Vantagem competitiva através das pessoas

March 16, 2018 | Author: Carlos Eduardo Sabrito | Category: Competitive Advantage, Innovation, Human Resource Management, Knowledge Management, Economics


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VANTAGENS COMPETITIVAS ATRAVÉS DAS PESSOAS1Carlos Eduardo dos Santos Sabrito, Me. [email protected] RESUMO O presente artigo tem como objetivo discutir a obtenção de vantagens competitivas através das pessoas, apresentando alternativas e modelos estratégicos passíveis de serem adotados pelas organizações que buscam destacar-se em seus respectivos mercados diante do novo cenário estabelecido pela economia do conhecimento. PALAVRAS-CHAVE: Estratégia empresarial, vantagens competitivas, gestão do conhecimento. 1 INTRODUÇÃO Considerando-se um cenário globalizado, para compreender a importância estratégica das pessoas como fontes de vantagens competitivas, é necessário verificar as exigências da nova realidade empresarial: a) organizações enxutas e flexíveis; b) consolidação da economia do conhecimento; c) redução do prazo de validade do conhecimento; d) organizações educadoras. Inicialmente, ao comparar as organizações de hoje às existentes nas décadas passadas, percebe-se que a nova organização se distingue pela existência de menos fronteiras e pela comunicação rápida entre a empresa e seus colaboradores, fornecedores e clientes. Segundo Meister (1999a, p.2), surge um novo ambiente competitivo, onde as empresas valorizam, cada vez mais, o trabalho em equipe, mercados globais e os clientes acima de tudo. O sucesso no longo prazo resulta de um novo modo de pensar, compartilhado por todos. As mudanças representam novas demandas para os colaboradores, exigindo um domínio completo de novos papéis e qualificações. Segundo Lester Thurow (apud MEISTER, 1999a, p.7), reitor da Sloan School of Management, do MIT: A educação e qualificação da força de trabalho será a principal vantagem competitiva do século vinte e um. Motivo: está surgindo um conjunto totalmente novo de tecnologias que exigirão que o trabalhador médio, seja no setor administrativo ou de produção, adquira qualificações que antes não eram obrigatórias no passado. Essas qualificações vão além das responsabilidades limitadas de determinado cargo e alcançam um amplo conjunto de habilidades necessárias para que o trabalhador se adapte às novas tecnologias e mudanças no mercado de trabalho. No que diz respeito à consolidação da economia do conhecimento, torna-se importante para as empresas o gerenciamento das informações no trabalho. Mais pessoas estão realizando tarefas que demandam maior conhecimento, em função do aumento do componente intelectual das atividades. A economia do conhecimento exige um aprendizado contínuo para desenvolver qualificações mais amplas, uma vez que a tecnologia sofre uma obsolescência cada vez mais rápida. Considerando-se a 1 Artigo publicado na Revista Profissionais e Negócios. Porto Alegre: UniRitter, 2003. 1999a.] possuir e explorar vantagens competitivas. Atualmente. Vinculam-se as pessoas às fontes de vantagens estratégicas através do desenvolvimento de habilidades específicas. se as pessoas e organizações não se preocuparem em manter-se atualizadas. muitas empresas decidiram criar suas próprias unidades de educação corporativa. uma função do trabalho desenvolvido pelas organizações. p. p. mas essa tarefa vem se tornando. Uma vez que o trabalho de atualizar . Zaccarelli (2000. Zaccarelli (2000. grande parte da vantagem competitiva é conseguida através das pessoas envolvendo. surgem indagações da seguinte natureza (JUNQUEIRA. necessárias para o sucesso dos negócios. este trabalho tem o propósito de identificar como é possível obtê-las através das pessoas nas organizações. o aprendizado tem ficado a cargo de instituições como escolas e universidades. promovendo oportunidades de desenvolvimento. Em uma delas surge uma idéia que não pode ser copiada e que vai levar aquela empresa a crescer e lucrar mais.. Assim sendo. cada vez mais.51-52). enquanto todas as outras verão suas vendas decrescerem e seus lucros também.. a alteração da maneira tradicional das organizações considerarem os funcionários.] fica na mente dos empreendedores a seguinte consideração: se a inteligência das pessoas pode produzir valorizações tão grandes. na busca da otimização de recursos. 2 UM NOVO AMBIENTE DE NEGÓCIOS As mudanças no ambiente de negócios geram necessidades de contínua adaptação nas estratégias das empresas..9). Considerando o estudo das estratégias empresariais uma maneira de identificar como as empresas ajustam suas atividades para obter vantagens competitivas (PORTER.25-26) chama atenção para a seguinte situação: Vamos admitir que existam várias empresas concorrendo no mesmo mercado e sobrevivendo dignamente. então necessitamos entender o processo pelo qual essa valorização acontece. Um subproduto desse novo contrato entre empregador e empregado configura-se na transferência da responsabilidade pelo aprendizado para cada funcionário ou gerente das unidades de negócios. Segundo Pfeffer (1994. p. pode-se dizer que a educação não mais termina quando o aluno conclui o curso. perder mercado. comunidade)? É possível fazer com que a área de treinamento e desenvolvimento transforme-se em uma unidade de negócios? A entrada do setor privado na área de aprendizagem exerce uma forte pressão sobre as instituições tradicionais. gerando vantagens competitivas advindas do conhecimento individual e coletivo. Uma vez que as pessoas passam a ser os componentes corporativos de maior valor agregado. as empresas testemunham uma redução radical no prazo de validade do conhecimento e começam a perceber que não mais podem depender somente das instituições de ensino para o desenvolvimento de seus colaboradores (MEISTER. vinculando de maneira mais estreita os programas de capacitação e desenvolvimento às metas e resultados estratégicos.100) afirma que: A existência de pessoas especialmente talentosas na empresa [.2 validade do conhecimento hoje. A fim de assegurar o sucesso no futuro. p.. 1999): as instituições de ensino enfocam o conhecimento que as empresas necessitam? Como é possível transmitir conhecimento através da cadeia de valor (clientes. tendem a perder competitividade e. buscando obter um controle mais rigoroso sobre os seus respectivos processos de aprendizagem. no qual espera-se que os trabalhadores construam sua base de conhecimento.. O conhecimento e qualificações das pessoas só permanecem adequados durante determinado período. acessos a novos mercados e da capacidade de criar um diferencial competitivo que permita a subsistência a longo prazo. p. fundamentalmente. 1998a.. por conseqüência. [. Verifica-se uma nova forma das empresas lidarem com as qualificações e conhecimento dos empregados.] propicia vantagem sobre os concorrentes em razão da maior habilidade que elas têm para perceber oportunidades de bons negócios e implementá-los antes dos concorrentes ou para sair de negócios cuja rentabilidade tende a cair. forçando-as a reinventar a si próprias como forma de sobreviver na nova economia do conhecimento. fornecedores. Nesse sentido.16-17). Quanto vale essa idéia? [. Tradicionalmente. em troca de maior produtividade e compromisso com a missão da empresa. [.. habilidades. segundo Prusak (1998.] possam gerenciar a cultura. costumeiro. “[. Ela deve ser organizada para a inovação. que buscam manter a estabilidade e evitar as mudanças. da comunidade e da família. b) o valor do conhecimento especializado. como ferramentas para armazenamento e compartilhamento de informações. velocidade de processos e custos. é a integração de conhecimentos especializados com as tarefas comuns” (DRUCKER. As chaves para o sucesso da empresa são as pessoas e seu comprometimento com o alcance dos objetivos. Resende e Takeshima (2000. Um dos principais desafios para os administradores configura-se em conscientizar os colaboradores da complexidade das inter-relações existentes entre as diversas áreas funcionais da empresa. realizar a mudança e ter credibilidade pessoal”.] Em suma. A procura por novas alternativas de soluções. formam-se parcerias estratégicas voltadas para o preenchimento das necessidades de formação dos colaboradores. p.4). que exerce pressões sobre as empresas quanto à necessidade de flexibilidade. destacam que “Atuar estrategicamente [. p. torna-se difícil de coordenar.4). as empresas procuram unir forças com a academia (MEISTER.] é integrar-se com os objetivos maiores da empresa e como suporte mais efetivo às áreas produtivas e de negócios. deve ser organizada para o descarte sistemático daquilo que já está estabelecido.X). somado aos tradicionais fatores de produção: terra. A visão estratégica reorienta o foco das organizações e desenvolve a consciência de que são as pessoas quem formulam e implementam as estratégias corporativas para a obtenção dos resultados desejados. As preocupações com o ritmo das mudanças levam os executivos a intervir nas organizações. Em decorrência .. 1998. Tratam da integração e formação das pessoas. Ao mesmo tempo.. influenciam para que este estado de mudança constante se desenvolva: a) a globalização da economia. transmissão dos objetivos estratégicos e da cultura organizacional. sofrem pressões crescentes dos conselhos de administração e dos mercados de capitais para agregar valor ao negócio. Ao abordar a gestão estratégica. nacional e internacional. seja em relação a processos. “Esta é uma razão por que a sociedade do conhecimento é também uma sociedade das organizações: a finalidade e função de toda a organização. e a inovação. são atividades de extrema responsabilidade e demandam um planejamento sério e detalhado. Além disso.ou não.. 3 ESTRATÉGIA E VANTAGENS COMPETITIVAS Ao contrário da sociedade. como disse o grande economista austroamericano Joseph Schumpeter. 1999c. Como construção humana. terão a agilidade necessária para conduzir as empresas das quais fazem parte à liderança dos respectivos setores. a organização torna-se um sistema integrado resultante das decisões e ações tomadas pelos indivíduos. a organização moderna deve ser orientada para a inovação.. através das quais a empresa alcançará o sucesso .. c) a conscientização do conhecimento como um fator de produção e seu papel nas “crescentes razões de valor contábil para valor de mercado” em segmentos baseados no conhecimento. comercial ou não. Nessa nova realidade. p. o conhecimento torna-se um recurso fundamental para os indivíduos e para as organizações. Desta maneira.] a organização moderna é desestabilizadora. Da mesma forma.50) reforça que “As empresas precisam de pessoas que conheçam o negócio. favorecendo que elas também cumpram seus objetivos”.3 continuamente a base de conhecimento é bastante grande. d) redes de processamento de dados baratas. conhecedores do cenário empresarial. p.. p. [. trabalho e capital. 2000. a fim de adequar a realidade da empresa aos diferentes tipos de variáveis que surgem. 2000. Algumas variáveis. é uma destruição criativa.293). Isso só se concretiza através do investimento em capacitação e desenvolvimento dos colaboradores. Ulrich (2000. Somente aqueles mais capacitados.59). a integração dos diferentes objetivos destas áreas com uma política adequada aos interesses da empresa.103). p.. ela deve ser organizada para a mudança constante” (DRUCKER. focando os temas pertinentes às competências essenciais da empresa (PRAHALAD e HAMEL. embutido nos processos e rotinas da organização. produtos ou relacionamentos. p. surgem questões como: que destino deve-se dar à empresa e como estabelecê-lo? Pode-se dizer que a estratégia está relacionada à utilização adequada dos recursos tecnológicos. original e até ardilosa. de acordo com os elementos necessários à conquista de vantagens competitivas nos negócios (COLLIS e MONTGOMERY. cada vez mais os gestores procuram empenhar-se na elaboração de estratégias corporativas viáveis. dessa forma..25). “[. A estratégia. dessa forma. a minimização dos problemas empresariais e o melhor uso das oportunidades identificadas no ambiente. provocado. p. “A estratégia está relacionada à definição e ao balanceamento otimizado do conjunto produto-mercado proposto pela empresa em dado momento” (OLIVEIRA. Segundo Oliveira (2001.. tem levado a intensificação no uso de estratégias pelas empresas” (OLIVEIRA. a marca. Segundo Zaccarelli (2000. p. [. a empresa reage alterando suas próprias características. como não há uma única forma de resolvê-los. reduzir seus problemas e otimizar a exploração das possíveis oportunidades que o ambiente possa proporcionar à empresa e esta tenha condições para usufruir. e preferência do estrategista”. 2001. constitui-se na melhor arma de que pode dispor uma empresa para otimizar o uso de seus recursos. mudanças no ambiente antecipadas e providências contingentes realizadas por oponentes inteligentes. Cabe ressaltar que a estratégia não deve ser considerada um plano fixo. Em problemas de estratégia. pela globalização. aparece a oportunidade de revelar-se o estilo.26). c) projetos que.26). as ameaças e oportunidades da organização para que seja possível traçar o caminho voltado aos objetivos estabelecidos. Ao abordar o tema estratégia busca-se identificar quais serão os caminhos que devem ser seguidos para alcançar os objetivos estabelecidos pela empresa. p. 2001.. 2001. com suas atividades seqüenciais. físicos. p. Oliveira (2001. Na formulação das estratégias. tornar-se altamente competitiva. p. “Em problemas de lógica. financeiros e humanos.. “o intenso aumento do nível de concorrência entre as empresas. . políticas e seqüência de ações de uma organização em um todo coerente. segundo Collis e Montgomery (2001. superar a concorrência.] pessoas competentes chegam à mesma conclusão. pode-se dizer que na atual dinâmica das organizações. p. mas um sistema de partes independentes cuidadosamente concatenadas”.11). com base em suas competências e deficiências internas relativas. b) políticas que orientam ou limitam as estratégias. p. sempre que possível. Dessa forma. mas sim um esquema que permita orientar as decisões. econômica e viável. Uma vez que o ambiente competitivo está sempre em transformação. p.32). todo o processo de implementação e acompanhamento das estratégias empresariais ocorre em circunstâncias de constante mudança” (OLIVEIRA.4 disso. Avaliam-se os pontos fortes e fracos. permitem alcançar os objetivos definidos dentro dos limites estabelecidos pelas políticas. Para Quinn (2001. A base para a formulação e implementação da estratégia está relacionada ao conhecimento da ligação entre a empresa e o ambiente onde ela está inserida. 2001.31). os elementos básicos da estratégia empresarial são: a) objetivos a serem alcançados. pela forte evolução tecnológica e pelo maior nível de exigência dos clientes.20). visando.10). destaca ainda que: A estratégia deve ser sempre uma opção inteligente. p.51). A essência da vantagem competitiva advém da maneira como a empresa cria valor por meio da configuração e da coordenação de suas atividades. O desenvolvimento de estratégias faz-se necessário a todas as empresas que buscam obter vantagens competitivas para sobreviver no mercado. principalmente. Estratégia é o padrão ou o plano que integra as principais metas. Uma estratégia bem formulada ajuda a ordenar e alocar os recursos de uma organização para uma postura singular e viável. “Assim. O que vai diferenciar uma empresa de outra é a maneira como são convertidos os elementos em um todo integrado.] não é apenas um conjunto aleatório de blocos de construção. E. de maneira que ela possa maximizar resultados. Interligando os fatores externos e internos na formulação da estratégia. sustentadas e duradouras para as empresas. Para o delineamento da estratégia. habilidades. ao contrário de algo conquistado e acabado e portanto estático” (ZACCARELLI. duráveis e mais difíceis de serem copiadas”. naturezas e direções. Ambiente empresarial pode ser visto como o conjunto de todos os fatores externos que. por estar ligado a uma situação competitiva [. p. influenciando diretamente o todo. finanças. soma-se ao sucesso ou fracasso de uma empresa a capacidade da sua alta administração de gerenciar em um processo dinâmico. 4 VANTAGENS COMPETITIVAS ATRAVÉS DAS PESSOAS Vantagem competitiva significa gerenciar no sentido da singularidade.91). “Não é exagero afirmar que a estratégia competitiva é a arte de criar ou explorar essas vantagens que são mais convincentes.5 Entretanto. p. conforme descrito por Oliveira (2001. A longo prazo.68). pessoas que estudam e escrevem sobre empresas. recursos humanos) e dos seus aspectos principais (estrutura organizacional. desenvolvendo uma competência que diferencie a empresa (GHEMAWAT. 2000. podem ser representados pelo ambiente empresarial e pela situação interna da empresa. com menor custo e maior velocidade. as vantagens competitivas tornaram-se a base do pensamento estratégico. Há algum tempo. 1998. a partir de dúvidas comuns a respeito das contribuições destas para o desempenho organizacional. controle de qualidade. as competências essenciais. No curto prazo. 2001. juntamente com dirigentes de organizações. está ligada a um processo. portfólio de produtos. embora levem à mesma conseqüência: o sucesso da empresa. A resposta empresarial às diversas forças ambientais faz com que a empresa aprenda a comportar-se diante de uma gama muito grande de variáveis. 1998b.29). pode ser identificada por intermédio de um diagnóstico. Já a situação interna. tendo como parâmetro o desempenho dos concorrentes do setor. 2000. cada um com suas características peculiares. p. 26). O ambiente não é um conjunto estável. Os condicionantes da estratégia empresarial.que cada vez menos. produção. “O sucesso das empresas. Os modelos modernos de gestão exigem o desenho e operacionalização de estratégias que consolidem vantagens competitivas reais..] a concepção de sucesso é sempre dinâmica. Existem vários tipos de vantagens competitivas. com o propósito de estudar a relação existente entre a empresa e o ambiente em termos de ameaças..122-147). rede de distribuição. a competitividade deriva de uma capacidade de formar. as quais permitem o surgimento de produtos ou serviços que não podem ser antecipados facilmente (PRAHALAD e HAMEL. Uma estratégia formulada de maneira adequada permite trazer ótimos resultados para empresas que tenham apenas um nível médio de eficiência (OLIVEIRA. de forma direta ou indireta. p.12). o que os torna diferentes entre si. p.297). têm discutido sobre a questão do novo papel da gestão de pessoas.10). Segundo Rumelt (2001.). a competitividade de uma empresa é derivada dos seus atributos de preço e desempenho em produtos existentes. proporcionam ou recebem influência da empresa. são fontes de vantagens. busca-se realizar a análise desses fatores externos. de modo que saiba aproveitar as forças favoráveis e evite o impacto das desfavoráveis. A análise interna visa evidenciar as qualidades e deficiências da empresa. 1998. p. p. etc. As forças que nele atuam possuem diferentes dimensões. . em vez de absoluto. p. Trata-se da análise das grandes funções da organização (marketing. oportunidades e posições atual e futura de mercado. a empresa pode estabelecer sua posição no mercado e buscar obter vantagens competitivas. políticas. O termo vantagem competitiva é bastante utilizado por remeter a aspectos positivos da empresa e torna mais fácil a compreensão dos conceitos envolvidos (ZACCARELLI. Hoje em dia. realizado de maneira estruturada e sistêmica. “O objetivo estratégico da empresa é encontrar uma posição no setor onde ela possa melhor se defender contra essas forças ou influenciá-las a seu favor” (PORTER. é relativo. porém estes estão convergindo para padrões similares de custo e qualidade . bem como alinhar os colaboradores às estratégias através de programas de capacitação e desenvolvimento. que não fosse facilmente copiável e que fornecesse maiores benefícios econômico-financeiros.8). ou seja. Estratégia. possibilitando que as empresas sejam capazes de manter o foco e direcionar esforços para o alcance dos objetivos. Entenda-se resultado não como o conjunto de atividades isoladas das pessoas. Ulrich (2000. conhecer plenamente os processos operacionais.16). As empresas procuram vantagens competitivas sustentáveis através de algo que as torne distintas dos concorrentes. bem como a teoria e a prática da formação e implementação de estratégias. p. p. É decorrente de pessoas com grande capacidade de enxergar a situação futura do mercado. Desta forma. mas sim como o impacto coletivo sobre o desempenho e a capacidade de alavancar a organização. Desempenham o papel de agentes de mudança (CHIAVENATO. Significa escolher um conjunto de diferentes atividades que permitam um conjunto único de valores. b) promover mudanças. através de observações e intervenções.91-101).16-24): a) unidade estratégica. Porém. auxiliando no ajuste das atividades da empresa (ULRICH. 2000. cria significado para os que estão dentro e fora da empresa. destaca que os profissionais “têm reagido com uma grande mudança de idéias. 2000. as fontes de vantagem competitiva mudam constantemente com o passar do tempo. Devem possuir competência suficiente para reunir os executivos das diversas áreas para discussões a respeito de visão. c) gerar capital intelectual. os gestores necessitam ampliar suas funções tradicionais. p. 1999a.60) afirma que: As revisões e reestruturações em qualquer segmento organizacional já são práticas comuns nas organizações.56). as empresas mantêm-se focadas.] para um novo foco mais pró-ativo. Na visão de Pfeffer (1994. p. Dessa forma. a vantagem competitiva pela existência de talentos especiais se estabelece em detrimento da maior habilidade que tais pessoas possuem para perceber oportunidades de bons negócios antes dos concorrentes ou sair de negócios desfavoráveis. formata as práticas organizacionais de forma a garantir a eficiência. pode ser entendida como o ato de criar uma posição exclusiva e valiosa. Os “trade-offs” (abrir mão de alguma coisa em detrimento de outra) fazem com que a empresa sustente sua posição. p. tornase necessário que sejam exercidas opções excludentes em relação às demais posições. As pessoas desempenham um papel de suma importância no planejamento das práticas e na implementação da estratégia organizacional. Para que determinada posição estratégica seja sustentável. “Reconhecer que a base para a vantagem competitiva mudou é essencial para o desenvolvimento de uma estrutura diferente de referências para considerar questões de administração e estratégia”.1 Unidade estratégica Pode-se dizer que uma organização possui capacidade estratégica quando enfatiza os objetivos.6 Segundo Zaccarelli (2000. com procedimentos e visão estabelecidos de forma a garantir a unidade estratégica. Segundo Porter (1998a. a área de recursos humanos por fazer parte deste contexto precisa também rever suas necessidades de adaptação a fim de ajustar-se ao processo de transformação organizacional.. [. Lucena (1991. 4.4-6). baseado em resultados”. então. valores e objetivos. para criar uma estratégia competitiva é preciso ser diferente. p. modela o comportamento dos empregados e cria um diferencial para investidores e clientes (ULRICH. Da mesma forma. p. p. os gestores buscam fortalecer os valores e objetivos da empresa. . alterando seu foco anterior. tendo em vista a realidade mutativa do contexto empresarial.148). 2000. Dessa forma. envolvendo um diferente conjunto de atividades. p. destacam-se três atividades principais que os gestores devem desenvolver para atingir a excelência organizacional através das pessoas (ULRICH..18). Para o desempenho efetivo do papel estratégico. “Se o êxito competitivo é conseguido por meio de pessoas.] são formadores de estratégia em todos os níveis.70-77) destaca. No entanto. 1998. Palavras como velocidade. p. ou seja. “A empresa típica será baseada no conhecimento. “Quase todas as empresas entendem que a capacidade de fazer com que as mudanças aconteçam é muito importante. desenvolver e reter pessoas com capacidade de dinamizar uma organização através de competência e comprometimento.. p. ainda. p. então as habilidades dessas pessoas são críticas” (PFEFFER. promovem-se novas idéias a partir de uma nova visão e de um novo conjunto de experiências.2). flexibilidade e redução de ciclo tornam-se cada vez mais presentes no vocabulário dos gestores de empresas bem sucedidas. Na atual dinâmica. discutida a seguir. que dirigem e disciplinam seu próprio desempenho. Para muitas empresas o ambiente configura-se em uma variável incontrolável e imprevisível. Segundo a autora: A função dos recursos humanos nas empresas é cumprir as estratégias e moldar seu comportamento às diretrizes estabelecidas [. elas desenvolvem essa capacidade de diversas maneiras” (ULRICH. substituindo as antigas práticas por novos procedimentos e atitudes. no aproveitamento do potencial intelectual dos integrantes da organização e na contratação de integrantes de outras empresas. com base nas expectativas futuras dos clientes (internos e externos). Através de programas formais de treinamento. definir cursos de ação e obter a cooperação dos seus membros em torno de diretrizes comuns. 1994. e na credibilidade. p. de especialistas.17). Consiste. O sucesso passa por identificar. agilidade. buscam-se novas idéias. 4. envolver os responsáveis pelos processos decisórios e coerência (ULRICH. sobretudo. p. A identificação de talentos pode ser tanto interna quanto externa. A contribuição de cada indivíduo para as organizações se dá através do desempenho de um papel organizacional. investidores e comunidade. Conforme a abordagem de Drucker (2001.19).. 1995. p. O desafio está em mensurá-lo e potencializá-lo. a organização deve estar se adaptando a todo o momento. Trata-se do maior desafio da gestão do conhecimento. O desenvolvimento deve manter-se alinhado às estratégias sob pena de perder o foco e não agregar valor ao negócio (KLEIN. a necessidade de transmitir o pensamento estratégico para toda a empresa. para fazer com que as mudanças aconteçam. 4. por meio do feedback sistemático”. O desenvolvimento das pessoas para a geração de capital intelectual parte do princípio da criação de novas maneiras de se realizar o trabalho.7 Carvalho (1995. de modo a garantir sua implementação. 2000.10). uma organização composta. Os gerentes têm consciência de que o capital intelectual se estabelece como uma variável importante para a competitividade das empresas. A busca da estratégia pelas organizações se dá no sentido de estabelecer uma direção. p. Neste segundo caso.70). Faz-se necessário o desenvolvimento das habilidades de criar novos modelos. 2000. Dada esta instabilidade. na medida que qualquer participante organizacional tem condições de identificar e formular estratégias que ajudem a organização a otimizar suas interações com o meio ambiente (CARVALHO. existe a necessidade de se promover mudanças rapidamente. as empresas são capazes de identificar os elementos que geram conhecimento e incentivá-los a criar valor para a companhia. sem perder o foco nos resultados.2 Promovendo mudanças A visão convencional de gestão estratégica defende a idéia de que quase toda a mudança deve ser contínua.3 Geração do capital intelectual O conhecimento tornou-se uma vantagem competitiva para as empresas. através do qual busca-se a diferenciação e criação de valor para os clientes. mais qualificados. questionando-se os métodos e processos de trabalho. .18). O sucesso da estratégia de uma empresa encontra-se vinculado à velocidade de implementação das mudanças. mas de nada adiantam sem o “capital intelectual”.. torna-se necessário que as pessoas estejam comprometidas com as organizações. “[. não há vantagem sustentável que não aquilo que uma empresa sabe. ou seja. atingindo algum objetivo organizacional mediante a estruturação de pessoas. nova tecnologia” (MEISTER. Neste sentido. . “O surgimento da economia do conhecimento tem gerado a necessidade urgente das companhias atualizarem continuamente as habilidades de todos os seus empregados como resposta a novas oportunidades. nova concorrência. somente a administração eficiente e eficaz do capital intelectual das empresas pode garantir vantagens reais de competitividade e expansão dos negócios.131). “Não podemos pensar em gente como recurso. hoje se entende que não há uma única resposta certa para as questões do dia-a-dia das empresas. p. muito mais que qualquer ativo financeiro ou tecnológico... p. deve-se considerar que “[. 1999. Várias são as escolas de administração que procuram orientar os executivos responsáveis pelos rumos das empresas. 1998. convive-se com teorias que procuram identificar respostas certas para determinadas questões.10). p.] os líderes. p.] à exceção de políticas monopolistas e outras irregularidades de mercado.. encadeia pensamento. Gente é talento. Mas existe um mundo real da gestão do conhecimento . E a diferença é que o talento pensa.8 4. o que existe são caminhos diferentes para a obtenção dos resultados desejados (MEISTER 1999a. como pode utilizar aquilo que sabe e o quão rapidamente pode aprender algo novo”. raciocina” (NEVES. ressalta que “[.132). 1999b.4 Gestão do conhecimento A distância entre o futuro e o presente torna-se muito pequena e.d. Davenport e Prusak (1998. da cultura e do ambiente do conhecimento (DAVENPORT e PRUSAK. [.. as pessoas. o lançamento de novos produtos. 2000.] é aproveitar os recursos que já existem na empresa..IX). encontrem e empreguem as melhores práticas em vez de reinventar a roda” (WAH. Iniciativas de diversas formas estabelecem-se num esforço de criação de repositórios de conhecimento. contribui para o aumento da necessidade de se estar pronto para a inovação e adaptação. bancos de dados de discussão e inteligência competitiva. Prusak (1998. A gestão do conhecimento caracteriza-se por ser uma prática em evolução.um mundo de orçamentos. Contudo.53).175-180). prazos. p. gerentes e funcionários da organização ainda podem estar inconscientes da maneira pela qual seus atos e crenças reforçam as variáveis que compõem o clima de aprendizado” (GOLD. política de escritório e liderança organizacional. As formas de obtenção dos recursos e da tecnologia estão em constante transformação e mudança. A importância atribuída a uma área tradicionalmente secundária nas empresas deve-se à mudança no cenário competitivo. p. Os tempos atuais exigem inovação e melhoria contínuas e. Os repositórios de conhecimento têm como objetivo específico captar o conhecimento incorporado em documentos.] são tentativas de se fazer um uso prático do conhecimento. colocando-o em um local onde se possa facilmente indexá-lo e recuperá-lo. p.. A gestão de pessoas passa de um papel coadjuvante a uma posição estratégica.7). as quais tornam as empresas realmente competitivas. a conversa geralmente deriva para enunciações altamente abstratas e filosóficas. Quanto à criação de ambientes do conhecimento. serviços e tecnologias de forma acelerada. em prol da mudança de comportamento em relação ao conhecimento e tentativas de melhoria do processo de gestão.. uma vez que.173) comentam que: Quando as pessoas falam em gestão do conhecimento. O tema central da gestão do conhecimento.. p. de forma a reconhecê-los e promover a transferência entre eles. Os projetos que envolvem a melhoria de acesso ao conhecimento concentram-se nos possuidores e nos usuários potenciais. tecnologia e conteúdo do conhecimento. s. melhoria de acesso. para que as pessoas procurem. Desde o início do século. o fator humano dentro da organização ganha conotação estratégica. Contudo. os esforços são concentrados na promoção da conscientização e da receptividade cultural. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Cada vez mais. torna-se possível transmitir conhecimentos específicos. p. estabelecendo funções. acionistas.). através de comunicados à organização e da disponibilização de recursos. Davenport e Prusak (1998.. p. O sucesso ou fracasso dependerá da combinação de uma série de fatores que vão desde a habilidade dos gestores em lidar com o tema até a disposição das pessoas em envolverem-se na criação e compartilhamento daquilo que sabem. as quais foram aqui abordadas como elemento potencializador estratégia. propõe-se a criação de palavras-chave e categorias. as áreas responsáveis pelo desenvolvimento organizacional são cobradas a respeito de resultados. c) apoio da alta gerência: necessário para consolidar a cultura do conhecimento na empresa. que são estabelecidas as vantagens competitivas através das pessoas. comunidade e colaboradores.9 Como fatores que alavancam o sucesso da gestão do conhecimento. desenvolver uma visão ampla e garantir o crescimento sustentado ao longo do tempo. estruturas e qualificações que beneficiem os projetos. não emergindo facilmente. É nessa busca pela garantia do resultado e da qualidade do conteúdo a ser transmitido na organização. b) infra-estrutura técnica e organizacional: é a disposição de tecnologias orientadas ao conhecimento. A estrutura reflete no padrão de uso do conhecimento. Desta forma.. . Bateman e Snell (1998. onde os funcionários são livres para explorar atividades criadoras.184) destacam os seguintes: a) cultura orientada para o conhecimento: trata-se de uma das condições mais importantes para o sucesso de um projeto. h) múltiplos canais de transferência do conhecimento.]” As vantagens competitivas são estabelecidas pela adoção de abordagens de administração que satisfaçam às necessidades das pessoas alinhadas às necessidades organizacionais. deve-se motivar os colaboradores a criar. não podendo ser excessiva sob pena de inibir a criatividade e fluidez (vide 4. contudo. Pode-se verificar que o papel das organizações em relação ao aprendizado está cada vez mais amplo. aumentando o valor para os clientes. que fuja do tradicional e passe a agregar valor à empresa de forma estratégica. Consiste na orientação positiva para o conhecimento. g) estrutura do conhecimento: para que o conhecimento fluido não se perca. Não há. Diante de um novo cenário concorrencial.2.35) destacam que “É necessário ser melhor que os concorrentes em fazer coisas de valor [. e) clareza de visão e de linguagem: esclarece propósitos e terminologias adotadas. compartilhar e usar o conhecimento. O foco estratégico da gestão de pessoas visa o desenvolvimento dos colaboradores como forma de obter melhores resultados nos negócios e faz com que as empresas construam seus próprios modelos. estabelecendo um reforço mútuo para o alcance dos seus respectivos objetivos no longo prazo. torna-se necessário o estabelecimento de um novo modelo. sendo reconhecidos por isso. f) elementos motivadores: uma vez que o conhecimento está intimamente ligado às pessoas.2. uma fórmula específica para a gestão do conhecimento. d) vinculação ao valor econômico: vincula ações do conhecimento ao benefício econômico ou sucesso no setor. David A. São Paulo. Laurence. 2000. 1998. Estratégia: a busca da vantagem competitiva. 1998. A força da Universidade Algar. 710 p. p. p. CHIAVENATO. PORTER. Conhecimento empresarial: como as organizações gerenciam o seu capital intelectual. Revista T&D. Thomas H. Jeanne C. Pankaj. p.70-77. Scott A. PRUSAK. Criando a vantagem corporativa. In: CLARKE. Robert (org. 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