UnB_IG - Petrologia metamórfica - Notas de aula do Prof
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06/08/12UnB:IG - Petrologia metamórfica - Notas de aula do Prof. Manfredo Winge UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS Disciplina: Petrologia metamórfica Notas de aula do Prof. Manfredo Winge PETROLOGIA METAMÓRFICA CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA DAS ROCHAS METAMÓRFICAS DESCRIÇÃO DE AMOSTRAS TEXTURAS E ESTRUTURAS METAMÓRFICAS BIBLIOGRAFIA © W inge ,M. 1996. Pe trologia m e tam órfica - Notas de aula. Publicado na Inte rne t e m : http://www.unb.br/ig/cursos/m e t1/inde x .htm . Uso livre , parcial ou total, de ve ndo se r citada a fonte conform e a re fe rê ncia acim a. Abra a página e utilize o GLO SSÁR IO GEO LÓ GIC O se m pre que ne ce ssário. (Em e laboração Suge stõe s e corre çõe s são be m -vindas) PETROLOGIA METAMÓRFICA 1. CONCEITO 2. ROCHAS METAMÓRFICAS E TIPOS DE METAMORFISMO 3. AS VARIÁVEIS DO METAMORFISMO 4. GRAU DE METAMORFISMO E ZONEOGRAFIA DE TERRENOS METAMÓRFICOS 4.1. Isógradas e as zonas de Barrow 4.2. Fácies metamórficas 4.3. Séries de fácies metamórficas 1. CONCEITO A petrologia metamórfica é a parte da geologia que tem por objetivo estudar as rochas transformadas textural, estrutural, química e/ou mineralogicamente e estabelecer a relação de causa e efeito entre as transformações observadas e processos geológicos, buscando-se definir temporalmente, quimica e termodinamicamente a natureza dos eventos associados. Por definição, o escopo do estudo do metamorfismo limita-se às transformações das rochas realizadas no estado sólido ou predominantemente sólido e excluídas as transformações por anatexia (fusão ou refusão de rochas) nas condições mais severas, por um lado, e por diagênese e intemperismo, nas condições superficiais da crosta terrestre, por outro lado. A petrologia metamórfica objetiva, assim, determinar, a partir do estudo dos minerais, química, textura e estrutura atuais, qual a rocha original (protólito), qual o seu ambiente gerador e quais os processos geológicos envolvidos em sua origem e transformação, hierarquizando-os no tempo e no espaço para correlações locais e regionais. A crosta da Terra, incluindo as áreas oceânicas, apresenta, em sua parte superficial, rochas metamórficas predominantes o que demonstra a importância desta disciplina que versa sobre a transformação das rochas. 2. ROCHAS METAMÓRFICAS E TIPOS DE METAMORFISMO As rochas metamórficas (grego: meta=mudança; morfos=forma) correspondem a transformações predominantemente no estado sólido de rochas pré-existentes ou PROTÓLITOS (grego: proto=primeiro/anterior; lithos=rocha). Os protólitos podem ser ígneos, sedimentares ou, mesmo, metamórficos. Em casos mais raros e nem sempre fáceis de serem determinados, podem, ainda, corresponder a produtos de alteração intempérica (solos, paleossolos, lateritas,..) ou hidrotermal/metassomática (greisen, skarnitos, pegmatitos caulinizados,..). Em locais privilegiados, como antigas suturas crustais, pode ocorrer fragmento mantélico como protólito. Apesar de, por definição ou para efeito pedagógico, tratarmos o metamorfismo como um vsites.unb.br/ig/cursos/met1/index.htm 1/20 06/08/12 UnB:IG - Petrologia metamórfica - Notas de aula do Prof. Manfredo Winge processo geológico isoquímico, ou seja a rocha original não sofre mudança química, na realidade as transformações metamórficas implicam, sempre, em modificações químicas, desde mínimas ou em escala limitada, até muito importantes quando deixamos de designar a rocha como metamorfito e passamos a designá-la como metassomatito (meta= mudança; soma= substância/matéria). Como visto atrás, por definição, os estudos de PETROLOGIA METAMÓRFICA não se envolvem diretamente com os processos superficiais de intemperismo e diagênese (áreas da pedologia e da sedimentologia), nem com os processos profundos de anatexia ou refusão das rochas (área da petrologia ígnea), distinguindo-se os seguintes tipos ou processos metamórficos principais cuja caracterização é fundamental para a classificação correta da rocha em estudo: fundo oceânico (junto às ridges meso-oceânicas); orogênico, dínamotermal ou regional (nas regiões de confronto de placas); soterramento (nas fossas oceânicas); contato ou termal (nas encaixantes junto a corpos fortemente aquecidos intrusivos); dinâmico ou cataclástico (nas zonas de falha); de impacto (nas zonas afetadas por impactos meteoríticos). A evolução geotectônica de uma área continental geralmente é complexa, com superposição de tipos de metamorfismo diferentes e, inclusive, com superposição de ciclos geológicos do mesmo tipo de metamorfismo, caracterizando-se o polimetamorfismo dessas rochas. Assim, uma rocha metamorfizada por metamorfismo regional em baixo grau pode ter sido, posteriormente, intrudida por um corpo magmático cujo calor produziu auréolas metamórficas, registrando-se dois tipos diferentes de metamorfismo. O registro destas transformações em paragêneses, texturas e estruturas, e a elucidação da sequência em que se realizaram, permite estabelecer parte da história geológica local. Cada ambiente geológico/geotectônico apresenta associações de rochas que lhe são típicas ou mais comuns e, em certos casos, características. O metamorfismo dessas rochas associadas pode, assim, levar a um padrão de rochas metamórficas associadas. Por exemplo, as rochas de uma crosta oceânica onde predominam basaltos e gabros, com níveis de radiolaritos e outros sedimentos pelágicos, metamorfizada junto a ridge com muita pressão de água e depois tomada em ambiente orogênico ou de arco de ilha apresentará uma associação provável de xistos verdes (básicos) e anfibolitos com finas camadas de chert. Uma sequência de camadas de bacia de margem continental passiva apresenta associações relativamente espessas de rochas clásticas maduras associadas com niveis carbonatados; ao ser envolvida esta(s) bacia em um processo orogênico, como o de colisão continental, a sequência rochosa será transformada em quartzitos, xistos aluminosos e mármores ou calcários metamórficos. Caracteriza-se, desta forma, a importância do estudo regional da geologia de regiões metamórficas para ser estabelecida a associação rochosa metamorfizada e, com isto, se ter suporte para determinar o ambiente geológico primordial e os ambientes transicionais da região. 3. AS VARIÁVEIS DO METAMORFISMO Modificações significativas das condições termodinâmicas ou das condições geoquímicas originais da rocha levam a sua transformação. As variáveis ou fatores fundamentais do metamorfismo são : temperatura pressão de carga ou litostática pressão dirigida pressão de fluidos composição da rocha composição da fase fluida A velocidade com que se realiza esta transformação (cinética) depende ainda de outros fatores intrínsecos e extrínsecos, tais como: textura e cristalinidade da rocha vsites.unb.br/ig/cursos/met1/index.htm 2/20 2.htm 3/20 . mais reativa do que a rocha com minerais graúdos que estão solidamente estruturados com sua rede cristalina organizada (menor entropia). apresentando distintas associações litológicas e.. as variações de grau em cinturões metamórficos orogênicos em zonas de mesmo metamorfismo. Barrow (1893. De acordo com Turner(1981).Notas de aula do Prof. principalmente.1925. Destacam-se as auréolas de metamorfismo de contato e. Foi proposto por Eskola (1914. por isso." O conceito de fácies metamórficos relaciona-se.br/ig/cursos/met1/index. estudando o cinturão Dalradiano nas terras altas da Escócia. com mais energia iônica livre e.1993). médio e forte. Já uma rocha com textura fina é mais suscetível a transformações metamórficas do que uma de mesma composição química mas com minerais bem desenvolvidos. a determinadas condições de metamorfismo realizadas dentro de faixas de P e T próprias de determinados ambientes geotectônicos e que propiciam a cristalização de minerais metamórficos em várias paragêneses que são características de cada tipo de rocha original metamorfizada. verificou que diversas rochas apresentavam associações minerais típicas iguais em zonas metamórficas correlatas. de associação de cinturões de rochas metamórficas em pares. 4.unb. Alguns tipos de metamorfismo podem ter variações rápidas desse grau. no Japão. tais como como fácies albita epidoto hornfels.06/08/12 UnB:IG . outros. Manfredo Winge gradiente de modificação das condições tempo geológico em que persistem as novas condições. de contato.1915. Assim. como. distintas paragêneses próprias de gradientes geotérmicos bem distintos para cada tipo de cinturão do par: enquanto um cinturão apresenta minerais que retratam alta P com relação a T. Eskola atribuiu às fácies assim determinadas o nome de rochas típicas para caracterizar cada fácies. Isógradas e as zonas de Barrow Qualquer tipo de metamorfismo. in Spear. entretanto. repetidamente associado no espaço e no tempo.1912. o de falhas e o de impacto meteorítico. assim. 4.Petrologia metamórfica . Estas zonas (zonas de Barrow) são caracterizadas pelo aparecimento do mineral índice que. Séries de fácies metamórficas Miyashiro (1961) verificou a existência. ou seja. uma intrusão magmática com temperatura muito elevada. fácies anfibolito.pode ser classificado pela sua intensidade verificada nas rochas em grau fraco. 4. a saber: clorita=>biotita=>granada=>estaurolita=>cianita=>sillimanita. por exemplo. mas aplicada em breve espaço de tempo (como um sill pouco espesso de basalto por exemplo) poderá resultar em menos transformações metamórficas do que uma intrusão de temperatura menor mas realizada por longo tempo geológico (como um batolito granítico por exemplo) porque o calor transferido para a rocha encaixante não foi suficiente para desestabilizar a paragênese mineral na mesma intensidade. in Spear. GRAU DE METAMORFISMO E ZONEOGRAFIA DE TERRENOS METAMÓRFICOS 4.. como vsites. A superfície do limite zoneográfico determinado pelo aparecimento do mineral índice foi designada de isógrada por Tilley (1924.1. seja cataclástico. regional. fácies honblenda hornfels.. associadamente. como o de contato e o regional apresentam uma variação gradual que permite o mapeamento do grau de metamorfismo. meta-pelíticas. o aparecimento da biotita metamórfica indica a passagem da zona da clorita para a da biotita e o aparecimento da granada indica a passagem da zona da biotita para a da granada. ao comparar auréolas metamórficas de duas intrusões distintas da Finlândia e da Noruega. Por exemplo. in Spear. verificou a existência de zonas de metamorfismo progressivo identificadas pelo aparecimento de minerais-índices de grau metamórfico em rochas aluminosas. de tal maneira que há uma relação constante e previsível entre composição mineral e composição química total da rocha.1993) que. mas a clorita pode ocorrer nas tres zonas e a biotita pode continuar aparecendo até a zona da cianita e parte da zona da sillimanita.3. Fácies metamórficas O conceito de fácies metamórfica corresponde a uma ampliação do conceito de zonas metamórficas. "Fácies metamórfica é um conjunto de associações minerais. porque ela apresenta uma maior superfície entre cristais.1993) que realizou estudos na mesma região da Escócia que Barrow. pode se manter em associação em zonas metamórficas de mais alto grau. O cinturão Dalradiano. Na bibliografia é rara a indicação de regras para a designação das rochas metamórficas havendo. originando novos minerais estáveis a essas novas condições. não só os da rocha original. batizada de Barroviana.1. em geral. estabelecendose como uma ponte nas trocas catiônicas. simplesmente como catalisador. Uso do prefixo META (indicação do protólito) 4.2. de alta T/P.06/08/12 UnB:IG . Uso do nome do protólito com sufixo indicativo da rocha metamórfica 4.Rochas que sofreram metamorfismo regional predominante 4. e em certos casos devem. Rochas que sofreram metamorfismo de contato predominante 3. apelidado de Abukuma. Uso de nomes de minerais metamórficos antes do termo base 2.2. o outro apresenta minerais de alto gradiente geotérmico com andalusita e cordierita. Adicionalmente as fases sólidas.Ex. ser agregados outros termos antes e/ou após este termo base. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM 4.4. corresponde. por um termo base ao qual podem. Cada um desses cinturões apresenta uma zoneografia metamórfica própria com fácies e minerais índice tambem próprios.htm 4/20 . dependendendo dos fatores de metamorfismo envolvidos. com química.3. controvérsias a respeito de certos termos. metagabros. REAÇÕES METAMÓRFICAS Uma rocha submetida a condições termodinâmicas diversas das em que se constituíram os seus componentes. texturas e estruturas variavelmente preservados. gnaisses. de alta pressão. CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA DAS ROCHAS METAMÓRFICAS 1. Uso dos prefixos ORTO e PARA 1.1. mais característicos de crosta continental. Rochas que sofreram metamorfismo dinâmico 3. Rochas que sofreram metamorfismo meteorítico ou de impacto predominante 3. Essa complexidade evolutiva pode levar mesmo a formação de rochas semelhantes a partir de protólitos completamente distintos . CLASSIFICAÇÃO OU DESIGNAÇÃO COM CRITÉRIO COMPOSICIONAL IMPORTANTE 2. meta-radiolaritos e porções de peridotitos mantélicos).3. Estas reações. quartzitos. Manfredo Winge glaucofano e jadeita. Termos-base 2. por outro lado. realizadas no estado sólido.1. como reagente e/ou como produto da reação. adjetivando-o.3. H2O e CO2 são as duas fases fluidas mais comuns nas reações metamórficas e acima de condições supercríticas a atividade química desses fluidos é muito elevada. como os da evolução transformacional propiciada pelos vários eventos metamórficos. já o segundo. inclusive. rochas muito diferentes podem ser formadas a partir do mesmo protólito. Isto é compreensível pois a designação/determinação das rochas metamórficas envolve conceitos poligenéticos. pode apresentar reações entre os seus minerais. estudado por Barrow e muitos outros. Uso de nomes após o termo base. gnaisse originado de um pelito e gnaisse derivado de um granito. 3. notadamente T. O primeiro tipo. designado de Sanbagawa.Petrologia metamórfica . CLASSIFICAÇÃO COM CRITÉRIO "TIPO DE METAMORFISMO" IMPORTANTE 3. P vsites. migmatitos e granitos predominantes. seguem as regras químicas do balanço estequiométrico tendo de um lado da equação os minerais reagentes e de outro os minerais produto.2. apresenta associações de xistos de origem pelítica.Notas de aula do Prof. um componente crucial na maior parte destas reações é a fase fluida que permeia os grãos minerais e suas clivagens e fissuras. a uma série intermediária. 5. tem associaçãoes litológicas como xistos azuis e eclogitos que indicam rochas de crosta oceânica (meta-basaltos. BASES PARA A CLASSIFICAÇÃO 2.g. o que levou Miyashiro a propor o conceito de Séries de fácies uma de baixo gradiente geotérmico ou de alta pressão (>8 e < 25o/km) e outra de alto gradiente geotérmico ou baixa pressão (>25o/km).br/ig/cursos/met1/index.unb. enquanto que. BASES PARA A CLASSIFICAÇÃO As rochas metamórficas são designadas. Ocorre em vsites. relacionados aos processos metamórficos impostos e superimpostos as rochas transformadas. granulação muito fina.htm 5/20 . ARDÓSIA . cristalinidade baixa.. ausente ou muito subordinada a segregação metamórfica de quartzo ou carbonatos em charneiras ou em bandas.. MG. P stress ou dirigida. piropo.Diferentemente da ardósia.) é injustificável por criar.rocha básica. pirofilita. É derivada principalmente de rochas ígneas ultramáficas. não têm nenhum significado. geralmente calcítico ou dolomítico. desnecessariamente. transformando-se em uma rocha. país. alternando níveis milimétrico/centimétricos de hematita (magnetita) com níveis silicáticos.06/08/12 UnB:IG . 2.1. novos termos os quais. cujos componentes são as fases minerais estáveis às altas pressões e temperaturas: piroxênio sódico.Petrologia metamórfica .unb. típica de duplicação crustal com pressões maiores do que 10 kbar (>30 km de crosta sobrejacente) e temperaturas variáveis que podem chegar aos 1. Deve se ter em mente que as rochas metamórficas ocorrem sempre com variações laterais e verticais que podem ser bastante bruscas . derivados de basalto. o plano de xistosidade é bem definido e brilhante determinado pela disposição de mica muscovítica GNAISSE . xisto azul.derivado de rochas básicas ou de rochas sedimentares como calcários impuros. onfacítico. Termos-base A seguir são relacionadas várias rochas metamórficas em que o critério composicional é importante na sua designação. ainda por cima. fluidos.rocha metamórfica cujos componentes principais são a granada manganesífera (espessartita) e o quartzo.. o tipo e grau de metamorfismo e aspectos texturais/estruturais metamórficos.000o C.descrita em Itabira. geralmente de quartzo.g. localidade.química ou mineral . sericita/fengita.da rocha. MÁRMORE .Ex. basalto ou gabro. xisto verde. e granada magnesisna. Manfredo Winge litostática.. As rochas metamórficas são classificadas e designadas de acordo com vários critérios. Pode se apresentar maciço. como..br/ig/cursos/met1/index. ESTEATITO ou PEDRA-SABÃO . ITABIRITO .rocha cujos componentes mineralógicos essenciais são quartzo e feldspato metamórficos e com estrutura foliada maciça com achatamento dos grãos ou em bandas quartzo-feldspáricas alternadas com bandas mais máficas GONDITO . CLASSIFICAÇÃO OU DESIGNAÇÃO COM CRITÉRIO COMPOSICIONAL IMPORTANTE 2. o itabirito é uma rocha bandada. ECLOGITO .grau metamórfico muito baixo. FILITO . notadamente os que envolvem a rocha de origem.Notas de aula do Prof. pouco brilho.calcário recristalizado metamórficamente tendo como constituinte importante (>50%) um carbonato. eclogito. P fluidos (e sua química). bandado ou mais comumente com lineação.. a composição .. clorita. Cabe destacar que o ato de aportuguesar-se nomes de rochas e de minerais que tem por radical um nome próprio (pessoa. que sofreu metamorfismo da fácies eclogito..rocha intermediária entre ardósia e xisto na evolução metamórfica de pelitos. tem a hornblenda e o plagioclásio como paragênese característica de grau metamórfico médio a alto. por exemplo: kimberlito para quimberlito. .. scheelita para xilita. deriva fundamentalmente de camadas de chert associado com vulcanismo. O protólito geralmente é pelítico e paragênese a base de quartzo. mas não necessariamente o único: ANFIBOLITO . clivagem ardosiana.seja devido as variações originais da composição do protólito seja devido a variabilidade de tensões. Com aumento de metamorfismo regional transforma-se em filito e xisto. geralmente granoblástica. etc. anfibolito.rocha composta essencialmente por talco ao qual podem se agregar magnesita e quartzo. XISTO VERDE . 2.rocha composta por serpentina predominante. TACTITO ou SKARNITO . PIROXENITO. muitas vezes. uma rocha pode ter somente 1% de sillimanita. ROCHA CÁLCIO-SILICATADA ... formando barras ou lentes centi-decimétricas no meio da massa micácea.. granada biotita xisto grafitoso. o metamorfito. frequentemente. grossulária. a este termo devem ser agregados termos antecedentes e/ou termos sucedentes que caracterizem. 2.unb. mas a importância do mineral como indicador de condições metamórficas exige o seu nome antes do termo base (Ex.. até 40 %. pods ou veios de quartzo. O xisto micáceo deriva.g. muscovita e biotita principalemente. metamórfico. de pelitos (podem derivar de plutonitos e vulcanitos ácidos e aluminosos também) representando um grau mais elevado de metamorfismo do que a ardósia e o filito.. junto com albita e algum quartzo. EPIDOSITO.br/ig/cursos/met1/index.. Manfredo Winge várias fácies: maciço. SERPENTINITO . clorita.termo geral para qualquer rocha que apresenta xistosidade. epidoto. seguindo-se como regra que os nomes dos minerais mais próximos do nome da rocha correspondem às fases que ocorrem em maior abundância. mais biotita que granada e mais granada do que cordierita.2. por exemplo.g. dá o nome a rocha.. PERIDOTITO entre outros são reservados para rochas ígneas.metamorfito cujo componente principal é o quartzo (>75% como ordem de grandeza). muito brilhante devido ao crescimento de micas metamórficas. xistosidade bem desenvolvida.. Assim. como: CLORITITO.Petrologia metamórfica . TREMOLITITO. Uso de nomes de minerais metamórficos antes do termo base A classificação de uma rocha metamórfica exige. XISTO AZUL . escapolita. chert. bandado. caracterizando crosta oceânica colisionada com minerais azuis como o anfibólio sódico glaucofano além de lawsonita.. Naturalmente que não são usados nomes de minerais em rochas que já os tem como característicos de sua composição. adjetivando-o. Observação: alguns termos como HORNBLENDITO. XISTO . vsites. a utilização de nomes de minerais para a sua perfeita caracterização.Notas de aula do Prof. QUARTZITO . composicionalmente. Ex.rocha maciça ou bandada composta por minerais cálcio-silicáticos metamórficos como epidoto. riolitos silicosos.termo especial para designar xisto derivado de rocha máfica.htm 6/20 . o nome da rocha para a sua perfeita classificação. Vários nomes de minerais podem anteceder. pode ser maciça ou xistosa caso em que pode ser chamada de serpentina xisto À semelhança do serpentinito ocorrem várias rochas metamórficas maciças com tendência monominerálica em que o mineral predominante. Uso de nomes após o termo base. Como acontece com muitas outras rochas metamórficas. Por exemplo: hornblenda e plagioclásio em anfibolito... em condições de baixa temperatura e alta pressão. sillimanita gnaisse). em condições de baixo grau formando minerais verdes como: actinolita. muitas vezes crenulada por deformações superimpostas.3. quartzo. Por exemplo: uma rocha classificada como cordierita granada biotita muscovita xisto contem mais muscovita que biotita. em xistos micáceos.rocha cálcio-silicática que sofreu metamorfismo e/ou metassomatismo de contato. assim..termo especial para designar xisto derivado de rocha máfica. epidoto. diopsídio.06/08/12 UnB:IG . segrega quartzo (ou carbonatos nos xistos calcíticos) em bandas ou concentrado em charneiras de dobras isoclinais. brechóide. Esta necessidade se dá tanto para definir composicionalmente quanto metamorficamente a rocha. derivada de mármores impuros e/ou metassomatizados. Pode derivar de arenitos quartzosos. clorita. ACTINOLITITO. Rochas que sofreram metamorfismo meteorítico ou de impacto predominante IMPACTITO .4.Rochas que sofreram metamorfismo regional predominante Em termos de extensão. Rochas que sofreram metamorfismo de contato predominante HORNFELS ou CORNUBIANITO .Notas de aula do Prof.06/08/12 UnB:IG . também. 3. 3. CLASSIFICAÇÃO COM CRITÉRIO "TIPO DE METAMORFISMO" IMPORTANTE 3.rocha formada pelo metamorfismo de impacto de meteoros com texturas e estruturas típicas e com mineralogia característica de muito alta temperatura como coesita. Os prefixos PROTO E ULTRA para os termos CATACLASITO e MILONITO referem-se. respectivamente.1.2.br/ig/cursos/met1/index. Veja os exemplos que seguem: Metachert manganesífero Gnaisse granodiorítico Xisto máfico Xisto feldspático Micaxisto granatífero Xisto calcítico Xisto grafitoso 3. encurvados. recristalizada. muitas vezes.3. seja por metamorfismo regional. favorecendo a geração de textura com grãos minerais quebrados em grãos menores (sub-grãos). teores menores mas que devem ser realçados tanto para a caracterização mineralógico-petrográfica quanto química e que podem ter implicações genéticas.. FILONITO . rotacionados.Petrologia metamórfica . Muitas das rochas citadas atrás são de metamorfismo vsites. as rochas de metamorfismo regional são as mais importantes nas áreas continentais.(to mill= moer) . ocorrem componentes minerais como clorita. a percentagem menor (10-50%) e maior (>90%) de matriz quebrada/triturada da rocha.. muitas vezes poiquiloblástica e que ocorre nos contatos metamorfizados por intrusões que ascenderam muito quentes. sericita. sem orientação preferencial. e com crescimento metamórfico muito limitado ou inexistente. Entretanto. 3. stishovita.htm 7/20 .. A formação de cataclasito ou milonito é comandada pelas propriedades reológicas da rocha que varia.. que sofreram deformação dúctil. ficando estirados e achatados muitas vezes definindo uma foliação milonítica. textura fina e de grãos engranzados. mullita e vidro. o seu uso retrata. em grande parte.rocha cálcio-silicática que sofreu metamorfismo e/ou metassomatismo de contato. BLASTOMILONITO -rocha polimetamórfica que já foi um milonito mas que hoje encontra-se. TACTITO ou SKARNITO . Manfredo Winge Não há regra rígida no uso destes termos que sucedem o nome principal da rocha.rocha com grãos triturados (ver Fotomicrografia) mas.rocha com aspecto/textura de chifre. com a menor ou maior pressão de H2O (A rocha anidra é geralmente mais quebradiça).rocha de metamorfismo dinâmico ou cataclástico em que os componentes minerais tiveram comportamento (reologia) predominantemente rúptil ou quebradiço durante a ação metamórfica.unb. seja por metamorfismo de contato. diferentemente do cataclasito. como o próprio nome diz.filonito é um milonito estrutural e mineralogicamente semelhante a filito do metamorfismo regional MILONITO . Rochas que sofreram metamorfismo dinâmico CATACLASITO .. charnockito. Existem termos específicos (ver glossário) para algumas fácies. 4. Exemplos: metabasalto.. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM 4. Uso do prefixo META (indicação do protólito) Quando se tem certeza da rocha de origem.unb. meta-arenito.. Uso dos prefixos ORTO e PARA Os prefixos ORTO e PARA antecedem o termo base que identifica a rocha metamórfica (Ex. gabro anfibolitizado. 4. usa-se indicar o nome da rocha original sucedido por termos que indicam a rocha metamórfica atual.a rocha original é sedimentar (Voltar ao Indice geral) PETROGRAFIA DE ROCHAS METAMÓRFICAS DESCRIÇÃO DE AMOSTRAS vsites.rocha de alto grau metamórfico cuja designação é a mesma da fácies metamórfica regional de alta temperatura. orto-anfibolito.g. maciças a foliadas. pode-se usar o prefixo META para designar a rocha metamórfica. metavulcanito. Uso do nome do protólito com sufixo indicativo da rocha metamórfica Alem do prefixo meta.htm 8/20 . muitas vezes devido ao fato de que o metamorfismo não foi pervasivo ou foi parcial na rocha. A classificação da rocha exige a sua caracterização composicional (Ex. Este critério de designação é muito comum em terrenos anquimetamórficos ou de baixo grau onde as rochas originais estão mais bem preservadas.: granulito ácido. metagranito. enderbito.g.. granulação variável de muito fina (leptinitos. por exemplo) até muito grossa (alguns charnockitos. Estas designações implicam em reconhecimento seguro do protólito. metachert.Petrologia metamórfica . hipabissal ou vulcânica para . elevado grau geotérmico (T/P) e condições anidras (Pcarga>>>PH2O). granulito diorítico.) e o uso deles implica em uma identificação genética segura da rocha de origem com o seguinte critério: orto .. São rochas granoblásticas.br/ig/cursos/met1/index.06/08/12 UnB:IG . metassedimento. plutônica. Ex: granito gnaisseficado.a rocha original é ígnea. Manfredo Winge regional ou dínamo-termal.1. para-gnaisse. Uma série típica de evolução de graus mais baixos para mais altos neste tipo de metamorfismo é a das rochas pelíticas conforme indicada abaixo: ardósia =>filito => xisto => ganisse =>migmatito ou granulito ácido GRANULITO . como leptinito.3. metapelito.Notas de aula do Prof. metassiltito. granulito ultramáfico.2. por exemplo) 4. Observar que o uso do prefixo meta não caracteriza o grau nem a textura e estrutura metamórficos da rocha. Manfredo Winge A descrição de amostras. uma lista de uso mais universal. dureza... clivagem.. lineação mineralógica. mesmo que grosseira. clorita com xistosidade Sn paralela às bandas. Exemplos de descrição: a-Xisto de coloração prateada com excelente xistosidade microcrenulada. As figuras abaixo representam variações percentuais de contraste entre minerais escuros e claros. a cor da rocha fresca e de porções alteradas. Bandas milimétricas de quartzo/muscovita (segregação metamórfica?. a descrição pode se tornar incompreensível para outros e até para o próprio autor passados alguns anos. S3. poucas palavras situando a amostra são suficientes (Ex.unb.htm 9/20 . amostra de banda quartzo-feldspática de migmatito flebítico coletada em charneira de antiforme decimétrica. Reporte-se ao formulário sugerido para descrição de amostras e lâminas delgadas de rochas metamórficas: DADOS DE LOCALIZAÇÃO EM AFLORAMENTO E MACROSCOPIA Elementos de informação de campo.. se couber. a granulação dos minerais ou de agregados minerais.. boudins. S2. diminuindo o esforço de escrita e o espaço usado para a descrição. suas propriedades óticas e outras informaçòes relevantes devem ser fornecidas na ficha de análise petrográfica.anfibólio-plagioclásica verde clara a creme que apresenta bandamento milimétrico a centimétrico inconspícuo COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA COM PERCENTAGEM ESTIMADA Devem ser relacionados todos os minerais identificados. se definirem o relacionamento cronológico entre elas o que deve ser descrito/desenhado já neste tópico em termos de macroscopia. L2. Desenhos esquemáticos -sempre com escala (mesmo que aproximada).. É frequente nas descrições de lâminas delgadas ou de seções polidas a utilização de abreviaturas ou de frases "telegráficas".06/08/12 UnB:IG . y. de preferência. (Não se faz geologia de campo sem petrografia e vice versa). e L1. Associadamente. devem ser caracterizados os minerais e sua distribuição na amostra. é interessante que se tenha uma mesma lista de abreviaturas para toda a equipe do projeto de pesquisa ou.facilitam a visualização do que está sendo descrito. evitando-se têrmos rebuscados. A sensibilidade apreciativa de um petrógrafo aumenta com a prática.Notas de aula do Prof. anômalos que possam ser identificados. L3. penetrativas e não-penetrativas estabelecendo a cronologia em S1. assim como a descrição de afloramentos. da amostra coletada podem se revelar muito úteis para o próprio estudo petrológico e para quem for utilizar a análise petrográfica posteriormente. Quando não se consegue identificar um ou mais minerais pode ser atribuido um apelido temporário (mineral x. Para superar este problema.) Na descrição macroscópica das amostras devem ser.. posição estrutural/estratigráfica.. Normalmente. Em casos especiais deve ser feita contagem de pontos ou outra mais precisa. O uso de frases curtas facilita a tarefa de descrição de amostras. e seu significado físico como xistosidade. estratificação S0?) alternam-se com bandas mais micáceas a stilpnomelano (microssonda). as dimensões de elementos estruturais como bandas.z. bandas.) até a sua identificação e as sua localização na lâmina. vsites.. b-Rocha maciça de granulação fina. visto que esta percentagem dá uma idéia da composição da rocha e da importância relativa de cada mineral. sempre com uma estimativa de percentagem volumétrica. enfatizadas as estruturas e texturas visíveis a olho nu e a lupa de bolso e como ocorrem.. deve ser simples e clara. Anfibólios milimétricos levemente orientados concentram-se segundo lineação mal definida dentro de massa diopsídio. densidade. Em contrapartida.br/ig/cursos/met1/index. Caracterizar as descontinuidades (S e L). lentes. brilho. como relações com outros litofácies no mesmo afloramento ou próximo.Petrologia metamórfica . e.. lineação de estiramento. principalmente. convém relacionar o mineral alterado e sua alteração juntos.htm 10/20 . desenhadas de forma vsites. no verso. conforme os exemplos a seguir: Plagioclásio saussuritizado = 10% Plagioclásio fresco (andesina) = 30% Cordierita (?) totalmente pinitizada = 8% TEXTURA (DESCRIÇÃO GERAL) E VARIAÇÕES TEXTURAIS A textura e as variações texturais da rocha conforme identificadas na lâmina (por vezes com apoio da macroscopia) devem ser registradas de forma sintética e.06/08/12 UnB:IG .br/ig/cursos/met1/index.Petrologia metamórfica . Manfredo Winge Quando um mineral é alterado em outro(s).unb.Notas de aula do Prof. Petrologia metamórfica . poiquiloblásticas. com idéia de escala.. de alteração. por exemplo). Indicar qual mineral engloba qual e se os contatos são serrilhados. Evitar a mera relação das propriedades óticas normais e esperadas do mineral em descrição ("quartzo apresenta-se uniaxial".htm 11/20 . -processos de alteração e de reação. as zonações. indicar possíveis ou mais prováveis protólitos. em baía.) -propriedades óticas anômalas que o mineral porventura apresenta. as estruturas intragranulares e suas relações com outros minerais (simplectíticas. a evolução petrogenética da rocha em estudo SEQUÊNCIA CRONOLÓGICA DE EVENTOS Já como uma conclusão dos estudos das feições macro e microscópicas da amostra (inclusive as registradas em afloramento). retilíneos. consequentemente. Aspectos mineralógico-texturais inter e intragranulares e a inter-relação entre os diversos minerais são detalhados e desenhados neste tópico. sin ou póstectônico). Contatos retilíneos com junções poliedrais tríplices em 120o e localmente serrilhados. Entre outros aspectos.. muitas vezes. Exemplos de descrição textural: a-Textura granoblástica média bimodal submilimétrica (diopsídio) a milimétrica (plagioclásio).. Note-se que é a partir destas observações detalhadas é que poderão ser estabelecidas as sequências de cristalização ou as paragêneses minerais "congeladas" na rocha e. -veios.Notas de aula do Prof.. bem como a relação delas com eventos geológicos.. Manfredo Winge esquemática. Porfiroblastos poiquiloblásticos milimétricos de granada e estaurolita dispersos e cortando a foliação OBSERVAÇÕES MICROSCÓPICAS DESCREVENDO OS DIVERSOS MINERAIS Sob este ítem devem ser descritos detalhadamente os diversos minerais que apresentam importância para o estudo petrológico da rocha. -relações texturais de grãos do mesmo mineral (como junções tríplices de recristalização "recuperação". crescimento estático 4-biotita pós-granada (bordas e fraturas) e mimética sobre clorita (?) da S1 e também em porfiroblastos 5-cloritização localizada (clorita II) sobre granada e biotita (clorita com agulhas de rutilo) PROTÓLITO Nem sempre é possível identificar a rocha original que foi metamorfizada (geralmente por falta de elementos de campo). a maior ou menor euedria do mineral. como por exemplo: vsites. para permitir uma imediata visualização do arranjo dos grãos minerais da amostra. descever neste ítem: -a distribuição do mineral na rocha com as suas variações dimensionais (em bandas. essas feições devem ser listadas sinteticamente da mais antiga para a mais jovem.06/08/12 UnB:IG . envolvendo grãos maiores. Entretanto.. -fase ou fases de cristalização a qual se relaciona o mineral e aspectos inerentes (pré.unb. de maneira a fornecer um quadro sumário da petrogênese. vênulas.de subgrãos cataclásticos do mesmo cristal) e com grãos de outros minerais. Exemplo de descrição sintética da sequência de eventos: 1-bandas e xistosidade paralelas à estratificação: S1//S0 (?) 2-crenulação e clivagem (S2): lineação L2 (muscovita estirada) 3-granada pós-tectônica (Si=Se crenuladas com a mesma intensidade) em porfiroblastos. a associação de rochas no campo e a associação mineral identificada em lâmina permitem. b-Textura nematoblástica fina a média. em gradações. Anfibólios levemente poiquiloblásticos c-Bandas micáceas lepidoblásticas submilimétricas alternadas com bandas quartzofeldspáticas granoblásticas milimétricas em conjunto crenulado.). Detalhes texturais próprios de uma ou outra espécie mineral e que não tenham alcance ou significado geral são melhor descritas junto as Observações microscópicas descrevendo os diversos minerais (a seguir).br/ig/cursos/met1/index. indicando-se os minerais reactantes e os minerais produtos. com ou sem pseudomorfose. . retratá-lo de maneira sintética com relevância para os eventos que mais afetaram a amostra. e feições texturais entre grãos ou cristais.Petrologia metamórfica . inclusões. principalmente. sofreram mais de um metamorfismo.tufo andesítico? FÁCIES METAMÓRFICO Indicar o grau metamórfico maior e o tipo de metamorfismo sofrido pela rocha. até a escala de afloramento).br/ig/cursos/met1/index. ou seja. disposição. como tipos de contatos entre grãos e padrões. Entre parênteses. Cada processo metamórfico tende a modificar e até destruir ou apagar as texturas e estruturas de etapas anteriores.unb.calcário dolomítico silicoso? -Rocha original: grauvaca? . Exemplos: -Fácies metamórfico: epidoto anfibolito de baixa pressão -Fácies metamórfico: granulito com parcial retrometamorfismo: (1) para anfibolito e (2) para xisto verde -Fácies metamórfico: anfibolito totalmente retrometamorfizado para xisto verde (filonitização em zona de falha) CLASSIFICAÇÃO Indicar o nome mais indicado que classifique a rocha. A escala de estudo das texturas é. 6. 4. feições texturais internas de um grão ou cristal. CONCEITOS A TEXTURA de uma rocha é determinada pelo tamanho. como zonação. 2. O estudo destes vestígios pode permitir se determinar. O estudo e interpretação da textura de uma rocha envolve níveis de abordagem distintos. em vsites. 5. A escala de estudos das estruturas é. Estes conceitos têm limites variáveis e. pode-se apresentar classificação complementar.Notas de aula do Prof. 3. preferencialmente. macroscópica (desde escala de amostra de mão. como será visto. A ESTRUTURA de uma rocha é determinada pela organização de homogeneidades e de heterogeneidades texturais e/ou composicionais definidas na escala de estudos. Exemplos: -Biotita quartzo anfibolito (meta-andesito) -Granada-estaurolita micaxisto grafitoso(meta-pelito) -Meta-basalto (basalto com uralitização total e saussuritização parcial) (Voltar ao Indice Geral) TEXTURAS E ESTRUTURAS DE ROCHAS METAMÓRFICAS 1. contatos e arranjo ou organização de seus componentes minerais.06/08/12 UnB:IG .htm 12/20 . 7.. forma. texturas e estruturas da rocha são feições interdependentes. Em caso de polimetamorfismo. mas inter-relacionados: elementos texturais intra-granulares e intergranulares. CONCEITOS CLASSIFICAÇÃO DE TEXTURAS E ESTRUTURAS COM RELAÇÃO AO EVENTO METAMÓRFICO TEXTURAS E ESTRUTURAS METAMÓRFICAS E A REOLOGIA DAS ROCHAS ABRANGÊNCIA/EXTENSÃO DAS TEXTURAS E ESTRUTURAS METAMÓRFICAS TEXTURAS E ESTRUTURAS METAMÓRFICAS E ORIENTAÇÃO PREFERENCIAL TIPOS DE ESTRUTURAS TIPOS DE TEXTURAS ANÁLISE DE ESTRUTURAS/TEXTURAS METAMÓRFICAS 1. Manfredo Winge -Rocha original: ultramáfica? . lembrando que na lista de eventos já deveriam ter sido detalhadas todas as fases de metamorfismo. exsoluções. 8. ou seja. de organização dos compontentes minerais associados. também chamada escala mesoscópica. em tamanhos e formas. Muitas regiões do globo terrestre são polimetamorfizadas. microscópica. . da composição da rocha. Observação: tem sido muito utilizado o termo FÁBRICA para designar textura ou estrutura..(c/ agradecimentos ao Prof. de seus componentes minerais e dos fluidos metamórficos inter e intragranulares. porém.. aplitóide. P_dirigida. 2. quebramentos. T). sempre. uma rocha muito grossa como um granito facoidal. é a MIMÉTICA que corresponde a uma copia ou pseudomorfose de estrutura ou de textura pré-existente. por outro lado. por exemplo. como. P_fluidos. moagem. anteriores ao metamorfismo. Na realidade.. enquanto que. muito importante na análise da evolução metamórfica. CLASSIFICAÇÃO DE TEXTURAS E ESTRUTURAS COM RELAÇÃO AO EVENTO METAMÓRFICO Com relação a um evento metamórfico.htm 13/20 . de fase pós-tectônica. Ver fotomicrografia cristalizações e recristalizações metamórficas levando ao CRESCIMENTO ou BLASTESE (grego: blasto=brotar) dos minerais metamórficos. posteriores as fases e eventos de metamorfismo. apresentando-se. ou seja. então.06/08/12 UnB:IG . grãos minerais ao quebrarem sofrem recristalizações em grau variável para fases minerais estáveis nessas novas condições de P. Desta forma. herdadas. bem fino. por um lado. 3.unb. devido à cominuição (moagem) dos grãos sob forte pressão dirigida do metamorfismo dinâmico "a seco". moagem de grãos próximos a falhas e desenvolvida em etapas posteriores ao evento de metamorfismo . ESTRUTURA. remanescentes. levando à CATACLASE COM DIMINUIÇÃO E DEFORMAÇÃO dos grãos minerais. o que terá como consequência imediata a decifração da evolução da Terra na região de estudo. que uma rocha originalmente muito fina como um pelito. a evolução das texturas e estruturas metamórficas ocorre segundo DUAS TENDÊNCIAS PRINCIPAIS (CATACLASE e BLASTESE) que se contrapõem: trituração.) que deve ser abandonado. A base ou alicerce de tais pesquisas de evolução da rocha metamórfica é. pode copiar ou imitar essa xistosidade mesmo crescendo em ambiente estático. biotita crescendo sobre um suporte de clorita orientada em uma xistosidade. qual foi a rocha original. com base em estudos sistematizados. SUPERIMPOSTAS: são todas aquelas feições geradas após o evento de metamorfismo que está sendo considerado como.. textura ofítica. CO2 e outros componentes químicos no sistema rocha/minerais ao longo desta sucessão de eventos. Trata-se . a entrada ou saída de H2O. quais foram os eventos que transformaram esta rocha e. T e stress. Manfredo Winge certos casos com bastante segurança.br/ig/cursos/met1/index. uma segunda xistosidade. as feições texturais e estruturais de uma rocha metamórfica podem ser classificadas em: RELIQUIARES. Nilson).. textura porfirítica e que ficaram preservadas na rocha apesar das transformações metamórficas. TIPOMORFAS: são geradas com o evento de metamorfismo que está sendo analisado. como um vsites. veios de quartzo cortando a rocha. pode acontecer. por exemplo. Ariplínio A. dê origem a um cataclasito. quais foram as condições de pressão e temperatura. TEXTURAS E ESTRUTURAS METAMÓRFICAS E A REOLOGIA DAS ROCHAS Na dependência da intensidade e do tempo de atuação de cada um dos fatores de metamorfismo (P_litostática. um cuidadoso estudo petrográfico de texturas e estruturas com desenhos esquemáticos e anotações precisas das relações entre os diferentes minerais. dê origem a um gnaisse ou a um granulito grosso com minerais que podem atingir a escala centimétrica com o metamorfismo regional. com cristais centimétricos. relicta ou palimpsetos: são próprias da rocha original. PÓS-METAMÓRFICAS: são as estruturas ou texturas SUPERIMPOSTAS. MIMÉTICAS: um tipo especial de textura ou estrutura superimposta. de um anglicismo mal traduzido (FABRIC =TECIDO. e decorrentes de processos não-metamórficos.Petrologia metamórfica . alterações minerais diversas. por exemplo: acamamento ígneo ou sedimentar.Notas de aula do Prof. ARRANJO. Por exemplo. unb..Petrologia metamórfica .br/ig/cursos/met1/index. estiramento de seixos. minerais metamórficos. Por exemplo: uma clivagem com espaçamento milimétrico pode ser entendida como penetrativa na escala de afloramento mas não na da lâmina delgada. prismáticos ou aciculares. como. influenciando o desenvolvimento de texturas diversas nas mesmas condições de P e T conforme os minerais que sofreram o esforço de deformação. são classificadas em PENETRATIVAS e NÃO-PENETRATIVAS: PENETRATIVAS. quanto à EXTENSÃO atingida. variações composicionais e/ou granulométricas em bandas paralelas originadas ou modificadas por processos de deformação metamórfica. 4. A rocha. reage às tensões aplicadas segundo duas tendências de deformação: de RÚPTIL a DÚCTIL com todas as gradações intermediárias. esta última pode se apresentar deformada em fitas ou foliada (mais dútil) ao lado da pirita em cristais com pouca deformação ou mostrando quebramentos por ter reologia distinta (mais rúptil) da galena nas mesmas condições termodinâmicas.06/08/12 UnB:IG . "pellets". Foliações e lineações metamórficas podem coexistir em uma mesma amostra. em um minério a base de pirita e galena. Por exemplo. xistosidade. seixos. Manfredo Winge agregado de sub-grãos do mineral original com contatos geralmente serrilhados entre si. seja o metamorfismo ligado ao dobramento de cadeias de vsites. comprimidos e achatados paralelamente. xistosidade. Lineação metamórfica: corresponde a uma estrutura metamórfica que se caracteriza por apresentar orientação preferencial segundo "linhas" paralelas como: eixos de microdobras.htm 14/20 . PERVASIVAS ou NÃO-DISCRETAS. Tanto a foliação quanto a lineação metamórfica são consequência de pressões dirigidas que atuaram durante o metamorfismo. quando ocorrem em todas as partes da rocha. arranjo preferencial de minerais tabulares ou prismáticos dispostos segundo planos paralelos. dispostos sub-paralelamente. como um todo. partes da rocha não apresenta a estrutura. TEXTURAS E ESTRUTURAS METAMÓRFICAS E ORIENTAÇÃO PREFERENCIAL As estruturas metamórficas. também. Este comportamento varia. são classificadas em: SEM ORIENTAÇÃO PREFERENCIAL OU ISÓTROPA COM ORIENTAÇÃO PREFERENCIAL e que pode ser: PLANAR (Ex: clivagem.. minerais. (Ver foto). como. seixos ou outros componentes litológicos reliquiares ou pré-tectônicos estirados segundo uma direção linear preferencial.. por exemplo. entre os componentes minerais ou litológicos da mesma rocha que apresentam graus diferentes de ductilidade. por exemplo. depende da escala de análise da estrutura. O comportamento rúptil é aquele em que a rocha apresenta-se rígida ou quebradiça e o comportamento dúctil é caracterizado por estiramentos e deformações plásticas (ductilidade=refere-se a propriedade do material ser estirado em fios sem romper). concreções. eixos de crenulação.) As estruturas metamórficas com orientação preferencial são de dois tipos principais: Foliação metamórfica: é um termo genérico que indica estrutura metamórfica planar em "folhas" como: planos paralelos de fissilidade. NÃO-PENETRATIVAS. quanto à DISPOSIÇÃO GEOMÉTRICA. clivagem ardosiana. NÃO-PERVASIVAS ou DISCRETAS. além de apresentar um certo grau de subjetividade.Notas de aula do Prof. ABRANGÊNCIA/EXTENSÃO DAS TEXTURAS E ESTRUTURAS METAMÓRFICAS As estruturas metamórficas. clivagem de crenulação que ocorre espaçada milimétrica a centimetricamente entre porções da rocha (microlitons) que não a contem. bombas e outros fragmentos vulcânicos. 5. bandamento) LINEAR (Ex: lineação mineral.. Este conceito. orientação preferencial de componentes originais da rocha como oólitos. Petrologia metamórfica .htm 15/20 . seja durante o metamorfismo relacionado aos falhamentos e quebramento de rochas ao longo de zonas de falha (metamorfismo cataclástico ou dinâmico). xenólitos. com as deformações plásticas: a foliação tende a ser paralela ao plano axial (contém os eixos b e c de média e de mínima deformação do elipsóide de deformação). geralmente milimétricas a centimétricas... tende a ser perpendicular ao eixo a de máxima deformação e a lineação tende a ser paralela às charneiras das dobras que se formaram sob o mesmo esforço metamórfico (paralelamente ao eixo "b" do elipsóide de deformação). Deve ser observado que muitas rochas metamórficas granoblásticas. ou seja. à luz polarizada do microscópio entretanto. são geralmente isótropas. anterior ao metamorfismo como estratificação sedimentar ou estratificação ígnea e 2) metamórfica por processo de segregação metamórfica.Notas de aula do Prof. raramente apresentando orientação preferencial. TIPOS DE ESTRUTURAS Xistosidade . podem revelar. relaciona-se com metamorfismo de baixo grau de rochas pelíticas ou tufáceas principalmente Clivagem de crenulação ("Strain Slip Cleavage"): estrutura metamórfica. Bandamento ("layering"): é uma foliação em bandas.. 6. Esta orientação preferencial relaciona-se diretamente. Componentes pré-metamórficos estirados: seixos. Obs. por exemplo) com orientação preferencial definida pelos seus eixos cristalográficos. sem orientação preferencial visível macroscopicamente (grãos equidimensionais). metaultramáficas entre outras rochas de metamorfismo regional podem. etc. se apresentar sem orientação preferencial. granulitos. passa a ser uma xistosidade. se os planos apresentam-se muito cerrados. piroxênio.. a clivagem de crenulação passa a ardosiana ou. planar. eclogitos. componentes minerais (quartzo. oólitos.corresponde a estrutura penetrativa de minerais recristalizados segundo orientação preferencial em planos e/ou linhas (xistosidade planar e/ou linear). apresenta foliação e/ou lineação metamórfica. que se desenvolve em rochas incompetentes ou pouco plásticas ao esforço deformatório na forma de planos de descontinuidade física (físseis) e/ou de recristalização preferencial de minerais metamórficos e que se espaçam entre si em até 2cm no máximo paralela ou subparalelamente aos planos axiais de dobras micro (Ver Foto) a mesoscópicas de crenulação. Por outro lado. estirados segundo o eixo "b"das dobras originando-se uma lineação metamórfica de deformação vsites. A segregação ou diferenciação metamórfica é um processo comum na formação de gnaisses dando origem ao conhecido bandamento gnáissico ("gnaissosidade"). O têrmo xistosidade é mais usado para xistosidade planar.br/ig/cursos/met1/index. mas ocorre também em diversas outras rochas metamórficas (xistos. Lineação mineralógica . Clivagem ardosiana: corresponde a uma "protoxistosidade" decorrente de fraca recristalização metamórfica acompanhada de rotação e quebramento de minerais pré-metamórficos segundo planos penetrativos.. o têrmo foliação (uso genérico) é mais aplicável. são . A sua origem pode ser: 1) reliquiar.) segundo "linhas". como os hornfelses. excepcionalmente. Assim. se houver intensa recristalização... não penetrativa.unb. anfibolitos.06/08/12 UnB:IG . sobressaindo a ocorrência de minerais que tendem a ser equidimensionais como feldspatos. O distanciamento dos planos de clivagem a mais de 2 cm leva a classificar-los de fraturas ou sistema de fraturas. Manfredo Winge montanha (metamorfismo regional ou dínamo termal).é a estrutura definida pela orientação preferencial de minerais metamórficos (exemplo: anfibólios) ou de concentrações minerais (exemplo: biotita. a maior parte das rochas transformadas por metamorfismo regional ou cataclástico. frequentemente. Entretanto. em uma estrutura penetrativa e com pouca recristalização.: quando a xistosidade torna-se mal definida devido a inexistência ou pequena ocorrência de minerais filitosos ou prismáticos. quartzo. de variação composicional e/ou granulométrica/textural da rocha. ou seja. eclogitos.). Já as rochas de metamorfismo de contato (termal). Assim.htm 16/20 . trata-se de uma textura na qual o arranjo dos minerais se dá na forma de grãos que tendem a ser equidimensionais. indicando estar relacionado com rocha metamórfica. muitas vezes. Colunas ("mullions"): são elementos lineares decimétricos a métricos formados nas charneiras de dobras por corrugação dos estratos ou bandas e geralmente acompanhados por segregação metamórfica produzindo barras associadas. As principais texturas associadas com a blastese metamórfica são as seguintes: GRANOBLÁSTICA: como o nome indica.2. a lineação decorrente da interseção será curva ao invés de veta. Ver fotomicrografias de blastomicrogabro com textura blasto-diabásica e de blasto-microdiorito com textura blasto-porfirítica. sul de Patos.br/ig/cursos/met1/index. também. além das lineações bem evidentes. São comuns em xistos onde se confundem. pré-metamórficas. TIPOS DE TEXTURAS 7.. simétricos ("chevron") ou assimétricos. Manfredo Winge Barras ("rods"): são elementos lineares milimétricos a decimétricos de material diferenciado por segregação metamórfica (principalmente quartzo) em charneiras de dobras. Eixos de crenulação: charneiras de microdobras milimétricas a centimétricas constituem lineações marcantes em rochas xistosas. com seixos de quartzo estirado.PB) Kinks ou Knicks: são crenulações que apresentam limbos em ângulos ou em joelho (sem arredondamento nas charneiras). -um arenito metamorfizado no qual ainda se reconhecem os grãos detríticos. de xistosidades entre si ou de xistosidade com acamadamento etc. etc. recebem o prefixo BLASTO. Um pacote de xistos crenulados em "Kinks". Texturas reliquiares As texturas originais. 7. cujos componentes principais são o quartzo e feldspatos que mostram esta tendência equidimensional. podem apresentar planos de justaposição dos flancos formando bandas (kink bands) que são subparalelas aos planos axiais dos "Kinks". Dispõem-se. Rocha que frequentemente apresenta textura granoblástica é o gnaisse. vsites.1. será dito ter textura BLASTO-OFÍTICA. quando puderem ser identificadas nas rochas metamórficas.06/08/12 UnB:IG . produz líneação(ões) de interseção. 7. representando fisicamente a direção de estiramento dos componentes mineralógicos ou litológicos Intersecão de planos: a interseção de planos de clivagem entre si. mesmo que o plagioclásio e o piroxênio estejam metamorifcamente alterados. terá uma textura BLASTO-PSAMÍTICA.Petrologia metamórfica . Indicam também o eixo "b" das dobras da deformação metamórfica sob a qual se formaram. Caso o plano mais antigo for deformado para uma superfície curva. como os anfibólios. a sillimanita. Os micaxistos são rochas com textura geralmente lepidoblástica. (Ver foto: xistosidade crenulada em Xisto do Grupo Cachoeirinha. Texturas tipomorfas As texturas relacionadas com cristalização ou recristalização metamórfica recebem a terminação BLÁSTICA para significar que se originaram com o metamorfismo estudado. dispondo-se sub-paralelamente.. por exemplo: -um metagabro com textura ofítica ainda reconhecível.(Ver foto1 e foto2) NEMATOBLÁSTICA (nemato=vermes): os minerais que definem esta textura são os que apresentam hábito alongado. Anfibolitos e anfibólioxistos são rochas que apresentam frequentemente textura nematoblástica. (Fotomicrografia) LEPIDOBLÁSTICA: textura definida por minerais lamelares como as micas e as cloritas dispondo-se sub-paralelamente.paralelamente ao "b" de deformação. prismático ou acicular. de plano de clivagem com xistosidade.Notas de aula do Prof.unb. exige conhecimento e entendimento multidisciplinar porque não se estudam texturas e estruturas de rochas metamórficas sem se conhecer. não são equidimensionais PORFIROBLÁSTICA: quando uma ou mais espécies cristalinas tendem a se desenvolver por crescimento metamórfico com dimensões significativamente maiores do que às da matriz. analisadas e interpretadas na região. A análise e interpretação de texturas e estruturas metamórficas. As texturas CATACLÁSTICAS e MILONÍTICAS (ver Fotomicrografia) são designadas. orientando-se em planos ou linhas.(foto 1. analisar e interpretar as texturas e estruturas das rochas metamórficas. tambem. 8. Assim. em graus menores de cataclase: os grãos minerais.unb. MORTAR TEXTURE ou EM ARGAMASSA é uma textura cataclástica que se desenvolve. A evolução desta textura pode vir a ser uma textura porfiroclástica a medida em que a matriz triturada aumenta percentualmente deixando em destaque grãos maiores. diferente da granoblástica porque os minerais placosos ou aciculares (micas. além desta abrangência geográfica.3. sejam herdadas. geralmente. pelo grau de quebramento e/ou moagem de seus componentes. mesmo. uma textura ultracataclástica mostra mais de 90% de seus componentes finamente quebrados e triturados. mais do que o estudo de um afloramento. por exemplo. respectivamente. tipomorfas ou pós-metamórficas. muitas vezes. por isto. geralmente. para termos segurança de nossos estudos. consistentemente com o nome que é atribuido a rocha. foto2). com comportamento rúptil. Rochas essencialmente quartzo-feldspáticas com poucos minerais micaceos ou filitosos comumente desenvolvem texturas cataclásticas. anfibólios. quebram e trituram-se preferencialmente em suas bordas resultando em subgrãos. significativamente. 7.Notas de aula do Prof. minerais com comportamento dúctil ou plástico. recebendo o prefixo PROTO e ULTRA. a mostrar pouca orientação. temos que ter uma boa base de cartografia geológica e correlação de estruturas e texturas observadas. Manfredo Winge DIABLÁSTICA (di=duplicidade): textura sem orientação preferencial. é tarefa que. Texturas cataclásticas As texturas com indicios de quebramentos e deformações dos grãos recebem a designação de CATACLÁSTICAS ou de MILONÍTICAS: CATACLÁSTICA: o comportamento rúptil ou quebradiço dos minerais ao metamorfismo dinâmico é proeminente e. tensionados uns contra os outros. a rocha tende . ou seja. ANÁLISE DE ESTRUTURAS/TEXTURAS METAMÓRFICAS Introdução O estudo de uma lâmina delgada de rocha metamórfica pode nos permitir estabelecer uma sucessão de eventos da história geológica local. a textura recebe o nome de porfiroclástica e esses minerais em destaque são designados de PORFIROCLASTOS.br/ig/cursos/met1/index.Petrologia metamórfica .htm 17/20 . MILONÍTICA: textura decorrente de metamorfismo dinâmico ou de falha em rocha que apresenta. entre outras: vsites.06/08/12 UnB:IG . a textura recebe o nome de porfiroblástica em analogia com a matriz porfirítica das rochas ígneas. dinamicamente recristalizados. PORFIROCLÁSTICA: quando alguns minerais que resistem mais as deformações ficam em destaque entre a massa cataclástica mais finamente moida ou milonitica fina. para percentagem menor (10-50%) e maior (>90%) de matriz quebrada/triturada da rocha. muito pequenos. epidotos ou outros) que definem esta textura não formam grãos. porfiroclastos. Entretanto. rodeando os grãos maiores remanescentes do quebramento (lembra uma mistura concretada de argamassa). envolve mais do que o estudo de uma amostra e sua lâmina delgada ou seção polida e. químicos (processos metassomáticos) e sua correlação com processos e ambiente geológico... Barrow. 3rd. 2. Condie. (4) quais os processos de reações químico/mineralógicos envolvidos. Alguns aspectos e etapas referentes ao assunto serão apresentadas a seguir: 1. 23:274-290.. 1893. ígneas ou sedimentares. Quarterly Journal of the Geological Society of London. Pdirigida. procurando-se determinar a rocha original e sua provável ambiência geotectônica e as etapas transformantes..Definição das superfícies e lineações metamórficas Macroscopicamente são definidas as estruturas de superficies metamórficas (S) e lineações (L) metamórficas. On an intrusion of muscovite-biotite gneiss in the southeastern Highlands of Scotland and its accompanying metamorphism.P. Plate tectonics & crustal evolution... Assim.C.. Assim.. em níveis locais. On mineral facies.htm 18/20 . T). tal tipo de estudos é um quebra-cabeças onde as peças que vão se encaixando durante a pesquisa correspondem a eventos que devem ser correlacionados.06/08/12 UnB:IG . 49:330-358.DESCRIÇÃO DE AMOSTRAS. Geol.Estudo e análise preliminar da mineralogia e das estruturas Já em afloramento a amostra deve ser selecionada por mostrar mineralogia interessante e/ou estruturas típicas ou especiais devendo ser examinada com um entendimento "tridimensional".. Geol. considerando-se fatores composicionais da rocha e dos fluidos durante os processos de transformação. Eskola. 1982. On the geology of lower Dee-side and the southern Highland Border.Notas de aula do Prof.. Edition.H. (3) qual a geologia estrutural da região. analisada desde o nível macro até micro.br/ig/cursos/met1/index.G.G. Pergamon Press. A partir desta análise preliminar é que se tem condições de definir a (s) posição (ões) de corte para a confecção de lâminas delgadas. Pfluidos. química e mineralógica..F_ ren Stockolm F_ rh.. Desenhos esquemáticos são importantes para definir a sucessão . cada uma dessas etapas caracterizada pelos fatores físicos (P. Assoc. 1989. isto porque é comum ocorrer mais de uma estrutura metamórfica (planar e/ou linear). e quais os fatores tectônico/estruturais envolvidos.Freeman Co.. 1929.. W..Petrologia metamórfica . Manfredo Winge (1) quais texturas primordiais.K. que auxilie na interpretação do protólito.. na medida do possível. [Inicio] BIBLIOGRAFIA (a ser complementada) Barrow. Proc.G. por exemplo a escolha de corte perpendicular a xistosidade e aos eixos de crenulações permite analisar o padrão das estruturas dobradas.. vsites.. que possam ter sido deixadas como vestígios ou que possam ter influenciado no desenvolvimento das texturas transformadas. podendo gerar figuras tipicas de interferencia.M.a continuar. Igneous and metamorphic petrology.. 51:157-172..unb.. 1912. Metodologia Vários aspectos metodológicos são abordados no capítulo de PETROGRAFIA . regionais a continentais e em um tempo geocronológico. (2) qual a mais provável composição inicial. Best. E. 1970. Powell. An internally consistent dataset with uncertainties and correlations: 3.. 2nd.A. Mason. Metamorphic Phase Equilibria and Pressure-Temperature-Time Paths. 1960.6:173-204.R.New York: McGraw-Hill.A. Veerhoogen.. Hyndman..).Mich.R. In: Centenaire de la Societé Géologique de Belgique. 1996.Lond. Nicolas.W. Liege:349-360. Turner.W. Nockolds. 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