Tutorial Logisim (COMPLETO E ILUSTRADO)



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MANUAL DELOGISIM Completo e Ilustrado Material Ilustrado 2017 MATERIAL DIDÁTICO EDITORAÇÃO ELETRONICA E ARTE FINAL DA CAPA Diego Oliveira .nmber.890m.com Vitória da Conquista – Bahia – Brasil – 2017 – 1 Sumário 1 LOGISIM 3 1.1 Iniciando o Logisim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 1.1.1 A Barra do Menu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1.1.2 Barra de Ferramentas . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1.1.3 Painel de Exploração . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1.1.4 Área de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 1.2 Construindo um Pequeno Circuito . . . . . . . . . . . . . . 6 2 BIBLIOTECAS 12 2.1 Baixando e Incluindo Bibliotecas . . . . . . . . . . . . . . 14 2.2 Criando Bibliotecas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 3 ANALISE COMBINACIONAL 16 4 LARGURA DE BITS 22 5 CORES DAS CONEXÕES 24 6 COMPONENTES 26 6.1 Distribuidores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 6.2 Memória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 6.2.1 Componente ROM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 6.2.2 RAM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 6.3 Transistor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 7 SIMULANDO CIRCUITOS INTEGRADOS 41 1 LOGISIM O LogiSim (Logica e sim- tuitamente e necessita ape- ulação) é um simulador de nas da instalação do Java em circuitos lógicos planejado sua máquina para funcionar. como ferramenta educa- Ele é um software livre, es- cional para ajudar na apren- crito em Java, e distribuído dizagem do funcionamento sob a GPL (General Public Li- dos circuitos digitais. O pro- cense). grama pode ser baixado gra- 1.1 Iniciando o Logisim A tela inicial do Logisim é bastante simples. Figura 1 - Tela inicial do programa. Sendo composta de ape- de exploração e a área nas quatro áreas, são elas: de trabalho. Veremos cada a barra de menu, a barra uma delas. de ferramentas, o painel 3 1.1.1 A Barra do Menu Na barra de menu temos Ajuda [6]. Uma rápida ol- os seguintes itens: Arquivo hada nesses itens é o sufi- [1], Editar [2], Projeto [3], ciente para entende-los. Simular [4], Janela [5] e 1 2 3 4 6 5 Figura 2 - Barra de menu. 1.1.2 Barra de Ferramentas Na barra de ferramen- ramentas [6] e todos os tas estão os componentes componentes [7] que estão e ferramentas mais comuns nessa barra também podem (e mais utilizados) na con- ser acessados no painel de strução dos circuitos lógicos. exploração. Entretanto, a maioria das fer- 4 6 7 Figura 3 - Painel de Exploração. 1.1.3 Painel de Exploração Aqui é onde estão quase esse painel e a melhor todos os componentes e fer- maneira de conhece-lo e ramentas do Logisim. Con- construindo circuitos. stantemente recorremos a Figura 4 - Painel de Exploração. 5 1.1.4 Área de Trabalho Para utilizar um com- clicar sobre á área de tra- ponente do Logisim é balho. Para excluir um com- necessário que este esteja ponente dentro da área de na área de trabalho. Para trabalho basta clicar so- colocar um componente den- bre ele (seleciona-lo) e em tro desta área basta procura- seguida pressionar a tecla lo no painel de exploração del (delete) no seu teclado. clicar sobre ele e em seguida Figura 5 - Área de Trabalho. 1.2 Construindo um Pequeno Circuito Abra o Logisim e no painel de exploração clique duas vezes na pasta Portas. 6 Figura 6 - Pasta Portas após ser clicada. Em seguida coloque duas portas AND e uma porta XOR na área de trabalho como na imagem a seguir. 7 Figura 7 - Portas AND e XOR na área de trabalho. Clicando na ferramenta lógica é possível fazer a lig- editar (seta negra a es- ação entre os componentes querda na figura 7), e de- na área de trabalho. pois nos pinos de cada porta Figura 8 - As ligações em vermelho representam os fios do circuito no Logisim. Na barra de menu temos mostra que sinal ele é). Na dois componentes chamados prática o pino de saída fun- de pinos. Um deles é o ciona exatamente como um pino de entrada [8] (emite LED. Esses dois pinos tam- o sinal lógico 1 ou 0) e bém estão no painel de ex- outro é o pino de saída ploração. [9] (recebe um sinal lógico e 8 9 Figura 9 - Pinos. Coloque esses pinos na área de trabalho como na imagem a seguir. 8 Figura 10 - Esquema lógico. Colocando qualquer com- Cada componente dentro do ponente na área de trabalho Logisim possui certas pro- irá aparecer a Janela de priedades que podem ser al- Propriedades logo abaixo teradas nesse local. do painel de exploração. Figura 11 - Janela de Propriedades. 9 Selecione cada porta seguida realize a ligação en- lógica e modifique a pro- tre as portas e os pinos como priedade quantidade de na imagem a seguir. entradas para o valor 2. Em Figura 12 - Circuito. Para testar o circuito de uma mão e está no canto recém criado clique na ferra- superior esquerdo do pro- menta Alterar valores do grama. circuito, que possui a forma Figura 13 Em seguida clique nos trada, para certas configu- pinos de entrada. Alterando rações, o pino de saída irá se os valores dos pinos de en- alterar. 10 Figura 14 - Circuito lógico. É sugerido que se forma, tamanho, e muitos olhe atentamente as pro- outros atributos alterados. priedades de todos os ob- Ao passo que outros não pos- jetos na janela de pro- suem mais do que duas pro- priedades. Alguns compo- priedades passíveis de mod- nentes podem ter sua cor, ificação. 11 2 BIBLIOTECAS Cada pasta no painel de exploração é uma biblioteca de com- ponentes do Logisim. Figura 15 - Pastas do painel de exploração. Além da biblioteca Por- funções lógicas mais simples tas, que incluem compo- existe também: nentes que executam as „ Biblioteca de Conexão (Wiring): Guarda componentes que interagem diretamente com os fios. „ Biblioteca de Plexers: Guarda combinações mais com- plexas de componentes, como multiplexadores e de- codificadores. „ Aritmética: Possui componentes que executam oper- ações aritméticas como soma e multiplicação. „ Memória: Componentes que guardam dados, como flip-flops, registradores e memoria RAM e ROM. „ Entrada/Saída: Possui componentes que têm a finali- dade de interagir com o usuário. „ Biblioteca de Base: Apresenta as mesmas ferramen- tas presentes na Toolbar. 12 Além das bibliotecas ap- regar biblioteca, haverá resentadas o Logisim per- três opções: mite a adição de novas através da opção Projeto Biblioteca predefinida; na barra de menu. Para isso, clique no menu Pro- Biblioteca do Logisim; jeto e em seguida em Car- e Biblioteca JAR. Figura 16 - Pastas do painel de exploração. Uma descrição rápida de cada uma dessas opções ocorre a seguir. „ Bibliotecas predefinidas: São aquelas distribuídas com Logisim (já vem no programa) e que foram citadas acima. „ Bibliotecas do Logisim: são projetos construídos por você (ou terceiros), dentro Logisim usando as bibliote- cas predefinidas e salvos em disco. „ Bibliotecas JAR: são bibliotecas desenvolvidas em Java. Na verdade todos os componentes das bibliotecas pre- definidas são desenvolvidas usando o Java. Você tam- bém pode criar seus próprios componentes apesar de quase não existir tutoriais que ensinem como. 13 Também é possível baixar remove-las. Para remover algumas bibliotecas JAR uma biblioteca, clique na feitas por usuários do pro- opção Projeto na barra de grama e hospedadas no site Menu e escolha a opção oficial do Logisim. Outra Descarregar Biblioteca. opção é construir suas próprias (veja capítulo 7) bib- O Logisim irá impedi-lo de liotecas, embora isso exija descarregar bibliotecas que um conhecimento profundo você esteja utilizando no mo- em Java. mento, que apareçam na barra de ferramentas, ou que Além de acrescentar bib- estejam mapeados para um liotecas também é possível botão do mouse. 2.1 Baixando e Incluindo Bibliotecas No link: http://ozark.hendrix.edu/öburch/logisim/links.html é possível fazer o download de quatro bibliotecas para o pro- grama. Se você optar por fazer disponível no painel de ex- o download dessas bibliote- ploração. cas devera perceber que os As bibliotecas incluí- arquivos baixados terão ex- das por você no Logisim tensões .circ e .JAR. Para não ficam definitivamente abrir esses arquivos basta ir gravadas no Logisim, de no menu Projeto depois em modo que se você apagar os Carregar Biblioteca. Em arquivos baixados, move-los seguida deverá localizar a da pasta onde se encontram biblioteca baixada em seu ou simplesmente fechar e computador. abrir o programa, então o Lo- Depois de abertas es- gisim simplesmente não irá sas bibliotecas estarão mais reconhece-las. 14 2.2 Criando Bibliotecas Bibliotecas do Logisim de trabalho do programa e possuem extensão .circ. E salve o projeto com a ex- são simples de serem feitas. tensão .circ. Pronto, a bib- Ao contrário das bibliotecas lioteca já foi criada. com extensão .JAR que são Para usa-la feche e abra escritas na linguagem Java. novamente o Logisim. Vá até Para construir a sua bib- a barra de menu e escolhas lioteca .circ construa o cir- as opções: cuito que deseja ter na área Projeto > Carregar biblioteca > Biblioteca do Logisim Figura 17 e inclua seu arquivo salvo. junto com as demais no Se tudo ocorrer bem será Painel de exploração. possível ver a sua biblioteca 15 3 ANALISE COMBINACIONAL Todo os circuitos digitais tradas anteriores (a sequên- podem ser separados em cia de entradas ao longo do duas categorias bem con- tempo). hecidas: a dos circuitos A categoria de circuitos combinacionais, onde to- combinacionais é a mais das as saídas são combi- simples das duas. E seus nações estritas das entradas usuários costumam usar correntes; ou a dos cir- duas formas de representar cuitos sequenciais, onde estes circuitos: as saídas dependem de en- „ Expressões lógicas (booleanas): que permitem uma representação algébrica de como o circuito funciona; „ Tabela-verdade: que listam todas as combinações pos- síveis das entradas e das saídas correspondentes. O modulo Analise Com- para se criar circuitos. binacional do Logisim per- Para acessar as funcional- mite converter essas três idades do modulo Analise representações, em qual- Combinacional vá até a quer sentido. O que é uma barra de menu e escolha as maneira particularmente útil opções: PROJETO > ANALISAR CIRCUITO A seguinte janela irá aparecer. 16 Figura 18 - Janela de Análise Combinacional. Para entender como usar trada e em seguida clique esta janela experimente con- no botão acrescentar. Com struir um pequeno circuito. isso criamos uma entrada, Por exemplo, crie um circuito que chamamos de A, para o com três entradas (A, B e C) nosso circuito. Repita o pro- e uma única saída (D). cesso criando mais duas en- Para isso na guia entrada tradas B e C. digite A no campo de en- 17 Figura 19 Na guia Saídas repita o mesmo processo criando a saída D. 18 Figura 20 - Criando saída D. Em seguida clique na guia cionamento do circuito. Uma Tabela da Janela Combina- sugestão é seguir a imagem cional e configure o fun- a seguir. Figura 21 - Funcionamento do Circuito. Em seguida dê um nome ao seu circuito e clique em OK. 19 Figura 22 O circuito mínimo com o automaticamente pelo Lo- comportamento descrito na gisim. tabela é então desenhado Figura 23 - Circuito criado. Depois de gerado o cir- não serão retidas na janela, cuito, não haverá uma re- nem mudanças na tabela- lação de continuidade en- verdade serão retidas no cir- tre o circuito e a janela de cuito. Análise Combinacional. Ou seja, mudanças no circuito No exemplo usamos a tabela verdade para con- 20 struir um um circuito, mas pressão booleana, na guia é possível construir circuitos Expressão. também a partir da ex- O Logisim não detecta quiser analisar for realmente circuitos sequenciais: se combinacional. você disser para analisar um circuito sequencial, ele Observações: Se você tentará criar uma tabela- selecionar um circuito na verdade e as correspon- área de trabalho e em dentes expressões lógicas seguida abrir a janela com- (booleanas), mas estas não binacional o circuito sele- indicarão precisamente o cionado aparecerá na forma comportamento do circuito. de expressão booleana (na guia Expressão), na forma Detectar circuitos se- de tabela verdade (na guia quenciais é comprovada- Tabela), e na forma min- mente impossível de ser imizada ou mintermo (na criada por um algoritmo. guia Minimizada). Para en- Como resultado, o sistema tender completamente a de Análise Combinacional janela de analise é sugerido não deverá ser usado in- que se crie alguns circuitos discriminadamente: use-o combinacionais como exercí- somente quando você tiver cio. certeza de que o circuito que 21 4 LARGURA DE BITS Cada componente no Lo- nente). Por exemplo, uma gisim possui uma deter- porta NAND de duas en- minada largura de bits, tradas recebe 1 bit em cada (número de bits que são emi- entrada e emite 1 bit em sua tidos pela saída ou que são saída, nesse caso a largura recebidos por cada compo- de bit dessa porta é um. Figura 24 - Porta NAND com largura de 1 bit. No entanto, usando a cada pino da porta NAND e janela de propriedades é que ela retornasse em sua possível modificar a porta saída também 2 bits. Nesse NAND de modo que pudésse- caso a largura de bits da mos entrar com 2 bits em porta NAND seria 2. Figura 25 - Porta NAND com largura de 2 bits. Cada entrada e saída de maioria das vezes a largura cada componente de um cir- do bit será 1, e não haverá cuito tem uma largura de como mudar isso. bits associada a ela. Na Se um fio conectar dois 22 componentes que exijam laranja. larguras diferentes, o Lo- Acima, a largura de bits gisim irá reclamar que são da porta NAND é igual a três larguras incompatíveis e e o pino de saída (circulo indicara onde com a cor mais a direita) têm largura 1. Figura 26 - Porta NAND com ligações de largura incompatíveis. Conexões entre elemen- claro ou verde-escuro. Con- tos incompatíveis (desen- tudo, o Logisim não ap- hadas em cor laranja) não resentará valores para as transportarão sinais. conexões multi-bit: elas Para conexões de um ficarão simplesmente em único bit, é possível ver preto. Você poderá, no en- quando o fio transporta o tanto, examinar a conexão, sinal logico (zero ou um), clicando com a ferramenta através das cores verde- Testar sobre o fio. 23 5 CORES DAS CONEXÕES Ao realizar conexões en- diferentes do preto ou verde tre componentes do Logisim habitual. O pequeno circuito alguns fios em determina- que se segue ilustra todos dos momentos tomam cores estas cores de uma só vez. Figura 27 - Cores dos fios. „ Cinza: A largura em bits das conexões é desconhecida. Isso ocorre porque o fio não está conectado as entradas ou as saídas de qualquer componente. „ Azul: O fio serve para transportar um bit, mas o valor que ele está carregando no momento não é conhecido. A entrada é mostrada como um pino tri-state, de modo que ele possa emitir esse sinal como flutuante. „ Verde escuro: O fio está carregando um bit igual a 0. „ Verde brilhante: O fio está carregando um bit igual a 1. 24 „ Preto: O fio é portador de um valor multi-bit. Alguns ou mesmo todos os bits poderão não estar especificados. „ Vermelho: O fio está carregando um valor com erro. Isso geralmente acontece porque uma porta não pode determinar a saída correta, talvez porque não tenha entradas. Também poderá surgir porque dois compo- nentes estão tentando enviar valores diferentes para o fio; isso acontece no exemplo acima, onde um pino de entrada tenta colocar 0 enquanto outro tenta colo- car 1 no mesmo fio, causando um conflito. Conexões multi-bit ficarão vermelhas quando qualquer um dos bits transportadas estiver com erro. „ Laranja: Os componentes ligados ao fio não concor- dam com a mesma largura de bits. Uma conexão laranja é efetivamente “quebrada": não transportará sinais en- tre os componentes. Aqui, conectamos um componente de dois bits a outro de um bit, de modo a serem incom- patíveis. 25 6 COMPONENTES 6.1 Distribuidores Quando se trabalha com mitira fazer exatamente isso. valores multi-bit, muitas A imagem a seguir deixa vezes pode se querer rotear bem claro qual a sua utili- bits em direções diferentes. dade e como é o seu fun- A ferramenta Distribuidor cionamento. da biblioteca Base lhe per- Figura 28 - Exemplo de distribuição. Distribuidores não tem di- coisas ao mesmo tempo. reção preferencial: podem A chave para o entendi- enviar sinais em um sen- mento dos distribuidores é tido em dado instante, e em experimenta-los e ver o que outro sentido mais tarde, e acontece. ainda podem fazer as duas 26 6.2 Memória Os componentes RAM e devido ao volume de in- ROM são dois dos tipos formações que poderão ar- mais úteis de componentes mazenar, eles são também nas bibliotecas predefinidas dois dos componentes mais no Logisim. No entanto, complexos. 6.2.1 Componente ROM As ROMs são componentes da biblioteca Memória. Figura 29 - Representação de uma memória ROM. O componente ROM pode dos). ser configurado para que Um circuito poderá aces- possua largura de até 8 bits sar os valores guarda- de endereço. Isso significa dos pelo usuário na ROM, que é capaz de guardar em mas não poderá alterá-los. sua memoria até 16.777,216 Porem se necessário é pos- valores distintos com cada sível parar a simulação e um deles contendo até 32 modifica-los completamente bits (especificado pelo atrib- via ferramenta Menu. uto Largura em Bits de Da- A seguir um exemplo de uso do componente ROM. 27 „ PASSO 1: Coloque a ROM na área de trabalho e clique sobre ela. Figura 30. „ PASSO 2: Na guia de seleção de Rom altere a largura em bits do endereço para 4. Isso quer dizer que cada endereço da memória seria acessado por um numero de 4 bits. Além disso estamos informando que nossa memória teria capacidade de guardar 24 valores de 1 bit cada. „ PASSO 3: Ainda na mesma guia altere a largura em bits de dados para 4. Isso significa que os valores guarda- dos em cada endereço terão o tamanho de um nibble (4 bits). Perceba que a ROM mudará de aparência. Depois construa o circuito abaixo. Figura 31 - Circuito com ROM. 28 „ PASSO 4: Na mesma guia clique em clicar para editar irá aparecer o Editor Hexadecimal. Figura 32 - Editor Hexadecimal. „ PASSO 5: No editor hexadecimal altere os valores para os seguintes: 0012345678900000 Depois feche o Editor hexadecimal, não precisa salvar. Na figura abaixo colocamos no circuito um Display hexadecimal para evidenciar ainda mais o funcionamento da ROM. Figura 33. 29 Se entrarmos com os bits mais a esquerda. 0011 na ROM ela irá con- A entrada Sel na ROM verter esse valor para hex- funciona como um interrup- adecimal (0011 = 3 em tor com largura de 1 bit. Se hexa), então ira procurar na fornecido o valor lógico 0 a terceira posição, (pois 0011 entrada Sel a ROM simples- = 3 em hexa) o valor que mente não funcionará e ofer- atribuímos, (nesse caso o ecerá como saída um valor valor atribuído foi o próprio flutuante. 3), e então converterá esse Se o valor lógico for 1 en- valor para binário e o apre- tão a ROM funciona normal- sentará como saída no pino mente. Figura 34 - ROM desligada. Nesse exemplo usamos necessário ao usuário em uma ROM com memória para algum projeto com o Lo- 16 valores (24) de 1 dig- gisim usar um microcontro- ito. Caso seja necessário lador é muito provável que ao usuário guardar valores se opte por usar uma ROM de dois dígitos então deve- ao invés de tentar criar um mos usar uma ROM de pelo componente escrevendo sua menos 5 bits de largura dos função diretamente em JAVA. dados. E assim por diante. Por exemplo, se no nosso A primeira vista uma ROM exemplo tivéssemos alter- pode parecer um pouco in- ado os valores do editor hex- útil, mas isso somente a adecimal como na figura a primeira vista. Caso seja baixo: 30 Figura 35. E se ao invés de um pino ado um distribuidor como na de entrada tivéssemos us- figura a seguir: Figura 36 - Circuito 7442. Então teríamos um cir- de converter BCD para dec- cuito equivalente a um mi- imal. cro controlador 7442 capaz 6.2.2 RAM A memoria RAM é um componente da Biblioteca Memória. 31 Figura 37 - Representação de uma RAM pelo Logisim. O componente RAM, cer- Uma RAM desempenha tamente é o componente exatamente a mesma função mais complexo nas bibliote- que uma ROM. A única difer- cas predefinidas do Logisim. ença entre as duas é que Justamente por esse motivo um circuito poderá ler e escr- é recomendado que antes ever os valores na memória de iniciar o uso com a RAM da RAM. O componente pos- se entenda bem o funciona- sui na sua base três portas mento da ROM. com largura de um bit: „ LOAD (ld): Quando recebe o valor lógico 1 essa porta não permite que o circuito conectado a RAM seja capaz de escrever ou modificar nenhum de seus dados. „ SELECT (sel): Essa entrada liga ou desliga a RAM fun- cionando como um interruptor. Essa entrada destina-se primariamente para as situações em que houver múlti- plas RAMs, mas somente uma delas deva estar habili- tada em certo instante. „ TRIÂNGULO (clock): Quando se muda o seu valor de 0 para 1 ele permite que a RAM exiba um dos valores de sua memória na saída D. „ CLEAR (clr): Quando for igual a 1, todos os valores na memória ficarão iguais a 0, independente do que estiver nas outras portas. 32 Para entender bem o menta construa o seguinte funcionamento dessa ferra- circuito. Figura 38. Como SEL recebe o bit 0 liga-la mude o pino corre- a RAM está desligada. Para spondente para 1. Figura 39. A entrada A serve para exibir os valores da memória acessar valores na RAM. Já como também para escrever a saída D serve tanto para esses valores na RAM, (ou 33 seja é entrada e saída ao exemplo os valores do pino mesmo tempo). Mude por de A para 00000011 Figura 40. Com isso acessamos a 3◦ que queremos gravar na 3 posição (a partir do 0), da posição da RAM. Para isso nossa RAM. fazemos a seguinte ligação Agora escrevemos no no circuito. pino da entrada D o valor Figura 41. 34 Digite no novo pino o valor 00000110 como na figura. Figura 42. Para gravar esse valor na muda de 0 para 1 esse valor memória ligamos o triângulo é gravado. (clock). Quando o triângulo Figura 43. 35 Na figura acima gravamos mos no pino da entrada A o o valor 110 (que equivale a valor de 00000000 e depois 6 em hex), na memória da voltamos a ligar o triangulo. RAM. Para gravarmos outro O resultado será o da figura valor na 1 posição escreve- abaixo. Figura 44. A porta LOAD (ld) im- sejam gravados nela. Ligue pede que a RAM sofra modifi- esse pino. cações ou que novos valores 36 Figura 45. Repare que com esse pino ever novos valores. ligado é impossível alterar O acesso aos valores que qualquer um dos valores já registramos na RAM é feito colocados em nossa RAM. E por meio da entrada A. também é impossível escr- Figura 46. 37 6.3 Transistor Para entender a função do retire o do circuito. transistor no circuito anterior Figura 47. Se você tentar acessar o momento o seu circuito ex- valor gravado na primeira ibirá um erro na saída. posição da RAM em algum 38 Figura 48. Esse problema (repre- (00000110). sentado pelo fio vermelho), Esse problema pode ser ocorre porque a saída D está facilmente contornado com recebendo dois valores dis- o uso do transistor. Na tintos. O da 2 posição da eletrônica digital um transis- memória (00000000) e o tor tem a função de um inter- do pino superior dá direita ruptor. Figura 49. 39 Assim quando ligamos o impede que o pino em D re- pino em ld desligamos o pino ceba duas saídas distintas. superior dá direita. O que 40 7 SIMULANDO CIRCUITOS INTEGRADOS Algumas vezes pode ser jeto um CI que não está requisitado em um pro- disponível no Logisim. Existem então duas soluções: „ Criar um novo componente escrevendo seu código em Java e o incluindo na biblioteca JAR. „ Desenhar o CI com componentes presentes no Logism e incluí-lo na biblioteca do Logisim. Devido a dificuldade do do Logisim. No entanto, us- primeiro caso vamos focar aremos ao invés das portas na segunda solução. Para logicas apenas uma ROM. isso a seguir é mostrado Isso porque o Logisim têm como desenhar um 7442 certa dificuldade em emular (conversor de BCD para deci- circuitos com muitas portas. mal) e coloca-lo na biblioteca „ PASSO 1: No menu Projeto vá em acrescentar circuitos. Dê o nome de 7442 e dê OK. „ PASSO 2: Desenhe o circuito da figura a seguir: 41 Figura 50. Usa-se aqui uma ROM com largura também de com largura de 4 bit de 4 bits. Na janela do Ed- endereço e 4 bits de da- itor Hexadecimal digita- dos e dois distribuidores mos: 0123456070900000 „ PASSO 3: Clique no ícone a esquerda como indicado na figura seguinte. Figura 51. „ PASSO 4: Na janela seguinte altere o formato do seu CI, isto é como ele deveria se parecer daqui pra frente, clicando e arrastando. 42 Figura 52. „ PASSO 5: Clique em Salvar. Depois clique em Main (figura à esquerda do programa com o formato de uma lupa). A baixo de Main aparecerá o seu componente (7442). Arraste o seu componente para área de tra- balho e utilize-o normalmente. Figura 53. CI 7442 sendo usado para senta a alimentação desse converter BCD em decimal. circuito que varia entre 3.0V O pino na sua base repre- e 5.0V para o valor lógico 1. O conteúdo dessa apostila foi retirado da página oficial do Lo- gisim, tendo sofrido apenas algumas alterações. Para ter acesso ao material original Acesse: http://ozark.hendrix.edu/öburch/logisim/docs/2.7/pt/html/ guide/tutorial/tutor-test.html 43
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