d.INTRODUÇÃO 17 Pode-se explicar facilmente que a palavra básica em torno da qual se tem desenvolvido a família de palavras não seja a mesma nas diferentes epístolas: nas cartas a Timóteo e Tito.° século d. e que tenha obtido seu conhecimento de vocabulário "clássico" de suas próprias leituras e de havê-lo ouvido? Não fora ele. incursões na literatura extracanônica? Seja como for. é por demais escasso para servir como critério fidedigno. de modo algum surpreende que a família de palavras se desenvolva em torno da idéia de ensino. de modo a poder citar Menandro (I Co 15. 2Tm 4.° século d. cf.C. pode-se demonstrar que.. somente uma palavra das primeiras 22 aparece em 2 Tessalonicenses! Naturalmente. em comparação com o da primeira metade do 2. talvez durante sua segunda prisão. porém não nas Pastorais (op. e que são de uma época bem anterior? A idéia de que o uso de palavras "clássicas" é indício de um autor do 2. porque na lista que Harrison apresenta de 41 palavras que aparecem em cinco epístolas paulinas. em sua juventude. alguns estariam bem dispostos a desfazerse de 2 Tessalonicenses também! Quanto a e.28)? É absurdo considerar a possibilidade de que durante sua longa primeira prisão (e. segundo alguns. cit. mas que foram usadas pelo autor das .13) o apóstolo tenha expandido seu conhecimento fazendo.33) e Arato (At 17. estudante? O currículo de Gamaliel nada fornecera da literatura antiga e contemporânea? Não é verdade que o Paulo que temos aprendido a conhecer através das dez epístolas reconhecidas teria tido um extenso conhecimento (direto ou indireto) de autores gregos. nosso conhecimento do verdadeiro vocabulário que se usava durante a segunda metade do 1. Por que pareceria irracional supor que Paulo pessoalmente tenha escrito as Pastorais.. 31). é admitir como verdade algo que precisa ser provado. sabemos que algumas palavras que não são usadas em outros lugares do Novo Testamento. não seria fácil para os críticos da defesa de Paulo como autor das dez.C.. p. Com quanta freqüência ocorre que palavras consideradas como que pertencentes a tempo posterior de repente aparecem em escritos recém-descobertos. 25. Lucas.C. 2. Quanto a f. p p . pasta [para arquivo]. K. e e s p e c i a l m e n t e E.15. copiado e parafraseado Paulo.° século d.C. paenula). 1 6 .13. ciu. Os críticos podem assinalar apenas duas palavras latinas.14. membrana). quem quer que tenha escrito 1 Timóteo. Filipenses 1. e não mais. capa de livro. 2 Timóteo e Tito tenha vivido nos dias dos Pais Apostólicos e dos apologistas. The Pastoral Epístles. Poderia significar igualmente que os autores cristãos do 2. As palavras latinas. triumphus).. p. foram também usadas por contemporâneos dos apóstolos. Além disso.° século tenham lido. e que.. x x i x .13. 2. por que Paulo não poderia fazer o mesmo? E certo que também se ouvem ecos do latim em expressões como as seguintes: ôeoTTÓrriç (clominus). açougue (latim. 104. e (a mesma passagem) c))eXóvr|ç (latim. em seu Evangelho e Atos. 2 Timóteo 4.1. porém. . S i m p s o n . Quem se atreveria afirmar que muitas outras palavras poderiam não ser do uso comum em data tão antiga que remonte ao 1 s é c u l o d. estava novamente com ele durante a segunda prisão do apóstolo. latim. pergaminho. dono.ov. a saber: |ae|j. Guarda Pretoriana (latim. Tito 2. não significa necessariamente que. em certa medida.21. a qual tem sido variadamente interpretada como capa. Se o companheiro freqüente de Paulo pôde usar palavras latinas. ocorrem naquelas epístolas que mesmo pelos críticos são atribuídas a Paulo: 0picqj|kúto. Colossenses 2.. usa quase a metade de um total de cerca de trinta palavras latinas que são usadas no Novo Testamento. 1 Coríntios 10.18 EPÍSTOLAS PASTORAIS Pastorais e por escritores do 2..° século d. o uso freqüente de palavras e expressões derivadas do latim é um argumento que pende de um fio muito débil. 1 Timóteo 6. que fora companheiro de Paulo. senhor 6. estudado e. macellum). |aái<eAJ.11. praetorium).1 8 .9. Ver W. ou até mesmo anterior a isso? 6 A similaridade de vocabulário que se nota ao compararem-se as Pastorais com os escritos cristãos do 2. segundo 2 Timóteo 4. 2 Coríntios 2.ppáva (latim. 103. conduzir em triunfo (cf. e upcatcópiov.C. L o c k . op. nas três pastorais. 3. 1 Timóteo 5. santidade. inclinação.. Já durante o 1 s é c u l o d.2. 1 Timóteo 2. reconhecimento. em conexão com isso.14. 3. onde bem recentemente havia passado não menos de dois anos. seriedade (gratiam habere). pré-julgamento.15. um homem. N . nosso povo ( inclinatio ).7. mesmo quando se reconhecesse uma considerável medida de influência do latim sobre o grego das Pastorais.C. reverência. Tito 2. . preconceito (gravitas). Além do mais. de algum modo. provaria isso. 1 Timóteo 1. o grego e o latim haviam alcançado uma posição de intercâmbio e de tradução de um para o outro idioma. . Ver G r a m . 1 Timóteo 3.6.8. 1 Timóteo 5 . baluarte.INTRODUÇÃO õUoyoç èSpaícopa eúaép&ia laonmoÀoyía oi rpétepoL TTPÓOKA. 109. piedade.21. p. religião ( vaniloquium ). suporte. O que pode parecer uma expressão copiada pode bem ser apenas o resultado de um desenvolvimento paralelo de cognatos. 1 Timóteo 1. devoção. ademais. "nosso rebanho". começasse a fazer uso mais pleno da dicção "romana" e de sua fraseologia. observe o seguinte: 1. 2 1 . fundamento ( pietas ). respeitabilidade. Tito 3. T . parcialidade (praeiudicium). 1 Timóteo 3. 1 Timóteo 2. dignidade. 4. que Paulo não pôde tê-las escrito? Não é inteiramente natural que o homem que chegara à metrópole do mundo. xápiv 'éxeLV ( bilmguis num de seus significados). gravidade.4.LOLÇ 19 TrpÓKpi[ia ae(ayón"|<. viver santo.2.12. Também se encontram nos outros escritos do Novo Testamento 7 palavras e frases que nos lembram expressões paralelas no latim. o que até então não havia feito? Neste ponto o argumento dos críticos parece fracassar completamente! 7. que era altamente suscetível às influências do meio ambiente e que estava desejoso de fazer tudo a todos os homens. conversação fútil (nostri).7. ambíguo (firmamentum). 2. gratidão Mas. 8. o autor delas nem sempre usa a palavra no sentido objetivo.10 usa-se a expressão "os da família da fé".20 EPÍSTOLAS PASTORAIS Com respeito a g. não surpreende que nas Pastorais. ser usada num sentido. sendo um homem que está para partir desta vida. não é de todo evidente por que um autor não poderia usar o mesmo verbo grego no sentido de "tomar" as armas espirituais e no de "recebido no alto". não deve causar estranheza o fato de a expressão "a letra". No tocante aos demais exemplos que se supõe demonstram que. Além do mais. Em Gálatas 6.10. em sentido diferente. em amor e em santificação" (ver lTm 2. 3. quando o autor das três usa uma palavra paulina. temos outro excelente exemplo de Uso objetivo. 4. porém não é aconselhável "dar-se ares" (plural). no plural. todos imediatamente entendem que ele está falando da atitude de confiança no Redentor e do exercício dela (portanto. Muitos idiomas contêm expressões desse caráter: por exemplo. assim como o autor do quarto Evangelho usa a palavra "mundo" em diversos sentidos? Finalmente. 4. demonstrando assim que o apóstolo não poderia ter escrito as três.. e. nos discursos expositivos ou argumentati- . 12 e 2 Timóteo 1. em Gálatas 1. E quando o autor ensina que alguém recebe a "salvação pela fé que está em Cristo Jesus". Mas.9. 5. 6. 2Tm 3. ao referir-se a Jesus e sua ascensão. Paulo. Assim. as palavras "carne" e "lei" são usadas em mais de um sentido. Assim.7. quanto a h.10. 3. é muito necessário tomar ar puro (no singular).11.14) indica o exercício dessas virtudes. E no tocante às dez epístolas. Tt 1. mas que o autor das Pastorais a usa no sentido objetivo (credo. esteja preocupado com a preservação de "a verdade". corpo de doutrina). "Permanecerem fé. Ver também 1 Timóteo 3. o faz num sentido completamente distinto. uma vez mais no sentido subjetivo). a expressão "a fé e o amor que estão em Cristo Jesus" (1 Tm 1.8.13. 6. no singular.1.19.27: "combatendo unânimes pela fé do evangelho".13.23 fala-se de "pregar a fé". alega-se que Paulo usa a palavra fé em sentido subjetivo (confiança em Deus e em suas promessas). porém o termo "letras".13)..8. De forma semelhante. para começar pelas Pastorais.15) também ilustra o uso subjetivo. empregue amiude a palavra "fé" nesse sentido objetivo (1 Tm 1. conseqüentemente. essas ilustrações se desvanecem imediatamente ao serem examinadas mais detidamente. Em Filipenses 1. Não é verdade que nas epístolas que mesmo os críticos atribuem a Paulo. Um exemplo é "linguagem profana".y . emprega ele o estilo oratório do púlpito que usa aos domingos? Ao escrever aos seus colaboradores. não importa quais fossem as circunstâncias suas e de seus leitores. que tipo de presbíteros se devem designar. 66. quando o ministro de uma congregação grande ministra conselho a seu "auxiliar".INTRODUÇÃO 21 vo. mostrando que sua presença é plenamente natural em cartas que condenam heresias. não é possível que a idade e a experiência de estalem prisão. com quem tem um trato amistoso. "já ancião" (denominação que ele mesmo dá a si em Fm 9). Nesta buscamos e encontramos o modo imperativo. e tão-somente essas. J. o que se deve fazer com os hereges. Ele põe termos tais sob o tópico "Fraseologia polêmica em referência ao falso ensino". e além disso as distribuísse em igual proporção em todas as suas cartas. justifica a ocorrência de algumas das novas palavras nas Pastorais. Em nossos dias. e sem importar o propósito da epístola ou do tema que fosse escrever. gostaríamos de perguntar aos críticos: No início de sua carreira como escritor. l e 2 Coríntios e Gálatas podemos esperar naturalmente um uso muito mais extenso de partículas de transição e inferência do que num manual de advertências e instruções para "pastores". Temas dessa natureza requerem o vocabulário que alguém usaria ao expor ante a congregação a doutrina da "justificação pela fé" (Romanos) ou de "a unidade de todos os crentes em Cristo" (Efésios)? N. 63. tenha algo que ver com o vocabulário. usasse invariavelmente essas palavras. o autor os aconselha sobre a forma de organizar a igreja.. quer num passado recente ou no exato momento em que escreve. White. a herança literária que Paulo nos legou não é de modo algum imponente: somente 138 páginas pequenas no texto . Em suma.pense especialmente em Romanos. escrevendo uma carta. Em conclusão. físico. Um homem de idade avançada usaria o mesmo vocabulário de um jovem? Apesar das vigorosas negativas. estamos diante de Paulo. como os salpicos num vestido de bolinhas? Em volume real. foi entregue ao apóstolo um catálogo de palavras com a exigência de que. cit. pp. com a gramática ou com ambos? O autor das Pastorais está escrevendo a colaboradores muito achegados que ele mesmo comissionara. etc. op. D. 65. É totalmente possível que as explicações que são apresentadas . e portan to puderam pôr em dúvida que Paulo fosse o autor de Hebreus. o caráter dos leitores. o rápido avanço e desenvolvimento da igreja como uma nova entidade. Mesmo o mais zeloso defensor da autenticidade das Pastorais reconhecerá com prontidão que há uma notável diferença no vocabulário. Shelley e Carlyle. os temas abordados. por exemplo. e a necessidade de criar uma nova fraseologia. "seguir a doutrina" e "homem de Deus" são consideradas por White como pertencentes a essa categoria. não conduz a parte alguma. O crítico moderno tem fracassado completamente em seu intento de demonstrar que uma só palavra sequer do total do vocabulário das Pastorais não tenha sido . os despojará de grande parte de seus escritos? O argumento baseado no vocabulário e na gramática. mas que são os críticos que proclamam em voz alta que o vocabulário e a gramática indicam que Paulo não poderia ter sido o autor.N. Sobre este ponto. assim como há uma variação considerável quando cada uma das três são comparadas urna com as outras duas. Entretanto. Além do mais. crescente. aplicado a Milton. quando as três são comparadas com as dez. Também podem haver afetado outros fatores. que estavam bem conscientes das peculiaridades gramaticais e do estilo. negativa! Não é o crente conservador que pretende que o vocabulário e a gramática demonstrem que Paulo foi o autor. no final do capítulo 2 de Tito. tem-se sugerido que em certa medida o "secretário" ou "secretários" poderiam ter influenciado no produto final.tais como a idade de Paulo e sua prisão (passada ou presente). Os críticos literários dos primeiros séculos. Expressões tais como "guardar o depósito". Temos o direito de supor que o que está escrito contém todo o vocabulário e a sintaxe de Paulo. o ponto a notar é o seguinte: a responsabilidade da prova repousa inteiramente na crítica. Podemos supor que aqui Paulo está usando fraseologia que ouve ao seu redor. o propósito . veja nota 193. mutante e vigorosa. de modo que qualquer discordância (em palavras ou gramática) que alguém encontra nas Pastorais demonstra que estas devem ser atribuídas a outro autor? Teria alguém o direito de aplicar aos escritos de Paulo um critério que. jamais tiveram dificuldades com as Pastorais. (para as dez epístolas).22 EPÍSTOLAS PASTORAIS grego de N.não sejam razão suficiente para tais diferenças. Observe o seguinte: Nessas breves cartas encontramos a mesma classe de pessoa que se revela nas dez. a saber: mediante um exame imparcial dos próprios fatos. 4. a saber: em Timóteo e Tito.1).4). Veja C. sobre 1 e 2 Tessalonicenses.1. Tt 1.4). justamente como. "dicção". a saber. outros. na afirmação de que o estilo das Pastorais aponta para a direção oposta a Paulo.11. Trata uma a uma as matérias de especial preocupação para .5-8. afirmando alguns que o estilo propriamente dito de forma alguma é paulino.7). Outros.10-15.1. 4. O autor das Pastorais está profundamente interessado naqueles a quem se dirige. que teria de ser um falsificador. 13. agindo como se fosse Paulo! A luz dessa confusão no campo dos críticos só há uma forma segura de alguém recuar. 5.6. 5. 5. 14. 6.12-17.2-7.1. Em um assunto os críticos estão de acordo. e sob esse tópico discutem o que o autor das Pastorais diz e especialmente como ele o diz. ao falarem sobre "estilo". O que aqui se reflete é o caráter de Paulo. 7. 2. (2) O estilo das Pastorais denuncia sua origem forjada. 7. 15. Tratei disto com detalhe em conexão com o vocabulário do segundo capítulo de Tito.8. usam este termo num sentido que se aproxima de "vocabulário". Veja nota 193. contudo. Mas assim que se formula a pergunta: "por quê?". 6. 2Tm 1. 15. 3.4. Aqui tomaremos o termo neste sentido mais amplo. um imitador consciente.N. 2. 2Tm 1.6. Alguns. 4.14. em 1 Tessalonicenses e 2 Tessalonicenses. 2Tm 1. 11-16.18. 33. teria copiado uma e outra frase. Teria de ter uma cópia das epístolas genuínas de Paulo diante dos olhos. o caráter geral de seus pensamentos e particularmente a maneira como ele os expressa. pp. 2.11-16. 6. 12.INTRODUÇÃO 23 escrita por Paulo.2. Tt 1. que em muitos pontos ele faz lembrar Paulo.T. por exemplo. Partilha suas experiências e sente-se prazeroso em recomendar tudo quanto de bom existe neles (2Tm 1. Tt 1. Isso já foi discutido.2.23. 4. Atribui à soberana graça de Deus tudo quanto de bom existe nele e em seus destinatários ( l T m 1. as respostas se dividem e se tornam contraditórias. Dessas cópias. revelando cordial afeição por eles ( l T m 1. Ele revela admirável tato no aconselhamento ( l T m 1. Estes apontam para Paulo como autor. dão uma conotação mais ampla ao termo. 2. 16. 34. 2. 29-32. e que " não vos canseis de fazer o bem" (2Ts 3. Semelhantemente. afirma que a Palavra de Deus " não está acorrentada" (2Tm 2.16).17. G1 5. E assim.13).2-5. Ele aprecia as enumerações. Além do mais.4).. catalogando-os em séries ( l T m 3. Assim ele admoesta o rico a depositar sua esperança naquele que dá ricamente ( l T m 6.S. 2Co 12. Ele contrasta "amantes dos prazeres" com "amantes de Deus" (2Tm 3. cujo louvor não procede dos homens. E Paulo quem. E ele admoesta a Timóteo que. que seu ingresso entre os tessalonicenses "não foi infrutífero" (ITs 2. 11. alguém inevitavelmente pensa em Paulo e em sua inclinação para a mesma característica estilística. passagem esta onde a R. afirmação por meio de negação do oposto. em vez de dizer que ele está "orgulhoso" de poder pregar a Cristo.24 EPÍSTOLAS PASTORAIS com Timóteo e Tito (evidentes a todo aquele que porventura leia essas três breves cartas do início ao fim).12). Aqui.4.20. Pode-se considerar como um tipo de exposição atenuada ou incompleta de uma ocorrência ou miosis. Isto é exatamente o que Paulo faz nas demais epístolas (ver Rm 1. que isso "seja a tempo ou fora de tempo".. 1.13). ele aprecia a figura de linguagem chamada litotes.1011.2).9) e que Deus é aquele que "não pode mentir" (Tt 1. Tt 3. o homem que declarou ser um cidadão de uma "cidade não insignificante" (At 21.V. ou seja.. ele afirma que " não se envergonha" daquele em quem ele crê (2Tm 1.19). que "não me envergonho do evangelho" (Rm 1.1-12. que "não fui desobediente" à visão celestial (At 26. 4. 6.39). cf.29). ao pregar a Palavra.8. 16). Judá) significa "que ele (isto é. mas de Deus" (Rm 2. Deus) seja louvado.3). 3.17).9.1).19-23).3). E assim ele agrupa as virtudes ou os vícios.12. Isto fortemente lembra Paulo. 5. conhecedor do fato de que a denominação judeu (cf. perde evidentemente o jogo intencional das palavras).4. 2Tm 3. Está ansioso por vê-los (2Tm 1. Não é contrário a introduzir aqui e ali um "jogo de palavras". que não queria que os leitores fossem ignorantes (ITs 4. E Pau- . Tt 3. por meio da sua tradução. uma vez mais. Ele nos informa que um dos propósitos dos escritos inspirados é "para que o homem de Deus seja completo (ou equipado). escreve: "Porém judeu é aquele. plenamente munido (ou completamente equipado) para toda boa obra" (2Tm 3. que seu apelo "não procede de engano" (ITs 2. traço que deparamos ao estudar as dez (ver Rm 9. 9) se encontra também em 1 Timóteo 3."quase doxologias" . 4. 2. que gerei entre algemas. 2Tm 3.18.17.18). Além disso. 2 Timóteo 1. outros exemplos de ustilo elevado .?" (1 Co 14. Ele. "apresentar-se como sacrifício vivo. 14)..$áveT(xi. atualmente.14. l T m 6. 2.2.. originalmente significa "ele se apodera de (Xa\i^ávçxai) juntamente com (ovv) uma pessoa. Ver. Tito 1. por exemplo.. Daí.10. O verbo inteiro é o\)vavTiXoL[i. proveitoso: "sim. essa palavra. é útil a ti e a mim" (Fm 10. 11. 3.13.16) e aútoicaraKpLtoç (condenado por si mesmo. " T h e M e a n i n g o f the P r e p o s i t i o n kvxí in t h e N e w T e s t a m e n t " . Tt 2. 3.. Paulo gosta de "compostos breves" (E.15. de modo que leva a carga no lugar (àvxí) dessa pessoa. solicito-te em favor de meu filho Onésimo.8. Tt 3. antes. 6.H Aqui também as Pastorais se assemelham às dez.é bem conhecido e pode ser ilustrado por várias passagens das dez epístolas. 2Tm 4.em lTm 3. Ef 1. 14.1. senão o Paulo que conhecemos à luz das dez epístolas. Beóuvcvoxoç (inspirado por Deus. poderia ter escrito esta liH . ICo 15. O amor de Paulo por frases "em aposição" . ôiaTTapatpípcu (altercações mútuas ou atritos sem fim. O súbito irromper de doxologias.. lTm 6.5. 16. 84.13. (que é) seu serviço segundo a razão (ou culto racional)" . A expressão de sua indignidade pessoal (Ef 3. 16. lTm 5. 6.7.1. Exemplos semelhantes de aposição ocorrem por todas as Pastorais. 15.exáõoxoL (disposto a partilhar com outros. a fraseologia "se não.36.17. Ora.14. atestando compostos tais como Kaxaaxpr\viáou)OLv (se tornam levianas.9) recorre em 1 Timóteo 1. e cf. Simpson). 16. generoso.3ss. significa útil. benéfico. K. 1 Timóteo 1.INTRODUÇÃO 25 lo também quem faz uso do fato de que o nome de um escravo fugitivo. quem.5).20) aparece uma vez mais nas Pastorais ( l T m 1. porém.ver. pp.11). ajudar. ou seja. . Ele às vezes escolhe termos que são compostos de várias palavras (às vezes uma ou mais preposições mais um verbo). por exemplo.11). é ele quem diz que o Espírito Santo nos ajuda em nossa fraqueza.15. 10. como.16.27..6. 11). além disso. ei)p. te foi inútil. 83. Onésimo. ou enfrentando essa pessoa ou assumindo seu lugar. D i s c u t i este v e r b o e m m i n h a d i s s e r t a ç ã o d o u t o r a i .5..1. Romanos 12. (2Tm 4.314. guardei a fé". 1. As declarações breves sobejam nas dez. quem escreva ou sobre que tema escreva. em todas as épocas de sua vida. 2.9-14 ao lado de 1 Coríntios 13. empregue o mesmo estilo sem variaçãol Naturalmente admito que há um notável contraste entre a fraseologia de estrutura extensa e complexa de passagens como Efésios 1. 1.7.26 EPÍSTOLAS PASTORAIS nha intensamente pessoal e exuberante: "Combati o bom combate. empregue um estilo mais reservado? Sentir-nos-íamos surpresos com o fato de que com freqüência nas Pastorais notamos que esse fervor rude e vigor fogoso dos primeiros anos haja desaparecido? . Porém. por outro lado. esta comparação é justa? As sentenças extensas não estão completamente ausentes das Pastorais (ver lTm 1. e sem importar a.5-8.). 8)? Um relance nas frases das Pastorais que Harrison sublinhou (para indicar que também se encontram nas dez) acrescenta ao acúmulo de evidência em favor da autoria paulina. sim. então o autor de 1 Coríntios 13 não poderia ter escrito a epístola a Filemom. mas junto de 1 Tessalonicenses 5. e as muitas admoestações breves e cheias de conteúdo das Pastorais.12-22 para comparação.18-20. completei a carreira.8-11. de um lado. com a forma de expressão mais calma e prosaica que caracteriza grande parte do material das Pastorais. quando a carreira estava chegando ao fim. e. etc. Não se deveria comparar 1 Timóteo 2. Tampouco dever-se-ia alguém pôr Tito 3. O argumento segundo o qual Paulo não poderia ter escrito as Pastorais uma vez que o estilo de certas passagens nas dez não é característica de 1 Timóteo e Tito nada prova ou prova demais. Filipenses 2.5-7. nem o autor de Romanos 8 poderia ter escrito Romanos 13! Além do mais. Tampouco é justo comparar o tom exuberante de certos parágrafos nas dez.8-15 com o vigoroso clímax de Romanos 8. Se as variações no estilo provam um autor diferente. Existe algum autor de nota que sempre. ainda que não fosse a intenção de Harrison abonar tal conclusão.5-7. com uma passagem mais ou menos semelhante: 1 Coríntios 11. não é inteiramente natural que o homem que estava bem avançado em anos ao escrever as Pastorais.1-16. etc. em todas as circunstâncias. agora. poder-se-ia esperar que as costuras fossem percebidas! Além do mais. um homem que se havia apaixonado pelo mundo (contrastar com Cl 4.INTRODUÇÃO 27 Quando as Pastorais são comparadas com aquelas seções das dez que formam a base de uma comparação legítima. acomodou-as a sua própria composição.que seu estilo é caracteristicamente paulino. Há um breve esboço de sua "primeira defesa". Fm 24). que em nenhuma parte é tomado por Paulo como desertor. E dificilmente provável que um forjador usasse tantos nomes pessoais. e assim deu a impressão de que Paulo era o autor do todo. e que inventou situações irreais . torna-se evidente como já se indicou por numerosos exemplos .10). não teria falado de Demas em tom desfavorável (2Tm 4. Seguramente. o estilo dessas três breves cartas é tão notavelmente paulino que vários críticos se dispõem a abrir uma concessão. essa solução não encontrou aceitação geral. ainda que alguns críticos (especialmente alguns dos primeiros) tenham sido bastante ousados a ponto de considerar também essas notas pessoais como sendo obra de hábil falsificador. Mas a alternativa proposta por outros críticos negativos é algo melhor? Esta alternativa transforma o autor das Pastorais num adaptador que tomou certas passagens genuinamente paulinas. por exemplo. o qual tentou dar colorido e verossimelhança a seu hábil produto literário. não é estranho que da correspondência original entre o grande aposto- . especialmente os pergaminhos.14.porém de aparência real .com o fim de alcançar seu objetivo. Como já se observou. ao mesmo tempo que bafeja ares de profundo respeito pela verdade. Admitem que num ou noutro lugar se encontra material genuinamente paulino. Aliás. Além do mais. Ora. Nesse parágrafo ele solicita a Timóteo que venha antes do inverno e traga a "capa" do prisioneiro e os livros. ele se veria obrigado a fazer que suas notas de toque pessoal assumissem um aspecto por demais real e vivido. Demas é descrito como um renegado e Lucas. E saudações pessoais são enviadas a várias pessoas. as notas pessoais que se encontram em 2 Timóteo 4. Esta teoria. Uma passagem um tanto parecida é Tito 3. E de muitos ângulos objetável. como leal.12. não explica como é que as transições do material genuíno ao forjado veio a ser tão fluente. porém.6-22. pode responder facilmente aos críticos neste ponto. da doutrina da salvação pela fé em Cristo sem as obras da lei.9. A cruz já não é mais o centro.4).28 EPÍSTOLAS PASTORAIS lo e seus associados ficassem somente umas poucas notas pessoais genuínas? Em suma.16.5. Qualquer leitor da Bíblia no idioma inglês [e português] que estude cuidadosamente as Pastorais do início ao fim. Fp 2. lTs 1.5. e é totalmente admitida. como era de se esperar. cf. sendo o próprio Senhor Jesus Cristo um homem ( l T m 2. Rm 9. a aceitação de Paulo como o autor de todo o conteúdo. Naturalmente. G1 2.5.21-24). de conformidade com os dados apresentados.10. A. a teoria é vulnerável à luz de diversos aspectos. N o v a York. cf. 4 2 .4. cf. que Paulo é o autor das Pastorais. Ele é o Mediador entre Deus e o homem. . Rm 3. a saber. A salvação deles se deve à graça de Deus em Cristo. observa que são vãs as reiteradas tentativas de descobrir nelas "as notas breves escritas por Paulo". The Mysticism of Paul the Aposlle ( t r a d u z i d o p a r a o i n g l ê s p o r W i l l i a m M o n t g o m e r y ) .4. São chamados escolhidos (2Tm 2. (3) /l teologia não é a de Paulo. Ef 1. Cl 2. Albert Schweitzer. 9. Cristo é Deus (Tt 2. Tt 3. Há uma ênfase indevida nas boas obras. e que esteja familiarizado com a doutrina de Paulo como apresentada nas outras dez epístolas. Rm 9. indica somente um sentido. essa doutrina é expressa de forma inequívoca em mais de uma passagem. S c h w e i t z e r . é verdade que nas Pastorais não há uma exposição detalhada. 6).13.14. mas.9). Causa perplexidade que ainda se reitere tal argumento. cf. e hoje é rejeitada por muitos dos próprios críticos negativos. ICo 8. quando se tem em conta todos os fatos.5. A verdade é que a doutrina que é ensinada e pressuposta nas Pastorais é claramente a mesma sustentada nas dez: Os redimidos foram escolhidos desde a eternidade. p. 9 Ora. Não obstante. a verdadeira alternativa à teoria de "recortes e colagem" ou "quebra-cabeça" dos críticos não é negar completamente que Paulo fosse o autor. e não às obras humanas ( l T m 1. negando que seja Paulo o autor das Pastorais. O argumento do estilo. 2Tm 1. i 93 i.6. de forma bem apropriada. Esta fé implica a união mística com Cristo: morrer com ele. alguém sente-se levado a perguntar: "A alta crítica é realmente científica?" Deus.16. em seguida vem o fruto.12. Primeiro vem a árvore. 16.INTRODUÇÃO 29 Seu propósito ao vir ao mundo e assumir a humanidade foi salvar pecadores.36. Os homens são salvos por meio da fé neste Mediador divino e humano. reinar com ele (2Tm 2. .18. Para abonar o ponto de vista de que quem quer que haja escrito as Pastorais está aqui combatendo o ponto de vista dos gnósticos do segundo século. mesmo na recente.4-8. 18. 3. cuidou para que nas três epístolas finais de Paulo se realçasse o fruto (boas obras) da fé. As boas obras são necessárias (lTm 2.9. 2Co 8. Em tudo isso. ou seja. onde existe contraste em doutrina.° século. cf. 2Tm 4. G1 5.27). sofrer com ele. Portanto.10).8).4.17. especialmente o marcianismo. Ef 2. 2Tm 2. Marcião foi expulso da igreja de Roma no ano 144 d.15. posto que nas cartas precedentes foram apresentadas a natureza da fé e a necessidade dela em contraste com as obras da lei.0 século. em sua providência.8. dos quais Paulo se considera o principal ( l T m 1.11.11-14. Rm 11. cf. as Pastorais certamente foram escritas por volta dessa data. Rm 1.10. Tt 3.17) e devem ser consideradas como fruto da graça de Deus (portanto. 6.22. isto demonstra que Paulo não poderia ter sido seu autor.9. geralmente se põe ênfase nos seguintes pontos: (a) As "genealogias" ( l T m 1. Jesus Cristo (2Tm 1. Ef 3. viver com ele.8).9) são os "aeons" que emanam do seio de Deus dos gnósticos do 2. cf.17). 8. Ef 2. cf. fruto da fé) que opera no crente (Tt 2. não antes do segundo quarto do 2. ICo 15.C. contraste supostamente tão marcante e definido que o autor das dez não poderia ter sido o autor das três? Quando na literatura. ainda se defende uma posição tão completamente insustentável e não se proporciona evidência de qualquer tipo.0 século.11. 3. cf. Rm 6. 12.22-24. Ora. A glória de Deus é o propósito principal do homem ( l T m 6. (4) Ai" Pastorais atacam o gnosticismo do 2. O Livro de Jubileus está repleto de especulações que adornam nomes e histórias do Antigo Testamento. também Crônicas).T. Lembram imediatamente as que se encontram no livro de Gênesis (cf. à luz de todo o contexto. (e) As afirmações de que toda a Escritura é inspirada e útil (2Tm 3.16).30 EPÍSTOLAS PASTORAIS (b) As "fábulas" (Tt 1. como se contivesse pelo menos um elemento considerável de valor. são claramente judaicas em seu caráter. que tem sido tão freqüentemente e tão habilmente refutado. feita por Marcião). (c) As práticas ascéticas contra as quais o autor faz advertência ao condenar os pontos de vista de quem proíbe o matrimônio e impõe a abstinência de alimentos ( l T m 4.20 confirma o argumento. Com respeito a (b): As "fábulas" ou os "mitos" são indubitavel- . A resposta é clara e simples: Com respeito a (a): As "genealogias". esteja ainda sendo reiterado. Mas em parte alguma da literatura gnóstica a palavra "genealogia" é usada como sinônimo de "aeon". Os judeus eram mestres renomados na arte da eisegesis (introduzir os pensamentos e sentimentos do leitor na passagem. o próprio Marcião não discute os aeons. é muito estranho que para algumas pessoas este argumento de seis pontos.14) ou "mitos" representam especulações gnósticas do 2. Seguramente. Não se deve confundir seu ensino com o de Valentino. seja como um todo ou em parte. a carne e o vinho. que rejeitava todos os livros do Antigo Testamento e estabelecia uma aguda antítese entre o Jeová meramente justo do Antigo Testamento e o Deus gracioso do Novo Testamento (ou seja.° século. (f) O "próprio título do livro de Marcião" ("Antítese") em 1 Timóteo 6. rebelando-se contra o matrimônio. oposto a exegesis: extrair o sentido que o autor lhe deu). (d) A negação da ressurreição corporal (2Tm 2.° século não poderia ter sido Paulo que morreu no século! Aliás.3). apontam para Marcião que praticou o mais estrito ascetismo.° século. Ora.18) era uma característica do dualismo gnóstico do 2.5) não podem deixar de apontar para Marcião. quem menciona o título da obra de um autor que floresceu no 2. e que há um só Deus (lTm 2. da edição mutilada do N. 724 ftHíiflefíyÇfcE. porém. a conclusão iniludível será que " toda a Escritura é inspirada por Deus e útil". a saber. em forma incipiente. quando o autor está falando de um Deus. 60. quando usa a expressão "toda a Escritura". Em outras ocasiões a rejeição era implícita.Bua Senador Pompeu. Portanto.° século que.18) não prova o que os críticos estão tentando provar. tal como o de Marcião. Com respeito a (e): As passagens a que se faz referência deveriam ser lidas à luz de seus próprios contextos específicos. em vista do extenso argumento de Paulo em 1 Coríntios 15.001-970 31 mente chamados judaicos (Tt 1. Não prova que Paulo não escreveu as Pastorais.14). Então torna-se evidente que.° século. como em nosso tempo: designa um sentido espiritual para o termo ressurreição. Está contrastando o uso incorreto com o uso correto das Escrituras. Paulo. poderíamos admitir prontamente que 1 Timóteo adverte contra o gnosticismo ascético. Tampouco está pondo o Antigo Testamento numa relação antitética com o Novo. As vezes se rejeitava franca e diretamente a idéia da ressurreição do cotpo.18 faziam precisamente isto. Aqui não há nada que esteja contra o fato de que um autor do 1 s é c u l o . é evidente que a afirmação: "a ressurreição já ocorreu" (2Tm 2.1623. não está contrastando um Deus do Novo Testamento com um "demiurgo" do Antigo Testamento. não prova que o autor era contemporâneo de Marcião. Quando se faz uso correto das Escrituras de modo que se permaneça em seu claro ensino. Com respeito a (c): Os críticos parecem ignorar que o apóstolo Paulo advertiu contra tendências ascéticas afins em Colossenses 2. Por exemplo. simplesmente não é justo equipará-los com as extravagâncias do gnosticismo do 2. Finalmente. eqüivaleria ao seguinte silogismo: . Manifestou-se em formas diferentes. sob a diretriz do Espírito. Com respeito a (d): A negação de uma ressurreição física "é tão antiga quanto as colinas". os hereges descritos em 2 Timóteo 2. possa. Então. já existia em seu próprio tempo. devemos concluir que Colossenses pertença também ao 2. Isso. com respeito a (f): Se isto tem algum valor. Em todo caso.° século? Além do mais. predizer o desenvolvimento de um erro no 2. contra os que diziam: "Não existe ressurreição dos mortos". Conclusão: Portanto. O erro contra o qual as Pastorais advertem é tanto presente ( l T m 1. o que o autor tinha em mente não é o contraste de Marcião entre o Cristianismo e o Judaísmo. ao falar de "antítese".10-16. alguém poderia dizer: Premissa maror: O autor do livro de Gênesis escreve sobre o Paraíso. não é um sistema organicamente unificado. uma coincidência meramente verbal entre uma palavra usada por um autor e um título usado por outro não pode ser usado como argumento convincente para determinar o autor. 9. ainda que seja um fato que a heresia condenada pelas Pastorais tinha certos traços em comum com o gnosticismo do 2. à qual contribuíram não só a filosofia platônica.1-9) . facilmente chegará à conclusão de que.4. a árvore da vida.° século. o autor do livro de Gênesis teria lido o livro Apocalipse. Conclusão: Portanto. autor do final do I s é c u l o d. isso de forma alguma as identifica como uma só. Tt 1. 10.16-18. mas também o misticismo oriental. 2Tm 3. 19. o autor das Pastorais teria conhecido o livro de Marcião. Premissa menor: O apóstolo João. 5. mas um sincretismo ou adição religiosa especulativa. no título de um livro que escreveu.° século. também faz uso do termo "antítese".7. 6.20 com uma mente imparcial e à luz de toda a epístola. emprega as mesmas palavras em seu livro Apocalipse. 17. 3. o rio. mas teve sua origem muito antes na História.tomados em conjunto abarcam toda a . Portanto.32 EPÍSTOLAS PASTORAIS Premissa maior: O autor das Pastorais faz uso do termo "antítese". Além do que se disse em resposta ao argumento dos críticos. 4. o Judaísmo Cabalístico e o Cristianismo.9) quanto futuro ( l T m 4. De forma semelhante.3-7.. Seguramente.° século. a serpente. 2Tm 2. Além do mais. Ora. quem quer que leia 1 Timóteo 6. herege do 2. notese o seguinte: Cada vez mais se reconhece hoje que o gnosticismo não surgiu repentinamente no 2.1-3. mas as opiniões conflitantes dos que especulavam sobre as genealogias judaicas. Premissa menor: Marcião.C. a saber: que em linhas mestras o erro aqui condenado se refere à lei veterotestamentária e sua interpretação (ver ITm 1. contudo. Outros críticos. Evidentemente também nesse caso gostariam de ignorar que alguém o elaborou.1. muito mais que no tempo de Paulo. com oficiais assalariados. que evidentemente estavam servindo sob sua diretriz. este é um dos piores. por certo.7. 2Tm 4. o qual prova que Paulo não poderia ter escrito as Pastorais. Um crítico chama isso de "o argumento principal". cujas qualificações haviam se tornado padronizadas. Tt 1. 3.INTRODUÇÃO 33 nova dispensação até a vinda de Cristo. Tt 1. os autores mais criteriosos já não mencionem "o argumento baseado na heresia que aqui se condena". Em seu tempo. enquanto as Pastorais reconhecem apenas um "bispo" (ITim 3. é ao mesmo tempo mormente doutrinai (lTm 4) e mormente moral (2Tm 3). cf.7). tudo aponta para o 1 s é c u l o e o tempo e época de Paulo. entre os inúmeros argumentos pobres que se têm apresentado em defesa da teoria de que Paulo não poderia ter escrito as Pastorais.° século nada teve que ver. não surpreende que mesmo entre os críticos. 5. elas falam de muitos "presbíteros" ou "anciãos" (Tt 1. afirmando ser evidente o princípio de organização em forma de pirâmide à luz do fato de que. um fato é muito evidente. Portanto. 2. E.4. E foi exatamente essa lei com a qual o gnosticismo do 2. Em contrapartida. Pelas razões indicadas. não há nada aqui que impulsione alguém a buscar um autor do 2. Parece que lhes agradaria ignorar que ele foi sempre seriamente usado contra a autoria paulina das Pastorais.9).5). (5) As Pastorais revelam um marcante progresso na organização eclesiástica.4. Pelo contrário. produz-se dentro efora das portas. ainda não existia um ministério oficial. Os fatos são os seguintes: (a) E errônea toda a concepção segundo a qual o ofício eclesiástico . A ênfase é posta aqui. no tempo em que as Pastorais foram escritas havia urna organização bem mais complexa. Alguns tentam "reforçálo". evitam escrupulosamente fazer referência ao argumento em qualquer de suas formas. Não obstante.14.° século. 6. a qual ele comprou com seu próprio sangue" (At 20. Portanto. sobre a partida desta esfera terrena. o termo "ancião" (ou "presbítero") e "supervisor" (ou "bispo") são claramente sinônimos. 28). com base em tudo isto por certo que não surpreenderia que nas epístolas que o apóstolo escreveu um pouco antes de sua morte. 1 Pedro 5.30).1. Filipenses 1. sobre o Evangelho de João. como se prova à luz de Tito 1.5-7 (cf.N. Numa epístola escrita da prisão se faz menção de "bispos e diáconos" (Fp 1. sobre 1 Tessalonicenses 5. II. e vos admoestam" (ver C. Desde seus primórdios. especificasse certas qualificações e regulamentações para o ofício.23). tanto doutrinai quanto moral.2). Ao regressar de sua terceira viagem missionária.T.T.N. Paulo havia constituído "anciãos em cada igreja" (At 14. (b) A noção de que no tempo de Paulo não havia ainda um ministério oficial está em conflito com os fatos mencionados nas Escrituras. (c) Nas pastorais. é verdade que os ofícios extraordinários foram gradualmente cedendo espaço aos ordinários. não surpreende que o ofício "ordinário" de "supervisor" (bispo) ou "ancião" seja introduzido aqui como proeminente. Paulo "convocou os anciãos da igreja" (de Efeso ou de Éfeso e seus arredores).1-6). Ver C.12. Naturalmente. ofício que num sentido foi um prolongamento natural da instituição de anciãos no Israel antigo.1-7. . As Pastorais são os últimos escritos de Paulo. Já em sua primeira viagem missionária.34 EPÍSTOLAS PASTORAIS (comissão divina que implica autoridade sobre vida e doutrina) foi surgindo com o passar do tempo.1. Já foi indicado que numa das primeiras cartas escritas por Paulo faz-se menção definidamente de "aos que trabalham entre vós. a Igreja tinha anciãos (At 11. E também muito natural que Paulo. lTm 3. 13). e vos presidem no Senhor. o ofício de "supervisores" ou "anciãos" é reconhecido como já bem notório.1). Ora.17. vol. de modo a que igreja se guardasse contra as devastações causadas pelo erro. e que num tempo posterior isso deu lugar aos ofícios eletivos. Ver comentário sobre esta passagem. Jerusalém tinha seus diáconos (homens que "serviam às mesas") muito antes que Paulo empreendesse suas viagens missonárias (At 6. a igreja "do Senhor. É simplesmente incorreto dizer que no princípio havia só liderança espontânea com base apenas nos dons espirituais. Ele os caracteriza como bispos sobre o rebanho. p p . em sua primeira viagem missionária Paulo de Ibrma alguma passou para a Europa (para Macedônia). o autor lembra a Timóteo que ele ordenou que este ficasse em Efeso enquanto ele se dirigia ao noroeste partindo de Efeso em direção à Macedônia ( l T m 1. as viagens que estão implícitas nas Pastorais.3). e para os quais de fato não se pode achar lugar no espaço da vida do apóstolo que cobre Atos. Vol. e de volta.C. segundo Atos. I I. Ver seu livro Introduction to 1918.6). de sua vida desde que perseguia a Igreja até o final de sua prisão. onde ele aparece como um episcopado congregacional (não diocesano). S c h a ir. p. J. Surge passo a passo e se faz evidente pela primeira vez nas epístolas de Inácio de Antioquia (que sofreu o martírio cerca do ano 110 d. (6) Posto que Paulo não foi libertado de sua primeira e única prisão em Roma.°. um sistema de governo eclesiástico no qual o bispo governa sobre os presbíteros. porque é um fato que as Pastorais implicam um número de viagens que não pode enquadrar-se nos itinerários de Paulo que são relatados no livro de Atos. N o v a York.° século. 2. não é possível que Paulo tenha escrito essas epístolas. llixtory ofthe Christian Churcli. em que "bispo" é simplesmente outro nome para "ancião" ou "presbítero". portanto. ele foi de Corinto 10.14). Moffatt declara ousadamente que na realidade Paulo não saiu de sua prisão." Esse ponto de vista tem sido defendido por muitos antes e depois dele. Ora. Na segunda viagem: na ida. Também o informa (a Timóteo) que ele (o autor) espera ir vê-lo em breve ( l T m 3. não esteve em Efeso. terceira e d i ç ã o . que narra a história. Ora. ofthe New 132-148. o Espírito Santo o proibiu de falar a palavra na Ásia (At 16. 4 1 7 . parece ter surgido durante o período de transição obscura: o fim do 1 s é c u l o e princípios do 2. e não ao 2°. the Literature Testament.INTRODUÇÃO 35 (d) O episcopado. se isso fosse correto. Ver u m r e s u m o d e t o d o o a r g u m e n t o a c e r c a d o s u r g i m e n t o d o e p i s c o p a d o e m P . esse mesmo fato indica que as Pastorais. mas que foi morto. então os críticos já triunfaram em seu argumento. O seguinte deixará isso bem claro: Quanto a 1 Timóteo. não deixa lugar para.). 10 ()ra. . 1924. corresponde ao l. e posto que o livro de Atos. em sua viagem a Roma. Em brusco contraste com isso. espera-o em Trôades e. ICo 16.15. a situação é semelhante. porém foi para Macedônia e Corinto (At 19.10.5). Finalmente. embora ele e Lucas navegassem "a sotavento de Creta". Chegando a Roma. Paulo realizou uma poderosa tarefa em Éfeso (At 19). Mas dessa vez Timóteo não foi deixado em Éfeso. 2Tm 4. Segundo Atos. Quase todos o haviam abandonado.36 EPÍSTOLAS PASTORAIS para o oriente de Éfeso.1). finalmente. e chegassem a Bons Portos.10). a notícia da prisão romana registrada em Atos e nas epístolas de Paulo da prisão (as prisões anteriores certamente não entram no quadro aqui) termina com esperança (ver .7-15). está com ele em Jerusalém (Rm 16. que não realiza nenhuma obra evangelística na ilha. E na viagem a Roma. E o livro de Atos termina com o relato desse acontecimento. considerado "malfeitor" (2Tm 2. 11).3-5. onde espera passar o inverno (Tt 3.6. Com respeito a Tito. e que não podia dizer nada acerca do lugar onde esperava passar o inverno ou onde desejava encontrar Tito (ver At 27. via Cesaréia a Antioquia (At 18.7. Humanamente falando. porém. em seguida para o sudeste. em nenhuma das três viagens missionárias Paulo chegou a Creta.16. e em seguida regressou com Paulo para Macedônia (2Co 1. provavelmente. At 20. porém. 4.17). na véspera de sua execução. E. 17). regressa com ele à Macedônia. 8!). na costa oriental do mar Jônico). Segundo essa Epístola Pastoral. Havia chegado (ou está para chegar) o momento de sua partida do cenário terreno (2Tm 4. o escritor deixou Tito em Creta para completar a organização das igrejas nessa ilha (Tt 1.31) e também cruzou depois para Macedônia (At 20. seguiram-se dois anos de prisão.12).1.17.21.18-23). ICo 4. cf. Ele então instrui seu colaborador a encontrar-se com ele em Nicópolis (em Epiro. Em nenhuma parte se vê sua libertação. 2 Timóteo pinta um prisioneiro (em Roma. Somente Lucas está com ele (2Tm 1. Só depois de uma diligente busca foi que Onésimo pôde encontrá-lo (2Tm 1. na ida. 22. 16. É evidente que nesse relato do livro de Atos não há espaço para a suposta viagem em 1 Timóteo. Continuou ali bastante tempo (três anos. Éfeso ficou a longa distância ao norte. Em seguida vai com Paulo a Corinto.3). as perspectivas são muito tristes (ver. Na terceira viagem. o apóstolo é apresentado como um prisioneiro.9). 2Tm 1. At 20. 18).21. E v e r GThT. 3. verá nova- 12. 6 0 . G . " H e t P r o c e s van d e n A p o s t e i P a u l u s " . 61. Vol. JBK L X X ( d e z e m b r o d e 1951). 38). Tampouco disse Paulo: "Eu sei que nenhum de vocês. Teria feito mais viagens e teria sido novamente preso. 1924. L. 2. p p . entre os quais passei pregando o Reino. 31). inferência que se deriva da declaração do apóstolo aos anciãos efésios. e nutre esperanças de ser posto em liberdade em breve (At 28. verá novamente minha face" (At 20. Fp 1. anciãos. e desse modo não voltaria a ver os crentes de todos os lugares por onde passara. . O apóstolo vive numa casa alugada à sua própria custa. 26. posto que a nota favorável com que termina seu relato levaria os leitores a esperarem seu livramento" (At 28. Numa edição da revista Journal of Bíblica! Literature.INTRODUÇÃO 37 também pp.3. v. o argumento que afirma que se Paulo tivesse sido posto em liberdade o autor de Atos teria registrado isso . ( 1 9 5 5 ) .como se Atos fosse a biografia de Paulo! . 2 7 7 2 8 4 .30. L e i d e n . 38-39). mais recentemente parece ter-se iniciado a volta à posição conservadora. Lucas certamente o teria assim indicado. procuraram ignorar o assunto.25. V e l d h o e n . o apóstolo não disse: "Eu sei que nunca voltarei a Efeso". A conclusão é inevitável: se Paulo escreveu as Pastorais. teria sido posto em liberdade da prisão romana registrada em Atos.tem de defrontarse com o contra-argumento: "se não fora posto em liberdade. 12 Ora. P. ou seja: "Agora sei que nenhum de vocês. pelo menos. E não tem apoio a conclusão de que Paulo nunca voltou a I ileso. cf. que estão em Efeso. Fm 22). de confirmar as igrejas e de ir de lugar em lugar pregando o evangelho do reino. Não obstante. Pherigo argumenta enfaticamente em prol da posição de que Paulo foi realmente posto em liberdade da prisão registrada em Atos. Nr.30. quem quer que esteja disposto a examinar a evidência se dará conta de que os argumentos contra a posição de que Paulo foi posto em liberdade são muito fracos.25. P h e r i g o . Nessa passagem de Atos. Por muito tempo os críticos (intimidados pelo prestígio de Mof1'att?) negaram a historicidade de sua soltura ou. 55. " P a u l ' s L i f e A f t e r the G l o s e o f A c t s " . Por exemplo. e portanto não poderia ter escrito 1 Timóteo 1. mas predisse que não voltaria a reassumir pessoalmente a tarefa de percorrer a Ásia Menor. Ver t a m b é m a d i s s e r t a ç ã o d o u t o r a i d e N . e que ele trabalhou uns poucos anos mais. L . 7). o apóstolo é tratado humanamente pelo centurião Júlio (At 27. Cláudio Lísias escreve uma carta em seu favor (At 23.31-23. H. mas: "Eu sei que todos vocês entre os quais tenho andado pregando o evangelho do reino não mais verão minha face. como o vemos.12-35). fez mais algumas viagens. pp. Uma vez mais é resgatado pelo tribuno. Festo diz ao rei Agripa que Paulo nada fizera que merecesse a morte. rumo a Roma." O apóstolo estava dirigindo-se aos anciãos como representantes das igrejas da Asia Menor. 13 Os argumentos em prol da posição tradicional (e.9). A s s i m t a m b é m F. Depois da tempestade e do naufrágio. e poderia ainda implicar essa libertação. primeiro diante do povo e em seguida perante o concilio judaico (At 21. L c n s k i . Lucas enfatiza continuamente a justiça relativa. 13. permite-se que Paulo se defenda. W. chega a Roma. foi preso pela segunda vez. At 20. . Resgatado por um tribuno militar das mãos da multidão assassina em Jerusalém. e então foi executado. agora de um grupo de mais de quarenta judeus obrigados por voto. e uma terceira vez. dirigida ao governador Félix. Quando Festo sucede Félix. o apóstolo apela para César. 843. porém. o deixa na prisão. são os seguintes: a. prisão essa durante a qual escreveu 2 Timóteo. C.10). que em seguida também lhe salva a vida (At 27. 844. Com tais palavras. não se excluía a possibilidade de uma breve visita a Éfeso. e lhe permite apresentar sua defesa diante do rei. sendo acolhido hospitaleiramente pelo chefe da ilha de Malta (At 28.3). O que se exclui é algo comparável com a atividade diária da obra do reino na região de Éfeso durante três anos (ver o contexto.31).38 EPÍSTOLAS PASTORAIS mente minha face". É trasladado para Cesaréia.43). Este também permite a Paulo defenderse. querendo fazer um favor aos judeus. e depois de haver coberto a etapa final da viagem. numa das quais escreveu 1 Timóteo e Tito. que disputam entre si (At 23. No barco. e às vezes as qualidades de amizade e cooperação das autoridades romanas. ver R. G r o s h e i t l c cm s e u s c o m e n t á r i o s s o b r e esta p a s s a g e m em Korte Verklciring. dessa vez das mãos dos fariseus e saduceus. O livro de Atos leva o leitor a esperar o livramento de Paulo. Interprelation ofihe Acis. P a r a u m a s o l u ç ã o d i f e r e n t e do p r o b l e m a de A t o s 2 0 . 2 5 . correta) de que Paulo na verdade foi libertado de sua primeira prisão romana. b.C. e Paulo foi posto em liberdade.25-27. .vii). terem sobrevivido e serem aceitas pela igreja primitiva como autênticas e inspiradas. e testificando diante dos governadores.21 aponta nessa direção?).24. 2. aos corín1 ios. Não surgindo nenhuma (Atos 28. Ainda que se trate de um prisioneiro que espera seu julgamento. em seguida foi preso pela segunda vez e. o apóstolo nutria o desejo de ir à Espanha (Rm 15.30. deixando um extraordinário exemplo de paciência" (Primeira Epístola de Clemente aos Coríntios. tendo cumprido 0 requisito legal dos dois anos. 31). e não uma execução. d. o centro do império.INTRODUÇÃO 39 onde se lhe permite viver por conta própria com um soldado a guardálo (At 28. V. Que ele foi posto em liberdade. e havendo chegado às fronteiras do Ocidente. que pressupõem viagens que exigiriam a libertação e uma segunda prisão. de Roma. As epístolas de Paulo escritas da prisão revelam que ele esperava ser posto em liberdade (Fp 1.16). concede-se-lhe uma considerável liberdade pessoal.. Aliás. O próprio fato de essas Epístolas Pastorais. ou seja. parece apontar na direção de uma tradição forte e antiga em prol desse aspecto. tendo ensinado a justiça a todo o mundo. bem como a oportunidade de pregar o evangelho (At 20. 28). é certamente a interpretação mais natural da passagem muito discutida de Clemente de Roma que. foi à Espanha. admoestando-os a pôr fim a suas lutas oriundas dos ciúmes. e. Certamente a noção de que ele fora então condenado e executado destoa completamente de todo o relato precedente. disse: "Paulo . Não se tem estabelecido se essa interpretação é correta.. c. O argumento primordial é este: os capítulos finais de Atos pressupõem uma libertação. Fm 22).. ainda se tem sugerido (ver o artigo de Pherigo supramencionado) que a expressão "permaneceu dois anos completos" numa casa alugada (ou "por sua própria conta") poderia ter um sentido legal. deixou este mundo e foi levado para o Lugar Santo. que esperou os dois anos completos (limite estabelecido pela lei?) durante os quais os acusadores teriam a oportunidade de insistir com suas acusações. tendo prestado testemunho diante das autoridades. escrevendo na última década do 1 s é c u l o d. foi executado. o julgamento encerrou-se por desistência.24. Ainda muito antes da prisão romana registrada em Atos. Ver o artigo de P h e r i g o . chegou ao fim de sua narrativa declarando que Paulo passou em liberdade dois anos completos em Roma. S a n F r a n c i s c o .C. s u p r a m e n c i o n a d o . pp. i n d i c o u os celtas c o m o a n a ç ã o ocidental. t a m b é m L i g h t f o o t . 14 De forma semelhante. A tradição sustenta que o apóstolo. fez-se evidente que o assim chamado argumento "histórico" contra a possibilidade de Paulo haver escrito as Pastorais não tem mais substância do que têm os demais. se refere naturalmente ao extremo ocidental da Europa. 15 E o grande historiador da igreja. e que pregava a palavra de Deus sem impedimento. no 5. . c o m o o afirma claramente ao o m i t i r a p a i x ã o de P e d r o a s s i m c o m o a p a r t i d a de P a u l o . Eusébio. O que já se disse basta para indicar a inadequação dos argumentos dos críticos. " "A c i d a d e " é R o m a . t a m b é m E. havendo se defendido. compôs a segunda epístola a Timóteo. 50. C h i c a g o . f a l a v a d o s p o v o s d a E s p a n h a .. 4 6 2 . 1956. se o intuito é contrabalançar o peso da tradição. 15. q u a n d o e s t e se foi da c i d a d e p a r a E s p a n h a .. Ver K r a e l i n g . 2).40 EPÍSTOLAS PASTORAIS A expressão "às fronteiras do Ocidente". s e n t i a eius s i n g u l a g e r e b a n t u r sicuti e t s e m o t e ( s e m o t a ) p a s s i o n e petri (Petri) e v i d e n t e r d e c l a r a t sed e t p r o f e c t i o n e pauli ( P a u l i ) a b u r b e a d s p a n i a ( S p a n i a m ) p r o f i c i s c e n t i ( p r o f i c i s c e n t i s ) . Conseqüentemente. com um propó- 14. T e o d o reto. St. Teodoro de Mopsuéstia e outros). A tradição posterior aceita uma segunda prisão em Roma (Crisóstomo. L o n d r e s . G. e ao voltar pela segunda vez à mesma cidade. especialmente quando usada por alguém que escreve de Roma. que nos entregou por escrito os Atos dos Apóstolos. significando ao mesmo tempo que já havia ocorrido sua primeira defesa e que seu martírio estava próximo" ( História Eclesiástica Il. 4 9 . n o 5.xxii. G á l i a e B r e t a n h a c o m o " o s q u e h a b i t a m n a s f r o n t e i r a s do o c i d e n t e " . Enquanto permanecia na prisão. sofreu o martírio sob o governo de Nero.° s é c u l o a. é claro. O u s o de S t r a b o é s e m e l h a n t e . declara de forma significativa: "Lucas. Jerônimo. voltou a ser enviado em seu ministério de pregação. 1. Supondo que as Pastorais foram as últimas epístolas de Paulo. A s s i m H e r ó d o t o .° s é c u l o d. também. O latim está d e t u r p a d o : lucas o b t i m c t h e o f i l e c o m p r i n d i t (para: L u c a s o p t i m o T h e o p h i l o c o m p r e h e n d i t ) q u i a s u b p r a . o coração e centro do império. N o v a York. 1869. o u s e j a : " L u c a s a s relata a o e x c e l e n t í s s i m o T e ó f i lo porque em sua presença ocorreram os fatos particulares. p. E preciso encontrar melhores razões. Clement of Rome. Rantl McNally Bible Atlas. escritas depois de sua primeira prisão em Roma.C. o Fragmento Muratoriano menciona a viagem de Paulo à Espanha. pelos menos em grande medida.1. 13.1). Sofreu muito em defesa da verdade.1. o autor era: (1) Um homem chamado "Paulo. 2. misturada ao corpo da carta (1. Assim vemos que essas três cartas identificam seu autor. servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo" (Tt 1. 2Co II.6. Ainda em detalhes menores.).1. como a alínea e: a presença e ausência de palavras de saudação no final da carta. cf. 22.19-21). Tt 1. (2) Não só o autor dá seu nome. foi divinamente designado para ser pregador e apóstolo ( l T m 1.T. 5.10. Convertido.. 9.1. Sobre a natureza da concepção da carta de Paulo. fica resolvido o principal problema.2b). (3) Esse homem escreve três cartas que. Como exemplo. Saudação final. 11. f. Designação da pessoa à qual a carta é dirigida (1. e.9-11. com um breve perfil da pessoa.N. O "Paulo" de ambas havia sido blasfemo e perseguidor da igreja (ITm 1. são semelhantes em estrutura às dez epístolas paulinas.3.15. ao que se encontra nas dez. a.7. 2Tm 1. c f . essas três epístolas se assemelham. b. 2. 2. At 14. At 9. De acordo com a informação proporcionada pelas próprias Epístolas. as três são semelhantes às dez. 26. Nesse aspecto. Ação de graças. 26.1.2a). Ali encontramos: a. 3. G1 1. sobre 1 e 2 Tessalonicenses. Saudação inicial (1.7). 22.14.3ss.2). no presente caso bastante detalhada (4.1. cf. por exemplo em sua viagem por Antioquia. com variações menores. l l . em suas variações. 2Tm 1. Esse perfil concorda com o que encontramos em Atos e nas dez acerca de Paulo. ou "Paulo.12-17. c. c.4. ICo 15. Assim Tímó- . Bênção. que não menciona o nome de seu autor. 2.1). 15. tomemos 2 Timóteo. Menção do nome e o ofício do autor (1. em contraste com Hebreus. ITs 1. 11.12.16-18. At 8.9). b. também dá um perfil de si mesmo. d. Icônio e Listra (2Tm 1.1). apóstolo de Jesus Cristo" ( l T m 1.INTRODUÇÃO 41 sito completamente distinto do das outras dez epístolas. 2Co 12.12. ver C. Obviamente Eusébio.2 com 1 Coríntios 4.19-23. 16) e de 1 Coríntios (16.4 com 2 Coríntios 2. e são dados vários nomes (4. 16.18). (6) Elas revelam um autor cujo ardente interesse pelas igrejas que estabeleceu. 5). de amigo para amigo (abrangendo tanto afeição quanto confiança).6. Em Tito. 23.19-21).13).1.iii. de quem se quer lembrar. (5) As três cartas mencionam nominalmente certas pessoas a quem. O testemunho da igreja primitiva está em harmonia com a conclusão que se tem derivado das próprias três epístolas. um a um. ao escrever em princípios do 4. sobre a relação de Paulo com Timóteo.19-21). Era a relação de alguém que escreve com autoridade a quem reconhece sua autoridade.42 EPÍSTOLAS PASTORAIS teo tem uma bênção final (6. por outras fontes.2. Quanto a isso. cujo estilo e cuja teologia apontam diretamente para Paulo. Ver o comentário sobre 2 Timóteo 4 e Tito 3. III. Assim Eusébio. havendo feito uma investigação completa da literatura que tinha ao seu alcance.° século.2. 13. Já observamos que ele faz menção específica de 2 Timóteo como composição do . e 8. o leitor deve comparar Tito 1. o leitor deve comparar 1 Timóteo 1. Poder-se-ia comparar isso com 2 Coríntios (13. 2 Timóteo 1. 23-30). Filipenses 2. não temos o direito de ignorar que alguns põem dúvida sobre a [epístola] aos Hebreus" ( História Eclesiástica.15: "Todos os que estão comigo o saúdam"). (4) Essas três cartas apontam para a mesma relação entre o autor e o destinatário (Timóteo e Tito) que nós conhecemos pelas cartas comumente atribuídas a Paulo (no caso de Timóteo) no livro de Atos.17. sabia que toda a igreja ortodoxa aceitava as Pastorais como tendo sido escritas por Paulo. 1 Tessalonicenses 3. como já se demonstrou (ver pp. 7.21b: "A graça seja com vocês"). e sobre sua relação com Tito. Isso se assemelha ao que se encontra no final de Romanos (cap.10. não obstante. Isso nos lembra Gálatas (6. a de um "pai" espiritual a um "filho" espiritual. a saudação final é muito geral (3. temos aprendido a reconhecer como companheiros e colaboradores de Paulo.13. e Filemom 1. e não uma saudação. declara: "Mas claramente evidentes e simples são as quatorze [epístolas] de Paulo.4. Colossenses 1. Em 2 Timóteo faz-se menção.17. 7. assim chamada falsamente" (1 Tm 6. lxiii). que depois chegou ele mesmo a ser um apóstolo de Jesus. 2.18. Clemente e Jerônimo. Ill. 3. 21). em sua obra Against Celsus: lTm 2. XXV). Certamente a opinião de uns poucos hereges não deve ser posta acima do considerado juízo de toda a igreja! De Eusébio podemos retroceder a Orígenes (cerca de 210-250). atribuindo esta passagem ao "apóstolo" (Siromata Il. disse em sua epístola a Timóteo: Esta é uma palavra fiel. 10. reimpressão em inglês de 1951.3. l l ) e a s atribui a Paulo: "Além do mais. Against Celsus I. ao vir pela segunda vez à mesma cidade ( Ecclesiastical History. "enquanto estava na prisão". Pelo menos essa é a explicação dada por Tertuliano. Tt 1. 1.às Pastorais.6-8. 10.14. em Prescription Against Heretics.1. 10. A atitude negativa de uns poucos hereges (Basílides e Marcião) com respeito às três.xxi). Grand Rapids. Il. 3). 21. Paulo. 20. Quase ao mesmo tempo.xxii. 2 e cf.5. 17.15. MI. Clemente de Alexandria (cerca de 190-200). consideradas obra escrita pelo apóstolo Paulo. 18. 12. Vol. Irineu precedeu por uns poucos anos a Clemente de Alexandria e a . declarando definitivamente que "Paulo dirigiu essa expressão a Timóteo". até chegar a seu mestre. no breve espaço de umas poucas linhas.20. 6.e citações diretas . que Jesus Cristo veio ao mundo salvar os pecadores. 3. provavelmente.9.2. cita várias passagens de 1 e 2 Timóteo (1 Tm 6.ii). 4. 2. em The AnteNicene Fathers. De Orígenes podemos recuar ainda mais.1. Já vimos que ele desaprova a rejeição de Marcião das Pastorais (Against Marcion V. Um relance no índice de Textos das obras de Clemente (por exemplo. 3. 11. 4. ao fato de que o ensino desses homens estava longe de harmonizar-se com o ensino das Pastorais.6. 10. 2Tm 2.20.1-5.15. Este cita a passagem com referência "à ciência. Também cita a predição de que "nos últimos tempos alguns apostatarão da fé" ( l T m 4. Tertuliano (cerca de 193-216). 6. 2Tm 1. dos quais eu sou o principal" (citando lTm 3.20.INTRODUÇÃO 43 grande apóstolo. 15. 2Tm 1. e de Taciano e alguns outros que tinham uma forma de pensar afim com respeito a 1 e 2 Timóteo se deveu. II) e a leitura dessas passagens no original ou mesmo numa boa tradução basta para provar que nas obras desse pai da igreja há numerosas referências .vi). que cita um grande número de passagens (por exemplo.xi). 16. ITm 1. atribuindo-a ao "bendito Paulo" (Stromata Ill.13. Prefácio..2 (II.10.l).4 (passagem sobre as "genealogias intermináveis" que não edificam). e fora discípulo de um discípulo (Policarpo) de um dos apóstolos (João).xvi.às vezes chamado "o filósofo cristão do Agora Ateniense" (cf. então.44 EPÍSTOLAS PASTORAIS Tertuliano. Na mesma obra ele cita ou faz alusão a várias outras passagens.2: "Para que vivamos vida tranqüila e mansa" (a mesma obra.. ou seja.xvi). Isto certamente nos lembra 1 Timóteo 1.. que pode ser considerada uma fusão de Efésios 5. escreve. considera Deus como "luz inacessível" ( A Pleafor tlie Christians XVI). Entre os escritores ortodoxos. Ele cita definitivamente 1 Timóteo 2. Ele começa sua obra Against as Heresies (cerca de 182-188) com uma citação de 1 Timóteo 1. que o proeminente apreço da igreja universal considera sagradas na regulamentação da disciplina eclesiástica".3). Ora. 2. 3. produto do amor e do afeto.xvi. cf. 4. a qual definitivamente atribui ao apóstolo (ver o Prefácio da obra supramencionada de Irineu).xvii. IV. por exemplo 1 Timóteo 1.de.2).. I.16. cf. III.23. sua palavra deveria ter um peso considerável.26 e Tito 3. a "Paulo". Note especialmente que na última passagem Irineu declara que é Paulo quem nos ordena separar-nos dos que dão atenção a fábulas. movido por curiosidade. Teófilo de Antioquia que faz referência à "água e lavagem da regeneração" {To Autolycus Il.. e não só da primeira epístola a Timóteo. mas também da segunda (2Tm 2.1). encontramos.3). Atenágoras . era um ateniense de quem se diz que passeando certo dia chegou ao mercado onde encontrou pessoas zombando dos cristãos. Ele viajara extensamente e estava intimamente relacionado com quase toda a igreja de seu tempo. começou a ler as Escrituras com o fim de refutá-las.. 180-200).i. Contemporâneo de Teófilo.xxi.5. cit. declara que o "bendito Paulo. uma a Filemom.xiv). 3) e de Tito (Tt 3. uma a Tito e duas a Timóteo. Diz-se que se converteu no processo de estudar as Escrituras com tal finalidade. no final dessa era.9 (IV. . seu nome Aten-ágora) -. ao atribuir Irineu as Pastorais ao "apóstolo".15 (III. que viveram num ou noutro momento durante o período compreendido entre os anos 90 e 180.. op.5 (V. síntese dos livros do Novo Testamento. Against Heresies. porém ainda foi contemporâneo deles por longo tempo. O Fragmento Muratoríano (cerca.. naturalmente. o Juiz de todos os vivos e os mortos" (Dialogue with Trypho CXVIII). lPe 4. não amantes do dinheiro. Mt 25. embora nos faz lembrar 2 Timóteo 4.. (Aos Filipenses) "Mas o princípio de todos os males é o amor ao dinheiro" (IV)." (V). por exemplo. era provavelmente uma "palavra fiel" que se havia popularizado numa das primeiras etapas da fé cristã (ver também At 10. É certo que nem todas as semelhanças aparentes entre certas passagens de seus escritos e as Pastorais têm valor de evidência. sabendo que nada trouxemos para o mundo e que nada dele levamos.5.10). e seu amor para com os homens"). homens de palavra.1 ("Jesus Cristo.10). se realmente livermos fé" (V).31-46. poderia ter-se derivado. "Pois Demas. Não obstante. O fato de ele haver conhecido as Pastorais e as citar parece ser indiscutível.. temperantes em tudo .é quase certo que a extraiu de Tito 3. .. quando chegamos a Policarpo (que escreveu provavelmente em algum momento entre 100 e 135).12).8). "Se perseveramos. amando este mundo.4 ("Porém. não amigos de muito vinho nem de lucros desonestos" ( l T m 3.. vistamo-nos com a armadura da justiça" (IV). sua referência a "a bondade de Deus e seu amor para com os homens" note a filantropia de Deus . Jo 5.7).. escrevendo entre 155 e 161. sentimos que pisamos em lerreno firme..42. "Reinaremos com ele. a expressão "este mesmo Cristo.25-29. demonstra conhecer as Pastorais. "Porque não amaram este m u n d o " (IX). Também. nem podemos levar algo dele" ( l T m 6. com ele também reinaremos" (2Tm 2. "Da mesma forma os diáconos devem sei' sem doblez. Assim. que julgará vivos e mortos"). cf. do que. de modo que nela não se pode basear qualquer argumento para demonstrar que Justino conhecia as Pastorais. "Portanto.10). Julgue o leitor por si só: POLICARPO AS PASTORAIS "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males" ( l T m 6.INTRODUÇÃO 45 Justino Mártir. 2Co 5. "Porque nada trouxemos para o mundo.. "Os diáconos igualmente devem ser dignos.. abandonou-me e foi para Tessalônica" (2Tm 4. quando se manifestou a bondade de Deus. . ao exortar Policarpo a agradar àquele que o chamou para ser soldado {To Polycarp VI).4... (Outras supostas semelhanças são menos convincentes. os que com uma consciência pura servem a seu excelente nome" (XLV).1). Irineu.. se o discípulo. pelos potentados e pelos príncipes. "Ore também pelos governantes.). 2). "Que o Senhor lhes conceda verdadeiro arrependimento" (XI Lat. um escritor está usando as palavras de outro.. E muito natural chegar à conclusão de que quando um autor diz: "Demas. podemos agora dizer com segurança o seguinte: (1) Os argumentos dos críticos negativos foram examinados deta- . ". também o fizesse? Inácio (não depois de 110). e não o contrário.na esperança de que Deus possivelmente lhes conceda a conversão" (2Tm 2. passamos por alto umas poucas alusões prováveis às Pastorais na Epístola de Barnabé. As similaridades mais claras são as seguintes: CLEMENTE DE ROMA AS PASTORAIS "Lembre a todos. Clemente de Roma (90-100)." (XII Lat.3). Além do mais. {Aos Coríntios) "Estáveis .. atribuiu as Pastorais a Paulo. orações.. como já demonstramos. evidentemente... Policarpo. Aqui. Sumariando todo o argumento relativo à autoria. amando o mundo".15). "Dou graças a Deus.) Devido a seu caráter conflitante. pelos reis e por todos os que exercem autoridade. recomendo que se façam súplicas. com toda piedade e dignidade" ( l T m 2. a fazer tudo o que é bom" (Tt 3. e passamos a considerar.). prontos para toda boa obra" (11). e o outro se refere a pessoas usando que "não amaram este mundo". é o segundo escritor que está usando expressões do primeiro. a quem sirvo com consciência limpa" (2Tm 1.1. não é provável que o mestre. finalmente. imediatamente leva o leitor a lembrar-se de 2 Timóteo 2.. variando um pouco a linguagem de acordo com a necessidade.46 EPÍSTOLAS PASTORAIS ".. "Antes de tudo. intercessões e ação de graças por todos os homens. para que tenhamos uma vida tranqüila e pacífica.. ou Timotheus. C f .C. e eram citadas com freqüência de forma direta ou em paráfrase. Daí. mas em iodas as listas antigas de epístolas paulinas. descobrimos clara evidência de que 1 e 2 Timóteo e Tito já existiam.as Pastorais tinham alcançado elevada fama e ampla circulação demonstra que a data de sua origem remonta a um período muito anterior. os críticos não puderam demonstrar que Paulo não poderia ter escrito as Pastorais.INTRODUÇÃO 47 lhadamente e foram achados falhos. . ou seja. (4) Ainda no período compreendido entre 90 e 180 d. S i z o o . Eles e seus leitores viviam tão próximo ao tempo dos apóstolos que isso não era considerado necessário. característica deles não mencionar os autores dos livros do Novo Testamento. p. foi no sentido real o autor responsável dessas três pequenas jóias da verdade inspirada.C. (3) Dentro da igreja ortodoxa há uma tradição uniforme que atribui as Pastorais ao apóstolo Paulo. Além do mais. originalmente um nome pagão muito comum. antes. era uma pessoa notabilíssima. O próprio fato de que no tempo das testemunhas mais antigas Teófilo de Antioquia. E. (2) De acordo com a evidência das próprias epístolas. III. e também em todos os manuscritos e versões que chegaram até nós. nos princípios do 4. Seu nome significa "honrar ou adorar a deus". Uit De Wereld vem het Nieuwe Testament. Inácio e Clemente de Roma . 190. eram tidas em alto apreço como a própria palavra de Deus. A. para seu Deus. Essa tradição pode ser seguida desde Eusébio. recuando até chegar a Irineu e ao fragmento Muratoriano em fins do 2. as Pastorais se encontram inclusas não só nessa lista (de Muratori). toda a evidência histórica aponta para Paulo como o único que durante o período 63-67 d. o autor não foi outro senão o apóstolo Paulo. Atenágoras. Seu caráter era uma mescla de afeto 16. É verdade que esses primeiros testemunhos não mencionam Paulo nominalmente como o auior. Justino Mártir. Timóteo.° século. A Quem Foram Endereçadas? E natural passar do remetente para os destinatários: Timóteo e Tito.° século. ou seja. 16 que era adotado por judeus e cristãos com mudança de referência. Policarpo. Não tenho ninguém como ele.10. isso se faz evidente não só à luz da passagem citada.era mais novo que Paulo vários anos (cf.22) -. assim como sabia que podia contar com Lucas (2Tm 4. Desde sua tenra idade fora instruído nas Sagradas Letras do Antigo Testamento (2Tm 3.2). ser enviado em comissões difíceis e mesmo perigosas e de continuar sendo até o fim um servo digno de Jesus Cristo (Rm 16.C. que tenha interesse sincero pelo bem-estar de vocês. e de uma piedosa mãe judia. At 20.19-22).23). é sobre ele que o apóstolo escreveu estas comoventes palavras: "Espero no Senhor Jesus enviar-lhes Timóteo brevemente. mas também ante o fato de que nenhum dos companheiros de Paulo é mencionado com tanta freqüência e que estivesse com ele tão constantemente como Timóteo.2).5). Aliás. Timóteo é mencionado pela primeira vez em Atos 16. porque serviu comigo no trabalho do evangelho como um filho ao lado de seu pai" (Fp 2.9. No que tange ao caráter afetuoso de Timóteo. 21). 2Tm 1. Paulo fora o instrumento . ver também o comentário sobre ITs 3. No último capítulo escrito da prisão. Procura vir antes do inverno" (2Tm 4. Mas vocês sabem que Timóteo foi aprovado. Paulo sabia que podia contar com Timóteo. 2Tm 1. 1 Tm 4.48 EPÍSTOLAS PASTORAIS e fidelidade a despeito de sua natural timidez. sua natural reserva e timidez (1 Co 16. pagão. No que tange a sua invariável fidelidade e decidida disposição de sacrificar qualquer coisa que parecesse ser-Ihe de interesse pessoal imediato pela causa do evangelho.21). 2Tm 2. para que eu também possa sentirme animado quando receber notícias de vocês...12. Era procedente de um casamento "misto": de um pai grego.4). Essa confiabilidade também se faz evidente à luz do fato de que apesar de sua juventude . Paulo amava Timóteo e admirava seus extraordinários traços de personalidade.11). Eunice (At 16. passagem da qual se poderia inferir com probabilidade que ele era habitante de Listra (cf. Timóteo era o "filho amado" do apóstolo (2Tm 1. estava disposto a deixar seu lar para acompanhar o apóstolo em arriscadas viagens missionárias.7) e suas "freqüentes enfermidades" ( l T m 5.1. o grande apóstolo escreve: "Procura vir ter comigo logo. em sua primeira viagem missionária (cerca do ano 47 d.1.15). pois todos buscam seus próprios interesses e não os de Jesus Cristo. Com toda probabilidade.). N. 2Tm 1.2. onde ele e Silas foram deixados com o l'im de prestar auxílio espiritual à igreja recém-nascida. se dirigia à costa. Nesse tempo.INTRODUÇÃO 49 para a conversão de Timóteo. pp. A luz de Atos sabemos que as pessoas de sua comunidade "davam bom testemunho dele". Por isso. Embora Paulo fosse o pai espiritual de Timóteo. de modo que a influência do jovem entre os judeus seria reduzida a zero a menos que se fizesse algo que demonstrasse publicamente sua devoção pelas Sagradas Letras do povo do pacto. ele foi circuncidado (At 16. lTm 1. Posto ser notório que o pai de Timóteo era grego.5). Paulo e Silas chegaram a Derbe e Listra.11. por isso desde então podia ser chamado "filho" (espiritual) de Paulo (1 Co 4. Agindo a pedido de Paulo.1). ou seja. sobre 1 e 2 Tessalonicenses. cuja conversão ao Cristianismo precedeu à de Timóteo (2Tm 1.2). não é de todo improvável que a avó Lóide e a mãe Eunice.18. Já expusemos nossas razões para crer que embora Lucas ficasse em Filipos (contrastar "nós" de At 16. tendo Lucas por esse tempo se unido ao grupo. Isso deve ter ocorrido em torno do ano 51. Timóteo seguiu viagem com Paulo e Silas para Tessalônica (ou pelo menos reuniu-se logo depois com eles ali.3). Timóteo atendeu favoravelmente à solicitação do apóstolo de unir-se ao grupo nas tarefas missionárias. não surpreende ler que ele estivesse familiarizado com as perseguições e os sofrimentos que os missionários experimentaram em sua primeira viagem (2Tm 3. Quando. enquanto Paulo pessoalmente. ou seja. 13 com "eles" de At 17. chegando finalmente a Atenas (At 17. ver C.10-15). acompanhado por alguns de seus amigos. participando o próprio Paulo da solene "imposição das mãos" (At 14. 4.17. Timóteo subseqüentemente passou para a Europa. Juntamente com os outros missionários. Timóteo deixou Beréia e se reuniu com o apóstolo enquanto .23.14. em Beréia. 10-11).11). antes que o próprio Timóteo se unisse à obra ativa de Paulo. Também ajudou os demais no lugar seguinte a que chegaram.T. tenham cooperado muito efetivamente para que esse feliz acontecimento viesse a ocorrer. provavelmente ocorreu outro acontecimento importante: Timóteo foi ordenado pelos anciãos da igreja local (que fora estabelecida e organizada na primeira viagem) para sua nova tarefa.6). e ver comentário sobre lTm 1. na segunda viagem missionária. 2Tm 1. 17. o apóstolo solicita que Timóteo fique em seu lugar ( l T m 1. Em Corinto. onde Paulo juntou-se a ele. 2). ver comentário sobre ITs 3. a Corinto via Macedônia Paulo esperava que seu colaborador chegasse a Corinto depois que 1 Coríntios houvesse chegado a sua destinação. 16. Ao partir. Quando Paulo chega a Macedônia. como se faz evidente à luz de Filipenses 1.1. Também é claro que o ajudante e sócio acompanhou o apóstolo até Corinto (Rm 16. e que junto com os outros está com Paulo quando regressa a Macedônia (At 20. Por essa razão (e porque era conhecido em Tessalônica) seu nome é associado com o deles nos cabeçalhos das duas epístolas aos Tessalonicenses. 1CO4. Passam-se muitos meses. Foi enviado de regresso a Tessalônia com o fim de fortalecer e animar aos irmãos (ver C.10). 2Ts 1. Na terceira viagem missionária (53/54-57/58 d. A próxima vez que ouvimos de Timóteo.Como Timóteo foi por via terrestre . Silas e Timóteo "vieram de Macedônia" para reunir-se c o m o apóstolo (At 18. ele diz aos filipenses que espera enviar-lhes Timóteo logo (Fp 2.21. certo dia Timóteo recebe a carta que hoje chamamos 1 Timóteo. 5.1).1. enviadas de Corinto (ver comentários sobre ITs 1.). Uma vez mais existe um vácuo na informação que chegou até nós.3. Como o apóstolo espera ser posto em liberdade num futuro próximo (Fp 2.C.N.3). ele está em Éfeso.1). Colossenses 1. 4). durante os quais nada se ouve acerca de . Depois que Paulo partiu de Atenas e começou a obra em Corinto.1. 2).T.19). mas durante a primeira prisão de Paulo em Roma os dois estão em íntimo contato novamente. sobre ITs 3.1. Timóteo reuniu-se a ele. Timóteo está com o apóstolo durante o extenso ministério deste em Éfeso. Filemom 1.6). Enquanto permanecia ali. Por um pouco perdemos Timóteo de vista.3).22.21).1.1.1. Dali é enviado a Macedônia e a Corinto (At 19.5). Provavelmente esteve também com o apóstolo em Jerusalém (ICo 16.ou seja. Timóteo realizou seus trabalhos missionários com Paulo e Silas.50 EPÍSTOLAS PASTORAIS este ainda estava em Atenas (ITs 3. como é evidente à luz do fato de que ele associa seu nome com o do apóstolo na epístola que ora envia aos Coríntios (2Co 1.24). e o está esperando em Trôades (At 20. a disposição de serem enviados em comissões difíceis e um elevado conceito e respeito por seu amigo e superior. seu amor por Paulo. Essa é a forma em que esses dois personagens se exibem na Galeria de Arte dos Escritos Sagrados. O seu caráter é digno de admiração.16. 2. 8. Paulo. (A declaração enigmática acerca de Timóteo em Hb 13. porém em outros lugares do Novo Testamento se encontra treze vezes: duas em Gálatas (2. e mais ainda pelo Senhor Jesus Cristo. enovamenteem 12. Tito é mais líder.6.2 ("alguns outros") com Gálatas 2 .18. por fim sempre triunfava.6. ICo 16.1. Tito é o tipo de homem que pode não só receber ordens. um homem que revela esse espírito mesmo quando tal cooperação exige que se façam coisas que vão contra sua natural limidez. Não obstante. embora aqui a ênfase esteja posta em "um pouco" e não no "estímulo".23 não pode ser discutida aqui.9. Alguém em quem se vê um pouco da agressividade de Paulo.. Tito é um homem de recursos próprios. 7. 3 ("levando também comigo a Tito". que estava comigo") sabemos que quando.10). 8. porém jamais se nega. seu nome não aparece no livro de Atos. em certo aspecto ambos diferem.16. Ora.10). um homem com iniciativa numa boa causa. Isto está em harmonia com todo seu caráter. na qual Paulo. exorta seu amigo a fazer todo o possível para ir vê-lo antes do inverno (2Tm 4. Não existe um relato que esclareça se os dois chegaram realmente a ver-se outra vez. Comparando Atos 15. Timóteo necessita um pouco de estímulo (2Tm 1.6). ainda que ali não se mencione seu nome. Timóteo é um seguidor. e não menos de nove vezes em 2 Coríntios (2. 7. A dinâmica agressividade do apóstolo Paulo encontra uma verdadeira contrapartida em sua natural timidez. 1 . 12. "mesmo Tito.4).. uma vez em Tito (1. Embora seja vacilante e reservado.23. depois da primeira viagem . 21). 7.13. mas lambém pode proceder segundo seu próprio critério (2Co 8. Talvez se estremeça por um instante (cf.3).14. Não surpreende que Paulo e Timóteo fossem amigos! Timóteo e Tito têm em comum a inabalável lealdade à causa do evangelho.F INTRODUÇÃO 51 Timóteo. aprimeira referência tácita a Tito se encontra no livro dos Atos.) É possível admitir-se que Timóteo tentou ver o apóstolo.13. Timóteo é cooperador. uma em 2 Timóteo (5. 8. 17). escrevendo de Roma como prisioneiro que espera a morte. no que respeita a Tito.18). Logo chega outra carta. Não obstante. em Jerusalém. Nada mais se ouve de Tito até a terceira viagem missionária de Paulo (data provável. tais c o m o 2 C o r í n t i o s 2.26.6. todavia isso não passa de uma conjetura plausível. Naturalmente.4. ainda que os comentaristas difiram sobre se ele foi enviado duas ou três vezes. 17 Provavelmente. cuja mãe era judia). uma de Éfeso (ele foi o portador de 1 Coríntios?) e uma de Macedônia. fornicação etc.1. entre os quais estava "Tito". Há quem opine que seu lar ficava em Antioquia da Síria. a reconstrução mais simples de suas viagens seja também a melhor. sem que se lhes exija que guardem a lei judaica (At 15.. o fiel auxiliar de Paulo é enviado a Corinto em mais de uma missão. o partido judaizante de Jerusalém exigiu que ele fosse circuncidado. A importância dessa vitória para a liberdade cristã e para o avanço do Cristianismo dificilmente se poderá superestimar. e a questão em disputa fica decidida em favor da livre admissão dos gentios na igreja. Voltando agora à primeira viagem (Éfeso a Corinto). E s t e n ã o é o lugar a d e q u a d o p a r a d i s c u t i r . Paulo e Barnabé foram enviados a Jerusalém para ajudar a igreja a chegar a uma conclusão com respeito a se os cristãos gentios deviam circuncidar-se. G1 2. 3). um claro desafio aos judaizantes. foram acompanhados por "alguns outros". 53/54-57/58). porém.2.1926. ver ICo 17. 15.5). Em seguida Tito se transforma numa pessoa de magna importância para o avanço do evangelho.3) e ambos os seus genitores são gentios (em contraste com Timóteo. Tito era um dos convertidos pelo apóstolo. Durante essa viagem. 8.13-29). É posto diante "dos apóstolos e anciãos". Paulo. Presumo que na terceira viagem missionária Tito fez apenas duas viagens a Corinto. como um teste. E l a c o m p r e e n d e a e x e g e s e de p a s s a g e n s .4). com base na fé pura em Cristo.52 EPÍSTOLAS PASTORAIS missionária. . foi Tito quem recebeu o encargo de realizar a delicada e difícil tarefa de solucionar "a situação coríntia" (rivalidade de partidos. quando levou 2 Coríntios a seus destinatários. Com toda probabilidade. Tito é grego (G1 2. cf. não se deixa submeter-se por instante sequer (G1 -2. At 14.s e a q u e s t ã o c o m d e t a l h e . e que se convertera durante a campanha de evangelização especialmente bendita realizada por Paulo e Barnabé nesse lar (At 11. que o chama "verdadeiro filho na fé comum" (Tt 1. 10. que ele revelara uma atitude jactanciosa que escondia uma covardia secreta. 17). Segue-se um longo intervalo (talvez cerca de 56 a 63 d.16-24). Quanto a Tito. a qual é levada por Tito (o mesmo que levou 1 Coríntios a seus destinatários?). Os inimigos de Paulo não receberam de bom grado a repreensão que haviam recebido. teve a data prorrogada.16. diz-se aos coríntios que quando Timóteo chegasse.17). Tito. que fora iniciada vários meses antes (2Co 8. um dos quais era um notável pregador (2Co 8.6. porém nada se informa em relação com o que este tenha feito na cidade.13). Como já se indicou.1524). Tito. É verdade que sua chegada a Corinto parece ter sido seguida quase imediatamente pela de Timóteo. lhe imprimira novos impulsos. e que embora pregasse o evangelho sem remuneração.) durante o qual nada sabemos de Tito. o relato que Tito havia trazido não era de todo Javorável. 16. começara a pôr em ação novamente a obra de coleta de fundos para os santos carentes de Jerusalém.10). Rssa importante obra. o apóstolo havia esperado encontrar seu emissário de regresso a Trôades. Parece que em Corinto ele atuara com base no princípio de que o melhor método de vencer o mal é "com o bem". Não obstante. enquanto esteve ali. Ele era o homem adequado para lidar com uma situação difícil.6.10). Atacaram o apostolado de Paulo. 2Co 2. com o dinamismo que o caracterizava. 14).INTRODUÇÃO 53 1. fiel a seu caráter. não teve descanso em seu espírito. 13. mas por ouvir de seus lábios um relato que em conjunto era favorável (2Co 7. Assim que partiu de Trôades e entrou na Europa (Macedônia. seu espírito foi confortado e seu coração se encheu de alegria não só por encontrar Tito. Ao mesmo tempo. Assim. A missão para a qual Tito fora chamado a cumprir tinha sido bem sucedida numa medida considerável.C.11. estava desejoso de continuar nessa missão (2Co 8. poderia completar a obra de coletar fundos para os pobres de Jerusalém. Em conformidade com isso. cuidassem para que ele estivesse entre eles "com tranqüilidade" (ICo 16. A próxima menção de seu nome é quan- . seus motivos não eram puros. 5. Nele não se descobre hesitação alguma. Dessa vez Tito é acompanhado por outros dois. Quando Paulo não o encontrou ali. de Macedônia (bilipos?) Paulo então escreve 2 Coríntios. e o acusaram de leviandade por haver mudado os planos de viagem (2Co 1. Paulo o deixou ali com o fim de levar a bom termo o mandato descrito em Tito 1. Ele amava os coríntios. e devemos. Ele tem a vantagem de sugerir uma linha . prudente.54 EPÍSTOLAS PASTORAIS do está a cargo de uma igreja em Creta (ou de um grupo de igrejas). nas pp. Uma comparação entre 1 Timóteo 4. leal. o verdadeiro representante deste na causa de Cristo. amava seu Senhor. 5. o seguinte esquema é tão bom quanto qualquer outro. as Pastorais implicam uma série de viagens. Encontraremos Tito novamente (ver itens 2. Qual é Seu Antecedente Histórico e Seu Propósito? Tem-se estabelecido (ver pp. como afirmam alguns. Nutria o mesmo espírito que Paulo. corajoso. e de viagem em direção ao oriente. Posto em liberdade de sua primeira prisão em Roma. como afirmam outros? Quando teria viajado para Espanha? Teria Timóteo pedido permissão a Paulo para sair de Éfeso. permissão essa negada? Se esse é o caso. 35-40) que toda a evidência histórica aponta na direção de uma libertação de Paulo de sua primeira prisão em Roma. Era original. e revelou ampla evidência disso pela forma espontânea com que assumiu sua tarefa em Corinto. quando solicita ao jovem que permaneça em seu posto. e isso me parece preferível. Aonde foi ele imediatamente depois de ser posto em liberdade? Simplesmente não sabemos com nenhum grau de certeza. 55-56).12 ("Que ninguém despreze sua juventude") e Tito 2. Entre as muitas combinações possíveis. enquanto o apóstolo segue viagem rumo a Europa? É possível formular mais perguntas como essas.15 ("Exorte e repreenda com toda autoridade. Amava a obra do Senhor.18). Teria Paulo ido à Espanha? Teria ido ele de Roma a Filipos. quem sabe. Ninguém o despreze") pareceria indicar que Tito era mais velho que Timóteo. 6 e 10. onde estava o apóstolo quando lhe chegou essa petição? Estava em algum lugar voltando da Espanha e dirigindose a Macedônia. pôr Paulo em Éfeso com Timóteo. como supõem alguns? Ou. IV. e dali a Éfeso. um amigo íntimo e de confiança do grande apóstolo. ou foi o inverso disso (Roma-Éfeso-Filipos).5 (ver sobre essa passagem). Naturalmente. e seguia de perto seus passos (2Co 12. devemos rejeitar a idéia de uma petição procedente de Timóteo. porém esses são apenas "elos" que podem ser unidos de muitas maneiras diferentes. Não pode estar muito fora a data de 63 d. Paulo envia Timóteo a Filipos com esta boa notícia (Fp 2.24. Paulo segue com destino à Ásia menor (ver 5) e deixa Trófimo enfermo em Mileto. 3. e ao passar por Creta com essa destinação. Acerca de Tito não há nada definido até chegarmos a 2 Timóteo 4. 4).12) e Tito se reúne a ele. 5.INTRODUÇÃO 55 natural de viagem. mas não há indicação alguma nesse sentido.B. Depois de 19 a 24 de julho de 64 (incêndio de Roma).C. l T m 1. 2.3). 7. 6. Havendo regressado da Espanha. Paulo pessoalmente vai a Macedônia.14. 15). como havia planejado (Fp 2. gravuraXV). Paulo propriamente dito começa sua viagem em direção à Ásia Menor. é também excelente o mapa da edição de dezembro de 1956 de The National Geographic Magazine.24).12). ao sul de Efeso (2Tm 4. Espera regressar a Efeso em breve. 8.20). A mera probabilidade de que se Paulo foi à Espanha nessa ocasião Tito foi com ele é algo que se admite. a libertação teria sido muito improvável.3.H.A. mas antes prevê que sua ausência será prolongada ( l T m 3. deixa Tito na ilha com a finalidade de completar a organização da igreja (ou das igrejas) que fora estabelecida ali (cf. De Macedônia (Filipos?) escreve duas epístolas que se assemelham muito entre si: 1 Timóteo e Tito.5).19-23). Ali passa o inverno (Tt 3. Teria o apóstolo se encontrado novamente com Timóteo e .. viaja até Colossos como havia proposto (Fm 22) e regressa para Efeso. Paulo solicita a Timóteo que ficasse em Efeso. reafirmo que não há nenhuma certeza: 1.10 (ver item 10). O apóstolo chega a Efeso. Não obstante. o que era indispensável a seu ministério ( l T m 1. Imediatamente depois de sua liberação. segundo alguns "levando Tito com ele". Tt 1. Em sua epístola a Tito solicita a esse amado irmão que o encontre em Nicópolis (Tt 3. 4.11. Ali ele se reúne a Timóteo que traz notícias da congregação de Filipos (ver 1). o apóstolo viaja para Nicópolis (em Epiro). Paulo viaja para a Espanha (Rm 15. Veja um bom mapa bíblico do mundo romano do (empo de Paulo (sugiro W. At 2. De acordo com o planejado. Ao partir. situada nas costa oriental do mar Jônico. o mapa que leva o título "Terras Bíblicas da Atualidade". portanto. O carnaval de sangue que se seguiu foi algo terrível.4) nessa oportunidade ou pouco depois? 9. Sua segunda prisão é severa e breve (2Tm 1. em cuja casa deixa a capa (2Tm 4. (Não se sabe onde ocorreu . Já mostramos que os erros condenados eram em parte atuais. 4. Ele tentou desviar de si a atenção e culpou os cristãos. Paulo. 17. 2. Dirige-se a Roma via Corinto.) Quem reina é o cruel Nero. havendo amado este mundo e partindo para Tessalônica. Não sabemos se Timóteo e Marcos chegaram em Roma antes da morte do apóstolo. Esse é o monstro que assassinou seu meio-irmão.9). Em Trôades ele visita Carpo. Em Éfeso os judaizantes estavam difundindo suas doutrinas estranhas. ] 0. e. Tito. seu tutor (Sêneca) e muitos outros. Esses detalhes se encontram em 2 Timóteo. Somente Lucas permanece com ele. 7. em 64. Voltamos agora aos itens 4 e 5. Ao solicitar que Timóteo fosse logo. Ele é condenado à morte e à decapitação na Via Ostia. sua própria mãe. em parte futuros e em parte atuais e futuros (ver pp. Segundo vários intérpretes . para Dalmácia (ver comentário sobre 2Tm 4.10. carta que foi escrita quando a morte já rondava o apóstolo (2Tm 4.13).20). ao defenderem uma ética e doutrinas falsas.6-11). Logo passaram também a proibir o matrimônio e o uso de certos alimentos ( l T m 4. quase cinco quilômetros fora da capital.e é possível que tenham razão esses seguidores do erro também criam que a matéria é má ou. o povo acusou Nero de ter ateado fogo à cidade.3). Corinto.18).56 EPÍSTOLAS PASTORAIS teria ocorrido a separação com lágrimas (2Tm 1. Volta a ser preso.4. Demas o desamparou.Trôades. pelo menos. pondo forte ênfase em coisas tais como genealogias intermináveis e fábulas profanas e de velhas caducas e assumindo a postura de doutores da lei (1 Tm 1. sua esposa (Otávia). esses sinistros mestres (e talvez outros com eles) parece ter tornado necessário que Paulo estabelecesse algumas regras claras acerca da conduta . Além do mais. Quando R o m a foi incendiada. Crescente foi para Galácia ou Gália (Gaul).7). Roma ou outro lugar. Conseqüentemente. 32-33). não mais desfrutou da proteção política. a sede do mal.16. 11). pede-lhe que leve consigo Marcos. ao regressar da Espanha. onde Erasto permanece (2Tm 4. reconheciam uma ressurreição meramente espiritual (2Tm 2. ênfase é posta na importância da organização adequada: eleição do tipo adequado de líderes (especialmente anciãos e diáconos) e de admoestá-los caso se extraviem (cap. cap. Por isso. 3.6. 20.inclusive alguns com "complexo de superioridade" (pessoas "inchadas") . (2) Transmitir orientação com respeito ao crítico conflito contra os erros destrutivos da alma que estavam sendo difundidos na igreja de Efeso. e estando então na Macedônia ( l T m 1.INTRODUÇÃO 57 apropriada no culto público (ver especialmente o capítulo 2).20).3-11.18-20. A reputação dos cretenses não era boa. era por natureza pessoa de disposição muito oposta. a quem deixara em Creta e a quem deseja ver em Nicópolis. 5. Isso se faz evidente quando se tem em conta os fatos adicionais: a. lembrando-o do "dom" que havia recebido (ver comentário sobre lTm 4. familiar e pública tinha de ser enfatizada aqui mais que em . individual. então em Macedônia (Filipos?). cap. Era realmente difícil que um homem tal pudesse fazer frente a tal situação. 2). 1. Tudo indica ter sido uma pessoa com "complexo de inferioridade". 6).17-25 provavelmente se poderia presumir que membros proeminentes da igreja . também escreve a Tito. sua "boa confissão" (ver comentário sobre 6. Tal orientação se faria absolutamente necessária se a ausência do apóstolo se prolongasse (ver comentário sobre 1 Tm 3. o próprio Timóteo. como já vimos. 4. Em conexão com essa batalha contra a difusão do erro. instrui Timóteo sobre como administrar os assuntos da igreja.14). e b. cap. escreve com o fim de: (1) Fortalecer o espírito de Timóteo. Paulo. à luz de passagens tais como 1 Timóteo 1.3). A necessidade de uma santificação total na vida congregacional. notamos que Paulo. recentemente afastado de Éfeso onde deixara Timóteo.estivessem entre os seguidores do erro. As mulheres também careciam de instrução especial a esse respeito. (3) Fornecer diretrizes para a conduta apropriada no culto público (ver comentário sobre o cap. 15). A situação era muito grave. 2). 6. cerca do ano 63. 3.14. e exortar Timóteo que continuasse na "sã doutrina" (1. Especificamente.12) e o depósito que se lhe havia recomendado (ver comentário sobre 6.3. Voltando uma vez mais ao item 5. (2) Encaminhar Zenas. e que provavelmente levavam com eles a carta de Paulo endereçada a Tito. Quando escreve 2 Timóteo. Quando escreveu 1 Timóteo e Tito. ele é um prisioneiro que se acha face a face com a morte. a carta a Tito foi escrita com este tríplice propósito em mente: (1) Insistir com Tito a ir ter com Paulo em Nicópolis. que podia fazer planos de viagens. Os anciãos que iriam ser designados deveriam ser "irrepreensíveis" (1. Era preciso ensinar o povo (especialmente os membros da igreja!) a que se abstivesse dos desejos mundanos e viver sóbria.20. Embora ninguém saiba se o apóstolo realmente passou por esses lugares. 6).10).3). o apóstolo era um homem livre.ou nas viagens - .1. o evangelista eloqüente (3. individuais. Na vida pública. esperando a gloriosa manifestação do Redentor (2. Os que provocavam divisões e eram impenitentes deviam ser disciplinados (3. e nos volvemos para 2 Timóteo. familiares e sociais. Rm 16. Era necessário fechar a boca de indivíduos contumazes. deviam ser obedientes às autoridades e conduzir-se corretamente em relação a todos (3.24) e Nicópolis (Tt 3. Fp 2.11-14).13). notamos imediatamente que toda a atmosfera sofre mudança. Trôades (2Tm 4. Macedônia ( l T m 1. todos terão de reconhecer que essa linha de viagem é natural. Desses três propósitos enunciados.13). Efeso ( l T m 1. loquazes fúteis e enganadores (1. nessa ordem. o último é o que cobre um território mais amplo.20). cf.13). e formam uma rota facilmente traçável no mapa.5. Quando deixamos 1 Timóteo e Tito. deviam receber toda assistência (3. assim que um substituto houvesse assumido o trabalho em Creta (3. cf.5). o intérprete da lei. cujo itinerário podia incluir Creta. (3) Ministrar diretrizes para a promoção do espírito de santificação nas relações congregacionais.3. e Apoio.12) são os lugares mencionados nominalmente em 1 Timóteo e Tito (em conjunto). Corinto (2Tm 4. Em contrapartida. Creta (Tt 1. justa e piedosamente no mundo atual.10). os obreiros do evangelho que eram sinceros (como Zenas e Apoio). Conseqüentemente. 2).12).58 EPÍSTOLAS PASTORAIS qualquer outro lugar.23) são lugares que Paulo visitou na viagem . Mileto (2Tm 4. 6).12 (ou seja. não lhe será difícil demais levar a capa que Paulo deixara "em Trôades. C. em casa de Carpo" (4. 4. passaria o "inverno" referido em 2 Timóteo 4." Além do mais. e admite que Timóteo "em Éfeso" (1. a rota é lógica. L c n s k i . passaria o inverno referido em Tito 3. como um homem livre. O grande apóstolo. ou seja. não obstante há várias passagens que apontam para Éfeso. citpp.18) poderia levar as saudações de Paulo à família deste "portador de benefícios" (4. Nenhum dos planos era possível com respeito ao lugar onde Paulo.12: "Enviei Tito a Éfeso.15). . E preciso lembrar que o apóstolo havia feito planos definidos quanto ao lugar onde ele. a data de Tito. e a que provavelmente 2 Timóteo indica.8. se Timóteo está vivendo em Éfeso. e admoesta Timóteo a que. estivesse firme na sã doutrina e a defendesse incessantemente contra todo e qualquer adversário.4 8 0 . 4 7 3 . Ver a situação existente sob o item 10 (p. provavelmente seja incorreto dizer que Tito 3. Assim Paulo diz a Timóteo saber ele que "todos os que estão na Ásia" o abandonaram (1. o prisioneiro. situando-a o mais próxima possível de 2 Timóteo. estava em dúvida sobre se seu auxiliar chegaria a Roma antes de sua morte.21. Aqui também. Ainda que 2 Timóteo não declare onde se encontrava Timóteo quando foi escrita. 2Tm 1. do outro. Semelhantemente. de um lado. Portanto. entre a rota suposta em 1 Timóteo e Tito. todo o quadro é diferente. Ver t a m b é m R.12 e 2 Timóteo 4. Esse é o inverno do ano 65. 66 ou 67. Esses dois invernos não são o mesmo.INTRODUÇÃO 59 suposta em 2 Timóteo até chegar a Roma e à prisão final (cf. H.19). Se a pessoa a quem se dirige estava em Éfeso. é natural presumir que a viagem a Espanha ocorreu entre essas duas viagens. E o último inverno de Paulo sobre a terra. que ficava na "Ásia". Pela razão apresentada. Quando ele escreve 2 Timóteo. portanto. Há outra referência a Éfeso em 4. De modo algum nos surpreenderia encontrar Priscila (ou Prisca) e Áquila 18. 56). Paulo escreve que Timóteo "sabe melhor" que o apóstolo. é compreensível que teria de estar a par de tal situação. op.13).21 se referem ao mesmo "inverno" e em seguida fixar. Nicópolis). seja o que for que lhe aconteça. se a ordem em que delineamos essas estações for correta. ou "sabe muito bem" dos serviços que Onesíforo prestara. escrevendo da prisão na metrópole do mundo. onde o erro e a perseguição aos crentes grassavam (1.9. cf. 12. . poderíamos presumir que Timóteo ainda não havia saído de Efeso.19) de volta a Éfeso (embora não se mencione o lugar).6-8). Um ponto adicional na evidência circunstancial que associa Timóteo com Éfeso quando essa carta foi escrita é a natureza da heresia a qual é aqui condenada (ver comentário sobre 2Tm 2.14-18). cf. 2. 14-18.60 EPÍSTOLAS PASTORAIS (4.18. 4.2).3.19). 3. Anteriormente e por razões semelhantes. 19. Então. é possível resumir assim o propósito de Paulo ao escrever 2 Timóteo: (1) Solicitar que Timóteo fosse a Roma o mais depressa possível em vista da iminente partida do apóstolo desta vida (4. 24. onde viveram anteriormente (At 18. defendendo-a contra todo e qualquer erro e suportando as dificuldades como bom soldado. haviam deixado a Itália (At 18. ICo 16. havendo uma furiosa perseguição em Roma.8. Até certo ponto ela se assemelha àquela denunciada em 1 Timóteo (dirigida a Timóteo enquanto estava em Efeso. (2) Admoestá-lo a persistir na sã doutrina.3). tenham abandonado novamente a capital. É verdade que depois de sua estada em Éfeso voltaram a Roma (Rm 16. Este segundo item é característico de toda a carta. mas não é de estranhar que. Conseqüentemente. lTm 1.8. 21.3). 12). 23. 26. COMENTÁRIO SOBRE 1 TIMÓTEO . Em relação ao culto público. As mulheres. em todo lugar de culto público. B.ESBOÇO DE 1 TIMÓTEO Tema: O Apóstolo Paulo. homens e mulheres devem comportar-se de forma apropriada. devem levantar mãos santas. Capítulo III Diretrizes com respeito à Instituição dos Ofícios A. e no lugar de culto público devem mostrar que entendem e aceitam sua posição divinamente ordenada. ao preparar-se para "ir à igreja". Prove Diretrizes para a Administração da Igreja Capítulo I O Apóstolo Paulo A. Os homens. 1. 2. Diretrizes com respeito aos requisitos necessários dos. devem vestir-se decorosamente. Deve-se orar "por todos os homens". Reitera a Timóteo a ordem de permanecer em Éfeso para combater o erro dos que se recusam a reconhecer sua condição pecaminosa à luz da santa lei de Deus e pretendem ser doutores da lei. Diretrizes sobre os requisitos necessários do bispo. dá graças a Deus por tê-lo feito ministro do evangelho. Saúda Timóteo.diáconos e . Incentivo para tornar-se bispo: o caráter glorioso da obra. B. Por contraste. C. Capítulo II Diretrizes com respeito ao Culto Público A. sendo ele "o principal dentre os pecadores". B. Escrevendo a Timóteo. Presbíteros e candidatos a presbíteros E.das mulheres que os assistem. C. Capítulo IV Diretrizes com respeito à apostasia A. B. As razões para comunicar essas instruções na forma escrita. Comportamento dos ricos deste século I. homens jovens. Mestres de novidades que aspiram granjear fama e riquezas G. mulheres idosas. Timóteo pessoalmente ("Guarda o depósito") Capítulo VI . Viúvas dedicadas à obra espiritual D. Capítulos V e VI Diretrizes com respeito a grupos e indivíduos A. Timóteo pessoalmente ("Guarda o mandamento") H. Descrição dessa apostasia e prova de seu caráter perigoso. Viúvas em angústia C. mulheres jovens Capítulo V — B. Homens idosos. Como deve ser enfrentada por Timóteo. Escravos F. Incentivos para a realização fiel da tarefa dos diáconos e das mulheres que os assistem. Contrariamente.3-11. Escrevendo a Timóteo. dá graças a Deus por tê-lo feito ministro do evangelho.1. Proporciona Diretrizes para a Administração da Igreja O Apóstolo Paulo 1. .2 1. 18-20 l 12-17 A. sendo ele " o principal dentre os pecadores". Saúda Timóteo B.ESBOÇO DO CAPÍTULO I Tema: O Apóstolo Paulo. Reitera a Timóteo a ordem de permanecer em Éfeso P a r a combater o erro dos que se recusam reconhecer sua condição pecaminosa à luz da santa lei de Deus e pretendem ser doutores da lei. C. misericórdia. sobre 1 Tessalonicenses 1. despachar: ânoaréAAco) é algo que se envia ou pelo qual se envia uma coisa. e também com o fim de acrescentar peso às palavras de incentivo contidas nesta carta. a palavra podia referir-se a . o nome do destinatário.CAPÍTULO 1 — < $ > — Jesus nossa Esperança. Saulo. se ergue acima do nível puramente humano. no grego clássico. I 1 TIMÓTEO 1. apóstolo ( à u ó a T o À o ç . Paulo. A carta.N. em seguida. Paulo. é um amigo. o escritor acrescenta a seu nome as palavras um apóstolo de Cristo Jesus. Em um mundo politicamente unificado por Roma e culturalmente por Grécia. por certo. graça.2 1.. mas também um apóstolo de Cristo Jesus. ainda quando sua tonalidade é naturalmente muito cordial. em vez de seu nome judaico. ver C.1 I Paulo.) Talvez com o fim de facilitar para Timóteo a execução das instruções que Paulo está para ministrar-lhe. porquanto é um amigo que realmente está escrevendo a um amigo. Daí. ou alguém que é enviado ou por meio de quem se envia uma mensagem. Timóteo necessita saber que esta carta não é apenas um substituto de um bate-papo amigavelmente confidencial. (Para mais detalhes sobre o significado e uso desses nomes. a Timóteo. Ora. era natural que o escritor usasse seu nome greco-romano. o remetente menciona primeiro seu nome. O escritor.1. contudo. no sentido mais amplo. paz da parte de Deus o Pai e Cristo Jesus nosso Senhor. palavra derivada de um verbo que significa enviar. 2 a Timóteo [meu] genuíno filho na fé.1.T. apóstolo de Cristo Jesus por ordem de Deus nosso Salvador e Cristo 1. Assim temos que. Como era costume. enviar com uma comissão.. 25. Epafrodito. e uma "nave apostólica" era um barco de carga.8. Apoio. Júnias (Rm 16. 2 Coríntios 10.1 e as exceções já assinaladas) se refere aos doze e a Paulo. que se encontra em muita literatura religiosa da atualidade. ITs 2. irmão do Senhor (G1 1. será melhor estudar as passagens nas quais é usada no sentido mais geralmente conhecido. 1. Ele está revestido com a autoridade daquele que o enviou.1. E assim Paulo era apóstolo no sentido mais rico do termo. alguns incluiriam também Andrônico. a palavra toma um sentido claramente religioso. a importante exceção de Hebreus 3. O termo usado assim.66 1 TIMÓTEO 2.6. Ela aparece dez vezes nos Evangelhos. 2). Assim Paulo e Barnabé representam a igreja de Antioquia (At 13. 19 (note a ligação!). 1 Tessalonicenses 2. ainda que ao fazê-lo também pode representar certas igrejas em particular das quais são chamados "apóstolos" (cf. e geralmente (note. 2Co 8. No judaísmo posterior. 1 Coríntios 5. Mas. e Epafrodito é o "apóstolo" de Filipos (Fp 2. quase trinta vezes em Atos e mais de trinta vezes nas epístolas paulinas (inclusive as cinco vezes que aparece nas pastorais) e oito vezes no restante do Novo Testamento.19). 6 uma expedição naval.19.18. e ver também ICo 15.18.1. toda pessoa que é enviada em missão espiritual. cf. Todos podem ver isso por si mesmos ao estudar passagens como Mateus 16.6. quem quer que nessa qualidade represente a quem o enviou e leva a mensagem de salvação. Nesse sentido mais pleno. ICo 4.1. 18. A idéia. carece de endosso bíblico.3-5. porém. porém o sentido exato das passagens nas quais se mencionam esses nomes junto com a palavra "apóstolos" é algo que está em discussão. nem autoridade. Sob essa conotação mais ampla.7) e Tiago.6. 9.7). mais profundo. um homem é apóstolo para a vida inteira aonde quer que vá. Silvano e Timóteo são chamados "apóstolos" (At I4.25). Barnabé. segundo a qual um apóstolo não tem um ofício real.23. João 20. No Novo Testamento. refere-se a todo mensageiro do evangelho. e essa autoridade tem que ver com a doutrina e a vida. Representam a causa de Deus. "apóstolos" eram pessoas enviadas pelo patriarcado de Jerusalém para recolher tributos dos judeus da dispersão. Em seu sentido mais amplo.5.23). Fp 2. Seu .14. 28. para determinar o sentido da palavra "apóstolo" em 1 Timóteo 1. tendo sido testemunhas presentes de suas palavras e seus feitos. Jesus.26.67 1 TIMÓTEO 2.8.24).1-3).6). especificamente são testemunhas de sua ressurreição (At 1. o ofício não é restrito a uma igreja local nem se estende sobre um breve período.40. 16. 5.1. G1 1.8).12.5. 6 apostolado era o mesmo dos Doze.7. qual era a relação entre ele e os Doze? Provavelmente.70. 15. as dos Doze e as de Paulo. os apóstolos foram escolhidos. Não obstante.22.12-16. um dos Doze. As características de todo o apostolado.7-14. Esse mesmo Salvador o designara para uma tarefa tão extensa e universal que doravante ele iria se ocupar dela a sua vida inteira (At 26. 13.43. 22. os preparou para sua tarefa.18. e dando-lhes muito fruto por meio de seu trabalho (Mt 10. confirmando sua validade por meio de sinais e milagres. 8). lTs4.7-9. Se ele. G1 1. e que o Espírito Santo depois designou a Paulo como o verdadeiro substituto. . 2Tm 4.2-8. porém. ICo 9. eram as seguintes: Em primeiro lugar.20. 7. A idéia de que os discípulos haviam cometido um equívoco ao eleger Matias para ocupar a vacância deixada por Judas. 8). 15. pessoalmente. 8.5. Receberam a comissão diretamente dele (Jo 6. é para toda a igreja e vitalício (At 26. a resposta é aquela sugerida por Atos 1. Em quarto lugar. 15. Paulo não era. não era um dos Doze. Gl 2. Por isso é que falamos de "os Doze e Paulo". Com base nessas passagens. Paulo ainda enfatiza o fato de que o Salvador ressurreto se lhe manifestou tão verdadeiramente como se havia manifestado a Cefas (ICo 15. 2Co 12.16-18).16. e foi investido com o mesmo ofício.16-18. 19.12.2. Deus abençoa a obra deles.8 e Gálatas 2. definitivamente.2. ICo 9. 3.26.1. Jo 14. ICo 2.8. Em quinto lugar. Ef 3. At 2. foram dotados com o Espírito Santo numa medida especial. Uo 1. ao contrário. dificilmente merece consideração (ver At 1. ao reconhecerem que Paulo fora chamado especialmente para ministrar aos gentios. 20.10-13. Em segundo lugar. chamados e enviados por Cristo pessoalmente.18. de fato estavam ministrando por intermédio dele sua vocação para os gentios. 19. a resposta pode ser formulada assim: Os Doze. e é este Espírito Santo quem os guia a toda a verdade (Mt 10. Em terceiro lugar.8). Rm 15. e essa designação não lhe viera da parte dos homens. Jesus. salvação essa que Paulo. 3 7 7 . Por isso é 19. conseqüentemente. F i l e m o m e Filipenses . g r a d u a l m e n t e s e t o r n a m a i s f r e q ü e n t e . A mensagem de Paulo é a mensagem de Cristo. 1 T e s s a l o n i c e n s e s . A autoridade de Paulo é a autoridade de Cristo que lhe foi delegada. recebeu dele a autoridade. D e p o i s de um t e m p o . É ele quem está operando em Paulo. Em última análise. fora designado. Colossenses. Q u a n d o o p r o n u n c i a v a m . O nome pessoal. S u r g e a p e r g u n t a : " P o r q u e C r i s t o J e s u s e m vez d e J e s u s C r i s t o ? " P r o v a v e l m e n t e s e j a eorreto dizer que a ordem exata não tem significação especial. tem o máximo prazer de proclamar (mais detalhes sobre o significado de "Jesus" e "Cristo" se encontra em C. V e r n o n M c C a s l a n d . Se não houvera sido designado para ser apóstolo. jamais o teria sido. N a s ú l t i m a s e p í s t o l a s q u e ele e s c r e v e u . a p a l a v r a " C r i s t o " c o m e ç o u a ser s e n t i d a c a d a v e z m a i s c o m o u m s e g u n d o n o m e p r ó p r i o a g r e g a d o a " J e s u s " .5. que significa "ele certamente salvará" (cf. 2 C o r í n t i o s e R o m a n o s ) as cifras são (ou são aproximadamente): 32 casos de "Cristo Jesus" contra 54 de "Jesus Cristo". o c a r á t e r f l e x í v e l do grego tornou possível a inversão da ordem.N. daqui surgiu "Cristo Jesus" ou "Jesus Cristo" s e m d i f e r e n ç a de s i g n i f i c a d o . I C o r í n t i o s . aqui Paulo se denomina apóstolo de Cristo Jesus. como apóstolo. " C h r i s t J e s u s " . S.3 8 3 . mostrando que essa Pessoa. Mt 1. Cristo (Ungido). A c r e s c e n t a r í a m o s q u e p a r a a i g r e j a p r i m i t i v a a d e s i g n a ç ã o " C r i s t o " n ã o era d e m o d o a l g u m " m e r a m e n t e " u m n o m e .Efésios. Pareceria que no N o v o T e s t a m e n t o h a j a u n s 127 c a s o s em q u e a o r d e m é " J e s u s C r i s t o " . 2 T e s s a l o n i c e n s e s . d a n d o a o r d e m e m q u e o n o m e p r ó p r i o " J e s u s " é s e g u i d a do título " C r i s t o " . P a r a e x p l i c a r esse f e n ô m e n o .68 1 TIMÓTEO 2. a r e g r a .1). s e u s s e g u i d o r e s i m e d i a t a m e n t e p e n s a v a m n e l e c o m o o Ungido. N a s cartas de Paulo. tem-se sugerido que inicialmente o a r a m a i c o "Jesus o Cristo" foi traduzido p a r a o g r e g o n a f o r m a m a i s o u m e n o s literal. F o r m a n d o a g o r a p a r t e . Poder-se-ia c o m p a r a r o n o m e "Cristo J e s u s " c o m a d e s i g n a ç ã o um tanto s e m e l h a n t e " P r e s i d e n t e E i s e n h o w e r " . Ver s o b r e o t e m a . e " C r i s t o J e s u s " . p o r f i m . q u e i n d i c a seu o f í c i o . ou "Jeová é salvação". é enviado e comissionado por ele e. E m a m b o s o s c a s o s . sobre 1 Tessalonicenses 1. a o r d e m " J e s u s C r i s t o " c h e g a a ser a e x c e ç ã o . a s P a s t o r a i s : 2 5 " C r i s t o J e s u s " c o n t r a a p e n a s 5 " J e s u s C r i s t o " . mas de Deus. e m b o r a a princípio não seja tão p r o e m i n e n t e . tão s e m s e n t i d o c o m o à s v e z e s o c o r r e e n t r e nós. N a s epístolas da primeira prisão em R o m a .w Ele pertence a Cristo. é Cristo mesmo quem ata e desata. a d e s i g n a ç ã o d o o f í c i o v e m seguida do n o m e pessoal. e c e r c a de 91 em q u e c "Cristo Jesus".s ã o : 3 1 c a s o s d e " C r i s t o J e s u s " c o n t r a 1 3 d e " J e s u s C r i s t o " .T. a quem Paulo deve seu apostolado. Paulo não era usurpador. ou e s t a n d o l a d o a lado c o m o n o m e " J e s u s " . JBL 65 ( d e z e m b r o de 1946). N a s e p í s t o l a s m a i s a n t i g a s ( G á l a t a s . 6 Ora. foi ordenada e qualificada por Deus para levar a bom termo a tarefa de providenciar a salvação para seu povo.21). a o r d e m "Cristo Jesus". d e m o d o q u e . . é precedido pela designação oficial. Ele. porém. os salvou. tanto aqui quanto em 1 Timóteo 2. E Deus quem não poupou a seu Filho. Além do mais. a vocação. 15.69 1 TIMÓTEO 2. se essa linha de raciocínio fosse válida. Em vista de tudo isto. Paulo atribui a "Deus" a obra de salvar o homem. e que não aparece nas epístolas anteriores. em outros lugares. 2Co 2. 21.3).23. Por exemplo. nos ressuscitou com Cristo. a glorificação são todas atribuídas a ele. 5. é o dom de Deus" (Ef 2. pela graça. Não obstante. a salvação. É Deus quem nos abençoa com muita bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo. 9. 11. Fp 2. Fp 3. Gl 1.10. Paulo declara: " Deus nosso Salvador".21).16. 8. "Mas Deus.3-5.26. 2. 28-30. 20.5.24-26.. a justificação. 3. 4. não significa que Paulo não poderia ter escrito as Pastorais. "agradou a Deus salvar aqueles que crêem por meio da loucura da pregação" (ICo 1. E ele quem nos outorga sua graça. É ele quem nos recomenda a seu amor.3. e isso não vem de vocês. 3. 6 que ele designa a si mesmo de apóstolo de Cristo Jesus por ordem de Deus nosso Salvador e de Cristo Jesus nossa Esperança. mesmo em suas primeiras epístolas. e o enviara às nações distantes (At 22..3.9.17.10. porém.21). 5. 2. 2.4-7.15).9.28).14.10. quase se pode dizer que teria sido estranho que em algum lugar em suas epístolas o apóstolo não tivesse .13. 8).4. 4.15. significaria que um autor desconhecido escreveu 1 Timóteo (aqui o Salvador é Deus)'. Paulo escreveu 2 Timóteo (o Salvador é Cristo) e deixaria um ponto de interrogação sobre Tito (aqui o Salvador é tanto Deus quanto Cristo).57. 3. para vocês.4.20. antes o entregou por todos nós. Cl 3.4. 4.5. Na verdade. A fé é dom seu (Rm 1. 9.. Tt 1. 2Tm 1. E ele quem nos escolheu.. usa "Salvador" em referência a "Cristo" (Ef 5. 11. Ef 1. Foi Deus em Cristo quem o separara desde o ventre de sua mãe e por sua graça o chamara (Gl 1. 31-33. 13. não surpreende que nas Pastorais se aplique amiúde a Deus o título de Salvador. 4.15. Tito 1. ICo 1.5. a expressão " Deus nosso Salvador" nas Pastorais.6). 19.7. por meio da fé. a predestinação. e isso da parte de Deus" (Fp 1.13.15). É ele que faz com que o evangelho seja proclamado. 3. dos reis e dos filhos de Israel (At 9. 5. elegera-o para dar a conhecer o nome de Deus diante dos gentios. 26-31. 8.8. A "Deus" ele também atribui os atos distintos no programa de salvação.10. A presciência. E Deus quem enviou seu Filho como propiciação por nossos pecados. 4. porque.3. 15. 3. 15.4. 5. "mas. At 28. seguramente indica que aqui em 1 Timóteo 1. Cl 1. Se formos criteriosos ao enfatizar o fato de que Paulo era o pai de Timóteo apenas num sentido secundário. sendo o apóstolo instrumento real de Deus. e outros lugares (ver versículo 18. porque o apóstolo de Cristo Jesus chama o destinatário. 6 chamado a Deus "nosso Salvador". E ele quem tornou possível e real essa esperança. 1. gerar.27). não teremos dificuldade com outras passagens da Escritura. filho de Paulo (grego XÍKVOV. Ver c o m mais d e t a l h e a d i s c u s s ã o do c o n c e i t o Soler (Salvador. de tLKTco. no original. A Timóteo [meu] genuíno filho na fé. Ainda que aJgun.70 1 TIMÓTEO 2.14-16. ele está implícito. tais como "e a ninguém chamem pai sobre a terra. onde ele ocorre.20.16. Uo 3. Timóteo era. como já se explicou nas pp. dar à luz). ICo 4. o versículo 1 também é um prelúdio adequado para o versículo 15: "Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores. P r e s e r v a dor) em c o n e x ã o c o m 1 T i m ó t e o 4 . .9).2). bem como o Objeto.9. a omissão do possessivo não é absolutamente inusitada.s comentaristas escrevam extensamente com o fim de provar que a omissão do possessivo. 48-49. 20 Denominar Deus de "nosso Salvador" é inteiramente apropriado. Em tais casos. E visto que para Paulo Deus sempre salva por meio de Cristo. porque ao apóstolo. também 2Tm 1." Diante de circunstância que para o homem poderia parecer sem esperança. 1 0 .e tão-somente ele . e 2 Timóteo 2. A autoridade apostólica e o terno amor se fundem de forma bela.1. Libertador. mas como filho de Deus. E ele a Fonte. É exatamente como Calvino assinalou: Ainda que Deus . como instrumento nas mãos de Deus. deve ser considerado um esforço inútil da parte deles.13.2. 2. 19).19). E ele quem a revitaliza diariamente. ele devia sua vida espiritual (cf. Cristo Jesus se apresenta como "nossa Esperança". que está no céu" (Mt 23. ou seja. 6.seja o Pai de 20. porque um só é seu Pai. meu. Jo 1. cf.15. o próprio fundamento de nosso sincero anelo. "Timóteo. A grande mudança na vida de Timóteo ocorrera durante a primeira viagem missionária de Paulo. Gl 4. [meu] genuíno filho na fé". indica que Paulo estava pensando em Timóteo. nossa confiante expectativa e nossa paciente espera pela manifestação da salvação em toda sua plenitude (cf.5. de nossa esperança (cf. não como seu filho. 5. 1 5 . filho genuíno. 1 5 . t o d a v i a s e m r e s i g n a r n a d a d e s i p r ó p r i o . no amor. p o r é m e m s e g u n d o p l a n o " ( J o ã o C a l v i n o . e m c o n e x ã o c o m 1 T i m ó t e o 2 . que fora ministro de D e u s no novo nascim e n t o d e T i m ó t e o .13. Naturalmente.10. além do mais. Provavelmente seja melhor tomar a fé no sentido subjetivo aqui.12 o apóstolo havia gerado Timóteo. porém.22). e n ã o p r o v a q u e P a u l o n ã o p u d e s s e ter e s c r i t o as P a s t o r a i s . com fé e amor em Cristo Jesus. A s s i m . T t 1. c o m o s e r i a isso c o n s i s t e n t e c o m o m a n d a m e n t o d e C r i s t o : ' A n i n g u é m s o b r e a t e r r a c h a m e i s v o s s o p a i ' [ M t 23.13. D i z . Graça é o favor imerecido de Deus em operação no coração de seu filho. n ã o é e s t r a n h a a P a u l o . Timóteo era. Sobre seu genuíno filho na esfera da fé. H b 12. e sem o a r t i g o cm G á l a t a s 2 . c o n t u d o . exclusivamente. não haverá conflito entre elas. não no sentido físico.12). 6 todos os crentes. 3 . porque os regenerou por meio de sua Palavra e seu Espírito. não simplesmente um crente nominal. D e u s era o Pai espiritual d e T i m ó t e o . Isso corresponde a frases tais como "se permanecerem na fé. 2 0 . 1 5 . . "no amor. p o r q u a n t o r e g e n e r a a t o d o s o s c i e n t e s pela i n s t r u m e n t a l i d a d e d e s u a P a l a v r a e p e l o p o d e r d e seu E s p í rito.71 1 TIMÓTEO 2. estritamente falando." ( l T m 2. ' n ã o h a v e r e i s d e estar e m m u i t o m a i o r s u b m i s s ã o a o Pai d o s e s p í r i t o s ? ' [ I C o 4 . 1 2 . E v e r d a d e q u e ela se e n c o n t r a c o m m a i o r f r e q ü ê n c i a n a s P a s t o r a i s ( l T m 1 . A f r a s e " e m f é " . A q u e l e s a q u e m g r a c i o s a m e n t e l h e a p r a z e m p r e g a r c o m o s e u s m i n i s t r o s . um verdadeiro conhecimento de Deus e de suas promessas e uma sincera confiança nele e em seu Filho unigênito. " T o d a v i a . 4 .. na fé e na pureza" ( l T m 4. r e i v i n d i c a p a r a s i o d i r e i t o a o título.9]? M i n h a r e s p o s t a é q u e a a l e g a ç ã o de P a u l o de s e r pai de f o r m a a l g u m a a n u l a ou d i m i n u i a h o n r a d e v i d a a D e u s . 2 . e paz é aquela consciência no filho de ter ele sido reconciliado com Deus por intermédio de Cristo.21 O termo "filho" era uma designação muito feliz.15).7. 15. e . misericórdia. 21. A t o s 14. "Retenha. e c o m a p r ó p r i a a f i r m a ç ã o do a p ó s t o l o : ' P o r q u e .. ou na esfera tia fé. e é e x c l u s i v a m e n t e ele q u e c o n f e r e a fé. no s e n t i d o de " n a e s f e r a da f é " .5. 2 T m 1. Timóteo não era um Demas. seus ministros têm o direito subordinado a este título. e porque ninguém senão ele outorga a fé. S ã o P a u l o . o apóstolo agora pronuncia graça. 2.13). D e u s é o ú n i c o Pai de t o d o s no â m b i t o da f é . mas no tocante à fé. 2 6 . e . Isso procede no tocante à reivindicação de Paulo ao título pai em r e l a ç ã o a D e u s . paz da parte de Deus o Pai e de Cristo Jesus nosso Senhor.s e c o m f r e q ü ê n c i a q u e . a i n d a q u e t i v é s s e i s m i l h a r e s d e p r e c e p t o r e s e m C r i s t o . o modelo da sã doutrina que você ouviu de mim" (2Tm 1. porquanto combinava duas idéias: "Eu gerei você" e "você me é muito querido". 4 . Graça é a fonte.13 e 2 C o r í n t i o s 13. não bastardo. p p . Comentário às Pastorais. 2 7 ) . cf. n ã o teríeis. E l a a p a r e c e com o a r t i g o em 1 C o r í n t i o s 16. 3 . se u m a c o i s a é s u b o r d i n a d a a outra. 22. m u i t o s p a i s ' . 1 3 . Ver comentário sobre 2 Timóteo 4. E d i ç õ e s P a r a k l e t o s . 1998. Paulo.9]. a o f a z e r isso ele a d m i t e q u e p a r t i c i p e m d e s u a h o n r a . 2. Timóteo estava numa situação difícil. O modo costumeiro de distinguir entre graça e misericórdia é dizendo que a graça perdoa. Quando se faz a pergunta: "Por que Paulo inclui "misericórdia" entre "graça" e "paz"? . a graça tem que ver com o estado. cf.1. a misericórdia é seu amor para com o miserável ou digno de piedade. e Ef 2.5). (Tudo isso já foi discutido muito mais plenamente em C. Não obstante. b. 6 e paz é o fluxo que emana dessa fonte (cf. 11. A palavra "misericórdia" é muito adequada neste contexto.9.33). Daí.) Num aspecto importante. Em grande medida. Tt 3. E a palavra usada na parábola do Bom Samaritano (Lc 10. essa saudação difere das outras.23. paz e amor"). com a condição. e foi merecida para o crente por Cristo Jesus. salvo em suas cartas a Timóteo. Paulo usa esse termo dez vezes: cinco vezes fora das Pastorais (Rm 9. 16.5. seu Senhor. Tudo isso se fará ainda mais claro quando estudarmos com mais afinco o conceito "misericórdia". porém não deve se restringir a ela.4) e cinco vezes nas Pastorais ( l T m 1. refiro-me ao que está expresso ali.31. 2Tm 1. a graça é o amor de Deus para com o culpado. chamando-o "[meu] genuíno filho". sobre 1 Tessalonicenses 1.72 1 TIMÓTEO 2.1). tal distinção é correta. Daí. A própria essência de "misericórdia" é cordial afeto que inclui a terna compaixão. Jd 2: "misericórdia. Gl 6. Enfrentava problemas que eram prova grande demais para um homem de sua disposição.T. no qual Paulo demonstrou seu afetuoso interesse por Timóteo. 18. a misericórdia. tanto para a natureza da salvação quanto para o significado dos conceitos "graça" e "paz" e dos nomes divinos. era definitivamente necessário o temo amor de Deus para os que se encon tram ca ren tes. 10.16. enquanto a misericórdia sente compaixão. essa tríade também é empregada por João numa de suas saudações (2Jo 3. Ali se descreve o que esse nobre personagem fez em favor do homem que caíra nas . 15. Em nenhum lugar. Paulo usa em suas saudações os três substantivos: graça.N. misericórdia e paz.2. O termo "misericórdia" ocorre com freqüência num contexto que estende auxílio aos que estão em miséria. cf.a resposta provável é: a. Rm 5.37. Esta graça e esta paz têm sua origem em Deus o Pai. onde "misericórdias" (LXX eÀeoç) é a tradução do hebraico rahamínv. esses são chamados "vasos de misericórdia" (Rm 9. 3 6 . D t 5 . " M a s a m i n h a misericórdia se n ã o a p a r t a r á d e l e [ D a v i ] " ( 2 S m 7. é um excelente exemplo do uso da palavra nesse sentido um tanto mais extenso. Timóteo. essa c o n o t a ç ã o m a i s a m p l a é i l u s t r a d a e m p a s s a g e n s tais c o m o a s q u e s e s e g u e m . que depende. e lhe f o i benigno" ( G n 3 9 . sobre quem a misericórdia "cai do céu como suave orvalho".5 = L X X . o a l e m ã o B a r m h e r z i g k e i t .23. hesedlv. compaixão. H u l d . c o n s e q ü e n t e m e n t e . bondade materna. 2 E s d r a s 11. do Pai celestial. Da mesma forma.15). fora golpeado e ferido.e f a ç o misericórdia até m i l g e r a ç õ e s d a q u e l e s q u e m e a m a m " ( E x 2 0 . 2 1 ) . o q u a l f o r m a a b a s e d o u s o p a u l i n o d o s t e r m o s . piedade (aqui no plural). Assim também. p o d e ser t r a d u z i d o ou benignidade o LI longanimidade (cf. ficando como morto à beira do caminho. Indica não só o próprio fato da efusão de compaixão sobre os que estão em angústia. T u d o d e p e n d e do c o n t e x t o e s p e c í f i c o . cf. segue-se naturalmente a paz. q u e g u a r d a s a a l i a n ç a e a misericórdia" ( N c 1.. . tais c o m o 5 . quando dentre a massa da humanidade considerada como caída e numa condição de miséria. Não obstante. a qual opera como uma dinâmica espiritual em sua vida. a l é m do m a i s . 7 . particularmente seu povo. o mesmo 23. o a l e m ã o H e r z e n s g ü t e . no qual o t e r m o é u s a d o . h o l a n d ê s " g o e d e r t i e r e n h e i d " ) ou compaixão. "O S e n h o r . 11. a palavra empregada no original (eÀeoç) é amiúde de um escopo bem mais amplo. Os dois s i g n i f i c a d o s . que nutre para com ela um sentimento de temo afeto e está sempre disposto a ajudá-la. 6 .5. são o objeto. Quando esta graça e esta misericórdia ou benignidade estão presentes. a pessoa normalmente é vista como filha de Deus.7: "mas com grandes misericórdias torno a recolher-te". era c o m J o s é . e m c a d a u m a d a s q u a i s a S e p t u a g i n t a t e m <=Àc-oç c o m o u m a t r a d u ç ã o do h e b r a i c o . 7 . a saudação não só lhe assegura graça perdoadora. ". h o l a n d ê s " b a r m h a r t i g h e i d " ) . 5 . 23 Conseqüentemente.31). piedade (cf. sem importar se no dado contexto sejam vistos como quem está "em profunda miséria" ou mais geralmente "carente de auxílio". .5). 6 mãos de ladrões. p o r é m . etc.73 1 TIMÓTEO 2. o Senhor diz em Isaías 54. Aquele que for espicaçado e ferido pelo pecado. em todas as coisas. ( N o t e a e s t r e i t a l i g a ç ã o e n t r e o p a c t o de D e u s e sua l o n g a n i m i d a d e ! ) Ver p a s s a g e n s a d i c i o n a i s n o s S a l m o s . mas também a misericórdia divina intimamente relacionada com as dificuldades atuais e em toda situação da vida. sentimento de ternura. " . N o A n t i g o T e s t a m e n t o . mas também a benignidade subjacente da qual as criaturas de Deus. Deus escolhe alguns. cf. 1 0 ) . se f u n d e m e n t r e s i c o m o f a z e m a s c o r e s d o arco-íris. . O t e r m o " m i s e r i c ó r d i a " de D e u s . No último caso.. [o evangelho] que me foi confiado. tranqüilidade e segurança é paz. mas que sua permanência ali fosse com o objetivo de corrigir o que estava errado. que a lei não foi promulgada para o justo.€Ípr|vr| . 9 tendo isto em mente. os perjuros e para todos quantos se opõem à sã doutrina. e. para os que matam seus semelhantes. a p e r m a n e c e r em É f e s o . O u : " I n s i s t o a g o r a c o m você. em vez de promover a administração centrada na fé requerida por Deus. nu s a s o m nar j a g for astad till M a c e d o n i e n .é ligado ao verbo que significa ligar ou juntar." ( B i b e l n eller D e n H e l i g a S k r i f t .. É uma maneira mais forte de expressá-lo (mais forte que 24. 7 pretendendo ser doutores da lei. o sueco: " J a g b j u d e r dig. c o m o q u a n d o c u e s t a v a v i a j a n d o p a r a M a c e d ô n i a . Paulo imediatamente expressa o que ele considera a mais premente necessidade. os sodomitas. att s t a n n a kvar i E f e s u s . para os ímpios e pecadores. Escrevendo. para os homens irreverentes e profanos. a fim de q u e " . .74 1 TIMÓTEO 2. K o n u n g e n 1917. (Para alguns o termo grego para paz . 1. a seu confiável amigo. Em meu caminho para a Macedônia. 10 para os homens imorais. o c h dar . volveram-se a conversação fútil. e d i ç ã o d e E s t o c o l m o . por todos os meios. os quais antes suscitam disputas. os mentirosos. continuasse trabalhando em Éfeso a fim de dar seguimento à batalha em prol da verdade. É preciso observar que Paulo insiste com Timóteo para continuar em Éfeso. insisti com você para que permanecesse cm Éfeso. os seqüestradores. 6 objetivos dos quais alguns indivíduos..5. bem como uma lê sem hipocrisia. É quase desnecessário enfatizar que o apóstolo não estava interessado em que Timóteo simplesmente continuasse em Éfeso. 11 [a qual está] em harmonia com o glorioso evangelho do bendito Deus. etc. nem os temas sobre os quais discutem com tanta confiança. insisti com você para que permanecesse em Éfeso. para os parricidas e matricidas. 6 é curado e unificado pela graça. sem.) 3 Em meu caminho para Macedônia. C f . ou seja: que Timóteo. para os transgressores e insubordinados. pois. cf. havendo se desviado. o inglês. embora não entendam nem as palavras que eles mesmos falam. nós sabemos que a lei é excelente se alguém faz dela uso legítimo.3-11 3. series. M a fim de ordenar a certos indivíduos a não ensinarem diferentemente. 1946). 5 enquanto o propósito da responsabilidade é o amor [que promana] de um coração puro e uma consciência sã. 8 Ora. o latim. sim. O sentimento resultante da integridade. 4 nem a dedicar-se a mitos e genealogias intermináveis. .75 1 TIMÓTEO 2. Se l e r m o s a f r a s e c o m o um a n a c o l u t o : " c o m o lhe p e d i q u a n d o ia p a r a a M a c e d ô n i a . sobre essa passagem. É natural crer que a expressão "certos indivíduos" do versículo 3 e "certos indivíduos" do versículo 19 se refiram às mesmas pessoas. no versículo 19.regra exegética a que se fez referência insistentemente na presente série deste comentário. o argumento em prol da exclusão de Himeneu e Alexandre está longe de ser conclusivo. acerca dos quais Paulo expressa o desejo de que sejam tratados como "irmãos". tem dado lugar ã opinião de que esses "indivíduos" do versículo 3 não incluem homens tão avançados no erro como Himeneu e Alexandre. e com este propósito: a fim de ordenar a certos indivíduos a não ensinarem diferentemente.T. u m a vez mais i m p r i m e em T i m ó t e o a idéia de que certam e n t e n ã o é o p o r t u n o q u e ele saia d e E f e s o ! . se o próprio ato de escrever f o r c o n s i d e r a d o c o m o um s u b s t i t u t o p a r a as p a l a v r a s " o m i t i d a s " . é suficientemente ampla e forte para incluir ainda os nomes mencionados no versículo 20. 15.) Não obstante." Além do mais. onde os "intrometidos". (Alguém poderia comparar 2Ts 3. 20). diz Paulo. verC. são mencionados de um modo igualmente indefinido. o u se o i n t e r p r e t a r m o s o in/milivo " f i c a r e m " i m e d i a t a m e n t e c o m o um imperativo. quando não compreendem nem o que dizem nem o que afirmam tão categoricamente. ou. q u e f i c a s s e e m E f e s o p a r a q u e " . n ã o há d i f e r e n ç a s u b s t a n c i a l no s e n t i d o : P a u l o . o leitor chega à conclusão de que a expressão "certos indivíduos". é verdade que o apóstolo era uma pessoa de muito tato. Ele omite propositadamente os nomes com o intuito de poupá-los? O fato de mencionar nomes de forma definida no versículo 20. Aliás.5. E m b o r a a c o n s t r u ç ã o d a s e n t e n ç a n ã o s e j a fácil. c o m " a s s i m f a ç o a g o r a " s u b e n t e n d i d o . o apóstolo está ainda (ou novamente) falando de "alguns indivíduos. Lendo repetidas vezes . a s e x p l i c a ç õ e s m a i s n a t u r a i s r e s u l t a m no m e s m o s e n t i d o . porém não no versículo 3. no versículo 3. 6 ficar) e provavelmente implique também que os dois tivessem estado juntos em Éfeso. "Certos indivíduos". diz Paulo. e que 25. "você deve continuar em Éfeso". e poderia ter-se expresso de forma definida pelas razões dadas por esses intérpretes. etc. a l a r m a d o p e l a i n f i l t r a ç ã o e a influência de doutrinas perigosas. Porque é preciso que se note que o que se diz nos versículos 6 e 7 sobres esses "certos indivíduos" do versículo 3 não é de modo algum suave: "querendo ser mestres da lei." E prossegue: "Entre eles estão Himeneu e Alexandre" (v.11. 23 "Timóteo".N. finalm e n t e . Deleitavam-se em medir sua força contra tudo aquilo que consideravam antigo ou fora de moda. por isso. naturalmente está mais capacitado que Paulo (que está na Macedônia) para dizer quem pertence ou não ao grupo. ou seja. ou simplesmente "alguns".3.21). Como os atenienses de outrora que "de nenhuma outra coisa cuidavam senão em dizer ou em ouvir algo novo" (At 17. As vezes ainda encontramos essa tendência nas universidades e seminários. por viver justamente entre essas pessoas em Éfeso. ensinando algo "diferente". mas também vários que não é necessário nomear ainda os casos menos graves. Certas pessoas vivem sempre ansiosas para dar as boas-vindas a tudo o que é novo ou diferente. a referência indefinida (tanto no v.) Lembramo-nos imediatamente da severa mensagem de Paulo aos Gálatas: "Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão depressa aquele que os chamou pela graça de Cristo. mas simplesmente "certos indivíduos". acerca do que nada sabem. Ora. os líderes. na realidade não passam de mestres de novidades. Os que pertencem a esse grupo não são tão importantes como pensam. A Policarpo III. Geralmente. na realidade. ainda que esses "certos indivíduos" queiram ser "doutores da lei" (v. Esta explicação concorda com o que o apóstolo diz deles no versículo 7. O grupo inclui não só alguns que devem ser nomeados. c. "doutrina diferente". Não são "mandachuvas". 7). Timóteo. Estão ensinando diferentemente. "certos indivíduos". traduzido um pouco mais livremente. para seguirem um evangelho diferente . lTm 6.o qual. que apenas iniciaram um estudo sistemático do antigo e já estabelecido. Com base nessa suposição. não é outro" (Gl 1.76 1 TIMÓTEO 2.5. d. ou. 6 desse grupo Himeneu e Alexandre são os piores representantes. O grupo não é grande. 19) se deve provavelmente a uma ou mais das seguintes razões: a. 7). o que eles consideram "novo" é heresia antiga vestida de trajos novos. também Inácio. (Cf. É preciso estar alerta diante de toda nova desço- . b. onde algumas mentes imaturas.6. não "muitos". proclamam estridentemente o novo. 4 quanto no v. esses mitos tinham que ver com relatos genealágicos que. de Gênesis. uma . pois. Não deve ser dividida como se Paulo estivesse pensando nos mitos.com base no que consideravam algum "sinal" fornecido pelo Antigo Testamento. Esdras ou Neemias) e a partir daí formavam uma bela história. 6 berta que sirva para progresso do conhecimento. do outro. Por isso Paulo prossegue: a não dedicar-se a mitos e genealogias intermináveis. Os seguidores do erro em Éfeso careciam do senso de cuidadoso escrutínio e cautelosa ponderação. mas também de pensar de forma distorcida.77 1 TIMÓTEO 2. Para tais pessoas. eram fictícios. e posteriormente foram postos na forma escrita na porção do Talmude que se conhece como Haggadah. o apóstolo está pensando nos suplementos da lei de Deus (ver v. Tais pretensos doutores da lei estavam se dedicando à tarefa de volver (a mente) para (de TTpooéxw com vovv implícito) "mitos e genealogias". ou seja. 4. É um fato notório que desde os tempos mais antigos os rabinos "contavam suas histórias" . em grande medida. meros mitos ou fábulas (2Tm 4.4). casos de velhas caducas ( l T m 4. A expressão "mitos e genealogias" é una. Os indivíduos em questão ocupavam a mente com novidades nocivas.7) que eram definidamente de caráter judaico (Tt 1. 1 Crônicas. Sua responsabilidade era acusá-los ou ordenar-lhes que desistissem. 7). Prontamente sentimos que aqui nos introduzimos na esfera do saber tipicamente judaico. É uma espécie de comentário haggádico sobre o Gênesis canônico. Quanto ao conteúdo material. o que esses seguidores do erro ensinavam merecia o nome de mitos. porque o primeiro é resultante do segundo. de um lado. Não só devem desistir de ensinar o erro.5.14). O Livro dos Jubileus (também chamado O Pequeno Gênesis) oferece outro notável exemplo do que Paulo tinha em mente. Indubitavelmente. e o anseio por preservar tudo o que há de bom e antigo. Tomavam um nome de uma lista genealógica (por exemplo. Esses adornos intermináveis que agregavam ao relato sagrado eram parte do "menu" regular da sinagoga. Medido pela regra da verdade. Paulo tem uma mensagem que Timóteo tinha de passar adiante para eles (note o verbo TTapccyYf AAto). e nas genealogias. Esse era o problema.e quão intermináveis eram! . Os adultos. mas ainda o ano tem 52x7 = 364 dias. alguns recorrem a toda sorte de fantasias milenistas. Empilham mitos sobre mitos. e outros. Ora. são insignificantes de conformidade com esse esquema. o mês 4x7 dias. E assim agora sabemos que o sábado era observado até pelos anjos. Em todas as épocas existem pessoas que se deleitam em entregarse a tais misturas estranhas de verdade e erro. com ênfase especial. e isso para o efeito teatral. Assim não só a semana tem 7 dias. toda a cronologia está baseada no número 7. uma emo- . Abarca toda a era desde a criação até a entrada em Canaã. naturalmente. até mesmo para as fábulas e os contos de fada. a semana de anos tem 7x7 anos e o jubileu tem 7x7 = 49 anos. Assim a lei de Deus é invalidada pela tradição humana (cf. Chegam até mesmo a crer que essas adulterações são de suprema importância.78 1 TIMÓTEO 2. e para esse arranjo se reivindica a autoridade celestial. ou preferem ver na tela um embelezamento antibíblico da história de José. que Jacó nunca enganou a ninguém. Aliás. Esse livro provavelmente tenha sido escrito em fins do 2. 6 exposição salpicada com uma abundante provisão de anedotas ilustrativas. Há lugar para a dramatização. Mas se alguém começa a misturar a história sagrada com a ficção. Os acontecimentos em separado referentes aos patriarcas. Em vez de estudar-se a Palavra infalível. Em vez de pôr de lado todo esse refugo sincrético. fábulas sobre fábulas.5.6). é verdade que há um lugar legítimo para o exercício do dom da imaginação. da mesma forma que as crianças. Mantêm extensos debates sobre datas e definições. para um prazer grotesco. ou um suplemento igualmente antibíblico da história de Sansão. com ênfase exagerada. descobrem finas distinções e se engalfinham em disputas minuciosas. Essa extensa peça se divide em cinqüenta jubileus de 49 anos (7x7) cada um. etc. e que os anjos também praticavam a circuncisão. no famoso incidente em conexão com a mulher de Potifar. em sua Dalila. e o quadro pintado no original sagrado é distorcido de forma grotesca. podem desfrutar do "Pinheiro" de Hans Andersen e levar a sério suas lições.° século ou princípios do 1 a . às vezes quase a ponto de ficar irreconhecível. e o fim se perde de vista. Mt 15. sim. o mesmo erro se mostra em formas muito diversas. A narrativa sagrada de nosso livro canôníco de Gênesis é adornada. C . Em nossos dias. naturalmente. Tem-se observado corretamente que o ensino de uma pessoa deveria ser julgado por seus frutos. . onde o bispo é chamado administrador de Deus.KOVÓ[ÍOÇ) é literalmente o administrador de uma casa ou de um estado (Lc 12. Gl 4. a sábia administração e distribuição dos mistérios do evangelho para a edificação da igreja. 8. ou a satisfação da vão curiosidade. ICo 4.2-4." Ver também Tito 1. "Mordomo" (OÍ. A m e l h o r r e d a ç ã o traz olKovo^íav ( m o r d o m i a ) .1. Essa administração 27 é o cuidado que o Senhor ordenou com respeito à casa ou a família de Deus.17. ainda q u e não t e n h a n e n h u m outro defeito. C a l v i n o disse a l g o s e m e l h a n t e .25 e 1 Timóteo 1. 3. "a mordomia de Deus.. 6 ção inebriante.4 (a que ora estamos considerando). onde o apóstolo refere-se a si mesmo e a seus associados como "despenseiros dos mistérios de Deus". A lei de Deus não foi dada com o fim de que. 26 O verdadeiro objetivo de todo líder e mestre do evangelho. " 27. op.2. edificar). Não há dúvida de que a palavra administração é usada aqui no mesmo sentido de 1 Coríntios 9. 1 Coríntios 9.5. Efésios 1. Colossenses 1. tem de ser "a administração da fé requerida por Deus". Tudo o que deixa de promover a administração deveria ser rejeitado ainda quando não tivesse outra falha. 16.7. 2. ou com o fim de que o próprio público seja "entretido" com mitos intermináveis e histórias genealógicas e fictícias que antes geram disputas do que a administração centrada na fé requerida por Deus (literalmente. 30: " T u d o o q u e não e d i f i c a d e v e ser rejeitado.10. cit.2.17: "uma administração a mim confiada. As passagens do Novo Testamento em que aparece a palavra administração são Lucas 16. o propósito e meta de todas as suas lutas.42. está distorcendo a própria essência e o propósito do registro sagrado.1.79 1 TIMÓTEO 2.2). possam "brilhar" aos olhos do público. p. 9. e não oi. 3. os que arrogam para si o título "doutores da Lei". e tudo o q u e só serve para suscitar controvérsia d e v e ser d u p l a m e n t e c o n d e n a d o . E tudo o que não gera outra coisa senão disputas merece dupla condenação.Ko6o|j. A palavra parece referir-se ao ofício que se recomenda ao administrador e/ou à administração ativa dos negócios por uma pessoa que exerce o ofício. e 1 Coríntios 4. e afirma que a qualificação primordial de um despenseiro é que seja fiel.r|V (construir. a que é da fé"). Não 26. uma fé opere por meio do amor". não se limitava estritamente a ordens negativas. é demandada por ele.uma grata entrega a ele de toda a personalidade. 4 4 3 ) .5. Note também a ênfase sobre o amor em outras passagens em 1 Timóteo. o oi. podemos estar certos. Paulo prossegue: enquanto o propósito da responsabilidade é o amor. essa responsabilidade é de fato a suma e substância de toda exortação cristã. está centrada no exercício ativo da fé. p . tais como: "Não ensine o que difere do evangelho integral. essa administração divinamente ordenada. o s e n t i d o do t e r m o está em d i s c u s s ã o . c d i s c u t í v e l . Tt 1. administração essa que tem sua origem em Deus e. Essa responsabilidade. 1 0 .30. cujos frutos ela procura multiplicar. No sentido mais elevado do termo. 4. 6 obstante. Ora.Koyó|ioç é um tesoureiro. 2. U s o s d o t e r m o q u e r e q u e r e m u m c o m e n t á r i o e s p e c i a l são o s s e g u i n t e s : a. especificamente. 6. 31) e a essência do evangelho. o s e n t i d o m e t a f ó r i c o se a m p l i a e se a p l i c a aos c r e n t e s em geral. e um sincero desejo pelo bemestar temporal e eterno de suas criaturas. mas a fé que atua pelo amor" (G1 5.. de toda pregação hortativa. Timóteo foi incumbido de transmitir uma responsabilidade à igreja de Éfeso. o mordomo é um administrador dos tesouros espirituais (ICo 4. 28. O s e n t i d o " d i s p e n s a ç ã o " . conseqüentemente. o que se declara nessa passagem está em íntima harmonia com outra grande afirmação de Paulo: "Porque em Cristo Jesus nem circuncisão nem incircuncisão tem efeito algum. Em 1 P e d r o 4 . . amiúde aparece o sentido figurado. c. um profundo anelo pela prosperidade de seus redimidos. Por isso. Em E f é s i o s 1. Considerado assim. O amor é o cumprimento da lei (de ambas as tábuas.14." Naturalmente que o negativo implicava o positivo: " Testifique do evangelho puro e exerça uma fé viva no Senhor Jesus Cristo.80 1 TIMÓTEO 2. Em R o m a n o s 16. Por isso sua meta é o amor e não uma demonstração fútil de conhecimento especulativo.15.23.6). 3). b. é muito melhor a exposição que Paulo faz de seu significado em 1 Coríntios 13. M. que transmitisse uma mensagem que tinha referência especial a "alguns indivíduos" (ver o v. e não perca tempo com fábulas e fantasias genealógicas. Mc 12. q u a n d o o t e r m o é d e f i n i d o c o m o " u m período de tempo d u r a n t e o qual está e m o p e r a ç ã o u m a r r a n j o d i v i n o d a s c o i s a s " . .7).1.10 e p a s s a g e n s r e l a c i o n a d a s .28 5. Não obstante. tais como 1. s i g n i f i c a d o da p a l a v r a q u e e n c o n t r a s o b e j o a p o i o n a literatura K o i n ê e x t r a c a n ô n i c a ( v e r M .12.11. Esse amor poderia ser acolhido como um deleite pessoal em Deus. 10.T. Por isso. dará como resultado o amor genuíno para com o benfeitor e para com todos os que se acham incluídos em seu amor. "O homem vê o exterior. 3 9 . que estejam em harmonia com o propósito único que resume a lei. 6 . 7 . a idéia c e r t a m e n t e s e e n c o n t r a ali ( G n 3 . sobre João 14. I s 6 .22).1). 15. Uma consciência isenta de culpa e obediente à lei de Deus começará a aprovar somente aqueles pensamentos. quer do passado. E a medula e o cerne do ser humano. que abraça a Cristo e todos os seus benefícios. consciência. Além do mais.14. 9 . Uma fé genuína. 29 É tanto positiva quanto negativa. o propósito da responsabilidade que promana do evangelho é o amor que flui de um coração puro. Quando um pecador é atraído a Cristo. o apóstolo especifica que está pensando no amor que procede de um coração puro. D n 9 . uma sã consciência e uma fé sem hipocrisia". tanto quanto a mola mestra das palavras e ações (Rm 10. 1 S m 2 4 . O resultado é que a consciência do homem começa a importuná-lo de tal modo que. 6 Ora.8) implanta sua nova vida no coração do homem. seu ego moral no ato de julgar seu próprio estado. de uma sã consciência e de uma fé sem hipocrisia. . 29. "Porque dele procedem as fontes da vida" (Pv 4. passados ou futuros. Daí. do presente e do futuro. dominado pela convicção. Mt 12. então começa a vir à tona um amor fervoroso ( l P e 1. palavras e ações. l Jo 4. Paulo fala de "um amor (que procede) de um coração puro. bem como suas palavras e ações. suas emoções e seus pensamentos. 2 1 .5. 15).dão origem ao amor. Ora.34.81 1 TIMÓTEO 2.10.N. J ó 4 2 .7). Consciência é a intuição moral do homem. O coração é puro quando experimenta a obra purificadora do Espírito Santo (SI 51. 11). A i n d a q u e o termo consciência n ã o o c o r r a no A n t i g o T e s t a m e n t o . 22. ele sente-se feliz por abraçar o Redentor por meio de u m a f ê viva e consciente. Aprova e condena (Rm 2. 1 7 . Quando o Deus de amor (amor é seu próprio nome. cf. 1 0 . Daí ser plenamente natural a seqüência: coração. 2 S m 2 4 .19. o ser íntimo do homem. 2 6 . este chega de forma natural a ser um coração amoroso. fé. 5 .23). porém o Senhor vê o coração" (ISm 16. O coração é a sede dos sentimentos e da fé. é claramente evidente por que o apóstolo declara que esses três e nesta ordem . e ver C. 1 9 ) . Quando isso ocorre. 1 0 . o primeiro a ser regenerado é o coração. 5 .37. a saber: o amor. nem tudo o que se chama amor é realmente amor. Significa conhecimento juntamente com. salvação essa por meio da qual "o amor de Deus derramado em nosso coração.5. 3 . é guiada pela revelação especial de Deus como sua norma. é mais do que meramente uma "consciência nítida". seu espírito que testifica juntamente com o Espírito de Deus. 2 1 ) . sam-vittighed\ [português. 10. pelo Espírito Santo que ele nos concedeu" (Rm 5. 13. Não se pode ter dúvida de que "a consciência é a resposta do senso moral do homem"à revelação divina acerca de si mesmo. segundo a Escritura.9. sam-vete. E no crente que a consciência alcança sua meta mais elevada.10). Para o homem regenerado.3.22. latim. três v e z e s em 1 P e d r o ( 2 ." Outros arrazoam mais ou menos assim: "É o ego moral do homem que ecoa seu ego cognitivo. produz "a tristeza segundo Deus produz arrependimento que leva à salvação" (2Co 7. E o amor de Deus evoca uma resposta de amor. .5.2. É antes a consciência que: a. 24. 1 4 .15. 1 6 . conhecimento conjunto ou co-conhecimento: grego. con-scientia.18).19). con-sçience.16). porém. 3 . 3.5. 9 . dinamarquês.1. de modo algum é obscuro. N a s P a s t o r a i s e l a s e e n c o n t r a e m 1 T i m ó t e o 1. pronuncia juízos que são aceitos e emite ordens que são obedecidas.14. seja qual for a verdadeira história da maneira pela qual o termo se originou. a voz interior do homem no ato de repetir a voz de Deus. c. cinco vezes em H e b i e u s (9. 4 . seu juízo pessoal que endossa o juízo de Deus.82 1 TIMÓTEO 2. seu significado. No N o v o Testamento. 2 T i m ó t e o 1. 19.5). inglês (do latim). 1 9 . a palavra ocorre duas vezes em Atos (23. auveíõqoLç. A "boa consciência".9. consciência]. a vontade de Deus expressa em sua Palavra se torna "o Senhor da consciência." Essa diferença de opinião não é tão importante a ponto de ser necessário ter em mente que. de suas atitudes e atividades" (Rm 2. seu Guia e Diretor" (lPe 2. e p e l o m e n o s v i n t e v e z e s n o s e s c r i t o s d c P a u l o . esse co-entendimento deve ser interpretado? Alguns dizem: "E o conhecimento do homem unido ao conhecimento de Deus. 6 A palavra usada no original e nos idiomas (estreita ou remotamente) relacionados tem o mesmo sentido quando analisada etimologicamente. Como. da qual o apóstolo fala aqui em 1 Timóteo 1. 10. b. 2 . 15). T i t o 1. sueco. Em suma. .83 1 TIMÓTEO 2. Estaria Paulo fazendo um contraste entre a fé viva com a "fé" (?) dos seguidores do erro? Seja como for. e uma sincera confiança de que todos os meus pecados já foram perdoados por amor a Cristo" (Compêndio ao Catecismo de Heidelberg. Tt 1. a meta final. Diz-se que se extraviaram ou se têm extraviado (ver também comentário sobre l T m 6. como viajantes que nunca chegam a seu destino. uma sã consciência e uma fé sem hipocrisia. Ora.21 e sobre 2Tm 2. raciocínio inútil.5. porque se volveram para uma direção equivocada e não se preocuparam em observar a sinalização que se encontra ao longo da estrada. havendo se extraviados. uma sã consciência e uma fé sem hipocrisia. a substância do versículo 5 é esta: a essência da responsabilidade que lhe dou. Essa fé resulta em amor. Naturalmente também erraram o verdadeiro destino. produzem-se tristes resultados. Timóteo. pois uma boa consciência não só abomina o erro. como indica o apóstolo quando prossegue: objetivos dos quais certos indivíduos. a fim de que esses três. "um engano vi] expresso com palavras pomposas". Tal fé é verdadeira e genuína. sempre que este propósito primordial de toda pregação e de toda a obra do ministério cristão se perde de vista. Estes "certos indivíduos" são as pessoas a quem se faz referência no versículo 3 (ver comentário sobre essa passagem). Parece-se mais com uma rua sem saída além da qual existe um pântano de "conversação fútil"." 6. resposta 19). a saber: o amor.18) de seus objetivos adequados: um coração puro. A vereda que tais pessoas têm seguido nem mesmo chega a ser um desvio que logo volta à estrada. como aquela sob a qual o ator se põe com intuito de ocultar sua verdadeira identidade. argumentação que não leva a lugar nenhum (cf. São como atiradores que erram o alvo. e que por meio da pregação pública e a admoestação privada você deve dar a conhecer aos efésios é: "Orem e se esforcem diariamente para que obtenham um coração puro. 6 O aspecto positivo de uma consciência realmente "boa" é a fé. Não é uma mera representação teatral. operando juntamente em cooperação orgânica.10). produzam aquele amor que é a mais preciosa de todas as jóias. uma mera máscara. mas abraça o certo. volveram-se à conversação fútil. a fé em que ele está pensando é "um verdadeiro conhecimento de Deus e de suas promessas reveladas no evangelho. " Ler Salmos 19 e 119. sobre os quais põem tanta ênfase]. Não obstante. Mateus 5. nas sutilezas cerimoniosas.e por meio dele nos efésios. é que desejam alcançar o alvo ainda que não entendam as palavras [ou coisas] que usam nem os temas sobre os quais discorrem com tanta confiança [ou. pois? É a lei pecado? De modo nenhum. algo que todos sabemos muito bem. Portanto. Tudo isso. diz Paulo. sabemos que a lei é excelente. O problema.84 1 TIMÓTEO 2. finalmente. eles mesmos. 7. De fato.8). 8. eu não saberia o que é pecado. Em outros termos. seu vocabulário árido. não passava de mera altissonância. porém.. se a lei não dissesse: Não cobiçarás. a lei é santa. eu não saberia o que é cobiça. justo e bom".15).. logo a aprendiam de memória e a usavam para desfiar suas fábulas tediosas. particularmente da lei de Moisés. por que esses homens se volveram para conversação fútil? Porque querem brilhar! Diz Paulo: querendo ser doutores da lei. Sim. 18. não sabiam o sentido da última adição a seu vocabulário. Pior ainda. ele acrescenta: Nós. Pois. porém. Com satisfação. não é nova. Ora. sua jactanciosa sabedoria os fez cair. particularmente nos que promoviam as doutrinas errôneas .7. o apóstolo parece dizer. com esses homens. E o dono desse lodaçal é. Sempre que ouviam uma palavra impronunciável. se alguém faz uso legítimo dela. porém. linguagem afetada e retumbante..que a proposição: "O estudo constante da lei é algo excelente". esses pseudodoutores esgrimiam suas palavras pomposas. para que ninguém pensasse que Paulo menosprezava o ensino e o estudo cotidiano da lei. 6 discussões áridas como o pó. ele quer deixar gravado em Timóteo . Tt 3. e o mandamento é santo.17. no terrível pântano de ridícula minudência. porém. Paulo não quer dizer "todo e qualquer" uso da lei é ad- . Satanás. na realidade. não é mau. 12: "Que diremos. "é um princípio amplamente conhecido. "Sabemos". E. "Esta proposição". que preside o comitê de boas-vindas ( l T m 5. Por certo. na terra de ninguém. arengas sobre fábulas fantásticas acerca de genealogias. em si mesmo o desejo de ser doutor do Antigo Testamento.5. não entendiam os próprios temas sobre os quais dissertavam com absoluta segurança (cf.. a não ser por meio da lei. O melhor comentário disso é Romanos 7. Essas pessoas podiam estudar a santa lei de Deus com seus preceitos e mandamentos básicos. Como nos jogos públicos. pecadores" (Mt 9. quando escreveu na forma que o fez (a data em que os Evangelhos foram escritos nada . como Paulo indica reiteradas vezes. Quando a lei é sepultada sob um fardo de "tradições" que anulam seu próprio propósito (Mt 15. Não.2. Ela é algo excelente supondo-se que alguém saiba pregar.10. ou quando é usada como ponto de partida para contos fascinantes sobre os antepassados. repentinamente. Eram "justas" a seus próprios olhos. A razão por que gastavam o tempo com todo tipo de fábulas sobre os antepassados era que não haviam aprendido a reconhecer-se como pecadores diante de Deus.3. deveriam ter-se sentido quebrantados pela lei. Simplesmente liam (ou recapitulavam) até que chegassem a um nome próprio ou. naturalmente.7 e 18. eram arrogantes. e cf. a algum detalhe cerimonial. que a lei não foi promulgada para o justo. Eram carentes de humildade. confiantes em sua própria justiça (ver sobre o v. e podiam permanecer muito serenas diante de tudo isso. 7 acima. Este era precisamente o ponto que os falsos mestres de Éfeso estavam ignorando. então Mt 5. 2Tm 3. Então. recebe o prêmio somente quem competiu de acordo com as regras (cf. 15. 10 85 mirável. Em vez disso.13.4. aconteceu com Paulo (ver comentário sobre o v. como os fariseus. e. assim também a pessoa que a usa como deve ser usada. ela perde seu poder. 20. se entusiasmavam! Agora podiam brilhar com suas histórias e espiritualizações. é bem provável que o apóstolo estivesse pensando no dito do Salvador em Mateus 9.5). Estavam "inchados".1 TIMÓTEO 1.9. Assim também alguém poderia dizer que a pregação é algo excelente. por exemplo. a lei é de grande valor prático somente "se alguém fizer dela uso legítimo". mas.9. jactanciosos. 3. como se não lhes tocasse. Lembrando isto. e cf. com referência aos quais Jesus disse: "Não vim chamar justos. não se consideravam más. talvez. Este era o grande pecado deles. Essas pessoas. 2Tm 2. também sobre lTm 6. Tt 1. Aliás.43).5). Lc 15. especialmente os versículos finais). Daí Paulo prosseguir: 9a. como. nem toda pregação. Mc 17. fúteis. porém. criam que eram boas por natureza. sim.9).13. do senso de culpa. 6. e ver também Rm 7. da lei de Moisés era levar os pecadores ao ponto de se sentirem totalmente quebrantados sob o fardo de seus pecados. n ã o a) p e s s o a j u s t a . ímpios.não foi promulgada para o "justo". P o r isso.20. é razoável que a lei . A q u i " u m j u s t o " c o n t r a s t a c o m "transgressores. porém aqui com referência especial à lei de Moisés . s e g u r a m e n t e parece bem provável que nós aqui estamos na esfera moral e não na esfera forense. segundo a posição de Paulo. Não. Rm 7. não necessito de lei (seja a lei de trânsito ou a lei dos dez mandamentos).24) para quem pensa que não tem mancha que precisa ser lavada? Como pode ser ela um guia (SI 119. desobedientes. profanos. p e c a d o s c o n t r a a lei m o r a l d o s D e z M a n d a m e n t o s . qualquer lei no tocante à moral). . admitamos que em si mesmos fossem bons e justos. Rm 3.qualquer lei. Admitamos. E t o t a l m e n t e alheia ao c o n t e x t o . 10. p a n i c i d a s . A possível conclusão é de alguma maneira fortalecida pelo que ele disse no versículo 15 deste capítulo: "Esta afirmação é fiel e digna de toda aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores.7. 30. em prol do argumento.105. que esses pretensos líderes efésios e os que se agrupavam ao redor deles eram o que pretendiam ser. 19. c . e e s t á d i z e n d o q u e n ã o se i m p õ e a lei p a r a uma tal p e s s o a justa. é claro). pecadores. naturalmente (ou seja.5. 8. etc. m a t r i c i d a s " . irreverentes.12. 13 tem a ver com isso. porém. A i d é i a d e q u e P a u l o aqui e n s i n a q u e " o c r i s t ã o j u s t i f i c a d o n a d a t e m q u e v e r c o m a l e i " bate de frente c o m as seguintes objeções: a.. 30 Como pode ser ela um freio (Mc 10. C o m f r e q ü ê n c i a u m a p a l a v r a é e x p l i c a d a p o r seu a n t ô n i m o . também Tito 3.86 1 TIMÓTEO 1. b .22) que aponte para as avenidas de gratidão para o livramento do pecado para quem em seu orgulho e arrogância (dos quais Paulo fala reiteradas vezes) está convencido de que não se extraviou? 9b. A q u i n o v e r s í c u l o 9 ele está f a l a n d o d e u m a f o r m a t o t a l m e n t e geral a c e r c a d e " u m a ( n o t e uma. então com certeza a lei estaria sendo desperdiçada neles.13) para quem pensa que não precisa ser refreado? Como pode ser ela um espelho que revela a imundícia (fonte do conhecimento do pecado. no qual o a p ó s t o l o ( s a l v o a s a u d a ç ã o q u e c o r r e s p o n d e a t o d a a c a r t a ) até aqui n a d a d i s s e a c e r c a de c r i s t ã o s j u s t i f i c a d o s ." Cf.20 e Gl 3. cf. a lei não foi promulgada para esse gênero de pessoas. Um dos propósitos primordiais. Ora. p e c a d o s de a t i t u d e e c o n d u t a . Se sou tão bom que de forma natural guardo a lei. SI 19. p a l a v r a s q u e t ê m q u e ver c o m p e c a d o s d a e s f e r a m o r a l e e s p i r i t u a l . dos quais eu sou o pior. ainda que pela graça soberana de Deus tenham sido (ou em algum momento de sua vida serão) justificados (Rm 4. naturalmente. ao referir-se às pessoas para quem a lei foi promulgada (aqui com referência particular à lei moral e divina). Paulo. uma palavra que no uso paulino se aplica até mesmo aos eleitos enquanto (ou até onde) ainda vivam em harmonia com o princípio da incredulidade. Estaria Paulo pensando em si mesmo (como pessoa incluída no grupo) e em sua vida pregressa? (Cf. aqui. deve-se ter em mente que nos versículos que vêm imediatamente em seguida o apóstolo faz reiterada referência a si próprio e a sua vida pecaminosa (vv.5. para os parricidas e matricidas. os transgressores são também insubordinados. Essa era a diferença! A primeira palavra apropriada que ele usa é transgressores. 5. E assim vivem separadas da lei e são contrárias a suas exigências básicas. 10 87 mas para os transgressores e desobedientes. 16). para os irreverentes e profanos. Os mestres da falsa doutrina. da região de Éfeso. Rm 7. 15. e em seguida desce aos detalhes. um texto deve ser interpretado à luz de seu contexto. "profanos". primeiramente os encadeia em termos gerais como transgressores e desobedientes. Os transgressores (plural de avop. .1 TIMÓTEO 1. mentirosos.oç). São. seguindo aproximadamente a ordem dos dez mandamentos. negativamente falando. Do contrário nossa interpretação perde a unidade. não são as pessoas que ignoram a lei.9. 13. Positivamente falando. para os homicidas.6). pois. Na vida cotidianamente prática. isso significa que. se colocaria entre eles. os sodomitas.3). tais indivíduos são pecadores por natureza (plural de à|iapTQlóç). Ora. Além do mais. tais pessoas são ímpias. Era como se apóstolo. não admitiam nada. para os imorais. para os ímpios e pecadores. ímpios e pecadores. Os efésios seguidores do erro deveriam perguntar a si mesmos: "Esse não é um retrato exato de nós mesmos?" Paulo admitia que ela era aplicável a ele mesmo. perjuros e para todos quantos se opõem à sã doutrina. irreverentes. sobre 2Ts 2. profanas (plural de áoeprjç).T. Eles se negam a pôr-se sob (note a palavra: plural de ávuTTÓxaKToç) o governo do Deus que promulgou a lei. Simplesmente vivem fazendo o que agrada a si próprias.9. os seqüestradores. mas as que vivem como se não houvesse lei (ver C.N.) Para poder fazer uma exegese adequada dessa porção. 88 1 TIMÓTEO 1. primeiramente o apóstolo declara que a lei foi promulgada àt/ooLOLç Kcd pePqAmç "para os homens irreverentes e profanos". dos quais eu sou o principal. O q u e eu q u e r o d i z e r é q u e n e s s a p a s s a g e m o u s o p r o p r i a m e n t e d i t o da p a l a v r a irreverente. de tal modo que agora passe a usar a lei com perfeita compostura como uma espécie de palavras cruzadas ou como matéria-prima para a fabricação de interessantes histórias sobre os antepassados.24. Eu n ã o e s t o u q u e r e n d o d i z e r q u e os a d j e t i v o s o a i o ç e àvóaLoç s e j a m tão r e s t r i t o s de m o d o q u e em todos os c a s o s se r e f i r a m à a t i t u d e do h o m e m em r e l a ç ã o a s e u s d e v e r e s s o b a p r i m e i r a t á b u a d a lei." A lei. com o fim de sacudi-los até o mais profundo âmago de seu ser. O apóstolo então faz uma síntese da lei dos Dez Mandamentos. Por conseguinte. note o versículo 15 (que provavelmente já estava no pensamento do autor. Ela foi. Platão representa Sócrates como que dizendo: "E outra vez. e cf. e espantá-los de qualquer autocomplacência que porventura restasse neles. Paulo de forma bem definida e explícita nos diz que se inclui nesse rol. é muito adequada num contexto que descreve os que são negligentes em seus deveres para com Deus. que no Novo Testamento só aparece aqui e em 2 Tessalonicenses 3.20).' Quem me livrará?" (Rm 7. A palavra irreverente (áfócnoç).31 Semelhantemente. (faz o que é) santo (ocua)". a glorificação consciente de Deus.2. Em Gorgias (507B). quando escreveu o versículo 9): "Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores. pois. dominado pelo senso de segurança. 13 erraram o rumo ou o alvo de sua existência. e aqui no versículo 9 está associada a profano. promulgada para que o homem inquieto sinta uma maior inquietude. T r e n c h t e m r a z ã o q u a n d o a f i r m a q u e a s E s c r i t u r a s n ã o r e c o n h e c e m a d i v i s ã o a r b i t r á r i a e n t r e p r i m e i r a e s e g u n d a t á b u a s . para os ímpios e pecadores. faz o que é justo (õÍKcaa). em 2 Macabeus 31. Rm 3. em i m e d i a t a c o n e x ã o c o m profa- . a saber. foi promulgada para os transgressores e insubordinados ou desobedientes. de modo que clame desesperançado de si mesmo: "Miserável homem que eu sou. (quando faz o que é correto) em relação aos deuses. quando alguém está fazendo o que é adequado em relação aos homens.12. O resumo revela claramente que não há lugar em Sião para alguém sentar-se em repouso (menos ainda para os seguidores do erro que havia em Éfeso). seu Deus. 13 e At 26. Q u a n t o ao r e s t o . 10 89 7. lhe dá" (Ex 20. para que se prolonguem seus dias na terra que o Senhor. no. 460. ou seja. 45. em cada caso. É como em nosso idioma indica: "em frente do templo".11) ou a qualquer outro pecador. quanto mais feri-los (dar-lhes um golpe destrutivo. 6. que por todos os meios tentou destruir a religião de Jeová. caminhar.9.16. é plenamente natural presumir que. O adjetivo é usado em relação a coisas em 1 Timóteo 4. O pecado assinalado aqui é uma flagrante violação do seguinte mandamento do decálogo: "Honre seu pai e sua mãe. quando Paulo faz menção de pessoas irreverentes e profanas. M. de Paávco. . deve ser reverenciado e que seu dia deve ser observado. 2 Timóteo 2.1 TIMÓTEO 1.. santuário). "fora do templo" (pro = diante ou fora d e . Nenhum pecador escapa. Os que são irreverentes e profanos escarnecem dos quatro mandamentos da primeira tábua da lei. matá-los)! Não obstante. lxxxviii.34.16 (ver comentário sobre essas passagens) e em relação a pessoas nessa passagem e em Hebreus 12. dar um passo. T r e n c h . Ora. Em segundo lugar. Que ninguém diga que Paulo se excluiu desse rol (ver v. Antíoco Epífanes. pisar). ele esteja pensando naqueles que ridicularizam a própria idéia de que há unicamente um Deus verdadeiro. Portanto. p a r e c e a p o n t a r p a r a a d i s t i n ç ã o t r a d i c i o n a l .7. t a m b é m M. a lei declarava especificamente: "Quem ferir seu pai ou sua mãe será morto" (Ex 21. O que se expressa negativamente no adjetivo "irreverente" se expressa positivamente no adjetivo profano (pépr|Àoç. essa lei foi promulgada "para parrícídas e matricidas". a saber. que seu nome. inclui o menor. Aqui se condena qualquer forma de negligência em honrar os pais. f a n u m = templo. se o simples golpear o pai ou a mãe levaria a pena de morte. Além disso. Uma pessoa profana é alguém que não se refreia ou não vacila em pisotear o que é santo. o pecado maior. Essa passagem menciona a pessoa tipicamente/? roja na. O que é profano pode ser pisado. ou o nome de Cristo. que por uma simples comida vendeu sua primogenitura com suas implicações messiânicas.15).12). e naqueles que negam que esse Deus é um Espírito de perfeição infinita. Esaú.20. cit. op. v e r R. C. é chamado "homem profano". é evidente que pode ainda incluir adultério (relação sexual ilícita entre pessoas das quais pelo menos uma é casada com outra pessoa). primeiro. de modo que na presente passagem é simplesmente imoralidade sexual em toda e qualquer forma que ocorra. Como é verdade com respeito a nossa própria palavra fornicação. A violação indicada é. a lei visava aos "homicidas". Também Hebreus 13. embora ilicitamente.10). muito flagrante.90 1 TIMÓTEO 1.1 um caso horripilante de imoralidade. o fornicário ou imoral é mencionado junto com o imundo ou impuro. 22. Em quarto lugar. Como teria magoado Paulo escrever isso! Trouxe a sua mente lembranças do passado. Com respeito ao primeiro termo (fornicação). O mandamento violado é o sexto: "Não matarás" (Êx 20. Em Efésios 5.27. Isto se refere claramente aos que violam o sétimo mandamento: "Não adulterarás" (Êx 20.1. 4. Veja interpretação de Cristo. o original se refere a todo aquele que tira a vida de outra pessoa. Que pecador não é culpado? Paulo menciona em 1 Coríntios 5. o sentido. O mundo pagão estava repleto de tais vícios. 7. a expressão em nosso idioma é ambígua. gradualmente adquire um significado mais inclusivo. ainda que a princípio restrito. 13 Em terceiro lugar. e poderia ser tomada como uma referência a quem mata sem intenção. "fornicação" ou imoralidade. o original aqui tem "para os homicidas involuntários". porém o caso men- .14).32. Cf. Contudo.13). 19. 5. Note que aqui também (assim como as frases "para os ímpios e pecadores". De acordo com Mateus 5. Tem referência a todo e qualquer homicídio. de seu próprio passado (At 9. Literalmente. não é verdade que está sempre estritamente confinado à relação sexual ilícita entre pessoas solteiras.12. Não obstante. sodomitas". a lei foi estabelecida "para as pessoas imorais.4.21-26. 28. "para os irreverentes e profanos") a descrição negativa (imorais) precede a positiva (sodomitas).9.5. o segundo é "sodomia". assim também com respeito à palavra grega. Mateus 5. muito incíusiva.4. 26. qualquer pensamento impuro é uma forma de "adultério". A luz de Mateus 5. 1. ela se refere clara e primariamente a "mercadores de escravos" (a palavra àyõpáTToõov significa escravo) e assim. "que cometem atos vergonhosos homens com homens" (Rm 1. por extensão. Gn 19. 10 91 cionado em Coríntios é de tal parte como algo que "nem mesmo se nomeia entre os pagãos". a referência é a todos os homossexuais. mentiroso não é apenas o indivíduo que .27. não só os cretenses são mentirosos (Tt 1. aos sodomitas (cf. quer homens quer mulheres. Não obstante. Certamente o apóstolo está pensando no nono mandamento: "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo" (Êx 20. No Novo Testamento. por natureza. a todos os "ladrões de homens" ou "seqüestradores". considerando seus componentes. 2)1 Sim. Portanto. O apóstolo está pensando numa horrível violação do oitavo mandamento: "Não furtarás" (Êx 20. e por uma legítima extensão da idéia. 1 Co 6. quanto ao roubo de homens.1 TIMÓTEO 1. ver Êx 21. essa lei foi feita "para os mentirosos e perjuros".9). De acordo com o uso bíblico do termo. Mas. mas. também está toda pessoa que tem infringido os direitos ou liberdades de seus semelhantes. masculinos e femininos. indiretamente.15. Certamente também os que entram nos lares de cristãos.16. Imediatamente depois de "imorais".15).9. estão incluídos. levando presos os que são de "O Caminho". a palavra (ávõpcaroÔLaTriç) ocorre somente aqui. Paulo menciona os "sodomitas".16). A palavra empregada no original é composta de duas partes: homem e leito (particularmente o leito matrimonial). todo homem é mentiroso (Rm 3. seja qual for sua origem. segundo a visão de Paulo.7). Dt 24. estão implícitos os ladrões de homens de todo matiz ou cor. At 9. a lei foi instituída "para os seqüestradores". a referência é diretamente aos homossexuais masculinos. Que pecador está livre? Em sexto lugar.12).4). Sua origem é bastante incerta. a despeito do fato de que podem portar consigo cartas do sumo sacerdote (cf. alguns a façam derivar da idéia verbal "apanhar um homem pelo pé". Em quinto lugar. Paulo está incluído. ainda que. em outros termos. nenhum pecador e nenhum pecado pode escapar. o apóstolo agora acrescenta "e para tudo quanto é contrário à sã doutrina". Ela está estabelecida (Keitca) para todo aquele que se põe contra (ávxÍKeiim) a sã doutrina.20). ao fazerem um voto solene. nem coisa alguma que pertença ao teu próximo" (Ex 20. todo pecado é um .N.44. 13 realmente expressa algo que não confere com a verdade. sobre João 8. "Perjuros" são todos quantos são culpados de afirmar solenemente ("pelo meu nome".. o que é falso com a intenção de causar dano ao próximo.17).T. ou aqueles que. ao mencionar essa violação particular da lei moral. Essa é a mais espantosa f o r m a de pecado contra o nono mandamento. sobre 2Ts 2. e ver C.. O perjúrio tem com freqüência (talvez pudéssemos dizer sempre) sua raiz na cobiça.33-37). A única pessoa para quem a lei não tem vigor é o justo. O arquimentiroso de todos é o diabo (ver C. Portanto. como nos casos anteriores de violações contra a lei moral.12. Esta doutrina corresponde à teoria e à prática.T. Naturalmente. U m a vez dada u m a atitude geral e mais detalhada das pessoas para as quais a lei foi promulgada. o seguidor do erro tal como ele se vê. assim como o seqüestro é a mais vergonhosa manifestação de pecado contra o oitavo. Lv 19.22. e muito menos os efésios seguidores do erro. o anticristo. O Senhor denunciou o desígnio egoísta dos fariseus em restringir o sentido do mal de forma a achar-se culpado somente aquele que não cumpria uma promessa em relação à qual houvesse alguém pronunciado literalmente o nome de Deus (Mt 5. um horrível exemplo contra o sétimo. assim é aqui: o pecado mencionado inclui pecados que conduzem a este e a todos os pecados relacionados com ele. 10). mas também contra o décimo mandamento: "Não cobiçarás a casa do teu próximo.12).92 1 TIMÓTEO 1. Se nos lembrarmos de que o pecado de jurar falso às vezes era cometido com o f i m de obter-se a posse da propriedade do próximo. Quanto aos demais. 55). fazendo com que ele sinta a sentença de condenação.9. Paulo não só está pensando no pecado contra o nono. a lei condena a todos e a cada um. e a sodomia. é também um mentiroso (1 Jo 2. mas também aquele que cujas ações e atitudes não se harmonizam com sua confissão ( I J o 2.4. Na forma como Deus os vê. não têm a intenção de cumpri-lo. é evidente que não é tão absurda a teoria de que. Seu mais ardente discípulo.N. Ver comentário sobre 1.9a. 4. e o u s o m e t a f ó r i c o d a p a l a v r a c e r t a m e n t e era c o n h e c i d o d o a p ó s t o l o P a u l o .1 TIMÓTEO 1. n o g r e g o b í b l i c o . 2 Timóteo 1. A sã doutrina exige que o homem guarde a lei de Deus.14. a graça. quando aplicada a Deus implica que essa perfeição 32.. sem dúvida. N ã o é necessário buscar uma c o n e x ã o mais remota para a frase q u e estamos discutindo. É a frase i m e d i a t a m e n t e precedente.3. porque promove a saúde espiritual. etc. o amor. seja interior ou exterior. "do Deus bendito". ele é o Deus da bem-aventurança absoluta. a soma total de todas as virtudes. a excelência da bondade e verdade. em harmonia com o glorioso evangelho do Deus bendito. A l é m d o m a i s . Ver também 2 Timóteo 4. Tito l . Com respeito a esta bem-aventurança divina. Naturalmente que isto nos lembra (é "de acordo com" ou "em harmonia com") o evangelho. p o r e x e m p l o . porque a mensagem central deste é: "Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores" (v. a sua base semítica. D e v e .) Declara a justiça.. donde vem nossa palavra higiênico). sua condição completamente pecaminosa. (Ver C. d a v e r s ã o L X X d e P r o v é r b i o s 13. 2. construímos o genitivo "da glória" c o m o adjetivai (2Co 4.8. Williams e outras. M o f f a t t . W e y mouth. absoluta. G o o d s p e e d . Que glorioso evangelho é este!33 E glorioso porque exibe a glória dos atributos divinos.1. a fonte de toda a vida. ele revela sua total perdição.4 nada p r o v a e m c o n t r á r i o ) . porque é a vida absoluta.13. então Tito 3. a que é " s e g u n d o " ou " e m h a r m o n i a c o m " o glorioso evangelho do D e u s bendito. finalmente.N. V . devido. a essência suprema. expressa o fato de que Deus é perfeição . 15). Segundo.3. N ã o é v e r d a d e q u e q u a n d o ô ó ^ c é p r e c e d i d o p e l o a r t i g o n ã o p o d e ser a d j e t i v o . R . C f . .. um grande teólogo escreveu o seguinte: "Ora. S .. Isto não causa surpresa. B e r k e l e y .13. " S ã o " ( n o s e n t i d o de " o r t o d o x o " ) n ã o é um c o n c e i t o m e r a m e n t e i n t e l e c t u a l . 1 Timóteo 6.9. n o t a 193. .13. porquanto seu ensino está: 11. 10 93 pecado contra a sã doutrina.T.9. a palavra bem-aventurança. C f . porque a bem-aventurança e a propriedade de cada ser que é perfeito ou completo: que tem vida. s e g u n d a l i n h a .. Portanto. quando a bem-aventurança é atribuída a Deus. em outros termos. ela compreende três elementos: Primeiro. sobre João 1. e que essa palavra deve significar "em harmonia c o m a razão". " m o r d o m o d a i n j u s t i ç a " e m L u c a s 16. D e a c o r d o c o m a s v e r s õ e s i n g l e s a s A. Pelo fato de que Deus é perfeição absoluta. e é livre de perturbação. E esta doutrina é qualificada de sã32 (ÚYiaivoúari. Também declara que por natureza ele não pode guardá-la. 33.s e r e j e i t a r a i d é i a d e q u e P a u l o n ã o p o d e r i a ter e s c r i t o a s P a s t o r a i s p o r q u e aqui é usada a palavra "sã". o genitivo adjetivai aparece com freqüência. "sã doutrina".V. Bavinck. É a mesma palavra usada nas bem-aventuranças.31. um mero lutar e tornar-se como o panteísmo ensina. que Deus deleita-se em si mesmo num sentido absoluto.13.3). .necessitam de uma advertência. 1 Coríntios 7. que é perfeitamente autosuficiente.N.3. 1).17. "Bem-aventurados os humildes de espírito" (Mt 5.34 Ao mencionar "o glorioso evangelho do Deus bendito".T. o próprio Timóteo estava plenamente consciente da responsabilidade que Paulo lhe havia confiado. q u e c o m o plural d e c o n s t r u ç ã o p o d e r i a ser t r a d u z i d o " O h . ele faz menção aqui com o intuito de fazer uma transição 34. em Tiago. 13 absoluta é objeto do conhecimento e amor de Deus. o apóstolo naturalmente pensa em sua própria relação com ele. 3).). implica. I P e 1. R m 4 . Rm 1. Sua vida não é um contínuo desenvolvimento. Deus conhece a si mesmo com um conhecimento que é absoluto e ama a si mesmo com um amor absoluto. Ele refere-se a ela reiteradas vezes (1 Co 9.a v e n t u r a n ç a d e . Lc 1. 9.3. e ver comentário sobre lTs 2. 248). .40. ! " Aparece.15 e Tito 2.68.5. 8 ) .12. Por isso acrescenta: [o evangelho] que a mim foi confiado. Antes. Daí a palavra bem-aventurança.7. MI. 11. A palavra empregada no original para expressar esta qualidade de bendito é iiaxapioç. e outros lugares nos Evangelhos (ver C. comentário sobre o v. 8 (citação do SI 32).61. The Doctrine ofGod. Ora. sobre João 13. E s t a ú l t i m a t r a d u z a p a l a v r a h e b r a i c a bamk. Paulo era profundamente cônscio dessa responsabilidade. Um s i n ô n i m o p r ó x i m o de naKápioç é cú/toyriTÓç.. 1 .22. aplicada a Deus. mas um repouso ininterrupto. outros . 1 Pedro e Apocalipse. Paulo a usa em Romanos 4. É por essa mesma razão que ele se denomina de "apóstolo de Cristo Jesus" (ver supra.94 1 TIMÓTEO 1. p a r t i c u l a r m e n t e a b ê n ç ã o d o p e r d ã o (SI 3 2 . em terceiro lugar. a b e m . 1951. que receber a m b e n e f í c i o s e s p e c i a i s d e D e u s . tradução minha. que descansa em si mesmo. C.N.7. Grand Rapids.. É por essa mesma razão que ele podia confiar a Timóteo uma tarefa (ver comentário sobre o v. G1 2. O p r i m e i r o é e q u i v a l e n t e ao h e b r a i c o ashrey. cf. Não obstante. na passagem que estamos considerando e também em 1 Timóteo 6.3). e s i g n i f i c a " s e r l o u v a d o " ou " d i g n o de l o u v o r " ( M c 14.25. 2 C o 1. c o m referência a homens que têm c o m u n h ã o com Deus. p. não é primariamente o desejo de lembrar a outros de sua autoridade o que faz o apóstolo escrever sobre o que lhe fora confiado. 14.T. Ef 1.17). por exemplo.lembre-se dos doutores de doutrinas estranhas de Efeso . por exemplo. Não obstante. uma paz eterna" (H. .4. ao Rei dos séculos. " a g r a d e ç o . não encontramos a costumeira 35. por ter feito dele.1 TIMÓTEO 1. O u . O o r i g i n a i traz Bépeuoç. etc. médio. O u . s e g u n d o aoristo p a r t i c í p i o . Jesus Cristo exibisse toda sua longanimidade. que me considerou digno de confiança e me designou para ele mesmo. 1. cf. como um exemplo para os que viessem a depositar nele sua fé com vistas à vida eterna. 36. o apóstolo combina duas idéias: a. de TÍ8TIPL. e digna de plena aceitação. alcancei misericórdia. embora seja eu completamente indigno. 37 com vistas a [este] ministério. Numa forma bela. d a í " h a v e n d o m e d e s i g n a d o p a r a ele". L u c a s 17. para que em mim. porém. o primeiro. essa graça e misericórdia se revelaram de uma forma gloriosa em minha própria conversão. singular. 12-17). com fé e amor [centrados] em Cristo Jesus. visto que agia ignorantemente na incredulidade. Ver t a m b é m p. não t e m i m p o r t â n c i a aqui. e." 12 Reconheço minha gratidão35 para com aquele que me deu força. " p e l o s s é c u l o s d e [os] s é c u l o s " . p o d e n d o o s e n t i d o ser e x p r e s s o u s a n d o . 12-17) no qual irá expressar sua gratidão a Deus. com vistas a [este] ministério. 10 95 para um parágrafo (vv. m a s e m tal c a s o s e n d o s i m u l t â n e a a a ç ã o e x p r e s s a p e l o p a r t i c í p i o c o m a e x p r e s s a p e l o v e r b o finito. 14 E a graça de nosso Senhor excedeu ricamente.s e d o i s v e r b o s f í n i t o s c o n e c t a d o s c o m "e".9. s i m p l e s m e n t e . [o evangelho] que me foi confiado. P a r e c e s i g n i f i c a r " s i n t o e e x p r e s s o m i n h a g r a t i d ã o " . 13 embora anteriormente tenha sido um blasfemo e um perseguidor c um agressor voluntarioso. sendo eu o primeiro de todos. A referência pessoal da última frase do versículo 11 é agora explicada. que-16 me considerou digno de confiança e me designou para ele mesmo. a mim que sou totalmente indigno de um privilégio tão grande.28. Cristo Jesus nosso Senhor. o principal dos pecadores. L i t e r a l m e n t e . b..l h e " . 17 De modo que. M a s x á p i v í%ui s e j a p r o v a v e l m e n t e u m p o u c o m a i s f o r t e d o q u e e i x a p i o t é t o . 16 Por essa razão. Cristo Jesus nosso Senhor. fui comissionado para proclamar o evangelho da graça de Deus.9. 15 Fiel [é] a confissão. Reconheço minha gratidão para com aquele que me deu força.12-17 12. invisível e único. Neste breve parágrafo (vv. um ministro do evangelho. H e b r e u s 12. 38. 19. o verdadeiro sentido da frase final do versículo 11 é este: "O glorioso evangelho do Deus bendito. " q u e " . 37. que Cristo Jesus veio ao mundo pecadores salvar. Portanto. Deus imperecível. . Porém me foi concedida misericórdia. [seja] a honra e a glória para sempre e sempre! 38 Amém. Se OTL é c o n s i d e r a d o d e c l a r a t i v o ou c a u s a i . de acordo com o contexto. n o m i n a t i v o . serviço prestado ao Senhor no espírito de amor e devoção pessoais (porque esse é o sentido da palavra õiaKoiÁa. ou como um instrumento para o engrandecimento de seu próprio ego. estereotipada e formal "aos deuses ou a uma divindade particular" que nas cartas antigas comumente segue as palavras iniciais. Paulo reconhece sua gratidão a Cristo por três benefícios estreitamente relacionados: a. Cl 4. Procedente de um coração que está saturado de imensa emoção. ver comentário sobre lTs 3. 17).T.16-18. Ver seu vivido relato em Atos 9.9. também C. e de conformidade com seu propósito me designou para o ministério do ofício apostólico. v. Naturalmente. por lhe haver comunicado força (chama a Cristo meu Capacitador ou Qualificador).17). O apóstolo está profundamente consciente de sua incapacidade de expressar adequadamente seu sentimento de fervorosa gratidão.96 1 TIMÓTEO 1.7. sobre lTs 5. b. Atos 13.T.17. e c.10).8) -. sobre 1 Tessalonicenses 2. Hb 1. 22. para que não mais considerem a lei como um joguete. Ele fez isso em favor de alguém como eu." A capacitação. a consideração favorável e a designação foram simultâneas.13. não aos deuses. embora anteriormente tenha sido um blasfemo e perseguidor e voluntarioso agressor. Quanto ao sentido técnico. essas três idéias se reúnem numa só.N. Que os falsos doutores de Éfeso tomem nota desse fato. 13 ação de graças rígida. Fp 4. cf.isso combina o destino com o dever (cf.1-4. Em contrapartida. 26. por havê-lo "designado" .9) . O que realmente vemos aqui é Paulo como um radiante exemplo do que a lei de Deus usada legitimamente é capaz de fazer na vida de um ex-perseguidor.2. que em sua soberana misericórdia me considerou digno de confiança .14.sem olhar para o que eu pessoalmente fui. Ef 2. sobre lTs 3.12. Ocorreram quando Paulo se converteu no caminho de Damasco. Podem ser assim parafraseadas: "Dou graças a Cristo Jesus.N.12. 13. 2Co 12. meu fortalecedor (cf.para o "ministério" (do apostolado). 2).4.1-21.N. ver Ef 4. . e ver C. 2Tm 4. C. E essa gratidão ele oferece. encontramos uma explosão de gratidão sincera e cordial. por considerá-lo digno de confiança.T. 16. ICo 4. sobe cada vez mais alto até chegar aos píncaros de uma sublime doxologia (v. mas a "Cristo Jesus nosso Senhor" (cf. mas para o que sua graça fez em mim (cf.15. 10. Cristo em amor me redimiu para si. o pecado voluntário contra um melhor conhecimento (Hb 10. Foi assim que a graça alcançou esse pecador. 10): irreverentes e profanos. Embora sua conduta pregressa fosse terrível. o apóstolo.12. O caso de Paulo. Nm 15. como sempre. que não fora nada menos que "um voluntarioso agressor". "Não sei por que a maravilhosa graça de Deus me foi dada a conhecer. cf. embora antes de sua conversão o apóstolo permanecesse na mesma categoria dos terríveis pecadores supramencionados (ver comentário sobre os vv. "Saulo. nem deseja o perdão quem vive nele. se essa graça não fora soberana. Saulo. etc. 2Ts 1. havia perseguido o próprio Cristo. Além do mais. 10 97 Este era exatamente o fato assustador.1) -.4.1-4. ridicularizando o nome de Cristo.13). Com certeza. não chegara ele ao ponto de pecar contra o Espírito Santo.11). Durante sua campanha de agressão. 32. Hb 6.N. e em referência à segunda. (Daí. a saber: que tal misericórdia fosse outorgada a um pecador tal como ele. At 9.T. ele jamais teria sido alcançado. incondicional. em seu estado de "incredulida- . alguém que cometeu atrocidade sobre atrocidade contra os que eram do "Caminho". Para tal pecado não há perdão (Mt 12. o homem peca concomitantemente contra ambas as tábuas!) Tão violento e injurioso era seu ataque contra os crentes . 26. indigno. com respeito à primeira tábua da lei. 22. Não devemos passar por alto o fato de que o homem que depois de sua conversão foi tratado afrontosamente (em Filipos). Porém me foi concedida misericórdia. Nem por que a mim.31.26). antes de sua conversão." Tanta misericórdia! Porque. 7. E assim esse retrospecto dos pecados passados alcança seu triste clímax: "blasfemo. tratara afrontosamente os seguidores de Cristo. visto que agia ignorantemente na incredulidade. aqui. lJo 5.9. cf.1 TIMÓTEO 1. 9b. havia sido perseguidor (ver C. o apóstolo havia sido blasfemo (At 26. perseguidor e voluntarioso agressor". ao perseguir "ao extremo" a igreja de Deus. note bem: este mui grande pecador não só foi salvo. por que você me persegue?".4-6. porém.30).4. ele mesmo. G1 1. 5.sua própria respiração se tornara uma ameaça de morte (At 9. lhe perguntara Jesus. foi diferente. sobre 1TS3.16. Sim. mas também foi tido como digno de que se lhe confiasse o ministério do apostolado! Tudo isso ocorreu. na realidade. 4). pensava realmente que oferecia a Deus um bom serviço (ver C. aqui como em 1. Portanto.10). Diz Paulo: E a graça de nosso Senhor excedeu ricamente. pela mesma razão. fora concedida a este ex-membro do grupo dos legalistas .1)." "Estamos orando íMperabundamentemente (com intenso fervor. Sim.98 1 TIMÓTEO 1. como sempre. . Essa misericórdia.9). sim. compaixão divina (ver comentário sobre o v. produzindo vidas consagradas (ver C. para ele houve perdão.13). A transição do versículo 13 para o 14 é do pecado abundante para a graça superabundante.2)." Graça. "Tenham-nos (os líderes) «/perabundantemente (muito nobremente) em amor" (1 Ts 5.20). também Lc 23.17. a graça supemxcedeu (ultrapassou o nível)" (Rm 5. 13 de" acerca da verdade em Cristo.34).12. estava unida à graça. 14. com fé e amor [centrados] em Cristo Jesus. a ênfase está posta na grande mudança que por essa graça se produziu na vida do apóstolo.7). porque em nenhuma outra parte do Novo Testamento achamos essa ênfase constante no caráter "super" da redenção em Cristo.13 derivam da mesma raiz). O verbo superabundou indica claramente que Paulo é o autor das Pastorais. superabundante." "A paz de Deus que ultra {-super)-passa todo o entendimento" (Fp 4. houve perdão para os homens de Israel que mataram o Príncipe da vida (At 3. no versículo 14.2. 2Co 7. cf.T. Aqui.N. sobre 1 Ts 1. "Eu swpertransbordo (transbordo abundantemente) de alegria (estou super-alegre. Note a posição do verbo no início da oração à guisa de ênfase: "E a graça de nosso Senhor excedeu ricamente.que sempre estavam a gabar-se de suas demonstrações de "misericórdia" ("doação de esmolas") aos demais (note que no original o substantivo "esmolas" em Mt 6. assim como.3). ITs 3. Graça abundante." O mesmo se dá com o amor.2-4 e o verbo "conceder misericórdia" em lTm 1.N. Estivera completamente convencido de que tinha de "fazer muitas coisas contra o nome de Jesus de Nazaré" (At 26. "A fé 5w/?eraumenta (está crescendo além da medida. 2).os fariseus . é o favor de Deus que imerecidamente é outorgado ao eleito.T. misericórdia. sobre João 16. 2Ts 1. E Paulo quem declara: "Mas onde o pecado excedeu. De fato. sobre 1 Ts 1. 3.4-10. ou seja. 2. Fiel [é] a confissão. o que se aplica a Paulo é aplicável a todos os pecadores salvos.8).16. uma .6. se põe a palavra fiel no início da sentença. sobre 1 Ts 5. (E comparável a Jo 3. Ef 2. e as boas obras. Gl 5. mas um juízo procedente de reflexão.4-8). como costuma ser o caso com tais confissões. esperanças. 15. 1. Isto vale para as Pastorais tanto quanto para as demais epístolas (Rm 4. Paulo possui essas graças em virtude de sua união com Cristo. Por isso. que Cristo Jesus veio ao mundo pecadores salvar. a fé e o amor. estão centrados nele. Não é uma simples fórmula. Esta fé e este amor são "em Cristo Jesus". O apóstolo se deleita nessa combinação (ver C. Para os conceitos de "fé" e "amor". sobreviveu gloriosamente. o Salvador. sua confiabilidade. ela se converteu num epigrama resplandecente. sem nenhuma partícula que a conecte com o anterior. Passou de boca em boca. sobre o qual ver C.) A confissão é considerada à luz de três aspectos: 1.1 TIMÓTEO 1. A confissão de Paulo com respeito ao glorioso propósito da primeira vinda de Cristo é o tema da maravilhosa declaração que poderia ser considerada como sendo o próprio coração do evangelho. ver C.16. e havendo-se incrustada no coração da comunidade cristã. 10 99 "A fim de que eu não me superexalte (me eleve a um grau excessivo). Indica que a proposição que introduz sustenta a crucial e candente prova da experiência. sua apropriação pessoal.13. Sua confiabilidade Simples e grande.N. o fruto da árvore da salvação.T. seu conteúdo.8. lutas de alegrias desses primeiros cristãos giravam em tomo dela.N. inunda a alma com esses dons divinos. dos quais eu sou o primeiro. Além do mais.3 e 5.T. A graça acende a fé e o amor. Para ele a graça é sempre a raiz'. e 3. E evidente que este vocábulo "super" é característico de Paulo. e digna de plena aceitação.T. como uma rocha de granito.7).9. onde todos os temores. o tronco-. A seguir vem imediatamente uma cláusula de aplicação pessoal. sua suma e substância. Tt 2.11-14.22-24. 2Ts 2. A frase "com fé e amor" indica o efeito da graça no coração e vida de Paulo. 11.N. primeiro vem a declaração de uma verdade aplicável a todos os pecadores a quem Cristo veio salvar. me foi dado um espinho na carne" (2Co 12. 2 Timóteo 2.4-8. isso não dá a ninguém o direito de concluir que Paulo não poderia ter escrito as Pastorais. por causa de seus trabalhos na cidade. permanecendo sujeita às chamas da perseguição e ridicularizada por Satanás.8. ou seja.24) não poderia ter escrito uma declaração gramaticalmente semelhante: "fiel [é] a confissão. digna de ser recebida pessoalmente. Embora a expressão "fiel é a confissão" apareça somente nessas cinco passagens nas Pastorais. e é agora também a voz do Espírito Santo.12." A famosa confissão. As Pastorais contêm cinco dessas confissões fiéis: 1 Timóteo 1. Mesmo quando não havia ainda passado quatro décadas desde a morte do Salvador. A confissão é o testemunho da experiência cristã. e em nenhuma parte. .100 1 TIMÓTEO 1. que exige o consentimento e apoio imediatos. Tito 3. 13 confissão concisa e corrente. emergira desse crisol ainda mais resplendente e gloriosa do que antes. sobre seu significado. 4. espontâneos e entusiastas de todos os crentes que a ouvem. afeitos ao estilo de João.1. em seguida." Deve-se dizer algo. ainda em data tão recente. Ainda que entre os que consideram Paulo como o autor das Pastorais há quem vá mais longe e não vacile em relacionar esse caráter joanino da linguagem com a confissão de que as epístolas a Timóteo iam com destino a Éfeso (onde Timóteo estava desenvolvendo sua obra como enviado especial de Paulo). Certamente não se pode oferecer razão por que quem escreveu "fiel [é] Deus" (ICo 1. o próprio quartel-general de João! De acordo com isso. nas dez.9) e "fiel [é] o que chama" (ITs 5. e de todo o coração. primeiro. apreciariam essa fraseologia mais que os crentes que viviam em outros lugares.11-13. sustenta-se que Timóteo e a membresia da igreja de Éfeso (presumindo-se que a epístola foi lida também para a igreja). Seu conteúdo A confissão é: "Que Cristo Jesus veio ao mundo pecadores salvar. 2. 9. uma vez que unicamente João fala do Salvador como "vindo ao mundo". exatamente dessa forma. sem reservas de quaisquer espécies. Quanto h forma. se convertera numa convicção inabalável: "digna de plena aceitação". por todos. diversos comentaristas asseveram que a confissão é distintamente joanina. sobre a forma dessa confissão. 3.15. Ao supormos que João chegou a Éfeso em 67 ou 68. portanto depois de l Timóteo ser escrita. É natural . Portanto implica o supremo sacrifício. I).T. a culminação da graça condescendente. mas uma mudança de estado e de ambiente espiritual e moral. Paulo. antes de partir da Palestina. e assim o fizeram outros.N. em vista do estreito contato entre Éfeso e Jerusalém e a dispersão proveniente da perseguição . aqui em 1 Timóteo 1. Quanto ao significado da expressão. mas com freqüência nos de Paulo). Conseqüentemente. mas somente no sentido em que João a preservou e a transmitiu. Daí. não podemos estar muito equivocados (ver também C. 18. poderia ter induzido João a tomar sobre si o encargo das igrejas órfãs da Ásia Menor. 9.15. reiteradas vezes se referiu a si m e s m o como tendo vindo ao m u n d o (Jo 3. b. Paulo simplesmente está fazendo uso da maneira de falar do Salvador quando falava de si próprio.1 TIMÓTEO 1.T. que a extraíram dos próprios lábios dele. 12. 16. por exemplo.1 e nota 1 no presente comentário). sua "coroa". vol. Seus primeiros discípulos aprenderam dele e o imitaram. a fraseologia é joanina. O fato de que este Salvador divinamente ungido tenha vindo ao mundo indica não só uma mera mudança de posição. O fato de Pedro já haver recebido sua "herança" nos céus. tenha contribuído para a perpetuação dessa confissão. E quanto a isso. Marta (Jo 11. porém. Tudo indica ser b e m provável que o apóstolo João não chegou a Éfeso senão depois da morte de Paulo.27). escreveu 1 Timóteo em 63 ou 64! c. não é de forma alguma improvável que o grande apóstolo João. tal apresentação está sujeita às seguintes objeções: a. e está empregando uma linguagem que fora adotada por seus primeiros discípulos. em medida considerável.28.9.46. Aliás. a combinação "Cristo Jesus" já foi explicada (ver C.19. Cristo se dispôs a descer da posição infinita do eterno deleite na própria presença de seu .11). 10 101 Não obstante. u m a "descida" de um lugar para outro (do céu para a terra). não surpreende que "o discípulo a quem Jesus a m a v a " começasse a usá-la (Jo 1.39. de acordo com o quarto Evangelho.que a confissão chegara t a m b é m a Éfeso. Ele não a cunhou.37).N. e a difundiram amplamente. Foi Jesus m e s m o quem.por exemplo. sobre João. O título "Cristo Jesus" é antes paulino que joanino (jamais se encontra nos escritos de João. sobre lTs 1. e Paulo. veio ao mundo para salvar pecadores". não tenha dúvida.17. Jesus está pronto a salvá-los. A razão para sua entrada neste reino de pecado aparece nas palavras "pecadores salvar". Presumia-se que um profeta não podia ter qualquer tipo de contato com um pecador (7. mas ".10): "Venham. pobres e necessitados. Ele pode. sobre João 1.39.12. "a ralé". Foi para estes. Lc 5. "os demais". cf.) No original. ver também C.13. Foi preciso um ex-fariseu para que se imprimisse um sentido completo e terrível à palavra pecadores. 19.30. a saber.7. a palavra pecadores segue imediatamente a palavra mundo. 2).1-5). tão puro e santo que em sua presença até mesmo os mais consagrados dos homens caem como mortos (Ap 1. "pecadores".16. pecadores. não tenha dúvida. Pelo prisma dos fariseus. ele pode. O Espírito Santo... 13 Pai às profundezas cada vez mais intensas na esfera do pecado e da miséria. e os "pecadores". (A "vinda ao mundo" inclui a encarnação. Ele pode. "o povo da terra". ou seja. toma este vergonhoso epíteto. são dominadas por profunda convicção. até mesmo comer com os pecadores era um escândalo (Mc 2.1.. acima de tudo. que Cristo veio (Mt 9. na pessoa de Paulo. entrou voluntariamente na esfera à qual parece não pertencer. a morte.10. Ele quer. bebedor de vinho e amigo de [publicanos e] pecadores (Lc 7. cheio de compaixão. A justaposição de mundo e pecadores revela que mundo é um conceito ético. Lc 15. Fracos e quebrantados. . ele pode. Quanto ao sentido de mundo. plenamente justificada e gloriosamente motivada.34). pelo uso adequado da lei. Isso mostra que a vinda paradoxal foi. inclusive a nota 26. a esfera na qual reina a maldição. 11.T.N. O Senhor da glória. Quando os fariseus queriam cumular insultos sobre Jesus.102 1 TIMÓTEO 1. Dividiam a humanidade em dois grupos: "os justos".veio ao mundo pecadores salvar". os sofrimentos. Ele quer. chamavam-no "glutão. e o aplica a todas as pessoas que. que era sinônimo de "nós próprios" para eles. amor e poder. uma pecadora).. "a escória". daí não deve seguir a maioria das versões que trazem ". e tão-somente para estes. 15. enfermos e oprimidos. Is 6. bem-aventurança: (1) comunhão com Deus (Ef 2.14). 25. 5. Cl 3. não só com os versículos 12-14.5) (3) vida eterna (Ef 2.14) b.13) (2) amor de Deus "derramado no coração" (Rm 5. sobrecarregados.1. 2Co 3. a expressão salvar significa: NEGATIVAMENTE resgatar os homens de seus pecados: a. E assim se percebe que o versículo 15 está em estreita conexão com todo o precedente. culpa (Ef 1. 10 "Venham. nem ainda a dar-lhes capacidade de salvarem-se a si mesmos. mas também com os versículos 3-11. então foi para salvar pecadores.12) (2) ira de Deus (Ef 2. pois.17) e c. nem induzi-los a salvarem-se a si mesmos. G1 5. servidão (Rm 7. significa ser emancipado do maior de todos os males e ser posto na posição do maior de todos os bens. liberdade (G1 5. Não os justos.1) e c. Nunca virão. Mas pecadores Jesus veio chamar. Pela queda esmagados. Se demoram até melhorarem. Ser salvo. Não os justos.1) b. Cl 1. Note que a cada mal corresponde uma bênção. .1. Cf. castigo: (1) separação de Deus (Ef 2.24. Mas pecadores Jesus veio chamar. Nos escritos de Paulo.9. Ele veio salvá-los. João 3.5. não os justos.10.1 TIMÓTEO 1.21-26. justiça (Rm 3. então tinham de experimentar uma mudança fundamental. nunca poderão. cansados. O estado de salvação é oposto ao estado de "morte" ou de "perdição". Se Cristo Jesus vero ao mundo. Esses "justos" tinham de reconhecer-se pecadores diante de Deus. 6) POSITIVAMENTE conduzir os homens ao estado de: a.3) (3) morte eterna (Ef 2.7." (Joseph Hart) 103 Se aqueles de Éfeso que estavam usando ilegitimamente a lei tinham de ser salvos.16. não os justos. 5. destroçados. Lucas 19. Ele não veio ajudá-los a salvarem-se a si mesmos. Veja nota para as diversas interpretações as quais rejeito. 1 C o 15. h a j a um pequeno elemento de v e r d a d e n e s t a e x p l i c a ç ã o ( v e r v. o q u e o a p ó s t o l o t e m em m e n t e é: "Eu sou dos maiores pecadores" ( n ã o n e c e s s a r i a m e n t e o maior). . a p a l a v r a " p i o r e s " ( " p r i n c i p a i s " ) é u s a d a no plural. " Em A t o s 2 8 . " E s t a . p o r é m . 2 0 . 39 39. A dificuldade é esta: não parece correto que quem declara que antes de sua conversão vivia em conformidade com a seita mais estreita de sua religião como fariseu (At 26. " O b j e ç ã o : A presença ou ausência do artigo não caracteriza uma diferença apreciável. e não f a z justiça plena à infalibilidade das Escrituras. 13). e o q u a n t o s e u s p e c a d o s p r e g r e s s o s o a t r i b u l a v a m . D a í ..° 1. e as razões por que as rejeito. " O b j e ç ã o : A i n d a q u a n d o . e s s e n ã o é um e x a g e r o r e t ó r i c o . agora chame a si mesmo de o "primeiro dos pecadores". 1 J o ã o 4 . eu t r a b a l h e i m a i s s o b e j a m e n t e d o q u e t o d o s o s d e m a i s " (cf. "Sou o pecador mais importante. O b j e ç ã o : E s t a i n t e r p r e t a ç ã o é alheia a o c o n t e x t o . " S o u o p i o r d o s p e c a d o r e s . p e r s e g u i d o r e v o l u n t a r i o s o a g r e s s o r (v. P o r isso ele r e a l m e n t e n ã o disse: " s o u o principal d o s p e c a d o r e s . quase mais que qualquer outra escrita por Paulo. n o qual P a u l o ." A frase final (que termina com a palavra "primeiro") tem provocado grande variedade de interpretações.7. A l é m do m a i s . 2. O q u e P a u l o d i z é c l a r a m e n t e n ã o m e n o s q u e um c a s o de a u t o . s e g u e a v a n te a idéia c o n t i d a em " p r i m e i r o " . 1 9 .104 1 TIMÓTEO 1. a d e c l a r a ç ã o de 2 R e i s 17. No c u r s o do t e m p o v i r ã o o u t r o s .12. o c o n t e x t o i m e d i a t a m e n t e s e g u i n t e (v. p r o v a v e l m e n t e . " H i s t o r i c a m e n t e .10). dos quais eu sou o primeiro. 2 . O b j e ç ã o : E s t e p o n t o d e vista s u b e s t i m a a g r a v i d a d e d a vida d e P a u l o c o r n o p e r s e g u i d o r . Era realmente um h o m e m muito melhor do que pensava. s e d e s i g n a c o m o um e x . "Eu pertenço ao grupo de p e s s o a s q u e c o n s i s t e d o s p i o r e s p e c a d o r e s . s o u o p e c a d o r n. Apropriação pessoal ".b l a s f e m o .Cristo Jesus veio ao mundo pecadores salvar. l o n g e d e e x a l t a r . 1 7 .s e . o m a i o r p e c a d o r . " I s s o é c l a r a m e n t e o q u e o a p ó s t o l o q u i s dizer.r e c r i m i n a ç ã o s e j a c o m p r e e n s í v e l e até c e r t o p o n t o j u s t i f i c á v e l . " E u s o u o p r i n c i p a l d o s p e c a d o r e s . c o m o s e p r o v a p e l o f a t o d e q u e o N o v o T e s t a m e n t o c o n t é m várias p a s s a g e n s n a s q u a i s " p r i n c i p a l " (o " p r i m e i r o " ) . 3. n ã o é n e c e s s á r i o q u e e s t e j a m o s d e a c o r d o c o m a e s t i m a q u e P a u l o t i n h a d e si. D a í . No p r e s e n t e c a s o . c e r t a m e n t e n ã o e x p l i c a a i n t e n s i d a d e do s e n t i m e n t o e x p r e s s o na f a m o s a f r a s e e q u e o leva a t e r m i n a r c o m u m a d o x o l o g i a . O a p ó s t o l o t e m isto em m e n t e : 1 . é s i m p l e s m e n t e u m a f i g u r a r e t ó r i c a : u m a hipérbole. n ã o se u s a o a r t i g o d e t e r m i n a n t e . c o n s i s t e n t e m e n t e . R e v e l a o h u m i l d e h o m e m q u e ele era. J o ã o 8.5). 4 .. 4. c o m o o é. ou s e j a . p o r e x e m p l o . 5.r e c r n n i n a ç ã o e de l o u v o r à i n f i n i t a e i n c o m p r e e n s í v e l m i s e r i córdia de Deus. a i n d a q u a n d o e s t e j a s e m o artigo. a i n d a q u e p s i c o l o g i c a m e n t e e s s a a u t o . t e m o s e n t i d o a b s o l u t o : M a t e u s 10. 16). N ã o o b s t a n te. c o m o a p ó s t o l o . s e g u n d o a qual o s f i l h o s d e Israel l e v a n t a r a m c o l u n a s i d o l á u i c a s " e m t o d o lugar a l t o e debaixo de cada árvore frondosa".2.10. visto q u e . O b j e ç ã o : O v e r s í c u l o 16 r e v e l a c l a r a m e n t e q u e o a p ó s t o l o . E f é s i o s 6 . 13 3. 16) t a m b é m m o s t r a q u e o a p ó s t o l o s e a p r e s e n t a c o m o alguém q u e s e g u e à frente de u m a procissão. teria e s c r i t o i s s o . com o fim de voltar. ele reserva para o pronome da primeira pessoa do singular um espaço no próprio final da cláusula. s e n ã o P a u l o . P a u l o n ã o p o d e ter e s c r i t o tais p a l a v r a s . porque persegui a igreja de Deus" (ICo 15. Esta interpretação da frase em questão não só concorda com o contexto. p a s s a d o s . o apóstolo dá expressão escrita à convicção profundamente arraigada e o pungente pesar de seu ser interior. O contexto não aponta para esse sentido. dos quais eu sou o primeiro". O b j e ç ã o : O a p ó s t o l o . A tradução seria: "dos quais o primeiro sou eu". " . eu s o u o p i o r . " E u s o u o p i o r d o s h o m e n s . O b j e ç ã o : O f a t o é q u e esta a u t o .9.r e c r i m i n a ç ã o ou a u t o c o n d e n a ç ã o é tão c a r a c t e r í s t i c o de Paulo ( v e r o q u e ele d i s s e de si m e s m o em I C o 15.1 TIMÓTEO 1. e a que geralmente oferecem os hinos. ao maravilhoso tema em que estava (ver vv. 7." Ele na verdade não só declara.8) q u e o u t r o s t ê m e x c l a m a d o : " N i n g u é m . e nem sequer mereço ser chamado apóstolo. 9. além dele mesmo. "Embora eu seja o menor dos menores dentre todos os santos. pois. ou "o primeiro dos quais sou eu". porém enfatiza. é "o principal dos pecadores". e não p o d e m o s c r e r q u e o h o m e m q u e e s c r e v e u 2 T e s s a l o n i c e n s e s 2 a p r e s e n t a r i a tal v e r e d i c t o de si m e s m o . " D e todos os h o m e n s . com o coração comovido pela vivida lembrança de seus horríveis atos de outrora. e declara: "Cristo Jesus veio ao mundo pecadores a salvar. 10 105 A completa objetividade na exegese requer que declaremos que o contexto imediato parece deixar lugar a uma única explicação. Ef 3. p r e s e n t e s e f u t u r o s . &â misericórdia e da clemência divinas. mas também está em harmonia com o que Paulo diz de si mesmo em outro lugar: "Pois sou o menor dos apóstolos. S o a m c o m o c a r e n t e s d e s i n c e r i d a d e e i n d i c a m o u t r o autor. no versículo 16. eu sou o maior deles. No original. que nenhum outro. com certeza quis dizer: "De todos os pecadores que Cristo Jesus veio ao mundo salvar.a v i l t a m e n t o é m ó r b i d o . e s t a r i a d i z e n d o q u e se c o n s i d e r a v a a i n d a p i o r q u e J u d a s e t a m b é m pior q u e "o h o m e m da iniqüidade". Paulo concentra a atenção em si mesmo como uma clara ilustração da profundidade do pecado humano. Não posso ver uma razão plausível para mudar a ordem das palavras. " E s t e a u t o . " A d e c l a r a ç ã o d e v e ser t o m a d a e m seu s e n t i d o m a i s a b s o l u t o . e que esta explicação é a mesma que oferece o estudante comum da Escritura ao ler a Bíblia em silenciosa meditação. a saber: a exaltação do poder da g r a f a .8.9). Quando. 12-14). foi6. 1). e ele faz a humilde confissão de que é o menor de todos os santos. se não . e Satanás teria triunfado. Contudo." (William McComb) Que o apóstolo. Essa incredulidade ele partilhou com muitos. que certamente conhecia seu próprio passado. Se seu plano alcançasse êxito.12. Ele se ocupara em perseguir o povo de Deus "até a morte". de todos. 5). Jesus derramou seu sangue por mim.15. anos antes disso. o decreto de Deus teria sido anulado. o apóstolo está fazendo uma comparação entre ele e outras pessoas a quem Cristo veio salvar (se foram destinadas a tornar-se apóstolos ou crentes não investidos de algum ofício especial). Implacavelmente. mesmo que para isso lhe fosse necessário percorrer todo o caminho até Damasco. e não só "um" perseguidor. a igreja teria sido estrangulada em seu próprio nascedouro.4. mas propôs-se a erradicar a nova religião onde quer que a encontrava. o mais amargo perseguidor! Toda sua alma se viu concentrada na obra de aniquilar a igreja. 13 me concedida esta graça de anunciar aos gentios as insondáveis riquezas de Cristo" (Ef 3. podia confessar com toda sinceridade como sendo "dos pecadores o primeiro". ou seja. de incredulidade. Em ambos esses casos. Morreu para que eu viva no céu. Tomada neste sentido e como confissão do que Paulo sentia. Tivera sua atitude em relação à fé cristã permanecido nesse nível. manietava e aprisionava homens e mulheres. mas. são plenamente corretas as palavras de um hino: "Embora eu seja o principal dos pecadores. provavelmente jamais teria se denominado de "dos pecadores o primeiro".106 1 TIMÓTEO 1. é menos difícil de compreender se os seguintes fatos são lembrados: Quando.8). Vive para que eu jamais morra. tão imenso era seu pecado que. Paulo ouviu pela primeira vez as boasnovas da salvação em Cristo. como ele mesmo declara posteriormente (At 22. como aqui em 1 Timóteo 1. Aliás. ele veio a ser um perseguidor. o primeiro (o "principal") dos pecadores que Cristo veio salvar. Não confinou seus esforços a Jerusalém. Ele respirava ameaça e matança (At 9. não creu. a mais gloriosa ilustração da clemência de Cristo. 10 107 tivesse sido cometido na ignorância (ver sobre o v. o 4 0 . Por essa razão. Ele. pecadores salvar. mas também . não obstante o recipiente de infinita misericórdia! Isso explica o "porém". ele profundamente deplora seu passado.14). "para que mim.. não "eu fui". quando o apóstolo então afirma: ". ainda que plenamente perdoado. o principal". duas idéias se fundem numa só: Paulo é o "primeiro" como exemplo do que a clemência de Cristo pode fazer.T. alcancei misericórdia.. Van A n d e i . porém.1 TIMÓTEO 1. teria sido imperdoável. 1904. anos depois de sua conversão. veja comentário sobre o versículo 13. Para a expressão "alcancei misericórdia".9. Aqui no versículo 16. dos quais o primeiro sou eu". 28. sobre lTs 5. L e i d e n . 40 Conseqüentemente. Em sua galeria da graça. para que em mim. p. em conexão com o que se segue. Isto indica que ainda então. . um pecador é um pecador. é o "primeiro" como cabeça de uma fila de pessoas às quais essa clemência foi demonstrada. pondo-o no apostolado e dando-lhe forças para cada dia. Permitamos que essa gloriosa confissão permaneça dentro de seu próprio contexto. No caso de Paulo. versículo 16. De fato. O propósito da maravilhosa graça de Deus é agora expresso: propósito imediato. Este é o argumento que o ajjóstolo está apresentando no versículo 16. 13). versículo 17. ao mesmo tempo. "a totalidade dela"). Jesus Cristo exibisse toda sua longanimidade. Essa clemência fora exibida desse modo como um exemplo para os que viessem depositar nele sua fé para a vida eterna. A frase que indica propósito. ver C . não devemos começar a atenuar o significado de "primeiro".e em certo sentido por essa mesma razão . o primeiro. Paulo escreve: "eu sou". propósito final. Além disso. alguém poderia dizer. perdoando-lhe seus horríveis delitos. a magnitude do pecado fez com que a misericórdia se revelasse absolutamente superabundante. o pecador é perdoado e misericórdia lhe é mostrada (para maiores detalhes. Clemência expressa a paciência divina para com as pessoas. 16. essa clemência fora exibida numa medida plena (note "toda sua clemência" ou. Paulus' Brievcn aan Timoiheus. sem acrescentar nada a ela nem nada subtrair dela. Ver J.N. em virtude da qual a ira é refreada. indica que o apóstolo se considerava não apenas o principal dos pecadores. Principal dos pecadores. 13). vida que é o oposto de "corrupção" (Gl 6. acusativo . vida eterna é uma " dívida" (Rm 6. Duas maravilhas confesso: A maravilha de seu glorioso amor E meu demérito pessoal. visto que. mas em toda uma multidão de pecadores a quem Cristo veio salvar: Paulo. lPe 2. a rocha ou a preciosa pedra angular (Mt 7.24. por meio de Cristo Deus exibe seus gloriosos atributos em todos os tempos. Rm9. O homem propõe.iv usado somente aqui e em 2Tm 1.108 1 TIMÓTEO 1.13). Portanto. por assim dizer. que é altamente exuberante. porque ele é "o rei das eras". O homem .48: "haviam sido ordenados para") depositar sua fé (note o presente infinitivo durativo liiaieúeLv) em (note éiú) Cristo. é eterna. precisamente como um mestre primeiro traça um rascunho a lápis antes de empreender seu trabalho final. Daí. [seja] a honra e a glória para sempre e sempre. Deus imperecível. ainda que o homem seja uma mera criatura do tempo.por exemplo. Esse modelo revelava a Paulo.33. Expressa-se em comunhão com Deus em Cristo (Jo 17. e todos os que vieram depois dele.8) e a "morte" (Rm 6. na participação do amor de Deus (Jo 5. no presente caso. 23). Clephane) A contemplação dessas duas maravilhas que Paulo vem expondo conduz naturalmente a uma doxologia.11. é também o que realmente indica seu nome: vida que dura para sempre. cf.22).16. "o primeiro". de sua paz (Jo 16. o tipo de obra que a graça soberana iria efetuar na vida de todos aqueles que por sua eficácia chegariam a (cf. 13 Salvador Artista. Amém. 17. Deus é o ." (Elizabeth C. pode tentar destruir a igreja. Deus a estabelecerá. "E de meu coração ferido com lágrimas.3). 25. que não termina nunca. De modo que. a atenção gira em torno da clemência incompreensível de Cristo exibida não só naquele pecador singular.22. 10.12. invisível e único.6). como ilustração. E nesse propósito usará o próprio homem que tentava destruíla.42). Além do mais. para a vida eterna. Deus dispõe. traçou e pôs em exibição um modelo (úiToiútrcooLç. Is 28. Morte é " salário ". ao Rei dos séculos. At 13.33) e de sua alegria (Jo 17. exemplo ou modelo. Paulo antes de sua conversão -. Isso explica a forma em que a doxologia é apresentada. mas no sentido calidamente bíblico. sendo imperecível.7. os quadrúpedes.15-17). é altamente arriscado afirmar que P a u l o t e n h a " t o m a d o " ou " d e r i v a d o " d e l e s a idéia. isto é. por exemplo.4. Seu domínio dura ao longo de todas as gerações (SI 145. glorioso.23.27. Quando alguém pensa em Deus como o imperecível. o corpo do homem. .16). Is 40. b. É unicamente em sua imagem (Cl 1.15. e isso p o r d u a s r a z õ e s : a.6).29-31). E m b o r a s e j a v e r d a d e q u e a idéia d a " i m o r t a l i d a d e " d e D e u s s e e n c o n t r a t a m b é m nas obras de filósofos gregos e alguns judeus mais recentes.16). 10 109 Rei das eras.28). Sobre a doutrina da qualidade imperecível de Deus. que este Deus uno é "único. ver também Romanos 1. 5). e cf. que dirige para o alvo predeterminado tudo quanto acontece ao longo de cada era da história do mundo. Seus braços jamais se cansam (Dt 32. suas reservas de força são inesgotáveis. as flores dos campos (SI 103. o sinônimo imortalidade (ver comentário sobre l T m 6. 8). Isso subentende que ele é o Deus eterno e. Dos mananciais da espontaneidade de Paulo emana a exclamação . não apenas no sentido friamente abstrato de que numericamente há um Deus. é também invisível "a quem nenhum ser humano jamais viu nem jamais verá" ( l T m 6. "imperecível"41 (a melhor tradução).13). 16) que o homem "vê aquele que é invisível". Jamais poderemos "chegar à perfeição do Todo-Poderoso" (Jó 11.9. a erva. Ele jamais muda (Ml 3.23). Todas estas coisas são visíveis. que "pelos séculos dos séculos". 1 6 ) . "para todo o sempre e sempre" honra e 4 1 . que vence o mal com o bem. A decadência e a morte não lhe são aplicáveis (SI 103. digno de ser amado" (Dt 6. Paulo certamente não podia compreender a graça de Deus que lhe fora revelada.uma autêntica explosão provinda de um coração que experimentara o que significa ter tal Deus como seu próprio Deus -. a d o u t r i n a da i m o r t a l i d a d e de D e u s é e n s i n a d a e e s t á i m p l í c i t a em t o d o o A n t i g o T e s t a m e n t o . 5. ou seja. Não se fatiga (Is 40.15-17). as aves. a mente inevitavelmente se volta para as coisas perecíveis. tão-somente pela fé (Hb 11. Só há lugar para doxologias! Finalmente. são sempre novas para seu povo (Is 40. incomparável.1 TIMÓTEO 1. como tal.4. Rm 16. Deus. a saber. Ao contrário disso.27) e de um de um modo finito. a idéia f i l o s ó f i c a e a b í b l i c a n ã o são i d ê n t i c a s (ver c o m e n t á r i o s o b r e l T m 6 . Aqui todos os raciocínios são detidos. esse Deus é o único Deus.27). ICo 8. os répteis (Rm 1.12-31. Essa expressão de afeto especial não é estranha se tivermos em mente os seguintes três fatos: a. 16.110 1 TIMÓTEO 1. c. 7 .7). Lc 12. m e s m o q u a n d o se a c h a implícito. A responsabilidade aqui referida já foi claramente apresentada em toda a seção precedente. sobre 1 Ts 4.48.T. A construção dessa oração composta é difícil e tem levado a uma ampla diversidade de interpretações. 16. mas a utilizar-se dela legitimamente. abaixo de Deus. ou a f o r m a verbal p o d e vir a ser i n t e i r a m e n t e i n t r a n s i t i v a ( M c 6 . 42 4 2 . aos quais já entreguei a Satanás a fim de que sejam disciplinados a não mais blasfemarem. 23. E m t o d o s o s e x e m p l o s m e n c i o n a dos. para que. você empreenda o bom combate.T. arbitrária nem injusta. com o apoio delas. b. 2 1 .22. especialmente nos versículos 3-11. seu pai espiritual. 4 5 . 2 6 . [o tipo de consciência] que alguns têm descartado e têm naufragado em referência à sua fé. portanto. 2 5 . Paulo entrega ou confia (cf. o qual era. meu filho Timóteo.46) essa responsabilidade a alguém a quem chama meu filho Timóteo. 20 entre os quais estão Himeneu e Alexandre. às vezes o o b j e t o n ã o é m e n c i o n a d o . 1.N.32. 18.39: l T m 5 . 19 mantendo a l'é e a boa consciência.9. Lc 18. Confio-lhe esta responsabilidade.51). A c o n o t a ç ã o i n t r a n s i t i v a .30.6. M c 19. 3 1 . O o r i g i n a l li a/. ou preceder ( M t 2. Timóteo devia a Paulo sua conversão. é infinitamente maravilhoso. 17.2) para que Timóteo ficasse em Éfeso com o fim de instruir certos indivíduos a não mais fazer mau uso da lei. em seus atributos. Confio-lhe esta responsabilidade. A responsabilidade não era nova.N. tiA oè npotjniTCÍixç. o Salvador dos pecadores. o discípulo era vários anos mais novo que Paulo. N ã o obstante.18-20 18. 11. ao ponto de realizar tarefas que contrariavam sua disposição natural. 2 8 . 14. É o "mandato" ou "instrução" (ver C. 13 glória (louvor e adoração) são rendidas ao Deus que. 14. sobre João 1. ele era amável.12. em conformidade com as declarações proféticas já enunciadas a seu respeito. 2 6 ) .28. 3 2 . No N o v o T e s t a m e n t o . 2 4 ) .5.9. digno de confiança e cooperador. Kaxà xàç TTpocc/oúaai. a f o r m a verbal t e m um p r o n o m e objeto que a segue de imediato. para a conversão a Cristo. A doxologia termina com a palavra de solene assentimento e enfática confirmação: "Amém" (ver C. mas inteiramente em conformidade com as declarações proféticas já enunciadas a seu respeito. o v e r b o u p o á v u s i g n i f i c a trazer à luz (ou produzir) ( A t 12. a qual se acha exposta nos versículos 3-12 (cf.23). ou excelente] combate. 19. 1 8 ( c a s o e s s e em q u e o p a r t i c í p i o t e m a f o r ç a de um a d j e t i v o : " U m m a n d a m e n t o p r e c e d e n t e " = " A o r d e n a n ç a anterior"). b. At 14. cerca do ano 51. A conversão de Timóteo à fé cristã tudo indica ter ocorrido na primeira viagem missionária.18) n ã o s e a c h a e x p r e s s o u m p r o n o m e o b j e t o .N. e p r o v a v e l m e n t e n ã o h á u m q u e e s t e j a implícito. Destacavam Timóteo para um serviço especial no reino de Deus.1-3). . Nessa guerra é possível receber-se alento por meio da meditação nas profecias já anunciadas (ver C. Pelo menos. D a í t r a d u z i r m o s : " a s d e c l a r a ç õ e s p r o f é t i c a s j á a n u n c i a d a s a seu r e s p e i t o " . lTm 6. Cf.2. 15. com o apoio delas.14. 2Co 4. O fato de que èní c o m acusativo pode significar " c o n c e r n e n t e " é óbvio à luz de M a r c o s 9. essas foram as declarações proféticas em conexão com a vocação de Paulo para a obra (At 9.16-1 8).1-3). resumiam seus deveres. As palavras inspiradas pronunciadas em conexão com a ordenação de Timóteo (ver especialmente comentário sobre l T m 4.7.14.3) contra o mal. P a r e c e q u e t e m o s u m uso i n t r a n s i t i v o s e m e l h a n t e a o d e H e b r e u s 7 . 1 8 . Podemos presumir que no caso de Timóteo foram pronunciadas palavras de um caráter semelhante.T. E como se Paulo estivesse dizendo: "Meu filho Timóteo. As recomendações dirigidas pelo Espírito segundo as quais na segunda viagem missionária. 16.10-20). 21. particularmente contra a perversão da doutrina. 26.1 TIMÓTEO 1. N a p a s s a g e m q u e est a m o s e s t u d a n d o ( l T m 1.12. Deve ter-se em mente que anteriormente o próprio Paulo e Barnabé foram "separados" pela igreja com a cooperação de alguns profetas (At 13. inspirada por Satanás.4. a atenção de Paulo se dirigira uma vez mais para Timóteo (At 16. 10 111 As declarações proféticas já anunciadas incluíam pelo menos as seguintes: a. 2Tm 2. Ef 6. 22. lTm 6. quero que se lembre dessas declarações proféticas".12.9. 2Tm 4.12. que acatara as "ordens" e está "empreendendo a peleja" (ver 1 Co 9. Timóteo é visto como um oficial da mais excelente categoria.7. Essas declarações proféticas prévias provavelmente foram da seguinte natureza. para que. você empreenda o bom [ou nobre.15. prediziam seus sofrimentos e o confortavam com a promessa do auxílio divino em suas tribulações. faz e n t e n d e r q u e está p r e s e n t e d e u m a f o r m a e s p e c i a l e m c a s o s tais c o m o 2 J o ã o 9 ( " t o d o a q u e l e q u e vai além") e H e b r e u s 7 . 112 1 TIMÓTEO 1. ele p o d e r i a e s t a r p e n s a n d o na c o n s c i ê n c i a c o m o os a c e s s ó r i o s . N e s t e c a s o . Timóteo é admoestado a manter a fé. N ã o o b s t a n t e . . I n c l u s i v e p o d e r i a e s t a r p e n s a n d o n a â n c o r a d o n a v i o . Quanto ao significado de "boa consciência". o v e r b o q u e t r a d u z i m o s p o r " d e s c a r t a d o " p o d e r i a ser t r a d u z i d o p o r " l a n çar p a r a f o r a " ( A t 2 7 .39-44. A l é m d o m a i s . 13 sobre João 16. que alguém se encontra engajado numa batalha que não é mera e propriamente sua. um bom marinheiro não lança fora nem dispensa o timão do navio. 1 4 . como Paulo o sabia por experiência pessoal (At 27. 2 Timóteo 2. Timóteo estará obedecendo à voz da consciência.é o timão que guia a nave do crente rumo ao porto seguro do descanso eterno. 1 8 . 15. têm dispensado o timão. o nome de Cristo que haviam adotado (ver comentário sobre 2Tm 2. ver comentário sobre o v. P a u l o n ã o d i z d e f i n i t i v a m e n t e q u e c o n s i d e r a a c o n s c i ê n c i a c o m o o limão. ver comentário sobre o versículo 5.1. Paulo prossegue: [o tipo de consciência] que certos indivíduos têm descartado e têm naufragado em referência a sua fé. mas do Senhor. c o m o p a r e c e p r o v á v e l . O cristão deve ser. ele deve continuar apegado à verdade do evangelho. Ao empreender o combate contra os erros e os seguidores do erro.12. 19.17. 19. A maneira na qual esse combate deve ser empreendido é agora estabelecido: mantendo a fé e uma boa consciência. A boa consciência . R o m a n o s 2 . s u a r e f e r ê n c i a a o n a u f r á g i o c o m o o r e s u l t a d o d e h a v e r " d e s c a r t a d o " a c o n s c i ê n c i a i m p l i c a q u e está p e n s a n d o na c o n s c i ê n c i a s o b o s i m b o l i s m o de a l g u m o b j e t o p e r t e n c e n t e a o n a v i o . q u e f i g u r a p o d e r i a ser m a i s l ó g i c a q u e a d e u m timão? C f . quanto mais o naufrágio religiosol 43. e que tal coragem e fidelidade certamente serão galardoadas. p a s s a g e m na qual a c o n s c i ê n c i a é r e p r e s e n t a d a c o m o u m a lei à qual a l g u é m o b e d e c e ( p o r e x e m p l o . Ao viver e ensinar em conformidade com essa verdade. c o m o o n a v i o o b e d e c e a seu t i m ã o ) . "Certos indivíduos" (os hereges efésios. ao permanecer firme e constante em meio a toda oposição. 19 mostra claramente que a palavra da fé. bom soldado e bom marinheiro. aqui no versículo 19. significa a verdade.4). Se mesmo o naufrágio literal é doloroso. o c o r d a m e ou a c a r g a do n a v i o . em referência à sua fé .sofreram naufrágio. 2Co 11. se. Esse fato projeta na mente do leitor que nada acontece que seja contrário ao eterno decreto de Deus. 3).a que obedece aos ditames da Palavra na forma em que o Espírito a aplica ao coração . 38). porém.a verdade que haviam professado com seus lábios. u m n a v i o s e m u m t i m ã o p o d e r i a estar p r o n t a m e n t e à m e r c ê d e u m n a u f r á g i o .17-19) . a persistir nela. 43 O resultado inevitável foi que. No a b s t r a t o .25). ou seja. ao mesmo tempo. Ora. Himeneu também é mencionado em 2 Timóteo 2.14.20.1 TIMÓTEO 1. que chegavam a vituperar a verdadeira apresentação do evangelho. 5 3 4 .30. que significa "defensor dos homens". Agora se mencionam os líderes entre os náufragos: entre os quais estão Himeneu e Alexandre.2.5. Este dom extraordinário.17. não há boas razões para identificar-se Alexandre. o qual por ocasião do tumulto em Éfeso tentou apaziguar a ira do populacho contra os judeus. Parece certo que se trata da expressão da igreja ("excomunhão"). Por isso. que também aparece em 1 Coríntios 5. Naquele tempo. 7.6. por L e n s k i . pode parecer-nos incrível. sofrimentos ou enfermidades corporaisl Ainda que alguns neguem isso. Eram pessoas hipócritas que ansiavam ser mestres da lei ainda quando não entendiam as palavras que falavam nem os temas que abordavam com tanta confiança (ver comentário sobre o versículo 7). Que o leitor estude Jó 2.1-11. 11. Implicaria mais que isso. p. acima de tudo. mas também no corpo. de quem Paulo faz menção em 1 Timóteo 1. parece favorecer a idéia.17. 13. O nome do primeiro deriva-se de Hímen. é um tanto obscura. 15. P o r e x e m p l o . op. Ver também comentário sobre 2 Timóteo 2. 34. mas. sentença ditada pela congregação sob a direção dos presbíteros (cf.11. é por demais estranho que se some ao dom carismático da cura física o de infligir sofrimentos físicos? Se negamos este. o deus do matrimônio. 44 a evidência. esse era um nome bem comum. 10 113 20.20 eram líderes entre os hereges efésios.5. Tão longe tinham ido esses mestres da heresia em seu erro. e em seguida também Atos 5. eles se especializaram em mitos e histórias fantásticas acerca de genealogias.. com aquele mencionado em Atos 19. como agora.33. ICo 5. Por isso Paulo diz: aos quais já entreguei a Satanás a fim de que sejam disciplinados a não blasfemarem.22. o de entregar uma pessoa ao poder de Satanás para que sofra angústias não só em sua alma.9. tampouco é o mencionado em 2 Timóteo 4. 1 Coríntios 5. Junto com ele se menciona Alexandre. cit. Como já se indicou (ver comentário sobre o versículo 4). por exemplo. todavia. O Himeneu e o Alexandre de quem Paulo faz referência aqui em 1 Timóteo 1. A expressão "entregues a Satanás". não deveríamos também negar aquele? 4 4 . o qual era ourives em Roma. Apocalipse 2. 7). . a Deus pelo que lhe fora feito . usam a lei como ponto de partida para narrações fictícias sobre os antepassados. misericórdia e paz que p r o c e d e m de u m a dupla fonte: "Deus o Pai e Cristo Jesus nosso Senhor. Paulo denomina Timóteo um filho legítimo na esfera da fé. Sua autoridade é igual à dos Doze. "a fim de que sejam disciplinados (cf. O apóstolo está sinceramente desejoso de que a disciplina . esses falsos mestres possam chegar a um arrependimento genuíno. Tomadas juntas. Em conexão com isso. a saber. mas recuperar. Paulo saúda Timóteo. u m a boa consciência e u m a fé sem hipocrisia". Paulo dá graças. sobre essa passagem) e em 2 Coríntios 2. Nessa saudação o apóstolo mostra que ele pertence a Cristo Jesus.um ministro do glorioso evangelho da salvação plena e gratuita.a pedagogia divina imposta exerça um efeito saudável em Himeneu e Alexandre. as cinco f o r m a m um resumo de doutrina . "o amor que procede de um coração puro. Ele nutre esperança e está orando para que. de modo que já não mais caçoem da verdade e não blasfemem contra seu Autor. Associando de forma bela a autoridade apostólica e o terno amor." Ele ordenou a Timóteo que permanecesse em Éfeso com o fim de combater os erros dos mestres de novidades. e os acusa de ambição egoísta. 2 T m 2. Aqui fala o m e s m o coração amoroso de 2 Tessalonicenses 3. seu propósito era curativo. e lhe comunica graça.14. ele introduz o primeiro de cinco "confissões fiéis"."o primeiro dos pecadores" .N. O objetivo não era prejudicar.25) a não blasfemar". que em vez de sentir-se quebrantados pela lei moral de Deus. Ele indica a essência do mandamento que Timóteo deve entregar às igrejas de Éfeso e seus arredores.T.5-11. quando se chegou a tomar tal medida extrema. O apóstolo denomina seus argumentos de "conversação fútil". aqui sumariada. 15 (ver C. Síntese do Capítulo 1 Ver o esboço no início do capítulo. o qual lhe confiou a tarefa de pregar o evangelho. por meio dessa lamentável aflição.114 1 TIMÓTEO 1 Não obstante. e seu amor para c o m o h o m e m se manifestou. em todos os sentidos. que ele derramou sobre nós ricamente por meio de Jesus Cristo nosso Salvador. nosso Salvador. também reinaremos com [ele]." Paulo acrescenta as palavras de apropriação pessoal: "dos quais eu sou o primeiro" ( l T m 1. "Fiel é a palavra. a f i m de que. mas segundo sua misericórdia. esse deseja uma obra nobre" ( l T m 3.4-8a). se alguém aspira o ofício de bispo. "[Porque] embora o exercício físico seja de algum benefício.8. ele nos salvou. nos tornemos herdeiros em esperança da vida eterna. Fiel é essa palavra e digna de plena aceitação" ( l T m 4. também viveremos com [ele]. mediante o lavar de regeneração e renovação pelo Espírito Santo. se [o] negarmos. que Cristo Jesus veio ao m u n d o pecadores salvar. ele permanecerá fiel" (2Tm 2. e digna de plena aceitação. não por virtude das obras que nós mesmos temos realizado em [um estado de] justiça. a vida piedosa é. benéfica. Fiel [é] esta palavra" (Tt 3. se sofrermos. ele também nos negará. "[Mas] quando a bondade de Deus. . u m a vez justificados por sua graça.11 -13).1 TIMÓTEO 1 115 (desde a teologia até a escatologia) na forma em que a igreja primitiva confessava. se formos infiéis. 9).15). Ai" Cinco Palavras Fiéis "Fiel [é] a palavra. "Fiel é a palavra: [Porque] se morrermos com [ele].1). . Indica Diretrizes para a Administração da Igreja Diretrizes com Respeito ao Culto Público 2. 2. devem levantar mãos santas. Homens e mulheres devem comportar-se de forma conveniente: 1. As mulheres. ao preparar-se para "ir à igreja". deve-se orar "por todos os homens". B. devem vestir-se decorosamente. Quando a congregação se reúne para o culto.1 -7 2.8-15 A. e no lugar do culto público devem mostrar que entendem e aceitam sua posição divinamente ordenada. em todo lugar de culto público. Escrevendo a Timóteo. Os homens.ESBOÇO DO CAPÍTULO 2 Tema: O Apóstolo Paulo. 2b).mestre dos gentios em [a esfera da] fé e verdade. pois. pois. 4 o qual deseja que todos os homens sejam salvos e venham ao reconhecimento da verdade. a menos que a igreja cumpra seu dever para com o estado. É como se o "chamasse à parte" com o intuito de exortá-lo acerca de algum assunto de suprema importância (note o "antes de tudo"). ver sobre o v. orações. notasse que a oração em favor dos governantes estava sendo negligenciada? . é sublimemente desejável o culto público. 2. Ela deve buscar conquistar outros para Cristo e seu reino. o homem Cristo Jesus. para que vivam vida tranqüila e calma em toda piedade e seriedade.1 2 1 Antes de tudo. sem perturbação. Antes de tudo. insisto em que se façam súplicas. 5 Porque [há] somente um Deus e [há] somente um Mediador entre Deus e os homens.1-7 Aqui tem início um novo tema: Diretrizes para o Culto Público: 1. em sua visita a Éfeso. 6 o qual se deu como resgate por todos. 3 Isso é excelente e aceitável à vista de Deus nosso Salvador. Seria o caso que Paulo.CAPÍTULO 2 — < • > — 1 TIMÓTEO 2. Além disso. 2 em favor dos reis e de todos quantos ocupam posições elevadas. 7 propósito para o qual fui designado arauto e apóstolo . Se as igrejas se destinam ao florescimento espiritual. Tem algo que ver com a relação da igreja com o estado. não minto . mas tal culto público não pode ser conduzido a seu melhor proveito (calmamente. intercessões e ação de graças em favor de todos os homens.e estou dizendo a verdade. Paulo tem algo sobre o que "insistir" com Timóteo. insisto em que se façam súplicas. orações. a igreja é uma luz brilhando nas trevas. para dizer o mínimo. testemunho [que se deve dar] no devido tempo. intercessões e ações de graças em favor de todos os homens. Talvez seja impossível encontrar uma palavra . Como freqüentemente usada.5 e Fp 4. possui esse sentido geral. intercessão. 6 Assim o apóstolo solicita a seu representante que providencie para que em todos os lugares. em vista do fato de que a palavra é aqui usada como numa lista de quatro sinônimos. sejam feitas súplicas. Plenamente cônscio de sua completa dependência de Deus em tudo. ou que essas notícias inquietantes sejam direcionadas para o bem etc. súplica. Hesitei por muito tempo antes de adotar para mim pessoalmente (quanto à passagem que ora discutimos) a tradução de A. A palavra seguinte. ou pela ação de graças. adoração. alguém suplica que essa enfermidade em particular seja removida. intercessões e ações de graças por toclos os homens.V. Ainda quando interpretada desse modo. em suma. tem um sentido mais geral. pois. Seja "apegarmo-nos a Deus" pela confissão. As súplicas.5. que. súplicas. Atrevo-me a pensar que aqui ela se refere a petições em prol de necessidades que estão sempre presentes (em contraste com súplicas em situações específicas): necessidade de mais sabedoria. ela cobre todas as formas de discurso reverente dirigido à Deidade. no território de Éfeso. Entretanto. parece correto concluir que seu sentido. em que o povo de Deus se reiina para o culto público.V. que em suas orações sejam lembrados os reis e todos os que ocupam posições de proeminência. pode fornecer o auxílio de que se necessita. etc. orações..R. tão-somente ele. mais profunda consagração. significa petições em prol do cumprimento de certas necessidades específicas que são agudamente sentidas. O substantivo intercessões aparece somente aqui e em 1 Timóteo 4.. orações.118 1 TIMÓTEO 2.S. o sentido ainda é muito amplo. Os quatro sinônimos que aqui são usados não eqüivalem a repetições sem sentido. e visto ser evidente que cada uma das outras três enfatiza um aspecto particular da vida de oração. e muitas outras. quanto a de nosso idioma. Tanto a palavra grega. são solicitações humildes que alguém expressa verbalmente à luz dessa ou daquela situação concreta em que Deus. A primeira palavra.V. R. A. podemos em cada caso falar do engajamento em oração. nessa passagem específica (e provavelmente também em 1 Tm 5. progresso na administração da justiça.6) deve ser um tanto restrito.5. ou por graça. o Espírito Santo intercede por nós. orações e intercessões. deve ter-se em mente que não só é preciso fazer súplicas. etc. Mas ainda que essa seja a idéia básica da palavra." Na outra única passagem do Novo Testamento em que ela aparece ( l T m 4. Cristo. inclusive dos reis.5) não tem necessariamente esse sentido. tais invocações devem ser feitas "em favor de" ou "por" (ver . em seu trono celestial. "livre acesso". Segundo Romanos 8. E o verbo derivado (évuuyxáyco) pode ser usado em conexões nas quais (junto com uma preposição) indica uma súplica contra.1). e cf. daí. De fato. à parte do contexto) necessariamente comunica o pensamento que hoje geralmente associamos com a palavra intercessão: "uma súplica no interesse de outrem. como o demonstra o que se segue imediatamente: "por todos os homens. vindo em nosso socorro.1 TIMÓTEO 1.34). ações de graças (ou seja. Começaria por enfatizar o fato de que de forma alguma é verdade que o substantivo (usado no original: eyxeuÇiç) em e por si mesmo (ou seja. Aliás. Daí assumir o sentido de intercessão.2." A expressão final. a que completa o círculo. como no caso do crente.a saber. este sentido . mais do que uma súplica em favor de (Rm 11. de modo que as bênçãos que provêm de Deus voltem para ele na forma de gratidão verbalmente expressa) é bastante clara. Em nossa presente passagem (1 Tm 2.9. A idéia básica contida tanto no verbo quanto no substantivo é antes a de "concordar com". Não obstante. At 25.se ajusta com exatidão. o contexto particular no qual ela é usada muda ligeiramente seu sentido. "reunir-se para conversar livremente com".27. lembra-se de nós semelhantemente (Rm 8.24). pelos reis e por todos quantos ocupam posições elevadas. 10 119 em nosso idioma que seja o pleno equivalente do original.25). Assim é deveras verdade que a forma verbal nas passagens neotestamentárias que ainda não citamos indica uma entrevista confidente que visa aos "interesses de outrem". como no caso de Cristo ou do Espírito Santo. mas também ações de graças em favor de todos os homens. ele vive sempre a interceder por nós (Hb 7. suplicar em favor de outrem e fazer isso sem de modo algum "hesitar" . quer por natureza. Uma pessoa (ou Pessoa) se encontra na mesmíssima sala de audiências de Deus o Pai. O privilégio de ter uma entrevista com ele lhe corresponde. sem exceção". ou ao fato de que o evangelho da graça salvífica tem sido proclamado a cada pessoa sobre a terra. (d) Cada membro da raça humana passou a buscar a Jesus (Mc 1. mulher e criança. "todos os homens". onde quer que apareça a expressão. Em ambos os casos. A maioria dos conservadores hesitaria em ir tão longe. cada homem. todo intérprete calmo e de espírito isento também reconhece que em certos contextos esse pode não ser o sentido. Além disso. sem exceção? Com certeza não! Pouco importa se alguém interprete "a manifestação da graça salvífica" como uma referência à concessão da salvação propriamente dita. sobre João 10. (b) Cada membro da raça humana quis saber se João era. Além do mais.11. Tito 2. ou uma expressão equivalente que possua essa conotação absolutamente universalista. E deve admitir-se prontamente que tomada isoladamente. Não obstante. para o sentido da preposição) todos os homens. Vários expositores de fato sentem que isso significa cada membro de toda a raça humana. então o seguinte seria verdadeiro: (a) Cada membro da raça humana considerou João Batista um profeta (Mc 11.11 realmente ensina que a graça salvífica de Deus se manifestou a cada membro da raça humana. o Cristo (Lc 3. então segue-se que Cristo não só morreu por todos os membros da raça humana. é impossível tomar "todos os homens" no sentido de "cada indivíduo no globo terrestre. quem sabe.15). 6 C. . fosse o caso. a expressão todos os homens pode ser interpretada desse modo. mas que ele também de fato salvou cada um sem qualquer exceção. Romanos 5.5.N. (c) Cada membro da raça humana se maravilhou ante o endemoninhado gadareno (Mc 5.18 realmente ensina que "cada membro da raça humana" é "justificado"? 1 Coríntios 15.32).37).20).T.120 1 TIMÓTEO 2. porém.22 realmente pretende ensinar-nos que "cada membro da raça humana" é "vivificado em Cristo"? Se esse. sem exceção alguma. que se sucedem uns aos outros no curso da História.1). e não "todos os homens individualmente. fosse o imperador Augusto. 7). e então em todos os demais funcionários a eles sujeitos. Quão necessária se faz essa admoestação! Inclusive hoje! É provável que o apóstolo esteja pensando. os gentios (v. fossem reis como tais os que estavam sob suas ordens. significa "todos os homens sem distinção de raça.1 TIMÓTEO 1. Talvez estivesse em seus pensamentos o imperador então reinante Nero e outros com ele: os procônsules (At 19. por exemplo. em primeiro lugar.9. At 19. etc. 2). tomados um a um". o contexto é claro. o arquivista ou secretário da câmara municipal (de posição muitíssimo influente. Ao explicar a expressão "em favor de todos os homens". Tito ou Domiciano. os que ocupam posições elevadas (v. não nos referimos a todas as pessoas da terra! E assim também na presente passagem (1 Tm 2. nos gentios e (também por implicação) judeus.31). Ele está pensando nos governantes e (por implicação) súditos. na forrna em que se usa aqui. 10 121 (e) João Batista foi informado de que todos os membros da raça humana seguiam a Jesus (Jo 3. . o apóstolo prossegue: em favor dos reis e de todos quantos ocupam posição elevada. nos soberanos que governam os estados. a expressão "todos os homens".38). como seria ainda possível. 2).26). Contudo. e está insistindo com Timóteo para providenciar que no culto público não se omita nenhum grupo. é o contexto que deve decidir. lembrar-se em oração de cada pessoa sobre a terra? 2.mesmo os imperadores. Herodes o Grande. tetrarcas como Herodes Antipas ou etnarcas como Arquelau . Tibério ou Calígula. salvo de uma maneira muito vaga e global (exatamente o oposto da ênfase constante de Paulo). Paulo definitivamente menciona grupos ou classes de homens: reis (v. E assim poder-se-ia prosseguir facilmente. Neste caso. Ainda hoje. a reunião pode começar". quão amiúde não usamos a expressão "todos os homens" ou "todo mundo" sem referir-nos a cada membro da raça humana? Quando dizemos: "Se todo mundo está pronto. fosse Vespasiano. Além do mais.35). nacionalidade ou posição social". os asiarcas [autoridades asiáticas] (At 19. Em outros termos. Mt 14.4) só diferem ligeiramente no sentido. Incluído no propósito da oração de Paulo está também este: que os crentes. e se conduzam "em toda piedade e seriedade". o segundo. somente aqui e ern lPe 3.15. Os adjetivos raros. para a segunda. Esse preceito é tão geral como o que encontramos em Romanos 13. tais como guerras e perseguições. É um mandamento que está em vigor para toda época e toda região.22. o último. Naturalmente. o mandamento teria sido o mesmo: "Orem por eles". 6 tetrarcas e etnarcas às vezes se chamavam reis (Jo 19. de outras passagens dentre as Pastorais ( lTm 1. em toda piedade e seriedade. E o propósito está vinculado às palavras que se seguem: para que vivamos uma vida tranqüila e calma.4. esforçando-se por ser inculpáveis em sua conduta ou atitude para com Deus e para com os homens. Seus propósitos nunca são egoístas.N. Agora expressa-se como essas orações são consideradas por Deus: Isso é excelente [ou belo. 3 e 4). Paulo exorta os tessalonicenses a procurarem ter "tranqüilidade" (ver C.9. Que o leitor leia a presente passagem à luz do contexto imediatamente seqüente (vv. 1 Timóteo 3. Ver também p.16. 19 acerca dessas duas palavras.31).T.122 1 TIMÓTEO 2. reis ou rainhas diante do trono da graça. a uma vida que está isenta de perturbações íntimas. isso apenas "sugere" o propósito real de orar-se pelos governantes. facilitará a disseminação do evangelho da salvação em Cristo para a glória de Deus. tranqüilo e calmo (o primeiro ocorrendo somente aqui. 4. Ao contrário. 8. sobre ITs 4. Paulo certamente não pretende estimular uma vida fácil. 10.11). O Espírito Santo nos ordena. ou seja. "em toda piedade e respeitabilidade ou dignidade". 11. Mt 2. O primeiro parece referir-se a uma vida que está isenta de inquietações externas. ao viverem uma vida de tranqüilidade e calma. 3. por meio de Paulo. nada façam para criar perturbação desnecessária.1 e que está estreitamente vinculado a este. ou estivessem investidos com algum ofício político.15. que nos lembremos dos presidentes. Para a primeira. admirável] e aceitável à vista de .22) fossem eles procuradores tal corno Pôncio Pilatos. 4. ver sobre 1 Timóteo 3.5. a idéia é a seguinte: a isenção de perturbações.16) e de passagens dentre as demais epístolas paulinas (ICo 9. m o r r e u por t o d o s e p o r t o d o s o s h o m e n s . q u i n t a e d i ç ã o de 1919. . A vista de Deus. e m c o l u n a s p a r a l e l a s . Ele não vê as coisas como nós as vemos (ISm 16. Em mais de uma maneira. A disputa entre os seguidores de A r m í n t o e os de G o m a r o chegou ao clímax no Sínodo de D o r t . ( P a r a o u t r a literatura s o b r e esta q u e s t ã o . . Vicarious Atonemenl Through Christ. especialmente quanto a cooperação por parte dos príncipes não é a que deveria ser. The H. aqui no versículo 4. 45 O que implica este "ser salvos" já foi tratado em conexão com 1 Timóteo 1. à vista de Deus a questão é diferente. em Creeds of Cliristendom. bem-vinda em seu coração. ver a discussão ali. a r e d e n ç ã o e o p e r d ã o d o s p e c a d o s . Um d o c u m e n t o original da posição arminiana é "theremonstrarvce" ou " O s Cinco Artigos A r m i n i a n o s " ( 1 6 1 0 d . Ver "Os Cânones de . Vol. nius and 1927. L. Ainda quando os homens às vezes viessem a sentir-se inclinados a evitar a oração pelos reis e por aqueles que estão investidos com autoridade. As igrejas não devem começar a pensar que têm de fazer orações pelos súditos e não pelos governantes. Vol. p a r a t o d o s eles." A grosso m o d o . nosso Salvador. 1932.1 TIMÓTEO 2. u m a t r a d u ç ã o latina e i n g l e s a . e x p i a n d o r e a l m e n t e a c u l p a e p a g a n d o a d í v i d a de t o d o s e de c a d a u m ? " Ver C . a p r e s e n t a n d o o o u t r o l a d o . sejam salvos. pelos judeus.1). G r a n d R a p i d s . o qual deseja que todos os homens sejam salvos e venham ao reconhecimento da verdade. 150-161. em v e r as b i b l i o g r a f i a s em R. S o b r e a p e r g u n t a : " C r i s t o m o r r e u p o r t o d o s e r h u m a n o i n d i v i d u a l m e n t e . p.5 4 9 . ) . f o r n e c e o t e x t o h o l a n d ê s o r i g i n a l . porque seu nome é "Deus. os arminianos s e e x p r e s s a m c o m r e s t r i ç ã o . .15. 5 4 5 . 1918. 4 123 Deus nosso Salvador. Boettner. s o b r e J o ã o 10. 151-178.3. nesse d o c u m e n t o histórico. o S a l v a d o r d o m u n d o . e as o b r a s c a t a l o g a d a s no f i n a l do a r t i g o " A r m i Arminianism". 1. G r a n d R a p i d s . 45. não se limita a certo grupo em particular. R i c h m o n d . L. R S c h a f f . 111. raça ou nacionalidade. 5 1 9 . pp. . B a v i n c k . N o v a Y o r k . p p . nosso Salvador" (ver comentário sobre 1 Tm 1. A expressão "todos os homens". Vol. M i . New of Religious ge. ou seja. pp. J e s u s C r i s t o . e não pelos gentios. Não. i n c l u s i v e p o r J u d a s e o A n t i c r i s t o . E é ele quem deseja que "todos os homens sejam salvos". N .7). essa oração é excelente ou admirável. sem distinção de posição social.11 e as e x c e l e n t e s d i s c u s s õ e s n a s s e g u i n t e s o b r a s : L. T . é que "todos os homens". Isto é razoável. T a m b é m The Writings ofAnninius (3 v o l u m e s ) . deve ter o mesmo sentido do versículo 1.5 2 1 . C . Schaff-Herzog Encycloptedia K a m p e n . pp. d e m o d o q u e ele o b t e v e . a intenção de Deus. n i n g u é m r e a l m e n t e d e s f r u t a do p e r dão d o s pecados senão o crente. terKnowled- c e i r a e d i ç ã o . The Reformed Doctrine ofPredestination. por m e i o d e sua m o r t e na c r u z . Gereformeerde Dogmatiek. pp. a salvação é universal. A í l e m o s : " . t o d a v i a . D a b n e y . Berkhof. Systematic and Polemic 579. E agradável.ou a m b o s os l a d o s Theology. Ali o b t i v e r a m vitória os q u e f a v o r e c i a m a e x p i a ç ã o l i m i t a d a . Em certo sentido. 2 9 7 . as condições de tranqüilidade e paz promovem a extensão do evangelho da salvação. III. 2 9 6 . D i z . " A p o s i ç ã o a r m i n i a n a n e s s e p o n t o d o u t r i n a i e outros r e l a c i o n a d o s c o n q u i s t o u m u i t o s a d e p tos. no processo de ser salvos (tomado como um todo). ou seja. condição. mas também o coração. E n t r e a s d i v e r s a s o b r a s e m q u e s e d i s c u t e m o s p r o c e s s o s do S í n o d o de D o r t . outro para outra. S ã o P a u l o . E o reconhecimento (éiTLyyaxnç) com alegria. um Deus para os reis e outro para os Dort". m a s q u e a p r o m e s s a do e v a n g e l h o d e v e ser d a d a a c o n h e c e r a t o d a s as n a ç õ e s . despediu os oponentes arminianos. d e s c o b r i q u e L. E possível que uma pessoa aprenda muitas coisas boas de um modo meramente intelectual. estritamente calvinista.12). c o m o a l g u n s de s e u s s e g u i d o r e s a i n d a o f a z e m . Não há um Deus para esta nação. Ver seu uso em Filipenses 1.9. D e f o r m a r a m g r o t e s c a m e n t e a p o s i ç ã o calvinista. p u b l i c a d o s e m p o r t u g u ê s p e l a E d i t o r a C u l t u r a Cristã. Gesticulando b r u s c a m e n t e para que saíssem. H. Van Strijd En Overwinning é e s p e c i a l m e n t e i n f o r m a t i v o . e s p e c i a l m e n t e d u r a n t e o s é c u l o 18. o geralmente muito respeitado Rev. é para que sejam salvos e possam chegar ao conhecimento "pleno". os homens não são passivos. raça e nacionalidade.sejam salvos" é verdadeira. é difícil d e f e n d e r o m o d o em que o presidente do Sínodo.7). "Deus deseja que todos os homens . O s " r e m o n s t r a n t e s " e x t r e m a d o s ( p r e f e r i a m este título a o d e " a r m i n i a n o s " ) q u a l i f i c a r a m d e " t r i u n f o d o d i a b o " a s d e c i s õ e s d o S í n o d o .9. tribo e nação . E a vontade de Deus que venham ao reconhecimento da verdade. Em seguida. 3. Colossenses 1. o homem Cristo Jesus. discernimento espiritual profundo. e q u e o s a c r i f í c i o de C r i s t o é suficiente p a r a t o d o s s e m e x c e ç ã o . Há um "conhecimento" que é diferente de um "conhecimento pleno" (ver o verbo relacionado em ICo 13.s e q u e o m e s m o i m p r e g n o u o p e n s a m e n t o religio s o d o s E s t a d o s U n i d o s .2. 2.10. sem distinção de classe. W a g e n a a r . Vão e m b o r a . Esse reconhecimento é mais que um mero conhecimento intelectual (yvcjoiç). 6 Ora. . Pelo contrário. Assim podemos também entender a expressão "arrependimento para conhecer a verdade" (2Tm 2. um Deus para os escravos e um para os livres. Um f o r t e d e f e n s o r da e x p i a ç ã o ilimitada é L e n s k i e s e u s c o m e n t á r i o s . gritou: "Estão despedidos. c o m voz de trovão. A posição. mas que jamais chegue realmente ao reconhecimento ou à apropriação da verdade (2Tm 3. porque [há somente] um Deus. do caminho da salvação revelado na Palavra. O propósito da oração por todos os homens. e [há somente] um Mediador entre Deus e os homens. Johannes Bogerman os lembrou de que haviam começado com mentiras e que terminaram c o m mentiras. O s e g u n d o c a p í t u l o d e d o u t r i n a d e c l a r a q u e o d e s í g n i o d a e x p i a ç ã o é l i m i t a d o a o s eleitos.25). À s v e z e s a m b o s o s g r u p o s p a r e c e m ter i d o l o n g e d e m a i s e m s u a conduta. Em c o n t r a p a r t i d a . 5. O propósito dessa oração corresponde ao desejo soberano de Deus. conhecimento esse no qual não participa exclusivamente a mente.124 1 TIMÓTEO 2 .homens de cada posição. tornam-se ativos. 5 . não fica brecha para uma dúvida legítima de que o apóstolo toma como ponto de partida o fato de quê Cristo é aquele que voluntariamente assumiu a posição entre o Deus ofendido e o pecador ofensor. Que o apóstolo está pensando realmente na distinção "governo. Sobre a "expressão abreviada". m a s . também há "um único Mediador de (aqui no sentido de entre) Deus e os homens". transmitiu a lei de Deus ao povo.6.13). 46 Não só a esfera da criação. gentio".24). nosso sumo sacerdote celestial. antes. é s i m p l e s m e n t e um e x e m p l o de expressão abreviada. e a todos nos foi dado beber de um só Espírito" (ICo 12. não só há um único Deus. Por derivação. ele fala em termos gerais sobre "um mediador". do contexto ou de passagens paralelas. c o m o p r e d i c a d o .19. a q u i . e m seu c o m e n t á r i o s o b r e esta p a s s a g e m ." (Rm 3. 10 125 súditos. c Deus.9. "o Mediador da nova aliança". se é verdade (e certamente é verdade) que Deus é um só. . O propósito para o qual ele toma essa posição intermediária deve ser derivado. c o n t r a a s c o n s e q ü ê n c i a s p r á t i c a s d o p o l i t e í s m o . No presente caso. Que ele tem em mente a distinção "judeu. em cada caso particular. como mediador. c o r n o s u j e i t o . conseqüentemente. etc. Daí. Essa passagem é a única em que Paulo fala de Cristo como "Mediador".. a s a b e r . 9. A s p a l a v r a s : " h á s o m e n t e " s ã o u m c o m p l e m e n t o n a t u r a l .7b). com o fim de levar sobre si a ira de Deus que o pecador mere- 4 6 .31. Não.T.. de m o d o q u e t r a d u z a m o s : " P o r q u e um é D e u s . Paulo é quem melhor interpreta a si mesmo: "Porque num só Espírito fomos todos batizados num corpo.29). quer gregos. O p r ó p r i o c o n t e x t o a s r e q u e r . a palavra simplesmente indica alguém que se põe "no meio". 12. N ã o é de t o d o necessário c o n s i d e r a r a q u i um. o apóstolo também usa o termo. em Gálatas 3. n ã o s e d i r i g e ( s a l v o p o r d e d u ç ã o ) c o n t r a o p o l i t e í s m o . sobre João 5. Outra vez: "ou Deus é Deus somente dos judeus? Não é ele o Deus também dos gentios? Sim. Em Gálatas 3.. quer escravos. súdito". ver C. C. faz-se evidente à luz do contexto seguinte ( l T m 2..1 TIMÓTEO 1. B o u m a .15. quer livres. um t a m b é m é M e d i a d o r " .2a). mas também a da redenção se une sob uma só Cabeça. como Mediador (Hb 8. Entretanto. q u e c a d a n a ç ã o t e m seu p r ó p r i o D e u s q u e se preocupa especialmente c o m essa nação.20.. O Dr. quer judeus. com provável referência a Moisés que. É o autor da epístola aos Hebreus que discute em certa extensão a posição de Cristo. também dos gentios.N. há um só D e u s que cuida de lodo seu p o v o c h a m a d o d e t o d o o m u n d o ! O q u e temos aqui. deduz-se do contexto imediatamente precedente ( l T m 2.. t e m toda r a z ã o q u a n d o a f i r m a q u e o argum e n t o d e P a u l o . s e n t i d o q u e a m i ú d e t e m a p a l a v r a n o s p a p i r o s .5) o conceito Mediador é ligeiramente mais amplo. o apóstolo teria escrito: "O judeu Cristo Jesus." Nessa relação. The Minister and His Greek New Testament. C r i s t o n ã o só " f a l a de p a z " . F i c a de i m e d i a t o em e v i d ê n c i a q u e o sentido de " á r b i t r o " em d i s p u t a s legais. Isto se faz evidente porque todo o contexto fala de salvação (v. 3. é evidente que nesta passagem ( l T m 2. a este. 6). 4). ele ao mesmo tempo estabelece a paz e a revela aos homens persuadindo-os a aceitarem as boas-novas. porque: a. Cristo não só restaura os pecadores a uma correta relação legal com Deus. 6). raça ou nacionalidade (vv. A palavra homem. Fosse a salvação destinada tão-somente para um grupo particular . ele escreve "o homem Cristo Jesus". (Isto de modo algum constitui uma negação da deidade de Cristo. . R o b e r t s o n . C o m r e s p e i t o a o caráter d u p l o d a obra m e d i a n e i r a . para que a maldição caísse sobre ele. posição. e x c e l e n t e s s ã o a s p a l a v r a s d e L .isto é. 3 3 9 . Em Gálatas 3. Deve-se orar por todos os homens (vv. 1923.13 encontra-se uma surpreendente explicação: "Cristo nos redimiu da maldição da lei.126 1 TIMÓTEO 2. salvando. 1990. 48.4íi Observe o modo como a identidade desse Mediador é revelada: "um só Mediador entre Deus e os homens. B e r k h o f . é evidente à luz de 1 Timóteo 3. aos homens em geral. 1. Que ele é o objeto da fé e de adoração. é s u p e r f i c i a l d e m a i s p a r a ser a d e q u a d a ao c o n t e x t o aqui. C a m p i n a s . Teologia Sistemática. mas com judeu ou gentio. p.n a . Daí. o homem Cristo Jesus. p. Ele se revela como Mediador nesse duplo sentido. aqui em 1 Timóteo 2.5. entre nós e a maldição da lei. somente para os judeus -. não é contrastada com Deus.l h e o f u n d a m e n t o .16. . T." Nesta passagem. 47 Não obstante. o homem Jesus Cristo." Já que se destinara a judeus e gentios. Nesta condição. Aqui homens e homem estão justapostos. 47. sem consideração de condição. Ver A.) 6. mas também os leva ao " conhecimento da verdade" (v. L u z p a r a o C a m i n h o . sem distinção de raça ou nacionalidade. ele l a n ç a . 4). tornou-se maldição por nós [ou sobre nós). portanto. em seguida p e r s u a d e os h o m e n s a a c e i t a r e m . A salvação visava a todos. pensar em homens significa pensar no homem. ou seja. e nós fôssemos salvos. o Salvador se apresenta como posto sobre nós. M . 4) e de Cristo como um resgate (ver comentário sobre o v. 6 cia. ver M.5. 2). N o v a York. ou seja. m a s a estabelece: c o m sua o b e d i ê n c i a ativa e passiva. A c e r c a do sentido nos papiros. e faz com que eles testifiquem dessa gloriosa verdade (v. 39. pp. A morte de Cristo como resgate. O que Paulo acaba de mencionar é o elemento básico naposição de Cristo como Mediador. n e s s a s p a s s a g e n s s i n ó t i c a s . Ele deu-se a si mesmo como "um resgate substitutivo" (âvzíXvTpov).N. Um Àúxpov é um r e s g a t e . Agora indica-se o segundo elemento na posição de Cristo como Mediador: testemunho [que se deve dar] no devido tempo. produzindo com isso satisfação. Há um único resgate para todos: o qual se entregou em resgate por todos. " ( 2 ) O t e r m o áviLÀuipov. Tal c o n c l u s ã o t e m p o r b a s e as s e g u i n t e s c o n s i d e r a ç õ e s : (1) O c o n c e i t o substituição está em h a r m o n i a c o m a idéia q u e i m e d i a t a m e n t e se s u g e r e p e l a p a l a v r a b a s e á q u a l ccvxí é p r e f i x a d a . 7 4 . Ver sobre Tito 2.4'-' Ao acrescentar a preposição "por" ou "em favor de" (para a qual ver C. n ã o p u b l i c a d a . 7 5 : "E e v i d e n t e q u e aqui o p r e f i x o àvxí ( e m th>TÜ. S i g n i f i c a em troca cie.g r a d u ç ã o do S e m i n á r i o P r i n - . t e m o s e n t i d o s u b s t i t u t i v o .14. 10 127 b. quando viesse "o tempo oportuno" ou "oportunidade favorável". C f . p a r e c e e s t a r b a s e a d o n a e x p r e s s ã o l ú i p o v àvxi ttokXwv ( r e s g a t e p o r m u i t o s ) em M a t e u s 2 0 .UTpov) t e m o s e n t i d o s u b s t i t u t i v o . deve ser proclamada.9. C i t o o s e g u i n t e de m i n h a tese d o u t o r a i The Meaning of the Preposition àvxi. 5)." in the New Testament. seu sacrifício pessoal em lugar de outros.6. Vol. sem levar em conta condição. sobre João. 2 8 : M a r c o s 10. e m 1 T i m ó t e o 2.1 TIMÓTEO 1. para satisfazer a justiça de Deus. Mediante seu sofrimento e morte. posição. viesse a lume o fato de que Deus deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao reconhecimen4 9 .T. 1 9 .15) para todos os homens. Paulo insinua a dupla idéia de que a morte substitutiva de Cristo foi para o benefício de todos. a p r e s e n t a d a no c u r s o de p ó s . Cristo pagou o castigo exigido pela lei de Deus. e então: c. Era intenção de Deus que. Há somente um Deus e um Mediador para todos (v. c e t o n .45. Não só mereceu o livramento da ira. A l é m do m a i s . 1 P e d r o 1. 1948. é aqui ensinado tão claramente quanto as palavras podem possivelmente comunicá-lo. mas a salvação completa e gratuita (ver comentário sobre l T m 1. A morte vicária de Cristo. onde se acha uma lista de passagens pertinentes. II) à preposição "em lugar de". não um para cada grupo. raça ou nacionalidade. é a s o m a p a g a p e l a l i b e r d a d e d e u m a p e s s o a d o c a t i v e i r o o u e s c r a v i d ã o . se a p r e p o s i ç ã o i n d e p e n d e n t e àvxí.18. é c e r t a m e n t e p r o v á v e l q u e q u a n d o se usa a p r e p o s i ç ã o em c o m p o s i ç ã o com o s u b s t a n t i v o lenha o m e s m o sentido. ou s e j a . 0 q u e m o s t r a q u e o s a n g u e d e C r i s t o era e n t e n d i d o c o m o s e n d o o p r e ç o . no sentido exposto. 7.6. que Paulo fora designado "mestre dos gentios" (com toda ênfase na última frase). sobre João 1.6 e sobre ITs 5. Ef 2. inclusive Judas e o Anticristo". ou seja.128 1 TIMÓTEO 1. e isso para todos.11-22). porque Deus deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno reconhecimento da verdade (vv. agora se encontram em pé de igualdade. O "devido tempo" (ver notas 13 e 16 do capítulo 6) compreende toda a nova dispensação. do presente e do futuro. que os gentios vieram a ser "co-herdeiros e membros do mesmo corpo. Daí. ele prossegue: propósito para 0 qual fui designado arauto e apóstolo . e o Espírito Santo foi derramado. o momento adequado para a publicação do testemunho por fim chegara (os que deviam publicá-lo eram especialmente aqueles que viram com seus olhos e ouviram com seus ouvidos.e estou dizendo a verdade. 3 e 4). 8). 5). 1). mas por todos. deveriam dar testemunho das boas-novas (v.N. Não há um Deus para este grupo. 6). Ora. Paulo. quando chegasse o momento oportuno. o qual se deu em resgate.T. e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho" (Ef 3.1. não por este grupo particular ou por esta nação. um a um.7. novamente sobre toda carne. Todos os homens. e não "cada membro da raça humana. não há um Mediador para esta nação. dar testemunho a todos os homens. se refere a "todos os homens sem distinção de posição social. mas unicamente um Deus para todos os homens e unicamente um Mediador para todos os homens. ou seja. 10 128 to da verdade.N. tanto os governantes quanto os súditos (v. Visto que uma vez a expressão "todos os homens". cf. do passado. É um "devido tempo" ou uma "ocasião oportuna". devem ser lembrados em oração e ação de graças (v. o homem Cristo Jesus (v. eu. (Ver também C. nacionalidade e raça". Além do mais. 2). em seu princípio foi trazido resgate. tanto gentios quanto judeus. e outro para aquele grupo. Por essa razão. aos quais. Não foi durante a antiga dispensação. ver C.T.9. e outro para aquela nação. não minto mestre dos gentios em [a esfera da] fé e verdade. foi exatamente com esse propósito. a lógica de toda a passagem salta aos olhos. sobre João 7. mas somente durante a nova que pôde ser revelado plenamente o mistério de que todos os homens. porque corresponde ao eterno plano de Deus a este respeito.) Daí. Tudo o que está contido nos versículos 4-6 deve ser publicado. nos versículos 1 e 3. fui . 26.1. . a questão sobre a qual Paulo está dizendo a verdade. especialmente . 377 e 383. 12). mestre dos gentios na esfera da fé e da verdade. é que ele fora divinamente designado para ser arauto e apóstolo.todos os homens em pé de igualdade . Tudo isto fica claramente estabelecido em Atos 9. E bastante claro que Paulo não considerava a igreja como um grupo exclusivo. Nova York. ele devia recusar a resposta. especialmente com referência à designação do apóstolo para proclamar o evangelho da rica graça aos gentios. Ele seria uma testemunha perante "todos os homens". Rm 9. Para que o plano de Deus para a salvação de homens de toda tribo e nação (não apenas dos judeus.9. 333.perante gentios e reis). ao contrário. Ver Millar Burrows. nem alguém que pretendia uma autoridade à qual não tinha direito.15. Ele não foi usurpador. 21. era um vaso escolhido por Deus "para levar meu nome [de Cristo] perante os gentios e reis e dos filhos de Israel" (não só dos filhos de Israel. para que não só os judeus. 7). a um membro da comíunidade. fora designado para proclamar publicamente a verdade.1. mas também dos gentios) pudesse ser concretizado. The Dead Sea Scrolls. a fim de que pudessem receber remissão de pecados e uma herança entre os santificados pela fé em Cristo. e que não está mentindo. pp. E natural supor que também em Éfeso os mestres da falsa doutrina começaram a suscitar dúvidas sobre esse aspecto. Que diferença entre seus ensinamentos inspirados e a "ordem" que encontramos em O Manual de Disciplina que se descobriu numa caverna junto ao Mar Morto! Segundo esse manual. Gl 1. 22.31. 18. 2Co 11. É por essa razão que ele introduz as palavras: "e estou dizendo a verdade. mas também .15.sim. Paulo/o/ designado por mandato divino. 10 129 designado mestre de gentios. Paulo. não minto" (cf. 1956.1 TIMÓTEO 1. mas que foi chamado para o ofício por nenhum outro senão por Deus mesmo. "o conselho da lei" devia ficar "oculto" dos "homens do erro". que guardava segredos que deviam ficar "ocultos" do público. Não forçou caminho avançando adiante. Foi enviado aos gentios para abrir-lhes os olhos. Se alguém perguntasse algo sobre as crenças.possam vir a aceitar a verdade com uma fé viva (v.20). mas também os gentios . As vezes os inimigos punham em dúvida a questão se ele fora divinamente designado (Gl 1. Além do mais. Ora. esotérico.17. que envia seu próprio arauto para proclamar paz por meio de um resgate.11. 5 " Mas é provável que a dignidade e importância que a palavra levava em si tenha precedido a era do Novo Testamento.14. era a pessoa que. endireitai no ermo vereda a nosso Deus" (Is 40. O quadro é belo. como se predisse muito tempo antes do começo da nova dispensação.20). representando Cristo. em nome de Cristo. proclamou: "Preparai no deserto o caminho do Senhor. 5.porquanto o pecado é rebelião -. e ver C.T. Certamente foi a voz do arauto que. assim que ouvirem o som de. que. ofendido. mas também para ser apóstolo. sobre João 1. que mereciam uma mensagem de calamidade. onde quer que ela existisse sobre a terra. todo tipo de instrumento musical.. da "proclamação". 3 4 3 . Segundo Daniel 3. M .. recebem boas-novas de bem-estar. que se reconciliem com Deus" (2Co 5. Assim. mas o Rei dos reis. e também o nome. Assim como na profecia de Isaías Jeová prometeu visitar com boas demonstrações de sua graça aos que se apresentam como que regressando do cativeiro babilônico. ou seja.. . a nação e o pai do vencedor. sua função consistia em anunciar o nome e o país de cada competidor.23). no mundo antigo. Esse é o próprio cerne da "pregação". Não é a cidade rebelde que envia um embaixador para negociar as condições de paz. e esse resgate: o sangue de seu próprio Filho amado.. Foi nessa condição mais ampla como após50. Paulo fora designado não só para ser arauto. Paulo é o arauto de Deus (únicas outras ocorrências do termo no Novo Testamento: 2Tm 1.." Tem-se alegado que o evangelho deu esse título "de um oficial subordinado em conexão com reuniões públicas e outras" uma "estranha dignidade e uma importância mundial". nos jogos públicos.N. plenamente investido com autoridade delegada no que diz respeito à doutrina e conduta. o arauto gritava em voz alta: "Ordena-se a vocês. Os rebeldes . 2Pe 2. M „ p.5) e embaixador que proclama às nações: "Rogamo-lhes.. se prostrem e adorem a imagem que o rei Nabucodonosor ergueu. autoridade que continuaria em prol da vida e se estenderia a toda a igreja. por ordem de um superior. 15 Um "arauto". fazia um anúncio público em voz alta.130 1 TIMÓTEO 3.4.6-9. e emprega um arauto para anunciar a vinda do Rei dos reis e ordenar ao povo que aplaine o caminho do Senhor que conduz a seus corações. então Eva. 8).9. Havendo sido designado arauto e apóstolo.8-15 Uma vez esclarecido que as orações devem ser oferecidas em prol de todos os homens. 15 Ela. que os homens ofereçam orações em todo lugar.N. ele e sua mensagem foram usados por Deus como um meio para levar à mente e ao coração dos gentios a fé viva na verdade do evangelho.T. Eu quero.V. pois. 9-15). 9 Semelhantemente. o apóstolo prossegue indicando quem deve oferecer essas orações e em que espírito devem ser oferecidas. vestindo-se com modéstia e bom senso. ele então ministra diretrizes com referência ao comportamento apropriado das mulheres no culto público (vv. Paulo. nem que exerça autoridade sobre o homem. "Eu quero". não permito que uma mulher ensine. 12 Eu. ver sobre 1 Timóteo 1. sobre João Vol. cf.. 14 E não foi Adão a ser enganado. se prosseguirem na fé e no amor e na santificação associados ao bom senso. Por meio de uma transição natural.como é próprio de mulheres que professam ser tementes a Deus .1 TIMÓTEO 1. será salva por meio de sua51 gravidez. nota 246) liga esse parágrafo com o pre- 51. C. 8. mas que permaneça em silêncio. exercendo sua autoridade plena como apóstolo de Jesus Cristo. L i t e r a l m e n t e . Para o significado do termo apóstolo.1. porém. nem com pérolas e nem com roupas caras. especialmente como aplicado a Paulo. contudo. Paulo era "mestre dos gentios em [a esfera da] fé e verdade". 10 131 tolo que Paulo foi um arauto. que as mulheres se adornem. erguendo mãos santas. 13 Porque o primeiro a ser formado foi Adão. sem ira e sem má deliberação. 10 mas . que os homens ofereçam orações em todo lugar. 11 Que a mulher aprenda em silêncio em total submissão. 2. prossegue ministrando diretrizes. pois. " p o r via d a " . não com tranças e ouro. se coaduna com o contexto e justifica a palavra que é usada no original.[que se adornem] fazendo uso de boas obras. mas foi a mulher que de fato foi enganada e caiu em transgressão. ou seja. A tradução da A. 8 Eu quero. II. Isso naturalmente diz respeito à conduta dos homens no culto público (v. . A palavra pois (imprecisamente inferencial ou continuativa. 132 1 TIMÓTEO 3. e ainda estavam se estabelecendo novos centros de culto. porém. Tais orações devem ser oferecidas "em todo lugar" de culto público. Além do mais. Indicam-se diferentes posições dos braços. das mãos e do corpo. e in- .28) pudesse ter levado alguns a perguntarem a si mesmos se essa participação espiritual da mulher não implicaria uma mudança de sua posição no culto público. e tão-somente uma. Até onde foi possível. deve-se ter em mente que muitos dos convertidos tinham vindo do mundo gentílico. Paulo sabia ser necessário dar ordens com respeito a esse ponto. incluindo toda forma de invocação mencionada em 2. não se deve deixar de considerar a possibilidade de que falsos mestres andavam difundindo idéias errôneas com respeito aos respectivos papéis do homem e da mulher "na igreja". porém não se lhe ouvia voz nenhuma" (1 Sm 1. 15 cedente. Ele enfatiza que a fé cristã não pressupõe uma ruptura total com o passado. seguiu-se a ordem e a forma de culto prevalecentes nas sinagogas. Com freqüência uma grande sala na casa de um dos membros podia ser usada para tal propósito.13). As orações devem ser oferecidas por toda pessoa (vv.1 (ver comentário sobre esta passagem). mas pelos homens (v. é certo que a Escritura em parte alguma prescreve uma. 8). Quanto aos homens. não. deviam orar erguendo mãos santas. Seja qual for o problema. Em contrapartida. salvo no caso em que a ênfase de Paulo quanto à igualdade dos sexos "em Cristo" (Gl 3. Provavelmente havia vários lugares de culto em Éfeso e nas vizinhanças. que essas orações sejam oferecidas. É evidente que o verbo oferecer oração. É uma abominação ao Senhor assumir uma postura displicente quando se presume estar alguém orando ao Senhor. O que Paulo quer ensinar é que essas mulheres deviam orar como Ana: "Ana só no coração falava. Todas essas são permitidas até onde simbolizem diferentes aspectos da atitude reverente de quem adora. postura correta durante a oração. sem ira e má deliberação. deve ser tomado no sentido mais amplo. ou simplesmente orar. 1-7). pelas mulheres. pressupõe-se a presença da mulher na assembléia religiosa. E a igreja era ainda muito nova. seus lábios se moviam. Naturalmente. daí. aqui. A idéia de que os homens deviam liderar em oração não teria surpreendido os que estavam acostumados à sinagoga.14. A postura na oração não é uma questão indiferente. Além do mais. 38). (6) Prostrado com o rosto em terra: Gênesis 17.3. os itens (1) e (4) se interligam.41. 44.22. Atos 8. Lucas 24. E veja A.8. Lucas 5. 416.22.35. Marcos 11.60. 14. 1922.50. Em 1 Reis 8.23.12. v. 26. Nova York. as posturas e posições indicadas dos membros do corpo podem ocorrer em várias combinações. Marcos 7. pp. Em Lucas 18.4. 2 Crônicas 29. e batendo no peito).17. Mateus 26.29.15 133 lerpretem genuinamente os sentimentos do coração.11. estando de joelhos e com as mãos estendidas para os céus.) (2) As mãos estendidas ou/e erguidas para o céu: Êxodo 9. 17.30.20.16.42 (ajoelhado com o rosto entre os joelhos).22 (Salomão). 2. M. (4) Os olhos erguidos para o céu: Salmo 25. Isaías 1. 1 Timóteo 2.1.3 . Ainda faz diferença como e onde alguém está em pé. 16.36.5.4. Em João 11.15. Lucas 24. Ezequiel 1.5. Apocalipse 1. (5) De joelhos: 2 Crônicas 6. Êxodo 12. 24. João 11.8.16.13 (de pé.25.15. 141. 13.13.4.8.41.23.25. os itens (1) e (7) são combinados. 415.18. Atos 7. 25. Efésios 3. 9.13. 12.1. 20.15. 34.14. (7) Outras posições: 1 Reis 18.11. Além de combinar-se com (1).55.5.13.26.26. Marcos 1. 121. 43. 1 Reis 8.) (3) A cabeça inclinada: Gênesis 24. 3. Josué 5.10. o item (2) pode também combinar-se com (5): "Tendo Salomão acabado de fazer ao Senhor toda esta oração e súplica.41 (ver v. combinam-se (1) e (2).14. Neemias 8. 22. Como se vê claramente à luz dessa referência final. (Compare os "Orantes" das Catacumbas.40.54. Lucas 22. . Habacuque 3.39. Números 14.6. Tiago 4. Lucas 18. Êxodo 17. Deissmann.28.48 (cf. Lucas 18. Light From the Ancient East. Salmo 134. 1 Samuel 1. traduzido por L. Isaías 45.17. Mateus 6. se levantou de diante do altar do Senhor" (IRs 8.1 TIMÓTEO 2. 11. Em Neemias 8.13. Salmo 63. Lamentações 3.5. Daniel 8.27. Salmo 95. 22. 17.6. Note as seguintes posturas de oração: (1) Em pé: Gênesis 18. cf.6. Daniel 9. 11.3. Strachan.1. 45.6. Daniel 6. Lucas 18.10. ao longe. combinam-se (1) e (3). R.14. Neemias 8. Mateus 17.2.13. Lamentações 2. 145. Deuteronômio 9.19. quarta edição.41. Juizes 13. Salmo 141. (Note o contraste entre as últimas duas passagens. 13). 123.2.8. 21. . cf. Ver Salmo 24. 24. o que chega a ser a posição (6). um método favorito de prostração entre os orientais tem sido sempre o de cair de joelhos (5) e então. não é a postura do corpo ou a posição das mãos.braços estendidos com as palmas das mãos para cima . mas a atitude interior da alma. é muito melhor que certas posturas do corpo que prevalecem entre os cristãos modernos enquanto oram. caso seja interpretado corretamente. Números 22. Mateus 5. A cabeça inclinada (3) é a expressão externa do espírito de submissão. Ainda que não apareça nas Escrituras e fosse desconhecido na igreja primitiva. que a pessoa que estendia as mãos ou as erguia estava em pé. As mãos que se erguem devem ser santas.é um símbolo adequado da completa dependência de Deus e de humilde esperança nele.134 1 TIMÓTEO 3.31.5). todas essas posturas eram apropriadas. Além do mais. Levantar ou estender as mãos (2) . pode-se deduzir. Uma pessoa que acaba de cometer um homicídio. Ver. o que se enfatiza ao longo de toda a Escritura e também na passagem ora em discussão. 4. está perto". Ajuda a quem ora barrar o acesso de distrações prejudiciais e a ingressar numa esfera onde "ninguém. quando essa "boa obra" for possível. Prostrar-se com o rosto em ferra (6) é a manifestação de reverente temor na presença divina.8). E ainda na maioria dos casos onde a Escritura não o indica especificamente.14. um adultério ou um roubo não deve imaginar que sem o perdão e a reparação. inclinando gradualmente o corpo. dele somente. por exemplo. Ed 9. Não obstante. E o caso da passagem que estamos considerando ( l T m 2. inclinar a cabeça até tocar o chão (3). O ajoelhar-se (5) representa a humilhação e a adoração. senão Deus. a inclinação da cabeça (3) era com freqüência tão profunda. pode ser considerado como um bom costume. 15 cf. O costume moderno de fechar os olhos com as mãos juntas é de origem incerta. Os olhos erguidos ao céu (4) indicam que alguém crê que seu auxílio vem de Jeová. devem ser mãos que não estejam contaminadas por delitos anteriores.23. pode ela agora erguer as mãos numa oração que seja agradável a Deus. O bater no peito (7) harmoniza-se extraordinariamente com o sentimento de completa indignidade. A posição em pé (1) indica reverência. ou seja. Seja como for.3. Ora. De fato. à luz do contexto. que a pessoa caía prostrada em terra (6). devem oferecer orações enT voz alta com as mãos erguidas.5. E fácil v e r q u e d e s s e s e n t i d o literal p r o v e i o o f i g u r a t i v o : b a l a n ç o m e n t a l . Semelhantemente. 8.36). 9. . A palavra usada no original está relacionada com nossa palavra diálogo. se fará isto ou aquilo a seu vizinho. E o mesmo ocorre com qualquer forma de má deliberação. Cl 3.8 o uso da palavra em conjunção com ira torna esse sentido indiscutível. Lc 5. deliberação. Mc 7. Rm 1. A alma humana é constituída de tal forma que pode efetuar um diálogo consigo mesma. 15.19. ou seja. faz com que a oração seja inaceitável (ver também. c á l c u lo.46. a atitude do devedor incompassivo da parábola (Mt 18. etc.17). Assim como os 52. a soma e substância da presente admoestação é que no culto público os homens. ° a.N.20. O s u f i x o ^óç é de a ç ã o f i n a l . a indignação estabelecida contra um irmão. Mt 6. todavia é digno de nota (cf. questionamento). E m D e m ó s t e n e s ( o r a d o r a t e n i e n s e d o s é c u l o 4 . A palavra semelhantemente revela que Paulo está continuando suas observações em relação à conduta no culto público. Fp 2.21.do latim. 6. 32.óç i n d i c a u m a ajuste de contas. Ef 4. 47.19. cf.9. essas mãos devem estar limpas ou santas e a oração deve ser oferecida num espírito íntegro.51 Embora a palavra usada no original não qualifique esse diálogo como mau (ver Lc 2. Em Lucas 2.21. Se o coração de uma pessoa se enche de ira ou malícia contra seu irmão. c o n s i d e r a ç ã o . Gn 6. contrabalançando um pensamento com outro (nossa palavra deliberar . d a í o s e n t i d o p r i m á r i o . nesta conexão.35. o ato de erguer as mãos deve ser feito "sem ira e sem má deliberação". sobre João 3. Ira (cf.21-35). onde as deliberações referidas não são necessariamente más).22. a oração não será aceitável. visto que libra é uma balança). Tg 1. ICo 3.1. não as mulheres. 9.C. 10 135 Além do mais.T.1 TIMÓTEO 1.8. C.31.8. enlão. Portanto.21) que em quase toda passagem em que se usa a deliberação referida é claramente de uma natureza pecaminosa (Mt 15. a ponto de planejar o mal contra o mesmo. em seu interior. Naturalmente. de e libra literalmente significa pesar meticulosamente. deliberando. os anciãos devem tomar a dianteira ( l T m 5. 14. Aqui em 1 Timóteo 2. que as mulheres se adornem vestindo-se com modéstia e bom senso.) e e m o u t r o s a u t o r e s a p a l a v r a õiaÀoYiap.14. 20).14.35 ela indica dúvida. Assim uma pessoa pode debater consigo mesma. o s i g n i f i c a d o e t i m o l ó g i c o de n o s s a p a l a v r a deliberação. Não obstante. de "provocar indignação".de adornar-se. literalmente significa mente sadia (au^poowri). Devem adornar-se. No presente caso. cremos que a aliteração do original tem de ser retida na tradução. porém.desejo esse criado na alma delas por seu Criador . 356).2). Modéstia (CÍIÔGÓÇ) indica senso de pudor. devem "adornar-se vestindo-se com decoro". assim as mulheres devem dar evidência do mesmo espírito de santidade. Elas não têm de esquivar-se da moda.. mas a um "vestido". literalmente. receio de ultrapassar os limites da decência. preparando-se para participarem do culto. Seu intuito não deve ser o de exibir-se. Prontamente admitimos que a aliteração nem sempre pode ser reproduzida sem alterar o sentido do original. M. eles "vão à igreja" capazes de erguer mãos santas. 15 homens devem fazer os preparativos necessários. desconfortável ou bizarro. imediatamente salta à vista. Devem ter sempre em mente que amiúde um coração soberbo se oculta por . ou seja. Além do mais.14. Portanto. p. com decoro (KO. "algo que desça"). Se a roupa de uma mulher. Tais referências são de pouco valor quando o adjetivo modifica um substantivo que não se refere ao caráter. caso a aliteração do original tiver de ser preservada. então deve expressar modéstia e bom senso. o sentido mais literal. e devem demonstrar isso quando ainda estão em casa. adornando-se com trajo. porém. Daí Paulo escrever: "adornando-se com modéstia e bom senso". a qual traduzimos bom senso. A sentença terá de ser assim traduzida. Nesse caso. Ao vestir-se para ir à igreja. as mulheres devem pôr em prática o juízo perfeito. o argumento empregado por diversos comentaristas no sentido de que o adjetivo usado no original aqui significaria virtuoso ou honrado. As mulheres.136 1 TIMÓTEO 3. Decididamente não têm de manter um tipo antigo de moda. ignora o fato de que ele tem esse sentido quando analisa o caráter de uma pessoa (como em l T m 3. A palavra seguinte. Devem vestir-se com sensatez. "adornar". é evidente que o apóstolo não condena o desejo por parte das jovens e senhoras . pois. sem dúvida. porque em fontes não literárias é usado nesse sentido (ver M. reserva própria. de modo que com coração apercebido e sem disposição prévia para o mal. Por conseguinte. a menos que uma moda em particular seja imoral ou indecente. deve ser de fato como tal. de estarem bem-vestidas". daí. devem adornar-se. xaoxokr]. usando aparato apelativo com o intuito de levar outrem a invejá-las. b. ou pérolas. Paulo tem sofrido sérias críticas por essas palavras. St. A roupa deve ser a expressão de uma modéstia interior e uma saudável perspectiva cristã. Paulo quer dizer isto: A mulher cristã deve compreender que seu verdadeiro adorno não consiste em penteados ou jóias ou aparato de vestuário. Isso é o que "bom senso" subentende. Aplicado a nosso tempo e época. nem a última a abandonar o que é antigo. For Better Not For Worse. Ou eram alfinetes de bronze com 53. Realmente resplandeciam. Isso também é pecado. E s s e e x c e l e n t e livro d e v e r i a e s t a r n a b i b l i o t e c a d e t o d a i g r e j a e e m t o d o lar i|iie p o s s a o b t ê . ou roupas caras. essa crítica é inteiramente injustificada. porém. 2 0 5 . 1935. adornar-se com vestuário que revele modéstia e bom siso significará que a mulher não se adornará com franças e ouro.2 1 9 . É preciso evitar criteriosamente os extremos. L o u i s . ou por meio de broches de marfim ou prata. como se não quisesse que os membros do sexo belo desfrutem de boa aparência. A própria combinação da palavra "tranças" com "e ouro ou pérolas ou roupas caras" deveria ser suficiente para informar ao leitor que o apóstolo está pensando no pecado da extravagância no adorno externo. o que o apóstolo está para mencionar. mas algo mais. pp. Tem-se observado o seguinte: "Ainda pensar que ele se oponha a cabelos trançados! Que mal há nisso?" Entretanto. v e r W. a saber: a prática de boas obras que são os frutos de um caráter transformado pelo Espírito Santo. A. A vista do contexto (ver v. 10). De modo algum! Os seguintes pontos devem estar presentes: a. M O . Quanto às "tranças". S o b r e t o d o e s s e t e m a . Maier. dizer dessas tranças que eram tão populares no mundo do tempo de Paulo? Não se poupava nenhuma despesa para torná-las deslumbrantes.15 137 trás de uma máscara de pretensa modéstia. significa que as famosas linhas de Pope têm de ser criteriosamente levadas em conta: Elas contêm matéria sobre a qual pensar: "Não seja a primeira a provar a novidade.I o ." 53 Ora. o sentido não é que sob quaisquer e todas as circunstâncias as mulheres de todas as gerações futuras são aqui proibidas de usar cabelo trançado. .1 TIMÓTEO 2. O que. As tranças eram presas com pentes de concha de tartaruga incrustada com jóias. S i z o o .138 1 TIMÓTEO 3. pescoço e dedos. Para se obter uma pérola de grande valor. Embora seja sempre errôneo. Não obstante. 1955. op. quanto mais variadas e mais caras. um vestido caro e ostensivo. F i n a l m e n t e . cabelos. 1948.. Life in the Roman World of Nem and St. Eram um artigo de luxo. Além do mais. W a s h i n g t o n . 15 cabeça de jóias. pp. Witk Over 500 llluslrations and Maps. Antieke Wereld En Het Nieuwe Testament. Semelhantemente. essa busca do culto à beleza e o adorno pessoal é duplamente imprópria. and Savior Jesus 1922. As vezes seus preços eram fabulosos e ficavam fora do alcance do poder aquisitivo da maioria dos membros da igreja. 6 2 . Ver também Isaías 3. D . 311. é mais repreensível numa mulher que se prepara para ir à igreja. The New Testament OfOur Lord AmeriChrist. 55 O fútil exibicionismo por parte da mulher era e é ofensivo ao que há de melhor nos gostos orientais. . Ver o q u a d r o e d e s c r i ç ã o em T. O que é ainda mais importante: também ofende o Criador. cit. K a m p e n . 55. 4. melhor ainda. De.14. II." A mulher de fé não deve (pelo menos não deveria) ambicionar vestidos custosos. C . S o b r e o t e m a c o m p l e t o .3 1 3 .6 4 . T a m b é m . a mulher crente não deve procurar chamar a atenção para a fútil exibição de enfeites dourados. As cabeças dos alfinetes amiúde eram imagens em miniatura (um animal. Não obstante. Numa mulher que professa ser crente. de um valor superior a um milhão de dólares. N o v a Y o r k .16-24 e 1 Pedro 3. p. Paul. disse: "Eu vi Lollia Paulina [esposa do imperador Calígula] coberta de esmeraldas e pérolas reluzentes sobre sua cabeça. T. A túnica ou o manto usado pelas damas aparentava a toga do homem. etc.46). não deve ambicionar pérolas. ver A. 2 4 5 . era produto de artesanato mais fino e se caracterizava por uma ornamentação mais rica e uma vasta variedade de cores. uma mão humana. um ídolo. The Good News. p. T u c k e r . 2 4 4 .3. uma figura feminina. por exemplo. . G. pp.). Everyday Life In Ancient Times. um mercador tinha de vender todas as suas possessões (Mt 13.54 Naqueles dias. as tranças amiúde representavam uma fortuna. a i l u s t r a ç ã o em c o n e x ã o c o m o t e x t o de 1 T i m ó t e o . A mulher cristã é advertida a não ceder a tais extravagâncias. p u b l i c a d o p o r T h e N a t i o n a l G e o g r a p h i c S o c i ety. p u b l i c a d o p o r T h e c a n B i b l e S o c i e t y . 2 8 9 . obtidas (naquele tempo) no Golfo Pérsico ou no Oceano Índico. T u c k e r . G 19. porque o vestido ostentoso dificilmente se en- 54. Ofende o Criador e o Redentor. alguém que vivia nos dias de Paulo. orelhas. G. 2." 11.por meio de boas obras. que.23. 10.25). Embora estas palavras e as paralelas de 1 Coríntios 14. Rm 4.33-35 possam soar como pouco amistosas. 18. 10 139 quadra no coração contrito e humilhado. 12. pois. uma vez mais com referência especial ao culto público. Esta é a doutrina do apóstolo. lJo 2. 2.19.13. Tt 1. Aliás. 3. At 7. porém. visto ela professar ser temente a Deus.11 -14.9. geralmente a primeira (Mc 4. ou pérolas ou vestidos caros.21.11.11) não aparece em outro lugar no Novo Testamento. tanto aqui nas Pastorais (Tt 2. Toda a idéia nos lembra imediatamente 1 Pedro 3. Hb6. 3... o que é de grande valor aos olhos de Deus.5.12. ver.3. 10. como cabelos trançados e jóias de ouro ou roupas finas. Tg 1.26. beleza demonstrada num espírito dócil e tranqüilo. nem que exerça autoridade sobre o homem. mas aqui e em 1 Timóteo 6.17).11. a coisa própria para a mulher é que ela se adorne pelo uso de boas obras. 2Tm 2. o adjetivo em João 9. O substantivo traduzido por temor de Deus (ver LXX. mas . proclamar. lTm 6. não com tranças e ouro. que não perece. Paulo está dizendo: "que professam temor de Deus. Ef 2. mas que permaneça em silêncio. 4: "A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores.como é próprio para a mulher que professa ser temente a Deus .11. 11. Ele escreve: Que a mulher aprenda em silêncio em total submissão.22.. 12. Literalmente. na verdade são precisamente o oposto. Em seguida o apóstolo ministra algumas diretrizes acerca tia relação das mulheres com o recebimento e comunicação de conhecimento (aprendizagem e ensino). "Quero. o segundo sentido. Eu. Essa proclamação pode ser na forma de uma promessa ou de uma confissão.1 TIMÓTEO 1. expressam o sentimento de terna simpatia e de compreensão . Gn 20. esteja no ser interior.10). porém. daí. claramente." O verbo traduzido por professam tem o sentido básico de transmitir uma mensagem em voz alta. a mulher se adorne. Ora. Pelo contrário.31..5. A divina graça dá existência à árvore da fé em que se produzem essas boas obras como tantos frutos.48) quanto em outros lugares (Gl 5. no coração que agrada a Deus no serviço da Palavra e dos sacramentos.22-24. não permito que uma mulher ensine.21. O adorno genuíno da mulher se obtém pela realização de boas obras (cf. Gl 3. isto é. como mulher. Ele não pode permiti-lo. dominá-lo. não ensinar.18-25).34). essa aprendizagem em silêncio não deve ser com uma atitude de rebeldia no coração. e sua glória (ICo 11. Significam que a mulher não deve entrar na esfera de atividade para a qual a força de sua própria criação não é apta. Por amor a ela e para o bem-estar espiritual da igreja. Em conformidade com isso. Não deve fazer com que sua voz seja ouvida. sobre lTs 4.N. Ela não deve assumir o papel de mestre.18-25. exercer autoridade sobre o homem pela proclamação da Palavra no culto público. Que o peixe não tente viver em terra seca. Essa santa lei é sua vontade expressa no Pentateuco. porque a santa lei de Deus não o permite (1 Co 14. Deus primeiro fez Adão. mas "em total submissão" (cf. 1 Tm 3. a saber: o fato da criação e o da entrada do pecado. 2Co 9.5.9. proíbe-se essa pecaminosa intromissão na autoridade divina. Além do mais.28: "não há homem nem mulher") não implica nenhuma mudança básica em sua natureza como mulher ou na tarefa correspondente que.20) o casal humano. então Eva. Daí. pregar de um modo oficial e.T. 14.12). desse modo. no dia do Senhor. Que a mulher continue sendo mulher. No serviço da Palavra. mas sobre dois fatos que têm significação para todos os tempos.140 1 TIMÓTEO 1. Não só isso. Que a mulher não queira exercer autoridade sobre o homem. mas ele fez Eva por causa de Adão.4). Paulo não pocle permitir outra coisa. ensinar.7- . permanecer quieta (ver C. Rm 9. em seguida Eva. Como já foi indicado. Que a ave não tente viver debaixo d'água. a mulher deve aprender. Deve permanecer em silêncio. E não foi Adão a ser enganado. 10 140 básica.13. Sua plena igualdade espiritual com o homem como participante em todas as bênçãos da salvação (G1 3. foi chamada a cumprir. instruindo-o nos cultos públicos. essas diretrizes acerca do papel da mulher em relação ao culto público se baseiam não numa condição temporal ou circunstâncias contemporâneas. 13.11 e sobre 2Ts 3.16). G1 2. particularmente na história da criação da mulher e de sua queda (ver especialmente Gn 2. mas foi de fato a mulher foi enganada e caiu em transgressão. Ao formar ou moldar (cf. é algo impróprio para a mulher. Deve de bom grado refugiarse sob a lei de Deus para sua vida. 3. para ser sua auxiliadora (Gn 2. Paulo escreve: Porque o primeiro a ser formado foi Adão. . 56.11). 14 141 9). foi tomado do coipo de Adão. longe de preceder o de Adão na ordem da criação. Ver Gênesis 3. e ela use as ferramentas que ele inventa.Ish (Gn 2.Ish-sha. Ela foi o líder.23). Na verdade foi ela não Adão — a ser ( completamente) enganada ou iludida?6 Eva "foi realmente enganada". E o homem para mulher. porém.. enganada enganada). Em vez de permanecer submissa a Deus. derivou-se do nome do homem . D a í . que ele seja agressivo. foi realmente. Nenhum deles é completo sem o outro (ICo 11. T . ela decidiu dirigir. Ela o obedece mesmo que o dobre. ele não. Naturalmente.3a). N . Ela deu ouvido a Satanás de forma direta. Adão. não foi enganado. c o m o aqui e m 1 T i m ó t e o 2 . porém muito poderosa e benéfica sobre ele e pode promover sua própria felicidade. A tendência a seguir foi incorporada à própria alma de Eva quando ela saiu das mãos de seu Criador. A queda de Eva ocorreu ao ignorar ela sua posição divinamente ordenada. porém. Em sua soberania. E m b o r a s e j a v e r d a d e q u e P a u l o usa os v e r b o s á T i a r á u e èíjanaráco p a r a e x p r e s s a r a m e s m a idéia b á s i c a ( v e r C . para a glória de Deus. "não foi enganado". ela quis ser " como Deus".1 TIMÓTEO 2.13.. Um sem o outro seria de nenhum valor. Seu próprio nome . Em vez de seguir. e ela o siga. Ela pecou primeiro que ele. Só quando a mulher reconhece essa distinção básica e age em conformidade com ela é que ela pode vir a ser uma bênção para o homem. que ele invente. e ela receptiva. isso não pode ser tomado em termos absolutos. Longfellow estava certo quando disse: "Como o arco é para a corda." (Hiawatha) Adicionado a esse fato da criação se acha aquele da entrada do pecado. q u a n d o . Daí não seria correto inverter essa ordem em relação ao culto público. é r a z o á v e l p r e s u m i r q u e s u a i n t e n ç ã o era c o m u n i c a r u m a d i f e r e n ç a em (ou: foi completamente significado. s o b r e 2 T s 2.4-6. pode exercer uma graciosa influência. Deus fez o casal humano de tal forma ser natural que ele guie. 1 4 . Por que estimular uma mulher para que faça as coisas que são contrárias a sua natureza? Seu próprio corpo. Deve significar algo mais ou menos assim: Adão não foi enganado da mesma forma que Eva o foi. u s a a f o r m a r e f o r ç a d a e a n ã o r e f o r ç a d a l a d o a l a d o . Ela deve atingir seu alvo por meio de (õtá) sua gravidez. ela guiou no caminho do pecado.16). a salvação. de forma alguma surpreende que Paulo. que Eva. não ensine. Assim. será salva por meio de sua gravidez.14. 12). que siga. e b. quando deveria ser guiada. imediatamente mencione a gravidez. E agora o que antes fora uma bênção sem mistura ou seja. não governe e nem dirija quando a congregação se reúne para o culto público. Não por meio da pregação a adultos (ver sobre o v. a esposa de Adão foi chamada Eva. Paulo. que se sentia plenamente familiarizado com a Lei e escrevendo por inspiração [divina]. Paulo toma . depois de haver mencionado a submissão. Ela deve escolher fazer aquilo para o qual está naturalmente equipada pela ordenança criadora de Deus. que nenhuma de suas filhas a siga invertendo a ordem divinamente estabelecida.142 1 TIMÓTEO 3. a maldição pronunciada sobre Eva incluía dois elementos: a. tanto física quanto espiritualmente. ou seja. 15 Ele a seguiu. vê mais claramente. por meio do homem). a mulher alcança o estado de verdadeira liberdade e bênção não pelo exercício do domínio sobre os homens. porque agora ela. Ora. E assim ela caiu em transgressão. não "de cima para baixo" (ou seja. com ênfase no aspecto positivo (ver sobre 1 Tm 1. obedeceria à criatura de seu próprio desígnio.15). Sua vontade é que a mulher influencie a humanidade "de baixo para cima" (ou seja. Ela.já não é uma bênção sem mistura. Adão já percebia que pela graça de Deus a maldição da gravidez (reflita sobre seu caráter doloroso) se converteria em bênção (Gn 3. seguia constantemente a Adão . ou seja. seu esposo pecador.20). Portanto. contudo. no passo fatal para fora da vereda da obediência. Portanto. 15. Em virtude da prospectiva da gestação. "Vida" (mãe de todos os viventes). Ela guiou. mas pela submissão (ver sobre os vv. pelo seu exemplo pecaminoso. contudo. Que aprenda. Que nenhuma assuma o papel que não lhes estava destinado. l i e 12). Ele vê o que Adão também viu. mas é por meio de dar à luz filhos que uma mulher granjeia a real felicidade. gravidez dolorosa (mencionados em ordem inversa em Gn 3. em virtude de sua criação. quando deveria ter seguido na vereda da retidão. decidiu governar aquele que até aquele instante era ainda seu esposo impoluto. Que a filha de Eva não ensine. por meio do filho). não dirija. A vereda que conduz à salvação é sempre a da obediência às ordenanças de Deus. ou seja. submissão a seu esposo (agora pecador). mas em seguida a toda mãe cristã tomada como representante de toda a classe a que ela pertence. A l é m d i s s o . 39)... Para ela isso é salvação?1 Quando Paulo diz ela (na cláusula "Ela. é verdade que uma vez a mulher (ou o homem. é s u f i c i e n te para d e s c a r t á ." O b j e ç ã o : esta idéia d e f a z e r d a g r a v i d e z u m ato m e r i t ó r i o g o l p e i a o p r ó p r i o c e r n e d a t e o l o g i a d e P a u l o c o m o e x p r e s s a t a n t o nas P a s t o r a i s q u a n t o n a s d e m a i s ( v e r p p . as mulheres devem continuar nela. bênção e glória a ver a imagem de seu Salvador refletida nos pequeninos que pertencem a ele? Na geração de filhos (aqui o substantivo é gestação. O amor de Deus derramado no coração. ele está pensando na "mulher" do versículo 14. Nenhuma forma de gravidez como tal se apropria da salvação.14) a mãe cristã. Daí. porém Deus não a guarda no caminho da salvação sem esforço. não causar estranheza que o apóstolo agora passe do singular para o plural (de "ela" para "elas") quando prossegue: se prosseguirem na fé. o deleite que se experimenta quando alguém se submete às ordenanças divinas. A questão da salvação é considerada aqui não do lado divino. Para serem realmente abençoadas.15 e 2. (3) " P o r m e i o d a g e s t a ç ã o d e f i l h o s ela s e r á r e s g a t a d a d a c o n d e n a ç ã o e t e r n a e m e r e c e r á a glória eterna.l a ) . o i t e m (2) d á a o v e r b o u m s i g n i f i c a d o q u e n ã o t e m o e n d o s s o d o p r e s e n t e c o n t e x t o . Aliás. ela permanece salva para sempre.1 TIMÓTEO 2.se c o n t i n u a r e m n a f é " . 2 9 ." O b j e ç ã o : a m b a s e s s a s i d é i a s s ã o e s t r a n h a s a o p r e s e n t e c o n t e x t o . R e j e i t o a s s e g u i n t e s e x p l i c a ç õ e s : (1) " E l a s e r á s a l v a p e l o n a s c i m e n t o d o F i l h o " (ou s e j a . At 2.. o verbo é usado em 1 Tm 5. pois que mãe cristã não experimenta prazer e alegria interior. será salva por meio de sua gravidez"). a paz que excede todo o entendimento.7. A fé vem primeiro. Para a mãe cristã o parto significará salvação. A l é m d i s s o . mas do individual humano. porém esta passagem tem que ver com a mulher) seja verdadeiramente salva. Ela é o produto da graça soberana de Deus. (2) "Ela passará em segurança pela gestação. O poder para perseverar desse modo 57. diligência e vigilância de sua parte. a s p a l a v r a s i m e d i a t a m e n t e s e g u i n t e s (". pela fé na promessa pactuai de Deus (Gn 17. etc. tudo isso só será experimentado se a mulher "prosseguir na fé". o n a s c i m e n t o d e C r i s t o ) . Isso se referia antes de tudo a Eva.3 0 ) . etc. antecipa todas as alegrias da maternidade cristã para a glória de Deus. . Ver o v e r b o e m 1.38.4.15 143 esse pensamento e o desenvolve. o deleite da verdadeira maternidade cristã.. no amor e na santificação associados ao bom senso. e tão-somente dele (ver também C. Portanto. b. o pensamento completo é o seguinte: se os membros femininos da igreja permanecerem na fé e no amor e na santificação. tanto governantes quanto súditos. sem distinção de posição. em todos os deveres e deleites da maternidade cristã. As mulheres também devem preparar-se para ir à igreja. condição. Os substantivos usados nesta passagem já foram todos explicados.9. Para essa oração deve haver uma preparação adequada. Vol. pecados tão freqüentemente relacionados com a condição matrimonial). mas também os gentios pudessem aceitar o evangelho por meio de u m a fé viva. há um único resgate.144 1 TIMÓTEO 3. Quando a congregação se reúne para o culto público. os homens. ao mesmo tempo que exerçam um autocontrole e reserva adequados. 15 é sempre de Deus. No culto público. c. a fim de oferecer oração em voz alta. ou seja.5. Síntese do Capítulo 2 Ver o esboço no início do capítulo. porque: a. a fim de que o coração não esteja saturado de malícia contra um irmão nem com predisposição para o mal. ver comentário sobre 1 Timóteo 1. sim. não um Deus e um Mediador para este grupo e um para aquele grupo. N . há um só Deus e um só Mediador. não as mulheres. Quanto a fé e amor. aqui talvez com ênfase especial na oposição ativa a toda imoralidade ou imundícia em pensamento ou ação.3-8. sobre João. daí Paulo ter sido designado para ser mestre dos gentios.T. raça ou nação. e devem .14. ver sobre 1 Timóteo 2. ver C . encontrarão genuína alegria e salvação em gerar filhos para a glória de Deus. a f i m de que não só os judeus. T sobre 1 Tessalonicenses 4. a salvação se destina a "todos". Para santificação (a mortificação diária para o pecado e a renovação para a santidade. d. devem pôr-se de pé com as mãos erguidas. II).N. Quanto ao bom senso. todos devem ser lembrados em oração. do outro! Na igreja. as mulheres devem compreender que seu dever é aprender. de um lado. (2) Ele emprega mulheres no serviço do evangelho (Rm 16.1 TIMÓTEO 1. assistentes de diáconos ( l T m 3. tendo em mente que o verdadeiro adorno da mulher é a prática de boas obras. enquanto exercem um adequado autocontrole e reserva. a irmã de Nereu.11). Trifena e Trifosa. I • in relação a ele há perfeita igualdade. Pérside. 40). 10 145 fazê-lo de forma adequada.2) e as filhas de Felipe (21. Na seita de Qumran. as mulheres mantêm um lugar de honra.26). Que diferença entre a condição da mulher na igreja primitiva. (3) Ele enfatiza que em Cristo não há homem nem mulher (Gl 3. Se permanecerem na fé e no amor e na santificação.14. porém não do púlpito. o que o livro de Atos diz com referência a Lídia ( 16. registrada nos rolos do M a r Morto. seguir. 2 T m 1. Ver Millar Burro ws. não ensinar.. Júlia. e na seita de Qumran.36). Fp 4. Fm). pp. Ler At 18. as viúvas idosas ( l T m 5. Dorcas (9. Apia. . 244 e 333. Devem evitar toda extravagância no adorno externo.8. Fp 4. Loide e Eunice (ver Rm 16. mãe de João (12. Maria. embora definitivamente o apóstolo atribua às mulheres u m a posição diferente da dos homens. mas na prioridade de Adão na criação e a prioridade de Eva na transgressão. op. não governar.16).instruiu Apoio. 10). não dirigir.bem como Aquila .9. Priscila. Este ensino acerca do lugar que a mulher deve ocupar quando se reúne a congregação para o culto está baseado não numa condição temporal. mulheres que são capazes de fornecer sustento a outras ( l T m 5. A Dignidade da Mulher nas Epístolas Paulinas (1) Paulo menciona favoravelmente as seguintes. especificamente. a mulher quase não tem lugar. No lugar do culto público. Maria. a muitas das quais ele envia saudações: Febe.1-3. Neste sentido. é preciso realçar que. obedecer.28). cit. Cf. 9).9.3). 233. ele não considera que seu papel nos assuntos da igreja seja menos importante que o que os homens realizam. encontrarão alegria e salvação nas alegrias da maternidade (é verdade que Priscila . l T m 5.15. a si mesmo se ama. ". nem o homem independente da mulher" (ICo 11. para santificá-la.26.146 1 TIMÓTEO 3. em seguida lTm 2. e a esposa descrente é santificada por meio do marido" (ICo 7. todavia. Quem ama sua esposa. o leitor terá de reconhecer que de muitas formas nenhum homem é capaz de outorgar à mulher toda a honra que. Da mesma forma. (5) Quem afirmar que Paulo tem as mulheres em baixa estima deve ler as seguintes passagens.. Portanto. 15 (4) Ele recomenda o casamento até mesmo para as viúvas. e a esposa trate o marido com todo respeito" (Ef 5. Se forem interpretadas de forma honrosa. cada um de vocês também ame sua esposa como a si mesmo. há circunstâncias nas quais é melhor "não casar-se" (ICo 7. a mulher não é independente do homem.11). "No Senhor. e sim a mulher" (ICo 7.a mulher é a glória do homem" (ICo 11. os maridos devem amar suas esposas como a seus próprios corpos. e também. A atitude prática de Paulo para com as mulheres que trabalham para o reino é expressa nesta ordem concisa e bela: "AJUDE ESSAS MULHERES" (Fp 4..39.14. semelhantemente.7). amem suas esposas. 27)..4). e sim o marido. "A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo. Não obstante. o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo.. ..25-33). 4.. e enaltece as alegrias da vida conjugai e maternal da mulher cristã (ICo 7.14. segundo o ensino de Paulo.3). se deve outorgar-lhes: "Pois o marido descrente é santificado por meio da esposa. "Maridos.3). assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela.14). Embora eu espere vê-lo logo. Incentivo para ser bispo: o caráter glorioso da obra. a igreja.8-13 A.ESBOÇO DO CAPÍTULO 3 Tema: O Apóstolo Paulo. receio que me demore. Razões para comunicar essas diretrizes na forma escrita: 1. 3. 2. Diretrizes sobre os requisitos necessários dos diáconos e das mulheres que os assistem. Não obstante. porque ele tem que ver com a casa de Deus.14-16 C. Escrevendo a Timóteo. Diretrizes sobre os requisitos necessários do bispo. Hino de adoração a Cristo. Fornece Diretrizes para a Administração da Igreja Diretrizes com Respeito à Instituição dos Ofícios 1 -7 3. Incentivos para a execução fiel da tarefa dos diáconos e das mulheres que os assistem: a gloriosa recompensa deles. Jesus Cristo. que é importante em virtude de sua Cabeça exaltada. B. o assunto não permite delonga. . . ele mostra que os presbíteros.1 3 1 Confiável é a afirmação: se alguém aspira ao ofício de bispo. os diáconos e as mulheres que prestam serviço auxiliar devem ser espiritual e moralmente aptos para a realização de suas tarefas na igreja de Jesus Cristo. 4 que administre bem sua própria casa. havendo tratado do primeiro. A i n t e r p r e t a ç ã o " p o p u l a r " ou " h u m a n a " (âpOptUtivoç) é a a f i r m a ç ã o c o n t a c o m um .1-7 1. M a s o s e n t i d o m a i s c o m u m d a p a r t í c u l a g r e g a (de p r e f e r ê n c i a " p o r t a n t o " ) lhe i m p r i m e u m s e n t i d o e x c e l e n t e : "em vista do fato de que o e p i s c o p a d o ser u m a o b r a n o b r e . para que não se deixe cegar pelo engano e caia na condenação do diabo. No presente capítulo. 60. escrevendo: Confiável 60 58. como tomará sobre si o cuidado da igreja de Deus?). C o m r e s p e i t o aos p a r a l e l o s p o s s í v e i s (de tal lista d e r e q u i s i t o s ) n a literatura s e c u l a r . com genuína dignidade. não dado a violência. " T a m b é m é p o s s í v e l o s e n t i d o c o n t i n u a t i v o ( " o r a " . n o t a 2 4 6 . N . 59. agora prossiga ministrando diretrizes acerca do último. 3. o mesmo deseja uma obra nobre. Vol. o apóstolo começa. para que não caia em descrédito e no laço do diabo. Daí. Conseqüentemente.CAPÍTULO 3 — < $ > — 1 TIMÓTEO 3. 2 Portanto.1. virtuoso. não contencioso. apto para ensinar. 6 não recém-convertido. temperado. hospitaleiro. II.5<J O culto público geralmente precede a instituição dos ofícios. v e r s o b r e T i t o 2. Aquele que "se manifestou na carne. não surpreende que Paulo. não amante do dinheiro. 3 não [alguém que demora] junto do [seu] vinho. Ver t a m b é m C .. 7 Deve também desfrutar do testemunho favorável dos de fora. mas cordial. esposo de uma só esposa. mantendo seus filhos em submissão 5 (pois se alguém não sabe como administrar sua própria casa. o h o m e m q u e o c u p a r e s s e o f í c i o d e v e ser i r r e p r e e n s í v e l . " e n t ã o " ) . sensato. 58 o bispo deve ser irrepreensível. e recebido na glória". T s o b r e J o ã o . A l g o s e p o d e d i z e r e m f a v o r d a t r a d u ç ã o " t o d a v i a " ( p a r a oijv). e não esforço. P o s s i v e l m e n t e p o d e ser a t r i b u í d a a u m v a c i l o d o e s c r i b a a o puTixar a profunda cláusula introdutória: " C o n f i á v e l é a afirmação" a uma declaração que d e i x a d e d a r e x p r e s s ã o a u m p o n t o e s s e n c i a l d a f é cristã. M a s é difícil ver c o m o a l g o no p a r á g r a f o i m e d i a t a m e n t e p r e c e d e n t e ( q u e trata d a c o n d u t a d a s m u l h e r e s . deseja uma obra nobre. seu a t a v i o a d e q u a d o p a r a participar si')limuc." O que se descreve definidamente como excelente ou nobre ("boa obra") é o ofício." Em oposição a isso. é muito estranho que Paulo expresse uma palavra de elogio a esse esforço pecaminoso. Alguns intérpretes raciocinam assim: "E decididamente errôneo que alguém estenda a mão (note o verbo òpéycj) a fim de tomar posse do sagrado ofício. L o c k e A. ele não é expresso numa forma definida. A l é m do m a i s . etc. de ambos os lados. alguns prefeririam unir essa f r a s e ao parágrafo preced e n t e ( p o r e x e m p l o . T. Quanto a seu caráter geral. Portanto. do lado dos gen(ios ou. De fato. deve-se ter em mente que na história dos primeiros dias da igreja o desejo de servir como bispo significava sacrifício. mas também é ainda prejudicial. Os falsos mestres faziam de tudo para minar o fundamento da verdade. O apóstolo simplesmente diz: "Se alguém aspira. R o b e r t s o n ) . e não o homem ir após o ofício.1 TIMÓTEO 1. em tempos tais e em meio a tais circunstâncias. porém. máximas sábias. pela m e s m a razão. incentivando aspirações pecaminosas a um ofício. 10 149 é a afirmação: se alguém aspira ao ofício de bispo. como ocorria amiúde.) p o d e r i a vir a ser " u m a f r a s e p r o v e r b i a l d e s a b e - doi ia c r i s t ã " . a a f i r m a ç ã o se h a r m o n i z a de f o r m a bela c o m t o d o o p a r á g r a f o . Às vezes se afirma que a afirmação não só carece de significado ou valor. v e r N .9. merecem ênfase estes dois pontos: a. N . Essa opinião. b. d o c u l t o p ú b l i c o d a i g r e j a . porém. Esta é a segunda das cinco "confissões fiéis" ou provérbios correntes dignos de confiança. Embora seja verdade que se acha implícito um elogio ao aspirante. do lado dos judeus. Tal ambição é pecaminosa e merece condenação. Embora seja verdade que se acha implícito na afirmação um elogio dirigido ao aspirante. Com muita freqüência grassava perseguição. O ofício deve sair em busca do homem. ver sobre 1 Timóteo 1.15. resulta do fato de ser a afirmação lida à luz de situações posteriores. Possivelmente. não estavam totalmente fora ile lugar palavras de incentivo para o episcopaclo e de elogio implícito a p o i o m u i t o f r á g i l . se conduziam no sagrado ofício. a qual ele comprou com seu próprio sangue" (At 20. deseja uma tarefa nobre. os seguintes versículos são em que. como em Israel.14. Ele nutre o desejo de dar seu tempo e suas energias. Para que tais requisitos sejam vistos apóstolo os agrupa. Com respeito à idade ou dignidade. ele está pensando na tarefa divinamente autorizada dos anciãos. justamente certos requisitos são na forma em que o impressos na forma classificados: 2-7. para que possam desejar essa função com ansiedade! Mas. como já se indicou (e ainda se indicará.íjç). Ao falar Paulo do ofício de bispo (êtuaKoiTri . 2. justificavam o provérbio popular: "Se alguém aspira a ser bispo. seus membros eram chamados presbíteros ou anciãos.5-7). apto para ensinar. em geral. por ser a tarefa tão nobre e a obra tão imensa. Esses bispos ou anciãos constituíam um presbitério ou junta de presbíteros ou anciãos. Com respeito à natureza de sua tarefa. eram chamados supervisores ou superintendentes. O modo como esses homens. hospitaleiro. foram intencionalmente . E ainda é. estipulados. esposo de uma só esposa. 15 a quem se mostrasse disposto a servir nesse alto ofício. O bispo deve ser irrepreensível. ver também sobre Tito 1. sensato.28).150 1 TIMÓTEO 3. e sua disposição em suportar inumeráveis dificuldades pela causa de Cristo. e ainda se dispõe a sacrificar seu descanso físico e sua segurança pessoal em prol da nobre tarefa de "apascentar a igreja do Senhor. porém não como foi nas primeiras décadas. E o ofício em si era certamente "uma obra nobre"." Que ninguém faça pouco do bispo! Que ninguém o despreze por ele não possuir todos os dons especiais. Que o caráter glorioso da obra seja um incentivo para todos os que estão considerando a possibilidade de ser bispos. tudo o indica. virtuoso. temperado. censura ou inatacável). a ênfase recai sobre o primeiro. não recém-convertido. para que não se deixe cegar pela presunção e caia na condenação do diabo. o primeiro de todos. Note que o primeiro grupo de sete características é positivo (excelo o próprio cabeçalho: sem . mas amável. porém sem uma lista detalhada de requisitos. Cinco vezes lemos não (dessas cinco. 2 3. como tomará sobre si o cuidado da igreja de Deus?) 6. 7.1 TIMÓTEO 4. duas vezes. (pois se alguém não sabe administrar sua própria casa. 5. para que não caia em descrédito e no laço do diabo.1. seis ( 1 + 5 ) expressos negativamente. Torna-se imediatamente claro que. em sua maioria. e (b) os de fora. os membros da igreja. mantendo seus filhos sob submissão. não contencioso. os que não são da igreja. Não [alguém que demora] junto do [seu] vinho. três trazem prj. ou seja. no que diz respeito à sua posição ou reputação diante dos membros da igreja. não violento. 151 4. Assim. o bispo dever ser irrepreensível (ou "estar acima de censura"). em conformidade com o ensino inspirado de Paulo.ou acima de . Deve também desfrutar do testemunho favorável dos de fora. pode ser considerado uma espécie de cabeçalho ou título para todos os pontos de ambos os grupos dessa primeira classificação. Como era de se esperar. "irrepreensível". negativo. A segunda classificação se resume na forma um pouco semelhante. o candidato ao episcopado deve desfrutar do testemunho favorável de dois grupos: (a) os de dentro. a reputação que o homem desfruta entre os membros da igreja. Não obstante. á -privativo). O segundo grupo é. com verdadeira dignidade. ao todo há oito (6 + 2) requisitos expressos positivamente. não amante do dinheiro. que administre bem sua própria casa. Os diversos aspectos que pertencem à primeira classificação se dividem em dois grupos de sete cada um. Começando com a primeira categoria. ou seja. Não deve escapar a nossa atenção que o primeiro e o último dos . Seguem um após outro num arranjo lógico e natural. porque a bebedice amiúde conduz à violência. equilibrado. De fato. porém. Paralelamente está "não contencioso". A pessoa contenciosa geralmente é egoísta. Essa relação é novamente enfatizada em conexão com os diáconos. podese esperar. 15 oito requisitos positivos esclarecem a relação da pessoa com sua família. ele tem de ser um homem com alguma experiência no viver cristão. O item "não [alguém que demora] junto do [seu] vinho" facilmente se mescla com o seguinte.? E hospitaleiro? Que influência para o bem ele exerce sobre os que necessitam de diretriz ou instrução? É apto para ensinar? No segundo grupo de sete requisitos vemos o homem em sua vida cotidiana. solidarizando-se com seus semelhantes no trabalho e em todo lugar. como no final do primeiro grupo de requisitos. tanto dos experientes quanto dos recém-convertidos? Neste caso. virtuoso. a atenção se fixa uma vez mais na relação do homem com a igreja. No primeiro grupo de sete requisitos.152 1 TIMÓTEO 3. por isso é "amante do dinheiro". etc. Em seguida. Não deve ser um neófito. Paulo (e o Espírito Santo falando por seu intermédio) certamente considerava de grande relevância essa relação familiar. que ele granjeie o respeito de seus membros. a saber. Como ele trata as visitas de outras igrejas. sóbrio. ele pode cuidar de seus negócios? Como administra ele sua família? Isto é suficiente para provar se ele pode tomar sobre si o cuidado dos negócios da igreja! E. a subdivisão é a seguinte: sob o tópico "irrepreensível" encontramos primeiro um grupo de quatro requisitos que se relacionam com a atitude do homem para com a moral cristã em geral: ele deve ser conjugalmente puro.14. por fim. amável. "não violento". O primeiro grupo de sete é o seguinte: O bispo deve ser: . vemos que os itens na lista não foram alinhados a esmo. Agora faremos umas poucas observações com referência a cada um dos quinze (7+7+1) requisitos.) Além do mais. Em oposição a isso está o requisito positivo. logicamente. dois requisitos que descrevem a atitude do homem para com (e influência sobre) as pessoas que estão em alguma relação definida com a igreja. Portanto. a pergunta é esta: "E possível que tal candidato se responsabilize pelas finanças da igreja?" (Note que aqui. 3. em relação imoral com outra mulher. A palavra usada no original significa literalmente "não tirar proveito de".17.8. não se põe. Is 51. daí irrepreensível ou inexpugnável. Dt 5. 7. sendo casado.como era comumente o caso e estipula-se que em sua relação conjugai deve ser exemplo para os demais na fidelidade para com sua esposa. Na relação conjugai. 6. .14.2) é simplesmente este: que um bispo ou ancião deve ser um homem de moralidade inquestionável. Jó 1. "esposo de uma só esposa" Ver também 1 Timóteo 5. Os detalhes com respeito à pessoa que é irrepreensível são estes: 2. Pv 2. que era justo e piedoso.23.2. mas as mesmas são tidas como falsas ao se empregarem métodos justos de investigação. Jr 23. Pv 7. Jo 8. Mt 5.3.1. é evidente que esse pecado e os relacionados com ele (imoralidade sexual em qualquer forma) eram de ocorrência freqüente entre os judeus e.2. 22. segundo o costume dos pagãos. Isso não pode significar que um bispo ou ancião deva ser um homem casado. 2Sm 12.18.1. entre os gentios (entre muitos outros: Êx 20.1 TIMÓTEO 2. Gl 5. que seja inteiramente fiel e leal à sua única e exclusiva esposa. Em relação à igreja e em conformidade com as normas da justiça.3-8). "irrepreensível" na estima dos membros da igreja 153 Ver também 1 Timóteo 5. Exemplo de um homem "irrepreensível": Simeão "Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. 20. o sentido desta passagem ( l T m 3.27.T sobre ITs 4. Antes.14.10). esse homem não só desfruta de boa reputação.9-11.23.13. e que esperava a consolação de Israel. e o Espírito Santo estava sobre ele" (Lc 2. Ver também C. presume-se ser ele casado . A luz de muitas passagens. 9. Os inimigos podem suscitar todo gênero de acusações. Cf.7 e 6.9 ("esposa de um só esposo"). 14 1 .10. 14. A infidelidade nessa relação é um pecado contra o qual a Escritura reiteradamente nos adverte. Lv 18. Os 1. 3. Rm 1. E não nos esqueçamos do que Paulo fala nessa mesma epístola (ver sobre l T m 1. por certo.N. 29.19.10. que.25). mas de fato a merece. Conseqüentemente. 7.20.28. ICo 5.2. 2. ) . francês (versão D ' O s t e r v a l d ) .podem também dar um passo a frente. Em harmonia com o ponto de vista de alguns pais da igreja (por exemplo. ( E m p o r t u g u ê s . B e r k e l e y . esses tradutores e comentaristas são da opinião de que Paulo. conseqüentemente. aqui. R. e em concordância com as explicações favorecidas por outros (por exemplo. ICo 7. de modo que pensem do autor das Pastorais como um homem que considerava o matrimônio e um segundo casamento como pecaminoso ou algo desse gênero.1. W i l l i a m s : " m u s t h a v e o n l y o n e w i f e " . s ó M a t o s S o a r e s traz: " q u e t e n h a e s p o s a d o u m a s ó m u l h e r " e a B í b l i a d e J e r u s a l é m : " e s p o s o d e u m a única m u l h e r " . e n t r e o u t r a s : s i r í a c a ( p u b l i c a d a p e l a S o c i e d a d e B í b l i c a B r i t â n i c a e E s t r a n g e i r a .2. e d i ç ã o d e E s t o c o l m o 1946). Não é possível justificar uma tentativa de fazer um texto dizer o que realmente não diz no original.R.V.14.. Paulo. pois. 62 O autor genuíno das Pastorais. A s s i m . tornam a casar-se." d e v e ter s o m e n t e u m a e s p o s a " . e então 4. N i e u w e Vertaling: " d e m a n van e e n v r o u w " .9). R i v e r s i d e : " t r u e t o o n e w o m a n " "fiel a u m a s ó m u l h e r " ) . frísio. Parry. inglês (A..6' E possível entender como homens que rejeitam ou abafam a infalibilidade da Escritura . h o l a n d ê s ( S t a t e n v e r t a l i n g : " e e n e r v r o u w e m a n " . e o u t r a s .14. 15 Considerando isso. M o f f a t t .154 1 TIMÓTEO 3.. ou seja. 1950. s u e c a ( a u t o r i z a d a e m 1917. esposo de uma só esposa" (Õ6l-|iLâç ywcuKÒç ãuõpa).V. A. L o n d r e s . G o o d s p e e d . S e g u n d o n o s s o e n t e n d i m e n t o [ t r a d u t o r ] . supondo que as Pastorais refletem condições que prevaleciam depois da partida de Paulo deste mundo. 142). 62. cf..S. 1. não se opunha ao casamento depois da morte de um dos cônjuges (ver especialmente l T m 5. vem a ser esta: "O bispo deve ser um homem que se tenha casado uma única vez". alemão (versão de Lutero e as subseq ü e n t e s ) . Tertuliano e Crisóstomo). 2) . e introduzir no texto sua reconstrução particular da formação dessas cartas. o u d e u m m o d o s e m e l h a n t e ." o e s p o s o d e u m a s ó e s p o s a " ) .. a m e s m a idéia. Rm 7. O original simplesmente diz: "Ele deve ser. num tempo quando muitos começaram a exaltar o celibato e o estado de virgindade acima do matrimônio. 3.fazendo-o dizer o que não diz. L e n s k i .V.3. A tradução (?). sob certas circunstâncias específicas.. já não se sentem mais obrigados a aceitar as indubitavelmente verdadeiras palavras "Paulo. ele considerava ser mais prudente continu61. t r a n s p a r e c e n d o esta idéia. a Timóteo" ( l T m 1. t o d a s estão concorde com o acima exposto. vindo a ser viúvos. sul-africano. A s t r a d u ç õ e s c o r r e t a s s ã o a s s e g u i n t e s . Jerônimo e Orígenes)." e s p o s o d e u m a s ó e s p o s a " . é injustificável a tentativa de alguns mudarem o sentido do original . está se referindo a homens que. W e y m o u t h . ainda que. latim ( T e o d o r o B c z a : " u n i u s u x o r i s v i r u m " .os quais. 26). 6.). A pessoa sensata está sempre disposta e desejosa de aprender. Isto pprtence a seus gostos e hábitos físicos. Quem tem domínio próprio ou sensato é a pessoa de mente sadia.4). etc. Ele é dominado pelo fervor espiritual e moral. sobre ITs 5. desde o começo.5. 14 155 ar no estado de solteiro do que de casado (ICo 7. 3. Mesmo os que não podem ser contados entre os crentes às vezes não são de todo desprovidos de virtude.2.3). não no sentido de sombrio. No modo de vida (gostos e hábitos). mas os da alma. Tito 2. "temperado" Ver também 1 Timóteo 3.. Para o verbo relacionado. 38).N. 2.. 4. 5. ver C.8. não se deixa dominar por impulsos repentinos sobre os quais não exerce controle. 7). quando diz: "O casamento deve ser honrado por todos" (Hb 13.11. "sensato". como. 15 para o substantivo correlato. Na maneira de julgar e de agir sobre esses juízos. prudente. Exemplo de um homem que fornece toda evidência de ter sido fiel a sua única e exclusiva esposa. Seus prazeres não são primariamente os dos sentidos. Exemplo de uma pessoa equilibrada. Outras traduções possíveis do adjetivo seria sóbrio (contudo.T. nem está de modo algum disposto a aceitar os disparates que estavam disseminando os seguidores do erro em Éfeso (ver sobre lTm 1. Podemos estar certos de que Paulo estava em completa harmonia com o autor de Hebreus. 4. mas moderado.13.1 TIMÓTEO 2. temperada: Lucas "Eu mesmo investiguei tudo cuidadosamente. inclusive em assuntos religiosos: Aquila "Quando Priscila e Áquila o ouviram. equilibrado. firme e sadio. Tal pessoa vive uma vida profunda. triste).35).2. Ver também Tito 1. 8 e ver sobre 2Tm 4. sóbria. convidaram-no para ir a sua casa e lhe explicaram com mais exatidão o caminho de Deus" (At 18. os prazeres dos boêmios. note o escrivão em Éfeso. prudente. Não é dado aos excessos (no uso do vinho." (Lc 1. o qual apaziguou a ira da multidão (At 19. E discreto. calmo. e da bela harmonia entre ambos.3. circunspecto. por exemplo. morais e mentais.9. e ver sobre 1 Timóteo 2. . daí. racional.6.26. poderoso nas Escrituras e instruído no caminho do Senhor. p.13. Ver C. 5. Ana (Lc 2. nota 26.14. que para isso era preciso longas viagens..11). sobre João.8. Ver M. Eis um epíteto de honra. quando as mensagens de uma setor da cristandade tinham de ser entregues por mãos de um mensageiro pessoal.37). 15 Exemplo de um indivíduo racional: Apoio Ainda que fosse um orador dotado. Hebreus 13. 6. e quando ter alojamento com incrédulos era menos que desejá- .26.156 1 TIMÓTEO 3. Quanto à hospitalidade. quando a pobreza e a fome eram muito mais evidentes que o que agora se vê nos países do ocidente. I. Na moral. 6). a fim de aprender o caminho de Deus mais acuradamente (At 18. Vol." Podemos bem imaginar quão profundamente apreciada foi esta hospitalidade num tempo em que virtualmente não existia um sistema organizado de bemestar social em alta escala. 1 Pedro 4. supracitado sob o item 2). em geral.8).9). 356. Mais: Jó (Jó 1..9. LXX: cf.. força. O bispo deve ser um homem "de excelência moral interior e de uma conduta externa bem ordenada".2. Romanos 12. em seguida. Rt 3. quando grassavam ferozes perseguições com seus encarceramentos. O adjetivo naturalmente tem um matiz de significado ligeiramente diferente quando se aplica ao mesmo caráter que se aplica à roupa e à aparência externa (como em 1 Tm 2. Zacarias e Isabel (Lc 1.N. "virtuoso" Ver também 1 Timóteo 2. mesmo assim se dispôs a ser instruído por Priscila e Aquila. pessoa essa de força moral: Rute "Todos. Uma pessoa hospitaleira é literalmente amiga dos forasteiros (cJjLÂÓÇevoç). sabem que és uma mulher virtuosa" (uma mulher de valor.9.25). Simeão (Lc 2.5. quando as viúvas e órfãos dependiam da bondade de parentes e amigos. "hospitaleiro" Ver também Tito 1. Exemplo de uma pessoa virtuosa. "Ele compartilha de suas necessidades.M.T. O sentido básico do substantivo relacionado é ordem. Ver também Gênesis 18.. por sua vez.1 TIMÓTEO 3. se a hospitalidade era um requisito para todo crente segundo sua capacidade e oportunidade de oferecê-la. os quais... 2.10.8). E agora. sacerdote e escriba. alguns têm recebido talentos maiores ou diferentes do que outros. Havendo sido instruído por "testemunhas fiéis". Todo bispo ou ancião deveria possuir este dom em alguma medida. Daí.17. em seguida. manifestou-se a distinção entre os bispos que atualmente são geralmente denominados "ministros" e os que simplesmente são denominados "presbíteros". Além do mais.816. Quanto à capacidade pedagógica. 2 Reis 4. Daí. e não se envergonhou de minhas cadeias" (2Tm 1. era um requisito indispensável para o bispo. 1 Coríntios 12. o segundo grupo de sete requisitos. vosso Deus" (Ed 7. que todos os bispos devam ter essa capacidade em certa medida. e os levitas que ensinavam todo o povo.6. 7. "apto para ensinar" Ver também 1 Timóteo 5. embora todos tomassem parte no governo da igreja. Esdras. 1 Reis 18.. 2 Timóteo 2. ensinam a outros.2.8-12 157 vel.16). lhe disseram: Este dia é consagrado ao Senhor. Deve ser: (1) " N ã o [alguém que demora] junto do [seu] vinho" . Conseqüentemente. de modo que possam aconselhar aos que buscam seu conselho. m e s m o nos dias de Paulo. Hebreus 13. a alguns era confiada a responsabilidade de trabalhar na palavra e no ensino ( l T m 5 . Ainda. porém.1-8. 1 Reis 17. muitas vezes me confortou. ninguém será apto para ensinar (õiôaKTLKÓç) se o m e s m o não for instruído (ôiõaKTÓç). O bispo deve também ser irrepreensível nos seguintes aspectos.24. Ne 9.14. 3. Ver também Atos 6. de m o d o que. ele comunica a outros essa instrução. Exemplo: Onesíforo "Onesíforo. Exemplo: Esdras e seus auxiliares "Ele [Esdras] era escriba versado na Lei de Moisés. o trabalho dos anciãos estava dividido.2. 1 7 ) .8.29.13. os pesares? Para quem. Pense nos lenhadores de outrora que literalmente usavam uma lasca de madeira em seus ombros à guisa de desafio para lutar com quem quer que se atrevesse a tirá-la com um golpe. 6: Simão e Levi. ou um ébrio." Ele está pensando num homem que está sempre com seus punhos preparados para espancar. ISm 25. uma pessoa dominada pela bebida. Assim os exemplos são: Os homens contra quem o autor de Provérbios pronuncia sua advertência "Para quem são os ais? Para quem.23). Paulo diz: "não um espancador. Tito 1." Do uso imoderado do vinho ao desejo de travar combate com alguém há apenas um passo curto. (2) "Não violento" Ver também Tito 1. Cf.5.36: Nabal. as rixas? Para quem.158 1 TIMÓTEO 3.29. as queixas? Para quem. a Escritura evita os extremos.23: Lameque. donde procede a expressão: "Ele leva uma lasca em seus ombros. irascível ou brigona. E a mesma relação se vê em Provérbios 23. Daí estas duas vão uma após a outra na lista das qualidades expressas negativamente. uma pessoa belicosa. e ver ainda comentário sobre 1 Timóteo 5. Ver também Gênesis 4. não pode ser um bom bispo. 30).) Com respeito a beber vinho. Um bebedor de vinho. as feridas sem cura? E para quem. Disse Sêneca: "O vinho acende a ira" ( Vinum incendit iram).14. 15 Ver também 1 Timóteo 3. "para os que andam buscando bebida misturada" (Pv 23. Ver também Gênesis 9.29. (O original traz o acusativo de uápoLvoç.8. os olhos vermelhos? "Para os que se demoram a beber vinho.21).7. Gênesis 49.23. .7. Exemplo de pessoas culpadas do pecado aqui condenado: Alguns que participavam da Ceia em Corinto "Um está com fome. Literalmente. também declara francamente que aquele que não pratica a temperança não tem direito a um lugar no presbitério. 30. O mesmo autor inspirado que aconselha Timóteo a usar um pouco de vinho por causa do estômago e suas freqüentes enfermidades ( l T m 5.20-27. e outro se embriaga" (ICo 11. trouxe o dinheiro e o colocou aos pés dos apóstolos. 9.24). vendeu um campo que possuía.expressa em parte o significado. que certamente eram pessoas contenciosas. Embora nunca comprometa a verdade do evangelho. Timóteo! (4) "não contencioso" Veja também Tito 3.17. Outros exemplos: Abraão como descrito em Gênesis 13.27. A pessoa aqui indicada é diametralmente o oposto da irascível.39. Tiago 3.. O requisito "não contencioso"..5. no espírito de 1 Coríntios 6.4).Então Barnabé o tomou e o levou aos apóstolos.12-22). Isaque (Gn 22.que também corresponde à idéia básica do termo usado no original . como sem dúvida o eram os seguidores do erro em Éfeso (ver l T m 1. Jônatas (1 Sm 18. um levita de Chipre a quem os apóstolos deram o nome de Barnabé (que significa filho da consolação). Ele era um homem bom.. brandura. e lhe faltaria. Além dos falsos mestres de Éfeso.7: "Por que não sofrer antes o agravo?" A tradução "consentir" ou "ceder" . As qualidades de condescendência. em seguida. 9.36.2. é ainda mais profundo do que "não violento". Não obstante.8.. José (Gn 50. Filipenses 4.18.1 TIMÓTEO 3. Moisés (Nm 12. cheio do Espírito Santo e de fé" (At 4. alguém que se aproxima desse ideal é Barnabé "José. literalmente "avesso a briga". Note que "amável" está interposto entre "não violento" e "não contencioso". portanto. . ela se dispõe a ceder quando se trata de seus próprios direitos. 26.8-12 (3) "amável" 159 Ver também Tito 3. que cortês.3). disposição de ajudar e generosidade são mais bem combinadas nessa pessoa conciliatória. 1 Pedro 2. pensemos também em: . gentil racionalidade.1). 37.2.15-21). eqüidade. é duvidoso encontrar uma expressão num só termo que seja plenamente equivalente ao original. considerada. amável. isto pelo fato de que está em contraste com ambos. mas pode ser boa em disputas orais. Uma pessoa pode não estar disposta a esmurrar. 11. Salvo pelo que está registrado em Atos 15. uma das características indispensáveis ao bispo. 11).12).12.8 e Tito 1. e eu. Se um homem não pode presidir ou administrar. em seu coração) o cuidado de algo? A segunda atividade indica uma consideração vigilante que é ainda mais solícita e incessante que a primeira.8 e Tito 1.17. neste duplo sentido: a. 15 Os Contenciosos de Corinto "Com isso quero dizer que cada um de vocês afirma: Eu sou de Paulo. em seguida. A assim chamada idéia "progressiva" de permitir que a criança faça o que bem lhe agrade não tem apoio algum na . 1 Tessalonicenses 5 . de Apoio. presumindo-se que seja um homem casado e pai de filhos. quem ficará com o que você preparou?" (Lc 12.8. Então. (5) "não amante do dinheiro" Ver também 1 Timóteo 3. alguém pode pensar em: O Rico Insensato "Insensato. presidir. 5. como poderá fazer isso com respeito à família de Deus. (6) administrando bem sua própria casa" Ver também 1 Timóteo 3. essa capacidade de administrar ou governar bem sua própria família se faz evidente quando o pai mantém sua prole em submissão (ver sobre 1 Tm 2. 10).6). e eu.160 1 TIMÓTEO 3. ou seja. esta mesma noite sua vida lhe será exigida. deve ser dotado com a habilidade de supervisionar. É possível que Paulo estivesse pensando antes de tudo em alguns homens de Éfeso. b. como poderá tomar sobre si (ou seja. O bispo não só deve ser um homem que esteja longe da atitude de Judas (Jo 12. Pense também no homem rico da parábola O Rico e Lázaro (Lc 16. 0 bispo. Paulo raciocina do menor para o maior. 1 2 . onde Timóteo estava exercendo seu ministério ( l T m 6. de Cristo" (ICo 1. de Cefas. a igreja (congregação local). Além disso. mas deve também estar longe de ter como meta principal a aquisição de tesouros terrenos. a família que tem Deus como seu Pai? Ora. Romanos 12.8).8.20). administrar.9. e eu. Se um homem não pode desincumbir-se de sua responsabilidade com respeito a sua própria família. mesmo quando os meios empregados sejam honrados.14.19-31). tudo fazendo para enriquecer-se por meios desonestos (o pecado indicado em 1 Tm 3. Por isso é que não se deve eleger um neófito.9: Filipe. firmeza do pai torne aconselhável que o filho obedeça.1 TIMÓTEO 3. 16. 63 Cf. que sua sabedoria faça com que o filho descubra que é natural obedecer. Ao d e t e r m i n a r a n a t u r e z a d e s s e s g e n i t i v o s . C. o evangelista "Ele tinha quatro filhas virgens. 15. o apóstolo diz: "não um neófito (acusativo de veó^uxoç. Os crentes são suas plantas (ICo 3.9). Salmo 78. que profetizavam. d e v e ser u m g e n i t i v o s u b j e t i v o . "para que não fosse obscurecido (ou: cegado) pela presunção". um membro da congregação podia possuir todas as características mencionadas anteriormente.39. e ainda não estar qualificado para servir como bispo.ou.1-8. neste caso. portanto.6).3. (7) "não recém-convertido" Não obstante.8-12 161 Bíblia.19.14. Imagine quão ideal teria sido que essa vida familiar de outrora. Literalmente.l a : Q u a l é seu u s o nas E s c r i t u r a s ? E m a i s b í b l i c o r e p r e s e n t a r o d i a b o p r o n u n c i a n d o u m a s e n t e n ç a d e c o n - ." Isso indubitavelmente significa: "a condenação pronunciada sobre o diabo". Gênesis 1 8. Atos 2. Mas. n a e x p r e s s ã o " c o n d e n a ç ã o d o d i a b o " .3. para a igreja. E i . que nos anos posteriores floresceu na relação descrita em Atos 21. na expressão "laço do diabo".N. 144. é um genitivo subjetivo. A igreja é o campo de Deus (ICo 3. ainda que se deva exercer autoridade. ou seja. 2 Timóteo 3. Talvez fosse um principiante.4. daí. O resultado seria: "e caia na condenação (KOL|ia) do diabo. A eleição de ura neófito poderia trazer resultados desastrosos para ele mesmo e. 2 Timóteo 63. Lucas 2. q u a n d o u s a d o n o v e r s í c u l o 6 . sobre João 15. é p r e p o n d e r a n t e u m a p e r g u n t a . recém-plantado. 105. Com urna leve mudança de metáfora. fosse idoso ou jovem. alguém que fosse recentemente convertido. e que seu amor leve o filho a sentir que obedecer se converte em prazer.3.7). 4. Não tinha maturidade e não desfrutava ainda do prestígio que se requeria de um bispo.T.33.12.51. Ver 1 Timóteo 6. planta nova: Jó 14.9. Paulo também diz que haviam se tornado "uma-planta-eom-Cristo" (Rm 6. Cf. Era um novato. deve ser feito de maneira tal que a. a o a p a r e c e r n o v e r s í c u lo 7. me parece superficial. isso deve ser feito "com real dignidade". p o r q u e e s s a m e s m a p a l a v r a .4. O verbo significa literalmente "envolto em fumaça". Is 5.8-10." E ver a fascinante vida familiar retratada no Salmo 128.5). a fumaça da arrogância. SI 128. 16. A idéia d e q u e õia(3ó?. Cf. o u é d e s c r i t o m a i s g e r a l m e n t e c o m o q u e c a i n d o e l e m e s m o no l a ç o ? N a t u r a l m e n t e q u e é o p r i m e i r o .14. t a m b é m n a s P a s t o r a i s . o ú l t i m o ! Ver a s seg u i n t e s p a s s a g e n s : G ê n e s i s 3 . É o d i a b o q u e . 2 0 .162 1 TIMÓTEO 3. não devem ser eleitos neófitos para o episcopado na igreja".. Lemos acerca dessa sentença de condenação em 2 Pedro 2. A p o c a l i p s e 12. 1 5 . e Matias "Portanto.. não foi ordenado senão depois (na segunda viagem missionária. 12.21. D a í . A regra: "Sempre que possível.20. Isaías 14.l o c o m o s e n d o c o n d e n a d o ? P r e s u m i v e l m e n t e . o u r e p r e s e n t á . 1 0 .4 (e ver nota 63). pelo menos). T i a g o 4 . pp.7-9. 15 2. 2 T i m ó t e o 2 . I g u a l m e n t e .18. 7 . Note também que o próprio Timóteo não foi ordenado imediatamente depois de sua conversão. a r e p r e s e n t a ç ã o b í b l i c a m a i s c o m u m é f a l a r d o d i a b o c o m o t e n t a n d o atrair o u t r o s p a r a d e n t r o d e seu laço. se porventura for levado também em conta o caso de José. De fato.26. Grand Rapids. quarta impressão. O orgulho sempre conduz à queda. 1 0 . 22). e não foi comissionado para ir em sua primeira viagem missionária enquanto não se passaram dez anos depois de sua conversão! Ver meu livro Bible Survey. chamado Barsabás. Em harmonia com essa norma.4.31. c f . é necessário que escolhamos um dos homens que estiveram conosco durante o tempo que o Senhor Jesus viveu entre nós.2. Havendo sido conduzido a Cristo na primeira viagem missionária de Paulo. Paulo mesmo.189-195. em sua primeira viagem missionária Paulo não designou anciãos em toda a igreja. L u c a s 10. R o m a n o s 16.12 ( p o r i n f e r ê n c i a ) . Havendo terminado a lista de requisitos que têm que ver com o conceito em que um irmão é tido pelos demais membros da igreja.23). a igreja não deve eleger um principiante como bispo. se a p r e s e n t a p o n d o l a ç o s . 1 T i m ó t e o 6. J u d a s 6 . 2 P e d r o 2. M a t e u s 4 . passou três anos na Arábia antes de fazer uma obra eficaz em Tarso e Antioquia. depois de sua conversão em 33/ 34 d. o apóstolo procede agora a indicar a opinião dos de fora (os que não pertencem à igreja) com respeito a ele: d e n a ç ã o .9.. D a í . E preciso que um deles seja conosco testemunha de sua ressurreição" (At 1. 1953. Z a c a r i a s 3. MI.29. E f é s i o s 6 . " o l a ç o d o d i a b o " significa "o laço que o diabo p õ e " (genitivo subjetivo). . " a c o n d e n a ç ã o d o d i a b o " s i g n i f i c a " a c o n d e n a ç ã o p r o n u n c i a d a (e executada) sobre o d i a b o " (genitivo objetivo). senão quando as visitou pela segunda vez (At 14. J o ã o 12. 1 1 . 2 6 d e t e r m i n a este p o n t o . A fim de evitá-la.C. 11. cit. 13. 64 64 Isso c válido. um homem contra quem não é possível levantar nenhuma acusação justa de infâmia moral. Ele agora não é uma honra.5). são incrédulos. é um fato que a opinião freqüentemente adversa.T.3. op. Hb 13. Seu juízo é de alguma importância. na manhã seguinte à eleição dessa pessoa sem mérito para o ofício.13).. porém. Podemos imaginar como.3. amiúde ocorre que a maioria ou todos os que são relacionados a ele. as duas sno g r a m a t i c a l m e n t e p o s s í v e i s ( v e r a r g u m e n t o s em L e n s k i . bem como o bispo que já se encontra no exercício da função. p. em suas ocupações diárias. a igreja se esforça em exercer sobre o mundo uma poderosa influência para o bem. para que seja um bispo eficaz. Por exemplo. Uma pessoa que não desfrute desse testemunho favorável.1 TIMÓTEO 3. você?!" E o diabo se regozijará. não é de ajuda alguma na consecução desse propósito. O que Paulo. porém. e que não obstante é eleita para exercer o ofício de bispo na igreja pode facilmente "cair no descrédito". A necessidade de somar esta qualidade vem do fato de que com freqüência "os de fora" conhecem melhor o homem em questão do que os próprios membros da igreja. A má reputação de um bispo. como um homem de caráter. o candidato a bispo. em relação ao cristão. sobre 1 Ts 4. 13). levando os pecadores a Cristo. Aqui. aos olhos do mundo. por parte do mundo. Além disso." Mesmo em relação a eles. Ora..8-12 (1) Irrepreensível no conceito dos de fora 163 "Também deve desfrutar do testemunho favorável dos de fora. O que ele tem em mente é que.12. q u e r a p a l a v r a " a c u s a ç ã o " t a n t o q u a n t o " l a ç o " s e j a o u n ã o c o n s t r u í d a r o m o modificada por "do diabo". é motivada pelo ódio que nutrem por Cristo (Rm 15.12. Deve ser possível dizer em referência a ele: "Ele se conduz corretamente para com os de fora" (ver C. 5 9 1 ) . "a acusação do mundo" não é crédito para o membro da igreja. deve ter uma boa reputação. por exceção. A n ã o r e p e t i - . A despeito dos argumentos em sentido contrário. o irmão deve ser conhecido até mesmo pelas pessoas do mundo com quem está (ou esteve) em contato.33.N. Cf. os homens que trabalham com ela a saudariam com zombeteira exclamação: "É verdade o que acabamos de ouvir? Realmente fizeram de você um presbítero. Cl 4. Hb 10.26. como no caso de outras passagens onde a mesma palavra "acusação" é usada (Rm 15.. está pensando não é acerca desse conceito leviano. " Deste modo cairá no laço do diabo. n ã o e x c l u s i v a m e n t e . 8 Os diáconos.T. sob as condições mais favoráveis. Lucas 21. N ã o s e r e f e r e m .28. em seguida. 11 As mulheres. 1 . ver C. 15 Além do mais.1-6. 1 Timóteo 6. 9 c o n s e r v a n d o o mistério de n o s s a f é c o m u m a c o n s c i ê n c i a pura. sobre João 6. 1 4 . respeitado por todo o povo judeu" (At 10.1. s e m ambigüidade. g o v e r n a n d o b e m a seus filhos e a sua própria casa. p a r e c e r i a m ser d e u m a n a t u r e z a m a i s g e r a l . na armadilha do diabo. d a d o s a m u i t o vinho. [ d e v e m ser] honradas. também Fp 1. mas não determina de f o r m a absoluta a questão. Q u a n d o L e n s k i d i z q u e o d i a b o é o ú l t i m o a a c u s a r as f a l h a s do cristão. Note bem que os requisitos das mulheres que prestam serviços auxiliares se encontram entre os requisitos dos diáconos. tais c o m o R o m a n o s 12. e 1 P e d r o 4 . e para um sinônimo.o u . não 10 E q u e t a m b é m s e j a m antes provados.164 1 TIMÓTEO 3 . 1 C o r í n t i o s 12.9.ao o f í c i o e o b r a do d i á c o n o . deve ser considerado uma bênção. Embora o Novo Testamento contenha apenas umas poucas referências específicas aos diáconos (além de nossa presente passagem. O u t r a s r e f e r ê n c i a s . 13 P o r q u e os q u e t ê m servido b e m a d q u i r e m para si u m a p o s i ç ã o nobre e grande c o n f i a n ç a na fé [centrada] em Cristo Jesus. 1 1 .1 e naturalmente At 6. 12 Q u e o diácono seja e s p o s o de u m a esposa.22). e ainda ser eleito bispo. Romanos 11. finalmente. então e x e r ç a m a função.9.7. daí em seu poder. em todas as questões dignas de confiança. [ d e v e m ser] honrados. Exemplo: Cornélio "Ele é um homem justo e temente a Deus.N. Ter uma boa reputação ainda para com os de fora da igreja. Ver especialmente 2 Timóteo 2.8-12 8-12.3 ? 65. não caluniadoras. ou seja. 16. N ã o obstante. n ã o e s t a r i a ele i g n o r a n d o Z a c a r i a s 3 . Q u a n d o o m u n d o a c u s a .61.26. 3. . 65 onde não obstante o termo ç ã o d a p r e p o s i ç ã o (cLç) f a v o r e c e a v i n c u l a ç ã o d e " d o d i a b o " c o m a m b o s o s s u b s t a n t i v o s .35. posso me sair bem em tudo. materialmente há b e m p o u c a d i f e r e n ç a no s i g n i f i c a d o . se são irrepreensíveis. igualmente. tal pessoa pode facilmente tornar-se muito ousada. não c o b i ç o s o s de lucro e s c u s o . e m a l g u n s c a s o s . temperantes. pensando: "Se com esta conduta posso me sair bem. se é q u e há a l g u m a . semelhantemente. o d i a b o t a m b é m a c u s a . Tão próxima de seu coração está essa terna solicitude que considera o que quer que seja feito ao menor de seus irmãos.2. Era e é uma tarefa gloriosa.5). distribuir esses donativos no espírito adequado a todos os que estão necessitados. Isto se refere não só ao decoro necessário ou à decência de atitude e conduta. como se houvera sido feito a si mesmo (Mt 25. ele crê no que está fazendo. administrar os sacramentos. Tito 2. além da realização de sua outra obra: governar a igreja. isso não significa que a obra do diácono era considerada de um valor inferior. guiar a congregação na oração. etc.5). para prevenir a pobreza onde quer que seja possível fazê-lo. Tem por base a amorosa preocupação de Cristo por seu povo. A luz de Atos 6 aprendemos que os diáconos foram eleitos porque os presbíteros não tinham tempo e energia para tomar sobre si o encargo dos pobres e necessitados. com o fim de levar a bom termo tarefa tão digna. devem ser homens cheios de fé e do Espírito Santo (At 6. (2) sem ambigüidade 66 (•>(•>. cf. mas também ao fato de seus pensamentos e atitudes interiores revelarem que são homens de honradez e respeitabilidade operadas pelo Espírito Santo. c o m o no l i v r o a p ó c r i f o E c l e - . pregar a Palavra.1 TIMÓTEO 1.31-46). Ora. Homem de tal seriedade mental foi Estêvão "homem cheio de fé e do Espírito Santo" (At 6. Filipenses 4.8. e por meio de suas orações e palavras baseadas nas Escrituras consolar e animar os angustiados. A q u i a l g u é m p o d e r i a e s p e r a r u m a f o r m a de ôívXuoooç. Além do mais. eles. os diáconos igualmente [devem ser]: (1) honrados Ver também Tito 2. Por isso.9. Acerca do substantivo. quando tal homem ministra bom humor. ver comentário sobre 1 Timóteo 2. Sua tarefa específica é recolher as ofertas do povo de Deus traz como sinal de gratidão ao Senhor. Conseqüentemente os diáconos foram eleitos para "servir às mesas". Conseqüentemente.7.2. assim como os presbíteros. 10 165 "diácono" não ocorre). como: Geaz. o mágico (At 8. E o homem de espírito mercenário que se entrega totalmente à busca de riquezas. aqui no versículo 8. E cf. (3) Não dados a muito vinho Cf. o n d e " o h o m e m q u e " j o e i r a c o m q u a l q u e r v e n t o " é a s s i m c a r a c t e r i z a d o (cf. plural d e ÕLÀOVOÇ). 1 4 . (5) Mantendo o mistério de nossa fé com uma consciência pura Um bom diácono.9-24). m a s c u l i n o . No versículo 8.n o s a p e n s a r no latim bilinguis n u m de seus s i g n i f i c a d o s . É siástico 5.2. no versículo 3. . portanto. Entretanto.9. a ênfase é ligeiramente diferente.i (2Rs 5. P v 11. 163). e q u e em outros l u g a r e s a p a r e c e c o m um s e n t i d o d i f e r e n t e ( " a l g u é m q u e r e p e t e " . Isso s i g n i f i c a q u e o autor das P a s t o r a i s o t o m a p o r e m p r é s t i m o do latim? Ver p. Ele não é um Nabal "e ele. é atento ao dever por amor a Cristo. Tito 1. "não [alguém que demora] junto do [seu] vinho".6). Simão. a outra. sejam justos ou espúrios. Não diz uma coisa e sabe outra. Pense em Judas "Ele não falou isso por se interessar pelos pobres. no versículo 3.36). se porventura quiser beber algum. ou Ananias e Safira "E ela disse: Sim. ver M . p. (4) Não cobiçosos de lucro escuso Cf. costumava tirar o que nela era colocado" (Jo 12. ansioso por aumentar suas possessões sem importar os métodos.2). o que Paulo tem em mente é aquele que faz desfalque ou larápio e o homem que abraça uma boa causa por amor de alguma vantagem material.7. l e v a . já muito embriagado" (1 Sm 25. O diácono qualificado é moderado em seu uso do vinho.19-27). porém. 15 Ele não diz uma coisa a uma pessoa e algo diferente. M . 19.13 n a L X X ) . ou Sambalá e Gesén (Ne 6. como portador da bolsa de dinheiro. mas porque era ladrão. Um homem que é amante do dinheiro não é necessariamente alguém que faz desfalque.8). .166 1 TIMÓTEO 3 . 1 Pedro 5. A p a l a v r a q u e P a u l o e m p r e g a r e a l m e n t e ( a c u s a t i v o . por tanto" (At 5. Ele não "fala de ambos os cantos de sua boca". também "não amante do dinheiro". 5). em termos iguais. o diácono apto vigia a si mesmo escrupulosamente. permaneceu na vereda da justiça. com o mais sublime dos mistérios divinamente revelados. um sinônimo próximo de "irrepreensível" no versículo 2). Isso não significa que o futuro diácono deva antes de tudo viver um período de prova. E difícil crer que a expressão "o mistério de nossa fé". Deve estar em condições de sustentar a prova tendo os olhos de toda a igreja (e dos de fora!) focalizados nele.9. ou seja. Se for eleito. deve ele dar testemunho de seu caráter. mediante uma vida consagrada. antes. "sem ser chamado a prestar contas". signifique algo diferente de "o mistério de nossa religião". Este método de selecionar os diáconos certamente está bem distante do que às vezes é sugerido. O que se diz aos bispos vale também para os diáconos. 13) nessa capacidade. a saber: "Deus manifestado na carne" para a salvação.8-12 167 consciente. Devem servir somente homens provados (ver comentário sobre v. Fosse ele destituído de honra. cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?" (Gn 39. a saber: "Quem sabe se o fizermos diácono ele não pára de criticar! Ponhamo-le-na lista de candidatos ao diaconato. A característica aqui exposta encontra uma bela ilustração em José que. 1 Timóteo 3. (6) E que sejam antes de tudo provados. no versículo 16. Não deve ser eleito nenhum neófito.6. então. Por amor a Cristo. que exerçam o ofício. dado ao vinho e cobiçoso de lucro escuso. "como. talvez possamos transformá-lo. mas. Ver comentário sobre esse versículo. pois. então é irrepreensível (literalmente. então não seria o tipo de homem que. sendo irrepreensíveis Cf.9)." Os Sete Homens de Boa Reputação . 'da')". de caráter ambíguo. de judeus e gentios. Se passar no teste com êxito. com consciência purificada pelo Espírito Santo (ver comentário sobre l T m 1. aqui em 1 Timóteo 3. "conserva o mistério de nossa fé (literalmente. fazendo tudo a seu alcance para permanecer na mais íntima união possível com ele.1 TIMÓTEO 3. por amor a Deus. escolham entre vocês sete homens de bom testemunho. em justificação da teoria do ofício de diaconisa. Daí.. A seção com respeito aos diáconos é interrompida por uma passagem que apresenta os requisitos no caso das mulheres.1. não há razões plausíveis para provar que a palavra usada no original não tenha seu sentido mais comum. 1 4 .9 e Romanos 16. .. indica com igual clareza que não se deve considerar que essas mulheres constituam um terceiro ofício na igreja. e no texto da A.3). apelo tem sido feito a passagens como a que agora estamos analisando ( l T m 3.). o ofício das diaconisas. à parte. num plano de igualdade e dotadas com autoridade igual à dos diáconos. E verdade que desde os tempos mais remotos. ICo 11.11. o fato de que não se use um parágrafo especial. e c f . ou assistente. porém. 1 Timóteo 5. como fazem os presbíteros e os diáconos. Mas é contrário ao espírito das observações de Paulo acerca da mulher e seu lugar na igreja (ver comentário sobre lTm2. alguém que ministra com amor (ver C. cheios do Espírito e de sabedoria" (At 6. à causa do evangelho. as mulheres realizam ministérios importantíssimos na igreja. Também é verdade que o alcance e valor do serviço que podem prestar nem sempre tem sido reconhecido ou plenamente apreciado.V. para analisar as qualidades necessárias. 1 2 ." Um e o mesmo verbo coordena os três: bispo. nem "todas as mulheres adultas da igreja": "o bispo deve ser.1..1-16. "Irmãos.. ver comentário sobre esta passagem. servo (corretamente traduzido na A.N. Quanto a Romanos 16. No tocante a 1 Timóteo 5.R. Semelhantemente as mulheres [devem ser]. Em contrapartida. nem todas as mulheres que pertencem à igreja. 15 que vieram a ser os primeiros diáconos da igreja primitiva fornecem um excelente exemplo da maneira em que os diáconos devem ser escolhidos. não são as esposas dos diáconos. Igualmente os diáconos [devem ser].. Nada pode desconsiderar que. Vol. I).T. Ver comentário sobre 1 Timóteo 5.9.11). Elas formam um grupo específico. sobre João. A sintaxe mostra claramente que essas mulheres não são "as esposas dos diáconos". diáconos e mulheres.V. essas mulheres são aqui vistas como a prestar serviço especial na igreja.168 1 TIMÓTEO 3 .9.. conforme as Escrituras. e particularmente segundo as epístolas de Paulo. mas que são introduzidas na esfera dos requisitos estabelecidos para os diáconos. nesse caso. ver sobre o versículo 2.34. Extensa é a lista de mulheres verdadeiramente respeitáveis. a rainha Ester (livro de Ester). 15. aqui não se faz necessário detalhar novamente estas três virtudes. 37).4). Abigail (contrastada com seu esposo intemperante. Joquebede(Hb 11. ou seja.8-12 169 ] 4.8). não caluniadoras. em tudo dignas de confiança. temperantes. Aqui novamente nos referimos a nossa explicação de 1 Timóteo 5.22-2.38-42.15-18). sem haver ainda terminado a exposição dos requisitos para o ofício de diácono. Ana (1 Sm 1. 16. cujo próprio nome é cliabolos. ver comentário sobres os versículos 4 e 8. Noemi e Rute (Rt 1. interpõe umas poucas observações sobre as mulheres. 36).3. Maria mãe de Jesus (Lc 1.15. A explicação mais simples do modo como Paulo. a mulher sunamita (2Rs 4.1 TIMÓTEO 3.10). .19.14).8. E como se ele dissesse: "Não queremos traficantes de escândalos.23). Maria e Marta (Lc 10.46-55.9. ou plena confiabilidade tanto vale para as mulheres quanto para os presbíteros e diáconos (implícito para os últimos dos grupos nos vv. etc. temperantes. em maior ou menor grau. 6 e 10). Para temperantes ou sóbrias. dignas de confiança. 1.36. socorrendo os pobres e necessitados. as duas Déboras (Gn 35.21). Essas são mulheres que prestam um serviço auxiliar. Ana (Lc 2. é que ele considera essas mulheres como assistentes dos diáconos. mencionadas nas Escrituras. caluniador. considerar a tarefa delas como um terceiro ofício que deve ser coordenado com o dos bispos e diáconos. Também se pode entender facilmente por que Paulo enfatiza que as mulheres percorrem a igreja realizando ministérios de misericórdia não devem ser caluniadoras. Portanto. desenvolvendo ministérios para os quais as mulheres se acham melhor adaptadas. Umas poucas palavras simples indicam as qualidades que lhes são necessárias. ISm 25. 6). 2. Jo 11.11 inclui num parêntese os requisitos para as mulheres que auxiliam. por favor!" Os que caluniam imitam o maligno. Também o requisito de "em tudo dignas de confiança". Diz Paulo: Semelhantemente. At 1. a mãe de Icabode (ISm 4. e contrário também ao significado do modo em que o apóstolo aqui em l Timóteo 3.5. as mulheres [devem ser] honradas. 35).14). Entre elas estão. Para verdadeiramente respeitáveis ou "honradas". a viúva de Sarepta (lRs 17). Isabel (Lc 1. Jz 4. Hulda (2Rs 22. Rebeca (Gn 24) e Raquel (Gn 29) . 8.1 -8). e que administre bem seus filhos e sua própria casa.e também Lia (Gn 29.35) .36-43).). O sentido das palavras que imediatamente se seguem é: "Eu sei que isso é verdadeiro. O que Paulo quer dizer. 40). mas também pela manifesta recompensa especial por meio da qual agrada a Deus coroar os esforços dos diáconos. Não é antibíblico falar de tais incentivos. porque os que têm servido bem adquirem para si uma nobre posição e grande confiança na fé [centrada] em Cristo Jesus.21. cuide que as assistentes dos diáconos sejam escolhidas com cuidado. Febe (Rm 16. A despeito das debilidades que a Bíblia não oculta. Elas devem ser Rutes e Lídias. finalmente.14. 17. a Escritura menciona mulheres perversas e caluniaáoras.29. de modo que possam trabalhar fielmente.1). como a esposa de Potifar (Gn 39.5.22.5. tais como Salomé. 15 12. 7)! Em contraste com essa longa lista de mulheres nobres.55.11. Lóide e Eunice (2Tm 1. Jo 19. Esperar uma recompensa de modo algum é pecaminoso. 3. Maria." Isto é ao mesmo tempo um incentivo para os diáconos.5).5-10). e não apenas por uma questão de revelação divina direta. 4. O apóstolo prossegue mostrando como sabe que os diáconos devem ser tudo isso. Maria Madalena. Dorcas (At 9. as mulheres que seguiram Jesus e o serviram. Ap 2.170 1 TIMÓTEO 3 . Como era grande o contraste entre essas mulheres e algumas das conhecidas por Timóteo (2Tm 3. esposa de Cleofas. 10. mas não menos que as demais. não 'mulheres tolas' e nem do tipo que lembrem Jezabel.2.2. os nomes de Sara (Gn 12.deveriam ser adicionados a essa lista. Ver comentário sobre 1 Timóteo 3.7. 2Tm 4. então. Joana (Lc 23.5. Ele está profundamente convencido disso. 12. 13.6. é: "Timóteo. 1 4 . É antibíblico não reconhecê-los (Mt 19. Hb 12.12) e. etc. 15. Lídia (At 16. Hb 11. Priscila (At 18. 24. . 13. sempre que alguém tem planos de usar essa recompensa para a glória de Deus e para um serviço ainda maior (se é possível) em seu reino. e note seu nome na lista dos heróis da fé.25). 10.7." A enumeração dos requisitos para os diáconos continua e conclui: (7) Que o diácono seja esposo de uma só esposa. Trifosae Trifena (Rm 16. 12).26). tia de Jesus.1. 26-29.7-33) e Jezabel (lRs 21. etc. 2 2 . 10) não deve traduzir-se "têm servido [bem] como diáconos". e não governar (como a dos presbíteros) e comece a pensar levianamente sobre eles e seu ofício.18. Por certo que esses bispos também recebem um incentivo.não é estranho. e que os inclui na recompensa prometida aqui. 2 6 . Posto que essa escada com seus degraus podia ser usada para medir a sombra do sol. o significado degrau . a conexão é muito estreita. 2 8 . Daqui se chega facilmente ao sentido figurado grau. Tenha-se em mente que aqueles diáconos que têm servido bem adquirem para si uma nobre posição. . nos versículos 8-12. 67 Mas ainda que todas as coisas pudessem ser admitidas sem reserva.) o u . como de uma escada. Mc 10. Que ninguém se deixe desviar pelo fato de que a tarefa dos diáconos é servir. O versículo 13 então acrescenta o incentivo aos diáconos: sua recompensa é rica.) / 67. 1). No versículo 1 assinalou-se o incen. A igreja terá deles um alto conceito. e de ninguém mais. l P e 4 .13.' tivo aos presbíteros: sua tarefa é gloriosa. segue sendo verdadeiro que nessa passagem o apóstolo.2. 2 T m 1.40. posição. cuidar das necessidades de alguém ( M t 2 0 . os "graus" no relógio de sol . E provavelmente devemos aceitar como correta a posição de que o primeiro verbo usado no original aqui no versículo 13 (cf. 8-12). 1 0 ) . O m e r o fato d e q u e P a u l o e s t e v e f a l a n d o d e d i á c o n o s d i f i c i l m e n t e s e r i a s u f i c i e n t e p a r a atribuir a o v e r b o o s e n t i d o t é c n i c o q u e n ã o t e m e m o u t r o s l u g a r e s d a E s c r i t u r a .9-11 na LXX. (De passagem. porque executaram suas tarefas de uma maneira digna. havendo-a introduzido com a palavra "porque". não é aceitável dizer que Paulo ainda está pensando nos bispos.cf.1 TIMÓTEO 2. Portanto. Lc 10. Podemos ainda avançar mais e admitir que a bênção contida no versículo 13 realmente será desfrutada pelos presbíteros. como também o será pelos diáconos e seus assistentes. 2 7 : Jo 12. 4 . 14 171 É plenamente correto e natural considerar a recompensa que aqui se promete como pertencente aos diáconos e a seus auxiliares. mas simplesmente "têm servido [bem]". digamos que a palavra traduzida por posição tem como sentido básico um degrau.) s i g n i f i c a servir como didcpno. Além do mais.45.] diatamente precedente (vv. está falando das pessoas mencionadas no contexto ime. ministrar. hierarquia. ver 2 Reis 20. S i g n i fica servir. dos quais se fala no versículo 1. 1 1 . suprir ministrando ( I P e 1. v. Em l u g a r a l g u m do N o v o T e s t a m e n t o õiaKOvéc. O apóstolo esteve falando deles. com toda probabilidade. a saber: o incentivo baseado no glorioso caráter de sua tarefa (ver v.12. . Paulo agora declara as razões para ministrar essas instruções (2. 3. . ele fez o melhor que pôde. Ele não reterá. mas dirá tuclo (mxppriaía se deriva de u&ç. de modo que não é castigado pela angústia da consciência. grande é o mistério da [nossa] devoção: Que foi manifestado na carne.172 1 TIMÓTEO 3.14-16 14. e prjoiç. É a respeito dele que o diácono livre e alegremente testificará.14. tardos. Visto por anjos.. A a p ó d o s e t e m s e g u n d a p e s s o a s i n g u l a r p e r f e i to ativo s u b j u n t i v o de olõa. . Elas são: (1) Embora eu espere vê-lo logo. Isso p o d e s i g n i f i c a r ou " c o m o é n e c e s s á r i o q u e alguém se c o n d u z a " ou " c o m o é n e c e s s á r i o que você se c o n d u z a " . 15 mas [as escrevo] a fim de que. temo que demore. e m L c 2 4 . Recebido na glória.s e (ávaoTpé<j)Eo8ai. . 2 5 ) . Queria ele dizer: "Espero ir ter com você ainda antes do inverno em Nicópolis?" Ver p. embora eu espere ir vê-lo em breve. 15.1-3. a própria consciência do fato de que. A p r ó t e s e t e m iáv c o m p r i m e i r a p e s s o a singular. L i t e r a l m e n t e . Crido em e pelo mundo.. dará ao diácono grande confiança. que é a igreja do Deus vivo. se eu tardar. Estou escrevendo-lhe essas coisas. mas [as escrevo] a fim de que. " . D a í o . se eu tardar. i n f i n i t i v o p r e s e n t e m é d i o de áirajipécjxj. ir vê-to em breve. com o auxílio de Deus. ir para cima e para baixo. 15 Além do mais.13) por escrito. C o n d i ç ã o de terceira c l a s s e ( q u e d e c l a r a o p r o p ó s i t o d e p o i s de iva). 55. conduzir-se. tudo. 6S 68. portar-se).9. 2 P e 3. Proclamado entre [as] nações. a questão não admite delonga. embora eu espere ir ter com você em breve. (2) Não obstante. N o t e o c o n t e x t o : " e s c r e v o . 16 E. para que s a i b a " . você saiba como conduzir-se na casa de Deus. c o m o é necessário na c a s a de D e u s c o n d u z i r . reconhecidamente. e v e r o a d j e t i v o r e l a c i o n a d o . dizer. Vindicado pelo Espírito. 14 Estou escrevendo-lhe essas coisas. porque ela tem que ver com a casa de Deus./ / i e . p r e s e n t e a t i v o s u b j u n t i v o de P p a ô ú v u (cf. você saiba como conduzir-se na casa de Deus. falar). Esta confiança tem referência àfé (sentido subjetivo aqui) centrada em Cristo Jesus. [a] coluna e fundamento da verdade. m a s e n f a t i z a s u a f o r ç a q u a l i t a t i v a : a igreja c n a d a m e n o s q u e coluna da verdade. . Paulo prossegue: que é w a igreja do Deus vivo ( não o templo de ídolos mortos.15) Guardá-la no coração (SI 119. Cf.11) e Proclamá-la como a Palavra da Vida (Fp 2. Daí. asnalural a q u i p a r e c e ser: " c o m o é n e c e s s á r i o q u e você se conduz.9) Manuseá-la corretamente (2Tm 2. Sustém a verdade por meio de: Ouvi-la e obedecê-la (Mt 13.19. Defendê-la (Fp 1. Tendo sido chamada " casa de Deus". TYRIÇ ( a t r a í d o p a r a o g ê n e r o de ÔKKÀRIOÍA) ÉOTLV " p o r q u e é" ou " s e n d o ela". reconhecidamente.18.1 TIMÓTEO 2. 20) Demonstrar seu poder na vida consagrada (Cl 3. Paulo prossegue: 16.16. Além do mais. "o mistério de nossa devoção". 70. e isso reconhecidamente. Isso requer estudo e meditação. E. se refere a Cristo é evidente à luz do fato de que tudo o que se segue no versículo 16 se refere a ele. Os crentes são a casa de Deus ou seu santuário (1 Co 3. 6. A o m i s s ã o do artigo não f a z q u e os s u b s t a n t i v o s " c o l u n a " e " f u n d a m e n t o " s e j a m i n d e f i n i d o s . aqui. m e l h o r a i n d a . 14 173 Timóteo deve saber supervisionar o culto e a eleição de presbíteros. Cf. deve lembrar-se de que não lhe é recomendado um negócio particular.16). Que a expressão.16) Divulgá-la (Mt 28. grande é o mistério de nossa devoção.12-17). Como a70 coluna sustém o teto. Ou. Grande é a igreja. se preferir em: Digeri-la (Ap 10. 2Co 6. é o p r ó p r i o fundamento da v e r d a d e . sobre ITs 1. C.s e ) . 10). Jesus Cristo. a coluna e fundamento da verdade. 5 e 12.T. e não "família" (ou "casa" no sentido de família). é a tradução correta (no sentido de habitação). assim a igreja sustém a gloriosa verdade do evangelho. Mateus 16. melhor ainda (note o clímax) como o fundamento sustém toda a superestrutura. Cristo é o cerne desse evangelho e de toda nossa devoção.16). E ele que é grande. ou seja. (>y.N.9). como nos versículos 4.18. mas a casa de Deus\ "Casa".a" ( c o m o c o n d u z i r . agora notamos que a igreja em seguida é comparada a uma coluna e fundamento.19. 2 Timóteo 2. em seguida.9. porque Deus habita neles.13. porque grande é seu exaltado Cabeça. 59. M. 12. 12. 13. 1 6 é c o n s i d e r a d a p o r m u i t o s c o m o s e n d o de p o u c o a p o i o . Colossenses 1. Romanos 8. É piedade em ação ("piedade operativa". 2 Tessalonicenses 1. 8. 12. o alemão Gottesfurcht e o holandês godsvrucht). pp. É pela fé que o abraçamos. 2. viver piedosamente (como em 4. de p u a t f i p tov.12-20.M. 1 Coríntios 1.7) a devoção consciente de nossa vida a Deus em Cristo.24-28. D e s M o i n e s . 60. o temor de Deus (cf. Hills. Quanto mais o conhecermos. . 19.7.41.511. The King James Version Defended.22-36. F.26. Tito 2. 15.14. Cristo é chamado o mistério de nossa devoção. 57.30. 7. não o teríamos conhecido (sendo um "mistério" "um segredo revelado"). c o n c o r d a c o m q u a l q u e r a n t e c e d e n t e no hino do qual f o i f e i t a a c i t a ç ã o . 9).1-3. seus hinos. 71 o hino prossegue: "quem" ou "aquele que" (oç) se manifestou na carne. O relativo.1-4. ã nossa devoção. 10.11. como aqui. Dependente de um antecedente tal como Logos (Verbo) ou Cristo. E d e f e n d i d a p o r E.5-25. 71.6-14. Hebreus 1. 15 sim reconhecido pela igreja em seu testemunho diário. p. É por meio de nossa devoção que o glorificamos. Ela é usada aqui num sentido mais ativo. p o r é m . Filipenses 2.174 1 TIMÓTEO 3. 10.8. mais seremos capazes de discernir o caráter misterioso. A i n t e r p r e t a ç ã o o c i d e n t a l o cm v e z de oçe p r o v a v e l mente o resultado da tentativa de algum escriba de fazer c o m q u e o relativo concorde c o m o g ê n e r o .Efésios 1. insondável. A palavra usada no original (eôaépeia . 1956. 56. N ã o o b s t a n t e . a i n t e r p r e t a ç ã o 0eóç aqui em 1 T i m ó t e o 3 . E exatamente esta grandeza incomensurável de Cristo que constitui o tema do hino do qual Paulo agora cita seis linhas. 9. não só porque se não nos fora revelado. sua pregação e.23-8.13.10-12.20-23. ou Theos (Deus).38-43. Esse tema era familiar na igreja primitiva.aç) ocorre aqui num sentido ligeiramente diferente de piedade ou santidade.6-8. Ap 5.3139..18. 19). etc. 4. 265). "O mistério de nossa devoção" é "o mistério de nossa fé" (v. mas também porque ele transcende nossa compreensão (Ef 3. significando que ele pertence à nossa fé. de seu amor e de todos seus atributos. l o w a .1-20.2. quando esta é considerada como uma qualidade ou condição da alma. como o demonstram passagens como as seguintes: Atos 2. . 15 O movimento do pensamento é: 2 Ao traçar linhas conectivas entre as palavras que indicam realidades que pertencem à mesma esfera. podemos dizer que as seis linhas são arranjadas chi-asmicamente.é traçada duas vezes.176 1 TIMÓTEO 3. Os contrastes são claramente delineados: Carne fraca (linha 1) contrastada com Espírito que comunica força (linha 2) Anjos celestiais (linha 3) em contraste com nações terrenas (linha 4) Mundo inferior (linha 5) em contraste com glória acima (linha 6). o mesmo ocorre com Espírito. É evidente que. anjos e glória.14. As seis linhas desse Hino de Adoração a Cristo começam com uma linha acerca do nascimento humilde de Cristo e termina com uma referência a sua gloriosa ascensão. . . Portanto. unem-se as palavras carne.que é a vigésima segunda letra do alfabeto grego e que se chama chi. se num hino tal de humilhação à exaltação o movimento do pensamento quiásmico deve ser retido. nações e mundo. não pode haver menos de seis linhas. Assim a [letra] X . Veja essas linhas na página anterior. aoristos. Filipenses 2. indica a humilhação de Cristo. Seus inimigos negaram suas reivindicações. (2) "Vindicado pelo Espírito." Nem todos viram sua glória. esse auto-ocultamento e essa auto-revelação caminharam lado a lado em relação a esse "mistério de nossa devoção". Foi "desprezado e rejeitado entre os homens" (Is 53. Quanto ao sentido de "carne". condescendente. s e m i m p o r t a r o r l c i n c n t o e s t r i t o d e t e m p o .1-14. "crido [para a salvação] pelo mundo" e "recebido [para exaltação] na glória".14. . entrou Cristo.3). gloriosa.8-12 177 Aliás. mas paralelismo quiásmico. debilitada pela maldição. 2 Coríntios 8. Certamente.T. ver C.4). A s s i m . Os seis v e r b o s são t o d o s terceira p e s s o a s i n g u l a r p a s s i v o . sobre João 1. João 1. embora o hino apresente tais contrastes regionais. "visto [com adoração] por anjos". Daí. ver C. e ele próprio foi lançado fora (Hb 13. As Seis Linhas Consideradas Separadamente: (1) "Que foi manifestado na carne. sobre João 21. daí. nascido de uma virgem. e m b o r a a d e c l a r a ç ã o " q u e foi m a n i f e s t a d o n a c a r n e " i n d i q u e n ã o só o nascimento de C r i s t o . o pensamento que a tudo permeia é de glória e adoração.9. mas a expressão " manifestado na carne" ("vê-se a Deidade velada na carne") aponta para sua natureza exaltada. Sua glória também é também assinalada pelas expressões "vindicado pelo Espírito". Cf. Mas foi vindicado pelo Espírito: /. O fato de que alguém tão glorioso em sua preexistência estivesse disposto a adotar a natureza humana nessa condição carregada de maldição. a beleza de tudo isso consiste em que. foi uma manifestação de amor infinito. Daí. o filho de Deus. a palavra carne. O m e s m o vale p a r a os o u t r o s c i n c o v e r b o s .5-11. debilitada.1 TIMÓTEO 3. Ele foi enviado por Deus (G1 4. Desde o início dessa vinda na carne. O u s o d e s s e t e m p o indica q u e c a d a u m a d a s seis a ç õ e s é c o n s i d e r a d a c o m o a l g o c o m p l e t o . d e s d e o n a s c i m e n t o até s e u s e p u l t a m e n t o .. m a s t o d o o p e r í o d o de sua p e r e g r i n a ç ã o terrena. "proclamado [com alegria] entre as nações". na linha 1.1.N.12).N." 72 Na natureza humana. nota 294. e quanto ao significado de "foi manifestado".T.'. esse auto-ocultamento voluntário foi ao mesmo tempo uma auto-revelação. cumulativo. t o d a e s s a m a n i f e s t a ç ã o na c a r n e é c o n s i d e r a d a r o m o um fato único. o que temos nessas seis linhas não é paralelismo antitético (no sentido em que o termo é normalmente empregado). A ressurreição era sua vindicação plena. cheio de graça e verdade . Mt 3.V. 73 Enquanto os olhos dos homens . é clara como a luz do dia a referência à ressurreição gloriosa de Cristo. Além do mais. Lc 3. uma glória como do unigênito do Pai. e repousou sobre ele" (Jo 1.12). Mc 16.. 13). E vimos sua glória.S.31). 10. p o r e x e m p l o .9-14) e em seu triunfo sobre Satanás quando o tentou no deserto (Mt 4.." A grandeza de Cristo em sua ressurreição se destaca na pregação apostólica em seus primórdios.10.E João testificou. 3.28). para realizar milagres.e também das 73. Mas foi especialmente pela sua ressurreição dentre os mortos que o Espírito vindicou plenamente a reivindicação de Jesus de que ele era o Filho de Deus (Rm 1. pois seguramente o Espírito Santo não teria dado esse poder a um pecador (Jo 9. Por certo que os anjos demonstraram interesse em seu nascimento (Lc 2.12). B o u m a . dizendo: Vi o Espírito como uma pomba descendo do céu. A A.12. ele foi capacitado. enquanto na "carne" (a natureza humana enfraquecida). Kommentaar op het Nieuwe Testament ( T i m ó t e o e Tito).14. D a í e u n ã o c o n c o r d a r a q u i c o m o s i n t é r p r e t e s q u e v ê e m p o u c a o u n e n h u m a r e f e r ê n c i a às a t i v i d a d e s a n g é l i c a s em t o r n o da ressurreição.22. 149.27.2-7. 150.. como uma referência ao Espírito Santo. Foi também em conexão com essa ressurreição que ele foi "visto por anjos" (Mt 28.38).16. . cit.10. fato redentor que era proeminente na consciência da igreja primitiva. L e n s k i c e r t a m e n t e t e m r a z ã o q u a n d o d i z em r e f e r ê n c i a a esta linha: " V e r d a d e i r a m e n t e os a n j o s o v i r a m r e d i v i v o " .178 1 TIMÓTEO 3. cf. Sua justiça foi estabelecida mediante todos os atos de poder.14. Note: "E a Palavra se fez carne e habitou entre nós como numa tenda.5-8. os anjos falaram aos discípulos depois de sua ascensão (At 1.4).34). op. 11). (Mt 12. Mc 1.7. p. 15 sua justiça perfeita e a validade de suas reivindicações foram plenamente estabelecidas. estão plenamente corretas em grafar Espírito com letra maiúscula. Jo 20. C. 32. Estavam e estão intensamente interessados em todo o programa de redenção (lPe 1. A combinação "carne" e "Espírito" conta com o endosso bíblico. Lc 24. At 4. (3) "Visto por anjos.V. Tendo sido assim ungido pelo Espírito Santo (SI 2. 6 1 4 . e a R. expulsar demônios etc. Os anjos lhe deram as boas-vindas ao voltar para o céu (Ap 12.4-7. pp. 45. Mas ainda que não seja necessário excluir nenhum desses grandes acontecimentos do sentido da linha "visto por anjos".11).2. Síntese do Capítulo 3 Ver o esboço no início do capítulo. Jo 20. começou a ser proclamado universalmente (ver sobre 2Tm 4. os anjos viram-no claramente. Quando mal se haviam apagado os ecos das vozes dos homens que gritavam: "Crucifique-o! Crucifique-o!". 87. ressoaram c o m os ecos de hinos de júbilo. vindicado pelo Espírito. . e que continue em sua tarefa de supervisão.estavam empanados pelo nevoeiro da "pequena fé".3. E m b o r a isto tenha acontecido durante o Pentecoste e depois dele. 14. 12. A Grande Comissão. Este é o m e s m o verbo usado em Marcos 16." Foi o Cristo redivivo que. Lucas 24. 24. (4) "Proclamado entre as nações.8.11.2. vão e façam discípulos de todas as nações" (ver Mt 28. esse foi o resultado direto do mandato dado antes da ascensão. e em certo sentido pela falta de fé (Mc 16.8-12 179 mulheres! . Lc 24. 11.1 TIMÓTEO 3. "foi recebido na glória". anunciou a Grande Comissão: "Portanto." Tendo sido manifestado na carne. ao receber de regresso seu Rei vitorioso. cf. Homens de toda tribo e nação começaram a adorá-lo c o m o seu Senhor e Salvador. 25). entoados dez milhares vezes dez milhares e milhares de milhares: "Digno é o Cordeiro". aquele que não foi estimado.2) como o Salvador do mundo. visto por anjos e havendo dado a ordem que deu como resultado da proclamação de seu n o m e entre as nações e o ajuntamento de u m a supercoIheita espiritual do mundo.10. Am 9. e em Atos 1.18-20: A Grande Reivindicação. 13. a "grande comissão "foi anunciada antes da ascensão! (5) "Crido no mundo e pelo mundo.3). Assim. A Grande Presença). Reconheceram-no como seu glorioso Senhor.10 e em Atos 1.11. 9. como fora predito (Sl 7 2 . Quão imensa é a igreja que possui tal Cabeça excelso! Que Timóteo tenha isto em mente. 15. 8 ." Naturalmente. Certamente ele foi recebido na glória. os céus abriram seus portões e. 1 7 . M q 4 . Gn 12. o desprezado (Is 53.1 1 . 1 2 ) . antes de sua ascensão.9: "foi elevado".51 diz: "ia se retirando deles". (6) "Recebido na glória. 180 1 TIMÓTEO 4. Paulo cita um belo hino de adoração a Cristo. riquezas materiais nem os triunfos excepcionalmente culturais. Não obstante. 1 Coríntios 14. como confiabilidade. até certo ponto. sobriedade.26. Ao declarar suas razões para transmitir por escrito estas listas. 5 Temos aqui uma lista de requisitos para o ofício. Temos assim uma evidência da existência de um princípio de hinódia durante esse período inicial. A ênfase recai sobre as qualidades. que confessa a glória do mesmo a partir de sua encarnação até sua coroação. um grupo de convertidos que demonstre uma manifesta falta de qualidades das supramencionadas. As listas revelam dois fatos: De um lado.19. Declaram-se os requisitos para os presbíteros e diáconos (e em relação aos últimos. esses requisitos são suficientemente baixos para que qualquer membro que tenha uma boa posição e uma merecida reputação possa optar pelo ofício. em contrapartida. a experiência cristã. relações adequadas com a família e. Conseqüentemente. os requisitos para o ofício são suficientemente sublimes. e de fato são excluídas de qualquer posição que requeira considerável responsabilidade na igreja. Quanto ao tema do canto de salmos e de hinos nos dias apostólicos. . dignidade. disposição de ajudar.4. das auxiliadoras dos diáconos).25. a tal ponto que são excluídas as pessoas que tenham defeitos morais notórios. Efésios 5. cânticos que comemoram libertação e hinos de ações de graças. também uma declaração acerca do caráter glorioso de tal obra e a recompensa que a coroa. não está ainda em condições de ser organizado como uma igreja.16. Não se exigem impecabilidade. ver também Atos 16. e Colossenses 3. E não esquecer o Saltério do Antigo Testamento com seus muitos clamores implorando por resgate. Como Timóteo deve lidar com ela: 1. 2. 3. Nutrindo-se com as palavras de fé e preparando-se para a vida de piedade.6-16 A. Ministra Diretrizes para a Administração da Igreja Diretrizes com Respeito à Apostasia 4.ESBOÇO DO CAPÍTULO 4 Tema: O Apóstolo Paulo. Rejeitando os mitos profanos e de velhas caducas. B. Descrição dessa apostasia e prova de sua sinistra natureza. . baseados na Palavra.1-5 4. Escrevendo a Timóteo. Prosseguindo resolutamente na exortação e no ensino positivos. 16). O Espírito. refletindo a glória de seu precioso Senhor e Salvador ( l T m 3.1 1 Mas o Espírito diz expressamente que nos últimos tempos alguns se apartarão da fé por dar ouvidos a espíritos sedutores e a doutrinas de demônios. a apostasia está sempre à mão. 4 Pois tudo o que Deus criou é bom.15. Doze anos antes. a fim de que os que crêem e reconhecem a verdade participem deles com ações de graças. 5 porque é consagrado pela palavra de Deus e pela oração. a religião cristã. A quem estava o Espírito falando? Atos 20. "O Espírito diz".1-5 1. 30 me leva a pensar que o apóstolo quer dizer "a mim mesmo" (talvez também a outros).CAPÍTULO 4 — < $ > — 4 1 TIMÓTEO 4. está dizendo que "nos últimos tempos" . Ainda que a igreja seja tão gloriosa. 3 proibindo [as pessoas] de se casarem. o corpo de verdade redentora. Mas o Espírito diz expressamente que nos últimos tempos alguns se apartarão da fé. 2 [incorporados] em [as] declarações hipócritas dos que falam mentiras. e nada deve ser descartado.eras desta nova dispensação. eras definidamente assinaladas na presciência de Deus .alguns se apartarão ou apostatarão da fé (sentido objetivo). 4. "está agora dizendo". porque nem todos os que pertencem exteriormente à igreja lhe pertencem interiormente. cuja própria consciência é cauterizada. pois. se for recebido com ações de graças. ou seja. O presente capítulo trata dessa apostasia.29. O Espírito estava dizendo isso expressamente ("em termos claros"). falan- . e [impondo-lhes] a abstenção de alimentos que Deus criou. Não havia dúvidas nem imprecisão a respeito. 1. desencaminliam. Como o contexto o indica (e ver também 1 Jo 4. ao escrever a Timóteo da Macedônia. esses espíritos não são homens. Assim como Satanás fez uso de uma serpente para enganar Eva. foi levado a resistir-lhe-. o Espírito Santo o informa claramente que o erro. " que estão cauterizados no tocante a sua própria consciência")." Uns poucos anos depois deste discurso registrado em Atos 20. Ao argumentar constantemente com a consciência.na própria arrogância ou imoralidade. com o fim de arrastar os discípulos após eles. E dentre vocês mesmos se levantarão homens falando coisas que não são corretas. resistindo- . assim esses espíritos sedutores ou demônios fazem uso de homens que falam mentiras. Ap 13. esses espíritos vagueiam. não poupando o rebanho.4. 2 183 do aos presbíteros das igrejas da mesma região em que Timóteo estava agora trabalhando. mas demônios. o apóstolo os advertira contra a aceitação do erro de que a fé em Cristo e sua obra expiatória linha de ser suplementada por crenças ascéticas e práticas correspondentes (Cl 2). Quando alguém lhes dá ouvidos.1-5: estava escondendo seu verdadeiro objetivo.1 TIMÓTEO 4. ao rejeitar suas advertências. 2Co 4. crescerá e se expandirá na forma indicada no versículo 3. onde "o espírito de sedução" é contrastado com "o espírilo da verdade"). Paulo lhes havia dito: "Eu sei que depois de minha partida lobos vorazes entrarão no meio de vocês. Tais hipócritas são julgados como tendo a consciência cauterizada (literalmente. seu verdadeiro propósito era destronar Deus e tomar ele mesmo o trono para si). ao escrever aos Colossenses de sua primeira prisão romana. com hipocrisia) de quem fala mentiras. Como planetas errantes entre as constelações. Seduzem. e que falam piedosa e fluentemente com o fim de esconder . além <lo mais. e ao abafar o som de sua campainha. Tais doutrinas são [incorporadas] em [as] declarações hipócritas (literalmente. Por ter entristecido o Espírito Santo. eles fazem os homens também errantes. porque enquanto pretendia elevar Eva a um nível superior de glória. e isso por meio de uma declaração hipócrita (Gn 3.6. 14).11. por fim < l i r g o L i ao ponto em que a consciência já não o molesta mais. E agora. já presente em sua forma incipiente. 2. está dando ouvidos a doutrinas de demônios (cf. para que pudesse ser "como Deus". Os homens se apartarão da fé dando ouvidos a espíritos sedutores e a doutrinas de demônios. e. a renúncia às comodidades da vida com vistas a atingir a felicidade e a perfeição. Mas tal abuso da carne pode ser expresso em dois imperativos diametralmente opostos: a. 19.184 1 TIMÓTEO 3. ao longo do tempo. fizeram aliança com a filosofia dualista pagã. o apóstolo Paulo prediz e ao mesmo tempo adverte contra a heresia dos primeiros. 3. na qual a pi'ofecia se cumpriu em parte. Princípios produzem frutos. o qual elevava a gnosis. a fé. naturalmente. I. xxviii). era o gnosticismo. I. 15 lhe. a uma posição de proeminência acima da pistis. Ap 2. e a matéria é a sede do mal. A seita sincrética do século 2. Não é difícil entender como os escrúpulos ritualísticos judaicos. Foi o Jeová do Antigo Testamento. mediante sua própria rebelião e obstinação. Against Heresies. entres os quais Marcião. Daí. A primeira era defendida pelos gnósticos ascetas. Um cumprimento prematuro da profecia entrou em cena no século 2°.tão nocivo como seu caráter: proibindo [as pessoas] de se casarem. não de forma absoluta. Rm 14). e [impondo-lhes] a abstenção de alimentos. embora.1-3.14). Então. Seu ensino é .o Deus da nova dispensação . Esses são nossos inimigos. 21. o Demiurgo. 25. a segunda forma era a dos gnósticos antinomianos ou licenciosos. Against Marcion. já em evidência nas adjacências de Colossos e outros lugares (ver Cl 2 e cf. Cria calosidade. a matéria.não poderia ter criado o mundo. 32.° (ver pp. Também os alimentos seriam condenados. "vença-a entregando-se a ela". Aqui em 1 Timóteo 4. Os falsos mestres aqui mencionados. o conhecimento. Segundo esse mesmo sistema. a consciência se tornará caut. tais como os nicolaítas. 30-31). ou seja. Um bom exemplo é Balaão (Nm 22. os seguidores do erro desaprovassem o matrimônio.14. 2Pe 2. todos os gnósticos favoreciam "o abuso da carne".ou será . o corpo humano. ou seja. 22. provavelmente aceitam como um de seus pontos de partida a tese: Tudo o que é físico ou sensual contamina. Saturnino e Taciano (ver Tertuliano. Irineu. o apagou. Não é difícil ver a forma em que este princípio fez com que.12. b. quem criou o mundo. Devem ser derrotados.eriz. xxix.ada (e isso será permanentemente).15. "afaste-se dela". porque o mundo é material. o bom Deus . Tinham em comum o ascetismo. O jejum seria enaltecido. O . 12-19) e Judas (vv. Daí não poderem ser nocivos nem contaminantes. 8. 4. O gnosticismo despreza as ordenanças de Deus.15. e o que veio de Deus possa. 30. note que Deus o único Deus verdadeiro. pois. a saber: "para a participação com ações de graças" (ICo 10. possam participar deles com ações de graças (literalmente. Ap 2.15. cujo surgimento Paulo em certa medida anuncia. Também em nossos dias.1 TIMÓTEO 2. Mas o homem natural não pode derramar seu coração em gratidão a Deus.3). o espectro do gnosticismo se faz sentir novamente. mas ainda mais prediz.1-9.4-10.T. 20. sempre que o Antigo Testamento não é encarado com seriedade. não ao matrimônio. 3." A deleitosa aceitação da verdade conduz. O apóstolo tem expressado seu ponto de vista favorável ao matrimônio e à família em passagens tais como 1 Timóteo 2. em forma de gratidão. ver C. Vol. porém.31). e especialmente Gn 9. que é o mesmo em ambas as dispensações os criou.N. não ao ascetismo.13. Com respeito aos alimentos. 4. Daí Paulo acrescentar: "os que crêem e reconhecem a verdade. Contudo as duas nunca estão muito longe uma da outra. seu espírito tem estado em evidência repetidas vezes através dos séculos. 11 e 19) combatem a segunda. 12. Paulo de fato combate as duas variedades. ser-lhe devolvido. sobre João. mas também a de 2 Timóteo 3. por exemplo. o apóstolo Pedro (2Pe 2. porque temos não só essas declarações aqui em 1 Timóteo 4.29. rebelião contra Deus". 24). ordena aos homens que se abstenham dos alimentos que Deus criou para que.) Mas esse é apenas um cumprimento.2. os que crêem e reconhecem a verdade. Esses seguidores do erro. por implicação elas se aplicam a ambos. pois ainda que em suas formas antigas o gnosticismo já se foi. (Para a aplicação cerintiana da tese básica do gnosticismo. só aos alimentos. mas à participação com . Estas palavras se referem aos alimentos. diretamente. Naturalmente. E os criou com um propósito definido. Outros se seguem.24) e a ordenança concernente aos alimentos (Gn 1. ou sempre que se proclame a capacidade do homem de salvar-se a si mesmo (que é a negação de Cristo como o único e perfeito Salvador). sempre que a razão humana é exaltada acima da fé cristã. 14 185 apóstolo João (1 Jo 3. sempre que se rejeite a tese: "O pecado é real e é. a do matrimônio (Gn 2. de modo que o círculo se complete. I. em sua essência. que Deus criou para participar deles com ações de graças pelos que crêem e reconhecem a verdade). Paulo continua: 5. comer e beber não são atividades seculares (ICo 10. caso seja recebido com ações de graças. Ultimamente a ciência está começando a descobrir que o que se considerava sem valor para o homem pode provar ser a fonte de grande bênção. você será um excelente ministro de Cristo Jesus. 5 ações de graças. visto que temos posto nossa esperança no Deus vivo. especialmente dos que crêem. 10 Porque para esse fim é que labutamos e nos esforçamos. Esta oração confirma a passagem precedente. esse viver piedoso é de todas as formas benéfico. Ele se lembra do pacto da graça (SI 11.31). Este pensamento recebe uma ênfase maior quando Paulo prossegue: 4. 2Tm 2. tanto a presente quanto a futura. 8 Porque. Daí.4. porém. como se fosse mau ou como se fosse a sede do mal.3). Nada é para ser desprezado. visto que tem a promessa da vida.186 1 TIMÓTEO 4. nutrido com as palavras da fé e da doutrina excelente que você vem seguindo. Os alimentos que foram criados para o consumo com ações de graças são excelentes. ernbora o exercício físico seja de algum benefício.31). e nada deve ser descartado. Para o cristão. 6 Submetendo essas questões aos irmãos. Quando. Deus ao mesmo tempo pronuncia sua palavra de bênção (cf. ele pronuncia sua petição e ação de graças.5). antes de participar do alimento. em "alimento vegetal do oceano". aliás. Dt 8. Pois tudo o que Deus criou é excelente. separado para uso santo. que é o Salvador de todos os homens.21). 11 Ordene essas coisas e ensine[-as]. toda criatura de Deus é excelente: "E viu Deus tudo quanto havia feito. 7 Rejeite. os mitos profanos e de velhas senis. por exemplo. tem sido consagrado (cf. Por intermédio da bênção divina. Aliás. e eis que era muito bom" (Gn 1. Toda criatura de Deus é excelente: (a) Pela própria razão de Deus a ter criado e (b) Porque ele também a consagrou. Porque é consagrado pela palavra de Deus e pela oração. pode vir a ser a solução do problema alimentar de futuras gerações. 9 Confiável é essa afirmação e digna de plena aceitação. ou seja. e por intermédio de nossa oração confiante. pense. 12 Que ninguém despreze sua juventu- . Exercitc-se para o viver piedoso. transportado para a esfera espiritual. 14 Não negligencie o dom que está em você. não obstante ele põe a ênfase sobre o amor. . mas ministro. com amorável devoção à sua tarefa. Ele deve deixar bem evidente para os líderes e para o povo de Éfeso e suas adjacências o que o Espírito revelara claramente quanto à natureza da falsidade que se aproximava e quanto à forma de combatê-la. que lhe foi concedido por meio de declaração profética com a imposição das mãos do presbitério. pois fazendo assim você salvará tanto a si mesmo quanto aos que o ouvem. O original usa para "ministro" o lermo "diakonos". ou "suprir ministrando". 12. na pureza. 6. aplique-se à leitura [pública da Escritura]. "diakonia". persevere neles.5). membros da família espiritual de Paulo (e de Deus!). sempre que é usado no Novo Testamento (ver sobre 1 Tm 3. submetendo estas coisas aos irmãos.1.8. seu significado é "diácono". sobre lTs 1. O apóstolo escreve que essas coisas devem ser submetidas a "os irmãos" (cf. 15 Que essas coisas sejam sua preocupação constante. a expressão "essas questões" se refere às coisas mencionadas nos versículos 1 a 5. mas que. deve colocar um sólido fundamento sob seus pés (note o verbo í)TTOTL0r||ii somente aqui e em Rm 16. 14 187 de.13). Timóteo deve submeter essas coisas aos irmãos. Paulo os ama. Embora ele não receie asseverar sua autoridade como apóstolo de Jesus Cristo.6-16 6. Os crentes na comunidade de Éfeso são irmãos. Em 1 Timóteo 3. você será um excelente ministro de Cristo Jesus. ainda pertenciam ao futuro. 2Tm 4. O dever de Timóteo é advertir os irmãos do perigo por vir.21). 13 Até eu chegar. porém torne-se o modelo dos crentes na linguagem.T. à exortação e ao ensino.2.s 1 TIMÓTEO 2. 5. no amor. quanto a seu desenvolvimento. não significa diaconato. Submetendo essas coisas aos irmãos. e é provável que o verbo correlato.12. Paulo gosta de usar esse termo (ver (\N. Ora. Deus os ama. na conduta. do qual derivamos a palavra "diácono".13.4). Timóteo provará ser "um excelente ministro de Cristo Jesus". 4. Ele deve realçar qual será o produto de determinados erros que em sua forma inicial ainda agora estavam se manifestando. Em 1 Timóteo 1. mas a de "ministro". na fé. ou seja. 16 Atente bem para sua própria vida e para o ensino. Daí. a palavra estreitamente correlata. "Um ministro excelente" é alguém que. não significa "a função de diácono". porém. adverte contra a apostasia da verdade. a o m e s m o t e m p o . Note que o apóstolo definitivamente continua dizendo a Timóteo o que ele deve fazer para ser um ministro excelente. indubitavelmente. acima de tudo. a verdadeira doutrina cristã. então deve ser constantemente nutrido por (ou "em") esse tipo de alimento.V. você. 7a. "mitos profanos e de velhas senis". se adequará a este padrão. "Cumprindo seu dever.V. N ã o p o s s o s e g u i r o r a c i o c í n i o d e L e n s k i n a p . Timóteo deve nutrir-se. ao seu Deus. "As palavras" são as que incorporam "a fé" e "o ensino excelente" da igreja. Daí. O apóstolo poderia estar pensando em certos sumários de doutrina que (talvez na forma de "confissões confiáveis" correntes e outras formulações fixas de verdades) poderiam ser considerados boa nutrição espiritual. e a doutrina baseada nela. atrofia seus poderes pelo desuso. os m i t o s p r o f a n o s e de v e l h a s c a d u c a s . A q u i c o n c o r d o c o m as v e r s õ e s i n g l e s a s A. se ajusta excelentemente. 6 2 9 d e seu c o m e n t á r i o . Timóteo tinha e ainda continuava seguindo essa doutrina ou ensino excelente. Não deve alimentar-se de refugos. c o m r e s p e i t o ao t r e i n a m e n t o p a r a o v i v e r p i e d o s o versus treinamento físico. a tradução "porém" (para õé). e A. Timóteo". Em contraste com a heresia contra a qual Paulo 74. 15 ao seu povo e. Se ele quiser continuar sendo um ministro qualificado de Jesus Cristo. sendo nutrido nas palavras da fé e da doutrina excelente que vem seguindo. As expressões: "nutrido nas palavras da fé".14. " P a u l o n ã o está m e r a m e n t e d i z e n d o a T i m ó t e o c o m o e n f r e n t a r e s s e s m i t o s . Praticar um e descartar o outro é. " O v e r s í c u l o 8 a f i r m a : " R e j e i t e . m a s t a m b é m está. e c o m m u i t a s o u t r a s v e r s õ e s e c o m e n t a r i s t a s . a c o n s e l h a n d o seu j o v e m c o l e g a s o b r e o q u e f a z e r e m prol d e seu p r ó p r i o p r o g r e s s o e s p i r i t u a l e p r o f i s s i o n a l . "exercite-se para o viver piedoso" se enfeixam. porém.188 1 TIMÓTEO 3. diz Paulo. p o r é m . Tal homem realmente representa (e pertence a) Cristo Jesus. Naturalmente que deve usar os alimentos apropriados. no início do versículo 7.R. a f i m d e s e t o r n a r u m m i n i s t r o d e C r i s t o J e s u s c a d a v e z m a i s útil.4. os mitos profanos e de velhas senis. E s t a i n t e r p r e t a ç ã o s e h a r m o n i z a m a r a v i l h o s a m e n t e c o m o q u e s e s e g u e d i r e t a m e n t e no v e r s í c u l o 8. 74 Os mitos profanos e de velhas senis que o apóstolo ordena a Timóteo descartar são os "mitos e genealogias infindáveis" mencionados em 1 Timóteo 1. e mostra como se deve tratar o erro. O s v e r s í c u l o s 6 e 7 t r a ç a m um n í t i d o c o n t r a s t e . O v e r s í c u l o 6 i m p l i c a : " C o n t i n u e a ser n u t r i d o n a s p a l a v r a s da f é . Um ministro que negligencia o estudo de sua Bíblia. E assim Paulo prossegue: Rejeite. contraditório. . pela graça e poder de Deus. faziam parte do presente. heresia essa que tinha ampla referência. Ele deve "ficar isento". ainda que o exercício físico seja de algum benefício. 10 189 adverte a Timóteo na seção que acabamos de discutir ( l T m 4. a do ginásio grego (ou sua imitação popular). Porque. ainda que não exclusivamente. não deve poupar esforços para alcançar o alvo.9.1 TIMÓTEO 4. Timóteo. próprios para serem pisoteados sob a planta dos pés (ver sobre l T m 1. Dando seguimento ao seu conselho com respeito ao progresso espiritual de Timóteo e os meios que ele deve usar para tal fim. o que Paulo tinha em mente teria incluído uma ou mais das seguintes comparações: (a) Justamente como um jovem treina num ginásio o máximo que pode. Timóteo deve recusar-se a deixar-se aborrecer por elas (cf. Mas. é considerado um praticante de ginástica. etc. que compreendia pistas de corrida.23). assim você também. naturalmente. em conformidade com o contexto precedente. pois. essas friteis anedotas judaicas por meio das quais os mestres do erro tentavam embelezar a lei. de luta. e pertencem à categoria de superstições disparatadas que velhas senis costumam esforçar-se por imprimir em seus vizinhos ou em seus netos. O exercício para o qual ele é exortado a praticar é de caráter espiritual. ao futuro.9). Era um lugar onde os jovens se despiam com o fim de promover a graça e o vigor do corpo por meio de treinamento físico.1-5). A figura que serve de lastro à passagem é. (b) Justamente como um jovem se desvencilha de todo e qualquer obstáculo ou peso para exercitar-se mais livremente. 7b. ele recebe ordem de exercitar-se com vistas à piedade ou ao viver santo. Paulo diz: Exercite-se para o viver piedoso. 8. Por conseguinte. (c) Justamente como um jovem tem seus olhos postos num alvo - . assim também você deve desvencilhar-se de tudo quanto prejudique seu progresso espiritual. esse viver piedoso é de todas as formas benéfico. Esses mitos eram profanos. Não passam de sandice. que o recomenda a nutrir-se com as palavras da fé e a rejeitar os mitos profanos para poder ser (e prosseguir sendo) "um excelente ministro de Cristo Jesus". 2Tm 2. 190 1 TIMÓTEO 4.9, 10 190 talvez o de exibir habilidade superior no arremesso do disco, ou o de vencer a luta ou a pugna no boxe no ginásio, o de ser o primeiro a alcançar o poste que assinalava o lugar da vitória na pista de corrida, ou, pelo menos, o de melhor o físico -, assim você deve apontar constantemente para seu objetivo espiritual, a saber, o da plena dedicação pessoal a Deus em Cristo. Não surpreende de forma alguma que o apóstolo, com a figura do ginásio ou seus substitutos menos pretensiosos em seus pensamentos, agora estabeleça uma comparação entre o valor do exercício físico (literalmente, "ginástica corporal") e o exercício para a vida piedosa. Ele afirma que o primeiro é de algum proveito. E útil para algo. Não obstante, o segundo é em todos os sentidos benéfico. É útil para todas as coisas. Ele de modo algum menospreza o valor do exercício físico. Ele está dizendo duas coisas: a. que a bênção que procede do exercício físico, por maior que seja, é definitivamente inferior à recompensa que a vida piedosa promete. O primeiro, no melhor dos casos, promove a saúde, o vigor, a beleza física. Estas coisas são maravilhosas e devem ser apreciadas. O segundo, porém, promove a vida eterna; b. que a esfera em que o exercício físico é de proveito é muito mais restrita do que aquela em que a vida eterna concede sua recompensa. O primeiro tem que ver com o aqui e agora. O segundo, com o aqui e agora, mas também atinge o além. Por certo que isto é o que ele tem em mente, como o demonstra claramente o que se segue ao versículo 8 depois das palavras "o viver piedoso é em todos os sentidos benéfico", a saber: visto que tem a promessa da vida, tanto para o presente quanto para o futuro. A essência e o conteúdo da promessa é vida, comunhão com Deus em Cristo, o amor de Deus derramado no coração, a paz que excede a todo o entendimento (ver também C.N.T. sobre João, Vol., I). A devoção plena, a piedade ou o viver santo, fruto inerente da graça de Deus, resultam na crescente posse ou desfruto dessa recompensa, em conformidade com o ensino das Escrituras em sua totalidade (Dt 4.29; 28.13 , 9 , 10; ISm 15.22; SI 1.1-3; 24.3-6; 103.17, 18; Uo 1.6, 7; 2.24, 25; Ap 2.10, 17; 3.5, 12, 21). Deus prometeu isso, e ele sempre cumpre sua promessa. E essa vida que Deus concede e que ultrapassa a todas as demais bênçãos em 1 TIMÓTEO 4.9, 10 191 valor é tanto para o presente quanto para o futuro, para a presente era e para a vindoura. Ela jamais poderá cessar. A explicação de 1 Timóteo 4.7b e 8 que tenho dado se afasta em alguns pontos daquela favorecida por outros. Ver nota de rodapé. 75 9. Em contraste com o valor amplamente proclamado do exercício físico, a igreja confessava sua fé no valor infinitamente superior do exercício espiritual. Daí que, em referência à importante declaração que acabamos de estudar - "ainda que o exercício físico seja de algum benefício, o viver piedoso é, em todos os aspectos, mais benéfico, já que ele tem a promessa de vida tanto para o presente quanto para o futuro" - os crentes viveram constantemente afirmando: Confiável é essa afirmação e digna de plena aceitação (ver sobre 1 Tm í . 15, onde ocorre exatamente a mesma fórmula). 10. Do que Paulo e bem assim Timóteo estão deveras profundamente convencidos, acerca da confiabilidade da declaração concernente 75. A s e x p l i c a ç õ e s d i v e r g e n t e s f o r m a m u m a l e g i ã o . M e n c i o n a r e i a p e n a s d u a s d a s p r i n c i p a i s d i f e r e n ç a s e n t r e m i n h a e x p l i c a ç ã o e a s d e o u t r o s . S ã o elas: (1) A l g u n s i n t e r p r e t a m a e x p r e s s ã o " e x e r c í c i o f í s i c o " c o m o u m a r e f e r ê n c i a à s p r á t i c a s ascéticas, s e j a m as m e n c i o n a d a s no versículo 3 ou as pertencentes ao "ascetismo cristão" (ter o s a p e t i t e s s o b c o n t r o l e ) . Objeções: a. A q u i n o s v e r s í c u l o s 7b e 8 o a p ó s t o l o já n ã o está m a i s p e n s a n d o na h e r e s i a q u e em g r a n d e m e d i d a a i n d a é f u t u r a (vv. 1-5), m a s na h e r e s i a do p r e s e n t e ( v e r v. 7 a ) , e a i n d a e s s e n ã o é seu p e n s a m e n t o p r i m o r d i a l . O p o n t o q u e e l e e n f a t i z a é o q u e T i m ó t e o d e v e f a z e r p a r a crescer em eficiência profissional e espiritual c o m o ministro de Cristo Jesus. Essa ênfase n a t u r a l m e n t e p r e s s u p õ e a f i g u r a d e u m atleta, p o r q u e ele t a m b é m e s t á p r o c u r a n d o m e l h o r a r sua condição. b. A m e s m a p a l a v r a exercício ou ginástica t r a z à m e n t e o e x e r c í c i o f í s i c o , e n ã o o j e j u m . C h a m a r a a b s t e n ç ã o d e a l i m e n t o s d e " e x e r c í c i o s f í s i c o s " p a r e c e ser d e v e r a s i m p r ó p r i o . c . P a u l o a m i ú d e extrai m e t á f o r a s d a e s f e r a e s p o r t i v a ( R m 9 . 1 6 ; 1 C o 9 . 2 4 - 2 7 ; G 1 2 . 2 ; 5.7; F p 2.16; 2Ts 3.1). d. E l e d e f i n i t i v a m e n t e extrai, nas Pastorais, m e t á f o r a s da e s f e r a d o s e s p o r t e s (1 Tm 6 . 1 2 ; 2 T m 2 . 5 ; 4 . 7 , 8). P o r t a n t o , é t o t a l m e n t e r a z o á v e l c o n c l u i r q u e ele e s t e j a f a z e n d o o m e s m o a q u i em 1 T i m ó t e o 4 . 7 b e 8. (2) A l g u n s t r a d u z e m a c l á u s u l a f i n a l do v e r s í c u l o 8 c o m o se d i s s e s s e : " t e n d o a p r o m e s s a p a r a a vida p r e s e n t e e p a r a a v i n d o u r a " (ou a l g o s e m e l h a n t e ) . Objeção: O b v i a m e n t e n ã o é isso o q u e o a p ó s t o l o e s c r e v e . E l e n ã o u s a o d a t í v o " p a r a a v i d a " , m a s o g e n i t i v o de q u a l i d a d e , " d a v i d a " . A v i d a em seu s e n t i d o m a i s p l e n o , m a i s b e n d i t o , é s e m p r e o c o n t e ú d o da p r o m e s s a (Jo 3 . 1 6 ; 1 Jo 2 . 2 4 , 25). E isso v a l e t a n t o p a r a a era o r a em vigor quanto para a vindoura. 192 1 TIMÓTEO 5.24, 25 ao dom da vida, agora e no porvir, a ser desfrutado por todos os que vivem uma vida piedosa, deduz-se do que o apóstolo agora declara: Pois para esse fim Iabutamos e nos esforçamos, visto que temos posto nossa esperança no Deus vivo. É verdade que estamos profundamente convencidos da verdade expressa na confissão fiel, porque doutro modo nós, os missionários (eu, Paulo, e você, Timóteo), não estaríamos labutando nem nos esforçando tanto. Esta parece ser a conexão entre os versículos 7.b, 8 e 9, de um lado, e o 10, do outro. O fim ou propósito para o qual Paulo e Timóteo estão labutando e se esforçando é, indubitavelmente, este: para que os homens do mundo inteiro, quer judeus, quer gentios, ouçam o bendito evangelho de salvação e, melhor ainda, para que o recebam e adquiram a vida eterna. É essa vida, ou seja, a salvação, o que Deus prometeu (v. 8). Esses missionários labutam ou trabalham. Esforçam-se ao máximo no labor de levar o evangelho, aplicá-lo a situações concretas, advertindo, admoestando, ajudando e dando alento em meio a grandes dificuldades. Paulo usa a palavra labor ou trabalho em referência ao trabalho manual (ICo 4.12; Ef4.28; 2Tm 2.6; cf. o substantivo em ITs 1.3; 2.9; 2Ts 3.8) e também em conexão com a obra religiosa (Rm 16.12, duas vezes; ICo 5.10; Gl 4.11; Fp 2.16; lTs5.12; l T m 5 . 1 7 ; e nesta passagem). Esforçam-se, ou seja, na arena espiritual eles lutam contra as forças das trevas, para arrancar os homens das trevas e levá-los para a luz. Sofrem agonias. Cf. 1 Timóteo 6.12; 2 Timóteo 4.7; em seguida, Colossenses 1.29; 4.12. Ver C.N.T. sobre 1 Tessalonicenses 2.2. Alegremente levam a bom termo essa difícil tarefa, visto terem depositado sua esperança não nos ídolos, que não podem fazer nem cumprir promessa alguma, uma vez que estão mortos, mas no Deus vivo (ver C.N.T. sobre ITs 1.9, 10), que é o Salvador de todos os homens, especialmente dos que crêem. Essa cláusula tem dado lugar a uma variada gama de interpretações. Aqui se deve andar com cuidado. Algumas explicações, como eu as vejo, são errôneas logo à primeira vista. (1) Deus é o Salvador de todos os homens no sentido em que ele 1 TIMÓTEO 4.9, 10 193 finalmente salva realmente a todo ser humano que já viveu sobre a terra. Objeção: Isto contraria todo o ensino bíblico. Nem todos os homens se salvam nesse sentido pleno, espiritual. Além do mais, se esse fosse o caso, por que Paulo teria acrescentado: " especialmente dos que crêem"? A última frase não teria sentido algum. (2) Ele realmente concede salvação - no pleno sentido evangélico do termo - a todo tipo de pessoas. Concede vida eterna a todas elas. Objeção: Essa explicação tampouco é possível, considerando a frase final: "especialmente dos que crêem". (3) Ele quer que todos os homens sejam salvos (ver comentário sobre 2.3), mas, no caso de alguns, sua vontade se vê "frustrada" pela incredulidade obstinada. (A explicação de Lenski segue esta linha; op. cit., p. 639.) Objeção: A presente passagem, contudo, não diz que ele quer salvar, mas que realmente salva; ele é realmente o Salvador (em algum sentido) de todos os homens. Além do mais, torna-se impossível a "frustração" - no sentido absoluto, final - da vontade divina. Do contrário Deus não seria Deus! (4) Ele pode salvar a todos os homens; mas ainda que todos possam ser salvos, somente os crentes é que são realmente salvos. (Ver N.J.D. White, The Expositor's Greek Testament sobre esta passagem.) Objeção: Isso não é o que o texto afirma. Ele afirma: "Ele é o Salvador de todos os homens." Parece-me que a verdadeira explicação se encontra num estudo cabal do termo Salvador numa passagem desse gênero. A frase final, "especialmente dos que crêem", claramente indica que se dá aqui ao termo uma dupla aplicação. Deus é o Salvador de todos os homens, mas de alguns homens, ou seja, dos crentes, ele é o Salvador num sentido mais profundo e glorioso que dos demais. Isso evidentemente implica que, quando ele é chamado o Salvador de todos os homens, isso não pode significar que a todos ele comunica a vida eterna como faz com os crentes. O termo Salvador, pois, deve ter um significado que nós, hoje, de um modo geral imediatamente lhe atribuímos. E essa é exatamente a causa de nossa dificuldade. E preciso estudar este ter- 194 1 TIMÓTEO 4.9, 10 mo à luz não só do Novo Testamento, mas também do Antigo Testamento e da Arqueologia. 76 Ora, na versão LXX do Antigo Testamento a palavra Soter que é usada aqui em 1 Timóteo 4.10, e que geralmente é traduzida Salvador, às vezes é empregada num sentido bem inferior ao que geralmente lhe atribuímos. Assim, por exemplo, o juiz Otniel é chamado Soter ou "salvador" ou "libertador" porque salvou os filhos de Israel das mãos de Cusã Risataim, rei da Mesopotâmia (Jz 3.9). Ver também 2 Reis 13.5: "O Senhor deu um salvador [libertador] a Israel, de modo que os filhos de Israel saíram de sob o poder dos sírios e habitaram, de novo, em seus lares, como dantes". Em certo sentido, todos os juizes de Israel foram "salvadores" (libertadores), justamente como lemos em Neemias 9.27: "Pelo que os entregaste nas mãos de seus opressores, que os angustiaram; mas no tempo de sua angústia, clamando eles a ti, dos teus tu os ouviste; e, segundo tua grande misericórdia, lhes deste libertadores que os salvaram [ou seja, os libertaram] das mãos dos que os oprimiam". Cf. também o uso um pouco semelhante da palavra em Obadias 21: "Salvadores [libertadores] hão de subir ao monte Sião, para julgarem o monte de Esaú; e o reino será do Senhor". Não causa estranheza que especialmente Jeová seja chamado Salvador, porque foi ele quem repetidas vezes salvou seu povo (Dt 32.15; SI 25.5). Ele "fez grandes coisas no Egito ... coisas formidáveis sobre o Mar Vermelho", sendo, conseqüentemente, o "Deus de sua salvação" (SI 106.21). Havendo libertado Israel da opressão de Faraó, ele veio a ser o Salvador daquela multidão inteira que saiu do Egito. Todavia, "Deus não se agradou da maioria deles" (ICo 10.5). Em certo sentido, pois, ele foi o Salvador ou o Soter de todos, mas especialmente dos que creram. Destes, e tão-somente destes, ele "se agradou". Todos saíram do Egito; nem todos entraram em "Canaã". 76. C o n s u l t e o s s e g u i n t e s : D e i s s m a n n , A . , op. cit., p. 363, e v e j a seu í n d i c e ; I.S.B.E. s o b r e " S a v i o u r " ; M . M . , pp. 6 2 1 , 622; A Ramsay, W., The Bearing qfRecent Discovery on the Trustworthiness ofthe New Testa1952; ment, r e i m p r e s s o em G r a n d R a p i d s , M I , 1953, pp. 1 7 2 - 1 9 8 ; Taylor, F. J., s o b r e " S a v i o u r " em Theological Word Book OfThe Bihle ( o r g a n i z a d o p o r A l a n R i c h a r d s o n ) , N o v a York, W.D.B., sobre "Saviour"; Wendland, "Soter", Z N T W , N ú m e r o 5 (1904), p. 335ss. 1 TIMÓTEO 4.9, 10 195 Especialmente em certas passagens de muita beleza de Isaías é que se imprime um conteúdo rico e espiritual à palavra Soter: Jeová é o Salvador de Israel, e isto não só porque ele liberta seu povo da opressão, mas também porque coletivamente ele os ama. Todavia, mesmo nessas passagens exaltadas, o significado que hoje geralmente daríamos ã palavra não havia sido alcançado. As passagens não podem ser interpretadas no sentido em que atribuímos vida eterna a todos os indivíduos do grupo. Note Isaías 63.8-10: "Porque ele dizia: Certamente, eles são meu povo, filhos que não mentirão; e se lhes tornou seu Salvador. Em toda a angústia deles, foi ele angustiado, e o Anjo de sua presença os salvou; por seu amor e por sua compaixão, ele os remiu, os tomou e os conduziu todos os dias da antigüidade. Mas eles foram rebeldes e contristaram seu Espírito Santo, pelo que se lhes tornou em inimigo e ele mesmo pelejou contra eles." Cf. Isaías 43.3, 11; 45.15, 21; 49.26; 60.16. Cf. Jeremias 14.8; Oséias 13.4. (Na última referência, note especialmente o contexto: "além de mim não há salvador" precedido por "Jeová teu Deus desde a terra do Egito", e seguido de "Eu te conheci no deserto".) Segundo o Antigo Testamento, pois, Deus é Soter não só dos que entram em seu reino eterno, mas, em certo sentido, também de outros; aliás, de todos aqueles a quem ele liberta de catástrofes temporais. Além disso, o Antigo Testamento ensina em outra parte aquele tipo de providência que Deus estende a todos os homens, num sentido até mesmo às plantas e aos animais: Salmos 36.6; 104.27, 28; 145.9, 16, 17; Jonas 4.10, 11. Ele provê suas criaturas com alimento, as mantém vivas, está profundamente interessado nelas, amiúde as livra de doenças, calamidades, dor, fome, guerra, pobreza e perigo em qualquer forma. Ele é, por conseguinte, seu Soter (Preservador, Libertador e, nesse sentido, Salvador). No Novo Testamento, este ensino é contínuo, como era de se esperar. Em seu amor, bondade e misericórdia, o Pai celestial "faz seu sol nascer sobre o mau e o bom, e envia chuva sobre o justo e o injusto"... "é bom para com os ingratos e maus" (Mt 5.45; Lc 6.35). A perversidade dos homens maus consiste em parte no fato de que eles não dão graças a Deus por sua bondade (Rm 1.21). E ele quem "dá a todos vida e fôlego e todas as coisas" (At 17.25). E ele "em quem vivemos e nos 196 1 TIMÓTEO 4.9, 10 movemos e temos nosso ser" (At 17.28). Ele preserva, livra e, nesse sentido, salva; e essa atividade "salvífica" de modo algum se limita aos eleitos! Na viagem perigosa (a Roma), Deus "salvou" não só a Paulo, mas a todos os que estavam com ele (At 27.22, 31, 44). Não houve perda de vida. Além do mais, Deus também faz com que seu evangelho da salvação seja solicitamente proclamado a todos os homens, ou seja, aos homens de cada raça e nação. Verdadeiramente, a bondade de Deus se estende a todos. Não há sequer um que de uma maneira ou outra não esteja ao alcance de sua benevolência, 77 e ainda o círculo daqueles que ouvem a proclamação da mensagem de salvação é mais amplo que o círculo dos que a aceitam com verdadeira fé. Isso é realmente tudo o de que se necessita na classificação de nossa presente passagem, 1 Timóteo 4.10. Então, o que o apóstolo ensina eqüivale a isto: "Nós temos nossa fé posta no Deus vivo, e nessa esperança não somos desapontados, pois ele não é apenas um Deus bondoso, daí o Soter (Preservador, Libertador) de todos os homens, derramando bênçãos sobre eles, mas ele é, num sentido muito especial, o Soter (Salvador) dos que pela fé abraçam a ele a sua promessa, pois a esses ele comunica salvação, vida eterna em toda sua plenitude (como explicado em conexão com lTm 1.15; ver sobre essa passagem). É esse Deus vivo que em Jesus Cristo é o Salvador! No grego clássico e koinê, o termo Soter era usado como uma designação de vários deuses (Zeus, Apoio, Hermes, Asclépio), imperadores romanos e oficiais de alta estirpe, conquanto fossem vistos como libertadores dos homens desta ou daquela calamidade, suprindo esta ou aquela necessidade física ou outorgando saúde geral ou "bem-estar". Segundo Paulo, porém, por trás de todo livramento real está Deus, o Deus vivo. O mais glorioso "bem-estar" de todos (para a alma, porém no fim também para o corpo), e eterno, ele promete e proporciona a todo aquele que crê. 77. D i z C a l v i n o , op. cit. [Ar Pastorais, E d i ç õ e s P a r a k l e t o s ] , p p . 120, 121, s o b r e esta passagem: "Seu argumento consiste no fato de que a benevolência divina se estende a todos os h o m e n s . E se n ã o há um s e q u e r s e m a e x p e r i ê n c i a de p a r t i c i p a r da b e n e v o l ê n c i a d i v i n a , quanto mais aquela benevolência que os piedosos experimentarão e que esperam nela!" A l g o s e m e l h a n t e c a e x p l i c a ç ã o d a d a p o r C r i s ó s t o m o , B e n g c l , B a r n e s , L o c k , J. Van D y k , C. B o u m a , J . Van A n d e i ( v e r B i b l i o g r a f i a p a r a o s títulos). f 1 90 1 TIMÓTEO 4 . 9 , 10 197 Para eles, e tão-somente para eles, Deus é o Soter no sentido em que o termo é também usado em 1 Timóteo 1.1; 2.3; Tito 1.3; 2.10; 3.4. Ele os resgata do maior dos males, e a eles outorga o maior dos bens. É nesse sentido pleno e evangélico que a palavra se aplica a Deus também em Judas 25 (e, segundo alguns, também em Lc 1.47). Embora como um título para Deus, Paulo não tenha usado a palavra até escrever as Pastorais, a idéia de que Deus é Soter está verdadeiramente presente em seus primeiros escritos, como já se demonstrou (ver sobre 1 Tm 1.1). E provável que quanto mais próximo esteve Paulo do contato com o mundo romano e com o epíteto Soter aplicado a deuses e líderes, mais ele passou (ele e também os demais crentes) a usar o mesmo termo Soter como designação para o Deus vivo e verdadeiro, baseando o conteúdo dessa convicção não em algo que o mundo que os rodeava lhes oferecia, mas na revelação especial dada no Antigo Testamento e no ensino do Senhor. 11. Ordene e ensine essas coisas. Timóteo recebe a ordem para que ordene (ou: continue ordenando) e ensine (ou: continue ensinando; ambos os verbos estão no imperativo presente) essas coisas. Ele deve ordenar coisas tais como: "rejeitar mitos profanos e de velhas senis", "Exercite-se [e a outros] para o viver piedoso" (v. 7). Ordens tais como essas se aplicam não só a Timóleo pessoalmente, mas a todos os presbíteros, sim, e ainda a todos os cristãos. E provável que a expressão "essas coisas", em conexão com "ordene", se refira também a mandamentos implícitos, tais como: "Nunca rejeite o que Deus destinou ao uso, mas participe dele com ações de graças" (vv. 3, 4); "Nutra-se [e a outros] das palavras da fé e da sã doutrina" (v. 6); "Confie no Deus vivo e em sua promessa a todos os que vivem vida piedosa e o aceitam com fé genuína" (vv. 8, 9). Timóteo deve ensinar coisas como: "A apostasia está chegando na lorma de ascetismo" (vv. 1-3); "esse erro é um insulto a Deus e à sua obra de criação" (vv. 4, 5); "um ministro excelente é aquele que se alimenta da sã doutrina que ele transmite a outros" (v. 6); "O benefício que advém da vida piedosa transcende aquele que resulta do treinamento físico" (vv. 8-10). 12. Que ninguém despreze sua juventude. 198 1 TIMÓTEO 5.24, 25 É possível presumir que cerca do ano 51, quando Timóteo juntouse a Paulo, durante sua segunda viagem missionária, havia atingido a idade de 22-27 anos. É pouco provável que o apóstolo tivesse permitido que um homem de menos idade ainda se juntasse a ele para uma tarefa tão difícil. Além do mais, sabemos que Timóteo deve ter atingido um grau de maturidade já durante a primeira viagem missionária de Paulo, porque foi então que ele "confessou sua fé". Se esse cálculo é correto, agora Timóteo tem, cerca do ano 63, entre 34 e 39 anos. Segundo Irineu, a primeira etapa da vida abarca trinta anos e se estende até os quarenta ( Against Heresies, Il.xxii). Portanto, Timóteo ainda era "um jovem". Além disso, ele deve ter sido considerado muito jovem para o posição que ocupava: representante apostólico e, como tal, líder sobre todos os presbíteros nas igrejas de Éfeso e seus arredores. Esses presbíteros (como o próprio nome indica), no Israel antigo, na sinagoga dos tempos posteriores e também na igreja primitiva - que em muitos aspectos era cópia da sinagoga - eram geralmente idosos ou, pelo menos, de idade madura. E aqui está Timóteo, um homem muito mais jovem e, além do mais, pessoa naturalmente reservada e tímida, exercendo autoridade sobre quem era mais idoso talvez dez ou até mesmo quarenta anos! Daí o mandamento: "Que ninguém despreze sua juventude". O idioma grego diz: "Que ninguém pense pouco de você". Timóteo não deve permitir que alguém o menospreze por causa de sua juventude. Deve fazer com que o respeitem em consideração a seu ofício. Mas deve conseguir isso não "se fazendo grande" ou se vangloriando de suas credenciais, mas conduzindo-se como um homem de sábio conselho e consagrado, e de sabedoria prática. O respeito pelo homem eqüivale a respeito por seu ofíciol Daí, Paulo continua: Mas torne-se modelo dos crentes na linguagem, na conduta, no amor, na fé, na pureza. De um modo totalmente natural e orgânico, ele deve conquistar o respeito de todos os crentes. Note que Paulo de fato não diz que Timóteo deve tornar-se um modelo para que os crentes o sigam (ver C.N.T. sobre ITs 1.7; 2Ts 3.9), senão que cada vez mais, de uma forma crescente, deveria ser o modelo do que os crentes são, e isso em cinco aspectos: a. na linguagem, ou seja, na conversação pessoal (quanto à pregação, ver o versículo seguinte). A idéia é esta: "Se e quando eu regressar. na conduta.9. a saber: a. na fé. não só a leitura da lei e dos profetas. O que alguém crê faz certa diferençai A atitude do coração não é tudo. o ensino. etc. contra erro em doutrina e moral). e sobre João. Durante a ausência do apóstolo. no amor. . ou seja. Paulo prossegue: Até minha chegada. mas adicionando porções do Novo Testamento em desenvolvimento. Ver uma discussão mais ampla da palavra em C. João 3. porém. lTs 5. a exortação.27. Ver. sobre Tessalonicenses. ou seja.16. e se harmoniza com 3.16 e todo o ensino da presente epístola. modo de tratar as pessoas.T. na completa conformidade. 13. buscando sempre a promoção do bem-estar de todos. e os quais alguém deve aceitar e abraçar de modo que a vida do mesmo se fundamente neles. ou seja. lhe darei novas instruções". Cl 4. 10 199 b. a fé. pois. c. "Até minha chegada" é a tradução correta. conselho e encorajamento. Vol. com a lei moral de Deus. hábitos. na pureza (ver também lTm 5.3). At 13.16. no profundo apego pessoal a seus irmãos e uma genuína preocupação por seu próximo (inclusive seus inimigos). Ele deve providenciar para que em todas as igrejas de Éfeso e arredores três elementos recebessem devida proeminência.14 ("esperando ir ter com você em breve"). de pensamento e ato.N. que é a raiz da qual brota o amor (note bem: aqui provavelmente o amor indique a relação horizontal. ou seja. Há certos fatos com respeito à doutrina e à moral que devem ser ensinados. II.2). nos costumes. por exemplo. b. c. Lc 4. Reafirmando as diretrizes do versículo 11. aplique-se à leitura [pública da Escritura]. seu representante recebe instruções acerca de seu dever com respeito ao culto público em todo o distrito.14.15. d. a leitura pública da Escritura (justamente como na sinagoga. 2Co 3. Isso inclui advertência (por exemplo.190 1 TIMÓTEO 4. Talvez Paulo tivesse em mente alguma outra missão na qual Timóteo pudesse então ser enviado. à exortação e ao ensino. agora. no exercício desse dom de Deus. Ap 1. a relação vertical). e. Timóteo precisa empregar com a máxima vantagem o dom do discernimento entre o verdadeiro e o falso e. Mesmo hoje. o título culto divino é uma denominação imprópria. Porventura não há aqui outra indicação que seja de tanto valor para hoje quanto para os tempos de Paulo e Timóteo. pois.1 4 1 . 140. de ser apto para exortar. a leitura clara e a interpretação de uma porção adequada da Santa Escritura é "a parte mais importante do culto público". N a s h v i l l e . 141. " T h e P u b l i c R e a d i n g o f t h e S c r i p t u r e s " . quando bem poucos indivíduos possuíam exemplares próprios da Santa Escritura.190 1 TIMÓTEO 4 . Foi então que Timó- 78. porque Paulo a discutiu detalhadamente no capítulo 2. Daí Paulo prosseguir: Não negligencie o dom que há em você. conseqüentemente. a seleção criteriosa. Precisa fazer uso dele quando administra a Palavra e precisa também exercê-lo quando diz a outros como devem pregar. . Timóteo fora dotado especialmente para sua tarefa. Com toda probabilidade. Mas não carece que seja mencionada. não é mencionada. porém. W. B l a c k w o o d . um dom especial da graça de Deus que lhe fora outorgado pelo Espírito Santo. A oração. Na igreja primitiva. cap. n o t e e s p e c i a l m e n t e a s e x c e l e n t e s s u g e s t õ e s d a s p p . pp. 1 2 8 . The Fine Art of Public Worship. ou seja. se o coral toma todo o tempo e deixa pouco tempo para a exortação e o ensino. algo fica desencaixado. a saber: que o ministro deva esforçar-se por alcançar equilíbrio adequado entre a leitura da Palavra. ensinar e guiar. E a leitura das Escrituras às vezes é considerada apenas como um prefácio necessário ao que o próprio pregador tem a dizer. Outros nunca ensinam. isto se refere ao que ocorreu em Listra na segunda viagem missionária de Paulo. 7. 1939. Isto é tão claro: se não há leitura feita no púlpito. por exemplo. e todos os materiais deviam ser copiados à mão. a exortação e o ensino? Alguns jamais exortam. exortação e ensino. 9 . Timóteo. 78 E ainda hoje. é possível imaginar-se a importância que tinha a leitura pública das Escrituras. Por isso Paulo prossegue: o qual lhe foi concedido por meio de declarações proféticas das mãos do presbitério. Ele é um carisma precioso. Ver A. 14. 10 200 Este não é um sumário completo das coisas essenciais que compreendem o culto público. deve continuar dedicando atenção a esses importantes assuntos. Não deve jamais descuidar-se dele ou negligenciá-lo. 9 .17. porém aqui para o conselho de presbíteros ou. 15. etc. que Timóteo precisa nutrir-se das palavras da fé e que precisa preparar-se para a vida piedosa. 10 201 teo. isto é. As últimas palavras do capítulo são: 16.5.). como se quisesse dizer: "Põe nelas todo seu coração. como indicado. 4). também At 6. que precisa conduzir-se de tal modo que ninguém menospreze sua juventude. As próprias mãos de Paulo haviam repousado sobre ele (2Tm 1. Aceitamos como correta e natural a interpretação usual dessas palavras. Em contraste com "não se descuide". foi dotado amplamente com esse dom. Pelaexpressão "essas coisas" ele está pensando em todo o conteúdo do capítulo 4 (que a apostasia está a caminho. petá) a imposição das mãos do presbitério (usado noutros lugares para indicar o Sinédrio. Paulo escreve: "Que essas coisas lhe sejam uma preocupação constante" (cf. diz o apóstolo. Que nessas coisas seja [absorvido]. tudo isso estava em associação com (ou acompanhado por. 13. capacitando-o para levar a bom termo os deveres de seu importante ofício com representante apostólico (cf. Esta imposição de mãos simboliza a transferência de um dom do Doador para o recipiente. Atente para si mesmo e para o ensino. At 22. qualquer representante apostólico. 8. nesse sentido. Além do mais. 15). Por meio (õiá) de declarações proféticas de circunstantes inspirados ele fora advertido sobre isso e o caráter de sua tarefa. Que essas coisas lhe sejam uma preocupação constante. significa que o ato gracioso do Espírito Santo por meio do qual ele confere seu favor especial a Timóteo. nesse sentido. vv. e contra ela Timóteo precisa advertir a ou--— tros. "Seja nelas".3.6). que se Timóteo se devotar completamente à sua tarefa. Fp 1. mas em alguma extensão até mesmo os de fora que entrarem em contato próximo com os crentes) irão notar seu progresso espiritual e profissional. envolva-se completamente nelas.1 90 1 TIMÓTEO 4 . para a glória de Deus.6.66. No presente caso. o consistório da igreja). que mesmo agora há quem pretenda substituir o verdadeiro evangelho pelos mitos profanos. toda sua alma. Cf. persevere neles. pela operação do Espírito Santo. caso Timóteo (ou. O viver santo e o ensino íntegro devem ir juntos. Lc 22.12." O resultado contemplado será para seu progresso seja evidente a todos. todos (especialmente aqueles que pertencem à igreja. 25. 14. ministro ou presbíte- . Deus promete uma recompensa especial para seus ministros fiéis. Antes. Ainda que Cristo sempre seja tão exaltado (veja o final do capítulo 3). Os instigadores da apostasia são os espíritos sedutores que invadem o coração dos enganadores. sim. seus dons. Timóteo.7. Daí Paulo admoestar Timóteo a continuar atentando (implícito sua mente)para si mesmo.3. É ao longo da vereda de um viver santo e da diligência no ensino e na vigilância sobre a vida e o ensino de outros que se obtém a salvação (tanto presente quanto futura. fazendo isso você salvará tanto a si mesmo quanto aos que o ouvem.15). particularmente. Mt 13. .) queira ser uma bênção. ver comentário sobre lTm 1. em resposta a nossas orações.24. para seus deveres.43. na exortação e no ensino. a apostasia se encontra sempre bem próxima. A promessa é: "porque. Não deve concentrar sua atenção e energia nos mitos. todavia. Quanto aos alimentos em questão. ordenarão que se abstenha de certos alimentos. uma vez que o viver santo e a sã doutrina são o fruto da fé. além do mais. mediante a fé. na vida santa e na vigilância em referência ao ensino. ou seja. 25 ro. Ele precisa permanecer ou perseverar nessas coisas. precisa ficar forte. ao combater tais erros que proliferavam viçosamente. ou seja. Paulo está apto a dizer que "ao agir assim" Timóteo salvará a si e aos ouvintes." Por certo que uma pessoa é salva pela graça. também para a doutrina (a sua e a dos outros no distrito de Éfeso). e os quais iriam desenvolver-se até ficarem cada vez piores. Por isso ele deve usar armas positivas. etc.6-8). ele os consagra. práticas que. Síntese do Capítulo 4 Veja o esboço no início do capítulo. 8). para todas as suas testemunhas fiéis (Dn 12.3. não por meio das obras (Tt 3. cf. Ef 2. deve nutrir-se das palavras de fé e continuar resoluto na leitura pública das Escrituras. e a igreja seja sempre muitíssimo gloriosa. Além do mais. levam Cristo ao demérito como o único e suficiente Salvador. são eles excelentes porque Deus os criou e porque. Tg 5. e ameaça com castigos severos os infiéis (Ez 33. seu privilégio de atingir as profundezas da promessa de Deus. como se a salvação pudesse ser obtida por meio de certas práticas como essas. Esses enganadores proibirão ao povo que se case.20).202 1 TIMÓTEO 5. porque ele é o Deus de amor. Traz vida eterna. porém. ele salvará a si próprio e aos que 0 ouvem. Apoio. especialmente com vistas à participação de competições públicas. nessa comparação entre o valor do exercício corporal e o valor do exercício que visa à piedade não se deve descuidar de um ponto importante. a exortação e o ensino. E ainda em conexão com a execução de criminosos no anfiteatro. pois. Puseram. Ele preserva não só o homem e o animal. não teriam trabalhado tão arduamente. ele confere uma bênção muito maior do que o exercício físico pode conferir. mas especialmente seu povo. em honra de Posêidon.1 90 1 TIMÓTEO 4 . Se Paulo e seus colaboradores não estivessem plenamente convencidos disso. Que Timóteo. Que ele se conduza de tal forma que ninguém o olhe com menosprezo." Os gregos rendiam culto à beleza e à cultura física. As competições atléticas romanas eram precedidas de procissões nas quais estátuas dos deuses eram levadas em belas carruagens." Usando plenamente o dom que recebeu quando foi ordenado. Muito antes ilos dias de Paulo. 1 )iana e outros. em honra de Apoio. sua complea confiança em Deus. e estando absorvido por coisas tais como a leitura pública das Escrituras. a vida piedosa é em todos os aspectos benéfica. Suas mais importantes competições eram celebradas em honra de deuses tais como Júpiter. Ora. punham-se em cena contos com referência às divindades pagãs e eram apresentadas de maneira vivida na forma em que se exe- . os ístmicos. O exercício físico. e os píticos. as duas coisas eram inseparáveis. eles já haviam estabelecido os jogos olímpicos. 9. Os jogos olímpicos eram celebrados em honra de Zeus. que Timóteo se exercite para a vida piedosa. Note especialmente as palavras: "Embora o exercício físico seja de algum proveito. que é uma bênção para o presente e para o futuro. Quanto a esse exercício para a vida piedosa. que não os defraudará. na mente popular. pensando: "Ele é ainda muito jovem. Uma vida positiva e um ensino positivo são os melhores meios para o autodesenvolvimento espiritual e também as melhores armas contra o erro. ístmicos e píticos. estava intimamente conectado à religião l>agã. 1 0 203 Sim. Nos dias de Paulo celebravam-se competições desse caráter em muitas províncias romanas. atente fielmente para seus deveres ministeriais. De fato. In the Arena of Faith. Em vista de tudo isto. era preciso colocá-lo num contexto completamente diferente. . Grand Rapids. 1955. pp. publicado por National Geographic Magazine. ver Evervday Life in Ancient Times. Erich Sauer. 209. surpreende o fato de Paulo dizer: "O exercício físico é de algum proveito"? Certamente ele beneficia o corpo.9. 227. Antes que pudesse contribuir mesmo que fosse em um pequeno ponto para o bem-estar da alma. 30-68. 10 cutava a sentença. além do mais. pp.204 1 TIMÓTEO 4. Sobre este tema. 17-25 A. homens e mulheres B.2 5. Ministra Diretrizes para a Administração da Igreja Diretrizes com Respeito a Certos Grupos e Indivíduos Definidos 5.3-8 5.9-16 5. Escrevendo a Timóteo. Idosos e jovens.1.ESBOÇO DO CAPÍTULO 5 Tema: 0 Apóstolo Paulo. Presbíteros e candidatos a presbíteros . Viúvas dedicadas à obra espiritual D. Viúvas angustiadas C. c o m o a irmãs. dera diretrizes concernentes à conduta dos homens e mulheres em relação com o culto público (capítulo 2). Não obstante. aos [mais] jovens.porém com importantes digressões pessoais tudo isso era muito geral. 2 às mulheres [mais] ido- sas. ás [mais] j o v e n s . c o m o a irmãos. porém exorte-o como se fosse seu pai.CAPÍTULO 5 — ^ — 5 1 TIMÓTEO 5.2 1. Idéias que já haviam sido apresentadas uma vez mais voltam a aparecer de uma forma alternada.o c o m o se fosse seu pai. m a s a d m o e s t e . Ele declarara a razão por que Timóteo fora deixado em Éfeso (capítulo 1). Em grande medida . . c o m o a m ã e s . Agora o apóstolo começa a dirigir a atenção de forma mais especial para indivíduos e para grupos dentro da comunidade cristã. Não trate asperamente um homem de [mais] idade. Ver o esboço. Até este ponto. 5. Os pensamentos se sobrepõem continuamente.1. Paulo comunicara conselhos acerca de assuntos que em sua maioria tinham que ver com toda a comunidade cristã que tinha seu centro em Éfeso. é preciso ter em mente que esta é urna carta autêntica e que as divisões não tão rígidas. O esboço abarca o conteúdo e marca as divisões em geral.1 1 N ã o trate a s p e r a m e n t e u m h o m e m d e [ m a i s ] i d a d e . c o m toda pureza. estipulara os requisitos para os presbíteros e diáconos (capítulo 3) e apontara a vereda que Timóteo (e os presbíteros que estavam sob sua supervisão) deveria seguir a fim de enfrentar a apostasia e tornar-se mais eficiente como ministro de Cristo (capítulo 4). ele não quer que Timóteo poupe as pessoas de mais idade. como a irmãos. Ora. uma igualdade de pessoas. Tt 1. rogar.29. O verbo usado no original significa literalmente atacar. ou admoestar. Aqui é usado seu sentido primário de homem de idade avançada (cf. 19. ou seja. mães. Provérbios 20. como a mães.32. Tais indivíduos podem ser distinguidos por sexo e idade: mais idosos. ele deseja que sejam tratados com o devido respeito. no espírito de igualdade. no Senhorl Daí. a comunidade cristã é uma família.17. Lamentações 5. Do outro. Timóteo deve admoestar. A palavra que traduzimos "homem mais idoso" é TrpeapÚTçpoç [presbíteros]. por certo.1 TIMÓTEO 5. ou seja. consolar. Em outros lugares das pastorais ( l T m 5. é preciso enfatizar que aqui também Paulo conserva um equilíbrio formidável. como o contexto o demonstra claramente.12b. ela é formada de pais. Ver Levítico 19. Timóteo terá às vezes de corrigir as faltas de alguns membros da igreja. a mais gloriosa das famílias (Mt 12. De um lado. especialmente os membros mais idosos da congregação. O verbo usado no original significa chamar à parte. At 2. Às mulheres de mais idade. o que não excluir o exercício da autoridade por parte daquele que administra a admoestação. Ainda que tal .49. 2 207 No curso de sua obra pastoral. os anciãos devem ser tratados como pais. Com quanta consideração.1. com quanto tato. apelar a.. Timóteo deve admoestar o ancião como se fosse seu próprio pai. Os membros femininos da congregação não devem ser excluídos da esfera do conselho pastoral em relação ao pecado. em vez de anciãos.17). permitindo-lhes que "escapem ilesas" com seus pecados. com respeito. e. amor e ternura. e daí tratar asperamente. exortar. Em vez de tratar asperamente os que necessitam de correção.. acima de tudo. em vez de jovens) já quase desapareceu.5) significa ancião ou presbítero. mais jovens. Nenhum desses deve ser tratado com aspereza. mais jovens. irmãos e irmãs. E óbvio que este último pensamento é predominante nesta passagem. mais idosas e mais jovens. Esse chamar à parte pode ser com o propósito de estimular. A idéia comparativa ( mais idosos. Porque. gentileza e moderação ele trataria uma pessoa tão intimamente ligada a ele! Então que trate o que estiver errado com a mesma humildade. aos mais jovens. 2. 50). não deve ser descartada. . 5 8 0 . e ver C. As mais jovens. Quando alguém tenta ajudar sua irmã a vencer certas falhas em seu caráter. era um verdadeiro pastor. Paulo. Ver. Timóteo admoestar mulheres de mais idade. mas também para todos os "ministros" em toda ocasião. Em contrapartida. genuíno esquadrinhar do coração. profundamente preocupado com cada membro (At 20. assim como em 4. t a m b é m seu livro The Priest. com toda pureza. lutar diante do trono da graça. com toda pureza." Ora. Timóteo deve tratar da mesma maneira as jovens solteiras que porventura estejam sob sua orientação espiritual. 79 Naturalmente. como a irmãs. sobre ITs 2. porque realmente o são . as mais jovens como a irmãs. p o r e x e m p l o . Então. Inclusive seu superior.190 1 TIMÓTEO 4. a M u l h e r e o C o n f e s s i o n á r i o ) [ a m b o s já em p o r t u g u ê s ] . Fifiy Years in the Chnrch of Rome ( C i n q ü e n t a a n o s na I g r e j a de R o m a ) . mas também para seus assistentes nas várias igrejas de Éfeso e vizinhança. Quando. pp. é verdade que aqui.20.7-11). daí. seria incorreto dizer que a idéia da pureza sexual esteja excluída dela.. As mais jovens são também objeto do cuidado pastoral. como se fossem suas próprias irmãs.9. a frase "com toda pureza" significa "em completa conformidade.. é evidente a quem porventura tenha o trabalho de ler os tristes relatos que contêm o que tem ocorrido quando não se lhe presta atenção... e sabedoria! É nesse espírito que Timóteo deve proceder quando sentir-se obrigado a admoestar mulheres de mais idade que tenham errado. the Woman. em pensamento e palavra. é verdade que a diretriz que Paulo fornece nesses dois versículos não é apenas para Timóteo. por que não Timóteo? 79. ou seja. Não obstante. C h a r l e s C h i n i q u y . e não deve restringir-se à pureza sexual.6 0 2 .12. Devem ser admoestadas como irmãs. deve tratá-las como um filho adulto amoroso trata sua mãe que porventura tenha errado. and the Confessional (O P a d r e . Corrigir a própria mãe certamente requer profunda humildade. a impureza está completamente ausente (pelo menos no sentido mais popular). cremos que a frase "com toda pureza" pertence à oração precedente: "exorta.T. com a lei moral de Deus". 10 208 tarefa às vezes seja demasiadamente delicada.no Senhorl Com Calvino.N. a mesma linguagem usada indica claramente que é errôneo considerar Timóteo como um "superintendente" sem deveres pastorais próprios. Que o mandamento tinha razão de ser não só para Timóteo. porém. ele lhes faz provisão (Dt 14. 21. 5) devem ser honradas. Jó 24. Quanto às viúvas. 26. Os versículos 3-8 tratam das viúvas em angústia'. (4) Ele repreende e castiga os que as afligem (Êx 22. e persevera em suas súplicas e orações noile dia.18. das que são empregadas pela igreja. os versículos 916.12.6.25.10.22. 22. Se as mulheres de mais idade devem ser tratadas como mães. 27.5). como Paulo acaba de declarar (ver v. 18. Nas festas que ele instituiu. O que a Escritura ensina com respeito às viúvas é surpreendentemente belo: (1) Deus é "Pai dos órfãos e juiz das viúvas" (SI 68. que estes primeiro aprendam seu dever religioso para com sua própria família. tem negado a fé e é pior que o incrédulo.17. ainda que esteja viva. (2) Por meio do dízimo e de "os feixes esquecidos". 4). . Ver também comentário sobre 1 Timóteo 5. porque isso é aceitável aos olhos de Deus. Elas estão sob seu especial cuidado e proteção (Ex 22. a [que e] de fato viúva. 24. Essas viúvas (citadas no v.11.3. 13).19-21.19. 1 0 209 3 Quanto às viúvas. e se as mães devem ser honradas (Ex 20. Jr 7.17. deduz-se que as viúvas desamparadas devem também ser honradas. SI 146. está morta. 8 Ora. 2). 14).3-8 3. Dt 5. para que elas sejam irrepreensíveis.5). Zc 7. e façam uma verdadeira restituição a seus pais.2).16. e especialmente para os membros de sua própria família. Pv 15.12. honre aquelas [que são] realmente [o que está implícito no título] viúvas. elas também deviam regozijar-se (Dt 16. 31. 7 Você deve ordenar também essas coisas. Ml 3. depositou sua esperança em Deus. se alguém não provê para os seus. Ef 6.23. ou seja. 5 Ora.3. honre aquelas [que são] realmente [o que está implícito no título] viúvas. Dt 24.17.1 90 1 TIMÓTEO 4. SI 94. 6 mas aquela que se entrega aos prazeres.6. 4 Mas se uma viúva tem filhos ou netos. aquela que foi deixada completamente sozinha. Dt 10.29. 5. tratadas com alta consideração.16. (3) Ele abençoa aos que as ajudam e as honram (Is 1.9. e isto implica que as que estão sofrendo necessidades devem receber sustento material.9). 24. . 25 (5) Elas são o objeto da terna compaixão de Cristo. está ligada a palavras tais como lacuna e desprovido. elas não eram esquecidas. Não obstante.42. 21. Lc 7. 18. 4.27).47. Por isso Paulo prossegue: Mas se uma viúva tem filhos ou netos. especialmente do de Lucas (Mc 12. porque isso é aceitável aos olhos de Deus. honre as que são realmente desprovidas" (ou "Como destituídas. amiúde sem meios de sustento). N o t e a o r d e m d a s p a l a v r a s n a o r a ç ã o . 20. Além do mais. E p r e c i s o c o n s i d e r a r c o m o e r r ô n e a a idéia de q u e a e x p r e s s ã o " e s t e s a p r e n d a m p r i m e i r o " se r e f e r e às viúvas e n ã o a o s f i l h o s . então teríamos um jogo de palavras semelhante em inglês.2. Daí. q u e a o f a z e r e m isso e s t ã o f a z e n d o u m a r e t r i b u i ç ã o . para que no futuro as viúvas recebessem um melhor cuidado (At 6. pois no original a palavra viúva significa despojada. as que realmente são [o que está implícito no título] viúvas. o que o apóstolo está dizendo eqüivale a isto: "Como desprovidas. honre as que são realmente destituídas"). (6) Na igreja primitiva. as que não contavam com outros meios de sustento deviam receber provisão da igreja.1-6). E. Foi a negligência para com algumas viúvas o que causou a designação dos primeiros diáconos. privada (de seu esposo. uma das manifestações de uma religião pura e sem mácula é esta: "Visitar os órfãos e as viúvas em suas tribulações" (Tg 1. 80. que estes 80 primeiro aprendam seu dever religioso para com sua própria família e façam uma real restituição a seus pais. pois. pois a palavra "widow" = latim vidua. a idéia n a t u r a l e i n t e i r a m e n t e b í b l i c a d e q u e o s f i l h o s h o n r a r ã o s e u s pais." Há aqui um jogo de palavras.11-17. Daí. o u s o d o v e r b o n o plural ( o s i n g u l a r c o n t a c o m p o u c o a p o i o ) . portanto. segundo Tiago. etc. certamente estava consciente do que Paulo tinha em mente quando diz: "Honre. Timóteo. há viúvas que não cabem nessa categoria. 5." Os empregos remunerados para as viúvas eram escassos. 3). Daí. algumas viúvas eram demasiadamente idosas para prover seu sustento...210 1 TIMÓTEO 5. honre as que são realmente desprovidas (de meios de sustento).3. Se determinados etimologistas estão certos (nem todos estão de acordo).i d é i a f a v o r e c i d a m e s m o p o r C a l v i n o . alguém pode dizer: "Como viduce (viúvas). 43. como se vê claramente à luz dos Evangelhos. A verdadeira viúva. Esta esperança é real e vital.N. Daí Paulo acrescentar: e persevera em suas súplicas e orações noite e dia. At 17. indicativo perfeito). no espírito de amor. plural de intensidade) por todo o cuidado com que foram tão amorosamente tratados. A preocupação legítima de José pelo bem-estar de seu pai deveria servir de lição para todos os tempos: "Eu sou José. essa lição deve ser assimilada. Ela está. essa conduta é agradável aos olhos de Deus.2).26. singular. quando os filhos honram seus pais e avôs. Não obstante. esta não é a razão principal do presente mandamento.3). 50. os filhos amiúde não se sentem inclinados a prover para seus pais necessitados. sl As palavras súplicas e ora81. Sua promessa se cumprirá. porque na terra ela não depende de ninguém. Mas ainda quando signifique extrema renúncia. 10 A igreja não deve ser sobrecarregada desnecessariamente.28-34. às vezes parece mais fácil um pai pobre criar dez filhos do que clez filhos ricos cuidarem de um pai pobre.7. 9 .1-14). 27). 46. tem depositado sua confiança em Deus. 3). Note "que esses aprendam primeiro" essa lição. Observe com que ternura e sincera devoção ele sustentou seu pai (Gn 45.oi(3r|. sobre João 19. Certamente. pl.9-13. Não tem filho. Precisam esforçar-se para que haja uma verdadeira retribuição (acc. de á(j. como sinal de apreço pelo que os próprios filhos já receberam de seus pais. aquela que foi deixada totalmente sozinha.211 1 TIMÓTEO 4. Sua esperança está nele (SI 123. Foi deixada totalmente sozinha e permanece nessa condição. isto deve ser feito com alegria. indubitavelmente. implícita no quinto mandamento. não tem para onde ir! Seu refúgio é o Deus vivo. Diz ele: Ora. 27-31. aquela que não tem filhos nem netos que possam sustentá-la. Além do mais. nem neto nem pessoa alguma que tenha o dever de dar-lhe o sustento. 47. Segundo o provérbio holandês [e também português].T. pois. E leia também as palavras do crucificado com respeito a sua mãe (ver C. " N o i t e e d i a " ( e m vez de " d i a e n o i t e " ) é a o r d e m t a m b é m em 1 T e s s a l o n i c e n s e s 2 . meu pai ainda vive?" (Gn 45. É antes esta: os filhos e netos devem honrar seus progenitores! Que este é o seu primeiro dever religioso (cf. a que é realmente viúva.9. 5 . . 0 apóstolo agora volta à discussão acerca daquela que é verdadeiramente viúva (ver o v. Por natureza. Ela firmou de vez sua esperança em Deus (terceira pessoa.23) para com aqueles que os criaram. Tg 5. etc. cf. o original tem artigo com cada substantivo: "as súplicas. 0 óbvio não carece de reiteração." Em outros termos. Não é necessário que Paulo acrescente: "Não honre viúva como essas. Ia à igreja e aparentava ouvir a leitura da Palavra. agora desapareceu totalmente. louca por seus prazeres. Como a semente que caiu entre os espinhos e foi asfixiada por seu deleite nas riquezas e nos prazeres. Ainda que. premida pela ansiedade.17. cf.. J e r e m i a s 16. Parte de cada dia e parte de cada noite ela emprega em súplicas e orações. agora está morta para todos os interesses mais elevados." . fisicamente esteja viva. ela nunca foi realmente cristã. não é uma atividade "de vez em quando".190 1 TIMÓTEO 4. que então é citada por Paulo: mas aquela que se entrega aos prazeres. na realidade já morreu e.13. uma "viúva alegre". hoje tudo isto pertence definitivamente ao passado. em seu caso. e talvez especialmente quando. No presente caso. o derramar de sua própria alma.8: 2 T i m ó t e o 1. como as filhas de Sodoma (Ez 16. Tal viúva está vivendo nos prazeres. as orações. Além disso. 1 0 : 2 T e s s a l o n i c e n s e s 3. 10 212 ções já foram explicadas previamente (ver sobre l T m 2. portanto.49). às vezes. Seus lábios costumavam mover-se em oração e.. dissoluta. J e r e m i a s 14. está morta.. .5). e talvez desenfreadamente (cf. Esta é uma situação realmente bela de "a viúva genuína". embora viva. Qualquer interesse que porventura tenha demonstrado em questões religiosas. O apóstolo não repete que uma viúva desse caráter deve ser "honrada" pela igreja. 3 . ela persevera em suas súplicas e em suas orações. Timóteo naturalmente haverá de associar os versículos 3 e 5. Ela é alegre. 37). mas acostumou-se a prestar seus respeitos à religião. frívola. ela ora não só de dia.9. elas são propriamente suas. "fazer uma boa pescaria". Isto nos lembra a viúva de Windsor. se sentia tocada emocionalmente. não consegue dormir durante a vigília da noite. de Kipling. Não obstante.1).36. Naturalmente. quem sabe. Veste seu vestido mais festivo e seu propósito é "divertir-se" e.3. com "barcos nas ondas e milhões em casa". 6. mas também de noite: cada noite. A ênfase está posta no fato de que. Nossa admiração e elevada consideração pela [mulher] que é realmente viúva cresce quando ela é comparada com sua "oposta". Ela traz a nossa memória a viúva Ana (Lc 2. Timóteo precisa providenciar para que a igreja honre as viúvas realmente necessitadas e que o mereçam (vv. e que todos saibam distinguir entre a viúva que deve ser honrada e a que não o deve ser (implícito nos vv. Timóteo deve insistir sobre a obediência não só às coisas referidas em 1 Timóteo 4. Mas. uma mãe ou avó viúva. [a família] imediata no sentido indicado no versículo 4. O que se afirmou positivamente no versículo 4. na forma que se encontra aqui. O pecado aqui censurado está presente em toda comunidade e toda época. Gálatas 62 são sempre aplicáveis. Ora. um pai ou avô idoso ou enfermo." O que aqui se pretende imediatamente é a família. Daí. Não obstante. particularmente com referência aos que devem levar em conta "os seus".1 TIMÓTEO 4. João 13.12. a norma "Levem as cargas uns dos outros.9. 5). 4). para que sejam irrepreensíveis. 10 213 7. 3. ou somente parentes? Sem dúvida. mas também às coisas sobre as quais Paulo vem falando. 8. Cada caso deve ser julgado por seus próprios méritos. um tio ou uma tia que está à beira de um colapso? Inclui também amigos. o ponto de vista mais natural é que a expressão "essas coisas" se refere a todo o parágrafo (vv. 3-6). Se todas as pessoas interessadas obedecerem a esses mandamentos. de forma mais inclusiva e com maior força. que os filhos e netos cumpram seu dever para com seus progenitores (v. tanto aos olhos do mundo quanto aos olhos da igreja. por exemplo. se alguém não provê para os seus. e especialmente para os membros de sua própria família. Seguramente. segundo a necessidade existente e a capacidade de prestar assistência. agora se afirma negativamente.11 ("Ordene essas coisas e ensine-as"). dentro deste círculo um tanto indefinido (sem limitação exata) de entes queridos há um mais estreito que é muito mais definido: "e especialmente para os membros de sua própria família.34. um primo enfermo física ou mentalmente.2) tem validade para todos os tempos. ou seja. 5. . aqui a indefinição é uma virtude. tem negado a fé e é pior do que o incrédulo. Você deve ordenar também essas coisas. 15. 6). A expressão "os seus". significaria "seus próprios parentes próximos". então serão irrepreensíveis. e assim cumprirão a lei de Cristo" (G1 6. (4) Não obstante. e a reverência pagã pelos antepassados é um fenômeno bem conhecido. . o apóstolo tem uma palavra de censura contra a pessoa que negligencia o dever para com "os seus". Mas. (2) Muitos "incrédulos" ignoram completamente o glorioso exemplo de Cristo de amor pelos seus (inclusive o amor por sua mãe). e especialmente contra quem não sustenta os membros de sua família direta. Embora professe ser um cristão.12. o poder do Espírito Santo que opera no coração do crente. mas (o que amiúde é ainda pior) em sua negligência pecaminosa.9. tem se familiarizado com a história de seu amor infinito.12. Isto é verdade pelas seguintes razões: (1) Muitos "incrédulos" (no sentido de "não convertidos") nunca ouviram o preceito específico que se encontra em João 13. A falta de ação positiva. ele carece do mais precioso dos frutos que são produzidos na árvore de uma vida e conduta verdadeiramente cristãs. O membro da igreja.34. não cumpre seu dever religioso com respeito aos que Deus pôs dentro da esfera de sua especial responsabilidade. mas ver também Tt 2. num sentido amplo ou num sentido mais restrito. mas que.2. 10 214 Em seguida. 15. não pode haver uma árvore boa. Daí que a pessoa que deseja ser considerada cristã. Gálatas 6. Amiúde eles realmente fazem provisão para a mãe ou para a avó viúva. aquele que professa ser cristão tem sido testemunha das evidências desse poder na vida dos demais. a despeito da clara luz e dos muitos privilégios que tem recebido. Onde este bom fruto está ausente. Carece de amor. desmente sua profissão de/e (sentido subjetivo). porém. ou seja. Diz-se que tal pessoa é "pior do que um incrédulo".190 1 TIMÓTEO 4. o pecado de omissão.12). Mas o que foi instruído na religião cristã já ouviu este mandamento reiteradas vezes. é certamente "pior do que um incrédulo". (3) Os "incrédulos" em geral nada sabem da promessa de um poder capacitador. a despeito de faltar-lhes essas três coisas. os "incrédulos" com freqüência demonstram certo afeto para com os que pertencem a seu círculo familiar. Esse indivíduo negligente "tem negado a fé" (o mesmo verbo com o mesmo significado em 2Tm 2. A negação não consistia necessariamente em palavras. Objeções: a. não deve ter menos de sessenta anos de idade. se tornam insaciáveis em seus desejos. e não só ociosas. e não sobrecarregue a igreja. J.190 1 TIMÓTEO 4. b. também aprendem a viver ociosas. As "diaconisas" (melhor. 13 Ao mesmo tempo. Paulo discute "as viúvas e sua obra". tivessem filhos. mas também tagarelas e intrometidas. "assistentes dos diáconos". para que esla possa dar assistência às que são realmente [o que está implícito no título] viúvas.9-16 9.11). se tiver lavado os pés aos santos. 10 215 9 Uma viúva. Uma viúva. "mulheres que ministram") já foram discutidas previamente (ver sobre 3. As teorias variam. andando de casa em casa. D. se tiver se devotado a todo gênero de boa obra. O tema dos versículos 9-16 difere num importante aspecto do tratado nos versículos 3-8. pois amiúde ocorre que. Calvino. para constar na lista de viúvas. Ali. que as auxilie. Outros crêem que se . para que conste na lista de viúvas. 16 Mas se alguma mulher crente tem viúvas. 9). o tema foi " As viúvas e suas necessidades". 5. contrariando [sua penhorada dedicação] a Cristo. Aquela seção tratou das viúvas em geral. porque têm repudiado seu primeiro compromisso. [Ela pode constar na lista] se tiver criado filhos. se tiver dado assistência aos al litos. as viuvas mais jovens. Alguns pensam em todas as viúvas de 60 anos para cima. administrassem seu lare não dessem ao adversário ocasião para calúnia. 10 bem conhecida por leitos nobres. Aqui. se tiver praticado a hospitalidade. Note a idade: não menos de sessenta (v. 11 Você deve recusar [incluir na lista].9. esta tem a ver com "as viúvas que devem constar dc uma lista" ou "catalogadas". Dibejius e muitos outros). White em The Expositor 's (ireek Testament. porém. (2) São aquelas viúvas que estão qualificadas para o sustento material da igreja (Crisóstomo. 12 incorrendo em culpa. dizendo coisas que não deveriam [dizer]. N. não deve ter menos de sessenta anos de idade. Com respeito à pergunta: "Quem são essas viúvas?" há principalmente quatro pontos de vista: (1) São as diaconisas (Schleiermacher). 15 Porque mesmo agora algumas se têm desviado após Satanás. [deve ter sido] esposa de um só esposo. 14 Por isso gostaria que as viúvas jovens se casassem [novamente]. querem casar-se [novamente]. 190 1 TIMÓTEO 4.9, 10 216 refere tão-somente a viúvas que queriam trabalhar para a igreja. Pensam n u m contrato: "Nós, as viúvas idosas, prometemos prestar serviço à igreja." - "Nós, as autoridades eclesiásticas, prometemos sustentálas quando surgir necessidade." Objeções: a. Deve a igreja recusar sustento a viúvas com menos de 60 anos, com filhos pequenos? b. Não indica o versículo 10 que as viúvas das quais fala esta seção desfrutavam de comparativo bem-estar? c. Não é verdade que a pergunta: "Quais as viúvas devem receber ajuda e quais não?" já foi discutida (vv. 4 e, por implicação, 5, 7 e 8)? Por que se haveria de agregar agora outro grupo de restrições, e estas de "uma natureza por demais exclusiva"? (Ellicott); ver versículo 10. (3) A pergunta deve ser deixada sem resposta (Lenski). Objeção: Ainda que partilhe das objeções de Lenski ao segundo ponto de vista, não concordo com sua argumentação contra o ponto de vista número (4). (4) Essas são as viúvas que preencheram os requisitos necessários para a realização de certas funções caritativas e espirituais na igreja (C. J. Ellicott, A. T. Robertson, E. F. Scott, C. Bouma e muitos outros). Creio ser este o ponto de vista correto. Razões: a. As qualificações a inclusão na lista apontam na direção da obra que teria de realizar, como no caso da lista de qualificações das "mulheres auxiliadoras" de 3.11, e as listas de qualificações para os presbíteros e diáconos em 3.1-10, 12. b. É preciso admitir-se que a maioria das viúvas acima de 60 anos poderia ser considerada de muita idade para cuidar de órfãos - a objeção de Lenski, op. cit., p. 669 -, sendo simples a resposta a isto (afora o fato de que algumas mulheres dessa idade ainda não são idosas demais, e de fato insistem em realizar trabalhos desse tipo): o versículo 10 não afirma que devam cuidar de órfãos, mas que devem estar criando filhos. Certamente que as viúvas que estão criando filhos com êxito são as indicadas para ministrar bons conselhos a mulheres mais 190 1 TIMÓTEO 4.9, 10 217 jovens. Elas podem ensinar-lhes "o amor por seu esposo e por seus filhos" (Tt 2.4), e podem prestar-lhes todo gênero de auxílios valiosos. c. Há suficiente evidência para se demonstrar que na igreja primitiva existia essa corporação de viúvas, com funções bem definidas. Assim Tertuliano (possivelmente cerca de 204), referindo-se definidamente a 1 Timóteo 5.9 ("sessenta anos"), declara que a tarefa dessas mulheres era "sua experiente preparação em todos os afetos as teria capacitado a prontamente dar assistência aos demais com conselho e conforto" ( On the Veiling ofVirgins, IX). Na igreja primitiva, viúva deste tipo era chamada "intercessora da igreja", "guarda da porta" e "altar de Deus". Tudo indica que seus deveres eram: ministrar bom conselho às mulheres mais jovens, orar e jejuar, visitar os doentes, preparar as mulheres para o batismo, levá-las à comunhão e ministrar orientação e diretriz às viúvas e órfãos que eram sustentados pela igreja (ver artigo "Woman" em I.S.B.E., IV. 5, Vol. V, p. 3103). d. Se ainda hoje, como qualquer ministro que tem servido numa igreja grande sabe muito bem, as mulheres de mais idade são às vezes consultadas e enviadas em missões nas quais se destacam, e que seria difícil que outros as realizassem, torna-se imediatamente compreensível que nas terras bíblicas (e particularmente naquela época, e até certo ponto na atualidade), com suas barreiras sociais e psicológicas entre homens e mulheres (ver C.N.T. sobre João 4.27) havia muitos trabalhos que essas viúvas estavam em condições de executar com maior eficácia do que qualquer outra pessoa (especialmente trabalho entre mulheres). E havia muito trabalho semelhante que devia ser feito pelas casadas mais jovens. As razões pelas quais as viúvas mais jovens com menos de 60 anos - deviam ser excluídas da execução desse tipo de trabalho, o apóstolo as apresenta nos versículos 11-15. Como segundo requisito, Paulo afirma: [deve ter sido] esposa de um só esposo (ver comentário sobre lTm 3.2, 12). Naturalmente, isso não pode significar: "Ela não poderia ser uma viúva que subseqüentemente se casou outra vez, e que então perdeu também seu segundo esposo", porque Paulo teria se contradito. Essa viúva poderia ter feito exatamente o que o apóstolo queria que as viúvas jovens fizessem - 190 1 TIMÓTEO 4.9, 10 218 queria que se casassem (v. 14) - e com certeza teria sido injusto depois de tudo isso eliminá-las da lista de viúvas. A expressão "esposa de um só esposo" significaria simplesmente que, enquanto esteve casada, foi fiel a seu único esposo. Seguem-se outros requisitos: 10. bem conhecida por feitos nobres. Quem quer que realize a obra da igreja deve desfrutar de boa reputação (ver sobre lTm 3.2, 7, 10; cf. At 6.3; 16.2; Hb 11.2). Seguem-se aí cinco cláusulas "se". Temos aqui outro caso de discurso abreviado (o qual discutimos em C.N.T. sobre João 5.31, Vol. I). Então: A igreja deve investigar se ela criou filhos, se tem praticado a hospitalidade, etc. Ou; Ela pode constar na lista se criou filhos, se tem praticado a hospitalidade, etc. Em ambos os casos o sentido é: não deve constar na lista a menos que seus antecedentes revelem que ela tem sido diligente nesses assuntos. Os itens são em si mesmos imediatamente compreensíveis. Seguramente uma mulher que vai realizar a obra para a qual foi indicada (ver sobre v. 9) deve possuir as qualificações que estão implícitas nas cinco cláusulas: a. [Ela pode constar na lista] se tiver criado filhos. Precisa ter experiência neste campo, caso tenha de aconselhar e ministrar diretriz a outras. b. se tiver praticado a hospitalidade. Ver comentário sobre 1 Timóteo 3.2. Esta graça foi praticada de maneira bela pela viúva de Sarepta que "sustentou" Elias ( l R s 17.9), pela mulher de Suném ("uma mulher importante") que deu alojamento a Eliseu (2Rs 4.8-11) e por Lídia (At 16.40). c. se tiver lavado os pés aos santos. Talvez no sentido literal de que esse serviço tenha sido prestado pela mesma ou sob sua supervisão; seguramente na forma figurada: que ela tem prestado serviço humildemente aos pregadores itinerantes. Ver Gênesis 18.6; 1 Samuel 190 1 TIMÓTEO 4.9, 10 219 25.41. Sobre todo o tema da lavagem dos pés, ver C.N.T. sobre João, Vol. II. í d. se tiver assistido os aflitos. Os cristãos primitivos eram perseguidos, oprimidos. Cf. João 16.33; 1 Tessalonicenses 1.6; 2 Tessalonicenses 1.4. Necessitavam de socorro, auxílio (o mesmo verbo no v. 16). Devem partilhar as cargas (G1 6.2). e. se tiver se devotado a todo gênero de boa obra. Isto poderia ser considerado como uma reiteração de "bem conhecida por feitos nobres" do início do versículo. Não obstante, é possível que o pensamento tenha encontrado corroboração aqui: essa viúva não só deve desfrutar da reputação de boas obras; deve ter vivido realmente dedicada, com diligência: a (deve ter seguido) todo gênero de boa obrai A reputação é algo bom, mas às vezes é destituída de mérito. Para ela constar na lista deve desfrutar de reputação merecida! 11, 12. O apóstolo agora continua apresentando duas razões por que as viúvas mais jovens deveriam ser excluídas da lista. A primeira razão é declarada nos versículos 11 e 12: Você deve recusar [incluir na lista] as viúvas mais jovens; pois amiúde ocorre que, contrariando [sua penhorada dedicação] a Cristo, se tornam insaciáveis em seus desejos, e querem casar-se [novamente]. Para boa parte da obra em que Paulo estava pensando (ver comentário sobre v. 9), era preciso requerer das mulheres mais idosas, mulheres com mais experiência, que tivessem tempo e oportunidade, portanto viúvas idosas. Mas também havia a possibilidade de que fossem incluídas viúvas mais jovens. Não obstante, a importância da obra exigia uma devoção de todo o coração. Se os interesses estão divididos, de modo que a mente da viúva, mesmo durante a execução de suas funções espirituais, está preocupada com a idéia de encontrar um esposo adequado, sua eficiência será prejudicada. Com freqüência é isso que sucede (note o indefinido orai/). Esta é uma das razões por que a solicitude das viúvas mais jovens (abaixo de 60) deviam ser rejeitadas. Naturalmente, Paulo não acha falha na idéia de que uma viúva mais jovem queira casar-se outra vez. Aliás, ele quer que elas façam justamente isso (ver v. 14). Mas definitivamente acha errado que viúvas jovens, que haviam assumido um compromisso com um importante 190 1 TIMÓTEO 4.9, 10 220 ministério espiritual, e que depois, não obstante, rompem seu compromisso, casando-se novamente! O apóstolo diz: "contrariando... a Cristo." A luz do versículo 12 se faz evidente que sua intenção é que ela "contraria sua penhorada devoção a Cristo" (ou seja, à obra de Cristo que prometera realizar). A tendência dessas viúvas jovens, como Paulo teria notado repetidas vezes, era agitar-se por seus desejos. Visto que a mente delas se ocupa de outras questões (por exemplo, com respeito ao próximo esposo), se aborrecem com seus deveres eclesiásticos e começam a rebelar-se contra eles. O verbo KaTaoxpriviáw é usado somente nesta passagem. Parece significar "exercer o vigor juvenil de alguém contra" (ver M.M., p. 593). O verbo simples se encontra também em Apocalipse 18.7, 9, onde se diz que Babilônia e os reis da terra se entregaram à luxúria. O acúmulo de sentimento indicado aqui em 1 Timóteo 5.11 não é necessariamente mau. É natural que uma viúva jovem acalente o desejo de voltar a casar-se. Ela é jovem, exuberante de vida, desejosa de ter esposo. Então que se case, caso tenha oportunidade, porém enquanto for uma jovem viúva que não esteja inclusa na lista de viúvas que exerçam serviços especiais na igreja. Paulo era um homem muito prático. Ele prossegue: incorrendo em culpa, porque têm repudiado seu primeiro compromisso. A idéia de vários comentaristas de que essas jovens viúvas haviam rejeitado sua fé em Jesus Cristo, de que queriam casar-se com pagãos, e que, conseqüentemente, sofreram o juízo de "condenação eterna", seguramente é totalmente estranha ao contexto. O apóstolo está escrevendo acerca de viúvas cristãs jovens, que amam o Senhor suficientemente a ponto de solicitar um serviço especial no reino! Que, subseqüentemente, se preocupassem com a idéia do matrimônio, além de tudo, é completamente natural. Só que, neste caso, estariam repudiando (como em Lc 10.16) seu primeiro (upcÓTqv) compromisso (TTtoriy) com a igreja, ou seja, o de continuar na obra do Senhor. Isso as envolveria em um juízo, isto é, em culpa (Kpípo:). Paulo deseja poupá-las e promover a obra, espiritual e de amor, da igreja. Portanto, aconselha que as jovens não sejam postas na lista, mas que se casem novamente (v. 14). 13. A segunda razão pela qual as viúvas jovens não deveriam cons- 190 1 TIMÓTEO 4.9, 10 221 lar na lista é agora apresentada: Ao mesmo tempo também aprendem a andar ociosas, indo de casa em casa, e não só ociosas, mas também tagarelas e intrometidas, dizendo coisas que não deveriam [dizer]. Naturalmente, Paulo não quer dizer que todas as viúvas jovens eram assim. Sua intenção é que tal coisa pode ocorrer, e que a igreja não pode "arriscar-se". Escrevendo, pois, sobre certo tipo de viúvas jovens, a decisão do apóstolo se torna muito vivida. Primeiro ele diz que "aprendem a andar" (p.av9ávoi)ai.v; o idioma grego não requer eivou) ociosas: adquirem o hábito da ociosidade. Tal ociosidade é produzida por seu "andar de casa em casa" (literalmente, "fazendo o circuito das casas"; cf. At 19.13; 28.13). Ora, esta atividade de "ir de casa em casa", com toda probabilidade estava incluso em sua obra (ver sobre o v. 9) com o propósito de prestar auxílio e ministrar conselho. Mas a tendência dessas jovens viúvas era "fazer de tudo" isso uma fase de sua tarefa, e o leitor pode facilmente presumir por que: eram do tipo sociável. Apreciavam companhias festivas. Gostavam de ser entretidas com (o que em nossos dias chamaríamos) "reunião social". E assim convertiam sua tarefa em mera atividade social. Não só aprendiam a ser ociosas, mas também tagarelas e intrometidas. (Note o jogo de palavras: ápyaí. irepíepyoi. Isto poderia ser traduzido assim: "não trabalhadoras ocupadas, mas intrometidas", como eram algumas pessoas em Tessalônica; ver C.N.T. sobre 2Ts 3.11.) A experiência é tão vivida que não se pode evitar o pensamento de que as jovens viúvas haviam vivenciado esse tipo de obra, e isso foi o que ocorrera. Naturalmente, deste modo o resultado facilmente podia ser mais nocivo que bom. Em meio a sua vivaz tagarelice, com freqüência diriam "coisas que não deveriam", criando problemas para a igreja, em vez de resolver algum! 14,15. O que, pois, as jovens viúvas deveriam fazer? Eis a resposta: Portanto, quero que as viúvas jovens se casem [novamente], gerem filhos, administrem sua casa. Paulo não favorece o ascetismo. Ele não quer que as viúvas jovens permaneçam solteiras. Isto por certo indica que o apóstolo não consi- 222 1 TIMÓTEO 5.24, 25 dera o celibato como uma forma mais elevada de Cristianismo. Há um amplo abismo entre Paulo e Tertuliano. Este chegou a considerar o segundo casamento como uma "poligamia sucessiva". Na igreja primitiva (2.° século e depois) houve muitos que assumiram um ponto de vista um tanto parecido, embora nem sempre apresentassem argumentos em tanta quantidade e extensão como Tertuliano em favor de uma monogamia absoluta. Paulo quer que essas viúvas jovens sejam inteiramente felizes e cumpram sua vocação natural. Daí, não só deseja que se casem ao apresentar-se uma boa ocasião (sempre "no Senhor", naturalmente, ICo 7.39), mas que ainda tenham filhos (o verbo aparece somente aqui, porém para o substantivo relacionado ver lTm 2.15). Além do mais, ele quer que assumam o papel divinamente ordenado de criar esses filhos. Ele quer que "administrem seu lar" ou "governem sua casa" (este verbo tampouco ocorre em outros lugares do Novo Testamento; ver, porém, M.M., p. 441). E claramente evidente que Paulo está buscando promover o bemestar, não só da igreja, mas também dessas jovens viúvas. Ele não quer que ajam de forma inconveniente. Devem aceitar uma oferta de casamento se conscientemente puderem aceitá-lo. Não devem desperdiçar seu tempo em mexericos ociosos. Devem adornar sua confissão com uma vida que honre a Deus. Daí acrescentar ele: e não dêem ao adversário ocasião para calúnia (ou: favorável à calúnia). Paulo está pensando num adversário humano, quer judeu, quer gentio. Tal pessoa estaria sempre disposta a vituperar ou injuriar (cf. 1 Pe 3.9). Assim não só a reputação da viúva viria a sofrer, mas também seria desonrado o nome de Deus. Com tristeza no coração, o apóstolo agrega: Porque mesmo agora algumas já se desviaram após Satanás. Ele está ainda pensando nas viúvas jovens. O significado é: "E necessário que eu enfatize isto, a saber, que o adversário não deve ter ocasião alguma para injuriar, porque eu sei de casos concretos em que isso tem ocorrido." Essas viúvas haviam se desviado do caminho reto (ver sobre l T m 1.6), e agora estavam seguindo a Satanás em vez de obedecer ao mandamento de Cristo: "Siga-me" (Jo 21.19). 16. Porventura não há trabalho algum no reino para uma jovem viúva que possui meios e desejos de auxiliar a boa causa? Oh, certa- 1 TIMÓTEO 6.3-7 223 mente há! Além do que ela está apta a fazer de uma maneira estritamente pessoal (por exemplo, orar pela igreja e por todos quantos necessitam, visitar pessoalmente os necessitados, etc.), há outro modo em que pode ajudar a igreja. E não só ela, mas qualquer outra mulher crente (nLoiri, é a melhor leitura aqui; ver N.N.) que tenha meios de fazer o que Paulo expressa nestas palavras: Mas se alguma mulher crente tem viúvas, que as assista. Digamos que aqui temos uma senhora como Lídia, que possui uma casa espaçosa. Tem uma serva, uma amiga ou uma parenta que fica viúva. É provável que possa proporcionar a essa viúva um lar ou mesmo a mais de uma viúva. Ou pode ajudar a viúva em termos econômicos, proporcionando-lhe trabalho. Que ela, pois, cumpra seu dever cristão para que Deus seja glorificado, para que essa senhora caridosa possa experimentar em seu coração a paz que vem da aprovação divina das obras bem-feitas, e para que a pessoa necessitada receba socorro. Não obstante, Paulo dá expressão não a esses objetivos, mas a outro: Diz ele: E que a igreja não seja sobrecarregada, para que esta possa dar assistência às que são realmente [o que está implícito no título] viúvas. Aqui o apóstolo volta ao pensamento expresso nos versículos 3 e 4. As viúvas necessitadas, acima de tudo, são responsabilidade de quem são seus familiares mais próximos; por exemplo, filhos, netos, mulheres que possuem meios e que têm com elas uma relação estreita. Que cumpram, pois, seu dever. Isso, moralmente, é não só correto, mas também é uma consideração eminentemente prática. A igreja já tem muito que fazer. Entre seus membros não se encontram muitos ricos (Mc 10.25; cf. ICo 1.26). Daí, ela não deve ser sobrecarregada (oprimida com fardos por demais pesados; para o verbo, ver também 2Co 1.8; 5.4; então, Mt 26.43; Lc 9.32; 21.34). Sem esse peso extra, ela estará apta a dar assistência "às que são realmente [o que está implícito no lítulo] viúvas". A última cláusula já foi explicada (ver sobre o v. 3). Kssas são as viúvas completamente destituídas, não possuindo ninguém para sustentá-las. Se cada um fizer sua parte, será muito mais fácil para a igreja cuidar dessas viúvas. Uma lição que é válida também para hoje! 17 Os presbíteros que governam bem sejam dignos de duplicada honra, especialmente os que labutam na pregação e no ensino. 18 Porque a Escritura diz: Não 190 1 TIMÓTEO 4.9, 10 224 amordace o boi que está debulhando, e: O trabalhador é digno de seu salário. I1) Nunca receba acusação contra um presbítero, a menos que [seja] endossada poi duas ou três testemunhas. 20 Os que cometem erro, você deve repreender na prc sença de todos, a fim de que os demais se encham de temor. 21 Ordeno[-lhe] na presença dc Deus e de Cristo Jesus e dos anjos eleitos, que observe essas instruções [ou: essas coisas] sem preconceito, nada fazendo com parcialidade. 22 Não imponha precipitadamente as mãos [para ordenação| sobre alguém, nem seja participante nos pecados de outrem: conserve-se puro. 23 Não continue a beber [somente] água, mas use um pouco de vinho por causa de seu estômago e suas freqüentes enfermidades. 24 Os pecados de alguns homens são claramente evidentes, e vão adiante deles a juízo; os pecados de outros, porém, seguem após [eles]. 25 Semelhante mente, os feitos nobres [são] claramente evidentes, e os que não o são não podem permanecer ocultos. 5.17-25 17. Os presbíteros que governam bem sejam dignos de duplicada honra, especialmente os que labutam na pregação e no ensino. A honra devida às viúvas pressupõe a honra devida aos presbíteros. Além do mais, justamente como o termo viúva foi primeiramente usado num sentido geral (v. 3), o último (v. 9), porém, no sentido daqueles cujos nomes constavam numa lista e que realizavam determinadas funções na igreja, assim também o termo presbítero aparece primeiramente no sentido geral de idoso (5.1), porém agora como sinônimo de supervisor, o último termo indicando o caráter da obra do homem, e o primeiro a idade e a dignidade que lhe pertence em decorrência de sua idade e ofício. É evidente que pelas palavras bispo e presbítero se indica a mesma pessoa, pois em ambos os casos somos informados de que esses homens governam e ensinam (cf. 1 Tm 3.2, 5 com 5.17). Não causa estranheza que um supervisor ou bispo fosse chamado presbítero ou ancião, porque no antigo Israel na sinagoga, e também na igreja primitiva os investidos com tal ofício eram os homens de mais idade. De forma bem adequada, o termo bispo (supervisor) é usado quando a ênfase recai sobre sua obra ( l T m 3.1), e o termo ancião, quando a ênfase recai sobre a honra que lhe é devida (nessa passagem, 1 Tm 5.17). É digno de nota que Timóteo, aqui, seja instruído a providenciar que os "anciãos [presbíteros] que governam excelentemente" (assim Inclinam-se a crer que os bispos vivem de modo folgado e tranqüilo. Eles se especializam e labutam arduamente nisso. mas alguns (além de governarem) labutam na pregação (expondo a Palavra na congregação reunida) e no ensino (ministrando instrução à juventude. Mofíatt. e a todos os que têm necessidade dela). ou "pastores". ou que. Bengel). todos esses presbíteros que governam excelentemente devem receber "honra duplicada". (4) honra como irmãos e honra como governantes. Todos governam. no mesmo sentido. se porventura se deve conceder-lhes alguma honra. ou honra quanto à idade e honra quanto ao ofício (Tertuliano. "especialmente os que labutam na pregação c no ensino". ensinar e preparar-se para isso. e em certo grau todos ensinam. Devem receber honra e uma recompensa material (Crisóstomo.1 TIMÓTEO 6. C. que isso seja feito por meio do sermão fúnebre! Porventura cause admiração que tantos ministros sofram de colapso nervoso? E que enIre eles houvesse um bom número que estava fazendo sua obra conscientemente? As palavras "especialmente os que labutam na pregação (literalmente em palavra) e no ensino" mostram que já no tempo de Paulo começava a fazer-se distinção entre os que hoje chamamos "ministros". honra adicional como quem governa de forma excelente (Lenski). o que se quer dizer com essa expressão? As interpretações variam: (1) honra e honorários. duas vezes o salário c]Lie recebem (algo nessa direção. mas com variações pessoais. Williams). (2) amplo pagamento.3-7 225 I ileralmente) sejam honrados pela congregação. Bouma). O apóstolo estaria cônsi IO do fato de que. Ora. (3) o dobro da "honra" devida às viúvas.xxviii. Creio que esta última interpretação é a correta. (5) honra como presbíteros. Calvino. aos que a buscam. Mas. os membros da igreja são propensos a esquecer esse fato. e os que ainda chamamos "presbíteros". e aceito a declara- . em muitos casos. melhor remuneração. Lock). White em Expositor 's Greek Testament. A tarefa lhes exige a dedicação de muito tempo e esforço: pregar. ou uma porção duplicada das primícias das viúvas ( Constitutions ofthe Holy Apostles Il. A n t e s . h o n r a .. e como o obreiro recebe o que lhe é devido. a verdadeira explicação pareceria ser esta: O presbítero merece ser honrado. 2 0 . t e m o s e n t i d o de preço ( M t 27. I C o 6 . 3. a p a l a v r a rL(j. 18). s a t i s f a ç ã o . No N o v o T e s t a m e n t o . porque também no caso das viúvas. 13. oferenda. plural em At 4 .r| nunca significa soldo. 25 ção de Lenski de que o próprio contexto explica a "duplicada honra". Mas seria evidência de falta de honra se a igreja exigisse de um homem a total dedicação à obra espiritual e que o fizesse gratuitamente. em si e por si. 3 4 . receba salário. Desse modo toda noção de remuneração econômica ficaria completamente excluída da "duplicada honra" devia aos presbíteros que servem bem e são dependentes disso. ou seja. 3 e 4).6. e as analogias usadas por Paulo no versículo 18 certamente apontam na mesma direção no que respeita aos presbíteros. 1 6 . dignidade. . punhados de grãos.M. c o m p e n s a ç ã o .7. ou salá- rio. 1 9 . 9. presente. a saber. honra. r e c o m p e n s a . tenha aqui o sentido de honorário. onde se faz necessário (e seria necessário especialmente no caso do "ministro"). duplicada honra. se seu labor se destaca por sua qualidade. A explicação que eu tenho dado não significa simplesmente que todo presbítero. m u l t a . a honra que lhes é devida estava imediatamente ligada ao sustento material (vv. Esta honra se deve especialmente aos que trabalham na pregação e no ensino. p r e ç o .2. que. ou pagamento. O homem que dedica todo seu tempo e esforço na obra do reino (o "ministro") certamente merece "um bom salário". ou ainda que todo presbítero que governa excelentemente. honra ( R m 12. I C o 12.82 Significa honra. ou seja. Portanto.). ofício. Todos os que governam bem merecem duplicada 82.226 1 TIMÓTEO 5. seu trabalho deveria também ser remunerado de uma maneira material. E isto implica. 7 . No grego clássico.10. Mas isso dificilmente seria correto. p. essa duplicada honra não deve ser interpretada como se fosse excluída toda a idéia de remuneração. I s s o c o r r e s p o n d e à c o n o t a ção da palavra nos papiros (M. 635). Não obstante. etc. prêmio. particularmente. justamente como o boi que debulha recebe o que lhe corresponde. estima. a palavra tem u m a vasta g a m a d e s i g n i f i c a d o s : valor. naturalmente. 7 . 1 9 ) e estima.24. 2 3 . seu salário (ver Lenski sobre o v. Não significa que a palavra "honra". At 5. e como se em conexão com o versículo 18 o pensamento desse a entender simplesmente isto: os presbíteros que governam de forma excelente deveriam receber o que é justo. senhorio.23. D. os cruéis pagãos às vezes punham bocais nos bois enquanto debulhavam. O quadro é o de uma eira: um terreno circular exposto ao relento. Esse arreio era uma espécie de trenó formado por duas tábuas pesadas. se e n c o n t r a m e x c e l e n t e s q u a d r o s da eira e do trilho c o m bois. Paulo faz uso semelhante dele em 1 Coríntios 9.) 18. Os bois eram guiados a pisarem sobre as espigas para que. Miller. L .190 1 TIMÓTEO 4. particularmente. mas Jeová proibira claramente a Israel que fizesse tal coisa. Se o primeiro é "Escritura". Era I.S. M . 2. As vezes era uma rocha plana no cume de uma colina. o artigo na p.E. 10 227 honra. 6 0 5 . a g r a v u r a e o artigo.4. atadas uma ao lado da outra e curvadas para cima na parte dianteira. e as b e l a s ilustrações nas p á g i n a s o p o s t a s . 22. Os feixes de grãos eram desatados e se estendiam no piso. e J .13). então o segundo também o é. o grão maduro se soltasse das espigas (Os 10. ou um ministro do evangelho) Deus lem dado o direito de participar dos frutos de seu trabalho. arranjados e em círculos. Punham-se-lhes debaixo pedras pontiagudas para fazer soltar os grãos de trigo. () propósito dessa ordem era para que os homens pudessem ver a bondade de Deus.7. 15 e 22. pelo impacto de seus pés. pp. O primeiro provérbio é uma citação de Deuteronômio 25. B. Ambos os provérbios estão claramente coordenados. . Mq4.B. 19.9.8-12. Assim uma palavra dita por Jesus é posta em paralelo com um provérbio do cânon do Antigo Testamento. com o mesmo propósito. 83 Ora. os bois podiam ser arreados e montados por um condutor que guiava os bois para que dessem repetidos giros (Jz 8. 3 1 4 . para que pudessem discernir este princípio básico. S .27. ver vv..11. (E implica ainda mais que isso. ou um trabalhador comum. Porque a Escritura diz: Não amordace o boi que está debulhando e O trabalhador é digno de seu salário.ro (quer aquele que trabalha com bois. The Land and The Book. ou seja: que a todo obrei. 41. Eneyclopcedia of Bible Life. T a m b é m T h o m s o n . 6 0 4 . vol. 20.15). v e r t a m b é m o artigo " T h r e s h i n g lloor". 19. Is 28. p. e no caso dos que se dedicam inteiramente à obra da igreja isto implica o direito à remuneração. artigo " A g r i c u l t u r e " . Ver W. (O contexto X3. Ou. encontra-se precisamente nessa forma em Lucas 10. Daí. Sem esse apoio. Cf. e considerando-as à luz do contexto precedente. Nm 35. a menos que esteja imediatamente endossada por tuas ou três testemunhas. e com freqüência estavam juntos. b e m c o m o o P r o b l e m a S i n ó t i c o .14). se esse foi o caso. Não é impossível que o evangelho de Lucas já tivesse sido concluído. Ora. aqui (! Tm 5. Fm 24).) Paulo e Lucas eram amigos. ver m e u livro Bible Survey.N. Não se deve prejudicar desnecessariamente a reputação de um presbítero. O segundo provérbio.31. 8. e sua obra não deve sofrer uma interrupção desnecessária. o provérbio ocorre numa forma ligeiramente diferente: "O trabalhador é digno de seu alimento". a acusação não deve ser levada em conta nem ainda recebida. Note que. a menos que duas ou três testemunhas fidedignas testificassem contra o mesmo (cf. Lucas estivera com Paulo durante a primeira prisão deste em Roma (Cl 4.19) os presbíteros são excetuados ainda de ter de responder a uma acusação (cf. Ex 23. Uma acusação contra um presbítero deve ser sobre . não de animais. deve ter por base o testemunho oral de . notamos que Paulo está enfatizando que o respeito do qual são dignos os presbíteros que governam bem. isso significaria que "os que proclamam o evangelho devem viver do evangelho" (ICo 9. 3 8 3 . Dt 17.) No presente caso. cf. embora de antemão todo israelita estivesse salvaguardado de processo e sentença.190 1 TIMÓTEO 4. Ou também poderia ser que estivesse citando uma coleção de provérbios que presumivelmente fora usada como fonte do Evangelho de Lucas. ICo 9. sobre João 5.14. implica que os que entre eles se dedicam inteiramente à obra do evangelho têm o direito a salário.duas ou três testemunhas.1 na LXX). 3 2 5 . .3 9 4 .14). "O trabalhador é digno de seu salário".30.7. 19. o apóstolo estava em condições de citá-lo. a menos que [ela seja] endossada por duas ou três testemunhas. 84. 10. e ver C.6. p p .T.ou seja. 10 228 em Deuteronômio trata de homens.10. 84 Combinando as duas citações. essa "honra" que é devida ao presbítero deveria ser também expressa noutro sentido: Nunca aceite uma acusação contra um presbítero. (Em Mt 10.9. S o b r e o t e m a d e d a t a s p r o v á v e i s d e q u a n d o o s livros d o N o v o T e s t a m e n t o f o r a m e s c r i t o s .9. e que tal salário não lhes devia ser retido. 9. nada fazendo com parcialidade. A lei fazia a mesma distinção (Lv 4. O homem do banco da igreja não sabe o que de fato ocorreu "enquanto dormia". . Gn 39. P a r a u m a d i s c u s s ã o m a i s d e t a l h a d a d o v e r b o u s a d o a q u i . então? Diz Paulo: Os que cometem erro. ou seja. Ao despertar . às vezes a acusação contra um presbítero pode contar com suficiente endosso para ser recebida e em seguida ser endossada pelos fatos.se é que desperta! . a fim de que ouIros também possam encher-se de temor (literalmente: possam ter temor). N . os assim chamados "comitê de investigadores" integrados por caçadores de intrigas. v e r C . A corrupção geralmente começa "na cúpula". para que os demais presbíteros também viessem a sentir-se cheios de um piedoso temor de praticar o mal (cf. não deve permitir que isto ocorra. Mas isto pode significar a ruína para a igreja e para todos os envolvidos. Ora.190 1 TIMÓTEO 4. SI 19. Tuclo está em jogo. A história eclesiástica proporciona vários exemplos. 27). T . na realidade.9. Os presbíteros que andam por vias pecaminosas não devem ser poupados. Timóteo devia não só fazer com que seu pecado ferisse sua consciência. no caso deles. você deve repreender na presença de todos. em todo assunto que tange à disciplina de líderes eclesiásticos. É por essa razão que a ordem que o apóstolo agora dá a Timóteo é tão importante. Ainda em nossos dias. é essencial a imparcialidade e a honestidade absolutas em todos esses assuntos.13). os juizes tendenciosos. na presença de todo o consistório.22. nem na presença de apenas uns poucos (Mt 18.geralmente já é tarde demais. 10 229 20. 21.8. Daí. s o b r e J o ã o 16. nos assuntos discutidos nos versículos 19 e 20 e. Não obstante. 85. as "máquinas" eclesiásticas. O que fazer. Timóteo. isso fosse feito não privativamente. pode-se ser facilmente influenciado por considerações puramente subjetivas. A igreja do século 21 bem que poderia levar a sério estas solenes palavras: Ordeno[-lhe] perante Deus e Cristo Jesus e os anjos eleitos que observe essas instruções sem preconceito. seus pecados devem ser punidos ainda com mais severidade do que os demais. o "companheirismo" e coisas afins podem destruir facilmente uma denominação. Aliás. 85 mas que. mas publicamente.15-17). como delegado apostólico nas igrejas de Éfeso e suas cercanias. Daí Paulo estar. 16. Recolherão os redimidos e conduzirão os maus ante o trono do juiz. Ap 14. 25 É evidente à luz da cláusula introdutória. "que observe essas instruções". 2 T m 4 . pondo Timóteo sob o juramento de cumprir o mandamento que recebeu (no espírito de Gn 24. O destinatário deve estar profundamente cônscio do fato de que Paulo.s e a r g u m e n t a d o q u e t a m b é m no c a s o dos homens d e v e . de m o d o q u e . t e m . de modo que pudessem permanecer em seu estado. por intermédio de Cristo Jesus.)86 86. ou seja.25. por intermédio de Cristo Jesus. Deus. "admoesto solenemente" ou " ordeno solenemente" ou " conjuro ". 24.31. A honra do juízo foi conferida ao Mediador. Esses são os anjos eleitos de Deus. ao ministrar essa ordem. Jd 6).230 1 TIMÓTEO 5. P a r t i n d o da a n a l o g i a da e l e i ç ã o dos anjos. 42.24.27. cf. 20). Quem quebrar o juramento será julgado. ao escrever. fica evidente que. 17. l l . o juiz. 27. em ITs 4. por assim dizer. 2Co 5.21: O juiz é Deus (Gn 18. Este é o mesmo Deus que.6). como recompensa pela expiação que ele operou (Mt 25.22. segundo o ensino de Paulo. (Quanto à doutrina da eleição dos homens. por exemplo. 23. Ap 14.42. 1 . decidiu que esses anjos (aqui chamados eleitos) recebessem a graça de perseverar.14-16). naturalmente são também amados. estão agindo ante os olhos de Deus. Comparando-se a linguagem semelhante de 2 Timóteo 4. sim. ver C.7.31-33. que transcende todo o entendimento humano.10.31. que o verbo usado no original não pode. e. Associados a Cristo nessa tarefa de juízo estarão os anjos. Note bem os detalhes que são mencionados aqui em 1 Timóteo 5.15. Em seu decreto soberano e inescrutável. Mt 13. ao f a z e r a lista . um dia julgará todos os homens. desde toda a eternidade. 17-20). Paulo enfatiza que é ante os olhos do próprio Deus e com sua plena aprovação que as instruções devam ser ministradas (vv. sobre ITs 1. Não obstante. 9). 19. mas "encarrego". 25. Hb 12. Fp 2. significar "testifico-lhe" (como.3.22.10.s e c o n c e b e r a e l e i ç ã o c o m o s u p r a l a p s a r i a n a . At 19. Hb 12. 2Ts 1. E esses são os anjos que estarão junto a Cristo no juízo final.23).27. Paulo está pensando realmente no juízo final.T. Sendo eleitos. e Timóteo ao pôr em prática essa ordem.10. 41. Jo 5.31-46. Deus não julga diretamente.4.1. como é ensinado por toda parte nas Escrituras Sagradas (Dn 7. aqui.N. distintos dos anjos "que não guardaram seu estado original" (Satanás e seus demônios. por Cristo Jesus (ambos divinos. A maioria dos teólogos prov a v e l m e n t e c o n c o r d a q u e . 25. 22. OS ANJOS SÃO: Assistentes de Cristo (2Ts 1. ele quer que se assemelhem aos anjos em obediência. executando também o juízo de Deus sobre o inimigo (G1 3.14. Ap 5.22.41. já que as ações de Timóteo são vistas por Deus. 20.9. B e r k h o f .7.. sua Cabeça exaltada (Ef 1. Lc 2.14. B a v i n ck.11.1-3). [ Por conseguinte. Lc 15.10) líons mensageiros do evangelho de nossa salvação. Ele quer que Timóteo obedeça à importantíssima ordem acerca da disciplina dos presbíteros.14) Exemplos de obediência (ICo 11.11. quando tudo o que estiver oculto será revelado e castigado a quebra dos juramentos.10. Q u a n t o a t o d o e s t e t e m a .11) Cantores no coral celestial (1 Co 13.22. Lc 2. t a m b é m m i n h a t r a d u ç ã o de H. pp. 13. 10. N ã o o b s t a n t e . 12) Defensores dos filhos de Deus (2Ts 1.21. Mt 6.10. Teologia Sistemática ( n o t e a literatura).7-10. note que no original usa-se somente de cima para baixo dos elementos que correspondem ao decreto.7). esses anjos são espectadores das ações de Timóteo e acompanharão a Cristo no juízo final. Hb 1. Dn 6. que vieram ao Senhor não só em seu nascimento. profundamente interessados em sua salvação e os servem de toda forma.3. Mt 13.19. SI 91.31. ou seja. Cl 2. Mt 18. Lc 16. cf. cf.10. Segundo Paulo. cf. 2Ts 1. até o n d e a p r e d e s t i n a ç ã o t e m q u e ver c o m os homens. ver I.10) Fiéis amigos dos redimidos.7). lPe 1. 24. a decisão de Deus. e sua justiça na perdição de outros. . de revelar sua misericórdia na salvação de alguns homens. Ap 20. embora estes terão uma posição mais elevada que eles e os julgarão (ICo 6. 382-394.14. At 5. Além do mais. ICo 4.19.4. t a n t o o s u p r a l a p s a r i a n i s m o q u a n t o o i n f r a l a p s a r i a n i s m o são p a r c i a i s .12.10. mas também em sua ressurreição e na glória de sua vinda posterior à ressurreição (ver comentário sobre ITm 3.3-7 231 Não é estranho que o apóstolo mencione também esses anjos. The Doctrine ofGod. cf. cf. Hb 1.1. n e m iodos r e c o n h e c e m a legitimidade desse raciocínio da analogia. que os vigiam constantemente. Ap 12.16. e em harmonia com todo o restante das Escrituras. At 1. (cria de c o l o c a r acima (supra) s u a d e c i s ã o de p e r m i t i r a queda (lapsus). cf.1 TIMÓTEO 6. 32. note a repetição do artigo). Timóteo era uma pessoa conscienciosa. nem para o acusador nem para o acusado. Daí.) 23. 10 232 um artigo) e pelos anjos ( criaturas . Timóteo deve esforçar-se por "manterse puro" (em plena conformidade com a lei moral de Deus) com respeito a esse a todos os demais assuntos. nem seja participante dos pecados de outros: conservese puro. e "nada fazendo com parcialidade (ou favoritismo)". Ele não queria ser acusado de ser o tipo de pessoa que "se demora ao lado do vinho" (ver sobre lTm 3.3). A ordenação sem uma criteriosa investigação prévia tornava Timóteo responsável pelos males que tais presbíteros pudessem subseqüentemente cometer. isto é. Em contrapartida. até que todos os fatos importantes de cada caso concreto tenham se estabelecido plenamente. sem inclinar-se para este lado nem para aquele. no Oriente a água com freqüência está longe de ser "dig- .9. porém use um pouco de vinho por causa de seu estômago e suas freqüentes enfermidades.2. O preceito "mantenha-se puro" era de natureza pessoal. A indicação simbólica da comunicação de dons dos quais alguém necessitará para o cumprimento dos deveres de seu ofício já foi mencionada (ver sobre lTm 4. 10. 5. que Timóteo observe (cuide de cumprir) as ordens comunicadas "sem preconceito". Essa tarefa não deve ser feita "com precipitação". isso aumentaria a dificuldade em discipliná-los. 7. pureza. ao ordenar homens para o ofício.6). E possível evitar muitos problemas se Timóteo.2. ele formara o hábito de beber nada mais senão água. As qualificações dos homens que estão sendo considerados devem ser examinadas completamente antes que possam ser designados para o ofício. Daí Paulo continuar: Não imponha as mãos [para a ordenação] precipitadamente sobre ninguém. e isto com vistas ao juízo final. 22. Isso está em harmonia com o que o apóstolo esteve afirmando em 1 Timóteo 3. (Acerca do substantivo relacionado. Não obstante. Isso leva a outra observação que é também pessoal: Não continue a beber [somente] água. sem deixar-se influenciar por nenhum tipo de consideração subjetiva pecaminosa.12.14) e será mencionada uma vez mais (2Tm 1. ver sobre lTm 4.190 1 TIMÓTEO 4. exercer a devida precaução. guiado somente pela norma objetiva da verdade revelada por Deus. Timóteo deve usar um pouco de vinho. Voltando agora ao tema da precaução necessária antes da ordenação de alguém para o ofício (ver v. c o m sede em Lansing. P o r o u t r o . c o n v é m a r e a l i z a ç ã o d e u m a v i g o r o s a c a m p a n h a c o n t r a toda f o r m a d e i n l e m p e r a n ç á . os feitos nobres [são] claramente evidentes. 8). 16. A t o s 7 . t a m b é m outro artigo. c'x.190 1 TIMÓTEO 4. B l a k i s t o n C o . a mais razoável parece ser esta: 87. em Christian Economies d e 6 d e s e t e m b r o d e 1955. P a u l o e v i t a e x t r e m o s . "Hereditary Conseq u e n c e s of A l c o h o l i s m " [ " C o n s e q ü ê n c i a s h e r e d i t á r i a s do a l c o o l i s m o " ] . Quanto a esta e x p r e s s ã o . A s p a l a v r a s d e P a u l o d e v e m ser i n t e r p r e t a d a s à luz d a s c o n d i ç õ e s q u e p r e v a l e c i a m no O r i e n t e e à luz da c o n d i ç ã o f í s i c a de Timóteo. c r ê ser. apenas um pouco. Os que já estiveram por lá. não muito. e vão adiante deles para juízo. c os que não o são88 não podem permanecer ocultos. p u b l i c a d o p e l a f u n d a ç ã o de T e m p e i ança de Michigan. Se alguém insiste em não beber nada mais senão água sem ferver. c o m r e s p e i t o a o u s o d e v i n h o . sabem bem disso. 15. Mich. 2 3 . P o r u m l a d o . Por conseguinte. por exemplo. como observa corretamente Wuest. N o t e h e m q u e . Isso iria fazer-lhe bem fisicamente. J o ã o 4 . A c h a .m c o n t r a p a r t i d a . com o fim de ajudar Timóteo a vencer seus problemas estomacais. inclusive. M u i t o s t ê m a p r e s e n t a d o s e u s p o n t o s d e vista s o b r e o t e m a d o s i n i s t r o e l e i t o d o c o s t u m e d e b e b e r v i n h o s o c i a l m e n t e e o u s o de d i v e r s a s b e b i d a s a l c o ó l i c a s .36. Ver o a r t i g o " N e g a t i v e or P o s i t i v e " em The Foundation Issue de julho de 1955. 1 . e d i ç ã o de 19 de j u l h o de 1954. v e r t a m b é m M a t e u s 4 . 5 2 .3. M a r c o s 5 . não como bebida. Paulo lhe aconselha que pare de ser pura e simplesmente um bebedor de água. 87 Paulo aqui está falando do vinho como medicina. 2 5 e 2 C o r í n t i o s 12. algo pior pode acontecer-lhe. 2 1 . L i t e r a t u r a s e m e l h a n t e e s t á s e n d o d i s t r i b u í d a r e g u l a r m e n te. Semelhantemente. mas os pecados de outros seguem após Ides]. t a n t o p a r a m e l h o r a r s u a s a ú d e q u a n to c o m o precaução no uso da água (provavelmente devido ao perigo de contaminação). 25. 88. 24. N a a t u a l i d a d e .. n o c a s o d r Timóteo.14. Aliás. os que estiveram por lá enquanto serviam às forças armadas. 1 3 . Paulo diz: Os pecados de alguns homens são claramente evidentes. 2 4 . a c o n s e l h á v e l o u s o d e u m p o u c o d e v i n h o . bem como outras enfermidades colaterais que tudo indica o afetavam com freqüência e de forma grave. o v a l o r do v i n h o c o m o a l i m e n t o e r e m é d i o é d i s c u t i d o p e l o dr.18. Das muitas explicações. s e m d ú v i d a c o m m u i t o s e f e i t o s s a u d á v e i s .9. I '.s e r e s u m i d o e a n a l i s a d o na r e v i s t a Newsweek. . a d v e r t e c o n t r a o q u e " s e d e m o r a a o l a d o d o v i n h o " ( l T m 3. S a l v a t o ir cm seu l i v r o Wine As Food And Medicine.u mais advérbio significa aqui estar numa determinada condição. 10 233 na de confiança". é passível de sofrer ataques de disenteria. ' 4 . 22). a saber: que também em seu . ou seja. Por implicação.T. No caso de outros homens. as coisas tomam um aspecto completamente diferente.24. No versículo 25. ou os perseguem). os pecados de homens não aptos para o ofício. e talvez os diversos presbíteros. ele está falando sobre os feitos nobres (ou obras excelentes). Estão à vista de todos. descobre-se que não são aptos para o ofício. depois de um cuidadoso exame. sobre João. deve considerar tais homens como candidatos para o ofício. Timóteo. A própria idéia de designar tais homens para o ofício é ridícula. a situação é diferente.em duas subdivisões similares: a. Os pecados precedem o homem! Isso não significa meramente que o homem em questão desfruta de má reputação (porque tal coisa poderia estar baseada numa calúnia). Paulo diz que os pecados de alguns homens são tão claramente evidentes (upóõr|A. Antes que seu caso venha a lume.14). seguem após eles. A situação com respeito a homens que são espiritualmente aptos para o ofício é semelhante neste aspecto. que em seu caso nem sequer é necessário um exame detido para se chegar a uma decisão ou juízo (ver C. os feitos nobres claramente evidentes de alguns homens. ver também Hb 7. havendo emitido o juízo. Depois de um exame criterioso e o veredicto. mas que é mau: suas más ações estão a descoberto. Paulo está falando dos pecados. ou seja. de modo que. os feitos nobres de homens que são aptos para o ofício. Vol. I). b.N. Portanto. os pecados de homens que não são aptos para o ofício. tão conspícuos ou óbvios.os feitos nobres de homens que são aptos para o ofício . Expressamente.oi.234 1 TIMÓTEO 5. ele divide o segundo grupo principal . em duas subdivisões: a. Os pecados desses homens agora foram descobertos. b. os pecados claramente evidentes de alguns homens. os feitos não nobres claramente evidentes de outros homens. já não resta dúvida alguma da falta de aptidão dos mesmos para o ofício. os pecados que não são claramente evidentes de outros homens (isto está mais implícito do que explícito). Seus pecados os seguem (literalmente. com respeito ao primeiro grupo. Ao considerar seu caso para chegar a uma decisão. 25 No versículo 24. ele divide o primeiro grupo principal. E. Mesmo no caso excepcional em que não fazem evidentes de imediato. Há algumas viúvas. como regra. Quanto às viúvas que se acham em necessidade. como já se demonstrou (ver p. com toda pureza. que passam a viver nos prazeres. a regra é que mesmo no caso de homens tais que não se mostram de imediato. há viúvas que têm filhos e netos que p o d e m proverlhes sustento. Paulo está tentando estabelecer este ponto: se ele tiver o devido cuidado e não se precipitar na ordenação de homens para o ofício (ver v. Essas. C o m vistas ao incentivo de Timóteo que. estão espiritualmente mortas. são piores que os infiéis. Se negligenciam seu dever. Devem receber tanto apoio moral quanto físico. o qual pode ser parafraseado assim: Quanto aos membros que necessitam de conselho pastoral ou correção. você (Timóteo) deve tratá-los como o requer sua idade e seu sexo: Admoeste um homem [mais] idoso como se fosse seu pai. Síntese do Capítulo 5 Ver o Esboço no início deste capítulo. era por demais tímido. Deus tem prazer em tal atitude. as mulheres [mais] jovens. Estes devem quitar aquela dívida que contraíram ao serem eles criados por elas. devem honrar e dar assistência às que são realmente destituídas de amparo. as mulheres [mais] idosas.3-7 235 caso Timóteo. O Objeto de sua constante esperança e oração lhes será provido por meio da igreja. N e m é preciso acrescentar que tais viúvas não merecem ser honradas pela igre- . Em geral. como a mães. não podem permanecer ocultos. Entretanto. E a viúva que carece de meios ile sustento que devem ser assistidas pela igreja. c o m o a irmãs. em todo caso. se são ou não aptos. não necessita temer que as qualidades ocullas continuem ocultas. contudo. ainda que fisicamente vivas. um exame cuidadoso o conduzirá a conclusões válidas. os homens [mais] jovens. como a irmãos.1 TIMÓTEO 6. então Timóteo não se verá envolvido nos pecados de outros homens. 22). os feitos nobres (ou obras excelentes) que adornam a vida desses homens serão claramente evidentes. As averiguações e perguntas adequadas os farão vir à superfície. de forma clara. terá bons presbíteros nas igrejas de Iileso e suas cercanias. 48). Ora. (esta é uma conjetura acerca da natureza de sua obra). se há alguma mulher crente que possua meios.9. que se ponha em alguma relação de responsabilidade para com as viúvas desamparadas. Também amiúde põem as atividades sociais acima das atividades do reino. e deve receber honra duplicada caso execute bem sua tarefa. levá-las à comunhão.236 1 TIMÓTEO 4. incorrendo. você não deve engajar viúvas jovens. estas não devem ter menos de 60 anos de idade. note o seguinte: O presbítero deve ser honrado por causa de seu ofício. Isso recebe ênfase especial com respeito aos "ministros". Quanto aos presbíteros. E necessário que eu adicione isso. boas hospedeiras. Por isso. portanto. devem ter sido esposas fiéis. isso não significa que não há oportunidade para as viúvas jovens na obra do reino. de modo que ao visitarem diversos lares aparentemente com o intuito de ministrar orientação. Isso é honroso e removerá suspeita e calúnia. Por exemplo. benfeitoras bondosas. que se casem novamente. prepará-las para o batismo. porque a experiência tem provado que em muitos casos elas se inquietam e quebram o compromisso de trabalho devotado à igreja. com vistas a qualificá-las para obras tais como ministrar bom conselho às mulheres mais jovens. em suma têm de ter dado provas de sua aptidão para essa posição. É preciso evitar isso por todos os meios. Enfatiza constantemente tais regulamentações a respeito do dever da igreja e dos filhos e netos para com as viúvas. 10 ja. homens que labutam na prega- . Há trabalho para todos. etc. Não obstante. que as ajude para que a igreja não seja sobrecarregada e estejam em melhores condições de auxiliar as viúvas que não recebem sustento de ninguém. Assim causam mais dano que benefícioé provocam escândalos. que as viúvas jovens cumpram seu desejo natural. pois estou a par de certas viúvas que se têm desviado do honroso curso com o fim de seguir Satanás. e futuros presbíteros. mães sábias. Ao apresentar-se-lhes boa oportunidade. Que tenham uma família e a administrem com propriedade. em culpa. realmente não fazem outra coisa senão tagarelar e intrometer-se nos assuntos de outrem. bem como para toda e qualquer mulher. Para este tipo de obra. ministrar orientação aos órfãos. quanto às viúvas e sua obra. em vez de serem engajadas para tais obras do reino. Mas. Não beba apenas água. para que você observe essas diretrizes sem preconceito. se farão evidentes posteriormente.1 TIMÓTEO 6. . porque diz a Escritura: "Não amordace o boi quando está debulhando" (Dt 25. são geralmente tão claramente evidentes. Conserve-se puro. e se não se tornam evidentes antes. Não deve permitir a influência de considerações subjetivas.) Em conexão com os homens que estão sendo considerados para algum ofício. você não deve preocupar-se indevidamente. Assim não será responsável com ele pelos males que venha a cometer no futuro. (Incidentemente.7). seus feitos nobres.3-7 237 ção e no ensino. e se não antes. as mesmas não devem ser aceitas a não ser que sejam endossadas por duas ou três testemunhas. seus pecados. se tornarão evidentes depois da investigação. Acerca de acusações contra um presbítero. Não se apresse a ordenar um homem. os quais os desqualificam. se o pecado fica claramente determinado. com freqüência se fazem evidentes mesmo antes de começar-se uma investigação de seu caráter. ainda antes da investigação. Deve-se respeitá-los de forma elevada e prover-lhes de forma generosa.4) e "O trabalhador é digno de seu salário" (Lc 10. unia vez que exerça a devida prudência. mas use um pouco de vinho por causa de seu estômago e suas freqüentes enfermidades. o homem que o cometeu deve ser reprovado na presença de todo o consistório para que os demais presbíteros se encham de piedoso temor diante de Deus e de (Visto Jesus e dos anjos eleitos. E no caso de homens que são aptos. cuide também de seu corpo. os quais revelam que são qualificados. No caso de homens que não são aptos. Escrevendo a Timóteo. O próprio Timóteo ("Guarde o depósito!") . Mestres de novidades que aspiram a fama e riquezas G.11-16 6. O próprio Timóteo ("Guarde a comissão!") H.2 6.17-19 6. Ministra Diretrizes para a Administração da Igreja Diretrizes com Respeito a Certos Grupos e Indivíduos Definidos (continuação) 6. 21 E. Pessoas que são ricas em termos desta presente era I. Escravos F.1.ESBOÇO DO CAPÍTULO 6 Tema: O Apóstolo Paulo.20.3-10 6. os escravos. Tornavam-se escra89. senão que os sirvam ainda melhor por serem crentes e amados. p o r í ô i o ç (aqui Lõíouç) p e r d e u a l g o d e sua força. ele começa falando de escravos reais. ou seja.T. Ensine essas coisas e insista.1 6 1 Quantos estão sob [o] jugo. O u s i m p e s m e n t e " s e u s " . que não considerem esses [senhores]. II. Estima-se que em Roma um terço da população pertencia a essa classe social. Vol. havendo reciprocidade nesse lipo de serviço. Com freqüência ela possui o último significado. É O mundo romano estava cheio de escravos. porque são irmãos. que considerem seus próprios senhores como dignos de toda honra. ou seja. . Paulo diz: 6 . semelhante ao que exercia sobre seus animais de jugo. Prosseguindo com suas admoestações com respeito a grupos denIro da comunidade cristã. pois. não servos.N. sobre João. os escravos.CAPÍTULO V I —<$>— 1 TIMÓTEO 6. Em nossa passagem. 2 1. nota de rodapé 184). óbvio que nessa passagem a palavra usada no original (ÕOÜÀOL) significa escravos. como é evidente à luz do fato de que ele define o conceito. com menos respeito. a fim de que o nome de Deus e a doutrina não sejam vituperados. que considerem seus próprios89 senhores como dignos de toda honra. dizendo: "quantos estão sob [o] jugo".1. 2 E os que têm senhores crentes. O poder de um senhor sobre seu escravo era quase absoluto. Quantos estão sob [o] jugo. e mesmo na presente passagem o apóstolo está tentando o melhor de si para converter um escravo em servo amado (ver mais em C. o mordomo e o cozinheiro. ou c. e na epístola a Filemom. A alforria não era algo inusitado. por causa de alguma dívida. Tito 2. ou podiam até mesmo ser crucificados. ou b. Estes podiam ser condenados a trabalho forçado.às vezes um elevado grau . a amizade de Plínio e seu "escravo" Zósimo). Ele não defendeu a rebelião franca por parte dos escravos nem a continuação do status quo. propôs-se a destruir a própria essência da escravatura com todos seus males cola- . Não só o bárbaro. Com o ingresso da religião cristã na estrutura da sociedade romana surgiram problemas difíceis. a opinião pública com freqüência servia como uma espécie de freio à justiça e crueldade intoleráveis. A lei romana não proibia os senhores de tratar mal os escravos.. Portanto. bem como em Efésios 6. pagando uma soma de dinheiro que fora acumulando progressivamente mediante a liberalidade de seu senhor ou como resultado de serviços "extraordinários" pelos quais tal escravo era dado a seu deus mediante uma cerimônia celebrada no dia da emancipação. dando-lhes liberdade e até tornando-se seus amigos "(cf. 10 240 vos: a. Em vez de favorecer algum desses extremos.22-4. por exemplo. por haverem sido vendidos por seus pais como escravos. ser açoitados. se eram considerados ladrões ou fugitivos). Evita os extremos que poderiam causar dano ao escravo e ao senhor e desonrar a causa da religião cristã. Não obstante. Entre esses escravos havia alguns que haviam adquiridos certo grau . em muitos casos conhecidos por terem sido encontrados registros por escrito. ou e. Permitia-se ao escravo que comprasse sua liberdade. como homens condenados. não surpreende que Paulo trate de diversas fases da escravatura em passagens tais como a que ora consideramos. Colossenses 3. Além disso. ou d.de cultura. os romanos tratavam seus subordinados com uma justiça notável. Com freqüência os escravos tinham seus próprios escravos. ser presos.190 1 TIMÓTEO 4. Amiúde os escravos eram libertados no testamento de seus senhores. e desse deus ele recebia a liberdade e a quem sentia-se perenemente devedor. muitos nasciam escravos.9. por causa de rapto (mal que ainda se pratica em algumas partes do mundo). Seu caminho para uma solução é digno de elogio em razão de sua evidente sabedoria. ser marcados na fronte (por exemplo.1. como prisioneiros de guerra. Além disso. mas ainda o médico da família podia estar "sob jugo".5-9.9. Esse método. T r e n c h . bem como suas instruções. 2 4 . Assim também a crueldade e brutalidade de alguns senhores se converteriam em bondade e amor. 2Tm 2. Acerca desses sinônimos.4). com menos respeito. Até onde é possível respeitar assim ao senhor. 1 . E assim aqueles que se encontram debaixo de jugo considerem a seus senhores (plural de "déspota". 2 9 . At 4 . o ensino do evangelho. D e v i d o à ê n f a s e q u e esta p a l a v r a " d é s p o t a " p õ e n a a u t o r i d a d e i l i m i t a d a . 2. era. "Que o escravo honre a seu senhor. Rm 2. não obstante. porque são irmãos. 10 241 trrais por via indireta.9. 90.5. caso os escravos os tratassem com desdém e com espírito de rebelião. par. A revelação redentora de Deus em Cristo. A graça de Cristo. que o escravo o faça para que o nome de Deus e a doutrina não sejam vituperados (literalmente. ver R. "blasfêmia"." I isse era o princípio. que não considerem esses [senhores]. ainda que mantivesse a escravatuia em sua forma externa. Is 52.190 1 TIMÓTEO 4. a forma mais segura e digna de encômio de trabalhar em prol da meta final da completa abolição dessa horrível instituição desumana. Um problema peculiar surgiu com respeito aos escravos crentes que tinham senhores crentes. Tito 2. integridade e laboriosidade. Synonyms Of The New Testament.24). cf. em outros termos. palavra essa que ainda mais que kuríos enfatiza a autoridade que o senhor linha sobre seu escravo 90 ) como dignos de toda honra (ver nota 82). quanto ao substantivo relacionado. E nada é mais importante que o nome de Deus e sua doutrina! Estes não devem ser expostos ao ridículo ou ao abuso (cf. é u s a d a t a m b é m c o m r e s p e i t o a Deus ( L c 2 .9. havendo reciprocidade nesse tipo de serviço. a desonestidade e a indolência de muitos escravos seriam substituídas por serviço honrado. Tinha o propósito de destruir a escravatura sem declarar guerra para consegui-lo. Diz Paulo: E os que têm senhores crentes. o nome de Deus. . 1 0 ) e Cristo ( 2 P e 2 . ver comentário sobre l T m 6. xxviii. operando de dentro para fora. Assim a má vontade. Que ambos tenham em mente que para Deus não há acepção de pessoas. seriam desprezíveis ante os olhos dos senhores. que é sempre o método de Deus. Ap 6 . e que o senhor seja bondoso para com seu escravo. C. não sejam blasfemados. mas que lhes sirvam ainda melhor por serem crentes e amados. agiria como o fermento penetrante que transformaria toda a massa.21. Jd 4). bem-amados.54 e A t o s 2 0 . N. N o N o v o T e s t a m e n t o . sobre lTs 2. A s i n t e r p r e t a ç õ e s q u e n ã o p o s s o aceitar s ã o : (1) devotar-se a. E s t r e i t a m e n t e relac i o n a d o c o m e s t e é o s i g n i f i c a d o q u e p o d e ser a t r i b u í d o ao v e r b o a q u i em 1 T i m ó t e o 6 . A t r a d u ç ã o p r o p o s t a é: " p o r q u e a q u e l e s q u e se b e n e f i c i a m p o r seu s e r v i ç o s ã o c r e n t e s e b e m . não deve imprimir só na mente das pessoas e dos presbíteros. 2 : ter reciprocidade. e m a p o s i ç ã o a "crentes" e " b e m . E não só por essa razão deveriam os escravos servir melhor a tais senhores.24. Timóteo precisa ensinar essas coisas.pcívó[ievo 0 a responsabilidade de dar uma retribuição (CÍVTÍ. empenhar-se em. R o b e r t s o n . palavras essas que se acham na posição de predicado.N. o imperativo presente de ambos os verbos provavelmente aponte na direção da necessida91. f a z . I s s o se a f a s t a d e m a i s da idéia c o n t i d a no p r e f i x o . E assim o apóstolo recomenda a atitude exatamente oposta: se o escravo se encontra numa posição excepcionalmente privilegiada.a m a d o s . G r a m . lhe seja inferior no larl Tal atitude geraria problemas em toda parte. E m L u c a s 1. A . . Além do mais.s e j u s t i ç a à idéia c o n t i d a no p r e f i x o àvzí. Deve tanto insistir sobre quanto ensinar essas coisas.242 1 TIMÓTEO 5. então que ele preste um serviço excepcional! Os senhores cristãos são irmãos em Cristo. p a r a u m a e x p l i c a ç ã o d i f e r e n c i a d a ) . 1 e 2) precisa ressoar nos ouvidos das pessoas. T . " M a s isso c o n v e r t e u m p r e d i c a d o e m s u j e i t o . de dizer ainda escravos? Tais escravos já não se tornaram servosl Ensina e insiste sobre essas coisas (ou: continue ensinando e insistindo). sucessivamente: ver.a m a d o s " . como é possível que eu seja igual a meu senhor na igreja (G1 3. daí o particípio completo ser kvxíXoí\i^oivó\icvoi) pela pronta e entusiasta cooperação dos escravos. 3 5 s i g n i f i c a ajudar ( p r o v a v e l m e n t e : s e g u r a r a l g u é m p a r a si. porém.28) e. 25 O escravo cristão que tinha um senhor cristão poderia sentir-se inclinado a dizer em seu coração: "Se meu senhor é realmente cristão. mas também porque esses são bons e considerados. A s s i m . Não obstante. os bons feitos). Quanto a isso. amados tanto pelos demais crentes quanto por Deus (ver C. Temos. contudo.8). mas também na vontade deles. Estão tomando sobre si (Àa|j. Os empregadores cristãos são aqueles em quem há "reciprocidade 91 nesse tipo de serviço" (literalmente. O que Paulo esteve dizendo com referência aos escravos (nos vv. A c l á u s u l a " h a v e n d o r e c i p r o c i d a d e n e s s e tipo d e s e r v i ç o " está c l a r a m e n t e n o p r e d i c a d o . tendo um senhor crente. com é possível que me mantenha como seu escravo? Sua religião não parece muito profunda. São crentes.T. (2) beneficiar-se por.T. esse v e r b o a p a r e c e três v e z e s (na v o z m é d i a ) . p o r é m . contrariando totalmente certas tendências modernas. nada conhecendo.7. Significados derivados são: apelar a. 93.9.2. 6.1. [como é bem evidente] que nada podemos levar dele. tais como: "Irmão José. [fontes] das quais procedem invejas. em alguma medida. 10 243 ilo de uma repetição constante: continue ensinando e continue insistindo. suspeitas ignóbeis 5 e altercações mútuas entre homens depravados na mente e privados da verdade. os quais imaginam que a [prática da] piedade é lucro. O segundo verbo tem o sentido básico: chamar alguém para o lado. e que o único método justificável de chegar.92 1 Porque nada trouxemos para o mundo. consideremos estes como suficientes. 2.exemplos do l )2. Tito 1. a saber: a [prática da] piedade com suficiência na alma. e da doutrina que se harmoniza com a piedade. admoestar. Ver t a m b é m n o t a 94. e algumas pessoas. injurias. exortar. está cego por presunção.3-10 3-5. animar ou consolar. 2. 10 Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Se alguém ensina diferentemente. 5. e da doutrina que se harmoniza com a piedade. em sua aceitação e aplicação à vida! Ver Também 4. 2. o apóstolo é definitivamente contrário à opinião de que todas as proposições relativas à religião e à ética são necessariamente subjetivas e relativas. 6 E é um grande lucro. O u : " c o m c o n t e n t a m e n t o " . " . e não se apossa das sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo. 2 Timóteo 4.1 TIMÓTEO 4. 3 Se alguém ensina diferentemente. à verdade é o de fazer perguntas.9. insistir.6. 8 Mas tendo nutrição e abrigo. O u : " c o m e s t e s e s t e j a m o s c o n t e n t e s .15. correndo para ele.3. Ver também 1 Timóteo 1. e não se apossa das sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo. os quais precipitam os membros da raça humana em ruína e destruição. 4 está cego por presunção. O que é especialmente importante aqui é que. se têm bandeado da fé e se têm traspassado com numerosas angústias. qual é sua opinião sobre isso?" Paulo aceitara certas proposições definidas que considerava ser a verdade de Deus! Ele quer que isso seja ensinado! E solicita a Timóteo que insista. Da doutrina sadia e intensamente prática de Paulo . Aqui o sentido que melhor condiz com o contexto é insistir. mas [está] possuído de mórbido anelo por controvérsias e disputas por palavras. contendas.1. rogar.11 e 5. 93 9 Mas os que são ávidos por ficar ricos caem em tentação e em laço e numerosos desejos tolos e nocivos. vv. 4. 25 que acabamos de dar . nesse sentido. aproximar-se.2. o verbo.5. 20). naquele capítulo. Um ouvinte dominado pelo entusiasmo se apossará do orador ou se unirá a ele. 2Tm 3. Tt 2. 3) disputas (v. ver sobre lTm 2. ou seja. enfumaçada. 11. 4) sãs palavras (v. 6. e o advérbio. que é favorecido pela evidência textual tanto interna quanto externa) tem aqui um sentido que não está longe de seu sentido primário: chegar. lTm 5. 3) controvérsias (v. 6. "sãs". Aqui temos duas idéias combinadas: a obtusidade moral e espiritual e a presunção. 8. 3) ensina diferentemente (v. Ele não só concordará.6). Este conceito é verdadeiro em relação a todo dissidente que "não se apossa das sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo". "sem contágio" e. Aqui parece significar apossar-se. 3) ensinem diferentemente (v. as verdades puras e perfeitas. 3) Mestres de novidade e meticulosos! O apóstolo estava plenamente familiarizado com eles. Um mero ouvinte pode concordar mentalmente com as palavras do orador.16. Tt 1. obscurecida (ver sobre lTm 3. perturbada. mas expressará tal concordância. 10) Capítulo 6: alguém (v. essas "palavras" constituem a "doutrina que se harmoniza com a piedade". O próprio contraste faz com que Paulo volte ao tema do capítulo 1 (ver especialmente. 3. 19. 4) sã doutrina (v.12). 2Tm 3. . Cf. O verbo usado no original (npoaépxexca. unir. que saíram dos lábios de Cristo e foram exemplificadas em sua vida e em sua morte. Esta doutrina é a expressão da atitude interior de "completa devoção a Deus". Note a similaridade entre os dois parágrafos: Capítulo 1: certos indivíduos (v. sem deterioração.5. de piedade (para este substantivo. A primeira é o resultado da segunda. por certo.às disputas infrutíferas de falsos mestres havia. harmonizar. ou seja. Consideradas como um todo. Ele "repetirá a mesma melodia". Revestir-se-á de coragem e começará a proclamar "as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo". Avidamente chegará à mesma fonte e beberá da mesma água.24.244 1 TIMÓTEO 5. Tal pessoa está "cheia de fumaça". qualquer especialista em especulações aparentemente plausíveis sobre os antepassados. 37.7.1. uma longa distância. está "cego por presunção". Isto é mais forte que consentir ou concordar com.4. Ele enfatiza que qualquer vendedor ambulante de volumosas trivialidades sobre a lei de Moisés.12. Ao viver num mundo mental." Ao que outro poderia responder: "Não. 2 245 Ora.a p e n a s o n t e m ! . no dia de sábado. se nega a tomar posse da doutrina que se harmoniza com a piedade. Outros caroços não devem ser tirados. Daí Paulo continuar: nada conhecendo. Quando uma pessoa rejeita as palavras sãs ou saudáveis. se sentirá excitado por perguntas como esta: "E permissível. A pessoa atingida por tal enfermidade faz tempestade em copo d'água." Outra pessoa responderá expressando sua discordância e sua opinião contrária em termos não incertos. Então poderia haver outra pergunta: "Se é permissível tirá-los. 94 94." As vezes o mero nome de algum antepassado pode dar início a uma controvérsia. ela está completamente alheia à realidade. Mais ou menos no estilo ilustrado no Talmude. com o problema sobre o que fazer com os caroços de tâmaras deve voltar seu rosto para a parte posterior da cama e expelir os caroços com sua língua. O nome poderia converter-se em diversos anagramas. Ou. |fontes] das quais procedem inveja. contendas. moral e espiritual de sua própria feitura. o resultado é enfermidade. tirar os caroços de tâmaras?" Alguém poderia responder: "Os caroços de tâmaras a que aderiu alguma polpa podem ser tirados. onde e como devem eles ser lançados?" E a resposta poderia ser: "Devem ser jogados fora. mas [está] possuído de mórbido anelo por controvérsias e disputa de palavras. está impossibilitada de conhecer algo.1 TIMÓTEO 5. suspeitas ignóbeis e altercações mútuas entre homens depravados na mente e privados da verdade. poderia dizer: "A pessoa que depara. no dia de sábado. e isso poderia também suscitar uma calorosa discussão. E assim as cisternas rotas que não retêm a água deveriam ser substituídas pela fonte viva da Palavra de Deus. em sua cega presunção e obstinada dissidência. Tal enfermidade se revela em um "anelo mórbido por controvérsias e disputas por palavras" (ver sobre 1 Tm 1. o nome poderia levar alguém a recordar uma história que foi transmitida por tradição oral. um sugerindo isto. outro sugerindo aquilo.4). Mas uma história poderia contradizer a outra. devem ser jogados debaixo da cama." Ou.1. a pessoa que. injúrias.e n t r e os i n f r a l a p s a r i a n o s e x t r e m a d o s e os s u p r a l a p s a r i a n o s . I s s o p o d e r i a ser c o m p a r a d o c o m a s c o n t r o v é r s i a s m u i t í s s i m o f ú t e i s n o s c í r c u l o s d o s r e f o r m a d o s . q u e m c r ê . O r a . O u c o m o s " c a l o r o s o s " d e b a t e s a i n d a e m v i g o r s o b r e a i d a d e d a terra. teve um dia de êxito. Quando o "enfuree x t r e m a d o s . A mente do indivíduo invejoso está saturada de desconfiança e pressentimentos. p o r é m o expressam de f o r m a distinta. que se considerava intimamente relacionada com Ares (Marte). injúrias.e não Deitai .246 1 TIMÓTEO 5. diríamos que Eris. o s d o i s o p o n e n t e s à s v e z e s q u e r e m d i z e r a m e s m a c o i s a . Um dos disputantes. Enquanto em nosso idioma ela se refere a uma linguagem insultuosa contra Deus ou contra as coisas religiosas. Acredita que há uma "razão oculta" por detrás de cada movimento da pessoa que considera como sua antagonista. o deus da guerra. No presente caso. d. insulto. "Tudo parece ruim para quem tem o olho deformado" (Pope). é evidente que o sentido é o segundo: palavras depreciativas e insolentes dirigidas contra o oponente humano. tal enfermidade é contagiosa. de cada palavra. Daí Paulo apresentar seus frutos amargos: a. Começa suspeitando de cada ação de seu oponente. " O u t r o insiste c o m igual f i r m e z a : "A E s c r i t u r a não r e c o n h e c e condições. 25 Há quem parece deleitar-se em tais sutilezas. l o g o f i c a r i a c l a r o q u e a d i s p u t a era tuna batalha de palavras. alg u é m p o d e r i a a f i r m a r : " A o b t e n ç ã o d a s a l v a ç ã o está condicionada à f é . Deixa-se dominar por uma maligna má vontade. de peçonhento rancor contra o vencedor. A palavra grega empregada é blasfêmias. c. P a r a usar u m a i l u s t r a ç ã o atual. de cada gesto. e se o s e g u n d o m e m b r o da d i s p u t a e s t i v e s s e d i s p o s t o a a d m i t i r q u e ( p e l o m e n o s no c a s o de q u e m c h e g o u à i d a d e da r a z ã o ) o e x e r c í c i o da fé é indispensável p a r a a s a l v a ç ã o . e. Naturalmente daí procede amarga discórdia. Esta resulta da inveja. e q u e é o homem . começa a debilitar-se. Mas no grego esta palavra tem um sentido um pouco mais amplo que em inglês [e em português]. a deusa da Discórdia. Um está sempre contradizendo o outro. A pessoa prejudicada na discussão não quer admitir a derrota. nas batalhas de palavras. difamação. nas d i s c u s s õ e s d e s s e c a r á t e r n a u s e a b u n d o . suspeitas ignóbeis." M a s se p e l o m e n o s o p r i m e i r o m e m b r o da d i s p u t a e s t i v e s s e d i s p o s t o a a d m i t i r q u e D e u s s u p r e o q u e ele e x i g e . altercações mútuas ou fricções incessantes. . ou seja. Se usarmos a linguagem da mitologia. I).24. uma irreverência desafiante (ver comentário sobre o v. atingido pela derrota. inveja. contenda. Além do mais. no original se refere a insultos dirigidos a Deus ou ao homem. de m o d o q u e o e x e r c í c i o da fé é s e m p r e o r e s u l t a d o do d o m d i v i n o . b. os seguidores do erro. A inveja. porém simula tranqüilidade mediante a aparente impenetrabilidade de sua conduta. contendas. "ferve" por dentro. Os que praticam tais coisas vivem tão completamente ocupados consigo mesmos e com seus próprios interesses. por fim. Esse egoísmo é evidente também à luz do fato de que o apóstolo os qualifica como homens. sobre 1 e 2 Tessalonicenses. maliciosas e desdém tenuamente veladas. A mente depravada se opõe à verdade e recebe de bom grado a mentira. os quais imaginam que a [prática da] piedade é lucro. Tal conduta e seus amargos frutos são marca de homens "depravados na mente e privados da verdade". suspeitas ignóbeis e altercações mútuas conduzem à esterilidade mental. As duas pessoas "se incomodam mutuamente" (note a idéia radical no original). para discutir outras questões "religiosas". a saber.) 6. injúrias.1 TIMÓTEO 6. se corromperam. revelada em sua Palavra. ou arde por dentro. Não obstante. com respeito a este precioso dom. Tais disputas estão saturadas de provocações obscenas. Está vingativamente exasperado. de tal maneira que agora chegaram ao estado permanente de "depravação mental". para que pudesse refletir nas coisas elevadas da vida. moral e espiritual. até que.T. "dia-para-tribes"). ou também de insinuações ocultas. no sentido desfavorável do termo (no original. Foi o próprio Deus que dotou o homem com inteligência. que no coração deles não há tempo nem lugar para Deus e para sua verdade revelada. indiretas. 7.N. . quem possui uma mente assim chega ao ponto de ser completa e permanentemente separado da verdade: a revelação objetiva de Deus. insultos ferinos e invectivas ardentes. sedento de "sangue". ele assume uma de duas atitudes: ou seu olhar lança chamas e ameaças. a inteligência.3-7 247 cido" amante de novidades volta a encontrar seu oponente. (Para a atitude de Paulo com respeito à questão de receber remuneração pelo labor evangelístico. Suas discussões religiosas freqüentemente adquirem a natureza de diatribes. No ínterim cobram tarifas exorbitantes pela "instrução" (?) que transmitem. ver C.16). Não obstante. de Éfeso e suas cercanias. Praticam uma "piedade" externa com o fim de tornar-se ricos (não só com o fim de ganhar a vida). está eonvulsivamente agitado. Fazem uma exibição de sua "religião" (ver sobre lTm 3. A pessoa realmente piedosa não se interessa por enriquecer. 20). A p a l a v r a u s a d a n o original p o d e r i a ser t r a d u z i d a m a i s l i t e r a l m e n t e " a u t o . Filipenses 4. (3) A p a r t í c u l a é r e c i t a t í v a ou t e m o s e n t i d o " p o r q u e o d i z p r o v é r b i o " . n e m c o m o f o i q u e m e s m o as m a i s a n t i g a s t e n t a t i v a s de " c o r r i g i r " o t e x t o retiveram a partícula. Usada em sentido desfav o r á v e l . a [prática da] piedade com suficiência da alma. certeza da salvação. 95. No s e n t i d o f a v o r á v e l . " A p e r g u n t a é: Q u e d e v e m o s f a z e r c o m a p a r t í c u l a OTL? S o l u ç õ e s p r o p o s t a s : (1) A p a r t í c u l a é s u p é r f l u a (E.e é acompanhada por . S c o t t ) . Daí. era d e e s p e r a r . a saber. O b j e ç ã o : E s t a é u m a s a í d a fácil. com respeito a essa vida genuinamente piedosa. OTL e n e m p o d e m o s tirar n a d a d e l e . arrogante). Por isso. W e i s s . O b j e ç ã o : N e s t e c a s o . o o r i g i n a l diz: " p o r q u e n a d a t r o u x e m o s ao m u n d o . alegria espiritual. (2) A p a r t í c u l a d e v e ser t o m a d a n o s e n t i d o c a u s a i : " p o r q u e n a d a p o d e m o s l e v a r d o m u n d o . n a d a t r o u x e m o s p a r a e l e " (nesta linha. L e n s k i ) . O b j e ç ã o : Isso não cabe na seqüência lógica do presente p e n s a m e n t o nem é a d e q u a d o à evidente fonte do dito veterotestamentário.95 A pessoa realmente piedosa tem paz com Deus.10-13. Paulo continua: E ela é um grande lucro. Porque. convicção de que "para os que amam a Deus.suficiência da alma. L i t e r a l m e n t e . 25 Ela possui recursos interiores que lhe proporcionam riquezas muito maiores que as que a terra pode oferecer. P o r m e i o de u m a t r a n s i ç ã o s i m p l e s . para os que foram chamados segundo seu propósito" (Rm 8. (4) OTL oúôe d e v e r i a s e r oúS' OTL: " n ã o f a l a de não p o d e r l e v a r n a d a " (Isto é f a v o r e c i d o p o r . A p a l a v r a é e m p r e g a d a no N o v o T e s t a m e n t o no s e n t i d o f a v o r á v e l .19. o a n t ô n i m o c o r r e s p o n d e n t e seria humildade. Esta vida cristã emana da fonte de . o que é evidente à luz do fato de que nada trouxemos ao mundo. todas as coisas cooperam juntamente para o bem. S c o t t n ã o e x p l i c a c o m o esta p a l a v r a s u p é r f l u a foi introd u z i d a . Esta é a vida de verdadeira devoção a Deus. No N o v o T e s t a m e n t o a p a r e c e s o m e n t e a q u i e em 2 C o r í n t i o s 9. [justamente como é evidente] que' 6 nada podemos levar dele. s e n ã o f o s s e o f a t o d e q u e e m n o s s o i d i o m a essa p a l a v r a é a m b í g u a . L o c k m e n c i o n a esta c o m o u m a d e n t r e a s várias p o s s i b i l i d a d e s . que jamais podem satisfazer a alma (Lc 12.8).s u f i c i ê n c i a " . B e l s e r . p o r q u e p o d e ser usada em sentido favorável (capacidade inerente e adequada para esta ou aquela atividade) ou em sentido desfavorável (satisfeito consigo m e s m o . seu a n t ô n i m o é impotência espiritual ou pobreza de espírito. ela não sente necessidade de "muitos bens [terrenos] guardados para muitos anos".8. Cf. Ela vive contente com o que tem.248 1 TIMÓTEO 5.s e q u e e s t i v e s s e n o início d a p a r á f r a s e v e t e r o t e s t a m e n t á r i a . F. 96. esta a d m i r á v e l suficiência da alma c o m e ç a a incluir o e l e m e n t o contentamento.24. E de "proveito em todo sentido" (ver comentário sobre 1 Tm 4. e n ã o no m e i o .28). as possessões terrenas não pertencem à "alma". l h e um s e n t i d o s i m i l a r a " a s s i m c o m o " .V. "víveres e roupas").14. O que é condenado é o anseio por riquezas materiais. Ele não é estóico. Tais pessoas caem em tentação.9. C o m e n t á r i o : E s t a s o l u ç ã o n ã o está s u j e i t a à s o b j e ç õ e s a p r e s e n t a d a s c o n t r a a s d e m a i s . Paulo não condena o "desejo" como tal. E x p r e s s o n a f o r m a c o m p l e t a . 8. 4 6 ( v e r C . Além do mais. tendo roupa. (5) As d u a s f r a s e s da o r a ç ã o c o m p o s t a e s t ã o f r o u x a m e n t e c o o r d e n a d a s . não busquemos uma tenda ou uma casa na qual vivermos. como se faz evidente à luz do que se segue: 9. e nu voltarei" (Jó 1. 10 É claro que o apóstolo está pensando no famoso dito de Jó: "Nu saí tio ventre de minha mãe. cristão. m a s t a m b é m sua p o s i ç ã o d i a n t e d e oúõc. Ec 5. (A palavra no original significa provação ou tentação. O desejo de satisfazer as necessidades do corpo não é condenado. Nossa palavra "nutrição" é suficientemente abrangente para incluir todos os artigos alimentícios necessários para manter a vida física. Ver t a m b é m A. assim como é evidente q u e n a d a p o d e m o s l e v a r d e l e " ( e s t a n d o i m p l í c i t a s a s p a l a v r a s e m itálico). cf. Para "nutrição e abrigo" o original tem o plural (cf. Mas os que são ávidos por ficar ricos caem em tentação e em laço e numerosas cobiças insensatas e nocivas. O que ele condena é o desejo de ser rico. c o m p o u c a d i f e r e n ç a no s e n t i d o r e s u l t a n t e . assim como a palavra "abrigo" indica o que é necessário para a proteção externa do corpo. conta c o m oposição da evidência textual. Mas tendo nutrição e abrigo. E esta ou a (6). O Senhor não exige de nós que. I). ) Objeção: rs to t a m b é m não concorda c o m a fonte evidente do dito veterotestamentário. N . N o t e o u s o e l í p t i c o de OTL em J o ã o 6 . (6) A q u i t e m o s o u t r o c a s o de e x p r e s s ã o a b r e v i a d a . t a m b é m L o c k . E s t a é a s o l u ç ã o p r o p o s t a p o r Dibclius e Bouma. Vol. elas discerniram corretamente o p e n s a m e n t o que o apóstolo (que a m i ú d e a b r e v i a ! ) p r e t e n d i a dar. sim. e. o p e n s a m e n t o p o d e r i a ser a s s i m r e p r o d u z i d o : " P o r q u e n a d a t r o u x e m o s ao m u n d o . b a s e a d a no Textus Receptus. Esta. T . não nos esforçaremos pela obtenção de riquezas terrenas. P o d e r i a ser a c o r r e t a . A i n d a q u e o s t e x t o s p o s t e riores i n t r o d u z i s s e m e r r o n e a m e n t e a p a l a v r a evidente ou certo.. consideremos estes como suficientes (ou: com estes estaremos contentes). Por isso.249 1 TIMÓTEO 4. e x a t a m e n t e c o m o está n o t e x t o d e N . de m o d o q u e a OTL aqui d e v e i m p r i m i r . cf. 15).21. N . O original ("abrigo" ou "com que cobrir-se") com toda a probabilidade inclui a habitação onde o homem reside. tanto externa c o m o internam e n t e . . f a v o r e c e n ã o s ó a r e t e n ç ã o d e o u . O P a r r y . c o m o se o o r i g i n a l c o n t i v e s se esta palavra. A tradução "comida e roupa" é menos exata. s o b r e J o ã o . como se estas pudessem satisfazer a alma. assim como a roupa que usa. Finalmente. ver C. e provavelmente sirva para fixar mais solidamente na mente o provérbio. etc. os termos ruína e destruição são ambos derivados de um verbo cujo significado secundário é perder. a sentença é notável em virtude de sua bela aliteração.24.) Como um laço (ver sobre l T m 3.250 1 TIMÓTEO 5.N. Note o caráter progressivo e culminante do movimento que é aqui retratado.6. Cf. 12. Logo perdem pé e caem em tentação e em laço e em numerosas cobiças insensatas e nocivas. na terminologia atual. os lança nas terríveis profundezas. caia em numerosas cobiças. é um método insensato e nocivo (cf. é uma "encarnação de gordos dividendos". por sua vez. No presente caso. Quanto a exemplos.19-21. Um gênero de cobiça conduz a outro.7). poder. 26). Homens desventurados! Conduziram seu barco até a própria borda da catarata. Provérbios 28. Mt 20. popularidade. sobre João 12. 24-26.2. o qual. são arroladas como as quais precipitam os membros da raça humana em ruína e destruição. 19. Mateus 6. o egoísmo.24. os homens cujo coração está assentado nas riquezas só experimentam perda.25. Primeiro. das quais o apóstolo fala. Tudo emana da mesma raiz." Estas cobiças. satisfação dos desejos da carne. a saber: a riqueza material. A recorrência constante à letra p (ir) capta a atenção dos olhos e dos ouvidos. como se disséssemos: "Os que vão após a opulência se precipitam a investigações malignas. Em vez do ganho que estavam buscando (ver v.1-6. que. essas cobiças os precipitam em ruína e destruição. O desejo de enriquecer faz com que o homem que. ciladas arriscadas e numerosas paixões perigosas.7) mantém um animal prisioneiro. ver o versículo seguinte. o sentido tentação é claro à luz do contexto.T. o pecado nunca anda só. paixões ou concupiscências. Tiago 5. No original.20. A pessoa que cobiça riquezas geralmente também anela por honra. No original. 5). Salmo 39. Além do mais. sendo o pior método possível para satisfazer realmente a "alma". assim a paixão incontrolável pelas riquezas fecha seus tenazes tentáculos sobre os que "cobiçam até o pó da terra" (Am 2. esses homens são descritos como desejando o mal. .26-28. comodidade. 25 exemplo clássico que ilustra primeiro um sentido e logo o outro é Tiago 1. além do mais. certamente não seria sábio aplicar a exceção. tem sido a causa de inumeráveis fraudes. homicídios e guerras. Ela levou o homem que possuía muitos rebanhos e tropas (na parábola de Natã) a roubar a única cordeirinha do homem pobre. o rico (de outra parábola relatada pelo Senhor) a negligenciar o pobre Lázaro. perjúrios. a mãe de toda impiedade. p o r e x e m p l o : "O a m o r ao d i n h e i r o é a metrópole de lodo o mal" (ou: " d e t o d o s os m a l e s " ) .V. R . por exemplo.190 1 TIMÓTEO 4. e os ricos opressores da epístola de Tiago (cf. 98. etc. Não se p o d e demonstrar q u e P a u l o e s t a v a " i n d u b i t a v e l m e n t e c i t a n d o " u m a m á x i m a s e c u l a r d e seu t e m p o . latrocínios. tais p e s s o a s c o b i ç o s a s v ã o a p ó s o dinheiro. abre d e s m e s u r a d a m e n t e suas fauces de o u r o " (Claudiano). R . divórcios. casamento por dinheiro. cf. Há outras raízes ou fontes de males além do amor ao dinheiro. o rico insensato (na parábola de Cristo) a enganar a si próprio pensando que tudo estava bem. B o u m a . 10 251 10. Mas. a "amargura" (Hb 12. envenenamentos. que é uma raiz.15. e A . No presente contexto. o jovem rico a afastar-se de Cristo. A situação exposta é correta: porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. quando isso poria conflito entre as palavras de Paulo e os fatos da experiência diária e com outras passagens da Escritura. H . A s . A perg u n t a é : A q u e f j ç s e r e f e r e ? A l g u n s i n t é r p r e t e s (C. indubitavelmente. como também se faz evidente à luz do que se segue: e alguns. V . C . A m á x i m a i n s p i r a d a traz à m e m ó r i a o u t r a s . mas.15). A. s e m p r e á v i d a p o r mais. m a s i n c o n s c i e n t e m e n t e se e s f o r ç a m m o v i d a s p e l o amor a o dinheiro. L e n s k i ) r e s p o n d e m q u e s e r e f e r e a (fnÀapyupLa. L i t e r a l m e n t e . t e n t a n d o a l c a n ç a r a l g u n s " . esta pecaminosa cobiça o tem levado a sofrer "muitos tormentos" (ver abaixo). B o u m a e x p l i c a isto d a s e g u i n t e m a n e i r a : c o n s c i e n t e m e n t e . 97 O apóstolo não diz que o amor ao dinheiro é a (única e exclusiva) raiz de todos os males existentes. ou "de todo gênero de mal". também Tg 1.9. a q u a l .9í< se desviaram da fé e se espicaçaram com numerosas dores. a q u a l t e m sido a t r i b u í d a a B i o n e a D e m ó c r i t o . Nenhum deles escapou ao castigo. sendo atingidos por ele. a avareza é uma raiz "de todos os males". 97. Ananias e Safira a mentir. Embora seja verdade que uma palavra não precisa estar sempre precedida pelo artigo o ou a para ser definida. E. Judas a trair seu próprio Mestre e suicidar-se. sim. Paulo está pensando especialmente nos membros da igreja. Am 2. " o qual (riç). A avidez por riquezas. no coração do homem.6. 7) a explorar os que trabalhavam para eles. C f . e: " E x p u l s a a avareza. M a s o s p r o n o m e s r e l a t i v o s ( e s p e c i a l m e n t e n o g r e g o k o i n ê ) s ã o f l e x í v e i s . e de Cristo Jesus que. traspassaram-se (como a pessoa que se traspassa com uma lança) com numerosas dores. Vol.252 1 TIMÓTEO 5. . ver sobre lTm 3. 13 Na presença de Deus que reveste de vida todas as coisas. da piedade. (Citado por W. os planetas. J. o aborrecimento. parecem vaguear. pois isso é precisamente o que um planeta é. p.24. sinto-me infinitamente triste. Elas têm vagueado da fé. No bolso de um homem rico que acabara de cometer suicídio foi encontrada a soma de trinta mil dólares e uma carta que em parte dizia: "Descobri. L i t e r a l m e n t e . Suas órbitas foram prefixadas. 99. IV. ver p. testificando diante de Pôn- r e g r a s q u e os r e g e m n ã o são d e m a s i a d a m e n t e rígidas. n o s i g n i f i c a do real. D a í . de modo a ser possível. a insatisfação. ou seja. A palavra planeta significa errante. a verdade confessada pela igreja (quanto a este sentido objetivo da palavra fé. fuja dessas coisas e corra atrás da justiça. c o n c e i t o q u e m e n t a l m e n t e t e m sido a b s t r a í d o de 4>LÀapYup[a. Maier. a inveja. ao agir assim. do amor. nas coisas que ora estão ensinando. homem de Deus. Entre essas dores se encontra a inquietude. literalmente. durante minha vida. da mansidão. Quando era um trabalhador comum em Nova York. 12 Lute a nobre luta da fé. t o d a v i a . porém. Não no sentido em que a terra ou outros planetas são "expelidos de suas órbitas designadas".1) dinheiro são como os planetas. que as altas somas de dinheiro não ocasionam felicidade. 20). Ora. eu era feliz. à qual f o i c h a m a d o e c o n f e s s o u a b e l a (ou excelente ou nobre) c o n f i s s ã o " . p. girando em torno do sol. E m b o r a g r a m a t i c a l m e n t e r\ç c o n c o r d e c o m cfnÀapyupía. A. da fé. 144). A s s i m t a m b é m N. na conduta exterior e ainda na confissão dos lábios. W h i t e (The Expositors Greek Testament. Elas têm se extraviado na atitude interior. 223. e prefiro a morte". da paciência. " planetado longe da fé" (àvíi\Xavr\Qr\aav). tome posse daquela vida eterna para a qual você foi chamado quando publicou a bela confissão" na presença de muitas testemunhas. a tristeza. essas pessoas têm se extraviado ou se desviado da fé. não para pior]. se r e f e r e a à p y ú p i o i ' . D. Tiro minha vida porque já não posso suportar mais a solidão e o aborrecimento. Essa é a razão de seu nome. Mas em relação às estrelas "fixas". 25 As pessoas que assim vão após (ou "aspiram ao". Agora que possuo milhões. Mas. ForBetter Not For Worse [Para melhor.) 11 Você. por meio de seis ou sete "elementos de uma órbita planetária" predizer exatamente onde no céu cada planeta estará. a e x p l i c a ç ã o n a t u r a l d e v e ter a p r e f e r ê n c i a . à vida piedosa. o Rei dos reis e Senhor dos senhores. homem de Deus. Rm 12. a saber: justiça. amor. II. Isto se lhe condiz como um "homem de Deus". cf. 101. s o b r e J o ã o . Elias.13.oawr)V. ele] o bendito e único Soberano. IPe 2. Ele é.11-16 í l . a lome de ouro.14. 103.1. deve " correr atrás" da justiça. O u .'Cr 8. Ora. O u .1. essa era a designação da pessoa a quem Deus confiava um elevado ofício (Moisés. Em contraste com os vícios que Paulo acaba de condenar (ver vv. E. Ver C .1. . seguramente. 3-10) estão as virtudes.12).20. 2Rs 1. as injúrias. N . T e n h o a s s i m t e n t a d o r e p r o d u z i r a m b o s os s e n t i d o s do o r i g i n a l e a a l i t e r a ç ã o : c o / r a iiti ás d a j u s t i ç a r e p r e s e n t a ÔÍUKC ÔIKAI. é isso num sentido especial. Davi. e que conduzirá à piedade.15. se cada cristão é um "homem de Deus". as quais Timóteo precisa cultivar: Você. tendo sido posto na posição de grande responsabilidade. . " o m a n d a t o " . porém. a descrição é usada com respeito a todo e qualquer crente. " o p r e c e i t o " . seu embaixador especial. ISm 2.m o estado do coração e mente que está em harmonia com a lei de Deus.27).9. " e m seu p r ó p r i o t e m p o " . 102. paciência. seus opositores. Amém. Dt 33. da mansidão. fez a bela confissão. mansidão. fé. do amor. à conduta verdaI ()().22. a quem [seja] a honra e o poder eterno.9."*' 14 concito-o a guardar a comissão 101 sem mái ula e acima de censura até o aparecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. 10 253 i io Filatos. da paciência.9).N. perseguir ou buscar avidamente (ver C. a quem nenhum ser humano [jamais] viu nem é capaz de ver. Timóteo. o exato oposto do homem cujo senhor é Maniiim. como "homem de Deus". sobre ITs 5. piedade. Ver t a m b é m n o t a 105. Timóteo.190 1 TIMÓTEO 4. da fé. o erro.T. por conseguinte. os profetas. agora que cada crente é visto como um participante da unção do Santo. um "homem de Deus" é uma possessão peculiar de Deus. fu ja dessas coisas e corra atrás da justiça. Na antiga dispensação. cf. " q u e t e s t i f i c o u ( o u atestou. SI 90. Na nova dispensação. c portanto como um profeta. Vol. pois. 6. Assim t a m b é m e m 2 Timóteo 2. [sim. 15 que no devido tempo 102 se manifestará. Ele insta com Timóteo a fugir de coisas tais como a maldade. 16 o único que possui imortalidade. que habita em In/ inacessível.) d i a n t e de P ô n c i o P i l a t o s a b e l a c o n f i s s ã o " . e a correr atrás. T . as contendas. a inveja. L i t e r a l m e n t e . ICo 14.17. Fp 3. e a cujos mandamentos obedece. sacerdote e rei ( U o 2. como é evidente à luz de 2 Timóteo 3. também é verdade que quando Paulo (de modo diferente do autor da epístola aos Hebreus) está comparando a vida cristã com uma corrida.10 indica que está relacionada em significado com longanimidade (paciência em referência a pessoas).N. ver C. ele deixa isso bem claro ao usar palavras tais como correr. 2Ts 1. no original. preocupação ou solicitude.) Quanto à/e. este conceito é usado aqui no sentido subjetivo. o apóstolo continua sua admoestação com estas palavras: lute a luta nobre da fé. o resultado será mansidão de espírito. as palavras são: "Pelege [na] nobre competição da fé".5.12). a perseguição.4. cf. Uma comparação com 2 Timóteo 3. em certo sentido.22.3). uma corrida (Hb 12. 2Tm 3. 25 deiramente pia. os crentes e. angústia.3. cf. ICo 13.ou espiritual (Fp 1. W o h l c n b e r g e L e n s k i . e ver C. assim como deve continuar a fugir dos vícios de seus oponentes e a perseguir as virtudes opostas.4. especialmente para jogos ou concursos desportivos.5. 2. Tt 2.T. 2Tm 4.T. 4. sobre lTs 1. q u e d i v i d e m o s seis e m três g r u p o s d e d o i s c a d a .24. e que a palavra competição (kyáv. em geral) poderia referir-se a qualquer tipo de competição ou conflito.2).14. A palavra assim traduzida aparece somente aqui na Bíblia grega. por exemplo. E a graça de suportar sob adversidades. "todos" ( l T m 1. 12. 5.2. 5. amor e esperança. lTs 3. a. justamente como "fé. quer físico . para Paulo. O amor.15. Eqüivale a permanecer firme não importa qual seja o custo. porque a paciência é fruto da esperança (lTs 1.7. Comparando a vida cristã com. nota 108.10. (Para um estudo completo da paciência e seus sinônimos.254 1 TIMÓTEO 5. a competição propriamente dita. "A fé. 14.1. e tem como seu objeto Deus em Cristo. na plena certeza de vitória futura. é amplo como o oceano.10.N.7). Não obstante. agonia. Pode-se concluir com segurança que quando ele compara a vida cristã com qualquer tipo de competição (seja usando o substantivo ou o verbo ou am104. o amor e a paciência" vão juntos' 04 (Tt 2. a agonia.12.3). confiança ativa em Deus e em suas promessas.24. b.13).por exemplo. sobre 1 Ts 2. estádio (ICo 9. . corrida.uma competição. c. reunião. 2Tm 1. 3. O sentido é que Timóteo deve continuar a empreender essa luta nobre.2. e d.30. Cl 2. angústia ou ansiedade que se relacionada com a competição. cf. então 1 Ts 1. 2. D a í . É verdade que literalmente. ansiedade." (Cl 1. 13. 3. Quando estas virtudes estão presentes.1) . n ã o p o s s o c o n c o r d a r c o m M e i n e r t z . 9. essa vocação torna alguém possuidor da vida eterna. ver comentário sobre lTm 4. alguém já está tomando posse (note agora o tempo aoristo.dificilmente faz justiça ao sabor do imperativo e pareceria estar em conflito com as palavras que seguem imediatamente: "para a qual você foi chamado quando confessou a bela confissão na presença de muitas testemunhas. amor. mas em princípio se torna a possessão do crente mesmo aqui e agora. na primeira viagem missionária de Paulo. 8. cf.190 1 TIMÓTEO 4. Ainda que mesmo hoje tal confissão seja "bela" ou "nobre" (KCCÀT)). a figura subjacente é a de um ringue de boxe. Realmente ela é vida que dura para todo o sempre.) A idéia de que esta vida eterna se apresenta aqui como sendo inteiramente futura . ou seja. à esfera da glória. R. Esta vida pertence naturalmente à eva. infindável. a tradução "Lute a boa luta da fé" (A.18). Não obstante. Timóteo deve levar avante a nobre luta que emana de sua fé e é inspirada por ela (provavelmente no mesmo sentido do versículo precedente). ainda que não esteja excluída a idéia quantitativa da vida assim qualificada.7b. sobre João 3. futura. .24-27). A.N.S. Ao empreender uma luta com êxito. Timóteo professara publicamente sua fé em conexão com seu batismo. (Para o uso que Paulo faz de metáforas tomadas da esfera do esporte. deve ter parecido muito mais num tempo em que praticamente todo o mundo se opunha ao evangelho de Cristo.16.R. Paulo prossegue: tome posse daquela vida eterna para a qual você foi chamado quando confessou a bela confissão na presença de muitas testemunhas. na participação de sua santidade.. em distinção do presente na frase precedente) da vida eterna.V.T." Note bem: para a qual. paz e alegria..) Ao contrário das batalhas de palavras dos oponentes (ver sobre I Tm 6.) não é propriamente errônea. uma luta ou algo semelhante (ver especialmente ICo 9.V.uma espécie de recompensa que alguém de modo algum recebe enquanto não terminar o conflito .12 nos lembra uma figura ligeiramente distinta.V. porém chega bem perto do que o apóstolo tinha em mente. "Guerreie a boa [ou nobre ou excelente] guerra" (1 Tm 1. A passagem de 1 Timóteo 6. Portanlo. salvo uma corrida.4). 10 255 lios). Quando foi chamado (tanto externa quanto interiormente). (Ver C. a ênfase é posta no qualitativo: esta é a vida que se manifesta na comunhão com Deus. que Timóteo guarde . fez assim a bela confissão.13. o apóstolo prossegue: Na presença de Deus que reveste de vida a todas as coisas. e de Cristo Jesus que. Daí. Cf.16). Todo crente necessita todos os dias de tal admoestação. ele esteve firme e. Paulo diz: "concito-o" ou "ordeno-lhe". não implica que Timóteo era negligente ou relapso no cumprimento de seus deveres religiosos. compreende tudo o que lhe fora ordenado fazer em relação ao ministério do evangelho e o governo da igreja. que nos lembra 1 Timóteo 5. 5. tome posse daquela vida eterna para a qual você foi chamado".1 7. Com impressionante solenidade.19. concito-o a guardar a comissão sem mácula e acima de censura até o aparecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. testificando perante Pôncio Pilatos. Além do mais.1.7). especialmente nota 19) quando estava testificando perante um inimigo da verdade. 2. vigie.1 -20. Perante Pôncio Pilatos. fez a bela confissão. "entrego-lhe uma mensagem autoritativa" (ver sobre lTm 1. deve cuidar para que sua atitude e sua conduta sejam tais que sua comissão permaneça "sem mácula" (ver Tg 1. proteja e preserve . Jo 18.3. Ele apresenta duas razões por que Timóteo deveria agir de conformidade com o que ele acabara de dizer: (1) Não deve temer por sua vida. "irrepreensível".27) e "acima de censura" (ver sobre lTm 3.2. Lc 23. 4.256 1 TIMÓTEO 6. ou seja.20.27. Mateus 28. 3. preceito ou mandamento. porque a ordem é dada e recebida na presença de Deus. 2Pe 3. Um mandamento semelhante vem a todos os que já receberam uma . 14 A admoestação: "lute a nobre luta da fé.21. o Deus que gera vida. cf. então. Mc 15. Essa comissão. que é o Doador e Preservador da vida. dando testemunho diante dele com palavra e ato (Mt 27.20.14.14). "inexpugnável"). 13. Que Timóteo.14. havia necessidade dela de forma muito especial. Uma natureza tímida como a de Timóteo. (2) Deve lembrar do que fez Cristo Jesus (ver sobre 1 Tm 1. se lembre das "muitas testemunhas" que ouviram sua confissão. Atos 7.33.sua comissão. 13-25. literalmente. demonstrando por si só que era "a testemunha fiel" (Ap 1. Ef 5. daí.5. pois. 11 -13. "que não pode ser tirado".28-19. Cf.isto é. 1 Timóteo 6.1. Lucas 17. confrontada com oponentes decididos e sutis.11. 89. ou manifestação. I ileralmente é a epifania de Cristo. Isaías 6.37. Salmo 41. o Rei dos reis e c. a quem [seja] a honra e o poder eterno. b. trazendo cura em suas asas". 34. Salmo 41.T.6. Lucas 1. ele] Paralelos a. porém só por implicação. e cf. Malaquias 1. Cada um deve guardar sua comissão sem mácula e irrepreensível até o dia de sua morte.11. ou seja.78.1.12-31. Daniel 2. sobre 2 Tessalonicenses 2. a quem nenhum ser humano [jamais] viu nem é capaz de ver U.. Daniel 4. ver C.2 Êxodo 33. se a consumação dos séculos ocorrer antes desse tempo . 14 responsabilidade semelhante.2. Daniel 4. 15.10.17.N. ver C.257 1 TIMÓTEO 6. 8.9. 2 Timóteo 1.35 Ezequiel 26. que receberá sua ..5 Neemias 8. Isaías 40. Deuteronômio 4.7. Apocalipse 1. Esse aparecimento. o primeiro raiar da aurora. [sim.12.N.17. 4. sobre 1 Tessalonicenses 5 . o nascer (nunca mais o pôr) "do sol da justiça. que habita em luz inacessível f. 79.. Paulo prossegue: que no devido tempo se manifestará.52 Às duas razões que apresentamos.Paulo jamais estabelece datas.13. 1 . Senhor dos senhores d.13. 4. 72. aquela aurora para a qual o crente olha com ávida antecipação.4.19. Esdras 7. o bendito e único Soberano .13. Salmo 104.28.3 Salmo 36.7. Isaías 40. Amém veterotestamentários Deuteronômio 6. Com referência a este aparecimento. 2 . ou. Tito 2. Isaías 60.12 D e u t e r o n ô m i o 10.35. e para a palavra epifania propriamente dita. então até "o aparecimento cie nosso Senhor Jesus Cristo".34 Êx 24. S a l m o 136. o único que possui imortalidade e. ou seja. indicando por que Timóteo devia "guardar a comissão sem mácula e isento de censura" se acrescenta agora uma terceira.1-3.8.20.16. Cf.13.T. 20). 3. Testamento.5. Para compreender sua origem deve-se recorrer à filosofia pagã. 4 . e c. todo o universo espera (cf. a i n d a q u a n d o t e n h a m r a z ã o . Assim como. é Deus ( I C o 6. A doxologia em louvor a Deus é uma das mais belas das Escrituras. 106 certamente deve ser considerada como uma explo- 105. q u e d e v e ter s i d o o A n t i g o T e s t a m e n t o .3. T a m b é m E. ver Jo 2. é 1 C o r í n t i o s 8. no pensamento de Paulo. S . T i t o 1. G1 1.9. 1 9 5 5 . 3 ..258 1 TIMÓTEO 6. a idéia de recompensa para Timóteo fica em segundo plano pela extasiada contemplação e conseqüente exaltação dos majestosos atributos daquele que.8).7. Não obstante. 21. O o r i g i n a l traz o plural " t e m p o s " . A v e r d a d e i r a f o n t e é o A n t i g o .3 6 6 . III. Rm 8. 2 6 L X X ) . porque esta é a vindicação pública do Filho e de seu povo. op. em certo sentido. N ã o o b s t a n t e . D e i s s m a n n .14. Ainda que algumas de suas frases tenham paralelo na literatura judaica extra-canônica. G14. no devido tempo (ou: "em seu próprio tempo").18). N ã o o b s t a n t e . Ele a exibe como prova (quanto ao verbo nesse sentido. 23.1 8) ao mundo. v e r t a m b é m plural d e xpóvoç c o m o aparece em Lucas 20. 1 Pe 1. C f .4). ou. E m p a r t e ( e s p e c i a l m e n t e b . mais particularmente. p r o v a v e l m e n t e e s s e s e j a u m p l u r a l i d i o m á t i c o q u e d e v e ser t r a d u z i d o n o s i n g u l a r . cf. 106.3) quem ressuscita o Filho (ainda que também é verdade que Cristo ressuscitou por meio de seu próprio poder.) f o i d e r i v a d a d e f o n t e s p a g ã s . N ã o o b s t a n t e . G r e g o r S m i t h ) . 9 5 . 3 6 2 . d i r e t o s e i n d i r e t o s . 2 4 0 . Q u a n t o às s u g e s t õ e s f e i t a s em 1. 16 recompensa quando Jesus regressar em glória. ele é o ú n i c o D e u s verdadeiro. e s p e c i a l m e n t e pp.19): a epifcinia ou manifestação visível de Jesus Cristo nas nuvens de glória. aqui c o m o t a m b é m em I T i m ó t e o 2 . B . F o i e x t r a í d a d e u m a n t i g o h i n o cristão. 2 . 150. p p .15. o título c o m o tal n ã o f o i d e r i v a d o do p a g a n i s m o .20. e R.4. a u s u r p a ç ã o d e t í t u l o s d i v i n o s p o r reis t e r r e n o s p o d e r i a ter s i d o uma d e v á r i a s r a z õ e s p e l a s q u a i s o s p r i m e i r o s c r i s t ã o s f a l a v a m d e seu S e n h o r c o m o ( o ú n i c o ) Rei d o s reis e S e n h o r d o s s e n h o r e s .1. Christ and the Caesars ( v e r s ã o i n g l e s a de K. 6 . p a r t i c u l a r m e n t e d a fórm u l a do culto imperial. 6 5 6 . e s t a s n ã o i n d i c a m a f o n t e original escrita. F i l a d é l f i a . assim é Deus quem exibe a epifania do Filho. cf. O s c o m e n t a r i s t a s t ê m f e i t o a s s e g u i n t e s c o n j e t u r a s c o m r e s p e i t o à origem dessa doxologia: 1. Ver A. K . E r a u m a a d a p t a ç ã o cristã d e u m a d o x o l o g i a u s a d a nas s i n a g o g a s . q u a n t o a este u s o J e r e m i a s 5 . S t a u f f e r . Ef 1. mostrará esse grande acontecimento que. 105 o tempo designado pelo Pai desde a eternidade (At 1. Era um elemento numa oração eucarística q u e Paulo costumava pronunciar. cit. 2 6 ( 2 7 . E m c o n t r a s t e c o m o s í d o l o s e i m p e r a d o r e s q u e s e chamam d e u s e s . E n t r e a q u e l a f o n t e p r i m i t i v a e a m e n t e de P a u l o p o d e ter h a v i d o v á r i o s c o n d u t o s . P a r a c o m e ç a r c o m a ú l t i m a . Deus o Pai (Rm 6. 6 i n d i c a e s t e s e n t i d o . Jo 10. 2 e 3. daí.24.17). m a s u m a explosão espontânea de louvor! . a quem nenhum ser humano [jamais] poderá ver. são modificadores principais.15. que age segundo sua vontade no exército do céu e entre os habitantes da terra.15. É possível duplicar o sentido . como em nossa tradução. A m é m e A m é m .. e g. Como soberano. absolutamente incomparável em seu direito de fazer o que bem lhe apraz. citando o Antigo Testamento. b. Iile é Soberano (palavra aplicada a governantes humanos em Lc 1. Assim.15. junto com a passagem citada).52. Jd 25). f. de modo que sua fraseologia ficou engastada em sua alma. Ver comentário sobre I Timóteo 1. d. quer por direito ou preciso q u e f i q u e claro que o que t e m o s aqui em 1 T i m ó t e o 6.35).1 TIMÓTEO 6. Já foram indicados os paralelos do Antigo Testamento (ver uma lista parcial de referências acima. está plenamente consciente da amável presença de seu Senhor e que em sua juventude lez um pleno estudo do Antigo Testamento. em quem se acha a única fonte de vida. porém. um apóstolo que. Sejam quais forem os títulos que os homens porventura portem. Esta doxologia consiste em sete palavras características da Deidade. At 8. Assim.e em muitos casos minhas palavras . são substantivos . ele é totalmente bendito. escolher o tempo próprio para a epifania de Cristo (note o contexto precedente). 16 não é u m a obra de cópia. 12.da doxologia sem sair do texto do Antigo Teslamento. e c. Dn 4. cujo glorioso nome seja bendito para sempre. por exemplo. ver. 15. são orações relativas.17) aqui são combinados. o Rei dos reis e Senhor dos senhores. 16) conduziria a uma doxologia semelhante e expandida. " Era de se esperar que assim como a contemplação da primeira vinda de Cristo produziu uma doxologia ( l T m 1.15.27.4.11.11) e o "único Deus" (de l T m 1. 16 259 são espontânea provinda do coração de um crente devotado a Jesus Cristo. alguém poderia parafrasear a doxologia da seguinte maneira: "o bendito e incomparável. todos os elementos dessa doxologia enfatizam a transcendência ou incomparável grandeza de Deus. e e. "o Deus bendito" (de l T m 1. Quanto ao conteúdo do pensamento. assim a meditação sobre a segunda vinda (aqui em 1 Tm 6. Além do mais. e a Deus em 2 Macabeus 3. a. No original. que se veste de luz como com uma túnica. ele é o único Soberano (cf. enquanto escreve ou dita. 23. f. Mas. Ele mesmo é a Fonte. Literalmente.16.4). Atanásia é a qualidade de ausência de morte. imperecível (cf.260 1 TIMÓTEO 6. é bem-aventurança eterna.4).15. E salvação eterna. Ela é inerente a seu próprio ser. Ele é o único que possui imortalidade. aplicado a Deus. "Nele estava a vida. tem a forma mais simples).2 ("coberto de luz como de um manto").14.). implícita na imortalidade. porém não podemos fitá-lo. E plenitude de vida.. o original diz: "o Rei dos que estão reinando e Senhor dos que estão dominando" (Ap 17. até onde é possível às criaturas. Ora. Nesse sentido. são os crentes. Portanto. ver C. 19.N. Paulo se concentra na própria essência. porque seu brilho é por demais intenso. Esta imortalidade é o oposto de morte. a imortalidade é um conceito redentor. assim a própria essência de . o majestoso Ser de Deus. A idéia de vida. Os únicos seres humanos que. naturalmente leva à idéia de luz. Para Deus. Como uma residência vela seus ocupantes e os oculta ainda mais quando a mesma é inacessível. l T m 1. Sobre o conceito vida.10). A forma ampliada (de particípio) provavelmente acrescenta frescor e vigor ao significado. Isso não deve ser confundido com "existência sem-fim". Significa que Deus é a fonte inesgotável de vida.e tão-somente ele . Deus também habita a luz inacessível. portanto. e g. nos últimos quatro termos (d.T.. como alguém que recebe uma porção de água da fonte.4. mas o conceito imortalidade é muito mais excelso. A metáfora é ainda mais forte que aquela empregada no Salmo 104. esta luz é como o sol. ele . Naturalmente. participam desta imortalidade e. e a vida era a luz dos homens" (Jo 1. sobre João 1. usado ambas as vezes em referência a Cristo. Deus a possui. se tornam participantes da natureza divina (2Pe 1. 16 por usurpação.é o verdadeiro Rei dos reis e Senhor dos senhores. o inalienável desfrute de todos os atributos divinos. ainda que também os incrédulos tenham existência semfim. Havendo estabelecido a relação de Deus com o universo e particularmente com todos os governantes da terra. para o crente. Necessitamos dele para ver. como se vê claramente pela derivação da palavra tanto em nosso idioma quanto em grego. É por meio do evangelho que foi trazida a imortalidade ou qualidade de imperecível (2Tm 1.17) bem-aventurança. e. isto também está implícito. enquanto o crente já recebeu a imortalidade. Ver também C.51). 19 [assim] entesourando um tesouro para si próprios. em virtude do que ela é. ou seja. mas em Deus. aqui em 1 Timóteo 6. Que os ricos. estima. Daí. Semelhantemente. 89.6. membros da igreja.T.16 a linha: "que habita em luz inacessível"..18. para a frustração de seus inimigos e para a salvação de seu povo. sobre João 1. 18 [Ordene-lhes] a fazerem o que é bom. nem ponham sua esperança sobre [a] incerteza das riquezas.. adoração (ver nota 82 acima). o termo luz. poder que se manifesta em ação. 72. ordene-lhes que não sejam arrogantes. Amém. Ne 8. os crentes são ricos em termos da era por vir.N.T.12. vela-o. [o qual formará] um excelente fundamento para o [tempo] por vir. Ele é também digno de eterno poder. de modo a tomarem posse da vida real. 1 Timóteo 1. muito. sobre João 1. a serem ricos em feitos nobres." Verdadeiramente esse Deus é digno de toda honra-. ele sela o desejo com a solene palavra de afirmação ou confirmação: Amém (cf.13.N.10. prontos em repartir. como aqui usado. que tem maravilhosas bênçãos em depósito para seus filhos. como em 1 Timóteo 1.17. ó Deus de Israel. O desejo expresso de Paulo é que Deus receba essa honra e venha manifestar seu eterno poder.17. SI 41. já implica e é imediatamente seguida por: "a quem nenhum ser humano [jamais] viu nem pode ver." Cf. tu és Deus misterioso. A piedosa contemplação deste ser majestoso. muitíssimo. "Verdadeiramente. a serem diligentes em contribuir. Daí. que ricamente nos supre com tudo para [nosso] gozo. era que será introduzida pela gloriosa epifania de Cristo! Que contraste entre eles e os que são ricos em termos desta presente era. 17 Quanto aos [que são] ricos em termos desta presente era. Nm 5. e ver C. ó Salvador" (Is 45.52.26). porque o apóstolo ama a Deus. e cf.17-19 17. 1 João 4. em conexão com o qual já se explicou o sentido em que Deus é invisível. "Eis que Deus é grande. Verdadeiramente.1 TIMÓTEO 6.15).e não o podemos compreender" (Jó 36. se cuidem para que a palavra "somente" não . conduz ao clímax: "a quem seja a honra e o poder eterno.22. 6." Essa grandeza de Deus tem seu corolário: ". Esse desejo está profundamente solidificado. reverência. reenfatiza sua incomparável grandeza.15-17 261 Deus. . 81. mas aos que realmente são ricos. como no versículo 9.25. 17b.uíÇa). Tiago 1.. 19).6).12). 25 se aplique a eles! Paulo não diz que a riqueza deles se limita a esta esfera terrena. h a v e n d o c o m e ç a d o n o p a s s a d o . Quanto a b. Os ricos que são membros da igreja. e ver também 107. Ele é o Deus de amor. para o tempo e para a eternidade. Para a munificência de Deus.7. e inumeráveis passagens no Saltério. Isso não se dirige aos que são aspirantes à riqueza.. Note o jogo de palavras: "Quanto aos [que são] ricos. cf. pois.17. N o t e f)ÀiHKéwu. o apóstolo já está começando a fixar a mente do leitor e ouvinte no caráter transitório da riqueza terrena. Ele supre ricamente.2. nem ponham sua esperança em [a] incerteza das riquezas. Este Deus é sempre fiel a suas promessas. isto é. Tt 2. Tt 3. P o r c o n s e g u i n t e . tais como 37. mas em Deus. i n f i n i t i v o p e r f e i t o a t i v o d e éA. Ao acrescentar imediatamente: "em termos da presente era" (expressão usada somente aqui e em 2 Tm 4.10-12). ordenelhes. em suas riquezas. Cl 3. mas humildes (Ef 4. não devem ser presunçosos nem presumidos. pois.10. ver também Atos 14.. e (b) que atitude deveriam ter (vv. mas lhes ministra uma advertência. devem ter a esperança fixada em Deus (esta é a melhor tradução. deve dizer a essas pessoas: (a) que atitude não deveriam ter (v. melhor que "no Deus vivo"). mas em Deus que supre ricamente. 68. abundantemente. não só " de suas riquezas". que ricamente nos supre com tudo para [nosso] gozo. ordene-lhes que não sejam arrogantes. que não ponham sua esperança em.12). 17a). q u e e n f a t i z a q u e esta a ç ã o d e e s p e r a r ." Timóteo. . riquezas. t e m c o n t i n u a d o até q u e p o r e s s e t e m p o s e c o n v e r tera n u m e s t a d o f i x o . Ele quer dizer: "esta presente era que logo passará.17. Quanto a a. e não devem ter sua esperança depositada107 na incerteza das riquezas. não devem ser arrogantes. em virtude da qual ele nos supre com todas as coisas necessárias tanto para o corpo quanto para a alma. mas que sempre dá " segundo suas riquezas" (Ef 1.19b. 18. de modo que para ele desejar e ter são a mesma coisa. o s r i c o s q u e s ã o m e m b r o s d a i g r e j a s ã o a d v e r t i d o s a q u e n ã o c h e g u e m a o p o n t o d e d e p o s i t a r t o d o o p e s o d e sua c o n f i a n ç a n o s t e s o u r o s t e r r e n o s ." Deus é não apenas rico (SI 50.262 1 TIMÓTEO 5..19..24. Diz ele: Quanto aos [que são] ricos em termos desta presente era. as quais de fato são muito incertas. 13.42-44. Deveria fazer isto no espírito de Atos 2. etc. uma recepção entusiástica por aqueles que foram beneficiados (Lc 16. 111. [o qual formará] um excelente fundamento para o [tempo] por vir. a pessoa se enriquece espiritualmente.34-37. mas que também desfrutemos delas. e você terá um tesouro no céu" (Mc 10. uma boa consciência (cf. O resultado da prática desse procedimento adequado será: [assim] entesourando um tesouro para si mesmos. Este tesouro no céu consiste em: a.17). de modo que tomem posse da vida real. Esse tesouro será um excelente fundamentom sobre o qual edificar 108. sejam diligentes em contribuir. Os dons são investimentos. particularmente para com os demais crentes. prontos em repartir.263 1 TIMÓTEO 6. Paulo prossegue dizendo qual deve ser a atitude do rico. 116. E o sentimento consciente de haver d e s f r u t a d o desse tesouro celestial será um f i r m e f u n d a m e n t o p a r a a e s p e r a n ç a d e t o d o b e m n o dia d o j u í z o . Ao praticar a graça de partilhar. venda tudo o que você possui e dê aos pobres.9). 19. deve diligenciar em ser rico em feitos nobres. 18. 4. com esta diferença: no versículo 17b indica a atitude adequada para com Deus\ agora. O p e n s a m e n t o de Paulo é. O membro da igreja. N ã o p o d e ter a m b o s o s s i g n i f i c a d o s a o m e s m o t e m p o n a m e s m a p a s s a g e m . que é rico.3). Paulo diz: [Ordene-lhes] que façam o que é bom. lTm 1. 104. no versículo 18. 14 Salmos 103. As boas obras (o fruto da fé. c. muito claro. Quando nós cantamos. sua correta relação para com as demais pessoas. O a p ó s t o l o p o d e r i a e s t a r p e n s a n - . Ao dar materialmente. e se assegura da recompensa futura. além de tudo. sejam ricos em feitos nobres. 145.5). todas estas coisas nos são dadas a fim de que sejamos não só "participantes" delas (1 Tm 4. em geral. b. Deveria ser diligente em contribuir. "Vá. em "obras belas".21). uma pessoa está acumulando um tesouro para si mesma. estando sempre disposto a repartir com os demais que pertencem à companhia ou comunidade dos crentes em Cristo. Deus canta juntamente conosco (Sf 3. Além do mais. a entrada em todos os deleites e glórias do céu. como foi o caso de Maria de Betânia. e assim da graça) realizadas aqui em baixo são retribuídas c o m tesouros em cima. 107. D i z e r q u e a p a l a v r a no o r i g i n a l s i g n i f i c a t a n t o fundamento q u a n t o fundos a j u d a b e m p o u c o a q u i e a i n d a p o d e c o n f u n d i r . tesouro e bom fundamento ( M t 6 ." 110. Guarde. " P o d e . O ensino de Paulo aqui em 1 Timóteo 6. R o m a n o s 2.24. p o r q u e ali t a m b é m s e e n c o n t r a m juntas a s d u a s i d é i a s .1. ou seja. porém. a recompensa.14. 20. "garantia". O crente mesmo não terá de recordar suas boas obras.11. ó Timóteo. Cristo o fará por ele (Mt 25. Paulo se dirige a seu amigo e colaborador com solene formalidade: "O Timóteo". "penhor". 11. Ver M. J e s u s o u s o u a l g u m a s v e z e s : M a t e u s 15." 2 Timóteo. 1 9 . Ap 20. se eram realmente obras boas. " 111. Aliás.5).3440. L i t e r a l m e n t e : "a g r a ç a . L u c a s em A t o s 1. 2 4 . 2 1 .M. 109. M c 9 .34-40).10. L c 9 . para ilustrações quanto ao sentido de "depósito". Com respeito ao corpo e à alma. 112. 25 quando. Naturalmente. ele deve fielmente velar sobre o que fora confiado ao seu cuidado.8. O u t r o s c a s o s e m P a u l o : 1 T i m ó t e o 6. 17. Graça" 1 [seja] com vocês.3. 46b. 2Co 5. ao professá-lo. G á l i o e m A t o s 18. " Em i n g l ê s o a r t i g o g e r a l m e n t e é o m i t i d o (nota do t r a d u t o r ) .33. 7 . L i t e r a l m e n t e : " a [coisa] c o n f i a d a g u a r d e .s e t a m b é m d i z e r : " G u a r d e o d e p ó sito.10. na era por vir (particularmente no grande Dia do Juízo).1.20. a única que é vida verdadeira. Lucas 24. 1 9 . .1. A palavra empregada no original está relacionada com um verbo que significa "pôr de lado". E como se Deus houvesse feito um depósito no banco de Timóteo. 9 . pois." 0 certos indivíduos se têm extraviado com respeito à lê. 25). 109 fugindo do falatório profano e lutil e das contradições do que é falsamente denominado "Conhecimento". Tt 3.28. " O " c o m v o c a t i v o s n ã o é m u i t o c o m u m em g r e g o . sejam levadas em conta as obras dos crentes. e n t ã o .264 1 TIMÓTEO 5. Uma vez chegando ao final da carta. G á l a t a s 3.19 está em exata concordância com as de Cristo em Mateus 25. d o nas p a l a v r a s d e C r i s t o n o S e r m ã o d o M o n t e . 21 20. 2 0 . É t a m b é m P a u l o q u e m o usa em A t o s 13. o crente entrará no mais pleno desfrute da vida. L i t e r a l m e n t e : " o q u a l c e r t o s i n d i v í d u o s p r o f e s s a m . o que lhe foi confiado.25. 21 porque.12). "confiar a (alguém)". é de conformidade com as obras (Dn 12. Haver estado com Jesus no céu é uma base sólida para confiança naquele grande dia. 6. o que lhe foi confiado. ó Timóteo. 20 Guarde. 2 7 . a salvação é inteiramente pela graça mediante a fé (Ef 2. nem sequer poderá fazê-lo. é admoestado a guardar o que lhe foi confiado ou depósito'. daí "depositar". 4 1 ) . 3 . havendo ouvido as palavras de aprovação dos lábios de Cristo.17 (cf. A a d i ç ã o da i n t e r j e i ç ã o r e f o r ç a o v o c a t i v o . Romanos 3. Não deve perder tempo com as futilidades daqueles falsos mestres que "não entendem as palavras que usam nem os temas que. É a verdade redentora de Deus a ele confiada pelo Espírito Santo (ver 2Tm 1.13. como é evidente à luz de 2 Timóteo 1.265 1 TIMÓTEO 6. Os ministros são "administradores" de Deus (Tt 1. Tendo isto em mente. Paulo prossegue: fugindo do falatório profano e fútil e das contradições do que é falsamente denominado Conhecimento. O mesmo deveria ser evitado como pestilência. deve lançar-se em sua defesa sempre que suas preciosas verdades são atacadas ou são mal apresentadas. Timóteo deve fugir de um erro.10) ele deve simplesmente descartar ( l T m 4.7). o objeto que fora assim entregue à sua responsabilidade. é que este evangelho pertence não a Timóteo.7). Aqui.16). naturalmente.11. mas a Deus. com "discussões inúteis" ( l T m 1. os quais são "depravados na mente e privados da verdade" ( l T m 6. é o evangelho. por meio do qual. 2Tm 2. como era a situação na região de Éfeso. para proteção. com tanta confiança. o termo "evangelho" deve ser tomado em seu sentido mais amplo. Ele o fez possível enviando seu Filho. impuro.2 (aos judeus haviam sido confiados "os oráculos de Deus"). Cf.14-30). Ele o revelou. tratam ( l T m 1.5)? Por certo que esses falsos mestres vociferam em defesa de seus sistemas de "Conhecimento". 14 Além do mais. O ponto.6)? Por que se envolveria com "contradições" ou "batalhas de palavras" nas quais os homens se envolvem entre si. Devem ser usados para o melhor proveito na promoção de sua causa e o progresso de seu Reino. Mas o insípido produto de suas bocas são ' [falsamente chamados Conhecimento". e como uma sentinela intrépida e vigilante (note o verbo grego). o que o apóstolo está escrevendo na presente carta: todas as ordens dadas a Timóteo e todo o ensino que esta epístola contém. Isto implica que Timóteo deve continuar proclamando o puro evangelho. Deve fugir dele com aversão. O conselho inspirado de Paulo. pois. Timóteo terá de dar conta a Deus quanto ao que fez com ele [o depósito].14). Os "talentos" que empregam na realização de suas tarefas não são seus. como a abarcar "toda a [santa] Escritura" (2Tm 3.7).16: Lv 10. Isto inclui. Por que iria ele preocupar-se com "mitos e genealogias infindáveis" ( l T m 1.4). ao concluir a carta ele volta ao tema . Esse "falatório fútil" e profano (destituído de santidade. mas propriedade de Deus (Mt 25. porém. segue uma palavra de advertência. é rica em significado. embora breve. agora encerra a carta pronunciando esta graça (note o artigo: "a graça") sobre. E a A. Contra esse pseudo-"Conhecimento". E o favor de Deus. 20. 12. Mas isso não significa que todos haviam rompido com "a igreja". Já consideramos que a maneira na qual são aqui caracterizados está em perfeita harmonia com sua identificação em 1 Timóteo 1. que em sua saudação falara de graça. A versão R. Os charlatães "fúteis e profanos" desta passagem são os que falam "palavras fúteis" em 1 Timóteo 1. Diz-se que se extraviaram ( l T m 1. O mandamento de Paulo dirigido a Timóteo está sempre atualizado. 6. bom. ou seja. ao professá-lo. esses "certos indivíduos". haviam se desviado da fé.. com ênfase na necessidade de ouvir-se a admoestação expressa no versículo 21: porque. rejeitam a infalível revelação de Deus. 6. mas arrastá-la consigo à ruína. não melhorou a tradução em nada. em Cristo. E o apóstolo João está em plena harmonia com ele (2Jo 10). como o primeiro elemento na série "graça. ao professarem (ver sobre 1 Tm 2. porque a graça é a maior de todas as bênçãos.24. certos indivíduos se extraviaram com respeito à fé.V. 19.3. Eram então.S. pessoas que estavam na igreja e que haviam abandonado a verdade. em prol de quem nada merece. 1 0 . Elas preferem não deixar a igreja. Ainda o mesmo verbo é usado em ambos os lugares para encontrá-los. Alguém guarda a verdade fugindo de toda grandiloqüência msípida. Em nenhuma das cartas de Paulo há uma bênção mais sucinta: A graça [seja] com vocês. 4. O apóstolo. deveria ser recebido de todo o coração pela igreja em todos os tempos.10). 21.6. sobre quem? O leitor que está familiarizado com o original é quase certo que pensará que as palavras "A graça seja com vocês" significam "A graça seja com você. em última análise.18). da verdade (cf. Isto mostra quão necessário é que em nossa tradu- . 7. ao proclamarem e fazerem propaganda em prol de seu jactancioso "Conhecimento".V. l T m 6 .266 1 TIMÓTEO 5.. ou seja.21). Ora. 2Tm 2. Aqui estão novamente aqueles "certos indivíduos". está baseada numa interpretação inferior.6. transformando-lhe o coração e a vida para conduzi-lo à glória. Timóteo". como são agora. 25 que mencionou no início. Mas. misericórdia e paz". Também hoje se presta demasiada atenção ao "falatório fútil" de homens que. Tais homens imaginam que o verdadeiro propósito de ser religioso é tirar proveito. a doutrina que promove a verdadeira piedade. fomenta a inveja. consideremos isto como sendo suficiente. os escravos. Por isso nós. por sua vez. . que existe quando a alma não mais está vazia. Deveriam antes lembrar que esses seres amados lhes retribuirão por sua bondade. que considerem seus senhores como dignos de toda honra. mas cheia da graça e contentamento. as possessões materiais não podem comunicar as verdadeiras riquezas às alma. porque. Continue ensinando e insistindo sobre essas coisas. crentes. realmente produz proveito. lutas. tendo alimentação e teto. como é evidente à luz do fato de que não importa quão rica de bens terrenos é u m a pessoa. ou seja. suspeitas abjetas e altercações mútuas entre homens privados da verdade e que são depravados em sua mente. histórias fantásticas sobre antepassados . e isto. Timóteo. e o nome e a doutrina de Deus seriam difamados. Síntese do Capítulo 6 Ver o esboço no início deste capítulo que pode ser assim parafraseado: Quantos estão debaixo de jugo. Um mórbido apego a controvérsias e a batalhas de palavras tomou posse dele. A graça de Deus. conseqüentemente. Os escravos que estão na posição especialmente privilegiada de ter senhores crentes deveriam prestar um serviço excepcional. é pronunciada sobre toda a comunidade cristã. aqui é usado o plurall Ainda que a epístola esteja dirigida a uma só pessoa. Não obstante.minúcias sutis ao extrair falsas "deduções" da lei de Moisés. em vez do singular.e não se harmoniza com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo. Ora. tal indivíduo está cego pelo orgulho. de f o r m a surpreendente. Se alguém é mestre de novidades . "com você". na realidade nada sabe. ela deixará este m u n d o tão desprovida deles como quando entrou nele. O fato de que seus senhores são irmãos não é razão para que esses escravos os olhem com desprezo.13. injúrias. este certamente providenciaria para que seu conteúdo chegasse a outros. De outro m o d o o evangelho seria injuriado. 14 ção. Ainda que pudesse jactar-se de seu "Conhecimento" superior. a verdadeira religião.267 1 TIMÓTEO 6. usemos "vocês" (plural). corra atrás da justiça . e alguns. Não só terão uma boa consciência. a quem [seja] honra e poder eterno. Mas você. sejam diligentes em dar. correndo atrás dele. mansidão. mas vida real possuída eternamente . inveja.268 1 TIMÓTEO 5. você também deve tomar posse de sua comissão em relação à pregação e à disciplina. insatisfação. Tais desejos são insensatos e nocivos. aborrecimento. o tornam pobre e desditoso. 25 Mas os que são ávidos em ficar ricos caem em tentações e laço e em numerosas cobiças. você deve pôr-se de guarda acerca dessas coisas para que se conserve sem mácula e plenamente isento de toda possibilidade de crítica justificável. mas tam- . fé. prontos em partilhar. Além do mais. Lembre-se: os dons são investimentos. Lute a luta nobre da fé. Porque o amor ao dinheiro é uma raiz de todos os males. Portanto. a quem nenhum ser humano [jamais] viu nem é possível ver. Ordene-lhes que façam o que é bom. que nos supre ricamente com todas as coisas para nosso gozo. tristeza. porque defraudam seu próprio propósito. confessou a bela confissão na presença das muitas testemunhas que a ouviram.piedade. Sim. esses doadores estão realmente entesourando para si mesmos um tesouro. fuja das coisas tais como cobiça pelo ouro. sejam ricos de feitos nobres. Lembre-se de que o mandato lhe é dado e você o recebe na presença de Deus que é quem confere a vida e a preserva. o único que possui imortalidade . Aos que são ricos de bens materiais. testificando perante o inimigo da verdade. Não tenha medo de perder a vida. ó homem de Deus. contendas.24.que habita em luz inacessível. Em vez de enriquecer verdadeiramente o homem e fazê-lo feliz. e de Jesus Cristo que. Daí. inveja.estado de mente e coração que está em harmonia com a lei de Deus . por ocasião de seu batismo. o dia de seu aparecimento. amor. fez a bela confissão.não simplesmente existência semfim. se extraviaram da fé e se espicaçaram com numerosas angústias: intranqüilidade. Pôncio Pilatos. Tome posse daquela vida eterna para a qual você foi chamado quando. Deus mesmo mostrará o grande acontecimento. preocupação. Guarde o depósito até o dia em que nosso Senhor Jesus Cristo manifestar-se gloriosamente. porque precipitam os homens na ruína e destruição. Amém. paciência. ordene-lhes que não sejam altivos nem depositem sua esperança na incerteza das riquezas. o Rei dos reis e Senhor dos senhores. ele é o bendito e único Soberano. mas em Deus. Nesse ínterim. Com respeito ao corpo e ã alma. ao fazer propaganda. a única que é vida e que nunca cessará. certos indivíduos se extraviaram da vereda da verdade redentora de Deus. fuja do falatório fútil e profano e das contradições do que falsamente chamam "Conhecimento".1 TIMÓTEO 6. Esse será um fundamento muito sólido para a era por vir. Lembre-se de que. mas também com toda a comunidade cristã em cujo meio você habita.15-17 269 bém. então começarão a entrar no desfruto mais pleno dessa vida. quando se separarem alma e corpo. . A graça de Deus esteja com você. particularmente para o dia do juízo final. aquelas batalhas de palavras sobre a lei. ó Timóteo. Guarde. uma recepção entusiasta nas glórias dos céus. o evangelho que lhe foi confiado como o depósito mais precioso. e não só com você. esses mitos e genealogias intermináveis. a ênfase muda gradualmente de um ponto a outro. No capítulo 3. retenha a preciosa doutrina da igreja. naturalmente. Igualmente. pelo menos não no sentido em que a idéia principal de Paulo no primeiro capítulo seria negativa. mas que deve estar disposto a suportar isso em conexão com toda a obra que compreende o ministério do evangelho.COMENTÁRIO SOBRE 2 TIMÓTEO ESBOÇO DE 2 TIMÓTEO Tema: O Apóstolo Paulo Diz a Timóteo o Que Fazer no Interesse da Sã Doutrina Nenhuma forma de esboço breve pode fazer justiça ao rico e variado conteúdo de uma carta tão pessoal como é 2 Timóteo. 8. v. 8). cf. não se envergonhe. esforce-se ao máximo. Os pensamentos se sobrepõem como telhas num telhado. Por exemplo." Não há divisões marcantes. uma passagem-chave no capítulo 1 é: "Não se envergonhe" ( w . M a s isto já havia aparecido no capítulo 1 (v. no capítulo 2. ele não abandona completamente o anterior. 15). N ã o obstante. Antes. mas. a saber: a do ensino: comunicar instrução adequada na Palavra contra a heresia. "Não se envergonhe" é. 16). uma fase do qual é enfatizada nesse capítulo." Semelhantemente. O que quer que aconteça. um exemplo da figura de linguagem chamada litotes: "uma afirmação enfática expressa por meio de uma negação. 9). a idéia reaparece no capítulo 2 (v. a idéia predominante do capítulo 1 é: "Seja muito corajoso. Ao começar com um novo ponto. 12. e esteja disposto a suportar o árduo trabalho para preservar e promover a sã doutrina. Dificilmente poderia chamá-la a passagem-chave. a admoestação a permanecer na verdadeira doutrina . uma passagem-chave do capítulo 2 é: "Suporte os trabalhos juntamente com os outros" (v. a idéia predominante não é simplesmente que Timóteo deve estar disposto a suportar trabalhos juntamente com Paulo e os demais. Chamei "Não se envergonhe" de uma passagem-chave. Em seguida." Daí. 3. pela graça de Deus. a nota dominante é clara: "Timóteo. 10) "Continue nas coisas que você aprendeu" (v. porém. 14) Capítulo 2: Capítulo 3: . a principal linha de pensamento que percorre 2 Timóteo pode ser indicada brevemente da seguinte maneira (note a transposição): C O M RESPEITO À Sà DOUTRINA: RETENHA-A Capítulo I ENSINE-A PERSEVERE NELA PREGUE-A Divisões Capítulo 1: Principais com Capítulo 2 Capítulo 3 Capítulo 4 Passagens-Chave RETENHA-A "Aumente a chama do dom de Deus" (v. 16) "Retenha. "seja arauto". 12. qualificado para ensinar" (v.. 13) "Guarde o precioso depósito" (v. "proclame") a Palavra" como um encargo autoritativo: "Ordeno-lhe. confie a homens fiéis. 6) "Não se envergonhe" (v." Em vista de tudo isto. v.. 2) "Suporte as dificuldades juntamente com [nós]" (v. propósito" (v.. 1) "Você. 3.. 4) ENSINE-A "As coisas que você ouviu. vv. 24) PERSEVERE NELA "Virão tempos difíceis" (v. 14) "Um servo do Senhor deve ser.recebe uma ênfase justificável na observação: "Virão tempos difíceis. 9) "O Senhor lhe dará entendimento em todas as coisas" (v. as sãs palavras" (v. cf." E no capítulo 4 é introduzida muito solenemente a exortação "Pregue (literalmente. cf.. tem seguido meu ensino.. 8.. conduta.. aptos para ensinar também a outros" (v. Sabendo que se levantarão inimigos. Sabendo que está baseada nas Sagradas Escrituras. Como Onesíforo fez: não se envergonhou de minhas cadeias "Suporte as dificuldades juntamente com (nós)" A. cumpra plenamente seus deveres como ministro" (v. Como eu. A tempo e fora de tempo. 2) "Faça o trabalho de um evangelista. Permaneça fiel.Capítulo 4: PREGUE-A "Eu o incumbo" (v. considerando que estou de partida B. Pelo contrário. nunca se envergonhar do evangelho C. as discussões friteis não contêm um propósito útil PERSEVERE NELA "Virão tempos difíceis" A. 1) "Pregue (ou "Proclame") a palavra" (v. petições e saudações ENSINE-A Capítulo 2: Capítulo 3: Capítulo 4: . seu glorioso conteúdo B. Traz grande galardão. porém não seu poder B. como aprendeu de pessoas dignas de confiança PREGUE-A "Eu o incumbo" A. Assuntos de informação pessoal. que terão sua forma. 5) Esboço com Divisões e Subdivisões Capítulo 1: RETENHA-A "Não se envergonhe" A. porque a apostasia vem. Como Lóide e Eunice fizeram B. Como Onesíforo fez: não se envergonhou de minhas cadeias. que me abandonaram. Como eu.8-14 1. nunca se envergonhe do evangelho. Contraste: "todos os que estão na Ásia". .ESBOÇO DO CAPÍTULO 1 Tema: O Apóstolo Paulo Diz a Timóteo o Que Fazer no Interesse da Sã Doutrina Retenha-a 1.15-18 "Não se envergonhe" (Retenha-a) como fizeram Lóide e Eunice.1-7 1. Os versículos 1 e 2 contêm o destinatário e a saudação. a s s i m c o m o a c a l e n t o a q u e l a c o n s t a n t e l e m b r a n ça de v o c ê em m i n h a s súplicas noite e dia.1. 1. m i s e r i c ó r d i a .l o .CAPÍTULO 1 — < • > — 2 TIMÓTEO 1 . a q u e m eu. m a s de poder e a m o r e de disciplina pessoal. paz da parte de Deus o Pai e de Cristo Jesus nosso Senhor. ao r e v i v e r em minha m e m ó r i a suas lágrimas. p a z da parte de D e u s o Pai e de C r i s t o J e s u s n o s s o Senhor. c o m o m e u s antepassados.1.1-7 1.2 1 1 Paulo. 4 a n s i o s o por v ê . torno a lembrá-lo q u e m a n t e n h a v i v a a c h a m a daquele d o m de D e u s que está dentro de v o c ê mediante a i m p o s i ç ã o de minhas m ã o s . estou c o n v e n c i d o . apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus em harmonia com a promessa de vida [que . Paulo. t a m b é m em v o c ê . 3 R e c o n h e ç o [minha] gratidão a D e u s .1. s i r v o c o m u m a c o n s c i ê n c i a pura. Nas colunas abaixo. a fim de que [ao vê-lo n o v a m e n t e ] eu me e n c h a de alegria. 2 a T i m ó t e o [meu] b e m - a m a d o filho. como todos podem ver pessoalmente. misericórdia. apóstolo de Cristo Jesus por ordem de Deus nosso Salvadore Cristo Jesus nossa Esperan2 Timóteo 1.2 Paulo. 2. o tipo [de fé] que primeiro habitou em sua avó Lóide e em sua m ã e Eunice e. a Timóteo [meu] bem-amado filho. 5 h a v e n d o recebido u m a prova de sua fé não fingida. As frases iniciais das duas cartas dirigidas a Timóteo se assemelham muito. 7 P o r q u e D e u s não nos deu o Espírito de timidez. apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de D e u s em harmonia c o m a p r o m e s s a de vida [que se centra] em Cristo Jesus. apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus em harmonia com a promessa de vida [que se centra] em Cristo Jesus. 6 Por e s s a razão. graça. as palavras que diferem são grafadas em itálico: 1 Timóteo 1.2 Paulo. graça. Ora. para uma discussão mais detalhada do material que é comum às duas passagens. Pertence a Cristo e deve exercer suas funções em seu serviço.1. a vida que se centra (implícito) ou está "em Cristo Jesus".1. dessa salvação (ver C.35. misericórdia. remeto o leitor à explanação de 1 Timóteo 1. Timóteo devia sua vida espiritual a Paulo (ver p.7. Ainda que não passasse de um prisioneiro. Em termos breves. sobre João 3. era o resultado da promessa no sentido em que se não houvera tal promessa. com Paulo. tenha firmado sua atenção na promessa de vida indestrutível. graça.2. sua palavra tem o respaldo divino. Colossenses 1. naturalmente. 138. Cf.T. 2 Timóteo 2. Era a promessa "de vida". um filho deve a vida natural a seus pais terrenos. paz de Deus o Pai e Cristo Jesus nosso Senhor.1). graça. 2 é o seguinte: Paulo se apresenta como o representante oficial de Cristo Jesus. ou seja. 48). Esta é. 3.6. Efésios 1. como o filho serve a seus pais.14.276 1 TIMÓTEO 6.1. Essa promessa e garantia é a que já se acha implícita em Gênesis 3. 1 6 276 se centra] em Cristo Jesus.1. a Timóteo [meu] genuíno filho na fé-. pois. o prisioneiro que se defronta com a morte. o significado de 2 Timóteo 1.16. Ele tem o direito de dizer "de Jesus Cristo". Além do mais.11. paz da parte de Deus o Pai e de Cristo Jesus nosso Senhor.15 e é declarada definitivamente no Salmo 16. a promessa que tem como conteúdo a vida eterna. Além do mais. 9. ça. a Timóteo [meu] bem-amado filho. num sentido secundário. misericórdia.1. Cf. Daí. É muito oportuno que Paulo. 14. porque sem sua expiação ou intercessão ninguém jamais entraria na posse dessa vida.N. ao evangelho. não haveria um apóstolo designado pela vontade divina para proclamar a promessa. assim Timóteo servia a Paulo e. 6. ou seja. 48-59. 1 5 . l T m 1. esse apostolado pela vontade de Deus estava "em harmonia com [ou era 'segundo'] a promessa de vida". Ver Filipenses .16). mas foi investido de autoridade para tal comissão "pela vontade de Deus" (cf. Assim como. Paulo não se autodesignou. João 3. "por ordem de Deus". Paulo está se dirigindo a "Timóteo [meu] bem-amado filho". porque pelo mesmo foi separado para este elevado ofício. também escritas da prisão. 15 . 3-5. ao enfrentar a morte. dizendo graça (perdão imerecido e favor que transforma).N. misericórdia (afeto terno. 1 Tm 1..3 ("devemos sempre dar graças a Deus") Fm 4 "Reconheço [minha] gratidão" l T m 1. de muitas maneiras. sobre 1 e 2 Tessalonicenses).12 ("a Cristo Jesus") 2Tm 1.2 2Ts 1. a bênção da paz (a consciência de haver sido reconciliado com Deus pela obra med janeira consumada por Cristo). cuja vida se entrelaçara com a sua. a saber.3 Ef 1. a estatística é a seguinte: Ausência de ações de graças ou doxologia introdutórias Gálatas Tito "Dou [damos] graças a Deus" Rm 1.3 . a expressão de afeto é natural nos lábios de alguém que. ele está seguindo um costume (ver C.T. Quando Paulo acrescenta às palavras introdutórias uma expressão de sincera e humilde gratidão a Deus.. demonstrado a quem está numa situação difícil) e aquela bênção que flui da graça e da misericórdia. passagem que também mostra por que o apóstolo chama Timóteo meu filho bem-amado ou querido (cf. I Paulo saúda este "bem-amado filho". Tais dons são considerados como provenientes de sua fonte: "Deus o Pai e Cristo Jesus nosso Senhor". 16 2.' 2Co 1.4 Fp 1.3 Cl 1.2: "genuíno").3 ("a Deus") "Bendito seja.277 1 TIMÓTEO 6. Além disso. O Filho os conquistou. cordial. como a corrente de água flui de uma fonte.8 ICo 1. Com respeito às cartas escritas por Paulo.19-22. em sua mente e coração revê toda sua associação pregressa com o precioso jovem amigo e colaborador.3 ITs 1. O Pai os outorga. o tipo [de fé] que primeiro habitou em sua avó Lóide e em sua mãe Eunice e. a. longe de queixar-se. O o r i g i n a l u s a o v e r b o Àaxpeúto aqui. e eles também o fizeram com uma consciência pura.24. e p o d e d e n o t a r ou s e r v i ç o ou c u l t o o f i c i a l ou n ã o o f i c i a l . que adoro o Deus de nossos antepassados como seguidor do Caminho. porque. estou convencido.. o apóstolo estivesse acostumado a associar palavras de gratidão ou louvor. para ele isto não era só um mero costume. como meus antepassados. ao proclamar o evangelho. assim como acalento aquela constante lembrança de você em minhas súplicas noite e dia. 1T 5. devemos considerar a situação da seguinte maneira: assentado em sua sombria masmorra e já encarando a morte. O p r i m e i r o a b r a n g e u m a á r e a m a i s a m p l a .14. Este é o cenário das palavras: Reconheço [minha] gratidão a Deus. Ver R. também em você. com toda probabilida113. C. e para consciência pura." Os "pais" de nossa presente passagem são. Paulo afirma que reconhece sua gratidão a Deus. Paulo. ao reviver em minha memória suas lágrimas. medita sobre as bênçãos passadas e presentes. .9. Ainda que tão logo morra a morte de um criminoso.4. T r e n c h . cit. ele era como seus pais ou ancestrais (cf. ele fez o que sua consciência purificada pelo Espírito Santo o mandara fazer. Eles também serviram ao mesmo Deus. a que chamam seita. XXXV. a fim de que [ao vê-lo novamente] eu me encha de alegria. O pensamento é o mesmo também expresso em Atos 24. e deseja sinceramente expressar sua gratidão. (Para o significado de consciência. Creio em tudo o que concorda com a Lei e no que está escrito nos Profetas. havendo recebido uma prova de sua fé não fingida.278 1 TIMÓTEO 5.5. mas nessa passagem a palavra é usada com referência aos progenitores ainda vivos). ansioso por vê-lo. porém. Ora. e tenho em Deus a mesma esperança desses homens: de que haverá ressurreição tanto de justos quanto de injustos. 25 Mas ainda que. ver sobre lTm 3. ele não tem medo de falar acerca de servir113 a Deus. como já se demonstrou. b.) Neste aspecto. c. ver sobre l T m 1. n ã o À e i i o u p y í w . sirvo com consciência pura. como muitos teriam feito em condições semelhantes. op. a quem eu. 15: "Confesso-te. O ú l t i m o t e m s e m p r e u m a c o n o t a ç ã o oficial. Paulo também. N ã o o b s t a n t e . E s s a p a s s a g e m . O prisioneiro desfruta de paz no coração e na mente! Literalmente. Por isso é justificada a tradução: "a quem eu. ver t a m b é m R o m a n o s 1. latim: mentionem facio. Tais súplicas são acompanhadas de (e provavelmente até certo ponto. d e v e m ser c u i d a d o s a m e n t e distinguidas.1 5 -17 279 de.5 . A motivação provinda do interior é declarada com estas palavras: "ao reviverem minha memória (ou: ao relembrar)" 4 114. da mesma maneira. s o b r e I T e s s a l o n i c e n s e s 1. A consciência de Paulo é p u r a . depois do incêndio da capital no ano 64. F i l e m o m 4 . de fora. Há continuidade entre a antiga e a nova dispensações." Para esse profundo anelo há dois motivos expressos: um vem de dentro. o u a p r e c i o .1 TIMÓTEO 6. A c r e s c e n t a n d o o v e r s í c u l o 6. q u e é a t r a d u ç ã o c o r r e t a d e [U't Um ú f r f w t i o i o í i n a i . Esperavam a vinda do Messias. o que nem sempre ocorre (ver as diversas versões e comentários). E o governo que. são quatro. provocadas por) um ardente anelo: "anelando ver você. Os antepassados criam na ressurreição. Jacó. a ( c o n s t a n t e ) l e m b r a n ç a d e v o c ê " o u (o) t e n h o e m ( c o n s t a n t e ) m e m ó r i a . o que Paulo enfatiza é que ele não introduziu uma nova religião. Essencialmente. Moisés. Isaías e todos os antepassados piedosos também criam. c o n t é m três e x p r e s s õ e s d i f e r e n t e s q u e t ê m q u e v e r c o m a memória. o vê como um homem que.2.s" da passagem de Atos. sirvo. . os "pai. m e s m a e x p r e s s ã o Esta n ã o d e v e ser c o n f u n d i d a c o m " f a ç o m e n ç ã o ( d e v o c ê s ) " . O sewiço prestado é o mesmo em ambos os casos. Paulo proclama o mesmo Messias que de forma real fizera seu aparecimento. Portanto. N . T . " T e n h o . Isaque. como meus antepassados. N . Paulo diz: "a quem eu clescle meus antepassados sirvo. começou a perseguir os cristãos.9. o que agora crê é o que Abraão. i f v . T . ou seja. v e r s í c u l o s 3 . Ver C ." Ao agregar: "quando me lembro constantemente de você em minhas orações noite e dia". com uma fé que teve suas raízes na religião deles.6. serve ao Deus verdadeiro com uma consciência pura. o outro. E f é s i o s l . e é portanto semelhante à deles. " A s s i m p o d e r í a m o s t r a d u z i r x r \ v n e p l aoü \ivcítxv." Quer dizer: "a quem sirvo com uma fé derivada de meus antepassados".5) o apóstolo se deleita na lembrança sempre recorrente de Timóteo. s o b r e 1 T e s s a l o n i c e n s e s 3. Note o seguinte: a . Em suas súplicas noite e dia (ver sobre l T m 5. Isso c o r r e s p o n d e a o latim: Icontinuam tui) memoriam teno. Ver C . E Roma que mudou de atitude. Paulo está dizendo que cada vez que se lembra de Timóteo. 115. Qualquer que tenha sido a natureza precisa da informação externa. 55. " D e s s e m o d o s e d e v e t r a d u z i r útrópyrioiv AapGÒv (lf|Ç ÍV 00L ( X V U T T O K p I T O nT T L Ü T É X Ü Ç ) . Por meio de suas lágrimas. D a í ." 5 b . p a r t . Um lembrete: era um tempo de perseguição religiosa. s e m p r e n a v o z m é d i a o u p a s s i v a . Não sabemos como chegou a Paulo essa informação exterior. Tudo o que Paulo diz é: "havendo recebido a lembrança de sua fé não fingida (literalmente: sem hipocrisia). Paulo também fizera o mesmo. a m e s m a idéia m é d i a ou reflexiva no holandês: "ais ik mij (uw tranen) herinner".viíaKü). 3 . Ainda há quem sugira que alguém. mas agora não faz referência a suas lágrimas. seu afeto. c . n o m .Lp. " O o r i g i n a l t e m áv<xp. d. Semelhantemente. " l e m b r o . a. ou "ao relembrar". o a l e m ã o t e m a e x p r e s s ã o : ". e que esse amigo contara de memória incidentes do remoto passado na vida do ausente Timóteo.24. d e o n d e v e m o p a r t i c í p i o u s a d o aqui. pi^vf|aKopa. O apóstolo estava ansioso para que seu amigo o visitasse em sua cela em Roma. um fato é indubitável: como resultado de ambas as motivações. 25 suas lágrimas. mas uma muito posterior que. Cf. Paulo estava próximo de ser preso.5 ) na p. A motivação exterior é um tanto obscura. m o d i f i c a m . N o N o v o T e s t a m e n t o . a interior e a exterior.280 1 TIMÓTEO 5.3.o . P o d e ser t r a d u z i d o livremente: "ao reviver em minha memória". " h a v e n d o r e c e b i d o u m a a d v e r t ê n c i a . Ver p. ocorreu depois do regresso do apóstolo de Espanha. " r e f l e x i v o " d e pi|ivtíoK(j. Sem dúvida. " r e v i v e n d o e m m i n h a m e m ó r i a " o u " r e l e m b r a n d o " . o jovem havia demonstrado quão sincera e genuína era sua dedicação a Paulo. mas às de Timóteo. que sabia tudo sobre a infância do jovem e sua conversão. Na f o r m a em q u e está r e d i g i d a . m a s c . visitara o apóstolo na prisão. com toda probabilidade. wenn ich mich recht erinnere" (se n ã o me f a l h a a m e m ó r i a ) . Timóteo tenha derramado lágrimas. 2 7 8 . a alma de Paulo se enche de vontade de ver Timóteo. O original t e m p ^ v r p é v d ç .i. não o ponto 4.. Ver a p a s s a g e m (vv. Outros crêem que Paulo havia recebido uma carta de Timóteo. especialmente ante as circunstâncias que então viviam. p e r f . Alguns intérpretes opinam. e s s e v e r b o n u n c a a p a r e c e n a v o z ativa. quão terno e cordial.. Essa separação não era a mencionada em l Timóteo l . dizendo que acabava de ocorrer algo em Roma que fizera com que o apóstolo se lembrasse da fé de Timóteo. A lembrança das lágrimas de amor de Timóteo levou Paulo a anelar vê-lo novamente. e p e r f e i t o c o m s i g n i f i c a ç ã o p r e s e n t e : (iépvri^i. e c." É inteiramente provável que quando Paulo e Timóteo se separaram pela última vez. mas o 8. e quão profunda a sua tristeza ao pensamento da separação. realmente. sing. Abraão. essas duas mulheres.31. havi" d e s e j a n d o vê-lo".9). e haviam posto sua confiança nele. P a r a u m p o n t o d e vista d i f e r e n t e q u a n t o à c o n s t r u ç ã o g r a m a t i c a l de b.15). parece que a avó Lóide (que morava.15). 34). m a s b.1 ensina claramente que assim que a mãe de Timóteo é apresentada. com sua filha) e a mãe Eunice haviam se convertido em alguma data não posterior à da primeira viagem missionária de Paulo. no princípio da segunda viagem missionária. p. Este qualificativo. ver C. . talvez. op. "crentes" são os cristãos (2Co 6.1 5 -17 281 Paulo está convencido de que Timóteo não é um crente só para quando as coisas andam bem. Isso foi depois do batismo de Lídia. mas que a fé havia feito morada no coração delas primeiro.1 TIMÓTEO 6. "crente". a saber: "vêlo. mas que a fé desse "bem-amado filho" é do tipo (TÍTLÇ) que primeiro habitou em sua avó Lóide e em sua mãe Eunice. depois. No que respeita à nova dispensação. com uma ligeira modificação. se usa no mesmo capítulo com respeito a Lídia ("fiel". é o que. bem como os da nova dispensação que recebem a Cristo como o cumprimento dessas promessas (Rm 4. m o d i f i c a somente a última parte dessa expressão. cit. os judeus convertidos à fé cristã são "os crentes da circuncisão" (At 10. ela é chamada de "crente judia". At 16. (2) O mesmo capítulo também ensina que depois que o carcereiro obedeceu à exortação dos missionários. são "crentes" as pessoas da antiga dispensação que confiavam nas promessas cristocêntricas. além disso. no coração de Timóteo.12. tudo indica. Portanto. ela é chamada "quem adorava a Deus" (At 16. Gl 3. (3) Na terminologia de Paulo. ou era fé em Cristo Jesus como o cumprimento das promessas do Antigo Testamento? Creio que o segundo ponto tem todas as probabilidades em seu favor: (1) Atos 16. 2 4 3 . O que ele pretende com fé.." A o ver T i m ó t e o n o v a m e n t e .45). por exemplo. Antes de sua conversão à f é cristã. o c á l i c e d e P a u l o s e e n c h e r á d e a l e g r i a .14). Segundo Lucas. foi chamado crente (At 16. e. O apóstolo não diz que a avó e a mãe de Timóteo tinham "servido a Deus com uma consciência pura". aqui? Era apenas uma fé israelita ao estilo do Antigo Testamento.. B o u m a . de modo que haviam visto em Cristo o cumprimento das promessas. nem sabemos até que ponto cada um deles contribuiu. Pense em Paulo ( l T m 4.23). o apóstolo escrevera: "Não negligencie o dom que está em você. dizendo: Por essa razão.24.14. Os crentes eram perseguidos pelo Estado. se Timóteo vier. 20. havendo escolhido o verbo mais suave. 7.3-10. 19. Paulo está em condições de prosseguir. Paulo estava a ponto de deixar o cenário da História. 7.3-7. a saber: que a chama do ofício ministerial de Timóteo reclamasse atenção. c.10). sobre a base dessa fé que habita no coração de Timóteo. torno a lembrá-lo que mantenha viva a chama daquele dom de Deus que está dentro de você mediante a imposição de minhas mãos. Em certo sentido. Os tempos eram sérios. O dom do Espírito não deve ser apaga- . 25 am cooperado com Paulo na gloriosa obra da graça que resultou na conversão de Timóteo. ver comentário sobre essa passagem). Timóteo estava limitado por freqüentes sofrimentos físicos ( l T m 5. Então.22). cf. A chama não havia se extinguido.12. Era naturalmente tímido ("ora. a idéia principal é clara. Devemos ter em mente o seguinte: a. não sabemos se todos ou somente alguns destes fatores contribuíram para o resultado expresso. Na carta anterior. 2Tm 2. seus opositores. Naturalmente. 6. d. eram muito decididos ( l T m 1. ele era "jovem" ( l T m 4.6). cuidem para que ele esteja entre vocês sem temor". b. 23). mas estava bem baixa e era preciso ativá-la para que fosse uma chama viva.6. A repetição ligeiramente alterada dessa exortação realmente não surpreende. Timóteo devia assumir o cargo no ponto em que Paulo o deixava. Os efésios que seguiam o erro. ICo 16.282 1 TIMÓTEO 5. 6. Assim Paulo. 4. e. lembra a Timóteo que "ative o fogo" do dom divino da ordenação. que lhe foi concedido por profecia com a imposição das mãos do presbitério" ( l T m 4. e que anteriormente havia estabelecido sua morada no coração de Lóide e no de Eunice. 2Tm 2. Paulo sabia que o fogo do carisma de Timóteo (o dom da graça de Deus que capacitava o jovem para ser o representante escolhido do apóstolo) estava com a chama baixa.14-19. Não obstante. 17.10. e este é o Espírito de poder (At 1. Paulo prossegue: Porque Deus não nos deu Espírito de timidez.17. 7. R.S. no sentido do Espírito Santo? O fio do argumento de Paulo. Há outras frases semelhantes nas quais muitos intérpretes encontram uma referência ao Espírito Santo (Is 11. Então. pp.2. ICo 2. 15. mas (o Espírito) de. na qual indubitavelmente a referência é ao Espírito Santo. ver C.. Beneficie-se desse poder (õúvcqaiç.1 TIMÓTEO 6. Os primeiros às vezes argumentam dizendo que o genitivo descritivo (". poderoso (áyáTrri. Hb 10. Rm 8.. L e n s k i . enquanto outros.15. pois. Nessa passagem. cit. desse amor inteligente.V. ao falar acerca da vinda do Consolador. parece ser o seguinte: "Meu querido filho.2. mas de poder.N. E.).13). op.. mas de poder e amor e disciplina pessoal. 6. lTs 5.T. não é o Espírito de timidez. a você e a mim. 16. que Timóteo se lembre de que no tempo de sua ordenação as mãos de Paulo também haviam pousado sobre ele como símbolo de que se lhe comunicava o dom do Espírito. cf. é usado um modificador semelhante. 494-501). Vol.. não vão de mãos dadas o carisma (v." em outras passagens que à luz de seus contextos específicos parecem referir-se ao Espírito Santo.. combata essa sua tendência de demonstrar temor. A.V. Timóteo. e você ministrará consolo aos filhos de Deus ao ponto de visitar-me no cárcere romano.. I 16. O Espírito Santo que lhe foi dado.26. que nunca falha.19). além disso. 8). 6) e o pneuma (v.de poder e amor e disciplina pessoal") exclui qualquer referência ao Espírito Santo. Além disso. Aliás.R. grafam Espírito com letra minúscula ("espírito"). Zc 12. 116 Mas o uso de tal genitivo não decide por si mesmo o assunto. com letra maiúscula.29). II.. p. e você proclamará a verdade de Deus.. Jesus o chama "o Espírito da verdade" (Jo 14. porque em outra passagem. Paulo usa a expressão "não o Espírito de.V. Conseqüentemente..8. alguns (em concordância com A. ainda que nem todo intérprete esteja disposto a reconhecer isso (Rm 8.1 5 -17 283 do (cf. o ministério é o dom do Espírito Santo.12). 7 5 5 .5. Ef 1. amor e autodicisplina. bem como a todos os crentes. além disso. nossa palavra "dinamite") sem limites. Assim. sobre João. C f . Timóteo ama Paulo. porém não me envergonho. seu prisioneiro. Timóteo o preencheria com os detalhes. palavra usada somente neste lugar no Novo Testamento. Este último pensamento é enfatizado nesta seção (vv. sofra as dificuldades em prol do evangelho. trouxe à luz vida e incorruptibilidade por meio do evangelho.284 1 TIMÓTEO 5. 117. a qual nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos. dando-a a conhecer. Então. 8 Não se envergonhe. 9 que nos salvou e nos chamou com santa vocação. sua firmeza na doutrina.24. 12 Por essa razão estou também sofrendo essas coisas. a disposição de uma mente sã em ação. e estou convencido de que ele é capaz de guardar com vistas àquele dia o que me foi confiado. 13 Quanto ao padrão das sãs palavras.8-14 Timóteo devia pensar em Lóide e Eunice. mas. como fizeram Lóide e Eunice. L i t e r a l m e n t e . note o sufixo. a b e m c o n h e c i d a m o r t e . q u e é o r e s u l t a d o do p e c a d o . 14 Aquela coisa preciosa que lhe foi confiada." 7 e. Que se apodere dela. tomando você mesmo a iniciativa." Se uma pessoa teme o poder de Satanás de perseguir mais do que confia na capacidade e disposição de Deus para ajudar. nem de mim.. " a m o r t e " . retenha aquelas que você ouviu de mim [e faça isso] em [o espírito de] fé e amor [que se centra] em Cristo Jesus. que. do testemunho concernente a nosso Senhor. guarda-a mediante o Santo Espírito que habita em nós.. Paulo forneceu o "esboço" ou "roteiro". em comunhão comigo. sua designação divina. não segundo nossas obras. ver nota 193) você deflagrará batalha de Deus contra a covardia. por um lado. e seu método de proclamar o evangelho ("em fé e amor").. Timóteo não chegara a tanto. então perdeu seu equilíbrio mental. segundo [o] poder de Deus.óç.. que ele se apodere da verdade. daí. . pois. 8-14) na qual o apóstolo faz referência a si mesmo de forma específica não menos de dez vezes: sua disposição em sofrer dificuldades em prol do evangelho. 1. Naturalmente. 25 beneficie-se da sempre indispensável disciplina pessoal ou autocontrole (otoc))povio|J. mas segundo seu próprio propósito e graça. e m seu s e n t i d o m a i s a b r a n g e n t e . sua confiança em Deus. e em Paulo. porque sei em quem tenho posto minha confiança. por outro. 10 mas que agora se manifestou por meio do aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus. 11 para o qual fui designado arauto e apóstolo e mestre. derrotou completamente a morte. que ele aplica deve ser a "antiga" doutrina da Escritura. Ver m e u livro Bible Survey.2 TIMÓTEO 1. Aqui deparamos com uma interessante característica de estilo. . G r a n d R a p i d s ." 8 algo mais ou menos assim: Após dizer que Timóteo deve sofrer dificuldades em prol do evangelho segundo o poder de DEUS.8-14 285 Mas ao fazer isso deveria ser absolutamente fiel ao "padrão". a saber. ele deve considerar as condições do tempo atual. 3" e d i ç ã o . O u t r o e x e m p l o n o t á v e l . No primeiro parágrafo. 8-11. s e e n c o n t r a n a E p í s t o l a d e T i a g o . Em sua aplicação. na qual se consegue que as frases se unam entre si como telhas que se sobrepõem. que p o d e m ser traduzidos por m e i o de frases relativas. v. pelo qual Paulo sofre dificuldades e pelo qual Timóteo deve estar disposto a sofrer dificuldades juntamente com ele. 14). Semelhantemente. 13. 3 2 9 e 3 3 2 . A d i f e r e n ç a é q u e T i a g o d e s e n v o l v e o p e n s a m e n t o pela r e p e t i ç ã o de u m a palavra. 1 9 5 3 . vv. leva o apóstolo a introduzir sua "bela digressão" com referência à obra da redenção: seu caráter. P a u l o principalmente por m e i o de particípios modificadores. não algum substituto "liberal"! Esta seção. 12. um ministro de nossos dias deve ser estar atualizado em sua pregação.3-6. a menção do evangelho. M I . Ele deveria reter o que recebera de Paulo. e s p e c i a l m e n t e 1. Paulo continua: QUE nos salvou e nos chamou com SANTA VOCAÇÃO [VOCAÇÃO] NÃO segundo nossas obras mas segundo SUA GRAÇA QUE nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos porém agora se manifestou mediante o aparecimento de NOSSO SALVADOR CRISTO JESUS QUE de um lado derrotou a morte do outro trouxe à luz 118. Mas a verdade. pp. a duadiplosis. pode ser dividida em três parágrafos (vv. p o r é m l i g e i r a m e n t e d i f e r e n t e . sua motivação e seus resultados. mais ou menos extensa. Romanos 1. Portanto Paulo continua: Não se envergonhe. aqui. mas "segundo [o] poder de Deus".26. segundo [o] poder de Deus. Ele capacita uma pessoa a resistir até a morte.1. Timóteo não tem justificativa legítima. Ele deve estar disposto a receber sua parte na perseguição. Não envergonhar-se do evangelho significa ter orgulho dele.1. 9). Esse poder é infinito. 4. mas também que tudo quanto dizia respeito ao seu encarceramento estava inteiramente seguro nas mãos do Soberano que dispõe dos destinos. 27). do testemunho concernente a nosso Senhor. etc. sofra as dificuldades em prol do evangelho. seu prisioneiro. nem de mim. O apóstolo sempre enfatiza esse pensamento em relação à idéia de ser prisioneiro (Ef 3. 8. mas "de nosso Senhor". naturalmente. a expressão "seu prisioneiro" não só significa que a prisão de Paulo fora em decorrência da defesa do evangelho "de nosso Senhor". como o indica o próprio paralelismo da cláusula composta. l T m 2. Esse é o poder desse Deus: 9. Fm 1. Uma vez que Paulo está tão intimamente associado ao evangelho. que nos salvou e nos chamou com santa vocação." Paulo não é prisioneiro de Nero." E cf. o que seria impossível. E assim Paulo prossegue: mas. O dom de Deus está nele (v. não nos surpreende ler: "Não se envergonhe do testemunho de nosso Senhor. O testemunho "concernente a nosso Senhor" (genitivo objetivo. seu prisioneiro. nem de mim. 7). de acordo com a.16.3) juntamente com Paulo.24. No evangelho encontramos o testemunho concernente às obras e palavras do Senhor (Jo 15. em comunhão comigo. cf. pois. Ora. e isso não em seu próprio poder. não obstante parecer que esse era o caso.6) é. o evangelho. seu propósito ("e nos chamou com santa voca- . "Não se envergonhe do testemunho concernente a nosso Senhor" é explicado por: "Mas.286 1 TIMÓTEO 5. O resultado da operação do poder divino no interior de todos os crentes (inclusive Paulo e Timóteo) é caracterizado. 2Tm 2. sua natureza ("que nos salvou") e b. em comunhão comigo. Timóteo deve estar disposto a suportar sofrimentos (cf. 25 vida e incorraptibilidade por meio DO EVANGELHO PELO QUAL fui designado. sofre as dificuldades em prol do evangelho. designada a nós (cf.28. mas o propósito soberano de Deus (Rm 8. 13. a o c o m e n t a r e s s e v e r s í c u l o (op. naturalmente. especialmente em Romanos e Gálatas (Rm 1. R o m a n o s 16. a graça precede nossas obras. p r o p r i a m e n t e i n t e r p r e t a d o s .15. que corre sem interrupção. quanto à sua base jurídica e ao seu glorioso motivo.11.20-24. que sempre é "uma vocação santa". nota 116). e b. em virtude de sua própria natureza. A salvação não tem por base nossas realizações. Isto fica bem claro à luz de duas considerações: a. agora foi claramente revelada. Esta graça que nos foi dacla.14.1 TIMÓTEO 6. e portanto tem por base sua graça ou favor soberano. e x p r e s s a o c o n c e i t o de q u e a e x p r e s s ã o irpò %póycov a u u v í w s i g n i f i c a " i m e d i a t a m e n t e d e p o i s d a q u e d a n o P a r a í s o " . 119. 11. ou seja. 9.17. Portanto Paulo prossegue: a qual nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos (literalmente: "antes dos tempos das eras"). fixo e definido. 15. a q u i .11) "antes dos tempos eternos".5).15. E se é pela graça. é algo que nos é dado. 119 10. 16 287 ção"). Daí. 3. Ef 2.1.N. é merecido em nosso favor)'. q u e .T. essa vocação (e em geral esse ato de salvar-nos) foi não segundo nossas obras.2.11. D a í . porque idealmente já éramos seus objetos antes começassem a transcorrer os tempos.16.25 c Tito 1. B o u m a . Mas antes mesmo de começar.9. "como um fluxo de corrente contínua". Tt 3. 2 5 5 ) . mas que é também uma vocação clara para a santidade de vida. Deus nos libertou do maior de todos os males e nos pôs na posse da maior de todas as bênçãos. O tempo. 2Ts 1. p. cit. Ef 1. V e r s o b r e Tito 1. 9-14.11). Este é o pensamento que ocorre repetidas vezes nas epístolas de Paulo. n ã o m i l i t a m c o n t r a m i n h a i n t e r p r e t a ç ã o .6. mas segundo seu próprio propósito e graça. porque não só revela a santidade de Deus. Ora. 9. c o m C . para uma tarefa santa e uma condição de santidade e virtude de vida (Ef 4. n ã o p o s s o c o n c o r d a r .2. Mas ao nos salvar nos fez recipientes da vocação eficaz do evangelho (ver C. 6. O que significa salvo já foi explicado detalhadamente em conexão com I Timóteo 1. sobre 1 e 2Ts 1. ver comentário sobre esta passagem.14. 10. Paulo prossegue: mas agora se manifestou mediante o aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus. 3. já estávamos incluídos no propósito da graça divina. G1 2. e não pode ser conquistado por nós (ainda que.. 28. Fp 3. não pode ser pelas obras. Ef 1. .5. em seu plano sábio (não arbitrário). 8.11). Em suma.6. graça. ainda mais: ele as trouxe à luz por meio de sua promessa'. Fp 3.T. pôs fora de ação. de um lado. ICo 15. Cl 4. sobre 2Ts 2. cf. que a graça de Deus se manifestou. 11. e. O que Cristo fez pelos pecadores.T. por meio do evangelho. Foi pela epifania ou aparecimento (empregado em outros lugares para designar a segunda vinda. Como resultado da expiação de Cristo. Paulo também a usa várias vezes (Rm 1. Tt 2. daí. O verbo manifestar aparece com freqüência no evangelho segundo João (ver C. 10 288 Aquela graça de Deus que estivera oculta desde a fundação do mundo e só podia ser discernida de forma obscura na antiga dispensação. foi o que aconteceu.1). trouxe à luz vida e incorruptibilidade por meio do evangelho. Ela transcende em muito a mera existência infindável ou existência consciente sem fim. A morte eterna é vencida cada vez mais nesta vida e completamente vencida no momento em que a alma apartar-se de seu envoltório físico. Isso. ! C o 4 .21). O evangelho de nosso Salvador Cristo . 8. 2 C o 2. derrotou totalmente a morte." Cf.N.17) que no evangelho é prometida aos crentes. Note o título do Senhor: "nossó Salvador Cristo Jesus. Por meio de toda a primeira vinda (desde sua concepção até sua coroação) a graça de Deus passou a manifestar-se. do outro. Ele as trouxe à luz exibindo-as em sua própria e gloriosa ressurreição. 2Ts 2. o Ungido) para a tarefa específica de salvar (pense no nome Jesus: "certamente salvará") seu povo dos pecados deles (Mt 1. e então. "vidae incorruptibilidade" provavelmente constituam uma hendíadis.13. sobre João 21. 5 . e. especialmente nota 294). Quando se pensa na graça. tornou ineficaz (ver C. 2Tm 4.7-14.9. naturalmente se pensa em nosso Salvador divinamente ungido por Deus (daí chamar-se Cristo. lTm 6.13. cf.N. Os dois conceitos. Tito 2.190 1 TIMÓTEO 4.26.1.78. Lc 1. 4244. daí. E a morte física perdeu sua maldição e se converteu em vantagem (Jo 11. sobre João 1. em seguida.1.8) a morte.N.14.3). 79. para o crente já não existe a morte eterna. vida incorruptível (ou imperecível).9) vida e incorruptibilidade. é lindamente resumido nas palavras: que. do outro.19. em necessidade da graça. porém "agora se revelou ou se manifestou".2. por meio do nascimento do "sol da justiça trazendo salvação em suas asas" (Ml 4.26. ou seja. Tt 1. mas aqui indica a primeira vinda). Esta é a imortalidade (cf.6. ele derrotou completamente. 54-57). Tt 2. de um lado. Em conexão com sua primeira vinda.8.14. ele trouxe à luz (ver C.T.4. 1 Tm 1. ele tem de comunicar prudentemente a instrução acerca das coisas pertencentes à salvação e à glória de Deus. e deve admoestar para a fé e obediência. Até a chegada daquele dia. 11. Jesus não foi crucificado entre dois malfeitores? Cf. Acima de tudo. Para essa tríplice tarefa evangélica.15. o segundo parágrafo dessa seção é de caráter muito pessoal. o lugar de desonra pode ser o lugar cie honra mais elevada. Paulo deve anunciar e proclamar em alto som esse evangelho. a salvação imperecível. ver sobre esta passagem (também sobre 2Tm 4. é claro que embora aqui e agora o crente receba esta bênção em princípio. e no céu em desenvolvimento muito mais pleno.uma lúgubre masmorra subterrânea com um buraco no teto para a entrada de luz e ar com a perspectiva de ser executado como criminoso! Porém não me envergonho.16. Juntamente com outros. forma parte do novo céu e da nova terra. nesta terrível prisão romana . 1 Pedro 4. o corpo de cada crente ainda estará sujeito às leis da deterioração e da morte. eu sofro aqui. Como apóstolo. 12. Em conformidade com isso. no sentido pleno. Refletindo sobre as boas-novas que proclamam esta maravilhosa bênção e que convidam os homens a receberem-na pela fé. E uma herança reservada para nós.7. ele nada deve dizer nem fazer exceto aquilo que lhe foi ordenado dizer e fazer. ele não a recebe plenamente antes do dia do reaparecimento de Cristo. 16 289 Jesus é muitíssimo melhor que qualquer coisa que Platão jamais cogitou! Naturalmente. ele se une às fileiras dos prisioneiros pela melhor das causas. como José. E. estou também sofrendo essas coisas. Daniel. João Batista e Pedro. Paulo foi divinamente designado ou comissionado. A razão pela qual Paulo não se envergonha é declarada nestas pala- . não se sente desgraçado. Ainda que Paulo tenha estado sujeito à ignomínia. como mestre.1 TIMÓTEO 6. Como arauto. Por causa do cumprimento de minha tarefa de apóstolo de Jesus Cristo.2). Jeremias. A vida incorruptível. Paulo prossegue: pelo qual fui designado arauto e apóstolo e mestre. Este é o mesmo pensamento expresso em 1 Timóteo 2. O apóstolo diz: Por essa razão. E assim o fio do pensamento retornou para aquele do versículo 8: a fidelidade de Paulo ao evangelho como exemplo para Timóteo. A . o ponto de vista de que ele é o depósito que Paulo confiou a Deus tem as probabilidades de seu lado. mas Deus (em Cristo) quem guarda esse depósito (" ele é capaz de guardar"). 120. O apóstolo ficou permanentemente convencido do infinito poder de Deus. 10). G o o d s p e e d . . W e y m o u t h . Van Oosterzee (em Lange's Commentary). então o ponto de vista de que a referência é à minha alma ou ao meu espírito ou à minha completa salvação tem o endosso lógico de seu lado. o último ponto de'vista merece a preferência.S. E m f a v o r d a ú l t i m a e s t ã o .? Greek Testament).: "pois eu conheço aquele em quem eu cri". mas Timóteo quem deve fazer a guarda. B o u m a .V. Literalmente traduzido. V e r k u y l ( B e r k e l e y Version). P h i l l i p s . 9). 25 vras memoráveis: Porque eu sei em quem tenho posto minha confiança. e n t r e o u t r a s . não é Paulo. se o versículo 12 tem a ver com o depósito que Paulo confiou a Deus.290 1 TIMÓTEO 5. W i l l i a ms. Daí. V . holandês (versão antiga). K o o le." Isso conduz à pergunta acerca da qual os comentaristas estão divididos sem esperança de concordância: "Que significa meu depósito? E o depósito que me foi confiado? ou é "esse depósito que eu lhe confiei?" 120 Ou. no t e x t o . o apóstolo diz: ". e também em 1 Timóteo 6.S. não é Deus. S e o t t . Lock. e n t r e o u t r o s : A. expressando-o em termos diferentes: é o evangelho ou é eu mesmo e minha completa salvação? Como eu o vejo. Calvino. G e a l y ( e m Interpretei s Bible). W u e s t . Paulo pôs de uma vez por todas sua confiança no Deus soberano (ver vv. ou seja: Eu conheço o Deus que se revelou em seu precioso Filho. "nosso Salvador Cristo Jesus" (v.. White (em Expositor'. Van D y k . seu terno amor e absoluta fidelidade. a s s e g u i n t e s : A . outros. 8. N . Daí. R. V ...20. e mais: Barnes. t e x t o . Van Andei. R .V. Aqui alguns comentaristas favorecem minha almcv. L e n s k i . m a r g e m . h o l a n d ê s ( n o v a v e r s ã o ) .V. C r i s ó s t o m o . S i m p s o n . Ora. m a r g e m .e eu estou convencido de que ele é capaz de guardar meu depósito (ir]v TTapa9r)Kr|V fiou) com vistas a (ou para: elç) aquele dia. Pode também ser traduzido como a A. R. R . Robertson. V. pelas seguintes razões: (1) Evidentemente. No versículo 14 (ver comentário sobre esse versículo). e estou convencido de que ele é capaz de guardar com vistas àquele dia aquilo que lhe tenho confiado. nesse caso ele é o depósito que Deus confiou a (Paulo e a) Timóteo. E m f a v o r d a p r i m e i r a t r a d u ç ã o e s t ã o .24. agora gloriosamente ressurreto. 2Ts 1.46. " o q u e e u d e p o s i t e i " . 10) c o m r e f e r ê n c i a à primeira v i n d a de C r i s t o .14. O apóstolo acaba de referir-se à "vida e incorruptibilidade". possuída já em princípio. à luz da cláusula que se segue: "Eu sei que este Deus. Os argumentos dos que defendem o ponto de vista oposto são respondidos na nota de rodapé. Mas. a s a b e r : " c o m vistas à q u e l e d i a . (4) A idéia de um tesouro que é guardado por Deus é também encontrado em outros lugares. e n q u a n t o q u e em t o d o s os d e m a i s l u g a r e s ele a u s a em r e f e r ê n c i a à segunda v i n d a . A referência. " . a q u i . SI 31. às vezes num sentido ligeiramente diferente (lPe 1. (2) O contexto imediato favorece esta interpretação. o crente não recebe plenamente esta bênção enquanto não chegar o glorioso dia do regresso de Cristo. O espírito de Cristo. "o q u e foi d e p o s i t a d o c o m i g o " .19). 1 2 ? Resposta: P o r q u e o " c o n t e x t o " da p a l a v r a é c o m p l e t a m e n t e d i f e r e n t e . " M e u d e p ó s i t o " p o d e r i a s i g n i f i c a r u m a d e s t a s : a . porém. (2) A a d i ç ã o de " m e u " à p a l a v r a " d e p ó s i t o " n ã o b a s t a p a r a m u d a r a r e f e r ê n c i a . o dia da grande consumação (cf. é no terceiro dia reunido ao corpo. Resposta: C o n c o r d a m o s .1 5 -17 291 minha salvação. será devolvida a Paulo mais gloriosamente que antes em "aquele dia". lPe 4. Paulo acaba de escrever: "eu sei em quem tenho crido". (3) A r e f e r ê n c i a a " m i m m e s m o e a m i n h a c o m p l e t a s a l v a ç ã o " n ã o se a j u s t a às p a l a v r a s q u e s e s e g u e m . é de confiança.8. a idéia do versículo 12 é que esta vida verdadeiramente imortal. ou b. cf. E s t e s a r g u m e n t o s s ã o o s s e g u i n t e s : (1) Se depósito s i g n i f i c a evangelho em 1 T i m ó t e o 6 . as palavras de nosso Senhor quando morreu na cruz (Lc 23. O a r g u m e n t o em qualquer sentido não deve basear-se na palavra "meu". 18. o apóstolo acaba de usar a p a l a v r a aparecimento (v.5. 2 0 e em 2 T i m ó t e o 1. Deus é o g u a r d a d o r . em 2 T i m ó t e o 1. significando." (3) As palavras do versículo 10 também endossam este ponto de vista. M a s a s o l u ç ã o n ã o e s t á a q u i . v.10). então. sendo confiado ao Pai. e depositada nas mãos de Deus para ser guardada. p o r q u e n ã o a q u i em 2 T i m ó t e o 1 . (5) Cf. como se observou na explicação do versículo 10.4). Daí. u m a palavra nem s e m p r e tem a m e s m a referência. N a s o u t r a s p a s s a g e n s . Timóteo é o g u a r d a d o r . não é muito importante: "eu e minha completa salvação" inclui ambas as coisas. 121 121.12. Por exemplo. e certamente guardará de forma plenamente segura o que lhe confiei para guardar e proteger. em quem tenho posto minha confiança. A l é m do m a i s . também 2Tm 4.1 TIMÓTEO 6. .em fé e a m o r " . de todas as Pastorais (cf. o espírito no qual alguém adere à verdade e a transmite a outros. 14. sim. até certo ponto. 2. Por isso o apóstolo acrescenta: "(Faça isso) em fé e amor (que estão centrados) em Cristo Jesus. vol. "Não importa o que você crê. 13. Tt 1. t e n h a s e m p r e a s q u e v o c ê o u v i u d e m i m . A q u i . E é exatamente a necessidade de permanecer são e de transmitir a sã doutrina o que é enfatizado por meio da epístola e. c o m o j á d e m o n s t r a m o s n o texto. .16). as quais você ouviu de mim. 14) desta seção (vv. Diz Paulo: Quanto ao padrão das sãs palavras. III s o b r e A t o s 9. m a s isso n ã o é n e c e s s a r i a m e n t e v e r d a d e i r o . Sem seus méritos. assim Timóteo também tinha seu modelo pelo qual orientar-se. porque o ensino de Paulo consistia de sãs palavras. não pode haver fé nem amor. Note a ênfase sobre o ensino de Paulo (em confronto com o dos mestres do erro de Éfeso): literalmente.7. Tradução literal: " Q u a n t o a o p a d r ã o d a s sãs p a l a v r a s . M o d i f i c a d o r de " e m fé e a m o r " : ( q u e está c e n t r a d o ) em Cristo Jesus. "que de mim tem ouvido". sem apartar-se jamais delas. 122. O b j e t o d i r e t o do v e r b o p r i n c i p a l : "as [ p a l a v r a s ] que você ouviu de mim. no terceiro parágrafo (vv. seu Espírito e seu exemplo. imite a Paulo. p. O lema. é categoricamente contraditado nas Pastorais! Não obstante. P r e d i c a d o : reienha ou tenha sempre. 13.3. 2Tm 4. IXKOÚU. o autor volta novamente à questão do dever de Timóteo. 118. lTm 1. basta que você seja sincero no que crê".. Que Timóteo. Paralelo ao pensamento já expresso é o conteúdo no versículo Resposta: E l a s e a j u s t a m a r a v i l h o s a m e n t e . Que ele se sujeite às mesmas.24. tão popular hoje. N ã o há u m a regra rígida e fixa acerca do caso do objeto de Ver Word Pictures. isso. Isso é importante. ou padrão consistia nas palavras que havia ouvido de Paulo. 6. É por si só evidente que estes estão centrados "em Cristo Jesus". 2. Esse roteiro.292 1 TIMÓTEO 5. c m f é e a m o r " . " t e n h a s e m p r e . é o que importa. o amor a ele e aos irmãos é o espírito no qual Timóteo deve aderir à verdadeira doutrina. 25 13.3. A c o n s t r u ç ã o da o r a ç ã o é a s e g u i n t e : s u j e i t o : você ( s u b e n t e n d i d o ) . [e faça isso] em [o espírito de] fé e amor [que é centrado] em Cristo Jesus." O b j e t o p r e d i c a d o em o p o s i ç ã o a este o b j e t o direto: quanto ao padrão das sãs palavras. Que complete os detalhes no roteiro que Paulo esboçou. Assim." A fé em Deus e em sua revelação redentora. cov p o d e r i a ser c o n s t r u í d o c o m o t e n d o sido " a t r a í d o p a r a o c a s o de seu a n t e c e d e n t e " ( a s s i m L e n s k i e m u i t o s o u t r o s ) . 8). Paulo esteve falando de si mesmo e de seu fiel Senhor que o recompensará naquele Dia dos dias. F r a s e m o d i f i c a d o r a : em (o e s p í r i t o de) fé e amor. 8-14). usando-as sempre como exemplo.1. 122 Como um artista que tem seu roteiro (ver sobre lTm 1.9.10. pois. como Robertson demonstrou. D a í . modelo. de Timóteo e de todos os crentes" (Rm 8. ele diligentemente procurou por mim e me encontrou. que todos os estão na Ásia se afastaram de mim.15. 18 Que o Senhor lhe conceda achar misericórdia da parle do Senhor naquele dia! E os serviços que ele prestou em Éfeso. Considerando o fato de que Timóteo nessa ocasião estava vivendo na província romana da Ásia. naturalmente. Há mais um padrão que ele deveria seguir. Ele era realmente um "portador de benefícios". porém. 15 Você está ciente disto. Em todos os aspectos. Consiste de "as sãs palavras" que Timóteo ouviu de Paulo (ver o versículo precedente). Também deveria seguir o exemplo de Paulo. entre os quais estão Figelo e Hermógenes. O "depósito precioso" é. pois. deve reter o evangelho puro. Visto. Uma vez mais (como em l T m 6.20). de uma forma muito sábia Paulo acrescenta o pensamento de que esta ação de guardar não pode ser efetuada senão "mediante o Espírito Santo que habita em nós". o evangelho.11). Timóteo deveria imitar Lóide e Eunice. 16 293 14: Aquela coisa preciosa que lhe foi confiada. ou seja. Deve defendê-lo contra todo ataque e jamais permitir que o mesmo seja mudado ou modificado no mais leve grau. Timóteo. você conhece melhor [que eu]. É precioso ou excelente porque pertence a Deus e resulta em sua glória pela salvação dos que as aceitam pela graça soberana (ver vv.1 TIMÓTEO 6. A beleza de seu caráter e a nobreza de suas ações se destacam claramente no obscuro cenário da triste conduta de "todos os que estão na Ásia". guarde-a mediante o Espírito Santo que habita em nós.20) ele exorta a Timóteo que de uma vez por todas guarde tal depósito. a saber: o de Onesíforo. que o inimigo é forte e Timóteo é frágil. Paulo pode dizer-lhe: Você está ciente . pois com freqüência me confortou e não se envergonhou de minhas cadeias. tomado em seu sentido mais amplo (ver comentário sobre l T m 6. a doutrina sã. dentro de Paulo.15-18 15. 17 Ao contrário. 8-10 acima). esse maravilhoso homem era leal ao sentido de seu nome. 1. 16 Que o Senhor conceda misericórdia ü casa de Onesíforo. um mensageiro da coragem e da alegria. quando foi a Roma. como Paulo sempre fez. 19). mereciam ser mencionados por Paulo. Não obstante. Não obstante. foram detidos pelo temor. a fim de apresentar-se como testemunhas em seu favor. nas circunstâncias que eram uma "prova" para todos os membros da família. que todos os que estão na Ásia se afastaram de mim. entre os quais estão Figelo e Hermógenes. cheio de simpatia para com a família do herói. foi preso e encarcerado. Além do mais. Por que. visto não haver maiores referências a eles nas Escrituras. Paulo exclama: Que o Senhor conceda graça à casa de Onesíforo. e havendo demonstrado grande interesse em seu caso. mas também sua casa. com a possível exceção da pessoa mencionada nos versículos 16-18. Com carinho e entusiasmo. Isto se deu com dois deles. . ninguém havia respondido à sua petição. Com toda probabilidade. em vez de simplesmente "a Onesíforo"? Aqui só se pode fazer conjetura. que o Senhor (Jesus Cristo) lhe conceda misericórdia em troca! Isto está em concordância com a norma estabelecida em Mateus 5. conhecidos de Timóteo. (2) Paulo sabe que a partida de Onesíforo. O certo é que ele atendeu. 25 disto.7. porque com freqüência me confortou e não se envergonhou de minhas cadeias.24. É preciso reconhecer. ao comparecer em defesa de um prisioneiro acusado de um delito capital. de Éfeso para Roma. expressa o desejo de que o Senhor use de misericórdia para com esses seres queridos. Algumas das possibilidades são as seguintes: (1) Onesíforo. Porventura se mencionam esses dois pelo fato de ser especialmente surpreendente seu erro em não agir como "amigos na adversidade é que são verdadeiros amigos"? 16. Por isso não só Onesíforo. à casa de Onesíforo (tanto aqui quanto em 2Tm 4. a saber: Figelo e Hermógenes. porém. a misericórdia do Senhor se fazia necessária a todos.294 1 TIMÓTEO 5. causou preocupação aos que deixara para trás. É provável que vários cristãos principais da província da qual Éfeso era a capital haviam recebido a solicitação de Paulo de ir a Roma. o coração de Paulo. quer por solicitação expressa ou por iniciativa inteiramente pessoal. que nem mesmo é certo que este fora uma das pessoas a quem Paulo apelara. Conseqüentemente. parece que houve uma exceção significativa. Portanto. porém. porém não nosso. Onesíforo havia mostrado misericórdia a Paulo na masmorra romana. porém haviam prontamente consentido em sua viagem. Simplesmente não sabemos. 16). 19. se for necessário. Não se diz de que forma o visitante realizara tão tonificante e reconfortante ministério.33. At 12. Timóteo não devia envergonhar-se (v. então. 16 295 (3) Onesíforo já não vivia (fora executado?).29.se pode supor uma razão. diligentemente procurou-me e me encontrou! Onesíforo chegou em Roma. Cf. por que teve que procurá-lo? Diversas respostas são aventadas. E Onesíforo fizera isto não só uma vez. intrépido e de fé assombrosa. o privilégio de receber visitas e "de ser confortado" não lhe fora tirado totalmente. Inclusive Paulo. levando notícias a Paulo de pessoas e igrejas. 28. mesmo para este fato . Jo 16. Onesíforo não se envergonhou (v. bebida e literatura. Note. é a marca do cristão (2Tm 3. nesse capítulo. Não obstante. 21. Por isso. Ap 20.33. O fato de que Onesíforo não se envergonhara das cadeias de Paulo o enchera de gratidão. Jônatas prestou a Davi ( l S m 18. Assim foi nos casos de Davi.17). além disso. Com toda probabilidade. podia às vezes precisar de alento. mas com freqüência. Elias.20. Mas. pelo menos deve incluir o sentido literal (cf.20.13. Onesíforo se comportara de um modo muito distinto. (Não obstante. 17.12. 12). a recorrência significativa da expressão "não envergonharse".) A própria enumeração de alguma das possibilidades indica que estamos aqui na esfera da conjetura. por assim dizer. Longe de envergonhar-se. Lc 8. essa cadeia deve ser tomada literalmente. A disposição de sofrer pela causa de Cristo.3. e em algumas delas .1 TIMÓTEO 6. começou a procurar por Paulo. presença essa que implicava sacrifício de si mesmo e amor. Paulo não se envergonhava (v. que o fizera. alentando-o com base nas promessas de Deus. levando-lhe comida.se foi um fato . ainda que o tratamento que o apóstolo recebia estava longe de ser o que se lhe deu na primeira prisão. 20). quando ele esteve em Roma. homem de coragem.6. se esse é o caso. É consolador saber que. 7. Paulo diz: Ao contrário. Rm 8. Paulo declara que Onesíforo o confortara. Mc 5.1). com risco da própria vida. 2 Timóteo 4.15. Ef 6.4. respirar mais livremente. Jeremias e João Batista. Com isto é possível lembrar-se dos serviços que. Por isso Paulo expressa o desejo de que o Senhor concedesse misericórdia à família dele. 8). pareceria um pouco estranho que não se faça menção de sua morte de herói. Talvez apenas com sua presença. o que provavelmente signifique "de Deus o Pai". Tudo isso aumentava o crédito de Onesíforo! Daí. c. e nem todos os que ficaram desejavam informar a "um estranho" sua afinidade espiritual com o "prisioneiro do Senhor". p . Havendo localizado a "prisão". 25 há indubitavelmente algum elemento de verdade. significa que esse amigo verdadeiro e leal já havia partido desta terra e que não poderia receber mais misericórdia nesta vida? E possível. Por exemplo: a. não teria sido fácil para Onesíforo obter um acesso imediato a Paulo. então 2Ts 1. Paulo prossegue: 18. foi preciso uma busca diligente para encontrar Paulo.8. Por algum tempo. b e m q u e p o d e r i a ter s u b s t i t u í d o " d e l e " p a r a " d o S e n h o r " . " S e n h o r " ( J e s u s C r i s t o ) teria s i d o ó b v i o . 7 7 5 ) .9). S e P a u l o q u i s e s s e d i z e r : " Q u e o S e n h o r lhe ( a O n e s í f o r o ) c o n c e d a a c h a r m i s e r i c ó r d i a d a p a r t e d o S e n h o r naquele dia". acima. O sistema de encarceragem de então era sinistro (cf.. Que o Senhor lhe conceda achar misericórdia da parte do Senhor naquele dia! O apóstolo expressa um devoto desejo de que naquele grande dia de juízo (ver v. As palavras "e me encontrou" soam como uma exclamação. cf. . por sua vez encontre misericórdia (note o jogo de palavras). Não obstante. Parte da cidade fora destruída pelo grande incêndio.10) o Senhor (Jesus Cristo) permita que o homem que tivera tantas dificuldades para encontrar Paulo. d. 2Tm 1. 2Tm 4. 123 O fato de que Paulo expresse o desejo de que Onesíforo encontre misericórdia "naquele dia" (contraste isso com o que se disse sobre a casa de Onesíforo. Onesíforo não estivera antes em Roma. cit. b. N a t u r a l m e n t e . seja o que for. a s a b e r . E assim alguém poderia prosseguir. A q u i n ã o p o s s o s e g u i r o r a c i o c í n i o d e L e n s k i (op. Os crentes em Roma se viam grandemente reduzido em número em decorrência de perseguição e fuga. da parte do Senhor. 16). ITs 123. Tal s u b s t i t u i ç ã o d e u m p r o n o m e ( d e s s a v e z n u m c a s o d i f e r e n t e q u e u m p o u c o a n t e s ) n ã o teria s i d o a m b í g u a . por isso não sabia aonde ir. mas considerando que o apóstolo às vezes expressa o desejo de que se conceda bênçãos escatológicas a quem ainda vive na terra enquanto o apóstolo está escrevendo (por exemplo. o lugar da prisão de Paulo não era conhecido nem mesmo pelos crentes em Roma. O v e r d a d e i r o a n t e c e d e n t e . com a palavra "Senhor". Isso causava confusão. O n e s í f o r o n ã o p o d i a a c h a r m i s e r i c ó r d i a " d a p a r l e de si mesmo". em ambos os casos. v.296 1 TIMÓTEO 5. referindo-se ao Senhor Jesus C r i s t o . 12.24. b) o retrocede ainda mais: e os serviços que prestou em Éfeso. e que este não é o Espírito de limidez. você o sabe melhor [que eu].27. Onesíforo. C f . Ver t a m b é m M . Esse trabalho de amor fora realizado ante os olhos de Timóteo. raxiov no s e n t i d o de " m a i s r á p i d o " (Jo 13. que é também o Deus de Paulo e de Timóteo. que ele se lembre de que.2 TIMÓTEO 1. também as mãos de Paulo pousaram sobre ele. E que esse anelo foi fortalecido pela memória das lágrimas deste quando os dois se separaram pela última vez. Que Timóteo. avó de Timóteo. Depois de outra saudação com "graça. Síntese do Capítulo 1 Ver o Esboço no início deste capítulo. 20. como elas o fizeram.18 ( v e r t a m b é m At 10. 17). então retrocede o relógio de sua memória ("quando esteve em Roma. estando ainda em Éfeso. 1 . lealdade e coragem semelhantes. Ele diz a este "bem-amado filho" que seu coração anela ver-se cheio de alegria ao vê-lo novamente.28 e m D ) n ã o p o d e ser c o m p l e t a m e n t e e x c l u í d o . se lhe apegue. Por isso Paulo diz: "você sabe melhor que eu". N ã o o b s t a n t e . diligentemente procurou-me e me achou". Sim. e em Eunice. amor e autodisciplina. 124. Paulo confessa sua gratidão ao Deus dos pais. no o r i g i n a l . 108. Melhor. devia demonstrar uma firmeza. em Cristo. pois. sua mãe. pois. porque a viu primeiro em Lóide. Quanto a essa fé. e agora (v. Aqui novamente devemos confessar nossa ignorância. 124 Ainda antes que fosse em sua missão a Roma. Então. Ao revisar os serviços que Onesíforo prestara a Paulo. misericórdia e paz". o u s o e l a t i v o depéA/uiov a q u i em 2 T i m ó t e o 1. 18. Paulo a "reconhece". . prestara muitos serviços valiosos à causa do evangelho.4). como símbolo da comunicação do dom do Espírito. e por uma recente lembrança de sua fé não fingida. para que o dom divino que recebera seja como uma chama viva.8-14 297 5.23b). Timóteo ama Paulo? Certamente que sim. 16). v. Timóteo. T i m ó t e o s a b e " m u i t o b e m " o s s e r v i ç o s q u e ( ) n c s í f o r o h a v i a p r e s t a d o e m É f e s o . este começa com os mais recentes ("com freqüência me confortou". no momento da ordenação. M . não é necessário chegar à conclusão de que Onesíforo realmente havia morrido. v. mas de poder. . é péÀxiov. que a reaviva. Razão: não está fundamentada em obras humanas. jamais lhes será tirada. se apegue a esta fé como Paulo o havia feito.V.46). mas agora se manifestou pelo aparecimento (primeira vinda) de nosso Salvador Cristo Jesus". também seguiu o exemplo de Jesus que encomendou seu espírito às mãos do Pai (Lc 23. por outro. p.] ( N . A refletir sobre isso. sua esposa citou essas palavras de forma inexata: "Eu sei em quem tenho crido". na antecipação de entrar um dia na posse dessa vida incorruptível para o corpo e a alma. de um lado. fora designado arauto. nem do "prisioneiro do Senhor" (note bem: não "prisioneiro de Nero!").. s e g u n d o a v e r s ã o A. porque foi este mesmo Deus quem incluiu Paulo e Timóteo (juntamente com todos os escolhidos) em seu propósito de graça desde a eternidade. como o escritor chama a si próprio. mas na graça divina. vieram a possuir. Simpson escreve {op.1. R . 127) que. cit. quando o doutor James Alexander de Princeton jazia em seu leito de morte. ela d e v e r i a ter dito: " f o r 1 k n o w w h o m I h a v e b e l i e v e d " [ " p o i s e u c o n h e ç o a q u e l e e m q u e m e u c r i " . Timóteo deveria lembrar que foi este mesmo Cristo quem. o moribundo corrigiu suavemente sua versão. 2 Que Timóteo. pois. com respeito às boas-novas. o precioso tesouro que. Nesse aspecto. mediante a vocação eficaz do evangelho. Que não se envergonhe do evangelho. A salvação deles. apóstolo e mestre.. olhe com alegria para frente. O poder infinito de Deus o sustentará. porque eu sei em quem tenho crido. venceu completamente a morte. Paulo exclama: "Mas não me envergonho.* Paulo prossegue: "e estou convencido de que ele é capaz de guardar para aquele dia o que lhe fora confiado". Ao terceiro dia.298 2 TIMÓTEO 2. e. Pela causa do evangelho. ) . Que Timóteo. E para seu próprio consolo e fortalecimento.. Timóteo deve estar disposto a sofrer dificuldades juntamente com Paulo. pois. K. Certamente que a lealdade a essa comissão traz como resultado o sofrimento. porque não queria que nem sequer uma preposição se interpusesse entre sua alma e seu Senhor. trouxe à luz vida e incorruptibilidade (imortalidade) por meio do evangelho. Paulo mesmo se regozija no fato de que. O apóstolo depositara sua alma e toda sua salvação nas mãos de Deus para que fossem guardadas. o depósito * E l a d i s s e "1 k n o w in w h o m I h a v e b e l i e v e d " . E essa graça "nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos. . e ainda o faz." O professor E. lhe dará a capacidade para isso. De diversas maneiras ele confortara Paulo. procurara o prisioneiro. naquele dia. Quando o apóstolo pensa nele. que guarde de uma vez por todas o precioso depósito do ministério do evangelho que Deus lhe confiara. pois. A vida imortal. que habita nele. E ainda antes de partir de Éfeso para Roma. que Timóteo. tendo sido guardada acima nas mansões do Pai. "com juros": um espírito glorioso dentro de um corpo agora glorioso. Onesíforo atendera." Quando Iodos os que estavam na Ásia se apartaram de Paulo. no dia do juízo final. e um pouco mais adiante: "que o Senhor lhe conceda que encontre misericórdia da parte do Senhor naquele dia. por assim dizer. Assim também. O Espírito Santo. a alma de Paulo. exclama: "Que o Senhor conceda misericórdia à sua casa". será vestida com um corpo semelhante ao glorioso corpo de Cristo. e que o faça num espírito de fé e amor centrados em Cristo Jesus. e depois de consideráveis dificuldades o encontrara. talvez mesmo antes que lho solicitasse. começaria ali e continuaria para além.2 TIMÓTEO 1 299 foi devolvido a Jesus. sem envergonhar-se das cadeias do apóstolo. Incentivado pela certeza de um futuro tão glorioso. Ao chegar em Roma. este maravilhoso portador de benefícios prestara muitos e valiosos serviços ao evangelho. ou seja. Outro exemplo excelente que Timóteo deve imitar é Onesíforo. para o corpo e para a alma). como Timóteo sabia melhor que Paulo. . em seu significado pleno (ou seja. em Éfeso. e nenhum (nem mesmo Figelo e Hermógenes) esteve disposto a ir a Roma a fim de testificar em seu favor. Sim. retenha a forma das sãs palavras que Paulo lhe entregou. .14-26 "Sofra dificuldades juntamente conosco" Ainda que este ensino produza dificuldades. Pelo contrário. as discussões fúteis não têm um propósito útil.1-13 2.ESBOÇO DO CAPÍTULO 2 Tema: O Apóstolo Paulo Diz a Timóteo o que Fazer no Interesse da Sã Doutrina Ensine-a 2. também traz grande galardão. os quais estejam também qualificados a ensinar a outros. ainda em cadeias como malfeitor. ele por sua vez permanece fiel. se [o] negamos. 3 Como um nobre soldado de Cristo Jesus. pois. meu filho. e as coisas que você tem ouvido de mim entre muitas testemunhas. seja fortalecido na graça [que está] em Cristo Jesus. 8 Guarde na memória Jesus Cristo como ressurreto dentre os mortos. os quais estejam também qualificados a ensinar a outros.1. porque não pode negar a si próprio. se morremos com [ele]. 2. 2 2 1 Você. pois.CAPÍTULO 2 —<$>— 2 TIMÓTEO 2. 13 se somos infiéis. esse não deve receber o louro do vencedor. porém a palavra de Deus não está presa. se alguém está competindo num evento de atletismo. visto que seu alvo é agradar ao oficial que o alistou. pois o Senhor lhe dará discernimento em todas as questões. 7 Ponha sua mente no que eu digo. 4 Nenhum soldado em serviço ativo se embaraça nos negócios da vida civil.os exemplos . essas coisas confie a homens confiáveis. segundo meu evangelho. 6 O agricultor que trabalha arduamente deve ser o primeiro a tomar sua parte nas colheitas. 12 se suportamos. 2 e as coisas que você tem ouvido de mim entre muitas testemunhas. a fim de que também eles possam obter a salvação [que está] em Cristo Jesus com eterna glória. ele por sua vez também nos negará. também com [ele] reinaremos. meu filho. 5 Além disso. de tudo o que se disse no capítulo 1 . 10 Por conta disso eu suporto todas as coisas por amor dos eleitos. essas coisas confie a homens confiáveis. 9 pelo qual eu sofro dificuldades. 2. pois. Você. 11 Fiel é a palavra: Porque. seja fortalecido na graça [que está] em Cristo Jesus. da semente de Davi. a menos que compita cumprindo as regras. sofra dificuldades juntamente com [nós]. Em vista.1-13 1. também com [ele] viveremos. O depósito que foi confiado a Timóteo ( l T m 6. a igreja necessita de mestres.6-8. e então Rm 4. Fp 4. lhe fora dada "antes dos tempos eternos" (ver sobre 2Tm 1. lTm 1. que Timóteo aja como mestre. como exemplo ao filho. está dizendo é incluído nos versículos 8-10a. está expresso de forma bem clara nos versículos 10b-13. Ora.22.12. uma forma segura de fortalecer-se na graça é transmitindo a outros as verdades que se acham engastadas no coração e que estão guardadas na memória.10. Ef 6. Mais ainda.2). tanto quanto seus mestres. Daqui em diante ele a põe nas mãos de Timóteo. pois". deve passá-la a outros. que produza mestres.20. que Timóteo deve transmitir. O apelo é uma vez mais expresso em linguagem de um terno afeto como a de um pai com seu filho. Essa verdade redentora ou evangelho de salvação. O que todos os crentes deveriam ter em mente constantemente com respeito ao modo como se recompensa a fidelidade a Cristo e se castiga a infidelidade. 14.302 2 TIMÓTEO 2. 2 de fé e firmeza (Lóide e Eunice. o próprio Paulo. note a ênfase: "Você. Além do mais. . O que o pai (espiritual.20.9). ver At 9. a maravilhosa vocação que Timóteo se esforce (ver 2Tm 1. e quanto à própria palavra. Timóteo necessita dessa experiência. Esta expressão indubitavelmente se refere a toda a série de sermões e lições que o discípulo havia ouvido da boca de seu mestre durante o tempo em que esteve associado a ele desde o dia em que pela primeira vez se encontraram. estes devem ser homens aptos para ensinar a outros ( l T m 3. sejam instruídos na verdade redentora de Deus. 2Tm 4.2). e o que é muito mais importante. de modo que esses outros também.17. Paulo) quer do filho (Timóteo) se encontra nos versículos 1-7. e já está implícito nos versículos 4-6. De conformidade com isso. por sua vez. o qual. A fortaleza de Timóteo na esfera da graça crescerá se for cultivado o dom que a graça lhe concedeu.13) nessa graça cristocêntrica que. Por muito tempo ele carregou a tocha do evangelho. O que o pai espiritual.14) deve ser depositado em mãos de homens dignos de confiança. Paulo está para partir desta vida. 2Tm 1. Onesíforo). aqui é exposto como "as coisas que você ouviu de mim entre muitas testemunhas". como já se indicou. a grande salvação que aguarda aos que perseveram. o dom do Espírito Santo a Timóteo. e o apelo ao coração: "meu filho" (ver sobre 2Tm 1.1. 1 3 . q u e r o u n ã o f a ç a isso. 4 7 9 ) s o b r e esta p a s s a g e m . O s e n t i d o entre ou em meio a é m a i s f a c i l m e n t e e x p l i c á v e l . o u b . d e v e m o s e s c o l h e r c o m o e q u i v a l e n t e em n o s s o i d i o m a a p a l a v r a testemunha ou mártirl C o m f r e q ü ê n c i a . a palavra poderia significar u m mártir ( v e r t a m b é m C . N e s t a p a s s a g e m ( 2 T m 2. a i n d a q u a n d o e s s e s s e j a m c h a m a d o s pap-cupoi. C f . H o m e r o já usava a preposição nesse s e n t i d o (Ilíada IX. o ministério do evangelho em geral) significa trabalho árduo (v. 2 9 8 ) . D e f o r m a s e m e l h a n t e . Às vezes é c o m o se não significasse m u i t o mais que um espectador e/ou auditor. 4-6.13.1 5 -17 303 Muitos haviam sido testemunhas 125 dessa pregação e ensino. A s s i m . a l g u é m q u e s e l o u c o m s a n g u e s e u t e s t e m u nho. Ver minha tese doutorai pp. N ã o o b s t a n t e . u m a testemunha p o d e s e r a .s e a e s t u d o m a i s i n t e n s i v o ou às o r i g e n s e à e v o l u ç ã o d a s p r e p o s i ç õ e s do N o v o T e s t a m e n t o . Não obstante. 10b-13). É t e m p o de d e d i c a r . N ã o p o s s o s e g u i r G e a l y (The Interpreteis Bible. d a r um t e s t e m u n h o c o m p e t e n t e (cf. A p r e p o s i ç ã o p a r e c e ter sido d e r i v a d a do n ú m e r o dois (cf. se q u i s e r . C e r t a m e n t e 5IK n ã o t e m q u e s i g n i f i c a r / .2) p r o v a v e l m e n t e a p a l a v r a está s e n d o u s a d a n e s t e s e g u n d o s e n t i d o . p p . 3). é um b o m princípio o q u e se e n c o n t r a na G r a m .s e em entre ou em meio de (e p o r u m a r e v e r s ã o s e m â n t i c a d i f e r e n t e . d e v e . l T m 6 .n o os redimid o s de J e o v á . p o r e x e m p l o . c o m o n o c a s o d e l e s . Biblioteca do S e m i n á r i o P r i n c e t o n . " É f á c i l ver q u e o s e n t i d o legal em q u e se usa a p a l a v r a testemunha está relacionado c o m esse significado (ver At 6. c h e g o u a por meio de). N e s t a n o t a a p o n t e i s o m e n t e p a r a a l g u n s d a s m u d a n ç a s s e m â n t i c a s . u m a p e s s o a c o m p e t e n t e p a r a testificar. The Meaning ofthe Preposition àvxí in the New Testament. a s testemunhas fiéis s e c o n v e r t e r a m e m mártires. Odisséia IX. l i g e i r a m e n t e m o d i f i c a d o . » / ' meio de. O u t r a s v e z e s . Finalmente. 1 2 ) . A p a l a v r a u s a d a no o r i g i n a l t e m v á r i o s m a t i z e s de s i g n i f i c a d o . Que Timóteo se lembre de que a mensagem que ouvira da boca de Paulo lhe fora entregue entre ou em meio a126 muitas testemunhas ou pessoas que estavam sempre dispostas a apoiar o testemunho do apóstolo. c o m o às vezes é afirmado.6. N. é d i s c u t í v e l a p e r g u n t a : Em A t o s 2 2 . Súo e õ i á ) . E s t ê v ã o e A n t i p a s f o r a m mártires. Q u a n t o a 6 i á .1 TIMÓTEO 6. compete segundo as normas e trabalha com energia.4. A s testemunhas d e q u e m P a u l o f a l a n ã o e r a m a p e n a s observadores e ouvintes silenciosos. Vol. c o n v e r t e u . p a r e c e atingir a idéia d e r e a l m e n t e dar testemunho d o q u e a l g u é m viu e o u v i u . D i s s o p a s s o u p a r a " p o r d o i s " . 2 0 e A p o c a l i p s e 2 .58).T. E r a m obedientes à exortação: " D i g a m . A tarefa de confiar o evangelho a homens de confiança (e.5 8 4 . N . v e r o v e r s í c u l o 7. u m a p e s s o a q u e e f e t i v a m e n t e t e s t i f i c a .s e n o t a r q u e o s e n t i d o em meio a n ã o é só no "grego posterior". 4 6 8 . 7. o q u a l . n ã o o b s t a n t e . T e n t e i f a z e r isso em r e l a ç ã o a àvxí. A c o n o t a ç ã o e x a t a é às vezes difícil de determinar. p o r é m . e em A p o c a l i p s e 17.3. e m n o s s o i d i o m a . enfrente as dificuldades juntamente com [nós]. N e s t e c o n t e x t o . 4 7 8 . a l g u é m q u e p o d e . T . de fato. 3.. 126. s o b r e J o ã o ) . cf. 125. o u s o de ÕLá em 2 C o r í n t i o s 2. 5 8 0 . II. . ele receberá uma gloriosa recompensa (vv. Diz Paulo: Como nobre soldado de Cristo Jesus. Isso t a m b é m se a p l i c a às testemunhas m e n c i o n a d a s em A p o c a l i p s e 11. quando um homem luta de todo o coração pela boa causa. a t r a d u ç ã o vicia civil p a r e c e ser a m e l h o r . n e c e s s a r i a m e n t e . A p a l a v r a (3íoç p o d e ter um de v á r i o s s e n t i d o s . 25 Timóteo. s e g u n d o o c o n t e x t o : m o d o d e v i d a . é u m a t r a d u ç ã o um t a n t o livre. Fm 2) a um soldado. como em 2 Timóteo 1. N o ú l t i m o c a s o . O c o n t e x t o f a v o r e c e nós. A . a p a s s a g e m d i z : " N i n g u é m n o e x e r c í c i o d e s o l d a d o s e i n t r o m e t e (ou " s e m o s t r a i n t r o m e t i d o " ) e m o c u p a ç õ e s (ou " n a s a t i v i d a d e s " ) d a píoç. 128.. O u tra t r a d u ç ã o (R. não deve retrair-se. que lhe pertence e está comprometido na guerra na qual a "cruz de Jesus" vai sempre adiante. A q u i em 2 T i m ó t e o 2.127 4. "negócio que proporciona sobrevivência". Esses versículos contêm uma tríplice figura. ou s u s t e n t o .6. p .24.25.: " s u p o r t e a s d i f i c u l d a d e s " s e b a s e i a n u m a i n t e r p r e t a ç ã o i n f e r i o r . como um nobre ou excelente soldado de Cristo Jesus. " a t i v i d a d e " . Implica sofrer perseguição (2Tm 3. se alguém está competindo num evento de atletismo. (c) O agricultor que trabalha arduamente deve ser o primeiro a tomar sua parte nas colheitas. 7. daí. 6. E a q u e l a ou " s u b s i s t ê n c i a " . s u s t e n t o .9). o c o n t e x t o p a r e c e e s t a b e l e c e r um c o n t r a s t e e n t r e a v i d a m i l i t a r e a civil. é melhor traduzir: "juntamente conosco". e o u t r a s ) : " T o m e p a r t e n o s s o f r i m e n t o s " . começando com o símile do soldado. b i o g r a f i a .V. que nesse contexto significa muito mais que viver destituído de comodidades como soldados. m o s t r a q u e Trpayiiaxtía p o d e ter o u o s i g n i f i cado mais restrito. 127. um atleta e a um agricultor. 5 3 2 . e não "juntamente comigo". 2. a f r a s e inteira seria: " n e g ó c i o d e p r o d u z i r s u b s i s t ê n c i a .128 visto ser seu alvo agradar ao oficial que o alistou. L i t e r a l m e n t e . mas deve estar disposto a enfrentar as dificuldades (ver sobre 2Tm 1.V. etc. "juntamente com. a i n d a q u e u m t a n t o m e n o s literal é b o a . As três ilustrações seguem juntas e é evidente que devem ser consideradas como uma unidade para serem compreendidas: (a) Nenhum soldado em serviço ativo se embaraça nos negócios da vida civil.8. A.4. ou o sentido mais a m p l o de " a s s u n t o " .S. pois." M . 24-27 apresenta a mesma tríplice figura. a menos que compita cumprindo as normas.304 1 TIMÓTEO 5. Fp 2. diz o apóstolo Paulo. Deve estar disposto a suportar isso. . vida s e d e n t á r i a o u civil. porém cf. M ." Surge a pergunta: juntamente com quem! Em vista do fato de que no versículo precedente Paulo referiu-se apenas a si mesmo e a muitas testemunhas.. V . Paulo compara o ministro cristão (aqui com particular referência a Timóteo. esse não deve receber o louro do vencedor. " .12). : " E n f r e n t e as d i f i c u l d a d e s comigo" a c r e s c e n t a o p r o n o m e e r r a d o . E s t a . que é uma continuação do versículo 3. (b) Além disso. 1 Coríntios 9. R .18. o m u n d o e m q u e v i v e m o s . 5. A f i m d e o b t e r o s m e l h o r e s r e s u l t a d o s p a r a C r i s t o e seu r e i n o .') de d u a s a u t o r i d a d e s : P r i m e i r o .deve compreender que sua elevada tarefa "exige sua alma. agirá de modo diferente! Está implícito este pensamento: à guisa de recompensa. talvez ainda comprometido numa campanha. De igual modo. É v e r d a d e q u e P a u l o f a z i a t e n d a s . C o m respeito às i m p l i c a ç õ e s g r a m a t i c a i s d o s t e m p o s nessa o r a ç ã o . p. "Nenhum soldado alistado".. como um soldado em serviço ativo. c o m o m a n t é m Robertson (Word . Se um soldado prosseguisse com seus negócios pessoais.4). 8 305 porém com uma aplicação diferente. 130.e no tocante a isso. cit. a menos que esse atleta (para uma descrição mais 129.7.m e a discord a r ( n a t u r a l m e n t e . S i m p l e s m e n t e c o n s i d e r a a a ç ã o q u a n d o em progresso. Uo 3. A semelhança aqui em 2 Timóteo é a seguinte: a. Paulo o representa no próprio ato da competição. m a s o t e m p o p r e s e n t e p o d e r i a t a m b é m ser u s a d o c o m r e s p e i t o a q u a l q u e r outro. a t r e v o .N. satisfazer o oficial que o alistou. 129 No campo de batalha. o Superior de Timóteo certamente provera tudo o de que porventura necessite. m a s isso n ã o e r a u m a o c u p a ç ã o n a q u a l s e e n g a j a s se p a r a se estabelecer f i n a n c e i r a m e n t e .2 TIMÓTEO 2. a saber.22. ele f a z i a b o a s t e n d a s . n ã o c r e i o q u e o presente a t i v o do s u b j u n t i v o (cc9A. Deve dedicar-se completamente ao Senhor que o designou ("o alistou") e que o capacitou para sua tarefa. 130 Ora. Uma santa paixão deve encher seu ser. Há que obedecer às normas. S e g u n d o . de modo que viesse a "envolver-se" nele. ICo 7. não seria capaz de entregar-se à tarefa designada de soldado. 273. T . Primeiro. Todo verdadeiro e fiel servo de Jesus Cristo se dedicará realmente e de todo o coração a sua tarefa. E v e r d a d e q u e ele p o d e r i a estar p e n s a n d o em tal p e s s o a . seu todo". s o b r e 1 T e s s a l o n i c e n s e s 2. Ver C . diz Paulo. N . Esse pensamento implícito se expressa com crescente clareza nas figuras que se seguem: b. S e u c o r a ç ã o e s t a v a em seu ú n i c o g r a n d e e s f o r ç o . c o m m u i t o respeito. n ã o c r e i o q u e o p r i m e i r o a o r i s t o a t i v o d o s u b j u n t i v o (à0Xrio^) n e c e s s a r i a m e n t e signifique: "a m e n o s q u e n u m torneio particular participe". Nesse aspecto a melhor figura é sempre a de um homem que compete numa prova atlética. ver B o u m a .9. e ver C. sobre ITs 2. cf. tanlo que absorvesse seus interesses. Q u a n t o ao p o n t o de vista o p o s t o . o soldado tem um único propósito.32-34. com o fim de agradar a seu mestre (cf.T. todo ministro . op.fi) n e c e s s a r i a m e n t e i m p l i q u e q u e o a p ó s t o l o está p e n s a n d o em uni atleta profissional. sua vida. Timóteo deve realizar sua t a r e f a i todo o coração. Devoção de todo o coração é tudo o que se exige. Timóteo . p . de conformidade com as normas estabelecidas. e não se forneceu explicação alguma. em vez de vê-la em m o v i m e n t o . Se o agricultor trabalha arduamente. N . sua esperança avivada. 8) compita legitimamente. Além do mais. pois. Não só sua própria fé será fortalecida. 24. Deve ser completamente o oposto do "preguiçoso" retratado vividamente em Provérbios 20.. pregar e ensinar a verdade. l P e 5 . mas além disso ele verá na vida dos demais (Rm 1. ver A. cit. se Timóteo (ou qualquer trabalhador na vinha do Senhor) se esforça plenamente na realização da tarefa espiritual confiada por Deus. deve competir segundo as normas. O a p a r a t o t e x t u a l em N . É justo dizer que em outro lugar o próprio Robertson a f i r m a i s s o . n ã o é difícil d a r a r a z ã o para as variantes. 24) o início daqueles gloriosos frutos que são mencionados em Gálatas 5. Ap 2. 8 3 2 . . cf.306 1 TIMÓTEO 5. 23. A l é m do m a i s . diz-se a Timóteo que ponha sua mente (vóei. mente) no que131 Paulo acaba de dizer (nos vv. se o homem que executa um serviço especial no reino de Deus não observa as normas . terceiro: deve trabalhar com muita energia. T g 1 . Tiago 5. deve lutar de todo o coração pela boa causa. também será dos primeiros a ser recompensado. e fazê-lo com amor. 131. 4. cf.12.3.op. Lucas 15. 5. 6 1 7 ) . Timóteo. c. N. vol. Posto que belos pensamentos foram expressos numa figura tríplice.T. não receberá a coroa da justiça (2Tm 4. A mera leitura não é Pictures. 6). ver G r a m .13.4. deverá ser o primeiro a participar das colheitas (Dt 20. para que seja bem-aventurado em seus feitos (Tg 1.25). 7. voüç. 369). O t e m p o a o r i s t o s i m p l e s m e n t e r e s u m e a a ç ã o . i n d i c a c l a r a m e n t e q u e o.30. porque o Senhor lhe dará discernimento em todas as questões.24. tira u m a f o t o g r a f i a dela. pp. como o (uso genérico do artigo) agricultor que trabalha arduamente (cf. aqui. IV. o diadema de folhas ou medalha de ouro. Igualmente. é p r e f e r í v e l a a. ICo 3.10. 4 . ver sobre l T m 4. não recebe o louro do vencedor.8) e de glória (lTs 2.22. exercer a disciplina no mesmo espírito. T a m b é m m o s t r a q u e " d a r á " (Swaei) é a m e l h o r i n t e r p r e t a ç ã o .19. presente..6.10. Fp 1. Ver também Daniel 12. Ponha sua mente no que eu digo. ou seja.19. 31. e ver especialmente os versículos 10-12 -. seu amor aprofundado e a chama do dom avivada. imperativo ativo de voéco.por exemplo. 20. 309. Pv 27. 25 completa.7b. E agora. Semelhantemente. Deissmann .22.18).9). p. Por meios como esses. ver também nota 19). Poderá aplicar a si próprio e a seu ofício o rico significado da tríplice figura.2 TIMÓTEO 2. no Jesus histórico. ICo 10. 3-6). 16. da semente de Davi. como em outros lugares de 2 Timóteo. segundo meu evangelho. 15.4. 4. Note aqui "Jesus Cristo". Seguramente. em todas as questões com respeito às quais Timóteo carece de discernimento (aúyecnç.5-11. Em conseqüência. 10). Jo 14. o Espírito Santo lhe dará toda diretriz de que porventura careça na execução de sua tarefa. diz Paulo. Timóteo não precisa temer que tal atividade mental seja infrutífera. sobrecarregado com maldição (Gl 3.26. melhor ainda. compreensão.36.15.17.7. e extrairá disso o conforto que ela propicia. não. 11. 13. em vez de "Cristo Jesus". com o fim de que este pudesse lembrar-se do fato de que esse Jesus foi feito (foi publicamente revelado) Cristo em recompensa por sua obediência até a morte. isto lhe dará dado se ele aplicar-se somente a isso. que continue pensando concentradamente no próprio Cristo ressurreto.29. Que não tema a morte. certamente necessita-se de conforto. Tendo ressuscitado de uma vez por todas da esfera na qual reina a morte.17.13.9. Que Timóteo dirija imediatamente sua atenção para a ressurreição.9. morte de cruz (At 2.51. Que Timóteo não perca a coragem. 5). Que deposite sua confiança naquele que derrotou completamente seu terrível inimigo (2Tm 1. introspecção). e especialmente Ap 10. 16. Que ore pedindo sabedoria (Tg 1. O que foi falado deve ser digerido (cf. pois. Jesus Cristo agora permanece para sempre como aquele que ressuscitou. A fiel adesão ao dever significa dificuldades (vv. Que reflita sobre sua experiência pregressa e sobre a experiência dos demais filhos de Deus. Se isto fosse algo mais que uma variação estilística. ou seja. Paulo prossegue: Guarde na memória Jesus Cristo como ressurreto dentre os mortos. em primeiro lugar. Que preste atenção ao que outros têm a dizer. Em vista de perseguição feroz. Fp 2. Que Timóteo.10). a possível razão para isso bem que poderia ser esta: que o apóstolo Paulo desejava que a atenção de Timóteo se fixasse. Não deu o Senhor sua promessa definitiva? Ver Lucas 19. Coordenada com essa exortação está . 8 307 suficiente. compare uma passagem da Escritura com outra. "Lembre-se de Jesus Cristo como ressurreto dentre os mortos".26. O que foi escrito deve ser ponderado.5). Mt 11. daí chamar-se aquele que vive (Ap 1.13. 18). 8. 11). Lc 18. Diz Paulo: pelo qual eu sofro dificulda132. p p . Não é Nero.20-25. como Senhor que vive e reina.308 2 TIMÓTEO 2. está explícito nos versículos 11 e 12. apóstolo e mestre (2Tm 1. está implícito mais que isto.27. 2. O conforto implícito é: "Timóteo. 15.30. 21.9. 39. Rm 1. 31. porque o ressuscitado é certamente. pois fora designado como seu arauto. 22. Por isso. ele ainda está firmado nele de todo o coração. Entretanto. Jesus Cristo é "da semente de Davi" (2Sm7.17. ele o havia recebido por revelação imediata (Gl 1. Mt 28. Lc 1. 132 Ele é o "filho de Davi" (Mt 1. também viveremos com ele. Mc 10.1-5). o que.10-12. 12. Se suportarmos. 9. aconteça o que acontecer. mas Jesus Cristo. também reinaremos com ele". ou seja: Timóteo.42). M t 1. se você e eu. 135-139.9. 132. e todos quantos crêem.30. 33. ICo 15. Ap 5. além do mais.12). da semente de Davi". Jo 7. 15. Isto se deduz naturalmente. já morremos com ele.18. b. Ele está sentado no trono à destra do Pai como herdeiro legítimo e espiritual de Davi. Jesus Cristo é poderoso e quer ajudá-lo e fazer com que tudo lhe saia bem. como glorioso Antítipo de Davi. Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.38.4.13. O que está implícito. aqui também a menção que Paulo faz do evangelho é seguida imediatamente por uma declaração de seus sofrimentos. essa apresentação de Jesus Cristo como aquele que reina e vive para sempre é "segundo (ou 'em harmonia com') meu evangelho".48. ele continua proclamando-o ainda nessa carta. Exatamente como em 2 Timóteo 1.23. Hb 2. Ora. 12. At 2. e cf.42-45. 9. não perca a coragem.20. D i s c u t i o p r o b l e m a g e n e a l ó g i c o c o m r e s p e i t o à o r i g e m d a v í d i c a de C r i s t o cm s u a n a t u r e z a h u m a n a em m e u livro Bible Survey.3.S1 89.41). Ap 22.35.28. Note também como nos versículos 11 e 12. viver e reinar seguem um ao outro.47. quem tem as rédeas do universo em suas mãos e continuará governando todas as coisas para o bem da igreja e para a glória de Deus.5. lembrese constantemente que.12. porque: a.27. diz Paulo. . reina (cf.1. Ele era o evangelho de Paulo. 20. 20. inclusive agora que está encarando a morte. exaltado à destra do Pai. 9 aquela outra: "Lembre-se de Jesus Cristo. 32.8.22. 5. e c. Note no capítulo precedente "dificuldades" (v. Cumprirá sua missão preordenada sobre a terra. Ver o belo comentário que a própria Escritura fornece em passagens tão conhecidas como Isaías 40. Alguém lembra imediatamente dos "malfeitores" que foram crucificados com Jesus (Lc 25.26).1 TIMÓTEO 6. 13). Não obstante. Filipenses 1. Teria sido impossível que o apóstolo não pensasse nela. Segundo. cadeias ou grilhões (Lc 13. Fm 10.32. 23. porém não podem aprisionar o evangelho.8).17. As autoridades me puseram numa masmorra. Este segundo encarceramento de Paulo deve ter sido muito penoso! Entretanto. A tradução "prisões" tem a mesma flexibilidade do significado que a palavra usada no original. 2Tm 1. Outros prosseguirão quando eu tiver deixado este cenário terreno. a palavra de Deus não está presa. ainda que eu esteja preso. "o caminho da cruz conduz ao lar". So fürchten wir uns nicht zu sehr Versão brasileira [Novo Cântico 155]: Se nos quisessem devorar Demônios não contados. em meio a todo seu sofrimento e opróbrio. porque o olho vigilante de Cristo Jesus que vive e guia está constantemente sobre mim. Nenhum inimigo pode detê-lo. Aqui.11.12). Não nos iriam derrotar . ainda em prisões como malfeitor.18. 2 Timóteo 4.8.31. mas também a todas as asperezas de um encarceramento (At 20.29. 26. Aqui o leitor poderá lembrar-se do imortal hino de Lutero: Ein [este Burg ist unser Gott. Cl 4. Ele triunfará. a "cadeia" está certamente incluída no significado da palavra (2Tm 1.16. Ele pode guardar meu depósito para aquele dia (2Tm 1.1 5 -17 309 des.12-14. "Malfeitor" (ou "operador do mal") é uma tradução literal e boa. sofro "dificuldades" (cf. 33). At 16. 55. Uma tradução livre seria criminoso. que é mais geral. diz Paulo.16) ao ser usada aqui. 12). As dificuldades que Paulo agora está sofrendo chegam "até em prisões como malfeitor". houve duas considerações que lhe propiciava muito conforto: primeiro. Pode referir-se literalmente a algemas. aqui! "Ainda em prisões como malfeitor". Paulo geralmente a usa no último sentido. as últimas duas estrofes: Em alemão: lJnd wenn die Welt voll Teufel wár' IJnd wollt uns gar verschlingen.23. Significa seguir em frente (crendo. Ele as suporta. todas suas múltiplas provações.35-39.24. note "todas as coisas". para que obtenham a salvação. Ein Wõrtlein kann ihn fállen. Wie sau'r er sich stellt. Significa mais que aquiescência. Com ele reinaremos! Es soll uns doch gelingen. Kind und Weib. Lass fahren dahin. prazer. ICo 13. Com seu plano infernal. As duas considerações que o fazem prosseguir firme na carreira que lhe fora proposta. Das Wort sie sollen lassen stan Und kein'n Dank dazu haben. Ehr'. Das macht. por amor do evangelho (cf. mas persevera na fé e no testemunho mesmo em meio às mais amargas provações. Paulo não perde a coragem. Rm 8. exortando) . O príncipe do mal. O triunfo do evangelho faz com que Paulo prossiga com estas calorosas palavras: Por isso suporto todas as coisas por amor dos eleitos. Thut er uns doch nichts. Sabemos com certeza. a coragem da perseverança positiva e a firmeza mesmo quando todas as coisas parecem estar contra ele (cf. tem a coragem de carregá-las. bens.7). Gut. 2Co 11. Mais literalmente. Der Fürst dieser Welt. Das Reich muss uns doch bleiben. Suportar significa mais que não se queixar. cf. Sie haben's kein'n Gewinn.310 1 TIMÓTEO 5. Rm 8. E nada nos assustará Com Cristo por defesa! Se temos de perder Família. De Deus o verbo ficará. 25 Nem ver-nos assustados. ou seja. Em sua bandeira está escrita a palavra "Vitória". ou seja. não desespera. 10. alguém poderia traduzir: "por causa de (ôiá) isto suporto todas as coisas por causa de (de novo õiá) os eleitos." Por causa do fato de a palavra não estar presa.37). O apóstolo suporta todas as coisas. Ainda quando Paulo está nesta masmorra. E tudo isso somente por causa dos eleitos. Er ist bei uns wohl auf dem Plan Mit seinem Geist un Gaben Nehmen sie den Leib. Já condenado está! Vencido cairá Por uma só palavra. er ist gerechft. na realidade formam uma só: a convicção gloriosa e profundamente arraigada de que a Palavra de Deus certamente triunfará na vida e no destino dos eleitos.16-33. Se tudo se acabar E a morte enfim chegar. testificando. 44. pois. João 6.12. 2. Cf. 12. Paulo corajosamente suporta todas as coisas porque ele sabe que a palavra de Deus certamente triunfará no coração e na vida dos eleitos. são escolhidos para que sejam imaculados e sem ruga e impolutos diante dele. Efésios 3.7.T.27. 17.37. sobre 1 e 2 Tessalonicenses. 4. 71-73.. então que leia passagens tais como as seguintes: Deuteronômio 7. Isaías48.17.13. C. Deus exerce seu amor que é de um tipo muito especial. L e n s k i . 1 João 4. cit. mas por causa dele mesmo.T. em c o n e x ã o c o m esta p a s s a g e m . fazer que sejam diferentes. Se alguém deseja ver isso por si mesmo. mas porque Deus assim o quis. (Para um sumário da doutrina paulina da eleição. pp. que outorga seu favor àqueles que não têm nada.T. suporta todas as coisas "por amor aos eleitos". 8. aos que o amaram porque ele os amou primeiro.) Esses eleitos são aqueles em quem Deus pôs seu amor peculiar desde a eternidade.11. teria o apóstolo podido enfrentar a morte com tal vigor? 133 133. 71-73.1 TIMÓTEO 6. os quais diferem de outras pessoas pela simples razão de Deus.N. ver C. vistos em toda sua necessidade e debilidade. São os objetos de seu soberano beneplácito. Oséias 14. E l e . 10. Colossenses 3. Ver mais em C. os quais. op. ataca a d o u t r i n a calvinista.7. Em vez de condenar essa doutrina. Ensinam que este amor que predestina tem como seu objeto os pecadores.8. sim. pp. sobre João. escolhidos não com base em sua bondade ou sua fé prevista. vol.2. Se fosse verdade que a salvação deles tem suas raízes mais profundas em suas próprias obras. sobre 1 e 2 Tessalonicenses. trazidos pelo Pai ao Filho. p.19.11-13. Cf. 7 9 1 .10. ao levar à consumação seu decreto de eleição. Daniel9.N. p. 307. mas foi a eleição que causou a fé do homem.4. 1 Coríntios 1. Não foi a fé do homem que causou a eleição. e que nunca terão nada. salvo o que recebem. e com respeito a eles. Cf.4. 28. Efésios 1. 9. II.32. 19. Romanos 5.1 5 -17 311 mesmo quando o fardo sob o qual alguém está viajando pelas sendas da vida se torna muitíssimo pesado.N. uma pessoa deveria primeiro demonstrar que ela não é bíblica! Ela se enquadra lindamente no presente contexto. que os ama livremente.29. O apóstolo. que são dados ao Filho pelo Pai. Filipenses 2. longe de serem eleitos com base em seu caráter imaculado. Essas referências ensinam claramente que Deus não escolheu os seus porque foram mais numerosos. 39.8. a seu tempo influi poderosamente em sua vontade. Rm 13.15). visto q u e m o s t r a qual é sua p o s i ç ã o . aponta para aquele que fez o homem verdadeiramente livre. sob a direção constante do Espírito Santo.T.N. Deus escolheu seu povo para a salvação "por meio da santificação que vem do Espírito e fé na verdade". começam por si mesmas a funcionar para a glória de Deus. Ainda que os crentes já nesta vida desfrutem da salvação em princípio (2Tm 1. a fim de que também eles possam obter esta salvação que foi merecida por Cristo. lhe ilumina a mente. combinando aqui.27. 14). longe de pôr alguma restrição ao exercício da vontade humana. mas também na de outros. como já se explicou. A união com Cristo torna alguém é elogiável. E esta palavra salvação tem dois modificadores: a.9. Daí o apóstolo. A l é m do mais. ela deve ser obtida. 3. A doutrina bíblica da eleição. a saber: na salvação de quem inclusive agora (enquanto está escrevendo) são crentes em Cristo. O Deus que em seu amor soberano elege uma pessoa. eles não a receberão em perfeição (para o corpo e para a alma) até o grande dia da consumação de todas as coisas (ver sobre 2Tm 1. O segundo é seqüência do primeiro.9). M I .12). B e r k h o f (por certo calvinista!): The Assurance OfFaith. G r a n d R a p i d s . O decreto da eleição inclui tanto os meios quanto o fim. como o faz com freqüência. Ele suporta o sofrimento. é uma salvação "em Cristo Jesus". se seu a t a q u e à p o s i ç ã o calvinista s i g n i f i c a q u e o calvinisla n ã o indica q u e o c r e n t e d e v e " p r o c u r a r f a z e r f i r m e sua v o c a ç ã o e e l e i ç ã o ( 2 P e 1. Lc 19. e n t ã o r e s p o n d e m o s q u e este é um p o n t o q u e o calvinista b e m e q u i l i b r a d o enfatiza.ou centrada em .4).10-12. cf.Cristo Jesus"). prossegue: a fim de que também possam obter a salvação [que é] em Cristo Jesus com eterna glória. 1928.24. Paulo está interessado não só em sua própria salvação (2Tm 1. proclamada por ele e experimentada na comunhão viva com ele (daí. e os que depois serão levados a crer. cf. Ele tem presente nada menos que a plena salvação (para o significado de salvação. e b.312 1 TIMÓTEO 5. enche seu coração de amor em gratidão pelo amor de Deus. ver sobre lTm 1. t o d o o livro! .13. é uma salvação "com glória eterna" (Cl 1. E para esta salvação eles são "chamados por meio de nosso evangelho" (ver C. de tal modo que essas "dificuldades". o decreto divino e a responsabilidade humana. M a s n ã o a p r e s e n t a p r o v a s de q u e esta d o u t r i na n ã o é bíblica. "salvação em . Ver L. 25 Mas mesmo que para o eleito a salvação é infalível desde toda a eternidade.10)". sobre 2Ts 2.11). Neste caso. 3. Também neste caso cita-se algo que tinha uma porção precedente que não foi citada. também com [ele] viveremos.11-13.15)." Em qualquer dos casos. a palavra "porque" indica que algo precedia a citação. por meio de seu sólido ministério. Tanto em qualidade quanto em duração. também com [ele] reinaremos. não signifique porque. eterna e centrada em Cristo (ver vv.a fim de que. Ora. .1 TIMÓTEO 6. A probabilidade é que a linha não citada e que precedia seja algo semelhante a isto: "Permaneceremos fiéis a nosso Senhor até a morte". depois da fórmula introdutória (explicada em conexão com lTm 3. Do contrário. Em harmonia com o que o apóstolo acaba de declarar. E necessário manter na mente esta conexão. tanto no que tange à alma (como explicado em 2Co 3. com a perspectiva de morte . ele agora introduz o quarto dos cinco "confiável é a palavra" (ver sobre l T m 1. 9. poderia então ser: " Porque. todavia neste caso "porque" provavelmente seja o certo). também viveremos com [ele]". 10). em conexão com o Eterno. se morremos com [ele]. Conseqüentemente. se já morremos com ele. a primeira citada por Paulo. os eleitos possam obter sua salvação plena.16). E esta glória.18) como no que tange ao corpo (como expresso em Fp 3. Christos ou Theos (ver comentário sobre esta passagem). a linha seguinte. se suportamos. Aqui em 2 Timóteo 2. A opinião de que as linhas que ele cita foram tomadas de um antigo hino cristão. 11-13. as linhas citadas são as seguintes: Porque.16. aqui.1 5 -17 313 radiante. provavelmente seja correta. Confiável é o provérbio. o sofrimento e até mesmo a morte por amor a Cristo. o que se segue poderá ser mal interpretado. ela difere da glória terrena. um hino de um portador da cruz ou mártir.16).21). É evidente que ele não cita o hino inteiro (a menos que yáp. a linha presumivelmente precedente ao início da citação terminava provavelmente com a palavra Logos. ou: "Resignamo-nos ante o vitupério. Paulo está disposto a suportar todas as coisas . Note que esta característica da citação é semelhante à que encontramos em relação às linhas citadas em 1 Timóteo 3. nunca termina (Jo 3.dificuldades inclusive prisões. nós. Nas duas últimas linhas. G r a m a t i c a l m e n t e . L i n h a 2 : P r i m e i r a p e s s o a plural p r e s e n t e d o indicativo. Quanto às orações que começam com o se condicional. 7 9 3 . op. N a s q u a t r o linhas c i t a d a s . suportamos (permanecer firmes). mas também reinarão com ele. Se é realmente u m f a t o . 134. Note que nas quatro orações o sujeito é nós ("nós.. O t e m p o a o r i s t o n ã o i n d i c a n e c e s s a r i a m e n t e q u e u m a a ç ã o j á havia o c o r r i d o n o p a s s a d o real.314 1 TIMÓTEO 5. a a p ó d o s e está n a f o r m a d e u m a p r e d i c a ç ã o ( t e m p o f u t u r o ) . cit.. Estas duas condições vão juntas. N e s t e tipo d e o r a ç õ e s . C o n s e q ü e n t e m e n t e . por sua vez também nos negará. ao escrever " S e já m o r r e m o s c o m ele". a a p ó d o s e t a m b é m está c o n s t a n t e m e n t e n o i n d i c a t i v o . 25 se [o] negamos. nas p r i m e i r a s três linhas. ele n ã o t e m n a d a q u e v e r c o m a f o r m a d a o r a ç ã o c o n d i c i o n a l . por sua vez. L i n h a 4 : P r i m e i r a p e s s o a plural p r e s e n t e d o indicativo. Terceira p e s s o a singular f u t u r o d o indicativo. a oração condicional demonstra a atitude e ação que procede da lealdade a Cristo: morremos com [ele]. nós"). N e s t e c a s o . N ã o p o s s o c o n c o r d a r c o m L e n s k i . se somos infiéis.. a oração introduzida pelo "se" condicional afirma a atitude e ação que procede da deslealdade.24. não poderia estar p e n s a n d o na morte física. ele. posto que nem o apóstolo nem Timóteo haviam morrido amda fisicamente. a s q u a t r o linhas s ã o s e m e l h a n t e s e m q u e t o d a s s ã o o r a ç õ e s c o n d i c i o n a i s de p r i m e i r a c l a s s e . Apódose P r i m e i r a p e s s o a plural f u t u r o d o i n d i c a t i v o . as pessoas que se supõe já terem morrido com Cristo são também as que suportam. P r i m e i r a p e s s o a plural f u t u r o d o i n d i c a t i v o . s e e m a l g u m m o m e n t o t e m o s (ou " t e r e m o s " ) m o r r i d o c o m [ele]. q u a n d o a f i r m a q u e o u s o do a o r i s t o mostra que. N ã o o b s t a n t e . Sumário: Prótase L i n h a 1 : P r i m e i r a p e s s o a plural a o r i s t o d o indicativo. a i n t e r p r e t a ç ã o " P o r q u e .. S i m p l e s m e n t e c o n s i d e r a a ação como um todo. permanece fiel. mas há uma correspondência progressiva entre as duas proposições. supõe-se q u e a c o n d i ç ã o é f i e l a o s p r o v é r b i o s . p. Paulo.. a c h a m o s e i c o m q u a l q u e r t e m p o d o i n d i c a t i v o n a p r ó t a s e . não é gramaticalmente impossível. 134 Nas primeiras duas linhas. L i n h a 3: Primeira pessoa plural futuro do indicativo.. . Não expressam um pensamento idêntico. está na f o r m a de u m a declaração de fato (tempo presente). n a última.. T e r c e i r a p e s s o a s i n g u l a r p r e s e n t e d o indicativo. nós. t a m b é m c o m ele viveremos". As primeiras duas linhas são uma clara ilustração do paralelismo sintético ou construtivo. tais pessoas não só viverão com Cristo. sendo fiéis até à morte. E quanto às conclusões. pp. forma. e a primeira delas se subdivide em dois ramos ou formas principais: A primeira linha principal de interpretação. 25 As duas últimas linhas. é recompensada.24. op. certamente. ele por sua vez também nos negará"). Há duas linhas principais de interpretação . na quarta linha. é a única possível. cit. Não obstante. tomadas como um todo.. No caso dos crentes seria a morte de mártir. a linha 1 imediatamente nos confronta com uma dificuldade. O apóstolo deseja que Timóteo esteja disposto a suportar as prisões juntamente com os outros servos de Deus (v. 2 8 3 . 2 8 4 . mas duas vezes "nós. entendemos também que as linhas três e quatro expressam um pensamento paralelo. Paulo acaba de declarar que ele mesmo está sofrendo dificuldades até mesmo de pri135. Antes da tentativa de fazer-se uma análise detalhada destas quatro linhas. ou "Se em alguma ocasião temos") experimentado a morte física.315 1 TIMÓTEO 5. diferem das primeiras duas quanto a. em sua primeira forma. ele". Na terceira linha ("se o negamos.. também viveremos com ele em glória.há também outras que não levaremos em conta porque mesmo à primeira vista elas são irracionais -. É necessário refletir cuidadosamente antes de compreender que a conclusão surpreendente. Uma vez que aceitamos seu significado. e a deslealdade é castigada. é possível. depois de tudo... a conclusão vem como algo surpreendente. nós". elas comunicam um pensamento principal. Aqui não temos o "nós. deve-se enfatizar que.135 Esta interpretação. "Se teremos". 3). é a seguinte: "Se temos (ou seja." A referência na cláusula condicional "se" seria a uma morte violenta. tendo sido mortos em decorrência de nossa lealdade a Cristo. o qual já foi explicado.. Não conflita com o conlexto. a saber: a lealdade a Cristo. e são ilustrações de paralelismo sintético. . morte como a que Cristo sofreu. que sugerem o caminho da deslealdade. B o u m a . Isto está em harmonia com a idéia de todo o capítulo (ver o esboço). O sentido das linhas tomadas individualmente: Linhas 1 e 2: Depois do "porque". i n t e r p r e t a a p a s s a g e m d e s t a f o r m a . a conclusão é a esperada (tal como nas linhas 1 e 2). a firmeza em meio à perseguição. na glória celestial e. Paulo estaria dizendo: "Por amor a Cristo. morremos para a comodidade. de conformidade com este ponto de vista. Isto nos leva à segunda forma." Seguem esta linha Calvino. Não obstante. Portanto. Ellicott e Van Andei (para os títulos. temos sido entregues.31: "Cada dia morro" (explicado pelo v.10: "Levando sempre no corpo o morrer de Jesus. Em favor desta interpretação estão as seguintes considerações: (1) Não entra em conflito com o contexto. e em harmonia com seu exemplo. 30: "estamos expostos a perigos toda hora"). no dia do juízo no novo céu e na nova terra. aqui e agora. como quem está completamente resignado a ela e a todas as aflições que a precedem. em que a primeira linha principal de interpretação se apresenta. e mais ainda no porvir. especialmente. a uma vida que inclui a exposição à dor.24. mas. Como na primeira forma. o sentimento não seria que os crentes (inclusive Paulo e Timóteo) estão representados como se houvessem em algum momento experimentado a morte de mártir. ou seja. para as vantagens e honras mundanas. às torturas. relata os sofrimentos a que estavam expostos os crentes. o qual. pois. Mas. ao opróbrio e. 9. (3) Está em concordância com o pensamento de Paulo expresso em outro lugar. neste sentido já morremos com [ele]. à morte de mártir. Ver especialmente 2 Coríntios 4. aqui também entra no quadro a morte de mártir. como já se observou. bem que poderia estar pensando nesta forma final de aflição física (a morte de mártir) que a qualquer momento poderia ser imposta sobre os servos leais a Cristo. para vida fácil.316 1 TIMÓTEO 5. vida de Jesus também se manifeste em nosso corpo. Daí. quando no versículo 11 continua dizendo "porque se morremos com [ele]". "permanece firme até o fim". (2) Está em plena harmonia com a linha que segue imediatamente. . também com [ele] viveremos. para que a. é provável que esta interpretação precise de alguma modificação. e que suporta todas as coisas por amor dos eleitos (vv. 25 sões como malfeitor. antes. Todos seus sofrimentos foram impostos de fora. é o mesmo homem que "suporta". porque a pessoa que renunciou à ambição terrena e se resignou ao vitupério. de uma vez por todas. finalmente. ao sofrimento e até mesmo à morte violenta por amor de Cristo." Compare isto com 1 Coríntios 15. ver a Bibliografia). 10). Se. L e n s k i . é preferível à segunda linha principal de interpretação. Jesus. perda. Fora. ao citar o hino. tradução para o inglês de Catherine Winkworth. Dor. 1653. não importa o que eu devo suportar. Jesus. Este é um ponto de vista muito popular. o apóstolo está se referindo.136 136. e creio que tem muito a seu favor. E n t r e o s m u i t o s c o m e n t a r i s t a s q u e c o m p a r t i l h a m e s t e p o n t o d e vista.11. meu tesouro inestimável. o processo de conversão e santificação que é simbolizado pelo rito do batismo. Sim. 1863) A interpretação enunciada. o pensamento de Paulo. Ainda terão a paz interior.11-13 317 Se esta é a interpretação correta. Romanos 6. vergonha ou cruz Não me apartarão de meu Salvador. . Testament). White Expositor's Commentary). já entrou. toda minha escolha.I' 2 TIMÓTEO 2. estão: nal Criticai (em tcrzee B a r n s . todo medo e tristeza! Porque o Senhor da alegria. em. é aquele com o qual estamos familiarizados. ó glória fútil! Inútil para mim é tua história. em apoio do qual geralmente é citada uma passagem que soa de forma semelhante. segundo a qual aqui em 2 Timóteo 2. Contada com voz tentadora. Foi expresso poeticamente nestas belas linhas: "Fora os tesouros terrenos! Tu és todo meu prazer. Jesus. geral (sem nenhuma referência à morte por martírio). em qualquer uma de suas formas. n u m a o u n o u t r a forma. Ainda que contra eles se juntem tempestades. Já que ele se digna amar-me. Fora. ao processo de morrer para o pecado. Os que amam o Pai. G e a l y ( e m The Interpretei-'s Bible). L o c k ( e m The InternatioScott (em The Moffatt New (em Testament Greek Commentary).8. Tu és ainda meu prazer mais puro." (Johann Frenck. Van OosLange's Commentary). por exemplo. a linha 2 não é difícil. Se já morremos para o pecado. Como sacerdote. 5. Ap 20.1-4.5). Um tem que ver com a santificação em geral. Fp 2.24.27.4). 14. Naturalmente. Romanos 6 trata da "morte para o pecado". alcançando seu clímax eterno no dia do juízo e depois dele. nosso velho homem foi crucificado com ele para que o corpo do pecado fosse destruído". Como rei. Cl 3..32. seremos reis em íntima associação com ele". em princípio correspondem também ao período prévio à morte.2. Mt 25.5). o viver e reinar teriam que referir-se meramente à existência dos crentes depois da morte. o viver e o reinar.1. enquanto o outro tem em vista o levar a cruz e a morte de mártir. ter comunhão com ele. Este ofício tríplice. Mt 10. Uo 3. E a partir do versículo 10 até o final do capítulo aparece em cada versículo a palavra pecado (o substantivo ou o verbo pecar) ou um sinônimo.5. forma 1. Reinar com Cristo significa alguém experimentar na vida pessoal a restauração do ofício régio. Significa: "Se permanecemos firmes até o fim (para o significado de suportar. 25 Mas esta passagem.4). 22. quando os santos viverem e reinarem com Cristo em corpo e alma (Dn 7.318 1 TIMÓTEO 5. seu coração se deleitava em Deus. As coisas que diferem não devem ser confundidas. o homem exercia o tríplice ofício de profeta.34.T. Ap 19. deleitar-se nele. Ap 22. Em virtude da criação. ser semelhante a ele. Se for adotada a interpretação 1. perdido em decor- . Interpretada corretamente a linha 1. amá-lo e glorificá-lo (ver. mas chega ao seu clímax imediatamente depois da morte (cf.N. forma 2. Como profeta. sua mente era iluminada para que pudesse conhecer a Deus. etc. sacerdote e rei. ocorre num contexto inteiramente diferente. sobre 2Ts 3. sua vontade estava em harmonia com a vontade de Deus. como perseveraremos nele?. 2 Timóteo 2.). Jo 17. Ap 14. pois.11. Se se preferir a interpretação 1. Assim. Viver com Cristo significa estar com ele. ver C.11.3..11) são inteiramente diferentes.12. O tema do começo daquele capítulo é o da renovação espiritual ("E então? Continuaremos no pecado para que a graça abunde? De modo nenhum.8 e 2Tm 2. os contextos das duas passagens (Rm 6. ) Daí. 4. mas obviamente a continuação não pode ser "também será infiel".") Ver Mateus 26.33. 10. os santos se sentarão e julgarão com ele (SI 149.21).24. porque a fidelidade ile sua parte significa cumprir suas ameaças (Mt 10.mostra que aqui o significado do verbo usado no original não pode ser: ser incrédulo. participando de sua glória régia. a menos que se arrependa. será desonrada pelo Senhor no grande dia do juízo ("Não o conheço. E quando Cristo regressar.33) tanto quanto suas promessas (Mt 10. cf. também Mateus 10. "ele por sua vez permanece fiel" (linha 4) é.9. De fato se sentam com Cristo em seu trono (Ap 3.13.3. Além do mais. resposta esta que constitui a verdadeira liberdade. Alguém pode dizer: "Se o negarmos. ICo 1. ele por sua vez também será infiel.24. porque a cláusula.2. ele por sua vez."permaneça fiel" ." Não obstante. A resposta jubilosa da vontade do crente à vontade de Cristo. é o elemento básico neste reinar com Cristo. no sentido em que repetidas vezes ocorrem juízos em resposta à oração (Ap 8. 25 renda da queda.. havendo confessado a Cristo (pelo menos com os lábios). 2Co . o hino continua: "Se somos infiéis. tornam-se-lhe desleais. A fidelidade divina é um maravilhoso consolo para os que são leais (lTs 5. Linhas 3 e 4: Havendo declarado nas duas primeiras linhas o que acontecerá aos que suportam ou estão dispostos a suportar dificuldades.32). ele por sua vez também nos negará".4. o mesmo (expressa ainda com mais força) que "ele por sua vez também nos negará". então.12. (O paralelismo e também a conclusão . Negar a Cristo significa ser infiel. mesmo durante o período anterior à morte.5-9." Quando uma pessoa. ela desonra o Senhor ("Não conheço o homem"). além de tudo. os cristãos governam o mundo por meio de suas orações. até mesmo a morte violenta. então Mateus 25. No céu estão mais perto do trono do que os próprios anjos (Ap. 3).. mas não pode dizer: "Se formos infiéis. ICo 6. ele por sua vez também nos negará. as duas últimas linhas da porção citada do hino se referem ao caso dos que. em decorrência de sua indisposição em sofrer dificuldades por amor a Cristo e sua causa. "Se o negarmos (cf. ITm 5.3-5).8). 2Ts 3. é restaurado pela graça de Deus. a terceira linha.".319 1 TIMÓTEO 5.72. a conclusão da quarta linha corresponde em pensamento àquela que lhe é paralela. 5.11). muito útil para o Senhor.s e a s i m e s m o .23). e alguns [são] para honra. 25 que com suavidade corrija os oponentes.320 2 T I M Ó T E O 2. sabendo que engendram contendas. mas também de madeira e barro. o mesmo será um utensílio para honra. paciente ante as injúrias. 21 E assim. qualificado para ensinar. a fé. p e r m a n e c e n d o fiel a s u a p r o m e s s a . p o r é m . e que todo aquele que invoca o nome do Senhor se aparte da injustiça.2. b e m c o m o à s u a p r o m e s s a . o amor. as quais confundem os ouvintes.11-13 1.10. p o r q u e . ele e s t a r i a n e g a n d o a si próprio. tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus. H b 10. Ver t a m b é m N ú m e r o s 2 3 . 22 Fuja. Entre eles se encontram Himeneu e Fileto. mas amável com todos. o sólido fundamento de Deus permanece firme. rejeite-as. A p o c a l i p s e 3. ele n ã o m a i s seria D e u s ! 14 Lembre-os dessas coisas. advertindo-os na presença do Senhor a não envolver-se em batalhas de palavras totalmente inúteis. n e g a r a si p r ó p r i o é. 15 Faça o máximo para apresentar-se a Deus aprovado.s e i n c l i n a d o s a ser d e s l e a i s . um obreiro que nada tenha de que se envergonhar. 1 0 . 16 Fuja. santificado. a paz com aqueles que invocam o Senhor de coração puro. há não só utensílios de ouro e prata. Tito 1. alguns para desonra. 20 Numa grande casa. manejando corretamente a palavra da verdade. p o i s n e s t e c a s o ele c e s s a r i a de s e r a V e r d a d e . ele n ã o p o d e n e g a r . 19 Não obstante. de falatório profano e fútil. A c l á u s u l a f i n a l do v e r s í c u l o 13 p r o v a v e l m e n t e d e v a ser c o n s i d e rada c o m o um comentário pessoal de Paulo (não u m a parte do hino): . P a r a ele.6. i m p o s s í v e l . 23 Mas as inquirições insensatas e ignorantes. F p 1. se alguém efetivamente se purificar dessas coisas. . J e r e m i a s 10.7. na esperança de que possivelmente Deus lhes conceda a conversão [que os leve] ao . preparado para toda boa obra. . porque aqueles [que cedem a ele] avançarão rumo a uma impiedade crescente.18. n ã o o b s t a n t e ele. porém. dizendo que [a] ressurreição já transcorreu. S e C r i s t o n ã o p e r m a n e c e s s e fiel à s u a a m e a ç a . tal i n t e r p r e t a ç ã o d e s t r ó i a e v i d e n t e i m p l i c a ç ã o do p a r a l e l i s m o e n t r e as l i n h a s 3 e 4. n o s d a r á v i d a e t e r n a . É u m a a d v e r t ê n c i a m u i t o séria p a r a o s q u e v i e s s e m a s e n t i r . " A l é m d e ser e r r ô n e a p o r o u t r a s r a z õ e s . n a t u r a l m e n t e . Se f o s s e p o s s í vel. porém. 17 E a palavra deles devorará como a gangrena. e pervertem a fé de alguns. porém. e vá após a justiça. D i f i c i l m e n t e se f a z n e c e s s á r i o a c r e s c e n t a r q u e o s i g n i f i c a d o da últ i m a l i n h a n ã o p o d e ser: " S e s o m o s i n f i é i s e o n e g a m o s . dos desejos da juventude. 18 o tipo de pessoas que têm se desviado da verdade. 24 E o servo do Senhor não deve ser contencioso. A Timóteo é dito que lembre a "homens confiáveis" ("ministros") que permaneçam firmes na execução das tarefas dadas por Deus. O tema dos versículos 1-13 segue em frente. Essencialmente. O infinitivo Xo^o\ia%Av é n a t u r a l n e s t a c o n s t r u ç ã o . Assim.21. Timóteo. Diz Paulo: Lembre-se dessas coisas.. A i n d a q u e N . por exemplo. sendo a diferença que o que foi declarado positivamente no parágrafo anterior é declarado negativamente agora (cf. 23. v.. 321 c o n h e c i m e n t o de [a] v e r d a d e . 16. e m l u g a r d o p r i m e i r o ÍTTÍ) e v i d e n t e m e n t e p r o v é m d e u m d e s e | o d e ter u m a s i n t a x e m e n o s a u s t e r a . aos versículos 8-13.21. os textos adotados por N. 14: "advertindo-os. 2Tm4.b a t a l h a s . 24). 26 e p o s s a m v o l t a r à s o b r i e d a d e [ I i b e r t a n d o .14. as quais confundem os ouvintes. uma "responsabilidade na presença de Deus" ou (no presente caso) " do Senhor" (ver sobre 1 Tm 5. o Salvador ressurreto c reinante. a e v i d ê n c i a t e x t u a l em f a v o r da p r i m e i r a n ã o é s u f i c i e n t e m e n t e p r e p o n d e r a n t e p a r a e x c l u i r a idéia d e q u e p u d e s s e ter s i d o s u b s t i t u í d a p o r t o ü K u p í o u a f i m de fazer c o m q u e a frase tivesse u m a exata c o n c o r d â n c i a verbal c o m 1 T i m ó t e o 5. N . os quais sejam também capazes de ensinar a outros". f a v o r e ç a TOÜ ll< oi) e r a v e z de TOÜ K u p í o u . a pregação. Em ambos os casos..N. provavelmente são os melhores. porém. a saber. Q u a n t o às variantes restantes. a não envolver-se em batalhas inúteis de palavras". 2: "Estas coisas confie a homens confiáveis. Em meio às suas lautas aflições. v.14-26 14. advertindo-os na presença do Senhor a não envolver-se em batalhas de palavras 137 totalmente inúteis. solenemen137. assim como Paulo tinha em relação a Timóteo.. e.s e ] d o s 2. que comunica força a seus fiéis e os recompensa. Nota sobre as variantes textuais em 2 Timóteo 2. o u s u b s t i t u i n d o eLç. por q u e m f o r a m feitos c a t i v o s para [fazer] sua v o n t a d e . os esforços para eliminar esta d i f e r e n ç a na construção depois da m e s m a proposição (quer f a z e n d o c o m q u e é i ú seja seguida pelo dativo. que eles olhem para Cristo Jesus. Q u a n t o à d i f e r e n ç a e n t r e as d u a s f r a s e s q u e c o m e ç a m c o m èirí.p a l a v r a s para nada úteis") a s e g u n d a pelo dativo ( i n d i c a n d o r e s u l t a d o : "para catástrofe dos ouvintes"). a p r i m e i r a s e g u i d a pelo acusativo( u m a f r a s e a d v e r b i a l : " a f e r lai s e . É evidente que a expressão "dessas coisas" se refere especialmente a todo o parágrafo precedente (vv. 21. pois.1. talvez mais diretamente ainda. 2 T i m ó t e o 4. .1). a diferença não é importante.24-26 laços do diabo. etc. tem uma "responsabilidade" em relação a esses líderes. ver também vv. 1-13).2 TIMÓTEO 2. em a m b o s o s c a s o s .d e . confiadas por Deus. o ensino. 7a. Esta palavra da verdade é "o testemunho acerca de nosso Senhor" (2Tm 1. Timóteo.18).7a). Paulo está se referindo. Além do mais. ou seja. 4). Tal astúcia verbal visa "à catástrofe (confusão) dos ouvintes". deve ser um obreiro.11-13 te Timóteo deve advertir os líderes eclesiásticos do "distrito de Éfeso e arredores" a não envolver-se em batalhas de palavras totalmente inúteis (literalmente. M . como alguém que. 6. ver sobre 1 Timóteo 6. Rm 14. aqui. naturalmente. o tipo de sandice que foi denunciado anteriormente (ver sobre l T m 1. perante o tribunal do juízo de Deus.3. rumo às sendas dos debates fúteis. 15. Ver M . Timóteo deve esforçar-se de todas as formas possíveis. O exemplo pessoal de Timóteo deve servir como arma poderosa contra o erro: Faça seu máximo para apresentar-se a Deus aprovado. É evidente que durante o período que transcorrera entre o escrito das epístolas a Timóteo. . A p a l a v r a Trapíair]jH p a r e c e ter o s e n t i d o j u d i c i a l aqui (e t a m b é m em At 2 7 . 2 4 . 4 9 5 .10.322 2 TIMÓTEO 2. portanto também: b. Para tal astúcia verbal. "não aferrar-se-a-batalhas-de-palavras para nada úteis").18 e 2Co 10. depois de um exame completo por nenhum outro senão do Supremo Juiz. pp. a fim de conduzir-se pessoalmente de tal modo que agora mesmo. às controvérsias oriundas das investigações dos "mitos e genealogias infindáveis" ( l T m 1.3-10). 4. Ora. pois. "mitos profanos e de velhas caducas" ( l T m 4. o único exemplo de seu uso no Novo Testamento). tenha a satisfação de saber que assim foi de seu agrado e o enaltece (note o sinônimo em Rm 14. a fim de que não se desviassem. o 138. as condições religiosas na região de Éfeso não haviam melhorado. sua obra deve ser de tal natureza que não reflita vergonha sobre ele quando ouvir o veredicto divino a respeito. não um sofista. Naturalmente que isto significa que ele é o tipo de líder que está preocupado em "usar corretamente a palavra da verdade".4 (ali é usado o substantivo.8) c o m o à s v e z e s t e m n o s p a p i r o s . .3-7. 4 9 4 . o infinitivo. I C o 8.8). em ambos os casos. manejando corretamente a palavra da verdade. Os líderes e futuros líderes tinham que ser advertidos. obreiro que nada tem de que se envergonhar.liH ele seja aprovado. este feliz resultado será alcançado se Timóteo for achado: a. E compare com nossas expressões "cortar caminho". etc. Assim o grego fala de "cortar [fazer] um juramento". Assim cortar direto começa a significar usar direto. lal como usamos na linguagem moderna. A expressão "manusear corretamente" tem provocado muita conImvérsia. " . Assim Provérbios 11. do outro.15 o significado é "manusear corretamente". etc. Cf. eu enfatizaria que o contexto confirma 139. Também usa a expressão "cortar curto" (conduzir a uma crise). E a verdade redentora de Deus. a palavra "cortar" é freqüentemente usada num sentido não lileral. Assim se faz compreensível que aqui em 2 Timóteo 2. no curso do tempo. a e x p r e s s ã o " c o r t a r r e t o " o u m e s m o " d i v i d i r c o r r e t a m e n t e " n ã o s e j a i m e d i a t a m e n t e c a p t a d a como u m a e x p r e s s ã o que s e d e v a i n t e r p r e t a r f i g u i adamente. p o r q u e e s s e i d i o m a t e m a e x p r e s s ã o : " d i e het W o o r d G o d s irrlu snijdt"\ " a q u e l e q u e c o r t a a P a l a v r a de D e u s h o n e s t a m e n t e " . Voltando ao verbo composto.9). ao ponto que no processo semântico se perde o sentido literal da base. ao uso exclusivamente moral da expressão. "cortar cartas". U m a r a z ã o p o s s í v e l pela q u a l e s s e v e r b o t e n h a c a u s a d o d i f i c u l d a d e s a o s l e i t o r e s d e lula i n g l e s a p o d e s e r q u e . "cortar [trabalhar] uma mina". 25 "evangelho" (a mesma referência. c o r r e t a . Não obstante. usar reto. e o palavrório sem valor dos seguidores do erro. "cortar |diluir] um líquido". o q u e i m e d i a t a m e n t e é e n t e n d i d o c o m o : " o q u e usa a P a l a v r a d e D e u s d e u m a m a n e i r a a d e q u a d a . uma noção tal como "cortar um caminho ou uma vereda direta" tenha chegado.6 (LXX). e ver Ef 1. por meio de uma transição simples da esfera física para a moral. Mesmo sem um afixo. Não é estranho que.13). 139 Não causa estranheza que a base ("cortar") perca seu sentido original literal quando se lhe acrescenta um prefixo ("reto"). Em um verbo composto. Em contrapartida. Provérbios 3.323 1 TIMÓTEO 5.24. o ponto de visla de que o verbo composto retém seu sentido literal ou quase literal "dividir" é discutível. os que estão familiarizados c o m a Bíblia h o l a n d e s a (Stateni 'rrltiliiig) n ã o t ê m d i f i c u l d a d e s . "a palavra de Deus" i 'Tm 2. o sentido enfático pode ser substituído pelo prefixo. e "cortar as ondas".5 (LXX) nos informa que "a justiça do perfeito corta direto seu caminho" o que significa "conservar seu caminho reto" o leva a fazer o que é certo. O modificador " da verdade" enfatiza o contraste entre a inabalável revelação especial de Deus. n e s t e i d i o m a . de um lado. E verdade que o significado do elemento básico principal do verbo composto do qual se toma este particípio presente masculino (òpOoTopoüvTK) é primariamente "cortar". 4. avançando rumo ao seu alvo: uma impiedade crescente. de falatório profano e fútil. ciar meia-volta com o fim de evitá-los. diz Paulo! "Eles continuarão. . O versículo 18 parece indicar que os homens que foram afetados por esta enfermidade submetiam os ensinos de Paulo ao mesmo abuso. mas os charlatões. como em 1 Timóteo 6. nem faz uso dela com um propósito errôneo em mente. as quais confundem os ouvintes. Ao contrário. 6. Este palavrório profano já foi tratado anteriormente (ver sobre 1 Tm 1. porque aqueles [que cedem a ele] avançarão rumo a impiedade crescente.324 2 TIMÓTEO 2. removendo todo e qualquer obstáculo. 16-18.20.4. Paulo continua: Fuja. tal como está ocorrendo em nosso próprio tempo e época.. Aqui. e em vez de prestar atenção a palavrório profano e fútil.11-13 o sentido que quase todas as autoridades lhe atribuem. fazendo-o para a glória de Deus. rumo a mais impiedadel Um estranho método de avançar! Eles avançarão direto para frente com firmeza. deve fugir deles." O homem que manuseia corretamente a palavra da verdade. Daí. porque eles (não os sofismas. E a palavra deles devorará como gangrena. À luz dos versículos 14 e 16. para a conversão dos pecadores e para a edificação dos crentes. O manuseio próprio da palavra da verdade implica a rejeição do que está em conflito com seu conteúdo e significado. Aplica seu sentido glorioso. A palavra se refere às disputas ímpias e inúteis sobre histórias genealógicas e fictícias ("mitos de velhas caducas") e debates minuciosos acerca de sutilezas na lei de Moisés. de modo que se pode traduzir para "sofismas fúteis". porém. Paulo usa o plural. Quando Timóteo os encontrar. Envolver-se num debate com os seguidores do erro os tornará ainda piores.4. não a perverte.. Paulo seguramente sabia como fazer uso da ironia de forma eficaz.7a. a situações e circunstâncias concretas. a idéia que Paulo deseja comunicar é claramente esta: " Manuseie corretamente a palavra da verdade em vez de pôr demasiada atenção nas batalhas de palavras totalmente inúteis. não a muda. ele interpreta as Escrituras em oração e à luz das Escrituras. continuar progredindo? "Assim é". corajosamente e com amor. Começaram "interpretando-as" com vistas a pô-las no olvido. não a mutila nem a distorce. 20). como o revela o restante da sentença) seguirão avantel Tais mestres estariam pretendendo seguir avante. Não sabemos por que não se menciona Alexandre com Himeneu.16-18. 6. Pelo menos. C f . 140 justamente como o gado "tem pastagem". 2 T i m ó t e o 4. Se H r m e n e u . N ã o obsl. se desenvolverá tanto em extensão quanto em intensidade. a heresia que recebe publicidade. (2) O líder era possivelmente Himeneu. L u c a s e s t a v a c o m Paulo! I I I . Os fatos a seu respeito podem ser resumidos da seguinte maneira: (1) Eram mestres da heresia no distrito de Éfeso. Esta p a r e c e ser u m a e x p r e s s ã o m é d i c a . Ao afetar de forma adversa uma proporção crescente da membresia. o c o n t e x t o m o s t r a q u e a r e f e r ê n c i a é a um e r r o p e r n i c i o s o . É verdade que a evidência textual favorece em parte a omissão do artigo.21) da verdade. "entre os quais"] se encontram Himeneu e Fileto. ou seja. dizendo que [a] ressurreição já transcorreu. que diziam: "A141 ressurreição já 140. f u n d a m e n t a l . quando se lhe presta demasiada atenção. mas também agrava a condição do paciente.325 1 TIMÓTEO 5.inle. aqui. De forma semelhante. Ao contrário disso. 25 E sua palavra ou palavrório os devorará. com Fileto. vem mencionado em primeiro lugar. Teria o mesmo ido para outro lugar? Teria morrido? Ter-se-ia arrependido? Quanto a Fileto (que significa "amado"). comendo em todas as direções.19. 20 (ver comentário sobre esta passagem) Paulo o associa a Alexandre. I im 1 Timóteo 1. nas duas passagens em que aparece seu nome.24. exceto o que aqui se encontra. Agora se mencionam nominalmente os líderes: Entre eles [literalmente.-O câncer não só devora os tecidos sadios.11: O Dr. "Terá pastagem". tentará destruir o organismo da igreja.6. o tipo de pessoas que têm se desviado da verdade. em 2 Timóteo 2. (4) O erro deles consistia nisto. É imediatamente evidente que Paulo não está discutindo uma diferença sem importância acerca de opiniões entre pessoas que basicamente pensa da mesma forma. ele se refere a um erro capital. As disputas néscias dos charlatães parecerá uma gangrena ou tumor maligno. da verdadeira doutrina da salvação em Cristo. nada se sabe. (3) Himeneu e Fileto eram o tipo de pessoa (oítLveç) que se havia extraviado (ver comentário sobre l T m 1. e pervertem a fé de alguns. O Perigoso Erro de Himeneu e Fileto. 3). Lc 15. então Cristo tampouco ressuscitou.24).11." Nisso eles se assemelhavam aos liberais da atualidade que. O contexto (ver v. ainda quando "não entendiam as palavras que estavam falando nem os temas sobre os quais discorriam com tanta confiança" ( l T m 1. e se Cristo não ressuscitou. p o r q u e isso teria sido p l e n a m e n t e bíblic o ( e paulino). embora não queiram ser surpreendidos dizendo: "não há ressurreição". 14. Segundo o ensino de Paulo.11-13 aconteceu.7). "a ressurreição" . justamente como Jesus fizera (Jo 5. t e x t o k o i n ê .12. pelo menos) da ressurreição corporal provinha provavelmente de um dualismo pagão. Fp 3. e sua fé é vã.3. . Ora. q u a n t o ao a r t i g o há esta a l t e r n a t i v a : ou a c e i t a m o s a leitura de A .21). o ato de Deus por meio do qual ele comunica nova vida a quem está morto em delitos e pecados (Rm 6. eles tinham sido membros da igreja! De fato. pois "se não há ressurreição dos mortos. M a s e s s e s m e s t r e s d e h e r e s i a s n e g a v a m c o m p l e t a m e n t e a r e s s u r r e i ç ã o f í s i ca. esses falsos profetas pretendiam ser "especialistas" em todas as coisas relativas à religião. D pl. Cl 2. então nossa pregação é em vão.e vocês ainda estão em seus pecados" (ICo 15.. e cf. nosso corpo é mau. Mas o apóstolo também mais definidamente ensinava a ressurreição do corpo (1 Co 15. e o que é material é mau. é preciso admitir que Paulo também cria numa ressurreição espiritual.28). (7) Em vista da convicção deles de que.6.. no caso deles mesmos. 4. o a p ó s t o l o n ã o s e teria p e r t u r b a d o u m m í n i m o s e q u e r .já havia ocorrido. . Até sua excomunhão (para a qual cf. (5) O que fazia a situação ainda pior era que Himeneu e Fileto professavam ser cristãos. 1 Tm 1. C . alegorizam o conceito. Portanto.a única que reconheciam. Fp 3." O mesmo erro básico levaria outros a deduções errôneas (ver comentário sobre l T m 4. Pervertiam a lei e o ensino de Paulo. a saber..1. 19b) parece indicar que eles estavam entre os que "invocam o nome do Senhor". 17). (6) A negação deles (por implicação.13. o u d e v e m o s s u p o r q u e á v a o i a o i ç p o d e ser d e t e r m i n a t i v o m e s m o s e m o a r t i g o . 3.326 2 TIMÓTEO 2. segundo o qual tudo o que é espiritual é bom. ele não ressuscitará.20). negar a ressurreição corporal implica na completa subversão da fé. D a í . Majoravam ser mestres da lei. . a do pecado para a santidade. do erro para o conhecimento . O modo de raciocinar deles bem que poderia ser mais ou menos assim: "Posto que a matéria é má. Ef 2. por que c F i l e t o a p e n a s t i v e s s e m e n s i n a d o q u e h o u v e urna r e s s u r r e i ç ã o q u e já h a v i a o c o r r i d o . Isto significa. (10) Seu falso ensino ("gnosticismo incipiente") era contagioso. porém. "todo o Israel" será salvo (Rm 11.19). Daí. assim esse ensino perverso corroía a "fé" cristã. Como um tumor maligno percorre a carne sã. para sempre. eles chegavam ao ponto de blasfemar .N. o sólido fundamento permanece firme.o verdadeiro evangelho ( l T m 1. 'Perturbam a fé de alguns. v. 19. deve-se ter sempre em mente que nem todo o Israel é de fato Israel (Rm 9. 18). "de alguns"). •obre João 2. Os falsos profetas podem desencaminhar a muitos (Mt 24.24-26 327 liaviTiam de preocupar-se ainda com o pecadol Eram justos a seus próprios olhos e preconcebidos ("inchados"). (9) Por exemplo. cf. pois. e cf. mas isto era só o princípio. a lei de Deus não os li i "quebrantado". 14) de Deus está . que a verdadeira igreja de Deus pode ser li st ruída? Diz Paulo: Não obstante. ele agora escreve: "Não obstante. IJo 2.26. 19b. e que. I a I vez ainda não fossem muitos os que foram assim afetados por esta leiTÍvel heresia (note. e das jamais perecerão." Eles "viravam de ponta-cabeça" (ver C.20). 16.9. compacto-.15) as convicções religiosas desses membros da igreja. e que todo o que invoca o nome do Senhor se aparte da injustiça.14.T. Usavam-na como instrumento para adquirir mais lama como mestres. tendo este selo: O Senhor conhece aqueles que são seus. e ninguém as arrebatará de sua mão (Jo 10.12.28). lPe 5. Alias. a despeito das apostasias.11). como já se explicou (ver sobre l T m 1.5).24). v.6). se fosse possível. Posto que Deus está no meio dela.desdenhavam de . Hb 5. 28). o sólido fundamento (ou.2 TIMÓTEO 2. cf. (X) Esta indiferença para com o pecado trazia como resultado o 'avanço" da impiedade para "uma impiedade mais crescente" (ver o contexto. Seguindo a mesma linha.9). conhece suas ovelhas e lhes dá a vida eterna. O Bom Pastor. enganariam até mesmo os eleitos (Mt 24. a cidade de Deus não será abalada (SI 46. Ainda que Paulo esteja justamente realçando que certos indivíduos têm se desviado da verdade e têm transtornado a fé de alguns (v. "injustiça"). Seu reino não pode ser abalado (Hb I 2. ele d e c l a r a : " A I g r e j a d o S e n h o r é u m a c o l u n a . c o m e n t a n d o 2 T i m ó t e o 2 . terceira pessoa. 1 5 . A igreja estabelecida sobre a rocha do amor de Deus que predestina é seu fundamento. e o contexto não o exige. Razões para a adoção deste ponto de vista: a. Ao chamá-la " sólido fundamento de Deus". v e r C a l v i n o . 10). etc. cit. Naturalmente. o Antigo e o Novo Testamentos. p a r a o s e g u n d o . Isto concorda com 1 Timóteo 3. seu edifício bem fundado. -. C. em Efésios 2. t a m b é m J . p a r a o t e r c e i r o . 142 Com respeito a (1): Esta idéia não pode ser de todo descartada. talvez. Paulo enfatiza o caráter permanente e inamovível da igreja. e a i n d a m a i s . op.19.. L .. mas a verdadeira igreja é inamovível. B o u m a . Cristo não é chamado "fundamento". W h i t e e W u e s t . P a r a o p r i m e i r o p o n t o d e v i s t a s o b r e e s s a p a s s a g e m . não há nada que pressuponha ser Cristo considerado o fundamento.note especialmente as palavras: "O Senhor conhece (desde a eternidade) os que são seus".tais. a ressurreição física. p. a religião cristã. o que está implícito neste "sólido fundamento"? Entre as muitas respostas que se têm dado . os que estão separados da injustiça (note o selo). cit. a segunda inscrição do selo (v.10-12. N ã o o b s t a n t e . p.20. 150). K o o l e . nela entra a idéia do amor divino que predestina . singular. r e j e i t a c a t e g o r i c a m e n t e a idéia de q u e o fundamento i n d i c a a igreja. alguns se têm extraviado. indicativo peifeito). as seguintes são. Nem sempre se pode atribuir exatamente o mesmo sentido às metáforas de Paulo. B o u m a .11-13 firme" Çéaxr\Kev. ela é u m f u n d a m e n t o . Com respeito a (2): É verdade que Cristo é chamado fundamento em 1 Coríntios 3.15. em parte alguma o apóstolo chama a eleição d & fundamento. Sem dúvida. 1 9 . 19b) dificilmente concorda com esta interpretação. Com respeito a (3): Considero ser este ponto de vista o correto. mas "a pedra angular". op. Paulo acaba de mencionar a eleição (v.. Mas. isto não resolve a questão. não obstante. Ali também a igreja é cha142. L e n s k i . G e a l y . Assim. Aqui em 2 Timóteo 2. Não obstante. etc. Além do mais. 146. como. Van D y k . " . Isto harmoniza-se de uma forma muito bela com o contexto: a verdadeira igreja de Deus é constituída de todos os que são seus. (3) a igreja. p. (2) o próprio Cristo. b. c o m e n t a n d o 1 T i m ó t e o 3 .328 2 TIMÓTEO 2. 2 9 7 ( a i n d a m a i s d e f i n i d a m e n t e em seu Korte Verklaríng. Ver o s t í t u l o s n a B i b l i o g r a f i a . as mais importantes: (1) A eleição desde a eternidade. cf. a segunda. a igreja. egfiéÀmç). O selo com o qual os crentes são selados protege. E d w a r d s em seu e x c e l e n t e a r t i g o " S e l o " em I . . no fatalismo. um selo pode indicar autoridade. os comprou ou redimiu com seu precioso sangue.2-4. A primeira tem sua data na eternidade. a segunda. Deus o Filho os possui. A idéia de propriedade se expressa claramente aqui ("O Senhor conhece os que são seus"). indica propriedade e certifica. ele pode ser uma marca de propriedade.19. advertir contra toda e qualquer intromissão. O selo leva duas inscrições intimamente relacionadas. pelo menos. A primeira exalta a misericórdia de Deus que predestina'. a segunda enfatiza o inevitável dever do homem.16). no tempo. porém. E Deus o Espírito Santo certifica que certamente são filhos de Deus (Rm 8.12. aqui em 2Tm 2. que foi selado (Mt 27.2). propriedade e certificação divinas os selam.6). I I V A s s i m t a m b é m D . Esta proteção. M . e deste modo proteger ou. Ele os conheceu desde toda a eternidade como seus (o contexto exige esta idéia).66). Ao lermos agora que o sólido fundamento de Deus. O fundamento de Deus tem um selo (não uma mera inscrição!). Além do mais. Foram-lhes dado. uma exortação a que devemos obedecer. Ora. E . Assim temos que o túmulo de Jesus. O decreto <le Deus e a responsabilidade do homem recebem igual reconhecimento: A primeira inscrição desfere um golpe mortal no pelagianismo. A primeira é uma declaração em que devemos crer. Além do mais. "Põe-me como selo sobre teu coração" (Ct 8. Deus o Pai os protege.24-26 329 mada "o fundamento" ou "o suporte" (ali. ICo 9.2 TIMÓTEO 2. éôpaíwiia. Apocalipse 7. para que nenhum deles se perca. 143 Of. B . provavelmente seja inadequado aplicar a esse selo somente uma dessas três idéias. S . as três coisas ao mesmo tempo. os crentes experimentam o consolo proveniente do selo? A resposta é: tomando sinceramente tudo o que está escrito no selo. Ou pode autenticar um decreto legal ou outro documento. certificando e garantindo seu caráter genuíno. a segunda. tem um selo. E assim o decreto de Assuero foi selado (Et 3. Como. .19b. Paulo estivesse pensando em outras referências veterotestamentárias.19). a saber. assim também sucederá na presente rebelião de Himeneu e Fileto. conhece os que são seus." "Afastem-se das tendas desses homens perversos." Não obstante. A estreita conexão entre as duas inscrições é evidente. glorifiquem a Deus em seu corpo" (cf. Datã e Abirão (Nm 16). Nesses dois casos de rebelião contra a autoridade constituída. pois. A similaridade entre as referências do Antigo Testamento e as palavras de Paulo pode ser vista.10. se assemelhavam a esses perversos da antiga dispensação. de conformidade com Vincent). 26 (LXX): "Deus.. é provável que. pelo fato de que as palavras de ambas provavelmente se derivem do mesmo incidente do Antigo Testamento. A implicação é que. à pureza da igreja (Wuest. a rebelião de Coré. os líderes envolveram outros em seu delito. para que não sejam destruídos j u n t a m e n t e com eles em todo seu pecado. em sua rebelião contra a verdadeira doutrina e a vida santa. 20: "Vocês não pertencem a vocês mesmos. em adição à história da rebelião tão vividamente retratada em Números 16. ademais. havia incredulidade em referência ao que Deus havia revelado claramente.19: "O Senhor conhece os que são seus.330 2 TIMÓTEO 3.5. a Moisés . porque foram comprados por preço (cf. Assim. 11 A primeira se refere à segurança." 2 Timóteo 2. Esta conexão é interpretada de forma bela em 1 Coríntios 6. pondo-as em colunas paralelas: Números 16. a segunda. que terminará em desastre para eles e seus discípulos. assim como a rebelião de Coré e os demais terminou em duro castigo contra os rebeldes e seus seguidores. a primeira inscrição). a segunda inscrição). Entre os dois há uma conexão muito estreita. a menos que se arrependam.." "Que todo aquele que invoca o nome do Senhor se ponha longe da injustiça. Himeneu e Fileto. é possível que as seguintes passagens (e outras similares) tenham servido como base para a primeira inscrição: o Senhor conhece a Abraão (Gn 18. Em ambos os casos.. agora. mediante a santificação do Espírito e a fé na verdade". "o Senhor conhece.12: "Que Deus os escolheu desde o princípio para a salvação. Num lado: IN GOD WE TRUST [Em Deus Confiamos]. são básicas passagens veterotestamentárias. com uma inscrição em cada face. formam uma só nação. implicando que todos devem cooperar.26. As duas inscrições sempre vão juntas. ou se primeiro foram incorporadas num bino cristão. Se o apóstolo derivou os pensamentos incorporados nas duas inscrições diretamente do Antigo Testamento.2: "Eleitos segundo a presciência de Deus Pai em santificação do Espírito. Daí.14. para obediência". 2 Tessalonicenses 3.19. uma de um lado do selo. as duas estão juntas. No selo.28). Por essa razão.8. Esta segurança. Quanto às palavras da segunda inscrição ("que todo aquele que invoca o nome do Senhor aparte-se da injustiça").28. A segurança e a pureza estão completamente unidas. tais como Isaías 26. O Senhor dirá aos perversos que nunca os conheceu (Mt 7. a segunda inscrição segue bem de perto a primeira.7). além de Números 16. no caso de quem se destina a ser uma pessoa selada. estão completamente seguros.27). no outro: E PLURIBUS UNUM [um formado por muitos]. Em virtude de sua soberana graça. e em conseqüência os fez. João 10. 2 Coríntios 6. 17). O significado da segunda inscrição é este: a confiança expressa em Deus deve revelar-se numa vida que está consagrada à glória de Deus.23. aos que se refugiam nele (Na 1.11. como pensam alguns. uma indicando Deus como a fonte da liberdade. Romanos 8. 1 Pedro 1. quanto a isso. é algo que não pode ser respondido.2 TIMÓTEO 2. O tempo aoristo aqui em 2 Timóteo 2. poderia ser chamado sem tempo. Não podem perder-se jamais (Jo 10. não chega a ser deles de uma maneira arbitrária ou mecânica.17 (exortações para afastar-se do mal e dos maus obreiros). e é de pouca importância. a outra do outro lado. Cf. etc. Lc 13. embora sejam muitos os Estados. recipientes de seu amor especial e de sua comunhão (no Espírito).24-26 331 (Êx 33.12. porém. A primeira inscrição carece completamente de sentido sem a segunda. Isaías 52. a outra nos lembrando o fato de que. 27. cf. ou conheceu ('éyvco)".13 (LXX: "invocaremos teu nome"). Ler. e a segunda. Veja uma moeda americana com suas duas faces.1. Cf. . sem a primeira. desde a eternidade ele os reconheceu como seus. Salmo 6. Daí não haver apenas ouro e prata. comparáveis à prata) e contém hipócritas. cit. Tal pessoa deve ser consistente.. porém. Cf. Mateus 13. segundo se manifesta na terra.21. a d i s t r i b u i ç ã o d o s t a l e n t o s . etc.34-40). a igreja visível. p. mas também artigos de madeira e de barro.. A pessoa que em oração e louvor "invoca o nome do Senhor" declara que aceitou a revelação de Deus acerca de si mesma na esfera da natureza (SI 8) e da redenção (Jo 16. quanto num sentido desfavorável.1 5 ou a 1 C o r í n t i o s 12. porém.. Numa casa grande. 20. 1 Samuel 2. para desonra (ver Mt 25.24).24-30: o trigo e o joio. há não só utensílios de ouro e prata. os demais. comparáveis ao ouro. note que Paulo deve dizer casa grande. retrata os membros da igreja. e n s i n o s ) . 1 0 . Timóteo não pode admirar-se do fato de que haja algo uma coisa chamada defecção [apostasia]! Precisa lembrar-se de que a igreja visível é como uma "casa grande". 21. Que apostatem." Quanto a isso. retirar-se de) tanto num sentido favorável. B o u m a (Korte Verklarmg. S c o t t (op.10. Invocavam o nome do Senhor e fomentavam a injustiça! Literalmente. talheres. De passagem.1). Ainda que o eleito de Deus jamais pereça. 2 T i m ó t e o 2 . recipientes. Semelhantemente. a s e g u n d a . porque uma casa pequena poderia não conter utensílios de ouro e prata. vasos. 152) p e n s a q u e a c a s a do . Paulo diz: "Que todo aquele que invoca o nome do Senhor apóstata.332 2 TIMÓTEO 3. p o r é m . quando não mais servem a nenhum propósito. 11 A confissão de uma pessoa deve ser exemplificada por um andar santo e uma conduta santa. móveis. não só artigos preciosos que são guardados e exibidos. não da fé (lTm 4.144 144. Cf. ou seja. A firmeza é o que faltou a Himeneu e Fileto. outros menos fiéis. contém crentes genuínos (alguns muito fiéis. e alguns [são] para honra. g e n u í n o s e f a l s o s . mas também de madeira e barro. Romanos 9.30b. 2 0 . mas também os que são postos no quarto de despejo ou no fundo do quintal. deve-se ter em mente que o grego usa este verbo (apostatar. em suma.. todo o "conteúdo de uma casa". 114) d i z q u e o e s c r i t o r de 2 T i m ó t e o u s a um s í m i l e i n a d e q u a do q u e se t o r n a m a i s e m a i s c o n f u s o . A p r i m e i r a d i s c u t e os m a t e r i a i s de c o n s t r u ç ã o ( o b r a s . todos aqueles objetos materiais que alguém espera encontrar numa mansão. manter-se afastado. p.41-45). Uma cása grande contém todo gênero de utensílios. em todas suas variedades. alguns para desonra. Os membros genuínos têm por objetivo ser para honra (ver Mt 25. A r e f e r ê n c i a a 1 C o r í n t i o s 3 .12-31 só s e r v e p a r a c o n f u n d i r as c o i s a s . mas da injustiça. e de seus falsos ensinos e seus maus hábitos. Assim. e isso de forma permav e r s í c u l o 20 e s t á c o n s t r u í d a s o b r e o fundamento do v e r s í c u l o 19. 20). e se já foi cometido. p o r q u e .N. s o b r e J o ã o . " m u i t o úteis" é um antigo adjetivo verbal. Pela operação purificadora do Espírito Santo.T. uma pessoa deve purificar-se "efetivamente" ou "completamente" dessas coisas. o mesmo será um utensílio para honra. E s t a é uma r a z ã o p e l a qual n ã o p o d e i d e n t i f i c a r a i g r e j a c o m o f u n d a m e n t o . p. 19b). Em um sentido.24-26 333 21. Como pode alguém estar certo de ser um utensílio para honra? A resposta é: E assim. ou seja. 145. A i g r e j a é tanto u m a c a s a quanto um f u n d a m e n t o ( a s s i m t a m b é m em l T m 15.145 A realidade se ergue acima da figura: uma vasilha de má qualidade sempre será uma vasilha de má qualidade. dos homens maus ("utensílios para desonra") e suas doutrinas e práticas que contaminam. J e s u s é t a n t o a p o r t a c o m o o b o m pastor. Tal pessoa. se alguém se purifica efetivamente. p o r é m . Isto o c o r r e c o m f r e q ü ê n c i a n a s E s c r i t u r a s . Assim t a m b é m em J o ã o 10. T . está santificada. E no l i v r o de A p o c a l i p s e .33. A c o n d i ç ã o se c o n c e b e c o m o u m a r e a l i d a d e f u t u r a p o s s í v e l . deve ser confessado. S e u s i n i m i g o s s ã o e s t r a n h o s . é um f u n d a m e n t o . A associação estreita e íntima com os hipócritas pode facilmente conduzir a contaminação moral e espiritual (ICo 15. em outro. Wuest. S. v. e ver C. q u e u s a èáv c o m o a o r i s t o do s u b j u n t i v o na p r ó t a s e . 72). havendo se purificado.14). . a i g r e j a é t a n t o u m a e s p o s a c o m o u m a c i d a d e . e o f u t u r o do i n d i c a t i v o na a p ó d o s e . será utensílio para honra.19. se alguém efetivamente purificar-se dessas coisas. E s t e s d o i s i n t é r p r e t e s n ã o f a z e m j u s t i ç a a o f a t o d e q u e a c a d a m e t á f o r a s e d e v e d a r s u a p r ó p r i a e c l a r a i n t e r p r e t a ç ã o . Ora. e o mal deve ser vencido com o bem. "um utensílio para honra". e m b o r a a s p a l a v r a s u s a d a s n o o r i g i n a l v a r i e m l i g e i r a m e n t e d a s u s a d a s a q u i e m 2 T m 2. porém a graça de Deus capacita o pecador para ser santo. havendo sido completamente separado para o Senhor e para sua obra. O pecado de aceitar as doutrinas e/ou de imitar o exemplo de tais pessoas perversas (quer se pense que estas estão ainda na igreja ou que já estão fora dela) deve ser evitado (cf. mas diferentes. Golden Nuggets. de homens tais como Himeneu e Fileto e seus discípulos. N . l a d r õ e s e a s s a l a r i a d o s . preparado para toda boa obra. muito útil para o Dono. sobre 2Ts 3. agora veio a ser "santo em experiência e em posição" (K. A e x p r e s s ã o " u t e n s í l i o s p a r a h o n r a " t e m três m o d i f i c a d o r e s : " s a n t i f i c a d o s " e " p r e p a r a d o s " s ã o p a r t i c í p i o s p e r feitos passivos. A c o n s t r u ç ã o é r e g u l a r : u m a o r a ç ã o c o n d i c i o n a l f u t u r a m a i s v i v i d a . Ver C . Deve-se evitar a tentação de cair nessa armadilha. E s s a s são metáforas mescladas. santificado. é c o m o u m a casa. c o m o p o d e r i a a i g r e j a e s t a r e d i f i c a d a s o b r e a i g r e j a ? No v e r s í c u l o 20. ele n ã o diz q u e a casa a q u i e s t á e d i f i c a d a s o b r e o f u n d a m e n t o d o v e r s í c u l o 19.2 TIMÓTEO 2. 1 9 (os " e s p i n h o s " q u e s u f o c a m a b o a s e m e n t e ) . 10. 2 T i m ó t e o 2 . A p a l a v r a " d e s e j o " (ètri0up. v e r c o m e n t á r i o s o b r e esta p a s s a g e m ) . E f é sios 2. agora é muito útil a seu Dono. 2 2 ( a p a s s a g e m q u e e s t a m o s d i s c u t i n d o ) . Tt 1. Daí o apóstolo adverti-lo contra "os [ou. dos desejos da juventude.334 2 TIMÓTEO 3. 'aqueles bem conhecidos'. 2Tm 3. Timóteo deveria ter entre 37 e 42 anos de idade (ver comentário sobre lTm 4.11 ( p a r a o c o n t e x t o . 4 4 (os d e s e j o s d e S a t a n á s ) . 3 ( m u i t o g e r a l : d e s e j a r " m e s t r e s c o n f o r m e s u a s p r ó p r i a s c o n c u p i s c ê n c i a s " ) . 1 2 ( o d e s e j o i n j u s t o c o n t r a a j u s t i ç a ) . G1 5 . a paz com aqueles que invocam o Senhor de coração puro. N ã o o b s t a n t e . d e t r a ç õ e s " ) .14 ( n o t e os s i n ô n i m o s ) . 1 7 (o d e s e j o de P a u l o e s e u s a s s i s t e n t e s de v o l t a r a visitar os t e s s a l o n i c e n s e s ) .). h i p o c r i s i a .4. a atitude de pressionar c o m as opiniões pessoais (de o n d e . 1 2 ( " p a i x õ e s m u n d a n a s " ) . 1 6 ) . 1 T e s s a l o n i censes 4.6 ( " i m p u l s o s d i v e r s o s " . 15 ( p r o v a v e l m e n t e o m e s m o c o n t e x t o m e n t a l de G1 5 . b e b e d i c e .1: " m a l í c i a . o que isso significa? 147 146.La) t e m os s e g u i n t e s u s o s : (1) d e s e j o l e g í t i m o : L u c a s 2 2 . E s t u d e R o m a n o s 9 . então. 2 P e d r o 1. C o m u m a ê n f a s e mais geral. v e r l P e 2. Mas. 2). note o artigo) desejos da juventude". santidade e verdade"). especialmente em relação à posição de confiança e responsabilidade que ocupava. 1 T i m ó t e o 6 . R o m a n o s 7. 14. 23. 5 .7. Coloss e n s e s 3. i n v e j a . (2) D e s e j o i l e g í t i m o o u p e c a m i n o s o ( o d e s e j o d e c o i s a s m á s . 1 P e d r o 1. porém. etc. 8 ( c o b i ç a ) . O modo de purificar-se é afastando-se do que é mau e chegando-se para o que é bom. d e s e j o d e d o m i n a r ) : M a r c o s 4 .). O s p r a t o s d e m á q u a l i d a d e t ê m u m p r o p ó s i t o útil a i n d a q u a n d o s e j a m l o g o d e s c a r t a d o s ! 147. i n v e j a " . 1 P e d r o 4 . e vá após a justiça. z e l o s .8).3 ( p r o v a v e l m e n t e c o m o m e s m o c o n t e x t o m e n t a l de G1 5. a saber: Jesus Cristo. o v í c i o a l c o ó l i c o .22 (em oposição a "justiça. 2 T i m ó t e o 4 .24. 2 . Tito 3. idolatria. R o m a n o s 13. Daí. 2. 11 nente. Conseqüentemente. 1 T e s s a l o n i c e n s e s 2 . C o m u m a ê n f a s e d e f i n i d a s o b r e p e c a d o s d a e s f e r a s e x u a l : R o m a n o s 1. aquele que exerce plena autoridade sobre ele (cf. T i a g o 1. 3.16. Tito 2 .1. Efésios 4. os desejos desordenados de posses materiais.8. e n g a n o . 2Co 9. De uma vez por todas está preparado para toda boa obra (cf. 2 2 . Quando Paulo escreveu essas palavras.17.146 22. 1 5 ( o d e s e j o d e C r i s t o d e c o m e r a P á s c o a c o m o s d i s c í p u l o s ) . isso n ã o s i g n i f i c a n e c e s s a r i a m e n t e q u e o s " u t e n s í l i o s p a r a d e s o n r a " n ã o t e n h a m p r o p ó s i t o útil na i g r e j a . l T m 6. R o m a n o s 6 .5 (cf. J o ã o 8 . 9 ( c o b i ç a p e l o d i n h e i r o e s e u s r e s u l t a d o s ) . E l e s têm. 1 7 .14.14. etc.16. b.10. Paulo prossegue: Fuja. 2 4 ( s e x o . 9 .10). p a i x õ e s p e s s o a i s e m d i v e r s a s m a n i f e s t a ç õ e s . 1 6 . em que o contexto às vezes indica um ou mais dentre os s e g u i n t e s : os p e c a d o s do s e x o e de i d o l a t r i a i n t i m a m e n t e r e l a c i o n a d o s .4 ( m u i t o . e isso a d e s p e i t o d e l e s m e s m o s .12). c o n t e n d a s . Ap 6. G á l a t a s 5 . b e b e d i c e e s e u s r e s u l t a d o s ) . o amor. 2 T i m ó t e o 3. a i n d a q u e ali o c o n t e x t o seja mais específico). v a i d a d e . F i l i p e n s e s 1. 1 6 ) .1. Era jovem ainda.5. A t é m e s m o F a r a ó f o i d e a l g u m a u t i l i d a d e ( E x 7. Jd 4. 3 ( p e c a d o s s e x u a i s e idolatria. o u s i m p l e s m e n t e u m d e s e j o indevido): a .3 ( " m a l í c i a . 1 6 . a fé.23 ( o d e s e j o de P a u l o de p a r t i r e e s t a r c o m C r i s t o ) . 2. 8-10). Esta tendência pecaminosa está incluída de forma proeminente em referências.24-26 335 A palavra desejo. como o demonstra também a nota. quer no desfavorável. ênieu^La e x p r e s s a o l a d o ativo. o desejo descontrolado de chegar a ter possessões materiais e desfrutar da "glória" que deles se deriva (ver lTm 6. 3 ( ê n f a s e i ilue e s c á r n i o s ) . (3) Possessões. 18 ( s e x o . Objetivamente falando. op. tais como Gálatas 5. Iitis desejos pecaminosos. H11 MMiicia). etc. 1 6 . podem et classificados mais ou menos à maneira da psicologia moderna (embora aqui tais desejos dificilmente poderiam chamar-se pecaminosos). e sobre o terceiro quando. Isto produz inveja. 1 0 .. na terceira tentação.9 em seu contexto). p a s s i v o do d e s e j o m a u . P r o v a v e l m e n t e . etc. p a r á g r a f o lxxxvii. e s p í r i t o d e s c o n t e n t e .5-7). 1 J o ã o 2 .. 24. lo in. que é usada no original. 18. ii. etc. 2 P e d r o 3 . se nevou a receber como prêmio da mão de Satanás. sobre o segundo quando. 2 P e d r o 2 .16. "todos os reinos do mundo e a glória deles" (Mt 4. etc. 18. se negou a lançar-se do pináculo do templo (Mt 4. i nino segue: (1) Prazer. Cristo triunfou sobre o primeiro quando.24. etc. J u d a s 16. e s t e t a m b é m c o r r e s p o n d a a q u i ( d e s e j o dei m i m a d o de frutos m a d u r o s que a f o g a m o desejo de coisas espirituais). mas de Ioda palavra que sai da boca de Deus" (Mt 4. 18 i' i íirnios. na segunda tentação.. a paixão descontrolada de ser o número 1. a t r e v i m e n t o e p e c a d o s r e l a c i o n a d o s ) . o desejo de "brilhar" ou de ser dominador. Como resultado de seu triunfo. 17 ( " d e s e j o s da c a r n e e d e s e j o s d o s o l h o s " ) . K < ' ir. sempre indica um forte desejo. e é m u i t o m a i s a m p l o em seu .10.2 TIMÓTEO 2.1-4). 2 Pedro 2. disse: "Não só de pão viverá o homem. Como indii ado na nota de rodapé 147.).. o desejo desmedido de satisfazer os apetites físicos: o "desejo" de comer e beber. a loucura por desfrutar de prazeres. e n q u a n t o môoç r e p r e s e n t a o a s p e c Novo Testamento. intrigas. Nesta passagem. m o s t r o u q u e . d e s e j o s a n i m a i s . é usada mais amiúde num sentido desfas orável do que no sentido favorável.i primeira tentação. d e s e j o s p e c a m i n o s o s de tirar p r o v e i t o . tUMiil). (2) Poder.n no I r e n c h . Ap 18.u'. A p o c a l i p s e 18. quer no sentido favorável. refere-se a um desejo definitivamente pecaminoso ("fuja dos desejos da juventude").14. desejos sexuais descontrolados (Rm 1. cit.14. Judas 16. 11 recebeu de seu Pai celestial." Gramaticalmente. Aqui. é errôneo fazer com que toda referência seja exclusiva ou predominantemente aos desejos sexuais descontrolados. Uma pessoa naturalmente reservada. o amor. não se pode determinar se Paulo estava ou não pensando de alguma forma nesse perigo particular da juventude. indicando todo anseio pecaminoso ao qual a alma de um jovem ou de uma pessoa relativamente jovem se expõe.336 2 TIMÓTEO 3. talvez a tendência do jovem fosse ser impaciente em relação aos que se põem em seu caminho. as mesmas coisas com as quais o diabo lhe havia tentado (no caso cie Cristo. Posto que estes desejos desordenados com freqüência se apresentam em forma mais turbulenta na juventude do que na idade madura à medida em que um cristão amadurece os vai superando por meio da graça santificadora do Espírito Santo. 812. e assim como o antônimo das virtudes ora mencionadas: "a justiça. tímida e amável. não é necessário excluí-los completamente do conteúdo desta expressão. "desejos juvenis"). p.10. as tentações foram inteiramente objetivas. unido a seus anos juvenis. não houve tendências pecaminosas subjetivas). a paz.148 Mas ainda 148. são adequadamente chamados "desejos da juventude" (literalmente. O elevado caráter moral de Timóteo. Se dentro desta conotação geral se encontra qualquer elemento com ênfase especial. poderia induzi-lo a agir de forma um tanto irrefletida para com os que se opunham à verdade. Continue sua corrida. a fé. que o conduz gradualmente para a maturidade espiritual -. a paz". . No caso presente. contrariamente a sua tendência natural. também é possível interpretar as palavras de Paulo simplesmente neste sentido: "Timóteo. Os desejos pecaminosos da juventude podem ser considerados no sentido mais geral. etc. porém. continue fazendo exatamente o que esteve fazendo. L e n s k i o i n t e r p r e t a n e s t e s e n t i d o . o amor. todavia. por fim. se vê impelida à ação. Devemos evitar dois extremos. às vezes pode agir de forma mais impulsiva quando. a fé. Na forma aqui usada. fugindo dos desejos juvenis e correndo após a justiça. Primeiro. como Timóteo. a expressão provavelmente deva ser tomada em seu sentido mais geral. este deve derivar do contexto. num sentido muito mais glorioso. Segundo. c d. ele não a c\ige.4. c.2 . sabendo que engendram contendas."fuja".11.12 e 6. 4. ICo 1. e note a estrutura quiásmica da oração. necessárias até mesmo para Timóteo em decorrência de certa debilidade de caráter. 23. ampliada numa frase composta) em cada exi rc mo da oração. .4. A admoestação do versículo 22 acrescenta-se agora uma segunda: Mas as inquirições insensatas e ignorantes. com os vícios e virtudes (a última. encaminhamos o leitor à explicação mais detalhada em 1 Timóteo 4.9.337 1 TIMÓTEO 5. perfeita ("paz") para com todos os cristãos (os que em oração e louvor "invocam" o Senhor Jesus Cristo . uma compreensão isenta de perturbações. deve fugir constantemente das Icndências pecaminosas da juventude. pois.12. Além do mais. Ver o que já foi dito com referência a isto em nosso comentário do versículo 14 e sobre 1 Timóteo 1. a confiança humilde c dinâmica em Deus ("fé"). esse estado do coração e da mente que está em harmonia com a lei de Deus ("justiça").11). Em nosso desejo de fazer plena justiça à beleza do caráter de limóteo. incluindo em seu benevolente interesse até mesmo os inimigos ("amor"). 21). O "coração puro" é a personalidade interior dos que estão "afastados da injustiça" (v.7. rejeite-as.cf. Visto que a maioria dos conceitos aqui mencionados já apareceu antes. e as ações opostas .uma junto da outra no centro. "paz". o que Paulo está pensando pode ser parafraseado da seguinte maneira: Fuja das tendências pecaminosas da juventude e corra. um profundo afeto pessoal pelos irmãos. b. 6. e deve cultivar o hábito de cori cr após as virtudes aqui enumeradas. Rm 10. sim. está em linha com a tendência muito prática da mente de Paulo presumir que esses vigorosos mandatos têm alguma icferência à realidade e eram advertências realmente necessárias. Também Tito 3.de coração puro). pois. ainda quando não fossem elas enunciadas de forma expressa. J1 2. 19) e se purificaram efetivamente (v.32. "corra após" . após (persiga firmemente) o seguinte: a. não lhe demos asas! O jovem associado de Paulo. cf. Notemos que no original há uma alileração nas palavras traduzidas correr após ajustiça (aqui como em I Tm 6. Em suma. 25 que o tempo usado no original permita esta interpretação.24. o envolvimento com as (note o artigo definido) questões notórias que produzem. . que com suavidade corrija os oponentes.15.1). nota sobre a palavra "doulos") do Senhor (Jesus Cristo. um simples sofista de questões ridículas acerca de árvores genealógicas e interpretações rabínicas da lei. sobre João 15. qualificado para ensinar. como resultado.11-13 Timóteo não só deve conter-se e não empreender batalhas verbais completamente inúteis (v. Não têm sentido. 4). porém definidamente.338 2 TIMÓTEO 2. ou seja. Tais questões são néscias. em seguida também Tg 1. Diz Paulo: E o servo do Senhor não deve ser contencioso. Mt 11.21-24).5. Tais questões engendram contendas. 24-26. Como tal ele deve ser como seu Senhor. A menção de contendas no versículo 23 leva Paulo a reforçar sua admoestação no sentido em que Timóteo deve fugir do envolvimento em questões néscias e ignorantes. A pessoa que tem sido adequadamente educada na verdade redentora de Deus é capaz de distinguir entre o que é digno e o que é indigno. Esses três versículos formam uma clara unidade. são a obra e a marca de homens ignorantes. Zc 9. mas portou-se como cordeiro que é levado ao matadouro. Rm 1. paciente ante as injúrias.29. 53.T. por quem foram feitos cativos para [fazer] sua vontade. pacífico. Timóteo deve negar-se constantemente a ter algo a ver com elas. mas a todo "ministro" . 12. lPe 2. cortês. essas batalhas verbais.1. ver C. porque sabe que geram ou engendram contendas.1.9. mas não deve ser contencioso. humilde. nem a fez ouvir na praça. que quando foi oprimido e afligido não abriu sua boca. que era manso. 3.] Timóteo é o servo (esta é uma tradução melhor que escravo. e possam voltar à sobriedade [libertando-se] dos laços do diabo. e não se ocupa de questões tão inúteis (sobre genealogias e outras tradições judaicas). Fp 1. nem levantou sua voz. São ignorantes "carentes de educação" ou "sem instrução".7.deve ser um excelente soldado (ver vv. mas amável com todos. mas também deve repelir.19. são o tipo de coisas que podem ser associadas com crianças pequenas. 14). que não gritou. e que não injuriou os que o injuriavam (Is 42. na esperança de que possivelmente Deus lhes conceda a conversão [que os leve] ao conhecimento de [a] verdade. cf.a expressão e a admoestação se aplicam não só a Timóteo. 21.2. as quais são exatamente os obstáculos que os ministros devem evitar. É verdade que o servo do Senhor .N. deve ser amável com todos. venha a"). sua amabilidade nem sempre será apreciada ou correspondida.2.21. Cl 3.7-12! O servo do Senhor.23. sarcástico.20) os indisciplinados. com a disciplina do ensino. deve mostrar-lhes amavelmente por que não se deve preocupar com estas coisas e deve imediatamente continuar ministrando a instrução positiva para que o oponente possa receber assim a correção. 6. em contraste com l T m 1. 3. não irritável. capaz de ministrar conselho e instrução. deve ser amável (esta é a melhor leitura.15) corrija os oponentes".12." Esta esperança parece ser expressa de uma maneira hesitante ("possivelmente. Não obstante.2. o insulto e a injúria. Em vez de entrar em suas questões néscias. Gl 5. nem burlesco. Assim o apóstolo diz a Timóteo que instrua aos que não têm instrução. Não só deve ser amável na conduta externa. que discipline (neste caso.. cf. de fácil diálogo. A amabilidade é indispensável. Note aqui o jogo de palavras no original. que eduque os carentes de educação. . 2Co 10. as únicas porções do Novo Testamento em que aparece).21. Os oponentes ("os que constantemente estão fazendo oposição") nunca deixam de aparecer com questões ignorantes ou "sem instrução" (v. ou seja. porque. porque o servo do Senhor deve ser apto para ensinar.7. para os seguidores do erro. Por isso. Quando isto ocorrer. é afável. nem mesmo para com os que o prejudicam. pois.13. que informe os que são carentes de informação.2 TIMÓTEO 2. Ef 4.1. exemplo de Cristo (Mt II.1. Deve tentar conquistá-los. Ele deve calar-se diante da maldade (cf. Agora o apóstolo declara o propósito desta obra didática e pastoral: "na esperança de que possivelmente Deus venha a conceder-lhes a conversão [que os conduza] ao conhecimento da verdade. As vezes seu ensino terá de enfrentar a troça e o abuso. que " com suavidade (ver Tt 3. então ICo 4. tanto aqui quanto em ITs 2.29).24-26 339 Em vez de encontrar nessas palavras uma prova a mais de que Paulo não poderia haver escrito as Pastorais. ele deve ser paciente diante das injúrias. 23). e voltem à sobriedade. IPe 2. IPe 3.... Foi Paulo quem também escreveu 1 Tessalonicenses 2. intolerante.21-24). alguém deveria encontrar nelas uma prova em contrário. de conduta acessível. Tg I. deve ser suave ou manso em sua atitude ou disposição interior. sendo libertados "do laço do diabo". pelo diabo pela vontade daquele (o diabo)". Scott. É o d i a b o q u e c a p t u r a os h o m e n s e se e s f o r ç a p o r retê-los. ele espera que "voltem à sobriedade" (àvavr|\|ícoaiv).ou seja. 2Co 7. É o fervoroso anseio de Paulo que ainda venha a efetuar esta grande transformação. Ver. É difícil ver p o r q u e há t a n t o d e s a c o r d o a c e r c a d o s p r o n o m e s aúxoO e èiceívou. poderiam ser levantados de seu torpor. a conversão afeta não só as emoções. Paulo nutre a esperança de que os adeptos da falsa doutrina se convertam de seu hábito de dar maior importância a coisas insignificantes. ninguém. p.. porém. do laço posto pelo diabo. Por conseguinte..7). o diabo).. É evidente que este é o significado à luz das palavras que vêm imediatamente a seguir: "no qual estiveram cativos [do diabo]. . Além do mais. Daí ser aqui adequada para a condução ao "conhecimento da verdade". op. O a n t e c e d e n t e de a ú r o ü é n a t u r a l m e n t e o s u b s t a n t i v o m a i s p r ó x i m o (o diabo). enquanto arrependimento olha principalmente para trás. op. Se porventura alguma mudança estava para ocorrer. 117. 103. é em primeiro lugar (como a derivação da palavra implica) uma mudança completa na perspectiva mental e moral. p.. É conversão (cf. isto é.8-10). P o r isso n ã o p o s s o c o n c o r d a r c o m R o b e r t s o n . poderia produzi-la. N o t e o p a r t i c í p i o p e r f e i t o p a s s i v o : " h a v e n d o e s t a d o c a p t u r a d o ( s e n t i d o p r i m á r i o : caçados vivos) de u m a v e z p o r t o d a s .340 2 TIMÓTEO 3. O s e s f o r ç o s p a r a ligar e s s e s p r o n o m e s c o m a n t e c e d e n t e s m a i s r e m o t o s a f i m de q u e um d e l e s ou a m b o s se r e f i r a m a Deus ou ao servo de Deus me d ã o a i m p r e s s ã o d e ter p o u c o s u c e s s o . 6 2 2 . ou seja. 149 149. 8 1 8 . laço com o qual foram seduzidos a fazer sua vontade (ver comentário sobre 1 Tm 3. cit. L o c k . cit. op. Por meio da obra do ministério. senão Deus. os adversários poderiam voltar ao bom senso. Isto t e m um s e n t i d o m u i t o b o m . E uma mudança radical de visão que conduz a uma mudança radical na vida. op. Esta é a única vez que este verbo composto aparece no Novo Testamento. L e n s k i . " O d i a b o n ã o p e n s a e m soltá-los. para fazer sua [do diabo] vontade" (literalmente. e reconheçam e confessem a grande e maravilhosa verdade revelada no evangelho e centrada em Cristo. nota de rodapé 193.10. A palavra usada no original para indicar esta mudança básica (p. Até mesmo ouvir a verdade se lhes tornara difícil. p . mas também a mente e a vontade. 11 contradizer se tornara um hábito. cit.eiávoia) significa mais que arrependimento. cit. p. e o a n t e c e d e n t e de c-Kt íi/ou é o p r o n o m e m a i s p r ó x i m o (que. um termo que olha tanto para frente quanto para trás. Aliás. etc. "havendo sido tomado cativo por ele . que Timóteo . Timóteo receberá sua recompensa. Sente-se. que lhe dará entendimento em todas as coisas. não está presa. 23.entre muitas testemunhas ouviu dos lábios de Paulo ao longo dos anos que andaram juntos. toda a obra do ministério não será fácil. mas que resultará em dificuldades para Timóteo."filho" de Paulo . Ele não recebeu sua recompensa? Não ressuscitou dentre os mortos? E não reina nas alturas como o legítimo herdeiro espiritual de Davi? Não é assim. embora estivesse preso. Que ele seja. que Paulo o considera propriedade sua ("meu. (2) da intoxicação e do torpor para a sobriedade (v. Que confie a tais homens os ensinos que ele . 26b). Que se sinta animado ante o fato de que só o soldado que luta de todo o coração. e para o benefício da igreja. 26a). segundo o evangelho. um soldado nobre e suporte as dificuldades juntamente com Paulo e as testemunhas supramencionadas. grandemente consolado pelo fato de que. v. Ele deve descansar no Senhor. pois. esta atividade de ensinar . os quais por sua vez sejam aptos a ensinar outros. em vista dos exemplos e do d o m que tem recebido.aliás. porém. obedientemente sem transgredir nenhuma norma divina . com o fim de que possam obter a salvação que está centrada em Cristo Jesus com eterna glória. Portanto. c o m o se fosse um criminoso.e diligentemente. Agora ele cita quatro linhas do que provavelmente foi um hino da .341 1 TIMÓTEO 5. que ele proclama. Este também cumpriu sua tarefa de todo o coração.24. até m e s m o prisões. que ele se lembre de Jesus Cristo. pois. a Palavra de Deus. só o atleta que compete segundo as normas. que ele instrua homens. Além do mais. 25 A verdadeira conversão é. só o agricultor que trabalha arduamente receberá seu galardão. senão que cumpre o que Deus quer no coração e na vida de todos os eleitos. 25). Assim também. u m a mudança radical: (1) da ignorância para o conhecimento da verdade (v. Para fortalecer a si próprio. Síntese do Capítulo 2 Ver o esboço no início do capítulo.se fortaleça na graça que está em Cristo Jesus. evangelho")? Por este evangelho Paulo suporta dificuldades. Ora. (3) da escravidão para a liberdade (v. Positivamente. Ela é seu sólido fundamento. etc.. Não deve ser contencioso.. Timóteo também deve fugir dos desejos pecaminosos que atacam a geração jovem. com o fim de ser completamente apto. a negação e a deslealdade são castigadas pela rejeição daquele que sempre permanece fiel às suas ameaças. não têm nenhum propósito útil e engendram contendas. 11 igreja primitiva. como um obreiro que não tem de que se envergonhar. as questões néscias. bem como às suas promessas. Seus membros estão protegidos pelo Pai. os seguidores do erro progredirão. Em outros termos. Se alguém se purifica efetivamente desses homens e de suas más influências. uma que enfatiza o lado divino da salvação: "O Senhor conhece os que são seus". a qual. Ora. o amor. homens que ensinam que a única ressurreição é a espiritual. A palavra deles se "alastra". Mas ainda que eles perturbem a fé de alguns. Entre os líderes desses falsos mestres se contam Himeneu e Fileto. já se consumou. ele deve corrigir seus opo- . O ensino requererá que ele exerça grande paciência. mesmo ante as injúrias.. deve buscar firmemente a fé. a verdadeira igreja de Deus prossegue firme. corroendo seu caminho como um tumor maligno. Quando houver oposição. mas amável com todos.. e não pode (acrescenta Paulo) fazer de outro modo. pertencem ao Filho e estão certificados pelo Espírito. à desonra. Naturalmente. as palavras profanas e vãs. mas que tipo de progresso? Eles avançarão. As mesmas mostram que a lealdade a Cristo e a firmeza mesmo em meio à mais amarga perseguição sempre são recompensadas pelo privilégio de viver e reinar com Cristo. "que todo aquele que invoca o nome do Senhor se aparte da injustiça. este será. rumo a crescente impiedade. a igreja visível é como uma grande casa: nem todas as coisas são de igual valor: alguns "utensílios" se destinam à honra. Por isso não é de admirar que homens como Himeneu e Fileto tenham seguidores. e que maneja corretamente a palavra da verdade. E naquele selo há duas inscrições. Somente deste modo ele será apto para ensinar. e o outro indica o lado humano'. Isto também se aplica a Timóteo. Timóteo deve fazer todo o possível para obter a aprovação de Deus.342 2 TIMÓTEO 3.10. eles estão selados. muito útil ao mestre. Na segunda parte deste capítulo. enquanto. dizem eles. o apóstolo mostra que as batalhas de palavras. preparado para toda boa obra. outros." Não obstante. por outro lado. .2 TIMÓTEO 2 343 nentes com suavidade. Assim serão salvos do laço posto pelo diabo. que conduz ao conhecimento da verdade e à sobriedade. o qual os fez cativos para que façam sua (do diabo) vontade. nutrindo esperança de que possivelmente Deus lhes conceda conversão. moral e espiritual. mental. uma volta completa. "Virão tempos difíceis" Sabendo que se levantarão inimigos. porém não seu poder. os quais terão sua for- . como você aprendeu de pessoas dignas de confiança.1-9 3.10-17 ma. Sabendo que ela está baseada nas Sagradas Escrituras.ESBOÇO DO CAPÍTULO 3 Tema: O Apóstolo Paulo Diz a Timóteo o que Deve Fazer em Prol da Sã Doutrina Persevere nela 3. seu poder. indômitas. e b . negando. E l e diz a seu a m a d o representante que: a . sem domínio próprio. 2 porque as pessoas serão egoístas. porque sua loucura será obvia a todos. q u e < ni | o s ] ú l t i m o s d i a s s o b r e v i r ã o t e m p o s t e r r í v e i s . 9 Eles. sobrecarregadas de pecados. porém. 3. e l e d e v e a f a s t a r . não irão muito longe. que em [os] últimos dias sobrevirão tempos terríveis. 7 sempre aprendendo e nunca são capazes de chegar ao reconhecimento de |a] verdade. 5 tendo a forma da piedade. ingratas. porém. alaste-se de tais pessoas. arrogante. ele d e v e c o n s t a n t e m e n t e c o m p r e e n d e r q u e n o s ú l t i m o s d i a s h a verá t e m p o s t e r r í v e i s . assim também esses homens se opõem à verdade. dominadas por vários impulsos. p o r é m . 3 sem sentimento. c o m o a g o r a o a p ó s t o l o o d e m o n s t r a : E n t e n d a isto. profanas. 4 traidoras. D a í .1 e se e s t e n d e até o final do v e r s í c u l o 5. s e g u n d o a e x t e n sa o r a ç ã o q u e c o m e ç a em 1.1-9 I.. porém. irresponsáveis. 6 Porque desses círculos vêm os que estão se infiltrando nos lares e tomando i ativas mulheres levianas.1 I Entende isto. 1 lá d u a s c o i s a s q u e P a u l o q u e r q u e T i m ó t e o f a ç a . Ser amável. caluniadoras. implacáveis. mais amantes dos prazeirs do que amantes de Deus. homens de mente corrupta e réprobos i oni respeito à fé. presunçosas. desobedientes a [seus] pais. 8 E assim como Janes e Jambres se opuseram a Moisés. I ísses dois m a n d a m e n t o s e s t ã o c o n e c t a d o s pela c o n j u n ç ã o " e " .CAPÍTULO 3 — < $ > — 2 T I M Ó T E O 3.s e c o n s t a n t e m e n t e d o tipo d e p e s s o a s q u e f a r ã o c o m q u e e s s e s t e m p o s s e t o r n e m terríveis. como também se deu com aqueles [dois homens].24-26) não será algo fácil. blasfemas. desafeiçoadas para i mu o bem. preconceituosas. amantes do dinheiro. paciente e m a n s o (ver 2 T m 2. . " Uma vez entendida esta ligação.16. Ora.24. 12. tais como Daniel 2. em cada caso exclusivamente. p. essa expressão (Gn 49. porque é proclamado um reino que "permanecerá para sempre". 150. 3 1 1 .39. Nm 24. S c o t t . 49. 151 Que não pode referir-se. 14. d e c l a r a q u e J o ã o .T. O que se inclui nesse "futuro" deve ser determinado em cada caso à parte.1. p p .346 2 TIMÓTEO 2. ver J o 6 . s i m p l e s m e n t e d e c l a r a q u e e s t e é o s e n t i d o . cit. Jr 23. Jacó. Dt 4.11-13 quando se omite a maior parte do material explicativo que há entre os dois mandamentos. em certo sentido.. Het Herstel Van Israel Volgens Het Oude Testament. 10. sobre 2Ts 2). Aliás. Isto. fica isto: " Entenda .28. o período mencionado não termina jamais.. 4 4 . Os 3. op. 4 6 ..48) n ã o d e v e ser c o n f u n d i d o c o m " n o s ú l t i m o s d i a s " d e P a u l o (plural). 11. não estava pensando primariamente no que ocorreria no final do mundo. Ez 38. Ver G. na forma usada aqui. 118. p o r é m n ã o o f e r e c e p r o v a a l g u m a n e m e s t u d o do v o c a b u l á r i o do c o n c e i t o .2. ao abençoar seus filhos. 30. também se torna claro que a expressão "nos últimos dias". 5 4 . E não se justifica "resolver" a dificuldade. "o futuro". op. não pode limitar-se aos dias que precederão imediatamente à segunda vinda de Cristo. C h . 4 0 . muito tempo antes da primeira vinda de Cristo.14.N. 39. porém. é i n c o r r e t o . p.28. Dn 2.20. cit. E ainda à luz do contexto de passagens.5.. 13. 48.30. A a l d e r s . Is 2. 3 9 . dizendo: "O autor esperava que a vinda de Cristo se concretizasse a qualquer momento" (ver C. no Antigo Testamento. " N o d i a v i n d o u r o " d e C r i s t o ( s i n g u l a r . e m seu E v a n g e l h o . que em [os] últimos dias virão tempos terríveis.47.14.1) se refere a "os tempos vindouros". e afaste-se de tais pessoas. usa c o m f r e q ü ê n c i a esta e x p r e s s ã o . 151.24. é imediatamente evidente à luz do contexto de passagens tais como Gênesis 49. 150 Teria sido sem sentido dizer a Timóteo que se afastasse de pessoas que nunca o molestariam. estava antecipando os acontecimentos que ocorreriam na vida de seus filhos e na história das tribos de Israel. por meio do contexto. q u e i n t e r p r e t a d e f o r m a s e m e l h a n t e . . B o u m a . Mq 4. p o r é m . porque haverá homens amantes de si. Ao contrário. é evidente que a expressão "nos últimos dias" abarca um período que começa com a soberania babilônica. A chave para uma interpretação correta é a explicação contextual da expressão "nos últimos dias". e que inclui a nova dispensação.1. nem ainda estava pensando em um período que para cada tribo começaria na primeira vinda do Messias. aos dias que precederão imediatamente à segunda vinda. 1. são mais bem interpretadas se lhes for dado este sentido: "Timóteo.1 (cf.8).18).347 1 TIMÓTEO 5.28). promessas que alcançam sua mais gloriosa concretização na consumação. épocas difíceis da nova dispensação. Além do mais. 25 Como o contexto o demonstra. Mas enquanto 1 Timóteo 4." Esses tempos virão e desaparecerão.2. em passagens como Isaías 2. Serão tempos de impiedade crescente (Mt 24. onde os acontecimentos ocorridos no dia de Pentecostes estão incluídos em "os últimos dias" (cf. Esses tempos. o uso da expressão em Tiago 5. A expressão semelhante "nestes últimos dias" em Hebreus 1.24. aqui em 2 Timóteo 3. a revelação do "homem do pecado" (2Ts 2.3. Como ocorria com as profecias estreitamente relacionadas sobre os "tempos vindouros" ( l T m 4. Essa é a era do cumprimento das promessas messiânicas.esta extensa dispensação . Mt 24. "Virão [aproximando-se como uma tempestade acompanhada de relâmpagos e trovões. e o último será pior que o primeiro. m a s a s trata c o m o s e f o s s e m u m a só. virão tempos terríveis. De conformidade com isso. interpretada de diversas maneiras). o A n t i g o T e s t a m e n t o n ã o d i s t i n g u e c l a r a m e n t e e n t r e a s d u a s v i n d a s .1-12. com certa ênfase no adjetivo terríveis. são épocas de muita pressão para a verdadeira igreja. penosos ou difíceis (de suportar). Lc 18.2). a expressão "nos últimos dias" se refere à era iniciada com o aparecimento de Cristo sobre a terra. assim também essapredição tem "um cumprimento múltiplo". cf. pois. o apóstolo João sabia que já havia chegado "o último tempo" (I Jo 2. até chegar com toda sua força] tempos terríveis. . Mc 13.nos quais estamos agora vivendo.12. esta profecia trata mais enfaticamente do apareci152. definidamente designados no decreto eterno de Deus. Lc 21). 152 Este é também claramente o sentido em Atos 2. N ã o o b s t a n t e .1-5 advertia contra o advento do gnosticismo ascético e seus seguidores ao longo do curso da História. que culminará com o clímax da maldade.1-5). 5. Mil í c i a s 4. as palavras de Paulo.2 (ver o contexto) também se refere claramente ao período que começou com a vinda de Cristo em carne." Isso é o que a passagem diz literalmente.17 (citação de J1 2. compreenda constantemente que nestes últimos dias . é v e r d a d e q u e & . Aqui em 2 Timóteo. implacáveis (ou imperdoáveis. três d e 4 . caluniadores. 154. jactanciosos. Romanos. sua i n t e r p r e t a ç ã o a l e g ó r i c a d a s c i f r a s (5. aborrecedores de Deus. " f e r o z " p o r " i n d o m a d o " . altivos (ou soberbos). 2-5. literalmente. que não dão tréguas).. Virão tempos terríveis. 2 Timóteo. N a t u r a l m e n t e . p o r e x e m p l o . os homens genericamente falando. e u m 3 f i n a l ) t a m b é m p a r e c e ser u m t a n t o d u v i d o s a . não os "homens" distinguidos das "mulheres") que vive durante esses tempos terríveis que provocará toda a aflição. cit. E m m i n h a t r a d u ç ã o optei por p e r m a n e c e r o mais p r ó x i m o possível do "sabor" do original. Segue uma lista de todas suas características pecaminosas. 154 Então a lista vem a ser: 153. b.p r i v a t i v a n ã o p r e c i s a ser t r a d u z i d a p o r um p r e f i x o n e g a t i v o s e m e l h a n t e a sin. sem misericórdia. desobeclientes aos pais. Não obstante. 11 mento dos gnósticos antinomianos ou licenciosos e daqueles que através dos séculos. D a r .l o s ( e s s e s 18) e m três g r u p o s . N ã o p o s s o e n t e n d e r a m a t e m á t i c a de L e n s k i .348 2 TIMÓTEO 3. de modo que os dezenove itens podem ser divididos em grupos. p. q u e c o n t ê m r e s p e c t i v a m e n t e 5. M a s isto s o m a um total de 2 0 . Isso dividiria toda a lista em três grupos (itens 1-5. considerada estruturalmente. 2 Timóteo. in etc. a lista tem dezenove itens (se os modificadores "antes amantes dos prazeres que amantes de Deus" e "que têm a forma da piedade. etc. U m a p a l a v r a p o s i t i v a p o d e ser s u b s t i t u í d a p o r u m a n e g a t i v a . 3 e 12 itens... 2 Timóteo. 153 Não se pode determinar com certeza se Paulo tinha em seus pensamentos alguma divisão. porém negando seu poder" forem considerados cada um sendo uma unidade). É o povo (os membros da raça humana. imitam o exemplo de mundanismo deles. É bom compará-la com a de Romanos 1. é certo que os itens 6-10 formam uma série ininterrupta no sentido de que todos começam com um prefixo de negação (à -privativa no original). e c. op. 6-10.10. cada um dos quais enfatizando uma idéia central. sem sentimentos (ou sem afeto natural). antes amantes dos prazeres do ciue amantes de Deus. .29-31. porque as pessoas serão. Note também os sinônimos: Romanos tem murmuradores e detratores ("caluniadores"). ainda que tenham rejeitado algumas das estranhas teorias básicas. Romanos. Note em ambas as listas: a . 8 2 1 . note que três dos itens do último grupo também começam com um prefixo negativo. E l e c o n t a " d e z o i t o " itens e l o g o e m s e g u i d a p a r e c e d i v i d i . sem m u d a r inteiramente o sentido da palavra. 11-19). Não obstante. e n ã o 18. negando. gratidão. São presunçosos e arrogantes (cf.30). enrola-se sobre si mesmo. A tais pessoas faltam as qualidades excelentes da submissão. quanto ao substantivo relacionado ( blasfêmia ). profanas. amantes do dinheiro. e b.30. preconceituosas. soberbo. desafeiçoadas para com o bem. xciii) toma a ilustração do ouriço que a. traidoras. arrogante).7: "que agrada a si mesmo. pois. blasfemas. O grupo de palavras formado em torno desta raiz conta com muitos exemplos no Novo Testamento. ver também Atos 6. Lc 1. Essa palavra originalmente se referia a uma pessoa que viaja pelo país. indômitas. egoísta). sem domínio próprio. implacáveis. Rm 1.11. Pense nos fariseus qualificados em Lucas 16. são também naturalmente amantes do dinheiro (amantes da prata). presunçosas. Não surpreende que tais pessoas também sejam classificadas como blasfemas. Enquanto se jactam de si próprios e de suas mercadorias.14. são. a qual insulta a Deus e aos homens (ver sobre l T m 6. jactando-se de suas virtudes curativas.2 TIMÓTEO 3. elas ferem ou prejudicam. santidade. afeto por sua própria família e a atitude que revela per- . Rm 1. mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus. primeiramente. formando uma bola. o sentido é jactância em geral. Uma vez que amam a si próprios. sem sentimento. Quanto ao verbo relacionado ( blasfemar ).11 (cf. exibe os espinhos agudos para quem estiver do lado de fora (aú0áõr|ç. que agrada a si próprio.4. Usam linguagem desdenhosa. ingratas. ver sobre 1 Timóteo 6. seu poder." Trench (par.2-5 349 egoístas. deixando em seu interior a penugem suave e quente (cJuAccuioç. tendo a forma de piedade. ver sobre 1 Timóteo 1.20. Tito 1.51. egoístas. Pode estar vendendo medicamentos. Cf.6. arrogantes. lPe 5. seus logros ou talentos. porém.4). arrogante. 2 Pedro 2. Essas pessoas. então.5) em sua atitude para com os demais. amante de si mesmo. de onde vem "charlatão". caluniadoras. Nesta passagem. Tg 4. Quando falam. desobedientes a [seus] pais. Também são do tipo soberbo. tais pessoas são altivas (cf. irresponsáveis. Jd 9). Quanto ao adjetivo blasfemo (usado aqui cm 2 Timóteo como substantivo). porém. 6. l T m 1. Isso implica que são faltos de sentimentos. At 26. mesmo antes de sua ruína se tornar evidente. mas iníquas. também em sua relação com seus semelhantes. Lc 1. não! Com respeito às coisas que têm sanção divina. Jn 4.9. "desinibidas". não só carentes de santidade. Isto mostra que são ingratas (cf.10. Desprezam as virtudes. são traidoras. proferem epítetos falsos e/ou hostis e lançam acusações umas contra as outras. Tt 1. SI 145. Está implícito em cada caso que elas possuem a atitude oposta. absolutamente carentes de autodomínio. Seus associados são entregues por elas a seus inimigos. palavra de freqüente presença no Novo Testamento). Tais pessoas. Elas mostram esta mesma insensibilidade em todas as coisas. ou carentes de compreensão. 3. São implacáveis.17. sim.350 2 TIMÓTEO 3. que recebem . Rm 1. O último grupo mostra como estas atitudes interiores ou deficientes se expressam exteriormente em palavras de ódio e atos de crueldade. etc.6. Não reverenciam a santidade estabelecida.16. Ef 4.9). selvagens. Portanto. não só indomáveis. " Graça comum" (a bondade de Deus para com todas suas criaturas. mas rebeldes.9. são não só desobedientes. Jamais aprenderam a controlar-se.35). tais pessoas são classificadas como sendo. neste mundo não há "gratidão comum".10. etc. 17. são irrefreáveis. irreconciliáveis.30. desapiedadas. não apreciam as demais pessoas nem a Deus (cf. pois. imitadoras do grande Diabolos ( l T m 3. Rm 1. Lc 6.. Não havendo "criado juízo" jamais. daí. 11 dão. 7. Tomando estas cinco características. Em seu campo jamais se derrama uma libação para simbolizar que aqueles que estavam em desacordo entre si consentiram em fazer uma trégua.11.43-45. são indômitas. são aborrecedoras do bem. uma a uma. são profanas ou ímpias (cf. 11. pelos pais (cf. mas ferozes'.21. Lc 6. "gratidão comum". desprovidas de poder de refrear suas próprias tendências ou impulsos. Mt 5. que não apreciam os muitos atos de bondade que seus pais derramaram sobre elas. então. desobedientes a seus pais (cf. "nem deram graças"). Ainda que as bênçãos sejam bastante comuns. em primeiro lugar. carentes mesmo de afeto natural como o que os pais sentem pelos filhos e os filhos.27.3). Rm 1.31).35). Suas contendas não terminam nunca. São caluniadoras e falsas. ferozes. Desses círculos (quanto à expressão grega. A razão por que Timóteo deve afastar-se de tais pessoas é agora indicada: Porque desses círculos vêm aqueles que estão se infiltrando nos lares e estão tomando cativas mulheres levianas. não surpreende que lhes falte poder. ver C. E afaste-se de tais pessoas. sobre Jo 1.52). Daí.20) de piedade (ver sobre l T m 2. seu poder. 11). ver v. 6. Este tipo de pessoas não é encontrado apenas fora da igreja. '. não são bem-sucedidos com todas as mulheres. ao chegar ao seu clímax. 6. porque tais pessoas são completamente egoístas (note que a i Irscrição.2 TIMÓTEO 3. E mesmo quando são excluídas da igreja.36). Elas têm se infiltrado na igreja (e não só na igreja. Além do mais. 6. Tais pessoas carecem da dinamite espiritual.6. l T m 1. 7. 6. diz Paulo (ver explicação nas pp. Isto definitivamente não significa que também amam a Deus em alguma medida. Naturalmente. procedem os falsos profetas que se especializam na arte de cativar mulheres. porém (literalmente. Não nutrem amor por 1 )eus. 12. espiritual.11. são impetuosas ou precipitadas em seus atos de violência (cf. 4. Rm 2.2-7 351 M U I salário de antemão.N. 17. ver também Jo 3. Ninguém pode dizer-lhes nada. Significa que não amam a Deus absolutamente (quanto a "antes que" ou "mais do que". At 4.7. negando. Paulo tinha um elevado conceito dessas nobres mulheres e fazia bom . um exterior ou aparência (cf. 2 João 10. cf. Lc 6. 8. porque elas "sabem tudo". 5.14). 18.4. Muitas mulheres são por demais sensíveis para tomar-se vítimas dos falsos profetas.16. At 7. Nada as delem.19. Apressadamente se precipitam adiante em sua maldade. "havendo negado de uma vez por todas"). nem por sua revelação em Jesus Cristo. dos homens referidos nos versículos 1-5. tão cegas ' sido pela presunção (ver sobre lTm 3. nem pelo povo. 345346). At 19. Sua raiz está no coração e na vontade. 6). Cf.24).7. São ostensivas como tendo uma forma.T. 3.3. visto não serem homens cheios do Espírito. ainda reivindicarão 0 título de cristãs eminentes.4). volta ao seu ponto de partida: "amantes de si mesmos").19. neste sentido.16. como Judas (cf. expressões semelhantes em Lc 15. essa i rgueira tem uma causa moral.43. São amantes dos prazeres antes que [ou mais do t/ue | amantes de Deus. cativando) as mulheres levianas. como muitos podem testificar. vrouwtjes. Havia um começo desta prática nociva nos dias de Paulo .352 2 TIMÓTEO 3. então. e sobre lTm 5. Mas. porém.) Por métodos justos ou injustos. 11 uso de seus talentos (ver sobre lTm 3. as quais oferecem um caminho fácil de escape para qualquer pessoa que esteja incomodada com o pecado. Cf. o alemão Weiblein.V. casa. e essas se encontram tanto na igreja quanto fora dela. aqui. Por meio da própria novidade de suas doutrinas. "simplórias". mais geral metafórico. e que os falsos profetas que se dedicam a ela têm uma semelhança muito estreita com os que viviam no tempo e época de Paulo. "mulherinhas" não seria exatamente a tradução correta. se introduzem nos lares (plural de O L K Í I X . habitação. essas mulheres levianas são designadas mais precisamente: . de qualquer forma.ou teremos que remontarnos ao Paraíso? (Gn 3. essas mulheres são visitadas por esses mercadores de falsas doutrinas quando o esposo não está em casa.9. pois. Isto é difícil de ser reproduzido em inglês. 10).13). A fim de qualificar tais mulheres. "alvos fáceis" para esses falsos profetas. Com o uso de três frases participiais. lar. em toda época há mulheres volúveis (ver sobre l T m 5. esses homens estão se metendo (não necessariamente em cada caso: estão entrando furtivamente) nas unidades familiares. os homens que visitam as mulheres a fim de estender-lhes laços não levam a sério o pecado.1 -6a) -. e em geral proclamam uma religião que satisfaz "a carne".) fariam jus ao original. Provavelmente. com freqüência negam o castigo eterno.R. Nós que vivemos no século 20 [e 21]. Essas são. sabemos que precisamente esta prática continua ainda hoje. o coloquial. Também hoje. Provavelmente "mulheres levianas" ou "mulheres de natureza fraca" ou "mulheres tolas" (A. tornar-se-ia ainda pior nos dias vindouros. sendo a última uma frase composta. Tais homens. os homens virão espontaneamente? (Ver novamente Gn 3.11. esses intrometidos cativam (sentido original: tomando com a lança. cf.10.V. e o holandês. A. mulheres "que não valem muito". o original usa um diminutivo que tem um sentido desdenhoso.. Por que saem em busca de mulheres? Seria porque sabem que as mulheres (especialmente as mulheres desse tipo) são mais fáceis de extraviar que os homens? Seria porque arrazoam assim: Uma vez que temos as mulheres do nosso lado. família). essas mulheres estão "sobrecarregadas de pecado" (quanto ao verbo. de ser consideradas como "bem informadas".2-5 353 sobrecarregadas de pecados. ver explicação de 2Tm 2. Não se declara quais são esses maus incentivos. porém não se sentem necessariamente envergonhadas deles. Tais mulheres provavelmente nutrem medo das conseqüências de seus pecados. essas mulheres levianas estão sempre aprendendo. Quando Moisés disse a Faraó: "Deixe meu povo ir" (Êx 5. 8.2 TIMÓTEO 3. dominadas por vários impulsos. porque as famosas "testemunhas" (ou qualquer que seja o nome que recebam) estão sempre atacando as igrejas ortodoxas e aos seus ministros. Em terceiro lugar. "são arrastadas por diversos impulsos" (ou " desejos". Talvez possamos pensar em coisas tais como as seguintes: o desejo de achar uma via fácil para escaparem de seu complexo de culpa. Em segundo lugar. sempre aprendendo. assim também esses homens se opõem à verdade.22 no tocante ao significado da palavra). Diz Paulo: E assim como Janes e Jambres se opuseram a Moisés. 2Tm 2. esses falsos mestres se tornam manifestos diante de todos os verdadeiros crentes como adversários de Deus e de sua verdade. homens de mente corrupta e réprobos com respeito à fé. embora não no sentido de Romanos 7. e . Ao fazer propaganda de suas nefastas doutrinas. Antes de tudo. São muito perversas.25). extasiadas. ver Rm 12. indo de casa em casa a fim de alistar discípulas e auxiliadoras femininas.1). São discípulas ansiosas que "tragam tudo". Mas a falta de disposição em confessar francamente e resistir aos maus impulsos de sua natureza resulta em que " nunca são capazes de chegar ao reconhecimento da verdade" revelada no evangelho (cf. o desejo de receber reconhecimento. granjear a atenção de representantes proeminentes do sexo oposto. e o fato de darem as boas-vindas aos [homens] de fala mansa parece indicar que seus pecados lhes têm produzido um sentimento de intranqüilidade.24. Isto também tem seu cumprimento hoje. 1 Tm 2. etc. enquanto. e nunca são capazes de chegar ao reconhecimento de [a] verdade. satisfazer a curiosidade. se sentam a ouvir seus licenciosos mestres e a admirá-los.4.20). 1 Tm 6. Portanto. v e r o a r t i g o " J a n e s and Jambres" em The New Schaff-Herzog Encydopiedia of Religious Knowledge. 155 com a qual Paulo estava bem familiarizado (havendo estudado com Gamaliel. como tais. O apóstolo tinha em mente a seguinte comparação: Assim como Janes e Jambres se opuseram a Moisés. o representante de Deus. Paulo diz que os homens que está identificando são "de mente corrupta" (particípio passivo perfeito. eles foram os que induziram o povo a fazer um bezerro de ouro para adorá-lo. p.7. V I . O s n o m e s J a n e s e J a m b r e s a p a r e c e m c o m f r e q ü ê n c i a n a l i t e r a t u r a j u d a i c a m a i s r e c e n t e . eram hipócritas e. P a r a r e f e r ê n c i a s e s p e c í f i c a s .3). 9. são altamente perigosos.354 2 TIMÓTEO 2. porque pretendem ser genuinamente convertidos à religião cristã. ver abaixo. vol. Semelhantemente. assim também estes líderes corruptos se opõem à verdade de Deus como revelada em sua Palavra e como proclamada por Paulo. Janes e Jambres se fizeram prosélitos. No caso deles.) Não se pode provar se aqui no versículo 8 há algum outro ponto de comparação.10. 8. sejam quais forem seus verdadeiros nomes. mas ver também 8. 22. Os seguintes são apenas probabilidades: (1) Janes e Jambres eram enganadores. os falsos líderes. sobre o v. muito perigosos. At 22. etc).11. cita o exemplo dos dois líderes entre os magos que. A luz da tradição judaica. . fingindo "conversão" à religião judaica. os magos de Faraó realizaram milagres que os imitaram (Ex 7. 9 5 .11-13 quando demonstrou que sua comissão era divina ao realizar milagres genuínos pelo poder de Deus (Ex 7. cf. (2) Se a tradução judaica pode ser confiável neste aspecto. assim também os provedores de doutrina estranha contra quem Paulo adverte Timóteo. lemos que se uniram à multidão que empreendia a marcha.18. o próprio órgão que foi dado aos homens para que pudesse receber as verda155. na p a g ã e na c r i s t ã p r i m i t i v a . Este ponto de comparação é declarado de forma definida. 19).5). eram conhecidos pelos judeus como "Janes e Jambres" (provavelmente do aramaico: "o que seduz e o que provoca rebelião"). Quando viram que não podiam impedir o êxodo de Israel do Egito. Timóteo e outros. a quem Paulo afirma. Mais tarde (segundo a tradição judaica). 20. (Para outro ponto indubitável de comparação. porém. sabendo de quem [as] aprendeu. de todas elas o Senhor me livrou! 12 I >c falo. 10 Você. em Icônio.24. hoje o condenam em termos não incertos! Precisamenle este mesmo fato ocorreu no caso de Janes e Jambres. tais homens foram achados dignos de uma enfática reprovação. O sólido fundamento de Deus permanece firme. porém. [e] em Lislia. meus sofrimentos. em nenhum dos muitos períodos da igreja. loucura) se tornará inteiramente evidente a todos. nem tampouco no fim desta era. Não obstante. iodos quantos desejam viver devotamente em Cristo Jesus serão perseguidos. meu propósito. minha paciência. inúteis. como também se deu com aqueles [dois homens]. as coisas que me aconteceram em Antioquia. Sua insensatez (ausência de discernimento. e em seguida outro.355 1 TIMÓTEO 5. deve continuar nas coisas que você aprendeu e das quais você se convenceu.17. para a repro- . e que todo o organismo da igreja será destruído. 13 Além do mais. Como resultado. seguiu meu ensino. os homens maus e impostores continuarão de mal a pior. porque as pessoas mundanas têm a tendência de seguir primeiro um enganador. desqualificados. os demais também a perceberão. 15 e que desde a infância você conhece os sagrados escritos.16. são /••probos. todavia. seguido pelo confortante versículo 19. com respeito à fé (no sentido objetivo). até mesmo os eleitos (Mc 13. Sem dúvida. minha perseverança. Depois. Por exemplo. há um motivo de incitamento. as perseguições que enfrentei. I /). minha fé. os que ontem glorificavam a Stalin. meu amor. 0. E neste sentido é verdade que os seguidores do erro "não irão muito longe" (parac-ul nlelov. completamente rejeitados. e sua palavra corrói como uma gangrena (2Tm 2. Por certo. O propósito é sempre o de desviar: se possível. neste sentido. porém isto é sempre impossívell O pensamento aqui é como o de 2 Timóteo 2. os inimigos da fé progridem constantemente. daí. contudo. os quais são capa/es de fazê-lo sábio para a salvação por meio da te [que está] em Cristo Jesus. em cresceu lc impiedade. I (> 'Ioda Escritura [é] inspirada por Deus e proveitosa para o ensino. de tal modo que por algum tempo parece que vão lograr seu propósito. os verdadeiros filhos de Deus percebem esta insensatez antes de todos. não irão muito longe. 25 tlrs espirituais e refletir sobre elas se corrompeu total e permanenteiiieulc.9). considere também At 20. 14 Você. Diz Paulo: Eles. Isto. nunca ocorre. porque sua loucura será óbvia a todos. enganando e sendo enganados. contudo. minha conduta. condenados como indignos. 18.22). 11 minhas perseguições. 17 a fim de que o homem de Deus seja equipado. meu propósito. para educação na justiça. etc. Lc 1. meu propósito. etc. investigado (cf. diante do fato de que virão tempos terríveis. e n t r e o u t r o s . você sente um profundo e solidário interesse em meu ensino. observado. minhas perseguições. especialmente aquela parte dela que começava com sua primeira viagem missionária e se estendia até aquele exato dia numa masmorra romana. 3. etc. Diz Paulo: Você. ou tomado como modelo. meu amor.3). ele diz em suma: "Você.m e .356 2 TIMÓTEO 3. Ainda que o último sentido se ajuste bem quando associado com "meu ensino. em contraste com nossos oponentes. o havia ouvido com grande interesse quando relatava suas experiências. em minha conduta". copiado. . etc. para a correção. E s t a . minha conduta. Timóteo. p a r e c e . as perseguições que enfrentei. minha fé". próximo da morte. Entre os falsos mestres e Timóteo existia um agudo contraste. além disso. em Icônio. O verbo seguiu. minha fé. nos quais ele fora instruído desde os dias da infância. em algumas das quais (por exemplo... as ocorrido em Listra) o próprio jovem estivera intimamente envolvido. totalmente equipado para toda boa obra. deve esforçar-se ao máximo para permanecer nesta sã doutrina. Com respeito a toda esta longa viagem. contudo. tanto em grego quanto em nosso idioma. que até então seguiu o ensino de Paulo. é u m a e x p l i c a ç ã o m a i s n a t u r a l d o q u e a f a v o r e c i d a . conduta". minha paciência. Assim interpretado.10. durante os quais os homens ímpios e impostores irão de mal a pior. a qual aprendeu de pessoas dignas de confiança e a qual tem por base os escritos divinamente inspirados. a ponto de Paulo exclamar: " Você [com forte ênfase nesse pronome]. 11 vação. Paulo. meus sofrimentos. aderido a. e que. contudo. o verbo implica que Timóteo havia realmente tomado Paulo como seu modelo. 156 156. seguiu meu ensino.10-17 10. minha perseverança. Ora. etc.. pode significar ou vigiado. [e] em Listra. quando é usado num sentido figurado. Provavelmente. minha conduta. etc. está olhando retrospectivamente para toda sua vida de serviço a Cristo.. seguiu meu ensino". seguiu meu ensino. não se ajusta bem com "as coisas que me aconteceram em Antioquia". as coisas que me aconteceram em Antioquia.11. o que o apóstolo quisesse dizer seja isto: "Timóteo. 357 1 TIMÓTEO 5.24, 25 No original, cada um dos detalhes com respeito aos quais Timóteo havia "seguido" a Paulo é definido. Daí, a tradução correta não é "meu ii si no, conduta, propósito", etc. (A.V. e A.R.V.), mas "meu ensino, minha conduta, meu propósito", etc., com "meu, minha" repetido anIrs de cada item. A lista de nove detalhes revela alguma ordem ou agrupamento del mulo? É impossível responder categoricamente a esta pergunta. Natuuliiicnte, se alguma seqüência é salientada, deve ser uma característii .i natural (pelo menos em alguma medida) de Paulo. 157 Uma divisão .nbilrária não seria de nenhum proveito. Não obstante, é preciso admii n que hoje não podemos estar certos de que nossa tentativa de salieni ai por que um item da lista segue o outro corresponda ao raciocínio do próprio Paulo. Não obstante, se é permissível fazer tal tentativa - com .1 compreensão definida de que não passa de uma tentativa, que pode nu não ter pleno êxito -, eu sugeriria o seguinte: Iodos os itens expressam ou implicam obediência ao Senhor. Os sele itens no versículo 10 são a manifestação da obediência ativa (até mesmo a paciência, ou seja, " perseverança inabalável", é ativa; e asMIII a longanimidade, "o exercício da paciência em relação a outros"), ()s dois itens no versículo 11 são a manifestação de um tipo mais pasv/iwde obediência: uma pessoa é perseguida; como resultado, ela sofre. No primeiro grupo de sete há quatro itens que provavelmente vão (iinlos ("minha fé, minha longanimidade, meu amor, minha paciência"). E característica de Paulo unir fé, amor e paciência (lTs 1.3; l l in 6.11; Tt 2.2). As vezes aparece esperança em vez de paciência, sendo esta o fruto daquela: Colossenses 1.4, 5 ("fé, amor, esperança"); I Coríntios 13.13 ("fé, esperança, amor"). Aqui, em 2 Timóteo 3.10, não é estranho encontrar longanimidade numa subdivisão que também inclui paciência. Nestas duas a paciência do cristão é expressa (quanto • i distinção, ver mais adiante). Conseqüentemente, chegamos ao seguinte agrupamento que podei ia estar na mente do autor: |IUI B o u m a , op. cit., p. 3 2 3 , s e g u n d o a qual o a o r i s t o s e r i a i n g r e s s i v o , e s i g n i f i c a r i a : " V o c ê i'Wi) o ser m e u s e g u i d o r q u a n d o se transferiu do j u d a í s m o para a fé c r i s t ã . " 15/. D a í n ã o p o d e r eu c o n c o r d a r c o m o a g r u p a m e n t o a p r e s e n t a d o por L e n s k i . op. cit.. p. K 11 P a u l o n ã o s e p a r a r i a a s s i m fé e amor. 358 2 TIMÓTEO 3.10, 11 A. Expressões de Obediência Ativa (v. 10) 1. meu ensino, minha conduta, meu propósito (quanto à relação possível destes três, ver abaixo). 2. minha fé, minha longanimidade, meu amor, minha paciência B. Expressões de Obediência Passiva (v. 11) minhas perseguições (aquelas que experimentei), meus sofrimentos. Quanto aos itens em separado, note o seguinte: a. meu ensino. Logicamente, este vem primeiro, porque ele foi o ensino de Paulo, o evangelho que ele pregou, que antes de tudo impressionou Timóteo, e foi santificado em seu coração para a conversão (cf. At 14.12). Sobre esta palavra, ensino, ver também pp. 13-14, 16-17. b. minha conduta. O modo de vida consagrado de Paulo (cf. ICo 4.17), seu comportamento completamente destituído de egoísmo, dando toda honra a Deus e recusando-se a receber qualquer honra para si mesmo, havia também deixado sua impressão em Timóteo (cf. At 14.1318). Além do mais, não só no princípio, mas ao longo de sua associação com cada um dos ensinos de Paulo, e sua conduta em harmonia com aquele ensino fora constantemente observado com solidário interesse pelo jovem. Em sua própria vida, esses dois (ensino e conduta) produziram fruto. c. meu propósito. O verdadeiro propósito interior de um homem não se faz claramente evidente na primeira vez que alguém o encontra. Ainda que as palavras pudessem ser muito agradáveis, ele poderia ser um enganador. Mas quando, no caso de Paulo, o ensino e a conduta estão em bela harmonia, não fica dúvida legítima quanto ao propósito da vida de alguém. Já no tempo da primeira visita de Paulo a Listra, Timóteo, sem dúvida, se persuadira de seu propósito e o fizera o seu. O regresso heróico do apóstolo (na própria primeira viagem missionária) à mesma cidade em que o havia apedrejado quase até a morte, fez com que este propósito ficasse ainda mais claro (ver especialmente At 14.22), e ainda mais, como algo que devia ser imitado. Experiências posteriores serviram para aclarar mais ainda e dar maior intensidade a essa "meta na vida". Voltando agora ao grupo de quatro itens que parecem irmanar-se (como já mostrei anteriormente), o primeiro na lista é: 359 1 TIMÓTEO 5.24, 25 d. minha fé. Ocorrendo entre "meu propósito" e "minha longanimidade", a expressão "minha fé" é mais bem interpretada no sentido subjetivo: "a fé em Deus (e em sua verdade redentora) que eu exerço". Islo também havia exercido seu poderoso efeito sobre Timóteo e fora reproduzido em seu próprio coração e vida. e. minha longanimidacle. Esta "paciência em relação a pessoas" (distinta de resignação, que é "paciência em meio a circunstâncias adversas", ver C.N.T. sobre 1 e 2 Tessalonicenses, pp. 293-294), sim, mesmo em relação aos perseguidores, Paulo a demonstrara repetidas vezes, desde precisamente o dia em que pela primeira vez conheceu Timóteo em Listra. f. meu amor. Provavelmente nesse contexto em relação a pessoas, inclusive os inimigos. g. minha paciência. Quanto à definição, ver alínea e., acima. A inabalável perseverança em meio às circunstâncias adversas, a graça de manter-se firme, fora uma característica de Paulo ao longo de sua gloriosa carreira missionária. Até certo ponto, Timóteo havia captado o espírito. Quanto à obediência passiva (também refletida em Timóteo), o apóstolo prossegue: h. minhas perseguições, as que suportei; e, por fim, seu efeito nalural ou conseqüências: i. meus sofrimentos, pela causa de Cristo, naturalmente (Rm 8.17, 18; 2Co 12.10; Cl 1.24). Para ver que tipo de perseguições e sofrimentos Paulo teve que suportar, o leitor pode ler a lista de 2 Coríntios 11.21-33. Em alguns deles Timóteo também participara. De forma alguma causa surpresa que em relação às perseguições e aos sofrimentos, Paulo diga: "as coisas que me aconteceram em Antioquia, em Icônio, [e] em Listra", porque estes eram os mesmos lugares que ele visitara em sua primeira viagem missionária, a viagem em que Timóteo ouvira a pregação de Paulo em Listra, provavelmente fora testemunha da cura milagrosa do coxo de nascença, a forma pela qual Paulo (e Barnabé) contiveram a multidão para que não os adorasse, bem como o apedrejamento. De forma muito vivida, Timóteo teria lembrado que o povo, crendo que Paulo estivesse morto, o arrastara para 360 2 TIMÓTEO 2.11-13 fora da cidade (cidade natal de Timóteo, com toda probabilidade). Leia Atos 14. Nessa ocasião, ou pouco depois, o recém-convertido poderia ter-se inteirado das tribulações sofridas pelos missionários antes de chegarem a Listra, ou seja, em Antioquia (expulsão), e em Icônio (a mente dos gentios, envenenada pelos judeus contra eles e a ameaça de dano físico). Ao dizer: "as coisas que me aconteceram", e "as perseguições que sofri", o apóstolo indica: a. o caráter ou natureza dessas dolorosas experiências (foram muito graves, muito amargas) e, provavelmente, b. o fato de que muitos sofrimentos semelhantes, por causa do evangelho, o haviam seguido em sua atividade até esse exato momento. A vivida lembrança dessas aflições, que passam em rápida sucessão ante os olhos da mente de Paulo, levam-no, à guisa de contraste, a exclamar: todavia (KCÚ é indubitavelmente adversativa aqui) de todas elas o Senhor me livrou! Que o tímido Timóteo se lembre disso (SI 27.1-5; SI 91; 125; Is 43.2; Na 1.7). O Senhor sempre resgata seu povo, com freqüência da morte, às vezes par meio da morte. De qualquer modo, nada os separa de seu amor (Rm 8.38, 39). 12. O fato de que os crentes estejam intimamente unidos com Cristo significa que essencialmente (ainda que não em grau) todos devem sofrer o vitupério de Cristo. Diz Paulo: De fato, todos quantos desejam viver devotamente em Cristo Jesus serão perseguidos. Nas Pastorais aparece repetidas vezes a idéia de uma vida piedosa ou devota (ver p. 19; em seguida, quanto ao substantivo, comentário sobre lTm 2.2; 3.16; 4.7, 8; 6.3, 5, 6, 11; 2Tm 3.5; Tt 1.1; quanto ao verbo relacionado, ver l T m 5.4. Aqui em 2Tm 3.12 e também em Tt 2.12 usa-se o advérbio). Mas ainda que as palavras formadas a partir dessa raiz às vezes apareçam em sentido geral e também se apliquem à vida religiosa pagã (ver M.M., pp. 265, 266), Paulo fala distintamente de quem deseja viver devotamente em Cristo Jesus. As pessoas em quem ele está pensando haviam tomado uma séria resolução, com o auxílio e a graça de Deus, de viver uma vida de devoção a Cristo. Elas vivem em íntima comunhão com ele (Jo 15.4, 5; G1 2.20; Fp 3.10). Agora o apóstolo faz a declaração explícita de que todos os que desejam viver devotamente em Cristo Jesus serão perseguidos. A experiência de Paulo (ver v. 11, supra) não é de modo algum peculiar. As 361 1 TIMÓTEO 5.24, 25 cicatrizes são o preço que todo crente paga por sua lealdade a Cristo. I issas são também as credenciais diante de Deus. A razão por que a perseguição espera a todos os que estão firmemente resolvidos a adornar sua confissão com uma verdadeira vida cristã é que, em meio às contradições provenientes de todos os lados, eles se recusam ou a fechar seus ouvidos ou a ceder e a fazer acordo. Em vez disso, eles encaram o inimigo e o desafiam ao combate. Marcham em linha reta, defendendo ousadamente a fé contra todo e qualquer ataque, e corajosamente atacam a fortaleza da incredulidade. O resultado é a perseguição, às vezes muito amarga. Este caráter inevitável da perseguição é uma verdade que a Escritura proclama por toda parte (especialmente em passagens tais como Ml 5.10-12; 10.28; Jo 15.17-20; 16.1-4, 33; ITs 3.4). O fato de que Timóteo sabe de antemão que também isto se acha incluso no decreto de Deus e se concretiza dentro da esfera da providência de Deus que sempre faz com que do mal resulte o bem, deve ser uma fonte de consolo para ele e para todos os crentes genuínos. O consolo se faz ainda maior quando lemos o versículo 12 à luz do contexto imediatamente precedente: mesmo em meio à amarga perseguição, os interesses de lodo crente estão perfeitamente seguros ante aquele cujo nome é Libertador. 13. Entre os versículos 12 e 13 não há contraste. Não se introduz um contraste até chegar ao versículo 14, semelhante em natureza ao que se encontra no início do versículo 10 (em ambos os casos, "Você, contudo"). A perseguição é a parte de cada crente; daí, continuará. I ísta é a idéia que o apóstolo esboçou no versículo 12. Agora ele declara a razão pela qual prossegue: os ímpios não desistirão jamais, senão que aumentarão sua impiedade. Diz Paulo: Além do mais, os homens maus e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados. Esses homens "maus" e "impostores" são os mencionados nos versículos 2-9. Não se deve ter em mente dois grupos mutuamente exclusivos (um formado só por "homens maus" e o outro, só por "impostores"). E um só e o mesmo grupo, com um predicado que se aplica a cada um dos inclusos no grupo, ainda que no sujeito sejam usadas duas palavras apropriadas para caracterizar esse grupo. Tais pessoas se chamam: a. homens maus (cf. ICo 5.13; 2Ts 3.2), homens cujas atitudes, 362 2 TIMÓTEO 2.11-13 desejos, palavras e obras são maus (ver vv. 1-9), e cujo senhor é "o mal" (cf. 2Ts 3.3; então, Mt 6.13). b. Tais pessoas são chamadas impostores (YÓryceç, usada somente aqui no Novo Testamento). São enganadores, indivíduos astutos e maliciosos. Neste aspecto - não necessariamente na capacidade de operar mágica -, nos lembram Janes e Jambres (ver comentário sobre o v. 8, supra). Tais homens maus e impostores, que perseguem os crentes sinceros e procuram extraviar a todos, "irão de mal a pior", ou seja, interiormente: moral e espiritualmente, enganando e sendo enganados" (ver vv. 6-8). I5S A implicação é que enquanto estão preocupados em enganar a terceiros, eles mesmos estão sendo enganados. O castigo que recebem os que querem enganar a outros é "um poder enganoso". Sua arma é o engano; são degolados pelo engano. Eles crêem, ou tentam convencer-se de que as falsidades por meio das quais põem laço aos demais lhes lograrão a plena felicidade e a vitória final. Nisso ficarão completamente frustrados (ver C.N.T. sobre 2Ts 2.11). Não obstante, a ênfase nessa passagem não está em "sendo enganados", mas em "enganando", como é evidente à luz das palavras que seguem imediatamente. Embora alguns caiam nos embustes, Timóteo deve estar em guarda. Que ele permaneça inflexível e resoluto. Diz Paulo: 14,15. Você, contudo, deve continuar nas coisas que tem aprendido e das quais você se tem convencido. Você (note a posição enfática no original, bem no início da oração, como no v. 10) deve seguir um curso que é o oposto exato daquele que foi seguido pelos falsos mestres e seus adeptos. Timóteo, pois, é aqui admoestado a continuar ou permanecer em "as coisas" (as doutrinas 158. A e x p r e s s ã o é q u a s e p r o v e r b i a l . C f . Filo, On The Migmtúm of Abraham„ XV, " p r e t e n d e n d o e n g a n a r , eles s ã o e n g a n a d o s " . O v í d i o , Metamorphoses, X1V.8 1: " E s t a n d o e l a m e s ma desapontada, enganados." D e p o i s d e criar u m i n s t r u m e n t o d e m o r t e p a r a M o r d e c a i , H a m ã d e s c o b r e t a r d e d e m a i s q u e o m e s m o vai ser o i n s t r u m e n t o de s u a p r ó p r i a e x e c u ç ã o . P e r i l o s de A t e n a s , d e s e j a n d o q u e i m a r v i v o s a o u t r o s p o r m e i o d e seu " t o u r o d e m e t a l " , ele m e s m o f o i ali q u e i m a d o . H u g h e s A u b r i o t c o n s t r u i u a B a s t i l h a p a r a ali c o n f i n a r o u t r o s , m a s ele m e s m o foi o p r i m e i r o a ser c o n f i n a d o nela. O b i s p o de V e r d u n , q u e i n v e n t o u a j a u l a de f e r r o p a r a c a s t i g o de o u t r o s , foi o p r i m e i r o h o m e m a ser a p r i s i o n a d o nela. E R e b e n t M o r t o n foi o p r i m e i r o a p e r d e r a c a b e ç a n a D o n z e l a ( u m a e s p é c i e d e g u i l h o t i n a ) , a qual ele m e s m o d e s e n h a r a p a r a a d e c a p i t a ç ã o de o u t r o s . desapontou a todos." Agostinho, Confissões, VII.2: "enganadores 363 1 TIMÓTEO 5.24, 25 baseadas na Santa Escritura, ver vv. 15, 16) que ele aprendera e das quais se convencera. Quando ele as aprendera? E quando se convencera delas? O tempo usado no original não especifica. Simplesmente afirma o fato histórico de que Timóteo aprendera e se convencera. 159 A luz do contexto (v. 15) deduzimos que os dois fatos (aprender e convencer-se) começaram a produzir-se numa idade muito tenra. E natural presumir que havia continuado até o exato momento em que Paulo o admoesta a permanecer nessas coisas. A aprendizagem havia crescido ao longo dos anos e a convicção se aprofundara. Note que aprender não basta. O que se aprendeu deve ser aplicado pelo Espírito Santo ao coração, para que também se chegue ao convencimento, com uma convicção que transforme a vida. Segundo a construção gramatical mais natural, Paulo declara duas razões pelas quais Timóteo deve perseverar nas coisas que aprendera e das quais se convencera. Na realidade, as duas razões são apenas uma, porque o testemunho de seres humanos a respeito dos assuntos de fé nada significam à parte da Palavra; não obstante, visto que a Deus aprouve comunicar, por meio de indivíduos humanos devotos, à mente e ao coração de Timóteo a mensagem da Palavra, é inteiramente próprio falar de duas razões'. a. O caráter fidedigno daqueles que haviam instruído Timóteo nessas doutrinas (v. 14b); e b. a excelência superior das sagradas letras sobre as quais essas doutrinas estão baseadas (v. 15). A primeira razão é expressa nestas palavras: sabendo de quem as aprendeu. Timóteo não deve jamais esquecer que ele aprendera essas coisas de ninguém menos que o próprio Paulo (ver vv. 10 e 11, supra) e, retrocedendo no tempo, daquelas duas mui estimadas dignidades: a avó Lóide e a mãe Eunice (2Tm 1.5), mulheres que, antes de sua conversão à fé cristã, introduziram o pequeno Timóteo em "as sagradas letras", e que, havendo uma vez aceito Jesus como seu Senhor e Salva159. A t e o r i a de a l g u n s i n t é r p r e t e s , a saber, q u e o t e m p o a o r i s t o e x p r e s s a q u e T i m ó t e o a p r e n d e r a e s e c o n v e n c e r a d e s s a s c o i s a s n u m m o m e n t o d e f i n i d o ( p o r e x e m p l o , " a n t e s d e vir a ser c r i s t ã o " , B o u m a , op. cit., p. 3 2 8 ) é q u e s t i o n á v e l . M u i t o m e l h o r é o p o n t o de v i s t a de L e n s k i , op. cit., p. 8 3 6 : a m b o s os a o r i s t o s são s i m p l e s m e n t e d e c l a r a t i v o s . S i m p l e s m e n t e sumariam o passado, sem indicação de tempo definido. 364 2 TIMÓTEO 3.10, 11 dor, foram usadas como instrumentos nas mãos divinas em cooperação com Paulo na importante tarefa de levar o jovem a ver em Cristo o cumprimento das promessas do Antigo Testamento. É evidente que Paulo, Lóide, Eunice e outros que pudessem ter nutrido Timóteo, não são considerados autoridades independentes, separadas da Palavra, mas como fontes secundárias ou intermediárias de conhecimento, avenidas de instrução, e mesmo assim só por que aceitavam as Escrituras! - Daí, aqui não se consideram basicamente Tradição e Escrituras autoritativas (o que realmente significa Tradição se sobrepondo às Escrituras). A Escritura sozinha (ver vv. 15. e 16) é a autoridade final, e a tradição só é importante na medida em que adere às Escrituras e as comunica. Quando assim ocorre, ela é de importância considerável, e isso especialmente na educação dos filhos que ainda não sabem ler ou não sabem por si sós interpretar as Escrituras! Conseqüentemente, a segunda - e única que é realmente básica razão pela qual Timóteo deve perseverar nas coisas que aprendera e das quais se convencera é: e que desde a infância você conheceu [os] sagrados escritos, os quais podem fazê-lo sábio para a salvação pela fé [que está] em Cristo Jesus. Princípios e Métodos de Educação em Israel Antecedentes para a Compreensão de 2 Timóteo 3.15 (1) Entre os judeus, a educação era definitivamente teocêntrica quanto a princípios, conteúdo e métodos. O israelita piedoso ensinava seus filhos porque Jeová lhe ordenava agir assim. Ele instruía seus filhos com respeito à verba et gesta Dei (palavras e feitos de Deus), como registrado em "os sagrados escritos". Isto é evidente em todo o Antigo Testamento (Gn 18.19; Êx 10.2; 12.26, 27; 13.14-16; Dt 4.9, 10; 6.7, 9; 11.19; 32.46; Is 38.19; e muitas outras passagens; cf. também Josefo, Antiquities, IV.viii .12). (2) Naturalmente, o conteúdo desse corpo de educação teocêntrica era "O temor do Senhor é o princípio do saber, e o conhecimento do Santo é prudência" (Pv 1.7; 9.10). Este era também seu propósito: "De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem" (Ec 12.13). (3) A princípio, como se depreende claramente de muitas das passa- 365 1 TIMÓTEO 5.24, 25 gens citadas, a educação física, mental, moral e espiritual da criança eslava centrada exclusivamente no lar, com a participação tanto do pai «[(tanto da mãe. Os filhos pequenos, meninos e meninas, recebiam a nisirução de sua mãe, a qual ficava encarregada da educação das meninas cm idades mais avançadas. Em contrapartida, os meninos logo ficavam sob o cuidado do pai. Mesmo em épocas posteriores (quando o pai e a mãe recebiam ajuda externa na educação de seus filhos; ver (14)) a influência dos pais piedosos e seus esforços em guiar seus filhos no temor de Deus continuou sendo proeminente. (4) As crianças, por sua vez, eram admoestadas a prestar atenção à instrução de seu pai e a não rejeitar o ensino de sua mãe (Pv 1.8; 6.20). i.ram ensinadas a honrar e a obedecer aos seus pais (Êx 20.12; 21.1517; Lv 20.9; Dt 21.18; Pv 30.17; cf. Ef 6.1-3). As Escrituras refutam a falsidade destrutiva da alma de que se deve permitir à criança fazer "o que lhe agrada". Os pais piedosos não infligiam essa crueldade a seus tenros filhinhos! (5) A razão pela qual não se deixava tudo a critério da criança consistia em que o pequenino era considerado não só imaturo (esta era uma razão por si só suficiente), mas também pecador por natureza, e portanto incapaz de escolher por si só o bem (SI 51.5). (6) Compreendendo que nenhuma sabedoria ou piedade humana é capaz de competir com os tremendos prejuízos causados pelo pecado, os pais piedosos encomendavam seus filhos a Deus e ao seu benevolente cuidado (Jó 1.5). (7) Em Israel, a educação centrada em Deus tinha início quando a criança era ainda bem pequena (1 Sm 1.27, 28; 2.11, 18, 19; cf. Josefo, Against Apion, 1.12; Susana 3; IV Macabeus 18.9). O propósito de começar bem cedo é expresso de forma muito bela nas palavras de Provérbios 22.6: "Ensina a criança no caminho em que deve andar | literalmente, "segundo seu caminho"), e ainda quando for velho não se desviará dele." (8) Em meio à difícil tarefa de educar adequadamente seus filhos, os israelitas recebiam muito incentivo da. promessa do pacto de Deus: "I Estabelecerei minha aliança entre mim e ti e tua descendência depois dc ti no decurso das gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e Dt 6. que aos filhos fossem ensinados os esta- . 11 de tua descendência" (Gn 17. 6. (13) Quanto à metodologia.16-18). Against Apion.38. 14. Js 12.20-25. (10) Acima de tudo. cf. Tinham seus jogos (Zc 8.5.366 2 TIMÓTEO 3. como regra geral. Is 29. (Cf. A vara da correção não era poupada. As crianças judias não eram forçadas a devotar todo seu tempo ao trabalho e ao estudo. ao fazer perguntas. Tudo indica que mesmo as crianças menores muitas vezes aprendiam a ler e a escrever (Is 10. (12) A educação em Israel era de um caráter muito prático.7.26-28). Josefo.8. G1 3.10). 23. assim como na atualidade se põe bem pouca ênfase sobre ele. todavia era usada com discrição.10). ISm 2. fossem dadas respostas definidas (Ex 13. 12). os israelitas não tinham aversão pela memorização.20.24.19.15). em também 17. As vezes esse método podia receber uma ênfase indevida.13).) (9) Em vista do fato de que a criança era considerada pecadora por natureza. a necessidade exigia e o senso comum ditava que a memorização recebesse um lugar de proeminência no sistema educativo (Is 28. At 2. 11. 39. mas que pela graça era passível de mudança interior. Deus exigia que. É bem notório que ensinavam às crianças um trabalho e as estimulavam a aprender uma profissão.19.11. não se descartava a disciplina como algo sem proveito ou injusto.7. Até certo ponto. A noção de que os educadores só deviam fazer aquelas perguntas que ninguém senão a criança deve responder (!) só era favorecida por homem como Eli ("Por que fazem essas coisas?". (11) Ainda que os israelitas piedosos tomassem muitas decisões por seus filhos. embora seja impossível precisar a extensão dessa habilidade (cf. os pais amavam seus filhos e os educavam no espírito do amor (SI 103.23). SI 74.9. eles os preparavam para saber escolher por si mesmos (Js 24. uma promessa que se concretiza organicamente no coração e na vida de todos os que pelo poder revigorante da graça soberana de Deus estão firmemente resolvidos a render-se completamente a ele. 105. visto que a repreensão sábia era considerada geralmente melhor que centenas de varadas (Pv 13. Mt 11. 9). que fracassou miseravelmente na tarefa de criar seus filhos.13. 29. II. 25).8.10. Depois do exílio (especialmente no tempo de Simão ben Shatah.C.105). uniram-se a educação formal e a informal realmente teve eficácia.). No curso do tempo.367 1 TIMÓTEO 5. Is 49. de igual significado. em períodos posteriores os sacerdotes e levitas.1.32. serviu como uma lâmpada para os pés e luz para o caminho (SI 119. 25 lutos de Jeová. lCr 27. evitou a perda de sua identidade espiritual e. 160 Por conseguinte. (14) Ainda que a princípio a educação da criança fosse considerada como tarefa e responsabilidade só dos pais. Também serviu para estreitar a unidade do povo. enquanto para as massas surgiu a Beth-Ha-Keneseth ("lugar de assembléia"). escribas e rabinos. a contaminar-se ou a render homenagem a pessoa ou coisa que não fosse o Deus de seus país. o exemplo de piedade paternal. (15) À luz do livro de Daniel é evidente que o sistema de educação religiosa se centralizava no lar. A escola primária ou elementar se denominava Beth-Ha-Sefer ("lugar de escrever"). a avó Lóide e a mãe Eunice haviam instruído o 160. f o r a m c o n s u l t a d a s a s s e g u i n t e s r e f e r ê n c i a s i oiu r e s p e i t o à e d u c a ç ã o e n t r e os j u d e u s : . A escola era chamada "casa" ou "lugar" (hebraico. os jovens que haviam sido criados nos caminhos de Jeová se negavam. profetas e tutores especiais (especialmente no caso das famílias abastadas. A l é m d a s E s c r i t u r a s p r o p r i a m e n t e d i t a s . surgiu gradualmente uma nova ordem de instituições educacionais ou "escolas". Mesmo nas terras do exílio. Beth).33).12. a escola que os jovens talentosos freqüentavam se chamava Beth-Ha-Midrash ("lugar de estudo"). através da escura noite do cativeiro e do domínio estrangeiro.24. "sinagoga". devido à influência dos escribas.23). esse "lugar" (ou "casa") de assembléia começou a ser conhecido por seu nome grego.25. a doutrinação nos estatutos de Jeová (SI 119. e onde quer que fosse praticada com diligência. cerca de 70 a. todos davam sua contribuição para elevar o nível cultural da juventude e da nação.em conexão com as festas. que se transmitisse de geração em geração um corpo de verdade em relação às palavras e aos feitos de Jeová. "homens sábios". fez com que fossem uma bênção para seus vizinhos pagãos. Nm 11. mesmo com o risco de perder a vida. fosse formal (comunicando instrução específica e sistemática) ou informal (ensinando pelo exemplo) . Desse modo. 2Sm 12. 2Rs 10. em muitos casos. dois v o l u m e s . A . 2 1 . K u i p e r . F i l a d é l f i a . 11 "pequeno" Timóteo (2Tm 1. Ao longo de todo o período. Paedagogische Beginselen.12. H .). deve continuar nas coisas que tem aprendido e das quais se convenceu. havendo aprendido a conhecê-los cada vez melhor. em outros lugares simplesmente uma criança bem pequena. 3 3 .15. 6 8 . The SchaffHerzog Knowledge. " B i j b e l s c h e A r c b a e o l o g i c " em Bijbelsch Handboek. K a m p e n . a r t i g o " E d u c a t i o n " e m l . e s p e c i a l m e n t e vol. " D e O p v o e d i n g in het H u i s g e z i n " . porque. L.19.5) à maneira dos israelitas piedosos. (org.E. 1898. II. 18.2). Bavinck. 1890. N o v a York. desde a infância você tem conhecido [os] sagrados escritos". Finkelstein. II. M a c k i e . Jr. L„ Encyciopedia of Bible Life. lPe 2. Biblical Archaeoíogy. p.. V i e n a . Social Life of die Hebrews. D a y . 1904. and Religion. Education ofthe Jews.. Bible Manners and Customs.. " T h e R o l e o f E d u c a t i o n i n J e w i s h H i s t o r y " (de J u l i u s B.368 2 TIMÓTEO 3. Die Paedagogik des israelitischen Kam- Marcus. ele não está pensando somente na primeira infância de Timóteo. Hebrew Ehtical Wills. e J. Introduction to the Talmud and Midrash." Em algumas passagens. v o l u m e s . J e w s " (pp. H e r m a n n L. 2 2 6 .7 5 . B a a r n . vol. Culture.4 9 ) .). C a p í t u l o V. 1938. I. Israel (org. a r t i g o " F a m i l y and M a r r i a g e R e l a t i o n s " . H. B .. E d i m b u r g o . B e r k h o f . N o v a York. um bebê ou infante (Lc 2. p p . M e y e r . The Jews. S e e l e y . I. New H. C i n c i n n a t i . J o o k e . 3 9 0 . S c h u e r e r . N o v a York. History of Jewish 1915. v e r s ã o i n g l e s a de S. pp. p e n . III. e s p e c i a l m e n t e pp. History of Education. G r a n d R a p i d s . e a p . N . Education from 515 B. a palavra usada no original indica uma criança ainda não nascida (Lc 1. em Christendom En Opvoeding ( v á r i o s a u t o r e s ) . E m i l . B a l t i m o r e . contudo. 2 5 2 . Timóteo passou a conhecer os escritos sacros. A b r a h a m s . mas está se referindo à vida de Timóteo desde os dias de sua infância até esse exato momento.. 4. ver e s p e c i a l m e n t e vol. 4 4 . a 220 C.C. Paulo diz: " desde pequeno. e s p e c i a l m e n t e p a r á g r a f o 15.3 9 2 . M a l l e r ) . 1935. Literalmente..10. pp. I. quando Paulo escreve: "Você.. 1901. H. S t r a e k . At 7. Encyclopctedia of Religious 1926. " T h e 1893. S . . v e r voi. E d e r s h e i m . S.. Miller. dois 277. p. M. L o n d r e s .2 3 4 . M. 1940. H. . 1944. C h i c a g o . e s p e c i a l m e n t e vol.. 2 5 3 . E . Filadélfia.E. dois v o l u m e s . Nova York. Note a expressão "desde a infância". D r a z i n .41. " A F a l h e r ' s A d m o n i t i o n " (de J u d a h ibn T i b b o n ) . "School and Synagogue". 27... M I . Não obstante. The Jewish World in the Time of Jesus. A History of the Jewish People.. 1931. B e n z i n g e r . The Life and Times of Jesus die Messiah. 44). 1877. Samuel. Leipziger. L. Londres. G u i g n c b e r t . 16. N o v a York e L o n d r e s . W. pp. . G. C h a r l e s . E. e s p e c i a l m e n t e o c a p í t u l o 26. N o v a Y o r k . Their History. A. "The Scribes". Volkes. 1914. d o i s v o l u m e s . 1897.. G i s p e n . sobre João 7. permaneça firme na fé. Lóide e Eunice só conheciam o Antigo Testamento. X. ver LXX SI 18.369 1 TIMÓTEO 5. o apóstolo simplesmente quer dizer o Antigo Testamento.12.98). desde sua mais tenra idade até o momento em que Paulo está escrevendo essas palavras. Mas era definitivamente certo que. etc. 10).8. As palavras têm uma história. pois quando ele era bem pequeno. os quais podem fazê-lo sábio para a salvação.15. 4. de forma alguma nos compele a aceitar tal significado aqui. 19. O fato de que ypáp(ia tenha o sentido primário "aquilo que é delineado ou traçado". Ver C. O que . "escritos sagrados" significa o Velho Testamento ( Antiquilies. Ele apresenta a lista dos livros pertencentes a ele em Against Apion. letra. Paulo não estaria errado em dizer que Timóteo fora instruído em "toda escritura" desde os dias de sua infância. 15. 15) e qualquer outra que tenha o direito de chamar-se escritura divinamente inspirada (v. ou seja: "os sagrados escritos. Que ele. Timóteo estivera constantemente aumentando seu conhecimento do Antigo Testamento. x. 119.7. I. 2. São essas que levam uma pessoa a escolher o melhor meio com o fim de alcançar a meta mais elevada. I. em ambos os casos o mesmo verbo é usado na Septuaginta como o é aqui em 2 Timóteo 3. 8. Esta lista mostra que seu Antigo Testamento era o mesmo que o nosso (ver a explanação em meu livro Bible Survey. pela simples razão de que ele deseja estabelecer uma distinção entre o Antigo Testamento (v. 25 Isso também indica que a expressão "sagrados escritos" não significa apenas o "ABC que você aprendeu da Bíblia quando era pequeno" (como muitos intérpretes afirmam).T.98.14.N. 16). também se toma claro à luz das palavras que se segue.. escrito. Não obslante.24. Against Apion. porém "toda escritura" no versículo 16. 20). pp. Por "escritos sagrados". Fp 1. o simples ABC. A última compreende mais que a primeira. Em Josefo. E essa é verdadeira sabedoria! Note bem: "sábio para a salvação" (Rm 11.19. Que ele continue apegado àquilo que aprendera tão plenamente e do que se convencera de todo o coração! Que esta é a explicação correta..11. não pode fazer alguém sábio para a salvação. os escritos sagrados podem! Eles são "o testemunho de Jeová" e seus "mandamentos" qu t fazem uma pessoa sábia (SI 19.). daí caráter." As letras do alfabeto (mesmo quando aprendido na própria Bíblia!). pois. 118. Paulo usa a expressão "escritos sagrados" aqui no versículo 15. N ã o é v e r d a d e q u e a a u s ê n c i a do artigo n o s o b r i g u e a adotar a t r a d u ç ã o da A. essa maravilhosa obra de Deus. c o m r e s p e i t o à c o n s t r u ç ã o g r a m a t i c a l . a o r a ç ã o oscila.10). 44.. ver Lucas 24. p. Paulo escreve: Toda escritura 1 6 1 [é]162 inspi161. então.370 2 TIMÓTEO 3. o s i g n i f i c a d o r e s u l t a n t e n ã o d i f e r i r i a m u i t o .26). Não é somente "os escritos sagrados" (v. a saber. 2 P e 1.18. b. também o é " toda escritura". N. etc. 15). não é produzido de uma forma mecânica por simplesmente ouvir.T. se " c a d a e s c r i t u r a " é inspirada. É necessário que a pessoa renda sua vida (note: "pela fé") ao Salvador Ungido. mas é também definitivamente inspirada por Deus e.23. p o r q u e . Ora. IPe 1." A l é m do mais. Paulo agora expande a idéia que ele acaba de expressar. é " i n s p i r a d a p o r D e u s e útil". bastaria.10. m a s c o n s i d e r a r a m b o s c o m o a t r i b u t i v o s . capaz de levar uma pessoa a ser inteiramente apta "para toda boa obra". pela qual os pecadores são emancipados do maior dos males e entram na posse do maior dos bens. Ver G r a m .R. A t r a d u ç ã o m a i s natural de SÍÓTTWUOTOÇ KKL ú(|)éA. A p a l a v r a E s c r i t u r a p o d e ser d e f i n i d a m e s m o s e m o a r t i g o ( I P e 2. 15) que são de inestimável valor. M a s a i n d a q u e a t r a d u ç ã o " c a d a e s c r i t u r a " s e j a aceita. 11 está incluso nesse rico conceito já foi explicado em relação a 1 Timóteo 1. " t o d a e s c r i t u r a " d e v e ser t a m b é m inspirada. 46. q u e a d o t e m o s a t r a d u ç ã o " i n s p i r a d a por D e u s e útil".43. como tal. Beneficiará não só a Timóteo (v. Esta literatura sagrada não só "faz sábio para a salvação" (v.15. não há u m a r a z ã o s ó l i d a .17. 10. N ã o o b s t a n t e . Jo 5. etc. 7. q u a n d o se f a z isso. 23.i|IOI. P o r t a n t o . q u e r e s u l t e e m : " i n s p i r a d a p o r D e u s é também útil. "Pende no vazio". 772. sem o qual "os escritos sagrados" não têm sentido (sobre Cristo como o cumprimento do Antigo Testamento. S e m e l h a n t e m e n t e . 15).52. trSç T o p a í ^ s i g n i f i c a " t o d o I s r a e l " ( R m 11. c.22. " c a d a e s c r i t u r a " .20).6. se "inspirada par Deus é a t r i b u t i v o . N ã o p o s s o v e r n e n h u m a r a z ã o q u e o b r i g u e a inserir a l i g a ç ã o entre os dois m o d i f i c a d o r e s . Conseqüentemente.39. At 3. 28. " T o d a e s c r i t u r a i n s p i r a d a p o r D e u s e útil p a r a o e n s i n o " . 26. é e v i d e n t e q u e . mas também fará o mesmo a todo "homem de Deus". 16..V.27. « a í no s e n t i d o de também seria s u p é r f l u o : " T o d a escritura i n s p i r a d a p o r D e u s é útil". Ele faz isto de três formas: a. sem predicado. É necessário aprender a visualizar Cristo Jesus no Antigo Testamento. No a b s t r a t o se a p r e s e n t a o u t r a p o s s i b i l i d a d e . 32. ler ou estudar "os escritos sagrados". 162. 24. 13..29. b a f e j a n d o o espírito divino". da revisão e da ratificação do cânon foi fosse um tanto complicada. F i l a d é l f i a . para a repreensão. é reconhecido pela igreja como canônico. 25 rada por Deus e útil para o ensino. m a s é and Authority ofthe Bible. Daí os crentes se encherem de profunda reverência onde quer que ouvem a voz de Deus que lhes fala por intermédio da Santa Escritura (ver 2Rs 22 e 23). StÓTiyeuoioç não significa "Deus inspirando". 163 indi|>aru a f a s t a r .s e d o p o n t o d e vista q u e f o r m a a b a s e d a A.21. Quando Paulo escreveu estas palavras. 397 d. em certa data. Ver o a r g u m e n t o d e t a l h a d o cm B. B.18. pp. S u a t r a d u ç ã o " T o d a a e s c r i t u r a é i n s p i r a d a p o r I >cus" é e x c e l e n t e . para preparar na justiça.° século d. 245-296. no final do 1. "toda escritura" já havia sido completada. muito lempo antes.V.. p a r e c e ser o m a i s natural. a referência direta era a um corpo de literatura sagrada que ainda então compreendia mais que o Antigo Testamento (ver comentário sobre 1 Ts 5. ou seja. com autoridade. o que se deve enfatizar é que esses livros são a Bíblia inspirada não por que a igreja.S. I g u a l m e n t e são q u a s e i d ê n t i c a s as t r a d u ç õ e s q u e se e n c o n t r a m no t e x t o • Ia R. os 66 livros. 393 d. imediatamente testificam ao coração do homem que ele tem o Espírito Santo vivendo nele. 2 P e d r o 1. distinta de "[os] escritos sagrados" (ver a respeito comentário sobre o v. à luz de seu próprio conteúdo. Não obstante. ao contrário.24. de que ele é um oráculo vivo de Deus. também.). de Cartago. que ocorre somente aqui. nota 160). Toda escritura.sendo uma das razões o fato de que por longo tempo certos livros menores ainda não haviam chegado a todos os rincões da igreja não obstante permanece verdadeiro que os crentes genuínos que foram os recipientes originais dos vários livros de inspiração divina os consideraram imediatamente como investidos de autoridade c majestade divinas.C. significa tudo o que. PA. " C f . 163. p a s s i v o : " i n s p i r a d o p o r D e u s . e a aceitação dos 66 livros de forma virtualmente universal não lenha ocorrido imediatamente em todas as regiões em que a igreja eslava representada . A i n d a q u e n ã o s e j a o ú n i c o p o n t o de vista p o s s í v e l . para a correção.. Warfield. Toda escritura é canônica porque Deus a fez assim! A palavra divinamente inspirada. The Inspiration .C. assim tenha decidido (a decisão do Concilio de Hipona. Depois. 1948.C. Ainda que a história do reconhecimento. 15).. por meio do testemunho do Espírito Santo na igreja.371 1 TIMÓTEO 5.V. O r r . é ainda mais verdadeiramente a palavra de Deus. em virtude do fato de "toda escritura" ser inspirada por Deus. 9. I.16.6. a inspiração é orgânica.30. Ela é muito prática. E.1. e ao fazê-lo lembrar-se de certos fatos e suas implicações. 4.2. 37. ao fazê-lo passar por experiências predeterminadas.34. sugeriu à mente do autor humano esta linguagem (as próprias palavras) e o estilo que seria o veículo mais apropriado para a interpretação das idéias divinas para o povo de toda estirpe.16.15. 9.16. 7. 10. B a v i n c k . 2Sm 23. 2. Gl 1.44. vol. Mt 1. ITs 1. Jo 1. embora cada palavra seja verdadeiramente de um autor humano. 1911. a idéia se encontra em muitas outras passagens (Êx 20.19). Constitui a infalível regra de fé e prática para a humanidade.2. 3. . Is 8. 3. 19.11-13 ca que "toda escritura" deve sua origem e seu conteúdo ao supro divino. o mesmo Espírito o impeliu a escrever. 3.8. Não obstante.36. 5.22.23. 14. 10. 20.26).8. 3.13.7.21. ao Espírito de Deus.10. H. Em seguida. 9. 2Pe 1. ao conceder-lhes alguns dons específicos. Finalmente.20. t e r c e i r a e d i ç ã o .4. Ver J. 6. Londres. 1JO4. At 1. 14.9.372 2 TIMÓTEO 2.4-10. Em outros termos.23. 164 Embora a expressão inspirada por Deus ocorra somente aqui. o Espírito não suprimiu a personalidade humana do autor. numa conexão completamente orgânica com toda a atividade precedente. 16. 35. ao equipá-lo com um tipo definido de educação.4. p. 16. E tudo o que Deus quis que fosse. Hb 1. Isto também implica que ela nunca deve ser considerada em separado das muitas atividades que serviram para levar o autor humano ao cenário da História. 12.11. 4 6 4 .26. mas a elevou ao seu maior nível de atividade (Jo 14.34. mas é de valor supremo para o homem. 22.1. o que eles escreveram não só está isento de erro. não mecânica. Portanto. Rm 1. 13. idade e raça. sim. encontramos na Bíblia uma ampla variedade de estilo e linguagem. durante o processo da escrita.2. 15. e Ap 22. Ora.39. Ao fazê-lo nascer em determinado lugar e tempo. ela é útil ou benéfica ou proveitosa. Gerefonneerde Doginatiek. Revelation and Inspiration. posição.13. visto que a individualidade do autor humano não foi destruída. um ins164.17.38. Lc 24. 4. o Espírito preparou sua consciência humana.37. ICo 2. Os autores humanos foram guiados poderosamente pelo Espírito Santo. Ml 4. Com resultado.2.5. o mesmo Autor Primário. É preciso fazer advertências baseadas na Palavra. mas deve ser também guiado na vereda certa ou reta (Dn 12. então Ef 5.15. é restaurada em seu caráter (cf. Isto é sempre básico a tudo mais. O mestre (neste caso de Timóteo. Tt 2. 39. 229).. ".8-11). Cada crente. especialmente quando é usada por um consagrado servo de Deus que é diligente no cumprimento de seus deveres pastorais.11).M. treinar na justiça). sobre João 16.24. o crente deve ser bem equipado (note a ênfase do original. d. considerado como pertencente a Deus. de modo que prospere na esfera onde a vontade santa de Deus seja considerada normativa. Timóteo faria bem em usá-la: a. Isto também "toda escritura" é capaz de fazer.9. a correção enfatiza o lado positivo..22). c. e como investido com o tríplice ofício de profeta. O homem de Deus (ver sobre lTm 6. administrar repreensão. O mestre deve preparar seu povo. O pecador deve ser não só advertido a abandonar a vereda errada. Para exercer adequadamente este tríplice ofício.11-14). Os erros em doutrina e em conduta devem ser refutados no espírito de amor. com um glorioso propósito em mente. Jo 21. 2. O que está implícito é a atividade de comunicar conhecimento acerca da revelação de Deus em Cristo. para o ensino. e ver C. 25 Inimento ou ferramenta indispensável para o mestre (implícito aqui). A Palavra. sacerdote e rei. Este é o caráter do treinamento na justiça (cf.20.que equipado possa ser o . Se repreensão enfatiza o aspecto negativo da obra pastoral.T. plenamente equipado para toda boa obra.18.3). Os falsos mestres devem ser expostos (cf. Ver sobre 1 Timóteo 5. Cada cristão necessita ser disciplinado. para a preparação na justiça (cf.N. Tt 1. 2Tm 2. p.. 13. SI 38. literalmente. l T m 5.15-17). Os perigos devem ser realçados. propósito este que a sua própria maneira e a seu próprio tempo Deus levará à concretização nos corações de todo seu povo: a fim de que o homem de Deus seja equipado.11) é o crente. corrigir. a fim de capacitá-lo a cumprir sua quádrupla tarefa (ensinar.14. b.17.373 1 TIMÓTEO 5. porém a palavra se aplica a alguém a quem as almas humanas são confiadas) necessita de "toda escritura". recebe aqui este título. para repreensão (cf. para correção (ver M. na era introduzida pela primeira vinda de Cristo .10. Timóteo deve ficar longe de tais pessoas. e que. Que ele permaneça na doutrina genuína. e os demais que pertencem aos mesmos círculos. levadas por diversos impulsos.374 2 TIMÓTEO 3.21. e que não obstante são impenitentes. mulheres que estão sobrecarregas com má consciência.10. Os mercadores de sinistras falsidades já não estão se manifestando justamente agora? Tais indivíduos são caracterizados pelo amor ao ego e aos seus próprios prazeres.40) "para toda boa obra" ( l T m 5. Da maneira como aqueles se opunham a Moisés. a despeito de toda a "instrução" que recebem. Paulo (e o Espírito Santo falando por intermédio dele) não se satisfaz enquanto a Palavra de Deus não cumprir plenamente sua missão e o crente não tiver alcançado "a medida da estatura da plenitude de Cristo" (Ef 4. 11 homem de Deus"). 2Tm 2. Lc 6. nunca são capazes de chegar ao reconhecimento da verdade. em vez de amar a Deus. homens que. eles usam a religião c o m o fachada. porque embora mantenham u m a fachada religiosa negam seu poder. Desses círculos procedem os homens que se introduzem furtivamente nos lares dos membros de igrejas com o propósito de caçar mulheres levianas. estes se opõem à verdade. 13). Deve envidar todo esforço em consegui-lo diante do fato de que nestes últimos dias . sim.virão tempos difíceis. ingratidão para com seus benfeitores. São impostores. atitude implacável para com as pessoas que lhes são agradáveis e uma indisposição em refrear seus próprios maus desejos. uma vez por todas. aplicando-a sempre que se lhe depare a oportunidade.1).ou seja. Ele deve compreender isso. Não obstante. segundo a tradição. Esses homens que andam à caça de mulheres. O ideal a ser concretizado é deveras glorioso! O poder para alcançá-lo vem de Deus.12. Síntese do Capítulo 3 Ver o Esboço no início do capítulo. Daí. plenamente equipado (cf. Timóteo deve permanecer na sã doutrina. Tt 3. fazem com que nos lembremos de Janes e Jambres. que Timóteo permaneça firme. eram os líderes dos magos de Faraó. Eles têm a mente corrompida e são completamente . pela desobediência a seus superiores. porque sua estultícia se fará evidente a todos como o foi a de lanes e Jambres. visto que os homens maus e impostores continuam de mal a pior.i afastar-se da injustiça.o Antigo Testamento -. a saber. Outra razão pela qual Timóteo deve esforçar-se por todos os meios por permanecer na sã doutrina é o fato de que ela está baseada no fundamento mais digno de confiança. minha conduta. enganando e sendo enganados.2 TIMÓTEO 2 375 imiteis e desqualificados no que se refere à fé. De fato. não irão longe. a saber. "o homem de Deus". isto vale não só com respeito aos escritos inspirados do Antigo Testamento. Estes são os escritos que são capazes de tornar um homem sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. pois. assim instruído e guiado. para advertir o pecador . toda esta escritura (hoje diríamos: tanto o Antigo quanto o Novo Testamento) é inspirada por Deus e útil . começando com a primeira viagem missionária . Além do mais. que embora a perseguição seja a porção de quem desejar viver uma vida cristã sincera. o qual deveria animar Timóteo. mas também com respeito à revelação ainda mais especial de Deus que foi depositada na forma escrita. a fim de que. daí. Desde a infância até então ele conheceu os escritos saciados . tendo constantemente em mente de que tipo de pessoas recebera esse conhecimento. viagem essa que havia significado tanto para o próprio Timóteo? Paulo recorda vivamente especialmente esse fato. Timóteo não tem tido o apóstolo como modelo de obediência ativa ("minha confiança. havendo aprendido a conhecê-los cada vez melhor. Icônio e Listra . como resultado. meus sofrimentos")? Não nutrira ele um vivo interesse pelas perseguições que Paulo enfrentara.para ensinar. . permaneça nas coisas que aprendera e das quais se convencera. etc. o crente. sim. nu seja.indispensável ao mestre ! . para conduzi-lo na vereda da justiça.) e passiva ("meus perseguidores. Não obstante. daquelas que foram suas sábias mentoras desde os dias de sua mais tenra infância. para 11 finá-lo na justiça.Antioquia. não obstante o Senhor proteja os seus fiéis! Não livrou ele a Paulo de Iodas essas perseguições? Que Timóteo. plenamente equipado para toda boa obra. seja equipado. 4. a fora de tempo. saudações.9-22 Assuntos de informação pessoal. porque vem a apostasia. em vista do fato de que "estou para partir".1-8 "exorto-o" A tempo. .er no Interesse da Sã Doutrina Pregue-a 4. Permaneça fiel. recomendações.ESBOÇO DO CAPÍTULO 4 Tema: O Apóstolo Paulo Diz a Timóteo o que Faz. reprovando e repreendendo sempre que se fizer necessário. a fé guardei. faça a obra de evangelista. seja sóbrio em todas as questões. não se deve imaginar como sendo os mesmos totalmente separados e sem qualquer relação com as condições já presentes quando Paulo está escrevendo. coceira nos ouvidos. reprove. L . 4 c afastarão seus ouvidos da verdade e se voltarão para os mitos. 5 Quanto a você.CAPÍTULO 4 — < $ > — 4 2 TIMÓTEO 4. Subjacente ao pensamento expresso no parágrafo inicial do capítulo 4 estão os "tempos difíceis" do desvio da fé. e não somente a mim. mas a todos os que amaram seu aparecimento. o justo Juiz. 6 Porque já estou sendo derramado como libaçâo. 3 Porque chegará o tempo quando os homens não suportarão a sã doutrina. mostra que a heresia futura é vista como um desenvolvimento do erro atual. me dará naquele dia. em certo sentido. os quais foram comentados no capítulo 3. a corrida terminei. e permanecendo sóbrio em meio a todas as circunstâncias adversas. suporte as dificuldades. A apostasia vindoura é uma etapa a mais no desenvolvimento do desvio da verdade que já se acha presente. acumularão para si mestres que se ajustam ás suas próprias fantasias. tendo. 8 Para o futuro. repreenda. e o tempo de minha partida já chegou. e por seu aparecimento e seu reino: 2 proclame a palavra. contudo. 7 O grande combate combati. com toda longanimidade e doutrina. desincumba-se de seu ministério de forma plena.1 1 Conjuro-o diante de Deus e de Cristo Jesus. que o Senhor. esses tempos sejam certamente futuros (3. O próprio fato de que Paulo admoesta Timóteo a cumprir seu ministério. porém.3). há seguramente guardada para mim a coroa da justiça. Anda que.1-8 1. 4. esteja preparado a lempo e fora de tempo. admoeste.1. 4. que julgará os vivos e os mortos. 378 2 TIMÓTEO 4.14, 15 378 Mas embora o cenário dos capítulos 3 e 4 seja o mesmo, discernese, não obstante, uma diferença de abordagem. O capítulo 3 realça o fato de que Timóteo, confrontado com uma crescente oposição à verdade, deve permanecer na verdadeira doutrina. O capítulo 4 dá preeminência ao dever de Timóteo de proclamar esta doutrina. Que ele "fale" enquanto o povo está ainda disposto a ouvir. Nem sempre estarão dispostos. Que o "arauto" do evangelho cumpra seu ministério até as últimas conseqüências. Conseqüentemente, Paulo escreve: Conjuro-o diante de Deus e de Cristo Jesus que julgará os vivos e os mortos, e por seu aparecimento e seu reino. Para o sentido de "conjuro-o 165 diante de Deus e de Cristo Jesus", ver sobre 1 Timóteo 5.21. E já às vésperas de sua morte que Paulo delega essa final e soleníssima incumbência. Ele dirige a atenção de Timóteo para Deus e Cristo Jesus, em cuja presença a incumbência é delegada e recebida. Ele põe Timóteo sob juramento de cumprir a incumbência. E a Deus e ao Salvador Ungido que Timóteo (e Paulo também, naturalmente) terá de prestar contas. E este é o Cristo que "está para" julgar. Em certo sentido, justamente agora se podem ouvir seus passos que se aproximam. Ele está a caminho. Paulo enfatiza a certeza de sua vinda e seu caráter iminente, porém não fixa data alguma. Ora, este Cristo Jesus julgará "os vivos", ou seja, os que ainda estarão vivendo sobre a terra no momento da segunda vinda; e "os mortos", ou seja, os que naquela ocasião estiverem mortos. (Ver também Mt 25.31-46; Lc 18.8; Jo 5.27-29; ICo 15.51,52; 1 Ts 4.13-18; Ap 20.11-15). A idéia de que Cristo vem para julgar surge amiúde no pensamento de Paulo (Rm 2.16; ICo 4.5; 2Co 4.5; 2Ts 1.7-9; cf. At 17.31). É possível que a expressão "julgará os vivos e os mortos" já tivesse se convertido numa fórmula fixa, como tudo indica à luz de fórmulas semelhantes em Atos 10.42 e 1 Pedro 4.5. Provavelmente já fosse parte de 165. A t r a d u ç ã o " c o n j u r o " (A.V., A.R.V., R.S.V.) é c o r r e t a . O c o n t e x t o r e q u e r e s t a t r a d u ç ã o conjurar ou adjurar, não solenemente testifique; p o i s o q u e se s e g u e ( n o v. 2) é um encargo, n ã o um testemunho. Para o p o n t o de vista o p o s t o , ver R o b e r t s o n (Word Pictures, Vol. 4. p. 6 2 9 ) e L e n s k i , op. cit., p. 8 5 0 . 2 TIMÓTEO 4.14, 15 379 uma confissão batismal, explicada aos eatecúmenos e confessada depois pelos mesmos no batismo. De fórmulas como esta surgiu o Credo tios Apóstolos.'66 Paulo, além disso, conjura Timóteo por um glorioso aparecimento futuro de Cristo, ou seja, por sua resplandecente Segunda Vinda, considerada como o nascer do sol (ver também verso 8; l T m 6 . 1 4 ; Tt 2.13; ver sobre 2Tm 1.10; também C.N.T. sobre 2Ts 2.8; e cf. Ml 4.2), e por161 sua majestosa realeza, realeza que então assumirá plenamente (com referência a essa realeza perfeita, ver o v. 18; então, C.N.T. sobre I Ts 2.12 e sobre 2Ts 1.5, especialmente nota e). Se Timóteo obedecer, ele participará da glória da epifania e do Reino (e se desobedecer, ele a perderá) (lTs 4.13-18; cf. 3.13; 2Tm 2.12; Ap 3.21; 22.5). 2. Por meio de cinco imperativos enérgicos (todos eles aoristos) apresenta-se o conteúdo da incumbência: proclame a palavra; esteja preparado a tempo e a fora de tempo; reprove, repreenda, admoeste, com toda longanimidade e doutrina. a. "Proclame 168 a palavra." Isto é básico no tocante aos outros qua(ro imperativos. A tradução " Proclame a palavra" é inteiramente correta, se o verbo pregar for entendido em seu sentido primário, etimológico (do latim, prcedicare): proclamar diante do público, e não no senlido desfibrado que hoje amiúde se lhe dá: "enunciar um discurso moral ou religioso de qualquer tipo e de qualquer maneira." A palavra 166. Ver P. S c h a f f , Creeds of Christendom, três v o l u m e s , N o v a Y o r k e L o n d r e s , e d i ç ã o de 1919, vol. 1, pp. 16-23. 167. O a c u s a t i v o d o s s u b s t a n t i v o s epifania e reino (ou " r e a l e z a " ) t e m s i d o c h a m a d o de " a d j u r a ç ã o " o u " c o n j u r a ç ã o " (cf. M c 5.7; A t 19.13; l T s 5 . 2 7 ; cf. L X X s o b r e D t 4 . 2 6 ; 30.19; 3 1 . 2 8 ) . 168. E m P a u l o , o verbo " p r o c l a m a r " (Kripúooco) ocorre nas seguintes passagens: R o m a - n o s 2 . 2 1 ; 10.8, 14. 15; 1 C o r í n t i o s 1 . 2 3 : 9 . 2 7 ; 15.11, 12; 2 C o r í n t i o s 1.19; 4 . 5 ; 11.4; G á l a tas 2.2; 5.11; F i l i p e n s e s 1.15; C o l o s s e n s e s 1.23; 1 T e s s a l o n i c e n s e s 2.9; I T i m ó t e o 3 . 1 6 ; 2 l í m ó t e o 4.2. E t a m b é m de freqüente ocorrência nos sinóticos e em Atos. E n c o n t r a - s e u m a vez em P e d r o (1 Pe 3 . 1 9 ) : u m a v e z em A p o c a l i p s e (5.2). O substantivo " p r o c l a m a ç ã o " (KT) p u Q e n c o n t r a - s e em 1 T i m ó t e o 2 . 7 e 2 T i m ó t e o 1.11. No N o v o T e s t a m e n t o , à p a r t e de P a u l o , a p a r e c e s o m e n t e e m 2 P e d r o 2.5. " P r o c l a m a ç ã o p o r m e i o d e u m a r a u t o " , " a n u n c i a ç ã o " (Kiípuypa) se e n c o n t r a em R o m a n o s 16.25; 1 C o r í n t i o s 1.21; 2 . 4 ; 15.14; 2 T i m ó t e o 4 . 1 7 ; Tito 1.3. A l é m d e s u a s o c o r r ê n c i a s e m P a u l o , e s t e s u b s t a n t i v o t a m b é m o c o r r e e m M a t e u s 12.41 e em L u c a s 11.32. Os s i n ô n i m o s são eúaYYeÀÍÇio ( a n u n c i a r b o a s - n o v a s ) ; e em c e r t o s c o n t e x t o s , KaiayykXXw (proclamar, declarar). 380 2 TIMÓTEO 4.11-1 3 empregada no original significa proclamar (cf. Mt 10.27); literalmente, anunciar, dar a conhecer oficial e publicamente um assunto de grande significação. Naturalmente, toda pregação deve ser proclamação (Rm 10.14, 15). Paulo se denomina um arauto (ver nota de rodapé 168). Por ordem de seu superior, ele fez uma declaração autoritativa, pública, vigorosa. Ele aqui ordena a Timóteo que seja também um arauto. Segundo a Escritura, pois, " proclamar" ou "pregar" é geralmente a proclamação divinamente autorizada da mensagem de Deus aos homens. E o exercício de embaixador."'9 Isto é evidente à luz dos seguintes exemplos. Somos informados de que todos esses homens "proclamaram": Noé "Deus destruirá o mundo. Convertam-se de seus pecados!" Ou com palavras semelhantes (2Pe 2.5; cf. IPe 3.19). Jonas "Ainda quarenta dias, eNínive será subvertida!" (Jn 3.4; Mt 12.41; Lc 11.32). João Batista "Arrependam-se, porque o reino do céu está próximo!" "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (Mt 3.1,2; Jo 1.29). O Endemoninhado Geraseno Curado "Deus tem feito grandes coisas por mim!" (Lc 8.39). O Apóstolo Paulo "Jesus é o Cristo!" (At 9.20). "Longe de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo!" (Gl 6.14). "Mas agora Cristo ressuscitou dentre os mortos, as primícias dos que dormem!" (ICo 15.20; cf. vv. 55-58; ITs 4.13-18). 169. A s p a l a v r a s t ê m h i s t ó r i a . P o r t a n t o , n ã o s u r p r e e n d e q u e t a m b é m e s t e v e r b o , c o m o t a n t o s o u t r o s , é às v e z e s u s a d o n u m s e n t i d o m a i s geral, a saber, c o m r e s p e i t o a urna p r o c l a m a ç ã o ou a n u n c i a ç ã o q u e não é d i v i n a m e n t e a u t o r i z a d a , M a r c o s 1.45; 7 . 3 6 . 2 TIMÓTEO 4.11-1 3 381 Semelhantemente, lemos que os doze, Filipe o evangelista, Pedro em Cesaréia, "um anjo forte" e outros "pregaram" ("proclamaram"). O verbo é ainda usado em conexão com Cristo, pois ele também estava trazendo a mensagem de Deus aos homens. O arauto leva a mensagem de Deus. Hoje certamente se inclui criteriosa exposição do texto na obra de "proclamação" ou "pregação". Mas a proclamação ou pregação genuína é vivida, não seca; oportuna, não obsoleta. E a proclamação fervorosa de novas iniciadas por Deus. Não é a especulação abstrata sobre pontos de vista excogitados pelo homem. O tímido Timóteo não deve ter medo de pregar a palavra, ou seja, o evangelho (ver comentário sobre 2Tm 2.8, 9; cf. Mc 1.14; 16.15; ITs 2.9). E a verdadeira mensagem de redenção em Cristo, e como tal se opõe a toda falsidade (ver v. 4). Além do mais, em agudo contraste com a freqüente infiltração furtiva praticada por Satanás e seus servos (2Tm 3.6) está essa proclamação pública e difusa por alguém que leva as boas-novas e publica a paz (Na 1.15; Rm 10.15).170 Como esta proclamação deve ser realizada, ela é indicada pelos quatro imperativos seguintes: b. "Esteja preparado a tempo e a fora de tempo." Seja bem recebido ou não, Timóteo deve estar sempre "pronto" 171 com a mensagem de Deus. Ele deve aproveitar a oportunidade (Ef 5.16). 170. N ã o s e d e v e a t r i b u i r à " p r o c l a m a ç ã o " q u a l i d a d e s q u e n ã o lhe p e r t e n c e m p r o p r i a m e n te. N ã o é c o r r e t o o p o n t o de v i s t a - m a n t i d o p o r a l g u n s (ver, p o r e x e m p l o , A l a n R i c h a r d s o n , a r t i g o " P r e a c h , T e a c h " em /4 Theological Word Book ofthe Bihle, N o v a Y o r k , 1952, pp. 171, 172) - de q u e o t e r m o " p r o c l a m a ç ã o " e s e u s s i n ô n i m o s n a d a t ê m q u e v e r c o m a p r e g a ç ã o de s e r m õ e s a o s c o n v e r s o s , m a s s e m p r e i n d i c a a p r o c l a m a ç ã o d a s b o a s - n o v a s ao mundo não-cristão. S e m d ú v i d a , q u a n d o a i g r e j a e s t a v a a i n d a em s u a i n f â n c i a , e q u a n d o a i n d a no m u n d o r o m a n o a m a i o r i a d a s p e s s o a s n ã o h a v i a o u v i d o a i n d a o e v a n g e l h o , era p o s t a g r a n d e ê n f a s e na a t i v i d a d e m i s s i o n á r i a . E o a u d i t ó r i o m i s s i o n á r i o n a t u r a l m e n t e era f o r m a d o e x c l u s i v a m e n t e o u e m s u a m a i o r i a d e p e s s o a s n ã o - c o n v e r t i d a s , q u e r j u d e u s o u g e n t i o s . M a s isso n ã o s i g n i f i c a q u e , q u a n d o se e s t á e d i f i c a n d o os crentes na f é , a m e n s a g e m q u e o u v e m d e i x a d e s e r " k e r u g m a " ( v e r R m 16.25) e q u e o m e n s a g e i r o d e i x a d e ser " a r a u t o " . 171. Visto q u e e m t o d o s o s o u t r o s l u g a r e s n o N o v o T e s t a m e n t o o v e r b o t e n h a o s e n t i d o d e " c h e g a r " , " a p r o x i m a r - s e " , " e s t a r p r e s e n t e " , " e s t a r p r o n t o " (ou o s i g n i f i c a d o b e m e s t r e i t a mente relacionado "apossar-se", "apressar-se"), significado que também é adequado ao p r e s e n t e c o n t e x t o , n ã o v e j o r a z ã o p a r a a d o t a r a q u i u m s e n t i d o distinto ( c o m o " i n s t a r " o u "continuar"). 382 2 TIMÓTEO 4.11-1 3 c. "Reprove" ou "Convença". Ver comentário sobre 2 Timóteo 3.16 para o substantivo relacionado. O pecado deve pesar na consciência do pecador para que ele se arrependa. Ver discussão pormenorizada deste verbo em C.N.T. sobre João 16.8, especialmente nota 200. d. "Repreenda." No processo de reprovar ou de convencer o pecador, este deve ser repreendido severamente. Não se deve reduzir a gravidade de seu pecado. e. "Admoeste." Não obstante, as demandas do amor devem ser plenamente satisfeitas. De mãos dadas com a repreensão pertinente deve haver uma admoestação paterna, terna. Ver C.N.T. sobre 1 Tessalonicenses 2.7-12; e para uma explicação detalhada do verbo "admoestar" (exortar), ver sobre 1 Timóteo 5.1. Modificando cada um dos três imperativos está a bela frase "com toda longanimidade e doutrina", que significa "com paciência suprema e com esmerada atividade pedagógica". Cf. uma combinação similar em 2 Timóteo 2.24: "manso com todos, qualificado para ensinar." Esta longanimidade é uma virtude tanto distintamente cristã (2Co 6.6; Ef 4.2; Cl 1.11; 3.12; e ver C.N.T. sobre lTs 5.14), quanto (em outro lugar) um atributo divino (Rm 2.4; lTm 1.16). Note que longanimidade (tardio em irar-se, amável e paciente para com as pessoas que têm errado) e disposição para ensinar vão juntas. Nenhuma é completa sem a outra. A maneira como Paulo tratou o fornicário em Corinto ilustra o que ele tem em mente por "reprove, repreenda, admoeste com toda longanimidade e doutrina" (1 Co 5.1 -8, 13; 2Co 2.5-11). Um exemplo muito anterior é o tratamento que Natã deu a Davi (2Sm 12.1-15). 3 e 4. Agora se apresenta uma razão que mostra por que Timóteo deve ser diligente na obra de pregar o evangelho e de reprovar, repreender e admoestar. Porque virá o tempo quando os homens não suportarão a sã doutrina. Em qualquer período da História (ver sobre 2Tm 3.1) haverá épocas durante as quais os homens se negarão a ouvir a sã doutrina. A medida que a História avança rumo à consumação, esta situação se tornar pior. Os homens não suportarão ou não tolerarão a verdade, a doutrina que é chamada sã, porque promove a saúde espiritual (ver sobre l T m 1.10). Mas, tendo coceira nos ouvidos, acumularão para 2 TIMÓTEO 4.14, 15 383 si mestres que se ajustam às suas fantasias. Não é o arauto do evangelho quem falha, mas o ouvir dos homens volúveis que formam o auditório! Eles têm ouvidos que comicham (de um verbo que no ativo significa fazer cócegas; daí, no passivo, sentir cócegas, e assim coçar; l igura: "sentir um desejo irritante"). Seu anseio é ter mestres que se ajustem às suas fantasias ou gostos pervertidos (ver sobre 2Tm 2.22). Tão grande é este anelo, que amontoam mestre sobre mestre. Isto nos lembra Jeremias 5.31: "Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles"; e Ezequiel 33.32: "Eis que lu és para eles como quem canta canções de amor, que tem voz suave e tange bem; porque ouvem tuas palavras, mas não as põem por obra." O povo aqui citado está mais interessado em algo diferente, algo sensacional, do que na verdade pura e simplesmente. E quando se lhes apresenta a pura verdade (como certamente o fez Ezequiel), não estão interessados na verdade em si, mas apenas na forma em que ela é apresentada, o "estilo", a "oratória" do pregador, ...o próprio pregador, sua voz, seu porte, sua aparência, seu maneirismo. Aqui em 2 Timóteo 4.3, 4, a ênfase está posta no apego a histórias fascinantes e especulações filosóficas: e afastarão seus ouvidos da verdade e se voltarão para os mitos. As pessoas não conseguem digerir a verdade redentora de Deus, a qual trata do pecado e da condenação, com a necessidade de uma mudança interior, etc. (cf. 2Tm 3.15-17). Afastam-se dela (como em 2Tm 1.15) e se voltam (como em 1 Tm 1.6) para "os mitos", aquelas velhas fábulas familiares mencionadas anteriormente (ver sobre l T m 1.4, 7; 4.7; Tt 1.14; cf. 2Pe 1.16) ou algo que se lhes assemelhe. Sempre há mestres que se dispõem a coçar e fazer cócegas nos ouvidos de quem deseja que se lhes faça assim" (Clemente de Alexandria, The Stromata, I. iii). 5. Quanto a você, contudo... Cf. 3.10, 14. Note o agudo e duplo contraste. O versículo 5 é tanto o clímax dos versículos 1 -5 quanto a introdução aos versículos 5-8. Como um clímax, ele traça um contraste entre Timóteo e a multidão leviana dos versículos 3 e 4. Como introdução, ele traça um contraste entre Timóteo, ainda no meio da batalha, e Paulo que tem enfrentado a grande batalha. No início do versículo, predomina o primeiro desses dois contrastes; no final, o segundo. Paulo escreve: seja sóbrio em todas as questões, suporte as di- 384 2 TIMÓTEO 4.11-1 3 ficuldades, faça a obra de evangelista, desincumba-se de seu ministério de forma plena. A pessoa sóbria é tranqüila, estável e racional (cf. lPe4.7; ver C.N.T. sobre ITs 5.6, 8). Ela não se deixa intoxicar por mórbido anseio por tudo quanto é sensacional ou sentimental. Não desvia seus ouvidos da verdade, nem os volta para os mitos. O apóstolo exige que Timóteo demonstre essa tranqüilidade e atitude bem equilibrada "em todas as questões". Isto significa, naturalmente, que também com respeito ao sofrimento em prol do evangelho, Timóteo não deve buscar os sofrimentos, de um lado, nem queixar-se deles, do outro. Simplesmente, deve fazer a obra de evangelista (pregador do evangelho, At 21.8; Ef 4.11), plenamente disposto a suportar maus-tratos sempre que lhe toque assim sofrer, até mesmo regozijando-se de que seja assim considerado digno de sofrer desonra pelo nome de Cristo (At 5.41; sobre o verbo, ver 2Tm 2.9; cf. o verbo similar em 2Tm 1.8). Não deve permitir que algo o detenha, mas deve cumprir seu ministério evangélico até às últimas conseqüências: pregando a palavra, estando preparado a tempo e a fora de tempo, reprovando, repreendendo e admoestando com toda longanimidade e doutrina. 6-8. Timóteo, pois, deve "pregar a palavra", etc., não só porque virá a apostasia (vv. 1-4), mas também em vista do fato de que Paulo está prestes a velejar para as praias da eternidade. Quando o homem mais idoso é convocado às esferas mais elevadas, o jovem terá que preencher a brecha. Deve empunhar a tocha e conduzi-la avante. Este segundo pensamento explica o "porquê" no início do versículo 6. Numa das passagens mais sublimes e comoventes, que com respeito à magnificência de pensamento e dignidade do ritmo provavelmente seja insuperável nas epístolas de Paulo, o apóstolo conduz esta carta e sua carreira apostólica - ao seu maravilhoso final: Porque já estou sendo derramado como libação sobre o sacrifício, e o tempo de minha partida já chegou. A grande batalha combati, a carreira terminei, a fé guardei. Para o futuro, há seguramente guardada para mim a coroa da justiça, a qual o Senhor, o justo Juiz, guardará para mim naquele dia, e não somente para mim, mas para todos quantos têm amado seu aparecimento. Um tema possível para esta passagem seria: 2 TIMÓTEO 4.11-1 3 Em Três Tempos, Paulo, o Prisioneiro do Senhor, Expressa Triunfantemente Sua Fé Isto é assim 1. Versículo 2. Versículo 3. Versículo dividido: 6: A Ratificação de Sua Fé Quanto ao Presente 7: O Resumo de Sua Fé Quanto ao Passado 8: A Exultação de Sua Fé Quanto ao Futuro 385 1. A Ratificação de Sua Fé Quanto ao Presente Quando Paulo escreve: "Porque já estou sendo derramado como libação sobre o sacrifício", ele está fazendo uma profissão de fé. Ele não denomina sua horrível prisão atual, com seu resultado que já não aparenta dúvidas, de morte, mas de lihação sobre o sacrifício, comparável à libação de vinho que se derramava junto ao altar. Conforme a lei (Nm 15.1-10), quando se sacrificava um cordeiro, a libação consistia de um quarto de um hin de vinho (1 hin = 3.7 litros); quando a oferenda era um carneiro, a libação prescrita era um terço de um hin; e por um bezerro era meio hin. Como esse vinho era derramado gradualmente, era uma oferenda e era o ato final de toda a cerimônia sacrifieial, representava de forma muito adequada a decadência gradual da vida de Paulo, o fato de que estava apresentando sua vida a Deus como oferenda, e a idéia de que, enquanto olhava toda sua carreira de fé como "um sacrifício vivo" (Rm 12.1; cf. 15.16), considerava a etapa atual de sua vida como o ato sacrificial final. Semelhantemente, quando o apóstolo acrescenta: "E o tempo de minha partida já chegou", ele uma vez mais está fazendo uma profissão de fé. A palavra tempo (Kcapóç) é inteiramente apropriada neste contexto, porque: a. o apóstolo está pensando não só no momento da execução, mas nessa prisão inteira e final que estava para terminar com a execução; e b. ele vê este período final sob o simbolismo da saída de um navio, que em sua vinda e ida está sujeito às estações (cf. Al 27.12). ()ra, esse tempo ou estação apropriada é aqui chamada "o tempo de minha partida". O significado primário da frase usada no original é "de minha soltura" ou "de minha liberação". Pense no desamarrar das cordas ou cabos de um navio ao levantar a âncora. Daí, a palavra soltura adquiriu o sentido secundário de partida (cf. M.M., p. 36). Conse- 386 2 TIMÓTEO 4.11-1 3 qüentemente, Paulo diz que o tempo de sua partida chegara (tempo perfeito do verbo que é usado no v. 2, onde é traduzido "estar preparado", ver nota 171). Precisamente agora o tempo já se acha presente. O levantar âncoras e a soltura das amarras já começou. Logo o vento terá seu impacto nas velas, e então, quase imediatamente, ele alcançará o porto da eterna bem-aventurança. E somente pela fé que as circunstâncias presentes podem ser apreciadas. Semelhantemente, em outras passagens, o apóstolo fala da morte do crente como uma partida com o fim de estar com Cristo (Fp 1.23), bem como estar no lar com o Senhor (2Co 5.8); lucro (Fp 1,21); supremamente melhor (Fp 1.23); dormir em Jesus (lTs 4.14). Em outros lugares das Escrituras ela é chamada preciosa aos olhos de Jeová (SI 116.15); ser levado pelos anjos para o seio de Abraão (Lc 16.22); ir para o paraíso (Lc 23.43); ir para a casa com muitas mansões (Jo 14.2). 2. O Resumo cie Sua Fé Quanto ao Passado Quando o apóstolo prossegue: "O grande combate combati", ele está uma vez mais usando a linguagem da fé; porque é evidente que um incrédulo, ao historiar a vida de Paulo depois de sua conversão, a teria denominado como uma "estultícia" ou mesmo "insanidade", completa loucura (cf. At 26.24), certamente não "o grande combate". Paulo, porém, por meio da própria ordem das palavras que ele selecionou (pondo cada um dos três objetos antes de seu verbo; ver minha tradução), enfatiza que foi realmente "maravilhoso", grandioso, ou nobre, combate aquele que ele combateu; que a vereda que ele percorreu não foi empreendida ao léu, mas a carreira programada; que a vida, considerada agora como concluída, fora governada não pela fantasia ou capricho do momento, mas por aquela fé pessoal que pela graça de Deus ele guardara até precisamente o final. Quando Paulo resume assim seu passado, sua glória não estava em si mesmo, mas "no Senhor". Ele está relatando o que a graça havia feito no coração do "principal dos pecadores". Daí, sua ênfase não está posta no pronome "eu" - como alguém poderia equívocadamente inferir da tradução usual, a qual faz com que cada uma das três breves cláusulas comece com "Eu" mas em "o grande combate", "a carreira", "a fé". 5.7. é fácil para a mente projetar-se rumo ao futuro próximo. para de alguma forma salvar alguns.T.2 TIMÓTEO 4. Houve um combate contra Satanás. os dominadores do mundo das trevas nas regiões celestes.N. 6. 8 9 5 ) p e l o s três t e m p o s p e r f e i t o s e m " c o m b a t i . 172 Nosso Senhor usa uma linguagem semelhante que deve ser explicada de forma também semelhante (ver C. de fora.4). finalmente. p . de modo que a figura da corrida é muito apropriada. mas na bênção presente que o passado produziu. 2). os temores. Quando a morte está bem perto e bem certa. N. p.. contra o judaísmo entre os gálatas. a fornicação e os litígios entre os coríntios. esteve todo o tempo posto no ponto final da corrida: a glória de Deus por meio da salvação de pecadores (G1 2. Faço tudo isto por causa do evangelho. contra o fanatismo entre os tessalonicenses. sobre João 17. Daí. contra as contendas. porém não menos importante.na verdade. At 12.11-1 3 387 Quando o apóstolo resume sua vida como cristão sob o simbolisino de "o grande combate".2. é evidente à luz de palavras tais como as seguintes: "Tornei-me tudo para com todos. ou uma competição (ver comentário sobre l T m 4 . contra a lei do pecado e da morte que operava em seu próprio coração.16. com este único objetivo em mente. contra os principados e poteslades. e.. a figura subjacente provavelmente seja uma luta. de onde então ele volta seus olhos para o passado e sc regozija não só nesse passado. Paulo. 8 6 0 ) .1. para serco-participante 172. Paulo era certamente um homem com esta única e santa paixão. t e r m i n e i . 8. Quando o apóstolo acrescenta: "a carreira eu terminei" . Ela faz essa comparação para indicar um prodigioso esforço de energia contra um inimigo muito poderoso. g u a r d e i " . os conflitos. o qual c r i t i c a o g r á f i c o de K o b e r t s o n ( G r a m . cf. ele enfatiza o fato de que em sua vida como crente cumpriu plenamente este ministério para o qual o Senhor o chamara (a passagem que lança luz sobre esse fato é At 20. contra os vícios e violências de judeus e pagãos. cit. uma peleja no ringue de boxe.24). uma corrida de obstáculos -. . de dentro. Fp 2. como o de um corredor habilidoso. 7 b . n ã o p o s s o c o n c o r d a r c o m L e n s k i (op. é capaz de dizer triunfantemente: "o grande combate eu combati. porém." É inútil dizer que isto não é estritamente verídico porque Paulo não tinha realmente ainda chegado ao patíbulo. contra o gnosticismo incipiente entre os efésios e os colossenses.T. seu olho.12). ou seja. ver Atos 27. o glorioso galardão" (ver o próximo versículo). A o b j e ç ã o a p r e s e n t a d a p o r L e n s k i c o n t r a a t r a d u ç ã o f u t u r i s t a de á n Ó K í v c c u (op. quer comam.1.m ou seja. 174. mas o bem de muitos. s e m o artigo: 1 C o r í n t i o s 1. mas. Ao inventariar o passado.12.22-24. E s t a é u m a " c o r o a de j u s t i ç a " . Conseqüentemente. que o verbo que se introduz aqui é presente c o m sentido perfeito ("tem sido g u a r d a d a " ) . como já se tornou evidente. Também eu procuro agradar a todos de todas as formas. os apóstolo escreve: " Para o futuro". H e b r e u s 10. Diz ele: "Há seguramente depositada para mim (note a força do verbo composto grego ánrneimi). c o m o artigo: F i l i p e n s e s 3.. 3. a coroa .m e em seguida nos diz o que ele confiantemente espera. façam tudo para a glória de Deus.a coroa do vencedor (ver comentário sobre 2Tm 2. " P a r a o u t r o s e x e m p l o s d e Ãomóv (com ou s e m o artigo). e escreve: "A fé eu guardei. 862). "retive minha confiança pessoal em Deus.11-1 3 dele. o significado provavelmente não seja: "mantive o acordo" (ou "fidelidade"). É o s e n t i d o de t o d o o v e r s í c u l o (8). o t r a b a l h o p r o m a n a do (é c a u s a d o p e l o ) a m o r e a p a c i ê n c i a p r o m a n a da (é i n s p i r a d a p e l a ) e s p e r a n ç a .29. para que sejam salvos" (1 Co 9.20. Q u a n t o a e s s e genitivo de procedência. em harmonia com o presente contexto. m e f o i p r o p o r c i o n a d o u m t r a b a l h o . Portanto. 1 . 1 Coríntios 7. E l a promana da j u s t i ç a . Paulo volta seus olhos para o futuro. porque a nobre batalha. 8 . E c f . I T e s s a l o n i c e n s e s 4 . T . 4 .16. é plenamente natural. p. de modo que o inimigo não pode jamais privar-me dela. minha confiança em todas suas promessas centradas em Cristo. 3. u m a c o r o a justamente c o n c e d i d a ao j u s t o . nem "mantive a doutrina genuína" ("fé" no sentido objetivo).13. Porque não estou procurando meu próprio bem. cit.3. s o b r e 1 T e s s a l o n i c e n s e s 1. N o s s o idioma t a m b é m admite esse uso. mas também fui sustentado até o fim pela convicção profundamente arraigada de que receberei o prêmio.da justiça". Isso. o q u e determina o sentido do advérbio. A Exultação de Sua Fé em Relação ao Futuro Havendo considerado o presente e o passado.31 33). ver C . n ã o é v á l i d a . deflagrada com sucesso. em sentido futurista.388 2 TIMÓTEO 4. b. e n ã o o de um v e r b o . 4 . clamam por uma recompensa de graça.7-14. quer bebam. a 173. Paulo finalmente deixa de lado a própria metáfora. O s e n t i d o " q u a n t o ao r e s t o " está r e p r e s e n t a d o p e l a s s e g u i n t e s p a s s a g e n s : a. a carreira corrida satisfatoriamente. 2 . p o r e x e m p l o : " Q u a n t o a o f u t u r o ." Aqui. como em 1 Timóteo 6.5) . 10. c o m o em 1 T e s s a l o n i c e n s e s 1. quer façam qualquer outra coisa.. . N . não só combati arduamente e corri bem. Na arena espiritual da vida.3 a o b r a p r o m a n a da ( s u r g e em r e s u l t a d o d a ) fé.. esta passagem simplesmente declara que a coroa ou recompensa é justa. Para todas as pessoas que.12. Ap 2. p. Senhor Jesus. sua radiante segunda vinda (como no v. E este Juiz ou Arbitro respeita as normas do jogo que ele mesmo estabeleceu.10) entregará o que é devido (note o verbo usado no original. Ora.8.12. l P e 5. que é como algo que se possui e se experimenta no novo céu e na nova terra.12. 2Ts 1. um dos melhores é este fervoroso anelo de que ele regresse. mas também em seu nota 35. . está saturada de conforto.8).10).2 TIMÓTEO 4.12. que naquele dia notável. Ap 2. mas a todos quantos amam seu aparecimento. lPe 5. cf.11-1 3 389 coroa que me é de direito como um galardão pela vida que em princípio tem estado em conformidade com a lei de Deus (ver sobre l T m 6. cit. op. Note a palavra amam. quando serão vindicados por um Juiz justo.4.5. 1).18).22. 3. 13 e Rm 2. c o m u n i c a um s e n t i d o m u i t o difícil no p r e s e n t e c o n t e x t o . sobre o qual passagens tais como Mt 20. porque: a.6 derramam sobeja luz). me conferirá a coroa de justiça. Cristo a mereceu para eles (ver sobre Tt 3. me dará naquele dia. direito esse fundamentado na graça. Quando o Espírito e a noiva disserem: "Vem". O u t r o s ( p o r e x e m p l o . E evidente que essa coroa é de Paulo por direito." Este Senhor e Juiz é Cristo Jesus (ver sobre o v. o dia de sua segunda vinda (ver sobre 2Tm 1. 6 3 1 ) c o n s i d e r a m q u e e s t e é um genitivo de aposição. a idéia de um juízo vindouro. Este Juiz justo. 2Tm 2.11. 6). Tg 1. não temem. não a mim exclusivamente. 1). Tt 3. correm a corrida e guardam a fé (em outros termos: para Paulo e outros como ele). O apóstolo continua: "a qual o Senhor. como Paulo.10). b. diz Paulo. porque o amor perfeito lança fora o medo (1 Jo 4. A luz de outras passagens sabemos que ela significa vida eterna ( l T m 6. porque tal pessoa está pensando não só em si e em sua glória pessoal.12. justo Juiz. Vem. 18. Todavia. Para aqueles que enfrentam a grande luta. a resposta imediata será: "Amém. Tg 1." De todos os indícios de que alguém ama o Senhor. porém não indica sua natureza." E quando o Senhor responder: "Eis que depressa venho". aqui (em 2Tm 4.16..4. cf. t o d a v i a . cada pessoa que realmente ama o Senhor também dirá: "Vem.5). o q u a l . Ele é o justo Juiz. são condenadas injustamente. R o b e r t s o n . Deus prometeu conferir a coroa ( l T m 6. Paulo deriva conforto para o presente e para o futuro. da seguinte maneira: a. e [me conduzirá] a salvo a seu reino celestial. 18 E o Senhor me livrará de toda obra má. Tome a Marcos e traga-o com você. d. por meu intermédio. também os livros. O Senhor lhe restituirá de acordo com seus feitos. 15: A d v e r t e T i m ó t e o c o n t r a A l e x a n d r e . esteve ao meu lado. 12 Agora estou comissionando Tíquico para Éfeso. o latoeiro. 16 Em minha primeira defesa. e foi para Tessalônica. v e r s í c u l o s 9 . d i s t i n t a d a s t e r r e n a s . esteja em guarda contra ele. 21 Faça o máximo para vir antes do inverno. 9 Faça o máximo possível para vir ter comigo depressa. 11 Somente Lucas ficou comigo. informações acerca de outros. 10 pois Demas me abandonou.11-1 3 S e n h o r e na v í n d i c a ç ã o p ú b l i c a dele. me causou muito dano. os livros e p e r g a m i n h o s e a c é l e r e c h e g a d a de T i m ó t e o . Amém. V e r s í c u l o s 19-21: S a u d a ç õ e s a c e r t o s c r e n t e s i n d i v i d u a i s e de outros crentes. v e r s í c u l o s 16-18: À luz da m a n e i r a c o m o o S e n h o r o f o r t a l e c e r a durante sua "primeira defesa". 19 Saúde a Prisca e Áquila e à família de Onesíforo. . a mensagem pudesse ser plenamente proclamada. para Dalmácia. reiteração do p e d i d o a Timóteo de sua vinda imediata. A c o r o a a g u a r d a tais p e s s o a s . e m geral. 4. e me deu força. traga com você a capa que deixei em Trôade com Carpo. Êubulo o saúda. porque ele me é muito útil para [o] ministério. porém deixei Trófimo doente em Mileto. Tito. P o d e ser d i v i d i d o e m c i n c o p a r á g r a f o s secundários. mas todos me abandonaram. é i m a r c e s c í v e l ( I C o 9. e eu fui resgatado de [a] boca de [o] leão. 13 Quando vier. porém. 14 Alexandre. c.25). s o l i c i t a ç õ e s e s a u d a ç õ e s . porque vigorosamente se opôs às nossas palavras. a ele [seja ou é] a glória para todo sempre e sempre. 20 Erasto ficou em Corinto. A graça [seja] com vocês.9-22 E s t e p a r á g r a f o c o n s i s t e . especialmente os pergaminhos.390 2 T I M Ó T E O 4. Crescente [foi] para Galácia. a fim de que. 22 O Senhor [seja] com seu espírito. d e itens d e i n f o r m a ç ã o p e s s o a l . E e s s a c o r o a .1 3 : P a u l o dá v a z ã o à s a u d a d e q u e s e n t e e à n e c e s s i d a d e de m a i s o b r e i r o s p a r a o reino. porque se deixou levar pelo amor do presente mundo. e todos os gentios pudessem ouvi-la. bem como Prudente e Lino e Cláudia e todos os irmãos. solicita s u a c a p a . o l a t o e i r o . 15 Você também. v e r s í c u l o s 14. que isso não lhes seja levado em conta! 17 O Senhor. ninguém esteve ao meu lado. b. o médico amado (Cl 4. Daí serem muito patéticas estas dolorosas palavras: "Faça o máximo possível em vir ter comigo depressa. amando este mundo. "antes do inverno" (ver sobre o v. Tito. P o r m e i o d a t r a d u ç ã o : " p o r q u e s e d e i x o u l e v a r p e l o a m o r " . o havia abandonado. Demas fora assistente de Paulo no ministéI IO do evangelho (Fm 24). a era transitória que. Não temos uma base sólida para falar com certeza 175. A separação não era apenas local. Ide quer que o mesmo venha logo. e h. Timóteo. Além do mais. o "mundo" deste lado do túmulo.14. durante a segunda prisão cm Roma. 11a. Demas novamente estivera em Roma e estivera servindo ao reino. Parece ser uma inferência segura dessa passagem que. cm nenhuma outra parte aparece sequer uma palavra sobre a restauraçao de Demas. escrevendo de uma masmorra fria e úmida em Roma. é a seguinte: Pois Demas me abandonou. t e n t e i f a z e r j u s t i ç a a d o i s l a l o s : a. desamparado. versículo 22: Bênção. mas também espiritual. Note o contraste agudo e provavelmente intencional entre aquele que amou este mundo (v." O verbo usado no original implica que Demas não havia meramente deixado Paulo (no cumprimento desta ou daquela missão). porque se deixou levar pelo amor do presente mundo. A razão para o sentimento de saudade. 15 e. depressa passará (ver sobre l T m 6. a despeito de todos seus prazeres e lesouros. Paulo se sente profundamente defraudado por Demas. Faça o máximo possível vir ter comigo depressa. Durante algum tempo.2 TIMÓTEO 4 . mas que o havia deixado numa situação difícil. anseia ter a presença de seu "amado filho". e encarando a morte. Este se foi porque se deixou levar pelo amor'75 da presente era. 1 4 . Somente Lucas ficou comigo. o p a r t i c í p i o u s a d o no o r i g i n a l é a o r i s t o . 21). 10. Duas vezes o apóstolo faz menção dele juntamente com Lucas. nunca pertencera à companhia dos que amam o aparecimento de Cristo. . Durante a primeira prisão em Roma. Demas lambém estivera em Roma.17). para Dalmácia. pois Demas me abandonou. Crescente [foi] para Galácia. 8). Fm 25). Provavelmente não deva ele ser posto na mesma categoria com Marcos. do apóstolo. ou seja. na p r e s e n t e c o n e x ã o é i n d u b i t a v e l m e n te c a u s a i . Paulo. Muito se pode dizer cm abono do ponto de vista de que Demas. e foi para Tessalônica. 391 9. 9) e aqueles que amam a Epifania (v. C. Não se sabe por que Demas se foi para Tessalônica e não para outro lugar. The Constitutions ofthe Holy Apostles. e ele tinha o c o s t u m e de u s a r o s n o m e s o f i c i a i s d a s u n i d a d e s p o l í t i c a s e p r o v í n c i a s r o m a n a s : " Á s i a " ( I C o 16. Ecclesiastical Htstory. Esta.u s a m a e x p r e s s ã o " G a l á c i a c é l t i c a " p a r a d e s i g n a r a G á l i a p r o p r i a m e n t e dita. outra redação tem Gália.. a u t ê n t i c a . o lugar mais perigoso em que um cristão pudesse viver? Porventura tinha negócios.1) . N ã o o b s t a n t e . Teria ele deixado Roma por ser aquela capital. III. xlvi ( v e r o c o n t e x t o ) f a v o r e c e G a l á c i a na Á s i a M e n o r c o m o a p r o v í n c i a p a r a a qual C r e s c e n t e foi enviado. Daí. seria a região que hoje se chama França mais alguns territórios adjacentes.' 76 Tampouco temos informação confiável sobre Crescente além daquela que esta presente passagem fornece. A p r o v í n c i a r o m a n a da Galácia.2. Paulo acrescenta: "Crescente [foi] para Galácia". 23. G á l a t a s 1. A l é m d o m a i s . c e r t o s d i s t r i t o s ao sul d e s s e território celta. foi-lhes permitido c o n s e r v a r s e u s p r ó p r i o s r e i s . é lógico crer que p o d e r i a t a m b é m h a v e r e s t a b e l e c i d o i g r e j a s n a G á l i a d o sul. 176. A l g u m a s d a s t r i b o s a v a n ç a r a m p a r a o O r i e n t e . pois. A q u i p r o s p e r a r a m e a u m e n t a r a m em número. não sabemos para onde Crescente foi. e n ã o G a l á c i a na Ásia. nesse tempo. como uma indicação geral da classe à qual pertencia Demas. e " M a c e d ô n i a " ( 2 C o 8. O q u e n o s i n t e r e s s a é o u s o q u e Paulo f a z ) . Talvez pensasse que os desejos mais profundos de sua alma pudessem ser satisfeitos ali mais que em qualquer outro lugar. a l g u n s g a u l e s e s o u c e l t a s e m i g r a r a m p a r a o n o r t e d a Itália.22. s e a l e i t u r a " G á l i a " for. Em t o r n o do a n o 4 0 0 a.. E m 2 7 8 a. Em vez de Galada. 1 0 ) se a leitura "Galácia " for aqui a autêntica. m e n c i o n a d o por v á r i o s c o m e n t a r i s t a s . E u s é b i o d i z q u e C r e s c e n t e foi e n v i a d o à G á l i a . t o r n a . de q u e c e r t o s e s c r i t o r e s g r e g o s . a r e s p o s t a à p e r g u n t a : " P a r a o n d e foi C r e s c e n t e ? " d e p e n d e d a r e s p o s t a a o u t r a p e r g u n t a : " Q u a l é a i n t e r p r e t a ç ã o c o r r e t a aqui em 2 T i m ó t e o 4 . é a província r o m a n a da Galácia (na Ásia Menor) à qual se refere. n ã o t e m n a d a q u e v e r c o m o a r g u m e n t o .11-1 3 acerca disso.eu c r e i o q u e em 1 C o r í n t i o s 16. o t e r r i t ó r i o da Á s i a M e n o r c e n t r a l e n o t t e . 1 0 ? " É " G a l á c i a " ou é " G á l i a " ? E a . P o s t o q u e P a u l o d e v a ser c o n s i d e r a d o c o m o o a u t o r d a s P a s t o r a i s . c o m p r e e n d i a : a. n a s p r o x i m i d a d e s d e L i ã o .P o l í b i o . C o n s e q ü e n t e m e n t e . e q u e C r e s c e n t e p o d e r i a t a m b é m ter s i d o e n v i a d o a f o r t a l e c e r o q u e já se h a v i a c o m e ç a d o ali.1. P l u t a r c o e o u t r o s . D e v e . C o m base na suposição de que Paulo tenha visitado a Espanha. q u e r e c e b e u o n o m e d e l e s . vinte m i l g a u l e s e s c r u z a r a m o H e l e s p o n t o e e n t r a r a m na Á s i a M e n o r .19): " A c a i a " ( 2 C o 1 . a f i n a l d e c o n t a s .s e m a i s f á c i l levar em c o n t a a t r a d i ç ã o q u e atribui a C r e s c e n t e a f u n d a ç ã o da i g r e j a em V i e n a .C.1). Ainda que posteriormente fossem subjugados pelos romanos. (O fato. iv. não obstante o espírito dessa passagem e de seu contexto aponta antes na direção de Mateus 7. O p r o b l e m a c o m r e f e r ê n c i a à Galácia ou Gália é c o m p l e x o .392 2 TIMÓTEO 4. e n t r a n d o e m M a c e d ô n i a e T r á c i a . e t a m b é m nesta p a s s a g e m ( 2 T m 4 . E impossível determinar qual dessas duas redações está certa.s e a d m i t i r a p o s s i b i l i d a d e de q u e s e j a G á l i a na E u r o p a . e b. V I I . amigos ou parentes em Tessalônica? Não sabemos. o n d e a m a i o r i a desses g a u l e s e s vivia. Fm 24. D. Ambos eram homens educados. 1923. c o acompanhou a Jerusalém. que abandonara Paulo. Ambos eram de um coração grande. compreensivos. 28). As autoridades n e m sequer estão de acordo sobre o lugar do nasci- . Lucas era ambas as coisas. devemos crer que ambos. 21. ele sabia manejar os rixosos coríntios. os mentirosos cretenses e os famosamente belicosos dálmatas. Evidentemente. Parece que depois da visita de Tito a Jerusalém à guisa de teste (G1 2. nunca ficava longe demais da costa oriental do Mar Adriático.12. compassivos.14. p o r e x e m p l o .2 TIMÓTEO 4 . Sempre que. pp. ou de sua extensão sul. N o v a York. Luke the Historiem in the Leight of Historical Resear1913. 3 . c a p . ! nke the Physician. cie estivesse numa missão.14). 177. iam aonde o dever os chamasse. m a s h á poucas coisas seguras. Estivera com Paulo na segunda viagem missionária. 15 393 "Tito [foi] para Dalmácia". ambos eram crentes e missionários. The Most Heuiitiful Book Ever Written. Era "o médico amado" (Cl 4. Kvisiinlcs: n ã o o b s t a n t e .6-16. Paulo necessitava de um médico e um amigo. Lucas e Paulo tinham muito em comum. 2Tm 4. com o indica a seção em que ele usa o pronome nós" em Atos (16. 177 1'viiiôncia t e x t u a l é p o r d e m a i s p a r c i m o n i o s a p a r a q u e s e r e s p o n d a à p e r g u n t a c o m a l g u m !'iau ile d e t e r m i n a ç ã o f i n a l . e direta ou indiretamente também servia a Paulo como secretário. Em contraste com Demas. Por sua capacidade. fora deixado parra trás no último lugar (At 16. Os relatos s ã o t o d o s m u i t o i n t e ( l i . 1 4 . Por um tempo o perdemos de vista. Para o final da terceira viagem parece ter-se reunido com Paulo em Filipos (At 20.17-19). 2: " U m r o t e i r o da c a r r e i r a de L u c a s " . W . homens cultos.60). A. Crescente e Tito. ao evangelho. R a m s a y . "Somente Lucas está comigo." O autor do terceiro Evangelho era uma pessoa notável. coragem e consagração. a l g u m a s p r o b a b i l i d a d e s . H a y e s .21).1 I ). V á r i o s a u t o r e s t e n t a r a m e s c r e v e r u m a b i o g r a f i a d e L u c a s . Mas. T. A.19. Acima de tudo. de repente. todas suas missões se voltaram para as províncias européias. R o b c r t s o n . porquanto está acompanhando Paulo na longa e perigosa viagem da Palestina a Roma (At 27). longe de Paulo. N o v a York. 20. Havia sido amiúde companheiro de viagens de Paulo.5 4 .10-17. h á e s c a s s o material i n f o r m a t i v o d e p r i m e i r a m ã o d e c o n f i a n ç a q u e sirva para f a z e r u m a b i o g r a f i a . 27. continua Paulo. em Trôade e em Filipos. Ver também sobre Tito 3. Romanos 15. Cf. sempre leal a Paulo. Está com o apóstolo durante a primeira e segunda prisão em Roma (Cl 4. H á m u i t a s p o s s i b i l i d a d e s . reaparece. ao Senhor. o Mar Jônico. 30). quando lhe era permitido receber a todos os que viessem vê-lo (At 28. parece que Marcos novamente chegou a ser auxiliar de Paulo. A implicação provavelmente seja esta: uma vez que Marcos experimentou uma mudança para m e n t o d e L u c a s . porém. É inteiramente possível que o apóstolo também quisesse enfatizar o fato de que ele estava carente de auxílio. Mais tarde aparece com Pedro em Roma (1 Pe 5. Depois do martírio de Pedro. além de Lucas. b.10. portanto. Não obstante. V e r TheAntiMarcianite Prologue to the Third Gospel. que não havia ceifeiros em número suficiente. Paulo se negou levá-lo na segunda viagem. em relação a Demas. de vez em quanto. talvez nem mesmo um número suficiente para suprir adequadamente as necessidades espirituais daqueles crentes que estavam ainda em Roma. especialmente em contraste com as circunstâncias de Paulo durante sua primeira prisão. Ele havia abandonado Paulo e Barnabé na primeira viagem missionária. porque ele será de muita utilidade para [o] ministério. tornou a ausência dos demais mais notável.394 2 TIMÓTEO 4. . poderia ter percorrido as igrejas da Ásia Menor no tempo em que Paulo estava escrevendo 2 Timóteo. posteriormente encontramos novamente Marcos na companhia de Paulo em Roma durante a primeira prisão do apóstolo (Cl 4. A pedido de Paulo. "tome-o". Deve-se enfatizar que. Além disso. porque Paulo sabe que Marcos agora lhe é de muita utilidade "para o ministério".13. A própria presença. por que diz Paulo: "Somente Lucas está comigo"? É possível pressupor a seguinte resposta: a.11-1 3 Se Lucas. era um amigo tão maravilhoso. ao sair para Roma. tem o propósito de insistir com Timóteo que envide todo esforço possível para vir depressa. 11b. A tradição endossa a idéia de que houve uma estreita relação entre a pregação de Pedro em Roma e a composição do Evangelho de Marcos. o apóstolo continua: Tome Marcos e traga-o com você. Fm 24). A residência de Marcos ficava em Jerusalém (At 12. e m b o r a m u i t o s e p o s s a d i z e r e m f a v o r d e A n t i o q u i a d a Síria. de ninguém mais. Então Barnabé tomou Marcos e embarcou para Chifre (At 15. Crescente e Lucas. Olhando para essa vinda de Timóteo. Ele solicita a Timóteo que. e em cooperação com Timóteo.13).12). 12. Aqui poderia haver mais que uma expressão de solidão. tudo quanto é dito nos versículos 10 e l i a .36-41). diz: Agora estou comissionando Tíquico (provavelmente um aoristo epistolar) para Efeso. Além do mais. o homem que mesmo na masmorra é o grande superintendente de missões. A obra continuaria sob a direção de outro líder digno de confiança. que significa "fortuito") era um irmão amado. 21). ministro fiel e colaborador no evangelho. pois. provavelmente. Quando Timóteo sair para Roma. havendo levado a sério a lição que seu fracasso anterior lhe ensinara. como substituto de Timóteo durante a ausência deste. Durante o intervalo entre a primeira e a segunda prisões romanas. a fim de que as cartas pudessem ser assimiladas com maior prontidão (Ef 6. também aquela a Eilemom. aqui em Roma será o homem idôneo para este lugar. Continuando. Tíquico está novamente (ou ainda) trabalhando em estreita cooperação com Paulo (ver sobre Tt 3. Além disso. não deve hesitar em deixar Éfeso.12). Tíquico (nome próprio grego. Cl 4. visto que Timóteo não poderia regressar a Éfeso até pelo menos abril (ver sobre o v. alem do mais. Paulo entende que Tíquico é a pessoa lógica para enviar a Efeso com essa carta (2 Timóteo).11-1 3 395 melhor. a saber. quando no final da terceira viagem estava regressando da Grécia para a Ásia através da Macedônia. com o propósito de ir a Jerusalém numa missão caritativa (At 20. Tíquico. levar com ele umas poucas coisas de que Paulo necessi- . homem digno de toda confiança. A i a usa não seria prejudicada.informação mais detalhada sobre as circunstâncias de Paulo -. Também mais tarde. e uma vez que ele conhece bem Roma e a situação da igreja nessa cidade. ele está pensando na obra do reino. ele deve. nesta mesma linha. serviço no interesse do evangelho.7). Era um dos vários amigos íntimos de Paulo que acompanharam o apóstolo. E agora. a carta aos Colossenses e. ele é também o homem certo para servir provisoriamente como diretor das atividades nas igrejas da Ásia Menor. durante a primeira prisão romana.4). ele era a pessoa certa para proporcionar a "atmosfera" necessária . durante a segunda prisão romana. a qual seria de mais extensa duração.2 TIMÓTEO 4. I íle fora comissionado pelo apóstolo para levar à sua destinação a carta aos Efésios. e não significa meramente "Ele pode cumprir certos deveres para lornar a vida mais fácil para mim pessoalmente". pois.21. O contexto indica que quando Paulo usa a expressão ministério ou serviço. Timóteo. Tíquico estivera com Paulo. especialmente os pergaminhos. C o m b a s e n a r e f e r ê n c i a a T r ô a d e . p o r q u e P a u l o n ã o tinha e s t a d o c m T r ô a d e h a v i a v á r i o s a n o s (op. 9 0 . Em grego é o sentido que conta com maior endosso dos papiros. nada saberíamos dele). 91.11-1 3 tava: Quando vier. à s u a p r ó p r i a e b e m i n t e r e s s a n t e m a n e i r a . Tinha uma abertura no meio para passar a cabeça. s ó teria valor s e n ã o h o u v e s s e u m a s o l t u r a d e sua p r i m e i r a p r i s ã o e m R o m a e . 6 6 5 ) . N ã o o b s t a n t e . "a pcenula" e b. Os "livros" eram. 178 O apóstolo. Não tinha mangas.8. p. O a r g u m e n t o de S c o t t . Seja qual for a razão por que isso não fora feito. Em latim esse é o sentido mais usual da palavra. p p . quando vier. 179 E Timóteo deve ainda trazer "os livros. protetor ele livros ou saco/a. 1 2 ) n o s d ã o u m i t i n e r á r i o c o m p l e t o . por metátese de §aivóXr\ç. com toda probabilidade.óvr|ç =. Ver seu v a l i o s o livro. M . e com o inverno a dar ares de sua chegada. Um d e f e n s o r r e c e n t e e A. 2 0 . e b. e p o s s í v e l q u e P a u l o n ã o p u d e s s e ter r e u n i d o s e u s p e r tences. p o r e m . traga a capa que deixei em Trôade com Carpo. . mas dois tipos diferentes de objetos: a. m a s m u d o u d e o p i n i ã o ( M . m e s m o n o v e r ã o .A. S i z o o . não parece estar solicitando sua pasta de documentos.396 2 TIMÓTEO 4. m a s q u e . por r a z õ e s d e s c o n h e c i d a s p a r a n ó s . 179. S e u argumento em defesa da posição de que aqui a palavra dificilmente pode significar "capa" c q u e P a u l o . o apóstolo sente falta de sua capa naquela masmorra fria e úmida. e solicita a Timóteo que a traga consigo. 1948. A conotação pasta para documentos. De Anlieke WereldEn Hei Nieuwe Testament. Trôade não ficava longe da sede de Timóteo em Efeso. n ã o d e i x a r i a sua c a p a de c h u v a p a r a trás. especialmente os pergaminhos". porém. especialmente os pergaminhos. tivessem em comum unicamente isto: que eram incômodos para ser conduzidos durante todo o tempo. Tais s u p o s i ç õ e s s ã o p r e c á r i a s . o g r a n d e viajor. os 178. em tempo quente. transliteração do latim pcenula) indica um tipo de manta de lã rústica que era usada como túnica externa para proteger contra o frio e a chuva. com a intenção de voltar logo e levar essas coisas consigo. S c o t t a r g u m e n t a d i z e n d o q u e e s t e s v e r s í c u l o s d e v e m i n d i c a r u m a c a r t a b e m anterior. u m a s e g u n d a p r i s ã o . só tem v a l o r se o livro de A t o s ( v e r 16. d e p o i s d e tal s o l t u r a . o b j e t o e s t e t ã o n e c e s s á r i o ." E possível que a. "os livros. e m c e r t a s r e g i õ e s . às vezes é encontrada e sempre há quem atribua esse sentido à palavra nessa passagem.. rolos de papiro. p. também os livros. Assim Paulo poderia tê-los deixado com Carpo (se não fosse por essa menção. . por exemplo. 138). cit. K a m p e n . não s ó n o i n v e r n o . E s p e c i f i c a m e n t e . 5 ) e o u t r a s c a r t a s d e P a u l o (ver 2 C o 2 . um receptáculo para documentos importantes e/ou livros. M i l l i g a n a n t e r i o r m e n t e d e f e n d i a e s t e p o n t o d e vista. A palavra traduzida "capa" (4>ai. as palavras de Jesus que precederam os Evangelhos. podese afirmar quase com toda certeza que houve um julgamento (isso. 15. embora o julgamento em referência provavelmente não seja o mesmo em que Alexandre partici180. Não obstante. Qual era o conteúdo desses livros e pergaminhos? Não é natural presumir que o prisioneiro do Senhor desejasse. cabras ou bezerros. em seu anseio de prover para sua necessidade intelectual e espiritual (livros. uma camisa de lã. etc. passar suas poucas semanas ou meses em meditação na Palavra de Deus? De resto. ver v. 14. 16. pergaminhos) não se vê obrigado a ignorar as necessidades do corpo ("a capa"). p o i s . Não é fácil reconstruir as circunstâncias sob as quais Alexandre se opôs a Paulo e à boa causa que este representava. o u d e c e r t o s e s c r i t o s d e f i l ó s o f o s o u p o e t a s p a g ã o s . especialmente preparadas para escrita.2 TIMÓTEO 4. acima de tudo. uma advertência contra um aguerrido inimigo da fé: Alexandre. e é inútil acrescentar algo às conjeturas já feitas. . A s s i m o leitor está s e n d o c o n d i c i o n a d o g r a d u a l m e n t e p e l o q u e c o n s i d e r o u m a i n t e r p r e t a ç ã o q u e s t i o n á v e l d e s s e s v e r s í c u l o s . As s e g u i n t e s são a l g u m a s d a s m u i t a s c o n j e t u r a s em r e l a ç ã o aos pergaminhos: a Septuaginta. H á q u e m p e n s e q u e o s mios c o n t i n h a m t r e c h o s d o A n t i g o T e s t a m e n t o . outro guerreiro da cruz escreveu um recado semelhante muitos séculos depois. E s t e ú l t i m o p o n t o d e vista é f a v o r e c i d o e s p e c i a l m e n t e e n t r e o s c o m e n t a r i s t a s q u e e s t ã o con v e n c i d o s d e q u e o s v e r s í c u l o s 16-18 i m p l i c a m q u e P a u l o e s t á a i n d a e s p e r a n d o o j u l g a m e n t o f o r m a l . 390). o bem conhecido tradutor da Bíblia para o inglês. em vista da proximidade do inverno (semelhante a Paulo!). Foi William Tyndale. um certificado de cidadania romana) d o s q u a i s o a p ó s t o l o n e c e s s i t a v a p a r a seu j u l g a m e n t o f u t u r o (?). cordeiros. sob circunstâncias análogas. Chegamos ao segundo parágrafo (ver p. o u c ó p i a s d e s u a s p r ó p r i a s c a r t a s . que de sua fria cela carcerária em Vilvoorde solicitou que. anotações próprias de Paulo. a gramática e o vocabulário. d o c u m e n t o s legais ou certificados (por exemplo. e s t á p e d i n d o s i m p l e s m e n t e a l g o c m q u e possa escrever. o latoeiro. mas sobretudo os pergaminhos. simplesmente não sabemos seu conteúdo exato. 180 É evidente que o crente. um gorro e. H á a i n d a q u e m a d o t e o p o n t o d e vista d e q u e n e m o s livros n e m o s p e r g a m i n h o s t i n h a m a l g o escrito. o u c o m e n t á rios j u d a i c o s . Isto nos lembra o caso bem familiar em que.11-1 3 397 "pergamínhos" ou "membranas" eram peles de ovelhas. me fez muito dano. levassem-lhe uma capa. Paulo quer os livros. O a p ó s t o l o . à luz do contexto sobre o julgamento. sua Bíblia em hebraico. sobretudo. 33. s i m . o ourives ( A t 19. em I . o q u e P a u l o t e m e m m e n t e n e s s a p a s s a g e m o r a e m d i s c u s s ã o .s e . o p o n do-se vigorosamente a minha proclamação do evangelho.20. O s q u e f a v o r e c e m a i d e n t i f i c a ç ã o d e " A l e x a n d r e o m e s t r e e m m e t a l " ( 2 T m 4 . é : " E m m i n h a r e c e n t e visita a E f e s o . A l e x a n d r e o j u d e u d e E f e s o d e v e ser l e v a d o p a r a R o m a . N ã o o b s t a n l e . vol. se essa inferência é correta. o qual foi t i r a d o a o s e m p u r r õ e s d e n t r e a m u l t i d ã o .19. 20. A luz do contexto. 2 0 ) . o f a z e m p o r q u e g o s t a m de a s s o c i a r D e m é t r i o . José. 15) c o m " A l e x a n d r e o h e r e g e e f é s i o " ( l T m 1. artigo " A l e x a n d e r " . I. p o d e . 2Tm 4.21. Nesse julgamento. 16).11-1 3 pou. m a s a c r e n ç a d e q u e isso s e j a m a i s q u e u m a m e r a possibilidade e n f r e n t a a s seguintes dificuldades: (1) O r e l a t o de A t o s n a d a n o s d i z da o c u p a ç ã o desse A l e x a n d r e .33. 20. provavelmente cinco Alexandres distintos). não somos culpados de oposição a D i a n a dos efésios.19. que estava nessa cidade. como Antônio. 100.24). (2) P a r a a s s e g u r a r tal i d e n t i f i c a ç ã o . E . p. Handelingen. p o r F. R o m a .s e em guarda contra ele. Eu m e s m o . S . Alexandre fora um acusador ou testemunha de acusação. porque esses Alexandres viviam na região de Éfeso. o l a t o e i r o . Quem era esse Alexandre? Seu nome era tão comum então. e. 19. em c o n e x ã o c o m o m o t i m . B . C a s t i g u e m e s s e h o m e m P a u l o e s e u s c o m p a n h e i r o s G a i o e A r i s t a r c o . na ocasião do m o t i m em Efeso. lTm 1.19. C o m b a s e n e s s a teoria. i d e n t i f i c a ç ã o essa f a v o r e c i d a . c o m A l e x a n d r e . 91. Timóteo.6. 1 4 .14. John Rutherford. vol. a q u e l e s q u e f a v o r e c e m a i d e n t i f i c a ç ã o d e " A l e x a n d r e o l a t o e i r o " o u " m e t a l ú r g i c o " ( 2 T m 4 .33. 15) c o m " A l e x a n d r e o j u d e u " . 15 é o de 1 T i m ó t e o 1. os judeus.398 2 TIMÓTEO 4. At 4. Joaquim (Mc 15. ver comentário sobre esse versículo). P o r e x e m p l o . enquanto estiver em Efeso. o a p ó s t o l o n ã o está a g o r a p e n s a n d o p r i n c i p a l mente na oposição à proclamação do evangelho. P o r isso l h e s r o g o q u e n ã o l a n c e m s o b r e n ó s e s s a c u l p a . p o d e . " A possibilidade de q u e os d o i s (Alexandre o latoeiro e Alexandre o judeu efésio) sejam a m e s m a pessoa é algo que deve a d m i t i r . G r o s h e i d e . 34)." Cf. S e f o s s e n e c e s s á r i o u m o b j e t o a d i c i o n a l . 18 ' 181. Assim. nem com o Alexandre de Atos 19. Alexandre disse: "Nós. O r a n a t u r a l m e n t e q u e isso p o d e r i a ter o c o r r i d o . m e p r e j u d i c o u m u i t o . provavelmente o mesmo não deva ser identificado com o Alexandre mencionado em 1 Timóteo 1.s e f o r j a r u m a i n t e r e s s a n t e história. n ã o s e r i a d o p o n t o d e vista d a p a s s a g e m n a p r i m e i r a e p í s t o l a ? A a d i ç ã o d e " o l a t o e i r o " a p o n t a p a r a u m a p e s s o a distinta do A l e x a n d r e m e n c i o n a d o em 1 T i m ó t e o 1. 34. 2. e n t r e o u t r o s . m a n t e n h a . faço nichos que D e m é t r i o c o b r e c o m prata. W. 1 4 . pois é racional imaginar que foi especialmente em Roma que ele pôde opor-se a Paulo. c o m o latoeiro. o latoeiro. Korte Verklaring. Objeções: (1) Sc o A l e x a n d r e de 2 T i m ó t e o 4 . a l é m d a m e n ç ã o d e seu n o m e . v e r e s p e c i a l m e n t e p. A . 20. 1 4 . . a f i m d e p r o t e g e r o s j u d e u s d e É f e s o ( A t 19. Ora. p o r é m n ã o h á n a d a n o r e l a t o q u e . B . b a s e i a m esta teoria n a s u p o s i ç ã o d e q u e . (2) C o m o o c o n t e x t o o i n d i c a ( v e r v. mas na oposição às "palavras" de defesa no tribunal. (3) O c e n á r i o de n o s s a p a s s a g e m n ã o é E f e s o . parece que esse Alexandre estava vivendo em Roma. A l e x a n d r e .34.19. T i m ó t e o o c o n h e c e ria.s e imaginar que. Lc 21. i s s o p a r e c e ria e s t a r e m c o n f l i t o c o m o p r e s e n t e c o n t e x t o . sabemos que tal sentença era definida. também o v. sendo a oração em todos os tempos o melhor profilático.22 LXX). "Ser advertido de antemão é armar-se em tempo.39. que ele ore sobre essa questão. porque vigorosamente se opôs às nossas palavras.11. e que Paulo já sabia. 1 4 .12. Ver Salmo 62. o qual fará tudo para prejudicar o discípulo ainda antes que o mesmo lenha visto seu mestre.19. 15) o c o r r e u e m É f e s o .13.10. resistiu. por meio de atos (v.15. ao vir para Roma. cf." Que Timóteo. Esse Alexandre era um perseguidor implacável. Quando Cristo regressar para julgar (ver sobre vv. Gn 4.6. ele não esquecerá o que fez Alexandre.14.23). 29. Mas em vez de vingar-se de Alexandre. cf.daí. Mateus 25. Ele sabia que estava para morrer (ver sobre 4. opôs-se (Mt 5. embora não saibamos se a sentença "condenado à morte" já havia sido pronunciada ou fora comunicada ao apóstolo. E. Gl 2. At 6. 8. então trabalhador em metal em geral.6. 18). Alexandre. Rm 9. 7. Dai. Não obstante.12. em conexão com o tribunal. colaborara na produção de uma decisão adversa para o apóstolo. onde é usado num sentido favorável). ele deixa inteiramente com o Senhor a questão da retribuição (Dt 32. teria q u e c o n s i d e r a r q u e a oposição d e q u e P a u l o f a l a ( 2 T m 4 . O u . Sem dúvida. Que ele tome as precauções necessárias para que saiba o que dizer e o que fazer se e quando se vir diante de Alexandre. acrescenta imediatamente: O Senhor lhe restituirá [melhor redação] de acordo com seus feitos. Provérbios 24. Paulo prossegue: Que você também se ponha em guarda contra ele. d e o u t r o m o d o . Ele é o latoeiro (o significado primário é caldeeiro. João 5. se ponha constantemente de guarda contra esse Alexandre perverso. . 2 Coríntios 11. 8. IPe 2. mas dará o que lhe é devido (mesmo verbo que no v. 20.15. Rm 12. 15) conseguira prejudicar Paulo. Ora.23. a fim de que lhe sejam dadas palavras apropriadas quando tiver necessidade das mesmas. Ef e l e v e e s s a m e r a p o s s i b i l i d a d e à altura d e u m a p r o b a b i l i d a d e . Apocalipse 2.2 TIMÓTEO 4.34. Rm 2. 13.28. alguém que vigorosamente (a ênfase está posta nessa palavra) se põe contra .31-46. 14) e palavras (v. 1 e 8). e lhe sejam sugeridas ações apropriadas.8. 15 399 Então o presente Alexandre provavelmente seria uma pessoa diferente.17-19. dando uma interpretação que por muitos é considerada "a mais natural". mostrando as dificuldades que cercam a interpretação oposta.9) . Teria havido outro julgamento. mesmo que ainda hoje ela não seja muito amplamente aceita. Nessa primeira defesa.15). e "todos os da Ásia" se apartaram dele (ver sobre 2Tm 1. 2Tm 3. entregue agora às reminiscências. Que diferença entre então c agora. Entende-se prontamente por que Paulo fala do julgamento como uma defesa (literalmente. Então. Isso foi durante o tempo de sua primeira prisão em Roma. disposição que alguém adquire quando chega ao final da vida terrena. 390) que se segue. e tem a oportunidade de olhar para o passado. 38-39. mas todos me abandonaram. 10).8. Por quê? Dominados pelo medo? Ou. veio da Ásia. IPe 5. Agora. possivelmente. nem uma única pessoa se apresentara como testemunha em defesa de Paulo. Paulo. ninguém esteve ao meu lado. Naquele tempo. os argumentos da defesa.15. no que se refere ao atual julgamento. Em geral. durante esta segunda prisão romana. se tais intérpretes têm razão. em vez de minhas. Essa palavra nossas ("nossas palavras").13.7. 4. ocorrera alguns anos antes.400 2 TIMÓTEO 4. Lucas?. este é o sentido do terceiro subparágrafo (ver p. analisá-lo-ei positivamente. defesa esta na qual o apóstolo fora assistido por outros (Onesíforo. Demas o abandonou (ver sobre v. porque essa fora 5£ÍÍZ parte nele. 4. Paulo ficara sozinho. Da forma como o Senhor então o fortaleceu. porque os romanos se sentem favoravelmente inclinados para ele. porém. Inteiramente sozinho? Não. "apologia". e não se apresentou nenhum acusador para impor sua acusação? Ver pp. o qual. Em minha primeira defesa."às nossas palavras".11). traz à mente o passado. 16. ninguém tomou o partido de Paulo. Primeiro. o sentimento: o apóstolo não carece de nós. no sentido de discurso que vindica de uma acusação). .15. ninguém viera para pôr-se a seu lado em sua defesa.11-1 3 6. ou seja. Timóteo também deve cobrar ânimo. Todos desertaram. então negativamente. e Lucas permaneceu fiel. Paulo extrai fortaleza para o presente e para o futuro. Mas. como o modificador nossas o indica. porque o Senhor fizera sentir sua presença de uma forma notável. lembra vividamente esse outro julgamento. ver sobre 2Tm 1. durante essa prisão prévia. Tg 4. 16-18. nesse primeiro julgamento. Onesíforo. e isto não só durante aquela prisão. seja como for. "para que por meu intermédio a mensagem proclamada . A luz desta experiência do passado o apóstolo extrai ânimo: E o Senhor me livrará de toda obra maligna e me salvará [conduzindo-mej para seu reino celestial. do próprio Paulo (ICo 13. 22 (passagem sobre a qual está baseada a expressão figurada de Paulo) significa livramento completo. Porém sabe perdoar. E o propósito fora este: a fim de que. durante sua primeira prisão. e cf. 28). ver sobre v.2 TIMÓTEO 4. ele prossegue: Que isso não lhes seja levado em conta. porém.12. a palavra pregada por ele. deve chegar aos limites do Ocidente. A mensagem do evangelho de Paulo. ITm 1. "kerugma".11. Provavelmente esta seja simplesmente uma forma idiomática de dizer: "Eu fui libertado das garras da morte" ( e x f a u c i b u s mortis. 2 .20. a fim de que não só os gentios ao miente de Roma. pudesse completar minha tarefa de proclamar o evangelho de salvação.23). Sua primeira prisão romana terminou em plena absolvição e em mais viagens missionárias.pudesse ser cumprida ou consumada").21.10).. até certa medida. 27. Calvino). 15 401 Nau obstante. Sabemos com certeza de Filipenses 4. Este desejo em forma de oração está inteiramente em harmonia com o espírito de Cristo (Lc 23. a mensagem fosse plenamente proclamada (literalmente. O Senhor. At 9. Ef 6. como é evidente à luz de Salmo 22. a mesma palavra de I . O Senhor (Jesus Cristo) esteve ao lado dele e o fortaleceu (cf.14. depois de minha absolvição. A Espanha não podia ser omitida (Rm 15. mas ainda em seu caminho para ela (At 23.5). Por isso.34). esta foi de fato a bendita experiência de Paulo.ou "pregação". de Estêvão (Al 7. por meu intermédio..60) e. Com Ioda probabilidade isso. mas também os do ocidente pudessem ouvi-lo. E eu fui resgatado de [a] boca de [o] leão. e todos os gentios a ouvissem. p 4. Paulo recebeu capacitação para declarar o nome do Senhor por toda parte. A seguinte interpretação é natural: Fui posto em liberdade para que. ou um leão literal do anfiteatro.22. e não uma referêni ia específica a Satanás. esteve ao meu lado e me deu força. Paulo se sentira frustrado. Nero. Rm 4. Nole o paralelo: .13.24.13 que. Agora. ou simplesmente significa "me salvará para". 17). tem sua sede no céu.43). exatamente o desígnio de Satanás. levando-me a". não obstante. me salvará a (ou para) seu reino celestial" implica que Paulo esperava ir para o céu imediatamente após a morte. 10). O ladrão penitente entra no Paraíso imediatamente. "Lázaro" é imediatamente levado pelos anjos para o seio de Abraão (Lc 16. Em minha primeira defesa. que a morte é "lucro" (Fp 1. o mesmo verbo em ambas as vezes. Demas me abandonou (v. No passado houve perigo.22-33 não espera imunidade contra os maus-tratos corporais! Mas o Senhor (Jesus Cristo) me salvará (esta é uma expressão abreviada que significa "ele me salvará. porém.1). Assim. Ele nunca estará separado do amor de Deus em Cristo. 1). ele será resgatado por meio da morte. A ênfase recai sobre essa atividade divina de resgate. porém. No passado. ver especialmente v. Todos os esforços que ele empreende para concretizar este sinistro propósito constituem sua obra maligna.16-18 Em minha primeira defesa. estará pronto para receber o crente (2Co 5. "o Senhor me resgatará" (v. 22). 16). também havia o que os homens consideram perigoso.24.. "eterno nos céus". 25). agora. embora visto na terra em sombras. e pertence ao céu quanto a sua essência e plenitude (ver sobre v. O homem que escreveu 2 Coríntios 11. eu fui resgatado (v. No passado. "o Senhor me livrará de toda obra maligna".402 2 TIMÓTEO 4. O Senhor está para conduzir Paulo ao céu. o Senhor interviera. como em ITs 1. ou seja. Novamente. em todo tempo. está convencido de que. Esta é a doutrina bíblica por toda parte. Paulo. no passado e também agora. ainda que não de todo dano físico. Paulo fora resgatado da morte. Paulo está convencido de que. todos me abandonaram (v. 18). e aniquilar o reino de Cristo é. Agora. quando a tenda terrena se desfizer.10).. novamente ele intervirá decisivamente para livrar (que é o sentido de resgate. A expressão "o Senhor. O mesmo verbo em ambos os casos. Destruir Paulo. espiritualmente. o edifício de Deus. Agora. Em nenhum dos dois casos sua alma perecerá. o salmista espera ser bem-vindo no reino da glória quando morrer (SI 73. àquele reino que.21). Agora. o que não seria verdadeiro se ela significasse extin . junto com seu Senhor (Lc 23. ambas as interpretações produzindo o mesmo sentido resultante) seu reino celestial. ver C.o radiante esplendor de todos seus marailhusos atributos . sobre João.ulicularmente ao julgamento que então transcorreu e o qual resultou II I absolvição de Paulo e nas muitas viagens. p.ira que de todo o coração deseja (se o verbo omitido for "seja") ou definitivamente declara (se deve entender "é". p. L o c k . e como estando muito felizes e ocupadlvsimas naquela região de bem-aventurança (Ap 7.T.ia lerra significa estar com Cristo. illiilir. Sentem que a úli n n a está em desarmonia com as condições favoráveis da prisão regisn iida no livro de Atos. o apóstolo .13-17). Gálatas 1. Romanos 9.5. o Senhor. segundo a qual a expirssào "minha primeira defesa" se refere à primeira prisão romana. a glória para todo o sempre.N. Cf. i acrescentar a palavra solene de afirmação ou confirmação.seja (ou "é") sua possessão do mundo sem-fim. visto que esta partida é muitíssimo melhor que permanecer na terra. porém. nota 51). A interpretação que tem sido apresentada. condição esta "muitíssimo meIIn ii" que o prosseguimento da vida aqui embaixo (Fp 1.i desta terra. B o u m a . e s t ã o os s e g u i n t e s : B a r n e s . Daí. I. muitos comentaristas favorecem uma interpretação que IIIIITC radicalmente daquela endossada pela tradição. 111. não in preende que surja esta doxologia: A ele. XI). Que Eusébio assim interpreta a passagem é evideni i luz da citação que já foi apresentada (ver p. Cf.11 e iiiiqueles textos de Mt 6. Vol.182 I Entretanto. é endossada pelo testemunho da tradição.27. Amém.13 que contêm a doxologia da oração do Senhor) que a glória de Cristo . pn-sso u m a p r e f e r ê n c i a p o r ele. 40). 16. sua alma se enche de êxtase. aqui. Seu ponto de vista pode ser brevemente sumariiiIn assim: ( I) "Minha primeira defesa" significa: "meu primeiro comparecii 1 I' litro o u t r o s q u e t ê m a c e i t o e s t e p o n t o de v i s t a o u .11-1 3 403 •in da existência ou a passagem para o esquecimento.2 TIMÓTEO 4. E o livro di Apocalipse retrata as almas dos mártires como tendo sido trasladada'. Z a h n ( p a r a • in . a glória que nunca cessa é atribuída a Cristo. imediatamente para o céu. Cf. "Amém" • ' ibre a qual. v n B i b l i o g r a f i a ) .. e que partir ili .18. e m b o r a a d m i t i n d o a l g u m a d ú v i d a . .5.23). Paulo não se enche de espanto quando pensa em sua iminente pari n l. também Cri•• lomo(Hom. como em lPe 4. em 2 Timóteo 4. Ao contrário disto. mais recentemente. Gealy. é preciso dizer que alguns. N ã o o b s t a n t e . (4) "E todos os gentios a ouvissem" significa: a fim de que a multidão de nobres da corte. (3) A frase: "O Senhor. h o m e m de importância aos olhos dos romanos) me acompanhou ao tribunal para atestar por meio de sua presença que sou uma pessoa respeitável. n e c e s s a r i a m e n t e . R o b e r t s o n . embora desejem ser contados entre seus defensores. (2) "Ninguém esteve a meu lado" significa: nenhum patrono ("amigo" na corte. pudesse ser plenamente completada). e. L e n s k i . Feine. 183. J ü l i c h e r . porém. ele está reconstituindo seus passos. S i m p s o n e W h i t e ( v e r B i b l i o g r a f i a p a r a o s títulos). Isto não surpreende. Semelhantemente. 183 Para ser justo com os que favorecem este ponto de vista. "todos me abandonaram" significa: todos esses patronos em potencial me abandonaram. (5) "E fui resgatado da boca do leão" significa: e fui salvo de ser executado naquele dia. c o m variações individuais q u a n t o a detalhes de interpretação: Dibelius. minha mensagem atingisse seu clímax (ou: para que. os c o m e n t á r i o s e introduções. E n t r e o u t r o s q u e a c e i t a m o u r e c o n h e c e m e s t e p o n t o d e vista e s t ã o o s s e g u i n t e s . O fato de que a declaração: "Alexandre. por meio de minha defesa no tribunal.s e e n f a t i z a r q u e o s u m á r i o q u e é a p r e s e n t a d o não f a z . por meio intermédio. . Note o seguinte: Com respeito ao ponto (I) supra.404 2 TIMÓTEO 4. d e v e .16-18 mento no tribunal". seja seguida por " Em minha primeira defesa ninguém ficou ao meu lado". poderia implicar que o dano causado por Alexandre não foi feito "em minha primeira defesa". sim. a investigação preliminar" ( prima actio) neste julgamento atual. expressam sérias desconfianças e dúvidas a respeito. me prejudicou muito". Ellicott. p a r a u m a i n f o r m a ção mais completa. a fim de que. Se este é o caso. p l e n a j u s t i ç a a o p o n t o d e v i s t a d e a l g u m d o s i n t é r p r e t e s e m particular. o latoeiro. pudesse ouvir minha defesa (ou: de modo que essa multidão ouvisse minha defesa). Ver. a mensagem fosse plenamente proclamada" significa: o Senhor me fortaleceu a fim de que. esteve ao meu lado e me deu força. S c o t t . representando todo o mundo pagão. Paulo poderia estar comparando o presente com o passado. por esse meio. 19-21. 4. 390) começa da seguinte forma: Saúde a Prisca e Aquila e à família de Onesíforo.21. ver p. A luz da passagem na qual Paulo. estava pensando. E preciso ainda admitir sem reservas que o ponto de vista Iradicional tem suas dificuldades. Nenhum palavra acerca de "patronos". a saber: que imediatamente após essa audiência preliminar de Paulo.6). Finalmente. é difícil crer que Paulo quisesse dizer que Lucas estava ausente ou que não estava qualificado para servir como patrono. Com respeito a (3). sem dúvida. 15. De qualquer modo. 3. vv. é preciso dizer que.7). 22. ao Ocidente (Espanha) e ao Oriente. Além disso. Ver esse auditório como que representando "todo o mundo pagão" parece uma exegese forçada no interesse de uma teoria. 2. se houve um julgamento de qualquer tipo ("preliminar" ou de outro lipo) durante esta atual prisão. O quarto parágrafo (saudações. pode-se dizer com pouca possibilidade de contradição bem-sucedida que bastante insatisfatório é o ponto de vista segundo o qual resgatar da boca do leão nada mais significa que isto.e para que todos os gentios a ouvissem" não significa mais que "e para que toda a corte a pudesse ouvir" pareceria fazer violência ao texto (como Gealy o admile).. Salmo 22. Paulo menciona Lucas que está com ele.2 TIMÓTEO 4. Mas não são ainda maiores as dificuldades que o ponto de vista oposto tem que enfrentar? 19. e Deus que o abandonou. ele foi devolvido como prisioneiro acorrentado a sua horrível masmorra para esperar ali uma morte certa (cf.14. ainda não foi apresentada. isto está inteiramente de acordo com o que ele está dizendo em outras passagens da carta (1.. a qual menciona um livramento do caráter mais completo. com respeito a (5)..5. Portanto. . ou seja. Com respeito a (4).2. Dizer que a cláusula ". se há uma interpretação melhor do que a oferecida pela igreja dos primeiros séculos. etc. 2Tm 4.16-19 405 delineando lições e analogias à luz das experiências dos primeiros anos. Com respeito a (2). em vez de ser executado. a saber. A idéia de que a proclamação plenamente executada se refere simplesmente a uma defesa no tribunal não parece tão razoável como o ponto de vista de que ela se refere à esperança de proclamar o evangelho ao mundo inteiro. a quem "expuseram mais precisamente o caminho de Deus" (At 18. que um escritor concede honra especial ou uma posição mais elevada à pessoa mencionada primeiro . Logo os dois homens estavam trabalhando juntos (At 18. Prisca tinha sido uma "anfitriã nobre".3. Quando voltava ao seu ponto de partida em sua segunda viagem missionária.19). o apóstolo fez uma breve parada em Éfeso. Estes são nomes latinos. acrescenta uma fervorosa saudação de Áquila e Priscila e da igreja "que está em sua casa" (1 Co 16. Prisca superava seu esposo em lealdade e zelo com respeito à obra do Senhor. Rm 16.406 2 TIMÓTEO 4. diz Priscila (o mesmo significado. As conjeturas quanto à razão pela qual Áquila é nominalmente mencionado depois (e Prisca antes) são: a.1-3). ou seja. ICo 16. e aqui em 2Tm 4. o holandês "oudje"). Se a conjetura subjacente for a correta. porém com um sufixo que denota "pequeno". e como tal tinha dispensado a Paulo e seus auxiliares um cuidado mais solidário. Prisca era oriunda de uma família mais distinta.18. Note que Paulo diz Prisca ("mulher séria ou velha").2. Quando nessa mesma viagem Paulo finalmente chega a Corinto e envia a carta aos Romanos.19).18.24-26). faz com que a saudação a Priscila e Áquila seja a primeira de uma extensa lista. em quatro das seis referências àquele maravilhoso casal. cf. 19). Parece justificável inferir que foi por intermédio de Paulo que seus anfitriões foram levados a Cristo. b. Como resultado de uma explosão de anti-semitismo por parte do imperador Cláudio. a ordem é revertida(At 18. Áquila e Priscila estavam viajando com ele. o nome da esposa vem antes (At 18. Ele era fabricante de tendas como Paulo.16-18 Quanto a Prisca e Áquila. Áquila era "natural do Ponto" e vivera por algum tempo em Roma. Lucas. e "os deixou ali" (At 18. Quando Paulo em sua terceira viagem missionária envia 1 Coríntios de Éfeso.19). 18. note que.26. Aquila significa águia.conjetura que nem todos aceitam -. c. É ali onde demonstram ser uma bênção de Deus para aquele fervoroso pregador chamado Apoio. Áquila e sua esposa haviam deixado Roma e se estabelecido em Corinto. então a razão mencionada no final poderia ser a correta. (A teoria de que essa lista . Em duas referências. porém. porém não sabemos. o lar de Áquila e Priscila. 49-50). jamais foi provada. O apóstolo quer que Timóteo saiba disso. sem dúvida por meio de Lucas (ver sobre v. que agora estão de volta a Roma.23 e r a a m e s m a p e s s o a m e n c i o n a d a n a s o u t r a s d u a s r e f e r ê n c i a s ( A t 19. 15 407 não corresponde a esse lugar.16). em conexão com a terceira viagem missionária de Paulo. A razão para este regresso a Éfeso poderia ter sido a perseguição de Nero.escrevendo com sua própria mão! Ver comentário sobre 2 Tessalonicenses 3.2 TIMÓTEO 4. é o lugar de reunião para a congregação cristã (Rm 16. porém. como em Éfeso. de modo que não se faz necessário dar mais pormenores para sua identificação.22 e 2 T m 4 .22).17 . Posto que no livro de Atos esses dois nomes aparecem juntos ou em estreita proximidade. 21). deixei doente em Mileto. Tudo indica que agora este casal devoto tinha "arriscado o pescoço" por Paulo. O s q u e r e j e i t a m a i d e n t i f i c a ç ã o a r r a z o a m q u e o t e s o u r e i r o d a c i d a d e d e C o r i n t o n ã o teria s i d o c a p a z d e a c h a r t e m p o d e s e r u m a s s i s t e n t e c o n s t a n t e d e P a u l o . A razão é que não se encontram em Roma.14. a p o n t o d e e s t a r c o m ele e m É f e s o . Finalmente. mas é também a mais completa e cordial.19) que ambos uma vez mais deixaram Roma e regressaram a Éfeso. antes disto ele toma cuidado ao indicar as razões por que duas pessoas foram impedidas de enviar saudações.a seus leais amigos e colaboradores Áquila e Priscila! O apóstolo também envia saudações à "família de Onesíforo" (ver sobre 2Tm 1. Apego-me com determinação à convicção de que ela é parte da epístola aos Romanos. viagem em que foi acompanhado por Timóteo grande parte da jornada (ver pp. é possível presumir sem temor equívoco que Erasto é aquele que na terceira viagem missionária foi enviado (na viagem de ida) com Timóteo a Macedônia (At 19. 11). à luz de nossa presente passagem (2Tm 4. Paulo está para transmitir os "melhores respeitos" de alguns crentes de Roma com quem mantivera certo grau de contato (ver v. Não obstante. tudo indica.) Esta saudação é não só a primeira. Com quanto carinho teria Paulo enviado esta saudação . de modo que não comece a preocupar-se com a causa da omissão. Trófimo. d i s p o s t o . n ã o s e p o d e d e t e r m i n a r . ainda que tenha sido defendida com vigor.184 e que Trófimo era aquele 184. S e o E r a s t o m e n c i o n a d o e m R o m a n o s 16.20 o apóstolo menciona estes nomes como os de dois homens bem conhecidos de Timóteo. e posto que aqui em 2 Timóteo 4. 2 0 ) . 20.35). Uma vez mais. Diz Paulo: Erasto ficou em Corinto. A c e r c a de t o d a a q u e s t ã o . E r a s t o t e m a l g o q u e v e r c o m Corinto. t a l v e z p o r um a n o . Certamente que amiúde Deus se agrada em curá-los.20).408 2 TIMÓTEO 4.16-18 que. Na soberana providência de Deus. 15). depois ao norte.1. de Corinto. o o f í c i o n ã o era considerado c o m o de grande proeminência. 5). p o r t a n t o .23. Corinto. Para mim. Até m e s m o um escravo ou um liberto poderia vir a ser um t e s o u r e i r o da c i d a d e . v e r t a m b é m H. T a m b é m . T i m ó t e o e E r a s t o s ã o e n v i a d o s a Corinto via M a c e d ô n i a (cf. G1 4. C a d b u r y . e que Trófimo fora deixado doente em Mileto. 2Rs 13.14. 55-56) Erasto havia permanecido em Corinto. Fp 2.1-3. JBL 50 ( 1 9 3 1 ) .10). bênção que chega em resposta à oração (Tg 5. a questão permanece duvidosa. deles é sempre o conforto de passagens tais como Salmo 23. seria. lTm 5. d. Não é impossível que um h o m e m que viajara com Paulo c o m o especialista financeiro p u d e s s e vn. na mesma viagem (na volta) com Timóteo. Romanos 8. ver um mapa. se ainda a vontade de Deus é outra. "ele ficou em Corinto". E razoável presumir que. a ser e n v i a d o em d i v e r s a s m i s s õ e s . então ao Ocidente (via Mileto. E r a s t o é "o t e s o u r e i r o da c i d a d e " . S e g u n d o a p r i m e i r a r e f e r ê n c i a . " E r a s l u s of C o r i n t o " . b . ou s e j a . Em s u a t e r c e i r a v i a g e m m i s s i o n á r i a .a ser t e s o u r e i r o da c i d a d e . também pp. e s p e c i a l i s t a c m a s s u n t o s f i n a n c e i r o s . Trófimo. U m h o m e m c o m o o E r a s t o d e R o m a n o s 16. provavelmente de regresso da Espanha. João 14. Paulo. a Roma. que veio a ser a causa inocente de Paulo ser agarrado por um motim em Jerusalém (At 21. os crentes também ficam doentes (Eliseu.35-39. Havia sido há bem pouco tempo que.4. de viagem ao Oriente.23 e 2 T i m ó t e o 4 . Trôade. a apenas uns sessenta quilômetros ao sul de seu lar em Efeso. um efésio. P a u l o estava reunindo fundos p a r a a j u d a r os irm ã o s c a r e n t e s d e J e r u s a l é m . 42-58. Todavia. . Ezequias. s e g u n d o R o m a n o s 16. em suas notas acerca de Erasto e Trófimo.13. E teria sido uma penosa experiência para Paulo descobrir que nessa ocasião não recebeu nenhum poder do Senhor para sua cura. Epafrodito. 27. Q u e m favorece a identificação. J. enquanto Paulo. At 19.22 corn 1 Co 16.25-27. A l é m do m a i s . responde: a. Foi este mesmo Trófimo.14. 2Rs 20.23. c. de a c o r d o c o m a s e g u n da [referência]. ele é t e s o u r e i r o de C o r i n t o . a p e s s o a i n d i c a d a p a r a ir c o m T i m ó t e o (At 19. acompanhou Paulo (At 20. Timóteo. 2Tm 4. c s e g u n d o R o m a n o s 16. Deve ter sido difícil para Trófimo ser deixado em Mileto. Também morrem! A passagem "por suas pisaduras fomos sarados" não significa que os crentes estão isentos das enfermidades da carne. Assim. 2 0 . 42.29). ele esteja relatando experiências recentes. nenhum desses homens está agora em condições de enviar saudações de Roma.23.22). Além do mais. Estes dois últimos (Prudente e Cláudia) são nomes latinos comuns. O Lino a que Paulo faz referência parece ter sido simplesmente um crente de Roma. Lino (que significa "louro") era o nome de um trovador mítico. ver E d m u n d - . A tradição diz que depois da morte de Pedro esse homem foi ordenado ao bispado da igreja de Roma (Irineu. iv). 12. isso era muito arriscado. ou. Nem mesmo a lenda faz referência a Eubulo. ou "pessoa prudente". usando Lucas como mediador. Erasto. para mencionar apenas umas poucas entre muitas referências. O apóstolo não parece tê-lo numa posição tão elevada. iii. E com a aproximação do inverno. Para uma genuína apreciação da profundidade do sentimento. 13). Então cessava a navegação.21. 185 Tampouco sabemos a quem se re185. Por isso não causam estranheza as palavras: Faça o máximo possível de vir antes do inverno. Cláudia e todos os irmãos. de outubro a abril) estava se aproximando. se se pretendia navegar. do comovente rasgo.4-7. Paulo precisava de sua capa (ver sobre o v. Se Timóteo demorasse em atender. e também Prudente. alguns crentes que haviam resistido à urgência da fuga de Roma e da sanguinária perseguição pedissem que fossem lembrados: Eubulo o saúda. em outros termos. 1 4 . Se esta tradição repousa sobre alguma base de fatos. Lino. O inverno (desde a Festa dos Tabernáculos até a Festa da Páscoa. não temos um conhecimento definido e confiável acerca das quatro pessoas mencionadas.6). Trófimo. Prudente ("modesto") era um senador romano convertido por Pedro. e Cláudia ("aleijada") era a mãe de Lino. P a r a l e n d a s p o u c o d i g n a s d e c o n f i a n ç a a c e r c a d e P r u d e n t e e C l á u d i a . que subjaz a petição que ora se segue. não um ex-companheiro de Paulo. Ecclesiastical History III.6-8. 21. Entre os gregos. o apóstolo estava consciente de que o dia da execução se aproximava celeremente (2Tm 4.16. ela está sujeita a dúvidas. Eusébio. Aquila. Salvo estas breves notas aqui em 2 Timóteo 4.6. Against Heresies III. nome próprio grego que significa "bom conselheiro". os dois não voltariam a se ver novamente na terra.2 TIMÓTEO 4 . como Paulo o sabia da própria experiência (ver At 27). 15 409 Filipenses 4. Provavelmente. 2 Timóteo 4. Segundo a lenda. é preciso lembrar que à lista de colaboradores ausentes dada no versículo 10 agora é preciso somar os que acabam de ser citados (Prisca. Hebreus 4. e onde estava Onesíforo? Ainda na terra?). 3. de s o n . Ver comentário sobre 1 Timóteo 6.em cada época existe esse tempo. n o t a C. Quanto a isso. não sabemos se esses irmãos pertenciam à congregação original. 186. Fp 4. Por exemplo. . Ver m e u livro Bible Survey. Timóteo deve pregar a sã doutrina. que é o quinto subparágrafo (ver p. para que possa cumprir todas suas tarefas ministeriais e no cumprimento de seus deveres tenha condições de suportar sofrimento pela causa de Cristo. e em cuja presença a incumbência é transmitida e recebida.410 2 TIMÓTEO 4. The Church in Rome. p p . Deve lembrar que virá o tempo . ele deve estar sempre com as boas-novas à mão. A saudação final. O predicado "[seja] com seu espírito" implica que o espírito de Timóteo necessita ser fortalecido. 39 1) tem duas partes. mas também a todos os que ouvirem ou leiam a carta: A graça [seja] com vocês. ele deve reprovar. Assim ele põe Timóteo sob juramento de cumprir a incumbência. Se Timóteo obedecer.23). G1 6. e isto sem protestar. então participará da (e se desobedecer perderá a) glória da Epifania e Reinado de Cristo. "O Senhor" significa "o Senhor Jesus Cristo" (cf. ou a u m a das assembléias de crentes subseqüentemente estabelecidas oriundas do elemento judaico de Roma. fazendo isso com suprema longanimidade e grande desejo de ensinar. repreender e admoestar. que julgará os vivos e os mortos.quando os homens não suportarão a sã doutrina. pois. A primeira parte é dirigida somente a Timóteo: O Senhor [seja] com seu espírito.4 3 2 . ainda quererão ter seus mestres.18. mas esses tempos tornam-se progressivamente piores . Síntese do Capítulo 4 Ver o Esboço no início deste capítulo. deve ser um arauto.21. Esta é a incumbência final e soleníssima que o apóstolo transmite enquanto dirige a atenção de seu assistente para Deus e para Cristo Jesus. Deve proclamar vigorosa e fielmente a mensagem de salvação divinamente autorizada. Quer seja recebido ou não. A segunda parte é dirigida não só a Timóteo. predominantemente gentílica. Naturalmente.16-18 fere ao dizer "todos os irmãos". Timóteo. 1 8 6 22. 4 2 7 . mas também a todos quantos têm esperado com amor e anelo o momento do aparecimento do Senhor. o justo Juiz.9-22) se acha resumido na p.r 2 TIMÓTEO 4 411 fato. que tem combatido o bom combate. sua gloriosa segunda vinda. seja sóbrio. está para partir rumo às praias da eternidade. porém. Que ele faça isto ante o fato de que Paulo. e não somente a ele. O parágrafo final (4. Esses mestres. Que Timóteo. lhe dará no dia do juízo. pois. e qual o Senhor. a qual ele pode com justiça reivindicar como propriamente sua. acabou a carreira e guardou a fé. serão do tipo que se ajustam às fantasias dos homens cujos ouvidos coçam por ouvir histórias interessantes em vez da verdade. 390. "muitos". disposto a suportar dificuldades enquanto se desincumbe plenamente de seu ministério evangelístico. . a fim de que possa receber a coroa. Escrevendo a Tito. Todas as classes de individuos que compõem o círculo familiar devem conduzir-se de tal maneira que. Os crentes devem obedecer às autoridades. Instruções finais com respeito a itinerantes em prol do reino (Artemas ou Tíquico. visto que foi a bondade de Deus nosso Salvador. seu Salvador. Tito. Apoio) e a crentes cretenses em geral. Na Vida Social (ou seja. Razão: Creta não tem escassez de pessoas de má reputação. A. B. o que nos trouxe a salvação.COMENTÁRIO SOBRE T I T O ESBOÇO DE TITO Tema: O Apóstolo Paulo. Saudações. as quais necessitam ser repreendidas com toda seriedade. possam adornar a doutrina de Deus. Na Vida Familiar e Individual. C. A. Jesus Cristo. Devem ser amáveis para com todos os homens. Zenas. não nossas obras. Em contrapartida. por meio de sua vida. A. B. Razão: A graça de Deus se manifestou a todos para a santificação e para a jubilosa expectativa do aparecimento em glória de nosso grande Deus e Salvador. B. Ministra Diretrizes para a Promoção do Espírito de Santificação Capítulo 1: Na Vida Congregacional. Capítulo 2: Capítulo 3: . Pública). é preciso evitar as questões néscias e os homens facciosos que se negam a prestar atenção às admoestações. Deve-se designar presbíteros bem qualificados em todas as cidades. C. Destinação e Saudação. as quais devem ser seriamente repreendidas.1-4 1. Escrevendo a Tito. .10-16 Vida Congregacional Destinação e Saudação. Razão: Creta não tem escassez de pessoas de má reputação.ESBOÇO DO CAPÍTULO 1 Tema: O Apóstolo Paulo.5-9 1. Ministra Diretrizes para a Promoção do Espírito de Santificação Na 1. Deve-se designar presbíteros bem qualificados em cada cidade. 4 a Tito [meu] genuíno filho no exercício de [a] fé comum. I 1. Paulo se denomina servo e apóstolo (cf. Paulo. indica o número de palavras de cada saudação no original.1). note a seguinte lista que. e fala de uma promessa agora cumprida. a qual o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos 3 .mas que no devido tempo ele revelou sua palavra pela proclamação que. somente duas são mais longas. servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo no interesse de [a] fé dos eleitos de Deus e de [seu] reconhecimento da verdade que é segundo a piedade. 1-4) assemelha-se à de Romanos mais que qualquer outra. Nas epístolas de Paulo. . Aqui.1-4 1.1 I Paulo. Estas são as palavras iniciais de uma extensa saudação. 1 Tessalonicenses 2 Tessalonicenses Colossenses Efésios 2 Timóteo filipenses 1 Timóteo 19 27 28 28 (ou 30) 29 32 32 2 Coríntios Filemom 1 Coríntios Tito Gálatas Romanos 41 41 55 65 75 93 A presente saudação (vv. servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo no interesse de [a] fé dos eleitos de Deus e de [seu] reconhecimento da verdade que é segundo a piedade. graça e paz de Deus [o] Pai e Cristo Jesus nosso Salvador. ordenada de forma ascendente. 2 [baseada] na esperança da vida eterna. por ordem de Deus nosso Salvador. como em Romanos. À guisa de comparação. 2Pe 1. me foi confiada -.CAPÍTULO 1 — < $ > — TITO 1. 1. v e r c o m e n t á r i o s o b r e 1 T i m ó t e o 1. p r o v a v e l m e n t e . 6. as variações nos modificadores). se a e s c o l h a é e n t r e escravo e servo. a vida de virtude cristã. N . p a r e c e r i a q u e . ou seja. ver C . como em outras epístolas (especialmente nas saudações extensas).4. e em contraste com o caráter mentiroso dos cretenses (Tt 1.1. c o n c o r d a r s o b r e . a própria saudação já menciona a piedade ("a verdade que é segundo a piedade"). que enfatiza a idéia de que a sã doutrina vai de mãos dadas com a vida de santificação e a realização de boas obras. Fp 1. (não "graça. 4 . S o b r e a idéia de apostolado. não surpreende que em Tito.6. ver c o m e n t á r i o s o b r e 1 T i m ó t e o 2 . cf.3. cf. e 2 T i m ó t e o 3. "promove") a piedade. s o b r e 1 T e s s a l o n i c e n s e s 1. verdade essa que. 3 . é p r e c i s o ter em m e n t e q u e . 11.1. a saudação está de acordo com o caráter e propósito da epístola. 188. P a r a a e x p r e s s ã o " J e s u s C r i s t o " . n o t a 184. 6. O s t r a d u t o r e s e c o m e n t a r i s t a s n u n c a p o d e r ã o . 8. 2 . S o b r e a idéia de eleição. s e òoGÂoç. N . Aqui. ainda que varie a forma de expressão. cf. Jo 2.15. Em f a v o r de escravo e s t á o f a t o de q u e o D o n o de P a u l o o comprou. 188 187. E p a r a piedade. O serviço e o apostolado são exercidos "no interesse de" (esse parece ser o sentido de Kaxá aqui.1. se concretiza com o fim de fomentar ou promover a confiança dos escolhidos de Deus nele. como em Romanos e em diversas outras epístolas. p o r isso o possui. d e v e ser t r a d u z i d o p o r escravo ou servo. e recebeu sua comissão autoritativa diretamente de Jesus Cristo. n e n h u m a t r a d u ç ã o p o d e d a r numa só palavra o p l e n o e rico s e n t i d o do o r i g i n a l . s o b r e J o ã o 15. D i v e r s o s c o n c e i t o s d e s t e v e r s í c u l o t ê m sido d i s c u t i d o s m a i s p l e n a m e n t e c m o u t r o s l u g a r e s . 5.5. ele atribui a graça e a paz. Em contrapartida. . T . c o m o o c o r r e a m i ú d e . ver c o m e n t á r i o s o b r e 1 T i m ó t e o 1. bem como seu alegre reconhecimento ou confissão da verdade redentora que se centra nele. o espírito de verdadeira consagração.12) faz menção de Deus que nunca mente. N . T . T . Ver t a m b é m C .1. e q u e o a p ó s t o l o é completamente dependente de seu D o n o . em agudo contraste com as extravagâncias dos falsos mestres. Paulo é servo de Deusw ("servo" também em Rm 1. porém. misericórdia e paz" como em 1 e 2 Timóteo) à mesma dupla fonte.6-9 Além disso. 2Co 11. C . r e l a ç ã o da qual está p l e n a m e n t e ciente. note. Tg 1. P o r t a n t o .21) a fé dos eleitos de Deus e [seu] reconhecimento da verdade que é segundo a piedade. a t r a d u ç ã o servo m e r e c e a p r e f e r ê n c i a aqui. esta m e s m a tradução choca muitos ouvidos. porque a p a l a v r a " e s c r a v o " g e r a l m e n t e traz à n o s s a m e n t e a i d é i a de serviço involuntário e tratamento rude.1. Assim.416 TITO 1. 1 6 . 7 . c o m o u s a d o a q u i e em p a s s a g e n s s e m e l h a n t e s . e portanto é seu apóstolo.1. s o b r e 1 T e s s a l o n i c e n s e s 1. concorda com (ou aqui também "é no interesse de". 2Pe 1. N ã o o b s t a n t e . 2.. o exercício da piedade) q u e s e g u n d o o e n s i n o u n i f o r m e d e P a u l o também s ã o e s t i m u l a d a s p o r e s t a viva e s p e r a n ç a . porque temos posto nossa esperança no Deus v i v o " (ver comentário sobre l T m 4. Hb 6. a esperança considerada como um estímulo na realização de MUI própria tarefa (e a de T i m ó t e o ) .25). ITs 1. 1 3 . Rm 8. n e s t e c a s o n ã o s e r i a (2) i n t r o d u z i d a m a i s n a t u r a l m e n t e p o r a l g u m a partícula especificativa? E m s e g u n d o lugar. diz: " P o r q u e c o m este f i m t r a b a l h a m o s e l a b u t a m o s . A e x p r e s s ã o " n a e s p e r a n ç a da v i d a e t e r n a " r e a l m e n t e m o d i f i c a t o d o o p r i m e i r o v e r ifrillo? Em o u t r o s t e r m o s . 1 1 . cf. s ã o as s e g u i n t e s : l T m 1. e n t ã o t a m b é m A t 2 6 .12. 2 T m 1. Ora. 7. 1 8 . 15. 6 . tudo o que até aqui se disse . c o m o j á s e m o s t r o u . ou a m b a s . a c e i t a m s o m e n t e a .2) "prometeu antes dos tempos eternos". Foi esta salvação que Deus. I C o 9 . 1 . n ã o é o a n t e c e d e n t e d a e x p r e s s ã o " [ b a seado] na esperança" remoto demais? E m terceiro lugar. que não pode mentir (ISm 15. I Kl>. R m 4 . 6 . a q u a l " . ( H b 12. E c o m r e s p e i t o a b.18. etc. 8. 10. p o r é m .13. a p a s s a g e m de Tito 2 .repousa na esperança da vida Hrrna. 4 .o serviço e apostolado de 1'nulo no interesse da fé dos eleitos de Deus e de seu reconhecimento da verdade que é segundo a piedade . 1 2 . 1 9 .ns pleno desenvolvimento (cf. uma confiante expeclaliva e uma paciente espera pela "vida eterna". ( O u t r a s p a s s a g e n s q u e p r o v a m d ou h.58. A s f r a s e s (1) e (2) são c o n s i d e r a d a s c o m o m o d i f i c a d o r e s c o o r d e n a d o s d e " P a u l o . a d m i t i d o a s s i m e s t r e i t a m e n t e . 2 . o s c r e n t e s t ê m o d i r e i t o d e c o n s i d e r a r s u a s a l v a ç ã o f u t u r a c o m o u m i n c e n tivo l e g i t i m o ( a i n d a q u e n ã o o ú n i c o ) p a r a u m a v i d a d e s e r v i ç o c o n s a g r a d o a q u i e m b a i x o . 8 .TITO 1.24. tornando-o m e n o s provável: E m p r i m e i r o lugar. s e r v o d e I )eus c a p ó s t o l o de J e s u s C r i s t o . V á r i o s c o m e n t a r i s t a s . é a esperança a q u i c o n s i d e r a d a um t i p o de c a u s a e n e r g i z a n t e Mulo d o m i n i s t é r i o a p o s t ó l i c o d e P a u l o q u a n t o a c o m p l e t a d e v o ç ã o d o s e l e i t o s a D e u s ? Isto p a r e c e r i a ser o p o n t o d e v i s t a m a i s n a t u r a l . ) Seguramente. se m e s m o Jesus "por causa da alegria que foi posta diante dele" suportou a • in/. a esperança considerada como um incentivo para a vida santa do crente em geral.3. . 18. 2 0 . n o q u e r e s p e i t a a e s t a p a s s a g e m .1 4 é m u i t o c l a r a . 1 0 . 7 . r e c o n h e c i m e n t o da verdade. 189 Esta esperança é um ardente anelo. " A i n d a q u e e s t e p o n t o d e vista p o s s a s e r c o r r e t o . p a r e c e r i a e s t a r e x p o s t o à s s e g u i n t e s o b j e çocs. de Pauto são: ( I ) " n o i n t e r e s s e d a f é d o s e l e i t o s d e D e u s " . 9 . etc. em contraste com Tt 1. Jo 17. ele s e h a r m o n i z a c o m o e n s i n o d e Paulo em outras partes: A s s i m . salvação em seu in.12-14 417 2.29.5. a qual Deus.. 2Tm 2. q u e b o a r a z ã o h á p a r a d i z e r q u e somente o m i n i s t é r i o a p o s t ó l i c o d e Paulo está baseado nela? Outros p o n t o s de vista da construção são ainda m e n o s satisfatórios.10). c o m r e s p e i t o a a.16. A l é m d i s s o . 12: 4 . prometeu antes dos tempos eternos. q u a n d o a s p a l a v r a s q u e p r e c e d e m i m e d i a t a m e n t e e s t a e x p r e s s ã o m e n cionam outras coisas (progresso na fé. Interpretam-na c o m o segue: O ministério e o apostolado e (2) " b a s e a d o s na e s p e r a n ç a de v i d a e t e r n a .2). que não pode mentir. 11. 9). e ver C.4190). Note Efésios 1. para que herdassem a vida eterna em sua mais gloriosa manifestação. está claramente implícito que essa promessa (do Pai ao Filho no interesse de todos os eleitos) foi realmente feita no pacto de redenção desde a eternidade (Jo 17. No fato de que os crentes são considerados como "dados" pelo Pai a Cristo. cf. Antes que os séculos começassem a girar em seu curso sem fim. R e s p o s t a : De m o d o a l g u m . 30.13. quero que os que me deste estejam comigo onde eu estou e vejam minha glória.2 está inteiramente em harmonia com o pensamento paulino. 2Ts 2.4.s e a um só . 1) definidamente implica que essa promessa foi feita para o benefício dos eleitos dentre os judeus e gentios. ver também Rm 8. mas também definitivamente paulina. p e n s a n o d e c r e t o e t e r n o d e D e u s s e v ê f o r ç a d o a c o n c l u i r q u e D e u s d e u a p r o m e s s a antes da eternidade. prometida. Esta objeção já foi contestada. em Cristo] para si mesmo antes da fundação do mundo. "antes da fundação do mundo". o contexto (ver v.24: "Pai. mas simplesmente "Deus prometeu". Além do mais. 24. (3) O v e r b o prometeu e s t á no tempo aoristo ( v o z m é d i a ) .12-14. Quando Deus decide chamar um povo para ser sua possessão.418 TITO 1. antes da fundação do mundo. assim também a vida eterna foi prometida "antes dos tempos eternos". " d e s d e a eternidade". desde a eternidade.5).4: "Ele nos elegeu nele [ou seja.6-9 Assim como a graça de Deus nos foi dada em Cristo Jesus "antes dos tempos da eternidade" (2Tm 1.9 e Ef 1. ICo 2.7. Note especialmente João 17. também SI 89.24). ou s e j a . ou seja. d e v e r e f e r i r .T. Não obstante. a glória que me deste porque me amaste antes da criação do mundo" (Jo 17.N. 9. Hb 1. cf. 190. o qual remonta regularmente à salvação dos crentes a sua origem no plano redentor de Deus na eternidade (além de 2Tm 1. A s o b j e ç õ e s q u e s e t ê m a p r e s e n t a d o c o n t r a e s t a e x p l i c a ç ã o s ã o a s s e g u i n t e s : (1) N ã o se p o d e d i z e r c o m e x a t i d ã o q u e a v i d a e t e r n a foi prometida d e s d e a e t e r n i d a d e . P o r isso. estritamente falando.6. Tito 1.29. o cumprimento deste decreto é tão infalível que a graça que receberão pode ser considerada como já recebida. A fraseologia exata desta doutrina. não é apenas joanina. a graça foi concedida e a vida. n e s t e c o n t e x t o . ele a deu " antes d o s t e m p o s eternos". baseado em 2Sm 7. assim como se desenvolve a vida como que tendo já sido prometida." Assim interpretado. (2) Q u e m .3. o texto não diz: "Deus lhes prometeu". sobre lTs 1. lambem Gl 4. Este ensino pode ser resumido da seguinte forma: A salvação plena em Cristo para o judeu e o gentil. no sentido em que não foi plenamente proclamada. cf. s u a f u n ç ã o é r e s u m i r . a mensagem com referência a ela [vida] foi plenamente manifestada . para "sua palavra" no versículo 3. A n t e s . esta palavra ou mensagem de Deus com respeito aCrislo e seu dom de graça agora se fez manifesta.1) e que lhe fora confiada (ver sobre ITm 1. Mq 4. mas "no devido icinpo" (aqui usado como em lTm 2. cf.4.2).mas no devido tempo ele revelou sua palavra pela proclamação que. 6. Ef 1. p r o v a v e l m e n t e à p r o m e s s a d e G ê n e s i s 3. 11.28.15.5. uma salvação baseada apenas nos méritos de Cristo e recebida pela fé: a.ou seja. 87).6. ver notas 102 e 105.7.11. a mensagem com referência a ela estava oculta .13.3. contudo. Estritamente falando. nem plenamente entendida pelos homens da antiga dispensação. 9. agora é plenamente manifestada . oculta. e s s e a c o n t e c i m e n t o p o d e r i a ser a ( h u m a n a m e n t e c o n cebida) promessa de Deus no pacto de redenção. ainda que tivesse sido prefigurada (Gn 3.15.10.8.por meio da proclamação universal do evangelho (ver sobre 2Tm 1.nas eras anteriores e dos olhos das primeiras gerações (Rm 16.9. Rm 16.12-14 419 3.61. 2Ts 2. a c o n t e c i m e n t o .11.11-13). Esta declaração parentética está em plena harmonia com todo o ensino paulino. Ef 3. estava oculta . por meio de) as boas-novas que Paulo proclamou e que. b.26a). M a s a i n d a q u a n d o s e refira s o m e n t e a um a c o n t e c i m e n t o . Is 60. o que foi icvelado aos habitantes da terra não foi a vida eterna propriamente ilila.25. mas a palavra de Deus com respeito a ela. Daí a mudança de "vida eterna" no versículo 2. O versículo 3 na verdade é um parêntese: . R e s p o s t a : N ã o é v e r d a d e q u e o a o r i s t o se r e f e r e n e c e s s a r i a m e n t e s o m e n t e a um acontecimento. ou seja. 12. Ml 1. foi objetivamente dada e prometida desde a eternidade (ICo 2. cf. Tt 1. Cl 1. . Na forma de (ou. I )esde a eternidade Deus prometeu a vida eterna. me foi confiada -. Gl 3. J1 2.12. nem plenamente concretizada. considerados como iguais. Am 9.8-11. 2Tm 1. por ordem de Deus nosso Salvador.4) ele a revelou. por ordem de "Deus nosso Salvador" (ver sobre lTm ] . c. em sua gloriosa fase celestial (como poderia ser?).26. 6. também SI 72. 29.ou seja. 12.TITO 1. dar u m a " v i s ã o e m c á p s u l a " .15. 17. 2.2. fato este que levou o coração do apóstolo a transbordar de gratidão. O glorioso fato de que a proclamação das boas-novas concernente à vida eterna fora no momento confiada a alguém tão digno como Paulo. A Tito [meu] genuíno filho no exercício de [a] fé comum. 2Tm 1. As palavras de destinação se assemelham estreitamente àquelas de 2 Timóteo l . com respeito à fé comum a Paulo e a Tito.1) e o terno amor ("meu genuíno filho") se harmonizam de forma muito bela. Note agora aqui também como a autoridade apostólica (Tt 1. mas "no exercício da fé comum". ICo 1.420 TITO 1. Tito era filho de Paulo por dever sua vida espiritual ao apóstolo como um instrumento nas mãos de Deus. As duas são a única fonte da graça e paz (a preposição de não é repetida). É seu amor perdoador e fortalecedor centrado em Cristo. A frase "em fé" ("meu genuíno filho em fé"). explica esta interrupção na continuidade da frase.2 e em 2Tm 1. inclusive as Pastorais: 1 Tm 1. e foram merecidas para o crente por Cristo Jesus. 4.2. Sobre este filho genuíno. 52). "kerugma"). em 1 Timóteo 1.2. ele aqui é chama- . e ainda mais estreitamente às de 1 Timóteo 1. Paulo se considera pai de Tito. e paz é o fluxo que emana dessa fonte (cf. etc. Para "proclamação" ou "pregação" (literalmente "anunciação". embora não nos sejam revelados o tempo. Cl l .3. nem meramente um crente nominal. Além do mais. não um filho bastardo.2) Cristo seja chamado Senhor. natural (não adotado). não no sentido físico. Tito era um filho genuíno. Graça é o favor imerecido de Deus em operação no coração de seu filho. o lugar e as circunstâncias de sua conversão (ver p. porquanto combina duas idéias: "Eu o gerei" e "Você me é muitíssimo querido". o apóstolo agora pronuncia graça e paz (cf. misericórdia e paz" em lTm 1.2.1). "graça. graça e paz de Deus [o] Pai e Cristo Jesus nosso Salvador. 2Co 1. Rm 5.. ver sobre 2 Timóteo 4. Esta graça e esta paz têm sua origem em Deus Pai. Embora em todas as demais saudações de Paulo (Rm 1. ou seja.7. Paz é aquela consciência que o filho tem de haver sido reconciliado com Deus por meio de Cristo.26b-29). o verdadeiro conhecimento de Deus e de suas promessas reveladas no evangelho e uma sincera confiança nele e em seu amor redentor e centrado em Cristo.6-9 Ef 3. tem virtualmente o mesmo sentido. Graça é a fonte.2. A designação filho é muito feliz.2).3-9. ver sobre 1 Timóteo 1. a saber. é preciso designar presbíteros bem qualificados: Por essa razão o deixei em Creta. a saber. marido de uma só esposa. dono si.T. 13. Para o significado desta palavra salvador. mas não se efetuara nenhuma organização oficial. estava longe de tomar forma.4. 2. Aqui em Tito 1.4 o termo é usado em seu significado pleno. 9 que se apega à palavra fiel que está de acordo com a doutrina. 7 Porque o bispo. não agressivo. não orgulhoso. 3. 6). piedoso. não cobiçoso de lucro indigno. como despenseiro de Deus. pequenos grupos de discípulos se juntaram e buscaram lugares de reunião. 4. justo. Se é correta a conjetura de que a estada temporal em Creta ocorreu imediatamente após a libertação de Paulo da primeira prisão em Roma. O evangelho fora proclamado. para que você pusesse em ordem as coisas que faltavam fazer. para que você pusesse em ordem as coisas que faltavam fazer.10. redentor. Paulo e Tito estiveram juntos em Creta. para que você designasse presbíteros em cada cidade. daquela maneira que lhe orientei.2. sobre 1 Tessalonicenses 1. numa determinada viagem por mar. Cristo Jesus é Aquele que resgata do mal maior e concede ao resgatado o bem maior. que tenha filhos crentes [que sejam] não acusados de comportamento dissoluto nem de insubordinação. veja o leitor as explicações de 1 Timóteo 1.2 para discussão mais detalhada.1. ver C. Para o significado de salvação. Para que a vida congregacional venha a prosperar nas diversas cidades de Creta. Evidentemente.N. daquela maneira que lhe orientei. 1. não colérico. 6 Uma pessoa [pode ser designada] se for irrepreensível. se algo nesse sentido havia sido iniciado. Ante a estreita similaridade entre Tito 1. nesse tempo surgiram os seguintes problemas: .4 e 1 Timóteo 1.10. amante do bem.3. a qual ocorre tão amiúde em Tito como em todas as demais epístolas paulinas postas juntas (seis vezes: Tt 1.12-14 421 do "nosso Salvador".15. 8 porém hospitaleiro. deve ser irrepreensível. ver sobre l T m 4. ou. e nessa carta é usada tanto em referência a "Deus" quanto em referência a "Cristo". a fim de que ele seja apto tanto para encorajar [outros]. não | alguém que se demora] ao lado de [seu] vinho. Além do mais.5-9 5. sóbrio [ou sensato]. 5 Por essa razão o deixei em Creta. por meio de seu sólido ensino quanto para refutar os que [o] contradizem.TITO 1. para que designasse presbíteros em cada cidade. deve-se designar de forma semelhante os diáconos (cf. At 6. quase se podia afirmar que nenhuma tarefa lhe era demasiadamente difícil a ponto de não tentar efetuá-la e nenhum desafio tão formidável para não enfrentá-lo. Isto se refere aos requisitos para o oficio que se deve levar em conta quando se nomeia homens para o presbiterato. 5. as diretrizes quanto aos requisitos para o ofício .1-6). Por conseguinte. na dependência da força e sabedoria divinas (ver pp. estabelecer presbitérios. A solução era: Paulo deveria seguir seu caminho e Tito devia ficar para trás (cf. porque ele era intensamente humano. Isto é compreensível. Não obstante. e a indevida precipitação em designar homens para algum ofício era contrário aos princípios de Paulo ( l T m 3. Posto que os versículos que se seguem se referem tão-somente aos presbíteros. a organização das igrejas em Creta estava longe de ser um assunto encerrado. O texto denota que o apóstolo dera ordens quanto à forma como (wç = abreviação de tal maneira que) os presbíteros deviam ser designados. b. Fp 1. Conseqüentemente. usada aqui neste sentido).13.23).422 TITO 1. uma pessoa de coração ardoroso.6-9 a. 26). 20) na ilha com a finalidade de pôr em ordem as coisas que ficaram por fazer. que aprecia enfatizar o fato de que Deus não deixa sem conclusão sua obra da graça (Fp 1.10 acerca de diferentes aplicações deste mesmo princípio). porém é evidente à luz de 1 Timóteo 3 que era a convicção de Paulo que (pelo menos no curso do tempo) uma igreja também carece de diáconos. Depois de uma longa ausência de seus amigos. podemos presumir que o apóstolo quer dizer que quando a obra que se deve executar se revela demasiadamente pesada para os presbíteros.25. porque Paulo também tem aversão às questões não concluídas (ver lTm 1. Além disso. E com respeito a Tito.3 e 1 Ts 3.6. amava seu Senhor e aspirava promover a boa causa de todas as formas possíveis. 54). ITs 5. O apóstolo. 2Tm 4. 51. uma longa permanência em Creta para Paulo pessoalmente estava fora de qualquer consideração. o apóstolo estava ansioso por ver os rostos conhecidos de antes e voltar a visitar as igrejas previamente estabelecidas. ele fizera o que poderia ser considerado promessas de visitas urgentes (Fm 22. Além do mais. é um verdadeiro imitador de Deus também neste aspecto.6. a saber (KDLZÇC.22). sobre João 5. 6-9. Razões possíveis para a repetição na forma escrita de uma diretriz dada previamente na forma oral: (a) Para a conveniência de Tito. Apresenta-se uma lista de características negativas: qualidades que o bispo não deve ter (v. ver Lucas 8. O significado... a fim de ajudar sua memória. A lista de requisitos para os anciãos ou presbíteros é introduzida pelas palavras: "Se alguém for. se vê envolvido em uma disputa.3). (b) Para a confirmação de sua autoridade no caso de alguém apresentar objeção. como cm 1 Timóteo 5. Foram dadas oralmente enquanto Paulo e Tito estavam ainda juntos em Creta. Embora Paulo dissesse: "para que você designe". (2) Não deve ser o tipo de pessoa que. ou. não é difícil completar as palavras que estão implícitas. e para este uso da preposição. para.1. o mesmo pode ser designado".23.1. 14-16) o deixei em Creta.. . I).10. Atos 10.15-26.23. tenha perdido o interesse pelas demais pessoas (salvo para perturbá-las!) e que. como requerido pelo contexto precedente.. (3) Todas suas ações devem dar evidência do fato de que em obra e em doutrina ele deseja ser uma bênção para os demais. para agradar-se." Temos aqui outro exemplo de discurso abreviado (ver C.1-6.. e. Aqui. Apresenta-se . se for casada (o que será geralmente o caso). note o mesmo verbo em At 6. vol... etc. de modo algum exclui a cooperação responsável das congregações individualmente (ver Al 1. etc. e são agora reiIcradas na forma escrita: " Por essa razão (antecipativo T O Ú T O U seguido de Ivu.31. deve ser um bom chefe de família (v. se dispõe a sempre apelar para a violência. (c) Para a posteridade. 6). como em Ef 3. é: "Se alguém for irrepreensível.T. 7). designasse presbíteros em cada cidade" ("completamente".TITO 1. de "cidade por cidade"). segundo minha tradução: Uma pessoa [pode ser designada] se for. Para a prática. Os requisitos alistados ocorrem em três grupos: (1) A pessoa que se destina a ocupar um posto tão importante deve ler uma reputação merecidamente elevada.6-9 423 de presbítero ou ancião são aqui reafirmadas. ver Atos 14.N. 6. Poder-se-ia parafrasear o sentido da seguinte maneira: "Porque qualquer bispo. A idéia hierárquica . 9). representando com um membro toda a classe considerada pelo prisma de uma característica definida (ver C.4. superados em categoria e governados por um "bispo" e sua "diocese" . e por sua tarefa são bispos. em razão do próprio fato de que deve viver à altura de seu ofício de bispo e no que respeito à administração da casa de Deus (sendo mordomo de Deus. cf.é algo estranho às Pastorais. Para evitar uma duplicação desnecessária e ao mesmo tempo mostrar a relação entre as duas listas bastante semelhantes de requisitos (Tt 1 e 1 Tm 3).5. IPe 4. E a coluna 5 dá uma lista dos antônimos de quatro requisitos para bispos que não encontra paralelo em 1 Timóteo 3.1-5). Quando o requisito estipulado já estiver tratado em outro lugar (particularmente em lTm 3).2. no singular. dou a explicação dos versículos 6-9 na forma de uma tabela. nota 41). A coluna 4. o leitor deve buscar a explicação mais completa que encontrará ali. Os três grupos de requisitos correspondem a pessoas que por sua idade e dignidade são anciãos. A coluna 3 dá uma lista dos requisitos da lista de Tito 1 que tem paralelo (em forma exata ou por meio de um sinônimo) na lista de requisitos do bispo de 1 Timóteo 3. filhos de bom testemunho .9.N.10). semelhantemente. .424 TITO 1.aparecem na lista com referência ao bispo em 1 Timóteo 3. 6 . deve ser irrepreensível". Ainda que seja verdade que o texto diz "o bispo". Que para o autor das Pastorais as palavras ancião e bispo indicam a mesma pessoa.os vários "sacerdotes" e suas "paróquias".1. A coluna 1 contém a lista de requisitos dos anciãos ou bispos como se encontram em Tito 1. A coluna 2 dá o significado em termos breves de cada um desses requisitos. 4. ICo 4.T. 8. etc. o faz em sentido genérico. sobre 1 e 2Ts 1. Esses antônimos aparecem na lista de 2 Timóteo 3 sobre os traços do caráter das pessoas que vivem nos "últimos dias" (ver explicação de 2Tm 3. mostra os paralelos na lista de requisitos para diáconos em 1 Timóteo 3.6-9 uma lista de características positivas: qualidades que o bispo deve ter (vv.que seja irrepreensível. marido de uma só mulher. também se deduz do fato de que essencialmente os mesmos requisitos dados para um ancião aqui em Tito 1. ver comentário sobre lTm 1. (vv. 1 8 marido de uma mulher (v. 2) não [alguém que se demora] ao lado de [seu] TÍ- não bebedor de vinho. não agressivo. 8) . não contencioso (v. Um h o m e m cujos filhos são ainda pagãos ou se portam corno pagãos não d e v e ser designado para o presbit e r a t o . 10) 2 Timóteo 3 marido de uma só mulher tendo filhos crentes [que] n ã o [sejam] acusados publicamente de comportam e n t o dissoluto n e m de insubordinação.3 Tito 1 Presbíteros irrepreensível Signiftcado q u e n ã o precisa ser c h a m a do à atenção (particularmente c o m respeito aos pontos mencionados nos vv. 4 . 6 . f i e l no r e l a c i o n a m e n t o c o n jugai tendo filhos que participem da fé cristã de seus pais e que adornem essa fé c o m u m a conduta piedosa.2 e 2Pe 2. ) n ã o orgulhoso não colérico (explicação de "não orgulhoso") não auto-indulg e n t e a ponto de exibir arrogância a outros 2 T m 3. beberrão. 12) bispos P o r q u e o bispo. ébrio cf. q u e g o v e r n e b e m seus f i l h o s e s u a c a s a (v. m a n t e n d o seus filhos e m s u b m i s s ã o . 2 ) cf. c o m o despenseiro de Deus. 2 ) 1 Timóteo 3-Diáconos i r r e p r e e n s í v e l (v. deve s e r irrepreensível. " a m a n t e de si m e s m o " ( v. 12) cf. c o m real d i g nidade. cf. n ã o a p e g a d o a m u i t o v i n h o iv. 5 ) marido de uma só mulher (v.10) n ã o d a d o a e x p l o s õ e s de ira (cf. 3) não [alguém que se demora] ao lado de [seu] vinho cf. q u e g o v e r n e b e m sua p r ó p r i a c a s a . c o n t r a s t e e cf. E f 5 . (Isto j á foi e x p l i c a d o .9 ) 1 Timóteo 3-Bispos c f . i r r e p r e e n s í v e l (v. etc. que adere à palavra fiel que está de acordo com a doutrina cf. 9 ) a fim de que ele seja apto tanto para estimular [outros] por meio de seu ensino sólido quanto para refutar os que o contradizem q u a l i f i c a d o p a r a e n s i n a r (v. 2) . q u e g u a r d e o mistério de nossa fé com uma consc i ê n c i a p u r a (v. n ã o a m a n t e d o d i n h e i r o (v. "ímpios" " i m p u r o s " (v. 3) . 2) c o n t r a s t e e cf. 3 ) 1 Timóteo 3-Diáconos 2 Timóteo 3 não c o b i ç o s o de proveito v e r g o n h o s o (v. 3 ) cf.3 Tito 1 não agressivo n ã o c o b i ç o s o d e l u c r o indigno 1 Timóteo 3-Bispos n ã o v i o l e n t o (v. 2) amante do bem contraste e ef. " a b o r r e c e d o res d o b e m " (v. 3 ) sóbrio ou sensato justo p i e d o s o ( o u "'santo") senhor de si m e s m o s ó b r i o (v. 2 ) contraste e cf. 8 ) mas hospitaleiro h o s p i t a l e i r o (v. i n c o n t i n e n tes" (v. 3-11. reprove-os severamente para que sejam sadios na fé 14 em vez de devotar-se aos mitos judaicos e a mandamentos de homens que voltaram as costas para a verdade. note as semelhanças: Tito 1 insubordinados (v. mas para os que são contaminados e incrédulos nada [é] puro. 10-14a) é o mesmo de que se faz menção em 1 Timóteo 1. palradores luteis e enganadores. 13) devotando-se aos mitos judaicos (v. 10) ensinando o que não é próprio (v.3 a não devotar-se a mitos e genealogias intermináveis (v. especialmente os do partido da circuncisão. 13 Este testemunho é verdadeiro. 16 Professam conhecer a Deus. 1.428 TITO 1. 4) cf. visto que. o que não é próprio.. se desviado para a conversão fútil (v.. 6. brutos maus. porém por suas ações [o] negam. Esse grupo (vv. Portanto.10-16 10. especialmente os do partido da circuncisão. 6. um seu profeta. contaminadas são até mesmo a mente e a consciência deles. cf. 10) Contrário à sã doutrina (v. fez a afirmação: "Os cretenses [são] sempre enganadores. 14) 1 Timóteo 1 insubordinados (v. 12) a fim de que sejam sadios na fé (v. cf. ao contrário.3 mentirosos (v.7a. A razão por que é especialmente indispensável que haja homens tão altamente qualificados para o ofício espiritual em Creta é agora exposta: Porque há muitos insubordinados. 10). porque são desprezíveis e dcsobedientes e inaptos para toda boa obra. ao ensinarem. 9) certos indivíduos. 11 cuja boca precisa ser fechada. 3). 6) a fim de que você ordene a certos indivíduos a não ensinarem de forma diferente (v. 10) palradores fúteis (v. 15 Todas as coisas [são] puras para os que são puros. 4. palradores fúteis e enganadores. . por amor ao lucro vergonhoso. [estão] pervertendo famílias inteiras. 12 Um deles. U) sempre mentirosos (v. ventres inativos".6-9 10 Porque há muitos insubordinados. p.10. contraste com "certos indivíduos" em l T m I í). como o contexto parece indicar (vv. lTm 1. e isso deveria ser feito por Tito e pelos presbíteros. Provavelmente considerassem sua circuncisão como uma marca de excelência suprema. ao ensinarem.TITO 1. poderia ser empregada com o fim de salvaguardar a igreja e para que o pecador fosse conduzido ao arrependimento. pertencentes à classe dos palradores fúteis e enganadores. o que lhes daria o direito de ser ouvidos e estimados por outros. De início. A pessoa que persistisse em seus caminhos maus tinha de ser coibida pela igreja e disciplinada. 4. Os mestres de falsa doutrina "pervertem .M. p.12). ver comentário sobre I Timóteo 1. Razão: seria perigoso demais. 2 Timóteo 2. mas devem ser silenciados.45. todavia enganam a mente (ver M. desobedientes à Palavra de Deus. II. At 10.7. 5-9). Paulo usa um verbo raro (ver M. I4b-16). Elias e outros e com seu legalismo minudente (cf. deveriam ser repreendidos severamente e ordenados a desistir.12-14 429 I isses homens estão presentes aqui em Creta em número alarmante i" muitos insubordinados". porém. Se recusassem. judeus membros da igreja (cf. Ao dizer a Tito o que deveria ser feito com tais pessoas.20. Isso poderia dever-se ao fato de que seus erros peculiares estivesi in em linha com o caráter nacional cretense e que estivessem sob a lorle influência de rabinos judaicos ( intrusos. 675) dos fracos. Não obstante. visto que. o que não é próprio. Nesta passagem não se diz como deverão ser silenciados. A medida suprema. Paulo. ou seja. Na igreja de Deus não há aquilo que se chama "liberdade de falar de maneira desorientadora". não devem ser tolerados. 21. 3. os errados deveriam ser cordialmente admoestados com o intuito de ganhá-los para a verdade.M. são hxptazes fúteis. Especialmente "os do partido da circuncisão".. ou seja. 23. uma focinheira ou mordaça". vv. Os enganadores. por amor ao lucro vergonhoso. [estão] pervertendo famílias inteiras. discordando agudamente da opinião que nutriam sobre si mesmos. diz com respeito a eles e igualmente com respeito ao restante dos palradores fúteis e enganadores: cuja boca precisa ser fechada. 4.6).13b. não atingindo nenhum propósito proveitoso com seus contos fictícios acerca de Adão.16.. 1. 4.2. pois. G1 2. 246). o qual tem como seu significado primário. Além disso. São insubordinados. Moisés. "interromper a boca pelo uso de um freio. a excomunhão.3. Tito 1. 47 com Tt 1.C. ou seja. Jo 1. porque o judeu e o cretense tinham algo em comum: ambos se caracterizavam pelo emprego de artimanhas ou enganos para uma vantagem egoísta (cf. 6. Fazem isto ao ensinar "o que não é próprio". Um profeta dentre eles estaria mais disposto a fanfarronar-se de seus compatriotas diante de outros do que a condená-los. levando-as a se desviarem da verdade (ver sobre 2Tm 3. o qual às vezes conduzia à licenciosidade e às vezes ao ascetismo (ver sobre lTm 4. Não obstante.9. fez a afirmação: Os cretenses > [são] sempre enganadores. 14). ao que tudo indica. haviam absorvido as piores características de seus compatrícios não-judeus. Diz Paulo: Um deles.11) -. nas proximidades de Iráklion (Candia) na costa norte de Creta. nem todos dão a mesma resposta. At 2. além de serem influenciados por judeus incrédulos (ver sobre 14b-16). Isto não tinha sido algo difícil. Alguns sustentam que." Quanto à pergunta se Paulo havia ou não lido realmente Epimênedes. Tt 1.N. E certamente a combinação judeu-cretense não era muito feliz. E seu propósito é obter proveito vergonhoso. 8. São totalmente egoístas. proveito esse vergonhoso porque os homens que vão após ele são ávidos por enriquecer-se mesmo que seja a expensas da ruína de outros. um seu profeta.430 TITO 1.12). eles se condenavam "por sua própria boca".3. Em um hino "A Zeus". Clemente de Alexandria ( Stromata I. sobre ITs 2.3. Esses membros da igreja. onde ainda hoje se pode visitar o museu que contém os tesouros extraordinários da era minóica. nada mais almejando senão dinheiro e prestígio. eram cretenses . era então uma exceção.) havia citado as primeiras palavras: "Os cretenses [são] sempre enganadores. e sobre todo o tema da remuneração para a obra espiritual.6). 59) e Jerônimo atribuem a devastadora caracterização a um poeta e reformador cuja data fornecida varia entre 630 e 500 a.havia muitos judeus em Creta (cf. já que a citação é realmente um provérbio. "mitos judaicos e mandamentos de homens" (ver sobre v.15) famílias inteiras".) 12. ventres inativos. condená-los é precisamente o que um profeta seu havia feito. ver C. lTm 3. 4).7. natural de Cnossos.5. Quanto aos cretenses. judeus do tipo farisaico e matizados com gnosticismo incipiente.6-9 (cf. (Cf. Seu nome era Epimênedes. e. Calimaco (cerca de 300-240 a. Jo 1.T. brutos maus. poderia ter sido .C. Um judeu honesto ou um cretense honesto. xiv. segundo Diógenes Laércio. Foi esse Epimênedes que. fez esta profecia: I iles não virão por dez anos. Stob. R o b e r t s o n . " P a u l the A p o s t o l e " em I . ou Anajarsis o cita (ver Plutarco. aconselhou aos atenienses que fizessem sacrifícios "ao deus mais conveniente". Com referência à atividade supostamente profética de Epimênedes. Cf. 61. cf.. Stromata I. e s p e c i a l m e n t e IV.. e quando os atenienses se viram tomados de temor em razão das forças expedicionárias dos persas. não havendo realizado nada do que esperavam (realizar). Lives. Grand Rapids. é um poema que consiste em seis pés métricos (verso hexâmetro). ou Piandro de Corinto. conselho que pode ter levado à edificação do famoso altar "ao deus desconhecido". Platão ( Laws I." I') I. xiv). 4-6. e havendo sofrido mais dores do que terão infligido. por eles e outros. nasceu em ('reta.. Chrisiianity and Classical CMMzation. 62. 1950. "Esta é a floresta primaveril. Quer dizer "um homem que. e dez anos antes da guerra persa. Solon de Atenas. era considerado profeta. que proporcionou a Paulo o ponto de partida para a proclamação do Deus vivo (At 17. T. de acordo com o oráculo de deus. 642 D e E) escreveu o seguinte: "Esse homem divinamente inspirado. e quando vierem. Ouu os crêem que não é necessário confinar o conhecimento obtido por meio de leitura. 1'ilaco de Mitilene. Clemente de Alexandria. Solon XII. aqui em Tito 1. Paulo não tenciona dizer que o reformador cretense é realmente um profeta no sentido bíblico. Cleóbulo de Lindo. Os pinheiros murmurantes e acicuta. por parte de Paulo. "um homem querido dos deuses" (segundo Plutarco). "um homem divinamente inspirado" (segundo Platão). um portavoz. . A citação de Epimênedes.. foi a Atenas. Jilon de Esparta. S . voltarão outra vez. B .. os antigos consideravam Epimênedes um profeta. R.TITO 1. . Estes sete eram: Bias de Priene.12.12-14 431 i \ traída por Paulo de uma tradição oral extensamente difundida.23). Epimênedes." Muitos consideravam Epimênedes como um dos "sete sábios" do mundo antigo. i' A. dos deuses". Tales de Mileto e Epimênedes de Creta.1'" Ora. 3. E ... algo como a Evangeline de Longfellow. a limites tão estreitos. pp. dizer mentiras. "enganar" (exemplo. e do verbo "cretensear" = enganar. devorava jovens e donzelas atenienses que lhe eram levados como tributo a cada nove anos. A expressão "brutos maus" demonstra o caráter selvagem e cruel dos cretenses dos dias de Epimênedes e dos dias de Paulo e Tito. temos os seguintes (as datas são aproximadas): Políbio. alguns escritores consideram que a ação de Paulo ao citar esse veredicto devastador com respeito ao caráter dos cretenses mostra uma singular falta de tato. v. 19). egoístas e amantes dos prazeres. o amor ao lucro desonesto e à cobiça predomina a tal ponto.6-9 Tentei preservar o ritmo. que quer dizer "conduta cretense".432 TITO 1. ventres inativos. os cretenses são os únicos em cuja estima não haver lucro é sempre uma desgraça" ( The Histories VI. Entretanto. Alguns vêem nesse epíteto conhecido uma alusão ao mitológico Minotauro cretense. 46). uma "nódoa" no bom nome de toda uma população. Costumavam arredar todos de seu caminho para obterem vantagem pessoal. a quem Mi nos escondeu no labirinto de Creta. O leitor pode ver isso por si mesmo. Os cretenses." A representação dos cretenses como enganadores ou mentirosos pode ter surgido da pretensão deles de terem em sua ilha o túmulo de Zeus. "corintianizar". Mas a reputação dos cretenses de serem mentirosos a fim de lograr fins egoístas (note o contexto.): "Com efeito. que a confirmação do severo juízo vem de todas as direções e não se limita a um só século. pois. Cf. Políbio VIII. ou seja. indolentes e ávidos por sexo. que significa "dizer mentira".C. e portanto traduzi o verso assim: "Os cretenses são sempre enganadores. . brutos maus. metade touro e metade homem. o caráter dos cretenses se exibe tão claramente. 11) era tão amplamente difundida que deu origem ao substantivo "cretismo". são falsos. Aemilius 26). e ao verbo "cretensiar" ou "falar como cretense". historiador grego (203-120 a. que de todos os homens. "mentir" (Plutarco. "Ventres inativos" estigmatiza os cretenses como glutões. Ora. onde até ser morto por Teseu. Além do substantivo "cretismo" = mentira. que significa "viver de forma devassa como um coríntio". que Paulo não pôde fazer outra coisa senão confirmar o juízo expresso no hexâmetro de Epimênedes. estava mentindo quando disse que os cretenses sempre mentem. então Epimênedes. não por serem favoravelmente dispostos [para com] ele. teria dito a verdade. os cretenses não mentem. mas porque eram tão devotados às suas riquezas como são as abelhas às suas colmeias. estas providas de filtros. não é verdade que os cretenses sempre mentem.): "Os cretenses seguiram [a Perseu] na esperança de receber dinheiro" (XLIV.C. Nova York. estadista e filósofo (106-43 a. Mas certamente tudo o que Paulo quis dizer era que Creta era no- . Lívio.C. 15). os princípios morais [dos homens] são tão divergentes.17 d. The Bible as History." E assim nos encontramos de novo no ponto de partida.. historiador romano (59 a. [somente] os cretenses o seguiram. Plutarco. Assim.12-14 Cícero. Porque ele levava abundantes tesouros. . avaliados em cinqüenta talentos" (Aemilius Paulus XXIII. o mesmo estaria mentindo quando disse isso. sendo um cretense.): 433 "De fato. Isto é feito por meio do seguinte sofisma: "Epimênedes. o fato de que foram encontradas grandes quantidades de taças para vinho e cerveja. ix. Portanto. Creta. segundo as Escrituras (Am 9. consideram os assaltos em estradas (ou "banditismo") como algo honrado" ( República III.): "De seus soldados. pois. que os cretenses. que Paulo tenha dito: Este testemunho é verdadeiro. Ou (o que é pior): Portanto. afirma que os antigos cretenses eram "bebedores poderosos" e apresenta uma interessante evidência arqueológica. um cretense. orador romano. Werner Keller. ensaísta e biógrafo grego (46-120 d. um cretense. 13 e 14.xlvi).7).C. se os cretenses não mentem.TITO 1. 1956.C. nas colônias filistéias que.. 173. Tem-se feito tentativas para mostrar que o veredicto de Epimênedes e o de Paulo é realmente uma autocontradição. Não surpreende. e entregara para que se distribuíssem entre os cretenses taças e vasilhas e outros utensílios de ouro e prata. 172. disse que os cretenses sempre mentem. As ações dos cretenses demonstravam tão claramente o caráter de falsidade e cobiça. 4). ou seja. Mas então ele também. Mas. pp. vieram de Caftor. os amantes do erro se devotavam (ver sobre 1 Tm 1. Alguns cretenses não são tão mentirosos. b. 1 Tm 1.T. diziam que tinham por base a lei de Deus.1 -23. Sua afirmação deixa espaço suficiente para as seguintes proposições: a.1 -11. porém estavam dispostos a dar ouvido a enganadores judaizantes de retórica altissonante. na verdade eram mandamentos de "homens que voltaram suas costas para a verdade". 9 acima). Esses falsos mestres. Mateus 5. Por tais homens estão implícitos os judeus. Este cretense em particular. Epimênedes. Marcos 7. íntegros (cf. Estes. na verdade obscureciam a real intenção e significado da lei. isto é. Cf. isto é.N. a fim de que sejam (isto é. e a "mandamentos de homens". Para escapar do impacto da lei de Deus. 2Tm 4. A situação. Lucas 6. 14 tória por seus muitos e constantes mentirosos. a mandamentos formulados pelo homem. Mesmo os cretenses mentirosos às vezes dizem a verdade. e ver C.1-18.13. c. Na medida que podiam.434 TITO 1. 9. eram em grande parte também de caráter judaico. de modo geral eram mentirosos constantes.3. pois. Portanto. particularmente os rabinos e escribas judaicos. Não obstante. 15. estavam .43. disse a verdade quando afirmou que os cretenses. reprove-os severamente para que sejam sadios na fé. isto é. a saber.10) em sua posição com respeito à verdade como revelada em Cristo. os enganadores cretenses se entretinham com anedotas talmúdicas e decisões meticulosas de caráter legal para as quais se mantinha a pretensão de tê-las extraído da lei. decisivamente. por sua vez. 2Co 13. matizada com gnosticismo. provavelmente. venham a ser) o que presentemente não são. 6.4) aos "mitos judaicos". sobre João 5. Os errados e os que lhes derem ouvidos devem ser reprovados (cf.2) severamente (cf. Os mandamentos que eles elogiavam e tentavam pôr em vigor sobre os demais. mas também por Tito pessoalmente. Por conseguinte. Paulo prossegue: em vez de devotar-se aos mitos judaicos e a mandamentos de homens que voltaram as costas para a verdade. a histórias fantasiosas sobre seus ancestrais.10). era a seguinte: Os crentes firmes da ilha de Creta se relacionavam diretamente com membros da igreja que não eram tão firmes. e isto não só pelos presbíteros (ver sobre v. cf. Outros intérpretes (por exemplo. provavelmente se viram tam192.acerca do que é "limpo" e o que "impuro" com respeito a produtos alimentícios. " d a c i r c u n c i s ã o " (v. 10). sem dúvida. como certamente estavam.2 1). e em s e g u i d a a d a p t a d o p o r P a u l o e c i t a d o c o n t r a a d i f e r e n c i a ç ã o j u d a i c a e n t r e "puro" e "impuro". 15. por exemplo. Timotheus. e lhes parecia difícil entender que.da doutrina subversiva que literalmente estava sendo vendida (ensinada por falsos mestres com vistas a "lucro vergonhoso") em Creta é sugerida pelas palavras do versículo 15. E r a m u i t o m a i s p r o v á v e l q u e s u a s r e g r a s m o r a i s t e n d e s s e m m a i s à rigidez do q u e à l i b e r a l i d a d e (ver l T m 4 .12-14 435 sob a influência de homens que estavam completamente fora da igreja. e u t a m b é m c o n s i d e r o q u e o p r o v é r b i o " T o d a s a s c o i s a s [são] p u r a s p a r a o s q u e s ã o p u r o s " é p a r t e d o e n s i n o d e P a u l o .9). p e s s o a s q u e e s t i m a v a m m u i t o a Halacha j u d a i c a (v. mas das coisas materiais. Cl 2. cf. 4 . Os enganadores. Influenciados. J. A l é m do m a i s . em s u a m a i o r i a . que por sua vez estavam sendo enganados por enganadores de fora. tinham sido educados desde a infância na religião das sombras. pelos judeus impenitentes não pertencentes à igreja. essas sombras se dissiparam. contaminadas são até mesmo a mente e a consciência deles. 1 5 ? . cf.14. corpo humano.' 92 Os falsos mestres que pertenciam às igrejas de Creta tentavam conciliar a servidão judaica (cerimonialismo) com a liberdade cristã. isto é. 14. 5 c o n t ê m e n s i n o p a u l i n o p o s i t i v o . Van Dijk. Como foi mostrado em conexão com 1 Timóteo 4. D e a c o r d o c o m a m a i o r i a d o s c o m e n t a r i s t a s . Muitos deles. atribuíam um certo grau de valor salvífico (valor esse que nem sequer a própria lei ensinava) às ordenanças cerimoniais . 2 0 e l T m 4 . A natureza . pelos judeus.TITO 1. E s t e p o n t o d e vista. se R o m a n o s 14. mas para os que são contaminados e incrédulos nada [é] puro. s e n d o u m a d e s culpa para seus ensinos e conduta imorais. L c 11. o u teria sido f o r m u l a d o p o r o u t r o s ( t a l v e z J e s u s C r i s t o m e s m o . com a vinda e morte do Senhor. p o r q u e n ã o Tito 1 .38-41). Consideravam a pureza como um atributo não da mente e consciência do homem. 3 .e ainda mais aos refinamentos farisaicos dessas ordenanças . Paraphrase Heilige Schrift. dando as costas para a verdade redentora de Deus revelada em seu Filho. ao contrário. t a m b é m v.pelo menos em parte . p. etc. Titus en Philemon. móveis e utensílios. 6 8 ) o c o n s i d e r a m c o m o um dito d o s f a l s o s m e s t r e s . os judeus que faziam propaganda farisaica e que rejeitavam simplesmente a Cristo. 16 e 3. O u foi e n s i n a d o p o r ele. p o r é m . n ã o r e c o n h e c e o f a t o d e q u e e s s e s p r o p a g a d o r e s d o e r r o e r a m . estavam negando que: Todas as coisas [são] puras para os que são puros.3. os que são contaminados. Não é a coisa impura que faz os homens impuros. Ele dissera: "O que contamina o homem não é o que entra nele. ver também C. 4). nada [é] puro. Uo 1. esta verdade básica foi aplicada numa direção (é pecaminoso comer sem levar em conta o irmão mais fraco). tendo sido regenerados pelo Espírito Santo. mas os homens impuros é que fazem cada coisa pura ou impura.14. e que é a disposição do coração e o propósito da mente o que se converte puro ou impuro (Rm 14.5). 15-20. 5. mas o que sai dele.7.20).T. Gl 2.26.11-21.T. Eqüivale a "toda criatura de Deus" ( l T m 5. 20. isto é. em suas demais epístolas.13. tudo o que foi criado por Deus para ser consumido como alimento. 27.28).3. Mas tudo indica que a principal influência sinistra aqui em Creta provinha dos judeus.12.23.23. ICo 6. sujos ou poluídos.6-9 bém fortalecidos nesse erro pelo dualismo pagão que considerava a matéria como algo inerentemente pecaminoso." A expressão "todas as coisas" é melhor explicada pelo próprio Paulo. ICo 6.7. Lc 11. 10. Cl 2. porque é de dentro que vêm os maus pensamentos" (ver Mt 15. Jo 3. aqui é aplicado noutra direção (contamina comer com uma mente incrédula ou uma consciência contaminada). Mesmo a mente deles. e havendo rejeitado a Cristo são ao mesmo tempo incrédulos.436 TITO 1.9-16. Em contrapartida. ou seja. 15. cf. sobre João 18. Em Romanos e 1 Coríntios. e a consciência.3).11. ou seja. tendo com isso maculado todos os dons puros de Deus.8.5. Pv 4. Jesus combatera tal erro de forma vigorosa. Paulo também.11. defendera consistentemente a tese de que "nada é inerentemente impuro" (Rm 14. 9. 15. Ef 1.N.3. mas "participam deles com ações de graças" (ver sobre lTm 4. estão sendo constantemente purificados pelo mesmo Espírito da contaminação de seus pecados (ver sobre Tt 3. então. 5. Mt 5.16-23).31). "Todas as coisas [são] puras para os" que são puros.1-18. os judeus. seu ser moral no ato de julgar . sobre João 13. e cf. Mc 7. Estes são os que não rejeitam o que Deus criou como alimentos bons. 11. A igreja primitiva seguira por onde Cristo a levara (como está implícito em At 10.23).14-22. como os judeus erroneamente sustentavam (ver C.38-41. ICo 10.N. uma verdade prefigurada em Ageu 2. aquele órgão que reflete sobre as coisas espirituais e guia a vontade. mas para os que são contaminados e incrédulos.10. Homens puros são aqueles que foram purificados de sua culpa pelo sangue de Cristo e. contaminadas. Declara-se agora a razão por que cometem esses atos perversivos: porque são desprezíveis e desobedientes.N. 13. Gl 4. a qual fora iniciada no versículo 14b. 2Tm 2.12. 20.note o indicativo passivo imperfeito . Prossegue a procissão de "homens que viram as costas para a verdade". 2. Am 3. ver sobre l T m 1.19. pois. especialmente em relação aos que não conhecem a Deus (cf. Tais ações podem ser desdobradas em duas palavras: hipocrisia e rejeição a Cristo. 16. Fazem o que fazem por causa do que são em sua natureza interior.TITO 1. embora esses judeus professem conhecer a Deus.4). são . 135. como a nenhuma outra nação (SI 96. 147. [o] negam por suas ações. 3. Ora. ver sobre l T m 5.2.5). Daí.) Isto é evidenciado pelo fato de que seus juízos morais são pervertidos e que não chegam a um arrependimento que os leve à piedade. encontra-se repetidas vezes nas Pastorais.8. tornaram-se vangloriosos e rejeitaram terminantemente o Messias. declaram eles. e cf. Tt 2. 9.54.T.1. 115. maior a responsabilidade.17). que conhecem o único Deus verdadeiro como seu Deus (ver C. Paulo acrescenta: Professam conhecer a Deus. sobre João 8. e inaptos para toda boa obra. embora não ocorra nas epístolas anteriores de Paulo. aos judeus (particularmente aos líderes farisaicos que. (O verbo negar. (Para o conceito consciência.12. assim também esses judeus proclamam diante de todos os que querem ouvi-los. e o que querem dizer é: "com um conhecimento intuitivo e direto" (note o verbo usado no original). "Nós o conhecemos". é verdade que Deus se revelara a seus antepassados de uma forma muito especial. ITs 4. quanto maior a oportunidade. Não surpreende que Paulo caracterize aqueles que são "imundos em .8. Suas ações desmentem sua profissão [de fé]. estavam exercendo influência sinistra sobre os falsos líderes da igreja de Creta).) Para um relato vivido das ações dos líderes judaicos em quem Paulo está principalmente pensando. Rm 2.5.12-14 437 seus atos. Continuam rejeitando-o a influenciar erroneamente os falsos mestres de Creta. Como fizeram outrora seus pais (Dt 6. mas em vez de compreender que. Rm 3. permanecem .1-5).5. 55. ver Mateus 23.e a não ser que Deus intervenha.5. Referindo-se. Paulo está apto a afirmar que. embora forasteiros. Declara que cumpre esse ministério para promover a fé dos eleitos de Deus e o conhecimento da verdade que se harmoniza com (ou: promove) a vida de devoção cristã. ou seja. A dirigir esta carta a Tito. são exatamente o oposto: " inaptos para toda boa obra" (depois de testados.17. aos olhos de Deus. ou seja. Os requisitos para o ofício de presbítero estão sumariados nas pp. E esta esperança que estimula Paulo e os crentes em geral a serem fiéis ao seu chamado. Is 1. Tendo este propósito em mente. 2Tm 2.ou.23-33. No tempo devido.6-9 sua mente e em sua consciência" (ver sobre o v. 12) . 15) como sendo desprezíveis. nunca engana a ninguém. que devia corrigir o que faltava fazer e designar presbíteros em cada cidade. Ele considera seu apostolado e a devoção deles como baseados na esperança de vida eterna. ou abomináveis. antes. a despeito de serem tão prontos a defender regras e regulamentos de autoria humana (cf. a quem ela foi confiada. O Deus que. e que redunde para sua glória. em vez de serem "homens de Deus plenamente equipados para toda boa obra" (ver sobre 2Tnr 3. apresentado aqui por Paulo como filho legítimo na fé comum. em contraste com os crentes. Além disso. Foi no interesse de promover o espírito de santificação na vida da congregação que Paulo deixara Tito na ilha de Creta. ele agora lembra a Tito. Jr 6. feita de conformidade com a lei de Deus.20. detestáveis.21). Por isso. Lc 18. completamente incapazes de realizar qualquer obra que proceda da fé. Síntese do Capítulo l Ver o Esboço no início deste capítulo.438 TITO 1. são rejeitados como indignos). o apóstolo se apresenta como servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo. Mt 23. a ordem que lhe dera oralmente antes. são desprezíveis porque. . Am 5.12-15. diríamos: por causa desse mesmo fato? são desobedientes à santa lei de Deus. cf. prometeu vida eterna antes que começasse o processo dos tempos sem fim. ele fez a promessa "desde a eternidade".11. Paulo pronuncia "graça e paz de Deus o Pai e Cristo Jesus nosso Salvador" sobre Tito. 422-427. sua palavra a respeito dessa grande salvação começou a ser proclamada de modo pleno e com autoridade na "pregação" (kerugma.21-23. proclamação) de Paulo. por escrito. The Birthplace of Science and Free Speech" [Grécia. ventres inativos". é uma necessidade imperiosa ter uma liderança sábia e uma disciplina salvífica. Washington. a fim de que a santificação substitua a imundícici. Os seguintes são artigos interessantes sobre Creta (todos em inglês): "Greece. descreve os cretenses como "sempre enganadores. homens insubordinados. 189. publicado por The National Geographic Society. 191.TITO 1 439 Que a idéia da santificação na vida congregacional é dominante na mente do apóstolo enquanto escreve este capítulo. brutos maus. D. berço da ciência e do discurso livre].C. nas igrejas de Creta. 1953. 693-706. op. falsos mestres no seio da igreja. e fala de certa classe de judeus a quem ele descreve como "homens que viraram as costas para a verdade". em Everyday Life in Ancient Times. em The National Geographic. cit. Kraeling. 203. mostrando por que era preciso de forma muito especial. pp. 463. interessados em lucros desonestos ou vergonhosos. p.. novembro. Conseqüentemente. especialmente pp. Ver também E. berço da civilização ocidental]. Cradle of Western Civilization" [Creta. enganadores. 202. designar homens tão altamente qualificados para o ofício de presbítero. se vê claramente pela razão que dá.. e "Crete. faladores fúteis. e estão "contaminados em sua mente e sua consciência". 1953. G. . Ele fala de. Razão: A graça de Deus se manifestou a todos para santificação e para esperar com alegria o aparecimento glorioso de nosso grande Deus e Salvador.ESBOÇO DO CAPÍTULO 2 Tema: O Apóstolo Paulo.1-10 Todas as classes de indivíduos que compõem o círculo familiar deveriam conduzir-se de tal maneira que por sua conduta adornem a doutrina de Deus. Ministra Diretrizes para a Promoção do Espírito de Santificação Na Família e na Vida Individual 2. Jesus Cristo. Escrevendo a Tito. seu Salvador.11-15 . 2. inste com homens [mais] jovens a exercerem o aulocontrole com todo respeito. p o r m e i o da obra de presbíteros verdadeiramente consagrados. obreiras domésticas. de modo que em todos os aspectos adornem a doutrina de Deus nosso Salvador. sadios em sua fé. não retrucando. porém. submissas a seus próprios maridos. e p a r a q u e viesse a f l o r e s c e r a v i d a c o n g r e g a c i o n a l . semelhantemente. estav a m c o n t a m i n a n d o as igrejas. 7 demonstrando você mesmo um modelo de feitos nobres. 3 [inste com] as mulheres idosas. que nu(ram desejo de [os] agradar. Por c a u s a d a e x t e n s ã o d e s t a n o t a . 9 [Inste a que] os escravos sejam submissos a seus senhores em todos os aspectos. e a amarem a seus filhos. de modo que quem está do [lado] oposto se sinta envergonhado. em seu ensino [demonstrando] incorruptibilidade. dignidade. por m e i o de suas falsas doutrinas e práticas. 4 de modo que possam orientar as mulheres mais jovens a amarem a seus maridos. não caluniadoras e não escravizadas a muito vinho. 5 equilibradas. fosse silenciada a voz das pessoas que. 10 não defraudando.CAPÍTULO 2 — < $ > — TITO 2. p a r a que. P a u l o i n s i s t i u c o m T i t o p a r a q u e c o m p l e lasse a o r g a n i z a ç ã o das diversas igrejas da ilha. 2 I')}. não tendo nenhum mal a dizer a respeito de nós. acima de censura. c o l o c a m o . F o r a m dadas diretrizes para a p r o m o ç ã o do espírito de santificaç ã o n a vida congregacional. a fim de que a palavra de Deus não venha a ser vituperada. 193 2. mestras daquilo que é excelente. 6 Semelhantemente.1 1 Quanto a você. bondosas. castas. [a serem] reverentes em sua maneira de viver.1-10 1. [e] em sua paciência. fale o que é consistente com a sã doutrina: 2 [inste com] os homens idosos a serem temperados. em seu amor. . mas evidenciando a máxima fidedignidade.l a n o f i n a l d o c a p í t u l o . E s t a é a s u b s t â n c i a do c a p í t u l o 1. equilibrados. [8] [sendo sua] linguagem sadia. dignos de respeito. o que indica articulação vocal informal. "Quanto a você.1821. anciãs Jovens casadas. etc. 14. Eis a chave de tudo o que se segue nos versículos 2-10. os quais estavam causando tanto dano em Creta (como se viu no capítulo 1). 194 Posto que Tito é o homem que deve entregar as diretrizes de Paulo com respeito aos cinco grupos. Esses propagandistas do erro não só devem ser reprovados severamente (Tt 1. está em conflito com a de194. ver também 1 Timóteo 6. jovens (o próprio Tito deve dar o exemplo) e escravos. então. 2.5.1. Por conseguinte. pp. ele deve "falar" o que é consistente com a sã doutrina.10. literalmente. ver também 1 Timóteo 5.442 TITO 24 Ora. Note a palavra de contraste. considerados como membros da família. Note o verbo "falar" ou. 2 Timóteo 3. no capítulo 2 Paulo focaliza a atenção de Tito na vida familiar e individual. Filemom. Cf. . a posição defendida por alguns.22-4.13). artigo " H o m e " .4. porém". a saber.3) a sã doutrina" certamente significa que. Ef 5. p o d e . a amarem a seus filhos". Sobre os escravos e seus senhores.1 -8. 6 2 . o apóstolo começa escrevendo: Quanto a você. fale o que é consistente com a sã doutrina. Gálatas 3.5-9. 1 Tm 2. mas Tito pessoalmente deve dar o exemplo! Mesmo em sua conversação informal diária. cf. Ele dá mandamentos relativos à conduta apropriada de cinco classes de indivíduos: anciãos. Ora. Colossenses 3. como o autor a concebe. "conversar" (ÀáÀei). Para o ensino de Paulo com respeito à família cristã. a doutrina e a vida devem harmonizar-se.22-6.28.10. falar "o que é consistente com (ou "o que é próprio". a r t i g o s e e n c i c l o p é d i a s e t r a t a d o s e s p e c i a i s ) os e x c e l e n tes e s b o ç o s t e m á t i c o s no í n d i c e de New Chain Reference Bible de T o m p s o n . porém. Os presbíteros não só devem cumprir seu dever contra os mestres da falsa religião (capítulo 1). Colossenses 3. que a moralidade exigida aqui não é de modo algum no sentido especificamente cristão.s e c o n s u l t a r ( a l é m de d i v e r s a s o b r a s s o b r e é t i c a . P a r a u m b e l o r e s u m o d o e n s i n o b í b l i c o c o m r e s p e i t o a o l a r cristão.11. A vida e o ensino de Tito devem contrastar agudamente com os dos inimigos "imundos e incrédulos" da fé. 4.6 6 .1. então. A ênfase posta na família se faz evidente especialmente à luz dos versículos 4 e 5: "de modo que [as mulheres idosas] orientem sabiamente as mulheres mais jovens a amarem a seus maridos. um contraste semelhante em 1 Timóteo 6. mas o mal deve ser vencido com o bem. Efésios 5. Efésios 6. " m u l h e r j o v e m " é o a d j e t i v o jovem. seqüência: 1 mulheres anciãos. 4. F m 9 ) n ã o p o d e s i g n i f i c a r a n c i ã o da i g r e j a . [mais] jovens. 2 t e m : homem [mais] idoso. N o v a York.1. primeira uni a r r a n j o q u i á s m i c o . é verdade que mesmo fora da igreja alguns dos traços do caráter aqui mencionados . Tito mulheres tem a idosas.1. Os anciãos devem ter as mesmas características morais que os 195. 2 de Tito 2. F i n a l m e n t e . 195 Até mesmo o incrédulo tem "alguma consideração pela virtude e a boa conduta exterior". três das homens da mais jovens. O contraste aparece claramente assim que se formula a pergunta: "Qual é a fonte dessas virtudes. c o m t e r m i n a ç ã o f e m i nina. Não se pode separar Tito 2. ser Temperado.1. N ã o o b s t a n t e . Mas quando nesta carta se menciona estas mesmas qualidades (ou em lTm 3). capítulos terceiro e quarto. mulheres que mais jovens. m a s a p a l a v r a q u e em 1 T i m ó t e o é t r a d u z i d a p o r " h o m e m [ m a i s ] i d o s o " (upeopúiepoç) t e m e m o u t r o s l u g a r e s nas P a s t o r a i s o s i g n i f i c a d o d e p r e s b í t e r o d a i g r e j a ( I T m 5 . A primeira regra se refere aos "homens idosos". como são motivadas. 2.5). 196. são motivadas pelo exemplo de Cristo. . 196 Diz Paulo que os homens idosos devem ser temperados.7 e os Cânones de Dort. a condição no final do artigo). homens [mais] jovens. " M u l h e r i d o s a " (upeopOTiç) é f e m i n i n o de u p c c p ú r n ç . Conseqüentemente. as qual idades que são mencionadas nos versículos que se seguem são virtudes especificamente cristãs neste sentido. anciãs. [mais] T i m ó t e o 5. 2 0 1 1947. sensatos. o general.TITO 2. juvenil. em seu amor. ter domínio próprio ou sensatez — são dados em listas de requisitos morais para os que ocupam certas posições imporlantes na vida: o filósofo estóico. etc. às v e z e s a idéia c o m parativa parece quase ter-se desvanecido. fe] em sua paciência. de acordo com que padrão deve a exibição delas ser julgada e com que propósito devam ser usadas?" Então surge imediatamente o grande contraste. 10 443 duração de Paulo. ou sóbrio. note. cf.9. nem devem ser dissociadas do sentido geral dos ensinos das Escrituras. não se podem separá-las de seu conlexto. p o r é m " m u l h e r [ m a i s ] i d o s a " é a d j e t i v o c o m p a r a t i v o u s a d o c o m o s u b s t a n t i v o . Ver as listas na p. todavia. a saber: elas pressupõem a graça dinâmica de Deus operando no coração. " A n c i ã o " (iip€<JpÚTT]Ç. são medidas pela santa lei de Deus e têm a glória de Deus como seu alvo. dignos de confiança. Tt 1. 13. Note palavras The Pastoral Epístles. íntegros em sua fé. 1 7 . art. verdade que jamais poderá ser negada (ver sobre lTm 3. Naturalmente. 19.12.por exemplo. c o m o se d e s t a c o u c o m r e s p e i t o a 1 T i m ó t e o 5. de B u r t o n S c o t t E a s t o n . a f o r m a d e p r o s a d e Tipeapuç. lista d i f e r e m d a s três c o r r e s p o n d e n t e s n a s e g u n d a . Aos quatro requisitos para os homens idosos acrescentam-se agora os quatro requisitos um tanto semelhantes para as mulheres idosas: [inste com] as mulheres idosas a [serem] semelhantemente reverentes em sua maneira de viver. O tema da vida dessas anciãs (assim como o de todos os membros da família cristã) deve ser sempre: . 3.4. veneráveis. sua. Essa saúde deve ser demonstrada em relação à fé. porque na verdade é isso que são! Cf... e sadios (ver sobre o v. Tt 1.3. ou seja. sobre lTs 5. sérios. mestras daquilo que é excelente. Seu amor não deve degenerar-se em sentimentalismo nem deve arrefecer (Mt 24. conduzindo-se como se fossem servas no templo de Deus. que eles revelem saúde em sua paciência ou firmeza (para um estudo dessa palavra. seu. Tito deve insistir (aqui no v.1). Sua fé. mas saudáveis e que comuniquem saúde: que em toda direção difundam saúde moral e espiritual (cf.2. especialmente nota 193). Em sua atitude para com Deus.3).14. ou seja. então Rm 14. Em toda sua paciência (daí. E em sua atitude para com as provações amargas..444 TITO 1. do outro.5).12. que eles evidenciem saúde em seu amor. ou seja. Que confiem totalmente nele e em sua palavra revelada. então l T m 3. Tt 1. Tt 1. 3) e em todos os gostos e hábitos (cf. graves. E sua paciência não deve ser substituída pela pusilanimidade. 13. 1.4). 2 o verbo do v. respeitáveis (cf. sensatos ou que tenham autodomínio. ao amor e à paciência. moderados com respeito ao uso do vinho (ver v.13.14). 2Tm 14 e 3. não só em seu vestuário. 6. que os homens idosos demonstrem saúde em sua fé. 11). a f i m de ser sadia. Aqui o artigo talvez seja melhor traduzido pelo possessivo sua. 2Tm 1. homens de juízo maduro e que saibam refrear-se (cf. ver C.N. não mórbidos (cf. então lTm 1.8. de um lado. não caluniadoras e não escravizadas a muito vinho.T. lTm 6. não deve ser nem indiferente nem mesclada com erro (cf. Ap 2. Ap 1. Em sua atitude para com o próximo.9). 6 está provavelmente implícito) com eles para que sejam temperados ou sóbrios. 4. lTm 3. Também devem ser dignos de confiança. e pela obstinação.10. 14 presbíteros e diáconos. tanto quanto em seu comportamento. 8.13. l T m 2..6. 11).5.2).9. lTm 3. nota 108. as mulheres mais idosas devem ser reverentes. castas. Suportando o erro. Ao contrário. pois.) As anciãs. justamente como os anciãos.TITO 2. ICo 9 .23. a serem c. e. Louvor nas palavras comuns que eu falar.8 e sobre 1 Timóteo 5. devem ser temperadas. a repreensão ou a perda. mediante seu exemplo piedoso. Não devem deixar-se escravizar a (para o sentido figurado.18. ver as observações sobre 1 Timóteo 3. (Horatius Bonar. Tal "ensino por meio do exemplo" tem com um de seus propósitos a "orientação" das jovens casadas. 1866) 445 Note como " não caluniadoras" (sobre o que ver lTm 3. Amiúde beber vinho e gracejo malicioso vão juntos.11) e " não escravizadas a muito vinho" são combinados. (Para beber vinho. Gl 4. Paulo prossegue: cie modo que orientem as mulheres mais jovens a: a. Com doçura e firme decisão. amarem seus maridos (ou amantes de seus maridos) e a b. IPe 3. amarem seus filhos (ou amantes de seus filhos). Louvor não apenas dos lábios. enche minha vida. Em todas suas partes.3) muito vinho.3-5 Senhor meu Deus. 2). devem ser "mestras daquilo que é excelente" (cf. Nem ainda louvor só do coração. . d. autocontroladas. obreiras domésticas. g. Mas uma vida feita Toda de louvor. Na mesa ao conversar Com meus entes queridos. com louvor.19. Daí. Nos olhares e tons da vida comum. bondosas. Amando e abençoando os que odeiam. 22. f. 4 e 5.1. Retribuindo o mal com o bem. ver também Rm 6. Para que todo meu ser proclame Teu ser e teus caminhos. submissas a seus próprios maridos. Este amor.é mais apto a orientar uma jovem casada do que uma anciã mais experiente.1-6). Devem orar pedindo graça para continuar sendo amáveis. 14 É possível entender imediatamente que ninguém . mas também em relação aos escravos. d e m o d o q u e . e isto não só em relação ao seu esposo e aos filhos. não só devem ser castas.16. então lTm 3. sendo derramado no coração. e certamente entre aqueles "outros". autocontroladas. e m vez d e t r a d u z i r " o b r e i r a s d o m é s t i c a s . mas também dos presbíteros em geral (v. mas também domésticas (ver sobre 1 Tm 2.446 TITO 1. lPe 3. cada um é uma só palavra (no grego): amantes-de-seus maridos (apenas uma palavra).é um requisito imprescindível para toda esposa e mãe cristã prática. e cf. quando o marido também é crente. Não foi o amor que a salvou? Ver João 3. Por isso. Certamente que. inspirado pelo Espírito Santo. para que as mulheres cristãs não comecem a pensar que a igualdade em posição espiritual perante Deus e a grande liberdade que agora lhes pertence como crentes (G1 3. "sensatas" a mesma virtude que se exige não só dos bispos (Tt 1. As mulheres mais jovens devem evitar escrupulosamente toda imoralidade de pensamento. Paulo. .34. Ef 5. t e r í a m o s q u e t r a d u z i r ( c o m B o u m a e o u t r o s ) : "boas obreiras d o m é s t i c a s . então "como para o Senhor" faz com que o fardo seja tolerável.10 e especialmente sobre lTm 5. isso não é um fardo.7).67. 33. Cl 3.4. " M a s a p r i m e i r a está m a i s e m s i n t o n i a c o m t o d a a lista d e r e q u i s i t o s . E quando ele não é crente.11 -15. 3) .22-33. Ef 5. 2). enquanto desenvolvem suas tarefas na família. Cl 3.16). vindo do céu. b o n d o s a s " . A jovem cristã deve ser orientada a amar seu esposo e a amar seus filhos. à luz de Gênesis 24. E p o s s í v e l a c e i t a r u m a p o n t u a ç ã o d i f e r e n t e . Ora. deve "fluir" para os demais. N o t e q u e n e n h u m dos quatro precedentes tem um modificador.28) as autorizem a ignorar a ordenança divina de criação acerca de sua relação com o marido (Gn 3. castas.22-24. lPe 3. a virtude cristã do domínio próprio. 35. 197.nem mesmo Tito . Note a ênfase sobre o amor.13).2. 197 Além do mais. Além do mais. As duas virtudes se encontram obviamente relacionadas.13. essas jovens devem tomar cuidado para que o constante empenho das lides domésticas não as faça irritáveis ou cruéis. acrescenta que elas devem ser "submissas a seus maridos" (ver também sobre lTm 2.18. e que está implícito no que se exige das anciãs (v. amantes-de-seus-filhos (novamente u m a só palavra no original). 14. Rm 7. devem concentrar a atenção na própria família. Além do mais. seu esposo e seus próprios filhos devem ocupar o lugar proeminente. ICo 7. palavra e ação.8.19.2). Ver sobre 1 Timóteo 6. 23-24). E m q u e l i m i t e d e i d a d e o a p ó s t o l o está p e n s a n d o q u a n d o s e r e f e r e a e s s e s " m a i s j o v e n s " ? E s t a r i a ele p e n s a n d o s o m e n t e n a q u e l e s c o m m e n o s d e 4 0 a n o s ? (Ver s o b r e l T m 4. .os de 4 0 .5)." a n c i ã o s " e "[mais] j o v e n s " . t a m b é m J o ã o 8 . Que não ponham suas próprias conclusões. D a í .) Mas então.22. Ele. Rm 12.TITO 1. Esta é uma linguagem caracteristicamente paulina. Romanos 2. manifestassem falta de amor por seus maridos e por seus filhos. 50 a n o s . mas também o mundo em geral.12 e 2 T m 2. por sua vez. tomou-a por empréstimo do Antigo Testamento (Is 52. 5. levariam a mensagem da salvação a ser vituperada pelos de fora. sejam provenientes das más inclinações de sua própria natureza pecaminosa. 5 6 . de bondade e de submissão. que professam ser cristãs. insista com os homens 198 [mais] jovens a exercerem autocontrole em todos os aspectos. Ver I r i n e u . mas todos os sete: a fim de que a palavra de Deus não seja vituperada. Against Heresies II. é preciso ter em mente que. com toda probabilidade qualificando não só o último requisito. 2Co 10. de pureza. ou t a m b é m poderia baixar-se o limite de idade que separa as duas classes . falta de autocontrole.p a r a o qual n ã o se f a z a d m o e s t a ç ã o a l g u m a . Além do mais. sentimentos ou ambições acima da vontade de Deus (cf. cf. A admoestação que se deve comunicar a "os [mais] jovens" das diversas congregações é breve. ou das opiniões e dos costumes que prevalecem no mundo pagão que os rodeia. 6. Se as mães jovens. A má conduta por parte da jovem casada facilmente conduziria a observações caluniosas com respeito ao evangelho.24.3. O fato de essa admoestação ser breve faz com que seja bem provável que a frase "em todos os aspectos" tenha sentido próprio aqui e não deva ser construída com o versículo 7.5). seja a atenção focalizada na moral ou na doutrina. quando diz: "a fim de que a palavra de Deus não venha a ser vituperada". cf. 57.por e x e m p l o . " h o m e n s | mais] j o v e n s p o d e indicar aqui aqueles abaixo de 60 anos. Não é só os gregos que julgam uma doutrina por seu efeito prático na vida cotidiana (Crisóstomo).6 0 .12-14 447 Acrescenta-se então uma cláusula que indica propósito. Que aprendam a domi198.1. de apego ao lar." Como notamos antes. sua intenção seja: "a fim de que a palavra de Deus seja honrada. se por "anciãos" se indicam os de 60 anos para cima. Em todos os aspectos. e devem guardar-se contra os desvios. pois. os jovens devem pôr-se sob a disciplina do evangelho. restaria um g r a n d e g r u p o . xxii. isto também é um modo tipicamente paulino de se expressar (ver pp. porém em sua própria brevidade inclui tudo: Semelhantemente. 9. A s Pastorais. sobre esses feitos nobres ou boas obras. devem ser aptos a ver em seu líder quais são realmente os feitos nobres. 54). na fé. dar-lhes um bom exemplo (vv. das anciãs (v. Visto que Tito. no amor. 6).2). Deve ministrar a instrução de forma clara e corajosa na verdade bem-equilibrada do evangelho para que se faça evidente a todos que ele não tem sido e nem pode ser infectado com as mentiras e distorções dos adversários. cf. ver sobre 1 Timóteo 4. confiados aos cuidados de Tito. porque amiúde "onde o preceito fracassa. os jovens são aqui instados a exercerem a mesma virtude que é demandada dos bispos (Tt 1. [sua] linguagem [sendo] sadia. em seu ensino [demonstrando] incorruptibilidade. na pureza). 2Ts 3. " A d o u t r i n a será d e p o u c a a u t o r i d a d e . e b. Note a ênfase constante. 4) e. Não poderia isso ser considerado uma reação. Além do mais. Fp 3. p. o exemplo logra ê x i t o " . 3 3 1 . daí. acima de censura. Preceito e exemplo elevem seguir de mãos dadas.17). deva provavelmente ser ainda considerado entre os "os [mais] jovens". m Os [mais] jovens das diversas congregações. Ele também fora admoestado a ser um modelo para os crentes (na linguagem. E d i ç õ e s P a r a k l e t o s .2). a atitude e o modo em que apresenta seu ensino deve ser de dignidade e seriedade. a m e n o s q u e s u a f o r ç a e m a j e s t a d e r e s p l a n d e ç a m n a v i d a d o b i s p o c o m o o r e f l e x o d e u m e s p e l h o . 7 e 8). Uma admoestação similar foi endereçada a Timóteo. " ( J o ã o C a l v i n o . ) . contra a desfiguração e abuso de sua doutrina da "salvação pela graça"? Tito deve. dos anciãos (Tt 2.448 TITO 1. demonstrar incorruptibilidade. nas Pastorais. Seu ensino mais formal não deve 199. na conduta. P o r isto ele d i z q u e o m e s t r e d e v e ser u m p a d r ã o a o q u a l o s d i s c í p u l o s p o s s a m s e g u i r . O preceito isolado nunca funcionará. lTm 3. 7 e 8.13. em seu ensino. é lógico que Paulo insista para que ele seja um exemplo para o grupo mencionado no versículo precedente. ainda que não tão jovem como Timóteo (ver p. 14 nar-se.8. 3).12 (cf. dignidade. por implicação. O termo modelo é também precisamente o mesmo. admoestar os [mais] jovens (v. O verbo traduzido "exercer domínio próprio" é da mesma raiz que o adjetivo traduzido "autocontrolado". Daí. Diz Paulo: demonstrando você mesmo um modelo de feitos nobres. das jovens (v. Note a bela coordenação: Tito deve a. da parte de Paulo. "não tendo nenhum mal (cf. ou de proferir acusações formais contra ele. mas que toda sua linguagem (sua palavra sempre e onde quer que for expressa).9. aqui esperaríamos que a palavra seguinte fosse "você" (Tito). Ora.. mas realmente é "nós".14). ICo 4. deve ser sadia e acima de censura. o qual refuta plenamente as insinuações e acusações que lhe são dirigidas. mas contra ele como discípulo de (Visto. em virtude da irrepreensível conduta do representante de Paulo.TITO 1.14. esse inimigo da verdade se sentirá envergonhado (como em 2Ts 3. não tendo nenhum mal que dizer a nosso respeito. o resultado ou propósito que se quer alcançar com tal conduta e: de modo que [ou: a fim de que] quem está do [lado] oposto se sinta envergonhado. que nutram desejo de [os] . Ora. ITs 2. quando o oponente começa a notar que fracassa seu plano pouco engenhoso de espalhar boatos maliciosos acerca de Tito. Em sua primeira carta a Timóteo. a oposição aqui adquire o caráter de hostilidade (cf. O mesmo parecerá um tolo. de mensagem de consolação ou mesmo na conversação cotidiana comum. quer expressa na forma de sermão.4).4).14. de lição. o composto com àvxi é usado num sentido metafórico. 2Tm 2. não sujeita a reprimenda justa (cf. 2). A referência é especialmente a qualquer um dos defensores do erro em Creta.15). At 27.12-14 449 ser apenas caracterizado pela pureza do conteúdo e seriedade do método. Na passagem em discussão. Diz Paulo: [Inste a que] os escravos sejam submissos a seus próprios senhores em todos os aspectos. citados em Tito 1. 28. note que foi o centurião que se pôs "de frente" ou "encarava" Jesus na cruz (Mc 15. Mc 6. 9 e 10.a elipse é obscura -. 2Co 5.1. ou seja.24. sinônimo em lTm 6.39).10-16. O que está em oposição é o adversário espiritual (cf. Quanto à expressão "do [lado] oposto" ou "do [partido] contrário" . Os escravos também pertenciam à família. sem dúvida. E preciso transmitir o mandamento a todos os escravos que ouvem o evangelho.10) a dizer a seu respeito de".48.. Lemos de ventos contrários (Mt 14. porque o antagonismo não está dirigido contra Tito como um indivíduo isolado. lTm 5. o apóstolo distingue entre escravos que têm senhores crentes e os que não os têm ( l T m 6.17. daí ser realmente contra Cristo e todos os seus mensageiros.25). At 26. Aqui em Tito tal distinção não existe. especialmente a todos os escravos crentes. 25: 4.29. como se o apóstolo quisesse dizer que mesmo quando o senhor lhe peça que minta ou roube.21. o escravo deva obedecer.1. o escravo não poderia jamais estar em condições de "adornar a doutrina de Deus nosso Salvador". Para uma discussão da questão da escravatura nos dias de Paulo. Cl 3. d e q u e àY<x0r|v. esta instituição teria chegado ao seu término sem banhos de sangue. Cl 3. Só é necessário acrescentar que esta frase. não defraudando.22.13. e isso "em todos os aspectos" (cf. não retrucando [ou: não sendo rebeldes]. 200 2 0 0 . 5. porém. então Ef 5. daí. o m e l h o r t e x t o ) é um t e r m o l i m i t a t i v o e d e v e ser t r a d u z i d o " c o m r e s p e i t o ao q u e é b o m " .19.8. (v. e aparentemente fechando os olhos para os pecados do senhor.9. pois ela deixa de ver dois fatos importantes: a. 9. A frase que indica propósito no final do versículo 10 implica uma restrição. " inste ou admoeste os escravos".1. 2. ainda aqui na passagem de Tito o contexto que se segue imediatamente (note particularmente o v. pelo prisma da graça redentora de Deus. Um relance superficial na passagem ora em discussão poderia levar alguém a pensar que seu autor dificilmente poderia ser tido por justo em relação aos escravos. ver sobre 1 Timóteo 6. mas evidenciando a máxima fidedignidade. porque certamente.24). ao aceitar o cometimento de um pecado. Fm 16). e b. Ver também Atos 4. Os três pontos com respeito aos quais os escravos devem ser admoestados são: (1) Conduta Os escravos devem atender aos desejos de seu senhor. n ã o v e j o n e c e s s i d a d e d e a d o t a r o p o n t o d e vista d e B o u m a e o u t r o s . escravos e livres. M a i s n a t u r a l p a r e c e ser a c o n s t r u ç ã o q u e d e u l u g a r à t r a d u ç ã o e n c o n t r a d a em . "em todos". Efésios 5. 14 agradar. 11) enfatiza a plena igualdade de todos os crentes. O verbo do versículo 6 está novamente implícito. não deve ser tomada em sentido absoluto. P o r t a n t o . seria errônea.450 TITO 1. e em toda categoria de trabalho. 10 contém apenas parte do ensino de Paulo com respeito à relação senhor/escravo (ver também Ef 5. Tal inferência. Tito 2. 10. Se todos os senhores e escravos tivessem levado a sério as palavras inspiradas de Paulo acerca da escravatura. negligenciando a igualdade entre escravo e senhor aos olhos de Deus. o escravo deve sujeitar-se ao seu senhor. cometa adultério ou homicídio. Desde manhã até à noite. pois. 2 T i m ó t e o 4 . Embora o sentido básico seja o de retrucar.21. Este composto de âvTÍ aparece nove vezes no Novo Testamento: Lucas 2.7.34. Também é proibido defraudar e murmurar secretamente. ()s escravos. (3) Confiabilidade Quando o senhor voltava as costas.19.9.2. João 19. rebelião. E mesmo se acrescentarmos a esta única ocorrência o número de vezes que Hebreus emprega o verbo cognato e o advérbio (a justiça exige que façamos esta adição). lilo 1.3b. Veja.3.TITO 2.i a c o n s i d e r a r o o r i g i n a l como uma expressão idiomática para "evidenciando a m á x i m a fidedignidade". 8 a 5) em favor de Paulo. Atos 13.12.9. Uma disposição mal-humorada jamais logrará a conquista de uma alma para Cristo. o uso do verbo em At 5. contudo. amiúde se cometiam pequenos íuríos.21).2. R .21. V. enquanto no resto do Novo Testamento ele aparece uma vez (Hb 13. Rm 3. cf. 3) ou retira (põe à parte para si) uma porção daquilo que pertence ao seu senhor. P o d e r . Romanos 10. 28. ter boa disposição. por exemplo. o original em f i l o 3. O aspecto negativo de ter a disposição de agradar é não retrucar. dizendo: "O senhor me deve muito mais que isto. l T m 5.s e . 2. K. devem ser solícitos por agradar. 20. porfia. Romanos 10. as duas expressões formam um par que se complementa: "solícito em agradar" e disposição "não rebelde". o cumprimento externo da vontade do senhor.3. 1 4 . Hebreus 12. Judas 11. c A . : " d e m o n s t r a n d o t o d a b o a f i d e l i d a d e " . Gl 5. V .9. O substantivo cognato ocorre em quatro passagens: Hebreus 6.22. 12. e em seguida. A defraudação ou roubo. Provavelmente ele tenha aqui também o mesmo matiz.12. 10 (2) Disposição 451 Não basta. ele não deve escusar-se. . 28. Cf.22). porque ele me subtraiu a liberdade e está roubando-me as forças e os talentos.45. e Judas 11. ele às vezes comunica o matiz de desobediência ativa. a razão da freqüência ainda é de 7 a 5 (ou se a referência em Tito for incluída. por meio do qual o escravo retém (cf. sem uma justa compensação.16. 7. I íste adjetivo é tipicamente paulino: em outros lugares o apóstolo o usa não menos que sete vezes.27. Interpretadas deste modo. resistência." O escravo deve dar demonstrações de "máxima fidedigniilade" (ou que é digno de confiança. de justiça e devoção. Diz Paulo: Porque a graça de Deus se manifestou.452 TITO 2. Note os quatro pensamentos principais: 1. a razão para a demanda que escravos exibam uma conduta submissa.T. integridade. 12 educando-nos a fim de que. 14 o qual se deu a si mesmo por nós a fim de redimir-nos de toda iniqüidade e purificar para si um povo. etc.1). A graça de Deus considerada como a razão pela qual todo membro da família cristã pode e deve viver uma vida cristã . alegria. versículo 11 A graça de Deus em Cristo é a grande ação penetrante.N.11-15 11-14. aparecimento ou manifestação (por exemplo. do sol ao amanhecer). A graça de Deus surgiu repentinamente sobre os que estavam nas trevas e na sombra da morte . tendo renunciado à impiedade e àquelas paixões mundanas.) Essa graça penetrou em nossas trevas morais e espirituais. propriamente seu. 15 Continue falando[-lhes] essas coisas e instando [com eles] e reprovando com toda autoridade. sobre lTs 1. que se deleita em feitos nobres. que resplandece como tantas gemas preciosas. A graça de Deus é seu favor ativo em outorgar o maior dom aos que merecem o maior castigo. a fé cristã.eis o tema de uma das passagens mais ricas da Santa Escritura. 13 enquanto aguardamos a bendita esperança.1. trazendo salvação a todos os homens. ver um estudo de vocabulário em C. a aparição em glória de nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus. ou seja. A vida santificada. que dissipa as trevas trazendo a todos a salvação.11-14 Ora. Ela levaria os senhores à exclamação: "Se a religião cristã age assim até mesmo em relação a escravos. O verbo usado no original se relaciona ao substantivo epifania. que faz saltar à vista todos os frutos da graça transformadora . é um ornamento à "doutrina de Deus nosso Salvador" (ver sobre 1 Tm 1.obediência. aqui e agora vivamos vidas de autodomínio. uma disposição de agradar e a máxima fidedignidade é esta: de modo que em todos os aspectos adornem a doutrina de Deus nosso Salvador. Ela "apareceu". Que ninguém o menospreze. (Para o conceito graça. então deve ser algo maravilhoso!" 11 Porque a graça de Deus se manifestou trazendo salvação a todos os homens. 2. tendo renunciado à impiedade e àquelas paixões .15. etc.TITO 2. Masculino ou feminino.28. nem mulheres só porque são mulheres. Em todas as demais partes do Novo I estamento. Assim a graça derramou sobre o mundo a santa luz de Cristo ( "afugentou a escura noite do pecado".11-14 453 (ver também Ml 4. ressuscitava os mortos. Por isso ninguém pode derivar. c dentre todos eles Deus congregou seu povo. versículo 12 A graça de Deus em Cristo é o sábio pedagogo. Aqui em Tito 2. (Para um estudo terminológico do conceito salvação. a saber: a maldiçao de Deus sobre o pecado. sexo ou posição social.) Ela trouxe esta salvação a "todos os homens". quando precedida pelo artigo e usada como um substantivo. At 28.79. anciãs.11. razão plausível para não viver a vida cristã. a saber: a bênção de Deus para a alma e para o corpo por toda a eternidade.30.2. expulsava os demônios. 2. nem escravos só porque são meramente escravos. e até mesmo escravos (ver vv. a palavra salvadora. homens o mulheres mais jovens. significa salvação (Lc 2. At 27. sem consideração de idade. 3. Anciãos.20. desde seu grupo ou casta particular a que pertence.4). quando de seus lábios emanaram palavras de vida e beleza. Então nasceu o sol da justiça 'Irazendo cura em suas asas". porque a graça de Deus manifestou salvação a todos esses vários grupos ou classes.1. "Todos os homens" aqui no versículo 11 = "nós" do versículo 12. idoso ou jovem. Manil'cslou-se a todos. no sentido espiritual do termo. o significado é: a graça de Deus fez sua aparição "trazendo salvação". Ef (). limpava os leprosos. sofreu pelos pecados dos homens e quando deu sua vida pelas ovelhas para a reassumir na manhã da ressurreição. As palavras que comunicam este pensamento são: educando-nos u fim de que. e Tt 3. Ela despontou quando Jesus nasceu. ver sobre lTm 1. A graça de Deus apareceu " salvadora ( o w T i í p i o ç ) a todos os homens". A graça veio resgatar o homem do maior mal possível. A graça não passou por alto os de idade avançada só porque são idosos. Daí. quando curava os enfermos. Para uma explanaçao detalhada sobre esta expressão. também aqui em Tito 2. rico ou pobre: todos são culpados diante de Deus. 17). Lc 1. e conceder-lhe o maior benefício possível.11.6. 1-10) devem viver vidas consagradas. ver sobre 1 Timóteo 2. o contexto faz o significado bem claro. o desejo excessivo de possessões materiais.20.20. incentivando. de justiça e devoção. ânsia de exercer domínio). restringindo. O propósito de tudo isto é expresso primeiro negativamente. Hb 12. Em suma. O verbo usado no original é do mesmo teor que o substantivo pedagogo.) Segundo o uso bíblico do termo.32.3. caráter belicoso. cf. não ordena abruptamente aos senhores que dêem alforria aos seus escravos.13. 22.18-32 (note a mesma palavra em Rm 1. 7. e convence os escravos que apelar para a força e para a vingança não é solução para nenhum problema.25. ele aponta para os anseios desordenados por prazeres. Ver sobre 1 Timóteo 1.454 TITO 2. então Lc 23.9. confortando.22. Quando a graça toma posse do pecador. guiando. A graça educa ensinando (At 7.16.16).26). etc. os desejos mundanos ou pecaminosos incluem o seguinte: o desejo sexual desordenado.desejos fortes e pecaminosos.22.11-14 mundanas. . Por exemplo. aconselhando. etc. Ap 3. a agressividade (daí.18. 2Co 6. à perversidade (ver sobre 2Tm 2. Negativamente. admoestando. Não subverte súbita e forçosamente a ordem social. 2Tm 2. gradualmente leva os senhores a perceberem que o abuso da liberdade de seus semelhantes é um grande mal. Ao contrário disso.16 e sobre Tito 3. Ver também 1 João 2. Observe a prática vivida de "impiedade" em Romanos 1. ele repudia a impiedade. disciplinando ( l T m 1. vaidade. Um pedagogo é alguém que conduz as crianças passo a passo. convencendo. à profanidade. ou a rejeitar tudo isso (o verbo tem aqui o mesmo significado que em At 3. uma decisão de renunciar àquilo que causa desprazer a Deus.3). Tal impiedade é idolatria mais imoralidade. 22. Ninguém consegue ir para o céu sendo negligente. tampouco ordena insensatamente aos escravos que se rebelem contra seus senhores. Não precipita as coisas em confusão. poder e possessões. (Ver estudo terminológico do termo paixão ou desejo em conexão com a exegese de 2Tm 2. então positivamente (que é um estilo caracteristicamente paulino). aqui e agora vivamos vidas de autodomínio. nos induz a renunciar à impiedade. ICo 11.19). 11.35). Rejeitar a impiedade implica igualmente a renúncia "às paixões mundanas" . retribuindo.6-11. o alcoolismo. A graça educa. Assim também a graça amoravelmente conduz e guia. Tal repúdio é um ato definido. ambos os termos tomados em seu significado mais abrangente. o r e s p o n s á v e l pela p a l a v r a de A t o s 2 3 . L u c a s e P a u l o e r a m a m i g o s . dar boas-vindas ( R m 16. expectação confiante e espera paciente). verdadeiro fervor e reverência para com o único que é objeto de adoração. aguardamos a bendita esperança. Nós . Ela comunica bênção. ver lTm 6. O particípio presente upoaõexófEy(H e usado aqui n u m sentido no qual L u c a s c o m f r e q ü ê n c i a ( e n u n c a P a u l o e m o u t r o s l u g a r e s ) e m p r e g a a p a l a v r a ( L c 2 . b. 2Tm 4. a r e s p o s t a a isso s e r i a n o v a m e n t e : " L u c a s e P a u l o e r a m a m i g o s ! " . c. 2 3 . A l é m d o m a i s . Mc 10. pelo poder da graça de Deus.36. 3. e n ã o o s o b r i n h o de P a u l o .2). Encontramos uma metonímia semelhante em Gálatas 5.anciãos. M a s este n ã o é u m a r g u m e n t o v á l i d o c o n t r a a p a t e r n i d a d e p a u l i n a d a s P a s t o r a i s o u c o n t r a a p a t e r n i d a d e d e L u c a s e m L c 15. Esta é uma metonímia para expressar a realização daquela esperança (isto é. 12.4. . integridade no relacionamento com os demais. piedade. "aqui e agora" (nesta presente era. enquanto aguardamos201 a bendita esperança. homens e mulheres mais jovens. Colossenses 1.29. 2 1 " . a s s i m t a m b é m L u c a s e m L c 15. atitude esta que é uma circunstância presente ou explicação adicional.devemos viver uma vida cristã real porque. a aparição em glória de nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus.2. anciãs. cf. 2Co 4. contrastados com a era por vir em Ef 1. 3 8 . e vencer os que são pecaminosos. p o r q u e o p r ó p r i o P a u l o n ã o p o d i a f a z ê . para com o próximo: "justiça". s e o s o b r i n h o d e P a u l o p o d i a usar a p a l a v r a n o s e n t i d o d e esperar (Al 2 3 . Fp 2.17. fazer uso adequado dos desejos e impulsos que em si mesmos não são pecaminosos. escravos. A expressão aguardar ou olhar para frente com paciência modifica o viver. A graça de Deus nos educa a fim de vivermos vidas consagradas. então Rm 12. etc. honradez. a graça nos educa a fim de que. para consigo mesmo: "domínio próprio". para com Deus: "devoção". 2 1 ) .18).30). ICo 1.20.l o ? E.2.2. a realização de nosso anelo mais ardente.TITO 2. Essa esperança é chamada bendita. E "a bendita esperança" que os crentes estão aguardando.11-14 455 Positivamente. 2 5 .5. Paulo a usa no s e n t i d o de receber favoravelmente.10. vivamos vidas que mostrem uma relação transformada: a. 5 1 ) . se a r e s p o s t a a isso f o r : " M a s é L u c a s .5 (aos quais alguns intérpretes adicionariam Hb 6. felicida201. versículo 13 A graça de Deus em Cristo é o preparador eficaz.21. 2.26. Mateus 2 5 . então Rm 5. De fato. ver sobre estas passagens. 8).19.T.15. de quem? Ao longo da história da interpretação. cf. não vejo essa objeção c o m o sendo de muito peso.16).. 2 Tessalonicenses 1.10. por e x e m p l o Lenski e White. traduzir de um m o d o ou de o u t r o . 11. Hb 6. O adjetivo bendita é usado em conexão com Deus em 1 Timóteo 1. 1 Coríntios 15. Cf.10. 202 Note as duas aparições. Se a expressão "o despenseiro d a i n j u s t i ç a " ( L c 16.3). a realização da bendita esperança é "a aparição em glória". então lTs 5. (5) e o caráter eterno da esperança (ICo 13.12. a certeza da realização comunica vigor à esperança.20b.14. Ora. (2) o glorioso autor da esperança (Rm 15. então Rm 5. i m p u g n a m essa tradução. 3. 2Ts 2. as versões i n g l e s a s .14-16.11. Apocalipse 14. Está para haver outra (ver C. 1 Tessalonicenses 4.3.13-18. sobre 2Ts 2.34-40.. 2Tm 1. Romanos 8. G o o d s p e e d e a l g u m a s b r a s i l e i r a s ) p r e f e r e m a t r a d u ç ã o : "a m a n i festação gloriosa". A. deleite e glória.V. lPe 1. .13. 19.1. glória: Tt 1.51. 2Co 3.6-9. o s i g n i f i c a d o r e s u l t a n t e a c a b a sendo o m e s m o .11-14 de. p o r q u e a f r a s e " a a p a r i ç ã o d a glória" não pode significar "a aparição gloriosa"? Se uma pessoa.456 TITO 2.27). (4) os preciosos efeitos da esperança (paciência. 1 Jo 3. por causa de: (1) o fundamento imutável da esperança ( l T m 1.8) s i g n i f i c a " o d e s p e n s e i r o i n j u s t o " . essa pergunta tem dividido gramáticos e comentaristas. A l g u n s (por exemplo.8. Esperamos a aparição em glória de uma pessoa ou de duas pessoasl Os que endossam o ponto de vista de uma pessoa favorecem a tradução: "de nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus". "franqueza no falar".5. ainda a possessão de um espírito esperançoso e o exercício da esperança são benditos. 2Tm 4. seguramente a realização desta esperança será deveras bendita! Leia Daniel 12.2. 2 T e s s a l o n i c e n s e s 1. cf.3. M a r c o s 13. 21). Outros. ou s e j a : "a a p a r i ç ã o em glória" (como Weymouth traduz a frase e como B o u m a e outros a interpretam). (3) o maravilhoso objetivo da esperança (vida eterna. salvação. Ora. e resulta nas graças mencionadas sob o item (4) supra.3. 15. Mateus 25.52. e purificação da vida.20. N ã o obstante.1. Será a boa aparição.10). Já houve uma (ver sobre v. porém.. Então. Fp 1.13). B e r k e l e y . lTm 6.N.4. 2.8. lTs 1. 3 1 . O texto diz literalmente: "a aparição da glória". Cl 1. 6. (Outra redação 202.7. cf. e muitos comentaristas: Van Oosterzee. (Essa argumentação se vê em dificuldades para interpretar Rm 9. Fp 2. F.11-14 457 traz "Jesus Cristo". Bouma. porém aceitam a tradução que resulta numa só pessoa. (texto). E. Tem sido apoiada por uma longa lista de comentaristas (entre os quais se encontram De Wette.6.S.15-20. Gealy. Weymouth. Cl 1. A. segundo eles) sustenta que Jesus era um em essência com Deus o Pai. A. B. quem aceita a infalibilidade das Escrituras tem nessa passagem um texto de prova adicional para a deidade de Cristo. quando Cristo se manifestar. Moffatt e R. A.26). Entre outros. Goodspeed. A tradução. se esse ponto de vista é o correto. Tyndale. ele enfatiza que em qualquer dos dois casos o propósito da passagem é afirmar que. T.TITO 2. Scott e outros) e especialmente pelo gramático G. no sentido que esse apóstolo não pode ter chamado Cristo o grande Deus". vem a ser: "do grande Deus e o [ou "e do"] Salvador Jesus Cristo. e que. Não obstante. Huther.V. Crammer. pois. mas isso não faz diferença quanto ao ponto de vista em questão. O grande gramático neotestamentário. baseando seus argumentos na regra de Granville Sharp. a passagem de forma alguma endossa os arianos em sua intenção de demonstrar que o Filho é menos divino que o Pai.S. White [em The Expositor's Bible].V. a grandeza da glória divina se revelará nele (cf.R. (margem). Robertson. Lenski. João Calvino se mostrava relutante em escolher entre a tradução que se refere a uma pessoa e a que se refere a duas pessoas. etc. deve admitir pelo menos que o autor das Pastorais (talvez erroneamente.) Ora.R." Winer reconhece que seu respaldo a este ponto de vista não está baseado tanto na gramática .V. {margem).V.quanto sobre "a convicção dogmática derivada dos escritos do apóstolo Paulo.. Simpson e outros.) Mas ele deveria ter notado que mesmo o contexto atribui a .5. como chegou a admitir. A teoria que defende o ponto de vista de duas pessoas é apresentada com pequenas variantes por diversas versões inglesas: Wyclif. Lc 9. Berkeley Version.a qual. e mesmo os que não aceitam a infalibilidade da Escritura. permite a tradução como sendo uma pessoa . em conseqüência.9. Cl 2.Y. A tradução como sendo uma pessoa é favorecida por A. fez uma poderosa defesa deste ponto de vista pelo prisma gramatical. Winer. R. Ela recebe o endosso das seguintes considerações: (1) A menos que haja alguma razão específica em sentido contrário. traduzi* da palavra por palavra.14. 3. 4. 1923. 13. 2 0 3 . segundo esta regra. primeiro se aplica a Deus e em seguida a Jesus (Tt 1. e por isso a expressão deve ser traduzida: "de nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus.8.7 8 7 . um precedendo a cada substantivo: "Que o mesmo seja para você como o gentio e o publicano" (Mt 18. O r a . João. Os 13. 6 1 . as palavras discutidas em Tito 2. porque.3. N. 203 De fato. Exemplos: a. R o b e r t s o n ) .23). 6). se se p u d e s s e e s t a b e l e c e r q u e ouxiíp n ã o é a p e n a s u m n o m e p r ó p r i o . pp. T. a frase diz: "do grande Deus e Salvador nosso Cristo Jesus. 2. m a s q u e .4.T. Portanto.10." Jamais se descobriu alguma razão válida que demonstre que a regra (de Granville Sharp) não se aplica no presente caso.11-14 Jesus (v. então Ez 37. é evidente que o propósito do autor desta epístola (isto é. N o v a Y o r k . Paulo) é demonstrar que Jesus é plenamente divino.. em cada um dos três capítulos de Tito. b. Ora. Dois artigos. t e r í a m o s a l g o p a r a l e l o à e x p r e s s ã o " d o D e u s n o s s o e S a l v a - .23. The Minister And His Greek New Testament. a saber: Cristo Jesus. Os dois substantivos apontam para duas pessoas (neste caso. 14) funções que no Antigo Testamento são atribuídas a Jeová. quando o primeiro de dois substantivos do mesmo caso e unidos pela conjunção e vem precedido do artigo. o qual não se repete antes do segundo substantivo. Ver G r a m .6 8 .458 TITO 2. P a u l o g e r a l m e n t e liga a e p i f a n i a a d u a s p e s s o a s . a l é m d o m a i s . t a m b é m do m e s m o a u t o r (A. O artigo precede o primeiro de dois substantivos e não se repete antes do segundo: "o irmão seu e co-participante.9). p p . Devemos considerar correta a tradução como uma pessoa. e a expressão é corretamente traduzida: "seu irmão e co-participante" (Ap 1." Os dois substantivos se referem à mesma pessoa. 7 8 5 . Quando o artigo se repete antes do segundo substantivo. tão plenamente como Jeová ou como o Pai. então está falando de duas pessoas. ambos se referem à mesma pessoa. SI 130.13 indicam claramente uma só pessoa.17). cada uma representando uma classe). a regra sustenta que." O artigo que está antes do primeiro substantivo não se repete antes do segundo. e que a palavra Salvador. tais como atos de redimir e purificar (2Sm 7. F i l a d é l f i a . M a s 2 T e s s a l o n i c e n s e s 1. os quais consideravam como "salvadores".1. X V I I I .12). a p e s a r de h a v e r um só a r t i g o . N .10. s o b r e I T s 1. "nosso grande [exaltado. e então traduzir: "nosso Deus e Salvador Jesus Cristo" (ou "Cristo Jesus")? (2) Em nenhuma parte do Novo Testamento se usa a palavra epifania (aparição ou manifestação) com respeito a mais de uma pessoa. glorioso] Deus e Salvador. e particularmente à fraseologia usada em relação ao culto aos reis terrenos. . S t a u f f e r . e a gratidão produz estado de alerta pela graça de Deus. por que não pode ser também assim na expressão essencialmente idêntica em 2 Pedro 1. d o r J e s u s C r i s t o " o n d e . onde a referência é à primeira vinda). no original.12. O "ponto" real da passagem. sim." Mas. 1 9 5 5 ( r e v i s a d o em WThJ. se referem a uma pessoa e devem ser traduzidas: "nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.8. é que nossa jubilosa expectação do aparecimento em glória de nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus nos prepara efetivamente para a vida com ele. em conexão com tudo o que a precedeu. se isto é assim. 1 3 n ã o s ã o idênticas. l T m 6.11-14 459 reconhece-se geralmente que as palavras aparecem no final de 2 Pedro 1. versículo 14 A graça de Deus em Cristo é o purificador pleno. N ú m e r o 2 ( m a i o d e 1956). mas desejarão "manifestar-se com ele em glória" (Cl 3.TITO 2. 4. a pessoa a quem se refere é sempre Cristo (ver 2Ts 2.13. 2Tm 4. Como ele faz isso? Primeiro. 2Tm 4. e a f r a s e p o d e ser t r a d u z i d a " d e n o s s o D e u s e do S e n h o r J e s u s C r i s t o " ( 2 T s 1. Ver t a m b é m n o t a 76. porque a Segunda Vinda será tão completamente gloriosa que os crentes não desejarão "perdê-la".1 7 6 .8 e 2Tm 1. Ver C . porque a bendita expectação enche os crentes de gratidão. (3) A fraseologia aqui em Tito 2. a r e f e r ê n c i a é c o m t o d a p r o b a b i l i d a d e a cluas p e s s o a s . Cristo Jesus". p p .1 e aqui em Tito 2. T .4). 1 7 1 . Christandthe Caesars. Ptolomeu I não foi chamado "salvador e deus"? Não se referiam a Antíoco e a Júlio César como "deus manifestado"? 204 Paulo indica que os crentes esperam a aparição de Alguém que realmente é Deus e Salvador. n o t a 117. a saber. 2 0 4 . Segundo. V e r E .14.12 e Tito 2 .11.13 bem que poderia ter sido traçada como reação ao tipo de linguagem que amiúde os pagãos usavam com respeito aos seus próprios ídolos. Além do mais. 13 Efésios 1.6 Colossenses 1. A contemplação deste sublime pensamento deve resultar em uma vida que seja para sua honra. Negativamente.13 Levítico 1.20-22 Levítico 17. 1936. 7 Salmo 130.25 Romanos 5 1 Coríntios 6. positivo (ver 2Sm 7. objetivo. que se deleita em feitos nobres.29 João 6.7 Efésios 2. e o segundo.23).28 Mateus 26.460 TITO 2. A.6. L e r t a m b é m A. 1 7 Êxodo 12. e isto por nós.22 Ele deu nada menos que a si próprio. deve fazer um estudo diligente e contextual das seguintes passagens: 205 Antigo Testamento Gênesis 2 . Além do mais.1821 Hebreus 9.6: "que deu-se em resgate por todos.2 1 João 4.18.28 1 Pedro 1. B e r k h o f . F i l a d é l f i a .23 Salmo 40. MI. propriamente seu. voluntário." Quem quer que porventura nutra dúvidas sobre o caráter necessário. e L.28 Romanos 3. Para o significado de "que deu-se a si mesmo por nós a fim de redimir-nos". ou seja. nos seria impossível viver uma vida santificada.14 Gálatas 1.23 2 Coríntios 5.14-23 João 1.4 Gálatas 2. Sem este Espírito.27. 19 1 Pedro 2. ou seja.24 1 Pedro 3. 1 6 . em nosso interesse e em nosso lugar. ele deu-se por nós "para redimir-nos".11 2 Samuel 7.8 Isaías 53 Zacarias 13. 1867.4 Levítico 16. Grand Rapids. cuja aparição em glória os crentes esperam com tanta esperança e alegria é aquele que se deu a si mesmo por nós a fim de redimir-nos de toda iniqüidade e purificar para si um povo. ver sobre 1 Timóteo 2.8).20 1 Coríntios 7.16 Efésios 5. substitutivo e eficaz do ato de Cristo pelo qual ele se deu por nós. H o d g e .1923 Hebreus 9. The Atonement.55 Atos 20.18 1 João 2. Vicarious Atonement Through Christ. .11-14 Nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus. Cristo entregou-se por nós com um duplo propósito: o primeiro é negativo (ver SI 130.45 Lucas 22. propiciatório. por sua morte expiatória ele teve os méritos para que o Espírito Santo pudesse operar em nosso coração. para resgatar2 0 5 .10 Apocalipse 5.12 Apocalipse 7. 28 Marcos 10.1 Novo Testamento Mateus 20.20 Gálatas 3. 13). para que. feitos esses que. Deve falar constantemente (ver sobre v. sejam feitos em consonância com a lei de Deus e para sua glória (cf. estejamos em condições de ser um povo. assim purificados. cheios de zelo pelos feitos que são excelentes.T. Hb 9. qualquer que seja a forma na qual a desobediência se manifesta {"toda iniqüidade"). para ambos os capítulos).18. Tito não deve jamais ser faltoso em seu dever. e. sobre 2Ts 2. Paulo acrescenta: Continue falando[-lhes] essas coisas e instando [com eles] e reprovando com toda autoridade. 19). os versículos 11-14 nos ensinam que a razão pela qual todo membro da família deveria viver uma vida de autodomínio. para purificar-nos por meio de seu sangue e seu Espírito (Ef 5. IP 3.14). agora é a igreja.11-15 461 nos de um poder maligno. sejamos transformados no tesouro exclusivo de Cristo.TITO 2. Positivamente. Gl 1. que é o preparador eficaz que nos faz olhar com anseio para a manifestação em glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus. cf.7. Como uma conclusão adequada para todo o capítulo (em certo sentido. que é o purificador total. Outrora. 15. 1) sobre esta gloriosa vida de santificação como uma oferta de gratidão apresentada a Deus por sua maravilhosa graça em Cristo. Ez 37. a saber. Deve prosseguir fazendo o que vem fazendo até aqui. a desobediência à santa lei de Deus. justiça e piedade é para que a graça de Deus em Cristo penetre nossas trevas morais e espirituais e traga salvação a todos os homens. Israel era o povo peculiar de Jeová. finalmente.N. 9). ou seja.23).26. E o poder do qual ele nos livra é o do "pecado" (ver C. E como Israel se caracterizava por ser zeloso no tocante à lei (At 21. ele deu-se por nós "a fim de purificar para si mesmo um povo". para que ele seja um povo de sua própria possessão "zeloso pelos feitos nobres". para que essa graça seja também nosso grande pedagogo que nos afasta da impiedade e das paixões mundanas e nos guie pela vereda da santificação. de modo que.14. Em suma. ou seja.3). O preço do resgate foi seu precioso sangue (IPe 1. fazendo-o sempre que lhe apresentar . propriamente seu (ver nota 193 e cf. procedentes da fé.20. Deve insistir com o povo sobre isto. redimidos de toda desobediência à lei de Deus. lJo 1. assim agora Cristo purifica seu povo com este mesmo propósito em mente. indiretamente.11-14 boa ocasião. u s o u u m a série d e e x p r e s s õ e s n a s q u a i s e m p r e g o u . o desrespeite ou ignore. d e s e j o m o s t r a r q u e cada palavra d e s t e c a p í t u l o é de tal n a t u r e z a ou c a r á t e r q u e n i n g u é m t e m o d i r e i t o de d i z e r : " P a u l o n ã o p o d e r i a tê-lo e s c r i t o . s e u m a u t o r tem e s c r i t o " a g r a d a v e l m e n t e " ." Embora este mandamento tenha sido dirigido diretamente a Tito. entre as palavras restantes existem aquelas q u e em outros lugares do N o v o T e s t a m e n t o s ã o u s a d a s s o m e n t e p o r P a u l o . (5) T a m b é m h á p a l a v r a s q u e . m a s c m ú l t i m a a n á l i s e n ã o é o m e r o número de tais p a l a v r a s q u e c o n t a . os fatos e n d o s s a m tal c o n c l u s ã o ? Estou convencido de que não. h á a q u e l a s q u e são c o n h e c i d a s c o m o s e n d o u s a d a s p o r o u tros a u t o r e s q u e v i v i a m n o s d i a s d e P a u l o o u e m é p o c a s p r ó x i m a s . S u p o n h a m o s q u e u m autor. pensando: "Não importa o que ele tenha dito sobre isso ou sobre aquilo. e até mesmo reprovando (ver sobre Tt l .12. são cognatos bem p r ó x i m o s de p a l a v r a s u s a d a s p o r P a u l o e/ou p o r L u c a s . I Timóteo 4. em seu coração e mente. admoestando (ver sobre v. p e l o r e c o n h e c i m e n t o g e r a l . é impossível que escreva "agradável" t a m b é m ? Q u a n t o a isso h á p a l a v r a s q u e . Que ninguém o menospreze. que ninguém. T a m p o u c o n e n h u m argumento contra a autoria paulina p o d e derivar-se delas. Tito deve conduzir-se de tal maneira que ninguém tome suas palavras de modo leviano. em outros lugares. 6) os que carecem de admoestação especial. o qual deveria levá-lo a sério.o s e g u n d o c a p í t u l o de Tito e s t á e n t r e as p o r ç õ e s d a s P a s t o r a i s n a s q u a i s os c r í t i c o s s e c o n c e n t r a m c o m o f i m d e p r o v a r q u e P a u l o n ã o p o d e r i a d e f o r m a a l g u m a ter s i d o s e u autor. a autoridade de Cristo a quem ele representa. e m b o r a a p a r e ç a m s o m e n t e u m a v e z o u b e m p o u c a s v e z e s nas Pastorais e em n e n h u m outro lugar do N o v o Testamento. (4) E n t r e a s p a l a v r a s q u e n o N o v o T e s t a m e n t o s ó o c o r r e m aqui n o s e g u n d o c a p í t u l o d e Tito o u s o m e n t e n a s P a s t o r a i s . q u e e l e o u v i a a o s e u r e d o r ? O u . ou somente por Lucas e por Paulo. C o m o s e p o d e a r g u m e n tar d i z e n d o q u e P a u l o não p o d e r i a ter u s a d o e s s a s p a l a v r a s . e m o b r a s q u e . m a s sua natureza.hapax legomena . 193. J o h n B r o w n . pelo menos. no cumprimento de seus deveres. Lucas. Cf.l h e a t r i b u í d a s . algumas das palavras eram familiares para Paulo por havê-las encontrado na L X X . a saber: quando o mesmo for lido aos diversos presbíteros e congregações. o mesmo o ajudará também. no grego koinê. U m a l o n g a lista d e tais p a l a v r a s p o d e p a r e c e r i m p r e s s i o n a n t e . temos aquelas que. ou seja. D e v i d o às s u a s m u i t a s p a l a v r a s ou e x p r e s s õ e s q u e a p a r e c e m u m a só v e z . O r a . (2) Então. e m b o r a a p a r e ç a m u n i c a m e n t e aqui.462 TITO 2. M a s . c o m o é óbvio. Certamente. s ã o . elas s e g u e m u m p a d r ã o t i p i c a m e n t e p a u l i n o . " O v o c a b u l á r i o d e Tito 2 p o d e ser r e s u m i d o d a s e g u i n t e m a n e i r a : (1) M u i t a s d a s p a l a v r a s u s a d a s n e s t e c a p í t u l o s ã o m a i s o u m e n o s c o m u n s n o i d i o m a grego ou.9. P o r m e i o do r e s u m o q u e se s e g u e . n e n h u m argumento contra a paternidade p a u l i n a d a e p í s t o l a p o d e ser b a s e a d o nelas. Tudo isto deve ser feito "com toda autoridade". são usadas somente pelo c o m panheiro assíduo e íntimo de Paulo. 13) os que acaso mereçam reprovação. C o m o p o d e m elas d e m o n s t r a r q u e P a u l o n ã o poderia ter escrito as Pastorais? (3) A l é m do mais. b e m c o m u n s .TITO 2 463 c o m o c o m p o n e n t e b á s i c o a p a l a v r a neve\ p o r e x e m p l o . 8 . esta p a l a v r a é u s a d a c o m g r a n d e f r e q ü ê n c i a . a f o r a seu u s o e m T i t o 2 . p r o f u n d a m e n t e p r e o c u p a d o s o b r e a q u e s t ã o se a i g r e j a p e r m a n e c e r i a leal à " s ã " d o u t r i n a ? A p a l a v r a f i n a l do v e r s í c u l o 1 .10. Q u a n t o a "ser sadio". Portanto. E r e a l m e n t e i m p o s s í v e l i m a g i n a r . B. N a t u r a l m e n t e . m a s d e " s e r m o r a l e e s p i r i t u a l m e n t e p e r v e r t i d o " . E n e s t e s e n t i d o q u e o e n s i n o ou d o u t r i n a de a l g u é m d e v e ser " s ã " . 1 C o r í n t i o s 7. U m a u t o r d e s c o n h e c i d o t o m o u p a l a v r a s e c o n c e i t o s da literatura h e l e n í s t i c a de seu t e m p o . T t i b i n g e n . 14.4. S e r i a r a z o á v e l d i z e r q u e n e s t e c a s o " J o h n B r o w n n ã o p o d e r i a ter e s c r i t o tal livro. n u m e s c r i t o d e p a t e r n i d a d e literária d u v i d o s a ( a t r i b u í d o p o r a l g u n s a ele) a p a r e c e a e x p r e s s ã o " b o l a d e n e v e " . a u s a m . Palavras comuns T o d a s as p a l a v r a s do v e r s í c u l o 1 p e r t e n c e m a esta c l a s s e .6. não p o d e m o s basear-nos em n e n h u m a das palavras do versículo 1 para pôr-nos contra Paulo c o m o autor das Pastorais. 2 2 . P a l a v r a s tais c o m o " P o r é m " .s e esta p a l a v r a n u m s e n t i d o i m a t e v i a l . " c a m a d a d e n e v e " . " e s p u m a d e n e v e " . A q u i " s e r s a d i o " n ã o p o d e r e s t r i n gir-se ao físico do h o m e m . 25. o a n c i ã o . 2 ( ' o r í n t i o s 8. Portanto. 1 4 . 1931. M a t e u s e M a r c o s . (2) N a s P a s t o r a i s ela t e m u m s e n t i d o f i l o s ó f i c o . é v e r d a d e q u e o i n t e l e c t o do h o m e m t a m b é m e s t á o b s c u r e c i d o q u a n d o ele resiste à vontade de Deus. 1.13 ( L X X ) . S i m p l e s m e n t e p r o v a u m a d i f e r e n ç a e m t e m a e s i t u a ç ã o geral.7. " f a l e " e " a " são. e a p a l a v r a t r a d u z i d a " a u t o r i d a d e " (Tt 2 . t e m . E f é s i o s 4 . Ver P r o v é r b i o s 13. 8) a p a r e c e u n i c a m e n t e em 2 T e s s a l o n i c e n s e s 2 . 4 . L u c a s e J o ã o t a m b é m a u s a m . só p o r q u e a e x p r e s s ã o bola de neve n ã o a p a r e c e e m n e n h u m a d e s u a s p r o d u ç õ e s literárias r e c o n h e c i d a s c o m o t a i s " ? N ã o seria m a i s r a z o á v e l d i z e r : " C e r t a m e n t e é p o s s í v e l q u e J o h n B r o w n t e n h a e s c r i t o e s t e livro. E o m e s m o vale c o m respeito às "palavras m a i s ou m e n o s c o m u n s " usadas no restante do capítulo. n a t u r a l m e n t e . " c a m p o d e n e v e " . 2 T m 1. n o N o v o T e s t a m e n t o s ó a p a r e c e e m F i l i p e n s e s 4 . " v o c ê " .8. cf.) (3) N a s P a s t o r a i s . porque ele costuma fazer combinações que contêm a palavra neve"? Análise das Palavras de uso Que mais Ocorrem ou menos em Tito Capítulo 2 A. E m r e s p o s t a a o i t e m (3). 1 . E m r e s p o s t a a o item (2). 1 5 . e m o u t r o s e s c r i t o s . A f r e q ü ê n c i a c o m q u e s e usa e s s a p a l a v r a n ã o p r o v a n e c e s s a r i a m e n t e u m a d i f e r e n ç a d e autor. " a p a r i ç ã o " ( T t 2 . t a m b é m é u m a expressão que de forma alguma se limita às Pastorais. N ã o o b s t a n t e .26. 13. 8 . O r a . N a s P a s t o r a i s .é t a m b é m b a s t a n t e c o m u m .1) se e n c o n t r a s o m e n t e em R o m a n o s 16. s e g u n d a e d i ç ã o .8.a saber. l T m 1. D a í . Palavras <le Paulo A s s i m .s e Paulo. a m b o s . Die Pastoralbriefe. " s e r s a d i o " n ã o é u m a n t ô n i m o d e " s e r i r r a c i o nal".s e d a d o i m p o r t â n c i a e x a g e r a d a a o s três s e g u i n t e s a r g u m e n t o s : ( 1 ) N a s P a s t o r a i s u s a . l T m 6 . Paulo n ã o p o d e r i a ler e s c r i t o a s P a s t o r a i s . 1 4 . (Ver M. c o m o s e v ê m a i s c l a r a m e n t e e m Tito 1. e C o l o s s e n ses 2 . 15. etc. M a s em c o n f r o n t o c o m este tríplice argumento contra a autoria paulina está o seguinte: E m r e s p o s t a a o i t e m (1). " d i g n o s " o u " h o n r a d o s " . n u m s e n tido m e r a m e n t e f í s i c o . seria perda de t e m p o dar demasiada atenção às palavras desta classe neste breve resumo. A s s i m P a u l o em R o m a n o s 12. t e m p e s t a d e d e n e v e " . 1 3 .12. L u c a s e A t o s . " d o u t r i n a " . S i g n i f i c a " e m c o n s o n â n c i a c o m a r a z ã o " . a i n d a q u e o v e r b o c o g n a t o a p a r e ç a t a m b é m e m M a r c o s . cf.6. p o r q u e d e c l a r o u q u e seu e v a n g e l h o n ã o t e m p o r b a s e a r a z ã o h u m a na. s e n ã o q u e é " l o u c u r a " p a r a o m u n d o ( I C o 2. 2 e I T i m ó t e o 3. 14). D i b e l i u s . p. que em outros lugares no Novo Testamento ocorrem somente nas Epístolas .3. E s t e ato d a g r a ç a d i v i n a e l e v o u Israel a c i m a d e t o d a s a s d e m a i s n a ç õ e s . esposa de Herodes o Grande.14 ( L X X ) e em d i v e r s a s o u t r a s f o n t e s a n t e r i o r e s e p o s t e r i o r e s . n a t u r a l m e n t e . E l a a p a r e c e t a m b é m em J o s e f o .2 ( L X X ) e n c o n t r a . P o r é m . i n d i c a q u e Israel é " p o s s e s s ã o e s p e c i a l " d e J e o v á . E m D e u t e r o n ô m i o 7. E f 1.s e o a d j e t i v o c o g n a t o n o s e n t i d o de pura ou casta: " B u s q u e m . e n t ã o l P e 2. Interessante.5. C o m referência à morte do filho mais velho.s e i n c l u í d o n a alínea D . No versículo 7 usa-se a palavra "incorruptibilidade" ou "incorrupção". de b o a a p a r ê n c i a . E l a i n d i c a a q u i l o q u e f i c a p a r a a l g u é m .4) s e e n c o n t r a s o m e n t e e m L u c a s 1. Esta palavra encontra-se na emocionante história macabéia da m ã e e seus sete filhos que f o r a m martirizados por sua lealdade a Jeová. 1 0 ) a p a r e c e s o m e n t e e m A t o s 5.18. é t a m b é m a palavra " e s p e r a n d o " ( v e r s o b r e v. 2 6 .9) n ã o a p r e s e n t a g r a n d e p r o b l e m a .C. Palavras Pastorais. " S e m mácula". 5.3) t a m b é m c o n t é m a p a l a v r a t-epoirptTnjç. ou somente em Paulo e.vii. Plutarco (46-120 d. " O v e r s í c u l o 14 t e m a e x p r e s s ã o " p o v o q u e s e j a sua p o s s e s s ã o " . r e v e r e n t e . s o b r e o q u a l a L X X se b a s e i a .) t a m b é m usa a palavra. a l é m d e s e r e m d e u s o c o r r e n t e n o m u n d o d e f a l a g r e g a d a q u e l e t e m p o . 1 1 ) a p a r e c e s o m e n t e e m E f é s i o s 6 . E m E s t e r 2. c o m o s e verá: O v e r s í c u l o 3 c o n t é m a p a l a v r a " a n c i ã o " ( i r p t o p ü t i ç ) . Palavras Pastorais. p o r q u e e l e o e s c o l h e u . e s t a v a b e m f a m i l i a r i z a d o c o m a L X X . 2 2 . d e p o i s q u e o p r e ç o é p a g o . a de Tito ( " c o m o c o n v é m à q u e l e s q u e se e m p r e g a m no s e r v i ç o do t e m p l o " ) c a de .viii. Jewish Antiquities XV. J o s e f o . A t o s 2 8 . E. P a u l o . C o m o e s t a p a s s a - g e m p r o v a .20. e " t r a z e n d o s a l v a ç ã o " (Tt 2 . " d e f r a u d a r " o u " f u r t a r " (Tt 2 . p i e d o s o . l e m o s : " E t e n d o dito isto. 2 8 . Tt 2.s e s i m p l e s m e n t e do f e m i n i n o d e npeapikriç. M a s t r a t a . E m b o r a as d u a s e x p r e s s õ e s n ã o t e n h a m e x a t a m e n t e o m e s m o s e n t i d o .2. 1 7 . D t 7.6. a i n d a q u e n e s s e s vários c a s o s s e j a n e u t r o c o m o substantivo. 14. cf. Ver t a m b é m nota 196. D. Palavras que em outros lugares do TITO 2 Novo Testamento se encontram somente em Lucas E s s a s p a l a v r a s p a r e c e m a p o n t a r para P a u l o e n ã o na d i r e ç ã o oposta. " t e s o u r o p e c u l i a r " .14.s e p a r a o rei j o v e n s v i r g e n s [castas]. s e g u e m u m p a d r ã o n a f o r m a ç ã o d e t e r m o s p a u l i n o s . 3 0 . 2 ) se e n c o n t r a s o m e n t e em F i l e m o m 9 c em L u c a s 1. O s e n t i d o em q u e ela é a q u i u s a d a d e n u n c i a a i n f l u ê n c i a de Lucas? E s t e g r u p o d e p a l a v r a s n ã o o f e r e c e q u a l q u e r e n d o s s o à teoria d e q u e P a u l o n ã o p o d e r i a ter e s c r i t o as P a s t o r a i s . 3. p o r e x e m p l o . 1 8 ) . L u c a s 2 .79. Jewish Antiquities XI. " a p a r e c i d o " (Tt 2 . 3.2). ainda que não totalmente confinada a Paulo e Lucas.oç é do v e r b o nepíetpL estar sobre e por cima. Foi u m a das causas que a levaram à morte por o r d e m de seu cruel esposo.6. A q u i nepioúoi. o o r i g i n a l h e b r a i c o . t e m 'am s e gullah. 11. cf. E l e f a z m e n ç ã o do s u p o s t o comportamento i n t r é p i d o de M a r i a n a . " p u r e z a " seria o u t r a b o a t r a d u ç ã o . A expressão é uma citação que aparece reiteradas vezes na L X X ( Ê x 19. seu " p o v o s a n t o " . esta c i t a ç ã o (cf.2. daí. ser deixado sobre. o piedoso j o v e m m o r r e u " ( 4 M a c a b e u s 9 . E n t ã o .6. E s t a f o r m a f e m i n i n a s e e n c o n t r a n ã o s ó t a m b é m em 4 M a c a b e u s 16.5). 1 1 . c o m o o era a m a i o r i a d e l a s . O m e s m o v e r s í c u l o (Tt 2. 2 5 .464 C. 2 3 . m a s P a u l o p e s s o a l m e n t e usou o m a s c u l i n o em F i l e m o m 9 (cf. p o r isso se aplica a t u d o a q u i l o q u e a l g u é m p o d e chamar "próprio". Lucas A p a l a v r a " a n c i ã o " ( T t 2 . cf. 3 . mas que que no Novo ocorrem Testamento em fontes não ocorrem e/ou em nenhum outro lugar fora das anteriores contemporâneas O v e r s í c u l o 3 c o n t é m a p a l a v r a " c o m p o r t a m e n t o " . 13). "salvação". mas que que no Novo Testamento um não ocorrem na em formação nenhum outro lugar fora das seguem padrão paulino das palavras Q u a s e t o d a s a s p a l a v r a s q u e s e s e g u e m p o d e r i a m t e r . " c o m o é p r ó p r i o p a r a q u e m e s t á e m p r e g a d o no s e r v i ç o do t e m p l o " ( o u em serviço sacro): daí. 1 5 ? Q u a n t o a o ú l t i m o t e r m o . O r a . Ef 1. M a s m u i t o antes disso. " a u t o c o n t r o l e " se e n c o n t r a s o m e n t e em 2 T i m ó t e o 1. P a u l o . u s a n d o c o m o i l u s t r a ç ã o o a d e s t r a m e n t o d e cavalos.. T u c í d i d e s já a usava.15.a s ele m e s m o . Voltando u m a v e z m a i s ao v e r s í c u l o 3. "autocontrolado". c o m o aqui. Ver p.2.. 2 C o 11.9.3-5 usou tanto cjipovéu q u a n t o TonTfHvoctipoaúvri não p o d e r i a ter u s a d o irepLcjipovtcü e m Tito 2 .A.oao<|>ra.avôpoç. ou s e j a . o b r e i r a d o m é s t i c a . e Fp 2.r|6ovoç.3 5 5 a. O u t r a p a l a v r a d o m e s m o teor.£oj. d i f i c i l m e n t e c o n v e n c e .C.11. O v e r s í c u l o 4 c o n t é m t a m b é m a e x p r e s s ã o (jiuavôpoç K A Í C | U 1 Ó T E K V O Ç . " e n s i n a r " .oveiKÍa. refrear. Ora. e b a s e a d a s na r a i z (|>piív. se encontra somente em I T i m ó t e o 3. "praticantes do q u e é excelente" também escrever "mestras daquilo que é excelente"? O v e r s í c u l o 4 c o n t é m o v e r b o oaxt>poi'í.ÓOO4)OÇ e i|)LA.) que. 2 0 .avSpúnuç. p o s t o q u e p a r e c e ser a q u e c o n c o r d a m e l h o r c o m o c o n t e x t o . por e x e m p l o .1 ( L X X ) .8. 8.). 5.3 usou o t e r m o üirc-p^povéw.-. e x a m i n e n o . 12). disse: "O m e d o d o s l a n c e i r o s os reprime" (The Tyrant X). (jnA. 2 C o 11. Light From the Ancient East. 3 . dizer q u e P a u l o n ã o p o d e r i a ter e s c r i t o a s P a s t o r a i s . 2 . mente.1. coração. a p a r e c e m em u m a ou m a i s das d e z e p í s t o l a s c o m u m e n t e a t r i b u í d a s a P a u l o . e q u e o s u b s t a n t i v o c o g n a t o . 4>LA. q u e t a m b é m o c o r r e s o m e n t e u m a vez em t o d o o N o v o T e s t a m e n t o . A p a l a v r a t a m b é m se e n c o n t r a em 4 M a c a b e u s 6. e n t ã o . s ó p o r q u e elas c o n t ê m m u i t o s c o m p o s t o s b a s e a d o s n a raiz (j)U-.TITO 2 465 Hfésios 5. O a p ó s t o l o era m u i t o a f e i ç o a d o às p a l a v r a s f o r m a d a s a partir d e s s a raiz (ver. I C o 14.20. m o d e r a r . Q u a n t o a c o m p o s t o s c o m r p v . «(jiiActYaQoç.ocjjpór.s e c o n v i n c e n t e ( V i d a s Paralelas. p o r e x e m p l o . e entre e l e s há d i v e r s o s q u e não se e n c o n t r a m em o u t r o s l u g a r e s no N o v o T e s t a m e n t o (<j>i. P o r t a n to.t a m b é m p a r e c e ter sido c a r a c t e r í s t i c o d e P a u l o e L u c a s .ó9eo<.a s l i v r e m e n t e o n d e q u e r q u e a s e n c o n t r a s s e o u . é aQxjjpóvuç. e eles nào e s t ã o l i m i t a d o s a n e n h u m p e r í o d o particular de sua vida c o m o autor. ( C o n s i d e r a r e i esta c o m o s e n d o a m e l h o r i n t e r p r e t a ç ã o . q u e p r o v a q u e e l e não p o d e r i a ter e s c r i t o as Pastorais? (Podemos sem receio permitir que o escritor médico do segundo século que também a usou descanse em paz.w<. c u n h a n d o . 25. pensamento. c|)iA. e n c o n t r a m o s a p a l a v r a KaÀoÔLõáaKaXoç. Tito 1. por q u e n ã o p o d e r i a ele q u e e s c r e v e u cm 2 T e s s a l o n i c e n s e s 3.3). era p r e c i s a m e n t e P a u l o q u e g o s t a v a de tais c o m p o s t o s . P l u t a r c o d e s c r e v e f á b u l a c o m o a l g o q u e à s v e z e s está o b v i a m e n t e desdenhando t o r n a r . E ver D e i s s m a n n . F o i X e n o f o n t e ( 4 3 0 .2.3. 12. 2 C o 2. I C o 10. p. esta r e a l m e n t e é u m a p a l a v r a alheia a Paulo. M a s isto s i g n i f i c a q u e P a u l o n ã o p o d e r i a ter e s c r i t o a s P a s t o r a i s ? A o c o n t r á r i o . ) O r a . P l u t a r c o u s o u a m b a s a s p a l a v r a s n o s e n t i d o i n d i c a do aqui. E o c o g n a t o trepicjipovéu " m e n o s p r e z a r " se e n c o n t r a s o m e n t e n o v e r s í c u l o 15. " a m a n d o seus m a r i d o s e a m a n d o s e u s f i l h o s " . <j)ÍA. esse v e r b o se e n c o n t r a s o m e n t e aqui. I C o 13. No N o v o T e s t a m e n t o . " c o m a u t o c o n t r o l e " s e n s a t a m e n t e (v. <j)iAóoropYOç e (|HA.2. é o único autor neotestamentúrio q u e usa o seguinte: (jHÀóvciKoç. e cf.8.6. cjiiÀÓTtKvoç. Teseu I). O v e r s í c u l o 5 c o n t é m o s u b s t a n t i v o O Í K O U P Y Ó Ç . I C o 11. sossegai".23.7. o original das s e g u i n t e s p a s s a g e n s : Rm 2.) Era precisamente Paulo que mais gostava da formação de p a l a v r a s c o m épy-.13. e n q u a n t o seu b o m a m i g o e a s s í d u o c o m p a n h e i r o . e m suas d e m a i s e p í s t o las. " m e s t r a s d a q u i l o q u e é e x c e l e n t e " . 3 1 5 . L u c a s . aqui plural. M a s este u s o das p a l a v r a s b a s e a d o em cj)iX. E l ó g i c o crer q u e um a u t o r q u e em R o m a n o s 12.nos escritos d e P a u l o .13) t e m b a s t a n t e e m c o m u m p a r a q u e não se d i g a q u e o autor da s e g u n d a n ã o p o d e r i a ser t a m b é m o a u t o r da p r i m e i r a .4. 2. <j>LÀapyupia e 4>UCIUTOC. as P a s t o r a i s c o n t ê m m u i t o s c o m p o s t o s b a s e a d o s em (juA. Poder-se-ia acrescentar que o adjetivo cognato.OTL|ICOH(U. d e s c u b r o q u e a m e t a d e das p a l a v r a s q u e a p a r e c e m em listas s e p a r a d a s no léxico. Gl 6 . t a l v e z . 14. é o ú n i c o a u t o r n c o t e s t a m e n t á r i o em c u j o s escritos e n c o n t r a m o s cfjiA. q u e r u s a n d o . cjjLÀávaSoç. e q u e em Filipenses 2. (j>ü.3 ( " c o m o c o n v é m aos s a n t o s " . S e g u r a m e n t e . R o m a n o s 4 . 1 . 2 T e s s a l o n i c e n s e s 3. n a s P a s t o r a i s .L u c a s t a m b é m g o s t a v a d o s c o m p o s t o s c o m épy-. 2 T m 2 . l T m 3. 3. L u c a s e P a u l o e r a m a m i g o s ! S e m e l h a n t e m e n t e . 1 2 ) . R o m a n o s 15.á e v i d e n t e q u e a r e s p o n s a b i l i d a d e d e a p r e s e n t a r p r o v a s recai t o t a l m e n t e s o b r e q u e m r e j e i t a a autoria paulina.2. 1 Tm 2 . A s s i m . Q u a n d o a t u d o isso s e s o m a m a s d i v e r s a s c a r a c t e r í s t i c a s d o estilo p a u l i n o d e T i t o 2 . 2 3 . No s e n t i d o de não condenado ou inocente em 2 M a c a b e u s 4 . cf. p o r q u e h a v e r i a d e ser i m p o s s í v e l q u e o m e s m o a u t o r q u e e m G á l a t a s 2. l T m 2. 8 ) n ã o p o d e r i a ter e s c r i t o dignidade? E q u e q u e m e s c r e v e u despertado para a sobriedade ( I C o sóbrio? CONCLUSÃO: nadas. c o m o q u e s e d e v e c o m p a r a r a e x p r e s s ã o boa(s) obra(s) (Tt 1.16.16. 5 . e t c . f a r . e c o n d e n o u à m o r t e o s i n o c e n t e s q u e . piedade (Tt 2 . 1 8 ) . c o m o ele f a z a q u i n a s p a s t o r a i s . 2 C o r í n t i o s 12. 1 0 .17 ( P a u l o f a l a n d o ) . 1 0 . ou q u e a q u i e ali o " s e c r e t á r i o " e s t e j a u s a n d o seu p r ó p r i o v o c a b u l á r i o c o m a p l e n a a p r o v a ç ã o d e P a u l o ? A i n d a n e s t e caso.4). o a u t o r real e r e s p o n s á v e l p o d e r i a m u i t o b e m ser Paulo.18.6) É verdade que um sinônimo às vezes se encontra em adição à palavra ou no lugar dela nas e p í s t o l a s a n t e r i o r e s . 1 C o r í n t i o s 3. de! Q u e a q u e l e q u e e s c r e v e u digno ou honrado ( F p 4 . t e r i a m s i d o c o n s i d e r a d o s inocentes" ( N . d e s d e q u e a m b a s a s e x p r e s s õ e s s ã o d e u s o c o r r e n t e .466 TITO 2 o r i g i n a l a s s e g u i n t e s r e f e r ê n c i a s ( c a d a u m a i n d i c a u m a f o r m a d i s t i n t a ) : A t o s 14. 2 1 . p a l a v r a s tais c o m o temperados ou sóbrios ( T t 2 .11. a d m i r á v e i s ) (Tt 2. o v e r s í c u l o 8 a p r e s e n t a o ú n i c o c a s o no N o v o T e s t a m e n t o da p a l a v r a à K a i á y v u o T o ç .s e . 1 2 . 5 . a u t o r d e t o d a m a l d a d e .m e a c o n c e i t o s tais c o m o os p r e s e n t e s a q u i em Tito 2. escrito. R o m a n o s 16. ) .7. M a s c e r t a m e n t e n ã o é a d m i s s í v e l a s s e n t a r s o b r e u m a b a s e tão débil c o m o esta a a f i r m a ç ã o d e q u e P a u l o n ã o p o d e r i a ter s i d o o escritor r e s p o n s á v e l d a s P a s t o r a i s . 7 . 1 5 . 6 ) e impiedade ( R m 1. em d i s t i n ç ã o da era futura ou por vir). 2 C o r í n t i o s 1. 2 . N o t e t a m b é m q u e a q u i e m Tito 2 h á v á r i o s c o n c e i t o s q u e . s e d i a n t e d o s citas t i v e s s e m c o m o d e f e n d e r s u a c a u s a .8. e n c o n t r a m o s t a n t o feitos nobres (cf.16. b. e n q u a n t o n a s e p í s t o l a s a n t e r i o r e s só se e n c o n t r a a ú l t i m a e x p r e s s ã o .11 e m p r e g o u o v e r b o KaxayivúaKtt) u s e a p a l a v r a áKnTáyvuoroç em T i t o 2 . 4 7 ( L X X ) : " E l e [o rei] a b s o l v e u M e n e l a u de t o d o s os s e u s c r i m e s . 3. 1 0 . cf. à s q u a i s t e n h o c h a m a d o a a t e n ç ã o n o p r ó p r i o c o m e n t á r i o ( e ver t a m b é m pp. R e f i r o . a o e s c r e v e r e x t e n s i v a m e n t e s o b r e o a s s u n t o .11. 1 2 . S e g u r a m e n t e . C .34) n ã o p o d e r i a ter e s c r i t o capítulo de Tito forem examiter ( T t 2 . n ã o p a s s í v e l de c e n s u r a . cf. 1 6 ) n ã o p o d e r i a ter e s c r i t o oÍKoupYÓç. Depois que todas as palavras do segundo esta conclusão se torna clara: não há uma só entre elas que Paulo não poderia . 6 . 8 ? E l a é u m a p a l a v r a a l h e i a a P a u l o ? De modo nenhum! Um raciocínio semelhante é válido com respeito a outras palavras que no uso neotestam e n t á r i o o c o r r e m aqui em Tito 2 e nas o u t r a s P a s t o r a i s . 14.26) n ã o p o d e r i a ter e s c r i t o pieda15. . e dignidade ou seriedade 11. o aqui e agora ou a era atual ( T t 2 . 5 . ) . 5 . 1 7 ) . t e n h a e s c o l h i d o v a r i a r a t e r m i n o l o g i a . e c. i r r e p r e e n s í v e l . p a r e c e i n d e f e n s á v e l d i z e r q u e o ú n i c o e s c r i t o r n e o t e s t a m e n t á r i o a u s a r TmvoOpYoç ( 2 C o 1 2 .feitos nobres ( o u e x c e l e n t e s .9. 2 T m 3 .3. 11). l T m 3.1.2. M a s . Mc q u a n t o boas obras. 3 . s ã o t r a t a d o s mais plenamente por Paulo n a s d e z e p í s t o l a s q u e p o r q u a l q u e r o u t r o escritor n e o t e s t a m e n t á r i o . e m b o r a t a m b é m s e e n c o n t v e m em v á r i o s o u t r o s l u g a r e s do N o v o T e s t a m e n t o . o autor. P o r q u e s e r i a i m p o s sível a s s u m i r q u e .2 8 ) . c f . 3 . 14. A l g u é m d e s e j a r e a l m e n t e m a n t e r a t e s e d e q u e u m a u t o r q u e e s c r e v e u ímpio ( R m 4 . os q u a i s e s t ã o r e a l ç a d o s p e l a s p a l a v r a s : a . 25.11. graça ( T t 2. J. J. especialmente pp.. Esta vida deve ser apresentada a Deus como urna oferenda de gratidão por sua maravilhosa graça. "A Scientist's Report on Race Differences". Furnas. 467 A santificação nas relações mútuas. que aponta para a concretização de nossa bendita esperança quando nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus regressar em glória. cheio de zelo pela realização de feitos nobres. a luz do conhecimento. Goodbye to Uncle Tom. . Frank C. operosas. e os artigos pertinentes na revista Life. Todas estas diversas classes de pessoas devem sentir-se motivadas pelo desejo de que a Palavra de Deus seja honrada. redimindo-nos de toda injustiça e transformando-nos num povo para a possessão de Cristo.S. C. pois. a sã doutrina seja adornada e os inimigos da verdade sejam envergonhados. bem como a suas palavras. que os jovens exerçam o domínio próprio (c 'fito mesmo deve ser o modelo). l'or isso. pp. deve zelar para que ninguém o menospreze. Tito. com disposição de agradar e de uma confiança inquestionável. etc. A doutrina e a vida prática devem estar em harmonia. Quanto à questão da escravatura e das relações inter-raciais. 21 de setembro de 1956. a serem sensatas. U. ver também o seguinte: Everyday Life in Ancient Times. Tito deve exortar os anciãos que sejam sóbrios. as anciãs que sejam reverentes. a saber. a santidade. News and World Report. McGurk. Nenhum grupo ou classe social deve deixar de pôr-se sob a influência santificante do Espírito Santo. Além do mais. com ênfase na família cristã. e o purificador completo. dignos. 285-388. Ela é o sábio pedagogo que nos ensina a crucificar as paixões mundanas e a viver uma vida de piedade cristã. Nova York. que os escravos sejam submissos em seu comportamento. 3 de setembro de 1956. ele quer que as mulheres mais idosas orientem as mais jovens quanto ao amor devido ao marido e aos seus filhos. 397-418. a alegria e a paz ("salvação"). Tito deve falar constantemente desta gloriosa vida de santificação por parte de todos. 1956.TITO 2 Síntese do Capítulo 2 Ver o Esboço no início do capítulo. amáveis e submissas ao marido. é o preparador eficaz. 302. castas. publicado por National Geographic Magazine. é o lema deste capítulo. note a extensa bibliografia nas pp. A graça de Deus não se manifestou trazendo salvação a todos eles? Esta graça é a grande ação penetrante que invadiu o reino das trevas e trouxe luz. 1953. 303. 175. o que nos trouxe a salvação.12-15 .ESBOÇO DO CAPÍTULO 3 Tema: O Apóstolo Paulo. que se negam a prestar atenção às admoestações. não nossas obras. Apoio) e aos crentes em geral. Ministra Diretrizes para a Promoção do Espírito de Santificação Na Vida Social (ou seja.9-11 3. 3. Devem ser amáveis com todos os homens. é preciso rejeitar as questões néscias e os homens facciosos.1-8 Os crentes devem obedecer às autoridades. Orientações conclusivas còm respeito aos itinerantes do reino (Artemas ou Tíquico. Zenas. Escrevendo a Tito. visto que foi a bondade de Deus nosso Salvador. Em contrapartida. Tito. Pública) 3. Saudações. 1-8). escravizados a várias paixões e prazeres. sejam obedientes. demonstrando toda mansidão para com todas as pessoas.CAPÍTULO 3 — < • > — TITO 3 . havendo sido justificados por sua graça.8 . 4 Quando. 2 que a ninguém difamem. os que depositaram sua fé em Deus sejam criteriosos em aplicar-se aos feitos nobres.s e n o s v e r s í c u l o s 1 .1-8 Às orientações para a p r o m o ç ã o do espírito de santificação na vida c o n g r e g a c i o n a l ( c a p í t u l o 1) e na v i d a f a m i l i a r e i n d i v i d u a l ( c a p í t u l o 2) acrescentam-se agora: Diretrizes para a promoção do espírito de santificação na vida pública. estejam preparados para toda boa obra. Q u a n t o à p a r t e p o s i t i v a (vv. e sobre essas questões quero que você fale com confiança. Estas questões são excelentes e benéficas a [toda] pessoa. 3 Porque em outro tempo nós também vivíamos sem entendimento. porém. detestáveis e odiando-se mutuamente. n o t e : I. O lembrete: obediência aos magistrados e b o n d a d e para c o m todos (vv.8 3 I Lembre-os que estejam em submissão aos governantes [e] às autoridades. desobedientes. 3. n o s v e r s í c u l o s 9 e 10. A p a r t e positiva d e s t a s e ç ã o e n c o n t r a . não sejam contenciosos. 6 que ele derramou ricamente sobre nós por meio de Jesus Cristo nosso Salvador. 1 . sejam gentis. apareceu a benignidade de Deus nosso Salvador e seu amor para com o homem. não por virtude das obras que nós mesmos houvéssemos realizado em [um estado de] justiça. mas segundo sua misericórdia pela lavagem da regeneração e renovação proveniente do Espírito Santo. viéssemos a ser herdeiros na esperança da vida eterna. 7 a fim de que. vivendo em malícia c inveja. extraviados. a p a r t e negativa. 1 e 2) . 8 Confiável [é] esta afirmação. e n q u a n t o os v e r s í c u l o s r e s t a n t e s do c a p í t u l o f o r m a m u m a c o n c l u s ã o a d e q u a d a a t o d a a carta. 5 ele nos salvou. a fim de que. 8). à luz dos escritos de Políbio e de Plutarco. sejam obedientes. 22. O propósito de tudo isso: vida eterna para nós. Lembre-os que estejam em submissão aos governantes [e] às autoridades. Mas veja também Romanos 13.15-22. Embora os crentes. Mateus 17. Portanto. Diversos comentaristas têm realçado que. por terem uma mentalidade celestial.1-7. é possível que essa circunstância tivesse algo que ver com a natureza precisa do presente "lembrete". I Pedro 2. sejam gentis.13-17. A graça de Jesus Cristo e.470 2. demonstrando toda mansidão para com toda pessoa.14). 3. esperem com alegria o dia do glorioso aparecimento daquele que os comprou com seu próprio sangue. 2 A razão: outrora éramos como os de fora. tudo indica que os cretenses estavam impacientes e enfurecidos sob o jugo romano.5). A benignidade soberana do Pai c. A obra do Espírito Santo d. 1 e 2. b. ver também sobre 1 Timóteo 2. etc. Romanos 13. Seja o que for. A expressão " Lembre-os que estejam em submissão" provavelmente implica que Paulo havia falado aos cretenses sobre esta importante questão enquanto esteve com Tito na ilha (cf. Para a relação do cristão com o Estado.1-7. e a Deus aquilo que é de Deus. a menos que. 2Ts 2. O que fomos outrora: sem entendimento. enquanto Timóteo em Éfeso recebia a ordem de velar para que os crentes não deixassem de orar pelos governantes. Tito recebe a ordem de lembrar aos cretenses seu dever de sujeitar-se aos governantes. cf.1-7. 3-7) a. TITO 3. A reafirmação: essas questões devem ser asseveradas com confiança. em obediência ao quinto mandamento em seu sentido mais amplo. a mensagem cristã será ineficiente." . 2Tm 2. a fim de que em todo tempo sejam bons cidadãos e bons vizinhos. não sejam contenciosos. e se não fosse pela benignidade soberana do Deus Triúno hoje seríamos como eles (vv. os crentes "dêem a César aquilo que é de César. pois são excelentes e benéficas para [toda] pessoa (v. não devem jamais negligenciar seus deveres aqui na terra.1.24-27. Tito deve lembrá-los disso (cf. Além do mais. estejam preparados para toda boa obra. que a ninguém difamem. guerras. e A. por exemplo. observa-se claramente um clímax. 2Tm 2. 206 refletido também nas versões A. compassivos para com os caídos. Pare206. Uma exigência mais estrita é a que requer que os crentes não sejam contenciosos ou polêmicos (cf.17). aqueles com respeito a pagar impostos.4). .1. Devem exibir uma virtude positiva em todos os contatos com os de fora da igreja: os cristãos devem ser gentis (ver também 1 Tm 3. dispostos a abrir mão do proveito pessoal. Não só devem estar "plenamente equipados". mas devem também obedecê-los interiormente. É lógico que os crentes não devem difamar a quem quer que seja (ver sobre lTm 6. porém.V. ou seja. cumprindo com um coração disposto todos os mandamentos em particular. conflagrações.daí. A expressão "preparados para toda boa obra" forma uma ponte natural entre os deveres que os crentes têm para com o governo e os que têm para com seu próximo. Nos cinco requisitos que se seguem.1) . lTm 3. Deles.R.29 é válida sempre que as regulamentações humanas se choquem com a lei de Deus). Note a mesma ligação em Romanos 13. etc. Tt 3. mostrar honradez nos negócios.1 e 2Tm 3.pense em epidemias. sempre cheios do espírito de doce moderação.TITO 3. As traduções que vão longe demais em seu afã de "ocidentalizar" o N o v o Testamento perdem de vista o j o g o de p a l a v r a s q u e e x i s t e n e s t e v e r s í c u l o . se espera mais que a mera ausência de um vício.25) para com toda pessoa. solícitos em ajudar o necessitado.V. 2 471 E assim. bondosos para com o débil. Não só isto. mas também "dispostos" e solícitos para toda boa obra (cf. Insultar e usar de linguagem abusiva é algo que certamente é fora de propósito para qualquer pessoa. observar uma conduta ordenada. Muitos crentes nem sequer necessitarão desse lembrete.os crentes devem disporse a mostrar seu bom espírito.3. "aos governantes e autoridades" .3). O clímax é seguramente alcançado com as palavras: "mostrando toda mansidão (cf. etc. em completa cooperação com o governo que os protege. mas sempre que depara com uma necessidade .3). c o n t r a r i a m e n t e ao . e e n t ã o . mas como tais também têm sido investidos com autoridade divina (Rm 13. (A exceção a que se refere At 5.os crentes devem não só de forma externa e em geral submeter-se. aos que não só governam realmente." Note o jogo de palavras. e certamente para os crentes. 3.4. A reflexão sobre nossa própria condição anterior torna mais fácil para nós o cultivo da mansidão e da bondade em relação aos outros.11-17). aliás. Paulo também tinha sido escravo do pecado. Quanto ao que Tito havia sido. p o r é m em h a r m o n i a c o m as v e r s õ e s i n g l e s a s A. ou certa medida de mansidão em relação a todas as pessoas. inserem um j o g o de palavras no versículo seguinte: "odiosos e odiando uns aos outros. escravizados a várias paixões e prazeres.V. o agudo contraste entre o que os homens eram em seu estado de pecado e o que vieram a ser desde que ingressaram no estado de graça fomenta a gratidão a Deus. tenho tentado reter na tradução o sabor do original.9).7. toda mansidão em relação a todas as pessoas. Além disso produz boa vontade para com o próximo que foi criado à imagem de Deus (o vivido retrato deste contraste é característico de Paulo. total) mansidão em relação a algumas pessoas. desobedientes. . completa. então ITs 5. ICo6. até mesmo a todos aqueles cretenses "mentirosos. Tito.472 TITO 3.2-13.3).13. então Rm 6. e mais: todos os crentes de Creta e. Mostrar.2. Note: "Porque em outro tempo nós também vivíamos. Paulo. então Gl 1. 5. Ap 1. todos os crentes em todos os lugares.R. fora "zeloso das tradições". que em contraste com as sete virtudes o r i g i n a l . pois. Além do mais. ser feito (e pode ser feito) é declarado na bela passagem que começa com as palavras: Porque em outro tempo nós também vivíamos sem entendimento. e A. não obstante. brutos maus e ventres preguiçosos" era uma tarefa impossível sem a graça especial de Deus! 3.9.V. vivendo em malícia e inveja.Ef 2.3 ce não ser difícil mostrar alguma medida de mansidão em relação a algumas pessoas. que a recebe.. leia Gálatas 2.17-23. Naturalmente. detestáveis e odiando-nos mutuamente. IPe 4. Tt 1. que escreve a carta.12-17. extraviados. A razão pela qual isto deve. mas que ao mesmo tempo estivera "perseguindo a igreja" (ver sobre lTm 1. Cl 3. Esta misericordiosa inclusão de si mesmo é muito eficaz e desperta aprovação.8." Em a m b o s os casos. Tampouco é difícil mostrar toda (ou seja." Nós significa: Eu. Faz com que o leitor (Tito) e os ouvintes (os crentes cretenses quando a carta lhes for lida) sintam que o autor está pisando no mesmo terreno que eles e os compreende (cf.. ver lTm 1. Não nos surpreende. porém.11.. você. e c f . revelando o que noutro tempo fomos. o sádico e o raptor. cf. como está implícito na etimologia da palavra grega. então Rm 1. Éramos destituídos de entendimento ("insensatos". cf. não dando atenção à voz da consciência nem às admoestações dos pais nem às leis dos magistrados civis. um mal que. Rm 1. Não.21.2.13). induzidos a vaguear longe da verdade.4.21. Gl 5. Extraviados (ver sobre 2Tm 3. e quanto a prazeres. outros a outro. o farsante e o janota.) Quando se olha para o mundo sem Cristo. 10. perversidade. iniqüidade. l T m 2. Lc 8.5. lTm 6. imaginando que ser licencioso é ser livre. se apresente um igual número de vícios (v. Alguns servem a um senhor. Tiago 4.18.2) em malícia e inveja. Ef 4. não deveriam nem mesmo tentar reprimir demais! Vivendo (literalmente "levando". Embora nos considerássemos livres. 3. Gálatas 5.15) e cf. o amante dos esportes e o mandrião. 3. o "tigre" e o "lobo".29.6. ver sobre 2Tm 2. mostrando o que os crentes (cretenses) deveriam ser. permitindo que esses maus desejos assumissem o controle de nossa vida e conduta. especialmente a disposição da mente para o mal. 3). segundo alguns psicólogos modernos.18-32. 30). com uma vida implícito.19-21.22.1. e os quais. Nossa .1.12-14 473 mencionadas nos versículos 1 e 2. o avaro e o perdulário. o impulsivo e o senil. então 2Tm 3. Fp 1.9). Esta malícia não é mera "travessura". Rm 1. fomos transformados em escravos: Escravizados a várias paixões e prazeres.6. sem cessar até que estejam mortos? Não é ela a podridão dos ossos"? (Pv 14. 2Pe 2. Não se tem falado da inveja como um vício cujo furor nada pode apaziguar.14. não simplesmente ignorantes. vivendo num mundo alheado da realidade.30).1.10. que triste espetáculo vemos! Aqui vem o "nós": o glutão e o beberrão. Ver também o que Paulo diz sobre ela em outras partes ( l T m 6. Uma de suas manifestações mais destrutivas da alma é a inveja. "o primogênito do inferno"? Não se alimenta ela dos vivos. 3. Romanos 1.14. mas inerente e realmente incapazes de discernir as coisas do Espírito (ICo 2. leva alguém a consumir-se. mas por natureza todos são escravos dos terríveis impulsos que nunca aprenderam a controlar. (Quanto a paixões. é maldade.21. Mateus 27. e 1 Pedro 2.TITO 1.13. Tg 4.18). cf. Marcos 15. Desobedientes à autoridade divina e à humana (Tt 1. Cf. retrata-se a benignidade (palavra usada unicamente por Paulo: Rm 2. O pecador não convertido provoca aversão por sua atitude para com Deus e para com os homens. 3) nasce dramaticamente a luz do Pai misericordioso e piedoso que nos conduz ao presente estado de graça. não sejamos duros . segundo o pensamento popular. demais com pessoas que ainda estão nessa condição. porém o judeu Filo (20 a. mas empenhemonos por conquistá-las para Cristo por meio de nossa conduta piedosa. É um . apareceu a benignidade de Deus nosso Salvador e seu amor para com o homem. 3. levou Coré. Este é o resultado natural quando a pessoa detestável. 4-6. "Tais fomos nós noutro tempo". Que surpreendente contraste! Aliás.474 TITO 3. ou seja. (O ciúme. diz Paulo. E ajamos assim movidos pela gratidão pelo que temos recebido. abriu espaço às amargas palavras que o "irmão mais velho" (na parábola do filho pródigo) dirigiu a seu pai. Daí.C.11. com toda sua repugnância. o Sr.12.) também a usa. O amor jamais inveja (ICo 13. é mais que um mero argumento.2). Detestáveis. por amor à ênfase. Assim. (1) Em contraste com "a desumanidade do homem para com o homem" descrita nov versículo 3.e foi ela que crucificou a Cristo. Datã e Abirão a se rebelarem contra Moisés e Arão.4. (Aqui uma vez mais está aquela gloriosa epifania supramencionada. asquerosos. se vê de algum modo forçada a viver com outros e a encontrar-se com os demais de cem maneiras diferentes. At 28. Fulano tem ciúme de sua própria honra. Portanto. a palavra usada no original aparece somente aqui. No Novo Testamento. 11.3-6 palavra inveja provém do latim in-video. repulsivos. tem medo de perder o que possui.) Foi a inveja que provocou o assassinato de Abel. um duplo contraste. lançou José numa cisterna. que significa "olhar contra". ele nos salvou. convenceu Saul a perseguir Davi.-50 d.4). E (2) sobre as trevas infernais de nosso passado (v.) de Deus e seu amor para com o homem (cf.22. olhar com má disposição para outra pessoa por causa do que ela é e do que possui. Sicrano. porém. repugnantes. e nutre inveja da habilidade superior do Sr. ver sobre Tt 2. Paulo prossegue: Quando. ofensivos. odiosos.) Isto. Por isso: Odiando-nos mutuamente.C. etc. a inveja sente ódio ao ver que outra pessoa possui algo. 16. no curso do tempo. estas palavras sobre a benignidade de Deus nosso Salvador e seu amor para com o homem são tão ardentes e ternas como era o coração desse mesmo apóstolo. exatamente como nossa palavra "filantropia". A expressão "a benignidade e o amor para com o homem" é um só conceito. aqui. Deus o Pai. quem nos salvou. é a benignidade e amor reais. e deu-se a si mesmo. por mim\" (G1 2. Paulo realça o fato de que nós. homem que amiúde era visto chorando. que expressa de forma bela a verdade que o apóstolo tinha em mente. ver sobre v. provavelmente seja melhor conservar a bela tradução que se encontra em nossas versões.3. tam- . posto que no uso atual a palavra "filantropia" é entendida apenas em referência a "obras de beneficência prática". e evitar que digamos: "Mas eles não merecem nossa ajuda".20).1. e que uma vez escreveu de forma comovente: "O Filho de Deus me amou.4 é único. por certo. É preciso ter em mente que Paulo escreve como alguém q u e j a experimentou cm sua própria vida tudo isso. a saber. Tito. louvores que dificilmente ele merece. Foi ele. resgatando-nos do maior dos males e outorgando-nos a maior das bênçãos (ver sobre lTm 1. como já se realçou. 2. Não obstante. Ele nos salvou: Paulo.. mas ele mesmo é parte dela. Porém é mais que isto. na forma que Paulo usa a palavra. porém. A expressão como tal se encontra também nas obras dos moralistas pagãos. Ora. Ele não se põe ao lado de sua história. com o fim de predispor-nos plenamente a ajudar outros que ainda não se acham salvos. 8) de um coração que extravasa de amor que corresponde ao amor de Deus.. É o derramamento (em linguagem proverbial. na verdade todos quantos. Aqui a "benignidade e amor" não são atribuídos a algum governante terreno sobre quem os louvores dos homens estão sendo derramados.15). porque certamente. vieram a ser os recipientes desta grande bênção. Ao reter a tradução " amor para com o homem" alguém se lembra imediatamente de João 3. por isso o verbo no original está no singular. uma obra da qual os homens são os autores e os receptores. Daí. A expressão amor para com o homem é uma só palavra.4-6 475 argumento. de nossa parte.10) que vieram para o resgate do homem.TITO 3. Foi a benignidade e o amor de Deus nosso Salvador (ver sobre lTm 1. Tt 1. porém o conteúdo na forma usada aqui em Tito 3. esta combina o amor em si e seu generoso derramamento sobre a humanidade. sendo a "amplitude da misericórdia de Deus" a medida que determina a amplitude da salvação deles (cf. Note que os homens não só são salvos por ou em virtude de ou com base em sua misericórdia (tudo isto. em conseqüência de. S p r i n g L a k e .T. mas segundo sua misericórdia ele nos salvou. a A. Outras passagens da Escritura que igualmente enfatizam o caráter completamente soberano da graça de Deus ao salvar o homem são citadas em C.V. E x c h a n g e St.207 A misericórdia de Deus (acerca da qual ver sobre 1 Tm 1. tem: "4 Mas quando se manifestou a benignidade de Deus nosso Salvador. Daí. que (como se faz evidente no original. A única objeção que alguns lhe fazem é que.. Assim.16. e. positivamente.V. Palmei". sobre João 15. esta tradução é correta. está implícito).) ele faz com que essa extensa oração composta preceda o verbo salvar.3-6 bém não merecíamos nossa salvação. o Pai nos salvou não por virtude das obras que nós mesmos houvéssemos realizado em [um estado de] justiça. completamente imerecido de nossa parte) de nossa salvação. e A. a menos que alguém preste muita atenção à pontuação. nem nenhum outro jamais realizou tal obra.R. e s p e c i a l m e n t e pp. com base em.16) obras que nós mesmos tivéssemos realizado num estado de justiça. 5 não por obras de justiça que tivéssemos feito. Ele faz isto realçando que. 2 0 7 ." Quanto à ordem das palavras. se os homens têm de ser salvos de alguma forma. Gl 2. e não do verbo salvou.3 3 . 4 2 2 E .7).. todos .N. M I . e seu amor para com o homem.V.476 TITO 3." A implicação é: tais obras não existiram. negativamente.estão por natureza "debaixo do pecado" (Rm 3.9). ele corre o risco de construir mentalmente a frase composta como se fosse um modificador do verbo manifestou. e ver também as traduções da A. mas segundo sua misericórdia. The Five Poinis of Calvinism. cf. 2 1 . Ver l a m b é m E d w i n H. Ef 1. "Não em virtude de (ou seja. Nem Paulo. mas segundo sua misericórdia. por certo..tanto judeus quanto pagãos . porque diante de Deus e sua santa lei. . Tão forte é a ênfase de Paulo sobre este caráter completamente soberano (ou seja. só é possível "segundo sua [de Deus] própria misericórdia".2) é sua benignidade e compaixão para com os que se acham premidos pela necessidade ou pela angústia. p u b l i c a d o p o r T h e M e n ' s S o c i e t y o f lhe C h r i s l i a n R e f o r m e d C h u r c h . Não conheço definição melhor que aquela dada por L. Ef 2. Ainda que. 4. a disposição governante da alma se faz santa e assegura-se o primeiro exercício santo desta nova disposição.4.TITO 3. Isto é lógico. A expressão regeneração aplicada a indivíduos aparece somente nesta passagem do Novo Testamento (Mt 19. com relação ao seu contexto." 208 Esta passagem.28 tem referência à regeneração cósmica). Note "pela lavagem" (Xourpóv -oü). (3) Ela afeta o homem por inteiro. consideradas como um só conceito. 5-8.7.15. porque na Escritura é especialmente a terceira pessoa da Trindade a que é representada como quem outorga a vida. Além do mais.5. mais genesia = nascimento.24. também 2Co5. Literalmente significa novo nascimento. a saber: "Regeneração é o ato de Deus por meio do qual o princípio da nova vida é implantado no homem. de tal modo que quem anteriormente se achava dominado pelos sete vícios mencionados no versículo 3. Enquanto esta é uma atividade que dura toda a vida. o Espírito Santo. 3." (4) E uma mudança radical.29. daí. lPe 1. é ele.9. Berkhof. G1 6.13. agora é adornado em princípio com as sete virtudes mencionadas nos versículos 1 e 2. cf.1. 2 0 8 . 4. 4 6 9 . ela também outorga a vida espiritual. porém. 18.17. a palavra ocorra somente esta única vez. Systematic Theology.13). a regeneração é um só ato. p. uma mudança instantânea. 1 Jo 2. ser nascido outra vez ( palin = novamente. 5. G r a n d R a p i d s . e Cl 2.3. 3. a saber: pela lavagem da regeneração e renovação proveniente do Espírito Santo. (2) Ela precede e origina o processo da renovação. . palin-genesia). a idéia se encontra em muitas outras passagens (Jo 1.23. 1949. Note: "ele nos salvou. põe a ênfase nos seguintes detalhes em conexão com esta maravilhosa obra de Deus: (1) Ela é obra do Espírito Santo. daí. não "por meio de lavatório ou fonte para lavagem". quem toma a iniciativa na obra de fazer o homem santo. A lavagem a que se refere é completamente espiritual.4-6 477 O meio empregado para salvar-nos é indicado por um modificador adicional do verbo ele salvou. E a [lavagem] da regeneração e renovação. Organicamente falando. Deus o Pai] derramou ricamente sobre nós por meio de Jesus Cristo nosso Salvador. nunca mais volta a deixá-la.2. seja atribuída ao Espírito Santo. ver C. Paulo acrescenta as seguintes palavras. Ora. Deus o Espírito e Deus o Filho são combinados de forma muito bela. 5 e especialmente Efésios 5. ou seja.T. 33). havendo estabelecido sua morada na igreja." .N. o Espírito] ele [ou seja. Não obstante. à luz de passagens tais como João 3.22). Não obstante. Deus o Pai não só dá seu Filho.5 há uma referência implícita a esse sacramento. com referência à benignidade de Deus em salvar-nos e comunicar-nos seu Espírito capacitador: que [ou a quem. mas também derrama seu Espírito. porque o Espírito. com o fim de colocar ainda mais ênfase no fato de que os crentes não têm razão válida para deixar de cumprir seu dever de conquistar outros para Cristo por meio de uma conduta piedosa.3. a renovação requer a rendição consciente e contínua do homem e de toda sua personalidade à vontade de Deus.478 TITO 3.3. o Espírito foi derramado sobre a igreja do presente e do futuro. enquanto comentamos uma passagem na qual nem sequer se menciona a água. também aqui em Tito 3. Note que nesta passagem Deus o Pai. discutir aqui este problema. 18.3-6 A palavra renovação se encontra também em Romanos 12. Sem lugar a dúvidas. renova toda sua natureza à imagem de Deus e o capacita a realizar boas obras. A referência é ao Pentecostes (At 2. porém na renovação ou santificação quem toma parte é Deus e o homem. existe esta diferença: a regeneração é uma obra inteiramente de Deus. Enquanto a regeneração não é percebida diretamente pelo homem." E claro. que esta "lavagem da regeneração e a renovação" tem certa relação com o rito do batismo. Esta passagem indica que. Berkhof (p. Para a definição. Hb 10. que só conhece por seus efeitos.26 (cf. pela qual isenta o pecador justificado da contaminação do pecado.17. embora esta obra. 532 da obra mencionada na nota 208): "Santificação é aquela operação graciosa e contínua do Espírito Santo. assim como a regeneração. 5. sobre João 3. Por isso Paulo pôde dizer: "a quem derramou ricamente sobre nós. cito uma vez mais L. nos afastaria muito de nosso tema. tendo sido justificados por sua graça" (como causa eficaz e meritória). terminou. pela fé.agora servimos ao Deus vivo e verdadeiro . Systematic Theotogy. 209. Nosso estado anterior. . 16. Paulo.16. Tendo já mencionado "Jesus Cristo nosso Salvador". contido no versículo 3.estamos esperando a realização da bendita esperança (Tt 2. 34).esperamos do céu a vinda do Filho de Deus (ITs 1. quando receberemos uma glória ainda maior (Ef 2. havendo sido justificados por sua graça.TITO 3. Ninguém tem o direito de dizer: "Eu não posso fazer nada no reino de Deus. 7.8® Significa haver sido declarados justos. As bênçãos arroladas nos versículos 4-6 já foram e continuam sendo recebidas. viéssemos a ser herdeiros na esperança da vida eterna.11-13). justiça e piedade . etc. Note as três etapas: Por natureza éramos filhos da ira -recebemos vida . Implica ser isentado da maldição de Deus porque essa maldição foi posta sobre Cristo (Gl 3. Ver L. A justificação é o ato de Deus o Pai pelo qual ele considera nossos pecados como sendo de Cristo. por meio de seu sacrifício expiatório e pela oração obteve para seu povo o dom do Espírito Santo (Jo 14. Éramos adoradores de ídolos .11-13). Éramos ímpios e governados por paixões mundanas .agora renunciamos a tudo isto e vivemos uma vida de domínio próprio.agora esperamos. Agora seu propósito e resultado são declarados: a fim de que.1-10). A bela frase "por meio de Jesus Cristo nosso Salvador" indica que este.17). Significa perdão completo e gratuito (Rm 4. Isto não significa "havendo sido feitos retos'1.33. as eras vindouras. 5 1 0 . B e r k h o f .21). e a justiça de Cristo como sendo nossa (2Co 5. Note o particípio aoristo passivo havendo sido justificados. E o contrário de condenação (Rm 8.6-8). O processo de raciocínio que achamos nestes versículos (3-7) é conhecido de quem estuda as epístolas de Paulo. p.9. posto que 1 )eus nada me deu".13-18).7 479 O advérbio ricamente indica a abundante provisão de dons espirituais que vêm como resultado desse derramamento. prossegue: "a fim de que. 10) e nossa eterna comunhão com ele (ITs 4. ainda pensando na graça de Deus em Cristo. b. pois (ou seja. É acerca destas matérias . ou seja. o fruto da graça soberana. que mesmo agora nesta presente vida podemos ter o direito como filhos de esperar pela plena possessão daquilo que agora possuímos apenas em princípio.N. Esta. os vv. o propósito de tudo isto: que pudéssemos vir a ser o que somos hoje.que Paulo quer que Tito fale com confiança. na medida mais plena possível ao homem. a bondade do Pai e seu amor para com o homem. porém somos herdeiros em esperança. Quando chegar aquele dia futuro. Traz paz à alma (Rm 5. a fim de que os que depositaram sua fé em Deus sejam criteriosos em aplicar-se aos feitos nobres. da obra de Deus em salvar-nos consiste em "que. 17.480 TITO 3. herdeiros que aguardam. ou seja. nunca acaba. e mesmo agora somos herdeiros daquela vida como será em sua perfeição. da vida eterna".16.3). 2 É o dom gratuito de Deus. e em grau da vida do crente aqui embaixo. 8. 4-7). paz esta que vai além de todo e qualquer entendimento. e sobre essas questões quero que você fale com confiança. Esta esperança. ainda que sempre distintas.2. Ver sobre 1 Timóteo 1. fomos feitos herdeiros .5. a obra do Espírito Santo na regeneração e renovação do homem.1. mas estão na mais estreita relação possível uma com a outra (Rm 6. o apóstolo prossegue: Confiável [é] esta afirmação. e de modo algum é o resultado da "bondade" ou de conquistas humanas (Rm 3.13). 8.5). é a última das cinco grandes "afirmações". Enche o coração com tal gratidão que produz na vida do crente uma rica colheita de boas obras. 9). pois.. nos alegraremos na mais rica comunhão possível com Deus (porque será sem pecado) em Cristo (ver também C. pois. Esta vida.. no aconchego de seu amor (Jo 5. Ponderando sobre a suma do evangelho dada nos versículos 4-7. O propósito. 2). herdeiros em esperança da vida eterna . Nós somos agora os possuidores daquela vida em princípio. Além do mais. e d.1.. . c. nunca se separam.42) e participando.1).T.15 quanto ao sentido da fórmula introdutória "confiável é a afirmação". 5. porém. a graça de Jesus Cristo considerada como a causa efetiva de nossa justificação.24. a. 8. sobre João 3.. Por isso a justificação e a santificação. de sua alegria e glória (Jo 17. Outros falam com confiança sobre questões frívolas. ela é realmente eterna. difere em essência da "vida" (?) do incrédulo. certamente se concretizará (Rm 5.a saber. proveitosas. porém. disputas e conflitos acerca da lei. Estas questões .são excelentes e benéficas para [toda] pessoa. luz. genealogias. genealogias. Isto está em forte contraste com o precedente: Tito deve fazer um. 9 abaixo). ou seja. 2Tm 3. 10 Depois de uma primeira e segunda advertência. não tenha nada mais que ver com uma pessoa facciosa. O que se deve evitar é exatamente as investigações tolas. 20 e 1 Timóteo 6. tristeza e medo. Tito deve evitar (cf. . além do mais. porém.TITO 3. trevas. o que é preciso evitar. ou seja. Ver também sobre Tito 1. Devem concentrar seu pensamento nesses feitos de gratidão. 2Tm 2. 11 sabendo que tal indivíduo está pervertido e peca. e ver sobre v. disputas e conflitos acerca da lei. a investigações tolas. quando apropriadas pela fé.3-5 (ver sobre estas passagens). também no grego clássico e nos papiros). etc.7. os conflitos em torno da lei. Tito. evite-as. Umas poucas diretrizes são agora adicionadas: Quanto. investigações na ciência genealógica. mas também benéficas (úteis. É precisamente as disputas. ver sobre lTm 4. Além do mais. porque são sem proveito e fúteis.ou seja. aplicandose com diligência à sua concretização. porém deve evitar o outro. evite-as. 19. não esta ou aquela classe particular.9 481 questões. Estas coisas são não só excelentes em si mesmas. por si só está condenado. Trazem vida.9. a investigações tolas. e fazendo delas sua principal preocupação. com o propósito de que. 10. sejam criteriosos em aplicar-se aos feitos nobres. a obra do Espírito Santo. sobre as quais nada conhecem (ver sobre l T m l .16) as lendas judaicas e .8. 14.3-7. A ordem das palavras na oração (o objeto composto colocado antes do verbo) e a ausência do artigo antes dos quatro substantivos são fatos que demonstram claramente que toda a ênfase possível está posta na qualidade e no conteúdo do objeto. porque são sem proveito e fúteis. as coisas já mencionadas: a benignidade do Pai. 9 Quanto. pois. 3. beneficiam os homens em geral. alegria e paz onde antes só havia morte. indicando tanto uma ação passada quanto o resultado presente permanente). tem que enfatizar os assuntos a respeito dos quais ele se convenceu de modo firme e correto.9-11 9.16. Os assuntos em referência foram escritos detalhadamente em conexão com 1 Timóteo 1. quem tem sua fé posta em Deus (note o particípio perfeito. começam a fazer propaganda em prol dessas coisas indignas? Diz Paulo: Depois de u m a primeira 2 1 0 e segunda advertência. fúteis." E ver Atos 28. o erro deles era tanto no que tange à 2 1 0 . daí uma escola ou partido.14. Embora em certos contextos este sentido neutro permanecesse por algum tempo. Portanto. nossa palavra facção. onde Paulo afirma: "segundo o Caminho que eles chamam heresia (ou seita).). Originalmente. Quando as vir chegar. A pessoa facciosa na qual o apóstolo está pensando abraçou a sinistra filosofia dos cretenses hereges que se especializavam nas investigações tolas e as disputas em torno da lei (ver sobre v.22. a saber: "um grupo de pessoas que professa"certos princípios ou opiniões definidas". a palavra começou a ser também usada n u m sentido desfavorável. a palavra se m o v e nessa direção. . 8). 26.5). e o "partido dos fariseus" (At 15. O ministro que faz justiça ao último não terá tempo para o primeiro.482 TITO 3. Cf. o "partido dos saduceus" (At 5. Paulo fala de u m a pessoa "herética". por exemplo. Quando Tértulo chamou Paulo "líder da seita (ou facção) dos nazarenos". sabendo que tal indivíduo está pervertido e peca. não tenha nada mais a ver com uma pessoa facciosa. C o m ficou claro. "eu de Apoio".17). etc. Mt 2 8 . 10 e 11. A luz do contexto. a palavra "heresia" (aípeoiç) significava simplesmente "o que alguém escolhe para si m e s m o " . Neste sentido havia facções em Corinto ("Eu sou de Paulo". 9). " u m a opinião". cf. 11 suas estipulações. 1 .2. De qualquer forma. ele não estava tentando elogiá-lo.5. as investigações e as disputas sobre isto. cf. que "atraídos" por esses especialistas em conhecimento genealógico e esses apologistas de questões em torno da lei. que ele dê meia-volta e f u j a ! Q u e ele veja nessas coisas o que elas são realmente: destituídas de proveito. Me 16. E qual deve ser a atitude de Tito para com esses membros da igreja. é provável que a tradução "herege" não estaria muito longe da realidade. Que agudo contraste entre todas estas futilidades inúteis e os assuntos utilíssimos acerca dos quais Paulo acaba de falar nos versículos 4-7 (ver também v. O K o i n e m u i t a s v e z e s s u b s t i t u i o eardial p e l o o r d i n a l . também Atos 24. Cf. u m a pessoa facciosa é aqui alguém que sem justificativa cria divisões. por si só está condenado.10. Este significado deu origem a outro. Em relação a isto.).18. e isso não uma. At 20. Aliás. 2 T m 2. Tanto este substantivo quanto o verbo relacionado ( advertir. do desejo de curar. M e s m o esta medida extrema tem como propósito a recuperação do pecador. I C o 4. Não obstante.TITO 3. por meio de seus dirigentes e por meio de toda a congregação. chegado o momento oportuno. pôr na mente) são usados somente por Paulo em outros lugares (ver o substantivo em I C o 10. Tal coisa não surpreende. deve-se fazer todo esforço na tentativa de conquistar o errado. este não pode ser o único propósito. O apóstolo requer que. O que leva seu pecado a ser ainda pior é o fato de saber que está pecando. Provavelmente se indica a exclusão oficial da membresia da igreja. O requisito indica que.11. admoestar. segundo o ensino paulino. Aqui se condena toda e qualquer pessoa facciosa.15-17. M e s m o quando o erro é muito atroz e perigoso. como no presente caso. 11 483 doutrina quanto à vida. A palavra traduzida "está pervertido" é muito destrutiva. Ef 6. "está pervertido" e está pecando. 2Ts 3. mas persiste nesta prática depois de reiteradas advertências. jamais do desejo de descartar um indivíduo. Se depois de carinhosa admoestação. então que seja expulso. para o verbo. Naturalmente. mas duas vezes. É preciso demonstrar muita paciência. 14. o requisito é muito importante. rejeitar (cf. peca "estando por si só condenado".14. como geralmente sucede. 3. Que haja u m a segunda advertência.10.28.4. Rm 15.16. E pior que o h o m e m excêntrico. etc. A expressão "nada mais tenha que ver c o m " deve ser tomada no sentido de recusar. Está mental e moralmente desviada ou distorcida. Daí. tal pessoa deve ser repelida. "depois de u m a primeira e segunda advertência (ou admoestação). Cl 1. é verdade que aqui a palavra usada não deve restringir-se a um tipo particular de fanático. ela vive em pecado. o membro se recusa a arrepender-se e dá seguimento à sua obra perversiva no seio da congregação. Mas se ainda tal remédio falha. Rm 16. porque Tito saberá que tal indivíduo (cf. Não se deve jamais perder de vista o bem-estar da . a saber. Se sua consciência ainda não lhe falou claramente.11. 1TS5.12. a igreja.31: Paulo falando. l T m 5. Tal pessoa não está vivendo nem vendo corretamente.15). pelo menos já recebeu advertências.23). a disciplina sempre deve fluir do amor.14. deve redobrar seus esforços. Tudo indica haver aqui u m a referência a Mateus 18. que causa não só divisões. literalmente. como se poderia esperar. sobre 2 Tessalonicenses 3. então Paulo não poderia ter escrito: "decidi passar ali o inverno. O corpo da carta está concluído (Tt 1. c o m o j á s e n o t o u antes. Qualquer que seja o caso. porque decidi passar ali o inverno. 12 Assim que eu tiver lhe enviado Artemas ou Tíquico. 13 Faça tudo o que puder para ajudar Zenas.12-15 12. e o v e r b o irpo-í(m)(H é u s a d o n u m s e n t i d o q u e n ã o p o s s u i n a s D e z . faça o máximo possível para vir ter comigo em Nicópolis.25) para a glória de Deus. e Apoio.1-3.T.484 TITO 3. Teria sido ela escrita por um amanuense que fielmente reproduziu a mensagem de Paulo. Saúde aos que nos amam na fé. 14 Além disso. Afinal de contas. havendo o todo subseqüentemente sido aprovado pelo apóstolo? E teria Paulo. "a graça". é possível que o vocabulário do apóstolo tenha sofrido a l g u m a m u d a n ç a . então.14. daí também a maioria de suas palavras. . Graça211 [seja] com todos vocês. Certamente não está em Nicópolis. escrevendoos "com seu próprio punho"? Ver C. A l é m disso. Literalmente. o fato é que. n e m s e m p r e é fácil descobrir a extensão exata do que Paulo escreveu " c o m seu próprio punho". M a s . a fim de que não sejam infrutíferos. de modo que nada lhes falte. 15 Todos os que estão comigo lhe enviam saudações. Mt 12. porque decidi passar ali o inverno. adicionado os versículos 12-15. ou seja.12 igreja (cf. 212. embora uma inscrição (fora do texto) em manuscritos posteriores declare que a carta a Tito foi enviada desse lugar. porém aqui e ali fazendo uso de seu próprio vocabulário. 3. sobre 2Ts 3. faça o máximo possível para vir ter comigo em Nicópolis. a seção conclusiva consiste quase inteiramente em palavras que também se encontram nas Dez epístolas (de Paulo à parte das Pastorais)." 211.17. retendo em cada instância o estilo da carta. 212 Diz Paulo: Assim que eu tiver lhe enviado Artemas ou Tíquico. em sua viagem. a graça de Deus. 15).11). este é o principal objetivo da disciplina (ver também C.T. que nosso povo também aprenda a aplicar-se a feitos nobres nessas ocasiões de necessidades imperiosas.N. note q u e m e s m o nesta conclusão "feitos nobres" substitui " b o a s obras". Não obstante. Nesse momento provavelmente Paulo estivesse em algum lugar da Macedônia (Filipos?). o especialista em leis. Se esse fosse o caso.N. tais como: Estava localizada mais ou menos no centro: Paulo teria que viajar em direção sudeste. Ef 4. e 2Tm 4." Ele compreende que as igrejas não podem "nacionalizar-se" da noite para o dia. é provável que se refira à mais famosa de todas as cidades. Sua localidade ficava a uns poucos quilômetros ao norte da moderna Preveza. Embora seja necessário ter liderança "de fora".10). Assim Paulo está para enviar Ártemas ou Tíquico. a que fica situada no promontório sul ocidental de Epiro na Grécia. As condições eram por demais graves para permitir mesmo um curto tempo de vacância. Note que Paulo não diz: "Os cretenses podem facilmente cuidar de si mesmos durante sua ausência. Parece que Tito realmente chegou a Nicópolis e realizou ali trabalhos de evangelização na Dalmácia. 4. cf. que Tito devesse fazer seu melhor (ou "o máximo".3. em memória de sua vitória sobre Antônio e Cleópatra nas cercanias de Actium (31 a. porém. enquanto Tito teria que viajar para o nordeste. Gl 2. 28. Creta não pode ficar sem um bom líder. Tito poderia partir. Decidiu que Nicópolis seria o lugar de encontro. A antiga cidade de Nicópolis fora fundada e constituída como uma colônia romana por Augusto. .).12 485 O apóstolo deseja passar o inverno com Tito. Teria Paulo intenções de ir dali a Espanha quando o inverno tivesse passado? Ainda. é preciso providenciá-la. e isso por uma ou mais de várias razões possíveis.TITO 3. Logo que chegasse um substituto. 2Tm 2.15. Consultar um mapa. Nicópolis era indubitavelmente um lugar de reunião adequado. ICo 16.12. 21. ITs 2. Vitória. mas não antes.21). Além do mais. Esses dois homens podem ser considerados colaboradores de Paulo e seus enviados.10.9. Era uma excelente base de operações para atividade missionária na Dalmácia.C.11.6.17) para ir ter com Paulo em Nicópolis. os meses de inverno não eram adequados para viagens marítimas (ver também At 27. Embora este nome seja mencionado sem qualquer esclarecimento adicional. lugar ao qual voltou algum tempo depois (ver sobre 2Tm 4. Era um belo lugar para passar o inverno. Era um ponto estratégico para chegar a lugares mais ao ocidente. ou seja. que possivelmente eram os portadores da carta. Tique. nome esse que.13 os quais realizavam a obra do reino sob sua autoridade e supervisão. Qual era seu destino final? Uma . provavelmente. era abreviatura de Zenodoro. que significando "dom de Artemisa". Que gênero de especialista em leis era Zenas? Antes de converterse a Cristo. pode relacionar-se com o da deusa grega.486 TITO 3. teria sido ele um expositor da lei de Moisés ("mestre da lei" ou "escriba"). que significa "dom de Zeus".12. 13. Havia. que também eram autoridades nas doutrinas judaicas. Esta poderia ser uma dedução questionável.12). Paulo e Apoio não eram judeus com nomes gregos? Outros. Não temos mais informação fidedigna com referência a esse homem. Com referência aos portadores da carta. e Apoio. era judeu. O nome Artemas provavelmente é uma abreviatura de Artemidoro. Seu nome. uma vez que ele tinha um nome grego. durante a segunda prisão. Artemas ou Tíquico. de modo que nada lhes falte. estavam de viagem. Paulo tem uma palavra amistosa: Faça tudo o que puder para ajudar Zenas. "somando dois mais dois" de uma maneira interessante. Deduzem isso do fato de que. e que a Tito se ordena que faça todo o possível para ajudá-los (ou "encaminhá-los") a seguirem nessa viagem. que significa "fortuito". ver comentário sobre esta passagem. e que esses dois bons cristãos. porém. e Apoio. O que se sabe de Tíquico está resumido em 2 Timóteo 4. É possível que esse fosse o caso. muitos judeus que tinham nomes gregos. foram enviados a Creta a fim de pôr freio à influência de quem se especializava em fábulas judaicas a expensas do verdadeiro evangelho. ou seja. Há quem pense que quando Paulo teve que decidir a quem enviar a Creta. correspondente à Diana romana. especialista em leis em algum sentido. apresentando como razão o fato de que o homem dificilmente poderia ter sido judeu. a rainha grega da caça. em sua viagem. comissionou Artemas para a tarefa. sugerem que Zenas. ou era um jurista ou "advogado" romano com cuja assistência se fazia^um testamento ou se instituía um processo judicial? Alguns preferem o segundo ponto de vista. o especialista da lei. assim como Apoio. Fortuna ("destino"). o apóstolo diz que comissionou Tíquico para ir a Éfeso (2Tm 4. mas tudo o que realmente sabemos é que Zenas. pois. fundada por Alexandre Magno no ano 332 a. ICo 1. ICo 3. 28). 28. a famosa cidade universitária egípcia.34. Apoio é uma figura familiar. não deixe de estimular nosso povo.27. 8. Era preciso dar comida e alojamento a esses dois homens enquanto estivessem em Creta.6). v. demonstrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo (At 18. Fp 4. Tendo chegado em Éfeso. assim como Paulo aprendera a viver contente com em todo e qualquer estado em que se visse.TITO 3. nosso povo deve aprender a aplicar-se aos feitos nobres nessas ocasiões de necessidades imperiosas. e que tinha uma biblioteca. ele não teria que olhar para muito longe a fim de ver os brilhantes exemplos de homens e mulheres . porém é Deus quem deu o crescimento". ele fora para a província de Acaia. Deveriam continuar aprendendo coisas desse gênero.11).C. o sentido deve ser: Tito.24). Tito deve ajudar esses homens em sua viagem. onde falou com denodo na sinagoga.10. nada lhes faltando. e era preciso ajudá-los de todas as formas para que. 14 487 vez mais. de todo o coração. a fim de que não sejam infrutíferos. Ora.13. Atos 20. Além do mais. Se Paulo estivesse em Filipos quando escreveu essa carta. cf. ele era orador.12). lTm 5.26). Podemos estar certos de que tanto Paulo quanto Apoio sentiam-se angustiados pelo espírito faccioso da igreja de Corinto ("Eu sou de Paulo".4.12). e isso publicamente. fossem capazes de continuar suas viagens. Priscila e Áquila lhe ensinaram mais precisamente o caminho de Deus (At 18. Os crentes cretenses. Ele era um bom amigo de Paulo ("Eu plantei. os crentes da ilha de Creta. em todas essas manifestações de generosidade. deveriam aprender a "aplicar-se aos feitos nobres" (ver sobre v. porém não deve tentar sobrecarregar-se sozinho com toda a responsabilidade. Apoio regou. a cooperar. não o sabemos. À luz do contexto imediato. Depois regressou a Éfeso (ICo 16. Assim equipado. natural de Alexandria (At 18. poderoso nas Escrituras. ou seja. onde foi uma grande bênção para os crentes e refutou poderosamente os judeus. ou seja. "Eu sou de Apoio". Este "aprendizado por meio da prática" é a mais excelente auto-educação que alguém poderia desejar. Era judeu. deveriam chegar a ser pessoas experientes na prática do bem (cf. Cf. 1) "para essas necessidades imperiosas" (assim diz literalmente). 14. Por isso Paulo prossegue: Além do mais. enchendo o coração deles com paz e alegria. Gl 5. 23. Os crentes devem ser obedientes às autoridades. A bênção é pronunciada sobre todos os crentes que porventura ouvissem a leitura desta carta.T. as investigações insensatas na ciência genealógica e as disputas sobre a lei devem ser rejeitadas.8).34. Ele enviará Ártemas ou Tíquico para substituir Tito na ilha. 15. Para detalhes.que trouxe a salvação.16).25. sobre 1 Tessalonicenses 1. A saudação de despedida consiste em três partes: Todos os que estão comigo o saúdam.8. O propósito é este: "para que não sejam infrutíferos" (cf. Ef 2.22). 469-470. porque são inúteis e fúteis. Ef 2.8. Os homens facciosos que rejeitam a admoestação devem ser rejeitados. M t 7 . 13. O autor dessa epístola compreende plenamente que embora a graça seja a raiz.4S8 TITO 3. as ações nobres são o fruto (cf. l 5 . Síntese do Capítulo 3 Ver o Esboço no início deste capítulo. Devem ser bondosos para com todas as pessoas. Em contrapartida.N. No presente capítulo é enfatizada a santificação nas relações públicas. ver C. ver pp.15 que entendiam o dever e estavam aprendendo cada vez melhor (ler Fp 2. Saúde aos que nos amam na fé.21. Tais pessoas estão mental e moralmente pervertidas. Ele solicita que Tito seja o portador das saudações de Paulo e de seus companheiros aos que estão cheios de afeto por eles na esfera da fé cristã. 2 Timóteo 4. Esse favor habitará em seu meio (pera). visto ter sido a benignidade de Deus nosso Salvador . pelo menos já foram informados a respeito pela igreja com base na Palavra. 4.10) da árvore da salvação. Por isso pecam contra melhor conhecimento. Em suas Diretrizes Conclusivas. Além do mais. porque se sua consciência ainda não lhes fez saber isso.1.não nossas obras! . então Atos 20. pedindo "o favor de Deus em Cristo em prol de quem não o mereciam". Paulo diz a Tito que providencie as pessoas para preencher a vacância com sua partida de Creta. Todos os colaboradores que acompanhavam o (peiá) apóstolo enviam saudações a Tito. Graça [seja] com todos vocês. sabem que estão pecando. (cf. Cf. Assim que o substituto chegar. ele quer que Tito faça o máximo possível para en- . Para uma síntese dos primeiros oito versículos . Jo 15. TITO 3 489 contrar Paulo em Nicópolis. Também solicita que Tito e os crentes cretenses em geral façam tudo que puderem para ajudar os amigos cristãos em sua viagem. . provavelmente a de Epiro. Todos os colaboradores que estão com Paulo enviam saudações a Tito. o famoso orador de Alexandria. bem como os ajudantes que. Note bem: não só Tito deve tomar providência em prol desses homens. e Apoio. A carta termina com uma breve bênção: "A graça [seja] com todos vocês". mas "nosso povo" também deve aprender a aplicar-se às ações nobres nas ocasiões de necessidades imperiosas. eram os portadores da carta. a fim de que não sejam infrutíferos. onde o apóstolo decidiu passar o inverno. a saber: Zenas. com toda probabilidade. deve transmitir as saudações de Paulo e de seus companheiros aos que estão cheios de afeto cristão por eles. o qual. o especialista em leis. por sua vez. 1954. se r e f e r e a e s t e livro. Edições Parakletos. . São Paulo. " B o u m a . n ã o à o b r a m e n o r de B o u m a s o b r e as E p í s t o l a s P a s t o r a i s ( e m Korte Verklaring). Bouma. SP. tradução para o português. Amsterdã. Simpson. 1998.* Calvino.BIBLIOGRAFIA SELETA Foi feita uma tentativa no sentido de tornar esta lista a menor possível. E. C.. K. De Brieven van den Apostei Paulus aan Timotheus en Titus (em Kommentaar op het Nieuwe Testament). Comentário às Pastorais. op. 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