Trabalho de Técnicas Refrativas

March 20, 2018 | Author: Ana Braga | Category: Optics, Lens (Optics), Mirror, Color, Visual System


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Técnicas RefrativasTrabalho de avaliação - Retinoscopia Estática (passo a passo), técnicas de afinamento da força esfera e cilíndrica e posição de eixo com Cilíndrico Cruzado de Jackson e Afinamento do poder esférico com o Bicromático. Orientador: José Carlos Barcelos Técnico em Óptica e Optometria – Turma XV Instituto Filadélfia Ana Cristina Braga 11/10/2009 SUMÁRIO RETINOSCOPIA ESTÁTICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1- Instrumento Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1.1- Direção de movimento da sombra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1.2- Posição de Observação da sombra (varredura) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 1.3- Característica do Reflexo na Varredura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2- Estrutura do ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2.1- Distância de Trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2.2- Métodos de neutralização. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2.2.1- Trabalhando com lentes retinoscópicas (RL) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 2.2.2- Trabalhando sem lentes retinoscópicas (RL). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 3- Retinoscopia Estática na ametropia esférica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 3.1- Passo a Passo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 4- Retinoscopia Estática na ametropia tórica ou cilíndrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 4.1- Passo a passo da leitura esférica dos meridianos principais . . . . . . . . . . . . . . . 10 4.2- Passo a passo da leitura esfero-cilíndrica dos meridianos principais . . . . . . . 12 5- Contra indicações da Retinoscopia Estática. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 6- Conclusão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 CILÍNDRICO CRUZADO DE JACKSON (CCJ). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 1- Instrumento utilizado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 1.1- Bissetriz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 2- Técnica de afinamento de força cilíndrica e eixo com CCJ. . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 2.1- Passo a passo da correção do eixo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 2.2- Passo a passo da força dióptrica cilíndrica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 3- CCJ para afinamento esférico e identificação de baixo astigmatismo. . . . . . . . . . 17 2 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria - Instituto Filadélfia - 2009 . . .3. . . . . . . . . . . . . . 18 4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Decomposição cromática e ametropia.2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 3. . . . .Decomposição cromática e emetropia . . . . . .Passo a passo. . . . . . . . . . . .2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 Referências Bibliográficas. 20 1. .A relação das cores com as ametropias. . . . . . . . . . . . . . 23 3. .5. .Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1. . . . . . . . . .2009 . . . . . 19 4. . . . 19 5.3. . . . . . 22 3. . . . . . . . . .4. . . . . . . . . . . . .Instrumento utilizado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 3. . . . . . . . .20 TESTE BICROMÁTICO. . . . . . . . . . . . . . . . . . .Hipermetropia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2.Passo a passo. . . . . . . . . . . . . . . . . . .1. . . . . . . . .Afinamento para ponto próximo com CCJ. . . . . . . .Miopia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1. . . . . . . . . . . . .Instituto Filadélfia . . . . . . . . . .Hiper e hipocorreção das ametropias. . . . . . . . . . . . . . . . . .4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 3 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 3. . . . . . . . . . . .2. . . . . . . . 21 3. . . . . . . .Conclusão.O teste bicromático. . . . . . . . . 21 2. . 17 3. . . . . . . . . . . . . . 19 4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Identificação de baixo cilíndrico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Instrumento utilizado. . . . . . . . . . . . . . . .Afinamento Esférico. . . . . . . 22 3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4. . . 23 3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Instituto Filadélfia . como também é denominado o acessório de trabalho. Fig.espelho côncavo ( ) -Horizontalmente: rotação da fenda Fig. pois não estudamos a retina e sim a sombra que causa o reflexo da luz incidida sobre ela. Sendo assim. Tecnicamente o mais correto é Esquiascopia (análise da sombra) Estática. 1 Retinoscópio O retinoscópio possui tanto o espelho plano como o côncavo. 2 Esquema de iluminação e espelho 4 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria . o que não torna o nome mais apropriado tecnicamente.2009 . os movimentos da sombra proporcionada pela fenda do retinoscópio estarão invertidas dependendo do tipo de espelho que se usa. Instrumento Utilizado Comando de Iluminação -Iluminação intensa ( ) -Iluminação menor intensidade ( ) Comando Móvel -Verticalmente: espelho plano ( ) . partindo do princípio geométrico da refração nos espelhos.RETINOSCOPIA ESTÁTICA Retinoscopia (análise da retina) é o nome dado à observação e analise da reflexão da luz proveniente da retina. 1. régua para esquiascopia (composta por lentes positivas e negativas). 2009 .No espelho côncavo a imagem do objeto é Real e invertida verticalmente. ao contrário acontecerá no espelho plano. 4 ESPELHO PLANO 1. em contrapartida. Para melhor visualização usemos a tabela abaixo: Movimento observado A Favor (com) Oposto (contra) Espelho plano Lentes positivas Lentes negativas Espelho côncavo Lentes negativas Lentes positivas 5 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria .Direção de Movimento da Sombra Quando for realizada a escolha de qual espelho trabalhar durante a retinoscopia estática é necessário lembrar os tipos de movimentos encontrados e quais lentes serão utilizadas. Com o espelho côncavo utilizaremos lentes positivas para o movimento contra. 3 ESPELHO CÔNCAVO No espelho Plano a imagem é Real e invertida horizontalmente. Fig.1. Fig. que com o movimento contra estaremos utilizando as lentes negativas.Instituto Filadélfia . na utilização do espelho plano no movimento a favor serão usadas lentes positivas. Com o espelho côncavo utilizaremos lentes negativas para o movimento a favor. 2. já que depois de corrigida a ametropia do Cliente (PX). 5 VARREDURA 180º Ao realizarmos a varredura com a fenda retinoscópica que o movimento da sombra do reflexo retiniano aparece na posição de 180º. Em conseqüência é muito interessante para a aprendizagem e prática da retinoscopia sempre observar os seguintes pontos: . Fig. o resultado obtido será da posição do movimento do retinoscópio (movimento da varredura). se alta ou baixa. o resultado obtido será da posição do movimento do retinoscópio (movimento da varredura).3. exemplos: Fenda retinoscópica posicionada a 120º com varredura vertical.Características do Reflexo na Varredura A sombra do reflexo retiniano apresenta características diferentes em cada dioptria e composição física ocular.Intensidade: Se o reflexo aparece brilhante ou opaco.Instituto Filadélfia . Caso Identifique uma ametropia esférica negativa no espelho plano terá um movimento oposto e no côncavo a favor.Velocidade e Espessura: Se o movimento é lento ou rápido e fino ou grosso. contra ou a favor. Nesta mesma posição com varredura retinoscópica horizontal a fenda aparecerá posicionada a 10º. 1. tanto para o espelho côncavo quanto para o espelho plano não haverá movimento de sombra da fenda (pupila cheia).Também é verdadeiro dizer que um pode ser a prova real do outro. ou seja 180 º. 1.Posição de Observação das Sombras (Varredura) Ao realizarmos a varredura com a fenda retinoscópica que o movimento da sombra do reflexo retiniano aparece na posição de 90 º. e assim o inverso para ametropia esférica positiva. identificando o valor quantitativo da dioptria. Fig.2009 . 6 VARREDURA 90º E assim ocorrerá em qualquer posição de eixo de varredura para astigmatismos regulares (meridianos perpendiculares com α 90º). porem o resultado de varredura é de 120º. revelando condições físicas oculares. 6 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria . identificando a posição vetorial do ponto focal. ou seja. constatando a sua visualização de movimento de sombras.Direção: Já relatado. . . posicionamento de correção com diferença de 90º e resultado de 10º. 90 º. 2009 . Estrutura do ambiente Para realizar refração objetiva através do retinoscópio é necessário que a sala de trabalho tenha medidas adequadas. observador e observado ou Cliente (PX) e Optometrista será de +2. 2. onde o cliente esteja a uma distância da Tabela de Optotipos (Snellen) de 6 metros para as mensurações optométricas de ponto remoto. onde sua interseção coincidirá com o cento geométrico/óptico do cliente(PX).Instituto Filadélfia . A iluminação durante a mensuração optométrica escolhida deverá ser de aproximadamente 40 velas ou menos. ou Fig.50 m.2 Métodos de neutralização Como neutralização recorre-se a dois métodos distintos que trazem o mesmo resultado. Para melhor compreensão. 8. e ao realizar as mensurações optométricas para ponto próximo será utilizada a tabela de Jaeger (após a retinoscopia estática para calculo da adição adequada para as atividades diárias do cliente ( PX) ).50 dioptrias positivas.posicionamento mesmo compensação astigmática por errôneo posicionamento obliquo de cabeça do nosso cliente (PX).2. O primeiro trabalhando com as RL no instrumento óptico de verificação (foróptero ou óculos de prova) que serão retirados ao conseguir a neutralização da sombra. 0.1 Distância de Trabalho Sabe-se que a dioptria é o inverso da distância focal. O segundo sem o trabalho com a RL e calculando o valor dióptrico de correção final após a neutralização das sombras.00 para uma distância de trabalho entre os examinador e examinado de 0. O Cliente (PX) deverá estar posicionado confortavelmente em uma distância de 6 metros em relação a uma tabela de optotipos própria para 6 metros. a lente de trabalho de observação utilizada para uma distância entre o examinador e o examinado. sendo este a metade do raio de curvatura: D = 1/F = 2/R. 2.66 metros é igual 1. assim 1 metro em distância focal é igual a 1 dioptria. Conseqüentemente.00 dioptrias e 0. os dados de procedimentos serão baseados em retinoscopia através de espelho plano. no foróptero através da escala existente e na caixa de prova com lente auxiliar com marcação central em forma de cruz. 7 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria . Deve se preocupar com a postura do cliente (PX). Deste ponto ajustar a DIP do cliente (PX). sua cabeça deverá estar no mesmo plano horizontal/vertical que a tabela para que não se forme fenda estenopeica através das pálpebras por posicionamento inadequado de cabeça verticalmente.50 metros é igual a 2. o método para cálculo de dado final objetivo é o mesmo que com o foróptero.Instituto Filadélfia . -100 cil. de preferência o maior optotipo para evitar efeitos acomodativos e com lentes de trabalhos nos dois olhos.Lente Retinoscópica (RL) = Dado final Ou seja. o dado encontrado no foróptero terá subtraído da sua dioptria esférica o valor da distância de trabalho. Dado Final= +3. estará com os dois olhos não ocluídos fixando um optotipo da Tabela para ponto remoto. Retinoscopia Estática na ametropia esférica. onde: . no olho contralateral.00 esf. 3.00esf. dado encontrado no foróptero é igual ao dado final.1.1 Passo a Passo . x 180○ – (+2.1.Dados do Foróptero .1.50 m que não foi utilizada. Ainda é possível. também conhecida de pupila cheia. Exemplo: Dados do Foróptero = +3. Fig. Será necessário compensar a lente de trabalho para 0.00 esf.Com o Cliente confortável e bem posicionado (como já citado em Estruturas de ambiente) com os óculos para optotipos ou no foróptero.Trabalhando com lente Retinoscópica (RL) Mediante compensações de distância focal relatada no item 2.2.Trabalho sem lentes retinoscópicas (RL) Mediante compensações de distância focal relatadas no item 2. onde: . x 180○ No caso de trabalho com caixa e óculos de prova. usar a maior lente positiva com optotipo escolhido visível.00 cil.00D esf) = +1. x 180○.2. não será o resultado final. se houver suspeita de alta hipermetropia. 2.00 cil. evitando assim uma acomodação consensual.2. -1. 9. 3.Dados do foróptero – 2.2.posicionamento 8 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria . x 180○ = dado final Se for o caso de trabalho com caixa e óculos de prova.2009 . -100 cil. -1.00D esférica = Dado final Ou seja.00esf. Exemplo: Dados no Foróptero= +1. O Objetivo é neutralizar a sombra. o dado final objetivo é obtido após a retirada da RL (lente de trabalho). 9 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria . Fig.50 m com lentes de trabalho de +2. . principalmente para que o Cliente (PX) possa ter o olho não examinado sem obstáculo na visualização do optotipo pedido. 12. Estando no mesmo eixo visual do cliente a reflexão examinada será proveniente da mácula. São colocadas lentes convergentes esféricas até se conseguir a neutralização da sombra do reflexo retiniano. 10. intensidade e brilho em todos os meridianos identificamos uma ametropia esférica. não podendo haver obliqüidade na observação.Sombra contra Fig. posicionando o retinoscópio em seu olho esquerdo. Esquema de varredura com correção esférica (foto abaixo).-O Optometrista posicionando o retinoscópio em seu olho direito para examinar a sobra do reflexo da retina do olho direito do Cliente (PX) em uma distância escolhida de 0. Este resultado é conseguido utilizando o comando móvel Horizontalmente e fazendo com que a fenda luminosa do retinoscópio faça uma varredura em 360°. São colocadas lentes divergentes esféricas até se conseguir a neutralização da sombra do reflexo retiniano.Quando as sombras percebidas têm a mesma velocidade.2009 .Varredura em 360º . Fig.Quanto à sombra do reflexo retiniano tem um movimento na mesma direção do movimento da fenda retinoscópica (movimento a favor) é identificado um Cliente (PX) amétrope de potência positiva para correção (Hipermetropia).Quanto à sombra do reflexo retiniano tem um movimento contrário ao movimento da fenda retinoscópica (movimento contra) é identificado um Cliente (PX) amétrope de potência negativa para correção (miopia). Desta mesma forma procederá quando examinar o olho esquerdo do Cliente (PX).Instituto Filadélfia . 11.00 D.Sombra a favor . um mais positivo e o outro mais negativo. podese ter todo o processo no foróptero e com o resultado final montar as dioptrias de correção necessárias no óculos de prova observando o comportamento laboral do Cliente(PX). 4. 4. determina-se o posicionamento correto do meridiano mais positivo e inicia-se o trabalho de correção.2009 ..Quando as sombras percebidas não têm a mesma velocidade. realizar a acuidade visual e proceder aos devidos afinamentos monocularmente e posteriormente observar e ajustar a binocularidade pós correção com instrumento óptico.50 metros) da armação de prova ou do foróptero. Esquema de varredura com correção tórica ou cilíndrica (foto abaixo). Retinoscopia Estática na ametropia tórica ou cilíndrica O objetivo é neutralizar a sombra. 13. Para tanto.Para facilitar o trabalho de identificação dos meridianos principais posicionamos a fenda do retinoscópio em meridiano de 180° e 90°. também conhecida de pupila cheia. Fig.Instituto Filadélfia . Este resultado é conseguido utilizando o comando móvel Horizontalmente e fazendo com que a fenda luminosa do retinoscópio faça uma varredura em 360°. lembrando que o meridiano mais negativo quando movimento de sombra contra será mais lento e quando movimento a favor o meridiano mais positivo terá menor intensidade de fenda. intensidade e brilho em todos os meridianos identificamos uma ametropia tórica ou cilíndrica.Varredura cilíndrica . ou seja.00D para 0.1 Passo a Passo da Leitura esférica dos Meridianos Principais .Repetir os passos de condições de ambiente posicionamento do cliente e optometrista relatados no item 3. caso necessário. o que será melhor realizado se utilizado as armações de prova.Após a neutralização das sombras retinianas de ambos os olhos através de lentes esféricas positivas ou negativas. dependendo do movimento da sombra.nos dois meridianos principais conhecidos.1 . retirar as lentes de trabalho (+2. ainda sim proceder ajustes finais. estará mais próximo da neutralização. 10 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria . onde a reflexão da imagem da retina é Real e invertida a 90°. realizar a acuidade visual e proceder aos devidos afinamentos monocularmente. x 135° EX 2 .00 x 110° Correção dióptrica: +1. 14. Neste novo meridiano corrigir com as lentes necessárias em conformidade como o movimento da sombra do reflexo retiniano em relação à fenda do retinoscópio e novamente anotar o valor dióptrico do meridiano.Instituto Filadélfia . Fig. corrigir com lentes Fig. retirar as RL e. e posteriormente observar e ajustar a binocularidade após a correção com instrumento óptico.Após a escolha do meridiano mais positivo. fazer a anotação para a lente de correção do meridiano e posicionar o comando móvel horizontalmente de modo que a fenda luminosa do retinoscópio faça um movimento de 90° em relação ao primeiro meridiano. – 2. 15. x 75° EX 3 – 1º Meridiano = +1. .Fora do Meridiano RELEMBRANDO: nesta esquematização está sendo utilizado o espelho plano do retinoscópio.00 esf -1.00 cil.00 x 45° Correção dióptrica: +2.Nesta esquematização.1º Meridiano = + 2.00 esf.50 x 165° Correção dióptrica: -1.00 x 135° 2º Meridiano = +1. Ao neutralizar a sobra do reflexo retiniano (pupila cheia).00 x 20° 2º Meridiano = -1. a sombra do reflexo retiniano se encontra obliqua a varredura a 180°. o que será melhor realizado se utilizado as armações de prova. então é necessário usar o comando móvel horizontalmente para posicionar a fenda do retinoscópio na mesma posição da sombra do meridiano mais positivo. consequentemente quando vemos a fenda luminosa do retinoscópio na posição de 90° representa a varredura para correção da ametropia do meridiano oposto a 90°(meridiano a 180°) e o inverso é verdadeiro.00 cil. -1. 11 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria .2.00 esf.50 cil.Meridiano a Corrigir convergentes se o movimento da sobra estiver a favor da fenda do retinoscópio ou com lentes divergentes se a sobra estiver com movimento contra ao da fenda do retinoscópio. x 20° – Com as dioptrias definidas para ambos os olhos no foróptero ou no óculos de prova.2009 . Exemplos abaixo: EX 1.1º Meridiano = -1.00 x 75° 2º Meridiano = . com a sombra do reflexo retiniano percebida a 140° já neutralizada.2. 4. observamos a neutralização com lentes esféricas do meridiano mais positivo. No exemplo dado. Posicionamento da Sombra do meridiano mais positivo Posicionamento marcação da lente esfero-cilindrica Visualizando o esquema ao lado.00D.00d usa-se o comando móvel horizontalmente fazendo com que a sombra do reflexo corneano seja percebido a 135°. ainda sim proceder ajustes finais. neste momento inicia-se a correção com lentes esfero-cilíndricas com a marcação das lentes na mesma posição(135°) até neutralizar a sombra do reflexo retiniano (pupila cheia).Exemplo da Retinoscopia Estática de leitura esfero cilíndrica com armação de prova. inicia-se o trabalho com lente esfero-cilíndrica sem retirar a lente da primeira correção. já estaria trabalhando na à sombra do reflexo corneano a 50° com as lentes esfero-cilíndricas.2009 . Finalizada esta primeira etapa.1. sem retirar a lente esférica posiciona-se a marcação cilíndrica Fig.00D).3 serão repetidos até ser determinado o meridiano mais positivo. movimenta-se o comando móvel horizontalmente até que a fenda retinoscópica seja percebida no meridiano de 50° e inicia a neutralização da sombra do reflexo retiniano com lentes esfero-cilíndricas negativas. . caso necessário.Passo a Passo da Leitura esfero-cilíndrica dos Meridianos Principais . Nas Armações de Prova esses erros são facilmente resolvidos já que é possível trabalhar com lentes esfero-cilíndricas positivas. Escolhido o meridiano mais positivo com a sombra do reflexo retiniano percebido na posição de 45° faz-se a correção com lentes esféricas positivas ou negativas correspondentes ao movimento de sombra em relação à fenda retinoscópica (resultado +2.Determinado o meridiano mais positivo. Sem retirar a lente esférica de +2.Para tanto. . pode-se ter todo o processo no foróptero e com o resultado final montar as dioptrias de correção necessárias no óculos de prova observando o comportamento laboral do Cliente(PX). 12 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria . neste momento chegamos ao resultado de uma lente esfero cilíndrica negativa de 1. neutraliza-se a sombra do reflexo retiniano com lentes esféricas positivas ou negativas em conformidade como o movimento da sombra em relação à fenda retinoscópica. reiniciar o trabalho.Instituto Filadélfia .Todos os procedimentos descritos nos itens 4.1 até o 4.eixo de neutralização do foróptero a 50°. com o erro continuaria trabalhando com lentes esféricas.1. 16. posicionando as esfero-cilíndricas em 140°. No foróptero se houver engano quanto à escolha do meridiano mais positivo. pois o movimento em relação à fenda retinoscópica não está contra e sim a favor. caso necessário. diferente do trabalho com foróptero na armação de prova não há necessidade de reiniciar o trabalho de neutralização esférica.00 esf. x 135° Nesta mesma situação. Na armação de prova temos a flexibilidade de usar as lentes esfero-cilíndricas positivas. -1. a neutralização da sombra acontece com uma lente esférica de +1. pois poderemos trabalhar com lentes esfero-cilindricas positivas. Para tanto.00 cil. por limitação do equipamento.00D.00 cil x 135° . O resultado refracional de afinamento subjetivo. e posteriormente observar e ajustar a binocularidade após a correção com instrumento óptico. ainda sim proceder ajustes finais. neste momento percebemos o erro de escolha da sobra de reflexo retiniano mais positivo.00 cil x 45° Transposição: +2.Instituto Filadélfia .Observamos aqui que os resultados são os mesmos apenas. deixamos a lente de correção esférica na armação de prova. não permitindo erros de escolha de meridiano mais positivo. 6. 5.Conclusão Após a realização do método escolhido na Retinoscopia Estática obtém um resultado refracional objetivo. retirar as RL e realizar a acuidade visual e proceder aos devidos afinamentos monocularmente. Exemplificando: escolhida como sombra de reflexo retiniano mais positivo erradamente percebido a 135°.Contra indicação da Retinoscopia Estática É contra indicado realizar a retinoscopia estática em Clientes(PX) que apresentem endotropias. através de diversos outros métodos. em crianças e adultos que não cooperam com ponto remoto de fixação e com hiperfunção acomodativa.00 esf +1. utilizados passa a ser imprescindível para melhor conforto visual e físico do cliente(PX) com o uso do instrumento óptico de correção escolhido. usa-se o comando móvel horizontalmente até que seja percebida a fenda retinoscópica na posição de 45°. no foróptero. Está pronta a Retinoscopia Estática do Cliente(PX): + 1. pode-se ter todo o processo no foróptero e com o resultado final montar as dioptrias de correção necessárias no óculos de prova observando o comportamento laboral do Cliente(PX).00D.Está pronta a Retinoscopia Estática do Cliente(PX): +2.00 esf -1.Com as dioptrias definidas para ambos os olhos no foróptero ou no óculos de prova.2009 . onde o cliente(PX) não tem participação do resultado (verificação subjetiva). . e é neste instante que colocaremos uma lente esfero-cilíndrica positiva com a sua marcação de eixo na mesma posição (45°) neutralizando a sombra do reflexo corneano com uma lente esfero-cilindrica positiva de 1. 13 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria . só usamos lentes esferocilindricas negativas. o que será melhor realizado se utilizado as armações de prova. caso haja um erro de identificação de sombra do reflexo retiniano mais positiva e inicia-se uma correção esférica na representação da fenda retinoscópica na posição de 135° com lentes esféricas. Instituto Filadélfia .Conclui-se que a Retinoscopia Estática é adequada para o Optometrista quanto à identificação inicial de resultados para afinamento e diagnostico final de procedimentos pós correção. principalmente para melhoria da visão binocular na acuidade visual final. 14 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria .2009 . porém não para o cliente(PX) que passará por novas verificações. 1. No Foróptero será utiliza a lente auxiliar ou acessória CCJ e na caixa de prova temos a lente para optotipo de CCJ com haste alongada posicionada na bissetriz do instrumento. É realizado após obter o resultado objetivo final da Retinoscopia Estática e com as condições de ambiente utilizadas durante a mesma.50 D dependendo do instrumento óptico de verificação subjetiva adquirido.CCJ do Foróptero No foróptero. formando a bissetriz de verificação esférica e cilíndrica para correção refracional. Os pontos estão colocados a 45º em relação ao eixo da haste. 17.Instituto Filadélfia .bissetriz de α YOX Fig.CILÍNDRICO CRUZADO DE JACKSON (CCJ) Objetivo principal do teste subjetivo é determinar o afinamento refracional no valor da dioptria cilíndrica e seu eixo e da dioptria esférica. Instrumento Utilizado Lente auxiliar de CCJ Manejo rotatório para escolha cilíndrica (+/-) Comando móvel de eixo Equivale a haste de CCJ da caixa de prova Fig.25D e 0.bissetriz de α BAC 15 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria . As potências dioptricas do CCJ poderão variar em 0.Bissetriz e o Termo matemático de uma semi reta que divide um ângulo em dois partindo de seu vértice. Fig.2009 . Na óptica o valor de α da bissetriz será de 45 º do ponto de partida da verificação. O eixo e o cilindro negativo dos cilindros cruzados de Jackson estão marcados com pontos vermelhos e o eixo e o cilindro positivo estão marcados com pontos brancos. 18. 1. 1. 19. 2. se o cliente relatar melhor visão em uma das posições. caso ainda o resultado não seja para igualdade 16 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria . Com o procedimento solicita-se ao cliente que observe se em alguma das duas posições percebe o optotipo menos embaçado. Já com as lentes de trabalho cilíndrica sendo positivas deverá rotacionar o comando móvel para a direção dos pontos brancos (potência positiva). O afinamento com CCJ é inicializado com a correção subjetiva do eixo do cilíndrico refracional. 2. . O Cliente (PX) será orientado sobre os resultados e sobre qual optotipo estará fixando na Tabela.Após rotacionar o CCJ verificar se houve igualdade no embaçamento entre as duas posições (+/-) dióptrica do CCJ.0 (20/20) posicionar visualização em 0.Caso o cliente relate igualdade de embaçamento nas duas posições o resultado objetivo do eixo durante a retinoscopia estática está correto.2009 .66 (20/30) de verificação da tabela de optotipos.Passo a passo da correção de eixo . Para iniciar o afinamento com o CCJ é necessário ocluir o olho contralateral. .50D) e para astigmatismo alto (aproximadamente ≥ 1. sendo este apenas um das figuras (letras ou objetos) da 1ª ou 2ª acima da linha de melhor acuidade visual (AV). O pulo de rotação será de 15º para baixo astigmatismo (aproximadamente ≤ 1.Instituto Filadélfia .1.8 (20/25) ou 0. e o olho a ser examinado já estar corrigido com o teste objetivo de retinoscopia estática. . rotacionar o eixo do CCJ na direção dos pontos vermelhos (potência negativa). será realizado os passos que se Fig. Caso o cilíndrico de trabalho seja negativo.20 -Exemplo de eixo refracional objetivo a 90º seguem. Ao contrário.Posicionar a bissetriz do CCJ no mesmo eixo da refração encontrada na retinoscopia estática e utilizar o manejo rotatório para a mudança de potência positiva e negativa.50 D) em 10º a 5º de rotação.Técnicas de afinamento da força cilíndrica e eixo com o Cilíndrico Cruzado de Jackson (CCJ). Se o Cliente (PX) apresenta melhor AV em 1.Escolher a posição do CCJ de melhor visão e utilizar o comando móvel (Haste ou posicionamento de bissetriz) em direção igual ao cilíndrico de trabalho (valor de eixo e dioptria do cilíndrico já refratado). .Solicitar ao cliente a informação de acuidade visual durante a troca das forças dioptricas cilíndricas. ocluir o olho contralateral do Cliente (PX) e posicionar o CCJ com a bissetriz a 45º do eixo de trabalho.2009 .Afinamento Esférico . 3.CCJ para afinamento esférico e identificação de baixo astigmatismo No caso do Cliente (PX) ser mensurado apenas de forma esférica poderá realizar o afinamento para a visão de ponto remoto com a Lente auxiliar de CCJ. Fig.movimentar com pulo de 5º a 10º. posicionar a bissetriz a 45º do eixo refracional afinado. 17 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria .25 e novamente trocar o poder dióptrico do CCJ para conseguir o embaçamento nas duas posições.Na mesma condição de ambiente da realização da Retinoscopia Estática. . o poder dióptrico refracional cilíndrico não necessita de afinamento.1.Relatando embaçamento em uma das posições. com a marcação dióptrica do CCJ positiva ou negativa (vermelha ou branca) no eixo de trabalho.2- Passo a passo da força dióptrica cilíndrica .Ao rotacionar a posição dióptrica da lente cilíndrica e identificar igualdade de embaçamento nas duas posições (vermelho e branco) o poder esférico da refração estará afinado.Instituto Filadélfia . No caso da melhor posição de visualização na marcação da dioptria cilíndrica positiva (branca) adicionar lente +0. neste momento um dos pontos de marcação (vermelho ou branco) das dioptrias cilíndricas do CCJ estará na mesma posição do eixo do cilíndrico já afinado. 3.Após o afinamento da posição do eixo. iniciar o afinamento.21 -Exemplo de eixo refracional objetivo a 90º . . primeiro para o mesmo lado que a lente de trabalho e se houver necessidade de melhora retornando para o lado de potência oposta que o valor do eixo de trabalho. Neste momento ajusta o eixo da lente de trabalho e confere a dioptria cilíndrica para identificar uma hipo ou hipercorreção. Se a melhor posição for relatada na observação da marcação da dioptria cilíndrica negativa (vermelha) adicionar lente -0. caso relatar embaçamento nas duas posições. 2.Igualando o embaçamento nas duas posições dioptricas do CCJ termina-se o afinamento do eixo.25 e novamente trocar a posição da lente CCJ para identificar embaçamento nas duas posições. 25D (positivo e/ou negativo) até identificar embaçamento nas duas posições. onde o cliente percebe melhor visualização nas posições 1ª e 3ª. . conseqüentemente a correção do eixo para cilíndrico negativo estará nos quadrantes das posições 2ª e 4ª como apresentado em negrito. Mas. não é necessário afinamento.. Fig. 22. .50D e iniciar o procedimento de afinamento para dioptria cilíndrica e eixo de cilíndrico já relatado em tópicos anteriores. posicionar o CCJ com a marcação dióptrica (vermelho e branco) inicialmente a 180º e 90º rotacionando as posições em 90º e 180º.Utilizar o manejo rotatório para a troca de posição dióptrica e questionar se o cliente percebe embaçamento igual nas duas posições.2009 . realizar este movimento por duas vezes e pedir informação do Cliente (PX) se encontrou melhora em alguma das posições.Instituto Filadélfia . adicionar 0.O CCJ é utilizado principalmente para identificar a magnitude da correção cilíndrica em seu poder dióptrico e posicionamento angular e não para identificação de astigmatismo o que deverá ser realizado durante uma Retinoscopia Estática. 3. Caso não conseguir suspeitar de baixo astigmatismo.No esquema abaixo identificamos os procedimentos de posição do CCJ. já se identificar mais nitidez em uma das posições será nesta posição de nitidez o eixo do cilíndrico.Identificação de Baixo cilíndrico .É importante durante esta verificação observar a resposta na posição do cilíndrico positivo para melhor identificar os quadrantes analisados. colocar uma lente plano cilíndrica de 0. . se a resposta for sim. logo em seguida 45º e 135º rotacionando as posições em 135º e 45º.Com o ambiente nas mesmas condições da retinoscopia estática ocluir o olho contralateral.2. caso reporte embaçamento igual não há presença de astigmatismo. Com resposta de embaçamento em uma das posições. em casos particulares como sintomatologias próprias astigmáticas e testes subjetivos para astigmatismos com resultados duvidosos poderemos fazer uso do CCJ para eliminar qualquer suspeita.posições CCJ 18 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria . O Cliente (PX) deverá estar instruído a fixar o olho em uma linha acima da tabela de optotipo em relação à de melhor acuidade visual. 25D em 0. porém sua utilização identifica a correção esférica de nitidez para ponto próximo.Posicionar o CCJ no seu cilíndrico negativo (pontos vermelhos) a 90º e para um cliente présbita (geralmente a partir de 40 anos) adicionar lente esféricas positivas de 3. de maneira que o Cliente (PX) reporte mais embaçamento nas linhas horizontais.O afinamento com CCJ para ponto próximo poderá também ser realizado em pessoas não présbitas com lentes de trabalho de 3. Nesse momento reduzir em passos de 0. não passar as informações de resultados e apenas verificar a resposta de visão mediante a correção.Afinamento para ponto próximo com CCJ O teste subjetivo tem como finalidade identificar a melhor correção para ponto próximo.4. 4. . Para esses Clientes (PX) o embaçamento é muito intenso.Cruz em rede na Tabela de Jaeger 19 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria . sendo que alguns deles não conseguem perceber igualdade entre as linhas. .Passo a passo . Neste teste.25D adicionando lentes negativas até conseguir igualdade de intensidade nas linhas horizontais e verticais.Após a correção dióptrica para ponto remoto estar afinada binocularmente. utilizar iluminação adequada para verificação de ponto próximo (aproximadamente lâmpada de 80 velas) como foco sobre a tabela de Jaeger (Tabela teste para ponto próximo). Tem como objetivo de resultado fazer com que tanto as linhas verticais quanto as horizontais sejam identificadas com nitidez após a correção.Instrumento de utilizado A Cruz em Rede é um teste de visão para ponto próximo muito parecido com o Dial (arco para identificação de astigmatismo) como teste para ponto remoto.00D a 4.Posicionar a tabela de Jaeger a 40 cm (distância padrão de ponto próximo) ou em distância de trabalho para perto do Cliente (PX).Instituto Filadélfia .00D positivas. apesar de se tomar como resultado final o ponto em que as linhas verticais apareçam mais nítidas. Fig. . proporcionando ao Cliente a melhor acuidade visual para trabalho na visão de perto.2009 .1.00 D (lentes de trabalho). o mais correto é recorrer a outros testes subjetivos para visão de perto. Trabalhar monocularmente.23. então realizaremos passos de redução dióptrico de 0.2. 4. Como teste subjetivo depende extremamente da condição física do cliente (PX).50D negativos até que a intensidade entre vertical e horizontal fiquem iguais.50D em 0. amarelo.Amplitude: por sua intensidade luminosa . é conseguido um melhor resultado nos dados da Retinoscopia Estática. azul. 26. Ernest Abbe relata a decomposição da luz branca em um material de densidade e índice de refração diferentes do vaco. na ordem do menor comprimento para maior estão o violeta. rosa.5.Conclusão .Frequência: medida de vibrações\tempo Fig. humor aquoso e cristalino nos permite identificar erros refrativos nas ametropias esféricas. verde.2009 . Os testes posteriores para a binocularidade. 25.Instituto Filadélfia .Como um teste subjetivo para dados finais de correção óptica. A luz do espectro visível é medida em nanômetros (nm) e se encontra entre 400 a 700nm com onda de energia de propriedades especificas: . Fig. Baseado no princípio que o índice de refração do meio se relaciona com o comprimento de onda luz que determina o balanceamento entre os efeitos de dispersão da luz pelo sistema dióptrico ocular de formação convergente. laranja e vermelho.Comprimento: a medida da onda (nm) . conforto visual e físico é que determinarão os dados finais para a construção do aparelho óptico de correção do Cliente (PX). Porém ainda não é o resultado final. onde com maior o índice de refração no material maior a decomposição da luz branca nas cores do espectro visível. 24. Este balanceamento no olho humano com a luz branca passando pelo dióptro ocular composto por córnea.Espectro visível As cores do espectro visível vão do violeta ao vermelho.onda luminosa 20 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria .dispersão cromática O teste subjetivo com tabela bicromática de acuidade visual tem o objetivo de obter o afinamento da dioptria esférica verificando se há uma hipo ou hipercorreção na dioptria do Cliente. TESTE BICROMÁTICO Fig. 1.Decomp. Evidenciando o erro refrativo causado por cada ametropia e podendo ser identificado através da melhor nitidez de cor percebida. Decomposição cromática e ametropias esféricas Fig. Nas ametropias a luz refratada quando decomposta ficam com as diferenças de tamanho e posições mais evidentes por estar o foco da imagem com posicionamento diferente do que projetaria com nitidez a imagem na retina.Decomp. 27. quando o foco da imagem está posicionado na distância axial (neste caso no eixo visual) dentro do determinado para melhor projeção (imagem na retina) mediante o dióptro apresentado (olho humano).Instituto Filadélfia . o círculo de menor confusão permite nitidez para a acuidade visual de um olho emétrope. Cromo Lateral Nas ametropias esféricas o círculo de menor confusão causada pela decomposição da luz visível em cores pelo dióptro ocular fica mais evidente determinado pela diferença de distância focal relacionada com cada dioptria. Cromo axial Apesar da relação da velocidade da luz visível no ar e sua refração através do sistema óptico ocular determinar uma decomposição cromática axila. Decomposição cromática e emetropia Fig. Na decomposição cromática axial uma imagem é focada em posições diferentes para cada um dos comprimentos de onda e na decomposição cromática lateral é o tamanho desta imagem que é diferente. fazendo com que o círculo de menor confusão nos proporcione as cores na íntegra deste objeto. Desta forma um Cliente emétrope não percebe diferença nas propriedades de cada onda referente o seu comprimento. 26. 2. Observamos que temos a mesma imagem focada em posições e tamanhos diferentes. 21 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria . amplitude e freqüência.2009 . Com a esquematização da decomposição cromática lateral podemos entender melhor de que forma o teste bicromático poderá proporcionar respostas em relação à potência de cada dioptria. 28. 720 nm). 3. Podemos concluir que todo míope consegue vislumbrar melhor a cor vermelha. com vetorial negativo no eixo visual.Miopia Fig.Hipermetropia A hipermetropia é uma ametropia aqui representada apenas como a de eixo antero posterior mais alongado (hipermetropia axial).Hiperopia e verde O foco de projeção da imagem poderá estar mais próximo da retina em baixas e médias dioptrias ou até mesmo não mais percebido dentro do limite ocular em altas dioptrias.Comprimento de onda para cada cor em nanômetros 3.Instituto Filadélfia .2. estando o foco da imagem após ser refratada pelo dióptro ocular mais afastado do seu ponto ideal de projeção. desta forma na decomposição cromática axial e lateral a cor com menor comprimento e intensidade estará destacada. tendo maior embaçamento para a cor verde. onde o verde (aprox.3. conseqüentemente o foco da imagem após ser refratada pelo dióptro ocular estará mais afastado do seu ponto ideal de projeção. A imagem refratada apresentará um erro refrativo de tamanho menor e embaçada percebida com mais facilidade em baixas e médias ametropias. neste caso o verde que está próximo de 550 nm. Fig.1. 29. A relação das cores com as ametropias Na óptica as duas cores com comprimento. Conclui-se que o 22 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria . 550 nm) tem um comprimento de onda diferente e menor que o vermelho (aprox.2009 .Miopia e vermelho A miopia é uma ametropia representada por basicamente um eixo antero posterior mais alongado (relatada aqui apenas à miopia axial). neste caso o vermelho que está próximo de 700nm. com vetorial positivo no eixo visual. freqüência e amplitude de onda diferente escolhidas para o estudo dos erros refrativos nas ametropias são o vermelho e verde. Estando o foco de projeção da imagem mais afastado da retina. a imagem refratada apresentará um erro de refração de tamanho maior e embaçada destacando principalmente na decomposição cromática lateral e axial a cor com maior comprimento e intensidade. 30. Fig. tendo maior embaçamento para o vermelho.4. Utiliza-se o oclusor para realizar primeiro o teste monocularmente e terminando com afinamento binocular. Fig. necessitando de correção para – 1. 3.Hiper e hipocorreção das ametropias A percepção de cores determina também a hipo ou hipercorreção das ametropias. Na hipocorreção estará com melhor visualização para o vermelho. campo iluminado com as cores verde e vermelho com optotipos para acuidade visual iguais. também fazendo com que o balanceamento do verde em relação ao vermelho não seja o mesmo.37 esf.50 esf.Instrumento utilizado A tabela de optotipos terá em destaque menor o teste bicromático. será corrigido com -1.25 esf. 3.. a visão binocular trará mais conforto para este cliente. necessitando de mais correção da sua ametropia.2009 . Neste caso. Quando temos um míope com hipercorreção estará com melhor visualização para o verde com o vermelho embaçado.Tabela de testes 23 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria . Na hipocorreção a melhor visualização será para o verde. simplesmente porque a sua ametropia é quebrada. No caso do hipermetrope com hipercorreção a melhor visualização estará com melhor visualização no vermelho com o verde embaçado.1. precisando afinamento positivo. intensidade de luz ambiente e distância da tabela devem ser respeitados.Instituto Filadélfia . será corrigido com + 1. necessitando de mais correção para a sua ametropia. precisando afinamento negativo. O mesmo acontecerá para o míope. Tanto com o foróptero quanto com o óculos de prova é realizado da mesma forma em relação ao seu passo a passo.O teste bicromático O teste bicromático é realizado com as mesmas condições de ambiente e posicionamento de Cliente que a Retinoscopia estática. um cliente com correção para + 1. 3.37 esf. fazendo com que o verde não tenha o mesmo balanceamento igual ao do vermelho apesar de um acuidade visual igual nas duas cores. por exemplo.4.3.hipermetrope consegue visualizar melhor a cor verde. 31. Alguns clientes encontram dificuldades para um balanceamento total para as duas cores. 2009 . . caso a melhor visualização for no vermelho adicionar lentes esféricas negativas no passo de 0.2. mas sim nas suas características de intensidade. 3. 24 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria .50D esférica para o início do teste em clientes que reportem fácil acomodação para sua ametropia (principalmente os hipermetropes e míopes hiper corrigidos). sendo muito bem identificado o erro refrativo da imagem devido às características específicas da decomposição cromática axial e lateral. repetir o procedimento. a relação da ametropia com a luz.Desocluir o OE e ocluir o OD. identificando embaçamento em alguma delas ou igualdade de intensidade e nitidez.Se houver relato de melhor visualização no verde adicionar mais lentes esféricas positivas no passo de 0.Instituto Filadélfia . ocluir o olho esquerdo e pedir para visualizar a linha de sua melhor acuidade visual.25D até conseguir melhor equilíbrio entre as cores.5. Solicitar ao Cliente (PX) que relata sua percepção sobre as cores verde e vermelho.Com o cliente posicionado a 6 metros da tabela de optotipos com o resultado de afinamento conseguidos por testes após a Retinoscopia Estática.25D. não está especificamente em sua cor.4.3. Também podemos destacar a utilização em Clientes (PX) portadores de acromatopsia total ou parcial. porém deve-se ter muito cuidado com a amplitude de acomodação de cada Cliente (PX).Conclusão O teste bicromático pode determinar o afinamento final constatado pelo estudo da decomposição cromática da imagem através da luz percebida pelo espectro visível.Passo a passo . . podendo fazer inclusive uma leve miopização utilizando lentes de +0.25D em 0. Testar a binocularidade no bicromático e retornar para a tabela de optotipos convencional para confirmar a sua acuidade visual na melhor linha de observação.25D em 0. Copyright © 2006 by Ataraxiainc. 25 Ana Cristina Braga – Turma de Óptica e Optometria . Dr. Gonzalez Diaz-Obregon E. Chibchombia – UPC Theodore P Grosvenor. 1990. Optometria II. NJ 07030-5774 . Bogotá.Instituto Filadélfia . Universidad Complutense de Madrid. Optometría. Ed. Científicas y técnicas. 1993 Barcelona España. José Borges de Almeida Edwards K. Llewellin R.Hoboken. Óptica Geométrica.111 III Mundo Street . SA Masson-Salvat Medicina.2009 .Universidad De la Salle ATARAXIAINC . Fernando Guiñazú Lemos Procedimientos Clínicos en el Examen Visual.REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA Guias de Laboratório Clinica de la Vision II . Ophthalmology. Optometria em atenção primária Raúl Martín Herranz.Métodos Subjetivos de Refracción La refracción clínica. San Francisco 1996. Colegio Nacional de OpticosOptometristas.
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