toxicologia forense

March 31, 2018 | Author: Bruna Souza | Category: Cannabis (Drug), Toxicology, Cocaine, Heroin, Biotransformation


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TOXICOLOGIA FORENSE APLICADA À CRIMINALÍSTICA E AO CONTROLE ANTIDOPAGEMProfa. Dra. Luciane Maria Ribeiro Neto Parte I: Conteúdo  Introdução ao estudo da Toxicologia  Toxicocinética e Toxicodinâmica  Toxicologia forense Parte II:  Criminalística:  Substâncias de interesse:       Substâncias depressoras do sistema nervoso central Substâncias estimulantes do sistema nervoso central Substâncias modificadoras do sistema nervoso central Praguicidas Gases tóxicos Metais  Aspectos da investigação toxicológica Parte III: Conteúdo  Controle antidopagem  Substâncias proibidas em competições esportivas:  Substâncias não aprovadas  Substâncias proibidas  Substâncias proibidas em esportes específicos  Aspectos da investigação toxicológica Parte IV:  Estudos de casos relatados na mídia Parte I: Conteúdo  Introdução ao estudo da Toxicologia  Toxicocinética e Toxicodinâmica  Toxicologia forense Parte II:  Criminalística:  Substâncias de interesse:       Substâncias depressoras do sistema nervoso central Substâncias estimulantes do sistema nervoso central Substâncias modificadoras do sistema nervoso central Praguicidas Gases tóxicos Metais  Aspectos da investigação toxicológica Este conhecimento era empregado na caça ou como arma contra os inimigos. .HISTÓRICO  A história da Toxicologia acompanha a história da civilização  Desde os tempos mais remotos o homem já fazia uso de seus conhecimentos sobre os efeitos tóxicos de venenos de animais e plantas. cobre e venenos de animais e plantas.500 a. entre eles chumbo. .C) que registra uma relação de cerca de 800 ingredientes ativos. uma vez que os estudos eram empíricos.HISTÓRICO  Um dos registros mais antigos é o Papiro de Ebers (1.  A Toxicologia foi evoluindo ao longo dos séculos de forma muito lenta. A dose correta diferencia o veneno do remédio.” .493 – 1.Paracelsus (1. não há nenhuma que não seja um veneno.541) Philippus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim “Todas as substâncias são venenos. . Visa propor maneiras seguras de se expor às substâncias químicas através da avaliação dos danos causados. . da determinação das substâncias tóxicas presentes nas diferentes matrizes e dos níveis toleráveis de exposição.TOXICOLOGIA Ciência que estuda os efeitos adversos decorrentes das interações de substâncias químicas com o organismo. XENOBIÓTICO Termo usado para designar substâncias químicas estranhas ao organismo. Substâncias que não possuem ação fisiológica conhecida. . DROGA Toda substância capaz de modificar ou explorar o sistema fisiológico ou estado patológico. . utilizada com ou sem intenção de benefício ao organismo receptor. Utilizada popularmente para designar fármaco. .TOXICIDADE Capacidade inerente e potencial do toxicante de provocar efeitos nocivos em organismos vivos. AÇÃO TÓXICA Maneira pela qual o agente tóxico exerce suas ações sobre as estruturas teciduais. . evidenciado em geral por sinais e sintomas. .INTOXICAÇÃO Processo patológico causado por substâncias químicas endógenas ou exógenas e caracterizado por alterações fisiológicas. em consequência de alterações bioquímicas no organismo. FASES DA INTOXICAÇÃO . DIVISÃO DA TOXICOLOGIA TOXICOLOGIA Experimental Analítica Clínica ou Médica Aspecto forense Monitoração terapêutica Controle da farmacodependência Diagnóstico laboratorial Análises em substratos não biológicos Monitoração biológica e ambiental . TOXICOLOGIA ANALÍTICA Trata da detecção do agente químico ou de algum parâmetro relacionado à exposição ao toxicante. água. alimentos. em substratos tais como fluidos orgânicos.. . com objetivo precípuo de prevenir ou diagnosticar as intoxicações. solo etc. ar. ÁREAS DA TOXICOLOGIA Ambiental de Alimentos Social TOXICOLOGIA de Medicamentos e Cosméticos Ocupacional . Parte I: Conteúdo  Introdução ao estudo da Toxicologia  Toxicocinética e Toxicodinâmica  Toxicologia forense Parte II:  Criminalística:  Substâncias de interesse:       Substâncias depressoras do sistema nervoso central Substâncias estimulantes do sistema nervoso central Substâncias modificadoras do sistema nervoso central Praguicidas Gases tóxicos Metais  Aspectos da investigação toxicológica . . DEFINIÇÃO Fase da intoxicação que inclui os processos envolvidos na relação entre a disponibilidade química e a concentração do agente químico nos diferentes tecidos do organismo. . distribuição. biotransformação e excreção das substâncias químicas e é dependente das características físico-químicas das substâncias químicas.DEFINIÇÃO Envolve os processos de absorção. . ABSORÇÃO  É a passagem de substâncias do local de contato para a circulação sanguínea.  São vários os mecanismos os quais os xenobióticos atravessam as membranas e estes dependem das propriedades físico-químicas destas substâncias. . ABSORÇÃO  Transporte passivo: mecanismo dependente do gradiente de concentração:  Filtração: moléculas polares. hidrossolúveis  Difusão Lipídica: moléculas hidrofóbicas. geralmente maiores que 600 daltons . movimento de substâncias contra gradiente de concentração e a existência de proteínas carregadoras de moléculas.ABSORÇÃO  Transporte ativo: caracterizado pelo consumo de energia. . as quais apresentam seletividade perante as substâncias e se saturam em altas concentrações. ABSORÇÃO  Pinocitose: processo especial de passagem de partículas líquidas através das células. É a ingestão de partículas sólidas por células especiais. . por mecanismos semelhantes à fagocitose. .ABSORÇÃO  Difusão facilitada: a substância é transportada por carregador. Se faz a favor do gradiente de concentração. porém sem haver consumo de energia. de sofrer influência de outros fatores tais como fixação às moléculas proteicas.DISTRIBUIÇÃO Os xenobióticos são transportados pelo sangue e pela linfa para os diversos tecidos. . além. Depende do fluxo sanguíneo e linfático nos diferentes órgãos. diferenças de pH e coeficiente de partição óleo/água de cada substância. mas nem sempre o local de maior distribuição é o órgão mais lesado. .DISTRIBUIÇÃO A toxicidade do toxicante depende de seu volume de distribuição. BIOTRANSFORMAÇÃO  É toda alteração que ocorre na estrutura química da substância. . por ação de enzimas específicas.  Ocorre em geral. no organismo.  Visa facilitar a excreção de xenobióticos lipofílicos transformando-as em substâncias mais polares e hidrossolúveis. . mas pode também ocorrer nos pulmões. hidrólise e redução (enzimas do sistema citocromo P450).BIOTRANSFORMAÇÃO  Principal órgão: fígado.  Fase II: envolve reações de conjugação ou síntese. rins.  Fase I: acontece reações de oxidação. pele e mucosa gastrintestinal. adrenais. BIOTRANSFORMAÇÃO Reações: -Glicuronilação (glicuroniltransferase) -Sulfatação (sulfotransferase) -Acilação (N-acetiltransferases) -Metilação (metiltransferases) -Conjugações com glutationa (glutationaS-transferase . etnia. idade. estado patológico e etc.  Fatores externos: dependente da própria substância. . componentes genéticos.BIOTRANSFORMAÇÃO Fatores que interferem na biotransformação:  Fatores internos: espécie. peso. via de introdução e meio ambiente. gênero. estado nutricional. na maioria das vezes após sua biotransformação. .EXCREÇÃO Processo pelo qual uma substância química é eliminada do organismo através de diferentes vias.  Via pulmonar: substâncias em forma de gases e vapores.  Urina: substâncias hidrossolúveis.  Fezes: substâncias não absorvidas pelo TGI. . . consequentemente. o aparecimento de desequilíbrio homeostático.DEFINIÇÃO Fase da intoxicação que compreende a interação entre as moléculas do toxicante e os sítios de ação. específicos ou não. dos órgãos e. DEFINIÇÃO O entendimento do mecanismo molecular e bioquímico de agentes tóxicos bem como do local de ação é importante para a aplicação de medidas preventivas e terapêuticas de intoxicações. . Escopolamina.MECANISMOS DE AÇÃO TÓXICA MECANISMO DE AÇÃO TÓXICA Interações de agentes tóxicos com receptores Interferências nas funções e membranas excitáveis Inibição da fosforilação oxidativa Complexação com biomoléculas: . Toxina botulínica . Peróxidos Nitritos. Paracetamol. Monóxido de carbono Aflatoxina B1.proteínas .ácidos nucleicos Perturbação de hemeostase cálcica. Aldeídos.componentes enzimáticos . Íons metálicos. Cianeto. Inseticidas fosforados. Nitrofenóis AGENTES TÓXICOS Atropina. Azida. Nicotina Tetrodotoxina.lipídeos . Curare. Cloranfenicol Tetracloreto de carbono Nitrosaminas Dioxinas. Parte I: Conteúdo  Introdução ao estudo da Toxicologia  Toxicocinética e Toxicodinâmica  Toxicologia forense Parte II:  Criminalística:  Substâncias de interesse:       Substâncias depressoras do sistema nervoso central Substâncias estimulantes do sistema nervoso central Substâncias modificadoras do sistema nervoso central Praguicidas Gases tóxicos Metais  Aspectos da investigação toxicológica . Reconhecer. .TOXICOLOGIA FORENSE Insere-se no âmbito da toxicologia analítica tendo como principal objetivo a detecção e quantificação de substâncias tóxicas. identificar e quantificar o risco relativo da exposição humana a agentes tóxicos.  O toxicologista atuava diretamente no cadáver com a intenção da pesquisa e identificação do agente tóxico. a toxicologia forense limitava-se a estabelecer a origem tóxica de um determinado crime. .HISTÓRICO  Até ao século XX. estendendo-se desde as perícias in vivo e no cadáver até circunstâncias de saúde pública.HISTÓRICO  Atualmente o campo de ação desta ciência é mais vasto. tais como aspectos da investigação da atividade ocupacional ou do meio ambiente. . seja ela convencional. e tendo em conta a concentração a ser encontrada. por meio de técnicas adequadas para isolá-los de uma determinada matriz. .ANÁLISES TOXICOLÓGICAS Envolvem procedimentos analíticos confiáveis para identificar e/ou quantificar um toxicante específico ou seu produto de biotransformação. biológica ou não. ANÁLISES FORENSES  São empregadas para fins judiciais.  São desenvolvidas para identificar agente químico que possa ter nexo causal de morte ou dano infligido ao homem.  Inclui também, quando em âmbito judiciário: crimes ambientais, doenças ocupacionais, doping e ações dolosas de intoxicação de animais de criação. AMOSTRA A amostra a ser pesquisada dependerá da finalidade da análise, da natureza química, forma e concentração do analito, ou do indicador que se pretende determinar. AMOSTRA FINALIDADE DA ANÁLISE Forense AMOSTRAS Sangue, Urina, Cabelo, Fígado, Unha, Conteúdo gástrico, Tecidos, Objetos Urgência/Emergência Monitoração da exposição ocupacional Monitoração terapêutica Monitoração de farmacodependência Contaminantes em alimentos Contaminantes ambientais Urina, Sangue, Conteúdo gástrico Urina, Sangue Sangue, Saliva Urina, Ar exalado Alimentos em geral, Embalagens Ar, Água, Solo, Sedimentos AMOSTRA  Devem ser adequadamente obtidas, conservadas (armazenadas) e transportadas para que não comprometa a integridade da mesma.  A escolha de anticoagulantes e conservantes, recipientes de armazenagem, deve ser cuidadosa para que não comprometam ou interfiram na pesquisa do analito. .  Devem ser validados. necessitam de etapas de preparo da amostra  obter o analito isolado da matriz em uma concentração adequada para ser identificado e/ou quantificado.  As técnicas dependem das características físico-químicas do toxicante e da amostra.MÉTODOS ANALÍTICOS  Em geral. EXAMES IN VIVO Perícias toxicológicas para rastreio e confirmação de drogas de abuso no âmbito dos exames periciais ou médicos para caracterização do estado de toxicodependência Fiscalização do uso de substâncias psicoativas nos condutores de veículos automotores . : Imputabilidade é a possibilidade de se estabelecer o nexo entre a ação e seu agente.EXAMES IN VIVO Objetivo: a avaliação da intoxicação como circunstância qualificadora de delito. como causa de perigosidade ou de inimputabilidade Obs. . em geral. e consequentemente. se proceder à autópsia médico-legal. existe obrigatoriedade de.EXAMES PÓS-MORTEM Em caso de morte por intoxicação que se enquadra no âmbito da morte violenta. . à requisição de perícia toxicológica. nesta suspeita. . toxicodependência. medicamentosas) ou voluntárias (lesões auto infligidas. mordedura de animais.EXAMES PÓS-MORTEM As intoxicações podem ser criminais. absorção acidental. acidentais (alimentares. terapêutica). legais (pena de morte). Parte I: Conteúdo  Introdução ao estudo da Toxicologia  Toxicocinética e Toxicodinâmica  Toxicologia forense Parte II:  Criminalística:  Substâncias de interesse:       Substâncias depressoras do sistema nervoso central Substâncias estimulantes do sistema nervoso central Substâncias modificadoras do sistema nervoso central Praguicidas Gases tóxicos Metais  Aspectos da investigação toxicológica . graças aos quais se pode estabelecer.CRIMINALÍSTICA Ciência que estuda os indícios deixados no local do delito. nos casos mais favoráveis. . a identidade do criminoso e as circunstâncias que concorreram para o referido delito. .LOCAL DO CRIME Porção do espaço compreendida em um raio que. hajam sido praticados. os atos materiais preliminares ou posteriores à consumação do delito. ou criminosos. necessária ou presumivelmente. e com ele diretamente relacionados. se estenda de modo a abranger todos os lugares em que. tendo por origem o ponto no qual é constatado o fato. aparente. pelo criminoso. VESTÍGIOS Qualquer fato ou sinal que seja detectado no local em que tenha sido praticado um fato delituoso constitui um vestígio. . .INDÍCIOS Após análise e interpretação dos vestígios tem-se inequívoca relação com o fato delituoso. bem como as pessoas a ele relacionados. PERITO Pessoa dotada de conhecimentos especializados sobre determinada matéria. dando sua apreciação técnica sobre o objeto do litígio ou algo com ele relacionado. coleta e/ou análise dos vestígios presentes em local de crime. . que é nomeada pela autoridade judiciária para auxiliar a justiça. Cabe ao perito a identificação. documentos. cartas ou bilhetes (“ritual de alívio”). embalagens. peças de vestuário. pelos. impressões e marcas. lama. entre outros.PROVAS NO LOCAL DO CRIME • Manchas. vômito. • • . pólvora. etc. venenos. cinzas. tinta. cabelos. etc. Manchas inorgânicas: cera. armas (brancas ou de fogo). pós. ferrugem. fezes. poeiras. esperma. Manchas orgânicas: sangue. instrumentos. Conteúdo Parte II:  Criminalística:  Substâncias de interesse:       Substâncias depressoras do sistema nervoso central Substâncias estimulantes do sistema nervoso central Substâncias modificadoras do sistema nervoso central Praguicidas Gases tóxicos Metais  Aspectos da investigação toxicológica . DROGAS DEPRESSORAS DO SNC      Álcool (álcool etílico ou etanol) Opiáceos Barbitúricos Benzodiazepínicos Inalantes (solventes) . . mais notavelmente o fígado e o SNC causando tanto efeitos agudos como crônicos. Afeta muitos sistemas.ETANOL O abuso deste composto é a principal causa de morbidade e mortalidade da humanidade. acidentes de trabalho.ETANOL • Em consequência do seu uso surgem acidentes automobilísticos. • Aumento da criminalidade e da violência . diversas doenças e quadros de dependência que geram inúmeros transtornos familiares e graves problemas sociais. ETANOL Efeito agudo: a) Período de euforia: completa extroversão. falta de coordenação motora. perda da autocrítica b) Período médico-legal: diminuição das faculdades mentais. falta de auto controle . hipotermia. . exaltação das funções digestivas.ETANOL c) Período comatoso: pulso lento. e morte por parada cardíaca. hipotensão. 5 Excitação Confusão Estupor Coma Morte .5 0.ETANOL Etanol no sangue (g/L) 0.5 1.0 2.8 a 3.5 a 5.3 a 1.9 a 2.0 3.0 Acima de 4.1 a 0.2 Estágio Sobriedade Euforia 0.7 a 4. planta da qual é extraído o ópio. é uma droga opiácea obtida a partir de uma planta denominada Papaver somniferum. .HEROÍNA A heroína. Quando processado. o ópio dá origem à morfina. que em seguida é transformado em heroína. Tem origem na papoula. HEROÍNA É comercializada em pó. . Principal via de administração: via intravenosa. geralmente castanho ou branco (quando pura) de sabor amargo. . Sobre a mistura põe-se um pedaço de algodão ou o filtro de cigarro.HEROÍNA Via intravenosa: Coloca-se a droga em pó. para assim filtrar as impurezas. antes de introduzir a droga na seringa. mistura-se com água e umas gotas de sumo de limão e coloca-se sobre uma fonte de calor para facilitar a dissolução. . Coloca-se a heroína num papel de estanho sobre uma fonte de calor.HEROÍNA Via respiratória: consumo através do fumo ou aspiração do vapor liberado pelo aquecimento  AIDS. confusão mental. alterações de humor. . Pupila: ocorre miose. constrição da pupila. sonolência.HEROÍNA Efeitos SNC: analgesia. A morte advém quase sempre da parada respiratória. .HEROÍNA Respiração: a morfina e seus derivados como a heroína são depressores em virtude dos efeitos diretos nos centros respiratórios cerebrais. A depressão respiratória é perceptível mesmo com doses muito pequenas para produzir sono ou afetar a consciência. HEROÍNA Náuseas e efeito emético: náuseas e vômitos são efeitos adversos. impedindo de certa forma a atividade posterior de outros eméticos. . Causa ainda a depressão do centro do vômito. . etc. amobarbital. pentobarbital Efeitos: alivia a ansiedade e a tensão.BARBITÚRICOS Principais compostos: fenobarbital. barbital. descontração muscular. lorazepan. sedativo. Efeitos: propriedade ansiolítica. clonazepan. diazepan. clordiazepóxido entre outros.BENZODIAZEPÍNICOS Principais compostos: bromazepan. Maior incidência em mulheres . hipnótico e depressor do SNC. BENZODIAZEPÍNICOS Efeitos: • sonolência excessiva • diminuição da memória • diminuição da coordenação motora fina • tontura • quedas e fraturas . SOLVENTES OU INALANTES Uso recreativo (lança perfume) Facilmente inalada: aspiração pelo nariz ou pela boca Inflamáveis: risco potencial Produtos comerciais: esmalte. cola. propelente. . tinta. gasolina. removedor. tíner. etc. verniz. n-hexano. tricloroetileno. xilol. acetato de etila. etc. Lança perfume: cloreto de etila. Cheirinho de loló: clorofórmio e éter.SOLVENTES OU INALANTES Hidrocarbonetos derivados do petróleo: tolueno. . .SOLVENTES OU INALANTES Efeitos: • Estimulação inicial • Depressão do SNC • Alucinação • Sensibilização do coração a adrenalina -> síncope cardíaca pós esforço. Conteúdo Parte II:  Criminalística:  Substâncias de interesse:       Substâncias depressoras do sistema nervoso central Substâncias estimulantes do sistema nervoso central Substâncias modificadoras do sistema nervoso central Praguicidas Gases tóxicos Metais  Aspectos da investigação toxicológica . DROGAS ESTIMULANTES DO SNC • • • • • Anfetaminas Ectasy Cocaína Estricnina Mefedrona . etc. femproporex. fentermina. cristal. • Alcalóide catinona: Catha edulis (Khat): mascada . • Anfetamina. fentermina. clorfentermina. bolinhas. fenfluramina. etc. dietilpropiona (anfepramona). efedrina. ICE. speed.ANFETAMINAS • Rebites. metanfetamina. fenilpromazina. desoxiefedrina. ANFETAMINAS Efeitos redução de sono e apetite  diminuição da fadiga  euforia  taquicardia  elevação da pressão arterial  verborragia  irritabilidade . ANFETAMINAS Efeitos redução de sono e apetite  diminuição da fadiga  euforia  taquicardia  elevação da pressão arterial  verborragia  irritabilidade . ANFETAMINAS DOM – STP (serenity. tranquility and peace) • 2.5-dimetoxi-4-metilanfetamina • Comprimidos de 10 mg • Alucinógeno 100 vezes mais potente que a mescalina e 30 vezes mais potente que o LSD . METANFETAMINA • • • Droga sintética potente com efeitos psicomotores estimulantes e que conduz a um elevado grau de dependência. “speed” ou “chalk” quando destinada a ser aplicada por via oral e intra-nasal. Vias: oral. É vulgarmente conhecida por “meth”. Quando fumada designa-se por “crystal”. aspirada (intra-nasal). “crank” ou “ICE”. intravenosa e fumada. . álcool e clorofórmio mas também pode-se encontrar na forma de comprimidos e cristais que são facilmente fabricados em laboratórios clandestinos de forma relativamente econômica. amargo e inodoro que se dissolve facilmente em água.METANFETAMINA Apresenta-se sob a forma de pó branco. . cristalino. METANFETAMINA Alterações fisiológicas: · Aumento da frequência cardíaca e pressão arterial. · “Boca seca”. · Pupilas dilatadas e palidez. · Vasoconstrição e broncodilatação. . cãimbras abdominais e diminuição do apetite. · Hiperglicemia. excitação e falta de coordenação motora. . psicose e paranóia (pensamentos suicidas ou homicidas). da libido e redução da fadiga. · Agressividade e violência.METANFETAMINA Alterações psicológicas: · Euforia. · Aumento do estado de alerta. · Alucinações. e MDMA (3. droga do amor. XTC. etc. . MDMC.metilenodioxianfetamina) – metabólito ativo.estruturas semelhantes à metanfetamina. EVE.ECTASY Êxtase MDA (3. bala. pastilha. mitsubishi.4-metilenodioximetanfetamina) . E.4. Outras designações comuns: DMA. Adam. X. cápsula do vento. ECTASY Tem ação estimulante e psicodélica provocando distorções no tempo e na percepção. . dopamina e noradrenalina.  Efeito da MDMA sobre o SNC: provoca a libertação de serotonina (5-HT). proporcionando um aumento da diversão obtida de experiências tácteis. Secura de boca. tremores. ansiedade.ECTASY • • • • • • Aumento da temperatura corporal. palpitações. dores abdominais. . sudorese. Visão alterada. e duram 4-6 h.  Após ingestão oral (75-150 mg) os efeitos após 1 h. midríase. Agitação. Contração dos maxilares e ranger de dentes (bruxismo). náuseas. COCAÍNA Erythroxylon coca tem origem na América do Sul. nas regiões altas dos Andes (Peru. . Bolívia e Colômbia). cerimônias de casamento. farinha. branquinha.COCAÍNA • Para os Incas. . fazendo parte de rituais religiosos. • Pó. neve. basuca. brisola. coca. sendo apenas acessível à elite Inca. etc. • Alcalóide tropânico. o seu uso não era generalizado. pico. funerais e iniciações rituais dos jovens nobres. Apesar disso. a coca era uma planta medicinal e sagrada. bright. profecias. COCAÍNA • Extraído da folha do arbusto da coca. • . de sabor amargo e insolúvel em água. inodoro. Possui 0.5% a 1% de cocaína e pode ser produtiva por períodos de 30 ou 40 anos. com cerca de 4 a 5 colheitas por ano. É comercializada sob a forma de um pó branco cristalino. O pó é obtido a partir da transformação das folhas de coca em pasta de cocaína (cloridrato). é pouco solúvel em água. é passível de ser fumada. o crack. por exemplo esfregando as gengivas. portanto. ou ainda ser absorvida pelas mucosas.• COCAÍNA Normalmente é consumida por inalação na forma de cloridrato de cocaína. Pode também ser dissolvido em água e ser utilizado por via endovenosa. mas volatiliza-se quando aquecida e. A cocaína na forma de base. . esta tem de ser aquecida e misturada com uma base (NaHCO3 ou NH4OH0: Cocaína-H-Cl + NaHCO3  CO2 + NaCl + Cocaína-H-OH ) .COCAÍNA Crack: Para transformar a cocaína numa substância susceptível de ser fumada. Esta mistura é conhecida como Crack (pedra). o que a torna própria para ser fumada. Esta forma de cocaína tem um ponto de fusão de 98ºC. .COCAÍNA Esta substância (cocaína-H-OH ) é cocaína na forma de base. e é daqui que provém o nome de base livre (“freebase”) pelo qual é conhecida. que fazem um barulho crepitante quando são aquecidos. devido à presença de resíduos de bicarbonato de sódio. COCAÍNA • Fumada (pipada): efeitos entre 10 a 15 segundos. . respectivamente. • Inalada (cafungar): efeitos acontecem ao fim de cerca de 10 a 15 minutos. • Após injeção (pico) ou inalação a duração do efeito é de cerca de 20 e 45 minutos. Duram em média 5 min. em laboratório. A cocaína pode ainda ser consumida sob a forma de chá (Peru e Bolívia). É adicionada ao cigarro e a inalação do fumo tem os mesmos efeitos da cocaína. querosene e outros. Inclui substâncias como o ácido sulfúrico.COCAÍNA Merla: resulta do processo de destilação da folha da planta da coca. . obtendo-se uma pasta básica. porém mais potente • Encontrada na Bolívia e Acre .• COCAÍNA Oxi ou oxidado • Variante do crack. sono e fome. euforia.Ausência de fadiga. intenso bem-estar e maior segurança de si mesmo. arrogante e prepotente. -Exaltação. -Afrodisíaca.COCAÍNA Efeitos: . nas suas capacidades e competências. -Comportamento egoísta. . diarreia. . zumbidos nos ouvidos. sensação de aperto no peito e midríase.COCAÍNA Efeitos: . contrações musculares involuntárias (especialmente da língua e mandíbula).Hipertermia e aumento da sudação. secura na boca. Quando consumida em doses altas leva a insônia. agitação. Depois do bem-estar inicial vem normalmente o cansaço.COCAÍNA Efeitos: . irritabilidade. delírios e alucinações. visões. . apatia. ansiedade elevada. tremores e comportamento impulsivo. agressividade. . o uso pode levar a irritabilidade. das capacidades ou da concentração. alterações alimentares (anorexia nervosa e bulimia). diminuição da memória.COCAÍNA Efeitos: . apatia sexual ou impotência.A longo prazo. crises de ansiedade e de pânico. COCAÍNA Efeitos: . dependendo de pessoa para pessoa. com ou sem isquemia prévia.2 e 1. desencadeadas pela liberação massiva de catecolaminas. são a causa de morte mais comum).5 gramas.A overdose é atingida com doses de cocaína pura entre 0. do grau de pureza da droga e da forma de administração (principalmente quando é injetada). . Provocam ataques cardíacos ou paradas respiratórias (as arritmias cardíacas. • • • • COCAÍNA Perfuração do septo nasal: usuários por inalação (nariz de rato). Eliminação: urina e saliva (benzoilecgonina. Cabelo – 2 a 3 meses. ecgonina e norcocaína). . sangue. porém sofre hidrólise perdendo parte da atividade. fígado e bile). Via digestiva: absorvido no trato intestinal. metilecgonina. Morte por overdose: urina e rins (cérebro. ácido bórico.Batizada: glicose.Identificação botânica da planta. . bicarbonato. cafeína. . lidocaína.Extremo prazer: rush ou flasb . carbonato. benzocaína.COCAÍNA Concentração letal: 1.5 µg/mL de sangue. maltose. lactose.Fissura: craving . procaína. etc. .0 a 2. como também na Strychnos ignatii – fava de Santo Inácio). Absorção rápida pela via digestiva com rápida excreção completando-se em 10 h. .ESTRICNINA Principal alcaloide presente na nuxvômica (semente de árvore de origem indiana – Strychnos nux-vomica. Boca cerrada. tetanismo muscular).ESTRICNINA Efeitos: . contração do diafragma e dos músculos abdominais. . com consequente parada respiratória). .Atua na medula espinhal caracterizando o envenenamento por acesso convulsivo (choque estricnínico. . • Segundo a agência da ONU.MEFEDRONA • Nova droga sintética usada como alternativa à cocaína e à anfetamina. América do Norte e Austrália. o consumo da droga está aumentando na Europa. • Há poucas informações sobre a mefedrona e o uso de pequenas quantidades causam sérios riscos à saúde.MEFEDRONA • Conhecida também como "miaumiau" ou "M-cat". Há confirmações de mortes após o consumo do "miau-miau". . e ainda a droga não está sob controle internacional. • Os efeitos da mefedrona incluem aumento da euforia. . • A droga é vendida de forma frequente pela internet como fertilizante de plantas. estado de alerta e agitação.MEFEDRONA • Geralmente vendida na forma de pó branco. que deve concluir em julho/2010 um relatório sobre a mefedrona. há pouca pesquisa sobre todos os efeitos e capacidade tóxica. a substância está sendo investigada pelo Centro de Monitoramento de Drogas.MEFEDRONA • Por ser nova no mercado. • Na Europa. . Conteúdo Parte II:  Criminalística:  Substâncias de interesse:       Substâncias depressoras do sistema nervoso central Substâncias estimulantes do sistema nervoso central Substâncias modificadoras do sistema nervoso central Praguicidas Gases tóxicos Metais  Aspectos da investigação toxicológica . DROGAS MODIFICADORAS DO SNC • Maconha • Haxixe • LSD . baseado. a planta da canabis é a mais popular das drogas ilícitas. fininho. bang (0. liamba. • Marijuana.MACONHA • Inicialmente oriunda da zona do Mar Negro e do Mar Cáspio.0 g) .5 a 1. MACONHA • Maconha – preparada a partir das folhas secas, flores e pequenos troncos de forma feminina de Cannabis sativa. • Skunk: supermaconha (tanto mais forte quanto maior o teor de substância ativa). Hidropônica. Habitualmente é fumada em cigarros misturada com tabaco ou em cachimbo, mas também pode ser mascada, ingerida em infusões ou engolida na forma de comprimidos ou bolos. MACONHA A planta da canabis contém mais de 60 canabinóides diferentes, sendo o seu principal constituinte o 9tetrahidrocanabinol (THC) que é o responsável tanto pelos efeitos psicoativos (droga de abuso), como por muitos dos seus efeitos terapêuticos. A maior concentração de THC localiza-se nas florescências femininas, com níveis decrescentes nas folhas, não sendo encontrado nem nas raízes nem nas sementes. MACONHA Na planta da canabis, 95% dos canabinóides encontram-se na forma de ácidos (inativa), sendo ativados durante a secagem e principalmente durante a pirólise. No final, o conteúdo de THC na maconha ronda os 0,5% a 5,0%, enquanto que o haxixe é um pouco mais forte (2-20%). MACONHA Um cigarro de maconha contém, normalmente, entre 0,5 a 1,0 g de planta seca (cerca de 19 mg de THC). A dose efetiva varia, quando fumada, entre 2 a 22 mg e entre 20 e 90 mg quando ingerida. Num usuário ocasional bastam 2 a 3 mg de THC para se observarem os efeitos psicoativos de modo marcado, mas um usuário regular necessita de uma dose cerca de cinco vezes superior. por vezes. caso os utilizadores conduzam sob o efeito dos canabinóides. . bem como dos níveis cognitivos e da atenção. seguidos de sonolência. A toxicidade aguda dos canabinóides é muito baixa e os efeitos agudos desenvolvidos estão dependentes da dose consumida. leva a um aumento do risco de acidente.MACONHA Efeitos: euforia e o relaxamento. ver um filme são também frequentes. ouvir música. e a intensificação de experiências sensoriais como comer. sedação e. a distorção do tempo. A diminuição da coordenação motora. as alterações perceptuais. podendo ser exacerbados quando ocorre a co-utilização da canabis com o álcool ou com outras drogas. depressão. e na maior parte dos casos estes efeitos são rapidamente revertidos após um período de abstinência da droga. ansiedade e agitação.MACONHA Efeitos: Doses elevadas de THC produzem confusão. alucinações. . ocorrendo. delírios. Estas reações são raras. amnésia. normalmente. após um uso abusivo da canabis. .THC sintético (dronabinol): Marinol® (uso terapêutico). .Identificação botânica. . . 60 dias usuário crônico.MACONHA -Sinsemilla: planta feminina com alto teor de THC. -Eliminação urinária: 3 a 7 dias usuário ocasional.Bad trip: má viagem. Retira-se a planta masculina do plantio para evitar a fertilização da planta feminina e a formação dos frutos. . É potencialmente mais tóxico que a maconha. a qual é transformada numa barra de cor castanha. Facilita o tráfico.HAXIXE (HASHISH) Obtido a partir da resina da planta fêmea. dado que o seu conteúdo em substância ativa é superior ao desta. o libanês e o pólen. e tal como a maconha também esta variante de canabis é fumada. Os tipos de haxixe mais comuns são o marroquino. álcool ou gasolina).HAXIXE Óleo de canabis ou óleo de haxixe – preparado a partir da mistura da resina com um solvente (acetona. . que se evapora em grande medida e dá lugar a uma mistura viscosa cujas quantidades em substância ativa são muito elevadas (entre 15 e 50%). Resultante da reação entre o ácido lisérgico e a dietilamina. . Duram cerca de 6 h. -Derivado de alcalóides do “Ergot”. . -Efeitos: aparecem após 35 a 45 min. Produzido pelo fungo Claviceps purpurea (grãos de centeio) -Absorção sublingual (20 a 500 µg). principalmente da ergotamina.LSD (LISERG SAURE DIETHYLAMID) É o mais conhecido e estudado alucinógeno sintético. LSD Efeitos: -Sensações de frio. rubor facial. -Medo. vômitos. -Alucinações (visuais). da sensação de espaço. das sensações do próprio corpo. angústia (período intermediário). -Modificação do tempo vivido. dor de cabeça. suor. do curso do pensamento. midríase. . -Período de síndrome psíquica e afetiva. Delírios: juízo falso . .LSD Micropontos (selos). líquido e dissolvido em balas.Boa viagem ou má viagem (bode). .Flashback: voltar a sentir os efeitos sem utilizar a droga. . OUTRAS DROGAS • Flunitrazepam • Quetamina • GHB . Boa noite cinderela Associado ao uso de cocaína e heroína Efeitos: hipotensão. roofies. confusão mental. comprimido do esquecimento. . vertigem. R2. distúrbios visuais e retenção urinária. ropa.- FLUNITRAZEPAM Benzodiazepínico (Rohypnol®) Circles. . droga do estupro. pó e comprimido. distorções visuais e auditivas. vitamina K. Efeitos: elevação do humor. sedação. sensações eróticas. Sensação de flutuar.• • • • QUETAMINA Anestésico humano e veterinário (Ketalar®) Special K. Injetável. sociabilidade e suave embriaguez.5 g: desinibição. Depressor do SNC: ansiolítico e indutor do sono Ectasy líquido.0 g: perda total da consciência e coma profundo.0 a 6. boa noite cinderela. euforia.5 g: estimulação.5 a 1. • 1. Pó salgado. Efeitos: • 0. droga do estupro.5 a 2. . Adicionado a bebidas sem percepção da vítima.• • • • GHB (gama-HIDROXIBUTIRATO) Suplemento alimentar (fisioculturismo). aumento da embriaguez • 4. Conteúdo Parte II:  Criminalística:  Substâncias de interesse:       Substâncias depressoras do sistema nervoso central Substâncias estimulantes do sistema nervoso central Substâncias modificadoras do sistema nervoso central Praguicidas Gases tóxicos Metais  Aspectos da investigação toxicológica . PRAGUICIDAS • Pesticidas: do inglês pesticides • Agrotóxicos: uso exclusivo agropecuária (defensivos agrícolas) • Biocidas na . PRAGUICIDAS Qualquer substância ou mistura de substâncias destinadas a prevenir, destruir ou controlar pragas, incluindo vetores de enfermidades de animais e seres humanos que prejudiquem ou interfiram na produção, processamento, estocagem, comercialização de produtos agrícolas, ou aqueles que possam ser aplicados para controle de insetos, aracnídeos ou outras pragas em corpos de animais. (ONU) PRAGUICIDAS • • • • • • Origem natural: nicotina e piretro; Inorgânicos: mercúrio, tálio, flúor e enxofre; Mais de 600 princípios ativos; Mais de 3.000 formulações comerciais; Classificação de acordo com a finalidade: herbicidas, inseticidas, raticidas, acaricidas, fungicidas, etc.; Classificação química: organofosforados, organoclorados, carbamatos, piretróides, cumarínicos, etc. • Problema de saúde pública • Altos índices de morbidade e mortalidade • Três milhões de intoxicações por ano e mais de 200.000 óbitos (organofosforados e carbamatos) • SINITOX – Sistema Nacional de Informações Tóxico-farmacológicas. PRAGUICIDAS ORGANOCLORADOS • DDT (1940): controle do tifo, combate ao vetor da malária e da doença de Chagas. • Constituídos de cloro e carbono. • Exemplos: ciclohexanos (DDT, BHC, lindano, pentaclorofenol), ciclodienos (aldrin, endrin, endossulfan). • Proibidos na agricultura desde 1999 (via contrabando) convulsões. distúrbios de memória. vômitos. cefaleia.ORGANOCLORADOS • Intoxicação aguda: SNC e sistema imunológico • Efeitos: náuseas. morte. tremores. diarreia. . vertigens. desconforto abdominal. . • Substituição aos organoclorados. • Derivados do ácido fosfórico. • Arma química na Segunda Guerra Mundial: gases neurotóxicos (Sarin e Tabun). etc.ORGANOFOSFORADOS • Desenvolvidos em 1820. • Átomo central de fósforo pentavalente. ligado a um átomo de oxigênio ou enxofre. pirofosfórico. Malation. etc. . N. Diazinon. DDVP.ORGANOFOSFORADOS • Exemplos: Paraoxon etílico. Partion etílico (mais usado). TEPP. Sarin: o-isopropil-metilfluorfosfato Tabun: o-etil N. Dipterex. • Gases neurotóxicos: derivados do flúor e do cianeto. Fention. dimetil-cianofosfato • Alta toxicidade das impurezas. vômitos. . etc. • Efeitos muscarínicos: aumento do ritmo respiratório.ORGANOFOSFORADOS • Efeito no SNC e sistema nervoso autônomo. secreção pulmonar excessiva. tosse. • Alterações neuropsiquiátricas: tensão. • Aparelho digestivo: perda de apetite. etc. náuseas. dificuldade de concentração. diarreias. etc. ansiedade. transpiração excessiva.ORGANOFOSFORADOS • Aparelho circulatório: pulso diminuído. parada cardíaca. fraqueza muscular. • Miose e pupilas puntiformes. • Efeitos nicotínicos: fadiga. enfraquecimento muscular. micção frequente e involuntária. • Óbito: insuficiência respiratória. câimbras. . • Síndrome Neurotóxica Intermediária. ORGANOFOSFORADOS • Diagnóstico: • História de exposição ou de ingestão. • Sinais e sintomas de hiperestimulação colinérgica. • Diminuição da atividade da colinesterase (redução de 50% da atividade da pseudocolinesterase – plasma. ou da acetilcolinesterase verdadeira – eritrócitos). . Maior responsável por mortes provenientes de intoxicação aguda acidental. Associados ou não ao carbofuram. homicida e suicida.CARBAMATOS • Substituição aos organoclorados • Exemplo: aldicarb (Temik®). • Chumbinho: Aldicarb. Raticida vendido ilegalmente. . propoxur (Baygon®) e carbaril (Sevin®). carbofuram (Furadam®). . • Óbito: insuficiência respiratória. • Inibição da enzima acetilcolinesterase de maneira reversível.CARBAMATOS • Derivados do ácido carbâmico. • Manifestações muscarínicas e nicotínicas. cipermetrina. deltametrina. • Exemplo: aletrina. etc. • Derivados sintéticos do ácido crisantêmico e das ciclopentalonas. decametrina. .PIRETRÓIDES • Substituição aos arganofosforadose carbamatos. permetrina. • Piretros naturais: obtido de flores (Chrysanthemun). .PIRETRÓIDES • Efeitos alérgicos e ataques de asma. Por insuficiência respiratória. • Óbito: raro. etc. • Formulações líquidas a base de arsênico ou fluoracetato de sódio. cumatetralil. . cumacloro.RATICIDAS • Derivados cumarínicos: anticoagulantes permitidos por lei.. • Pós e granulados a base de estricnina e carbamato (chumbinho). Exemplo: cumafeno (Warfarin). Conteúdo Parte II:  Criminalística:  Substâncias de interesse:       Substâncias depressoras do sistema nervoso central Substâncias estimulantes do sistema nervoso central Substâncias modificadoras do sistema nervoso central Praguicidas Gases tóxicos Metais  Aspectos da investigação toxicológica . GASES TÓXICOS • Irritantes • Asfixiantes • Anestésicos . . pele e olhos. afetando o trato respiratório. • Irritantes secundários: ação local e sistêmica. • Irritantes primários: ação local.GASES IRRITANTES • Produzem inflamação dos tecidos vivos quando entram em contato direto. formaldeído. b) Ação sobre os brônquios: anidrido sulfuroso e cloro.. c) Ação sobre os pulmões: ozônio. etc. soda cáustica (NaOH). óxidos nitrosos e fosgênio. amônia. d) Irritantes atípicos: acroleína e gases lacrimogênicos. ácido clorídrico.GASES IRRITANTES • Irritantes primários: a) Ação sobre as vias respiratórias superiores: ácido sulfúrico. . GASES IRRITANTES • Irritantes secundários: em geral também atuam no sistema nervoso e sistema respiratório. Exemplo: gás sulfídrico (H2S) . butano. GLP. propano. • Asfixiantes simples: sem ação fisiológica. hidrogênio. dióxido de carbono. metano. nitrogênio. Exemplo: monóxido de carbono. . Exemplos: etano. sem interferência direta na mecânica da respiração. etc.GASES ASFIXIANTES • Substância que levam o organismo à deficiência ou privação de oxigênio. ácido cianídrico (cianeto) e anilina. butano. • Asfixiantes químicos interferem no transporte de oxigênio pelos tecidos. acetileno. hélio. Deslocam o oxigênio do ar. parada respiratória e morte. éteres hidrocarbonetos alifáticos (butano. cetonas. Exemplo: álcool. etc) • Anestésicos secundários: além da anestesia causam danos em outros órgãos. • Efeito: perda da consciência. benzeno.GASES ANESTÉSICOS • Causam depressão do SNC. • Anestésicos primários: aldeídos. etc. . etano. propano. ASFIXIAS • Asfixias mecânicas • Asfixias físicas • Asfixias químicas: monóxido de carbono (CO) e dióxido de carbono (CO2) são os principais agentes . MONÓXIDO DE CARBONO • Gás incolor. • Formação reversível de carboxiemoglobina. • Combustão em ambientes fechados. charutos e cigarros. . queima de gás GLP. • Saturação da mioglobina: redução de oxigênio no miocárdio. fornos de indústrias. inodoro de alta difusão. Anóxia tecidual. queimadas. • Queima de gasolina. . órgãos internos e tecidos avermelhados e sangue fluido e vermelho brilhante.MONÓXIDO DE CARBONO Óbito: síncope respiratória ou circulatória. Vítima apresenta lábios e mucosas rosados. DIÓXIDO DE CARBONO • • • • Gás incolor. de sabor azedo. inodoro. Morte instantânea: > 40% Efeito estufa Vítima com pele cianótica . . usinas termoelétricas e indústrias. incêndios ou da decomposição de produtos orgânicos.DIÓXIDO DE NITROGÊNIO • Origem em explosões. veículos automotores. • Agem sobre o sistema respiratório. METANO • • • • Processos de putrefação e fermentação Detonante a 67ºC em mistura com oxigênio Baixa toxicidade Anestésico a altas concentrações . . altamente tóxico e inflamável. • Ação irritante ao trato respiratório. • Altas concentrações: perda súbita da consciência. • Tem origem em processos vulcânicos e de putrefação e subproduto de processos químicos. convulsão e morte.SULFETO DE HIDROGÊNIO • Gás incolor. • Precursor do trióxido de enxofre (mais tóxico). • Atua no sistema respiratório. • Tem origem em processos vulcânicos e na queima de combustíveis fósseis e nas atividades industriais.DIÓXIDO DE ENXOFRE (ANIDRIDO SULFUROSO) • Gás incolor. altamente tóxico. . Utilizado na Primeira Guerra Mundial. Cheiro de amêndoas amargas. nas câmaras de gases (EUA). Encontra-se nas sementes de frutas (ameixas. Sais: cianeto de potássio e cianeto de sódio. . na Segunda Guerra Mundial (câmara de gases para genocídio de judeus).• • • • • • ÁCIDO CIANÍDRICO (CIANETOS) Ácido prússico ou nitrilo fórmico. Líquido volátil e incolor. maças e pêssegos) e na mandioca. • Causa anóxia tecidual por inibição das enzimas citocromo oxidase (acidose metabólica). . • Dose fatal: 200 a 300 mg de cianetos.ÁCIDO CIANÍDRICO (CIANETOS) • O íon cianeto combina-se com o ferro da hemoglobina. • Depressão respiratória ou parada cádiorespiratória. . cloroacetofenona em clorofórmio (CNC).f)-1.4-oxazepina (CR).GÁS LACRIMOGÊNEO • Agente de controle de distúrbios e são utilizados para desabilitar forças hostis por períodos limitados • Efeitos periféricos • Exemplo: o-clorobenzilmalonitrila (CS). cloroacetofenona (CN). bromobenzilcianeto (CA) e dibenzo-(b. Conteúdo Parte II:  Criminalística:  Substâncias de interesse:       Substâncias depressoras do sistema nervoso central Substâncias estimulantes do sistema nervoso central Substâncias modificadoras do sistema nervoso central Praguicidas Gases tóxicos Metais  Aspectos da investigação toxicológica . efluentes industriais. Origem antropogênica: mineração. lixiviação no solo. etc. Origem natural: decomposição de rochas. . indústrias.INTRODUÇÃO • • • São os agentes tóxicos mais antigos de conhecimento do homem. etc. INTRODUÇÃO • • Metais pesados: elevado peso atômico. Pode assim alterar atividades enzimáticas. Mecanismo de ação: altera estruturas moleculares por ligar-se ao enxofre ali presente. . INTRODUÇÃO • • • Elementos essenciais: sódio. potássio. ferro. Microcontaminantes: arsênio. . mercúrio. alumínio. chumbo. cádmio. cálcio. cobre e magnésio Elementos essenciais e micro-contaminantes: cromo. estanho e tungstênio. titânio. zinco. cobalto. manganês e níquel. acidentes. rins. homicídios e suicídios). ossos e cabelo.ARSÊNIO • Sais solúveis: absorvidos por qualquer mucosa. • Via principal: oral (alimentos. água. pulmões. . • Encontra-se inicialmente nos eritrócitos depois é depositado no fígado. ARSÊNIO • Raticida: anidrido arsenioso ou óxido de arsênio (As2O3) • Óxido de arsênio (As2O3): óxido do crime perfeito. Incolor. solúvel em água e insípido • Trimetil arsênio: altamente volátil [(CH3)3As] . .ARSÊNIO • Orfila (Mateo José Bonaventura Orfila. • James Marsh (1794-1846): desenvolveu o método de Marsh para identificar arsênio (amostra+zinco+ácido sulfúrico+∆). 1787-1853): pai da toxicologia forense que contribui em 1840 na resolução de um crime provando envenenamento por arsênio. • Excesso de envenenamentos. Sintomas: Transtornos gastrointestinais. metalúrgicas. diarreias. . inflamações da boca e garganta. pesticidas e herbicidas. plantas marinhas e frutos do mar. espasmos músculo-viscerais. dores abdominais. náuseas.ARSÊNIO Fontes: Óleos combustíveis. tecidos moles e ossos. • Via principal: respiratória (ocupacional) e oral (alimentos. acidentes.CHUMBO • Saturnismo: intoxicação crônica (efeitos sobre o SNC). • Encontra-se nos eritrócitos. homicídios e suicídios). água. . tinturas de cabelo.CHUMBO Fontes: Baterias de automóveis. alimentos enlatados. vegetais tratados com agrotóxicos. praguicidas. combustíveis. cosméticos. tintas. papel de jornal e anúncios coloridos. cigarro. fígado bovino. fertilizantes. poluição do ar. . cigarros. gás contendo chumbo. alterações de inteligência. convulsões. dores de cabeça. perda de memória. náuseas. .CHUMBO Sintomas: Irritabilidade e agressividade. indisposição. sangramento gengival. problemas de coagulação. fadiga. dores abdominais. pesadelos. osteoporose. anemias. insônia. AVC inespecífico. fraqueza muscular. doenças renais. água. rins e ossos. • Via principal: respiratória (ocupacional) e oral (alimentos. • Vida biológica: 10 a 30 anos. acidentes.CÁDMIO • Encontra-se nos eritrócitos. homicídios e suicídios). . materiais cerâmicos. café e chá tratados com agrotóxicos. fungicidas. indústria de aço. efluentes gasosos industriais. . frutos do mar. solda.CÁDMIO Fontes: Cigarros. farinha de ossos. farinhas refinadas. fertilizantes. Osteoporose. provoca elevação da pressão sanguínea e aumento do coração. Enfisema pulmonar. . Anemia. Perda de olfato.CÁDMIO Sintomas: Metal cancerígeno. Enfraquecimento ósseo. Queda da imunidade. Aumento da próstata. Dores nas articulações. Perda do desempenho sexual. tireóide. rins. fígado. água. glândulas salivares. cabelos. pâncreas. glândulas sudoríparas. pulmões. próstata e cérebro.MERCÚRIO • Encontra-se na pele. • Via principal: respiratória (ocupacional) e oral (alimentos. acidentes. homicídios e suicídios). . testículos. TGI. garimpos. . açúcar. polidores. tintas. água. tomate e pescado contaminados. lâmpadas fluorescentes de mercúrio. ceras. cosméticos. praguicidas e agrotóxicos. produção e entrega de produtos derivados de petróleo. jóias.MERCÚRIO Fontes: Termômetros. amálgama dentária. explosivos. estomatite.MERCÚRIO Sintomas: Depressão. alucinações. sudorese e perda do senso da dor. dentes soltos. dor e paralisia de extremidades. dificuldade de fala. . vômitos. febre. anorexia em crianças. tremores. andar lateral. descontrole motor. dor de cabeça. perda do desempenho sexual. perda de memória. fadiga. síndrome do pânico. dificuldades de mastigação. parestesias. homicídios e suicídios). • Via principal: oral (alimentos. acidentes. etc. . • Encontra-se na pele. SNC. pulmões.. medicamentos. glândulas suprarenais. • Associado ao mal de Alzheimer. ossos.ALUMÍNIO • Principais fontes: alimentos (migrantes e aditivos). água. perda de memória. farinha branca de trigo. raquitismo e convulsões. panelas de alumínio. praguicidas e antiperspirante. osteoporose. perda de energia. antiácidos. . cosméticos. Sintomas: Constipação intestinal. Doenças relacionadas: Alzheimer e Parkinson. hiperatividade infantil. sal. quentinhas. cólicas abdominais. dificuldade de aprendizado. queijos fundidos.ALUMÍNIO Fontes: Água. fermento de pão. mais tóxico) e trivalente. acidentes. • Via principal: respiratória e oral (alimentos. homicídios e suicídios). . água. • Filme: Erin Brockovic (contaminação ambiental). • Encontra-se em vários tecidos sendo o principal os pulmões.CROMO • Forma hexavalente (mais solúvel. delírios e comportamento compulsivo. homicídios e suicídios). acidentes. água. . • Manganismo ou loucura mangânica: intoxicação ocupacional que leva a alucinações.MANGANÊS • Encontra-se em vários tecidos. • Via principal: respiratória e oral (alimentos. • Intencional: administração de solução de cloreto de potássio por causar anestesia. insuficiência suprarrenal. via alimentação.POTÁSSIO • Elemento essencial • Hiperpotassemia • Causa natural: ingestão excessiva do nutriente. parada cardíaca. hipotensão arterial. jejum prolongado. . paralisia muscular. etc. Conteúdo Parte II:  Criminalística:  Substâncias de interesse:       Substâncias depressoras do sistema nervoso central Substâncias estimulantes do sistema nervoso central Substâncias modificadoras do sistema nervoso central Praguicidas Gases tóxicos Metais  Aspectos da investigação toxicológica . INVESTIGAÇÃO TOXICOLÓGICA Conjunto de processos analíticos que têm por objetivo o reconhecimento. . identificação e quantificação dos agentes tóxicos para diagnóstico de intoxicação e esclarecimento dos fatos. com o objetivo do esclarecimento de questões de âmbito judicial supostamente relacionadas com intoxicações. baseada em procedimentos de garantia de qualidade e de cadeia de custódia. .PERÍCIA TOXICOLÓGICA Implica em investigação toxicológica humana in vivo ou no cadáver. CADEIA DE CUSTÓDIA Habilidade para transportar e manipular amostras biológicas. desde a sua coleta até sua destruição. de maneira segura. do momento em que foram colhidas até a emissão do laudo. Permite o registro e controle de todas as etapas envolvidas com a amostra. . CONTRA-PERÍCIA Material fica retido no laboratório para eventual reanálise. . . segundo a casuística da respectiva área de atividade. estão implicados na maior parte dos casos. Elevado número de substâncias → maior parte dos laboratórios dirigem a sua investigação na procura daqueles que.EXAME TOXICOLÓGICO Deve ser capaz de detectar qualquer substância química exógena (xenobiótico) presente no material objeto da perícia. quantificação e interpretação. uma vez que cada caso tem as suas próprias particularidades.EXAME TOXICOLÓGICO  Para a seleção dos agentes tóxicos a pesquisar é fundamental a informação sobre o evento (policial. familiar) e a descrição dos achados da autópsia.  Fases: triagem. clínico. confirmação. . autópsia tardia .morte há muito tempo. .AUTÓPSIA • • autópsia imediata .morte recente. . exaustão dos gases de combustão. fumos. roupa suja de vômito) ◦ no local onde foi encontrada cheiro ou odores no local (intoxicação por gases. torneira do gás aberta / fechada.). etc.EXAME DO LOCAL restos de vômito ◦ na vítima (corpo.  presença de qualquer fonte produtora monóxido de carbono. de .EXAME DO LOCAL  exaustão dos gases de combustão.  janelas e portas abertas / fechadas. mangueira ligada ao cano de escape).  presença de outros elementos indiciadores de morte por intoxicação. algodão.  tampas de garrafas.  Colheres. limão.  seringas/agulhas.EXAME DO LOCAL  existência de dispositivos para recolher gases de combustão de motores (ex. . .  frascos ou contentores de substâncias químicas (praguicidas.  embalagens de medicamentos. outros produtos químicos).EXAME DO LOCAL  “cachimbos”. INFORMAÇÃO FAMILIARES E/OU AMIGOS OU VIZINHOS DA VÍTIMA  fármacos habituais? quais? quantidades? desde quando?  consumo de drogas? tipo? vias? desde quando?  antecedentes patológicos (doença psiquiátrica) . INFORMAÇÃO FAMILIARES E/OU AMIGOS OU VIZINHOS DA VÍTIMA  tentativas de suicídio anteriores método? quando? quantas vezes?  proposta suicida  carta ou bilhete de despedida . INFORMAÇÃO HOSPITALAR  agente tóxico suspeito/respectiva pesquisa e/ou doseamento pela toxicologia clínica  sobrevida (data e hora de entrada e da verificação de óbito)  a evolução clínica . INFORMAÇÃO HOSPITALAR  sintomas apresentados  tratamentos efetuados  lavagem gástrica  administração de antídotos . OUTROS ACHADOS  Lesões.  Sinais recentes ou antigos de punção venosa (em toxicodependentes).  Aparência “carminada”: casos de intoxicação por monóxido de carbono com elevadas percentagens de carboxihemoglobina. . OUTROS ACHADOS  Odor exalado pelo cadáver (ex: amêndoas amargas em casos de intoxicação por ácido cianídrico).  queimaduras nos lábios e face – intoxicação por substâncias cáusticas. .  Precisam apresentar sensibilidade e presteza. CONFRIMAÇÃO:  Destinam-se a confirmar os resultados obtidos da etapa de triagem analítica.MÉTODOS ANALÍTICOS TRIAGEM:  Métodos gerais que se destinam a verificar a ausência ou presença de um composto ou um grupo de compostos. . ETAPAS Etapa 1: isolamento e concentração do analito . . digestão. remoção de interferentes (extração líquidolíquido ou extração em fase sólida). entre outros.preparação da amostra: hidrólise. técnicas empregadas: imunoensaios.ETAPAS Etapa 2: diferenciação-detecção . . entre outras. Etapa 3: identificação. cromatografia. espectrofotometria de absorção atômica. .TÉCNICAS DE ANÁLISE TOXICOLÓGICA Métodos clássicos não instrumentais: como reações volumétricas ou colorimétricas. de infravermelho ou de absorção atómica). como as técnicas espectrofotométricas (ex: Espectrofotometria. imunoquímicas (Elisa. . cromatográficas (cromatografia a gás e cromatografia a líquido.HPLC).TÉCNICAS DE ANÁLISE TOXICOLÓGICA  Alta tecnologia: simples ou acoplada. imunoensaios com fluorescência polarizada ou radioimunoensaio). e de espectrometria de massas .MS. os seguintes dados: identificação do processo e da entidade requisitante. para além de uma eventual interpretação dos resultados. .LAUDO O resultado destas perícias apresenta-se na forma de relatório onde devem constar. método analítico utilizado e referências à técnica de isolamento utilizada. LAUDO  Datas de recepção de amostras e de conclusão dos exames.  Especialista responsável pela execução das análises.  e outros que possam ser considerados relevantes para elaboração de conclusões. .  Níveis de detecção e de quantificação.  Amostras analisadas.  Estado das amostras analisadas. Conteúdo Parte III:  Controle antidopagem  Substâncias proibidas em competições esportivas:  Substâncias não aprovadas  Substâncias proibidas  Substâncias proibidas em esportes específicos  Aspectos da investigação toxicológica Parte IV:  Estudos de casos relatados na mídia . o agente ou meio capaz de alterar o desempenho do atleta por ocasião de competição esportiva. .DOPING É a substância. Conteúdo Parte III:  Controle antidopagem  Substâncias proibidas em competições esportivas:  Substâncias não aprovadas  Substâncias proibidas  Substâncias proibidas em esportes específicos  Aspectos da investigação toxicológica Parte IV:  Estudos de casos relatados na mídia SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS  AGENTES ANABÓLICOS;  HORMÔNIOS PEPTÍDICOS, FATORES DE CRESCIMENTO E SUBSTÂNCIAS AFINS;  BETA-2 AGONISTAS;  MODULADORES HORMONAIS E METABÓLICOS;  DIURÉTICOS E OUTROS AGENTES MASCARANTES. SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS       ESTIMULANTES; NARCÓTICOS; CANABINOIDES; GLICOCORTICOSTEROIDES; ÁLCOOL (esportes específicos); BETA-BLOQUEADORES (esportes específicos). Código Mundial Antidoping (2013) SUBSTÂNCIAS NÃO APROVADAS S1.SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS SUBSTÂNCIAS E MÉTODOS PROIBIDOS PERMANENTEMENTE (EM COMPETIÇÃO E FORA DE COMPETIÇÃO) SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS S0.org. AGENTES ANABÓLICOS S2.br/uploads/midias/2013/01/31/downloads/t2DhjfX63JrNy7kVZna89d02e5 em: . HORMÔNIOS PEPTÍDICOS. FATORES DE CRESCIMENTO E SUBSTÂNCIAS AFINS Código Mundial Antidoping (2013) (disponível http://www.cob. SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS S3.cob. BETA-2 AGONISTAS S4. DIURÉTICOS E OUTROS AGENTES MASCARANTES Código Mundial Antidoping (2013) (disponível http://www.org. MODULADORES HORMONAIS E METABÓLICOS S5.br/uploads/midias/2013/01/31/downloads/t2DhjfX63JrNy7kVZna89d02e5 em: . cob. S8.org.g. JWH073).br/uploads/midias/2013/01/31/downloads/t2DhjfX63JrNy7kVZna89d02e5 em: . cannabis. “Spice” (contendo JWH018. CANABINOIDES . haxixe. S9.Natural (e. NARCÓTICOS. HU-210] são proibidos. maconha) ou delta 9-tetraidrocanabinol (THC) sintético e canabimiméticos [ex. S7. ESTIMULANTES.SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS S6. GLICOCORTICOSTEROIDES Código Mundial Antidoping (2013) (disponível http://www. O limite permitido (em valores hematológicos) é de 0. ÁLCOOL A detecção será feita por análise respiratória e/ou pelo sangue. .10 g / L.SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS EM ESPORTES ESPECÍFICOS P1. org. nos esportes abaixo relacionados: • • • • • • Aeronáutica (FAI) Karatê (WKF) Tiro com Arco (FITA) Lancha de potência (UIM) Automobilismo (FIA) Motociclismo (FIM) em: Código Mundial Antidoping (2013) (disponível http://www.cob.SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS Álcool (etanol) é proibido somente Em Competição.br/uploads/midias/2013/01/31/downloads/t2DhjfX63JrNy7kVZna89d02e5 . SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS P2.cob.br/uploads/midias/2013/01/31/downloads/t2DhjfX63JrNy7kVZna89d02e5 em: .org. nos seguintes esportes: • Tiro com Arco [proibido também Fora De Competição] (FITA) • Automobilismo (FIA) • Bilhar [todas as modalidades] (WCBS) Código Mundial Antidoping (2013) (disponível http://www. beta-bloqueadores são proibidos somente Em Competição. BETA-BLOQUEADORES A menos que seja especificado. BETA-BLOQUEADORES (Cont.cob.SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS P2.org. IPC) Código Mundial Antidoping (2013) (disponível http://www.br/uploads/midias/2013/01/31/downloads/t2DhjfX63JrNy7kVZna89d02e5 em: .) • Dardos (WDF) • Esqui/Snowboarding [salto com esqui e estilo livre em snow board] (FIS) • Golfe (IGF) • Tiro [proibido também Fora De Competição] (ISSF. Conteúdo Parte III:  Controle antidopagem  Substâncias proibidas em competições esportivas:  Substâncias não aprovadas  Substâncias proibidas  Substâncias proibidas em esportes específicos  Aspectos da investigação toxicológica Parte IV:  Estudos de casos relatados na mídia . . • Cadeia de custódia.CARACTERÍSTICAS • Sistemática analítica. • Contra-prova. doping genético seria o uso inapropriado de terapia gênica visando o aumento do desempenho esportivo (RAMIREZ. que tenham a capacidade de aumentar o desempenho esportivo (ARTIOLI et al..DOPING GENÉTICO O uso não terapêutico de células. 2007). genes e elementos genéticos. Ou seja. . 2007). ou a modulação da expressão gênica. Conteúdo Parte III:  Controle antidopagem  Substâncias proibidas em competições esportivas:  Substâncias não aprovadas  Substâncias proibidas  Substâncias proibidas em esportes específicos  Aspectos da investigação toxicológica Parte IV:  Estudos de casos relatados na mídia . Obrigada pela Atenção! .
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