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March 22, 2018 | Author: liberdadeeleitura | Category: Science, Empiricism, Knowledge, Paradigm, René Descartes


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METODOLOGIACIENTÍFICA Método Científico Prof. Ivan Furmann Senso Comum e Saber Científico DIONNE, Jean; LAVILLE, Christian. A construção do saber. Manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Belo Horizonte: Editora UFMG,1999. Os Saberes Espontâneos O conhecimento produzido pelo homem não é necesariamente científico. Existem várias formas de conhecimento que orientam a vida não científicos MITO S Origem das plantas cultivadas No tempo em que os índios comiam apenas orelha-de-pau (urupe) e farelo de arvores podres, uma mulher que tomava banho soube por um ratinho da existencia do milho, que crescia numa arvore enorme, onde as araras e os macacos brigavam pelos graos. O tronco era tao grosso que foi preciso ir a aldeia pegar mais um machado. No caminho, os meninos mataram e comeram uma mucura e se transformaram em velhos. Os feiticeiros se esforcaram por devolver-lhes a juventude, mas nao conseguiram. Desde entao, a came de mucura e absolutamente proibida. Graças ao milho, os índios passaram a viver na abundancia. A medida que se multiplicavam, foram aparecendo tribos de diferentes Iínguas e costumes. Segundo relate registrado no livro LEVI- INTUIÇÃ O AUTORIDA DE TRADIÇÃ O AUTORIDAD E Os Saberes Racionais OS FILÓSOFOS Os Saberes Racionais Esforço de racionalidade DEDUÇÃO E INDUÇÃO Os Saberes Racionais O NASCIMENTO DA CIÊNCIA RAZÃO + EXPERIMENTAÇÃO Os Saberes Racionais NUM VIÉS TRADICIONAL (POSITIVISTA) DE CIÊNCIA ELA DETÉM AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS 1 - EMPIRISMO 2OBJETIVIDADE 3EXPERIMENTAÇÃO 4 - VALIDADE 5 – LEIS E PREVISÃO Os Saberes Racionais HOJE TAIS CARACTERÍSTICAS FORAM SUPERADAS 1 – EMPIRISMO (...) TEORIAS 2 – OBJETIVIDADE (...) SUBJETIVIDADE COM INDÍCIOS 3 – EXPERIMENTAÇÃO (...) LÓGICA 4 – VALIDADE (...) COMPREENSÃO 5 – LEIS E PREVISÃO (...) APROXIMAÇÕES E REFUTAÇÕES Entendendo mudanças as 1 – EMPIRISMO (...) TEORIAS Entendendo as mudanças 2 – OBJETIVIDADE (...) SUBJETIVIDADE COM INDÍCIOS Entendendo as mudanças 2 – OBJETIVIDADE (...) SUBJETIVIDADE COM INDÍCIOS Entendendo mudanças as 3 – EXPERIMENTAÇÃO (...) LÓGICA Entendendo as mudanças 4 – VALIDADE (...) COMPREENSÃO Entendendo as mudanças 4 – VALIDADE (...) COMPREENSÃO Compreender... EVASÃO ESCOLAR Entendendo as mudanças 5 – LEIS E PREVISÃO (...) APROXIMAÇÕES E REFUTAÇÕES Os Saberes Racionais ONDE ENTRA METODOLOGIA CIENTÍFICA NESSE DEBATE? A DISCIPLINA OBJETIVA UMA REFLEXÃO SOBRE... COMO SE FAZER CIÊNCIA? O QUE É NECESSÁRIO PARA TANTO? QUAIS PADRÕES DEVEM SER SEGUIDOS? Conhecimento (História e Atualidade) BURKE, Peter. História Social do Conhecimento: de Gutemberg a Diderot. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. - HOJE: “sociedade do “sociedade da informação”. conhecimento” - EM OPOSIÇÃO - surgem cada vez mais filósofos afirmando que o conhecimento é “inventado”, “construído” ou simplesmente conhecimento se transformou em mercadoria. - Não somos a primeira época em que o conhecimento tornou-se mercadoria (isso é tão velho quanto o capitalismo). - Também não somos os primeiros a questionar a produção do conhecimento (gregos Pirro - céticos). - Nos últimos séculos diversas áreas das ciências se voltaram para o conhecimento como objeto (Sociologia do Conhecimento, Antropologia do conhecimento, História do conhecimento, etc.). Objetivo é tornar-se mais consciente dos processos que vivemos. - E o que se tem descoberto é que o passado (ex. bruxaria) e outras culturas (orientais, précolombianas, etc.) não têm como referência o mesmo conhecimento nosso. Ex. Anjos, Bruxas e Demônios Malleus Maleficarum (O martelo das bruxas de Kraemer e Sprenger) Ou mesmo Jean Bodin, (renomado jurista, primeiro a debater o conceito de soberania) o qual dentre outros assuntos questionava os demônios. Nosso conhecimento científico tem pano de fundo cartesiano (Descartes) e de Bacon (empirismo). RAZÂO + EXPERIMENTAÇÂO Outras culturas não seguem necessarimente essa mesma lógica. MEDIEVAL – ORDEM DIVINA ORIENTAL – NATUREZA – COSTUME – Etc. Existiam poucos saberes autônomos na idade média. um exemplo no campo do Direito. - Idade Média. Saber jurídico era culto, mas não tinha o caráter científico atual. - Escolas de Direito seguiam o modelo escolástico de ensino. - Escola dos Glosadores – Universidade de Coimbra (1280-90) Estudantes de Direito em Bolonha. Este manuscrito do século XV considera que cada estudante possuirá um texto escrito. - Invenção da tipografia foi essencial ao surgimento do “homem de letras”. Ex. Erasmo. (século XVI) - Nós séculos seguintes os letrados começaram a formar certa identidade. O conhecimento deixou de ser uma das diversas funções do clero para pertencer a um grupo específico de homens. - Pessoas como Isaac Newton e Gottfried Leibniz comandavam sociedade de pensadores que conciliavam outros afazeres com o desenvolvimento do saber. - Formaram-se grupos fechados (com conhecimentos esotéricos, ou seja, que não deveriam ser vulgarizados), criando especialistas em áreas do conhecimento. Alguns movimentos alavancaram sucessivamente esse movimento da formação dos intelectuais. (Renascimento, Revolução científica, Iluminismo) - A formação dos intelectuais inicialmente estava vinculada as universidades. Mas aos poucos foi se separando devido ao surgimentos de sociedade de pesquisa (royal society) (Pesquisadores...) - Novos espaços como jardins botânicos, anfiteatros, laboratórios e observatórios. Espaço de pesquisa. O conhecimento: - é papel de especialistas - é cercado de padrões de debate e controle entre pesquisadores. - apesar de servir de referência à técnica, descolou-se dela como uma atividade de mero suporte. - é racionalizado realidade. e busca transformar - TEM SEU PRÓPRIO SUPORTE DISCURSIVO a Do empiricismo a lógica de Popper. Conhecimento opera por indução  trabalhase com observações  em busca de princípios  porém os princípios não podem ser provados, apenas refutados. Popper e a refutabilidade (falsificabilidade) como característica da Ciência. O problema do modelo científico e a questão do Paradigma de Thomas Kuhn. As revoluções científicas. CIÊNCIA E MÉTODO CONTEMPORÂNEOS UM OLHAR SISTEMATIZADO OS QUATRO PÓLOS DO PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO metodologia  «um conjunto de directrizes que orientam a investigação científica» trata-se dos pólos epistemológico, teórico, morfológico e técnico. Modelo topológico (em forma de esquema) da prática metodológica O pólo epistemológico reflexão geral em torno da natureza, etapas e limites do conhecimento humano, esp. nas relações que se estabelecem entre o sujeito indagativo e o objeto inerte, as duas polaridades tradicionais do processo cognitivo; teoria do conhecimento. (Houaiss)  «motor de pesquisa do investigador» DEFINE  «a construção do objecto científico e a delimitação da problemática da investigação» Turismo como objeto pesquisável O que é Turismo? Aonde se encontra o Turismo? Quem produz atividades turísticas, Quando, Aonde? Ex. Experiências com ecoturismo Comercialização de turismo Patrimônio histórico-cultural Etc. Essas perguntas são essenciais e são pressupostos de qualquer pesquisa em Turismo. Estamos num plano que os pesquisadores chamam de epistemológico. O que se escreve e como se escreve está totalmente relacionado a sua concepção de Turismo e Mundo A seguir detalharemos o pólo Epistemológico. (PARADIGMA) O pólo teórico  «É a esfera da formulação sistemática dos objectos científicos. (Este pólo) propõe regras de interpretação dos factos, de especificação e de definição das soluções provisoriamente dadas às problemáticas» - o da descoberta (formulação de hipóteses e de teorias) - Qualitativo - o da prova (verificação ou refutação de hipóteses e teorias) - Quantitativo O pólo morfológico  forma de exposição do objecto de conhecimento  construção de modelos lineares ou «tabulares», simbólico ou icónico. «A causação é uma posição de coerência lógica e/ou significativa que articula os factos científicos numa configuração operativa» «explicação»  «externa»  visa isolar invariantes ou leis. "compreensão"  "interna"  O pólo técnico estabelece a relação entre a construção do objecto científico e o mundo dos acontecimentos. É a dimensão em que são recolhidas as informações sobre o mundo real e em que essas informações são convertidas em dados pertinentes face à problemática da investigação. Técnicas de investigação (Técnicas de recolha de dados) Como pesquisar? Entramos num campo que se chama Técnico (tecnicas de pesquisa) – Deve ser consequente e não preocupação inicial. Existem várias possibilidades de fazer pesquisa – Recolhendo os depoimentos, contabilizando ou analisando comentários, avaliando fontes relacionadas ao Turismo (roteiros, modelos, etc.), fazendo levantamento empírico de opiniões ou mesmo fazendo observação em campo. A resposta a essa pergunta dependerá de seu problema de Regras Metodológicas (ABNT) A apresentação dos trabalhos acadêmicos e científicos obedece a normas específicas (NBR 14724 de 2011, NBR 10520 e NBR 6023) ABNT Coletânea de Normas Técnicas para Elaboração de TCC, Dissertação e Teses:2011 Esta Coletânea contém as normas ABNT NBR 6023:2002, ABNT NBR 6024:2003, ABNT NBR 6027:2003, ABNT NBR 6028:2003, ABNT NBR 6034:2004, ABNT NBR 10520:2002, ABNT NBR 14724:2011 e ABNT NBR 15287:2011 Os quatro pólos de um processo de Investigação O pólo epistemológico Elementos de análise das metodologias qualitativas * Paradigmas/linguagens * Critérios de cientificidade (objectividade, fidelidade e validade) * Tipos de teorias * Contextos: - prova/descoberta Os pólos teórico e * Operações teóricas: - codificação, morfológico análise e interpretação * Operações morfológicas: organização apresentação dos resultados O pólo técnico * Técnicas de recolha de dados * Unidades e sistemas de observação * Métodos de Investigação
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