Trecho de Velha Arte de Governar

March 19, 2018 | Author: tchitcho0138 | Category: Rio De Janeiro, State (Polity), Sociology, Brazil, United Nations Security Council


Comments



Description

A velha arte de governar: um estudo sobre política e elites a partir do Conselho de Estado (1842-1889) Maria Fernanda Vieira Martins 1 Martins, Maria Fernanda Vieira A velha arte de governar: um estudo sobre política e elites a partir do Conselho de Estado (1842-1889)/ Maria Fernanda Vieira Martins. – Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2007. xii. 440p. Orientador: João Luís Fragoso Tese (doutorado) – UFRJ/ IFCS/ Programa de Pós-graduação em História Social. 2005. Referências Bibliográficas: f. 392-403 1. O Conselho de Estado, 1842-1889. 2. A elite imperial. 3. Política imperial. 4. Brasil – História – Séc. XIX. I. Fragoso, João Luís. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais. Programa de PósGraduação em História Social. III. A velha arte de governar: um estudo sobre política e elites a partir do Conselho de Estado (1842-1889) 2 SUMÁRIO Lista de quadros e diagramas.................................................................................................. 9 Prefácio.....................................................................................................................................14 Introdução ............................................................................................................................... 20 Estado, elites e cultura política ............................................................................. 24 PARTE I . Estado, monarquia e elites no II Reinado ......................................................... 39 Capítulo I . Monarquia e liberdade: O cenário político após a Independência e as bases do Estado imperial brasileiro no século XIX ....................................................................... 39 O papel das elites no processo de formação dos Estados nacionais ...................... 41 A Lei e o Direito na organização do estado moderno: o paradigma jusnaturalista e o liberalismo político no século XIX................................................................... 49 O Cenário nacional após a independência: idéias e prática política na constituição do modelo brasileiro........................................................................... 57 PARTE II . Trajetórias e redes ............................................................................................. 88 Capítulo II . Um pouco de homens, outro pouco de instituição: o perfil da elite imperial a partir dos membros do Conselho de Estado ..................................................................... 88 Origens e representação provincial........................................................................ 90 Nomeação, composição e representação partidária ............................................... 96 Carreiras e trajetórias I: A inserção na estrutura político-administrativa ............ 100 Carreiras e trajetórias II: As relações com o meio econômico e financeiro ........ 120 Bens e fortunas .................................................................................................... 130 Formação, ação e produção intelectual................................................................ 139 Anexo................................................................................................................... 152 Capítulo III . A grande família e a dinâmica das redes: As relações de sociabilidade e parentesco ............................................................................................................................ 154 A rede vista por fora: a Corte, os conselheiros e as altas finanças...................... 158 A rede vista por fora II: províncias, famílias e poder local................................. 174 A rede vista por dentro: o conselheiro visconde do Cruzeiro ............................. 194 Anexos ................................................................................................................. 221 3 PARTE III . A prática institucional.................................................................................... 234 Capítulo IV . O depositário das tradições: a ação político-administrativa do Conselho de Estado ............................................................................................................................. 234 Antecedentes........................................................................................................ 236 A constituição do segundo Conselho de Estado .................................................. 242 O Funcionamento do Conselho ........................................................................... 253 As consultas submetidas ao Conselho de Estado ................................................ 261 Anexo Documental .............................................................................................. 295 Capítulo V . O Oráculo e o “Império das Necessidades”: A ação reguladora do Conselho de Estado............................................................................................................... 302 Os limites da centralização .................................................................................. 305 A questão da escravidão ...................................................................................... 317 O Conselho de Estado e a relação entre os poderes............................................. 341 A Conjuntura pós-1870 e o declínio da ação do Conselho.................................. 348 Conclusão ............................................................................................................................. 359 Fontes ............................................................................................................................. 368 Bibliografia............................................................................................................................ 372 4 usinadeletras. RIHGB.com.phtml?cod=91&cat=Ensaios. cujo nome de família por si só abriria as portas de qualquer salão da Corte imperial. Alexandre Herculano2 Conta-se que em um dos afamados bailes que tinham lugar na mansão do visconde de Abrantes pelos idos de 1852. 3 Ver Henrique Carneiro Leão Teixeira Filho.com. www. enquanto dançava com a anfitriã. Rio de Janeiro. pelas crenças e. Martim Francisco. pelo sangue. 1957. Livraria José Olympio Editora. talvez inextrincável. à última. queixava-se de ter conseguido apenas uma vaga como suplente para a Câmara de Deputados. ainda teremos outra Câmara sem um Andrada?”. construindo sua casa patriarcal. p. Pedro Calmon1 A pátria é um complexo de famílias enlaçadas entre si pelas recordações. permitindo o acesso às mais destacadas 1 Pedro Calmon. alargando as suas fronteiras ou disciplinando a sua vida coletiva. que tão estranha vos pareceu. o jovem político paulista Martim Francisco Ribeiro de Andrada. em 1879.br/exibelotexto. examinai as relações de parentesco de uma com outra família. de feito. então não imaginava que o destino lhe reservaria uma nomeação para o Conselho de Estado./set.phtml?cod=91&cat=Ensaios. Tomai. 2 Alexandre Herculano. que já surgia como um político promissor. a viscondessa de Abrantes o conduziu imediatamente à presença do então visconde de Paraná. que ali também se encontrava. visconde. até. devassando-lhe os sertões. mas sem solução de continuidade. www. as duas delas que vos parecerem mais estranhas. em cuja cadeia rácica como que se percebe melhor a coesão das eras. Dessa primeira.Capítulo 3 A grande família e a dinâmica das redes: as relações de sociabilidade e parentesco É tempo de se deterem os escritores de história diante desses clãs. Em tais ocasiões a vida social misturava-se à política. sr. Uma nação não é só metaforicamente uma grande família: é-o também no rigor da palavra. 1958. entre os quais o próprio Paraná. mais as desta com uma terceira e assim por diante. Penalizada com a situação de seu par.3 Era certamente a descontração do ambiente e a familiaridade da ocasião que permitira à anfitriã interpelar o severo e circunspeto Paraná com tal naturalidade. a unidade consangüínea do Brasil que ajudaram a formar.br/exibelotexto. colocadas nas províncias mais opostas de um país. Lendas. p. História da Casa da Torre: uma dinastia de pioneiros. contando inclusive com a simpatia dos principais nomes do Partido Conservador. 5 . 384-405. perguntando-lhe publicamente: “Então. Honório Hermeto na fundação de Petrópolis e alguns traços de sua personalidade. 402. v. emendado sim.usinadeletras. achareis um fio. 236. jul. tendo como base de referência antigas famílias e suas alianças clientelares. V. p. 5 Ver Richard Graham. 1850-1914. São Paulo ou Olinda.5 Portanto. Needell. Essa formação acadêmica comum proporcionou às elites imperiais brasileiras uma identidade intelectual e cultural que complementou as relações provenientes de uma origem ou de um convívio cada vez mais estreito. a reunir determinados homens em torno de suas crenças. ainda. p. aproximadamente. a convivência social torna-se o ponto de partida para a análise dos diferentes laços que uniam as elites.4 As instituições formais e informais da elite brasileira no Rio de Janeiro serviam como espaços privilegiados de debate e produção intelectual. Ao longo do processo de construção. a partir da reorganização do antigo Seminário de São Joaquim. o círculo de relações mostrava-se reduzido o suficiente para que a rede se estruturasse de forma bastante natural. reforçava-se a hegemonia política e administrativa de um grupo relativamente pequeno de homens com passado. Os bacharéis na política e a política dos bacharéis. identifica-se apenas. Evidencia-se. formação e experiências semelhantes. disponível em: http://www. A Grã-Bretanha e o início da modernização no Brasil. Belle Époque tropical: sociedade e cultura de elite no Rio de Janeiro na virada do século.br/index1. mil famílias da elite –.htm 6 . e Teotônio Simões Neto. fundado em 1739. Mas. ao se considerar os membros do Conselho de Estado verifica-se que integravam diferentes redes de relacionamentos que se perpetuavam e se reconstruíam no país desde o século XVIII. De fato. A convivência nos salões da moda.personalidades da Corte. iniciava-se no Colégio Pedro II e tinha continuidade nas Faculdades de Direito de Coimbra. para os mais jovens. cap. que incluía cargos 4 Ver J. O Colégio só foi criado em 2 de dezembro de 1837. nos grandes eventos sociais.cp2. o amplo convívio em sociedade era apenas um aspecto entre tantos outros que uniam as elites imperiais. criando e intensificando os laços de amizade e parentesco que se desenvolveriam na vida profissional. Tal processo de integração social. Ver Colégio Pedro II. objetivos e valores comuns. 136. nas reuniões de família e até mesmo nos bancos escolares e universitários aproximava o grupo. transformado em escola de ensino secundário por proposta apresentada pelo então ministro do Império. Bernardo Pereira de Vasconcelos. a extensão do controle exercido por suas famílias por meio do aparato político-administrativo colonial. item I. 144.g12. consolidação e manutenção da unidade nacional. Integrando um grupo bastante restrito – dos cerca de 272 mil habitantes da cidade do Rio de Janeiro em 1872. Paradossi della storia contemporanea. verificava-se em um nível mais básico e cotidiano das relações de poder.htm. que unem o grupo a diversos setores dominantes. seja no nível local ou em uma rede mais ampla. o que já demonstrava o poder das câmaras e a importância das articulações locais. ainda. mas após a ordem régia de 1709 o sistema de eleição para capitão-mor. e os cabos de esquadra. Tratava-se. como as instituições ou a própria Justiça. consistiam em aspectos informais a conviver com as estruturas formais de ordenação política e social. Ver http://www. inicialmente. Razão pela qual relações de natureza meramente institucional ou jurídica tinham tendência para se misturarem e coexistirem com outras relações paralelas (que no nosso imaginário ganhariam inevitavelmente um tom espúrio e ilegítimo). cuja posse já era um indicativo da importância de seus detentores. 73. um ajudante. e. relacionavam-se à sua capacidade de oferecer e retribuir benefícios. que se assumiam como tão ou mais importantes do que as primeiras. com freqüência. conforme a necessidade local. Ao invés. via processos eleitorais. em um amplo esquema de trocas cuja função estruturante. no entanto. um alferes. perpetuou-se no período imperial. entre três pessoas indicadas pelas câmaras municipais com a assistência do ouvidor corregedor. transformando-se.geocities. um sargento-mor. 7 E. sobretudo naquelas sociedades em que o Estado começava ainda a se organizar e onde a própria estrutura de representação. Os postos. 7 . e nenhuma delas se superiorizava. em cada vila havia um capitão-mor. o capital e o poder político de um indivíduo correspondiam não apenas ao seu status. definidos pelas próprias tropas. eram cargos eletivos. mas. forma de atuação da elite colonial. fortalecendo e reproduzindo ligações sociais. Estas ordens normativas eram estruturantes dos modos de ver. de uma herança do Antigo Regime português. As estreitas relações são ainda reveladas nos laços matrimoniais e nas relações de parentesco e compadrio. em práticas marginais à proporção que se complexificava o aparelho de controle e administração do Estado.7 As práticas clientelares funcionavam como elemento fundamental na manutenção e ampliação das redes. por exemplo.com/invasoes/brasileiro. formou a base das relações políticas. Grendi. pensar e agir. p. foi alterado. solidificando. políticas e econômicas. com a reconstrução. o posto de capitão-mor passou a ser vitalício. Na prática.“militares-administrativos” tanto quanto cargos jurídicos. era incipiente ou até inexistente. passando a escolha a ser definida a partir de uma lista tríplice. constituíam o universo mental que condicionava as representações e práticas sociais. manutenção e reorientação das estratégias de alianças. e se 6 Em princípio. conforme as diferentes conjunturas. Após a ordem régia de 1749. progressivamente. indubitavelmente. Nesse contexto. sendo que as nomeações ficavam a cargo do governador da capitania após régia aprovação para um período trienal.6 Essa cultura. basicamente ao transformar-se o caráter patrimonial das mercês em simples graça honorífica. uma vez controlados abriam caminho para um maior domínio da política e para o próprio reforço da unidade central. no que se refere aos membros do Conselho de Estado. p. até adquirirem o epíteto de corruptas. poderiam funcionar como obstáculos à expansão do poder real. 8 . 339. Em Portugal. concentrando-se progressivamente em uma estrutura mais direta de representação provincial que culminaria e se concretizaria nas políticas clientelistas típicas das primeiras décadas da República. 347. –.8 Dessa forma. com a consolidação de oligarquias estreitamente vinculadas à política estadual. sendo. Ibidem. vistas como a norma. parentesco. a combinação de uma prática de reconstituição das redes clientelares e de parentesco com a análise da trajetória individual permite perceber que. a proliferação de cargos etc. as redes familiares e institucionais começaram a perder sua força a partir da legislação pombalina em fins do século XVIII.baseavam em critérios de amizade. Do ponto de vista metodológico. como a obrigatoriedade de conceder mercês aos mais amigos. honra. paradoxalmente. as práticas clientelares. As redes clientelares. portanto. que a partir de meados do século já não mais reuniria de forma tão evidente o Sul e o Norte. mas adaptaram-se às novas estruturas da política e do próprio Estado – considerando-se o aprimoramento dos processos eleitorais. mas. fidelidade. de um modo geral. a especialização institucional. as práticas clientelares persistiam. exerceram papel fundamental no próprio processo de centralização. Como poderes paralelos. p. eram situações sociais cotidianas e corporizavam a natureza mesma das estruturas sociais. serviço. embora seja possível perceber o estreitamento do círculo de ação desses grupos. embora deixassem de ser a norma.9 Tratava-se de uma persistente cultura política que seguia ignorando as fronteiras regionais e reforçava uma prática de governo e dominação que resistia à propaganda e ao ideário liberal. De fato. mantendo-se ainda por tempo considerável no universo cultural da política luso-brasileira. tanto em Portugal quanto no Brasil tais práticas não desapareceram instantaneamente. e são atualmente conotadas com situações de anormalidade constitucional. A verdade é que estas atitudes foram sendo progressivamente marginalizadas (no sentido inverso ao do progresso do aparelho de Estado). suas 8 9 Angela Barreto Xavier e Antônio Manuel Hespanha. relações que obedeciam a uma lógica clientelar. e as redes que estas alimentaram. Entre as elites brasileiras oitocentistas. malgrado o apelo que representava o desejo de modernização política e administrativa. Entretanto. Tratava-se de “locais públicos de convívio em um universo restrito de pessoas. os ricos negociantes e a elite provincial. partindo-se do grupo dos conselheiros de Estado. apresentavam-se multifacetadas e multidirecionadas. Quanto às instituições informais. os ricos negociantes coloniais e seus herdeiros no século XIX. um aspecto importante 9 . Dessa forma. pretende-se enunciar a importância das redes com base em duas estratégias. a Corte torna-se o ponto de partida para a análise de alguns aspectos dessa integração a partir do comportamento social e econômico dos indivíduos envolvidos.trajetórias profissionais pareciam ligá-los às suas províncias de origem e às relações políticas. Nesse sentido. espaços dos grandes debates intelectuais e políticos. Mas essas redes. ou suas relações com os poderes locais e os grandes proprietários rurais –. suas carreiras. como já foi observado. Nela encontravam-se os principais órgãos da administração pública. espelhando diferentes e mutáveis estratégias de negociação para perpetuação do poder e manutenção do status. Em seguida. destacando-se aqueles ligados diretamente à economia cafeeira. demonstrando os laços que historicamente os uniam ao poder econômico e político – fossem os representantes das altas finanças e do grande comércio. integrando indivíduos e representações de interesses diversos ao longo do Segundo Reinado. os conselheiros e as altas finanças A Corte sediada no Rio de Janeiro era o espaço privilegiado para o convívio e a reunião das elites de todo o país. o Conselho de Estado. Primeiramente. investigando a própria dinâmica de funcionamento dessas redes. na cidade encontravam-se os salões. mantidos e freqüentados pelas principais personagens da política imperial. trajetórias e redes de sociabilidade e parentesco. sociais e econômicas estabelecidas por suas famílias. tomando por base uma personagem específica e suas relações no interior de uma grande rede de negociação e alianças. por definição. A rede vista por fora: a Corte. o Senado. incluindo os novos empresários e empreendedores. as principais instituições financeiras. a Assembléia Geral e o Paço Imperial. Formavam o centro dessa agradável sociedade.. Saraiva. graças a algum nível de indiscrição que sempre se apresenta em ocasiões informais. 10 Jeffrey D. teria certamente a chance de conhecer diversas personagens e de ali se inteirar de suas histórias e relações pessoais. Itanhaém. Cotegipe.12 Quem tivesse a oportunidade de freqüentar a mansão do conselheiro Abrantes no Flamengo. como Madureira. e a convivência de Abrantes e de Nabuco foi diária. Needell. durante muitos anos.. A liberdade era menor na suntuosa residência do marquês pelo tom formalista e europeu do anfitrião e pela maior freqüência da roda diplomática. Sapucaí. cit. Entre os citados. Torres Homem. Abaeté. do Rio de Janeiro. amiga de festas. p. e outros amigos íntimos de Nabuco. Justiniano José da Rocha e Mauá. Dantas. cit. 12 J. Joaquim Manoel de Macedo. Sapucaí. o conselheiro Nabuco de Araújo: Algum tempo. seu irmão Sebastião do Rego Barros e Maciel Monteiro. mas a companhia era a mesma. 136. p. José de Alencar. 11 10 . Silva Paranhos. Os leões do norte eram os políticos pernambucanos Francisco do Rego Barros. ao referir-se aos convidados habituais do marquês. dado principalmente o reduzido número de indivíduos que a compunham”.108. Meneses e Sousa. o afastamento de um desembargador da Relação. op. dizia Joaquim Nabuco acerca de seu pai. Pedro Muniz. Abaeté. Needell. op. com quem casará depois a marquesa de Abrantes. Silva Paranhos. Pedro Chaves (Quaraim). Zacarias. Se dispusesse de mais tempo e se a fortuna lhe sorrisse. cita uma lista de nomes igualmente reveladora: Olinda. Olinda. poderia ainda obter informações realmente úteis. além dos chamados leões do Norte. p. ao ouvir algo sobre os novos projetos do governo. conde de Boa Vista. Junqueira. comum às duas casas. Tamandaré. 137. José Caetano de Andrade Pinto. Caxias. Joaquim Nabuco. Araújo. Pinto Lima. amigos pessoais de Nabuco de Araújo desde os tempos da Faculdade de Direito de Olinda. Ferraz e Torres Homem eram membros do Conselho de Estado. Maciel Monteiro.informal do sistema na estrutura socioeconômica da época. Um estadista no Império. Monte Alegre. a falência de uma afamada casa comercial ou detalhes da queda do ministério.11 O mesmo se dizia acerca do salão do conselheiro marquês de Abrantes: Um dos parentes de Abrantes. atual barão do Catete. o dr. Boa Vista. em uma das famosas ocasiões em que abria seus elegantes salões à alta sociedade da Corte.10 A esse respeito. o último pronunciamento do presidente do Conselho. Caxias. 1. Ferraz. as ações do Banco do Brasil. era em sua casa e na do marquês de Abrantes que mais se reunia a sociedade mundana. Sinimbu. Certamente ali não lhe faltariam personagens para dar conta de tudo isso.29 libras em escravos. proprietário e negociante. encontrariam. deixaria apenas 11. seria o segundo testamenteiro do próprio barão de Mesquita. Couto Ferraz era ainda um dos mais caros amigos de Sua Majestade. José Maria da Silva Paranhos. a quem devia cerca de 32 contos de réis. grande capitalista. no entanto. Além de Mesquita. a outros importantes capitalistas. equivalente a 115. 151. Mesquita. Quanto à fortuna do conde de Bonfim.926.421. vice-presidente do Banco do Brasil que. Em carta dirigida ao barão de Mesquita. gal. Bom Retiro e os Mesquita deviam ser antigos amigos. como seu amigo pessoal o visconde de Rio Branco. O barão e conde de Mesquita apresentou em verba testamentária a herança líquida equivalente a 484. para trocar idéias e impressões. O barão de Mesquita. verba testamentária. banqueiros e homens de negócios. identificados como casas. bens de raiz na cidade. Nos belos e iluminados salões de Abrantes. tinha larga intimidade com o meio financeiro. depois de amanhã. foi possível perceber sua participação em diversas empresas mercantis.13 Apesar da dívida. e conde de Bonfim. dizia: Está a semana a terminar e a seguinte tenho toda impedida por motivos que comunicarei ao meu amigo quando nos encontrarmos. como o futuro visconde de Mauá. que incluía ainda a herança recebida com a morte de seu pai. esta não aparece identificada. tais como firmas de comissão de café. ANRJ. suas fortunas estavam em títulos da dívida pública. 74. mas talvez preferisse evitar encontrar o barão de Mesquita. a quem encaminhava freqüentemente mudas de plantas de sua chácara no Engenho Novo. 68. José Francisco de Mesquita.59 libras. Jerônimo José de Mesquita. e por isso. letras e. lembro o dia de sábado. prédios. B. por exemplo. José Francisco de Mesquita. que me parece muito bom para comermos o peru.23 libras (superior a seis mil contos de réis). B. apólices gerais ou provinciais. quase sempre minoritariamente. Assim – se não lhe causar o 13 Barão Smith de Vasconcellos. De um modo geral. o imperador Pedro II. como diretor do Banco do Brasil. cerca de 20. em outras fontes. por sua vez “capitalista abastado e banqueiro cuja bolsa muitas vezes abriu-se para acudir o Estado”. 11 . comércio logístico. etc. fl. n. O mesmo salão contava também com a presença do conselheiro barão do Bom Retiro. livro 46.988. 186. já que o conde de Bonfim lhe deixara em testamento algumas de suas comendas.8% do total de sua fortuna. por laços de amizade. Bom Retiro parecia particularmente ligado. Archivo brasileiro nobiliarchico. amigo da viúva do conselheiro marquês de Paraná. por sua vez. livro 18. capitalistas. diversos nomes do Conselho de Estado. como o visconde de Tocantins. o capitalista e negociante barão de São Francisco. Sua vocação e fortuna haviam sido herdadas de seu pai. Luiz P. barão de Mesquita. no entanto. do Couto Ferraz. conde de Bonfim. conde de Bonfim (terça). Os Mesquita eram senhores de uma invejável fortuna. chácaras e escravos. n. companhias de navegação. gal. fl. assim como também legaria outras a um amigo comum. membro dos Conselhos da Caixa Econômica e do Banco Rural e Hipotecário e presidente da Associação Comercial. cujo clã reunia vultosas fortunas individuais. o visconde de Rio Bonito. Corte. 1873. o peru nos pregue algum logro. carta do barão de Bom Retiro ao barão de Mesquita.menor transtorno. casara-se primeiro com uma prima. Paulo Fernandes Vianna – e sogro de Francisco Nicolau Carneiro Nogueira da Gama. ligavam-se a dois outros conselheiros.. em nome de sua longa amizade com o barão de Rio Branco.14 Nos intervalos dos jantares oferecidos aos amigos. Tenho medo que. no Conselho de Estado. e me diga amanhã o que resolveram.]. o visconde de Magé. peço que combine isto com o nosso amigo Tocantins. Então combinaremos a hora [. em cuja fazenda Caxias faleceria anos depois. um caso que foi discutido. cuja família tinha como patriarca o marquês de Baependi. Códice 747. SDH. Mas em seu testamento Mesquita contemplou apenas seus mais caros e próximos amigos. Os Breves. visconde de Tocantins. que faziam dele um dos homens mais ricos do país. inclusive. ambos sobrinhos de outro conselheiro.. proprietário na região de Vassouras. e seu genro e sobrinho Jerônimo José Teixeira Júnior. quando o comendador Joaquim José de Sousa Breves havia seqüestrado a própria neta para impedir que o pai. da família Fonseca Costa. e depois com uma Sousa Breves. vice-presidente do Banco do Brasil. filha do marquês da Gávea. Peço que da nossa rodinha escolha confidencialmente os nossos amigos que nos devem fazer companhia. família que incluía alguns dos mais importantes produtores de café no Vale fluminense. A família Lima e Silva. Tanto os Carneiro Leão quanto os Nogueira da Gama.. Seu irmão. Honório Hermeto Carneiro Leão.. irmão do conselheiro duque de Caxias. 12 . para tratar pessoalmente e com especial zelo dos parcos recursos que compunham o patrimônio da viúva do conselheiro visconde do Rio Branco. 14 ANRJ. visconde de Tocantins. João Pereira Larrigue Faro.. estava ligada por casamento a outras grandes famílias da Corte. Até amanhã. e o já mencionado José Joaquim de Lima e Silva. se demorarmos. Caxias era casado com uma neta do negociante Braz Carneiro Leão – filha do poderoso intendente-geral de polícia e antigo desembargador do Paço. com origens em Minas Gerais e na própria província do Rio de Janeiro. o barão de Mesquita deixava de lado suas reuniões de diretoria e seus vultosos e amplos negócios. a levasse para fora do país. marquês de Paraná. barão de Santa Mônica. que muito se orgulhava de seus nomes ilustres. aconselhando-a sobre a melhor forma de aplicar seus 28 contos de réis. entre eles o conselheiro Bom Retiro. envolveram-se pouco antes em um grande escândalo com repercussões internacionais. ministro plenipotenciário italiano. Sejam quais forem os laços que o aproximavam do conselheiro Torres Homem. filho de Nova Friburgo. Certa vez despertou-lhe franca hostilidade ao negar à viscondessa mais um do que parecia uma série infindável de desesperados pedidos de empréstimo. O filho de Olinda casou-se com Laura de Faro. visconde de Itaboraí. que pertencia à linhagem dos Cavalcanti de Pernambuco. assim como o conselheiro visconde de Albuquerque. o visconde do Cruzeiro conviveu diretamente com o poderoso capitalista José Machado Coelho de Castro. por sua vez amigo pessoal e concunhado de José Joaquim Rodrigues Torres. como membro da comissão fiscal do Banco Rural e Hipotecário do Rio de Janeiro. 13 . Cruzeiro parecia lamentar a familiaridade com que sua viúva a ele se dirigia.visconde do Cruzeiro. O conde de São Clemente. com os paulistas Campos Vergueiro e com os Clemente Pinto. casara sua filha com um Carneiro Leão. cujo patriarca era o abastado fazendeiro e capitalista barão de Nova Friburgo. primo-irmão do conselheiro conde de Prados. que no Conselho de Estado conviveu com seu primo Francisco Belisário. casamento que proporcionou a aproximação com a família dos barões de Rio Bonito. O irmão de Itaboraí. que se encontrava na diretoria das principais companhias e instituições financeiras. redator do testamento do conselheiro Bernardo Pereira de Vasconcelos. arranjara-lhe a nomeação para a diretoria do Banco do Brasil –. Paraná certamente encontrava seu companheiro dos idos tempos de Coimbra e correligionário nas bancadas do Partido Conservador. era ainda amigo pessoal e antigo colega do visconde do Cruzeiro na academia paulista. A sobrinha de Coelho de Castro se casaria mais tarde com o conselheiro Diogo Velho Cavalcanti de Albuquerque. conselheiro Silva Ferraz. de quem era testamenteiro o barão de Uruguaiana. Por outro lado. respectivamente filho e sobrinho do conselheiro visconde de Uruguai. Nos salões do marquês de Abrantes. filho do marquês de Paraná. barão de Itambi. sogro de Mariano Procópio Ferreira Lage. filha de Antônio Pereira de Faro e Francisca Clemente Pinto. dizia-se. como tal. Cruzeiro era capitalista e homem de vastos negócios e. visconde de Cavalcanti. respectivamente sobrinho e neto do comerciante e capitalista Nicolau Netto Carneiro Leme. visconde de Inhomirim – que. uma das filhas de Cruzeiro tornou-se esposa do conselheiro Paulino Soares de Sousa. havia acumulado respeitável fortuna que freqüentemente atraía a atenção de amigos falidos. o marquês de Olinda. onde era presença constante. Da mesma forma. que trabalhara no Tribunal do Tesouro com o conselheiro José Antônio da Silva Maia. que mesmo em meio às intempéries da revolução havia encontrado tempo para legalizar sua ligação extraconjugal com a marquesa de Santos. José da Costa Carvalho. tio e sogro do barão de Limeira. ligado por casamento a uma nobre família de São Paulo. por cuja diretoria passariam nomes como o visconde de Tocantins. possivelmente parte daqueles que ganhara em sua associação empresarial em São Paulo com o barão de Mauá. Monte Alegre era sócio e assíduo freqüentador do Cassino Fluminense. legitimados com o casamento dos pais. especialmente o também conselheiro visconde de Sinimbu – membro de uma família de senhores de engenho em Alagoas e Pernambuco. cuja mãe. o visconde de Abaeté – cuja filha casara-se com o filho de outro conselheiro. o conselheiro baiano marquês de Monte Alegre. Bom Retiro e Torres Homem. que já durava mais de dez anos e da qual havia já seis filhos. João Pereira Darrigue Faro.15 15 Sobre o Cassino fluminense. barão de Uruguaiana e Nicolau Nogueira Valle da Gama. barão de Mesquita. Sapucaí. que participavam ainda de outro animado salão. o marquês de Valença. Caxias. os conselheiros Manoel Pinto de Sousa Dantas. sobre cujas razões não se tinham maiores informações. Vicente de Sousa Queiroz. os Sousa Queiroz – parentes diretos do abastado fazendeiro. onde deparava com o círculo de políticos pernambucanos que se reuniam em torno do anfitrião. dizia o Almanaque Laemmert em 1850: “Esta sociedade foi instituída no ano de 1845. sustentado pelo conselheiro Nabuco de Araújo. onde gostava de perder alguns tostões que por certo não lhe fariam falta. presidente do Banco Nacional de Depósitos e Descontos. entre outros. sobrinho de um membro do primeiro Conselho de Estado. barão de Juiz de Fora. Rio Branco. À mesma família pertencia o conselheiro Francisco de Paula Sousa e Melo. que havia conquistado “a mais invejável reputação pelos seus estudos sobre finanças”. além de Bernardo de Sousa Franco. amigo pessoal de Nabuco desde os tempos em que estudaram juntos em Recife. barão do Pilar. Encontrava ainda o barão de Mauá. No Cassino encontrava amigos como o barão de Rio Bonito e o conselheiro marquês de Abrantes. viúva do brigadeiro Luiz Antônio de Sousa. mas que na vida pessoal vivia os dissabores de enfrentar o processo de divórcio em juízo de sua filha mais velha.O conde de Prados era cunhado de José Ribeiro de Rezende. político e negociante paulista Rafael Tobias de Aguiar e de seus rebeldes de 1842. Seu fim é proporcionar a seus membros honestos 14 . Olinda. José Machado Coelho. Além de freqüentar o salão do marquês de Abrantes. o marechal João Paulo dos Santos Barreto –. Mariano Procópio Ferreira Lage. se casara com um antigo regente. verbas testamentárias. ao longo de suas trajetórias. os membros do Conselho encontravam-se indiretamente ali presentes graças às suas relações de parentesco. irmandades religiosas. 15 . suas atividades. suas fortunas e suas relações. nos quadros diretores de diversas instituições tecnocientíficas. 16 Os dados referidos encontram-se principalmente no Almanaque Laemmert (1844-1889).16 Essa teia de relacionamentos variados – à qual se deve acrescentar ainda o convívio. cabe ressaltar que. para abarcar ainda o sentido que apresentava a relação entre os homens de Estado e aqueles que detinham o poder econômico e de tomada de decisões na área financeira. Almanaque Laemmert. para além de sua participação direta em organismos dessa natureza. Afonso Celso de Assis Figueiredo”. espaços de trocas intelectuais e políticas – era ainda alimentada pela convivência nas diretorias e conselhos tanto dos órgãos da administração pública quanto dos bancos e empresas privadas. por sua vez amigo e peça fundamental “no saneamento das finanças imperiais empreendido pelo visconde de Ouro Preto. nesse ponto a análise deve extrapolar o sentido puramente social que lhe é inerente. complementados por informações esparsas encontradas nas obras citadas de J. Estudos recentes. o que não os impediu de influenciarem e sustentarem laços estreitos com a política imperial. já foi analisada anteriormente. dedicados às elites setecentistas. Joaquim Nabuco. vêm revelando o papel fundamental desempenhado pelos grandes negociantes e capitalistas na estrutura econômica e financeira do Império. Entretanto.Sinimbu era amigo do visconde de Figueiredo. do qual ele. Seus bailes têm sido muito esplêndidos e honrados com a Augusta Presença de SS MM II”. era também membro do chamado “ministério dos velhos”. sociedades literárias e órgãos da imprensa. p. correspondências pessoais. retornando ao já mencionado proprietário de um dos mais elegantes salões freqüentados pela elite carioca. e do qual também fazia parte o marquês de Abrantes. Needell. que ao longo desse período mantiveram uma ligação razoavelmente distante da economia cafeeira. por partidas de baile e música. textos biográficos. de reiteração de laços de amizade e comunhão de idéias e crenças. Esse fato concede um novo aspecto ao entendimento do papel dos conselheiros como membros da alta cúpula do Estado. fossem públicas ou privadas. conselheiro de Estado em 1882. 249. Tavares de Lyra e dicionários biográficos. Entretanto. inventários e testamentos. A presença dos conselheiros de Estado na direção das principais instituições financeiras e companhias comerciais. era o mais moço. pois divertimentos. contando cinqüenta anos de idade. 1850. João Manoel Pereira da Silva. não são suficientes para explicar seu papel político e os interesses que representavam. Francisco Macedo Freire de Azeredo Coutinho. era grande proprietário de terras em Cabo Frio e Araruama. visconde do Uruguai. Todas as filhas dessa união se casaram com parentes. Este seria o caso do visconde de Itaboraí. barão de Itambi. da qual era acionista. Outro descendente da mesma família. mesmo no século XIX a família apresentaria uma diversificação de seus negócios. tendo como presidente o conselheiro de 17 Instituto de Geociências – UFRJ. dono do Engenho de Itapacorá e descendente de Duarte de Azevedo. proprietário de grandes extensões de terra na freguesia da Santíssima Trindade no vale do Macacu. como o barão de Nova Friburgo. personagem claramente identificada com a área financeira. líder saquarema e importante proprietário de terras.demonstra que as identificações imediatas dos indivíduos com determinados setores. Encontrava-se também no conselho diretor da Companhia Praça da Glória.igeo. Itambi integrava ainda o conselho diretor da Companhia Cantagalo.ufrj. que reunia capitalistas e empresários importantes no período. José Joaquim de Lima e Silva Sobrinho (Tocantins) e. fundado em 1648. quer pela amplitude de seus negócios ou pelas fortunas. usualmente identificado como um dos grandes representantes dos interesses agrários-escravistas na província fluminense.htm 16 .br/ fronteiras/trabtec/caceribu. Sua filha casou-se com um primo. José Machado Coelho de Castro. Itaboraí descendia do mestre de campo Alexandre Alvarez Duarte de Azevedo. além dos engenhos de Fora e de Santa Ana. Disponível em: http://www. a dos Duque Estrada (ver diagrama 1). que descendia ainda de outra grande família da região. cujo engenho. como gerente. em geral importantes políticos do Império: Bernardo Belisário Soares de Sousa e seu sobrinho Paulino José Soares de Sousa. João Alvarez de Azevedo. Cândido José Rodrigues Torres. recebeu elogios do marquês de Lavradio. Geografia histórica do Rio de Janeiro: período colonial. Itambi foi membro da diretoria do Banco Industrial e Mercantil e da Caixa Econômica e Monte de Socorro de 1863 a 1870. o segundo visconde de Barbacena. como se verifica pela atuação do irmão de Itaboraí. além de contar com outros parentes próximos na direção do Banco Rural e Hipotecário. e o visconde de Itaboraí.17 Apesar de suas fortes ligações com as atividades agrárias. considerando-se exclusivamente sua principal atividade ou região de atuação. Também diretor do Banco do Brasil (1870) como o próprio Itaboraí. em 1846. o que foi meta principal da sua atividade em uma longa e gloriosa existência. p. Bernardo de Sousa Franco. tendo assumido. chegando a assumir a vice-presidência da instituição em 1887. 20 Barão Smith de Vasconcellos. assumindo diversos cargos diplomáticos em Paris. Felisberto Caldeira Brant Pontes. sogro de Joaquim Manuel Monteiro. Assim. em segundas núpcias.20 Tocantins foi ainda um dos principais nomes da diretoria do Banco do Brasil. Londres e Viena entre 1825 e 1827. a trajetória de Tocantins. José Joaquim de Maia Monteiro. segundo visconde com grandeza de Barbacena.18 Outro exemplo é José Antônio da Silva Maia.Estado. cit. nele permanecendo por quase quarenta anos. assumindo por longo período a presidência da Associação Comercial do Rio de Janeiro e a diretoria da Junta Administrativa da Caixa de Amortização. Barão Smith de Vasconcellos. Advogado. op. sempre representando sua província.. 17 . investidor. como tesoureiro. membro da Seção de Fazenda do Conselho entre 1842-1853. Filho do marquês de Barbacena. chegando a servir como coronel nas forças comandadas por seu irmão duque de Caxias. prioritariamente voltada para a área financeira. assim. com sua filha. 89.. Após tornar-se deputado provincial na Bahia. Deputado pela província de Minas Gerais e Rio de Janeiro. filho do marechal-de-campo Francisco de Lima e Silva. Pedro II [. que combateram a revolução mineira de 1842. A ele coube a iniciativa da construção da Estrada de Ferro D. presidente do Banco Rural e Hipotecário do Rio de Janeiro. “foi presidente do RJ em 1848 e ao deixar o governo da província voltou suas vistas para o progresso industrial e agrícola do país. em princípio abraçou a carreira militar. e. formou-se em Paris. no Rio de Janeiro. logo abandonou a vida militar. o cargo de presidente da instituição.19 Ainda no que diz respeito àqueles ligados indiretamente às principais estruturas de poder no período.] o melhor e mais rico próprio nacional. permanecendo 12 anos no conselho fiscal do Banco Rural e Hipotecário. cit. intelectual e jornalista nascido no Rio de Janeiro em 1817. a da Estrada de Ferro de Cantagalo em 1856. até a supressão desta função em 1880. e na Holanda. em 1850. nasceu na Bahia em 1802. op. Teresa Cristina em 1862”. destaca-se a figura de José Joaquim de Lima e Silva Sobrinho. permite 18 Pereira da Silva era membro do corpo oficial de advogados do Conselho de Estado desde 1843. cit. op. filho do já mencionado capitalista barão de São Francisco. como era comum na família. visconde e primeiro conde da Estrela por Portugal. foi deputado na Assembléia Provincial e Geral desde 1840. era ainda avô do barão da Estrela. ambos capitalistas. 19 Jeffrey D. seguiu primeiro a carreira militar e depois a diplomacia. a da de d. inclusive. Needell. Foi ainda diretor e presidente da Caixa Econômica e Monte de Socorro por quase vinte anos. chegando ao Senado em 1888. de 1870 a 1889. Nascido em 1809. onde esteve por 23 anos. e do barão de Maia Monteiro. capitalista e rico proprietário no Rio de Janeiro.. pelo casamento deste. visconde de Tocantins. Pereira da Silva esteve ainda na diretoria do Banco do Brasil por 21 anos. o negociante Francisco José Pacheco. o privilégio da navegação do Amazonas e seus afluentes por trinta anos. Já em 1852. barão de Mauá. proveniente das ilhas açorianas. havia se estabelecido na região de Barbacena. tendo como patriarca Francisco Ferreira Armonde. identificado com esse setor especialmente após o casamento de suas filhas com fazendeiros do Vale do Paraíba e da região de Quissamã (ver diagrama 2). ainda sob a presidência de Mauá. a empresas estrangeiras.21 Três anos depois. Sua família. filho do conselheiro marquês de São Vicente. Comércio e Obras Públicas. então. duque de Caxias. que se manteve sempre próximo ao poder central. p. p. cujos estatutos seriam aprovados nesse mesmo ano por parecer da Seção do Império do Conselho de Estado. diante da pressão que já se fazia sentir para utilização dessa bacia hidrográfica por companhias norteamericanas. 164-187. como representante da elite agrária fluminense. constam ainda freqüentes pedidos do barão de Mauá.relativizar o papel político de seu irmão. quando foi submetida ao Conselho de Estado a proposta de sua venda. cujo risco havia sido longamente debatido no Conselho de Estado e no próprio Senado. José Honório Rodrigues (org. Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá. então associado ao comendador paulista José Vergueiro.22 Um outro exemplo de como se mantinham relativamente inalteradas as relações entre os conselheiros e o meio industrial e financeiro é o conde de Prados. A estrada de ferro foi concluída entre 1866 e 1867. Ver ata do Conselho de Estado de 4 de janeiro de 1871. Relatório apresentado à Assembléia Geral Legislativa na terceira sessão da décima segunda legislatura pelo ministro e secretário de Estado dos Negócios da Agricultura. O prolongamento dessa via férrea seria mais tarde alvo de solicitação ao Conselho de Estado.). Camilo Maria Ferreira Armonde. em uma concessão para construir e explorar por noventa anos uma ferrovia a partir da criação da Companhia de Estrada de Ferro Santos a Jundiaí. dr. em 1855. Ver: Índice cronológico das consultas da Seção dos Negócios do Império do Conselho de Estado. 22 Dentre as consultas submetidas à Seção do Império no item identificado como Estradas de ferro. representante de uma nova geração na instituição. Foi-lhe oferecido. Atas do Conselho de Estado. encaminhado por Mauá. As relações pessoais e comerciais ligavam ainda alguns conselheiros ao empreendedor Irineu Evangelista de Sousa. que lá chegou no segundo quartel do 21 A Companhia de Comércio e Navegação do Amazonas parece ter subsistido ao menos até 1871. Mauá foi convidado pelo próprio governo a organizar uma companhia dedicada ao comércio e navegação do rio Amazonas. em 1864. 18 . além de solicitação encaminhada em 1855 pelo próprio conselheiro de Estado Monte Alegre e sócios. este último já conselheiro de Estado. nomeado em 1879. Mauá se associava ao próprio São Vicente e ao marquês de Monte Alegre. em Brasil. 1-64. Como um dos diretores da companhia durante todo o seu período de funcionamento encontrava-se Miguel Antônio Pimenta Bueno. ufop. nomeado chefe das armas. 19 . de outra importante família da região. o sobrinho de Mariano José. a qual obteve a concessão. Quando o governo imperial sufocou a revolta pela ação das tropas comandadas pelo duque de Caxias. p. Os três formaram a base do Partido Liberal na cidade. Richard Burton. Maior destaque na revolta teve o barão de Pitangui. primo-irmão do conde de Prados e filho de Mariano José Ferreira Armonde e Maria José de Santana. uma espécie de comandante militar da revolução. e João Ferreira Armonde era proprietário e fazendeiro na divisa com a freguesia vizinha de Formiga. Inventários da Seção de Códices. partindo de Petrópolis. que fixa os limites das freguesias a partir das terras de proprietários locais. conde de Prados. Ferreira Lage descendia.23 Três anos depois retornava para Barbacena proveniente da Europa. Mariano Procópio Ferreira Lage. hoje. em 1830. http://www. Com a criação das assembléias provinciais pelo Ato Adicional de 1834. para construção e exploração de uma estrada que. Nas primeiras décadas do século seguinte a família já parecia totalmente envolvida com os cargos e poderes locais. influente político. pelo Partido Liberal. que se tornaria baronesa de Santana.com.html. fazendeiro. Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Mariana. 24 Comentando o poderio da família Ferreira Armonde. os Vidal Barbosa Lage. e também estudara na Europa formando-se engenheiro. 114. diria o viajante inglês Richard Burton: “na última geração.htm Ver também a lei provincial nº 533. os Armonde foram presos e anistiados dois anos depois. uma das principais produtoras de café daquela região. tornando-se membros ativos e mesmo líderes da Revolução Liberal de 1842. Armond.br/departamentos/dehis/ahcmm/Codices-SubSerie-1-1004. e engenheiro da região de Juiz de Fora – representante de Minas Gerais na Assembléia Geral (1861-1864/1869-1872). por quê?. http://www. pelo lado materno. o futuro conselheiro de Estado. o barão de Pitangui ganhou £400. termo de Barbacena. Simplício José Ferreira Armonde era juiz de paz do distrito do Curral Novo. em 1831. em 1844.000 no comércio. barão de Pitangui. pois há registros de que um certo Honório José Ferreira Armonde era presidente da Câmara Municipal de Mariana em 1835. em 1835.24 Enquanto os Armonde seguiam a carreira política. se 23 Ver Rui Vieira da Cunha. Ferreira Lage criou a Companhia União Indústria em 1854. por cinqüenta anos.arquivohistoricomg. iniciava brilhante trajetória um outro membro da família. de 10 de outubro de 1851. Ao voltar ao Brasil. Nascido em 1821 em Barbacena. Mariano José Ferreira Armonde. filho do coronel Marcelino José Ferreira Armonde.br/piacatuba/distrito. outro membro da família. Lei nº 533. a indústria não oferece.século XVIII. Viagem do Rio de Janeiro a Morro Velho. elegeu-se como representante da região. onde havia seguido para cursar medicina. perspectivas de tais fortunas”. Os trabalhos tiveram início em abril de 1856 e a estrada foi inaugurada em junho de 1861. presidente do Senado em 1841. bem como àqueles que controlavam a política local. e. vereador e primeiro vice-presidente da Câmara Municipal de Juiz de Fora – quando esta foi elevada à vila. ministro da Justiça em 1827. onde criou cavalos de raça –.). em José Honório Rodrigues (org. encontrava-se associado também à poderosa família Sousa Queiroz. 20 . conde e marquês de Valença. sobrinho paterno do marquês de Valença. 70-96. foi submetida e analisada pelo Conselho de Estado a proposta da companhia União Indústria. o conselheiro conde de Prados era cunhado de José Ribeiro de Resende.dirigisse a Juiz de Fora. gerando receita que provinha da cobrança de pedágio por mercadoria. começaria a escoar a produção agrária da Zona da Mata Mineira. 26 Estevão Ribeiro de Resende. Assim. senador por sua província em 1826. através do marquês de Valença. nasceu em Prados. de abastada família de Prados em Minas Gerais. sua família e vários representantes ilustres da Corte. diretor da Estrada de Ferro dom Pedro II e das Docas da 25 Anos mais tarde. e faleceu em 1856. Era filho do coronel Severino Ribeiro. em 1868. no mesmo ano. que incluía fazendeiros de café. ainda presidida por Ferreira Lage. fidalgo português. juiz de fora. e ainda aos produtores de café na região de Juiz de Fora. e dela foi presidente entre 1853 e 1856. filha do brigadeiro Luiz Antônio de Sousa. mais precisamente por burro carregado. em 1777. filha do capitão Antônio de Barros Penteado e de Maria Paula Machado. Além de proprietário da fazenda de café Fortaleza. Pedro II. da qual passaria à Casa de Suplicação em 1818 e ao Desembargo do Paço em 1824. Ver Ata do Conselho de Estado de 3 de setembro de 1868. banqueiros e membros do poder local na região do vale paulista. com a presença de d. de nobre família. barão de Juiz de Fora. Ribeiro de Resende exercera os cargos de juiz de paz. e de Genebra de Barros Leite. e de Josefa Maria de Resende. Por essa estrada.26 Ferreira Lage foi ainda comerciante e produtor agrícola – fundador da Escola Agrícola União e Indústria e proprietário de uma fazenda em Goianá.25 Como mencionado anteriormente. sobretudo o café. p. essencialmente na vila de Itu (ver diagrama 3). desembargador da Relação da Bahia. Deputado na Assembléia Constituinte de 1823 por Minas Gerais e na Geral de 1826. considerando ainda sua própria situação de proprietário. os Ribeiro de Resende – originários exatamente da região de Prados –. de encampamento de áreas servidas pela Estrada de Ferro Dom Pedro II. conselheiro de Estado honorário em 1827. Atas do Conselho de Estado. Casou com a paulista Ilídia Mafalda de Sousa Queiroz (1805-1877). e a circular os primeiros transportes coletivos. foi ainda ministro do Império em 1823. Indiretamente. o conde de Prados encontrava-se diretamente relacionado a uma das mais tradicionais famílias mineiras. como Ferreira Lage. sendo nomeado em 1816 para o cargo de fiscal dos diamantes no Serro Frio (MG). Estevão Ribeiro de Resende iniciou sua brilhante trajetória em 1810 como juiz de fora em São Paulo. capitalistas. barão com grandeza. em 1852 –. natural de Lisboa. aos empresários de Minas. perto de Rio Novo. conhecida como União Indústria. da qual era diretor-presidente Ferreira Lage e vice-presidente seu primo conde de Prados. chegando à presidência da instituição entre 1872 e 1877 e. Filho do comerciante português José Machado Coelho. o barão de Rio Bonito. secretário da Companhia União Indústria. seguindo provavelmente os passos do pai. em 1851. apenas para citar algumas das grandes fortunas do período. José Machado Coelho de Castro. ao contrário de seus colegas. Desse modo. Ocupou por 23 anos os cargos diretores do Banco do Brasil. Entretanto. com o qual compartilhou a revista semanal Ensaios Literários. homens cujas trajetórias voltavam-se prioritariamente ao meio financeiro e ao crescente mundo dos negócios. não seguiu a carreira política. certamente tiraram bons proveitos de suas relações de parentesco e amizade com os 27 José de Alencar. http://www. vice-presidente e membro do Conselho Diretor da já mencionada Companhia Cantagalo – por indicação do presidente da província. Coelho de Castro seguira a trajetória tradicional dos jovens membros das elites nacionais ao ingressar na Academia de Direito de São Paulo em 1846. haja vista sua presença constante nas diretorias dos principais bancos e companhias do período. Foi também membro do Conselho Fiscal do Banco Rural e Hipotecário do Rio de Janeiro entre 1870-1879 e diretor da Caixa Econômica e Monte de Socorro entre 1863-1870.Alfândega. mais tarde. o visconde de Tocantins. no Rio de Janeiro. o visconde de Figueiredo. com Maria Amália Coelho de Castro. entre 1856-1867.br/biblioteca/ jose_de_alencar_comoeporquesouromancista. e seu presidente em 1858-1859 – quando eram membros do Conselho o barão de Mauá e Luiz Peixoto de Lacerda Werneck –. o sogro de Ferreira Lage. Otoni – na presidência de seu irmão Teófilo Otoni –. Coelho de Castro logo se tornou um conceituado homem de negócios. Ferreira Lage. o barão de São Clemente e o barão de Itambi. casou-se. junto com Cristiano B. Dedicou-se inteiramente às atividades comerciais e financeiras. Deputado geral pelo Partido Conservador.27 Coelho de Castro foi também diretor do Montepio Geral entre 1854-1857. na turma de Francisco Otaviano e José de Alencar. como o conde de Bonfim e seu filho barão de Mesquita. Esse casamento introduz uma outra personagem à sua rede de relações. além de presidente do Jockey Club Brasileiro. Como e porque sou romancista. o visconde de Mauá.com. entre 1881 e 1886. onde morou alguns anos. José Machado Coelho de Castro.html 21 .mundocultural. do conselheiro Cândido Batista de Oliveira. como. barão de Aiuruoca. Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá. em 1851. aceitação e legitimação do poder central. Comércio e Obras Públicas. relativo à incorporação de uma companhia de capital misto para construção de estrada de ferro em Pernambuco. por exemplo. 1842-1860 (pareceres).conselheiros de Estado. 29 Parecer de 14 de maio de 1851 com resolução imperial de 28 de maio de 1851. visconde de Albuquerque. em sociedade com José Joaquim de Oliveira. era membro do Conselho –. e. Da mesma forma que o governo se beneficiava das redes que esses indivíduos controlavam para a expansão. fosse pelo acesso à informação. de Vicente de Sousa Queiroz – parente do conselheiro marquês de Monte Alegre – para que o privilégio concedido a Mauá. terminavam por se decidir no Conselho de Estado. 2. v. p. requerimento do visconde de Barbacena. seria nomeado para o Conselho em 1866. em 1859. Relatório apresentado à Assembléia Geral Legislativa na terceira sessão da décima segunda legislatura pelo ministro e secretário de Estado dos Negócios da Agricultura. cujo sobrinho. SDH – Fundo Conselho de Estado. ANRJ. que eram também ministros e senadores. que pede diversos favores na qualidade de empresário de uma estrada de ferro no distrito de Laguna. questões que. concessão de privilégios e subvenções etc. visconde de Araxá. dr.. invariavelmente. em 1863. província de Santa Catarina. 22 . códice 276. até porque os argumentos e votos no Conselho eram sempre longamente justificados e argumentados legal e idoneamente.29 de Caetano Maria Lopes Gama – membro da instituição desde 1842 –. excluísse a província de São Paulo. de um sistema de locomotiva a vapor por vias ordinárias. a partir dos pareceres da Seção do Império. para exploração 28 Índice cronológico das consultas da Seção dos Negócios do Império do Conselho de Estado. o que foi atendido por resolução de fevereiro do ano seguinte.28 Estão ainda registradas solicitações como o pedido de privilégio para exploração aurífera na província de Mato Grosso por trinta anos por parte de uma sociedade da qual faziam parte os primos Joaquim Leite Ribeiro e Custódio Teixeira Leite. no mesmo ano. 1-64. em Brasil. o requerimento. o pedido do visconde de Camaragibe. Entre as consultas apresentadas à Seção do Império. Embora pareça difícil afirmar o favorecimento direto. por certo se tornavam úteis a influência e os relacionamentos que as famílias e redes ali pudessem ter. Seção dos Negócios do Império do Conselho de Estado. também eles poderiam lucrar com a influência que construíam no interior do aparelho governamental. ou por benefícios mais diretos como a aprovação de estatutos de suas companhias. Pedro Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque – cujo irmão. encontram-se solicitações diversas. no Rio de Janeiro. do ponto de vista das ligações matrimoniais. Fundo Ministério do Império. Por outro lado. e a qual se ligava como sobrinho do próprio patriarca. casou sua filha com um Teixeira Leite. De fato. filho do barão de Tietê. quando se analisam os casamentos realizados pelos filhos dos conselheiros de Estado. capitalista e proprietário visconde de Araruama. político e banqueiro nessa província. visconde de Araxá. de Diogo Maria de Vasconcelos. mas também aquelas na região Nordeste. ao menos até a década de 1870. cabe ressaltar que. com os fazendeiros da região sul de Minas Gerais e. em Minas Gerais e. correspondendo tanto a práticas matrimoniais endogâmicas quanto a estratégias específicas de ligação com a economia cafeeira. primo de sua esposa e filho do marquês de Baependi –. as alianças com os setores escravistas não pareciam uma opção nova aos políticos imperiais. 1854. O duque de Caxias casou suas filhas com o barão de Santa Mônica – um Nogueira da Gama. assim como a política e a economia relacionavam os conselheiros ao meio financeiro e empresarial. Já no casamento de sua filha. parente de Caxias e do visconde de Magé. desfrutando dos títulos e do reconhecimento imperial e enriquecendo como um dos mais poderosos clãs de fazendeiros 23 . que desbravaram o rico Vale do Paraíba. Ela prosperou nos setores financeiro e de infra-estrutura. Jeffrey Needell afirma que “a família Teixeira Leite originara-se de famílias mineiras do século XVIII. o conselheiro Domiciano Leite Ribeiro. em 1852. Licença para casamento de pessoas nobres. Assim. e o barão de Ururaí. e de Oliveira Bello. Para citar alguns exemplos. sobrinho do conselheiro Bernardo Pereira de Vasconcelos. pelo casamento de seus herdeiros. códice 577. barão de Itambé. Eusébio de Queiroz preferiu unir sua família à área financeira. com os representantes do café na província de São Paulo. filho do empresário. cuja filha se casaria com o filho do líder saquarema conselheiro Eusébio de Queiroz. família de origem mineira em que predominavam capitalistas.30 30 ANRJ. relações diretas de sangue ou a reiteração de ligações que se inauguraram com os próprios casamentos dos pais. pelo consórcio com o futuro senador por São Paulo. Quanto aos Teixeira Leite. não apenas aquelas estabelecidas no Vale do Paraíba fluminense. mantiveram-se também ao longo do período suas relações com a grande lavoura. fundando cidades provinciais. principalmente. Araruama ligava-se a dois poderosos conselheiros de Estado. Entre seus membros encontravam-se os mais importantes financistas e corretores da província do Rio de Janeiro. do visconde de Barbacena. observa-se que predominavam a manutenção de antigos laços familiares. banqueiros e proprietários que atuavam na região cafeeira de Vassouras.de minério. Rodrigo Augusto da Silva. Entretanto. de quem era parente.32 Um outro exemplo refere-se ao conselheiro Nabuco de Araújo que. cit. p.. J. na região cafeeira de Paty do Alferes. dos quais havia se aproximado nos tempos em que estudara na Academia de Olinda.. Uma irmandade de grandes cafezistas e civilizadores: os Teixeira Leite: Nascimento. O mesmo ocorreu com o visconde do Cruzeiro. 136-144. José C. neto do poderoso comerciante Antônio Ribeiro de Avelar e herdeiro da fazenda Pau Grande. filho de Genebra de Barros. visconde de Uberaba. preferiu manter as relações estabelecidas com seu próprio matrimônio. uma Gomes de Carvalho. que. visconde de Abaeté. 140. Minas Gerais. à qual pertencia sua esposa. op. In: Segundo Centenário da Introdução Cafeeira no Brasil. a filha do visconde de Ubá. uma vez que seu filho Joaquim Nabuco terminou por romper o noivado com Eufrásia Teixeira Leite. apesar de sua origem baiana. Rio de Janeiro. Licença para casamento de pessoas nobres. no caso. família à qual pertencia sua esposa. sobrinha do barão de Vassouras. op. Joaquim Nabuco se casaria com outra rica herdeira. no entanto. Entre os ramos mineiros. seu sobrinho. Limpo de Abreu. diz-se. vida e morte de Vassouras. p. 24 . no comércio e no mercado imobiliário urbano”.Ainda em São Paulo. Na verdade. realizando o casamento de seu filho com uma Carneiro de Mendonça. cit. 32 J. Needell. provinciais no auge inicial do café”. Fundo Ministério do Império. uniu-se por casamento aos poderosos Paes Barreto. cujo filho casou-se em uma família com a qual parecia manter apenas vínculos eleitorais. segundo barão de Piracicaba. Evelina Torres S. Por pouco Nabuco não se tornou sogro de outra Teixeira Leite. opunha-se a uma aliança com um abolicionista.31 Apenas o visconde de Muritiba parece ter casado seu filho com um membro de uma família sem prévias ou aparentes conexões. 146. casou o filho com uma Monteiro de Barros. de Pernambuco. 31 Ver ANRJ. o conselheiro Paula Sousa casou uma das filhas com o barão de Limeira. Needell. de Miranda Ribeiro. códice 577. Joaquim Ribeiro de Avelar. ambas as famílias provinham de comerciantes portugueses radicados em Minas Gerais que se uniram por casamento a famílias de proprietários fluminenses. atuando ao longo do século XIX “como rentiers e profissionais urbanos com investimentos em fazendas de café. 147. p. 1987. Taunay. Sobre os Teixeira Leite. Ver também Affonso de E. e seu filho com a filha de seu sobrinho Rafael Tobias de Aguiar. aparentada aos Teixeira Leite. Ribeiro. Mais tarde. família de proprietários e negociantes da região de Paracatu. ver quadro 29 nesse capítulo. p. de origens provinciais (mas residentes na Corte)”. Pernambuco. corretores de café. Cabe ressaltar. Nomes muitas vezes obscuros no cenário político têm sua presença justificada no círculo de relações que se estrutura em torno do Conselho. cujos casamentos os vincularam a famílias enobrecidas de militares e magistrados. sem dúvida. a análise dessas redes demonstra ainda como a alta cúpula do poder imperial encontrava-se ligada às oligarquias regionais. nem apenas os grandes proprietários de terras na região. Pelo ramo de sua família materna (Rodrigues Torres). mas também consideravam-se as vantagens do estabelecimento de laços variados com importantes lideranças locais dada a representatividade desses setores. banqueiros e políticos. em especial seu papel nas eleições. encontravam-se impreterivelmente próximas às grandes fortunas e a elas pareciam dar preferência quando se tratava do casamento de seus filhos. uma vez que não apenas obedeciam a interesses econômicos. para a viabilização das políticas empreendidas pelo poder central. em virtude de suas alianças familiares e sua ampla concepção da idéia de parentesco.33 Assim. cit. se estende por toda a estrutura do poder local. dona Evelina estava ligada a latifundiários fluminenses. famílias e poder local Para além das relações que se estabeleciam na Corte. Bahia.filha de um fazendeiro da região de Maricá. o barão de Inhoã. 33 Os Soares Ribeiro “tornaram-se extraordinariamente ricos no comércio carioca e com atividades empresariais urbanas e rurais. particularmente em Minas Gerais. no entanto. que os casamentos representavam múltiplas estratégias. Nesse sentido. 25 . família à qual pertencia o conselheiro Itaboraí (ver diagrama 1). mesmo quando as redes integradas pelos conselheiros aproximavam-se dos setores escravistas. dificilmente unindo-se a tradicionais fazendeiros de café.. p. era nas principais províncias do Império brasileiro que muitas vezes se originavam e ramificavam as relações pessoais e familiares verificadas na Corte. que abarca não apenas suas províncias de origem. Vasconcelos de Drummond e outras). J. op. incluindo as diversas instâncias administrativas e judiciárias provinciais e municipais. A rede vista por fora II: províncias. São Paulo e Rio de Janeiro. Na verdade. não apenas procuraram ampliar suas redes em direção ao pólo cafeeiro do Vale. mas. ligado ainda aos Rodrigues Torres. tendo realizado casamentos com famílias similares (como Estrela. fosse por linhagem direta ou por uma eficiente política de casamentos. como ali deram prioridade às fortunas mais estáveis e diversificadas. 149. Needell. embora os presidentes continuassem a ser nomeados pelo governo.34 Como já foi visto anteriormente. que se viam ameaçadas pela “desordem”. Iniciado no período regencial. os de nomear executivos municipais e escolher os vice-presidentes provinciais. em detrimento da autoridade dos juízes de paz eleitos. levou a uma série de medidas de caráter centralizador. em 1842. esse debate estendeu-se ao longo de todo o Segundo Reinado. a nova lei eleitoral também concedia aos delegados o poder de supervisionar as eleições. conjunto este no qual se inserem a reforma do Código Criminal. no nível municipal. a definição da estrutura militar e policial do Império – a partir da criação e reformas da Guarda Nacional – e as reformas eleitorais. A importância do papel desempenhado pelas províncias nesse contexto já foi abordada a partir da intensidade do debate acerca da questão da descentralização. e aos delegados de polícia. a reforma do Código de 1841 concedia o total controle policial nas províncias aos chefes de polícia. 73-74. que conferia às assembléias provinciais. e estimulava o conflito entre facções locais. entre outros poderes. Tais medidas procuraram estabelecer especificamente o caráter eletivo e a extensão da atuação e poder destinado aos diversos cargos existentes nas províncias. 26 .alimentadas pelas práticas clientelares de poder e dependência pessoal que davam sustentação eleitoral e política ao governo central. p. o que também alimentou as rivalidades que se encontravam na base das revoltas que eclodiram no período regencial. Clientelismo e política no Brasil do século XIX. sendo a base para uma série de reformas administrativas que buscaram definir o peso das estruturas do poder local e sua relação com o governo central. mesmo que em detrimento das assembléias municipais. em especial aqueles ligados ao Poder Judiciário e seu papel nas eleições e no controle dos conflitos locais. que se intensificaram com o Regresso. Tais aspectos seriam reforçados com a edição do Ato Adicional de 1834. o excesso de autonomia das províncias. Simultaneamente. considerado então fator fundamental para a eclosão dos movimentos revoltosos. Particularmente. Direta ou indiretamente. tais medidas contaram com o apoio das grandes oligarquias. Esse conjunto de medidas conduzia ao aumento do poder dos cargos provinciais. no nível provincial. 34 Richard Graham. ambos cargos nomeados pelo ministro da Justiça e pelo presidente da província. 55. uma lei que. cit. na prática. no entanto.35 O poder que representava o domínio das milícias pelas elites locais – além da questão do status que lhe seria inerente e do próprio poder de polícia provincial. entre outras medidas. Criada como milícia em 1831. inclusive delegados de polícia. marcado pelo crescimento da autonomia provincial. inclusive durante os processos eleitorais – encontrava-se na possibilidade de controle de um grupo de homens livres que podiam ser entendidos como eleitores ou virtuais eleitores. com uma renda acima de determinado mínimo podiam ser convocados legalmente. A Guarda Nacional imitava a sociedade em suas gradações. O nascimento legítimo fornecia apenas um dos vários quesitos para a nomeação. Fossem eleitos – como ocorria antes de 1850 – ou nomeados. uma reedição formalizada das milícias coloniais. refletiu o processo de descentralização característico do período regencial. entre 18 e 60 anos.Ainda no bojo das reformas centralistas. o estudo mais geral e mais completo ainda é o trabalho de Fernando Uricoechea. o governo promoveu a reforma da Guarda Nacional em 1850. O minotauro imperial: a burocratização do Estado patrimonial brasileiro no século XIX. 50-51. 163. suas fileiras distinguiam nitidamente as classes sociais. Na prática. Todos os cidadãos do sexo masculino. portanto. por proprietários de terra ansiosos por conter a influência desestabilizadora de um exército indisciplinado. tanto no que se refere à centralização do poder quanto à manutenção da ordem. Criada em 1831.. oficiais da Guarda Nacional e juízes. a Guarda Nacional tinha como objetivo exercer o poder militar nas províncias. teoricamente como instância de controle policial sobre os conflitos regionais. levava em consideração a estrutura do poder local à qual as elites governantes encontravam-se ligadas pelas mais variadas redes. p. os oficiais vinham das “classes abastadas”. mais ainda quando se intensificaram as revoltas separatistas e os movimentos liberais no início do Segundo Reinado. A guarda ocupava um papel fundamental na manutenção e reprodução do poder familiar sobre as estruturas de mando locais. substituiu a eleição de oficiais pela nomeação. o Poder Executivo assumia a responsabilidade de nomeação para cargos públicos nas províncias. mas era uma decisão que. uma conquista que os grandes chefes políticos locais recearam ver abalada pela presença de um exército nacional e contemplada no conjunto de medidas centralizadoras empreendidas pelo Regresso. p. não bloquearam o poder das oligarquias. Embora cada vez mais surjam pesquisas regionais sobre a Guarda Nacional. p. 27 . A partir dessas reformas. enquanto o exército profissional dedicava-se aos conflitos externos. Ao 35 Ibidem.36 Embora tais medidas cumprissem seu papel. e de modo geral os oficiais eram donos de terras e escravos. 36 Sobre o papel da Guarda Nacional nos processos eleitorais ver Fernando Uricoechea. op. procurou-se relacionar diretamente os conselheiros de Estado a algumas famílias e principais chefes políticos regionais nas províncias do Rio de Janeiro.37 Mas a reforma da Guarda Nacional – que visava conter o crescimento da ingerência direta dos chefes políticos locais – embora não afetasse diretamente o controle dos grandes representantes das oligarquias. ver p. Minas Gerais e São Paulo. abaixo apenas do Supremo Tribunal de Justiça. A escolha ancora-se. participando diretamente das mesas de qualificação de votantes. obtendo sucessivas nomeações para a Guarda Nacional. na prática impôs reajustes estratégicos para manutenção do controle local de ambas as partes. Sobre os cargos e a estrutura do Judiciário ver p. p. então com ligações mais fortes com o poder central. Segundo ainda o autor. sobre as estratégias eleitorais e o papel desses cargos nas eleições. 141. Naturalmente. mais ainda. Maranhão e Pernambuco) ampliaram-se para 11 em 1873. 37 Acerca dos efeitos do Ato Adicional. 85. particularmente após a lei eleitoral de 1846. Por outro lado. para o cargo vitalício de desembargador dos tribunais da Relação. em particular a província fluminense. e o próprio governo usou a instituição para distinguir personagens importantes do cenário político provincial. permitia a manutenção de uma certa unidade familiar. cit. em primeiro lugar. que referendava e legitimava toda essa estrutura de poder. bem como das redes que os ligavam ao poder central. na predominância da representação que tiveram essas regiões no Conselho de Estado. op. 28 . 3. o que dava grande poder e influência aos desembargadores que aí serviam. que assumiam um papel cada vez maior nos processos eleitorais. ver cap. os tribunais da Relação encontravam-se no topo da hierarquia judicial. seguiram controlando os principais cargos locais. indiretamente fizeram ampliar as redes de alianças e concentrar o poder local nas mãos das grandes famílias que. formando uma extensa teia que. no centro dessa estrutura encontravam-se a família e as redes de clientela que se formavam ao seu redor. Para melhor compreender a forma como se desenvolviam essas redes de sociabilidade e parentesco. sobre a lei eleitoral de 1846.. os quatro existentes (Corte. elegendo os juízes de paz. Bahia. 94 a 97. De fato.contrário. pretende-se ressaltar o fato de que essas redes desconheciam os limites provinciais. ver Richard Graham. ao se privilegiar as famílias como base para análise do papel e da atuação dos poderes locais. em geral. para os cargos de juízes municipais e. da qual provinham cerca de 38% dos conselheiros. com a concessão de comendas militares e títulos de nobreza. . elas dedicavam-se a aumentar sua propriedade. essas migrações não significaram o rompimento de laços com as regiões de origem.38 Mas a província do Rio de Janeiro apresenta ainda características específicas. A proteção em troca de lealdade. estabeleceram fortes ramos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. muitas vezes contra outras famílias [. estendia-se primeiramente a uma ampla gama de relacionamentos consangüíneos e. Tais aspectos podem ser observados tomando-se como exemplo as relações endógenas. imposta pelos vínculos familiares. como o ponto de interseção de relações familiares interoligárquicas. São Paulo e Rio de Janeiro. em seguida. 35-37.. observa-se uma intensa relação entre famílias de origens fluminenses e aquelas oriundas ou estabelecidas nas regiões auríferas de Minas Gerais. que atraíra também famílias pernambucanas. “as famílias representavam importante fonte de capital político. para onde convergiriam diversas famílias. Os vínculos que levavam homens a cargos oficiais e ao domínio local constituíam parte importante desses recursos e. ao menos nos primórdios do século XIX. Todos esses laços familiares implicavam obrigações mútuas de ajuda nas eleições ou na garantia de cargos no governo”.ainda em meados do século XIX. inclusive.. famílias bem-sucedidas acumularam recursos significativos. de forma que determinados grupos manteriam relações familiares simultaneamente nas três províncias de Minas Gerais. interprovinciais. da família mineira dos Nogueira da Gama. A própria proximidade da Corte transformava-a em um pólo natural de atração no oitocentos. da mãe e dos filhos. e.. seguia unindo antigas redes comerciais. como em outros lugares. cit. 29 . de São Paulo. a extensão da ação de determinados grupos reforçava os laços já existentes e. Os limites de uma família iam muito além do pai. via de regra. através da política. Já em finais do século XVIII. ao longo de várias gerações sucessivas. baianas e paulistas. p. A alta representação da província fluminense no Conselho de Estado espelha amplamente toda a importância política e econômica das elites ali presentes. a um número igualmente grande de ligações por meio do casamento [. op. Naturalmente. A partir dela procurariam estender sua atuação às mais tradicionais oligarquias regionais – para o que também contribuiria sua importância na economia nacional e o próprio surto da produção cafeeira no Vale do Paraíba fluminense –.]. poderosos fazendeiros ou ricos homens de negócios. uma rede que reuniu dois membros do primeiro Conselho de Estado. com origens nas mais diversas regiões do Império. configurando-se. famílias lutavam para preservá-los. Graham. Mas. relações essas que terminavam por abarcar diferentes setores e que incluíam os detentores de cargos locais de mando tanto quanto funcionários da alta cúpula do Estado. ligada à família de Braz Carneiro Leão – de cuja descendência já se demonstrou os laços com as altas finanças durante o período imperial. Luiz José de 38 Segundo R. Richard Graham. originalmente.. Proveniente. sejam estas verticais ou horizontais.]. A família Nogueira da Gama parece iniciar-se com Tomé Rodrigues Nogueira do Ó. Paulino José Soares de Sousa. filho do nobre fidalgo português Antônio Nogueira e de Francisca Fernandes do Valle. concedida a seu neto.html. visconde de Uruguai. futuro marquês de Baependi. Entretanto. ouvidor da comarca e capitania pelos anos de 1585”. p. “que ali foi da governança da terra. nascido em Minas Gerais. livro VI. José Antônio da Silva Maia e Francisco Belisário Soares de Sousa.com. 179 e seguintes. Genealogia paulistana. trineta do bandeirante Antônio Bicudo. parte e v.39 Alguns de seus filhos também se casaram em São Paulo e lá se estabeleceram. http://www. em Baependi. que veio ao Brasil acompanhando Martim Afonso de Sousa. da Silva Leme. os conselheiros marquês de Paraná. Título Lemes. já aparecem em meados do século como proprietários e fazendeiros de café no vale fluminense (ver diagrama 4). Partiu para Minas Gerais atraído pelas notícias das descobertas de ouro. seguiu mais tarde como intendente do ouro para Goiás. 1a. no Rio de Janeiro. filho de Uruguai. Outro. tornando-se capitão-mor na Matriz de Nossa Senhora do Monte Serrat de Baependi (1736). a família ainda dispunha de influência para garantir o casamento de seu filho Manoel Jacinto Nogueira da Gama. como se atesta pela carta de brasão dos Nogueiras. Sua esposa era filha do capitão Antônio da Rocha Leme. V. Nicolau Nogueira da Gama. Minas Gerais. marquês de Baependi.br/Gde-fam/html/nti/nti02839.Carvalho e Mello. além dos principais nomes da oligarquia fluminense e da política conservadora. (vide nota de Manuel Jacinto Nogueira da Gama. A mesma rede ainda incluiu os conselheiros visconde de Magé. v. onde já possuía terras por volta de 1726 e onde nasceram seus nove filhos. v. marquês de Baependi). com a filha do rico comerciante Braz Carneiro Leão. Título Bicudos.jbcultura. onde se casou com Maria Leme do Prado. tetraneta de Antônio Bicudo Carneiro. Os filhos desse casal. visconde de Itaboraí e duque de Caxias. e Manoel Jacinto Nogueira da Gama. o marquês de Baependi. visconde da Cachoeira. a qual foi passada a 28 de agosto de 1798 e está registrada no Cartório da Nobreza. Manuel Jacinto Nogueira da Gama. parte da família manteve- 39 Era dos legítimos e nobres Nogueiras de Portugal. conde de Baependi e barões de Santa Mônica e de Juparanã. Ver também Luiz G. IX. 30 . Chegou ao Brasil por volta de 1700 e fixou moradia antes de 1711 na região de Taubaté. VI. e Título Alvarengas. mas retornou a Minas falido. fls. 37v. São Paulo. Porém. onde enriqueceu. e trineta do capitão Francisco de Alvarenga. tio de Caxias. e morto em cerca de 1736. nascido por volta de 1674 na Ilha da Madeira. estabelecendo-se nas margens do rio Baependi. cuja família possuía ampla base eleitoral na província mineira. renovando as relações com outras famílias detentoras de cargos e poderes locais. casou-se com a filha do conselheiro duque de Caxias. fazendeiro e chefe político na mesma cidade. primeira esposa do conde de Tocantins. ano em que chegou ao Senado após um longo período de atuação na Assembléia Provincial. o barão de Santa Mônica.40 Seguindo a rede familiar pelo lado dos Carneiro Leão. Braz Carneiro Nogueira da Costa e Gama. tenente-coronel da Guarda Nacional e filho do visconde de Araruama. com o primeiro barão de Vargem Alegre. barão de Juparanã. por sua vez ligado aos Soares de Sousa e aos Rodrigues Torres.. encontra-se indiretamente o conselheiro Honório Hermeto Carneiro Leão. os já mencionados Sousa Breves. O segundo conde de Baependi. cujas famílias incluíam diversos juízes. do sogro do marquês de Baependi. elegeu-se pelo Rio de Janeiro para a Assembléia Geral desde 1842 até 1872.41 40 Uniam-se a outra importante família através do casamento de outra filha de Caxias com o barão de Ururaí. cidade pela qual se elegeu à Assembléia da província em 1858 e onde seria presidente da Câmara Municipal. Manuel Carneiro da Silva. Os Nogueira da Gama ligavam-se ainda à família Netto dos Reis. dos barões de Carapebús. Mathias Gonçalves de Oliveira Roxo. marquês de Paraná. Sousa Breves. negociante e fazendeiro em Quissamã. Seus irmãos eram o visconde de Quissamã. tenente-coronel da Guarda Nacional. e o barão de Monte Cedro. senadores e deputados provinciais e gerais. entre 1869 e 1872. 169-174. e de outra filha. unindo sua família aos Lima e Silva. Tanto pelos Carneiro Leão como pelos Lima e Silva essa rede unia-se a uma das mais importantes e ricas famílias da província. Seu irmão. e deputado provincial em 1844. José Carneiro da Silva. pelo casamento da filha dos barões de Piraí. em solteira. rico negociante e agricultor. 31 . que tinham grande influência política local na região de Campos dos Goitacazes. Manuel Jacinto Carneiro Nogueira da Gama.se em Minas Gerais. Outro irmão. que foi presidente da Câmara Municipal de Macaé. que casaria sua filha com o filho de Vargem Alegre. era coronel comandante superior da Guarda Nacional e fazendeiro em Valença. 41 Sobre a importância política local dos Breves. cit. ver Richard Graham. op. como os Monteiro de Barros e Manso da Costa Reis. p. C. Carneiro da Silva. Maria Faz. DG (1823) Manuel Jacinto Nogueira da Gama DP (1858-1863) Francisco N. Estrangeiros (1823). da Gama. N. Nova de São José. visconde de Ururaí Ten-cel. visconde de Quissamã Ten-cel. Quissamã. Carneiro Leão. conde de Araruama Cel. da Gama. RJ. Faz. dos Reis. DG RJ VPP (1840-1841). GN RJ João J. dos Reis. RJ. RJ Paulo Fernandes Vianna Desembargador do Paço e intendente-geral da Polícia Paulo F. visconde de N. Cedro PCM de Macaé. Faz. GN RJ 32 . N. conde de Carapebus Cel. Milícias (1816). da Silva. São Simão. conde de S. DP (1838-1849) Francisco N. marquês CE. Desemb. MG da Gama José Calmon M. barão de S. filho de Braz C. conde de Vila Cel. do RJ (1841) Conselho (1853-1857) Honório Hermeto Carneiro Leão DG MG (1872-75) Luiz José de Carvalho e Melo. Min. proprietário em Juiz de marquês de Baependi Fora. em Piraí. (1869-1872) Henrique Carneiro Leão. N. DP (1844-1855) Antônio C. Valença. Carneiro N. Leão Casa da Moeda. DG (1843-1844) Comte. conde de Carapebus DP (1856-1857) Nicolau A. (1853-1854). PP de PE (1848). GN e faz. barão de M. RJ Manuel Carneiro da Silva. Cachoeira Desemb. Carneiro Viana. barão de S. Cap. RS José A. visconde de São Embaixador Salvador de Campos extraordinário Relações por casamentos: Família Carneiro da Silva Cargos na Corte Cargos e ocupação nas províncias José Carneiro da Silva.Quadro 26 Famílias Carneiro Leão e Nogueira da Gama: atividades e ocupação de cargos na Corte e nas províncias Famílias Carneiro Leão e Nogueira da Gama Honório Hermeto Carneiro Leão. RJ Brás Fernandes Carneiro Vianna DG RJ (1857-1860) DP (1852-1857) Nicolau N. irmão do Capitão-mor. RJ e em Minas Gerais Joaquim P. Cel. Nogueira Valle da Gama DG MG (1869-1879) José Inácio Nogueira da Gama. Carneiro Leão. DP (1857-1858) Braz Carneiro Nogueira da Costa e Gama. GN. MG (1842). Simão Desembargador do Paço Faz.. Fazenda (1823). V. DP (1857Mônica 1858) João Brás Carneiro Leão Tribunal do Comércio Brás Carneiro Leão Juiz de direito da Corte DP (1864). visconde de Neg. de Baependi (1826) e (1831). GN Campos. N. Presid. Se Juiz de fora em SP (1826). marquês de Paraná Cargos na Corte Cargos e ocupação nas províncias DG (1830-1845). RJ José C. Justiça Relação em PE. Comte. MG (14 sesmarias) José Fernando Carneiro Leão. Reg. da Gama DP (1867-1873) Manuel Jacinto Carneiro Nogueira da Gama. conde de Baependi (1842-1844). (1850-1872) (1858-1859). barão de Paraná Faz. Araruama (1844-1847). em Sapucaia. DP (1835-1839). PP (1832) e Fazenda. PCM Ouro Preto.. Relação RJ Manuel Jacinto Nogueira da Gama. Neg. em Vassouras. Min. visconde de Min. C. Faz. STJ. RJ. RJ Bento Carneiro da Silva. Se (1872-1887). GN. barão de Juparanã PCM (1869-1872). 1870). Sousa Breves pres. visconde de Magé DG PI (1830-1842). Se (18441872) Cândido José Rodrigues Torres. (1850-1860). Min. Mercantil e Caixa Econômica (1863-1870) Cândido José Rodrigues Torres Filho DG RJ (1867-1868). RJ/MG VPP RJ (1852-1857). Diretor BB. Guerra (1831-1836). tio e cunhado de Caxias Min. Caixa Econômica. Família Rodrigues Torres Cargos na Corte Joaquim José Rodrigues Torres. e banqueiro. barão de Amparo Joaquim G. S RS. CE c. 10 Itaboraí vezes min. RJ Faz. RJ Faz. CE (1889). Ten-cel. Se RJ. CE (1842-1855). Des. CF Banco Rural e Hipotecário Manuel da Fonseca e Silva. Conselho (1856. RJ DG (1858). DG RJ. GN. L. neta de (1870-1880). DP (1834-1848) DP RJ DP RJ Cargos e ocupação nas províncias PP RJ (1834-1836) DP RJ (1867-1875) DP RJ (1876-1877) Cap. Teixeira Leite.Família Teixeira Leite Francisco J. CE (1853-1872). Relação. barão de Vassouras Manuel Gomes de Carvalho. GN RJ. PP MA DP e PP de SP (1844) e governador das Armas da Província (1844-1847) 33 . L.. Guerra Braz Carneiro Leão (1853. (1872-1875) Manuel Antônio Rodrigues Torres José Manuel Rodrigues Torres Inácio Manuel Álvares de Azevedo DG RJ (1843-1844) Família Lima e Silva Cargos na Corte Luiz Alves de Lima e Silva. genro do barão de DG MG (1850-1853) e RJ. Se RJ Paulino José Soares de Sousa DG RJ (1857-1878). Piraí.. Pres. Banco Itambi Ind. barão de Amparo Francisco José Teixeira. 1861 e 1875) José J. Conselho (1852 e 1868. Relação RJ. e Silva. barão de Itambé Joaquim José Teixeira Leite Família Soares de Sousa Antônio Paulino Soares de Sousa Francisco Paulino Soares de Sousa Francisco Manuel Soares de Sousa João Belisário Soares de Sousa Bernardo Belisário Soares de Sousa Cargos na Corte Cargos e ocupação nas províncias Neg. visconde de Min. ACRJ. e Cap. STM Visconde de Tocantins. barão de Suruí. RJ Cargos na Corte DG MG (1830-1844).. visconde de DG RJ (1834-1844). GN. (1870) Cargos e ocupação nas províncias DP RJ (1876-1877) DP RJ (1876-1877) DP RJ (1850-1857) DP RJ (1858-1861) DP RJ (1835-1841) Des. Pres. Ana Luiza Carneiro Vianna. DP RJ (1876-1877) Magistrado Cargos e ocupação nas províncias PP RS. PP RJ (1836) e (1840). min. Se RJ Uruguai (1849-1866). 1861 e 1875). de Carvalho. do Império (1837) Proprietário e capitalista. BB (1870). (1852) Paulino José Soares de Sousa. CE (1876-1889). irmão de Caxias e concunhado de (1857-1864) e (1867-1872). Pres. duque de Caxias DG MA (1842). Ten-cel. e Cap. CE (18531866) Francisco Belisário Soares de Sousa DG RJ (1869-1878).c. barão de Dir. a rede que envolvia os Nogueira da Gama e Carneiro Leão incluía cinco dos dez representantes da província. DP Deputado Provincial. Taunay. DG Deputado Geral. GN Guarda Nacional. O Senado do Império. c. cabe destacar o efetivo controle que possibilitava a larga presença de seus membros nos cargos provinciais e municipais. membro da Caixa de Amortização. seis deputados ali representavam os interesses dessas famílias. Faz. VPP Vice-Presidente de Província. barão de Rio Bonito Camilo José Pereira de Faro Camilo José Pereira de Faro Filho Bernardo Clemente Pinto Cargos na Corte Cargos e ocupação nas províncias Faz. JD Juiz de Direito. in http://geocities. Neg. juiz de paz RJ DP (1852-1853) RJ DP (1858-1861) RJ DP (1842-1847) RJ Notas: Se Senador. Joaquina C. Cap. e Neg. Instituições políticas do Império. 1850-1880. O mesmo ocorria quanto à Assembléia Geral. quando essa câmara era presidida por um Teixeira Leite. sob a presidência do conde de Baependi. PCM Presidente da Câmara Municipal. barão de Rio Bonito João Pereira Darrigue Faro. Leão Joaquim Mariano de Oliveira Belo Luís Alves Leite de Oliveira Belo Família Faro Joaquim José Pereira de Faro. Cid Rebelo Horta.Família Lima e Silva Cont. 1848-1849) Faz. tanto em Minas Gerais como no Rio de Janeiro. como os Carneiro Leão e Nogueira da Gama. barão e visconde de Rio Bonito José P. Fontes: Almanaque Laemmert.br/novaeramg/monteirodebarros. Importantes famílias de Minas Gerais.. Frederico de Barros Brotero. DP (1838-1845. STM Supremo Tribunal Militar. PP Presidente de Província.htm. assim como.. VPP (1849-1854). STJ Supremo Tribunal de Justiça. Ligada diretamente aos Nogueira da Gama.c. Tribunal do Comércio (1852) Cel. de Faro. Affonso de E. RJ DG AL (1830-1833) DG RS (1845-1860) Cargos na Corte Neg.com. faz.. na legislatura de 1843-1844. Mathias G. Em 1857. PAP Presidente da Assembléia Provincial. Archivo brasileiro nobiliarchico. do Exército dep. além das inter-relações entre as esferas local e central e a pluralidade de ocupações que uma mesma família podia então apresentar. Cap. por exemplo. Tavares de Lyra.yahoo. A família Monteiro de Barros. JP Juiz de Paz. Capitalista. quando se verifica. As ligações por ela estabelecidas incluem diversos grupos parentais no Rio de Janeiro. ou os Saião Lobato e Manso da Costa 34 . JM Juiz Municipal. CE Conselho de Estado. No quadro 26.. vice-presidente da província. Neg. Barão Smith de Vasconcellos. cel. no ano seguinte. que no que se referia à bancada do Rio de Janeiro. de Oliveira Roxo. Negociante. Fazendeiro. São Paulo e Minas Gerais. seis novos representantes da mesma rede tinham assento na Assembléia. sendo dois Nogueira da Gama. outro exemplo refere-se à família Monteiro de Barros. especialmente a manutenção de um número expressivo de representantes na Assembléia Provincial fluminense. GN de MG Magistrado. PP RJ (1872) Cargos e ocupação nas províncias Neg. E. Graham.44 Na terceira geração surgem alianças com famílias tradicionais de São Paulo. e do barão de Paraopeba.Reis. Sua família manteve sempre a chefia política local. na região de Valença.br/novaeramg/ monteirodebarros. tornaram-se “importantes chefes políticos na região central da província. comerciante português estabelecido em Minas Gerais desde a década de 1730 que cedo havia se unido a Antônia de Negreiros. História da Câmara Municipal da cidade de Salvador. na Câmara Geral e no Senado. onde casaram e iniciaram carreira política alguns de seus filhos (ver diagrama 5). Lucas Antônio Monteiro de Castro. e outras ligadas ao café no Rio de Janeiro. As informações que possibilitaram a reconstituição dessa rede e das que se seguem.com. vereador em 1680. Barão Smith de Vasconcellos. cit. Barata e A. C. como os Breves e Gonçalves de Morais (a qual pertencia o barão de Piraí). op. membro de uma família de negociantes e proprietários da Bahia. 43 O comendador Monteiro de Barros.. no final. op. o visconde de Congonhas do Campo. cit. arroladas na bibliografia. H. de Minas Gerais. op. Sacramento Blake. outro filho. cit. casou-se com a filha de Alexandre da Cunha Mattos. guardamor das minas de Vila Rica. fidalgo que viveu no Recôncavo baiano e se casou com Catarina Lobo Barbosa de Almeida. Dicionário das famílias brasileiras. Assim.606. como os Silva Prado (barão de Iguape). não importa de que ponto inicia-se a observação. Nabuco. p. cit.. Rheingantz. e que integram os quadros apresentados adiante. e 42 Tal escolha baseou-se apenas no volume de informações disponíveis sobre essa família. A. 44 Cid Rebelo Horta. cit. vereador em 1654 e juiz ordinário em 1658 e 1668. Bueno. além de obras específicas sobre genealogia. já que as ramificações estendem-se em todas as direções. Carlos G. Romualdo José Monteiro de Barros.42 Os Monteiro de Barros descendiam de Manuel José Monteiro de Barros. Um dos filhos de Manuel Monteiro de Barros casou-se com a irmã do marquês de Baependi (Nogueira da Gama) e dois outros com membros das famílias Negreiros de Castro e Manso da Costa Reis. Brotero. transferiu-se para Leopoldina. Afonso Ruy. uma das três irmãs órfãs que a rainha enviou para se casarem com importantes figuras da província. A família Monteiro de Barros.. Na verdade. A. José X.. Primeiras famílias do Rio de Janeiro: séculos XVI e XVII. p. 341. onde também participavam da política local. bem como sua representação na Assembléia Provincial. op. Os Negreiros da Bahia parecem descender de Gaspar de Barros Magalhães. R. S.yahoo. que mesmo unindo-se a grupos fluminenses mantiveram ramificações em sua província de origem. Em 1766. Dicionário biográfico brasileiro. 35 . desenvolveu relações políticas e comerciais em São Paulo. irmão do visconde. 43 Francisco de Negreiros. http://geocities. da Veiga. na reconstituição de redes há a vantagem de que. Importantes famílias de Minas Gerais. op. que ali havia obtido sesmaria em 1761. através do segundo visconde de Congonhas. nascida em 1541. J.htm. que já aparecem como juízes e vereadores da cidade da Bahia desde o século XVII. foram reunidas a partir de Frederico de B. 1. membro da 2ª junta governativa e presidente da província”. Sisson. e Luiz Carvalho de Negreiros. Seu filho. Antônio Álvares de Castro só conseguiu chegar ao Brasil em sua segunda tentativa. proprietário da Fazenda da Borda do Campo e vereador na Câmara de Barbacena. fundador do atual município de Santos Dumont. casado com a filha do visconde de Congonhas do Campo. por sua vez ligada aos Mayrink e aos Rocha. ainda se ligaram à instituição. visconde de Uberaba. casou-se com uma prima. por outro. onde teria finalmente chegado nas primeiras décadas do século XVIII. família de mineradores e fazendeiros. que era ainda sobrinha-neta do marquês de Baependi (Nogueira da Gama). o conselheiro Uberaba uniu-se a uma das filhas do inconfidente José Aires Gomes. originando o ramo dos Negreiros de Castro. conde de Itamarati (ver diagrama 6). cujos membros ocupariam diversos cargos na Corte e na província do Rio de Janeiro. Tanto os Miranda Ribeiro quanto os Saião Lobato descendiam da irmã de Antônia de Negreiros. por um lado. ligava-se a outra importante família de origem mineira. por meio de sua ligação com diversas famílias do Rio de Janeiro já mencionadas. Indiretamente. que se reproduziram na quarta geração.os Ribeiro de Avelar e Ribeiro Leite. os Manso Saião e Saião Lobato. Lucas Monteiro de Barros. quando ainda surgiram alianças com a família do barão de Vargem Alegre. das quais descendem dois importantes capitalistas da praça do Rio de Janeiro. Joana Batista de Negreiros. advogado da instituição por mais de trinta anos.45 Assim. filho de João Gomes. 36 . Maria José Monteiro de Barros. casou-se também com uma prima Monteiro de Barros. fazendeiros de café na região de Valença. O conselheiro José Cesário de Miranda Ribeiro. verificamse ainda ligações com as famílias Saião Lobato. Em segundas núpcias. uma vez que na primeira oportunidade o navio em que viajava naufragou. e Carneiro de Campos. Pelo lado materno. que incluía o conselheiro visconde de Uberaba. Miranda Ribeiro. mas sabe-se que retornou a Portugal e embarcou novamente para o Brasil. não se têm notícias precisas de sua fuga do cativeiro. a qual pertencia o conselheiro de Estado visconde de Niterói. Ainda no século XVIII. os Oliveira Roxo. sendo os sobreviventes levados como escravos para Argel. uniram-se aos Manso da Costa Reis. 45 Ao que consta. um negociante de Lisboa que havia se estabelecido em Minas Gerais. na região de Vassouras. barão de Uberaba. através de João Manuel Pereira da Silva. Na mesma época. Intensificam-se também as relações com os Nogueira da Gama. do conselheiro marquês de Caravelas. José Carlos Mayrink e Francisco José da Rocha. Infelizmente. casada com Antônio Álvares de Castro. os Monteiro de Barros demonstram toda a extensão e complexidade que tais redes poderiam apresentar. como os Sousa Breves, os Oliveira Roxo e os Lima e Silva, através do casamento das filhas do barão de Piraí. O quadro 27 resume a importância da família na vida político-administrativa e econômica das regiões em que atuaram, considerando-se os cargos e o status social de seus membros e correlatos. Quadro 27 Família Monteiro de Barros: atividades e ocupação de cargos na Corte e nas províncias de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro Família Monteiro de Barros Cargos na Corte Lucas Monteiro de Barros, visconde de Pres. STJ; Se MG Congonhas de Campos (1826) Manuel José Monteiro de Barros Romualdo José Monteiro de Barros, barão de Paraopeba Manuel José Monteiro de Barros Mateus H. Monteiro da Cunha Mattos Antônio Augusto Monteiro de Barros Lucas Antônio Monteiro de Barros Rodrigo Antônio Monteiro de Barros Francisco de Paula Monteiro de Barros Miguel Eugênio Monteiro de Barros Júlio C. de Miranda Monteiro de Barros Lucas Antônio Monteiro de Barros José Joaquim Monteiro da Silva, barão de Santa Helena DG MG (18261829); Se MG, (1838-1841) Outros cargos e ocupação JF Açores (1783-1893) e Salvador (1794-1802); PP SP (1824); ouvidor de Ouro Preto (1802); desemb. Relação BA; neg., faz. SP Guarda-mor das minas de Vila Rica; sesmaria em Congonhas, 1761 Cel. de milícias; VPP MG (1850); minerador Congonhas do Campo, 2º gov. prov. e gov.-geral (1825-1833); minerador, proprietário; Dep. Junta Real de Fazenda, MG; adm.-geral do BB de MG; dep. Conselho do Governo e Conselho Geral por MG (1830-1833); DP MG (1840-1841); minerador e faz.em MG Intendente do ouro, Ouro Preto JF Ouro Preto (1822); ouvidor e provedor da Fazenda em Sabará (1824-1825); desemb. Relação PE (1827) e BA (1832); ouvidor do RJ (1829); DP MG (1826-1829) Faz. MG, major GN DG MG (18761879) DG SP (1830-1841; Magistrado 1843-1844) Desemb. Relação RJ JF S. João del Rei, ouvidor e corregedor de Sabará, MG DP MG (1854-1857) Faz. Barra Mansa, RJ (1873) DG MG (18761879) Se MG, 1888 Agostinha Carolina Monteiro de Barros Galvão de S. Martinho Antônio A. Monteiro de Barros Galvão de S. Martinho Marcos Antônio Monteiro de Barros Se MG (1826-1852) Antônio José Monteiro de Barros DG MG (18431860) José Joaquim Monteiro de Barros DG MG (18571860) Domiciano A. Monteiro de Barros Faz. Volta Redonda, RJ Cel. GN, VPP MG, fundador Banco de Crédito Real de Juiz de Fora e Estrada de Ferro União Mineira, Faz. MG Faz. Conceição da Boa vista, MG (1873) Faz; JP Boa Vista, MG (1873); vereador de Nepomuceno; cap. GN, MG JD (1856-1858), MG Faz. Conceição da Boa Vista, MG (1873) Faz. Conceição da Boa Vista, MG (1873) 37 Relações da família por casamentos: Alexandre da Cunha Matos Pedro Afonso Galvão de São Martinho, Francisco de A. Manso da Costa Reis, José Cesário de Miranda Ribeiro, STJ; Se SP; CE; Dep visconde de Uberaba Cortes 1821-1822; DG MG, 1826-1844 Romualdo C. M. de Miranda Ribeiro Valeriano Manso da Costa Reis Jacinto Manuel Monteiro de Castro Lucas Mateus Monteiro de Castro DG MG (1878) Domiciano Mateus Monteiro de Castro DG MG (18691872) Mateus Herculano Monteiro de Castro Guarda-mor em MG (1737) Cel. GN, MG Faz. Angustura, MG; cel. GN PP MG (1837) e SP (1836) Médico, vereador e PCM, Juiz de Fora; DP, MG Faz.; subdelegado de Angustura, MG, (1842); vereador, Nepouceno; cel. GN Faz., JP e subdelegado em MG (1873) Faz. Conceição da Boa vista, MG (1873) Faz. Conceição da Boavista, MG, JP e subdelegado em Pirapetinga (1873), MG Francisco de Paula Negreiros Saião DG PE, RJ e MG; Se Desembargador Relação RJ Lobato, visconde de Niterói RJ (1869) Min. Justiça e Império (1861 e 1871); CE (1870) João Evangelista Negreiros Saião DG RS (1850-1856); Promotor de MG; JM de SP, JD do RS; Desemb. Lobato, visconde de Sabará procurador da Coroa Relação RJ (1864) e presidente do STJ João das Chagas Lobato DG MG (18641866) Manuel J. M. de Castro, barão de DG (1881); Se MG PCM de Leopoldina (1860), MG Leopoldina (1887-88) Antônio José da Cruz Rangel Se MG (1838-1841) Dir. BB (1829); DP MG (1826-1829); Neg. Antônio da Silva Prado, barão de Capitão Ordenanças (1819), capitão-mor (1826); Iguape VPP de SP (1841); diretor BB, SP Joaquim Vidal Leite Ribeiro, barão de Lavrador em Mar de Espanha; banqueiro em Juiz Itamarandiba de Fora, MG Francisco de Assis Monteiro Breves, Comerciante de café Faz. no RJ barão de Louriçal no RJ Luís de S. Breves, barão de Guararema comis. de café no RJ Faz. Piraí e Além Paraíba, RJ José de Sousa Breves Filho DP RJ (1838-1845); (1848-1849) José Luiz Gomes, barão de JP de Mambucaba, Comte-Sup GN; PCM e Mambucaba delegado em Piraí; Faz. em Piraí, RJ Joaquim J. de Sousa Breves DP RJ (1842-1849) Joaquim José de Sousa Breves Filho DG RJ (1878-1881) João Manuel Pereira da Silva DG RJ (1848-1857, VPP do RJ (1857); DP RJ (1840-1847; 18581862-1885); Pres. 1861) BB; Se RJ (18881889); advogado CE José Joaquim Pereira da Silva DG RJ (1857-1860) Cônego Notas: Se Senador; DG Deputado Geral; DP Deputado Provincial; JD Juiz de Direito; JM Juiz Municipal; JP Juiz de Paz; JF Juiz de Fora; GN Guarda Nacional; PCM Presidente da Câmara Municipal; PAP Presidente da Assembléia Provincial; PP Presidente de Província; VPP Vice-Presidente de Província; Faz. Fazendeiro; Neg. Negociante; Cap. Capitalista; CE Conselho de Estado; STJ Supremo Tribunal de Justiça. Fontes: Almanaque Laemmert, 1850-1880; Tavares de Lyra, Instituições políticas do Império; Cid R. Horta. Importantes famílias de Minas Gerais, in http://geocities.yahoo.com.br/novaeramg monteirodebarros.htm; Barão S. de Vasconcellos, Archivo brasileiro nobiliarchico; Affonso de E. Taunay, O Senado do Império; Frederico de B. Brotero, A família Monteiro de Barros. 38 No quadro 27, observa-se não apenas a diversidade das atividades a que se dedicavam os membros da família – também um indicativo de seu poder econômico –, mas ainda a extensão de suas atuações para além da província de Minas Gerais. Mesmo considerando apenas a própria família Monteiro de Barros, após o estabelecimento do visconde de Congonhas em São Paulo, verifica-se a presença de fazendeiros tanto nas províncias fluminense e paulista quanto em Minas, o mesmo ocorrendo com os cargos da Justiça local, que também cobriam as três regiões. A ampla ocupação de cargos ligados à política local, bem como a larga presença de representantes na Assembléia Geral, denotam a bem-sucedida estratégia de sobrevivência do clã familiar e permitem antever sua capacidade de resistir às mudanças conjunturais mantendo o status social e econômico e o controle político-eleitoral em suas áreas de atuação.46 Outra rede unia as províncias de Minas Gerais e Rio de Janeiro, com famílias que se expandiam pela fronteira ao longo do Vale e que incluíam o conselheiro mineiro Domiciano Leite Ribeiro, visconde de Araxá. Leite Ribeiro, casado com sua prima Maria Jacinta Leite Ribeiro, era primo-irmão e cunhado do segundo casamento do barão de Vassouras, Francisco José Teixeira Leite, e sobrinho do barão de Aiuruoca, Custódio Ferreira Leite, importante e rico fazendeiro da região de Rio das Mortes, Minas Gerais, e do também mineiro barão de Itambé, Francisco José Teixeira, chefe político liberal, lavrador e banqueiro (ver diagrama 7). A mesma rede incluía também o baiano marquês de Muritiba, membro do Conselho de Estado durante 23 anos, entre 1866 e 1889. Manoel Vieira Tosta era irmão do barão de Nagé, Francisco Vieira Tosta, nascido na Bahia em 1804, proprietário de vários engenhos de açúcar, juiz de paz e presidente da Câmara Municipal de Cachoeira em diversas ocasiões, além de coronel comandante superior da Guarda Nacional em 1852. Vieira Tosta relacionaria o Conselho de Estado à oligarquia fluminense casando-se com uma Ribeiro de Avelar, além de casar seu filho com a filha do visconde de Ubá, também Avelar, importante agricultor na província e tenente-coronel da Guarda Nacional. O sobrinho do visconde de Ubá, João Gomes Ribeiro de Avelar, visconde da Paraíba, era coronel da Guarda Nacional, 46 A amplitude das redes de relacionamentos políticos e estratégicos dessa família pode ser melhor observada quando se compara com a atuação de famílias que se concentraram na política local. Nesse sentido, ver o quadro 29 deste capítulo, acerca das famílias Avelar, Werneck e Teixeira Leite. 39 por sua vez cunhado do barão de Paty do Alferes, Francisco Peixoto de Lacerda Werneck, proprietário de oito fazendas na região de Vassouras, onde foi comandante superior da Guarda Nacional e membro da Assembléia Provincial em várias legislaturas. Seu filho era amigo do filho do conselheiro Eusébio de Queiroz, de quem era colega na Faculdade de Direito de São Paulo.47 Fossem como cafeicultores, negociantes, vereadores, deputados, oficiais da Guarda Nacional, delegados e juízes, os Ribeiro de Avelar, os Lacerda Werneck e os Teixeira Leite encontravam-se entre as oito famílias que controlavam a política local em Vassouras. A título de exemplo, Richard Graham menciona que uma mesa eleitoral de qualificação de votantes em 1842, composta por um Ribeiro de Avelar e dois Werneck, elegera oito dos dez candidatos: cinco Ribeiro de Avelar e três Werneck. Em 1855, na mesma paróquia de Paty do Alferes, entre os quatro juízes de paz três eram Ribeiro de Avelar.48 Retornando-se à província de Minas Gerais, há o exemplo do conselheiro Miguel Calmon du Pin e Almeida, marquês de Abrantes. Embora de origem baiana, por parte de sua mãe descendia dos barões de Camargos, da família Teixeira de Sousa, provenientes da região de Ouro Preto. O chefe da família, Manuel Teixeira de Sousa, barão de Camargos, foi deputado provincial e geral, senador, diretor do Banco do Brasil em Ouro Preto e vicepresidente da província, com exercício em sete períodos. Seu filho Antônio Teixeira de Sousa Magalhães, segundo barão do mesmo título, teve trajetória semelhante, mantendo na família a chefia do Partido Conservador e ocupando diversas vezes o governo provincial como vice-presidente. Abrantes casou-se com a filha do barão de Meriti, Manoel Lopes Pereira Bahia, cuja esposa era filha do capitalista Francisco José da Rocha Leão, primeiro barão de Itamaraty.49 Além das famílias que atuavam mais diretamente nas províncias próximas à Corte, um bom exemplo, no que tange às ligações com o poder central, representa a família 47 Dizia o barão de Paty do Alferes, em carta a seu filho: “Estimei muito que estejas vivendo em companhia do filho de Eusébio, cuja amizade te pode a todo tempo [ser] vantajosa. Mas é preciso dar-lhe ao mesmo tempo bons exemplos, já de estudioso [...] porque o pai há de ser sempre um de nossos melhores homens de Estado, e muito poderá te ajudar depois”. Segundo R. Graham, o próprio Eusébio deve também ter encorajado o filho a aproximar-se de família tão importante na província. Richard Graham, op. cit., p. 97-98. 48 Ibidem, p. 168. 49 O primeiro barão de Camargos nasceu em Ouro Preto em 1811 e faleceu nessa cidade em 1878. Era filho do sargento-mor Manuel Teixeira de Sousa e de Ignácia Francelina Cândida da Silva, ambos das mais respeitáveis famílias de Minas. Casou-se com Maria Leonor Teixeira de Magalhães, viscondessa de Camargos. 40 a qual pertenciam indiretamente o conselheiro baiano José Thomaz Nabuco de Araújo e diretamente três conselheiros de Estado: Antônio Francisco de Paula e Holanda Cavalcanti de Albuquerque. visconde de Suassuna. 41 . e Antônio Francisco. a duas outras famílias. visconde de Cavalcanti. Manuel Francisco de Paula Cavalcanti. 172. marquês de Olinda. por casamentos. composta de membros que sempre ocuparam as melhores posições sociais. Os quatro irmãos Cavalcanti. inclusive. rica. uma vez que os revoltosos não aceitaram sua nomeação para presidente do Conselho. uma vez na Corte. visconde de Albuquerque. op. e Pedro de Araújo Lima. O conselheiro marquês de Olinda descendia diretamente dos Teixeira Cavalcanti pelo lado materno. serviu para o acirramento dos conflitos da revolução Praieira em 1848. em especial. e em todos os cargos da governança. a família Cavalcanti dominava as terras. Olinda estreitou progressivamente seus laços com a aristocracia fluminense. Uma família antiga. coronéis e oficiais da ordenança e milícia. Essa família estava diretamente relacionada. casando sua filha com o visconde de Pirassununga e unindo-se aos Clemente Pinto. citado por Richard Graham. Sua ligação com essa família..50 Essa família. e não adquiridos depois da revolução. barão de Muribeca. e à família Faro. ver quadro 30 deste capítulo. cit. poderosíssima. em uma província já dominada pelos Cavalcanti de Albuquerque. Sobre as famílias pernambucanas. junto com os Cavalcanti. Segundo o conselheiro Nabuco de Araújo: Esses Cavalcanti antes de nossa emancipação política já figuravam como capitãesmores. enumerai os engenhos da província e vos damos fiança de que um terço deles pertencem aos Cavalcanti. os engenhos. os Sousa Leão e os Rego Barros que. Por outro lado. Pedro Francisco. p. foram havidos por herança transmitida por seus maiores. eram filhos do capitão-mor Francisco de Paula Cavalcanti de 50 José Thomaz Nabuco de Araújo. comprovava o quanto eram poderosos os senhores de escravos e de terras na estrutura política e econômica da região. Francisco. visconde de Camaragibe. Em Pernambuco.pernambucana dos Cavalcanti. visconde de Albuquerque. tenentes-coronéis. dominavam os cargos na província (ver quadro 30). Diogo Velho Cavalcanti de Albuquerque. que a maior parte deles tem. a qual pertenciam os barões de Rio Bonito. família cujo tronco era o barão de Nova Friburgo. os negócios e a política local. e dos Lima e Silva. da qual faziam parte os conselheiros de Estado duque de Caxias e visconde de Magé. Por meio de uma complexa rede de casamentos. primeiro visconde de Caravelas (1823-1834) e Clemente Ferreira França. Olinda. Felipe Cavalcanti deixou vasta descendência de sua união com Catarina de Albuquerque. o coronel Suassuna. líder da Conspiração dos Suassunas (1801). Barata e A. que se casou com 51 Os Cavalcanti de Albuquerque descendiam do fidalgo italiano e negociante d. era líder dos liberais na região. por meio da família Fonseca Costa e Gurgel do Amaral.1614. representaria a relação do Conselho de Estado com a antiga família baiana dos Menezes Dória. 42 .51 Camaragibe e Suassuna chefiavam o Partido Conservador na província. do marquês da Gávea. PE – 1614. entre 1850 e 1863. obteve uma certidão de sua nobreza. ilustrando sua reprodução no poder ao longo do período imperial e a reunião de negociantes e proprietários rurais.Albuquerque. além de representante da família na alta cúpula do governo imperial como membro do Conselho de Estado. barão com grandeza de Loreto. Antônio Francisco de Paula e Holanda Cavalcanti de Albuquerque. visconde de Macaé. da qual derivam entre outras as famílias Cavalcanti de Lacerda e Albuquerque de Almeida. dois deles no primeiro Conselho – José Joaquim Carneiro de Campos. Bueno. “A velha” (1538.. por sua vez aparentados a diversas outras famílias da província (ver diagrama 8). enquanto o visconde de Albuquerque. coronel Manoel Caetano de Almeida e Albuquerque. uma importante rede envolvia as famílias de quatro conselheiros de Estado. PE). Macaé era neto de José Vieira Torres e do coronel José Luiz da Rocha Dória (17301799). e figura ativa na Revolução Pernambucana de 1817. p. onde dedicou-se ao comércio de açúcar branco. Seu casamento com sua prima Emília Cavalcanti de Albuquerque. filha de Jerônimo de Albuquerque. Felipe Cavalcanti Florença (a. No que se refere à Bahia. filha de um dos líderes do movimento de 1817. Já em Portugal. C. Por outro lado. terceiro visconde de mesmo título. José Carlos Pereira de Almeida Torres. datada de 1559 e assinada pelo próprio rei Cosme I de Médicis. casando-se com Maria Eudóxia Engrácia de Menezes Dória. H. op. E. A essa família pertencia ainda Franklin Américo de Menezes Doria. ligaram-se às oligarquias fluminenses. Olinda. 75-76. marquês de Nazaré (1823-1827) – e dois no segundo – Manoel Alves Branco. que passou a Portugal por volta de 1558 e mais tarde para Pernambuco. sua prima co-irmã. PE). cit. filha do capitão Bernardino Marques de Almeida Torres. reforçava a política de concentração de bens e poder da família. segundo visconde de Caravelas (1842-1855) e Carlos Carneiro de Campos. rootsweb. filha do primeiro barão de Piracicaba. barão de Santo Amaro. cujas famílias se ligavam à aristocracia fluminense. Sousa Queiroz e Limeira. membro ordinário do Conselho de Estado desde 1845 até sua morte. No que se refere a seus filhos. do primeiro Conselho de Estado. Outra personagem que integrava essa rede formada pela família Pais de Barros era Francisco de Paula Sousa e Melo. que teve 52 Os herdeiros do poder. Sua outra filha.Amanda Paranaguá Dória. provedor da Santa Casa e diretor do Banco de Comércio e Indústria de São Paulo (ver diagrama 9). da qual fazia parte o conselheiro José Egydio Alvares de Almeida. À essa rede pertencia também a família de origem mineira Ribeiro de Resende. 151. da família Almeida Couto. com sua prima Maria Caetana Rodrigues da Costa (ver diagrama 1).52 Também a aristocracia paulista tinha seus representantes no Conselho. Piracicaba. http://archiver. Sobre as principais famílias baianas. que incluíam grandes fazendeiros como os barões de Itu. Antônio Pais de Barros. Macaé casou sua filha Ana Bernardina de Almeida Torres com o barão do Desterro. como os Pais de Barros e Barros Penteado. ver quadro 31 deste capítulo. Alexandre Vieira de Carvalho. em sua fazenda de São José do Rio Claro. Maria Eudóxia de Almeida Torres. segundo marquês de Paranaguá. p.com/th/read/BRAZIL/1999-11/0942443493. a partir do conselheiro de origem baiana José da Costa Carvalho. e neta de Antônio de Barros Penteado. José Carlos Pereira de Almeida Torres casou-se no Rio de Janeiro com Mariana Luiza Álvares de Azevedo e Paulo José Pereira de Almeida Torres. Embora Monte Alegre tenha se iniciado na política representando sua província de origem na Assembléia Constituinte de 1823. mas seus dois casamentos o uniram a tradicionais famílias da província paulista. O marquês não deixou descendência. João Vieira de Carvalho. sobrinha do barão de Itu. casou-se com o conde de Lages. além de deputado nas Cortes Constituintes portuguesas e na Assembléia Geral de 1830-1833 por sua província. em 1851. sua carreira teve prosseguimento na província de São Paulo. considerado o primeiro iniciador da cultura do café na província de São Paulo. 43 . filho do primeiro marquês de Lages. também membro do primeiro Conselho de Estado. Casou-se com Maria de Barros. Foi ainda idealizador do projeto para a construção da estrada de ferro de Santos à Rio Claro. filha do conselheiro de Estado João Lustosa da Cunha Paranaguá. Bento Pais de Barros. marquês de Monte Alegre. DG SP (1842-1848) José de Paula Leite de Barros Relações das famílias por casamento: Francisco de Paula Sousa e Melo Antônio Francisco de Paula e Sousa José da Costa Carvalho. Pais de Barros. Neg. Banco Comercio e Indústria de SP Ver. sobrinho do inconfidente Resende Costa. Itu. marquês de Itu Raphael Tobias de Aguiar Antônio Pais de Barros. PCM (1848) DG SP (1876-1879) DG SP DG SP (1826-1829) Se MG (1828-59) DG MG (1834-1842) DG MG (1838-1842) (1845-1848). presidente da Câmara Municipal. barão de Piracicaba Vicente de Sousa Queiroz. Tavares de Lyra. CE Conselho de Estado. PCM Presidente da Câmara Municipal. barão de Limeira Francisco A. Campinas. JP Itu. Capitalista. DG Deputado Geral. PCM (1848) DG SP (1864-1866) DG BA (1826-33). Guarda Nacional. barão de Lorena Geraldo R.com. Min. DP SP JF e Ouvidor SP (1821-1822).yahoo. STJ Supremo Tribunal de Justiça. JD SP. PP de SP (1842) Coronel GN Juiz e desembargador honorário Faz. Cap. Fontes: Almanaque Laemmert. de SP. DG BA (1823). O Senado do Império. pres. Negociante. SP VPP. Estevão Ribeiro de Resende. Min. JD Juiz de Direito. Quadro 28 Famílias Barros. Instituições políticas do Império. de Sousa Queiroz Francisco Antônio de Sousa Queiroz Cargos na Corte DG SP (1830-1849) DG SP (1830-1833) DG SP (1857-1860) Se (1848-1891). Fazenda. (18571860) DG SP (1850-1852) Deputado constituinte por SP (1823). Frederico de B. Faz. barão de Geraldo Resende Nicolau P. GN DG SP (1826-1833). DP Deputado Provincial.ramificações importantes em São Paulo.br/novaeramg /monteirodebarros. marques de S. Taunay. Seus irmãos exerceram cargos políticos nas câmaras municipais e na Assembléia Provincial. barão de Tietê Cargos e ocupação na província VPP. ten-cel GN de SP DP 1ª 4ª e 6ª legislaturas Dir. Câmara Municipal da capital. de Vasconcellos. Resende. PAP Presidente da Assembléia Provincial. Câmara Municipal da capital Ver. Barão S. Fazendeiro. de S. Archivo brasileiro nobiliarchico. Horta. 1850-1880. Cel. in http://geocities. GN Guarda Nacional. barão de Piracicaba Rafael T. JM Juiz Municipal. de Sousa Resende. Brotero. VPP Vice-Presidente de Província. S. SP. Regente (1831). PAP Magistrado Magistrado VPP. Cid R. de Campos Vergueiro Francisco de Paula Cerqueira Leite Pedro de Alcântara Cerqueira Leite José Manuel da Silva. Vicente José Ribeiro de Resende. DG SP (1845-1848) DG SP (1857-1860) DG SP (1882-1885) DG SP (1882-1885) Se SP (1848-1891). 44 . A família Monteiro de Barros. DP SP (18451847) Cel. barão de Sousa Queiroz Antônio Aguiar de Barros Antônio Moreira de Barros Francisco Antônio R. tencel.. foi deputado. Affonso de E. Importantes famílias de Minas Gerais. Aguiar e Sousa Queiroz: atividades e ocupação de cargos na Corte e nas províncias Família Pais e Barros Antônio Aguiar de Barros. DP Notas: Se Senador. BB e Caixa Econ. Se SE (1839). barão de Juiz de Fora Estevão R. Se SP (1833). PP Presidente de Província. A. GN de SP Ver. ministro do Império e conselheiro de Estado.htm. PAP de SP (1836-1837). marquês de Valença. senador. JP Juiz de Paz. Queiroz. entretanto. baseada principalmente nas relações pessoais – e a mudança. pode-se observar que suas origens familiares remontam efetivamente ao período colonial. as relações pessoais que dão forma a essas redes não são suficientes para a compreensão de um grupo unido por laços variados. nas assembléias legislativas. ameaças e oportunidades. São essas tensões e conflitos que. se intensificavam à proporção que se ampliava a convivência e os valores e crenças compartilhados. a extensão da atuação das grandes famílias – pelo poder político e econômico que detinham e por um histórico que extrapolava as fronteiras provinciais e remetia aos tempos coloniais – reforçava a sua continuidade em relação ao governo central. bem como compreender a sua complexa dinâmica. no Senado. Por certo. não se verifica uma relação geral de oposição e conflito entre os poderes locais e o poder central. 45 . procurou-se partir de um ponto específico dessas redes no intuito de mapear suas diferentes direções. nos diversos órgãos e conselhos imperiais. Ao contrário.Analisando-se as redes às quais pertenciam os principais nomes da política imperial. mas ainda relativas à própria dinâmica interna das redes às quais pertenciam. Por outro lado. as estratégias desenvolvidas não devem ser consideradas como um projeto prédeterminado. que. compreendendo o risco de declínio de seu status político-social e econômico que representava a exclusão e impermeabilidade aos novos grupos emergentes e às transformações vivenciadas por essa sociedade. envolvendo-os direta ou indiretamente nas atividades desenvolvidas pelas seções e secretarias dos ministérios. Entretanto. A rede vista por dentro: o conselheiro visconde do Cruzeiro Com o objetivo de melhor analisar como esses relacionamentos se construíam e se desenvolviam. como um conjunto de ações coerentes e homogêneas por parte das elites. ao colocarem permanentemente novas situações. entendida não apenas como a emergência de novas conjunturas externas ao grupo. Nesse sentido. A semelhança no histórico e no ritmo das carreiras profissionais também era uma constante. esses grupos parecem mover-se a partir das tensões características entre a tradição – no sentido das permanências de uma antiga cultura política. permitem que se redirecionem suas ações. Ao contrário. os grandes sábios das finanças e das leis – como os conselheiros Vasconcelos. Se esse gesto foi apenas ditado por reconhecimento aos serviços prestados ao país na causa abolicionista. Analisando-se. não foi referência como jurista. como o conde de São Clemente ou o barão de Mesquita. assim. além de sua própria trajetória. também reflete aspectos específicos de sua carreira. Em princípio. não era paladino do conservadorismo nem lutador incansável na militância liberal. não fosse a atitude do imperador em nomeá-lo conselheiro de Estado. Uruguai. relações e atividades. entre 1850 e 1890. Paraná. muitos dos quais alcançando por sucessivas oportunidades os altos cargos do Executivo sem que esses históricos lhes garantissem uma nomeação para a instituição. não escreveu compêndios. sua carreira nada trazia de excepcional. Jerônimo José Teixeira Júnior. era natural que o nome do visconde do Cruzeiro passasse despercebido em meio a uma constelação de estrelas de primeira grandeza com as quais se identifica usualmente a política imperial. não parecia especialmente importante nas finanças como tantos outros capitalistas e negociantes de sua geração. uma vez que Cruzeiro não é uma personagem particularmente identificada com o Conselho de Estado. reconstituídas com base em sua correspondência. particularmente rica quanto às relações de parentesco. Assim. Além de tratar-se de um conjunto documental que atravessa quatro décadas. ação política. os grandes líderes partidários. a figura do visconde do Cruzeiro. nem seus empreendimentos particulares poderiam angariar-lhe uma fama de empresário visionário. em 1876. Por outro lado. não foi jornalista. São exatamente essas características que possibilitam atingir um outro nível na análise das 46 . alianças negociadas com os poderes locais e envolvimento com a área econômica e financeira no Segundo Reinado. o conjunto de cerca de quatrocentas cartas recebidas por Cruzeiro. Embora senhor de considerável fortuna. como o visconde de Mauá. é certo. Como ele. Olinda e Nabuco de Araújo. Seus dotes intelectuais nunca o destacaram de seus contemporâneos. é possível perceber as variações que assinalavam suas estratégias. porém. marcada pela multiplicidade de funções.um bom exemplo representa a trajetória e as relações pessoais do visconde do Cruzeiro. que Cruzeiro detinha outras qualidades e dons que o permitiram alcançar tal posição. notórios mestres do cenário político brasileiro –. apresenta uma outra vantagem. diversos foram os deputados e senadores fluminenses. bem como daqueles que integravam suas redes de relacionamentos. João Neto Carneiro Leme. op. ali se casou com Ana Luiza Carneiro de Mendonça. natural do Tijuco – que descendia dos tradicionais Lemes de São Paulo –. por cujas águas e tributários também se transportaram consecutivas levas da Bahia e de Pernambuco.53 Os Carneiro Leão parecem ter chegado em Paracatu na década de 1760. além do próprio visconde do Cruzeiro. Honório Hermeto Carneiro Leão. marquês de Paraná. onde conhecera e contratara casamento com Ana Maria Neto Leme. Jerônimo José Teixeira. atraída por suas ricas minas. A povoação. Entretanto. Com a notícia da descoberta de ouro. O ouro farto [. era filho do que seus biógrafos apresentam como um comerciante português de modestas origens. quando se cria oficialmente o arraial. em 1888.. filha de João José Carneiro de Mendonça. havia se constituído desde que ali iniciara clandestinamente a extração de ouro Felisberto Caldeira Brant e seu bando. Ver Sisson S. Entretanto. por volta de 1731. o político mineiro de origem portuguesa. Paulino José Soares de Sousa. nomeado ouvidor da comarca de Paracatu na década de 1820. cit. o visconde com grandeza do Cruzeiro. 55-58. visconde do Cruzeiro: comemoração do seu centenário natalício. Outro conselheiro ligara-se indiretamente à região. Carneiro Leme provinha de uma família de origem luso-bandeirante que se estabelecera nessa região. n. onde o ouro abundava e. visconde de Uruguai. foi legalmente autorizado a empreendê-la. A vila de Paracatu torna-se importante cenário para essa história. onde falecera em 1842. nascida em 1809. e toda uma dimensão dessa política que se encontrava nos bastidores do grande palco que a instituição representava. p. 357-358.. filha de um rico comerciante. tenente-coronel de Milícias e abastado negociante e fazendeiro na região. quando ali se estabeleceram o capitão Antônio Neto Carneiro Leão e sua esposa Ana Maria Leme. que originaria a futura vila de Paracatu do Príncipe (1798).. visconde de Abaeté. proveniente da Bahia e membro de importante família paulista. nascido na cidade do Porto. para a região deslocaram-se “inúmeros habitantes dos povoados próximos ao São Francisco. 47 . era ainda de fácil extração. Nascido no Rio de Janeiro em 1830 e falecido em Roma em 1892. apenas em 1744 o bandeirante e guarda-mor José Rodrigues Fróes. A.] logo proporcionou fortunas consideráveis”. da qual provinham também seus avós paternos. Conselheiro de Estado e senador do Império Jeronymo José Teixeira Junior. Minas Gerais. Antônio Paulino Limpo de Abreu.relações que rondavam o Conselho de Estado. Nascido em 1774 na vila de Paracatu. é provável que suas origens não fossem tão modestas. uma vez que seria o berço familiar de cinco conselheiros de Estado. RIHGB. vindo de Goiás. p. e Henrique Carneiro Leão Teixeira Filho. 164. dizia-se. uma vez que já nas primeiras décadas do século XIX encontrava-se seu pai na Corte. pais de João Neto 53 Os conselheiros são. que. seu filho Paulino Soares de Sousa e o primo Francisco Belisário Soares de Sousa. ao comércio de escravos./set. tornando-se ainda cunhado de Jerônimo Teixeira e tio de Cruzeiro. que ao cabo de alguns anos conseguira juntar apreciáveis haveres. principalmente. cit. Ao que consta. e cujo principal expoente talvez fosse o negociante Bráz Carneiro Leão. presidente do Conselho. Barão Smith de Vasconcellos. 275-284. bisneto do casal Pedro Carneiro e Maria Antônia Leão. 48 . Discurso autobiográfico. RIHGB. 276-277. Minas Gerais e Rio de Janeiro. por sua vez. e ali o marquês mostrara-se disposto a compartilhar o que provavelmente tinha de melhor. a família enriqueceu e deitou ramos por outras localidades na província. carreira na qual se iniciaria seu filho. 7-34. Na Corte. era senhor de avultadíssima fortuna. futuro marquês de Paraná. Joaquim Antônio Ferreira. tio do futuro conde de Bonfim. p. na sessão de 31 de julho de 1854. 236. 1931. tal fortuna iniciara-se com uma fábrica de preparar arroz. mas logo se lançou ao comércio de alimentos por comissão e. como Francisco Pereira Mesquita.Carneiro Leme. pelo então visconde de Paraná. Era membro da Junta Administrativa da Caixa de Amortização. 278. onde se estabeleceu um dos filhos de Antônio Neto. até 28 de junho de 1848”. Em Paracatu. fazendo-se conhecido e relacionado. n. Foi pela Regência nomeado membro da Comissão liqüidante das presas brasileiras pelo cruzeiro inglês. e faleceu solteiro no Rio de Janeiro em 1859.54 O comerciante João Neto casara uma de suas filhas com Jerônimo José Teixeira e outra com seu sobrinho – filho de seu irmão Antônio Neto Carneiro Leão – Honório Hermeto Carneiro Leão. “Negociante matriculado na Real Junta do Comércio. onde serviu desde a sua instalação em 27 de fevereiro de 1828. O marquês de Paraná. em Valença do Minho. ou seja. op. L. Portugal. barão de Guaratiba e Thomé Rodrigues de Faria. como Vila Rica. p. Carneiro Leão. na Costa d’África e membro da Comissão de Superintendência das subscrições para o novo Banco da Corte. também bisneto do mesmo casal (ver diagrama 10). Vivendo na Corte até 1830. jul. Honório H. p. contando certamente com a influência e fortuna de seu sogro. O barão com grandeza e visconde com grandeza de Guaratiba. Teixeira Júnior era assíduo freqüentador da casa do tio. João Neto ali se tornara homem de negócios ordeiro e pertinaz. v. 1957. Honório Hermeto fortaleceria ainda mais os laços internos na família. tronco da poderosa família que possuía ramos em Pernambuco. e que em breve se tornaria um dos mais influentes políticos de seu tempo. que comprava no Valongo e vendia para Minas Gerais e para a própria província do Rio de Janeiro. RIHGB. sua amizade e 54 Henrique C. Joaquim Antônio Ferreira. Teixeira Filho. Possuía relações comerciais com negociantes afamados. A partir do casamento com sua prima. pronunciado no Senado. nasceu em 1777. Jerônimo José Teixeira seguiu como comerciante e capitalista. op. 56 Henrique Carneiro Leão Teixeira Filho. além de seus talentos acadêmicos. Entre os formandos de 1853. do qual faziam parte os futuros conselheiros de Estado. escreveu-lhe Paraná: “Glorio-me muito com as notícias que tenho de sua aplicação e do crédito que vai ganhando no conceituado público. Tão logo retornou de São Paulo. intelectuais e capitalistas que lhe seria extremamente útil nos anos que viriam. visconde do Cruzeiro: comemoração do seu centenário natalício. para onde o pai o havia enviado em 1849 a fim de cursar a Faculdade de Direito. Por outro lado. Andrade Figueira e Manoel Francisco Corrêa. 172. RIHGB. Na faculdade de direito retomou suas atividades jornalísticas iniciadas nos tempos de estudante secundarista como um dos fundadores do Ensaio philosophico paulistano. a ponto de com ele se corresponder nos tempos em que era ainda estudante em São Paulo. Ver Carlos G. André Fleury e Duarte de Azevedo – com os quais havia fundado e editado o jornal literário Escudo de Minerva.proteção. Bráz Monteiro de Barros. Paulino Soares de Sousa. casou-se com a prima Maria Henriqueta Carneiro Leão. Henrique Carneiro Leão Teixeira Filho Conselheiro de Estado e Senador do Império Jeronymo José Teixeira Junior. visconde do Cruzeiro: comemoração do seu centenário 49 . 357-388. com os quais unicamente deve contar”. Guimarães. e espero que esse crédito seja um estímulo para redobrar o trabalho e aplicação. 1931. André Araújo Lima (filho do antigo regente e conselheiro de Estado marquês de Olinda) e o futuro negociante e capitalista Bernardo Clemente Pinto. além das vantagens que já possuía em função do nome de seu pai e avô. p. filha do próprio Paraná. além de seus antigos colegas do Colégio Pedro II.. p. encontravam-se ainda o primo Honório Hermeto Carneiro Leão. MacGregor & Cia. cit. Teixeira Filho.55 Mas Teixeira Júnior teria muito mais com o que contar. como Ferreira Vianna. n. 164. ano em que subia ao poder o gabinete chefiado por seu tio Paraná. Parecia ainda dedicar ao sobrinho particular estima. bem como proporcionar a convivência em um círculo de políticos. Conselheiro de Estado e senador do Império Jeronymo José Teixeira Junior. L.56 55 Henrique C. sua vivência em São Paulo ilustra a importância das academias para a formação e reiteração das relações pessoais e laços de sociabilidade. obtendo diretamente o apoio político e social que poderia fornecer a rede na qual se inseria seu tio e agora sogro. André Fleury. conde de Nova Friburgo. com quem Teixeira Júnior desenvolveria especial amizade. Em 1852. As atividades financeiras de Jeronymo José Teixeira incluíam a participação como sócio comanditário na Sociedade Bancária Mauá. Em 1875. Nomeado ministro da Agricultura. quando se tornou senador. e Barão Smith de Vasconcellos. Sobre a família Clemente Pinto. 1931. 1850-1870. entre diversos outros. seus bens incluíam. Seus filhos. L. tendo sido fundador e presidente da Companhia de Navegação Niterói & Inhomirim em 1855. e a carreira política. cerca de oitocentas mil libras (perto de 3. e presidindo a Câmara dos Deputados entre 1871 e 1872. In: RIHGB. provavelmente sob a antiga influência do avô Carneiro Leme. em 1879. 131. filha do barão de Quaraim. p.. tornando-se conselheiro ordinário no impedimento do visconde de Bom Retiro. casou-se com Maria Fernandes Chaves. in Leslie Bethell. foi nomeado conselheiro de Estado extraordinário. Teixeira Júnior logo se tornou deputado por sua província em duas legislaturas. como fazendeiro em Cantagalo. e. e da qual se tornaria vicepresidente em 1859. 357-388. p. em especial o tio e sogro Paraná. Teixeira Filho. n. Teixeira Júnior destacou-se também na área econômica. Os irmãos Clemente Pinto. na presidência de Cristiano Benedito Otoni. 164. visconde do Cruzeiro: comemoração do seu centenário natalício. Graham. diretor da Caixa Econômica do Rio de Janeiro.Dividindo-se entre os negócios do pai. Luís Peixoto de Lacerda Werneck – filho do barão de Paty do Alferes – e João Batista Fonseca. assim como a eleição para a diretoria do Banco do Brasil em 1865 é considerada obra de um outro amigo pessoal. 50 . Paralelamente. na Seção de Fazenda. op. junto com Haddock Lobo. Comércio e Obras Públicas em 1870. período em que já começa a diversificar seus negócios. por volta de 1850. ver Henrique C. inclusive por seus casamentos. Bernardo e Antônio. chegando a investir dinheiro na construção de ferrovias. mais tarde. nas 14ª e 15ª legislaturas de 1869 até 1872. respectivamente conde de Nova Friburgo e conde de São Clemente. era um dos homens mais ricos da província do Rio de Janeiro. Segundo Richard Graham. o casarão do Catete (mais tarde palácio presidencial). Brazil Empire and Republic. 14 fazendas e cerca de dois mil escravos. como sócio comanditário na Sociedade Bancária Mauá. n. seguindo os passos do pai e do avô materno. primeiro barão de Nova Friburgo. como capitalistas.5 milhões de dólares). eram filhos de Antônio Clemente Pinto. Sobre as amizades de Teixeira Junior em São Paulo. 164. Pedro II com apenas 25 anos de idade. sob o patronato de seus destacados parentes. negociante e proprietário. ano em que se tornou um dos diretores da Companhia Estrada de Ferro D. São Clemente. 1931. representando igualmente o Rio de Janeiro na Assembléia Geral. filha do barão de Mamoré. Na época de sua morte. definitivamente. ver R. Conselheiro de Estado e senador do Império Jeronymo José Teixeira Junior. desde 1854 até 1859. o natalício. Sua entrada na diretoria da empresa foi atribuída à amizade com João Evangelista de Sousa. RIHGB. não só herdaram como ampliaram a fortuna do pai. permaneceu no cargo por apenas três meses. barão de Mauá – a quem anos antes associara-se seu pai. cit. boa parte das quais em dívidas ativas. MacGregor & Cia –. p. homem de negócios que teria enriquecido como comissário do café e. 369. e Nova Friburgo casou-se com Ambrosina Leitão da Cunha. São Clemente e o mineiro Cristiano Otoni. Considerado um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento da estrada do ferro no Brasil. Em 1879 foi eleito e escolhido senador pela província do Espírito Santo e recusou a nomeação para o Conselho de Estado em 1882. primeiro como deputado na Assembléia Legislativa Provincial do Rio de Janeiro na primeira legislatura em 1835. Uruguai.conselheiro de Estado Francisco Salles Torres Homem. ao mesmo tempo em que seguia carreira política. Teixeira Júnior foi ainda diretor do Banco Hipotecário e provedor da Santa Casa de Misericórdia. Olinda. e autor da obra O futuro das estradas de ferro no Brasil (1859). Não escaparia a um observador menos atento suas reiteradas tentativas de construção de uma teia de influências e relações que precisava se ampliar progressivamente. 51 . Bom Retiro e Caxias – e outros.57 A bem sucedida ascensão e trajetória de Teixeira Júnior permite compreender como se desenvolviam as redes de relacionamentos. em maio de 1811. um dos quais. Minas Gerais. Cruzeiro soube tirar proveito de tudo isso: manteve sempre amizades suprapartidárias. possuía fortes ligações na província de São Paulo. que lhe permitiram relações próximas com políticos importantes. Embora suas relações nessa região em grande medida estivessem garantidas graças à presença de seus parentes. irmandades. corpo diretor de companhias e instituições culturais e científicas. Era irmão do político mineiro Teófilo Benedito Otoni. que formava o terceiro distrito eleitoral pelo qual se elegeria em diversas oportunidades. Ao longo de sua vida. Francisco Otaviano. Torres Homem. a cujos laços familiares eram acrescidos aqueles originados pela convivência em diferentes espaços de sociabilidade – como as instituições educacionais. ligando-se aos poderosos políticos e cafeicultores do Vale do Paraíba fluminense. e faleceu em 1906. organizada em 1855. assinou em 1870 o manifesto republicano de 3 de dezembro. visconde de Inhomirim. através de personagens como o barão de Tietê e os irmãos Ribeiro de Andrada. Além da Corte. dedicou-se ao magistério até 1845. Otoni foi o primeiro presidente da Companhia Estrada de Ferro D. atual cidade do Serro. o compadre barão de Mauá. na proporção em que cresciam suas ambições políticas e eleitorais. Abaeté. como seu primo conde de Baependi. sempre por sua província natal. Formado em engenharia pela Escola Militar. Quanto à carreira política. Fiel ao Partido Liberal desde o início de sua carreira política. Rio Branco. Ferreira Vianna. e depois como deputado geral em 1848. Cruzeiro não descansaria apenas na poderosa sombra de Paraná. Pedro II. 1861 e 1864. Teixeira Júnior concentrara-se em sua própria província. 57 Cristiano Benedito Otoni nasceu na vila do Príncipe. alguns dos quais amigos de seu sogro marquês de Paraná – como os conselheiros Itaboraí. Martim Francisco. encontraria ainda no Conselho de Estado. bem como na própria política – que freqüentemente reforçavam e aproximavam os elos de parentesco. Pedro II. entre negociações e trocas de favores. op. 52 . onde arranjaria colocações para protegidos. Pereira de Faro. junto com Zacarias. cit. de unir políticos que se encontravam em lados opostos. em cujo relato nota-se a reunião. pode-se observar que as redes integravam diferentes personagens. ao longo de sua trajetória nela. para outros. podia ser apenas o diretor e vice-presidente do Banco do Brasil ou da Estrada de Ferro D. capazes. para todos. e que permite antever a familiaridade da amizade que unia o conservador Cruzeiro a Francisco Otaviano. Teixeira Leite – composta por banqueiros e capitalistas na região de Vassouras –. o que também buscou através dos casamentos de seus filhos. de figuras em princípio tão díspares e distantes como um vigário local e o presidente do Conselho de Ministros. ministro e conselheiro de Estado. era um interlocutor necessário com os poderes locais. inclusive.A partir das redes herdadas. pois soubera construir sua própria autoridade para além da figura de seu sogro. para alguns. 359. Barra Mansa e de Amparo –. e. Teixeira Filho. Saião Lobato – família mineira a qual pertencia o conselheiro visconde de Niterói e o juiz do Supremo Tribunal de Justiça. Tais circunstâncias podem ser exemplificadas na enigmática carta que lhe enviara Francisco Otaviano em 1872. Para os fazendeiros do Vale. então um dos principais chefes do Partido Liberal. era um político cada vez mais influente na Corte como deputado geral. para os amigos e companheiros do Colégio Pedro II e da faculdade de direito. p. filhos e sobrinhos de amigos e parentes.58 Representando apenas um nó nessa intricada rede. envolvidas em relações variadas. L. Sousa Franco e Cristiano Otoni: 58 Henrique C. seria unicamente o genro do marquês de Paraná. o filho de Jerônimo José Teixeira. unindo-os a famílias como Leite de Carvalho – que incluía os barões de Rio Negro. Mendes de Almeida e Soares de Sousa. A partir da correspondência de Cruzeiro. pareciam ainda fundamentais os esforços contínuos no sentido da perpetuação e consolidação dessas alianças. visconde de Sabará –. podia conseguir cargos na administração pública. para os políticos da Corte. em uma mesma articulação. Cruzeiro assumiu diferentes papéis. cedo seria lembrado do poder político de sua família. aí vai a carta da baronesa de Petropólis. que o olhar atento de antigas amizades já o inseria no círculo dos grandes: 59 ANRJ. 53 . Francisco Otaviano. Escrevo ao vigário hoje.Meu caro Jerônimo. Quanto às personagens mencionadas. Manda ao Paranhos a carta do Monte Belo para que se mexa. Mauá procurava tirar proveito da influência de Cruzeiro junto ao Banco do Brasil – instituição que havia sido dirigida por seu tio Paraná –. Como jornalista e deputado. Por sua vez. há inúmeras correspondências que atestam a importância do capital político. Monte Belo era o barão com grandeza Joaquim Marinho de Queiroz. participou ativamente das campanhas e da elaboração da Lei do Ventre Livre em 1871. diplomata e poeta. três anos após ter deixado São Paulo. Teixeira Júnior recebeu correspondência de Felix Xavier da Cunha. visconde de Rio Branco. Seu amigo. Francisco Otaviano de Almeida Rosa (RJ. a baronesa de Petrópolis era Inês de Valladão Pimentel. e Paranhos era o então presidente do Conselho de Ministros. Note-se que Teixeira Júnior. político. companheiro de Cruzeiro na diretoria da Estrada de Ferro. Cristiano Benedito Otoni. A brecha se vai fazendo. que solicitava para um protegido o cargo de feitor competente da Alfândega do Rio Grande do Sul. casada com o médico da casa imperial Manuel de Valladão Pimentel (1812-1882). foi também deputado geral por sua província desde 1852 e a representou no Senado após 1867. fazendeiro no município de Araruama. 16 de fevereiro de 1872. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. carta de Francisco Otaviano. antigo concessionário da Estrada de Ferro Bahia ao São Francisco em 1853. em 1845. Jornal do Commercio (1851-54) e Correio Mercantil. 1. Gazeta Oficial do Império do Brasil (1846-48). O Monte Belo respondeu-me o que verás. Secretário do Instituto da Ordem dos Advogados e membro ativo do Partido Liberal. então apenas deputado provincial. signatário do manifesto do Centro Liberal. o que talvez explique sua ligação com o visconde do Cruzeiro. jornalista. advogado. um antigo colega da faculdade de direito naquela cidade. Já em 1856. o sogro de Otaviano era o capitalista e empresário baiano Joaquim Francisco Alves Branco Muniz Barreto. que pode aqui ser percebido como centro de um jogo de inúmeros parceiros e que tinha como regra básica um complexo esquema envolvendo relações de parentesco e de amizade e troca de favores pessoais com finalidades diversas. Meu sogro também vai fazer minha cunhada Orminda escrever à filha do Magalhães para que amanse o pai. no Rio trabalhou nos jornais Sentinela da Monarquia. Ponha-lhe o endereço. Formado em direito por São Paulo. assim como o conselheiro de Estado visconde de Abaeté tinha-o como companheiro em negócios financeiros particulares.59 De fato. por exemplo. solicitava-lhe favores políticos com a mesma naturalidade com que estadistas como Nabuco de Araújo e Torres Homem pediam a proteção para seus recomendados em cargos na Companhia Pedro II. 1825-1889). social e econômico controlado por Teixeira Júnior. que também é meu amigo. Em 1855.. 19 de dezembro de 1863. é digno presidente”. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. do Couto Ferraz. 1. S.61 Assim como ocorreria com Bom Retiro e Nabuco de Araújo. por não ter sido cumprida a condição das viagens de meia em meia hora.60 De fato. por estar toda a manhã ocupado sobre a correspondência que tem que ir pelo vapor para o Norte.].) apesar de ocupado. onde a diretoria deve fazer ao governo pedindo ser relevada das ditas multas. 24 de janeiro de 1856. Pitangui. carta de Luiz P. da qual era Teixeira Júnior fundador e presidente.. Sapucaí e Olinda. Na correspondência dizia Bom Retiro: Nada carece declarar-se a respeito das multas. tu que hoje tens o teu lugar de distinção no círculo dos grandes.. a sua forte vontade. 54 . barão de Bom Retiro. emitiu parecer favorável para a criação da Companhia de Navegação Niterói & Inhomirim. arrebatado nas asas da fortuna achou-se na elevada posição em que hoje se senta.] a fim de que eu possa logo mandar lavrar o contrato e ser assinado por V.Jerônymo. No ano seguinte. carta de Luiz P.. 61 ANRJ. Fausto. barão do Bom Retiro.. Assim pois não me admirarei se só amanhã V.211.. visconde 60 ANRJ. Perante a sociedade já não és o que foste.. Teixeira Júnior já se beneficiava da importância e prestígio político do marquês de Paraná. ANRJ. Creio que não escapou circunstância alguma [. e envia “os artigos de renovação do contrato vigente de navegação da Companhia de que V. Desejo que examine o objeto com toda a minuciosidade. 1. S. deves melhor do que eu reconhecer que o talento só por si de nada vale sem o impulso de um homem de influência e de consideração para a sociedade. quando Paraná ainda se encontrava na presidência do gabinete da conciliação. porque para isto basta um despacho em requerimento vosso. a Seção do Império do Conselho de Estado. e a ser possível devolver-me os papéis no sábado por intermédio do próprio marquês [. barão do Bom Retiro. Corte. instado por ti. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. Doc. aprovando sem restrições seus estatutos e as condições para exploração desse serviço. receber esta carta. em breve o estudante de São Paulo. que lhe dava alguns valiosos conselhos e esclarecimentos e assegurava ainda seu encaminhamento através de Paraná. Teu amigo . Sa. 21 de abril de 1856. do Couto Ferraz. o teu grosso patrimônio e (para ser franco) pelo patronato. Corte. Carta de Felix da Cunha. formada então pelos marqueses de Monte Alegre. na segunda ou terça feira o mais tardar. deferirá impreterivelmente. e ajudado pelo seu talento.. Teixeira Júnior recebeu a minuta do contrato para renovação da concessão comentada pelo próprio ministro do Império. através da qual sugere alterações que julgava serem indispensáveis. antigos laços o ligariam também ao futuro conselheiro de Estado José Maria da Silva Paranhos. (. saberás roubar um minuto para levar o incluso requerimento a teu sogro que. Só nesta tarde pude hoje rever o trabalho do sr. já que anos mais tarde surge nova correspondência. SDP Visconde do Cruzeiro AP23 cx 1. Bom Retiro parece ter se mantido como seu consultor acerca desse negócio. 27 de julho de 1858. Certamente são a eles que se refere Cristiano Otoni quando solicita a Cruzeiro “o favor de algumas cartas para São Paulo apresentando meu sobrinho. mais tarde barão e visconde do Bom Retiro e futuro conselheiro de Estado. comandante de milícias na comarca do Rio das Mortes. 63 55 . 64 ANRJ. 21 de junho de 1861. o tio. que incluía a recomendação e benefícios a terceiros. torno a recomendar a sua solicitude à verba estradas. 1. então. e a intermediação de Caxias foi certamente aventada em virtude de sua ligação com os mineiros Oliveira Belo. As redes possibilitavam a realização e concretização de benefícios e o desenvolvimento de relações políticas.. entre 1853 e 1856. ou as amizades que estes lhe proporcionavam. Corte. Também com Paranhos há ampla correspondência. Mas vamos ao positivo. No caso de Otoni. Se este lugar lhe convier deve V. filha de Luiz Alves de Freitas Belo. Não me dou com este senhor. chefiado pelo marquês de Paraná.do Rio Branco. procurador fiscal da tesouraria provincial do Rio de Janeiro. janeiro de 1859. antes presidente da província do Rio de Janeiro entre 1848 e 1853. Motta Araújo. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. sentir mais do que digo. parentes de Caxias por parte de sua mãe. Isto é apenas sinal de que sou e quero ser seu amigo afetuoso. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx.62 Note-se que o presidente da província do Rio de Janeiro era. não se tratam apenas de favores pessoais. talvez porque todos os três haviam composto o gabinete da conciliação. Presidente Pedreira é referência a Luiz Pedreira do Couto Ferraz.63 No início de sua carreira. onde se nota a afabilidade e a disposição de ser útil e agradável ao sobrinho e genro de Paraná: Não sou o amigo deslembrado que alguns supõem. cujo nome de solteira era Mariana Cândida de Oliveira Belo. Em carta de julho de 1858. carta de Cristiano Otoni. carta de Cristiano Otoni. Werneck. Francisco K. na qual reinclua quantia para o empreendimento do presidente Pedreira. Teixeira Júnior é mais procurado por sua influência junto a seus parentes.64 Ainda no mesmo ano escreveu novamente com solicitação semelhante: 62 ANRJ.. Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. Corte. Sa. fosse o pai. dizia que “votando-se hoje o orçamento do Império. Corte. o meu defeito é não saber agradar pelas aparências. Teófilo Benedito Otoni. 1. essas preocupações são visíveis inclusive pela variedade de usos que concede à amizade de Teixeira Júnior. História e genealogia fluminense. prevenir o presidente da província. carta do visconde do Rio Branco. para a Faculdade de Direito”. ANRJ. mas eu vou recorrer ao marquês de Caxias. Acaba de falecer o sr. 1. Entretanto. Luís Alves Leite de Oliveira Belo. a quem dedico simpatia e amizade”. Andrade. doc. colega de São Paulo com quem parecia ainda ter algum grau de parentesco. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. Ex. João de Almeida Teixeira Filho. que em 1858 empenhava-se com Cruzeiro solicitando-lhe que intercedesse para que o cunhado fosse “nomeado médico da Companhia de Seguros de Vida denominada Tranqüilidade. lembrando os esforços que havia realizado previamente em prol da candidatura de Cruzeiro. também lhe escreve pedindo a intervenção do marquês de Paraná. portador desta. carta do duque de Caxias. embora começassem a circular boatos de que o governo apresentaria como candidato o barão de Carapebús: 65 ANRJ. carta de José Tomaz Nabuco de Araújo. Ignorando a questão.66 Da mesma forma. e que interessa o sr.Pede-me pessoa de amizade que apresente a V. 63. carta de Cristiano Otoni. se fosse eu o candidato. o sr. Andrade. escrevia-lhe o mais tarde duque de Caxias: Meu genro Francisco Nicolau Carneiro Nogueira da Gama é candidato a um dos lugares de membro da Assembléia Provincial pela nossa província e representa-a pelo 3º distrito. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. 2 de janeiro de 1862. Corte. contando que me desculpe a liberdade. 1858. E. da qual é o mesmo sr. Escuso dizer-lhe quão conto como certo que trabalhará por ele da mesma maneira por que eu o fiz e hei de continuar a fazer por V. penso que nem o interesse da parte nem a justiça podem ser prejudicados por este meu pedido. 67 ANRJ. 1. na correspondência enviada pelo futuro conselheiro de Estado. após relatar em minúcias as articulações políticas locais. João de Almeida. S. corte. basicamente no que se referia ao acesso às informações específicas. Observa-se nesse caso a importância que poderia representar a um político regional a amizade com alguém que possuísse canais abertos com o poder central. mas conhecendo seu espírito justiceiro. doc. 1. em Valença nas últimas eleições.67 Os pedidos de apoio eleitoral não se restringiam a seus relacionamentos na Corte. Por um tal favor muito grato serei a V. Corte. 166. 66 56 . onde tem sua fazenda. ANRJ. e por onde já tem sido eleito duas vezes. José Thomaz Nabuco de Araújo. ao qual por isso não me esquivei. declarou que esperava ser candidato do governo pelo círculo de Campos. por exemplo.65 O mesmo sentido observa-se. e eu lhe rogo que faça por ele o que faria por mim. seu pai diretor. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. 18 de fevereiro de 1858. rogando-lhe que o ouça para seu completo esclarecimento em questão que tem de ser votada amanhã na Assembléia Provincial. 1. Deixemos porém a (?) que ambos somos casados.. mas que em caso diverso torna-se dificílima.[. e a mim as goivas do passado..] Se me consegues esta divisão. que são os círculos vizinhos. Desejo que me fales com franqueza se por alguma intriga ou qualquer outro motivo está com efeito nas vistas do governo proteger e apoiar a candidatura do barão de Carapebús contra mim.. que pertencem ao município de Macaé. por notícias que tinha.. Joaquim Pinto Neto dos Reis. com Francisca 68 ANRJ. 1. tanto mais árduas quanto mais amplas fossem as redes de relacionamentos. mesmo sendo excluída a freguesia de Carapebús. e augura as mais das vezes um triste resultado [. Sabes que isso me interessa muito. dou-te um doce. marquês a composição do círculo de Campos da forma seguinte: os três municípios da comarca de Campos. O início da carta revela a íntima amizade que parecia uni-los: “Como vais e o que me dizes do futuro? Para ti as flores e o horizonte brilhante do porvir. que é esforçar-te a pedir ao sr. e dizia Byron que o himeneu faz saltar aquela feiticeira donzela pela janela. São João da Barra e São Fidélis..] alguns amigos meus tiveram logo apreensões de minha candidatura. 57 . Agora quererá saber a sua curiosidade o que significa toda essa história que acabo de contar-te! E vou responder-te. que são Campos. ou se mereço ou o apoio ou ao menos a neutralidade. porque não é igual. [. para que não se alterem a ordem natural das coisas. carta de João de Almeida Teixeira Filho. e por isto não o desmintamos”. O círculo assim composto dará 131 eleitores. mas certamente ele consideraria o fato de que o citado barão era ainda aparentado aos Nogueira da Gama pelo casamento de seu filho. a não intervir o governo. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. um belo mimo de amigo velho. Quissamã.. Assim deverá ser. Esta divisão é a mais natural [. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. envolvendo diretamente o marquês de Paraná: Desejo merecer de ti um outro favor. Quissamã. 15 de junho de 1856. porque se é inexato o que se diz acerca da apresentação do barão por parte do governo como candidato.].. onde detinha a patente de tenente-coronel comandante da Guarda Nacional. mas tranqüilizei-os. o segundo conde de Carapebús. 1. o barão de Carapebús. dizendo que o governo..68 Mais adiante solicitava outro favor. Antonio Dias Coelho Neto dos Reis. carta de João de Almeida Teixeira Filho. deve-se observar que embora João de Almeida alegasse parentesco e laços de compadrio. Não se conhece a resposta de Cruzeiro. e algumas flores enviadas do futuro. 69 ANRJ. e muito especial.. era uma importante liderança local na região de Campos. Nesse caso.. conservaria-se neutro na eleição de Campos [. e as duas freguesias de Quissamã e Carapebús. no norte da província.69 Tais exemplos demonstram como poderiam ser complexas essas negociações e como a troca de benefícios envolvia permanentemente escolhas variadas. pode ser-me fácil e de poucos esforços.].]. 15 de junho de 1856. posso estar tranqüilo e não desesperar de uma luta que. Natural porque aqueles municípios pertencem à mesma comarca e as duas freguesias têm as suas relações mais imediatas com a cidade de Campos mais do que com Cantagalo ou Cabo Frio. Corte.Jacinta Nogueira da Gama. por ver que em qualquer dessas hipóteses é um bem a vinda do dinheiro para a Casa Mauá e um MAL o seu ingresso no Banco do Brasil. como diretor da Estrada de Ferro e como representante da nação. comentando o empréstimo de duzentas mil libras que o governo imperial havia recebido da Inglaterra. 20 de outubro de 1858. procurar aquele meu amigo e entender-se com ele quando julgar conveniente”.70 Quanto ao conselheiro visconde de Abaeté. tendo em vista situações semelhantes anteriores. nascido em São Paulo em 1797 e falecido no Rio em 1879. Corte. ANRJ. marquês de Abrantes. Embora fosse também fazendeiro. visconde de Mauá. Mauá pedia a interferência de Cruzeiro para que este valor fosse depositado em sua casa bancária. 1. o valor de sua propriedade não chegaria a 5% do total de sua considerável fortuna. Pode portanto V. criticando abertamente a atuação do Banco do Brasil e alegando que. na presidência de José da Costa Carvalho (marquês de Monte Alegre). e o meu amigo Bisarro. Em carta datada de 1858. doc. 1. 200. Teófilo Ottoni. tendo como diretores Nascentes de Azambuja e Francisco José de Melo e Sousa. o dinheiro não seria bem empregado nem investido corretamente se fosse destinado a essa instituição. 71 ANRJ. escrevia-lhe novamente: Na incerteza de encontrá-lo em casa previno-me com esta carta (que deixarei no caso de não poder falar-lhe) para informá-lo de que no sábado último procurei o meu compadre Francisco José Pacheco. por exemplo.71 No dia seguinte. Pimenta Bueno (São Vicente) e Nicolau Antônio Nogueira Vale da Gama. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. filha do conde de Baependi. E. carta do barão de Mauá. e colegas de conselho. de acordo com seu inventário. e conversando com ambos acerca do seu 70 O destaque na palavra MAL é dado pelo próprio Mauá. Longa e plena de correspondências e troca de favores parecia ser também a amizade que unia Cruzeiro ao barão de Mauá. E. e a resposta que tive foi que poria tudo a empenho para conseguir-se o que desejamos. sua correspondência com Cruzeiro parece relacionar-se mais diretamente a negócios pessoais. Em março de 1860. carta do visconde de Abaeté. dizia-lhe Abaeté que havia conversado com o amigo visconde de Ipanema “no negócio de que V. por sua vez primo e aliado político do marquês de Paraná e compadre do próprio visconde do Cruzeiro. entre outros. 23 março de 1860. visconde de Nogueira da Gama. Entre as décadas de 1850 e 1860 encontrava-se ligado ao conselho fiscal do Banco do Brasil e da Associação Central de Colonização. quer como meu amigo. 58 . como brasileiro interessado no bem do país. encarregou-me. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. Lembrando os laços que os uniam tanto quanto sua disposição na defesa dos interesses nacionais. O visconde de Ipanema era capitalista. dizia: Ainda espero e conto com o voto do meu compadre. Tietê agradecia a Cruzeiro tudo que ele vinha fazendo na Corte por seu filho. Era negociante e capitalista. Aqui fico às suas ordens”. tive promessa de que o coadjuvarão com toda eficácia. Tietê remeteu mais quatro procurações. pois são poucos os acionistas que faltam dos que podem votar.. irmã do barão do Bananal. e que o que dizia estava dito para sempre. E. Se eu arranjar mais alguns como espero. o que se passava entre mim e V. 24 de março de 1860. doc. como que estranhou que eu lhe falasse em tal negócio. 25 de maio de 1860. lhe hei de remeter. Barão Smith Vasconcellos. em 1865 –. Francisco José Pacheco. e ele ficou satisfeito. Tietê unira-se por casamento à poderosa família Leite de Barros. o seu consenso. op. E. 73 ANRJ. provedor de diversas ordens e irmandades e sócio de várias associações de beneficência”.72 Nesse período. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. 207. Acrescentava ainda: “estimarei que seus prognósticos se realizem logo favoravelmente. acrescentando: mande-me suas ordens. vicepresidente da província de São Paulo desde 1839 e ali deputado provincial em diversas ocasiões. cit. Em carta datada de 1855. para que saiamos da infernal política que mata lentamente e tudo destrói. Teixeira Júnior já havia começado sua campanha para integrar a diretoria do Banco do Brasil – instituição na qual só ingressaria. José Manuel da Silva (1793-1877)..] remeto-lhe incluso a minha procuração e de mais dois amigos. Rodrigo Augusto da Silva. São Paulo. 1. empenhou-se na nomeação do colega: [. 92. 9 de junho de 1860. O Bisarro. Costa Pinto pelo barão de Iguassu. depois visconde de São Francisco (1831-1880). dizendo-me que já havia prometido a V. que lhe darão 18 votos. para o que lhe seria especialmente útil sua amizade com o barão de Tietê. como tal. Corte. Tietê era presidente da filial do Banco do Brasil e da Caixa Econômica em São Paulo e. Francisco José Pacheco. que conhecera em São Paulo.74 72 ANRJ. doc. então. no entanto. carta do barão de Tietê. o futuro senador por São Paulo. 74 ANRJ. carta do visconde de Abaeté. enviando ainda o número de ações que cada um representava. pois vejo que a administração do Banco do Brasil está com necessidade de pessoas inteligentes como é V. que é bisarro no nome e nas ações. São Paulo. e casado com Ana da Rocha Miranda.negócio. filho do primeiro barão de São Francisco por Portugal.. 1. carta do barão de Tietê. 209. Eu expliquei-lhe. E. 1. visto que da maior parte já foram remetidas como sabe. “Dedicou-se à carreira comercial. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. foi diretor do Banco do Brasil. era capitalista. doc. que estimarei que aproveite. Cinco anos depois as ordens chegaram.73 Dias mais tarde. Natural dessa província. 59 . SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. ao dr. E. O novo ministério era a pasta dos Negócios da Agricultura.” ANRJ. no novo ministério ou em outra repartição pública.. 1. Paty do Alferes. por ter sido Teixeira Júnior nomeado fiscal do Banco Agrícola. ao longo de sua carreira política. escrevia-lhe novamente o barão: “Estimo que V. ANRJ. 1860. Em 1860. por fim. juiz municipal de Rio Preto. o barão de Paty do Alferes escreveria a Cruzeiro dizendo-se “afeiçoado a (sic) muitos anos a V. Mais tarde. os barões de Paty do Alferes.]. Paty do Alferes. doc. se dignará tomá-lo debaixo de sua proteção [. carta do barão de Paty do Alferes. mais tarde para a Câmara e. Secretário.. não poderei deixar de coadjuvá-lo com o meu franco apoio”. para o Senado. não hesitaria em pedir um favor em troca de seu apoio: Seguindo meu costume de incomodar muitas vezes aos amigos. os barões de Entre Rios e da Paraíba (Paraíba do Sul). criada em 1860. barão de Itambé: José Eugênio (1803-1873). que deseja empregar-se na alfândega dessa Corte. comentando as eleições naquele ano de 1861.76 Entretanto. 1. diziam-se no dever de se oporem à sua candidatura. Este último. Teixeira Júnior manteve estreitas ligações com os fazendeiros da região que compunham o terceiro distrito eleitoral da província do Rio de Janeiro visando o apoio para suas candidaturas. Senti muito saltar-se fora o conde e o Salles. doc. Nos meses que se seguem registraram-se diversas respostas. negociante e capitalista mineiro radicado em Vassouras. por isso não pude ir à eleição visto que apesar dos meus desejos não me quiseram deixar ir. 9 de abril de 1860. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. enviou ao corpo de eleitores do terceiro distrito uma carta circular na qual se apresentava e relatava sua carreira. 100. a maioria proveniente de importantes chefes políticos locais – quase todos prometendo dedicar seus esforços em prol de sua candidatura –. primeiro para a Assembléia Provincial. suposto sem nenhumas relações. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. do qual eram fundadores e acionistas:77 75 Acusando o recebimento da circular de Teixeira Jr. Estive gravemente doente de uma paralisia do lado esquerdo e ainda os médicos não me querem deixar fazer viagem nem de liteira. em 1872. carta do barão de Paty do Alferes. meu sobrinho e amigo Raimundo de Macedo Pimentel. Francisco José. mais tarde 60 . e ficou fora o Martinho Campos. E.Paralelamente.. carta do barão de Campo Belo. depois de lhe ter recomendado o dr. solicitando o muito especial obséquio de facultar-me a sua valiosa proteção. 1. tomo a liberdade de apresentar muito particularmente a V. venceu a grande luta. E. duplicado triunfo. reveladora resposta recebeu dos irmãos Teixeira Leite. como o barão de São João do Príncipe e o barão de Rio Preto (Valença). Foram atraiçoados ou não tiveram bons amigos. E. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. 6 de fevereiro de 1861. Comércio e Obras Públicas. 77 Os irmãos Teixeira Leite eram os filhos do proprietário. Acusando o recebimento da circular. Dou-lhe os mais sinceros parabéns e a todo o Partido Conservador que venceu na província quase em toda a parte. Parece pelo que ontem vi nos jornais que V. 76 ANRJ. tenha passado bem de saúde e toda a sua família.75 Guaribu e Capivari (Paty do Alferes) e o barão de Campo Belo (Vassouras). Francisco José Teixeira. Aqui fico sempre disposto a cumprir à risca as suas ordens. inclusive. E. 94. Tomo o maior interesse por meu sobrinho e espero que V. merece-me muita estima. tido como muito hábil financista e relacionadíssimo nos meios bancários”. um fervoroso liberal. Joaquim José. do qual se inculca termos auferido grandes lucros. cujo nome.] suporá o público que naturalmente não votaríamos para deputado em nenhum daqueles que entraram na cruzada contra a instituição. em que tive a infelicidade de em não concordar com sua opinião. com grande destaque se prende. homem sobremodo ardoroso. Teixeira Júnior voltava a escrever com o mesmo objetivo. Todavia não me animo a prometer em barão de Vassouras (1804-1884). e sua atuação política como chefes conservadores. destacaram-se por seu empenho na criação da Estrada de Ferro D. lembrando que a circular era dirigida simultaneamente a diversos eleitores. e sim da pressão exercida pelo desejo de ganharmos as boas graças do fiscal do estabelecimento. ao contrário do pai. foi decretada em proveito exclusivo de nossa família. Vassouras. significativo dos primeiros pedidos de concessão e grande comerciante de café. 140. envolvia disputas e divergências em outras instâncias: Desapareceu efetivamente o único motivo que na passada eleição impediu-me de votar em V. não pude recusar elogios ao talento. 1. inclusive. E.. e se votássemos. E. 78 ANRJ. e principalmente a não vulgar moderação com que se houve a advogado dela. outra hoje enorme rede ferroviária – a Leopoldina. homem de ação e lúcida inteligência. Além de suas atividades como proprietários e banqueiros. Corte. Joaquim Teixeira Leite. Francisco José e João Evangelista Teixeira Leite. o comendador Antônio Carlos Teixeira Leite. p. deputado-geral. Francisco José e João Evangelista Teixeira Leite.. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. Acrescentava ainda que lamentava profundamente que a modéstia os fizesse desconhecer “a sua merecida reputação a ponto de não se julgarem a coberto de uma suspeita tão desairosa como seria a de presumir-se que pudessem ser incluídos por motivo reprovável a votar em um candidato que consideram seu correligionário e honram com a sua estima!”. O caráter de V. recebendo respostas que demonstravam a dificuldade que enfrentava nesse tipo de negociação que. condenando a causa. depois da primeira fase da cidade. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. ótimo financista.78 Em rascunho de resposta à carta recebida dos irmãos Teixeira Leite. entusiasta pela causa..]. Antônio Carlos (1810-1877). Affonso de E. carta de Carlos. Nas eleições seguintes. Uma irmandade de grandes cafezistas e civilizadores: os Teixeira Leite.79 Entretanto. 1.[. 21 de setembro de 1860. 61 . espírito ilustrado e refletido. João Evangelista (1807-1861). Carlos (1814-1873) e Custódio (1819-1882). 79 ANRJ. ainda na penúltima sessão da Estrada de Ferro. esse não parecia ser o real motivo pelo qual os Teixeira Leite recusavam-se a apoiá-lo. carta do visconde do Cruzeiro a Carlos. o coronel Carlos Teixeira Leite. político e banqueiro influente. presumiria com razão que nosso voto é filho não de espontaneidade. Estamos deliberados a não autorizar tão desairosa suspeita. vulto de grande peso na política conservadora da província [. 14 setembro de 1860.. Taunay. que segundo influências e alusões por demais transparentes de alguns artigos de jornais. o comendador João Evangelista Teixeira Leite. Joaquim José. Cruzeiro procurou justificar sua posição e esclarecer que não havia relacionado de modo premeditado sua nomeação como fiscal ao pedido de apoio. o dr. Pedro II: “Foram os líderes dessa campanha o comendador Francisco José Teixeira Leite. Joaquim José (1812-1872). doc. bem quisera ser completamente explícito e tomar para com V. S. me reserve a faculdade de ressalvar aqueles princípios. fortuna e influência política eram decisivos.83 Cruzeiro também usou sua influência para favorecer um membro dessa família na Academia de São Paulo. no caso em que seja eu eleitor. Pedro José Neto Teixeira. cujo poder. 12 de julho de 1888. pois em 1872 recebeu carta desta província enviada por João 80 ANRJ. 1. de forma semelhante. superar as diferenças que o distanciava dos Teixeira Leite. O que afianço é que só muito constrangido. visto que como bem sabe V.. S. 28 de maio de 1863. Vassouras. que nos vemos forçados a sacrificar ainda nos amigos mais do peito. 81 ANRJ. especialmente na região de Vassouras. nessas ocasiões já surgem os improvisos e dificuldades tais. a ponto de solicitar-lhe a aprovação para o casamento de outra filha. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. Francisco Teixeira Leite Guimarães.81 Cruzeiro certamente tentou. carta de Carlos T. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. e por motivo imperiosíssimo. S. Corte. 29 de maio de 1863. 62 . Arriscar-me-ia. ligado diretamente aos Teixeira Leite. que sempre acatei. me permitirá V. 378. deixarei de incluir o nome de V. mas também descendia dessa família por sua mãe. carta de João Evangelista Teixeira Leite.82 Anos mais tarde. na mesma ocasião afirmava Carlos Teixeira Leite: Respondendo V. 1. já por considerações políticas. um compromisso peremptório: tanto mais porque de boa vontade e muito conscienciosamente receito a candidatura de V. Rio Negro parecia já devotado ao visconde do Cruzeiro. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. nos anos seguintes. E. Mas na distância. já por considerações de família. Vassouras. com a filha do barão de Rio Negro.. S. se for eleitor. Esperando que esse consórcio merecerá a aprovação de V.80 Demonstrando a dinâmica das articulações locais e a importância de se levar em consideração a posição do clã familiar e as conjunturas específicas que caracterizavam os processos eleitorais. Francisca Bernardina Teixeira Leite. 83 ANRJ. S. 1. Ex. que se achava “contratada para casar-se com o meu sobrinho dr. diretor do Banco do Brasil em 1870. na minha lista. E. de que me não deva apartar.vão [. Manoel Gomes de Carvalho (1836-1898). prima do barão de Vassouras. Uma estratégia nesse sentido foi o casamento de seu próprio filho. carta do barão do Rio Negro. subscrevo-me com toda a consideração e estima”. que aceitando desde já individualmente a candidatura de V.. 82 O barão do Rio Negro era casado com uma prima Teixeira Leite.]. em que estão as eleições e na previsão de eventualidades. Leite. que possam criar uma situação que demande considerações coletivas. 85 Em geral. O mesmo fizera seu filho. por exemplo. inclusive. Manuel Jacinto Nogueira da Gama. particularmente o conde de Baependi. quando contava apenas três meses de sua formatura. Apesar da aparente distância de parentesco. como habilitei-o com o hábito do estudo e notável aproveitamento”. 1. deputado na Assembléia Provincial e Geral pelo Rio de Janeiro de 1842 a 1872. cunhado e irmão cumpriram o que prometeram 84 ANRJ. na nomeação de Teixeira Júnior como promotor público em Niterói em 1853. 276. considerando-se. Em carta de 1861. a dura batalha que travava para se eleger ao Senado pela província do Rio de Janeiro. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. acrescentando: “Meu filho. portanto. e nomes importantes na política local. conde de Baependi. então vicepresidente da província do Rio de Janeiro. vou responder a sua prezada carta de 21 de julho. carta do conde de Baependi. 87. e seus irmãos. Nogueira da Gama era filho do marquês de Baependi e neto do comerciante Bráz Carneiro Leão. Nessas negociações locais. e pedia notícias da eleição em outros colégios. como demonstra o próprio Baependi na correspondência trocada entre ambos. doc. carta de João Theodoro Xavier.84 Tais atitudes podem ter se revertido favoravelmente. Bráz Carneiro Nogueira da Costa e Gama. já teria influído diretamente na nomeação do marquês de Paraná como juiz de fora em São Paulo no início de sua carreira. ANRJ. os de amizade e compadrio. Aos distantes laços de sangue acrescia-se. desejando que a excelentíssima prima e comadre tenha melhorado do grave incômodo que sofria e que você e seus filhos gozem saúde. 1. A todos cumprimentamos muito afetuosamente”. e irmão dos barões de Santa Mônica e Juparanã. quanto às eleições. todos fazendeiros na região de Vassouras e Valença. Foi presidente da província de Pernambuco em 1868. na qualidade de ministro da Fazenda. e presidente do Senado em 1885 e da Câmara dos Deputados em diversas ocasiões. senador pela mesma província em 1872.Teodoro Xavier. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. as famílias sempre se mantiveram próximas. O marquês de Baependi. 2 de outubro de 1864. 63 . assinando freqüentemente “seu parente e afetuoso amigo”: “De volta de Caldas. doc. Não só foi plenamente aprovado no ato do segundo ano. exatamente em 1872. 85 O segundo visconde com grandeza e segundo conde de Baependi (1812-1887) era filho do marquês de Baependi. informava que Teixeira Júnior só havia perdido 11 votos na região. Valença. São Paulo. que dizia estar “cumprida minha missão em favor do seu recomendado Teixeira Leite. 15 de novembro de 1872. papel fundamental exerciam seus parentes ali estabelecidos. por sua vez primo-irmão do bisavô de Teixeira Júnior. a vultosa correspondência entre ambos versava sobre diversos assuntos da política e as eleições locais na cidade de Valença e arredores. provavelmente pela influência do marquês de Paraná. e se entraram dois liberais (não falo do dr. procurando explicar a derrota do Partido Conservador na região. 1. 101. Valença.86 Em outra carta. com prejuízo do Saião. Ipiabas e Valença. carta do conde de Baependi. 30 de janeiro de 1861. Acrescentava que Arrancaram um voto de um dos nossos eleitores. ressaltando-se as fraudes e a disputa de que eram alvo os cidadãos eleitores. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. Em 1863. Valença. 1. como o visconde de Itaboraí – com quem trocou 86 ANRJ. dissemos a ele que procedesse como entendesse mais conveniente a si e a sua família. Baependi enviou um quadro detalhado das eleições em Valença mencionando os votos que Teixeira Júnior recebeu – relato acompanhado. dando ainda notícias das irregularidades nas eleições em Santa Isabel. Conservatória. 88 ANRJ. particularmente os de seu próprio partido.88 Fundamentais nos processos eleitorais seriam também a amizade e o apoio de políticos da Corte. Teixeira Júnior parecia ter ganhado a simpatia dos principais nomes do Partido Conservador. do nome dos eleitores –. 96. em favor do Fernandes. pedindo também que lembrasse “ao nosso Pedreira os diversos pareceres que validam a eleição de Santa Isabel”. inclusive. que sofreram os nossos amigos ali obtivemos um completo e esplêndido triunfo o que estimei. de outubro de 1864. Valença. que poderiam beneficiá-lo com o apoio de suas próprias redes políticas e parentais. Um credor pôs-se a seu lado. a iminência da guerra no Prata e a crise comercial – “A crise porque acaba de passar essa Praça demonstrou a razão com que os estadistas conservadores procuraram embaraçar o triunfo das teorias de Sousa Franco em matéria de crédito” –. 2 de outubro de 1864. 87 Comunicava ainda: “mas apesar disso e de algumas contrariedades. e não o deixou enquanto aquele não prometeu dar-lhe o voto e o pôs na urna! Se quiséssemos este nosso amigo não cederia. 12 de setembro de 1863. 87.87 Alguns dos relatos dão exemplos de como funcionavam os esquemas locais durante o período eleitoral. doc. Meirelles. carta do conde de Baependi. Nesse sentido. doc. De Santa Teresa teve todos os votos. 64 . doc. porque este foi eleito por patota feita por Tavares Bastos no colégio) no número de eleitores foi isso devido a descuidos e condescendências nossas”. mas atendendo nós aos embaraços em que teria ele e sua família de achar-se sem que pudéssemos valer-lhe por ser bastante crescido o seu débito. 22”. ANRJ. comentava a mudança de gabinete com grande descrédito. e desta cidade. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. carta do conde de Baependi.a você. porque assim ninguém de boa-fé poderá deixar de reconhecer que os conservadores estão em grande maioria na freguesia. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx 1. pois é provável que o Airosa por ele mencionado fosse José Antônio Airosa. o capitalista Manuel Antônio Airosa. carta do visconde de Uruguai. É ainda provável que este seja o mesmo Airosa mencionado em carta à sua esposa pelo marquês de Paraná. barão de Sapucaia. setembro de 1863. Silvestre dos Reis Neves e o João Rebelo não me serviram na eleição de Paulino. De fato. carta de José Antônio Airosa. Não lhes pediria agora nem para mim. futuro sogro de sua filha.d. Nos anos anteriores. que procurou adiar mais uma vez na Câmara a discussão sobre a emancipação. Paulino Soares de Sousa. 65 . Corte. devendo fazê-lo. Carneiro Leão e Soares de Sousa. 1. bem como para o São Gonçalo. onde se localizavam as terras de outro membro da família. Aleixo e Antônio Corrêa. visconde de Itaboraí. 90 ANRJ. ameaçador e sujeito a crises que se avolumavam. mais tarde. marquês de São Vicente – autor do 89 ANRJ. a crise econômica e o fim da Guerra do Paraguai. Paulino é referência ao próprio filho de Uruguai. problemas de saúde e os desatinos da política – e o visconde de Uruguai. o poderoso líder saquarema.90 A correspondência de Cruzeiro voltaria a tratar de eleições no momento de sua campanha para o Senado em 1872. e que incluía ainda o envio de cartas de recomendação: Vão as cartas para o dr. Sapucaia (?). que lhe escreveria bilhete dirigido da fazenda do Sabugo e datado de setembro de 1863 dizendo: “Escrevi ao Carneiro Leão.89 Cruzeiro parece ter seguido os conselhos de Uruguai. ao qual este havia confiado os negócios relativos à fazenda do casal em Sapucaia. Veja porém para este último o Airosa. que mesclava eventos sociais e eleições. parecia apresentar remotas chances de vitória. razão a que se atribui a queda de seu gabinete em setembro de 1870. que se intensificou no convívio na Universidade de Coimbra. Quanto ao próprio visconde de Uruguai. que pode tudo. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. as ligações entre ambas as famílias. em princípio. O cenário geral da política vislumbrava-se instável. Não tenho o mais leve conhecimento com o deputado Guiena e com o sr. que incluíam convites para o chá. provocadas pela questão servil. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. Não pude achar o nome inteiro do irmão do Peregrino. Teixeira Júnior recebeu vasta correspondência. também deputado provincial e geral e. provinham de antigas relações dos tempos de Paracatu e da amizade de juventude entre o marquês de Paraná e Bernardo Belisário Soares de Sousa. Duarte Galvão. 162.farta correspondência na década de 1860 sobre assuntos diversos. Com a nomeação do gabinete chefiado por Pimenta Bueno. uma batalha que. Já vês pois que não descuidei-me de seu pedido”. Teixeira Júnior enfrentara a firme oposição de seu antigo aliado e correligionário. chefe do Executivo. não estava em casa. 1. doc. s. conselheiro de Estado. Teixeira Júnior foi convidado a assumir a pasta da Agricultura. Em uma de suas últimas cartas. a própria presença de Jaguari. Comércio e Obras Públicas. no entanto. que aliás parece que aceitara o ministério com o fim de retardar a questão do elemento servil”. inclusive. como sabe. cit. ameaçado por crises internas. ficou descontente Teixeira Júnior. desde sua organização. na defesa da abolição gradual e. Analisava ainda a própria candidatura de Cruzeiro e a oposição que este encontraria: Nas circunstâncias atuais me parece que pouco se conseguirá por aqui em bem de sua candidatura. que se efetivou em 28 de setembro de 1871. nota 14. era uma manobra dos conservadores para adiar a apresentação do projeto de emancipação gradual. o mais tarde conselheiro de Estado. 736. Segundo Joaquim Nabuco. na própria vaga deixada pela morte do visconde de Itaboraí em 1872. caiu por cisões internas em março de 1871.projeto de emancipação discutido anos antes no Conselho de Estado –. op. especialmente. retirou-se do ministério três meses depois. p. a principal bandeira do gabinete: “Logo depois de organizado o ministério. então barão de Três Barras. Nesse período. nos esforços para aprovação da Lei do Ventre Livre. em dezembro do mesmo ano. Destas palavras não deduza que não terá votação em Valença. o que não é redigido por Nabuco. considerando-se ainda que seu principal reduto eleitoral era exatamente o terceiro distrito. O gabinete. já subia ao poder determinado a fazer aprovar a lei de emancipação. que se retirou com licença por motivo de moléstia. é da mão de Teixeira Júnior. que reunia a mais ferrenha oposição à abolição e à própria lei de 1871. parece terlhe custado a eleição para o Senado. Joaquim Nabuco. futuro visconde de Jaguari. seu compadre conde de Baependi – que competia com Cruzeiro nesse ano para o Senado – comentava a perda representada pela morte de Itaboraí para o Partido Conservador. chefiado por Silva Paranhos. p. Nesse momento. encontrava-se Teixeira Júnior como presidente da Câmara. elas têm apenas por fim preveni-lo de que há de perder votos 91 O gabinete Pimenta Bueno encontrou todas as dificuldades. e mais tarde Três Barras.91 O gabinete seguinte. mas por desavenças com o ultraconservador Sousa Ramos. 92 No que se refere ao texto da lei. bem como sua substituição no Senado. então responsável pela pasta da Justiça. e da qual participou ativamente. cit. 823. que contava ainda com a presença do conselheiro Francisco Salles de Torres Homem na pasta da Fazenda. a grande maioria dos proprietários e pessoas importantes do município não aprovarão as opiniões do meu amigo na questão que dividiu nas duas câmaras o Partido Conservador. 66 ..92 Sua atuação nesse episódio. tornando-se o principal aliado do então presidente do Conselho de Ministros e do líder do governo. as dificuldades para a eleição já se anunciavam. porque. Joaquim Nabuco.. visconde do Rio Branco. segundo Joaquim Nabuco. o já então decadente Vale do Paraíba fluminense. João Alfredo Corrêa de Oliveira. op. e como Friburgo é ponto de (?) do Rio de Janeiro. talvez seu último papel tenha sido o de conselheiro de Estado. doc. que atuava então como uma espécie de Junta Comercial. seu entusiasta e meu amigo. Após sua nomeação como ministro da Agricultura em 1870 e sua eleição para o Senado.. Ex. deputado provincial e geral de 1848 a 1853 pela província do Rio Grande do Sul e senador. entendo que não faria mal conversar com algumas influências eleitorais a respeito do seu nome [.. carta do conde de Baependi. Mas os desgostos parecem ter sido superados rapidamente. 1. Alfredo Chaves. nomeado em 1853. velho político do círculo de Nabuco de Araújo e do marquês de Abrantes. trabalha com afinco pela vitória de sua candidatura”. 95 “Estou em Friburgo. De qualquer forma.]. 26 de fevereiro de 1872. onde me prendem negócios forenses. havia dedicado total apoio a Cruzeiro. acompanhando a própria ascensão política de Cruzeiro. portanto. parecia mais em posição de atender a pedidos do que buscar apoio político-eleitoral. doc. barão com grandeza de Quaraim (RS 1801-1866) magistrado. pois a mesma província o elegeria senador ainda em 1872. 7 de fevereiro de 1872.95 A partir de então. que trabalhavam por sua candidatura. este magistrado pode conseguir muita coisa dos Breves. na vaga deixada pelo visconde de Itaúna logo depois. escrevia-lhe na ocasião lembrando que “o colégio de Barra Mansa pode ser melhor se V. Pedro de Fernandes Chaves. Mas. Pindaíba de Matos. seu nome será um dos mais votados. 279. Antônio Carneiro de Campos. Pedro Rodrigues Fernandes Chaves. Desde sua nomeação. submetidas especialmente à Seção dos Negócios do Império do Conselho. Conto ir à Corte brevemente. doc. Cruzeiro pôde sentir o valor e a extensão de suas próprias redes de amizades pessoais e relações políticas. Sizenando Nabuco – que assinava seu parente e amigo –. e influir sobre Resende”.independente do pedido de quem quer que seja. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. o teor da correspondência modificou-se. 94 67 . carta de Antônio Carneiro de Campos.93 A escolha recaiu sobre o candidato mais votado. por exemplo. para a qual foi nomeado em janeiro do ano seguinte. conseguir uma carta do Paranaguá para o sr. ANRJ. o próprio conde de Baependi. Segundo me disse os que podem. O sr. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. cunhado do barão de São Clemente. mencionando ainda a simpatia de dois aliados poderosos: o barão de São Clemente e o filho do barão de Quaraim. 1. e então terei a oportunidade para informá-lo do que constar-me sobre este assunto porque não me encontrei ainda com quem possa dizer-me em que posição se acham presentemente os eleitores desse colégio. 1. por onde deve correr séria eleição. 72. carta de Sizenando Nabuco. em 1875. avaliando a criação de companhias e a 93 ANRJ. 280. Friburgo. ANRJ. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx.94 Da mesma forma o irmão do conselheiro Nabuco de Araújo. Valença. 1872. Corte. passaram a serem comuns as solicitações de interferência nos processos relativos à aprovação de estatutos de companhias comerciais e de concessão de serviços. além de corresponder-se com novas lideranças. Um exemplo é a correspondência enviada pelo mineiro José Pedro Dias de Carvalho. e a 96 ANRJ. pedia-lhe uma rápida solução para o caso. doc. parece ter sido decisiva.manutenção das concessões e subvenções. barão de Santa Helena. marquês de Paraná. 16 de abril de 1881. manteve sua correspondência com antigos amigos. 133. nomes como os futuros conselheiros de Estado visconde de Ouro Preto. por sua formação. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. Manoel Francisco Correa. em que agradecia a Cruzeiro “a presteza com que deu seu parecer sobre os estatutos da Companhia União Mineira. em abril de 1881. da família Monteiro de Barros. Duarte de Azevedo e Ferreira Viana. 1. A opção pela participação direta na política ou por seguir a carreira de seu pai e avô eram apenas algumas dessas escolhas. Felipe Franco de Sá. carta de Francisco de Paula Mayrinck. Sítio da Lagoinha.96 Entre os amigos da província certamente constava o fazendeiro. doc. A vida e trajetória do visconde do Cruzeiro permitem perceber a pluralidade de possibilidades que se lhe colocavam. como os mineiros barão de Santa Helena e visconde de Lima Duarte. SDP Fundo visconde do Cruzeiro AP23 cx. 133. neto do visconde de Congonhas do Campo e fundador da Estrada de Ferro União Mineira. 97 ANRJ. 1. mas levam também a considerar a diversidade de escolhas que impunham o meio e os recursos que controlava. sabendo que estavam em poder de Cruzeiro certos papéis do Banco Hipotecário para emissão de parecer. Monteiro da Silva. 13 de abril de 1876. Correspondência de teor semelhante recebeu do negociante e banqueiro Francisco de Paula Mayrink. A proximidade de suas relações com o tio. como Cristiano Otoni. marquês de Paranaguá. capitalista e senador mineiro José J. e o paulista Antônio Carlos de Andrade Machado Silva. Martim Francisco R. de Andrada e João Alfredo Correia de Oliveira. Corte. com exceção talvez da entrada em cena do que parecia uma nova geração de políticos que começavam a surgir com força no cenário nacional. carta de José Pedro Dias de Carvalho. carreira profissional e laços de amizade e parentesco. Paulino Soares de Sousa. em que este. que era justamente aquela por que eu me interessava para satisfazer ao pedido de alguns amigos da província”. Por outro lado.97 Pouca variação encontra-se na correspondência de Cruzeiro no final do período imperial. 68 . São Clemente. também conselheiro de Estado. E depois de ter angariado algumas centenas de inimigos e despeitados. op. 372..98 O dilema expresso pelo visconde do Cruzeiro. 69 . A pátria nada daria a meus filhos e teria a recompensa que teve teu pai. O país já era outro em 1870 quando escreveu à sua esposa. Mas é indubitável que tenha feito suas escolhas. a opção pela diversidade de atuação reflita uma estratégia condizente com novas conjunturas de incertezas. Porém. A simples existência desse estilo do fazer política não é exclusivo do período nem deve bastar para identificar o tipo de sociedade política em que 98 Henrique Carneiro Leão Teixeira Filho. e não os objetivos da ação política. A política parece ter-lhe trazido desgostos. em meio aos ressentimentos que marcaram sua saída do ministério: Esses mesmos que dizem que estou prestando serviço ao país e que homens como eu é que devem governar seriam os primeiros a censurar-me quando a Justiça lhes chegasse à casa. como Francisco Belisário Soares de Sousa e seu próprio genro Paulino Soares de Sousa. sairia do ministério sem saúde. mais pobre. se em um primeiro momento essa atitude custou-lhe a eleição para o Senado. econômicas e sociais. os instrumentos. Outros de sua geração seguiram caminhos diferentes. como por exemplo não empregando os parentes. por outro lado granjeou-lhe a simpatia do gabinete Rio Branco e do próprio monarca. cit. cada vez mais empenhados no movimento da abolição gradual da escravidão. A aliança com Rio Branco na Câmara e o apoio declarado à causa emancipacionista eram um grande risco para um político que havia mais de dez anos se dedicava a costurar suas alianças com os poderes locais e que tinha como reduto eleitoral a região dominada pelos fazendeiros tradicionais do Vale fluminense. conduz.convivência no círculo dos grandes certamente lhe trouxe a experiência necessária para que se conduzisse com relativo sucesso. bem como a própria análise de suas relações políticas. Mas. que até o final do Império lutou contra a abolição. a se considerar o efetivo papel desempenhado nessa sociedade por uma cultura política que se mantinha solidamente amparada por antigas práticas clientelares. talvez. Mas o reconhecimento de sua importância não deve obscurecer o fato de que elas se configuram antes como os meios. até porque se movia em um meio que já se distinguia em muito daqueles anos que fizeram brilhar o marquês de Paraná e sua política da conciliação. e passaria por tolo. não aprovando os projetos de companhias. assim. p. não me prestando a batotas etc. 100 Giovanni Levi. que por definição apresentam uma composição mutável.. nascem problemas.100 99 Segundo Espada Lima.] Com o tempo. Henrique Espada Lima. negociação e controle político. via de regra. incertezas. inclusive. ciclicamente. é necessariamente inacabada e por isso – como a própria história humana – necessariamente ambígua em seus resultados. p. transformações essas que indiretamente colocavam a necessidade das famílias se reestruturarem no nível local e reverem suas escolhas e estratégias de alianças. uma política da vida quotidiana que tem o seu centro no uso estratégico das regras sociais. Mas a participação de cada um na história geral. ambígua e dinâmica.transitavam os conselheiros de Estado. 44-45. cit. Retornando a Giovanni Levi. e que. O que se afirma é a impossibilidade da sociedade ser tratada como um continuum homogêneo.. seu comportamento diante das incertezas geradas pelas crises do período afirma o grupo como composto pela elite de um país que se transformava rapidamente. fossem estes públicos ou privados. usualmente associado à idéia das práticas clientelares. mas garantem o espaço da ação individual. “a ênfase na ambigüidade dos sistemas normativos que constituem a sociedade está ligada à necessidade de colocar a mudança como objeto central da análise. na formação e modificação das estruturas sustentadoras da realidade social não pode ser avaliada somente pelos resultados perceptíveis: no curso da vida de cada um. quando se considera a inserção desses indivíduos em suas redes de relacionamentos. A herança imaterial: trajetória de um exorcista no Piemonte do século XVII. [. espelhando as tensões características dos grupos e indivíduos nela envolvidos. englobando setores distintos e variados. As relações que essas redes retratam mostram uma realidade heterogênea. A abertura dos conflitos e contradições é acompanhada pelo contínuo formar-se de novos níveis de equilíbrio. da liberdade de ação e reação a conjunturas específicas que permitem as transformações que se verificam nessas sociedades. todas as estratégias pessoais e familiares tendem talvez a aparecer niveladas em um comum resultado de equilíbrio relativo. Esse fundamento antideterminista me parece central na proposta de Levi e está fortemente ligado à discussão sobre o lugar da ação individual na história”. e na qual. 70 . Assim entendida. Uma vez que ela é produto do fazer humano. op. intensificando-se as ligações com os representantes do poder central.. 273-274. instavelmente sujeitos a novas rupturas. Trata-se de um complexo jogo de interesses que inclui a troca de favores e benefícios pessoais tanto quanto a perseguição de projetos coletivos. permitiu a manutenção de uma estrutura político-administrativa fundamental para a consolidação do regime monárquico-constitucional e de suas instituições. p.99 Nesse sentido. escolhas. os objetivos e interesses pessoais moldam-se e ajustam-se aos interesses coletivos bem como às diferentes conjunturas. a noção de rede permite exatamente extrapolar o sentido de troca individual. 71 . concedem a essas relações um aspecto específico no qual as questões regionais interagem permanentemente com um cenário mais amplo. bem como o uso estratégico das regras sociais. influenciando as decisões e a dinâmica política tanto na estrutura do Estado quanto na organização local.As redes familiares e as alianças. . barão de Itambé Joaquim José Teixeira Leite DG (1858) Manuel Gomes de Carvalho. cel. neg. o barão de Cananéia Cláudio Gomes Ribeiro de Avelar./mar.. visconde de Araxá CE (1866-1881) Batista Caetano de Almeida Antônio Carlos Teixeira Leite José Eugênio Teixeira Leite Luciano Leite Ribeiro João José Ferreira Leite Custódio F. (1882-1885) Família Avelar Bernardino Rodrigues Avelar. História do café no Brasil. L Werneck. Inventários da baronesa de Itambé e de Ana Esméria Teixeira Leite. GN de Barra Mansa Faz. GN. Faz. Faz. C.. barão de Vassouras Manuel Gomes de Carvalho.. neg. ten-cel. ve. neg. visconde do Cruzeiro. cap. 136-144. 2v. Ferro Carril Vassourense DP (1848-1849).. PCM de São João del Rei Neg. Belo Horizonte. barão de Barra Mansa João Evangelista Teixeira Leite Custódio Teixeira Leite Carlos Teixeira Leite Francisco J. GN Ten-cel. cap. barão de Almeida Ramos. Avelar e Teixeira Leite: atividades e ocupação de cargos na Corte e nas províncias de Minas Gerais e Rio de Janeiro Família Werneck Cargos e ocupação na Corte Joaquim de Almeida Ramos.. Ribeiro de Avelar. Cap. Taunay.... barão de Rio Negro João Gomes de Carvalho. barão de Aiuruoca José Leite Ribeiro Francisco José Teixeira DP (1835-1837).. Neg. em Vassouras (1857-6185). Leite de Carvalho. MG Faz. VPP (1852-1857). e Almeida. DP (1835-1841) DP (1844-1845). barão de Massambará João G. mi. jan. visconde da Paraíba Cargos e ocupação na província Comissário de café. Vassouras Faz. MG Faz. 195-221.. Vassouras (1887-1889) Ten-cel. barão de Paty do Alferes Luiz Peixoto de Lacerda Werneck Manuel Peixoto de Lacerda Werneck DG (1876-1877). GN Faz. Mar de Espanha. casado com a filha do v. cap. Faz. GN DP (1844-1849). em MG e RJ. faz. cap.. diretor Estrada de Ferro Rio das Flores. Sebastião de Oliveira Cintra. Taunay. barão de Avelar e Almeida José de Avelar e Almeida. visconde de Ubá Família Teixeira Leite Francisco José Teixeira Leite. 355-388. faz... GN Ve. Archivo brasileiro nobiliarchico.. ten-cel. GN de Paraíba do Sul. café Faz. (1864-1867). Neg..Anexo I Quadro 29 Famílias Werneck. Efemérides de São João del Rei. diretor Cia. cap. 164. em MG Sargento-mor.. GN de Vassouras DG (1856-1859) DG (1862-1863) Ten-cel. e PCM de Vassouras (1882-1886). RIHGB. p. barão de Palmeiras Francisco das Chagas Werneck Francisco P. em São João del Rei Capitão-mor. neg. 1931. barão de Amparo Joaquim G. Neg. p. Affonso de E. VPP (18661879). p. e PCM de Valença. cap. Barra Mansa. Leite Ribeiro. Cap. Mar de Espanha. em MG. barão de Amparo Francisco José Teixeira. cel. barão de Guaribú Marcelino de A. Uma irmandade de grandes cafezistas e civilizadores: os Teixeira Leite. 1982. em São João del Rei Fontes: Barão Smith de Vasconcellos. major GN de Paty do Alferes Comissário de café Ve. Jerônimo José Teixeira Jr. ve. (1846-1847). MG Neg. de Ipiabas João Quirino da Rocha Werneck. Prov. em SJ Rei. Barra Mansa Faz. cel.. Conselheiro de Estado e senador do Império. mi. (1870) Neg. GN de Vassouras. Affonso de E. Neg. PCM de Vassouras (1865-1877). Imprensa Oficial. GN Ten-cel. comissário de café em Vassouras Sargento-mor em MG Faz. cap. 72 . v. cel. barão de Capivary Joaquim Ribeiro de Avelar. Teixeira de Sousa Domiciano Leite Ribeiro. barão de Ribeirão Joaquim Ribeiro de Avelar. barão de Jaboatão José de Sousa Leão. Sisson. da Relação PE. visconde de Suassuna Afonso A. História administrativa do Brasil. (1871-1889). STJ Supremo Tribunal de Justiça. pres. DG Deputado Geral. (1888. visconde de Tabatinga Inácio Joaquim S. visconde de Campo Alegre Domingos F. PAP Presidente da Assembléia Provincial. O Senado do Império. Barão Smith de Vasconcellos. Capitalista. da Câmara Municipal de Santo Agostinho JP. VPP (1844) PC. conde de Boa Vista Sebastião do Rego Barros Francisco do Rego Barros Barreto Francisco do Rego Barros de Lacerda Manuel J. barão de Vila Bela Augusto de Sousa Leão Inácio J. DG (1854-1858) DG Principais cargos e ocupação na província DP. PP (1866). S. 1876-1877) PP DP. GN Guarda Nacional. DG (1869-1872) DG (1882-1885) DG (1843-1844) PP (1837-1841). Fontes: Barão de Javari. Archivo brasileiro nobiliarchico. pres. Câmara Municipal de Jaboatão JP. visconde de Camaragipe Francisco de P. PP (1826. GN JP. chefe de polícia RJ. de Almeida Albuquerque Manuel C. barão de Gurjaú José Felipe de Sousa Leão Luís Felipe Sousa Leão Joaquim de Sousa Leão. 1889) PP (1889). DP Deputado Provincial. visconde de Albuquerque Luiz de Holanda Cavalcanti de Albuquerque Manuel Antônio de Holanda Cavalcanti Henrique M. de Albuquerque Lourenço C. VPP Vice-Presidente de Província. PCM Presidente da Câmara Municipal. Leão. Min. da Guarda Nacional Presidente e desembarg. de Albuquerque Francisco do Rego Barros. PP Presidente de Província. JD Juiz de Direito. (1870-1880) Se (1880-1889). DP (1830-1852) VPP. barão de Vera Cruz Cargos na Corte Min. DG DP. 1844-1889. PP (1864. barão de Sousa Leão Augusto de Sousa Leão. Estrang. 1867-1868. (18751877) DG (1872-1879) DG (1882-1885) DG (1858-1866) DG (1882-1885) Se (1850-1870) DG (1851-1864) Se. de P. de P. 73 . Cap. PP (1859) (1840). DG (1863-1870) DG DP por PE DG (1872-1879) Ministros e senadores Outros cargos e ocupação na província DG PP (1878-1879) DG (1850-1882) PP (1879-1880) Se (1869). Instituições políticas do Império. Almanaque Laemmert. de Holanda Cavalcanti Silvino C. Fazendeiro. Cavalcanti de Lacerda Lourenço Cavalcanti de Albuquerque Pedro F. PP (1842-1855) Notas: Se Senador. PCM de Recife. Sousa Leão. Cavalcanti de Albuquerque e Rego Barros: atividades e ocupação de cargos na Corte e na província de Pernambuco Família Sousa Leão Domingos de Sousa Leão. Carneiro da Cunha. Cavalcanti de Albuquerque. 1835 e 1838) Relação de Pernambuco Se (1828-1844) Se (1838-1863) JM Niterói e Magé. (1841-1844). JP Juiz de Paz. barão de Caiara Antonio de Sousa Leão. JM Juiz Municipal. DG (18581864) Se (1839-1880). cel.. Faz. Affonso de E. barão de Morenos Umbelino de P. Negociante. Taunay. Leão Família Cavalcanti de Albuquerque Adolfo de B. C. Galeria de brasileiros ilustres. Cavalcanti de Lacerda Manuel I. de A. Tavares de Lyra. Organizações e programas ministeriais. Cavalcanti de Albuquerque. Neg. RJ (1857). CE Conselho de Estado. Um estadista do Império. Max Fleiuss.Anexo II Quadro 30 Famílias Sousa Leão. de S. de Almeida Albuquerque Antônio F. 3 vezes VPP JP. Joaquim Nabuco. cel. de Albuquerque. inspetor alfândega. (1878). de Sousa Leão. 1844-1889. v. DG Deputado Geral. CE (1842-1855) visconde de Macaé José Carlos Pereira de Almeida Torres Paulo José Pereira de Almeida Torres Procurador Faz. Sisson. RJ (1868) Relações das famílias por casamento João José de Almeida Couto. Secretário gov. Capitalista. da BA. Galeria de brasileiros ilustres. Almanaque Laemmert. Guerra e Estrangeir. Max Fleiuss. (1864-1881). de A. 74 . Desemb. JM Juiz Municipal. visconde do Rio Vermelho Se. VPP (1835) Notas: Se Senador. S. Faz. DG (1878-1881) Min. v. barão de STJ (1881-1886). Tavares de Lyra. RJ. Caravelas CE (1842-1855) Família Carneiro de Campos Francisco Carneiro de Campos Se (1826-1842) Carlos Carneiro de Campos. PP (1872-1873) PP (1885) e (1889) JD e chefe de Polícia na Bahia. Cap. DG Desterro (1845-1847). (1850-1852) José Luiz de Almeida Couto Franklin Américo de Menezes Dória. barão com grandeza de Loreto Bernardo Machado da Costa Dória Manuel Inácio da Cunha Menezes. (1868) Tribunal da Junta do Comércio. PCM Presidente da Câmara Municipal. (1844) PP da PB. Organizações e programas ministeriais. VPP da BA (18701878). O Senado do Império. Carneiro de Campos e Almeida Torres: atividades e ocupação de cargos na Corte e na província da Bahia Família Ferreira França Cargos na Corte Ernesto Ferreira França Se (1846-5186) Eduardo Ferreira França Se (1848-1849) Augusto Ferreira França Se (1878-1881) Clemente Ferreira França Se (1826-1827) Clemente Ferreira França. (1877) JM no RJ (1853) JD do RJ. PAP Presidente da Assembléia Provincial. Império. (1847-1848) JD do RJ. B. (1868) Desemb. Taunay. marquês de CE (1823-1827) Nazaré Manuel Alves Branco. PP Presidente de Província. Neg. Affonso de E. STJ Supremo Tribunal de Justiça. (1857). (1848-1851) Magistrado JD de Resende. (1889) Se (1827-1850) Principais cargos e ocupação na província Desembargador Relação da BA. História administrativa do Brasil.Anexo III Quadro 31 Famílias Ferreira França. Instituições políticas do Império. GN Guarda Nacional. Barão Smith de Vasconcellos. Archivo brasileiro nobiliarchico. Fazendeiro. Caravelas CE (1870-1878) José Joaquim Carneiro de Campos. VPP Vice-Presidente de Província. (1865) Comandante Superior GN. Fontes: Barão de Javari. CE (1823-1834) marquês de Caravelas José Joaquim Carneiro de Campos DG (1826-1836) Antônio Carneiro de Campos Manuel Carneiro de Campos Frederico Carneiro de Campos Joaquim Alves Carneiro de Campos Família Almeida Torres José Carlos Pereira de Almeida Torres. Relação da BA. JP Juiz de Paz. (1880). DP Deputado Provincial. CE Conselho de Estado. Negociante. Mansa e Piraí. Relação da BA. JD Juiz de Direito. 75 . e Cel..c. Neg. Vassouras Mariana M Álvares de Azevedo Francisca B Teixeira Leite Carlos Teixeira Leite Bernardo Belisário Soares de Sousa Francisco Belisário Soares de Sousa CE 1889 Mª Amélia da Silva Fi. Ana Álvares de Macedo Paulino J Soares de Sousa Mª de Macedo Álvares de Azevedo José J.. José Joaquim da Silva Faz. negociante. cerca de. RJ c. Restituta Soares Torres Honório H C Leão Marquês de Paraná CE 1842-1856 Mª Cândida R Torres Honório H.htm. J. RJ c.Relações parentais a partir das famílias Rodrigues Torres e Soares de Souza (Rio de Janeiro) Brites de Sá Souto Maior Francisco Pais Ferreira n. Rio de Janeiro: Brasiliana. Archivo Brasileiro Nobiliarchico. n. Itb Itaboraí. 1716 f. José A Soares Ribeiro.yahoo. Fazenzeiro. RJ Famílias Rocha Dória. Cap.R.G. Rodrigues Torres Barão de Itambi Neg. Teixeira Jr. 1771 Francisco de Macedo Freire de Azeredo Coutinho. fi filho de. Rodrigues Torres c. c. falecido em. Menezes Dória e Arnizaud.com. Visconde do Cruzeiro CE 1853-1866 José Carlos P de Almeida Torres Visconde de Macaé CE 1842-1855 Mª Luiza Silveira da Motta Manoel Antônio Álvares de Azevedo neta do barão de Piraí Francisco Álvares de Azevedo Mª J de Azevedo Lemos c. Neg. de Macedo Soares. Fontes: C.Diagrama 1 . G de Morais Jerônimo J. n.c. 1823 Francisco José Teixeira Mª Isabel da Visitação n. c. 1993. In: http://geocities.. Eugênia L. 1746 SE Guaratiba. Faz. cel. c. Cap Capitalista. Nobiliarquia Fluminense. Rheingantz. Needell. GN. 1746 f. São Paulo: Companhia das Letras. 1965. Carneiro Leão Mª Carolina Torres Mª Carolina R Torres c. BA José Barbosa de Sá Freire n. Café Araruama João Evangelista Teixeira Leite Joaquim José Teixeira Leite Cap. 1773 f. RJ c. Primeiras famílias do Rio de Janeiro: séculos XVI e XVII. José Carlos Pereira de Almeida Torres Mariana L. 1746 Mª de Macedo Freire João Álvares de Azevedo n. Faz.c. Itb 1865 Alexandre Álvares Duarte de Azevedo Domingos Álvares de Azevedo João Álvares de Azevedo Macedo Paulino J Soares de Sousa Visconde de Uruguai CE 1853-1866 Cel. RJ 1789 f. RJ Ana Teixeira Leite Ana Mª Joaquina de Lemos Duque Estrada Francisco J Teixeira Leite Manoel A Álvares de Azevedo Barão de Tapacorá n. SE Senhor de Engenho. GN Cantagalo. CE Conselho de Estado.c. Itb. RJ 1699 f. 1867 Barão de Itambé SE Tapacorá Faz. R. GN Guarda Nacional. f. Álvares de Azevedo Cândido J. de Castro e Azevedo Lemos (sobrinha) José T Nabuco de Araujo CE 1866-78 barão de Inhoã Mª Henriqueta Teixeira CE 1853-1866 Cândido José Rodrigues Evelina Torres Soares Torres Ribeiro Joaquim Nabuco Notas: c. RJ 1699 f. Belle Époque Tropical: Sociedade e cultura de elite no Rio de Janeiro na virada do século. Torres Visconde de Itaboraí CE 1853-1872 Manoel A. Niterói: s/n. João Gomes Barroso Inácio M Álvares de Azevedo Barão de Vassouras José Antônio Soares de Sousa Mariana J. RJ c. J. Barão de Smith de Vasconcellos. 1948. Casado com. Nascido em. c.br/kajafreitas/dedicado. 1858-1861.yahoo.1868-1869 BIM 1873. Fontes: Barão de S Vasconcellos. de Lima e Silva visconde de Magé CE 1842-1855 Joana Maria da Fonseca Costa Mal.1870-1889 CEc. Rodrigues Torres Barão de Itambi BB 1870 BIM Honório H C Leão Marquês de Paraná CE 1842-1856 Mª Henriqueta Carneiro Leão BB. 1993 76 . 1866.br/kajafreitas. Carneiro Leão n.. CEc = Caixa Econômica . Archivo Brasileiro Nobiliarchico. São Paulo: Companhia das Letras. J D Needell. Carneiro da Costa c.arão de Mauá Mª Cândida Torres Honório H.c. José J. Barão de Ururaí Joaquina Clara de Morais Souza Breves Rita Gonçalves de Oliveira Roxo Nicolau N Carneiro Leão Barão de Santa Maria (meio-irmão do marquês de Paraná) Joaquina Clara Carneiro Leão José J. Belle époque tropical: Sociedade e cultura de elite no Rio de Janeiro na virada do século. da Gama Barão de Santa Mônica José Joaquim de Lima e Silva Luiza de Loreto Lima e Silva Luís A de Lima e Silva Emeliana de Morais Souza Breves Duque de Caxias CE 1870-1880 Ana de Loreto Vianna de Lima c. 1868-1870 BB 1854. BIM = Banco Industrial e Mercantil. de Lima eSilva Sobrinho visconde de Tocantins BB.com. 1856-1859 Mariana de Lima e Silva Carlota de Lima e Silva Manuel da Fonseca e Silva Barão de Suruy Cândido J.c. OP 1832 f. Visconde de Cruzeiro CE 1876-1889 BB. XVIII Francisca M Carneiro da Costa e Gama c. 1853-1854 Jerônimo José Teixeira Capitalista. BB = Banco do Brasil.DIAGRAMA 2 .c Paulo Fernandes Vianna. MF = Ministro da Fazenda. Manuel Carneiro da Silva. 1876-85 BRHRJ 1857 Notas: CE = Conselho de Estado. Francisco de Lima e Silva Regente do Império Mariana de Oliveira Bello Manuel Antonio da Fonseca Costa Marquês da Gávea Antônio Neto Carneiro Leme João Neto Carneiro Leme.Relações parentais entre empresários e políticos do Império a partir do comerciante Braz Carneiro Leão Braz Carneiro Leão Um dos maiores negociantes do RJ no final do séc. In: http://geocities. 1862-1869. 1870-1889 Mathias Gonçalves de Oliveira Roxo Barão de Vargem Alegre Luiz de Oliveira Roxo Barão de Vargem Alegre Mathias G de Oliveira Roxo Barão de Oliveira Roxo Maria B Fonseca Costa Joaquim José Rodrigues Torres Visconde de Itaboraí CE 1853-1872 MF 1848-53. RJ 1873 Maria Henriqueta Carneiro Leão Jerônimo José Teixeira Jr. Negociante Família Souza Breves Família G de Morais (Barão de Piraí) Intendente Geral de Polícia Ana Luisa Carneiro Vianna Francisco N Carneiro N. Manuel J Nogueira da Gama marquês de Baependi Luisa R. BRHRJ = Banco Rural e Hipotecário do Rio de Janeiro. sócio B. baronesa de Santana Maria José Ferreira Lage n. OP = Ouro Preto. financista. 1998 77 . Belo Horizonte: Centro de Estudos Históricos e Culturais. ligação com MG e com os barões de Leopoldina Genebra de Barros Leite c. 1947. 1954. Fundação João Pinheiro. Esmenia Joaquina de Mendonça Quirino Ribeiro de Avelar Resende c. f. MG Notas: c. 1825 Prados. Prados.BB Maria Amália Coelho de Castro Mariano José Ferreira Armonde DP MG 1835 Mariano Procópio Ferreira Lage Maria José Santana. A Família Monteiro de Barros.htm. Ribeiro de Avelar. 1815 f. 1834 f.c. dir.Diagrama 3 . Rio de Janeiro: Edição do Autor.c. Barão de SMITH de. 1886 Antônio José Ferreira Armonde. Efemérides Mineiras. Archivo Brasileiro Nobiliarchico. Coelho de Castro e Sousa Queiroz) Antônio Ribeiro de Avelar José Rodrigues da Cruz Antônio Ribeiro da Cruz Ou João Ribeiro de Avelar José Machado Coelho de Castro Negociante. SJRei. 1844-1889.Relações parentais dos Ferreira Armonde em Minas Gerais. = Casado com. In: http://geocities. DP = Deputado Provincial. 1848 c. Barb.. Barb.br/kajafreitas/dedicado. 1764 Geraldo Ribeiro de Rezende n.c Mª M. f. fi = filho de. São Paulo: João Bentivegna. c. Ferreira Lage. Severiano Ribeiro Leonarda Mª de Rezende Josefa Mª de Resende n. Luiz Antônio de Souza Queiroz Estevão Ribeiro de Rezende Marquês de Valença Ilídia Mafalda de Sousa Queiroz Barão de Valença Barão de Lorena Serafina Camila Camila Ferreira Gomes de de Assis Souza José Ribeiro de Rezende barão de Juiz de Fora Barão de Rio Novo Barão do Retiro Barão de Rezende Barão de Ribeiro de Rezende Barão de Geraldo de Rezende Faz. Francisco Klörs Werneck. CE = Conselho de Estado.. Galvão de São Martinho Pelos casamentos dos filhos. 1852 DP MG 1835 Honório José Ferreira Armonde 2º Barão de Pitangui Marcelino José Ferreira Armonde 1º Barão de Pitangui n. 1882 CE 1879-1882 Cel. Frederico de Barros Brotero. Barbacena.c. Fontes: VASCONCELLOS. n. São Paulo e Rio de Janeiro (Famílias Ribeiro de Resende. 1771 f. José Xavier da Veiga. Pt = Portugal.com. 1786 Camilo José Ferreira Armonde Conde de Prados n. Prados. Almanaque Laemmert. 1743 f.yahoo. História e Genealogia Fluminense. = Nascido em. = falecido em. = cerca de. br/ kajafreitas/dedicado. A Família Monteiro de Barros 78 João José Carneiro da Silva Barão de Monte Cedro . Archivo Brasileiro Nobiliarchico. Cid Rebelo Horta.com. Carneiro da Costa e Gama Barão de Juparanã Condessa de Tourinho (Portugal) João Francisco Silva e Souza Ana Carneiro da Costa da Silva e Souza viscondessa de Mirandella Francisco da Costa de Souza Macedo Marquês de Cunha Braz Carneiro N da Costa e Gama Conde de Baependi Maria Leonor Carneiro Vianna Joaquim Pinto Netto dos Reis Barão de Carapebus Rosa Nogueira Valle da Gama Ana Francisca Rosa Maciel da Costa Baronesa de São Salvador de Campos dos Goitacazes Braz Carneiro Leão Jacinta Nogueira da Gama Mariana L da Silva e Souza Marquesa de Jacarepaguá Ana Vidal Carneiro Leão Luiz José de Carvalho e Mello Visconde de Cachoeira CE 1823-26 Paulo Fernandes Vianna Luís Alves de Lima e Silva Duque de Caxias CE 1870-80 Ana Luiza Carneiro Vianna Antônia Joaquina da Cruz Netto dos Reis Antônio Dias Francisco N Coelho Pinto Carneiro da Costa e Netto dos Reis Gama 2º Barão de Barão de S Mônica Carapebus Paulo Fernandes Carneiro Viana Conde de São Simão Luiza de Loreto Carneiro Viana de Lima e Silva José Alexandre Carneiro Leão Visconde de São Salvador Honorata Carolina de Penha Azevedo Maria do Loreto Elisa Leopoldina Carneiro Leão Gertrudes A. Taunay. Pedra Pedro Justiniano de Carvalho e Mello 3º visconde de Cachoeira Ana de Loreto Viana de Lima José Fernando Carneiro Leão Barão de Vila Nova de São José Manoel Carneiro da Silva Barão de Ururaí Marquesa de Maceió José Alexandre Carneiro Leão Capitão-mór Manuel A Ribeiro de Castro Barão de Sta. Instituições Políticas do Império.com.htm. Rita José Carneiro da Silva Visconde de Araruama José Caetano Carneiro da Silva Barão de Quissamã Francisca Antonia de Castro Carneiro Bento Carneiro da Silva 2º Visconde de Araruama Fontes: Almanaque Laemmert. Affonso de E.c. 1978.. Francisca Calmon Manoel J.Diagrama 4: Relações parentais a partir das famílias Carneiro Leão e Nogueira da Gama (Rio de Janeiro e Minas Gerais) Nicolau Antonio Nogueira da Gama Francisca Monica Carneiro da Costa e Gama Manuel J Nogueira da Gama marquês de Baependi CE 1823-34 Ana Joaquina de Almeida e Gama José Inácio N.htm. Brasília: Fundação Universidade de Brasília.br/novaeramg/monteirodebarros.yahoo. da Gama Barão de São Mateus Maria Valle de Abreu e Mello Mariana Eugênia Carneiro da Costa Luiza Rosa Carneiro da Costa Nicolau Antônio Nogueira Valle da Gama Barão de Nogueira da Gama c. O Senado do Império. In: http://geocities. In: http://geocities. Barão de Smith de Vasconcellos. Frederico de Barros Brotero. Brasília: Senado Federal. Importantes famílias de Minas Gerais. Tavares de Lyra.yahoo. 1978. 1850-1880. Theotônio de Miranda Ribeiro Antônio Augusto Monteiro de Barros c. marquês SouzadeBreves Lucas A. Monteiro de Mª Custódia Monteiro de Barros OP.c Cecília Gomes de Morais fi. MG. Monteiro de Castro Barão de Congonhas Domiciano Ferreira de Sá e Castro Fi. 1795 Fonseca Romualdo José Monteiro de Barros Barão de Paraopeba Maria Josefa da Cunha Matos Mª do Carmo Monteiro de Barros n.cit. casado com.c. c. Salvador Guarda-mór Alexandre da Cunha Matos Manoel J Nogueira da Gama Marquês de Baependi Mª Custódia Nogueira da Gama Margarida Teresa de Negreiros Antônio Augusto Monteiro de Barros c. irmã barão de Iguape (SP) Barros. CE advogado Mª do Carmo Monteiro N da Gama n. 1768 f. A família Monteiro de Barros no Vale do Paraíba. filho.. pr. irmã de Clara Mª de Castro Manoel José Monteiro de Castro Clara de Sá e Castro Manoel José Monteiro de Barros c. 79 . Comunicação Anais do VI Simpósio de história do Vale do Paraíba. p. Valeriano Mª José José Cesário de Monteiro Miranda Ribeiro de Barros Visconde de Uberaba CE 1842-1856 João Evangelista Sayão Lobato Visconde de Sabará Mª Nazaré do Couto Teles Barros. OP 1855 Rodrigo Augusto Monteiro de Barros João B Francisco P. Maria Veríssimo da Inácio G Monteiro de Barros c. 1726 Lucas Antônio Francisca daa Monteiro de Barros Fonseca n.c Inês de Castro Galvão de S. de Barros. barão de Louriçal (Souza Breves) Antônia de Negreiros Joana Baptista de Negreiros n.Diagrama 5: Relações parentais a partir da Família Monteiro de Barros (São Paulo. Manso de Castro Antônia L de Negreiros Sayão Lobato c. da Costa Mª Nazaré Sayão Lobato Barão de Leopoldina Miguel Eugênio Monteiro de Barros Antônio Álvares de Castro Pt. casou-se com Francisco da Costa Carvalho. Fontes: F de Barros Brotero. OP Ouro Preto.cit. OP. 1715 f. Dulcídio Monteiro da Fonseca.c Virgínia ª Carneiro de Campos. Catarina B.c 1775 José Luiz Sayão Valeriano Manso da Costa Reis João Mª Isabel Evangelista de Faria Lobato Manso Sayão OP 1763-1846 Francisco de Paula Manso Sayão c.M de Barros Monteiro de Barros Francisco A. Juiz de Fora. sob. Gonçalves de Morais José Cesário de Miranda Ribeiro Notas: n. nascido. 1780 n. Serro.c. Martinho André Ceias de Faria Lobato Clara Mª Negreiros de Castro Manoel Manso da Costa Reis Joana B. Prima. 1773 visconde de fi. n. falecido. fi. Op. Souza Breves. Barão de Smith Vasconcellos.c Maria Marcolina da Silva Prado.c. Elisa Monteiro de Barros.. Op. CE Conselho de Estado * Uma das filhas de Rodrigo A M. Açores 1737 c. Antônio de Carvalho Tavares n. f. OP. sobrinho do conselheiro marquês de Monte Alegre e filho de seu irmão João da Costa Carvalho. José Congonhas do Campo c. Rio de Janeiro e Minas Gerais) Nicolau Antônio Nogueira Ana Joaquina da Gama Guarda-mór Manoel José Monteiro de Barros Mateus* Herculano Francisca M. OP. Nogueira da Gama Tereza de Sauvan Lucas A Monteiro de Barros de Oliveira Arruda c. José Gonçalves de Morais barão de Piraí Mª Elisa de Sauvan c. Helena Mª de Castro. maio de 1982. Sobrinho. fi.c. 1781 Francisco de Paula Negreiros Sayão Lobato Ana Mathilde da Costa Barros Sayão Visconde de Niterói CE 1870-1884 Caetano de Negreiros Sayão Lobato Oliveira Roxo. Salvador Margarida Eufrásia da Cunha Matos OP. 91-100. 1693-f. pr. Mª Eugênia de sob.c João M Pereira da Silva. Salvador. 1757 Francisca de Assis c.c Alda R.c. Visconde de Congonhas do Campo (Monteiro de Barros) Rosa Furquim Werneck de Almeida João Carlos Mayrink Francisco de Paula Mayrink neta barão de Paty do Alferes n. BA) Alexandre da Cunha Mattos Mª Josefa da Cunha Mattos 1737 Antônia de Negreiros Joana Batista de Negreiros n. Sobrinho. 80 .Bahia. Clara Teixeira de Mattos Eufrásia Francisca de Assis Veador n. 1877 Bernardo J Manso da Costa Reis Pedro J Bernardes Mª Romana Teixeira Bernardes José Carlos Mayrink Faz. Portugal.. 91-100. 1906 Notas: n.c. Galvão de S Martinho José Luís Sayão sarg. Prima. 1779 OP Pedro A.. 1763 Mª José de Macedo Couto Porto Alegre Mª Isabel Manso Sayão João Evangelista de Negreiros Sayão Lobato visconde de Sabará n. 1815 OP c. Barão de Smith Vasconcellos. Mª Nazaré do Couto Telles Francisco de Paula Manso Sayão. sob. 1817 Serro f. 1715 Sa f.cit. cit. 1781. 1709 n. pr. Matheus H. Galvão de S Martinho Mª Josefa Negreiros da Cunha Mattos Pt f. 1757 MG Inês de C. 1756 OP f. n.c. Minas Gerais. 1817 OP André Ceias de Faria Lobato Manoel da Costa Marinha Manoel Manso da Costa Reis Ma 1728 Mª Agostinha da Costa Reis 1741-1815 Manoel Monteiro de Barros Antônio Álvares de Castro n. Op. Sa n. fi. 1780 OP Sa f. Op. Martinho.Diagrama 6: Relações parentais das Famílias Manso Sayão e Miranda Ribeiro . Cit. 1736 f. casado com. 1804 Po f. nascido.c. p. 1686 Pt f 1853 RJ Catarina Reis n. Po Porto....c. n. de Seixas “Marília de Dirceu” José Carlos Antônia Luiza de Faria Lobato José Cesário de Miranda Ribeiro Visconde de Uberaba CE 1842-1856 Se João Evangelista de Faria Lobato. MG Theotônio M de Miranda Ribeiro Margarida C Bernardes Francisca M. de Seixas n. . 1770 OP José Manso da Costa Reis c. 1759 Pt Maria Teresa de Negreiros Antônio de Carvalho Tavares Batista (Açores . 1727 Ma f. Serro Francisco de Paula Mayrink Francisco de Assis Manso da Costa Reis Catarina Benedita da Costa Barros Ana Matilde da Francisco de Paula Costa Barros Sayão Negreiros Sayão Lobato visconde de Niterói CE 1870-1884 Caetano de Negreiros Sayão Lobato c. 1891 Po fi.c. 1905 n. 1820 RJ f. filho.-mor Joana Bernarda Manso de Castro Francisco José da Rocha Barão de Itamaraty n. 1693 Clara Mª Negreiros de Castro n. São Paulo e Rio de Janeiro José Francisco Bernardes n. CE Conselho de Estado OP Ouro Preto. Se Senador. Pt Portugal Fontes: Frederico de Barros Brotero. Guarda-mór José Monteiro de Barros 1728 Baltazar João Mayrink Francisco José da Rocha n. Monteiro. fi.Salvador) 1688 (Salvador. 1711 Sa f. Op. Ma Mariana. 1809 OP f. RJ 1839 f. 1775 OP Valeriano Manso da Costa Reis Ana Ricarda Marcelino de Seixas Brigadeiro n. Manoel Monteiro de Barros Conde de Itamaraty Mª Dorothea J. falecido. Francisca Monteiro de S. f. Dulcídio Monteiro da Fonseca.Mª Dorothea J. 1736 f. 1805 OP Eufrásia da Cunha Mattos c. c. Nogueira da Gama Mª Emília Teixeira Bernardes n. 1787 OP n. sob. 1877 c. Braga.. PCM Presidente da Câmara Municipal. Anastácio Leite Ribeiro João José Ferreira Leite Faz. 1959... 1819 f. Uma irmandade de grandes cafezistas e civilizadores: os Teixeira Leite. Prov Conselho Provincial. C. 1982. f.. jan. Francisco José Teixeira n. Vas. Cap. Francisco J Teixeira de Souza. Prov. Taunay. 1842 Barão de Barra Mansa Faz. Com. p. sargento-mor Antônio Felisberto da Costa 1º Ana Esméria Correa e Castro Joaquim José Teixeira Leite Eufrásia Teixeira Leite n. Taunay. SJ Rei. Mª Esméria Leite Ribeiro n. Pt f.Diagrama 7: Relações parentais a partir das famílias Teixeira Leite e Leite Ribeiro – Minas Gerais e Rio de Janeiro Sócios Cap. Amélia Teixeira Leite Francisca Bernardina Teixeira Leite Joaquim José Rodrigues Torres visconde de Itambi CE 1853-1872 Francisco Belisário Soares de Sousa CE 1889 Ana Bernardina Teixeira Leite Cândido José Rodrigues Torres Barão de Itambi Cândido José Rodrigues Torres Notas: c. Conservatória c. visconde do Cruzeiro. = falecido em. 2v. 1788. Faz. CE 1866-1881 João Gomes de Carvalho Pedro José Netto Teixeira Mariana Teixeira Leite n.c. João Evangelista Teixeira Leite n. PCM SJ Rei Manoel Gomes de Carvalho Barão do Amparo n. Neg. pr. 1801.c. Inventários do Barão de Itambé e de Ana Esméria Teixeira Leite. 1882 Neg. Neg. Fontes: Barão de SMITH de Vasconcellos.Es. 1802 Francisca Bernardina Leite Ribeiro n. Teixeira Leite Jerônimo José Teixeira Jr.htm. BM. 1823. Visconde do Cruzeiro Batista Caetano de Almeida n. 1781 SJ Rei. 1723. f. f. 1884 Faz.br/kajafreitas/ dedicado. 1931. Conselheiro de Estado e senador do Império. História do café no Brasil. M. = Casado com. = Nascido em. Mª Gabriela T Leite 2º Ana Maria Alexandrina Jacinta da Teixeira Silva Guimarães Leite Domiciano Leite Ribeiro Visconde de Araxá CE 1866-1881 c. MG Custódio Teixeira Leite n. 1872 Francisca B. Rio de Janeiro: Departamento Nacional do Café. 1814 f. Teresa Mª de M Velloso Faz. Vas..195-221 81 . P. Pt f. Belo Horizonte: Imprensa Oficial. SJ Rei Sarg. Neg. n.-mór. Neg. BM Manoel Gomes de Carvalho Barão de Rio Negro Neg. v. Maria Efigênia de Santa Rita. 1866. Vas. Barão de Aiuruoca c. MG Ana Jesuina Teixeira Leite Luciano Leite Ribeiro Francisco José Teixeira Leite Barão de Neg. f.III. Archivo Brasileiro Nobiliarchico. Vassouras Café. fi. Café Mariana Alexandrina Teixeira de Almeida Antônio Carlos Teixeira Leite n. RJ. 1873 Faz. SJ Rei Laureano Correa e Castro Barão de Campo Ana Josefa de Souza José Leite Ribeiro n.Es Mar de Espanha. Pt = Portugal. MG. 1780 SJ Rei. Joaquim Gomes Teixeira Leite de Carvalho Leite 2º Barão do Amparo Faz. BM 1855 Faz. f. pr. 1810 f. 136-144. 1864 Escolástica Mª de Jesus (Correia de Morais) n. 1804 f. BM Barra Mansa. Mª Umbelina Teixeira Faz. Affonso de E.com. 1808 f. Cap. 1797 MG. Vas.Es. Affonso de E. 1788. C. MG Carlos Teixeira Leite n. p. SJ Rei Custódio Ferreira Leite Ribeiro Francisco Manoel Leite Ferreira Leite Ribeiro Faz. 355-388. M. In: http://geocities. SJ Rei./mar. Francisca Teixeira Leite Ana B. f.164. Faz. CE = Conselho de Estado. 1807 f.c.c. MG. Cap. Vas. 1812 f. 1750. Efemérides de São João del Rei. Vas. Teixeira Leite Emília G. Sebastião de Oliveira Cintra. RIHGB. Mi. fi = filho de.yahoo. Pt.c. M. Cap. 1803 f. Cap. ? José Eugênio Teixeira Leite n. 1873 Vas. 1808. 1861 Faz. SJ Rei Francisco José Teixeira Barão de Itambé n. Jerônimo José Teixeira Jr. Cap. T.Vas Vassouras. S. dep. 1962. Marçal da Costa Barradas Antônio Ferreira França Custódia Maria do Sacramento negociante. Barão de Smith de Vasconcellos.c. Instituições Políticas do Império.Relações parentais a partir das famílias Carneiro de Campos. STJ Ana da Costa Barradas Cornélio Ferreira França Min. Caravelas CE 1870-1878 Francisco Carneiro de Campos Juiz BA.htm. História Administrativa do Brasil. Sisson. Paulo. Ana Inácia de Jesus França José Carneiro de Campos João Alves Branco Ana Joaquina de São Silvestre Joaquim Carneiro de Campos negociante BA Manoel Alves Branco Joana Carneiro de Campos 2º V. Estrangeiros 1830-1831 Junta de Com Agric.1768. Ferreira França e Fonseca Costa (Bahia e Rio de Janeiro) Joaquim Ferreira França. Almanaque Laemmert. Brasília: Senado Federal. Brasília: Senado Federal. BA Cel. José Manoel de Azevedo Marquês de Nazaré CE 1823-1827 Carlos Carneiro de Campos 3º v. Senador BA1826.. O Senado do Império.Diagrama 8 .com. São Paulo: Cia. Taunay. Min STJ. 1978. Melhoramento de S.br/kajafreitas/ dedicado. Tavares de Lyra. de A. BA Negociante. Galeria de Brasileiros ilustres. Intendente do Ouro Relação BA. Affonso de E. 1978. STJ ? da Costa Barradas Fabrícia Ferreira França José Joaquim Carneiro de Campos marquês de caravelas CE 1823-1834 João Carneiro de Campos Cap-mor José da Costa Barros Ana Joaquina da Costa N. Min. BA c. Mª Inácia Ferreira França Ana Joaquina Gurgel do Amaral Mª Balbina da Costa Barros Clemente Ferreira França Ana Joaquina da Costa Barros c. 2v 82 . Archivo Brasileiro Nobiliarchico.c. In: http://geocities. e Naveg. Rio de Janeiro: Departamento de Imprensa Nacional.yahoo. Caravelas CE 1842-1855 Manoel Carneiro de Campos Ernesto Ferreira França Min. Max Fleiuss. 1922. 1844-1889. Frederico Carneiro de Campos Henriqueta Carneiro de Campos José Manoel da Costa Azevedo Manoel Fonseca da Costa Visconde da Penha Manoel Antônio da Fonseca Manuel Costa Antonio da Fonseca Costa Marquês da Gávea José Joaquim de Lima e Silva Joana Mª da Fonseca Costa Francisco de Lima e Silva Visconde de Magé CE 1842-1855 Mª Balbina Fonseca Costa Visconde de Tocantins Duque de Caxias CE 1870-1880 Baronesa de Vargem Alegre Fontes: Barão de Javari. Organizações e Programas Ministeriais. Brasília: Senado Federal. 1999. Brasília: Fundação Universidade de Brasília.br/ kajafreitas/dedicado. Affonso de E. Min.com..com. Campinas. Barão de Smith de Vasconcellos. José de Barros Penteado Antônio José de Sousa CE 1845-1851 Maria de Barros Leite Antônio Pais de Barros Gertrudes de Aguiar barão de Piracicaba Faz. PP MT DG GO 2ª Barão de Valença Faz. em Rio Claro (neto de Antônio de Barros Penteado) DP. SP Vergueiro Estevão Ribeiro de Resende Pedro Ribeiro de S. Genebra Mª Machado Angela Ribeiro Leite f. Instituições Políticas do Império. 1850-1880. 1775 n. DG. 1789 c. Antônio de Barros Penteado Cap. Importantes famílias de Minas Gerais. Itu.yahoo. Resende Estevão Ribeiro de S. In: http://geocities.DG. Agric. Luís de M. Resende Geraldo Ribeiro de S. f. Valença. Fernando Paes de Barros Ouvidor Francisco de Paula Sousa e Mello c. 1820 Faz. Cid Rebelo Horta. Se. Barros 1778 Ten. Itu Salvador Jorge Velho 1797 Itu Genebra de Barros Leite José da Costa Carvalho Marquês de Monte Alegre CE 1842-1860 Senador Antônio de Aguiar de Barros Nicolau Pereira de Campos Vergueiro c. SP Barão de Resende DP. DG.Diagrama 9 – Relações parentais a partir das famílias Barros e Sousa Queiroz (São Paulo) Francisco Leite Ribeiro c. Itu e Capivari Rafael Tobias de Aguiar P de Barros Clara de Paula Sousa c.c. Tavares de Lyra. Resende Barão de Lorena C Pol MG e SP. Mª Cerqueira 1731 SP Fernão Pais de Barros f. DP..Mór Barra da Bahia Rafael Tobias de Aguiar c. Francisca de Paula Sousa Queiroz José da Costa Carvalho Patrão. In: http://geocities.br/novaeramg/monteirodebarros. de Cerqueira Itu 1787 Cap.htm. A Família Monteiro de Barros. Taunay. RJ Barão de Geraldo Resende Faz.c. Brasília: Senado Federal. Faz Piracicaba Fontes: Almanaque Laemmert.c. São Roque. 1978. Mª Dias Leite. Frederico de Barros Brotero. 1842 Mª Rafaela de Aguiar Antônia de Aguiar de Barros Barros Vicente de Sousa Queiroz Barão de Limeira Bento Pais de Barros Leonarda de Aguiar barão de Itu Brig.yahoo. Archivo Brasileiro Nobiliarchico. SP 1749 n.c. Luís Antônio de Sousa Leonarda Aguiar de Barros 2º barão de Piracicaba Antônio Francisco de Paula Sousa Ilídia Mafalda de Sousa Queiroz Mª de Paula Machado f.htm. Se SP. marquesa de Santos. Mª Amélia de Vasconcellos Marquês de Itu Estevão Ribeiro de Resende Marquês de Valença Francisco de S Queiroz Antônia Barão de Sousa Queiroz Eufrosina Ve.c. 83 Visconde de Vergueiro . SP 1755 Guarda-mór Calixto do SR 1747 Rego Sousa e Mello Mª de Cerqueira Paes Gertrudes C. 1978. O Senado do Império.c. Soares de Sousa. PE Ana Mª Leme n. Paracatu Bento José Teixeira Bernarda Gomes n. Ana F Rosa Maciel da Costa.c Paulo Fernandes Vianna Mª Cândida Torres Luís A de Lima e Silva Ana Luisa Carneiro Vianna Luisa Carneiro Vianna de Lima e Silva Barão de Itambi Duque de Caxias CE 1870-1880 Ana de Loreto Vianna Lima Manoel Carneiro da Silva Barão de Ururaí Fi. p. 1730 Pt n. Emília G. e v.c.3-155. Archivo Brasileiro Nobiliarchico. 1772 n.c. v. 1740 Ramo de Pernambuco Senhor de engenhos Em Jaboatão./set./mar. 1806 1798 Antônio Netto Carneiro Leão 1807 n. Porto. marquês de Paraná. c. Franklin de Alencar Lima Ana Mª Netto Carneiro Mª Henriqueta Carneiro Leão Ana Mª Teixeira c. SP 1827 c. n. n. 1615. 236./mar. CONSELHEIRO de Estado e senador do Império. 1662 Serafina Carneiro Leão. 355-388. Visconde de Araruama Honório H C Leão Barão de Santa Maria 1826 Marquês de Paraná CE 1842-1856 Honório H. 1964. 1650 Rafaela Carneiro Leão Manoel Martins Carneiro Luisa Barbosa. Carneiro da Costa 1765 n. OP. c.1847. Porto.Diagrama 10 . Barão de SMITH de. 1960.164. jan. 1769 Paracatu. Porto Mª Henriqueta Carneiro Mª Emília Carneiro Leão. RJ. Henrique Carneiro Leão. 1681 Francisco Carneiro Leão. Jerônimo José Teixeira Jr.c. Nicolau Soares do Couto. Julieta Faro. v. TEIXEIRA FILHO. n. Antônio Neto Carneiro Leão Miguel Alves da Costa Joana Severina Augusta Lemos 1723 João Netto Carneiro Leme Mª Francisca Pires n. RJ 1873 Barão de Paraná n. f. Porto Paulino J. Barão do Amparo c.. 1774 f.Redes Parentais do visconde do Cruzeiro em Minas Gerais e Rio de Janeiro Pedro Carneiro Mª Antônia de Leão n. jul. n. A queda de Rosas. Corte 1834 Henrique Carneiro Leão Teixeira c. Jerônimo José Teixeira Jr. José Antônio Soares de. 1931. RIHGB. Zeferina Marcondes Manoel Gomes de Carvalho Barão do Rio Negro fi.DG c. Cândido Mendes de Almeida 1853 n. 285-306.1846 Barbacena Marquês de Baependi Manoel Jacinto Carneiro da Costa e Gama Barão de Juparanã Braz C Nogueira da Costa e Gama Conde de Baependi (1812-1887) c. n. visconde de Cruzeiro. Barão de Icaraí Pedro Mª da José Glória Netto Teixeira Teixeira c. 264. Porto Manoel Carneiro Leão José Neto Ferreira. Visconde de Cruzeiro CE 1876-1889 visconde de Uruguai CE 1853-1866 Paulino José Mª Soares de Henriqueta Sousa Teixeira CE 1876-1889 Fontes: VASCONCELLOS. RIHGB.c.F. p.c. f.br/kajafreitas/dedicado. Cel. 7-3 84 . p. Carneiro Leão Henrique H Carneiro Leão n. Pt Cap. jul. jan. f. f./set. OP Braz Carneiro Leão n.c. p. 1695 Mª Rosa do Espírito Santo fi.com. 1808 c. neta do Barão de Rio Bonito Jerônimo José Teixeira n. v.c. Porto 1685. In: http://geocities. Carneiro da Costa e Gama Barão de Santa Mônica CE 1853-1872 Luisa Rosa Carneiro da Costa c. Teixeira Leite Alice de Carvalho neta do Barão de Amparo e sobrinha do visconde de Barra Mansa n. Porto n. SOUZA.htm. 1732 Porto f. 1842 Paracatu n. M. 1957. 278. RIHGB. Honório Hermeto Carneiro Leão.yahoo. Tijuco Nicolau Neto Carneiro Leão Francisca M. Rosa Nogueira V da Gama (prima) Cândido Joaquim José Rodrigues Torres Rodrigues Visconde de Itaboraí Torres Manoel Jacinto Nogueira da Gama Rita de Cássia Soares do Couto Francisco N.c. OP 1832 f. 85 .
Copyright © 2024 DOKUMEN.SITE Inc.