Tratamento das Infecções OdontogênicasIntrodução Infecções odontogênicas têm origem nas estruturas que constituem os dentes e o periodonto e sua maioria são de natureza multimicrobiana por ter a cavidade bucal um meio de flora residente normal muito vasto (VASCONCELOS, 2002). Tal microbiota , em princípio, vive em harmonia com o organismo do hospedeiro, todavia, em condi ções de conveniência biológica e nutricional do meio que a cerca, apresenta características próprias com comportamentos diferenciados, como também proliferam em diferentes regiões orgânicas do hospedeiro conforme as condições que lhe ofereça um melhor habitat (VALENTE 2000). É consenso através de vários estudos já publicados como os de Valente (2000) e Almeida (2000) que as infecções supurativas são provocadas principalmente por Streptococcus, Staphylococcus spp. e alguns microorganismos gramnegativos como a Pseudomonas e a Veillonellas spp. (VALENTE, 2000), como também bastonetes gram positivos como o Eubacterium e Lactobacillus spp. (ALMEIDA, 2000). Em casos de infecções oportunistas as Pseudomonas são os micróbios predominantes, por serem em sua grande maioria bacter óides resistentes às penicilinas. Outro grupo bacteriano que também apresenta tratamento complicado é o das Actinomicoses, devido ao padrão de crescimento lento e insidioso semelhante ao dos fungos, o que as fazem atravessar planos teciduais como se fosse um tumor, necessitando, assim, de terapêutica com penicilina a longo prazo. Revisão e Discussão Na avaliação clínica do paciente deve ser observado o estado geral de sa úde além de suas afecções locais. No que diz respeito à avaliação clínica do paciente, deve ser apurada a história pregressa e familiar do mesmo, o tempo de evolução da entidade mórbida e possíveis tratamentos prévios. Na avaliação locoregional, devem ser observados os sinais e sintomas presentes: trismo, tumefação, fístulas, áreas de coleção purulenta, comprometimento das vias aéreas, disfagia e outros problemas. Além da clínica que é soberana por si, devemos fazer uso dos exames complementares por imagem e laboratoriais visto a necessidade de uma avaliação pormenorizada do quadro clínico. Exames Radiográficos Dentro dos exames radiográficos, podemos fazer uso desde radiografias simples do complexo maxilofacial, como periapicais, a exames panor âmicos dos maxilares, além de Rx de tórax para avaliação pulmonar ou Rx perfil cervical para avalia ção de edema cervical que poderá a depender do seu grau provocar compressão de vias aéreas superiores. Como o espaço faríngeo lateral e retrofaríngeo podem ser acometidos, além destes exames simples pode ser útil a solicitação de tomografia computadorizada quando há suspeitas de comprometimento intracerebral, como nos casos de empiemas de origem dent ária. Exames Laboratoriais Os exames laboratoriais nos fornecerão uma idéia do comprometimento sistêmico do paciente. Devem ser avaliadas então as taxas da série branca, vermelha e glicemia, pois suas alterações influenciam diretamente na terapêutica a ser instituída. Isto porque erros de O diagnóstico preciso das infecções odontogênicas é vital para adoção da terapia adequada o mais rápido possível. deve ser realizado após o resultado das culturas com antibiograma. 2002). Pois se sabe que os fatores preponderantes para a instala ção de um processo infeccioso local ou difuso são o tipo de microorganismos envolvidos na patogênese e sua virulência. Gram negativos e anaer óbios como escolha inicial para o tratamento (COLLIGNON. 1971). a traqueostomia ou a cricotireoidostomia devem ser consideradas (LANGERBRUNNER et al. porém. A maioria dos trabalhos na literatura cita o uso de combina ções antimicrobianas de amplo espectro para a cobertura de Gram positivos. 2002). 1998). impedindo. 1998). A combinação de Penicilina e Metronidazol são utilizadas em 54. caso a disseminação infecciosa siga as vias venosas inferiores ou superiores respectivamente. vale ressaltar que muito embora os tratamentos para processos infecciosos agudos de origem dentária sejam bem conhecidos.4% dos casos. 2002). o surgimento de outras complica ções para o paciente. quando necessário. alguns outros estudos também mostram que a cobertura inicial para Gram negativos seria ben éfica somente em 12. 2002). direcionando o tratamento para o combate específico das bactérias isoladas. podendo então o profissional adotar a antibioticoterapia de costume sem esperar o resultado da cultura microbiana. Uma drenagem cirúrgica deixa menos cicatriz que uma drenagem por f ístula. segundo Dembo (apud VASCONCELOS. A terapia antimicrobiana deve ser introduzida no momento da avalia ção clínica do paciente e a nossa escolha baseouse na cobertura ampla das bact érias predominantemente envolvidas. No caso de drenagem.3% dos casos. Com relação à terapêutica medicamentosa empregada por 15 dias. Os princípios básicos do tratamento das infecções dos espaços cervicais consistem na manutenção das vias aéreas superiores.diagnóstico e tratamento incorreto ou iniciado tardiamente podem permitir que a infec ção se alastre pelos espaços anatômicos adjacentes. 2002) nas infecções odontogênicas raramente serão encontrados outros agentes bacterianos que não os achados na oral mista. na terapia antimicrobiana e na drenagem cir úrgica. a entubação orotraqueal. por via endovenosa. as vezes levando o paciente a submeterse a cirurgias estéticas futuras para corrigir defeitos cicatriciais (VASCONCELOS. que apesar de raras. como a actinomicose. Algumas complicações podem ser citadas como a mediastinite e a trombose do seio cavernoso. e procedimentos mais invasivos em decorr ência da falha de uma correta estratégia de tratamento nos primeiros atendimentos (DEMBO. ainda existem muitos casos que necessitam de terapia prolongada. O dreno deve ser removido dentro de 24 a 48 horas da sua introdu ção caso não haja mais secreção para drenagem ou poderia permanecer por mais tempo at é sua resolução (ALLEN. o estado geral do hospedeiro e a anatomia regional da área acometida (VASCONCELOS. a fenda cirúrgica não deve ser fechada de forma oclusiva e sim aproximada para gerar a cicatrização. Desta forma. Dentre os exames complementares laboratoriais poder íamos feito uso do antibiograma na fase inicial do nosso tratamento. caso contrário. agravando o decurso clínico do paciente (2). é importante o uso de exames complementares laboratoriais para investigar possíveis alterações como o grau de bacteremia do paciente (ALLEN. assim. irá diminuir a área de drenagem e possibilidade de maior limpeza. em certas situações como nos abscessos envolvendo diversos espaços cervicais com diminuição ou mesmo oclusão dos espaços aéreos. . O ajuste destas drogas. pois. 1988). A manutenção das vias aéreas superiores é a prioridade do tratamento e. não podem ser descartadas quando se leva em conta sua morbidade (VASCONCELOS. Porém. os Gram positivos e anaeróbios. apud VASCONCELOS. sendo estes isolados geralmente em flora múltipla. clindamicina e cloranfenicol s ão adequados no tratamento. O envolvimento do espaço submandibular provoca edema tenso do pescoço. Considerações Finais As infecções odontogênicas podem apresentarse de inúmeras formas. 1991). dependendo do seu foco de origem. a remo ção da causa (WILSON e JONES apud SENNES et al.Considerando especificamente as etiologias mais freq üentes como S. sendo mais freqüentes nas regiões em que a higiene dentária é precária e geralmente. recomendase. A seleção de antibióticos a ser empregada nas infecções cervicais profundas deve cobrir os agentes mais frequentemente envolvidos nos processos de cavidade oral e faringe. 1996). fazse necessário que cada centro ou região tenha seus próprios dados sobre os microrganismos prevalentes nestes processos infecciosos para que uma terapia mais adequada possa ser aplicada (ROCHA. 1998). 1980). Esses microrganismos constituem flora mista. A escolha do antimicrobiano no tratamento das les ões periapicais é empírica. Com relação à eritromicina. associandose gram positivos (Staphilococus aureus e Sreptococus viridans) e anaeróbios (Bacteróides Peptostreptococus e Streptococus (SENNES.8%). geralmente limitado à região suprahióide. 1996). para pacientes alérgicos à penicilina (LEONARDO. A forma mais grave deste tipo de infecção e também freqüente. Diante do resultado da pesquisa podese afirmar que o tratamento das infec ções odontogênicas deve ser realizado com a união de três princípios básicos: drenagem cirúrgica. assim como os sinais de envolvimento linfonodal. o uso de Penicilina para os Gram positivos e anaeróbios. Clindamicina ou Metronidazol para anaeróbios e Cefalosporinas de 3ª geração ou os aminoglicosídeos para os Gram negativos (ROCHA. principalmente. é a angina de Ludwig e caracterizase pelo acometimento tanto dos espaços sublingual quanto dos submandibulares. cefoxitina. em endodontia. nucleatum foi encontrado (68. O uso isolado da penicilina G. eritromicina. 1996). Relatos de crescente resistência bacteriana a antimicrobianos tamb ém têm . provavelmente relacionada ao retardo no início do tratamento adequado. tetraciclina e metronidazol foram os antimicrobianos escolhidos por tratarse de um grupo comumente utilizado no tratamento de infecções anaeróbias no nosso país. O primeiro produz elevação e deslocamento posterior da língua e tensão e edemaciamento do assoalho da boca. apresentamse com edema facial e/ ou abaulamentos localizados. por exemplo) deve ser sempre considerada (SENNES. aureus. sensíveis a estes medicamentos. estreptococos hemolíticos e anaeróbios. elevado percentual de resistência para 16 amostras de F.ª geração). As evidências de flutuação são discretas. na literatura. 1992). em sua maioria. de glândulas salivares e da pele (FINCH. Esta droga é a primeira opção terapêutica. dado que o estudo dos microrganismos presentes nas les ões de cada paciente atendido não é factível. Penicilina. sendo acrescido ainda a promo ção de cuidados suplementares que evitem a recidiva ou manutenção do foco infeccioso (SENNES et al. Penicilina e eritromicina são os antibióticos de escolha no tratamento de infecções pulpoperiapicais (LEONARDO. Nos casos severos. está também indicada a cobertura para os germes gram negativos (aminoglicosídeos ou cefalosporinas de 3. resultado este que concorda com os relatados na literatura (BAQUERO. uma vez que os anaeróbios da cavidade oral são. sendo assim necessário repensar uma alternativa terapêutica para estes pacientes. 1991). antibioticoterapia adequada e. Por esse motivo. 1996). a necessidade da associa ção de agentes específicos para anaeróbios (metronidazol. 1998). Entretanto. LEAL. Atingir rapidamente níveis bactericidas ou bacteriostáticos no meio interno e mantêlos por um bom período. como recomendado pelo National Committee for Clinical Laboratories Standards (HAAPASALO. a mais revolucionária mudança já ocorrida em toda a história da medicina. mediastinites e abscesso cerebral. periodontites e pericoronarites. sendo que as mais freqüentes estão relacionadas à cárie dental. gengivites. comprovase ser necessária a aplicação imediata e eficiente de uma terapêutica correta e um acompanhamento multidisciplinar do paciente. capazes de inibir ou destruir germes patogênicos. outras caracter ísticas deverão ser consideradas para que se considere um antibiótico como ideal: O antibiótico deve ter ação microbiana seletiva e potente. 1993). descobre a penicilina sendo largamente empregada durante a segunda guerra mundial. Fleming. Não ser destruido por enzimas teciduais e/ou bacteriana. • • • • • • • • • Ser bactericida e não somente bacteriostático. em 1929. Assim. Deve apresentar bom índice terapêutico com uma maior dose máxima tolerada e uma menor dose mínimo curativa. Não deve desenvolver resistência por parte dos microrganismos. Infecções Odontogênicas Conceito Infecções odontogênicas são caracterizadas por processos infecciosos originados nos tecidos dentais ou suporte. em infecções odontogênicas. As infecções odontogênicas podem progredir para abscessos profundos cervicais. Além da atividade antimicrobiana. polimicrobianas. outros estudos de sensibilidade a antimicrobianos. com participação de uma variedade de microrganismos (aeróbios e anaeróbios) indígenas da própria cavidade oral (VICENTERODRIGUEZ. deverão ser realizados.contribuído para sedimentar a necessidade de que estudos de sensibilidade a antimicrobianos devem ser realizados com periodicidade.A potencialidade dos microrganismos como agentes terapêuticos já era conhecida desde 1877. Apresentar preços razoáveis. dentre outras patologias e desta forma. Estas infec ções são. Deve apresentar pequenos efeitos colaterais. em sua maioria. Ser administrado por todas as vias. . ANTIBIÓTICOS A antibioticoterapia trouxe para o campo das doen ças infecciosas. 2004). A maioria das infec ções que se apresentam na cavidade oral pode ser considerada odontogênica e primária.Podemos definir os antibióticos como sendo substâncias químicas produzidas por microrganismos vivos ou obtidas em laboratório por sintese. Não deve pertubar as defesas orgânicas e nas doses utilizadas não danificar o hospedeiro. as quais poderão ser classificadas em específicas e não especificas. Este antibiótico sempre que possível deve ser de pequeno espectro diminuindo os perigos de uma superinfecção.: penicilinas de pequeno espectro. etc. pois os fungos apresentam determinadas substâncias como certos esteróides. Já as inespecíficas são infecções que podem ser originadas por diferentes tipos de microrganismos. O período de administração não deve ser restrito somente enquanto persistam os sinais e os sintomas que justificaram a sua utilização. Porém. . etc. Importante também salientar que não se deve associar grupos de antibióticos desnecessariamente e dar preferência a utilização de medicamentos que estejam com resultados clínicos comprovados. em certos casos há necessidade de primeiro identificarmos o microrganismo chegando a um diagn óstico para fazermos uso posteriormente de um antibiótico. Para que se fa ça uma escolha correta de um antibiótico. blastomicose e outras. Ex. lincomicina. Como exemplo temos a tuberculose. c) De uso essencialmente tópico São antibióticos que devido à sua grande toxicidade. Dependendo do tipo de microrganismos causador da infec ção. Nesse caso temos as infecções periapicais. Independente da via de administração. é de boa norma administrarse de ínicio. as osteomielites. etc. tirotricina. No campo odontológico esta é a via preferida. cefalosporinas. Ex. herpes simples. etc b) Largo espectro São antibióticos que atingem grande número de microrganismos nas doses terapêuticas. fungos e vírus) que está causando a infecção.: penicilinas de largo espectro. A via intramuscular e endovenosa poderão ser utilizadas em casos de infecções mais graves. tetraciclinas. bem como dar preferência sempre a um antibiótico bactericida do que a um bacteriostático. é necessário que inicialmente se identifique o microrganismo (bactéria. etc.: griseofulvina. ESCOLHA DO ANTIBIÓTICO Utilizamos um antibiótico toda vez que necessitamos prevenir (profilaxia antibi ótica) ou combater uma infecção causada por um determinado microrganismo. a) Pequeno espectro São antibióticos que atingem pequeno número de microrganismos nas doses terapêuticas. Por específicas entendese as infecções que apresentam uma evolução e sintomatologia bem definida e são provocadas por uma espécie determinada de microrganismo. COMO INDICAR OS ANTIBIÓTICOS Uma vez escolhido o antibiótico. A dose de ataque visa estabelecer níveis sanguíneos ideais. que lhes conferem maior resistência. a doença periodontal.Podemos classificálos através de seu espectro de ação em: 1 Ativos sobre bactérias. não podem ser utilizados por outras vias que não a tópica. Os efeitos adversos ao paciente devem ser avaliados. importante se torna que este seja prescrito pela via oral. Ex. o mais rapidamente possível. sífilis. 2 Ativos sobre fungos. Este grupo não possui ação antibacteriana. os abscessos. Ex. uma dose de ataque um pouco maior ou igual ao dobro da dose de manutenção. fato que não ocorre com as bactérias. pelo menos na forma pura. eritromicina. nistatina.: neomicina. as provas de laboratório ou antibiograma podem ser dispensáveis. normalmente são prescritos em esquemas posológicos.). Pentid (compr. Em idosos devido a menor capacidade de excreção renal. a) Penicilinas naturais As penicilinas naturais são representadas por letras que são G. história prévia de endocardite bacteriana. aconselhase cautela principalmente nos três primeiros meses de gravidez.). febre reumática. além das penicilinas naturais. prolapso de válvula mitral. não administrar grupos de antibióticos que possam elevar demasiadamente os seus níveis sanguíneos. onde nesta fase maiores consequ ências de mal formações poderam ser encontradas.000 a 90. um comprimido de 6/6 horas durante 10 dias. etc. No caso de gestantes. malformações cardíacas congênitas. porém de potência muito inferior a esta.000 unidades/kg/dia.). encontrase disponíveis para uso clínico. razão pela qual sua administração é feita pelas vias intramuscular e endovenosa. Como regra geral. Pen veoral (compr. Para adulto e crianças acima de 12 anos. determinados pela relação mg/dia e peso corporal do paciente. É usada somente por via oral. b) Penicilinas biossintéticas. Desse grupo um dos antibióticos mais utilizados nos casos de abscesso dentoalveolar agudo é o Penveoral./susp. pigmenta ção irreversível nas estruturas dentárias causada pelas tetraciclinas.Recomendase para qualquer tipo de infecção.). cabe informar que quase todos os grupos de antibi óticos atravessam a barreira placentária. A idade do paciente deve ser levado em consideração uma vez que os diversos grupos de antibióticos. porém destas somente a G se revelou de utilidade terapêutica. etc. Nomes comerciais: Cliacil (compr.). As penicilinas possuem atividade bactericida de mais alta toxidade seletiva. Também conhecida por penicilina V . inúmeros compostos semisintéticos e alguns biossintéticos. recomendase a utilização de 25. Meracilina (compr. Benzetacil (inj. PRINCIPAIS GRUPOS DE ANTIBIÓTICOS UTILIZADOS NA ODONTOLOGIA 1 – PENICILINAS Na atualidade. de atividade bactericida. prevenindo uma bacteriemia./susp. Nomes comerciais: Anginopen 20 (suposit. Penicilina V (compr. Essas penicilinas são destruídas pelo pH do estômago. Penveoral Administração e posologia: crianças com menos de 12 anos. não é resistente à penicilinase e seu espectro de ação é idêntico ao da penicilina G. X. . a utilização de no mínimo 5 a 7 dias. F e K. sendo atoxica as células humanas. divididas em 3 a 6 administra ções. distúrbios sanguíneos ou diabete.).). toda vez que o paciente apresentar um dos itens a seguir: válvulas cardíacas protéticas. como por exemplo. Antes de iniciarmos o tratamento endodôntico há necessidade de se fazer a profilaxia antibiótica. compr./inj.). Nomes comerciais: Ampicil (cáp.)./susp. já os de largo espectro somente as metampicilinas são resistentes às penicilinases (nome comercial: Pravacilin).c) Penicilinas semisintéticas. Amoxil (cáp./susp. AMPLACILINA Posologia: adulto 250500 mg a cada 6 horas (durante 10 dias). drágeas 500 mg .(caixas contendo 12 cápsulas de 250 ou 500 mg de ampicilina). metampicilinas. O advento dos derivados semisintéticos das penicilinas.).). apresentando facilidade de administração./inj. permitindo a administração com intervalos maiores. embora sejam de pequeno espectro. susp. AMOXIL Posologia: adulto 500 a 1000 mg. cápsulas (caixa com 15 cáps. A eritromicina pode ser utilizada por via oral e parenteral e embora menos eficaz que as penicilinas contituise em uma boa alternativa quando não se pode utilizar as penicilinas devido a problemas de sensibilidade. veio reduzir as lacunas deixadas pelas penicilinas naturais (destruídas pelo pH do estômago e pelas penicilinases) e biossintéticas (destruídas pelas penicilinases). Amoxicilina majer (cáp.). e cáp. Binotal (cáp. Cilipen (cáp. Amplacilina (cáp.)./compr./compr. 3 vezes ao dia (de 8/8 horas). A amoxicilina é melhor absorvida que a ampicilina. Os produtos semisintéticos podem ser de pequeno e de largo espectro. oleandomicina e kitasamicina. Larocin (cáp. Ampicilina (cáp. Dentre os derivados semisintéticos podemos encontrar os grupos das oxacilinas.)./xarope). Crianças idade. Apresentação: suspensão./susp./xarope/inj. espiramicina. Ao grupo dos macrolídeos pertecem a eritromicina. Apresentação: Inj. bastante utilizada./ susp. cápsulas 250 mg (caixas de 20 cáps). boa tolerância e baixa toxidade. dicloxacilinas. Binopen (inj. gotas. Os de pequeno espectro s ão resistentes à penicilinase. Desses antibióticos a Amplacilina (ampicilina) e o Amoxil (amoxilina) s ão os mais utilizados em abscessos dentoalveolares agudos. Criança 2550 mg/kg/dia em doses iguais a cada 6 a 8 horas. amoxicilinas e epicilina./inj.. peso e gravidade da infecção são fortes fatores importantes na determinação da dose adequada. 3 vezes ao dia (de 8/8 horas) Apresentação: suspensão. ampicilinas. etc.. Crianças 125 a 250 mg. hetacilinas. dando níveis sangüíneos e concentrações tissulares mais altos.). Trinta a cinqüenta mg/kg diários divididos em 3 ou 4 doses a intervalos iguais é o esquema usual. de 500 mg). 2 MACROLÍDEOS São drogas bacteriostáticas. Nomes comerciais: ILOSONE Posologia: adulto 1 cápsula de 250 mg de 6/6 horas durante 10 dias. Fortaz. etc. Porém possuem preços bastante elevados e são muito poptentes sendo indicados para infecções graves. os nomes comerciais mais utilizados na Odontologia são: Parenzyme tetraciclina (cáps.). Cefalosporinas de 2. Terramicina (cáps.).ª geração. É uma boa opção como substituto das penicilinas de largo espectro. Não é recomendado para recémnascido e portadores de disfunção renais e hepáticas.). podese observar hipoplasia do esmalte com predisposi ção à cárie dental. chamando a atenção sua elevada concentração no tecido ósseo. etc. Tantumciclina (cáps. este antibiótico é tão eficaz quanto a penicilina G. mas são normalmente efetivos./susp. gotas 20 gotas = 100 mg. Cefalosporinas de 3. cuja principal característica e atuar em germes anaeróbicos. Tetrex (cáps. 3 CEFALOSPORINA Todas as Cefalosporinas são bactericidas e de largo espectro. Se as doses forem elevadas ou o antibi ótico administrado por muito tempo. ANTIBIÓTICOS ANTIFÚNGICOS . 5 LINCOMICINA/CLINDAMICINA É bacteriostático e o seu espectro de ação é praticamente idêntico ao da eritromicina. Possuem baixa toxicidade e seu principal efeito adverso é poder provocar danos renais.ª geração. Vibramicina (drág. Dos diversos grupos de tetraciclinas. Distribuise bem pelos tecidos. quando administrados durante a gravidez e crianças até os 12 anos de idade.ª geração. Apresentação drágeas 500 mg (caixa com 8). Existem também as cefalosporinas de terceira geração.ª geração. Merece especial atenção a impregnação dos dentes por estes antibióticos (o que é mais acentuado para alguns grupos).). 4 TETRACICLINA As tetraciclinas são antibióticos de largo espectro e bacteriostático. líquido 5ml = 1 medida = 250 mg (frasco com 60 ml). Para casos de germes sensíveis. baço. KEFLEX Adulto 1 a 2g/dia dividida em 2 tomadas. sendo uma ótima alternativa quando está não puder ser usada. causando com grande frequência manchas amareladas ou castanhas. sendo empregado tanto por via oral como parenteral. Nomes comerciais: Claforan. ou em infecções com germes produtores de penicilinase. para pacientes sens íveis a mesma./xarope). Cefalosporinas de 4. Crianças 25 a 50 mg/kg/dia divididas em 4 administrações (de 6/6 horas). Em odontologia não são os antibióticos de primeira escolha.(caixa com 10 e 48 drágeas). ossos e dentes. A sua distribuição no organismo se faz com facilidade para o interior das c élulas e demonstra especial afinidade pelo fígado. Cefalosporinas de 1. As principais drogas deste grupo são: 1 Salicilatos 2 Paraminofenol 3 Pirazolônicos 1 SALICILATOS O grupo de salicílilicos é constituído de derivados do ácido salicílico ou ácido orto hidroxibenzóico. visto que os medicamentos analgésicos narcóticos ou entorpecentes não apresentam aplicabilidade sistemática no dia a dia do Cirurgião Dentista. griseofulvina e a anfotericina B. não provocam reações dignas de nota. Os analgésicosantipiréticos possuem características próprias. Tylenol (compr. tem valor nas dores de média intensidade e como antipirético.Os antibióticos incluidos neste grupo não apresentam ação antibacteriana. O grupo do paraminofenol é o mais indicado para crianças e gestantes. Nomes comerciais: Dôrico (compr.). sendo classificadas como uma dor superficial. etc. 3 PIRAZOLÔNICOS Seus principais derivados são a dipirona./gotas). fenômenos hemorrágicos e reações alérgicas à droga. Como analgésico. dificilmente baixando a temperatura normal. Aspirina (compr.). . Os analgésicos são administrados toda vez que o paciente apresentar dor como nos casos de abscesso dentoalveolar agudo. principalmente nas fases inicial e em evolu ção. Constituem o grupo mais em uso no mundo como antit érmicosanalgésicos e em relação a toxidade. abaixam a temperatura anormalmente elevadas. comentaremos os medicamentos do grupo não narcóticos ou não entorpecentes. aminopirina e fenilbutazona. Suas propriedades analgésicas e antipiréticas são qualitativamente as mesmas das dos salicílicos. A absorção é geralmente rápida através do tubo digestivo. Nas pupites os analg ésicos surtem pouco efeito. desde que observemos suas naturais contraindicações: úlcera gástrica ou duodenal. São drogas facilmente absorvidas pelo trato digestivo e de baixa toxicidade. irritantes da mucosas. São os mais ativos antipiréticosanalgésicos conhecidos. sendo que a dor só será aliviada após a pulpectomia realizada. Tylex (compr. Nomes comerciais: AAS (compr. possuindo tamb ém uma leve ação antisséptica.). bacteriana ou medicamentosa. São em geral. As odontalgias. bem como as produzidas pelos nossos pósoperatórios. Podem ser fungicidas e fungistáticos e dentre os mais importantes temos a nistatina. ANALGÉSICOS E ANTIPIRÉTICOS Para os analgésicos e antipiréticos. pericementite seja ela traumática.). Uma das muitas reações indesejáveis dos derivados da pirazolona é a alergia. 2 PARAMINOFENOL O grupo da acetanilida e acetofenetidina é constituído por derivados da anilina e do paminofenol. s ão perfeitamente combatidas com o uso dos analgésicos não narcóticos ou não entorpecentes. /gotas). Este grupo de medicamentos possuem apenas ação antiinflamatória sendo praticamente despresível sua ação analgésica. a via oral é a preferida. enzimáticos e não hormonais não enzimáticos. a qual deverá ser reduzida gradativamente a cada três dias./inj. Otosporin (gotas). bromelina. quando se começa a administrar uma posologia de manutenção. Quando utilizado sistemicamente. O Otosporin é uma associação entre corticosteróide. estreptodornase (exopeptídases. Na maioria dos casos quando suspensa a administração do medicamento esses efeitos desaparecem. A classificação dessas substâncias pode ser feita de acordo com seu substrato ou de acordo com sua origem.ficando o profissional sem elementos para detectar a sensibilidade à droga. tomando conhecimento dela após o fato consumado. ANTIINFLAMATÓRIOS ENZIMÁTICOS As enzimas são também conhecidas como catalisadores biológicos ou substâncias capazes de acelerar determinadas reações químicas. antibiótico e antifúngico. papaína. Clinicamente são utilizadas quimiotripsina. ANTIINFLAMATÓRIOS Os antiinflamatórios podem ser divididos em hormonais. Fonergin (pastilhas). ANTIINFLAMATÓRIOS HORMONAIS (CORTICOSTERÓIDES) Os corticosteróides são substâncias hormonais./creme). estreptoquinase (são denominadas de endopeptidases. alfaamilase (hidrolisam os polissacárides em dissacárides) e hialuronidase. Rifocort (pomada). dotadas de ações biológicas em praticamente todos os setores da economia orgânica. quando por algum motivo não foi possível realizar o tratamento do canal radicular em uma única sessão. Decadron (compr. sem interferir no produto final das mesmas. Dorflex (compr. pois hidrolisam uni ões peptídicas internas e polipeptídeos). pois hidrolisam dipeptídeos em aminoácidos terminais). utilizado no curativo de demora em casos de biopulpectomia. Nomes comerciais: Dermon (pomada). etc. indivíduos portadores de infecções e nos diabéticos. Estão indicados principalmente nas pericementites e após as cirurgias periapicais. Estes hormônios estão contraindicados para indivíduos portadores de úlcera pépticas. Os efeitos colaterais surgem principalmente nos tratamentos sist êmicos de longa duração e nada mais são do que exageros de suas funções fisiológicas. porém não possuem ação analgésica. Nomes comerciais: Dipirona Anador (compr. raramente temse observado efeitos colaterais. Não é comum receitarmos um analgésico ou antiinflamatório após as pulpectomias. porém ha casos em que o paciente apresenta uma moderada sensibilidade dolorosa sendo então necessário o emprego de um antiinflamatório. Esta dosagem deverá ser mantida até que se obtenha uma atenuação dos sintomas clínicos agudos. Quando a administração dos antiinflamatórios enzimaticos é feita pela via oral. pois não existem testes cutâneos para preveni la. naturais ou sintéticas. Os corticosteróides possuem uma ação antiinflamatória. etc. estabelecendo uma dose de ataque em torno de 8 a 12 comprimidos diários sendo que de acordo com a gravidade do caso esta dose poder á aumentar ou diminuir./gotas). Estas drogas estão contraindicadas em pacientes com relato de sensibilidade al érgica à . tripsina. ).). Fazem parte deste grupo: os salicilatos./inj. vômitos e ativação de úlceras pépticas.). vômitos e diarréias. Doloxene A (cáp. Nome comercial: Ponstan 500 (compr. DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO Neste grupo encontramos dois medicamentos bastante utilizados nos casos de pericementite. Nomes comerciais: Benflogin (drág. Parenzyme tetraciclina (cáp. SALICILATOS Dentre os vários grupos de salicilatos.) . tanto no campo odontológico como no médico. Realgin (drág. etc. os derivados arilcanóicos e os derivados do ácido propiônico. Benzitrat (comprimidos e gotas). os derivados do ácido antranílico. DERIVADOS DO ÁCIDO ANTRANÍLICO Dentre os efeitos colaterais indesejáveis mais comuns destes medicamentos encontramse. trazendo como consequência alterações no mecanismo de coagulação. Varidase (compr.). poderá trazer irritação do trato gastrointestinal. Cibalena A (compr.).). os derivados pirazolônicos. Os dois primeiros representantes apresentam uma maior tendência em apresentar uma resposta mais satisfatória como analgésico e antitérmico./susp. A benzidamina apresenta poucos efeitos colaterais. podendo produzir náuseas.).). Tandrex (drág. Parenzyme ampicilina (cáp. Ronal (compr.). Como efeitos colaterais. Buferin (compr. Nomes comerciais: AAS (compr. a fenilbutazona e a oxifenilbutazona. o ácido acetil salicílico é o que mostra ser mais efetivo como droga analgésica e antiinflamatória. Nomes comerciais: Parenzyme (drág. a utiliza ção deste grupo. enquanto os dois últimos.). ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO HORMONAIS E NÃO ENZIMÁTICOS Dentro deste grupo encontramos os antiinflamatórios mais utilizados. uma tendência em produzir respostas antiinflamatórias. Mioflex (compr.medicação ou discrasias sanguíneas. Estas drogas também interferem no mecanismo de agregações plaquetárias. Nomes comerciais: Butazona (pomada). 1 Flanax 275 mg (compr. a benzidamina. anorexia.).).). Flogoral (colutório). DERIVADOS PIRAZOLÔNICOS Pertencendo a este grupo de medicamentos encontramos a dipirona e aminopirina. etc. náuseas. malestar gástrico. etc. etc. BENZIDAMINA Considerada como um dos melhores e mais valiosos medicamentos nos estados inflamatórios.). /inj. podem produzir dist úrbios gastrointestinais (dor epigástrica. compr. FELDENE Adulto cápsulas de 20 mg ao dia. Em casos que requerem ação mais intensa do medicamento./cáp. Contra indicação não deve ser administrado em pacientes que tenham demonstrado hipersensibilidade à droga ou ao ácido acetilsalicilico. supos. E ampolas). . Piroxene (cápsulas.. reduzir os intervalos para 6 horas.O Flanax é um antiinflamatório e antiexudativo. O principal composto deste grupo no campo odontológico é o Diclofenaco./supos.5 mg/kg/dia. Posologia: 1 cápsula de 8/8 horas ou 2 cápsulas de 12/12 horas./supos. etc. Cataflam (drág. Nomes comerciais: Feldene (cápsulas. vômitos. gotas e ampolas). Crianças 0. 2 Profenid (inj. PIROXICAM São antiinflamatórios bem efetivos não esteróides qie possuem também propriedades analgésicas.).) É um antiinflamatório com ação analgésica e antipirética. A vantagem de sua utilização é que podem ser administradas uma vez por dia. DERIVADOS ARILCANÓICOS São agentes antiinflamatórios não esteróides cujo perfil farmacológico são semelhantes aos dos salicilatos./supos. náuseas.4 mg/kg/dia em uma única administração. seguidas de 1 comprimido a cada 8 horas. Tanto o Voltaren como o Cataflam possuem ação antiinflamatória e analgésica. Nomes comerciais: Voltaren (compr. Posologia: adulto 2 comprimidos como dose inicial.). de ação analgésica e antipirética. hemorragias e diarréias). Criança para uso a curto prazo (não mais de 14 dias) a dose não deve ultrapassar de 16./inj. Não existe forma farmacêutica para uso infântil. por isso. supos..