Tudo sobreAgapórnis e como amansar Apresentação Meu nome é Diego, e pretendo fazer esse livro, para informar coisas de Agapórnis para todos e para incentivar mais aqueles que estão começando. Faço também esse livro em homenagem a meus queridos Agapórnis Kiko e Kiwi. Tomara que vocês gostem desse livro!!! Obrigado Diego Scheidweiler Ferreira Agradeço especialmente: Aos meus amigos Ao clube Agapórnis http://geocities.yahoo.com.br/hugogislon2001/index.htm As comunidades no Orkut de Agapórnis CARACTERÍSTICAS Com seus encantos na aparência e temperamento, o agapornis é um verdadeiro pássaro de estimação. Ele é um dos pássaros mais populares no mundo pela facilidade de criar em cativeiro, temperamento manso que o faz subir no ombro e dormir no nosso colo e beleza com grande diversidade de cores, exibidas nas 43 mutações existentes. Muito mansos, ativos, cheios de energia e curiosos, são excelentes animais de estimação, especialmente quando alimentados na mão desde filhotes. Daí, aprendem a confiar e a se divertir conosco. Empoleiram-se e aninham no colo, assobiam para nos chamar, respondem ao nome e podem aprender uma série de truques. Adoram passar horas com brinquedinhos e fazem mil acrobacias. Os Agapornis se dividem em nove espécies diferentes: Roseicollis, Personata, Fischer, Nigrigenis; e os raros: Liliane, Taranta, Cana, Pullaria. Como os Agapornis não são aves brasileiras não é necessário nenhuma licença especial do Ibama . A maioria dos Agapornis é geralmente encontrada em grupos pequenos (preferencialmente da mesma espécie), permanecendo assim mesmo durante a época de acasalamento. São pássaros sociáveis e gostam de viver em pequenas colônias. Geralmente fazem grande barulho, exceto quando pressentem alguém ou algum animal perto dos seus ninhos. O mais interessante no agapornis é que, depois de acasalado, dificilmente um casal se separa, permanecendo unido até a morte. Um Agapornis solitário nunca mais terá aquela graça que tinha e perde parte da sua vivacidade, podendo até morrer, se o companheiro é separado ou morre. Por isso é denominado "Pássaro do Amor". ORIGEM O primeiro agapornis descrito em detalhes foi um Pullaria (red-faced), em 1600. Também foi esta espécie a primeira a ser importado para a Europa, no século XIX (na cor base, verde), mas as outras foram também importadas logo em seguida. Em função de serem fáceis de manter e serem extremamente bonitos e coloridos, logo os agapornis se tornaram os pets favoritos de muitas pessoas ao redor do mundo. Entre 1900 e 1927, mais quatro espécies foram descritas na Europa: Fischers, masked, black cheeked e Nyasa lovebird. FICHA TÉCNICA Espécies: A. roseicollis; A. nigrigenis; A. taranta; A. personata; A. cana; A. swinderniana; A. lilianae; A. fischeri; A. pullaria. Gênero: Agapornis Ordem / Família: Psittaciformes / Psittacidae Nome comum: agapornis, love-birds (inglês), inseparáveis (Portugal), periquito-namorado. O termo Love-birds deriva do termo grego Agapornis: (agape = amor; ornis = ave ou pássaro) Tamanho: Varia um pouco de espécie para espécie. O menor é o A. cana com cerca de 13 cm e o maior é o A. taranta com cerca de 18 cm e 60 gramas de peso. De maneira geral, o Agapornis mede cerca de 16 cm de comprimento e seu peso varia em torno de 35 a 55 g. Longevidade: de 10 a 20 anos Habitat natural: Os Agapornis distribuem-se principalmente no continente africano, como A. cana, em Madagáscar; A. roseicollis, em Angola e Namíbia; A. personata, Tanzânia. Enquanto algumas espécies vivem nas estepes secas e nas Savanas, voando à procura de bebedouros somente de manhã e à noite, outras vivem em árvores que se encontram ao longo das margens de rios e lagos. Os Agapornis são criaturas de hábitos e uma vez tenham escolhido uma cavidade ou um ninho, eles permanecerão aí todo tempo que lhes for possível. Dieta: Em habitat natural, a dieta dos Agapornis é constituída por sementes de erva, milho alvo, milho painço, arroz e outros cereais, bem como sementes de Acácia, amoras e diversos frutos. Quase todas as espécies consideram os figos e as suas sementes uma iguaria. No caso do swindernianus, o figo é essencial à sua sobrevivência. Além destes alimentos, estas aves também apreciam os bulbos e brotos tenros, assim como ramos e pétalas de flores e mesmo insetos e suas larvas, especialmente quando têm filhotes a alimentar. ALIMENTAÇÃO Até na dieta os agapornis simplificam a vida dos donos e criadores. É composta principalmente por ração e sementes, que se encontram com facilidade nas lojas, e os complementos são comuns, como frutas e verduras. Sementes: Girassol, painço, alpiste, aveia e níger. Esta ração encontra-se já preparada (em petshops ou casas especializadas), enriquecida com outras sementes, em menor quantidade, como cártamo, cânhamo, colza, linhaça, etc., bem como com biscoito triturado. Normalmente é designada como 'Mistura para Periquitos'. Siga esta regra: vigie os comedouros todos os dias. Por vezes parece que têm comida... e apenas têm as cascas. Minerais: Casca de ostra bem triturada, areia, cálcio, osso de choco, etc..Também é muito útil cascas de ovo de galinha bem secas e trituradas, depois de previamente fervidas. Além de fornecerem minerais essenciais para o crescimento, são um reforço necessário durante a procriação e para afiar o bico. Verduras: De preferência espinafre, agrião, couve, milho verde (leitoso, os Agapornis adoram!) ainda em espiga, cenoura, jiló, etc..Nota: As verduras devem ser muito bem lavadas, e escorridas, por causa dos inseticidas. Devem ser fornecidas frescas e mudadas diariamente. Evitar alface. Frutas: Sempre frescas e variadas. Mude-as todos os dias, evitando a oxidação. Retire sempre as sementes; algumas podem ser venenosas, como o caso das da maça, pêra, etc.. Evitar abacate. Água: Tanto a de beber como a do banho deve ser sempre fresca, limpa, e mudada diariamente. Complementos: farinhada (principalmente as de ovo, compostas pôr vitaminas e aminoácidos) e ração peletizada (essencial para quem quer garantir que sua ave está ingerindo todos as vitaminas necessárias). Algumas misturas de sementes prontas Tratos para seu agapornis: bastões, farinhada e ração peletizada Algumas misturas especiais de sementes, com frutas e pellets Osso mineral: essencial! COMPORTAMENTO O Agapornis não é um pássaro falante, como Araras, Cacatuas e Papagaios, mas algumas pessoas afirmam que, com muito treinamento, pode aprender a balbuciar algumas palavras curtas e sons humanos. Algumas pessoas usam fitas cassetes, CDs e programas de computador para ensinar suas calopsitas a falar. É um dos pássaros perfeitos para quem quer uma relação mais íntima com uma ave. São pássaros muito divertidos, engraçados e que se apegam muito aos donos. Inclusive, uma pessoa que adquire apenas um agapornis deve ter em mente que, pelo seu comportamento (se apegam muito a uma outra ave e com ela vivem por toda vida), essas aves exigem um pouco da dedicação do dono, tanto quanto uma outra ave daria a ele. Isso porque, na falta de um parceiro “alado”, o agapornis ira se apegar ao dono, e pode até adoecer por falta de carinho e contato. A única recomendação sobre o convívio entre agapornis e humanos é em relação às crianças pequenas e pouco acostumadas a lidar com aves. Como os agapornis podem ser um pouco temperamentais e assustadiços, se uma criança manuseá-los erroneamente, apertando-o e machucando-o, ele pode se irritar e defender-se, bicando a criança. Mas isso só ocorrerá se ele realmente se sentir assustado e acuado. Quando os agapornis são adquiridos adultos, se mostram assustadiços no primeiro contato, e nunca ficarão realmente mansos (como ocorre quando se adquire um filhote). Mas com bastante paciência, afinco e amor, o agapornis pode ficar acostumado à presença do dono e, pelo menos, não se assustar e não se debater tanto na gaiola quando se chega perto. Os agapornis são ótimos animais de estimação. São extremamente ativos, fazem muitas traquinagens, adoram escalar e se pendurar nos brinquedos, se aconchegar dentro de bolsos e camisetas. No entanto, para se manterem domesticados e socializados, os agapornis requerem a atenção diária dos donos, no mínimo durante os 6 primeiro meses. É quase impossível domesticar um agapornis que não tenha sido alimentado na mão desde filhote. Veja o que significa cada expressão corporal de seu agapornis: • Picando papel: as fêmeas principalmente têm esse comportamento, picando papel e colocando atrás das asas para fazer ninho. Apesar de picar, o macho nao carrega papel. • Eriçar penas e balançar o corpo: relaxar tensão, espreguiçando • Dormir sobre 1 pé e com a cabeça para trás: normal e saudável. • Balançando a cauda para os lados, abrindo as penas: contente ou mostrando interesse em algo. • Bico e asas abertas e penas eriçadas: estressado ou com calor. • Movimentos bruscos da cabeça, da direita para esquerda, com as bochechas encostando nos ombros: aborrecido. • Correndo o bico pela gaiola ou poleiro: limpando o bico. • Bocejando: com sono. • Corpo inclinado para frente, na horizontal, fitando algum ponto: pronto para voar. • Trinando, com asas abertas e levantadas, sacudindo as penas: se mostrando. • Esticando uma asa junto com a perna do mesmo lado: se espreguiçando ou cumprimentando. • Batendo as asas no poleiro: se exercitando, quando não podem sair da gaiola. O que fazer se seu agapornis está bicando Os filhotes de aves exploram o mundo com seu bico, muito sensível (por isso que você nunca deve bater ou puxar o bico de uma ave para ensinar uma lição). Desse modo, os filhotes não devem ser desencorajados a usar o bico. Apenas quando ele já está completamente socializado e se alimentando apenas de sementes é que as bicadas devem ser consideradas um problema. Geralmente, essas começam como beliscões leves, e nunca subitamente. Assim, o agapornis deve ser desencorajado logo no início. O ideal para desencorajá-lo é reprimi-lo verbalmente e movê-lo para longe de seu pescoço ou orelha (locais preferidos de bicadas). No entanto, isso vai pará-lo por alguns segundos apenas. O importante aqui é a consistência e a não-desistência do dono, por mais cansativo que seja ficar tirando seu pássaro de um lugar e colocando longe de você. Há alguns métodos que ajudam a parar com o hábito de bicar de sua ave. O mais eficiente é o método da distração, que consiste em atrair a atenção de seu pássaro para algo mais interessante do que sua pele (por exemplo, uma folha de papel, um brinco, um cadarço). Também pode funcionar segurar o bico superior gentilmente entre o polegar e o indicador, dando uma bronca (mas NUNCA bata, puxe, segure com força ou force para cima. Isso pode lesionar seriamente sua ave). Mas o que deve sempre ser lembrado é que as aves bicam para defesa, primariamente. Isso é instinto, e não há como contornar, ainda mais em pássaros com histórico curto de domesticação, como é o caso dos agapornis. Além do mais, os agapornis são pássaros pequenos e indefesos em um mundo grande e cruel, com criaturas grandes e cruéis querendo almoçá-los. A estratégia de sobrevivência dos agapornis é a agressividade: apesar de pequeno, pode atacar e matar outras espécies, mesmo maiores. Desse modo, mesmo amansado, seu agapornis irá reagir com agressividade se for perturbado, assustado ou irritado. COMO SOCIALIZAR SEU FILHOTE AGAPORNIS Há três métodos de ter um agapornis socializado. • O primeiro, e mais fácil, é adquirir um exemplar com uns dois meses, já socializado. Porém, nesse caso, o maior cuidado a ser tomado é se certificar de que a ave foi acostumada com as pessoas de forma geral, e não com uma ou outra pessoa. Do contrário, pode não aceitar bem o futuro dono, inclusive sendo agressivo. • O segundo método é adquirir um exemplar com 40 dias de vida, com o processo de socialização já iniciado. Adquirindo-o nessa idade, a fase mais complexa da sua manipulação já terá sido feita. É que a ave já está aprendendo a comer sozinha (mas ainda precisa se alimentar de papinha), exige menos refeições diárias e já pode ficar em uma gaiola de metal comum. • A terceira opção, mais complexa e detalhada, é adquirir um agapornis com cinco dias de vida, o que exigirá sua dedicação intensa por pelo menos dois meses (veja abaixo o passo a passo de como fazer a socialização). Lembre-se que, no início, a ave não sabe voar, e uma pequena queda pode ser fatal. Quando ela souber, feche as janelas e as portas de onde for manipulá-la. Isso vale inclusive para os exemplares de asas cortadas, que, mesmo com pouco equilíbrio, às vezes são capazes de levantar curtos vôos e podem sair planando. Dos 10 aos 15 dias de vida:o Agapornis está com cerca de 6cm de tamanho. Coloque-o em uma caixa, tipo de sapato, forrada com papel toalha. Faça uma cestinha de papel, em um canto da caixa, para servir de ninho. Em dias que você sentir frio, a ave também estará sentindo. Nesse caso, instale uma lâmpada térmica (que gera apenas calor, e não luz) a uma distância de cerca de 20cm da ave. Alimente o filhote a cada 4 horas, segurando-o em uma de suas mãos. Use ração para psitacídeos filhotes (a que nós usamos e recomendamos fortemente é a CC-Albium), diluída em água até virar papa. Ela deve está morna (fria, a ave não come, e quente, a queima). Ofereça-a e uma colher aproximando-a do bico. O próprio filhote segurará a ponta da colher e a chacoalhará até a comida entrar. Quando o papo ficar grande ou a ave começar a recusar o alimento, interrompa a refeição. Após alimentar a ave, limpe os resíduos de comida do bico. Só manipule o filhote para alimentá-lo. Aproveite para conversar com ele. Não faça movimentos bruscos ou barulhos que possam assustá-lo. Do contrário, pode ficar estressado. Se você quer acostumar a ave com outra pessoa, deixe-a participar da manipulação. Dos 16 aos 39 dias:o que muda em relação à fase anterior é o intervalo entre as refeições. O próprio filhote começará a recusar a comida. É sinal de que precisa comer menos vezes ao dia. O ideal é alimentá-lo três vezes ao dia. Dos 40 dias aos 3 meses:o filhote tem praticamente o tamanho de um adulto. Já pode ser colocado em uma gaiola. Alimente-o 3 vezes ao dia, mas comece a dar sementes na boca dele, como a de girassol, por exemplo. No começo, ele apenas brincará com elas. Também deixe um pote de sementes na gaiola. Dê brinquedos a ele como bolinhas, para estimulá-lo. Se a idéia é que o Agapornis às vezes fique solto, deve-se cortar as penas de uma das asas dele. Vá acostumando-o a ficar solto em ambientes fechados e seguros. Se perceber que ele está assustado, ofereça comida e coloque-o na gaiola. Conforme ele for demonstrando segurança, aumente a duração da soltura. Dos 3 meses em diante:o filhote certamente já comerá sozinho e, sob esse aspecto, se tornará independente de você. Pelo menos, uma vez ao dia, o manuseio e a soltura (em ambiente seguro) devem ser feitos. COMO ADQUIRIR Quando você for adquirir um agapornis, há certos aspectos que sempre devem ser notados: • Preferir as aves mais ativas, com corpo roliço e olhos brilhantes; • Verificar a cloaca, analisando se esta se mostra suja, com sinais de diarréia; • Verificar os olhos e as pálpebras, de modo a ver algum sinal de secreção, inchaço ou vermelhidão; • Outros sinais indicativos de doença são apatia e sonolência. Preferir aves mais ativas; • Verificar também a limpeza do local onde se encontram as aves; • Verificar se aquele que está vendendo realmente gosta dos bichinhos, analisando o modo como maneja os filhotes. Além desses aspectos, siga também essas dicas:em primeiro, selecione o pássaro o mais jovem possível, para que ele se ligue muito mais a você. Em seguida, escolha a cor que mais lhe agrada. É aconselhável manipular o pássaro que você escolher, verificando se ele se deixa acariciar sem bicar. um agapornis domesticado é sempre um pouco nervoso com rostos não-familiares, mas ao contrário dos bravos não bica e se acostuma rapidamente quando levado para casa. FILHOTES Para se ter agapornis mansos, é imprescindível que os filhotes sejam tratados desde cedo na mão, com uso de papas especializadas para filhotes (ver texto abaixo: Como socializar seu filhote). Se você quiser alimentar os filhotes na mão, aqui estão algumas dicas: • A papinha deve ser preparada conforme instruções que daremos durante a aquisição do filhote. O filhote pode ser alimentado com uma seringa normal, mas é preferível alimentá-lo com uma colher de chá (com as bordas laterais entortadas, formando uma cunha). • Não fique surpreso com os sons que os filhote emitem durante a alimentação. • Os filhotes devem ser alimentados três vezes ao dia (de manhã, à tarde e à noite). Caso o filhote não coma uma das refeições, não se preocupe. Mas se o filhote não comer por um tempo, e ele não estiver comendo sementes, isso é um sinal de que algo não vai bem, e o melhor é procurar ajuda especializada. • Desde o início, você já pode oferecer as sementes para o filhote. Isso não quer dizer que ele vá logo comer, mas de início irá brincar, e futuramente comer. • O tempo de “desmame” varia muito de animal para animal, mas isso geralmente ocorre entre a 8ª e a 12ª semanas. • A papinha que nós usamos, e que garante taxas de mortalidade quase nulas, é a CC-Albium. A papinha que usamos (esq) e um modelo da colher para alimentar os filhotes (dir) INSTALAÇÕES Localização: Em local bem arejado, com sol da manhã, mas sem correntes de ar (cuidado com as constipações!), não abafado ou quente (ajuda alastrar doenças respiratórias e mata filhotes dentro do ovo), isento de cheiros, poeiras, barulhos e animais. Higiene: Mantenha o local sempre limpo. Deste modo, dificilmente surgirão doenças nos Agapornis (exceto se infectados por outra ave oriunda de procedência duvidosa). Viveiros: Para criação em colônias, com no máximo 4 casais. Medida aceitável 2x2x2 metros (comprimento, largura, altura). Colocar aves da mesma cor e de 1 só espécie, para evitar brigas. Gaiolas: 80x50x60cm é uma medida aceitável para um casal. As gaiolas permitem uma melhor identificação de pais e filhos, bem como um melhor apuramento da espécie (controle genético). Ninhos: horizontal, com 30x20x15cm como medida suficiente, com sala e quarto, sendo que no quarto o fundo deve ser côncavo. Quando em viveiro, devem ser colocados em número superior ao dos casais, para que possam escolher livremente. Após a escolha poderão ser retirados os excedentes para evitar abandonos. Acessórios: É necessário que cada gaiola tenha 2 poleiros (com 2 diâmetros diferentes, um pouco menor que um cabo de vassoura e outro de 12,5 mm), 1 bebedouro (vasilha de cerâmica se possível), um comedouro, uma vasilha menor para a farinhada e um ninho. O comedouro e o bebedouro devem ser fixos para que eles não derrubem, porém removíveis para a limpeza, além de uma tigela com água para que se banhem. Faça a desinfecção do bebedouro, comedouro, banheira e fundo da gaiola, no mínimo duas vezes por semana Brinquedos: Os Agapornis são alegres e expertos. Coloque alguns “brinquedinhos” na gaiola para que façam exercícios e se distraiam. Alguns poleiros espaçados também são úteis. FOTOS DE KIDPLAYS FOTOS DE GAIOLAS FOTOS DE BRINQUEDOS FOTOS DE COBERTORES FOTOS DE NINHOS REPRODUÇÃO Tão logo formado o casal, este começará a montagem do ninho; nesta época forneça material (palha de milho, vassoura, etc. ) para que as aves montem seus ninhos. Se, no entanto, as aves não se entenderem em 3 ou 4 semanas, ocorreu alguma incompatibilidade e o casal deve ser desfeito. Acontecendo tudo corretamente, logo se iniciará a postura. O cortejo do macho é simples, seguido da cópula. A fêmea bota seus ovos geralmente de madrugada, bem no amanhecer. O Agapornis pode realizar três posturas por ano (deve-se retirar o ninho em intervalos de quatro meses para descanso). A média de ovos varia entre 2 a 6 (esses são postos dia sim, dia não), sendo que a eclosão ocorre cerca de 23 dias após a postura do primeiro ovo. Quem constrói o ninho é a fêmea. O macho pode brincar com os materiais para a construção do ninho, como palha de milho, capim, folhas secas de coqueiros e gravetos, mas não os leva para o ninho. A fêmea garante a alimentação dos filhotes até que comam sozinhos; os machos ajudam no trato, passando comida para as fêmeas ou até alimentando os filhotes. Na fase reprodutiva é aconselhável que a alimentação seja reforçada, acrescentando-se um pouco mais de aveia à dieta, aumentando-se a variedade de frutas, legumes e verduras, e acrescentando-se suplemento vitamínico na água ou ração. Os filhotes devem ser separados dos pais o mais tarde possível, isso ocorre quando a fêmea inicia uma nova postura e acaba por expulsá-los do ninho. Macho ou Fêmea: como distinguir? Sexar os Agapornis, para um iniciante, não é fácil , nem para criadores mais experientes pois, com exceção de duas espécies (Cana e Taranta), não há diferenças entre o macho e a fêmea. No entanto, algumas dicas correntes estão abaixo: • Uma das formas de sexagem muito comum é observar os ossos pélvicos (da bacia): o macho os apresenta bem fechados e pontudos e as fêmeas mais abertos (4-7mm) e arredondados. É uma prática comum mas não muito segura (tem uma eficácia que não ultrapassa 30%) • O rabo também pode indicar o sexo. Nas fêmeas, as penas do rabo são do mesmo tamanho, como se tivessem sido cortadas. Nos machos, as penas são arredondadas. • As fêmeas costumam carregar mais material para o ninho. Apesar dos machos também fazerem isso, eles não costumam costumam carregar material sob as asas, como fazem as fêmeas. • Geralmente, os machos são mais quietos e menores e as fêmeas mais bravas, barulhentas e maiores (com exceções, obviamente). • Fêmeas tendem a sentar mais esparramadas no poleiro, com as pernas mais afastadas. • A cabeça do macho é mais plana, enquanto a das fêmeas é mais arredondada e arqueada. O que torna ainda mais difícil a sexagem é que machos convivem bem entre si, assim como fêmeas. Esse comportamento pode enganar! Colocando dois pássaros na gaiola, você pode ter por base o seguinte: se há a feitura do ninho mas a suposta fêmea não botar, pode se tratar de um macho. Mas o mais provável neste caso é que o ninho não seja confeccionado. Mas atenção: podemos ter aqui dois casos. Primeiro, uma fêmea estéril; segundo, um macho experiente que confeccione bem o ninho. Se você notar que há postura de muitos ovos num certo período de tempo, então provavelmente se trate de duas fêmeas. Estas põem um ovo por dia. O método mais seguro, no entanto, é fazer exame de sangue, para comprovação de genótipo. No entanto, tais práticas só importam quando o interesse é formar casais para reprodução, não importando quando são para criá-los como mansos. Doenças... – prevenir é o melhor remédio! Apesar de haver alguns perigos que concorrem para o aparecimento de doenças nos Agapornis, não é difícil termos alguns cuidados para as evitar. Assim... pequenos/grandes conselhos para se levar em conta: • Na aquisição: Ao adquirir qualquer ave, em particular se ela vier de proveniência desconhecida, tenha especial cuidado, pois que ela pode ser portadora (e transmissora) de alguma doença. Tenha sempre presente que uma simples ave infectada pode causar a morte de uma colônia. É recomendável manter aves novas em quarentena, até certificar-se que estão bem. • Poleiros, grades laterais e fundo das gaiolas: Inspecione e limpe pelo menos uma vez por semana. o Poleiros: Não devem ser lisos mas sim rugosos para que a ave os segure com segurança. o Grades laterais: Não devem provocar feridas nas patas através de pontas cortantes. o Fundo das gaiolas: Restos de comida e fezes acumuladas proporcionam abrigo para fungos e bactérias, tão nocivos à saúde dos nossos Agapornis. A higiene é o melhor remédio. • Comedouros e bebedouros: Deve-se limpar diariamente. Não só para proporcionar às aves comida limpa e água fresca todos os dias, como também para evitar a fermentação dos restos de comida com a água suja, o que certamente provocará o aparecimento e a proliferação de fungos e bactérias. o Comedouros para comida fresca: Especial atenção. São o alvo preferido dos mosquitos. Lave bem e troque todos os dias. o Comedouros para sementes: Verifique o excesso de cascas. Sopre todos os dias para que nunca falte o alimento. ADESTRAMENTO DE AGAPÓRNIS Neste curso você aprendera a se relacionar com seu agapórnis de forma simples e prática vamos lá então!!! Passo 1 Para você adestrar seu agapórnis o primeiro passo é o corte de asas para impedir que seu agapórnis voe ou fuja podendo se machucar. Veja como cortá-las. CORTE DAS ASAS Para impedir que o pássaro voe, é preciso cortar algumas penas de vôo. Essa medida permite que você lhe dê mais liberdade fora da gaiola, sem se preocupar o tempo todo com uma possível fuga. Outra vantagem é impedir que se choque contra uma parede ou janela, ou provoque algum acidente (como cair na água ou no fogo). O corte das penas não causa dor, embora não gostem muito, fica muito mais fácil cortar as asas se você tiver a ajuda de outra pessoa. Você deve apenas cortar as primeiras 6-7 penas de vôo. Nunca corte muito para cima as penas longas de vôo, pois você pode pegar as penas menores que as recobrem, e isso pode provocar sangramentos. Nas figuras abaixo, é possível ver as duas camadas de penas (curtas e longas). NUNCA corte essas penas curtas. O corte deve ser feito um pouco abaixo dessa camada, seguindo o ângulo de inclinação da asa, para que o corte não fique muito feio. É importante não “tosar” as asas das aves, pois quedas (principalmente quando são pássaros maiores) não serão amortecidas, e seu pássaro pode se machucar, se ele cair de uma altura alta (ele não terá capacidade de planar e minimizar a queda). O corte deve ser mantido regularmente, principalmente em filhotes, onde as penas possuem uma taxa maior de crescimento. Para cortar, pegue o agapornis pelas costas, segurando firmemente mas com cuidado, de modo que os pés fiquem para fora. Se ele tentar bicar, coloque o polegar em um lado e o dedo indicador do outro lado da cabeça, ou utilize uma luva de raspa de couro.Com cuidado estenda uma asa e com uma tesoura corte as penas primárias de vôo (observe abaixo a linha de corte), começando pela ponta da asa. Caso sangre durante o corte de asas, aperte a pena perto da pele com uma pinça e puxe-a. Com uma gaze, pressione o ferimento (o sangue pode gotejar), coloque um pouco de pó anti-hemorágico (pó de café, por exemplo, ou até mesmo farinha) ou band-aid e mantenha o pássaro quieto por alguns minutos, para que ele não bata as asas e reabra o ferimento. (onde Do not cut: não corte e trim at this line below coverts: corte nesta linha abaixo da cobertura superior) do not cut : Não corte follow ongle: corte aqui Passo 2 Agora que você já lhe cortou a asa o solte em um lugar fechado,deixe-o andar para se acostumar com o ambiente tente fazer ele subir no seu dedo , se ele não subir será necessário usar por enquanto o poleiro. Se você já tem amizade com seu agapórnis o trabalho vai ser muito mais fácil , tente passar o dedo na cabeça dele conversar com ele no tom baixo. Com um tempo já de treinamento, se você já se apegou a sua ave e ele a você tente pequenos truques essa é a parte mais legal do treinamento... Pequenos truques !!! . brinque de se esconder se ele for atrás e porque gosta dessa brincadeira. . dê brinquedos quebra cabeças , carrinhos de trem (pequenos) . ponha ele na cama de um lado ,fique de outro e chama VEM se ele correr ou voar já aprendeu muito... fique de vez em quando com seu agapórnis no colo ou no braço para ele se acostumar com você e daqui um tempo ele estará pedindo para sair da gaiola. Passo 3 Tabela de Mutações Durante este adestramento seu agapórnis com certeza vai lhe bicar mas isto é normal. Isso já dá para adestrar um agapórnis pois é muito fácil seu ensinamento!!! BIBLIOGRAFIA Sites: http://www.agapornismansos.vila.bol.com.br http://geocities.yahoo.com.br/hugogislon2001/index.htm http://geocities.yahoo.com.br/passarosbr/ http://www.omniverso.com/universoaves.html Revistas: Cães & cia Diego Scheidweiler Ferreira