Trabalho SÍNDROME DA IMOBILIDADE NO LEITO

March 27, 2018 | Author: Wanderleia Mendes | Category: Lung, Breathing, Vein, Muscle, Osteoporosis


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5SÍNDROME DA IMOBILIDADE NO LEITO 1. INTRODUÇÃO FIG. 01 – Paciente acamado Fonte: www.enfreabpdp4.blogspot.com- acessado em 13/08/2011 A síndrome da imobilidade no leito é um conjunto de alterações que se origina pela imobilidade prolongada no leito e repercute negativamente no organismo (5). Antigamente, o repouso no leito e a imobilização eram utilizados como parte do tratamento de enfermidades traumáticas e agudas (Fig.1). Acreditava-se que o repouso favorecia a cicatrização da parte do corpo afetada. Após a II Guerra Mundial que se observou que a mobilização precoce de pessoas acometidas por lesões gera mais benefícios que danos (1). Estudos clínicos sobre o efeito do repouso forçado no leito mostraram efeitos indesejáveis significativos, que sobrepujam os efeitos terapêuticos do repouso no leito em condições subagudas e crônicas, interferindo na funcionalidade, na duração e no custo do tratamento (3). Considera-se com relação ao período de tempo (5):    de 07 à 10 dias: Período de repouso de 12 a 15 dias: Período de imobilização apartir de 15 dias: decúbito de longa duração. com o passar dos anos. tecido muscular. em função da diminuição de sua reserva fisiológica e as causas podem variar devido a seqüelas neurológicas. Um dos papéis mais importantes do fisioterapeuta na unidade hospitalar é o da retirada precoce do paciente do leito evitando assim. o paciente pode perder entre 10 a 15% de seu nível inicial de força muscular semanas. resulta na redução do tempo de hospitalização e na incidência de morbidades importantes associadas com imobilidade prolongada (3) . mostrou que a mobilização precoce. sistema cardiorrespiratórios. o critério menor é considerado os sinais de sofrimento cutâneo ou úlcera de decúbito. Os idosos são mais vulneráveis à síndrome da imobilidade. sistema gastrointestinais. ortopédicas. reumáticas. A internação hospitalar pode reduzir a movimentação e realização de atividade física. disfagia leve a grave. e múltiplas contraturas. O paciente é portador da síndrome da imobilidade quando tem todas as características consideradas como critério maior e pelo menos duas do critério menor.6 A imobilização limitada de algumas partes do corpo pode ser necessária para o tratamento de uma lesão. e algumas vezes por iatrogenia (5) (2) . levando inclusive a imobilidade no leito. Por volta de 3 a 4 . sistema genitourinários bem como alterações no estado emocional do indivíduo (8) . tecido articular. Os efeitos da imobilidade são definidos como uma redução na capacidade funcional dos sistemas osteomusculares. tecido conjuntivo. podendo ocasionar graves complicações nos diferentes sistemas do organismo (6) . A patofisiologia das alterações que acontecem devido ao longo decúbito. sistema metabólico. Muitas das desordens são reversíveis. mas a imobilização do todo o corpo pode ser mais prejudicial que a doença em si (1). diversas patologias associadas ao longo decúbito (6). mas quanto maior o período de imobilização mais difícil será a sua reabilitação (1) . dupla incontinência e afasia (5) . A experiência clínica. A cada semana de imobilização completa no leito. começa cedo e evolui rapidamente. 50% da força inicial pode estar perdida indivíduo (8) . . O critério maior seria o déficit cognitivo médio a grave. Os eventos tromboembólicos revelam uma relação direta entre a freqüência de TVP e a duração do repouso no leito (6). desmaios. uma resposta que pode estar relacionada com a redução no volume sanguíneo . vertigem. Quando uma pessoa sadia se levanta do decúbito dorsal após ter sido confinada ao leito por vários dias. onde o pulso aumenta um batimento por minuto a cada dois dias. FISIOPATOLOGIA 1. redução na pressão sistólica (mais de 20 mmHg) e redução na pressão do pulso  Trombose Venosa Profunda (TVP) (3) . o enchimento ventricular não está completo e conseqüentemente há queda na perfusão cerebral.  Hipotensão Postural A hipotensão postural é um dos efeitos mais drásticos de repouso prolongado no leito. Há uma perda do controle do sistema Nervoso Autônomo Simpático. 500 ml de sangue passam do tórax para as pernas. sensação de vazio na cabeça.1 EFEITO DA IMOBILIDADE NOS SISTEMAS CARDIOVASCULAR E PULMONAR Alteração Cardiovascular Há um comprometimento do desempenho cardiovascular com aumento da freqüência cardíaca de repouso. tontura. queimação dos membros inferiores. . a pressão venosa no tornozelo aumenta de 15 cm H2O em decúbito dorsal para 120 cm H2O na posição ereta (3) . Essas alterações podem levar a algumas complicações como hipotensão postural e Trombose Venosa Profunda (TVP) (6). levando a um acúmulo de sangue em membros inferiores.7 2. Há um comprometimento da habilidade do sistema cardiovascular de ajustar-se à posição ereta. aumento da freqüência do pulso (mais de 20 bpm). O volume sistólico pode diminuir 15% após 2 semanas de repouso no leito. refletindo a diminuição da eficácia cardíaca (3) (6) . como conseqüência. Os sinais e sintomas clínicos de hipotensão postural são formigamento. Dois fatores estão contidos na . 2) (6). As alterações pulmonares iniciais resultam do movimento restrito do tórax em decúbito dorsal e de alterações induzidas pela gravidade na perfusão do sangue através de partes diferentes do pulmão ( Fig.Trombose Venosa Profunda Fonte:http://falemosdesaude.3) (3). bloqueando um vaso.com/2010/10/trombose-venosa-profunda-pode-ser-fatal. A estase no fluxo sanguíneo nos membros inferiores está diretamente relacionada com a redução no efeito de bombeamento dos músculos da panturrilha e ao aumento da pressão ortostática (3). 02.blogspot. causando embolia pulmonar.html. produzido pela redução no volume e pelo aumento na viscosidade sanguínea (3) .acessado em 13/08/2011 Alterações Pulmonares As complicações respiratórias da imobilidade são conhecidas como ameaças à vida. a qual pode ter conseqüências sérias e até fatais (Fig. Se o coágulo formado pela trombose venosa se desprender. . Outro fator que contribui para a probabilidade de ocorrência de TVP no paciente confinado ao leito é o estado de hipercoagulabilidade.8 tríade de Virchow e que contribuem para a formação de coágulos: a estagnação venosa e o aumento da coagulabilidade do sangue pulso (6) (3) . FIG. viajar no sistema venoso para o lado direito do coração. entra na artéria pulmonar e passa para a circulação pulmonar. pode se colabar em uma veia profunda. 2 EFEITOS DA IMOBILIDADE NO SISTEMA GASTROINTESTINAL E GENITURINÁRIO Alteração Geniturinária Ocorrem muitos comprometimentos nas funções físicas e metabólicas do trato urinário. podendo ocasionar uma acidose respiratória. somada à fraqueza dos músculos abdominais e função ciliar. A ventilação deficiente durante o período de imobilização pode aumentar a concentração de dióxido de carbono venoso ou arterial. predispondo o paciente a infecções respiratórias altas e atelectasias (6).com.fisiocr. Os movimentos diafragmáticos e intercostais são diminuídos com posterior perda de força muscular. A eliminação das secreções fica mais difícil devido à posição. 03 – Fisioterapia Respiratória Fonte: http://www. o local da parede brônquica que fica por baixo acumula mais secreções que a parte superior da parede. de 19% no volume residual e de 30% na capacidade residual funcional (3) .9 FIG. Os músculos respiratórios debilitados podem impedir a expansão da parede torácica e a troca gasosa adequada. o que pode levar a falência respiratória ou cardíaca e a morte (7). de 7% na capacidade pulmonar total.br/index. A respiração fica mais superficial e a respiração alveolar é reduzida com o aumento relativo de dióxido de carbono nos alvéolos. aumentando a freqüência respiratória. A tosse é menos efetiva. 1. O repouso prolongado no leito contribui para aumentar a incidência .php?pagina – acessado em 13/08/2011 Uma mudança da posição ereta para o decúbito dorsal resulta em uma redução de 2% na capacidade vital. A imobilidade prolongada.10 de cálculos na bexiga e nos rins e de infecções do trato urinário (3) . A absorção mais lenta junto com a perda de volume plasmático e desidratação que acompanham o repouso no leito geralmente resultam em constipação e fecaloma ( fezes endurecidas e impactadas) (6). velocidade de absorção mais lenta e inapetência por alimentos ricos em proteínas levam à hipoproteínemia nutricional (3) . provocando a retenção urinária parcial (6). Pode ocorrer aumento do hormônio da paratireóide. Os níveis de potássio diminuem progressivamente da mesma forma durante as primeiras semanas de repouso no leito. restrição nos movimentos diafragmáticos e relaxamento incompleto do assoalho pélvico. observada inicialmente durante o repouso no leito. além de alteração do hormônio de crescimento. fósforo e potássio. 1. O esvaziamento da bexiga é comprometido pelo decúbito dorsal. Ocorre enfraquecimento dos músculos abdominais. da espermatogênese e da secreção de androgênios (2). A imobilização apenas raramente causa distúrbios eletrolíticos sérios. especialmente se associada com alterações eletrolíticas pós-traumáticas. . causa uma alteração ao equilíbrio metabólico de sódio. Alterações Gastrointesinais As alterações gastrointestinais decorrentes da imobilidade por vezes passam despercebidas como: perda de apetite. exceto os altos níveis de cálcio encontrados na hipercalcemia por mobilização (3). devido à dificuldade de gerar pressão intra-abdominal nessa posição. Ocorre uma redução no sódio corporal total em combinação com a diurese. O aumento da excreção urinária da hidrocortisona pode levar a maior atividade da renina plasmática e da secreção de aldosterona. enxofre. EFEITOS DA IMOBILIDADE NO SISTEMA ENDÓCRINO E METABÓLICO A alteração endócrina mais descrita é a redução da tolerância à glicose.3. do aprendizado e resolução de problemas (3). 04 – Úlceras de decúbito Fonte: WWW. pode ocorrer inquietação. estado nutricional. insônia e depressão.br.acessado em 13/08/2011 . e seu efeito parece dever-se à alteração no controle neural e não à fraqueza muscular (3).11 1. Porém. umidade. ansiedade. tais como a hora do dia e o movimento no espaço. colchão inadequado e higiene corporal inadequada (6). EFEITOS DA IMOBILIDADE NO SISTEMA NERVOSO A privação sensorial é um risco silencioso do repouso prolongado no leito. aplicação de forças transversais associadas ao aumento da fragilidade da pele. além de comprometimentos do julgamento. da memória. distúrbios neurológicos.com. Após 2 semanas de imobilização e isolamento social. hostilidade. edema. o repouso prolongado no leito e o isolamento social juntos produzem alterações muito maiores na concentração mental. idade.4.publisaude. FIG. O equilíbrio e a coordenação também são afetados pela imobilidade prolongada. alterações sensitivas. EFEITO DA IMOBILIZAÇÃO NO SISTEMA TEGUMENTAR No imobilismo é comum encontrarmos atrofia de pele e úlceras de decúbito influenciadas por: pressão. 1. da habilidade psicomotoras. redução na tolerância à dor.5. irritabilidade. orientação no espaço e tempo e outras funções intelectuais. fica reduzida a exposição a estímulos sociais e cronológicos. condições metabólicas. Durante o repouso prolongado no leito. encurtamentos. Por 3 a 5 semanas de imobilização o paciente pode perder até 50% da força muscular. deformidades. Alterações como rigidez articular. Portanto com a inatividade há atrofia de cartilagem com desorganização celular nas inserções ligamentares. para que haja circulação dos nutrientes. A fraqueza muscular generalizada pode resultar em má coordenação e prejuízo na qualidade do movimento quando o paciente volta a imobilizar-se. osteoporose e mudanças no tecido conjuntivo também podem ser encontrada (Fig. ocorre um aumento relativo no conteúdo de colágenos e em suas ligações transversas. A pressão em tecidos sobre proeminência óssea leva à isquemia e ao acúmulo de toxinas celulares (2). síntese e degradação da matriz e estímulos aos sensores elétricos e mecânicos da articulação. 1. EFEITO DA IMOBILIDADE NO SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO O sistema músculo-esquelético é comumente acometido pela síndrome do imobilismo. Junto com as alterações nas fibras musculares. proliferação do tecido fibrogorduroso e conseqüentemente espessamento da sinóvia e fibrose capsular (6) A imobilização resulta em uma perda prolongada de densidade óssea.4). Estudos mostram que a posição na qual uma articulação é imobilizada exerce influência significativa no número de sarcômeros presentes no músculo. A articulação necessita do movimento para que o líquido sinovial lubriique e nutre a cartilagem. .12 As úlceras de pressão são áreas localizadas de necrose tecidual que ocorrem quando o tecido mole é comprimido contra uma proeminência óssea e uma superfície externa por um tempo prolongado (Fig. o que leva a rigidez muscular e contraturas.5) (1) . causando atrofia das fibras musculares e fraqueza muscular. A imobilização em posição encurtada pode fazer com que as fibras musculares percam 40% de seus sarcômeros (3).6. A osteopenia decorrente de imobilização é caracterizada por perda de cálcio e hidroxiprolina do osso esponjoso das epífises e metáfises dos ossos longos. A reabsorção óssea aumentada é o processo primário responsável pela osteoporose por desuso (3). contraturas. com. visando à prevenção de úlceras por pressão.br – acessado em 13/08/2011 De acordo com as observações clínicas. evitando-se o repouso prolongado no leito. e deve ser revertida o mais precocemente possível. A fraqueza dos músculos abdominais e espinhais aumenta a curvatura da coluna e o apoio de peso sobre as pequenas articulações apofisárias lombares. A osteoporose proveniente da imobilização também é um fator importante para o desenvolvimento de dor lombar (3) . o equilíbrio entre o comprimento e a tensão de músculos antagonistas (1) .medicinageriatrica. incluindo a retração dos músculos da coluna e dos isquiotibiais ou a fraqueza dos músculos da coluna e dos abdominais. especialmente após a retomada da mobilidade. A prevenção do imobilismo deve ser preconizada. a imobilização deve ser limitada à região do corpo lesionada. A atuação interdisciplinar é justificada pela complexidade dos problemas apresentados pela Síndrome da Imobilidade no leito.Atrofia Fonte: www. Quando necessária. Qualquer alteração desses músculos altera o alinhamento e a postura da coluna.13 FIG. 3. Quando o repouso é prescrito ou o paciente não consegue se mover. PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA SÍNDROME DO IMOBILISMO Estudos mostram que medidas gerais para os cuidados com paciente submetidos à imobilização no leito devem ser tomadas. Os leitos hospitalares permitem que os pacientes sejam posicionados passivamente de várias maneiras. Essa dor está relacionada com vários fatores. 05 . deve-se ficar atento para o seu adequado posicionamento. há uma teoria de que o repouso prolongado no leito pode causar dor lombar. ao serem utilizados os mecanismos para flexionar . 14 os joelhos. trazem benefícios a vários sistemas. 06 – Restrição no leito Fonte: www.com. mudanças de decúbito. pois afetam tanto os ossos longitudinais. FIG. orienta-se o reposicionamento a cada 15 minutos. posicionamento apropriado no leito e um programa de treino de mobilidade. Fica evidente a necessidade da utilização dessa técnica. o que também estimula a musculatura do abdome e do tronco. Quando o paciente é capaz de se mover sozinho.br – acessado em 13/08/2011 As intervenções em pacientes restritos ao leito. ainda. atividades físicas diárias. A manipulação em fisioterapia tem se tornado uma parte significante na prática da reabilitação em termos de exercícios terapêuticos.6). Quando a mudança de posição da cama estiver combinada com a mudança de decúbito do paciente. durante todo o período de imobilização no leito. podem prevenir descondicionamento músculo-esquelético e complicações de pele (Fig.casadesaudejoaolima. Quando a ajuda é necessária. indica-se um intervalo de tempo de duas horas entre as mudanças de decúbito (1). Vários autores preconizam a mudança freqüente de posicionamento no leito para a prevenção de úlceras de pressão. como hidratação adequada. movimentos ativos e passivos e/ou terapia manual. uma série de movimentos tornam-se acessíveis. . ajudam na redução da perda de cálcio (7) . O paciente deve ser movido para fora da cama assim que sua condição médica permita ( Fig.7). Se o repouso no leito for inevitável. A prevenção de contraturas em um paciente acamado começa com a seleção de cama e colchão adequados. como ajuda a promover o tônus muscular e melhora a condição cardiovascular e. Exercícios para membros inferiores. para levantar ou baixa a cabeceira. na minimização dos efeitos maléficos da imobilização no organismo humano (6). usados para manter as articulações da mão e dos dedos em posição ideal. uso de uma órtese ou rolos que mantenha os pés e tornozelos em posição neutra (3). FIG. o posicionamento adequado e os exercícios também são importantes para a prevenção de outras complicações.com – acessado em 13/08/2011 . tais como pneumonia hipostática. TVP. 08 . rolo de trocânter ou travesseiros usados para contrapor a rotação externa excessiva. crisphysio. hipotensão postural.com – acessado em 13/08/2011 O ortostatismo.blogspot. FIG.15 o posicionamento e a mobilidade devem ser incorporados ao programa de manejo de enfermagem do paciente (3). 07 – Deambulação com auxílio do andador www. vários dispositivos de assistência poderão ser usados para manter as articulações em posições funcionais como: rolo palmar ou uma órtese para mão. 8) (3).docinhudiminina. infecção urinária e constipação ( Fig.wordpress. Se um paciente com paresia ou algum outro comprometimento nos membros precisar de repouso prolongado no leito.Atendimento fisioterapêutico na cama ortostática Fonte: WWW. osteoporose por imobilização. cristianearruda. FIG. 9) (7) . não só no que se refere ao tratamento das úlceras por pressão. A eliminação de maus hábitos de deambulação e postura e a aplicação de um programa de resistência à fadiga e fortalecimento. O encorajamento do uso do membro para deambulação e outras atividades ajudará a manter a função das articulações não envolvidas.16 Dependendo da gravidade do quadro apresentado pelo paciente. mas também das contraturas e de outros agravamentos (1).com – acessado em 13/08/2011 Os movimentos do tornozelo são os primeiros exercícios designados ao paciente para prevenir coagulação sanguínea e reduzir edemas nas pernas ajudando no bombeamento do sangue da extremidade inferior. O fortalecimento muscular também deve ser uma preocupação primária para a obtenção de um equilíbrio de forças por meio das articulações.Atividades físicas no leito Fonte: www. 09 . é necessária para prevenir contraturas articulares recorrentes ( Fig. e minimizando o risco de tromboflebite e trombose venosa profunda ( Fig.wordpress. É importante levar em consideração na prevenção e no tratamento de contraturas é a manutenção e restauração da função. podem ser necessárias abordagens farmacológicas e cirúrgicas. .7) (3).10) (3). assim como voltar a atenção para o uso normal da articulação afetada ( Fig. Um espirômetro de incentivo. exercícios de respiração diafragmática podem (8) ser usados para melhorar a eficácia da ventilação.17 FIG.10 . . A presença de doença pulmonar preexistente requer o uso de broncodilatadores (3) .com – acessado em 13/08/2011 O tratamento ou prevenção das alterações pulmonares envolve a mobilização precoce. diminuir o trabalho de respiração.blogspot.Exercício bicicleta – fisioterapia respiratória Fonte: WWW. limpeza respiratória freqüente e constantes mudanças de posição (3) . aumentar a excursão do diafragma e melhorar a troca gasosa e a oxigenação . Segundo Kisner (1998).infofisio. percussão torácica e drenagem postural com aspiração orofaríngea podem prevenir aspiração e atelectasia. 18 4. . é o de estimular a movimentação. é necessária a atuação de uma equipe interdisciplinar. redução do risco de traumatismo músculo. mostraram que o repouso prolongado no leito pode causar efeitos adversos em vários órgãos e sistemas. além de prevenção. O repouso no leito é freqüentemente usado no tratamento de enfermidades agudas e crônicas. Algumas dessas complicações são reversíveis. Com o passar dos anos.esqueléticos melhora do condicionamento cardiorrespiratório. Após a II Guerra Mundial. mas quanto maior o período de imobilização. para prolongar a funcionalidade dos diversos sistemas. O papel mais importante do fisioterapeuta. Os benefícios alcançados são ganho de força e resistência muscular. O objetivo da utilização de exercícios físicos em pacientes imobilizados é de minimizar os efeitos negativos do imobilismo. os pesquisadores clínicos. alterações na composição corporal. mais difícil será a sua reabilitação. a experiência clínica foi ditando uma evolução no sentido da mobilização precoce. que resulta na redução do tempo de hospitalização e da incidência de complicações importantes associadas com a imobilidade prolongada. melhoria da flexibilidade articular. CONCLUSÃO Devido à complexidade da Síndrome do Imobilismo. posicionar o paciente de forma adequada. tempo de internação e melhorar a qualidade de vida. KISNER C.4 (16):120-124 7. Exercícios Terapêuticos: fundamentos e técnicas. NETO J. p. 4.746 5. 279 3. Imobilidade e Úlceras de Decúbito. Princípios e Prática. 6. Módulo 12 p. SANTOS L. p:83-87. São Paulo: Manole. v.1067-1087. A Beira do Leito: Geriatria e Gerontologia na Prática Hospitalar. São Paulo: Manole. P. 2002.traumática Bilateral da Articulação Coxo-femural..19 BIBLIOGRAFIA 1. PALUDO C. Síndrome do Imobilismo Especialização de Fisioterapia Respiratória em Ventilação Mecânica com ênfase em Traumato-cirúrgico – São Paulo. Ed.Colby LA. Tratado de Medicina de Reabilitação.YAMATTO T.São Carlos.T.L.2044 . Imobilidade. 2005 8.H. 2010. vol. PERES P.2.C. 3ª edição. Terapia Manual. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar. Ed.. In: DELISA JÁ et al. Síndromes na Prática Geriátrica. 2006. A Terapia Ocupacional na Prevenção e no Tratamento de Complicações Decorrentes da Imobilização no Leito.B.R. 2. Monografia apresentada ao curso de fisioterapia da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia – Universidade de Passo Fundo. 1998.2007. PINTARELLI V..M. HALAR EM & BELL KR. 3. n.P.18. FRANZOI A. VOJVODIC C. 149-167 2. Relato de Caso: Osteomielite pós.T. Manole. CAZEIRO A. Terapia Manual na Síndrome de Imobilidade no Leito. v.
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