Edição: BRAGANÇA ou Repositório amplo de notícias corográficas, hidro-orográficas, geológicas, mineralógicas, hidrológicas, biobibliográficas, heráldicas, etimológicas, industriais e estatísticas interessantes tanto à história profana como eclesiástica do distrito de Bragança MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA OS NOTÁVEIS POR FRANCISCO MANUEL ALVES, ABADE DE BAÇAL TOMO VII Tomo anterior | Menu Inicial | Tomo seguinte TÍTULO: MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA TOMO VII - OS NOTÁVEIS AUTOR: FRANCISCO MANUEL ALVES, ABADE DE BAÇAL COORDENAÇÃO GERAL DA EDIÇÃO: GASPAR MARTINS PEREIRA REVISÃO DESTE VOLUME: MARIA DA CONCEIÇÃO MEIRELES PEREIRA UNIFORMIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA: MARIA SARMENTO DE CASTRO EDIÇÃO: CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGANÇA/INSTITUTO PORTUGUÊS DE MUSEUS – MUSEU DO ABADE DE BAÇAL EXECUÇÃO GRÁFICA: RAINHO & NEVES, LDA./SANTA MARIA DA FEIRA ISBN: 972-95125-8-2 DEPÓSITO LEGAL: 152080/00 OBRA CO-FINANCIADA PELO PRONORTE, SUBPROGRAMA C JUNHO DE 2000 INTRODUÇÃO MARIA DA CONCEIÇÃO MEIRELES PEREIRA No volume dedicado aos Notáveis, o Abade de Baçal compilou referências biográficas e bibliográficas (impressos e manuscritos) dos mais ilustres e destacados naturais do distrito de Bragança, e daqueles que, tendo outras proveniências geográficas, na região exerceram alguma actividade de relevo ou sobre ela produziram algum tipo de estudo. Esta resenha abarca um longo período cronológico, desde os finais da Idade Média à contemporaneidade, reportando-se a maioria dos registos a esta última e à epoca moderna, como facilmente se compreende. Os Notáveis englobam assim uma grande variedade de indivíduos, aristocratas e artistas, militares e eclesiásticos, membros das profissões liberais e escritores, políticos e cientistas, santos e empresários. De uma forma geral, são as elites locais que predominam neste volume que é simultaneamente um dicionário dos brigantinos ilustres e um repositório de informes de carácter histórico, bibliográfico, patrimonial, económico, político, científico, eclesiástico, heráldico-genealógico, etnográfico, e até anedótico. A incidência bio-bibliográfica prepondera nesta obra cuja maioria das entradas, ordenadas por ordem alfabética, remete para o nome dos biografados; todavia, as entradas onomásticas alternam pontualmente com outras de índole temática (exemplos: deputados, governadores civis, governadores das armas, seda). Esta vertente torna-se ainda mais nítida no Suplemento que, além de acrescentar informações omissas nas entradas da 1ª parte e incluir outras de tipo onomástico, recorre com alguma frequência a extensas entradas temáticas (exemplos: Grande Guerra, judeus, manuscritos) e toponímicas que permitem ao autor abordar os mais variados assuntos. A preocupação dominante parece ser a acumulação de informação, alcançada através de uma pluralidade de fontes escritas mas também orais, secundarizando-se o suporte metodológico. ii TOMO VII INTRODUÇÃO Assim, não surpreende que neste «caldeirão» informativo sejam constantes as remissões aos volumes anteriores e, por outro lado, o leitor que consultar Os Notáveis deve fazer tentativas sucessivas e cruzadas no sentido de encontrar respostas mais satisfatórias para a sua pesquisa. À fragilidade metodológica na selecção das entradas, aliam-se outras: na mesma entrada são abordados assuntos muito diversos, raramente bem articulados sob os pontos de vista temático e cronológico; proliferam transcrições, frequentemente longas, de textos de natureza variada; certos assuntos são largamente tratados a par de outros parcamente mencionados. A objectividade na apresentação de determinados temas e a neutralidade no seu tratamento são prejudicadas por recorrentes juízos de valor pois o autor não se coíbe de opinar ora sobre indivíduos que conhece pessoalmente, ora sobre questões em que tomou parte mais ou menos activa. Paralelamente, transparece a sua ideologia monárquico-clerical, abertamente anti-republicana. Tendo em consideração a abordagem de temas tão heterogéneos plasmada numa obra que pretende ser um dicionário bio-bibliográfico e uma enciclopédia, embora limitada, de temas históricos regionais, apresentar uma bibliografia adequada torna-se tarefa complicada. Há uma panóplia de dicionários e enciclopédias nacionais que são necessariamente instrumentos complementares e de actualização de Os Notáveis do Abade de Baçal. Seguindo o enfoque regional, deve referir-se a obra de Barroso da Fonte, Dicionário dos mais ilustres Transmontanos e Alto Durienses, Guimarães, 1998. Algumas achegas bibliográficas sobre a região são fornecidas nas recolhas de Nuno Canavez, Subsídios para uma bibliografia sobre Trás-os-Montes e Alto Douro, Porto, 1994 e de Hirondino da Paixão Fernandes, Bibliografia do Distrito de Bragança, 1993. As sugestões seguintes remetem fundamentalmente para o âmbito de metodologias sectoriais. No tocante ao estudo específico da biografia podem referir-se as obras: Daniel Madelénat, La Biographie, Paris, 1984; Jean Pennef, La Méthode Biographique, Paris, 1990; Problèmes et méthodes de la Biographie – Actes du Colloque, Paris, Publications de la Sorbonne, 1985; ou ainda Prosopographie des élites françaises (XVIe-XXe siècles) – Guide de recherche, Paris, CNRS, 1980. Já para a história das elites pontificam algumas colectâneas de estudos como a encabeçada por Guy ChaussinandNogaret, Histoire des élites en France du XVIe au XXe siècle, Paris, Tallandier, 1991, ou ainda a dirigida por Jürgen Kocka, Les Bourgeoisies Européennes au XIXeme siècle, Eds. Belin, 1996. Para a metodologia da história oral, podem avançar-se duas obras: Philippe Joutard, Ces voix qui nous viennent du passé, Paris, Hachette, 1983, e Paul Thompson, The voice of the past. Oral history, 2ª ed., Oxford, Oxford University Press, 1992. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA AOS EX.MOS SNRS. DR. ANTÓNIO AUGUSTO PIRES QUINTELA DR. ANTÓNIO FRANCISCO DE MENEZES CORDEIRO JOSÉ ANTÓNIO FURTADO MONTANHA DR. JOSÉ VAZ DE SOUSA PEREIRA PINTO GUEDES BACELAR DR. RAUL MANUEL TEIXEIRA DR. VÍTOR MARIA TEIXEIRA O. D. C. O AUTOR PADRE FRANCISCO MANUEL ALVES PREÂMBULO Apesar de ser incontestável a mediocridade da obra que não desperta o escoucinhar dos zoilos, contudo é mister grã coragem para voltar já com outro volume, sem primeiro rir com as diatribes contra Os Fidalgos, soltas pelo sr. V., porque lhe truncamos a ascendência e apenas consagramos três linhas à sua pessoa em vez de cinco, pelo menos, por tantas havermos dedicado à irmã e marido; para tomar a sério as objurgatórias esvurmadas pelo sr. L., por mencionarmos a irmã morganática como sobrinha de um homem categorizado socialmente, em vez de lhe apontar o pai, que, apesar de bom homem, não atingia aquela craveira; para levar com paciência os constantes remoques do sr. C., incansável em salientar, com ar compassivo, o dislate de darmos dois irmãos, ou coisa parecida, casados um com outro, no intuito inconfessável de exautorar factos menos agradáveis que apresentamos, adindo-lhe, de passo, um ou outro equívoco em apontarmos como solteiro um viúvo, um jurista como formado em medicina e coisas semelhantes; para sofrermos as impertinências do sr. A., todo abespinhado porque lhe omitimos a sua árvore de costado. E então a chiadeira dos altos empregados públicos, tanto civis como militares; dos filhos das casas ricas, por não verem memorada a sua ascendência!?... Parvajolas! Ignoram que esses cargos nem sempre representam fidalguia e até nem mesmo competência mental e moral; desconhecem o prolóquio de mamonae iniquitatis. De maneira que a irritar-se não foram só os zoilos e os pseudo-aristarcos, incapazes de coisa alguma profícua, que, azedos, abocanham quem trabalha, procurando ávidos defeitos – como se pudesse haver obra humana sem eles – onde extravasar a bílis que os corrói; agregaram-se-lhe também os que se julgavam com direitos nobiliárquicos, os que lhes desagradou uma ou outra ponta do véu ancestral posto a descoberto, que, feridos nas suas prosápias, avolumaram pequenas faltas, inevitáveis aliás em obras destas – II TOMO VII PREÂMBULO quando que bonus Humerus dornnital – para desafrontar os caros penates gravemente ofendidos, por não mencionarmos todas as donas Felizardas e Joãozinhos genealógicos. «Mais vale cuidar seriamente em alguma coisa, embora resulte medíocre, do que sonhar eternamente com a perfeição». Não estava mal governada a nossa vida se os atendêssemos! Como os descendentes de um casal aos duzentos anos podem orçar por seis mil e no livro tratamos de mais de setecentas famílias, algumas de quatrocentos e quinhentos anos de antiguidade, nada menos que seis mil a doze mil volumes, iguais ao que escrevemos, eram precisos para os contentar a todos, sob condição, porém, de não exceder as cinco linhas para cada um que o sr. V. achava indispensáveis. Ingratatões! Tirámo-los do esquecimento, descobrimos no pó dos arquivos quantidade enorme de documentos inéditos, que eles ignoravam, reconstituímos-lhes a genealogia, percorremos o distrito de Bragança de rés a lés em todos os sentidos à cata de notícias, revolvendo pedregulhos, montanhas, vales, planícies e locais assinalados por civilizações extintas; escrevemos quinhentas e tal cartas a pedir informações e... pagam-nos intrigando, mexericando, agatanhando-nos escondidamente por trás das costas! Na verdade É grande trabalho Escrever de gerações! Nem todos são Cipiões, E podem cheirar ao alho Ricos homens e infanções. (1) Ingratatões! Ides ver como se vinga o plebeu chapado, que, fiel ao lema adoptado «a minha terra amei e a minha gente», segue impávido a peregrinação em que anda desde que se entende sem ouvir o coaxar das rãs no pélago. Cortava-nos os fios da alma quando víamos o Hagiológio Lusitano, o Ano Histórico, as crónicas monásticas, a Biblioteca Lusitana, o Dicionário Bibliográfico, o Dicionário Popular, a Enciclopédia Portuguesa e outras obras da especialidade tão escassas em notícias referentes a trasmontanos, em contraposição às das outras províncias, além de erróneas muitas vezes, e indignavamo-nos quando víamos homens como Camilo Castelo Branco dizer mal das nossas coisas, desconhecendo-nos até como portugueses (2)! Perdíamos a paciência quando os altos dignatários eclesiásticos e burocráticos que o poder central para aqui nos exporta cheios de pruridos inova(1) MIRANDA, Sá de – Poesias, p. 524. (2) CASTELO BRANCO, Camilo – Agostinho de Ceuta, 2.ª edição, e A queda de um Anjo. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA PREÂMBULO III TOMO III dores, como se isto de Trás-os-Montes, a julgar pelo nome, tivesse algo de sertão africano, a preconizar novos processos de formação espiritual, de que nem sequer fazíamos ideia, gemiam eles; novinhos métodos de piedade amaneiradinha; novas teorias de fomento económico-agrícolo-social, sem primeiro curarem de os modelar pela feição étnica regional, dando em resultado ficarmos pior que dantes. Daqui o génesis deste volume. A nada nos poupámos para que fosse completo, e se mais o não é, a culpa provém dos biografados, a quem pedimos informações, escrevendo passante de seiscentas cartas, chegando a dizer, por último, aos renitentes: «Por amor de Deus, ou pelo amor ao nosso distrito de Bragança ou por comiseração e caridade para com um pobre velho, regionalista crónico, que está gastando em correspondência o que tanto precisa para mantença da vida – não direi por dever de cortesia – faça favor, pela boa memória dos seus maiores, pela saúde e prosperidade sua e de quem mais deseja, de responder às minhas cartas, fornecendo-me as informações que peço». Pois nem assim instados responderam alguns, e outros prometeram informes que nunca mandaram! Por modéstia sincera? Não; antes pelo orgulho requintado dos que, julgando-se super-homens, entendem que a sua memória gira pelos quatro cantos do universo, esquecendo que, mesmo neste caso, os tratadistas procuram obter notícias inéditas pessoais; esquecendo as boas praxes que impõem uma resposta, mesmo às cartas dos humildes. Por modéstia sincera? Não, repetimos; antes por essa falsa e enganosa modéstia característica dos orgulhosos de via reduzida, sem bases de sólido apoio. É que já o cronista escrevia em 1450: «De eu não saber perfeitamente a verdade das cousas tenho três razões para minha escusa...... a terceira é o pouco cuidado que alguns queriam ter em me dizerem as cousas que sabiam, e tais requeria eu que pero lhes mostrasse mandado de el-rei meu senhor não me faziam menos aguardar à sua porta, que se eu por ventura principalmente vivera por sua benfeitoria, outras vezes me davam suas escusas, alegando excusações as quais conhecidamente eram mais por tomarem semelhança de estado, que por nenhuma outra necessidade»(3). Pinheiro Chagas (4), em nossos dias, lamenta o mesmo abandono e diz que estas queixas são frequentes no seu Dicionário, no de Inocêncio Francisco da Silva e nos outros e frisa a circunstância de ver passar três vezes na sua obra, que levou oito anos a publicar-se, a oportunidade de mencionar a (3) AZURARA, Gomes – Crónica de el-rei D. João I, 1899-1900, (Biblioteca de Clássicos Portugueses; v. 10), p. 52. (4) CHAGAS, Pinheiro – Dicionário Popular, artigo «Pereira de Melo (João de Fontes)». MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA IV TOMO VII PREÂMBULO biografia desejada, tendo, por último, de a apontar incompleta, porque as informações pedidas nunca chegaram. No VI tomo destas Memórias tivemos nós de tratar em quatro locais de uma família à espera das informações prometidas, que afinal não vieram ou já não chegaram a tempo, mas apenas o livro entrou em circulação veio logo uma carta agridoce, apontando-nos o erro de dar uma senhora casada com seu tio, e de outros vieram censurixas idênticas, como a de dar por natural de Deus-me-dê-paciência um nado em Lá-iremos et reliqua ejusdem fusfuris. Foi nossa intenção mencionar os homens notáveis do distrito de Bragança, os que dele trataram ou nele se destacaram pela sua categoria social (bispos, governadores das armas, governadores civis, deputados, senadores, etc.), pela virtude, pelas letras, armas, artes, benemerência e mesmo pelo crime. Na secção «Letras» incluímos os fundadores de jornais, os que tinham publicado qualquer livro, embora pequeno, e não os de mera colaboração em periódicos, nem os de teses manuscritas ou dactilografadas. Não desconhecemos a diferença que há entre doutor e bacharel, mas damos a todos estes aquele título em harmonia com a voz pública que assim os menciona, estendendo-o também, pela mesma razão, aos diplomados pelas escolas médicas, agronómicas, veterinárias, superiores, etc., se é que não existe, ao contrário do que supomos, uma disposição legal que autoriza tal classificação. Os entendidos verão logo pelo contexto da respectiva biografia quais são os doutores na acepção primitiva do termo e quais os bacharéis, e nós ficamos assim dispensados de repetir esta palavra que nos soa mal e nunca seríamos capaz de a aplicar a alguns membros da classe que muito prezamos. Como os apontamentos aproveitados neste volume remontam alguns para além de quarenta anos, e muitos deles foram tomados só para nosso estudo particular, sem intenção de os publicar, é possível que apareçam plágios, crime de que pedimos perdão, pois nos falece tempo para fazer as devidas confrontações. Baçal, rua do Pacio, na cortinha pegada à minha casa de habitação, sentado num grande seixo que trouxe às costas desde Lamelas, termo de Rabal, a mais de três quilómetros de distância, encostado ao pombal, a fim de descansar um pouco do meio cento de pés de videira que já hoje espoldrei, para logo, em me aborrecendo de escrever, continuar na mesma labuta, enquanto o Prinze, filho adoptivo do saudoso Lafrau, dorme estirado na relva que cobre a sepultura do pai e a Muxeninha saltita, acompanhada de um filhinho, de videira em videira, e a Chibeca, desmentindo a voracidade do dente fatal às couves e à vinha, aguarda pacientemente que lhe dê ordem de retouçar as ervas daninhas, 27 de Outubro de 1930. Padre Francisco Manuel Alves MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ABREU | ABREU AFONSO | AFONSO 1 TOMO VII A ABREU (Alípio Albano de) – Nasceu em Parâmio, concelho de Bragança, a 5 de Abril de 1890, filho de Manuel António de Abreu e de D. Carolina de Jesus Camelo, de Sambade, e aquele de Parâmio. Doutor em medicina pela Universidade do Porto, onde concluiu o curso em 1918 e o liceal na mesma cidade e em Bragança; subinspector de saúde do concelho de Bragança, onde reside, e director do Dispensário de Assistência Nacional aos Tuberculosos. Escreveu: Sífilis em Ginecologia (breves considerações). Tese de doutoramento apresentada à Faculdade de Medicina do Porto. Tip. Central, Porto, 1919. 8.° de 83 págs. ABREU (Fr. Fernando de) – Natural do Porto, dominicano, sócio da Academia Real de História, consultor do Santo Ofício, desembargador da Relação Eclesiástica Patriarcal, deputado da Junta das Missões. Morreu em 8 de Março de 1727. Escreveu: Catálogo dos Bispos de Miranda. Lisboa, 1721, fólio. Saiu nas Memórias da Academia Real da História Portuguesa. A Academia Real de História encarregou de escrever a História do Bispado de Miranda a Frei Bartolomeu de Vasconcelos, em latim, e a Frei Fernando de Abreu, em português. Estes trabalhos não chegaram a publicar-se, diz Barbosa; apenas o primeiro autor publicou, como Contas dos seus estudos na Colecção de Documentos da Academia de História, tomo I, algumas bibliografias avulsas de bispos; e o segundo ibidem o Catálogo dos Bispos de Miranda (5). Estes trabalhos têm pouco valor (6). ABREU AFONSO (António Vicente de) – Oficial de infantaria n.° 24, que estava na praça de Almeida quando do desastre em 1810 (7). AFONSO (Manuel) – De Formentãos, concelho de Bragança, entalhador, que em 1796 justou para fazer o retábulo do altar-mor de Santulhão, concelho do Vimioso, por 70$000 réis e oito alqueires de pão. O mesmo fez a (5) Sumário da Biblioteca Lusitana, Lisboa, 1787. Frei Lucas de Santa Catarina, no Apêndice à 4.ª Parte da História de S. Domingos, diz que Frei Fernando não continuou esta obra por a morte o surpreender. (6) VASCONCELOS, José Leite de – Estudos de Filologia Mirandesa, vol. I, em nota à p. 135. (7) Ver tomo I, p. 166, destas Memórias Arqueológico-Históricas. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 2 TOMO VII AFONSO | AGUIAR | AIRES | ALARCÃO urna (em que se guarda o Santíssimo Sacramento em Quinta-Feira Santa, quando há Endoenças) da igreja da Paradinha por 8$000 réis e em 1798 a de Santulhão por 12$000 réis (8). AGUIAR (Gonçalo de) – Mestre de obras que arrematou a reedificação da ponte do Caril e calçada contígua, junto a Freixo de Espada à Cinta. Eis o documento: «Eu el Rey faço saber a vos corregedor e provedor da comarca da Torre de Memcorvo, que avemdo respeito a ymformação que me emviastes acerca da licemça que os officiaes da camara da villa de Freixo de Espada Simta me emviarão pedir lhe comcedesse para poderem redeficar a pomte que esta yumto da dita villa que se chama do Caril, e h~ ua calçada que da dita pomte se comtinua, por o caminho estar muito trabalhoso, de maneira que se não pode passar por elle, e como polla dita ymformação consta que amdamdo a obra da dita pomte e calçada em pregão todo o tempo necessario, não ouve nenhum lanço menor que de hum comto cemto simcoenta mil rs, e que neste preço se rematou a dita obra a Gonçalo de Aguiar, mestre dobras, ey por bem… … Lixboa 22 de novembro de 1609». Este mesmo Gonçalo de Aguiar arrematou por 2500 cruzados a ponte sobre o rio na vila da Torre de Dona Chama, como se vê da provisão de el-rei D. Filipe III, de 4 de Janeiro de 1635, que manda lançar finta para esta ponte (9). AIRES (Rodrigo) – «Bedor» (inspector, mestre-de-obras?) das fortificações de Bragança pelos anos de 1508 (10). ALARCÃO (Rui de Figueiredo de) – Fronteiro-mor e governador das armas da província de Trás-os-Montes, no tempo da Guerra da Aclamação. Escreveu: Relação do sucesso que Rui de Figueiredo, fronteiro da raia de Trás-os-Montes, teve na entrada que fez no reino de Galiza. Lisboa, 1641. 8.° de 7 págs. É datado de Chaves aos 3 de Agosto. Segunda Relação verdadeira de alguns sucessos venturosos, que teve Rui de Figueiredo, fronteiro-mor da vila de Chaves, na entrada que fez e ordenou em (8) Museu Regional de Bragança, maço Obras. (9) VITERBO, Sousa – Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos… artigo «Aguiar (Gonçalo de)». (10) Ver tomo III, p. 160, destas Memórias. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ALARCÃO 3 TOMO VII alguns lugares do reino de Galiza, nos últimos dias de Agosto, até se recolher à dita vila. Lisboa, 1641, 4.° de 8 págs. Nas duas últimas páginas deste vem uma curiosa lista dos lugares que os habitantes de Vinhais, juntamente com duas companhias de Moimenta, invadiram, arrasaram e queimaram no condado de Monterrei, tanto pela veiga de Chaves como pela parte de Montalegre, de Monforte e Vinhais. Os lugares queimados foram em número de cinquenta e três e eram povoados por três mil novecentos e noventa e cinco habitantes, muitos dos quais ficaram mortos. Terceira Relação do sucesso que teve Rui de Figueiredo de Alarcão, nas fronteiras de Chaves, Montalegre e Monforte, segunda-feira 9 de Setembro de 1641, de que é General e Fronteiro-mor, tirada da carta que escreveu a Sua Majestade. Lisboa, 1641. 4.° de 8 págs. Quarta Relação verdadeira da Vitória que o Fronteiro-mor de Trás-os-Montes, Rui de Figueiredo de Alarcão, ouve na sua fronteira, cinco léguas de Miranda, em Brandelhanes, terra de Castela. Lisboa, 1641. 4.° de 6 págs. Relação da insigne vitória que do castelhano alcançou em Brandillena o capitão-mor e superintendente das armas de Miranda, Pedro de Melo, em companhia do Fronteiro-mor Rui de Figueiredo aos 2 de Outubro. Lisboa, 1641. 4.° de 8 págs. inumeradas. Relação da insigne vitória que do castelhano alcançou em Brandillena o capitão-mor e superintendente das armas de Miranda, Pedro de Melo... aos 25 de Outubro. Lisboa, 1641. 4.° de 8 págs. inumeradas. Tratado das vitórias que alcançou Simão Pita de Ortigueira, governador dos Presídios de Moimenta, e Mofreita, à ordem do Fronteiro-mor Rui de Figueiredo de Alarcão, com uma Relação do assalto que deu António de Queirós Mascarenhas, capitão-mor da Vila de Valadares em alguns lugares da Galiza, até Abril deste ano de 1642. Lisboa, 1642. 4.° de 7 págs. inumeradas. Relação da vitória que o Conde de Atouguia, governador das armas na Província de Trás-os-Montes, teve na campanha de Chaves, contra os castelhanos. Lisboa, 1650. 4.° de 8 págs. (11) Relação das notícias que se tiveram das Províncias de Trás-os-Montes, e Alentejo, e Madrid. Publicada em 14 de Fevereiro. Lisboa, 1711. 4.° de 12 págs. (11) SILVA, Inocêncio Francisco da – Dicionário Bibliográfico, artigo «Alarcão», e tomo XVIII, p. 175, 176, 177, 196 e 204. Ver também estas Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança, tomo I, p. 84, 90 e 92; tomo IV, p. 541, 542 e 544. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 4 TOMO VII ALARCÃO Rui de Figueiredo de Alarcão era filho de Jorge de Figueiredo e de D. Maria da Silva. Casou com D. Maria de Meneses, filha de Pedro Álvares Cabral, senhor de Azurara, alcaide-mor de Belmonte, e de D. Leonor de Meneses. Rui de Alarcão, governador das armas da província de Trás-os-Montes, por ordem régia de 3 de Fevereiro de 1641, continuou em Chaves e Bragança, assim como nos lugares mais perigosos da raia, o levantamento das trincheiras, trabalho já começado pelo seu antecessor. Com ele vieram, ou já cá estavam, seus irmãos Henrique de Figueiredo, que teve o governo de Bragança, e Luís Gomes de Figueiredo. O que ele fez, como governador, pode ver-se nas Guerras da Aclamação de 1640. Em 1643 foi-lhe tirado o governo por injustas queixas que os povos faziam contra seus irmãos (12), mas voltou, segunda vez, como governador das armas da província de Trás-os-Montes em 1646. Foi durante este seu segundo governo que os espanhóis apanharam uma lição mestra no porto das Areias, no rio Sabor, por cima da ponte de Parada, onde Achim de Tamericurt caiu de improviso sobre o seu acampamento e o destroçou. A ousadia deste golpe de mão é um dos feitos mais importantes desta longa guerra nos nossos sítios (13). Durante algum tempo que este governador esteve em Lisboa ficou-o substituindo Francisco de Sampaio, governador da Torre de Moncorvo (14). Como se vê de Manuel Gomes de Lima Bezerra, Os Estrangeiros no Lima, tomo I, Diálogo 6, pág. 391, este Figueiredo não se fixou em Bragança nem aí fundou casa. Julgamos a propósito reunir aqui a bibliografia que, dum modo especial, diz respeito às Guerras da Aclamação no distrito de Bragança. Além do já mencionado, temos mais: Mercúrio português com as novas do mês de Outubro de 1663. Lisboa, 1663. 4.° de 19 págs. inumeradas. Contém: Relação da guerra que o conde de S. João, Governador das Armas da Província de Trás-os-Montes fez por aquela Província em Galiza, até Castela-a-Velha, entrando, saqueando e destruindo por muitos dias, e muitas léguas de terra, mais de cento e setenta vilas e lugares do inimigo, sem lho impedir o exército de El-Rei de Castela, e socorro com que o mesmo conde passou logo ao Minho (15). Mercúrio português, do mês de Outubro do ano de 1664. Lisboa. 4.° de 12 págs. inumeradas. Além do mais, contém a relação «da grande, e notavel (12) MENESES, D. Luís de – Portugal Restaurado, parte 1, livro VI, p. 372. (13) Ibidem, parte 1, livro IX. (14) Ibidem, livro X, p. 130. (15) SILVA, Inocêncio Francisco da – Dicionário Bibliográfico, tomo XVIII, p. 221, 223, 225 e 229. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ALARCÃO 5 TOMO VII destruição, que o conde de S. João, governador das armas da Provincia de Traz-os-Montes, fez no reino de Galliza, entrando, e saqueando mais de trinta villas, e lugares, de que se tirarão despojos riquissimos, e ficou arruinada toda aquella parte». Mercúrio português, com as novas do mês de Novembro do ano de 1665. 4.° de 15 págs. inumeradas. Também menciona alguns sucessos que dizem respeito à província trasmontana. Compêndio panegírico da vida e acções de Luís Alvarez de Távora, conde de S. João, etc., escrito por D. Luís de Meneses, conde da Ericeira, etc. Lisboa, 1674. 4.° de 195 págs. Nesta obra se mencionam os feitos gloriosos que o conde de S. João praticou na província de Trás-os-Montes e distrito de Bragança (16). «Deão, Dignidades e Conegos do Cabido da Sé de Miranda, Eu El-Rey vos envio muito saudar. Tenho entendido, que Manoel Antunes de Paiva Conego nessa see escreveo em Dezembro passado a hum irmão seu Prior na cidade de Elvas, que em hum lugar desse bispado, a que chamão Milhão, ha hum menino, que sendo de idade de seis annos para sete nunca falou, e somente na ocazião de minha acclamação soltou a voz, e disse, com todos os mais, que vivesse El-Rey Dom João o 4.°. E ficou falando desde intão sem impedimento algum. E porque este caso he misterioso e digno de se justificar, vos encomendo e encarrego muito, que em recebendo esta, vos informeis particular e exatamente, se succedeo na forma referida, e fazendo de tudo hum auto de testemunhas com as solemnidades de direito, mo envieis, quanto antes for possivel, entendendo que volo aggradecerei muito; escripta em Lix.ª a 12 de Fevereiro de 1642. REY» (17). O cabido mandou proceder às diligências necessárias a 17 de Março de 1642, incumbindo delas o seu Provisor Vicente Lopes de Moura, cónego doutoral, o chantre Belchior de Macedo da Silva, licenciado, e o guardião do convento de S. Francisco de Bragança, Frei João da Purificação, e nomeando para escrivão do processo o padre Domingos Diegues. O menino chamava-se Francisco e tinha de idade quatro para cinco anos; era filho de Francisco Rodrigues, lavrador, por alcunha o Carrasqueiro, e de Isabel Rodrigues. O caso da exclamação sucedeu na véspera de Reis (5 de Janeiro) de 1641, uma ou duas horas depois de anoitecer, estando o menino com seu pai na cozinha, ao lume, e vindo sua mãe de fora disse (16) Ibidem, p. 221, 223, 225 e 229. (17) Carta original existente no Museu Regional de Bragança. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 6 TOMO VII ALARCÃO para ela: Mãe, viva El Rei João. Nunca falara, e depois apenas repetiu estas palavras algumas vezes, mas poucas, e não dizia mais nada. No processo, além de várias testemunhas, incluindo os pais da criança, depuseram: António da Costa, licenciado, médico de Bragança, que declarou: visto ter vindo no dia 5 de Janeiro, em que o caso se deu, ao lugar de Milhão uma companhia de soldados soltando vivas a El-Rei D. João, que bem podia a criança «perceber e aprender as ditas palavras e naturalmente dizellas sem nisso aver milagre algum». Mas Melchior Pires Nunes, médico de Bragança, também inquirido, disse: «que não duvida que Deus Nosso Senhor quizesse que este menino manifestasse o bem e mercê que tinha feito a este Reino em lhe dar Rey e Senhor natural». Junto ao processo há outra carta de el-rei D. João agradecendo ao cabido a boa diligência no caso. A 22 de Setembro de 1667, Manuel de Azevedo da Nóbrega, abade de Meixedo, participava ao cabido de Miranda que no dia 12 desse mês, segundo lhe comunicara Domingos Pires, cura de Sacoias (então anexa de Meixedo e hoje de Baçal, concelho de Bragança), o sino da igreja tocara espontaneamente, caso, ao parecer, miraculoso e como tal digno de investigação. O cabido incumbiu o chantre Afonso de Morais Colmieiro e o doutor Martim Pegado, cónego magistral, de levantarem o respectivo auto, nomeando para escrivão o mestre (organista) António Aires Ferreira. Sebastião Centeno, de Roxas, confirmado de Baçal, testemunha inquirida no processo por estar na igreja de Sacoias assistindo a um ofício quando o toque se deu, além de confirmar o caso, afirmou «que se dezia que no principio da Feliz restauração deste Reino se tangerão os signos da mesma Igreja [de Sacoias] por si de que ouvio dizer se fizerão autos e tirarão testemunhas judicialmente pello Reverendo Vicente Lopez de Moura, Provisor deste Bispado e conego Doutoral da See de Miranda». Domingos Pires, cura de Sacoias, que também assistia ao ofício quando o sino tocou, além de asseverar a veracidade do facto, disse: «que dera volta á igreja e não vira pessoa, nem indicio algum de o toque não ser expontaneo; que não podia ser senão tanger o signo por si como já em outra hocasião no mez de maio ou junho, ou o que na verdade se achar, que constará dos autos que disso se tirarão feitos pello R.do Doutor Vicente Lopes de Moura, vindo elle testemunha com os homens Baltezar Gonçalves e João Pires, ambos do lugar de Gimonde, antes do meio dia pouco mais ou menos, o que na verdade se achar, e estando fazendo Oração ella testemunha ha porta travessa da dita igreja da Senhora e os sobreditos homes ha fresta da dita igreja, ouvira tocar o sino e se levantara logo e fora fallar com os ditos homes e lhe perguntara para que tangião, elles disserão que elles MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ALARCÃO 7 TOMO VII não tangerão e forão todos tres perguntar ao home que estava de sentinella que hera Simão Rodrigues do dito lugar de Sacoias se sabia quem tangera o dito signo e elle dissera que não sabia quem; mas antes que mais vezes o ouvira tanger e não sabia quem. E do mais do tanger antigo se reportava ao que já tinha testemunhado» (18). Ver artigo «Manuscritos», Livro de Rezam do Padre Pascoal Ferreira. Porque de alguma forma se ligam com o assunto, damos aqui os seguintes documentos: «Corpo de Exercito de Operações de Portugal Soldados. Hides entrar em Portugal, em um paiz desgraçado, que soffrendo os horrores da guerra civil necessita do auxilio das Nações amigas; vossa missão é nobre; unidos os Hespanhoes e Portuguezes temos combatido pela independencia da Peninsula, juntos temos pelejado pela nossa Rainha, justo e generoso é que reunidos deffendamos o Throno Constitucional de D. Maria da Gloria. Conhecedor das virtudes do Exercito, e testemunha da vossa subordinação e distincto comportamento, tenho assegurado ao Governo de Sua Magestade que no Reino visinho vos fareis merecedores, como em Castella, do apreço e moderação, que em todos os tempos se tem tributado aos Soldados Hespanhoes. Soldados: tende em consideração o pacifico habitante, respeitae suas propriedades, pessoas e costumes, de modo que só vejam en nós seus amigos, seus irmãos. Fazei-o assim, e quando voltardes a pizar o solo hespanhol, deixareis em Portugal recordações gratas; seus filhos todos reconhecerão que seus melhores alliados são e serão sempre os Hespanhoes. Isto quer o Governo de Sua Magestade, isto convém á independencia de ambos os paizes, e o Exercito o fará porque assim cumpre ao seu dever, á sua honra e á sua gloria. Soldados: se a necessidade nos obrigar a fazer uso das armas, sêde generosos com os vencidos, e que a victoria, de que todos estamos seguros, se obtenha sempre ao grito de Viva a RAINHA! Quartel General de Zamora, aos 9 de Junho de 1847. Vosso General em Chefe. Manoel de la Concha. (18) O processo existe no Museu Regional de Bragança, mas só o respeitante ao tanger do sino em 1667. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA e a segurança que vieis tão comprometida. eis-me outra vez entre vós.ª Divisão Militar. de vossas pessoas e de vossas cousas. Commandante interino da 5. invadiram á pouco vossas habitações para estenderem a guerra civil. que tão generosamente nos vem auxiliar a esmagar a hydra revolucionaria. por mim nem sollicitada. Bragança.mo e benemerito Barão de Vinhaes. á causa iniqua em que seguem obstinados. infelizmente illudidos e rebeldes contra o Throno de nossa Adorada Rainha e Senhora D. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e um respeitavel Corpo de Exercito hespanhol entra hoje por esta fronteira para coadjuvar as tropas leaes até á inteira submissão dos rebeldes ás Ordens da nossa Augusta Soberana. empregado da Câmara Municipal de Bragança. p. pertencente ao já mencionado Júlio de Lemos. de vosso Gover- (19) Copiado de uma folha avulsa e impressa. e para vos constrangerem a concorrer com as producções de vossas fadigas. O Governador Civil – Francisco Xavier de Moraes Pinto» (21). 11 de Junho de 1847. Hoje porêm sois livres. Habitantes do districto de Bragança.mo General Concha foi vertida do hespanhol). e para vos restituir a paz. pertencente a Júlio de Lemos. (21) Impressa em folha avulsa. nem merecida. Typografia de Bragança. Habitantes do districto de Bragança! Continuai a permanecer tranquillos. abraçae como amigos e alliados os subditos da Nação hespanhola. Com as tropas leaes do digno Commando do Ex. e das instituições liberaes consignadas na Carta Constitucional da Monarchia. e não desmintaes os nobres sentimentos e o caracter transmontano. As forças navaes de Suas Magestades Britanica e Catholica fizeram já prisioneira a maior parte da tropa dos sublevados. 11. (20) Almanaque do Exército para 1895. e com vossos dinheiros. o imperio da lei. sem indicar lugar de impressão nem tipografia. As tropas espanholas do general Concha entraram em Bragança a 16 de Junho de 1847 (20). Maria 2. «Habitantes do districto de Bragança! Alguns centenares de portuguezes. mas provavelmente Bragança.ª. «Habitantes do Districto de Bragança! Honrado por Sua Magestade com a nomeação. 1847» (19). para libertar-vos do flagelo que vos opprimia.8 TOMO VII ALARCÃO (Esta proclamação do Ex. e a anarchia a um paiz jamais manchado com a nodoa de infedilidade a seus Augustos Soberanos. exultai! A guerra civil vai tocar seu termo com o triunfo completo da causa da legalidade e da ordem. seu Augusto Esposo. e reconhecimento Viva Sua Magestade a nossa Augusta Rainha. mas. e se dispam do egoismo. proclamados. não ha nem segurança. que nem especulam. mas persistente e inexoravel. e de todos os Portuguezes. Viva sua Real Dynastia. o executor leal e zeloso. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e a lealdade ao Throno. eu não pretendo captar simpathyas. e é indispensável. senão impossiveis. Viva a Carta Constitucional da Monarchia. Habitantes do Districto de Bragança! conheceis já os meus principios. todos os melhoramentos realizaveis. achareis o vosso Governador Civil sempre prompto a receber-vos. como difficeis. pelo seu governo. bem como eu conto com vossa sisudez. com os brilhantes atractivos de seductoras esperanças. a desordem.ALARCÃO 9 TOMO VII nador Civil. e pronunciado de todos os seus Subditos. sem sociedade e ordem. aonde quer que se apresente: assim possa elle merecer as vossas bençãos. eu não faltarei ao que meu cargo. nem preveriquem. tão faceis de proferir. é a ordem. Parco e difficil em promessas. e oscilações politicas. legalidade. e a politica do Govêrno. de realizar. propondo e promovendo. que as Leis sejam obedecidas. e a ouvir-vos. emquanto vosso chefe administrativo. eu venho ser entre vós. eis o voto. sem ordem não ha sociedade. subordinação. Habitantes do Districto de Bragança! a primeira. tolerancia. não ha nem vida. nem tranquilidade. o abuso. e a prevericação. e segurança. na desordem. o interprete fiel. assim possa a sua administração dar-vos mais um motivo para poder dizer com enthusiasmo. d’accordo com elles. em qualquer das fontes da vossa prosperidade. as authoridades respeitadas. a violencia. nem propriedade! mas para que tudo isto exista. e a tranquilidade. e á Carta Constitucional. nem medram. e que os depositarios do Poder nem abusem. vossa. a segurança. contae com sua fiel execução. eis o voto. e dos principios da ordem. e de pomposas promessas. o mais ardente desejo de nossa Augusta Soberana. e a Lei. a mais instante necessidade. que os partidos se contenham. das benevolas e maternaes intenções da mesma Augusta Senhora. Ricos ou pobres. a insubordinação. e dever de todos os seus Delegados que não sabem trahir o amor á Patria. eis o desejo mais saliente. e circumspecto. em reprimir e castigar. Eis o maior. e reconciliação. que as opiniões se tolerem. e por consequencia. sempre imparcial. do rancor. nem seduzir credulidades. e sem tranquilidade. porque pontual em cumprir o prometido. e amor ao Throno. m’incumbem. estudando. Viva Sua Magestade El-Rei. cumpre. sabios ou ignorantes. e intolerancia das facções. depois de tantos embates. de onde passou para o da Guarda. Foi também governador civil do distrito de Castelo Branco. empregado da Câmara Municipal de Bragança. mesmo a roupa branca. vestido de fato horrendo.° 24. virgem de consertos e de lavagens. de onde. onde era professor do liceu. Tiago da Silva Albuquerque e Amaral. 3 de Dezembro de 1847. na frase (22) Copiada de uma folha avulsa impressa. presidente da Câmara Municipal de Mangualde desde 1874 a 1878 e depois secretário-geral do governo civil dos distritos de Faro e de Santarém. O Governador Civil Antonio Julio Taveira Pinto Pizarro. A sua indumentária era esfarrapada e sebenta. por decreto de 31 de Agosto de 1868. Morreu em Bragança. p. Viseu e Santarém. e era filho do antigo juiz de fora e corregedor de Tomar. que extraía dos sovacos e castigava quando exorbitavam mandibulamente. divertimento tosco mas muito do agrado do povo bragançano. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . em alusão ao seu muito saber. Foi este governador civil que em Bragança proibiu o antigo costume de sair em dia de Cinza a Morte. pertencente a Júlio de Lemos. doutor em direito pela Universidade de Coimbra. director-geral das contribuições directas e ex-director-geral dos próprios nacionais. par do reino electivo por Viseu. cargo que abandonou a seu pedido. que estava na praça de Almeida quando se deu o desastre em 1810 (23). onde concluiu o curso aos dezanove anos de idade. 1847» (22). Ainda hoje vive na lenda a sua memória aureolada de profundo saber e de não menos profunda excentricidade. cargo que abandonou para exercer o de administrador do concelho de Oliveira de Frades. deputado. Foi agente do Ministério Público na comarca de Mangualde. (23) Ver tomo I. Faleceu em Mangualde a 26 de Junho de 1921. com trejeitos funambulescos à pancadaria nos garotos que o seguiam com algazarras. ALMEIDA (António Caetano de) – Por alcunha o Retórico. Ignoramos as demais circunstâncias pessoais. concelho de Mangualde. destas Memórias. Nasceu em Mesquitela.10 TOMO VII ALARCÃO | ALBUQUERQUE | ALCOFORADO | ALMEIDA Bragança. entre a unha e a mesa da cátedra – intra vestibulum et altare. veio transferido para o de Bragança. até que caía a pedaços. e conde de Mangualde. a 29 de Dezembro de 1865. povoada de parasitas. ALCOFORADO (Francisco Joaquim de Sousa) – Capitão de infantaria n. e depois dos da Guarda. um homem mascarado. ALBUQUERQUE (Francisco de Almeida Cardoso e) – Conselheiro. isto é. Typographia de Bragança. 165. se via que iam percebendo. não permitido pelo rito na missa daquele dia. dizia ele. como quem vai dar um passeio até MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . deitou logo a seguir. como dizia o célebre grego. eram escolhidos entre os seus alunos. a quem ensinava passeando com eles e explicando-lhes as maiores dificuldades. que muitas vezes servia ao mesmo tempo de suporte a pratos de mantimento. e de elegância redundante Tácito. mui naturalmente em frente dos alunos. tudo o mais que podia ser. é. e assim aparecia na taberna a impor silêncio quando os ralhos da tia Xoana. quis o Retórico acompanhá-lo para lhe dar as últimas instruções e recomendá-lo aos lentes.ALMEIDA 11 TOMO VII bíblica ou sobre a própria ara. Se os consulentes tinham obrigação de saber. Estava hospedado na taberna da Xoana da Stalage (espanhola). mais tarde cónego da Sé de Bragança (que fora um dos seus discípulos estimados). E realmente. dava tal jeito à explicação que embrulhava e obscurecia tudo. mas só dizia missa ajudado pelos estudantes amigos e à porta fechada. peludo como um carneiro e naquela postura não havia resistir-lhe. que queimava na braseira. então metia peta acintosamente. pois na aula as passava em claro ante o resto do curso. diante de letrados. dava Tito Lívio por modelo de concisão enérgica. impossibilitando a percepção. entre os quais era muito considerado. só assim exalavam o cheiro agradabilíssimo especial que tinham. como não vimos outro que tão rápida e correctamente lesse esta língua e a traduzisse à primeira vista. Não fumava nem cheirava. Saíram de Bragança uma tarde. apenas com uma leve tanga sobre as partes pudendas. mas apanhava pelas ruas pontas de charutos. e assim aparecia aos que o procuravam e se sentava à mesa para comer. com algum freguês renitente ao pagamento do quartilho. disse-nos quem o conheceu. e no Verão. rapidamente: Requiescaut in pace – benedicamus Domino – isto é. Ordenou-se de presbítero aos sessenta e tal anos. excediam a marca. missa est. Uma vez que lhe objectaram ter-se enganado ao dar ite. mas só aos amigos. foi frequentar a Universidade. servisse o outro. na qual tinha um vaso de cama. emendava: «há! é isso. estava distraído». para. únicas pessoas com quem convivia. limitava-se a citar os livros onde se encontravam resolvidas ou melhor tratadas essas consultas. Assim é que uma vez. fingindo-se sorna. e se lhe iam à mão. porque. notável latinista. e quando raras vezes respondia. a não ser os alunos amigos. caso não servisse um. dentro de casa. andava in naturalibus. uma das mais ordinárias de Bragança. Quando José Joaquim de Oliveira Mós. Os seus amigos. Não respondia às consultas que lhe faziam os estranhos. – Deixemos coisas tão altas – tornou ele – digo aqueloutra pegada? – É a taberna do Paradinha.. a su caralo. António Caetano de Almeida morreu. contígua às casas do visconde de Ervedosa. ALMEIDA (António Maria Pereira de) – Natural de Macedo de Cavaleiros.. coisa que nunca dissera a ninguém e constava da sua carta de formatura guardada no fundo da mala. se é que o é. sob uma aparência sorna de bonomia descuidosa. a fim de publicar uma estatística das freguesias do reino. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de A Palavra. tip. – Eu supunha que fosse um botequim. 8. na rua Abílio Beça. 1887. a pata de um burro ainda com a respectiva ferradura. e deu com ele em Coimbra. pois teve de jornadear a pé. portanto nem era nem deixava de ser clérigo): de quem é essa casa aí atrás? – É do senhor visconde. Não nos consta que deixasse publicações. número aproximado de fogos e notabilidades de algumas em satisfação do pedido de um ilustre escritor. Foram sobrinhos deste ilustrado sacerdote os doutores António Luís de Freitas. disse para um dos discípulos: – Senhor padre Sebastião. expressa em trocadilhos. a 8 de Fevereiro de 1817 e faleceu no Pombal. pois tudo era dizerem: a su caralo. onde estabeleceu residência e passou grande parte da sua vida. Exerceram ambos o cargo de governador civil do distrito de Bragança. – disse ele. à laia de pisa-papéis. concelho de Carrazeda de Ansiães. mas deixemos isso (era de Soeira e só tinha ordens menores. mais morto que vivo. distrito de Vila Real. e João de Freitas. reconstruídas a fundamentis nos fins do século passado pelo Machaca. em Bragança. chegando um pouco adiante. ouvindo ao mesmo tempo as larguíssimas instruções e prelecções do Mestre. respectivos oragos.° pequeno de 37 págs.. ao primeiro dos quais devemos muitas e interessantes notícias que nos forneceu para esta obra. professor do liceu de Braga. Era profundamente irónico. ouviu as altercações dos fregueses salpicadas de invectivas obscenas. Nasceu no Amieiro. Porto. e só pelo seu insignificante espólio soubemos que era doutor. a 13 de Junho de 1888. – Uma taberna?!. informou o interrogado. Passando um dia de passeio com o seu selecto grupo em frente de uma taberna. ALMEIDA (António da Cunha e) – Reitor do Pombal.. e. tendo por cima.12 TOMO VII ALMEIDA detrás do Forte. O padre Cunha e Almeida escreveu: Relação Nominal de todas as freguesias do Concelho de Carrazeda de Ansiães. juiz de direito. admirado. onde também faleceu. que se retemperava nas contrariedades da vida. chegando até a tomar ordens menores. Ricardo de Almeida começou a distinguir-se em artigos publicados em O Nordeste. fazer face às despesas na frequência da Academia Politécnica e Escola Médica do Porto. novo pela especialidade de que trata. Em 1893-94 frequentou a Academia Politécnica do Porto. voltou a leccionar algumas disciplinas para o colégio de Lamego. tip. Famalicão. natural do Porto. Estudou preparatórios num colégio particular de Lamego.° grande de 95 págs. 8. porque. Escreveu: Ligeira contribuição para o estudo das Febres Palustres na Vilariça – Dissertação inaugural apresentada à Escola Médico-Cirúrgica do Porto. a posição que desfrutou. e três filhos. pelo seu muito trabalho de leccionação. nasceu a 16 de Janeiro de 1871 e faleceu em Alfândega da Fé.a D. e concluído aí em 1889 o curso para a carreira eclesiástica. faltando-lhe seu pai em 1886 e ficando sem recursos para prosseguir nos seus estudos. ALMEIDA (Humberto de) – Tenente de infantaria. ex-governador da província MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 1919. em 1886 veio frequentar teologia no Seminário de Bragança.ALMEIDA | ÁLORNA 13 TOMO VII Escreveu: A Talassoterapia e a Tuberculose – Dissertação inaugural apresentada à Escola Médico-Cirúrgica do Porto. por ele preferido à carreira eclesiástica. advogando fervorosamente os interesses da sua terra. a vapor da Real Oficina de S. Desde estudante em Bragança. 8.ª Brigada de infantaria). Escreveu: Memórias dum Expedicionário a França (com a 2. natural de Bragança. pode. 1917-1918. Etelvina de Almeida. onde se mostra o fino tacto observador do seu autor. Elisa Augusta de Morais. José. Porto. deixando viúva a ex.° de 129+2 (inumeradas) págs. ALMEIDA (Ricardo Rafael de) – Natural de Vila Flor. 1900.° pequeno de 184 págs. ALORNA (Marquês de) – Tenente-general. Porto. obtendo a classificação de distinto nas cadeiras de física e química. Ricardo Rafael de Almeida deveu à sua rara inteligência e inquebrantável força de vontade. 1903. a 5 de Fevereiro de 1923. que deixa bem antever quão profícua seria a sua competência clínica. 8. filho de Carlos Alberto de Lima Almeida e de D.ma sr. ao passo que repetia no liceu os preparatórios para o curso de medicina. onde era médico municipal (cargo que exerceu desde que se formou). Nasceu a 28 de Janeiro de 1895. escrevendo depois em vários outros jornais artigos que se tornaram notáveis pela feição regionalista que lhes imprimia. É um trabalho notável. vol. vol. e João Gaspar Gratz (alemão). no Palatinado. serviu em 1804 de testemunha nos autos de Alexandre Pinto de Sousa Coutinho. 165. Vicente da Cunha (portugueses). p. 88. concelho de Vinhais (26). natural de Sampaio de Fornos. na China.14 TOMO VII ALORNA | ALPOIM | ALVAREDO | ÁLVARES do Alentejo. Bartolomeu Álvares. aí pelos anos de 1769. provido em 1770 na reitoria de Soeira e em 1784 na de Paçó. e João Gaspar Gratz. 1738. vigário de S. (26) Ibidem. pregar a lei de Cristo ao reino de Tonquim. foi nomeado inspector-geral e comandante das tropas portuguesas de todas as armas estacionadas nas províncias de Trás-os-Montes. p. Frei – Gabinete Histórico. vol. de Parâmio. há um quadro grosseiramente pintado representando uma cabeça degolada e a escorrer san- (24) CHABY – Excertos históricos. Beira e Estremadura por decreto de Junot de 22 de Dezembro de 1807 (24). bacharel em cânones. (27) SANTA MARIA. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . natural de Lisboa. 19. parte III. ALPOIM (Francisco Xavier Borges) – Alferes de infantaria n. (25) Ver tomo I. Na casa da família Lousada (Alferes). Manuel de Abreu. ALVAREDO (António Bernardo Gonçalves) – Natural de Gostei. natural de Marco Duro. VI. Francisco de. e depois de nove meses de penoso cárcere foram degolados em teatro público aos 12 de Janeiro de 1737 (27). CONCEIÇÃO. que obtivera 100$000 réis de pensão na abadia de Quirás. mortos em ódio da fé. todos jesuítas. 315. p. XI. destas Memórias. I.° 24. natural de Parâmio. Com uma breve suma do princípio desta perseguição e do seu primeiro efeito que foi a prisão e morte dos outros dois padres da Companhia italiana. p. tomo VI. Foram presos. comissário do Santo Ofício. aos 12 de Janeiro de 1737. na corte de Tonkim. carregados de cadeias e por último sentenciados à morte. ALVAREDO (Francisco José Gonçalves) – Natural de Gostei. «por terem a ousadia de entrar no Celeste Imperio contra os decretos reaes a pregar a lei de Christo». abade reservatário de Medrões. bispado de Lamego. Miguel da Pena. Cláudio da. 202 e 631. Havia ido juntamente com os padres Manuel de Abreu. … Lisboa. Relação da prisão e morte dos quatro veneráveis padres da Companhia. comarca de Vila Real. concelho de Bragança. cavaleiro professo na ordem de Cristo. arcediago de Bragança. Folheto. concelho de Paiva. Frei – Ano Histórico. p. Vicente da Cunha. ÁLVARES (Padre Bartolomeu) – Jesuíta. que estava na praça de Almeida quando se deu o desastre de 1810 (25). O Comércio do Porto. onde fundou o «Externato Mirandês». Este quadro foi pintado por um dos irmãos Pereiras. 8. que deixaram esparsa a sua obra de pintura em muitos painéis. quadros e abóbadas de capelas-mores das igrejas do bispado de Bragança. Tem colaborado nos seguintes periódicos: O Primeiro de Janeiro. presidente da câmara municipal da mesma cidade em 1899 e governador civil do distrito de Bragança. de Lisboa. Como vogal do Conselho Distrital de Agricultura apresentou vários relatórios que foram publicados na imprensa. Tem escrito: A propaganda sobre o Caminho-de-Ferro do Pocinho a Miranda do Douro. concelho de Bragança. Bartholo Alves morreu na mourama a pregar a palavra de Deus anno 1755». de onde eram naturais. a 24 de Dezembro de 1874.ÁLVARES | ALVES 15 TOMO VII gue. entrando em 1901 na magistratura judicial. Concluídos os estudos liceais. Saiu anónimo. Bragança. Portugália. semanário de Bragança. Porto.. Eram dois irmãos: Luís António Pereira. Rabal. Por isso. onde casou pelos anos de 1885. não admira que errassem o nome do glorioso defensor da fé e o ano verdadeiro do seu passamento. antigo administrador do concelho de Miranda do Douro. a vapor de Artur José de Sousa & Irmão. com a seguinte legenda: «Pe. cuja formatura terminou em 1896.° de XVII-107 págs. tais como: França. pelos anos de 1863. menos que medíocres artistas. 1920. Adriano Rodrigues. Miranda do Douro – Sua história. Tip. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Maria Felícia Gil. ALVES (António Carlos) – Juiz de direito. 1902. Distrito de Bragança. costumes e importância agrícola. Propaganda Regional do Distrito de Bragança. matriculou-se em 1891 na faculdade de direito da Universidade de Coimbra. etc. Ilustração Trasmontana. filho de Manuel Inácio Alves e de D. que morreu em Izeda. vindo seguidamente exercer a advocacia para Miranda do Douro. O Século (onde inseriu um estudo sobre aproveitamento das águas do rio Douro como força motriz). 8.° pequeno de 130 págs. Nasceu em Vila Chã de Braciosa. que morreu também em Bragança. desde 21 de Setembro a 2 de Novembro de 1905. Saiu no Correio Brigantino. vivendo já bastante distante dos acontecimentos. Tip. Correio Brigantino e outros. e Caetano Pereira. que dirigiu e onde foi professor. concelho de Miranda do Douro. com mais 3 (inumeradas) de erratas e índice. Diário de Notícias. de teses. Tiago da Espada do Mérito Científico. de Bragança. onde também concluiu o curso teológico em Junho de 1889. A Torre D. da Sociedade Portuguesa de Estudos Históricos. O Instituto. a 9 de Abril de 1865. oferecido por subscrição pública do distrito de Bragança em homenagem aos seus trabalhos de investigação histórica em prol do mesmo. memoriais. Estudou preparatórios no Liceu e no Seminário de Bragança. da qual tomou posse a 26 de Junho do ano seguinte. concelho de Chaves. O Lavrador Trasmontano. antigo vogal à Junta Geral do Distrito de Bragança. comendador da antiga. Revista Católica. antigo vereador da Câmara Municipal de Bragança. uma pena de ouro e um tinteiro de prata. naturais de Baçal. Os seus artigos de polémica na Gazeta de Bragança.16 TOMO VII ALVES ALVES (Francisco Manuel) – Nasceu em Baçal. de Coimbra. da Academia de Ciências de Lisboa. José Alves de Mariz. para a qual havia feito concurso de provas públicas em 11 e 12 de Novembro de 1892 e onde era já pároco encomendado por carta do Prelado Diocesano de 7 de Dezembro de 1889. O Trasmontano. Portugal Agrícola. Literário e Artístico. tudo de alto valor artístico. Revista de História. Notícias de Bragança. Alerta. prólogos de livros. Pirilampo. Distrito de Bragança. de Lisboa. O Comércio do Porto. Livro de Portugal. ordenando-se de presbítero no dia 13 do mesmo mês e ano. nobilíssima e esclarecida Ordem de S. A Ilustração Trasmontana. concelho de Bragança. do Porto. de Mirandela. A Voz. antigo presidente do Instituto Científico-Literário de Trás-os-Montes. etc. e tem escrito muitas representações. Por decreto régio de 16 de Agosto de 1895 foi provido na igreja de Baçal. Legionário Trasmontano. Dionisos. O Comércio de Chaves. de Carrazeda de Ansiães. Agenda Brigantina e O Primeiro de Janeiro. lavradores. do Instituto de Coimbra. a propósito da questão do Bispo D. Jornal de Bragança. de Bragança. Colaborou igualmente nas seguintes revistas: O Arqueólogo Português. terra de sua naturalidade. monografia da província de Trás-os-Montes para a Exposição de Sevilha em 1929. Diário de Notícias. O Leste Trasmontano. É sócio da Associação dos Arqueólogos Portugueses. Chama. distinguido com um cálix. filho de Francisco Alves Barnabé e de Francisca Vicente Esteves. Por decreto régio de 11 de Fevereiro de 1893 foi provido com o título de reitor na igreja de Mairos. diploma de Menção Honrosa na Exposição Biblio-Iconográfica Comemorativa de 1910. O Bragançano. Colaborou nos seguintes jornais: A Palavra. agitaram fortemente a opinião pública MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de Lisboa. Gazeta de Bragança. antigo vogal pelo clero de Bragança aos Congressos Eclesiásticos de Braga e de Coimbra e director do Museu Regional de Bragança. Primeiro Centenário da Guerra Peninsular. havia feito o mesmo com a capela do Senhor dos Aflitos em umas ruínas romanas do termo de Travancas. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . a Gazeta de Bragança de 29 de Janeiro e 5 de Março de 1905 e LOPO. Foi no Portugal Agrícola. sendo que em 1893. Cooperou valiosamente para o engrandecimento do Museu Municipal de Bragança logo desde a sua fundação em 1896 (28) com ofertas de valor máximo. e a grande quantidade de artigos que publicou respeitantes ao engrandecimento material. 252. seguramente o primeiro brado que em Portugal se soltou em prol desse centenário. uso de largo alcance económico que teve certa importância na imprensa e muito devia atenuar as crises económicas que tanto nos assoberbam. tendente a comemorar em Bragança o centenário da Guerra Peninsular na pessoa do herói regional. 75. devia proceder às novas lotações das freguesias que no concelho de Chaves pertencem à diocese de Bragança. principalmente em epigrafia. p. p. 81 em nota. onde se aponta a larga bibliografia do Castro de Sacoias. a realizar-se. pág. general Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda. volume XII. 1892. Só em 1928 é que pela primeira vez em Portugal se pôs à venda carne de cavalo. conseguiu que aí se erguesse a fundamentis a capela de Nossa Senhora. para melhor as conservar e tornar conhecidas. volume III. folhetos e livros. que o deixaram herdeiro de suas fortunas superiores a uma dezena de contos de réis de que (28) Veja-se O Arqueólogo Português. 53 e volume IV. Fez parte da comissão que. industrial e mental de Bragança e distrito. obra que. segundo o disposto no decreto de 30 de Dezembro de 1890. entre os quais se destacam os referentes ao canal de irrigação colhido no rio Douro pela altura da cidade de Miranda. depois pomposamente celebrado em 1908. o Nordeste de 6 de Dezembro de 1899.ALVES 17 TOMO VII e tiveram eco na imprensa tanto portuguesa como estrangeira em artigos de jornais. p. cuja inauguração solene teve lugar a 4 de Junho de 1905 e já hoje é muito concorrida de romeiros. numismática e cerâmica. sem ascendentes. Sugestionado pela poesia das ruínas luso-romanas de Castro de Sacoias. As questões cívicas e económicas mereceram-lhe sempre especial cuidado sendo notável o que já desde 1902 vinha escrevendo. Da sua isenção dão prova os seguintes factos: houve duas pessoas da sua freguesia. o Norte Trasmontano de 8 de Janeiro e 12 de Fevereiro de 1897. anexa da sua freguesia de Baçal. Albino – Bragança e Benquerença. p. então anexa de Mairos (29). nem descendentes directos. que Francisco Manuel Alves levantou pela primeira vez em Portugal a questão sobre a hipofagia. quando pároco de Mairos. centuplicaria o valor produtivo da província. (29) O Arqueólogo Português. 155. 18 TOMO VII ALVES Francisco Manuel Alves nada aceitou, cedendo tudo em favor dos parentes colaterais das ditas pessoas. Foi por diversas vezes escolhido pelos bispos de Bragança para serviços de superior responsabilidade. Fez parte de várias comissões organizadas em Bragança, tendentes ao engrandecimento da região, e em 1915 redigiu o memorial para o ministro do Fomento, dr. Manuel Monteiro, assinado pela elite da mentalidade bragançana, no sentido de obter do governo um subsídio para restauração dos antigos paços municipais, veneranda relíquia românica intramuros da cidadela, o qual concedeu três contos de réis. Aos seus estudos de arqueologia e investigações históricas fazem referências obras de primacial valor, não só portuguesas, mas também espanholas, francesas e alemãs. Além da colaboração indicada, deixa impressas as seguintes obras: O caso de Bragança e resposta aos críticos – Mensagens e adesões do clero da Diocese de Bragança ao seu Prelado. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1905. 8.° de 118 págs. (Neste opúsculo pertence-lhe só a parte que vai desde págs. 38 a 70, a qual foi muito elogiada na imprensa – Correio Nacional, etc., e transcrita na Gazeta de Bragança; no Conimbricense e noutros jornais). Notas biográficas do Ex.mo e Rev.mo Sr. D. José Alves de Mariz, Bispo de Bragança, tributo de admiração no 21.° aniversário da sua eleição e confirmação episcopal. Porto, Tip. a vapor da Real Oficina de S. José, 1906. 8.° de 67 págs. com o retrato do Prelado. Este opúsculo, largamente comentado na imprensa nacional e até na estrangeira, como os Ecos de Roma, etc., ou simplesmente visado com alusões envenenadas, bem como o seu autor, levantou celeuma enorme em que a paixão pró e contra teve largo quinhão. Para o refutar, apareceu à luz a Autópsia às notas biográficas do Ex.mo e Rev.mo Sr. D. José Alves de Mariz, Bispo de Bragança, por I. X. Porto, Tip. da Viúva de J. S. Mendonça, 1908. 8.° de X-117 págs. Moncorvo – Subsídios para a sua história, ou notas extraídas de documentos inéditos respeitantes a esta importante vila trasmontana. Porto, 1910. 4.° de 55 págs. com 26 fotogravuras de monumentos referentes a Moncorvo. Castro de Avelãs, mosteiro Beneditino. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1910. 8.° de 171 págs. Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança ou repositório amplo de notícias corográficas, hidro-orográficas, geológicas, mineralógicas, hidrológicas, biobibliográficas, heráldicas, etimológicas, industriais e estatísticas, interessantes tanto à história profana como eclesiástica do Distrito de BraMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ALVES | ALVOR 19 TOMO VII gança. Porto, Tip. a vapor da Empresa Guedes, 1909. 8.° de X-401 págs., 1 de erratas e vários mapas desdobráveis; II tomo na mesma tipografia, 1910-1913. 8.° de 509 págs., 1 de erratas e 1 de registo; III tomo na mesma tipografia, 1910-1911. 8.° de 459 págs., com uma fotogravura; IV tomo, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1911-1918. 8.° de 704 págs.; V tomo, Bragança, Tip. Geraldo da Assunção, 1925. 8.° de CXIV-210 págs.; VI tomo, Porto, Tip. Empresa Guedes, 1928. 8.° de XV-808 págs. Só os artigos que publicou nos jornais em que colaborou, artigos que cortou à tesoura e colou em livros em branco, enchem dois volumes grandes de papel de trinta e cinco linhas. A sua biografia encontra-se na Bibliografia Nobiliárquica Portuguesa, por Eduardo de Campos de Castro de Azevedo Soares (Carcavelos), 1916, tomo I, pág. 157. Em O Arqueólogo Português, tomo XXII, vem uma resenha bibliográfica das obras que publicou, e na Ilustração Trasmontana, do Porto, 1909, tomo II, e também no tomo III o seu retrato. Falando deste escritor diz o sábio doutor José Leite de Vasconcelos, depois de apontar as suas obras: «Em todas elas, bem como em artigos dispersos em revistas e jornais (O Arqueólogo, Revista de História, Diário de Notícias, etc.) revela o autor sempre tão sólidos conhecimentos e tanto critério – méritos realçados de mais a mais por virtuosa modéstia –, que ninguém que trate de perto com as obras do abade de Baçal poderá deixar de o admirar e lhe querer bem. Para os bragançanos é ele, com justificada razão, um ídolo» (30). Tem manuscrita uma monografia sobre o concelho de Carrazeda de Ansiães, de quase duzentos fólios, que fez a pedido do doutor Raul Manuel Teixeira, quando juiz daquela comarca, e está hoje, ao que nos dizem, em poder do jornalista e escritor doutor Manuel Múrias, natural da mesma vila, residente em Lisboa, e um estudo de mais de duzentos fólios intitulado: O Padre?!… Eis o inimigo – Razões históricas do ódio votado a esta classe. Começou a sair no Legionário Trasmontano, semanário de Bragança, desde 2 de Julho de 1914 a Fevereiro de 1916. Trás-os-Montes, monografia a sair em O Livro de Portugal, publicado pelo Comissariado de Portugal na Exposição Ibero-Americana de Sevilha. ALVOR (Bernardo Filipe Neri de Távora, 2.° conde de) – Nascido em 1681 e falecido a 27 de Abril de 1744; foi nomeado em 1703 governador das armas da província de Trás-os-Montes. (30) Dr. José Leite de Vasconcelos, lente da Universidade de Lisboa, De terra em terra. Lisboa, 1927, vol. I, p. 120. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 20 TOMO VII ALVOR | AMADO Parece que em 1711 era governador das armas desta província D. João Manuel de Noronha, que se assinalou pela tomada de Miranda do Douro, em poder dos castelhanos desde 1710, devido à traição infame do seu governador Carlos Pimentel, que se vendeu ao inimigo por seis mil dobrões (31). ALVOR (Francisco de Távora, 1.° conde de) – Foi governador das armas da província de Trás-os-Montes na guerra de 1704 e no ano de 1707 da província do Alentejo. Faleceu em 1710 (32). AMADO (Adrião Martins) – Presbítero. Nasceu em Argozelo, concelho do Vimioso, a 7 de Outubro de 1874; filho de José Raimundo Martins Amado e de D. Maria Joaquina Alves (33). Antigo reitor do Liceu Nacional de Bragança, do qual foi professor provisório, passou a efectivo, precedendo concurso, por decreto de 18 de Outubro de 1904. Em 18 de Janeiro de 1900 foi despachado escrivão do Juízo Apostólico da diocese de Bragança. Antes da vida do magistério e logo após a sua ordenação de presbítero exerceu a paroquialidade em Rio Frio e em Milhão. Tem escrito: Injustiças do Bispo de Bragança. Tip. da Viúva de J. S. Mendonça, 1908. 8.° gr. de X-115 págs. e 1 de índice. Anuário do Liceu Nacional de Bragança – Ano escolar de 1907-1908. Imp. na citada tip. 1908. 8.° de 61 págs. Diz respeito à sua gerência de reitor. Anuário, etc. – Ano escolar de 1908-1909. Idem. 8.° de 80 págs. Idem. Ficaram célebres as lutas que Adrião Martins Amado sustentou com o bispo desta diocese, D. José Alves de Mariz, por o haver suspendido temporariamente do cargo de escrivão do Juízo Apostólico em 19 de Outubro de 1906, e depois, por tempo indeterminado, em 14 de Dezembro de 1907, de que interpôs recurso para o poder temporal, tanto de um como de outro despacho. A 28 de Maio de 1907 e a 9 de Fevereiro de 1909 pronunciou-se sobre estes recursos a Relação do Porto. Estas lutas fizeram também com que o padre Amado fosse pronunciado pelo poder judicial a 1 de Junho de 1907, de cuja pronúncia interpôs (31) CHAGAS, Pinheiro – História de Portugal, vol. VI, p. 190, 219 e 220. Portugal: Dicionário histórico, biográfico…, artigo «Alvor». (32) SOUSA, António Caetano de – História Genealógica, tomo V, livro VI, cap. VI, p. 216 e 229. (33) Ver tomo VI, p. 997, destas Memórias. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA AMADO | AMARANTE | AMENO 21 TOMO VII recurso para a Relação do Porto e depois para o Supremo Tribunal de Justiça, onde alfim foi despronunciado por acórdão de 6 de Dezembro de 1907. AMARANTE (Francisco da Silveira Pinto da Fonseca, 1.° conde de) – Tenente-general, comendador de Santa Marinha de Rio Frio de Carragosa, governador das armas da província de Trás-os-Montes. Tomou parte notável nas lutas contra os franceses e nas constitucionais (34). Sucedeu no governo das armas da província a Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda. Nasceu na vila de Canelas a 1 de Setembro de 1763 e faleceu em Vila Real a 27 de Maio de 1821. AMARANTE (Manuel da Silveira Pinto da Fonseca Teixeira [conde de] depois 1.° marquês de Chaves) – Tomou parte nas lutas constitucionais (35). AMENO (Francisco Luís) – Nasceu em Argozelo, concelho do Vimioso, a 10 de Março de 1713 e faleceu em Lisboa em 1793. Filho de António Português e de D. Isabel Luís. Matriculou-se em 1727 na faculdade de cânones na Universidade de Coimbra, cujo curso não levou a cabo, pois abandonou os estudos e foi para Lisboa, onde ensinou primeiras letras e gramática latina. Pelos anos de 1748 fundou a «Typographia Patriarchal», uma das melhores de Lisboa, como se vê pelas muitas obras literárias que aí se imprimiram por espaço de cinquenta anos. Era incansável em aperfeiçoar a sua tipografia, que dirigia com muita competência. Ali se imprimiram muitas obras de música, principalmente livros de cantochão e libretos de óperas, tendo todas a indicação em italiano Nella Stamperia Ameniana. Foi Francisco Ameno o primeiro que empreendeu a publicação dos Almanaques de Lisboa. Traduziu três óperas, que se cantaram no teatro dos Paços da Ribeira. Escreveu: Colecção de algumas obras póstumas, que em prosa e verso deixou José de Sousa, cego desde o berço, por... etc. Lisboa, 1746. 8.° Índice geral de todos os apelidos, e coisas notáveis que se compreendem nos 19 tomos da História Genealógica da Casa Real Portuguesa. Lisboa, 1749. Fólio. Escola Nova, cristã e política, na qual se ensinam os primeiros rudimentos (34) Ver Memórias Arqueológicas…, tomo I, p. 140, 168 e 171. (35) Ibidem, p. 172, 175 e 176. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 22 TOMO VII AMENO que deve saber o menino cristão, e se lhe dão regras para com facilidade aprender a ler, escrever e contar. Lisboa, 1756. Esta publicação apareceu debaixo do nome de D. Leonor Tomásia de Sousa e Silva. Publicou-se segunda edição em 1813. Novenas de Santa Inês, Santa Águeda, da Maternidade de Maria Santíssima, da Fugida da Senhora, da Pureza da mesma, de Santa Isabel, S. Camilo de Lelis, e S. Vicente de Paula. Saíram todas anónimas, insertas nos tomos I e III do Novenário geral, publicado por Ameno, em 1751-1752. Aquiles em Siro, ópera composta em italiano por Pedro Metastásio, e traduzida em português, etc. Lisboa, 1755. Alexandre na Índia, ópera composta por Metastásio, traduzida em português. Lisboa, 1755. Zenóbia em Arménia, ópera, etc., traduzida... Lisboa, 1755. A Clemência de Tito, ópera, etc., traduzida... Lisboa, 1755. Demofonte em Trácia, ópera, etc., traduzida... Lisboa, 1755. Antígona em Tessalónica, ópera, etc., traduzida... Lisboa, 1755. Destas seis peças, a primeira saiu em verso e anónima. Ignoramos se pertence realmente a Ameno. As outras, em prosa, foram publicadas sob o pseudónimo de Fernando Lucas Alvim. Horas da Semana Santa, oferecidas à Senhora D. Maria Pacheco da Cruz. Lisboa, 1784. 8.° Consolação de aflitos e alívio de lastimados – Diálogo entre dois filósofos, Vacrísio e Pontónio. Lisboa, 1742. 8.° Semiramis reconhecida: ópera do abade Pedro Metastásio, traduzida..., etc. Lisboa, 1755. 8.° de 93 págs. Farnace em Eraclea: ópera traduzida do italiano. 1760. 8.° de 75 págs. Vologeso e Berenice: ópera traduzida do italiano. 1761. 8.° de 75 págs. Temistócles: ópera de Metastásio, traduzida... Sem data. 8.° de 160 págs. Todas estas quatro óperas são em prosa com as árias em verso. Manual Cronológico, que contém as principais épocas da história de cada um dos povos. Lisboa, 1758. Saiu com o nome de Lucas Moniz Cerafino, anagrama do seu nome. De XII (inumeradas)-474 págs. Parabéns ao Ser.mo Príncipe da Beira pelo seu faustíssimo nascimento (36). O Sumário da Biblioteca Lusitana menciona mais, como sendo deste autor, o seguinte: Notícias dos descobrimentos dos portugueses no Novo Mundo. Manuscrito. (36) SILVA, Inocêncio Francisco da – Dicionário Bibliográfico e no Suplemento, tomo IX. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA AMENO | AMORIM 23 TOMO VII Exercício da missa. Manuscrito. Com inveja se vencem fortunas. Comédia tirada do castelhano. Ameno também usou o pseudónimo de Nicolau Framez Scom. AMORIM (João Lopes de) – Arquitecto, residente em Guimarães, pelos anos de 1630. É interessante o seguinte documento referente à ponte de Mirandela, que lembra o seu nome e predicados: «Eu El Rei faço saber a vos, provedor da comarca da villa da Torre de Moncorvo, que havendo respeito a informação que me enviastes sobre a obra da ponte do rio Tua (?) para que os officiaes da camara da villa de Mirandella me enviarão pedir por sua carta provisão de finta pella necessidade que havia de se fazer com toda a brevidade e visto constar pella dita informação como a dita ponte era muito antiga e em si muito grande e de grande fabrica, e mais necessaria por ser passagem para muitas partes deste reino e estrada para todo Emtre Douro e Minho e Tras os Montes e reinos de Galliza e Castella e como avia nove annos pouco mais ou menos que comessara arruinar e fazendosse finta de nove mil cruzados e sendo rematada a obra a hum mestre por nome Pero da Fonseca, o quoal indo continuando com ella viera a fallecer, tendo elle já a maior parte do dinheiro cobrado, com o que ficara a obra por acabar athe que este prezente anno arruinara, não só pella parte que dantes estava, mas ainda por outras, de maneira que toda tinha necessidade de se refazer, antes que de todo viesse a cair, e visto outro ssi constar pela dita informação que andando esta obra em pregão todo o tempo necessario e não haver lanço mais seguro que de doze mil e quinhentos cruzados, em que foi arrematada ao mestre João Lopes de Morim. Hey por bem e me praz que da dita contia de doze mil e quinhentos cruzados façais logo lançar finta… … Lixboa a vinte e quatro de novembro de mil e seis centos e trinta e coatro» (37). AMORIM (João Pinheiro de) – Há dele uma tese sobre direito canónico, defendida no quarto ano do seu curso, em Coimbra, dedicada à Santíssima Virgem do Socorro (sem mais indicação de lugar), impressa de frente em três planas, em véu de cálix, seda vermelha. Conimbricæ. ex Typograp. in Collegio Artium Societatis Jesu, Año Dñi 1711. Depois da dedicação à Virgem, que ocupa três linhas, segue uma ode latina em vinte e quatro versos, vindo seguidamente a tese. (37) Filipe III, Doações, livro XXIX, fl. 254, in Dicionário dos Arquitectos, vol. II, p. 80. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 24 TOMO VII AMORIM | ANDRADE Pertence à nossa colecção, que oferecemos ao Museu Regional de Bragança (38). ANDRADE (André Manuel Freire de) – Tese de direito canónico e civil, defendida no seu quinto ano de direito. Conimbricæ Ex Archytypographia Academia Regia Anno Domini 1765 Sup. Facultate. Esta tese, impressa em véu de cálix de seda, existe na capela dos Pimentéis da Bemposta (39). Ver Pimentel (Domingos de Morais). ANDRADE (Domingos Teixeira de) – Brigadeiro e governador das armas da província de Trás-os-Montes, pelos anos de 1743 a 1750, que muito se distinguiu durante o cerco de Miranda em 1711 (40). ANDRADE (Eugénio Guedes de) – Doutor em direito, conservador do registo predial em Mirandela, notável apicultor e caricaturista, onde nasceu pelos anos de 1864-1865, filho de José António Nunes de Andrade e de D. Maria Emília da Fontoura. Escreveu: Os i i sem os pontos, jornal de caricaturas, publicado desde 1881 a 1888, deveras interessante. Tem publicado vários opúsculos ilustrados sobre apicultura, de que é tratador apaixonado. ANDRADE (Jacinto Freire de) – Nasceu em Beja em 1597 e faleceu em Lisboa a 14 de Maio de 1667. Era formado em cânones pela Universidade de Coimbra, onde concluiu o curso em 1618, vindo em seguida paroquiar a igreja de Sambade, concelho de Alfândega da Fé. Foi depois abade de Chãs de Tavares, concelho de Mangualde. Deste notável clássico da literatura portuguesa, de que apenas fazemos menção pelo facto de ter sido pároco no distrito de Bragança, nada mais (38) Chamo véus de cálix a uns rectângulos de 0,55mx0,65m plus minus de seda, pelo geral das cores litúrgicas – branca, vermelha, verde e roxa ou cambiantes delas – onde estão impressas teses defendidas pelos alunos das Universidades nos actos dos seus estudos e dedicadas, pelo geral, à Virgem Maria, sob alguma das suas multíplices invocações – do Socorro, do Rosário, da Assunção, do Loreto, etc., etc., pelo geral venerada na povoação natal dos autores. É certo que nem todos estes panos serviram de véus de cálix, se bem que pelo geral podiam facilmente adaptar-se a isso, pois grande parte se destinaria a ofertas particulares de amigos, como se faz hoje em dia com as suas sucedâneas, impressas em papel. Algumas são notáveis, como documentação gráfica, pela elegância ornamental das letras capitais e das largas tarjas que as orlam. (39) Ao doutor Casimiro Henrique de Morais Machado, distinto advogado no Mogadouro, sua terra natal, agradecemos as notícias referentes a este véu de cálix. (40) Memórias biográficas do Il.mo e Ex.mo Sr. Manuel Pinto Bacelar, Visconde de Montalegre. Tomo I, p. 121, destas Memórias. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ANDRADE | ANHAIA | ANTAS 25 TOMO VII diremos, porque a sua biobibliografia se encontra a cada passo largamente tratada em qualquer obra da especialidade. ANDRADE (Matias de) – Frade da congregação do oratório, natural da vila do Freixo de Espada à Cinta. Escreveu: Viva Jesus. Salamanca. 1731 (41). ANDRADE (Olímpio Guedes de) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra e advogado em Mirandela. Escreveu: Minuta do Agravo de Injusta Pronúncia interposta por José António Esteves, João José Caseiro e José Maria Pires no processo instaurado na comarca de Mirandela pelos crimes de falsificação e subtracção de documentos, em processos de execuções fiscais, e em que é querelante João Baptista Botelho. Bragança, Tip. de O Nordeste, 1892. 8.° de 38 pág. ANHAIA (João de Ordaz) – De Miranda do Douro, provido na abadia de Penhas Juntas em 1714, era filho de Diogo de Ordaz Anhaia, de Miranda, e de D. Isabel de Aragão, de Castro Vicente; neto paterno de Luís de Ordaz Torres, de Miranda, e de D. Leonor de Anhaia e Guilhem, natural de Zamora (Espanha), e materno de Bernardo Cabral, de Miranda, e de D. Damiana de Morais, de Castro Vicente. Houve suas dúvidas, ao proverem o abade em Penhas Juntas, por causa de haverem lançado setenta mil réis de condenação a D. Leonor de Valença, bisavó paterna do citado abade, mulher do licenciado João de Ordaz Torres, motivadas na suposição de que aquele lançamento fora motivado pelo facto de ser judia. Afinal, nas inquirições a que se procedeu em Zamora e Valença, não se apurou que tal fosse. ANTAS (António Raimundo de Morais) – Capitão de infantaria n.° 24, que estava na praça de Almeida aquando do desastre em 1810 (42). ANTAS (Miguel de Morais) – De Bragança, cavaleiro da Ordem de Cristo e abade de Gondesende, falecido em 1831, grandemente vexado pelas perseguições políticas (43). (41) SILVA, Inocêncio – Dicionário Bibliográfico, tomo XVII, p. 14. (42) Ver tomo I, p. 165, destas Memórias. (43) Ibidem, p. 181. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 26 TOMO VII ANTUNES | APOLINÁRIO ANTUNES (Manuel) – Porteiro da câmara de Vinhais, que se distinguiu na defesa da vila durante o cerco posto por Pantoja em 1666 (44). APOLINÁRIO (São) – Eis o que a propósito deste santo, cujo corpo jaz em Urros, concelho de Moncorvo, diz D. Rodrigo da Cunha: «O licenciado Gaspar Alvares Louzada, teve para si que este bispo fora frances e entre outras memorias que deixou na Torre do Tombo se achou o seguinte: – Santo Apolinario, bispo frances, tem seu corpo ou a maior parte dele enterrado em um lugar que chamam Urros, junto do Douro, termo da vila de Moncorvo, reino de Portugal, arcebispado de Braga (45). Achou esta memoria na Torre do Tombo, João de Melo Feo, abade de Urros, entre outros papeis que buscava para uma Igreja do padroado real sobre que andava em requerimentos. Juliano, arcipreste de Toledo, teve para si que fora este Santo aquele insigne escritor Sidonio Apolinar, bispo Arvense, em França, cuja vida depois de Gregorio Turunense, Gennadio, Belarmino e outros escreve Baronio no VI tomo dos Anaes, onde dá relação de seu ilustre nascimento, dos oficios e magistrados que ocupou, das obras que compoz, da caridade que com os pobres usou e finalmente da Santidade com que acabou a vida; floreceu pelos annos de quatro centos e oitenta. Á margem cita Juliano in adver, pg. 43 – Baronio – Annaes, anno 472 pg. 302 e anno 484, pg. 426. Vindo Juliano a Braga com o Arcebispo de Toledo D. Bernardo, no tempo que visitou esta provincia, como legado que era da Sé Apostolica teve noticia do Santo e o visitou e achou que era Sidonio Apollinar, cuja festa celebra a Egreja a 23 de agosto e que alli fora trazida grande parte das suas reliquias assim o testemunhou com as palavras seguintes: et rediens ad Castellam in itinere andivi corpus esse S. Apollinaris, et doctum fuisse percepi Sidonium Apollinarem Episcopum Arvernensem, cujus festum agitur 23 augusti, cujus bona pars corporis illuc adlata est. A tradicção antiga do logar e de toda a commarca tem que foi este Santo frances de nação, bispo e juntamente martyr e conta que veio de uma povoação que esta da outra parte do Douro e se chamou antigamente Calabria e hoje Calavre no limite da villa de Almendra, onde se veem muitos vestigios de antiguidades, desta povoação onde costumava pregar veio (44) Ibidem, p. 108. (45) Sobre o crédito que merece o licenciado Gaspar Álvares Lousada, fica dito no tomo I, p. 12, destas Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança e também de Juliano, arcipreste de Toledo, dois falsários. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA APOLINÁRIO 27 TOMO VII fugindo aos infieis que o perseguiam para o logar de Urros. Para prova da sua fé e confusão dos que nella não queriam acreditar batteu o Santo com o seu bordão no chão e logo como se fora uma planta verde pegou e lançou raizes, floreceu e se fez arvore. Ao pé della arrebentou uma fonte clara cujas aguas imitavam em tudo as do Douro, porque vindo elle turbo, turbas se punham ellas e acclaravam quando aquelle. Os tormentos que o Santo padeceu se veem pintados no retabulo da capella onde esta. No painel da parte direita se mostra o Santo lançado no chão atado pelos pés a dous touros bravos para o arrastarem á vista do tyrano e elles perdida a sua braveza natural se mostram tão mansos que nem forças teem para o arrastar. Da parte esquerda está o Santo assentado á porta de uma Egreja, vestido de pontifical e dous touros ajuelhados beijando-lhe a mão. Ve-se em outro painel pregar o Santo aos gentios, arrimado aos muros de um templo ou casa antiga e dentro e fora della muita gente vestida de roupas largas ao parecer magistrados. No ultimo painel esta o Santo posto em oração com mitra na cabeça, junto á arvore em que se converteu o seu bordão e detraz delle o algoz com um alfange na mão com que lhe tirou a vida. Ao lado esquerdo do altar na parte da epistola está o sepulchro do Santo levantado sobre quatro leões de pedra com o seu retrato aberto na lagea que cobre o tumulo com capa, baculo e breviario. Fica debaixo delle a sepultura antiga do mesmo Santo tosca e sem nenhum artificio. Os milagres que elle opera são infinitos. Sendo abbade daquella Egreja um João Piz (Pires) foi a ella certo visitador do arcebispado que desconfiando de estarem alli as reliquias do Santo quiz fazer a experiencia do que havia na sepultura, procurou abrila, ficou cego mas por intercessão do Santo recuperou a vista. Um moço por nome Francisco da villa de Ranhados aleijado de uma perna que trazia sobre uma moleta, ficou sarado por intercessão do Santo. Um homem de Riba de Coa levava um menino filho seu de romaria ao Santo para lhe pedir saude na infermidade que padecia. Morreu a criança no caminho porem o pai não deixou de continuar a romaria e offerecendo ao Santo o menino morto este lh’o recessitou com admiração de todos. Levando um lavrador uma pedra para a sepultura do Santo quando de novo se fazia querendo metter dentro da Egreja os bois se detiveram primeiro ajoelhando primeiro ambos, se levantaram e foram caminhando com a pedra, venerando assim a santidade do logar onde jaziam as reliquias de tão grande martyr. D. Fr. Bartholomeu dos Martyres quando visitava a parochia de Urros ia sempre em romaria á capella do Santo Apollinario e alli com o peito em MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 28 TOMO VII APOLINÁRIO | ARAGÃO terra venerava suas reliquias e dizia: que ainda que não fossem de algum dos Santos Apollinares de que se tinha noticia podiam ser de outro do mesmo nome e de igual santidade, como bem mostravam os milagres que Deus por ele fazia. Não sabemos ao certo o tempo em que este Santo floreceu, lançamol-o neste lugar correndo o anno quatro centos e oitenta por cair nelle o pontificado de Sidonio Apolinar» (46). O Portugal Antigo e Moderno, no artigo «Almendra», vila da Beira Baixa[1], a dezoito quilómetros de Pinhel e doze de Castelo Rodrigo, diz que no termo de Almendra, a dois quilómetros da vila, há um grande cabeço chamado «Calabré», com restos desmantelados de fortificações antigas, que abrangem um circuito que levará quarenta alqueires de semeadura, e, segundo a lenda, era ali a cidade romana de Ravena onde episcopou São Apolinário. O mesmo Portugal Antigo e Moderno, no artigo «Caliabria», atribui o martírio do Santo aos mouros e coloca-o no ano de 716. E no volume XI, pág. 1184, em nota, artigo «Vilar de Amargo», diz que Caliabria ficava junto da foz da Ribeira de Aguiar. Relativamente aos que dizem ser aqui a cidade romana de Ravena e como se enganam, ver Florez, España Sagrada, tomo XIV, págs. 36 e 364 e mapa que vem no princípio desse volume. São Apolinário ainda hoje é venerado em Urros mui solenemente e a crença piedosa entende que o seu corpo jaz na sua igreja. ARAGÃO (Alexandre Manuel Ferreira Álvares Pereira de) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra, onde concluiu o curso em 5 de Julho de 1862; fidalgo-cavaleiro em 21 de Maio de 1863 e cavaleiro da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa em 11 de Outubro de 1863. Nasceu a 23 de Março de 1837 em Parada de Pinhão e casou em Vila Flor, onde viveu, com D. Felicidade Amália Pinto de Lemos, filha de Manuel António Pinto de Lemos e sobrinha do tenente-general visconde de Lemos. Era filho de Manuel António Ferreira de Aragão, marechal-de-campo. Foi eleito deputado na legislatura de 1879 pelo distrito de Bragança (47). (46) CUNHA, Rodrigo da – História Eclesiástica dos Arcebispos de Braga, 1634, parte I, capítulo LXIII. MARIANA, Juan de – Historia de España, livro V, capítulo VI, nota 4. VITERBO – Elucidário, artigo «Caliabria». (47) Ver tomo VI, p. 503, destas Memórias. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ARAGÃO | ARAÚJO 29 TOMO VII ARAGÃO (José António Ferreira de) – Tenente de infantaria n.° 24, que estava na praça de Almeida em 1810 quando esta foi pelos ares (48). ARAGÃO (Manuel António de) – Oficial de infantaria n.° 24, que estava em Almeida quando em 1810 se deu o desastre desta praça (49). ARAÚJO (Abel de Mendonça Machado de) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra e professor da Escola Nacional de Agricultura de Coimbra. Nasceu a 10 de Novembro de 1879 (50). Escreveu: Dr. António Cardoso de Meneses – Bosquejo duma vida modelo. Lido na sessão de homenagem prestada pela Escola Nacional de Agricultura de Coimbra a 26 de Outubro de 1924. Com o retrato do doutor Cardoso de Meneses. Porto, 1924. 8.° de 72 págs. ARAÚJO (Álvaro de Mendonça Machado de) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra, nasceu em Abreiro, concelho de Mirandela, a 21 de Março de 1850 e morreu em Braga a 11 de Dezembro de 1916, vindo a enterrar em Abreiro. Foi governador civil do distrito de Bragança. Para a sua biografia ver o tomo VI, págs. 1 e 3, destas Memórias. Escreveu: Regulamento para a Cobrança e Fiscalização dos Impostos Indirectos Municipais do Concelho de Bragança. Porto, 1889. 8.° de 75 págs. e mais 5 folhas de modelos. Foi aprovado em sessão da câmara de 9 de Março de 1889. Guia das Juntas de Paróquia ou Instruções por onde se devem regular as Corporações Paroquiais no desempenho de suas funções. Porto, 1889. 8.° de 191 págs., 1 modelo de contas paroquiais e 1 de erratas. Código de Posturas Municipais do Concelho de Bragança. Bragança, Tip. Bragança, rua Direita, 1891. 4.° de 167 págs. Colaborou na Gazeta de Direito Administrativo; Agricultura Trasmontana (foi redactor de ambos); Nordeste, que fundou, bem como o Progresso do Algarve; em vários outros jornais e na República Portuguesa, semanário de Coimbra redigido por Alves da Veiga, quando estudante. Deixou manuscrito um livro sobre a morigeração das classes populares. ARAÚJO (Padre Miguel de) – Jesuíta, natural de Lamalonga, concelho de Macedo de Cavaleiros; faleceu na Baía. Era filho de Baltasar Fernandes de (48) Ibidem, tomo I, p. 165. (49) Ibidem, p. 166. (50) Ibidem, tomo VI, p. 4 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 30 TOMO VII ARAÚJO | ARCAS | ARES | ATALAIA | ATOUGUIA | AVINTES | AZEVEDO Araújo e de D. Madalena Gonçalves. Noviciou em Coimbra a 17 de Janeiro de 1598, partindo depois para a Baía. Escreveu: Cartas Anuais do Brasil de 31 de Dezembro de 1621. Foram traduzidas em italiano e publicadas em Roma. 1627 (51). ARCAS (Francisco de Assis Pereira do Lago, visconde das) – Antigo deputado da nação, governador civil do distrito de Bragança, por decreto de 25 de Fevereiro de 1886, de que tomou posse a 11 de Março seguinte; segunda vez por outro de 11 de Fevereiro de 1897, tomando posse no dia 20. Morreu nas Arcas a 2 de Fevereiro de 1915 (52). ARES (António Nunes) – Capitão, que muito se distinguiu em 1664 nas Guerras da Aclamação (53). ATALAIA (D. João Manuel de Noronha, conde de) – Mestre-de-campo-general, que retomou em 1711 Miranda aos espanhóis (54). ATOUGUIA (João Gonçalves de Ataíde, conde de) – Pai de D. Luís de Ataíde, conde de Atouguia, senhor de Vinhais (55). D. Jerónimo de Ataíde, conde de Atouguia, foi governador das armas da província de Trás-os-Montes desde 1649 a 1652 (56). Os condes de Atouguia eram senhores das vilas de Paçó, Vinhais, Vilar Seco de Lomba, no distrito de Bragança, e Monforte de Rio Livre, no de Vila Real. AVINTES (D. António de Almeida, 2.° conde de) – Tenente-general de cavalaria do Algarve na Guerra da Aclamação e depois governador das armas da província de Trás-os-Montes (57). AZEVEDO (Belchior Leite de) – Abade de Espinhosela; fez testamento em 1703, deixando por herdeiros os jesuítas de Bragança, «com obrigação de administrar e pôr em dia e acabala a sua capella de Sam Caetano sitta no dito lugar de Espinhosella com sua sacristia, caixões e mais ornatos e guisamentos necessarios», pondo-lhe um capelão que dissesse as missas que ele (51) Portugal: Dicionário histórico, artigo «Araújo». (52) Ver tomo VI, p. 17, destas Memórias. (53) Ibidem, tomo I, p. 68. (54) Ibidem, p. 118. (55) Ibidem, p. 102. (56) Ibidem, p. 84 e 91. (57) SOUSA, António Caetano de – História Genealógica, tomo X, p. 840, e tomo XII, p. 133 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA AZEVEDO 31 TOMO VII indicava por sua alma, «reservando sempre que não será capellão nenhum clerigo de Bragança». Os jesuítas, administradores dos bens, seriam mais obrigados «a dar tres mil cruzados de dote para suas filhas Dona Mariana Leite de Azevedo e D. Rosa de Santa Maria chegando a professar em o mosteiro de S. Bento de Bragança, e não querendo professar no ditto mosteiro passarão os dittos dotes a seu sobrinho Luiz Lourenço Mendes de Carvalho, fidalgo da casa de Sua Magestade». Deixou mais às ditas suas filhas, além de várias alfaias, «toda a sua louça de estanho», dois castiçais de prata com tesoura do mesmo metal, e ao referido sobrinho o seu casal de Quirás, uma bacia, gomil, vinte colheres, vinte garfos, salva e púcaro, dois saleiros grandes, tudo de prata, seis copos e duas galhetas com seus pratos, dois bacamartes, duas clavinas e duas espingardas e o seu cavalo selado e enfreado com suas pistolas. Deixava forra a sua negra (escrava). Tinha várias quantias e diversas pratas empenhadas, que seus herdeiros entregariam aos donos logo que as desempenhassem (58). Belchior Leite de Azevedo era natural de São Martinho de Recesinhos, concelho de Penafiel, bispado do Porto, e foi apresentado abade de Espinhosela em 1678. AZEVEDO (José Alves Pinto de) – Nasceu em Vila Real de Trás-os-Montes a 23 de Outubro de 1809 e faleceu em Bragança, sendo comandante da subdivisão militar de Chaves, a 2 de Fevereiro de 1877. Assentou praça no batalhão de caçadores n.° 10 em 1828, e dando-se logo nesse ano a revolução de 16 de Maio no Porto, tomou parte nos combates da Cruz de Merouços e Ponte do Vouga, emigrando depois com a divisão constitucional para a Galiza e daí para Inglaterra, donde voltou com ela; foi um dos 7500 liberais que desembarcaram nas praias do Mindelo. Assistiu a quase todos os combates dados por aquela divisão, sendo ferido gravemente no Porto a 27 de Novembro de 1832 e na batalha da Asseiceira, merecendo pelo seu bom porte ascender ao posto de alferes e depois ao de tenente. Terminada a guerra civil pela convenção de Évora-Monte, pouco tempo teve de descanso, pois marchou para Espanha fazendo parte da Divisão Auxiliar e com ela combateu em Balmaceda, Arlaban e Arminen, merecendo pelo modo como se comportou neste último ser condecorado com o hábito de São Fernando. Voltando ao país em 1837, foi mandado para o Algarve contra o célebre guerrilheiro Remexido, na perseguição e extinção do qual esteve ocupado até 1842, ano em que foi promovido a capitão e em 1873 a general de brigada. (58) Museu Regional de Bragança, maço Testamentos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 32 TOMO VII AZEVEDO Foi por muitos anos comandante do Batalhão de Caçadores n.° 3 de Bragança, de cujo distrito foi também governador civil interino desde Janeiro a Julho de 1868, sendo por decreto de 13 de Março deste ano nomeado conselheiro (59). O general Pinto de Azevedo, cuja memória ainda hoje em Bragança é muito lembrada pela sua bondade, deixou aí família, sendo sua filha D. Maria Inês de Novais Pinto de Azevedo Real, casada com o major Luís Ferreira Real, já falecidos, que nos cargos de presidente do senado bragançano, administrador do concelho e provedor da Misericórdia deu sobejas provas da sua competência. AZEVEDO (José Velho de) – Serviu desde Setembro de 1683 até Janeiro de 1693 nas províncias da Beira e Trás-os-Montes, indo às praças de Bragança e Montalegre «a uer as suas fortificaçoens em resão das ruinas que lhe sobreuieram» (60). AZEVEDO (Manuel António de) – Cabe aqui uma referência à memória deste prestante cidadão, que se tornou credor do respeito da posteridade como benfeitor. Nasceu na freguesia de Roios, concelho de Vila Flor, a 9 de Setembro de 1820 e faleceu no Porto a 27 de Março de 1893; era filho de Manuel Bernardo de Azevedo e de D. Maria José. Aos dezoito anos de idade foi viver com um tio na cidade de Caxias, Brasil, de onde só voltou a Portugal em 1862 com avultada fortuna; depois de passar algum tempo na sua terra natal, foi morar para o Porto. As suas benemerências ressaltam da seguinte disposição do seu testamento, aprovado em 1890: «Deixo mais a quantia de 3:500$000 reis para a construção de uma casa em Villa Flôr nas condições proprias e exclusivamente para escola de meninas; bem assim mais a quantia de 4:500$00 reis para a construção de outra casa na povoação de Santa Comba (Villariça), naturalidade do finado meu pae, nas condições de servir para rapazes e raparigas... Deixo mais a quantia de 1:200$000 reis para a mobilia d’aquellas três escolas». Contemplou ainda com 5000$000 réis o «Asilo de Raparigas Abandonadas, o mais pobre que existir na cidade de Lisboa», e com legados menores diversas pessoas e institutos de caridade. Do remanescente da sua herança deixou usufrutuários seus sobrinhos Pedro Alberto Machado e esposa, de Roios, e proprietários em partes iguais os filhos legítimos destes. (59) Diário do Governo de 30 de Julho de 1868; O Primeiro de Janeiro de 27 de Novembro de 1904 e O Nordeste de 30 do mesmo mês e ano. (60) VITERBO, Sousa – Dicionário dos Arquitectos, tomo III, p. 173. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA AZEVEDO | BAÇAL | BACELAR 33 TOMO VII As casas escolares constantes do testamento acima foram principiadas a construir em 1895 e entregues à autoridade competente em 1896. Nas fachadas, em letras douradas, tem o nome do doador, de quem também se vê o retrato a óleo na escola de Vila Flor. Ao largo fronteiro desta última foi dado pela câmara o nome de «Largo de Manuel Antonio d’Azevedo». Diz assim o letreiro que está na fachada da Escola Primária Feminina de Vila Flor, em uma lápide de mármore: LEGADO DE MANOEL ANTONIO DE AZEVEDO 1895. B BAÇAL (concelho de Bragança) – Encontro menção nos documentos de um artista desta povoação só com a notícia de «Vidraceiro de Baçal», indicativa da arte que exercia, sem infelizmente lhe apontarem o nome. Este artista fez em 1798 a vidraça da capela-mor de Quintanilha e a da sacristia da igreja paroquial do Castro de Avelãs «que levou dezoito vidros com os ferros e rêde de arame por 5$140 reis». Estas vidraças eram de caixilhos de ferro forjado, tendo por isso certo valor artístico (61). BACELAR (António Vaz Pereira) – Doutor em cânones. Há dele uma tese de direito canónico dedicada a Nossa Senhora do Rosário, defendida no 5.° ano do seu curso, impressa em três planas em seda cor-de-rosa, servindo de véu de cálix. Conimbricæ Typographia e Academico-Regiae, Anno Domini 1705. Pertence à colecção do erudito abade de Carviçais, concelho de Moncorvo, que diz ser Bacelar, natural de Felgar, no mesmo concelho. BACELAR (Fernão Pinto) – Capitão de cavalaria, que muito se distinguiu durante as Guerras da Aclamação (1640-1668) (62). BACELAR (José Vaz de Sousa Pereira Pinto Guedes) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. Nasceu a 27 de Setembro de 1880, na casa de Vale Melhorado, freguesia de Santa Maria Alta do Pombeiro Riba Vizela, concelho de Felgueiras. Reside na Bouça, concelho de Mirandela, onde con(61) Ver tomo IV, p. 559, destas Memórias. (62) Ver tomo I, p. 94, e tomo VI, p. 164, destas Memórias. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 34 TOMO VII BACELAR tinua as tradições da sua fidalga família, uma das mais importantes do distrito de Bragança, como representante de seus tios, o visconde da Bouça e o visconde de Mirandela (63). É um dos seis beneméritos regionalistas que concorreram para a publicação do V tomo destas Memórias. Escreveu, além de ter colaborado em vários jornais: Ao Visconde da Bouça (Manuel Pinto Vaz Guedes Bacelar), folheto. BACELAR (Manuel Pinto) – Para a sua biografia, ver tomo I, pág. 131 e tomo VI, pág. 163 e seguintes, destas Memórias. Cópia de uma carta de agradecimento que lord Wellington lhe enviou por ocasião da definitiva expulsão dos franceses de Portugal: «Ill.mo e Ex.mo Snr. – Rogo a V. Ex.cia que ponha em execução a disposição feita a respeito da divisão do commando do coronel Wilson, e a que igualmente respeita á mudança do quartel general de V. Ex.cia, as quaes verbalmente communiquei esta manhã a V. Ex.cia Devo-me approveitar d’esta opportunidade para congratular a V. Ex.cia, em razão da evacuação que o inimigo acaba de fazer d’este paiz, e ao mesmo tempo dar a V. Ex.cia os agradecimentos pela ajuda e cooperação que hei recebido de V. Ex.cia nas operações que se hão dirigido durante o anno, e que hão sido trazidas ao presente resultado. Igualmente peço a V. Ex.cia que transmitta os meus agradecimentos ao general Silveira, coronel Trant e Wilson, pela ajuda que hei recebido de cada um d’elles, e pelo zelo que hão manifestado na causa, e habilidade com que se tem conduzido nas differentes situações em que individualmente hão sido postos. Também peço a V. Ex.cia que da minha parte transmitta á officialidade, e officiaes inferiores e soldados que tem servido debaixo da direcção de V. Ex.cia e immediato commando do general Silveira, coronel Trant e Wilson, as expressões do alto apreço que entretenho da sua bizarria e disciplina, quanto a soldados, e do seu patriotismo e lealdade para com o seu soberano; e das minhas asseverações de confiança no ultimo e feliz resultado da causa por que tão justamente contendemos, se acaso elles e todos os mais em iguaes circunstancias continuarem a fazer os mesmos esforços e a conduzirem-se por maneira digna da antiga reputação d’este paiz. – Quartel general de Villar Formoso, 10 de abril de 1811». «Na verdade, Manuel Pinto Bacellar era bem digno dos agradecimentos que lord Wellington e o marechal Beresford lhe dirigiram; era um dos dignos portuguezes daquele tempo. Prestou relevantes serviços durante a (63) Ver tomo VI, p. 27, 165, 524, 733 e 781, destas Memórias. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA onde tambem rebentara a revolução contra os francezes. Trancoso. operando acertadamente na rectaguarda e flanco direito do exercito de Massena com todas as milicias do norte de Portugal. cap. alma deste movimento. quartel mestre general do exercito do norte. nomeou-o commandante das tropas do districto do Douro. na retirada do mesmo Massena em 1811. emprehendeu com as tropas do commando do tenente general D. Manuel José Lobo o ataque de Monte Rei. dos regimentos de milicias de Bragança. cobrindo com a maior bravura a precipitada retirada das sobreditas tropas. a desolação e a dor assentadas onde quer que chegavam os soldados de Junot. Chaves. portou-se sempre briosamente em toda a sua longa carreira militar. O tratado de Badajoz de 6 de junho de 1801 poz termo a esta guerra e em 14 de outubro de 1802 Bacellar foi promovido a brigadeiro de cavallaria. tendo por isso debaixo das suas ordens a divisão do general Silveira. de que fora nomeado commandante em chefe. Villa Real. os campos talados. foram dividas em tres corpos. do primeiro de caçadores da Beira. a do brigadeiro Miller e as dos coroneis Trant e Wilson. posto que a junta do sopremo governo do Porto lhe confirmou em portaria de 1 de Julho do dito anno. salvando-as assim de uma completa ruina. Em 1801 por occasião da nossa guerra com a Hespanha quando o marechal de campo Gomes Freire de Andrade.BACELAR 35 TOMO VII invasão franceza em 1810. De resto. p. não lhe permittiu ficar indiferente ao grito da revolução contra os francezes que rebentara em Bragança no dia 11 de junho de 1808. Vizeu. Lamego. Em 18 do mesmo mez. Por decreto de 23 de março de 1789 foi Bacellar promovido a tenente coronel do seu dito regimento e a coronel por decreto de 26 de novembro de 1796. O general Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda. primeiro e segundo da Guarda. o segundo dos quaes. O patriotico coração de Bacellar vendo Portugal assolado pelos francezes. V. bem como do do regimento de cavallaria n. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Em 22 do já citado mez a referida junta deu uma nova organização ás tropas de que dispunha. foi confiado a Bacellar.° 11 com o respectivo trem de artilheria» (64). vol. Simão José da Luz – História da Guerra Civil. Moncorvo. distinguio-se brilhantemente o coronel Bacellar. Iguais serviços prestou como general das armas da provincia da Beira. (64) SORIANO. 342. os cidadãos trucidados em barbaras carnagens.° 23. foi nomeado general da provincia da Beira. I. chamado Exercito de Observação nas Provincias da Beira e Traz-os-Montes. era composto de dois batalhões do regimento n. Miranda. e do de Castello Branco. combinando os seus esforços com os que se podessem esperar das ordenanças d’aquellas provincias e estabelecendo por centro de MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Expulsas assim as tropas do marechal Soult do territorio portuguez.36 TOMO VII BACELAR «Ao tempo em que o outro corpo. e como recebessem ordem do governo para se apresentarem em Lisboa logo que fizessem desfilar as suas respectivas tropas para os seus antigos quarteis. o encarregou do commando das milicias das três provincias do norte e partido do Porto. o qual depois de haver ganhado a ponte de Amarante fora acampar nas alturas de Fontellas. No dia 9 recebeu ordem do marechal Beresford para cortar a serra do Marão e seguir a estrada de Mondim de Basto para Chaves. Bacellar teve ordem. Bacellar aproximava-se de Castello Branco. por officio de 24 de Junho de 1810. Marchando em seguida por Villa Franca dirigiu-se a Santo Antonio do Tojal afim de se encorporar ao exercito de Bernardim Freire estacionado em Mafra. indo depois atravessar o Douro no sitio da Regua com 300 soldados á vista do inimigo. para com os regimentos de infanteria 9 e 11 e a competente artilheria se dirigir a Lamego. vendo quanta era a confiança que podia depositar em Bacellar. onde chegou no dia 8. em data de 4 de Maio de 1809. destinado ás provincias da Beira e Traz-os-Montes. indo todo o exercito inimigo entrar em Ginço na Galliza. De Abrantes foi para Santarem. foi então Bacellar promovido a tenente-general por proposta do marechal Beresford em aviso da secretaria da guerra de 15 de Setembro de 1809. Occupando a margem direita do Tejo. onde apprehendeu ao inimigo grandes armazens e depositos. onde em harmonia com as instrucções recebidas occupou as posições que julgou convenientes entre aquella cidade e a de Castello Branco e ahi pode illudir as tentativas do general Lapisse. para lá partiram e n’esta occasião por decreto de 30 de setembro de 1808 foi-lhe conferida a patente de marechal de campo. o que elle cumpriu. chamado Exercito de Operações da Extremadura. Bacellar fez destacar de Abrantes uma partida forte sobre a villa de Constança onde fez uma grande e rica preza ao inimigo. quasi na sua confluência com o rio Zezere. Beresford. auxiliando assim as operações do marechal Soult. durante a sua invasão nas provincias do norte do reino. Por aviso de 7 de dezembro seguinte foi mandado tomar o commando do corpo de Observações. que procurava entrar no paiz pela Beira Baixa. combinando as suas estações e marchas com as dos exercitos de Bernardim e sir Arthur Wellesley. de que resultou dirigir-se para Villa Real d’onde marchou com o seu dito corpo para a cidade da Guarda. estando este por governador da Beira. Quando sir Arthur Wellesley marchou sobre o Porto. isto é o primeiro. commandado por Bernardim Freire de Andrade se dirigia de Coimbra para Leiria. pois. onde se recolhera o exercito Luso-britanico e muita gente do reino. do lado de Trancoso. conseguiu proteger todos os povos da margem direita de serem novamente saqueados e perseguidos pelos francezes. marchando com as suas duas divisões pela margem direita d’aquelle rio. Ao mesmo tempo o general francez Drouet. obrigara Bacellar a ir defender aquelles povos. maxime do Alentejo. deu ordens tendentes ao recrutamento das milicias. dirigindo-se para Hespanha pela margem esquerda do Mondego. Ainda em 1812. junto a Celorico. Bacellar immediatamente se destinou a persegui-lo. tendo primeiro destruido os fructos por ordem de Wellington. o coronel Nicolau Trant e João Wilson. passando para tal fim de Vizeu a estabelecer o seu quartel general em Coimbra. o visconde de Monte Alegre immediatamente marchou para o alto Mondego. mas sabendo da marcha de Claparede correu sobre Lamego com as mesmas duas divisões com que na comarca de Arganil batera Drouet. em similhante situação. constando-lhe a approximação de Bacellar abandonou Lamego. procurando ao mesmo tempo reparar os damnos causados pelos francezes. Restringindo-lhe assim o seu flanco esquerdo. aos seus bons serviços. Claparede. onde chegou no dia 14 de Janeiro de 1811. Attendendo. na força de 10:000 homens. ordenando a Silveira que cobrisse Coimbra e entretivesse o inimigo até elle chegar. parallelamente ao inimigo e tão perto que algumas vezes apenas d’elle o separava o mesmo rio.BACELAR 37 TOMO VII unidade o seu quartel general em Lamego. Nenhumas tropas francezas entraram mais em Portugal até ao tempo em que o general Claparede. devido ao seu zelo e actividade. houve por bem o principe regente agracial-o com o titulo de visconde de Monte Alegre no dia 17 de Dezembro de 1811. onde prestou serviços de tal ordem que Wellington lh’os agradeceu. marchando com um corpo de 7 a 8:000 homens de Pinhel a Lamego. quando o marechal Marmont se dirigiu sobre Cidade Rodrigo para fazer diversão aos movimentos do exercito luso-britanico que atacava a praça de Badajoz. tendo debaixo das suas ordens o general Silveira. que no dia 9 de Outubro estava defronte das celebradas linhas de Torres Vedras. emprehender operação alguma militar pela sua rectaguarda que Bacellar o não prevenisse. obrigando-o a atravessar o Douro no dia 13 do citado mez de Janeiro. esperando ahi pelos regimentos MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Voltando para Lamego logo que Massena abandonou Portugal. tendo penetrado na comarca de Arganil. tendo batido Silveira na ponte do Abbade. Não podia Massena. onde. Em 5 de Março de 1811 principiou Massena a sua retirada de Portugal. conseguiu reunir um respeitavel exercito miliciano. Foi assim prevenido que o veio achar a terceira invasão franceza em Agosto de 1810 commandada por Massena. postando-se na margem direita do rio Alva. bem como o brigadeiro Miller. estabelecendo o seu quartel general na Lagiosa. que depois não conservou como se vê da ordem do dia de Beresford de 7 de Maio de 1812. por causa do serviço. podendo portanto olhar-se como modelo de bom general. supomos que será natural de Bragança. Visconde de Monte Alegre. Impressão régia. 1811. 324. provedor e ouvidor para o Maranhão em 1785. Foi n’este anno que terminaram as fadigas bellicas do visconde de Monte Alegre. respeitoso e obedientissimo para com os superiores. Nos Excertos históricos pelo capitão Cláudio de Chaby. 452 e 681. per- (65) Extracto das Memórias biográficas do visconde de Monte Alegre. retirando-se para as cercanias de Selamanca. págs. tomo III. foi despachado corregedor. publicou o retrato de Manuel Pinto Bacelar acompanhado de notas biográficas. Manuel Pinto Bacelar. ainda convalescente passou a Vizeu. até que. 43. marchando do Sabugal sobre a Guarda. p. Luz na História da Guerra Civil – Segunda época – Guerra da Península. em nota à p.38 TOMO VII BACELAR | BANDEIRA que formavam as divisões milicianas do Minho e partido do Porto. Nem de outro modo procedeu Marmont. 446. vem um extracto destas mesmas Memórias. p. tendo de se retirar em frente da cavallaria inimiga. Belmonte e Castello Branco. onde uma recahida o atacou de novo e d’ella veio a fallecer em 1 de Maio de 1816. Eis como o Dicionário Bibliográfico descreve este livro: Memórias do Il. para aí sustentar as regalias da coroa contra o bispo D. Depois de exercer em Portugal diversos cargos da magistratura. A Ilustração Trasmontana. polido e attencioso para com os iguais. que se viu obrigado a resignar.mo Sr. capítulo V. onde tinha o seu quartel general. mencionado no tomo VI. 66. Frei António de Pádua e Belas.mo e Ex. Neste novo cargo prestou serviços por muito tempo. Acomettido de uma febre grave em Lamego. parte III. Porto. O autor do Dicionário atrás citado dá esta obra como sendo do doutor Fortunato de S. de bom cidadão e de bom subdito» (65). mas durante esta demora o general Brenier entrou em Portugal á frente de um corpo de infanteria com alguma cavallaria devastando terrivelmente ao oriente da serra da Estrella: Cuvilhã. entregando-se apenas tranquillamente ao desempenho das suas funcções de general das armas da provincia da Beira. A conjecturar pelo apelido. citadas por SORIANO. destas Memórias. Era doutor em direito pela Universidade de Coimbra. deu aso ao visconde de Monte Alegre a ir estabelecer o seu quartel general em Lamego. Boaventura. pois que pela desigualdade das suas forças com as do inimigo não lhe podera evitar as incursões. 143. 1910. Fundão. Foi enterrado na cathedral d’aquella cidade. da família de Tomás Luís António Leitão Bandeira. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Bacellar era affavel e officioso no seu trato para com os seus inferiores. ao principio com regularidade. BANDEIRA (Manuel António Leitão) – Inocêncio Francisco da Silva menciona este escritor no seu Dicionário Bibliográfico com a nota de ignorar a sua naturalidade e nascimento. e tomo VI. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . filho de humildes negociantes.° (66). destas Memórias. do referido concelho. 395. BARREIRA (António Joaquim da Veiga) – Doutor. e lá faleceu. da – Dicionário Bibliográfico. Lisboa. Em 1909 tinha quarenta e seis anos de idade. (68) Diário do Governo de 28 de Janeiro de 1904. tomo 1. que se distinguiu nas Guerras da Aclamação em 1666 (70). por último. Parece que ainda vivia em 1818. p. 223 e 227. destas Memórias. BANDEIRA (Paulo da Costa) – Oficial de infantaria n. (69) Ver tomo I. 96. concelho de Alfândega da Fé. 1779.BANDEIRA | BAPTISTA | BARBOSA | BARREIRA 39 TOMO VII dendo. com habitação para o professor. Inocêncio F. p. custeando além disso as despesas com a mesma escola desde Maio de 1898 até Outubro de 1900. segundo se deduz do opúsculo Memória histórico-apologética da conduta do bacharel Manuel António Leitão Bandeira. (71) Ibidem. BARBOSA (André Pinto) – Governador de Miranda em 1659 (69). BARBOSA (Diogo de Caldas) – Mestre-de-campo da guarnição de Bragança. Escreveu: Epistola historico-politica de origine Societatis civilis. pelo que foi louvado em portaria de 23 de Fevereiro de 1904. para onde se retirou ultimamente. que se notabilizou pela aura popular como deputado no barulho das eleições de Santalha. 8. BAPTISTA (Álvaro) – Proprietário na povoação da Cabreira. 166. p. Era natural de Eucísia. em excelentes condições higiénicas e pedagógicas. na qual se manda que em todos os documentos oficiais esta escola seja denominada «Escola Álvaro Baptista» (68). Torna-se digno de louvor o procedimento deste benemérito da instrução. que a expensas suas fez construir uma escola para o sexo masculino na freguesia de Eucísia. concelho de Alfândega da Fé. de ejus nexu et de Juribus Magestaticis. Era natural de Quirás (71). p. p. (70) Ibidem. a vista. (67) Ver tomo 1. fez a fortuna no Brasil. 98. (66) SILVA.° 24 pertencente à guarnição de Bragança e que estava na praça de Almeida em 1810 quando esta foi pelos ares (67). 40 TOMO VII BARROS BARROS (António Augusto de) – Cirurgião-médico pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto. 1864 (72). filho de Custódio José de Barros e D. Correm dele algumas obras impressas. Nasceu no Peso da Régua em 1835 e faleceu em Lisboa a 16 de Abril de 1900. Era natural do Porto. 8. de alguns dos quais nos ocupamos nesta obra. Escreveu. 8. lugar de que tomou posse a 7 do mês seguinte. 1885. além de outras obras impressas: Antiguidades de Entre Douro e Minho ou Breve suma de Geografia da Comarca de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes. Imprensa Civilização – Santos e Lemos. Escreveu: Farpões. foi publicado em 1919 por aquela Biblioteca (72) Portugal: Dicionário histórico. Depois. Publicou a sua tese intitulada Reunião Imediata e suas vantagens. Farpões. escrito em 1549. BARROS (Bento José de Sousa Brito de) – Nasceu em Braga a 7 de Dezembro de 1840. João III. Tomo II.ª edição. Manuscrito da Biblioteca Municipal do Porto. vindo portanto este tomo a conter 147 páginas. BARROS (João de) – Doutor em leis. Porto. Este interessante códice. É a 2. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 1886. artigo «Barros». Pandemónio (8. escrivão da câmara de el-rei D.° de 118 págs. Esta obra contém uma carga violentíssima em João José Pereira Charula e nos doutores José António Franco. governador civil de Lisboa e de outros distritos. e 1 de índice. Apresentado governador civil do distrito de Bragança por decreto de 8 de Agosto de 1860. biográfico…. há mais 20 páginas onde se transcrevem apreciações das obras do autor. BARROS (Guilhermino Augusto de) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra.° de 126 páginas e 1 de índice. É o título de um opúsculo onde se coligem as apreciações dos Farpões pela imprensa. Nasceu em Bragança a 12 de Fevereiro de 1836. Ana Maria de Sousa Brito de Barros. Porto. Imprensa Civilização. deputado. Vivia no Porto ainda em 1908. director-geral dos correios e telégrafos e depois do comércio e indústria. par do reino. artigo «Barros (Guilhermino Augusto de)».° de 18 páginas). O Portugal – Dicionário histórico. a propósito do Banco de Bragança. continuando a paginação do livro. Porto. Joaquim Guilherme Cardoso de Sá e noutros indivíduos em evidência no meio bragançano. traz o seu retrato acompanhado de dados biográficos. Ignoramos a sua naturalidade. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . para onde fora despachado em 22 de Março de 1847. Era natural de Vila Real e faleceu em Coimbra a 25 de Novembro de 1919. onde concluiu o curso em 1880. Por * * *. director das obras públicas do distrito de Coimbra e inspector de obras públicas. deputado às cortes. 1630. natural de São Pedro dos Sarracenos. que faleceu em São Pedro dos Sarracenos a 15 de Maio de 1895. foi publicado sem nome do autor e consta de 14 págs. Leopoldina Carolina Pavão de Sá Machado. Real Tip.° BARROS (Paulo de) – Engenheiro. Compreende XIX + 5 (inumeradas) + 128 págs. por diversas vezes administrador do concelho de Bragança. Doutor em direito pela Universidade de Coimbra.° de 48 págs. (73) LEAL. Porto. Escreveu: A Carneirada. Tip. embora o decreto seja de 15 de Maio de 1848. sendo pouco depois nomeado professor do Seminário e do Liceu de Bragança. Casou em 1882 com D. que traduziu do siríaco de Jonathas Abenizel Rabbi Israel de UImasia. Lusitana.° Raro (73). 1881. BARRASSA ou BARROS (Diogo) – Judeu. BEÇA (Abílio Augusto de Madureira) – Nasceu em Vinhais a 20 de Agosto de 1856. e de D.BARROS | BEÇA 41 TOMO VII com o título de Geografia de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes na Colecção de Manuscritos inéditos agora dados à Estampa pela mesma benemérita Biblioteca. artigo «Vila Flor». 1855. 8. Escreveu: Prognóstico Lunário do ano de 1635. 4. Ana Clotilde de Sá Machado Leitão Bandeira Beça. Escreveu. filha de João Carlos Leitão Bandeira. natural de Vila Flor. Manuel António Carneiro da Fonseca e Silva. Maria Augusta de Madureira Beça. da Malhada. Correia de Barros zurze impiedosamente neste poema o administrador do concelho de Mirandela. Poema em um canto. Pinho – Portugal Antigo e Moderno. tirado do arábigo. em formato de 8. Sevilha. seguidas de 17 de índice + 1 de registo (inumeradas). filho de José António de Madureira Beça e D. além de outras obras: Evolução social – Discurso pronunciado no «Grémio de Instrução e Recreio» de Bragança.° BARROS (Manuel Luís Correia de) – Era escrivão e tabelião em Mirandela. Era solteiro e faleceu em Mirandela em 1876 com setenta e quatro anos de idade.. na noite do dia 26 de Maio de 1881. médico e astrólogo. in-8. o número não vale nada. pronunciado na sessão de 4 de Abril. O decreto de 7 de Setembro de 1899. havia tirado a Bragança o batalhão de caçadores n. Em 1896 foi eleito presidente da Câmara Municipal de Bragança.42 TOMO VII BEÇA Em 1888 tomou a direcção de O Brigantino. que nesta cidade existia desde a sua criação. no intuito de obviar a tais inconvenientes.° 3. e acabado este fundou em 1892 a Gazeta de Bragança. lugar de que tomou posse a 16 do mesmo mês. pela terceira vez. que não tinha meios próprios para ocorrer às necessidades da pobreza. semanário regenerador que manteve até que faleceu a 27 de Abril de 1910. fazendo a sua estreia como orador parlamentar na sessão de 11 de Outubro de 1894. eleito deputado pela oposição. Nesse mesmo ano fez parte da câmara dos deputados. A reforma de saúde e beneficência. nas sessões de 17 e 29 de Fevereiro de 1896 (74). que mereceu o aplauso da câmara e grandes louvores da imprensa (75). Em 26 de Novembro de 1899 foi. Reivindicando estas espoliações. Igualmente nessa legislatura. além do Diário das Câmaras. pode ver-se na Gazeta de Bragança de 8 de Abril de 1900. na Gazeta de Bragança de 27 de Maio de 1900. e por este decreto foi transferido para Mirandela. o regimento de cavalaria n. Em Outubro de 1901 foi agraciado com a carta de conselheiro. no intuito de reorganizar o exército. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . (74) Gazeta de Bragança de 1. acabou com o subsídio aos hospitais. pugnando pelos interesses de Bragança. sendo exonerado a seu pedido a 9 de Julho de 1904. Em 1893 foi eleito presidente da comissão distrital e deputado pela primeira vez em 1894. (77) Gazeta de Bragança de 23 de Março de 1902. uma calamidade para o de Bragança. verberou o procedimento do governo que. Em 6 de Julho de 1900 foi nomeado governador civil de Bragança. de que não chegou a tomar posse por incompatibilidade com outro cargo que exercia ao tempo. (75) Esse discurso.° 7 e o distrito de recrutamento de reservas. 8 e 29 de Março de 1896. pela portaria de 24 de Dezembro de 1898. pronunciou Abílio Beça um veemente e notável discurso. onde pronunciou discursos vigorosos em prol da viação ordinária e acelerada no distrito de Bragança. transferira a delegação aduaneira de Bragança para Quintanilha (76). onde podem ver-se esses discursos. Abílio Beça conseguiu que por despacho ministerial de 17 de Março de 1902 fosse autorizada a continuação do subsídio que o governo lhe havia concedido em 1892 para tratamento das mulheres toleradas (77). (76) Vem também esse discurso. publicada em Dezembro de 1901. (79) Ibidem. de 6 de Dezembro de 1903. Caçarelhos. valendo-lhe Abílio Beça que. e em harmonia com estas disposições. Devido às suas informações como governador civil. Vale de Torno. que começou a funcionar no ano lectivo de 1904-1905. Samões. Vilarinho de Cova de Lua. sendo uma para o sexo masculino e outra para o feminino. 16 e 23 de Outubro de 1904. Vale de Gouvinhas. Vale de Gouvinhas. Também neste mesmo ano obteve que o ministro do reino aprovasse o projecto. Brinço. e para o sexo masculino em Riba Longa. (80) Ibidem. Alvites. Eucísia. Ferradosa. Linhares. Izeda. para reparações e ampliação da casa escolar de Meixedo e a de outro para a construção de uma escola primária na vila de Mirandela. Varge e Benlhevai. Guide. Pedro dos Sarracenos. Travanca. na cerca do extinto convento de Santa Clara (onde se começou a construir a praça do mercado). Vilar de Rei. o que seria muito para lamentar. Vale da Sancha. Rabal. Igualmente a instrução lhe deve também a criação das seguintes escolas mistas: em Selores. estabelecido na cerca do Liceu de Bragança. Obteve a criação do Ginásio. Edral. foram criadas no distrito escolas de instrução primária para o sexo feminino em Vilarinho da Castanheira. Parâmio. Cabeça Boa. Cooperou eficazmente para a construção dos seguintes edifícios escolares: em Alfândega da Fé e Outeiro. Belver. suprimiu em Portugal várias casas religiosas. Baçal. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de 15 de Março e de 3 de Maio de 1903 e 2. informou o governo. atento o grande serviço que eles prestavam à educação da juventude feminina e moralidade dos povos. Saldonha e Larinho. arrematados em 7 e 10 de Dezembro de 1903 (com capacidade para os dois sexos) (78). Bornes. Macedo de Cavaleiros. Talhas. Freixeda. concelho de Moncorvo. S. a criação da Escola de Habilitação ao Magistério Primário de Bragança em 1896 e a construção em 1903 do apeadeiro da Ribeirinha. na linha do Tua. Paramos. criando de novo outra para o masculino. em ordem à sua conservação. Limãos.BEÇA 43 TOMO VII O decreto de 10 de Março de 1901 e sua portaria elucidativa de 12 do mesmo mês. Vilarelhos. Pinhal do Norte. Múrias. São Salvador. com destino às duas escolas femininas da cidade (79). Pereiro. converteu em mista a de Conlelas e à de igual classificação do Larinho deu categoria de escola para o sexo feminino. os Recolhimentos da Mofreita e Fornos de Ledra viram-se ameaçados de igual sorte. Remondes. Burga. 9. obra de (78) Gazeta de Bragança de 29 de Novembro de 1903. Serapicos e Bragança. Talhinhas. desdobrou em duas a escola elementar de Mós. Gimonde e Bouça. Codeçais. com o respectivo orçamento. na importância de 6238$000 réis (80). orçadas em 186. de 13 de Março de 1904. pagando o governo português metade das despesas. pelos quais se mandava construir. hoje incorporado no de Vinhais (81). foram rescindidos os contratos que autorizavam essas e outras empreitadas. Os subsídios que obteve do governo para a reparação e construção de estradas no distrito. juntamente com João António Pires Vilar e Trajano Augusto de Oliveira. de Bragança a Portelo. Estas construções começaram logo. termo de Quintanilha.44 TOMO VII BEÇA grande importância para muitas povoações dos concelhos de Vila Flor e Mirandela. arrematada em Outubro de 1903 pela quantia de 1290$000 réis por Agostinho Pires. 1900 e 1901 conseguiu obter do governo valiosos subsídios que muito adiantaram as construções das duas primeiras. constituiu a comissão executiva da (81) Gazeta de Bragança de 25 de Outubro e 16 de Novembro de 1903. nem antes nem depois foram excedidos. em Espanha. de 25 de Outubro e 27 de Dezembro de 1903 e 21 de Fevereiro de 1904. uma ponte internacional sobre o rio Maçãs. a informação sobre a construção das novas estradas de Milhão a Vimioso. partindo da estrada real n. conseguiu fazer subsistir as empreitadas referentes às duas últimas. No entanto. obra que beneficiou singularmente muitas povoações do extinto concelho de Vilar Seco de Lomba. Igualmente pelos anos de 1884 (?). (82) Ibidem. juntamente com o governo espanhol.° 37 de Bragança a Miranda. chegando a concluir-se no fim de três anos a de Bragança a Portelo e em pouco menos a de Nogueira à Torre de Dona Chama. naquele ponto. próxima da capela da Senhora da Ribeira. Esta ponte estabelece comunicações entre o nosso país e o vizinho. Também em 1896.497. pouco adiante de Milhão. para cuja soma Portugal devia concorrer com 93. onde entronca à estrada de Alcanices. durante a sua gerência de governador civil. A ponte seria construída pelo governo espanhol. vá ligar com a de Alcanices sobre aquela ponte (82).55 pesetas (83). na reunião da Junta Geral do Distrito de Bragança. (83) Ibidem. de Bragança a Izeda e ponte de Remondes. como relator. de Seixas. por Rabal e França. de Nogueira à Torre de Dona Chama. no concelho de Vinhais. sendo deputado.11 pesetas.248. Em 1887 elaborou. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . em 1894. Igualmente cooperou para que se publicasse o decreto de 24 de Dezembro de 1903 e a portaria de 31 de Janeiro de 1904. mas em 1891. e a ele deve ir dar um ramal que. por medida económica geral. Cooperou proficuamente para que se construísse a ponte do Pinheiro. que mandou realizar a construção do palacete para funcionamento da mesma corporação. sucedendo no governo. a fim de ser demolido para alargar o parque da Junta Geral. muito mais elegante do que a primitiva marcava. Além disto. gabinete do governador civil. a Junta Geral do Distrito de Bragança havia contraído dívidas antigas. passados trinta anos. dispensável pela sua grande extensão. a 17 de Fevereiro de 1892. com o fim de realizar economias acabou com as escolas normais distritais. um ministério presidido por José Dias Ferreira. como a construção da estrada de Bragança às Cabanas e o ramal de Mogadouro e outras. Com a verba destinada para ela. como já dissemos. A cedência. Pela supressão das juntas gerais ficou este palacete servindo para funcionamento da repartição do governo civil e necessárias dependências. Bento cedesse. político de largas vistas.BEÇA 45 TOMO VII Junta Geral. de que pagava. é devida a modificações do engenheiro José Beça. João de Deus a casa do posto hípico. foi gratuita. não sacrifi- (84) Para tudo o que levamos dito. lhe deu gratuitamente nova traça. de juros. para ocorrer a várias despesas de viação. sendo feita por conta dos fundos da Junta Geral a fachada lateral da igreja que lança sobre o parque. só com a paga dos ditos sete contos fica a dívida extinta. Esta conversão deixou ainda à Junta Geral alguns contos de réis. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . sete contos de réis anualmente. incumbido pelo prestante membro da comissão Abílio Beça. A fachada. melhoramento de grande alcance para o progresso económico da região. se bem que muito desvalorizado pelas péssimas condições do seu local (84). gratuitamente. ver Gazeta de Bragança de 15 de Setembro de 1901. no montante de cem contos de réis. metade do coro da igreja do mesmo orago. o que motivou a não criação desta. chegando para ela a fazer a planta e orçamento o engenheiro José Beça. porém. mas. pode João António Pires Vilar mandar comprar a luxuosa mobília que hoje se encontra no governo civil e mandar construir no pinheiral Trás-dos-Fortes de S. que. Também como membro da mesma comissão executiva conseguiu que a mesa da irmandade de S. com os quais Abílio Beça tencionava que se construísse uma escola normal ao lado do parque do governo civil. Nos baixos deste palacete está hoje o comissariado de polícia. Abílio Beça. conseguiu realizar a conversão dessa dívida com a Companhia de Crédito Predial em condições tais que. Abílio Beça tinha a religião do civismo e a intuição clara dos melhoramentos que a podem afervorar. de maneira a ficar desafrontada a frontaria do novo edifício. etc. n. Na Revista do Exército e da Armada. Lisboa. e que pode prestar um importante concurso para o fim a que é destinado» e que não pode deixar de impor-se à atenção «dos dedicados a estes assumptos». MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .. com cuja leitura lucrarão os officiaes. nasceu em Vinhais a 18 de Novembro de 1857 e faleceu em Miranda do Douro a 12 de Outubro de 1923. mas coadjuvava quanto podia as tentativas dos outros.° 17. Bruxelas. diz que: «o autor é já assaz vantajosamente conhecido como um dos oficiaes que. 540.. Maria Augusta de Madureira Beça. 16. como soi fazer-se. contanto que partam do campo adverso. sendo então tenente-ajudante do Regimento de Caçadores n. levando os seus homens em evidência a contrariar sempre as iniciativas. presentemente debatidas no estrangeiro. sendo o primeiro na vanguarda a sugerir o que convinha: haja vista a campanha em favor dos reparos nesse vetusto monumento arquitectónico. se na oposição. pág. 1895. chamado Castelo de Bragança (85). pág. de Outubro de 1895. de 15 de Setembro de 1895.° pequeno. embora despretenciosamente. formula um systema completo de formações e evoluções de notavel originalidade». BEÇA (Adriano) – General de infantaria. que o acha «escripto com notavel clareza e elegancia. (85) Gazeta de Bragança de 9 de Julho de 1905. e inspirado nas publicações dos mais notaveis escriptores modernos. veio uma apreciação deste livro. de VII-105 págs. entre nós. filho de José António Ferro de Madureira Beça e de D. mais se tem consagrado ao estudo da tactica da infanteria e que este livro. treizième année (1888) – tomo IV.46 TOMO VII BEÇA cava a essa veleidade estólida. que tanto mal tem feito à nossa terra.° 3. Foi secretário da Escola do Exército. Escreveu: Formações Novas a propósito da Revisão da Ordenança de Infantaria. A Revue Militaire Belge. 205 – aprecia muito honrosamente para o nosso patrício a série de artigos por ele publicados no jornal O Exército Português em 1888. não contrariava. Se o seu partido estava no poder era incansável em promover o engrandecimento desta região. Morador e criado em Bragança. que queiram pôr-se ao corrente das mais importantes questões da tactica de infanteria. e a ideia duma avenida ligando a estação da linha férrea com a cidade. comandante da companhia normal de instrução na Escola Prática de Mafra. pág. A Revista Militar. 1888. 251. Quanto ele trabalhou para a consecução do novo caminho-de-ferro já noutra parte o dissemos. embora louváveis. Tip.° prémio no concurso aberto na dita Revista entre os oficiais da arma. A Evolução da Táctica de Infantaria. BEÇA (Alberto Augusto Ferro de) – Doutor pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto. um espanhol publicou um livro. com três gravuras e uma vista. Lisboa.BEÇA 47 TOMO VII Passados sete anos depois da aparição do livro do nosso distinto oficial. com duas fotogravuras. da Empresa Diário de Notícias. de Chacim. 8. 1904. concelho de Bragança. de 288 págs. concelho de Bragança. Fez os preparatórios liceais em Bragança. filho de Carlos Alberto Madureira Beça.. Tip.° centenário da Guerra Peninsular. Vila Real e Braga e o curso de medicina no Porto. e de D. 1909. e 1 de índice (inumerada). devendo citar-se especialmente os seguintes: O Século de 7 de Outubro. Foi publicado na Revista de Infantaria em 1905-906 e obteve o 1. todos do dito ano de 1895. Gazeta Militar de 25 de Agosto e O Primeiro de Janeiro de 4 de Outubro. da Cooperativa Militar. Dissertação inaugural. nasceu em Outeiro. Universal. de Outeiro. Lisboa. Lisboa.° gr. Lamego e Coimbra. a 17 de Dezembro de 1891. onde propugna por igual sistema de táctica ao já preconizado pelo nosso inteligente oficial. Tip. da Empresa Literária e Tipográfica. onde reconhece a prioridade do capitão Beça relativamente às doutrinas expostas pelo oficial espanhol. Cristóvão Aires fez desta obra uma apreciação no Jornal do Comércio de 24 de Junho e 2 e 8 de Julho de 1902. O General Silveira – A sua acção militar na guerra da península – Comemoração do 1.° de 70-5 págs. a sua preparação e a sua missão educadora – Conferência premiada pelo Ministério da Guerra por ter sido classificada em primeiro lugar na arma de infantaria em 1908. antigo administrador do concelho de Bragança. nasceu em Moncorvo a 14 de Abril de 1875. e mais 3 inumeradas. São os Nuevos métodos de combate. 8. Jornal de Notícias de 22 de Outubro. 8. 8. Lições da Grande Guerra. que tanto barulho fizeram em Espanha. Fez o curso liceal até ao sexto ano em Bragança. BEÇA (Carlos Augusto Ferro de Madureira) – Professor das Escolas Móveis (em Montesinho) pelo método de João de Deus. Maria Alves.° de 57 págs. concluindo-o em 1904. de Paçó de Outeiro. Proyecto de reglamento tactico para infanteria por el comandante Ricardo Burguet. Tip. muito apreciado. 1922.° de 65 págs. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . A imprensa portuguesa também se referiu honrosamente a esta publicação. Porto. Ana Maria Martins. filho de António José Ferro de Madureira Beça. Escreveu: Epitelioma da glândula submaxilar (caso clínico). O Oficial nos Exércitos Modernos. 1909. e de D. BEÇA (Desidério Augusto Ferro de) – Major de infantaria.48 TOMO VII BEÇA Tem colaborado nos seguintes periódicos: Ecos do Mondego. Maria da Costa. Assentou praça em 2 de Agosto de 1895.° de 8 págs. Fez os estudos liceais em Aveiro e no liceu Rodrigues de Freitas. filho de Carlos Augusto Salgueiro e de D.ª repartição da 1. BEÇA (Humberto) – Nasceu em Bragança (freguesia de Santa Maria) a 10 de Setembro de 1878 e faleceu no Porto a 27 de Julho de 1924. Porto.ª divisão-geral do Ministério da Guerra.ª Sem data (1916 ?). Lisboa. 1913. Escreveu: Congresso Nacional de Mutualidade. P. 1917. Foi chefe da 3. J. no curso da administração militar. Papelaria e Tipografia Fernandes & C. 1920. nasceu em Freixo de Espada à Cinta a 28 de Novembro de 1866 (mas criou-se em Bragança) e faleceu em Vila Real. Casou a 11 de Abril de 1904 com D. 1911. Ernestina Adelaide Ferro de Madureira Beça. La Bécane. pelo Delegado do Ministério da Guerra. Foi governador civil de Bragança. Bragançano. em 8 de Dezembro de 1912. (Instrução Militar Preparatória) – Desenvolvimento da comunicação apresentada ao I Congresso de Educação Física. Pertencia ao estado-maior da arma de infantaria. promovido pelo Ginásio Club Português. Colegial (de Lamego) e Povo de Mirandela. Lisboa. Papelaria Fernandes & C. Escreveu: Canteiro de Flores. por haver terminado o respectivo curso. Por motivo de incapacidade física. Suc. Maria José Gomes de Brito e Beça. Ex.ª o Presidente da República. 16. do Porto. Tese XVI da mutualidade militar – Vantagem do seu estabelecimento no exército português. com assistência de S. concluindo-os em 1893. 8. editor. Lisboa. O Estado. A Festa da Árvore e o Exército Português – Conferência realizada na sessão solene de 27 de Fevereiro de 1916. De 1896 a 1899 frequentou o Instituto Industrial e Comercial do Porto e depois a Escola do Exército. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .ª secção da 3. a Família e as Sociedades de Instrução Militar Preparatória – Palestra na Sociedade n. neto paterno de Pedro dos Santos Salgueiro e materno de António Ferro de Beça. Tip. I. a 11 de Setembro de 1920. 8.° 9.° de LXIII-151 págs.° de 98 págs. e ao tempo do seu falecimento era director dos serviços gráficos do exército e senador pelo círculo de Vila Real. sendo promovido a aspirante a oficial em 4 de Novembro de 1900. e 1 de erratas. onde fora assistir ao Congresso Trasmontano..ª Folheto de 34 págs. foi afastado da actividade em Maio de 1902. com o retrato do autor. onde jaz sepultado. resultante de desastre em serviço. Compreende noventa trovas em redondilha no sabor popular. M. Folheto de 10 págs. idem. Todas estas obras são em oitavo. sendo as quatro primeiras oblongas. Tip. Sonhos de Alma (versos). na Gazeta das Aldeias. Teve 2. Tip. 1914. Luthgarda de Caires. 1909. Foi guarda-livros no Porto. 1911. A Montanha. Poemeto de 12 págs. 160 págs. Porto. Famalicão. É dedicado a sua esposa. Sem indicação de tipografia. colaborando ao mesmo tempo em O Século e no Campeão das Províncias. Universal. Escreveu: A Tomada de Chaves – A propósito do primeiro centenário da Guerra Peninsular. do Porto. idem. de Lisboa. almanaque que se publicou no Porto. Porto..). Capa ilustrada. 8. Artes e Letras. (ilustradas). de que também teve a direcção. Por decreto de 26 de Outubro de 1920 foi nomeado professor do Instituto Comercial do Porto.ª edição em 1921. idem.BEÇA 49 TOMO VII Entrou pouco depois no jornalismo como redactor do Jornal da Murtosa. 1919.° gr. A Capital. Prática de Escrituração Comercial (1 vol. Porto.. Azulejos (versos). Tip. de Aveiro. do Porto. Noções de Aritmética. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Tip. Gazeta de Bragança. O Norte. 160 págs. Universal. teve a direcção de O Murtosa. Porto.ª série. Tiraram-se cinquenta exemplares em papel couché e vinte e cinco em papel cromo. O Primeiro de Janeiro. semanário ilustrado que apenas durou seis meses. Beleza. e. de Aveiro. Capa ilustrada. 1913. Pátria Nova. O Norte. Porto.° gr. terminado este. 1909. Tip. ilustradas e capa ornamentada. seguindo-se-lhe O Povo da Murtosa. Idem. da qual foi fundador. Correio do Minho. Sob a Metralha – Episódios da Grande Guerra. Poemeto de 8 págs. Costa Carregal. juntamente com o dr. Justiça de Castela. Tiraram-se trinta e seis exemplares em papel couché e catorze em papel cromo. Democrata. Excertos da juventude (versos). na Foto-Revista. Texto e capa ilustrados. sobre a morte de Ferrer. 1913. Colaborou depois em O Cunha. «Colecção de Ensino Comercial». 8. 1917. da Escola Raul Dória. Capa também ilustrada. 120 págs. Porto. papel couché. 110 págs. Porto. etc. De Novembro de 1910 a 1912 foi director da revista técnica O Guarda-Livros. Idem. Peninsular. Porto. O Correio da Feira.). 128 págs. Carlos Alberto Barbosa. Tip. 60 págs. com o retrato do autor. Noções de Comércio (1 vol. Diário de Notícias. 192 págs. A Bandeira Portuguesa – Polémica em verso com a poetisa D. Porto. de Lisboa. A Imprensa Portuguesa. Tiraram-se quinze exemplares em papel cromo. Tip. Tip. 1910.. de Bragança. 1912. e em 1912 teve a direcção da Escola Secundária de Comércio. Minerva. 32 págs. Tiraram-se cem exemplares em papel couché. Tip. Empresa Guedes. 2. ). filho de José António Ferro de Madureira Beça e de D. O último censo da população. às 4 horas da manhã. Maria Augusta Ferro de Madureira Beça.° gr. O Ensino Comercial em Portugal. trabalho que obteve o primeiro prémio no concurso aberto para aquele fim. realizado em 1900. 32 págs.º gr. 1921. 8. Artes e Letras. Porto. Artes e Letras. Porto. nas legislaturas de 1900 e 1901. Tip. 1917. Porto. Correspondência Comercial. vitimado por um aneurisma. 144 págs. desenhos e fotografias do autor. Tip. onde serviu desde 1884 a 1886. artigo «Beça». Artes e Letras. entrou para o serviço da Companhia Nacional dos Caminhos-de-Ferro. 8. foi completar o curso na Escola do Exército. Artes e Letras.). que lhe valeu ser classificado para a arma de engenharia. de colaboração com outros engenheiros. Tip. 64 págs. e elaborou o projecto dos esgotos de Coimbra. Pouco depois de concluído o curso de engenharia civil. Tese apresentada ao Congresso das Beiras em Viseu.50 TOMO VII BEÇA Noções de Comércio (II vol. e de Arganil à Covilhã. BEÇA (José António Ferro de Madureira) – Engenheiro e deputado pelo círculo de Bragança. A Revista de Obras Públicas e Minas. Prática de Escrituração Comercial (II vol. Em 1886 entrou para o cargo de engenheiro de obras públicas. 52 págs. 1918. de 1903. onde lhe foi cometida a secção do censo da população. 8. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .° gr. Porto. com residência nesta vila. «Colecção de Ensino Comercial». Concluindo o curso matemático em Coimbra com distinção. 1917. Porto. foi organizado sob a sua direcção. passando depois a fazer serviço na Direcção-Geral de Estatística. lugar em que se encontrava à data do seu falecimento. tendo exercido o cargo de chefe da repartição técnica da direcção em Lisboa e o de subdirector da construção da linha de Foz Tua a Mirandela. 8. Tip. na direcção de Alcaniças. 215 págs. inseriu o seu necrológio. Tip. Ilustrado. 1921. Corre dele impresso: Orçamento do Ministério das Obras Públicas – Discurso proferido na Câmara dos Senhores Deputados em sessão de 22 de Março de 1902 – Caminho-de-Ferro de Bragança – Considerações feitas na sessão de (86) Portugal: Dicionário histórico…. Idem. Castelos de Portugal – Os Castelos das Beiras.° gr. Nasceu em Vinhais a 10 de Março de 1859 e faleceu em Lisboa a 26 de Dezembro de 1902. Artes e Letras. Ao engenheiro José Beça se devem os maiores esforços para a construção da linha férrea de Mirandela a Bragança (86). Fez também os reconhecimentos da linha de Mirandela a Bragança. Engenheiros e Construtores Portugueses. Casou em Bragança com D. 8. que estava na praça de Almeida aquando do desastre em 1810 (87). (88) VITERBO. Sousa – Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos.° 24.°. Imprensa Nacional. (89) Sumário da Biblioteca Lusitana. BERNARDO LUÍS XAVIER – Serviu por quase três anos nas praças de Trás-os-Montes em trabalhos de fortificações e também tirou as plantas das fortalezas desta província. B ORGES (José Cardoso) – Sargento-mor de Bragança. 1902. Assim se expressa a carta régia da sua nomeação (88). na sua obra O Livro de Miranda. BORGES (Padre Bartolomeu de Castro) – Natural de Moncorvo. e são primos.BEÇA | BERNARDO LUÍS XAVIER | BORGES 51 TOMO VII 24 de Abril de 1902 e parecer sobre a proposta do governo relativa aos caminhos-de-ferro transmontanos. fundador em 5 de Novembro de 1706 do vínculo do morgadio da capela de Santo António do Toural.° de 21 págs. BEÇA (Sebastião António Ferro de) – Quartel-mestre de infantaria n. Ana Rodrigues. Escreveu: Sermões Vários. Clara Maria de Figueiredo Sarmento. como muitos apontam. governador de Bragança. (87) Ver tomo I. Por carta régia de 5 de Fevereiro de 1716 foi nomeado capitão-engenheiro da capitania da Paraíba. 165. fidalgo da casa real e escritor genealógico «dos mais veridicos do reino». na da brecha de Monte Alegrete (sic)». Manuscrito in 4. escrivão da câmara municipal da mesma cidade. onde devia «assestir continuamente ás obras das fortificações della» por nele «concorrerem os requisitos de se achar com a pratica e experiencia das guerras preteritas por haver servido de ajudante engenheiro na praça de Tras os Montes dous annos outo mezes e vinte e um dias effectivos e no refferido tempo assestir á fortificação da praça de Puebla de Senabria. atrás referidos. Rimas Sacras. 1899. profanas e jocosas. irmãos ou sobrinhos uns dos outros. Lisboa. em Bragança. segundo diz João Leite Teixeira Chaves. pertencem à mesma família. no Brasil. na de Miranda. p. Teve estas obras seu sobrinho. residente em Bragança. Nasceu em Miranda do Douro e não em Bragança. destas Memórias. filha legitimada de António Figueiredo Sarmento. e faleceu em Bragança a 26 de Janeiro de 1745. capitão-mor de Freixiel e Abreiro (89). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Todos os Beças. era filho de Francisco Borges Barreiros e de D. Manuscrito. artigo «Bernardo Luís Xavier». como evidentemente se conclui da diversidade de letra. filho do tenente-general Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda. sogro do tenente-general Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda. O primeiro fólio e verso contém a genealogia de António Correia de Castro e Sepúlveda. na lombada do volume. mas de letra mais moderna e diversa da do texto principal da obra.° visconde de Ervedosa. intitulado: «Breve notícia genealógica da família dos Morais». viscondessa de Ervedosa. na qual jura o mesmo. pois é da genealogia desta família que exclusivamente trata a Árvore. alcaide-mor do Rio de Janeiro. 121. com obrigação de seus administradores usarem o apelido «Jorge». as outras notícias que contém foram inseridas posteriormente. com desenvolvimento de notas relativamente aos cargos públicos e ramificações da família. Ainda no verso deste está colada uma folha do Farol Trasmontano. Maria Josefa. e no verso deste uma notícia referente ao falecimento de D. que contém um artigo de Francisco Xavier Gomes de Sepúlveda. que contém uma genealogia do desembargador Francisco Jorge e de sua mulher D. 136. ocorrido em Arufe a 7 de Dezembro de 1859. existente em Bragança em poder do escrivão-notário José Júlio Chaves de Lemos (90). 197 e 678. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Nos cinco seguintes vem a árvore genealógica dos Figueiredos. Seguem depois dois fólios em branco: num está colada uma cópia da Árvore Genealógica dos Costados impressa em Lisboa ano de 1829 (é a genealogia do visconde de Ervedosa). e termina por uma certidão passada a 12 de Abril de 1740 por José Cardoso Borges. (90) Ver tomo VI. abade de Rebordãos. António Correia de Castro e Sepúlveda. Fólio máximo de oito folhas. talvez pelo visconde de Ervedosa. o verdadeiro seria Árvore Genealógica da Família dos Figueiredos de Bragança. 113. No outro fólio está colada uma genealogia de Salvador Correia de Sá. na qual jura aos Santos Evangelhos que a dita Árvore e notas respectivas são autênticas e conformes aos autores genealógicos. 137. primeiro periódico publicado em Bragança. O título acima encontra-se por fora. nas costaneiras e páginas em branco do livro. da cidade de Bragança. como se declara na certidão final. destas Memórias. ou por alguém da sua família. Vêm ainda apensos a este volume três fólios pequenos de papel grosso. letra antiga. Segue ainda outra certidão de Frei António Rousado passada em Lisboa a 14 de Fevereiro de 1749.52 TOMO VII BORGES Escreveu em 1740: Árvore Genealógica da Família dos Figueiredos da Quinta de Arufe. p. que em 1550 instituíram um morgadio com capela na igreja do convento de São Francisco desta cidade. 1. Isabel Borges. a 7 de Outubro de 1696. onde Carnide o consultou. vereador da câmara municipal de Ansiães em 1734. que muito se distinguiu na Guerra Peninsular (1808-1815). do Livro Genealógico adiante citado. concelho de Ansiães (não declara o dia. por necessidade. onde fizemos a sua descrição sob o título Descrição topográfica e histórica da cidade de Bragança. natural da Brunheda. Esta obra foi escrita ou contém as notícias pedidas e mandadas à Academia. que nasceu em Marzagão em 1721. Escreveu mais: Notícias de Bragança. elevado a cavaleiro-fidalgo. publicado na Pátria Nova de 1 de Outubro de 1911. por alvará de 26 de Julho de 1723. por alvará de 10 de Maio de 1723. 107. alcaide-mor de Bragança. 159 e 161. BORGES (Manuel) – Sargento. escudeiro-fidalgo da casa real com moradia de 450 réis por mês. Emilio – Notícias Arqueológicas de Portugal. onde foi baptizado em 2 de Maio de 1692 (não indica o dia. pág. mas tinha uma filha natural chamada Bernarda de Morais. destas Memórias. com 300 réis mais de moradia por mês e um alqueire de cevada por dia para o cavalo. Que se dedicava a assuntos genealógicos. mas que ele não o pode encontrar entre os manuscritos deste escritor tanto em Madrid como em Lisboa. Ver tomo VI. destas Memórias. e de D. 87. que é o seu verdadeiro nome. falecido em 1713. Ver tomo VI. filho de António de Magalhães e Sousa. Sobre este escritor ver um artigo de Francisco de Moura Coutinho. elevado igualmente a cavaleiro-fidalgo. de que damos notícia ao fazer a descrição bibliográfica deste códice. Era irmão de António Sousa Pinto e Magalhães. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .BORGES 53 TOMO VII Este morgadio entrou na família dos Figueiredos em Lázaro de Figueiredo Sarmento. Ainda estava solteiro em 1734. BORGES (Manuel de Morais Magalhães) – Nasceu em Parambos. Hübner (92) aponta-lhe assim o título: Memórias de Bragança e diz que no fim do século XIX existia este manuscrito na biblioteca de José Freire de Montarroio Mascarenhas. págs. Ver tomo I. pelo menos os respeitantes à sua família. vê-se dos fólios 174 e 203 v. mês e ano) e foi baptizado em casa. escudeiro-fidalgo da casa real. Ver Abreu (Frei Fernando). terceiro neto do instituidor. que faleceu também em Marzagão a 16 de Março de 1730. que também nasceu em Parambos. Fólio manuscrito (91). assente em 30 do mesmo mês e ano. freguesia do Pinhal. p. onde se transcreve um largo estudo feito por Manuel de Morais Magalhães Borges. 197. natural de Parambos (e falecido em Marzagão a 7 de Janeiro de 1739). mês (91) Sumário da Biblioteca Lusitana. Maria de Morais de Mesquita. (92) HÜBNER. pág. 199 e 200. reitor de Marzagão em 1765.° visconde da) – Por decreto de 13 de Setembro de 1906 foi nomeado governador civil do distrito de Bragança. dezoito moedas de ouro de quatro mil e oitocentos réis cada uma. para bem do concelho. nas casas que foram do doutor António de Sousa Pinto. E do doutor António Magalhães é filha Antónia de Magalhães Barros. de Marzagão. (94) Ver Sousa (Padre Frei Manuel Bernardo de Magalhães e). cargo de que tomou posse no dia 20 do mesmo mês (95).54 TOMO VII BORGES | BOUÇA | BUSTAMONTE e ano do nascimento). aquelle mesmo grande homem que se atreveo. andar em Demanda com o Senhor D. mas viveu em Marzagão. 229 e 712. Haveria entre ela e o nosso dourador alguma relação de parentesco? Ver tomo VI. que. segundo se lê na Prefação das Memórias Etimológicas e históricas do concelho de Ansiães. Gaspar. de Freixiel. que recebia no mesmo concelho de Anciaens». BOUÇA (Manuel Pinto Guedes Bacelar Sarmento. Tomo I. pertencente à família Aragão Lobo. Escreveu: Notabilidades Antigas e Modernas da Vila de Ansiães. destas Memórias. A este manuscrito se refere o Portugal Antigo e Moderno. destas Memórias. que serviu de texto para as referidas Memórias. 2. e irmão de Manuel de Morais Magalhães Borges (93). para entregar a seu pai. (96) Museu Regional de Bragança. Parece-nos que desta Bernarda de Morais. p. um dos autores das Memórias de Ansiães. No artigo «Velasques» falamos de Catarina de Bustamonte. (95) Ver a sua biografia no tomo VI. e tomo VI. fólios 174. BUSTAMONTE (João Rodrigues) – Declara a 6 de Março de 1768 em Bragança ter recebido. que ainda vivia em Marzagão. maço Obras. e tirar-lhe os Votos. transcrevemos o seguinte período: «He este dito Manoel de Moraes Magalhaes Borges. mulher do arquitecto Júlio Simão. 185 e 203. Uma cópia deste manuscrito encontra-se nos fólios 251 a 272 do Livro Genealógico Primeiro e Segundo Tomos Ano 1804 (94). e por isso se diz António de Sousa Pinto e Magalhães. no artigo «Vila Real». Porque algo faz ao seu elogio. págs. Arcebispo de Braga. (93) Livro Genealógico – Primeiro e Segundo Tomos Ano 1804. filha ilegítima de Manuel de Morais Magalhães Borges. nasceu o doutor António de Sousa Pinto Magalhães. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . destas Memórias. «preço por que foi justa a obra do douramento do retabulo de Argozelo que se acha já feita e acabada» (96). publicadas em 1857. foi quem emprestou o manuscrito das Notabilidades Antigas e Modernas da Vila de Ansiães. Damião Rodrigues Bustamonte. p. 181. de Marzagão. 28. em 1924. destas Memórias. semanários de Bragança. e Silva Mirandesa. irmã do doutor António Augusto Rodrigues. onde concluiu o curso em 1888. Lisboa. BRAGA (António Augusto Gonçalves) – Doutor em medicina pela Universidade de Coimbra. Tem exercido várias comissões de serviços públicos com notável competência. mas estão manuscritos. por decreto de 30 de Outubro de 1888. realizada em Paris desde 7 de Novembro de 1911 a 17 de Janeiro de 1912. precedendo concurso de provas públicas. 59.BOTELHO | BRAGA 55 TOMO VII BOTELHO (Bernardo de Brito) – Natural de Miranda do Douro (onde foi juiz dos órfãos). delegado de saúde do distrito de Bragança em 1900. Colégios. filho de José Joaquim Gonçalves Braga e de D. diocese de Miranda do Douro. Escreveu: História breve de Coimbra. (97) Portugal: Dicionário histórico…. Nasceu em Bragança (Sé). pelo mesmo autor. II. por decreto de 16 de Outubro de 1905. entre outras. B OTELHO (Manuel de Matos) – Abade de Duas Igrejas. artigo «Brito Botelho». Professor do Liceu de Bragança. e. de que fez um relatório publicado nos Arquivos do Instituto Central de Higiene. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . sua fundação. p. do qual a Direcção-Geral de Saúde mandou fazer uma separata. a 18 de Dezembro de 1864. Estudos de Filologia Mirandesa. Ver Manuel de Sousa Moreira. Igrejas. 1732 (97). era doutor formado em cânones. distingue-se o nosso distrito com dois membros ilustres (98). I. 1727. do qual é reitor desde 1919 até hoje. Entre o número dos académicos provinciais desta corporação. académico provincial da Academia Real de História. Colaborou no Norte Trasmontano. e tomo VI. Foi deputado por Bragança em 1899. 108. vol. que era muito restrito. p. pois contava apenas dezoito. p. 9. O lugar de guarda-mor de saúde é hoje chamado subinspector da sanidade marítima de Lisboa. Joana dos Prazeres Rodrigues. 143 e 150. e o liceal nesta cidade e em Bragança. sendo no ano seguinte transferido para professor do Liceu. de quem falamos no artigo respectivo. Conventos e Universidade. e em Dezembro de 1927 foi nomeado adjunto do inspector-chefe da sanidade marítima e internacional. e nesse ano facultativo municipal da mesma cidade. guarda-mor de saúde do porto de Lisboa. hoje chamado de Pedro Nunes. (98) História da Academia Real da História Portuguesa. de Lisboa. antigo governador do bispado de Bragança. a de delegado do governo português na Conferência Sanitária Internacional. Armas. pág. Tem feito vários outros relatórios. Distrito de Bragança e Nordeste. abade de Sambade. vol. Filho do conselheiro António Augusto Fernandes Braga e de D. BRAGANÇA (Padre Bartolomeu de) – Franciscano capucho da província da Piedade. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Nasceu a 19 de Outubro de 1878 e faleceu a 23 de Dezembro de 1917.56 TOMO VII BRAGA | BRAGANÇA | BRITO | CABRAL BRAGA (Miguel Tobim de Sequeira) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. acidentalmente.. (101) Portugal: Dicionário histórico. As suas singulares virtudes mereceram que a crónica da sua ordem consagrasse à sua memória lugar especial com grande desenvolvimento (99). podendo ter nascido. Maria da Glória Pessanha de Sequeira. Acção ordinária para pagamento de honorários clínicos em que são A. artigo «Sousa Brito».° de 31 págs. (102) CHAGAS. trata não menos largamente dos méritos deste filho de bargança (sic). noutra parte. primeira capucha de toda a Ordem. 8. António Baptista Leite de Faria. Umas poucas de vezes os inglezes occuparam militarmente os fortes de Goa. Lisboa. p. Manuscrito (101). na Índia. naturais de Bragança. Escreveu: Por Bem Fazer mal haver. R. Pinheiro Chagas (102) diz que «nunca houve governador que fizesse mais triste figura. a pretexto de os guardar contra os franceses. completa- (99) MONFORTE. p. 1751. 721. o lugar de comandante das tropas militares. Frei – Crónica da Província da Piedade. Escreveu: Tratado de todas as famílias de Portugal. sendo depois governador da Índia até 1815. natural de Bragança. (100) Ibidem. e Veiga Cabral. José Maria Leite Júnior e esposa D. Também a História seráfica cronológica da Ordem de S. Francisco na província de Portugal. Tribunal Judicial da Comarca de Guimarães. Alegações finais do A. delegado. tomo I. artigo «Cabral (Francisco António da Veiga)».. Em 1793 era tenente-general e exercia. Manuel de. Bernardina Leite Machado. 1917. BRITO (Pedro de Sousa) – Alcaide-mor de Bragança no século XVII. por Frei Fernando da Soledade (100). 430. tomo IV. C CABRAL (Francisco António da Veiga) – Visconde de Mirandela. o Dr. Pinheiro – Dicionário Popular. Natural de Bragança (pelo menos seus pais). R. ° gr. consolava-se com as honras militares que as tropas inglezas lhe prestavam e resignou-se ao papel humilhante que lhe impunham». 689. Foi para o Brasil em Dezembro de 1831. Inocêncio F. foi um dos estrangeiros mais uteis. que tanto honra esta cidade (a do Rio de Janeiro). mas a verdade é que os ingleses mandavam então como senhores em todo o reino. seguida de documentos e de observações em refutação às calúnias e convícios contra ele publicados. pág. CABRAL (Francisco Xavier da Veiga) – Governador das armas da província de Trás-os-Montes. da – Dicionário Bibliográfico. aquelle advogado honrado que se arruinou com a creação do Despertador. p. como dizem alguns escritores. 524: «Aquelle homem. Ver tomo I. CABRAL (Francisco da Veiga) – Brigadeiro. Rio de Janeiro. O Despertador foi um diario monumental na historia da nossa imprensa». e não em Peredo ou Penedo (!). e os nossos jornaes subirem a uma escala superior. donde a injustiça da acusação de Pinheiro Chagas. Ver tomo VI. Devemos lamentar esta situação. destas Memórias. (104). e tanto o governo estava de acordo que Veiga Cabral foi depois agraciado com a honra de visconde de Mirandela. (104) SILVA. foi em 1833 redactor do Propagador da Indústria Rio Grandense.. 1839. e foi elle o que fez a nossa imprensa política. a 17 de Agosto de 1806 e faleceu no Rio de Janeiro (Brasil) em 1852. pág. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .. tomo V. vitimado pela febre amarela. concelho de Macedo de Cavaleiros. destas Memórias. vol.CABRAL 57 TOMO VII mente annullado pelo chefe militar que o marquez Wellesley meteo na praça portugueza. que escreveu um jornal destinado a promover os progressos da agricultura no Rio Grande. Era filho de Raimundo da Rocha e de D.. nasceu em Olmos. o muito grave e respeitavel José Marcellino da Rocha Cabral. Publicou também: Colecção de alguns artigos escritos e publicados no Brasil por. Faleceu a 18 de Dezembro de 1761 (103). Antes de fundar a empresa do Despertador.° 1. 8. 118 e 339. naturais de Olmos. que muito se distinguiu durante o cerco de Miranda em 1711. (103) Ver tomo VI. Foi elle o fundador do Gabinete Portuguez de Leitura. 162. XV. Teresa Luís da Ponte. Eis o que a seu respeito diz a Revista Trimensal do Instituto. n. de 48 págs. CABRAL (José Marcelino da Rocha) – Doutor em leis pela Universidade de Coimbra. págs. que tem vivido no Brazil. como ele declara num dos seus opúsculos abaixo citados. destas Memórias. que corre impresso. presidente da mesma província em conselho. p. 1814. 54. que diz: «AO DR. CABRAL (Sebastião da Veiga) – Em Março de 1698 era fidalgo da casa de sua majestade. Ver este nome. Fidalgo da casa real e cavaleiro professo da Ordem de Cristo. onde publicámos a biografia deste benemérito bragançano de abençoada memória. 8. em 1904 foi colocada uma lápide de mármore que diz: «1837 / HOMENAGEM DO GABINETE PORTUGUEZ DE LEITURA / AOS SEUS FUNDADORES / DRS. Teve um filho do seu mesmo nome que foi escritor. Bartolomeu de Rabal e governador da cidade de Bragança (106). Pereira Cabral no dia 15 de Agosto de 1814 por ocasião das festividades que ali se fizeram em acção de graças pela feliz pacificação da Europa. p. mestre-de-campo de infantaria. de 28 págs. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . lançou olhos para o pão material. JOSÉ MARCELINO DA ROCHA CABRAL / E MANUEL COELHO LOUZADA».° l da Câmara Municipal de Bragança. Para comemorar o facto. JOSÉ MARCELINO DA ROCHA CABRAL INICIADOR DA FUNDAÇÃO DA SOCIEDADE PORTUGUEZA DE BENEFICENCIA EM 1840. 161 e 705.58 TOMO VII CABRAL Relatório motivado sobre a estatística da província de S. 97 e VI. Preparado o pão espiritual para a colónia portuguesa.mo Sr. Estivera na Baía. factor máximo educativo e propagador da vitalidade portuguesa. (106) Registo Maior n. 14 e 15 de Agosto de 1814.° gr. p. 1910. pelo encarregado daquela comissão. 1836. foi colocado em 1886 o busto em mármore de Rocha Cabral e em 1910 uma placa também de mármore. santuário espiritual. CABRAL (Manuel Inácio Pereira) – Natural de Alvites e filho do doutor Manuel Pereira Cabral e de D. Foi juiz de fora no Vimioso e chegou a corregedor do crime da corte. destinada a procurar trabalho aos que o não tivessem. Tendo a câmara de Mirandela resolvido festejar o triunfo das armas portuguesas e a queda de Napoleão. (105) Ver Ilustração Trasmontana. Lisboa. I. dirigido ao Ex. comendador das comendas de Nossa Senhora da Assunção de Deilão e S. a sustentar os indigentes e a educar e instruir a mocidade desvalida. Tomos I. Maria da Costa. Foi vice-cônsul de Portugal no Rio de Janeiro. onde. fundou em 1837 o Gabinete Português de Leitura. onde lhe nasceu seu filho Manuel Inácio Pereira de Morais Cabral. Porto. Pedro do Rio Grande do Sul. fl. Rio de Janeiro. com o título: Discurso pronunciado na Câmara da vila de Mirandela pelo Desembargador M. e em 1840 funda a Sociedade Portuguesa de Beneficência. festejos que se realizaram ali nos dias 13. GRATIDÃO DA REAL E BENEMERITA SOCIEDADE PORTUGUESA DE BENEFICENCIA / 1910» (105). destas Memórias. 89. recitou no último dia um discurso. artigo «Cabral (Sebastião da Veiga)». Era filho ilegítimo de Sebastião da Veiga Cabral. Sumário da Biblioteca Lusitana. no castelo de S. geografo e grande matematico». Ver tomo I. (107) Tomo de Nossa Senhora da Consolação. embora nascesse em Macedo de Cavaleiros a 1 de Fevereiro de 1867. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . conceituado poeta. derrogando para isso as determinações do seu antecessor que proibia os enterramentos dentro do referido templo (107). a 18 de Janeiro de 1730. dois tomos. manuscrito in-fólio pequeno que possuímos. Deixou manuscritas as seguintes obras: Descrição da Colónia do Sacramento e Exercício Militar. na América. Governou a colónia do Sacramento. 27 e v.CABRAL | CACHAPUZ | CAGIGAL 59 TOMO VII Era casado com D. CACHAPUZ – Distinguiu-se nas lutas constitucionais como guerrilheiro. fl. debaixo duma lápide. Voltou depois ao Brasil. pedindo que lhe concedesse ser propriamente sua para si e herdeiros essa sepultura onde estava sua mulher.° (108). fl. Antigo reitor do Liceu Nacional de Bragança e professor provisório do mesmo desde 1909. onde foi preso por caluniosas acusações que lhe fizeram. Tem colaborado largamente na imprensa. João (manuscrito). mestre-de-campo general e governador das armas da província de Trás-os-Montes. faleceu em Lisboa. in-4. onde já fora enterrada sua mulher. destas Memórias. e voltando ao reino foi governador das praças de Abrantes e Alcântara com a patente de sargento-mor de batalha. com letras. (108) Portugal: Dicionário histórico…. João. já então eleito de Leiria. nomeadamente nos periódicos de Bragança. Tábua Velha da Igreja de S. Neste requerimento vem mencionado o requerente Sebastião da Veiga Cabral com o título de governador das armas da província de Trás-os-Montes. sendo enviado para Lisboa onde morreu na prisão. Maria de Castro e foi sepultado junto aos degraus do altar-mor da igreja de S. Jorge. 188 e 199. Pinheiro – Dicionário Popular. págs. onde tem vivido desde criança. «Foi profundo filosofo. 13 e seguintes. delegado de saúde no concelho de Bragança. CABRAL (Sebastião da Veiga) – Natural de Bragança. O bispo assim o permitiu por despacho de 12 de Outubro de 1663. CAGIGAL (António Olímpio) – Licenciado na Faculdade de Medicina e doutor formado em filosofia pela Universidade de Coimbra. CHAGAS. como se vê por um requerimento feito por ele ao bispo D. Frei José de Lencastre. 8. Faleceu em Algoso. 1 vol. Portalegre e Porto. idêntico cargo exerceu nos distritos de Viseu. Colaborou nas seguintes publicações: Jornal das Senhoras. CALADO (Joaquim Ferreira Pina) – Conselheiro. com modificações nervosas periféricas. que foi publicada nas actas do mesmo. CALAÍNHO (D. Separata da Coimbra Médica. onde faleceu na Travessa dos Brunos. Imp. comarca da Covilhã.° Um caso de gastrite crónica e arteriosclerose. que segue. à Pampulha. Por despacho de 10 de Março de 1910 foi promovido à 2. 1897.° gr. de O Dia. Tip. em Dezembro de 1930. dos morgados Pimentéis de Castelo Branco. Elegância e Bom Gosto. Alexandrina Augusta Ferreira Sarmento de Lousada Pimentel) – Nasceu em Bragança a 30 de Agosto de 1856. Castelo Branco. Foi secretária de uma Conferência de S. em Bragança. concelho do Mogadouro. Silves e Torres Novas. Fronteira. O Comércio do Porto. 702. filha do general de cavalaria João Ferreira Sarmento de Lousada Pimentel Calaínho. 1902. e depois como juiz nesta última e nas de Portimão. 8. onde concluiu o curso em 1874. nasceu a 29 de Setembro de 1853. da Universidade. Apresentou tese ao congresso operário do Porto sobre a «Aprendizagem dos menores». sendo em 8 de Julho de 1899 despachado juiz do 1.° De colaboração com Charles Lepierre escreveu: A doença do sono e seu bacilo. 1898. Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. da Universidade. A Palavra. na vaga do conselheiro José Gonçalves da Costa Ventura. Gazeta de Bragança e Legionário Trasmontano. 1 vol. Alexandrina Augusta de Macedo Gouveia e Vasconcelos. morgado da casa dos Calaínhos. Fafe e Lisboa. Governador civil do distrito de Bragança por decreto de 13 de Novembro de 1890. e outra num congresso de Braga sobre o «Poder social da mulher portugueza na actualidade». Imp. destas Memórias.° 1. e de D. 8. que dirigiu enquanto existiu (era apenso ao Petardo). a 16 de Julho de 1922. Coimbra.° distrito criminal desta. Grito do Povo. 1 vol. Vicente de Paulo durante dez anos e tesoureira do Dispensário da Rainha D. pág. Mirandela. serviu como delegado do procurador régio nas comarcas da Sertã. Ver tomo VI. natural de Teixoso. n. Pina Calado. Maria Amélia MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Separata da Revista Portuguesa de Medicina e Cirurgia Práticas.60 TOMO VII CAGIGAL | CALADO | CALAÍNHO Escreveu: Apontamentos e breves considerações sobre a meningite cérebro-espinhal epidémica no concelho de Bragança . entrando na magistratura em 1875.ª instância e colocado na Relação dos Açores e em 1913 na de Lisboa. lugar de que tomou posse no dia 28. Lisboa. Coimbra. Também tem produções em verso.a ma R. Sarmento. de quem falamos no artigo respectivo. de Toledo não occasionasse a postergação de tantos e tão gravemente sancionados preceitos de 13 Concilios Eccumenicos. 1898. 1. quando lhes fôr pedida uma informação exacta.. Antonio da Veiga no anno de 1795. destas Memórias. Ocidental.ra Reitor de Soeira e Visitador neste Districto por S. Não admitirão a funções funebres estudantes.. cujas Sanções não é da (109) Ver tomo II. 300 e tantos Diocesanos. Manuel António Pires...CALAÍNHO | CÂMARA 61 TOMO VII enquanto a condessa de Samodães foi presidente. Ex. 16.ma que se transcrevam em todos os livros de Visita para que em todas as Parochias fiquem em perpetua observancia. Porto. fiel e desenteressada não só da sua capacidade. Tip.° S.° Conc. Os Capitulos seguintes manda S.° Conc. 18 Papas. e piedade. que não tenham recebido ao menos – Prima Tonsura. mas tambem e m. p... apareceram os seguintes (109) «Capitulos Da Visita á Diocese mandada fazer pelo Bispo D. por Alex.. João Ignacio P. 2.. Lateran. onde largamente tratámos deste bispo. António Luís da Veiga Cabral e) – 27. CÂMARA (D.° de 10 (inumeradas)-128 págs.° Nenhum Ecclesiastico deve ignorar a obrigação que lhe incumbe de trazer sem intermissão alguma habito talar cerrado na conformidade do 4.to principalmente da sua virtude.a R. Faço saber que visitando pessoalmente esta Egreja parochial..° de Bragança.. isto debaixo da pena de suspensão. cuja determinação é = Habitu talari tum domo tum foras utentur =: e esta obrigação urge em todo o logar e tempo segundos os Concilios. Lisboa. Entre os papéis do falecido cónego da Sé de Bragança. 15 Concilios provinciaes.ma determina que todos os Parochos dêem dos Ordinandos das suas freguezias. Ex. e outros muitos cuja determinação é = Undique clausa deferant vestimenta tam retro quam a lateribus et ante = Nem era precisa esta Nossa providencia se a ignorancia – Mater omnium errorum – Segundo a mente do 4.° bispo de Miranda e 3. Escreveu: Novena e Missa ao Divino Espírito Santo. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .. Ex. Com as aprovações dos bispos do Porto. Braga e Bragança. depois de feita visita no Espiritual me pareceu prover na forma seguinte. 75. etc. e mais 2 de índice e 1 de erratas.a R.. directeve.° Concilio Mediolanense. Episcopus in cujus urbe Diœcesive hoc ille admiserit. Neque enim est unius Sancti Patris Augustini = quotidie peccas. = Ad saluberrimum illum sacrae Eucharistiae summendi frequenter usum. Pela primeira vez será recluso em religião para nella fazer por tempo d’um mez Exercicios Espirituaes. ubi in reca scandallum et offensionem prœburat. docentes Ecclesiae institutis atque exemplis et gravissimorum Patruum vocibus. ut demonstratum est. sed. quae optaret quidem fideles insigrulis missis non solum spirituali effectu. eo ipso loco. cum singulis diebus corporis vires manna reficere opportebat. ei. S. só accrescentamos para lhes facilitar a observancia – Que todo o clerigo d’Ordens Sacras. ainda por breve intervalo o supra mencionado habito que lhe é proprio. 3. ou promulgação desta em diante constar haver largado. 2. siquis diligenter attenderit eundem omnium Patruum.to fulminam Censuras. – Parochi parati erunt. quotidie summe =.ª P. vel colloquendo hoc in genere offenderit. = MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que desde a data. vel sermonem havendo.° provinciali Concilio jussum est.° Acerca da ignorancia. et concionatores item quam sepissime populum Cohortentur. e indiscripção que alguns ecclesiasticos praticam a respeito da frequente Communhão bastará transcrever as seguintes auctoridades. ou de Menores tendo pensão ou Beneficio. item pro ratione culpae corripeantur. de Tridentini quidem Synodi auctoritate interdicat predicationi Verbi Dei. Pela segunda fara nella por dous mezes os mesmos Exercicios. Quod siquis concionator regularis aliquid contra indirecte. tamquam scandalum seminanti. dixerit aut concionatus sit. E pela terceira será mais severamente punido. porquanto as disposições de Dir. et corrijantur. Carlos Borromeo no 3. quicumque. ex Eucharistiœ Sacramentali communione consequimur. Parochi. quœ. e ainda degradação a este respeito. Neque enim minus spirituali eibo animam. ut quemadmodum corpori in singulos dies alimentum subministrare necessarium putant. ut 1. quam naturali corpus indigere perspicuum est vehementer autem per loco proderint maxima illa Divina Beneficia. secl etiam sacramentali Eucharistiae perceptione communicarent. fideles exhortari. et de uberrimo hoc ipso genere Cathecismi Romani doctrina et sententia. 63. Trid part. nisi primum eidem satisfecerit. ad cujus predicationis munus nequidem restituatur. Item que Sanctorum Patruum auctoritates. quae frequentum hujus Sacramenti perceptionem magnopere Commendant. fuisse sensum facile comperiet. qui de hoc reseripserunt. ita etiam quotidée hoc Sacramento alenda et nutriendœ animœ curam non abjiciont. illa etiam figura erit addenda. et satisfacere quoque compellantur. = O Cathecismo do Conc.62 TOMO VII CÂMARA Nossa competencia alterar: conformando-nos a ellas como devemos. denique Tridentina Synodus. . Dominicos.° no seu Decreto. alere debebunt.. = Nihil quando quidem certius Ecclesiae praxi et disciplina. qua utilius Episcopi. ut nemo a Sacro Convivio seu frequenter. Carlos Borromeu decretando que sejam punidos pelo Ordinario como semeadores d’escandalos aquelles que directa ou MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . aliqui deterreuntur. quo ab eodem prolata sunt. A sagrada Congregação do Conc. eo ipso spiritu. quo primorum seculorum fideles exar debant. quartam et sextam feriam. conjugatis Santissimam Eucharistiam sumere ob irriveventiam. institutione et exemplo Christi Domini omnimodo convenire. aut quotidiana sacrae communionis sumptione. Parochi. Temos o Concilio de S. eam que ipsi. Temos a Egreja admoestando os parochos que é do seu officio exortar frequentemente os povos á frequencia mesma quotidiana da Comunhão. sed magis quod singulis permitundum. adhibito prudentiae et judicii temperamento. veluti dies. pro illa gratias agant. Nulla certe res est. illudque omnino provideat. O Papa Innocencio 11. aut sumendi dies generaliter constituatur.. aut parochos.. nostrorum quoque temporum homines inflamati. per se. unica percepti formula. Confessarii studium suum omne impedire valeant..° na sua Bulla – Certiores.. quo ad eos sanctissimi hujus Sacrificii fructus uberior perveniret: utinam autem eo ipso christianœ pictatis fervore.. ad eam mentis puritatem sectandam. Sanctorum quoque mysteriorum solemnitati non adesse tantum. Episcopi autem quorum diœcesibus viget hujusmodi devotio erga Sanctissimum Sacramentum.. seu quotidie accesserit repetatur.CÂMARA 63 TOMO VII Benedicto 11. Declarando que esta doutrina é estabelecida e auctorizada pelo unanime consenso do SS. Verba ejusdem Conc. que principia — Cum ad nos. quam in excitandis fidelibus. sed religiose eorumdem participationem captare conspirentur =. PP. quibus tantum liceal veris taicis.. In hoc igitur Pastorum diligentia potissimum invigilaverit non ut afrequente. unde digni reddentur frequenti ad sacram mensam. O que se segue está inintilligivel por falta de termos. juxta quam fideles missis adstantes participare possim. iteramus «Optaret Sanctus Synodu ut in singulis missis fideles adstantes non soleim spirituali affectu. confessarios sibi discernendum putet. Tridentino Obstat Concilium Tridentinum Episcopo Volenti praescribere certa tempora. avide ad publicam sacram mensam advolarent. sed et Sacramentali etiam Eucaristiae perceptione communicarent. atque in publicis conventiculis solebant sacrosanctum sacrificium. ª. procurem religiosamente instruir os povos e preparal-os para tão salutifera devoção. mortificação. mas chegou a ser uma questão entre os Theologos. qui semper pecco. serão castigados como elle mesmo determina. ou chegue a ella frequente ou quotidianamente. 4.. debeo illum semper accipere. – Se a Communhão quotidiana era de preceito ecclesiastico. Nec nominetur invobis. e os de todas as virtudes. Temos o Papa Innocencio 11. das quaes se formou o Canon – Si quotiescumque – Dist. Parochos e confessores podem empregar todo o seu disvelo mais utilmente do que em excitar os fieis a adquirirem a disposição necessaria para conseguir aquella frequencia. ou se ella se praticava só pelo fervor da caridade e portanto conhecendo os ecclesiasticos a sã doutrina e a sua obrigação n’esta materia. propondo-lhe os exercicios da Oração mental. em que não só todos os fieis commungavam todos os dias. e todos os mais de piedade. mas até nem ao menos. declarando que. e anhelando áquelle primitivo fervor. 11 cap. se algum. de que os fieis commungassem sacramentalmente sempre que assistissem á missa. inremissionem peccatorum effunditur.° lib. que por culpa ou negligencia a embaraçassem. cantilenas e pandorgas os dias festivos deveria não só absolutamente exterminar-se.° O abuso a que o Papa Benedicto 14.64 TOMO VII CÂMARA indirectamente a impugnarem. Temos a Sagrada Congregação interpretando o Concilio Trid. mas se devem exortar a que assim o pratiquem. e a promovam. 4. debeo semper habere medecinam.° decretando que a deligencia dos Pastores proveja que nenhuma pessoa seja apartada da sagrada meza. na Ses. e que os Bispos.° De Synodo Diœcesano lib. o que Deus não permitta.. 11.° não só reproduzindo os desejos do Concilio Trid. onde determina que sejam punidos pelo Ordinario aquelles que ousarem interpretar a Sagrada Escriptura contra o unanime consenso dos Santos Padres. nomear-se entre christãos. mas tambem declarando que certamente em nenhuma cousa os Bispos. Temos o grande Benedicto 14. que os attrahia á sagrada meza. Trident. Nenhum Ecclesiastico pode ignorar a praxe dos mais florentes seculos da Egreja. como São Paulo recommenda em semelhantes materias. A mente deste Decreto é pôr em execução o do Conc. se constituir a este respeito semeador d’escandalos. ut mihi peccato dimitantur. segundo a expressão de São Carlos Borromeu.° cap. 7. o de se empregar em bailes. por ser isso contrario ao Decreto expresso.. mas. que são os seguintes – Si quotiescumque effunditur Sanguis Christi. nem os Bispos podem taxar dias para Communhão. intimando que a Egreja increparia aquelles sacerdotes.. como refere Bened. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 3 chama detestando e restos de superstição pagã. 14. e que não só é lícito aos leigos commungar quotidianamente. 11. Finalmente não se devem perder de vista as palavras de Santo Ambrosio.ª De Consecratione... 19 num. em cujas Dioceses se achar estabelecida esta louvavel devoção deem graças a Deus por isso. Fazem-se feiras. ut populi. não com os Santos e retas intenções com que deviam. mercados publicos pelos quaes este espirito de malicia desencaminha o povo de frequentar as Egrejas. no que se tem achado meio de introduzir muitos enganos. Sacerdotum et judicum a Concilio Sanctae curae committitur. especialmente mulheres que vão ás festas. formidaveis clamores dos Santos Padres. senão para o serviço de Deus.. como arrastando apoz de si muitos males. as chocarrices o das pregações que se deveriam ir ouvir. quam vulgus per Sanctorum solemnitates agere consuevit. Can. ut diebus Dominicis et festivis lubrica spectacula choreae et saltationes non permittantur. exitiumque afferentes condemnamus et expellimus. perjuros. injurias feitas ao proximo.CÂMARA 65 TOMO VII Innumeraveis Concilios. O Concilio chamado intruzo declara que condemna e bane as danças publicas das mulheres. que se conduzem assim (accrescenta o Concilio) teem vindo á solemnidade com menores peccados voltam com elles muito maiores: que os sacerdotes tenham cuidado de advertir o povo. se exprime assim = Nos conhecemos e esperemintamos quanto são grandes os artificios do diabo para substituir o culto dado a Deus. = Cum Magistratu agant Parochi. jogos obscuros e torpes. ultrajes. de assistir aos exercicios Santos e á pregação da palavra de Deus.. referido por Gratianno dist. Os Padres Africanos estabeleceram requerer uma lei imperial para reprimir taes profanações. o Concilio accrescenta = Nós condemnamos e reprovamos as embriaguezes. fraudes. saltationibus. muttam noxam. = Diabulus eleemosynas vertit in crapulam. O Concilio Romano celebrado em 826. Hoc enim.. qui debent officia divina attendere. blasphemias. e o dos Santos nas festas solemnes. Se as pessoas. et turpibus invigillent canticis. e a perda d’um grande numero d’almas…. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . orationes in choreas. ... O Concilio de Toledo.ª. gravissimas doutrinas de todos os sãos theologos tem unanimamente execrado e proscripto tão perniciosa e nefanda corruptella. as disputas os máus e deshonestos jogos e divertimentos. – Publicas mulierum saltationes. O Concilio de Proven. et contionem in scorrilitatem. mas para dançar e cantar canções vergonhosas. que senão deve accudir ás festas. celebrado em 1311.… Semelhantemente decreta que se devia intrepor a auctoridade do Rei Recaredo para se exterminar d’Hispanha aquella peste esterminanda et omnino irreligiosa consuetudo.. 3. 35 queixa-se de que ha pessoas. Semelhantemente decretou o Concilio Geral de Constança.. as danças o da oração. as danças como sendo cheias de loucura e as más cantigas. ut ab omne Hispania depelatur. em uma palavra tudo o que move á impureza: egualmente toda a profanação dos dias Santos. Depois de lamentar estes desconcertos. Que naquelles dias as glotonarias tem tomado o logar das esmolas. in ebriosos. tido em 1583.° entre as obras de S. e recommenda aos parochos que denunciem ao Bispo aquelles que delinquirem contra aquella disposição canonica. se retiram dos divinos officios e dos exercicios de devoção. = O Concilio d’Acre. despresando o inferno. o de Nabona em 1609. diz este Santo Doutor. em logar de se conservarem em suas cazas. 117 = Esquecendo o temor de Deus. nec erubescunt. etsi christiani ad Ecclesiam veniunt. lembrando-se d’aquelle dia terrivel. 2.. em dias destinados a aplacar a ira de Deus. expondo-se assim sem pejo aos olhos dos homens. lib. em logar de que elles deveriam applicar-se em purificar seus corações de todo o mau pensamento. afim de que os Bispos pronunciem contra elles nomeadamente sentença d’Excommunhão.66 TOMO VII CÂMARA O Concilio de. Isti infelices et miseri homines. e tirando de cima de suas cabeças o veu de que a honestidade pedia estivessem cobertas. Ellas accendem assim a paixão dos moços – omnium Juvenum libidinem in se ipsas provocantes – em fim fazendo estas danças até por todos os logares onde os Santos são honrados. celebrado em 1525 faz as mesmas prohibições debaixo da mesma pena de excommunhão. Eis aqui as expressões do Auctor do Sermão 205 – De tempore – num. e em particular as danças debaixo da pena de Excommunhão..° pag. quia ista consutudo de paganorum obsevatione remansit.. pagani de Ecclesia revertuntur. Que mais se pode dizer do que = Aquelle que vae á festa christão d’ella sai pagão? = porque este costume de baillar ficou da observancia dos pagãos. celebrado no anno de 1585 prohibe taes profanações. Por não estender mais este capitulo produzindo copiosos testemunhos. o de Aquitania em 1596. mas sacudindo de si o jugo de Jesus Christo. o terceiro de Milão e outros muito. qui choreas (substituo eu pela expressão balationes que parece ler-se no texto copiado) et saltationes ante ipsas basilicas Sanctorum exercere nec omitunt. com os quaes deviam facilitar o perdão de seus peccados. Os Santos Padres deploram amargamente e reprehendem com a maior efficacia todas estas corruptellas e dissoluções. como pessoas que estão em transportes de frenesi ou de furor. os fieis deixando-se enganar pelos artificiosos attractivos do diabo. em que os Ceus se abrirão. o de Avinhão em 1514. e o Juiz severo de vivos e mortos descerá para retribuir a cada um. limitar-nos-hemos a referir só um de São Basilio —Homll. 2.° p..ª collecção 167. e o mesmo Concilio dá esta razão – E’ um absurdo que. e fazendo d’estes logares Santos uma officina da sua obsceniMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Agostinho titulo 5. segundo suas obras. ellas mesmas teem um olhar despejado. 4. o de Bordeau em 1624. lavar com suas lagrimas os peccados que tem commettido. Similhantes prohibições decretaram os Concilios – de Par. e preparar-se assim para o grande dia da verdade do Senhor. Ellas se entregam a risos immoderados e se agitam em suas danças. os Ecclesiasticos d’esta freguezia. pois nenhum d’elles deve ignorar que obrigam em consciencia. João da Cruz. loca Sancta officinam obscenitatis sua effecerunt. S.ma aos 17 de Fevereiro de 1795. e Mystica pelas Obras de Santa Thereza de Jesus. á qual deverão concorrer não só os Rd. Os seguintes capitulos d’esta visita determinam os diversos reparos e concertos que manda fazer na Egreja e Capellas da freguezia.. No Museu Regional de Bragança há várias Pastorais (manuscritas) e outros trabalhos deste bispo. O Visitador João Ignacio Pereira». Libânia do Carmo (110): (110) Esta D. o Rd. estudem Theologia Moral pelos livros que S. quartel-mestre.e Francisco José Pires. B. N. com a pena de quatro mil reis. Ex. mas tambem os das freguezias de Fornos de Pinhal e de Barreiros. O mesmo Rd.ª D.° O Rd. ao menos uma vez na semana. Ex. Dado em visitação na freguezia de..° Parocho as publicará á estação da Missa Parochial de trez dias festivos.CÂMARA 67 TOMO VII dade – Choreas constituentes.° Promotor com o transumpto d’este capitulo para proceder judicialmente contra os que derem casa. pena de mil e duzentos reis. do que.° Parocho. á Palestra. que apontamos à curiosidade dos seus admiradores. dará parte ao Rd. e contra cada um dos espectadores com a de mil e seiscentos reis. e de D. S. e remetterá relação dos que tiverem faltas illegitimamente attendiveis. onde nasceu em 1816 e foi regente do convento de Fornos de Ledra. Eu P.a R. chamarem tocador ou d’outra maneira incitarem. sob meu Signal e Sello de S. naturais de Chaves. aqui mesmo passará certidão. nas roupas e paramentos sagrados e outras utilissimas disposições que dizem respeito á doutrina e á disciplina ecclesiastica.a R.ma insinua na sua Pastoral de 21 de Março de 1794. padre Domingos Afonso Parra à mesma sr. Francisco de Salles.. que se não acharem legitimamente revogadas. Imitação de Christo e outros. Eulália Maria.. O Rd. Secretario o escrevi. Libânia do Carmo era filha de José Carlos Lopes de Andrade. Se algum delinquir nesta materia dos jogos e illicitos devertimentos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .°Abbade terá cuidado executar melindrosamente as rubricas nas funcções da sua Egreja. se cumpram e guardem inteiramente como nellas se contem. .° Abbade presidirá como lhe está determinado. que pagará da sua bolsa dentro em 20 dias depois de commettidos os taes crimes. Cópia de outra carta (que não vimos) do sr. concluidos os quaes faz o encerramento do modo seguinte: Estas e as mais determinações. ainda hoje numerosos. e semilhantemente lhes recommendará. e recommendará aos concurrentes ás suas Palestras as leam com frequencia. 5. Simão para Roma para tractar da causa. e por ultimo recebeu do S. muito prazer tenho nisso. Antonio de Jesus. que de certo pelo pouco tempo que esteve em Roma pouco poderia saber sobre isso. Bispo de Bragança (112). Simão foi alguas vezes ao Vaticano. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Caridade o estado em que isso está. partio Fr. depois transferido para Fornos de Ledra.to Padre. mas. e Frei Simão da Rainha Santa muito trabalharam sobre essa Santa causa em colligir todos os actos heroicos. Era a sua maneira (ou seu fraco). mas afinal foi apresentado ao S. porque se investigou tudo minuciosamente. os documentos de suas virtudes formam um grande maço de papeis. porem não será na nossa vida por muitos motivos que seria longo descrever. = o que sei é que na vida do meu sempre lembrado Thio = Pe.. Antonio melhor sabia do que elle.. sem nada dizer que vinha. mas que lhe parecia poderia ter logar tractar-se a causa (isto é pouco mais ou menos o que respondeu) e que o deixasse ficar. Francisco Parra. mas sabemos. aonde eu o visitei.to Padre a agradavel noticia = que tinha examinado ainda que por alto.68 TOMO VII CÂMARA «Lisboa 7/12/1877. para em tempo opportuno ser examinado pelos Cardeaes. Fr. agora não nos deixa. Simão agora fica. ou virtudes. e athe milagres desse Santo Bispo. fundador dos conventos de Mofreita e Loreto. etc. que. que não tinha permanencia em parte algua apezar de sempre estimado: e já o Snr. a respeito da causa beatificativa do nosso Pae fundador (111) que me diz se vae tractar. mas elle Bispo e Padres gracejavam com elle = então Fr. de Fr. Fr. em logar de ficar em Roma para continuar a tractar da causa eilo apparece em Lisboa. e por isso logo que ouvio o S. ora voltava. e Congregações a que taes negocios pertencem..to Padre. Libania e Snra. – Carissima Irmã D.? mas qual permanencia! passados mezes eis que Fr. segundo ouvi a meu Thio bastante o alterou. e depois de formado o processo. muitas vezes.. Simão em logar de ficar em Roma para adiantar a causa porque lá estimado pelos Franciscanos de toda a ordem. e eu sei melhor do que V. porque o tempo não lhe permittia examinal-o minuciosamente.. que pela sua volubilidade percorreu quasi todos os conventos. e ulti(111) Refere-se ao bispo D. do que meu Thio nada gustou. António da Veiga Cabral e Câmara. ora sahia. mudando-se d’uns para outros (eu creio piamente que está no Céu porque era um Santo Frade. quando formou a sua Congregação foi um d’elles. – . mesmo para o participar ao Rd. (112) D. etc. e passadas semanas ou mezes que levou a traducção do processo. António da Veiga. Regente. que respondeu = o examinaria. percorrendo varias partes e casas de Fidalgos. Simão pela porta fora.° Conego Pires. e como era muito bom era sempre bem recebido. e tudo nos seus logares. ou sei que o conheci tanto de perto. porque Fr. porque muitas vezes. e a D..CÂMARA 69 TOMO VII mamente parte para esses sitios. 175 e 188. porem duvido que seja no nosso tempo. «Carissima Irmãsinha da minha alma. Manuel António Pires. Domingas que falleceu pouco antes de eu vir para Lisboa. aonde eu tambem o visitei. visto ser elle quem tem fallado nisto. companheira e discipula de D. signal de grande affecto. Não te posso expressar quanto me roubas o coração. Sobre Domingas de Jesus Vaz e Maria Comba ver o Monumento à Memória de D. 1889. Quando recebo as tuas cartas as faces e os olhos se me enchem d’agua. porque o mesmo Senhor diz = Aquelle que lança (113) Cópia da carta original encontrada entre os manuscritos do cónego penitenciário da Sé de Bragança. ficando tudo em Roma paralizado athe agora. – Domingos Bento Affonso Parra» (113). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que tirou essa cópia em 1878. aonde morreu. Ursula. e quando veio a ultima ambas choramos muito e muito. em recompensa do muito que repartes com quem nada te merece. Maria Luiza e outras pessoas. copiada de uma cópia encontrada entre os manuscritos do cónego da Sé de Bragança. Seria mais extenso se os meus attaques m’o permittissem. podem athe mostrar-lhe esta carta . que se conservam no arquivo capitular em Bragança. e tomaste a teus hombros a sua Santissima Cruz. O Divino Espirito te encha dos seus Dons.. do meu coração. e eu toda tua.. Porto. Carta de Domingas de Jesus Vaz. bem desejava que o Rd. primeira superiora do Recolhimento do Loreto em Bragança.° Snr. António Luís da Veiga. Maria Comba. e morto á falta de piloto: Deus queira que surja algum promotor valente e habil para promover tão Santa causa para honra e gloria de Deus e do seu Servo. Pois que. como eu te assignalaste debaixo das bandeiras de Jesus Christo. (114) Era este o tratamento que as religiosas do Recolhimento se davam entre si e o de Pai ao bispo fundador D. minha querida Irmanzinha (114). págs. António da Veiga. toda minha. e da sua companheira Maria de Jesus. leva-a athe ao Calvario. a vida do nosso Pae e familia era objecto do nosso recreio. a D. estou bem conhecida do teu amor interior e exteriormente. António Luís da Veiga Cabral e Câmara. fundado pelo bispo D. a D. O nosso amado Jesus te recompense em tudo a tua permanencia no mesmo: fidelidade e constancia.. Manuel António Pires. Sim. Conego Pires soubesse o estado do processo que acima disse para informar o seu correspondente em Roma. bispo de Bragança. estas e muitas mais cousas ouvi a meu Thio. sua sucessora na regência do mesmo recolhimento. 4. e aquelle que não levar a Cruz athe ao Calvario não será salvo. e muito menos mostral-a ás pessoas com quem tractar. Para fazer reforma. Jorge com que foi attribulada desde 1790 até 1807. 3. mas sim na escholla do Santo Fundador. não deixando de acariciar as outras para as ganhar para o mesmo caminho: he preciso MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que lhe mereceram os titulos de Fundadora e Mãe. Domingas de Jesus Vaz e Maria de Jesus».ª desviar tudo o que possa servir de laço a nossa alma. Eis as Instruções dirigidas à superiora D. não he apto para o reino do Céu. com que em admiravel clareza e simplicidade instrue. Em seguida à carta anterior continua o já citado cónego Manuel António Pires: «Desde 1790 até 1822 não me consta que a illustrada e virtuosa Domingas (de Jesus Vaz) escrevesse alguma cousa: nesta ultima epocha começou ella a dirigir as suas instruções ás superioras dos Recolhimentos do Loreto e Mofreita. 6. no principio tornar-te doce. sendo entre todas a que mais approveitou». Francisca Maria Xavier: «A verdadeira Religiosa deve ser devota e procurar uma grande promptidão e fervor. communicando tuas paixões só a Deus. graciosa e alegre. com que as Oblatas do Menino Jesus ainda hoje a honram. mas com o exemplo. não de palavras. que he quem remedeia tudo. Seis cousas são precisas: 1. Depois do inverno segue o verão. Emquanto á qualidade de superiora tens obrigação de procurar o bem de todas as tuas irmãs.ª praticar todos os dias alguma acção particular com este intento. reprehender os costumes velhos. alegria e humildade. antes consolar a todos. mostrar o contrario aos antigos costumes.ª procurar espirito de doçura.ª limpar a consciencia. isto he reformar seus costumes e toda a caza.ª não se deixar cahir em melancolia. Coimbra 27 de agosto-1790. o modo he. firme e constante. fazendo uma particular amizade com as fervorozas. que ella aprendeu a celestial doutrina. Vive sempre alegre.ª pedir a Deus esta promptidão. com a vida e conversação. 2. e o que a levar será salvo. 5. edifica e afervora as piedozas donzellas. Pois não foi nas masmorras das prisões de Coimbra e do Castello de S.70 TOMO VII CÂMARA mão ao arado e olha para traz. Visitas á Maria Joaquina e não ha agora tempo para mais. afim de mais desembaraçadamente te applicar ás cousas do espirito. observando gostosa e pontualmente os ensinamentos que o Fundador e eu lhe deixei para seu regulamento espiritual. não se pode caminhar á perfeição. devem ser ordinariamente para as mais fervorozas e humildes. contudo muitas pessoas virtuosas e prudentes não deixam de se lembrar que seja em castigo das que talvez por sua infelicidade estejam ahi fazendo o papel do Propheta Jonas. Com successo algum. Em outra ocasião enviou à mesma superiora as Instruções seguintes: «A consideravel falta de esmolla com 7 ou 8 mezes d’atrazo da mezada. que terminou por ser engolido por uma monstruosa baleia. mas sobre cada uma em particular. e obedientes. e em particular a docilidade e obediencia. que continuam a ser fieis. Enfim a prudencia e experiencia devem regular tudo com os olhos em Deus. Em se praticando estes dous artigos por toda a communidade está reformada.CÂMARA 71 TOMO VII evitar todas as conversações mundanas. que desobediente ás Ordens de Deus. incursas e comprehendidas no horroroso crime MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . sobre a sua conducta e espirito: observar o natural e a graça com que cada uma he assistida para a dirigir e governar melhor». as soberbas convem algumas vezes humilhal-as para exemplo. as fracas com geito e brandura. quanto seja possivel. desviando sempre toda a outra conversação. As penitencias que se devem pôr. pelo mar tomou outra viagem. Procurar sempre a devida modestia na meza. Todos os pontos da Regra deves tu primeiro que ninguem observar á letra. Sem um total desapego de tudo o que existe na terra. lendo sempre alguma lição escolhida. não se falando senão em cousas de Virtude. ainda que deixe julgar ser permissão da Santa Providencia para prova de fidelidade e augmento de merecimento das pessoas ahi existentes. he preciso procurar esta virtude em todas quanto seja possivel segundo a disposição de cada uma. e vigiar sempre não só sobre todas em geral. e d’elle esperar tudo. Se pois alguma ou algumas por sua miseria se acham representando a pessoa do sobredito Jonas. sempre mostrando nisso repugnancia. nunca deves perder a paz interior. que o mandava á cidade de Ninivi. He preciso saber que sem muito trabalho e muito soffrimento nunca se reformou caza alguma. He preciso servir das irmãs para o governo temporal. Assistir na communidade o mais que fôr possivel. por mais adverso que seja. impressa na Imprensa Académica de Coimbra em 1794. carissimas filhas. e por isso quero trazer á memoria aquelles felizes tempos do Loreto. não queiraes endurecer os vossos corações como os Israelitas no deserto: se quereis vida verdadeira. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . fazei o bem e desviai-vos do mal. qua mansuctudine/caeterisque virtutibus/praestantissimo/ad perpet. Fr.. onde as graças do Céu choviam sobre os que não cuidavam senão em cumprir á risca a doutrina e santos conselhos dados e estabelecidos pelo Fundador tão grande servo de Deus: os quaes não he razão pôl-os em esquecimento. Senhor verdadeiro. em ponto tão importante e de tanta consideração. virtuti que ejus/D. e se he necessario juro in sacris eu abaixo assignado Parocho Confirmado deste lugar de Sam Salvador. não só por ti e pelas mais que gostaram a divina uncção e primeiro modo de vida. Josephus A. de. e tremam. Não he justo que tão bella instituição. diz o Senhor. Bernardo Mondim/in ordine Sancti Francisci/provinciae Portugaliae professus».72 TOMO VII CÂMARA de infedilidade e desobediencia temam. gratitudinis tes ti mon. A sua certidão de óbito diz: «Faço certo. Bernardo Mondim lê-se: «A D. e ver dias bons. procurae a paz». desde já a chamo para o tribunal Divino: pois o Divino lavrador não quer no seu campo arvores infructuosas. D. não zelar e promover o bem espiritual. (Não encontrei o resto). Ouvi. senão por todas que compoem essa corporação. em tão breve tempo se veja decahida: e aquella que para isso tende por ser omissa. Antonio Luiz da Veiga Cabral e Camara Regiae Magestatis consiliario/prudentissimo/ecclesiae brigantinae/pontifici piissimo/Franciscanae familiae/fauctori/devotissimo/qua litteris. com gosto a doutrina que deixou ahi estabelecida aquelle grande Servo do Senhor: a vós que desprezando os prazeres do mundo determinastes combater por Jesus Christo. Na dedicatória da sua tese que fez a este bispo Frei José de S. constante de 21 págs. O objecto desta dedicação é uma tese teológica defendida em Coimbra no doutoramento do oferecente. antes fazer toda a diligencia para que se renovem em todo o sentido./ac acternum servitutis/clientelae que monumentum/dovotus nominis. Não quero ficar responsavel diante de Deus. não venham por sua infelicidade a ser lançadas ao tempestuoso mar d’esse mundo e devoradas pela baleia infernal. porque são horas de levantar: abri os olhos á luz Divina. he que dirijo estas palavras: = Despertae do somno. de colaboração com Abel de Andrade. filho de José António Camelo. pellas duas horas da manhã. Fez concurso para a cadeira liceal de história e geografia e tem ensinado essas disciplinas em diversos liceus. tais como: Aveiro. de Luís Cardoso. concelho de Alfândega da Fé. Sam Salvador. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . onde foi aluno distinto.mo Snr. no Curso de Ciência Política Direito Político coligidos pelos alunos do mesmo curso. Sofia. maço Para a História da Diocese. Como deputado fez a sua estreia parlamentar na sessão de 15 de Abril de 1902. natural de Sambade. cursou em Coimbra a Faculdade de Direito. e Junho 16 de 1819. Leiria (?) e ultimamente no Central de Lisboa. Pe. (115) Documento existente no Museu Regional de Bragança. Foi deputado. faleceo da vida prezente. José Vicente de Miranda» (115). hoje lente da Universidade: Apontamentos de Algumas Prelecções do Dr. ignoro a causa. aos trese dias do Mes de Junho do prezente anno. por me ser pedida. sendo. a qual poderam dizer os Reverendos Capellains do sobredito Ex. Antonio Luiz da Veiga Cabral e Camara Bispo destas ditas Dioceses. Tem desempenhado diversas comissões importantes. instituidos para aquella hora. e de D. 1904. senão nas conferencias publicas. 1893. vogal dos concursos de instrução secundária. (116) Os trabalhos desta comissão podem ver-se no Boletim da Direcção-Geral de Instrução Pública. a ponto de quase chegarem a vias de facto. 36 e seguintes. Constança de Jesus. o que foi muito comentado pela imprensa desse tempo em sueltos epigramático-humorísticos. nasceu a 25 de Julho de 1867. pelo tabelião José Luís Cordeiro de Sousa. Tip. concelho de Vinhais. Segue o reconhecimento feito a 18 de Julho de 1819 em Mirandela. D.mo R. natural de Ousilhão. não recebeo os Sacramentos. neste dito lugar. 8. Concluídos os preparatórios e curso teológico no Seminário de Bragança em 1889. por mais de uma vez. freguesia da Sé. porque eu não tinha entrada. Coimbra. p. defendendo a criação do chamado Novo Liceu Nacional.CÂMARA | CAMELO 73 TOMO VII annexo da villa de Mirandella Bispado de Miranda e Bragança: em como o Ex.mo Snr. E por ser tudo na verdade passo a prezente. O seu temperamento impulsivo levou-o logo a fundas e violentas desinteligências com o deputado Oliveira Matos.° de 64 págs. Emídio Garcia. Escreveu. CAMELO (Padre Alípio Albano) – Natural de Bragança. Por decreto de 19 de Setembro de 1902 foi nomeado vogal da «Commissão technica permanente com o fim de examinar e apreciar os livros destinados ao ensino primario e normal» (116). prior de uma freguesia importante em Lisboa e distinto advogado nos auditórios dessa cidade. Amarante. como os mais individuos. em Lisboa. etc. como erradamente se lê no Catálogo da Academia) – Natural de Moncorvo. da – Dicionário Bibliográfico. a 22 de Janeiro de 1825 e faleceu na sua casa de Vinhais a 14 de Maio de 1908. Escreveu: Pároco perfeito. Lagos. Tratado da Família dos Mascarenhas. licenciado. Morais Sarmentos. deduzido do texto santo e Sagrados Doutores. Salvador de Penedono.. Manuel Camelo era «cidadão desta cidade [Miranda do Douro] e nela morador» (118). provido em 1631 na reitoria de Rabal. etc. com os escudos iluminados pela sua mão. Inocêncio F. CAMPILHO (Pedro Vicente da Silva Barreto de Morais Sarmento) – Nasceu em Sobreiro de Cima. Por mais de meio século foi o árbitro da política progressista no concelho de Vinhais. maço Obras. Era formado em cânones pela Universidade de Coimbra. fol. 1641. em escritura lavrada por tabelião público. e não Carneiro. concelho de Vinhais. O Sumário da Biblioteca Lusitana menciona mais deste autor: Prontuário de Exorcismos. (118) Museu Regional de Bragança. Estava na casa dos condes de Sabugal. Armas e Famílias de toda a Espanha.74 TOMO VII CAMELO | CAMÕES | CAMPILHO CAMELO (António Moreira. Figueiredos e Montalvões. e dos senhores do cabido da Santa se desta dita cidade ha obra da Sé delle per comtratos e escreturas acerca da maneira que havia de proseguir e acabar francisco belasque mestre que foi da dita hobra defunto como dos ditos comtratos constaria por bem dos quoais ele dito manoel camelo fizera muita parte da dita hobra de camtaria e alvenaria e telhados do que a elle hera debido». Brasonário das Insígnias dos Reinos. e foi abade da igreja de S.. que orçava pelas raias do fanatismo.. declarou Manuel Camelo «que elle tibera per comtrato da mão do Senhor dom amtonio pinheiro bispo que foi deste bispado.. É manuscrito. Manuscrito. CAMÕES (João da Fontoura) – De Chaves. Pessoas. Estava aparentado com as famílias mais distintas do distrito de Bragança: Pavões. onde chegou a conquistar e a manter um prestígio e força política inabalável. de XL-375 págs. Pouco vulgar (117). Manuscrito. Iniciou a sua vida (117) SILVA. Pessanhas. CAMELO (Manuel) – A 18 de Março de 1591. Lisboa. Pimentéis. para a prática de reger e curar almas. Faleceu em 1675. 1675. licenciado em teologia. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . etc. Gabriel. desembargador dos agravos da Casa da Suplicação de Lisboa (ao tempo do nascimento daquele). que traiçoeiramente a entregou aos liberais em 1834. na Universidade de Coimbra. CARDIM (Padre João) – Jesuíta. O Nordeste de 22 de Maio de 1908. Exerceu por várias vezes o cargo de presidente da câmara e administrador do concelho de Vinhais. a penitência e mortificação e a obediência. natural da vila de Viana do Alentejo. natural da vila de Campo Maior. A fama dos seus milagres correu por toda a parte. p. que aos vinte e seis anos de idade. «As Universidades de Coimbra e Evora. e D. professou na Companhia de Jesus. a caridade e compaixão para com os pobres. procurador à Junta Geral do Distrito de Bragança e deputado às cortes na legislatura de 1858. muitos prelados e titulares de Portugal e alguns soberanos e grandes da Europa. titular de Évora. p. O Hagiológio Lusitano celebra como suas virtudes mais notáveis a humildade. Catarina de Andrade. bispo de Fez. e artigo Pimentel (Carlos). pág. o fervor na oração e trato com Deus. CANAVARRO – Marechal-de-campo absolutista. governador da praça de Miranda do Douro. Faleceu no Porto a 14 de Janeiro de 1861 e deixou. provedor da comarca de Moncorvo. Ver tomo I. a modéstia. 397 e 617. pais de seis filhas. Pinho – Portugal Antigo e Moderno. e quatro filhos igualmente entrados em religiões. 223 e tomo VI. todas entradas em ordens religiosas. Braga e Coimbra. 300$000 réis para a sustentação do Lausperene que o mesmo capitalista instituíra na igreja do Vimioso em Agosto de 1860 (120). O primeiro destes foi o nosso biografado. e de D. filho do doutor Jorge Cardim Fróis. natural de Moncorvo. formou deles processo canónico. destas Memórias. (120) LEAL. em cujo colégio de Braga faleceu a 18 de Fevereiro de 1615. CAMPOS (Joaquim José de) – Pelos seus actos beneméritos tem direito a ser mencionado honrosamente nestas páginas. distrito de Bragança. entre outros legados. sendo já sacerdote e opositor ao Colégio Real de S. insere também um longo artigo necrológico-biográfico a respeito deste homem que se tornou notável e lendário (119). descrevendo os seus funerais. artigo «Vimioso». menos uma que casou ilustremente. cinco mil libras em fundos ingleses à Misericórdia desta cidade para administrar o seu rendimento e entregar anualmente ao pároco do Vimioso. 196.CAMPILHO | CAMPOS | CANAVARRO | CARDIM 75 TOMO VII pública como segundo oficial do governo civil de Bragança. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . os magistrados de Lisboa. Paulo. onde nasceu em 1586. escreveram ao Papa em ordem a se lhe dar culto (119) Ver tomo I. Foi subdelegado do procurador régio em Moncorvo e delegado em Vila Franca do Campo. vol. intitulada Vida e virtudes do admirável padre João Cardim da Companhia de Jesus português natural de Viana do Alentejo. jornal de Moncorvo. Vila Nova de Famalicão e Lisboa. Jornal de Moncorvo. tomo II – Santos Portugueses.° 56 (795). 296. que depois foi traduzida em italiano e francês (122). natural de Moncorvo. Faleceu a 13 de Abril de 1925. Maria do Carmo Magalhães. p. Flor do Mondego. 8. CARDOSO (Amadeu Américo de Magalhães) – Doutor em medicina pela Faculdade do Porto. concelho de Alijó a 13 de Fevereiro de 1873. Gab. natural de Moncorvo. Está na Biblioteca Pública de Évora.76 TOMO VII CARDIM | CARDOSO publico. Nordeste. e de D. escreveu e publicou a vida deste virtuoso moncorvense em Roma no ano de 1635. 3 d. comarca de Santa Cruz (Madeira). (121) Ano Histórico.° de 150 págs. deixando numerosa prole. Era filho do doutor Júlio César Lopes Cardoso. de Amarante. Évora. 7-C. Marselhesa. fez parte de diversas comissões desempenhadas com muita competência. O Independente do Norte. Nasceu em Cotas. Maria Georgina Camacho Lopes Cardoso. a 7 de Julho de 1879. Tornou-se notável como polemista e colaborou nos seguintes jornais: Gazeta de Bragança. Vila Nova de Ourém. Casou em Macedo de Cavaleiros. I. onde terminou o curso em 1903. jesuíta. Carrazeda de Ansiães. 4. onde seu pai era delegado do procurador régio. Carvalho da – Corografia Portuguesa. Jorge – Hagiológio Lusitano. 7-C. e fundou O Trasmontano. embora acidentalmente nascesse no Funchal. referente ao dia 18 de Fevereiro. Vila Realense. p. Na Biblioteca Pública de Évora. filho de José Etienne de Barros Cardoso e de D. Concluiu o curso liceal e o de medicina no Porto em 1896. Norte Trasmontano. secção dos «Reservados». natural do Funchal (Madeira). Porto. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . onde é médico municipal e subdelegado de saúde. CARDOSO (Acácio António Camacho Lopes) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. secção dos «Reservados». 154. O 31 de Janeiro. 4 n. Ribeira Grande. n. Comércio de Guimarães. e com authoridade da Sé Apostolica se fizeram processos authenticos nas principaes cidades e povos de Portugal em ordem á sua canonização no anno de 1643» (121). CASTRO. Como deputado. Escreveu: A atrepsia nos recém-nascidos. O padre Filipe Alegambe. E. 1898.° de 438 págs. E. jornal de Coimbra. conserva-se a obra rara escrita por Sebastião de Abreu.° 20 (816). na oficina da Universidade. 1569. João Baptista de – Mapa de Portugal. terra de seu pai. COSTA. Gab. Flor do Tâmega. de que foi chefe de redacção. (122) CARDOSO. delegado do procurador régio. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . pedagógica e profissional. (123) A casa de Caxias é chamada «Reformatório Central de Lisboa Padre António de Oliveira» em memória do benemérito sacerdote. natural de Moncorvo. criação da Colónia Correccional de Izeda. A sua acção como deputado ficou marcada por notáveis trabalhos nas comissões a que pertenceu e pelo modo brilhante como os sustentou nas discussões da câmara.ª classe. regulamento e legislação sobre registo predial. assinalando a sua passagem pelos seguintes projectos de lei: reorganização dos quadros do Tribunal do Comércio do Porto. Durante a sua auditoria administrativa em Bragança foi provedor da Misericórdia e presidente da Junta Patriótica durante a Grande Guerra. chamada de «Lopes Cardoso» por portaria de 7 de Janeiro de 1920. elaborado pelo padre António de Oliveira (123). sub-leader do mesmo nas câmaras e vogal do directório. auditor administrativo no Funchal e Bragança. Evidentemente que é este diploma o mais virente florão da coroa de glória do doutor Lopes Cardoso. constituem a base do que se tem feito de melhor no assunto.ª classe.CARDOSO 77 TOMO VII CARDOSO (Artur Alberto Camacho Lopes) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. famoso preceptor dos menores delinquentes. por decreto de 20 de Setembro de 1919. juiz de direito de 1. com pequenos intervalos. É filho do doutor Júlio César Lopes Cardoso. tendo numerosa prole. embora acidentalmente nascesse em Fafe (onde seu pai exercia a magistratura) a 17 de Janeiro de 1881. Maria Georgina Camacho Lopes Cardoso. auditor do Tribunal do Contencioso Fiscal junto da Alfândega de Lisboa e actualmente é juiz de direito de 1. chefe do partido nacionalista no distrito de Bragança. Pode bem dizer-se que com o decreto de 27 de Maio de 1911. desde 29 de Junho de 1919 a 18 de Dezembro de 1923. concelho de Bragança. Ao doutor Lopes Cardoso deve o distrito de Bragança a fundação da actual Escola Industrial de Bragança. Adelaide de Castro Pereira (ver tomo VI. natural de Moncorvo. cargos em que se houve brilhantemente. notável diploma sob o ponto de vista da reorganização disciplinar. 778. natural do Funchal (Madeira). e de D. pág. terra de seu pai e avós paternos. Casou com D. reorganização dos serviços de protecção aos menores. sendo baptizado na Póvoa de Varzim. Foi subdelegado do procurador régio em Moncorvo e delegado em Carrazeda de Ansiães. a de Artes e Ofícios de Miranda do Douro. adjudicando-lhe os bens confiscados pelo governo na mesma povoação às congregações religiosas. mesmo fora de Portugal. exercendo todavia aquele cargo. tabelas dos salários judiciais. deputado. destas Memórias). reorganização dos serviços do governo civil. onde concluiu o curso em 1907. Macedo de Cavaleiros e Bragança. Foi ministro da Justiça por três vezes. da família Vargas. exerceu a profissão de barbeiro na sua terra natal. nos seus princípios antes de ir para o Porto. vibrante de indignação.. 8. Viveu no Porto antes da revolta de 31 de Janeiro de 1891. artigo «Santos Cardoso». tenente Homem Cristo.78 TOMO VII CARDOSO outra em Freixo de Espada à Cinta. a 21 de Abril de 1842 e faleceu na cidade do Porto em 1899. inflexível como o roble das nossas serras. uma de índice e outra de erratas. Alves da Veiga e Pedro Amorim Viana. com dois juízos críticos pelos Ex.° pequeno de XIV-128 págs.° pequeno de XXXV-92 págs. E mais lhe deve valiosas dotações para as estradas do distrito e para as misericórdias de Moncorvo. filho de João José dos Santos Cardoso e D. Porto. Em 1915 cooperou proficuamente na obtenção da dotação para restauro da Domus Municipalis de Bragança e plano reconstrutivo pelo arquitecto Adães Bermudes. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . o que então não teve efeito. 8. doutor Alfredo de Magalhães e plano reconstrutivo do arquitecto Baltasar de Castro. Raul Manuel Teixeira. Emílio Castelar e Garibaldi elogiaram-na. governador civil do distrito. Estas asserções são do promotor da justiça no seu julgamento e do depoimento da testemunha. naturais de Castro. Posto Agrário de Bragança. (124) O Portugal: Dicionário histórico. Ocidental. Porto. Tip. Teresa de Jesus. de Alexandre da Fonseca Vasconcelos. escolas primárias superiores de Moncorvo e Macedo de Cavaleiros (extintas depois). José António Furtado Montanha e Tomás Augusto Salgueiro Fragoso. filho de pais pouco abastados. 1877. O segundo vol. Traz o retrato do autor. Escreveu: Verdades de Sangue. que não vi. e depois em Lisboa donde foi a águas para Vizela já doente e lá faleceu. Tip. É uma obra de combate. Era o braço direito de Alves da Veiga. Parece que Santos Cardoso. desta obra intitulou-se: Verdades de Sangue – Escândalo Bancário. Foi redactor e fundador de A Justiça Portuguesa. história dos acontecimentos da crise monetária e bancária de 1875 a 1877. concelho de Chaves (124). Miranda. proprietários. No fim promete ainda um 3. dura como a rocha trasmontana. Escola Infantil de Bragança. CARDOSO (Henrique José dos Santos) – Nasceu em Santa Comba. concelho de Vila Flor. Vila Flor e Bragança. Foi a figura principal daquele movimento.° vol.mos Srs. Ver O Primeiro de Janeiro de 1891. Ver Pereira (José António de Castro). que tem a rara coragem de estigmatizar a corrupção duma sociedade opressora em linguagem cortante. Vítor Hugo. Drs. diz que nasceu em 1842 e que faleceu em Vizela a 5 de Agosto de 1899. devido à dotação do ministro da Instrução. 1878. despida de considerações pessoais. e só em 1928. convindo salientar o muito que trabalharam para conseguir tal desideratum os doutores António Augusto Pires Quintela. que esteve na quinta da Tereiginha. .). ou porque o movesse um grande interesse pessoal.. trouxeram por muito tempo aterrada a cidade do Porto.).. o seu grosso bengalão e.. dos de velhas tradicções. dos estudantes exaltados e sargentos ambiciosos. O Alves da Veiga é outro homem. ou por tudo junto..).... não tem dado provas.. que tanto impunham d’arrojados e decedidos nos preleminares d’aquella triste aventura. de grande credito. ultimamente. desvairados. E d’esse pavor proveio toda a reluctancia que á ultima hora experimentaram (pág. Na vespora da revolta. que em todo o caso.. muito boas pessoas. confiou nas pataratices dos barbeiros. e pela pera e pela voz aquilatando o mundo».).. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .).). 95. alentado. Mas tambem não gosa. Santos Cardoso e Alves da Veiga.. todavia. 84 descrevendo Santos Cardoso diz: «Eu nunca tinha visto o homem. d’uma fraqueza extrema. tão ingenuamente.. donde provieram depois as referências azedas que lhe fizeram quando preso nos conselhos de guerra. diz este escritor. Pois um homem que.. deixou de contar com as terriveis contigencias de negocios tão graves. figuras primaciais na revolta de 31 de Janeiro: «Santos Cardoso. Um cabo d’esquadra de boa raça. dos bachareis insignificantes. Lisboa. Mas a figura não desmereceu o conceito.. porventura. mas de fraco juizo (pág. que eu julgava indigno de mim apertar a mão de tal homem (pág. 111.. apreciando Santos Cardoso e Alves da Veiga.. Na pág. foi o cumulo da desfarçatez e da vergonha. 80. A conduta de Santos Cardoso (durante a prisão e processo) essa então. foram durante ella. tanto um como o outro andavam. 81. 113. nestas coisas. Bruto como todos elles. como Alves da Veiga. tomado a serio como homem politico e chefe revolucionario? De maneira nenhuma (pág. 1891. ensoberbecido da grande pera e da voz de trovão que possuia..CARDOSO 79 TOMO VII A hercúlea corpulência de Santos Cardoso. por assim dizer. ou pela indole sebastianista de esperar todos os dias a salvação da patria d’um acaso. Os trabalhos republicanos de Alves da Veiga nada valeram e que apenas se reduziram á triste acquisição d’uns pobres lunaticos. dois bragançanos. sob todos os pontos de vista.. grosso. tão facilmente acreditou em tudo.. de maior senso pratico do que Santos Cardoso» (pág.. Faltou-lhe completamente o pouco tino que lhes restava. que. Alves da Veiga. Ajoelhava aos pés do commissario geral de policia. «. Em Os Acontecimentos de 31 de Janeiro e a minha prisão. com tanta simplicidade. possuia uma reputação de tal ordem. contava sempre com tudo e com todos (pág. 91. sobretudo.. ou por uma leviandade sem limites. contava. a virulência dos seus escritos. pois Alves da Veiga pode ser. Não houve expediente de que aquelle homem não se soccorresse para se libertar de culpas. que.. por Francisco Homem Cristo. as suas barbas infinitamente compridas.. porém. abraçava-o. sem ouvir muitas vezes o que lhe diziam (pág. Consultado não sabia responder. na pág. mas. Forjava a toda a hora planos de evasão. Nada dispoz nada previu. Noutra parte diz: «Ora eu era revolucionário.. 184.. declara que quando foi absolvido (ele Homem Cristo). Pelas leviandades de Alves da Veiga. se não apressasse a declarar-lhe que o tal artigo lhe não aproveitava. a biliosa soberbia que o tortura é que manda. correspondeu a essa lealdade.. Negava terminantemente que houvesse alliciado sargentos. um dos meus collegas no Directorio. talvez para evitar compromettimentos escusados. inde irae!). invocando um artigo do Codigo Penal que aproveita aos denunciantes. em absoluto. Alves da Veiga desde a manhã de 30 que não sabia o que fazia.)». Alves da Veiga e Santos Cardoso. não era precisamente tolo». no successo feliz dos trabalhos. promettia. Não conseguindo os seus fins por esse meio. que nem tolerava que outros pensassem diversamente!!! É que atribuía a Santos Cardoso a denúncia para ele ser preso (pág.. Fica-lhe bem esta confissão. meio tonto. nas minhas próprias barbas. era trabalhador e energico. 198. pedindo que lhe valesse.. com razão ou sem ela? Pouco importa. 194. dignos de consideração.. Tanto era o rancor...80 TOMO VII CARDOSO beijava-o. Ambos mostraram a maior imcompetencia na hora solemne.. tão falhos de tino como os seus planos revolucionarios.. que tinham chegado ao Tejo (pág. 167.. agora. que supõe igualmente sua inimiga.. Tolos eram só os outros: se trabalhaMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . «Mais tarde. Instigado a proceder.)». Não obstante algumas denuncias fez alem da minha (pág. Nas págs.. quando o Directorio visitava oficialmente os presos politicos.). andavam cheios de medo e de pavor. assustaram-se com a obra no momento de a executar. Ao mesmo tempo que pareciam confiar. comprimentando affectuosamente Santos Cardoso no “Vasco da Gama”. lá lhe escapou o motivo – eram seus inimigos – e até talvez o das arremetidas contra o resto da humanidade. dizer tudo se o posessem na fronteira... Toda a gente sabe que Homem Cristo tem passado a vida a dizer mal de meio mundo e a ameaçar a outra metade. sem ter nenhuma qualidade intelectual. em quase todos os centros republicanos se exclamava: «Que pena aquele maroto não ter ido para a Africa!».. leviandades que esmagam a vida politica deste homem (pág. segundo as confissões mais unanimes dos presos mais involvidos nos mysterios da conspiração.). ficava-se tresloucado. ou de qualquer forma preparado a revolta. 199 e seguintes apresenta Alves da Veiga e Santos Cardoso ridículos após o desastre. 60) e pensava que este e Alves da Veiga lhe moviam guerra sem tréguas (pág. Alves da Veiga tudo abandonou. 92. pois. E tudo teria denunciado se o commissario de policia. 221. 217. freguesia do Porto. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 1860. da – Dicionário Bibliográfico. que não cumpriu integralmente por ser amnistiado. pág. pois. tomo II. 127. CARDOSO (José Silvério Rodrigues) – Farmacêutico. não estavam à altura da missão que se lhes confiou! Foi bom declarar que não era tolo. CARNEIRO (José Paulino de Sá) – General de divisão reformado. Santos Cardoso foi preso em consequência da revolta de 31 de Janeiro. a 12 de Dezembro de 1906. Esta obra representa a colecção de vários artigos publicados pelo autor no Boletim de Farmácia e Ciências Acessórias. Porto. emigrou (125) SILVA. Nasceu em Mirandela a 9 de Abril de 1815 e aí faleceu a 13 de Janeiro de 1888. filho de António Silvério Rodrigues e de D. 210. como Elias Garcia. simplórios. se não trabalhavam. todos os mais aliam a esse predicado o de ingénuos. onde se tem distinguido como caricaturista. julgado nos tribunais marciais de Leixões e condenado a prisão maior celular por quatro anos. Ver tomo I. brutos e imorais. CARNEIRO (Domingos Augusto) – Nasceu em Paranhos. director do Real Colégio Militar. seguida de degredo. velhacos. levianos. do doutor Maximiano de Lemos. deputado em várias legislaturas. pág. Inocêncio F. a fazer juízo pelo seu livro. Carneiro veio estabelecer residência em Bragança.CARDOSO | CARMONA | CARNEIRO 81 TOMO VII vam como Alves da Veiga e Santos Cardoso. Luís. do qual foi colaborador (125). CARMONA (José António de Lima) – Capitão.° gr. O seu retrato e biografia encontram-se na Enciclopédia Portuguesa. Escreveu: Apontamentos sobre a topografia médico-farmacêutica da vila de Mirandela. filho de Carolino Augusto Carneiro e de D. que muito se distinguiu durante as lutas constitucionais. de 39 págs. nasceu em Bragança a 24 de Julho de 1808 e faleceu em Lisboa a 4 de Setembro de 1891. imprevidentemente. ajudante de campo honorário de el-rei D. oriundos do distrito de Bragança. par do reino em 1887.. sócio da Sociedade Farmacêutica Lusitana. ladrões. e tomo VI. sendo muito admirados os seus trabalhos na exposição que realizou no salão da escola industrial no estio de 1928. senhor da quinta da Rica Fé. destas Memórias. era ineptamente. Era filho de António de Sá Carneiro e de D. Maria da Silva. junto a Bragança. Antónia Luísa Cardoso. Maria do Ó Ferreira.° 24 da guarnição de Bragança em 1824.. 8. Assentou praça em infantaria n. 1860. imprevidentes. destas Memórias. A Guerra nos Estados Unidos da América. Porto. Colaborou na Revista Militar. Escreveu: Breves observações acerca do que do exército. Inocêncio – Dicionário Bibliográfico. traduzido do francês com muitas notas. onde vem a sua biografia. por haverem sido testemunhas no desgraçado duelo em que (126) Portugal: Dicionário histórico.° de 12 págs. por decreto de 10 de Março de 1841. e particularmente da arma de artilharia. de Espanha e possuía as medalhas das campanhas da Liberdade e da Divisão Auxiliar à Espanha. SILVA. 8.° regimento de infantaria . Na sessão da câmara dos deputados de 9 de Abril de 1867 foi apresentado o processo do juiz de direito do 2. Crónica Constitucional de 3 de Agosto de 1833. com catorze estampas explicativas desdobráveis e uma introdução pelo tradutor. foi escolhido por aquele monarca para a honrosa comissão de levar a espada de honra que. bem como nas lutas constitucionais de 1833. tomos V e XIII. Ao patriotismo do povo. Jornal do Comércio. esteve na ilha Terceira. por Mr. coronel do 7. Seu pai fez parte da Legião Portuguesa ao serviço de Napoleão em 1808 e parece que não voltou a Portugal. fez parte da Divisão Auxiliar à Espanha em 1835. Novidades. 1866. antigo oficial de cavalaria. in Diário do Governo de 19 de Agosto seguinte. artigo «Sá Carneiro». da Alemanha. ofereceu ao imperador Guilherme. e dos alunos das escolas regimentais. exerceu com brilho várias comissões de alta responsabilidade e teve grande preponderância política. Ph. Era grã-cruz da ordem da Torre e Espada e da de Avis. Fons Colombe. Saiu na Revolução de Setembro de 1869. onde vem o seu retrato. para uso dos oficiais inferiores. 1868. onde se refere à coragem com que se distinguiu no ataque das linhas do Porto em 25 de Julho de 1833 pelos constitucionais. em 1885. onde entrou em alguns combates que ali se deram. Foi criado cavaleiro da ordem de Nossa Senhora da Conceição. Resumo histórico dos progressos da arte militar desde os tempos mais remotos até aos nossos dias. e outro colega. disse na câmara dos senhores deputados o sr. coronel de infantaria n. Considerações militares. onde se houve com bravura.° distrito criminal contra José Paulino de Sá Carneiro. comendador da de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e da de Cristo.° 7. então deputado. 686. p. tirados dos feitos de armas e das campanhas os mais célebres. 1857. deputado José Paulino de Sá Carneiro. Tomo VI. cavaleiro da Legião de Honra de França e da de Isabel. etc. com as aplicações nos diferentes casos da guerra. Lisboa. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . a Católica. servindo de base a um curso prático de táctica. Saiu no Jornal do Comércio de 1867. Lisboa.82 TOMO VII CARNEIRO com a divisão constitucional para a Galiza em 1828. Diário Ilustrado de 19 de Janeiro de 1866. sendo capitão da guarnição de Perpignan em 1828 (126). o malogrado deputado José Júlio Pinto. e della natural tomey posse deste Benefficio (para onde fui comuttado do de Covello por El Rey Dom João quinto) em dia de Nossa Senhora do Carmo desaseis de julho do anno de 1715 e para constar em todo sempre este termo assiney. onde se encontra o seu assento de óbito e juntamente uma extensa cópia do seu testamento. e da Bulla da Cruzada na villa e comarca de Chaves. p. Casou com D. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e de D. da vila de Vinhais. natural de Vinhais. onde sobre o caso houve acalorada discussão. Ana de Morais Madureira e materna de Francisco da Silva Barreto. com um tiro de pistola. XII. João Carneiro de Morais Fontoura (irmão do abade).. CARNEIRO (Pedro da Fontoura) – Abade de Bouçoães. Comissario do Santo Officio e abbade de Bouçoães». motivado por uns insultos recíprocos dirigidos em discussão nas câmaras (127). neto paterno de Pedro da Fontoura Carneiro e de D. Faleceu em Arçadegos. filha de Jácome de Morais Sarmento. a 15 de Fevereiro de 1752 e no dia 17 do mesmo mês e ano foi sepultado na capela de Santa Maria Madalena de Bouçoães. As sessões desse tempo. de Chaves. Violante Teixeira de Queiroga. povoação na raia da Galiza a confinar com a de Mairos no concelho de Chaves. 278.. vol. Filipa de Campilho. e de D. e de D. cavaleiro professo da ordem de Cristo. (127) Ver CHAGAS. era filho de Francisco Carneiro de Fontoura e de D. fidalgo da casa real. neta paterna de Jácome de Morais Sarmento e de D. irmã do mencionado abade. e materno de Gonçalo de Fontes Sampaio. segundo se vê pela seguinte nota que se encontra num livro do registo do mesmo: «Eu Pedro da Fontoura Carneiro. Eu Pedro da Fontoura Carneiro. casou também em Bouçoães. a 15 de Julho de 1738. sargento-mor de Miranda e viúvo de D. com Francisco Xavier de Morais Sarmento. termo de Vinhais.. Maria Ferreira.CARNEIRO 83 TOMO VII foi morto por Miguel de Sá Nogueira. Pinheiro – História de Portugal Popular e Ilustrada.. Maria de Morais. Joana Figueiredo Sarmento. Angélica Sebastiana de Figueiredo Sarmento. de Quintela. D. A 16 de Junho de 1715 tomou posse deste benefício. natural de Quintela de Paçó. natural da vila de Chaves. Mariana de Morais Carneiro. Comissario do Santo Officio. encerram pormenores muito curiosos acerca do trágico acontecimento. morgado de Vila Verde de Oura. Perpétua da Rocha de Figueiredo. fólio 130. Ana de Morais Madureira e materno de Francisco Carneiro da Fontoura. e também o Dicionário Bibliográfico. 1721. Manuel Caetano de Sousa e a outros por Tomé de Távora e Abreu. que tem por título Notícias geográficas e históricas da Província de Trás-os-Montes. na Biblioteca Nacional de Lisboa. pág. Violante Teixeira. entre outras. As Memórias do Conservatório. a 30 de Julho de 1732. casou também em Bouçoães. 2. a D. com Jácome José de Morais Sarmento. onde também faleceu a 8 de Abril de 1841. João Carneiro de Morais Fontoura. termo de Vinhais. mestre-de-campo.. algumas no fólio 137. Pedro IV. cartas e notas remetidas a D. etc. no que parece haver engano quanto ao trabalho que lhe adjudica. p.° barão da Ribeira de Sabrosa a 22 de Setembro de 1835. Encontram-se manuscritas no códice n.84 TOMO VII CARNEIRO | CARVALHAIS D. VASCONCELOS. João da Cruz Teixeira. se encontram. p. a 30 de Março de 1788. onde apenas se demorou quinze dias. filha de Pedro Morais Carneiro e de D. 1859. tomo II. Presidente do ministério desde 18 de Abril a 26 de Novembro de 1839. Tornou-se célebre pelo que escreveu e pela luta sustentada contra el-rei D. Para a sua biografia ver o Diário do Governo de 13 de Maio de 1841. onde vem o seu elogio histórico por Almeida Garrett. Jerónimo Contador de Argot. tendo ao mesmo tempo a pasta da Guerra e interinas da Marinha e Estrangeiros.° 221 (A. neta paterna de Francisco Morais Henriques. A. Filipa de Campilho Sampaio. Francisca de Morais Carneiro. Notícias Arqueológicas de Portugal. neto paterno de outro do mesmo nome e de D. deste abade. comendador da ordem de Cristo. (128) Notícias dos Ministérios e Secretários de Estado. a quem dá mais o apelido de Castro. administrador da comenda de Oliveira de Azeméis. e de D. já a gente da revolução de 9 de Setembro de 1836 o nomeara também administrador-geral de Bragança. de Chaves. de Inocêncio Francisco da Silva. 61. e de D. 6-7). natural de Vila Verde de Oura. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Em 1838 foi nomeado administrador geral de Bragança. Também no mesmo códice. Ao actual abade de Bouçoães. A. concelho de Alijó. Eugénia Carneiro de Chaves. natural de Caparica. Pedro da Fontoura Carneiro escreveu: Notícias da Vila de Chaves. ficando António Rodrigues Sampaio a exercer as suas funções (128) enquanto ele ia tomar assento na Câmara (pois fora eleito senador pelos círculos de Bragança e Guimarães). Teixeira de – O Sampaio da Revolução…. agradecemos a benevolência das informações para este artigo. 87. adscreve este trabalho ao irmão do abade. Era brigadeiro do exército. CARVALHAIS (Rodrigo Pinto Pizarro Pimentel de Almeida) – Nasceu em Vilar de Maçada. Foi feito 1. de Quintela de Paçó. Hübner. Entre Palmeiras. coragem e valentia deste ilustre bragançano. CARVALHO (Adriano Acácio de Morais) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. Dialecto Mirandês. (130) Portugal: Dicionário histórico. senhor da nobre casa da Rapadoura. Concluída a sua formatura com muita distinção em 1870. donde foi transferido para o de Fafe em 1877. comandante da Escola Prática em Vila Viçosa e acompanhou como ajudante o conde de S. comendador das de Carlos III e de Isabel. de Morais Ferreira. filho do doutor José de Morais Faria de Carvalho (ver este nome). Ainda nesse ano de 1878 foi nomeado comissário da 3. a tomar posse por ter sido eleito procurador à Junta do distrito de Braga pelos concelhos de Famalicão e Guimarães. Escreveu: Reminiscências do Oriente (Apontamentos de viagem). de Espanha. CARVALHO (Alberto de Morais Faria de) – Nasceu em Bragança em 1846. e Albino J. Januário à Índia.ª divisão policial do Porto. Era filho do doutor José Morais de Faria de Carvalho. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Luciano de Carvalho. comissário de polícia no Porto. Inocêncio F. Lisboa. onde é cognominado «Espada». 1914. Maria José Manuel de Vilhena. 380. 1896 (129). do Vimioso. pág. Catálogo descritivo da colecção de álbuns. não chegando. a Católica. o Caminho-de-Ferro de Mirandela e ramal de Viseu? Estudo especial publicado de páginas 41 a 46 do Portugal – Contingente da associação dos engenheiros civis portugueses. e sendo em 1882 promovido a comissário-geral.° de 79+3 (inumeradas) págs. Foi governador de Damão pelos anos de 1887. Maria Zulmira de Araújo. Nasceu em Bragança a 28 de Março de 1848 e faleceu no Porto a 25 de Agosto de 1907. da – Dicionário Bibliográfico. porém. memórias e desenhos expostos pelo sócio A. neta paterna do marquês de Pombal. tomo 17. ver Tomás Ribeiro. antigo deputado da nação. XXXIV. p. Casou em Braga com D. e cavaleiro da Legião de Honra. Lisboa. pelo menos aparece sob o seu nome. (129) SILVA. foi em 2 de Agosto desse ano despachado administrador do concelho de Vila Nova de Famalicão. Luciano de) – Será dele. A 11 de Janeiro de 1894 teve o grau de cavaleiro e oficial da ordem da Torre e Espada. tomando posse em 21 de Junho. Em Fevereiro de 1878 voltou a ser administrador do referido concelho de Famalicão. A propósito da nobreza de carácter. deixando nesse mesmo ano o cargo por ser despachado primeiro-oficial do governo civil de Vila Real.CARVALHO 85 TOMO VII CARVALHO (A. de França (130). 8. casou com D. artigo «Morais Carvalho». É general reformado de cavalaria e vive em Lisboa. era cavaleiro e comendador da ordem da Rosa do Brasil. Sem indicar ano de impressão. Concluídos os estudos preparatórios no Liceu Nacional de Bragança e o curso de teologia no Seminário de Braga. destas Memórias.mo Sr. compreendendo prosa e versos em honra da Virgem. de Albano de Morais Carvalho.° de 2 (inumeradas)-335 págs.° pequeno de 508 págs. pág. Selecta das Crianças coleccionada por. 1903. escrivão de direito. Braga. Arcebispo Primaz oferecidas e dedicadas a Nossa Senhora do Caminho que se venera na vila de Mogadouro. Ver tomo VI. donde respira a funda piedade do autor. etc. Braga.. CARVALHO (António José Fernandes de) – Nasceu no Mogadouro a 29 de Agosto de 1847. Carlos e cunhado do conde de Lumbrales. 2. 16.. Braga. filho do doutor José de Morais Faria de Carvalho.° (?) de 52 págs. Morreu de um desastre de automóvel em Paços de Ferreira a 29 de Março de 1910. oficial da armada. filho de Cláudio José Fernandes. 1906. Também sabemos ser deste autor uma folha avulsa de mimosas quadras. CARVALHO (António Veloso de) – Foi o encarregado em 1721 pela Câmara Municipal de Moncorvo de organizar as notícias respeitantes à vila MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .mo e Rev. 8. natural de Bragança. dedicando-se ao ensino livre em sua casa particular e no Colégio do Espírito Santo.. 1904. Fez parte da expedição científica à serra da Estrela em 1881.86 TOMO VII CARVALHO CARVALHO (Alfredo de Morais) – Engenheiro de minas de notáveis qualidades de inteligência. mas desistiu da recepção das ordens sacras. em Braga. 1 de erratas e 5 de índice. de trabalho e de modéstia. Escreveu: Horas de Saudosas Meditações com aprovação do Ex. onde faleceu a 5 de Janeiro de 1926. usos e costumes dos romanos à face de muitas e variadas frases para interpretação dos autores latinos. A Doutrina Cristã e Princípios de Moral ensinados às crianças. 8. Com gravuras. e de Abílio de Morais Carvalho. Dicionário das instituições. epigrafadas Louvores a Nossa Senhora do Caminho (Agosto de 1903). Era irmão dos dois anteriores. 571. do Vimioso. 8.° de 192 págs. 1904. 8. 1905. 8. que foi amigo particular de el-rei D. Tradução. Braga. e de D.. enviada pela Sociedade de Geografia de Lisboa.ª edição. com sete fotogravuras.° pequeno de 63 págs.° O Franco-Mação da Virgem. mais 64 de poesias. Selecta da Juventude dividida em três partes precedidas respectivamente de noções de sintaxe e versificação estilística e géneros de composição literária para uso dos que estudam português e literatura. assinadas por «Um mogadourense». Braga. Foi aprovada oficialmente para uso das escolas primárias. Braga. Teresa de Jesus. fez ainda exame de subdiácono. tendo nascido em Moncorvo a 16 de Novembro de 1876. a servir de véu de cálix. onde (131) CARDOSO. hoje Carrazeda de Ansiães. Ignora-se a terra da sua naturalidade. Jorge – Hagiológio Lusitano. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . deputado e governador civil do distrito de Bragança. que registou a sua fama de santo entre os povos. 351.CARVALHO 87 TOMO VII e termo que se haviam de mandar à Academia. pág. conservador do registo predial. códice A-6-8 n. para os quais era extremamente caridoso e compassivo (131). Ver tomo IV. em 1697. Anno Domini 1740 cum facultate superum. onde nasceu em 1815. conservador do registo predial no Porto. filho de António Silva. Super pre. vem uma interessante descrição em verso feita pelo doutor Constâncio Arnaldo de Carvalho de uma excursão ao lago de Sanábria e por outras publicações deixou esparsa vária colaboração em prosa e verso.° 222. CARVALHO (Diogo) – Jesuíta do colégio de Bragança. referente ao dia 5 de Junho. na vila do Vimioso. As suas virtudes mereceram-lhe especial comemoração no Hagiológio. Não declara a naturalidade do autor nem o santo a que era dedicada. mês de Setembro. destas Memórias. CARVALHO (José de Morais Faria de) – Senhor da nobre casa de Rapadoura. Conimbricœ ex typ. intitulado Memória da Torre de Moncorvo. Existe impressa em três planas de seda amarela na sacristia da igreja de Quintela de Lampaças servindo de véu de cálix. Existe impressa em três planas de seda branca na sacristia da igreja paroquial de Quintela de Lampaças. CARVALHO (Gonçalo Vaz de) – e Domingos da Silva. concelho de Ansiães. no fólio 128. Foi advogado em Moncorvo durante mais de vinte anos. mestres-construtores das pontes de Marzagão e Selores. Conimbricœ ex typ. O manuscrito original. 1928. onde faleceu em 1928. onde faleceu a 5 de Junho de 1585. in Regali Artium Collegio Societate Jesu. existe na Biblioteca Nacional de Lisboa. falecendo em Braga. CARVALHO (Bernardo José Henriques de) – Escreveu: Tese no seu quinto ano de direito canónico. Anno Domini MDCCLIII. presidente da câmara da mesma vila. Na Agenda Brigantina. que lhe deve a inclusão da serra de Roboredo no regime florestal. CARVALHO (Constâncio Arnaldo de) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. CARVALHO (Caetano Henrique de) – Escreveu: Tese no seu quinto ano de direito canónico. Ludovici Secco Ferreira. p. mas não chegou a partir porque os acontecimentos se precipitaram e aquele Estado se emancipou da mãe-pátria. 137. onde esteve até 15 de Julho. a quem el-rei fez mercê de 40$000 réis de tença em razão dos seus feitos militares no ataque das praças de Alcântara. Notícia dos Ministros e Secretários de Estado do Regime Constitucional nos 41 anos decorridos da Regência instalada na ilha Terceira em 15 de Março de 1833 até 1871. onde a revolta da independência lavrava. que ainda hoje mostra a casa onde residiu. Em 1823. Cidade Rodrigo e outras.° barão de Chanceleiros) – Natural de Carvalhais. 211. CARVALHO (Manuel António de. dedicou-se à magistratura. Frequentava com distinção a Universidade de Coimbra.88 TOMO VII CARVALHO era juiz de direito. artigo «Chanceleiros». 571. quando os franceses invadiram Portugal. foi nomeado membro duma regência que devia ir ao Brasil sustentar a causa de Portugal. como se fosse um santuario ou um monumento». em cujo cargo deu provas de firmeza e integridade. Foi deputado às cortes em várias legislaturas. Em 1835 era presidente da câmara dos deputados e em 27 de Maio desse ano foi nomeado ministro da Justiça. pág. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e aderindo ao movimento patriótico alistou-se no batalhão académico. casou em Bragança e durante a revolução da Patuleia serviu de ajudante-de-campo do general Jorge de Avilez. «cargo que desempenhou com tanto amor da justiça e tanto a contento dos povos. concelho de Mirandela. onde logo se distinguiu. Em 17 de Junho de 1827 foi nomeado ministro e secretário de estado dos Negócios da Fazenda. Ver tomo VI. Terminada a campanha. capitão. 1. Ver tomo VI. Nasceu a 31 de Maio de 1785 e faleceu na sua casa no Rossio de Alenquer a 18 de Dezembro de 1858. prestados desde 1700 a 1719. filho de António Carvalho. Foi deputado às cortes constituintes de 1821. destas Memórias. Escreveu: Relatório apresentado na câmara dos senhores deputados da (132) Ver tomo VI. que ficou por assim dizer lendária a sua memoria no espírito daquela boa gente marítima. Desde 17 de Abril de 1838 a 26 de Novembro exerceu o cargo de ministro da Fazenda (132). Seu irmão primogénito era nesse tempo o chefe do comissariado geral. sendo ministro seu irmão Sebastião José de Carvalho. para que fora habilitado pelo Tribunal do Desembargo do Paço em 1813 e foi despachado juiz de fora de Vila de Conde. CARVALHO (Manuel de) – De Bragança. pág. destas Memórias. destas Memórias e Portugal: Dicionário histórico. por conservar as armas reaes no pelourinho e na casa da Camara daquella villa e por outras acções igualmente sublimes e arriscadas. 1 vol. 1616. destas Memórias. Pinheiro – Dicionário Popular. aos treze anos. em alguns processos. Deixou impressas muitas alegações jurídicas e manuscritas algumas obras de direito canónico (133). concelho do Vimioso. Deu mostras de tão precoce inteligência que. Lisboa. Filho de Cosme de Faria e de D. Mamede de Mogadouro. como dizem outros – Natural de Bragança. R. por continuar debaixo delle a usar do nome de S. Jantando em sua casa varias auctoridades portuguezas que o increparam de não cumprir as ordens relativas á contribuição de guerra. CARVALHO (Norberto Augusto de) – Doutor. etc. CASTELO (Pedro Vaz). respondeu-lhes lançando mão a um copo e levantando um brinde á familia (133) Portugal: Dicionário histórico…. teve carta para leccionar gramática. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . «onde adquiriu a mais elevada reputação». Obteve em 1738 o priorado da colegiada de S.CARVALHO | CASADO | CASTELO | CASTELO BRANCO 89 TOMO VII nação portuguesa. CHAGAS. de XVIII-62-2 págs. Tolosa. CASTELO BRANCO (Jacinto de Oliveira) – Juiz de fora da vila de Algoso. artigo «Faria Casado (José)». CHAGAS. Depois da sua formatura foi advogar para Miranda do Douro e seguidamente para Lisboa. A. pág. 4. ou Castilho. Eis o que a respeito deste digno magistrado se lê na Enciclopédia das Famílias: «Fez-se digno de honrosa memoria pela sua repugnancia ás ordens do governo intruso. onde se ordenou de presbítero. e tomo VI. Nasceu em Freixo de Espada à Cinta a 22 de Agosto de 1699 e faleceu em 1754. 1828. CASADO (José Faria) – Doutor formado em direito pela Universidade de Coimbra e presbítero secular. n.° (134). criador do posto antropométrico da cadeia civil de Bragança em 1903.° 1. Escreveu: Exercitationis Midicinalis ad omnes Thoracis a defectus. 254. Catarina Álvares Casado. Ver tomo I. (134) Sumário da Biblioteca Lusitana. em 11 de Fevereiro de 1828. Pinheiro – Dicionário Popular. etc. 215. magistrado judicial. pág. professor de medicina em Tolosa. pelo ministro e secretário de estado dos negócios da fazenda. Nasceu em 1593 e faleceu a 13 de Novembro de 1658 (136). Também concorreu a essa arrematação Domingos Fernandes Rebouta. principiou a dal-os lentamente só em maio.90 TOMO VII CASTELO BRANCO | CASTELO MELHOR | CASTRO real portugueza. CASTRO (António de) – Natural de Sampaio. 131. – Tractatus de Vino myrrhato Cristo Domini a Judeais in Cruce propinato (137). p. suas comarcas e população. 243. 2. Ver tomo I.° conde de) – Foi governador das armas da província de Trás-os-Montes e do Minho. (136) Portugal: Dicionário histórico. valeu-lhe chegarem as ordens quando as provincias do norte ja se remechiam para sacudirem o jugo. concelho de Moncorvo. Já a este tempo se tinham feito contra elle representações a Junot e baixaram conseguintemente ordens ao corregedor da comarca para se enformar dos factos. artigo «Castelo Melhor». Revista de Instrução e Recreio. sem tropas nem auctoridades francezas. Navarro (António José Antunes) (*) (*) Ver tomo VI. Escreveu: Descrição da Província de Trás-os-Montes. que se distinguiu em 1808 nas lutas contra os franceses. existente na Biblioteca Municipal do Porto. concelho de Vila Flor. Teodósio II. n. destas Memórias.° 71 (1893) p. e depois em volume (135) Enciclopédia das Famílias. Fólio. 644. (137) Sumário da Biblioteca Lusitana. pág. CASTRO (Columbano Pinto Ribeiro de) – Juiz demarcante da província de Trás-os-Montes em 1796. Este códice foi publicado pela primeira vez na Ilustração Trasmontana. natural de Felgar. 181 e seguintes. A grande distância de Lisboa e o estado em que tinha ficado a provincia de Traz-os-Montes. Faleceu em 1603. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que arrematou em 1768 o douramento do retábulo do altar-mor da igreja paroquial da Castanheira. manuscrito. destas Memórias. João Rodrigues de Vasconcelos e Sousa. Porto. Escreveu: Tractatus de Conchiliis. 1908. mestre pintor. suspendel-o e prendel-o se fossem verdadeiros. CASTRO (António de) – Natural de Bragança. termo de Penas Roias. Vendo porem que era necessario dar alguns passos sobre este objecto para não aggravar os males dos povos. CASTRO (António Manuel de Carvalho e) – Coronel de milícias de Miranda. até que rebentou o vulcão em Bragança» (135). pintor. págs. Manuscrito. feita no ano de 1796. e o saber-se este magistrado livrar do perigo. CASTELO MELHOR (D. mestre dos moços fidalgos e do duque D. industriais e estatísticas que fornece. juiz de direito aposentado. nascido em Bragança em 1620. demográficas. juiz das execuções fiscais na Moita. da pág. Este segundo trabalho. frade da ordem dos Pregadores. conservador do registo predial em Mangualde. nem mesmo a letra A. 734 do mesmo volume? CASTRO (D. Jorge de) – Natural de Moncorvo. que ia disposto por ordem alfabética. CASTRO (João Ferreira de) – Natural do Vimioso. juiz auditor do tribunal administrativo em Bragança. faleceu em Lisboa.° 1. Certamente para ele estavam destinadas as muitas folhas a seguir que o códice tem em branco. 539? Ou este códice será de António Ferreira de Castro. sob o título Purioris Eloquentiœ amenissinum viridarium ad recreationem periter et ad utilitatem. não está concluído. É interessantíssimo para a história da província de Trás-os-Montes. pág. Ana de Castro Osório. Ver tomo V. pelas notícias corográficas. Viveu em 1752. comerciais. a 21 de Março de 1920. leu na Universidade as cadeiras de artes e teologia. XCIV. senão que deixou o seguinte manuscrito. destas Memórias? Talvez o n. memorado na pág. Será este escritor o autor do códice «Tronco de Ferreiros e Castros do Vimioso». É escrito em latim. CASTRO (Isaac Oróbio de) – Notável escritor judeu. entre elas: Actos comerciais e jurisdição mercantil. mas sem prejuízo do texto que ainda assim é de embaraçada leitura por estar muito apagada a tinta. Exemplar de óptima caligrafia. Era pai da ilustre escritora D. muito deteriorado por água que nele caiu. No Diário de Noticias de 22 de Março de 1920 vem o seu retrato acompanhado de notas biográficas. que descrevemos no tomo VI. CASTRO (João Baptista de) – Natural de Alfândega da Fé. Escreveu várias obras e. que possuímos: Rethorices Compendium a Joanne Ferreira de Castro et ad ejus usum scriptum. e mais 4 com uma série de frases em português e respectiva tradução na língua latina.CASTRO 91 TOMO VII pela Biblioteca Municipal do Porto. na última das MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Setúbal e Horta e juiz da 1. Vimioso ano ab incarnatione Domini 1752. 4. do doutor Alberto de Castro Osório. ou humidade.ª vara em Lisboa. pág. destas Memórias. 536. com setenta e cinco anos de idade. Foi administrador do concelho de Pampilhosa da Serra. Deste escritor nada mais sabemos.° de 42 págs. do tenente-coronel Jerónimo de Castro Osório e de João de Castro Osório. . Terras de São Francisco (Crónicas de Viagem). 1925. primeiro. profusamente ilustradas. foi provincial e muitos anos deputado da Inquisição de Lisboa. de Bragança. um homem destes – dizíamos – foi suspenso do exercício das suas ordens pelo bispo de Bragança. Pela Santa Casa.. Estudou preparatórios e teologia no Seminário Diocesano de Bragança. Sendo preso por conspirador monárquico após a proclamação da República em 1910. Escreveu: A Roma e à Terra Santa (Crónicas de Viagem). Francisco de Bragança. muito ilustradas. Maria da Conceição. abençoados e louvados pelo Papa. merecendo por isso a grande cotação que goza tanto nas altas esferas eclesiásticas como seculares. 1928. E a um homem destes. Faleceu a 21 de Setembro de 1685 (138). ia mandando para o Jornal do Brasil. porque os donativos montaram a cinco contos. após o regresso das suas excursões pela Europa. benquisto e considerado pelos cardeais. Rio de Janeiro.. A primeira edição esgotou-se em pouco tempo. na viagem em peregrinação brasileira à Terra Santa. muito ilustradas. Rio de Janeiro. E o padre Castro é de tanta virtude e tem tal noção da obediência. 8. Contam-se por milhares e milhares os exemplares das edições dos livros do padre Castro e rapidamente esgotadas. um homem que tem sido recebido oficialmente com toda a solenidade protocolar por representantes do governo e do episcopado brasileiro.° de 19 págs. CASTRO (Padre José António de) – Nasceu em Bragança (Sé) a 15 de Fevereiro de 1886. quando veio à terra abraçar seus pais. escritor e sacerdote exemplar. Rio de Janeiro. 8. foi pároco de Gimonde e comissário da Ordem Terceira de S. Rio de Janeiro.° de 515 págs. É uma conferência que o autor fez no Brasil em prol da Santa Casa da Misericórdia de Bragança. foi. 8.° de 266 págs. in fine. que deixou o bispo na faina de excogitar cânones para o purificar no bendito fogo inquisitorial. 1925. proprietários. beijar-lhe o anel e sujeitar-se às jurisdições às pinguinhas!.° de 464 págs. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . São Francisco de Assis (segunda edição). filho de António Augusto de Castro e de D.92 TOMO VII CASTRO quais tomou o grau de doutor e mestre da província. escritor e jornalista dos mais pujantes. para o Brasil. É a reunião dos artigos que. e (138) Memórias da Academia Real de História. 1926. onde se tem notabilizado como orador sagrado. tomo I. pelos altos dignatários eclesiásticos brasileiros. 8. logo que obteve a liberdade. e bem sucedida foi. cheio de serviços à Igreja. após catorze anos de ausência. Ásia e África. jornalista. pelo inaudito crime de não ir.. ° de 32 págs. Tip. leccionista de latim em Bragança. sempre com o padre Castro atrancado nos dentes! E o padre Castro nunca soltou uma queixa contra o seu perseguidor nem contra o doutor Guilhermino Alves. Padres. de José Ferreira da Silva e filho. até que morreu fulminado por uma indigestão deles. de Camilo Castelo Branco. a 16 de Abril de 1899. natural de Bragança. Tip. com uma estampa representando o Senhor Jesus de Cabeça Boa. que tem por objecto a história do santuário do Senhor Jesus de Cabeça Boa. apesar de anónimo. divididos em IX conferências. 8. moradora em Babe. e no fim uma ode sáfica em latim com a sua versão em quadras portuguesas. com grandes créditos de competência.° pequeno de 141 págs. actual vigário capitular. onde foi recebido protocolarmente. filho ilegítimo de Mariana Pires. D. Em sessão da Câmara Municipal de Bragança de 20 de Março de 1851 foi provido na escola de ensino primário. criada pela mesma câmara na povoação de Parada (139).CASTRO 93 TOMO VII regressou ao Rio de Janeiro. CASTRO (Júlio Pires de) – Nasceu em Babe. professor dele no Seminário. seu secretário. Júlio Pires de Castro foi. compostos por um freguês católico. bispo!!! Só de um santo!. segundo fica dito. concelho de Bragança. a ruminar cânones e mais cânones. Liberdade. de Bragança. enquanto viveu. A Confraria do Senhor Jesus de Cabeça Boa.. Tip. Maria José. fl. Escreveu: Os Efeitos do Pecado Original em Meditações Cristãs – Obra utilíssima a todo o verdadeiro cristão. e de D. da Guarda. Alerta. Braga. 1865. talvez mais culpado no caso do que ele. Com um apêndice de alguns textos da escritura e sentenças dos SS. 8. Havia estudado esta disciplina com o padre Luís Bernardo Pires. 109. cá se ficou a ruminar.. a 11 de Novembro de 1814 (no assento do baptismo tem só o nome de Júlio). A. Nesta mesma tipografia foi impresso em 1847 o Agostinho de Ceuta. Tem colaborado no Legionário Trasmontano e outros jornais de Bragança. Lusitana. Jornal do Brasil.° pequeno de 72 págs. que (139) Livro de Registo da Câmara de Bragança. 1862. Porto. natural de Montesinho. R. tio do meu saudoso amigo Avelino António Pires. 1872. Faleceu nesta cidade (Sé). e o piedoso bispo de Bragança. drama em quatro partes. José Lopes Leite de Faria. (Este folheto. etc. natural da Mofreita. natural da Mofreita.. Diálogos Morais e Instrutivos entre um pároco e um freguês. nem contra o abade da Sé. 8. supômo-lo obra de Júlio Pires de Castro). neto de José Pires Charro. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de Lisboa. O Portugal Antigo e Moderno. Brites Coelho. CASTRO (D. Rodrigo de) – Governador das armas da província de Trás-os-Montes pelos anos de 1658. desenganado das vaidades do mundo e aconselhado pelo provincial. de quem aqui falamos. Era filho de Lopo Álvares Borges e de D. erigiu a custódia do Brasil com o título de Santo António. concelho de Vila Flor. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . ministro provincial na mesma ordem. que militou na revolta contra os franceses em 1808. em Bragança. para lá partiu. mas como a messe era grande e os operários poucos. tendo a segunda o nome de Conceição. que depois se dividiu em duas províncias. igualmente frade professo na ordem da Arrábida. memorado com fama de virtuoso nas Crónicas. CHAGAS (Frei António das) – Arrábido. Sebastião.94 TOMO VII CASTRO | CEIA | CERQUEIRA | CHAGAS morreu sendo pároco de Rabal a 7 de Outubro de 1905. aportou a Pernam(140) Sumário da Biblioteca Lusitana. obtiveram do Papa Xisto V a faculdade de poderem receber frades de todas as ordens que quisessem alistar-se para a conversão daquela gentilidade. Ver tomo I. como se vê na Crónica donde tirámos estes apontamentos. Ver tomo I. Gonzaga. destas Memórias. que também tiveram outro filho de nome Diogo da Piedade. este de que fala era natural de Lisboa e faleceu aí por 1642. pág. Frei António em 1590. pois. nasceu em 1558 e faleceu pouco depois da meia noite que ia para 3 de Agosto de 1648. onde se encontrava ao tempo. artigo «Freixiel». CEIA (Frei António de) – Natural do Mogadouro. 95. provincial dos Arrábidos. CERQUEIRA (Bernardo do Carmo Borges de) – Coronel de milícias de Moncorvo. deixando o convento de Alferrara. destas Memórias. geral dos Capuchos. entrou na ordem em 1585. 131. natural de Freixiel. Escreveu: Crónica do Convento de Monserrate (140). Estudou gramática em Braga e foi depois moço de câmara de el-rei D. Em 1584. Frei Francisco de Santo António. pág. foi geral de São Bento em Espanha em 1574. bem como seu tio. dá como natural desta povoação Frei António das Chagas. seu tio. não foi escritor nem orador. livro I. parte II. Frei António das Chagas. nobres pela sua ascendência. nascido em Montesinho a 15 de Fevereiro de 1841. mas enganou-se. no fim citada. a quem chama célebre orador sagrado no seu tempo e escritor místico. Havendo desaparecido este monarca em Alcácer-Quibir. hoje agastaste-te tantas vezes e já que protestas a emenda e a não tens apanha esta bofetada.CHAGAS 95 TOMO VII buco onde foi ordenado de presbítero e exerceu o ofício de porteiro no convento das Neves e depois o de presidente nos vários conventos da custódia de Santo António. tomo I. Durante este tempo teve a seu cargo o culto da capela de Nossa Senhora da Penha. diz ella. no convento de S. Francisco da vila da Vitória. Frei – Crónica da Santa Província de Santa Maria da Arrábida…. por ser o seu navio abordado e roubado por uns piratas ingleses. que estavam vacilantes. muitos dos quais cita sucedidos com a gente mais luzida do reino. ao grande escritor clássico Frei Heitor Pinto. Miguel de Almeida. fundada por Frei Pedro Palácios (141) num rochedo que domina a barra daquela capitania. para que te lembre. que ainda o feriram. destruiu-se o carneiro e dispersaram-se os seus ossos. mas os restantes vinte anos da sua vida passou-os no primeiro. n.° 612. não queres ter paciencia. menos de duas páginas!!! (142) Ibidem. e. defronte do altar de Nossa Senhora da Tocha. por causa de obras que ali se fizeram. reconhece-lhe o dom profético e o dos milagres. Residiu. em câmbio. pois a Crónica lhe consagra nada menos que trinta e cinco páginas in-fólio. e foi depois para o convento de Santa Catarina de Ribamar. Foi sepultado na capela-mor. José de Ribamar. A Crónica encarece muito as suas grandes virtudes e os transportes com que promovia o culto da Virgem. Afonso VI. cantava e tocava em arroubos e colóquios místicos. José de. dizendo: – anda asno. para o de Vale da Figueira e S. livro II. sendo os doze derradeiros completamente cego. que tinha grande veneração pelo nosso frade. mais tarde rei. Francisco da Vitória. Devia ser homem mui grande no género fradesco. deixada a guardiania do convento de S. para o de Alcobaça. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . A rainha D. (141) JESUS MARIA. que vem no mesmo tomo. mas depois. IV a X. a entrarem na conspiração de 1640. diante da qual bailava. António Mascarenhas e D. parte II. onde também foi guardião. e assim de cada falta dava sua bofetada» (142). voltou para a sua província de Portugal. máxime a da corte. embarcando num navio holandês aportando a Faro. ocupando as prelazias destes dois últimos. Em 1604. tomo I. durante cinco anos. vaticinando-lhe o bom êxito dela. a duas colunas. em um carneiro que por acaso se descobriu quando andavam abrindo a sepultura. Luísa mereceu mesmo que ele lhe sarasse miraculosamente o infeliz D. no Algarve. eis como a Crónica a põe em relevo: «Todas as noites. caps. Mas a coisa melhor que fez neste género foi com o prestígio do seu dom profético animar D. examinava a consciência e se achava ter comettido alguma impaciencia se arguia e castigava a si proprio. Pelo que toca à sua humildade. Floresceu em virtudes. Ana Maria Lopes Pereira. ambos do Vimioso. as causas e as espécies das febres intermitentes. traduzidos da quarta edição inglesa com notas de Bosquillon. Exerceu a medicina em Condeixa e outros lugares e ultimamente como médico do partido municipal na vila de Grândola. Nasceu pelos anos de 1746. Porto. Casou com D. Foi governador civil substituto de Bragança. Escreveu: Minuta de Agravo – Agravante. de Macedo de Cavaleiros. rico proprietário nos Cortiços. Lisboa. de que se formou processo jurídico em ordem à sua canonização (143). CHAMIÇO (Francisco de Oliveira) – e Henrique Sergan. João José Pereira Charula residia nos Arcos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . quando foi preso em 1872 pelas questões eleitorais nesse tempo muito agitadas naquele concelho. destas Memórias e neste volume os artigos Barros e Pessanha (José Benedito).° de 23 págs. 219. Obra de todo esquecida como outras do mesmo género. 67. e tomo VI. em Vila Viçosa. escreveram: Relatório sobre as minas de estanho de Montesinho. Conforme a fiel observação de vinte anos de prática do autor. p. concelho de Macedo de Cavaleiros. fama de santidade e milagres. Ver tomo I. concelho de Macedo de Cavaleiros. etc. 1 vol. formado em medicina pela Universidade de Coimbra. Lisboa. Faleceu em 1898. 8. II. Tip. pág. CHAVES (José Manuel) – Natural de Vale de Telhas. irmã do capelão militar João Manuel de Almeida Morais Pessanha.° Sete tomos. pág. onde faleceu a 11 de Maio de 1631 com oitenta e oito anos de idade e sessenta e um de religiosa. Lisboa.° Elementos de medicina prática de Cullen. deputado nas legislaturas de Outubro de 1894 a Março de 1895 e de Fevereiro de 1896 a 8 de Fevereiro de 1897. vol.96 TOMO VII CHAGAS | CHAMIÇO | CHARULA | CHAVES CHAGAS (Maria das) – Natural de Estremoz. malignas e inflamatórias. 1790 a 1794. 1893. 1865. da Sociedade Tipográfica Franco-Portuguesa. Escreveu: Fabriologia. 4. onde se descrevem o carácter. 8. Margarida de Almeida Morais Pessanha. (143) Ano Histórico. 383. donde passou a reformadora e abadessa no convento de Santa Clara de Bragança. religiosa professa no convento da Esperança. concelho de Mirandela.° CHARULA (João José Pereira) – Nasceu em 1843 e era filho de Francisco Xavier Fernandes Charula e de D. 8. João José Pereira Charula. 1790. onde supomos que faleceu em 1821 ou 1822. A invasão francesa. madrinha dos aflitos.ª – Alexandre na França. 1817. 1819. mãe dos pobres. onde concluiu preparatórios. primeira fundadora e comendadeira da respeitável ordem de Jesus Cristo nosso senhor e salvador.CHAVES | CICOURO 97 TOMO VII Também publicou alguns artigos sobre medicina no Jornal de Coimbra. concelho do Mogadouro. 8. Espanha. Bento de Avis. chantre da Sé Patriarcal e provisor e vigário-geral do patriarcado. a casa dos orates. Mais «deu á luz poucos annos antes de morrer. que nesse ano teve lugar. Esta produção é algo superior à antecedente (144).ª – Lágrimas de Maria Luísa de Áustria. (144) SILVA. 4. 8. de 132 págs.ª – Napoleão em Portugal. Dinis. Nasceu em Penas Roias. etc. protectora do reino português. faculdade em que tomou o grau de bacharel a 20 de Maio de 1818. inutilizaram todos os exemplares que puderam. Nova Ester em Portugal: Poema. CICOURO (Manuel José Fernandes) – Doutor em cânones e lente da Universidade de Coimbra. moradores em Penas Roias. Eis os títulos destes abortos: Europa roubada. defensora de Coimbra na funesta invasão dos franceses em 1808-1811. matriculando-se em 1814 no primeiro ano de teologia.ª – Napoleão em delírios. Inocêncio Francisco da – Dicionário Bibliográfico. cavaleiro da ordem de Cristo. e se divertem ás vezes contemplando os desvarios que de si pode dar um espirito alienado pela mania da metrificação!». o que só pode fazer em 1812. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . fundadora do ducado de Bragança.ª – Derrota final de Napoleão em Jocosério: que aos portugueses expõe em oitavas. 2. indo para Coimbra. filho de Francisco Fernandes Cicouro e de Maria Fernandes. lavradores. dous alcunhados poemas. havendo entretanto a 23 de Março de 1816 recebido a ordem de presbítero. por consideração para com o seu crédito.° gr. hoc est. dous monstros inclassificaveis. que foi receber a Astorga. amparo dos desgraçados (cujo corpo certamente está inteiro no real convento de Santa Clara de Coimbra há 471 anos). 1. o autor que vamos seguindo traz três estâncias do poema. Frequentou o que hoje chamamos preparatórios em Bragança. comendador da ordem de S. Lisboa. que à rainha Santa Isabel.° de VIII-118 págs. Lisboa. mulher do senhor rei D. a guerra do velhaco. hoc est. Para confirmação da sua crítica. 6.ª – Lágrimas de Napoleão. onde se habilitou para ordens menores. Diz-se que os parentes do autor. impediu-o de continuar seus estudos. gritos de seu povo. canta. 5. a 10 de Novembro de 1789 e faleceu a 14 de Dezembro de 1879. Poema dividido em seis partes. 3. etc. apenas conhecidos hoje de alguns curiosos que costumam colligir estas aberrações da razão humana. em 1 de Abril de 1808. ou falando mais exactamente. junto a S. Em 21 de Junho de 1842. o qual. Pedro do Sul. Guilherme I. Retirado assim à vida privada. se ficou chamando «Colégio do Doutor Cicouro». Desejando então o patriarca D. Por régia resolução de 29 de Setembro de 1826 foi nomeado. Luís reorganizar um colégio de estudos preparatórios para o estado eclesiástico. viu-se envolvido na medida geral. deputado da junta da directoria geral dos estudos. por ausência do arcebispo de Évora. em cuja Sé. em Lurosa da Trapa. Em 1822 foi provido numa beca da ordem de Avis. que o dispensava desse serviço por seguir o partido de D. de que tomou posse e fez profissão solene de freire conventual a 16 de Julho. em sessão de 10 de Abril de 1839. a S. retórica e geometria na vila de Arganil. que conseguiu levar a cabo abrindo-o em Outubro de 1839 no palácio do marquês de Tancos. Cristóvão. Miguel. Exercendo o magistério na Universidade desde 1822. tendo por mais de uma vez o cargo do governo da diocese na ausência dos prelados. Boaventura. D. publicado nesse jornal em 1839 com o título Cartas de um Provinciano a outro Deputado em Cortes. o que também lhe motivou a desistência da vice-reitoria da ordem de Avis. Fundou e redigiu o Portugal Velho. Em 1 de Julho de 1847 foi. e por decreto de 6 de Julho de 1827 apresentado num benefício da colegiada de Santa Eufémia de Penela. a 2 de Novembro desse ano. passando em 31 de Agosto de 1852 a ter nela a dignidade de chantre.98 TOMO VII CICOURO Em 26 de Julho de 1818 foi nomeado professor proprietário da cadeira de filosofia. Em 1823 foi nomeado membro da comissão da fazenda da Universidade. em homenagem ao seu fundador. Deputados. foi nomeado vigário-geral apostólico desta diocese. no colégio das Ordens Militares da Universidade. em 1834. que por muito tempo ali ensinou gratuitamente. entre o qual sobressaía o nosso biografado. confiou essa missão ao doutor Cicouro. regeu gratuitamente em Lisboa uma aula de direito eclesiástico. Frei Fortunato de S. da ordem de Avis. Também desde 1848 a 1853. ou observações ao Projecto de Lei que pelo Relator da Comissão especial de Forais foi apresentado à Câmara dos Srs. foi provido num canonicato. foi viver para casa do seu amigo e condiscípulo doutor José Vaz Correia de Seabra e Silva. Frei Francisco de S. doutorando-se em cânones a 7 de Janeiro de 1821. com a implantação do regime constitucional. pelo patriarca D. como o seminário patriarcal não estava reorganizado. nomeado desembargador ordinário da relação e cúria patriarcal. onde se tornou notável um seu estudo sobre forais. Colaborou na Revista MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Em 9 de Julho de 1819 concluiu a sua formatura. e em conselho de decanos de 4 de Novembro de 1825 promotor fiscal do estado e fazenda da mesma Universidade. e em breve se tornou notável pela competência do seu corpo docente. onde esteve até 1836. X. Nesta questão do arcebispo tomaram parte homens de notável competência. entre outros o visconde de Paiva Manso. havendo ensandecido em 1858. sua terra natal. 1856. levou perante a Relação de Lisboa o Ex. Lisboa. Lisboa. Arcebispo de Mitilene. de Pinheiro Chagas. Resposta à petição de recurso à coroa que contra o Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal Patriarca. 1856. o cónego João de Deus Antunes Pinto e o académico Francisco Recreio. 1856. Esta publicação. doutor em cânones.mo e Rev. Arcebispo de Mitilene. Lisboa.mo Arcebispo de Mitilene. 1856. quando contava quarenta e nove anos de idade. Era grande anotador e colector da história e do direito canónico e deixou manuscritos importantes. Cicouro pelo Dr. vol. Levy Maria Jordão. que por esta questão endoideceu e faleceu em 1872 em Vila Pouca de Aguiar. Cardeal Patriarca de Lisboa.mo Arcebispo de Mitilene imposta pelo Sr.mo Arcebispo de Mitilene.° de 36 págs. Manuel José Fernandes Cicouro em relação à suspensão do Ex. Petição de recurso à coroa interposto pelo Ex. Extracto do processo da ordenação do familiar de Sua Eminência. resposta ao Dr. fez época. agitando fortemente os espíritos a ponto de motivar o aparecimento de outros opúsculos sobre o assunto e dentro de poucos meses dela se fizeram duas edições. 1856. por Carlos Eduardo do Amaral Bravo. Lisboa. 1856. Domingos José de Sousa Magalhães.mo e Rev. Camilo Castelo Branco dá nas Noites de Insónia (Maio e Dezembro de 1874) largas transcrições de escritos que o arcebispo de Mitilene compôs MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . A suspensão do Ex. Escreveu: Observações acerca da suspensão que o eminentíssimo e reverendíssimo senhor Cardeal Patriarca mandou intimar ao Ex. O seu retrato encontra-se na História de Portugal.mo e Rev. Resposta ao folheto publicado pelo Cónego da Sé Patriarcal de Lisboa – o Dr.mo Sr. 1856. Ricardo Nunes Soares. oferecidas ao público pelo seu autor. de quem aqui se trata. lente da Universidade de Coimbra.mo Sr. de grande importância pelo assunto jurídico-canónico que versa. popular e ilustrada.CICOURO 99 TOMO VII de Lisboa e Amigo da Religião. era D. Lisboa. Lisboa. 1856. ou defesa do primado de Sua Santidade. As publicações que motivou são: Longa cadeia de delitos eclesiásticos ou a história da ordenação de Ricardo Nunes Soares. 121.mo e Rev. O arcebispo de Mitilene. Folheto de 52 págs. pág. 8. Lisboa. Refutação do relatório da comissão de inquérito nomeada por decreto patriarcal de 22 de Julho de 1856. Lisboa. Manuel José Fernandes Cicouro. e materno de António Mendes Madureira e de D. um dos mais esclarecidos do seu tempo de saúde. Nasceu em Bragança (Santa Maria) a 11 de Abril de 1755.° gr. 1871. capitão. Circular do provisor interino do patriarcado de Lisboa ao clero e aos fiéis do mesmo patriarcado e das prelazias anexas. destas Memórias) e nos documentos assina Manuel António de Madureira Cirne. Supomos que é dele. Guilherme I. e exacta do Princípio da Revolução de Bragança e consequentemente de Portugal. Lisboa. de França. que se encontra nos livros de registo da freguesia de Carrazedo. Comba Gonçalves. Francisca Doroteia de Madureira. C. traduzida em português e anotada por um presbítero do patriarcado de Lisboa. sobre a impressão dos maus livros. onde foi provido em 1779. 4. 1 vol.mo Sr. Pastoral do Rev. de 20 págs. 1852.mo Sr. Lisboa. Elogio histórico de Madame Elisabete Filipina Maria. in-4. para explicar e confirmar o decreto do concílio de Paris de 1851 contra os erros que subvertem os fundamentos da justiça e da caridade. natural de Nozedo. Inocêncio F.mo e Rev. de Bragança. de 46 págs. No seu assento de óbito. Exortação pastoral aos Reverendos Párocos do Arcebispado de Évora. e de D. Veja-se também Apontamentos para a biografia do Ex. ou pelo menos inspirou. S. que passava escrevendo vertiginosamente. e mostram o desarranjo daquele cérebro. neto paterno de Domingos Pires. Era graduado em cânones e protonotário apostólico. 1858. mas em 1823 foi vigário capitular (ver tomo IV. sucedido a 23 de Dezembro de 1833.° Traduziu: Pastoral do Bispo de Troyes. pág. vem com o nome de Manuel António de Sousa Madureira e Cirne. Joana Maria. Imprensa Nacional. O. irmã dos Reis Luís XVI. e de D. Cardeal Patriarca D.mo Sr. CIRNE (Manuel António de Madureira) – Abade de Carrazedo. (António Osório de Campos e Silva). Dr. 1854 (145). 598. artigo «Fernandes Cicouro». 1844. e nomeadamente sobre a nova edição das obras completas de Voltaire e Rousseau . 1823. da – Dicionário Bibliográfico. 8. por ocasião da prematura morte do Ex. de Nozedo. Folha (145) Portugal: Dicionário histórico…. tomo XVI. filho de António Peres de Sousa. coligidos por A. Luís XVIII e Carlos X.° gr. concelho de Bragança. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .mo e Ex.mo e Rev. arcebispo de Paris. Augusto Maria Domingos Sibour. concelho de Vinhais. de Bragança.100 TOMO VII CICOURO | CIRNE durante o período da loucura. SILVA. de Aguieiras. a Relação Fiel. p. Attesto em como o Reverendo Manuel Antonio de Madureira Cirne. freguesia de S. e não menos pela sua intelligencia. 312. aonde eu como general o mais antigo d’este reino e governador das armas da dita provincia. Nasceu na casa de Lamego. José António – Defesa dos Direitos Nacionais e Reais da Monarquia Portuguesa. a 27 de Outubro de 1870 e aí faleceu a 16 de Maio de 1925. 598. p. e tomo VI. rico proprietário e senhor das importantes águas medicinais de S. deixando viúva D. Passa o referido na verdade. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . honra e prestimo foi eleito como Representante do Clero e Membro da Junta Provisoria do Supremo Governo da Provincia de Trás-os-Montes. Tenente-general e effectivo dos Reaes exercitos e Governador das armas da provincia de Traz-os-Montes. p. alcaide-mór do Castello e Villa de Trancoso. no qual tem merecido aos seus prelados a particular contemplação de ser. Vicente (Entre-os-Rios). Laurinda Pinto Lopes de Amorim com três filhos menores de oito anos. Proto-Notario Apostolico de Sua Santidade. e tomo I. a qual principiou e fez romper no sempre memoravel dia 11 de Junho proximo passado na dita cidade. p. COELHO (Agostinho Lopes) – Doutor formado em matemática. Vicente do Pinheiro.°. e para que conste. é um parocho de distinta consideração. Adição às provas 11. repetidas vezes nomeado visitador d’aquella diocese. de que o sobre dito foi autor e o primeiro insurgente. tomo IV. A este propósito é sobremodo honroso para ele o seguinte documento: «MANUEL JORGE GOMES DE SEPULVEDA. abbade de Carrazedo. concelho de Penafiel. grande benemérito. tomo I. dando em tudo evidentes provas da maior fidelidade e patriotismo. examinador Synodal no bispado de Bragança e natural d’esta cidade. governador civil do mesmo. instituida debaixo da minha presidencia. por cujas circunstancias. fui proclamado chefe d’esta nobre empreza. Quartel general do Porto 30 de Setembro de 1808» (146). pelo urgente motivo da feliz e gloriosa revolução deste reino contra o governo francez. commendador da Ordem de Christo. destas Memórias. etc. onde se reivindica para Manuel Cirne a glória de ser ele o primeiro que em Bragança levantou o grito contra os franceses em 1808. p. como tem sido. director das obras públicas do distrito de Bragança. Ver também Sepúlveda Patenteado…. etc. como de facto assim foi.CIRNE | COELHO 101 TOMO VII avulsa. que exercita ha trinta annos o dito ministerio. 139 e 143. que depois saiu in-4. (146) FERREIRA. 6. engenheiro. 129. Fidalgo da Casa Real. 209. O Barão de Espinhosela. concelho de Idanha-a-Nova. o tollo não necessita pedir. – Um tollo onde se lê este pensamento «na comedia do mundo. José – A Caridade (sonetos) – Sermões sobre Santa Maria Madalena e Ressurreição – Modo de rezar às Ave-Marias e adorar a Hóstia e o Cálix à missa e de rezar ao deitar. Fólio peq. Brigantina. 1898. possuía apenas a de comportamento exemplar. Ms. de 4 págs. Ms.° de 16 pags. O doutor Cataplasma. Natural de Proença-a-Velha. e no fim quatro quintilhas. de 8 págs. e de D. COELHO (Bartolomeu Gonçalves) – Major de cavalaria. Ms. Fólio peq. onde deixou família. cuja parte principal é como segue: A mãe – Aos Expedicionários de caçadores 3 de Bragança – Soneto a Proença-a-Velha – Discursos sobre a criação do homem – Mater Dolorosa – O Sacramento – O Calvário – A Soledade – Conceição de Maria – A S. tudo de sua lavra. sendo promovido a alferes a 15 de Novembro de 1876 e reformado em major a 31 de Dezembro de 1895.102 TOMO VII COELHO COELHO (Artur Pinheiro) – Major de infantaria.. Maria Júlia Rodrigues Pinheiro. que contém variados escritos em prosa e verso. Entre-acto cómico. Não tendo requerido qualquer condecoração. de 17 págs. Amor abençoado. como pode ver-se pelo enunciado do seu índice. Fólio peq. de 34 págs. Filho de Manuel Gonçalves Coelho e de D. Tudo isto reunido num volume encadernado. Monólogo. Assentou praça em cavalaria a 12 de Novembro de 1860. Os dois caturras – Casa de hóspedes na Mealhada. Ms. – A bebedeira. Drama em três actos. Filipa Augusta de Ordaz Coelho. Vimos mais em poder do autor o seguinte: Um amigo exemplar e a mulher imaculada. Escreveu: Discursos Oratórios de Eloquência Sagrada – O Calvário. Drama em três actos. de 293 págs. fixando residência em Bragança. extraído do romance A Pecadora Imaculada. o seu específico e o aproveitamento das calvas. embora com direito a elas. Fólio peq. Bragança. Filho de Bartolomeu Gonçalves Coelho (ver o respectivo artigo). Nasceu a 14 de Abril de 1839 e faleceu em Bragança a 6 de Março de 1914. governador civil substituto do distrito de Bragança. a Soledade e a Ressurreição. reformado. Discursos sobre o dia de finados. Comédia em um acto. Fólio peq. Também o mesmo major Coelho nos mostrou outro fólio peq. tip. se MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de 66 págs. 4. nasceu na cidade de Castelo Branco (mas criou-se em Bragança) a 22 de Novembro de 1882. Segunda vez ministro das Obras Públicas. 1890. tomando posse a 7 do mês seguinte.° de 15 págs. publicação feita pela redacção de «O Nordeste» como homenagem prestada ao ilustre e digníssimo chefe do partido progressista do distrito de Bragança.COELHO 103 TOMO VII sabe representar bem o seu papel. e tomo VI. 8. Tip.ª vara cível da comarca de Lisboa. representando círculos eleitorais do distrito de Bragança. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . onde se formou em 1861. 8. 1889. e uma de observações. Tradução de Bartolomeu Gonçalves Coelho. é o que sahe melhor e mais aplaudido».. de Lisboa. par do reino (148). Minerva. COELHO (João Baptista Ribeiro) – Prior de Santos-o-Velho. em 1836 e faleceu em Lisboa a 5 de Abril de 1913. advogado e antigo deputado da nação. Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. Foi ministro das Obras Públicas por decreto de 23 de Fevereiro de 1890 e eleito par do reino em Março de 1898. doutor em direito pela Universidade de Coimbra. – A Gramática Parda pelo bacharel Canta Claro. Pinho – Portugal Antigo e Moderno. 1833. artigo «Coelho (Eduardo José)». Carolina de Almeida Pessanha. destas Memórias. Compêndio de Moral teórico-prático para uso das escolas. donde passou em Maio de 1905 para a pasta do reino (147). concelho de Chaves. 384. 119 a 227. lugar para que foi nomeado por decreto de 9 de Junho de 1879. COELHO (Eduardo José) – Nasceu em Redeal. tendo sido anteriormente governador civil de Bragança. e sobrinha de João Pedro de Almeida Pessanha. 1894 e 1897. concelho de Mirandela. Casou com D. Eduardo Coelho foi eleito deputado por Bragança nas legislaturas de 1884. corre dele impressa a seguinte atinente à nossa região: O Caminho-de-Ferro de Bragança – Discurso pronunciado na Câmara dos dignos pares do reino na sessão de 18 de Maio de 1899 por. Tip.° de 19 págs. irmã de Carolino de Almeida Pessanha. artigo «Vilela do Tâmega». 1899. (148) LEAL. Nasceu em Lamas de Orelhão. 1912. p. foi promovido em 1883 a juiz de primeira classe e em 1886 a juiz da 1. Bragança. Foi também deputado em várias legislaturas. deputado em várias legislaturas. Além de outras publicações. sócio do Instituto de Coimbra desde 1888. 1893. a 3 de Janeiro de 1858 e faleceu em Lis(147) Portugal: Dicionário histórico…. Seguindo a magistratura. dividida em 15 lições. as quais são regras fixas para qualquer viver sem necessidade de trabalhar – Publicada por Ramon Lopez. examinador prósinodal e desembargador da Relação e Cúria Patriarcal.. Compreende os fols. Brigantina. Bragança. ministro de Estado honorário. 1886. na aula mais importante de cada ano. história e geografia com notável apreço de colegas. e outra de latim. 8. Tip. Discursos sobre a actual lei de instrução secundária. Braga. Foi deputado por Chaves na legislatura de 1897 a 1900 e por Bragança na de 1905 a 1906. 1889. Para custear as despesas próprias. Prior de Santos-o-Velho. 8. Em 1902 pronunciou na Sé Patriarcal o discurso do 1. onde também seguiu o curso teológico. Discurso pronunciado na sessão de 24 de Janeiro de 1898. a educação de seus irmãos e prover às necessidades de seus pais. 1884.° de Dezembro. em Coimbra. 1898. cursar em Coimbra a faculdade de direito. foi logo nomeado examinador pró-sinodal e.° de 25 págs.° de 156 págs. Saíra primitivamente em jornais de que o autor era colaborador. em Julho de 1907. da mesma cidade. 8. desde logo começou a dedicar-se à leccionação e. naturais de Lamas de Orelhão. 1 vol. Imprensa da Universidade. 1883.° de 14 págs. proferidos na Câmara dos Deputados nas sessões de 10 de Maio e 10 de Junho de 1898. Imprensa Nacional. e desde 1881 a 1885 professou aquela disciplina no do Espírito Santo. por ter publicado a encíclica Humanum Genus. de Lisboa. Lisboa. Lisboa. Ensaio académico sobre a teoria do Imposto – Dissertação para a cadeira de ciência e legislação financeira na faculdade de direito. Ribeiro Coelho obteve sempre em todos os seus cursos as melhores classificações. Discurso pronunciado na sessão de 10 de Junho de 1899. Concluído o curso de preparatórios nos liceus nacionais de Bragança. 8. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Braga e Seminário Diocesano desta última. de que tomou posse a 26 do mesmo mês. Desde 1890 a 1895 regeu no Real Colégio Militar de Lisboa as disciplinas de filosofia.° de XVI-99 págs.104 TOMO VII COELHO boa a 15 de Dezembro de 1928. à elaboração da sebenta. filho de José Joaquim Ribeiro Coelho e de D. falhos de meios. na Câmara dos Senhores Deputados.° de 15 págs. Saiu primeiro em O Instituto. Braga. em Braga. Coimbra. Durante a frequência do curso teológico regeu uma cadeira de literatura no colégio de S. 8. em Outubro de 1885. e mais 3 inumeradas.° de XII-211 págs. que terminou em 1890. O Beneplácito. por carta régia de 9 de Fevereiro de 1899. Escreveu: Um desengano – O tio Libório. sem beneplácito régio. 1900. Benedita de Jesus. ordenando-se logo de presbítero foi. desembargador efectivo da Relação e Cúria Patriarcal. que terminou em 1880. 8. discípulos e directores. Lusitana. Saiu primeiro em artigos de polémica no Comércio do Minho a propósito da censura do ministro da Justiça ao Bispo da Guarda. Luís Gonzaga. Entrou na magistratura. logo foi esquecida. por decreto de 15 de Setembro de 1892. pediu ao ministro o seu despacho. José Luciano de Castro – Discurso pronunciado nas exéquias celebradas na igreja da Encarnação. comerciante. Tem trabalhos jurídicos e discursos religiosos em preparação para serem publicados. Norte Transmontano. nomeado para exercer as funções do Ministério Público perante o juiz auxiliar do 2. já então. graças à interferência do grande escritor Camilo Castelo Branco que. à frente do qual se conservou até 1885. Correio Nacional. isenção que. in-8. Mundo Legal e Judiciário e em diversos números únicos de publicações extraordinárias. Amigo da Religião.° distrito criminal da comarca de Lisboa por decreto de 20 de Setembro seguinte. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .. sem o conhecer pessoalmente. e publicou também muitos de processos jurídicos importantes. sendo em 1886 nomeado delegado da comarca do Sabugal. A esta fase política correspondeu na ordem moral o que o levou a produzir o Manual Político do Cidadão Português. Círculo das Caldas. Extinto este tribunal. lhe apraziam as suas qualidades literárias. Lisboa. Suicidou-se em Lisboa a 9 de Agosto de 1908. em 12 de Fevereiro de 1909. ficou adido à magistratura do Ministério Público.° de 14 págs.° de 28 págs. A Sicília e a Calábria – Discurso proferido na Basílica da Estrela. como protesto contra a ditadura de João Franco e um pouco. explorada para os efeitos de combate de alguns dias. 8. 8. Correm também impressos os discursos que pronunciou nas sessões da Câmara dos Deputados de 15 e 16 de Março de 1898 sobre liberdade de imprensa. também. de Lisboa. dirigindo e redigindo também nesse tempo a Semana Religiosa e a União. tanto. Braga. em 11 de Maio de 1914. Nasceu no Mogadouro a 18 de Junho de 1861. sendo filho de João Trindade.° Colaborou nos seguintes periódicos: Correio da Noite. para captar as fáceis lisonjas que a imprensa exaltada teceria à sua isenção de proceder. 1909. deixando-se entregue aos próprios recursos quem tão custosamente comprara essa fementida aura popular.COELHO 105 TOMO VII que depois foi impresso em folheto de 22 págs. Um ano antes havia ele pedido a demissão do cargo de procurador régio. onde concluiu a sua formatura em 1885. parece que por desgostos políticos. Pouco depois da sua ordenação de presbítero foi encarregado da direcção do Comércio do Minho. Foi transferido para Portalegre por decreto de 9 de Abril desse ano e depois para Ovar por decreto de 19 de Fevereiro de 1890. que abrangem 26 págs. COELHO (José Francisco Trindade) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. e retrato de José de Almeida. é numerosa. Acha-se traduzida em espanhol e francês.ª. aumentada do livro «Recursos Finais em Processo Criminal». com Alfredo Cunha.° de 423 págs. em seu género a todas as da península. Empresa da História de Portugal.° de XIV-539 págs. Lisboa. número correspondente a 8 de Janeiro de 1894. (149) Diário do Governo de 30 de Agosto de 1902.ª edição de Os Meus Amores. 1903. As tradições do distrito de Bragança. 8. o que é raro encontrar-se na nossa estrangeirada literatura. por decreto de 25 de Abril de 1895. 1901. Dezoito anos em África – Notas e documentos para a biografia do conselheiro José de Almeida. Paris.° de 517 págs. A resenha das obras deste ilustre bragançano.ª edição. honra da nossa terra. Lisboa.106 TOMO VII COELHO Por decreto do Ministério da Fazenda de 16 de Março de 1893 foi encarregado de exercer provisoriamente as funções de agente do Ministério Público nos processos de execuções fiscais administrativas do 1. Paris. Anotações ao Código Penal e à Legislação Penal em vigor. 1 vol. O seu retrato vem na 3.ª edição muito aumentada. seguido de um formulário. Eis as de que temos notícia: Os Meus Amores. o modo de ser psicológico e etnográfico de seus habitantes. Campo de Flores.° bairro de Lisboa. e no Portugal – Dicionário histórico. Nomeado delegado do procurador régio na comarca de Sintra. 3. 1898. talvez. que são os amores do autor. Saiu anónimo. Mãe.° Lisboa. edição em benefício dos pobres. Livraria Aillaud & C. constituem o assunto da obra. 1903. por João de Deus. Um conto.° do Código do Processo Civil. 8. Exame da chamada edição autêntica e definitiva. 8.ª. Livraria Aillaud & C. Recursos em Processo Criminal das decisões finais e das interlocutórias. e também em O Recreio. artigo «Trindade Coelho» acompanhado de notas biográficas. compreendendo as apreciações de diversos críticos feitas à obra. 1901. 2. compreendendo os casos julgados e os artigos doutrinários que depois da nova reforma penal de 14 de Junho de 1884 figuram em todos os jornais jurídicos do país. 4. superior.ª vara da comarca de Lisboa. 300 págs. 1 vol. 8. foi transferido depois para a 3. por decreto de 31 de Outubro do referido ano (149).° a 356. É um monumento literário eminentemente nacional. Contos e Baladas. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . acompanhado de alguns dados biográficos. Coimbra.° Incidentes em Processo Civil – Explicação prática dos artigos 292. Apresentado à Câmara dos Deputados na sessão de 6 de Março de 1899. (Prefácio). Todos estes folhetos eram distribuídos gratuitamente pelo benemérito autor. 1901. de Mendonça. 19 págs. (Tradução). In illo tempore. Estudantes. Paris-Lisboa.1900. Parábola dos sete vimes na qual figura um pai com seus sete filhos seguida de conselhos úteis. de Pierre Loti.° a 776. Lentes e Futricas. por João de Deus. Loas à Cidade de Bragança para que não entregue o seu mando senão aos seus filhos. Editora. (Prefácio). onde a vida académica de Coimbra se encontra belamente retratada na enérgica prosa dum artista de génio.° do Código do Processo Civil. Paris-Lisboa. Cartilha do Povo ou Breve compêndio dos seus direitos e obrigações para uso dos habitantes do concelho de Mogadouro e de todo o distrito de Bragança.COELHO 107 TOMO VII Código do Processo Penal (proposta e relatório) com o conselheiro Francisco Maria Veiga. Rimas à Nossa Terra – Versos oferecidos aos que foram vereadores da Câmara Municipal de Mogadouro. 1901. A Minha Candidatura por Mogadouro (Costumes Políticos em Portugal).ª. Livraria Moderna. 4. Direito Romano – Resumo das doutrinas de Waldeck. Pécheur d’Island. com 97 fotogravuras. Este opúsculo é o primeiro duma série de «Folhetos para o Povo» escritos pelo autor no intuito altamente humanitário e patriótico de ilustrar os seus conterrâneos do distrito de Bragança. fazendo-os entrar no conhecimento dos seus interesses e modo de os realizar. Livraria Aillaud & C. 7 págs. extinta por decreto de 12 de Novembro de 1900. Coimbra. Lisboa. Lisboa. 1 vol. Roteiro dos processos especiais – Exposição prática dos artigos 406. Regulamento do Ministério Público (por incumbência e em poder do Governo). e mais 3 inumeradas.° de 31 págs.° O Marquês de Pombal – Discurso proferido no comício antijesuítico no Teatro Académico de Coimbra no dia 7 de Maio de 1882. É o terceiro da série. Toireiros e Toiradas. 8. A. 8. A Cartilha Maternal e a Crítica. Lisboa. Remédio contra a Usura ou Conselhos aos habitantes de Mogadouro para que fundem uma Caixa Económica. terceiranista de direito (discurso). Livraria Moderna. 1902. Os desenhos das MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 1907. 8.° de 134 págs. É o segundo da série. Livraria Moderna. Editora. 16.° de 422 págs. Tip.° de 11 págs. É um primoroso livro material e intelectualmente bem feito. Lisboa. por José Pampilho. Em apêndice: Os decretos sobre acções de pequeno valor e despejo dos prédios rústicos e urbanos. 1901. À beira da campa de António de Pina Calado. ministro de Portugal na Suíça. Revista Ilustrada. A Alvorada. 1910. idem. Tinha por fim referir tudo quanto os deputados pelo distrito de Bragança fizessem no Parlamento a favor do nosso distrito. costumes e trajes da Universidade e objectos que lhe dizem respeito. O Imparcial de Coimbra. O Repórter. usanças. e uma inumerada. Porto.108 TOMO VII COELHO estampas são de António Augusto Gonçalves e representam plantas e vistas de Coimbra. de Coimbra. de Lisboa (com Alfredo da Cunha). O Portugal. do Porto.ª edição actualizada e muito aumentada.° peq. Estatutos da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras de Lisboa. 1908.° de XVI-720 págs. N. 8. de Lisboa. Boletim Parlamentar do Distrito de Bragança. Diário Ilustrado. do Porto (Cartas de Coimbra). idem (Crónicas de Coimbra e Cartas alentejanas). As Terras de Bragança (em preparação). Referente a este livro apareceu: «Notas críticas ao “In illo tempore” de Trindade Coelho». Lei de 21 de Julho de 1899 – Sobre editores de jornais e respectivo relatório. por J. de Lisboa. prefácio de Alberto de Oliveira. Gazeta de Portalegre. 1906. emolando-os assim a tratarem a valer das nossas coisas. F. Fundou os seguintes jornais: A Porta Férrea. doutor Trindade Coelho. pseudónimo do doutor Artur Bivar. Teve redacção literária efectiva nos seguintes: O Progressista. Revista Nova. de M. de Lisboa (com o doutor Francisco Maria Veiga). de Lisboa (Crónica de Coimbra). A Tribuna. F. Folha da Tarde. de 122 págs. de Coimbra. a vapor da Empresa Literária e Tipográfica. Novidades. 2. por Venceslau Policarpo Banana. idem. Instituto. de Paris. Liberdade de Imprensa – Proposições apresentadas ao Congresso da União Internacional de Direito Penal. Porto. 76 págs. 8. idem. Manual Público do Cidadão Português. de Coimbra. tipos de habitantes. Revista Ilustrada. Revista do Foro Português. de Lisboa. A Nova MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . crítica alegre ao cartapácio «Manual Político» do sr. O Senhor Sete – Tradições populares da terra do autor (em via de preparação). A primeira edição esgotou-se logo e na seguinte traz o título: «Manual Político do Cidadão Português». Guarda. 1906. idem. Casa Editora Católica «Veritas». Começou em Fevereiro de 1901. Correspondência de Portalegre. Pontos nos i i. idem. de Vila Nova de Famalicão. E colaborou nos seguintes: Jornal da Manhã. Tip. Panorama contemporâneo. Este livro provocou «À Cabra Cega» em lugar de um livro por um homem atarefado demais para o fazer. Revista de Direito e Jurisprudência. Era mensal e saía nos primeiros dias de cada mês. de Portalegre. de Lisboa (com Pires Avelanoso e Silva Cordeiro). idem. composta de figuras de objectos e animais à primeira vista conhecidos por elas. Paris-Lisboa. 8.° A B C do Povo (com desenhos de Rafael Bordalo Pinheiro). Terra Mater (brinde do Diário de Notícias. 8. ao mesmo tempo que o fim educativo moral é atingido sob a forma atraente e engenhosa de pequenos contos. os instrumentos das nossas artes e ofícios. as crianças fixam as letras naturalmente com o auxílio duma mnemónica. Teve 2. Lisboa. publicou em a Educação Nacional daquela cidade uma severa crítica a este sistema de ensino que dizia ser inferior ao Método Português de António Feliciano de Castilho com o qual tem certas relações. de Lisboa e províncias. Tirocínio. 1901. Lisboa. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . cujos nomes correspondem ao som de cada letra. É destinado às crianças da 1. arte e crítica literária. A Tradição. Mesma casa editora e ano.° de 300 págs. É destinado às crianças das 2. subinspector primário em Bragança. 8. O Terceiro Livro de Leitura. 1 vol. editores.ª edição em 1902. Neste sistema de ensino do A B C. 8. o bem acabado das gravuras. Aillaud & C. 8.° de 136 págs. de Lisboa. e. 8.° de 200 págs. com muitas gravuras intercaladas no texto. idem.° peq. 1903. n. Mesma casa editora.° de 70-16 págs. Para as crianças da 4. rural e marítima do país e das ilhas». tornam-nos recomendáveis pela inspiração patriótica que sugerem e intensamente aptos para despertar nas crianças o gosto pelo estudo e desejo de saber. Esta crítica corre numa separata in-4. O Primeiro Livro de Leitura. Guilherme Augusto Candeias. no Porto. como geralmente costuma fazer-se em obras deste género. representando «as nossas construções e respectivo mobiliário caseiro. Correio da Noite. 1904. Beira e Douro.° 32). A Leitura.ª classe. professor da escola oficial da freguesia de S.ª classe das escolas primárias. as nossas alfaias agrícolas.ª e 3ª classes. São completamente originais do autor e não colecções de trechos. idem. Pão Nosso ou leituras elementares e enciclopédicas para uso do povo. Aillaud & C. e colaboração avulsa em muitos jornais e revistas.ª. Livraria Aillaud. de VI-511 págs.° com 8 págs. O Segundo Livro de Leitura. idem. Branco e Negro. Estes livros formam uma espécie de enciclopédia tendente a ministrar às crianças. Nicolau. unicamente por recorrerem ambos a processos mnemónicos. por forma simples e acessível. além disso a nitidez da impressão. os nossos animais e os nossos vegetais e até os nossos trajes e costumes populares de várias regiões e scenas da vida agrícola.COELHO 109 TOMO VII Alvorada. noções elementares dos mais variados conhecimentos científicos.ª. mais tarde. 1906. de Serpa. Paris. professor do Liceu Central de Lisboa. de M. Aillaud & C. cargo para que fora nomeado por decreto de 19 de Setembro de 1902). 1 vol. págs. Sobre os motivos em que se fundamentou. em seu parecer de 27 de Julho de 1903. filho do escritor. Paris-Lisboa. rua do Largo de S. 1906. a «Commissão technica permanente». Brandão & C. fez colocar na casa onde nasceu Trindade Coelho. A.° do Regulamento de instrução primária de 19 de Dezembro de 1902. Sebastião. Adoptado oficialmente no ensino primário. 1 vol. que passou a denominar-se largo Trindade Coelho. algumas vezes.° Recurso interposto nos termos e para os efeitos do § 3. 37. chegando na de 10 de Agosto de 1913 a lançar a primeira pedra no monumento sepulcral a erigir-lhe. uma lápide de mármore em que se lê a seguinte inscrição: CASA ONDE NASCEU. grão-mestre da Maçonaria. 8. do que de tudo deu minuciosa resenha o Diário de Notícias de 12 de Agosto de 1912. A O GRANDE ESCRIPTOR E MAGISTRADO JOSÉ FRANCISCO TRINDADE COELHO FALLECIDO EM LISBOA A 9-8-1908.° A 14 de Maio de 1911 a Câmara Municipal do Mogadouro. A Maçonaria portuguesa. Livraria Aillaud & C. principalmente o Grémio Solidariedade. de 63 págs. de que Trindade Coelho foi o fundador.° do Decreto de 24 de Dezembro de 1901.° 9 do artigo 6. com assistência do doutor João de Freitas. Tip. veja-se o Boletim da Direcção-Geral de Instrução Pública. Lisboa.110 TOMO VII COELHO Com tais requisitos. Magalhães Lima.ª alínea do n. promoveu durante alguns anos uma manifestação de homenagem ao coval onde ele repousa no cemitério dos Prazeres a que presidiu. Primeiras Noções de Educação Cívica. 59 e 63. Exposição dirigida ao Conselho Superior de Instrução Pública para os efeitos da 2. sendo a obra de Trindade Coelho genuinamente portuguesa de lei por tudo. governador civil do distrito de Bragança e do doutor Henrique Trindade Coelho.° do artigo 350. Lisboa. Março 1904.ª.° peq.ª. 1903. 4. 4. editores. encarregada de examinar os diversos livros apresentados a esse concurso (de que era vogal o nosso condiscípulo e amigo padre Alípio Albano Camelo.ª. no entanto. doutor em direito. na parte que lhes dizia respeito. rejeitou-a. 1903. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 18 DE JUNHO DE 1861. parece que devia satisfazer as condições do «Anuncio do concurso de livros para o ensino primário e normal de 29 de Outubro de 1902». descarregou uma lançada sobre o fragueiro. Bebi a Santa Água. Na sua Autobiografia. declara que foi reprovado no primeiro ano de direito e que seu pai nas férias «quási lhe não falou durante dois mezes. segundo a crença popular aponta. um rochedo se abriu miraculosamente e a escondeu em seu seio. concelho de Mirandela. e preciosa. e os altares dão boa prova. andando à caça. por cortar as relações com seu pai. Os templos. e outros. Água Santa lhe chamam. que o sentiram. notável escritor. cujas aguas são tão saudaveis que se chama commummente a Fonte Santa». Amores Novos. Furioso por ver frustrados os seus planos. Viveram na época em que os mouros dominavam a província de Trás-os-Montes. após a frequência do primeiro ano de direito e por casar poucos meses depois da sua morte. pois se lhe escondia sempre. Isto os vivos aos pais. naturais de Lamas de Orelhão. Comba era formosa e levava após de si os olhos e o coração de quantos a viam.COELHO | COMBA (SANTA) | LEONARDO (SÃO) 111 TOMO VII Há quem acuse Trindade Coelho de filho menos grato. que muito se sacrificou para lhe dar posição. publicada depois do seu falecimento. esgotou promessas e rogos e as diligências que fez para a encontrar. e matou Leonardo. correu sobre ela e. onde misteriosamente ficou impressa e se vê ainda hoje. debalde. A capela é muito concorrida de romeiros. e o chefe que a senhoreava mal teve conhecimento da peregrina beleza de Comba quis havê-la para o seu harém. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . diz o autor que vamos seguindo. Ferro em Brasa e actual representante de Portugal junto do governo italiano. e no fim não lhe deu a mezada para voltar para Coimbra». nascido já fora do distrito de Bragança. António Ferreira cantou elegantemente o milagre e conclui: Senhores conto o que meus olhos viram. Trindade Coelho era pai do doutor Henrique Trindade Coelho. viu-a um dia. onde sucedeu o milagre. porém. Vi os sinais da pedra milagrosa. COMBA (SANTA) e LEONARDO (SÃO) – Eram irmãos. não fabulosa. Comemorando o facto. no Diário de Notícias de Setembro de 1908. e no monte. quando ia prestes a lançar-lhe a mão. há em Lamas de Orelhão uma capela dedicada a Santa Comba. filhos de um pobre lavrador e ocupavam-se em guardar o gado de seu pai. «pois não quiz aceitar mais a mesada paterna». Alfim. nasceu logo uma fonte «em testemunho e prova dele. tendo portanto de viver lá à custa do seu trabalho de leccionações. autor das seguintes publicações: Carvões. e avós ouviram História divina é. . 131. n. onde hoje inda parece E na pedra a lançada se conhece... VASCONCELOS.... que Santos criava. E defendeu-a da cruel ventura... 263......... José Leite de – Religiões da Lusitânia. e da fonte santa vai filiar-se na supervivência do antigo culto dos montes e fontes de que falamos (150) CUNHA..... vol..... 618. 183.. Não espanta a alta serra os seus devotos... Damos-lhe este lugar (pela entrada dos mouros). ANJOS..... VII. João Tamaio – Martirol........ p... cap.112 TOMO VII COMBA (SANTA) | LEONARDO (SÃO) E com milagres mil o Céu o aprova. e abriu-se a pedra. 722.. 382. O tempo e descuido dos antepassados.. tomo IV.. 1771.. Luís dos. p... Padre – Descrição de Portugal. Ao pé da rocha. parte I....... Hisp. Obedeceu à Santa. CASTILHO – Almanaque. p........ Rodrigo da – História Eclesiástica dos Arcebispos de Braga.. diz o autor que vamos seguindo. p......... Pinheiro – História de Portugal Ilustrada.ª edição..° 72... tomo I.. ver: VASCONCELOS. e feno Ali oferecer vêm brancas pombas Os moços Leonardos....... . Poemas Lusitanos do Doutor António Ferreira. enquanto lhe não descobrimos outro (150). Ó maravilha grande! abriu-se a pedra. Frei – Jardim de Portugal. Para a bibliografia de Santa Comba e de seu irmão.... onde se equivocou tomando esta pela Santa Comba de Coimbra.... Ali vem mil cruzes..... A lenda da Santa.. LXIIl.. Inda se chama Lamas de Orelhão... ...... 2. que se esconde no penhasco... e chã terra....... Nem cansa o velho..... nos encobriu o ano em que sucedeu esta maravilha. I.. p.. nem o moço pequeno... Dos vizinhos lugares. Que outros claros senhores esperava.. onde lhe dá o nome de Santa Comba dos Vales. ali vem mil votos Chuva ora levam... Ao pé fica assinada a ferradura.... p. Vêm os pastores pedir água..... e remotos.. vol.. e cruel pagão... Obedeceu à Santa a rocha dura. 1864.. que ocupava Aquele monstruoso. CHAGAS... 451... Enciclopédia das Famílias. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .... Ditosa terra. E ditosos também seus povos são.... ora o Céu sereno. SALAZAR... Também a lança do mouro abriu a pedra.. p... 1634... p... 221.. E a fértil.. moças Combas..... no convento de Monchique. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . evangelizador daquelas terras. Pinho – Portugal Antigo e Moderno. depois de se lhe andar escondendo de serra em serra. como resistisse a todas as suas propostas. da qual era cónego. onde. mas pelos anos de 1130 foram levados para a igreja de Santa Justa (Coimbra). descreve a vida e acções da madre Leocádia da Conceição. Em 1207 foram trasladados para a igreja do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra pelo prior D. obra que ofereceu a el-rei D. concelho de Coimbra. XVIIl. damos aqui alguns traços da lenda desta. 1870). por uma religiosa que foi do mesmo convento (Porto. matou-a. porque um poderoso mouro a pretendia violar. A 20 de Julho de cada ano se lhe celebra a festa principal. artigo «Comba de Celas (Santa)». etc. que é muito concorrida de romeiros (151). 2. com fama de santidade. segundo a lenda indígena. Os restos mortais da Santa estiveram por muitos anos no local do martírio. onde as deixou impressas quando fugia aos naturais que o queriam matar. mas que ignoramos se chegou a imprimir-se. segundo refere a tradição. Pinho – Portugal Antigo e Moderno. para mais esclarecimentos. artigo «Miragaia – Convento de Monchique». e que. e. têm certo simbolismo religioso difícil de compreender e já existiam nos tempos pré-históricos. obra começada a escrever ainda em vida da biografada (152). milagres. diz Pinho Leal. cap. diz José Leite de Vasconcelos no lugar atrás citado. Como alguns escritores confundem Santa Comba de Lamas de Orelhão com a de Coimbra. ferraduras e outros sinais que se encontram nas fragas. pelas oito horas da noite do dia 1 de Dezembro de 1686. 1708). CONCEIÇÃO (Luís Carlos da) – Doutor em medicina pela Universidade de Coimbra. Nasceu em Freixo de Espada à Cinta em 1596 e faleceu. Porto. profecias e visões da Madre Leocádia da Conceição. eram de S. Tomé. CONCEIÇÃO (Leocádia da) – Religiosa franciscana. Consta que fugiu para aqui. Miguel. livro VII. Também modernamente se publicou a Vida. bem como dos sinais da lançada equivalentes no simbolismo às pegadas. remete o leitor para a Crónica dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Pedro II. há uma capela construída. freguesia de Miragaia. A propósito lembra-nos que o jesuíta Manuel de Nóbrega dá notícia de pegadas que existiam em fragas no Brasil.COMBA (SANTA) | LEONARDO (SÃO) | CONCEIÇÃO 113 TOMO VII noutro lugar. nasceu em Algoso. (152) LEAL. p. Nuno Barreto Fuseiro escreveu a vida desta serva de Deus. Próximo do convento de Celas. sinais de ferraduras. concelho do Vimioso (mas criou-se em (151) LEAL. no local onde foi martirizada a virgem Comba. na sua Norma viva de religiosas (Lisboa. As pegadas. O franciscano padre Francisco de Aracoeli. filho de Henrique da Conceição e de D. apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. concelho de Moncorvo. Elisa de Jesus Macedo de Vasconcelos. CONSTANTINO (José Marques de Sampaio e Melo) – ou. Em 1828. que então estava em Viseu. veio para Portugal e assentou praça no batalhão de voluntários realistas de Vila Flor. voltando em seguida para Moncorvo como criado grave para casa nobre. célebre florista. para encobrir o seu nascimento. instituída por Francisco da Ponte Rual e sua mulher Maria Galega. promovido a porta-bandeira por distinção no combate de 29 de Setembro desse ano. Em 1833 foi com o seu batalhão para o cerco de Lisboa e. Francisco de Moncorvo. sendo este o motivo porque alguns o fazem natural desta vila. por capelão a José Cavaleiro. Escreveu: Contribuição para o estudo da Auto-Hemoterapia – Tese de doutoramento em medicina e cirurgia. de Constantim. Manuel Leonardo Lopes. Constantino.° de XVI-37+1 de índice (inumerada) págs. casou e teve baixa do serviço. em casa de quem se MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . onde se aperfeiçoou na factura das flores e aprendeu os segredos da confecção das tintas no estabelecimento de madame Vieillard. Célebre artista. 1926. Flamet. onde aprendeu a fazer flores. na sua quinta de Tercy. nasceu em Moncorvo a 18 de Agosto de 1802 e faleceu em França. visto não haver sacerdote parente dos instituidores a quem iria a capelania. Partiu depois para Paris. chegou a cabo de esquadra e foi com o seu batalhão para as ilhas dos Açores. onde concluiu o curso em 1925. em casa do tendeiro António José Cândido. onde sua família se estabeleceu). Fez o curso liceal em Bragança e o da especialidade em Coimbra. indo depois passar a adolescência na vila da Alfândega da Fé. CONSTANTIM – Em 1774. o «Rei dos Floristas». como é geralmente conhecido. caso o houvesse. junto a Paris.114 TOMO VII CONCEIÇÃO | CONSTANTIM | CONSTANTINO Bragança. Mr. tendo visitado na jornada as fábricas de flores de Turim e Lyon. marchou com o seu rei para o estrangeiro. aspiração dos seus sonhos de artista. 8. apresentou na capela da Santíssima Trindade. vigário de Constantim. a 29 de Dezembro de 1899. melhor. Foi um ano noviço no convento de S. sendo já primeiro sargento. seguindo todas as fases da luta fratricida até à convenção de Évora-Monte. onde chegou a 13 de Dezembro de 1834.° 5. o mandou criar na povoação do Larinho. a 14 de Janeiro de 1873. Esteve no cerco do Porto em 1832 com o seu batalhão. entrando as tropas liberais nos Açores. aportando a Génova (Itália) a 5 de Junho de 1834. Era filho bastardo de boa família que. Coimbra. vigário-geral da diocese de Bragança. segundo as cláusulas da instituição. Em 1820 assentou praça em caçadores n. num dos números de Abril de 1896. mas quando voltou. que ficou encantada. Em 1850 veio a Portugal. que visitou. que o levava a colocar sempre nas exposições universais de Londres e Paris as suas manufacturas na secção portuguesa. que lhe deram um jantar no hotel de Itália. para o experimentar. Luís Filipe. foi muito festejado. esposa de D. a rainha D. levantando à sua saúde um caloroso brinde o visconde de Almeida Garrett. como em todos os mais acidentes da natureza». um dos mais famosos estabelecimentos dessa cidade. e no ano seguinte estava já novamente naquela cidade. encomendavam flores as principais casas e cortes da Europa e algumas da América. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Quando. Amélia.CONSTANTINO 115 TOMO VII apresentou com uma carta recomendatária de madame Vieillard. artigo «Sampaio e Melo». mas a guerra franco-prussiana e a Comuna. a rainha diz-lhe estas palavras que os jornais repetiram por todo o mundo: «As suas flores teem apenas uma diferença das naturais: é que estas murcham e as suas não». encomendou-lhe a coroa de laranjeiras. a côrte teve exclamações de enthusiasmo: Vive Constantin! Vive le roi des floristes! Foi uma acclamação solemne». apressaram-lhe o termo da vida (153). Portugal: Dicionário histórico. Luís Filipe. pedindo à rainha que escolhesse. «Desde então a fama de Constantino foi universal e com razão. esposa de D. Associou-se em Paris com Mr. Clementina. p. 229. dizendo que no dia seguinte iria buscar a rejeitada. Maria Amélia. cor. No Porto e outras terras. Luís Filipe. Isidore. sua mãe. uma artificial e outra de flores naturais. e como esta estava perplexa. «A sua gloriosa alcunha nasceu no dia em que no Palais Royal se realizou uma kermesse promovida pela rainha. Na exposição de 1844 obteve o primeiro prémio e o seu nome foi um dos primeiros proclamados por D. As camélias de penas de aves feitas por Constantino foram consideradas verdadeiras maravilhas. imitava pasmosamente as flores naturais. mandou-lhe fazer um ramo de flores de penas. Perante as flores que Constantino offerecera. idem. Regressando a Paris. causando-lhe graves prejuízos. Tão estrondosos aplausos não lhe amorteciam o amor pátrio. para 1905. onde teve recepção estrondosa promovida pelos nossos escritores e artistas. Alberto – Diário Ilustrado. deixou-lhas ambas. sendo depois condecorado com a Legião de Honra. que a Guarda Nacional comprou por quinhentos francos (90$000 réis) para o oferecer à rainha D. em 1844. tanto na flexibilidade. e à sua fábrica. casou a princesa D. aromas e frescura. (153) Almanaque luso-brasileiro para 1852. PIMENTEL. voltou a Portugal em 1854 à procura de ares pátrios receitados pelos médicos à sua saúde deteriorada. Constantino levou-lhe duas. 116 TOMO VII CONSTANTINO Há quem diga em Alfândega da Fé que Constantino nasceu nesta vila; fundando-se em que o respectivo município subsidiou a sua criação, quando pequeno (subsídio de lactação), o que só era concedido às crianças nascidas no concelho, filhas de pais incógnitos. Parece-nos de pequeno peso este argumento, pois muitos meios havia de o sofismar e até razões para o transgredir. A CONSTANTINO REI DOS FLORISTAS Ergue a fronte altiva e nobre Ergue a fronte, oh génio-rei A ti sim, a ti me curvo A ti só me curvarei. Que m’importam reis da terra, Debatendo-se na guerra Das mais túrbidas paixões? Podem outros dar-lhes cantos, Eu, por mim, maldigo quantos Rojam vis adulações. O poeta nasceu livre Como é livre o imenso mar; Os cantos da minha lira Não os sei mercadejar. – À sob’rana inteligência, À sã virtude na essência, Só meus cultos prestarei. Constantino! A ti um brado, A ti meu canto enlevado, A ti sim, oh génio-rei. Rival de Deus sobre a terra, Quem te nega adoração, Quando a França te saúda – Novo rei da criação?! Quando a Europa d’espantada Curva a fronte laureada Ante o teu génio imortal?! Quando colhes d’entre os louros O mais rico dos tesouros: – Um triunfo a Portugal?! MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA CONSTANTINO 117 TOMO VII Constantino! Como é grande O teu génio criador, Quando vertes o perfume No cálix da TUA flor! Quando imitas a beleza Da risonha natureza Com teu mágico pincel!... Quem ao ver tão belas flores Não as crê próprios verdores Do mais ameno vergel? No tapete d’esmeraldas, Que alcatifa o TEU jardim, Brinca meiga a branda aragem Embalando alvo jasmim, Fascinada a mariposa Lá doudeja em torno à rosa, Nela poisa, mas em vão; Na seiva o gozo procura, Não a encontra... e na tortura Morre, ali duma ilusão! Constantino! A ti me curvo, A ti só me curvarei, És um astro luminoso, És do mundo o génio-rei! Quando a Europa os seus primores, Variados de mil cores, Na Bretanha apresentou, Quis a França disputar-nos Alta glória; – quis roubar-nos O teu nome que assombrou... Mas tu d’altivo bradaste: «Sou filho de Portugal! Embora eu viva na França, É minha terra natal». Oh! bem haja o homem nobre, Que ama ainda a pátria pobre Rica outrora tanta vez... Bem haja o filho valente Nesta acção de português! MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 118 TOMO VII CONSTANTINO Constantino! Vinga a pátria Que foi grande entre as nações; Enobrece-a enobrecendo Mais e mais os teus brasões: Génio raro! Ergue-te ovante! O teu futuro é brilhante; Será teu nome imortal! Viverás na lusa história, Qual lá vive inda a memória Do nome de Portugal! Porto, 25 de Novembro de 1851 ANTÓNIO PINHEIRO CALDAS —————— Portugal! Portugal que de grandezas não procria o teu âmbito apertado! Que musa excede as musas portuguesas? Qual deu pelo orbe mais faustoso brado? Aos teus heróis de máximas empresas tinha-os de palmas teu Camões coroado; às belas tuas e às do mundo, agora cinge teu Constantino os dons de Flora. Antes de Constantino só Favónio Cibele e Febo produziram flores, Constantino as produz não menos belas e de mais viço e de mais vida que elas (154). Sobre este nosso conterrâneo ilustre imprimiu-se em Paris um grosso volume intitulado Mémoires Historiques, Généalogiques et Chronologiques, concernant les ascendances de Constantino José Marques Monteiro Lopes Banha de Melo Sequeira Sampaio Coutinho Freire Manuel Borges da Costa de Araújo Pereira Bacelar Teixeira Pinto de Magalhães e Lacerda . Paris, 1854. Parece que usava de todos estes nomes, e em harmonia com eles mandou compor um brasão de armas. Na Ilustração Trasmontana, 1908, (154) De um poema laudatório A Constantino, Rei dos Floristas, por António Feliciano de Castilho, Paris, 1866, folheto. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA CONSTANTINO 119 TOMO VII pág. 161, vem um longo artigo, acompanhado de fotogravuras, referente a Constantino, e outro na Ilustração Portuguesa , n.° 183, relativo a 23 de Agosto de 1909, também acompanhado de muitas fotogravuras alusivas ao Rei dos Floristas e passagens da sua vida. O jardim público do novo bairro da Estefânia, em Lisboa, tem o nome de «Jardim de Constantino», em memória deste célebre trasmontano. A propósito deste ilustre trasmontano, diz ironicamente o visconde de Santarém: «Para me consolar da ausencia delle [refere-se a um amigo], inventou o celebre Constantino um jantar para Domingo, mas o estado da minha saude por uma parte, e a inferioridade da minha posição e qualidade, á que elle se dá agora, tendo-se declarado descendente dos Imperadores Romanos, não me permittio acceitar o seu convite. Já não é Constantino de Marialva, isso era do rocócó, agora nos convites saio-se com os appellidos de Sam Payo, e Mello, e diz em alto e bom som a quem mo contou que a sua família é mais antiga do que a de todas as Casas Reinantes, pois descende dos Imperadores Romanos, cuido que de Heliogabalo, que foi o mais docil de todos. Se elle tal disse não sei como o Porteiro da Casa dos Orates o deixou andar por fóra!» (155). Em 1853, António Bernardo de Morais Leal, como procurador de Constantino José Marques de Marialva e Melo Pinto Sequeira de Lacerda, residente em Paris, requereu ao vigário-geral de Pinhel que lhe mandasse passar certidão de idade de sua mãe D. Vicência Vitorina de Melo Banha, filha de José Bernardo de Melo Banha e Sequeira e de D. Ana Luísa Joaquina de Araújo Teixeira Bacelar e Lacerda, natural de Moncorvo e baptizada na Póvoa do Concelho, termo de Pinhel, a 7 de Setembro de 1773; neta paterna do comendador Francisco Banha Sequeira Coutinho, fidalgo da casa real, e de D. Josefa Antónia de Melo Freire e Sampaio, da Póvoa do Concelho, e materna de Narciso Borges de Araújo Bacelar, cavaleiro professo na ordem de Cristo, de Refóios de Cima, e de D. Antónia Josefa Teixeira de Magalhães e Lacerda, de Moncorvo. A certidão de idade, que diz ser extraída do fólio 186 de um livro do arquivo paroquial de Moncorvo por despacho do vigário-geral da comarca, diz: «Constantino, filho de José Joaquim Marques Moutinho Lopes, natural da villa de Moncorvo [outros documentos dizem nascido em Lodões, concelho de Vila Flor], e D. Vicencia Victorina Banha de Mello Sequeira Sampaio Coutinho Freire Manoel Borges da Costa de Araujo Pereira Bacellar Teixeira Pinto de Magalhães, natural da Povoa do Concelho, comarca de Trancoso; neto pela parte paterna de José Luiz Marcos, da freguezia de For(155) Correspondência do Segundo Visconde de Santarém, 1919, VII vol., p. 469. Carta datada de Paris a 29 de Outubro de 1853 do visconde de Santarém para António de Lencastre. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 120 TOMO VII CONSTANTINO | CONTINS nos, monteiro-mór da villa da Torre de Moncorvo, e de D. Ignacia Maria Moutinho Lopes, da freguezia de Lodoens, concelho de Villa Flor; e pela parte materna, neto de José Bernardo de Melo Sequeira Sampaio Banha Coutinho Freire Manoel, fidalgo cavaleiro da Caza Real, natural da Povoa do Concelho, e de D. Ana Luiza Antonia Izabel Joana de Araujo Borges da Costa Pereira Bacelar Teixeira Pinto de Magalhães e Lacerda, natural de Moncorvo, nasceu na mesma villa de Moncorvo aos dezoito dias do mez de Agosto, do ano de 1802: e foi baptizado em Alfandega da Fé aos 28 dias do mesmo mes, pelo Rd.° Padre Francisco José Villares Ribeiro, e foi seu padrinho Manoel Antonio Aleixo, capitão mór de Murça». Tanto o requerimento como a certidão são cópia de documentos autênticos pertencentes à Ex.ma Sr.a Doutora D. Regina Quintanilha, a quem agradecemos a fineza destas informações, e respeitam a uma habilitação de génere, espécie de investigação de paternidade, feita pelo Rei dos Floristas pelos anos de 1853, quando os mesmos eram já falecidos. À mesma colecção de documentos pertence uma árvore genealógica que alcança até aos quartos avós, tanto maternos como paternos, de Constantino, organizada em face de certidões extraídas dos livros do registo paroquial de Moncorvo e das mais terras respectivas. É possível que todos estes documentos representem a verdade; mas, organizados meio século depois do facto do nascimento de Constantino, sobre o depoimento de testemunhas que não podiam certificar positivamente mas apenas pela tradição, na qual certamente influiria a evidente megalomania do Rei dos Floristas, o seu prestígio e o desejo de o lisonjear, carecem da solidez incontestada que deve haver nestas coisas. No Museu Regional de Bragança há, por oferta do doutor Raul Manuel Teixeira, alma artística do mesmo, um amor perfeito de Constantino, que, apesar dos anos, bem inculca o brilhante talento artístico do autor (156). CONTINS – Em 1620 representaram a el-rei os moradores de Contins, termo da vila de Mirandela, dizendo que a sua igreja matriz estava arruinada e prestes a cair e, como eram pobres e não tinham recursos, pediam para cultivar o prado da Coutada, sito no limite de Contins, indo para a Senhora do Viso, a fim de, com o seu produto, procederem às obras de reparação na dita igreja. El-rei permitiu-lhe o usufruto do prado mencionado durante seis anos (157). (156) A Ilustração Trasmontana, Porto, 1908, p. 167, publicou o seu retrato acompanhado de interessantes notas biográficas e de uma carta autógrafa de Constantino. (157) VITERBO, Sousa – Dicionário dos Arquitectos…, tomo III, p. 457. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA CORDEIRO 121 TOMO VII CORDEIRO (António Francisco de Meneses) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra, onde concluiu o curso em Junho de 1904. Nasceu em Vale Pereiro, concelho de Alfândega da Fé, a 20 de Fevereiro de 1876; filho de Manuel Francisco Cordeiro e de D. Maria da Conceição Reimão de Meneses. Ver tomo VI, pág. 412, destas Memórias. O doutor Cordeiro, devotado regionalista, um dos promotores desta publicação, tem-se afastado um pouco das letras e do foro, onde era figura de relevo, e vive entregue ao granjeio da sua enorme casa agrícola, introduzindo nesta especialidade os modernos processos científicos, com grande proveito educativo do povo bragançano, muito precisado de tais exemplos, e da economia nacional, não menos necessitada destas iniciativas, sendo, portanto, um autêntico benemérito. CORDEIRO (Domingos José Afonso) – Doutor em medicina pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Natural de Meirinhos, concelho de Mogadouro, onde nasceu a 20 de Setembro de 1856; filho de Francisco Xavier Afonso e de D. Maria Angélica Cordeiro. Fez o curso liceal em Braga. Foi subdelegado de saúde, médico do Hospital de Santa Violante em Matosinhos e presidente da câmara deste concelho, onde faleceu a 4 de Janeiro de 1926. Foi também deputado e senador e grande propagandista republicano durante a monarquia, tendo sido o chefe desse partido em Matosinhos. Escreveu: O sonambolismo provocado – Dissertação inaugural apresentada e defendida na Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Porto, Tip. Ocidental, 1882. 8.° de XXX-114 págs. Colaborou em diferentes jornais, dos quais citaremos: Comércio do Porto, O Debate, de Matosinhos, Primeiro de Janeiro, A Águia e Monitor. Afonso Cordeiro foi um acérrimo propagandista das grandes obras do porto de Leixões (transformação em porto comercial). A essas obras referiu-se, em 3 de Outubro de 1915, num «Aforismo» publicado em O Comércio do Porto, intitulado «A agonia de Leça», o sr. Agostinho de Campos (que assinava com o pseudónimo de Diógenes): «Agora está sendo assassinada pelos industriaes e negociantes portuenses, emprehendedores e activos, que juraram transformar em docas e caes, em armazens e em vias ferreas – os rios, estuarios, braços de mar, areaes e praias, estradas e ruellas, da linda povoação... Leça, a Morta – Appetece chamar-lhe assim, quando se pensa que a querem transformar n’uma especie de Antuerpia ou de Hamburgo... Á linda borboleta de poesia e sonho vae suceder em breve o empório do commercio e do transito – a pesada lagarta util e prática». Sobre as obras do porto de Leixões escreveu Afonso Cordeiro longos e numerosos artigos nas gazetas, aos quais aludiu pitorescamente numa MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 122 TOMO VII CORDEIRO «Carta a Diógenes» (158) em resposta ao artigo de Agostinho de Campos, acima citado, o meu falecido professor e amigo sr. Joaquim Aroso (159), filho ilustre de Matosinhos. Recordo alguns passos da aludida carta, que ficou inédita: «Leça não agonisa, transforma-se. Vai desaparecendo a Leça idilica, a Leça arcadica dos inglezes e dos poetas, mas surge uma nova Leça com fabricas e pescarias e grandes docas em perspectiva, que um nosso amigo (160) quer com capacidade para transatlânticos de trinta mil toneladas e vias férreas que a liguem ràpida e directamente com Calcutá e Pekim... Estranho destino o desta terra: dever o seu impulso progressivo menos aos seus próprios filhos do que aos adoptivos. É a um dêstes últimos que eu devo a fé inquebrantável que hoje tenho na conclusão do pôrto de Leixões e na subsequente grandeza de Leça. As circunstâncias em que essa fé me foi inculcada tornaram-na indelével. Foi ha cinco anos, numa tarde de inverno. Eram quatro horas. A criada acabava de me dizer que a sopa estava na mesa, quando ouvi bater à porta. Era o moço da farmácia visinha que me vinha chamar do mando de X, grande sonhador perante o Eterno (161). Objectei timidamente que ia jantar. O rapaz retirou-se, mas voltou pouco depois com nova mensagem: – Que era coisa de cinco minutos. Resignei-me, e, sem mudar de calçado, atravessei a rua e entrei na farmácia. Começavam a cair as primeiras gotas e o cariz do ceu ameaçava um tremendo aguaceiro. X esperava-me com um maço de linguados na mão. Ao vê-los tive o pressentimento dum cataclismo inevitável. – Sente-se aí, ordenou êle imperiosamente, e ouça. Ia-me ler a história do pôrto de Leixões...... E começou a leitura, ao som duma formidável bátega de água, que a breve trecho convertia a estreita rua num ribeiro impetuoso e principiava a inundar a farmácia. Ao fim de uma hora de leitura, quando o erudito discurso atingia as alturas do jurássico,…… a nossa posição, sentados nas cadeiras, era insustentável: a farmácia já tinha um palmo de água. X poz-se em pé sôbre a cadeira e, impavidum ferient ruinae, continuou a leitura. E eu imitei-o. Ás oito horas da noite tinha chegado ao fim do plioceno – época crítica para o antropoide... Não vinha longe a história do pôrto de Leixões, quando o far(158) A carta não chegou a ser publicada. Encontrei-a entre os numerosos manuscritos deixados por Joaquim Aroso – diz-nos o nosso informador doutor Hernâni Monteiro, lente da Faculdade de Medicina do Porto, a quem agradecemos a sábia gentileza com que nos atendeu. (159) Vid. Hernâni Monteiro – Joaquim Aroso (Brotéria, Fevereiro 1927). (160) Joaquim Aroso refere-se ao doutor Cordeiro, de quem era amigo. (161) Referência ao doutor Afonso Cordeiro. A cena descrita por Joaquim Aroso, com marcados traços caricaturais é verdadeira. Várias vezes lha ouvi contar – diz-nos mais na sua informação o doutor Hernâni Monteiro. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA CORDEIRO 123 TOMO VII macêutico insinuou que eram dez horas da noite, hora de fechar a farmácia. X então dobrou os linguados restantes e pediu mais uns minutos para resumir o resto. E no menor número de palavras possivel traçou diante dos meus olhos deslumbrados o quadro grandioso da futura transformação de Leça, graças à conclusão do pôrto de Leixões. Quando terminou, era perto da meia-noite. O farmacêutico fechou as portas. Separamo-nos. E ao entrar em casa, com a barriga a dar horas, eu dizia comigo mesmo, profundamente convicto: – Leça é grande e X é o seu profeta!». Os artigos que o doutor Cordeiro escreveu sobre o porto de Leixões e publicados em Janeiro, Fevereiro e Março de 1910, no jornal de Matosinhos o Debate, foram coligidos em volume, com uma carta-prefácio do conselheiro Adolfo Loureiro, engenheiro e autor do projecto para a construção do porto comercial. O opúsculo, de 68 páginas (Porto, Tip. Peninsular de Monteiro & Gonçalves, rua dos Mercadores, 171), foi editado pela Associação Comercial e Industrial de Matosinhos, de que era presidente da direcção José da Fonseca Menéres e intitula-se O porto de Leixões e sua rede ferroviária. Nele se inclui, em folha avulsa, uma gravura representando o «Projecto de melhoramento do porto de abrigo e da construcção de um porto commercial pelo conselheiro Adolpho Loureiro». Na referida carta-prefácio lê-se: «...... Por esta forma viria o Porto a tornar-se em pouco tempo um verdadeiro emporio commercial. Urgia, portanto, não demorar a realisação d’esse grande melhoramento, que muito desenvolveria a riqueza publica e transformaria completamente essa predestinada localidade de Leça e Mattosinhos, fazendo expandir até ali a cidade do Porto, creando novas industrias, desenvolvendo extraordinariamente outras e tornando-se um centro de grandissima vida e actividade commercial e industrial». E mais adiante: «É da construcção do novo porto de Leixões, com todos os accessorios e a rêde de vias-ferreas que deve dar-lhe serviço, que muito superiormente tratou nos seus artigos o snr. Dr. Afonso Cordeiro». O retrato do doutor Cordeiro está em lugar de honra na secretaria do Hospital de Matosinhos, do qual foi grande benemérito. O Comércio de Leixões de 10 de Janeiro de 1926 é consagrado ao prestante cidadão, inserindo o seu retrato, e no número do mesmo jornal relativo ao dia 17 do referido mês vêm reproduzidos os discursos pronunciados por diferentes amigos à beira da sua sepultura. O doutor Afonso Cordeiro foi um grande trasmontano, que muito honrou a nossa terra, a quem segundo refere O Primeiro de Janeiro de 11 de Setembro de 1928, vai ser levantado, por subscrição pública, um monumento. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 124 TOMO VII CORDEIRO CORDEIRO (Luciano) – ou Luciano Baptista Cordeiro de Sousa, ou ainda Luciano Cordeiro de Sousa. Natural de Mirandela, onde nasceu a 21 de Junho de 1844 (162) e faleceu às primeiras horas do dia 24 de Dezembro de 1900 em Lisboa, sendo sepultado no dia 26; filho de Luciano José Cordeiro de Sousa e de D. Leopoldina Cândida Álvares Ferreira Cordeiro de Sousa. «Todo o jornalismo portuguez lhe dedicou extensas noticias; em muitas das mais notaveis publicações scientificas do estrangeiro appareceram artigos a seu respeito». Era secretário perpétuo da Sociedade de Geografia de Lisboa, da qual foi o fundador em 1875. Nesta, em sessão especial, fez o seu elogio histórico o notável professor Consiglieri Pedroso a 4 de Fevereiro de 1901, e noutra sessão votou-se a proposta, para que o seu busto fosse colocado no átrio do edifício da Sociedade, o que teve lugar a 24 de Dezembro de 1901. Esse busto, obra-prima de Moreira Rato, tem a seguinte legenda: «A Luciano Cordeiro, a Sociedade de Geografia de Lisboa». À beira da sua sepultura orou Francisco Joaquim Ferreira do Amaral, presidente da mesma sociedade, a qual tanto concorreu para afirmar os direitos de prioridade de Portugal a alguns territórios de além-mar contestados por outras nações. Era chefe de repartição da Direcção-Geral de Instrução Pública. Concorreu poderosamente para a celebração do tricentenário de Camões, avigorando assim o sentimento patriótico nacional, e para a do centenário da descoberta da Índia. Foi deputado na legislatura de 1882 a 1884 pelo Mogadouro e era conselheiro de Estado. Cordeiro fez os seus estudos em Lisboa e no Funchal. Entrou na marinha como aspirante em 1862, mas pouco depois deixou a vida naval, indo de 1865 a 1867 frequentar o Curso Superior de Letras. Regeu a cadeira de filosofia e literatura no Colégio Militar desde 1871 a 1873 ou 1874. Concorreu em 1872 à cadeira de literatura moderna do Curso Superior de Letras, sendo aprovado em mérito absoluto. Por decreto de Dezembro de 1882, precedendo concurso de provas públicas, foi nomeado primeiro oficial do Ministério do Reino. Como deputado sustentou na câmara vigorosamente a defesa dos direitos de Portugal em África, escrevendo diversos folhetos, no intuito de mostrar às potências estrangeiras a justiça das nossas pretensões, que igualmente sustentou em 1884 na conferência de Berlim, onde foi comissionado pelo governo português. Em 10 de Novembro de 1875 foi nomeado vogal e secretário da comissão (162) O Dicionário Bibliográfico, tomo XIII, diz que nasceu a 21 de Julho e a mesma data aponta o Portugal: Dicionário histórico, artigo «Sousa (Luciano Baptista Cordeiro de)», onde se publica o seu retrato. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA CORDEIRO 125 TOMO VII encarregada de estudar e projectar a reforma do ensino artístico, conservação de monumentos históricos e formação dos museus nacionais do reino; em 1876, da comissão central de geografia, de que foi nomeado vice-secretário por uma portaria do mesmo ano; em 1878, foi eleito procurador à junta geral do distrito de Lisboa pela respectiva câmara municipal, sendo em seguida eleito membro da mesma junta; nesse mesmo ano foi nomeado delegado português ao congresso internacional de geografia comercial de Paris; em 1881, foi nomeado também delegado português ao congresso internacional de ciências geográficas de Veneza; em 1882 para a comissão encarregada de premiar e dirigir a festividade cívica do centenário do marquês de Pombal; em 1881, delegado-técnico de Portugal na conferência internacional africana de Berlim. Nomeado chefe interino da repartição da administração política por portaria de 30 de Outubro de 1883; chefe interino da repartição da administração civil em 1883; chefe interino da repartição de polícia e segurança pública em 1884; chefe interino da repartição superior em 29 de Agosto de 1883 a 1885; chefe da 1.ª secção de estatística do Ministério do Reino em Dezembro de 1883. Era oficial da ordem de S. Tiago, de instrução pública de França e comendador da Legião de Honra. Era membro benemérito da Associação Central Emancipadora do Rio de Janeiro, do Clube dos Libertos contra a escravidão, membro do Instituto de Coimbra, Sociedade de Geografia de Dresden, Sociedade Antropológica Espanhola, Sociedade de Infância, Sociedade de Geografia Comercial de Paris, Real Sociedade Belga de Geografia, Sociedade Geográfica de Madrid, Associação dos Jornalistas e Escritores Portugueses, membro efectivo da Real Associação dos Arquitectos e Arqueólogos Portugueses, membro honorário do Instituto Real e Grão-ducal de Luxemburgo, Associação dos Guarda-Livros do Rio de Janeiro, Sociedade Húngara de Geografia, Sociedade de Geografia Romaica, Liceu Português do Rio de Janeiro, Instituto Arqueológico e Geográfico de Pernambuco, da Academia de Belas-Artes de Sevilha, da Associação dos Bombeiros Voluntários de Lisboa, da Academia Monte Real de Toulouse, etc. Escreveu: Livro de crítica: Arte e Literatura Portuguesa de Hoje. Porto, 1868-1869. 1 vol. com o retrato do autor, 8.° de 319 págs. Segundo livro de crítica: Arte e Literatura Portuguesa de Hoje («Livros, Quadros e Palcos»). Porto, 1871. 1 vol. 8.° XIII-342 págs. Da Literatura como Revelação Social – Tese apresentada no concurso para a 8.ª cadeira (literatura moderna da Europa e especialmente portuguesa). 1 folheto, 8.° de 24 págs. O concurso no Curso Superior de Letras – Curiosidades: A questão juríMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 126 TOMO VII CORDEIRO dica das admissões. 1 folh., 8.° de 8 págs. Lisboa? Sem frontispício, sem data, nem nome do autor. Publicado em 1872, por ocasião do concurso à cadeira do Curso Superior de Letras. Estros e palcos. Lisboa, 1874. 1 vol., 8.° pequeno de 190 págs. Viagens – Espanha e França. Lisboa, 1874. 1 vol., 8.° de 240 págs. Viagens – França, Baviera, Áustria e Itália. Lisboa, 1875. 1 vol., 8.° de 264 págs. Tesouros de Arte – Relances de um viajante. Lisboa, 1875. 1 vol., 8.° de 80 págs. Biblioteca Contemporânea: D. João Valera – Pepita Jimenez. Tradução. Lisboa, 1875. 1 vol. (ilustrado), 8.° de 315 págs. Conferências Científicas Literárias – Da Arte Nacional. Lisboa, 1876. 1 folh., 8.° de 20 págs. Ideias e concursos – Palestras críticas: O monumento da independência – O monumento do Duque da Terceira – Bustos Brasileiros. Lisboa, 1876. 1 folh., 8.° de 45 págs. Relatório dirigido ao Il.mo e Ex.mo Sr. ministro e secretário de estado dos Negócios do Reino – Pela comissão nomeada por decreto de 10 de Novembro de 1875 para propor a reforma do ensino artístico e a organização do serviço dos museus, monumentos históricos e arqueológicos. Lisboa, 1876. I parte, XLI-46 págs.; II parte, 77 págs. Comissão Central de Homenagem a Fontes Pereira de Melo – «O concurso dos projectos para o monumento, parecer da subcomissão nomeada pela comissão executiva». Relator, Luciano Cordeiro. Lisboa, 1888. 1 folh., 8.° de 34 págs. Soror Mariana – A freira portuguesa. Lisboa, 1888. 1. vol. de 335 págs. Fez-se segunda edição do mesmo em 1891, em 8.° de 349 págs. com o retrato do autor. Serões Manuelinos – A Senhora Duquesa. Lisboa, 1889. 1 vol., 8.° de XIV-345 págs. Serões Manuelinos – II – A segunda Duquesa. Lisboa, 1892. 1 vol. de 262 págs. Vésperas do Centenário – «O tesouro do Rei Fernando», «História anedótica de um tratado inédito» (1369-1398). Lisboa, 1895. 1 vol., 8.° grande de 72 págs. Vésperas do Centenário – As obras dos Jerónimos. Parecer apresentado à Comissão dos Monumentos Nacionais em sessão de 7 de Novembro de 1895, pelo seu vice-presidente Luciano Cordeiro. Lisboa, 1895. 1 folh. de 27 págs. Folhetim da voz académica – Delenda Thibur. Primeira aos homens da cigarra e do ermo. Lisboa. Sem data nem nome do autor. 8.° de 8 págs. Muito raro. Pertence à bibliografia da «Questão coimbrã». MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA CORDEIRO 127 TOMO VII QUESTÕES COLONIAIS, ECONÓMICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS Sim. «Resposta aos que nos perguntam se queremos continuar a ser portugueses». Opúsculo anti-ibérico. Lisboa, 1865. 1 folh., 8.° de 78 págs. A ciência dos pequeninos – A carteira de um pai. Lisboa. 1 vol., 8.° de 10195-IV págs. (163) O Real Colégio Militar – Apontamentos para a história deste instituto. Plano de estudos. Lisboa, Imp. Nacional, 1873. Folheto. 8.° de 53 págs. A ordem do dia (Aos parlamentares futuros). Lisboa, 1868. 1 vol., 8.° grande de 108 págs. Ciência e Consciência – Discurso pronunciado na sessão solene da entrega das cartas do curso geral do Real Colégio Militar, na sala dos actos solenes do mesmo colégio, em Mafra, no dia 13 de Julho de 1871. Porto, 1871. 1 folh. de 16 págs. À hora da féria – Discurso pronunciado na sessão solene da entrega das cartas gerais aos alunos do 6.° ano do Real Colégio Militar, em 15 de Julho de 1872. Lisboa, 1872. 1 folh., 8.° de 10 págs. O casamento dos padres – «A propósito da carta do padre Jacinto Loyson». Lisboa, 1872. 1 folh. de 19 págs. Da Revolução – Conferência feita na Federação Académica. Lisboa, 1873. 1 folh., 8.º de 16 págs. Dos Bancos portugueses – «A questão do privilégio do Banco de Portugal». Lisboa, 1873. 1 vol., 8.° de 269 págs. Os Bancos e os seus Directores. Lisboa, 1877. 1 folheto de 49 págs. A crise e os Bancos – I: «A crise em Maio». Lisboa, 1877. 1 vol., 8.° de 105 págs. A questão dos talhos. Lisboa, 1877. 1 vol., 8.° peq. de 60 págs. Primeira Exposição Portuguesa no Rio de Janeiro em 1879 – Discurso inaugural por Luciano Cordeiro, director-geral da mesma exposição. Rio de Janeiro, 1879. 1 folh. de 11 págs. Ministério da Marinha e Ultramar – «Primeiro relatório apresentado à Comissão de Missões do Ultramar, sobre os documentos enviados pela Direcção-Geral do Ultramar, de 9 a 18 de Outubro de 1880». Lisboa, 1880. 1 folh. de 36 págs. – «Segundo relatório apresentado à Comissão de Missões do Ultramar, sobre os documentos enviados pela Direcção-Geral do Ultramar e pelo vice-presidente da Comissão, de 19 a 26 de Outubro de 1880». Lisboa, 1880. 1 folh. 8.° de 29 págs. (163) Este livro foi premiado com uma medalha no congresso da Sociedade Protectora da Infância de França (Marselha). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 128 TOMO VII CORDEIRO Ministério dos Negócios do Reino – «Emigração, relatório e projecto de regulamento». Lisboa, 1888. 1 vol., 8.° grande de 107 págs. Marinha e Colónias – «Estudo sobre a sua administração e reforma». Lisboa, 1888. 1 vol., 8.° gr. de 160 págs. Instruções contra a peste no século XV – Reedição de um opúsculo raríssimo da Biblioteca de Évora. Lisboa, 1899. 1 folheto de 10 págs. O centenário de Camões. Lisboa. 1 folh. de 22 págs. Descobertas e Descobridores – De como e quando foi feito conde Vasco da Gama. «Memória apresentada à 10.ª sessão do Congresso Internacional dos Orientalistas». Lisboa, 1892. 1 folh., 8.° grande de 53 págs. Portugueses fora de Portugal – Berengela e Leonor, Rainhas da Dinamarca – Com uma carta histórica de C. Brunn, director da Biblioteca de Copenhaga. Lisboa, 1893. 1 folh., de 76-1 págs. Batalhas da Companhia de Jesus na sua gloriosa província do Japão, pelo padre António Francisco Cardim, da mesma Companhia de Jesus, natural de Viana do Alentejo, inédito destinado à 10.ª sessão do Congresso Internacional dos Orientalistas. Lisboa, 1894. 1 vol., 8.° de 293 págs. Portugal fora de Portugal – «Uma sobrinha do Infante, Imperatriz da Alemanha e Rainha da Hungria» – Trabalho comemorativo do 5.° centenário do Infante D. Henrique. Lisboa, 1894. 1 vol. de 221 págs. e uma estampa. Vésperas do Centenário da Índia – Inscrições portuguesas. Lisboa, 1895. 1 folh., 8.° de 50 págs. Vésperas do Centenário – A igreja de Santa Ana e a sepultura de Camões. Lisboa, 1897. 1 folh., 8.° gr. de 28 págs. Biblioteca de Clássicos Portugueses – «Em comemoração do 4.° Centenário da Descoberta da Índia – Dois capitães da Índia» – Documentos inéditos, entre os quais diversas certidões autógrafas de Diogo do Couto. Lisboa, 1898. 1 vol. 8.° de 148 págs. Centenário da Índia – Os primeiros Gamas. Lisboa, 1898. 1 vol. de 142 págs. Cartas de História Portuguesa – A condessa Mahaut. Lisboa, 1899. 1 vol., 8.° peq. de 249 págs. Anotações Históricas – Factos e Traduções. 1 fólio de 15 págs. sem data. Pepita Jimenez. (Versão). Prefácio de Júlio César Machado. Ilustrações de Júlio Pimentel e Rafael Bordalo Pinheiro. Lisboa, 1875. 1 vol., 8.° de 315 págs. Tradução da obra do mesmo título de D. Juan Valera, diplomata espanhol. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA CORDEIRO 129 TOMO VII QUESTÕES GEOGRÁFICAS EM GERAL – QUESTÕES AFRICANAS De la part prise par les Portugais dans la découverte de l’Amérique, lettre au Congrés International des Americanistes. Lisbonne, 1875. 1 vol., 8.° gr. de 86 pág. Portugal e o movimento geográfico moderno – Relatório lido na 1.ª sessão solene anual da Sociedade de Geografia de Lisboa, Lisboa, 1877. 1 folh., 8.° de 42 págs. Notícia do Cunene – Extracto de uma comunicação feita à Sociedade de Geografia de Lisboa em sessão de 30 de Julho de 1877. Lisboa, 1878. 1 folh., 8.° de 15 págs. L’Hydrographie Africaine au XVI.e siècle, d’aprés les premières explorations portugaises – Lettre a M. le président de la Société de Geographie de Lyon. Lisbonne, 1878. 1 folh., 8.° gr. de 72 págs. Questões africanas – Representação ao Governo Português pela Sociedade de Geografia de Lisboa. Lisboa, 1880. 1 folheto, 8.° de 32 págs. Memórias do Ultramar – Viagens, explorações e conquistas dos portugueses, colecção de documentos, etc. 1574-1620. «Da Mura ao Cabo Negro, segundo Garcia Mendes Castelo Branco». Lisboa, 1881. 1 folh., 4.° de 33 págs. – 1593-1631 – «Terras e minas africanas, segundo Baltasar Rebelo de Aragão». Lisboa, 1881. 1 folh., 4.° peq. de 33 págs. – 1617-1622 – «Benguela e seu sertão», por um anónimo. Lisboa, 1881. 1 folh., 4.° de 22 págs. – 1607 – «Estabelecimentos e resgates portugueses na costa Ocidental de África», por um anónimo. 1 folh., 4.° de 24 págs. – 1620-1629 – «Produções, comércio e governo de Angola, segundo Manuel Vogado Sottomayor, António Dinis, Bento Banha Cardoso e António Bezerra Fajardo». Lisboa, 1881. 1 folh., 4.° de 26 págs. – 1516-1619 – «Escravos e minas de África, segundo diversos». Lisboa, 1881. 1 folh., 4.° de 28 págs. – «Stanley and the Slave Trade». Lisbon, 1883. 1 folh., 8.° de 9 págs. Ministério da Marinha e Ultramar – «Direitos do Padroado de Portugal em África – Memoranda». Lisboa, 1883. 1 folh., 8.° de 51 págs. Ministère de la Marine et des Colonies – «Droits de Patronage du Portugal en Afrique – Memoranda». Lisbonne, 1883. 1 folh., 8.° de 54 págs. Portugal and the Congo: a Statement prepared by the African Committee of the Lisbon Geographical Society, with maps and introduction. London, 1883. 1 vol. de 104 págs. A questão do Zaire – Direitos de Portugal. Memorandum. Lisboa, 1883. A mesma em francês. Lisbonne, 1883. 1 folh. de 79 págs. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 130 TOMO VII CORDEIRO A questão do Zaire – Portugal e a escravatura – «Carta da comissão nacional africana da Sociedade de Geografia de Lisboa a todos os institutos e sociedades em relação com esta». Lisboa, 1883. 1 folh., 8.° de 24 págs. A mesma em francês. Lisbonne, 1883. 1 folh., 8.° de 30 págs. La question du Zaire – Seum Cuique – Lettre a M. Behaghel, redacteur du journal international Le Nord , etc. Lisbonne, 1883. 1 folh., 8.° de 9 págs. Relatório da Comissão dos Negócios Externos acerca da ratificação do tratado do Zaire – Extracto do «Diário da Câmara dos Deputados». Lisboa. 1 folh., 4.° de 15 págs. A questão do Zaire – Discursos proferidos na Câmara dos Senhores Deputados nas sessões de 11, 15 e 16 de Junho de 1885, etc. Lisboa, 1885. 1 folh., 8.° de 92 págs. Silva Porto – Lisboa, 1891. 1 folh., 8.° de 34 págs. Segunda edição do mesmo, 1891. (Idem). Descobertas e descobridores – Diogo de Azambuja – Memória apresentada à 10.ª sessão do Congresso Internacional dos Orientalistas. Lisboa, 1892. 1 folh., 8.° de 85 págs. Diogo Cão – Memória apresentada à 10.ª sessão do Congresso Internacional dos Orientalistas, etc. Lisboa, 1892. 1 folh., de 79 págs. e 12 estampas. Vésperas do Centenário – «O ultimo padrão de Diogo Cão». Lisboa, 1896. 1 folh., de 14 págs. e 8 gravuras. Exploração do Cunene – Memória e proposta. Lisboa, 1877. 1 folh., 8.° de 30 págs. African Committee – From the Financial and Mercantil Gazette of Lisbon we extract the following – The Geographical Society of Lisbon and Mr. Stanley. Lisbon, 1878. 1 folh., 16.° de 12 págs. Projecto de uma Companhia Agrícola e Comercial Africana, por J. da Graça; relator, Luciano Cordeiro. 2.ª edição. Lisboa, 1879. 1 folh., 8.° de 35 págs. Colónias portuguesas em países estrangeiros – Ofício a S. Ex.ª o Ministro dos Negócios Estrangeiros e questionário inicial sobre o assunto. Lisboa, 1880. 1 folh., 8.° de 16 págs. O caminho-de-ferro de Lourenço Marques – Parecer da comissão africana e informações apresentadas pelo vogal Joaquim J. Machado; relator, Luciano Cordeiro. Lisboa, 1882. 1 folh., 8.° de 19 págs. Melhoramentos do porto de Lisboa – Subcomissão Central – Parecer apresentado à comissão especial da Sociedade. Lisboa, 1884. 1 folh., 8.° de 46 págs. Parecer – À direcção da Sociedade foi presente a proposta do nosso ex.mo MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA CORDEIRO | CORREIA 131 TOMO VII consócio – Regulamento das sessões; relator, Luciano Cordeiro. Lisboa, 1884. 1 folh., 8.° de 4 págs. Parecer sobre a proposta para a admissão de indígenas das possessões ultramarinas em vários estabelecimentos de instrução e ofícios. 1 folh., 8.° de 3 págs. Projecto do Regulamento Interno das Sessões – Lisboa. 1 folh., 8.° de 7 págs. Delegados da Sociedade – Proposta e projecto; relator, Luciano Cordeiro. Lisboa, 1889. 1 folh., 8.° de 7 págs. Congresso Nacional de Instrução Pública e Ciências – Parecer da comissão especial. Lisboa, 1888. 1 folh., 8.° de 6 págs. Representação Portuguesa no Pacífico e na África Austral – Parecer; relator, Luciano Cordeiro. Lisboa, 1889. 8.° de 9 págs. Catálogos e índices – As publicações. Lisboa, 1889. 1 vol. de 148 págs. Museu Colonial e Etnográfico da Sociedade de Geografia – «Índices iniciais para catalogação». Lisboa, 1896. 1 folh., 8.° de 47 págs. Além destas publicações, há dele uma quantidade enorme de trabalhos publicados no Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa. Foi director, com Rodrigo Afonso Pequito, da Revista Portugal e Brasil, fundada em 1872; e só ele do Comércio Português, do Porto; Jornal da Noite e Jornal do Comércio; e colaborou nos seguintes: Revolução de Setembro; País; Actualidade; Comércio de Lisboa; Diário de Notícias; Comércio do Porto; Correio Médico; Século; Ocidente; República; Diário Ilustrado; A Tarde e Voz Académica (164). CORREIA (António de Sousa) – Uma ordem do cabido de Miranda ao seu tesoureiro para que dê 1170$600 réis a António de Sousa Correia «que tanto he o importe dos seus castiçais que fez para o altar-mór» (165). A ordem de pagamento tem a data de 24 de Fevereiro de 1759. CORREIA (Francisco António) – Nasceu em 9 de Novembro de 1877 em Foz do Sabor, freguesia de Cabeça Boa, concelho de Moncorvo. É filho de Francisco Correia e de D. Maria dos Prazeres Morais de Sampaio e Melo. Tem o diploma do curso superior do comércio. É actualmente chefe de serviço das alfândegas, professor catedrático do Instituto Superior de Comércio de Lisboa e seu director, lugar este para que foi nomeado em 10 de (164) Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, 18.ª série, n° 12, correspondente a Dezembro de 1900, onde podem ver-se muitas outras notícias interessantes que lhe dizem respeito. SILVA, Inocêncio F. da – Dicionário Bibliográfico, tomo XIII, que trata muito desenvolvidamente da sua biografia. (165) Museu Regional de Bragança, maço Obras. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 132 TOMO VII CORREIA Agosto de 1917. Foi nomeado professor do Instituto em 3 de Julho de 1913. Em 1920 foi ministro dos Negócios Estrangeiros, tendo exercido uma acção deveras notável, e em 1921 foi ministro das Finanças. Em 1922 fez parte da missão que acompanhou o presidente da República na sua viagem ao Brasil. Em 1923 foi incumbido das negociações para a realização de um modus vivendi com a França. Em 1927 esteve em Genebra como delegado de Portugal à Conferência Económica Internacional, promovida pela Sociedade das Nações. Faz parte: do Conselho Superior de Ensino Industrial e Comercial, tendo sido eleito vice-presidente da secção comercial do mesmo conselho; da Comissão Executiva da Conferência da Paz; da Comissão de Estudos Luso-Hispânico-Americanos; da Conferência Luso-Espanhola; do Conselho da Ordem Civil do Mérito Industrial e Agrícola, e de muitas outras comissões de serviço público. Foi eleito em 1927 presidente da Associação Comercial de Lisboa, lugar de que não quis tomar posse. É sócio da Academia das Ciências de Lisboa e do Instituto de Coimbra. Foi agraciado com a grã-cruz da ordem militar de Cristo e com o grande-oficialato da ordem civil do Mérito Industrial e Agrícola. Tem escrito: Elementos de Direito Fiscal. Lisboa, 1913. 240 págs. Função económica de ensino comercial superior – Conferência realizada na Sociedade de Geografia em 2 de Fevereiro de 1918. Lisboa, 1918. 45 págs. Para que servem as Alfândegas. n° 27 da colecção «Os livros do Povo» da Livraria Profissional. Lisboa. 59 págs. O problema comercial – Conferência realizada na Academia das Ciências, em 13 de Março de 1920. 48 págs. L’enseignement commercial supérieur (nécessité de l’intensifiér). Rapport présenté à la Conférence Parlementaire Internationale du Commerce à Lisbonne (Mai 1921). Lisbonne, 1921. 6 págs. Política económica internacional. Lisboa, 1922. 240 págs. Aproximação económica entre Portugal e o Brasil – Conferência realizada na Associação Comercial do Rio de Janeiro em 22 de Setembro de 1922. Lisboa, 1923. 39 págs. Relações comerciais entre Portugal e a França. Relatório apresentado ao ministério dos Negócios Estrangeiros. Lisboa, 1923. 65 págs. Pautas aduaneiras. Relações entre a metrópole e as colónias entre si. Tese aprovada no 2.° Congresso Colonial Nacional, realizado em Maio de 1924 na Sociedade de Geografia de Lisboa. Lisboa, 1924. Relatório e projecto de Estatuto de Protecção às Indústrias, organizado com a colaboração do doutor António Maria Marques da Costa. Lisboa, 1924. 24 págs. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 1924. publicou os seguintes artigos: No 1. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . na Revista de Comércio (Política económica. n° 47 de Outubro de 1924. O lucro na indústria. 2. Armazéns gerais e portos francos. Esboço de um programa de diplomacia económica – Memória apresentada à Conferência Económica Internacional realizada em Genebra em Maio de 1927. A reforma tributária na Inglaterra (no n° 9). Fisco. Política internacional e os nacionalismos económicos – Conferência realizada na Universidade de Coimbra em 28 de Junho de 1925.os 1. Prefácio do livro Interesses económicos luso-brasileiro. por ocasião do Congresso Misto das Associações Espanhola e Portuguesa para o Progresso das Ciências. 1927. 9 a 20 e 22). realizada no Instituto Superior de Comércio em 26 de Outubro de 1924.CORREIA 133 TOMO VII O ensino técnico e a sua influência no nosso ressurgimento económico – Discurso proferido na sessão solene inaugural do ano lectivo de 1924-1925 das escolas técnicas de Lisboa. 253-254. e no Rapport et Actes de la Conférence Économique Internationale tenue à Genève du 4 au 23 mai 1927. de que Francisco Correia foi redactor principal e se publicou desde 5 de Agosto de 1909 a 20 de Maio de 1914.° ano: Elementos de direito aduaneiro (nos n. no Fomento. L’enseignement commercial au Portugal na Revue International pour l’enseignement commercial (número de Abril de 1928).os 1 e 2). Imposto de fabricação e consumo. volume I. Lisboa. 3. publicada na «Revista do Instituto Superior de Comércio de Lisboa». L’Afrique portugaise (Angola) no Bulletin de la Société belge d’études et d’exposicion. n° XIII). Na Revista das Alfândegas Portuguesas. no n° 9. 1925. pág. O proteccionismo na França e na Bélgica (no n° 21). no n° 29). e volume II. no n° 2.1915-1916). Internacionalização da indústria e o «dumping» (no n° 3. no Século. A evolução económica e a crise social – Conferência realizada na Sala dos Capelos da Universidade de Coimbra no dia 10 de Março de 1927. As finanças das grandes potências (no n° 11). 37 págs. 30 págs. Madrid. Sisas e alcavalas. 95. 12 págs. no Boletim da Associação dos Comercialistas.° ano: O real de água e a contribuição de rendas de casas (no n° 28). O professor Correia colaborou nos Serões (n° 45 de Março – A morte de barqueiro). Psicologia do Comerciante (nos n. no n° 5. sua etimologia (no n° 9). 1927). Influência destes impostos no atraso comercial da península – Comunicação apresentada ao Congresso Misto das Associações Espanhola e Portuguesa para o Progresso das Ciências em 1925 (publicada na «Revista do Instituto Superior de Comércio». no Despacho. 5. págs. do tenente Ribeiro Salgado (Lisboa. Zurich. No 2. no Jornal do Comércio e das Colónias. n° XVII. Genève. Os seus trabalhos científicos abriram novas possibilidades de estudo e de investigação científica.ª cadeira «Matérias-primas». O ramo de estudos económicos a que se dedicou era pouco conhecido e tratado em Portugal. Funcionários aduaneiros (nos n.° ano: Curso aduaneiro (no n° 110).° ano: O tratado com o Brasil (no n° 73). A transgressão dos regulamentos fiscais (no n° 82). 1927. Ligas metálicas (no n° 71). 12.os 89 e 90). O professor Correia é um dos mais distintos economistas portugueses da actualidade. Os seus trabalhos são notáveis pela erudição e brilho com que estão escritos. há a acrescentar os relatórios anuais do Instituto Superior de Comércio de Lisboa desde 1917 a 1927 e artigos em vários jornais do país e do estrangeiro (166). Zona livre (nos n.ª cadeira – «Contabilidade Industrial. Publicou os seguintes programas dos seus cursos no Instituto Superior de Comércio. 1924. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Além destas publicações. Direitos aduaneiros (no n° 72). feita em 22 de Março de 1928 (publicada na «Revista do Instituto Superior de Comércio». A balança do comércio e a estatística aduaneira (no n° 39). No 5. 67 e 68). n° XVIII).os 58 e 59). Resinas e seus derivados (nos n. A ciência económica e a política comercial – Comunicação à Academia das Ciências de Lisboa. A indústria madeirense dos bordados (no n° 87). Foi ele. Projecto de programa da 19.ª cadeira «Regimes Aduaneiros – Programa». Óleos minerais (no n° 70). Lisboa. Elementos de direito fiscal (no n° 63). Prémios de exportação e seus efeitos económicos (no n° 67).° ano: O descaminho de direitos e as empresas de transportes (no n° 50). 1916. Contabilidade de Estado». 1914. O imposto de consumo em Lisboa (no n° 75).os 54. Lisboa. Reforma das alfândegas (no n° 45). 13. 55 e 56). o iniciador dos estudos científicos das relações económicas internacionais. Lisboa. Classificação dos impostos (nos n.os 66. Regimes aduaneiros das colónias (idem). Programa da 5. Ano lectivo de 1927-1928». Elementos de direito Aduaneiro (nos n.134 TOMO VII CORREIA A reforma das alfândegas (no n° 36). (166) Ver Revista do Instituto Superior de Comércio de Lisboa. No 3.os 71 e 72). O proteccionismo em França (no n° 52). pode dizer-se. Lisboa. O imposto de fabricação e consumo (idem). Tratados de comércio e a cláusula de nação mais favorecida (no n° 66).ª cadeira «Política Económica Internacional – Regimes Aduaneiros – Programa. 109. Modificação das taxas pautais (no n° 68). p. 1928. Importação temporária (no n° 69). No 4. O nosso regime pautal (no n° 64). CORREIA 135 TOMO VII CORREIA (Maximino José de Morais) – Doutor em medicina pela Universidade de Coimbra e lente da mesma. ser o estudante mais distinto e classificado dos seus contemporâneos na faculdade com prémios de 18. notável o que aproveitou para a sua tese de doutoramento. Doutorou-se em 1919. ser um prelector primoroso. constante no artigo 38. sagacidade e habilidade maximas. que conta trinta e três preparações anatómicas sôbre as origens e terminação do canal torácico no homem.ª série. filho de António Augusto Correia e de D. II. (167) Diário do Governo de 10 de Março de 1922. Sob o título Le canal thoracique chez l’homme foi publicado um resumo da tese anterior nas Folia Anatomica Universitatis Conimbrigensis. ser um dos mais laureados estudantes do liceu com 18 e 19 valores. que conseguiu injectar ao mesmo tempo que os vasos aferentes e eferentes. Ernestina de Morais Correia. foi chamado pelo professor doutor Basílio Freire para segundo assistente provisório dessa cadeira. Nasceu em Vila Flor a 14 de Maio de 1893. único candidato ao concurso de primeiro assistente de anatomia e histologia. Fez os estudos liceais em Coimbra. logo que fez exame de anatomia. Escreveu: Abcesso biloculado do hemisfério cerebral esquerdo. Este trabalho mereceu ser publicado em uma grande revista estrangeira da especialidade. Eis o que a seu respeito diz o Diário do Governo: «Foi dispensado das provas públicas o doutor Maximino José de Morais Correia.° ano. Foi apresentado como tese de doutoramento. vol. I. o que nunca se conseguira em várias tentativas de sucessivos anos. 19 e 20 valores. «É um trabalho original que revela as melhores qualidades de consciencioso investigador científico». n° 1. 230 págs. sendo. Esta nomeação foi de harmonia com a proposta da Faculdade de Medicina em atenção a ser o único concorrente. 2. ter o tirocínio de oito anos de assistência na cadeira de anatomia em que se tornou notável.° do decreto de 12 de Julho de 1918. muito lúcido e sugestivo. Neste trabalho. 1914. prémio Lima Duque no 6. que modificam notávelmente as ideias clássicas sôbre o assunto”. passando em 1919 a segundo assistente definitivo e a primeiro em 1922. à custa de paciência. n° 56. entre todos. Saiu nos «Arquivos do Instituto de Anatomia Patológica da Universidade de Coimbra». da Faculdade de Coimbra. vol. sendo que já desde 1913. ter executado muitos trabalhos de dissecação bastante originaes. O canal torácico do homem. em várias conferências que tem realizado» (167). realisou êle. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . demonstrando pontos de vista novos. ter “executado muitos originais de investigação scientifica. segundo a lei de então. ° de 46 págs. Sobre os nervos da órbita e o gânglio ciliar. Elmo de prata aberto guarnecido de ouro. de Lisboa. Estudos da inversão visceral total. que é a oliveira das armas. e de D. Saiu no Instituto de Coimbra. as dos Costas. Esboço da história da anatomia em Coimbra. teve carta de brasão de armas de nobreza e fidalguia a 30 de Dezembro de 1771. vol. 2. vol. tomo LXXXVIII. Sobre localizações cerebrais. É um opúsculo de perto de 50 páginas que reproduz a conferência pelo autor realizada na Associação dos Médicos do Centro de Portugal em 25 de Junho de 1920. concelho de Bragança. termo de Bragança. Maria Pires. Separata do Jornal das Ciências Médicas. de Coimbra. do Instituto de Anatomia de Lisboa.ª. e por diferença uma brica com um A de prata (169). Doutor Joaquim Martins Teixeira de Carvalho (In memoriam).ª série. Paquife dos metais e cores das armas. 1924. Un cas de agénésie partielle du grand pectoral et totale du petit pectoral. Maria da Costa. págs. Timbre o dos Oliveiras. encontra-se em Coimbra em poder do ex. lente da Faculdade de Matemática. de Soutelo da Pena Mourisca. na 2. Sobre o sinal de Virchow-Troisier. Saiu no Arquivo de Anatomia e Antropologia. Escudo partido em pala: na 1. natural de Meilhe. filho de André Dias de Oliveira. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Duas notas publicadas nas Folia Anatomica Universitatis Conimbrigensis. natural de Meilhe. n° 189. Teresa de Morais. Saiu nos «Arquivos do Instituto de Anatomia Patologia e do de Patologia Geral». 1925.° o escudo igualmente iluminado. (169) Esta carta de nobreza em quatro fólios de pergaminho. as armas dos Oliveiras. 122-130. tenente-coronel do regimento de infantaria de Chaves. tendo o primeiro tarja e letra capital iluminado. vol. de quem falamos no respectivo artigo. COSTA (André Dias de Oliveira da) – Cavaleiro professo na ordem de Cristo. ambos de Bragança. e o 3. vol. I. capitão de infantaria de um regimento de Bragança. Coimbra (sem data de impressão).ª. Sur un cas de hypertrophie des mamelles chez l’homme. e de D. conde da Costa Lobo (doutor Francisco Miranda da Costa Lobo). (168) Diário do Governo de 25 de Agosto de 1927. natural desta cidade. e materno de Domingos da Costa e de D. ainda aparentado com a família do agraciado. 8. 1925.mo sr. de Lisboa. Uma invaginação intestinal. XIII. neto paterno de Francisco Dias de Oliveira. Topografia dos núcleos opto-estriados e dos ventrículos cerebrais (168). Dois pequenos trabalhos que saíram no «Arquivo de Anatomia e Antropologia». IX. VII.136 TOMO VII CORREIA | COSTA Sobre a medicina dos Lusíadas. de Bragança. dando-lha por isso imperecedoura a ele. no que despendeu 4147$000 réis. e todos os anos dava 30$000 réis para a compra de livros. engano evidente. e de D. que estava quebrado. O Nordeste de 20 de Março de 1908 traz uma lista dos nossos governadores civis e. O sino estava concluído em Maio do mesmo ano. de (170) Museu Regional de Bragança. pelo seu inteligente trabalho. e com a avenida junta. neto paterno de Francisco de Lemos Costa. Estabeleceu mesadas fixas a diversos pobres da terra.COSTA 137 TOMO VII COSTA (António Maria da) – Natural de Chacim. como talvez não haja igual nas aulas do distrito. O retrato deste benemérito encontra-se na sala da aula. diz que tomou posse a 30 de Março de 1869. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que muito concorre para aformosear a povoação. filho de Francisco da Costa. COSTA (Augusto Correia Godinho Ferreira da) – Governador civil do distrito de Bragança por decreto de 17 de Junho de 1869. construído pelo sistema Bermudes. Chacim. relativamente a este. filhos do capitão-mor António Bernardo de Lemos Costa e de D. Na fachada. pela quantia de 215$000 réis. COSTA (Domingos Teixeira de Lemos) – e seus irmãos António de Lemos. Bernarda Teixeira. Em 1899 dotou a sua terra natal. concelho de Macedo de Cavaleiros. Deve ter nascido pelos anos de 1840 a 1844. granjeou avultada fortuna. É um belo edifício bem situado. em placa de mármore. reino de Espanha. maço Obras. que louvavelmente despendeu em melhoramentos dignos de memória. naturais de Santander. a letras douradas. Dotou esta com rica mobília. fundidores de sinos. com uma escola primária para os dois sexos. dos Cortiços. onde. mas não encontrámos o seu assento nos livros de registo. como pode ver-se no Diário do Governo de 28 de Junho de 1869 e no «Livro dos Autos de Posse» existente no governo civil de Bragança. lê-se a inscrição: «Escolas António Maria da Costa». Ana Luísa de Morais. Despendeu em obras na igreja matriz 1700$000 réis e 500$000 réis em calcetamentos de ruas na povoação. por incumbência do cabido da Sé de Bragança obrigaram-se a 26 de Janeiro de 1894 a fundir o sino do relógio da mesma Sé. Francisco de Lemos e José de Lemos. podendo ao mesmo tempo ressaltar a elegância do edifício. «dando-lhe a mesma forma e espessura na camisa e pezo do velho» (170). Foi desde os doze anos de idade para o Brasil. papel e outros aprestes dos meninos e meninas pobres que frequentavam a escola. COSTA (Bibiano e Carlos) – Solteiros. em véu de cálix. natural de Bragança. Salmanticae. COSTA (Manuel de Novais da) – Escreveu: Tese impressa em três planas. COSTA (Francisco de Lemos da) – Tenente de infantaria n° 24.138 TOMO VII COSTA Vinhas. de Rebordãos. COSTA (Francisco Xavier da) – Doutor formado em cânones. Este véu de cálix. artigo «Miragaia». Cum facult. numa plana. concelho de Macedo de Cavaleiros. COSTA (Gaspar Gonçalves da) – Natural de Grijó de Vale Benfeito. freguesia da Estremadura». (172) Gazeta de Bragança de 17 de Janeiro de 1904. que vimos em 1927 muito bem conservado. (171) LEAL. e materno de André Soares de Madureira Feijó. (173) LEAL. dedicada a Santa Maria Madalena. Há dele na igreja desta povoação uma tese de direito canónico impressa em seda amarela de véu de cálix. Conimbricae ex nova Typographie Academico Regie. COSTA (Joana da) – Torna-se digna de menção nestas páginas esta benemérita bragançana. defendida no quinto ano do seu curso de direito civil e dedicada a Santo António do Toural (Bragança). de seda branca. de Bragança. e de D. pág. subúrbios de Bragança. Mariana Josefa de Morais. Foi o fundador em Portugal da Congregação das Missões de São Vicente de Paulo em 1713 por breve do papa Clemente XI dirigido a el-rei D. no Porto (171). artigo «Tojal. que estava na praça de Almeida quando se deu o desastre em 1810. falecido em 1725. Sup. Pinho – Portugal Antigo e Moderno. COSTA (Padre José Gomes da) – Natural de Moncorvo. com larga tarja de flores e vasos com as mesmas. Frei Aleixo de Miranda Henriques a 30 de Setembro de 1770 e colado a 30 do mês seguinte na abadia de Miragaia. 165. requereram em 1802 para ordens menores. está na casa da Rica Fé. Ver tomo I. defendida em Salamanca em 26 de Fevereiro de 1739. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . destas Memórias. Foi apresentado pelo bispo do Porto D. Anno Doñi 1761. que faleceu em Gradíssimo. e pertence à capela da referida casa. padroeira da terra natal do autor. Pinho – Portugal Antigo e Moderno. a 9 de Janeiro de 1904 e deixou em seu testamento a verba de 10000$000 réis para a fundação de um hospital naquela vila (172). João V (173). ex Officina Typographica Antonii Josephi Villar Gordo. Anónima. traduzidas do francês de Bossuet. pedindo-lhe dissesse o conceito que fazia dos Exercícios da língua latina portuguesa. 1768. Lisboa. Genethliacon. nasceu a 14 de Abril de 1878. da Companhia de Jesus. Estudou humanidades e latim no colégio de Santo Antão. Lisboa. uma carta ao conde do Vimioso e dois sonetos. 1750. recebedor em Rio Tinto. que andam na Vida do Infante D.COSTA 139 TOMO VII Havia na mesma capela mais telas impressas pelo teor desta. Luís. Francisco da Silva Mascarenhas escreveu ao autor desta. natural de Sarzeda.ma Casa de Abranches. em doze sonetos. Nasceu a 3 de Abril de 1697 e faleceu depois do ano de 1768. 1743. Francisca na colecção Sentimentos métricos. traduzida em verso português. Tip. Era filho de Manuel Pereira da Costa e de D. Há dele um Romance em louvor do autor da Biblioteca Lusitana. Resposta à Carta que o dr. 1753. por Francisco Luís Ameno. Aplauso harmonioso com que se celebram algumas acções dos progenitores da Ex. traduzida do francês. desde a fundação de Roma até o presente.° Teve 2. António Pereira. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Olisipone. que deu à luz o P. 1761. Lisboa. quo Beriae Principis natalis dies a Lusitania celebratur. à real fundação do convento de Mafra. Escreveu: História romana por perguntas e respostas. 4.° de VI-73 págs. Lisboa. Inocêncio F. concelho de Bragança. no tomo I desta obra. e foi professor de gramática e língua latina em Lisboa. filho de (174) SILVA. Ver o artigo respeitante a «Francisco Luís Ameno». Francisci Ludovici Ameno. 4. 8.° de 7 págs. Aquiles em Siro – Ópera de Pedro Metastásio. Elevações a Deus. Calíope sacra. e uma censura a um soneto nas Observações sobre a ortografia latina do P. distrito do Porto. 8. 4. Ana de Gouveia.ª edição em 1746. mas desapareceram. sive Carmen natalitium. Patr. António Pereira de Figueiredo (174). da – Dicionário Bibliográfico. COSTA (Manuel Pereira da) – Natural de Moncorvo. Lisboa (pelo mesmo). pelo dito conde. COSTA (Miguel Bernardo Rodrigues da) – Secretário da Câmara Municipal de Bragança. Folh.° de 12 págs. Parte I. 1755.° São 16 sonetos. alguns versos à morte da infanta D. de 7 págs. . Francisca da Cruz Sena. 1912. COUTINHO (António Xavier Pereira) – Agrónomo.° de VI-90 págs. destas Memórias. pág. 198. do Jornal do Porto. Escreveu: A Quinta Distrital de Bragança no ano agrícola de 1875 a 1876 – Relatório apresentado ao Il. 154. Bragança.mo e Ex. Ver tomo I. Porto.. de Adriano Rodrigues. 1 vol. Lisboa. 1877.. governador das armas da província de Trás-os-Montes. e deixou manuscrito: Obrigações do Pároco.mo Sr. Escreveu: A Verdade – Resposta ao Sr. pág. destas Memórias. Tip. depois. Bragança. mestre-de-obras?) da obra do castelo de Bragança em 1434. Francisco Inocêncio de Sousa) – Foi governador militar e capitão-general da província de Trás-os-Montes. pelo agrónomo do distrito. Adriano José de Carvalho e Melo. COTRIM (João) – «Beedor» (inspector.° de 159 págs. COSTA (Tomás Gomes da) – Natural de Lisboa. COUTINHO (Diogo de Brito) – Mestre-de-campo-general. 4. Era muito versado em teologia moral e cerimónias. COUTINHO (Augusto Maria da Fonseca) – Governador civil do distrito de Bragança por decreto de 5 de Novembro de 1885. de Sobreiró. de 264 págs. destas Memórias. COUTINHO (D. 1 vol.. COUTO (António Rodrigues) – Vedor das obras das fortificações de Vinhais nas guerras da Aclamação (1640-1668). 8. também pais do actual abade de Rebordãos. 1740. 104. donde passou para o MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 8. Tip. lugar de que tomou posse dia 21.° de LVI págs. no bispado de Miranda.. Opúsculo violento relativo a questões da administração municipal de Bragança. Escreveu: Cerimonial da Semana Santa. Ver tomo I. História de uma perseguição – Confissão geral de um criminoso político.. que esteve encarregado da Quinta Distrital de Bragança pelos anos de 1875. 1908. João Inácio Rodrigues da Costa. Ver tomo III. digníssimo governador civil. Tip. José Valentim Carneiro. foi abade de Guide e. de Ferreira Soeiro.. vindo transferido de idêntico cargo no de Angra do Heroísmo. Francisco Joaquim Rodrigues da Costa) e de D. pág.140 TOMO VII COSTA | COTRIM | COUTO | COUTINHO Manuel Ramos Rodrigues da Costa (irmão do falecido abade de Rebordãos. CRECENTE (Mosee) – Espingardeiro e fabricante de pólvora real em Bragança pelos anos de 1486. Tem colaborado no Diário de Lisboa e na Pátria Nova. mas tem dado à luz em jornais e revistas muitos artigos sobre estas especialidades. Maria Francisca de Moura Coutinho e Paiva Cardoso. CRUZ (João Baptista da) – Professor da Escola Primária Superior de Mirandela. Filho do doutor José Maria Cardoso de Lima (nascido em Coimbra a 9 de Junho de 1838 e falecido. nas Caldas da Rainha. que descendem dos Mouras Coutinhos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . a 4 de Outubro de 1869. 264. e materno de Francisco de Moura Coutinho de Almeida de Eça. Matilde Joaquina Rodrigues. Antónia Albina de Paiva e Lima Cardoso. de Guimarães. e pela materna pertence a casa dos Mouras Coutinhos. neto paterno de António José Cardoso.. de O Leste Transmontano e do Terras de Bragança. Foi um dos fundadores de A Luz. Inês Francisca de Solho Paiva de Sousa e Brito. Conserva manuscritos e inéditos largos estudos sobre genealogia e muitos trabalhos de investigação histórica. onde exerceu importantes cargos públicos. COUTINHO (Francisco de Moura) – O seu nome todo é: Francisco de Moura Coutinho e Paiva Cardoso de Almeida de Eça. etc. em Vila Nova de Famalicão. descende Francisco de Moura Coutinho dos Peixotos da casa da Pougada. genealogia e arte. senhor da casa de Tarria. Pela linha paterna. de Esgueira. Limas. redactor principal de O Bragançano. Foi enviado em missão extraordinária junto à corte de Madrid. Almeidas. pág. Não tem publicado em livros os seus trabalhos sobre história. nascida no Porto a 8 de Julho de 1842. e de sua primeira mulher D. Gostosamente fixamos nestas páginas o nome de Francisco de Moura Coutinho. da Trofa. Ver tomo I. abastado proprietário em Coimbra. Em 18 de Julho de 1917 foi transferido da agência do Banco de Portugal de Bragança para Santarém. destas Memórias.COUTINHO | CRECENTE | CRUZ 141 TOMO VII governo de Angola. distrito de Aveiro. antigo oficial de D. em Guimarães. Faleceu em 1778. fidalgo da casa real. nasceu em Estarreja. director da agência do Banco de Portugal em Bragança. Nasceu em Bragança (Santa Maria) a 3 de Abril de 1863. de Basto. Silveiras de Eça. em 1881. e de D. e agora (1927) está na de Viseu. pelas muitas informações que lhe devemos para estas Memórias. semanário de Bragança. filho de António dos Santos e de D. cavaleiro da ordem de Cristo. Miguel. periódicos publicados nesta cidade. etc. de Esgueira (Aveiro). onde era juiz de direito) e de D. – minorib.° – In Bullam Caena D. Foi a Roma como secretário de Frei João Baptista Mole. 155. aos 9 de Maio. Havia professado na ordem dos menores franciscanos na observante província de S. alegre de rosto. no convento da sua ordem. natural de Bragança. e vida integerrimo. e duas vezes Provincial Terrae-Laboris na Campânia. olhos de aguia. Fazem honrosa menção deste ilustre bragançano Frei João da Trindade na Crónica da Província de São Gabriel. Sumário da Biblioteca Lusitana. Frei Francisco de Santa Maria no Ano Histórico. 1923. em Castela. et Composit. capucho e pregador da província de Génova. dignissimo que a sua memoria se conserve sempre fresca entre os varões illustres de Portugal. adoecendo em Saragoça. in-4. e em Roma por muitos anos presidente de São João de Latrão. Defunct. idem (176). caixeiro-viajante. pág. – Tract. e o Portugal – Dicionário histórico. pois se conserva tão viva em toda a Italia» (175). na qual ensinou teologia e filosofia. liv.142 TOMO VII CRUZ CRUZ (Frei Luís da) – Franciscano. que ali ia por comissário-geral de toda a ordem no ano de 1600. (176) CARDOSO. V. Manuscrito. estudioso sobremaneira. 1634. servindo ao mesmo tempo em Nápoles de conselheiro dos vice-reis. muito aplicado aos exercícios espirituais e de humildade e gozou na sua ordem e fora dela de notável fama de letrado e santidade. João Baptista de Castro no Mapa de Portugal. referente ao dia 9 de Maio. CHAGAS. Era de notável austeridade e penitência. conhecedores das suas brilhantes qualidades. Pinheiro – Dicionário Popular. Dubia Moralia. e não em 1623. Veio em 1633 ao capítulo geral da sua ordem celebrado em Toledo e. falecendo em Saragoça. honra da sua geração. de piis legatis relictis pratrib. CRUZ (Inácio Vaz da) – De Bragança. com cinquenta anos de hábito monástico. (175) Frei Simão de Lisboa. onde ficou a pedido de alguns cardeais e padres da ordem. grande de corpo. que. onde nasceu em 1566. em 1633. Frei Gaspar de la Fuente na História do capítulo geral do ano de 1633. Gabriel. como alguns escritores dizem. de Jubileu. e por isso o papa Gregório XV o nomeou vigário-geral dos Reformados. cap. Wadding nos Escritores da Ordem. Escreveu: Andorinhas (versos). Escreveu doutamente na língua latina: Disput: moralis in Bullas Cruciat. tomo II. «Era um homem de bellissima estatura. 1. em cujos governos deu mostras de suma prudência e exemplar conduta. aí faleceu. Frei Manuel da Esperança na História Seráfica. o nomearam prelado do insigne convento (imediato ao ministro geral) de Santa Clara de Nápoles. – Tracta. tomo I. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . em seus procedimentos. e credito da sua patria. por ordem de Espanha. Jorge – Hagiológio Lusitano. Tip. Concluída a sua formatura em 19 de Junho de 1869. bacharel formado em teologia. respeitadores. Ver tomo IV. retirou para Coimbra. 4. à semelhança de seus antecessores. andar e exterior devoto. Parecem santinhos capazes de pôr no altar. CUNHA (José Maria da) – Doutor em teologia pela Universidade de Coimbra. pouco que seja. melifluosinhos. José de Bragança em 15 de Outubro de 1904 proferiu o Professor José Maria da Cunha. egoísmo e ambição dos Directores da Companhia Nacional dos Caminhos-de-Ferro acarreta a ruína ao empreiteiro-geral deixando-o reduzido à miséria – Justificação dos meus actos e apelo aos dignos accionistas da Companhia. Nomeado professor de ciências eclesiásticas do seminário de Bragança a 30 de Agosto de 1872. cristãos conservadores. saltando mesmo por cima da Justiça. veio para Bragança como secretário do bispo Feijó. vai tudo raso e. neste cargo se conservou até que. 8. mas pelam-se por palestrar com pessoas de outro sexo. filho de José da Cunha Leitão e D. em cuja cidade fez juntamente com ele entrada solene a 29 de Outubro de 1871. Fólio pequeno de 32 págs. justiça. olhar. Bragança. que põem todo o tento nas longas rezas cheias da multidão das palavras e que das autênticas virtudes conhecem a fé e a esperança e pouco da principal – a caridade. vestir. destas Memórias. prudência e temperança.CRUZ | CUNHA 143 TOMO VII CRUZ (João Lopes da) – Escreveu: Construção do caminho-de-ferro de Mirandela a Bragança – Como a vaidade. todos atentos às praxes. 603 e 672. Ver tomo I. Escreveu: Oração de Sapiência que na solene abertura das aulas do Seminário Diocesano de Bragança no dia 15 de Outubro de 1891 proferiu o Professor José Maria da Cunha. Faleceu em Coimbra em meados de 1924. em cuja cidade nasceu a 24 de Novembro de 1843. nunca perdendo ocasião de deambular em ranchos delas e de as acompanhar. Bragança. págs. O doutor Cunha veio para Bragança como fâmulo do bispo Feijó que. fortaleza. se alguém os belisca. o meteu abade de Santavalha.° de 41 págs. às etiquetas. um dos melhores benefícios da diocese. às fórmulas protocolares. mas. regradinhos. 1906. 327. untuosinhos. cumprimentadores. rua Direita. Oração de Sapiência que na solene abertura das aulas do Seminário de S. pág. Pregam a castidade e observam-na talvez. pela sua elástica moral.° de 12 págs. falecido em 1731. CUNHA (António Malheiro da) – Governador do forte de Bragança. amaneiradinhos. Lisboa. Ana Maria das Neves. gravesinhos. no falar. justificam tudo em ordem aos seus interesses pessoais. O doutor Cunha era o tipo desses cristãos pautadinhos. destas Memórias. onde MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . com a proclamação da República em 1910. Manuscrito. consoladinho de triliões e triliões. págs. acumulados aos de professor. por 700$000 réis (177). e. D DANTAS (António) – Morador em Brunhosinho. mas o cabido. e outros. cabo de artilharia n° 2470 do corpo de marinheiros da Armada. aniquilou moralmente o doutor Cunha. nasceu nos Estevais. perto de Gralhós. concelho do Vimioso. Botelho de Vasconcelos. esgotada a mina. o governo insinuou-o para vigário capitular. como geralmente era conhecido. donde resultou a célebre questão largamente debatida na imprensa que. e Machado Santos. impávido. oriundo de Carção. destas Memórias. concelho de Moncorvo. escudado no seu direito. é bem mais digno de respeito do que o seu colega enroupado em virtudes. almirante e fundador da República. elevados ao cubo de Padre Nossinhos que tinha mastigado. filho de Francisco António Carviçais. no dizer da acusação. Em 1910 veio a República. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . (177) Ver tomo IV. À morte do bispo em 1874. ministro de Estado. 603 e 672. p. é intolerável. DENTE DE OURO – Abel Olímpio. estancaram os rendimentos do seminário e o abadezinho de Santavalha e competentezinho professor. Abel Olímpio. Ver tomo IV. peleja por manter a todo o transe a vigairice. foi-se para a sua casa de Coimbra. que se apresenta sem rebuço. a 31 de Dezembro de 1891. por alcunha o Dente de Ouro. elegeu o cónego Mós. concelho de Bragança. em que foram barbaramente assassinados o doutor António Granjo. sob o ponto de vista das leis da Igreja. que tomou na «Revolução de 19 de Outubro de 1921». contra a expressa determinação dos cânones. que devia constar de dois arcos. coronel. e até lhe acharíamos graça se se apresentasse como tal. no entanto. Carlos da Maia. foi julgado e condenado em Março de 1923 pela parte preponderante. Nada nos incomodariam as espertezas videirinhas do doutor Cunha. e de Rosa Maria.144 TOMO VII CUNHA | DANTAS | DENTE DE OURO nunca residiu. mas exteriorizar tantas piedades canónicas e proceder de modo contrário. comandante. Arrematou em 1699 a ponte do rio Zebres. 351. O iníquo. limitando-se a comer no seminário de Bragança os rendimentos do mesmo. onde expirou na Santa paz do Senhor e na tranquilidade da sua consciência. destas Memórias. procurador por Freixo de Espada à Cinta às mesmas. Bernal Afonso. (182) Consta de uma carta régia transcrita no «Livro das actas da câmara de Bragança».DENTE DE DOURO | DEPUTADOS 145 TOMO VII Sobre novas declarações que fez continuando preso em Coimbra em 1928. 145. 1844. 15. de 11. DEPUTADOS ELEITOS PELO DISTRITO DE BRAGANÇA ÀS CORTES EM DIVERSAS – João Rodrigues e Estêvão Pires. procurador por Bragança às cortes de Lisboa em 1439 (179). Os jornais da época fizeram largo relato da Revolução de 19 de Outubro e do julgamento dos implicados nela. Pedro Carneiro de Meireles e Luís de Madureira. (185) Revista de História. p. (180) Ibidem. procuradores por Bragança às cortes de Almeirim de 1544 (182). (183) O Panorama. Pero de Monforte. procurador por Moncorvo às mesmas. procuradores por Moncorvo às mesmas cortes de 1581. procurador por Bragança às cortes de Évora de 1535 (183). procuradores (deputados) por Bragança às cortes de Santarém no tempo de el-rei D. 17 a 21 de Dezembro de 1928. procurador por Miranda às cortes de Évora de 1490 (181). (184) Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança. Doutor Afonso Salgado. p. Manuel de Madureira e Manuel Gomes (licenciado). p. Gaspar de Sá Souto Maior e Luís Camelo. 583. 578. 14. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 199 e 294. tomo IV. Diogo Vaz Pinto e Álvaro de Morais Sarmento. procuradores por Freixo de Espada à Cinta às mesmas cortes de 1581 (184). p. Dente de Ouro e Buiça (ver tomo VI. 13. Vasco Martins. procuradores por Bragança às cortes de Tomar em 1581 para o juramento de Filipe I. Gonçalo Rodrigues de Morais. (181) Ibidem. p. procuradores por Bragança às cortes de Lisboa de 1583 (185). procurador por Moncorvo às cortes de 1482 (180). 333. tomo VI. Gregório de Morais e Leonis de Oliveira. (179) Ibidem. p. 598. Afonso IV (178). destas Memórias) são os dois maiores criminosos políticos da história portuguesa e ambos naturais do distrito de Bragança. ÉPOCAS (178) Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança. 1923. ver A Voz. Gaspar Buiça e António Pegas. 370. procuradores por Miranda às mesmas cortes de 1581. tomo VI. Paulo Couraça. 37. pág. diário de Lisboa. Alexandre José Gonçalves Ramos. 312. 1901. p.° visconde do Banho) (192). procuradores por Moncorvo às mesmas cortes de 1583 (187). Manuel Gonçalves de Miranda e Tomé Rodrigues Sobral. António José de Morais Pimentel. DEPUTADOS ELEITOS PELA PROVÍNCIA DE TRÁS-OS-MONTES AO CONGRESSO CONSTITUINTE EM 1820 – António José Ferreira de Sousa. (190) Ibidem. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Legislatura de 1826-1828 Deputados eleitos pela província de Trás-os-Montes: Alexandre Tomás de Morais Sarmento (depois 1. (188) Ibidem. (189) Documentos da Câmara Municipal de Bragança. Belchior de Faria e Rodrigo de Figueiredo.146 TOMO VII DEPUTADOS Henrique Pimenta e Pedro Malho. (191) Documentos para a História das Cortes Gerais da Nação Portuguesa. tomo I. e para estas foram eleitos por Bragança: Francisco António de Almeida Morais Pessanha. António José Clau- (186) Ibidem. (187) Ibidem. (192) Ver tomo VI. Domingos Alves Lobo. destas Memórias. 128 e 485. Pedro Álvares Gato e Manuel de Castro Correia de Lacerda. 6 e 10. procuradores por Feixo de Espada à Cinta às mesmas cortes de 1583 (188). procuradores por Bragança às cortes de Lisboa de 1642 (190). tomo I. Manuel Gonçalves de Miranda e António Seabra da Mota e Silva (191). Estes deputados eram eleitos para preparar as sessões preparatórias das cortes ordinárias. p. procuradores por Miranda às mesmas cortes de 1583 (186). António Lobo de Barbosa Ferreira Teixeira Girão. Doutor Luís de Madureira e Martins Ribeiro. ALBUQUERQUE. Raimundo André Vaz de Quina. Luís Camelo de Távora e Pedro Varejão de Castro. Bernardo Correia de Castro e Sepúlveda. p. António Pereira Carneiro Canavarro e José Manuel Afonso Freire. António Tavares de – Índice dos Trabalhos Parlamentares. Substitutos – Inocêncio António de Miranda. procuradores por Bragança às cortes de 1641 (189). António Pinheiro de Azevedo e Silva. Francisco António de Almeida Morais Pessanha. Pedro Aires Soares e Gaspar de Oliveira. Substitutos – António Lobo de Barbosa Ferreira Teixeira Girão. Por Moncorvo – Bernardo Tomás de Gouveia Vasconcelos (que mandou como seu representante. a Francisco de Assis da Fonseca). p. (195) Ibidem. onde vem novamente a lista dos deputados. por estar impedido. 365. João Ferreira Sarmento Pimentel. José Marcelino de Sá Vargas e Manuel Gonçalves de Miranda (198). António Pinto Alves Pereira. destas Memórias. 287. Por Freixo de Espada à Cinta – Bernardo José de Sousa da Fonseca (196). António Pereira Carneiro Canavarro. que tinham assento nas câmaras. destas Memórias. Francisco António de Almeida Morais Pessanha.° visconde de Gouveia) e Manuel Gonçalves de Miranda (194). Joaquim de Sousa Quevedo Pizarro. (194) Documentos para a História das Cortes Gerais da Nação Portuguesa. António Tavares de – Índice dos Trabalhos Parlamentares. Jerónimo José de Meireles Guerra. barão de Ribeira de Sabrosa. p. Os representantes das outras terras do distrito de Bragança. ALBUQUERQUE. José Alves Pinto Vilar. Os representantes do povo foram os seguintes: Por Bragança – António Ferreira de Castro Figueiredo e José Inácio de Morais. Legislatura de 1834-1836 Deputados eleitos pela província de Trás-os-Montes: Alexandre José Gonçalves Ramos. barão de Rendufe. Romão). Foram dissolvidas estas cortes por decreto do infante D. 6. António Lobo de Barbosa Ferreira Teixeira Girão (depois 1. (197) Ver tomo VI. p. nobreza e povo – para novas cortes por decreto de 30 de Junho de 1828. 516. Francisco Inácio Ferreira Pereira de Cerqueira Ferraz. (196) Ibidem. José Camilo Ferreira Botelho Sampaio. por dissolução. António Pinto Álvares Pereira. António Tavares de – Índice dos Trabalhos Parlamentares. como príncipe regente. Miguel. 797. (198) ALBUQUERQUE. 6. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . a 4 de Junho de 1836. p. João António Ferreira de Moura (depois 1. p. tomo III.DEPUTADOS 147 TOMO VII dino de Oliveira Pimentel.° visconde de Vilarinho de S. António Luís de Seabra (197). tomo II. de 13 de Março de 1828 (195) e convocados os antigos Estados da nação – clero. tomo II. Francisco António de Almeida Morais Pessanha. 452. José Pimentel Freire (depois 1. p. (193) Ver tomo VI. p.° barão do Mogadouro) (193). não os vimos mencionados no documento citado. Esta legislatura começou em 15 de Agosto e findou. tomo IV. destas Memórias. Esta legislatura principiou a 25 de Maio de 1840 e findou. p. Simão da Costa Pessoa. António Felisberto da Silva e Cunha. a 10 de Fevereiro de 1842. 526. Francisco de Almeida Morais Pessanha. Paulo Leite Velho e José Marcelino de Sá Vargas (200). Francisco Xavier de Morais Pinto. (202) Diário do Governo de 26 de Agosto de 1845. 516. António Luís de Seabra (199). António José Meireles Guerra.148 TOMO VII DEPUTADOS Legislatura de 1837 Deputados eleitos em 31 de Julho de 1836 pela mesma província: José Camilo Botelho Ferreira de Sampaio. por dissolução. Alexandre José Gonçalves Ramos. 5. Legislatura de 1842 Principiou a 10 de Julho de 1842 e findou a 30 de Abril de 1845. José Pinto Soares. António Fernandes Coelho (eleito também por Guimarães). Jerónimo José de Meireles Guerra e João Pedro de Almeida Pessanha. por seu turno. Gaspar Teixeira de Sousa Guedes. Aires Augusto Pinto de Gouveia. Legislatura de 1845 A 3 de Agosto de 1845 fizeram-se as eleições dos colégios eleitorais para estes. acto que se realizou a 24 do mesmo mês. João Ferreira Sarmento Pimentel. destas Memórias. p. Bento Ferreira Cabral. Dionísio António Pinto de Lemos. Henrique da Cunha Gama. Estes deputados não chegaram a tomar assento na respectiva câmara por causa da revolta de 10 de Setembro desse ano. Francisco Cabral Teixeira de Morais. Legislatura de 1840 José Marcelino de Sá Vargas. saindo eleitos pela província de Trás-os-Montes: Agostinho Albano da Silveira Pinto. João Pedro de Almeida Pessanha e José Cabral Teixeira de Morais (202). José António Ferreira de Lima. O documento que consultámos não discrimina os círculos por onde foram eleitos os deputados. António Tavares de – Índice dos Trabalhos Parlamentares. António Pinto de Lemos. Frederico da Gama. Francisco António Pereira de Lemos (morgado de Vilarelhos) (201). Henrique Manuel Ferreira Botelho. p. Rodrigo de Sousa Machado. (199) Ver tomo VI. tomo IV. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . (200) ALBUQUERQUE. elegerem os deputados. (201) Ver tomo VI. destas Memórias. pela primeira vez. por dissolução. Izeda. Miranda. Vimioso e Vinhais.DEPUTADOS 149 TOMO VII Legislatura de 1846 Principiou a 2 de Janeiro de 1846 e findou. Por Moncorvo – Joaquim Rodrigues Ferreira Pontes e João Pedro de Almeida Pessanha. José Marcelino de Sá Vargas e Rodrigo José de Morais Soares (204). e o de Moncorvo dos concelhos de Alfândega da Fé. Moncorvo. Outeiro. a 25 de Maio de 1851. Lamas de Orelhão. Carrazeda de Ansiães. dando aquele três deputados e este dois. Esta legislatura começou em Janeiro e findou. por dissolução. Cortiços. 215. Até ali. Legislatura de 1848 Deputados eleitos pela província de Trás-os-Montes: Agostinho Albano da Silveira Pinto. Manuel de Almeida Pessanha e José Marcelino Ferreira. Mirandela. João Pedro de Almeida Pessanha. Santalha. António Felisberto da Silva Cunha Leite. José Bernardo da Silva Cabral. Havia neste distrito dois círculos eleitorais: Bragança e Moncorvo. Por Vila Real – José Marcelino de Sá Vargas e outros (205). Eusébio Dias Possas Falcão (foi nomeado em 1850 governador civil de Ponta Delgada) (203). (203) Ver tomo I. A nossa província dava então onze deputados. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Mogadouro. p. Torre de Dona Chama. Legislatura de 1851 Deputados eleitos: Por Bragança – António de Azevedo Melo e Carvalho. Legislatura de 1852 Em 12 de Dezembro de 1852 houve eleições e foi então que. a 23 de Maio seguinte. nomeavam-se os colégios eleitorais e estes os deputados. (205) Ibidem de 27 de Novembro de 1851. Vila Flor e Vilarinha da Castanheira. Esta legislatura começou em Janeiro de 1853 e findou a 20 de Julho de 1856. os votantes elegeram directamente os deputados em harmonia com a lei de 30 de Setembro desse ano. O círculo de Bragança era composto do concelho deste nome e dos de Chacim. Freixo de Espada à Cinta. (204) Diário do Governo de 17 de Janeiro de 1848. 150 TOMO VII DEPUTADOS Os deputados eleitos foram os seguintes: Por Bragança – José de Almeida Morais Pessanha. 224. destas Memórias. sendo eleito Sá Vargas (207). Legislatura de 1858 Bragança – João Pedro de Almeida Pessanha. Moncorvo – Julião António de Sampaio e Melo e Manuel Guerra Tenreiro. Moncorvo – Julião António de Sampaio e Melo e José Marcelino de Sá Vargas. a 26 de Março de 1858. Moncorvo – Francisco Diogo de Sá (209). procedeu-se a outra. (208) Ver tomo I. Legislatura de 1856 Bragança – José Maria Delorne Colaço. não sendo julgada válida a sua eleição. Por Moncorvo – João Pedro de Almeida Morais Pessanha e Joaquim Rodrigues Ferreira Pontes (206). a 23 de Novembro de 1859. Vila Flor – António Joaquim Ferreira Pontes. por dissolução. mas. e tomo VI. por dissolução. (206) Diário do Governo de 29 de Dezembro de 1852. Esta legislatura começou a 26 de Janeiro de 1860 e findou. 678. p. (209) Diário do Governo de 24 de Janeiro de 1860. João Pedro de Almeida Pessanha e Manuel Guerra Tenreiro. Esta legislatura principiou a 7 de Janeiro e findou. (207) Ibidem de 13 de Outubro de 1857 e de 15 de Dezembro de 1856. Mirandela – João Pedro de Almeida Pessanha. a 27 de Março de 1861. por dissolução. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . José de Morais Faria e Carvalho e José Xavier de Morais Pinto. Joaquim José da Costa e Simas e Pedro Vicente de Morais Campilho (208). p. Legislatura de 1860 Bragança – José Marcelino de Sá Vargas. Esta legislatura começou em Janeiro de 1857 e findou. Fora primeiro eleito Francisco de Sousa Rebelo Pavão. Vinhais – Augusto Carlos Cardoso Bacelar de Sousa Azevedo. Mogadouro – José Luís Alves Feijó (que nessa legislatura fez parte da comissão eclesiástica e mais tarde foi bispo de Bragança) (211). já então eleito bispo de Macau. Mirandela – Carolino de Almeida Pessanha. (213) Na sessão da mesma câmara de 17 de Fevereiro de 1864 (in Diário de Lisboa do dia 19). 139. p. apresentou o seu diploma de deputado eleito pelo círculo do Mogadouro. Vinhais – Agostinho José da Fonseca Pinto (210). Moncorvo – Francisco Diogo de Sá. Mogadouro – Manuel Paulo de Sousa (214). Esta legislatura principiou a 2 de Janeiro de 1865 e findou. foi apresentado um parecer relativo à eleição deste deputado. a 15 de Maio do mesmo ano. por dissolução. Faleceu na sua casa em Miranda do Douro. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Legislatura de 1864 Bragança – Gaspar Pereira da Silva. (211) Diário do Governo de 20 de Maio e 22 de Julho de 1861. (212) Na sessão da câmara dos deputados de 18 de Março de 1867 (in Diário do Governo). Vinhais – Augusto César Falcão da Fonseca.DEPUTADOS 151 TOMO VII Legislatura de 1861 Bragança – Joaquim José da Costa Simas. Mogadouro – José de Almeida Pessanha (213). no dia 27 de Janeiro (210) Ver tomo VI. Vila Flor – António Joaquim Ferreira Pontes. José Luís Alves Feijó. auditor militar (212). Moncorvo – Francisco Diogo de Sá. Vila Flor – Lourenço António de Carvalho. Legislatura de 1865 Bragança – José de Morais Faria e Carvalho. ministro da Justiça e dos Negócios Eclesiásticos. D. (214) Diário de Lisboa de 29 de Julho de 1865. Foi também eleito por outro círculo. Vinhais – Albino Augusto Garcia de Lima. Vila Flor – José Maria do Casal Ribeiro. Diário de Lisboa de 9 de Novembro de 1864. Mirandela – Carolino de Almeida Pessanha. vitimado por uma lesão cardíaca. destas Memórias. Moncorvo – Manuel Guerra Tenreiro. Mirandela – João Pedro de Almeida Pessanha. Foi chefe de secção na construção da estrada real de Vila Real a Bragança. ministro da Marinha. 517. Mogadouro – António Luís de Seabra Júnior (216). Mirandela – Casimiro António Ribeiro da Silva. Moncorvo – José de Melo Gouveia. destas Memórias. Mirandela – Jorge Leite Pereira (220). Legislatura de 1870 Bragança – Augusto Ernesto de Castilho e Melo. Esta legislatura começou a 30 de Julho de 1865. Esteve na acção de Valpaços. Esta eleição foi anulada depois (215). de 1870. (216) Diário do Governo de 15 de Abril de 1868.152 TOMO VII DEPUTADOS de 1889. destas Memórias. Macedo de Cavaleiros – Matias de Carvalho e Vasconcelos. (217) Ver tomo VI. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Por decreto de 20 de Janeiro de 1870 foram dissolvidas estas cortes e convocadas câmaras gerais para 31 de Março seguinte (219). (218) Diário do Governo de 26 de Abril de 1869. onde se portou valentemente e foi ferido. (215) Ver tomo I. As eleições realizaram-se a 22 de Março. O Brigantino de 6 de Fevereiro seguinte publica o seu necrológio. Era coronel reformado do Estado-maior (engenharia) e director das obras públicas do distrito de Bragança. (220) Ver tomo VI. (219) Ibidem n° 16. Moncorvo – Francisco Diogo de Sá (218). 223. Moncorvo – Jerónimo José de Meireles Guerra. Mirandela – Matias de Carvalho e Vasconcelos. p. Macedo de Cavaleiros – Augusto Maria da Costa Sousa Lobo. Legislatura de 1869 Bragança – António Joaquim da Veiga Barreira (217). p. e Inácio Francisco Silveira da Mota. Legislatura de 1868 Bragança – José Ildefonso Pereira de Carvalho. destas Memórias. p. Vinhais – Francisco Pinto Coelho de Ataíde. 395. Vila Flor – António Joaquim Ferreira Pontes. Mirandela – Visconde de Arriaga. vogal da Junta Consultiva do Ultramar. sendo convocadas novas cortes para 3 de Novembro desse ano (221). de 1871. Macedo de Cavaleiros – Guilherme Augusto de Macedo. (223) Diário do Governo n° 126. p. Por decreto de 3 de Junho de 1871 foram também dissolvidas estas câmaras e convocadas outras para 22 de Julho seguinte (223). advogado. director-geral dos Negócios da Justiça. de 1870. (221) Diário do Governo n° 161. juiz do Supremo Tribunal de Justiça Cível. Macedo de Cavaleiros – Marçal de Azevedo Pacheco. Por Mirandela – António Teixeira Alves Martins e Casimiro António Ribeiro da Silva. Legislatura de 1875 Bragança – Tomás António Ribeiro Ferreira. Lista existente na câmara dos deputados. Segunda legislatura de 1870 No Diário do Governo de 11 de Outubro de 1870 vem a relação dos deputados para a legislatura que devia começar em 15 desse mês e ano. Legislatura de 1872 (segunda sessão) Bragança – José Marcelino de Sá Vargas. Lista existente na câmara dos deputados. Por Moncorvo – Doutor António Maria Esteves Freire Falcão e Francisco Diogo de Sá. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . juiz relator do Conselho Militar. São eles: Por Bragança – António Joaquim da Veiga Barreira (222). capitão de artilharia. Mirandela – Visconde de Arriaga. Moncorvo – António José de Barros e Sá.DEPUTADOS 153 TOMO VII Esta legislatura começou a 31 de Março de 1870 e foi dissolvida por decreto de 21 de Julho seguinte. 395. destas Memórias. Por Macedo de Cavaleiros – Francisco de Assis Pereira do Lago e Matias de Carvalho e Vasconcelos. vogal da Junta Consultiva do Ultramar. (222) Ver tomo VI. Na legislatura de 1877 foram eleitos os mesmos. Mogadouro – Luciano Baptista de Sousa Cordeiro. p. (227) Ver tomo VI. Primeira legislatura de 1879 Macedo de Cavaleiros – Firmino João Lopes. professor e reitor do Liceu de Bragança. Mirandela – Francisco Rebelo de Sousa Pavão (224). (226) Ibidem. secretário-geral do governo civil de Viana do Castelo. Moncorvo – Casimiro Ribeiro da Silva. (224) Ver tomo VI. advogado. Primeira legislatura de 1880 Bragança – João António Pires Vilar. p. 503. médico (226). 383. advogado. Nos outros círculos os mesmos. proprietário (225). Macedo de Cavaleiros – Abílio Guerra Junqueiro. Moncorvo – João José Dias Galas. Moncorvo – Firmino João Lopes. Mirandela – Manuel Pinto Vaz Guedes Bacelar (227). Mogadouro – Eduardo Augusto da Costa Morais. Legislatura de 1882 Bragança – Augusto Trajano de Oliveira. Mirandela – Alexandre Manuel Álvares Pereira de Aragão. p. 166.154 TOMO VII DEPUTADOS Moncorvo – Manuel da Assunção. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Na segunda legislatura de 1881 foram eleitos os mesmos. destas Memórias. p. 368. destas Memórias. Segunda legislatura de 1883 Moncorvo – Inácio Francisco Silvério da Mota. Pelos outros círculos foram eleitos os mesmos. Mogadouro – Albino Vaz das Neves. Terceira legislatura de 1884 Macedo de Cavaleiros – Firmino João Lopes. (225) Ibidem. chefe da repartição da Caixa Geral de Depósitos. Moncorvo – Álvaro Mendonça Machado Araújo e António José Lopes Navarro (229). Mirandela – João Lobo Santiago Gouveia. (228) Ver tomo VI. p. p. 243. Legislatura de 1887 Bragança – Conde de Vila Real. Mirandela – Júlio Cardoso de Abreu e Sousa. juiz da 2. Mogadouro – António Eduardo Vilaça.DEPUTADOS 155 TOMO VII Legislatura de 1885-86 Bragança – António Maria de Morais Machado. e Luís Virgílio Teixeira. chefe do Estado-maior de engenharia e lente da Escola do Exército. Legislatura de 1890 Bragança – João António Pires Vilar e Álvaro de Mendonça Machado Araújo. Moncorvo – José Joaquim de Sousa Cavaleiro. 1. Legislatura de 1893 Bragança – Eduardo José Coelho. destas Memórias. Mogadouro – António Xavier de Almeida Pinheiro. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . (229) Ver tomo VI. Eduardo José Coelho e Firmino João Lopes (eleito também por Chaves). João de Sousa Calvet de Magalhães e José de Sousa Lobo Lamare. Eduardo José Coelho.° oficial. 2. Firmino João Lopes e Eduardo José Coelho.° oficial do ministério dos Estrangeiros. 368. Mogadouro – Ernesto Madeira Pinto. Na legislatura seguinte (1888-89) foram os mesmos. Na legislatura seguinte (1892) foram os mesmos.ª vara. Moncorvo – Inácio Francisco Silveira da Mota. Mirandela – António de Sousa de Ataíde Pavão (228). Moncorvo – João José Dias Galas. Mogadouro – Júlio Augusto de Oliveira Pires. Legislatura de 1891 Bragança – António José Lopes Navarro. destas Memórias. por Mirandela. depois de tenaz luta. Esta legislatura começou em Outubro de 1894 e findou em Março de 1895. por Mirandela. e sobrinho do ministro da Justiça José Marcelino de Sá Vargas. foi eleito deputado por Aveiro. e doutor Abílio Augusto de Madureira Beça (regenerador). Mogadouro – José Joaquim Dias Galas. Nestas eleições. e. saiu eleito. doutor António Alberto (230) Esta eleição foi anulada. Legislatura de 1899 Em 26 de Novembro de 1899 fizeram-se eleições de deputados. Legislatura de 1900 Por decreto de 25 de Junho de 1900 foi Hintze Ribeiro nomeado presidente do ministério e a 25 de Novembro desse ano fizeram-se as eleições para deputados. José António de Madureira Beça. sendo eleitos pelo distrito de Bragança: Carlos de Almeida Pessanha.156 TOMO VII DEPUTADOS Legislatura de 1894 Bragança – Doutor Abílio Augusto de Madureira Beça. Estava ao tempo no poder o partido progressista. doutor Abílio Augusto de Madureira Beça. doutor Luciano Monteiro (regenerador). tenente do exército (progressista). o doutor José Marcelino de Sá Vargas. Legislatura de 1895 Em 17 de Novembro de 1895 houve eleições de deputados e pelo distrito de Bragança foram eleitos os seguintes: Doutor António José Lopes Navarro (no ano anterior havia sido eleito par do reino por este distrito). o doutor António Joaquim Ferreira Margarido. por Bragança. procedendo-se a outra. governador civil de Bragança. filho do doutor Albino de Sá Vargas. Eduardo José Coelho e João José Pereira Charula. Esta legislatura começou em Janeiro de 1896 e findou em Fevereiro de 1897. doutor Júlio de Araújo (progressista) por Moncorvo (230). Moncorvo – Joaquim do Espírito Santo Lima. sendo eleitos pelo distrito de Bragança: Doutor Paulo Cancela (progressista). João José Pereira Charula e doutor José Joaquim Dias Galas. por Bragança. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Carlos Pessanha (idem). por Macedo de Cavaleiros. Mirandela – José Benedito de Almeida Pessanha. engenheiro. pelo Mogadouro. por Moncorvo (estes regeneradores). Cristóvão Aires de Magalhães Sepúlveda. engenheiro. doutor António Joaquim Ferreira Margarido. em Miranda do Douro (de cuja câmara foi presidente muitas vezes). 368. voltando a ser eleito por ali em 1910. capitão de cavalaria (progressista). por Leiria. e doutor José Joaquim Dias Galas. que acabava de servir de governador civil de Bragança. p. Nestas eleições foi o doutor Abílio Augusto de Madureira Beça. Legislatura de 1903 Bragança – Joaquim Basílio de Cerveira e Sousa de Albuquerque e Castro. natural de Bragança. (232) Ibidem.DEPUTADOS 157 TOMO VII Charula Pessanha. Moncorvo – João Pedro de Almeida Pessanha. que havia sido governador civil deste distrito. a 23 de Agosto de 1902. sendo deputado. doutor António Alberto Charula Pessanha. e doutor António José Lopes Navarro. O último faleceu. doutor António Sérgio da Silva e Castro e Carlos de Almeida Pessanha. por Macedo de Cavaleiros. José António de Madureira Beça. destas Memórias. Legislatura de 1901 A 6 de Outubro de 1901 houve eleições de deputados e pelo distrito de Bragança foram eleitos: Carlos de Almeida Pessanha. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . por Moncorvo. p. Legislatura de 1904 Por decreto de 20 de Abril de 1904 foi dissolvida a câmara dos deputados e procedeu-se a novas eleições a 26 de Junho desse ano. e o doutor Alípio Albano Camelo. por Mirandela. pelo Mogadouro. visconde das Arcas (231). 17. saindo eleitos pelo distrito de Bragança: Doutor António José Lopes Navarro. Legislatura de 1905 A 12 de Fevereiro de 1905 fizeram os progressistas as eleições de deputados e pelo distrito de Bragança foram eleitos: Francisco de Assis Pereira do Lago. doutor António Alberto Charula Pessanha. António de Sousa Ataíde Pavão (232). por Macedo de Cavaleiros. por Bragança. eleito deputado por Viseu. doutor José Joaquim Galas. doutor (231) Ver tomo VI. pelo Mogadouro (estes regeneradores). caiu o ministério de João Franco seguindo-se-lhe outro sob a presidência do almirante Ferreira do Amaral. que se uniu ao partido progressista para fazer as eleições. administrador de quase todos os MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . doutor António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz. Carlos Augusto Pinto Garcia. sendo eleitos por este distrito: Adriano Acácio de Madureira Beça. major de infantaria. doutor António José Lopes Navarro. Legislatura de 1910 A 28 de Agosto de 1910. major do serviço do Estado-Maior. doutor António Alberto Charula Pessanha. lente da Universidade de Coimbra. proprietário. sendo presidente no ministério António Teixeira de Sousa. médico. José António da Rocha Sousa. jornalista e literato. Legislatura de 1908 Em consequência do regicídio perpetrado por Buiça a 1 de Fevereiro de 1908. conselheiro José Matias Nunes. e Fernando de Carvalho Morais de Almeida. engenheiro. subindo ao poder outro da presidência de Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro. Estes pela maioria do governo franquista. Fizeram-se as eleições a 19 de Agosto. sendo eleitos pelo círculo de Bragança: doutor Abílio Augusto de Madureira Beça. houve eleições de deputados e pelo círculo de Bragança foram eleitos: doutor António Joaquim Ferreira Margarido. As eleições fizeram-se a 5 de Abril. estes progressistas. todos regeneradores. e pela oposição regeneradora foi eleito o conselheiro Anselmo de Assis de Andrade.158 TOMO VII DEPUTADOS João Baptista Ribeiro Coelho (natural de Lamas de Orelhão). médico. doutor Arsénio Guilherme Botelho de Sousa e conselheiro Júlio Augusto Petra Viana. Abílio de Lobão Soeiro (natural da Laguação). A 17 de Maio desse ano deixou o poder o ministério Hintze Ribeiro. que foi substituído por outro presidido por João Ferreira Franco Pinto Castelo Branco. ministro de Estado honorário. regenerador. prior numa freguesia de Lisboa. Legislatura de 1906 A 19 de Março de 1906 caiu o ministério presidido por José Luciano de Castro. doutor Augusto de Castro Sampaio Corte Real. doutor António Alberto Charula Pessanha. e Francisco Xavier Correia Mendes. Fizeram-se as eleições a 29 de Abril seguinte e foram eleitos pelo distrito de Bragança: conselheiro doutor Abílio Augusto de Madureira Beça. e doutor António Alberto Charula Pessanha. doutor Domingos Frias de Sampaio e Melo e Vitorino Máximo de Carvalho Guimarães. director do Banco de Bragança. António Carvalho Mourão e Francisco António Chôa. e José Benedito de Almeida Pessanha (progressista). Legislatura de 1911 Bragança – Doutor António Alberto Charula Pessanha.DEPUTADOS 159 TOMO VII concelhos do distrito de Bragança. Sebastião Pires Rodrigues. capitão de infantaria. juiz do Supremo Tribunal de Justiça. doutor Francisco Miranda da Costa Lobo. Júlio Augusto Petra Viana. António Augusto Pires Quintela e Artur Lopes Cardoso. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e Vitorino Máximo de Carvalho Guimarães. major-médico reformado do Ultramar. governador civil de Évora. Moncorvo – António Bernardino Roque. Moncorvo – Doutor Acácio Lopes Cardoso. antigo deputado e. oficial da Administração militar. doutor António Alberto Charula Pessanha. Moncorvo – António Maria Malva do Vale. Na legislatura de 1914 foram os mesmos. Legislatura de 1915 Bragança – Doutor António Alberto Charula Pessanha. Ernesto da Cunha Macedo. Legislatura de 1919 Bragança – Doutor António Alberto Charula Pessanha. lente da Universidade de Coimbra. antigo deputado. Legislatura de 1918 Bragança – Eduardo Dário da Costa Cabral. capitalista e antigo deputado (estes regeneradores). doutor Francisco Morgado e Vitorino Máximo de Carvalho Guimarães. ao tempo. proprietário e capitalista. Moncorvo – Adriano Marcelino de Almeida Pires e Francisco José Lemos de Mendonça. secretário-geral do governo civil do mesmo distrito. e doutor-padre José Eugénio Teixeira. pela minoria. médico da armada. doutor Artur Lopes Cardoso (depois ministro da Justiça) e Eduardo Alfredo de Sousa. Legislatura de 1921 Bragança – Doutores Álvaro Xavier de Castro. Armando da Gama Chôa e José de Barros Mendes de Abreu. Luísa Cavaleiro. Júlio Henrique de Abreu e Vitorino Máximo de Carvalho Guimarães. Diogo Albino de Sá Vargas e Valentim Guerra. ao Congresso da Associação Francesa para o Adiantamento das Ciências. concelho de Miranda do Douro. doutor e padre Valentim Guerra e João Pedro de Almeida Pessanha. membro da Academia Real das Ciências de Lisboa. Petersburgo. delegado de Portugal ao Congresso Penitenciário Internacional de S. neto paterno de António José Ferreira e de D. concelho de Bragança. naturais de Genízio. como vimos do próprio assento de baptismo do qual temos presente certidão autêntica. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . decorado com medalha de prata de Mérito. comendador da real ordem de Isabel.160 TOMO VII DEPUTADOS | DEUSDADO Moncorvo – Doutor João Carlos de Noronha. no que há engano. de onde provem o criptónimo Cavaleiro de Miranda. tinha o doutor Deusdado como trisavó D. com que assinou algumas produções. a Católica. Pelo lado materno. Estanislau da Rússia. Sobre o apelido Deusdado. Moncorvo – João Pereira Bastos. principalmente. Era filho de José António e de D. e materno de António Ferreira e de D. irmã do célebre intendente Manuel Gonçalves de Miranda. e reitor do Liceu Nacional de Angra do Heroísmo. a 7 de Abril de 1858 (233) e faleceu em Lisboa a 21 de Dezembro de 1918. Henrique Maria Pais Cabral e Vitorino Máximo de Carvalho Guimarães. que (233) Alguns escritores dão-lhe outra terra de origem e diversa data de nascimento. Legislatura de 1925 Bragança – Doutores Artur Lopes Cardoso. comendador e grande-oficial da ordem imperial de S. ao Congresso Antropológico de Bruxelas. antigo membro do Conselho Superior de Instrução Pública. em artigos de jornais. Maria Fernandes. geografia e filosofia. Legislatura de 1922 Bragança – Doutor Artur Lopes Cardoso. de Limoges. Nasceu em Rio Frio de Outeiro. da Real Academia de História de Madrid. gentil-homem da corte imperial russa. Maria de Miranda. Júlio Henrique de Abreu e Vitorino Máximo de Carvalho Guimarães. DEUSDADO (Manuel Ferreira) – Diplomado pelo Curso Superior de Letras. Florência Ferreira. de Lisboa. Moncorvo – Doutor Álvaro da Cunha Ferreira Leite. Filantropia e Generosidade. professor liceal de história. doutor honoris causa em filosofia e letras pela Universidade de Lovaina. por decreto de 6 de Fevereiro desse ano. ver os seus Escorços Trasmontanos. nomeado para o liceu de Braga. e bem o mostrou a manifestação solene que os alunos do liceu de Angra – à qual se associaram todos os professores daquele estabelecimento de ensino em doce convívio de festa – lhe fizeram quando viram desmentida a notícia da sua transferência para o liceu de Ponta Delgada (234). Adiante nos referiremos ao pseudónimo de Visconde de Alvaredos. Em 1891. na regência da sua cadeira no Curso Superior de Letras. Não vem a propósito examinar a inanidade da acusação feita a Ferreira Deusdado. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . igualmente solene. (234) Veja-se a descrição desta ovação no Peregrino de Lourdes ou a sua transcrição no Nordeste de 4 de Dezembro de 1901. onde se conservou até falecer. A sua competência profissional impunha-se. e no ano seguinte no Congresso Penitenciário de S. bem como no Antropológico de Bruxelas em 1894. e a colocação. seguidamente ao Congresso Penitenciário Internacional de S. agraciou-o com a comenda e o grande oficialato da ordem imperial de S. Em 1890 representou ele Portugal no Congresso da Associação Francesa para o Adiantamento das Ciências. Alexandre III. Estudou preparatórios em Bragança e concluiu em 1884 o curso superior de letras. basta. 227. em nota. se pronunciou unanimemente pela inocência do acusado. do seu retrato na sala nobre do mesmo liceu em 1904. porém. de onde pouco depois foi transferido para o de Lisboa. da Rússia. reunido em Limoges. foi. ao tempo ministro da Marinha. de que teve a presidência de honra. de que também teve a presidência de honra. Petersburgo. segundo o critério psicológico-histórico. pág. que alguém poderá supor determinante da sua transferência do liceu de Lisboa para o de Angra do Heroísmo. Estanislau. Para a sua vaga na cadeira do liceu de Lisboa foi outro bragançano ilustre. o padre-doutor Alípio Albano Camelo. e por decreto de 4 de Maio de 1901 para o de Angra do Heroísmo. de que também fez uso. reunido para averiguar da veracidade dos factos incriminados.DEUSDADO 161 TOMO VII usou. saber-se que o conselho liceal. condiscípulo do autor destas linhas. Petersburgo. ficando aprovado. sendo em 1886 nomeado membro do Conselho Superior de Instrução Pública. além do foro de gentil-homem da corte imperial. Em 1890 fez concurso para uma cadeira liceal e. Foi Deusdado o fundador em Portugal do moderno ensino da filosofia. Por despacho ministerial de 28 de Abril de 1887 substituiu interinamente Pinheiro Chagas. ª classes do liceu (curso de 1913-1914) [de Angra do Heroísmo] para uma excursão de estudo ou aula-passeio pela costa fragosa da freguezia de Sam Mateus da Calheta. trazendo o homem agarrado. São Miguel e Correio Nacional. elegeu-o sócio. de Madrid. entre o pasmo dos assistentes. franco e bom. um folheto. por um decreto do governo. Eis como a Estrela de Alva descreve um rasgo da sua acção. E em 1900 foi nomeado comendador da real ordem de Isabel. diplomado pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e professor efectivo do Liceu Nacional de Angra do Heroísmo. sem dar tempo a mais. foi-lhe pelo governo concedida a medalha de prata de Mérito. no que se houve por tal forma que foi louvado em portaria publicada no Diário do Governo. a Católica. Em reconhecimento deste heróico acto. desfez-se do casaco e colete. por decreto de 14 de Abril de 1916. sendo Tomás Ribeiro relator do parecer. O doutor Ferreira Deusdado colaborou largamente na imprensa. lançando-se a nado em socorro do infeliz. José Pinto Soares. Era o tempo dos marraxos (espécie de tubarão que infesta o mar dos Açores)» (235). Filantropia e Generosidade. por proposta de Pinheiro Chagas. quando. por proposta do célebre orador Emílio Castelar. chegados a um lugar denominado Aberta. de nome Francisco Videira. voltando passado pouco tempo. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Em 3 de Março de 1897 a Universidade de Lovaina proclamou-o doutor honoris causa em filosofia e letras. Fundou em 1885 a (235) Estrela de Alva de 28 de Outubro de 1916. robusto. sob o título Um rasgo de benemerência. O ilustre professor. no qual se acham reunidas as notícias e documentos em louvor do heroísmo do nosso biografado. Ver também a Ilustração Católica de 29 de Agosto de 1914. Em 1895 foi eleito sócio correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa. publicou em 1914. que exemplifica algumas destas qualidades: «Tinha o Dr. e entre outros jornais lembram-nos os seguintes: Norte Trasmontano. de Espanha.162 TOMO VII DEUSDADO Em 1894 foi. distinção raríssima em Portugal. Correio dos Açores. Nordeste. incumbido do projecto da reforma da Casa de Correcção de Lisboa e de estabelecer o ensino carcereiro no país. generoso. Em 1899 a Real Academia de História. Ferreira Deusdado feito convite à 4. lutando desesperadamente com o mar. foi visto um homem abraçado a um cachopo. Deusdado era o tipo do verdadeiro trasmontano – corpulento. da Ilha Terceira.ª e 5. 8.. Lisboa. Encontram-se dados biográficos relativos ao doutor Ferreira Deusdado nas seguintes publicações: Mala da Europa. O Nordeste. de 12 págs. 1892. de Lucas Evangelista Torres. 1890. Nacional. de 41 págs. Estudos sobre criminalidade e educação («Filosofia e antropologia»). Lisboa. Também na Revista de Educação e Ensino.° gr. de Lucas Evangelista Torres. e em O Instituto. 8.ª 8. tomo XVI. O Recolhimento da Mofreita e o espírito das ordens religiosas. Imprimerie Nationale. Ponta Delgada. artigo «Ferreira Deusdado». O ensino carcereiro e o Congresso Penitenciário Internacional de São Petersburgo. Ferreira Deusdado – Educador. Bettencourt Ferreira. 79. Imp.° peq. onde vem o seu retrato. Essais de Psychologie criminelle – Rapport présenté au Congrès Pénitenciaire International de Saint-Petersburg. Dicionário Bibliográfico. 8. Minerva.° de 24 págs. Lisboa. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Lisboa. Ideias sobre educação correccional. Tip. publicando quinze volumes de mais de quinhentas páginas cada um.° gr. Comércio de Portugal.° gr.. 8. 1888. Plano de uma Escola Colonial Portuguesa. no Esboço duma apreciação ou o Dr. Guillard. Elementos de geografia geral. O doutor Manuel António Ferreira Deusdado deixou publicadas as seguintes obras: Ensaios de filosofia actual. 8. Avenida da Liberdade. 1891.° de 57 págs. Saiu primeiro na Revista de Educação e Ensino correspondente a Dezembro de 1891. de 24 de Janeiro de 1900 e 4 de Dezembro de 1901.. 1891. Lisboa. Imp.° gr. Imp. Aillaud & C. de Eduardo Rosa. e duas de índice e erratas. Lisbonne. mormente no correspondente a Janeiro de 1898. 1890. de 25 de Maio de 1888. se encontram. págs. de 24 págs. 8.DEUSDADO 163 TOMO VII Revista de Educação e Ensino. 8.° gr. Lisboa.° de XII-558 págs. Imp. págs. Psicologia aplicada à educação – «Lição de abertura exposta no Curso Superior de Letras de Lisboa em 1891-92». com gravuras. Portugal – Dicionário histórico. de 28 de Outubro de 1916. Imp. Um filósofo português no século XIX. 1890. 1889. de Lucas Evangelista Torres. apreciações lisonjeiras de seus trabalhos. de 286 págs. por J. de 5 de Abril de 1897. 8. Filósofo e Escritor. Nacional. 1919. pelo padre Ernesto Ferreira. transcritas de vários jornais e revistas nacionais e estrangeiras.° grande de 212 págs. 210 e 404. de XV-325 págs. Lisboa. e duas de índice. Lisboa. de 31 págs. Lisboa. 1892. 1902. 8. 1919. por todos os seus volumes. com gravuras intercaladas no texto. Estrela de Alva. da qual foi director e principal colaborador durante dezasseis anos. 571 e segs. Itália. monumentos das diversas faunas e floras de Portugal e suas colónias.° gr. Imp. Lisboa. Por aqui se vê quanto as obras do nosso distinto conterrâneo são apreciadas pelo mundo sábio. Lisboa. de XLVII-186 págs.. José Augusto Nogueira Sampaio. de 29 págs. A sugestão hipnótica na educação. Rapport sur les moyens preventifs et questions relatives à l’enfance et aux mineurs – Cinquième Congrès Pénintentiaire International.° gr. A literatura grega e latina – «Lição exposta no Curso Superior de Letras no ano lectivo de 1886-87».. Lucas. Imp. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . mereceu a seu autor o grau de doutor honoris causa pela Universidade de Lovaina (236). Imp. Bélgica. comerciais. Este trabalho. Elogio histórico do Dr. industriais e religiosas. 1898. Princípios gerais de filosofia por J. Lucas.ª Lisboa. M. como até ao tempo não aparecera outro em Portugal sobre esta especialidade. 1902. Bettencourt Ferreira. Imp. Lisboa.° gr. 8. 8. e mais duas (inumeradas) de índice e erratas. Lisboa. 1896. La philosophie thomiste en Portugal.164 TOMO VII DEUSDADO Corografia de Portugal. 1898. a quem esta obra bastaria para assinalar um grande renome. Guillard. Angra do Heroísmo. Nacional. costumes. Alemanha. reitor e professor do Liceu Nacional de Angra do Heroísmo. A antropologia criminal e o Congresso de Bruxelas. Lucas. que foi muito elogiado pelas revistas filosóficas de França. de que dá abundantes notícias linguísticas. Melun – Imprimerie Administrative. 8. proferido na sessão solene de 16 de Junho de 1902. etnográficas. 2.° gr. de 44 págs. Lucas. de XXVII-302 págs.° gr. ilustrada. Municipal. A forma como este livro moderníssimo se nos apresenta mostra bem a funda concepção dos processos cientificamente educativos de seu autor. com um «Juízo crítico da imprensa estrangeira e nacional acerca dos escritos penitenciários e criminais do autor». Fólio de V-55 págs. 8. 8. 1898. Foi escrita de colaboração com J. Aillaud & C. morais. Extrait de la «Revue Néo-Scolastique». 8. (236) Veja-se a honrosa apreciação que desta notável obra de crítica histórico-filosófica fez o ilustre lente doutor Francisco Martins em artigo transcrito em O Nordeste de 24 de Janeiro de 1900.° gr. A reforma do ensino geográfico. da Cunha Seixas – Obra póstuma precedida de um esboço histórico de filosofia em Portugal no século XIX e de uma notícia biográfica do autor..° gr. etc. de 6+3+8 págs. Imp. 1893. Imp. É um livro bem feito.° gr. de 87 págs. Lisboa. sociais. de 49 págs. com 50 gravuras e 20 mapas a cores.ª edição. 8. Lovaina. Contém cartas geográficas e gravuras de tipos. 1894. 1895. 8. 1889. de 109 págs. Lisboa. dizem «Cavaleiro de Miranda». pelo visconde de Alvaredos. Ferreira Deusdado. Angra do Heroísmo. Liceu Nacional de Angra do Heroísmo – Discurso inaugural proferido na sessão pública de 17 de Outubro de 1910 pelo Reitor Dr. 8. na sessão pública de 15 de Outubro de 1907 [do Liceu Nacional de Angra do Heroísmo] e relatório referente ao ano escolar de 1906-1907. de 87 págs. Sousa e Andrade. 1907.° de 23 págs. Tip. Angra do Heroísmo. Angra do Heroísmo. O Diário dos Açores de 19 de Abril de 1909 e o Correio dos Açores de 28 do mesmo mês e ano anunciaram a tradução para espanhol dos Quadros açóricos sob o título Leyendas de las Islas de los Azores. 8. de M. Tip. Quadros açóricos – Lendas cronográficas.° de XIX-300 págs.DEUSDADO 165 TOMO VII Pensamentos. Minerva Cunha. 1904.° de 112 págs. Sousa e Andrade. Tip. 8. Manuel Ferreira Deusdado». Municipal. 1907. Parece-nos que esta obra é de Deusdado. Miguel de Bragança. Angra. É uma colecção de pensamentos e conceitos sentenciosos extraídos das obras do doutor Deusdado. Carta aberta ao Senhor D. 16. com o retrato do homenageado. 1910. 1908. em papel especial.° de 23 págs. Escorços trasmontanos. Imp. Angra. Imp. Minerva Cunha. 8. 8. Portugal e Miguel Ângelo Buonarroti – Interpretação de um grupo do Juízo Final na capela Sistina. Angra do Heroísmo.. Edição numerada. 1912. 8. de Sousa Silva Costa Lobo. Sousa e Andrade. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de M.° gr. Esse volume tem por título: «Os quadros açóricos e a crítica – Homenagem dos alunos do Liceu de Angra do Heroísmo ao seu ilustre Professor Sr.° de XXIV-539 págs. Ignoramos a razão do pseudónimo «Visconde de Alvaredos». O Senhor D. Tip. 8. Separata do Almanaque Açores para o ano de 1916. Manuel V. Os alunos do liceu de Angra reuniram depois em volume as apreciações que a imprensa periódica do país fez a esta obra. Angra do Heroísmo.° de 354 págs.° de 32 págs. Bispo de Angra. 1909. Tip. O sobrinho do doutor Deusdado supõe que não é dele. 1910. 1903. Sousa & Andrade. Separata do periódico O Regenerador. com o retrato do perfilado. 8. As iniciais C. com uma fotogravura. Perfil do Conselheiro Teixeira de Sousa. Dr. por C.° de 8 págs.° de 58 págs. e 5 (inumeradas) de índice. 8. Publicação oficial. Angra do Heroísmo. pseudónimo usado pelo doutor Manuel Ferreira Deusdado.. Lallemant. embora venha firmada com o nome de A. Angra do Heroísmo. Discurso da abertura solene recitado pelo reitor interino. 1906.° de 58 págs. com o retrato do bispo. 8. Municipal. Bosquejo histórico de puericultura – «Educadores portugueses». e que como recompensa de tal proceder o governo o quis condecorar. este silêncio nada depõe contra ele. em nosso entender. e também na Revista de Obras Públicas. se bem que. A 1. Lisboa. a 7 de Novembro de 1891. onde também faleceu a 21 de Março de 1904. A propósito destes jazigos ver apelido «Serrão». Inocêncio Francisco da – Dicionário Bibliográfico. Escreveu. O Diário de Lisboa de 5 e 8 de Janeiro de 1866 celebra a coragem do médico municipal do Mogadouro. DIAS (António Augusto de Oliveira) – Cirurgião-médico pela Escola de Lisboa. 1917. 8. Tese ou dissertação apresentada à Escola de Lisboa (237). 8. Frequentou a Escola Médico-Cirúrgica do Porto e concluiu a sua formatura em Lisboa. Era condecorado com a Cruz de Avis e tinha as mais medalhas militares inerentes ao seu posto. 1888-1892. A crise do Ideal na Arte. reformado. Olímpio de Oliveira Dias. filho do biografado. Separata do diário A Verdade.° de 11 págs. e 4 planas. 1886. DELGADO (Joaquim Filipe Neri da Encarnação) – General de divisão. p. 2. além de outras obras: Reconhecimento científico dos jazigos de mármore e de alabastro de Santo Adrião e das grutas compreendidas nos mesmos jazigos. doutor Manuel Águedo de Miranda que correu em socorro dos de Freixo. mercê que ele recusou. Lisboa. engenheiro-inspector da comissão do serviço geológico. DIAS (Estêvão) – Jesuíta.° de 190 págs. tomo II.166 TOMO VII DEUSDADO | DELGADO | DIAS Notas dum viajante no império russo. 8. Livraria Editora Andrade. sendo um dos médicos que se aguentaram no seu posto. e duas de índice.ª edição é de 1890. Saiu nas «Comunicações da Comissão dos Trabalhos Geológicos de Portugal». tomo VIII. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que faleceu a 29 de Março de 1583 no Colégio da Companhia em Bragança. números de Março e Abril de 1888. disse-nos que seu pai prestara bons serviços em Freixo de Espada à Cinta em 1866. quando aí apareceu o cólera. pág. director da Escola de Habilitação ao Magistério Primário em Bragança. Angra do Heroísmo. Escreveu: Considerações sobre o crup e seu tratamento. e nada diz de Oliveira Dias. com trinta anos de serviço. 1916. Nasceu em Bragança a 8 de Dezembro de 1836.° de 71 págs. Lisboa. 88. Nasceu em Elvas a 26 de Maio de 1835 e faleceu em 1908 ou 1909.ª edição. 45. Reformou-se no posto de coronel-médico. cujas virtudes mereceram especial (237) SILVA. DIAS 167 TOMO VII comemoração a Jorge Cardoso no Hagiológio Lusitano referente ao dia 29 de Março. vir vere pius. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . vel in orando occupotus». onde se lhe tornava indispensável para moralização da juventude universitária. A sua pátria e claras virtudes constam dos seguintes versos publicados no Hagiológio de Jorge Cardoso: Loete Brigantinos Salmantica sucipe fructus Quos hoec terra tuo lacte rigata tulit. (238) CARDOSO. Escritores. neque ullis volevat implicari negottiis. ex quo uberrimam colligebat messem potuissent impedire. referente ao dia 9 de Abril. franciscano. indeffessus verbi divini minister. et legis doctor Apostolicœ. D. com que delectava os engenhos dos doctos.. Abhorruit supra modum Ordinis officia. El Gran Diccionario de Moreri e o Hagiológio Lusitano dizem que foi em 1600. artigo «Diaz». Jerónimo Manrique de Lara. vere doctus. onde se notabilizou como pregador verdadeiramente apostólico. Francisco daquela cidade aos 9 de Abril de 1600 ou 1601. pelo abalo grande que faziam suas reprehensões». tomo II. não lhe faltando abundancia de conceitos e flores oratorias. «Tinha – diz Jorge Cardoso – singular efficacia no persuadir. p. Totus erat in scribendo. João Baptista de – Mapa de Portugal. Hinc modo surrexit doctissimus autor in omni Scriptura. MORERI. definidor da sua ordem. e recreava os ouvidos dos indoctos. e talvez parecia que falava nelle o Spirito Sancto. DIAS (Frei Filipe) – Natural de Bragança. professando depois no convento franciscano dessa cidade.. Jorge – Hagiológico Lusitano. logo o bispo de Salamanca. que ausentando-se para Compostela.. Faleceu em Salamanca e foi sepultado no convento de S. 303. não há certeza absoluta. reclamou o seu regresso. mas o Sumário da Biblioteca Lusitana e o Mapa de Portugal trazem 1601. sendo o mais famoso do seu tempo e geralmente considerado como o primeiro eclesiástico dessa época. quæ a verbi divini semine spargendo. salutis animarum constanter sitibundus. «Philippus Diaz – diz Wadding – Sanctæ Theologiæ apud Salmantinenses Professor. Foi de notável humildade e contínuo estudo. CASTRO. que só interrompia para pregar ou orar (238). De Bragança foi estudar teologia a Salamanca. Era tal o prestígio do seu nome e a eficácia salutar do seu exemplo.. °. Barcelona.. 1604. DINE (Agostinho José Lopes) – Nasceu em Santa Maria (Bragança) a 4 de Maio de 1817.° Marial. livro III. e que apoz da sua instrucção primaria não recebeu outra eduçação artistica mais do que a do officio que seu pae exercia.168 TOMO VII DIAS | DINE Escreveu: Conciones quadruplices. Venete. tem desempenhado obras de grande vulto. filha do doutor em cânones Agostinho José da Fonseca. e dispôr-se elle a fazel-o. que temos visto. fazem menção honrosa deste ilustre bragançano. 4. 1587. etc. Wadding no Annal Seraph. (240) Ver tomo VI. 2 tomos in-4. 1598.. 1.° e em latim.. do Porto (240). 1604. e elles falarão por nós e pelo artista. Salmante. 1600 e Gil Gonçalves na Hist. 1586 até 1591. natural da vila de Alfândega da Fé. O mesmo é apresentar-lhe qualquer producto das artes. Dine porém. vindos de paizes estrangeiros: hoje trabalha em apromptar segundo mais perfeito. 1586-1591-1595-1596. Mariana Cândida de Lima da Fonseca Pinto.1604. bem como Frei Manuel da Esperança na História Seráfica.° Quinze tratados de considerações. professor-proprietário da cadeira régia de filosofia em Bragança. etc. 1586 e 1676. cap. destas Memórias. e de D. por muitos títulos digno de admiração: queremos falar do snr. sem cursar estudos regulares. comtudo melhor do que muitos. 8. unicamente pela força do seu genio.° Lugd. filho de Jacinto José Dine e de Joana Rosa. 4. Inácia Margarida de Lima. 1607. do Porto. Venete.° Summa predicantium. 4. 1583 até 1602. etc. Salmant. Mariana Albina de Lima Pinto. Casou em 1842 com D. 4. e de D. 4. natural de Faria. filha de Miguel José Pinto Castelinho. Eis os factos. 6 tomos in-4. Colon. O snr. 1595 (239). 1605. Agrip. 4. sem frequentar e praticar com os mestres. Venete. Pediram-lhe obras de (239) O Sumário da Biblioteca Lusitana. Eis o que lemos a propósito deste artista: «Com summo prazer satisfazemos aqui um desejo. e 1602. e fazermos conhecido fóra desta cidade um jovem artista. Agrip.. Salmanticæ.. p. por complicado e difficil que seja. Quiz fazer um piano – e fez um piano: senão perfeitissimo. Agostinho José Lopes Dine. com assás perfeição e facilidade. 1597.° e em latim. tomo I.. Salamanca. 1587. cap. 4 tomos e Lugd.° Venete.° Venete. V. III.° Col. termo de Barcelos. que ha muito nos assistia – o dirigirmos duas palavras de louvor. ad an. 4. que vê-o logo executado. 1586 e 1676. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .° Colon. Venete. 4 tomos in-4. Veneto. 139. 1597 (foi traduzida em italiano). liv. filho de um marceneiro d’esta cidade. Agrip. capitão-director do trem do ouro das obras militares da cidade do Porto. uma imagem de um Santo Christo em meia grandeza natural na egreja de Carragoza. o metal.» (241). para revelar os milagres do seu genio. que deve também ser obra de Dine. destas Memórias). Dine. e uma vista da cidade de Bragança. a pedra. Chegados às ilhas da Madeira deteve-se alguns (241) O Farol Trasmontano. correspondente a Agosto de 1845. natural do Felgar. n° 12.DINE | DINIS 169 TOMO VII talha em gravura. ou menospresado!. Luís de Vasconcelos. que tem apparecido n’este jornal (primeira obra sua n’este genero de gravura em madeira). e para mostrar de quanto elle é capaz. que tem este letreiro: «DINNE EXCULPIO». Há dele uma tese de direito canónico. os seus segredos e todos os meios de que ela dispõe?! Em outro paiz. A madeira. Conseguiu juntar trinta e nove e partiu em 1570 com a frota que naquele ano ia para o Brasil com o governador D. o snr. José Augusto Tavares. DINIS (S. Pertence à colecção do ilustrado abade de Carviçais. gloria para elle e para a sua patria: em Portugal vive pobre. A maior parte dos desenhos d’estas e d’outras obras são tambem feitos pelo snr. deu-lhe licença para levar alguns da província de Portugal. Os jesuítas iam na nau Santiago. natural de Bragança. geral dela. Dine se a arte lhe ouvera revelado os seus processos.. e as differentes estampas. No cemitério público em Bragança há um escudo gravado numa pedra mole (talco) embutida noutra de granito em uma sepultura (já publicado sob o número 32 no VI vol. para elle não ha difficuldades! O que seria o snr.. desconhecido. servindo de véu de cálix. tudo obedece ao magico poder do seu genio. uma pedra d’armas na villa dos Cortiços e outra no cemiterio d’esta cidade. teria protectores. e Francisco de Borja. hoje canonizado. impressa em três planas em seda vermelha. mas não está assinado. Pelo mesmo teor há outro escudo numa casa da rua de Trás (hoje rua Conselheiro Abílio Beça). que ainda não sahiu a publico. Dine teria admiradores.. Inácio de Azevedo a tratar de certos negócios concernentes à Ordem. defendida no seu doutoramento. Nicolau) – Jesuíta. Nos quatro lados da pedra em que está esculpido o escudo há uma inscrição ilegível por estar coberta de cal. teria a riqueza e gloria. que Inácio de Azevedo fretara a meias na cidade do Porto. lá estão – o altar e ornatos de uma capella em Arguzello e outro em Chacim. que diz ser José Caetano Dinis. Em 1569 partiu do Brasil para Roma. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . dedicada a Nossa Senhora do Rosário. a documentar o trabalho deste artista.. Não indica ano nem lugar de impressão. atendendo à falta de missionários que tinha o Brasil. DINIS (José Caetano Teixeira) – Doutor. No primeiro ataque dos inimigos. concertado entrou na casa onde fazia seu officio o irmão dispenseiro e o achou rebentando de prazer e como alienado de si de pura alegria e preguntado pela causa disse: que naquella hora lhe tinha revelado o Senhor que dahi a pouco tempo havia de ser martyr. depois de dar graças a Deus. a nau Santiago procurou defender-se. natural de Chacim. concelho de Macedo de Cavaleiros foi o segundo. vendendo os seus tripulantes caras as vidas. disse: O nosso Nicolau que aqui vistes andar pelas ruas de Bragança é martyr glorioso de Christo com grande corôa de gloria para sempre. onde se afogou. com receio dos corsários que infestavam aqueles mares. porém com esta diferença: os que tinham coroa aberta foram primeiro apunhalados e depois lançados ao mar. Exercia na nau o ofício de mestre de noviços e era insigne em virtudes. natural de Bragança. Deste número fazia parte o irmão Nicolau Dinis. que vingava o massacre de São Bartolomeu. trucidando os cristãos que encontrava. Inácio parte. «Sendo ainda estudante de fora – diz a “Crónica” – dizia muitas vezes seu mestre que o coração lhe adivinhava que havia de ser martyr. Chegaram estas novas áquella cidade a tempo que nella assestia o bispo D. Abraçado à cruz. protestando a fé católica em que morria. e no mesmo porto da ilha de Palma é surpreendido pelo corsário huguenote Jacques Saria. mas foi rendida e os quarenta jesuítas mortos. Contra os demais jesuítas que iam na nau decretou Jacques Saria sentença de morte. e os que a não tinham sofriam somente o último suplício. lhe deram mais sete punhaladas. Tinha vinte sete anos de idade e havia nove que entrara na Ordem. empunhando uma cruz para assim dar claro testemunho da fé que professava. Foi passado com três arcabuzadas. e assim se cumpriu. principalmente na caridade.170 TOMO VII DINIS dias o governador. com a nau já citada. Emquanto esperava no colégio de Bragança recado do padre Inácio de Azevedo para a viagem. esperando tempo próprio. por recear as calmarias da Guiné. Bento de Castro caiu desmaiado. e meio-vivo foi lançado ao mar. Todavia. e eu bispo não sei se me heide salvar». Bento de Castro. esforçadamente se foi meter entre os que brigavam. À vista do perigo. por irem – dizia ele – ao Brasil pregar falsa doutrina. animando em alta voz os seus companheiros a que pelejassem pela igreja romana. despedindo-se dos demais irmãos. desenganando ao mesmo tempo os hereges da sua cegueira. e não sendo estas bastantes para que caísse. o governador deu-lhe a licença a custo. pediu licença para chegar à ilha da Palma. sendo o primeiro Inácio de Azevedo. uma das Canárias. Antonio Pinheiro o qual prégando ao povo. «dadas à mão tente». Viram os de Bragança a certeza do que elle lhes disse. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . mas Inácio. de dezassete anos de idade e professo no Colégio da Companhia da mesma cidade. um dos mais temíveis daquele tempo. condecorado com a cruz de ouro de seis campanhas da guerra peninsular. depois de largas pesquisas que muito trabalho nos deram. vimos que nem sempre é esse o motivo. têm estes reza especial a 15 ou 20 de Julho. (244) Ver tomo I. seriam dela naturais. DOUTEL DE ALMEIDA (Bernardo) – Primeiro barão de Portela por decreto de 26 de Outubro de 1823. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Jorge – Hagiológio Lusitano. que se distinguiu no ataque de Puebla de Sanábria em 1810 contra os franceses (244). ou por algum favor. pois há inúmeras cidades e lugares «que rezão de diversos santos que não forão seus naturaes. Santa Teresa de Jesus diz que os viu entrar no céu com a auréola do martírio. DOUTEL (António José) – Alferes. 165 e 196. por esse motivo. 224. cavaleiro da Torre e Espada. era filho de Antó(242) VASCONCELOS. afinal. chegando mesmo a ver os processos da canonização de muitos. ou também por serem avogados de particulares necessidades» (243) e ainda para o prelado diocesano comprazer a Roma em ordem a conveniências pessoais. da Legião de Honra de França. ou por gozarem de suas reliquias. 52. 1652. p. p. que do ceo por seo meio recebessem. D OUTEL DE ALMEIDA (António Venceslau) – Fidalgo da casa real. livro IV. (245) Ibidem. comendador da ordem de Avis. 68 e 93. bispo de Tarragona. 131. tomo I. e na diocese de Bragança. referente ao dia 22 de Janeiro.DINIS | DOMINGOS | DOUTEL 171 TOMO VII O martírio destes quarenta jesuítas teve lugar a 15 de Julho de 1570. seu chefe. DOMINGOS JOSÉ – Sargento. que muito se distinguiu também nas guerras contra os franceses (246). (246) Ibidem. que supusemos. Posteriormente foram canonizados todos estes quarenta mártires com Santo Inácio de Azevedo. n. na vida desta santa (242). Na diocese de Bragança reza-se de muitos santos. alcaide-mor de Alcobaça e comandante da guarda real da polícia em 1823. na biblioteca da respectiva congregação. e conheceu até um que era seu parente. (243) CARDOSO. moço-fidalgo com exercício. Simão de – Crónica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil. como diz Frei Diogo de Yepes.os 37. que igualmente muito se distinguiu nas lutas contra os franceses e nas constitucionais (245). arquivados em Roma. destas Memórias. marechal-de-campo reformado. Nasceu a 22 de Janeiro de 1789 e faleceu em Aldeia Galega da Merceana a 25 de Agosto de 1876. da qual dois eram naturais. e mercê. 159 e 161. p. p. senhor de vários morgados em Bragança e Eixes. que estava na praça de Almeida em 1810 quando se deu a explosão (248). DUARTE – Senhor de Bragança pelos anos de 1439. e de D. DOUTEL (João José) – Alferes de infantaria n° 24. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . vol. segundo a Corografia Portuguesa. etc. que está na Biblioteca de Évora: Relação dos Jesuítas mortos desde 1568 até 1616 em Bragança. coronel de cavalaria e governador de Chaves. (251) Portugal: Dicionário histórico. destas Memórias. Ver tomo I. parte III. Foi provido em 1820 no canonicato que nele resignou seu tio Manuel Doutel de Almeida. DOUTEL DE FIGUEIREDO SARMENTO (Manuel) – Das Aguieiras. quinta dos Chairos. Maria Josefa Doutel. IV. DUARTE | EBEN | ESCOBAR | ESPÍRITO SANTO nio Venceslau Doutel de Almeida Machado e Vasconcelos. das referidas povoação e quinta. Maria Joaquina Madureira de Morais Sarmento (247). natural de Bragança (249). E E BEN (Barão de) – Foi nomeado em 1813 governador das armas da província de Trás-os-Montes em substituição do general conde de Amarante (250). artigo «Escobar (padre Manuel de)». concelho de Mirandela. destas Memórias. neto paterno de Domingos Rodrigues e de D. junto a Mesão Frio. (251). Nasceu em Celorico da Beira em 1587 e faleceu no colégio de Coimbra a 18 de Novembro de 1652. pág. 285. Guiné. (250) CHABY – Excertos históricos. fidalgo da casa real. e materno de António Venceslau e de D. D. fidalgo da casa real e cavaleiro da ordem de Cristo. Maria de Almeida. 165. p. Isabel Pires. ESCOBAR (Manuel de) – Presbítero-jesuíta. p. ou de Teixeira. (249) Museu Regional de Bragança. foi o fundador da ermida de Nossa Senhora da Teixeira no termo da (247) Portugal: Dicionário histórico. Cabo Verde. onde nasceu em 1801. maço n° 1. (248) Ver tomo I. no dizer do Hagiológio Lusitano. 684. Além de outras obras. ambos de Bragança. Cónegos. deixou o seguinte manuscrito. artigo «Portela».172 TOMO VII DOUTEL | D. ESPÍRITO SANTO (Jordão do) – Natural de Ovelha. filho de Miguel Pires e de D. O padre Fabião era filho de pais pobres. Também colaborou em A Palavra e outros jornais. concelho de Macedo de Cavaleiros. F FABIÃO (Francisco António) – Presbítero. Pelos anos de 1892 a 1896 foi pároco encomendado na freguesia da Sé em Bragança e depois na de Mascarenhas. Lealdade. era filho de João Manuel Fabião e de D. a 29 de Abril de 1905. Universitat. onde nasceu a 7 de Abril de 1886 e suicidou-se. onde nasceu a 20 de Março de 1836. Estudou e ordenou-se de presbítero em Braga. quase seu vizinho. José Joaquim de Azevedo e Moura. Braga. desfechando um tiro de revólver nos miolos. concelho de Bragança. lua em campo estrelado e vasos com enormes ramos de flores. de Bragança). Tip.ESPÍRITO SANTO | ESTEVES | FABIÃO | FÁBIO 173 TOMO VII sua naturalidade e não junto a Moncorvo. mas graças à generosa protecção de seu tio Manuel António Fernandes e à boa vontade do arcebispo de Braga D. Tip. quando se retirava de pároco de Mascarenhas para a sua terra natal. 1871. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . É dos véus mais ornamentados que temos visto. de seda cor de laranja. 8. como quer a mesma Corografia. concelho de Mirandela. referente ao dia 21 de Fevereiro. conseguiu ordenar-se de presbítero. infelizmente. formada por rosas e cravos em cuja semente debicam aves e pousam mariposas. Jorge – Hagiológico Lusitano. está muito manchado e dilacerado com prejuízo do texto. dedicadas a Nossa Senhora das Neves e por ele defendidas em Salamanca a 13 de Maio de 1756 e impressas na mesma cidade apud Garcia de Honorato. ESTEVES (João Baptista Fernandes) – Na Paradinha. Luísa de Barbosa. Em volta desta tarja há uma outra formada de vários ornatos: sol. porém. Faleceu a 21 de Fevereiro de 1510 (252). Escreveu: Bosquejos de recordações do passado ou a Infância e a Cruz. indo o seu cadáver a sepultar a Castro Vicente. FÁBIO (António do Nascimento Rodrigues) – Natural de Bragança. havia dele um véu de cálix (agora em poder do padre Albano de Jesus Falcão. cargo que honrou com a sua muita virtude. A tese está envolta por larga tarja rectangular. (252) CARDOSO. natural de Castro Vicente. com umas teses físico-médico-cirúrgicas. às sete horas da noite de 6 de Janeiro de 1903.° de 141 págs. natural de Alfândega da Fé. Faleceu em Peredo. FARIA (Eduardo Ernesto de) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. Nasceu em Miranda do Douro a 16 de Abril de 1871. Relata-se no fim uma relação curiosa dos Arcebispos. FARIA (João de) – Natural de Miranda do Douro. Em 1905 fez concurso para uma cadeira liceal. Lisboa. p. da – Dicionário Bibliográfico e Sumário da Biblioteca Lusitana. destas Memórias. Duques. onde saiu com o apelido errado de Talião em vez de Falcão. 1904. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 8. de 30 págs. filho do doutor Francisco Inácio Rebelo de Faria e de D. foi para o Mogadouro exercer a advocacia. proferido sobre um despacho que anulou os termos duma apelação interposta em processo crime por transgressão da lei reguladora da liberdade de imprensa. sendo provido no Liceu Nacional de Bragança por decreto de 9 de Fevereiro de 1906. Bispos. (253) Ver tomo VI. Tip. de que era acusado o Reverendo Padre José Cardoso Figueira. Ver o tomo I. Saíram na Enciclopédia das Famílias (1903 e 1904). que muito se distinguiu durante a guerra peninsular (1808-1815). Académica. Imp.° Ambos estes opúsculos são muito raros (254). págs. continuando no exercício da advocacia e no cargo de escrivão-notário. Coimbra. 8. Quitéria Margarida Pinto. 8. Concluída a sua formatura em 1895. (254) SILVA. Escreveu: Calendário dos tempos do ano de 1611 e outro do ano de 1616 com uma paroganação dos varões ilustres antigos com os de Portugal. que exerceu durante dois anos.174 TOMO VII FÁBIO | FALCÃO | FARIA Escreveu: O Helicon. FALCÃO (Manuel Machado) – Alferes. Escreveu: Breves apontamentos para a história genealógica de algumas famílias da província. 159 e 161. 1900. onde também serviu como administrador e conservador.° Prognóstico. de Ferreira Soeiro. Escreveu: Minuta de Agravo e Acórdão da Relação do Porto.° fr. 517. Lunário e Calendário dos tempos deste ano de 1612 que é bissexto ao meridiano de Lisboa. Bragança. Marqueses e Condes que há em Portugal. Inocêncio F. residente no Porto (253). Deixou também alguma colaboração em prosa e verso nos jornais de Bragança. Em 1900 veio para Bragança. Lisboa. 4.° de 67 págs. FALCÃO (Antero) e também Antero Falcão Leite de Seabra – Juiz de direito aposentado. destas Memórias. 4. Lisboa.FARIA | FAYA | FEIJÓ 175 TOMO VII FARIA (Manuel Severim de) – Chantre e cónego da Sé de Évora. constituem o objecto da obra. 1739. ou pelo menos muito adiantadas. (256) Ver tomo VI. pretéritos e declinações dos latinos e gregos. bispado de Coimbra. Deixou família em Bragança. rudimentos.° – Coimbra. FEIJÓ (Padre João de Morais Madureira) – Jesuíta egresso. Manuel Severim de Faria. Escreveu: Arte explicada – Parte I – Princípios.° (255) Ver: tomo II. destas Memórias. FAYA (Pero de la) – Foi o arquitecto ou mestre-de-obras da actual Sé Catedral de Bragança e Seminário. 280. ano de 1660. a Miranda no ano de 1609. Escreveu. obra que não realizou por se encontrar doente. falecendo na vila de Ançã a 29 de Outubro de 1741. As impressões da região. 1735. 522 e 613. Também arrematou a construção da ponte do Jorge na mesma cidade. 4. com algumas antiguidades. Lisboa. encontra-se o assento de «António de Lafaia. Apêndice da sintaxe perfeita. Escólios de nomes e verbos. etc. Era natural de Parada dos Infanções. 4. concelho de Bragança. chantre e cónego da Sé de Évora. eleito para aquela Sé. e 14 inumeradas. p. onde hoje se encontra o edifício da agência do Banco de Portugal. 4. João. 4. tomo III. e trabalhou na Sé de Miranda do Douro. p. Em 1897 tinha ali a seguinte marcação: Y – 2 – 55. fidalgos de solar (256). destas Memórias. e segundo tomo da segunda parte. Manuscrito existente na Biblioteca Nacional de Lisboa. onde nasceu a 21 de Março de 1688.° de 455 págs. Severim de Faria viera comissionado pelo cabido de Évora felicitar o bispo D. 233. 1732. cujas obras estavam concluídas. e tomo IV.° – Coimbra. 1730. Nas colunas e escadaria do claustro da mesma Sé também trabalhou um outro arquitecto de nome Fernão Pires (255). p.° Parte II – Sintaxe. Faleceu em Bragança e foi sepultado na antiga igreja matriz de S. 356. Contém todos os nominativos. mercador». 1739. da qual José Leite de Vasconcelos fez extractos nos seus Estudos de Filologia Mirandesa e Religiões da Lusitânia. Lisboa. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . p. Pertencia à nobilíssima família dos Madureiras Feijós. O Sumário da Biblioteca Lusitana dá notícia de outro manuscrito de Manuel Severim. em 30 de Maio de 1545. pois no livro dos óbitos da freguesia de Santa Maria. linguagens. bacharel em teologia pela Universidade de Coimbra e prior na vila de Ançã. intitulado: Relação de outra jornada que fez em 1625. géneros. além de outras importantes obras: Itinerário que fez o Sr. Diogo de Sousa. 1739. chama ao Madureira “cego fautor da orthografia portugueza. uma que tenho presente é de Lisboa de 1836 (4. o artigo inserto no referido Dicionário relativo a José Barbosa Leão e a controvérsia a que deu lugar o seu sistema ortográfico. pois – continua Inocêncio – que não obstante a censura do padre José Freire.°) e tudo se tem exgotado a ponto de se pensar em nova edição». Calendas. Lisboa. a sua Orthografia ha sido sempre a mais seguida e geral entre nós. Dividida em três partes. dos acentos. nas suas Reflexões sobre a lingua Portugueza. algumas abreviaturas. sílaba e versos. Lisboa. e não deseje vel-o remediado: mas os alvitres até agora propostos. teem augmentado o mal. 2. «Vê-se. ou arte de pronunciar com acerto a língua portuguesa. continuador de Inocêncio (Dicionário Bibliográfico. 111. 1732. apoiando-se para esse effeito em razões mais ou menos plausiveis. conta dos romanos. Pedro de Sousa Tavares. Depois. e aconselha que a respeito dela se consultem a Lira Poética. XIV.° Ortografia. na qual interveio a Academia Real das Ciências. Ninguem ha que o não lamente. que no passado e no presente seculos emprehenderam introduzir systemas inteiramente diversos. tantas e tão repetidas tentativas. quaes foram as dos orthographos. e latinos. sempre encostada á latina. tomo I. e que o uso ainda reprova”. E MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .. O padre Madureira Feijó é considerado como o melhor comentador do método gramatical do jesuíta Manuel Álvares. ou modificar o methodo adoptado á vontade de cada qual. Verbos irregulares. Uma breve instrução para os mestres das escolas.176 TOMO VII FEIJÓ Parte III – Tomo IV – Sintaxe figurada. torna a falar deste escritor.ª. Nenhum d’elles pode alcançar para si o triumpho a que aspirava. tomo X).° de 214 págs. As obras acima mencionadas foram escritas para instrução do duque de Lafões. pág. D. 4. e as suas significações. da Silva – sahiu em 1824. Nonas e Idos. inefficazes uns. discípulo do autor. então adoptado em todo o país. de cada uma das letras. e o mais que obtiveram todos juntos com as suas regras e doutrinas encontradas e contradictorias.° de VIII-548 págs. 4. palavras dúbias. dos erros do vulgo.ª. 4. A 2. e em casos especiosos. de como se dividem as palavras. das vogais e ditongos. pág. 1739. Não conseguiram ainda desapossal-o de todo da supremacia que uma vez tomou. dando o título desta obra um tanto modificado. sustentando opiniões que os criticos não quizeram adoptar. enredando cada vez mais o negocio. da pontuação. ou tons da pronunciação. A 1. Coimbra. que. foi reduzir-nos ao estado anarchico a que chegamos.ª série. com a medição.. 1734. inadmissiveis outros. Brito Aranha. «A décima edição d’esta obra – diz Inocêncio F. emendas de ortografia no escrever e pronunciar toda a língua portuguesa. – Coimbra. Segunda edição. as notas do mesmo tomo. e da sua pronunciação. A 3.ª. e depois d’esta teem sahido não sei quantas. esforçou-se por mostrar a inutilidade da Arte de Madureira e os males que causou ao estudo da boa latinidade (257). Ulissip. artigo «Compêndio histórico». Verior Ganimedis raptus (259). sob o pseudónimo de «João Pedro do Vale». 4. confessara a tortura em que se achou. (260) Ver tomo I. (257) SILVA. 166.. Nicolau Tolentino diz-nos: Com o Madureira na mão Revelaram altos segredos D’advérbio e conjunção. Este juízo do jesuitófobo Pombal em nada desfalca os créditos do padre Madureira Feijó. p. Escreveu mais: Explicate in omnes partes Arti Pe. Tragédia. Alvares. mais extenso e mais inutil». da – Dicionário Bibliográfico… (258) Ibidem. Dicionário Bibliográfico. 5. quem inspirou e patrocinou a Dedução Cronológica e Analítica. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . diz. como Antonio Franco. creio. etc. destas Memórias. vulgo dos Açores. FEIO (Luís António) – Oficial de infantaria n° 24. ansioso de extinguir tudo quanto cheirasse a jesuíta. O marquês de Pombal. nas suas Memórias para a história literária de Portugal.FEIJÓ | FEIO 177 TOMO VII assim continuaremos talvez por muito tempo na situação excepcional de sermos. a pág. (259) Sumário da Biblioteca Lusitana. a sujeição de sessenta anos à Espanha e logo em seguida a porfiada guerra de vinte e oito anos que com esta nação mantivemos. a competência do padre Madureira passou à literatura. O professor António Félix Mendes. a nação unica da Europa que ainda não pôde fixar a sua orthografia». 1724. que estava na praça de Almeida em 1810 quando ela foi pelos ares (260).° – Dissidium de primatu inter insulas. mais que os jesuítas precipitaram a decadência dos estudos em Portugal.° relativamente aos professores de gramática latina: «Prohibo que nas classes de latim se use dos commentarios de Manuel Alvares. Inocêncio F. João Nunes Freire. não tem autoridade bastante para acoimar de «inútil» a obra de Madureira. vendo-se na necessidade de imputar aos jesuitas tambem a corrupção entre nós da chymica!» (258) É certo que as desastrosas consequências de Alcácer Quibir. por alvará de 28 de Junho de 1759. José Soares e em especial de Madureira. no n° 8. Mas Pombal era assim! «João Pedro Ribeiro nos conta que um dos collaboradores da parte do mesmo Compendio historico relativa ás sciencias naturaes. o Compêndio histórico do estado da Universidade de Coimbra e similares. A despeito destas perseguições. etc. Bragança. administrador deste concelho e professor provisório do nosso liceu.°. de Pinelo. etnografia. filho de Francisco do Patrocínio Felgueiras e de D. Agenda Brigantina para 1927. Estes opúsculos pertencem à colecção Leituras do Lavrador. filho de Domingos José Fernandes e de D. 1929. Tip. Do leite para consumo no distrito de Bragança. Francisco Felgueiras tem escrito algumas peças dramáticas de costumes locais. e que foram representadas no teatro desta cidade com grande êxito. região de carbúnculo.. Bragança. Bragança. Académica. Escreveu: Considerações sobre o gado caprino do distrito de Bragança – Tese de doutorado. Tip. espécies de almanaques de perto de 300 págs. referentes ao mesmo distrito. professor da Escola Industrial de Bragança. Mesma tip. Foi presidente da Junta Geral do distrito de Bragança. 1929. 8. Nasceu nesta cidade (Santa Maria) a 6 de Agosto de 1893. Estas Agendas. para 1928. Tem em preparação a Profilaxia das doenças rubras. Idem. Adelina Augusta Ramires Lobo. pela fixação do nosso património artístico. que viveu pelos anos de 1853. fundada pelo autor no louvável intuito de promover a instrução e progresso agrícolas. concelho do Vimioso..° de 57 + 2 (inumeradas) págs. rua Direita. história. a 5 de Junho de 1893.. acompanhadas de artigos de arte. 8. pelos muitos anúncios comerciais e industriais que encerram e que hão-de certamente ter importância enorme no futuro. folclore. como a Calaiolândia. arqueologia. como factor educativo e económico. Emerência Porto FernanMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Fez os preparatórios liceais em Bragança e Lisboa. 1919. intendente de pecuária do distrito de Bragança. 1928. Escreveu mais: Bragança. de colaboração com Luís de Portugal da Fonseca e Melo. concelho do Vimioso. FÉLIX (Francisco) – Pintor. Académica.178 TOMO VII FELGUEIRAS JÚNIOR | FÉLIX | FERNANDES FELGUEIRAS JÚNIOR (Francisco do Patrocínio) – Doutor pela Escola Superior de Medicina Veterinária. de diversos autores. em formato de 20. Adriano Rodrigues.° de 16 págs. 8. são essencialmente regionais e deveras interessantes como demonstração de arte. concluindo o curso da especialidade em 1920.° de 12 págs. FERNANDES (Albino Manuel) – Doutor pela Escola Superior de Medicina Veterinária. A raiva. Nasceu em Angueira. com esplêndidas gravuras de monumentos do distrito de Bragança. 8. Que Felgueiras Júnior não esmoreça e que os bragançanos lhe compreendam o plano benemerente e o auxiliem.° de 12 págs. Ver Pereira (Caetano Joaquim). Tip. 171. sem por yso pagarem coyma algûa e fazendo perda ou dano em pam. e asy ey por bem que os caros que servirem na dita obra posão pasar por quaes quer teras e erdades.. Mestre de cantaria que por 8:000 cruzados acceitou fazer calçadas e cinco olhaes de pontes e outras obras em Villarinho da Castanheira. que avendo respeito ao que os officiaes da câmara da villa de Vilarinho da Cas(261) VITERBO. vinho.. FERNANDES (António) – Em 1569 era ele o mestre da obra que se fazia no castelo de Freixo de Espada à Cinta... pagando a seus donos a perda que com yso fizerem. possão beber em quaes quer augoas que ouver no termo e lemite da dita vylla e asy posão amdar e pastar em quaes quer lugares defezos e coymeiros e nas coutadas da dita vylla.. não sendo tapadas.. » (261).FERNANDES 179 TOMO VII des. Eis o alvará d’onde isto consta.° de 56 págs.. de que he mestre Antonio Fernandez. azeyte... e em todas as outras poderão amdar e pastar. Lisboa. «Antonio Fernandes. e asy me praz que ele posa pera a dita obra apanhar e cavar area homde quer que se achar sem por yso se pagar coyma e fazemdo se pera yso algûa cova ou covas quem as fizer as tapara as fara tapar a sua custa tanto que darea delas não ouver necesydade pera a dita obra. em que não pastarão..°». 1919. artigo «Fernandes (António) 1.... MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Em Setembro de 1920 foi nomeado veterinário do quadro da província de Moçambique e actualmente é director do posto zootécnico do distrito de Inhambane... e este se comprira em quanto as ditas obras durarem ou eu não mandar o contrario ... provedor da villa da Torre de Memcorvo.°: Eu el Rey faço saber a vos. 8. os bois de caro e bestas do dito Antonio Fernandez. ele Antonio Fernandez o pagara. Eis a respectiva carta régia: «Eu el Rey faço saber aos que este alvará virem que eu ey por bem e me praz. como dito he.. que servirem nas ditas obras.. passado por el-rei Filippe 2. Baltezar Feraz o fez en Almeyrin a 5 de Março de 1569 .. e porem as ditas covas se não farão em parte que faça dano a algûas arvores de fruyto nem em teras que estiverem semeadas ou alquevadas pera semear ou tapadas pera se nelas pramtarem vynhas.. ortas ou arvores de fruyto. Sousa – Dicionário dos Arquitectos…. segundo for alvidrada e estimada por pesoas que ho entendão.... sem pagarem coyma. Escreveu: Melhoramento do bovino mirandês e sua exploração – Dissertação inaugural. que em quanto durarem as obras que tenho mandado fazer no castelo da vylla de Freyxo despada cinta. tiramdo a coutada dos prados de sememteira dos lavradores. .. ey por bem e vos mando que torneis a por em preguão as obras e redeficação da calçada e cinco olhaes de pontes que se hão de fazer nos cinco ribeiros. mestre de cantaria.. Talvez este mesmo fosse o que construiu a ponte sobre o rio Quintela.. No mesmo Dicionário faz-se menção de outro António Fernandes.. servindo de provedor dessa comarca. Vizeu. qual se lançara conforme a ordenação..... de que na dita carta fazem menção. Miranda. não passando de conthia de oito mil cruzados. e o dinheiro della se não podera despender em outra algûa cousa mais que nas ditas obras para se poderem fazer e acabar com a brevidade e deligencia que é necesaria.°». na vila de Longroiva. e vistas as enformações que sobre isso me forão dadas pelo licenceado Antonio Veloso.. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Bragança e Torre de Moncorvo... para conforme a isso se lançar a ella a mais na dita finta..... que por ordem régia de 10 de Fevereiro de 1612 foi incumbido de construir uma ponte sobre o rio Côa. artigo «Fernandes (António) 2. .. mestre de pontes e de obras de cantaria.180 TOMO VII FERNANDES tanheira me enviarão dizer pella sua carta aqui junta. e Chaves com declarações que no lançamento da dita finta se tera respeito ao grande rendimento que acrece á barca do concelho da dita villa de Villarinho com as ditas obras se fazerem. que nas ditas obras ja lançou Antonio Fernandez... entre a vila de Mós e Freixo de Espada à Cinta. e como foi arrematada em quatro centos mil rs..... e da contia em que assy forem arrematadas as ditas obras... e as arematareis a pesoa que nellas fizer o mais baixo e seguro lanço. meu escrivã da camara... Sebastião Pereira o fez em Lixboa a XX de Setembro de 1611» (262). além de outras comarcas: Miranda. e na repartição da dita contia tereis tal advertencia que as comarcas que tiverem mais continua pasagem pellas ditas calçadas e pontes paguem mais que os que tiverem menos pasagem . o que assy fareis pella traça e apontamentos de que com este vos será o treslado asynado por João da Costa.. Torre de Mencorvo. fareis lançar finta pellos moradores das comarcas de Coimbra. que foy o menor lamço que nella (262) VITERBO. Para os gastos dela concorreram.. Guarda. como se vê do seguinte documento: «Eu el Rey faço saber a vos provedor da comarca da villa da Torre de Moncorvo que os officiaes da camara e moradores da villa de Mos me enviarão diser que polla grande necessydade que avia de se fazer hûa pomte de pedraria no rio que se chama Quintella emtre a dita villa e de Freixo despada simta me pedião ouvese por bem que assy se ordenasse.. Sousa – Dicionário dos Arquitectos…. cuja obra arrematara por 12000 cruzados. morador na Torre de Moncorvo.. e de Cecília Palmeira. de Deilão. Logo que se ordenou de presbítero foi nomeado professor de latim para o Colégio das Missões Ultramarinas em Cernache do Bonjardim e lá se conservou sempre com grande fama de virtude e de saber. Porto.. Faleceu em Varge a 26 de Novembro de 1910. natural de Moimenta. o autor no Suplemento menciona ainda outro António Fernandes... freguesia de Aveleda.. mestre de obras. ey por bem e vos mando que façaes logo lamçar finta da dita comtia dos 400:000 rs. pois mostrou que o recebera em paga de serviços da sua arte e não o havia comprado para revender. e de Ana Afonso.. FERNANDES (Padre João Domingos) – Natural de Varge. neto paterno de André Fernandes e de Domingas Baçala... e materno de Manuel Afonso. Lixboa a 24 de Outubro de 1608» (263). filho de Francisco Fernandes e de D. de Varge. Lamego e Pinhel.. O padre João Domingos Fernandes era um dos sacerdotes mais distintos do clero bragançano... em 1556.. Exerce a clínica em Vinhais e foi membro da Junta Geral do distrito.FERNANDES 181 TOMO VII fez Antonio Fernandez. Escreveu: Cura radical do cancro do pénis – Tese de doutoramento apresentada à Faculdade de Medicina do Porto.... a quem el-rei perdoou por haver vendido duzentos alqueires de trigo a 110 e 115 réis o alqueire.. onde regeu as cadeiras de aritmética e geometria.. por falta de saúde. onde nasceu a 14 de Setembro de 1844.°».° de 47 págs. até que em 1886.... pela sua muita virtude e profundeza de conhecimentos. 1921. pollos moradores dessa comarqua e das comarcas de Miranda. (263) Ibidem. de Varge. concelho de Bragança.. Fevereiro de 1921. Depois.. mestre da obra do castelo da vila da Torre de Moncorvo. da Varge. onde nasceu a 29 de Outubro de 1892. 8. de que se tem emtemdido que a fara bem e com toda a seguramça que comvem para ficar segura. concelho de Vinhais. Maria do Carmo Fernandes. FERNANDES (António Manuel) – Doutor pela Faculdade de Medicina do Porto. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . servindo ao mesmo tempo de secretário do estabelecimento e de director da disciplina interna. artigo «Fernandes (António) 2. veio para o Seminário de Bragança. sendo para lamentar que nada publicasse.. que pareceo que avião de pagar para esta pomte... filho de Pedro Fernandes. de Sacoias. redigiu em latim muitas mensagens que da diocese de Bragança foram enviadas ao Sumo Pontífice por ocasião de faustosos acontecimentos e passava por competentíssimo nesta língua e na portuguesa. 4. 8. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Comment. Era natural de Bragança. É possível que fosse mestre-pedreiro. Quatro tomos em 4. onde nasceu pelos anos de 1845. Foi eleito tesoureiro da Câmara Municipal de Bragança para servir no ano de 1636 (265). De Reg. concelho de Moncorvo. Imp. Obra utilíssima para estudantes e políticos de lição. Lisboa. fol. FERREIRA (Agostinho de Bem) – Formado em direito canónico pela Universidade de Coimbra. com o maior aplauso. da – Dic. filho de Firmino de Morais e de D. um mapa a cores da região mirandesa onde se fala este dialecto e gravuras da Senhora do (264) Ver tomo IV. doutorando-se a 27 de Maio de 1710. onde recebeu o grau de bacharel a 17 de Junho de 1704. Escreveu: Suma da Instituta. concelho de Bragança. dois tomos. FERNANDES (Pedro) – Entalhador. 1898. Contém ainda o retrato do autor. natural de Coelhoso. 1739. a 3 de Agosto de 1681 e vivia ainda em 1759. por 370$000 réis (264). Bibliográfico. Inocêncio F. J. porque a parte de carpinteiro da mesma obra foi adjudicada ao mestre João Tomé de Morais. Portugal: Dicionário histórico…. ao Tit. com o Dialecto. Lisboa. Nasceu em Maçores. artigo «Bem Ferreira». em Lisboa por mais de vinte e seis anos. onde vem compreendida a «Gramática mirandesa» e 108 págs. Faleceu em Lisboa a 21 de Dezembro de 1919. de Libânio da Silva. lugar que não aceitou. (265) Documento existente no arquivo da mesma câmara.. Escreveu: Dialecto mirandês. director do «Instituto João de Deus» e professor de instrução primária. 203. de Parada. 1740. Lisboa. e Sumário da Biblioteca Lusitana. Depois de ler no Desembargo do Paço. Ordenações com que se conforma. p. com remissões ao Direito de que se deduz.° de LXXXIV págs. destas Memórias. Ana Ferreira. Lisboa.° Teve segunda edição em 1746. continuando a exercer a advocacia. D.° (266).182 TOMO VII FERNANDES | FERREIRA FERNANDES (José Agostinho) – Mestre-de-obras. Em 1788 arrematou as obras de carpinteiro e pedreiro da capela-mor e sacristia da igreja matriz da Paradinha Nova. foi eleito juiz de fora para Trancoso. e doutrina prática. em Freixo de Espada à Cinta. (266) SILVA. F ERREIRA (Albino José de Morais) – Foi funcionário adjunto do comissariado de Instrução Primária de Lisboa. passando em 1703 a Coimbra. filho de Apolinário Francisco e Catarina Esteves. Estudou direito pontifício na Universidade de Salamanca. p. natural de Moncorvo. FERREIRA (João) – Capitão. 104. vol. Vitorina do Espírito Santo Domingues Ferreira. p. FERREIRA (António Joaquim) – Doutor pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Concluídos os estudos preparatórios e teológicos no liceu e seminário de Bragança. merecendo o seu trabalho grandes louvores e larga apreciação de quase toda a imprensa portuguesa. Escreveu: Peletierina – Dissertação inaugural apresentada e defendida na Escola Médico-Cirúrgica do Porto. pelo general Pantoja (269). filho de Manuel António Ferreira e de D. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . pág. FERREIRA (António) – Marido de D. FERREIRA (Padre José Maria) e também José Maria Ferreira de Gouveia Pimentel – Nasceu em Pombares. (269) Ibidem. fundadores do convento de freiras de Santa Clara da mesma vila (267). destas Memórias. (268) Ver tomo I. tomo IV. da Sé Catedral. que arrematou em 1788 por 70$000 réis a pintura da capela-mor e sacristia da igreja matriz da Paradinha Nova. concelho de Bragança. dança mirandesa dos «Paulitos» e suas notas musicais. 8. a 14 de Dezembro de 1864. do castelo de Miranda do Douro. nos seus Estudos de filologia mirandesa. XII. faz mui desfavorável apreciação do Dialecto mirandês. Foi pároco em Pombares e Rebordainhos e apresentado em 28 de Dezem- (267) Ver tomo I.° de 53 págs. em 1666. propagando-a largamente pelo país vizinho. que muito se distinguiu durante o cerco de Vinhais. FERREIRA (João) – Mestre-de-obras. ambos de Vinhais. p. costumes mirandeses. destas Memórias. pessoas nobres. concelho de Bragança. de Parada. 103. p. concelho de Bragança (270). Ocidental. com a competente descrição histórica referente a todos estes assuntos. Helena de Nóvoa. 1881. Albino de Morais traduziu para espanhol a Cartilha maternal de João de Deus. José Leite de Vasconcelos. 208. Porto. I. Tip. ordenou-se de presbítero em 1888. (270) Ibidem. 102. FERREIRA (Duarte) – Governador de Vinhais (268).FERREIRA 183 TOMO VII Naso. criticando severamente o seu autor. Foi médico no ultramar. 643. A Revista do Bem. com vínculo de morgadio. destas Memórias. da qual era administrador em 1732 seu sobrinho padre Francisco Ferreira.184 TOMO VII FERREIRA bro de 1899 num canonicato da Sé de Bragança com ónus de ensino. José Alves de Mariz. Ana Maria Fernandes Barreira. sobrinho do cónego da Sé de Bragança. Coimbra. É dedicada ao bispo da diocese D. (272) Ver tomo VI. com muita competência. concelho de Bragança. maço Capelas. Tem colaborado na Gazeta de Bragança. Escreveu: Pró-Pátria – IV Centenário da descoberta da Índia. onde reside. retirando nessa data para Alvites. FERREIRA (D. publicou o seu retrato acompanhado de justas e elogiosas referências e de dados biográficos. a 13 de Junho de 1874. e de D. p. instituiu uma capela na mesma povoação dedicada a Nossa Senhora de Setembro. de 15 de Dezembro de 1906. 8. Nasceu em Palácios. filha de Manuel António Ferreira. concelho de Bragança. regendo desde então. Legionário Trasmontano e noutros. concelho de Bragança. algumas cadeiras de ciências eclesiásticas no seminário da mesma diocese até à proclamação da República em 1910.° francês de 28 págs. Trás-os-Montes. é pregador honorário da capela real e arcipreste do distrito eclesiástico de Rebordãos desde 1896. doutor Francisco António Ferreira (272). Maria Ermelinda) – Professora primária de Babe. Escola Trasmontana. Civilização Popular. de Babe (273). Revista das Escolas. FERREIRA (Pascoal) – Ver artigo Manuscritos. Imprensa Académica. Revista do Bem. FERREIRA (Miguel) – Presbítero de Babe. por despacho de 26 de Dezembro de 1894 e provida definitivamente em 1898. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . onde saem muitos dos belíssimos sonetos que tem publicado em diversos jornais. 1898. 13 de Julho de 1898 e 10 de Setembro de 1902 e a Gazeta de Bragança de 17 de Setembro de 1899. (273) Museu Regional de Bragança. concelho de Mirandela. tendo em preparação um livro de versos. Goza merecidamente de créditos de distinto orador sagrado (271). (271) Veja-se O Nordeste de 18 de Dezembro de 1894. Oração gratulatória recitada por ocasião do solene Te-Deum celebrado na Sé Catedral de Bragança no dia 20 de Maio de 1898. quinzenário de Lisboa. desembargador da Mesa Episcopal do Despacho. destas Memórias. Ver Faria (Eduardo Ernesto de). tio do doutor em leis António José Pinheiro de Figueiredo Sarmento. D. falecendo a 27 de abril de 1782. uma figura que o artista (274) Ver tomo IV. concelho de Bragança. p. sexto avô materno do autor destas linhas (274). Depois. juiz de fora da capitania de Benguela. 1899. diocese de Coimbra (donde veio como secretário do bispo D. mas ficou absolvido. Sem nome de autor nem tipografia. data em que foi provido na abadia de Podence pelo bispo D. cavaleiro professo da ordem da Milícia Dourada do Sacro Palácio Pontifício. Nasceu em Ílhavo. João Pessanha conseguiu que Figueira. como se vê da seguinte inscrição que nele está: «Este altar de S. FIGUEIREDO (António Esteves Pinheiro de) – Natural de Rabal. A 8 de Janeiro de 1759. há um pequeno painel. Joana Maria de Oliveira. lado do Evangelho. Escreveu: O programa de «O Baixo Clero». no ano de 1759. João o mandou fazer o Rd.mo e Rd. lado da Epístola. onde agora (1927) se venera a imagem do Coração de Jesus. mandado fazer por este abade. diocese de Bragança.or Antonio Esteves Pinheiro de Figueiredo.FIGUEIRA | FIGUEIREDO 185 TOMO VII FIGUEIRA (Padre José Cardoso) – Secretário da Câmara Eclesiástica da diocese de Bragança. cujo proprietário era «José Joaquim Garcia Rodrigues.o Abb. era mestre de cerimónias e capelão do mesmo bispo. José Alves de Mariz). filho de Luís Cardoso Figueira e de D. na Gazeta de Bragança de 24 de Fevereiro de 1907. pelo Ex. a 21 de Agosto de 1864. 662. No anno de 1781». No arquivo da igreja de Podence há um livro que contém os autos de posse dos abades da mesma desde 1631 e diz a parte respectiva: «Antonio Esteves Pinheiro de Figueiredo. onde se vê. Frei Aleixo de Miranda Henriques. Tomou posse da igreja a 10 de janeiro de 1759». MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .° de 13 págs. redactor daquele periódico. bisneto de Pedro Esteves. Bispo. fosse chamado aos tribunais. foi provido em concurso. doutor em direito pela Universidade de Coimbra. natural de Rabal. há um lindo altar em talha dourada. mal pintada. Na referida igreja de Podence. no altar da Senhora das Dores. Frei Aleixo Miranda Henriques.e D. genro do reverendo capellão militar João Manuel d’Almeida Pessanha». abade de Espinhosela e depois de Samil. 8. examinador sinodal e abade de Podence. o padre Cardoso Figueira declarou ser de sua autoria. Ainda na mesma igreja. logo desde o princípio indigitado como autor do opúsculo. Este opúsculo é um desforço contra o periódico O Baixo Clero.mo Sr. vilas e casas ilustres da província do Minho. 8. subúrbios de Bragança. impressa de frente em três planas.o Antonio Esteves Pinheiro e Figueiredo abb. tenente. (276) Ver tomo IV. da qual ainda se conserva no arquivo paroquial a respectiva bula. Lusitana.186 TOMO VII FIGUEIREDO quis fazer do abade no leito da agonia. em seda vermelha.° gr. destas Memórias. que. agradecemos as valiosas informações que nos forneceu referentes a este seu antecessor. Escreveu: Notícia histórica das cidades. em véu de cálix. FIGUEIREDO SARMENTO (Bernardo de) – Capitão. (279) Ibidem. bem como os estatutos por ele redigidos (275). Em 1759 fundou o padre Pinheiro de Figueiredo. Não confundir com «Domingos António Gil». dedicada a Maria Santíssima sob os títulos de Senhora da Assunção. muito se salientou nas referidas lutas (280). (277) Ver tomo I. 130 e 143. que muito se distinguiu nas lutas liberais (279). que depositamos nos caixões das vestes sagradas da igreja paroquial de Baçal. 1873. Tip. FIGUEIREDO (António Lopes de) – Cónego da Sé de Bragança. Braga. a confraria de Nossa Senhora das Dores. 165 e 168. e tomo VI. que igualmente muito se distinguiu em Bragança aquando daquela invasão (278). na mesma igreja de Podence. FIGUEIREDO SARMENTO (Domingos António Gil de) – Proprietário da quinta da Rica Fé. e mais 5 de índice. fes nossa senhora das dores no Rd. (275) Ao actual abade de Podence. onde se lê o seguinte: «milagre evidentissimo q. p. de 153 págs. Temos deste escritor uma tese de direito canónico. Conimbricæ: Ex Typ. destas Memórias. in Regio Artium Collegio Societ. como aquele. e tomo VI. defendida no quinto ano do seu curso em Coimbra. FIGUEIREDO SARMENTO (Bento José de) – Cónego da Sé de Bragança.e de Podence o qual stando por instantes sofocandose d’uma apostema que de repente lhe sobrebeu na garganta. por intermedio da divina senhora em menos de meia hora se viu libre do dito perigo socedeu amanhecendo ao dia 6 de dezembro. 130 e 139. p. reverendo Vicente Carneiro. p. 404. 1775». 622. (278) Ibidem. do Salvador e do Loreto e a sua mãe Santa Ana (sem indicação do lugar onde era venerada). p. 165. (280) Ibidem. p. p. em cuja cidade muito se distinguiu em 1808 por ocasião da invasão francesa (277). 680. Jesu Anno Domini 1742 (276). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . p. concedida pelo geral dos dominicanos em Roma. filho de Manuel dos Anjos de Figueiredo e de Ana Delfina. 1872. (284) Ibidem. mas. falecido em 1733 (283). vitimada a 22 de Setembro de 1863 por uma lesão cardíaca nas caldas de Moledo. Escreveu: Mistérios de Ansiães – Romance original. 679 e 680. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . pertença de um fidalgo. mas apenas se imprimiu o primeiro. se salientou em Bragança contra os franceses naquela data (282). FIGUEIREDO SARMENTO (José António de) – Governador do forte de São João de Deus. Por decreto de 23 de Setembro de 1887 foi nomeado subdelegado do procurador régio para a comarca de Carrazeda de Ansiães. p. quando ele apenas contava vinte anos de idade. Faleceu na referida povoação de Fiolhal a 31 de Março de 1912.° de 218 págs. Colaborou em O Nacional e em A Agricultura do Norte de Portugal. p. A obra devia constar de três volumes. p. FIGUEIREDO SARMENTO (Francisco de) – Sargento-mor. 262 e 326. servindo depois na do Vimioso. (283) Ibidem. e uma de erratas. como declara nos Mistérios de Ansiães. 8. p. 117. a 27 de Julho de 1843. além de outras contrariedades. de Bragança. FIGUEIREDO SARMENTO (Lázaro de) – Alcaide-mor de Bragança pelos anos de 1708 (284). (281) Ver tomo I. Estudadas as disciplinas de latim e francês com o virtuoso e sábio abade de Soutelo.FIGUEIREDO 187 TOMO VII FIGUEIREDO (Eduardo Augusto de) – Nasceu no Fiolhal. e tomo VI. tomo I. Porto. que. a morte da mãe. destas Memórias. Viveu durante alguns anos na terra natal administrando os bens da sua casa e desde 1878 a 1886 teve a seu cargo a administração de uma grande casa. enlevado como então estava pela leitura das obras literárias. como o anterior. 130. a doze quilómetros do Fiolhal. que o autor tinha prontos. de António José da Silva. concelho de Carrazeda de Ansiães. FIGUEIREDO SARMENTO (José de) – Sargento-mor. (282) Ibidem. 327. que se distinguiu contra os franceses em Bragança em 1808 (281). Tip. fizeram-lhe interromper os estudos que já via com aborrecimento. foi para Coimbra cursar o resto dos preparatórios. como o de Maria Gonçalves do Vale. Vimos a descrição de crimes que sensibilizaram a opinião pública. solteira. concelho de Bragança. etc. etc. o castraram – daí o apodo popular capadeiras de Rebordãos. Maria José de Almeida. concelho de Mirandela. praticado nas mesmas circunstâncias. trinta anos de idade. ecoando ao longe como o de D. rosto comprido. casado com D. fratricídios. mas sim por outro mais antigo. concelho de Vinhais. segundo presumimos) (286). filha de Francisco Gonçalves do Vale e de Teresa de Morais. e outras que matam uma mulher. claro e corada. assassinatos em condições tragicamente emocionantes. como outra mulher de Vale das Fontes acusada de assassinar o marido. Era natural de Rio de Fornos.. sinais de barba». Maria Miquelina Doutel. natural de Vale das Fontes. concelho de Vinhais. fl. O general era natural das Aguieiras (quinta dos Chairos). infanticídios. porque os fidalgos tinham muitos. de Bragança.188 TOMO VII FIGUEIREDO FIGUEIREDO (Manuel José Doutel de) – General. Bernardo Doutel de Figueiredo Sarmento e D. na noite de 8 de Outubro de 1840 «por lhe ser encontrado em sua casa o cadaver de Maria Magdalena. Quando procedíamos a investigações nos livros do «Registo da cadeia de Bragança» encontrámos notícias de crimes bastante repugnantes – patricídios. aparecendo contudo em outros documentos (tomo VI. 110 e 540. filha de José Ferreira de Castro. Tiveram os seguintes filhos: Manuel Duarte de Figueiredo Sarmento. FIGUEIREDO (D. de Bragança. praticado pela sua cri- (285) Livro do «Registo da cadeia de Bragança» de 1836 a 1840. de Rebordelo. donde a irritação das raparigas de Rebordãos que. Estes livros não alcançam além do século XIX. que casou com António Augusto de Sampaio e Melo. filho de Miguel Doutel de Figueiredo Sarmento e de D. isto no século XIX (não há livros anteriores referentes a estes registos). em legítimo desforço. destas Memórias) com apelidos e sobrenomes diferentes. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . como o assassínio do coronel António de Figueiredo Sepúlveda.. Maria Bernarda. e ainda deste faltam alguns registos. Miquelina Adelaide Ferreira de Castro e) – Assim vem mencionada no livro do «Registo da cadeia de Bragança». casada e residente na Paradinha Velha. tinha de altura «sessenta polegadas. mulheres que matam os maridos à pancada. vestido cor de pinhão e era proprietária quando foi presa na sua casa da Paradinha Velha. com veneno. de Rebordãos. (286) A origem do apodo não foi motivada por este facto. Maria José Torres Portocarreiro. o que não admira. da dita povoação» (285). presa em 1875 por infligir maus tratos a um galego (parece que o queixoso se gabava de proezas cupidíneas que não fazia. págs. 24 v. quando essa vida exigia audácia enorme pelas tremendas responsabilidades que acarretava. falecido pelos anos de 1919. Ó Regina cruel enganadora. em folheto de cordel. onde professou num convento franciscano. famoso contrabandista de sedas e sabões no primeiro quartel do século XIX. conterrâneo de Bragança. juntando a isto a substituição de éguas e cavalos bons das caudelarias nacionais (durante o tempo que os mandavam a pastagens na primavera para os baldios das aldeias). ahí vai mais um murro á trasmontana». lhe entregou seis pintos que levava e que ele lhe exigiu. andando para esse fim em constantes peregrinações e pregações (era também apreciável orador) de terra em terra. fornícios et reliqua ejusdem furfuris até que a ordem o castigou!!! (O respectivo processo está no Museu Regional de Bragança). Matastes o Figueiredo Como uma fera traidora. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de Rio Frio de Carregosa (287). simonias. embolsando o excesso. por alimárias inferiores. desapareceu daqui e surgiu na Índia. Bom Deus. agora. dizendo-lhe ao mesmo tempo: «e. Conhecemos o caso de Frei Miguel. que. talvez. omitindo porém o episódio do murro. no Aqueduto das Águas Livres de Lisboa (onde exercia as suas proezas. e António Joaquim em 1883. Francisco António Martins Rebelo publicou em 1841. mas. que exportava mesmo para o Porto. (287) A musa popular suspirava: Ó Regina. estendeu o bandido com um valente soco. chegando alfim a comissário das esmolas e a recebedor das anatas dos confrades. principalmente na larga escala em que ele a praticava. ainda hoje memorado em Bragança. ó Regina. até que foi executado a 15 de Julho de 1840). julgado acanhado para a sua faina de contrabandista. dando aspecto de suicídio a informe massa a que ficava reduzida o cadáver. também do mesmo nome. chegando a passar carros e carros desses géneros. o que foi essa vida em intrujices. de Bragança (avô do abade de Lamalonga. passados anos veio para o da mesma ordem em Bragança. colhido de surpresa pelo feroz assassino e ladrão Diogo Alves em 1838. Explorado convenientemente o meio ou. precipitando depois as vítimas daquela enorme altura. donde a sua impunidade durante anos. refeito do imprevisto choque. a vida do terrível bandido e alude ao facto referido. com sobrinhos residentes em Bragança). Conhecemos também o caso de Domingos Lopes da Silva.FIGUEIREDO 189 TOMO VII ada Regina Rodrigues. acrescido de largas vigarices de dinheiros apanhados a diversos indivíduos. atirava para o fundo (288) A lira popular entoava: Já mataram o Canedo Mas não foi na sua terra. embasbacada. horrorizado. concelho de Alfândega da Fé (288). Foi no Santo Antão da Barca Desviado da capela. que. p. finalmente. pela auréola de que anda revestido.190 TOMO VII FIGUEIREDO Conhecemos o caso do Canedo. Mas o caso da Miquelina é dos mais falados. enquanto se comem os bilhós e o pichel gira de mão em mão. a qual os perpetuou também na lenda. levando-a a fixá-los nesse género de literatura chamada ironicamente literatura de cordel. sendo morto num motim. a não ser o de José Jorge. em 1902. a abandonou e. Conhecemos igualmente o caso de José Jorge (ver o artigo respectivo). notável brigão. ainda se fala no garbo com que atravessou as ruas de Bragança no meio da escolta militar que a conduzia à Relação do Porto. comendo. esteve prestes a raptá-la. na romaria de Santo Antão da Barca. no relato curioso transmitida de pais a filhos nas longas noites de inverno à lareira. sobranceiramente indiferente à pasmaceira que. se o não mata um tal Pimpim (290). destas Memórias. ainda se comenta a indiferença do marido que. ao crepitar do brasaredo. 239. conhecemos mais o caso do morgado da Junqueira (289). a admirava. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . prevalecendo-se da audácia e aproveitando a ingenuidade de uma menina de fortuna daquela vila. (289) Ver tomo VI. sem nos lembrarmos de que ela é a base da sólida literatura clássica autêntica. só por lhos ouvir gabar de lindos. no folheto impresso vendido a tostão nas feiras. bebendo e dormindo em seráfica beatitude. o do dentista de Moncorvo. conhecemos vários outros crimes que emocionaram a lira popular. que alfim foi vítima das tempestades semeadas. na tradição. Carregadinho de pistolas Coberto c’um cobrejão. O dentista de Moncorvo Tem um lenço de cambraia Que lho deu Dona Perpétua Das barras da sua saia. montada em fogoso cavalo. Ainda hoje se refere que ela matou a criada lançando-lhe em cima a tampa de uma tulha donde estava tirando pão e arrancando-lhe os olhos apresentou-os depois na mesa de jantar ao marido. concelho do Vimioso. de charuto na boca. cantadas pelo nosso povo: O dentista de Moncorvo Queria ser um figurão. (290) Este crime deu origem às seguintes quadras. notável aventureiro. natural de Santulhão. p. natural de Bragança. de apelido Rebelo. O seu feito parece inspirado na tragédia grega ou shakesperiana. FIGUEIROA (D. p. que estava na praça de Almeida aquando do desastre em 1810 (292). FONSECA (Bernardo Baptista da) – Barão de Santa Bárbara. e tomo VI. 166. (292) Ibidem. tomo I. (295) Portugal: Dicionário histórico. terceira mulher de Sebastião da Veiga Cabral. 139. p. FONSECA (João Ribeiro da) – Doutor em direito civil. evidente isenção da forca e o contubérnio doméstico. desembargador da Relação do Porto e da Casa da Suplicação. arrependida e confessada à hora da morte dos crimes praticados. destas Memórias. e tomo VI. não se limitaram à morte da criada. (294) Ibidem. que. segundo a tradição. 195. como pitorescamente dizia. Logo que se deu o grito da emancipação em 1640. 139. FONSECA E SOUSA DE SÁ MORAIS (Bernardo Baptista da) – Militou também nas lutas constitucionais (294). que lhe encampou os direitos conjugais. 130. A Miquelina veio depois a falecer no concelho de Bragança pelos anos de 1875. 117. e Sumário da Biblioteca Lusitana. obtendo-lhe a liberdade. do Código em 1695. FONSECA (Martim Velho da) – Sargento-mor de Viana. falecida em 1747 (291). p. dos Três Livros em 1698. lente da Universidade de Coimbra. p. Tomou posse do lugar de desembargador da Casa da Suplicação em 11 de Outubro de 1708. FONSECA (António Manuel da) – Ajudante de infantaria. p. com todos os cuidados e na semcerimónia de um procurador de causas perdidas. (293) Ibidem. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de Véspora em 1704 e de Prima em 1707. ambos de famílias nobres. foram nomeados governadores para as (291) Ver tomo I. quando estava despachado conselheiro da Fazenda. Maria de) – Comendadora de Santa Maria de Bragança e sua anexa de Baçal. tomo I. Escreveu: Duas postilhas de direito e várias poesias castelhanas (295). Foi lente de Instituta em 1690. Maria de Castro Osório. artigo «Fonseca».FIGUEIREDO | FIGUEIROA | FONSECA 191 TOMO VII de um poço. que militou nas lutas constitucionais (293). Nasceu em Moncorvo e faleceu em Sernancelhe a 12 de Setembro de 1715. Filho de Francisco Morais Mesquita e de D. o qual veio logo. (297) Museu Regional de Bragança. fidalgo por linhagem. de Lamas de Orelhão. Luís de. melhor dizendo. igreja.192 TOMO VII FONSECA | FONTES BARROSAS | FONTOURA províncias. FONTES BARROSAS – Pelos anos de 1701 os moradores de Fontes Barrosas. e foi pároco encomendado desde 1810. neto paterno de Francisco de Queiroga Teixeira e de D. dentro da povoação para administração dos Sacramentos. Durou o seu governo até 3 de Fevereiro de 1641. ano 1641. onde tinha família. falecido em 1828. ou só por alguns deles. e sobrinho do padre João Manuel de Queiroga. p. destas Memórias. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Era filho de Carlos António Queiroga Teixeira e de D. tomando imediatamente as providências mais acertadas concernentes à defesa da província. É possível que Sebastião Gomes da Fonseca pertencesse à família Fonseca Porto. Manuel de Queiroga Correia Carneiro de Fontoura era de descendência nobre. Ou por todos os ramos. 98. a 20 de Novembro de 1856. parte I. em véu de cálix.) FONTOURA (Manuel de Queiroga Correia Carneiro de) – Nasceu na Granja. e como a nossa ficava tão afastada. a 1 de Abril de 1784 e faleceu. fizeram uma capela ou. (296) MENESES. maço Obras. 217. enquanto não chegava o nomeado em Lisboa pediram os trasmontanos ao governador da Beira que nomeasse Martim Velho para esse cargo. importantes lavradores da mesma povoação. Conde da Ericeira – Portugal Restaurado. pág. casados em 30 de Novembro de 1870. mandando levantar trincheiras e guarnecendo-as de tropas. reitor da vila do Franco. por a igreja matriz estar em lugar ermo e despovoado (297). impressa de frente em três planas. Está em Espinhosela. FONSECA (Sebastião Gomes da) – Há dele uma tese de direito canónico. Ana Maria de Sá Carneiro. (Ver tomo I. defendida no sexto ano do seu curso em Coimbra. em virtude de uma ordem régia (296). na capela de Nossa Senhora do Rosário. e parece ter vindo logo para Lamas de Orelhão. sendo substituído nesta data por Rodrigo de Figueiro de Alarcão. FONTOURA (Francisco Carneiro) – Capitão durante as guerras da Aclamação. livro IV. sendo reitor de Lamas de Orelhão. como ele próprio se intitula nas suas «Memórias». Em 1816 foi feito cavaleiro da ordem de Cristo. freguesia de Jou. Ordenou-se de presbítero em Braga. concelho de Bragança. concelho de Chaves. Maria José Carneiro de Fontoura. dedicada à Senhora do Rosário (sem indicação de lugar). exemplos e observações teóricas e práticas. manuscrito. por ele continuada. assim antigos como modernos. Fólio de 437 págs. Esta obra também foi oferecida à Biblioteca Municipal do Porto pelo já mencionado benemérito abade de Miragaia.FONTOURA | FRAGOSO 193 TOMO VII Escreveu: Memória genealógica. É a primeira parte. históricos. que concluiu em 1913. etc. reitor de Bornes. concelho de Chaves. p.. Porto. Rosa de São José Salgueiro Fragoso. tirado dos melhores genealógicos e dos cartórios e documentos autênticos. Capitão de cavalaria. Aparato de antiguidades romanas. com três estampas. (298) MENESES. gramáticos. natural da freguesia de Jou. Fólio de 146 págs. e morador na vila de Lamas de Orelhão neste presente ano de 1816. numa excursão que fez em Trás-os-Montes à procura de elementos para a obra O Portugal antigo e moderno. José Leite de – em O Arqueólogo Português. Escreveu também um artigo a propósito da inscrição dos Banienses. com uma estampa. Comercial Portuense. cavaleiro da Ordem de Cristo. que vem junta a esta. faz honrosas referências a este arqueólogo trasmontano. governador civil de Bragança. vol. Este livro foi ter à mão do doutor Pedro Augusto Ferreira. na Escola do Exército. abade de Miragaia.. para uso da mocidade estudiosa e dos curiosos em gabinete de medalhas antigas. destas Memórias. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . procurados para este fim por Manuel de Queiroga Correia Carneiro de Fontoura. VII. fidalgo por linhagem. Fez o curso liceal no antigo Real Colégio Militar.° de 40 págs. o de matemática na Universidade de Coimbra e o da arma de cavalaria. como necessária para completa instrução da mocidade estudiosa. que o ofereceu à Biblioteca Municipal do Porto. cargo de que tomou posse a 17 de Junho de 1926. etc. com consentimento do referido abade. p. filho de José Francisco de Almeida Fragoso e de D. poéticos. tirou uma cópia o notável bibliófilo padre Manuel Joaquim da Silva Machado. no Porto. FRAGOSO (Tomás Augusto Salgueiro) – Nasceu a 20 de Outubro de 1891 em Santa Maria dos Anjos. a segunda. para interpretação e perfeito conhecimento dos clássicos latinos. 1844.. Fólio de 272 folhas manuscritas. encontrada em Moncorvo (298). Folheto in-8. tem por título: Aparato de antiguidades romanas explicadas e colecção de regras. ou Aparato para o tratado das genealogias da província de Trás-os-Montes.. medalhas e antigas inscrições. Deste manuscrito. tão indispensáveis. Ver tomo VI. concelho de Valença do Minho. cronológicos. concelho de Vila Pouca de Aguiar. Tip. 1. manuscrito. retóricos. 280. Instrução de numismática. 20. 10. onde os enterramentos se faziam nas igrejas. jornal de Lisboa. distribuidos pelos diversos concelhos do distrito. pelo facto de se não organizarem. que montam a 2:500 contos. reorganização da Polícia Cívica do distrito.000$00. a conversão do Posto Agrário de Mirandela em Escola Móvel. organização de todas as comissões de assistência que. de Miranda. avultam: a concessão de 1:000. e justamente. criação dum posto dermo-sifiligráfico na Santa Casa da Misericórdia de Bragança. deixaram de receber mais de 100. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 10. De A Voz. monumento nacional.000$00 para a conclusão do edifício da escola primária de Sendim. Em favor de Bragança concedeu ainda o govêrno: o antigo edifício do quartel de Metralhadoras para alargamento do Liceu.000$00 para a conclusão do edifício da escola de Vila Chã de Barciosa (estes dois últimos edifícios estavam ha muito tempo por concluir e ameaçavam ruina). criação de prémios pecuniários para alunos de liceu. de 29 de Maio de 1928. Entre todos. e 10. sempre de perto acompanhando todas as reclamações do distrito e a defeza dos interesses mais legítimos dos seus naturais. 26. ha muito declarada.000$00 para a reparação do caminho de Vimioso a Miranda. autorização para a Farmácia Central do Exército. 20. filhos de artistas pobres. na cidade de Bragança.000$00 Escs. 15. de 100. 41. da Escola Industrial Emídio Navarro.000$00 para a conclusão da estrada Miranda-Mogadouro.000$00 para a instalação. recortámos o que segue: «Ás instâncias reiteradas do sr. e liquidação de todas as contas relativas à verba – Subsídios concedidos para atenuar a crise de trabalho – e que ha seis anos carecia de justificação». fornecer medicamentos no posto de socorros da Associação Artística. de 30. à razão de 100$00 Escs. 5. mensais.000$00 para a construção da escola de Duas Igrejas. declarada monumento nacional. correspondeu o govêrno concedendo edifícios e subsídios importantes. de Miranda do Douro.000$00 para reparação da escola Conde de Ferreira.000$00 para reparação de uma parte da Sé de Miranda.000$00 para auxiliar a construção da escola de Carrazeda de Anciães. para construção dos cemitérios das povoações.194 TOMO VII FRAGOSO Colaborou na Voz Pública sobre assuntos da sua especialidade.000$00.000$00 para a construção da escola de Paçó do Outeiro. organização imediata do orçamento para a restauração da igreja do Santo Cristo do Outeiro. de Vimioso. antiga aspiração da mesma sociedade. capitão Tomás Fragoso.000$00 para a restauração da Domus Monicipalis. para obras de remodelação e reparações no Liceu Emidio Garcia. 50. em casa própria. com inteira observância dos regulamentos em vigor. Parada. realizaram as seguintes obras: No concelho de Bragança – Continuação dos trabalhos de captação. em que se dispenderam 162.000$00 Escs. e 7. águas. depósito e canalização de águas para abastecimento da cidade. e 11. de edifícios municipais. 6. que importou em 12.500$00 para reparação da rede eléctrica. arborização e iluminação da vila e 44. 15.000$00 para reparações nas calçadas. aquisição de uma casa para os magistrados judiciais. dentro da exiguidade dos seus orçamentos. cemitérios.000$00.000$00 Escs. Sé Catedral e mobiliário para a casa dos magistrados. Deilão e Meixêdo. para auxiliar a construção do hospital de Carrazeda de Anciães. satisfazendo-se encargos de outras vereaMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . reparação.000$00 nas obras de reparações de ruas.FRAGOSO 195 TOMO VII «OS SUBSÍDIOS CONCEDIDOS PELA JUNTA GERAL DO DISTRITO Entre outras verbas de menor importância que. Donai. No concelho de Macedo de Cavaleiros – Concluiram-se os projectos para melhoramentos importantes.500$00 para reparações da Escola Emídio Navarro. construção da Avenida dos Combatentes e outras obras de saneamento da mesma vila e criaram-se as receitas indispensáveis para efectivar esses melhoramentos. praças.000$00 para a construção da ponte da ribeira de Vilariça.000$00 para construção e reparação de cemitérios».000$00.850$00 para construção de fontes e canalização de águas. no valor de 26. dispendeu a Junta Geral em benefício do distrito as seguintes: 6. como luz eléctrica.000$00 Escs. em reparações de caminhos. No concelho de Carrazeda de Anciães – Dispenderam-se Escs. caminhos e ruas de diversas povoações do concelho.. somadas. 2. que custou 9. dão uma importância elevada.. casa para os magistrados judiciais. que importou em 9. No concelho de Miranda do Douro – Dispenderam-se 113. No concelho de Mirandela – Dispenderam-se 397.. 113.000$00 Escs. 3.000$00 Escs. construção de uma escola primária. as Comissões Administratrivas dos municípios. das escolas de Bragança.000$00 Escs.000$00 em obras com águas públicas.500$00. para auxilio a doentes e a pobres tratados nos hospitais do Porto.000$00 para a compra de material oferecido à Escola Emídio Navarro e auxílio a estudantes pobres. «A OBRA DAS COMISSÕES ADMINISTRATIVAS Por sua vez. dos quais ha apenas o deficit de 76. No concelho de Freixo de Espada-à-Cinta – Reparações dos caminhos vicinais. Concedeu 7. reparação do Matadouro Municipal e algumas ruas da cidade. Lisboa e Coimbra e 11.000$00. comparado com o que se fez em trinta ou quarenta anos de política. que por vezes e freqùentemente se entrechocam por falta.° anos da faculdade de teologia. cemitério e reparação dos Paços do Concelho.000$00 Escs. de Macedo de Cavaleiros à Vilariça. fazendo-se também a reparação do Adro da vila». sobretudo. No concelho de Vinhais – Fez-se a reparação do edifício da cadeia civil. é pouco para o que é necessário. Filho de António José Ribeiro Franco e de D. sendo muito. estradas e caminhos municipais. No concelho de Vimioso – Produziram-se melhoramentos locais.196 TOMO VII FRAGOSO | FRANCO ções e realizando-se obras e reparações importantes em edifícios. a conclusão do caminho de ferro de Miranda do Douro e a construção da estrada de Vinhais ao antigo concelho da Lomba. No concelho de Vila Flor – Levou-se a efeito o calcetamento de duas ruas da vila e reparou-se o edifício da escola primária. a conclusão dos trabalhos ha longos anos abandonados da estrada de Izêda a Ponte de Remondes. freguesia da Sé.000$00 Escs. dispendendo-se 77. e desde já. para se começar a resolver segundo as possibilidades futuras». Impõe-se quanto antes a construção da estrada de Freixo de Espada-à-Cinta à estação do mesmo nome. instalação da secretaria judicial e comprou-se a mobília para o tribunal. cónego da Sé de Bragança e distinto advogado. Carolina Júlia Franco. Este problema está intimamente relacionado com o da arborização e irrigação do mesmo distrito. etc. a 22 de Agosto de 1833 e na mesma cidade e freguesia faleceu a 2 de Outubro de 1890. No concelho de Moncorvo – Satisfez-se o encargo de 50. como francês. FRANCO (José António) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra.000$00 na construção de uma ponte na ribeira de Vilariça e em obras de iluminação e limpeza da vila e de diversas povoações do concelho. na reparação e calcetamento das ruas. onde fez também o 1. Impõe-se. regeu várias cadeiras no Seminário de Bragança. o que influi como primeiro coeficiente nas estatísticas criminais do mesmo distrito. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que é preciso colocar quanto antes. filosofia aquinatense. «AS IMPORTANTES OBRAS QUE É PRECISO REALIZAR O que está feito. de regulamentação local.° e 2. Nasceu em Bragança. teologia dogmática. a conciliação dos interesses das indústrias agrícola e pecuária nos concelhos especialmente do alto distrito. legado pelas anteriores vereações e dispenderam-se 150. Em 30 de Agosto de 1872 foi nomeado professor de ciências eclesiásticas no Seminário de Bragança. sobremodo honrosos para a memória do agraciado: «Attendendo ao seu bom comportamento. que depois ficaram lentes da Universidade. foi pronunciado. Minuta de Agravo de injusta pronúncia interposto por Bernardo Figueiredo Sarmento e Francisca Augusta no processo instaurado na comarca de Bragança pelos crimes de homicídio e roubo perpetrados na pessoa do tenente- (299) Diário do Governo de 17 de Dezembro de 1857. ambos de Bragança. onde obteve ser premiado e de ter feito com aproveitamento o 1..° e 2. de Bartolomeu H. Franco não teve classificações inferiores a estes. padre e não convinha à faculdade de direito. José A. mas obteve despacho despronunciativo (303). Eis os termos desse decreto. Escreveu: Minuta oferecida pelo ex-Vigário Capitular da Diocese de Bragança no Agravo de injusta pronúncia interposto para a Relação do Porto. (302) Ver adiante este nome. etc. Porto. que.. Versa sobre o caso da insinuação régia feita ao bacharel José Maria da Cunha para vigário capitular à morte do bispo D. intelligencia de que tem dado seguras provas na regencia da cadeira de francez no Seminario Diocesano de Bragança. obtendo o 1. Ver o mesmo Diário de 5 de Março de 1857 e 4 de Maio de 1860. que passou a ser abade de Vinhais. mas era.° accessit no seu quinto ano de direito (300). e nestas Memórias mencionados. por aceitar. José Luís Alves Feijó. em virtude da troca feita com o cónego da mesma Luís Baptista Montes (302). em cujo ano obteve a classificação de prémio (299). de Morais. Por decreto de 19 de Junho de 1861 foi apresentado pároco na abadia de Vinhais (301).° de 14 págs. O cabido. e no ensino dessas disciplinas continuou sempre com muita competência até à sua morte. (300) Diário de Lisboa de 28 de Janeiro de 1862. Concluiu a sua formatura em 1861. elegeu o cónego José Joaquim de Oliveira Mós. (303) Veja-se sobre o caso O Amigo da Religião de 18 de Março de 1892 e Correio Nacional de 24 de Dezembro de 1901. 8. Em 1871 foi apresentado na Sé de Bragança.FRANCO 197 TOMO VII Matriculou-se na Universidade de Coimbra em 1856 na faculdade de direito. (301) Diário do Governo de 4 de Julho de 1861.° anos da faculdade de theologia em Coimbra». 1875. alem de ser bacharel em direito pela Universidade de Coimbra. no uso dum seu direito. Em Coimbra teve como condiscípulos Manuel Emídio Garcia e Manuel Paulino de Oliveira. Para a sua sustentação em Coimbra recebia do cofre da Bula da Cruzada a mensalidade de 8$000 réis. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Tip. condenado em 1874 por ferimentos em José Bernardo Pereira. concelho de Bragança. freguesia de Parambos. que terminou em 1880. como advogado.° de 21 págs. passada a Alexandre José Ferreira de Aragão Cabral (304). Vila Pouca de Aguiar. Essa propaganda era feita no dia aniversário da condenação. Coimbra. optando depois só pela de direito. a 10 de Janeiro de 1855 e faleceu em Coimbra (sendo sepultado no Pombal. entrou na magistratura neste mesmo ano como delegado. do doutor José António Franco. 4. de Arufe. profusamente espalhadas por mandado de um condenado em África. Concluídos os estudos liceais em Vila Real em 1875. 1885. C. que era um padre. Jorge. servindo sucessivamente nas comarcas de S. Vimioso. Sendo administrador do concelho de Vila Pouca de Aguiar desde 1884 a 1885. nasceu em Misquel. passando a juiz de 1. Carlota da Cunha Almeida. 8. p. Promovido a juiz por decreto de 27 de Outubro de 1898. destas Memórias. FRAZEZ (Simão) – Era governador das armas da província de Trás-osMontes em 1771. de quarenta e três anos de idade. cargo que exerceu até 14 de Outubro do mesmo ano. Isto durou muitos anos.198 TOMO VII FRANCO | FRAZEZ | FREITAS coronel António de Figueiredo Sepúlveda. filho de Manuel José de Freitas e de D. Porto. Em (304) Ver tomo VI. em defesa própria. Tip. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . matriculou-se nas faculdades de teologia e direito da Universidade de Coimbra em 1875. Foi nomeado governador civil de Bragança por decreto de 20 e tantos de Junho de 1911. doutor João José de Freitas. do mesmo concelho de Carrazeda. FREITAS (António Luís de) – Irmão do primeiro governador civil do distrito de Bragança nomeado pela República. 1875. 730. Também supomos que seja deste autor o Manifesto do cabido da Sé de Bragança. Vila Flor. Moncorvo e Lamego. filho de António José Alves e de Maria Joaquina. de M. naturais de Nogueirinha. Ver Barros (Bento José de Sousa Brito de). Vimos muitas vezes diversas folhas soltas. Idanha-a-Nova.ª classe por decreto de 9 de Fevereiro de 1912. indo seguidamente advogar em Valpaços. Póvoa de Varzim e Vila Nova de Portimão. Tratava-se de António Manuel Alves. onde residia). em prosa e verso. concelho de Carrazeda de Ansiães. devido ao proceder desleal. e como tal é nomeado na carta-patente de capitão-mor das ordenanças de Castro Vicente. reitor de Rebordainhos. da Silva. provavelmente toda a vida do queixoso. serviu nas comarcas da ilha de S. a 5 de Abril de 1926. João da Pesqueira. portanto mais sentido por se tratar de colega no sacerdócio.° de 23 págs. concelho de Macedo de Cavaleiros. filha do doutor Casimiro Ribeiro. Berta de Azevedo Albuquerque. a 28 de Maio de 1873. mas. Évora. sendo. foi advogar para Luanda e depois para S. perto de Lisboa. Casou em 2 de Outubro de 1909 com D. em que foi provido por decreto de 9 de Fevereiro de 1906. FREITAS (João José de) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. freguesia de Parambos. não conseguiu vencer. e Resistência. professor liceal. após haver disparado quatro tiros em João Chagas. foi-lhe preferido em mérito relativo Bento Carqueja. onde esteve até Junho de 1911. com distinção em quase todas as disciplinas. 1913. E colaborou na República do Norte. filha do lente de matemática da Academia do Porto. no dia 17 de Maio de 1915. posto que fosse o primeiro classificado em mérito absoluto. 8. do Porto. Mundo e Luta. FREIXO (Jerónimo Delfim de Gouveia Gama) – Escreveu: Folhas soltas – Em benefício da Misericórdia de Bragança. de Coimbra. devido às suas ideias republicanas. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de Lisboa.FREITAS | FREIXO 199 TOMO VII Dezembro de 1885 casou com D. Escreveu: A revisão da Lei da Separação do Estado das Igrejas – «Proposta a apresentar à Comissão de Cultos do Senado». terminadas estas foi eleito senador. Deputado às Constituintes pelo distrito de Braga. Carlota da Cunha Almeida.° de 7 págs. onde terminou o curso com distinção em 1895. É oferecido ao governador civil de Bragança. logo que se proclamou a República. Advogado nos auditórios do Porto e leccionista em colégios da mesma cidade. antigo governador civil de Bragança. doutor Joaquim de Azevedo Albuquerque. por decreto de 14 de Abril de 1911 foi transferido para o liceu Rodrigues de Freitas. sendo o terceiro classificado entre vinte e dois concorrentes. 8. Nasceu em Misquel.° de 9 págs. do Porto. Cristóvão Aires de Magalhães Sepúlveda. 1893. concorreu em 1896 ao grupo liceal de geografia e história. presidente do ministério nomeado pela revolução de 14 desse mesmo mês e ano. filho de Manuel José de Freitas e de D. o primeiro governador civil que estas novas instituições nomearam para o distrito de Bragança. Desgostoso com esta injustiça. Concluiu os estudos liceais no Porto em 1889. Candidato a deputado por Lisboa e Bragança nos anos de 1906 a 1910. concelho de Carrazeda de Ansiães. não foi despachado. Tomé em 1898. Finalmente. Foi assassinado no Entroncamento (estação da Barquinha). e. Porto. Sofia Cândida Ribeiro da Silveira. de onde regressou para reger uma cadeira do liceu de Braga. No mesmo ano fez concurso à cadeira de economia política da Academia do Porto. concelho de Freixo de Espada à Cinta. concelho de Carrazeda de Ansiães. concelho de Alfândega da Fé. da rica família Santiago. pouco depois de seu irmão doutor José Joaquim Dias Galas. hoje casada com Acácio Santiago. GALAS (João José Dias) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra.200 TOMO VII GAIA | GALAS | GALEGO G GAIA (Martim Rodrigues de) – Prateiro. herdada de seu tio materno doutor António Joaquim Ferreira Pontes pelos anos de 1902. in articulo mortis. A esta família Galas pertenceram os seguintes indivíduos: padre João José Dias Galas. onde concluiu o curso em 1866. maço Obras. onde serviu num regimento de couraceiros. irmã do doutor Faria. professor no Seminário de Braga e ultimamente pároco de Vilarinho da Castanheira. deputado e chefe do partido regenerador em Mirando do Douro. GALEGO (Domingos da Ponte) – Nasceu na freguesia de Pinheiros. desembargador da Relação Eclesiástica de Braga. concelho de Monção. Maria Caetana Ferreira Pontes. concelho de Freixo de Espada à Cinta. de Sendim da Serra. sua terra natal. tio do doutor Galas. João IV. que se obrigou. alferes. acima mencionado. e faleceu na sua importante quinta de Crestelos. por escritura pública lavrada por tabelião em Miranda do Douro a 20 de Julho de 1621. onde concluiu o curso em 1865. a fazer uma custódia para a Sé da mesma cidade. Duarte. abade no Minho. irmão de el-rei D. do qual era coronel o infante D. com a doméstica D. (305) Museu Regional de Bragança. há pouco falecido. e de D. e chegou ao posto de alferes por se distinguir em alguns combates. GALAS (José Joaquim Dias) – Doutor em Direito pela Universidade de Coimbra. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e depois de várias aventuras foi ter à Alemanha. Fugiu ainda criança da casa paterna. Maria. doutor em direito. sendo eleito deputado mais tarde. do peso de vinte marcos de prata. de Ligares. Aclamado D. que deixou à viúva. Venceslau Gabriel Dias Galas. José Joaquim Gabriel Dias Galas. casando ali. e onde faleceu a 23 de Agosto de 1902. Nasceu em Ligares. irmã do doutor António Joaquim Ferreira Pontes. «antes menos que mais» (305). Ana Faria. onde exerceu a advocacia e casou com D. de Peredo dos Castelhanos. indo a sepultar a Ligares. de quem falamos noutro lugar. Era filho de João Marcelino Dias Galas. de Zamora. e foi sepultado em Ligares no jazigo de sua família. Foi encarregado pela Academia Real das Ciências da revisão dos cartórios do sul do país. Em 1815 foi nomeado vigário apostólico do bispado de Bragança (307). a 5 de Junho de 1845. (307) Diário do Governo de 18 de Junho de 1845 e O Arqueólogo Português. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . vol. professor de retórica no colégio da Graça em Coimbra e de direito natural no Seminário Patriarcal de Santarém. e vigário apostólico do bispo de Bragança. pág. Gama – História da administração pública em Portugal.GALEGO | GALVÃO 201 TOMO VII João IV. 96 e 97. p. Em 1822 ou 23 foi nomeado para fazer parte da comissão encarregada da publicação das actas das cortes antigas (309). (308) BARROS. VIII. 80 e 181. Dicionário Bibliográfico. com o que prestou valiosos serviços às letras e ao Estado. págs. em nota. consultem-se o tomo II. (306) Portugal: Dicionário histórico. 159. p. 569. apontada por Gama Barros. destas Memórias. onde vem o extracto dum trabalho numismático de França Galvão. artigo «Ponte». e tomo VI. vol. concelho de Barrosas. Esta data. Nasceu em Tavira a 1 de Julho de 1767 e faleceu em Lustosa. e tomo IV. vol. Foi secretário do exército do norte na guerra da restauração contra os franceses. XII. 147. IV. merecendo a patente de general de cavalaria na província de Trás-os-Montes e como galardão o título de fidalgo da casa real. tomo I. 567. do bispo D. abade de Lustosa (nome porque é mais conhecido). comendador da Ordem de Cristo e governador das armas da província de Trás-os-Montes (306). comendador da ordem de S. sócio correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa. I. pág. 92. Inocêncio Francisco da Silva. XII. de págs. como se vê do arquivo do cabido. Para os seus escritos ver Memórias da literatura portuguesa. não é exacta. Bento de Avis. António. de uma pneumonia. p. 68. GALVÃO (Joaquim de Santo Agostinho de Brito França) – Eremita calçado de Santo Agostinho. destas Memórias. cap. Francisco Xavier Gomes de – Memórias…. onde tudo foi registado (308). pág. (309) SEPÚLVEDA. 84. publicadas pela Academia Real das Ciências de Lisboa. prelado doméstico de Sua Santidade. p. e tomo I. e vol. Para os que dizem respeito ao bispado de Bragança. regressou a Portugal e fez com bravura toda essa longa Guerra da Aclamação. 344 a 432. pois França Galvão foi nomeado por breve de Roma de 18 de Março de 1817 e tomou posse a 13 de Maio do mesmo ano. Fora provido nessa abadia em 1800. 57. licenciado em teologia pela Universidade de Coimbra. que o tornaram fanático propugnador da filosofia de Augusto Comte.os 61 e 126 (310). natural de la ciudad de Berganza. GARCIA (Claudino Augusto César) – Ignoramos as suas circunstâncias pessoais. recebendo o grau de doutor no dia 27. em que declara ser este autor da cidade de Bragança em Trás-os-Montes. 1851. 200. Colaborou em jornais de Bragança. Lamego. Nasceu em Bragança a 6 de Outubro. Depois de estudar alguns preparatórios em Bragança. matriculou-se em Coimbra em Outubro de 1856. de Bragança. Escreveu: Coplas hechas por Diego Garcia. Escreveu: O juramento – Drama em nove quadros reduzido por.. Tip. Defendeu tese em 17 de Julho de 1862. onde obteve honrosas classificações: accessit e prémios pecuniários (311). José Manuel de Lemos. 279 e 293. natural de Itália. 1907-1909. Maria Emília Fortunato de Oliveira. Lisboa. con unos amores de un caballero y una doncella. 90 págs. 1838 (?). (311) Diário do Governo de 17 de Dezembro de 1857 e 7 de Dezembro de 1860. ensinados por seu pai.. de Moncorvo. filho de Manuel Joaquim Garcia. que o levou (310) VASCONCELOS. 8. o seu aberto ateísmo. Carolina Michaëlis de – Estudos sobre o Romanceiro Peninsular. onde ao doutorando ensinara grego. que já o havia sido de Bragança. fez exame privado em 24. e de fazer os respectivos exames. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . filho de Leonardo Manuel Garcia e de D. As ideias positivistas de Manuel Garcia. embora nos pareça natural de Bragança. Vila Real e Moncorvo e no Almanaque Luso-Brasileiro. Em Outubro de 1864 foi nomeado lente substituto extraordinário da faculdade de direito. ou 6 de Janeiro (como dizem outros escritores) de 1838 e faleceu em Lisboa a 15 de Outubro de 1904.° de 135 págs. GARCIA (Manuel Emídio) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra e lente catedrático da sua faculdade. con las maldiciones de Salaya. As coplas são apenas conhecidas pela publicação que delas fez Duran no seu «Catálogo» n. p. GARCIA (Diogo) – Natural de Bragança. no ano seguinte substituto ordinário e em 1871 lente catedrático. Maria Adelaide de Campos. Escreveu: À Sombra. em cuja cerimónia teve por padrinho o bispo-conde D.202 TOMO VII GARCIA GARCIA (António Augusto) – Nasceu em Moncorvo a 5 de Fevereiro de 1876 e aí faleceu a 19 de Fevereiro de 1901. e de D. ideias liberais que o dominaram. Discurso acerca de Luís de Camões – Recitado na sala dos actos grandes da Universidade. Coimbra. 585. pág. Regulamento para o Hospício dos abandonados e providências relativas aos expostos do distrito de Coimbra. XIX. 4.GARCIA 203 TOMO VII a pronunciar por ocasião das exéquias de Herculano. 1871. Organização do curso administrativo – Relatório e voto especial do Dr. 4. Foi reimpresso em 1882. XVII. é também deste lente a carta de apresentação e a introdução. Saiu no Instituto.° de 45 págs. a pág. indicados na portaria do ministério do Reino de 6 de Julho de 1866. Coimbra.° de 239 págs. Veja-se. 8. 1869. Importância dos estudos históricos nas ciências jurídico-sociais e o ensino da história em Portugal. Estudo sobre a legislação das águas – Dissertação inaugural para o acto de conclusões magnas. Estudos crítico-históricos: I – O marquês de Pombal.° de 16 págs.° de 23 págs. Manuel Emídio Garcia. [Há outra edição de 1905. um irreverente discurso. Quételet. e responder às questões indicadas na portaria do ministério do Reino de 6 de Julho de 1866. feito por uma comissão de estudantes do terceiro ano de direito. do Porto. Coimbra. membro da comissão encarregada pela faculdade de Direito de redigir o projecto de resposta aos quesitos pertencentes à mesma faculdade.° de 55 págs. Foi ele o iniciador e renovador do moderno movimento científico da ciência da criminalidade e direito penal entre nós. 1867. 8. discípulos de Manuel Garcia.° de 23 págs. na igreja dos Congregados. 8. Coimbra. a roda dos expostos – Parecer e projecto de reforma apresentados à Junta Geral do distrito de Coimbra. de onde a divulgação nas prelecções da cátedra das teorias de Emílio Girardin. vol. 8. 1862. Saiu na mesma revista. impressa em Lisboa]. plano e primeiras tentativas democráticas». o artigo Camelo (Alípio Albano). Conimbriçoe. Escreveu: Theses ex universo jure selectœ. Coimbra.° de 40 págs. Beneficência pública. que se traduziu por largas polémicas. 8. impresso em Coimbra em 1880. 4. Faculdade de Direito – Programa da quarta cadeira para o ano respectivo ao ano lectivo de 1885-86. 1867. determinaram grande agitação em volta do seu nome. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . com o retrato e biografia do autor. 1862. Coimbra. 1885.°. 1872. 8. Relatório e parecer apresentado ao claustro pleno da Universidade pela comissão encarregada de estudar as reformas de instrução superior. Coimbra. e a sua inclinação por tudo quanto mostrasse espírito de novidade.° de 20 págs. Mandsley e outros. vol. «Lance de olhos sobre a sua ciência política e sistema de administração. 73. No livro Estudo sociológico. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que foi o primeiro jornal francamente republicano que se publicou em Coimbra (312). Mundo Legal e Judiciário . O Defensor do Povo. 1905. doutor em direito pela Universidade de Coimbra. etc. O marquês de Pombal. A Batalha (onde saiu o seu retrato). Boletim da Associação dos Empregados de Contabilidade . Saiu no Século. mandada publicar pelo Club de Regatas Guanabarense do Rio de Janeiro». As comemorações cívicas em honra e para glória da humanidade. Governador civil do distrito de Bragança por decreto de 26 de Setembro de 1865. n. O Instituto . de que tomou posse a 28 do seguinte. Saiu na Discussão. Teoria dos partidos políticos. Colaborou nas seguintes publicações: Prelúdios literários . Saiu na Galeria Republicana. Comércio Português (onde saiu o «Elogio de Alexandre Herculano». Revolução de Janeiro . Fundou em 1870 o Trabalho – Semanário democrático. O Século. Positivismo . A instrução secundária em Portugal. e uma tira de erratas. (312) Portugal: Dicionário histórico. publicada em Lisboa em 1882. Lisboa. 1885. do Porto.204 TOMO VII GARCIA | GARRIDO O que foi a revolução de 1820. A Gazeta do Notariado . O marquês de Pombal e a liberdade do ensino. O Berço da Monarquia . por ocasião das festas do tricentenário de Camões. concelho de Penela. e Dicionário Bibliográfico. onde se mencionam muitas particularidades da vida deste fecundo escritor e notável filho de Bragança. 111 da II parte do livro intitulado O marquês de Pombal – «Obra comemorativa do centenário da sua morte. 1882. jornal de Coimbra. 1877. A Vanguarda . Agosto a Novembro de 1880. O marquês de Pombal vem a págs. Saiu no Álbum Literário. 8. vindo de idêntico cargo no de Aveiro. do Porto. a 31 de Agosto de 1805 e faleceu em Lisboa a 23 de Novembro de 1874. de 24 de Agosto de 1884. tomo XVI. A Discussão . Revista Científica e Literária. Correspondência de Coimbra . A Tribuna .. Partido do Povo . GARRIDO (Aires Guedes Coutinho) – Conselheiro. em 1880. Lisboa. nasceu na quinta da Bouça. do Porto. artigo «Garcia». Saiu na Evolução. de Coimbra. Saiu no Positivismo. pronunciado na Igreja dos Congregados do Porto).° de 11-80 págs. A Actualidade . Augusto Maria Alves da Veiga.° 14. Biografia do Dr. Evolução. etc. que salienta na pureza e na humildade. Dois vols. superintendente das três comarcas. livro VIII. em tão pouco se tinha o grande homem de ciência. (316) CARDOSO. 280. sendo ao mesmo tempo Coutinho Garrido nomeado para Faro. De Teixeira Sampaio não há memória em Bragança. de (313) Ver tomo I. GATO (Pedro Álvares) – Doutor. onde foi substituto de prima do grande Suárez. Era filho de José Guedes Coutinho Garrido. Lisboa. Theolog. 680.. além do de Bragança. Comment. in-fólio. e tomo VI. GIL (Cristóvão) – Jesuíta. Portalegre. referente ao dia 7 de Janeiro. e Rebelo da Silva aponta-o como um dos varões distintos e dignos de louvor do século XVII (315). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e relativamente à segunda. pois ouvindo-o argumentar uma vez. lente da Universidade de Coimbra. Lugdon. afirma que quem o não conhecesse facilmente o tomaria por idiota. p. Tomásia Adelaide da Fonseca Cabral. que são: Commentariorum Theologicorum de Sacra Doctrina et Essentia atque Virtute Dei. destas Memórias. foi o conselheiro Luís Teixeira de Sampaio. Jorge Cardoso (316) tece grandes elogios às suas claras virtudes. grande auxiliar da revolta de 1808 em Bragança contra os franceses. 1652. cap. Faleceu nesta cidade a 4 de Maio de 1825 (313). natural de Bragança. Por ocasião da sua morte desejou que fossem queimadas as suas produções bibliográficas. Guarda. e de D. transferido para este cargo no de Bragança. declarou «que Christovão Gil era na theologia escolastica o credito não só de Portugal mas do mundo todo». 1610. Bernardo de Madureira (314). 131 e 143. (314) MADUREIRA. governador civil de Faro.GARRIDO | GATO | GIL 205 TOMO VII Por decreto de 8 de Maio de 1866. p. Quanto à primeira. 1610. Aires Garrido foi o último administrador dos morgados da Bouça e de Miranda do Corvo. Foi considerado como um dos maiores teólogos do seu tempo. (315) SILVA. 1890.. Era doutor em teologia e lente desta ciência nas universidades de Évora e Coimbra. supõe que nunca perdeu a graça baptismal. onde nasceu em 1555 e faleceu em 7 de Janeiro de 1608 no colégio que a Companhia tinha em Coimbra. Bernardo Augusto de – Institutiones Theologiœ Dogmatico-Polimicœ. Coimbra. Luís Augusto Rebelo da – História de Portugal nos séculos XVII e XVIII. Colon. IV. capitão-mor de Penela e governador civil dos distritos de Aveiro. Beja e Faro. 1619 e 1641. Castelo Branco. in Diário de Lisboa de 23 de Junho seguinte. Jorge – Hagiológio Lusitano. cita frequentes vezes com elogio as obras deste sábio jesuíta. O seu grande merecimento deduz-se do conceito que dele formava o distinto Suárez. p. e o coregedor e eu fomos a ver as pedreyras. de legibus. e asi me mandaram dizer que estavam muito contentes do aparelho pera a cal: do que soceder avisarey. jesuíta. e mandey dous homes honrrados dos de minha pobre familia praticos na terra com elles e fezse tudo bem. falando em doenças. Nicol. de sacramentis.. pág. pera que sempre faça merce a todos e a nossos socesores: Jorge Gomes com os mestres de pedra e cal e cavouqueiros. Glorios. O bispo de Miranda». 428. GOMES (Jorge) – A existência deste artista é evidenciada por duas cartas do bispo de Miranda. tudo pode fazer Deus: a elle praza dar tanta saude e vida a V. Soc. Na Biblioteca Nacional de Lisboa. Dicion. De Miranda 18 de março de 1548. e que o rei de França protegia os jesuítas. II.206 TOMO VII GIL | GOMES attributis... etc. de proedestinatione. Lisboa. e deveu ser o mestre das obras daquela Sé. A. Annal. pág. além de outros: Franco. de incarnatione. a qual todos desejamos ver começada e viver tanto que a vejamos acabada. vol. oferecendome a ir na companhia. e trabalharam nelas dous dias e pareceme que acharam em abastança. falecido a 15 de Maio de 1621.° 174 (A. Jesu. Thomea. S. Julião de Alva. (317) Sumário da Biblioteca Lusitana. pág. de Divina perfectione. Bibliot. pág. João Baptista de Castro. por se lembrar das obras desta Sé. tomo I. D. e loguo os mandei aguasalhar. dizendo terem morrido os frades todos de um convento. António. encontra-se uma carta do padre Cristóvão Gil. = Adversaria in 3. cheguaram aqui. artigo «Carvalho (padre Paulo de)». Évora Gloriosa. de macrimonio.. O padre Paulo de Carvalho. 273. que V. Fazem menção honrosa deste jesuíta. de visione beata. A. como deseja. datada de Roma a 1 de Abril de 1604. D. 4-42). pág. na qual ele refere as grandes tempestades desse inverno. etc. mandou vir. Fonseca. 167.. que estavam no colégio da Companhia de Jesus em Coimbra (317). 1787. secção XIII – Manuscritos –. Eis as cartas dirigidas pelo bispo a el-rei: «Senhor – O Dayam e cabido e eu beijamos as mãos de V. Geograf. Mapa de Portugal. a folh. 56. deixou manuscrita a vida de Cristóvão Gil. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Ano Histórico. 9. M. sob o n. Ainda assim o autor que as publicou diz que não se abalança a afirmar que Gomes fosse o mestre das referidas obras. 187. e loguo pedi ao coregedor quisese ir com elles quinta-feira proxima passada loguo pella menhãa a ver as caleiras pera lhes fazer as entradas e saidas chaãs e de paz. segundo se lê no dicionário Portugal. tomo I. Hispan. Paulo Perestrelo Câmara. e socedeo com que eu não pude ir. A. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e porem convem que ora se de a obra de empreytada. A. Beyjarey as mãos a V. lhe mandou fazer mostras de homem de bem e muy bom servydor e fiel. que com brevydade seja servydo mandar que a obra vaya adiante. A. O bispo de Myranda». fara merce ao cabydo e a mym em dar licença que peçamos ao Papa indulgencias para todos que fizerem esmola a esta see pera as obras della e juntamente nos de cartas de favor e senam for pera todos os do renho seja pera os deste bispado e pera fora deles ate XIII leguas de Miranda. se diso for servido. A. lhes mandarey dar algûa pouca cousa. e se peço muyto peço perdão e dando V. ora de outra maneyra que V.GOMES 207 TOMO VII «Senhor – Porque Jorge Gomez he o portador que sabera muy bem dar conta de todo o deca e especialmente das achegas pera a obra da Se. Sousa – Dic. e pois ja se a tomado esperiencia do custo das achegas podiase entender per os mestres das obras de V. e sem escandalisar. consagrados a Torralva (Diogo) e Velasques (318). Ao esprivam e pagador que eu pus nan lhes synaley nem dey cousa algûa. Acabados de pagar todos os encaregos do deposyto daquelle anno escrevyre a V. avera dinero pera que a obra creça e vaya muy avante e se acabe em breve tempo. Jorge Gomes a dado en esta deligencia que V. nan terey eu em que me deter nesta. A. A. de que leva apontamentos. por onde craramente se entendera tudo o que se a feyto em que se fez toda a delegencia posybel. sempre com sua mão piadosa pera que em tudo lhe faça a vontade amen. por que quando mays tempo ouverem servido. artigo «Gomes (Jorge)». A. pera yso licença. A. A. esta licença e com o petitorio que avera no bispado desque a obra se começar e com o rendimento da fabrica e com nos fazer V. De Myranda 28 de agosto de 1548. merce da sua terça. em quanto e como se deve dar de empleytada e elles conheceram as pesoas ou pesoa a que se deva dar e eu seria muy consolado que a mays tardar se começase por todo febereiro. Deos todo poderoso tenha a V. ho que fica. porque eu desejo por bom recado nas rendas da fabrica. A. como fizeram em Lampazes aos dos botos: cuytados delles que agora lhes manda ca listo pedir dinheiro e o labrador e caro e jumento gue merecer XX farlheam que nam o faça por – R – (quarenta). mande pasar provysiones muy fortes pera que se dem todas as cousas necesarias porque nan faltan tres ou quatro o cinco poderosos segundo a calidade da terra que por seos interesses e porque comem dos labradores os faram amotinar deytando a pedra e escondendo a mam e nunca acabaram. elle a servido muy bem. dos Arquitectos…. E V. (318) VITERBO. Jorge Gomes entemdeo bem ysto. dando V. A. A propósito da Sé de Miranda leiam-se os artigos adiante insertos. residia em Évora pelos anos de 1544. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ... que acompanhou seu primo D. tomo I. 424. verdadeiro ou simulado. neto do Prior do Crato. lente da sua ordem. Frei – Crónica de El-Rei D. p. que foi natural d’esta villa (Moncorvo) a mãy do senhor D. Camilo – D. resultou o infeliz pretendente ao trono de Portugal. irmã da Pelicana e de seu marido Francisco Carlos. mas Camilo Castelo Branco (320) pretende concluir do facto de Diogo Carlos. António a Paris e lhe escreveu o testamento em 1595 e filho duma tal Clara. ou do simples concubinato. frade franciscano. e que no tempo passado assim foi. Segundo Vilhena Barbosa (319) e o Portugal Antigo e Moderno. 1883. lugar citado.. onde o símbolo dos Gomes é um pelicano. (320) CASTELO BRANCO. Luís de Portugal. 143. a deslumbrante Pelicana. ou derivaria naturalmente do amor com que enfeitiçou o régio príncipe D. que ainda chegou a ser aclamado rei de Portugal em Lisboa e Santarém. onde ainda há uma rua chamada do Prior do Crato e nela se mostram as casas que dizem haver sido habitadas por sua mãe. que não proviriam de família judaica por causa das dificuldades na habilitação de genere para a recepção de ordens e ingresso em religião. D. como insinua Camilo. 429. p. também o devia ser de Guiomar Gomes. (322) CRUZ. como parece. em excursão pelo reino. Luís. (321) Corografia Portuguesa. pai da Pelicana. António. Antó(319) BARBOSA. Não nos parece razão aceitável. que ao tempo se faziam naquela rica vila bragançana. do casamento secreto. qualidade que geralmente lhe reconhecem todos os escritores. o mesmo Camilo. Sebastião. Ignoramos de onde consta originariamente a notícia que adscreve a Moncorvo a naturalidade da Pelicana (321). o duque de Beja. despertando assim a ideia de buscar-lho em heráldica. paterno. Bernardo. além da anteriormente já nomeada. atenta a preponderância da família. Segundo a tradição. Luís. p. judia de origem. a trivialidade do facto de que há muitos exemplos ainda hoje. diz que Pero Gomes. como querem alguns escritores.. que. viu numa dessas célebres feiras. doutor em teologia. ainda hoje muito viva em Moncorvo. Porto. D. O apelido de Pelicana provir-lhe-ia da beleza empolgante que todos lhe reconheciam. D. diz: «Ha tradição bem fundada. filho de el-rei D. a Pelicana era natural de Moncorvo. Vilhena – Cidades e vilas que têm brasão de armas. que significa extremos de amor. casada com António Carlos (322) .208 TOMO VII GOMES GOMES (Violante) – Chamada pelo povo a Pelicana. lugar citado. célebre na história pela sua formosura e por ser mãe do Prior do Crato. ao tempo. ficou preso de tantos prodígios de graça sedutora e. se estas duas não são uma e a mesma. vê-se pelos muitos presbíteros que nas listas das diversas inquisições de Portugal aparecem condenados por judaísmo. António». Manuel. como de outros documentos. com a rainha Maria. e como se prova ser tão afeiçoado á dita Violante Gomes. D. assim de testemunhas. Luiz. como lhe facultava a qualidade de Prior do Crato e profissão na mesma ordem. antes dizia que não podia cazar nem ter outro reino. e assim. visto como se prova. Luís de Portugal…. e bem assim vista a procuração de sua excellencia. Antonio é uma dellas. 161. clérigo da Ordem de S. fez correr o processo de justificação secretamente diante de Manuel de Melo. tratou de mostrar ser filho legítimo do infante D. (323) CASTELO BRANCO. honesta e de grande graça e descrição. e por seus amores fazer muitos extremos publicos. que podem gozar dos privilegios da Ordem de S. donzella muito fermosa. de muitas invenções. António. como em sua mãe.GOMES 209 TOMO VII nio. no alto e no baixo. no parecer de outros. prova dada. e bem assim visto como se prova o dito senhor infante mandar tratar a dita senhora Violante como sua mulher. em que ao tal tempo estava. e que nunca pôz os olhos em outra mulher. sendo mancebo e em idade florente se namorara de Violante Gomes. e cantigas. Perante a Commissão de minha jurdição. João. e como o Senhor D. para mais justificar as suas pretensões à coroa. que. Luís. sem nunca querer acceitar nenhum delles. o qual pronunciou a sentença seguinte: «Christo nomine invocato. Violante Gomes recolheu-se depois da sua separação do infante D. nem o reino de Inglaterra. Vilhena – Cidades e vilas… MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . sem ter com ella conta. depois que a recebeu. de onde passou ao mosteiro de Almoster e lá faleceu a 16 de Julho de 1569 (324). que se lhe offerecia. forçado do amor que lhe tinha. Luís a Vairão. (324) Idem e BARBOSA. Vistos estes autos. logo mandar-lhe chamar Dona Violante. por a muita resistencia que achou da muita virtude assim na dita donzella. e assim mandar ao senhor dom Antonio seu filho lhe obedecesse como filho conforme a lei divina e homana. que. mostra-se que o infante D. Camilo – D. depois do dito senhor infante ser cazado com a dita senhora dona Violante lhe sahiram muitos casamentos. motes. que por mim foi recebida. etc. a recebeu por mulher por doutra maneira não poder conseguir o effeito de seus amores. mas sabendo que esta pretensão não agradava ao cardeal-rei nem ao duque de Bragança. com vestidos e com joias. p. e assim no mosteiro lhe mandar tudo de sua caza. musicas. João. segundo querem muitos escritores. que me foi solemnemente commettida no capitulo provincial ácerca dos negocios e das pessoas. e tanto que a recebeu por mulher. que nasceu em 1531. ou 1529. e fazer o que ella mandasse. mais que uma cella. mas mais provavelmente em 1534 (323). Prior do Crato. e outro sim. respondeu. que tudo merecia. escrita pelos anos de 1586 mas só publicada em 1837 por Alexandre Herculano. e assim visto. dona Joanna de Sá. julgo e declaro. visto o regimento que o dito senhor infante deu a Sua Excellencia. nascido de legitimo matrimonio. 390. que tratando-se do casamento. e visto. e assim visto como el-rei seu tio se prova lhe dar as armas de seu pae sem labéu de bastardia. e tambem se prova a dita senhora rainha tratar a dita senhora Violante. que era mulher do infante. quanto mais que se prova El-Rei e a rainha que estão em gloria. nas honras secretas e publicas. Bernardo da.210 TOMO VII GOMES depois que conheceu e recebeu esta senhora. e o tratamento que sempre fez ao senhor dom Antonio ser avantajado do que fazia ao senhor dom Duarte. sem addição. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . = Frei Manuel de Mello» (325). como as testemunhas declaram. Frei – Crónica de El-Rei D. como de feito basta. pela auctoridade a mim commettida. e assim o disseram logo as donas que com ella foram. de tal maneira. e como seu filho legitimo trataram o senhor dom Antonio. e o mais que ela camareira-mór sabia. conforme o direito civil e canonico bastava para se provar. que era ser mulher do infante. ainda que seja em prejuizo de terceiro. por ser mãe do senhor dom Antonio. e alem disso o instituir por seu herdeiro de toda sua fazenda o que. e dizerem que não era necessario publicar que era legitimo. o que tudo se não fizera se legitimo não fora. Sebastião. sobre as ditas honras. p. no mosteiro de Almoster. como se trata perante mim nestes autos de legitimidade. o dito senhor dom Antonio ser filho legitimo do dito senhor infante dom Luiz e da dita senhora dona Violante. outro sim. com o mais. nem aos duques beijo as mãos. de como havia de escrever aos fidalgos e senhores. visto como se prova em seu testamento nomear ao senhor dom Antonio por filho seu simplesmente. e como se prova as principaes testemunhas de vista não poderem testemunhar e estarem impedidas por quem lho podia defender defeito. onde a viu. nas honras que lhe fez. confessaram que o infante recebera a dita senhora dona Violante. nem accrescentar natural. que se pelos autos mostra. o que não fizera a dita senhora rainha se ella senhora dona Violante não fora mulher do infante. pois havia de ser clerigo. como se prova a dita senhora rainha o confessar e dizer. e que ao senhor dom Duarte não puzesse no sobrescrito meu senhor. e fallando-lhe a camareira-mór. que logo pareceu. e outro sim. para ser havido por legitimo. E mando se lhe passem do processo as sentenças que pedir. (325) CRUZ. A vinte e tres de Março de mil quinhentos e setenta e nove annos. no qual caso o direito se contenta com muito menos prova. p. facto bem assente na história (327). excluída mesmo a nota de suspeição pelo lado destes e qualquer tentativa de suborno por parte do monarca. (327) SILVA. capelão-mor. que não hesitaram em depôr o que se lhes ensinou. António como ilegítimo.GOMES 211 TOMO VII O cardeal-rei não levou a bem estas pretensões. Luís de Portugal…. Rebelo da Silva (328) acha pouco concludentes as provas apresentadas por D. porque o original desaparecera da Torre do Tombo no tempo da administração de Castela. Camilo – D. diz que esta cópia não é autêntica e que foi tirada duma outra existente no arquivo da casa de Bragança. António como filho natural. Sebastião…. confessaram o perjuro. p. D. bispo de Viseu. (330) Livro 4. sempre houve muita gente pronta a tudo sacrificar à vontade régia. 433. 521. e para as inutilizar obteve do papa Gregório XVI uma bula de motu proprio com comissão para ser juiz da causa da legitimidade de D. (331) CASTELO BRANCO. e na nota que ao mesmo pôs o autor. 433. onde vem por extenso. pai do Prior do Crato. que já tinha cinquenta anos quando foi da justificação (329). «Introdução». António. não legítimo. Antonio apresentou testemunhas complacentes achadas entre os da sua familia. Luiz deslumbrado pela belleza da Pelicana baqueia perante a sua inabalavel virtude. mas interrogadas depois com serenidade pelos ministros do Cardeal D. «Introdução». «e a nota de illegitimo – diz ele – é quasi certa». 305 e 335. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . arcebispo de Lisboa. (328) Ibidem. Camilo Castelo Branco (331) transcreve o assento dum baptismo de uma (326) CRUZ. provas 82 a 87. vol. p. (329) CRUZ. D. p. Jerónimo Pereira de Sá e Heitor Pinto. Henrique. Luís (326). Rebelo da – História de Portugal nos séculos XVII e XVIII. e a «Prova 80» do mesmo livro dá na íntegra o testamento do infante D. e doutores Paulo Afonso. Jorge de Ataíde. É curiosa e romanesca a pretendida história d’este casamento. Bernardo da – Crónica d’El Rei D. I. desmentindo-se. António Pinheiro. D. que não cede senão sanctificada a sua juncção perante os altares». e acrescenta quanto às testemunhas: «D. O seguinte facto é por si só bastante para determinar nos espíritos fortes motivos de dúvida às afirmativas dos que nos dão D. Na História Genealógica da Casa Real Portuguesa (330) vem transcrita a sentença atrás referida. Bernardo da – Crónica de El-Rei D. 143. pág. Sebastião. Luís. A sentença julgava D. Pero Barbosa. António e poder revogar a sentença retro. Não entraria por muito nesta sentença a má vontade do cardeal-rei. bispo de Miranda. A sua execução foi cometida aos prelados e desembargadores: D. Jorge de Almeida. que tinha por sub-reptícia. do infante D. para com o justificante? Ainda que não queiramos meter em linha de conta o palacianismo dos juízes. o qual também se encontra copiado na Biblioteca de Évora. fervoroso e incansável em lhe procurar pronto remédio. andando elle de continuo buscando-lhes esmolas e desencovando-as para os soccorrer com ellas» (335). GONÇALVES (Afonso e António) – Arquitectos. Teor corresponderá a arquitecto. o padre Diogo Vidal. se realmente não foi forjado a fim de reforçar as pretensões do Prior do Crato ao trono português. 17. Luiz». MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . p. que se distinguiu pela caridade e coragem com que socorreu os pobres e doentes durante uma epidemia mortífera (334). e Jerónimo Gonçalves. filho de João Manuel Afonso Gonçalves e de D. tomo I. sem aver quem lhes acudisse. cuja pátria se ignora. fl. 222. baptizou o bacharel d’ella (da paróquia). «occasionando-se-lhe a morte do immenso trabalho que tomou em lhes acudir. compaixão dos trabalhos alheios. p. GONÇALVES (Horácio de Assis) – Tenente de infantaria. mas que faleceu no colégio da Companhia em Bragança a 24 de Março de 1599. Teresa de Jesus Fernandes. isto é. É director da revista A Guerra e secretário particular do actual ministro das (332) Ver tomo III. Pero Gonçalves e Tomás Pires a obra de carpintaria do mesmo. Este documento constituirá uma prova esmagadora a favor da legitimidade de D. (334) Ibidem. 260. Jorge – Hagiológio Lusitano referente ao dia 24 de Março. vulgarmente chamada castelo de Bragança. sogro do infante D. da sua torre de menagem. e remediar em uma grande fome. mestre-de-obras? GONÇALVES (Garcia) – Benemérito jesuíta do colégio de Bragança. 56. Nasceu em Vinhais a 29 de Junho de 1880. Seriam simplesmente mestres-de-obras? GONÇALVES (Diogo) – «Theor da obra de Bragança». praças e campos. destas Memórias. António.212 TOMO VII GOMES | GONÇALVES das freguesias de Évora. a Luiz filho de uma escrava de Pero Gomes. de que caiam os homens mortos pelas ruas. falecido em 1559. que fizeram o convento e igreja de Santa Clara de Bragança. (333) Ibidem. p. antigo combatente da Grande Guerra. códice CIII 1. O Hagiológio celebra as virtudes notáveis deste varão na caridade. pelos anos de 1434 (333). (335) CARDOSO. o que lhe mereceu o título de pai dos pobres. que ouve em seu tempo. onde se lê: «Em 15 de Julho de 1544. Vieram pelos anos de 1596 (332). 285. GONÇALVES (Padre Garcia) – Jesuíta. Pátria e Exército («Alocuções militares»). O Combate. e 10 gravuras. desde 1928. A Liberdade: Revista Católica. A infantaria na Flandres e na História. e duas inumeradas. 8. de que é director.»). É oficial da Ordem de Cristo. de corpo de exército e do exército. 8. Em 1611 arrematou ele a construção de uma ponte sobre o rio Sabor. Cruz de Guerra e cavaleiro da Ordem de Avis. A Voz de Coimbra. Na Cepelândia («Retalhos da Grande Guerra»). P. Porto.° de 46 págs. Porto. sem indicar ano de impressão. 120+2 (inumeradas) págs. O Correio de Coimbra. Tem colaborado em prosa e verso nos seguintes periódicos: Legionário Trasmontano. O Setubalense. mas. Coimbra. O Trás-os-Montes. E. pelo contexto do documento que a seguir se reproduz.° pequeno de 540 págs. e 4 gravuras. 8. Porto. com 25 gravuras. Necessidade da força armada. No combate – «Ligações entre a infantaria e a artilharia. Portugal nas guerras da Europa. tendo sido louvado várias vezes em ordens de batalhão. Separata da Revista Militar. e 3 gravuras. Porto. Rescaldo da Flandres («O meu último depoimento para a história do C.° de 127 págs. sem dúvida por esquecimento.° de 439 págs. sem ano de impressão. 1924. Porto. 8.° 12 na Flandres (1917-1919)». Guarda. Eis o documento: «Eu El Rey faço saber aos que este alvara virem que avendo respeito ao MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de Coimbra. de divisão.° de 47 págs. da Guarda. de regimento. GONÇALVES (João) – Pedreiro da comarca da Torre. segundo as lições da Grande Guerra». e os estudos militares em Lisboa e Coimbra.° de 276 págs. doutor Oliveira Salazar. não especificaram.° de 168 págs. com uma gravura. 1921. 8. 1926. A Gazeta. sem ano de impressão. Comunicações em campanha (está a imprimir-se). Porto. e no liceu da mesma cidade. sem ano de impressão. que. Porto. 8. 8. Chama da Pátria – «Esforço de Portugal na Grande Guerra». Tem colaborado em diferentes jornais e publicou: Portugal na Guerra – «O batalhão expedicionário de infantaria n.° de 99 págs. A Ordem. e 5 gravuras. A Guarda. 8. Fez os estudos secundários no Seminário Diocesano de Bragança. sem ano de impressão. vê-se que deve ser Torre de Moncorvo. O Pinheirense. 1923. O «Vinte e três» – «Efemérides biográfico-sintéticas deste regimento desde a sua origem (1806) até aos nossos dias (1922)».° ano de teologia. onde chegou ao 2. Revista Militar e A Guerra.GONÇALVES 213 TOMO VII Finanças. e vista a ymformação que se ouve do provedor da comarca da cidade de Miranda. Lixboa 2 de Setembro de 1611» (336). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . todos de camtaria. arcebispado de Braga. que era muito capaz. termo da vila de Viana... dos Arquitectos…. Torre de Moncorvo. que sam mais tres mil dos nove em que polla mynha provisão. GONÇALVES (José) – Mestre canteiro. de S. se faça e ponha em effeito a obra da dita pomte e se lamcem mais para ella os ditos tres mil cruzados pollas comarcas da Guarda. da comarca da Torre. natural da freguesia de Santa Maria de Âncora. «nas muitas obras que tem feito nesta terra». pomdosse em pregão de novo a obra da pomte que se hade fazer no rio Sabor. Porto. termo de Miranda. pela quantia de cento e dez mil réis. Entendemos que esta faixa seria ao nível do terreno. e que este lanço fizera João Gonçalves. arremataram em 1787 as obras de pedreiro e carpinteiro da capela-mor da igreja de S. termo de Miranda. Martinho. semdo tão necessaria. Nas condições de carpintaria declara-se que toda a capela-mor seria (336) VITERBO. do lugar de Palaçoulo. ey por bem e me praz que pollos apomtamentos que amtigamente se fizerão da dita obra. de tres palmos de alto».. com pequena diferença. segundo se mostrava. Esgueira e Viseu e os nove mil pollas de Miranda. porque constou que. anexa de Caçarelhos..°». as já apontadas em obras desta especialidade. pollo que mais acrescentou nelles o dito João Gonçalves.214 TOMO VII GONÇALVES que polla petição atras escrita me enviarão pedir os officiaes da camara da villa do Mogadouro.... Lameguo. Guimaraaes. no respeitante a canteiros. Notemos apenas que os alicerces das paredes teriam seis palmos de fundura e que «levarão estas paredes sua faxa ou soco de cantaria á roda. abade de Cicouro. não semdo damtes mais que as quinas delles e o arco mayor assy o anel como a volta toda de camtaria. mestre carpinteiro. a que a obra fora arrematada. da vila de Outeiro.. e que os ditos tres mil cruzados que acrecião da dita arrematação dos nove mil fora por se acresemtar mais do que estava na traça antiga. mestre entalhador. conforme a dita provisao. artigo «Gonçalves (João) 4. que os talhamares fossem mais largos. Sousa – Dic. não ouve quem o quizesse aceitar nem lamçar nela em menos comtia que doze mil cruzados. e Manuel Afonso. foi arrematada a officiaes que sam já falecidos. que para ysso mandey passar a vinte e seis de outubro do anno de mil e quinhentos noventa e hum. são. Coymbra. Manuel Fernandes. Joanico. A obra de talha da mesma capela-mor foi arrematada por José Fernandes. As condições da obra. sem ategora se por em effeyto a obra da dita pomte. A comissão para mandar proceder ao auto de arrematação foi passada ao doutor Francisco José da Serra. isto é. e ahi serão cortadas pella parte de fora. foi arrematada a 22 de Junho de 1752 por Manuel Gonçalves. Fará a tribuna com tres bojos na forma ordinaria». duas por banda com seus capiteis entalhados. a capela «terá de comprimento pella parte de dentro vinte e seis palmos. e esta caminhará pellos lados para arancar a abobeda. por 430$000 réis. e meyo cinco emthe a gola da terra. e todas as paredes referidas serão asentadas em fraga. No acto da arrematação o porteiro gritou «em vos alta e intelegivel quem quer fazer a obra da capela mor da Igreja de Avelanoso que se remata logo doulhe huma doulhe duas doulhe tres outra mais pequinina e por ter lançado na dita obra Manuel Gonçalves» foi-lhe adjudicada (338).. tudo por dentro. Levará seu caixilho goarnecendo a boca da tribuna. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de largo vinte e dous.GONÇALVES 215 TOMO VII «forrada toscamente e por baixo apainelada até o retabulo com seis caixilhos de molduras e suas rosetas nos cantos de cada hum. anexa de S. e foi também ele que fez a desta povoação (337). Levará seu esplendor no remate da obra. toda de raiz. e de alto dezanove. e a do arco será de tres palmos. A obra era a fundamentis. e forrará a mesma sacristia lizamente na forma chamada escama de peixe com seu frizosinho á roda». Levará quatro colunas. e meyo dahi para cima. maço Obras. O arco cruzeiro terá de alto dezanove palmos no pé direito e de largo quatorze. e goarnecido com suas molduras correspondentes. Segundo as condições do contrato. O mesmo arco será apilarado pella frente. e meyo. Pedro. e serão de cinco palmos. (338) A arrematação era feita ante a autoridade eclesiástica. José Gonçalves arrematou também em 1787 a obra da capela-mor da igreja matriz da Granja de S. que mandava afixar anúncios nos lugares costumados. As condições da obra de talha eram: «Levará sobre o altar sua banqueta proporcionada e sobre ela seu banquo entalhado. Levará seu pilar entalhado pela boca da mesma tribuna. e targe. GONÇALVES (Manuel) – A capela-mor da igreja paroquial de Avelanoso. concelho de Vimioso. e imposta em lugar de capitel. «mestre canteiro da provincia do Minho». O soco das colunas subirá acima a despedir goarnecido com sua moldura que facei com o tecto. As paredes dos lados sairáo de seis palmos. Pedro da Silva. A emperia dos cortes será de tres palmos. Levará suas quartelas nos frisos resaltiadas com sua cornige e levarão as quartelas sua talha com largura que avulte. (337) Museu Regional de Bragança.. Passará a cornige de toda a obra em volta com seu ressalto meyo. Levará sua sanefa faciando toda a obra. e o pregoeiro era o meirinho da mesma autoridade. com sua sepa em lugar de vara. O altar terá tres degraus de cantaria bem lavrada. ante o provisor do bispado – Ministro – como diz o documento] a mandou aprontar e satisfeito pelo pregoeiro dizendo na praça o acho na praça o arremato porque mais não acho doulhe huma doulhe duas doulhe huma mais pequenina e e quem a faça por menos senão dou o Ramo e por não haver quem por menos a fizesse lhe mandou dar o Ramo que elle arrematante aceitou e se obrigou a fazer a dita obra na forma dos apontamentos que lhe forão mostrados antes de se fazer a rematação» (339). com suas fachas por dentro. cura de Avelanoso. e serão feitas de boa pedra e bem tramadas. os dous primeiros correrão de parte a parte. e levará quatro piramides nos cunhais. As piramides serão de sepa. ou sejam as condições artísticas a que a obra tinha de obedecer. e os dous cunhaes da parte do arco sairão. que hade ser asente sobre a abobeda entulhada de mescla. e será toda lageada. subirão na altura necessaria para dar corrente ao telhado. Da parte da Epistola terá sua fresta de seis palmos de alto na luz. (339) Museu Regional de Bragança. e por fora. maço Obras. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . em oitenta e nove mil e quinhentos reis e por não haver quem por menos a fizesse elle dito senhor Menistro [a arrematação era feita em auto público na Câmara Eclesiástica de Bragança. onde declara que a obra está concluída «e vista examinada pello mestre que fez os apontamentos».. datada de 8 de Junho de 1753. concelho de Bragança. Levará duas cruzes nas empenas com seus pedestraes. No acto de arrematar a construção da igreja de Vale de Lamas. As aduellas do arco cruzeiro não terão menos de palmo. «principiou o pregoeiro Romão Luiz a dizer quem quer lançar na obra da capella mayor de Val de Lamas pertencente a pedraria e entre varios lances que houve o menor foi o que deo Antonio Fernandes. e dous de largo. o que descobrirem do corpo da Igreja. e tres de cal.. e pedra. No final do maço destes documentos vem uma certidão de Francisco Martins Parreira. de Cabeça Boa. e a cantaria bem lavrada. e quarto na cabeça lavrada e metade della he por conta do povo». estes não terão vara nem capitel. por ser quem recebia os dízimos de Avelanoso. Terá seu degrau com seu bucel ao arco cruzeiro. e correrá a sua cornija de meya cana. As paredes serão de masacote a saber cinco partes de barro.216 TOMO VII GONÇALVES Levará seus cunhaes de pico apilarados nos cortes. golla e espigão com sua bola em cima. e com seu bucel. e muito bem ajustada. e o terceiro terá tres entradas. a qual corria por conta do cabido de Miranda. em 1788. o telhado será dobrado e muito bem embocado de cal e area na forma que está o de Santa Cruz desta cidade [Miranda do Douro]. O governador e os oficiais que o acompanhavam foram mutilados e mortos depois de lhe infligirem cruéis tormentos. distrito de Quelimane. fizera aquella infeliz guerra de que fôra victima. outros que o Bonga. e as terras de outros potentados indígenas. Sobre os motivos que levaram Gouveia a empreender esta expedição correram diferentes versões: diziam uns que o governador. A notícia do desastre só chegou a Lisboa a 20 de Novembro de 1867. Delfim José d’Oliveira. capitão. de trinta e oito anos de idade. governador do distrito de Tete. viúvo. porque o Bonga lhes roubava todas as fazendas que iam rio acima. pela gente de António Vicente da Cruz. devastando tudo quanto ficava fora da fortaleza. seus visinhos. fizera guerra aos moradores de Tete. que tal suposição era destituída de fundamento e injusta para a memória dum oficial que sempre gozou dos melhores créditos. rio abaixo». tendo-lhe fugido muitos pretos e pretas para Tete. d’ahi a necessidade de o combater. disse Joaquim Pinto de Magalhães. que quando estive em Moçambique como governador geral desde 1851 a 1854 conheci Miguel Augusto Gouveia e posso affirmar que era um dos officiaes mais honrados. sendo este o motivo da expedição. filho de Francisco Maria de Gouveia. official intelligentissimo e insuspeito. chamado em língua cafre Bonga. em abono da justiça. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .GOUVEIA 217 TOMO VII GOUVEIA (Miguel Augusto) – Natural de Bragança. todos os moradores estavam assustados. melhor. que quer dizer Gato do mato. África Oriental. e ainda outros: que ficando o Bonga na margem direita do rio Zambeze. roubando-os e matando gente ou escravisando-a» e sacrificar os indivíduos que supunha feiticeiros e aos quais atribuía malefícios recebidos. e o governador de Quelimane transmitiu-a ao governador geral da província. morreu barbaramente assassinado em Tete. era um official honrado e brioso. e este ao governo de Portugal. e que sendo aquelle um obstaculo poderoso para o concurso entre o mar. No intuito de o prender. negro poderoso e cruel. cinco oficiais e setecentos a oitocentos indígenas auxiliares armados de espingardas ou de arcos e flechas. mais disciplinadores e mais valentes que havia na província. da Zambézia. já de indisposição pessoal que tinha com o Bonga. Ocupando-se do caso na câmara dos deputados. Quelimane e o sertão. haver atacado «as propriedades de colonos de prasos da corôa. «attrahido por negocios commerciaes que tinha com o Bonga. correu também na Zambézia. em consequencia dos flagicios que lhes dava. A versão de que Gouveia fora levado a empreender a campanha contra o Bonga «por motivos menos nobres e legitimos. a 6 de Julho de 1867. Canto e Castro. mas depois reconheceu-se. partiu Miguel Gouveia à frente de sessenta praças regulares. E até o ultimo governador de Quelimane. As causas desta guerra de Tete ou. por informações insuspeitas. margem aonde fica Tete. eram: o Bonga. eleito então por Moçambique: «Devo dizer. já de obter d’elle o pagamento de sommas que lhe devia». à esquerda de quem entra. no todo. Entraram.218 TOMO VII GOUVEIA que acaba de chegar á Europa. É conservada a vida ao governador. morador ou soldado europeu. tambem diz que não foram os maus motivos que obrigaram aquelle governador a fazer a guerra. No jazigo de mármore que a sua família (Gouveia) lhe mandou erigir no cemitério público de Bragança lê-se o seguinte: Meu Deus. naturais de Bragança. Comem e bebem talvez demasiadamente. ex-governador de Tete. celebrado em 1852. atravessada por uma espada e por cima desta a legenda: Meu Deus /porque / me desamparaste. Mas. Apontamentos sobre o Bonga. ao que supomos. Na freguesia da Sé. Os de Tete tomam posse d’ella. tenente-coronel. que não foi reconhecida. capitão-mór do Guengue. No primeiro arruamento. meu Deus / Porque me desamparastes. mas sim os bons. encontra-se o assento de casamento de uma. que não tardou. Depois de o martirisarem durante alguns dias. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Em ocasião propria. Abandona a aringa. Eis como um contemporâneo narra o facto: «O Bonga sabe diariamente o que se passa em Tete. Maria Madalena. Numa faixa que envolve a coluna ostenta-se uma coroa de carvalho (?) em relevo. é a temivel guerrilha. com talvez três metros de altura. falecido no ultramar. lança-se aos de Tete. lançando mão de uma espingarda caçadeira de dois canos. 1868. desgraçadamente. do cemitério público de Bragança há uma sepultura pelo sistema de vaso. sabe que o governador (capitão Gouveia) se aproxima. Escaparam muitos pretos. Ao mesmo tempo annuncia-se a chegada do auxilio de duzentos pretos que o Belchior do Nascimento. dispara á queima-roupa sobre o desgraçado» (341). (340) Sessão da câmara dos deputados de 6 de Maio de 1868. À margem do assento há uma nota do pároco em que declara ter passado certidão desse termo para fins dos interessados se habilitarem à herança de onze contos e tantos réis depositada no ministério da Marinha e pertencente ao espólio de Miguel Augusto Gouveia. cheio de terra para plantação de flores. porque queria livrar o sultão de um regulo que lhe era tão nefasto» (340). Contentamento geral. in Diário do Governo do dia 8 seguinte. havia prometido. Não escapou um official. liberdade que elle recusa aceitar. sobre o qual se eleva uma coluna cilíndrica de mármore encimada por uma cruz assente sobre plinto do mesmo material. cortando-os a golpes de faca e machadinha. (341) Delfim José de Oliveira. formado por guarnição rectangular de granito. cortam-lhe as orelhas e concedem-lhe a liberdade. e por ele se vê que era filho de Francisco Xavier de Gouveia e de D. irmã de Miguel Gouveia. em Bragança. Então o Bonga. A instalação do governo civil de Bragança teve lugar a 28 de Setembro de 1835. Francisco Xavier de Morais Pinto. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . existente no governo civil desta cidade. que há pouco apagaram cobrindo-a de cimento (!!). Manuel de Almeida Pessanha. António José de Miranda. Também nos extractos da sessão da câmara dos deputados de 19 de Maio de 1866 publicou o Diário respectivo uma lista dos governadores civis de Bragança. Joaquim Xavier Pinto da Silva. GOVERNADORES CIVIS DO DISTRITO DE BRAGANÇA – Os supremos magistrados chamados governadores civis tiveram no princípio as designações de «Prefeitos provinciais» e «Administradores gerais». Rodrigo Pinto Pizarro Pimentel de Almeida Carvalhais. a memória de quem foi alguém na Pátria!!!. a qual foi publicada em O Nordeste de 20 de Março de 1908. que começa na segunda gerência de João Manuel de Almeida Morais Pessanha. No lado oposto havia a inscrição referente ao trucidado Miguel Augusto Gouveia. existente no mesmo edifício. Joaquim Ferreira Real. Segue a lista: Venâncio Bernardino Ochoa. João Manuel de Almeida Morais Pessanha... António Rodrigues Sampaio (substituto). Maria Magdalena / da Veiga Cabral de Gouvea / a sua saudosa memoria / alevantarão esta pedra / seus extremosos filhos / Miguel Augusto de Gouvea / Carlos Luiz de Gouvea / Christina Carolina de Gouvea / Anna Carolina de Gouvea / Anno de 1868. Júlio do Carvalhal de Sousa Teles. Não mencionamos aqui os nomes desses magistrados que serviram interinamente. Manuel de Castro Pereira de Mesquita Pimentel Cardoso e Sousa. por sinal muito incompleta.° 65. Que tristeza!.GOUVEIA | GOVERNADORES CIVIS DE BRAGANÇA 219 TOMO VII Na face sul do plinto lê-se: Aqui jaz / D. A lista dos governadores civis deste distrito que damos a seguir encontra-se no «Livro das Actas de Posse» dos mesmos. limitando-se a mandar pintar a tinta de óleo os seguintes dizeres: Jazigo da / Família Gouveia N. A própria família a tentar apagar a memória do seu representante máximo. e dos substitutos mui excepcionalmente referimos alguns. no intuito provável de ali gravarem o epitáfio de outro personagem.. dactilografada. o que ainda não fizeram. António Júlio Taveira Pinto Pizarro. Os seus antecessores vêm mencionados numa folha avulsa.. Alexandre Pinto da Fonseca Vaz. em 19 de Fevereiro de 1918. Doutor Alfredo Monteiro de Carvalho. Custódio José Ribeiro. Doutor António Avelino Joice. Tomás António Ribeiro Ferreira. Cláudio Mesquita da Rosa. Eduardo Ferreira de Almeida. Carlos António Leitão Bandeira. em 23 de Janeiro de 1913. António Bastos Pereira (substituto). Aires Guedes Coutinho Garrido. em 21 de Janeiro de 1919. em 12 de Abril seguinte.220 TOMO VII GOVERNADORES CIVIS DE BRAGANÇA Guilhermino Augusto de Barros. António Augusto Teixeira (substituto). em 20 de Dezembro. Custódio José Ribeiro. José Maria Quirino Pacheco de Sousa. em 16 de Outubro seguinte. em 31 de Março de 1914. em 30 de Março. em 22 de Abril de 1920. idem. em 24 de Janeiro. em 20 de Junho de 1911. Augusto Correia Godinho Ferreira da Costa. idem. Jerónimo Barbosa de Abreu e Lima. Adriano José de Carvalho e Melo. em 15 de Janeiro de 1915. Doutor António Avelino Joice. António Amorim de Carvalho. Desidério Augusto Ferro de Beça. em 12 de Junho. Carlos Augusto Vergueiro. Doutor Agostinho Lopes Coelho (substituto). idem. idem. António Joaquim Ferreira Pontes. Doutor António Carlos Alves. em 31 de Maio. idem. em 24 de Fevereiro de 1912. tomou posse em 2 de Novembro seguinte. Custódio José Ribeiro. José Tibério de Reboredo Sampaio e Melo. Ernesto Pinto Emílio de Oliveira. José Alves Pinto de Azevedo. Doutor Domingos Frias de Sampaio e Melo (substituto). em 23 de Fevereiro seguinte. Diogo Albino de Sá Vargas. Casimiro António Ribeiro da Silva. tomou posse em 8 de Outubro de 1910. idem. em 21 de Fevereiro. idem. António Maria de Morais Machado. Carolino de Almeida Pessanha. Doutor Constâncio Arnaldo de Carvalho. Doutor Luís António Rodrigues Lobo. Eduardo José Coelho. em 11 de Dezembro de 1917. idem. em 10 de Abril. em 7 de Novembro de 1917. Jacinto António Perdigão. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Doutor António Luís de Freitas. Doutor João José de Freitas. Luís da Costa Amorim. Francisco de Almeida Cardoso e Albuquerque. Coronel José Anastácio Leite Falé. 1663. João Rodrigues de Vasconcelos e Sousa.° conde de Avintes. 1656. D. D. Rodrigo de Castro. 1743. Joane Mendes de Vasconcelos. idem. Conde de Sampaio. Teodorico Ferreira dos Santos. em 17 de Junho. idem. Adrião Martins Amado. idem. Francisco da Silveira Pinto da Fonseca. Jerónimo de Ataíde. 1640. Benjamim dos Anjos Jerónimo. António de Almeida. Tomás Augusto Salgueiro Fragoso.GOVERNADORES DAS ARMAS DE TRÁS-OS-MONTES 221 TOMO VII António de Moura Pegado. 1659. conde de Atouguia (senhor de Vinhais). 1. D.° conde de Amarante. 2. em 19 de Outubro. João Baptista Lopes Monteiro (substituto). 2. Francisco Xavier da Veiga Cabral. Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho. Conde do Prado. Adrião Martins Amado (substituto). D. Doutor Álvaro da Cunha Ferreira Leite. João de Sousa da Silveira. D. Marquês de Alorna. António Salgado. Domingos Teixeira de Andrade. 1698. 1646. 1. idem. idem. idem. Roberto Wrey. Acácio Augusto Mariano (substituto). 1810. em 4 de Janeiro de 1924. em 19 de Abril. 1649. Doutor Alfredo Rodrigues dos Santos. idem. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 1771. D. 1643. 1793.° conde de Castelo Melhor. GOVERNADORES DAS ARMAS DA PROVÍNCIA DE TRÁS-OS-MONTES Martim Velho da Fonseca. em 21 de Novembro de 1923. idem. Francisco de Távora.° conde de Alvor. 1641 e. em 15 de Outubro. 1703. segunda vez. em 30 de Maio de 1926. em 19 de Setembro. em 18 de Julho. Barão de Eben. Sebastião da Veiga Cabral. 1761. António Jaques de Paiva. 1807. em 30 de Novembro. 1793 e. D.° conde de Alvor. 1704. 2. segunda vez. em 10 de Junho de 1921. 1783. Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda. Bernardo Filipe Neri de Távora. 1813. 1655. idem. José Monteiro Cabral de Vasconcelos. Simão Frazer. Artur Pinheiro Coelho (idem). Rodrigo (ou Rui) de Figueiredo Alarcão. em 13 de Fevereiro de 1924. Doutor Agostinho Lopes Coelho. conde de Mesquitela. no sentido da carta de lei anterior. seus sobrinhos José António Vicente e Maria Teresa Pires. 1827. 1827. concorrendo deste modo para restabelecer a confiança pública. José Correia de Melo. Marquês de Valença. Amaro Vicente Pavão. menciona Pires Grandais. Luís Carlos de Ordaz Sarmento Anhaz e Vasconcelos. e de Maria José Pires. nesses tempos de geral retraimento e crises omnímodas. há mais de um ano. numa devoção cívica digna de louvor. natural de Vale de Lamas. Gregório de Castro e Morais [2]. Deixou universais herdeiros da sua grande fortuna. como se vê pelo Diário do Governo de 30 de Maio de 1848.° da carta de lei de 8 de Junho de 1843 para votarem e serem votados na eleição a que se ia proceder de dois membros efectivos e dois substitutos para a Junta de Crédito Público. entre a relação dos ditos. da mesma freguesia. o concurso do seu crédito nas dificuldades pecuniárias do Estado. avó materna do autor destas linhas. 1823. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Nasceu a 12 de Agosto de 1785 e faleceu em Lisboa no prédio n. Visconde do Peso da Régua. João da Pesqueira. Gaspar Teixeira. 1817. natural de Baçal. prestando. António Claudino de Oliveira Pimentel. Em 1851 entrou para a direcção do Banco de Portugal na qualidade de (342) Diário do Governo de 21 de Maio desse ano e 28 de Setembro de 1852. Visconde de S.° visconde de Geraz de Lima. Francisco António Pamplona. GRANDAIS (António José Pires) – Capitalista. freguesia da Lapa. provenientes de juros de títulos da dívida pública fundada averbados. em seus nomes. Julgavam-se habilitados. 1826.222 TOMO VII GOVERNADORES DAS ARMAS DE TRÁS-OS-MONTES | GRANDAIS Baía. Desde 1845 até à época da sua morte. que lhe constituem o título de benemerência porque entra nestas páginas. filho de Manuel Afonso Grandais. 1828. José António Botelho e Vasconcelos. Em 1846 (342) aparece entre os capitalistas habilitados na conformidade do artigo 3. Luís do Rego Barreto. concelho de Bragança. depois de satisfeitos os legados pios abaixo mencionados. os indivíduos que recebiam montante superior a 500$000 réis. Visconde de Canelas. que. que faleceu a 1 de Agosto de 1797. António José Pires Grandais figura dum modo evidente na finança portuguesa. natural e moradora que foi em Baçal. 1.° 14 da rua dos Navegantes. pelas três horas da manhã do dia 18 de Julho de 1860. 1830. . p. Pinheiro – História de Portugal Popular e ilustrada. nessa época de desconfiança valiam aos apuros do governo. Nada mais explícito do que o seguinte trecho para avaliarmos o civismo dos que.. O governo não sabia como vencer todas estas dificuldades.GRANDAIS 223 TOMO VII substituto.. Com isto e com o decreto que mandava receber as notas nos pagamentos pelo seu valor nominal. O ministerio publicou a promessa de pagar. o credito até para os estabelecimentos mais solidos era recusado. as companhias acabaram as suas transacções.. foi suspender o pagamento dos juros do semestre da divida publica. creando-se o Banco de Portugal (1846) – expediente de que resultou. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . eleito nas sessões de 21 e 31 de Janeiro e 8 de Fevereiro desse ano e novamente no ano seguinte.. e Portugal: Dicionário histórico.. o que houve tambem desde logo a fazer. o que alcançara de tangivel – fôra um esprestimo. contínuas conferencias do ministro com os directores e com os principaes accionistas do Banco e da Companhia Confiança. 171. a esmolla de 9$000 reis. Deixo a cada uma das religiosas do Real Convento do Sancto Cruci(343) Diário do Governo de 14 de Fevereiro de 1851. por uma só vez. feito por mão própria a 7 de Fevereiro de 1856 e aprovado no dia seguinte pelo escrivão José Esperidião de Barros: «Deixo a cada uma das religiosas do mosteiro do Santissimo Sacramento da Ordem de S. no anno proximo.. imagine-se como se accrescentariam as difficuldades da existencia e cresceria o descontentamento geral!» (344). pois. as fabricas suspenderam os trabalhos. vol. em Alcantara. cargo em que se conservou por muito tempo (343). Mas vejamos a parte notável do testamento de Pires Grandais. de trezentos contos. ás Janelas Verdes. como Pires Grandais. artigo «Pires Grandais». (344) CHAGAS. a esmolla de 9$000 reis. com os grandes proprietarios e com os mais abastados capitalistas. Na secretaria do ministério da Fazenda realizavam-se.. d’esta cidade. Como fazer desapparecer promptamente a crise? Como conseguir baixar o agio das notas do Banco? O expediente para vencer esta ultima difficuldade afigurou-se. Deixo a cada uma das religiosas do convento de Santo Alberto. de tudo isso. XI. d’esta cidade. O governo. juntar-se a fome com a vontade de comer. Depois resolveu-se fazer a juncção do Banco de Lisboa com a Companhia Confiança. Era uma gotta d’agua no oceano das despezas! Assim. 11-2-1852 e 24-2-1855. empregando os seus capitais em títulos da dívida pública: «Repentinamente – diz Barbosa Colen – desapparecera da circulação toda a moeda-metal. Domingos. ser a creação do que se chamou a Caixa da Prata. para ser distribuida pelas familias mais necessitadas e residentes n’esta freguezia de Nossa Senhora da Lapa. já em Lisboa. Carmelina da Conceição Pereira e Castro. que chegou a contar setenta e tantos alunos internos. que. aos quais ensinava as disciplinas liceais. O padre Adriano Augusto Guerra faleceu em Lisboa. freguesia de Alcântara. um dos melhores da capital. partiu para Lisboa a assumir a subdirecção do colégio Arriaga. Em Outubro desse ano. GUARDIOLA (D. por uma só vez. Maria Baptista dos Santos) – Licenciada em ciências matemáticas pela Universidade de Coimbra. depois conselheiro e ministro das Obras Públicas. leccionar francês e latim. a 21 de Março de 1862. ano em que fundou o colégio de Santo António de Moncorvo. sempre dirigido pelo seu fundador. filho de Valentim MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de que só saiu o primeiro volume. GUERRA (Aleixo) – Doutor em medicina. Fez os estudos preparatórios em Braga e Bragança e nas mesmas cidades o curso teológico.° de 89 págs. No Diário do Governo de 12 de Novembro de 1851 lá vemos o seu nome entre os dos subscritores para socorrer os habitantes de Cabo Verde e igualmente no de 4 de Agosto do ano seguinte para o Asilo de Mendicidade. e de D. foi para o colégio da Formiga. no Porto. Nasceu em Sendim de Miranda. onde ainda em 1908 se conservava como professor. Deixo ao Azilo de Mendicidade. o Moncorvo a 28 de Março de 1897. subinspector escolar. Escreveu: O ensino da aritmética nos liceus – Dissertação para o exame de estado apresentada à Escola Normal Superior de Coimbra. Nasceu em Felgar. Também fundou em 1898 a Enciclopédia Católica. GUERRA (Padre Adriano Augusto) – Professor de ensino livre. para ajuda do sustento dos pobres do mesmo Azilo. que terminou em 1885. filho de Jerónimo Maximino Guerra. Ver o artigo respectivo no Suplemento. também d’esta cidade. por uma só vez». «Secção de ciências matemáticas do curso do Magistério Liceal». em Outubro desse ano. Em 25 de Outubro de 1891 fundou o Moncorvense e. a 29 de Junho de 1872. encerrando-se então por completo porque o meio não se prestava e desgostos de diversas naturezas caíram sobre o seu director. a quantia de 100$000 rs. a esmolla de 9$000 rs. 8. Este colégio funcionou até 1895. sem ano de impressão. na calçada da Estrella. de camaradagem com o doutor António Cabral.224 TOMO VII GRANDAIS | GUARDIOLA | GUERRA fixo. onde se conservou até 1888. já ordenado de presbítero. a 30 de Abril de 1918. d’esta cidade. concelho de Vimioso. por uma só vez. Coimbra. concelho de Moncorvo. jornal do Marco de Canaveses. e foi redactor da Verdade. Deixo a quantia de 200$000 rs. terminando-o em 1899 com a alta distinção de 1. havendo-se declarado uma epidemia em Lagoaça. tendo sido louvado no mesmo Diário pelos (345) SILVA. 233. Relativamente às referências que fizemos a este médico no vol. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . irmão do médico. não fugiu de Freixo. Morto o filho. Nasceu em Freixo de Espada à Cinta a 1 de Maio de 1840. com o pedido instante de que o fosse ver ainda com vida. e o curso de medicina na Escola Médico-Cirúrgica do Porto. encontrando-se demitido do lugar de médico municipal. adiante mencionado. ofereceu-se para vir tratar os doentes. demorando-se alguns dias. do qual foi excluído. pág. Fez os estudos liceais em Bragança. nasceu no Felgar a 3 de Novembro de 1867. eleito deputado. 347. GUERRA (Augusto Sebastião) – Doutor em medicina pela Escola do Porto. fazia em pleno parlamento a sua rehabilitação. Escreveu: A lepra em Portugal – Tese de doutoramento. Porto. Mais tarde (ignoro datas).GUERRA 225 TOMO VII Guerra e de D. VI destas Memórias. Crioscopia médica – Tese apresentada em 1902 ao concurso de lente da Escola Médica do Porto (secção cirúrgica). sendo natural que essa rehabilitação provocasse a rectificação no Diário do Governo do desprimoroso despacho de 11 de Janeiro de 1866.° accessit e prémio. Tempo depois (ignoro ao certo quando). tendo porém sido aprovado em mérito absoluto. com distinção. foi. Por decreto de 4 de Janeiro de 1906 foi nomeado inspector sanitário junto do liceu Alexandre Herculano do Porto. tenente de artilharia e presidente da Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta. tomo VIII. GUERRA (António Emídio) – Médico. 1864 (345). o mesmo médico. Inocêncio Francisco da – Dicionário Bibliográfico. voltou a Freixo. tenente de infantaria: «Posto que a referência seja baseada em documentos insufismáveis. cargo que exerceu até 1910. como se diz. para que havia sido nomeado contra qualquer indicação política. o doutor Guerra Tenreiro. p. Escreveu: Algumas considerações sobre o tifo traumático ou podridão do hospital (tese). já com clínica estabelecida no Pôrto. eis o que o seu parente Alfredo Guerra. oferecimento que foi aceito. creio. Não nos foi possível obter informações referentes à tese de doutoramento que escreveu. nos informou por intermédio do nosso amigo João José Vaz de Morais. mas recebendo a notícia. Baltasara Ramos. irmão do doutor Ramiro Máximo Guerra. dada por sua esposa que vivia em Vila Nova de Gaia. de que um seu filho estava gravemente doente com o garrotilho. Boa União. no dia 17 de Maio de 1863. e de D. Era filho de António José Pinto Daniel e de D. primeira esposa do visconde de Marmeleiro. em Lisboa. 1863. Porto. algumas de imensa responsabilidade e valor». Ana Emília de Castro Leite Pereira. teve uma casa de saúde (ruas do Rosário e do Triunfo). Tip. a 18 de Janeiro de 1826 e faleceu (doido) no hospital do Conde de Ferreira. Pedro V. grande proprietário e industrial. Foi administrador de concelho por várias vezes. 1910. onde foi advogado e chefe político. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . natural do Felgar. Doutor em medicina pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto. concelho de Moncorvo. Foi pároco de Maçores e depois de Poiares. GUERRA (Ramiro Máximo) – Filho de Jerónimo Máximo Guerra (subinspector escolar). Fez o curso liceal em Bragança e o de direito em Coimbra. Lisboa. Foi consideradíssimo no Pôrto. GUERRA (Padre Henrique Daniel Saraiva da) – Nasceu em Carviçais. conservador do registo predial em Miranda do Douro. vivendo ao presente em Vila Flor. concelho de Miranda do Douro.226 TOMO VII GUERRA serviços prestados. no Porto. e de D. substituto do juiz de direito. Lisboa.° de 20 págs. Carmelina da Conceição Pereira e Castro Valente. Baltasara Ramos Puente. a 12 de Outubro de 1876. onde se notabilizou pela coragem e dedicação com que assistiu aos atacados da cólera nessa povoação em 1865. Nasceu em Felgar a 28 de Maio de 1865. além da larga clínica prestada. concelho de Freixo de Espada à Cinta. onde. Escreveu: Desagravo dum colega. merecendo em recompensa ser agraciado com o grau de cavaleiro da Ordem de Nossa Senhora de Vila Viçosa e com a medalha de prata concedida por el-rei D. onde casou. em Fevereiro de 1883. Fez o curso teológico em Braga. Foi depois prior de Alfama. Escreveu: Oração fúnebre – Pregada na igreja de Moncorvo nas exéquias de D. Fez serviço durante largo tempo em vários pontos da África e exerceu depois os cargos de médico municipal e subdelegado de saúde em Moncorvo. Maria José da Guerra. e por último abade de Benavente. 8. onde terminou o curso em 1896. residentes em Sendim mas naturais de Espanha. onde praticou inúmeras operações (cujo quadro procuro obter para ser também enviado). GUERRA (Doutor Francisco) – Nasceu em Sendim. Sermão da comunhão dos meninos – Pregado na igreja do SS. Sacramento de Lisboa. concelho de Moncorvo. filho de Valentim Guerra. a 14 de Novembro de 1878. onde demos a sua biobibliografia. lha vamos offerecendo por numeros e paragraphos.cê que devem responder dois Parochos inferiores a um Penitente. concelho de Miranda do Douro. onde é advogado e notário. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que dispensado pelo Bispo. da Empresa Literária e Tipográfica. duvida da validade do matrimonio. e tomo IV. presidente da câmara e provedor da misericórdia de Miranda do Douro. filho de Valentim Guerra e de D. 1896. idem. 66 e 168. impressa em véu de cálix. Ver artigo Padrão (João Manuel). Nasceu em Sendim. defendendo nas câmaras com vivo interesse o prolongamento da via-férrea na directriz do seu concelho e outros melhoramentos de interesse regional. Porto. H HENRIQUES (D. dar-lhe um Parocho cheio de tantas. 566 e 664. he o que fez o Ceo a um Bispo de poucas lettras. Já foi duas vezes eleito deputado. Inocêncio Francisco da – Dicionário Bibliográfico.° gr. Baltasara Ramos. que o illustre. 8. sem demora algua. senhor Abbade. p. concelho de Moncorvo. sem indicar ano de impressão. Resposta. GUERRA (Padre Valentim) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. Tem exercido os cargos de administrador do concelho. (346) SILVA.GUERRA | GUERREIRO | HENRIQUES 227 TOMO VII Escreveu: Casamentos consanguíneos (Tese). seda branca. 1. Devem os dois Parochos dizer ao Penitente que de logo. e ensine a conhecer os seus erros. tomo XVIII. e mais uma de proposições (346). e precavelo para não continualos.° Pergunta-me Vm. Frei Aleixo de Miranda) – Além do que já dissemos deste bispo de Miranda (347). Tip. viva separado da consorte e recorra á Sagrada Penitencia para que lhe revalide o Sacramento. Mas porque devemos dar resposta ao nosso illustre Mestre. destas Memórias. (347) Ver tomo II. damos mais os seguintes documentos: CARTA AO ABADE DE PENHAS JUNTAS «Grande beneficio. p. GUERREIRO (João António) – Há dele uma tese na igreja de Maçores. de 101 págs. Sendo Bispo de Ancona. sendo Summo Pontifice? Certamente não. Não pretendemos tirar-lha. á imitação do senhor Benedicto XIII.mo Prospero. Faça porem o senhor Abbade ainda em uma resolução tão seria. 2. que o constitue Procurador da Teara. que temos concedido. c. sem dar-se impedimento algum para recorrerem a ella.° Pergunta o nosso Abbade se a auctoridade com que havemos procedido ás sobreditas dispensações. Vc. Quare si aliquis Antistites ob nimiam suae Diœcesis ab Urbe distantiam. e com que elle acaba no seu referido L. Estas são as vozes do mesmo Ex. o senhor Benedicto XIV. e cheio de vaidade. a que Vm. antes de contrahir-se.cê se as muitas ou poucas dispensações Matrimoniaes. 3. Mas a que Bispos encaminhou elle esta sua Sentença tão douta e admiravel. pois constando de oito livros só o do Prospero Lambertini. como sua? Aos de França. v. devia primeiro apresentar-nos o Breve. e tão douta como estranha totalmente ao assumpto do nosso caso uma bem devida reflexão. Diga-nos. Esta litteraria baforada do nosso muito Abbade de Penhas Juntas o deixou summamente satisfeito. nascem de previlegio Apostolico que nos fosse concedido. 3. posto que se desse urgente necessidade. se lha pedissem. fez algum Sinodo Diocesano. 7. etc. imprimio um Directorio para uso e acerto do Sinodo Diocesano.cê o cita no livro 9. que promptamente lhes daria a faculdade para as dispensações.cê accrescenta mais um livro com capitulos e numeros. e logo Metropolitano de Bolonha. em cujo christianissimo reino se notavão alguns Bispos de similhante roubo feito á auctoridade Apostolica. eam exposcat a Romano Pontifice. e he – que sendo esta irrefragavel sentença do MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . cap.228 TOMO VII HENRIQUES 2. He certo que o mesmo Cardeal-Bispo no livro 7 do seo referido Sinodo Diocesano refere estar declarada pela Congregação do Concilio e Inquisição de Roma falsa e temeraria a autoridade que se arrogavão os Bispos para dispensarem no impedimento dirimente publico do Matrimonio. alegado na resolução de alguns Autores condemnada por falsa e temeraria pela Congregação do Concilio e Inquisição alegada pelo Summo Pontifice Benedicto XIV no seu Sinodo Diocesano. 3. sua Patria. pois para entrar na primeira parte da sua Expotetica. porque essa – est dificile mobilis – mas devemos proceder sobre as inquirencias do Mestre. qui eam petentibus impertiri non renuet. se funda no presumpto consenso do Summo Pontifice. Respondemos = que o nosso Abbade se avançou aqui demasiadamente a nosso respeito. verdadeira.° Pergunta Vm. aliamve legitimam causam necessariam sibi reputet authoritatem in uno aut pluribus impedimentis Matrimonium dirimentibus. senhor Abbade. p. Esta carta é trasladada fielmente de outra cópia existente no Museu Regional de Bragança. no sapere ad sobrietatem. de que devemos dar conta. Diga-me por sua vida o nosso Abbade. se Vm. O recurso das nossas ovelhas a Roma he facil ou he difficil? He possivel. como dissemos. se o caso he verdadeiro. e ao nosso caso sem perdermos mais tempo nesta resposta. que Jesus Christo Nosso Senhor fiou da nossa mão? Podemos deixar de intender. ou recorram.cê fingio o caso para nos dar a doutrina ahi vae a resposta. (348) Ver o referido Monumento…. Bragança. o certo he. ou impraticavel? Podemos consentir que as almas das nossas ovelhas. a muita sciencia gera ignorancia. – Fr. certamente para remeter a algum dos colaboradores desse livro. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que assim como a muita luz produz cegueira.mo Lambertini. como se deduz das explicações que vêm em seguida à carta e nos abstemos de transcrever.o V. abraçando como falsa e temeraria a sua tão douta como santa resolução: porem.or de V. ou sem demora algua venham expor a este os fundamentos. Bispo de Miranda». Enfim. que o Summo Pontifice em tão apertadas circumstancias quer que as suas ovelhas se salvem. pois que não se descobre outro meio na supposição de ter-se por invalida a dispensação do Bispo. separados desde já. meu Abbade. não auctorizou em Bulla do Papa esta mesma sua sentença de Bispo. meu Abbade. e muito mais ao de Miranda. amigo. que motivão o seu escrupulo sobre a invalidade da dispensação concedida. 20 de Outubro de 1766. não se cuarctando a auctoridade ao Bispo. mandada fazer pelo cónego da Sé desta cidade Manuel Augusto Pires. e encher quatro tomos das suas Decretaes. que nenhum dispensou. similhantes penitentes á Apostolica Sé pela Sagrada Penitencia. A. donde veio dizer o Apostolo: oportet non plus sapere. como advertimos. A. e não o de Lambertini he o caso. se condemnem sem lhe acudirmos com o remedio. M. 338. e de que fallam ad litteram os auctores que a grande litteratura de Vm. por ocasião da publicação do Monumento à memória do bispo de Bragança D. para nosso tão douto como estimavel Decurião.cê e o conserve com vida ao menos emquanto durar a nossa. tão attento á Auctoridade Apostolica. cê reproba. sem juramento de recorrerem ao Papa facultado o recurso? Este.HENRIQUES 229 TOMO VII Ex. António da Veiga Cabral e Câmara (348). depois de ser Santissimo Padre Benedicto XIV. amigo. Vamos porem. Deus Guarde a Vm. em que nos vemos. ao novo assumpto. o abade de Penhas Juntas. como o que constituio a Decizão da Sentença. concelho de Mirandela. sugeição. que não manteve como Pontífice o que afirmara como bispo. Segundo averiguações a que procedemos no Museu Regional de Bragança (maço Párocos das freguesias). que pela boca do Rey Profeta o estavam pedindo assim ao mesmo Rey e ao mesmo Senhor: se dignou participar-nos esta noticia por carta assinada de seu Real punho em tres de Setembro deste presente anno. Por haver considerado que ainda em hum caso tão horroroso. estavam interrompidas as relações do nosso governo com Roma e portanto não havia fácil recurso ao Papa. tão insolito. que fosse demasiada a respeito do Pay commum da parte de hum filho que. mas á sua mesma Real e Sagrada Pessoa os Padres da Companhia denominada de Jesus: e determinando. natural de Cedães. mas em tom irónico. apresentou ao bispo um corripo a propósito das dispensas matrimoniais que concedia sem recurso a Roma. doutor em cânones. A todos os nossos subditos Ecclesiasticos e seculares espirito de paz. e lançados fora de todos os seus Estados. ou de verdade ou fingidamente. que por hum tão justo e necessario motivo fossem expulsos. e verdadeira fidelidade. ano em que lhe sucedeu no cargo Inácio Martins dos Santos. Fazemos saber que El-Rey Nosso Senhor. vem de molde observar que também não parece grande a do Papa Bento XIV. não podia haver attenção. mandei suspender com os regulares da Companhia MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que a Junta da Inconfidencia proferio nesta Corte em doze de Janeiro deste presente anno. devia ser o doutor Francisco Barroso. E já que estamos em maré de sinceridade. Frei Aleixo de Miranda Henriques. natural de São Cibraínho. por mercê de Deus. e tão urgente. e do Conselho de Sua Magestade Fidelissima. O bispo. da Ordem dos Pregadores. etc. conhecendo haveremse feito insofriveis. Frei Aleixo de Miranda Henriques contra os jesuítas: «D. responde bem. não só a seus Reynos. a quem a carta foi dirigida. sendo todavia certo que.230 TOMO VII HENRIQUES Como se vê da carta. apesar de haver fortes motivos para duvidar da sua sinceridade. a esse tempo. e a defensa da Authoridade da Cabeça Vizivel da Igreja Catholica. o abade de Penhas Juntas. e Dominios. e da Santa Sé Apostolica Bispo de Miranda. transcrevemos esta Pastoral de D. cuja he a seguinte copia: Reverendo Bispo de Miranda Amigo: Eu El-Rey vos envio muito saudar. teve sempre por inviolaveis principios a veneração. Por ser extremamente rara. grande ratão eivado do regalismo pombalino (era criatura do marquês de Pombal e seu colaborador na Dedução Cronológica e mais escritos contra os jesuítas). que se colou em Penhas Juntas em 1757 e faleceu em 1779. como Eu. nem reconhece na terra superior) me achava necessitado assim pelos Direitos Divino. quantas forão. e a economia dos moradores dellas. nem ainda os mesmos Particulares. Agora porém. pelo Decoro da Magestade. que tão apertadamente me instavão para effectivamente cohibir tantas atrocidades inauditas. pelos ditos Regulares da Companhia com tal desenvoltura. Natural e das Gentes. a que como Rey (que no temporal não deve reconhecer. que pela certeza de haver cumprido com aquella minha Filial. acrescerão ainda no meu conhecimento os mais fortes motivos. e dos Senhores Reys meus religiosissimos Predecessores. comprehendidos naquelle infame. e reverente attenção na Presenca de Sua Santidade. e qualquer outra contemplação a das indispensaveis urgencias. como pelos exemplos dos Monarcas mais pios da Europa. não só as demonstraçoens. que perturbão o socego. mas também ordenei. a Autoridade da minha Coroa. e escandaloso attentado. que de mim confiou. tem cessado o justo motivo da dita Suspensão. e como indefectivel Protector dos meus fieis vassallos) antepozesse a toda. que podião concorrer para Eu (não só como Monarca. e a segurança dos meus Reynos. emquanto aquelle urgentissimo negocio se achava re integra. que lhes tem inferido. com que devo sustentar o meu Real Decoro. que desde o referido mez de Abril até agora se forão accumulando contra a minha Real autoridade na Curia de Roma e em outras muitas cidades da Italia. a carta firmada pela minha Real Mão em vinte de Abril proximo precedente. emquanto não soubesse com inteira certeza. e pela conservação da paz publica em que devo manter os meus Reynos. que as minhas sobreditas Informaçoens haviam effectivamente chegado á Presença de Sua Santidade: E que nella se tinha consumada pelo conhecimento do Santissimo Padre o meu exuberante. que forão com esta para informar o Santissimo Padre ao dito respeito. e a Deducção. e Papeis. e cada vez MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e as sacrilegas calumnias. e necessarios procedimentos. que tinha ordenado. que Eu não dilate por mais tempo a indefectivel defeza. contra as intoleraveis lezoens. de que se não devem dispensar. como até pelos Papeis publicos tem sido manifesto em todas as Partes da Europa. mas também como Pay. se faz indispensavel. e nunca até agora esperadas. Em effeito desta minha obsequiosa condescendencia. Depois de se haverem expedido para Roma aquellas minhas condescendentes Informações. e Filial veneração diriji ao Santissimo Padre Clemente XIII. e reverente obsequio. que fosse alterada a suspensão dos justos. ora Presidente na Universal Igreja de Deus. Nada bastou contudo para que Eu permittisse.HENRIQUES 231 TOMO VII denominada de Jesus. e Vassallos. que são Pays de Familias para expulsarem fora das suas cazas todos aquelles. duas vezes responsavel a Deos. e são ainda hoje as maquinaçoens temerarias. que ao mesmo tempo fossem sobstados até aquelles mesmos procedimentos. e da minha Real Benignidade. mas também da liberdade e da honra. Quando virão. e fazenda dos Habitantes delles. e infamia nunca imaginada entre Portuguezes. os infames aggregados de disformes e manifestas imposturas. que a Divina Providencia preservou com tantos. maquinando. que havião sido em grande parte derrotados os Exercitos. e no Sul do Brazil. e aleivosa guerra. e de horror a todo o Universo. que na America tinhão soblevado com rebellião. e a mais firme. e sacrilegamente: vendo a calumnia sem pejo. Quando finalmente errarão aquele abominavel golpe contra a minha Real vida. a animar contra a minha Real Pessoa. com que na noite de tres de Setembro do ano proximo passado attentarão contra a minha Real Pessoa. e a armarem por ellas contra Mim os meus mesmos Vassallos em quem acharão disposiçoens para os corromperem.232 TOMO VII HENRIQUES procurão inferir com mais façanhosa ouzadia em causa commum com os ditos regulares. Quando estes reciprocos affectos desconcertarão aquelle insignissimo projecto de discordia externa. que as ditas uzurpaçoens não podião deixar de ser descubertas pela execução do Tratado de Limites. passarão a suscitar dentro no meu Reyno sedições intestinas. e superstição abominaveis. que contra os mesmos perniciosos Regulares tem retorquido a universal indignação de toda a Europa: Vendo o crime descarado na presença da justiça fallar tão livre. e fazendo espalhar por toda a Italia. e os Tumultos de Indios enganados. não lhes restando já outra barbaridade. para fazerem odioso o meu Real Nome. blasfemando contra as verdades mais authentiMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e insaciavel cobiça podesse recorrer. que tem cheio de escandalo. até os precipitarem no horroroso absurdo. Quando souberão. a que a cegueira da sua cruel. passarão os mesmos Regulares a declararem-me nos meus mesmos Dominios Ultramarinos a dura. passarão logo para invalidallo. meus gloriosissimos Predecessores. com infedilidade. e se achavão mais obrigados ao Meu Regio Throno. e se manterem a si nas mesmas uzurpaçoens. e tão dicizivos milagres. não só dos meus Dominios. passarão a attentar contra a minha Alta Reputação a cara descoberta. do que quaesquer outros religiosos. e Governo. Quando os das Provincias destes Reynos se achavão mais sedentos de beneficios. e sem achar a menor verosimilidade para disfarçar as suas imposturas. alguns Principes Soberanos com quem Eu sempre havia conservado a mais cordeal intelligencia. e diffundindo os Jesuitas Romanos e os seus Adherentes. e das honras que tinhão recebido. e estavão profuzamente recebendo da munificencia dos Senhores Reys. que tinhão feito no Norte. e sincera amizade. então he que maquinarão as clandestinas e violentas uzurpaçoens. se achavão directores geraes das suas consciências. se achavão arbitros da educação dos meus Vassallos. em beneficio e conservação da mesma Igreja e das Monarquias: E para que. a quem o Senhor tem confiado a guarda dos seus respectivos Rebanhos não só fação arrancar do meio delles as raizes dos vicios acima declarados. Adversarios. que debaixo de pena de morte natural e irremissivel. que Deus entregou á minha Administração. e condição. e Dominios venhão em habitos diversos. pela total reparação do Commercio e das correspondencias dos mesmos pervertidos. ou communicação verbal. e são actualmente da minha Real Pessoa. Natural e das Gentes. e da paz publica. desnaturalizados. mas também guial-os para a observancia das virtudes Religiosas. e incorrigiveis Regulares. para que como taes Ecclesiasticos. e que hajão passado a qualquer outra ordem Religiosa. e de zelo aos seculares. que he inseparavel da sua Soberania. em que consiste a Alma vivificante de toda a Monarquia. e Estados. e effectivamente exterminados. que seja lhe dê entrada nos meus Reynos. e sem medida por huns Homens. proscriptos e expulsos de todos os meus Reynos. e devem ter por Instituto e por unica força a Santa Humildade: E vendo finalmente assim excedidos pelos Jesuitas Romanos todos os execrandos attentados dos Jesuitas Portuguezes: pois que havendo estes conspirado contra os meus Estados. Traidores. e contra a minha Real vida. e Dominios. barbaramente violado sem acordo. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .HENRIQUES 233 TOMO VII camente publicas e notorias: vendo o respeito devido ás Potencias soberanas. ou com elles tenha qualquer correspondencia. e obediência aos Soberanos naturaes. e Christãas. nenhuma Pessoa de qualquer Estado. que tiverão. deploravelmente alienados do seu Santo Instituto. e Dominios. ainda que aos mesmos Reynos. que a mesma Divina Providencia me devolveo para conservar indemne. entre as quaes se faz tão indispensavelmente necessaria a da sogeição. para a melhor. tão abominaveis e tão inveterados vicios. e mais exata observancia da minha sobredita Determinação indispensavel. como notorios Rebeldes. sejão prompta. e bem commum dos meus fieis Vassallos. e Aggressores. como bons e leaes Vassallos hajão de dar exemplos de Fidelidade. ou por escrito. Nestas indispensaveis circunstancias tenho pois determinado que os sobreditos Regulares corrompidos. e da providencia que com ella tenho tomado ao socego publico dos meus Reynos. a menos que para isso não tenhão immediata. para voltarem á observancia delle. e Dominios. e illeza a Authoridade. O que me pareceo participar-vos. e manifestamente indispostos por tantos. para nelles não mais poderem entrar: ordenando. e ao Repouzo commum dos Povos. que teem sido. ordenada pelos Direitos Divino. afim de que exhorteis os vossos subditos do Estado Ecclesiastico. passarão aquelles a attentar tão disformemente contra a minha Real Reputação. e especial licença minha os que assim os admittirem ou praticarem. respeito. e Nos experimentamos. por ser esta a declarada. se lhe communicaria (como as mais nossas) dada tambem ao prelo. que Deos nos guarde. que lhes haviamos imposto na Pastoral que assignamos a dezasseis de Fevereiro deste presente anno. e firma o seu proprio Soberano. que por palavra. e agora por sua obstinação. como o que devemos a Deos (e sem duvida não mereciamos) assiste o mesmo Senhor com luz muito particular para o acerto de seus Decretos. assim no Decreto dissipativo dos Jesuitas expulsos. comtudo por conta não só do fino amor de fiel Vassallo. bastava o ser Rey. e justos. escripto. e piedade. e obediência. mas com as execuçoens dos seus ministros. que são tão pios. esta renovamos agora. Rey». justiça. mas tambem da apertada obrigação de nosso Pastoral Officio. o Throno. a todos particularmente lembramos a exata obediencia que devem praticar. porem. e leval-os ao caminho do Céo pelo prompto cumprimento das leis Divinas. como abortos indignos de huma Religião tão Santa. não podendo conspirar. que em sua Magestade admira o mundo todo. e offendido Soberano. que mandamos imprimir em Lisboa. e Senhor Nosso para o prompto exercicio do nosso devido temor. que. e expressa vontade de Deos. e Reaes Resoluções. e ao premio dos bons. encaminhadas ao castigo dos máos. e benemerita da Militante Igreja. que existião nos Estados Portugueses. Mas porque devemos instruir os nossos subditos. com os que decem do Throno. que he o mesmo Soberano em seus Decretos Rey sabio. e não padecessem desvio. que devem praticar não só com as determinaçoens do mesmo Soberano. e mais fortes instrumentos da malicia e traição dos mesmos Jesuitas) nos deo o Céo huma evidente prova. «E não obstante. e outra vez impomos a qualquer dos nossos subditos.234 TOMO VII HENRIQUES Escripta no Palacio de Nossa Senhora da Ajuda a tres de Setembro de mil setecentes e cincoenta e nove. chegassem á nossa mão. como no castigo executado nos Vassallos infieis (ultimos. que (como a Nós) a todos os nossos Subditos farão destillar o coração pelos olhos as sentidas expressoens de nosso Clementissimo. ou interposta pessoa tiver alguma communicação com os Jesuitas. e que correndo toda esta nossa Diocese em letra de mão. e penna do Espirito Santo são as leys Regias huns como Divinos Oraculos: porque aos Reys. Posto. e humanas. e lhe faltarão aquelles altos attributos de razão. se os exemplares. contra a vida do seu MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . a todos lembramos a pena. como effectivamente pertenderão. E porque a maldade dos referidos Traidores. pois na voz. e malicia forão expulsos dos mesmos estados. E porque a dita pena era a de Excommunhão maior latœ Sententiœ a Nós tão somente reservada. prudencia. E he bem claro. douta. que não o fora. sugeição. mas do muito. não só de firmar a El-Rey. que no fim do Missal se apontam Pro quacumque necessitate. mas até em todos os nossos mais occultos pensamentos. ou a mais oculta palavra. denigrir-lhe o credito. tal he o respeito. por graça. não somente nas nossas mais escondidas palavras. e infamadores do Rei. porque do Céo lhe virá. como bem adverte o Cicero do Vaticano. Mas como não só a procurada diminuição dos adquiridos Estados na Colonia. quando menos o esperarem. mas o tremendissimo attentado de se pretender tirar com a sabida traição ao mesmo Natural Senhor violentamente a vida. por sedição de muito menos pezo se perturba: mandamos a todos os sacerdotes nossos subditos. e em que se retratou. e he toda a alma da sua Coroa. que o mesmo Senhor quer se observe com a Magestade. a sua total ruina. pias. e com que ha firmado o Luzitano Cetro em clemencia. peção a Deos assistencia. attributos. que não distinguindo o Espirito Santo o respeito. que totalmente. falla com cada hum dos mesmos subditos nossos. pág. e benção. Excellencia Reverendissima José Luiz de Oliveira secretario a escrevi». que expressamente nos manda respeitar o Rey. e lhes diz que de nenhuma sorte se misturem com os detractores. que no mesmo Senhor são natureza. Dada sob nosso signal. (Não tem assinatura do bispo). que fará á Divindade injuria. Frei Aleixo de Miranda Henriques é raríssima e não se encontra registada nos muitos arquivos paroquiais que consultámos. e opinião. como dizemos no tomo II. do respeito e temor. destas Memórias Arqueológico-Históricas. perturba o socego dos mesmos Estados e interior paz do Reyno. e catholicas acções lhe hão estabelecido em todas as quatro partes do Mundo.HENRIQUES 235 TOMO VII Monarcha procurão agora não só por si. e decoro. e temor. que era. Pará. fazemos saber a todos. dissipe os malevolos intentos que pretendem perturbar-nos. e justa execução da primitiva sentença. que o Céo lhe fará saber para a penna do delicto. será esta publicada na nossa Sé. que suas generosas. Enfim he o Rey huma viva imagem de Deos na terra e se Deos castigaria hum pensamento nosso. que he outro genero de ignominia feita ao proprio Soberano. Maranhão. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que. e filhos seus. e sello no Paço da nossa residencia em Bragança aos 15 de Dezembro de 1759. que devemos ter a Deos. e mais Igrejas de todo o nosso Bispado. que nos deu. e mais America. mas tambem por seus impios adherentes. Alcoforado. como até agora. que devemos ter ao Rey. Esta cópia foi-nos mandada pelo ilustrado prior de Argozelo. como abominavel blasfemia. Esta Pastoral do bispo D. sempre delle inseparaveis: para afugentarmos de nossos Subditos tão pestifero. que no Sacrificio da Missa. fixando-se nos lugares do costume. 70. e verdade. pelas orações. Por mandado de V. E para que venha á noticia de todos. e mortifero contagio. transcrita da obra adiante citada. que teve a felicidade de a encontrar registada no arquivo da sua freguesia ou na de Santulhão. desconfiamos de sincero exercicio: defendemos e proibimos a todos os nossos subditos de ouvirem missa nas suas Igrejas em que já de antes haviamos proibido aos clerigos seculares ouvirem de confissão nellas. traidores e destruidores destes reinos. assim ecclesiasticos como seculares com pena de excomunhão maior ipso facto incorrenda a nós tão somente reservada.236 TOMO VII HENRIQUES padre José Manuel Miranda Lopes. pelos mesmos motivos. Frei Aleixo de Miranda Henriques. a publicamos a seguir. em todas as quatro partes do descoberto mundo por que andamos. falsas doutrinas e mais maquiavelicas diligencias. e. E posto que logo que tomamos posse deste nosso bispado. Porque finalmente com toda a nossa possivel vigilancia devemos acautelar nossas innocentes ovelhas de tão vorazes e sanguinolentos lobos: emquanto por nossos peccados forem vistos e não forem lançados como seres insofriveis. Igualmente não encontramos a Pastoral de 16 de Fevereiro de 1759. informados de que os padres sobreditos os chamavam para esse ministerio. que nenhum por palavra escripta ou recado tenha tracto ou commercio com religioso algum da Companhia. falsas e erroneas doutrinas. Por quanto além de outros instrumentos do 3. sempre fiel a seu rei e adorado soberano. «D. nosso Senhor. mas também evitando toda a occasião de poder dar-se suspeita de que pelo commercio e trato com os sobreditos religiosos foram cumplices do seu abominavel delicto. aqui a exaramos. para o mencionado regicidio e parricidio. porque tem valor histórico.° §§ da sentença que foi proferida contra os traidores e parricidas ou que o pretenderam ser. que Deus guarde. Mandamos a todos sobre que exercemos nossa pastoral jurisdição. procurando tirar a vida preciosissima do rei. e. proibimos aos sobreditos padres da Companhia de confessar e prégar nelle pelo pleno conhecimento que sempre tivemos. de suas proscriptas. por que se fazem não só abominaveis a toda a nação portugueza. devemos separar de nossos subditos não só todo o perigo de serem contaminados com vicio tão horroroso. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . da Ordem dos Pregadores e por mercê de Deus e da Santa Sé Apostolica bispo de Miranda e do Conselho de Sua Magestade Fidelissima. se mostra.° e 4. tão somente excepto aquelles servidores que lhe forem permittidos pelos magistrados ou ministros de sua magestade que Deus guarde. E porque. outro sim. memorada na anterior. porque até nos mesmos padres. abono. infernal e nunca imaginavel intenção concorrendo com o conselho. de qualquer estado que sejam. etc. não sem fundamento. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . E o nosso reverendo provisor fará logo tirar transsuntos deste nosso decreto. Ignorava ser alias ignorava eu ser em Coimbra formado o Padre José Manoel Magalhaens cappellão de Vossa Excellencia. e digna de seu Autor. como Sua Magestade dispunha no seu Real Decreto. ficando este primeiro na nossa Sé. Dada em Miranda aos 16 de Fevereiro de 1759.HENRIQUES 237 TOMO VII E discorrendo que os mesmos que os traziam aos seus confessionarios também os instruiam em seus perniciosos dictames com irreparavel detrimento das almas. ponho na sua presença haver sahido sentença. e meu subdito. Com esta noticia. 79. Damos mais as seguintes cartas do mesmo bispo dirigidas ao marquês de Pombal: «Illustrissimo e Excellentissimo Senhor: Por escrito do correio ordinario desta Bragança recebi o maço dos indices respectivos aos dous tomos da Deducção Chronologica. Luís Gonzaga de. que agora me foi participada por hum familiar meu e seu patricio. Bruxelas. mandado por hum nullo cabbido Procurador seu a essa Corte afim de não mudar-se para Bragança a Sé. offereço para o mesmo a Provizam incluza. Por esta occaziam de por-me por carta aos pés de Vossa Excellencia (visto que a minha molestia me impedio fazelo em propria pessoa). e a de ser elle natural de Bragança. no caso de Vossa Excellencia. em que a todo o tempo se acharão juntos todos os papeis. p. que na forma do Concilio Tridentino priva da cadeira Doutoral o conego Antonio Rodrigues de Araujo. Padre – O Jesuíta: fases duma lenda. que não se acha no Tigre. e dizem rellaçam á companhia daquelles roubadores do Universo que athé se atreveram sacrilegos a roubarem para si o nome de Jesus. 1913. presentado pelo Senhor Juiz da Inconfidencia. para fechar-se no cofre das tres chaves. com grande pezar meu. Fico também esperando o provimento da Abbadia da Bemposta para collar logo nella seu irmão. Bispo de Miranda» (349). de que devemos dar conta. tomo II. Frei Aleixo. cujas duas partes se ficam já encadernando na conformidade da ordem ultima que Vossa Excellencia se dignou mandar-me. como avisei ao mesmo Senhor em carta que fui entregar na sua pro(349) AZEVEDO. obra verdadeiramente aurea. que sei ter outra capacidade. para os remetter ao seu destino. que eu pude conseguir. e o Excellentissimo Senhor Paulo de Carvalho seus amos e meus serem servidos despachalo com ella. Estou prompto para collar tambem seu irmão na Abbadia da Bemposta. maço Cónegos. pela vacatura. que em atenção a «seus amos e meus na inclusa para o Excellentissimo Senhor Francisco Xavier de Mendonça Furtado remetto Provisão para ser vocemecê conego Doutoral da minha Sé. a favor de um filho do dito Pinto. pois que acabou tudo assim que foi notificado o consenso Regio. e por mim provido. Com a mesma data dirigiu o bispo D. Bragança 17 de Julho de 1768». assim como se vio extinta a do conego Coelho que actualmente he Doutoral na mesma Sé. de que não consegui resposta. como se findou a do conego Coelho por mim provido e dado a este o Real consenso por Sua Magestade. e porque vocemecê o tem tanto de caza. nem podia ocorrer. no provimento referente a José Manuel de Magalhães. se findará logo a demanda. e sentença privativa do sobredito António Rodrigues de Araujo». oriundo da província de Trás-os-Montes. util. levando eu a justiça desta causa á presença do Excellentissimo Senhor João de Almada e Mello Regedor das Justiças no mesmo Porto. Frei Aleixo. mas se Sua Magestade prestar seu Real consenso ao provido José Manoel Magalhaens. passara provisão da cadeira doutoral de que fora privado «no mez passado» o cónego António Rodrigues de Araújo. Estas duas cartas encontram-se no Museu Regional de Bragança. Bispo de Miranda. que «não tema a demanda e fazendo que Sua Magestade lhe preste o seu Real consenso. Frei Aleixo de Miranda Henriques outra carta ao «Doutor e Abbade José Manoel Magalhaens». dizendo-lhe: que a pedido de Estêvão Pinto. a favor do seu contendor Miguel Luiz Teixeira. Agradeço a vocemecê o muito que tem favorecido o meu estribeiro. que por elle está esperando com bons quatro centos mil reis. não obstante haver dado o juizo da Coroa sentença contra elle. He certo que o tal Antonio Rodrigues de Araujo depois de Appellar para Braga aggravou para a Coroa no juizo do Porto. devo dizer-lhe que não perca huma tam prompta. Faça-me Vossa Excellencia a de conhecer e não duvidar ser seu mais fiel e amante criado. Do respecMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que emendaria assim o outro despacho feito a favor do filho do Pinto.238 TOMO VII HENRIQUES pria mão em Oeiras. e isto não obstante ter conseguido sentença no juizo da Coroa. e verá acabada a demanda. secretário do Desembargador do Paço. e tão honrada ocazião. venha logo collar-se. aluno da Universidade de Coimbra. porem peço-lhe queira por mim interceder a Sua Excellencia para que me despache o Reverendo Beneficiado João Baptista com a licença de poder lançar a primeira pedra do novo Edificio desta Sé». seu contendor Miguel Luiz Teixeira circunstancia que no actual provimento não ocorre. se lha derem. Era doutor em medicina pela Universidade de Coimbra e foi médico de el-rei D. HENRIQUES (Francisco da Fonseca) – Conhecido pelo apelido de Doutor Mirandela. natural de Bragança. só veio a colar-se em Podence (onde o bispo estava de visita na residência paroquial do abade doutor António Esteves Pinheiro de Figueiredo. É certo que a ciência tem progredido muito desde que o autor a escreveu. 1731. 1710. Esta obra é ainda hoje estimada e procurada. abade reservatário de Santa Maria de Louredo e comissário do Santo Ofício. poços e cisternas do reino de Portugal e dos Algarves. João V. de fontes.. dignos de particular memória. Filho de Gabriel Pereira e de D. Francisco da Fonseca Henriques. o que não obsta a que o consideremos como homem notável e distinto no seu tempo. Âncora medicinal para conservar a vida com saúde. etc. 1726. vol. sendo já bispo da diocese D. 324. foi o unico dos antigos. 8. Grácia Mendes. Lisboa. João V. bem como o doutor Antonio Ribeiro Sanchez que deixou trabalhos sobre hygiene que mereçam menção» (350). 1886. José de Arriaga fala elogiosamente deste médico e da sua obra. ascendente colateral do autor destas linhas) em 1777. morreu em Bragança a 2 de Maio de 1771. etc. Apesar de tantas pressas. bispado do Porto. Aquilégio medicinal.°.°. de XXVIII-851 págs. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Lisboa. natural de São Félix da Marinha. 4. Inocêncio Francisco da Silva diz que esta obra está hoje esquecida e que tem pouco valor. Lisboa. mais correcta e aumentada. Vem incorporado também na seguinte: Medicina Lusitana – Socorro Délfico aos clamores da natureza humana para total profligação de seus males. Ignoramos os motivos da demora. I. Amsterdão. Parece haver ainda outra edição impressa no Porto em 1750.HENRIQUES 239 TOMO VII tivo processo consta que o cónego António Rodrigues de Araújo. Porto. e ainda uma terceira na mesma cidade e ano em 8. Outra edição em Lisboa. Escreveu: Tratado único do uso e administração do azougue. rios. em que se dá notícia das águas de caldas. Faleceu em Lisboa a 17 de Abril de 1731. 8. 1708. nos casos em que é proibido.° de XIV-288 págs. e traz no fim a Dissertação dos humores naturais do corpo humano. o doutor em cânones José Manuel de Magalhães. comarca da Feira..° de XVI-536 págs. Bernardo Pinto Ribeiro Seixas. José de – História da Revolução Portugueza de 1820. 1721. diz Inocêncio. A segunda edição. e todos os seus escritos são reputados (350) ARRIAGA. fez-se também em Amesterdão em 1731. exprimindo-se assim: «O celebre medico de D. por haver nascido nesta vila a 6 de Outubro de 1665. Dividido em três partes. p. Fol. 222. Pelo seu livro pode portanto fazer-se ideia exacta do estado em que a medicina estava então entre nós. dá a razão porque as mãos da rapoza penduradas ao pescoço preservam do quebranto. sem doença alguma. João V. E por isso de crêr que fosse um dos mais abalizados medicos de Lisboa. com tão grande pé.° (351) SILVA. (352) CORDEIRO. explica a relação que há entre os rins do homem e o signo de leão. antes da reforma da Universidade de Coimbra. a mesma virtude tem o coral vermelho feito em pó e mettido na cavidade do dente. e o dente de um defuncto que morresse de pura velhice. da – Dicionário Bibliográfico. explica o motivo porque algumas mulheres põem ovos e os chocam como gallinhas. porque o faz cahir sem violencia. p. Lisboa. discorre sobre os Sciopedes. António Xavier de Sousa – Novo Almanaque de Lembranças Luso-Brasileiro para 1899. e entre as tibias e o signo aquario. como escreveu Hortemanio e Curvo» (352). do estado em que se achava a medicina em Portugal. prova que ha mulheres que teem trinta e mais filhos d’um ventre. em nota que se lê num dos seus romances históricos: «Este é um dos especimens mais curiosos que nos legou o seculo passado. Inocêncio F. O compridissimo receituario para este fim termina da maneira seguinte: A agua de sal ammoniaco. e ao mesmo tempo dos mais adeantados conhecimentos anatomicos e pathologicos. e ensina até os remedios para tirar dentes sem dôr. O Sumário da Biblioteca Lusitana ainda menciona como deste autor as seguintes obras: Pleuricologia. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Para o apreciar basta saber que o medico de el-rei trata com a maior seriedade do quebranto ou mal de olhada. tocando com elle o dente que se quer tirar. 1701. 4. É um composto extravagante de absurdos e abusoes plebeas. principalmente nas vozes facultativas da ciência. das febres frias. no seu tempo. que lhes faz sombra a todo o corpo.240 TOMO VII HENRIQUES clássicos em linguagem. A propósito da Medicina Lusitana de Francisco Henriques escreveu Arnaldo Gama. sendo ainda hoje respeitada a sua memória (351). um médico muito distinto e erudito e mereceu grande estimação dos contemporâneos. Foi Francisco Henriques. Fonseca Henriques era medico de D. que são homens d’uma só perna. e da razão porque os filhos uns são mais humilhantes aos paes outros ás mães. destillada por alambique de vidro faz cahir os dentes sem nenhuma dôr. que a época possuia. 1715. 8. reverendo José Augusto Tavares. Faleceu a 4 de Novembro de 1659. destas Memórias. Ulyssip. e tomo II. D. termo de Grijó de Parada.° Método de curar o morbogálico. p. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . maço 6. etc. HOMEM (António Leitão) – Natural de Bragança. p. Amsterdão. HENRIQUES (Francisco de Morais) – Mestre-de-campo durante as Guerras da Aclamação – 1640-1668 (353). 1711. concelho de Moncorvo.HENRIQUES | HOMEM | HORTA 241 TOMO VII Apiarium Medico-Chymicum. roubado ás letras na flor dos anos». 299. O lente António Leitão Homem havia-se jubilado em 4 de Julho de l659 e obtivera o primeiro despacho para uma catedrilha na Universidade de Coimbra por provisão de 2 de Outubro de 1629. 91. HENRIQUES (Manuel de Miranda) – Bravo comandante da coluna que em 1646 livrou Bragança da invasão castelhana pela vitória da batalha de Porto das Areias. HORTA (Urgel) – Natural do Felgar. Escreveu: Medicina prática (manuscrito) e Tratado da Esfera (354). «justamente apreciado por Pinheiro Chagas. 1717. Ilustrissimo Principi D. perto de Bragança (355). no «Prólogo» da sua Orfanologia Prática. inquisidor do Santo Ofício. encontram-se vários elementos biográficos referentes a este bragançano ilustre. Apesar de assim dele escrever na Torre de Moncorvo de 12 de Junho de 1904 o ilustrado abade de Carviçais. nas margens do Sabor. «Processos do Santo Ofício». médico e professor de filosofia na Universidade de Valladolid. lente de prima de cânones na Universidade de Coimbra. etc. destas Memórias. 8. (355) Ver tomo I. diligência 247. chama a este escritor «insigne medico transmontano». Lisboa. Escreveu: Dez postilhas de direito (manuscrito) (356). Portugal: Dicionário histórico…. artigo «Homem (António)». No Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Tomé de Almeida Panegyris. 58. (354) Sumário da Biblioteca Lusitana. nenhuns dados biográficos pudemos obter. destas Memórias.° António de Paiva e Pona. (353) Ver tomo I. HENRIQUES (Luís) – Natural de Bragança. desembargador do Paço e cónego da Sé de Miranda. (356) Sumário da Biblioteca Lusitana. p. folh. como lhe chama O Ano Histórico. p. concelho de Moncorvo. confiado na omnipotência divina. João Hortelão era de notável penitência. pediu ao barqueiro que não o passasse. Escreveu: Feridas do recto por armas de fogo – Tese de doutoramento. a 11 (357) Os franciscanos costumavam muito tomar o apelido das terras de onde eram naturais. HORTELÃO (João) – ou da Horta (357). onde granjeou esmolas com que mandou edificar a igreja da Anunciada na sua pátria. dando-lhe assim passagem para a outra banda. passava em barca o rio Sabor. mas no termo de Espanha. Diz a lenda que. tomo II. e depois. estendeu a sua capa sobre o rio. nasceu no Felgar. cujo curso concluiu com distinção em 1920. como fez na primeira ocasião que se lhe apresentou. por temer algum dano dos lobos. de que era grandemente devoto. de Bordéus. dádiva sua. não mais tolheram tal devoção. Do convento de Santa Marina passou para o de Salamanca. 353 e 628 (referente aos dias 21 de Maio e 10 de Junho). que estudou em Paris com o grande professor Felix Lagrange. onde se conserva uma formosa cruz de prata.242 TOMO VII HORTA | HORTELÃO HORTA (Urgel Júlio) – Doutor em medicina pela Universidade do Porto. tomo III. indo assim a ela à igreja de Zacarias. segundo diz a lenda. constante na oração. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que é ainda hoje a matriz da freguesia. Vendo isto. Natural de Valverde. Amélia Horta. e como o amo não gostasse. deixava os pássaros fechados para que lhe não danificassem a horta enquanto ia assistir às missas. e com fama de santidade faleceu no convento de Salamanca. no de João Hortelão. perto da Lagoaça. como informa Jorge Cardoso no Hagiológio Lusitano. e a fim de ouvir missa. quando vinha. Fez os estudos liceais e de medicina no Porto. onde jaz. Morto seu pai em Ledesma. concelho de Freixo de Espada à Cinta. tendo para isso de deixar o gado só no campo. junto ao Douro. 452 e 653 (referente aos dias 6 e 20 de Abril). apelido (ao que parece) do ministério que sempre exerceu. na respectiva terra natal. os soltava. p. Professou depois no convento franciscano de Santa Marina. Porto. mandando-os ir ganhar a vida. a 17 de Junho de 1896. gozou de ciência infusa e espírito profético. concelho de Alfândega da Fé. como frade. praticando nos hospitais da capital francesa e no de Saint André. serviu na sua juventude de pastor de gado. que até ali usara. o servo de Deus. mudando o nome de Pascoal. exercendo presentemente naquela cidade clínica especializada em doenças de olhos. 1920. filho de Manuel António Horta (professor do Felgar) e de D. Maravilhados – amo e barqueiro – com tal facto. sendo visto muitas vezes em êxtase. III part. peixe. Gil – História de Salamanca. mais que hervas e legumes.. Ant. conv. Rapinaoes in Hist. e o mesmo cargo exerceu na de Viseu. quando esteve em Lisboa gastava todo o tempo em assestir aos leprosos. (359) CARDOSO. el qual perseveró en esta religion. João Baptista de – Mapa de Portugal.. p. Generali. NATIVIDADE. procurando-lhes mimos e esmolas. incredivel penitencia. no tempo que obedecia à província de Portugal. Francisco na província de Portugal. 125. Tratam deste virtuoso bragançano os seguintes autores: Wadding. Provin.. IV. Francisco do Monte. III parte... Ano Histórico. e outros. referente ao dia 11 de Janeiro. e as mais que a estas acompanham. I. Min. Barrezo. e a História Seráfica Cronológica da Ordem de S. O citado Hagiológio diz que foi «dotado de heroicas virtudes. 14. tit. vol. faleceu em Viana de Caminha. João. III. O Hagiológio Lusitano conjectura provir-lhe o apelido de haver tomado o hábito no oratório da Ínsula. livr. Foi o primeiro guardião da casa de Nossa Senhora do Amparo. Crón. O seu nome anda na Árvore dos Santos da sua ordem com o título de «Beato». Tiago. MARIETA no Flos Sanctorum. tomo IV. referente ao dia 11 de Janeiro. nem vinho. Fallecio en el año 1499 (358). S. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Decad.. (358) CARDOSO. andando sempre descalço. conforme se evidencia do seu epitáfio que diz: Aqui jaze el padre de sancta memoria F. prov. mas de quarenta años. abrazada caridade. profunda humildade. I ÍNSULA (Frei Bartolomeu) – Franciscano. 5. que nunca gostou de carne. que cada dia lhes levava» (359).. natural de Miranda. tomo II. S. p. y casa con sancto exemplo de vida. e não 1500 ou 1501 como se lê nas crónicas. no convento de S. 8. Jorge – Hagiológio Lusitano. estremada abstinencia. Frei – Chronic.. GONÇALVES. João Hortelano. referente ao dia 10 de Fevereiro. adan. 1392.HORTELÃO | ÍNSULA 243 TOMO VII de Janeiro de 1499.. O Martirológio. part. termo de Lisboa. 8. que a ordem tem junto a Alverca.. CASTRO. IV part. a 10 de Fevereiro de 1557 e não 46 ou 47. Gonzaga. Tratam ainda deste virtuoso bragançano os seguintes escritores: GONZAGA. como dizem alguns autores. Jorge – Hagiológio Lusitano. frequente oração. chamado. e daqui partiu para Roma em 1816. Eugénia pelos anos de 1651 (360). Ana Botelho. Padre – Corografia Portuguesa. merecendo a sua memória honrosa menção na crónica da ordem (361). António Carvalho da. p. 680. 1868. chefe de secção de instrução do ministério das Colónias. a 20 de Outubro de 1841. onde se distinguiu pela aplicação ao estudo e prática da virtude. destas Memórias. Filho de Manuel Inácio Jerónimo e de D. e o título de venerável. filho de Francisco Fernandes e de Maria Josefa de Araújo. natural de Moncorvo. no Diário de Notícias e em A República. (360) Ver tomo VI. a 10 de Dezembro de 1887 e faleceu em Bragança a 25 de Fevereiro de 1924. em O Tempo. casado com D. freguesia de Parada. secretário do Conselho Superior de Instrução Pública. professor da Casa Pia de Lisboa e governador civil do distrito de Bragança. Foi depois residir para Lisboa.) e deixou em manuscrito: Geografia e Tecnologia Comercial e Industrial. (361) COSTA. filho de Cristóvão de Gouveia e de D. concelho de Vinhais. concelho do Vimioso. JERÓNIMO – Padre e frade dos Capuchos de Santo António. Braga. Faleceu pelos anos de 1645 e está sepultado no convento da Carnota. e como escritor usou do pseudónimo de Frei Fradinho. no Jornal da Tarde. natural de Bragança.244 TOMO VII JAQUES | JERÓNIMO | JESUS J JAQUES (António) – «Mestre de campo em esta provincia e governador della e desta praça de Bragança». merecendo por isso ser nomeado guardião do convento. Era casado com D. concelho de Coura. periódico académico de Bragança. Conceição da Costa. e colaborou na Gazeta de Bragança. Escreveu: Estudos coloniais (110 págs. Em 1789 entrou para o convento de Vinhais. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . professora primária. pelo bispo de Bragança D. nasceu em Carção. JERÓNIMO (Benjamim dos Anjos) – Diplomado com o curso colonial. à memória do qual dedicou depois uma das suas obras. Adozinda Dias. JESUS (Frei António de) – Nasceu na aldeia de Lama. Fundou a Evolução. ao que se conjectura. As muitas virtudes que praticou durante a sua longa permanência na ordem que professara granjearam-lhe a fama de «varão perfeito». em 1774 e faleceu no recolhimento da Mofreita. António da Veiga. da marquesa de Abrantes e de outros fidalgos. novas intrigas e desgostos se lhe suscitaram. e aquela autoridade eclesiástica. vol. sob falsas razões religiosas. a instâncias do duque de Cadaval. a que deu começo. Houve-se n’este negocio com prudencia e moderação. No Progresso Católico de 15 de Fevereiro de 1887 o padre João Vieira Neves Castro e Cruz dedicou a este frade um extenso artigo. teve de espaçar a sua partida «com o piedoso intento de levar algumas consolações e allivios aos presos politicos que jaziam nas masmorras da Torre de S. parte dele. que só mais tarde recebeu. na sua Historia do Captiveiro dos mesmos presos. no Periódico dos Pobres. p. Estava já para partir para a Falperra quando. confessadas por João Baptista da Silva Lopes. segundo dizem. italiana. quando se empenhava n’estas diligências. Frei António de Jesus era muito versado nas línguas portuguesa. Julião da Barra. periódico de Pernambuco. de 21 de Janeiro de 1842.JESUS 245 TOMO VII onde obteve do papa Leão XII o breve. Inocêncio F. onde se encontrava como capelão. porém. Como sempre. de sorte que deixou Lisboa em Abril de 1833» (362). depois transcrito. contrariaram a nova construção. espanhola. Esta atitude. de cujas prerrogativas se mostrou zeloso defensor. publicou a respeito de Frei António de Jesus um extenso necrológio. os quais. VIII. Escreveu: O letrado velho. achando ao mesmo tempo mau quanto produzem os outros. grega e latina. reconheceu a pureza de suas intenções e zelo religioso. ouvindo-o. inglesa. Inocêncio F. da Silva diz que não lhe «ha sido possivel (362) SILVA. para a fundação de um convento de missionários na província de Entre Douro e Minho. Frei António teve de ir a Lisboa dizer da sua razão. prevenindo contra ela o Núncio. do Porto. animando-o ainda mais à luta o facto de Gregório XVI o nomear em 1838 administrador ou vigário apostólico do arcebispado de Braga. tornado célebre pelo muito que escreveu contra o governo liberal «quanto á sua ingerencia no ecclesiastico». trouxe-lhe graves desgostos e perseguições. em 1826. vindo afinal a colhê-lo a morte no recolhimento da Mofreita. não faltaram inimigos ou invejosos. como acima fica dito. na serra da Falperra. n. As comoções políticas de 1833 e o denominado «cisma» que se lhe seguiu puseram em destaque a personalidade deste frade. 173. O Eco da Religião e do Império. além de grandes sacrifícios seus e dos afeiçoados para imprimir os seus livros. que nada fazem.° 164. da – Dicionário Bibliográfico…. que o obrigaram a viver refugiado em diversos esconderijos. francesa. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . hebraica. Porto. os seus discípulos e amigos mandaram imprimir os seguintes escritos que ele deixara manuscritos: Reddite.° de 102 págs.. ou decisões da Santa Sé Apostólica sobre a comunicação ‘in divinis’ com os tolerados cismáticos ou hereges. Porto. «O Direito natural. Pernambuco. cujo retrato. Esta edição não tem o nome do autor. 8. Delegado da Sé Apostólica. acompanhada da verdadeira interpretação. J.. a sua defensão e um apêndice.246 TOMO VII JESUS descobrir se esta obra se chegou a imprimir ou se correu simplesmente manuscripta». Tip. Comercial Portuense. 1838. 1837. porque o autor. dividida em artigos. com esclarecimentos conformes ao sentir dos doutores católicos romanos. por Fr. Regras católicas para os lugares e tempos de cisma.. na Imprensa de M. 1838. 8. Comercial Portuense. no fim. católicos romanos. Porto. público e divino da Igreja – Sua violação a fonte dos males que nos afligem – Ao Clero e povo que deseja ser ortodoxo. Comercial Portuense. D.. por * * *.. Gregório XVI. Tip.° de V-III (inumeradas)-115 págs.° de 60 págs. Depois da morte de Frei António. acompanha a obra. Saiu igualmente anónimo. Tip. e mais duas de erratas. Também saiu anónimo. e ver a paz de Deus na terra». É dedicada à memória e ortodoxia do Ex. com reflexões necessárias e oportunas. 8. A págs. 1837. estava então oculto.mo Sr. Imparcial de L. etc.mo e Rev. Saiu anónimo. António da Veiga. conforme o sentir dos D. António de Jesus. dos Padres da Igreja e teólogos puros. 25 começa. A voz da Igreja. cuja doutrina consta ser aceita na Santa Sé de Roma».° de VI-18 págs. por * * * «presbítero católico romano. quœ sunt Dei Deo: se quereis que sua espada se recolha na bainha. Porto. e mais duas inumeradas. Segunda edição. Roma. Advertências mais precisas ao Clero que deseja trilhar as verdades ortodoxas. por os mesmos dirigida ao Santíssimo Padre Gregório XVI em 23 de Junho de 1839. missionário MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . E a resposta do mesmo Santíssimo Padre. Exposição da Fé que professam e da disciplina eclesiástica que abraçam os párocos e presbíteros ortodoxos do reino de Portugal. 8. acrescentada com algumas decisões. às ovelhas lusitanas levadas aos ouvidos de todos.° com 86 págs. R. A. aberto em chapa de cobre. Franco. etc. traduzidas fielmente dos originais e esclarecidas com notas oportunas para sua inteligência.. como diz no «Prólogo». 1841. A Exposição vem em latim de um lado com a tradução portuguesa do outro. recolhidas das pontifícias decisões. D. a Resposta de Sua Santidade Gregório XVI aos padres ortodoxos lusitanos. Tip. 8. sob novo rosto. Comercial Portuense. e as apostólicas decisões. 1838. Porto. bispo de Bragança.° de 48 págs. J. conforme a teológica católica. Os clamores e providências do Pastor Supremo. Tip. 4. . se querem religião e felicidade as potestades do mundo».. Braga. dá conhecimento de outra obra manuscrita deste autor existente em poder de Frei José da Santíssima Trindade. 146 vem um Apêndice de verdades católicas a respeito da Igreja e do Papa e da Sé de Roma. Tip. indo espontaneamente viver com elles. António de Jesus. O clamor e petição do povo fiel e pio. do Seminário dos Órfãos. 1847. Tip. p. Braga. artigo «Vinhais». professo no convento da Falperra e morador em Vila Flor. Em seguida à pág. Tip.JESUS 247 TOMO VII apostólico e fundador do Seminário de N. distrito de Bragança. 8. Pedro Augusto Ferreira. da –Dic. etc. cuja obra tem por título: Narração abreviada dos padecimentos que viu e como pode aliviou Fr. S. Tip. e 4 de índice e erratas. deixando já entender o que devem ou não fazer. Publicou-se por diligências de Frei João Baptista de Jesus. transferindo a muitos das prisões mais lobregas para (363) SILVA. 1863. Frei António de Jesus também colaborou no Escudo da Religião Católica (363). suavisando-lhes o rigor do captiveiro. tomo VIII. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 1863. Julião. Lusitana. «N’esta obra conta Fr. aos 29 de Abril de 1826. S. No «Preâmbulo» há algumas notícias a respeito do autor. com prólogo e cinco capítulos. Fevereiro e Março de 1833. aos Príncipes católicos – Obra inédita de Fr. Análise da Carta Constitucional da Monarquia Portuguesa. Bibliográfico…. desejoso da tranquilidade do altar e do trono. Missionário Apostólico do Seminário do Monte.° de 292 págs.ª da Conceição do Monte da Madalena no ano de 1829. 8. que ainda vivia em 1885.. 1865. Inocêncio F. M. António de Jesus. e no fim como apêndice: «Doutrina da Igreja Galicana sobre o cisma». deduzindo delas a presente ruína.° de VIII-461 págs. dada à luz por Fr. Julião da Barra em Dezembro de 1832. com os meios de a levantar e restabelecer – «Em que se recordam os princípios genuínos de direito público eclesiástico. P. Imperador do Brasil. e outros acontecimentos posteriores escritos por ele mesmo. Janeiro. 4. Antonio em resumo e com a autoridade que lhe é propria os relevantes serviços que prestou com a maior dedicação e abnegação e com risco da propria vida aos presos politicos liberaes que pejavam a Torre de S. em o Portugal Antigo e Moderno.° de VIII-482 págs. Publicada por A. João Baptista de Jesus. 173. decretada e dada por D. 8.° de IV (inumeradas)-VI-198 págs. e mais uma de erratas. Pedro. amigo do autor e religioso que foi do mesmo Seminário de Nossa Senhora do Monte da Falperra. União. se referem suas violações. Braga. História abreviada da decadência e queda da Igreja Lusitana. Braga. Bracarense. nos artigos que tocam à religião. nas prisões da Torre de S. F. etc. o seu convento e os seus seminaristas. que todos reputava ferrenhamente perseguidores dos constitucionais.. 41. tomo III. (365) LOPES. artigo «Jesus (Fr. um preso recluso no segredo por castigo. os infelizes ali enclausurados agrade(364) LEAL. pecha velha da paixão clerófoba. E noutra parte: «Notava-se nos officiaes (que superintendiam sobre os presos) desde que os frades tinham tido entrada franca nas prisões. (366) LOPES.° 8. p. É interessante o modo como João Baptista da Silva Lopes se refere a este frade. sem que lhes valessem. certo ar de moderação em suas maneiras de tratar» (368). depois da extincção das ordens religiosas. muitos dos liberaes que elle tanto beneficiou no carcere?!.. (368) Ibidem. Na página 123 do mesmo volume confessa que. como bem podiam e por gratidão deviam. entre o seu azedume contra os frades. p.. 91. António de)». de Alfândega da Fé» (365). Julião da Barra. Julião da Barra de Lisboa durante a desastrosa época da usurpação do legítimo governo constitucional deste reino de Portugal. artigo «Vinhais». Antonio de Jesus appareceu nas prisões de S. 104. Ver também SEPÚLVEDA – Apêndice ao exame crítico. Julião da Barra…. Quando Frei António se retirou das prisões. Documentos ilustrativos – Documento n. onde durante três meses deu largas ao seu zelo caritativo.. desconfiava de tudo e de todos «não se admirará que não me fie de pessoa alguma. O autor que. p. repartindo com todos os seus poucos recursos e esmolando pelas ruas de Lisboa e pelas casas das suas relações para valer-lhes em tão negra conjuntura.» (364). João Baptista da Silva – História do cativeiro dos presos de estado na Torre de S. onde se faz uma pouco lisonjeira apreciação de Frei António de Jesus. deixa respirar as benemerências de Frei António pelos esforços empregados para minorar os padecimentos dos presos. pois tinha muitos companheiros de prisão pertencentes à classe sacerdotal.248 TOMO VII JESUS outras com luz e ar. a consolar os prisioneiros politicos. p. 1833. João – História do cativeiro dos presos de estado na Torre de S. confortando-os a todos. por intervenção de Frei António. fora dele retirado. «Voltaram de tarde os missionarios (Frei António e o donato) e como por experiencia já iamos gosando alguns beneficios (devidos a elles) fez-se-lhe toda a sorte de agasalho» (367).. «Na tarde de 25 de Dezembro de 1833 – escreve Lopes – é que Fr. acompanhado do donato Fr. filho do medico João Nepomoceno. (367) Ibidem. Pinho – Portugal Antigo e Moderno. tomo III. apesar de não ver com bons olhos Frei António e o seu companheiro. Augusto de Nossa Senhora da Conceição. temendo alguma fera cilada» (366) a cada passo. 113. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e Portugal: Dicionário histórico…. Com magua tambem conta por ultimo as perseguições que soffreram elle. mas arribando a náo tornou para o seu ermo em que por causa de achaques. Aos nove annos de idade foi para a Guarda a estudar e servir a André de Araujo deão na Sé d’aquela cidade. casto. onde assistio alguns annos na comarca de Ciudade Rodrigo nas Batoecas. Reverencia os tem tratado nos tres mezes da sua residencia na mesma Torre. Pinho – Portugal Antigo e Moderno. veio depois á Guarda e voltou a Castella. actual pároco da mesma vila. Deu a vida pela fé de Jesus Cristo (370). donde passado algum tempo com o mesmo impulso se embarcou para a America. voltou aos desertos de Cordova. passou a Portugal e fez assistencia em uma Ermida do termo de Villa Flor. continuo no retiro. zeloso da honra de Deus. sempre tido por bom varão. até que veio a parar na serra junto ao logar de Cabeça Boa. junto a Castello Branco do Tejo. mas à sua morte desapareceu e não se sabe dele. Julião da Barra. onde esteve tres annos. de ambas o expulsou a ambição de alguns visinhos. filho de Antão Fernandes e Maria de Proença. d’ahi (dizem que com desejo de martyrio) vestiu o habito franciscano em ordem ás missões de Africa. Julião da Barra… Documentos ilustrados – Documento n. Paulo na serra de Cordova. desprezador do mundo. e porque cessaram de noviciado. o bondoso frade que ainda em vida deu as próprias casas para um hospital. JESUS (Frei Diogo de) – Natural de Ansiães. João – História do cativeiro dos presos de estado na Torre de S. JESUS (Francisco de) – Eis o que a propósito deste virtuoso homem diz a Corografia Portuguesa: «Foi natural de Vella. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . termo da cidade da Guarda.° 14. artigo «Carrazeda de Ansiães». não podiam tomar sem desprazer a noticia da sua ausencia» (369). ainda vivia em 1885 e possuía o manuscrito referido. (369) LOPES. onde viveu em pequena choça cinco annos. como nos informa o reverendo António José de Morais. Á morte d’este contando então dezesete annos de idade passou a Roma e d’ahi veio a Castella onde recebeu o habito dos Eremitas de S. tambem pelas mesmas razões foi expulso e foi para a serra de Roboredo. junto a Moncorvo. onde residiu quatro annos. termo de Moncorvo. havido conselho dos medicos. (370) LEAL. Frei José da Santíssima Trindade.JESUS 249 TOMO VII cem-lhe em carta que vem transcrita na mesma obra e na qual se lê: «Os prezos da prizão grande do revelim da Torre de S. durante os quaes teem experimentado consideravel allivio em seus males. por extremo penhorados das attenções e consoladoras maneiras e termos com que V. no Alemtejo. abstinencia. depois mudou para outra no logar de Cafedo. morador em Vila Flor. acusaram-no de grandes crimes. livro II. a 3 de Abril de 1843. como a fuga dos presos da cadeia de Almeida e outros. filho de Manuel Jorge de Figueiredo. Talvez devesse ser executado na terra da sua naturalidade ou onde se dizia cometera os crimes. paciente e finalmente nos olhos de todos julgado por santo» (371). p. a um seu amigo que juntasse gente e o prendesse. este. As acções virtuosas de Francisco de Jesus forneceram a Camilo Castelo Branco o título do seu romance O Santo da Montanha. JORGE (José). ou José Jorge de Figueiredo. Em 1756 dourou por 90$000 réis o retábulo do altar-mor da igreja de Quintanilha (372). p. deitou a fugir. concelho de Belmonte. viveu no Alentejo do produto do seu trabalho de campo. JOAQUIM (Manuel) – De Parada. que é o José da Gama». concelho de Bragança. mandando. 366. Padre – Corografia portuguesa. como se vê numa carta que adiante se reproduz – Natural de Maçainhas. caritativo. estando a servir em casa de José Rebelo em Vila Boim. (371) COSTA. I. vulgarmente chamado Toural. Jorge. ao mesmo tempo que Rebelo gritava sobre ele: «Agarra esse homem. indivíduo a quem aquele povo imputava vários crimes como guerrilheiro. Foi preso e testemunhas falsas. Braga. angariadas pelo Rebelo. levou-o enganado a casa do administrador ou regedor da vila. distrito de Castelo Branco. pintor que pintou o retábulo do altar de Paradinha em 1790 por 65$000 réis e em 1795 dourou o altar da capela-mor da igreja de Paçó do Outeiro por 100$000 réis.° 3 em Bragança. aqui veio ser justiçado. Fez parte da Divisão Auxiliar à Espanha e depois ficou pertencendo ao batalhão de caçadores n. António Carvalho da. com o enredo da obra que muito prende com personagens do distrito de Bragança. destas Memórias. a pretexto de que fora soldado do batalhão de Bragança. próximo de Elvas. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . mas para que o facto tivesse menos eco. (372) Ver tomo IV. 558. pelo que foi condenado à morte na forca e executado no campo de Santo António de Bragança. entretanto. como é mais conhecido. Desertando por uma falta leve do serviço militar. onde entretece.250 TOMO VII JESUS | JOAQUIM | JORGE humilde. vendo a atitude do povo e receando que o quisessem prender como desertor. a vida acima referida do anacoreta que faleceu a 13 de Outubro de 1665. Vol. 1868. Ultimamente. desconfiando que Jorge mantinha relações ilícitas com uma pessoa de sua família. Morreu na forca no campo de Santo Antonio desta cidade depois de ter recebido todos os sacramentos espirituaes no dia 3 de abril de 1843. pois a memória deste homem. e que repartam hua moeda pellos pobres mais necessitados do lugar. desapareceu com as suas cinzas. Demais. passados oitenta e seis anos. fazendo-se-lhe muitos sufrágios no aniversário da sua morte. natural de Maçainhas de Belmonte do concelho da Guarda. junto a essa vila (374). Nesta capela arde permanentemente uma lâmpada e. no caso de elle ser morto assim como lhe digão por sua alma seis Missas. além da do povo. soldado que foi de caçadores n. a não haver um quid venerável que o justifique. A autoridade eclesiástica ainda não se pronunciou sobre este facto. depõe grandemente sobre os méritos de José Jorge. por alcunha o Calças. No «Livro dos óbitos da freguesia de Santa Maria da cidade de Bragança» há os seguintes trechos que lhe dizem respeito: «José Jorge de Figueiredo. que poderia ter sua razão de ser como protesto contra as prepotências dos grandes e natural sentimentalismo pelos oprimidos logo em seguida ao facto. natural de Faiões. persistir no mesmo pensar. no entanto informaremos que gente muito ilustrada (373). mas que esquece facilmente essas impressões. azeite. em cumprimento de votos e petições cujo bom despacho atribui à intercessão deste padecente. onde vêm todos os pormenores referentes ao caso. sente unanimemente sobre a santidade do malogrado José Jorge. bem como a de Francisco Mendes. a 19 de Setembro de 1845 foi enforcado em Chaves José Maria. Com o produto destas esmolas já se lhe erigiu no cemitério público uma capelazinha sobre o local que se julga ser a sua sepultura. (374) Diário do Governo de 30 de Setembro de 1845. o último justiçado civil no norte de Portugal. depositando na sua sepultura cera.JORGE 251 TOMO VII O povo de Bragança e arredores até bem longínquos tem este justiçado como vítima inocente da malvadez humana e venera-o como santo e mártir. filho de Manuel Jorge de Figueiredo. (373) Veja-se O Distrito de Bragança de 28 de Março de 1902. dinheiro e outras dádivas. mal se explica hoje. além de muitas esmolas. dada a proximidade de Chaves e Bragança e afinidade étnica entre um e outro povo. tendo feito hua carta que escreveu Luís Teixeira capellão do dito corpo na qual pede a seu pae e mais vezinhos perdão das offensas e lhe roga que elle deixa tudo a seus sobrinhos. de Carção.° 3. Esta crença geral. há viçosas flores carinhosamente renovadas. espaço longo de mais para um povo impressionável como o nosso. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de quem falamos adiante. Este facto. pelo que nada podemos dizer sobre ele. O Prior. morrem como melitares e não como paisanos. que contem o seguinte conforme se acha escrito no Periodico dos Pobres do Porto d’este anno n. Innocencio Antonio de Miranda» (375). (375) Falaremos deste prior no artigo respectivo. E não continha mais. Em onra do meu porte cevil e religioso. mez era ut supra. e espero das auctoridades que esta minha confissão a façam publica. desconfiando que quizessem prender-me por desertor cuidei em fugir e logo então o dito Rebello gritou: agarrem esse que é o José da Gama homem a quem aquelle povo impotava varios crimes como guerrilheiro e assim fui eu prezo dizendo que era o tal Gama e logo tratou o dito Rebello de me imputar grandes crimes: como a fuga dos presos d’Almeida etc. que tendo este desconfianças de que eu tinha amizade illicita com familia de sua casa me levou enganado a casa do Regedor da dita Villa ou Administrador e nontanto mandou outro seu amigo a convidar gente para me prenderem e eu que vi tal gente.252 TOMO VII JORGE Em ultimo lugar e já no cimo do Pativolo depois de ter feito hua exhortação moral a seus camaradas e a todo o povo a quem declarou a sua innocencia. andei no Exercito de Espanha athé que tive hua simples desserção que pratiquei por temer o castigo de certa cousa leve que me impotarão. tenho a declarar o seguinte: Digo não sei a razão porque fui exauturado das honras melitares tendo eu sido soldado fiel desde que assentei praça. mas o meu sangue um dia pedirá justiça no devino tribunal visto que pelos homens sou tão barbaramente condemnado e por isso perdoo a todos os que esta me tramarão para que Deus me perdoe a mim e agradeço a todo o povo de Bragança a parte do sentimento que toma na minha morte. o Reverendo Manuel Annes. etc. mas infelizmente só pode arranjar testemunhas falsas que me impuzessem a morte porque vou padecer innocentemente. em casa de José Rebelo. que só Deus lh’o gratifica. sustentando-me do meu jornal de travalhador de campo fui exautorado das ditas honras tendo outros cometido varias desserções rouvos e asacinos. entregou o papel ao capellão de São Bento. e que a morte que me impoem só ma podiam empor por eu andar a servir quando desertor em Villaboim ó pé de Elvas. confesso que sempre fui temente a Deus e ás Justiças d’este mundo. como aconteceo á pouco em Chaves. e tendo depois como dessertor procurado viver por casa de patrões no Alemtejo.° 94: “José Jorge de Figueiredo padecente que estou para ser enforcado em onra do meu porte melitar e cevil. Campo de Santo Antonio 3 d’Abril de 1843. E para constar me assigno dia. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . José Jorge”. (À margem há mais estoutra nota:) «Foi inforcado no campo de Santo Antonio em dia 3 de abril de 1843. cavello da mesma cor vestido Jaqueta e calça de caragoça sem collete. reverendo Luís Teixeira (está no mesmo «Livro dos óbitos» da citada igreja de Santa Maria de Bragança): «Meu querido Pai. disse ter de idade vinte oito annos ocupação que tinha sido soldado de caçadores numero tres athe ao dia nove do corrente mez que pello seu commandante do dito corpo foi mandado entregar á authoridade civil deste julgado para delle tomar conta por assim ser julgado no Supremo Tribunal do concelho de Guerra pelo crime de omecidio em que tinha sido acusado no concelho de guerra a que tinha ja respondido eu que este mandei fazer e subscrevi aos nove de março de mil oitocentos e quarenta e tres.° 3. Meu Pai. vou padecer e espiar a culpa dos meus crimes a unica coiza que lhe peso he que logo que esta receba se lembre da minha alma. No fim de todos os meus trabalhos estou reduzido á ultima mizeria. (De letra diversa segue a seguinte nota:) «Declaro que este Reo foi no ditho Supremo Tribunal condemnado a pena ultima». Pinto» (376). (376) Copiado fielmente do «Livro de Registo da Cadeia de Bragança». «Entrou na Cadeia Civil desta cidade por ordem do Snr. em summa chigou a confirmação da minha sentença dia tres deste. Juiz ordinario deste julgado o prezo José Jorge solteiro natural de Maçainhas julgado de Belmonte da Beira Alta filho de Manuel Jorge do dito lugar tera o mesmo de altura cecenta e tres polgadas rosto redondo cor clara com hum risco na face esquerda barba cerrada olhos castanhos escuros. Saude e venturas é o que lhe desejo i a toda a nossa familia a quem muito me recommendo.JORGE 253 TOMO VII Segue a cópia da carta que José Jorge dirigiu ao pai e que foi escrita pelo então capelão do batalhão de caçadores n. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Bragança 19 de agosto de 1845. A saber no caso de meu Pai ser morto deixo tudo o que me pertence a meus sobrinhos para que encommendem a minha alma a Deus e hua moeda de ouro para ser repartida aos pobres mais necessitados do logar i seis missas por minha alma i peço-lhe que me perdoem pello amor de Deus i a meus yrmãos da mesma sorte i adeus até o dia de juizo digo mais a todos os meus parentes amigos i conhecidos peso perdão que reprehendão os seus filhos para que não cheguem á minha desgraça i a todos peso me encomendem a Deus. Deste seu filho obediente – José Jorge Figueiredo». O Carcereiro Agustinho José». Bragança 1 de abril de 1843. que diz em nota ser «fundado n’uma tradição popular de Bragança». que vivia. conseguindo prendê-lo. sendo quatro no Porto e dez em diferentes pontos. suspeitando a adúltera que Jorge descobrira a sua maldade.° 3 em Bragança. numa expansão de amante feliz. escondendo juntamente com ela algumas pratas da casa. casado. em Chaves. em 1845. imputando-se as responsabilidades a José Jorge. não deu. donde resultou ser preso e julgado. 1894. e. matou-a e ao pai e mãe que vinham em seu auxílio. às quais a moça não acedeu. José Jorge (dá-lhe simplesmente este nome) mantinha amores com uma tal Miquelina. desde págs. como um membro que brevemente seria legítimo. fazê-lo julgar e condenar. mas absolvido por falta de provas. não obstando.254 TOMO VII JORGE Depois de 1834 foram justiçados no norte de Portugal (na área da Relação do Porto) catorze indivíduos. Foi visitá-la em três dias de licença na festa do dia de Natal. o último dos quais foi o Calças. se despedir assim em latim. a ponto de cear com ela intimamente na clássica noite da consoada. indo para o Alentejo como trabalhador de campo para casa de uma mulher casada que mantinha relações ilícitas com um primo. Lisboa. do Pinheiro Velho. porém. Termina Botelho por dizer que mais tarde se vieram a descobrir os verdadeiros autores tanto deste crime do Alentejo como do de Pinheiro Velho. e um indivíduo. em Alvites. como amante criminoso que tem todo o cuidado em ocultar as suas vistas. concelho de Vinhais. de onde depois desertou. Além disso. um interessante conto. em companhia de quem fez parte da viagem (ao qual. Livraria de António Maria Pereira. deixou-nos este escritor (irmão do doutor António Botelho Sarmento. após de quem fez correr gente. como gritasse por socorro. pelos documentos que deixamos reproduzidos vemos como as coisas se passaram. concelho de Mirandela). porém. de quem se encontra o processo com todas as horripilantes circunstâncias do enforcamento no Museu Regional de Bragança. contudo achamos inverosímil – ainda mesmo atenta a circunstância de conto – que sendo José Jorge admitido à convivência da família de Miquelina. contara a sua vida). Como tivesse conhecimento dessas relações despediu-se. Nos Contos de Afonso Botelho. Segundo se depreende do referido conto. isso nada relativamente à sua veracidade. Voltou ao serviço militar para caçadores n. Nunca ouvimos as espécies referentes ao caso do Pinheiro Velho. evadindo-se depois sem que ninguém suspeitasse do crime. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . o marido imputa as culpas a José Jorge. mostras disso e muito afável deu-lhe até um farnel com merenda para o caminho. 63 a 83. aproveitou-se da escuridão da madrugada em que José Jorge dela se despediu para se lhe introduzir no quarto e fazer-lhe as suas exigências torpes. auxiliado pelo amante. .m .os 630 e 658. . .o de Rosa Afonso de Formil. . 3:360 1:200 200 200 660 60 40 190 810 960 2:000 2:000 JOSÉ (Maria) – Do Penso. . .co Joaq. Hûa corda que se comprou a Manuel Antonio Pizarro . . Nasceu em Freixo de Espada à Cinta a 17 de Setembro de 1850 e (377) Governo Civil [de Bragança] — Correspondência. . «Despezas que se fizerão para a construção da forca em que sofreu a pena capital José Jorge soldado que foi do Batalham n. . . . . . . . . . . . . 23. . .el Parada a 240 cada uma Hum páo grande a J. . . . . . . . . . onde concluiu o curso em 1873. . . . . . . JUNQUEIRO (Abílio Manuel Guerra) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. . deputado. de Bragança. . . . . . e tem sido representada várias vezes no teatro desta cidade. . . . . . . . . . que passou o atestado de estado livre e residência. . 4 geiras de carpinteiro a M. . Outro d. . . .JORGE | JOSÉ | JUNQUEIRO 255 TOMO VII A odisseia de José Jorge foi posta em drama pelo capitão de infantaria António Joaquim Pereira Trancoso. . rico proprietário da Moimenta.co Glz. . . . . . em 1927. Soma total 11:680 rs. . .o de M. . . . . . destas Memórias. . . . . . . 20. . . . . . . . . . . . . Outro dito de cast.el Gama e M. . . 3 centos de pregos que se comprarão a Fran. . . . . p. concelho de Vinhais. o empregado do registo civil que procedeu ao acto e as testemunhas que abonaram a identidade dos cônjuges dessem pela trapaça! A justiça tomou conta da aventureira (378). no mesmo concelho. . . .° 3 de Caçadores: 21 taboas de choupo de J. . n. . . .° Ferz. .» (377). . . . . . sem este nada saber. . . . . . . . . MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . . . . . . (378) Ver tomo VI. . 6 páos de castanho de Fran. . . . Duas barrumas ao m. Este códice está agora depositado no Museu Regional de Bragança. . . .as mais pequenas.e Villa Nova. . teve artes de se registar civilmente em casamento com Francisco Barreira. sempre com enorme êxito. . . . a quem agradecemos a indicação desta particularidade referente ao infeliz José Jorge. apresentando no acto do casamento em Vinhais um comparsa que se fez passar pelo Barreira. . . . A imprensa da época.a . . . . . 21. . carpinteiro a 160 cada uma. . . . 27 e 31 de Julho daquele ano. . . Quatro cavilhotes que fez Estevão Serralheiro. . . referiu-se largamente ao caso. . . . . .el Melides Per. . . . Já era precisa audácia para subornar o comparsa e não recear que o regedor. . graças à inteligente solicitude do secretário-geral doutor Raul Manuel Teixeira. . . . Duas d. . . . .o de Magdalena de Formil . nomeadamente A Voz de 19. . . . . . . .mo . 396. . . . . . . . . . . . . . . . . de Formil a 200 cada um . . . . . Outro d. escritor e poeta. . . . . . . 1893.° de 125-2 págs. foi impressa em Lisboa em 1882. rua Silva Carvalho. da Universidade. A 3. 1 vol. 1 vol. Livraria Internacional de Ernesto Chardron e Eugenio Chardron. Lisboa. 1864. A fome no Ceará. Os homens de maior vulto na imprensa portuguesa referiram-se elogiosamente a esta obra. Livraria de António Maria Pereira.° de 13-1 págs.. A 1.ª edição é de 1877. 8. 1905. 8. Lisboa. Tip. Porto. Porto. deputado em 1898 pelo círculo de Macedo de Cavaleiros. 8. de 20 págs. onde estão reunidas uma grande parte das composições deste notabilíssimo bragançano. Em 1911 foi pelo governo da República nomeado nosso ministro plenipotenciário na Suíça. Ana Guerra.° de XXIII-323 págs. 2. 3. Tem 3.ª ed. 8.256 TOMO VII JUNQUEIRO faleceu em Lisboa.° Mysticae. 1873. Livraria António Maria Pereira. Coimbra. Tragédia infantil. Escreveu: Duas páginas dos catorze anos – Poesia. Coimbra.° de 216 págs. Coimbra. Tip. a 6 de Julho de 1923. Foi secretário-geral do governo civil de Angra do Heroísmo e Viana do Castelo. 8. 1885. 1873. M. 8. 1870 e.ª edição aumentada e adornada de gravuras e aprovada pelo Conselho de Instrução Pública para uso das escolas. A musa em férias – Idílios e sátiras – 1879.° de 15 págs. Porto. O crime – Poemeto (a propósito do assassínio do alferes Palma de Brito). 8. Coimbra. 1866. Parceria António Maria Pereira. Idem do ano de 1877. 4.ª edição. David Corazzi. Era filho de José António Junqueiro Júnior e de D. Tip. Lisboa. A vitória da França – 4 de Setembro de 1870. Baptismo de amor. Universal. com um preâmbulo de Camilo C.° de 6 págs.° peq. 1877. A morte de D.° de 13-1 págs. Lisboa. 8. Fiel – Poemeto. Lisboa.° Vozes sem eco – Poesia. Porto. 1875. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Imp. emendada. 8. Saiu no «Brinde» do Diário de Notícias do ano de 1875. Contos para a infância – Escolhidos dos melhores autores. 1874. da Universidade. Editora. Braga. de 30 págs. Aos Veteranos da Liberdade – Poesia. Morais. 2. Na feira da Ladra – Poemeto. Livraria Cruz Coutinho.° de 235 págs. A Espanha livre – Poemeto.° peq. B. 8. Branco. 1875. Porto.° de 32 págs. 1867. João – Poema em verso.ª edição. Porto. O exemplar que possuímos é: O crime (a propósito do assassinato do alferes Brito). duas vezes pelo de Viana do Castelo e ainda outra vez por um dos círculos da África. 1867. 8.ª edição. 1878. Porto.ª edição. Coimbra. mysticae – Poemeto. 1905. 8. 8. 1877. 1892. 2. 8. 3. Não será. com o texto emoldurado em tarja profusamente ornamentada. Ensaios espirituais – «Oração ao raio. Figueirinhas. em A autópsia da «Velhice do Padre Eterno». Porto.° gr. 1885.° gr. Elzeviriana. O século – Baptismo de Amor. 8. de 126 págs. é da mesma cidade. do milho. Tip. 8. Paulo. Tip.° de 32 págs.. 8. Oração à luz – Poema. desenhos de Bordalo Pinheiro? Porto. 8. Pátria – Poema.° peq.ª edição.ª edição. Com uma apreciação de Camilo Castelo Branco. jornal fundado e dirigido pelo poeta João Penha.ª edição. que o parta» (Para alívio de tristes e consolação de aflitos). inumeradas. Tip. do Jornal do Porto. como a Lanterna Mágica. por Teles do Vale. O produto da venda desta poesia destinava-se às vítimas do incêndio do teatro Baquet.° de 19 págs. 4. Porto. Apareceu também: Refutações em verso a todo o livro de Guerra Junqueiro intitulado «Velhice do Padre Eterno». Paródia à Oração do pão.° de 19 págs. como o que acompanha o livro de Luís de Andrade Caricaturas em prosa – Viagem à roda da Parvónia. a 40 réis cada exemplar. e em outros jornais políticos e artísticos. 1 folh.. Finis Patriæ – Poemeto a propósito do ultimatum inglês de 11 de Janeiro de 1890.° Ladrão.° de XII-62 págs. 8. 1 folh. Porto. 8. Porto.° de 12 págs. 4. 1879. 1902. etc. e uma de índice e outra de erratas. 1885. sem data (1890). 1905. de 211 págs. Liv. Porto. 1904.ª edição.° Guerra Junqueiro colaborou na Folha. Também há dele preâmbulos em obras alheias. Livraria Chardron. Ocidental. A lágrima. 8.. É uma paródia à Oração da luz de Junqueiro.. e duas de índice. antes. Esta obra ímpia despertou grande celeuma por parte da imprensa católica. Livraria Chardron. onde se distinguiu o cónego Sena Freitas que. Edição de luxo. A. Porto. Porto.JUNQUEIRO 257 TOMO VII O melro (que depois foi incluído na Velhice do Padre Eterno). 1887. e mais 4 de música. Ocidental. do grande poeta Guerra Junqueiro.° gr. em 1904. 8. 2. edit. Porto.° A 3. 1888.. o seguinte: Marcha do ódio – Música de Miguel Ângelo. de colaboração com Guilherme de Azevedo. Porto. de 32 págs. Chardron. 8. Tip. Canção do ódio – Poemeto sobre o mesmo assunto. 1904. 1896. A Velhice do Padre Eterno. Porto-S. mostrou como Junqueiro era colossal no génio poético.° de 232 págs. 1902. Folheto de cordel. e no diário francês Revue um interessante artigo sobre o «Radium e radiação universal».. Universal. Tip. por José Branquinho. 8. Os simples. de 13 págs. 1 vol. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Oração ao pão – Poema. mas pigmeu insciente em conhecimentos científicos. por António Pedro Barreiros de Magalhães. 8. 8. Nova edição. 1885. 1886. 1880. por três cabeças distintas e futuros sócios de várias academias e filarmónicas (Marraschino & C. Santarém. 134.258 TOMO VII JUNQUEIRO Muitas das obras deste brilhante génio estão traduzidas em espanhol. Em O Instituto. sendo de lamentar que um talento tão universalmente apreciado se deixasse obscurecer algumas vezes por composições ímpias como as do mais vulgar e nulo candidato à fácil popularidade das turbas ignaras.° de 188 págs. A vida de seu Juca – Paródia à Morte de D. por Valentim de Magalhães e António Henrique de Magalhães. e uma de índice. L. Rio de Janeiro. Guerra a Guerra Junqueiro em poesia sobre a «Velhice do Padre Eterno».° de VI-120 págs. «A Velhice do Padre Eterno» pelo sr. bem como muita estrangeira da melhor cotada. (Rio de Janeiro?) 1890. pelo padre José Soares Teles do Vale. Porto. 8. por Augusto de Lacerda. Junqueiro é uma glória da terra que o viu nascer. francês e italiano e há apreciações críticas delas em diversas revistas estrangeiras. S. inglês. 274 e 640 e 228.ª)». Viagem ao Parnaso. A Velhice do Padre Eterno motivou as seguintes obras críticas: Impressões da leitura da «Velhice do Padre Eterno» – Poema natural do poeta Guerra Junqueiro. 8. de Guerra Junqueiro. Rio de Janeiro. etc. e duas (inum. ilustrado. classificando-a de «perda nacional». 8. Cirileida – «Análise dum ensaio de crítica à Velhice do Padre Eterno».°. como na Alemanha. 1885. 8. da máxima competência. Guerra Junqueiro – (Ensaios de crítica).° de IX-296 págs. pároco na cidade do Piranga.° Autópsia da «Velhice do Padre Eterno». em Minas Gerais no Brasil. por Cirilo Machado. Toda a imprensa portuguesa se referiu dolorosamente à morte de Guerra Junqueiro. João. que vêem simplesmente no desbragamento da adjectivação a característica do génio. porém.) de erratas.° de 99 págs. págs. 1887. A Velhice da Madre Eterna – «Paródia excêntrica e humorística à Velhice do Padre Eterno de Guerra Junqueiro.° Desarmonias líricas ou a Velhice do Padre Eterno – Poema de Guerra Junqueiro. que esta é já a 2. 12. Rio de Janeiro. França. revista de Coimbra.. 61 págs. (Cremos. por Frei Ugedio. O grande jornalista Emídio Navarro analisou e apreciou pelo mesmo teor e arte a vida pública de Junqueiro quando este publicou a Pátria.ª edição). 1888. 316 a 468 fez Vieira de Almeida larga apreciação de A obra de Guerra Junqueiro. 1927. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de 175 págs. Lisboa. Ou será que esta popularidade lhe resulta em parte muito sensível desta mesma razão? Seja como for. em que os créditos literários e artísticos do grande poeta ficam mal colocados. e nos assentos assina indistintamente Francisco Gil. 17 dout. 4. os que conservãm. lê-se o seguinte. destas Memórias. da Silva não faz dele menção no seu Dicionário. pois. Os livros do registo paroquial de Meixedo fazem menção dele como abade desde 1717.l / da Muim. 1739. Na censura do padre-mestre Teodósio de Santa Maria Teixeira. Tomou parte em Bragança nas lutas constitucionais e da Maria da Fonte (379). 289. que foi professor de teologia e gozou de grandes créditos.a do D. O abade Lamadeita escreveu: Estudo curioso – Livro de teologia moral. diz que este ilustrado bragançano foi provido em 1730 na abadia de Meixedo. Foi abade de Meixedo. falecido em Bragança (Santa Maria) a 25 de Junho de 1858. Parece.co / Gil Lam. fazendo outros todo o apreço pelas conseguir. LAMADEITA (Francisco Gil) – Natural da Moimenta. / S. p. M.LACERDA | LAMADEITA 259 TOMO VII L LACERDA (Manuel Bernardo Pinheiro de) – Doutor. ver tomo VI. O Portugal – Dicionário histórico. artigo «Gil». que se conserva no arquivo da Câmara Eclesiástica em Bragança. e nele se diz que é natural da (379) Ver tomo I. como dissemos. como estimavel joia o resumo de suas obras. que falam (do autor) não só nesta côrte. Inocêncio F. vem o auto da sua colação na referida abadia a 23 de Dezembro de 1717. No livro do Provimento dos benefícios. 169 e 212.ta abde / de Meixedo. os doutos suspendem os discursos. os menos sabios param no timido de seus escrupulos em se mostrando que o diz o Mestre Gil». que vem apensa a esta obra. lente jubilado na sagrada teologia. o que lhe ouviram na Aula publica (vulgarmente Palestra) em que ensinou vinte annos esta faculdade. A sua sepultura está na capela-mor da matriz de Meixedo em granito. ou Francisco Gil Lamadeita. que alguma luz lança sobre a vida do escritor: «Muitos são os Qualificadores. e fez testamento nas notas do escrivão de Baçal. como o menciona o Sumário da Biblioteca Lusitana.or Fr. A propósito da família Lamadeita. pág. como se vê do respectivo assento de óbito nos livros da mesma freguesia. 1734.ta n. onde faleceu a 17 de Outubro de 1739. Lisboa. destas Memórias. que involvem a recta ordem das consciencias. concelho de Vinhais. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .° de 394 págs. concelho de Bragança. com esta inscrição: Memento / mei Deus / quia ven / tus est vi / ta mea. E altercando-se questões entre elles. mas em todo este reino. no que há engano. noticiosa. 1885. em hora de desdita. Borregos e salafrários no concelho e comarca de Moncorvo – Com vista à «Actualidade». Publicação semanal. 1864. O Mosquito – Periódico satírico. Pedro V o tomasse sob a sua protecção. crítica e recreativa. 8. Coimbra na Imprensa da Universidade.260 TOMO VII LAMADEITA | LEAL JÚNIOR Moimenta e presbítero do hábito de S. A imprensa política discutiu-a largamente. seu irmão D. Contêm ao todo 96 págs. Justiça. político. logo este monarca. de Morais Leal Júnior (caloiro). O Espectador Imparcial – Jornal. do Futuro. 4. e consequências da má interpretação da Portaria do Ministério do Reino de 25 de Abril do ano corrente». Guilhermina Clotilde de Morais e do padre António Bernardo de Morais Leal.° 545 de 15 de Setembro de 1864. porém. Tip. Tip. Portuguesa. literária. filho natural de D. Pedro. Saiu o primeiro número a 24 de Março. Luís continuou custeando-lhe as despesas universitárias. etc. No «Prólogo» da Página Académica alude o autor à protecção que. jornal portuense. doutor em direito e teologia e advogado em Moncorvo. de XVI-368 págs. Lisboa. morrendo. LEAL JÚNIOR (António Bernardo de Morais) – Nasceu em Moncorvo a 8 de Junho de 1836. Vem só com o nome de Francisco Gil. Saíram doze números: o primeiro a 10 de Março e o último a 27 de Maio. O opúsculo contém uma carga violenta e verrineira sobre os homens mais em evidência ao tempo em Moncorvo. Independente. M. Lisboa. do Futuro. até Pinheiro Chagas escreveu sobre ela uma carta na Gazeta de Portugal n. como Jornal do Porto. 1865. mandando-o frequentar a Universidade de Coimbra. por A. Lisboa. prestacionado de S. Esta obra levantou grande celeuma e atraiu sobre o seu autor o ódio de muitos que nela eram julgados pouco benevolamente. de que se publicaram vários números. noticioso e recreativo.° de 30 págs. Tip. 1867. encontrou em Alexandre Herculano. El-Rei. literário. B. Leal Júnior pode conseguir em 1861 que D. Pensamento. Colaborou em diversos jornais da província.° gr. em que é imparcialmente julgada a Academia de 1863 e 1864 sobre a petição do perdão dacto. Neste opúsculo declara o autor que é redactor do Mosquito e do Archote e que colaborou no Distrito de Faro. Escreveu: Uma página Académica – «Opúsculo crítico-histórico. 8. Bracarense.° gr. então ministro da Marinha: MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Eis a carta que este lhe deu em Outubro de 1863 para José da Silva Mendes Leal. Gazeta Lisbonense. Faleceu em Lisboa em Maio de 1899. tendo por isso de interromper os seus estudos. como parlamentar ao comandante-em-chefe das tropas francesas realistas que em 1823 entraram em Espanha. artigo «Vilar de Ossos». concelho de Bragança. Dá notícia deste manuscrito o doutor Pedro Augusto Ferreira no Portugal Antigo e Moderno. De V. o referido António dos Santos Leal era muito ilustrado. pretenção ambiciosa de mais para a obscuridade desvalida. e deve parar hoje na Biblioteca Municipal do Porto. luxuosamente encadernado em marroquim. Viu-me e lembrou-se de falar comigo. de quem era coronel-ajudante. José Luís de Sousa. tomo VIII. e ouça-o.LEAL JÚNIOR | LEAL 261 TOMO VII «Ex. tendo acompanhado a divisão do general Silveira. 104. sabem reprimir. quando este foi enviado por Silveira. LEAL (António dos Santos) – Abade de Quinchães. acompanhadas de severas apreciações sobre as intrigas dos oficiais superiores que faziam parte da divisão. Tal conselho impunha-me o dever d’esta carta. com outros códices. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e escreveu diferentes proclamações que ao tempo se distribuíram. como se vê pelos assentos de casamento da fre(380) SILVA.mo Amigo e Senhor – O portador é um rapaz de Trás-os-Montes. Manuscrito in-fólio de boa caligrafia. Bibliográfico…. Foi também professor de retórica em Castelo Branco. desembargador da Relação Eclesiástica de Braga. concelho de Fafe.cia amigo e creado – Alexandre Herculano» (380). Era natural de Moncorvo e formado pela Universidade de Coimbra. como adido ao estado-maior. onde faleceu. Secretariou também D. Lea-a. morgado de Mateus e depois conde de Vila Real. desde o seu pronunciamento em Vila Real no dia 23 de Fevereiro de 1823. mas ignoramos em que faculdade. até que regressou de Espanha. Ferreira. da – Dic. à qual o mesmo. LEAL (José António Ferreira) – Natural de Sacoias. Ella e elle ahi vão. Escreveu: História fiel muito conscienciosa da revolução de Trás-os-Montes e da divisão do Silveira. p. Segundo Pedro A. fez doação. deputado suplente às cortes de 1822 e governador do bispado de Pinhel. Estava á entrada do paço para falar a el-rei. A minha opinião foi que recorresse ao unico homem de poder que comprehenda o que ha legitimo nas suas aspirações e doloroso na sua situação. de quem foi secretário particular. Contém este códice notícias muito interessantes e ignoradas para a história dos acontecimentos de que trata. de quem poderá fazer conceito ouvindo-o. Inocêncio F. Ex. e que os cortezãos baixos para dentro e altivos para fora. sendo professor de filosofia em Bragança. Faleceu em Sacoias a 1 de Maio de 1825. anexa da freguesia de Baçal. Elle lhe contará a sua historia. já pelas qualidades dos padrinhos. diversas figuras de geometria. José de Miranda». a meio da tarde desencadeia-se tal trovoada com tanta água que varreu todo o cereal debulhado. fólio 18. que explica talvez os seus estudos. que já havia sido padrinho. que serviam de verga. concluindo-o em 1907. nascida a 18 de Fevereiro de 1825.262 TOMO VII LEAL | LEITÃO | LEITE guesia de Sacoias relativos ao ano de 1809. baptizado em Sande. (381) Assento de baptismo de seu filho José António. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . No «Livro de matrícula do Seminário de S. de Sacoias. de sua filha Josefa. Maria Emília do Carmo. por isso. LEITÃO (João Baptista) – Oficial de infantaria n. Nós ainda vimos numa janela da sua casa de habitação em Sacoias traçadas nas pedras aparelhadas. já porque a fama da sua enorme sabedoria ainda hoje vive na lenda popular da povoação de Sacoias e circunvizinhas. (382) Ver tomo I. no entanto. destas Memórias. que estava na praça de Almeida em 1810 quando se deu o desastre (382). 166. D. natural de Bragança (381). feita a 21 de Outubro de 1794 e tem a nota de que «frequentava de manhã a aula de mystica e de tarde a de moral com aproveitamento». peitoril e fitos. nascido em 1822. o de preparatórios médicos em Coimbra e o de medicina no Porto. p. de onde veio dizer o povo que armava trovoadas e fazia chover. de outro filho do mesmo. vê-se a matrícula de José António Leal. que principiou em 1759 e se encontra na biblioteca do Seminário de Bragança. João António Barreto Oincio. A seguinte anedota. Era casado com D. Nasceu acidentalmente no Rio de Janeiro a 25 de Outubro de 1880. Fez o curso liceal em Caminha. filho de João da Cunha Ferreira Leite e de D. e para mais arrelia sua. bispo de Lamego. e de seu filho António. que davam ideia de um brasão de nova espécie – o de um sábio. também por procuração. É médico municipal em Vinhais e subinspector de saúde e foi deputado por Moncorvo e governador civil do distrito de Bragança. a 4 de Maio de 1815 e cujos assentos se acham exarados no respectivo livro dos baptizados da igreja de Sacoias. do qual foi padrinho. ainda hoje é contada nestes sítios com assombro: um irmão do doutor – como lhe chamava o povo – malhou o pão num dia que ele não queria e. LEITE (Álvaro da Cunha Ferreira) – Doutor pela Faculdade de Medicina do Porto. Ermelinda Rossi. deve ter sido homem de merecimento.° 24. por procuração. zangou-se a valer. de nome João. Nada conhecemos que Ferreira Leal deixasse escrito. onde serviu como testemunha. bispado de Lamego. nascido a 7 de Abril de 1818. 578. Espanha e Portugal – 1640-1668 – A revolução e a paz. e uma de «Proposições». p. Nasceu no Mogadouro a 25 de Julho de 1824.LEITE | LEITE VELHO 263 TOMO VII Escreveu: Entero-nevrose muco-membranosa – Dissertação inaugural apresentada à Escola Médico-Cirúrgica do Porto. comandante da companhia de voluntários do Mogadouro (que muito se distinguiu por serviços à causa liberal. falecendo há poucos anos. Ana Luísa de Morais Leite Velho. e a Sinopse. na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e no Jornal do Comércio. Estudo histórico das relações diplomáticas e políticas entre a França e Portugal desde a constituição da monarquia portuguesa até à queda de Napoleão Bonaparte. 1885. do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e do Instituto Histórico do Estado do Ceará (384).° de 66 págs. advogado no Rio de Janeiro. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . foi membro da Sociedade de Geografia de Lisboa e colaborador da Revista (órgão da mesma). 1909. Porto. Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. onde casou e fixou residência. sempre entregue à faina das letras e da sua profissão.° de 454 págs. onde se encontra o seu retrato acompanhado de notas biográficas. LEITE VELHO (Bernardo Teixeira de Morais) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. destas Memórias. de todo o processo das execuções hipotecárias e pignoratícias. Obteve medalha de menção honrosa na Exposição Internacional de Trabalhos Jurídicos do Rio de Janeiro. Em 1853 partiu para o Rio de Janeiro. que infestava o lugar de Lagoaça). 1896. Monografia das execuções de sentença em processo civil. e de D. Desde 1846 a 1851 foi vereador e administrador do concelho do Mogadouro. e mais uma (inumerada) de erratas. onde terminou o curso em 1846. 8. (383) Ver tomo IV. Lisboa. 8. e colaborou na União Portuguesa. 8. de que foi redactor único. bem como a União Portuguesa de 3 de Janeiro de 1897. Adições à Monografia das Execuções – Contendo as reformas da lei de 5 de Outubro de 1885 e decreto de 25 de Janeiro de 1886. Lopes Velho fundou a Crónica do Foro. Lisboa.° pequeno. (384) Ver a Ilustração Trasmontana.° de 32 págs. Rio de Janeiro. 1889. 8. 1902. Porto. exercendo também a advocacia. p. filho de Joaquim José Teixeira. Escreveu: Trás-os-Montes – Estudo estatístico.° de 34 págs. 8. 1907. derrotando em Maio de 1834 a guerrilha do Cachapuz (383). 1869. 183. em forma de código. Espanha. na tomada das linhas de S. Sebastião e nas acções de Harmani. concelho de Chaves. Rosalina Cândida Teixeira e Faro. merecendo ser recomendado ao rei desse país pelo duque da Vitória. esteve no cerco do Porto. que faleceu em Calabor. zootecnia. 1631.° É considerado clássico em atenção aos termos de guerra (386). no ano lectivo de 1891-1892. onde fora a banhos. 8. (386) Sumário da Biblioteca Lusitana. 510. possui vários apontamentos que este escreveu sobre a sua terra natal e que publicaremos no volume referente ao Mogadouro. natural de Bragança. casados em Bragança. Nasceu em Vinhais a 1 de Março de 1871. O autor obteve «Prémio honorífico» pelo Instituto de Agronomia e Veterinária de Lisboa na sessão de 11 de Agosto de 1892. natural de Vilar do Monte. fez parte da divisão do Mindelo. Lisboa.° de VI-637+2 (inumeradas) págs. Escreveu: O cavalo – «Estudo elementar de zoologia. e de D. inspector do Matadouro Municipal do Porto. emigrou em 1829. 4. tinha um manus(385) Ver tomo VI. general em chefe do exército atacante (385). Em 1903 era médico e tenente do corpo de veterinários militares. Criamende. incorporou-se na divisão auxiliar à Espanha e bateu-se na batalha de Ponte Ferreira em 23 de Julho de 1832. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . neto materno de Sancho José Teixeira e Faro e de D. p. LEMOS (António Pinto de Seixas Pereira de) – Coronel de cavalaria em 1837. a 12 de Agosto de 1900. LEMOS (João de Brito) – Natural de Bragança. parente por afinidade de Leite Velho. natural de Alfândega da Fé.264 TOMO VII LEITE VELHO | LEMOS Acácio Vidal. na das linhas do Porto a 29 de Setembro de 1832. higiene e terapêutica». Entrou nas campanhas da Guerra Peninsular desde 1812 a 1814. Porto. Teresa de Jesus Teixeira. Escreveu: Abecedário militar – «Do que o soldado deve fazer até chegar a capitão e sargento-mor. mas criou-se em Bragança. filho de José Júlio Chaves de Lemos. e para cada um deles in solidum e todos juntos saberem a obrigação de seus cargos». 1903. destas Memórias. escrivão interino do Juízo Apostólico em Bragança. escrivão. LEMOS (Padres João de) e José Manuel Vilares Borges de Campos – Os pequenos elementos biográficos que conhecemos destes dois sacerdotes resultam do seguinte: o padre José Luís Cordeiro. LEMOS (Armando Augusto Chaves de) – Doutor em medicina veterinária. naturais de Vilar do Monte. Fonte Ruvia e Irun em Espanha. que depois passou para Abílio de Lobão Soeiro. diz: Miror an fieri possit ut aliquis ex rectoribus sit salvus. foi copiado do original em Lodões aos 27 de Maio de 1819 (pelo padre José Manuel Vilares Borges de Campos?). do concelho de Alfândega da Fé. O dito manuscrito começa assim: «Este Caderno hera do Pe. e deste para o actual possuidor (1 de Julho de 1921) doutor António Manuel Santiago. que veio para reitor de Sambade em 1796 e aí faleceu a 11 de Dezembro de 1820. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que exara um Retrato ou Descrição de Si Mesmo. respeitante a não haver absurdo que os filósofos não tenham sustentado. Refere essa nota que o dito reitor – foi inimigo dos clérigos e morreu em o auge da intriga. A primeira nota. À margem encontram-se notas crítico-humorísticas tiradas de Cícero. autor do Retrato de Si Mesmo. elevado em autoridade. de Frechas que me prestou seu sobrinho e depois de o ter por meu lhe juntei o retrato e a mais adição a folh. amigo de aplausos. Ferraris. verso. abominou a lisonja. 62 tirada do original e as notas de March e Ferraris. Jaz na sepultura 1. acima referido. tinha porém génio fogoso. António Nunes. que foi um famoso pregador. reverendo Joaquim Ferreira Portugal. amou a virtude. Bocage e outros autores atinentes à estultícia das coisas humanas e à vaidade do dito reitor de Sambade. Às prosápias do autor do Retrato dedicou um anónimo. de Sambade. Este Caderno é paginado de frente e contém setenta e três fólios. segundo se diz numa nota apensa do mesmo Retrato ou Descrição.ª da parte da epístola onde se tinha sepultado o seu antecessor Francisco Lopes de Azevedo. prope fine. não contando o índice. foi rijo. José Manuel Villares Borges de Campos». compreende um tratado de moral que aí termina e começa a parte verdadeiramente curiosa do manuscrito. invenável. O Retrato.LEMOS 265 TOMO VII crito in-8. Até ao fólio 61. mui político. ao tempo secretário-geral do Governo Civil de Bragança. o príncipe dos párocos. que «bem conhecia o autor e seus sistemas políticos». Joaquim Ferreira Portugal. conforme se lê no manuscrito. concelho de Alfândega da Fé. cónego da Sé de Bragança e empregado do citado governo civil. as seguintes décimas: Do teu amigo a pintura (387) Vi. que na cópia se diz ser o padre João de Lemos. parafraseando a célebre sentença de Cícero. encadernado. feita pelo reitor de Sambade. pelo mesmo pintada De mil enfeites ornada (387) O reitor Joaquim Ferreira Portugal diz que fizera o seu Retrato a pedido de um amigo.° pequeno. virtuoso. cruel. Resposta do anónimo (padre João de Lemos): MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . O autor do Retrato – continua o manuscrito – saiu com este soneto tirado adulterinamente de Bocage para invadir o amigo (a pedido de quem fez o Retrato) e o anónimo (o autor das duas décimas acima transcritas): Não sou como tu vil Ascarino Traidor. Ao saber e à virtude a fronte inclino Se chora e geme o triste. amo as leis precisos laços Que mantêm dos mortais a convivência E não temo teus rudes ameaços. Nutre embora tua voraz maledicência Que eu folgo. Era engano formado Era lobo disfarçado Em pele d’ovelha metido Era o homem fingido O teu amigo pintado. pura inocência. A tua cautela seja Do rato com a doninha Pois nem tudo é farinha Quanto lá n’arca branqueja Tu. eu choro eu gemo Chamo à beneficência um dom supremo Julgo a doce amizade um bem divino. Amo a todos. blasfemo Um Deus adoro. sacrílego.266 TOMO VII LEMOS Desmentindo a figura Toda a sua formosura. Essa figura distinta Dir-lhe-ás que bela tinta! Gastou na sua pintura Mas o corpo da figura Não é tal como se pinta. cá de fora festeja. eu durmo nos teus abraços Amigo da razão. a eternidade temo Conheço que há vontade e não destino. Chora o publicano de contínuo Pequei.LEMOS 267 TOMO VII Em vão se louva o fariseu ferino De não ser cruel. Segue um outro soneto de um segundo anónimo.»: Tu maligno dragão. O soberbo levanta seus braços A Deus quer tirar a proeminência Sem temer os terríveis ameaços O humilde faz dos crimes penitência Das ninfas deixa enganosos regaços Sem afectar pura inocência. fúria dos infernos Que em vil murmuração. que dizem: Debruaste o teu retrato Tão belo. Há mais três décimas do primeiro anónimo. tão excelente Sem temer ouvir um mente Sofrer um vil desacato MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Cai de chofre no báratro profundo Cai nas entranhas da voraz fornalha Deixa em sossego o miserável mundo. que na cópia não se declara quem seja. meu destino. cruel harpia. lá bem no fundo Arde. contra Deus. Tu que nas horas em que o mocho pia. Monstro dos monstros. por isso gemo A vista do juiz severo tremo Qual será minha sorte. ralhos eternos Estragas sem descanso noite e dia. E entre a maldita o réprobo canalha Lá bem longe de nós. e depois diz: «De Bocage ao A. murmura. amaldiçoa e ralha. Caluniaste meus suspiros ternos: Sacode a carga de noventa invernos Nas descarnadas mãos da morte fria. padre João de Lemos. nem blasfemo De pagar a um Deus supremo Décimas que requer o poder divino. destas Memórias. (388) Ver tomo I. Sapato para todo o pé. Toda esta altercação termina assim. Borra esse teu retrato Não penses é excelente Causa riso a toda a gente Tratam-te com desacato: Chamam louco. 1733. Pedro da Silva.268 TOMO VII LEMOS Foste um louco mentecapto Fizeste uma grande asneira: Querias pela dianteira A todo o mundo iludir E não pudeste encobrir Os defeitos da traseira. Se você ‘sô’ mentecapto Por quatro vinténs comprasse Um espelho em que mirasse Da sua cabeça o caco: Veria que o seu retrato Era uma árvore sem pé. no dito manuscrito: «Fim da contenda e analyse do homem que prevê futuros e que quer arrogar tanta espiritualidade que todos lhe denegam». que estava na praça de Almeida em 1810 quando da terrível explosão (388). José no seu doutoramento.° 24. Cozinha sem chaminé Fidalgo sem ter brasão Cavalheiro de leilão. (389) Sumário da Biblioteca Lusitana. mentecapto Ao pintor de tal asneira: Como caiu nesta tonteira Isto é próprio de rapaz Ser o diabo por trás Anjo pela dianteira. LEMOS (Manuel Parreira de) – Natural de S. etc. LEMOS (Luís Manuel de) – Alferes de infantaria n. p. 165. Escreveu: Epítome do Triunfo Teológico do Infante D. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Évora. Fólio (389). Jesus Cristo em 6 de Novembro de 1862. Sendo exonerado. 1877. onde obteve as melhores classificações. filho de António de Vasconcelos Pinto de Lemos e de D. casou em 10 de Setembro de (390) Ver tomo VI. Comendador da Real Ordem Militar de N. do Jornal do Porto. p. LIMA (Francisco José Ferreira) – Negociante de Bragança. S. nascido em Vila Flor em 1602 (391). 1907. mais uma de conclusões e uma de erratas (inumeradas). formou-se em direito. Tip.° de 15 págs. tomo I. Governador civil de Viseu por decreto de Agosto de 1868 e de Braga por outro decreto de Novembro do ano seguinte. destas Memórias. de governador civil do distrito de Bragança Adriano José de Carvalho e Melo. em 1851. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . p.° de 134 págs. que se distinguiu nas lutas contra os franceses em 1808 (392).LEMOS | LEVITA | LIMA 269 TOMO VII LEMOS (Mário Miler Pinto de) – Doutor pelo Instituto de Agronomia. deixou em grande parte preparado o trabalho seguinte: Relatório apresentado à Junta Geral do Distrito de Bragança na sessão ordinária de 19 de Fevereiro de 1877 pelo conselheiro secretário-geral servindo de governador civil Henrique José Ferreira Lima. em Janeiro de 1877. natural de Vila Flor. tomo V. p. (391) Ibidem. 4. antigo deputado e governador civil do distrito de Bragança por decreto de 8 de Agosto de 1861. de que tomou posse no dia 7. bem como em 1870 a pasta da Justiça. (392) Ibidem. 509 e 731. secretário-geral do distrito de Bragança. Escreveu: As Culturas da Vilariça – Dissertação inaugural apresentada ao conselho do Instituto de Agronomia. Nomeado segunda vez por decreto de 2 de Setembro de 1870. Sofia de Magalhães Miler (390). Em 1868 foi-lhe oferecido o governo civil do Porto. sendo-lhe a 13 de Janeiro de 1869 conferido o título do Conselho. 8. LEVITA (Aarão) – Notável escritor judeu. LIMA (Jerónimo Barbosa de Abreu e) – Conselheiro. de que tomou posse a 1 de Outubro seguinte. em África em 1913. como agrónomo. 131. e 34 (inumeradas) de documentos. Lisboa. que rejeitou. Porto. Por outro decreto de 12 de Agosto de 1863 foi transferido para idêntico cargo no de Vila Real. XCII. contendo espécies interessantes referentes ao formoso vale da Vilariça. É um trabalho de interesse regional. LIMA (Henrique José Ferreira) – Conselheiro. Nasceu em Alijó a 29 de Outubro de 1825. Nasceu a 17 de Julho de 1880 e faleceu. e no Seminário Diocesano de Bragança. Tem paroquiado as freguesias de Souto da Velha.270 TOMO VII LIMA | LOBÃO | LOBO 1863 com D. Pelos anos de 1919 residia em Lisboa. antigo seminário diocesano junto à Sé. Imprensa da Universidade. natural de Curopos. Nasceu em Curopos. foi director dos periódicos escolares Pirilampo e Meio-Dia e colaborou na Gazeta de Bragança e em algumas revistas literárias. Francisco Miranda Catalão. concelho de Vinhais. tomo III. onde actualmente se encontra. e 112 (inumeradas) de documentos. Corre dele impresso: Relatório apresentado à Junta Geral do Distrito de Bragança na sessão ordinária de 1 Dezembro de 1870. 1903. concelho de Moncorvo. no concelho de Mirandela. 695 destas Memórias. referente ao dia 13 de Junho. 515. onde se tornou notável por feitos militares. a 18 de Fevereiro de 1864. Leonel de Lima era de nobre família. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . LOBO (Francisco Miranda da Costa) – Conde de Costa Lobo em 2 de Fevereiro de 1926. filho de Justino Benedito Gaspar Lima e de D. (394) Sumário da Biblioteca Lusitana. onde brilhou pelas suas virtudes (393). da casa de Alvites. Horta. Escreveu: Miscelânea florida do Parnaso. Jorge – Hagiológio Lusitano. Tip. Em 1880. LIMA (Padre Maximiano César Gaspar) – Nasceu na Cardanha. onde tomou parte preponderante em alguns movimentos políticos. perfilhou. Fólio de 35 págs. Fez os estudos preparatórios na Casa Apostólica em Guimarães. Escreveu: Sermão da Soledade. Foi em 1561 que os jesuítas tomaram posse do colégio. residente em Coimbra. Gozos de Algoso – Comédia. LIMA (Leonel de) – Fundador e primeiro reitor do colégio dos jesuítas em Bragança. lente de matemática na Universidade de Coimbra e director do Observatório Astronómico da mesma. Adélia Pereira Cabral. pregado na Sé Catedral de Bragança. hoje Liceu Nacional. No assento de baptismo aparece só com o nome de Francisco Manuel. Bragança. Coimbra. a 22 de Outubro de 1879. junta(393) CARDOSO. Abreiro e Cortiços. Ferreira Soeiro. recebendo ordens de presbítero em 1904. militou na Índia. construído anos antes para freiras claras. Ver tomo VI pág. Umbelina dos Reis da Silveira. filho ilegítimo de Teresa da Assunção Quintela. natural de Bragança. professando depois na Ordem de Santo Inácio. dirigida pelos jesuítas. e El cazador del Cielo San Eustachio – Comédia (394). bem como neste o curso teológico. LOBÃO (Estácio Carneiro de) – Natural de Moncorvo. 1871. p. 1885. Militou no partido progressista. etc. passando por isso para a arma de infantaria. Francisco M. e requereu à autoridade eclesiástica de Bragança para lhe lavrar novo assento nos livros do registo paroquial de Curopos com o nome de Francisco Miranda da Costa Lobo. Escreveu: Resolução das equações indeterminadas. 8. destas Memórias e. cursos que concluiu em 1884. matriculou-se em 1879 nas faculdades de filosofia e matemática da Universidade de Coimbra. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .° e actualmente 1. tendo sido também chamado para o curso de engenharia militar. natural de Bragança [ver o tomo VI. 1 folheto 8. Foi 3. havido quando ele. Coimbra. não seguiu aquele curso. Imprensa da Universidade. catedratico de la Universidad y presidente del Instituto de Coimbra. foi encarregado da regência duma cadeira. governador civil substituto (mas quase sempre em exercício) do mesmo distrito desde 1887 a 1890. Coimbra. Rita Maria Teresa de Oliveira da Costa Lobo. o que lhe foi concedido e se encontra no respectivo livro referente ao ano de 1880.mo e Il. Imprensa da Universidade. Foi procurador à Junta Geral do Distrito de Coimbra em 1886.LOBO 271 TOMO VII mente com Teresa da Assunção Quintela. e resolução de algumas equações de congruência e indeterminadas. Francisco Miranda da Costa Lobo fez exame de instrução primária em Bragança. 1918. 1885. mas. vindo.° de Marzo de 1918 (da Real Academia de Jurisprudencia y Legislación de Madrid).°. presidente do Instituto. pág. depois 2. neste volume. como consta dos respectivos processos existentes no Museu Regional de Bragança.mo Sr. o artigo Costa (André Dias de Oliveira da)]. Marcos António Miranda e seu filho Francisco Miranda Catalão. receberam ainda ordens menores. que também assinava Francisco Miranda Cabral Oliveira Catalão. neto paterno de Marcos António Miranda e de D. cadeira que ainda hoje rege. Catalão. Madrid.° Tese de matemáticas puras e aplicadas. aos quinze anos de idade. como fosse indicado para lente. o referido Francisco Manuel. Em 1893 foi despachado catedrático de astronomia. D. a ser filho de Francisco Miranda Catalão e de Teresa da Assunção Quintela.° astrónomo do Observatório de Coimbra. vogal da comissão distrital nos anos de 1901 até 1907. 624. residia em Vinhais. leida em la sesion de 1. 1 folheto 8. da Costa Lobo. deputado na legislatura de 1905 e 1906.° de 37 págs. e materno de António Gonçalves Quintela e de Maria Marcelina. Pouco depois do acto de licenciado. portanto. e concluídos os preparatórios em Leiria. em 7 de Janeiro de 1885.° Nuevas teorias fisicas y sua correlación con los fenómenos biológicos y sociales – Conferencia del Ex. 1922. director do Observatório. que muito se distinguiu nas lutas contra os franceses. 1928. O prestígio das descobertas realizadas pelas nações hispânicas e especialmente dos portugueses em Ceilão – Conferencia del Excmo. Conde da Costa Lobo em sesion publica de la Real Sociedad Geografica de Madrid. Nasceu em Argozelo. Devemos advertir que a povoação de Outeiro em que se fala na pág. 1928.. Le culte de la nationalité sous l’égide chrétienne. Fez os estudos liceais em Bragança e Braga e os da especialidade em Lisboa na escola citada. Coimbra. 8. lente da mesma e inspector sanitário da Câmara Municipal de Lisboa. como por lapso aí se escreveu.° de 16 págs. mas sim Otero em Espanha. 161 e 169. publicados pelo director. Conferência realizada no congresso de Valladolid da Associação Espanhola para o Progresso das Ciências em 22 de Outubro de 1915. 1916. concelho do Vimioso.. 8. a 6 de Janeiro de 1894. Madrid. LOBO (Francisco Teixeira) – Capitão do exército. conduit l’humanité a la perfection donc au bonheur.. de 31 págs.° gr. que foi impresso em 1919. com prefácio do visconde de Rochefort. Coimbra. Alguns resultados obtidos com as observações especto-heliográficas feitas nos anos de 1926 a 1927.° de 27 págs. filho de Francisco Inácio Lopes e de D. Coimbra. O doutor Costa Lobo tem representado Portugal e a Universidade de Coimbra em diversos congressos científicos internacionais. Atmosferas e temperaturas astrais – Novas bases para a física geral. celebrada el dia 30 de Enero de 1928. depois de um honrosíssimo relatório assinado por Sclangou. onde terminou o curso em 1917. págs. Imprensa da Universidade. 160.. Le problème mondial et l’action du Portugal. com 6 fotogravuras. 159.° gr. 8. porém. 160 não é a deste nome no concelho de Bragança. Tem no fim apenas a indicação «Casa Tipográfica. 1928. perto de Monboy. Sabe-se. Coelho de Carvalho. com ilustrações. Coimbra. de 34 págs. Conferência. destas Memórias. Sr. Maria Rita Pires Peito.mo Sr. 8. a Academia Francesa concedeu-lhe em 1926 a medalha Janssen e a Universidade de Estrasburgo em 1929 o título de doutor honoris causa. Ver tomo I. que está indigitado para dirigir o Observatório de Paris. 8.. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 8.° de 365 págs.272 TOMO VII LOBO | LOPES Porque não assinei o manifesto que condena em termos violentos o Reitor Ex. sábio eminente. O ilustre bragançano tem colaborado em diversos jornais e revistas nacionais e estrangeiras e especialmente no Instituto e nas Efemérides [3]. Dr.° de 10 págs. LOPES (Augusto Abreu) – Doutor pela Escola Superior de Medicina Veterinária. Coimbra». ª instância. Maria Rita Nogueira. 8. Relativamente aos magistrados judiciais. vitimado por uma cirrose no fígado. irmão do doutor em direito José António Lopes. Em 1847 havia-se alistado no batalhão académico. onde terminou o curso em 1848. Mais tarde foi nomeado auditor dos conselhos de guerra e depois delegado do ministério público em diversas comarcas. às 8 horas da noite do dia 25 de Outubro de 1906. a 5 de Maio de 1825 e faleceu em Lisboa. onde se publicam as listas de todos os juízes e delegados. Era doutor em direito pela Universidade de Coimbra. juiz do Supremo Tribunal de Justiça e conselheiro de Estado. 8. já falecido. Nasceu em Outeiro. 1919. 49. Sendo promovido a juiz de 2. deputado em várias legislaturas pelo mesmo distrito e par do reino nomeado em Maio de 1906. foi colocado na Relação dos Açores por decreto de 31 de Outubro de 1889. sendo filho de João António Lopes e de D. presidente da mesma Relação por decreto de 28 de Fevereiro de 1891. 93 págs. ao tempo da sua morte presidente da câmara dos deputados (396). concelho de Bragança. e de D. (396) O doutor Firmino Lopes tem biografia no Portugal – Dicionário histórico. apresentou uma tese sobre a Orientação da criação porcina. artigo «Lopes». Lisboa. é útil ver os números do Diário do Governo de 25 de Fevereiro de 1857. transferido para a Relação de Lisboa por decreto de 17 de Outubro seguinte. na sua residência à rua do Prior. de Argozelo. onde se encontram notícias referentes a todos os magistrados judiciais do país existentes ao tempo. Lisboa. 15 de Janeiro de 1892 e 30 de Agosto de 1902. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Distomia do parasmipático – Tese de concurso para professor da Escola Superior de Medicina Veterinária.° de 48 págs. Maria Antónia Machado. LOPES (Domingos António) – Doutor em medicina pela Faculdade de Lisboa. Era sogro do doutor Tomás Pizarro. de Outeiro. Por decreto de 16 de Janeiro de 1890 fora nomeado governador civil de Bragança e exonerado por outro de 30 de Julho seguinte. Escreveu: O leite – Tese de doutoramento. com alguns dados biográficos. 1924.° de 82 págs. Lisboa.LOPES 273 TOMO VII Escreveu: Sobre os arietinos no distrito de Bragança – Dissertação inaugural. Filho de Joaquim José Lopes. LOPES (Firmino João) – Par do reino. nasceu em Carção a 20 de Março de 1872. (395) Veja-se o Diário do Governo de 20 de Outubro de 1902. No Congresso Nacional de Pecuária. vice-presidente da mesma por decreto de 12 de Junho de 1901 e presidente por decreto de 17 de Agosto do mesmo ano (395). 1909. realizado em Lisboa em Abril de 1928. Agenda Brigantina.274 TOMO VII LOPES Ver os artigos Silva (João Gonçalves Oliveira da) e Pessanha (José Benedito de Almeida). Brigantino. neste volume. porque o bispo D.° gr. os artigos Manuela e Vaz (Domingas de Jesus) e tomo II. concelho de Bragança. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Coimbra. e operações extraordinárias.ª lista. Lisboa. 8. por quem era muito considerado. Tem colaborado em prosa e verso (assinando o seu nome e os pseudónimos de «Mirapsal». cargos em que pouco se demorou. António da Veiga. «Armindo Lesseps». com o fim de estabelecerem no Grémio da Igreja Católica uma associação singular. Coimbra. 91. recebendo a ordem de presbítero em 1895. destas Memórias. recebendo ordens de missa em 1788. a 29 de Novembro de 1764. Foi sucessivamente pároco nas freguesias de São Martinho de Angueira. escritura e história eclesiástica em 1818 no Seminário Diocesano de Bragança. 1813. também de Argozelo. fólio de 39 págs. 1927. como se vê do seguinte opúsculo: Sentença contra João Rodrigues Lopes. Carção e Argozelo. LOPES (Padre João Rodrigues) – Nasceu em São Julião. filho de Luciano Manuel Lopes e de D. Pinelo. servindo também de arcipreste do ramo do Vimioso e de representante do clero do mesmo concelho na assembleia geral do clero paroquial reunida em Braga em 1905. São importantes estas publicações. 2. Maria de Deus Pires Miranda. Ver. de 24 págs. Julião. de 29 págs. «Adozindo» e «Laura Celeste») no Recreio. «Mário Aldino». Fez os estudos preparatórios no liceu de Bragança e o curso teológico no seminário diocesano da mesma cidade. presbítero secular do bispado de Bragança. onde nasceu a 21 de Dezembro de 1872. morreu logo e o ódio à sua memória nem os seus amigos poupou. neto paterno de Januário Rodrigues e de Maria Brás e materno de João Lopes e de Catarina Branco. 1928. reitor do mesmo e governador da diocese com mais dois colegas em 1819. 8. É uma separata do Boletim da Sociedade Broteriana. Idem. pelo crime: propagador e fautor de um sistema visionário fundado em êxtases. por mencionarem espécies desconhecidas na flora portuguesa encontradas no nosso distrito. Escreveu: A flora do concelho do Vimioso. Era filho de João Rodrigues e de Maria Lopes. todos de S. Nordeste. na última das quais se colou em 1909.° gr. pág. Norte Trasmontano e Trás-os-Montes e tem em preparação uma monografia sobre o concelho do Vimioso e em manuscrito várias exortações e sermões que tem pregado. concelho do Vimioso. Foi professor de teologia moral. LOPES (José Manuel Miranda) – Natural e prior de Argozelo. Na oficina de António Rodrigues Galhardo. nome de baptismo. ou Adolfo Norberto de Morais Carvalho Lopes. Filha de Lázaro – Drama rústico em três actos. Antero de Figueiredo comenta nas Jornadas em Portugal.° de 97 págs. de Francisco Vaz. pág. Nasceu no Vimioso a 30 de Setembro de 1900. trabalha na de Reinaldo de Montalvão. apesar dos seus setenta e oito anos. nascido em Argozelo a 8 de Outubro de 1850. Saiu na Novela Sucesso correspondente a Maio de 1923. 8.° pequeno de 254 págs. concelho do Vimioso. escrito de colaboração com Chianca de Garcia. 558 e 571. LOPES (Manuel Maria) – Doutor em medicina pela Escola Médica do Porto. sem indicar ano de impressão. A cruz de brilhantes (opúsculo). de A Última Hora (de que foi um dos fundadores) e do Diário de Lisboa. Isabel Maria Alves. escrivão do juízo de direito. e uma de registo. LOPES (Norberto) – Nome literário. 1921. cultiva o teatro popular e é autor do manuscrito a Famosa comédia dos doze Pares de França. entusiasticamente recebido pela imprensa. Separata da Revista de Teatro. com um prefácio e autógrafo de Gago Coutinho. presidente do Sindicato dos Profissionais da Imprensa de Lisboa. 147. concelho de Miranda do Douro. mas provavelmente 1923. e de D. onde se encontra à data em que escrevemos estas notas. Porto. representada várias vezes com grande êxito. filho de António Joaquim Lopes e de D. filho de Manuel Lopes e de D. Porto. p.ª clínica médica) – Tese de doutoramento apresentada à Faculdade de Medicina do Porto. Fez os estudos liceais em Bragança e no Porto e os universitários em Lisboa. 8. Inocência da Natividade de Morais Carvalho. Pertenceu às redacções: do Século. Feliciana Rosa Lopes. representado na aldeia de Duas Igrejas. de A Imprensa de Lisboa. que foi de seus maiores (397).LOPES 275 TOMO VII Luciano Manuel Lopes. professor primário. pai do prior acima mencionado. 1919. destas Memórias. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . terminando o curso só em 1927 devido a várias interrupções como enviado especial do jornalismo ao estrangeiro (Brasil e África). passa-se no distrito de (397) Ver tomo VI. um auto da Paixão do Senhor. a 12 de Junho de 1894. da «nobre casa da Rapadoura». Nasceu em Carção. Escreveu: Púrpura hemorrágica num tuberculoso (trabalho da 2. A acção deste drama. eleito em 1926. de A Pátria. filho de José Augusto Lopes. Escreveu: Cruzeiro do Sul – Crónicas da travessia aérea do Atlântico. 1923. doutor em direito. e ainda hoje. Martim Afonso e Pero Esteves. Fernão Pires (398). Notícias Ilustrado e outros [4]. no ano seguinte entrou para a Escola do Exército. Descreve as impressões do autor quando da sua viagem a África... concelho do Mogadouro. LOPO (Albino dos Santos Pereira) – Coronel de infantaria. Paulo. onde a carta régia vem transcrita na íntegra. É condecorado com a medalha de cavaleiro de S. Corregedor ao tempo (em Moncorvo?) Fernão Gonçalves. El-rei D. recebendo neste posto tal distinção só inerente ao de capitão. do Rio de Janeiro. filho de João Baptista Hipólito e de D. juízes ordinários em Freixo. 78. a 1 de Outubro de 1881. LOPES (Pero) – Pedreiro. A Pátria. Estêvão Martins. Jornal de Notícias. assentou praça como voluntário no regimento de caçadores n. onde foi processado judicialmente por se intrometer no caso de Lourenço Álvares preso na vila por moedeiro falso (falsificara o cunho do tostão). onde concluiu o curso de infantaria em 1884.° 3. tabelião do judicial. que ficou patente na companhia que comandava pela maneira como havia instruído a mesma companhia. devendo especializar-se o louvor em ordem de divisão. frisando o amor fanático do lavrador trasmontano pelas terras que herdou de seus avós e pretende legar a seus filhos livres de hipoteca ou outros encargos. Lisboa. Bento de Avis. Mais vale andar no mar alto. e com a medalha de prata de comportamento exemplar. Manuel. onde fez melhoramentos importantes e deu grande desenvolvimento à instrução do tiro civil. Tem colaborado em O Primeiro de Janeiro. Domingo Ilustrado. pelos serviços distintos que prestou ainda em tenente. natural de Biscaia (Espanha). Estudou preparatórios nos liceus de Bragança e Braga. p. e tendo saído aspirante durante a frequência do curso em Agosto de 1885. No desempenho dos serviços militares tem sido por várias vezes louvado. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . tomo II. Dirigiu durante quatro anos a carreira de tiro da guarnição de Bragança. sendo o quinto classificado num concurso de quarenta e seis alunos. Veu de Catalunya. Folha da Noite. a quem apresentou razões justificativas. onde nasceu a 21 de Outubro de 1860. perdoou-lhe por carta de 10 de Dezembro de 1513. vereador da câmara. de Barcelona. (398) VITERBO.276 TOMO VII LOPES | LOPO Bragança. de S. 1925. Sousa – Dicionário dos Arquitectos…. foi promovido a alferes graduado e a efectivo a 22 de Dezembro do ano seguinte. Maria da Conceição Pereira Lopo. Natural dos Estevais. que em 1513 trabalhava na obra do castelo de Freixo de Espada à Cinta. estacionado em Bragança. como supomos. com vinte e seis estampas e quatro plantas. 2.° de 44 págs. gravado em placa de mármore.° 15. como indicámos no tomo VI. Nasceu na Torre de Dona Chama. em Bragança. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . concelho de Bragança. É uma colecção de artigos publicados em O Povo de Mirandela. dado a uma sala do actual Museu. que muitas vezes têm publicado o seu retrato.ª série. José Maria Pereira Lopo. 1900. Fez os estudos liceais em Bragança e Porto e os da especialidade em Coimbra. Foi o fundador do Museu Municipal de Bragança.. sendo por isso o seu nome. Os meus amores da quinta da Penha de Águia. de 12 de Agosto de 1903. Tem colaborado em O Arqueólogo Português. subinspector de saúde de Montemor-o-Novo. a 12 de Abril de 1862. destas Memórias. LOZADA (Pedro Ferreira de Sá Sarmento de) – Cavaleiro professo na Ordem de Cristo.os 3 e 4 de 1898-1899. mas natural do distrito de Bragança. foi um douto genealogista. São tantas as informações que devemos ao nosso antigo condiscípulo Rodrigues Loureiro e tão grata nos é a sua memória pela estima protectora dispensada à nossa caloirice na escola do Tio Rito [ver Rodrigues (Manuel)]. que sentimos especial prazer em fixar o seu nome nestas páginas. 1913. segundo se depreende da «Nota» inserta no fim do opúsculo.° de 114 págs. Escreveu: Bragança e Benquerença. nomeado inspector dos monumentos militares da circunscrição militar do Norte.LOPO | LOUREIRO | LOZADA 277 TOMO VII O ilustre militar é sócio da Sociedade de Geografia de Lisboa. pág. mas foi baptizado em Aveleda. junto ao rio Sabor em Bragança – «Em memória de seu bom tio Dr. É uma separata do Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa. hoje incorporado no Museu Regional. moço-fidalgo da casa real. 8. e à sua inteligente actividade deve aquele estabelecimento espécies de raro valor. Bragança. Tem colaborado em diferentes jornais de província. tendo obtido várias distinções e prémios pecuniários. cónego da Sé de Bragança – Saudosa homenagem do autor». tendo sido pela ordem do exército n. coronel do regimento de cavalaria de Almeida em Julho de 1779. 29. do Instituto de Coimbra e da Associação dos Arquitectos e Arqueólogos Portugueses. filho de Sebastião José Rodrigues e de D. 8. n. LOUREIRO (João Baptista Rodrigues) – Doutor em medicina pela Universidade de Coimbra. O Nordeste e Norte Transmontano. Ana Joaquina de Loureiro. Lisboa. concelho de Mirandela. dedicada a Nossa Senhora (do Rosário?). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . na igreja paroquial de Argozelo.º visconde de Barbacena comendador da comenda de São Julião [concelho de Bragança] em que entra a dita igreja e lhe fiz escritura nesta cidade de Bargança na nota do tabalião Luís Alves» (400).278 TOMO VII MACEDO | MACHADO M MACEDO (Paulo de Antas de) – Natural de Bragança. 721 e 768. tomo IV. MACHADO (Ambrósio Luís) – Há dele. Salamanca. natural do Mogadouro. (400) Museu Regional de Bragança. maço Obras. MACHADO (Francisco Xavier) – Assina a 14 de Maio de 1767 um recibo em que declara estar pago «da obra do retabolo que fis e asentei na igreja de Palacios a qual obra ajustei com Miguel de Novais procurador e rendeiro do Em. Anno reparatæ salutis 1748 e imprensa Salmantiçæ: ex officina Sanctæ Crucis. natural de S. destas Memórias. de Garcia Honorato. num véu de cálix. dedicada ao Santo Cristo de Outeiro (concelho de Bragança). Rita Josefa de Morais Carvalho Salazar. conselheiro. venerada em Argozelo. uma tese médica. p. Maria de Antas. O mesmo Machado fez em 1768 (a data do último pagamento é de 20 (399) Ver tomo VI. seda cor-de-rosa. e de D. filho de Manuel da Costa Carneiro e de D. uma das mais nobres famílias de Bragança. o brasão pontifício com as chaves e a tiara. no alto. A tese é envolvida por uma elegante cercadura e. Tip. Foi defendida na Universidade de Salamanca (?) die 4. acima citada. Martinho do Peso. Decemb. segunda vez por outro decreto de 6 de Fevereiro de 1878 e terceira por outro de 2 de Abril de 1881 (399). – Há dele uma tese «physico-medico-chyrurgicæ» impressa de frente em quatro planas. MACHADO (António Maria de Morais) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. concelho do Vimioso. onde também faleceu a 31 de Janeiro de 1889. Nasceu no Mogadouro a 18 de Agosto de 1835. 1744 (referente ao dia 9 de Julho). Está na igreja do Santo Cristo. seda cor-de-laranja. filho de António Vitorino de Morais Machado. por António Caetano de Sousa. defendida em Salamanca a 25 de Fevereiro de 1749. As suas grandes virtudes mereceram-lhe especial menção no Hagiológio Lusitano. impressa em véu de cálix. Foi governador civil do distrito de Bragança por decreto de 10 de Janeiro de 1877. Faleceu em 1679. Em 1788 arrematou o mesmo Francisco Machado por 80$000 réis a obra de talha da capela-mor e sacristia da igreja matriz de Paradinha Nova. tomo I. 269. concelho de Bragança (402). Nasceu em Bragança a 9 de Janeiro de 1864. justa por 90$000 réis. as quais serão lisas somente os capiteis entalhados. É provável. A coluna de fora despedirá com uma játa de fogo. como diz o documento respectivo): «Primeiramente se fará sobre o altar uma banqueta com suas quartelas nos lados do altar para receber. filho de Alfredo Augusto Ferreira (401) Museu Regional de Bragança. seus serafins. Sobre a banqueta assentará o banco e sobre este assentarão duas colunas de cada parte. O pilar de dentro passará em volta sobre a boca da tribuna. Tanto neste como nos demais documentos tirados deste maço foi por nós modernizada a ortografia. No meio do pilar de volta se fará uma reprisa de talha e desta nacerá uma targe de tala para cima. 203. MACHADO (João António) – Governador do forte de S. E farei esta obra por noventa mil reis – Francisco Xavier Machado». destas Memórias. João de Deus. Levará sobre as colunas o friso com sua arquitrave e cornija e nos bilhetes.MACHADO 279 TOMO VII de Outubro) o retábulo da igreja matriz de Carção. Em apêndice há mais o seguinte: «O retabulo hade assentar em seus pedestais de talha». maço Obras. que fosse natural de Veigas. Levará seu sacrário de targe bem feita com sua tala. Levará na boca da tribuna um pilar de talha com sua tenda. E mais se declara que o entalhador é natural do lugar de Veigas (401). Levará entre as colunas um painel liso. p. (402) Ver tomo IV. p. a julgar pelo que se diz a propósito de João Duarte Pinto. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . concelho do Vimioso. (403) Ibidem. de Bragança. em 1807 (403). Sobre o vilhote se fará uma empena de moldura lisa da qual nacem um recorte que vá receber uns quarteis que hão de topar no forro e fazer meio arremate. MACHADO (José Aurélio Dias Ferreira) – Capitão de infantaria. Levará outro pilar de tala ao pé da parede. em harmonia com as seguintes condições (apontamentos. anexa hoje de Quintela de Lampaças. Era natural da vila de Ovar. Ver tomo II. Nasceu em Moncorvo a 7 de Dezembro de 1894. Porto e Lisboa e depois o da Escola do Exército.º de XX-555 págs. saindo alferes em 1888. (405) SILVA. (404) Portugal: Dic. MADRE DE DEUS (Frei Faustino da) – Franciscano da província do Algarve. 1656. onde concluiu o curso em 1918. p. 190.. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Coimbra. Albina Augusta de Oliveira Dias. Coimbra. abade de Travassos no arcebispado de Braga e governador do bispado de Bragança por sua majestade imperial desde 1834 a 1836. Tem o curso de ginecologia do hospital Broca e o de cirurgia de rins e vias urinárias da Faculdade de Medicina de Paris. Professou no convento de Bragança em 1613.º gr. É cavaleiro da Ordem de Avis e condecorado com a medalha de exemplar comportamento. de 163 págs. histórico.280 TOMO VII MACHADO | MADEIRA | MADRE DE DEUS Machado e de D. 599 destas Memórias. Estudou o curso liceal em Braga. MADEIRA (Adérito Jaime Mendes) – Doutor em medicina pela Universidade de Coimbra. sobre o salmo «Beati immaculati in via». comarca de Guimarães. E tem em preparação: A flexibilidade da infantaria no combate. 8. arcediago da Sé Catedral de Viseu.º de 60 págs. e uma de índice. foi guardião no convento da ilha da Madeira. cónego secular de S. artigo «Machado (Rodrigo de Sousa)». Ignora-se a data do seu nascimento e morte. Escreveu: Primeira parte do florilégio espiritual. 4. p. Escreveu: Palestras no Regimento. Silvina Mendes. Foi director da carreira de tiro da guarnição de Bragança e das escolas regimentais de infantaria nº 10. 8. tomando assento na câmara a 7 de Maio (404). Escreveu: Tifo exantemático – Tese de doutoramento. João Evangelista. e tomo IV. e filho de Bernardo Machado.. Foi eleito quarto substituto pela província do Minho nas eleições para as cortes constituintes de 1821. Lisboa. MACHADO (Rodrigo de Sousa) – Lente de teologia na Universidade de Coimbra. Inocêncio Francisco da – Dicionário Bibliográfico. I – «Psicologia criminal». filho de António José Madeira e de D. 1918. distrito de Aveiro. aplicado à perfeição da vida religiosa. onde se doutorou em 23 de Janeiro de 1820. Este livro é estimado pela sua boa linguagem e raro (405). colhido da doutrina dos santos padres. II – «Instrução e educação» (1908). tendo feito os estudos liceais no Porto. Era natural de Guias. etc. que concluiu em 1886. Porto. 89 e 483. foi um dos mais devotados apóstolos da instrução portuguesa. que pastoreou no resto da vida. arcebispo de Braga. chegando mesmo a ser preso e desterrado para o Buçaco em 1823. p. distrito do Porto. Filho do doutor em medicina Aires de Madureira. Ver também tomo VI. Porto. Foi eleito bispo de S. nasceu em Moncorvo a 8 de Maio de 1739 e faleceu em Braga a 20 de Agosto de 1827. em 1825 e faleceu no Porto a 4 de Agosto de 1900. e forma com Castilho e João de Deus a tríplice relíquia dos nossos pedagogistas contemporâneos. onde se aponta a bibliografia respeitante a este prelado. como geralmente era conhecido. reitor do Seminário de S. Nomeou seu coadjutor o chantre José Vaz. dedicado amigo das creanças e fervoroso apostolo da instrucção portuguesa». (406) ALMEIDA. a pedido dos moradores de Arcozelo.MADRE DE DEUS | MADUREIRA 281 TOMO VII MADRE DE DEUS (Frei Miguel da) – Franciscano. em coval razo. que esteve nas prisões de Elvas por liberal. 1884. O abade de Arcozelo. Paulo a 3 de Julho de 1791. Em 17 de Dezembro de 1813 foi eleito arcebispo de Braga. concelho de Alfândega da Fé. nasceu em Agrobom. Concluído o curso teológico no Seminário Diocesano do Porto e ordenado de presbítero. contendo diversas apreciações. Dirigiu gratuitamente durante doze anos a aula nocturna «Vasco da Gama». a enterrar a esta freguesia. Escreveu: As conferências pedagógicas no Porto presididas pelo Sr. indo o seu cadáver. Paulo. que foi confirmado por Pio VII com o título de bispo de Carres (406). sendo limitada a sua acção episcopal em razão da avançada idade e das perturbações políticas que então houve. renunciando por isso a mitra em 1793. Simões Lopes. destas Memórias. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . «em cujo cemiterio jaz esquecido. 711. a cujo desenvolvimento sacrificou tudo quanto adquiriu. mas não chegou a ir para a diocese por falta de saúde. História dos métodos de ensino da linguagem em Portugal desde Castilho e confronto destes com o Alfabeto natural. parte IV. 1886. sem o menor signal que indique que repousam alli os restos d’um bom padre. Fortunato de – História da Igreja em Portugal. bispo de S. MADUREIRA (Cândido José Aires de) – Abade de Arcozelo. muito frequentada por adultos. inspector. em 1883. Pedro e provisor do arcebispado. foi em 1857 provido na freguesia de Custóias e em Junho de 1860 na de Arcozelo. concelho de Vila Nova de Gaia. tomo IV. onde esteve dois meses. p. sup. Rosário e Conceição. MAGALHÃES (António Pinto de) – Doutor em cânones. 1761. Anno Domini. defendida no quinto ano do seu curso. os Du Bois-Reymond.282 TOMO VII MADUREIRA | MAGALHÃES Alfabeto natural baseado nos trabalhos de Chavée e Baudry. O Abade de Arcozelo e o público. Pertence à (407) DEUSDADO. impressa em três planas. impressa em véu de cálix. intuitiva. apezar de condemnadas pelo conjunto dos conhecimentos actuaes. Método de leitura e escrita pelo Alfabeto natural. n’ellas aprenderiam os menos sabedores como as sciencias modernas tem encontrado a chave de tantos mysterios. dedicada a Maria Santíssima sob os títulos de Senhoras da Piedade. 8. os Muller. Ludovici Seco Ferreira. Conimbricæ. p. servindo de véu de cálix. Escreveu mais: Um segundo livro de leitura e quadros parietais (407). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . são ainda hoje moeda corrente nas nossas escolas primarias». seda branca. 266): «Esse abbade. dedicada a Nossas Senhoras do Rosário. e trata de apropriar os preceitos descobertos pela physiologia e psychologia da voz e da palavra.º MADUREIRA (Francisco Aires) – Doutor em cânones. onde um editor ofereceu a seu autor soma importante pela propriedade literária dele. A propósito deste trabalho. Há dele uma tese de direito canónico. os Dietz. Cum facult. dizia o doutor Augusto Rocha. os Helmotz. Há dele uma tese de direito canónico.ª é de 1893. em logar de dedicar-se á pacifica exploração lucrativa do pé d’altar e mais achegas ecclesiasticas. que. pratica apostolicamente as palavras de Christo – deixai vir a mim as creancinhas. Quizeramos ter espaço para transcrever as ultimas páginas do folheto. da Conceição e das Neves. menos ingenuo e iluminado. pág. a 6. Anno Domini 1752 seperiorum pez. Ex Tip. Estuda com amor e intelligencia os grandes mestres da linguagem. Este método propagou-se muito pelo Brasil. proseguindo sob um ponto de vista. Este método teve seis grandes edições. lente de medicina na Universidade de Coimbra (na Coimbra Médica. o problema pedagogico do ensino infantil. defendida no quinto ano do seu curso. que nossos paes quizeram resolver por artes. em três planas. Manuel Ferreira – Educadores portugueses. pela linguistica. 477. para assentar em bases solidas as regras de uma pedagogia facil. Conimbricæ Ex Novo Typografiæ Academico-Regie. processo organo-fonético-fisiológico-legográfico. racional e fecunda. Porto. Conta várias edições. O abbade pertence á pleiade veneravel de Castilho e João de Deus. 1883. de seda roxa. os Whitney. freguesia de Pinhal. Foi depois cursar na Universidade de Coimbra a faculdade de cânones. e tomo VI. autor das Notabilidades antigas e modernas da vila de Ansiães. tomando o grau de bacharel em 25 de Março de 1740 e formando-se em 16 de Maio do mesmo ano (409). 183 v. «Depois de ter sido homem da Governança. destas Memórias. concelho de Moncorvo.. devido à gentileza do pároco de Parambos. e hum alqueire de cevada por dia para o cavallo por Alvará de 26 de Julho de 1723 que se lhe assentou em 30 de Julho se rezolveo a ordenar-se de clerigo». com 300 reis mais de moradia por mez. reverendo José Joaquim.º haver feito mercê de o tomar por escudeiro fidalgo de sua Caza. que muito se distinguiu pela benemerência durante a epidemia que atacou a sua freguesia. destas Memórias. escudeiro-fidalgo da casa real e elevado a cavaleiro-fidalgo por alvará de 10 de Maio de 1723. e de El-Rey Nosso Senhor Dom João o 5. Nasceu em Parambos e aí foi baptizado a 2 de Maio de 1692 (ignoramos o dia. sua terra natal. fol. 229. que concluiu a 9 de Abril de 1739.MAGALHÃES 283 TOMO VII colecção do ilustrado abade de Carviçais. filho de António de Magalhães e Sousa. que diz ser António Magalhães natural de Cabeça de Mouro. cantando a primeira solene a 17 de Janeiro do ano seguinte. natural de Parambos. p. com moradia de 450 por mez. Recebeu ordens de missa a 22 de Dezembro de 1731. Desde 26 de Outubro de 1743 foi pároco encomendado de Parambos. (408) Ver tomo I. que faleceu em Marzagão a 7 de Janeiro de 1739. reverendo José Augusto Tavares. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . natural de Brunhedo. tomo I. Era irmão de Manuel de Morais Magalhães Borges. que faleceu também em Marzagão a 16 de Março de 1730. em que se havia colado como reitor (410). lê-se que a formatura foi a 14 de Maio e não a 16. 289. p. Maria de Morais de Mesquita. (410) Livro genealógico primeiro e segundo tomos. abade de Ansiães. e o haver acrescentado a cavalleiro fidalgo. mês e ano do nascimento). MAGALHÃES (Padre António Pereira Pinto de) – Reitor dos Pereiros. na carta de formatura que vimos em pergaminho. (409) Porém. e de D. MAGALHÃES (António de Sousa Pinto e) – Autor das Memórias de Ansiães de colaboração com o padre João Pinto de Morais. concelho de Carrazeda de Ansiães. sendo por isso condecorado pelo governo em 1868 (408). e em 25 de Agosto de 1753 tomou posse da igreja de Marzagão. ano 1804. senhora que foi de Chacim. da mesma vila. e o dito António Gomes. remetidas nesse tempo à mesma Academia. onde se transcreve uma larga memória que desses estudos deixou. número 222. no 2. de Belver. Estão no fólio 149. assim constituído: escudo esquartelado: no 1. Este escudo está reproduzido em gravura a pág. Estas últimas têm por título: «Descripção da villa de Freixo de Espada á Cinta e cousas mais notaveis della e seu distrito». filha de Álvaro Cide de Morais. e de D.º quartel as armas dos Magalhães (que são. (411) Ver tomo VI. vê-se do Livro Genealógico. Moncorvo.º. em campo de prata. descendente de Alda Nunes. de Candoso. e de D. também de Roios. no 3.º. e materno de António Pinto de Magalhães e de Antónia Gomes. de Roios. terceiro neto de D. destas Memórias. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . uma cruz de ouro florida e vazia de campo). no 1. p. sendo esta irmã de D.º e 3. O original está na Biblioteca Nacional de Lisboa. de Vila Flor. natural do referido concelho. Engrácia de Magalhães. e é idêntico a outro existente em Roios. abade de Rebordelo (411). irmão do primeiro capitão-mor de Vila Flor Francisco Cide de Morais. concelho de Carrazeda de Ansiães.. e materno de António Gomes. de Vila Flor. instituidora do morgado de Marzagão. vol. no 2. que teve carta de nobreza e brasão de armas a 29 de Setembro de 1755. I. 773 do mesmo vol. encontram-se notícias relativas a Ansiães. concelho de Vila Flor filho de Mateus Lopes. concelho de Vila Flor. e estes. sob o nº 66.º e 4. fólio 203 v. pelo menos os respeitantes à sua família. bisneto paterno de Gonçalo Pinto. fólio 180. de Vilarinho da Castanheira. 108. MAGALHÃES (João Caetano de) – Morador em Roios. 761 do volume VI destas Memórias. em campo azul. No mesmo códice. por varonia. um pinheiro de sua cor. Ver pág.º as dos Mesquitas e no 4. enviadas pela respectiva Camara á Real Academia Portugueza». moradores em Roios. de Mondim. que é uma colecção de diversas memórias. códice A-6-8. de onde descendem os Mesquitas de Guimarães e Vila Real. filha de Álvaro de Mesquita. e de Isabel Rodrigues. Maria de Magalhães. Escreveu mais: Notícias da vila de Alfarela. descendentes de António Guedes Pinto.º as dos Lopes. Vila Flor e Freixo de Espada à Cinta. Contém as notícias mandadas em 1721 à Academia Portuguesa. Leonor Pinto Machado.284 TOMO VII MAGALHÃES Que António de Sousa Pinto e Magalhães também se dedicava a estudos genealógicos.º quartel as armas dos Pintos. e de Maria Jácome de Magalhães. senhor que foi de Ferreiros de Tendais. neto paterno de Bartolomeu Lopes. Maria Fernanda de Mesquita. Neste mesmo fólio se fala num livro genealógico que da sua família deixou o padre Baltasar de Seixas Pinto. Estão no fólio 207 da colecção. e as anteriores intitulam-se: «Noticias de Villa Flôr. como usa frequentemente nos trabalhos literários – General. mas é de 1884). MAGALHÃES (Júlio César Garcia de) ou somente Júlio de Magalhães. Carolina Augusta Garcia. Como coronel fez parte do júri para exames de candidatos a majores. pelo que foi elogiado numa portaria inserta na ordem do exército nº 11 de 1898. comandante da referida divisão. e mais tarde também condecorado com a Torre e Espada. 8. Tem colaborado nos seguintes jornais: Grinalda. do Valor. de Viseu. do Porto.º grande de 80 págs. e elaborar um projecto de regulamento dos serviços do exército e o regulamento geral dos mesmos serviços. sendo furriel do batalhão de caçadores nº 3 e fazendo parte da divisão auxiliar à Espanha. e durante esse tempo publicou. pelo «seu brioso comportamento e relevantes serviços» na acção de Braga a 20 de Dezembro de 1846) e de D. o Anuário da Escola do Exército. Viriato. Escreveu: Anotações à lei das armas defesas. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . durante a guerra franco-prussiana a crónica estrangeira. Lealdade e Mérito. Lisboa (sem data. Lista geral de antiguidades dos oficiais e empregados civis do exército. Jornal do Domingo e Revolução de Setembro. Manuscrito (412). Escreveu: Álbum de anedotas – Revistas.MAGALHÃES 285 TOMO VII MAGALHÃES (José da Costa) – Natural de Moncorvo.. em anos sucessivos. (412) Sumário da Biblioteca Lusitana. etc.º de 318 págs. foi condecorado pelo governo espanhol com a cruz de Isabel II pelos feitos heróicos praticados no combate de Arlaban a 9 de Maio de 1837. no impedimento de Luciano Cordeiro. onde teve a seu cargo. Fez os estudos liceais em Bragança e Lisboa e os da especialidade no Porto. traduzidas e coleccionadas por. decretada em 2 de Março de 1911.. recebendo a respectiva medalha mesmo no campo de batalha pela mão do general conde das Antas. e 20 gravuras. sendo tenente do mesmo batalhão.os 19 de 1911. 1885. onde concluiu o curso da Academia Politécnica em 1861. e como general foi nomeado presidente de várias comissões encarregadas dos seguintes trabalhos: formular o regulamento para a lei do recrutamento. Lisboa. Nasceu em Bragança a 24 de Março de 1845. por algum tempo. 7 de 1912 e 23 de 1913. redactor efectivo daquela secção. Estes trabalhos mereceram-lhe louvores em portarias publicadas nas ordens do exército n. Foi secretário da Escola do Exército (hoje Escola Militar) por decreto de 4 de Novembro de 1885. filho do valente general Manuel Maria de Magalhães (o qual. referida a 31 de Dezembro de 1884. 8. 2 vols. por Xavier de Montepin. 2 vols. O homem de gelo. 6 vols. com 45 figuras explicativas de texto. 6 vols. por Ponson du Terrail.. fundado pelo doutor Miguel Herrera Leitão. 5 vols. A mulher do saltimbanco. Cem mil francos de recompensa. Inocêncio – Dicionário Bibliográfico. etc. mãe do autor. en la nobleza de las dos provincias de Traslosmontes y Beira». A mulher fatal. por Henri Rochefort. e de D. 3 vols. Escreveu em 1687 um livro com o seguinte título. por Xavier de Montepin. Lisboa.º de IV-160 págs. corregedor de Coimbra. e este de D. Os lobos de Paris. por Jules Lermina. e Sumário da Biblioteca Lusitana. artigo «Botelho de Magalhães». por Paul Saunière. 6 vols. O rei dos mendigos. 5 vols. 2 vols. 1 vol. pelo mesmo. 1 vol. por Xavier de Montepin. O sem ventura. M. pelo doutor G. O fiacre nº 13. por Paul Feval. Os companheiros da guitarra. por Hector Malot. 6 vols. Schreber (tradução da décima quinta edição alemã). por Fortuné de Boisgobey. era herdeira do morgado da Torrincha. 6 vols. natural de Mondim). por Walter Scott. sem acesso. As mulheres de bronze. mãe do autor. conde de Benavente.286 TOMO VII MAGALHÃES Relação dos oficiais e empregados civis do exército. 1885. idem. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 2 vols. A Aventureira. que ficou manuscrito: Documentos de la cavallaria – Divididos em 14 documentos dedicados «al Excellentissimo Senhor D. Tem também publicado várias traduções de romances. Os comunistas no exílio. natural de Moncorvo. «por dispozicion del destino y decreto de la providencia es una de las principales personas. médica e higiénica. 8. como: Um crime da mocidade. 1880. por Emile Richebourg. Luísa Herrera (como ele escreve) de Sá. D.. Natural de Moncorvo. por Ponson du Terrail. Grande de España. Mistérios de uma herança. Ginástica doméstica. cavalleiro del Tuson». por George Sand. (414) Portugal: Dicionário histórico. Padres e Beatos. etc. idem. Crimes de uma associação secreta. (413) SILVA. 6 vols. MAGALHÃES (Luís Botelho de) – Tenente de couraça da guarda do marquês de Távora. Quintino Durward. Foi muito dado à poesia e compôs vários versos sérios e jocosos. Luísa. Luísa Ferreira de Sá. tomo XIII. As doidas em Paris. (413).º de 12 págs. 4. como ele próprio escreve nos citados Documentos. Francisco Affonso Pimentel. filho de Luís Botelho de Sequeira (juiz dos órfãos de Moncorvo. 2 vols. 3 vols. 2 vols. Amor e crime. por Jules Lermina. (414). Os milhões do criminoso. referida a 1 de Fevereiro da 1885. 2 vols. reformados e aposentados. por Xavier de Montepin. 6 vols. que. por Xavier de Montepin. Lisboa. Inocêncio – Dicionário Bibliográfico. Vicente em Bragança. M. 379. Teixeira) – Escreveu: Águas alcalino-gasosas do Bem-Saúde. concelho de Bragança. 1880. existente na igreja de S. 8. 1742. MANUELA (D. e de D. em três planas. Typog. venerado na igreja de S. exploradas na quinta do Bem-Saúde da Vilariça. dedicada a Maria Santíssima. venerada em Balsemão.MALAFAIA | MALHEIRO | MALTÊS | MANUEL | MANUELA 287 TOMO VII MALAFAIA (Manuel José de Oliveira) – Desembargador-corregedor da comarca de Moncorvo. Folheto de 34 págs. perto de Bragança. a 16 de Dezembro de 1800. Há dele no Museu Regional de Bragança uma tese de direito canónico. 4. onde faleceu na casa professa de Goa. Escreveu: Oração gratulatória recitada no fausto dia 26 de Outubro de 1832 em câmara geral da vila de Alfândega da Fé. Estava em Goa (417). António da Veiga. de Frechas. MANUEL (António Ferreira) – Há dele uma tese de direito canónico. (417) Sumário da Biblioteca Lusitana e Portugal: Dicionário histórico. fundado a 1 de Novembro de 1793 pelo bispo D. Cum sup. Pedro dos Sarracenos. p. filho de André Gonçalves e de Catarina Afonso. tomo XVI. (415). Conimbricæ ex tip. Lisboa. Era muito perito na história do reino e suas conquistas. concelho de Mirandela (familiar do Santo Ofício por carta régia de 1754). seda verde. primeira abadessa do recolhimento daquele nome. impressa em véu de cálix. MALHEIRO (J. Faleceu em Marmelos. Vila Flor – Bicarbonatadas-sódicas. concelho de Vinhais.º de 14 págs. 1833. (416) Ver tomo VI. dedicada a Nossas Senhoras do Loreto e do Rosário e a seu Filho. de Valverde. in Regio Artium Collegio. destas Memórias. 1705. pace (416). seda vermelha. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Lisboa. Maria de Jesus) – Natural da Mofreita. Coimbra. Fólio manuscrito. Escreveu: Preparação para a Eternidade. MALTÊS (Manuel de Morais) – Filho de João de Morais Maltês. artigo «Manuel (Padre Inácio)». concelho de Mirandela. Anno Domini 1757. de Bulhões. Conimbricæ: ex Praerlo Antonii Simoens Ferreira Universit. na tip. Pedro. em três planas. Maria José Lopes. ainda simples abade da (415) SILVA. Anno Domini.º Fastos Lusitanos. Professou no colégio de Coimbra a 30 de Agosto de 1663 e passou à Índia em 1668. natural de S. MANUEL (Padre Inácio) – Jesuíta. impressa em véu de cálix. e de cuja alma me lembro muitas vezes cada dia sempre saudoso pelo muito. abadessa do recolhimento do Loreto.288 TOMO VII MANUELA mesma povoação. (419) Quando foi para familiar do bispo tinha vinte e oito anos de idade e cinco de presbítero. a que faltam os fólios 125 a 128. destas Memórias. e porque tudo combina com o que eu mesmo presenciei. D. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . João VI em 1822. e de noite por toda a parte. que Deos se dignava obrar por elle. porque pessoalmente a conheço quasi desde a sua entrada para Religiosa» (fólios 4-5). residente em Bragança (418). 148 e seguintes. que espiritualmente lhe devia». mulher de el-rei D. ela e a sua colega D. igualmente familiares e discípulos do bispo (fólio 71). e de muitos milagres. após a sentença e condenação pelo tribunal inquisitorial (ver o artigo Vaz). tendo entrado nelle no principio da sua fundação nos mais bellos annos da sua mocidade. Bispo de Bragança e Miranda. papel liso. (418) Ver tomo VI. Arminda Pinto Coelho de Ataíde. tendo por companheiros mais cinco sacerdotes. e algumas vezes experimentando em mim mesmo os saudaveis effeitos das suas sobrenaturalidades. como eu mesmo posso afiançar. cujo autor ignoramos. e muito acreditadas pelas suas bem conhecidas virtudes. 290. António Luiz da Veiga Cabral de Saudosa memoria. possui um manuscrito in-4. incomparavel sabedoria (419). e escreverão o que por si mesmas presenciarão. faleceu em Lisboa no paço real. e das sobrenaturalidades da dita Maria de Jesus (que vulgarmente chamavão Maria Manuella) escritos por pessoas muito sinceras. para onde fora chamada por D. que começa da seguinte forma no fólio 1 (faltam os anteriores): «Sem o esperar me veio hum Manuscripto á mão.º. que achei escriptos por huma das ditas Donzelas chamada Martina natural do lugar de Frezulfe que hoje vive. de quem tive a distinta honra de ser capellão e testemunha ocular das suas heroicas virtudes. de mim bem conhecidas. Domingas de Jesus Vaz. acompanhando-o de dia. e se conserva no dito recolhimento de idade de mais de sessenta annos. e tendo-se conservado sempre com exemplar conduta. de cujo testemunho nada posso duvidar. Tive prazer de encontrar alguns testemunhos das virtudes. porque são pessoas de mui rara probidade. Carlota Joaquina. como declara no fólio 70. e experimentei da dita Primeira Superiora Maria de Jesus a quem muito familiarmente tratei. p. Guiou-se na confecção do livro «por huns reborrões. por espaço de vinte e cinco annos. que continha algumas passagens edificantes da vida de Maria de Jesus Primeira Supperiora do Recolhimento das Donzellas do Menino Jesus fundado no lugar da Mofreita pelo Excellentissimo Senhor D. foram presas a 20 de Fevereiro de 1797 à ordem da Inquisição. Nicolao (421) foi suspenso: o Prior apresentado de S. «que era dia de feira na cidade». êxtases e austeridade que praticavam «para agradar a certa Pessoa» – o bispo D. recolhidas aquela noite no aljube em Bragança e remetidas no dia seguinte. (421) O prior de S. António da Veiga Cabral e Câmara. tios e sobrinhos) no mesmo sentido. Ainda hoje perdura a fama das suas virtudes e muito saber. não era capaz de o compor em muitos mezes com tanto acerto. era o padre Pedro Nolasco Alves. manifestada na conversa em «dissertações tão eloquentes. António» (fólios 50-51). «No tempo do governo constitucional o conego Araujo foi prêso para Sagres (420): o Prior d’Obidos por não prestar juramento á Constituição esteve preso vinte e dois mezes. e ficaram assombradas da sua enorme sabedoria. era um fanático anticonstitucional e foi muito perseguido por este governo. chamada Maria Manuela ou Maria de Jesus na clausura. em Bragança. para os cárceres da Inquisição de Coimbra. Vicente de Fora e em Alcobaça. que qualquer homem. O autor do manuscrito louva o mesmo bispo por não aderir ao sistema constitucional e orientar a sua família. primeira superiora do recolhimento da Mofreita. como o Senhor Bispo as apresentava improvisando». funda(420) O cónego Araújo (Manuel Bernardo de) era natural de Vale de Lamas. António (fólio 87). concelho de Bragança. primeira superiora do recolhimento do Loreto. e Domingas de Jesus. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .MANUELA 289 TOMO VII Maria de Jesus. Lourenço do Bairro foi suspenso. e com tão alta erudição. Como bom discípulo de tal mestre. António quando desterrado no Buçaco. e do bispo D. falecido naquela povoação em 1846. Pelo que diz no fólio 100. director espiritual durante muitos anos do recolhimento do Loreto de Bragança. Todos estes tinhão sido discipulos do mencionado Senhor D. É uma apologia da primeira superiora do recolhimento da Mofreita. ainda de hum profundo saber. fundado pelo mencionado bispo D. Miguel em Cintra retirou-se pelo mesmo motivo para Roma. conclui-se que o manuscrito foi feito depois que as recolhidas do Loreto em Bragança se mudaram para Fornos de Ledra. e tão eruditas. sendo depois condenadas e vindo a ler a Bragança e a Mofreita as sentenças condenatórias. em S. também chamada Maria Manuela. onde estiveram sete anos reclusas. de Lisboa. António. e demittio a Appresentação do Priorado: o Prior de S. tanto a espiritual como a temporal (irmãos. Nicolau. seu director espiritual. e por fim expatriado: o Prior de S. No fólio 60 aponta casos de lentes da Universidade de Coimbra e de outras pessoas de categoria mental que visitaram o bispo D. e mandado sahir desterrado no curto prazo de tres dias. pelo motivo (dizia a sentença) de fingirem os milagres. com próspero resultado. como tudo consta do seu epitáfio. 598. fez com que os missionários padres Luís Prosperi e José Guerreiro fizessem várias missões pela diocese. que diz: HIC JACET D. 650 e 744 destas Memórias. Manuel Martins) – Nasceu na Bemposta. pág. sendo não só a diocese conservada quando foi da circunscrição diocesana em 1882. 22. tomo XVI. Formou-se em cânones pela Universidade de Coimbra em 1819. onde exerceu por muitos anos o cargo de governador do bispado e vigário-geral. 601 e 602. E quando já não podia.290 TOMO VII MANUELA | MANSO dor do mesmo recolhimento. filho de António Martins e de D. com representações a Pio IX e ao rei D. salientando-se na diocese da Guarda o desvelo na visita pastoral. adscrevendo-lhe apenas uma Pastoral. concelho do Mogadouro. pelo avançado da idade. tomo IV. no conceito do autor do manuscrito referido. págs. moradores na mencionada povoação. ver o tomo II. MANSO (D. faz dele menção. foi elevado a bispo. págs. os quais descreve. Martins Manso trabalhou muito em prol da causa católica. Um grande benefício lhe deve a diocese da Guarda. AMEN. EMMANUEL MARTINS MANSO NATVS 21 NOVEMBRIS 1793 ELECTUS EPISCOPUS FUNCHALENSIS 18 APRILIS 1849 CONFIRMATUS CONSISTORIO 28 MAII 1850 TRANSLATUS AD DIOECESIM EGYPTANENSEM CONSISTORIO 18 MARTII 1858 DEFUNCTUS 1 DECEMBRIS 1878 REQUIESCAT IN PACE. 203. a 21 de Novembro de 1793. sem mais dados alguns biográficos. Ver também PorMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Domingas de Jesus) e Lopes (João Rodrigues). o prelado inspirou e dirigiu um movimento de protesto por todo o bispado. Luís. proprietários. sendo colocado na diocese do Funchal por decreto de 18 de Abril de 1849 e depois transferido para a da Guarda. Isabel Manso. continuar na sua apostólica missão. e tomo VI. Para a bibliografia deste prelado. que foi da máxima eficácia. De chantre da Sé de Bragança. que tanto uma como outro. O Dicionário Bibliográfico. principalmente a que fez à região da Covilhã. o qual consiste no seguinte: tendo o governo em 1869 decretado a sua supressão. da qual tomou posse a 29 de Julho de 1858. Ver Vaz (D. eram grandes santos e fizeram muitos milagres. mas até ampliada com a de Pinhel e parte da de Castelo Branco. (423) Museu Regional de Bragança. sobrinho deste prelado. devido à extrema popularidade que lhe advinha da sua bondade. em Fevereiro de 1871 foi exercer igual cargo e o de subdelegado de saúde para Mértola. Nasceu em Moncorvo a 27 de Fevereiro de 1842. Escreveu: Breves considerações acerca do garrotilho e do seu tratamento – Tese apresentada à Escola Médico-Cirúrgica do Porto. artigo «Martins Afonso». onde faleceu a 26 de Junho de 1922. 159. pág. por outro de 14 de Dezembro de 1893. Ana Benedita de Amaral. e Castro. sendo provido neste ano no de Moncorvo. O padre Francisco Manuel Martins Manso. Por decreto de 3 de Julho de 1890 foi nomeado governador civil do distrito de Bragança. 1902. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que é o seu verdadeiro. voltando desde então a exercer idêntico cargo por decreto de 16 de Julho de 1891. 8. e João de Deus Martins Manso é agora o representante da família nesta cidade. por José Osório da G. Uma ordem do cabido de 23 de Setembro de 1650 manda que se dêem quarenta mil réis que se lhe estão devendo «do resto do retabulo que fez no altar de Nossa Senhora dos Remedios» da Sé de Miranda do Douro (423). 476. filho de Luís José Ferreira Margarido e de D. tornando-se desde logo um vulto primacial desse partido.MANSO | MARCELINO | MARCOS | MARGARIDO 291 TOMO VII tugal – Dicionário histórico. e Diocese do Distrito da Guarda. MARCOS (Manuel) – De Prado Gatão. destas Memórias. MARCELINO (Manuel António) – Valente soldado. por outro de 22 de Março de 1906. Nomeado logo procurador à Junta Geral do Distrito de Bragança. tomando posse a 4 de Abril seguinte.º (422) Ver tomo I. Porto. cuja posse foi a 9 de Março seguinte. onde esteve até 1876. 1868. sendo em 1868 nomeado médico do partido municipal de Figueira de Castelo Rodrigo. Em 1880 entrou na política regeneradora. lugar que exerceu até 1870. representou depois o mesmo distrito em cortes na legislatura de 1901. foi chantre da Sé da Guarda. maço Obras. Concluiu o curso universitário em 1866. MARGARIDO (Conselheiro António Joaquim Ferreira) – Doutor em medicina pela Universidade de Coimbra. onde lhe dá erradamente este apelido em vez do de Manso. distrito de Beja. e finalmente por outro de 22 de Fevereiro de 1908. p. que muito se distinguiu no ataque de Puebla de Sanábria em 1810 contra os franceses (422). da ordem franciscana. qual anacoreta. circunstância que omitiu na segunda e terceira impressões. converteram a desabrida gruta em templo. para favorecer a fábrica do qual o papa concedeu as graças já apontadas. Júlia Amélia Mariano. Se assim é. retirou-se para este local. Gil Gonçalez de Ávila. contudo. não merece confiança. diz: HIC JACET CORPUS HUMILLIMAE. vindo fixar residência a Bragança. escrito numa tábua que está pendurada no mesmo. A cabeça da Santa. ATQUE DEVOTISSIMAE SERVAE DEI B. talvez parta daqui aquela indicação. e tanto foi o entusiasmo. Nasceu na Adeganha. a 9 de Junho de 1882. Sendo jovem ainda. onde casou. tanta era a veneração que tinham pelas suas excelsas virtudes. dá-a como natural do Mogadouro. na primeira impressão do seu Teatro de Salamanca. com grande solenidade. cuja asserção julgamos infundada. concelho de Moncorvo. apesar de que o primeiro parece mais usado. 261. mas já em território espanhol do bispado de Salamanca. na igreja do convento que tem o seu nome. a dá-la como natural de Espanha. distrito de Bragança. filho ilegítimo de D. A tradição. que em seu louvor se levantou o convento a que foi dado o seu nome. O epitáfio do seu sepulcro. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e como este pontífice governou desde 1453 a 1458. encastoada em prata. aponta-a como portuguesa. apesar de que o Mapa de Portugal diz haver-se ela retirado aos desertos de Salamanca pelos anos de 1450. Também não consta ao certo o tempo em que viveu. Tem servido de administrador do concelho e governador civil substituto. Fez o curso liceal em Bragança e o da especialidade no Porto. distinguindo-se por obras de grande iniciativa industrial. não se atrevendo. situado meia légua ao nascente da povoação portuguesa de Lagoaça.292 TOMO VII MARIANO | MARINA MARIANO (Acácio Augusto) – Farmacêutico pela Escola Médica do Porto. Após o seu trânsito. MARINA (Santa) – O autor do Ano Histórico dá-lhe o nome de Mariana. guarda-se com grande veneração na sua igreja e é dada a beijar ao povo no dia da Ascensão e a sua festa é celebrada. O corpo de Santa Marina guarda-se com grande veneração. os habitantes daqueles contornos. em sepulcro de mármore. a 4 de Maio. onde o concluiu em 1906. com todos os visos de certeza. distrito de Bragança. a não ser as graças e indulgências que o papa Calisto III concedeu aos devotos que favorecessem as obras da sua primeira ermida. onde perseverou até à morte numa gruta em vida solitária e contemplativa. pág. Jorge – Hagiológio Lusitano. vol. igualmente estudada pelo nosso conterrâneo doutor Paulino de Oliveira e por A. Nasceu em Coimbra a 28 de Janeiro de 1847 e ali faleceu a 1 de Abril de 1916. governador de Vinhais e defensor desta vila contra o general Pantoja. adjunta à cadeira de botânica da faculdade de filosofia da Universidade. MARIZ (Inácio Xavier de Morais Sarmento) – Era terceiro neto de Estêvão de Morais Sarmento. doutor J. natural de Tuizelo. ATQUE CATHOLICE EXTREMUM IN LOCO CLAUSIT DIEM. UT CHRISTO DOMINO FELICIVS. Deixou o seguinte manuscrito escrito em 1786: Sitio de Vinhais em 17 de Julho de 1666 pelo general Pantoja. TOTOQUE PECTORE VACARET. fazia a sua visita pastoral a estes concelhos. Miranda do Douro e Vimioso em Junho de 1888. inumeradas. Escreveu: Duas excursões botânicas na província de Trás-os-Montes. E. e sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa. É uma separata do Boletim da Sociedade Broteriana. Também no princípio (424) CARDOSO. p. CASTRO. É um trabalho importante pelas notícias históricas. J. VII. Ochoa. Vinte e duas páginas. bispo de Bragança. excepto as duas últimas. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 8. Este estudo compreende a flora dos concelhos de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta. A. bibliográficas. todas escritas. de 78 págs. II. Henriques. cujos trabalhos se encontram arquivados no referido Boletim. 1889. botânicas e etnográficas que encerra. e a dos concelhos de Bragança. X. quando seu irmão D. QUE HOC DESERTUM. QUAEQUE FELICISSIME. Foi publicado na íntegra no tomo I. Schmitz. visitados pelo autor em Maio de 1887. vol. p. Foi sócio efectivo do Instituto de Coimbra e da sua secção arqueológica e naturalista. Coimbra. e Ano histórico. José Alves de Mariz.MARINA | MARIZ 293 TOMO VII MARINAE. destas Memórias Arqueológicas. Muller e outros. AT CUJUS TANDEM HONOREM SACRA HAEC AEDEAEDIFICATA FUIT (424). A SUA JUVENTA PETIIT. 19. A. Pereira Coutinho. A sua biografia encontra-se no Portugal – Dicionário histórico. segundo uma cópia existente em Vinhais. MARIZ (Joaquim de) – Doutor em medicina pela Universidade de Coimbra. 153. artigo «Mariz Júnior». Santos portugueses. tomo II.º gr. João Baptista de – Mapa de Portugal. o qual muito concorreu para tornar conhecida a nossa flora. págs. onde terminou o curso com distinção em 1878. 99 e seguintes. referente ao dia 4 de Maio. 1899. filho de Manuel Filipe Martins e de D. e uma (inumerada) de índice. Manuscrito (427). Tem colaborado no Legionário Trasmontano. Vicente erecta no seu templo em Bragança . natural de Serapicos. Parece que frequentou em 1861 os estudos preparatórios no liceu de Bragança. Escreveu: Vida da serva de Deus Luísa dos Anjos. Faleceu em 1632. Nasceu nesta cidade a 25 de Fevereiro de 1849 e aqui faleceu (freguesia da vila) a 15 de Setembro de 1925. percorrendo a região bragançana. concelho do Mogadouro. usando muitas vezes os pseudónimos de «Frei Verdade» e «Guilherme Tell».º de 54 págs. retirou-se para o Rio de Janeiro (Brasil). concelho de Vinhais. freguesia de Quirás. Fez os estudos preparatórios e teológicos no Seminário Diocesano de Bragança. Nasceu acidentalmente em Vilarinho da Lomba. Sendo perseguido como monárquico. a 16 de Fevereiro de 1890. 1908. onde colaborou na Defesa do Rio de Janeiro (bissemanário) e em A Voz da Juventude. Filho de António Álvares Martins e de D. Está agora (Setembro de 1929) fazendo serviço da sua especialidade em Angola. 8. (427) Sumário da Biblioteca Lusitana. pároco da freguesia de Travanca. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Nasceu em Castro Vicente. MARTINS (Padre Firmino Augusto) – Notável orador sagrado. em A Voz e na Liberdade. manuscrito existente na Biblioteca de Coimbra. a 5 de Janeiro de 1889. Escreveu: Os asininos no distrito de Bragança. filho de Cândido Germano Martins Afonso e de D. MARTINS (António Maria Álvares) – Amanuense do governo civil de Bragança. Foi um dos fundadores do Centro Católico do Rio de Janeiro em 1913 e do Centro Católico de Vinhais (já regressado à pátria) em 1915. naturais de Nozedo Trespassante. (425) HOFFMANSEGG. MARTINS (Armando Aníbal) – Doutor pela Escola Superior de Medicina Veterinária. Tese de doutoramento. concelho de Vinhais. (426) TOURNEFORT – Topografia botânica. concelho de Vinhais. Maria da Conceição Nunes. MARTINS (André) – Jesuíta. LINK – Flore Portugaise. Jussieu estudaram a nossa flora. Francisca Caetana. Tournefort (426) e A. Ana Maria Afonso.294 TOMO VII MARIZ | MARTINS do século XIX o conde de Hoffmansegg (425). Escreveu: A Confraria do Divino Jesus de S. Guarda. No entanto. Perdigon. chantre na Sé de Bragança por decreto de 18 de Novembro de 1897. o diploma passado ao agraciado diz que foi por decreto de 18 de Abril de 1870. seda de cor amarela. Foi governador do bispado de Bragança por várias vezes e com diversos bispos e professor de ciências eclesiásticas no Seminário Diocesano. Exerce presentemente (Setembro de 1929) o cargo de presidente da comissão administrativa da Câmara Municipal de Vinhais. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . nomeado a 22 de Maio de 1862. Este ornato. etc.. impressa em véu de cálix.. MARTINS (Francisco) – Vimos dele uma tese filosófica defendida no real convento de Santa Maria de Trianos (Valladolid?) a 23 de Março de 1751. MARTINS (Manuel Rego) – Doutor em medicina pela Faculdade de Lisboa. MARTINS (Sebastião Luís) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. senhor dos lugares de Arenillas. Coimbra. Cristovo de Espinose Castillo e Portocarrero. em Vallis Oleti (Valladolid?) Apúd Riego. forma toda a larga cercadura. comendador da Ordem Militar de Nossa Senhora de Vila Viçosa. de XIII-356+13 (inumeradas) págs. no entanto. Já a 23 de Novembro de 1857 fora nomeado provisoriamente pelo bispo Aguiar (428) Diário de Lisboa de 26 de Março de 1872. filho de Alfredo Augusto Martins e de D. com uma gravura do pelourinho de Vinhais e música das romanças que menciona. onde terminou o curso em 1920. o véu do cálix apareceu na casa de D. la Carneja. em «attenção aos seus serviços no magisterio e governo provisorio da diocese» por despacho de 7 de Março de 1872 (428).º peq. destacando-se principalmente o restauro do seu histórico e artístico pelourinho e a questão da iluminação eléctrica [5]. que muito lhe deve em vários serviços. tendo também cursado em Paris duas especialidades.MARTINS 295 TOMO VII Escreveu: Folclore do concelho de Vinhais. Nasceu em Moncorvo a 27 de Agosto de 1892. que generosamente o cedeu ao Museu Regional de Bragança. tirando depois o diploma de medicina tropical que exerceu em Angola durante dois anos. que se repete dez vezes. Fez os estudos liceais em Braga e Coimbra e os de medicina em Lisboa. como médico do quadro. 1928. É possível que o defendente da tese não seja português. Tese de doutoramento. Escreveu: Segredo médico e aborto. O texto é envolto por um octógono com larga cercadura constituída por um ornato em que se divisa o sol assente sobre duas águias coroadas que sustenta uma coroa de conde. Carmelina Morais. Torregamones e Zaratan. dedicada a D. 8. Atília Rego. desta nossa povoação de Baçal. Tip. mestre-escola. segundo alegavam. abade da Sé. de 10 págs.296 TOMO VII MARTINS (de quem era fâmulo) professor de direito eclesiástico. Escreveu: Discurso recitado na solene abertura das aulas do Seminário de S. José de Bragança no dia 15 de Outubro de 1895. voltou a exercer idêntico cargo. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . destas Memórias. que aquele bispo pretendia organizar. nomeado chanceler do Auditório Eclesiástico de Bragança. pelo bispo Ferrão. por último. mas deixara esta cadeira indo a 7 de Novembro de 1858 tomar posse da igreja da Bemposta. João Manuel de Morais. Praça da Sé. por há pouco ter assistido no teatro a um comício político. e depois continuou sempre a exercer esse cargo no impedimento deste bispo. mas já em 1863 fora governador deste bispado e depois membro da Junta Governativa e. em que foi apresentado por decreto de 18 de Agosto de 1862. Antónia Teresa de Jesus. contra a nomeação de Sebastião Luís Martins para governador do bispado. a 27 de Novembro de 1875 foi. (429) Ver tomo II. José Maria Pereira Lopo. a 29 de Abril de 1868. não tinha autoridade. 1896. 115. a 1 de Julho de 1890 foi encarregado do governo do bispado na ausência de D. assinado pelos cónegos João António Correia Sepúlveda. Voltou depois para Bragança tomar posse da cadeira de cónego na Sé. cónego mestre-escola. também datada de Évora. Luís Baptista Montes. deão. José Alves de Mariz. cuspindo aleives sobre ele em diferentes números do jornal Amigo da Religião e ser de «caracter iniquo e vingativo» (429). porque. e António Augusto Rodrigues. por carta do mesmo bispo. datado de 7 de Novembro de 1869. datada de Évora. Nasceu no Azinhoso a 9 de Agosto de 1825 e concluiu a sua formatura em direito a 3 de Julho de 1857. Miguel José Lopes. cónego tesoureiro-mor da Sé de Bragança (foi exonerado deste cargo a 2 de Março de 1869). 4. António Joaquim de Oliveira Mós. Manuel António Pires. presidente dela.º gr. p. vigário-geral. sendo exonerado a 29 de Julho de 1870. Datas precisas das comissões que serviu: a 28 de Novembro de 1857 foi nomeado vigário-geral da diocese de Bragança. por carta do bispo Aguiar. ter chamado os fiéis à desobediência ao prelado. A 1 de Maio de 1886 foi nomeado vice-reitor do Seminário de Bragança. foi nomeado governador do bispado. Bragança. finalmente. a 31 de Outubro de 1869. como pároco colado. Era filho de Manuel José Pires e de D. cargo em que sucedeu a João José Martins. Faleceu em Bragança em Novembro de 1911. No Museu Regional de Bragança há um protesto manuscrito. em substituição do padre António Joaquim de Oliveira Mós. Brigantina. A Crónica da Santa Província de Santa Maria da Arrábida. 8. 1897..º de 11 págs. Coimbra. dos Santos Vandunem». onde está sepultado.º de 162+1 (inumerada) págs. que parecia carecer de fel ainda para repreender defeitos quando prelado» (430). com esmolas que ajuntou de seus amigos. uma capela de Nossa Senhora da Piedade. Luanda. 8. MATOS (António Alexandre de) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. Lisboa.º aniversário desta associação e louvando o sócio João de Azevedo pelos serviços prestados ao mesmo Ginásio.º de 53 págs. sendo. Frei – Crónica da Santa Província de Santa Maria da Arrábida da regular e mais estreita observância da Ordem do Seráfico Patriarca S. que estava na cerca do mesmo convento. Pereira do Nascimento. 8. Fez os estudos liceais em Bragança e Lamego. Natural de Vila Flor. 1912. 1903. «Alegação jurídica em acção cível ordinária do réu: Francisco Pereira Batalha contra a autora Maria P.. «Erros de facto e erros de direito em acção de divórcio por adultério. onde também serviu de juiz auditor dos conselhos de guerra. A. uma das quais no convento de Alcobaça. Tomás Rodrigues da Cruz. e faleceu a 10 de Abril de 1693 no convento de S. Ninguém diga desta «Água» não beberei. Ana Edviges de Matos Pimentel (falecida na mesma vila a 7 de Fevereiro de 1873). n.os 748 a 752. Filho de Belmiro Benevenuto de Matos e Sá (falecido naquele concelho a 5 de Dezembro de 1910) e de D. fixando residência em Lisboa.ª vara. onde foi por seis vezes presidente e três guardião.ª vara cível – na Relação ao Supremo Tribunal de Justiça – 1925 a 1928». com muitas fotogravuras. Lisboa.MÁRTIRES | MATOS 297 TOMO VII MÁRTIRES (Frei Bartolomeu dos) – Franciscano. onde nasceu em 1627. livro IV. Ré. José de Ribamar. nasceu a 7 de Fevereiro de 1873. 1737. (430) JESUS MARIA. Lisboa. Adelina Álvares Ferreira (Cruz) na 6. X. natural de Moncorvo. diz que «nunca se lhe conheceu transgressão dos votos que professou» e que teve «um genio tão brando e animo tão columbino. 8. onde terminou o curso em 1898. no intuito de enaltecer as suas virtudes. passados dois anos. parte II. Foi escrita de colaboração com J. onde exerce a advocacia.º de 68 págs. José de. despachado conservador do registo predial da comarca de Luanda. Francisco. A colonização de Angola. comemorando o 14. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Escreveu: Discurso pronunciado no Ginásio de Coimbra. cap. tendo entrado para a ordem em 1645. Comarca de Luanda – 1. na sessão solene de 15 de Maio de 1897. Em seguida à formatura exerceu a advocacia em Vila Flor. Morando no convento de Leiria fez reparar.. reformando-se em 1918 como juiz de direito do quadro colonial. . (Manuel de) e (Agostinho) – Mestres canteiros assistentes em Bragança. e de largura. Lisboa. como a cornija lados e impena das costas da cala (sic. Ou com a assinatura Alexandre de Matos e ainda só com as iniciais A. com doze palmos de vão de largo e de alto o que pedir a mesma obra. capela?) mór com duas piramides e hûa cruz de coatro palmos de alto com pedestal bem feito como tambem as piramides feitas ó moderno e altura da obra a correspondencia da igreja. apilarados e levantarão altura da mesma igreja. freguesia de Travanca. Diário de Notícias. que tope de parede a parede e outro que sirva de taburno do comprimento do altar e se desfará o arco cruzeiro e se fará de novo. Em 1681 foi incumbido pelo cabido de fazer uma tribuna para exposição do Santíssimo Sacramento no altar de Nossa Senhora do Rosário da mesma Sé (431). «Antalmat» (prosa). Mala da Europa e Trás-os-Montes e nas revistas Branco e Negro e Revista Colonial. de Viseu. que em 1672 se obrigou a fazer por 325$000 réis o retábulo da capela do Santíssimo Sacramento da Sé de Miranda do Douro. O Mundo.º de 34 págs. hû degrau no arco cruzeiro e outro nos previsorios. p. MATOS (Francisco Lopes) – Mestre-de-obras. Folha do Sul. «Vate» e «Pedaço d’Asno» (gazetilhas ou versos humorísticos). 8. 1928. a capela-mor teria «de comprimento. O Vilarealense. GONÇALVES (João Lourenço de). dezaseis palmos.º de 27 págs. versos e gazetilhas – nos seguintes jornais: Lira. 1929. arremataram em 1770 a obra da capela-mor da igreja da Figueira. 8. ou com os pseudónimos «Mário de Sá». O Século. Defensor do Povo (de Coimbra). artigos políticos. tem colaborado – escrevendo crónicas. Malus. Moncorvense. e com a cornija de papo de rola com seu filete no leito e outro no meio correrá tanto o frizo. MIRANDA. destas Memórias. Grossuras de paredes tres palmos e meio assentes em barro rajado e guarnecido por dentro e por fora com areia e (431) Ver tomo IV. Levará hûa fresta de cinco palmos de alto e de largo dois palmos com dois varais de ferro. concelho do Mogadouro. MATOS. malum – Recurso ao Tribunal Pleno. 529. com coatro travessas apilaradas por dentro e por fora. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . com dois cunhais de cantaria com soco e vara e capitel na ordem toscana e terão os cunhais de face ou paramento dois palmos e meio. Ecos do N’Gunza. lagiada de cantaria. Voz de Angola. hûa porta para a sacristia apilarada só da parte da capela mór. com seu friso por cima lizo que terá de alto palmo e meio coarto de palmo. M. Lisboa. Segundo as condições da arrematação..298 TOMO VII MATOS Búzio de Saudade (versos). vinte e coatro palmos. mala. reverendo Manuel Afonso Freire.. CASTELO BRANCO. pág.. A grande perfeição das suas virtudes. Ver o artigo Abreu (Fr. (434) COSTA. Faleceu em Lisboa a 4 de Abril de 1552. 203.» Nos apontamentos da madeira declara-se que a capela-mor seria «forrada de escama de peixe» (432). Foi o primeiro português que vestiu o hábito de Santo Inácio. do mesmo bispado.. abade de Duas Igrejas. 15. pág. «mestre da Sé». As condições a que devia obedecer a obra foram apontadas por João Lourenço de Matos. segundo se vê por uma certidão do abade de Travanca. 1 deste volume. 166. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .. notícias referentes a Miranda do Douro. p. jesuíta. dos quais era confessor.. provido em 1689 na abadia de Duas Igrejas. Declaro que o arco cruzeiro levará varas e capiteis na forma da mais obra e levará hûa fiada de tinta preta ou amarella de tres palmos de alto com algum feitio e adorno. que muito sentimento tomaram pela sua morte (434). Pelo mesmo tempo se forrou a capela-mor da igreja paroquial dos Avantos concelho de Mirandela. p. Padre – Corografia Portuguesa. se declara que seria forrada de «escama de peixe». p. António José Teles e António José Botelho de Matos. (432) Museu Regional de Bragança. que lhe sucedeu na abadia (433). faleceu a 3 de Julho de 1774. natural de Freixo de Espada à Cinta. destas Memórias. 430. que estava na praça de Almeida quando do desastre de 1810 (435). 65 e 694. exercício da oração e prática do confessionário deram jus à menção honrosa que deste nosso conterrâneo fazem os escritores da sua ordem. A obra da capela-mor da igreja da Figueira estava concluída em Abril de 1772.MATOS | MEDEIROS | MEIRELES 299 TOMO VII cal. fundada em 1720. e também nas condições a que devia obedecer a obra de madeira. MATOS (Manuel Botelho de) – Doutor. João III e à rainha D. patriarcado de Lisboa. destas Memórias. e tomo VI. (433) Ver tomo VI. destas Memórias. e tinha os seguintes sobrinhos: José de Frias. António Carvalho da. (435) Ver tomo I. Camilo – Cousas leves e cousas pesadas – Portugal há quatrocentos anos. MEDEIROS (Gonçalo de) – Padre-mestre. MEIRELES (António Manuel) – Oficial de infantaria nº 24. maço Obras. Fernando de). 108. Catarina. provisor e vigário-geral do bispado de Miranda. Era natural de Alcoentre. Foi ele quem mandou à Academia Real de História Portuguesa. sendo por isso mesmo grandemente aceito a el-rei D. Plácido Botelho de Matos. 1750. 1747. desde 20 de Dezembro de 1746 até 28 do dito de 1747. Lisboa. Pedro Miguel de Almeida. 4. Lisboa. Parte V.º de Janeiro até o último de Dezembro de 1748 no governo do Il. e igual menção se faz no Portugal – Dicionário histórico. casa de recreio que havia ao tempo em Bragança. desde o 1. marquês de Alorna. a data do seu falecimento. na mesma oficina. da – Dicionário Bibliográfico. na Oficina de Francisco Luís Ameno.mo Sr. 4. Bicholim. de Moncorvo. Satarem. Lisboa. etc. MEIRELES (Manuel António de) – Capitão de engenharia. na mesma oficina. Parte IV. Teve tal qual celebreira uma questão que alguns sócios da «Assembleia Brigantina».º Relação dos felizes sucessos da Índia.º Relação dos felizes sucessos da Índia. D. 1749.º Na Biblioteca Lusitana vêm mencionados outros opúsculos do autor (436). que deixou em testamento largo dote para a fundação do «Asilo Francisco António Meireles». D. que mostram quanto tomava a peito os diversos ramos da administração pública a seu cargo e os benefícios que o distrito lhe deve. 4. Pedro Miguel de Almeida e Portugal.. nasceu a 14 de Agosto de 1715.mo e Ex. cargo de que tomou posse a 13 do mês seguinte. D. natural de Vila Flor. conde de Assumar. Inocêncio F. etc.mo e Ex. no governo. Avaró. artigo «Meireles (Manuel António de)».mo e Ex. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Partes I e II. no governo do Il. etc. Correm impressos bem elaborados Relatórios respeitantes à gerência deste governador civil.300 TOMO VII MEIRELES | MELO MEIRELES (Francisco António) – Nasceu em Moncorvo a 12 de Maio de 1833 e faleceu em Lisboa a 6 de Janeiro de 1904. Tiracol e Rarim pelo Il. Escreveu: Relação da conquista das praças de Alorna. desde Janeiro de 1749 até o de 1750. Pedro Miguel de Almeida. Meireles.mo Sr. Lisboa. Torna-se digna de fixação nestas páginas a memória deste benemérito capitalista.º Relação dos felizes sucessos da Índia. porém. que assistiu à tomada das praças que menciona nas suas obras. conde de Assumar. 1748. vice-rei e capitão-general da Índia. Parte III. onde se conserva o seu retrato. tiveram com (436) SILVA. marquês de Castelo Novo.mo Sr. etc. etc. MELO (Adriano José de Carvalho e) – Antigo comissário de polícia no Porto e Governador Civil do Distrito de Bragança por decreto de 25 de Novembro de 1873. 4. ignora-se. Morlim. Tendo. 760. a 12 de Setembro de 1858 e faleceu no Porto. praticando crimes audaciosos que o guindaram à lenda dos criminosos mais célebres (438).). que durante nove anos assolou as Beiras e Trás-os-Montes. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 1879. Viveu em Soutelo do Douro. p. Redigiu com António Cabral A Verdade. Adriano de Carvalho e Melo era natural da casa da Picota. (439) Ver tomo VI.° 8. em execução da deliberação tomada em sessão de 4 de Março desse ano pela Junta Geral do Distrito de Bragança. sendo seu primeiro comissário António José Ribeiro. 8. concelho de Carrazeda de Ansiães. Devido à sua energia é que o célebre criminoso José do Telhado foi preso quando tentava embarcar clandestinamente para o Brasil escapado à acção da justiça deveras empenhada na captura de tão famigerado bandido. retirou-se depois à vida privada. 8. João da Pesqueira. semanário daquela localidade. destas Memórias. Graças às instâncias deste governador civil. concelho de S. freguesia de Tuías. segundo oficial da secretaria do Governo Civil de Bragança (437). p. 1877. ver José do Telhado (romance baseado sobre factos históricos) por Eduardo de Noronha. Documento n. onde casara (439). a qual motivou dois opúsculos intitulados: A Assembleia Brigantina e o Senhor Governador Civil Adriano José de Carvalho e Melo (Porto.º de 55 págs. criou-se nesta cidade um corpo de polícia civil. 1875. 3. onde nasceu a 3 de Agosto de 1825. e na mesma casa faleceu a 9 de Outubro de 1894. Relatório apresentado à Junta Geral do Distrito de Bragança na sessão ordinária de 1 de Maio de 1879 pela Comissão Distrital. Nasceu na Fonte Longa.MELO 301 TOMO VII este governador civil. que ainda hoje dura. (437) Relatório apresentado à Junta Geral do Distrito de Bragança na sessão ordinária de 18 de Fevereiro de 1877 pelo conselheiro secretário-geral servindo de governador civil Henrique José Ferreira de Lima.) e O Governador Civil de Bragança e os colegas do colega director da Assembleia Brigantina (Porto. e colaborou largamente no Jornal do Porto. 1875. MELO (André de Morais Frias Sampaio e) – Doutor em medicina pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto. onde concluiu o curso em 18 de Julho de 1882. a 26 de Abril de 1919. pelos alvarás de 1 de Maio e 26 de Junho de 1876. exercido durante alguns anos o cargo de cirurgião do exército em Bragança e outras terras. dedicando-se ao cultivo das suas importantes propriedades.º de 43 págs. após a sua formatura. (438) A respeito da sua biografia. Foi também administrador do Marco de Canaveses e deputado. filho de João Baptista de Morais. no Hotel Continental. concelho do Marco de Canaveses. Foi estudante distinto na universidade e na advocacia adquiriu grande reputação. de 5 de Agosto de 1826 e Almanaque para 1826. 1865. Desde 1859 a 1867 exerceu na mesma vila o cargo de administrador do concelho e foi procurador à Junta Geral do Distrito da Guarda. general-em-chefe do exército realista (441). sendo nomeado governador civil de Bragança por decreto de 12 de Janeiro de (440) Gazeta de Lisboa. A 29 de Julho de 1826 era governador das armas da província de Trás-os-Montes e nesta qualidade participou ao ministro da Guerra a sublevação do regimento de infantaria nº 24 da guarnição de Bragança (440) em Julho de 1826. A Correia de Melo deve ter sucedido no mencionado governo o brigadeiro Luís Carlos de Ordaz Sarmento Anhas e Vasconcelos. 8. mas só publicado na Gazeta de Lisboa de 20 de Julho do mesmo ano. tomo II. onde vivia. foi. Porto. Foi deputado às cortes nos anos de 1864. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Antónia Carlota de Sampaio e Melo. deixando a sua passagem pelo município assinalada pela construção dos paços do concelho.º de 112 págs. o tribunal judicial. além das repartições municipais. Dissertação inaugural. tomo II.) vêm diversos ofícios deste governador referentes ao fermento de revolta contra a carta constitucional. 769. filho de Cristóvão de Roboredo e Sousa e de D. dispensado do governo das armas da dita província. a seu pedido. desde 1859 a 1870. Por aviso do ministro da Guerra de 25 de Março de 1827. que o levou como causídico a muitas comarcas no exercício da sua profissão. 93. eleito por Foz Côa. que em 1826 lavrava na região bragançana. 1868. ano de 1826. págs. obra de grande importância e necessidade. Nasceu na vila de Marialva a 19 de Setembro de 1829 e faleceu na Meda. nomeado para este cargo a 19 de Dezembro de 1826 pelo marquês de Chaves. 1869 e 1870. onde funcionam. Foi presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa em 1858. e uma de proposições. distrito da Guarda.302 TOMO VII MELO Escreveu: A diabetes açucarada – Seu esboço etiológico. cujo curso concluiu ali em Junho de 1855. cargo que voltou a desempenhar no biénio de 1863 e 1864. p. a 13 de Setembro de 1897. MELO (José Correia de) – Brigadeiro. Nos Documentos para a história das cortes gerais da nação portuguesa (ano de 1826. a repartição de finanças e a administração do concelho. patogénico e terapêutico. (441) Documentos para a história das cortes gerais…. MELO (José Tibério de Roboredo Sampaio e) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. 205 e segs. 1882. mas espedaçando com hua fouce roçadoura hua imagem de Christo Senhor Nosso crucificado. juiz de Carção. MELO (Pedro de) – Capitão-mor de Miranda do Douro pelos anos de 1641 (443). termo da vila de Outeiro. (443) Ibidem. e se lhe mandaram (442) Ver tomo I. como tambem para as ocupaçoins da republica e cargos de justiça o que se acha recomendado por ley e provisoins e ainda por direito e porque se pretende fazer eleição de capitão de hua companhia da ordenança d’esta villa e pretende hum Joam Mendes Penis da mesma ser proposto e votado na dita eleição com o fundamento de que se diz he Alferes da mesma companhia. o que alem de não ter aprovação do general para exercer o dito posto he por direito inhabil e excluido de ocupação algua honrosa. Eis o aludido documento: «Dizem a mayor parte dos homens da governança d’esta villa de Vimioso que sendo ordenado pelo Alvará de 18 d’outubro de 1709 que para os postos da ordenança se nomeem e elejam das primeiras pessoas das terras. de que resultou por tam grave e atrocissimo crime proceder-se a devassa com alsada com assistencia de hum Dezembargador da Suplicação. destas Memórias. e este cometendo tam grave e escandaloso crime. 81.MELO | MENDES 303 TOMO VII 1881. que muito se distinguiu durante as campanhas da guerra da sucessão – 1640-1668 (442). MENDES (Francisco) – Por um documento amavelmente cedido por um nosso amigo. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . A Folha do Comércio de 4 de Julho de 1886 publicou o retrato do doutor José Tibério de Roboredo Sampaio e Melo acompanhado de notas biográficas. p. termo da villa de Outeiro. pois alem de ser official de calleiro em cujo officio manualmente trabalha e se sustenta. 98. he neto legitimo de Francisco Mendes. onde também lhe foram seus bens comfiscados para a Coroa. e ainda por um acto sacrílego. não só de hua morte a hum Gaspar Gonçalves juiz que era no mesmo lugar de Carção. e sendo prezo o dito Francisco Mendes fora sentenciado á morte em rellação que para esso effeito se fez na mesma villa de Outeiro. MELO (Manuel Pacheco de) – Mestre-de-campo. por ser legitimo filho de João Mendes. vemos que este indivíduo fora justiçado em 1651 pelo crime de morte em Gaspar Gonçalves. natural do lugar de Carção. este filho legitimo do dito Francisco Mendes. exercendo as mesmas funções no distrito de Beja em 1886. p. cargo de que tomou posse a 10 do mês seguinte. fol. senhor Doutor ouvidor seja servido mandar que a Camera o não nomee. El-Rey Nosso Senhor assim as mandou arazar e salguar pela impiedade com que elle se ouve na dita morte e pouco respeito aos Sacramentos. livro quinto. demulir e salguar suas casas da morada onde se lhe poz padrão que inda existe cuja copia junta-se. Neste sitio estavam as casas da morada de Francisco Mendes que foi condenado á morte pela de Gaspar Gonçalves que foi juiz neste lugar na Alçada em que procedeu o Doutor Chrystovão Pinto de Paiva Dezembargador da Caza da Suplicação no ano de 1651. como também para o mais que se requer copiandosse tudo nos livros dos registos. Lyra. ficou sendo o crime dos de primeira cabeça. pois o dito João Mendes he neto legitimo pela parte paterna do dito emforcado e comfiscado e nestes termos inhabil de ocupação algua e menos das da ordenança. Ao ilustrado prior de Argozelo e nosso bom amigo padre José Manuel Miranda Lopes agradecemos a gentileza da cedência da cópia do documento que fica reproduzido. Pedem a vossa mercê. Receberá merce». «Observesse em tudo a forma do Alvará de setecentos e nove pois claramente falla e expressa a forma da eleição e o devem goardar os vereadores como ley. Vimioso em correyção de 18 de Março de 1744. havendo tradição e esta que na referida sentença ficarão os descendentes do dito Francisco Mendes havidos por vis e incapazes de obter ocupação algua the a quarta geração. com as p. e como tal mellitandosse com o suplicante a desposição da ordenação. 60. E não dizia mais a dita petição e despacho e copia do padrão que aqui eu o escrivão da Camera abaixo assignado copiei e treslladei dos proprios aqui bem e na verdade e sem cauza que duvida faça aos quais me reporto sendo necessario em fé do que me assignei: Vimioso e Abril 7 de 1744 annos. se não podem aqui reproduzir) que ainda se conserva numa grande lápide de granito cravada no solo no meio da (444) Livro do registo da câmara do Vimioso de 1712 a 1744. titulo seis. Copia do Padrão que a petição faz menssam. parrafo treze. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e eu o sobredito o escrevi.304 TOMO VII MENDES arazar. e o dito Francisco Mendes padeceu morte de forca na mesma villa de Outeiro. Segue a cópia do padrão (onde há várias letras inclusas e invertidas que. por absoluta carência delas. nem proponha para o dito posto da ordenança e para os mais da respublica com a pena de se lhe dar em culpa e que esta com a copia do padrão se registe nos livros da Camera. aliás se procederá contra elles. Concd. assinei e concertey. parte II. sendo que como lhe foram seus bens confiscados e demollidas suas casas.os António Ferreira de Castro» (444). tudo em castelhano (445). XVIII. pág. Escreveu: Oriente del sol mas claro. onde nasceu em Outubro de 1707.MENDES | MENDONÇA 305 TOMO VII povoação de Carção. E mais seis comédias. rectificadas agora. 107. (445) Sumário da Biblioteca Lusitana. natural de Bragança. MENDONÇA (Miguel Francisco de) – Capitão de infantaria. Em 1876 levantou a planta topográfica de Mirandela e ofereceu-a à respectiva câmara municipal. Suspirado y divino Oriente. vol. Nasceu em Mirandela a 15 de Abril de 1831 e faleceu em Bragança a 5 de Agosto de 1881. Comédia. junto a uma fonte. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Bento de Avis. onde saiu com algumas incorrecções. 1913. bem como declarada a natureza do crime do dito Francisco Mendes: NESTE SI TIO ESTAVAM AS CAS DA MO RADA DE FRCO ME NDS QUE FOI CONDE NADO HA MORTE PLA DE GASPAR GL V QUE FOI IOIS NESTE LVGAR NA ALCA DA EM QUE PROCED O HO DVTOR CRIS TOVAM PINTO DE PAIVA DESEMBAR DA CASA · DA · SOPRI CACAM ANO DE 1651 EL REI NOSO SEÑOR AS MANDOV ARASAR E SALGAR PELA EMPIADADE CO QUE ELE SE OVVE NA D TA MORTE E POUCO RES PEITO AO SACRAMENTO MENDONÇA (Francisco Furtado de) – Médico. Auto. e cuja cópia já foi por nós publicada em O Arqueólogo Português. cavaleiro da ordem de S. Estefânia. nas quais introduziu notáveis melhoramentos durante dois anos que esteve à frente delas. já pela introdução de processos aperfeiçoados nas culturas. no Porto. a 12 de Julho de 1917. O seu casamento. Joaquina da Rocha Nogueira Pinto. artigo «Mendonça (Miguel Francisco de)» e informações do erudito Ernesto Augusto Pereira Sales.º de 56 págs. já ao tempo senhor das extensas florestas de sobreiros que hoje abraçam os concelhos de Macedo de Cavaleiros. Veio seguidamente administrar as propriedades acima mencionadas.306 TOMO VII MENDONÇA | MENÉRES Escreveu: O progresso do exército ou alguns pensamentos sobre o sistema militar de um país livre. seu pai. que a energia ilustrada de Alfredo Menéres sextuplicou. De sociedade com seu pai. Porto. Feitos alguns exames de preparatórios no liceu no Porto. e de D. A instrução militar e o campo de manobras. mesmo para dar escoante à própria produção. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 8. 83. 1860. que em breve conquistaram lugar distinto nos mercados nacionais e estrangeiros. filho de Clemente Menéres. chegando a ser muito apreciados na Argentina. como bens dotais de casamento. mas como ele não tinha idade suficiente – pois apenas contava treze anos – matriculou-o no curso dos Regentes Agrícolas na Quinta Regional de Sintra. desde 1905. trouxe-lhe. sob o nome de Companhia Vinícola Portuguesa. antigo presidente da Associação Industrial Portuense. de que resultou ser pequena a casa para tão largo movimento e ir fundar a Matosinhos os grandes armazéns que giram. Coimbra. Questões sociais. a 29 de Agosto de 1866 e faleceu em Lisboa. com D. O seu cadáver veio a enterrar a Carvalhais a 3 de Maio de 1918. um armazém de vinhos generosos. Coimbra. Maria da Glória Guimarães Menéres. concelho de Mirandela. em 13 de Maio de 1893. Brasil. na rua D. silvicultura e veterinária. onde muitos receberam sólida educação prática em agricultura. montou depois no ex-convento de Monchique. 1871 (446). 1866. já pelo plantio de árvo(446) Portugal: Dicionário histórico. desejando educá-lo para convenientemente explorar esta riqueza até então desvalorizada e entregue unicamente à barbárie do corte da madeira para alambiques das águas ardentes. quis fazer-lhe seguir o Instituto de Agronomia de Lisboa. natural da Vila da Feira. curso que Menéres terminou com distinção em 1884. Mirandela e Alfândega da Fé. Nasceu no Porto. segundo secretário da legação de Portugal em Paris no regime monárquico. freguesia de Miragaia. MENÉRES (Alfredo da Fonseca) – Rico proprietário e industrial. irmã do conde de Leça. grandes e rendosas propriedades em Carvalhais. Uruguai e mais terras. Porto. como memória. etc. que recusou. castanheiros. fornecia medicamentos gratuitos aos operários das suas propriedades e aposentava com ordenado fixo os mesmos depois de certos anos de trabalho. como acácias. Associação dos Regentes Agrícolas. Carvalhais – Traços históricos. Porto (sem data). Companhia Promotora da Agricultura Portuguesa. pagava à sua custa ao médico que curava os doentes da freguesia de Carvalhais. pois. deixou Alfredo Menéres largos vestígios da sua passagem e iniciativa ilustrada. 8. Mendonça. representada no teatro Afonso Sanches de Vila do Conde em 10 de Setembro de 1910. sendo por isso agraciado com a grã-cruz de Mérito Industrial e em 1907 com a carta de conselho. etc. antes atreita a paludismos. Tip. de 12 págs. Matosinhos. Limitada. Companhia Vinícola Portuguesa. que devia constar de dois volumes. Em 1895 foi eleito vereador da Câmara Municipal do Porto.MENÉRES 307 TOMO VII res.º de 91 págs. Escreveu: Interesses Nacionais – Tarifas económicas (entrevistas publicadas no jornal O Século de 8. De chofre – Revista ilustrada de Vila do Conde. singularizando-se por notáveis melhoramentos no pelouro a seu cargo – jardins e asilos. Companhia dos Caminhos-de-Ferro de Guimarães.º gr. com o retrato do autor e setenta e cinco gravuras de personagens e monumentos referentes a assuntos versados na obra e vários fac-símiles autógrafos de homens históricos. 35000 eucaliptos. que ascendiam em 1911 a 52000. Na Associação Comercial do Porto. 8. inumeradas. 8. não falando na sua enorme plantação vinhateira. 8. publicadas pelo jornal O Monitor – 1907. embelezou e salubrizou a terra.º de 32 págs. plátanos. 2000 oliveiras.º de 432+1 págs. Este folh. A expensas suas construiu-se em 1898 o grande edifício escolar de Carvalhais e o cemitério paroquial que até então não havia. Lisboa. Sociedade Clemente Menéres. na Associação Industrial Portuense. sendo para lamentar que os herdeiros da sua grande forMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 1908. 20 e 29 de Março e 13 e 23 de Abril de 1913). no que se tornou digno de alto louvor. de 42 págs. sendo 7000 amendoeiras.. Porto...º peq. A família Teixeira Homem (Brederode) – Excertos históricos. 1913. com duas fotogravuras. cujo pavimento também soalhou. ficou incompleta pela morte do autor. Em viligiatura – Impressões duma viagem pela Europa. no chafariz a legenda «Conselheiro Menéres». canalizou água potável para o centro da povoação – havendo. Esta obra. fazendo-se os enterramentos na igreja. 1916. e o precedente saíram com o pseudónimo de «Tirolito Júnior». 8. além da utilidade própria. 1916. 1000 árvores frutíferas e muitas essências florestais. Também lhe foi oferecido o título de conde de Carvalhais. . na capela-mor da Sé de Goa e nela esta inscrição: AQUI JAZ D. MENESES (D. 1915. Clemente Menéres foi dos que mais trabalhou para a consecução do nosso caminho-de-ferro. em cuja epoca principiou aqui a ser proprietario. há nela uma lápide que diz: «Esta capela da invocação de N. publicado em Lisboa. MANUEL DE SOUSA MENEZES ARCEBIS. MENÉRES (Clemente Joaquim da Fonseca Guimarães) – Rico proprietário e inteligente explorador das cortiças das matas do Quadraçal e Romeu. Ofereceu gratuitamente ao Estado uma casa para nela funcionar a escola primária de Romeu. 113 e seguintes. a pag. em campa rasa. pelos anos de 1642 e está sepultado. Nasceu na Vila da Feira a 19 de Novembro de 1843. de Jerusalem do Romeu. 1681. Comemorando este facto. Porto. distrito de Bragança. Ana Rosa da Fonseca. págs. Nasceu na vila de Ansiães. sendo certo que bem merecia especial comemoração por vir valorizar no nosso distrito uma riqueza que jazia desprezada. abrindo-se nessa occasião um caminho bordado de arvores até á estrada real». prestando assim mais um preito de homenagem a quem tanto o merece. As seguintes publicações dão notícias claras referentes à enorme energia desenvolvida por Clemente Menéres e à sua acção agrícola benéfica: Quarenta anos de Trás-os-Montes – Publicação de um grupo de amigos de Clemente Menéres. S. em 12 de Setembro de 1709. abade de Soutelo e 14º arcebispo de Goa. DE GOA FOI ELEITO PARA ESTE ARCEBISPADO DE 39 ANNOS TOMOU POSSE DELLE EM 20 SET. e fez construir em 1897 a capela de Nossa Senhora do Romeu. segundo frei Agostinho de Santa Maria. Não é como rico proprietário e inteligente explorador da indústria da cortiça que Clemente Menéres entra neste trabalho. quando pela primeira vez veio a estes sitios. titulo VII do seu livro Santuario Marianno. FAL. – foi visitada por Clemente Menéres em 18 de Maio de 1874. filho de Manuel Joaquim da Fonseca e de D. Portugal Agrícola. o fez a expensas suas e de alguns bemfeitores no anno de 1897.º de XII-47 págs. na mesma povoação. Manuel de Sousa) – Doutor em cânones. com licença da ordem passada no Monte Olivete. 8. 1684. ambos portugueses. Achando-a digna de ser restaurada pelo seu estado de ruina. profusamente ilustradas. Dezembro de 1902. no concelho de Mirandela. É pelas benemerências praticadas que o seu nome conquistou direitos à admiração de quantos prezam o bem-estar social. 568.308 TOMO VII MENÉRES | MENESES tuna a não tenham já publicado. além do benefício às letras pátrias. onde tinha o seu palacete. cuja fundação é muito anterior á era de 1612. AOS 31 JAN. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Bragança. diz H.MENESES | MERGULHÃO 309 TOMO VII Fez a visita pastoral em terras da sua diocese que muitos anos havia não viam prelado algum. «Era muito aspero de condição e por isso algumas vezes arrebatado de colera com a qual prorompia em acções cegas». Adélia Amália Leopoldina de Sá Miranda. nas quais tomou parte como alferes do dito batalhão. destas Memórias. p. defendendo os direitos da corôa portugueza. que se tornou notável na região bragançana durante a guerra da aclamação (448). dos cabidos. distrito de Viseu. 8. Fez os estudos preparatórios em Viseu e concluiu o curso na Escola do Exército em 1890. Escreveu: Apontamentos para a história da campanha à África – Prefaciados por Cristóvão Aires. e depois acrescentada por seus successores. (448) Ver tomo I. Casimiro Cristóvão de – Mitras Lusitanas no Oriente – Catálogo dos Prelados da Igreja Metropolitana e Primacial de Goa e das dioceses sufragâneas. das ordens religiosas. onde podem ver-se também citadas as obras que fazem referência a este arcebispo. 187. a que elle deu principio com grande copia de livros. «Algumas memorias grandes se acham deste arcebispo na Sé. especialmente a livraria que está nos paços episcopaes e é. mas bragançano. natural de Carrapatas. que foi necessário pedir para custeio dela a prata das igrejas.. as missões do padroado contra as pretensões dos missionarios estrangeiros» (447). No tempo deste arcebispo moveu Sivagi (1683) na Índia tão cruel guerra aos portugueses. MENESES (Pedro César de) – General de cavalaria. da guarnição de Bragança. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . tomo VI. (449) Ibidem. Praça da Sé. uma das melhores que tem a India. tenente em 30 de Maio de 1897 e capitão em 10 de Agosto de 1903. concelho de Macedo de Cavaleiros. Em carta real de 10 de Fevereiro de 1684 (ainda foi a tempo!) agradeceu el-rei a este arcebispo o zelo com que procedera.º de VIII-295 págs. Alferes em 31 de Dezembro de 1891. Tip. sendo a de Goa a primeira a dar o exemplo. p. lente da Escola do Exército.ª edição. (449). MERGULHÃO (José Freire de Matos) – Capitão de infantaria. 43. Brigantina. etc. jornalista. Bravo Moraes. natural de Moimenta da Beira. que publicou relatos das campanhas da África (Gungunhana) em 1895. (447) NAZARÉ. 2. deputado da nação. Nasceu a 27 de Julho de 1868 e casou a 15 de Junho de 1891 com D. p. ao que todas anuíram por deliberação de 13 de Março de 1684 dos prelados. por aqui constituir família e ser como oficial de caçadores nº 3. 1896. 98. algumas das quais andam nas Colecções (450). órfão. 1857. ao tratar deste nome. Pedro Quinto. Tem o grau de cavaleiro de S. da família Lemos. MESQUITA (José Maria de Morais da) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. na rua dos Oleiros. Escreveu: Sete cartas sobre a Missão. concelho de Carrazeda de Ansiães. de Zedes. Pelos vendedores. o autor acrescenta ao nome o apelido de Meneses).º graus. Faleceu em Zedes em Dezembro de 1896.ª classe de mérito militar espanhol. a medalha de prata Rainha D. livro 26. filho (450) Sumário da Biblioteca Lusitana. 8.º de sanguinidade: José Maria. isto é. Escreveu: Memórias etimológicas e históricas do concelho de Ansiães – Oferecidas a sua majestade o Senhor D.310 TOMO VII MERGULHÃO | MESQUITA Na expedição a Moçambique (Gungunhana) em 1895 foi condecorado com o grau de cavaleiro da Torre e Espada e medalha de prata de valor militar. Tip. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Em 1854 pediram dispensa para casar de 1. Comercial Portuense. MESQUITA (João de) – Jesuíta. A escritura. principalmente quando esteve em África. artigos «Carrazeda de Ansiães. (451) LEAL. Amélia e a cruz de 1. sendo louvado em ordem do governo pelo zelo e competência que mostrou no desempenho destes cargos. Pinho – Portugal Antigo e Moderno. de onde a vendedora era oriunda.º e 3. venderam em 1857 umas casas em Bragança. de dezoito anos. por António de Sousa Pinto. Tiago do mérito científico. segundo nos disse em 1924 seu genro doutor Jerónimo Barbosa de Abreu e Lima. serviu de procurador seu irmão e cunhado doutor José Maria de Morais da Mesquita Meneses. tomo XIII. Ansiães e Vila Real» e Dicionário Bibliográfico. (Nestas Memórias. senhor da nobre casa das Selores.º e 2. e 2. e presidente da Câmara Municipal de Ansiães (451).º de 16 págs. a D. natural dos Cortiços. dos Cortiços. Luís António de Morais da Mesquita Meneses e sua mulher D. «Cartório Notarial». Isabel Maria de Sá Lemos. diz que estas propriedades eram da casa dos Cortiços. literário e artístico. falecido em 1586. a medalha de prata de comportamento exemplar. José Freire Mergulhão tem colaborado em várias publicações periódicas do Porto e de Lisboa. Maria Eduarda Ferreira de Lima e um casal em Gimonde e uma quinta em Alfaião a Henrique José Ferreira de Lima. Exerceu ali por aquela ocasião os lugares de delegado do procurador da coroa em Gaza e o de chefe da secretaria militar do distrito de Gaza. na freguesia de Zedes. natural de Ansiães. que se encontra no Museu Regional de Bragança. destas Memórias. Mariana Josefa de Morais de Mesquita Meneses. José a 16 de Janeiro de 1636. guardião. celebrado em S. de vinte e cinco anos. MESQUITELA (D. No capítulo da sua ordem. que lhe mereceram o título de venerável (453). natural de Zedes.MESQUITA | MESQUITELA 311 TOMO VII de João Marcelino de Sá Lemos e de D. Igual dispensa pediram na mesma data de idênticos impedimentos: Luís António de Morais de Mesquita Meneses. em 1660 partiu para Lisboa. D. Pedro de Mesquita. Fundou à sua custa uma enfermaria no hospital da vila de Azeitão em 1645 para se curarem os desamparados daqueles contornos. Carvalho da – Corografia Portuguesa. a que dotou algumas rendas. na serra da Arrábida. tomo II. e depois da morte deste passou a exercer as mesmas funções na casa do duque de Aveiro. p. Pedro. Era sacerdote do hábito de S. que tomou. Jorge – Hagiológio Lusitano. que o tinha em grande conta pelas suas virtudes e qualidades intelectuais. Está sepultado à entrada da porta do convento. Pedro de Castilho. João Baptista de – Mapa de Portugal. tia do impetrante José Maria e filha de Luís Manuel de Morais de Mesquita Meneses. de treze anos. no que há engano. (453) CARDOSO. com igual crédito. e D. de Zedes. Rodrigo de Castro. e Santos Portugueses. até um pouco avaramente. Maria Eugénia. órfã. conde de) – Foi nomeado governador das armas da nossa província em 1659. 627. onde se diz que morreu a 25 de Março. abstinência e pobreza de vestir. p. saqueou (452) Ver tomo VI. havia-lhe sido concedido levantar uma casa na mencionada serra da Arrábida para mais recolhidamente se entregar à prática das virtudes em que muito se distinguiu. no dia de todos os Santos de 1639. Mariana Josefa de Morais de Mesquita Meneses. Neste novo estado tornou-se notável pela caridade. João. filha dos ditos João Marcelino de Sá Lemos e de D. À morte deste. natural dos Cortiços. havendo deixado fama de claras virtudes. perto de Setúbal. 156. e D. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . deixando o governo entregue ao conde de S. MESQUITA (Padre Pedro de) ou Pedro de Mesquita Carneiro – Natural de Moncorvo e oriundo da melhor gente desta vila. Faleceu a 24 de Março de 1649. referente ao dia 24 de Março. Foi secretário do bispo inquisidor-geral D. sobrinha do impetrante Luís António de Morais de Mesquita Meneses (452). CASTRO. distribuindo largamente pelos pobres os bens que tinha ajuntado. professou na serra da Arrábida a regra terceira da penitência nas mãos do padre Frei Francisco dos Reis. COSTA. principalmente na oração. Isabel Maria. ao qual prestou importantes serviços. ficando a substitui-lo interinamente. Em 1846. Miguel. p. 96 e 270. parte II. pela transferência do conde de Mesquitela para o governo das armas na província do Alentejo. sendo condecorado com a medalha de Torre e Espada. Acabada a guerra civil deixou o serviço militar. tomando posse a 23 do mês imediato. deixando o governo entregue a Domingos da Ponte Galego. Luís de – Portugal Restaurado. bem como várias outras praças do 2. contendo na obediência este distrito. em Julho de 1661 voltou a assumir o mesmo governo. João (Luís Alvarez de Távora?). destas Memórias. o que lhe valeu o título de visconde e ser nomeado governador civil do distrito de Bragança. e tomo IV. Foi o conde de Mesquitela que em 1659 mandou construir o forte de S. As suas entradas. com três bandeiras. livro III. p. (455) Ver tomo I. que foi nomeado mestre-de-campo-general das províncias do Minho e Trás-os-Montes. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . tenente-general de cavalaria. na revolta da Patuleia.º esquadrão do regimento de cavalaria nº 6. por decreto de 26 de Janeiro. ainda hoje adaptado para quartel das tropas de cavalaria da guarnição desta cidade (455). Pedro e D. É enorme a lista dos lugares galegos que sujeitou a Portugal. por na batalha da Asseiceira haverem aprisionado o regimento de infantaria nº 16 e um batalhão de infantaria nº 12. lendárias. foi presidente da junta governativa que em Bragança se organizou a favor do partido de Costa Cabral ou da rainha. passando à província da Beira a ajudar João de Melo Feio contra as invasões do duque de Ossuma. o mais brilhante em feitos militares na nossa província. lugar que continuou a exercer em 1662. enquanto ele foi a Lisboa. (454) MENESES. 188 e seguintes.º ano. Serviu como voluntário liberal na guerra civil entre D. ao qual ele pertencia. não em 1847. sucedendo-lhe aqui o conde de S. 540 e 553. Natural de Macedo de Cavaleiros. Na sessão de 28 de Junho de 1843 tomou assento na câmara dos pares como sucessor de seu pai. mas no ano seguinte. MIRANDA (António José de) – Doutor em matemática pela Universidade de Coimbra.312 TOMO VII MESQUITELA | MIRANDA e incendiou Alcanises. Mas em 1851. p. sendo premiado no 3. onde nasceu a 31 de Março de 1812. O governo do conde de S. João continuava ainda quando se ultimaram as pazes em 1668. saques e incêndios de povoações na Galiza ficaram memoráveis. como dizem alguns escritores. João de Deus junto a Bragança. o mestre-de-campo-general Diogo de Brito Coutinho (454). O seu governo foi incontestavelmente. vendo decaído o seu partido cartista ou dos Cabrais. e bem assim que nesse ano da prisão (1832) tinha setenta e cinco anos. como é costume fazer-se. António Luís da Veiga Cabral e Câmara.° 8. cabellos ruços. Diário do Governo de 28 de Janeiro de 1848 e Portugal: Dicionário histórico. sendo depois provido na igreja de Medrões. «Era um caracter audacioso e um talento bri(456) Ver tomo VI. e era filho de Inocêncio Gonçalves de Miranda e de D. côr trigueira. n. diz o abade de Medrões: «nasci parede em meio de suas casas». Pedro dos Sarracenos. e em 1822 eleito deputado às cortes. a que adiante nos referiremos. 1889. nem em Bragança. diz a nota do registo da cadeia de Bragança. nem mesmo junto ao processo de ordenação. bispo de Bragança. e da cadeia foi removido para o aljube da cidade a 17 de Janeiro de 1833. LEAL. estando em Paçó de Outeiro. das casas de habitação do bispo ou da sua família. concelho de Bragança. artigo «Vimioso». Numa espécie de prólogo da Vida de António Luís da Veiga. que o remeteu para Bragança. 321. que não nasceu em Paçó de Outeiro. distrito de Vila Real. pois havia sido preso a 3 de Dezembro de 1832. Maria da Veiga. que eram em um «nobre palacio junto á praça da Sé. 377. MIRANDA (Inocêncio António de) – Abade de Medrões. pelo brigadeiro Luís Carlos de Ordaz. apesar do ataque de gota de que estava sofrendo. como se vê do respectivo processo arquivado no Museu Regional de Bragança. nasceu em 1758 e faleceu em Grijó de Vale Benfeito. concelho do Vimioso. Pelas questões suscitadas a propósito do concurso à igreja de Quirás. Pinho – Portugal Antigo e Moderno. 335. nem lá aparece o seu assento de baptismo. natural de Paçó de Outeiro. onde foi preceptor do marquês de Fronteira. p. ver o artigo «Miranda (Manuel Gonçalves de)». p. destas Memórias. de onde concluímos que deve ter nascido em 1758 e não 1761 como alguns escritores asseveram. não voltando mais à câmara dos pares (456). Foi professor régio de gramática latina na vila de Algoso. a 29 de Maio de 1836. (457) Monumento à memória de D. artigo «Paradinha de Outeiro». Esta mesma filiação foi a que ele indicou nas declarações feitas na cadeia de Bragança. Manuel Ferreira – Revista de Educação e Ensino. capitão-mor de Outeiro. ambos de Paçó de Outeiro. bispo de Bragança. deste tomo.MIRANDA 313 TOMO VII recolheu-se à vida privada na sua casa de Castelãos. isto é. retirou-se para Lisboa. olhos castanhos e barba cerrada». Era «de estatura ordinaria. p. rosto redondo. Parece. Agosto de 1884. em Bragança» (457). Ordenou-se de presbítero em 1784. 6. e pároco de S. pois. embora seus pais fossem naturais desta povoação. p. DEUSDADO. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . concelho de Bragança. onde foi reitor seis anos. que nele fora aprovado. artigo «Sepúlveda (Francisco Xavier Gomes de)». natural da diocese de Lamego. em que o seu autor pretende dar uma satisfação ao público menos ilustrado. a propósito da abadia de Quirás. neste mesmo ano do 1798 obteve Inocêncio Miranda a reitoria de Grijó de Vale Benfeito. Albuquerque.314 TOMO VII MIRANDA lhante. zurzindo-os a bom zurzir em O Cidadão Lusitano e em vários escritos. um pomo de discórdia entre o cabido e o bispo. não era menos irrequieto que Miranda. as longas questões. Pinheiro – Dicionário Popular Ilustrado. António da Veiga Cabral. Politiquices daquele tempo. (459) CHAGAS. abade de Edroso. correspondentes a Agosto e Setembro de 1900. chegando a ser. Poucos controversistas e literatos do seu tempo levantaram tamanho clamor em roda do seu nome» (458).º de 123 págs. que frisa no despacho. não obstante esta circunstância. demandas e sentenças que teve com Matias José da Costa Pinto de Albuquerque. em que este fora despachado pelo rei. Estão no processo deste provimento. acrescentada com um Apêndice ao Cidadão Lusitano. Lisboa.. 4. achou melhor. Entre estes sobressaiu o padre José Agostinho de Macedo.º de 23 págs. sobre certos reparos que se lhe tem feito. o abade Roberto e D. Diálogo entre um liberal e um servil. mas vingou-se dos governos absolutistas e do bispo. sem concurso. frade mendicante secularizado. Ficou uma vez reprovado nos concursos paroquiais e aprovado em primeiro lugar no da abadia de Sobreiró. contestações. Escreveu: O Cidadão Lusitano – Breve compêndio em que se demonstram os frutos da Constituição. Teve segunda edição feita no mesmo ano. para com a pátria. 1822. O Cidadão Lusitano – diz Inocêncio Francisco da Silva – sofreu desde logo violentíssimos ataques e ásperas censuras da parte de muitos que trataram de confutar certas proposições do autor como contrárias à disciplina da Igreja e pouco conformes à doutrina ortodoxa e à piedade cristã. mas o bispo D. ou ilustração de alguns artigos deste compêndio. Júlio. 4. 1822. arquivado no Museu Regional de Bragança. n.os 8 e 9. O padre Miranda não obteve despacho. provido em Sobreiró em 1798. para com o rei. e os deveres do cidadão constitucional para com Deus. que escreveu uma série (458) DEUSDADO. concelho de Vinhais. e para com todos os seus concidadãos. Lisboa. Viria daqui a má vontade contra o bispo? Em todo o caso. alegações. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Famigerado lhe chamou Pinheiro Chagas (459).. ou deu como mais digno o outro concorrente João Vicente Teixeira de Morais. Manuel Ferreira – Revista de Educação e Ensino. quando cónego da Sé de Bragança. porém. ao contrário de Inocêncio Miranda. como se vê na Gazeta de Lisboa nº 296 do mesmo ano (462). paradoxos. Depois. Por um português cristão. prior de Baleisão. continuador do Dicionário de Inocêncio. 4. Lisboa. na qual se mostra a sem razão com que o seu autor atacou a doutrina do «Cidadão Lusitano» e a hipocrisia com que pretendeu inculcar-se por muito devoto a quem não o conhecer. (460) Estes artigos foram reunidos num folheto intitulado: Sinfonia de Cochicho. 4. Lisboa. Luís António Carlos Furtado de Mendonça. publicados em vários números da Gazeta Universal (460).º Apesar das críticas. Abade de Medrões. Lisboa. O Cidadão Lusitano teve grande êxito. escrevendo: Resposta à carta de Ambrósio às Direitas (461) sobre alguns artigos do «Cidadão Lusitano». Lisboa.MIRANDA 315 TOMO VII de artigos mui virulentos. Com a queda da Constituição. 1822. abade de Rebordãos (ver o respectivo artigo). O prior-mor da ordem de Cristo. 4. pondo-o pelas ruas da amargura. Aureliano do Nascimento. pág. defendida e sustentada pela mesma regeneração da pátria. 1822.° (461) Hoje sabe-se que «Ambrósio às direitas» era D. o cardeal-patriarca D. proibiu. 4. 1822. D. in Educadores Portugueses.º de 18. no bispado de Braga. Manuel Ferreira Deusdado. de mistura com algumas outras obras.º de 12 págs. frade da ordem de Santo Agostinho. da – Dicionário Bibliográfico. Lisboa. Inocêncio F. e a causa da pátria libertada da superstição da moderada seita maçónica. tais quais ele os costumava compor. 1822. Inocêncio de Miranda julgou que estas Cartas eram do padre Francisco Xavier Gomes de Sepúlveda. 1822. Lisboa. esgotando-se rapidamente as duas edições. e absurdos que contém a obra intitulada «O Cidadão Lusitano». Carlos da Cunha publicou em 1823 uma Pastoral em que. aponta entre os trabalhos aparecidos contra O Cidadão Lusitano mais o seguinte. Lisboa. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . escreveu também contra ele uma extensa refutação que publicou anónima com o título Elenco dos erros. Resposta do Abade de Medrões à segunda carta de Ambrósio às Direitas. Ao mesmo propósito apareceram também as três Cartas de Ambrósio às direitas ao Sr. falecido em 1834. e defendeu-se. depois arcebispo de Braga. com corno inglês obrigado ou o anão dos assobios ao padre Medrões teimoso. foi também condenado em Roma por decreto da Congregação do Index de 6 de Setembro de 1824. 1822. a leitura de O Cidadão Lusitano. (462) SILVA.º de 52 págs. 402. 38 e 14 págs. Brito Aranha. sob pena de excomunhão. A propósito de O Cidadão Lusitano saíram mais os seguintes opúsculos anónimos: A Religião em triunfo. 4. diz que a condenação foi por decreto de 6 de Setembro de 1826. Diálogo entre um barbeiro e um professor de gramática. 1822. e seus pretendidos milagres. IV. a qual pretendiam fortalecer contra as tendencias democraticas. Eis a apreciação que José de Arriaga faz de Inocêncio António de Miranda na História da Revolução Portuguesa de 1820 (464): «Nas cortes de 1821 logo entre os deputados houve scisão: direita e esquerda. (465) ARRIAGA. Saiu em folhetins no Conimbricense nº 2416 de 20 de Setembro de 1870 e continuou nos segs. Qualquer d’elles eram homens sem ardor nem enthusiasmo nos seus discursos.. unico alvo das suas attenções. p. respectivamente em 1834 e 1874. não era um corcunda ou servil. uns e outros eram conhecidos pela denominação de corcundas. por D. Trigoso. certamente que o autor de O Cidadão Lusitano.º de 28 págs. vol. Lourenço (Henrique José de Castro) acerca da seita mística influenciada pelo bispo de Bragança. nome bem apropriado aos que como elles andavam com a espinha dorsal sempre curvada perante os reis e grandes da terra. pois morreu em 1805. na (463) ARANHA. barão de Molellos. Fr. 638. outro seria o seu juízo. abade de Medrões. concluindo no nº 2425 de 22 de Outubro do mesmo ano (463). Carta escrita em 30 de Novembro de 1812 ao prior de S. abade de Medrões e deputado em cortes. O ideal d’este partido era arrancar da Revolução todas as garantias e direitos que podessem para a corôa. Nenhum tinha qualidades de estadista. 4. (464) Volume II.. Formavam a direita realistas puros e os moderados. faltava-lhes esse fogo sagrado que aquecia os oradores da esquerda. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . O Cidadão Lusitano teve 3. o vice-reitor da Universidade de Coimbra e outros. Eram seus chefes o bispo de Beja. que Inocêncio António de Miranda. in-4.º. Deve haver muita paixão nesta apreciação. Lisboa.ª e 4. por cujo motivo foram também nesta epocha denominados servis. ambas no Porto. intelligencias mediocres. onde se faz a mais rasgada apoteose do sistema constitucional. p. Além disso. 566. Se Arriaga o tivesse lido. Caetano Brandão. mandou publicar aos seus fregueses pelo seu coadjutor.ª edições. nem de verdadeiro tribuno». José de – História da Revolução Portuguesa de 1820. Pinheiro d’Azevedo.. apesar de falar vantajosamente dele (465). tomo X.316 TOMO VII MIRANDA editado em 1824: Verdadeiro Cidadão Lusitano. Inocêncio Miranda escreveu mais: Homilia constitucional. cujo autor usurpou o nome do venerando arcebispo de Braga. 1822. Brito – Dicionário Bibliográfico. que costumam guardar-se em Portugal no tempo de maior serviço. Ninguem pode fazer idêa dos males. depois de mostrar que nos primeiros séculos. mettel-os no meio dos maiores perigos em razão do ministerio Parochial. que tem causado á Sociedade. e austero ancião? Os clerigos por serem clerigos não deixam de ser homens. e o que se tem seguido de uma tal prohibição. que ha de succeder a um clerigo jovem. p. ouvindo todos os dias na confissão. Um crítico contemporâneo. Isto está em oposição com a opinião emitida por Arriaga. João Bap- (466) Ibidem. depois de três annos de penitencia no deserto. 211. robusto. excessos que desafião o appetite até do mais prudente. ouvindo todos os dias factos escandalosos. e nedio. prohibindo o matrimonio dos clerigos. e horrorosos escandalos: e aquelles que deviam servir de exemplo. dispensas matrimoniais. e querer que vivam como se fossem anjos. que o avaliou com perfeita justeza. ainda tinha lembrança das companhias de Roma. e provocativos pelo orgão do confessionario. Enquanto aos dias santos de guarda diz ele: «Cinco dias santos. p. são os primeiros a servir de ruina a si mesmos. qual é a ceifa dos trigos. e mesmo á religiao. VIII. dias de abstinência e. e assim devia ser: O Cidadão Lusitano assaz o prova. o classifica (467). No capítulo VIII insurge-se contra o celibato. e de corrupção aos outros pelo pessimo exemplo dos seus escandalosos concubinatos». Ordenar moços de 25 annos. IV. 480-483. Jeronymo. Coração de Jesus. contra alguns dias santos de guarda. vol. (468) Galeria dos Deputados das Cortes Gerais e Extraordinárias…. Por isso opinava que se congregasse um concílio e se acabasse de vez com o celibato (469). 59. S. mais adiante. mas moderado. é uma cadêa infinita de máos parochos.MIRANDA 317 TOMO VII sessão de 2 de Setembro de 1822 apresentou uma moção queixando-se de que em muitos círculos do reino os inimigos da Constituição compraram e subornaram os eleitores. por isso propunha que estes deputados fossem inibidos de jamais serem eleitos e excluídos daquela legislatura (466). com melhor critério. Inocêncio de Miranda era um constituinte. Eis como ele se expressa contra o celibato. a saber: o dia de Corpo de Deus. mas a longa experiencia dos seculos tem assás mostrado o quanto elles se enganaram. como o autor. é querer realmente um impossivel. diz dele: «este deputado mostra bastante madureza e liberalismo» (468). (469) MIRANDA. p. grandes crimes. uma lei tão opposta aos sentimentos da natureza. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Inocêncio António de – O Cidadão Lusitano. 174. que faziam um grande obsequio a Deus. cap. p. Se S. (467) Ibidem. os padres foram casados: «Os padres (que preceituaram o celibato) entenderam de boa-fé. nos tempos apostólicos. e edificação aos povos. Pedro. e ele mesmo a intitulou Vida de António Luís da Veiga e Câmara. fora publicada no Conimbricense desde 20 de Setembro a 22 de Outubro de 1870 e compilou essa refutação no Monumento à memória de D.. MIRANDA (Inocêncio António de) também chamado Inocêncio António Rodrigues de Miranda. feita pela fazenda nacional ao reverendo Inocêncio António de Miranda. António Luís da Veiga Cabral e Câmara (471). é uma crítica deprimente da vida do bispo de Bragança D. as pretensões do ilustre trasmontano. afim de não causar tanto prejuizo á agricultura» (470).. que. que se pode computar em mais de três milhões. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . É datada de Lisboa a 30 de Novembro de 1812 e consta de uma espécie de prólogo seguida de oito capítulos. como na ceifa dos trigos. Alfim. isto além do perigo que pode sobrevir ás searas. tanto na sacha dos milhos. 84. O conde de Samodães refutou em A Palavra desde 8 de Setembro a 7 de Novembro de 1885 esta Vida. Por isso opinava «que se pedisse ao Papa uma dispensa similhante áquella. concelho dos Cortiços. que já fôra concedida a respeito dos outros de egual natureza. (471) Ver tomo II. cap. parente do anterior – Natural de Paçó de (470) Ibidem. p. abade da Mofreita. Os bens compreendiam três verbas de pequeno valor. foi uma disposição muito antipolitica». Santo Antonio (onde se guarda) e S. 75 e segs. que muitas veses tem accontecido ficarem arrazadas por tormentas furiosissimas. bispo de Bragança.. António Luís da Veiga Cabral e Câmara.318 TOMO VII MIRANDA tista. XII. e os pobres lavradores lamentando o damno. O Diário do Governo de 1 de Fevereiro de 1845 menciona uma execução de bens sitos em Grijó. Lourenço. fundador do recolhimento deste nome e do do Loreto e finalmente como prelado. pela primeira vez. que só produz males sem bem algum compensador. causam um prejuizo a todo o reino. que mandasse transferir a sua festividade para outro tempo de menos apêrto. Semelhantes dias de guarda n’um tempo tão ocupado. destas Memórias. etc. A esse tempo já o executado tinha falecido. desde criança.. A Carta escrita em 30 de Novembro de 1812 ao prior de S. em parte. E quando elle por escrupulo duvidasse conceder a mesma graça. que teriam acautelado se lhe tivesse sido permittido trabalhar no dia antecedente. a Igreja lá foi atendendo. como são os mezes de inverno. p. mas é necessário completar a obra suprimindo os dias santos que indicou e acabando com o celibato. atrás apontada entre as obras de Inocêncio António de Miranda. onde analisa o bispo. civil e polido. não nos parece original. e materno de Manuel Gonçalves. neto paterno de Silvestre Rodrigues. que desde dia 2 de Junho de 1834 a esta parte. vê-se: que à data o seu autor tinha «38 annos de serviço ao estado parochial e quatro no exercito da Restauração Peninsullar contra a França». presidida pelo Excelentíssimo Prelado da mesma Diocese em Agosto de 1858. prior da freguesia e Colegiada de Santa Maria de Bragança. sem ele. pois pouco antes escrevera: «Eu por mim e por outros mais parochos d’este concelho sei.MIRANDA 319 TOMO VII Outeiro. Era filho de José Rodrigues de Miranda. que sou parocho». Nasceu a 4 de Dezembro de 1795 (472). data em que faleceu em Bragança. na cidade de Bragança para deliberar o meio mais suave desse (sic) satisfazer o pagamento das Côngruas aos Párocos. que paroquiou como encomendado desde 2 de Junho de 1834 até 22 de Janeiro de 1864.. Manuscrito em 4.. Tip. doutor Rodrigo de Sousa Machado. de Milhão. freguesia de Santa Maria. Escreveu: Regras e Preceitos para servirem na Eleição dos Amigos e Conservação da Boa Amizade e na decente separação quando por fatalidade se deverem deixar. ambos de Paçó de Outeiro. que teve lugar por ordem do Governo. e de Teresa Gonçalves. poder presidir a esses actos. como pároco. e de Inocência Miranda. Parecer de um vogal. 1848. Este folheto contém ideias ainda hoje muito aproveitáveis referentes ao assunto. na Comissão Consultiva. Maria Gonçalves. 42 por diante. 16. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de Rio Frio de Outeiro. Vicente. de Rio Frio. por causa dos elementares erros ortográficos que contém.. p.º de 48 págs. Francisco e S. a propósito da côngrua da sua freguesia. e também num requerimento que apresentou em 1835 ao governador do bispado. sobre a corruptela que se ia introduzindo de se fazerem exéquias fúnebres aos defuntos seus fregueses nas igrejas de S. em que foi atendido três anos depois da sua morte (!) num recurso que interpusera do Conselho de Distrito de Bragança. mas parte daquele tempo talvez o passasse fora da diocese. destas Memórias. sendo desde 6 de Dezembro de 1836 pároco colado. Da energia de Inocêncio Miranda como pároco dão testemunho: o decreto de 21 de Março de 1867. de Bragança.º de 10 folhas inumeradas. No entanto. Desde págs. Conforme o que se lê neste manuscrito. de Paçó de Outeiro. e de D. No fim tem a data: «Bragança 15 de Dezembro de 1858» e a assinatura do autor. 45. Este requerimento. com o despacho favorável do governador e confirmação do Ordi- (472) Ver tomo VI. oferecidos ao amigo fiel. o autor resume em quarenta e uma quadras os preceitos expendidos na parte anterior do opúsculo. escrevemos no tomo VI. 8. de quem foi herdeiro. capitão-médico do exército. Fez os estudos liceais em Lamego e Braga e terminou o curso de medicina em 1916. 34. encontra-se no arquivo da freguesia de Santa Maria de Bragança. Japão e outras faianças afamadas. Escreveu: Doença óssea de Paget – Tese de doutoramento. Em Setembro desse mesmo ano deixou este cargo. filho de João de Deus Miranda e de D. da família Saraivas Caldeiras. desde 9 de Abril de 1918 a 28 de Dezembro desse ano. Filho de José Caetano Saraiva Caldeira. a 14 de Março de 1891. Foi o único oficial médico do distrito de Bragança prisioneiro dos alemães na Grande Guerra. como. MIRANDA (João de Deus) – Doutor em medicina pela faculdade do Porto. e não visconde. Por decreto de 8 de Junho de 1906 foi nomeado governador civil do distrito de Bragança. Ver tomo VI. advertindo tam(473) Livro do registo da cadeia de Bragança. Possui em Castelãos muitas e grandes propriedades e um rico palacete brasonado.320 TOMO VII MIRANDA nário em 1842. esteve preso em 1842 por contas com a fazenda nacional durante o tempo em que foi recebedor no concelho de Bragança (473). O Correio Brigantino de 20 de Setembro de 1906 publicou o seu retrato acompanhado de algumas notícias biográficas. rica em especialidades da China. antigo governador civil do nosso distrito. 33. destas Memórias. proprietários. concelho de Moncorvo. pág. sendo pouco depois agraciado com o título de conde de Almendra. Nasceu na Horta. p. fol. correspondente ao dito ano. Maria do Nascimento Trigo. onde o vimos graças à obsequiosidade do falecido prior João de Deus Fernandes de Azevedo. dos quais procede pelo lado paterno e pelo materno dos Mirandas da Paradinha de Outeiro e Castelãos. irmão do prior. concelho de Bragança. e de D. Antónia Amélia de Miranda. filha do doutor Manuel Gonçalves de Miranda. É sobrinho de António José de Miranda.º de 80 págs. nasceu em Almendra a 1 de Fevereiro de 1854.º visconde da Paradinha do Outeiro. 752. lugar de que tomou posse a 20 do mesmo mês. sendo notável a antiga louça que ornamenta a sua copa. MIRANDA (José Caetano Saraiva Caldeira de) – Natural de Almendra. Chegou a frequentar o primeiro ano de direito na Universidade de Coimbra. Porto. destas Memórias. distrito da Guarda. Manuel Inácio Romarim de Miranda. por equívoco. concelho de Macedo de Cavaleiros. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . fidalgos bem conhecidos em toda a Beira. natural de Almendra. solteiro. natural de Castelãos. que depois abandonou. irmã do 1. governador civil de Bragança em 1906. Antónia Amélia de Miranda. como ali se diz. hoje de José Caetano Saraiva Caldeira de Miranda.MIRANDA 321 TOMO VII bém que D. parecera aos que liam menos atentamente. conde de Almendra. em vez de irmã. (475) Ibidem. deve. p. p. a 30 de Novembro de 1780 e faleceu em Lisboa a 5 de Abril de 1841. Simão – História da Guerra Peninsular. corrigir-se por esta forma o texto da discutida página 752: «46 – Está em Castelãos. Manuel Gonçalves de Miranda «fez com notavel bravura as campanhas da Guerra Peninsular. sendo condecorado com a medalha das tres memoraveis campanhas contra Napoleão. Perpétua Maria Geraldes. Na acção de 4 de Agosto de 1810 de Puebla de Sanabria batteu-se com tal valentia que foi promovido por distincção a tenente e agraciado com a commenda da Torre e Espada» (476). p. ministro e secretário de Estado. pois. conselheiro de Estado efectivo. que dávamos D. pertencente ao conde de Almendra. nosso biografado. sócio honorário da Academia Real das Ciências de Lisboa. ao tratar do brasão de Castelãos. e casada com seu próprio filho. Nasceu em Paradinha de Outeiro. 290. A (474) Ver tomo VI. concelho de Bragança. para onde remetemos o leitor. tomo I. tomo III. 62. Antónia Amélia de Miranda é irmã e não descendente do 1. Uma lamentável confusão fez com que na mesma página 752 do referido volume. grão-mestre da Maçonaria e doutor em matemática pela Universidade de Coimbra. MIRANDA (Manuel Azevedo de) – Benemérito médico do Mogadouro.º visconde da Paradinha do Outeiro. capitão-mor da vila de Outeiro. Era filho de Martinho Carlos de Miranda (morgado da Paradinha de Outeiro. destas Memórias. a genealogia estava clara). (476) SORIANO. António José de Miranda. acima mencionado» (474). Antónia Amélia de Miranda como filha ou neta do visconde da Paradinha do Outeiro. MIRANDA (Manuel Gonçalves de) – Par do reino. 377. irmã do visconde da Paradinha de Outeiro. filho de José Caetano Saraiva Caldeira e de D. concelho de Macedo de Cavaleiros. digno de memória pela dedicação com que acorreu a tratar os empestados do cólera em Freixo de Espada à Cinta em 1866 (475). cavaleiro da ordem de Cristo. ou com ganas de ver coisinhas (pois na página 377. no frontispício do palacete do visconde da Paradinha de Outeiro. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Confusões destas são fáceis em genealogia. moço-fidalgo e em 1834 subprefeito da província de Trás-os-Montes) e de D. diz Barbosa Colen: «O novo ministro da fazenda era um grande homem de bem – mas um grande incompetente para a gerência da pasta que lhe entregaram. por equívoco. para Luís da Silva Mousinho de Albuquerque. portanto. nomeado ministro e secretário de Estado. A «Ordem do dia» de 23 de Julho de 1812 de Beresford menciona-o com elogio pelo seu bom porte na batalha de Salamanca (478).ª. datado de 10 de Dezembro de 1830. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . época 1. parte III. IV. tomo I. A propósito da sua gerência na pasta da Fazenda. já fica dito na pág. vem um ofício de D. pág. Barbosa – História de Portugal. (479) Galeria dos Deputados das Cortes Gerais Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa. escrevemos a págs. p. representante do governo português em Paris. 160. junto à vila de Outeiro. eleito sócio honorário da Academia Real das Ciências de Lisboa. Das proezas que obrou em Agosto de 1810. em 1821 foi eleito deputado substituto às cortes gerais e constituintes da nação portuguesa. vol. sendo. p. Maria 2. a 20 de Novembro de 1822 foi. onde logo se tornou um dos seus mais notáveis membros (479). os (477) Almanaque militar de Portugal referido a 1 de Janeiro de 1815. e a propósito de Gonçalves Miranda diz: «não é falto de honra e de saber. A sua boa-fé.ª. p. que lhe valeram honrosas referências daquele general inglês. vol. Dizia. (481) Notícia dos Ministros e Secretários de Estado do Regime Constitucional. p. que posto que sempre se tenha mostrado pela Senhora D. substituindo-o na sua doença o conde de Bonfim (481). 334. Espanha. e tomo VI. onde se fazem apreciações de alguns emigrados políticos mais em evidência. ainda ministro. e a 6 de Fevereiro deste ano. (478) CHABY – Excertos históricos. Francisco de Almeida. 160 do referido tomo. p. nem sempre tem querido caminhar de accordo com as autoridades constituidas». pela primeira vez. e outra vez da Marinha desde 12 de Março a 5 de Abril de 1841. que elle estava retratado no Agricola de Tacito. sendo depois ministro da Marinha desde 20 de Abril a 10 de Setembro de 1836. Nos Documentos para a história das Cortes Gerais da Nação Portuguesa. não do concelho de Bragança (como. (480) COLEN. com razão. 695. 469. 18. Em 1819 demitiu-se do serviço militar sendo capitão de cavalaria nº 12. Em 19 de Setembro de 1833 foi nomeado perfeito da província do Douro (480). da Fazenda desde 28 de Janeiro a 12 de Março de 1841. 560. 370 destas Memórias. tomo VII. mas sim perto de Monboy.322 TOMO VII MIRANDA ordem de promoção a tenente é de 20 de Agosto de 1810 (477). IX. e zeloso do bem da patria. caindo com a Vilafrancada a 27 de Maio de 1823. popular ilustrada (continuação). destas Memórias Arqueológicas). instauradas em 26 de Janeiro de 1821. 378 e 380. Manuel Gonçalves de Miranda. saísse imediatamente para fora do território português. que traz a lista dos grão-mestres da Maçonaria até 1858 (a continuação da mesma lista até 1905 pode ver-se na Ilustração Portuguesa. COLEN – História de Portugal…. quando morreu. (483) ARRIAGA. em conselho de ministros. Estoura jugos. entre os dois supramencionados. 334. que pela situação do respectivo cargo tem de tratar com as gentes da finança. passou para a da Marinha.. tomo III. etc. (485) Lombardês. que se a rainha não jurasse. vol. Por isso. sabendo quanto a esta repugnava tal juramento.. cargo para que fora eleito em 1839 e no qual lhe sucedeu o célebre ministro António Bernardo da Costa Cabral (483). – que. 481. e Diário do Governo de 23 de Novembro de 1844. são conhecidas algumas povoações. p. pede a demissão e é substituído por Gonçalves de Miranda que não tem receio de. a 4 de Dezembro de 1822. nº 86. O desassombro com que se apresentou nessas cortes. como a sua saúde arruínada não lhe permitia largos trabalhos naquela pasta laboriosa. o conhecimento das cousas positivas e. já citado. (484) Veja-se o elenco das suas propostas na Galeria dos Deputados…. 538. nome genérico com que. ia findar o prazo para a rainha prestar o seu juramento à Constituição: o ministro Cândido José Xavier. Julião. morrendo pouco depois. vol. foi ele o único que se não vendeu à corte e que não atraiçoou a revolução. correspondente a 26 de Junho de 1905. fez lavrar (482) CHAGAS. É verdadeiramente notável a energia e força de convicção com que Gonçalves de Miranda se evidenciou nas cortes de 1821. de Lombada. X. e vol. vol. II. onde. XII. em geral. pág. Barbosa Colen. insere. indicaram logo o notável político que ali estava. no concelho de Bragança. barão de Vila Nova de Foz Côa. Era. p. a ladinice que precisa ter um ministro.º grão-mestre da Maçonaria. As suas propostas traduziam a convicção sincera dum verdadeiro liberal (484). 199. como: Babe. ministro da Marinha e 12. onde vêm os retratos da maior parte deles). diz o apodo popular dos habitantes que ficam mesmo no centro da Lombada.MIRANDA 323 TOMO VII seus habitos sedentarios.. mas o entusiasmo ia arrefecendo à medida que o ouro e as seduções da corte e afeiçoados ganhavam terreno. com a rude franqueza de trasmontano e lombardês (485). pois. o grão-mestrado de Francisco António de Campos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Paradinha de Outeiro. 143. Pode dizer-se que. não peccam por desprendimento de interesses» (482). p. tomando parte em quase todas as discussões (entrou nestas quarenta e quatro vezes na primeira época legislativa). S. a gente é mais corpulenta. pelo geral. o seu amor ao estudo das sciencias abstratas. propor. Demais. p. de todos os constituintes. estavam em contradição com a actividade. p. e as elogiosas referências que lhe faz José de Arriaga na sua História . III. José de – História da Revolução de Setembro. 318. Na madrugada de 27 de Maio de 1823. da Rev. forte como uma convicção. vol. Na obra José da Silva Carvalho e o seu tempo vêm diversas cartas trocadas entre eles. e entre as razões deste desterro avulta a de pertencer às sociedades secretas (Maçonaria). de 1820. 250. É notável a correcção com que este escrevia essas cartas. acabando assim o regime liberal. vol. IV. Durante o cerco do Porto (1832-1833) conservou-se alternadamente em Londres e Paris. Miguel sai de Lisboa com o regimento de infantaria nº 23 e dirige-se para Vila Franca – era a Vilafrancada que estava por instantes. atestados em que Gonçalves de Miranda nada se fintava. Portug. minando o solo e as consciências. Tanto na Paradinha como em Castelãos há belas casas apalaçadas dessa família. multiplica-se. ora em francês. o rei adere à contra-revolução e jura-a. 851. 257. 28 de Maio. faiança preciosa e restos ainda importantes de livrarias. p. a rainha não tinha mal nenhum. A contra-revolução aproxima-se e Gonçalves de Miranda sente-a palpitar em seu trabalho de sapa. não trepida e. Este enérgico proceder de Gonçalves de Miranda valeu-lhe. entre os quais avulta o nosso Manuel Gonçalves de Miranda (486). com rico mobiliário. onde prestou grandes serviços à causa de D.324 TOMO VII MIRANDA um decreto declarando a rainha privada dos seus direitos civis e políticos por se ter recusado a jurar a Constituição e intimando-a a sair do reino. Documentos para a História das Cortes Gerais…. foi mandada recolher à quinta do Ramalhão. As perseguições começam: a Gazeta de Lisboa de 10 de Julho de 1823 traz uma lista de proscritos. Gonçalves de Miranda foi desterrado por ordem da intendência geral da polícia para Castelãos. José de – Hist. a Vilafrancada triunfa. p. ora em castelhano. No entanto. que mostram como o ilustre trasmontano era o financeiro dos liberais emigrados. 486. 265. bem como entre Gonçalves de Miranda e o banqueiro espanhol Mendizábal. I. uma violenta campanha de descrédito. pois. como presidente da comissão encarregada de arranjar navios. segundo ele dizia. 515 a 527 e 603. 307. 252. Miranda redobra de energia. dinheiro e munições de guerra e boca para o exército. publica no mesmo dia essa célebre portaria expedida a todas as autoridades para que prendessem o infante. prometendo até prémios a quem lho apresentasse! No dia seguinte. o que não teve efeito por ela apresentar atestados de doença passados pelos médicos. por parte da imprensa realista. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Pedro. que bem inculcam a pujança intelectual do seu dono. O Correio de Lisboa de 10 de Abril de 1841 faz um eloquente elogio das virtudes pessoais e cívicas deste prestante cidadão e descreve os pomposos (486) ARRIAGA. o infante D. o ministério pede a sua demissão. concelho de Bragança. Pinho – Portugal Antigo e Moderno. Tem a data de «Londres.MIRANDA 325 TOMO VII funerais que lhe foram feitos. aprestes. Fora apenas ministro uns meses na Revolução de 1820. Miranda era um carácter tão nobre e de tanta excepção que. mas deve ser de 1834). É bem sabido que quando rebentou a revolução de Setembro de 1836. muitos indivíduos que haviam sido vintistas exaltados não quiseram jurar o decreto de 1836 que mandava pôr em vigor a nova Constituição. No entanto. (490) Ibidem. Folha avulsa. publicou uma proclamação com o título Meus caros compatriotas. Como presidente da comissão de emigrados que em Londres preparou a expedição do exército constitucional para restaurar o trono de D. pág. É o relatório em espanhol da comissão encarregada dos preparativos da expedição. cavalos. por D. sucedida quando ele era ministro. Esta Memó- (487) DEUSDADO. tendo exercido tão importantes cargos. tomo III. 1888) de Pedro Augusto Dias. etc. Sobre o proceder deste trasmontano relativamente à emancipação do Brasil. artigo «Vimioso». 335. 11 de Abril de 1832». baseado na escandalosa portaria de Palmella. en la imprenta de Carlos Woode Hijo. diz Arriaga: «Manuel Gonçalves de Miranda abandonara tambem os seus principios de 1820. em titulos admissiveis na compra de bens nacionais. Um alvará do governador civil habilita este novo ministro da corôa para receber a bagatella de 50:000 cruzados a título de indemnização pela sua pensão de ministro d’Estado honorario de 1823 a 1835. p. 146. composta de Manuel Gonçalves de Miranda. cujos princípios se filiavam na de 1820. 700. 1879. Almirante Sartorius e Juan Álvarez y Mendizábal. tomo I. p. navios. mencionada na Arqueologia político-literária (Porto.º de 45 págs. (sem data. (488) LEAL. tomo II. 135. a qual começa assim: «Proximo e muito proximo está o dia». Da página 29 em diante contém documentos importantes dos fornecimentos feitos pela comissão em soldadas. e vem agora receber essa enorme quantia. o espólio que deixou era inferior ao de um estudante quando deixa os bancos da Universidade (488). Lisboa. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . quando ministro da reacção da Vilafrancada» (489). António da Costa. e foi chamado em recompensa aos conselhos da corôa. 147. p. tomo I. 8. a chave do féretro foi conduzida por José da Silva Carvalho (487). da Revolução de Setembro. Manuel Ferreira – Revista de Educação e Ensino. (489) ARRIAGA. e um deles foi Gonçalves de Miranda (490). Ver também ALBUQUERQUE. António Tavares de – Índice dos trabalhos Parlamentares. José de – Hist. veja-se a História do Marechal Saldanha. Agosto de 1894. Publicou ainda uma Memória – Londres. etc. p. Maria II. sendo ministro e secretário de Estado dos negócios da guerra. MONIZ (D. onde terminou o curso em 1814.º de 14-XIV págs. na Imprensa Nacional. MOGADOURO – Em 1582 autorizou el-rei os moradores do Mogadouro a lançarem 200$000 réis de derrama para fazerem as obras da sua igreja matriz – S. Carvalhais – Traços históricos. e tomo VI. pág. etc. 159. por carta régia. em nota. e em 2 de Junho (491) Dicionário Bibliográfico.. Manuel Gonçalves de Miranda. da Silva no seu Dicionário Bibliográfico. contra José António Ferreira Vieira. 161 e 195. 160. Assim a descreve Inocêncio F. pág. Em 1824 foi provido no arcediago de Neiva e em 1826 na abadia de Santa Eulália de Beiris. nomeado governador da diocese de Coimbra. Ana Maria Madureira da Costa. Lisboa. 376. (492) VITERBO. 4. Mamede (492). págs. tomo XVI. Em 1819. 1824. distinto advogado. Acerca de Manuel Gonçalves de Miranda. cheio de notas e comentários manuscritos muito interessantes. lugar importante que ele desempenhou distintamente por três anos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Lisboa. jurídicas. Frei Miguel da Madre de Deus procurador-geral da mitra de Braga. onde se conservou até 1833. acumulando ao mesmo tempo as funções de secretário do arcebispo. e também as seguintes publicações: Prevaricação demonstrada que praticou o Sr. 131. por Alfredo Menéres. justificativas. Era doutor pela Universidade de Coimbra. filho do doutor Francisco José Nunes da Fonseca Moniz. destas Memórias. Sousa – Dicionário dos Arquitectos…. 1919.». José da Silva Carvalho (491). 365. foi nomeado pelo arcebispo D. e de D.326 TOMO VII MIRANDA | MOGADOURO | MONIZ ria foi reproduzida em português no relatório do ministro da Fazenda. ver tomo I. Tomou ordens de presbítero em 1816 e foi logo nomeado vigário-geral de Valença. p. artigo «Memórias apologéticas. desempenhando ao mesmo tempo os cargos de promotor e examinador sinodal e vigário-geral do arcebispado por despacho de 24 de Janeiro de 1822. tomo III. Possuímos um exemplar da Constituição da Monarquia Espanhola Promulgada em Madrid aos 18 de Junho de 1837.. 457. Em 1834 foi. António Bernardo da Fonseca) – Nasceu em Moncorvo a 11 de Março de 1789 (alguns escritores dizem erradamente 1798) e faleceu sendo bispo do Porto a 5 de Dezembro de 1859. e dali foi colocado abade de Gemeses. 1837. que supomos da mão de Manuel Gonçalves de Miranda. sendo desembargador da relação eclesiástica. sendo exonerado a 15 de Setembro desse ano. Ver tomo VI. Escreveu: Pastoral aos diocesanos do bispado de Coimbra. Carta-pastoral do bispo do Porto aos seus diocesanos. 4.MONIZ 327 TOMO VII do seguinte ano tesoureiro da Sé de Lisboa. arcebispo de Braga. in Diário do Governo de 4 de Janeiro de 1860. 1. a grã-cruz da mesma ordem e a carta de conselho. Pastoral sobre a definição dogmática da Imaculada Conceição da Virgem Mãe de Deus. porém. artigo «Retratos diversos». Diz-se que é um documento notável pelo espírito de intolerância que respira. onde. Dicionário Bibliográfico.° do «Suplemento». Lisboa. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . quando vigário capitular e governador do mesmo bispado em 1834. Notícia dos Ministros e Secretários de Estado…. ilustrada. não chegando. 6. «Imprimiu-se – diz Inocêncio F. e por morte do cardeal Figueiredo. Deixou herdeiros seus irmãos barão de Palme e Carlos Felizardo da Fonseca Moniz. Pedro nomeado arcebispo daquela diocese. p. p. Em 1836 foi transferido de Coimbra para governador do arcebispado de Braga. (493) Independente de Braga. nunca pude vê-la». onde vem o seu retrato. II e III (494). vols. confirmado pelo papa Gregório XVI no consistório de 22 de Janeiro de 1844 e sagrado em 16 de Junho do mesmo ano pelo arcebispo de Braga na igreja do convento de Palme. a exercer o cargo. Também vem o seu retrato na História de Portugal. propriedade de sua família. Pelo falecimento do bispo D. e notas biográficas no mesmo tomo. foi pelo rei D. (494) SILVA. I. E em 15 de Janeiro de 1840 foi nomeado bispo do Algarve. Jerónimo foi transferido para a diocese do Porto a 15 de Março de 1854 e confirmado a 23 de Junho do mesmo ano.º de 45 págs. Pastoral por ocasião da publicação da Bula da Santa Cruzada. Tinha as comendas das ordens de Cristo e S. p. tomo VIII. 1857. que estava sendo servido interinamente por Rodrigo da Fonseca Magalhães. Inocêncio Francisco da –Dicionário Bibliográfico. de Pinheiro Chagas. 73. Revista Contemporânea. na Imprensa Nacional. 295. Foi por três vezes deputado da nação e ministro da Justiça desde 7 de Julho de 1851 a 4 de Março de 1852. Tiago. de que o autor posteriormente se arrependeu. Foram publicadas todas três na Atalaia Católica de Braga. tomo IX. destas Memórias. da Silva –. 1854. 629. em 10 de Janeiro de 1835. continuando ao mesmo tempo no governo do bispado de Coimbra. obteve um canonicato. Está sepultado na Sé do Porto (493). mas desculpou-se e as suas razões foram atendidas. porém. p. Louvado pelo seu grande tacto administrativo e zelo no desempenho do cargo que lhe fora confiado. «acto sublime. vindo de estar prisioneiro dos alemães durante doze meses. dirigindo sempre as forças do seu comando com energia e serenidade até ser feito prisioneiro. Nasceu acidentalmente em Soure. 193. medalha da Vitória com estrela de prata e medalha de prata da classe de valor militar com palma. 1914 a 1918». expondo-se nos lugares mais perigosos com intrepidez e bravura. tomada de Newala em 26 e combate de Newala em 22 de Novembro do mesmo ano.328 TOMO VII MONTALEGRE | MONTANHA MONTALEGRE (visconde de) – Ver tomo I.ª classe. onde foi aprisionado pelos alemães. sendo libertado em 18 de Novembro de 1917. Louvado em Outubro de 1919 em atenção aos relevantes serviços prestados na acção de 5 do mesmo mês. ofereceu-se para ficar ao serviço das operações no distrito de Moçambique. Foi governador interino do distrito de Moçambique e depois do de Tete em 1926. logo que lhe constou que o inimigo estava próximo. Fez as campanhas da África Oriental desde 1916 a 1918 contra os alemães. heróica dedicação e inexcedível amor pela causa da Pátria. alta compreensão do dever militar e espírito de sacrifício de que deu provas no combate da ribeira de Newala em 22 de Novembro de 1916. manifestando assim excelsa coragem. 103. 513. que comandou. bem como nos combates dos dias anteriores. 1848. em razão do seu feito «heróico». Furtado Montanha cobriu-se de glória no combate da ribeira de Newala a 22 de Novembro de 1916. abnegação. e efectivo por decreto de 3 de Dezembro de 1926. pág. A biografia do bispo Fonseca Moniz encontra-se nas Memórias para a História Eclesiástica do bispado do Algarve. Foi louvado porque. combate de Mahuta em 4 de Outubro. Por três vezes os alemães. depauperado pelas privações e por uma febre biliosa. digno de admiração e respeito». Louvado pela iniciativa. e difere algo em algumas datas apontadas por Inocêncio F. medalha de prata comemorativa das campanhas do exército português. por João Baptista da Silva Lopes. Felismina da Assunção Furtado. distrito de Coimbra (pois seus pais são naturais de Bragança). estando em Moçambique de passagem. p. tomando parte na passagem do rio Rovuma em 18 de Setembro de 1916. destas Memórias. filho de José Cândido Fernandes Montanha e de D. a 25 de Janeiro de 1887. p. Cruz de Guerra de 1. Tem a medalha de prata da classe de comportamento exemplar. com a legenda «Moçambique. da Silva. que lhe mereceu ser proposto para a promoção a capitão por distinção. MONTANHA (António Alberto Furtado) – Capitão de infantaria. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . .. E as regionalistas?! Lápide epigráfica. rociando-lhe ao mesmo tempo leves tons de sorriso a comissura dos lábios e diz: arranja-se. de Bragança. sem eles. à arte. etnográfica. mui especialmente nos jornais da terra. renovaram o ataque. o nosso J-o-s-é corre a mão pelo mento. mas não o cede. filho de José Cândido Furtado Montanha e de D. esboça o gesto de um passo. pelas suas benemerências em prol da humanidade sofredora. É que ninguém melhor que ele tem realizado o pertransiit benefaciendo. armas que aos nossos faltavam. tem isto que devia estar no Museu Regional de Bragança. pelas dores e misérias que tem suavizado.. pois pugnavam pela manutenção da água de abastecimento. que aqui incluímos cheios de satisfação o José Montanha. nos seus belos tempos. num quase marejamento de lágrimas. é pelo seu fervente regionalismo e pelos seus excelsos sentimentos humanitários. bibliácea. tão inteligente e heroicamente se houve. Não é por questões de letras. apesar de muito com elas ter lidado e de ter colaborado. Felismina de Assunção Furtado. é pelas lágrimas que tem enxugado. por ser nele que pode utilizar à ciência. à humanidade estudiosa. excedendo portanto as leis militares.MONTANHA 329 TOMO VII com forças muito superiores. e tantas voltas dá que tudo se aplana. fazendo prisioneiro o comandante. que temos presente. Quantas notícias para esta obra temos obtido MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . O fácies de José Montanha ilumina-se por tal forma após a esmola ao necessitado – enquanto os olhos. Talvez se pudesse acoimar Furtado Montanha como pertinaz na resistência. pela fome que tem apagado.. mas o combate da ribeira de Newala era de vida ou de morte para os nossos. MONTANHA (José António Furtado) – Nasceu em Bragança a 6 de Maio de 1882. providos de metralhadoras. O Zé Montanha. traduzem a tortura causada pela miséria alheia – que só a luz divinal pode explicar a emotividade psíquica que lhe vai na alma. É que ele e o doutor Raul Manuel Teixeira são a alma do Museu e do movimento regionalista da nossa terra. faiança. que quase só ele conseguiu salvar a sua gente. sendo energicamente repelidos com grandes baixas e só conseguiram apoderar-se do campo desde que aos nossos se lhe esgotaram de todo as munições.. artefacto artístico de difícil obtenção é só dizer: José: F. aquele não passaria de um armazém de velharias.. É enorme e indescritível a lista das suas benemerências morais. Foi em 1918 nomeado director da agência do Banco de Portugal nesta cidade. espécie numismática. O próprio oficial alemão que comandou o ataque inimigo confessou a brava resistência dos nossos valorosos soldados no seu relatório. fixa os olhos num ponto interno que só ele vê. sendo classificado com distinções nos últimos três anos e no acto grande. nascido nesta cidade a 18 de Dezembro de 1924. que seriam impossíveis sem a sua cooperação! São os grandes Mecenas da mesma. Porto. antigo administrador do concelho da Maia. dramaturgo e romancista brilhante. mas desistiu dessa carreira. Rio de Janeiro. Maria Joaquina Campos.330 TOMO VII MONTANHA | MONTEIRO por intermédio destes dois bragançófilos. natural desta vila. 1902. O segredo da morgada – Opereta cómica em três actos. nascida em Bragança a 21 de Maio de 1915. Viana. presidente do extinto Club dos Girondinos do Porto. e terminou a formatura na Escola Médica em 1902. 1895. poeta. 1894. que faleceu contador em Moncorvo. O José Montanha casou a 10 de Agosto de 1914 com D. José António Fernandes Montanha. Carta aberta (em verso). MONTEIRO (Abílio Adriano de Campos) ou. Há deste matrimónio os seguintes filhos: Lia do Céu Fernandes Montanha. Paulo. deputado da nação pelo círculo do Porto. S. nascida em Bragança a 11 de Fevereiro de 1890.º de 166+1 págs. Nasceu em Moncorvo a 7 de Março de 1876. 8. A Salamanca (um acto em verso). Elisa do Céu Fernandes. jornalista. Fez os estudos liceais em Braga e Viana do Castelo. Pró Pátria. natural de Braga. Tem escrito: Arco-Íris (versos). filho de José Carlos Monteiro. literariamente. vice-presidente da Associação Médica Lusitana. Viana. 1894. 1898. Campos Monteiro – Doutor em medicina pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto. da Associação de Pais e Professores do Liceu Rodrigues de Freitas. Monólogos em verso. e de D. Porto. Cristina dos Anjos Fernandes. 1895. presidente da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto. representada pela primeira vez no Porto em 1900 e sucessivamente em Lisboa. Manaus e por diversas vezes nas cidades do país e do Brasil. 1894. e Raquel do Céu Fernandes Montanha. é filha de Jesuíno Augusto Fernandes e de D. Viana. Os filhos de Minerva (farsa em verso em um prólogo e quatro quadros em verso). nascida na mesma cidade a 20 de Abril de 1929. Violia (balada em verso). Porto. A avenida do Cotovelo (revista de Viana do Castelo em três actos). frequentou ainda durante um ano a Academia Politécnica no curso de preparatórios da marinha. 96 págs. juntamente com os quatro memorados no oferecimento da primeira página deste volume. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 1895. Porto. e uma (inumerada) de erratas. Foi traduzida em espanhol. Representada no Porto. Misse Esfinge – Novela. Porto. 8. Baía.º de 398 págs. A rainha da Lacónia – Opereta em três actos. 8. Porto. Foi traduzida para italiano e representada em vários teatros estrangeiros. Paulo. obteve em menos de seis meses sete edições e atingiu a décima em 1925! O maior êxito de livraria portuguesa. Teve 2. 56 págs. Esta obra.ª edição em 1927 de 268 págs. 3.ª edição em 1922.º de 671 págs. Versos fora da moda (autobiografia de um poeta humilde). sem ano de impressão. 190 págs. 8. mas é de 1923.ª em 1925. Saiu novamente com o título A promessa – Peça num acto em verso. Teve 2. e 4. 8. representada no Porto pela primeira vez em 1910. cenas cómicas e contos em verso. e duas de erratas e registo. Teve 2. 8. Porto. representada no Rio de Janeiro pela primeira vez em 1912.ª edição em 1924. 1921. 1909. Musa irónica – Monólogos. sem ano de impressão. Teve 2. 8. A promessa (acto em verso).ª em 1928.º de 158+1 págs. Ponte do Lima.º de 244-XI págs. Porto. Porto. Braga. e uma (inumerada) de índice. Porto. Representada pela primeira vez no Rio de Janeiro em 1905 e sucessivamente em S. mas é de 1923. 1907.ª edição em 1925. 1920. 1921. com uma biografia do poeta e o roteiro da descoberta do caminho marítimo para a Índia.MONTEIRO 331 TOMO VII A neurastenia – Dissertação inaugural. Representado pela primeira vez no Porto em 1907. Saúde e Fraternidade – História dos acontecimentos políticos em Portugal desde Agosto de 1924 a Novembro de 1926. Moeda corrente (crónicas e contos). Viana do Castelo. Lisboa. Os Lusíadas de Luís de Camões – Anotados e parafraseados para uso das escolas. e duas de erratas. 1915. Porto. A oito dias de vista – Crónicas publicadas no Jornal de Notícias sob o pseudónimo de «Marcial Jordão». Teve 2. 1922. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . A paixão de Ferrer – Poema.º de 258 págs. Coimbra.ª edição em 1926. e uma (inumerada) de erratas. 8.º de 32 págs. Porto. Porto.º de 252 págs. Pará e Manaus. Porto. Porto. mas é de 1924. 1921. O ramo de perpétuas – Opereta em três actos. Teve 20. sátiro-política. O sonho de Gutemberg – Peça em três quadros. O crime de uma mulher honesta – Peça em dois actos. Flor do tojo – Opereta cómica em três actos. Matosinhos. sem ano de impressão. 8. 1921. O auto da serra (acto em verso). 1902. Guimarães.ª edição em 1922.º de 254 págs. º de 169 págs. 8. romance de M. Um divórcio. romance de Paul Bourget. Porto. 8. 1928. revista mensal que fundou e dirigiu. de 121 págs. e seis inumeradas. 8. e duas (inumeradas) de erratas e registo. A Voz Pública. romance de Clement Vautel. A alegria do capitão Ribot. 8. «Mercúrio». romance de Palacio Valdeí. Revista de las Españas. Azul e branco.º de 373 págs. de S. Uma aventura imprudente. A sombra do passado. 1925. Porto. romance de Teófilo Gautier. Contra a maré (contos e crónicas). Luta de Bouças. 1925. «Marcial Jordão» e «Gil Barbeira». Annie. «Hamilton». Minha mulher não quer filhos. Romances de Henri Ardel: Fogo mal extinto.º peq. Comércio do Lima. de Madrid. que dirigiu durante alguns meses. e duas (inumeradas) de erratas e registo. Paulo.º de 163 págs. 1926. 8. O médico-peçonha – Análise da diatribe antigereziana A água-veneno. Colónia Portuguesa. Foi traduzido para espanhol. Jornal de Viana. Porto. Idem. 250 págs. do Porto.332 TOMO VII MONTEIRO Quando se amava assim – Peça em verso. Porto. Pontos e Vírgulas. A hora decisiva. Jornal de Notícias. 317 págs. Pátria. de 130 págs. Vida Nova. 1925. Porto. 1928. 8.º de 76 págs. em três actos. Monitor. Argus. O tio Renato. A Pátria. 1925. 306 págs.º de 282 págs. de que foi director. 8. e O Primeiro de Janeiro. Idem. Maria da Fonte – Opereta em três actos. Leça: Lidador. 8. Maryan.º de 72 págs. Distrito de Viana. do Porto. Tem usado os pseudónimos de «Abimont». Porto. Perdão tardio – Novela regional. TRADUÇÕES Uma noite de Cleópatra. Porto. 1924. Camilo Alcoforado (romance). Santa Olívia – Poema dramático em prosa simples para as almas simples. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Debate. Auto das três barcas – Quadros em verso.º peq. Ilustração Moderna. de Braga. 1925. Tem colaborado: no Moncorvense. Porto. Época. 1928. 1917. Amélia dos Prazeres Lopes Monteiro. nasceu a 5 de Maio de 1892. p. por último. inumeradas. impressa.º de 69 págs. São suas irmãs: D. concelho de Carrazeda de Ansiães. Francisco da vila do Mogadouro os quais pretendem defender no mesmo convento aos.. pais de vários filhos memorados nestas páginas. Flora Amélia de Mourão Frias Sampaio e Melo. Nasceu pelos anos de 1890.. filha de Manuel Maria Lopes Monteiro e de D. Escreveu: Infecções tifóides e paratifóides em Portugal. e D. Lisboa na Of. o detentor do glorioso lábaro que há três quartos de século vem rebrilhando em mãos trasmontanas: Camilo Castelo Branco. 8.. com alta distinção. com o curso da referida Escola Normal. Guerra Junqueiro e ele. Foi governador civil substituto de Bragança. Porto. do mês. Em 1689 fez o retábulo da capela-mor da igreja da Paradinha (495).. (495) Ver tomo IV. António Joaquim Silva religioso da Terceira Ordem oferecem as presentes conclusões. natural de Castanheiro do Norte.. O pai foi director das obras públicas em Bragança. concelho de Carrazeda de Ansiães. MONTEIRO (João Baptista Lopes) – Doutor em medicina. Flora Amélia de Mourão Frias Sampaio e Melo. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . chefe da 1. de Simão Tadeu Ferreira. formada em matemática. MONTEIRO (D.. Mercedes de Jesus Lopes Monteiro.MONTEIRO 333 TOMO VII Campos Monteiro é o porta-estandarte das boas letras portuguesas. a tese seguinte: Ao Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Arcebispo Primaz em testemunho de agradecimento presidindo seu mestre Fr.. destas Memórias.. MONTEIRO (Padre António Martins) e Manuel Vitorino Raposo – Há deles. filho de Manuel Maria Lopes Monteiro e de D. é professora do liceu feminino de Coimbra. e com o curso da Escola Normal Superior de Coimbra (é professora do liceu feminino do Porto).º de 4 págs. Guilhermina Flora Lopes) – Doutora em medicina. Aveiro e Viseu e. morador que foi em Sesulfe. 557. Escreveu: Breves considerações sobre a gastro-enterostomia – Dissertação inaugural apresentada à Faculdade de Medicina do Porto. MONTEIRO (João) – Mestre-entalhador.ª divisão hidráulica de Portugal. 8.. estudantes que frequentam a Aula de Teologia Dogmática estabelecida pelo mesmo Senhor no convento de S. 1794. Concluiu o curso de medicina no Porto em 1916. natural de Castanheiro do Norte. formada também em matemática. do presente ano. diocese de Bragança. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . ao tempo surta no Porto. (497) Ibidem de 26 de Março de 1867.334 TOMO VII MONTEIRO | MONTES MONTEIRO (Manuel de Sousa) – Natural do Mogadouro. do qual tomou posse a 25 de Maio de 1867. a p. O padre José A. 1904 e 1906. e por decreto de 15 de Setembro desse ano foi-lhe permitida a permuta do seu benefício com o abade de S.. a 2. Concluídos os estudos liceais e os preparatórios da Universidade. 196 deste tomo. o segundo é que tem as páginas acima indicadas. diocese do Porto. João do Campo de Gestaçô. Lx. abade de Bouçoães. Não vimos o primeiro..ª. Franco tomou conta do canonicato a 20 de Agosto de 1871. Escreveu: Obras poéticas de. É condecorado com a medalha de comportamento exemplar e com o grau de cavaleiro da ordem de Avis e com o oficialato da ordem de S. 1774. porque o decreto de 21 de Março de 1867.º comandante da corveta-escola Estefânia. que o apresentou num canonicato da Sé de Bragança. MONTEIRO (Avelino Augusto da Silva) – Nasceu na cidade de Guimarães a 20 de Dezembro de 1869. na mesma diocese (496). concelho de Paredes. e por outro de 18 de Junho do mesmo (496) Diário do Governo de 27 de Setembro de 1856.º em Agosto de 1898 e neste mesmo ano foi nomeado instrutor e seguidamente 2. 1901. Dois tomos. Em Abril de 1860 havia sido nomeado professor temporário (por dois anos) para a cadeira de latim de Estarreja (498). (498) Ibidem de 14 de Abril de 1860. Luís. matriculou-se na Escola Naval de Lisboa no ano lectivo de 1887-1888. assentando praça como aspirante de marinha. ainda o menciona como pároco colado de Vila Cova de Carros (497). respectivamente pelos círculos de Santo Tirso. Tiago. Foi governador civil do distrito de Bragança e deputado nas legislaturas de 1900. permutas autorizadas pelo decreto de 25 de Janeiro de 1872.. Em 1904 foi nomeado observador-chefe de serviço do Observatório Meteorológico e Magnético do Infante D. 8. natural da vila do Mogadouro. sendo promovido a guarda-marinha em Julho de 1891. (499) Ver o artigo «Franco (José António)». Porto (bairro ocidental).º tenente em Maio de 1893 e a 1. manuscrito inédito. Parece-nos que esta permuta se não efectuou. abade de Vinhais (499) e depois esta abadia com Abílio Augusto da Silva Buíça. Lamego e Lisboa (bairro oriental). Trocou depois o canonicato de Bragança com José António Franco.º de portada gravada e 440-V págs. MONTES (Padre Luís Baptista) – Em 1856 era abade de Vila Cova de Carros. MORAIS (Padre António de Sá) – Natural de Mirandela. nas suas concessões. filho de Francisco Morais do Campo e de sua segunda mulher D. impressa em Coimbra. terra de seus pais. na Arquitipografia Académico-Régia em 1767. concelho de Penafiel. com uma tese de direito canónico dedicada à Virgem Mãe de Deus da capela de Vinhais. e por fim veio para a abadia de Sonim. sendo já muito velho. Moçambique. para onde fora tratar-se. Porto. de 42 págs. cadeira de obstetrícia. filho de Edmundo Augusto de Morais. de O Primeiro de Janeiro. 1871. plantas. p. 1870. natural de Samões. 42 págs. e muitos desenhos. O reverendo Baptista Montes faleceu a 3 de Outubro de 1890 sendo abade de Guilhufe.MONTES | MORAIS 335 TOMO VII ano foi apresentado por concurso documental na igreja de Sanhoane. com quarenta anos de idade..º grande (francês) de 146 págs. mapas.º peq. por carta régia de 16 de Maio de 1689. Serafina de Sá. MORAIS (António Caetano da Silva Sarmento) – Há dele na casa Campilho. 4. Apêndice aos Apontamentos para a história da diocese de Bragança publicados em 1870. 8. Escreveu: Hidráulica agrícola acerca de um projecto de irrigação e drenagem de 17500 hectares de terreno. 617. Concluiu o curso em 1921. Foi reitor da igreja de Mirandela. onde ainda vivia em 1734. Escreveu: Apontamentos para a história da diocese de Bragança – «Actos contraditórios e escandalosos do governador do bispado de Bragança. (500) Diário de Lisboa de 2 de Julho de 1872. daqui transitou para a reitoria de Marialva. de Vinhais (501). (501) Ver tomo VI. tip. concelho de Vila Flor. MORAIS (António Trigo de) – Doutor em engenharia civil. MORAIS (Arnaldo de) – Doutor em medicina. Sebastião Luís Martins». Nasceu naquela cidade brasileira e foi baptizado em Vila Flor. gravuras. mandado organizar pela Companhia Colonial do Buzi. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . etc. pouco mais ou menos. na mesma tip. Porto. diocese do Porto (500). a qual vem publicada nos preliminares da Pleuricologia deste médico. 1925. Escreveu uma poesia laudatória ao doutor Francisco da Fonseca Henriques. um véu de cálix de cetim branco. lente da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. destas Memórias. opinião que Inocêncio Francisco da Silva tem como mais segura. Francisco de Noronha. Há quem diga que em 1564 se fizera desta obra uma edição com a declaração de que era a terceira. Há também quem conteste a paternidade desta obra a Francisco de Morais. 102. como informa a citada Biblioteca Lusitana. Se assim é. nº 78. Évora. João III. Morreu violentamente em idade provecta às portas do Rossio de Évora em 1572. sob o título «A conquista pelo mérito». E embora nascesse em Lisboa. 8. a dita edição de 1567 é a quarta. Porto. MORAIS (Duarte Rodrigues de) – Natural de Tuizelo. MORAIS (Francisco de) – Natural de Bragança. sem apresentar os fundamentos que para isso teve. cap. CLVII. VI. liv. 105 a 111. MORAIS (D. que antecede o Dicionário Português da Academia. que muito se distinguiu durante o cerco de Vinhais em 1666 pelo general Pantoja (503). Primeira e segunda partes.336 TOMO VII MORAIS Escreveu: Fisiologia patológica da infecção puerperal. MORAIS (Cristiano de) – Doutor. O autor da Biblioteca Lusitana (Diogo Barbosa Machado). 1567. tesoureiro-mor do reino. pág. sem particularizar as circunstâncias deste lamentável acontecimento. p. Fol. veio no 4º a dá-lo como natural de Lisboa. da nobre família dos Morais. (502) Ver tomo I. de Vila Flor. Foi o fundador do hospital de Vinhais (502). reinando D. Era filho de Sebastião de Morais.º tomo dá este autor como nascido em Bragança. Escreveu: Crónica de Palmeirim de Inglaterra. destas Memórias. e de D. Para a sua biografia. Francisca de) – Corajosa e nobre fidalga. portanto. Juliana de Morais. todos concordam que seus pais eram de Bragança. gótico. ver Revista do lar e da mulher – Vida doméstica. 1921. Quixote. I.º de 136 págs. o seu testemunho em nada invalida a opinião geral que o faz oriundo da nossa cidade. Em 1540 acompanhou a França o embaixador D. Julho de 1924. Escreveu: Problemas sexuais em Portugal – Dissertação para concurso. ano V. p. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . baseados na Vida de D. As poucas notícias que dele nos restam podem ver-se resumidas no princípio do tomo I da edição do Palmeirim de 1786 ou no Catálogo dos Autores. que no 2. de Cervantes. (503) Ibidem. Foi comendador da ordem de Cristo e tesoureiro da casa real. 2.º conde de Linhares. Também o notável filólogo Ferdinand Deniz. respectivamente Domingos Fernandes e Baltasar Gonçalves Lobato. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Escreveu mais: Diálogos. Inocêncio F. I: «que o autor com a amenidade do seu florido ingenho e com a suavidade do seu elegante estylo. Sobre esta edição fez-se recentemente outra. no livro acima citado. mudou de opinião relativamente à originalidade portuguesa da Crónica de Palmeirim. Leonor. 4. Lisboa. 339. Inocêncio F. fólio. impresso em 1861. É certo que a Crónica de Palmeirim não é originariamente portuguesa. indo assim de acordo com as opiniões de Southey e Monglave. 8.ª e 6. 5. diz Baptista de Castro. no artigo «Francisco de Morais» da Nouvelle biographie général. chamando-lhe celebrado e transcrevendo a opinião do padre Teles na sua História de Etiópia. da Silva. como diz Inocêncio F. A propósito da Crónica de Palmeirim. com tanta elegância e propriedade. João Baptista de – Mapa de Portugal. A 3.º. (505) CASTRO. com um desengano de amor. por Francisco de Morais. a que se ajuntam as mais obras do mesmo autor. que bem se pode dar como original. p. 4. para inglês e francês este celebérrimo romance português (504). no qual se prova haver sido a referida obra composta originalmente em português. livro I.º Diogo Barbosa Machado. só pretendeu recrear os leitores com fabulas doutas e com ingenhosas ficções» (505). cap. em vista do opúsculo de Odárico Mendes – Opúsculo acerca do Palmeirim de Inglaterra e seu autor. onde a originalidade portuguesa desta obra é sustentada com incontestáveis razões convincentes. introduziu-lhe tais elementos de sua própria casa.ª partes do Palmeirim são de outros autores.MORAIS 337 TOMO VII atribuindo-a a el-rei D.ª. tomo II. 1786. tomo XXXVI. sustenta a mesma opinião baseado em razões poderosas. hijo el emperador Palmeirim. o que não é aceitável. Depois. y de su hermano Polendos. artigo «Escritores». tomando conta do assunto sobre o qual já se escreveram livros anteriores em castelhano e francês. Em 1807 e 1829 foi traduzido. no «Suplemento» ao Dicionário tomo IX. no que se enganou. Évora. sobre certos amores que teve em França com uma dama francesa da rainha D.ª. mas Morais. ainda lhe atribui mais a seguinte obra escrita em castelhano. da – Dicionário Bibliográfico. Fez-se nova edição deste notável livro em 1532. É verdade que o crítico (504) SILVA. João II. três tomos. e em 1786 apareceu outra com estes dizeres: Crónica de Palmeirim de Inglaterra – Primeira e segunda partes. da Silva: De los valorosos y esforçados hechos en armas de Primaleon. 1624. respectivamente. Pascual de Gayangos. Nobiliário que contém árvores de costado das casas ilustres de Portugal. Pinheiro – Dicionário Popular. Brites de Vasconcelos Saraiva. histórico. e dos príncipes da Europa. idem (507). e FREITAS. p. em um extenso trabalho oferecido à Academia Real das Ciências de Lisboa. da qual se conclui que nesse tempo passava. Jordão de – Notícia Bibliográfica sobre Francisco Morais o «Palmeirim». artigo «Palmeirim». mas o literato também espanhol D. (507) Portugal: Dicionário histórico. e descendência. Nobiliário de Famílias nobres de Portugal. filha de António do Amaral. cavaleiro da ordem de Cristo. Instituiu um morgado com obrigação de usarem o apelido de «Botelhos» os seus administradores. onde vem compendiado tudo o que há sobre o assunto. Isabel Coelho. e Sumário da Biblioteca Lusitana. MORAIS (Francisco Carneiro de) – Capitão do exército. e de D. MORAIS (Francisco Botelho de) – Natural da vila de Moncorvo e seu capitão-mor e definidor-mor. 1910. Era filho de Paulo Botelho de Morais. em 1685. Idem. Idem. confutou a menos judiciosa opinião do seu conterrâneo. (506) Portugal: Dic. Por último. 98. capitão-mor da vila de Freixo de Numão. e antiga casa de Vila Flor. como de Francisco de Morais originariamente a Crónica de Palmeirim. (508) Ver tomo I. artigo «Botelho de Morais». Ver também CHAGAS. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de págs. apresenta uma prova quase decisiva: é a carta dum contemporâneo. Nicolau Diaz de Berjumera. idem. Brites de Vasconcelos Saraiva. Casou com D. acabando de pulverizar algumas que ainda havia o estudo de Teófilo Braga nas suas Questões de literatura e artes portuguesas. dividido em cinco partes. pretendeu refutar a opinião de Odárico Mendes. e particularmente da província de Trás-os-Montes. intitulado «Reivindicação do Palmeirim de Inglaterra» (506).os 2 e 3 da Revista española de Madrid. etc. e de suas excelências. e de D. que muito se distinguiu durante as guerras da aclamação – 1640-1668 (508). Escreveu em 1689 o seguinte: Origem e progressos da grande. em dois artigos que publicou em 1852 nos n. que traz um largo e bem documentado estudo deste notável escritor. 248 a 258. em 1687. sem dúvidas algumas. ramos colaterais. destas Memórias. Manuscrito in-fólio. e notícia das linhas genealógicas da sua ascendência. e prerrogativas. À vista disto não restarão dúvidas. artigo «Palmeirim».338 TOMO VII MORAIS espanhol D. concelho de Bragança. 96. Em 7 de Janeiro de 1889 foi nomeado professor de ciências eclesiásticas e filosofia aquinatense no Seminário Diocesano. conquanto não venham assinados. nascido nesta última povoação a 27 de Julho de 1819 e falecido a 25 de Março de 1906. e de D. precedido do discurso de abertura solene das aulas (Bragança. onde em breve se tornou notável pela sua muita argúcia. e O Nordeste de 15 e 22 de Junho do mesmo ano e 14 de Junho de 1899. discurso pronunciado na abertura solene das aulas do Seminário de Bragança no princípio desse ano lectivo. 8. com dois mapas). Regina Gonçalves. destas Memórias. fez no Correio Nacional a propósito do discurso do doutor António Cândido em homenagem ao grande poeta João de Deus. cadeiras que regia ainda quando faleceu com inexcedível competência. Praça da Sé.MORAIS 339 TOMO VII MORAIS (Francisco Manuel de) – Nasceu em Soutelo da Gamoeda. A propósito da sua morte lemos no Boletim Diocesano de Bragança. tip. n.° 6. que o adoravam pela sua extrema bondade e integridade de carácter (510). que alcança até pág. penetração e vastos conhecimentos. é bem sabido que Francisco de Morais foi o seu autor. Ordenou-se de presbítero em 1879. que concluiu em 1885. freguesia de Santa Maria de Bragança. p. ainda felizmente vivo (Setembro de 1929). a 16 de Janeiro de 1856 e faleceu nesta cidade a 13 de Junho de 1898. Maria Eugénia de Morais. Era então reitor do liceu. freguesia da Carragosa.º de 16 págs. São cheios de fina crítica filosófica e muita erudição. e irmão do capelão militar João Evangelista de Morais. tenente-coronel de engenharia. indo depois seguir na Universidade de Coimbra o curso de direito. Correm dele impressos uma longa série de artigos publicados em O Nordeste de 11 de Fevereiro de 1896 e seguintes. 11. No folheto intitulado Liceu Nacional de Bragança – Relatório do ano lectivo de 1896 a 1897. debaixo da epígrafe «Uma lamentável crítica». proveito e estima dos seus discípulos. 1897. Junho de 1898. Brigantina. (509) Ver tomo VI. esposa de António Paulo Gil de Figueiredo Carmona. motivados por umas observações que o distinto escritor Fernando de Sousa. Veio a seguir exercer a advocacia em Bragança. natural de Quintela. falecido na quinta da Rica Fé. a 7 de Abril de 1881 (509). natural de Soutelo da Gamoeda. é de Francisco de Morais esse discurso. filho de Domingos António de Morais. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . (510) Boletim Diocesano de Bragança. 128. sobrinho do padre Francisco Gonçalves. e de D. concelho de Vinhais. Também no Norte Transmontano de 4 de Abril e seguintes (1895) foi publicada a sua «Oração de Sapiência». p. nascido em Soutelo da Gamoeda a 20 de Dezembro de 1851. que. pela morte do marido. «bedor» das obras de fortificação daquela vila pelos anos de 1508. que não só para os seus amigos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Rev. Eram umas verdadeiras sanguessugas refasteladas em proventosas sinecuras. Bento no convento de Refojos de Basto a 29 de Dezembro de 1558. depois do que exerceu várias prelazias na mesma ordem e na Congregação Geral feita em Tibães em 1585 foi eleito geral. Francisca de Morais. onde ensinou sciencias ecclesiasticas e philosophia aquinatense. nº 6: «É com profunda magua que o Boletim Diocesano regista o fallecimento do M.340 TOMO VII MORAIS 1898. aí aprendeu gramática Gonçalo de Morais. mesmo depois de concluído o seu triénio prestou à ordem um relevante serviço: era o caso que se tinha introduzido o abuso de entregar a administração económica dos mosteiros a comandatários que. p. Francisco Manuel de Morais. Ficou assinalado o seu generalato pelas sábias medidas que tomou. Gonçalo de Morais foi comissionado pela ordem à corte de Madrid dizer da sua justiça e conseguiu que o rei cedesse da corruptela de apresentar comandatários (511) Ver tomo VI. natural de Bragança. e ultimamente era reitor do Liceu Nacional d’esta cidade. para o que muito cooperou a recomendação de el-rei Filipe II. 128. os exploravam escandalosamente. não lhes prestando serviço algum. pessoas nobres de geração conhecida. que viriam a fazer d’elle um professor eximio se a sua vida se prolongasse. fazer cubelos e barreiras (512). (512) Ibidem. Deixou por tudo isto saudosa memória» (511). de cujos trabalhos teve de retirar-se por causa da sua doença. residir para Ansiães com seus três filhos. caritativo e sobretudo um amigo dedicado e sempre prestadio. destas Memórias. Era filho de António Borges de Morais. Caracter bondoso. Foi sacerdote digno e virtuoso. indo depois a viúva. MORAIS (D. e no Seminário. revelou grande engenho e talento. concelho de Bragança. natural da referida Vila de Lampazes. Em vão gritavam os frades que muitas vezes passavam fome. constantes de levantar muros caídos. Foi tambem advogado distincto muito argucioso. ambos parentes. Foi mandado pela sua ordem a estudar teologia à Universidade de Coimbra. enquanto os comandatários impavam de fartos. tomo III. Frei Gonçalo de) – Bispo do Porto. A sua morte representa uma perda sob muitos pontos de vista. p. a 9 de Janeiro de 1543 e faleceu a 20 de Outubro de 1617 pelas doze horas do dia. Dr. MORAIS (Gil de) – Morador em Vinhais. Nasceu em Vila Franca de Lampazes. 158. e de D. e tendo catorze anos de idade foi receber o hábito de S. Apenas estiveram casados quatro anos. Rodrigo da Cunha. parece-nos que não deve entender-se a patriótica. obra grandiosa que bem mostra a generosidade do seu ânimo. que traçou o desenho. tomando posse a 16 de Maio do mesmo ano. Fundou em Santarém o convento beneditino chamado do Milagre em uma ermida que a infanta D. Prior do Crato. discípulo de Miguel Ângelo. O altar-mor é obra do italiano Valentim. Filipe II concedeu a Gonçalo de Morais uma pensão de quatrocentos cruzados nas rendas deste arcebispado. dotou-o com rendas suficientes para prosseguirem as suas obras. sendo bispo. que muitas vezes o levou a distribuir pelos pobres a cruz peitoral e o anel prelatício à míngua de outros recursos. Maria Manuel lhe cedeu. e em nichos especiais mandou recolher os MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Frei Marcos no claustro da Sé. e para a sua fábrica bem como para a da capela-mor da Sé comprou uma renda de 120$000 réis de juro. Além destas obras. em que a arte excede muito a matéria. Jorge de Almeida. Mandou fazer de novo a sacristia e a capela-mor da Sé. se assim é. António. assinalando-se pela sua extrema caridade. Vagando o arcebispado de Lisboa pela morte de D. de onde foi eleito para bispo do Porto em Janeiro de 1602 e consagrado a 25 de Abril seguinte. Visitou pessoalmente a diocese. A então vila de Santarém. Cunha e Florez dizem que a virtude de Frei Gonçalo foi o motor que influiu no régio ânimo para tal generosidade. Terminada a prelazia de Santarém. diz D. que ele desfrutou até ao fim da vida. Acabou a capela de Nossa Senhora da Saúde. de que constituiu administrador o cabido. hoje cidade. rasgando friestas para maior divisão de luz e enriquecendo-a de muitos ornatos de prata. outras de somenos valor fez na mesma Sé.MORAIS 341 TOMO VII nos conventos beneditinos. começada pelo bispo D. nele foi por alguns anos prior. Mandou edificar defronte do aljube. em memória do que a vila espontaneamente forneceu ao seu protector três mil pedras lavradas para a fundação do convento. ou prisão eclesiástica. uma capela dedicada a S. mas o caridoso padre tanto instou que conseguiu desarmar as iras do sombrio fundador do Escorial. e a pintura do retábulo da mesma incumbiu-a o magnânimo bispo aos artistas mais distintos que no género havia em Portugal. ouro e outros guizamentos. mesmo quando já era bispo do Porto. foi Gonçalo de Morais viver para o convento de Lisboa. facto de grande importância para o progresso da ordem e que foi grandemente celebrado. Gregório para que os presos pudessem ouvir missa. Também mandou vir do estrangeiro a estante do coro e grades da capela-mor em bronze de grande valor e fez construir de jaspe o púlpito. e depois. receava muito da cólera de Filipe II pela notável parte que tomara na aclamação de D. que repousavam em diversos locais daquele templo. 1554. p. O Portugal – Dicionário histórico. obra que forneceu a D. e de latim na Universidade de Coimbra. filho de Narciso José de Morais e de D.º Orat. III. etc. À hora da morte mandou distribuir pelos pobres tudo quanto tinha. Reg. Conimb.342 TOMO VII MORAIS restos mortais dos bispos seus antecessores. 4. 1555. onde se lê uma larguíssima biografia deste bispo do Porto. e tomo VI. Princip. Lisboa. Joan. 349. NOVAIS. Frei – Beneditina Lusitana. para onde veio de Paris em 1546. Estes trabalhos materiais não lhe impediam a suma vigilância espiritual que sempre lhe mereceu a diocese. 127. diz que este bispo deixou escrito um tratado em latim e vinte e cinco sermões pregados até ao ano de 1610. Nasceu em Samões a 2 de Janeiro de 1860 e faleceu em Vila Flor a 11 de Julho de 1928. MORAIS (Inácio de) – Natural de Bragança. Ant. mestre dos infantes D. XLI. sem reservar coisa alguma (513). vol.º (513) CUNHA. Padre – A Palavra de 13 de Maio de 1902. Rodrigo da – Catálogo e história dos Bispos do Porto.º Panegyr. Escreveu: Ciceronis Proemium Rhet. destas Memórias. 4. Concluiu o curso em Lisboa em 1888. e D.º Epithal.º Orat.º In interitum Princip. Henrique – España Sagrada. Conimbricœ Encomium. Conimbr.º In Interit. 4. IV. 4. D. FLOREZ. Leão de. Escreveu: Gramática francesa dos principiantes. p. SÃO TOMÁS. Rodrigo da Cunha muitos subsídios para a sua História (514). p. João Vieira Neves Castro da. colocando-lhe epitáfios indicativos dos nomes de cada um em lâminas de bronze. 4. filho do infante D. tomo XXI. Porto (era ainda estudante). Escreveu: Dois catálogos dos bispos do Porto. Luís. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . p. 19 págs. p. Novas aplicações terapêuticas da antipirina baseadas na acção analgésica hemostática e germicida. MORAIS (Guilhermino Augusto de) – Doutor formado em medicina. 1644. Princ. António. Princ. Conimbr. Foi médico municipal aposentado de Vila Flor. Elegiœ. Era grão-mestre em artes e formado em jurisprudência cesárea. e Ilustração Trasmontana. 204. 4. 394. artigo «Morais». II parte. Seren. quando era bispo. 4. (514) CRUZ. Conimbr. p. João III. funebr. ad Reg. filho de D. 1888. Ludovici. Elegia. Maria Cândida Machado. Joan. 454. Duarte. Joan et Joannœ. 1557. 31-58. Manuel Pereira de – Anacrisis historial. Jan. 1910. cap. 1553. Seren. filio. MORAIS (João Pinto de) – Abade de Ansiães. foi Inácio de Morais que elaborou e recitou a oração latina da recepção. destas Memórias. hoje concelho de Carrazeda de Ansiães. 4. Tip. Era filho de Pedro Álvares de Morais. a 15 de Dezembro de 1894. (515) Sumário da Biblioteca Lusitana. Braga.. viveu ainda oito anos nos Codeçais. Lusitana. 53 deste tomo. p. Tip. do citado concelho de Carrazeda. concelho de Carrazeda de Ansiães. onde foi pároco colado durante vinte e dois anos. Isabel de) – Heroína do cerco de Vinhais em 1669 (517). João III e sua mulher D. Deste não vimos exemplar algum. A carta de D.º pequeno de 223-317 págs. por. João III que o nomeia lente de gramática é de 21 de Janeiro de 1541 e a de nomeação de lente de poesia latina tem a data de 30 de Setembro de 1546. Guia do Cristão (folheto).. MORAIS (D. autor das Memórias de Ansiães. Reconstruiu com grande força de vontade. Santos Padres e Concílios. 8. (516) Portugal: Dicionário histórico. Era casado com D. 105. destas Memórias.. resignando depois esta igreja. (517) Ver tomo I. de 367 págs. de colaboração com António de Sousa Pinto (519). Catarina visitaram a Universidade. e o tomo VI. freguesia dos Pereiros. 108. neto paterno de João Lopes e de Josefa de Morais. MORAIS (João Fernandes de) – Senhor de Vinhais no século XIV (518). a igreja matriz de Fonte Longa. (519) Ver este nome e o artigo Borges (Manuel de Morais Magalhães) p. artigo «Morais». não obstante experimentar grandes dificuldades. MORAIS (João Eduardo Lopes de) – Reitor resignatário da Fonte Longa. 1562. mencionamo-lo apenas por o ver apontado na Norma do bom Padre. 1870. Conimbr. de A Palavra. p. 8.. 2 vols. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .MORAIS 343 TOMO VII In quodam dialecticos..º peq. Ana Mendes (516). 102. Nasceu a 5 de Maio de 1830 e faleceu na sua casa de Codeçais. Escreveu: Paréneses paroquiais para todos os domingos do ano. pároco de Fonte Longa. 1890.º (515). Porto. Quando em 1550 D. p. onde deixou fama de muito virtuoso e penitente. Era filho de José Zeferino e de Maria José. destas Memórias. (518) Ver tomo I. Norma do bom Padre ou Exercícios práticos dos deveres sacerdotais prescritos pela Escritura Sagrada. etc. etc. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que por benefício da (520) Museu Regional de Bragança. dedicada a Nossa Senhora do Rosário. nem indicação de tipografia nem ano de impressão. 4. Ana Fernandes. exerceu. Era filho de Francisco Fernandes de Andrade e de D. por 120$000 réis. que arrematou em 1788 a obra de carpintaria da capela-mor e sacristia da igreja matriz da Paradinha Nova. os cargos de patrono de causas forenses e pregador evangélico. quarto bispo do Rio de Janeiro – Celebradas na igreja matriz da vila do Carmo em as Minas. que obteve em 1738 licença para oratório particular nas suas casas de moradia (520). maço Capelas. sem mais especificação. 1743. MORAIS (Padre José de Andrade de) – Formado em cânones pela Universidade de Coimbra. Oração fúnebre em as exéquias do Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor D. MORAIS (Frei José de) – Dom abade geral da Congregação de S. destinada a véu de cálix. Passou ao Brasil e na vila de Ribeirão do Carmo. Nasceu a 15 de Junho de 1741 e faleceu no Rio de Janeiro em 1817. 1741. impressa em dois rectângulos. Nasceu em Miranda do Douro a 17 de Abril de 1701. segundo se diz no seu retrato a óleo existente em Moncorvo. Era tio de José Doutel de Almeida. ignorando-se a data do seu falecimento. MORAIS (José Álvares de) – Há dele na igreja de Vila Chã de Braciosa.º Sermão ascético-apologético e panegírico – Pregado na festa de Nossa Senhora do Carmo. concelho de Bragança. na casa de D. António de Guadalupe. Escreveu: Oração histórico-sagrada da Sacrossanta Paixão de Jesus Cristo – Pregada na matriz das Minas de Ouro do ano de 1738. 4. MORAIS (João Tomé de) – Mestre-de-obras. Lisboa. chamada hoje Mariana. concelho de Miranda do Douro. uma tese filosófica em seda branca.º Sermão gratulatório pela felicíssima e desejada saúde. com geral aceitação. Lisboa. padroeira da vila de Ribeirão do Carmo das Minas do Ouro. Bernardo. 1744. lente de teologia (ver o respectivo artigo). Lisboa. Maria Luísa de Vasconcelos Doutel de Figueiredo Sarmento. Fr. Foi arcipreste provisor em Miranda. esmoler de sua majestade e do seu conselho e comissário-geral da bula da cruzada no Rio de Janeiro.344 TOMO VII MORAIS MORAIS (João Sarmento de) – Do Vimioso. º Sermão de acção de graças pela continuação das melhoras da saúde de el-rei D. Faleceu em 1 Julho de 1553. a 18 de Julho de 1744. Nosso Senhor.MORAIS 345 TOMO VII Senhora das Necessidades alcançou el-rei D. Porto. (522) Sumário da Biblioteca Lusitana. 1925. O Sumário da Biblioteca Lusitana aponta mais deste autor: Sermão de Nossa Senhora dos Mártires (Lisboa. onde nasceu pelos anos de 1802. artigo «Andrade de Morais». 1751. Sargento (521) Portugal: Dicionário histórico. tem baixa e escusa do serviço o praça. João V. Escreveu: Duas cartas sobre a missão de Goa e Ceilão (522). Recebeu o hábito no noviciado de Coimbra em 1551. de Francisco de Sousa. João V.. Maria segunda». natural de Bragança. Por decreto de 29 de Novembro de 1832 foi nomeado cavaleiro da ordem da Torre e Espada do valor. filho de Luís António de Morais. Foram importantes os trabalhos que prestou nas missões de Ceilão (523). 4. Lisboa. (523) Portugal: Dicionário histórico. 4. 4. Foi sargento-ajudante do batalhão de voluntários de D. MORAIS (Manuel António de) – Natural de Moncorvo.º pequeno de 96 págs. A epígrafe do registo da baixa diz: «Registo de uma baixa que do Real serviço obteve Manuel Antonio de Moraes Navarro escrivão de direito d’este julgado de Bragança do posto de sargento ajudante do Regimento de Voluntarios da Rainha a Sr.. Nosso Senhor – Recitado na igreja matriz da vila do Carmo das Minas do Ouro. Lisboa. Commandante em chefe do Exercito. artigo «Morais». No Oriente Conquistado. 8.º (521).. 1744. em «attenção aos feitos singulares por elle praticados no memoravel e glorioso dia 29 de Setembro de 1832 na batalha d’este dia». MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Maria II. Manuel Antonio de Moraes Navarro.. filho de Justino Lopes de Morais e de D. MORAIS (Manuel Amílcar Fernandes de) – Nasceu em Mirandela a 26 de Dezembro de 1902. Escreveu: Legendas da tarde (versos). 1746. e pela exaltação da vila do Carmo das Minas em a cidade Mariana na festa do Anjo Custódio do Reino. e diz que a primeira obra das atrás citadas – a Oração da Paixão – foi impressa em 1751.ª D. vem publicada uma carta em que Manuel de Morais descreve a sua viagem de Portugal a Goa. MORAIS (Manuel de) – Jesuíta. lealdade e mérito.º). Magna Fernandes de Morais. E segue: «Em consequencia das determinações de Sua Magestade Imperial o Duque de Bragança. Engrácia de Sá Morais. Tiroteios nas linhas de defeza do Porto em 25 de Agosto. 9 e 16 de Setembro. Acção de 18 de Agosto ao norte do Douro sobre as linhas dos rebeldes. natural de Pinela e aquele de Coelhoso. dito de 2 de Abril na Lixa. filho de Álvaro Lino de Morais e de D. Em 1834 no ataque de 26 de Março em Santo Thirso. correspondente ao ano de 1837. concelho de Bragança. filho de Luiz Antonio de Morais. Concluídos os estudos liceais em Bragança e Braga. Em 1832 no tiroteio do dia 4 de Março nas linhas de defeza. 47 v. Em 1889 obteve a nomeação de professor da Escola Industrial da Figueira da Foz. Acção de 29 de Setembro nas mesmas linhas. Quartel no Porto em 5 de Agosto de 1834» (524). matriculou-se na faculdade de direito da Universidade de Coimbra. partindo nesse ano para o Porto. onde esteve até 1885. Acção de 23 do dito em Ponte Ferreira. demorando-se até 1877. foi ali redactor da Actualidade. e desta transferido em 1891 para a Escola Industrial (524) Registado no Livro de registo da câmara de Bragança. Baixas e altas ao hospital – Baixa ao hospital por ferimento de balla de fuzil em 18 de Agosto de 1833 – Alta em 3 de Setembro seguinte. 8. Nasceu em Coelhoso. fol. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Voltou novamente para Bragança. vindo seguidamente exercer a advocacia para Bragança. Em 1886 foi nomeado conservador do registo predial para Macedo de Cavaleiros e transferido em 1888 para Mirandela. tiroteio no barco do Pocinho em 16 do dito e na memoravel batalha de 16 de Maio de 1834 nas serras d’Asseiceira. a 2 de Fevereiro de 1845. cujo curso terminou com distinção em 1873.346 TOMO VII MORAIS Ajudante. MORAIS (Manuel José Alves de) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. e seguinte. cabellos e olhos castanhos – estado cazado – ocupação negociante – observações veio da companhia do deposito – foi ferido gravemente na acção do dia 18 de Agosto de 1833 tendo sido condecorado com a medalha de Torre e Espada e Merito por feitos de valor que praticou na acção de 29 de Setembro de 1832 na defeza das linhas do Porto. Fez parte do exercito libertador para Portugal em 1832 em cujo anno teve parte nos seguintes fogos: Reconhecimento de 22 de Julho em Vallongo. passagem do Tamega em Amarante em 11 do dito. Teve parte na acção do dia 11 de Agosto de 1829 na Villa da Praia da ilha Terceira. natural da Torre de Moncorvo – anos de idade 32 – pollegadas de altura 66 – praça no Regimento em 15 de Maio de 1829 – signaes. onde se demorou até 1875. MORAIS 347 TOMO VII Infante D. da freguesia de Nogueira.º de 12 págs. pelo meado do século XVI. 278. com autorização do bispo de Miranda dotou com seus bens a igreja de S. de IX-544 págs. de que era senhora. Além da colaboração literária e científica na Actualidade. MORAIS (Maria Pires de) – Natural de Bragança. 8.ª Editores. Século. etc. Foi sepultada honorificamente do lado de fora da igreja de S. Jorge – Hagiológio Lusitano referente ao dia 12 de Fevereiro. Ver tomo II. (525) CARDOSO.. 8. voltando da segunda vez. Coimbra. Porto. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . (526) Ver tomo I. Manuel Alves de Oliveira & C. João. 1904.º peq. Voz Pública. 8. Pertencia à ilustre linhagem dos Morais de Bragança. comarca de Chaves. onde se conserva. destas Memórias. que se distinguiu em 1664 nas campanhas da guerra da sucessão (526). p. Discussão. Onze de Janeiro. Tip. Imprensa Comercial. tem escrito: Morte à morte – Estudo sobre educação popular. Nova geografia geral (pequena geografia) – Sistematizada e desenvolvida conforme os programas mais modernos do ensino desta disciplina. 98. Entre os bens doados entrou a quinta de Vale de Lamas. sendo passados oitenta anos trasladados os seus restos para a capela-mor da referida igreja (525). de Nogueira. 1898. Foi duas vezes a Roma a pé de visita aos sagrados lugares. 1915. Porto. Henrique do Porto. Palavra. Imprensa da Universidade. Porto.º A guerra hispano-americana e a Península.º de 15 págs. destas Memórias. Comercial Portuense. de XV-287 págs. p. MORAIS (Miguel Ferreira) – Capitão do exército. 8.º peq. hoje anexa da freguesia de Baçal. 8. para evitar o incómodo que os moradores tinham em recorrer à matriz de Santa Maria. Porto. Recurso de revista – Crime do regedor Domingos Traga. a fim de ser erigida em abadia paroquial. condenado por abuso de autoridade por ter prendido num ajuntamento conflituoso o cidadão Eduardo Augusto Lobo. tornando-se notável pelas esmolas que distribuiu. 1869. da mesma freguesia. João da cidade de Bragança. O Hagiológio Lusitano celebra o passamento desta senhora aos 12 de Fevereiro. comarca de Chaves. 1913. Apelação cível – Contraminuta à acção turbativa por parte dos apelados Luís Alves Pires Inácio e mulher contra Eduardo Augusto Leal e mulher. com outros. avô de Estêvão de Morais Sarmento. Escrita em 1725. 1730. Conimbricæ: Superiorum Gratia Apud Antonium Simioens Universit. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 145 e 157. e História genealógica da Casa Real Portuguesa. Escreveu o seguinte. Typog. p. 104. na igreja de Valverde. Forma.348 TOMO VII MORAIS MORAIS (Paulo Botelho de) – Poeta. (527) Sumário da Biblioteca Lusitana. 203. cónego da Sé de Bragança e governador do bispado. que era irmão de Francisco Botelho de Morais e Vasconcelos. M ORAIS (Sebastião de) – Mestre-de-obras. p. Filho de Francisco Botelho de Morais. in-fólio. p. MORAIS (Padre Paulo Miguel Rodrigues de) – De Vila Chã de Braciosa. Da História dos Marqueses de Távora ainda existia em 1913 um exemplar em Moncorvo. p. e de D. destas Memórias. concelho de Bragança. como poeta e como orador. cor branca. concelho de Bragança (530). (530) Ibidem. onde nasceu a 5 de Abril de 1677. tomo IV. que defendeu valentemente contra o cerco de Pantoja em 1666 (529). capitão-mor da dita vila. MORAIS (Rodrigo de) – De Tuizelo. por alcunha o Indiano. destas Memórias. 1730. numa só plana. Foi um dos mais celebrados membros da Academia dos Unidos. o códice nº 285 da «Colecção Pombalina» da Biblioteca Nacional de Lisboa (527). MORAIS (Padre Sebastião Rodrigues de) – Há dele. p. anexa de Pinela. Portugal: Dicionário histórico. 139. uma tese defendida no seu quinto ano de direito canónico. 654. célebre governador de Vinhais. «Família dos Botelhos de Morais com a ascendência por todos os lados». de quem falaremos no lugar competente. (528) Ver tomo I. em poder dos descendentes do autor. que se distinguiu pelos bons serviços prestados durante a guerra peninsular – 1808-1815 (528). pelos assinalados serviços que prestou na Índia. CLXVI. que em 1789 arrematou por 160$000 réis a obra de pedreiro da igreja de Paredes. 130. (529) Ver tomo I. dedicada a Nossa Senhora do Rosário. Brites de Vasconcelos Saraiva. Árvores dos costados das pessoas nobres da vila da Torre de Moncorvo e seus contornos. artigo «Botelho de Morais (Paulo)». que ficou manuscrito: História da ilustríssima e antiquíssima família dos Marqueses de Távora. impressa em véu de seda. Anno Domini 1716. tomo I. dividida em duas partes. e tomo VI. com noticiosas adições aos quartos avós. natural de Moncorvo. Genealogia dos Matos (compilação). de cálix. Senhores do Mogadouro. de Vale Benfeito (531). nascida a 7 de Outubro de 1892. destas Memórias. Fernando José e Adriano Pereira Vaz de Morais de Abreu Sarmento. Maria das Dores Álvares Pereira Vaz de Magalhães. MORGADO (Artur Martins) – Doutor em medicina pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Porto. de Bragança. Nasceu em Vale Benfeito. São tantas as informações que nos conseguiu para este volume. (531) Ver tomo VI.º de 88 págs. Maria Zélia Vaz Morais de Abreu Pereira.MORAIS | MORGADO 349 TOMO VII MORAIS DE ABREU E SARMENTO (João José Pereira Vaz de) – Tenente de infantaria. filha do capitão de ordenanças Félix Borges Vergueiro Pires Duque. de que falámos no tomo VI. Isolina Augusta Pereira dos Santos. nascida em Alvações de Tanha (Régua) a 7 de Agosto de 1846. tendo casado com D. João Manuel. concelho de Macedo de Cavaleiros. Maria Cândida Borges de Morais de Abreu Sarmento. Zélia Maria. nascida a 31 de Janeiro de 1886 e casada com Carlos Alberto Pereira de Oliveira. casado com D. Além do nosso biografado. p. pág. 8. de Castanheiro do Norte. capitão de cavalaria na guerra peninsular. 29 e 490. Pais: Bernardino César de Morais de Abreu e Sarmento. concelho de Carrazeda de Ansiães. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . destas Memórias. Bernarda Maria Borges de Morais Vergueiro. Escreveu: Subsídios para o estudo da higiene e demografia da cidade de Bragança – Dissertação inaugural apresentada à Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Há deste matrimónio os seguintes filhos: Alfredo. a seguir mencionado. oficial de cavalaria. filho de António Manuel de Abreu Sarmento (que também assinou alguns documentos com o nome de António Manuel de Abreu de Faria de Figueiredo Sarmento Doutel). filha de José Bernardo Borges de Morais de Abreu e Sarmento. senhor de um vínculo de morgadio. Nasceu em Freixo de Espada à Cinta a 28 de Abril de 1876. de Bragança. que nasceu em Vale Benfeito a 16 de Março de 1846 e aí faleceu a 2 de Janeiro de 1920. que não podemos furtar-nos a confessar-lhe por esta forma o nosso reconhecimento. é irmão do doutor Francisco José Martins Morgado. a 23 de Março de 1891 e casou a 6 de Janeiro de 1916 com D. Avós: José Joaquim de Morais Gouveia e D. 1903. 29. tiveram mais uma filha de nome D. actual secretário (Setembro de 1929) do distrito de recrutamento e reserva de Bragança e representante das famílias Abreu Sarmento. nascido em Vale Benfeito a 24 de Março de 1777. doenças mais frequentes e seu tratamento. 706. Conferência realizada na Escola Normal de Bragança em 19 de Junho de 1910. sua extirpação). Tip. 8.º de 72 págs. MÓS (Padre António Joaquim de Oliveira) – Doutor em teologia pela Universidade de Coimbra. Diogo Albino de Sá Vargas. I – Profilaxia das doenças infecciosas escolares. Nasceu na Barca de Alva a 5 de Outubro de 1873. Conferência realizada no Porto em 13-4-928 e em Lisboa no III Congresso de Medicina.350 TOMO VII MORGADO | MÓS DE MONCORVO MORGADO (Francisco José Martins) – Tenente-coronel-médico do exército. Diogo Albino de Sá Vargas e sua irmã D. 1922. É pai de numerosa prole (532). 1899. Documentos para a história dumas partilhas entre o Dr. Adriano Rodrigues. onde casou com D. Bragança. 8. Porto. 1917. Artística. Os serviços de cirurgia no Hospital Militar do Porto (O que foram ontem.º peq. Porto. e de D. Assuntos de Higiene Escolar. de 31 págs. de 217 págs.º de 29 págs. em 2-5-928. Cândida Amélia Cardoso. Central (sem ano de impressão). Fortunata Augusta de Sá Vargas Morgado. Mesma tipografia. Tip.º de 176+2 págs. Segundo livro de documentos para a história dumas partilhas e resposta ao «Desagravo» do Dr. 8. de Caçarelhos. Fez o curso liceal no Porto e aí concluiu o de médico em 1897. 1915. Um caso clínico (osteo-sarcoma da maxila superior. 1910. ex-professor do liceu de Bragança e antigo deputado. Porto. cónego mestre-escola na Sé de Bragança por decreto de 12 de Março de 1868. governador e vigário capitular do mesmo bispado no seminário. Escreveu: Os aneurismas e o seu novo tratamento pelo soro gelatinado – Dissertação inaugural apresentada à Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Porto. com quatro fotogravuras. p. natural de Escalhão.. destas Memórias. Fortunata Augusta de Sá Vargas.º de 50 págs. no qual foi professor de ciências eclesiásticas por muitos anos. 1921. Tip. 8. Nasceu em Bragança a 22 de Janeiro de 1835 e aqui faleceu a 9 de Julho (532) Ver tomo VI. 8.º peq. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . filho de José Francisco Martins Morgado. 8. vindo fixar residência a Bragança. o que são hoje. concelho de Vimioso. o que devem ser amanhã). até que em 1885 se despediu. director de clínica cirúrgica do Hospital Militar do Porto. Bragança. Da linha de fogo às ambulâncias – Estudo sobre o funcionamento dos serviços de saúde da frente. cirurgião do exército. a fazerem as obras e reparos da sua igreja matriz. sucedida a 7 de Novembro de 1874. 603. tendo estudado preparatórios no liceu de Bragança. para ultimar a questão. destas Memórias. tomo III.º de XVI-52 págs. que. (Tese de doutoramento). baseado no contestado direito de insinuação régia. MOURA (Alberto de) – Doutor pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto. O caso foi muito debatido na imprensa. onde terminou o curso em 1925. apressou-se em fazer a nomeação do novo bispo (533). e de D. mas obtiveram sentença favorável nas instâncias superiores. depois governador da mesma diocese desde 2 de Março a 31 de Outubro de 1869 e ainda em 1871 (534). 1925. como nomeou. provieram-lhe: este de seu avô paterno e aquele de sua avó materna. Maria Inocência. pelo lado paterno. pretendia. Doutor em medicina pela Universidade de Coimbra. filho de Bernardino Augusto Gomes de Moura e de D. (535) VITERBO. 8. Nasceu em Bragança a 15 de Setembro de 1874. 196 deste tomo. p. ambos de Bragança.MÓS | MÓS DE MONCORVO | MOURA 351 TOMO VII de 1897. É filho de Álvaro de Oliveira Mós. (534) Ver tomo VI. nomear vigário capitular. contra a vontade do cabido que elegera Oliveira Mós. onde nasceu a 17 de Outubro de 1899. pela morte do bispo Feijó. e ainda hoje é memorado quando aparecem casos idênticos. sobrinho-neto do doutor José Joaquim de Oliveira Mós. Sousa – Dicionário dos Arquitectos…. que usara. Coimbra. Estudou preparatórios no liceu de Bragança e concluiu a sua formatura em 1900. comarca de Moncorvo. 458. p. (533) Ver o artigo «Franco (José António)» a p. O padre Mós e o seu cabido foram pronunciados por se recusarem a dar posse ao insinuado. Escreveu: Notas clínicas sobre cinquenta e três casos de raquianestesia em cirurgia obstétrica. Amélia das Graças Esteves de Moura. MÓS (Francisco Inácio Teixeira) – Natural de Bragança (freguesia da Sé). todos memorados nestas páginas. Tornou-se notável pela coragem com que resistiu ao governo. e pelo materno sobrinho dos doutores Raul Manuel Teixeira e Vítor Teixeira. O padre Oliveira Mós foi presidente da junta governativa da diocese de Bragança em 1865. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . farmacêutico. Os apelidos «Oliveira» e «Mós». MÓS DE MONCORVO – Em 1610 autorizou el-rei os moradores da vila de Mós. filho de António José Baptista e de D. Maria do Carmo Teixeira. cónego da Sé de Bragança. o doutor formado em teologia José Maria da Cunha. com os rendimentos dos pastos de entre os pães (535). e o governo. Lisboa. e uma de «Proposições» (inumerada). José Joaquim de Azevedo) – Nasceu em Alfândega da Fé a 18 de Outubro de 1794. 4. João V. Porto. tendo sido confirmado por Pio IX em 17 de Julho seguinte. em 1875. onde faleceu a 27 de Novembro de 1876.º Dissertação médica ilustrada. pediu um coadjutor e. António. Saiu anónimo. 1739. tomando posse por procuração a 19 de Julho e fazendo a sua entrada solene na diocese a 27 do mesmo mês e ano.352 TOMO VII MOURA Escreveu: Histeria e degenerescência (suas relações).º de 26 págs. partiu em 14 de Julho desse ano para a sua casa de Évora.. França Amado. anagrama do seu próprio. irmão de el-rei D. MOURA (D. sendo exonerado por outro de 29 de Março do ano seguinte. Lisboa. da – Dicionário Bibliográfico. MOURA (Bernardo da Silva) – Doutor em medicina pela Universidade de Coimbra. O autor da Notícia dos Ministros e Secretários de Estado do Regime Constitucional diz que D. Em 27 de Fevereiro de 1856 foi transferido para Braga. Lisboa. Tip. Natural de Moncorvo. e uma de «Aditamento» e outra de «Nota» (inumeradas). 8. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Coimbra. sagrado em S. dividida em quatro partes. 1908. José. Foi ministro dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça por decreto de 21 de Fevereiro de 1848.º (536). para onde partiu a 4 de Novembro do ano seguinte. 1735. 4. José de Moura foi confirmado arcebispo de Braga a 16 (536) SILVA. Foi deão de Évora e bispo de Viseu por decreto de 20 de Setembro de 1845. Epílogo duma velha questão. Exemplos médicos e reparos cirúrgicos. com o nome de Narbredo de Savil. Tese inaugural apresentada e defendida perante a Escola Médico-Cirúrgica do Porto em Julho de 1900.º de XIV-138 págs. sendo confirmado por Gregório XVI a 19 de Janeiro de 1846. em atenção à sua avançada idade. 4. expendida num escrito publicado em 1736. oferecida aos professores de medicina. Escreveu: Dissertação médica em defesa da sangria da salvatela direita. 1900. 8. O primeiro destes opúsculos foi escrito para refutar a opinião do médico José da Silva Azevedo. Vicente de Fora (Lisboa) a 29 de Março seguinte.º de 104 págs. Parece que ainda vivia em 1759. sendo-lhe dado. cavaleiro da ordem de Cristo e médico da câmara do infante D. da Real Oficina de S. Tip. 1735. onde nasceu a 4 de Julho de 1693. ou sangria da salvatela defendida. Inocêncio F. Escreveu: O seiscentismo em Portugal. I. nunca chegando a descerrar os lábios na câmara. na igreja de S. seus filhos. e Portugal: Dic. dois volumes de 432-188 págs. Portugal Antigo e Moderno. artigo «Moura». Eduardo de Moura e Tomás de Moura. MOURATO (Jacob Marques) – Se não é o bispo deste apelido. histórico. pois se chamava Diogo Marques Morato ou. como ele assinava.MOURA | MOURATO | MÚRIAS 353 TOMO VII de Junho de 1856 e ministro da Justiça desde 21 de Fevereiro a 29 de Março de 1848. conhecido pelo nome de «Fons Vitæ». posto muito em evidência na restauração do célebre quadro da Misericórdia do Porto. A política de África de El-Rei D. 8. MOURA (Manuel António de) – Pintor. de 104 págs. continuaram gloriosamente na arte as tradições de seu pai. Barbosa – Entre duas Revoluções. Lisboa. jornalista e publicista.º peq. salientando-se desde logo em trabalhos de restauração de telas antigas. Mourato. Nasceu em Vila Flor nos meados do século XIX. como o do altar-mor da do Carmo. MÚRIAS (Manuel) – Doutor em filologia românica pelo Curso Superior de Letras. que lhe granjearam certo nome. A língua portuguesa no Brasil. 97 e 98. tendo nascido a 13 de Abril de 1900. será alguém da sua família.º peq. (538) Portugal: Dicionário histórico. que mereceu louvores da crítica judiciosa. que. sendo muito para notar a influência da escola flamenga e em especial a de D. Francisco. que se nota nas produções do primeiro (538). Há no Museu Regional de Bragança um manuscrito intitulado Cursos philosophicus. Lisboa. artigo «Viseu». Frequentou a Escola de Belas-Artes do Porto. Teniers. vol. p. melhor. anno Domini 1691. os subsidiou em Paris. Sebastião. 1848-1851. de 25 págs. que parece ser tese de doutoramento. Como pintor muito se distinguiu no retrato e nalguns retábulos que executou para as igrejas do Porto. onde completaram a sua educação. 1923. É encadernado em formato 8. depois de concluídos os estudos na Escola de Belas-Artes do Porto. 8. dedicado ad Beatissimam Virginem sub Invocatione Gratiœ. Cultura peninsular no Renascimento. É natural de Carrazeda de Ansiães.º. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . o que levou os jornais da oposição daquele tempo a dizerem: «O unico ministro que em nosso entender merecia a demissão era o bispo de Vizeu – nunca fallou e foi decerto por isso que não disse absurdos como os seus collegas» (537). (537) COLEN. e também na cópia do precioso quadro de Santa Maria de Cortona. onde foi a enterrar. e de D. iniciou a construção dos actuais paços do concelho à custa dos materiais do castelo! Deus tenha perdoado este crime ao célebre Doutor Cuco. formou-se em direito. (539) SILVA. natural de Moncorvo. da Silva – que alem de ser escripto em boa linguagem. como dissemos. sua terra natal (onde fixara residência depois de aposentado como médico municipal de Freixo) a 24 de Junho de 1925. Escreveu: Sermão na quarta dominga do advento. de onde passou em 1898 para Freixo de Espada à Cinta. pela extinção das ordens religiosas em 1834. N NASCIMENTO (António Alberto Araújo do) – Doutor em medicina pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto. foi. Foi médico municipal da Azambuja e depois de Mação. e. noviço no convento dos Congregados de S. Faleceu em Lisboa a 23 de Outubro de 1652. limite de Mós. Lisboa. pai do nosso biografado. antigo noviço do convento de Freixo de Espada à Cinta. Inocêncio F. «Tenho este sermão – diz Inocêncio F. Francisca de Araújo. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 1880. João o IV se jurou por legítimo rei deste reino. O doutor Claudino do Nascimento. é documento curioso e interessante para a historia do tempo» (539). Informações do abade José Augusto Tavares. natural de Freixo. da – Dicionário Bibliográfico e Portugal: Dicionário histórico. sendo presidente da câmara municipal. Natural de Mós.354 TOMO VII MÚRIAS | NASCIMENTO | NATIVIDADE Tem colaborado na Voz e é director da Nação Portuguesa – Revista de cultura nacionalista [6]. NATIVIDADE (João da) – Frade capucho da província de Santo António. 4. natural de Mós. auxiliado pelo subsídio de egresso. concelho de Moncorvo. Filipe Neri de Freixo de Espada à Cinta. onde.º de VIII-28 págs. na ocasião em que Sua Majestade el-rei D. artigo «Natividade». Era filho do doutor Claudino do Nascimento. O semanário O Maçaense de 4 de Setembro de 1892 consagrou-lhe um número especial acompanhado da sua fotografia e dados biográficos. 1641. vindo exercer a advocacia em Moncorvo. Escreveu: Algumas palavras sobre higiene alimentar – Tese de doutoramento. apodo dos de Mós que ele não desprezava. Nasceu a 26 de Dezembro de 1843 e faleceu em Mós. Porto. 59 págs. guardião do colégio de Coimbra e definidor da sua província. Faleceu nos fins do século passado na sua quinta do Carvalhoso. Médico municipal em Freixo de Espada à Cinta. subchefe do estado-maior da província de Angola. professora de Vilar Seco da Lomba. do Rio de Janeiro. Fez os estudos liceais em Bragança e Coimbra e concluiu o da especialidade em 1907. NETO (Padre Francisco Joaquim) – Nasceu em Meirinhos. 8. 1914. concelho do Mogadouro. NETO (Joaquim Maria) – Major de infantaria. Maria Gracinda Gomes. concelho de Bragança. subchefe do estado-maior da província de Angola e em Outubro de 1929 era presidente da Câmara Municipal de Mirandela. Jornal Português. Escreveu: MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . concelho de Freixo de Espada à Cinta. Nasceu em Carrazedo. concelho de Vinhais. Porto. Natural de Lagoaça. Escreveu: A Alma Portuguesa. Também muitas notícias lhe devemos para as nossas Memórias Arqueológico-Históricas. NETO (António João Fernandes) – Professor primário em Quirás. a 15 de Março de 1896. Nos seus artigos tem usado o pseudónimo de «Vonster». Professor Primário. Sofia de Jesus de Morais. secretário do governo militar de Luanda. Bragança. filho de Francisco Manuel Fernandes Neto e de D. a 27 de Maio de 1887. Revista Escolar. Tem exercido várias comissões militares em África desde 1910. Página Escolar. e Primeiro de Janeiro. onde casou. Tem colaborado no Trás-os-Montes.NAVARRO | NETO 355 TOMO VII NAVARRO (Doutor José Antunes Lopes) – Chefe de repartição da Caixa Geral dos Depósitos. e de D. e agora (Outubro de 1929) é pároco do Vimioso e orador sagrado. Ana Joaquina Martins. Nasceu em Miranda do Douro a 21 de Julho de 1884. em diversas legislaturas. de Meirinhos. a 10 de Fevereiro de 1908. vitimado por uma pneumonia. 38 pág.º pequeno de 138 págs. Representou em cortes. Novidades. Revista Católica e Novidades e fundou o Legionário Trasmontano. concelho do Mogadouro. filho de Paulino Maria Neto. É casado com D. Fez todos os estudos no Seminário de Bragança onde depois foi professor durante algum tempo. de Castelo Branco. faleceu em Lisboa. Tem colaborado no Portugal. filho de José Maria Neto e de D. 1920. Escreveu: Sociabilidade natural do homem. concelho de Vinhais. com sessenta anos de idade. concelho de Vinhais. com família constituída em Valbom de Mascarenhas. Clotilde Augusta Loureiro Maldonado. como ajudante do governador. que se publicou em Bragança. É notável a energia que tem desenvolvido na propaganda regionalista em prol da região de Lomba. o distrito de Bragança e também uma vez foi par electivo. Coimbra. Estudou em Chaves e no colégio de S. Coimbra. filho de Francisco Manuel Neto e de D. filho de José Teixeira Neves e de D. dedicados a Miranda do Douro. 1907.º de 104 págs.º de 57+2 págs. conservador do registo predial. 8. Tip. Maria Isabel Fernandes Neto. onde estava com a filha (professora D. NETO (José Maria) – Inspector de 1. por decreto de 12 de Dezembro de 1895. num carro e chegado à ponte desceu dele e lançou-se ao rio. despachado alferes. Académica. como sendo da sua autoria. O gigante do Ocidente.. Tip. NEVES (José Maria Teixeira) – Nasceu em Jou. a 25 de Fevereiro de 1919. assim constituída: Joaquim Maria Neto. sendo por último. onde obteve as promoções que lhe competiam pelo seu saber. Assina este livro. O livro contém uma carga formidável no doutor Teixeira Neves. concelho de Mirandela) a 17 de Março de 1858. Escreveu: Rabiscos por. Nasceu em Miranda do Douro a 1 de Março de 1858. 1919. 1910. Fiel. Suicidou-se. onde se demorou doze anos e se doutorou em filosofia. e uma de índice e outra de correcções. João António de Almeida. 4. Andava muito doente.obteve baixa de serviço em 13 de Agosto de 1885 e nesse mesmo ano entrou no corpo da guarda fiscal. Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Mirandela. Eugénio Guedes de Andrade.º sargento. Ferreira Soeiro. Bragança. 8. 8. 8. regente principal da Escola Agrícola Meneses Pimentel. Bragança. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Havendo assentado praça em 8 de Agosto de 1877 e chegado ao posto de 2. proprietários. pela república – A craveira moral de Luís Gonzaga de Morais Teixeira Neves – o doutor Teixeira Neves.356 TOMO VII NETO | NEVES Noções sobre levantamentos topográficos expeditos.. com grandes dores de bexiga. Escreveu: Flores da Juventude. da qual foi nomeado professor. e Olímpio Elísio Cabral e Elói Costa. a comissão administrativa da Câmara Municipal de Mirandela.º de 106 págs.º de 136 págs. 1888. lançando-se da ponte nova sobre o Sabor.º de 129 págs. Angola. ia de Sacoias. major de infantaria.+3 (inumeradas). Adília Neto).. Ver o respectivo artigo. perto de Bragança. Em desagravo – Pela pátria. vindo depois exercer o magistério a Lisboa e a regência de português e latim na Escola Regional Agrícola de Coimbra. Ana Joaquina de Jesus Gonçalves. 1928.ª classe do corpo de fiscalização dos impostos. Refere muitas particularidades da história de Miranda do Douro. Compreende prosa e verso e doze fotogravuras representando vistas da cidade de Miranda e costumes mirandeses. indo seguidamente para Espanha. concelho de Valpaços (mas criou-se na freguesia de Abreiro. depois professor da Faculdade de Direito e actual ministro das Finanças (Outubro de 1929). concluía nesse ano. 8. onde exerceu a advocacia até 17 de Março de 1928. 1911. Coimbra. doutor Pacheco de Amorim. Francisco Veloso. Paulo (Brasil). actual arcebispo de Mitilene. Escreveu: História da Arte o seu Ensino no Liceu de Coimbra. natural da freguesia de Jou. Debate. Legítima defesa. de colaboração com outros. Coimbra. Foi mandada publicar pelo Conselho Escolar do mesmo estabelecimento. 8. Filomena da Graça Machado de Morais. Embora bragançano de origem. juntamente com outros. Crise da democracia. melhor. É a contestação das acusações feitas no opúsculo Em desagravo. Cancioneiro de Jesus. 8. a Acção Trasmontana. 1919. Coimbra. 1919. A Virgem de Murillo.º de 180 págs. nasceu acidentalmente em Coimbra (onde seu pai exercia o magistério na Escola Agrícola Regional) a 10 de Março de 1892. Colaborou no Conimbricense e noutros jornais. Ver o artigo Neto (Joaquim Maria). 1923. doutor Oliveira Salazar. depois deputado e professor da Faculdade de Ciências. 1911.º de 100 págs. depois deputado e director da Liberdade e do Debate. 8. onde se conserva no exercício da sua profissão. Filho de José Maria Teixeira Neves. de S. 1928. Voz da Beira. sendo segunda vez preso e desterrado para Bragança. e mais uma (inumerada) de «Notas». ou. que terminou a 12 de Outubro de 1926 por suspensão imposta pela comissão de censura à imprensa e colaborou nos seguintes jornais: Liberdade. vindo depois fixar residência em Mirandela em Outubro de 1919. 8. Fundou em 1925. Em 1912. 8. onde terminou o curso em 1916. mencionado no artigo Neto (Joaquim Maria). Fez os estudos liceais em Coimbra. Coimbra. de Mirandela. Correio da Beira. Tip. concelho de Mirandela. 1918.º de 80 págs. Bragança. Legionário Trasmontano e Bandeira Portuguesa. Coimbra. natural dos Avidagos. Trás-os-Montes. pág. e de D.º de 164 págs. professor da Faculdade de Letras. Em 1919 esteve preso em Coimbra e Lisboa como implicado nos acontecimentos políticos daquele tempo. fundou em Coimbra o Imparcial jornal contra-revolucionário.º de 28 págs. 355 deste volume. Académica. Coimbra.º de 77 págs.NEVES 357 TOMO VII Cancioneiro de Maria. NEVES (Luís Gonzaga de Morais Teixeira) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. de cuja redacção fizeram parte: o doutor Manuel Gonçalves Cerejeira. que ao tempo o autor frequentava. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Em 1917 foi nomeado professor do liceu de Aveiro. diários do Porto. cargo que exerceu durante três anos. bem como o de comissário de polícia e administrador do concelho de Águeda. No Museu Regional de Bragança. do mesmo concelho (541). Escreveu: Regras e frutos da alveitaria. apresentada à Escola Médica de Lisboa. fólio (542). maço Obras. Diversos autores estrangeiros hão feito elogiosas referências a este importante estudo. OCHOA (Francisco António) – Doutor em direito pela Universidade de (540) Museu Regional de Bragança.º de 19 págs. NOGUEIRA – Em 1696 foram autorizados os moradores de Nogueira. morgado do Amieiro. há uma escritura lavrada por tabelião a 20 de Setembro de 1798. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . concelho de Bragança. e de D. tenente-general. 8. NORONHA (João Carlos de) – Doutor em medicina. Nasceu no Pombal. (541) Ver tomo VI. pela qual o cabido de Bragança concede licença a Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda. Esta tese. a 30 de Janeiro de 1882.358 TOMO VII NICHOS DOS PASSOS | NOGUEIRA | NORONHA | OBEDIÊNCIA | OCHOA NICHOS DOS PASSOS – Os nichos dos Passos eram mandados fazer pelas misericórdias. (542) Sumário da Biblioteca Lusitana. concelho de Carrazeda de Ansiães. 8. natural da Fonte Longa. que estava fora da povoação. Escreveu: Contribuição para o estudo da hipófise. antigo deputado e rico proprietário. a mudar a igreja paroquial. Porto. Lisboa. destas Memórias.º de 73 págs. para dentro da mesma (540). 1913. Isabel Morais Frias de Sampaio e Melo. «que tinhão determinado [ele e os mais mesários da Misericórdia] concluir a obra das piquenas Cappellas dos Santos Passos e porque na forma da regulação que se lhe tinha dado devia collocarse hum na Praça do Colegio junto á igreja que serve de Cathedral». fidalgo da casa real. filho de Carlos Augusto de Noronha Botelho de Magalhães. O OBEDIÊNCIA (Manuel Rodrigues da) – Natural de Vila Flor. Parecer do Dr… (presidente da Comissão Municipal de Vila Flor) perante a nova Divisão Administrativa da Província de Trás-os-Montes. 731. Tem várias ilustrações. sob o título: Contribution à l’étude histologique de l’hypophyse. Manuscrito. Lisboa. em francês. 1931. [7]. maço Capelas. foi passados três anos publicada por conta do Instituto Bacteriológico Câmara Pestana de Lisboa. p. provedor da Santa Casa da Misericórdia. 1910. concelho de Bragança. pelos anos de 1840. oficial do exército. Nasceu em Vale de Nogueira. Armando Ochoa. Minerva Central. sendo juiz da Relação do Porto. Agrónomo. desembargador da Relação da Baía. juiz do Supremo Tribunal de Justiça e senador pelo círculo de Bragança. professor da Escola Nacional de Agricultura. freguesia de Salsas. ouvidor da comarca de Olinda (Brasil). filho de Francisco André de Ochoa. OCHOA (Venâncio Bernardino de) – Doutor em direito e conselheiro. e à sua actividade. Era filho de António Miguel Ochoa e de D. filho único de Francisco André de Ochoa. sita na quinta Regional de Bencanta em Coimbra. 1885. foi o autor da charrua «Ochoa». por carta de el-rei D. antiga Escola Regional de Sintra. dada no Rio de Janeiro a 23 de Julho de 1818. dada também no Rio de Janeiro. Filho de Alexandre José Ochoa e de D. natural de Santa Justa da Vilariça. a 18 de Maio de 1778 e faleceu. para a qual fora nomeado professor logo que terminou o curso em 1885. oficial de marinha e ministro de Portugal em Paris. 8. Lisboa. e juiz na mesma por outra de 8 de Outubro de 1839. Balbina Ermelinda Fernandez Romariz. que inseriu o seu necrológio. Por carta régia de 28 de Julho de 1824. onde terminou o curso em 1885. Era viúvo e pai do doutor Mário Ochoa. Nasceu a 30 de Agosto de 1855 e faleceu em Bencanta (Coimbra) a 5 de Maio de 1908. Tip. Sebastiana Rosa. Maria Cândida de Sá Pereira. Nasceu na referida povoação de Gostei. que é uma transição entre a charrua e o arado. natural de Izeda.OCHOA 359 TOMO VII Coimbra. de onde veio transferido em 1886. OCHOA (José António) – Diplomado pelo Instituto de Agricultura de Lisboa. desembargador da Relação do Porto. Escreveu: A cultura da oliveira no distrito de Bragança – Dissertação apresentada ao Conselho Escolar do Instituto de Agricultura. doutor em direito pela Universidade de Coimbra. juiz de fora de Monforte de Rio Livre.º de 69 págs. assim dita do seu nome. a quem Eu tinha feito mercê da proMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . natural de Gostei. advogado. João VI. e outros. concelho de Bragança. a 4 de Março de 1839 e faleceu em Lisboa a 22 de Dezembro de 1912. do mesmo concelho. e de D. Juiz de fora de Bragança por carta régia de 2 de Dezembro de 1800. como a Gazeta das Aldeias. e Luís Ochoa. saber e bom critério deveu a Escola Nacional de Agricultura o brilhante êxito que alcançou na Exposição Agrícola do Palácio de Cristal em 1903. por carta régia de 27 de Julho de 1818. concelho de Alfândega da Fé. Colaborou em vários jornais da especialidade. por carta régia de 7 de Julho de 1824. onde terminou o curso em 1869. «Venancio Bernardino de Ochoa. Para o Dezembargador Venancio Bernardino de Ochoa» (543). para sua intelligencia. em pergaminho. e de todos os Regulamentos feitos para a execução dos mesmos. o qual nunca requerera o sobredito officio e já fallecera. e os mais prões e precalços que lhe pertencerem”». e ao seu constante zelo pelo serviço publico. tem algum interesse histórico. Paço das Necessidades em 16 de Fevereiro de 1835. assignada pelo official maior director geral desta secretaria. Manda a Rainha. 37 alqueires de trigo. filho de Balthazar Ferreira. havendo tomado posse a 28 de Setembro de 1835. e execução na parte que lhe toca. por outra de 19 de Agosto de 1835 e decreto de 25 de Julho desse ano teve o cargo de «governador civil do distrito administrativo de Bragança». em que militou.360 TOMO VII OCHOA priedade do officio de escrivão do almoxerifado de Bragança por Decreto de 8 de Dezembro de 1805. Regina Vitória Ochoa. actualmente em vigor. e tendo Eu sido servido pelo Decreto de 19 de novembro de 1817 fazer mercê ao sobredito Venancio Bernardino de Ochoa da propriedade do sobredito officio de escrivão do almoxerifado de Bragança: hei por bem “fazer-lhe mercê do dito officio. como seu pae não fora proprietário (pedia) se lhe mandasse proceder ao seu encarte. Meu Pai: De Celorico lhe escrevi nas vesperas da minha partida. hum moio e sete alqueires de centeio e vinte e cinco almudes de vinho. remetter ao Dezembargador Venancio Bernardino de Ochoa. «Renteria Novembro 1 de 1813. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de Izeda. segundo se vê de documentos autênticos em poder de D. do Decreto de dez do corrente mez. A seguinte comunicação mostra bem a competência de Venâncio Ochoa: «3. pelo qual attendendo aos seus conhecimentos. pelo qual havera annualmente de ordenado mil reis em dinheiro. que sem embargo de ter elle deixado huma filha havida de sua mulher antes do casamento. no caso de não existirem filhos do ultimo proprietario e estar vivo Francisco José Ferreira.ª Repartição. as respeitantes às promoções na magistratura. (a) José da Silva Carvalho. Teve o título de conselheiro por carta régia de 17 de Dezembro de 1839. Regina Vitória Ochoa. e tendo Me pedido o dito Francisco André de Ochoa. a copia inclusa. e não tendo sido possivel encartarse em consequencia da clausula posta naquelle Decreto de se verificar a mercê. e agora o faço para dizer-lhe. de que foi exonerado a 11 de Maio do ano seguinte. A seguinte carta dirigida por Venâncio Bernardino Ochoa a seu pai por ocasião da guerra peninsular. e que este se verificasse em seu filho unico Venancio Bernardino de Ochoa. tendo concluido a minha jornada com felici(543) Encontra-se esta carta original e. pela Secretaria do Estado dos Negocios da Fazenda. em poder de D. houve por bem encarregalo de redigir uma Collecção completa de todas as Disposições das Leis de Fazenda. que. de Izeda. cujas datas ficam apontadas. o que tem feito crear aos do Paiz hum tal rancor aos nossos que nada o pode esquecer. pois se sabe.cê – Mt. de minha Mai.200 homens. Agora fico esperando as suas. Na minha passagem tive lugar de ver Salamanca. bastantes notícias de mim. e hé tão differente do castelhano. cunhados etc. e mais povoadas e Vittoria hé huma cidade bella.cê me tinha em outro tempo entretido destas cidades. quando se tiver rendido Pampelona. e estou bem persuadido que com as tropas que tem poderia Lord Wellington emprehender o que quizesse.OCHOA 361 TOMO VII dade. porque começa o inverno. e se estende algumas dose legoas desde Roncesvalles na direita athé Andaia villa franceza sobre o mar. As forças dos inimigos certamente não tem sido embaraço. São 4. O nosso exercito está postado na descida das Montanhas para a parte da França occupando algumas povoações francezas. aos quaes escreverei em outra occasião. m. Tem-se esperado sempre que Lord Wellington penetrasse mais dentro na França. M. S. que realmente são muito boas. Ochoa. Regina. S. mas desta cidade apenas restão Bolacas (?) tudo o mais foi queimado pellas nossas tropas e inglezas na occasião do assalto. meu Pai. para entrarem no momento que se abra. porque não são grandes. Também no norte continuam as cousas ahi mal aos franceMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e parte da Navarra huma lingua. que contudo está próximo. mas não acaba de chegar este dia. e tres de Iron ultima povoação da Hespanha sobre a Estrada Real de Bayona. Valhadolid. estou resolvido a assentar Quarteis d’Inverno nesta villa. De V. e agradaveis. B. f. seu Marido. que está apuradissima de mantimentos. o que agora apenas poderá ser. Pampelona se espera todos os dias rendida. P. Sebastião dista d’aqui huma legoa. a Biscaya e a Guipuscôa são muito mais amenas. como pode ser o Inglez ou Alemão. Fallasse na Biscaya Guipuscôa.. A linha hé formidavel. Thios. e da gerra (sic).º obdte. Rendeo-se Pampelona por capitulação. ficando a guarnição prisioneira de guerra a qual chega manhan aqui para hir para a Inglaterra. do paiz. e me lembrei do muito que v. que dista meia legua do Porto de Passages. e geralmente toda a Castilha vieja. mas as Provincias de cá do Ebro a Alaba.º – V. como do particular se estão remettendo mantimentos para as immediaçoens. e fronteira a Fuente Rabia. Brevemente espero ter occasião de passar á Navarra. e Bilbao (que ainda não vi) me dizem ser lindissima. cuja situação já averiguei ser no vale de Bartan. e athé tanto do publico. e então hirei vesitar o Illustre Castello d’Ochoa. Eix aqui. a que chamão Vascongada d’aqual eu não tinha idêa algûa. sendo por consequencia este sitio o milhor interposto para o fornecimento do Exercito presentemente. a folhas 826. quinto de Pedro Ochoa. O original desta carta. graduado em cânones. manuscrito de 24 fólios de papel almaço. no bispado de Miranda. p. nem no seu extracto. e de sua mulher Maria Andre Rodrigues. 236. Separou-se do seo partido o Rey da Saxonia. Porque o requerimento para a justificação da nobreza de Ochoa menciona particularidades interessantes não apontadas na carta. e suas conquistas. verso. 830.º de que faz menção o Livro 2. tudo encadernado num livro. comissário do Santo Ofício e cónego prebendado na catedral do mesmo bispado (544). terceiro nepto de outro Gonçallo Ochoa denominado – o Velho – e de sua mulher Maria Rodrigues Borges. A 20 de Fevereiro de 1773 concedeu el-rei D. segundo nepto de Gonçallo Ochoa e de sua mulher Maria Leonardes. nepto paterno de Francisco Ochoa. neta do agraciado. familiar do Santo Ofício. conserva-se em Izeda em poder de D. serviu os «lugares de letras pelo espaço de mais de dezoito anos com distinção notoria». sendo (544) Ver tomo VI. abade de Cércio. natural de Izeda. e sexto de Lopo Affonso Ochoa. e de sua mulher Catherina Leonardes. escudeiro fidalgo da Caza do Senhor rey Dom João o 3. Francisco André de Ochoa. 358 e 45. com o brasão de armas iluminado. destas Memórias. que elle pretende justificar ser chefe do Appellido de – Ochoa – neste reyno. e juiz de fora da villa de Monforte de Rio Livre.362 TOMO VII OCHOA zes.000 homens». jurisdição de Bragança. José I carta de nobreza e brasão de armas ao bacharel Francisco André de Ochoa. em pergaminho. ambos escudeiros fidalgos da Caza Real. por carta régia de 8 de Novembro de 1809.º. e de Francisco Pereira Ochoa. com a data de 1 de Dezembro de 1772. onde nascera a 26 de Janeiro de 1738. irmão de António André Ochoa. e juntamente a «Sentença Civel de Justificação de nobreza a favor de Francisco André Ochoa». sendo-lhe. quarto nepto de Francisco Ochoa. dado por Baena no Arquivo Heráldico-Genealógico. aqui se publica a cópia conforme vem no fólio 2. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e filhos de Affonso Vaz Ochoa. juiz de fora da vila de Monforte de Rio Livre e de Montemor-o-Velho em 1787. e passou ao dos Alliados com hum exercito de 30. por ser filho legitimo de Gonçallo Ochoa. que era irmão de Diogo Pereyra Ochoa.º das Provas da Historia Genealogica da Caza Real Portugueza. Regina Vitória Ochoa. da Sentença Cível: «Diz Francisco Andre Ochoa bacharel formado em direito. dada em recompensa a propriedade do ofício de partidor dos órfãos de Bragança como tudo se vê dos documentos em pergaminho que se conservam em Izeda. moço fidalgo da Caza do Senhor rey Dom Affonso 5. pai de Venâncio Bernardino de Ochoa. tenente coronel de cavallaria de Tras-os-Montes. de 54 annos de idade. entre as quaes hé de memoravel recomendaçam o capitão António Borges Ochoa. acompanhando o Senhor Conde Dom Henrique na expulsão dos mouros.º a folhas 212 e 326. que nelle fez o mesmo Senhor Rey Dom Deniz (545). e armas. cavaleiro professo na Ordem de Christo. que se acreditarão nas profiçoens das letras. aonde possuirão hum morgado. Também sahirão da caza do supplicante muitos transversaes. bispado de Bragança.ª livro 9. e ambos quartos neptos de Martim Henriques Ochoa (o Cavalleiro) que veyo do Reyno de Navarra. morador em Lisboa. morador na rua do Trombeta. No fólio 16. O referido seu septimo avó Affonso Vaz Ochoa foi quarto nepto de Pedro Affonso Ochoa. Declara ser quasi compatriota do justificante. além de outras: «Pedro Ferreira de Sá Sarmento. rico homem no reynado do Senhor Rey Dom Deniz. e a maior parte daquelles naturaes do ditto Izeda. bacharel formado pela Universidade de Coimbra em canones e oppositor aos lugares de letras. aonde existe o palacio de Ochoa. e á conquista da Terra Santa. por provimento. Lourenço de Rebordello. todos estes. fidalgo da caza de Sua Magestade. da mesma sentença cível o terceiro documento tem no cabeçalho: «Francisco Jose Ferreira de Sá Sarmento cavalleiro professo na Ordem de Christo. que na epoca da feliz Acclamação vantajosamente se distinguio na guerra Pernambucana como testemunha o Portugal Restaurado tomo 2. moço fidalgo da caza de Sua Magestade e capitão do regimento de cavallaria de Bragança existente nesta praça de Chaves: (545) A 6 de Janeiro da era de 1336 (ano de Cristo 1298). Francisco Xavier de Lobam Machado Pessanha. e naquelle tempo arcebispado de Braga. freguezia da Encarnação em Lisboa de 29 annos de idade.º parte 1. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e lhe veio pela linha de – Ochoa –. e irmão do Padre Simão Ochoa abbade apresentado na egreja de S. verso. isto é dos Pessanhas do distrito de Bragança». que habitavão este reyno. natural de Bragança.OCHOA 363 TOMO VII nepto pela parte materna de Francisco Andre Rodrigues e de sua mulher Catherina Leonardes Affonso. de que o supplicante ao presente he administrador. sendo hum dos heroes da expulsão dos Olandezes daquelle emporio». Foram testemunhas nesta justificação. e bisnepto de Andre Rodrigues Damião Borges e de sua mulher Izabel Rodrigues. empregado do governo civil de Bragança e por diversas vezes administrador deste concelho. (segue a resenha dos ascendentes do justificante. Alia Ochoa. e pela certeza que tenho de Tratados Geneologicos que examinei. verso. Ana da Assunção Valente fizera a sua sobrinha D. conserva-se em Izeda em poder de Venâncio Bernardino de Azeredo. Escreveu: Escola Militar. seu descendente. No fólio 18... conserva-se em poder do mesmo Venâncio Bernardino de Azeredo. vermelha.. Escreveu: Paz bendita – Peça-poema em um acto e três quadros representada pela primeira vez por um grupo de sargentos da guarnição de Bragança (546) A sua carta de formatura. Militar. e sellar com as minhas armas. fidalgo cavalleyro da caza de Sua Magestade fidelissima morador em Edral da jurisdição de Vinhaes. A 15 de Novembro de 1809 confirmou o príncipe regente. azul. professora primária. Logar do sello. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . em pergaminho.364 TOMO VII OCHOA | OLIVEIRA Attesto pelo ver. para casar com Martinho José de Morais Sarmento (547). a doação que D. que ex professo teve completa instrucção da Geneologia das Familias Nobres dos Reynos da Nossa Espanha. (548) Sumário da Biblioteca Lusitana. Sebastiana Rosa. que ali foi casar. amarela e preta. Francisco Jose Ferreira de Sá Sarmento. OLIVEIRA (Doutor António de) – Professor do liceu de Bragança. primo de D. filha de Francisco André Ochoa e de D. João VI.. Lisboa 22 de Novembro de 1772». (segue a lista dos ascendentes. Certifico ser o signal supra do Preclarissimo Francisco Jose Ferreira de Sá Sarmento nelle contheudo. (547) A carta original da confirmação. e me ficarão de meus Pays o Marechal de Campo o Senhor Francisco Jose Sarmento. terminando:) E por me ser pedida a presente a mandey passar. Caza de Edral aos 10 de Setembro de 1772». (Segue a assinatura do tabelião). natural de Samil. Reconhecimento. como já fica apontada. acima mencionado. e pela noticia que tenho de Tratados Geneologicos que examiney das familias nobres deste Reyno. como já fica dito). Francisco André Ochoa formou-se em direito canónico e civil pela Universidade de Coimbra a 1 de Julho de 1762 (546). escrita em pergaminho com larga cercadura elegantemente iluminada a cores. OLIVEIRA (André Dias de) – Natural de Bragança. certifico pelo ver. Dada em Chaves aos 31 de Agosto de 1772. Manuscrito (548). mais tarde D. etc. Regina Vitória de Ochoa. o quarto documento epigrafa-se: «Joam Leite Teixeira Chaves. que ainda vive numa quinta nos arrabaldes de Bragança. de que tenho completa instrucção que Francisco Andre Ochoa. cunhado de Afonso Malta. e dos de Espanha. com ornamentações da época. (550) Ibidem. maço Obras. Pedro. formato 36. Vicente. de formato 40x26. que terminou em 1884. pintar e estofar o retabulo do Santuario das Reliquias desta Santa See. e a pintar o arco da capella todo. Por escritura de 26 de Junho de 1666 obrigou-se o mesmo pintor a «dourar.. da parte esquerda Santo Inofre». sito na Sé de Miranda. Álbum estatístico-gráfico dos caminho-de-ferro do Ultramar – I. natural de Moncorvo. cujos trabalhos são verdadeiramente modelares. Tem publicado: Atlas das possessões portuguesas. formato 26. da parte esquerda S. Obrigava-se a fazer toda esta obra por 62$000 réis (549).5x38 centímetros. 1914. Paulo primeiro irmitão.5 centímetros. Lisboa. Os santos a pintar seriam: «nas primeiras tarjas do primeiro branco da parte direita S. 13 cartas a cor. Álbum estatístico-gráfico dos caminhos-de-ferro do Ultramar – IV. Maria dos Prazeres Chaves de Oliveira. Domingos. Capa alegórica.. serviu em comissão nos caminhos-de-ferro de Ambaca em Angola e como chefe dos serviços de agrimensura de Lourenço Marques. belamente ilustrada por Roque Gameiro. Por escritura de 22 de Janeiro de 1666 obrigou-se a «pintar. da parte direita S. na segunda tarja da parte direita Santo Antão abbade e da esquerda S. Luiz rei de França. 22 págs. 1905. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Tiago de Espada. Tip. 8. na forma que está o da capella de S. Foi este o primeiro «Atlas Colonial» que se publicou no nosso país. Francisco com abbito de S. os trez paineis de cima no meio S. Lisboa.. Adriano Rodrigues.º de 15 págs. 1894. OLIVEIRA (António Augusto de) – Nasceu em Castro Vicente. Em 1900 foi agraciado com o grau de cavaleiro da ordem de S. dourar e estofar o retabulo de Santo Amaro». Funcionário superior do ministério das Colónias. Lisboa. Bragança.OLIVEIRA 365 TOMO VII na noite de 25 de Dezembro de 1914 em benefício da Sociedade Portuguesa da Cruz Vermelha. Jeronimo que com o dito altar corresponde» por 150$000 réis (550). o qual contêm 10 cartas a cores. pelo rigor e profundeza das con(549) Museu Regional de Bragança. 14 cartas a cor. 1890. Fez os cursos de condutor de minas e de obras públicas no Instituto Industrial de Lisboa.5x38 centímetros. concelho do Mogadouro. filho de Manuel João Chaves de Oliveira e de D. filho do doutor Abílio Elísio de Oliveira (famoso jurisconsulto. OLIVEIRA (António de) – Pintor. OLIVEIRA (Artur Águedo de) – Nasceu em Moncorvo a 30 de Maio de 1894. a 8 de Janeiro de 1859.. Publicação mensal. 4. [8]. concelho de Moncorvo. concelho de Mirandela. a 2 de Fevereiro de 1927) e de D. Gazeta homeopática – Órgão do Consultório Homeopático Portuense. Porto. OLIVEIRA (Augusto César de) – Doutor em medicina pela Escola do Porto. onde foi um dos alunos mais distintos. Tip. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Tip. antigo deputado da nação.º gr. Escreveu: O Imposto de rendimento na teoria e na prática – Dissertação de doutoramento em direito na Universidade de Coimbra. irmã do lente da Universidade Manuel Paulino de Oliveira e de Augusto Trajano de Oliveira. onde nasceu na freguesia de Santa Maria a 28 de Agosto de 1835 e na mesma faleceu a 17 de Dezembro de 1897.º de XXI – 806 págs. Inocêncio Francisco da –Dicionário Bibliográfico. mas oriundos de (551) SILVA. pela clareza e concisão do estilo. Antes de vir para o partido municipal de Bragança foi médico da armada durante oito anos. De princípio também colaborou nesta publicação. após um curso pleno de distinções. concluiu a formatura em direito na Universidade de Coimbra em 1917 e tomou capelo. juntamente com ele. nascido em Moncorvo a 22 de Junho de 1861 e falecido na quinta das Eiras da Vilariça. 4. e no liceu Passos Manuel em Lisboa. 334. Foi médico municipal (aposentado) da câmara de Bragança. Maria Angelina Pinto. Porto. filho de Manuel Paulino de Oliveira e de D. Escreveu: Da electricidade aplicada à terapêutica especialmente das moléstias cirúrgicas – Tese inaugural. tomo VIII. Estudou no colégio de Campolide. onde casou com sua prima D. Nasceu em Moncorvo a 28 de Janeiro de 1835. pela solidez e fortaleza da argumentação. Delfina de Oliveira. 8. p. antigo presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros. de António José da Silva Teixeira. a 30 de Dezembro de 1839 e aí faleceu a 2 de Janeiro de 1915. Nasceu em Cedães. ambos mencionados neste trabalho. OLIVEIRA (Augusto Carlos Chaves de) – Cirurgião-médico pela Escola do Porto. Júlia Águedo de Oliveira. OLIVEIRA (Augusto Trajano de) – Deputado pelo círculo de Bragança. de 56 págs. 1863. da Revista. Maria Angelina Pinto de Oliveira. com uma estampa. 1923. 1861. Cada número tinha 8 págs.366 TOMO VII OLIVEIRA cepções jurídicas. naturais de Bragança. o doutor Raimundo Francisco da Gama (551). Era filho de José Aurélio de Oliveira e da D. em 5 de Agosto de 1923.º gr. Coimbra. mo Senhor D. dos quais falamos nos lugares respectivos. 1909. 1907. Praça da Sé. pelo ex-professor de teologia dogmática no Seminário de Bragança. 31 págs. professor provisório do liceu nacional de Bragança (desde 1909). Nasceu em Fontelas e faleceu entre os anos de 1807 e 1812. 8. de ciência eclesiástica no Seminário diocesano da mesma cidade. Tip. Umbelina Lopes de Oliveira. 62 págs. Escreveu: Oração gratulatória recitada no templo de São Francisco em Bragança após o regresso das forças expedicionárias de caçadores. X. Escreveu: Devem ou não ser admitidas as alçadas nos tribunais? Porto.º de 48 págs. 4.º de 9 págs.OLIVEIRA 367 TOMO VII Carção e Azinhoso. A minha resposta.º de XVIII-81 págs. Tip. «O bispo de Bragança e a sua Alocução. Coimbra. Porto. S. OLIVEIRA (José Joaquim de) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. Brigantina. 18 deste volume. José Alves de Mariz. Em «Apêndice» publica três artigos sobre: «O bispo de Bragança e a sua Provisão relativa ao Centenário da Índia». etc. por I.mo e Rev. É uma colecção de poesias dedicadas aos bragantinos. 184 págs. Ver pág. da Universidade. Porto. Porto. bacharel formado em leis pela Universidade de Coimbra. Imp. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . cónego da Sé catedral e actualmente (Outubro de 1929) professor liceal activo em Tomar. concelho do Mogadouro. 1889. Bragança. Nasceu em Niza a 10 de Abril de 1867. Mendonça. de J. Diversos assuntos jurídicos. Escreveu: Lágrimas d’alma – Ensaios poéticos. Autópsia às «Notas biográficas» do Ex. 8. Porto. corregedor da comarca de Miranda do Douro. 1896. 1878. 8. OLIVEIRA (José de) – Doutor em teologia pela Universidade de Coimbra. em que se congratula pelo despacho do padre António José da Rocha para cónego da Sé de Bragança. É irmão do lente da Universidade de Coimbra Manuel Paulino de Oliveira e cunhado do doutor Augusto César de Oliveira. sócio correspondente da Academia Real das Ciências. Código de posturas municipais para o concelho do Mogadouro. filho de Joaquim José de Oliveira e de D. 1863. Bispo de Bragança. onde concluiu o curso em 1875. 1908. pronunciada no Seminário de São José» e «Canonicatos na Sé de Bragança». OLIVEIRA (Luís da Silva Pereira de) – Cavaleiro da ordem de Cristo. Nasceu no Azinhoso. na mesma tipografia. em 1852 e aí faleceu a 28 de Novembro de 1924.º de X-117 págs. exarou um voto de sentimento pela morte deste ilustre bragançano. em sessão de 6 de Novembro de 1899. artigo «Oliveira». oferecidos ao Ex. uma tese «Physico-medico-chirurgica publice ventilanda in Salmantino Lyceo sub praesidio Francisci Velez. onde nasceu a 11 de Novembro de 1837 (553) e faleceu em Coimbra a 25 de Agosto de 1899. o seu trabalho mais notável. pela amplitude. chegando a sua fama ao estrangeiro. que era a sua especialidade. havia-se doutorado a 27 de Julho de 1862 (554).mo Senhor Marquês de Abrantes. 104). Deixou escritas no Jornal da Academia várias notas sobre insectos da África portuguesa... Die. sócio do Instituto de Coimbra. Era lente de filosofia (aposentado) por decreto de 3 de Setembro de 1898. págs. É este. Regeu no princípio na Universidade de Coimbra a cadeira de química da faculdade de filosofia e mais tarde a de zoologia. (Sumário das sessões da dita Sociedade desde a sua fundação até 31 de Dezembro de 1900. dedicada a Santo António de Pádua. da Sociedade Entomológica da França e da Bélgica e da Sociedade de História Natural de Espanha. (553) O Dicionário Bibliográfico. 1806 (552). onde se tornou notável como classificador. Lisboa. (555) Diário de Lisboa de 28 de Novembro de 1864. reunidos depois em volume que abrangem 2329 espécies distribuídas por 660 e tantos géneros e representando os cecilídeos e os carabídeos nacionais. sendo substituto extraordinário da faculdade de filosofia. Por decreto de 24 de Novembro de 1864. Natural de Bragança. concelho de Bragança. etc. (554) Matriculou-se na Universidade de Coimbra em 1855. 7 de Dezembro de 1860 e 28 de Janeiro de 1862 mencionam os prémios e accessits e mais classificações que obteve na frequência das faculdades de filosofia e matemática da Universidade. venerado no lugar de Parada. tomo XIII. diz que nasceu a 14 de Novembro. D. e igual afirmativa faz o Portugal: Dicionário histórico. pela uma hora da madrugada. É impressa em véu de cálix.368 TOMO VII OLIVEIRA Escreveu: Privilégios da nobreza e fidalguia de Portugal. Na Revista da Sociedade de Instrução do Porto e no Instituto de Coimbra publicou as suas listas de coleópteros portugueses. aprilis 1762». (552) Portugal: Dicionário histórico. Pedro de Lencastre. foi promovido a substituto ordinário (555). A Sociedade de Geografia de Lisboa. OLIVEIRA (Manuel Paulino de) – Conselheiro. OLIVEIRA (Manuel da Cruz) – Há dele na igreja matriz de Parada de Infanções. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de seda. O Diário do Governo de 17 de Dezembro de 1857. comendador da ordem de Cristo. onde vem também o retrato de Manuel Paulino de Oliveira. 8. em número de 382 espécies. abrangendo 45 espécies. in Jornal da Academia. 1892 (?). 1896. ornitológicas e herpetológicas. Aves da Península Ibérica e especialmente de Portugal. (556) Portugália. tomo I. 1895. Lisboa. 1896 (556).º de 70 págs. 1876. 1896. 1878. Coimbra. Eastonia Locardi – Número especial. que possuía nas suas colecções. Porto. transporte. Coimbre. Coimbra. conservação. Tabela dicotómica para a determinação dos mamíferos de Portugal. Coimbre.º de 61 págs.º de 80 págs. frequência. 8. Lisboa. processos de captura. Coimbre. Opistobranches du Portugal. 1896. tomo XVI. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .. Répteis e anfíbios da Península Ibérica e especialmente de Portugal. 1895. Imprensa da Universidade. Dicionário Bibliográfico. artigo «Oliveira».º de 59 págs. São notáveis os serviços que prestou ao Museu de Coimbra. forneceram-lhe material para organizar a lista respectiva. Coimbra. Coimbra. Coimbra. 1862. Escreveu mais: Dissertação inaugural para o acto de conclusões magnas de.. Catalogue des insectes du Portugal – Coleopteres. de 8 págs. Études sur les insectes d’Angola qui se trouvent au Muséum National de Lisbonne. p. Catalogue des hémiptéres du Portugal – Heteroptéres. 8. vocabulário popular e distribuição geográfica.OLIVEIRA 369 TOMO VII Mais tarde. forneceram-lhe elementos para um novo catálogo e bem assim as nossas faunas mamológicas. 1880. os opistobrânquios de Portugal.º de 224 págs. estas últimas ampliadas com bibliografias. Coimbra. fascículo II. 8. O argumento desta tese era: Haveria um ou mais centros de criação vegetal? Dado em congregação da faculdade de filosofia de 20 de Novembro de 1861. O seu trabalho de classificação e busca é considerável e notavelmente concorreu para a realização do inventário da fauna do país. Relatório da comissão nomeada para assistir ao Congresso Filoxérico da Suíça e visita aos vinhedos de França a fim de estudar os meios de combater a nova moléstia das vinhas. in Jornal da Academia. e Portugal: Dicionário histórico. 8. 433.º de 202 págs. 1 vol. Études sur les insectes de l’Afrique qui se trouvent au Muséum National de Lisbonne. de que foi director nos últimos anos. Mélanges entomologiques sur les insectes du Portugal. 13 das quais são novas para a fauna do Atlântico e 27 para a nossa. 1879-1880. Os hemípteros portugueses. 8. sita num despovoado. Uma dessas teses é de João Manuel Padrão. e na igreja ficou um altar consagrado a Nossa Senhora do Rosário. requereram à autoridade eclesiástica para obrigarem os donos do terreno onde a igreja devia ficar a venderem-nos. acima referido.370 TOMO VII OLVEIRA | PAÇÓ DE SORTES | PADRÃO | PAIVA Préparation et conservation de quelques animaux par l’Aldéhyde formique. que estava em ruínas. 1895. 8. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . utilizando-se de 130$000 réis que para sua restauração deixara o padre Manuel Fernandes da Cruz. Não indica o ano de impressão. A mudança começou em 1751. unindo-lhe a capela de Nossa Senhora do Rosário. de mudarem a igreja paroquial. Na igreja de Maçores há um curioso véu de cálix. Silva. contudo. onde se distinguiu pelas suas comunicações e propostas. nas quais estão impressas teses de doutoramento pertencentes cada uma a seu indivíduo diferente. em seda branca. em memória da antiga capela. dividido em três planas ou rectângulos. abade de Maçores.º de 8 págs. no século XVIII. Em 1877 foi escolhido pelo governo português para seu representante no Congresso Antifiloxérico de Zurique. se vínculo de morgadio. Voltando ao país. concelho de Bragança. Coimbra. para a povoação. onde prestou grandes serviços que lhe valeram em recompensa a carta de conselho (557). O presidente do exame em que a tese foi defendida era o doutor Domingos José A. e as outras são de João António Sequeira e José António Guerreiro. PADRÃO (João Manuel) – Natural de Alfândega da Fé. o governo francês condecorou-o com o grau de cavaleiro da Legião de Honra. P PAÇÓ DE SORTES – Em 1749 os moradores de Paçó de Sortes. mais provável aquela hipótese. sendo. PAIVA (António Jaques) – Governador das armas da província de Trás- (557) O Tribuno Popular publica a notícia necrológica da sua morte. que do texto dos documentos não se conclui se era pública. concelho de Moncorvo. foi incumbido pelo ministro da Marinha da coordenação e classificação dos insectos de Angola e nomeado pelo ministério do Reino em 1878 presidente da comissão antifiloxérica do norte. Por esta ocasião. a fim de cumprirem com a ordem capitulada em visita. na Suíça. filho de Inocêncio Geraldes. 131 e 137. Era governador militar da praça de Bragança em 2 de Novembro de 1650. PANTOJA (D. Foi defendida no Real Colégio das Artes em Coimbra. Não indica ano. p. impressa em véu de cálix. p. e tomo VI. de seda roxa. PEGADO (José António de Moura) – Diplomado pelo Instituto de Agronomia e Veterinária. das Veigas. venerada no seu santuário na freguesia de Quintanilha. e de Maria Pires. PAVÃO (Francisco Geraldes) – Há dele uma tese de filosofia. em três planas. natural de Travanca. tudo no concelho de Bragança. Baltazar) – General espanhol. de Coelhoso. PAVÃO DE SOUSA (Amaro Vicente) – Valente oficial. existente no Museu Regional de Bragança. p. que muito se distinguiu na guerra peninsular (564). na igreja paroquial de Coelhoso. PASTOR (João António) – Negociante de Bragança. p. de Coelhoso. p. destas Memórias. da Paradinha. concelho de Macedo de Cavalei(558) Ver tomo I. 792. da Paradinha. (562) Ver Portugal: Diccionário histórico e tomo VI. p. (563) Ver tomo VI. 94 e 95. que talou a província de Trás-os-Montes nas guerras da aclamação (1640-1668) e incendiou Vinhais (559). em três planas. e de Catarina Rodrigues. de Parada. como se vê de uma carta deste dia do conde de Atouguia ao cabido de Miranda. destas Memórias. concelho de Bragança. PAVÃO (Domingos Neves) – Há dele. concelho de Bragança. que muito auxiliou a revolta em 1808 desta cidade contra os franceses (560). Entendemos que Francisco Geraldes Pavão era cónego da Sé de Miranda (563) em 1734. (561) Ibidem. PAVÃO (António Caetano) – Alferes. 159 e 161. natural da Paradinha do Outeiro. 363. (560) Ibidem. (564) Ibidem. tomo I. impressa em véu de cálix. destas Memórias. p. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .PAIVA | PANTOJA | PASTOR | PAVÃO | PEGADO 371 TOMO VII -os-Montes em 1656 (558). Distinguiu-se no ataque de Puebla de Sanábria em 1810 (561). oferecida à Senhora da Ribeira. e de Isabel Gonçalves. destas Memórias. uma tese de filosofia. 131. neto paterno de Miguel Geraldes. e materno de João Rodrigues Ochoa. nem tipografia. p. (559) Ver tomo I. nem lugar de impressão. 96 e 98. dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres (562). 661. 84. seda vermelha. (567) Ibidem. por decreto de 7 desse mês e ano.º de 128 págs. que se publicou em Vidago. por decreto de 1 de Julho de 1868. freguesia de Cacia. tem escrito: Inquérito Industrial de 1881 – Relatório dos distritos de Bragança. PEREIRA (António) – Mestre-de-obras. e no Norte. e colaborou na Pátria Nova. em Bragança memória de que chegasse a tomar posse. Fundou e dirigiu O Lavrador Trasmontano. Guarda. 1881. de Vidago. Escreveu: Os prados naturais no Norte de Portugal. foi Perdigão (então governador civil de Beja) transferido para idêntico cargo em Bragança. defendendo tese no ano seguinte. Dirigiu o Posto Agrário de Mirandela e o da região duriense. que nada fazem ao nosso propósito. No Diário do Governo de 23 de Dezembro de 1869 diz-se que. Não há. Em homenagem aos heróis portugueses na Grande Guerra – Discurso pronunciado em Bragança. tomo IV). quando governador civil. p. e O Fomento Agrícola. PEREIRA (António Bastos) – Nasceu em Sanazola. oriundo de Vila Flor (566). 255. Além de várias obras. Maria Teresa de Moura Carvalhais. destas Memórias. Nasceu a 13 de Julho de 1879. Lisboa. PEREIRA (Abraão Israel) – Notável escritor judeu. deputado e ministro de Estado. e faleceu também em Travanca a 16 de Maio de 1924. PEQUITO (Rodrigo Afonso) – Antigo professor do Instituto Industrial e Comercial de Lisboa. por 179$000 réis (567). concelho de Bragança. p. tomo V. a Escola Móvel Profissional de Agricultura «Alves Teixeira». 4. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . em 9 de Abril de 1921 (565). que em 1789 arrematou a obra de carpintaria e talha da igreja de Paredes. nasceu em Lisboa a 27 de Junho de 1849. A Pátria. e foi chefe da Secção Agrícola de Bragança. p. Fevereiro de 1905. PERDIGÃO (Jacinto António) – Conselheiro e governador civil do distrito de Bragança. (566) Ibidem. vago pela exoneração do bacharel Augusto Correia Godinho Ferreira da Costa. porém. Concluiu o curso em 1903. 203. Nordeste. de Lisboa. Era filho de José António Pegado de Magalhães e de D.372 TOMO VII PEGADO | PEQUITO | PERDIGÃO | PEREIRA ros. par do reino. tomo IV. lugar de que tomou posse a 10 de Agosto desse ano. XCIII. do Porto. (565) Ver tomo VI. de Mirandela. Vila Real e Viseu (na publicação oficial do Inquérito. porem só com aqueles ornatos que se tiram sem violencia do fundo das cousas. distrito de Bragança.PEREIRA 373 TOMO VII distrito de Aveiro. filho de Manuel de Bastos Pereira e de D. Ana de Azevedo. O Sumário da Biblioteca Lusitana menciona mais: Muitas cartas que fazem um tomo e Tratado dos desposórios. alegou em requerimento. 1616. religioso da ordem de Cristo. mostrando-se imparcial com o seu heroe. Interessa finalmente o leitor pela narração animada. que devem ter ocorrido antes de 1587. pretendia justificar o seu direito. Além disso. concelho de Bragança. Coimbra. têm respectivamente XVII-5 de índices finais sem numeração.. morador na Paradinha Velha. a 12 de Junho de 1882. António. mas. que sua mulher tinha um estrado na igreja matriz para se assentar ela e família. Luís Ataíde – Dirigida a el-rei D. Escreveu a sua com suma elegância. em 1735. publicação póstuma por diligência de Fr. Ignoram-se as circunstâncias do seu nascimento e morte. Inocêncio F. fol. que apenas diferem no rosto. Miguel da Cruz. É pagador do ministério do Comércio e Comunicações e tesoureiro da junta geral do distrito de Bragança e foi governador civil substituto do mesmo distrito e deputado por Penafiel em 1919. como o bispo ao tempo proíbira em Pastoral tais estrados a quem não tivesse licença para usar deles. 1719. As do segundo são numeradas só pela frente. tão proprio a inspirar paixão quando delle se fala. Escreveu: Prática de sangradores reformada.ª edição em Lisboa no ano de 1740. secretário de D. da – Dicionário Bibliográfico. da mesma povoação. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . PEREIRA (António Pinto) – Natural do Mogadouro. Prior do Crato. concordando no mais. Obra rara e estimada. João Franco de Oliveira. PEREIRA (Bernardo) – Doutor em medicina e em direito civil pela Universidade de Coimbra. Escreveu: História da Índia. PEREIRA (António Lobo de Macedo) – Fidalgo da casa real. Sebastião. em nome de Leonardo de Pristo da Barreira. estilo nobre e agradavel. e pela delicadeza e vivacidade da mais pura e selecta linguagem» (568). por concessão do bispo D. Refere sim os sucessos com a grandeza que nelles se dá. tradução do italiano de Pedro Bembo. Nasceu em Miranda a 11 de Dezembro de 1681. «O seu autor mostrou-se perfeitamente sabedor dos preceitos da história. Teve 2. Consta de dois livros de XXIV-151-162 páginas. Coimbra. Obteve despacho favorável. Há também exemplares com a data de 1617. no tempo em que a governou o vice-rei D. (568) SILVA. add.374 TOMO VII PEREIRA Discurso apologético em defesa dos prodígios da natureza. (569). solteiro. etc. et observat. Bernardo Pereira era filho do médico naval Manuel Lopes Pereira (de quem fala o Portugal – Dicionário histórico. consultas e pareceres médicos. De plusitide. solteiro. de fraco valor como artista. (569) Sumário da Biblioteca Lusitana e Portugal: Dicionário histórico. e Francisco Félix. Sobre se poder gerar veneno dentro do corpo humano. etc. vol. E deixou mais manuscritas: Discurso sobre os pós de Quintílio. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . pág. De morbis mulierum. IV. Coimbra. 14 deste volume. Observações de várias casos de medicina. Tirocínio Médico Prático. esta legenda: Pereira / a pintou / 1855. mestre pintor. E na padieira de uma janela da capela-mor da igreja paroquial de França. para conhecimento de muitos efeitos e ocultas qualidades. concelho de Bragança. 1714. do mesmo concelho. mágica. Várias cartas. vistos pela experiência. Questão política. No tecto da capela-mor da igreja paroquial de Rabal. 508). natural de Pinelo. sobre a cura das doenças dos feitiços e o seu conhecimento. jurídica e política. Sobre poderem as mulheres serem fecundas depois de 50 anos. 1719. declara-se que serviram de testemunhas: Caetano Joaquim Pereira. Annt. de Vale de Lamas. PEREIRA (Caetano Joaquim) – Mestre pintor.ª edição em 1740. Sobre um feto de três meses e vinte dias ser vital e legítimo. Abuso emendado sobre as cousas não naturais.º Anacefaleose Médico-Teológica. É natural que este Pereira seja o das inscrições acima indicadas. Antónia de Oliveira. nascido a 15 de Setembro de 1853. há o seguinte letreiro: O Pereira a pintou / no anno / de / 1864. Coimbra. e qualificado por força de um sucesso. pintor. Teve 2. artigo «Pereira». pág. 4. De morbis complicatis. Ver artigo Álvares (Padre Bartolomeu). e de D. No assento de baptismo de João Baptista Araújo. concelho de Bragança. de Bragança. Aplauso afectuoso na vinda do marquês de Abrantes ao Sardoal. reflectiones ad Rivirii praxun. a julgar pelas referidas obras. e clareza de sua antiga Nobreza. Escrivão do mesmo juizo. e no terceiro. e seus Dominios.PEREIRA 375 TOMO VII PEREIRA (Daniel José Dias de Castro). em duas pallas. ISABEL MARIA. tendo na mão um Elmo do mesmo metal. em Nome de EL REY Faço saber aos que esta Minha Carta de Brazão de Armas de Nobreza e Fidalguia virem. para dellas tão bem usar na forma que as trouxerão e forão concedidas aos ditos seus Progenitores. Infanta Regente dos Reynos de Portugal e Algarves. que he a Aguia das Armas. seis arruelas de azul. lhe Mandace dar Minha Carta de Brazão de Armas das ditas familias. lhe Mandei passar esta Minha Carta de Brazão dellas na forma que aqui vão Brazonadas. Me fez petição dizendo que pela Sentença de justeficação de sua Nobreza a esta junta. No segundo quartel as Armas dos Castros que são em campo de prata. que Daniel José Dias de Castro Pereira. natural da Cidade de Bragança. subscripta por António Maria de Sori. Neto por parte paterna de Antonio Dias Pereira. com cores e metaes. Castros e Pereiras e como tais se tratarão sempre á Ley da Nobreza com creados e cavalos. que são em campo sanguinho hum braço armado de prata. e o contra chefe. a saber. Pelo que Me pedia êle supplicante por Mercê que para memória dos seus Progenitores se não perder. Devizadas e Illuminadas. porferida e assignada pelo Desembargador. e de sua mulher Dona Anna Luiza. Corregedor do Civel da Corte e Casa da Supplicação o Doutor Manoel Duarte Leitão. Bisneto de Manoel de São Theago. «D. e pela materna de Antonio de São Theago Pereira do Lago. as Armas dos Pereiras que são em campo vermelho huma cruz de prata florida e vasia do campo. Elmo de prata aberto guarnecido de ouro. Timbre dos Dias. sem que em tempo algum cometecem crime de leza Magestade Divina ou Humana. O qual Escudo e Armas poderá trazer e uzar tão-sómente o dito Daniel José Dias de Castro Pereira. E que os refferidos seus Pays e Avós são pessoas Nobres das familias dos Dias. e Residente na sua Quinta de Cedaens. Terceiro neto de João de Castro. ondado de prata e azul. que tem o Rey de Armas Portugal. e sobre o Elmo huma Águia negra. Termo da Villa de Mirandella. Paquife dos metaes e cores das Armas. segundo se achão Registadas no Livro do Registo das Armas da Nobreza e Fidalguia destes Reynos. com plumas de várias cores. e por diferença huma brica de ouro com um trifolio verde. se mostrara que elle he filho legitimo de Gabriel Dias Mendes. e de sua mulher Dona Josefa Maria de Castro. E vista por Mim a dita sua petição e Sentença e confiar de tudo o refferido. assim como as trouxerão e uzarão os ditos Nobres e antigos Fidalgos seus Antepassados em MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e que a elle como dessendente das mencionadas familias lhe pertence uzar e gozar de suas Armas segundo o Regimento e Ordenação da Armaria. Hum Escudo esquartellado: no primeiro e quarto quarteis as Armas dos Dias. do no L.to dos Brazoens de Armas da Nobreza e Fidalguia destes Reynos e seus Dominios a fl.º 8. e o conhecimento della pertencer. a) Fran. Com o que Quero. Condecorado com a Medalha de Ouro da Restauração dos Direitos da Realeza. Liberdades.º Lisboa 18 de Fevereiro de 1828. Campos Reptos.º do Reg. Juizes e mas justiças destes Reynos e em especial aos Reys de Armas. Praças. e da Torre e Espada. e finalmente se poderá servir. e aproveitar dellas em tudo e por tudo como á sua Nobreza convem. Francisco de Paula Campos Escrivão da Nobreza destes Reynos e seus Dominios a fez em Lisboa aos dezaceis dias do mês de Fevereiro do Anno do Nascimento de Nosso Senhor JEZUS Christo de mil oito centos e vinte oito. 217 v. e como sempre de tudo uzarão e gozarão os seus ditos Antepassados. Mercez.376 TOMO VII PEREIRA tempo dos Senhores Reys destes Reynos. Izençoens e Franquezas que hão e devem haver os Fidalgos e Nobres de antiga Linhagem. e Me Praz que haja elle todas as Honras. Aneis Signetes e Devizas.am da Camara a) José Bernardo dos Santos» MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Provedores. e a quaesquer outros Offeciaes e pessoas a quem esta Minha Carta for mostrada. seu Creado Particular. porque assim he minha Mercê. Escaramuças. honrar. e gozar. Ouvidores. Privilégios. Pelo que Hei por bem Mandar a todos os Dezembargadores. Reg. Cavalleiro Fidalgo da Casa de Sua Magestade. Arautos e Passavantes. Eu Francisco de Campos. Corregedores. e exercitar todos os mais actos licitos da Guerra – e da Paz. Mirandella 10 de Março de 1828. pôlas em suas Cazas Capellas e mais Edificios. A Senhora Infanta Regente em Nome de EL REY o Mandou por Izidoro da Costa e Oliveira.co de Paula Campos Fica registada esta Carta e Brazão de Armas de Nobreza e Fidalguia no livro nº 1 do Registo particular desta Camara a fl. O Esc. e com ellas poderá entrar em Batalhas. que em tudo lha cumprão e guardem e fação inteiramente cumprir e guardar como nella se contem. E assim mesmo as poderá trazer em seus Firmais. a fiz e subscrevi O Rey d’Armas Portugal a) Izidoro da Costa Oliveira. Cavalleiro da Ordem de Christo. 38 e seggs. sem duvida nem embargo algum que a ella seja posto. e deixallas sobre sua propria sepultura. e seu Rey de Armas Portugal. filha do comendador José António de Castro Pereira. lugar de que tomou posse em Abril de 1929. pois é o mesmo. João António Lopes Cardoso. 49 e 776. PEREIRA 377 TOMO VII . Maria Amália de Gomes Ferreira. Artur Alberto de Castro Pereira Lopes Cardoso. Gabriela de Castro Pereira. desembargador da Relação de Lisboa. António José de Castro Pereira. casada com o doutor Artur Alberto Camacho Lopes Cardoso. a que se refere o volume VI. sem descendência. Daniel José Dias de Castro Pereira. CASA E QUINTA DE VALE DE PRADOS (Macedo de Cavaleiros) e CASA DE CEDÃES (Mirandela) D. Antónia Margarida de Castro Pereira. D. págs. Júlio Horácio Camacho Lopes Cardoso. Augusto César Dias de Castro Pereira. casado com D. Alfredo César Nogueira Dias de Castro Pereira. casado com D. casa com José Pinto Miranda de Vasconcelos. Maria Georgina de Castro Pereira Lopes Cardoso. José António de Castro Pereira Lopes Cardoso.Representação actual da família «Castro Pereira». Ver pág. Maria Inácia de Castro Pereira Lopes Cardoso. escudo nº 123. casado com D. D. que deve completar-se por este. oficial de artilharia. Eduardo Nogueira Dias de Castro Pereira. casado com D. Maria Eduarda de Castro Pereira. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA D. Angélica de Castro. Alfredo Augusto Dias de Castro Pereira. 77 deste vol. casado com D. Adelaide de Castro Pereira. destas Memórias. Alice Bouisson Nogueira. a quem se passou carta de Brasão de Armas de seus ascendentes a 20 de Setembro de 1563. comendador da ordem de Cristo. Emília. casada com António de Castro Pereira. 51. Brica de prata com um farpão de verde. uma cruz florida vermelha entre dois cotos de asas de ouro. fls. Augusto de Castro Pereira. Amália. Livro do Registo dos Foros de Fidalgos pertencentes aos Paços do Concelho da cidade do Porto. fidalgo-cavaleiro da casa real. Maria Eduarda. Antónia Margarida Antunes de Navarro. sem descendência. o dos Pereiras. D. casado com D. desencontradas. D. 2. fol. António Rodrigues Barroso Pereira (descendente de Francisco Barroso Pereira. Vol. Ermelinda. VI. Registado no livro 8. casado com D. 309. José Rodrigues Barroso. casado com D.FAMÍLIA Brasão de armas (partido em pala): Na primeira. Ana Luísa Pereira da Paz. Timbre. Cândida. pág. . D. moço-fidalgo da casa real. Suportes – um unicórnio de prata e um leão de ouro.° do «Registo dos Brazões d’Armas da Nobreza e Fidalguia d’estes Reynos e seus dominios» a fls. Sebastião. casado com D. condessa de Castro e Sola. Inês Alvim de Morais. Rosa Amália Dias da Paz. Elmo de prata. casada com o doutor José Silvério de Campos Henriques. de Almeida Navarro. casado com D. 49. D. destas Memórias. e na segunda. Adelaide de Sousa Bastos. viscondessa de Francos. Adelaide. Alexandre de Castro Pereira. D. guarnecido de ouro. Fortunata. Doutor Júlio de Castro Pereira. casada com o conselheiro José António de Campos Henriques e em segundas núpcias com A. Registo da chancelaria de D. as armas dos Pereiras: em campo vermelho uma cruz de prata florida e vazia.º visconde de Lagoaça. casada com Augusto Lopes Cardoso Pereira da Silva. VI.º visconde de Francos. casada com o doutor Diogo Albino de Sá Vargas. as armas dos Castros: em campo de ouro treze arruelas de azul. filho de Daniel José Dias de Castro Pereira. irmã de Daniel José Dias de Castro Pereira. aberto. José António de Castro Pereira. pág. 705. Salvador Mendes Pereira. que foi presidente do Supremo Tribunal de Justiça. moço da casa real. sem descendência. Guilhermina da Silva. António Júlio de Castro Pereira. D. Mariana Mendes. Joaquina de Castro Pereira. postas em três palas e ao meio com cinco e as das ilhargas quatro em cada perna. casada com o conde Castro e Sola. casada com o 2. D. filha dos condes da Trindade. António Dias Pereira da Paz. 233 verso). Vol. casado com D. Paquife dos metais e cor das armas. casado com D. de Lagoaça. casado com D. destas Memórias. Diogo Barroso Mendes Pereira. Álvaro de Castro Pereira. Isabel de Aguilar de Castro e Sola. D. Francisco de Castro Pereira Lopes. D. Helena de Castro Pereira Arês. juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça. Conselheiro Amadeu da Fonseca de Castro Pereira e Sola. Doutor António Emílio de Sá Vargas. Doutor Diogo Albino de Sá Vargas. Doutor Alberto de Almeida Navarro. D. Maria Clara Teles de Castro e Sola. Júlia da Fonseca Teles de Castro e Sola. Fortunata de Sá Vargas. delegado em Lisboa. José António de Campos Henriques. casado com D. Maria Augusta Ledesma de Castro. sem descendência. Engenheiro Luís de Castro e Sola. D. D. Adelaide de Campos Henriques Salgado de Andrade. Doutor Júlio Horácio Camacho Lopes Cardoso. casado com D. 2. D. oficial do estado-maior. Eduardo Nogueira Dias de Castro Pereira. casado com D. Amélia de Castro Pereira. D. 3. Beatriz de Castro Pereira Pontes. Clara de Barros e Sá. Doutor António de Castro Pereira e Sola. ministro de estado honorário. casado com D. Maria Helena da Fonseca Teles de Castro Lopes. casado com D. viúva do juiz Jaime Pimentel de Faro. Maria das Dores de Castro Pereira. presidente de ministério. . Conceição. Doutor Carlos de Castro Pereira Lopes. casado com D. 2. Maria das Dores de Castro Pereira Lopes. Augusto de Castro Pereira Valado Navarro. D. viscondessa de Foz Côa. Engenheiro militar Artur Alberto Meireles de Campos Henriques. D. Júlio de Castro Pereira. juiz de direito. casada com o doutor Júlio de Castro Lopes. Doutor Júlio César de Castro Pereira Lopes.º visconde de Foz Côa. Doutor José Marcelino de Sá Vargas. director-geral do Supremo Tribunal de Justiça na monarquia. casado com D. Alfredo César Nogueira Dias de Castro Pereira. Maria da Luz de Campos Henriques. Doutor Alberto de Castro Pereira Valado Navarro. Doutor José Henrique de Castro Pereira e Sola. D. Conselheiro Artur Alberto de Campos Henriques. D. casado com D. Eduardo de Campos Henriques. filha do barão do Valado. Adelaide de Castro Pereira. Dr. D. casada com o doutor Carlos Salgado de Andrade. D. Doutor José António Lopes Cardoso. Artur Alberto de Castro Pereira Lopes Cardoso. José António de Castro Pereira Lopes Pereira. Maria Violante da Costa Campos. Alice de Castro Pereira. Alice Bouisson Nogueira. Elisa. D. publicista. Maria da Conceição Teles de Castro e Sola. Amélia de Aguilar. Maria Isabel de Sousa Rego. casada com o engenheiro Flávio Pais. Alfredo Augusto Dias de Castro Pereira. casada com o doutor Artur Alberto Camacho Lopes Cardoso.° visconde da Trindade. casado com D. casada com Fernando de Soares Mendes. D. D. Maria Roquete.º conde de Castro e Sola. par do reino.º visconde de Francos. casada com o tenente-coronel médico Francisco Morgado. Antónia Margarida de Castro Pereira. sem descendência. D. casado com D. D. Maria Amália Pereira da Costa. Maria Georgina de Castro Pereira Lopes Cardoso. casada com o 2. D. Fortunata de Sá Vargas. Maria Inácia de Castro Pereira Lopes Cardoso. casado com D. 3. juiz do Supremo Tribunal de Justiça. sem descendência. Gabriela de Castro Pereira. juiz do Supremo Tribunal de Justiça. casada com o doutor José de Miranda Vasconcelos.º visconde de Foz Côa.«CASTRO PEREIRA» Augusto César Dias de Castro. oficial de artilharia. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que justara a obra por setenta e um contos. e. as obras iniciaram-se em 1921 sob a superintendência do padre António Joaquim Vila. Ver tomo II. desvalorizada a moeda. PEREIRA (Francisco da Costa) – Ver Santos (António Augusto César dos). para cujo fim o primeiro benemérito acima referido legara cinco contos. (570) Ver tomo VI. paralisou tudo até que outro benemérito da mesma família. Ao tempo esta quantia bastava. destas Memórias. tomo V. de Lisboa. p. Deixou em testamento vinte contos para a construção duma escola primária para ambos os sexos e casas de habitação para os respectivos professores. PEREIRA (Jacob Rodrigues) – Célebre inventor do alfabeto dos surdos-mudos. nascido em 1715 (571). residente em Lisboa.380 TOMO VII PEREIRA PEREIRA (D. pág. onde concluiu o curso em Julho de 1922. destas Memórias. e de D. PEREIRA (Horácio Augusto Cordeiro) – Doutor em medicina pela Universidade de Lisboa. 32. do mesmo concelho (570). O testamento do primeiro benemérito está registado em Macedo de Cavaleiros. de Gobelim. defendendo tese a 9 de Fevereiro de 1924. p. a 10 de Junho de 1851 e faleceu a 20 de Janeiro de 1920 em Luanda (África). no qual estava sepultada sua esposa. É filho de Júlio Manuel Pereira. abonou mais cem contos para sua ultimação e do restauro da capela de Santo António. PEREIRA (Francisco Manuel da Costa) – Grande benemérito. cujo título é: Sobre um caso de endarterite da artéria pulmonar com persistência de canal arterial. (571) Ibidem. arcipreste do ramo de Peredo. Estudou preparatórios no colégio de Campolide e liceu Camões. 728. António Augusto César dos Santos. Leopoldina Cândida Cordeiro Pereira. e concluiu o curso de medicina a 6 de Julho de 1922. concelho de Macedo de Cavaleiros. XCVIII. oriundo de Bragança e Chacim. genro do anterior. Francisco) – Bispo de Miranda. mas foi trasladado para o Rio de Janeiro onde tinha jazigo. mas. seu irmão Manuel António da Costa Pereira. concelho de Alfândega da Fé. Torna-se digna de aplauso público a memória deste bragançano pelo louvável uso que soube fazer da sua grande fortuna adquirida no ultramar. abonou ainda mais trinta. falecendo sem a concluir. Nasceu em Peredo. sita na mesma povoação. concelho de Vinhais. Estava na povoação de Vale Paço. e até da dedicação à mesma Senhora do Rosário. as dos lados seram de marmore branco com veyos verMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Também publicou uma tese de doutoramento. Mendes Pereira tem exercido os cargos de administrador dos concelhos de Mirandela. do local onde apareceram. Colaborou no Nordeste. impressa de frente. Typ. mas. defendida no quinto ano do seu curso em Coimbra. «por não haver quem por menos a fizesse [e o pregoeiro] lhe mandou aprontar a dita obra e satisfazendo o dito Pregoeiro dizendo na Praça o acho na Praça o aremato porque mais não acho dou-lhe huma dou-lhe duas e huma mais pequenina há quem o faça por menos senão dou o Ramo e por não hauer quem por menos o fizesse lhe dou o Ramo que elle arematante aceitou e se obrigou a fazer a dita obra na forma dos apontamentos asignados por elle arematante [que são os seguintes]: Em primeiro lugar será aparilhada toda a obra com todas as mamos [mãos?] de geço grosso. actual director do posto zootécnico de Miranda do Douro e presidente da câmara da mesma cidade. PEREIRA (José) – Mestre pintor. Univers. será toda a talha da dita obra como também todas as meyas canas dellas douradas e os altos das molduras com ouro sobedo. que é em ambas igual. Nasceu em Vila Real de Trás-os-Montes a 12 de Outubro de 1870. não nos foi possível levar a bonomia do amigo Mendes Pereira a conseguir-nos um exemplar. Jornal de Bragança e outros. dedicada à Senhora do Rosário (sem mais indicação de lugar). PEREIRA (Joaquim Mendes) – Antigo director de pecuária de Bragança. terminando-o em 1895. e mate e bolo armenio para se fazer hum bom dourado conforme a arte manda. Fez o curso liceal em Vila Real e no Porto e o de veterinária em Lisboa. por mais diligências que empregámos. É possível que este João António Esteves Pereira seja irmão de Manuel António Mendes Pereira (também memorado nesta secção de véus de cálix) pela coincidência da época. Maria de Jesus Antunes Teixeira. e agora é pertença do Museu Regional de Bragança. Bragança e Miranda do Douro. bispado de Bragança. Conimbricæ: Ex Prelo Antonii Simoens Ferreira.PEREIRA 381 TOMO VII PEREIRA (João António Esteves) – Há dele uma tese de direito canónico. da cor da seda e finura da mesma. Distrito de Bragança. Anno Domini 1758. em três planas. bem como em alguns de Lisboa e Porto. arrematou em Agosto de 1792 a pintura do altar-mor e tecto da capela-mor da igreja paroquial de São Pedro da Silva por 200$000 réis. filho de Manuel António Mendes Pereira e de D. as duas colunas do centro seram fingidas de azul fino com veyos de ouro bornidos. em véu de cálix. de Parada. de seda branca. fol. 123. tomo I. 233 v. e todos os lizos da mais obra seram de varias pedras fingidas de todas as cores tudo bornido repartidos a eleiçan do artifice. maço Obras. Inês de Aboim de Morais. Parece que José Pereira faleceu pouco depois da obra começada. p. Josefa de Santiago de Castro. Este António Rodrigues Barroso Pereira descendia de Francisco Barroso Pereira. 41. Ana Luísa Pereira da Paz e materno de António de Santiago Pereira do Lago e de D. fidalgo-cavaleiro da casa real. também pintor. que teve carta de brasão de armas a 20 de Setembro de 1563. A obra estava já concluída em Novembro desse ano. Era filho de Salvador Mendes Pereira e de D. tomo I. onde pintou os doze apóstolos e nos mais «coadros de brotesco». Terceiro neto paterno de José Rodrigues Barroso Pereira e de D. pág. rico proprietário. Sebastião. à qual se refere a revista Cerâmicas Brasonadas. deputado da nação. moço da câmara real. A. senhor do palácio brasonado de Santa Catarina.382 TOMO VII PEREIRA melhos também bornidos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Pedro que he orago da dita Igreja nos demais coadros se lhe pintaram tarjas bem pintados os anjos do remate seram emcarnados as azas de robim e esmeralda e tudo será feito S. e tudo de tintas bomas levará seos robim e esmeraldas aonde lhe pertencer os roupantes do tecto sera a meya cana de meyo roupante dourada como tambem a que divide o coadro. porque junto ao processo vem um requerimento de seu filho. feito em Março de 1794. e materno de Pedro Pereira do Lago e de D. sua prima. neto paterno de António Dias Pereira da Paz e de D. No tecto da capela-mor havia vinte e cinco quadros. PEREIRA (José António de Castro) – Natural de Bragança. no Porto. Joaquina de Castro Pereira. Fortunata de Losada. Quarto neto paterno de António Rodrigues Barroso Pereira e de D. Luísa Maria de Santiago. todo o papo de rolla da cornija será de pedra marmore branca com veyos azues. Este Francisco Barroso Pereira era filho de Cristóvão Rodrigues Bar(572) Museu Regional de Bragança. comendador da ordem de Cristo. Bisneto paterno de Diogo Barroso Mendes Pereira e de Rosa Amália Dias da Paz e materno de Manuel de Santiago Pereira do Lago e de D. Josefa de Morais Madureira. livro III. e no coadro do meyo lhe pintará S. bibliófilo distinto (573). (573) A marca que usava vem reproduzida na Revista de Ex-Libris Portugueses. a pedir que lhe acabem de pagar a obra justa por ele e por seu falecido pai (572). Manuel Joaquim Pereira. registado na chancelaria de D. na rua deste nome. [segundo a Arte?] o pintor José Pereira». Mariana Mendes e materno de João de Castro Pereira do Lago e de D. 705. (576) Ibidem. nesse mesmo ano. Emília. mãe do doutor Alberto de Castro Pereira de Almeida Navarro e avó do doutor José Silvério de Campos Henriques Salgado de Andrade (Vila Nova de Foz Côa). p. irmã do 1. e também no Livro do Registo dos Foros de Fidalgos pertencente aos Paços do Concelho da Cidade do Porto. Adelaide de Castro Pereira. p. as dos Castros. ex-ministro da Justiça. V – D. III – D.º. em campo de oiro treze arruelas de azul postas em três faixas. do 3. comendador da ordem de Cristo. Elmo de prata. residente na casa brasonada de Vale de Prados. Maria das Dores de Castro Pereira Lopes. concelho de Macedo de Cavaleiros. Fortunata Vargas (576). passado a 9 de Março de 1843. 51. de quem falamos noutra parte. aberto. decorado com o brasão atrás referido. de quem são netos o doutor Diogo Albino de Sá Vargas e sua irmã D. (574) Consta do processo de justificação de nobreza organizado na comarca do Porto pelo juiz doutor Francisco Rodrigues Ferreira Casado e escrivão Joaquim Vaz de Oliveira. O respectivo brasão de armas. e D.º conde de Lagoaça (575): II – Alexandre de Castro Pereira.º visconde da Trindade e do publicista Augusto Navarro. guarnecido de oiro. 243. Brica de prata com um farpão de verde. casada com o doutor Artur Alberto Lopes Cardoso. IV – D. (575) Ver tomo VI. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Timbre o dos Pereiras. neto de Martim Rodrigues Pereira e de D. Está registado no livro 8. destas Memórias. as armas dos Pereiras. do Registo dos Brasões de Armas da Nobreza e Fidalguia destes Reinos e seus Domínios. os quais todos foram fidalgos e do tronco destas gerações (574). I – José António de Castro Pereira foi sepultado no sumptuoso jazigo por ele mandado construir no cemitério da Lapa. no Porto. Clara Fernandes Barroso e bisneto de Gonçalo Rodrigues Pereira e de Aires Fernandes Barroso. Maria Eduarda. 309. mãe de Alfredo de Castro Pereira. in-8. fol. e na segunda. do major de infantaria Artur Alberto Mendes de Campos Henriques. leiloando no Porto a importante livraria de seu pai de que imprimiu catálogo. Antónia Margarida Antunes Navarro. a do meio com cinco e as das ilhargas quatro em cada uma.º Alexandre de Castro é pai de D. Teve de sua mulher D. que em 1886 foi para Lisboa. entre dois cotos de asas de oiro. uma cruz florida-vermelha.PEREIRA 383 TOMO VII roso Pereira. do doutor José António Meireles de Campos Henriques. é partido em pala: na primeira. fol. Ermelinda. na tipografia de O Comércio do Porto e consta de 46 pág. 381.+4 (inumeradas)+XVIII e uma de erratas. 8. dão-lhe o apelido de «Teixeira». juiz no Porto. F. Maria da Luz de Campos Henriques. 2. casada com Francisco Vara. que em 1909 estava em Setúbal. p. Setúbal. Cândida. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . mãe de D. de D. ambos juízes do Supremo Tribunal de Justiça. mãe do visconde de Francos e do doutor António de Castro Pereira e Sola. VIII – D. VII – D. pregado na Sé de Miranda. Helena de Castro Pereira. onde era. (578) INOCÊNCIO. 4. PEREIRA (Manuel de Castro) também conhecido por Manuel de Castro Pereira de Mesquita Pimentel Cardoso e Sousa – Conselheiro de (577) As notas referentes a José António de Castro Pereira e família foram-nos fornecidas pelo conde de Castro e Sola. Alice de Castro Pereira. Ver Pereira (Daniel José Dias de Castro). 7-2. nada conseguimos referente a este escritor. de seda branca. mãe do conde de Castro e Sola e avó de D. X – D. Maria Helena da Fonseca Teles de Castro Pereira Lopes (577). empregado dos impostos. casada com o engenheiro Flávio Pais. Estava na povoação de Vale Paço. Amélia de Castro Pereira.º.º (578). casada com o doutor Jaime Faro. Conimbricæ: Ex Architypografia Academica-Regia. concelho de Vinhais. PEREIRA (José Manuel Martins) – Apesar das muitas diligências que fizemos. Anno Dñi 1771.º de 519 págs. IX – Júlio. viscondessa de Francos. da Silva no Dicionário Bibliográfico e o Portugal: Dicionário histórico…. natural do distrito de Bragança. pai de D. e também esteve em Freixo de Espada à Cinta. ao que entendemos. em Coimbra. Teodósio de saudosa memória. rua das Fontainhas. por intermédio do ilustre bragançano doutor Artur Alberto Camacho Lopes Cardoso. Lisboa. Amélia. p. PEREIRA (Manuel António Esteves) – Há dele uma tese canónica defendida no quinto ano do seu curso. PEREIRA (Luís Machado) – Doutor em cânones. Fortunata. Escreveu: As terras de Entre Sabor e Douro. Adelaide.384 TOMO VII PEREIRA VI – D. e agora pertence ao Museu Regional de Bragança (579). dedicada à Senhora do Rosário (sem indicação de lugar).º visconde de Lagoaça. mestre em artes e mestre-escola na Sé de Miranda. e de D. impressa de frente em três planas. de Álvaro de Castro Pereira. 1656. em véu de cálix. mãe da viscondessa de Vila Nova de Foz Côa e do doutor Júlio de Castro Pereira Lopes. condessa de Castro e Sola. Escreveu: Sermão nas exéquias do príncipe D. 1908. 375. (579) Ver Pereira (João António Esteves). A. deixando a sua grande fortuna a seu sobrinho Luís de Castro Pereira. Tip.º de 12 págs. Mas o Portugal Antigo e Moderno. Era um rico proprietário. mas nunca aqui apareceu. PEREIRA (Manuel Lopes) – Médico. Foi médico do marquês de Távora e do cabido e bispo de Miranda. 1929. Em 1821 foi nosso embaixador em Madrid e ministro dos Negócios Estrangeiros desde 1 de Junho a 9 de Novembro de 1837. Teixeira de – O Sampaio da Revolução de Setembro. do qual foi nomeado capitão pelo príncipe regente. Nasceu em Freixo de Numão. PEREIRA (Manuel José) – Presbítero. concelho de Vila Nova de Foz Côa. doutor em filologia românica pelo Curso Superior de Letras. filho de seu irmão Domingos de Castro Pereira. Em volta dum conflito no Liceu de Bragança. Académica. diz que ele era natural desta povoação no concelho de Vila Flor e que o seu solar é em Vilarinho da Castanheira. João VI. p. pelo que foi julgado traidor à pátria. 61. e VASCONCELOS.º de 11 págs.PEREIRA 385 TOMO VII Estado. p. cargo que exerceu em Almeida e depois em Vila Flor. a 14 de Outubro de 1778 e faleceu no Porto a 16 de Agosto de 1863. destas Memórias. rua das Virtudes. mas a revolução de 1820 relevou-lhe a falta e fez-lhos restituir.. A. Esta guerra. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . concelho de Carrazeda de Ansiães. onde faleceu a 30 de Outubro de 1929. como então se dizia) desde 1836 a 1838. no posto de coronel. natural de Miranda. capitão-mor de Freixo de Numão. Ver tomo VI. Mesma tip. p. Fez a campanha da Rússia com a «Legião Portuguesa» ao serviço de Napoleão. Escreveu: Grupo Beneficente do Liceu de Emílio Garcia – Relatório e contas da gerência desde 10 de Dezembro de 1926 a 15 de Agosto de 1928. reitor e professor do liceu de Bragança. sendo-lhe confiscados os bens. António Rodrigues Sampaio (580). depois D. Também foi governador civil do distrito de Bragança (administrador-geral. terminou pelo tratado de Badajoz em 6 de Junho do mesmo ano. artigo «Val Torno». 1859. 8. de curta duração. 529. Bragança. (580) Notícias dos Ministros e Secretários de Estado do Regime Constitucional…. 8. já retirado à vida privada. 18. Era professor de medicina. O citado Portugal Antigo e Moderno diz que Manuel de Castro Pereira morreu no Porto. exercendo essas funções o secretário-geral. Durante a guerra de 1801 preparou à sua custa um esquadrão de cavalaria. inspector-geral das prisões e rico proprietário nos Cortiços. era filho de João José Pereira Charula (ver o respectivo artigo. (583) Ver tomo IV. frequentando depois a Universidade de Coimbra. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Margarida de Almeida Morais Pessanha. Manuscrito (582). 96) e de D. a fim de seguir em vagão armado em câmara ardente para os Cortiços. João da) – Marechal-de-campo. destas Memórias. artigo «Álvares». PESQUEIRA (Visconde de S. pág. Escreveu: História das conquistas portuguesas. deputado da nação. delegado do procurador régio na comarca de Miranda do Douro (deixando em 1899 a magistratura) e exerceu também o cargo de administrador e inspector-geral das prisões em Lisboa. Fora encarregado do governo das armas da província de Trás-os-Montes. Nasceu naquele concelho a 22 de Março de 1871. Faleceu em Lisboa no dia 24 de Novembro de 1929. (581) Sumário da Biblioteca Lusitana e Portugal: Dicionário histórico.º de Agosto de 1830. PESSANHA (António Alberto Charula) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. Ocupou durante vinte anos os cargos de secretário de Estado e de conselheiro de Filipe III. segundo diz a Lista militar dos oficiais do exército de Portugal referida ao 1. residência de seus pais. onde concluiu o curso em 1894. Teve também o título de conde de Muge. Faleceu em Madrid pelos anos de 1624. 4. PEREIRA (D. que não chegou a gozar por falecer antecipadamente. Salmant. concelho de Macedo de Cavaleiros. p. cargo que ainda devia exercer em 1830.º (581). etc. PEREZ (João e Pero) – Mestres-de-obras. (582) Portugal: Dicionário histórico. em Lisboa. 1700. Foi administrador do concelho de Macedo de Cavaleiros. realizando-se os funerais na igreja de Benfica da capital e sendo trasladada a urna funerária para a estação do Rossio no dia 25.386 TOMO VII PEREIRA | PEREZ | PESQUEIRA | PESSANHA Escreveu: Xeniolum medico theorico praticum. 274. Estudou preparatórios em Vila Real e no colégio dos jesuítas de Campolide. artigo «Lopes Pereira». vindo de quando em vez de visita ao seu importante casal dos Cortiços. reitor do liceu de Bragança. moradores em Moncorvo. que se obrigaram a fazer por «vinte e duas libras de dinheiros pretos» uma portada nas fortificações daquela vila (583). Nuno Álvares) – Natural de Miranda do Douro. Maria Antónia de Morais Maltês. 1901. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . deputado ao tempo. concelho de Mirandela. PESSANHA (Francisco António de Almeida Morais) – Doutor em leis e em filosofia pela Universidade de Coimbra. a tenente em 1894 e a capitão em 1901. (585) Ibidem. Foi governador da Guiné. 384. a 19 de Janeiro de 1862 e suicidou-se (foi esta a versão que deram os jornais) em Diu a 14 de Setembro de 1907 com alguns tiros de revólver. freguesia de Marmelos. 382. 1916. Este estudo saiu no Investigador citado e foi ultimamente transcrito por Alfredo Menéres no livro Carvalhais – Traços históricos. PESSANHA (Carolino de Almeida) – Nasceu em Mirandela a 19 de Novembro de 1837. Escreveu e datou de Mirandela a 2 de Fevereiro de 1815 um importante estudo económico regional intitulado: Reflexões relativas à Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro. Era também cavaleiro da ordem de Isabel. a 12 de Fevereiro de 1863. sendo a primeira a que principiou em 20 de Maio de 1860. de Espanha.° 15. idem de 7 de Janeiro. Assentara praça em 1879. governador de Diu. Bento de Avis e com a medalha de prata de comportamento exemplar. a 12 de Abril de 1775 e ali faleceu a 22 de Maio de 1839 (586). Escreveu mais: Memória sobre o estado actual das fiações de seda. Era um oficial inteligente e ilustrado. pág. pois falecendo seu pai. dirigidas aos senhores editores do «Investigador Português». nas províncias de Trás-os-Montes e Beira. foi declarado vago o círculo que representava e eleito Carolino Pessanha. a Católica. cujo lugar deixou pouco antes de ser nomeado para Diu. idem de 20 de Outubro (584). Era filho de António José de Morais Pessanha e de D. Era filho ilegítimo de João Pedro Pessanha e de Cândida Rodrigues. 275. 1902. e 1904. Foi deputado progressista pelo distrito de Bragança nas legislaturas de 1900. (586) Ibidem. de cujo lugar tomou posse no dia 27. n. Pedro de Vale de Conde. Nasceu em S. p. especialmente pelo método piemontês. concelho de Mirandela. 380. sendo promovido a alferes em 1883. destas Memórias. idem de 8 de Janeiro. Deputado da nação em diferentes legislaturas. onde faleceu a 19 de Março de 1874 (585). e (584) Ver tomo VI. sendo condecorado com o grau de cavaleiro da ordem de S. juramento de 10 de Janeiro. p.PESSANHA 387 TOMO VII PESSANHA (Carlos de Almeida) – Capitão de cavalaria. p. Foi também governador civil de Bragança por decreto de 19 de Janeiro de 1870. João Pedro de Almeida Morais Pessanha. Nasceu na freguesia de Marmelos. possuía no entanto grande energia e assombrosas faculdades de trabalho. p. a 3 de Fevereiro de 1843 e faleceu na freguesia de Cabeça Boa. concelho de Macedo de Cavaleiros. (587) PESSANHA. capelão militar. optando por esta. como geralmente era conhecido.388 TOMO VII PESSANHA regulamento ou providências para restabelecer estas fiações e mantê-las em perfeição (587). de que havia tomado posse a 4 de Junho de 1836. p. a par de uma inteligência superior.° 6. passou por ser um dos homens mais eruditos do seu tempo no distrito de Bragança. voltando às cortes nas legislaturas de 1834 e 1836. Bento de Avis. para onde se retirara depois de reformado como capelão militar. Era filho de Domingos António de Almeida Morais Pessanha (que morreu em Miranda do Douro. Nasceu na freguesia das Arcas. concelho de Bragança. n. (590) Ver tomo VI. 382. PESSANHA (João Manuel de Almeida Morais) – Foi governador civil de Bragança desde 25 de Fevereiro de 1840 até à data em que faleceu (589). p. director e professor de aritmética da extinta Escola Industrial de Bragança e professor interino de inglês e alemão no Liceu Nacional da mesma cidade. cavaleiro da ordem militar de S. Eleito deputado pela província de Trás-os-Montes às cortes constituintes de 1820. onde era subdirector da Alfândega) e de D. (588) Ibidem. p. Era comendador da ordem de Cristo e do conselho de sua majestade por decreto de 3 de Dezembro de 1834 (588). foi «um dos seus oradores mais considerados e collaborador de grande numero de leis então votadas». PESSANHA (João Manuel de Almeida Morais) – Presbítero. De aparência negligente e pesada. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 35. a 22 de Junho de 1905. Já anteriormente exercera idêntico cargo. por nela ter a sua residência legal. (589) Ibidem. destas Memórias. José Benedito de Almeida – Notícia histórica dos Almirantes Pessanhas. Felicidade Perpétua (590). Foi reeleito para as cortes ordinárias pela divisão de Bragança e também pela de Vila Real. O padre João Pessanha. Exerceu as funções de prefeito da província de Trás-os-Montes em 1834. Esta memória valeu ao seu autor ser nomeado sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa a 17 de Maio de 1819. Em 1828 foi deportado para o Algarve por constitucional. 383. de que foi exonerado a 19 de Agosto do ano seguinte. 34. Nasceu na Figueira da Foz em 1804 e faleceu em Lisboa. sendo deputado. Foi conselheiro da prefeitura da província de Trás-os-Montes por decreto de 16 de Junho de 1834. O Bispo. além de poucos exemplares oferecidos a um ou outro amigo. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . PESSANHA (João Pedro de Almeida Morais) – Dos Pessanhas do distrito de Bragança. Tanto O Baixo Clero. Dom Libaio Safadinho. 8. membro da Junta Governativa do distrito de Bragança. quando acabava de se imprimir. Poemeto herói-cómico. governador civil de Vila Real de 27 de Setembro de 1845 a 27 de Maio de 1846. toda a tiragem. 381. Doutor em leis pela Universidade de Coimbra. D. e deram brado enorme esses ataques no meio bragançano. como represália contra o bispo da diocese de Bragança. falecendo Abílio Beça a 27 de Abril de 1910 colhido pelo comboio na estação de Salsas. moço-fidalgo por mercê régia de 3 de Abril de 1845. que suspendera do exercício das suas ordens o padre João Pessanha. segundo um deles nos confessou. destas Memórias. sendo nessa ocasião agraciado com a comenda da ordem de Nossa Senhora da Conceição. Colaborou em vários periódicos. publicado em Bragança e depois em Lisboa. em parte.º de XXX-44 págs. O Baixo Clero – Jornal semanário. Tip. Moderna. 8. Acerca desta publicação. p. como: Revista de Educação e Ensino. porque. como se vê pelas polémicas que levantaram na imprensa desse tempo. Este poemeto é extremamente raro. O Primeiro de Janeiro. Durou. desde 11 de Agosto de 1899 a 24 de Junho de 1905. 1897. em recompensa dos bons serviços prestados à mesma junta. Bragança. Tip. os editores não o lançaram a público e inutilizaram. Vigo. por não se incorporar na procissão do Corpus Christi. como o Dom Libaio. com várias interrupções. e contra o conselheiro Abílio Augusto de Madureira Beça. José Alves de Mariz. Brigantina. tinham por fim único combater o já mencionado bispo.º de 39 págs. sem nome de autor. na íntegra. a 12 de Fevereiro de 1863 (591). etc. Fez parte do batalhão dos voluntários académicos em 1826 contra o governo legitimista e era condecorado com a medalha nº 9 das campanhas da Liberdade. Saiu póstumo. e deputado às cortes por diversos círculos do distrito de Bragança em dez (591) Ver tomo VI.PESSANHA 389 TOMO VII Escreveu: Alfândega da Fé ou Breve estudo acerca desta vila de Portugal. veja-se o respectivo nome no artigo Publicações periódicas. em papel de linho.º de 19 págs. p. Porto. Era filho de Carolino de Almeida Pessanha e de D. Tipografia Progresso. desde 25 de Maio de 1840 até à data do seu falecimento (592). Folheto in-8.º gr. Lisboa. mas vê-se que foi em 1890. p. falecido em Ancião a 14 de Fevereiro de 1923 (593). Versos [9]. destas Memórias. 39. Não trás tipografia nem indica o ano de impressão. (594) PESSANHA.. contendo a árvore genealógica e o brasão colorido das famílias Pessanhas. Escreveu: Notícia histórica dos Almirantes Pessanhas – Sua descendência dada no ano de 1900. casou a 5 de Abril de 1888 com D. filho do governador civil de Bragança João Manuel de Almeida Morais Pessa(592) PESSANHA. e Documentos para a história das Cortes Gerais da Nação Portuguesa. Para a história. José Benedito de Almeida – Notícia histórica dos Almirantes Pessanhas. e 11 inumeradas.º gr. 1919. 1900. José Benedito de Almeida. 1923. Amélia da Costa e Sá. com as armas dos Pessanhas iluminadas. de ambos os quais falamos a págs. Imp. de VIII-45 págs. 384. de VII+1 inumerada págs. p. de Vale de Telhas.. de onde foi transferido para idêntico cargo do da Horta em Fevereiro de 1890. 8.. PESSANHA (José Benedito de Almeida) – Primeiro oficial do governo civil de Bragança. É a 2. 4.. Os Almirantes Pessanhas e suas descendências. Nasceu na freguesia de Marmelos. concelho de Mirandela. (593) Ver tomo VI. a 16 de Fevereiro de 1862. concelho de Mirandela. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Também colaborou sobre política e assuntos literários em vários jornais e revistas. Maria Augusta de Almeida Morais Pessanha e cunhado do conselheiro e ministro de Estado Eduardo José Coelho. 387 e 103. p.. 892. PESSANHA (João Pedro de Almeida Morais) – Administrador-geral dos correios e telégrafos. respectivamente. Porto. 190+págs. de Libânio da Silva. Firminices e Charuladas (Notas para a história do partido regenerador no distrito de Bragança). Escreveu: Pela vida fora. primeiro oficial da secretaria da câmara dos deputados e deputado da nação. e faleceu em Matosinhos a 17 de Julho de 1927 (594). (Episódios do movimento monárquico em 1919). de 60 págs. PESSANHA (José Manuel de Almeida Morais) – Doutor em direito.. ibidem. tomo IV. filha do doutor Francisco José da Costa e Sá. 1920. 8. 384.390 TOMO VII PESSANHA legislaturas seguidas.ª edição da obra atrás citada.º. Lisboa. É uma carga no governador civil deste distrito Firmino João Lopes e seu substituto João José Pereira Charula. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 97. Nasceu em Cantagalo. (595) PESSANHA – Notícia histórica dos Almirantes Pessanhas. vago pela exoneração de Júlio do Carvalhal Sousa Teles. que conferia este cargo. p. e a 22 de Agosto de 1626. e par do reino por carta régia de 30 de Abril de 1863 (597). ao doutor João Silvério de Amorim da Guerra Quaresma. destas Memórias. PESO DA RÉGUA (Visconde do) – Em 1828 era governador das armas da província de Trás-os-Montes (600). Maria Amélia Leite Macedo Sarmento. casada com o doutor Albino Vaz das Neves. Ver tomo VI. Desempenhou os importantes cargos de custódio. natural dos Cortiços. 43. que não chegou a tomar posse (598). PESSOA (Manuel da Costa) – Comissário-geral durante a guerra da sucessão – 1640-1668 (599). Manuel Pessanha havia sido nomeado governador civil de Bragança por não ter efeito o decreto de 2 de Março de 1857. de quem teve uma única filha. Cândida. p. Brasil.PESSANHA | PESSOA | PESO DA RÉGUA | PIEDADE 391 TOMO VII nha. a 20 de Agosto de 1825 e ali faleceu a 15 de Janeiro de 1871. (599) Ver tomo I. (600) ARRIAGA. D. José Manuel Pessanha foi deputado pelo círculo de Bragança na legislatura de Janeiro de 1853 a 20 de Julho de 1856 e pelo círculo do Mogadouro na legislatura que principiou em Janeiro e findou. destas Memórias. concelho de Macedo de Cavaleiros. concelho de Macedo de Cavaleiros. p. A Crónica da sua ordem faz dele honrosa menção. Morreu no convento da sua ordem em Lisboa a 21 de Fevereiro de 1635 com setenta e três anos de idade. natural de Freixo de Espada à Cinta. p. Ver tomo VI. p. PESSANHA (Manuel de Almeida) – Nasceu nas Arcas. (598) Diário do Governo de 24 de Abril de 1857. a 10 de Janeiro de 1820 e faleceu nos Cortiços. tomo I. médico e deputado da nação. (596) O Diário do Governo de 8 de Setembro de 1857 diz que esse decreto é do dia 8. guardião e definidor. Foi governador civil de Bragança por decreto de 8 ou 13 de Julho de 1857 (596). tomando posse a 25 de Agosto seguinte. a 29 de Maio de 1878. José de – Hist. Casou com D. que só costumavam ser conferidos a homens de reconhecida competência. PIEDADE (Frei Diogo da) – Franciscano pertencente à província de Santa Maria da Arrábida. distrito de Bragança. da Revolução de Setembro. (597) O mesmo Diário de 31 de Dezembro de 1862 diz que esse decreto é do dia anterior. 384. destas Memórias. a 15 de Maio de 1865 (595). 383. 273. por dissolução. no Capítulo provincial. mas no livro das actas de posse existente no governo civil de Bragança menciona-se o dia 13. Gaspar da Piedade descendia de pais nobres. Jorge – Hagiológio Lusitano. (602) CARDOSO. Morreu a 26 de Março de 1615 com noventa e cinco anos de idade. José de. muito alegre. Frei – Crónica da Santa Província de Santa Maria da Arrábida da regular e mais estreita observância da Ordem do Seráfico Patriarca S. Casou em Bragança. Foi a Roma. concelho de Tabuaço. A sua eleição foi uma das mais celebradas daquele tempo. nariz afilado. vivendo penitentemente perto da ermida e sendo reputado pelo povo como santo (603). 1737. É um grande artista fotográfico. rosto alvo e corado. capítulo VIII. Era de mediana estatura. livro I. parte II. em S. presidido por Frei Bernardino de Sena. António Carvalho da – Corografia Portuguesa. no que não se enganaram. e cap. segundo o Hagiológio Lusitano. todos esperavam grandes coisas do seu zelo e prudência. sendo premiado com medalha de ouro na Exposição Internacional do Rio de Janeiro de 1922-1923 (Diário do Governo de 27 de Setembro de 1923) e foi director artístico da Ilustração Nacional que se publicou no Porto em 1915. João da Pesqueira. diz o citado Hagiológio. José de Ribamar. PIEDADE (Gaspar da) – Natural da comarca de Moncorvo. PIMENTA (Serafim Cardoso) – Tenente de infantaria. foi depois visitar os lugares santos de Jerusalém e. Foi debaixo do seu governo que a ordem viu concluídos os dois conventos de Salvaterra e Vale da Figueira. p. (603) COSTA. em Lisboa. onde reside e constituiu família. barba veneranda. ver «Sendim da Serra». p. corpo refeito. onde as suas raras virtudes não passaram despercebidas (601). 55. sobre a ponte do Cachão. aí colocou várias relíquias que trouxe das suas peregrinações. ganhando o jubileu do Ano Santo. Pelo que toca ao resto da sua vida. tomo II. nasceu a 8 de Julho de 1889. Sendo custódio. concedido por Clemente VIII.392 TOMO VII PIEDADE | PIMENTA celebrado no convento de S. de honesta e santa conversação (602). voltando. natural da freguesia da Longa. ou da mesma vila. onde passou o resto da sua vida numa gruta. ministro-geral de toda a ordem. onde se ordenou de presbítero e viveu alguns anos. dada a sua reconhecida competência. (601) JESUS MARIA. III. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Lisboa. Francisco. referente ao dia 26 de Março. foi mandado pela sua ordem a Roma à celebração do Capítulo geral. pois. fundou a ermida do Salvador do Mundo junto ao rio Douro. segundo o Portugal Antigo e Moderno. 17. foi eleito provincial. a 10 de Março de 1873. distrito de Braga. e mais 7. É livro de utilidade e completo no seu género (604). PIMENTEL (José António da Rocha Sarmento) – Natural de Bragança. concelho de Alfândega da Fé. Maria Pinto. na sua quinta das Carvas. Lagoa e Frechas.º de VI-476 págs. Fez escritura de morgadio em 1769 em Bragança aos 25 de Julho. com a pensão anual de oito missas. Doutor formado em cânones pela Universidade de Coimbra. a seu irmão Lourenço Caetano da Rocha Pimentel e confrontava com a quinta do morgadio de que José da Rocha Sarmento Pimentel fora fundador. Constituiu vínculo de todos os bens que lhe pertencessem na sua meação por morte de sua mulher D. concelho de Macedo de Cavaleiros. Porto.+2 de proposições e bibliografia. Era professo da ordem de Cristo. 1793. renunciando-o depois em seu sobrinho padre António Joaquim de Mesquita Pimentel. Amélia Leopoldina da Rocha. filho de Augusto César de Sousa Pimentel e de D. sargento-mor e auxiliar do terço da cidade de Bragança e nela morador. 8. 206. vulgarmente chamada «Cartilha do Abade de Salamonde». mas continuou a curar a paróquia enquanto viveu. 1904. Este tinha mais dois irmãos: padre Manuel Caetano da Rocha Pimentel e Aleixo da Nóvoa Sarmento da Rocha Pimentel. Porto. Pinho – Portugal Antigo e Moderno.PIMENTEL 393 TOMO VII PIMENTEL (Acácio Rufino de Sousa Freire) – Doutor em medicina pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto. tomo VIII. p. artigo «Salamonde». familiar do Santo Ofício. intitulado Cartilha da Doutrina Cristã. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de António Álvares Ribeiro. Os bens vinculados eram situados em Bragança. uma e às vezes duas por ano. de que se têm feito inúmeras edições. PIMENTEL (António José de Mesquita) – Natural de Sambade. Escreveu: Breve estudo sobre os abcessos perinefréticos (Caso clínico) – Dissertação inaugural apresentada à Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Duas destas missas seriam ditas na capela de Santo António. nasceu pelos anos de 1741 e faleceu a 21 de Setembro de 1821. dividido em duas partes. Escreveu mais: Socorro de moribundos. Coelhoso. Tip. inumeradas. Este sacerdote tornou-se célebre pelo livro que escreveu.º de 94 págs. de cujo benefício tomou posse a 8 de Junho de 1781. 8. e Dicionário Bibliográfico. É a obra mais divulgada para o ensino da doutrina cristã às crianças que existe em Portugal. (604) LEAL. concelho de Vieira. Nasceu em Castelãos. Esta quinta fora comprada por ele. de índice. desembargador da Relação Eclesiástica de Braga e abade de Salamonde. fundador. fizeram a escritura da fundação do vínculo em 1709. Valverde. com a medalha das campanhas peninsulares e com o hábito de cavaleiro de Avis e da Torre e Espada. atesta que Gonçalo José da Rocha. Puebla de Sanábria e em todos os (605) Ver tomo VI. 686. era filho de João Carlos de Oliveira Pimentel. 190. A mesma família possui um atestado passado a 13 de Março de 1806 em que João Botelho de Lucena. Faleceu a 13 de Agosto de 1831. 159. PIMENTEL (António José Claudino de Oliveira) – General. 407. assistindo aos combates de Amarante. 50. confirmado de Coelhoso. p. coronel do regimento de cavalaria de Bragança. filho de seu irmão Lourenço Caetano da Rocha Pimentel. destas Memórias. tomo I. 174. 685. Tinha mais dois tios. PIMENTEL (António Xavier da Rocha Sarmento) – Capitão de infantaria nº 24. em que encabeçava o morgadio. ao que parece deixado por este seu tio.394 TOMO VII PIMENTEL A mulher de José António da Rocha Sarmento Pimentel era natural de Frechas.° 27 e 791. assim parece poder concluir-se da respectiva escritura. pelo menos. e padre João da Rocha Pimentel. Era condecorado com a divisa ganha na expedição do Rossilhão. governador da província de Trás-os-Montes em 1823 (607). o padre Pedro Soares da Costa. p. Pelos anos de 1802 a 1803 obteve passagem da brigada de marinha para infantaria nº 24. 709. «por haver conduzido a aguia do batalhão suisso que capitulou em Puebla de Senabria». Nasceu em Moncorvo em 1776. tendo passado ao corpo da marinha. 191 e 195. Fez a campanha peninsular na guerra contra os franceses. (606) Ibidem. dadas certas circunstâncias. Violante Engrácia da Silva Torres. Fez parte da expedição do Rossilhão em 1794. 165. pelos serviços prestados na campanha de Montevideu. 183. cadete a 1 de Setembro de 1776 e alferes a 16 de Dezembro de 1792. O fundador herdou mais uns bens de seu tio padre Manuel da Rocha Soares Pimentel e um vínculo em Lagoa. natural de Oucidres. confirmado de Lagoa. e de D. que estava na praça de Almeida quando ocorreu o desastre em 1810 (606). capitão-mor comandante da brigada de ordenanças de Moncorvo. e voltando ao país serviu desde 1795 a 1802 em diferentes esquadras no Brasil. de que fora herdeiro. 752 n. Tinha o fundador um sobrinho de nome Gonçalo da Rocha Pimentel. como cadete. 684. morreu a 1 de Junho de 1800 (605). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . sendo promovido a major por distinção em 27 de Agosto de 1810. de trinta anos. seus tios. Foi completar os seus estudos a Lisboa e em 1793 assentou praça no regimento de cavalaria de Alcântara. 136. p. Pereiros. 189. (607) Ibidem. Diz que os padres. de onde respigámos as notas para esta biografia. Júlio Máximo de Oliveira. como se vê num ofício dirigido de Montevideu a 14 de Julho de 1821 a João Joaquim Pereira do Lago. junto a Trancoso. o general Claudino Pimentel. onde comunicava ao general-em-chefe Carlos Frederico Lecor as ocorrências daquele dia. p. visconde de Vila Maior – Memorial biográfico de um militar ilustre. glória imperecedoura que cabe às tropas trasmontanas. que depois faleceu em Bragança sendo coronel da mesma unidade.ª brigada de infantaria. de cavalaria nº 12. capitão-general.PIMENTEL 395 TOMO VII mais em que entrou a divisão do conde de Amarante. sendo na «Ordem do dia» de 7 de Junho de 1821 encarregado do comando da 1. servindo de ajudante de ordens desse general. para onde embarcou em 20 de Janeiro de 1816. Nestas campanhas muito se distinguiu Claudino Pimentel. fundeando a 29 de Março seguinte em frente do Rio de Janeiro. tão exactos dados queria colher para informar seguramente o seu chefe! Nesta comissão levara como ordenança o cabo de esquadra José Aragão Lira. passando a assinar desde essa época os documentos oficiais com a qualificação de brigadeiro-ajudante-general. na Beira.º regimento de infantaria (608). Em 24 de Junho de 1815 foi promovido a tenente-coronel para o estado-maior do terceiro batalhão de caçadores da divisão de voluntários reais do príncipe que de Portugal devia ir a Montevideu (Brasil) combater as tropas revoltadas de Guacho Artigas. cargo que não chegou a exercer. internando-se mesmo entre as vedetas francesas. singularizasse que «com particularidade o serviço de S. 125. como um reconhecimento às forças do inimigo. Ainda no Brasil. Claudino pôs-se à frente do movimento que em Montevideu proclamou a constituição em Portugal a 20 de Maio de 1821 e foi nomeado vice-presidente da Junta Governativa que naquela importante praça se organizou e da qual era presidente o barão de Laguna. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que comandava o 1. sendo-lhe confiadas por esta ocasião comissões de muita importância. que levou a melhor efeito. Por decreto de 9 de Dezembro de 1821 foi nomeado governador da capitania-geral de Mato Grosso. voltando a (608) PIMENTEL. a primeira que se tomou aos franceses em todas estas campanhas do exército luso-britânico. que era o governador das armas da província de Trás-os-Montes. Outra comissão ainda mais honrosa e não menos perigosa foi a que desempenhou em 1810. merecendo que a parte oficial de 21 de Novembro de 1816 do marechal-de-campo Sebastião Pinto de Araújo Correia. das quais esteve prestes a ser prisioneiro. mas já derrotadas as tropas de Artigas. sendo encarregado de levar uma águia imperial tomada no ataque de Puebla de Sanábria no ano citado. ao marechal-general Wellington. tendo chegado a notícia da revolução de 24 de Agosto de 1820. Magestade deve muito á cooperação do tenente-coronel António José Claudino». . no Pocinho. A 23 de Fevereiro de 1823 o general Manuel da Silveira Pinto da Fonseca. Ex.os 6 e 15. comandante-em-chefe do exército de operações. afim de que haja por bem confirmal-a por seu regio decreto. de acordo com o general Andrade Pego.cia ponha na presença de sua magestade as razões porque tomo esta deliberação. nomeia Claudino governador interino das armas da província de Trás-os-Montes e segundo comandante do exército de operações à frente de uma brigada composta de caçadores n. comandado por Claudino. um batalhão de infantaria nº 11 e um parque de artilharia vindo de Almeida. as tropas de Pamplona Moniz. a luta foi porfiada e tenaz. apressa a concentração de todas as forças disponíveis. atravessou o Douro. Em ofícios de 24 e 25 de Março.. e interinamente governador das armas. perto a Chaves. encontrando-se no Verão de 1822 já em Moncorvo. energia e saber. dando-lhe parte da acção do dia anterior: «Eu sou singularmente devedor aos conselhos do brigadeiro Antonio José Claudino Pimentel.396 TOMO VII PIMENTEL Portugal retemperar com os ares pátrios a sua saúde abalada. tentam forçar a passagem da ponte de Amarante. A derrota dos realistas foi completa. onde entrou a 13 de Abril seguinte à frente de uma divisão de mais de doze mil homens. segundo conde de Amarante. ao passo que outras forças do governo convergiam para a nossa província no intuito de localizar a revolta e bater os seus aderentes. infantaria n. mas o bravo batalhão de caçadores nº 5. composto quase todo de trasmontanos recrutados em Moncorvo.. tentasse passar à província do Minho na direcção do Porto. que devia ocupar Moncorvo. no intuito de inquietar o inimigo pelo lado do nascente. mas Silveira derrota no dia 13 de Março de 1823 no monte de Santa Bárbara. contingentes do 1 e 7. comandadas por Gaspar Teixeira. estabelece a sua linha de defesa na margem do Tâmega e. compostas de caçadores nº 8. de um corpo de cavalaria e de parte de artilharia nº 4.. decide da vitória. orgulhoso com a vitória. eu o nomeei general em segundo. dizia Luís do Rego ao ministro da Guerra. reconhecendo a necessidade de ter junto a si um general de confiança. O general Luís do Rego Barreto. natural de Traz-os-Montes. e espero que V. quanto o sabia a nação inteira. tem na provincia um MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . no intuito de restaurar o poder absoluto. governador das armas de Trás-os-Montes. obrigando-os a internarem-se em Espanha e perseguindo-os Luís do Rego até Bragança. Efectivamente assim sucedeu: a 23 do mesmo mês as tropas revoltadas. receando que Silveira. levanta em Vila Real o estandarte da revolta contra o governo constitucional. O general Claudino Pimentel é tão affecto á causa da patria. Claudino oferece ao congresso os seus serviços que os utiliza encarregando-o do comando das forças estacionadas em Lamego.os 3 e 5. Com estas forças. e dali participava ao governo «o estado de revolta em que se achavam os povos vizinhos da fronteira. havendo-se o coronel Valdez recolhido ao derrocado castello da cidade. e a approximação do marquez de Chaves e visconde de Monte Alegre. fez orientar os espíritos no sentido liberal e promoveu o chamamento dos homens desse partido. (611) PIMENTEL. concelho de Vila Flor. onde estava no dia 23. 140. quando podia e devia operar uma facil retirada para o centro da provincia. como foram o incêndio das casas do reitor de Azinhoso e de uma parte da povoação da Trindade. as ideias absolutistas triunfam com a Vilafrancada em 5 de Junho de 1823 e os que haviam tomado parte activa pelo lado contrário são demitidos e alguns desterrados como Claudino para a ilha do Faial. que crescerá prodigiosamente assim que seja nomeado. Como na nossa província fermentaram mais activamente essas tendências. trazendo a outorga da Carta Constitucional e a regência do reino pela infanta D. de onde só voltou em 1825. nº 7 de caçadores. regressando à sua casa em Moncorvo. pois havia sido em 19 desse mês encarregado do comando de uma divisão volante que devia operar na Beira Alta. «No dia 24 soube em Santa Valha que no dia anterior os rebeldes com os regimentos n. 150 cavallos e mais de mil guerrilhas tinham entrado em Bragança. com que no dia 26 foi obrigado a entregar-se nas mãos dos rebeldes. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . além d’isso é homem de firme caracter e rigida disciplina» (611). Pouco depois foi eleito deputado por Trás-os-Montes. formando guerrilhas que infestavam toda aquella região. a 16 de Novembro seguinte passou Claudino a Moncorvo e dali sucessivamente a Mirandela e Vinhais. onde não podia defender-se por muito tempo. no intuito de proclamar o sistema absoluto. evitando d’este modo a triste capitulação. Júlio Máximo de Oliveira – Memorial…. ou onde fosse necessário. Isabel Maria.PIMENTEL 397 TOMO VII grande partido. Parece que o governo interino de Claudino se assinalou por actos de força pouco recomendáveis. reunindo-se á divisão volante e ás forças de que ainda em Chaves dispunha o general da provincia. contra a facção absolutista que novamente se pôs em campo. para onde logo partiu. que. onde se conservou até à morte de D. chefes dos revoltados de Bragança».os 11 e 24 de infanteria. embora mesmo lhe demos a atenuante do estado anárquico em que ficava a província presa das facções políticas organizadas em guerrilhas com o cortejo de violências peculiares. João VI. mas quando as cortes se reuniram em 30 de Abril seguinte já ele não estava em Lisboa. No entanto. sendo portanto Claudino reintegrado no posto de brigadeiro e por decreto de 21 de Setembro de 1826 nomeado comandante da força armada da capital. p. teve a gloria de planear esta batalha. Esta rezolução deu em resultado o fortificarem-se Claudino e Correia de Mello na linha do Tâmega. Foi elle o que tambem delineou o ataque como entendeu. cantava: Dia nove de Janeiro De Claudino a divisão Fez em Coruche triunfar Liberal constituição. Nesta acção comandou Claudino em chefe as tropas realistas por comissão do general conde de Vila Flor.. tentou marchar no dia 29 sobre Bragança. tentando mesmo alguns seus adeptos ofuscar-lhos. ceifou-os ele na batalha de Coruche. onde foram derrotadas no dia 15 de Dezembro d’esse anno de 1826. onde vêm transcritos os documentos referentes a esta questão. Alli ainda. parte II da 3. como (612) SORIANO. Parece que este não viu sem imaculação os louros de Claudino. de Bragança e Miranda. Os louros imarcescíveis que nesta campanha aureolaram Claudino. e de accordo com elle». mas chegando a Murça no dia 3 de Dezembro. de Vinhaes. (613) Veja-se Documentos para a história das Cortes Gerais da Nação Portuguesa. singularisando-se Claudino pelo modo como conduziu (diz o marquez de Angeja na sua participação ao ministro da Guerra) ao fogo as tropas. que se acercavam já de Mirandella. p. 1827. resolveu retirar-se sobre Chaves. e vendo que a insurreição se generalisava por toda aquella parte da provincia. unica regular que houve em toda esta campanha. Por isso a musa popular.398 TOMO VII PIMENTEL Claudino. Luz – História da Guerra Civil. conheceu que seria indesculpavel imprudencia atacar as forças reunidas dos rebeldes. a 9 de Janeiro de 1827. achando-se com forças muito inferiores em numero áquellas com que os rebeldes occupavam Bragança. tomo III. «Mas o general Claudino – diz Luz Soriano (612) – superando pela sua estrategia o que lhe faltava em numero.ª época. em nota. no intuito de garantirem a provincia do Minho e Douro. tomo II. convergindo sobre a ponte de Amarante. questão que foi muito debatida na imprensa desse tempo. porém. É. de combinação com o general Correia de Mello. governador das armas da provincia de Traz-os-Montes. 78. comandante da divisão.. na Beira. tendo-se lá apoderado de Lomba. debaixo do commando do general conde de Villa Flôr. visto que as tropas rebeldes de Bragança haviam marchado: parte sobre Chaves e parte sobre Villa Real. certo que a glória desta acção cabe ao nosso conterrâneo (613) e o conde de Vila Flor em mais de uma «Ordem de divisão». não deixando nem por um momento a linha dos atiradores». celebrando-lhe o feito. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . (617) Ibidem. tecendo os mais rasgados elogios à cooperação dos seus bravos (616). Tão bárbara era a proposta!. Miguel de Viena de Áustria a 22 de Fevereiro de 1828. p. Felizmente. onde vem transcrita. e queimar seis ou oito casas em Traz-os-Montes. 226. (616) Ibidem. a comissão encarregada de dar parecer sobre esta proposta. p. e senão digam-me qual será preferivel: suppliciar oito ou dez criminosos. Aí. Talvez não fosse estranho a esta emulação o facto de Claudino se ver obrigado a tomar assento na câmara dos deputados a 12 de Fevereiro de 1827. que publica por extenso a sua proposta. como deputado. (618) Ibidem. a 14 de Março seguinte as cortes são dissolvidas.PIMENTEL 399 TOMO VII nas de 13 e 18 de Janeiro de 1827. na sessão de 8 de Março desse ano. cujo projecto apresentou na sessão de 13 de Fevereiro de 1827. onde figurava um outro bragançano. declarou por unanimidade. 283. 86. p. assinalou-se pela ferocidade de uma lei marcial. cargo para que fora eleito pela província de Trás-os-Montes. que ela não podia nem devia submeter-se à deliberação da câmara (618). p. p. os espíri(614) Documentos para a história das Cortes…. viu-se obrigado a reconhecer os relevantes serviços por Claudino prestados à causa liberal (614). aonde tive a desgraça de nascer». 75 e 84. e Memorial biográfico….. ou deixar continuar o maior flagello – a guerra civil?» Entretanto. que mandava julgar sumariamente por uma comissão militar e fuzilar imediatamente todo o indivíduo que fosse encontrado com armas na mão em favor dos realistas (617). Claudino. onde chegou a 5 de Abril desse ano. A seguinte passagem do discurso que Claudino pronunciou a 13 de Fevereiro de 1827 é bastante clara para dispensar comentários: «Senhor presidente: a necessidade dos castigos é urgentissima. 361.. e Claudino obtém seis meses de licença e retira-se para Moncorvo. Claudino acompanhou com considerandos esta proposta e terminou por dizer: «Castigos promptos e energicos salvarão a malfadada provincia de Traz-os-Montes. Do discurso que pronunciou nessa ocasião (615) parece depreender-se o que levamos dito. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . p. cujas ideias liberais eram bem conhecidas e por isso nada suspeito. Manuel Gonçalves de Miranda. «Que razão haveria – diz ele – para me inhibirem o poder continuar as operações militares em Traz-os-Montes com o especioso pretexto de ter n’aquella provincia inimisades particulares. e que por isso mesmo não poderia contribuir para a pacificação d’aquella provincia?!» Em «Ordem da divisão volante» de 12 de Janeiro de 1827 havia-se Claudino despedido dos seus briosos camaradas de armas. 179. o partido absolutista cria novas forças com a chegada de D. (615) Ibidem. um infame amontoado de calúnias que o seu autor anónimo. dirigindo-se ao Porto (619). José Vitorino Barreto Feio (621). diz que Claudino Pimentel fora. popular ilustrada. par un portugais de distinction. COLEN. p. não teve escrúpulo de assacar a D. onde foram julgados e condenados por sentença de 15 de Dezembro de 1830: António Claudino em cinco anos de efectiva prisão no presídio das Pedras Negras em África e 400$000 réis para as despesas da alçada. e daí. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . mas no cais da barca do Carvalho. Aqui estiveram os dois. (620) PIMENTEL. embarcando de noite na foz do Sabor. segunda vez. por Viseu. Júlio Máximo de Oliveira – Memorial de um militar ilustre. mais de um ano incomunicáveis nas prisões subterrâneas. não é exacto. vol. e seu irmão Luís Cláudio em três anos de idêntica prisão no castelo de Peniche e 200$000 réis para as ditas despesas. fut roulé. dans le tonneau dans le quel il s’était saché». Este trágico e bárbaro suplício infligido ao nosso biografado. governador da citada prisão. ses aventures scandaleuses. mas hoje bem conhecido. faleceu na mencionada cadeia do Porto a 13 de Agosto desse ano (620). que encontramos descrito na obra Dom Miguel. pondo em risco a vida dos constitucionais. Julião da Barra. Júlio Máximo de Oliveira Pimentel). Pinheiro. pág.400 TOMO VII PIMENTEL tos exaltam-se cada vez mais. malade. IX. 402. 213. tomo VIII. (619) Pinheiro Chagas na História de Portugal. 350. para Lamego. Jorge e desta para as de S. sujeitos aos maus tratos bem conhecidos pela celebridade triste que granjearam a Teles Jordão. Covilhã e Abrantes a Lisboa para as prisões do castelo de S. são presos pela guarda de milicianos de Lamego. p. o general Claudino Pimentel. «Le general Claudino. representa simplesmente. presque jusqu’a extinction. chamado pela Junta do Porto. dado o testemunho ocular do sobrinho Júlio Máximo de Oliveira Pimentel. Paris. de cujo Memorial biográfico extractamos as notícias retro. António Claudino e seu irmão Luís Cláudio (pai do visconde de Vila Maior. ses crimes et son usurpation. Foram depois transferidos para a cadeia da Relação do Porto. Miguel. favorecidos pelo corregedor Malafaia. de onde foram mandados para as prisões de Vila Real e depois. 1835. no intuito de o tornar odioso. uma légua abaixo da Régua. como todo o resto do volume. pelo Douro abaixo. a 7 de Junho Claudino e seu irmão Luís Cláudio fogem. que os conduziu para esta cidade. Barbosa – História de Portugal…. (621) CHAGAS. de cadeia em cadeia. mas sobrevindo ao general um forte ataque de gota em Junho de 1831 e como se lhe concentrasse no coração. à última hora. p. (625) Ver tomo I. Izabel Maria. publicou o retrato de Claudino Pimentel acompanhado de dados biográficos. a propósito da qual diz o seu biógrafo e sobrinho (624). A Ilustração Trasmontana. 1908. 249. militar que demais a mais tinha contra si o ser progressista e o ter-se mostrado na camara dos deputados decididamente hostil aos perniciosos e subservientes ministros da infanta regente D. A mulher do Claudino É uma santa mulher. P. desdenhosa do valioso apoio d’este general. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que vendeu a praça ao inimigo por seis mil dobrões em 1710 (625). elegancia e superior distincção. Jesus Viva o Cachapuz! (623) Esta canção popular. nem lhe offereceu assento». (624) PIMENTEL. além de tudo isso. 116. fugindo de Moncorvo. Ai. ignoramos. Poderá mesmo referir-se a uma irmã que o foi visitar a Lisboa.PIMENTEL 401 TOMO VII Referindo-se à retirada para Moncorvo de Claudino. p. Barbosa – História de Portugal. parece referir-se ao general Claudino Pimentel. p. diz Soriano (622): «A Junta. Claudino. se foi casado. devia conhecer perfeitamente minha tia. às prisões de S. 102.. (623) CHAGAS. Dá os ossos ao marido. em voga nas lutas constitucionais. p. Luz – História do Cerco do Porto. não mostrou ter grande empenho em agencear um militar de génio altivo e ousado que lhe dictaria as leis e a forçaria a obrar. COLEN. A carne a quem ela quer. «Discurso preliminar». (622) SORIANO. Julião da Barra. 295. 220. era uma senhora notavel pela sua formosura. quando mais tarde cuidou em unir-se á revolução do Porto. nova edição ilustrada. pois aquele selvagem nem se deu por conhecido. teve a infelicidade de ser descoberto e preso. p. Porto. que. porém. após a dissolução das cortes. Júlio – Memorial biográfico …. IX. terminando seus dias muito antes de restaurado o governo legitimo». destas Memórias. falando de Teles Jordão: «Por ter estado hospedado em nossa casa (Teles Jordão) tantos dias e bizarramente tratado. PIMENTEL (Carlos) — Governador de Miranda do Douro. que mesmo no campo da honra não poupavam referências pungentes. vol. p. A legenda da sineta da mencionada capela tem a data de 1674. cavaleiro da ordem de S. professor da Universidade de Madrid.V. João I. revista espanhola. 20. PIMENTEL (João Afonso) – Alcaide-mor de Bragança no tempo de D. nosso benévolo e inteligente informador. de 24 de Agosto de 1918. 67 e 102. Fez os estudos liceais em Braga e no Porto e os da especialidade no Instituto Geral de Agricultura. destas Memórias. 161 e 177. concelho de Mirandela. há. Domino / scilicet / Dominico / de Moraes Pimentel / in oppido de Bemposta Duci Maximo emeritissimo / Sacrorum Canonum Lytae ornatissimo. p. / Filio. ano XII. Foi publicado a 20 de Junho de 1866. 136. sócio do Instituto de Coimbra. PIMENTEL (Emílio Claudino de Oliveira) – Escreveu: Dissertação sobre a sericicultura e particularmente no concelho de Moncorvo. 21. p. a 30 de Dezembro de 1915. a 10 de Fevereiro de 1859 e faleceu em Abreiro. de seda. Era filho de João Evaristo Teixeira de Almeida Meneses Guerra e de D. Tiago. viscondessa de Barcel (628). concelho de Carrazeda de Ansiães. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . / Avunculo suo stridissimo. conde de Benavente em Castela (626). sendo colocado como agrónomo subalterno em Bragança. / ac grati animi signum / D. PIMENTEL (João Carlos de Oliveira) – Capitão-mor de Moncorvo em 1808 (627). & C». O. / Dedaco de Moraes Pimentel in armamentario / Mirandensi olim Gubernatori inexpugnabili. que concluiu em 1886. A (626) Ver: tomo I. 1923. / pluries amabilissimo: / in arctissimam sanguinis necessitudinem. Ver o artigo Andrade (André Manuel Freire de). concelho do Mogadouro. onde casara. Na mesma capela há várias bulas também impressas em seda. tomo VI. (628) Ibidem. publica um interessante artigo sobre Los Condes de Benavente y Portugal. segundo nos disse o doutor Casimiro Henrique de Morais Machado. o seguinte: «Nobilissimo / Viro / Colendissimo / Patrono / ac / Praeclarissimo / Mecoenati. Nasceu no Mogo de Malta. / ex illustri Tribuno Militum. na capela dos Pimentéis da Bemposta. Nato. p. PIMENTEL (João Inácio Teixeira de Meneses) – Engenheiro agrónomo director da Estação Trasmontana de Fomento Agrícola. pág. (627) Ver tomo I. onde Angel Gonzalez Palencia.402 TOMO VII PIMENTEL PIMENTEL (Domingos de Morais) – Impresso em véu de cálix. destas Memórias. e La Esfera. / in Salmanticensi Universitate Designato / Doctori Sapientissimo. do Mogadouro. Sancha Augusta de Almeida Pimentel. Revista de História. º de 22 págs.º de 48 págs. adiante mencionada. de que foi redactor. publicou Sericicultura Portuguesa. Nacional. Lisboa. Nacional. vem publicado um seu relatório sobre sericicultura. legumes e flores cortados para transporte – Criação de parques e jardins. seguindo depois em missão pela França. Desta missão resultaram as publicações respectivas adiante mencionadas. engarfe ou fecundação artificial. principalmente nos anos de 1892 e 1893. Barjona de Freitas. Lisboa.º de 118 págs. conservação e acondicionamento de frutos. especialmente em 1893. No Boletim da Direcção-Geral de Agricultura. Estes três opúsculos são o resultado de uma missão agronómica em Espanha desempenhada pelo autor de ordem do governo. Ultimamente estava colocado em Lisboa. sob a sua direcção. Lisboa. 1910. 1892. e o decreto de 29 de Outubro de 1891.º grupo dos serviços agrícolas da direcção agrícola do centro. 8. e em vários outros jornais. 8. Foi presidente da Câmara Municipal de Mirandela e representou o nosso governo no Congresso Internacional de arroz em Valência. 8. Deste trabalho há uma separata com o título Tentativa de um plano de regeneração de sericicultura portuguesa – Mapas do movimento comercial de produtos agrícolas naturais e derivados.PIMENTEL 403 TOMO VII portaria de 18 de Fevereiro de 1889 incumbiu-o de proceder em Trás-os-Montes a ensaios de criação do sirgo e produção de semente sã pelo método Pasteur. sendo por ele mandado à Espanha estudar os processos de cultura de flores e frutos. Também há colaboração sua na Agricultura Nacional. A regeneração sericícola em Espanha. Imp. onde escreveu muitos artigos. onde era chefe do 3. por ser enviado à Madeira em comissão oficial e no regresso reconduzido à direcção da Estação Sericícola de Mirandela. Itália e Suíça. Administração do Portugal Agrícola. 1902. preparados durante os anos de 1870 e 1890. 8. Valência e Barcelona – Frutos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 1910. No ano lectivo de 1899-1900 foi nomeado professor técnico da Escola Nacional de Agricultura de Coimbra. Almeria – Los parrales de uva de Oharrez e uva de casta. na Gazeta das Aldeias. nº 41. Imp. Além de vários relatórios oficiais. legumes e flores – Horticultura e arboricultura – Forçagem ou cultura forçada – Colheita. XIV ano. 8.º peq.º de 217 págs. 1910. Lisboa. Colaborou no Portugal Agrícola. regras de venda da uva de Almeria na América do Norte. No mesmo Boletim há vários outros trabalhos da autoria de Meneses Pimentel. de 374 págs. 1891. de onde resultou a sua obra Tentativa de um plano de regeneração de sericicultura. onde apenas esteve alguns meses. Em 1909 foi chefe de gabinete do ministro das Obras Públicas. que transformou a Estação Químico-Agrícola da segunda região agronómica de Mirandela em uma Estação de Sericicultura. Lisboa. João Maria de Amaral e Pimentel. transferido para bispo de Angra do Heroísmo e confirmado no Consistório de 22 de Dezembro desse ano. por Carlos José Caldeira. 1915. a 4 de Julho de 1865. que insere o seu retrato. por procuração. superior do colégio das Missões Ultramarinas em Cernache do Bonjardim. em cujas obras se encontram completas notas referentes a este governador do bispado de Bragança. Portugal Antigo e Moderno. o bispo de Bragança D. em nome do novo prelado. na qualidade de secretário. distrito de Castelo Branco.º gr. José Alves Feijó. Para a sua bibliografia. Em 2 de Outubro de 1854 saiu de Bragança e partiu para Leiria. que não dizem respeito directo à igreja bragançana. em 30 de Junho de 1849. onde obteve brilhantes classificações. 208 e segs. artigo «Cernache do Bonjardim». à interferência do bispo Ferraz. pelo bispo de Bragança D. a 28 de Abril de 1872. sem dúvida. destas Memórias. Em 23 de Março de 1857 a Academia Real das Ciências de Lisboa elegeu-o «Associado provincial». das quais extractamos apenas as que interessavam a esta diocese e bibliografia respectiva.. sendo entretanto nomeado. tomo X. Por decreto de 9 de Maio de 1865 foi nomeado bispo de Macau e confirmado no Consistório de 8 de Janeiro de 1866. e também em 10 de Dezembro ainda de 1850 sucedeu ao mesmo no cargo de chantre da Sé catedral. ver: Vida pública do novo Bispo de Angra D. por decreto de 15 de Junho de 1871. D. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Portugal – Dicionário histórico. devido. biográfico. foi João do Amaral Pimentel eleito vigário capitular em Abril de 1853 e neste cargo esteve até Junho de 1854. dando ambos entrada na sede do bispado a 8 de Fevereiro desse ano. Este estudo foi publicado no Boletim da Direcção-Geral de Agricultura. Concluiu a sua formatura em direito na Universidade de Coimbra. págs. para cuja Sé fora nomeado deão. a 21 de Julho de 1815. e tomo II. João Maria Pereira Botelho de Amaral) – Bispo de Angra do Heroísmo (Açores). Por provisão de 22 de Maio de 1852 foi nomeado governador do bispado na ausência do prelado. Nacional. etc. Joaquim Pereira Ferraz. que passou a bispo do Funchal. com 4 mapas desdobráveis. continuação de Brito Aranha. em que tomou posse do bispado. Em 1850 acompanhou. A 8 de Agosto seguinte foi nomeado provisor e vigário-geral em substituição do padre Manuel Martins Manso. e depois. de 51 págs. Joaquim Pereira Ferraz. deixando muitas outras das suas produções. 8. Imp. Lisboa. Nasceu na vila de Oleiros. para onde não chegou a ir. José Manuel de Lemos.404 TOMO VII PIMENTEL Regiões pluviométricas do continente português. sendo sagrado na igreja de Cernache. Sendo transferido para Leiria o bispo D.. PIMENTEL (D. Dicionário Bibliográfico. Tem cinquenta e seis fólios. no termo de abertura: «Ha-de servir para n’elle se registar a correspondencia com as Auctoridades Superiores do Vigario Capitular do Bispado de Bragança João Pereira Botelho de Amaral e Pimentel». untuosinhas e amaneiradinhas.PIMENTEL 405 TOMO VII D. Amaral e Pimentel estabeleceu na diocese o regime da denúncia. tendo um por fora. João Maria Pereira Botelho de Amaral e Pimentel. no termo de abertura: «Ha-de servir para n’elle se registarem as Pastoraes. É um recheio de frescuras confidenciais. como sucedeu ao doutor António Manuel Pereira Ribeiro. como tantos outros. ou no intuito de desviar o raio da cabeça. coisa desconhecida absolutamente na região. são indiferentistas laivando vizinhos de falhos na fé. estendem-se em pavonear novidades devocionárias. que não curam de estudar por bárbara. denúncias. O outro diz na lombada: Autoridades e superiores. A respectiva correspondência arquivada no Museu Regional de Bragança é enorme. além de vários em branco. Julgando que isto de Trás-os-Montes devia ser. estes dizeres: Registo / Geral / do Bispado. são incompetentes a abocanhar colegas de ignorantes. excede muito a dos seus antecessores. em poder do padre Manuel Maria da Costa. Circulares. sem mesmo faltar o vírus da ascorosa carta anónima!… O engraçado é que no aludido Museu há dois manuscritos (fólios) encadernados.. Tem oitenta e oito fólios paginados modernamente. ao bispo Martens Ferrão.. para onde os levara o dono quando para lá foi nomeado bispo. E por dentro. agora (Janeiro de 1930) bispo do ultramar. Estes dois livros estavam em Angra do Heroísmo. a desordem que sempre surge quando se entra no regime da delação. além de ignorantes e parvos. que. com o motim do Seminário em 1904. cheios de pruridos inovadores e de planos de formação sacerdotal. terra de selvagens e como tais os moradores. na lombada. como diziam os romanos dos antigos lusitanos. sendo amigo do notável escritor douMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . João Pereira Botelho de Amaral e Pimentel». o desastre trágico-cómico. em seu entender. como o nome parecia indicar-lhes. em disposições regulamentares aferidas pela sua psicologia etnicamente diversa da trasmontana. E ainda não era bispo! que faria se o fosse. e o resultado é a inobservância. Enfim. com o célebre Mandamento e a outros. aqui arribados. Editaes. secretário do mesmo. E dentro. a queda ridícula dos tais elixires de longa vida espiritual. exportados pelo poder central. Ordens e Officios em geral do Vigario Capitular do Bispado de Bragança. talvez por ódio ou rivalidade. a fim de se habilitarem a fazer coisa com jeito. era um desses altos dignitários. são imbecis e concussionários a ostentar pruridos de sabenças em disparatados aranzéis de armar ao efeito da probidade. delações e acusações infames e vergonhosas! São devassos a acusar outros desta ou daquela falta. A menos que se não trate de armadilhas de bispável. e ele. surge cobarde e bajulador com os superiores e grandes. professor do liceu de Angra de Heroísmo. da Academia de Agricultura de Florença. sócio da Sociedade de Geografia de Lisboa. cavaleiro das da Torre e Espada e de S. que os ofereceu ao Museu Regional de Bragança por tanto interessarem à nossa região. PIMENTEL (Júlio Máximo de Oliveira) – Nasceu em Moncorvo a 11 (630) de Outubro de 1809 e faleceu em Coimbra a 20 de Outubro de 1884. a quem aludimos na pág. p. (631) O citado Dicionário. diz que nasceu a 4 de Outubro. diz que foi dia 5 de Outubro e não dia 11.406 TOMO VII PIMENTEL tor Manuel Ferreira Deusdado. João de Deus de Bragança em 1762 (629). 394. não descura os benesses temporais. governador do forte de S.º visconde de Vila Maior. do Instituto de Coimbra. etc. deputado às cortes em várias legislaturas. o exterior compostinho e sério é tudo. e de D. 143. 269. lente da Escola Politécnica de Lisboa e director do Instituto Agrícola da mesma cidade. lhe fez presente deles. para quem o protocolo. e este ao autor destas Memórias. escovados e engraxados. par do reino nomeado em 1862. São os tais católicos conselheirais. no mesmo tomo. vereador e presidente da Câmara Municipal de Lisboa no biénio de 1858-59. (630) O tomo XIII do Dicionário Bibliográfico. Bento de Avis e da Legião de Honra de França. bacharel formado em matemática pela Universidade de Coimbra. por decreto de 20 de Março de 1857. mas engana-se. de Baena. que parece antepor as coisas do céu a tudo o mais. e a Resenha das Famílias Titulares. 2. diz que este decreto é de 1871. destas Memórias. Como o piedoso doutor Cunha. emendando a data do nascimento. conservadores. comendador da ordem de Nossa Senhora da Conceição. da «Society of Arts» de Londres. amaneirados. de quem falámos a págs. respeitadores. tenente-coronel reformado de infantaria. Angélica Teresa de Sousa Pimentel Machado e sobrinho do general António José Claudino de Oliveira Pimentel. Era fidalgo da casa real. Era filho do 1. Luís Cláudio de Oliveira Pimentel. é que este fautor da delação e tão rijo com os pequenos. PIMENTEL (José Ferreira Sarmento) – Coronel. chegava a consultar os administradores de concelho para colocar ou não párocos amovíveis nesta ou naquela freguesia. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . (629) Ver tomo I.º visconde de Vila Maior. O mais engraçado. por mercê de 15 de Julho de 1861 (631). sócio e presidente da primeira classe da Academia Real das Ciências de Lisboa. reitor da Universidade de Coimbra. encarregado de várias comissões de serviço público. aprumados. sempre muito abotoadinhos. repetimos. mesmo que tenha de praticar injustiças e rasgar os cânones. como se vê do tuautismo das suas cartas. º gr. pág. de que também se tiraram exemplares in-fólio em separado. 1850. 4. Lisboa. classe 1. Elogio histórico de Luís da Silva Mousinho de Albuquerque – Lido na sessão pública da Academia Real das Ciências. 1859. 4. I parte. Saiu também no tomo I.ª). n. II parte. o Jornal da Sociedade Farmacêutica Lusitana. A produção de sulfato de soda no vulcão da ilha do Fogo.º gr. de 40 págs. tomo II. 303. Lisboa. classe 1. Desenvolvimento da superfície activa dos corpos porosos. Saiu no tomo II. feita em Julho de 1849 – Precedida de uma introdução histórica. parte II.º gr. etc. Tradução. 4. da 2. Nos «Actos da Academia Real das Ciências».ª série das «Memórias da Academia Real das Ciências». parte I. os 239 e 241. em desempenho da comissão que ambos receberam. parte II. 1857. três tomos.PIMENTEL 407 TOMO VII Escreveu: Lições de química geral e suas principais aplicações. parte I. Lisboa. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 1852. 1851. 8. Lisboa. Fólio de 10 págs. Nota sobre a existência de um novo ácido gordo. Colaborou também neste trabalho Latino Coelho. Parecer apresentado à Academia Real das Ciências com as bases que devem servir de tema à discussão pública sobre a reforma e melhoramento da instrução nacional. de 25 págs.) Relatório sobre o estudo químico do óleo de rícino. Ibidem. das ditas «Memórias» (nova série.º gr.ª). das citadas «Memórias» (nova série. 1853. fizeram honrosas apreciações desta obra. 1850. Datado de 12 de Junho de 1857. em artigo do doutor Pereira Caldas. Ibidem.. (Ver acima. no arquipélago de Cabo Verde. Nos «Anais das Ciências e Letras». Relatório sobre a Exposição Universal de Paris – Artes químicas. Foi publicado também no tomo II. Análise das águas minerais do Gerês. Estudo químico das sementes do amendobi. etc. 1856. 1857. Idem. 1851. 164. parte I. encontrado no cebo do brindão. Ibidem. Também saiu no tomo II. pág. de 36 págs. Memória sobre a produção do sulfato de soda no vulcão da ilha do Fogo.ª série das «Memórias da Academia» e também em separado. A Gazeta Médica do Porto. No tomo III. publicados pela Academia das Ciências. e o Jornal de Farmácia e Ciências Acessórias.º gr. Nota sobre a composição química das águas de Moura no Alentejo. Análise das águas minerais das Caldas da Rainha. da 2. 8. das mesmas «Memórias». tomo I (1. Lisboa. 1850.ª classe). aplicado à construção das pilhas galvânicas. Ver também o Arquivo Universal. As águas sulfuradas das Caldas da Rainha. Saiu na Revista Contemporânea. págs.º gr. Três notas na versão dos Fastos de Ovídio por Castilho. Papel. 1867 e 1868. com aplicações principalmente à cidade de Lisboa. Revista dos trabalhos químicos em 1858. Ibidem. 327 e 351. Ibidem. Novo processo de panificação. 1865. Ibidem. tomo I. É continuação e complemento do trabalho já publicado nas «Memórias da Academia». Memória sobre os processos de vinificação empregados nos principais centros vinhateiros do continente do reino. Na mesma imp. Ibidem. Inocêncio F. tomo IV. A sericicultura no distrito de Bragança. Palestras científicas. 2 tomos com estampas. da – Dicionário Bibliográfico. Na Revista Contemporânea.º gr. Ibidem (632). Relatório do Comissário Régio junto à Comissão Real de Sua Majestade britânica na Exposição Internacional de 1862 em Londres sobre a parte administrativa. Os tira-nódoas e o sabão – A tinturaria dos antigos – Dos esmaltes e da pintura encáustica entre os antigos. e duas estampas.. e ainda outro sob o mesmo título inserto no Arquivo Universal. tomo II. 1859. (632) SILVA. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . tomo II. A Exposição Internacional de 1862 em Londres. Nacional. No mesmo jornal e em diversos números: Vidros e cristais.. principalmente no concelho de Moncorvo. Ibidem. publicado em 10 de Dezembro de 1864. Joaquim António da Silva – Esboço biográfico. tomo III. Revista dos trabalhos químicos em 1857. 318. Cores minerais. 1860. Ibidem. Ibidem. Porcelanas. 476 e 520. É um artigo notável sobre o assunto. Louças e produtos cerâmicos. Na Gazeta Médica de Lisboa. Ibidem. na Imp. Lisboa. Memória sobre higiene pública. págs. Estudo sobre a viciação do ar atmosférico. A liga das Alfândegas Peninsulares. Ibidem. Soda. tomo II. Lápis. Novo estudo sobre as águas sulfurosas das Caldas da Rainha. Ibidem. Sobre a faculdade fertilizante das dejecções animais. 1859. 421. Ibidem. 8. de 144 págs. Ibidem. 1859.408 TOMO VII PIMENTEL O aluminium – Notícia científica. Ácido sulfúrico. ao norte do Douro. Morte do senhor barão Thenard. No Arquivo Universal. 8. Na mesma Imp. Coimbra. e no tomo III. Ibidem. editores Magalhães & Moniz. tomo 41.PIMENTEL 409 TOMO VII Relatório sobre a classe 73 (vinhos. da Universidade. pág. de J. e também a sua biografia por José Maria Latino Coelho. Manuel da Silva Passos – Notícia biográfica. 8. Imp. 8.º (1857). 1884. 1874. na Imp. O Douro ilustrado – Álbum do rio Douro e país vinhateiro.º de X-274 págs. Discurso pronunciado pelo reitor da Universidade de Coimbra em 16 de Outubro de 1872. O retrato deste bragançano ilustre encontra-se na Revista Contemporânea de Portugal e Brasil. vol.º de 42 págs. Fólio com gravuras separadas do texto e um mapa em grande formato.º de 161-291 págs. e II. 703. Rapport sur les matières grasses présenté au jury de la classe XV à l’Exposition Internationale de 1855. tomo 44. Paris. de 30 págs. 8. da Universidade. Parte II. Ampelografia e enologia do país vinhateiro do Douro. francês e inglês. 8. com 53 estampas. Tratado de vinificação para vinhos genuínos. Ibidem. na Correspondência de Coimbra e no MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . copiada de uma miniatura pelo professor João Pedroso. Na tip.º (1855). com o retrato do general em gravura. e uma de índice. Nos «Comptés rendus» de l’Academie des Sciences. Lisboa.º de 160 págs. págs. na imp. 1868. Memorial biográfico de um militar ilustre. de 1885. 8. 1879. 1869.º gr.. da Academia. na tip. 439 a 570. G. por ocasião da festa comemorativa da reforma da Universidade em 1772. com notas biográficas do doutor António Cândido Ribeiro da Costa. na História de Portugal. 4. 1872. 525. de Sousa Neves.. Texto em português. pág. popular ilustrada. págs. 1875. no Jornal de Horticultura Prática. na mesma imp. com notas biográficas do doutor Júlio Augusto Henriques. de 264 págs. Coimbra. Lisboa. e referências biográficas na pág. de Pinheiro Chagas. o general Claudino Pimentel. 614.º de 552 págs. e uma de índice.º gr. Nacional. Ibidem. na Imp. 8. Composition de la stéarine végétale extracté des grames du brindonnier (Bruidonia indica). espíritos e cervejas) da Exposição Internacional de 1867. Porto. VIII. no Anuário da Universidade de Coimbra de 1884-1885. Exposição sucinta da organização actual da Universidade de Coimbra – Precedida de uma breve notícia histórica deste estabelecimento. 11 a 17. 1868. O prólogo deste livro é de Latino Coelho. tomo II. 1877. Teve 2. 8. Lisboa. No estrangeiro publicou: Nouvelle production de l’acide palmitique par le suif de mafurra.º de 77 págs. Nacional. com gravuras intercaladas no texto.ª edição em 1883. Lisboa. Manual de viticultura. 1876. Relatório acerca da Exposição Universal de Paris em 1872. reitor da Universidade. a exercer o mesmo cargo (embora se não encontre mencionado no «Livro (633) Ver: ALBUQUERQUE. 263 e 383. e 1874 e 1875. Seabra de – Dicionário Bibliográfico. por Larousse. Bibliografia da Universidade de Coimbra. Foi governador civil do distrito de Bragança por decreto de 8 de Outubro de 1846. onde vem o seu retrato. O Instituto. Voltou. por António José da Silva (Extraído do nº 12 – Dezembro de 1885 – das Instituições Cristãs). Coimbra. desde 1871 a 1883 (633). Os funerais deste notável homem de ciência provocaram: Isenção da Real Capela da Universidade – Questões por ocasião dos funerais do visconde de Vila Maior. e tomo VI. moço-fidalgo com exercício no Paço. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . anos de 1872 e 1873. Maria Guiomar de Macedo Sarmento. 1885. que publicaram o seu necrológio. João da Foz do Douro a 6 de Janeiro de 1888. Nasceu nos Possacos a 4 de Junho de 1810 e faleceu em S. filho de Francisco Xavier de Morais Pinto (morgado da casa dos Possacos. Coimbra. encarregou o doutor Bernardo de Serpa Pimentel de fazer o elogio histórico de Júlio Pimentel. 166. Portaria do vice-reitor da Universidade de Coimbra. o Grand Dictionnaire Universel du XIX siècle. 1885. de quem nos ocupámos a pág. de cujo lugar tomou posse a 1 de Dezembro desse ano. p. o visconde de Vila Maior. O «Instituto de Coimbra». 1885. Bernardo de Serpa Pimentel. p. artigo «Vila Maior». em assembleia geral de 2 de Dezembro de 1885. p. mais tarde. 317. comendador da ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo e deputado às cortes pelo círculo de Valpaços. Portugal: Dicionário histórico. 394 deste tomo. Isenção da Real Capela da Universidade – Resposta ao livro com o mesmo título do vice-reitor da Universidade. tomo XIII. 1872. em defesa da isenção e prerrogativas da Real Capela da Universidade de Coimbra e do direito com que ali se fizeram ofícios do corpo presente ao último reitor. Júlio Máximo de Oliveira Pimentel era sobrinho do general António José Claudino de Oliveira Pimentel. destas Memórias. PIMENTEL CARDOSO (Francisco Xavier de Morais Pinto) – Do conselho de S. Majestade Fidelíssima. Coimbra. de Coimbra.410 TOMO VII PIMENTEL Diário Ilustrado de 21 de Outubro de 1884 e em vários outros jornais. Nove dos seus discursos como reitor da Universidade de Coimbra acham-se publicados no Anuário da Universidade. conservando-se ali até 8 de Novembro do ano seguinte. também moço-fidalgo com exercício no Paço e coronel do regimento de milícias de Chaves) e de D. º A indústria avícola – Instruções práticas. e mais duas de índice. Esta obra tem incontestável utilidade e foi muito louvada na imprensa (634). n. d. n. Porto. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . S(em) d(ata)]. 1 vol. S. Rio de Janeiro. in-4. e que era capitão do exército em 1908. n. da – Dicionário Bibliográfico.º S. para cuja fundação concorreu com a sua iniciativa e esforços. S. tip. 1 folheto em 8. 1899.º (634) SILVA. tipo. Escreveu: A chocadeira «Maravilhosa termostática» (Premiada em diversas exposições). Irmandade do SS. até hoje. 1 folheto 8.º S. sabemos apenas que viveu muitos anos em Bragança. S. 8. 1870. lei de 25 de Julho de 1850 e Regulamento de 25 de Novembro de 1850. sócio benemérito da Associação literária e científica «Culto à Ciência». da qual foi vice-presidente. l. Rio de Janeiro. Ignoramos as particularidades da sua vida. «Chocadeiras de Ernesto Pinheiro» (avicultor). premiado com medalha de prata na Exposição Industrial do Palácio de Cristal em 1897.º gr. Instruções e preços da chocadeira «Maravilhosa termostática». pelas chocadeiras que inventou e pôs em funcionamento. onde seu pai era professor do liceu e depois no Porto. A criação industrial das galinhas – Biblioteca Agrícola Popular. como se vê pelo Diário do Governo de 18 de Maio de 1852 e 24 de Fevereiro de 1853. desde a promulgação do Código do Comércio. 1895. e foi relator da comissão que organizou o «Regulamento das aulas» do mesmo liceu. advogado na corte do Rio de Janeiro. de 390 págs. PINHEIRO (Ernesto) – Oficial do exército. 1 vol. Lello & Irmão. edit. Imp. tomo IX. PINHEIRO (Francisco Baptista Marques) – Filho de João Baptista Marques Pinheiro. Inocêncio F. tip. [Dizem as abreviaturas: S(em) L(ugar) n(em) tipo(grafia). d. Dois vols. Paulo. 8. d. Moderna. Sacramento da freguesia de Nossa Senhora de Candelária e suas repartições.PIMENTEL | PINHEIRO 411 TOMO VII dos autos de posse» daquele governo civil) pelo menos desde Maio de 1852 a Dezembro de 1853. Doutor em ciências jurídicas e sociais pela faculdade de direito de S. nasceu em Mirandela a 4 de Setembro de 1841. L. adiante mencionado. filho do professor José Henriques Pinheiro. sendo-o também do Liceu Literário Português. caridade e hospital de Lázaros.º S. l. Escreveu: Jurisprudência comercial – Colecção de todas as sentenças proferidas em grau de revista pelo Supremo Tribunal de Justiça e acórdãos revisores dos Tribunais do Comércio. coro. 8. onde mostrou o génio empreendedor fundando uma fábrica de sabão. publicou no Vimaranense uma série de artigos sobre diversos assuntos. e no ano seguinte brindaram a mesma municipalidade com um exemplar dos Lusíadas. destas Memórias. geometria e desenho para o Instituto de Guimarães. um exemplar fac-similado do famoso Missal do padre Estêvão Gonçalves Neto. em 1870 professor. que estava na praça de Almeida quando da explosão da pólvora em 1810 (636). como professor do Instituto. 165. da luxuosa edição de Leipzig (635). principalmente arquitectura. onde obteve o 3. Em 1863 foi nomeado professor de francês.ª classe.º accessit na 8. em que muito trabalhou. Era natural de Moncorvo. em 14 de Novembro de 1857. Em 11 de Maio de 1876 havia já sido nomeado secretário do referido liceu. é já antiga. fazendo exame na Escola Médico-Cirúrgica do Porto. no Brasil. obra-prima da iluminura portuguesa. de que fala Carvalho da Costa. de que foi nomeado reitor em 20 de Abril de 1887. PINHEIRO (Francisco José) – Oficial-pagador de infantaria nº 24. sócio correspondente da Sociedade Martins Sarmento (secção arqueológica) e da Associação dos Beneméritos Italianos.ª cadeira no ano lectivo de 1856-1857. em 13 de Janeiro de 1881 foi provido definitivamente na cadeira de francês deste mesmo liceu. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Frequentou a Academia Politécnica da mesma cidade.412 TOMO VII PINHEIRO Francisco Pinheiro foi muito novo para a companhia de seu tio padre Francisco Manuel Marques Pinheiro. É a José Henriques Pinheiro que se deve em Bragança o gosto pelos estudos arqueológicos. É verdade que a tradição do fabrico dos sabões de Moncorvo. Quando esteve em Guimarães. Foi por várias vezes eleito procurador à Junta Geral do Distrito de Bragança e vogal da comissão distrital. Nasceu a 20 de Fevereiro de 1835 e faleceu na cidade do Porto a 7 de Outubro de 1904. procedendo a escavações em Castro de Avelãs por conta da Sociedade Martins Sarmento de Guimarães e visitando ou colhendo informações nos locais assinalados por vestí(635) Informações dadas por Ernesto Augusto Pereira Sales. com medalha de ouro de 2. p. e ainda em 1883 ofereceram os dois à Câmara Municipal de Mirandela. secretário do mesmo. (636) Ver tomo I. por intermédio do seu parente Simão Marques Pinheiro. para o Liceu Nacional de Bragança. em comissão. onde se formou em direito. e concluiu o curso de farmácia. PINHEIRO (José Henriques) – Professor de francês e desenho no Liceu Nacional de Bragança. que chegou a ter grande importância. (637) O Recreio – Revista literária. tem direito ao nosso respeito. ainda por este lado. 71 e segs. faleceu. que algo prosperaram. exercendo ao mesmo tempo diferentes comissões de serviço público. principalmente na região bragançana. a que noutra parte nos referimos. onde. saiu de Bragança a 11 de Janeiro de 1895 e foi viver com a família no Porto. embora não corresponda inteiramente ao indicado no título. como atrás dissemos. Civilização. nasceu em Sendim. acerca das investigações que fez em Castro de Avelãs. No intuito de beneficiar Bragança. e vol. Escreveu: Estudo da estrada militar romana de Braga a Astorga. em Junho de 1810 e faleceu a 9 de Fevereiro de 1879. 482. 53 e segs. por trazer a lume miliários até ao tempo ignorados. em que são determinadas todas as estações da referida via. distrito de Viseu. 164. que. Também colaborou na Revista de Guimarães. concorrendo muito para a determinação da estrada romana. Concluída a sua formatura em Coimbra. primeiro periódico que teve Bragança. propriedade de José Henriques Pinheiro. Lisboa. ao mesmo tempo que procurava difundir a indústria avícola por meio de chocadeiras artificiais. como delegado do Conselho de Saúde Pública do Reino e fundando em 1845 O Farol Transmontano. V. lançou muita luz acerca deste intrincado problema. e pela sua persistente tenacidade manteve enquanto esteve em Bragança. onde foi um dos mais notáveis professores.PINHEIRO | PINTO 413 TOMO VII gios de civilizações extintas. Em 1848 deixou Bragança e foi para o Porto como guarda-mor de saúde. tomo II. Imp. a que Henriques Pinheiro dedicou aturado estudo. Em 1888 concorreram à Exposição da Avenida treze fábricas. VI. págs. É uma interessante monografia sobre uma das cinco estradas romanas de Braga a Astorga. dotado de um génio empreendedor. onde a estrada passava. não se poupando a trabalhos sobre o campo. entrando pouco depois para a regência da Escola Médica. págs. José Pinheiro era. Pela sua aposentação em 1894. Porto. que produzia cerca de seiscentos quilos de sabão por ano e que vendia à razão de 140 réis o quilo (637).º de 131 págs. pág. nº 11 (1893). e entre elas a de Bragança.. consagrou algumas linhas necrológicas à memória do nosso biografado. veio para Bragança em 1837 como médico do partido municipal do Hospital Militar. incutindo-lhe gosto pela indústria. a que se refere o livro abaixo citado. chegou a montar uma fábrica de massas (macarrão) e outra de sabão. vol. A Portugália. 1896. p. PINTO (António Ferreira de Macedo) – Lente da Escola Médico-Cirúrgica do Porto. pelo que. 4. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . além disso. em Lisboa. A sua viúva. a saber: Maria Teresa. 2. no Brasil. concelho de Mirandela. Resultados gerais das observações meteorológicas feitas em Bragança nos meses de Maio. Maria Félix. abandonou o posto e fugiu para Espanha. José Maria. tendo ele sessenta e cinco anos e ela vinte e sete. de (638) LEMOS. concelho de Valpaços) e António Pinto de Sá Castro. em Vilarinho de Agrochão. com tarja belamente iluminada. Saiu no Relatório e consulta da Junta Geral do Distrito de Bragança. o seguinte: Memória sobre a reforma da instrução secundária no distrito de Bragança.º semestre de 1842. p. 1840. na Torre de Dona Chama. vol. além de um trabalho de muito interesse publicado em O Farol Transmontano. sobre os minerais do distrito de Bragança. Saiu nos mesmos Anais. 65. Idem. tomo XVII. João Evangelista (morto por um genro em Sonim. vol. Julho e Agosto de 1842. e deixou à mulher (D. tomo XVI. D. possuía a carta em pergaminho. 328. no mês de Outubro de 1842. destas Memórias. e de outros estudos que nada fazem ao nosso propósito. concelho de Mirandela. Da revacinação em Portugal (distrito de Bragança). sendo capitão de cavalaria. O filho José Maria adquiriu a posse de toda a casa por compra aos irmãos das partes respectivas. casada. de que falámos no tomo VI. com D.414 TOMO VII PINTO Escreveu. pág. 125 (638). num convento. tomo XVIII. Por sua morte passou o mesmo palacete aos filhos: José Maria Pinto Teixeira de Sá Castro. Idem. 1839. Topografia médica e estado sanitário do distrito (de Bragança). mas. no mês de Novembro. pág. Inês Maria de Morais Sarmento em 24 de Janeiro de 1872. Luís Sampaio. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Junho. Amélia. em Valbom. quando das lutas liberais. Inês) o usufruto da referida casa com mais prédios rústicos. pelo sócio correspondente o Sr. pág. Inês Maria de Morais Sarmento. residente na Bouça. PINTO (António Miguel) – Segundo nos informa o nosso amigo António Gonçalves. pág. da formatura em direito canónico na Universidade de Coimbra de Miguel Rodrigues. casou. da Torre de Dona Chama. foi António Miguel Pinto que mandou construir o belo palacete brasonado sito em Vilarinho de Agrochão.. Idem. e Carlos. Saiu nos Anais do Conselho de Saúde Pública do Reino. Idem. 232. 141 e seg. Saiu no Jornal da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa. que morreu em Elvas. filho de José Rodrigues. pág. 126. pág. VI.. II. mas esta desistiu da casa em favor dos herdeiros de seu marido. José Maria Pinto Teixeira de Sá Castro foi tenente do exército. onde se encontra o retrato do doutor Macedo Pinto.. em segundas núpcias. actualmente em França. 784. Maximiano – História do ensino médico no Porto. 1925. pág. está na posse de Venâncio Bernardino de Azeredo. Miguel e de S. Mariana Teresa da Silva Teixeira. bisavó do primeiro mencionado Francisco Pinto. Nasceu em Parambos. tem o brasão do agraciado com as armas dos Pintos e Morais e por timbre o dos Pintos – um leão leopardado com um crescente na espádua. a 19 de Janeiro de 1866. Filho de Gaspar Dias Pinto e de D. esta filha de Álvaro de Morais do Sil. no Porto. onde fizemos a descrição deste códice. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e diz que este Miguel Rodrigues era irmão do fundador da casa brasonada atrás mencionada. PINTO (António dos Santos) – Doutor em medicina. (640) A carta original. p. natural de Vilarinho da Castanheira. Maria Vaz. neto paterno de Gonçalo Dias e de D. descendente de Gonçalo Vaz Guedes e de D. Leonor Pinto. 1777 (639). (639) Ver tomo VI. diocese de Viseu. em Izeda.. passada em Julho de 1748. e a meio dela. e pelo lado materno neto de Pedro Fernandes e de D. também descendente de Pedro Vaz Guedes. concelho de Bragança. Escreveu: Caderno de árvores de costado de algumas famílias nobres. provido em 1660. capitão-mor de Vila Flor. 277. Concluiu o curso em 1892. concelho de Carrazeda de Ansiães. Deixou manuscrito um livro com a genealogia da sua família. 283.PINTO 415 TOMO VII Castro Avelãs. concelho de Carrazeda de Ansiães. concelho de Vinhais. Luísa Gonçalves Seixas. Cónego regular conventual no Real Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra pelos anos de 1777. em pergaminho. filha de Marcos Gomes. A carta de pergaminho está agora no Museu Regional de Bragança. destas Memórias. Leonor Pinto Pereira. Foi abade de Rebordelo. filho de Manuel dos Santos Pinto e de D. PINTO (Francisco) – Morador que foi em Murça e aí juiz dos órfãos. PINTO (Baltasar de Seixas) – Licenciado em cânones. o qual obteve carta de nobreza e brasão de armas a 11 de Maio de 1669 (640). Bento) – Dos fidalgos Pintos Cardosos. Ver o artigo Magalhães (António de Sousa Pinto e). e vigário de Alcafa. primeiro reitor da Universidade de Coimbra. Era filho de Luís Lázaro Pinto Cardoso e de D. e distintas da Província de Trás-os-Montes. João de Lobrigos. irmão de Francisco do Sil de Morais.. senhor que foi dos padroados de S. de Mirandela. de Murça. comarca de Lamego. Na parte superior da carta. irmã de Frei Diogo. Maria Vaz. PINTO (D. Escreveu: Sobre a febre tifóide. e mestre do doutor Francisco da Fonseca Henriques. Por morte de seu pai. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .. que em 1798 fez o retábulo da igreja de Sarzeda por 110$000 réis. PINTO (João Alberto) – Capitão de infantaria nº 24. Filho de Manuel de Almeida Pinto e de D. pág. hum dos mayores medicos que houve no mundo. Milhão. em 1800 cinco urnas para as igrejas de Vila Nova. destas Memórias falámos de um «entalhador das Veigas». Ver o artigo Bustamonte (João Rodrigues). obrigou-se. meu mestre. onde tinha uma quinta em que residia. o doutor Joseph Borges Pinto. da Fonseca Henriques na Medicina Lusitana: «.. Na Pleuricologia daquele autor vem uma epístola laudatória escrita pelo doutor Borges Pinto. (644) Ver tomo I. sem mais indicação. onde foi. PINTO (José Borges) – Doutor em medicina. destas Memórias. Maria Meireles. devemos concluir que João Duarte Pinto era deste povo e não de Veigas. (641) Ver tomo I. a fazer a obra do retábulo do altar-mor da igreja matriz de Argozelo (643). durante as guerras da aclamação (641). 165. pág.». p. Será este o mesmo acima mencionado? PINTO (José de Azeredo) – Alferes de infantaria nº 24.. (642) Ibidem. por escritura pública lavrada pelo tabelião de Vila Franca de Lampaças a 7 de Janeiro de 1753. p. 93. Quintanilha e Carção.416 TOMO VII PINTO PINTO (João) – Tenente do exército. que muito se distinguiu.. ano da sua morte nos Eixos. maço Obras. por largos anos. destas Memórias. 559. um médico distinto. (643) Museu Regional de Bragança. 165. em que foi provido por alvará de 27 de Agosto de 1668. PINTO (João Duarte) – «Da quinta de Veigas termo de Bragança». e em 1811 o retábulo da capela-mor da igreja paroquial de Soutelo da Pena Mourisca. p. A julgar pelo facto de a escritura ser lavrada no extinto concelho de Vila Franca. certamente anterior a 1695. que estava na praça de Almeida quando se deu a explosão em 1810 (644). em 1650. que estava na praça de Almeida quando ela foi pelos ares em 1810 (642). a que pertencia a povoação de Veigas. Argozelo. No tomo IV. próximo de Mirandela. natural e morador em Mirandela. 54. anexa de Quintanilha. Deste médico diz F. também no concelho de Bragança. sucedeu-lhe no ofício de escrivão da almotaçaria da vila de Mirandela. (647) Ver tomo I. já afirmada nos bancos de instrução primária. que estava na praça de Almeida quando ocorreu a explosão em 1810 (645). em nota. Mamede de Ribatua. PINTO (José Joaquim) – Doutor em medicina pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto. 165. concluindo nesta cidade a sua formatura em 1887. p. e por decreto de 27 do mesmo mês provido na do Liceu Nacional de Bragança. onde faleceu em Maio de 1899 (649). destas Memórias. PINTO (Luís de Azeredo) – Alferes de infantaria nº 24. a 25 de Julho de 1917.PINTO 417 TOMO VII PINTO (José Joaquim) – Quartel-mestre de infantaria nº 24. onde nasceu a 13 de Janeiro de 1859. (646) FERREIRA. A grande competência intelectual do doutor José Pinto. a seu pedido. (648) Ibidem. onde fora tratar-se. ao tempo estacionada em Bragança. p. 290. e nesse mesmo ano foi nomeado médico municipal do Vimioso. Imp. Natural de Fornos. 131. de Morais – Dialecto Mirandês. Moderna.º de 73 págs. que se distinguiu durante a revolta de Bragança contra os franceses em 1808 (648). onde o seu professor o reconhecia como «talentoso discípulo» (646). PINTO (Zeferino José) – Doutor em medicina. Em 3 de Junho de 1903 foi aprovado em concurso por provas públicas para a cadeira liceal do quinto grupo – matemática e física. Albino J. (645) Ver tomo I. destas Memórias. PINTO (Luís Vaz Pereira) – Tenente. 1887. 8. filho de João Baptista Pinto. na qual os doentes depositavam a confiança inerente a um salvador. 43. (649) Ibidem. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . onde exerceu também o cargo de subdelegado de saúde até 30 de Setembro de 1892. Estudou preparatórios em Braga e Porto. p. que estava na praça de Almeida em 1810 aquando da trágica explosão (647). p. p. delegado de saúde e médico municipal (aposentado) de Bragança. Porto. cargo de que. e tomo II. não fez senão confirmar-se mais e mais na regência do magistério secundário e proficiência clínica. foi exonerado em 1898. 383. em que foi nomeado cirurgião-ajudante do exército e colocado em cavalaria nº 7. Escreveu: Algumas palavras sobre medicação marítima – Dissertação inaugural apresentada à Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Viveu em Bragança e faleceu no Porto. concelho de Freixo de Espada à Cinta. p. natural de S. 165. marcha debaixo de fogo em 13. capitão Salvador Nunes Teixeira. combate de Mufilo em 27 de Agosto. competência e boa-vontade no desempenho de diversos serviços e provas de resistência dadas nos trabalhos de ocupação do Cuangar. pela energia e audácia com que. concelho de Bragança. Augusto Adriano Pires tomou parte na expedição a Moçambique (Gungunhana) em 1895 e no combate de Cuelela e tomada de Manjacaze. defesa do bivaque neste dia. operações no sul de Angola em 1915-1916. Tinha as seguintes condecorações: cavaleiro da Torre e Espada. com ligação com as tropas británicas. medalha de prata da Rainha D. Toda a cidade tomou parte neles e no sentimento que a sua morte causou. comandando a 3. defesa de Ancongo em 2 de Setembro. operações no Huíla em 1906. O discurso deste oficial. oferecendo uma eficaz resistência ao avanço do inimigo». sangue-frio e valor militar. marcha debaixo de fogo e tomada da embala do Cuamato em 4 de Outubro. marcha debaixo de fogo em 21. pelo muito zêlo. ocupando a sua companhia o flanco direito do sector português. defesa do bivaque em 15. por um grupo de amigos. Os seus funerais revestiram invulgar solenidade. tomada da embala do Cuamato pequeno em 22.ª classe. em 1910. pela Liga dos Combatentes da Grande Guerra. em 1910. acção de Macovi em 4 do mesmo mês.ª companhia de infantaria nº 10 (Bragança). em 1907. Manuel”. e tenente Luís de Portugal da Fonseca e Melo. espírito militar e coragem. Fez parte do corpo expedicionário à França e entrou no combate de 9 de Abril. pela muita competência e zêlo com que desempenhou o serviço de mobilização a seu cargo em 1917. no Evala. Foi governador de Cubango. dando provas de valor. pelos oficiais da guarnição. pela dedicação e zêlo com que cooperou no estabelecimento do posto “D. porque. Foi louvado pelas seguintes vezes: «em ordem à coluna de operações no Cuamato. devido ao heróico brilhantismo da vida militar deste bravo bragançano. bem como o retrato do homenageado vêm publicados em A Voz de 18 de Janeiro de 1928. pela extrema dedicação. natural de Fontes Trasbaceiro. mas o seu cadáver veio a enterrar a esta cidade. por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918. medalha da Cruz Vermelha. a qual foi condecorada com a Cruz de Guerra de 1. onde morreu de um desastre em Maio de 1924. Amélia. onde chegou a 13 de Janeiro de 1928. defesa do forte Roçadas no mesmo ano. serenidade. marcha debaixo de fogo em 20. em 1909. reconhecimento em 29. doutor António Augusto Pires Quintela. à frente de um pequeno grupo de auxiliares. na África. À beira da campa discursaram: capitão Artur Coelho. operações no Cuamato em 1907.418 TOMO VII PIRES PIRES (Augusto Adriano) – Capitão de infantaria. tomou medidas acertadas e oportunas. assaltou o morro Muena Chipanga. pelos feridos da Grande Guerra. medalha de MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . operações no Libolo em 1908. Lusitana. onde já o era de preparatórios. medalha de prata de valor militar.º de 166 págs. Cruz de Guerra de 3. medalha de operações no Sul de Angola. natural de Mós de Rebordãos. dogmática. 8. E. concelho de Bragança. ex tip. à França. medalha comemorativa do C.º de VII-39 págs. Porto. em volume próprio. o Abade Ambrósio Guillois e de outros autores católicos. penitenciário da mesma. 8. 1883. Porto. natural de Sarzeda. medalha de prata de bons serviços. medalha comemorativa do E. professor de ciências eclesiásticas no Seminário Diocesano de Bragança e no mesmo director doutrinal e examinador pró-sinodal e prelado doméstico de Sua Santidade com o título de monsenhor. Esta obra é oferecida a D. Catecismo explicado – Breviário do Cristão compilado da Explicação histórica. tip. da Palavra. e duas de correcções. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . acompanhado de notas biográficas. Pedro dos Sarracenos. medalha da Vitória.º de XVI-464 págs. medalha Inter-Aliada. que a manda considerar «como cathecismo diocesano em toda a diocese de Bragança (e que por ella os parochos dirijam as suas lições de doutrina christã)». filho de Francisco José Pires. bispo de Bragança. (650) O Nordeste de 10 de Março de 1895 e o Norte Transmontano de 25 de Abril do mesmo ano. divergem na data da sua morte. P. tip. 1883. 8.º de 36 págs. dando-a o primeiro como sucedida no dia acima indicado e o segundo a 8 de Abril. Bracarae. a 3 de Setembro de 1824 e aqui faleceu a 9 de Março de 1895. de António José da Silva Teixeira. Porto. Cuamato e medalha de Avis. É a colecção da reza especial da diocese de Bragança. encontra-se na «Agenda Brigantina» de 1928. moradores em S. José Maria da Silva Ferrão de Carvalho Martens. em 16 de Maio de 1886. referindo-se ao subido merecimento deste virtuoso varão. 1887. Opúsculo de considerações históricas sobre a edificação da catedral de Bragança. Foi nomeado professor de ciências eclesiásticas no Seminário de Bragança. António Luís da Veiga Cabral e Câmara. litúrgica e canónica de Mr. Pedro dos Sarracenos (650). 8. e de Maria Luísa. P. Livro de muita utilidade e indispensável aos sacerdotes bragançanos. Nasceu na freguesia de S.PIRES 419 TOMO VII prata de comportamento exemplar. Tip. Escreveu: Officia propria festorum a Summis Pontificibus approbata et concessa por Dioecesi Coeliobrigensi nunc demo recognita et edita. 1868. do qual insere a Provisão de 18 de Janeiro de 1883. O retrato do heróico militar.ª classe. de António José da Silva Teixeira. moral. Virtudes do Bispo de Bragança D. PIRES (Manuel António) – Cónego capitular da Sé catedral de Bragança. Esta obra foi escrita de colaboração com: conde de Samodães. e Pedro Augusto Ferreira. António Luís da Veiga Cabral e Câmara. que interrompeu ao segundo ano pela falta de recursos. Concluídos os estudos preparatórios. Joana Rosa Pinto. filho de António Manuel Pires e de D. fez então concurso para as cadeiras de matemática e filosofia liceais e nelas foi provido temporariamente. Braga. onde concluiu o curso em 1922 e o de preparatórios liceais em Bragança. na tip. continuador do Portugal Antigo e Moderno. no de Bragança.. da Palavra. Angelina Raimundo.. onde reside e é subinspector de saúde. inserta logo no princípio. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . PIRES (Manuel António) – Doutor em medicina pela Universidade do Porto. Artur Eduardo de Almeida Brandão. em 1856. tip. a quem o livro é dedicado. PIRES VILAR (João António) – Nasceu em Bragança a 7 de Setembro de 1830 e na mesma cidade faleceu à meia-noite de 4 de Abril de 1904. compendiado pelo autor a pedido do bispo da diocese D. faustoso dia do Jubileu Sacerdotal do Sumo Pontífice Leão XIII. sendo duas de erratas. da Universidade.º de XXXI-339 págs. 8. onde recomenda que na diocese de Bragança os «parochos e professores usem sómente d’este livro para o ensino da doutrina christã. abade de Miragaia. matriculou-se na faculdade de matemática da Universidade de Coimbra. Bispo de Bragança. Breve compêndio ou Catecismo de doutrina cristã muito útil aos meninos para se instruírem na ciência da Salvação. e aos pais de família para educarem seus filhos e criá-los na verdadeira fé e doutrina da Santa Igreja Católica. que foi dactilografada em razão da classe tipográfica estar.420 TOMO VII PIRES Catecismo abreviado da Doutrina Cristã para uso da mocidade estudiosa. sendo naquele mesmo ano nomeado facultativo municipal em Miranda do Douro. ao tempo. no Porto. 16. É um resumo do antecedente com destino a ensinarem-se por ele as crianças. a 7 de Janeiro de 1894. 1888. Nasceu em Brunhosinho. com o retrato do bispo. capelão de caçadores nº 9. Porto. Lusitana. Escreveu: Períneoplastia e fístulas vesico-vaginais – Tese de doutoramento. 1889. dado à Diocese de Bragança em 31 de Dezembro de 1887. filho de António Manuel Pires e de D. em greve. como se vê da sua Provisão de 31 de Dezembro de 1887.º de LIX-428 págs. devendo uns e outros munir-se do “Cathecismo-breviario do Christão” para desenvolverem e explicarem os principios religiosos segundo as exigencias e o progressivo aproveitamento dos seus discipulos». Coimbra. 1870. Imp. José Alves de Mariz. concelho do Mogadouro. Monumento à memória de D.º de 254 págs. causada pela morte de seu pai. 16. onde também regeu retórica. (651) Diário do Governo de 20 de Julho de 1868 e 14 de Abril de 1860 e «Livro do registo da Câmara de Bragança». assim chamada por estar depositada neste estabelecimento e não porque lhe pertença exclusivamente. vogal da Junta Geral do Distrito de Bragança. (653) O Nordeste de 11 de Setembro de 1901 e 6 de Abril de 1904 e Gazeta de Bragança de 4 de Abril deste último ano. Progresso. Correio da Noite. avalia muito desfavoravelmente o modo como Pires Vilar desempenhou essa comissão. e como vogal da junta geral e presidente da sua comissão executiva fundou o posto hípico. vogal de diversas comissões de legislação. 153 v. como deputado. Os seus escritos eram notáveis pelo classicismo e elegância da frase. reforma que trouxe ao cofre da mesma corporação uma economia de doze contos de réis anuais e reduziu ao mínimo a mortalidade destes infelizes. o gabinete de física e a biblioteca do liceu. Por decreto de 14 de Julho de 1868 foi nomeado professor proprietário das cadeiras de filosofia racional e moral e princípios de direito natural e de oratória poética e literatura clássica. polemista de grande força.º de 52 págs. que vigorou até 1892. jogando com mão de mestre a ironia e o sarcasmo a poucos era dado resistir-lhe. predicados que conservava nos discursos. (652) José Barbosa Leão. então governador civil de Bragança. presidente da comissão executiva da mesma e. Foi vereador municipal. 1886. Ainda como membro da junta geral. 8. Eleito deputado na legislatura de 1879. em curso bienal do Liceu Nacional de Bragança (651). presidente da câmara. Porto. Voltou ainda ao parlamento nas legislaturas de 1887 e 1889. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 1864. fl. País. deve-lhe o distrito a fundação do Asilo Duque de Bragança e a reforma do serviço dos expostos. foi relator do projecto sobre a reforma de instrução primária discutido nessa sessão (652). Tip. da iniciativa de Tomás Ribeiro. Primeiro de Janeiro. Norte Trasmontano e Nordeste. nos Elementos de gramática portuguesa. Diversos traços da sua personalidade assinalam a sua passagem por estes cargos: como vereador e presidente da câmara elaborou um «Código de Posturas Municipais». O código a que atrás nos referimos tem por título: Código de Posturas Municipais para a cidade de Bragança e seu concelho. profundeza de ideias e veemência de raciocínio. regendo também a cadeira de filosofia no seminário diocesano. do «Brás Tisana».PIRES 421 TOMO VII história e geografia e muitas vezes serviu de reitor. largo da Sé nº 2. que antes oscilava entre 50 e 60% dos nascimentos (653). Colaborou em vários jornais. como: Nação. e nesta pronunciou um vigoroso discurso na sessão de 12 de Junho. Porto. de 31 de Julho de 1913. corregedor de Évora e. e de Brites Lopes.. em 1855 (655). 344 e 683. (656) Pátria Nova. nasceu em Vilar de Maçada. distinguiu-se pela dedicação com que tratou os atacados pelo cólera-morbo. com D. que nascera em Paredes. da mesma cidade. (654) Ver tomo I. concelho de Vila Real. desembargador do Paço. Joana de Barros. Tip. p. do Jornal do Porto. destas Memórias. 131. procurador fiscal na comarca de Bragança. semanário de Bragança. em 27 de Fevereiro de 1739. (655) Ibidem. e tomo VI. Antónia Meireles (parentes em segundo e terceiro grau de consanguinidade).º de 371 págs. Dizem os seus biógrafos que nasceu em Bragança a 10 de Outubro de 1665 e faleceu na freguesia de Santa Maria. POÇAS FALCÃO (Luís Dias) – Benemérito reitor de Carção. p. mas o erudito investigador Francisco de Moura Coutinho encontrou no processo de inquirição do Santo Ofício. Lisboa. sendo sepultado na capela do Carmo. e que era filho de Pedro Fernandes e de Catarina Pires. 289. finalmente.º de 55 págs. Casou em Bragança (freguesia de Santa Maria) a 15 de Fevereiro de 1691. Governador civil do distrito de Bragança. partilhas e mais dependências de pupilos. 1875. existente na Torre do Tombo (m. empreendida pelo filho do autor. 8.422 TOMO VII PIRES | PISSARRO | POÇAS FALCÃO | PONA Parece que também pertence a Pires Vilar o seguinte: O governador civil de Bragança e os colegas do colega director da Assembleia Brigantina. nascida a 27 de Junho de 1672 (656). 4. 843). o Cabeçudo. e materno de Francisco Pires Morais e de Isabel Pires. PISSARRO (Rafael José Gabriel da Costa) – Doutor-conselheiro da fazenda aquando da revolta de Bragança em 1808 contra os franceses (654). 33. PISSARRO (António Júlio Taveira Pinto) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra e juiz de direito na Índia. fol. concelho de Bragança (como ele mesmo declara na petição inicial). 1713. dil. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . cargo de que tomou posse a 3 de Dezembro seguinte. juiz de fora em Freixo de Espada à Cinta e ao tempo (1713) provedor na cidade de Miranda. Segunda edição em 1759. em que se descreve tudo o que respeita aos inventários. Escreveu: Orfanologia prática. familiar do Santo Ofício. PONA (António de Paiva e) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. e faleceu em Braga. Porto. neto paterno de Pedro Fernandes Paiva. filha de Manuel Teixeira e de D. destas Memórias. por Decreto de 8 de Novembro de 1847. p. Lisboa.º de XXXII-296 págs. a pág. António de Paiva e Pona. Sebastião. na oficina de Francisco Luís Ameno. § CXVII. José.º Esta obra é a delícia de todos os sociólogos. em que se propõem os documentos mais sólidos para os cavaleiros conseguirem esta científica faculdade. a 9 de Dezembro de 1722. Era doutor em direito pela Universidade de Coimbra. nasceu em Bragança (Santa Maria) a 6 de Março de 1705. tendo residido em Mirandela pelos anos de 1736 a 1750. fora-lhe dada a tença de 20$000 réis. Pascoal José de Melo Freire. 1815. e faleceu em Bragança. Bibliográfico. PONA (José de Barros e Morais) – Cavaleiro da ordem de Cristo. administrador de Moncorvo. em 1761: Adições à Orfanologia prática. artigo «Paiva e Pona». sim. monteiro-mor na comarca de Vila Real. Inocêncio F. menciona este autor entre os legistas pragmáticos. diz o autor do Demétrio Moderno. p. Coimbra. 4. (659) SILVA. A «Orfanologia» é considerada clássica na linguagem. PONTES (António Ferreira) – Doutor. 4. Estas «Adições» não são uma terceira edição aumentada da orfanologia. Também escreveu em latim a seguinte obra. etc. chegando-se mais para a actualidade. filho do doutor António de Paiva e Pona. Novo método para desembaraçar os potros. 216. e diz que quanto mais os nossos escritores formados em direito se desviam do século XVI e da época de D. e neto do licenciado Pedro Fernandes Pona. Escreveu: Manejo real – Escola moderna da cavalaria da brida. Porto. em menos consideração devem ser tidos. 1762. D. foi mestre de equitação de el-rei D. diz Pinheiro Chagas no seu Dicionário. 152 (657). atrás mencionado. obra póstuma. João III e D. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . traduzida. nas lutas da Maria da Fonte em 1849 (660). destas Memórias. Inocêncio F. que deixou composta na língua latina António de Paiva e Pona. Em 1769 residia em Lisboa e foi testemunha no processo de habilitação de Amaro Vicente Pavão de Sousa para a sua admissão na ordem de Cristo. Atendendo aos serviços de seu pai. são.PONA | PONTES 423 TOMO VII José de Barros Paiva Morais Pona. Manuel. que seu filho José de Barros e Morais Paiva e Pona traduziu em português e publicou no Porto. da – Dic. (657) SILVA. um Suplemento à edição citada de 1713 (658). e reduzi-los a uma total obediência. da – Dicionário Bibliográfico. (658) Portugal: Dicionário histórico. (660) Ver tomo I. 1761. na Historiæ Juris civilis Lusitani. com o hábito de Cristo. vencer os ressabiados. com dezassete estampas (659). dando-se durante a sua gerência factos lamentáveis. insolente e desesperado (661) Vide Diário de Lisboa de 10 de Julho seguinte. chegando a estar preso desde 1828 a 1834. transformando-o em 1878 em passeio público arborizado. onde Pontes favorecia os anticabralistas. que muitos indivíduos das vizinhanças se retiraram para Moncorvo. tal como ainda hoje se conserva (662). e a segunda. em 1815 e faleceu na sua quinta de Crestelos em 1883. Falecendo sem sucessão. concelho de Moncorvo. com o título de viscondessa da Alegria. em 25 de Maio de 1870 e substituído a 2 de Setembro desse ano. acolhidos à sua protecção. em Ligares. que bem mostravam o desgraçado estado do país. cunhado dos Marçais e administrador de Foz Côa. e foi durante a sua gerência que se procedeu à demolição do velho e arruinado castelo. por decreto de 26 de Maio de 1865 (661). de onde lhe veio como resultado ter de emigrar para Espanha. ainda em 1846 retomou as armas contra o absolutismo de Costa Cabral. que seu marido rejeitara. (662) TAVARES.424 TOMO VII PONTES PONTES (António Joaquim Ferreira) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. que muito sofreu por esta causa. sequiosos de vingança sobre o administrador. Também serviu de administrador do concelho de Moncorvo. Flora de Sampaio e Melo. deputado em diversas legislaturas e governador civil do distrito de Bragança. tanto se assinalou pelas perseguições cometidas pela sua guerrilha. melhor. Fez parte do batalhão dos Voluntários da Rainha e combateu nas Linhas do Porto. sendo os seus ofícios fúnebres em Moncorvo. Era condecorado com as medalhas das campanhas da liberdade e a comenda de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Serviu por várias vezes o cargo de presidente da câmara de Moncorvo. É então esta vila invadida pelos Marçais. e em memória dos seus serviços foi agraciada sua esposa D. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Nasceu em Peredo dos Castelhanos. ficou sepultado no jazigo da família. fogem. quando lho ofereceu o ministro José Dias Ferreira. em Junho de 1849. deixando o campo aberto ao inimigo que. de 22 de Novembro de 1903. quadrilha. Foi por duas vezes nomeado governador civil do distrito de Bragança: a primeira. e. mas logo substituído em 26 de Setembro seguinte. Liberal convicto. António Augusto de Almeida. filho doutro liberal. a célebre quadrilha dos Marçais (António Joaquim Marçal e Manuel António Marçal) recomeçara nos antigos roubos e assassinatos com as lutas cabralistas. deixou seus bens a seus sobrinhos doutores Galos (João e José). Em Foz Côa. José Augusto – Torre de Moncorvo. PONTES 425 TOMO VII pelo malogro da razia, depois de «acamparem na praça principal da vila, de efectuarem várias buscas domiciliárias, de jurarem vingança e nova expedição», se retiraram, ficando simplesmente os administradores a esfuziarem reciprocamente nos periódicos onde «o Ferreira Pontes levou o Almeida de vencida, porque as suas respostas, fundadas em factos duma verdade irrecusavel, eram esmagadoras pela eloquencia das provas», pois, publicando-lhe as relações com os nomes dos assassinatos, mostrou que a temível quadrilha havia cometido 34 assassinatos, 41 espancamentos, 6 roubos e obrigara a expatriar-se 104 chefes de família, entre as quais a família Campos Henriques, ascendente do bem conhecido homem público deste apelido, que por várias vezes desempenhou os cargos de ministro de Estado. Estes factos, referidos pela imprensa do tempo, ecoaram também no parlamento, na sessão da câmara dos pares de 6 de Julho de 1849. Por fim, aqueles povos começaram a ter mais tranquilidade, quando, a 11 de Janeiro de 1851, António Joaquim Marçal foi assassinado no lugar do Farpão, freguesia da Lousa, concelho de Moncorvo (663). PONTES (Joaquim Rodrigues Ferreira) – Cónego da Sé de Braga e deputado pelo círculo de Moncorvo em 1851 e 1852. Era natural de Urros, concelho de Moncorvo. Faleceu em Braga a 25 de Março de 1853. Exerceu por algumas vezes o cargo de governador do bispado na mesma diocese. Principiou os seus estudos em Moncorvo, dos quais desistiu, retirando-se para a sua terra natal, onde casou, enviuvando depois e, falecendo-lhe também a única filha que lhe ficara do matrimónio, foi para Braga, onde se ordenou de presbítero, e em seguida para Coimbra, formando-se ali em direito. No Diário do Governo de 7 e 8 de Junho de 1848 vêm extractos dos discursos de Pontes, que mostram interessar-se pelas fábricas das sés e respectivos cabidos. Também no mesmo Diário de 30 de Abril de 1849 vem uma proposta sua, para que os distritos administrativos de Portugal se reduzissem a dez, e em Trás-os-Montes houvesse só um, com a sua sede em Mirandela. Encontram-se várias propostas deste deputado no Diário do Governo de 16 de Março, 25 de Abril, 8 e 22 de Maio e 26 de Junho de 1849, que trazem largos extractos das sessões da câmara dos deputados. (Veja-se o referido Diário de 13 de Abril de 1850, onde vem as suas propostas sobre a redução das dioceses). (663) Sobre este episódio da luta cabralista no nosso distrito, vide CHAGAS, Pinheiro – História de Portugal, popular ilustrada, vol. XI, p. 451 e segs. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 426 TOMO VII PONTES | PORTO | PORTUGAL | PRADA Falou na sessão de 17 de Março de 1852 sobre a viação na província de Trás-os-Montes, e na de 5 de Abril de 1853, extractada no Diário do Governo do dia seguinte, o deputado Pessanha comunicou à câmara que Pontes falecera em Braga a 25 de Março de 1853, pelas 8 horas da manhã. Barbosa Colen (664) menciona Pontes como «um orador de argumentação cerrada, analysando os acontecimentos com minucia, esmerilhando as consequências com pachorra». PORTO (Diogo do) – Natural de Cicouro, concelho de Miranda do Douro, rico criador de gado, morador em Sevilha (Espanha), onde fez testamento em 1594, deixando muitos bens à capela de Santa Ana, erecta por conta desses bens na igreja paroquial de Cicouro. O testamento, que se encontra, por cópia tirada em 1599, no Museu Regional de Bragança, maço Capelas, é muito interessante pela nomenclatura da indumentária que aponta, e por ele se vê a grande fortuna do testador e os grandes encargos pios instituídos na dita capela, constantes de missas, ofícios, sufrágios, etc. PORTUGAL (António Rodrigues) – Há dele em Coelhoso, concelho de Bragança, na igreja paroquial, uma tese defendida no seu quinto ano de direito canónico, impressa em véu de cálix, de seda vermelha, em três planas, dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres. Conimbricae: Ex Typ. Antonii Ferreyra Univ. Typ. Anno Domini 1745. PORTUGAL DA FONSECA E MELO (Luís de) – Tenente do exército, reformado em consequência de ferimentos na Grande Guerra, professor da Escola Industrial de Bragança. Nasceu em Oliveira de Frades (Beira Alta), a 25 de Agosto de 1894; filho de Sancho Ribeiro da Fonseca Rito e de D. Eulália de Melo Portugal e Vasconcelos. Escreveu, de colaboração com Francisco do Patrocínio Felgueiras Júnior (ver este nome a pág. 178) a Calaiolândia. Tem colaborado no Jornal de Notícias, Voz, Século, Saboreano, Agenda Brigantina, etc. PRADA (João de) – Natural de Bragança, abade de Monforte de Rio Livre, hoje concelho de Chaves. Mandou construir na anexa povoação de Águas Frias uma ermida dedicada a Nossa Senhora do Loreto e outra sob a mesma invocação em Monforte de Rio Livre (665). (664) CHAGAS, Pinheiro; COLEN, Barbosa – História de Portugal, popular ilustrada, vol. XI, p. 279. Na p. 317 volta a referir-se a um discurso do mesmo. (665) LEAL, Pinho – Portugal Antigo e Moderno, vol. X, p. 142, artigo «Senhora do Loreto» e tomo VI, p. 327 e 693, destas Memórias. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA PRADO | QUARESMA | QUINTELA 427 TOMO VII PRADO (Conde de) – Em 1663 era governador das armas da província de Trás-os-Montes (666). Q QUARESMA (Jerónimo) – No Museu Regional de Bragança, maço Correspondência, conserva-se uma carta de el-rei, datada de 10 de Setembro de 1642, dirigida ao cabido de Miranda, dizendo que o abade de Penhas Juntas, Jerónimo Quaresma, atirara e ferira no rosto com munição a Domingos Fernandes sargento «e os pelouros lhe passarão por alto, e que demais desta culpa constava que não dezia missa havia annos e estava muito infamado de pecado nefando e matara a asoutes a hûa mulher viuva e de outra tivera hûa criança que matara como tambem fizera o mesmo a outra criança que ouvera em hûa sua sobrinha, filha do seu irmão que tinha ou tivera em casa. Ordeno que seja preso e julgado». Ficou esta carta régia dirigida ao cabido no maço Párocos de Penhas Juntas, mas deve ir para o maço Correspondência. Jerónimo Quaresma já devia ser falecido, se não foi justiçado ou expulso da freguesia, em 1644, pois neste ano aparece, de ordem régia, provido nela o licenciado António Toscano, abade de Espinhosela, natural de Tureiro, termo de Vila Viçosa. QUARESMA (Manuel) – Medidor das obras de Lisboa, contratou com D. João da Gama, a 13 de Fevereiro de 1616, fazer o seminário de Miranda do Douro no respeitante a obra de pedreiro; mas, num memorial que apresentou ao cabido o bispo D. Francisco Pereira (pois D. João da Gama falecera antes de começar a obra, havendo apenas muitos materiais para ela), diz que Domingos da Fonseca, de Moncorvo, é que deu princípio às paredes (667). QUINTELA (António Augusto Pires) – Doutor, professor de português e francês do liceu de Bragança. Nasceu nesta cidade (Santa Maria) a 25 de Maio de 1887; filho de Agostinho Paulino Pires Quintela, de Quintela de Vinhais, e de D. Abília do Carmo Vaz Granjo, de Bragança. Fez os estudos liceais em Bragança e Coimbra, e o curso de habilitação ao magistério secundário do Curso Superior de Letras, em Lisboa, onde o concluiu em 1909, sendo logo nesse ano despachado para o liceu de Bragança e no (666) CARDOSO, Jorge – Hagiológio Lusitano, referente ao dia 4 de Junho. (667) Museu Regional de Bragança, maço Obras. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 428 TOMO VII QUINTELA | RAINHA SANTA seguinte para Beja, donde transitou novamente, a 4 de Março de 1911, para o de Bragança. Foi deputado por este círculo em 1921, redactor do Jornal de Bragança, do Montanhês do Norte e director da Pátria Nova, semanários de Bragança (668). Escreveu: À luz do Sol – «Singela e verídica história da inaudita façanha dum audaz cavaleiro em sua montada». (O caso da nomeação dum professor provisório para a Escola Industrial de Emídio Navarro). Bragança, 1923, Tip. Artística. 16 págs. O doutor Quintela é director do Arquivo Distrital do Museu Regional de Bragança e casou com D. Gaudência do Espírito Santo Gonçalves Miranda, nascida em Bragança (Santa Maria) a 20 de Abril de 1879, irmã do professor de história e geografia do liceu de Bragança Manuel da Trindade Gonçalves Miranda, nascido em Bragança a 10 de Maio de 1890, ambos filhos de José Inácio Gonçalves Miranda e de D. Arminda Adelaide Rodrigues. QUINTELA (José Luciano Alves) – Doutor em medicina pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto, onde defendeu tese em 28 de Julho de 1874; nasceu em Grijó de Vale Benfeito, concelho de Macedo de Cavaleiros, a 19 de Março de 1847 e faleceu no Porto no primeiro quartel deste século. Era filho legitimado e herdeiro do padre José António Alves Qintela (supomos que o apelido Quintela lhe era dado só em Grijó de Vale Benfeito, por ser natural de Quintela), que faleceu em Grijó de Vale Benfeito a 14 de Agosto de 1866, e de Pureza de Jesus de Sousa. Escreveu: Patogenia da septicemia cirúrgica. Porto, 1874. 8.º gr. de 70 págs. e mais duas de proposições e erratas. R RAINHA SANTA (Frei Simão da) – Franciscano; nasceu em Vale de Gouvinhas, concelho de Mirandela, a 23 de Outubro de 1783 e faleceu em Felgueiras, freguesia de Penhas Juntas, a 26 de Setembro de 1859 (669). Escreveu: Vida de D. António Luís da Veiga Cabral e Câmara – Para ser depositada no arquivo do Recolhimento do Instituto Pio das Oblatas do (668) Ver tomo VI, p. 45, destas Memórias. (669) Conde de Samodães, in Monumento à memória de D. António Luís da Veiga Cabral e Câmara, Bispo de Bragança, p. 113. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA RAINHA SANTA | RAMEÇAL | RAMIRES 429 TOMO VII Menino Jesus de Mofreita, ou «Memórias da vida do Ex.mo e Rev.mo Sr. D. António Luís da Veiga Cabral e Câmara, Bispo de Bragança e Miranda, escritas em italiano por Frei Simão da Rainha Santa, menor conventual da Província de Portugal e traduzidas pelo mesmo em português». Aquelas em Roma – 1844, e estas em Bragança – 1845. Vem no Monumento, atrás citado, desde págs. 56 a 103. Com o nome que lhe damos acima é que assina estas Memórias; mas o conde de Samodães chama-lhe Frei Simão da Sacra Família e também lhe dá o nome acima. Frei Simão conviveu com o bispo, cuja vida relata, e foi testemunha ocular de muitos factos que descreve. Havia professado no convento franciscano em Coimbra, donde foi transferido para Bragança e depois para o Porto, onde estava quando foram suprimidos os conventos, indo em seguida viver para Roma (670). Escreveu este seu trabalho, que ficou manuscrito, no intuito de promover a canonização do prelado, por cuja causa ainda voltou a Roma, pois desta cidade viera para Portugal quando terminou a ruptura de relações entre as duas cortes, pelo ano de 1840. RAMEÇAL (Alonso de) – Remessal, como ele se assinava, era pintor. Por ordem de D. Jorge de Melo, bispo de Miranda, de 20 de Julho (não indica o ano) se manda entregar ao referido pintor cem mil réis «prestados por conta da fábrica para ajuda dos gastos do Retabulo da nossa see» (671). Pelo recibo que o mesmo Remessal passou de estar entregue do dinheiro, vê-se que a quantia era por conta da pintura do retábulo; que Remessal era espanhol, pois é nesta língua que o recibo está redigido, contando até o dinheiro não por réis, mas por maravedis; e que a obra se fez em 1635 (672). Em um recibo de estar pago e satisfeito, passado pelo mesmo Remessal a 17 de Agosto de 1637, se declara que ele era natural da cidade de Camora (673). Ver Velasquez (Tomás). RAMIRES (Adolfo Augusto Baptista) – Engenheiro agrónomo, professor do Instituto Superior de Agronomia, senador (1918), sócio do Instituto de Coimbra e da Academia das Ciências de Lisboa (1923). Nasceu em Bragança (Santa Maria) a 1 de Janeiro de 1868; filho de António Augusto Baptista e de D. Etelvina Augusta Ramires Baptista. Fez o curso liceal em Bra- (670) Monumento à memória…, p. 113. (671) Museu Regional de Bragança, maço Obras. (672) Ibidem. (673) Ibidem. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 430 TOMO VII RAMIRES gança e Viseu e o do Instituto de Agronomia e Veterinária em Lisboa, concluindo-o em 1894 com a classificação de dezassete valores. Tem exercido os seguintes cargos: Químico-analista na antiga Estação Químico-Agrícola de Lisboa, sob a direcção do químico alemão doutor Hugo Mastbaum, com quem muito aprendeu, trabalhando a seu lado e ao lado do analista doutor Otto Klein. Por aquele foi escolhido de entre os analistas da Estação para, por ordem do director-geral desse tempo (Elvino de Brito), ir montar, com todas as obras a seu cargo, exclusivamente, o laboratório oficial que mais tarde foi o «Laboratório Geral de Análises Químico-Fiscais». Organizados os serviços desse Laboratório, por proposta do Conselho Escolar, foi nomeado auxiliar do ensino, chefe de serviço, no Instituto que o diplomou. Em 1899, nomeado professor técnico da Escola Nacional de Agricultura (Coimbra). Em 1905, incumbido da missão agronómica em Espanha, por empresa daquele país. O relatório que apresentou foi traduzido ali e lá publicado, tomando dele conhecimento o Ministério del Fomento. No mesmo ano, foi relator no Congresso Nacional de Leitaria e Oleicultura, onde relatou as teses VI e XIV, com um voto de louvor do Congresso e medalha de ouro conferida pela antiga «Real Associação Central de Agricultura Portuguesa», tendo o ministério da Agricultura de França publicado em um dos seus boletins mensais uma parte do seu relatório da tese VI. No mesmo ano, incumbido, em missão oficial, de estudar a doença da cana sacarina na Ilha da Madeira. Em 1908 (ou 1909?), incumbido, por portaria ministerial, de ir à Dinamarca e à Suécia estudar a laticultura daqueles países. A falta de saúde não lhe permitiu então sair de Portugal. Em 1909, incumbido do estudo económico e tecnológico da indústria leiteira em Portugal, missão oficial pedida de Inglaterra. Relatório traduzido e publicado ali pela casa Douglas, de Edimburgo. Em 1910, nomeado director da Escola onde era professor. No ano seguinte, exonerado desse cargo, a seu pedido, exoneração duas vezes requerida. Em 1914, nomeado professor do Instituto Superior de Agronomia. Em 1926, nomeado chefe da secção de «Estudos tecnológicos» da Estação Agrária Nacional, de que pediu a demissão no ano seguinte, por não lhe darem os elementos de trabalho que reputava indispensáveis, não obstante o director-geral, que lhos recusou, ser funcionário de – cumpre dizê-lo – muito notáveis méritos. Em 1928, nomeado director do Laboratório de Microbiologia Agrícola «Ferreira Lapa». MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA RAMIRES 431 TOMO VII Escreveu: As indústrias do leite (Dissertação inaugural respectiva ao seu curso). Coimbra, 1894. Duas notas sobre entomologia agrícola, colhidas em montados portugueses: «Coroebus undatus» e «C. bifasciatus». Lisboa, 1899. Lesões em árvores florestais (Um caso agrícolo-legal). Coimbra, 1898. A degenerescência da «Vinha europeia». (Estudo da sua decadência e etiologia – Processos de multiplicação artificial). «Anais de Ciências Naturais». Porto, 1898. Fabrico da manteiga (Pasteurização de natas, etc.) Tese VI do Congresso Nacional de Leitaria e Oleicultura. Traduzido e publicado no «Boletim do Ministério da Agricultura de França», Agosto de 1905. Lisboa, 1905. Alterações e falsificações do leite e seus derivados industriais. (Tese XIV, do mesmo congresso). Estudio agronómico de la «Finca de Pias». (Estudo feito em Espanha, por incumbência da Empresa Agrícola dali, com o respectivo plano da exploração). Traduzido e publicado em Madrid, 1905. Contribuição para o estudo da influência alimentar sobre as variações da função lactogénica. (Contestação das conclusões do doutor Fjord, de Copenhaga). Separata do Instituto de Coimbra, 1908. Leitaria moderna. Um volume ilustrado, de 550 págs. Lisboa, 1908. Estudo económico e tecnológico da leitaria em Portugal nos últimos 40 anos. (Relatório pedido de Inglaterra. Traduzido e publicado pela casa editora Douglas de Edimburgo, 1909). A pasteurização e a esterilização do leite. (Memória concorrendo ao prémio estabelecido pela «Fédération Général du Lait» de Bruxelas, 1914). Essais sur la matière colorant des vins. (Estudo laboratorial do autor sobre a inexactidão das conclusões francesas). Separata da «Revista de Química Pura e Aplicada», 1913. A «anfibiose» na fermentação alcoólica. Dissertação de concurso ao lugar de professor no Instituto. Lisboa, 1914. Questões de lacticologia – Higiene pública. (Alterações de origem alimentar). Memória. Lisboa, 1915. Antibiose e metabiose microbianas. (Aplicação à bacterioterapia). Memória publicada pelo «Laboratório Sanitas» e por esta empresa enviada aos médicos de Portugal e Brasil. Lisboa, 1918. Federação agrária e exploração social do solo inculto transmontano. (Tese apresentada ao 1.º congresso transmontano). 1920. Tratado de vinificação – Processos modernos aplicados às condições de Portugal e países quentes. 2 vols. Editores Rodrigues & C.ª, Lisboa. Foi publicado em 1929 o 1.º volume de 560 páginas. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 432 TOMO VII RAMIRES | RAMOS | RAPOSO Pronto para publicar: Colonização e emigração portuguesa – O seu aspecto económico e o seu aspecto biológico. Novos estudos sobre «fermentos lácticos» e sua aplicação prática. A estrutura diastásica e a zimogenese microbiana. (Estudo de laboratório a sair no «Anuário» do Instituto Superior de Agronomia). No prelo: Tratado de vinificação. 2.º vol. Colaborou em vários jornais, em diferentes épocas, sobre diversos assuntos, artigos que nem sempre assinou. RAMOS (Padre António Manuel dos) – Nasceu em Samões, concelho de Vila Flor, a 12 de Março de 1845, e ali faleceu a 16 de Agosto de 1920; filho de José dos Ramos e de Antónia Luísa. Estudou preparatórios no liceu de Braga e teologia no Seminário da mesma cidade, mas ordenou-se de presbítero em Angra do Heroísmo, onde ao tempo era governador do bispado o padre António de Azevedo, seu parente. Ensinou latim no Seminário de Angra durante seis anos, e depois, durante 23, história, geografia e português no Seminário dos Carvalhos, do Porto, até que em 1910 retirou para a sua terra natal. Escreveu: Compêndio de Geografia, 1 vol. de 320 págs. 3.ª edição, 1907. Compêndio de História Universal, em 2 vols., que já tinha quatro edições em 1908. Catecismo Grande de Doutrina Cristã, 1 vol., que já tinha quatro edições em 1908. Catecismo pequeno para crianças, 1 vol., com 80 págs. 2.ª edição, 1909. Todas estas obras são editadas pela Livraria Portuense de Lopes & C.ª. RAPOSO (José António Simões) – Director da Escola Normal de Lisboa, professor e subdirector da Casa Pia. Nasceu na Lagoaça, concelho de Freixo de Espada à Cinta, a 29 de Abril de 1840 e faleceu em Lisboa a 18 de Junho de 1900. Era filho de Martinho Caetano Simões Raposo e de D. Maria da Conceição Linhares Morgado. Foi relator de muitas conferências pedagógicas; autor de vários relatórios sobre a organização dos estudos da Casa Pia e sobre diferentes trabalhos escolares enviados pelo governo às exposições universais de Viena de Áustria e de Paris; inspector primário, vereador da Câmara Municipal de Belém, sócio fundador da Sociedade de Geografia e secretário da secção de ensino gráfico da mesma sociedade, onde fez algumas conferências notáveis. Assistiu ao Congresso Internacional Pedagógico de Bruxelas, em 1880, e representou Portugal no Congresso Pedagógico de Madrid em 1882, onde discursou em castelhano. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA RAPOSO 433 TOMO VII Era sócio honorário da Associação Geral do Professorado Espanhol e oficial da Academia Francesa. Escreveu: Relatório das aulas da Real Casa Pia de Lisboa. Lisboa, 1869; idem, 1874; idem, 1878; idem, 1881; idem, 1882; idem, 1883; idem, 1884. Tabelas ou quadros parietais de leitura. Lisboa, 1866. 2.ª edição em 1884. Curso elementar de escrita. Lisboa, 1877. 2.ª edição em 1880, 3.ª em 1882 e 4.ª em 1884. Instrução popular, em 3 partes, intituladas – Primeiro, Segundo e Terceiro livro da escola. 1877. Com gravuras; o 3.º teve mais duas edições em 1880 e 1881. Conferências pedagógicas; relatório das conferências de Lisboa em 1883, etc. Lisboa, 1884 (674). RAPOSO (Luís António Martins) – Doutor em medicina pela Universidade de Coimbra; nasceu em Caçarelhos, concelho do Vimioso, a 20 de Maio de 1892; filho de Emílio António Martins Raposo e de D. Maria da Cruz Martins. Fez os estudos liceais em Bragança e Coimbra, onde terminou o curso de medicina em 1916, sendo logo mobilizado para França, onde serviu dois anos. Desde 1919 a 1925 foi segundo e, depois, primeiro assistente da faculdade de medicina de Coimbra e presentemente (Fevereiro de 1930) é capitão-comandante da 2.ª Companhia de Saúde, exercendo ao mesmo tempo a clínica em Coimbra, onde reside. Escreveu: Sífilis e gravidez. Coimbra, 1922, 23 págs. Mola hidotiforme. Coimbra, 1922, 32 págs. Do emprego da pituitrina em obstetrícia e seus perigos. Coimbra, 1922, 27 págs. Auto-intoxicação gravídica (Principais aspectos) – Dissertação de concurso ao lugar de 1.º assistente da Faculdade de Medicina de Coimbra. Coimbra, 1923, 398 págs. Em 1925 apresentou ao Congresso Luso-Espanhol, celebrado no Porto, duas teses: uma sobre Inconvenientes da associação da cafeína à estomavaina em raquiz-anestesia; outra sobre O tratamento do aborto complicado de redução e infecção. No de Medicina, realizado em Lisboa, em 1928, apresentou uma tese sobre A adenopatia traqueo-brônquica em relação com o serviço militar. (674) Portugal: Dicionário histórico…, artigo «Raposo (José António Simões)». MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 434 TOMO VII RAPOSO | REAL | REGO RAPOSO (Manuel Vitorino) – Ver Monteiro (Padre António Martins), pág. 333. REAL (Joaquim Ferreira) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra, natural de Alvações do Corgo, concelho de Vila Real. Nasceu a 16 de Agosto de 1793 e faleceu em Vila Real a 5 de Março de 1845. Era casado com D. Maria da Conceição, de quem teve dois filhos: D. Margarida Augusta e Luís Ferreira Real, major reformado, administrador do concelho de Bragança e presidente da câmara municipal da mesma cidade, casado com sua prima D. Maria Inês de Novais Pinto de Azevedo, filha do general Azevedo. (Ver pág. 31). Por decreto de 1 de Dezembro de 1838 foi despachado administrador geral do distrito de Bragança, cargo que então correspondia ao de governador civil, do qual tomou posse a 2 de Fevereiro de 1839 e foi exonerado por decreto de 25 de Fevereiro de 1840. Já exercera idêntica missão na Guarda. Em poder de seu filho Luís Ferreira Real vimos o ofício de 13 de Março de 1839, que pede ao administrador geral lhe participe «quaes as medidas tomadas ácêrca da repressão do scisma politico-religioso, estado do mesmo scisma e punição de seus fanáticos e perversos colaboradores, objecto este de summa recommendação e interesse». É interessante esta particularidade, por se referir à questão do «Cisma dos Mónacos» (675). REGO (António Balbino) – Doutor pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto, onde concluiu o curso em 1899. Nasceu em Moncorvo a 23 de Maio de 1874; filho de António Balbino Rego, escrivão de direito, que também o foi da vigararia geral da Câmara Eclesiástica de Moncorvo, e de D. Maria Urbana Chaves de Oliveira. Em 1904 era director do Laboratório de Bacteriologia e Higiene do Funchal (Madeira), passando depois a director do Posto Antropométrico da Polícia Cívica de Lisboa e do Registo Policial do Continente e Ilhas. Escreveu: Pneumonia pestosa. – Epidemia do Porto. Dissertação inaugural apresentada à Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Porto, 1900. 8.º de 104 págs. O bacilo de Ducrey – O cancro mole. Dissertação de concurso, por..., médico assistente do Laboratório de Bacteriologia do Porto. Porto, 1902. 8.º de 13 (inumeradas) págs., mais 135 seguidas de 4 inumeradas, com mais 3 gravuras. Um ano depois – Assuntos madeirenses. Porto, 1907. 8.º de XV-63 págs. (675) Ver tomo IV, p. 578 a 585 e 677, destas Memórias. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA REGO | REIMÃO | REIS | RELAÇÃO 435 TOMO VII Na Ilha da Madeira – Hospital improvisado. Porto, 1907. 8.º de 117 págs. e mais duas plantas desdobráveis. No «Boletim do Governo Civil de Lisboa», Julho de 1928, pág. 5, encontra-se o retrato de Balbino Rego acompanhado de um artigo interessante, para julgarmos da sua acção profissional. REIMÃO (João Baptista da Costa) – Alferes de infantaria nº 24, que estava na praça de Almeida, em 1810, aquando da explosão (676). REIS (João Manuel Rodrigues dos) – Opulento capitalista, natural de Edral, concelho de Vinhais; faleceu a 1 de Dezembro de 1928 vitimado por uma síncope cardíaca, após o jantar em Vilela Seca, concelho de Chaves, em casa de seu genro, Domingos Calvão. Pouco antes havia este benemérito dado cem contos ao hospital da Santa Casa da Misericórdia de Chaves. Rodrigues dos Reis adquirira no Brasil, pelo seu inteligente trabalho, a sua grande fortuna de que sabia dispor bela e louvavelmente. RELAÇÃO DO SÍTIO, E RENDIMENTO DA PRAÇA DE MIRANDA, QUE MANDOU O MESTRE-DE-CAMPO-GENERAL D. JOÃO MANUEL DE NORONHA, PELO CORONEL DE INFANTARIA JOSÉ DE MELO, QUE CHEGOU A ESTA CORTE EM 20 DO CORRENTE MÊS DE MARÇO. PUBLICADA EM 24 DE MARÇO. Lisboa, na Oficina de António Pedroso Galrão, 1711. 4.º de 8 págs. Parece ser seu autor D. Francisco Xavier de Meneses, 4.º conde da Ericeira. RELAÇÃO DAS EXÉQUIAS CELEBRADAS EM MIRANDA DO DOURO POR OCASIÃO DO FALECIMENTO DA RAINHA D. MARIA I – Possuímos uma cópia desta «Rela- ção», a qual existe na Biblioteca Nacional de Lisboa, «Impressos reservados, nº 162», que devemos à muita amabilidade do distinto escritor bragançano doutor Manuel António Ferreira Deusdado, a quem aqui, por este e outros muitos favores de género idêntico, consignamos o nosso reconhecimento. Eis o extracto dessa «Relação»: «Apenas em Miranda do Douro se teve conhecimento da morte da Rainha, succedida no Rio de Janeiro a 20 de Março de 1816, fixou-se o dia 16 de Setembro desse ano para as exequias solemnes, officiando a todas as pessoas que nelas deviam figurar. Quanto aos preparativos de luto, dobres de sinos, tablados para a quebra dos escudos e exclamações correspondentes dos vereadores n’este acto, tudo correu como nos antecedentes. (676) Ver tomo I, p. 165, destas Memórias. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 436 TOMO VII RELAÇÃO No cortejo funebre tomaram parte: Manuel Rodrigues de Morais, vereador, que levava o pendão da Camara; Paulo de Sampaio, almotacé; Caetano José Rodrigues, almotacé; António Manuel do Amaral, coronel de milicias de Miranda; Martinho Carlos de Miranda, capitão-mór de Outeiro; Thomaz José Rodrigues Fitas, doutor, vigário geral; Manuel Bernardo Ozorio da Fonseca, juiz de fora, presidente da Camara; José Antonio de Novaes da Costa e Sá, doutor, provedor da comarca; João Ferreira Sarmento Pimentel, doutor, corregedor da comarca; Manuel Gonçalves Deusdado, vereador da Camara; José Diegues Pinto, vereador; Justiniano Antonio Ferreira Ameno Portugal, vereador; Francisco Rapozo, procurador da Camara; Luiz Antonio Pimentel de Azevedo Feio, escrivão da Camara; Domingos Antonio Gil, capitão, commandante do destacamento; Pedro Guerra Rebello, governador interino da praça; O cortejo seguiu pela rua da Alfandega, onde estava o primeiro Tablado, e n’elle se quebrou o primeiro escudo, voltou pela de Santa Cruz e d’ali á Praça, onde estava o segundo Tablado em que foi quebrado o segundo escudo e d’alli ao largo da Sé, onde foi quebrado o terceiro, tudo com as solemnidades costumadas. Teve depois logar a ceremonia religiosa, officiando de prestes Frei Antonio de Sequeira Pereira, abbade de Sendim, acolitado por João Baptista Fernandes de Miranda, abbade de Caçarelhos, e Sebastião Xavier Gonçalves, abbade de S. Martinho. A oração funebre foi pronunciada pelo Ministro Geral dos Trinos Descalços, Frei Francisco da Assumpção. A absolvição do tumulo foi feita por: 1.ª José Manuel de Miranda, abbade de Genizio; 2.ª Bernardo Antonio Martins, abbade de Cicouro; 3.ª Francisco Antonio Martins, abbade de Villa-Chã; 4.ª Antonio Pires Vicente, abbade de Villar Secco. Manuel Antonio da Silva, conego da Sé de Bragança, mestre da capella, dirigia a musica». RELAÇÃO DAS EXÉQUIAS MANDADAS CELEBRAR EM BRAGANÇA PELA CÂMARA À D. JOÃO VI – Possuímos uma folha avulsa, sem título, mas que, pelo assunto, mostra ser uma relação das exéquias celebradas em Bragança pela morte de el-rei D. João VI. É impressa em Lisboa, na Tip. de Bulhões. MORTE DE EL-REI MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA RELAÇÃO 437 TOMO VII Diz que tendo constado em Bragança, a 25 de Março, por aviso da secretaria de Estado dos Negócios do Reino, a morte daquele rei, a câmara, reunida em sessão extraordinária, mandou anunciar o luto por meio de um bando e tocar funebremente os sinos da cidade por três dias, destinando o dia 19 de Abril para a cerimónia da quebra dos escudos e exéquias fúnebres. O cortejo saiu dos paços do concelho e percorreu as ruas da cidade, indo nele incorporados: o bispo D. Frei José Maria de Santa Ana Noronha, o cabido, as irmandades da Misericórdia e Ordem Terceira, todos os funcionários públicos e pessoas gradas da cidade e a clerezia de Bragança e área em circunferência de duas léguas, com as tropas da respectiva guarnição e mais: Bento José da Veiga Cabral, governador da praça; José de Barros e Abreu, major comandante do regimento de cavalaria nº 12; Manuel Bernardo da Silva Rebocho, tenente-coronel comandante do regimento de infantaria nº 24; Joaquim Gualdino da Rosa, major de infantaria nº 24; Emídio José Lopes da Silva, major do mesmo; António Manuel de Medeiros Feio, comandante da companhia de veteranos; António José de Morais, bacharel ex-almotacel; António Ferreira de Castro Figueiredo, ex-vereador, que conduzia a bandeira da cidade; António dos Inocentes, alcaide da câmara; António José de Sá, bacharel, juiz-almotacel; António José de Lima, idem. Tudo «de luto pezado, de capas compridas, chapeus desabados e fumos cahidos sobre o hombro direito». João Nogueira da Silva, desembargador e corregedor da comarca; José Bento Pestana da Silva, juiz de fora, presidente. João de Sá Carneiro Vargas, vereador da câmara; Manuel António de Barros Pereira do Lago, idem; António José de Novais da Costa e Sá, idem; Cada um destes vereadores levava um escudo real no braço esquerdo. Manuel António de Azeredo Pinto de Morais Sarmento, procurador da câmara; João Manuel Lopes, escrivão da mesma. Logo que o cortejo saiu dos paços do concelho, se dirigiu ao largo da Cidadela, onde estava construído, a propósito, um tablado, e subindo respectivamente a ele os três vereadores mencionados, quebraram os escudos e os deixaram cair sobre ele, tendo previamente recitado a «Oração» do MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 438 TOMO VII RELAÇÃO costume. Também, quando o cortejo recolheu aos paços do concelho, o juiz de fora, presidente, foi o primeiro a subir a escada e no alto dela quebrou a sua vara e a deixou igualmente cair por terra, fechando-se imediatamente todas as portas e janelas dos mesmos, em sinal de luto. Tiveram depois lugar as exéquias religiosas, a que assistiu todo o acompanhamento na igreja de Santa Maria, onde se elevava uma majestosa essa, na qual se liam, em diversos lugares dela, as seguintes inscrições: 1.ª «O lucto pelo Heroe, Bragança toma, Que os herões excedeu da Grecia e Roma». 2.ª «Nas sombras luctuaes, entregue á Morte Jaz o sexto João, oh! fado!, oh! sorte!» 3.ª «Das vidas a melhor a parca feriu, E este golpe fatal tudo sentiu». 4.ª «Na morada feliz, habita, e mora, O monarcha sem par, que Lysia chora». À função religiosa assistiram, além de outros: José da Graça Torres, dirigente das mesmas, familiar do bispo; Luís António da Costa, capelão da Sé catedral, regente da música da mesma; Paulo Miguel Rodrigues de Morais, deão da catedral, que celebrou missa fúnebre; Manuel da Silva, cónego prebendado, que serviu de diácono à mesma; Manuel António do Carmo, meio prebendado, que serviu de subdiácono. As absolvições foram feitas, respectivamente, por: Paulo Miguel Rodrigues de Morais, deão; Matias José da Costa Pinto de Albuquerque, mestre-escola; José Maria de Meireles, tesoureiro-mor da Sé; Manuel Alves Leal, arcediago de Bragança; e, em último lugar, pelo bispo Santa Ana Noronha, que também pronunciou a oração fúnebre Fecit quod placitum erat coram Domino, et ambulavit per omnes vias David, patris sui – que deve ter sido magistral, pois, como escreve o autor, «declarou-se o nome do orador, e do primeiro orador do nosso seculo, tanto basta, por consequencia, para se fazer o completo elogio ao discurso, cuja elegancia e exactidão d’estylo não seria facil descrever» (677). (677) Ver tomo II, p. 97 e 487, destas Memórias. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA RELAÇÃO 439 TOMO VII RELAÇÃO DAS EXÉQUIAS MANDADAS CELEBRAR PELA CÂMARA DO MOGA9 DE MAIO DE 1826 POR EL-REI D. JOÃO VI – Folha avulsa. Lisboa, na Tip. de Bulhões. Ano 1826. Possuímos igualmente esta folha avulsa, impressa, que, como a antecedente, não tem título algum, sendo o que leva por nós dado, em vista do seu conteúdo. Tudo corre, mutatis mutandis, como nas exéquias antecedentes. No cortejo tomaram parte: António Manuel do Amaral, coronel do regimento de milícias de Miranda, com duas companhias deste; O prior da Colegiada de S. Mamede do Mogadouro, onde teve lugar a cerimónia religiosa; O reverendo padre-ministro do convento da Terceira Ordem de S. Francisco e o clero do distrito do Mogadouro; Marçal Caetano de Morais Machado, vereador mais velho, que ia montado num cavalo coberto de pano preto a rojar pelo chão, com um criado de libré à estribeira e levava a bandeira da vila coberta de luto; José António Pegado de Oliveira, major, comandante das ordenanças do distrito do Mogadouro, cavaleiro professo na ordem de Cristo, fidalgo da casa real; Francisco Inácio Pereira de Sequeira Ferraz, doutor corregedor da comarca; Jacinto José da Silva Macedo, doutor juiz de fora; José Joaquim Lucas Moreno, procurador do concelho; António José de Morais Pimentel, desembargador aposentado; Filipe António de Freitas Machado, desembargador provedor da comarca. O cortejo saiu dos paços da câmara, sitos no cimo da praça, e, ao pôr-se em marcha, bradou o vereador mais velho: «Chorae, nobres, chorae, povo, a morte do nosso Augustissimo Imperador e Rei o Senhor D. João sexto!», e dando volta a esta praça, onde estava o primeiro tablado, subiu a ele o vereador Manuel José Pinto Cancelo «acompanhado do guarda-mór, que lhe tirou o chapeu e o fumo ao escudo, e mostrando-o ao povo, e tendo feito todas as devidas continencias», soltou a exclamação acima: – «Chorae nobres», etc., e acrescentou: «As suas armas são estas! E quebrando o escudo, batendo com ele no pontalete, o deixou cair». Seguiu depois o cortejo pela rua Direita e chegando à praça da Feira, onde estava o segundo tablado, procedeu de igual modo relativamente à quebra do escudo Francisco António Guedes de Morais Leite Velho, vereador; e da mesma forma, no largo do Espírito Santo, onde estava o terceiro tablado, João Manuel Ribeiro de Abreu, vereador. Seguiu depois o acompanhamento pela rua do Sagrado, à embocadura DOURO EM MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 440 TOMO VII RELAÇÃO do bairro do Penedo, daí à rua da Cadeia, a recolher aos paços da câmara, repetindo frequentes vezes durante o trânsito o vereador mais velho a exclamação: «Chorae nobres», etc., indo depois todos assistir à cerimónia religiosa à igreja da Colegiada, onde se levantava a essa, nos três degraus superiores da qual se liam estas inscrições: 1.ª Post tenebras spero lucem. 2.ª Erit illi gloria aeterna. 3.ª Voluit clementia, et denitate gubernare subjectos. Celebrou a missa solene Frei António Bernardino Teixeira de Macedo, prior da Colegiada; e Frei Manuel Caetano Álvares Pereira, doutor, beneficiado da Colegiada, recitou a oração fúnebre sob o texto: Non recedet memoria ejus, et nomen ejus requiretur a generatione in generationem. RELAÇÃO FIEL E EXACTA DA REVOLUÇÃO DE MIRANDA DO DOURO – Folheto in-4.º de 4 págs. O exemplar que vimos não tinha ano de impressão nem tipografia; talvez estivessem essas indicações na folha do rosto que já não tinha. RELAÇÃO DOS DONATIVOS FEITOS PELOS HABITANTES DA CIDADE DE BRA- GANÇA E SEU DISTRITO PARA AS URGÊNCIAS DA GUERRA CONTRA OS FRANCESES EM 1809 – Folheto in-4.º de 4 págs., inumeradas. Não menciona a tipografia nem ano de impressão. RELAÇÃO FIEL E EXACTA DO PRINCÍPIO DA REVOLUÇÃO DE BRAGANÇA E CONPORTUGAL – Folheto anónimo, 4.º de 4 págs., inumeradas, sem indicação de tipografia nem ano de impressão. No livro Sepúlveda Patenteado, etc., de Francisco Xavier Gomes de Sepúlveda, pág. 6, lê-se: «Logo depois da Restauração em 1808, appareceo hum Papel impresso em folio com o titolo de – Relação fiel, e exacta do principio da Revolução de Bragança e conseguintemente de Portugal – papel que se imprimio segunda vez em 4.º, sem que em ambas as edições se declarasse aonde, nem a officina». A julgar pelo que aí se lê, este folheto deve ser obra de Manuel António Sousa e Madureira Cirne, abade de Carrazedo, no concelho de Bragança, de onde era natural, sobrinho do arcebispo de Tessalónica. (Veja-se o seu nome, pág. 100). Esta «Relação» teve 3.ª edição em Lisboa, na oficina de João Evangelista Garcês, 1809, fol. de 7 págs. Por ter relação com a guerra peninsular, mencionamos mais as seguintes obras: Papéis oficiais da Junta de Segurança e Administração Pública da Torre de Moncorvo, onde foi Proclamada a legítima autoridade do Príncipe Regente no dia 19 de Junho de 1808. Coimbra, Imp. da Universidade, 1808. 4.º de 20 págs. SEQUENTEMENTE DE MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA RELAÇÃO 441 TOMO VII Continuação dos papéis oficiais da Junta de Segurança e Administração Pública da Torre de Moncorvo. Coimbra, Imp. da Universidade, 1808. 4.º de 31 págs. RELAÇÃO DAS FESTAS EM BRAGANÇA NA ACLAMAÇÃO DE EL-REI D. PEDRO V – 1855. PROGRAMA – «O Presidente e mais Vereadores da Camara Municipal do concelho de Bragança, tendo em vista o Decreto de 29 de Agosto do presente anno, pelo qual foram declarados de Grande Gala os dias 16 [10] do corrente mez em que hade ter logar a grande festevidade da inauguração do Reinado do Senhor D. Pedro Quinto, com previo Juramento e Acclamação do Mesmo Augusto Senhor, em Sessão Real Extraordinaria das Cortes Geraes da Nação, e os dous immediatos; ordenando outrosim que em todos estes tres dias se festeje com o devido luzimento o acto solemnissimo de assumir El-Rei o Senhor D. Pedro Quinto o exercicio dos Poderes Reaes; – fazemos saber o seguinte: Que nos referidos tres dias 16, 17 e 18 deste mez de Setembro haverá na Capital deste concelho e Districto festas publicas e todas as demonstrações de jubilo por tão faustissimo acontecimento, como é proprio da lealdade dos Bragantinos para com os seus Monarchas, devendo os habitantes da Cidade illuminar as suas casas nas noites dos mesmos tres dias, e adornar as janellas das suas moradas os que habitão as ruas por onde tem de passar o prestito da Acclamação, na manhã do dia 16. E que os festejos serão distribuidos pela maneira seguinte: DIA 16 Sahirá de manhã dos Paços do Concelho o Prestito da Acclamação d’El-Rei o Senhor D. Pedro Quinto, em cuja occasião dará o Presidente da Camara os Vivas do costume; e seguirá pela ordem seguinte: 1.º – Um piquete de cavalaria. 2.º – O Estandarte da Camara, acompanhado pelos Juizes Eleitos. 3.º – Os Cidadãos, Clero e Nobreza em alas – as Authoridades – Corporações – Repartições publicas e Tribunaes, segundo o programma estabelecido. 4.º – Um anjo ricamente vestido, que levará sobre uma almofada de veludo carmezim a carta Constitucional aberta, e sobre ella a Corôa e Sceptro Real. 5.º – O Retrato del-Rei conduzido por duas pessoas da cidade, das constituidas em maior dignidade, e acompanhado por duas álas de Sargentos. 6.º – O Ex.mo Governador Civil. 7.º – A Camara Municipal. 8.º – A tropa da Guarnição. O Prestito desce n’esta ordem pela Costa Pequena e vem pela rua Direita á Praça da Sé. Segue-se a Parada Militar, fazendo-se a continencia ao Retrato de S. Magestade: depois é o mesmo Retrato recebido ás portas da MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA rua da Alfandega. e colocado debaixo do Docel para esse fim levantado.mo Governador Civil tenciona oferecer um jantar aos prezos da Cadeia Civil. De noite se recitará no Theatro Elogio analogo á solemnidade do dia. Magestade debaixo d’um docel e cortinas de damasco – com bandeiras Nacionaes dos lados do retrato. aparecendo no fim o Retrato do Senhor D. com um distico em baixo –. De tarde sahirá o Baile dos artistas da cidade que executará as danças nos seguintes Iogares: No meio da rua de Santo António – na Praça da Sé junto a Fora de Portas – na rua Direita.mo Cabido manda cantar por musica com instrumental. pela companhia Dramatica. Os empregados do Governo Civil e da Repartição de Fazenda illuminarão a fachada da Casa do Governo Civil em todo o seu comprimento com tijelinhas de duas luzes. Algum fogo do ar. aos pobres da cidade. tudo ás 12 horas do dia. DIA 17 Sahirá de manhã o Baile desempenhado pelas corporações dos Sargentos de Cavallaria nº 7 e Caçadores nº 3 que executará as danças nos logares em que vespera hade representar-se o Baile dos Artistas. em que irá declarado o numero das rações que cada chefe de família hade receber. (678) Vê-se que o governo civil era então na rua de Trás. O Commercio distribue pelas 6 horas da manhã 500 rações de um arrátel de carne e 4 de pão trigo. e assim conduzido até á Capela-mór. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . rua dos Prateiros á Villa. munidos da competente senha. Tem então logar o Solemne Te Deum. que o Ill. Pedro V: concluido o Elogio que será desempenhado pela digna officialidade de Caçadores nº 3 e por outros cavalheiros da Cidade. O Ex. se recolhe o Prestito pelo mesmo modo pela rua de Traz. João 4. e a respectiva Comissão de Soccorros uma camiza a cada um dos mesmos prezos. e para cujo acto tem feito adornar a capella mór e a Tribuna com o maior esmero: – findo o que. No centro do Edificio o Retrato de S. abaixo da travessa do Arco – no meio da rua d’Alfandega – e na rua de Traz. e igualmente fará distribuir 100 camizas novas. terá logar então a representação do Drama “A Acclamação do Sr. que para esse fim tem de comparecer nas Eiras do Colegio. – Arcos na Janella cobertos de buxo. igualmente illuminados – Uma grinalda de farões de cores de Janella a Janella em todo o comprimento da fachada.º”. D.442 TOMO VII RELAÇÃO Igreja debaixo do Palio. em frente do Governo Civil (678). ao tempo de se acender a illuminação. colocando-se no degráo superior a almofada com as insignias Reaes. no qual toma exclusivamente parte a benemerita officialidade de Cavallaria nº 7 e que será executado na rua de Fora de Portas (Largo dos Ferradores) – na Praça da Sé – rua Direita por baixo da travessa do Arco – na rua de Traz abaixo da Travessa do Arco – e no meio da rua dos Oleiros. tendo na base 8 grandes porticos que serão embelezados com pinturas transparentes para serem iluminadas. Dareis materia a nunca ouvido canto. De noite illuminação e fogo como no dia antecedente. valor. Pedro 5. que serão adornados com outros panos contendo o seguinte: No portico que fica em frente do Castello e antiga Casa de Bragança será colocado o Retrato d’El-Rey o Sr. de figura octagona.º Nos dous que lhe ficão mais proximos ler-se-hão os disticos – 16 de Setembro de 1855 – Real. Real. pelo Senhor D. no plano que ahi forma a rua dos Prateiros – na Praça da Sé. Pedro 5. O remate da torre será formado com uma cupula com varias decorações transparentes.RELAÇÃO 443 TOMO VII De tarde sahirá pela 2. D. gente famosa. De tarde terá logar um luzido festejo de cavalhada com figuras alegoricas. transportadas em carros ricamente adornados. Para esse fim será uma torre construida em volta do cruzeiro na Praça da Sé.ª vez o Baile dos Artistas que executará as danças nos seguintes logares: Fora de Portas no largo dos Ferradores – na rua direita proximo da Travessa das Eiras do Colegio – no Cimo da Costa pequena.º Rey de Portugal. e fama gloriosa. O Presidente da Camara – Miguel Carlos de Novaes e Sá». DIA 18 De manha terá segunda vez logar o Baile das corporações dos Sargentos nos sitios designados ao dos Artistas no dia 17. Nota – Copiamos fielmente este «Programa» de uma folha avulsa inuMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Os outros dous imediatos a estes ultimos mostrarão os seguintes versos de Camões: Tomai as redeas vós do Reino vosso. Na ordem superior uma galeria conservando a mesma figura. No portico opposto ao do Retrato – as armas reaes – e nos dous que restão – os trofeus d’armas – e emblemas da industria e das sciencias e das bellas artes. com um farol em cada angulo e um pouco mais recolhidos se levantarão outros 8 porticos de menor dimensão. Honra. Não vos hão-de faltar. pouco acima da rua de Traz – e no meio da rua dos Oleiros. (682) Ibidem.º pequeno de 7 págs. destas Memórias. (680) Ibidem. 8. 645. p. Bragança. Tip. p. (679) Ver tomo I. p. 201. a quem aqui gostosamente significamos o nosso profundo reconhecimento pelos muitos elementos que nos forneceu para esta obra.444 TOMO VII RELAÇÃO | RÉS merada. 295. 331. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . R ELAÇÃO (686) . tomo IV. (683) Ibidem. Adriano Rodrigues. do concelho de Vinhais. impressa nas suas duas páginas. onde se aponta largamente a sua biobibliografia. RELAÇÃO DOS BISPOS DA DIOCESE DE MIRANDA E BRAGANÇA (685). 589. 131. 1918. 185. (685) Ibidem. p. sem ano nem lugar de impressão. higiene e profilaxia. DOS VIGÁRIOS CAPITULARES DA DIOCESE DE M IRANDA E B RA - GANÇA RÉS (Joaquim Ferreira) – Intendente de Pecuária do Porto. 3 e seguintes. (686) Ibidem. na freguesia de Montouto. RELAÇÃO DOS «TENENS» E ALCAIDES-MORES DE BRAGANÇA (682). p.º e seu § único do Regulamento Geral de Saúde Pecuária (decreto de 7-11-1889) destinadas a combater as enzootias de carbúnculo interno e externo. Escreveu: Instruções sobre polícia sanitária. (684) Ibidem. 11 e 13. bem como a dos respectivos vigários capitulares e governadores do bispado com interessantes notas etnográficas. p. que nos mandou o doutor Manuel António Ferreira Deusdado. p. e tomo IV. RELAÇÃO DOS PATRIOTAS DE BRAGANÇA E DISTRITO que concorreram com donativos para as tropas na revolta contra os franceses em 1808 (679). RAIS RELAÇÃO DOS INDIVÍDUOS DE ARGOZELO MULTADOS POR LIBERAIS (681). (681) Ibidem. RELAÇÃO DOS GOVERNADORES DE BRAGANÇA (683). tomo II. distinto escritor e professor do Liceu Nacional de Angra do Heroísmo. p. – Elaboradas para os efeitos e em harmonia com o artigo 15. RELAÇÃO DOS INDIVÍDUOS DO DISTRITO DE BRAGANÇA PRESOS POR LIBE(680) . p. RELAÇÃO DOS SANTOS ATRIBUÍDOS INFUNDADAMENTE A BRAGANÇA (684). Estudou radiologia em Paris no ano de 1913. em 1910. 88). Póvoa de Varzim e comissário de polícia no Porto. p. Escreveu: O portal românico de Ansiães (separata da Dionisos). RIBEIRO (António José) – Capitão de infantaria nº 24. 8. cargo que desempenhou durante alguns anos. pág. Quintanilha. 1925. Antigo médico de reserva. 78. Santo Tirso.RIBEIRA | RIBEIRO 445 TOMO VII RIBEIRA (Nossa Senhora da) – Paçó de Outeiro. cargo de que tomou posse a 10 de Fevereiro seguinte. É chefe do serviço de radiologia da Faculdade de Medicina do Porto e conservador do Museu Municipal da mesma cidade. que estava na praça de Almeida aquando do desastre em 1810 (688). Filho de Joaquim Vitorino Ribeiro e D. Foi depois administrador dos concelhos de Ourém. Passados alguns anos foi nomeado comissário régio junto da Companhia das Pedras Salgadas. Veigas – «Ao ultimo de Fevereiro de 1584 se determinou em cabido que o retavolo de Paço d’Outeiro se leve a Veigas. sendo depois sucessivamente nomeado administrador do concelho de Paredes. A abside de Castro de Avelãs (com cinco ilustrações). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . manuscrito existente no Museu Regional de Bragança. RIBEIRO (Joaquim Pedro Vitorino) – Nasceu a 20 de Janeiro de 1882. destas Memórias. frequentou a Academia Politécnica do Porto e o Instituto Industrial e Comercial da mesma cidade.º de 11 págs. 1928. nasceu no Porto em 8 de Abril de 1840 e aí faleceu a 20 de Junho de 1907. Exerceu por algum tempo a advocacia naquela cidade. Estudou preparatórios no Liceu Central do Porto. Concluiu o curso de medicina na Escola Médico-Cirúrgica do Porto. 166. ofereceu-se para servir no Corpo Expedicionário Português à França. Saiu primeiro no Portucale (1928. RIBEIRO (Amâncio Rodolfo Pinheiro da Costa) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. Porto. Porto. E o velho de Nossa Senhora da Ribeira a quintanilha» (687). da cidade do Porto. por decreto de 30 de Janeiro de 1896. Santarém e Sintra e seguidamente governador civil da Horta. na freguesia do Bonfim. onde permaneceu até à extinção destes cargos. sendo afinal exonerado.º de 12 págs. sendo dali transferido para idêntico cargo no distrito de Bragança. 4. onde foi louvado em ordem de batalhão (infantaria nº 28). fl. (688) Ver tomo I. Lucinda Lucrécia de Freitas Ribeiro. (687) Livro de Acórdãos e assentos antigos [do cabido de Miranda] 1547 a 1606. com uma fotogravura do portal. nasceu a 1 de Julho de 1831 e faleceu a 6 de Fevereiro de 1901. Imp. RIBEIRO SEIXAS (D.º. RIBEIRO FERREIRA (Tomás António) – É o notável escritor português conhecido literariamente por Tomás Ribeiro. regula pelos anteriores. autor de várias obras em prosa e verso. Reino.. Além de muitas obras que escreveu. tomando posse do cargo no dia 17. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 8. 5. Comércio e Indústria. Doutor formado em direito pela Universidade de Coimbra. concelho de Tondela. 1924. p.º vol. Por quatro vezes foi chamado aos conselhos da coroa. 8. vogal do Tribunal de Contas. oito volumes.º. Foi governador civil do distrito de Bragança. 157 fólios e mais alguns que faltam. Está escrita em latim – entremeada de grandes pedaços em português. Boa letra. presidente da Junta do Crédito Público. pág. Fólio de 21 págs. a Junta Geral do Distrito de Bragança extinguiu em 1872 as rodas dos expostos e substituiu-as pela roda-hospício.. por decreto de 1 de Agosto de 1872. Era natural de Parada de Gonta. Por proposta sua.º. sócio efectivo e antigo vice-presidente da Academia Real das Ciências de Lisboa. com uma ilustração. mas não está paginado. 1873.º de Bragança (689).. da Universidade.º. 3.º. 191. 148. Há deste autor no Museu Regional de Bragança as seguintes obras: Manuscrito encadernado. devendo citar-se: «O Dólmen de Zedes» na Revista de Estudos Históricos.º bispo de Miranda e 2. 73 e 174. deputado da nação em várias legislaturas. 159. 4. Justiça. destas Memórias. 6. 26.º.º.º Tem no princípio. ao alto da página da maior parte dos capítulos a rubrica – Pinto Ribeiro Seixas. 256 (diverge dos outros na encadernação). o nome do autor – Bernardo Pinto Ribeiro Seixas. sócio de várias corporações literárias e científicas nacionais e estrangeiras e nosso ministro plenipotenciário no Rio de Janeiro.. na sessão ordinária de 1872 pelo Governador Civil do mesmo distrito. Bernardo Pinto) – Doutor em cânones e direito civil. gerindo as pastas da Marinha e Ultramar. seguido de Consulta e Relatório da Junta na mesma sessão.. 2. distrito de Viseu. 7. 139. onde concluiu com distinção o curso em 1855.. 134. 124. Coimbra. por extenso. É paginada de frente e tem nas costaneiras de alguns volumes. 1. e na lombada o título – Pontos de Canon [es]. muito igual e miudinha.446 TOMO VII RIBEIRO | RIBEIRO FERREIRA | RIBEIRO SEIXAS Pedro Vitorino é um amante da nossa terra e dela tem tratado em diversos escritos. (689) Ver tomo II. e 61 (inumeradas) de documentos. Obras Públicas. resta relativamente ao distrito: Relatório apresentado à Junta Geral do Distrito de Bragança. concelho de Miranda do Douro. Os mais não estão paginados. Tanto uma como outra obra não têm por dentro título nenhum e apenas na lombada os que ficam indicados. 4. Estes versos. em algumas costaneiras e a rubrica – Pinto Ribeiro Seixas – no alto da página em alguns capítulos. 146. Infante D. A quem o Dr. Adriano Rodrigues. Escreveu: Ais que morrem – Famalicão. Bernardo Pinto Ribeiro Seixas opositor às cadeiras de cânones na Universidade de Coimbra em sinal do mais reverente obséquio e em penhor da obediência mais leal O. 1904.º. de 175 fólios. a julgar pelas datas que acompanham o final dos assuntos. Francisco ao Sereníssimo Sr. Bragança.º de 8 págs. Tip. filho de José António Conde e Ana Joaquina Lopes Dinis. 8. foi. com mais vinte e três condiscípulos. que tem por título: Manifesto jurídico ou Observações teórico-práticas do melhor direito. Famalicão. não paginados.º de 92 págs. 260 e o 7. 1903. Consta de 13 volumes paginados de frente. que assiste pelas instituições da Sereníssima Casa do Infantado em qualquer conceito em ordem à sucessão da mesma.RIBEIRO SEIXAS | RIO | ROBERTINE 447 TOMO VII Outra também encadernada.º. Infante D.º de XI-450 págs. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e é interessante pelas notícias históricas que aponta referentes ao assunto. Pedro. 153 fólios. em forma de quadras. e C. 4. Tem na lombada o título Pontos de leis. porque o exemplar que vimos não estava completo. RIO (José António) – Escreveu : Versos das aparições de Nossa Senhora a Maria dos Ramos João no ano de 1910 na Póvoa.º. poemeto em prosa. apenas o 5. da Torre de Moncorvo. mas. Saudades vivas (versos). 4. saiu no nº 167 e seguintes daquele periódico semanal. expulso in perpetuum. ROBERTINE (Emílio Augusto Conde) – Natural de Urros. mas regulam por 150 a 260 fólios cada um. Tip. nasceu a 20 de Maio de 1883. o 6. José António Rio é pseudónimo. Na Torre de Moncorvo publicou A Cruz. encadernado. Frequentou em 1905 o terceiro ano de teologia no Seminário de Bragança. têm por assunto a aparição de Nossa Senhora à dita Maria dos Ramos na Póvoa. O destino – Romance original – debaixo do pseudónimo de «Ernesto Proença». e talvez mais. com o nome do autor por inteiro. por causa da sedição dos seminaristas da noite de 12 para 13 de Dezembro de 1904. É um folheto de versos escritos em 1903 no Seminário de Bragança.º de 37 págs.º. D. Tem por fora na lombada o título Casa do Infantado. Há ainda do mesmo autor um fólio manuscrito. manuscrita. 1912. que se deferiu por morte do Sereníssimo Sr. concelho de Moncorvo. em 8. 1905. º Estes três pequenos opúsculos. são de pouca consideração. beneficiado da igreja de Nossa Senhora da Salvação. 1614.ª. 3. periódico dos estudantes de Bragança. em diversas partes. pelo que toca ao último. tem escrito e publicado diversas poesias em jornais. Era doutor e irmão de António de Roboredo. 8. concelho de Vimioso. escrita na língua portuguesa. isto só a primeira parte.. Raro. «Gramática exemplificada na portuguesa e latina». diz que é natural de Algoso. 12. disse-nos que tencionava publicá-lo em A Estrela do Minho. (e ainda continuava).º Outra edição em 1653. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . da Silva ignorou se fora natural de Algoso ou de Viseu (690). Método gramatical para todas as línguas. Doutrina Cristã – Lisboa. Além disto. prior de Algoso pelos anos de 1603. Inocêncio F.ª. a crítica desta obra do nosso (690) Mas no Suplemento à sua obra.º Mistérios de uma criança – Romance original.ª. sabe-se apenas que vivia no primeiro quartel do século XVII. diz que foi natural da vila de Algoso. e depois da Sé de Viseu. Jerónimo Soares Barbosa. Lisboa. porém. in-8. A mesma opinião segue o Manual Bibliográfico. traduzido da língua italiana. e aplicar-lhe bem a satisfação das obras penais e pias. 2.º Socorro das Almas do Purgatório.º de IV-67 folhas numeradas só de frente. ROBOREDO (Amaro de) – O Sumário da Biblioteca Lusitana chama-lhe «de Rebordondo». Brito Aranha.mo sr.º de 461 págs. também em 8.º de V-60 folhas.ª edição. Em poder do autor é que vimos estes mesmos manuscritos. Manuscrito. 1619. continuador da sua obra.º de XXXII-241 págs. Escreveu: Declaração do símbolo para uso das curas. Cardeal Belarmino.448 TOMO VII ROBERTINE | ROBOREDO Uma vítima da desventura – Manuscrito de 286 págs. 1620. embora não vulgares. etc. licenciado. 8. Lisboa. «Frase exemplificada no latim». para se saberem tirar com indulgências as almas nomeadas. Lisboa. 1881. pois ainda continuava. Ignoramos as particularidades da sua vida e morte. 24. Lisboa. 7. «Cópia de palavras exemplificadas na latina». da vila de Arruda.º Ibidem. 1615. como o próprio Roboredo diz no frontispício da Verdadeira gramática. distrito de Lisboa.. Lisboa.. na sua Gramática Filosófica da língua portuguesa. com exemplos na latina. pelo il. 1645. faz. 4. e mais 7 no fim sem numeração. principalmente em A Evolução. Foi um dos mais notáveis gramáticos portugueses. Consta de três partes: 1. 8. 8. 1627. Verdadeira gramática latina para se bem saber em breve tempo. numeradas só de frente. 1621. pela qual com 1141 sentenças insertas na arte se podem entender ambas as línguas. 1623. 1752.º de VIII-47 págs. M.º de XXIV-319 págs. da – Dicionário Bibliográfico. 1625. Gramática latina mais breve e fácil que as publicadas até agora. Em 1625 traduziu ele do francês para latim a obra Janua linguarum (692). Recompilação da gramática portuguesa. 8. lente de matemática na Universidade de Coimbra. Lisboa. e todos os gramáticos de bom juízo. mostradas em um Tratado e Dicionário. na qual precedem os exemplos às regras. Foram reimpressas em 1738. e nas outras nações não as havia. (692) DEUSDADO. Lisboa. Duarte de Castelbranco Coutinho. Porta de línguas ou modo muito acomodado para as entender – Publicado primeiro com a tradução espanhola. e da grammatica comparada. Acordo engenhoso que conduz a estabelecer paz entre os Alvaristas. Portugal: Dicionário histórico…. porque ainda só aparecera a Gramática de Fernão de Oliveira e a de João de Barros. João Baptista de – Mapa de Portugal. Barbosa diz que esta edição saíra em 1738. 315. Raízes da língua latina. Pouco vulgar. p. tomo II. agora acrescentada à portuguesa. ampliada com algumas curiosidades pelo padre Bento da Vitória. Uma folha raríssima. isto é. Ferreira – Educadores Portugueses. expostas em forma de diálogo. 295. Lisboa. 8.º de 443 págs.ROBOREDO 449 TOMO VII conterrâneo. notável para o tempo.º de XXII-176 págs. um Compêndio de Calepino. D. 4. e latina. bem como a necessidade de reformar o methodo porque então se ensinava a lingua latina» (691). 4. p. pelos quais se possa entender sem mestre estas línguas. Sanchistas. Ibidem. CASTRO. quantidade e frase delas. e CHAGAS. Bento da Vitória era pseudónimo do padre Vitorino José da Costa. novamente correctas: com a «Tabuada exactíssima» de André de Avelar. Pinheiro – Dicionário Popular. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . com a composição e derivação das palavras com a ortografia. Inocêncio F. recompiladas por Amaro de Roboredo. e concebeu a ideia dos principios gerais da grammatica. Francisco de Castel- (691) SILVA. Lisboa. Lisboa. O grande filólogo português José Vicente Gomes de Moura diz a propósito de Roboredo: «Este distincto grammatico mostra-se nas suas obras superior ás ideias do seu tempo: reconheceu a necessidade da reunião do ensino das linguas latina e materna em um mesmo compendio. primogénito do Sr. Ao Senhor D. Regras da ortografia portuguesa. A obra não menciona o ano. Vimos anunciada esta obra com o nome de Amaro de Roboredo. com números inter-lineares. Regras da ortografia da língua portuguesa. concelho de Bragança (696). e de D. Ernesto Maria Vieira da Rocha e do capitão de fragata Filipe Trajano Vieira da Rocha. 791. irmão do ministro da Guerra. ROCHA (Ernesto Maria Vieira da) – General de cavalaria. natural de Coelhoso. que nasceu em Coelhoso a 30 de Novembro de 1888. destas Memórias. (695) Ibidem. pois seus pais são naturais de Coelhoso e Bragança. natural de Coelhoso. comandante da base de operações no distrito da Zambézia. Fólio de 2 folhas inumeradas (693). pois seus pais são naturais de Coelhoso e Bragança (694). ministro da Guerra. Bragança. mas sabe-se que foi escrito pelo padre Francisco Manuel da Rocha. Conde de Sabugal. tenente-coronel de cavalaria. ambos memorados nestas páginas. governador civil de Viana do Castelo em 6 de Junho de 1921. 1927. mesma tip. nasceu acidentalmente em Évora a 18 de Outubro de 1872. Meirinho-mor nestes Reinos. (697) Ibidem. p. 792. Nasceu acidentalmente em Castelo Branco a 24 de Maio de 1869. 790. 1912. Ainda o crime das Fontainhas no limite de Parada. já por três vezes. comarca de Bragança. e das Colónias e director da arma de cavalaria. director da fábrica de pólvora de Barcarena. p. ROCHA (Filipe Trajano da) – Capitão de fragata. nasceu em Bragança a 15 de Julho de 1867. Teodoro. ROCHA (Francisco Manuel da) – O Crime das Fontainhas. Francisco Manuel da Rocha. p. filho de António Manuel Martins da Rocha. Lisboa. (693) FONSECA. Tip. «irmão da victima». Rita de Cássia Vieira (697). concelho de Bragança. com grande folha de serviços na campanha de Lourenço Marques (1894-95) contra o Gungunhana e na Grande Guerra. (694) Ver tomo VI. (696) Ver tomo VI. 8. Este folheto é anónimo. 1912. ordenou-se de padre e recebeu missa a 9 de Junho de 1912. e Senhorios de Portugal.º de 18 págs. 1619. destas Memórias. Folha avulsa impressa só de frente e assinada pelo irmão da vítima. ROCHA (Jaime Augusto Vieira da) – Coronel de artilharia. É actualmente (Fevereiro de 1930) pároco de Pinela. e ele é irmão do general Ernesto Maria Vieira da Rocha atrás mencionado (695). Martinho da – Aditamentos ao Dic. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . limite da freguesia de Parada (comarca de Bragança) – Breve informação que o irmão da vítima vem prestar perante o agente do Ministério Público nesta comarca e perante o tribunal da opinião pública. Bibliográfico.450 TOMO VII ROBOREDO | ROCHA branco. governador interino de Moçambique em 1900. comandante das forças no ataque de Inabala na guerra da Maganja da Costa desde 1 de Maio a 11 de Julho de 1898. Lisboa.º de 64 pág. servindo de véu de cálix. Há dele uma tese de direito canónico dedicada a Nossas Senhoras dos Remédios. 1892. 709 e 791 com o que dizemos nos artigos «José António da Rocha Sarmento Pimentel» e «Manuscritos». 221 Coelhoso 407. 685 Rocha (Manuel da). (699) Ibidem. Cândida Raquel da Costa. comandante militar de Baucau. família Costas. Escreveu: A histerectomia vaginal no tratamento do cancro do útero – Dissertação. pudemos verificar depois que eram as dos Rochas. seda branca. ROCHA (Manuel José da) – Cirurgião do exército e depois chefe da repartição de Saúde Militar. impressa em três planas. ROCHA (José de Araújo Gomes da) – Doutor em cânones. governador interino do distrito de Timor e administrador interino e comandante militar da ilha do Fogo (698). Conjugando o que nesse volume escrevemos a págs. nº 47. Pertence à colecção do erudito abade de Carviçais. dissemos que não se percebiam as armas do 1. ROCHA (José António da) – Oficial de infantaria nº 24 que estava na praça de Almeida em 1810 quando ela foi pelos ares (699). ROCHA (Manuel da Costa) – Médico pela Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa. 50. porém. ao tratar do escudo de Coelhoso. tomo I.ROCHA 451 TOMO VII Comandante da base de operações no distrito da Zambézia de 13 de Junho a 29 de Julho de 1897. médico que foi em Mirandela. filho do doutor António Nunes da Rocha. 8. Escreveu: Instruções gerais sobre a aplicação do aparelho Gervásio à (698) Ver tomo VI. que diz ser o autor natural da Lousa. Nasceu em Chacim em 1765 e faleceu em Portalegre a 11 de Abril de 1830. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . pode vir-se no conhecimento da família a quem pertencia a pedra de armas de Coelhoso. No tomo VI. ao tratar do Tombo de S. destas Memórias. 752. talvez mal figuradas e agora mui apagadas e imperceptíveis.º quartel. p. Conimbricæ Ex Novo Typographiæ Academico-Regia. Anno Domini 1761 com facultate Superiorum. nasceu em Mirandela a 16 de Dezembro de 1868. concelho de Moncorvo. 684 Pimentel (José António da Rocha Sarmento). José Augusto Tavares. da Conceição e da Esperança. Vicente. 791. p. e de D. 166. destas Memórias. pág. o vimos com inexcedível competência reger as mais variadas disciplinas sempre com a competência dos mais distintos. Pois no ano em que se criou esta cadeira em Bragança. em que se despediu para ir tomar posse duma cadeira de cónego na Sé de Viseu. no liceu da mesma cidade.º de 342+1 (inumerada) págs. O seguinte facto traduz claramente o que levamos dito. onde fora apresentado por decreto de 5 de Dezembro de 1889. hoje denominada Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. 1823. interino. filosofia. Clara Maria Gonçalves. vindo o seu cadáver a sepultar-se a Bragança. e logo no outro dia era certo na aula o governador. o 1. empregado de finanças. na ocasião de se constituírem as mesas para o exame dos alunos desta disciplina. segundo o sistema nela usado. francês. como vice-reitor do MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . o governador. latim. sendo depois restabelecida a instâncias do papa Leão XIII. filho de Manuel Joaquim Rodrigues. e que por último o prostraram. por algum tempo. que tivemos a dita de ser seu discípulo. ambos da Lagoaça. foi subitamente assaltado por um dos frequentes ataques a que era atreito. 1926. professor de ciências eclesiásticas no Seminário de Bragança e também.º de 32-8 págs. literatura ou qualquer das de teologia. Impossibilitava-se o professor de matemática. Lisboa. Fez os preparatórios no liceu de Bragança e do Porto. filho de Domingos Manuel Rodrigues e de D.º na Faculdade Técnica. Nasceu em Bragança a 1 de Março de 1839. a 26 de Fevereiro de 1890. cónego José António Franco. tinha caído em desuso.452 TOMO VII ROCHA | RODRIGUES manufactura dos vinhos – Precedida de uma análise dos fenómenos e produtos da fermentação vinhosa. concelho de Freixo de Espada à Cinta. que nós. só aos que a estudam cuidadosamente é dado argumentar. É sabido que a filosofia escolástica. e tendo fórmulas e tecnologia especial. RODRIGUES (António Augusto) – Doutor em teologia pela Universidade de Coimbra. fez depois os cursos de estado-maior e engenharia de minas. o respectivo professor. Tendo concluído o curso de infantaria em 1910. Era tal a vastidão dos seus conhecimentos.º na Escola Militar e o 2. onde regeu diversas cadeiras até 16 de Abril de 1890. conquanto não seja ciência nova. com uma estampa. e de D. Porto. Em 21 de Outubro de 1869 foi nomeado professor de ciências eclesiásticas no Seminário de Bragança. RODRIGUES (Adriano José) – Capitão de infantaria. Josefina Amélia Rodrigues. Faleceu em Coimbra a 7 de Janeiro de 1930. Nasceu na Lagoaça. 4. inclusivamente o de ritos e cantochão. ciências naturais. Escreveu: Apóstolos! 8. vice-reitor do Seminário e governador do bispado por muitos anos. como nós lhe chamávamos por antonomásia. obtendo o segundo accessit no seu segundo ano de teologia em 1863 e igual classificação no ano seguinte (700). António A. foi servir de examinador. de cuja cadeira tomou posse a 26 de Setembro seguinte. p.RODRIGUES 453 TOMO VII Seminário. haviam de forçosamente ficar a sabê-la ao sair da aula. de onde. quanto apreciava as suas brilhantes qualidades. com uma brilhante recepção no seu regresso de Bragança. Traduziu do inglês O Vigário de Wakefield.. Natural de Varge. Em 1898 (?) foi nomeado professor interino do liceu de Bragança. filho de Martinho José Rodrigues. ainda que não quisessem. tudo se recusou. (700) Diário de Lisboa de 8 de Janeiro e 22 de Dezembro de 1864 e tomo II. Tomás as próprias definições! E tinha tal método de ensinar. 226. que. em 1900. Os jornais ao tempo publicados em Viseu pormenorizaram largamente essa recepção. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . os seus numerosos protegidos e os artistas enchiam a estação. que os rapazes. é obra do tradutor. onde viera de visita à sua família. Em fins de Junho de 1900 foi nomeado cónego da Sé de Braga. O prólogo. aí. chegando mesmo a dar no latim de S. revestiu as proporções de um acontecimento. Já em 11 de Setembro de 1896 a mesma cidade de Viseu havia significado ao cónego Rodrigues. 603. anexa da freguesia de Aveleda. e ficando aprovado. e tomo IV. 8. RODRIGUES (Daniel José) – Diplomado com o Curso Superior do Comércio pelo Instituto Industrial e Comercial do Porto. 1904. transitou para o do Porto. nasceu a 1 de Maio de 1877. que vem à frente da obra e ocupa VIII págs. e de D. Folha e Comércio de Viseu – fizeram elogiosas referências ao digno sacerdote. foi despachado para o Liceu Nacional de Bragança por decreto de 17 de Abril de 1901. Rodrigues foi em Coimbra um estudante distinto. e então ele. Em 1901 fez concurso para as cadeiras liceais. destas Memórias. terceiro grupo (inglês e alemão). p. à gare do caminho-de-ferro foi despedir-se dele quanto havia de digno naquela cidade: pessoas do mundo oficial e burocrático. natural de Gimonde. para que o serviço de exames não se interrompesse. mandou chamar outro examinador de entre o restante corpo docente. de Olivier Goldsmith. deixando tudo assombrado pelo vigor do raciocínio em forma silogística e fácil exposição técnica. embora nada tivessem estudado da lição. A sua saída de Viseu. Guimarães & C. como depois em Braga e antes em Bragança. Lisboa. pelo seu saber profundo. Em Janeiro de 1903 foi nomeado sócio do Instituto de Coimbra. o clero. natural de Varge. soube cativar a estima de quantos o conheciam. Ermelinda Carlota.º de VIII-231 págs. Os jornais da terra – Liberdade. sólida virtude e excelentes dotes de coração. onde foi vigário-geral. concelho de Bragança.ª. 398. I. Foi deputado pelo círculo de Bragança em 1924. A notável folclorista D. diz o grande sábio José Leite de Vasconcelos. José Leite de – De Terra em Terra. Coimbra. em os seus Estudos sobre o romanceiro Peninsular. Imp. de textos asturianos. nasceu em Varge a 30 de Janeiro de 1874. e tem colaborado em O Nordeste. e pode adquirir e ler boas obras estrangeiras que o fortifiquem nas investigações e lhe alarguem o âmbito das mesmas» (701). RODRIGUES (David Augusto) – Coronel de infantaria. infligindo-lhes derrotas monumentais. (701) VASCONCELOS. vol. como porque o senhor Rodrigues é rico e moço. Vila Nova de Famalicão. tanto porque o solo é extremamente fecundo. Coimbra.º de 22 págs.º de 14 págs. se não esmorecer. bastante importante. indispensável mesmo aos que se propuserem fomentar uma instituição útil a todas as nações e muito principalmente às pequenas. A renhida luta que o povo bóer sustentou contra os ingleses. p. 4. p. 8. 119. e a quem. embora abreviados. Carolina Michaëlis de Vasconcelos. 1909. 1909. 8. foi que levou o autor a empreender este estudo. 7 e 9. volume LV. Coimbra. págs. 1907-1909. Ilustração Trasmontana e Instituto de Coimbra. que ele é «autor de alguns trabalhos etnográficos ácêrca da província. Separata do Instituto. Ver tomo VI. destas Memórias. Distrito de Bragança. vol. e sabe muito bem inglês e alemão.º de 17-190 págs. Tem em preparação Lendas alemãs e lendas portuguesas. refere-se elogiosamente às Romanças. acompanhada de comentários. 1907. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .454 TOMO VII RODRIGUES Romanças (complemento ao Romanceiro). O Ensino da gramática nas línguas vivas (separata do Instituto). 1927. irmão do anterior Rodrigues. do qual já se havia ocupado em diversos artigos da Revista de Infantaria. Escreveu: O Tiro Nacional. editado pela Revista de Infantaria. e ainda em grande parte inexplorado. está reservada proveitosa colheita scientífica. «que a meu ver [dela] se compõem de decalcos bastante fieis. LVI. visando mostrar a sua importância. da Universidade. É uma pugna pelo tiro nacional.º de 19 págs. Separata do Instituto. 8. É uma colecção de sete romanças coligidas na região bragançana. talvez de introdução recente». serviços que pode prestar e maneira de o fomentar. A propósito deste nosso ilustre conterrâneo. É um trabalho altamente patriótico. 1902. O Rio d’Onorense (Dialecto trasmontano). e outros. apresentada à Academia R. João de Sousa Carvalho. 1888. agradecemos a comunicação desta notícia. uma de índice e uma de erratas. Tratado de álgebra elementar.º de XXI-142 págs. 1894. Tábua balística.º de 415 págs. 8. de 30 págs. concelho de Miranda. RODRIGUES (José Manuel) – Coronel de artilharia. Lisboa. zeloso e inteligente pároco de Vila Chã. seda entretecida com ouro. Fez os estudos liceais em Bragança e os da especialidade em Coimbra. 8. de 23 págs. num véu de cálix. 1 vol. nasceu a 10 de Agosto de 1857 e faleceu no Porto a 16 de Março de 1916. Movimento do sólido livre. tenentes de infantaria. Fragmentos dum tratado de balística. A táctica de hoje. 8. Lisboa.º gr. mês e ano da defesa da tese e só que foi impressa Conimbricæ: ex typ. Curso de trigonometria rectilínea. Jesu. Lisboa.º de 144 págs. A tese é dedicada a D. de 46 págs. Lisboa. Les lois de Kepler dans la théorie de la rétrogradation des projectiles. RODRIGUES (João) – Há dele uma tese pontifícia. lente do Instituto Industrial e Comercial do Porto. impressa de frente. filho de Martinho José Rodrigues.. Natural de Varge. 8. 1884. 1906-1907. Lisboa. natural de Varge. professor de matemática no Liceu Central da mesma cidade e sócio correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa.º de XXI-153 págs. Ao bom amigo padre Manuel Joaquim Cardoso. bispo de Miranda. e de D. 8. Tem gravuras em aço. Paris. das Ciências de Lisboa. em quatro planas. Escreveu: Memória sobre a teoria da balística. Porto. 8. e o véu encontra-se na igreja de Fonte de Aldeia. David Augusto Rodrigues e Alfredo de Leão Pimentel. defendida no seu sétimo ano de direito canónico. 1885.RODRIGUES 455 TOMO VII Revista de Infantaria fundada por José Sarsfield. 1910. Balística analítica. prefaciada e anotada. 1888. Ermelinda Carlota. Anno Dni. Tradução do inglês. 8. concelho de Bragança. 1903. Lisboa.. Porto. freguesia de Aveleda..º gr. Descrevemos pelo Instituto MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Lisboa. 1736. in Regali Artium Collegio Soc.º gr.º de 11 págs. natural de Gimonde. 8. major de infantaria. 1905. Não indica o dia. Convergência dos planos de tiro. A Ocupação de Moçambique (1869-1909). concluindo-os em Dezembro de 1882. Esta memória foi apresentada ao Congresso de Besançon em 1893. que se gastaram no concerto da escada do sino. Na verdade. a dedicação de um sacerdócio. onde vem um largo estudo sintetizando a nova teoria do autor aplicada ao tiro de artilharia. publicada pela tipografia Académica. dando á balistica o caracter positivo de que andava divorciada».456 TOMO VII RODRIGUES (Agosto 1909). derivada. o general M. de onde era natural. nos princípios de Março de 1895. 131. tem colaborado no Jornal de Matemáticas. É «obra original na sua concepção e fecunda nas suas conclusões» (703). vol. e uma de erratas. (703) CUNHA. Foi aprovada oficialmente.. Porto. 7 (1884). 8. Mayevski e outros distintos matemáticos ficaram muito aquém em seus estudos sobre o problema da balística da solução encontrada pelo nosso conterrâneo (702). por anexação. glória do professorado português. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .º de 269 págs. Álgebra elementar – Contendo uma colecção de exercícios resolvidos. com o qual se refundiu o sino maior que estava quebrado.. onde vem o retrato de José Manuel Rodrigues. p. (702) Ver O Ocidente – Revista Ilustrada de Portugal e do Estrangeiro. um dos quais fomos nós. que descobriu o que não fora visivel para genios de gloria immorredoura. Além disto. soalho do pavimento da igreja e reparação do arco cruzeiro. 60. habilitou sucessivas gerações e gerações de alunos a exame de instrução primária. Pedro José da – Bosquejo histórico dos matemáticos em Portugal. Como pároco da freguesia de Baçal e. Faleceu em Bragança. Também obteve para a de Aveleda 100$000 réis. que lhe valeu o ingresso na Academia Real das Ciências de Lisboa. Tip. levantou-se e rebocou-se a parede do adro. e na Revista Militar. A sua Memória sobre a teoria da balística. RODRIGUES (Manuel) – Ou Manuel Gonçalves Rodrigues. da de Aveleda. sentimos satisfação especial em consignar aqui as benemerências deste dilecto paroquiano. 1929. da Silva Mendonça. p. com o carinho. que em Bragança. durante meio século. O grande talento matemático de José Manuel Rodrigues não foi avaliado merecidamente pelos contemporâneos. Em 1900 obteve do governo um subsídio de réis 200$000 para reparos na igreja matriz da Varge. também conhecido pela alcunha de Tio Rito. Didon. Jamais esqueceremos a memória deste homem. onde começou a escrever sendo estudante da Universidade. devido talvez à sua imensa modéstia. mostra em seu autor «a revelação dum raro talento. ao que supomos. fazendo-se mais outros reparos. génio concentrado e carência da pose e ostentação que dá nas vistas. dirigido pelo doutor Gomes Teixeira. o conde de Saint Robert. do nome de sua mãe. 1909. da Viúva de J. mais e mais crescente à medida que as contrariedades surgem. prudente. que lhe correspondiam venerando-o. de Chaucer – Contos do século XIV. a feição prática que dá a todos os seus trabalhos. Separata da Brotéria. Porto. 1 folheto. Médico reformado do Ultramar. RODRIGUES (Padre Miguel José) – Professor aposentado de inglês e alemão no liceu do Porto. justo.RODRIGUES | ROQUE 457 TOMO VII Amava os alunos como filhos e interessava-se por eles. em O Nordeste. freguesia de Aveleda. 150 págs. Traduziu do inglês o Decameron. de Gimonde. 1 folheto. Era o tipo do homem honrado na primitiva acepção do termo. 1894. a 19 de Fevereiro de 1859. em que homem honrado significava probo. Tem colaborado na Gazeta de Bragança. Escreveu: Handbook of English Readings – Selecta inglesa para uso das escolas. Porto. mesmo depois que frequentavam estudos secundários e até superiores. Foi despachado professor de inglês para o liceu de Vila Real em 1891 e depois ensinou no de Bragança e Porto. Saiu nos Anales de la Sociedad Española de Física y Química . 1906. David e José Rodrigues. Ermelinda Carlota. leal. 1906. V. Lisboa. a par do amor ao torrão natal. À sua energia consciente e força de vontade. onde terminou o curso em 1889. significava enfim o conjunto de virtudes cívicas e morais que hoje traduzimos por dúzias de nomes sonoros sem acabar de compreender o que sejam devido à falta ou. e dos mais distintos. onde nasceu em 1858. Radioactividade da água – Dois radiogramas. pois. Portugal Agrícola. dessa brilhante plêiade de intelectuais – Daniel. de Varge. nasceu em Varge. correcto. a bem dizer. 1908. Braga. fez-se a si próprio. Natural da Lagoaça. Nesse tempo. ROQUE (António Bernardino) – Doutor em medicina pela Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa. Ano IV. concelho de Freixo de Espada à Cinta. É irmão. sendo filho de Francisco Maria Roque e de MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . El fenómeno luminoso de Vinhais – Primeras investigaciones para su explicación. e uma de erratas. vol. A luz de Santa Cruz. filho de Martinho José Rodrigues. Ilustração Trasmontana. Separata do nº 983 do Ocidente de 20 de Abril de 1906. memorados nestas páginas. dotado de fortaleza e temperança. e de D. raridade da objectivação. número 29. concelho de Bragança. Revista Agrícola e outros sobre assuntos que traduzem eloquentemente. Madrid. digno. pelo menos. e está dito tudo. deve o relevo da posição social que ocupa. sério. filha de José Francisco Guerra. com outros condiscípulos. ROUBÃO (Paulo Montes de Madureira) – Natural de Vila Flor. por Francisco Augusto Martins de Carvalho. ROSA (Cláudio Mesquita da) – Governador civil do distrito de Bragança por decreto de 8 de Outubro de 1863. de onde se despediu em 1921. 56). Lisboa. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Colaborou em jornais da sua especialidade e publicou monografias sobre a climatologia e meteorologia do planalto de Moçâmedes e sobre os culicídeos de Angola. cargo de que tomou posse a 4 de Janeiro do ano seguinte. Escreveu: Progressos Lusitanos – Poema em louvor das acções do exército português na Guerra da Sucessão (704). por ordem cronológica. por serviços prestados na expedição militar do Bié e deputado pelo círculo de Moncorvo em 1911. S SÁ (Antero Adelino Guerra e) – Doutor em medicina pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto.458 TOMO VII ROQUE | ROSA | ROUBÃO | SÁ D. A Câmara Municipal de Vila Flor por duas vezes exarou nas actas elogiosas referências à solicitude e perícia médica do doutor Guerra e Sá «que uzava praticar com exito toda a cirurgia de urgencia». Luanda (África) e segunda vez em Vila Flor. dono do convento de S. de Freixo de Espada à Cinta. de Eduardo Rosa. na mesma vila. Frequentava a Universidade em 1846 e devia residir em Lisboa. artigo «Vila Flor». segunda vez por decreto de 28 de Julho de 1887. Escreveu: Cura radical do varicocele – Dissertação inaugural apresentada e defendida perante a Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa. Maria S. onde terminou o curso em 1887. filho do doutor Francisco Diogo de Sá. e de D. Nasceu em Freixo de Espada à Cinta a 27 de Fevereiro de 1862. Joaquim de Araújo Guerra e Sá. de Moncorvo. Filipe Neri. (704) Sumário da Biblioteca Lusitana e Portugal Antigo e Moderno.º de 54 págs. Maria Roque Pinheiro. Fez os estudos liceais no Porto. 8. tomando posse a 7 de Agosto seguinte. pág. Foi condecorado com a ordem da Torre e Espada. Tip. uma representação ao governo. os partidos médicos de Vila Flor. indo fixar residência no Porto. Exerceu sucessivamente. 1889. (Algumas horas na minha livraria. pois ali assinou. após a sua formatura. procurador à Junta Geral do Distrito de Bragança. Jorge – Hagiológio Lusitano. 4.mo Sr. Deixando a corte foi professar a regra de S. Filho de Carlos Leopoldino Cardoso de Sá e de D. capitão Tomás António Cardoso de Novais e Sá. onde terminou o curso em 1859. 1620. Salvador da Torre. falecido nesta cidade a 21 de Novembro de 1894. desembargador de el-rei D. Inocêncio F. Foi advogado em Bragança. fundador do Banco de Bragança. a seguir mencionado (707). 183. CHAGAS. Era neto do doutor José António de Sá.SÁ 459 TOMO VII SÁ (António de) – Natural do Mogadouro. que ficaram manuscritas. Entrada y triunfo que la ciudad de Lisboa hizo a la C. etc. R. em Salamanca. (706) SILVA. artigo «Mogadouro». João III em 1535 para comendatário do real mosteiro de Alcobaça. na Catalunha.º em verso português bem como o antecedente. administrador do concelho de Miranda do Douro. Vicente. Seu irmão. Era doutor em direito pela Universidade de Coimbra. Filipe tercero de las Españas. y segundo de Portugal. tesoureiro-pagador e governador civil substituto do nosso distrito. 1620. 8. Lisboa. 1652. Lisboa. presidente da Câmara Municipal de Bragança. M. Carvoeiro e Arnóia. que governou exemplarmente. Raros ambos. Escreveu: Memórias do Mosteiro de S. Manuel. Pinheiro – Dicionário Popular. Eugénia Claudina de Novais Pimentel.º de IV-26 folhas numeradas de frente (706). Escreveu: Livro de Nossa Senhora do Desterro. comendador mayor de Portugal. destas Memórias. p. SÁ (Francisco de Matos de) – Natural de Freixo de Espada à Cinta e de nobre família. referente ao dia 15 de Janeiro. del rey D. todos da ordem beneditina. 8. Sumário da Biblioteca Lusitana. foi chamado por D. SÁ (Joaquim Guilherme Cardoso de) – Nasceu em Bragança a 25 de Setembro de 1834 e aqui faleceu a 12 de Setembro de 1904. (705) Portugal Antigo e Moderno. Lisboa. e CHAGAS. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Pinheiro – Dicionário Popular.º Tratado da pura Conceição da Virgem Maria Nossa Senhora. Doutor em cânones pela Universidade de Salamanca. Alfonso de Lencastre. Sendo Dom Abade de S. Bento no mosteiro de Monserrate. Dirigido al Il. (707) Ver tomo VI. Voltou depois para o seu convento de Monserrate onde faleceu a 10 de Agosto de 1550 (705). CARDOSO. 1620. da – Dicionário Bibliográfico. e também os de Tibães. deixou grata memória pelo seu fervente regionalismo e entusiasmo pelos progressos de Bragança. e onde deixou muitas benfeitorias e restaurou a observância religiosa. vogal do Conselho de Distrito. D. conde de Azambuja. bipart. 576. 1787. p.º Dissert. faleceu a 14 de Fevereiro de 1815 e foi sepultado na ermida da sua quinta do Pinheiro. analyt. Obra curiosa para o estudo deste ramo da indústria em Portugal. p. de VII-XIII-I-175 págs. 1784. Lisboa. e opositor às cadeiras da mesma faculdade. que estava em Bragança em casa do seu neto doutor Joaquim Guilherme Cardoso de Sá. cavaleiro professo da ordem de S. IX. sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa. Só por estes dois últimos cargos percebia de ordenados 1. 8. Contém espécies muito interessantes. natural. É obra muito erudita para a confecção da qual o autor compulsou os documentos existentes nos arquivos do reino.º. e tomo VI. tenente-general.º Dissertações filosófico-políticas sobre o trato das sedas na comarca de Moncorvo. Elogio fúnebre do Il. Tiago da Espada. Tratado sobre a origem e natureza dos testamentos. com uma estampa. 8. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . egípcios. conselheiro honorário da Fazenda por decreto de 3 de Dezembro de 1811. 1783. romanos e germanos. Lisboa. Lisboa. superintendente geral das décimas de Lisboa. e também director da Real Fábrica das Sedas e Águas Livres. hist. desembargador da Relação do Porto. manuscrito do mesmo autor in-4. D.200$000 réis (708). publicistas e civilistas. 1784. Desde a pág. civil..460 TOMO VII SÁ SÁ (José António de) – Natural de Bragança. deduzidos dos princípios mais sólidos dos direitos divino. Ulyssipone. público e das gentes – Em que se analisa a política dos antigos povos. 8.mo e Ex. a Sete Rios. Foi também juiz conservador da Real Companhia do Novo Estabelecimento para a criação e torcidos das sedas. superintendente das décimas da corte e reino e depois. doutor em leis pela Universidade de Coimbra a 16 de Maio de 1872. e se refutam as opiniões dos mais célebres doutores. 8. Este livro constitui um capítulo interessante para a história da indústria da seda no distrito de Bragança e contém as providências que o autor tomou pelos (708) Ver tomo IV. que é uma descrição da fábrica de sedas em Trás-os-Montes (Bragança e Chacim) e também uma notícia do Monte do Montesinho no concelho de Bragança. com a abolição deste cargo.º de XVI-194 págs. Lisboa. 213 por diante contém a «Adição». Analisa com muita competência a natureza dos testamentos através de todos os povos: hebreus. destas Memórias. juiz de fora da vila de Moncorvo. gregos.º gr.º de XVIII-248 págs. 8. X e XXI de uma Memória Académica da província de Trás-os-Montes. etc. 183. organizada por alvará de 6 de Janeiro de 1802. Esta «Adição» é cópia ipsis verbis dos capítulos VIII. António Rolim de Moura. 1783. Escreveu: Compêndio de observações que formam o plano da viagem política e filosófica que se deve fazer dentro da pátria.mo Sr. de Plebiscit et Sconsult. perfeitamente conservado e com óptima caligrafia. Acerca destes trabalhos. Fólio de 47 págs. Rica e valiosa encadernação inteira de marroquim vermelho. montes de piedade. Lisboa. Pela lei de 9 de Junho de 1801 foram criados os cosmógrafos para formar o cadastro do reino. com o plano feito em 1811 para o alistamento geral do reino. jardins botânicos e livrarias. o Príncipe Regente. A. Na conformidade do artigo de 15 de Julho de 1794. e de outros que delineou sobre o mesmo assunto. conventos.mo e Rev. D. bens dos concelhos. casas de polícia. 1787.. O notável escritor e professor Ludovico de Meneses começou a publicar em A Voz de 18 de Setembro de 1929 estas interessantes Dissertações. Vê-se quanto ele se desvelou pelo progresso desta indústria. caudelarias. artes pecuárias. Plano. Oração congratulatória pela fausta ocasião de ser elevado à alta dignidade de patriarca de Lisboa. escolas públicas. Manuscrito original e inédito. nosso senhor. gados. bestas.mo Sr. 2. contadorias e almoMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . feitas por ordem de S. Navegação. justiça e fazenda. Estabelecimentos literários. Estabelecimentos eclesiásticos. correição. o brasão português. etc. qualidades gerais das terras. compreendem: povoação. e Regulamentos de Correição respectivo aos Negócios de Justiça e Fazenda que tem a honra de apresentar a sua Majestade o Doutor. Donatários. manufacturas. demarcação e situação interior e obras públicas. colégios. gabinetes. sendo juiz de fora em Moncorvo. em ambos estes juízos vereadores e almotacés e vinteneiros. Instruções gerais para se formar o cadastro ou mapa aritmético-político do reino. Lisboa. veja-se o Relatório sobre o cadastro. sob a direcção de Manuel dos Santos. pág. caminhos. Reino mineral. fazendo plantar amoreiras. Esta obra veio anunciada no catálogo duma importante livraria que seria vendida em leilão.. Estabelecimentos de bem comum. logradouros. por António José de Ávila. Fazenda. estado das terras. etc. impresso a ouro. roda de expostos e órfãos. reino vegetal. baldios e maninhos e artes rústicas. artes mineralógicas. academias. recolhimentos. Produções naturais. comércio e tráfico. 411. levantamento de cartas topográficas de todas as terras com seus limites. 4. Os capítulos gerais que constituem o objecto das Instruções Gerais concernentes a este assunto. pág. 87.ª edição. comendas. benefícios. o Ex. tendo estas ao centro. provedoria. cárceres.SÁ 461 TOMO VII anos de 1787. freguesias e igrejas. câmaras. confrarias e irmandades. ainda hoje cheias de muito interesse. de XIX-402 folhas. com dourados nas lombadas e nas pastas.º de 22 págs. José Francisco de Mendonça. Fólio gr. servidões. 1801. Estabelecimentos de caridade seculares e eclesiásticos e capelas. de cuja confecção foi encarregado o nosso ilustre conterrâneo. reino animal. e são as acima referidas. ª edição. m. os artigos que lhe parecer serem precisos mandar averiguar nas terras. O doutor José António de Sá escreveu mais: Descrição económica da Torre de Moncorvo. Este importante ramo de serviço representa as observações e estudos do autor em dez anos de ímprobo trabalho. uma conta exacta. 15 de Agosto de 1801. a uma junta que pouco pode fazer. e sobre todos os objectos dos ditos artigos formará V. m. No decreto da constituição desta junta «reconhecem-se os vastos e importantes objectos em que o dito ministro (José António de Sá). m. com muito zelo do real serviço e bem commum dos vassalos» (710). pelos outros dois Avisos expedidos em 7 de Setembro de 1790 e 11 de Maio de 1793 e sendo-lhe finalmente agora presentes o referido Plano e Regulamentos. para as examinar. tem trabalhado e trabalha com incansavel e louvavel aplicação. O resultado das laboriosas observações do doutor Sá foi cometido por decreto de 7 de Março de 1803. José António de – Defesa dos Direitos Nacionais e Reais…. (710) Ibidem. em que teve de cotejar muitas leis. e havendo aprovado e ractificado os que havia posto em prática na comarca de Moncorvo. m. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .462 TOMO VII SÁ xarifados. tomo II. Décima e outros subsídios. (709) SÁ. m. tomo III. Vem nas Memórias Económicas da Academia Real das Ciências. que V. p. Senhor desembargador José António de Sá» (709). prova 66. dos registos da Torre do Tombo e câmaras do reino. Outras contribuições reais e pessoais. pois que foi suspensa de suas funções por decreto de 10 de Dezembro do mesmo ano. extraia delles as minutas sobre os objectos que exigem prompta providencia nas comarcas e os faça subir á Real Presença do mesmo Senhor por esta Secretaria d’Estado: e é outro sim servido que das Instrucções Gerais para se formar o Mappa Arithmetico-Político do Reino que agora se mandam imprimir por conta da Real Fazenda por ordem da data d’este extraia V. 253 e 256. 2. Luiz Pinto de Souza. A ordem régia que o incumbiu deste serviço é a seguinte: «Tendo o Princepe Regente Nosso Senhor encarregado a V. 296. com toda a possivel brevidade. p. por Aviso desta Secretaria d’Estado de 15 de Julho de 1794 de formar o plano e regulamento de Correição. representações dos povos e documentos extraídos dos capítulos de cortes. forais e sisas. tomo I. que fará subir a esta mesma secretaria d’Estado para se darem á vista d’ella aquellas providencias que mais convierem ao bem commum e ao Real Serviço do Princepe Regente Nosso Senhor… Paço. que igualmente tem merecido a sua Real aprovação: É servido determinar. ordenando aos corregedores das comarcas ou a quaesquer outros magistrados que os examinem e os remetam a V. Lisboa. e entre estes. ministro e secretário de Estado dos negócios da Marinha e do Ultramar.SÁ 463 TOMO VII Memória sobre a origem e jurisdição dos corregedores das comarcas. XIII. excitando os portugueses à vingança. Eis uma carta do conde das Galveias. pág. 1 de Agosto de 1811. com o exame do Tratado de Fontainebleau. Lisboa. dirigida ao autor a propósito da 3. que abrange umas sete Falas inflamatoriamente patrióticas. São um monumento de patriotismo. muitos portugueses se apres- (711) SÁ. Este opúsculo escapou a Inocêncio. como estes deixaram roubado o erário. Eu a li com prazer e devo dizer-lhe que ella lhe faz muito crédito. Logo que o exército francês comandado por Junot foi expulso de Portugal. acerca desta obra. a Besta Esfolada. Em aviso régio de 20 de Janeiro de 1813 foi ele louvado por ocasião de publicar a sua 2. 1810. ao sacrifício e à união contra os invasores franceses. Podem ver-se na citada Defesa. nº 21. de José Agostinho. exposição dos direitos nacionais e reais e da infame Junta dos Três Estados para suprir as cortes. O leitor que desejar dar pasto à hilaridade. p. 291 do II tomo. Vem no tomo VII das Memórias da Literatura Portuguesa. tomo II.º de 14 págs. e deprecante pela gravidez e feliz sucesso da Sereníssima Princesa do Brasil. A Deus Todo Poderoso dirige o doutor José António de Sá em nome da comarca de Moncorvo um hino gratulatório. Nossa Senhora. Senhor José António de Sá. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Lisboa. 1793.º Dois tomos.ª Fala: «Rio de Janeiro. A sua 3. entre todos os que a tem lido. Na segunda edição da Defesa dos direitos nacionais e reais veio também incorporado o escrito Um português aos portugueses. deve-lhe ser particularmente lisongeiro contar o nosso amado princepe» (711). 297. Folheto in-4.ª Fala.ª Fala aos portuguezes é obra digna de seus talentos e de seus sentimentos honrados. diz Inocêncio da Silva no seu Dicionário Bibliográfico. 1816. 4. Esta obra saiu depois mais acrescentada debaixo deste título: Defesa dos direitos nacionais e reais da monarquia portuguesa. Demonstração analítica dos bárbaros e inauditos procedimentos adoptados como meios de justiça pelo Imperador dos Franceses para a usurpação do trono da Sereníssima Casa de Bragança e da Real coroa de Portugal. em prosa. pág. 40 de II-XXXX-312-XI págs. 2. pág. consulte. José António de – Defesa dos direitos nacionais e reais…. e não dará por mal empregado o tempo que nisso gastar. Estas Falas correram primeiramente avulsas e anónimas. e a das quatro batalhas. tendo ao tempo dezasseis anos de idade. como tudo consta da Gazeta de 19 de Novembro e 23 de Dezembro de 1808 (712).976$360 réis. mas os franceses só por uma vez lhe haviam extorquido dez mil cruzados. no qual regimento prestou ainda relevantes serviços. e neste posto fez a campanha de Montevideu. A 11 de Agosto de 1813 foi promovido a tenente por distinção na batalha da Vitória (715). louvou el-rei estas generosas ofertas do nosso conterrâneo. «Advertência preliminar». Igualmente ofereceu o produto da sua obra Demonstração analítica dos bárbaros e inauditos procedimentos. publicou à sua custa e fez espalhar gratuitamente as Falas proclamatórias. 500$000 réis pagos logo e também seus filhos para o serviço militar. José da Silva Mendes – Necrológio e bosquejo biográfico do conselheiro Duarte Cardoso de Sá. Em 29 de Novembro de 1824 foi despachado coronel agregado do regimento de milícias a pé de Lisboa oriental. Mendes Leal Júnior (716) diz que esta promoção teve lugar a 9 de Novembro de 1813. José António de – Defesa dos direitos nacionais …. que ofereceu 600$000 réis anuais pagos às mesadas enquanto durasse a guerra. De 1826 em diante comandou quatro corpos de segunda linha. por isso. Na guerra peninsular foi condecorado com a medalha laureada da Vitória. e mais daria. foram por ele organizados à sua custa. (714) Ibidem. etc. filho de José António de Sá e D. diz ele. Por aviso expedido de Santa Cruz do Rio de Janeiro em 13 de Outubro de 1809. com a de Tolosa de 1814. fornecendo-o de capotes à sua custa. Pirenéus e Nivelle de 1813. Em 22 de Junho de 1815 foi promovido a capitão. dois dos quais. José António de Sá foi um deles.464 TOMO VII SÁ saram a concorrer com donativos para as despesas do exército. no intuito de inflamar o povo. fazendo ele próprio as despesas da impressão. (713) Ibidem. que formam o caracter de bom vassallo e cidadão sempre digno do maior louvor» (713). A obra Demonstração analítica chegou a render 5. quantia que reverteu em benefício do Estado (714). fidelidade e patriotismo. pois havia nascido a 12 de Maio de 1795. tomo II. em consequência do investimento de Burgos. assentou praça em alferes. onde foi ferido. e. (715) Ibidem. em consequência da oferta de seu pai. Duarte Cardoso de Sá.. a de Pancorbo. 1855. (712) SÁ. os documentos oficiais não podiam deixar de «reconhecer n’elle aquelle zelo. depois de 1834. Recebeu depois a de Montevideu. Joaquina Felizarda Cardoso de Sá. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Lisboa. p. (716) LEAL. V. Chabi diz a propósito deste ilustre militar e doutros que menciona: «eram exemplo de devoção pela pátria e dos mais primorosos brios militares» (718). fol. Vimos este manuscrito em Bragança. Mattas conservadas. Villa Real. Ditas creadas. etc. Pinheiro Chagas (719) diz que o doutor José António de Sá foi eleito sócio da Academia das Ciências «sem grandes méritos para isso». Duarte Cardoso de Sá era então alferes e esta apreciação refere-se ao ano de 1813. 1886. sendo o ultimo um Aviso de S. – Vê-se que fez plantar 45:088 d’aquellas e 72:274 d’estas! Foi pois um illustrado e benemerito promotor da arboricultura e da sericicultura. No fim vem um grande – Mappa dos objectos do bem publico. diz: «Tem 43 capitulos. – Seguem 8 documentos – Aos senhores que a presente virem – escriptos e assignados pelo escrivão chanceler da correyção. Amoreiras. O mesmo chama «obra verdadeiramente ridicula» ao livro de Sá. (717) Ibidem. Escreveu mais: Memória Académica da província de Trás-os-Montes. de junho de 1788. (718) CHABY. Fontes. Honra lhe seja». Faleceu a 28 de Outubro de 1855 (717). índice preparatório do catálogo de Manuscritos. artigo «Sá (José António de)». M. 181. Pontes. Corregedor no que toca a plantação d’amoreiras e creação do bicho da seda... (719) CHAGAS. 770. (por intervenção do Visconde de Villa Nova da Cerveira. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .SÁ 465 TOMO VII Como recompensa dos seus serviços na guerra peninsular e por graves ferimentos na batalha de Salamanca. e columnas verticaes cada uma com um dos seguintes dizeres: – Estradas Reaes. IV. etc. III parte. Passando à sua descrição. providos na comarca referida – dividido em zonas horizontaes por Villas. 1 vol. no qual a Rainha manda louvar o zelo do Dr. Termina – Sobre o Commercio dei providencias para augmento da carne de porco. e estabeleci alguns Mercados. vol. sem paginação constante de 34 capítulos e um mapa das principais produções do concelho de Chaves. outras arvores. Manuscrito in-4. aponta mais o seguinte manuscrito de José António de Sá: Memória dos abusos das Câmaras e provimentos dados pelo autor quando Corregedor de Moncorvo. auctoridade superior da Provincia). José Luiz Pimentel. Pinheiro – Dicionário Popular.º. em poder de seu neto doutor Joaquim Guilherme Cardoso de Sá. foi-lhe conferida a comenda da ordem de Avis e em 1815 o título de conselheiro. Claudio – Excertos Históricos. Porto. intitulado Demonstração analítica. O «Catálogo da Biblioteca Pública Municipal do Porto». p.. Que critério seria o de Pinheiro Chagas? Aos escritores portugueses. na pág. e se demarcou na Praça Grande do Collegio o sitio aonde devia erigir-se hum Padrão ao seu Principe Regente em sinal de reconhecimento eterno. Pelo geral. e nobreza. os mais Ministros e Camara da dita Villa. no seguinte se executou hum magnifico festejo. que escreveu contra os franceses fervente de indignação patriótica. Não leu nem conheceu a obra de José António de Sá e botou-se a fazer espírito sobre ela. A. poucas vezes deixa de lhes jogar uma piada escarninha. tendo por fim o restabelecimento das Fiações e Torcido das Sedas. Os seguintes documentos assaz mostram as benemerências do doutor José António de Sá: «Havendo o Principe Regente N. principalmente os pertencentes ás familias. pelo grande beneficio que deve resultar a todas as familias do restabelecimento da dita Fabrica. O Governador da Praça e os Magistrados fizerão soltar os prezos de correcção. S. Que critério seria o deste homem? voltamos a perguntar. então geralmente usada.. que se achavam nas circunstancias compativeis com a Justiça. o seu Dicionário. guiado pelos informes de Inocêncio F. mandado ás Provincias de Traz-os-Montes e Beira o Desembargador Superintendente Geral da Decima da Corte e Reino. Francisco de Assis da Fonseca. apontados. que se achava na maior decadencia. Preso por ter e não ter cão! Quando se trata de pregadores. que o Desembargador Corregedor daquella Comarca. por cujo motivo todo aquelle povo. da Silva.466 TOMO VII SÁ que durante o domínio castelhano escreveram nesta língua. José António de Sá para a interessante commissão. de escritores teólogos. muitas vezes descabidas. embora. com o dito Ministro reunido os animos das principaes pessoas em riqueza. Entrando o referido Dezembargador na villa de Moncorvo no dia 5 de Junho proximo passado. chasqueia-lhe os intuitos!. referente à Besta Esfolada de José Agostinho de Macedo. obra aliás importante pela compilação de notícias que aponta. carece de trabalhos de investigação e limita-se a cópias condimentadas de piadas. e a erecção de seus tecidos em Bragança. R. nos autores como competentes. celebrarão em obzequio a S. pelos motivos da Paz e dos bens MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . os habitantes daquella cidade deram as demonstrações mais públicas do seu contentamento. atrás citados. que faz o objecto da Carta Regia de 22 de Março proximo passado. A Sá. carrega-lhe por falta de patriotismo. logo que o mesmo Senhor se dignasse approvar os Artigos em que concordarão para o dito restabelecimento. que subsistião pela mesma Fabrica. que felizmente obtiverão.. havendo para este effeito o zeloso e patriotico Tenente General o Excellentissimo Manuel Jorge Gomes de Sepulveda. para entrarem nos meios do mesmo restabelecimento. A. e reconhecimento a S. abençoarão reiteradas vezes o seu Augusto Principe pela Regia protecção que lhes liberalizava. em que se recitarão varios papeis em proza. A. S. em que se achavão se vem melhorados. Segue agora a descrição dos festejos pelo mesmo motivo feitos em Trancoso. Antonio Xavier Carneiro. a que presidiu igualmente o Doutor Superintendente Geral José Antonio de Sá. e esperavão da sua Regia Benificencia. R. celebrando-se Missa. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . R. Fr. se encheo o resto da noute com canticos e contradanças. aonde se repetirão altos vivas a S. e que espalhou por aquella Assembleia. «Havendo o Desembargador José Antonio de Sá. e na esperança de serem hum dia felices logo que a sua cultura prosperar. Fidalgo da Caza Real. que trazia impressa. recebendo de todos os mais estrondosos cortejos. do seu reconhecimento ao muito Alto e muito Poderoso P. assim na Restauração das Fabricas de Sedas. o P. que com tanto applauso dos povos se hia praticando. Guardião do Convento de Santo Antonio da mesma Villa. se tinha patenteado em qualidade de Pai: recitou mais o mesmo Desembargador Superintendente Geral huma Oração. abrindo o mesmo Desembargador Superintendente Geral a dita Academia com huma pequena falla gratulatoria. da Ordem dos Pregadores. acabando o festejo pela madrugada» (720). o Bacharel Manuel Antonio Ribeiro. que da extrema indigencia. por se ver no meio de hum povo aonde serviu doze annos. promettendo geralmente esta benefica Providencia não só o progresso da cultura mas fazendo a consolação dos mais pobres vassallos. e ao Ministerio: de tarde se corrêrão Touros e á noute se fez na casa do mesmo Corregedor huma Academia Litteraria. A. havendo já hum grande numero de sorteados. e Procissão com a maior solemnidade. M. havendo Te Deum. constando a meza de setenta e tantos talheres. e o Bacharel João Joaquim Paes da Costa: concluida a Academia. Fr. esperando só os do povo de Felgar o augmento da colheita em mais de 12 mil alqueires. que omitimos por não fazerem ao nosso propósito. Lourenço Carneiro de Vasconcelos. sobre o mesmo reconhecimento a S. em que orou o M. allusivos ao objecto. e que se achavão com elle reunidos para as demonstrações publicas. e fizerão muitas saudes á Real Família. que lhes tinha liberalizado. N. Começou o dito festejo pela acção de graças ao Omnipotente. e verso. o Provedor Joaquim de Noronha e Oliveira. «Suplemento» ao nº 40 de 1802. e lanificios. recitando depois outros o sobredito Desembargador Corregedor Francisco d’Assis da Fonseca. José Bernardo de Moraes Sarmento. R. Juiz Conservador da (720) Gazeta de Lisboa. que devem ministrar a subsistencia a tantas familias como na Repartição dos baldios. como seu Protector e Pai.SÁ 467 TOMO VII que resultarião áquella Comarca e Provincia. O dito Corregedor deo hum jantar com muita profusão e delicadeza. que nos bens. Agostinho de Santa Rosa. o Juiz de Fora Antonio José de Moraes de Mesquita Pimentel. em que entraram os senhores principaes. agora se achava na ultima decadência: estava desprezado. e luxo dever preferir às estrangeiras» (721). cujo restabelecimento deve trazer em consequencia o progresso da Criação da Seda. reconhecimento e gratidão. A. que floreceu tanto em outro tempo pela cultura. com que V. o Protector das Artes. dignando-se examinal-as huma por huma muito miudamente. Senhor. e Paternal Amor. que se excitão nos corações dos moradores de Bragança os suaves sentimentos da mais profunda e fiel gratidão. que se seguiu á ausencia do patriotico João Antonio Lopes Fernandes. em desempenho da deligencia que lhe foi commettida na Carta Regia de 22 de Março do anno corrente. A. A. R. R. «Agradecimento que a S. Ella. e quasi a extinguir-se a criação do casulo. que trará a riqueza solida aos seus ditosos Vassallos. (721) Gazeta de Lisboa. Á vista do que. R. que se fabricão na cidade de Bragança. e mais moradores da mesma cidade pela restauração das Fabricas de Seda. mostrando o maior contentamento de ver. fez o Governador do Bispado de Bragança. A. o mesmo Senhor. que a fez florecer. e Provincia. de que depende o augmento e riqueza da dita Cidade. o Clero. dignando-se manifestar nelle a sua Régia Protecção na Restauração das Fábricas de Seda desta Cidade. a Nobreza e Povo da cidade de Bragança. 16 Peças das diversas Manufacturas de Seda. R. assim como sempre o tem feito por tantas outras. he. Prostra-se aos pés de V. protege. S. declarando-se por esta maneira. tem liberalizado a este Povo. pelos particulares beneficios que V. de quem é verdadeiramente Pai. que ainda o mais delicado gosto. e anime a todos os seus Vassallos. e fabricação das Sedas. segundo os methodos de Piemonte. fazendo segurar ao dito Desembargador que dellas se vestiria a Real Familia. Não he somente pelos geraes effeitos da Real Benevolencia. que não cedem ás estrangeiras. A. foi servido segurar ao dito Desembargador a sua Real Protecção. das quais muitas se tinham expatriado pela decadencia da mesma Fabrica.468 TOMO VII SÁ Real Companhia do Novo Estabelecimento para as Fiações e Torcido das Sedas. e observar fazendas de excellente qualidade. Senhor. Naquelle acto se dignou o mesmo Augusto Senhor mandar comprar todas as sobreditas Peças. penetrados dos mais vivos e respeitosos sentimentos de fidelidade. R. «Suplemento» ao nº 49 de 1802. Senhor. que organizada na mesma Provincia. e Princepe Regente N. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . apresentado a S. como já o tinha feito na sobredita Carta Regia áquelle util Estabelecimento. e a subsistencia de tantas familias. e da Industria Nacional em hum ramo. he de esperar que a todos faça impressão tão respeitavel exemplo no uso das nossas Manufacturas. suprirá a que até agora se fazia preciso comprar de fora para o consumo das mesmas Manufacturas. se empenhe em distinguir os Brigantinos. Thesoureiro-Mór da Sé = Manuel Leite Pereira. De V. põem-se em movimento os teares.SÁ 469 TOMO VII bem poucos teares tinhão exercicio. se estes tem a honra de que o seu Duque seja o seu Soberano? Crescem por tudo os motivos de obrigação. R. querendo restaurar-lhe o Antigo esplendor das suas Fabricas. Mas que muito que hum principe Amavel. cujas Acções não respirão senão affabilidade para com os seus vassallos. apparece a Benéfica e Augusta Mão de V. A. Real o Desembargador José Antonio de Sá. A. occupão-se os braços que a pobreza inhabilitava. R. que proximamente havia chegado de ter o Principe Regente N. De Bragança avisão que no dia da Conceição de Nossa Senhora. A. Coronel do Regimento de Infantaria de Bragança. abençoe os seus projectos. se celebrarão novas acções de Graças com exposição do Santissimo Sacramento. S. e aquelles. que a indigencia opprimia se achão já ganhando o sustento pelo seu trabalho util a si. Governador Interino da Provincia = Antonio José Baptista de Sá Pereira Carneiro. tomar em consideração este Povo. dignado-se examinar. por lhes faltar o meio de se occuparem. lhe preparava. os mais fieis Vassallos. R. á sombra das Sábias e Próvidas Leis. e aos outros. com que os Governa. promettendo a sua Regia Protecção ás Fabricas da mesma (722) Gazeta de Lisboa. opprimidos da indigencia. o liberalizar-lhe. fazendo ao Céo os mais ardentes votos pela conservação da preciosissima Vida do Augusto Soberano. S. como consequencias desta restauração. e respeitosa vassallagem. O Omnipotente assista aos seus Conselhos. Padroeira deste Reino. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . pela noticia. debaixo de cujo Sceptro vivem seguros. 2. «Agradecimento a El-Rei por mandar comprar sedas a Bragança para uso da familia real. anima-se a cultura e creação do casulo. depois de terem precedido as que se derão a Deos na occasião do Feliz Parto da Princesa N. que havia apresentado a S. vião-se os Fabricantes miseravelmente mendigando o sustento. A. prospére os seus dias. Digna-se V. e encha de gloria o seu feliz Governo. e Benigno. A. affectos que respirarão os seus fieis peitos até aos ultimos alentos. e reconhecimento que fazem maiores os seus affectos de lealdade. = o Deão Governador do Bispado. amor.º «Suplemento» ao nº 11 de 1803. elogiar e mandar comprar para se vestir a Real Familia. particularmente empenhada em derramar sobre este Povo as enchentes da sua Real Benevolencia. as Fazendas fabricadas na mesma Cidade. os beneficios que a Sábia Vigilancia de V. Caetano José Saraiva = Manuel de Madureira Feijó de Moraes Sarmento. R. por impedimento do Doutor Juiz de Fóra» (722). Vereador mais velho. Consta que as Fabricas de Leão em outro tempo. Civil e Militar. filhos e viuvas de soldados. He certo que de todas as Manufacturas nenhuma occupa mais pessoas que as das Sedas. nomeado conego da Santa Igreja Patriarcal. e augmentarão o preço da mão d’obra. Concluio-se esta Festividade com huma devota Procissão. e fazião trabalhar 700 maquinas. tinha feito áquella Fabrica. que occupavam 18 mil Officiaes fazião viver mais 80 mil pessoas. aonde se fez hum grande festejo. assim como muitas pessoas de hum e outro sexo. e nas de Tours 8 mil Fabricantes occupavão 40 mil pessoas. Thezoureiro Mór da Sé. a Nobreza de hum. quiz ser o orgão da alegria publica. e povo. assistiu tambem a Camara. Por esta occasião o mesmo Deão Governador deo huma avultada esmola. transportados todos do mais sensivel prazer. principalmente pelo Corpo dos Fabricantes. e nella forão especialmente attendidos os pobres doentes Fabricantes. se repetio em outro dia o Te Deum e houve luminarias em algumas casas. mal convalescido de huma longa molestia. A. mostrando-se sensiveis. e Provincia de Traz-os-Montes. Por occasião de annunciar a Gazeta. que no restabelecimento da Fabrica da Seda (que jazia na maior decadencia) tanto tem favorecido aquela cidade. cujos sentimentos expressam com energia em huma eloquente e erudita Oração o Reverendo Manuel de Madureira Feijó. R. e mendigando na occasião que foi áquella Cidade o referido Desembargador José Antonio de Sá. a referida honra que S. mulheres. pelo augmento que cada vez vai tendo mais a industria das Sedas» (723). agora se achão todos occupados. «Suplemento» ao nº 8 de 1803. que distribuiu pelo Ministério dos Parocos. Officiou sempre o Deão Governador do Bispado. soando ao mesmo tempo muitos vivas a suas Altezas Reais. Os negociantes da mesma Cidade. succedendo que achando-se grande parte dos Fabricantes parados. amor. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que se empregão no preparo das Sedas. abençoando todos ao seu Augusto Principe. brilhando em toda esta funcção a harmonia das tres Authoridades. fizerão levantar muitos teares. a quem devem tão Alta Protecção e Beneficencia. e reconhecimento ao Augusto Principe. que se acha interinamente governando as Armas da Provincia de Traz-os-Montes. Ecclesiastica. Sendo de esperar que por esta maneira se adiante progressivamente a povoacão naquella Cidade. e Officialidade dos Regimentos. e satisfeitos. e o dito Deão tornou a mandar repartir por cada hum dos Fabricantes pobres a esmola de 480 réis. e reconhecidos á Augusta Protecção do dito Senhor. e outro sexo. havendo á noite um luzido concurso na casa do Coronel Manoel Leite Pereira.470 TOMO VII SÁ Cidade. que. effeito da lealdade. pelos preparatorios que exigem. (723) Gazeta de Lisboa. que ainda não foram publicadas.SÁ 471 TOMO VII SÁ (Manuel de) – Jesuíta. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Nasceu em Peredo. Úrsula Dinis. por incumbência dos vice-reis da Índia. Em 1709 o rei de Portugal nomeou-o patriarca de Etiópia. Elogio do padre Sá. que regeu com proficiência. foi hábil político e. do que resultou descuidar-se em pedir as bulas da consagração. (725) MORERI – Dicionário. e em filosofia. com o fundamento obscuro de que o seu procedimento era muito prejudicial ao socego publico» (724). concelho de Macedo de Cavaleiros. onde foi recebido aos dezassete anos de idade. «Em 1724 mandou-o El-Rei recolher ao reino. Caetano de Melo e Castro. vice-rei e capitão (724) ALMEIDA. Malaca. Estudou no colégio da Companhia de Jesus em Braga. 1001. parte II. p. Foi durante vinte e oito anos deputado da Inquisição de Goa e serviu muitas vezes de inquiridor. era filho de António Cabral de Mesquita. Fortunato de – História da Igreja de Portugal. à qual enviou memórias históricas da China. em companhia de dezanove outros missionários da sua religião. fez grande progresso. pronunciado na Academia de Lisboa (725). Terminou em Goa os seus estudos e logo ensinou retórica. e oferecidos no primeiro sermão ao Ex. por proibição do imperador da Abissínia. capitão-mor de Alfândega da Fé. desempenhou várias comissões de alta importância. para onde partiu de Lisboa a 2 de Abril de 1680. Entrou no noviciado de Coimbra a 13 de Fevereiro de 1675 e terminou-o em Lisboa a 14 de Fevereiro de 1677. artigo «Sá». que são outras tantas peças de pura elegância. e voltou segunda vez a Portugal em 1722. e depois de professar o quarto voto a 15 de Agosto de 1693 e ler três anos filosofia e oito teologia. Sousa. foi nomeado superior da casa professa de Goa. Acompanhou o vice-rei conde de Alvor na guerra contra o famoso Sevagi. Antes de concluir o seu curso pediu e o enviaram à Índia. Em 1720 foi nomeado membro da «Academia Real de História Portuguesa» logo que esta se erigiu. e diferentes outras obras. Ficaram dele um tomo de sermões sobre diversas matérias. Escreveu: Sermões vários – Pregados na Índia a diversos assuntos. excelente filósofo e versadíssimo em todo o género de erudição. no colégio de Santo Antão. Empregaram-no nas missões da Índia portuguesa e nas de Sunda. a 22 de Março de 1658 e faleceu em Lisboa. Tomou ordens menores em Évora neste último ano e na Universidade desta cidade aprendeu humanidades. a 22 de Abril de 1728. não chegou a ir. Era douto teólogo.mo Sr. Batávia e Ceilão. para onde. tomo III. e de D. na qual foi ferido. nas quais. 459. natural de Bragança. SÁ (Tomás António Cardoso de Morais e) – Alferes de caçadores nº 3. concelho de Lamego. (727) TAVARES. filho de Tomás Carlos Leopoldino Cardoso e Sá. (728) Ibidem. Ver Memórias da Academia Real de História. Pinheiro – Dicionário Popular. Fundou o Povo de Mirandela. «Contem esta collecção quinze sermões. fidalgo cavaleiro da casa real. Carta que em nome de S. 4. registada no livro nº 8 do «Registo maior da Câmara de Bragança». manuscrita. indo nesse mesmo ano paroquiar a freguesia de Suçães até 1892 e depois a do Franco até 3 de Abril de 1893.472 TOMO VII SÁ | SALAZAR | SALES geral da Índia. (726). fl. História do memorável cerco de Mombaça. Inocêncio F. natural de Sande. Nasceu no Mogadouro a 23 de Novembro de 1864. existente na Biblioteca de Évora. 1710. filho de António José Baptista de Carvalho Salazar e de D. etc. fez aí mesmo os estudos teológicos. editada em 1723 (728). nomeado por carta régia de 19 de Maio de 1863. concurso por provas públicas para a igreja de Mairos. Contém o parecer que o marquês de Abrantes dera. 5 v. Francisco Xavier mandaram os padres da Companhia a el-rei D. juntamente com o autor destas linhas e mais oito colegas. e CHAGAS. Relação da expedição contra o Angara (727). nº XIII. Lisboa. (726) SILVA. É carta política. os quaes. semanário. Ver o artigo Sá (Joaquim Guilherme Cardoso de). José Augusto in Torre de Moncorvo de 1 de Novembro de 1903. Concluído o curso de preparatórios no Seminário de Bragança em 1883. recebendo a ordem de presbítero em 26 de Março de 1887. filho de José Joaquim Pereira de Sales. panegiricos e de mysterios. da – Dicionário Bibliográfico. 1838. e de D. sendo então despachado capelão militar. Fez os estudos liceais em Bragança e Coimbra e formou-se em direito em 1917. se não me engano. Amélia Justina Correia Botelho. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Começa assim: «Escrevo do outro mundo aos que ainda vivem na terra». de que se vendesse a Índia aos holandeses. artigo «Sá». SALAZAR (José Joaquim de Carvalho) – Nasceu em Mirandela a 28 de Julho de 1890. João V. podem por sua disposição e linguagem ser contados entre os melhores daquelle tempo». natural de Mirandela. SALES (Padre Ernesto Augusto Pereira de) – Capelão militar de engenharia. Em 1891 havia feito. Júlia Augusta. no concelho de Chaves. pág.º de VIII-369 págs. Cartilha Militar. Inflexível. médico de D. e o pelourinho acompanhado dos respectivos desenhos ornamentais. aritmética prática e desenho. Desta obra pertencem a Pereira Sales as primeiras 133 págs. Tem colaborado em A Voz do Tua. Imp.. Sem nome do autor. 1925. Livro do curso de instrução elementar para praças de pré. e uma de índice e trata: do nome. Subsídios para a biografia do Dr. Curso de habilitação para 1. mandado imprimir à custa do ministério da Guerra. Discurso comemorativo da batalha do Buçaco – Pregado na capela de Nossa Senhora da Vitória (Buçaco) no dia 27 de Setembro de 1904. Nacional. compreendendo o desenho. rio Tua e MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Tip. Lisboa.º gr. 8. o «Mirandela». situação e antiguidade de Mirandela. (Separata da Arqueologia e História). respectivamente. 1908. de VII-251+1 (inumerada) págs. Elzeviriana. O volume I tem 400 págs. 4. Nacional. Foi mandado imprimir pelo ministro da Guerra e adoptado nas escolas regimentais. Revista Militar. Lisboa. e mais 45 inumeradas. as restantes. 1887. com diversas gravuras. e do coronel Encarnação Ribeiro. das «Leituras». de 107 págs. 8. dado por D. muralha e castelo. como o anterior. 1923. terra de Ledra.º de 30 págs.º de 9 págs. Revista de História e na Arqueologia e História.os cabos – Leituras. Nacional.º gr.SALES 473 TOMO VII Tem escrito: Noticia histórica de Nossa Senhora do Amparo de Mirandela por um devoto da mesma Senhora. Porto. Lisboa. Francisco da Fonseca Henriques. de 17 págs. Livro do Soldado. de infantaria nº 16. da Empresa Literária e Tipográfica. Manuel I.º de 20 págs. para sua educação moral e patriótica – Leituras destinadas ao primeiro curso das escolas para praças de pré. 1905. do capitão Freitas. O padre Ernesto P. Tip. 1904. compreendendo a «Aritmética prática e Desenho».º de 52 págs. 8. Lisboa.º gr.. Imp. 8. 1908. Saiu sem nome de autor e foi. Dois documentos históricos – O foral e o pelourinho da vila de Frechas. Nacional. e uma de índice. 8. Nosso Senhor dos Passos da Graça (de Lisboa) – Estudo histórico da sua irmandade com o título de «Santa Cruz e Passos». João V. ruas e praças. Porto. Lisboa. são. população da vila e concelho em diversas épocas.º de 107 págs. 8. 4. 1921. O Notícias. concelho – sua antiguidade. Fomento Agrícola. Imp. de infantaria nº 10. Lisboa. transferência da vila.º de 171 págs. Sales tem em preparação uma obra em quatro volumes intitulada Mirandela – Apontamentos históricos acerca desta vila trasmontana. Imp. Imp. Nacional. 8. (Separata do nº 36 da Revista de História). com o fac-símile da primeira página iluminada do foral de Frechas. Lisboa. Também muitas e valiosíssimas notícias lhe devemos para esta nossa obra. privilégios e foros do concelho. Ver Leal (José António Ferreira). clima. outras apenas aqui residentes nesta vila. ainda incompleto. O volume IV intitula-se: Gente de Mirandela – Breves apontamentos acerca de várias pessoas. onde gozava de tal fama de sabedor que. divisão administrativa. Távoras. que ocupam 224 páginas. S ALGADO (Domingos) – Natural de Felgar. e várias notícias militares. estalagens e hotéis. SALGADO (D. Contém cento e vinte e três documentos. almotaçaria. posturas. para onde se retirara em consequência de perseguições políticas. diz-se que foi presbítero ordenado em Braga. fazia trovoadas dentro de casa. albergarias. sisas. minas. boticários e barbeiros. Abreiro. tributos antigos de Mirandela. igreja paroquial. desde 1258 a 1910. correios e telégrafos. segundo a lenda. sendo por isso mal visto e tendo de se refugiar nessa aldeia.. teatro. capelas e cruzeiros. vias de comunicação. comenda de Santa Maria de Mirandela. nota de alguns jornais publicados em Mirandela. Confraria do Santíssimo. judicial e eclesiástica.474 TOMO VII SALES | SALGADO afluentes. concelho de Moncorvo. açougues e limpeza pública. e criação de cavalos. forais de Mirandela. carreira de tiro. feiras e mercados de Mirandela e seu concelho. formando-se depois em matemática pela Universidade de Coimbra e que foi lente dessa disciplina no Real Colégio de Mafra. etc. No respectivo assento de óbito. pelourinho. a 28 de Janeiro de 1811. O volume III tem por título: Mirandela – Colecção de documentos diversos referentes à história da vila e do concelho. cirurgiões. António) – Foi governador das armas da província de Trás-os-Montes. médicos. medidas antigas. instrução pública. donatários. Vale de Asnes e Torre de Dona Chama. indústrias. taxas. umas naturais de Mirandela. A tradição em Ligares diz que Salgado era liberal e que traduziu juntamente com um amigo o Código Nopoleónico. Este volume está pronto desde 1916 e tem 460 páginas escrituradas. onde desempenharam funções públicas ou exerceram influência social. Lamas de Orelhão. a quem o povo atribuía a mesma competência. reverendo José Augusto Tavares. 262. associações diversas. Misericórdia e hospital. fontes. cemitério. pág. ocupa-se dos morgados em Mirandela (alguns). que devemos ao ilustrado abade de Carviçais. frades trinos e seu convento. freguesia de Mirandela e suas anexas. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Paços do Concelho. concelho de Freixo de Espada à Cinta. edifícios escolares. Paço dos Távoras. voluntários realistas (1832-1834). O volume II. faleceu em Ligares. pontes de granito em Mirandela e Vila Nova. este. Parece que a influência de Sampaio entrou muito no julgamento para que Joaquim Amorim fosse dado como inocente. Bartolomeu do Mar. A voz pública indigitava este como o assassino de um tal Cordeiro. ou. foi secretário geral dessa administração. Pelos anos em que Sampaio esteve em Bragança casou com a viúva do capitão João de Amorim. o governo. 1888. Disse-nos o ex. cargo a que hoje corresponde o de governador civil. mas nunca veio exercer o cargo e Sampaio ficou governando Bragança até 1838. sem que jamais a polícia lograsse encontrar o seu redactor e a oficina onde aquele panfleto era impresso. e BAPTISTA. Conquanto não fosse administrador geral de Bragança. Esta viúva tinha dois filhos do seu primeiro matrimónio. distrito de Braga.mo sr. A. Teixeira de – O Sampaio da Revolução …. chamada D. temendo a grande propaganda que contra ele fazia Sampaio. que faleceu em 1844 (729). António José Ribeiro (1.º oficial aposentado do (729) VASCONCELOS. moradores na vila de Bragança. escondeu-se e começou a publicar clandestinamente o Espectro. Logo que triunfou a revolução de Setembro a 9 deste mês de 1836. que. Sampaio exerceu as suas funções e por isso o mencionamos nestas páginas. Lisboa. ao tempo redactor da Vedeta . A. p. como os próprios desse lugar nunca aqui apareceram. marido de uma Lucrécia. para evitar o cárcere. Foi ministro do Reino desde 26 de Maio a 3 de Junho de 1870 e presidente do ministério desde 25 de Março a 14 de Novembro de 1881. Maria de Barbosa Soares de Brito Sá Lenções. Quando foi da intervenção estrangeira em 1847. barão da Ribeira de Sabrosa. o chefe do ministério Manuel da Silva Passos nomeou Sampaio. mandou-o prender. de nomes: António e Joaquim Amorim. p. e. se vieram. 75. António Maria – Uma década da História Contemporânea.SAMPAIO 475 TOMO VII SAMPAIO (António Rodrigues) – O célebre jornalista da Revolução de Setembro e do Espectro nasceu na freguesia de S. Sendo este eleito presidente do ministério em 1839. foi de fugida. ano em que foi nomeado administrador-geral Rodrigo Pinto Pizarro. a 25 de Julho de 1806. secretário-geral da administração de Bragança. Manuel de la Concha cercava por terra aquela cidade. que uma esquadra inglesa bloqueou o Porto ao mesmo tempo que o general espanhol D. para onde partiu. como um raio. nomeou Rodrigues Sampaio administrador-geral de Castelo Branco. causando verdadeiro assombro não só a sua linguagem violenta mas também o modo como era largamente distribuído. concelho de Esposende. aparecia em toda a parte. Manuel de Castro Pereira era o administrador-geral. 61. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . no impedimento do conde de Sampaio foi governador da mesma província.DCC. juiz de fora e provedor na capitania do Pará. como se vê pelo Diário do Governo de 3 de Outubro seguinte. da Casa da Suplicação de Lisboa. SAMPAIO (Conde de) – Era governador das armas da província de Trás-os-Montes. como se vê do Almanaque para o ano de 1799. p. Antónia Teresa Teixeira Galvão. SAMPAIO (Francisco de) – Governador de Moncorvo. que se distingiu durante as guerras da aclamação – 1640-1668 (730). ouvidor. p. SAMPAIO (Francisco Xavier Ribeiro de) – Cavaleiro da ordem de Cristo. Sepúlveda continuava neste governo das armas em 1799. e faleceu entre os anos de 1812 e 1814. o brigadeiro Roberto Wrey (Almanaque de Lisboa para o ano de M. popular e ilustrada. (730) Ver tomo I. Antes de Sepúlveda. destas Memórias. vol. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .LXXXII). segundo se vê dos Almanaques desses anos.476 TOMO VII SAMPAIO Governo Civil de Bragança. Casou com D. de Pinheiro Chagas. onde concluiu o curso em 1762. facto a que também alude o autor do «Calendário Histórico» in O Primeiro de Janeiro de 1 de Março de 1907. provedor e intendente de agricultura na capitania do Rio Negro. desembargador da Relação do Porto e. 8. tomo VII. provedor da comarca de Miranda em 1781. XI. octogenário de uma memória pasmosa. doutor em leis pela Universidade de Coimbra. O seu retrato vem na Revista Contemporânea (1862) e na História de Portugal. e tomo VI. cavaleiro da Ordem Militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa por decreto de 31 de Agosto de 1863. ultimamente. e por seu legítimo impedimento sucedeu-lhe Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda a 11 de Novembro de 1793. Sampaio faleceu em Sintra às onze horas e meia da manhã de 13 de Setembro de 1882. 543 e 552. p. filha de João Teixeira Galvão. Veja-se a sua biografia na «Revista trimensal do Instituto do Brasil». 91. Leonor da Costa. 436. tomo IV. em Lisboa. 404. pág. durante algum tempo. capitão do regimento de milícias de Chaves. director da Real Fábrica das Sedas e sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa. de quem são estas notícias) que Rodrigues Sampaio estivera escondido em casa de José Marcelino de Sá Vargas. Nasceu em Mirandela a 13 de Agosto de 1741. e em 1805 (Almanaque do ano de 1805). durante mais de seis meses e dali publicava o Espectro. sendo filho de Luís Ribeiro de Sampaio e de D. pág. e do monumento e inscrição lapidar. Deixou mais as seguintes produções. que não se publicaram: Apresentação dirigida a S. de diferente génio das originais e compostas. caderno de Maio de 1790. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 1825. Saiu no tomo VI da «Colecção de Notícias para a história e geografia das nações Ultramarinas».º de 74 págs. 4. fez como ouvidor e intendente geral nos anos de 1774-1775. pág. págs. porque se tal se desse não exerceria a magistratura na sua terra. da – Dicionário Bibliográfico.º de VII-115 págs. Memória sobre as ruínas do mosteiro de Castro de Avelãs. Lisboa. imperador da Rússia.º de X-70 págs. sendo ouvidor e intendente geral da mesma capitania. Saiu no tomo I.SAMPAIO 477 TOMO VII Escreveu: Diário da viagem. F. que compôs sendo ouvidor da capitania de S. graças à dedicação de seu filho já citado. tomo XIII. (731) SILVA. p. Apêndice ao mesmo Diário. Lisboa. 8. 1816. Parecer sobre o que tinham feito José Feijó de Melo e Albuquerque e outros. de págs. 285. Publicaram-se por diligência de seu filho Francisco António Ribeiro de Sampaio. 97.. Traduzida da língua russa para a inglesa e desta para a portuguesa. Ver tomo VI. Oração à memória de Pedro o Grande. nos anos de 1774 e 1775. destas Memórias. Três dissertações sobre jurisprudência – Escritas em latim e dedicadas. O Portugal: Dicionário histórico. 200 a 273. José do Rio Negro. Lisboa. Extracto da segunda viagem. Relação geográfico-histórica do Rio Branco da América portuguesa. mas enganaram-se os dois. que em visita e correição das povoações da capitania de S. Saiu no tomo V das Memórias da Literatura da Academia Real das Ciências de Lisboa (1793) e anteriormente no Jornal Enciclopédico. todos os outros foram dados à estampa depois da sua morte. que em visita e correição das povoações da capitania de S. ao visconde de Vila Nova da Cerveira. diz que Francisco Xavier de Sampaio nasceu em Miranda do Douro e que era filho do capitão de ordenanças Luís Ribeiro de Sampaio e de D. que se acha na capela-mor da antiga igreja do mesmo mosteiro. da «Revista trimensal do Instituto do Brasil». 8. José do Rio Negro. Leonor da Costa. como se vê pelas datas das respectivas impressões (731). Inocêncio F. datada do Rio Negro. José do Rio Negro fez. Traduzidas do inglês de Adam Smith e anotadas. Este escrito foi o único publicado durante a vida do autor. M. 1816. 87 a 142. Papel feito por ordem de Martinho de Melo em 1780. Observações sobre a primeira formação das línguas. Pinheiro Chagas diz também no Dicionário Popular que nasceu em Miranda. com uma carta igualmente latina. Saiu na mesma «Revista». f. Anno Domini. 285.478 TOMO VII SAMPAIO Discurso que devia recitar quando tomasse posse do governo do Pará D. Neste mesmo ano mandou D. Briolanda de Melo. senhor de Ansiães. foi ferido pelos mouros no sítio do castelo de Benastarii. no conselho de Afonso de Albuquerque sobre se empreender a tomada de Ormuz. impressa num véu de cálix. de seda branca. artigo «Anciães». Maria de Melo. diz que faleceu em Lisboa em 1534 e foi sepultado numa capela que lhe pertencia no convento da Trindade. faleceu naquela povoação a 5 de Março de 1538 (733). com outros capitães. incapaz de compreender e executar o (732) Ver tomo VI. apesar dos esforços heróicos dos nossos. Retratos e Elogios …. Manuel por capitão geral e governador da Índia a Lopo Soares de Albergaria com uma armada de treze naus. Em 20 de Fevereiro de 1515 assistiu também na barra de Goa. valido do rei de Ormuz. no Dicionário Popular. onde muito se distinguiu. S. O. mais apressada ainda pela ida de novo governador. onde a vimos em 31 de Janeiro de 1927. Trinitatis Redemptionis / captivum. Esta tese. 1762 cum facultate superiorum. graças à obsequiosa benevolência do inteligente pároco Luís Praça (732). SAMPAIO (Lopo Vaz de) – Natural de Ansiães. Era filho de Diogo de Sampaio. Coelitum atque hominum / Aeterni Luminis / Filiae. em três pranchas. partindo depois para a Índia em 1512 numa frota de doze naus. filha de D. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Rodrigo de Meneses. e foi o primeiro a cravar o punhal em Raez Hamed. mas alguns autores dizem que faleceu a 18 de Abril. oitavo ou nono vice-rei da Índia. gravando-se-lhe na campa um epitáfio que o dava como vice-rei da Índia. V. distrito de Bragança. Conimbricae: ex Nova Typografia Academico-Regia. et C. Assistiu ao primeiro empreendimento deste grande português sobre Adém. cuja empresa já fora tentada pelo mesmo Albuquerque da primeira vez que ali fora. / Sanctissimae / invulgarissimo suo nomine venerada titulo / a Remediis suma veneratione cultae / Kospitio Ex Calceatorum S. se contarmos ou não o vice-reinado de Pero Mascarenhas. Pinho – Portugal Antigo e Moderno. Militar valoroso. que não se levou a cabo. João de Eça. Matri et Sponsae / Mariae / inquam. e de D. p. alcaide-mor de Vila Viçosa. e de D. que encontrou Albuquerque nas vascas da morte. Vilarinha da Castanheira. Guiomar de Eça. cercado por Afonso de Albuquerque. Pinheiro Chagas. Casara ainda antes de partir para a Índia com D. (733) LEAL. destas Memórias. que fazia grande dano aos portugueses. serviu durante onze anos na África. de uma das quais ele era capitão. foi defendida no quinto ano da sua formatura em direito canónico na Universidade de Coimbra e conserva-se na igreja matriz de Mirandela. oppido Mirandellae / D. deu ordem e fez jurar a todos os capitães daquele império e fidalgos presentes que obedeceriam a Sampaio enquanto durasse a sua doença e mesmo enquanto não chegasse novo governador. encontrando-se doente gravemente. A Índia torna-se então um El Dorado. Em 1524 voltou Lopo de novo à Índia numa frota de catorze velas. datado de Évora. pouco tempo esta honra. onde Afonso Mexia. onde aventureiros cobiçosos vão agenciar escandalosamente fortuna e não procurar honra em mavórticos feitos. este entregaria o governo a Pero Mascarenhas quando chegasse. Bem conhecido por todos devia ser o merecimento de Lopo Vaz de Sampaio. apareceu nomeado governador da Índia D. nomeado Lopo Vaz de Sampaio por alvará de 26 de Fevereiro de 1524. que saiu de Lisboa a 9 de Abril desse ano. o primeiro descobridor da Índia. fosse qual fosse o nomeado. dando causa a este retirar para o reino em companhia de muitos fidalgos. sobrinho de Afonso de Albuquerque. Novamente se abriram as sucessões e achou-se nomeado Pero Mascarenhas. e ia nomeado para a capitania de Cochim. era o comandante desta frota. entrando aquele logo na administração do governo da Índia. O conde da Vidigueira. entre os quais deve ter vindo Lopo Vaz de Sampaio. porém. mas Diogo do Couto. os feitos mais notáveis que operou são: atacou e destruiu no rio de MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . cujo governo foi também efémero. Gozou. Garcia de Noronha. almirante do mar Índico. lhe foi levar a notícia. ao que todos se obrigaram por juramento. que ao tempo estava por capitão de Malaca. abertas as sucessões. Henrique de Meneses. tendo previamente jurado nos Santos Evangelhos que entregaria o governo a Pero Mascarenhas apenas este voltasse. na qual ia como vice-rei da Índia. surdiram logo. julgou-se prudente abrir a terceira sucessão. na certeza de que. D. diz que foi no fim de Janeiro de 1526. que ao tempo estava como governador de Cochim. vedor da fazenda. porque. verdadeiro fundador do nosso império na Índia e o único homem que concebeu o modo racional e proveitoso de a administrarmos. e como só podia voltar dali a catorze meses e se estava em guerra com os reis de Calecut e de Cambaia. porque Vasco da Gama. As desinteligências entre Lopo Soares de Albergaria e D. Vasco da Gama. Como governador. continuador de Barros. pois faleceu a 23 de Fevereiro de 1527. Apareceu. de que morreu em Cochim a 24 de Dezembro de 1524. e por isso aquela nossa potência começa logo a declinar. segundo diz Lavanha na Década de Barros.SAMPAIO 479 TOMO VII grande plano de Albuquerque. constando de mais a mais que no Mar Roxo aprestava o grã-turco Solimão uma grande armada contra os portugueses. duma das quais era comandante. pois. a quem competiam estas coisas. em primeiro lugar. João de Eça pudesse impedi-los. Estas dissensões animaram os mouros das costas do Malabar. Mas Lopo Vaz de Sampaio não descansa sobre os próprios louros. apesar mesmo da opinião contrária dos seus. pelas alturas do monte Deli. Lopo Vaz fez prender Pero Mascarenhas na fortaleza de Cananor com outros fidalgos. Dos despojos que se dividiram pelos nossos soldados a nenhum coube menos de cem pardáus. dividindo em parcialidades. e ataca-os com energia. que. o senhor de Porcá. chamado vulgarmente Arel de Porcá. foi assaltada. fiado nas discórdias intestinas dos portugueses. Os malabares foram derrotados. seus parciais. que já ousavam afrontar a nossa gente de Cananor sem que o governador D. e em segundo Pero Mascarenhas. com o pretexto de irem tratar da sua justiça. Entretanto. como diz Barros. porém. Henrique de Meneses. tornou a Cutiale mais de oitenta peças de artilharia e queimou-lhe setenta e tantos paráus. treze dos seus navios e muita artilharia caíram em poder dos portugueses. com grande escândalo e detrimento para o domínio português. Foi tenaz a peleja. saqueada e incendiada e parte dos seus habitantes passados à espada e o resto cativos. chegavam à Índia cinco naus. por carta datada de Almeirim a 4 de Abril de 1526. vai mostrar-lhe como os seus juízos eram errados: ataca-os na sua própria cidade. comandada por Cutiale. ele. levantava agora altivo a grimpa. por último. mas o governador desta soltou-os. Isto originou graves dissenções entre Lopo Sampaio e Mascarenhas. depois de várias disputas. para decidir a quem pertencia o governo. e nelas nomeava para governador. duas léguas para cá da qual. marcha para Cananor. vinte e dois paráus e dezoito metidos a pique. sendo-lhes tomadas cinquenta peças de artilharia. Lopo Vaz resolve dar-lhes uma lição que lhes sirva de escarmenta. a armada do Samorim composta de mais de dez mil homens. apesar de se defender bizarramente como quem pugnava pela vida de mulheres.480 TOMO VII SAMPAIO Bacanor. junto a Cananor. filhos e próprios lares. que o julgou de justiça a Lopo Vaz por sentença de 21 de Dezembro de 1527. onde el-rei mandava novas sucessões caso falecesse D. que tinham o empreendimento por loucura temerária. a nossa gente da Índia. que já fora aliado dos portugueses. tendo ele apenas uma frota de sete velas. partidas do reino em 1526. encontra os paráus e fustas do Malabar. com ordem a Afonso Mexia para que não fizesse uso das que lá tinha. em número de cento e trinta. foi nomeado um tribunal arbitral. Lopo Vaz de Sampaio. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que durou um dia inteiro «e foi um dos honrados feitos que pelos portuguezes se fizeram n’aquellas partes». composto de certo número de fidalgos. com perda de oitocentos homens mortos e muitos cativos. bem equipadas e artilhadas. pelas alturas de Monte Formoso. XV. Neste intuito. pois era defendida por cerca de oitocentos mouros bem armados e artilhados. debaixo do comando de Alixiá. herdando com o sangue os brios de tão valoroso tio. Em Ormuz estava como governador. Sampaio marchou sobre ele em Janeiro de 1529 com uma armada de quarenta velas. nosso aliado. era com esse fim já mandado pelo rei e por isso se lhe não devia roubar essa glória. tinha andado por mandado do tio. Henrique de Meneses. Aproveitando-se deste grande feito. com uma frota e dois bergantins guardando aquela costa empestada dos Nautaques. na Índia assinalou o seu nome (734). mesmo já no tempo do governador da Índia D. (734) BARROS. cap. em vista do que marchou para Goa a 20 de Março de 1529. que ia como governador e que partira de Portugal a 18 de Abril de 1528. 309. reformada por Lavanha. Década IV. diz Barros. a cujo rei desbarataram igualmente. onde ia seu sobrinho Simão de Melo como capitão de um galeão. o rei de Cambaia trazia no mar oitenta fustas. (736) Ibidem. caindo todas as outras em nosso poder. (735) Ibidem. que juntamente com António de Miranda. Ao mesmo tempo. no que tiveram assaz trabalho. do livro II. que no rio Chale tomaram uma nau do rei de Calecut carregada de pimenta. em cujas águas as fustas inimigas estavam ancoradas. p. chamado Aires de Sousa de Magalhães. senhor de Chaul. Fernando de Eça. IX. quis Sampaio marchar sobre a fortaleza de Diu. A derrota dos inimigos foi completa: apenas sete fustas escaparam. Esta foi uma gloriosa vitória. outro sobrinho de Lopo de Sampaio. indo depois Cristóvão de Melo invernar junto de seu tio a Goa (735). valente e valoroso mouro. um tio de Lopo de Sampaio. tanto era o desalento dos inimigos. e talvez a tomasse. esperançoso mancebo que. cap. poupando-se assim o sangue que depois custou. que por vezes salteavam os navios vindos da Índia (736).SAMPAIO 481 TOMO VII Igual lição apanhou o rei de Cambaia. mas os fidalgos e gente de consideração escusaram-se. alegando que Nuno da Cunha. como capitão-mor de Ormuz. No dia de Cinza desse ano amanheceu Sampaio sobre Bombaim. João de – Ásia. onde tínhamos por governador Francisco Pereira de Barreto. Ainda durante o seu governo se notabilizou Cristóvão de Melo. seu cunhado. com três galeões carregados de mercadorias de el-rei. caps. que ousava mover guerra ao Nizamaluco. uma armada de cinquenta velas. de onde despachou logo para Ormuz D. um outro sobrinho de Lopo Vaz de Sampaio. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . XIII e XIV. tomando-lhe treze paráus com sua artilharia e cativando-lhe muita gente. que tem um par de colhões mais fortes que os pelouros dos teus baza- (737) COUTO.482 TOMO VII SAMPAIO de nome Diogo de Melo. não cedendo às ordens de D. desesperado. e sabe por certo que aqui estão portuguezes acostumados a matar muitos moiros. caps. junto com vários outros fidalgos. notável pela barbaridade com que tratava o guazil Rax Xarafo. e apeando-se do cavalo. que estava ajustado para casar com uma filha de Lopo Vaz de Sampaio. Heitor da Silveira promove contra ele uma conspirata. Henrique de Meneses que lhe mandava suspender tão cruel castigo. Então. pasmado de tanta audácia. que. Diogo do – Década IV. sem quase lhe dar de comer. conservando-o preso e amarrado como um cão debaixo de uma escada. sanhudo. exclama: «Por força a governo e por força a hei-de governar». no cerco de Diu pelo eunuco Solimão Paxá. lançando-lhe grilhais aos pés. Silveira. o que só teve lugar quando o próprio Sampaio ali foi em pessoa. seu genro in fieri. cavalga e vai ver como as coisas correm. levando-o depois para a fortaleza de Cananor Simão de Melo. furioso. que durante as dissenções deste com Pero Mascarenhas o prendeu. III e IV. António da Silveira era um digno genro de tão mavórtico governador. Também durante o governo de Sampaio teve a capitania de Goa António da Silveira. empunha uma lança. e que tem por capitão António da Silveira. povoadas de indomáveis carvalhos. cap. fogoso como era.. e por Pero de Faria. e livro II. Diogo do Couto refere deste governador uma anedota que pinta melhor que nada e caracteriza tipicamente a índole francamente brusca do trasmontano em cuja alma latejava a rigidez agreste das nossas montanhas. Sampaio rompe resoluto pelo meio da multidão e. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . fica como que petrificado e é preso juntamente com os fidalgos da sua facção. p. o que não teve efeito por o bravo militar perecer nesse cerco. livro I. não lhe sofre o ânimo ficar inactivo espectador. sem esperança de socorro e vendo-se prestes a ser aniquilado juntamente com a fortaleza. Nestes bruscos rompantes. No tempo em que as discórdias andavam mais acesas entre Sampaio e Mascarenhas. responde à ordem de rendição intimada pelo eunuco: «. o famoso herói do cerco de Diu. 123. Sampaio manda-os prender a 9 de Agosto de 1527 por António da Silveira. sobrinho de Sampaio (737). porém.. invade a casa de Heitor da Silveira. em Goa. irmão de sua mãe. Foi António da Silveira genro por palavras de futuro de Sampaio. que Lopo Vaz quer tomar por força a governança da Índia?». embraça uma adarga. VI. Heitor da Silveira exclama então para os seus: «Não vedes. senhores. tendo dela conhecimento. livro X. segundo diz Cantanhede. Seja como for. cap. livro I. João III. deveras interessante. caps. 421 e seg. e as fortalezas reparadas. a esquadra portuguesa augmentada. Pero de Mascarenhas. Pinheiro – História de Portugal. isto é. Comtudo. destas Memórias. a 25 do mesmo mês. VI e VII. nos ordenados de dois anos. casto. João de – Década II. e que produzem um fermento de indisciplina que nunca mais se ha de apagar na India. que não encontrou nos cartórios do reino onde a procurou. Chaul e Cananor. que eram de dez mil cruzados por ano a cada governador e os mais prós e percalços. mas que D. «É incontestavel – diz um outro escritor – que o usurpador (Lopo Vaz de Sampaio) desenvolveu muito talento e actividade. publicamos a fala justificativa de Lopo Vaz a el-rei D. Francisco de Andrade. depois da sentença arbitral que deu o governo da Índia ao seu competidor. V e IX. voltou para o reino. e que esterilizou as brilhantes qualidades militares e administrativas de Lopo Vaz de Sampaio. capitão que fora de Ormuz. João III lhe perdoara. constante na justiça. p. VIII. Gaspar – Lendas da Índia. XII. que lhe valeu o perdão.. caps.. XIII e XIV. IV. (739) BARROS. parte II. I. cortês e afável (739). pop. maculando o seu governo com o pecado original de uma ambição desregrada. «O governo de Lopo Vaz de Sampaio torna-se celebre pelas intrigas vergonhosas. e igualmente foi preso seu tio Diogo de Melo. na Vida de D.SAMPAIO 483 TOMO VII liscos. diz que Sampaio esteve preso dois anos e fora condenado na perda dos ordenados de governador da Índia. 78. que não ha medo nenhum a quem não tem colhões nem verdade e de judeu faz traição» (738). LIV. des(738) CORREIA. II. dão testemunho dos seus predicados governamentaes» (740). cap. II. caps. onde. I e III. cercou Goa de fortes muralhas. VI. p. V. caps. sendo ambos remetidos para o reino sob custódia. onde requereu contra ele as perdas dos seus ordenados. IV. onde Lopo Vaz lhe fez entrega do governo da Índia. João III. cap. Lopo Vaz foi muito esforçado. em harmonia com a provisão de el-rei que para isso levava. livro VII. e livro II. e depois em Cochim. sendo Lopo Vaz condenado em vinte mil cruzados. (740) CHAGAS. que dão em resultado não menos vergonhosas discordias. No tomo VI. atendendo aos seus bons serviços. Nuno da Cunha chegou a Cananor a 18 de Novembro de 1528. em mais dez mil cruzados de pena e degredado por certos anos para África. livro III. Cambaya sente o pezo do seu braço. como informa Maffei que segue a Cantanhede. vol. Década III. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . foi este preso por ordem de Nuno. livro IX. Década IV. e atribui isso a aleive levantado por Cantanhede. foi atendido. e ilustr. rigoroso no castigo dos malfeitores. engrandeceu as cidadellas de Ormuz. mas João de Barros nega tal condenação. reformada por Lavanha. º. onde terminou a vida gloriosa. Também vem nos Retratos e Elogios e na Galeria dos Vice-reis e Governadores da Índia Portuguesa. terror da Asia. canto XII. por José Maria Delarme Colaço. vê-se como Pinheiro Chagas e os que o seguem se enganaram. LXII.. envenenado o rei de Tidor. cheio de tribulações (744). não nego que Sampaio Será no espaço ilustre assinalado Mostrando-se no mar um fero raio Que de inimigos mil verá coalhado» (743). Do que deixamos escrito. (745) MACEDO – Olisyp. que deve estar na Biblioteca do Rio de Janeiro. O seu retrato anda na obra de Diogo Barbosa Machado. indo morar no seu solar de Ansiães. duque de Bragança. A Lopo Vaz de Sampaio aludem os seguintes versos dos Lusíadas: «. «Este que tem a vista em fogo acesa É Lopo Vaz. tomo IV. (741) Histoire du Portugal.. Lopo Vaz de Sampaio usou legitimamente. (743) CAMÕES – Lusíadas. Retratos de Varões Ilustres Portugueses. depois de um tratado de alliança. e não merece a nota de usurpador que escritores malévolos e levianos lhe assacam (742). p. Pinho Leal diz que Sampaio.. Pinho – Portugal Antigo e Moderno. que ilustra os de Sampaio. estância LIX. Jaime. a solicitar a paz.. Fernão Lopes de Castanheda. 159. como lhe pertencia por ordem régia. canto X. dedicada aos ilustres descendentes de tais heróis. XI. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . refere-se largamente a este grande bragançano. (742) Vide Documentos inéditos do Arquivo dos Governadores em Pangim. vendo tão mal recompensados os seus brilhantes serviços. na História dos descobrimentos da Índia pelos portugueses. est.. queimou Porcá e reduziu Badhur.484 TOMO VII SAMPAIO truiu a frota do Çamorim e de Diu. cap. Lisboa. in-4. A prudência igualando à fortaleza Se fará conhecer na guerra um raio» (745). e matado Raez Achmet. Exproba-se-lhe o ter devastado indignamente as Molucas. 1841.. se retirara para Espanha onde viveu alguns anos e só voltou a Portugal a instâncias do seu parente D. Mas a promptidão com que entregou o governo a Nuno da Cunha. (744) LEAL. No entanto os seus feitos têm o cunho da imortal glória e mereceram a celebração dos homens mais distintos.. do governo da Índia. deixa ver que o homem se julgava senhor do governo e só depois que viu o dito Nuno da Cunha mandado pelo rei se sujeitou immediatamente» (741). artigo «Carrazeda de Anciães». quando todo o mundo esperava que a sua ambição o levaria a resistir-lhe. Tem uma filha do primeiro casamento. concelho de Carrazeda de Ansiães. de onde só regressou em 1914. da mesma cidade. Cerveira. Leite Pereira. Antigo oficial da armada real portuguesa. 1899-1900. Pinto. Manuscrito. Assentou praça na Escola Naval em 1889. condecorado com as medalhas militares de prata de comportamento exemplar e da rainha D. cavaleiro das ordens da Torre e Espada e de S. Noronha. Lemos. senhor das casas de Ribalonga e de Espinhosa. Magalhães. p. senhora da casa da Fábrica. Bacelar. em Trás-os-Montes. senhor da casa de Ramalde. Brito. senhora da casa de Vilar de Ossos. que estava na praça de Almeida em 1810 quando se deu o desastre (746). Maria Henriqueta. Araújo. Melo. com a proclamação da República. Maria dos Prazeres da Silva da Fonseca de Meneses Cirne. Bento de Avis. Carvalho. Portugal. Amélia. concelho de Vinhais. fólio de I-XII-273 págs. SAMPAIO (Manuel Diogo de Sampaio Melo e Castro) – Capitão de infantaria nº 24. com o brasão de Sampaio e Melo e árvore de costado dos actuais representantes da família do autor.SAMPAIO 485 TOMO VII Embora muitos escritores censurem a Lopo Vaz de Sampaio a extrema ambição. e de D. Barroso.º tenente em 1895 e a 1. Em 1910. e de D. Madureira. abandonou a carreira militar e foi para o estrangeiro. Mariana Augusta da Silva Freitas de Meneses de Sousa Cirne. ambas filhas de Pedro da Silva da Fonseca de Cerveira Leite e Bourbon. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Massarelos. tendo sido comandante da Escola de Alunos Marinheiros – corveta «Estefânia» – surta no rio Douro. Guedes. Pimentel. comemorativa das campanhas de África. Meneses. todos concordam que «se mostrou digno de exercer o governo da India». e seus parentes. das casas de Ribalonga e Espinhosa. Gama. Bourbon. Pereira. Baía. 165. destas Memórias. filha dos terceiros viscondes de Montalegre. Escreveu: Tentativas genealógicas ou Esboço dum nobiliário da família Melo e Sampaio. Cirne. Azevedo. Inês Cândida Vaz Guedes Pereira Pinto Bacelar. no Porto. Sam- (746) Ver tomo I. foi promovido a guarda-marinha em 1892. Rebelo de Sousa.. Casou duas vezes: a primeira. em 1900 com sua prima D. Morais. Trata das famílias: Almeida. com as legendas «Namarrais» e «Camboemba». É filho de Manuel de Melo Vaz de Sampaio. Chaves. a 2. SAMPAIO (Miguel de Melo Vaz de) – Natural de Ribalonga (?). Porto. e a segunda em 1910 com sua cunhada D. a ilegalidade e iniquidade da sua conduta.º em 1902. Pereira de Penedono. nº 64 da secção de «Mass. Isabel de Morais. pág. SANTA ANA (Frei Diogo de) – Augustiniano. (749) Ver tomo VI. CHAGAS. artigo «Santa Ana (Frei Diogo)».º. Sá de Albergaria. na Biblioteca Nacional de Lisboa. 11. p. 223. apesar da carência de fundamento sério para tal. 1638 (748). S. Inocêncio F. destas Memórias.486 TOMO VII SAMPAIO | SANTA ANA | SANTA ÁQUILA | SANTA BÁRBARA paio.º Visconde de Montalegre – Um documento histórico importante. 141. Col. Vasconcelos e Vanzeler. Deixou manuscrita a seguinte obra. (747) SOARES. Artigo publicado no jornal de Lisboa Portugal em 1910. Era filho de Manuel de Morais Pimentel e de D. Pombalina»: Memorial fidelíssimo da nobilíssima ascendência e antiga genealogia de Bento de Morais Pimentel. p. cofre do antiquíssimo e nobilíssimo apelido dos Morais Pimentéis. S. p. 1916. João e S. e formado pela Universidade de Salamanca. Domício. e tomo VI. e SILVA. Missionou na Índia e foi provincial dos Gracianos e deputado da inquisição de Goa. destas Memórias. 1640. Era natural de Vila Franca de Lampaças. Guerra Peninsular – 1. Arcádio. 419. nos reinos de Portugal e Província de Trás-os-Montes. Instruções para a oração e um Vocabulário.. de 39 fls. Silva da Fonseca. S. sem nome de autor (747). S. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . S. Sotomaior. Eduardo de Campos de Castro de Azevedo (Carcavelos) – Bibliografia Nobiliárquica Portuguesa. II. como demonstrámos no tomo I. (748) SOARES. vol. Verdadeira relação do grande e portentoso milagre que aconteceu em Santo Crucifixo do coro da igreja das Freiras de Santa Maria de Goa. Epárquio. distrito de Bragança. com assinatura autógrafa do autor. Pinheiro – Dicionário Popular. da –Dicionário Bibliográfico. SANTA BÁRBARA (barão de) – Bernardo Baptista da Fonseca e Sousa Morais Sá Pereira do Lago foi agraciado com aquele título em atenção aos seus feitos militares prestados durante a guerra peninsular e lutas constitucionais (749). Galicano Ovino. Santa Pelágia. Teixeira. Lisboa. de que existe uma cópia in-4. Eduardo de Campos de Castro de Azevedo (Carcavelos) – Bibliografia Nobiliárquica Portuguesa. Silva. em 8 de Fevereiro de 1636. Távora. cujo solar é o castelo de Bragança. Teodósio. Paulo são apontados ainda por alguns escritores menos criteriosos como naturais de Bragança. Professou no convento da Graça de Lisboa em 1594 e faleceu em Goa a 6 de Outubro de 1646. SANTA ÁQUILA. S. destas Memórias. reputada cismática (752). que lhes davam as suas esmolas. no baptismo recebeu o nome de Manuel. De uma carta do padre Domingos Pires. que lhe não permitia apresentar-se à autoridade eclesiástica secular. do outro não sabem o nome. (751) SILVA. chamava-se Sebastião. Foram depois para Moredo. «Frei Sebastião – diz noutra carta o pároco de Salsas. freguesia a que pertence Moredo – veio aqui aportar. publicado ao que parece no mesmo anno. muito procurados pelas pessoas de piedade. mulher de José Gonçalves. Vieram de Chacim. pois no artigo «Francisco Xavier Gomes de Sepúlveda» damos a descrição desse escrito. sustentando o pensar dos mónacos em muitos escritos que deixou manuscritos (750). mas nem ele nem algum dos seus fizeram a tal capela. acima citado. da Companhia de Jesus. devido talvez à sua intransigência política. concelho de Macedo. pároco de Castelãos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Diz-se que Frei Sebastião faleceu em Arrifana. segundo creio. em 1836 e que provocou em resposta um Exame critico. prestando ele aqui os seus serviços. e um deles. José da Silva Rebelo e de Francisco Xavier Gomes de Sepúlveda. Diz-se que um homem de Arcozelo é que lh’a mandou fazer. p. Diz-se ainda que êste frade era de (750) Vide o que dissemos ao tratar do bispo D. destas Memórias. Fomos nós mais felizes. sendo enterrado a ocultas. Frei Sebastião era um panfletário violento. recortamos estas notícias: «Estiveram em casa das Almendras. que mudou para Sebastião na profissão monástica. se sabe ao certo. a 29 de Janeiro de 1785. Nasceu em Carvas. 579. (752) Ver tomo IV. Viviam sob o mais rigoroso sigilo. Na lista dos frades existentes ao tempo da supressão das ordens religiosas não figura o seu nome. avós do notável orador sagrado padre Joaquim da Costa. concelho de Murça. dois franciscanos durante sete anos. concelho de Macedo de Cavaleiros. porém. porém. como sucedeu a várias outras pessoas. Frei Sebastião de Santa Clara era irmão de Ana da Costa ou Maria Ana da Costa. muito conceituado pela sua virtude.SANTA CLARA 487 TOMO VII SANTA CLARA (Frei Sebastião de) – Missionário do extinto seminário de Vinhais. tendo muitas vezes de sair de casa para se esconderem nos montes. concelho de Macedo de Cavaleiros. Inocêncio F. freguesia de Valongo. Nem um nem outro escrito me foi possivel ver» (751). Escreveu: Voz da Verdade aos portugueses seduzidos pelo erro. concelho de Bragança não sabendo se ali morreram». «Opusculo impresso. dirigida ao padre Joaquim da Costa. Eram. Andava escondido por casa de pessoas amigas e provavelmente o seu óbito não constou oficialmente. de Arrifana. da – Dicionário Bibliográfico. nada. manuscritos existentes no Museu Regional de Bragança. chamado vulgarmente “Padre Manuelico”. Ex. o qual em alguns dias tornou a aparecer. e este respondeu: «Quando eu era criança (nasci em 1868) ouvi falar de um frade que vivia na freguezia da Açoreira.ª Direcção de Avulsos 1837 a 1838».ª fará dar. e «2. Nos «Códices Avulsos desde 1834 a 1835». escreveu sobre o assunto ao reverendo José Augusto Tavares. Aqui não ha documentos. pode muito bem acontecer que o dito Fr. desejoso de esclarecer a vida do seu parente e supondo que de Moredo tivesse ido para Moncorvo. abade de Carviçais. Sou informado d’esta circumstancia por pessoa de confiança que não era capaz de me illudir. existente no arquivo do Museu Regional de Bragança. Seria este o Frei Sebastião de Vinhais ou seria outro?». acompanhado d’outro individuo de desconfiança. Ainda hoje se fala nele como um verdadeiro santo. talvez se encontrem no mesmo convento outras pessoas perigosas á segurança publica. dirigido pelo governador civil de Bragança ao seu colega de Braga: «Sendo muito conveniente capturar-se o famoso sectario da uzurpação Fr. Este livro foi para ali do governo civil deste distrito. Sebastião esteja alli homiziado. há várias cartas dos governadores civis às autoridades subordinadas. Sebastião que pertenceo ao extincto convento de Vinhaes.. fólio 34. Refere-se ao nosso biografado o documento seguinte. Ex. fólio 158. dêste concelho (Moncorvo). Transcrevemos estas passagens das cartas citadas. um grande orador sagrado e muito esmoler. nem se sabe qual é a campa em que foi sepultado». escri- (753) Livro I e II Confidencial. Ministério do Reino 1835 a 1837». «Livro I. porque algo fazem à vida de perseguidos que os egressos anticonstitucionais levavam. se assim o julgar conveniente. a ponto de morrer sem sapatos – diziam os seus colegas antigos. Bragança. Deus Guarde. V. e constando-me que o convento da Falperra está arrendado a um Donato dos mesmos sentimentos e como o dito convento esteja situado em lugar ermo. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . porque consta ter desaparecido d’estes sitios.488 TOMO VII SANTA CLARA Vinhais. 6 de Julho de 1836» (753).ª porém dará a esta communicação o valor que o seu prudente arbitrio lhe dictar. fólio 88 v. um varão de excelente virtude.. embora pouco adiantem. Na busca que V. segundo o informe que lhe deu uma pessoa velha de Vinhais. O padre Joaquim da Costa. na província de Castela-a-Nova. por mais que se ocultasse. O seguinte facto. faleceu em Évora a 23 de Setembro de 1624 e aí jaz no convento dos carmelitas descalços de Nossa Senhora dos Remédios. capitão da Guarda Nacional da Torre de Dona Chama.SANTA CLARA | SANTO ALBERTO 489 TOMO VII tas entre 1834 e Junho de 1838. parece-nos que ele se ausentou logo do distrito de Bragança e morreria por este tempo. e o secretário da Câmara Municipal de Santalha. Sendo os Pessanhas tão preponderantes em todo o concelho de Mirandela e no de Macedo de Cavaleiros e por ambos eles a sua família tão espalhada. onde se notabilizou pelas virtudes da paciência. Entrou depois para o convento dos carmelitas descalços de Salamanca. aplicando-se nas horas vagas ao estudo do latim. que em dois anos que ali esteve aprendeu regularmente. prenderem o frade. relatado mui sinceramente pelo cronista da ordem. SANTO ALBERTO (Frei Gonçalo de) – Natural da Matela. todos fogosos constitucionais. mas não consta o dia nem o ano. apesar de tão apertadas ordens. concelho do Vimioso. Em Abril de 1611 esteve prestes a marchar para a missão do Congo. no convento que aí tinha a sua ordem. que havia pedido ardendo no desejo de pregar aos infiéis a palavra divina. O Hagiológio Lusitano diz que faleceu a 10 de Abril. onde morreu. penitência e humildade. recomendando com a máxima urgência a prisão de Frei Sebastião de Santa Clara. como as crónicas da ordem memoram. concelho extinto hoje e incorporado no de Vinhais. tendo não menos influência neste último concelho e no de Bragança a família do visconde de Paradinha de Outeiro e no de Moncorvo a do general Claudino Pimentel. escapar à sanha dos seus perseguidores. a cuja ordem pertencia. o que não se realizou por ter revogado a licença o geral da ordem. “parecendo-lhe que MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Entre os mais entusiasmados por essa captura. tal a vontade que lhe tinham. Foi depois passar um ano no deserto de Bularque. Em 1610 veio para Portugal e foi feito conventual do convento de Lisboa. e foi talvez como criado com mancebos de Miranda para Salamanca onde estudava cânones. quase pondo-lhe a cabeça a pregão. não duvidando este último propor nas cortes o incêndio de algumas povoações miguelistas suas vizinhas. Era filho de pobres lavradores. de quem desaparece o rasto pelos anos de 1838. pois seria difícil. vindo depois para o convento de Évora. e não sendo possível. mas devemos seguir a versão do cronista da ordem. mostra bem quanto Frei Gonçalo era invulnerável às tentações chichais: «Uma bonita molher teve artes de se introduzir de noite no aposento do nosso Gonçalo quando estava ainda em Salamanca. destaca-se Domingos António Pessanha. onde se tornou tão distinto.490 TOMO VII SANTO ALBERTO | SANTO ÂNGELO sua bella figura ajudada da ocasião renderia o mancebo” pois não houve nada d’isso. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . concelho do Mogadouro. p. livro III. cap. onde logo deu mostras do seu grande talento. pois assistiu com os primeiros ao levantamento dos alicerces do convento de S. falecendo no colégio de Figueiró a 17 de Dezembro de 1638. SANTO ÂNGELO (Frei Domingos de) – Carmelita descalço. o pobre diabo. onde. Álvaro Manrique de Zuniga. pois a insinuações de D. XXVI. Pedro de Pastrana na província de Castela-a-Nova. Frei – Crónica dos Carmelitas descalços particular de Portugal e Província de S. n. Martinho do Peso. no dizer das mesmas crónicas. Ali prestou grandes serviços na conversão daquela gentilidade. confessada do mesmo bispo. referente ao dia 10 de Abril. marquês de Vila Manrique. onde nasceu pelos anos de 1562. com o título de vice-rei. que lhe obteve «Breve de transição» do papa Clemente VIII. Belchior de. Regeu esta cadeira até que Filipe II. e entrou no convento de S. Sebastião do México. diz a crónica de onde tiramos estes apontamentos. e de tal ordem que o diabo os invejava e se punha mesmo levado de mil diabos pelas almas que o nosso frade lhe arrebanhava. Um dia. mas permaneceu nela pouco tempo – apenas nove anos –. e por isso é chamado um dos fundadores da província de Santo Alberto dos Índios de Espanha. concluído o noviciado. Bento do Escorial [11]. no intuito de o precipitar nos infernos (754) SANTA ANA. natural de S. que continuou no Escorial as suas eruditas prelecções de retórica. se ordenou de presbítero. A convivência com os frades levou-o a abraçar a ordem.os 739 a 744. impingiu-se como criado em casa de um ricaço. não podendo já sofrer mais. da ordem de S. Jerónimo. onde memora as virtudes do nosso conterrâneo. bispo de Tarragona. «que a fama não se cançava de pregar que renascera n’elle Tullio e tornara ao mundo Quintiliano». Filipe. Devia ser isso! (754) Lá diz o Hagiológio Lusitano. mas foi imediatamente após estes. tomo I. recentemente convertido. como querem alguns escritores. o pudico mancebo correu sobre ella com um facheiro de palhas obrigando-a a fugir “mais fria de medo do que alli veio amante”» diz a crónica. «que parecia ter por materna a lingua latina». desejando fundar no convento de S. Foi cursar a Universidade de Salamanca. pediu catedráticos a Salamanca e entre outros foi-lhe enviado o nosso conterrâneo. e por isso o proveram na cadeira de retórica dessa Universidade. Frei Diogo de Hiepes. uma secção de estudos. reformada por Santa Teresa de Jesus. passou para a ordem dos descalços do Carmo. que era para notar «o rigor com que castigava a rebeldia da carne e a reduzia ao spiritu». Não foi dos primeiros frades que em 1585 foram missionar para o México quando para ali partiu D. 511. comprando o terreno para a fundação na rua de S. XXVIII a XXXIII. Ao ilustrado abade de Podence. sendo o primeiro que o governou com este título. da sua ordem na província de Portugal. não pela pretensão. voltou para o convento de Lisboa e depois para o de Figueiró. No capítulo geral de 1616 foi eleito prior do convento de Aveiro. onde efectivamente veio a falecer com fama de virtudes reais. Pouco depois foi mandado para o convento de Lisboa. junto ao lugar da Sé. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . existente na capela de Azibeiro. Belchior de – Crónica dos Carmelitas descalços …. lançando a primeira pedra e levantando o convento em condições habitáveis. tivera o de vigário. agradecemos esta notícia. Paulo. S ANTOS (Valentim Marcelino dos) – Doutor nas faculdades de leis e cânones da Universidade de Coimbra. transferência por ele mesmo pedida ao provincial por ser mais retirado do bulício do mundo e conseguintemente mais próprio para acabar sossegadamente seus dias na meditação das coisas divinas. pois os religiosos tinham vivido até aí numas casas de empréstimo. tomo II. Não indicam tipografia nem ano de impressão. dos quais o demónio se deu por bem feliz em o deixar escapulir. que não dormia e tinha dedo para aquelas coisas. o lugar de sacristão. pertencentes a Gil Homem da Costa. chegou a Roma mas nada conseguiu. porque o seu antecessor. freguesia de Podence. cap. mas pelo modo como a queriam levar a cabo. servindo de véu de cálix. reverendo Vicente Carneiro. Pela comunidade do México foi depois mandado a Roma para obterem a erecção de província independente da de Espanha. deixadas as pieguices chochas das crónicas da ordem (755). concelho de Macedo de Cavaleiros. Findo o triénio do seu priorado. durante alguns anos. Mas Frei Domingos. Com esmolas que conseguiu aumentou grandemente esta casa de Aveiro. pespegou com a benta estola em cima do lombo do diabo e logo a seguir uma boa dose de exorcismos. Foi juiz de fora (755) SANTA ANA. dedicadas a Nossa Senhora da Penha de França. sem mais nunca ter tentações de mexer com os conversos do nosso conterrâneo. que era justa e tanto que foi depois atendida.SANTO ÂNGELO | SANTOS 491 TOMO VII mal o visse caído em pecado mortal. p. 714 e seg. Frei José Maria. onde exerceu como castigo. SANTOS (Bernardo Pereira dos) – Há dele umas conclusões teológicas (tese) impressas em três planas em seda cor-de-laranja. formado em 1826. onde o puniram. recentemente fundado. venerada na mesma capela. e foi até preso por mandado do geral da ordem e remetido para Madrid. escapado de um naufrágio e de um ladrão que se deixou embaçar pelo frade. livro VI. É possível que o autor fosse natural da referida povoação de Azibeiro. p. ou de opposição aos ministerios do conde de Thomar. acerca da Arquiconfraria do Santíssimo Coração de Maria. Além de várias publicações que nada fazem ao nosso propósito. Tem em preparação: Notas de medicina popular transmontana. pelos anos de 1794 e faleceu nos fins de 1861 ou princípios de 1862.º de 102 págs. Pinho – Portugal Antigo e Moderno. que mais tarde se converteu na Revolução de Setembro. da – Dicionário Bibliográfico. artigo «Zoio». SÃO JOÃO (Luís Álvares de Távora. Francisco Jerónimo da Silva. conde de) – Governador das armas da província de Trás-os-Montes pelos anos de 1661 (757). concelho de Bragança (758). a última das quais foi na da Fronteira. Nasceu em Poiares. pertencentes ao partido progressista. (757) Ver tomo I. notas etnográficas. mas não posso dizer a certeza» (756). SÃO JOSÉ (Frei Caetano de) – Virtuoso frade grilo (agostinho descalço). com muitas ilustrações. «Tenho ideia – diz o autor que vamos seguindo – que ainda collaborou posteriormente em algumas folhas politicas do Porto. 1846. (758) LEAL. escreveu: Estudo antropológico e etnográfico da população de S. Escreveu: Cartas ao Sr. Nasceu em Barcelos a 21 de Maio de 1901. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 540 e 555. Maria Luísa Cardoso. 8. Separata dos «Trabalhos da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnografia». O dólmen de Vilarinha da Castanheira. Notas sobre o Castro da Cigadonha (Carviçais). Porto. Pedro (Mogadouro). Era natural de Zoio. jornal político começado em 1838. Porto. comarca de Moncorvo. destas Memórias.. O transmontano (judeu?) de Vilarinho dos Galegos e algumas considerações sobre os seus usos e costumes. e tomo IV. 1924.º Juntamente com José Estêvão Coelho de Magalhães e Manuel António de Vasconcelos foi primeiro fundador e redactor de O Tempo. deputado às cortes constituintes em 1837 e juiz de direito efectivo em 1841. p. Estudo antropológico e etnográfico dos transmontanos de Moncorvo. Inocêncio F. filho de Joaquim Rodrigues dos Santos e de D. 96 e 97. (756) SILVA. que professou no convento de Setúbal a 23 de Janeiro de 1786. Notas sobre a Civitas Baniensis (Vilariça – Moncorvo). 8. e Contribuição para o estudo do espólio osteológico das grutas de Santo Adrião (Vimioso). cargo que exerceu em várias comarcas. O Centro Oleiro de Felgar (Moncorvo). SANTOS JÚNIOR (Doutor Joaquim Rodrigues dos) – Assistente da Faculdade de Ciências do Porto e preparador-conservador do Museu Antropológico da mesma.492 TOMO VII SANTOS | SANTOS JÚNIOR | SÃO JOÃO | SÃO JOSÉ em Freixo de Espada à Cinta em Junho de 1834. Tomou ordens de presbítero. em acção de graças pela prodigiosa preservação de sua majestade fidelíssima o senhor D. SARMENTO (Alexandre Tomás de Morais) – Primeiro visconde do Banho. arcebispo de Sevilha.º (759) Dicionário Bibliográfico. etc. (759). professou em 1594 na ordem dos carmelitas descalços e foi um dos fundadores da Tebaida das Batuecas. nasceu em Valladolid em 1562. celebrou o senado da Câmara Municipal de Miranda. (760) Informações da autoridade eclesiástica. Faleceu em 1623 no convento de Velez. e legislação pátria. 4. Formulário de secretários (manuscrito). 312. português. (761) Ver tomo VI. filho da «famosa Cecilia de Merillas» e de António Sobrinho. 1613. provincial da província de Castela-a-Velha e definidor geral da sua ordem. natural de Miranda. da Conceição e o ser apresentado sem fazer concurso na freguezia de Alfama» (760) [12]. nasceu na cidade da Baía (Brasil) a 11 de Abril de 1786 (761). Escreveu: Sermão gratulatório no tríduo que. Salamanca. pelo que não só grangeou a estima geral. Discursos de um perfeito superior (idem). SARAIVA DA GUERRA (Henrique Daniel) – Das suas benemerências fala o seguinte documento: «São bem conhecidos os relevantes serviços. SÃO JOSÉ (Frei Manuel de) – Trino. Escreveu: Apontamentos gerais para um sistema provisional da pública administração. Londres. 1832. p. José I. Rodrigo de Castro. Escreveu: Compendio de las fiestas solenes que en toda la España se hicieron en la beatificación de nuestra madre Santa Tereza. e nos hábitos formados pelo direito consuetudinário.º de 6 (inum. logo que seja restaurada a legítima autoridade da Rainha Fidelíssima a Senhora Dona Maria Segunda. e melhoria da sua saúde. História da Religião dos Carmelitas Descalços (idem). prestou á religião e ao Estado por ocasião do terrivel flagelo do Cholera-morbus e febre amarella. conviveu intimamente com o cardeal D. fundado na Carta. Foi prior do convento de Segóvia. S.SÃO JOSÉ | SARAIVA DA GUERRA | SARMENTO 493 TOMO VII SÃO JOSÉ (Frei Diogo de) – Chamado no século Diogo Sobrinho. 1760. 4.)-28 págs. destas Memórias. tomo XVI. maço Correspondência no Museu Regional de Bragança. natural de Bragança. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que quando Parocho de Poiares [concelho de Freixo de Espada à Cinta] e depois na freguezia de Alfama. mas tambem mereceu o ser condecorado com o habito de N. 1 vol. a 26 de Maio de 1758 (762). clérigo in minoribus. nascido em Vila Nova em 1788. nasceu a 20 de Janeiro de 1796. e materna do capitão Domingos Pires Rosa e de D. neto paterno de António da Veiga de Sequeira. de Vila Nova das Patas. do lugar de Abambres. SARMENTO (Francisco Caetano de Sousa) – Natural de Alfândega da Fé. Foi padrinho o doutor Luís António de Sousa. Ana Pinto. abade de Sobreiró.º de XXVI-336 págs. Pedro A. Thompson. Maria Rosa. FERREIRA. p. 403. Ano de 1883. Sintra (Londres) Printed by L. Francisco António de Araújo. de Chacim e aquele de Mirandela. Francisco Manuel da Veiga de Sequeira Baía Sarmento e de D. É livro não vulgar. capitão-mor de Frechas. foram padrinhos em 1794 de uma Ana Joaquina. nasceu a 18 de Abril de 1795 em Mirandela. Francisco. artigo «Miragaia». e de D. concelho de Carrazeda (762) LEAL. esta neta é filha do Pinheiro e a mulher dele deve ser filha do fidalgo de Abambres ou de sua família. Portanto. e sua mulher D. natural do lugar de Selores. e sua neta D. neta paterna do capitão Miguel Pires Pinheiro e de D. filho do capitão-mor de Mirandela. de 1568 a 1796»). de Rabal. ambos de Contins. da quinta de Golfeiras. (763) Ver tomo VI. Ana Pinto Pinheiro. 8. de Selores. paroquianos desta freguesia de Santo António de Vila Nova (anexa de Mirandela). Luísa Antónia Benedita de Morais da Mesquita e Sousa. Doutor António José de Figueiredo e sua mulher D. onde era abade de Miragaia. António Pinto. Pinho. e materno de Nicolau de Sousa Gomes e de D. Mirandela. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Ana Maria de Sousa Rosa. («Livro dos baptizados de Vila Nova. doutor formado em cânones pela Universidade de Coimbra. Luzia Esteves de Figueiredo. Joaquina foram padrinhos em 1794 de uma Joaquina nascida em Mirandela.494 TOMO VII SARMENTO Adscrito ao nome de Alexandre Tomás de Morais Sarmento encontrámos mais: Rusell de Albuquerque – Conto por Um Português. destas Memórias. Maria Joaquina de Sá Sarmento. À margem deste assento há uma nota moderna que diz a propósito do padrinho: «o fidalgo António Pinto de Abambres». freguesia de Mirandela. – Portugal Antigo e Moderno. do lugar de Vila Nova. Nasceu a 7 de Agosto de 1728 e morreu no Porto. Leonor Luísa de Morais da Mesquita Pimentel. SARMENTO (Matilde Rosa) – Filha do doutor António José Pinheiro de Figueiredo Sarmento (763) e de D. capitão-mor aposentado. foram padrinhos de um neófito a quem deram o nome de Francisco. se bem que a sua família residia em Barreiros. XCV. dizem que nasceu em Bragança) em 1700. Maria.º de XX-157 págs. Era filho de Pedro Ferreira de Sá Sarmento. foi para Paris onde seguiu o de medicina. porém. (765) Ibidem. p. SARMENTO (José Joaquim de Morais) – Nasceu em Bragança a 31 de Janeiro de 1804. e a avó paterna. Lisboa. nascido em Bragança em 1691 (765). destas Memórias. prior de Nossa Senhora da Assunção. concelho de Valpaços. Leonor Maria da Encarnação de Morais da Mesquita. de que era presidente Chateaubriand e à qual pertenciam Lamartine. tio materno do baptizado. com um mapa. em que se doutorou. nasceu a 6 de Setembro de 1798. António. tomo V. como todos os seus irmãos. irmã dos precedentes. Nasceu no Vimioso (alguns escritores. em Mirandela a 25 de Agosto de 1802. Escreveu: Instrução militar para o serviço da cavalaria e dragões. 34 v. foi intérprete de línguas junto do ministério dos Negócios (764) Ver tomo I. da vila de Cernache. 104. Foi general e governador da província de Trás-os-Montes em 1762.SARMENTO 495 TOMO VII de Ansiães. p. nasceu. 1723. irmã dos antecedentes. Foram padrinhos: o tenente de cavalaria Luís Manuel de Morais da Mesquita Pimentel e Sousa. e por ocasião da invasão espanhola houve-se com valor. ficou habilitado para as funções de contrastador. Feitos os preparatórios em Coimbra e o primeiro ano do curso de matemática. cavaleiro professo da ordem de Cristo e sargento-mor do regimento de dragões de Castelo Branco. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 4. nasceu a 7 de Janeiro de 1797. ignora-se a data do seu falecimento. Foi preparador dos cursos de medicina e de química do professor Duvergie. naturais de Selores. nasceu a 10 de Fevereiro de 1800. desta foram padrinhos: Francisco Xavier de Morais da Mesquita. e tendo frequentado o laboratório da casa da moeda. Em 1827 foi nomeado professor da Sociedade das Boas Letras de Paris. SARMENTO (Francisco José) – Fidalgo da casa real.) Cândida. e sua irmã D. SARMENTO (Estêvão de Morais) – Governador de Vinhais. Vítor Hugo e outros. Joaquina Barbosa. filha dos mesmos. tios maternos da baptizada. irmão da precedente. SARMENTO (Jacob de Castro) – Famoso escritor judeu. («Livro dos baptizados de Mirandela». que se distinguiu nas guerras da aclamação – 1640-1668 (764). fl. 1856. p. Recife. que se distinguiu em 1808 na revolta contra os franceses em Bragança (767). SARMENTO (José Vicente de Abreu) – Tenente-coronel. Universal. Ameaçado de grave moléstia pulmonar. Foi chamado para prestar serviço em todas as epidemias de cólera e febre amarela e exerceu a clínica sem aceitar retribuição. No Arquivo Médico Brasileiro..º 14362 págs. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Nos Arquivos dos Conhecimentos Úteis. F. de 1848. Notícia necrológica do Sr. (767) Ver tomo I. comendador da ordem de Cristo e oficial da da Rosa. Escreveu: Memória comparativa dos trabalhos de medicina legal de Orfila e Duvergie. 8. (de José Joaquim de Morais Sarmento e outros).º gr. Actas da sessão da Academia das Ciências de Paris (28 de Julho de 1851. no Diário de Pernambuco e no Progressista. do Brasil. que auxiliou pecuniária e inteligentemente. de Faria. na tip.º de 37 págs. Pernambuco. Recusou os cargos de professor do liceu de Pernambuco e do Ginásio do Recife. deixou Paris e foi para o Recife. 1844. 33. na tip. tomo XIII.496 TOMO VII SARMENTO Estrangeiros e colaborou em 1824 nos Novos Anais das Ciências e Artes e no Arquivo dos Conhecimentos Úteis.. e era cavaleiro da Legião da Honra. Em 1838 foi eleito membro correspondente da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa. V. artigos.. 1865. Reforma eleitoral – Eleição directa. Foi médico do Hospital Português e director do Gabinete Português de Leitura de Pernambuco. José Eustáquio Gomes. IV. 92. (766) Dicionário Bibliográfico. 4. 131.. organizou a Sociedade de Medicina Pernambucana e colaborou nos Anais dessa Sociedade. com análises da quantidade de ácido carbónico contido no ar.ª. do Jornal do Recife. destas Memórias. concorrendo muito para o seu desenvolvimento. na tip. Recife. 1862. Colecção de. Recife.º com retrato. p. de M. tomo XXXII). naturalizando-se cidadão brasileiro. 8. com retrato (766). pág. e uma de índice. Saíra antes nos Anais da Medicina Pernambucana. na província de Pernambuco. de Santos & C. pertenceu também à Sociedade Lineana de Bordéus e a outras corporações. Joaquim Jerónimo Serpa. Notícia biográfica do dr. Observações meteorológicas feitas em Pernambuco em os anos de 1842 a 1844. 1854. na tip. de 51 págs. ambas publicações francesas. Discurso pronunciado na abertura das aulas do Ginásio Pernambucano. Notícia biográfica do conselheiro Francisco Xavier Pais Barreto. 4. 1 vol. é filho de Francisco Bernardino Sarmento de Macedo e de D. p. seda cor-de-laranja. alcaide-mor de Bragança em 1671. pertenceu à livraria do conde de Castro e Sola (771). Mariana de Lobão e sobrinho de Pedro de Figueiredo Sarmento. É dedicada à Virgem da Soledade (sem mais indicação de lugar) e impressa de frente em três planas. Tomou parte na revolta contra os franceses em 1808 (772).SARMENTO | SARMENTO DE MACEDO 497 TOMO VII SARMENTO (Manuel António) – Oficial de infantaria nº 24. (772) Ver tomo I. 136. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . num véu de cálix. Título dos dourados (idem de 18 págs.). SARMENTO (Tomás Inácio de Morais) – Desembargador. José. Árvores de costado (idem). Maria Josefina de Sousa Freire Pimentel. de Francisco de Oliveira (de Coimbra?). e tomo VI. desembargador da Casa da Suplicação e provedor da Alfândega de Lisboa. destas Memórias. Tip. defendida (em Coimbra?) em 1738. Escreveu: Analgesia cirúrgica por injecções subaracnóides de cocaína – Tese inaugural apresentada à Escola Médico-Cirúrgica do Porto. 1913. Fez os estudos liceais em Bragança e os de medicina no Porto. Maria Ana. de Áustria. que igualmente se distinguiu na mencionada revolta (769). do conselho da rainha D. 166. SARMENTO DE MACEDO (António Maurício) – Doutor em medicina. p. p. destas Memórias. (770) Ver tomo I. que estava na praça de Almeida em 1810 quando se deu a formidável explosão (768). a 1 de Setembro de 1876. concelho de Macedo de Cavaleiros. destas Memórias. com larga tarja muito ornamentada. onde terminou o curso em 1901.º (768) Ibidem. Escreveu: Famílias portuguesas (manuscrito). p. 8. era filho de Manuel de Mariz Sarmento e de D. Tip. Nasceu em Pinhovelo. (771) SOARES. Porto. Nasceu em Bragança. p. 130 e 139. de Campos de Castro de Azevedo – Bibliografia Nobiliárquica Portuguesa. 1901. tomo III. que também foi alcaide-mor de Bragança por carta de 12 de Outubro de 1688 (770). (769) Ver tomo I. natural de Moncorvo. SARMENTO (Pedro de Mariz) – Cavaleiro da ordem de Cristo. da Real Oficina de S. SARMENTO (Matias José) – Há dele uma tese sobre direito canónico. 323. SARMENTO (Manuel Ferreira de Sá) – Sargento-mor do exército. 264. Autógrafo encadernado. onde era director da fabrica do Filaterio e Escolas de Fiação da Sêda. destas Memórias. SEABRA (Jorge Leite Pereira de Almeida e) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. 514 e 517. (773) Ver tomo VI. e de D. natural de Pousa Flores. impregado na fabrica de sedas de Chacim. nascido a 27 de Março de 1766. ver tomo II. recebedor da comarca de Vinhais. falecido em Março de 1906). natural de Vila Flor. naturaes de Turim (Italia). «1 – CAETANO FILIPE ARNAUD. onde tratámos largamente desta indústria no distrito de Bragança. moradora em Chacim. de Carviçaes. Casou na cidade de Castelo Branco.498 TOMO VII SEABRA | SEDA SEABRA (Antero Falcão Leite Pereira de) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. tendo nascido em Vila Flor a 17 de Janeiro de 1864. o artigo Seabra (Antero Falcão Leite Pereira de). requereu em Junho de 1790 dispensa de banhos para casar com Rita Joana. Ver tomo VI. maço Casamentos – Chacim. impregada na mesma fabrica. Foi deputado em 1870 pelo círculo de Mirandela e administrador do concelho e presidente da câmara municipal na sua terra natal. destas Memórias e. onde concluiu o curso em 1858. juiz da Relação do Porto. director da criação e fiação de seda na fábrica de Chacim. em cuja cidade faleceu a 19 de Janeiro de 1928. destas Memórias. p. onde concluiu o curso em 1890. falecendo ali a 15 de Março de 1906. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . residente em Chacim. proclamou-se em 1793 para casar com Rosaria Gonçalves. concelho de Moncorvo. piemontez de nação. neste volume. 514 e 517. pág. págs. concelho de Macedo de Cavaleiros. «2 – FILIPE ARNAUD. (774) Museu Regional de Bragança. havendo nascido em Vila Flor a 11 de Agosto de 1835. filho de José Maria Arnaud e de Victoria Arnaud. concelho de Miranda do Corvo. Escreveu: Breves apontamentos para a história genealógica de algumas famílias da província. Ignoramos se este é Caetano Arnaud. deputado às cortes em 1870 e recebedor na comarca de Vinhais. SEDA – Para a bibliografia referente ao fabrico da seda. filha de José Gonçalves Matias e de Maria João» (774). prima do lente de matemática doutor José Falcão. anos de 1902 e 1903 (773). O Primeiro de Janeiro de 23 de Março de 1906 inseriu o seu necrológio. 470. de Valverde. Era filho do doutor Jorge Leite Pereira de Almeida e Seabra (advogado. piemontez de nação (Italia). Cândida Francisca Fernandes Falcão. Saiu na Enciclopédia das Famílias. mencionado como sócio correspondente da Academia Real das Ciências em 1817 pelo Almanaque de Lisboa desse ano. pinhoellas. concelho de Macedo de Cavaleiros. conforme a de 1561. velludos lizos e lavrados. (776) Ibidem. que afirma sentenciosamente: «Um engano de afeiçam he mais brando que veludo de Bragança» (777). de Freixedelo» (775). (778) BORGES. natural de Bemposta. pezador. Escreveu: Palavras dum convertido. p. Pedro a restableceo mandando vir da cidade de Toledo. Neste volume narra o autor a sua conversão ao catolicismo. importa a féria dos officiaes cada dia 152:000 reis e com o consumo do fabrico se cria muita e excellente seda. fl. A fábrica de seda de Bragança esteve «quasi extincta e o senhor Rey D. SEIXAS (Adriano Zózimo de Morais) – Professor de instrução primária. concelho de Villa Flôr» (776). escrivão. proclamou-se em 1794 para casar com Catarina Lamas. de onde se conclui que só pela cultura sericícola tal facto se podia dar. 460 deste tomo. A perícia dos sericícolas bragançanos passou mesmo à literatura. edição de 1919. e de Maria Fernandes Soares. «3 – VICENTE CORTE. 7 (mihi). officiaes e o insigne mestre Eugenio Gomes a que dava tença. de – Comédia Eufrosínia. para ensino dos naturaes: lavrão-se roupas lizas de todo o genero. em que a folha das amoreiras vem mencionada como coisa de notável valor. nos lugares do termo.SEDA | SEIXAS 499 TOMO VII termo de Bragança. para o que ha Casa de Alfandega com juis. pág. Ver o artigo Sá (José António de). que os mais se ocupão em mantos de pezo. consta hoje somente de 30 tornos e 350 teares. J. quatro guardas de cavallo e dous de pé» (778). natural de Sampaio. de Vilar do Monte. feitor. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e lhe pôz n’esta cidade casa pública. exara-se uma sentença dada em Bragança a 16 de Agosto de 1480 e transcrevem-se outras duas dadas em 1477. outros com o contrato a fazem provida. (777) VASCONCELOS. pertencente ao doutor António Henrique de Figueiredo Sarmento. de Valverde. 22. reino de Piemonte (Italia). filha de Xavier Braz. F. segundo vemos de Jorge Ferreira de Vasconcelos. 1926. morador em Chacim. sellador. Num pergaminho que vimos. damascos. (775) Ibidem. Porto. 8.º de 173 págs. da cidade de Mondevi. onde era cardador de sêda. José Cardoso – Descrição topográfica da cidade de Bragança. manuscrito feito pelos anos de 1721-1724. concelho do Mogadouro. a propósito da posse do dito lugar de Vilar do Monte. Faleceu em Vairão (Vila do Conde). Foi par do reino em 1880.500 TOMO VII SEIXAS Ao nosso prestante informador doutor Casimiro Henrique de Morais Machado. amigos e criados. Porto.. merece que façamos aqui especial menção da sua memória. SEIXAS (Henrique) – Doutor em medicina.. SEIXAS (Manuel António de) – Este capitalista. devemos os elementos para este artigo.. de accordo com o ministro do Reino.. e tenciona ir frequentar a Paris a especialidade de «Pediatria». 1928. Deixo trinta contos de inscripções para o seu rendimento ser applicado á creação em Moncorvo de uma escola de instrucção primária ou secundaria. pelo bom emprego que soube fazer de seus bens. natural de Moncorvo.º de 84 págs. Fala assim o seu testamento: «Deixo ao hospital da villa da Torre de Moncorvo quatro contos de réis. cuja fortuna se elevava a perto de dez mil contos de réis. são os competentes para receber o legado e dar cumprimento á minha disposição. onde é Delegado de Saúde. Estudou preparatórios no colégio de Lamego e no liceu de Bragança e medicina na Escola Médica do Porto. Deixo á Associação dos Albergues Nocturnos de Lisboa dois contos de reis» (779). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Escreveu: Os crimes dos epilépticos – Tese de doutoramento. Seixas foi para Lisboa em criança a chamamento de um irmão e adquiriu ali a fortuna no comércio. Nasceu em Moncorvo em Setembro de 1808 e faleceu em Lisboa às 8 horas da noite de 9 de Outubro de 1895. Deixo quatro contos de reis para estabelecimentos pios e de caridade de Lisboa e dois contos de reis para os de Moncorvo. Desde 1923 tem exercido a clínica na província de Moçambique. Era filho de Luís Gonçalves de Seixas e de D.. Nasceu em Moncorvo a 23 de Agosto de 1899. A camara municipal de Moncorvo. que por seu comportamento e applicação forem dignos d’esse beneficio. do Mogadouro. distribuidos ao prudente arbitrio dos meus testamenteiros. Depois de chamar como herdeiros dos dois terços da sua grande fortuna seus dois filhos naturais (pois nunca havia casado) Júlio Henrique de Seixas e Henrique Júlio de Seixas. distribuiu largamente o outro terço por parentes. filho de João José de Seixas e de D. separando-se do rendimento cento e vinte mil reis para annualmente se distribuir em roupa e calçado pelos alumnos pobres. Deixo dois contos de reis para esmolas a pobres de Lisboa e deixo quinhentos mil reis para os pobres de Moncorvo. Guilhermina Augusta Galo. 8. Francisca Inácia de Seixas. (779) O Nordeste de 15 de Outubro de 1895. e se isto puder ser feito na villa da Torre de Moncorvo. e bem assim todas as despezas que haja a fazer inherentes ao meu casal. attendendo a que o meu fim com esta disposição é ser util por forma duradoura aos desventurados. No caso de que haja impossibilidade. ou grandes difficuldades em realizar esta minha disposição. preferindo a villa de Moncorvo por muitas razões» (780). em princípios de Janeiro de 1904. para o dito Conselho de Beneficencia o applicar. o remanescente que ficar. especialmente creanças desamparadas ou velhos impossibilitados. creado no ministerio do Reino. de accordo com o ministro do Reino. na fundação ou ampliação de algum estabelecimento de caridade. para onde fora de tenra idade. providenciarão o que tiverem por melhor. representou ao governo em 15 de Fevereiro de 1896 pedindo a criação de uma escola secundária com dois professores. sob as ordens e superintendencia do ministro do Reino. a remuneração aos meus testamenteiros adiante indicados. que mais util seja aos desvalidos. irmã de Manuel António de Seixas.SEIXAS 501 TOMO VII Depois. que o guinda às culminâncias de benemérito de proveitosa e grata memória: «Depois de pagos os legados acima mencionados. e esteja liquidado. A Câmara Municipal de Moncorvo. e confio no seu bom criterio. se entregará ao Conselho Geral de Beneficencia. sobrinho de Manuel António Seixas. onde nasci. Era filho de Francisco António de Meireles e de Antónia Inácia de Seixas. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . ou a qualquer outra entidade que o venha a substituir para o mesmo fim. adquirida no comércio daquela cidade. também natural de Moncorvo. no sentido que mais se harmonise com os meus desejos acima expostos. faleceu em Lisboa o capitalista Francisco António Meireles. A 30 de Janeiro de 1916 inaugurou-se em Moncorvo o «Asilo Francisco António de Meireles» para crianças e inválidos pobres (Diário de Notícias). é o que muito desejo. que igualmente deixou grande fortuna. pois que é uma terra de muita miseria. indicando as cadeiras que (780) Gazeta de Bragança de 10 de Março de 1907 e O Nordeste de 18 de Abril do mesmo ano e de 12 de Julho de 1908. os meus testamenteiros. As manigâncias políticas que houve com os legados Seixas e Meireles mostram bem a bandalheira que é a política entre nós e a falência que do bem geral têm os políticos. ou que derivem das disposições d’este meu testamento. É interessante esta cláusula do testamento de Seixas. como legatária na parte respectiva. Fez a campanha da guerra peninsular. Foi governador civil do distrito de Bragança por decreto de 6 de Abril de 1893. aritmética. a 27 de Março de 1853. Nasceu em Ribandar. Ver tomo I. correspondência e escrituração comercial. sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa e da Real Academia de História de Madrid e comendador da ordem de S. págs. fecundo escritor e jornalista. SEPÚLVEDA (António Correia de Castro). bem como as publicações atrás citadas. artigo «Magalhães Sepúlveda». pág. sendo por decreto de 11 de Março seguinte criada a «Escola Seixas». que ensinaria francês prático. apensaram-lhe indevidamente o legado Meireles. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . SEPÚLVEDA (Bernardo Correia de Castro e) – Coronel de infantaria. É de ver que todas estas reviravoltas gravitavam em torno da grossa maquia que os legados Seixas-Meireles prometiam e que na imprensa e no parlamento se esmurravam reciprocamente os contendores na ânsia do bem público. sempre admirável quando exercido pelos seus apaniguados e sempre detestável no caso contrário (781). Joana Correia de Sá Vasques e Benevides. regendo-se nela as disciplinas gerais do curso dos liceus até ao terceiro ano. e. Por decreto de 2 de Março de 1910 foi extinta esta nova fase da Escola Seixas. Por outro decreto de 29 de Agosto de 1905 foram colocados três professores na escola. como o legado Seixas não chegava para tanto. um director e pessoal menor serventuário. geografia e economia elementar. o Portugal de 13 de Setembro de 1908 e o extracto da sessão da câmara dos deputados de 8 de Julho deste último ano. Era filho do tenente-general Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda e D. natural do Rio de Janeiro. depois visconde de Ervedosa. Bento de Avis. A sua biografia e retrato encontram-se no Portugal – Dicionário histórico. SEPÚLVEDA (Cristóvão Aires de Magalhães) – Capitão de cavalaria. 130 e 137. e tomo VI. 742. merecendo ser condecorado pelo rei de Espanha com a Cruz de Distinção na batalha de Albuera a 16 de Maio (781) Veja-se a Gazeta de Bragança de 19 de Julho de 1908. Tiago e de outras corporações científicas nacionais e estrangeiras.502 TOMO VII SEIXAS | SEPÚLVEDA cada um devia reger. comendador da ordem da Torre e Espada e cavaleiro da de S. Nasceu em Bragança a 20 de Agosto de 1791 e faleceu em Paris a 9 de Abril de 1833. 17 de Janeiro de 1909 e 13 de Março de 1910. lente da Escola do Exército. destas Memórias. criando em sua substituição uma Escola Elementar de Comércio com um só professor. Goa. 993. sem data (mas cremos ser de 1821). F. etc.SEPÚLVEDA 503 TOMO VII de 1811 e louvado na «Ordem do dia» de 23 de Julho de 1812 pelo seu comportamento na batalha de Salamanca (782). sob o título – Obras várias – H. popular e ilustrada. de um regenerador da patria e de um dos que primeiro fez soar no Douro o grito da liberdade que á causa da patria prestou relevantes serviços» (783). 192. (783) Galeria dos Deputados das Cortes Gerais extraordinárias e constituintes ….34. que no dia 16 desse mês entrara no Porto (782) CHABY – Excertos históricos. VIII. A 18 de Agosto de 1818 foi recebido no Sinédrio o coronel Bernardo Correia de Castro Sepúlveda. e vol. havendo antes sido promovido a brigadeiro. pág. Ver tomo I. p. em 1823. Depois da queda da Constituição. Fazia parte do estado-maior da repartição do ajudante-general. da – Dicionário Bibliográfico. Sequeira. e tomo VI. Inocêncio F. José de Arriaga.. de Pinheiro Chagas. emigrou para França malquistado com todos os partidos e lá faleceu. Foi deputado às cortes constituintes em 1821 pela província de Trás-os-Montes. (784) SILVA. 55. artigo «Retratos por ordem alfabética». destas Memórias. nas quais nunca falou. A. (785) SILVA. vol. e posteriormente na qualidade de deputado da Junta Suprema Provisória do Governo do Reino. p. etc. então coronel do regimento de infantaria nº 18 praticou em dia 24 de Agosto de 1820. III parte. p. 560. também outro bragançano que muito contribuiu para essa revolução. Encontra-se igualmente nesta colecção o retrato de Domingos António Gil de Figueiredo Sarmento.º de 14 págs. p. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Lisboa. p. 4. Inocêncio F. 168 e 177. Este opúsculo é de tal qual importância para a história dos acontecimentos políticos daquele tempo (784). intitulada «Retratos dos membros da Associação começada no Porto em 22 de Janeiro de 1818 e das mais pessoas que com eles cooperaram para a Revolução Política de 24 de Agosto de 1820» (785). 76. vem também o retrato de Sepúlveda acompanhado de algumas notas biográficas. p. tenente-coronel de infantaria nº 6. IV. diz que este opúsculo está na Biblioteca Nacional de Lisboa. etc. 1822) na colecção de Francisco António da Silva Oeirense. H. Na História de Portugal. da – Dicionário Bibliográfico. Escreveu: Alicerce da Regeneração Portuguesa – Memória das providências e operações a bem da regeneração nacional. Em 1823 foi nomeado comandante da força armada na capital. 704. O retrato deste notável bragançano encontra-se gravado em Lisboa por G. na História da Revolução Portuguesa de 1820.. V. vol. de Queirós (desenho de D. 3. em nota. 130. na Tip. Rolandiana. e como era de esperar de um dos mais firmes apoios do systema constitucional. «cumpre-nos dizer que o seu voto foi sempre liberal. no entanto. que o brigadeiro. chefes do movimento revolucionário. não toma resolução alguma relativamente aos mesmos e nada diz aos que o iam consultar sobre o que deviam fazer. como efectivamente teve. aquartelado no Porto (788). à frente dos seus respectivos regimentos. o «ultimo d’este notavel corpo e um dos mais dedicados e efficientes membros d’elle até 1823. todavia.504 TOMO VII SEPÚLVEDA com o regimento de infantaria nº 18. irmão do conde de Amarante. Canavarro. (787) Ibidem. Nova ed. coronel de artilharia nº 4. por último. 652. A proclamação deste tinha mais serenidade e tom de convicção. que muitos e valiosos serviços prestou a esta causa e foi o bravo Domingos António Gil de Figueiredo Sarmento. Simão José da Luz Soriano (786) diz que o Sinédrio se organizou sem cooperação maçónica. que nas suas «Memórias» afirmava o contrário. à vista de tanta franqueza e audácia e do tom firme com que estas coisas eram ditas. onde este fez erigir um altar de campanha e celebrar missa. I. 634. p. cônscio da sua força. p. a gente com que contava e a inutilidade da resistência. I. como o coronel Grant. e entre eles outro bragançano ilustre. aos quais se juntou Sebastião Drago Valente de Brito Cabreira. relativamente aos que o tinham precedido e também a esses treze membros que eram como que os fundadores. Sepúlveda. mais tarde. 652 e seg. Sem a cooperação de Bernardo Sepúlveda talvez a revolução tivesse abortado. julga impossível evitar os acontecimentos. Na manhã do dia 24. Sepúlveda e o coronel Gil de Figueiredo. dirige-se ao quartel-general no dia 22 daquele mês e ano e expõe ao general Canavarro os planos do movimento. sendo mações quase todos os seus membros. reuniram-se no Campo de Santo Ovídio. vol. Simão José da Luz – História do Cerco do Porto. com uma força desta unidade. conseguiu harmonizá-los e destinaram o dia 24 de Agosto de 1820 para fazerem estalar o movimento. ilustr.os 18 e 6. tenente-coronel do regimento de infantaria nº 6.. deve entender-se na ordem cronológica. cap. infantaria n. não concordavam no modo de dirigir a revolução e fins dela. Por último. porque Manuel Fernandes Tomás e António da Silveira Pinto da Fonseca. Sepúlveda ficou sendo o número treze do Sinédrio. em que se bandeou miseravelmente com o partido absolutista. p. esta seita teve. influência sobre ele. (786) SORIANO. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . como aquele historiador demonstra contra José Maria Xavier de Araújo. e nunca julgar-se que depois essa associação não adquirisse mais membros. que o desprezou» (787). em seguida à qual ele e Sepúlveda fizeram a proclamação às tropas. (788) Ibidem. nova luz assoma. É em nome e conservação do nosso augusto soberano.SEPÚLVEDA 505 TOMO VII Eis o seu conteúdo: «Soldados! acabou-se o soffrimento. Luz – História do Cerco do Porto. 657 e seguintes. magistratura e Universidade. tomo I. que fora convocada. cap. I. vol. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . deve a cada um de nós a nação a sua segurança e tranquilidade. um soldado portuguez proximo a mendigar uma esmola!. Santifiquemos este dia. João VI! Viva o exercito portuguez! Vivam as Côrtes e por ellas a Constituição Nacional!» (789). A patria em ferros. João VI. Em seguida dirigiram-se os comandantes das tropas à casa da câmara. Desfez-se a treva. voemos à nossa salvação propria. e seja este o grito do nosso coração: Viva el-rei o Senhor D. p. Os soldados que compõem o bravo exercito portuguez hão-de correr a abraçar a nossa causa. Assim como nossos esforços são puros e virtuosos. nobreza. porque é igualmente a sua. José de – História da Revolução Portuguesa de 1820. porque cada um de vós os sente. João. Vamos com os nossos irmãos d’armas organizar um governo provisional que chame as côrtes a fazerem uma constituição. Camaradas. não consentir os tumultos. cuja falta é a origem de todos os nossos males. Os homens sabios tem de desenvolver um dia este feito. nós devemos.. que ha-de governar-se. Soldados! não deveis medir a grandeza da causa pela singeleza do meu discurso. IV. (789) ARRIAGA. nossos sacrificios baldados. 687.. Tende confiança n’um chefe que nunca soube ensinar-vos senão o caminho da honra. portanto. Soldados! a força é nossa. e SORIANO. p. A nossa santa religião será guardada. espalhado em muitos exemplares caídos dos camarotes: Dias dourados que viu Grécia e Roma Vão ser teus dias Lísia afortunada! Tocou nos céus a tua voz magoada. a vossa consideração perdida. que ficou composta de quinze representantes do clero. o Senhor D. assim Deus os ha-de abençoar. Se a cada um de nós deve a patria a salvação. Quando nele entraram os chefes principais do movimento o entusiasmo foi enorme e por entre os espectadores correu este soneto. vinde commigo. e aí se organizou a «Junta Provisional do Governo Supremo do Reino». Na noite desse dia 24 de Agosto a Companhia de Actores Nacionais preparou um brilhante espectáculo no teatro de S. Soldados! o momento é este. maior que mil victorias. províncias. É desnecessario o desenvolvel-os. chamae os legisladores vossos. Portuguezes! Tomae a balança desenganadora da razão e da justiça. «Viva Cabreira!». A prisca liberdade agrilhoada Das mãos do Porto a Lísia hoje retoma. José de – História da Revolução…. vossos deveres. E os brados de: «Viva Sepúlveda!». atravez da impostura. 1821. do vicio. Corruptos adoradores da escravidão. nada pôde embargar o impeto varonil e virtuoso do amor da patria. vossas obrigações. não os codigos que a cobiça e interesse particular e a (790) ARRIAGA. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e a mascara que acobertava o despotismo cahiu á mão do esforço. Sebastião Drago Valente de Brito Cabreira e Bernardo Correia de Castro e Sepúlveda. «Viva o bravo Gil!». Torcei os olhos á razão. Lisboa. por Nicolau Francisco de Castro e Meneses.. foram segundados vossos desejos. indómita barreira Que mais viva opressa não consente.. Cheio de glória. Caiu da intriga a máscara dourada. p. Gostosa aceita. IV. Já não é esta a vez primeira Que ele os ferros quebrara à lusa gente. contém vinte e três sonetos no sentido do acima mencionado. da tyrannia. 695.mos Srs. que vae assentar-se na seda inflexivel da justiça e julgar imparcial vossos delictos. da prudencia e da constancia! Em vão a hydra da devassidão. multiplicam as gargantas auri sedentas e torpes. que se esforçava em salvar ás bordas do abysmo em que balançava. «Viva o herói Silveira!». debalde a corrupção devastava com seu bafo pestilente os arrancos da honra. do vilipendio e da intriga.506 TOMO VII SEPÚLVEDA Cessou dos males a infinita soma. Sepúlveda e Cabreira. vol. A Lira Patriótica ou Colecção de sonetos dedicados aos Il. «Viva a liberdade!» eram freneticamente repetidos por milhares de bocas (790). Traidores das virtudes. Ei-los aí!. laureada a frente. Lá surgira a verdade. a patria é salva! despotas.mos e Ex. No dia 26 de Agosto de 1820 dirigiu Bernardo Sepúlveda aos portugueses esta proclamação: «Portugueses! Eis ahi cumpridos os nossos votos: eis ahi franqueada a vereda que irriçaram os crimes atropelladores da nossa liberdade! Foram escutados nossos mormurios. para com a soberania e vassalagem. tão pura como a luz.. O general António Marcelino da Vitória foi encarregado do outro corpo e instalou-se na província da Beira com o fim de se apoderar das margens do Vouga e impedir assim as comunicações do «Supremo Governo» com as províncias do Norte. Sepúlveda partiu com efeito do Porto no dia 28 de Agosto. senão os direitos indeleveis que a natureza gravara no coração humano com caracteres que debalde a força. encarregou o coronel Sepúlveda de ir levantar o grito por todas as povoações vizinhas e de obstar às manobras dos generais inimigos. O conde de Barbacena foi o encarregado de comandar um dos três corpos de exército. em vista disto. Sepúlveda seguiu depois para Oliveira de Azeméis. Sepúlveda dirigiu-se àquela autoridade e com as suas maneiras afáveis. e em nome deste ordenou que se pagassem todos os géneros necessários para o fornecimento das tropas. No mesmo dia chegou à Vila da Feira. Taes devem ser os vossos e taes os meus sinceros votos. (791) ARRIAGA – História da Revolução…. de que se fala acima. ou o sophisma tentará apagar. 697.SEPÚLVEDA 507 TOMO VII malversão enredara. sua atitude decidida e palavras insinuantes convenceu-o logo a aderir à causa e providenciou para que todos os dinheiros existentes nos cofres fossem entregues ao «Supremo Governo». O governo de Lisboa organizou três corpos de exército para obstar ao progredimento da revolução do Porto. «a fim – diz ele nas suas Memórias – de os povos não sentirem a menor oppressão possivel e conhecerem logo. que estabeleceu o seu quartel-general em Chaves a fim de defender as duas províncias do Douro e Trás-os-Montes. de um destes corpos foi encarregado o conde de Amarante. a justiça do fim a que nos dirigiamos». onde o juiz de fora tinha hesitado no procedimento a seguir e se tinha oposto até à convocação da câmara a fim de prestar o juramento. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . passava revista às tropas e determinava outras providências atinentes ao bem da causa que defendia. que imediatamente levantou o grito da sua liberdade. depois passou a Albergaria-a-Velha. O governo do Porto. organizados pelo governo de Lisboa e estabeleceu o seu quartel-general em Rio Maior. Vigiae cuidadosos vossos interesses. a argucia. onde a presença do ilustre e simpático militar animou logo a população. p. Que a minha patria amei e a minha gente» (791). pretendendo defender a Estremadura de qualquer tentativa do Porto. pela suavidade dos meios. Eu d’esta gloria só fico contente. vossa segurança. como na Vila da Feira. Nestas excursões providenciava relativamente aos dinheiros públicos. No dia 30 chegou Sepúlveda àquela cidade. Sepúlveda chega a Coimbra no dia 1 de Setembro. verdadeiros pontos estratégicos. convocada por ofício dele. Coimbra tinha grande importância para obstar à invasão da Beira e conservar esta província em comunicação com a Estremadura e Lisboa. As excursões de Sepúlveda atrás mencionadas. Para o governo de Lisboa. Sepúlveda dirige as suas vistas para a província da Beira e pretende atacar Vitória mesmo no coração daquela província. pois que se lhes adiantou levantando as povoações das margens do Vouga. na qualidade de emissário do «Governo Supremo» ele entende-se com todas as autoridades. depois do dia 24 de Agosto. prestou juramento ao governo do Porto. No dia 29 de Agosto Sepúlveda fez o reconhecimento de todas as posições do Vouga e foi pernoitar a Angeja. sendo remetidos para ali. Não desconhecemos os serviços que Gaspar Teixeira de Magalhães Lacerda prestou à causa da revolução em Trás-os-Montes. não deu tempo a que Vitória e Pamplona se apoderassem das posições desejadas. mas Sepúlveda. Ganha a cidade de Coimbra. os dinheiros dos cofres públicos. Para esse fim partiu de Coimbra no dia 5 de Setembro e procura cortar as comunicações deste general com as províncias do Sul e Lisboa. mais contribuiu com seus serviços para a vitória da liberdade e da independência da pátria. animando-as a aderirem à causa revolucionária e apoderando-se dos dinheiros existentes nos cofres. anima os mais tímidos. Este bravo militar conseguiu. apoderando-se de Aveiro e Coimbra. decide os irresolutos e vence os que se opunham ainda e pretendiam excitar na cidade os elementos de resistência. onde fez reconhecer o governo do Porto e encontrou já o batalhão de caçadores nº 11 que ia em direcção de Aveiro. e pode ser considerado como aquele que. Oliveira de Azeméis e Albergaria-a-Velha.. onde.508 TOMO VII SEPÚLVEDA O marechal Pamplona foi enviado de Lisboa a fim de auxiliar esta importante operação. levantar toda a região do Vouga e uni-la ao Porto!. A entrada ali do bravo e leal militar Sepúlveda no dia seguinte ao desta revolta deu novo alento aos habitantes da cidade e firmou ainda mais a nova ordem de coisas. segundo as suas ordens. Sepúlveda até à contra-revolução defendeu com lealdade e convicção a causa dos povos escravizados. a cidade de Coimbra revolucionou-se e reconheceu o governo do Porto.. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . revolucionando e ganhando para a sua causa Vila da Feira. Logo que Pamplona se retirou. tirando-lhes assim todos os recursos. só com a sua presença e influência pessoal. segundo as ordens por ele dadas. pelas dez horas da manhã. ponto estratégico importante que Pamplona tinha já ocupado e de onde fugira apavorado na noite de 29 para 30 de Agosto pelas onze horas e um quarto. a câmara. as quais se faziam pela ponte da Morcela. serão pagos o mais breve que for possivel. O honrado lavrador. e agora pretendia servir-se do engano. O regimento de cavallaria nº 10 que se achava em Santarem acaba de unir-se por sua vontade propria ao partido da nação. E supposto as circunstancias exijam alguns generos para o indispensavel fornecimento de vossos irmãos. João VI. Jurae. este regimento sublevou-se e aderiu à causa do Porto. pela sua inteligência e valor militar. e eu o protesto em nome do “Supremo Governo”. será desopprimido. que os roubavam. que queriam despovoar o reino de gente e numerario. ha-de governar até á instalação das côrtes. que deve conMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e concorre commigo a ajudar-vos. pôs-se em comunicação com o visconde de Ervedosa. o arcediago da Sé. Já desde o Minho até Lisboa tem soado a voz da liberdade da nação. para conservar o despotismo dos ex-governadores de Lisboa. além disso. O «Governo Supremo» enviou logo ao conde de Amarante um dos seus membros. foi o verdadeiro herói desta revolução depois dos acontecimentos ocorridos no Porto. Todas as pessoas. zelo e sinceridade e. mas o caudilho do absolutismo mandou prender em Chaves o emissário do Porto. o Senhor D. As milicias voltarão aos seus lares a tratar de sua colheita e familias. portuguezes. suas casas e bens serão respeitados. e que. que até agora cuspia sangue nas mãos para pagar excessivos foros e tributos aos inertes e despoticos donatarios. Luís Teixeira Brederode. obediencia á “Junta Provisional do Governo Supremo do Reino” que se acaba de instaurar. que para seu particular interesse enganam ao mesmo tempo a nação e o rei. PROCLAMAÇÃO DE SEPÚLVEDA AOS POVOS DA BEIRA «Valorosos habitantes da provincia da Beira. e a mesma causa nacional e a utilidade publica da patria deve unir os nossos sentimentos. em nome de el-rei nosso senhor. Venho auxiliar-vos para que francamente possaes declaral-os e livrar-vos da oppressão do barbaro e louco ex-general Victoria. mesmo na prisão. mandando tudo para a America.SEPÚLVEDA 509 TOMO VII pela sua dedicação. aonde teem retido o nosso amavel rei o Senhor D. não é justo fiqueis escravos. vamos salvar a patria dos monstros. Somos vossos irmãos. somos todos portuguezes. fazendo verter o vosso precioso sangue. – Socegae pacificos no centro de vossas habitações e na continuação tranquilla de vossos negocios e trabalhos. Não penseis que venho á testa dos bravos que tenho a honra de commandar para vos fazer o mais pequeno mal. Brederode. soffrendo o despotismo e a tyrannia. Acabou-se o soffrimento. pois. major do regimento de infantaria nº 24 aquartelado em Vila Real. João VI. que mal reconhece a noção que o tinha elevado até aquelle logar. 4 de Setembro de 1820». com o seu carácter benévolo. Mandou depois adiantar as avançadas sobre Mangualde. reunida por minha ordem. que o saudava como seu libertador. o povo por toda a parte. de sentimentos dóceis e brandos. foge precipitadamente para a Guarda. já na vespora esperava anciosamente a minha chegada para a solemne prestação do juramento nacional. e aos comandantes das milícias da província a fim de apoiarem aqueles magistrados na execução do acto solene do juramento. attestava não equivoca adhesão á causa da patria. providenciou acerca dos cofres públicos. Sepúlveda entra em Viseu. em funções religiosas. onde o general Vitória concentrara as suas forças. mas no dia 16 recebendo a notícia de que o «Governo Supremo» se encontrava em Coimbra. afável. em cardumes. vendo a deserção de grande parte da sua tropa de linha. À sua aproximação. só tem palavras de amor e de paz para oferecer aos pacíficos habitantes da Beira a fim de os atrair à sua causa. Sepúlveda saiu de Viseu no dia 12 de Setembro e pernoitou com os corpos do seu comando em Santa Comba Dão e dirigiu-se em seguida para a Estremadura. Eis como ele se exprime nas suas já citadas Memórias: «Entrei finalmente em Vizeu no dia 7 de Setembro de 1820 acompanhado de todas as auctoridades e representantes das diversas classes. O valente militar dirige-se para Viseu. para se fazer ainda com mais pompa. mantendo a religião catholica romana e a dynastia da serenissima casa de Bragança. a fim de se reunirem às respectivas câmaras e mais autoridades e neste acto prestarem o juramento de obediência ao governo do Porto. Coimbra. e a camara. que mandou pôr às ordens das novas autoridades e à disposição do governo central. Sepúlveda. Sepúlveda passou a dar as providências precisas para que todas as povoações seguissem o exemplo de Viseu: mandou ao corregedor da cidade para que dirigisse ofícios a todos os corregedores da província. povos e tropas o acolhem com entusiasmo. como realmente se fez. onde é recebido com delirante entusiasmo pelo povo. pretendendo ir sobre Lisboa. que vieram esperar-me na distancia de uma legua d’aquella cidade. mandou em MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . (Segue-se a assinatura). fogos artificiaes e recitação de versos». acto este que foi deferido para o dia seguinte. as quais estenderam vedetas sobre as margens do Mondego e por esta forma se apoderaram de todas as estradas da ponte de Morcela.510 TOMO VII SEPÚLVEDA vocar para organizar a constituição portugueza. Jurae obediencia a essas côrtes e á constituição que fizerem. A mesma artilharia que o general Victoria para alli tinha mandado vir de Almeida deu salvas de alegria. Vitória. continuando os habitantes da cidade a mostrar o maior regosijo. tomou o comando-em-chefe do exército do Norte (793). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . (794) Ibidem. que se viu encurralado. seis peças de artilharia e um esquadrão de cavalaria. O marechal-de-campo Gaspar Teixeira de Magalhães e Lacerda. porquanto. 1 a 49. Domingos António Gil comandava a primeira brigada do exército de Sul. O coronel Sebastião Drago Valente de Brito Cabreira teria o comando-em-chefe do exército do Sul e comando particular da quarta divisão do mesmo exército. 10 e 11. Mandava mais que cada um destes dois exércitos fosse dividido em duas secções e estas em quatro brigadas. 68.SEPÚLVEDA 511 TOMO VII vista disso fazer alto à sua divisão e partiu para aquela cidade a fim de assistir à conferência sobre as medidas a tomar relativamente à marcha sobre Lisboa. além de ser um ponto forte adquirido na Estremadura. Sepúlveda partiu de Coimbra com a sua divisão ligeira no dia 18. p. 9. composta dos batalhões de caçadores n. fechou por aquele lado as portas ao infeliz general Vitória. a qual ficou com o generalíssimo dos exércitos nacionais e reais e com o comando-em-chefe dos exércitos do Norte e Sul o marechal-de-campo Gaspar Teixeira. O pronunciamento e ocupação da praça de Abrantes foi um facto mui importante para a causa revolucionária. II. sem poder fugir nem para o Norte nem para o Sul. p. de onde regressou coberto de louros. E assim terminou Sepúlveda a sua gloriosa jornada à província da Beira. as tropas de Tomar sublevaram-se e o regimento de infantaria nº 20 insurreccionou-se em Abrantes. à sua aproximação. Infantaria nº 24 ficou fazendo parte da segunda divisão do exército do Norte e era comandada pelo coronel Joaquim Teles Jordão.os 2. o coronel Bernardo Correia de Castro e Sepúlveda tomaria o comando do mesmo exército em segundo lugar e o comando particular da segunda divisão do mesmo exército. Sepúlveda ficou então a comandar uma divisão ligeira. A «Ordem do exército» de dia 8 sofreu alterações quando a Junta chegou a Coimbra. Sepúlveda entregou o comando e governo interino da praça de Abrantes ao coronel do regimento de milícias de Santarém. Esta modificação teve lugar em 17 de Setembro (794). Entrou em Tomar no dia 19 e nesse dia a câmara prestou juramento com grande entusiasmo do povo. encarregado do governo das armas das províncias do Minho e Trás-os-Montes. tendo realizado em todas as povoações o movimento revolucionário sem derramamento de uma gota de sangue! (792) A «Junta Provisional do Governo Supremo» no dia 7 de Setembro de 1820 assumiu o comando-em-chefe do exército nacional e no dia 8 publicou uma «Ordem do exército» que mandava formar dois corpos de operações denominados «Exércitos do Sul e do Norte» (a este pertencia cavalaria nº 12 e infantaria nº 24). (792) ARRIAGA – História da Revolução…. (793) Ibidem. vol. p. 66. que marchava já então sobre Lisboa. p. O conde de Amarante ainda tentou um golpe de Estado. nomeia um governo provisório. Destas duas juntas faziam igualmente parte alguns padres (796). entrou em Vila Nova de Ourém. este partiu imediatamente e apareceu em Alcobaça na manhã do dia 29 e. procurava desviar dos seus fins os membros da Junta. Sublevadas assim todas as povoações no Norte da Estremadura e firmado nelas o governo revolucionário. vendo esta resolução. Quando foi da junção do governo do Porto com o de Lisboa. dirigindo-se para o mosteiro. (797) Ibidem. Silva Carvalho. etc. onde oficiou às autoridades para se reunirem na casa da câmara a fim de prestarem o competente juramento e deu as mesmas providências que nas outras terras. onde foi aclamada a revolução no dia 15 (795). e o do Porto funde-se num só no dia 27 de Setembro de 1820 com o nome de «Junta Provisional do Governo Supremo do Reino». Luís. mas não deu resultado..512 TOMO VII SEPÚLVEDA Continuou a marcha no dia 20. p. a cujo cargo ficou a administração pública em todos os seus ramos. o povo de Lisboa impõe-se e adere ao movimento do Porto. que se efectuou dia 1 de Outubro. que era o tenente-general Matias José Dias Azevedo. (796) Ibidem. procurou Frei Francisco de S. Um (795) Ibidem. que estava em Chão de Maçãs com a sua divisão ligeira. Disse em tom sisudo que deviam cessar todas as discórdias a fim de chegarem a Lisboa paz e união e que só depois de reunidas as cortes é que entregariam o governo das mãos delas. 122. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . A revolução de Lisboa foi só levada a efeito pelo povo. Esta foi dividida em duas secções: uma que continuou com este nome. p. para assegurar o novo regime. no que todos concordaram (797). mandando-os para diversas partes a exercer altas funções burocráticas. II. convocou a Junta. Da primeira secção fazia parte o coronel Bernardo Correia Sepúlveda como adjunto do secretário dos negócios da Guerra e Marinha. Sepúlveda era também membro da segunda. o entusiasmo no povo foi indescritível. os grandes só forçadamente aderiram a ela com o intuito reservado de a sufocarem logo que a ocasião se proporcionasse. cujo fim era preparar e dispor com a maior brevidade possível tudo o que se julgasse necessário para a mais pronta convocação das cortes e regularidade e boa ordem da sua celebração. 77. vol. o heróico e valente militar dirige-se a Leiria a fim de se unir ao grosso do exército. e outra que se denominou «Junta Profissional Preparatória das Cortes». também membro da Junta e concordaram ambos que era conveniente participar o ocorrido a Sepúlveda. À vista dos acontecimentos do Norte. 126. Ex.a por muitos annos para bem da nossa patria» (799). pelo apparatoso d’elIa. a que ponto e grau de prazer não chegaremos nós quando virmos desfazer-se a nuvem que a todos ameaça e faz tremer a todos! Permitta V. Lacerda. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Os portuguezes abaixo assignados desejavam juntos ter o prazer de apresentar a V. de que tambem se fez credor o exercito. abraçados ao absolutismo. p. prosseguem na trama contra a revolução e pretendem malquistar Sepúlveda com o povo de Lisboa para o inutilizarem.a tem á nossa estima redobrem em preço. ao que o valoroso militar acedeu da melhor vontade (798). então outras maiores e mais publicas serão as demonstrações do nosso contentamento. Ex. a quem para este fim coube ir receber esta honra.a ou mesmo ser por animos mal intencionados.a na obra augusta da nossa suspirada regeneração.a e todo o exercito praticou desde o sempre memoravel dia 24 de Agosto não podemos conter nossos animos agradecidos. esperando que os sagrados direitos que V. elles são geraes n’esta côrte. coronel Bernardo Correia de Castro Sepulveda. e hoje o serão em todo o reino. Ex.a os testemunhos da maior gratidão.mo e Ex. Deus guarde a V. se os ha. Ex.a pode prestar. 131. recordando-nos do que V. Ex. No dia 16 de Novembro de 1820 grande número de cidadãos pretendem desagravar o coronel Sepúlveda das acusações que lhe foram feitas. sinistramente interpretada.mo Snr.a aquelles que nem por um momento duvidam de tributar a V. Ex. de que uma semelhante missão. por entre estes mesmos sustos se vão apresentar a V. em que um genio mau parece querer roubar aos portuguezes e ao exercito o maior dos bens e a maior das glorias. pela continuada cooperação que V. nem julgue todo o brioso e honrado exercito. podesse offender a medestia e delicadeza de V. Ex. Não julgue V. 221. Ex. (Seguem-se as assinaturas). Ex. trazendo-nos a antiga paz. é por isso que deputaram de entre si algumas pessoas. Cabreira e Silveira. (799) Ibidem. se a Divina Providencia nos soccorrer na crise actual. (798) Ibidem. que nos abaixo assignados respiram só estes sentimentos.a os sentimentos mais puros de reconhecimento e gratidão pelo que elles e a patria é devedora a V. As intrigas em Lisboa continuam. Se agora. porém. Ex. Ex.SEPÚLVEDA 513 TOMO VII popular parou diante de Sepúlveda e foi tão grande a sua comoção ao contemplá-lo que pediu para o abraçar. desafrontando a liberdade que se acha opprimida. Receiosos. Eis o manifesto: «Ill.a.a que. dando-lhe público testemunho da sua confiança. p. A vida do general constitucional. – História da Revolução…. 588. para o malquistar com os soldados.514 TOMO VII SEPÚLVEDA A este propósito dizia o Patriota: «Conseguirão os Servis o triumpho completo de seus iniquos tramas? Alguns regimentos do exercito. in ARRIAGA. 267. III. p. um dos mais notaveis herões da Revolução de 1820. fascinando-os com o seu prestigio para os arrastarem á sua causa. o rei ao lançar a pedra fundamental apoiou-se ao braço de Sepulveda e para commemorar esta festa offerecia-se ao coronel Gil uma pipa de vinho para os seus soldados. da Rev. 515. Miguel dá o golpe da «Vilafrancada». A 27 de Maio de 1823 o infante D. vol. pois elle rei queria perdoar-lhe (802). de acordo com ele. punham á disposição d’aquelles a quem estava confiada a defeza da liberdade» (803). já esquecidos da sua honra. Portuguesa de 1820. que sabendo da sua corrupção esteve a ponto de o assassinar quando atraves- (800) O Patriota de 16 de Agosto de 1821. a compra e corrupção d’este general e homem importante. (802) Ibidem. que Sepulveda quando coronel roubara o regimento de infantaria nº 18 e que um soldado de artilheria nº 1. em grande risco e entregue á deliberação d’um vil assassino induzido a perpetrar tão horroroso crime por uma bolsa d’ouro (800)! Esse assassino era um creado do proprio Sepulveda (801). Sepúlveda. Entretanto. Sepulveda vende-se á côrte. o heroe Sepulveda. ao mesmo tempo que á socapa propagavam as mais vis insinuações para os desprestigiar. ia ser fuzilado por elle ser tyranno e barbaro. 279. alliados e protegidos pelas potencias estrangeiras. Sepulveda no meio d’um brilhante e numeroso corpo de estado-maior passou revista ás tropas que formavam em luzida parada. 524 e 527. No dia 15 de Setembro foi lançada em Lisboa com grande pompa pelo rei a primeira pedra ao monumento do Rocio. J. prova as grandes sommas de dinheiro que os reaccionarios. José de – Hist. (801) ARRIAGA. a côrte ou os seus partidarios não cessavam de lisongear os chefes da Revolução. mas não teve coragem para isso em vista da atitude do povo. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . como prometera ao infante. 306. se acham comprados por avultadas sommas e divididos da grande causa da nossa regeneração. que maltratara um official superior. 587 e 631. festa de Corpus Christi. mas em compensação fazia-se correr. 522. p. Por ultimo. ainda fica em Lisboa para mais facilmente iludir as cortes e dar o golpe de misericórdia nas instituições e levantar aí o grito no dia 23. p. (803) Ibidem. p. sem receio de que elle se acobardasse ou recuasse diante do perigo ou do inimigo. J. Era de sentimentos benevolos e filho de bravos militares. um caracter essencialmente aristocratico e que apenas para se manter na popularidade condescende em passar das toilettes das condessas para os jantares e partidos dos Negociantes. que se destinguiram brilhantemente nas campanhas da independencia. I. pertencia a uma familia de herões. que de soldado de leva chegou a ser general e nunca se illustrou por outra façanha militar. 701. p. Vejamos como outros o apreciam: «A traição do estupido e perverso Sepulveda e a consequente defecção da tropa por elle commandada» foi uma das causas da contra-revolução de 1823 (807). jornal português em Londres. à excepção do regimento de infantaria nº 18. vol. proclama às tropas e às 9 horas desse dia sai de Lisboa à frente de todos os corpos de primeira linha. e podiam-se-lhe confiar as mais arriscadas emprezas. Sepulveda fizera. 16. Publicada pelos editores do Popular. senão pela de fazer a corte aos capitães-móres ricos da Provincia» (809). que ficou fiel. 2. retirou-se Sepúlveda para Paris em 1824. Possuia dons distinctos de homem de guerra. «Sepulveda é um fraco. 17. pag. (806) ARRIAGA. – História da Revolução…. toda a campanha da Guerra Peninsular» (806). cujos humildes avós na freguezia d’Amendoeira. (805) Documentos para a História das Cortes Gerais…. onde faleceu. onde esteve em risco de ser igualmente assassinado se não lhe acode o próprio infante e foi tratado de cobarde e traidor miserável por não ter levantado o grito na capital (804). ao pé de Bragança. um pusilamine.. A esta revolução aderiu Sepúlveda ardendo em ambição e tremendo de medo (808). As suas maneiras não podiam ser mais affaveis e a sua palavra suave insinuava-se facilmente. um imbecil. vol. E assim despeitado com uns e outros. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . p.SEPÚLVEDA 515 TOMO VII sava o Terreiro do Paço. I. 524 e 527. p. (807) Revolução anticonstitucional em 1823 – Suas verdadeiras causas e efeitos. (809) Ibidem. 663.. 515. «O coronel Sepulveda fôra um caracter sincero e homem mais de acção do que de palavras. 1825. como seu pae. e tê-lo-ia feito a não interpor-se o general Avilez. Londres. (804) Ibidem. p. e vai unir-se com o infante a Vila Franca. (808) Ibidem. p. mas foi assobiado e apupado aos gritos de «Traidor! traidor!» – «Morra! morra!» Dirige-se ao Castelo de S. 522. Jorge. apenas foram illustrados por seu pae. quem poderá soffrer o Sepulveda. Por decreto de 23 de Fevereiro de 1822 havia sido demitido do governo das armas da corte e província da Estremadura (805). não incluindo o índice. concelho de Bragança. «Era eximio moralista canonico. mas com amabilidade» (812). impresso em 1803. Nasceu acidentalmente em Espanha em 1761. concelho de Macedo de Cavaleiros. (811) Consta do respectivo assento do registo paroquial da freguesia de Rebordãos. e Diário do Governo de 21 de Outubro de 1851. e. 522. strenuo defensor da pureza da religião. descontando-lhe o que a paixão política inspirou. onde se diz que era «irmão do famoso general Manuel Jorge Gomes de Sepulveda». O Dicionário Bibliográfico põe adiante desta data um ponto de interrogação. Pinheiro – Dicionário Popular. Francisco Sepúlveda insurge-se nesta obra contra a «Comunhão quotidiana». bem como o Portugal: Dicionário histórico. nº 250. onde fora apresentado por carta régia de 15 de Dezembro de 1789. pois nada particulariza da sua vida. para servir de antídoto à obra intitulada «O Pão Nosso de cada dia». menor observante. e dizia a verdade sem temor nem respeito. mas seus pais eram de Mirandela (810). do Concílio Tridentino. Foi reitor do Seminário Diocesano de Bragança desde 1817 a 1818 e tomara posse da abadia de Rebordãos a 11 de Fevereiro de 1790 (813). (810) Ver adiante o artigo referente a seu irmão – Sepúlveda (Manuel Jorge Gomes de) p. onde se faz a mesma afirmação. Ver Periódico dos Pobres. e dos melhores teólogos e místicos. Lisboa. exige tais requisitos que poucos estarão nos casos de a receber frequentemente. Escreveu: Dissertação histórico-crítica sobre a comunhão frequente e quotidiana. modernamente traduzida em português pelo P. e faleceu em Rebordãos a 28 de Setembro de 1851 sem receber os «Sacramentos da hora da morte por falecer de madrugada repentinamente» (811).e Frei Caetano da Transfiguração. 1803. castigava os hypocritas. etc.. Não haja dúvida: possuímos um exemplar in-8. pois a descreve imperfeitamente. (812) Diário do Governo acima citado. onde vem o seu necrológio. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . (813) Novena da Santa Natividade da Virgem Maria Senhora Nossa. da Silva não viu nenhum exemplar desta obra. por sinal bem lacónico. sempre fica margem para Bragança se orgulhar deste seu filho ilustre. em que se expõe a doutrina dos Santos Padres. SEPÚLVEDA (Francisco Xavier Gomes de) – Abade de Rebordãos. obra de sua autoria. como que duvidando se seria impressa nesse ano. do Porto. CHAGAS.516 TOMO VII SEPÚLVEDA Não quisemos omitir nenhuma das apreciações pró e contra Sepúlveda porque. ano de 1851. com noventa anos de idade e sessenta e seis de pároco. Também parece que Inocêncio F. levado do sentimento contrário. Viveu algum tempo na Amendoeira.º de X-293 págs. dos Sumos Pontífices. e escriptor severo que não adulava. Segunda edição com um «Apêndice». contra as invectivas e calúnias do sr. mas não sabemos se mais alguma coisa se imprimiu. depois de 1834. Lisboa. traduzido do francês. 4º de 63 págs. bispo de Meaux. Inocêncio F. 1839. «Suplemento» ao tomo IX. que ele intitula «A Voz da Verdade aos portugueses seduzidos pela mentira». Blauchard. ao qual se junta a «Dissertação do fim do mundo».mo Sr. 4. depositada em documentos autênticos. (814) SILVA. Exame crítico de um folheto do P. oferecidos à Rainha Fidelíssima e às Câmaras Legislativas. Ignoramos se será deste autor a seguinte obra. de 44 págs. Lisboa. beneditino. 4. etc. impressa no Porto em 1837 (814). tenente-general. 4. Traduzido do francês. António de Jesus na sua Voz da Igreja. Inocêncio António de Miranda. Gemidos da Igreja Lusitana. de D. 1826. A parte publicada trata da ruptura com a Sé Apostólica. na feliz origem e progresso da revolução. pretenderam suscitar um cisma nas províncias do Norte. traduzida da versão latina de Domingos Mansi. Londres. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 1809. embora todos os escritores lha atribuam. ou «Voz pública e solene. Devia continuar.º gr. 8. teólogo D.º gr. 1815. que devem servir para resolver a questão: – Quem foi o primeiro chefe a proclamar a revolução transmontana em 1808?». 64 págs. e no «Apêndice» refuta particularmente o que dissera Fr. Lisboa. Resumo histórico da vida e pontificado de Pio VI.. pois diz no fim «Continuar-se-á». de VIII-151 págs. e do sr. Abade de Medrões. governador das armas da província de Trás-os-Montes. da extinção dos dízimos. com o retrato do tenente-general Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda. que se imprimiu anónima: Sepúlveda patenteado. Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda. etc. Apêndice ao exame crítico do folheto do P. Sebastião de Santa Clara. Apologias do Abade de Rebordãos.SEPÚLVEDA 517 TOMO VII Memória abreviada e verídica «dos importantes serviços que fez à nação o Ex. 1838. A. Lisboa. por Mr.º de VII-78 págs. Tratado de Concupiscência por Bossuet. do N. 1813. Nestes folhetos refuta o abade de Rebordãos as doutrinas dos clérigos e frades que.e Fr. Lisboa. e um «Apêndice» de VII págs. das ordens religiosas.e Fr.º de 22 págs. Agostinho Calmet. empregado em prior do Baleizão – Em que se tratam alguns pontos muito interessantes à Religião e ao Estado. que salvou Portugal e que deve servir para dar luz à história lusitana». da – Dicionário Bibliográfico. Sebastião de Santa Clara. do extinto seminário de Vinhais. 8.518 TOMO VII SEPÚLVEDA arcebispo de Luques. 21. diz o abade de Rebordãos que apenas publicou a Dissertação (impressa em 1803) sobre a comunhão frequente e quotidiana com o único fim de se cumprirem as intenções da Igreja e de se evitarem sacrilégios na recepção da Eucaristia.. Memórias históricas. Resposta apologética do Abade de Rebordãos… às gravíssimas calúnias que contra ele publica em um folheto com data de 5 de Março do corrente ano de 1836 o padre Fr. de Bragança. de VII-106 págs. 1846. 1832. parece dever concluir-se que a 1. sem resultar condenação alguma. Tip.. A. deve ter sido impressa em 1825. atrás citada. Do que diz na pág. 4. prior ao tempo em Baleizão do Alentejo. como se vê pelo que diz nas Apologias. diz: que escreveu quinze cartas dirigidas ao padre Frei Bento do Santíssimo Sacramento. etc. 8. de 264 fólios. Respondendo. 1836.º de 221 págs. Este livro escapou a Inocêncio F. O exemplar que vimos era impresso no Porto. mas. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . não parando enquanto o não viu combatido pelo doutor D.mo Bispo. se levantou contra ele o partido beato. que só em comunhões faz consistir a virtude.º De a Inquisição haver condenado como herética a sua doutrina. Não traz data da impressão.º De jansenista. com uma «Advertência histórico-preliminar sobre a fundação do templo». de que mandou exemplares à livraria dos manuscritos de Alcobaça.º. Sebastião de Santa Clara do extinto seminário de Vinhais.º pequeno de VIII-94-40 págs. António Luís da Veiga Cabral da Câmara. formado há anos neste bispado. Manuscrito. Apêndice apologético da dissertação histórico-crítica sobre a comunhão frequente e quotidiana impressa em Lisboa em 1803 pelo mesmo autor. do mesmo seminário de Vinhais. alega que a Dissertação sobre a comunhão frequente passou pela censura prévia do Ordinário. As invectivas dos beatos continuaram. de A Palavra. de que possuímos uma cópia. Reflexões analíticas sobre a liberdade de imprensa em matérias religiosas. 4. acusando-o agora Frei Sebastião de Santa Clara: 1. Na Resposta apologética. bispado de Bragança (acrescentada). Lisboa. 1890. que actualmente se costuma fazer no seu templo da serra desta Vila de Rebordãos. Ficou manuscrita. críticas das acções e vida pública do Ex. da Inquisição e do Desembargo do Paço. etc. Respondendo. A este crítico diz que respondeu com a sua Apologia impressa em 1826. 2. da Silva bem como o seguinte: Novena da Santa Natividade da Virgem Maria Senhora Nossa. a julgar de uma passagem do texto. que foi de Bragança e Miranda D.mo e Rd. do N.º de 14 págs.ª edição deve ter saído em 1835. na tip. orgulhoso. mentiroso. e tanto que ainda hoje ignora os fundamentos de um e outro pretendente. uma. De ser um mentiroso. Lourenço. duas. quatro. havendo apenas falado com ele duas ou três vezes. Diz que Miranda lhe chama: devoto afectado. que a comunidade do convento de Vinhais foi presa entre soldados até à cidade do Porto. combatendo-os. palagiano e energúmeno. etc. traidor à Igreja. mas que em nada concorreu para estes males. foi indiferente nos seus aturados litígios sobre o benefício de Quirás. vaidoso. três. que tem havido e continua a ruptura com a Santa Sé. contra o qual se levantou logo grande campanha literária. abade de Rebordãos. nem arte. cinco. três. ignorante. hipócrita. abade de Medrões. doloso. velhaco. o sábio e virtuoso prior de S. fidalgo por travessia e plagiário em ciência. religionário por arte. vinte e três vezes. dez. o mais escandaloso dos sacerdotes e o mais detestável e perigoso cidadão. Julião. bispado de Bragança. e entre ela duas cartas assinadas com o pseudónimo de Ambrósio às direitas.º De não ter lógica. que o seu colega no sacerdócio e comprovinciano Inocêncio António de Miranda. deputado às cortes constituintes e depois também às ordinárias. oito. Que o facto de Frei Sebastião e seus sequazes entenderem que só no partido dos beatos estava a Igreja Lusitana era temerária presunção e refinada soberba. sedutor como o diabo. que o seu acusador Miranda. contraditório manhoso. sem nenhum fundamento. a cuja nação pertence por domicílio e origem paterna. Henrique José de Castro nas suas Cartas. onze. cuja autoria atribuiu a ele. hipócrita perigoso. nem coisa alguma que cheirasse a ciência nos seus escritos. o acusa de ser o mais iníquo dos homens. dez. impostor. Responde alegando que paroquiava há quarenta e sete anos. Mais lhe chama torto. como mostrou. corcunda empenado. 3. vaidoso por mania. sendo por isso uma tranca das portas do céu.. nem gramática. invejoso. onze. Ignora os motivos que Miranda tem para lhe votar tanto rancor. de Lisboa. tolo. além disso. analisando em 1812 e 1813 as do padre Pedro Nolasco dirigidas ao padre João Rodrigues Lopes. malvado. diz ter sessenta e dois anos e ter vivido em Portugal desde a idade de três anos e meio. pois sob sua palavra de honra declara que não escreveu tais cartas. publicou em 1822 o seu Cidadão Lusitano para mostrar os males que sofria Portugal com o regime absolutista e as vantagens do sistema liberal. Este sacerdote era natural de S.SEPÚLVEDA 519 TOMO VII sem nada lhe condenarem. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . malicioso. licença para a impressão. quatro. Nas Apologias do Abade de Rebordãos. pois nunca lhe fez mal algum. oito. concelho de Bragança. que ficam acima citadas. concedendo-lhe. De ter comissão do demónio para falar contra os beatos e contra a frequência dos sacramentos. ajudando à perdição de seus filhos. vil traidor. porém não teve efeito. nº 296. mas a maioria do cabido julgava que este carecia de título jurisdicional. (815) Aqui descreve ele o estado da diocese em frente das lutas liberais. corcunda. e diabo duas. herege. por se dizer e publicar que espancara um clerigo». uma. respeitante a torto. a abstinência de carne em certos dias. Sepúlveda. em que já faltaria o terço dos votantes. Esta eleição foi-lhe notificada a 29 de Janeiro de 1816. na divisão de Bragança. Miranda ataca o celibato eclesiástico. do mesmo ano. há perto de trinta anos. três. Mais se vê desta obra que quando o bispo de Bragança D. e na segunda votação. viera uma vez. destas Memórias. porque o deão. enquanto o bispo não resolvesse. Mais diz: que nas eleições de deputados às chamadas cortes. que o Cidadão Lusitano foi condenado em Roma pelo decreto da Sagrada Congregação do Índex de 6 de Setembro de 1824. duas. que. auxiliado pela força militar. como noticiou a Gazeta de Lisboa. Mais o acusa de ser cambaio das pernas. Quanto a ser cambaio. Pedro. onze. arre-burro. afirma que nunca pode ler nem escrever com o olho esquerdo. ficara na lista triple em número cinco com 3954 votos. A parte do cabido que assim pensava nomeou interinamente governador do bispado a ele. Veio depois por vigário apostólico Joaquim de Santo Agostinho de Brito França Galvão. asno. e assim foi declarado na sentença do metropolita de Braga: «Ainda mesmo que a tivesse decahira d’ella. ele. nesta obra. na qual mandou fazer obras onde gastou mais de 700$000 réis (815). nove. que. nega. que viera para abade de Rebordãos com vinte e sete anos de idade (isto parece deduzir-se do contexto. fanático. a suficiência de um Padre-Nosso em acção de graças depois de celebrar e que a maçonaria em nada se opõe à religião. a fim de desenganar o povo relativamente ao sistema liberal. de que já demos notícia no tomo I. e por condescender com as suas instâncias.520 TOMO VII SEPÚLVEDA parvo. torto e ter dois palmos de nariz. nomeou para governador do bispado o deão Paulo Miguel Rodrigues de Morais. pregar à sua freguesia numa festividade da Senhora da Serra. empenado. com 3686. que para sustentar o trono real contra a invasão francesa oferecera voluntariamente 1809 alqueires de centeio. uma. abade de Rebordãos. mas é bem claro). que comprou a casa da residência paroquial com quintal adjunto. e do nariz concorda em que é alentado. Diz que Miranda escreveu e mandou imprimir homilías para os párocos lerem nas festas. abade de Lustosa. António da Veiga Cabral da Câmara foi desterrado para o Buçaco. se resolveu Sepúlveda a «ir ter um anno de purgatório no governo e regeneração do Seminario mais pobre do reino». 180. dezassete. p. reassumiu as suas funções. sendo pároco de S. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . sustentando ao mesmo tempo a necessidade de abolir os dias santos. 1822. empregado em prior de Baleizão. após vinte e um anos de fermentação sonegada. Ver também tomo I. rompeu furioso contra o livro e contra seu autor pela pena do doutor-teólogo D.. assinada por ele e dirigida ao autor. no Dicionário Popular (artigo «Sepúlveda»). SEPÚLVEDA (João António Correia de Castro e) – Vigário capitular da diocese de Bragança por eleição do cabido em 9 de Novembro de 1836.. ameaçou o país com uma fome geral. Quanto a mim requeiro uma duzia de exemplares para os meus seminaristas». toleirão. que. que em carta datada de 5 de Julho de 1804. 134. aprovaram a dita Dissertação. D. já principiavam a brotar da imprudente e fastidiosa obra..SEPÚLVEDA 521 TOMO VII Diz que teve de fazer no Seminário várias obras e sustentá-lo sem meios. homem de pouca vergonha. Lisboa. No Apêndice apologético da Dissertação histórico-crítica sobre a comunhão frequente e quotidiana diz Sepúlveda que mandou um exemplar da Dissertação ao arcebispo de Braga. do N. mitradas algumas e outras já o eram ao tempo. porém. este não aceitou. n’esta diocese. no folheto intitulado Defesa da Verdade. Mais diz que muitas outras pessoas ilustres e virtuosas. sendo removido de Bragança o vigário capitular António Xavier da Veiga Cabral da Câmara e juntamente alguns cónegos. Na invasão da província pelas tropas constitucionais. A. e como estas obras não eram bem olhadas pelo partido do deão. abrasando os campos e as searas. a fim de que todos formem uma ideia justa e verdadeira das disposições que requer o Augusto Sacramento dos nossos altares. Alcunha de péssima a Dissertação e por último chama-lhe Arnaldista e herege. ignorante. Não posso deixar de fazer justiça a esta bella Dissertação. honrosas apreciações. Logo que veio o bispo pediu e obteve a exoneração da reitoria do Seminário. quanta era a desconsolação que sentia o meu espirito com a noticia dos abusos que. no bispado de Beja. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . os dois partidos do cabido reunem e a 22 de Abril de 1823 elegem Sepúlveda para vigário capitular. O prior de Baleizão também não lhe poupa os insultos e trata-o de tolo. que só não mereceu aprovação a um certo partido oculto de beatos. Francisco Xavier Gomes de Sepúlveda mereceu a Pinheiro Chagas. descobrindo n’ella muitos motivos para desejar que se divulgue entre os nacionaes. pág. intitulada O Pão Nosso de cada dia. de maliciosos estratagemas e sinistros instintos. destas Memórias. originaram-se daqui novas perturbações e contendas entre o vigário apostólico e alguns particulares. idiota. Na primavera de 1817 veio uma extraordinária seca que. Frei Caetano Brandão. diz: «A leitura d’este opusculo me encheu de tanto maior gosto. malvado tanto mais terrível quanto mais disfarçado. mas O Panorama. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 193 destas Memórias Arqueológico-Históricas. 205. Na Gazeta de Lisboa. ver tomo IV. mas no Livro de Memória. p. reino de Aragão. nasceu em Bragança. a 17 de Fevereiro de 1796 e ali faleceu a 14 de Julho de 1876. comendador da real ordem espanhola de Carlos III e condecorado com outras medalhas de distinção. Joana Correia de Sá Velasques e Benevides. hoje Sé.. É uma série de documentos e representações dirigidas à rainha para que não consinta que o bispo D. senador do Reino. governador das armas da província de Trás-os-Montes e tenente-general do exército. p. onde também se encontra o seu assento de baptismo. de Faria Guimarães.. os condes de la Rosa. comendador de São Martinho de Soeira da ordem de Cristo no bispado de Bragança. p.ª série. Bragança. que o assistem e cuidam. administrador dos vínculos de Mirandela e Amendoeira. apontam o dia 16 de Abril. Porto. Outros também informam que faleceu a 28 de Abril. João Baptista. que citamos no tomo VI. alcaide-mor da vila de Trancoso. Pede. ano de 1844. José da Silva Rebelo assuma de novo o governo da diocese.522 TOMO VII SEPÚLVEDA deão da Sé da mesma diocese em 1850. Escreveu: Documentos justificativos. nº 97. governador da província do Rio Grande do Sul.º de 42 págs. (ilegível). e tomo VI. 2. que o dispensem do coro e lhe não descontem os vencimentos (816). ano de 1814. filho do tenente-general Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda e de D. SEPÚLVEDA (Manuel Jorge Gomes de) – Do conselho da rainha D. a 16 de Abril de 1735 e faleceu em Lisboa a 18 de Abril de 1814 (817). e o referido Livro de Memória. destas Memórias. criando sete freguesias e erigindo dois colégios para educação dos naturais e aformoseando a vila. João VI. fidalgo da casa real. declara-se que nasceu em Bragança na freguesia citada. 599. (816) Acerca do conde de la Rosa. Nasceu na freguesia de Santa Maria. pois. pouca despeza e promptidão no ferro-carril de Zamora». da qual se pode considerar como fundador). 1842. 8. Brasil (onde se comportou brilhantemente na defesa da fronteira e na administração interna. vem o seu necrológio. que merece todo o crédito por ser obra da família. datada desta cidade a 30 de Junho de 1870. Maria I e de el-rei D. p. Tip. indo com comodidade. hoje cidade de Porto Alegre. fidalgo-cavaleiro da casa real por alvará de 6 de Setembro de 1789. freguesia de S. (817) Alguns autores dizem que nasceu em Mirandela. 47 e 191. Deste Sepúlveda conserva-se no Museu Regional de Bragança uma carta dirigida ao cabido. bem conhecidas na Europa e que já em outro ano lhe aproveitarão e mais por ter em Zaragoça parentes proximos. grã-cruz da Torre e Espada por carta régia de 13 de Maio de 1812. onde lhe diz que «aleijado de pés e mãos» precisa ir a caldas de Ledesma «ou talvez. os filhos deste António Correia de Castro e Sepúlveda (1. e de D. deão da Sé de Bragança. maço 49. cidade do Rio de Janeiro (Brasil). e Livro de Memória. na qual a rainha. Maria Luísa Pereira. como erradamente aponta a inscrição. o qual era descendente em linha recta dos viscondes de Asseca (820). É interessante a carta régia de 28 de Novembro de 1783. alma militar do movimento revolucionário de 1820. João António Correia de Castro e Sepúlveda. 530. que morreu a 10 de Julho de 1801 e não em Junho. «Habilitação». (820) No tomo II. nº 83. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . nº 35. mulher do tenente-general Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda. Joana Correia de Sá Velasques e Benevides. nº 19. o tenente-general de que vamos falando. como foram Francisco Xavier Gomes de Sepúlveda. filha de Martim Correia de Sá. dos quais tratamos em artigos próprios. Isabel Correia de Sá.SEPÚLVEDA 523 TOMO VII Era filho de António Gomes de Sepúlveda (818). p. sendo coronel e governador da mesma praça). Ver Gazeta de Lisboa do mesmo ano. natural de Santo Estêvão. filha de Mateus Rodrigues de Eiró e de D. ambos de condição e ascendência humilde (819). e de D. Maria Alves Pereira. PINTO. natural da Baía. fidalgo da casa real. nascida a 12 de Agosto de 1758. alcaide-mor do Rio de Janeiro. destas Memórias. Joana Maria de Sousa Castro e Albuquerque. Francisco de Bragança referente a D. abade de Rebordãos. 249. e neto de António Gomes de Abreu e de Serafina de Sepúlveda. p. da mesma cidade. 190. concelho de Chaves. Joana Correia de Sá Velasques e Benevides. ano de 1755. 185 e seguintes. e de sua mulher e prima D. neta paterna do coronel Salvador Correia de Sá. I.º visconde de Ervedosa). Maria Teresa de Jesus e Gouveia. tendo em consideração os «distinctos serviços que n’este reino me fez Manuel Jorge Gomes de Sepulveda até ao posto de capitão commandante (818) Ver tomo VI. onde faleceu a 13 de Março de 1755. (819) Do processo de habilitação de genere de António Gomes de Sepúlveda para ingressar na ordem de Cristo (Ordem de Cristo. destas Memórias publicámos a inscrição do alpendre da igreja de S. destas Memórias. natural do Rio de Janeiro. a 24 de Setembro de 1781 com D. fólios 1 e 59. ambos do Rio de Janeiro. na Torre do Tombo) consta que no seu princípio aprendeu o ofício de sapateiro e que seu pai também o era. Convém lembrar que este tronco humilde dos Sepúlvedas produziu rebentos de notável importância. e materna do tenente-general Martim Correia de Sá e de D. Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda casou na freguesia de Santo António de Jacutinga. p. e os netos Manuel Jorge e Francisco Correia (821). Bernardo Correia de Castro e Sepúlveda. sargento-mor da cavalaria de Almeida. vol. António da Silveira – Resenha das Famílias Titulares e Grandes de Portugal. (821) Ver tomo VI. natural da freguesia da Candelária. natural de Mirandela (cavaleiro professo da ordem de Cristo. p. Gazeta de Lisboa. marquez de Pombal. cargo vago pela deserção daquele José Marcelino (824). com que em 1767 expulsou dos fortes do norte os hespanhões.. e surprehendendo-o no campo de Santa Barbara e na tomada dos fortes de S. em dois differentes collegios. que tomou por insinuação do primeiro ministro d’Estado. fólio 226. onde publicámos este documento. morgado de Mateus em Vila Real. porém debaixo do nome supposto de José Marcelino de Figueiredo.. que comnosco contendiam sobre a posse d’aquelles terrenos limitrophes. erigindo de novo sete freguezias. foi encarregado do comando das tropas e das fronteiras do Rio Grande. 250. e sem prejuizo d’esta estabeleceu uma renda sufficiente para a educação dos indios guaranins dos dois sexos. e assim mais algumas tropas. Pedro com a patente de brigadeiro da mesma cavallaria por carta regia de 14 de Junho de 1764» há por bem nomeá-lo governador da cidade de Bragança (822).. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . D. defendendo sempre com valor e fidelidade aquella extensa região: com pequeno numero de tropas embaraçou a invasão que o general espanhol. adiantou aquelle continente. destas Memórias... que era então. p. que augmentou consideravelmente. p. que denominavam “Dragões”. e logo tratou de organizar e disciplinar um regimento de cavallaria. pelo que mereceu os regios louvores. e em outros mais encontros que teve com o inimigo. formou outro regimento de auxiliares da real fazenda. Ahi. com a patente de brigadeiro de cavallaria por carta regia de Junho de 1774. (823) Ibidem. depois de nomeado coronel de cavallaria. Luís António Botelho de Sousa Mourão.. repartindo-lhe as terras segundo as reaes ordens.524 TOMO VII SEPÚLVEDA de cavallaria do regimento dos Voluntarios Reaes e nos estados do Brazil com o nome de José Marcelino de Figueiredo no posto de coronel de cavallaria encarregado do governo dos districtos do Rio Grande de S. obrigando-o a retirar-se com grande perda de homens e de cavallos. Que razões levariam Manuel Sepúlveda a mudar de nome? José Marcelino de Figueiredo foi alcaide-mor de Bragança (823). Martinho e Santa Tecla. 616 e seguintes. A 2 de Dezembro de 1772 fez el-rei D. Feita a paz. (824) Livro do registo da Câmara de Bragança. intenta á testa d’uma grossa columna de gente exercitada. José mercê dessa alcaidaria a D. tomo IV. Jorge Vertize. com as suas respectivas igrejas e duas villas. que cada um continha cincoenta indi(822) Ver tomo III. Continuou por espaço de dezasseis annos a governar aquellas provincias. A tal propósito transcrevemos o escrito seguinte: «Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda passou a servir nos Estados Ultramarinos por aviso régio de 17 de Março de 1755. desbaratando-o em Tubatingay e no Rio Pardo. se lhe mandou restituir o seu verdadeiro nome e d’elle usou até á morte» (825). p. porque o exemplar que vimos deste número não o indicava. Martinho e Santa Tecla do Rio Pardo atacados pelo general espanhol D. hoje cidade de Portalegre. (828) CHABY – Excertos Históricos…. p. os governadores do reino. mas talvez seja de 1857). por decreto de Junot de 22 de Dezembro de 1807. 19. 205 (não sabemos de que ano. 219. aonde são bem conhecidos. fl. Beira e Estremadura. Enquanto esteve no Brasil.SEPÚLVEDA 525 TOMO VII viduos de cada sexo. 455. Armou e adornou a vila. deixando-a no melhor estado. muito se distinguiu Sepúlveda no combate de Santa Bárbara e na defesa dos fortes de S. Por carta régia de 11 de Novembro de 1793 foi Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda nomeado governador das armas da província de Trás-os-Montes. VI. (826) Livro do Registo da Câmara de Bragança. e outros mais edificios. III parte. que até ali o exercera (826). com a declaração dos nomes e serviços dos que nela haviam entrado e nomearam para conselheiros de guerra o referido Sepúlveda e o conde Monteiro Mor. António da Silveira – Resenha das Famílias Titulares…. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . O exército do Norte foi entregue ao comando do tenente-general Bernardino (825) De O Panorama. PINTO. Nesta honrosa comissão permaneceu Sepúlveda até que. p. foi substituído pelo brigadeiro Francisco da Silveira Pinto da Fonseca. teve curta duração (828). edificou n’ella de raiz o palacio dos governadores no bom gosto possivel. Após a expulsão dos franceses. João VI. na ausência de D. para inspector-geral e comandante das tropas portuguesas de todas as armas estacionadas nas províncias de Trás-os-Montes. tomo I. onde vem transcrito na íntegra este documento. Por decreto de 22 de Novembro de 1783. ao conde Monteiro Mor. quando regressou ao reino. sendo então chamado para conselheiro de guerra (827) por decreto de 2 de Outubro de 1808. cargo vago «pelas occupações e legitimo impedimento do conde de Sampaio». pois que a nomeação do marquês de Alorna. merecendo por isso se lhe declarasse nas patentes. por carta régia de 15 de Fevereiro de 1809. (827) CHABY – Excertos Históricos…. no Brazil como em Portugal. a Bernardino Freire de Andrade. Jorge Vertize. Parece que este artigo é do deão João António Correia Sepúlveda. a João José Azevedo Mascarenhas e Silva. com mestres e casas correspondentes a tão pias e uteis instituições. vol. p. 85 e o documento nº 44. ordenaram ao bispo do Porto. a Francisco de Paula Leite e a Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda que fizessem uma resenha do princípio e progresso da restauração. que estes serviços tinham sido relevantissimos á religião e ao Estado assim na paz como na guerra. Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda. de António Álvares Ribeiro. Oração que a Câmara de Vila Real recitou na entrada solene do general Sepúlveda naquela vila em 9 de Julho. Foi este o primeiro periódico que se publicou em Bragança em 1845. Demonstração analítica dos bárbaros e inauditos procedimentos adoptados como meios de justiça pelo imperador dos franceses para a usurpação do trono da Sereníssima e Augustíssima Casa de Bragança e da real casa de Portugal – Com o exame do tratado de Fontainebleau.mo Sr.. Damos a seguinte bibliografia referente ao glorioso tenente-general Manuel Jorge Gomes Sepúlveda: Proclamação aos trasmontanos por um amigo da religião e do príncipe. de Pinheiro Chagas. 424. (829) SORIANO. tomo VII. Parte III. 142. Porto. 38. vol. vol. Lisboa. Londres. com o retrato de Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda. Excertos Históricos – Colecção de documentos relativos à guerra denominada da Península e às anteriores de 1801. 601. e que deve servir para dar luz à história Lusitana. depositada em documentos autênticos. onde vem também o retrato de Sepúlveda e daqui copiado na História de Portugal. I.º gr. popular e ilustrada. da Sagrada Ordem dos Pregadores. 1809. 2. Tomo I. VII. 27 e 28. Esta obra é do doutor José António de Sá. que devem servir para resolver a questão: – Quem foi o primeiro chefe a proclamar a revolução transmontana em 1808?». Simão da Luz – História da Guerra Civil. 1808. Oferecida ao juízo imparcial da nação livre.. tenente-general e governador das armas da província de Trás-os-Montes. pág. e do Rossilhão e Catalunha. Parecem ser deste retrato as cópias que dão os Excertos Históricos de Cláudio Chaby e a História de Portugal de Pinheiro Chagas. 5. págs. 1813. Tip. 8. p. por Francisco Xavier Gomes de Sepúlveda. I. pág. por Frei Joaquim Soares. na feliz origem e progresso da revolução que salvou Portugal.526 TOMO VII SEPÚLVEDA Freire de Andrade e o do centro ao marechal-de-campo Manuel Pinto Bacelar (829). 1808. em nota à pág. Sepúlveda patenteado. ou «Voz pública e solene. Lisboa. pág. abade de Rebordãos. Lisboa. Relação fiel e exacta do princípio da revolução de Bragança e consequentemente de Portugal – Memória abreviada e verídica dos importantes serviços que fez à nação o Ex. exposição dos direitos nacionais e reais e da informe Junta dos Três Estados para suprir as cortes. 1810.ª época. 1863. Compêndio histórico. pelo capitão Cláudio Chaby. cap. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Farol Trasmontano – Periódico mensal de instrução e recreio. de VIII-151 págs. na mesma tip. Porto. 530. pág. e tomo VI. Ver o artigo Padrão (João Manuel). 512. seda branca. p. págs. V. vol. «e depois de lhe fazer varias operações dignas de exacração. por Albano da Silveira Pinto. 130. I. Ilustração Trasmontana. Lisboa. ano 1843. pág. História da Revolução Portuguesa de 1820. da Casa Católica. por José de Arriaga. ver o apelido Delgado. SERRANO (Francisco) – Desenterrou em 1843 o cadáver de D. (830) Ver tomo I. 269.SEPÚLVEDA | SEQUEIRA | SERRANO | SERRÃO 527 TOMO VII Bragança e Benquerença. 251. 1891. vol. cap. sem indicar ano de impressão. encontra-se o fac-símile da assinatura do nosso biografado.ª época. págs.º de 43 págs. concelho de Moncorvo. A propósito destes jazigos. SEQUEIRA (João António) – Há dele uma tese na igreja de Maçores. tomo IV. Rosa Mendanha do cemitério de Rebordãos. 2. impressa em véu de cálix. 575. pág. pág. pág. SERRÃO (Manuel Francisco da Costa) – Engenheiro. III parte. o pendurou em uma arvore a secar conduzindo-o em seguida para sua casa» (831). pág. História da Guerra Civil e do estabelecimento do governo parlamentar em Portugal. que publica o seu retrato acompanhado de dados biográficos. I. destas Memórias Arqueológico-Históricas. 1908. 133. IV. próximo do Vimioso. Tip. por Albino dos Santos Pereira Lopo. 211. Da parte gloriosa que Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda tomou na expulsão dos franceses já falámos no tomo I. pág. I. vol. Porto. 143. por Simão José da Luz Soriano. 370. vol. Lisboa. «Guerra da Península». destas Memórias. 42. 273 e 334. 1900. chefiou as forças nacionais em Mirandela durante as lutas da Maria da Fonte pelos anos de 1847 (830). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . SEQUEIRA (Francisco da Veiga Baía de) – Comendador. maço Correspondência do governo civil. nº 588. Resenha das Famílias Titulares e Grandes de Portugal. Nos Excertos Históricos de Chaby. 44 e 714. 8. (831) Museu Regional de Bragança. Escreveu: Relatório acerca das actuais condições de exploração dos jazigos de mármores e alabastros de Santo Adrião. 1696. sem indicação de dia nem mês.º SILVA (António Alves da) – Há dele na igreja de S. SILVA (António Pires da) – Nasceu em Bragança em 1662. e CASTRO. conta como historia viridica muitas lendas desde a criação do mundo e para mostrar a antiguidade das ditas caldas esforça-se em torrentes de erudição para demonstrar que ellas brotaram no mesmo sitio e com a mesma temperatura no dia terceiro da criação?!. não faz duvida. que a agua dos banhos de Alafões teve principio e sahiu logo quente na tarde do terceiro dia. tomo II. Jesu. Moderna. SEVERO DA FONSECA (Ricardo) – Arqueólogo. propriamente dita. Era licenciado na faculdade de medicina pela Universidade de Coimbra e médico na vila de Lafões.. Traz no fim um Exame cirurgico. p. Ressente-se da escola de Fr. director da revista Portugália. juiz de direito. de seda cor-de-rosa. Inocêncio F.º da Portugália). Conimbricae ex tip. Bento de Bragança um véu de cálix.º de XVI-270 págs. de Sesulfe. Regali Artium Colegio Societ. do antigo concelho de Lafões. (833) LEAL. em Tralhariz (Extracto do tomo I. É um livro muito interessante. bem como dos Senhores da dita villa e concelho. «Trata profusamente da antiga villa do Banho. foi provido em 1784 na reitoria de Ala. recopilado pelo mesmo autor» (832). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Lisboa. Escreveu: Notícia da Estação romana na Quinta da Ribeira. ignora-se quando morreu. e que além da parte medica. Anno Doñi. da – Dicionário Bibliográfico . Mas em compensação n’essa obra encontram-se noticias aproveitaveis e curiosas com relação a esses e outros banhos d’aquelle tempo» (833). sem ornatos. artigo «Vouzela (vila)». Pinho – Portugal Antigo e Moderno. Rita Cândida (832) SILVA. João Baptista de – Mapa de Portugal. «É obra de trabalhada erudição. 354. contem bastantes noticias historicas e genealogicas.mo Senhor Duarte de Almeida e Sousa. Nasceu em Lisboa a 6 de Novembro de 1869. Imp. diz elle. Escreveu: Cronografia medicinal das Caldas de Lafões – Oferecida ao Il. e de D. Bernardo de Brito. 4. 1900. 1 folheto in-4. Véu simples. Porto. onde vem impressa a tese defendida no seu quarto ano de direito canónico em Coimbra em 1737. fascículo 2. filho de João António Alves de Carvalho e Silva.528 TOMO VII SESULFE | SEVERO DA FONSECA | SILVA SESULFE – Francisco Pinto Pereira do Lago Sarmento.. SILVA (Carlos Augusto Magalhães e) – Capitão de mar e guerra. Nasceu em Mirandela a 30 de Janeiro de 1852 e faleceu em Lisboa em 1910. 1737. nº 3 da 5. conselheiro Ferreira do Amaral. e a outra com o doutor Manuel da Costa Rocha. Esta faleceu em Novembro de 1906. filha do capitalista portuense José António Alves da Silveira. e o hábito da Torre e Espada. médico em Mirandela. Regressando a Lisboa na época em que a opinião pública andava mais preocupada com a questão do Zaire.SILVA 529 TOMO VII de Magalhães. concelho de Carrazeda de Ansiães. O doutor Casimiro Ribeiro deixou duas filhas: uma casada com António Luís de Freitas. natural de Misquel. deputado pelo círculo de Bragança nas legislaturas da 1869 e 1878 e por decreto de 21 de Maio de 1884 teve o despacho de governador civil do distrito de Bragança. SILVA (Casimiro António Ribeiro da) – Médico pela Universidade de Coimbra. concelho de Carrazeda de Ansiães. que foi muito elogiada pela imprensa. a 29 de Junho de 1901. Comandou a canhoneira Bengo em 1882. Foi médico municipal no concelho de Carrazeda de Ansiães desde 1864 até 1883 ou 84. quando ia em viagem para o Porto. Publicou mais: Questões coloniais – «A ocupação do Congo e a conferência de Berlim» (834). o que lhe valeu ser louvado em várias portarias do governador geral de Angola. Estudou preparatórios no Porto. juiz de direito e governador civil do nosso distrito. fazendo respeitar o nome português.ª série. a instâncias da Sociedade de Geografia fez sobre esse assunto uma conferência nas salas dessa corporação. Era filho de João Fernandes da Silva e de D. Luísa Ribeiro. artigo «Magalhães e Silva (Carlos Augusto)». foi promovido àquele posto em 2 de Outubro de 1869. a 24 de Junho de 1838 e faleceu no Peso da Régua. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . assentou praça em aspirante a guarda-marinha a 26 de Julho de 1867.º em 20 de Agosto de 1879. sendo depois traduzida pelo autor em francês e publicada por aquela benemérita instituição sob o título: Le Zaire et les contracts de l’Association International – Conférence faite le 21 Juin 1884. vitimado por uma congestão cerebral. freguesia de Parambos. (834) Portugal: Dicionário histórico.º tenente em 4 de Junho de 1873 e a 1. onde concluiu o curso em 1864. Cândida Augusta Coelho da Silveira. a 2. concluído o curso da sua arma. deputado e governador civil do distrito de Bragança. Saiu também em português no «Boletim» da Sociedade de Geografia. onde obteve o primeiro lugar entre todos os seus condiscípulos. em que pediu a sua exoneração. Nasceu na freguesia do Castanheiro do Norte. onde muito se distinguiu em diversas comissões honrosas de serviço público que desempenhou na África Ocidental. casou a 27 de Julho de 1864 com D. Levará hum caixilho na boca da tribuna em parte entalhado. e hum pilar por banda para acabar de ligar a parede. p. Escreveu: Opúsculo da infância e puerícia dos Príncipes e Senhores – Com um breve e curioso discurso sobre o nascimento e solene baptismo do infante sereníssimo D. tres e mais vezes. destas Memórias. O doutor Francisco Vaz de Quina. da vila do Mogadouro. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 166. Esta obra foi justa por 197$000 réis. e logo primeira coluna tersada e entalhada com suas tarjas.. etc. SILVA (Francisco da) – Bravo defensor de Vinhais durante o cerco posto pelo general Pantoja em 1666 (836). (836) Ver tomo I.. levará sua tarja para o Sacrario. SILVA (Francisco António da) – «Mestre entalhador». banco. 1644.530 TOMO VII SILVA SILVA (Francisco da) – Abade de S. Afonso. natural de Bragança. e logo de cada lado sua coluna também tersada e entalhada. 4..º de VIII-114 págs. com seu resplendor romano e por cima virá ao modo de pavilhão crescendo para diante comprimento necessario ao menos quatro palmos». É raro e interessante (835). Lisboa. Inocêncio F. duas. arrematou em 1771 a obra de talha do retábulo da capela-mor da igreja de Urrós nas seguintes condições: «Levará em primeiro luguar sua banqueta com suas coartelas nas bandas para a receber. e na meia cana que vai entre os pedestais se abrirá com seus gonzes para entrada do camarim. «a factura do retabulo da capella mór da igreja matriz do lugar de Urrós por assim se lhe ordenar por sua Excelencia Reverendissima e sendo com efeito apregoada a dita obra pollo porteiro do juizo geral desta cidade em altas e inteligiveis vozes dizendo quem quer lançar na obra e factura do retabulo da capella mór da igreja do lugar que se hade rematar e repetindo o mesmo pregam hua. mestre e entalhador da villa do Mogadouro e lançou na ditta obra na forma dos appontamentos na quantia de cento e noventa e (835) SILVA. da – Dicionário Bibliográfico. coluna e friso. Vicente de Vale da Porca. e logo de cada banda hûa meia cana fazendo o retiro para tras com sua cupula e sua pianha que sirva para nicho dos Santos. appareceu logo Francisco António da Silva.. por ordem do respectivo bispo mandou pôr a pregão. Levará logo ao pé do caixilho por cada lado seu pilar entalhado.. concelho de Macedo de Cavaleiros. e subindo ao remate será nesta forma: em partes será acrecentado a proporção do pitique (?) e em cima do camarim levará hûa cupula com seu franjado que servirá a receber em cima das colunas do centro que para o mesmo se lhe faram suas coartelas. provisor e vigário-geral do bispado de Miranda. no pátio do palácio episcopal. e em cima das tais coartelas levará de cada lado seu Anjo de altura correspondente ao menos de coatro palmos. Levará seus pedestais. (837) Museu Regional de Bragança. Em outras arrematações de obras. por 200$000 réis. ordenava mais que se fizessem] seis castiçais a romana» (837).. como não houvesse quem a fizesse por menos «lhe mandou entregar o ramo» aos ditos arrematantes. Na obra de carpintaria arrematada para esta capela em 1771 por José Gonçalves. e logo o ditto porteiro tornando a pregoar na forma sobreditta por nam achar quem fizesse menor lanço lhe aceitou o seu ao sobreditto e veio a elle Reverendo Doutor Menistro dizendo que tendo afrontado muitas vezes a ditta obra nam tinha achado quem nella lançasse por menos quantia de cento e noventa e sette mil reis pello que respeita tam somente a obra que se deve mandar fazer por conta dos fructos da Abbadia e apregoando ultimamente o mesmo porteiro disse em vozes altas entelegiveis ha quem por menos de cento e noventa e sette mil reis faça a obra do retabulo da capella mór do lugar de Urrós que se arremata e mandou outra vez elle Reverendo Menistro afrontar e logo o porteiro andou para baixo e para cima se havia quem por menos fazia a ditta obra com hum ramo verde na mam fazendo afronta e dizendo que afronta fazia porque mais nam achava e dizendo que se mais achara mais tomara doulle hûa doulle duas doulle outra mais pequenina ha quem faça por menos senam dou o ramo e por nam haver quem fizesse menos lanço logo elle Reverendo Doutor Menistro lhe mandou entregar o ramo ao sobreditto Francisco Antonio da Silva que o recebeo da mão do porteiro de que eu escrivam dou fé e lhe houve por rematada a dita obra».. em 1745 adjudicada aos mestres-canteiros José da Costa e Isidoro Martins. declara-se que a capela-mor «levara um retabolo de novo todo pelo feitio da capela mór de Rabal termo de Bragança». junto a estes documentos de Urrós. Em outro processo. (838) Ibidem. de Sanhoane. Será o forro por cima das pernas em tosco de escama de peixe e será por baixo forrada e apainelada com suas coartelas e flores ou rosas nos remates dos paineis e toda na forma da capella de Carragosa» (838). e levarão de vão entre perna e perna palmo e meio. se declara que «será de pernas e terão os caibros de grosso meio palmo. como na da capela-mor da igreja de Mós de Rebordãos. Esta obra fora preceituada pelo visitador na diocese em 1771. Assim por este teor aparecem vários outros autos de arrematação. de Santa Comba de Rossas. que mandou «alargar dez ou dose palmos a parede de tras da capella mór e fazer de novo o seu retabulo…… [além de outras alfaias para o culto. mestre carpinteiro. e levarão as pernas e os oliveis embotidos a meia madeira. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .SILVA 531 TOMO VII sette mil reis. maço Obras. se diz apenas: que a autoridade eclesiástica mandou pôr a pregão a obra pelo porteiro e. onde tinha um estabelecimento de empréstimos sobre penhores a juros. Aos 7 de Outubro de 1730 ouve outro sinal no Ceo para a parte do norte pelas onze e doze oras da noite. SILVA (João de Morais da) – Vivia pelos anos de 1730. 723. Febres... e levou alguns lugares como foi a Burga em terra de Bragança. p.. pelo opúsculo de sua autoria abaixo descrito.532 TOMO VII SILVA SILVA (Francisco José da) – Secretário da província de Trás-os-Montes em 1790. Praestatque in dente ruinam. Possuímos um manuscrito. fólio 537. e na parte do nascente vermelho como sangue.. que diz no fólio 1: «Este Peculio. atque catearbus. verso. SILVA (João Gonçalves de Oliveira e) – Ignoramos as suas circunstâncias pessoais. como o outro acima dito.. capitis dolor. Segue depois uma «Receita para se fazer tinta para escrever». escreve: «Ancora medicinal. pigrities. No fólio 1. A 8 de Junho de 1731 ouve hua tormenta pelas 12 oras da noite que fez inconsideravel damno nas messes e propriedades levando-as. Sit brevis. papel liso de 541 fólios. encadernado. intitulado Pecúlio.». Pulles ferventes faciunt corumpere dentes». e nos fólios seguintes até ao fim contém um tratado de direito. e outros lugares em terra de Chaves e morreu muita gente afogada que a levou o diluvio e forão achados muitos homens e mulheres nas emvalsadas dos rios todos mortos». aut nullus tibi somnus meridianus. mas. escritos porém só até ao 537. que hé de João de Moraiz Sylva natural da villa de Algoso. destas Memórias. Será este o nome do autor ou apenas proprietário do livro? No fim. Escreveu um Nobiliário que não chegamos a ver (839). diz: «Finis laus Deo Virginique matria. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . vê-se que vivia em Lisboa em 1886. João de Morais Sylva». hoc tibi proveniunt ex somno meridiano. Rapa juvat stomachum. Novit producere ventum. Colada com lacre à costaneira do último fólio há um papel com estas notícias: «Aos 19 de Fevereiro de 1730 ouve hum sinal no Ceo para a parte do norte pelas 8 até ás dez da noite que estava o Ceo muito claro. Escreveu: Os doutores Firmino João Lopes e Augusto José Pereira Leite jul- (839) Ver tomo VI. Provocat urinam. comendador da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e da ordem italiana de S. onde concluiu o curso em 1893. 8. Coimbra. 273. sendo exonerado a 12 de Março de 1860. 390. especialmente sobre a administração pública. Pedras Salgadas e Verin. brotam a um quilómetro da Junqueira. 1886. Castelo Branco e por decreto de 20 de Junho de 1859 para o de Bragança. casou em (840) Portugal: Dic. desde 1830 até 1845. no vale da Vilariça. secretário-geral do Governo Civil de Ponta Delgada e depois do de Faro. Foi deputado por um círculo do distrito da Horta em 1865-1868. Estas águas. Maurício e S. Lisboa. concelho de Gondomar. Nasceu em Santo António da Lomba. SILVA (Joaquim Xavier Pinto da) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra.º de 40 págs. 1846. precedendo concurso. Lázaro. SILVA (Joaquim dos Santos) – Chefe dos trabalhos práticos no laboratório da Universidade de Coimbra e sócio da Sociedade Química de Berlim. Leiria e Aveiro e neste distrito governador civil em 1851. concelho de Moncorvo. idênticas nos efeitos medicinais às de Vidago. Escreveu: Águas alcalino-gasosas de Bem-Saúde. delegado do procurador régio da comarca da Feira. pág. primeiro oficial da direcção-geral de instrução pública no ministério do Reino.SILVA 533 TOMO VII gados pelo Tribunal da Relação de Lisboa e pelo da Opinião Pública. Por decreto de 12 de Janeiro de 1853 foi nomeado. Folheto de 34 págs. pág. artigo «Pinto da Silva (Joaquim Xavier)». Começou a sua carreira burocrática sendo amanuense do Governo Civil de Coimbra e sucessivamente advogado em Lisboa. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Escreveu: Índice ou repertório alfabético e remissivo da legislação portuguesa. cargo de que tomou posse a 11 de Agosto seguinte. e por outro de 3 de Maio do mesmo ano fora agraciado com a carta de conselheiro. 1880. a 15 de Novembro de 1866. Nasceu em Coimbra a 16 de Fevereiro de 1818 e faleceu em Lisboa em 1887. sendo em 1871 nomeado chefe da primeira repartição da direcção-geral da administração política e civil. Ver os artigos: Lopes (Firmino João). SILVA (José Alves Ferreira da) – Doutor pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Memória (Junta em 1859 ao requerimento para o concurso do lugar de primeiro oficial da direcção-geral da instrução pública) (840). histórico. Lisboa. e Pessanha (José Benedito de Almeida). transitando seguidamente para os de Portalegre. e fixou residência na Torre de Dona Chama. sendo nesse mesmo ano despachado professor complementar. Além de outras obras. Maria da Glória de Morais Sarmento. professor complementar. tomo V. O padre José Firmino foi. incontestavelmente. Vem nas Memórias da Academia Real das Ciências de Lisboa. Nasceu no Brasil em 1763 e faleceu em Lisboa em 1838 [13]. SILVA (José Bonifácio de Andrade e) – Doutor em filosofia e direito pela Universidade de Coimbra. José de – Hist. natural de Vilar de Ouro. escreveu: Memória sobre as pesquisas e lavra dos veios de chumbo de Chacim. Mirandela. era filho de Francisco Tibúrcio da Silva e de D. Notícias de Bragança. Tip. sem poder. onde sua esposa é proprietária de uma casa brasonada. 1908. Nasceu em Vinhais a 10 de Dezembro de 1860 e aí faleceu a 6 de Outubro de 1925.534 TOMO VII SILVA Maio de 1894 com D. concelho de Mirandela. Folheto de 30 págs. Portugal. do mesmo concelho.ª série. Souto. e era tanto o aferro do bispo D. pois durou apenas dois dias! (841) ARRIAGA. vol. Colaborou em A Palavra. 77 e segs. intendente-geral das minas e professor de mineralogia na mencionada Universidade. sócio e secretário perpétuo da Academia das Ciências de Lisboa. Era tanto o seu espírito de obediência clerical. da Revol. vistos através da sua dureza psicológica. aos Exercícios Espirituais (o bispo nem admitia atestados de doença passados pelos médicos!). parte II. uma alma cheia de bondade. 282. o primeiro orador sagrado do seu tempo na diocese de Bragança e poucos se lhe avantajariam no país. que teve de ser tirado deles em braços para não morrer lá. Nacional. I. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Ana Maria da Silva. de António Maria Antunes. desembargador da Relação do Porto. onde se graduou em 1809. Lisboa. p. SILVA (José Firmino da) – Presbítero. já gravemente doente. Ventozelo e Vilar de Rei na província de Trás-os-Montes. de generosidade e de graça na sua conversa. Portuguesa de 1820. que não duvidou ir. grande orador sagrado. Século e outras publicações. ordenando-se de presbítero em 1883. Fez os estudos liceais e os de teologia em Bragança. Tem colaborado no Eco de Dona Chama. (841). 1. José Lopes Leite de Faria à secura material dos textos canónicos. Escreveu: De mes études – Torre de Dona Chama. possuía um espírito cintilante. Gazeta de Bragança e noutros periódicos e deixou manuscritos vários sermões. pág. mesmo a ordens iníquas. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Saqueou e incendiou Pedralva. cognominado com razão o Chaptal português. concelho de Valpaços. infelizmente. com o que os castelhanos cobraram coragem por não haver quem lhes reprimisse as audaciosas incursões no nosso território. a 25 de Julho de 1849. p. Maria da Conceição Ferreira. 8. onde foi derrotado Sá da Bandeira. que estava na praça de Almeida em 1810 quando se deu a explosão (844). p. Era irmão do coronel Eusébio de Morais Soares. destas Memórias. o único padre a quem sucedeu o mesmo. cavaleiro professo da ordem de Cristo. na guerra peninsular.º de 46 págs. no posto de coronel. tornou outra vez el-rei a nomear Rui de Figueiredo de Alarcão em 1646 (842). sucedeu no governo das armas da nossa província a Rui de Figueiredo em 1643. (845) Documentos para a história das Cortes Gerais da Nação Portuguesa. SOBRAL (Tomé Rodrigues) – Presbítero. concelho de Mirandela. isto no mesmo ano. SOARES (Álvaro Augusto Pinto) – Nasceu em Abreiro. Exerce a clínica em Mirandela. apesar de ele mesmo ser pobre. SOARES (Álvaro de Morais) – Alferes. natural de Bouçoães. bondade e caridade. lente da faculdade de filosofia na Universidade de Coimbra. Porto. Rio de Maçãs e Lubian. e tomo I.SILVA | SILVEIRA | SOARES | SOBRAL 535 TOMO VII Não foi este. parte I. reitor da mesma por portaria de 24 de Maio de 1828 (845). que esteve no ataque de Valpaços. Mas achando-se gravemente doente. Distinguiram-se no ataque de Puebla de Sanábria em 1810 (843). ALMEIDA. 579. p. deficiências alimentícias e descuidos valetudinários!!! SILVEIRA (D. 165. SOARES (Romão José) – Tenente de infantaria nº 24. 84. Gregório de – Restauração de Portugal Prodigiosa. livro VII. da família do morgado de Vilartão. filho de António Pinto Soares e de D. Igual sorte teve Moialde em 1644. onde é venerado e admirado pela sua competência. (844) Ibidem. que o leva a deixar aos doentes pobres o pouco que aceita dos ricos. destas Memórias. p. sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa e deputado em 1821. (843) Ver tomo I. tomo IV. 159 e 161. por ser no nosso país o maior químico do seu tempo e (842) MENESES. morreu. 1876. Luís de – Portugal Restaurado. Escreveu: Da identidade em medicina legal – Tese. no piedoso intuito de lhes meter as almas no céu por meio de trabalhos. João de Sousa da) – Mestre-de-campo. págs. julgou interessar muito ao ensino d’aquela parte da mocidade que se dedica ao estudo da chimica. porém. que se matriculou no primeiro ano da faculdade de matemática na Universidade de Coimbra a 29 de Outubro de 1779) e faleceu na sua quinta da Cheira. Escreveu: Tratado das afinidades químicas: artigo que no Dicionário de química. Notícia de diferentes minas metálicas e salinas. Reflexões gerais sobre dificuldades de uma boa análise. e que para comodidade de seus discípulos traduziu Tomé Rodrigues Sobral. fez conclusões magnas em filosofia em 2 de Junho de 1783 (fólio 304 do «Resumo dos Actos Grandes»). em prudência. principalmente vegetal. coram frequenti Acad. Olisipone.ª repartição da secretaria geral da Universidade. parte I. que annuindo á proposta do director.º de VI-22 págs. termo da vila de Monção. de Morveau. probidade e desinteresse. 103 a 138. filho de João Rodrigues (e não José Rodrigues. em merecimento literário – bom por dois e medíocre por um. próximo de Coimbra. dar-lhe uma versão fiel do referido Tractado». como se prova pelo registo existente na Universidade de Coimbra. fazendo parte da Enciclopédia por ordem de matérias. tomo VII. ou recentemente descobertas. 4. solemni pro. 1793. 8. no Dicionário Bibliográfico. Diário que oferecem ao público das operações por eles executadas com as vistas de atalhar o contágio que nesta cidade de Coimbra se declarou em Agosto de 1809. p. O Portugal Antigo e Moderno e a Corografia de Flaviense dizem que foi na aldeia deste nome. no concelho de Moncorvo. comarca da Torre de Moncorvo. aprovado por todos (“Livro de informação” a folhas 38 v. Saiu no nº 33. Nasceu em Felgueiras. e os seus continuadores. 221 a 240. «Em procedimento e costumes – aprovado por todos. (846) Inocêncio F. No nº 36.º de V-512 págs. congratulatione celebrantur. em que se lê: «Tomé Rodrigues Sobral. Colimbr. ou há pouco tempo comunicadas. segundo cópia que devemos à gentileza do sr. chefe da 2. em resposta a outra. De colaboração com o doutor Jerónimo Joaquim de Figueiredo. e assim é. a 20 de Setembro de 1829. No nº 32.536 TOMO VII SOBRAL como tal julgado por Linck e Balbi. deu Mr. José Feliciano de Castilho. 285.)». em que tratava de uma nova aplicação do gás muriático oxigenado. etc. tomo XIX. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de págs. dizem que nasceu em Felgueiras. na verdade. José Henriques de Sousa Seco. concelho de Moncorvo (ignora-se o dia e ano. parte I. Foi publicado «por satisfazer aos desejos da congregação da sua Faculdade. sendo sepultado na igreja do convento de Santo António da Estrela daquela cidade (846). Oratio academica in qua Augustissimi Antonii Beriensis Principis natalitia. No nº 46. págs. parte I. 251 a 266. como apontam alguns escritores). Coimbra. sabe-se. da Silva. natural de Felgueiras. 1797. Publicou também no Jornal de Coimbra as seguintes memórias e artigos: Carta ao dr. exame privado em filosofia em 23 de Junho de 1783 e tomou o grau de doutor em filosofia em 26 de Junho de 1783. Memória sobre o princípio febrífugo das quinas. Inocêncio F. comparando-o ao grande chimico da França. de págs. preparavam-se sem descanço os principaes productos chimicos. estopins. da – Dicionário Bibliográfico. o qual produziu beneficos resultados. mas ainda nas mais importantes applicações industriaes. diz Simões de Carvalho. ensaiavam-se processos para a conservação das substancias animaes e vegetais. «O nome d’este chimico deve merecer a todos os portuguezes viva sympathia e reconhecimento eterno. como elle dizia. tanto de peça como de granada. No nº 55. Faziam-se varias e repetidas experiencias concernentes á respiração das plantas e a outros phenomenos de phisiologia vegetal. No tempo da direcção d’este professor. Depois da reforma do marquez de Pombal foi este o primeiro talento que se manifestou n’esta sciencia. prestou outro serviço. «Os sabios professores Linck e Balbi foram os primeiros que lhe fizeram justiça. Empregou o chloro e o acido muriatico. mas humanitario. Em 1809. tornando a sciencia patriotica. artigos todos de primeira necessidade e que faltavam em Coimbra emquanto não chegaram os abundantes recursos que a Inglaterra se apressou a mandar. p. 285. perdendo-se por esta forma toda a sua livraria e todos os seus manuscriptos. O doutor Sobral não só dirigia mas preparava por suas proprias mãos muitas munições de guerra. N’este tempo o laboratorio chimico da Universidade transformou-se em verdadeira fabrica de munições de guerra. Os serviços prestados por este insigne professor ao ensino da chimica e ao seu paiz foram de tal ordem que lhe valeram a honrosa denominação de “Chaptal portuguez”». velas de mixto. os trabalhos praticos do laboratorio não cessavam. págs. tomo XIX. No nº 82.SOBRAL 537 TOMO VII Observações sobre um escrito intitulado: «Método prático de purificar as cartas e papéis procedentes de países contagiados ou suspeitos». O seu patriotismo mostrou-o quando os francezes invadiram Portugal. Foi uma epocha florescente e monumental do ensino da chimica em Portugal. não só em delicadas investigações de chimica. No mesmo (847) SILVA. então oxigenado. o doutor Sobral preparou os desinfectantes a fim de atalhar o contagio.. Os proprios officiaes inglezes dirigiram os maiores elogios ao director d’aquelles trabalhos chimicos. etc. fabricando-se debaixo da sua direcção polvora e mais munições de que havia falta. 126 a 153 (847). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 101 a 130. Quando Massena entrou em Coimbra. parte I. murrões. Na occasião da grande epidemia que grassou no reino. pertencente ao doutor Sobral. parte I. mandou incendiar a casa e quinta da Cheira. espoletas. porque a vingança dos francezes o tinha privado de todos os commodos da vida e dos objectos de primeira necessidade. Das chammas só lhe escapou a traducção do “Tratado das affenidades chimicas da Encyclopedia”. Foi vigário provincial de S. Três tomos. e o Dicionário Popular de Pinheiro Chagas. 1611. págs. I. O doutor Rodrigues de Gusmão publicou a respeito deste ilustre bragançano uns «Apontamentos biográficos» na Revista Literária do Porto. vol. José de – História da Revolução…. Dois tomos. ministro do rei D. SOBRINHO (Frei António) – Natural de Bragança. Gabriel de Zaias. Filipe e depois frade. nasceu em 1554 e faleceu a 10 de Julho de 1622. Apocalypsim. (848) ARRIAGA. Annotationes al Apocalypsis. 4. Ver também Memórias históricas do doutor Simões de Carvalho. pelas cadeias e até pelas ruas. Tesoros de Dios revelados a V. tomo XI. idem. actual pároco de Vinhas. o qual accommodou ao uso dos seus discipulos.538 TOMO VII SOBRAL | SOBRINHO laboratorio fabricaram-se os desinfectantes que por esse tempo se distribuiram gratuitamente pelas casas particulares. 279 e 283. sobre noticias de differentes minas metalicas e salinas recentemente descobertas. 141-142. principalmente vegetal. tudo devido aos cuidados do insigne professor. pelos hospitaes. uma “Memória sobre o principio febrifugo da quina”. No Jornal de Coimbra existem d’elle trabalhos sobre o uso do gaz muriatico oxigenado. Joannis Apost. sobre as difficuldades de uma boa analyse. 271. Eis um homem digno de que se lhe levante uma estatua honrosa. A lenda popular em Felgueiras ainda hoje diz que o grande sábio fazia chover e trovejar quando queria. a seguir memorado. págs. É hoje representante de sua família nesta povoação o padre Francisco José Martins. João Baptista do reino de Valença e primeiro oficial da secretaria de S. a fim de se atalharem os progressos do contagio que n’esta cidade se declarou em Agosto de 1809» (848). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e o “Diario” das operações que se fizeram em Coimbra. Era irmão do médico João Sobrinho. Manuscrito. p. Escreveu: De la vida espiritual y perfeción cristiana. Madre Francisca Lopes. Encarregou-se d’estes trabalhos e da analyse comparada da quina do Brazil e do Peru nas mais apuradas circumstancias. Nem um livro para consultas! Só uma alma nobilissima e um genio sublime poderia resistir a tantas infelicidades e entregar-se com tanto zelo a trabalhos delicados e difficeis de analyse vegetal. etc. manuscritos.º In D. Valencia. Viridário que compreende fábulas. (849) Sumário da Biblioteca Lusitana. Era freire professo na ordem de S. Com o mesmo nome de João Sobrinho há um frade carmelita. Paulo Ferreira de Sá e Manuel Ferreira de Aragão. Nuestra. todos filhos de Valentim de Sá Sarmento e de D. Julião de Morais Ferreira. provido em 1668 na abadia de Vale da Porca. Maria de Novais. Valentim de Sá Sarmento. ambos mais provavelmente naturais de Salamanca. Escreveu: Notas aos intérpretes de Hipócrates (850). natural da mesma povoação.SOBRINHO | SOEIRA | SOUSA 539 TOMO VII Sermões dos Domingos e Férias da Quaresma. netos paternos de Francisco Sarmento de Morais e de D. sendo em 1824 eleito arcebispo de Lacedemónia e vigário-geral do Patriarcado. destas Memórias. Todas as suas obras manuscritas estavam no convento de Valença (849). Manuscrito. Singular privilegio del Mosteiro de la Immaculada Concepción de la Virgen S. vitimado pela cólera-morbus. mas filhos de pais portugueses. nº 14. SOEIRA – VINHAIS – Francisco Sarmento de Morais. D. (850) Ibidem. doutor em teologia pela Universidade de Oxford. 464 e 774. Aleixo da Nova Sarmento. o qual nasceu em Lisboa e faleceu em 1475. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . SOUSA (D. Idem. de Vinhais. Ana Novais. Era doutor em leis no ano de 1795. irmão do precedente. Isabel de Sá e maternos de Aleixo da Nova e de D. doutor em medicina. Era filho de Aleixo da Nova Sarmento e de Ana de Novais. lente de prima na Universidade de Atenas e mestre do príncipe D. faleceu em 1735. emblemas e exemplos moralizados. (851) Ver tomo VI. idem. SOBRINHO (João) – Natural de Bragança. Foi médico do arcebispo de Sevilha. Junto ao processo da sua habilitação de genere para abade há as de seus irmãos: João Baptista de Sá. concelho de Valpaços. Tiago e colegial no instituto das ordens militares em Coimbra. in-8. deixando o seguinte manuscrito: Genealogia e origem dos Braganções [14]. p. reitor de Soeira. Dois tomos. Fora provido na reitoria em 1716 por resignação que nele fez seu tio Sebastião Ferreira Sarmento (851). Nasceu a 13 de Janeiro de 1771 e faleceu em Lisboa. Duarte. Rodrigo de Castro. em 26 de Julho de 1833. Foi deputado às cortes constituintes de 1821 pelas províncias da Beira e Trás-os-Montes. bispado de Bragança. António José Ferreira de) – Natural de Tinhela.º. Inocêncio F. tomando posse no dia 21. 110. António de Sousa era filho de José de Sousa e Freitas. 43 a 45. de que chegou a formar uma notável biblioteca. ministro da Marinha em 1900 e da Fazenda em 1906. distrito de Vila Real. concelho de Sabrosa. na rua do Machadinho. de Tinhela. ver os artigos «Clemente Sanches de Verchial» e «Fernão Mendes Pinto». Por outra ordem de 14 de Setembro de 1662 manda o cabido que se dêem ao mesmo escultor trinta mil réis «para principiar a obra do Santuario que temos contratado com elle» e que se dêem também doze mil réis a João Mendes «ambos da vila da Torre de Moncorvo para comprar ferro para as reixas da Sanchristia». A 20 de Dezembro de 1664 ordena o cabido de Miranda que o seu fabriqueiro pague ao dito escultor vinte mil réis que se lhe estavam devendo «da obra do retabulo das reliquias. (855) Ibidem. de cujo serviço se desligou a fim de entrar na vida política.. de p. pagas cada uma a setenta réis. da – Dicionário Bibliográfico. Apenas consta que escrevesse o «Prólogo» do editor da sexta edição da Peregrinação de Fernão Mendes Pinto em 1829 (852). Nasceu em Celeirós. p.540 TOMO VII SOUSA Teve fama de homem douto e grande filólogo e era apaixonado coleccionador de livros. Por decreto de 13 de Dezembro de 1894 havia sido nomeado governador civil do distrito de Bragança. D. 1822. e de D. Ainda por outra ordem de pagamento ao mesmo serralheiro. (853) Ver tomo VI. do Vimioso (853). SOUSA (António Teixeira de) – Doutor em medicina pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto. SOUSA (António Lopes de) – Escultor. maço Obras. Ver também a Galeria dos deputados das Cortes Gerais. (854) Museu Regional de Bragança. Em 1901 (852) SILVA.. que foi consumida por um incêndio no palácio onde morava. destas Memórias. Lisboa. Os «meios corpos e braços». onde completou o curso com distintas classificações em 1883. e oito mil reis mais lhe mandamos dar demais por fazer os meios corpos e braços» dos bustos de santos em que se depositavam as relíquias (854).. guardam-se agora no citado museu.. a 5 de Maio de 1865 e faleceu a 5 de Junho de 1917. vê-se que as reixas pesavam duzentas e oitenta libras. Foi durante algum tempo médico militar. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .. além do artigo próprio e do do «Suplemento». defendendo tese a 18 de Julho desse ano. bustos dos santos atrás referidos. sendo eleito deputado em 1894. Rita Ferreira da Costa. e que estavam prontas em 6 de Janeiro de 1663 (855). de 8-470-26 págs. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 1902. Não indica ano nem lugar de impressão. SOUSA (Padre José de) – O catálogo nº 1 (1908) da Livraria José Joaquim Lopes da Cunha. Há dele uma tese de direito canónico dedicada a Santo António. venha no volume indicado o ano seguinte. e uma portada. na mesma Imprensa. SOUSA (José Sobral de) – Doutor em cânones. o Padre José de Sousa. de seda cor-de-rosa. da Universidade.SOUSA 541 TOMO VII foi nomeado par no reino. Pertence à colecção do grande investigador reverendo José Augusto Tavares. Bispo de Miranda. servindo de véu de cálix. Manuscrito in-fólio. advogado em Mirandela. SOUSA (João Pedro de) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. Amar é morrer. Saudades – Versos. Imp. Dom João de Sousa Carvalho. portanto. No catálogo nº 2 da mesma livraria pediam por este manuscrito 50$000 réis. sendo. Exposição das rubricas. abade de Carviçais. impressa em três planas. tratado alfabético de decretos em toda a matéria dos Sagrados Ritos. que ao Il. que diz ser o autor natural do Larinho. No Portugal – Dicionário histórico. vem o seu retrato acompanhado de notas biográficas. Quando a morte o colheu tinha em preparação um livro de contos.º de 152 págs. 8. muitas dessas publicações foram publicadas em vários jornais.º de 171 págs. oferece o secr. em 16 de Outubro de 1918. e mestre de cerimónias. Coimbra. Em Junho de 1910 foi eleito chefe do partido regenerador e era o presidente do ministério quando em 5 de Outubro desse ano rebentou a república.mo Sr. fez-se em 1902. onde os concluiu em 1901-1902.. encad. se bem que. anuncia à venda o seguinte: Cerimonial mirandense lusitano – Missa rezada. de febre pneumónica. como o autor nos declarou. questões singulares. Faleceu na mesma vila. Exerceu também o cargo de director das alfândegas. o último chefe dos governos monárquicos. Redigiu quase durante seis anos o Distrito de Vila Real. Escreveu: Miosótis – Romance em prosa.mo e Rev. artigo «Teixeira de Sousa». onde nasceu a 2 de Outubro de 1880. Estudou preparatórios no colégio de Lamego e liceu de Coimbra. de Braga. por engano. filho de António Benedito de Sousa e de D. Teresa de Jesus Ferreira. Coimbra. A impressão deste romance em prosa. e em 1906-1907 o curso universitário. contudo. passando depois a redigir o Vilarealense. capelão. a qual é em parte feita à pena e parte impressa com o nome do bispo. concelho de Moncorvo. Não chegou a aparecer em livro. 1902. 8. defendida no seu doutoramento. Ver tomo I. impressas em dois rectângulos ou planas. Maria Supico. 1769. 620. nascido na freguesia de Carvalho de Egas. fidalgo da casa real. que foi bispo de Viseu. 120. SOUSA (Padre Frei Manuel Bernardo de Magalhães e) – Vigário de Candoso. Mencionámo-lo apenas por ser filho de Lopo de Sousa. destas Memórias. (859) Ibidem.542 TOMO VII SOUSA SOUSA (Lopo de) – Alcaide-mor de Bragança pelos anos de 1514. e pela seguinte circunstância: «Sendo (856) Ver tomo I. 253. 165. p. Arquitipografia Académico-Régia. D. 268. D. p. 54. Manuscrito. 318. Vinhais (858). SOUSA (Manuel Bernardo da Fonseca e) – Capitão de infantaria nº 24. que estava na praça de Almeida em 1810 aquando da terrível explosão (856). p. governador da Índia. Antónia Supico. Fagundo de Urros (857). a 8 de Abril de 1755. destas Memórias. filho de João Fernandes de Sousa e de D. Pedro e do morgado de S. Coimbra.º ano. e avô de Martim Afonso de Castro. que deu o nome ao Rio de Janeiro por entrar nele no dia 1. SOUSA (Martim Afonso de) – Nada faz ao nosso propósito a vida deste notável homem público. p. dedicadas à Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Francisca de Morais Ferreira Supico. alcaide-mor de Bragança. concelho de Vila Flor. pág. pai de Frei António. primeiro e segundo tomos. SOUSA (Manuel Pimentel de) – Cavaleiro da ordem de Cristo. 53 deste tomo. destas Memórias e também o artigo Borges (Manuel de Morais Magalhães) pág. do mesmo concelho. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .º deste mês. (857) Ver tomo VI. destas Memórias. que foi vice-rei da Índia. SOUSA (Manuel António Luís de) – Há dele na igreja de Alfândega da Fé um véu de cálix. págs. p. 570. 322 e 341. filha de Luís Supico. 234. com umas conclusões jurídico-canónicas. defendidas em Coimbra no seu 5. 229. António Supico (860). pelos anos de 1804. em seda branca. senhor de S. Escreveu: Livro genealógico. Seriz e da quinta da Granja de S. capitão-mor do Rio da Prata. Ano 1804. Ver tomo VI. (860) Ibidem. (858) Ibidem. casada com Pedro de Castro Soares (859). Falleceu na era de 1630 a 17 de Maio servindo / autoalmente de Provedor da Santa Casa da Miseri / cordia. irmão de el-rei D. Na parede da mesma capela. vol. 1773. idem. p. no Dicionário Bibliográfico. Saíram reunidas ambas as partes. SUPICO DE MORAIS (Pedro José) – Moço da câmara do infante D. há outra lápide de pedra preta. Barbosa. e Inocêncio F. Inocêncio – Dicionário Bibliográfico.º de XVI-283-291-312 págs. que o alentavam ao desprezo do ouro em comparação da honra. e vendo que nem ainda com tão preciosa cadeia se queria deixar prender. que foi dourada. Escreveu: Colecção política de vários apoftegmas – Parte primeira. conjecturando. na Biblioteca Lusitana. 1732 (Barbosa diz 1733). dizem ignorar a sua naturalidade e data do nascimento e óbito. com a indicação de «Novamente impressas correctas e ilustradas».º de CIV-279-286 págs. e quando foi tempo de voltar para caza. Pinheiro – História de Portugal. Coimbra. Francisco. lhe offereceu a sua espada. encimada por um brasão de armas. Passando por Bragança o Grão Capitão Gonçalo Gonçalves de Cordova foi hospede de Lopo de Sousa. Pinheiro Chagas (863) chama-lhe «escritor notável». e diz: Nesta capella está instituido hum mor / gado com huma missa cotediana e ou / tras condições declaradas no / vinculo do dito morgado. 21. 1720. e segunda vez.SOUSA | SUPICO 543 TOMO VII ainda bem mancebo dava claros indicios dos generosos brios. da Silva. 8.º com VIII-462 e VIII-464 págs. que diz: Sepultura de Manoel / de Moraes Capico / fidalgo da Casa de Sua / Magestade Commendador da / Ordem de Christo e Senhor da / villa de São Seriz e / de seus erdeiros. porém. Lisboa. o qual á despedida mandou a seu filho o fosse acompanhando algumas jornadas. Manuel de Morais Supico foi o fundador do altar do Espírito Santo na catedral de Goa. e no pavimento da capela onde está esse altar lê-se o epitáfio do fundador. que elle acceitou com muita cortezia. (862). lado da Epístola. 8. Colecção moral de vários apoftegmas – Parte segunda. João V. parece ser natural ou oriundo do distrito de Bragança. este último fosse natural de Lisboa. Dois tomos in-4. 1761. todavia. p. idem. 1720.º. Nella / está sepultado Manoel de Moraes / Capico seu primeiro instituidor natu / ral de Tralos Mon(861) O Oriente conquistado. (862) SILVA. VI. popular e ilustrada. e segunda vez. a julgar pelo que fica dito no artigo Sousa (Manuel Pimentel de) e pelo mais aqui mencionado. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e se honrava com ella nos dias de festa. 8. Lisboa. e quando foi governador da India» (861). quis o Grão Capitão autorizal-o com um formoso e rico colar de ouro e pedraria que levava. 343. parte I. (863) CHAGAS. os 10 e 12. A 5 de Agosto de 1804 faleceu em S. Seriz. 28. supomos que o escritor acima mencionado fosse desta família e natural de S. 38. n. 50. pregador da capela. pág. Luís – Catedral de Goa. no livro II. O apelido Supico ainda hoje permanece no distrito de Bragança. é filho de António Carlos Caldeira Pinto Tavares e de D. o doutor Luís Supico de Morais. o padre-mestre Fr. Pertence esta / capela ao morgado e aos erdeiros do / dito defunto (864). 223. a julgar pelo que diz. Josefina de Jesus Pinheiro. 28. Devia ser orador notável. TAVARES (Henrique Fernandes) – Foi director da Escola Industrial de Bragança. sendo medalhado igual(864) GONÇALVES. p. no livro II. 5.544 TOMO VII SUPICO | TABORDA | TAVARES tes fidalgo da Ca / sa de Sua Magestade commendador do abi / to de Christo e Senhor da villa de S. feito em 1691. Henrique Tavares foi um dos alunos mais notáveis do curso de belas-artes. monografia in Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa. filho de António Miguel Taborda e de D. parte primeira. 18. (865) Museu Regional de Bragança. 1898-99. fala num seu tio. 60 e outras. manuscrito existente no Museu Regional de Bragança. livro LXVI. Escreveu: Silvervar san orchiepedites bleunorrajicus. 3. Seriz. págs. onde obteve distinções. Nasceu em Freixo de Espada à Cinta a 2 de Fevereiro de 1893. no concelho de Macedo de Cavaleiros. vem mencionado um indivíduo de nome André de Morais Supico. membro da Academia. em mais de cinquenta lugares da obra. No Tombo dos bens do Cabido de Miranda. Nasceu em Lisboa a 29 de Novembro de 1897. aponta dois sonetos de seu avô. sendo agora (Abril de 1930) professor na de Aveiro. pág. pois achou modo de. menções honrosas. 87 e outras. 36. Manuel Supico (865). Exerce actualmente clínica em Carviçais. págs. concelho de Moncorvo. 576. fólio 115 v. Além disso. que viveu pelos anos de 1680. 43 e outras. Cartório notarial. livro I. págs. e no III. Pedro da Silva. Seriz.. T TABORDA (António Augusto Pinheiro) – Doutor em medicina. Elvira Xavier Fernandes Tavares. fol. 1921. medalhas de bronze e de prata. concelho do Vimioso. inserir apoftegmas colhidos nos sermões do frade. Foi / vreador nesta cidade de Goa. Na primeira parte da sua obra. Coimbra. Baseado nestas inscrições. e no III. 59. 74. Fez os estudos liceais em Lamego e Porto e nesta cidade e na de Coimbra os de medicina. cura de S. Falleceo / sendo autualmente Provedor da Santa Misericordia / em 17 de Maio de 1630. 57. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . José Supico. tecelagem. falam. tendo também paroquiado. No «Livro dos visitantes» dessa exposição escrevemos: «É consolador entrar nesta exposição da Escola Industrial de Bragança. Sacerdote exemplarissimo. Luísa da Conceição Teixeira. carpintaria. como espirito sagaz. Fez os estudos preparatórios e teológicos no Seminário Diocesano de Bragança e recebeu a ordem de presbítero em 1894. É que as suas telas movem-se. o jogo fisionómico que evidencia os elementos da alma e. a máxima expressão do agradecimento reconhecido na minha terra é: “Bem haja. por ver o superior critério com que o seu corpo docente orienta o ensino. sonoro a princípio. para depois emudecer de assombro empolgante. e de D. bordados e outros labores expostos. TAVARES (Padre José Augusto) – Abade de Carviçais. Mas ao entrar na sala em que Henrique Tavares. e anteriormente de Maçores. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .. terras bragançanas! Minhas queridas terras bragançanas. concelho de Foz Côa. um ah. evidenciado nos artísticos artefactos de serralharia. Nasceu na freguesia da Lousa. prolongado. O abade Tavares é «um dos espíritos ilustrados e esclarecidos da actual geração transmontana. esta freguesia. Deus lo pague”. em que é mestre. sugerem um mundo de cogitações só visível às mentalidades da élite. teem vida.. As duas exposições dos seus quadros. pois bem. concelho de Moncorvo. Tem exercido várias comissões honrosas como pregador da bula e foi-lhe concedido o privilégio de usar de murça. quando amanhã a mocidade assim educada agir sobre vós. explode involuntário dos lábios. Terras bragançanas. Deus le pague a sementeira de mentalidade artística que aqui espargiu». sobretudo retratos. marcenaria. que risonho futuro vos espera.. observador. que tem dedicado a sua actividade intelectual ao estudo das antiguidades d’esta provincia. ao mesmo tempo que exerce a evangelica missão da direcção espiritual dos seus parochianos. a de Ligares e de Larinho. apresenta os seus quadros. sócio da Associação dos Arqueólogos Portugueses e da Sociedade de Geografia de Lisboa. filho de Custódio Luís Tavares. natural de Santo Amaro. o grande mestre do retrato. onde volteja um sôpro de talento matizado de fulgurações geniais. tanto da linguistica como de tudo o que pode concorrer para o conhecimento do seu passado. vae..TAVARES 545 TOMO VII mente pela Sociedade Nacional de Belas-Artes e condecorado com o «Prémio da Anunciação». concelho de Moncorvo. a 4 de Abril de 1868. como encomendado. pelo impressionismo. da Lousa. Tavares: em nome da minha terra um longo e infindável bem haja. traduzem a fina observação psicológica. aa. realizadas em Bragança em 1927 e 1928 foram brilhantíssimas e imponentes nos meios da arte nacional. Tavares. todas as joias archaicas perdidas. vol. contra todo o bom critério. vários objectos» (866). de – O Arqueólogo Português. que hão-de um dia servir para formar um thesouro de subido valor para a historia d’esta região. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e para o qual tem offerecido. foi um dos primeiros que. como rezam os documentos antigos. Compreendem-se as colecções arcaicas dos burgueses endinheirados ou com facilidades de vida financeira. acrescenta: «Faço com tanto maior prazer esta transcripção. p. (866) Gazeta de Bragança de 22 de Outubro de 1899. privando os estudiosos desses elementos de instrução. que também o é da sua terra. L. O sábio mestre doutor José Leite de Vasconcelos. levantou a voz a saudar com a sua penna fluente a fundação do Museu Regional de Bragança. Compreendem-se os armazéns artísticos dos novos-ricos: querem dar-se tom de antigos aristocratas. usos e costumes. aspiram a impingir-se como estetas e amadores conscientes de arte. onde só podem estar expostas condignamente. transcrevendo esta apreciação. Os museus é que são os lugares próprios. facultando de passo outros elementos de comparação evidentemente falhos nas colecções particulares. mas os coleccionadores de antiguidades são tão beneméritos quando as recolhem. Compreendem-se os colecciono-maníacos que utilizam mobiliários. Compreendem-se os coleccionadores mercantis: é a traficância avara e abjecta que os orienta. E al não façades. pelo menos. 17. sendo lamentável. Que o nosso amigo nos perdoe. salvando-as do perecimento. V.do Padre Tavares vota á sciencia deve tambem o Museu Ethnologico Portuguez a posse de importantes donativos archeologicos» (867). quão censuráveis desde que se fecham com elas. quanto é certo que ao desvelado amor que o meu amigo Rev. Como homem culto. por desvairadas terras. porque a vida moderna carece de tempo para andar de casa em casa. Compreendem-se as colecções dos sábios a fingir: querem impor-se como genuínos ao vulgo ignaro.546 TOMO VII TAVARES colhendo entre elles e nos seus habitos. 1899. J. (867) VASCONCELOS. e expondo-as a perderem-se após a sua morte. porque é um crime ou. visto respeitar a todo o distrito. de que tem em sua casa um verdadeiro museu. por diversas vezes. Nem se diga que as facultam de boa vontade aos visitantes. porém. e resultarem infrutíferas as suas tentativas para a fundação de um em Moncorvo. O abade Tavares é um grande coleccionador de antiguidades arqueológicas. lá de uma escondida aldeia. à cata delas. maluqueira injustificável. sendo até preferível que as tivessem deixado ficar in loco. que não se resolva a depositá-las no Museu Regional de Bragança. enfim. Não sei se ouvi. Compreende-se que o povo ignaro feche a sete chaves preciosidades que de nada lhe servem. – para ensino na aula de arqueologia. entendendo-se. sem recear confrontos com os que mais se avantajam em igualdade de circunstâncias. Pode e deve mesmo ter alguns exemplares de certas raridades – tecelagem. o emblema político: é a vesânia do salteador a manifestar-se por essa forma em vez de aparecer nas estradas. encontradas algumas nos escombros de civilizações desaparecidas. o mais é no museu ou nos monumentos que se estuda. precisa de larga dotação e de várias outras coisas que. Prezo-me de ser padre. Compreende-se mesmo que o estudioso retenha por algum tempo os exemplares mais raros para os estudar convenientemente. a tecedeira. coisas que o seminário não tem – tomara ele manter-se no objectivo da sua especialidade… Quem não faz ideia do que seja um museu pode tentar a criação de um com a mesma consciência com que o tarimbeiro general Junot. etc.. a bordadeira. quando a haja. o escultor.TAVARES 547 TOMO VII códices. se li. de concorrer para a fundação do seminário. o arquitecto. ao invadir Portugal. é claro. Precisa de pessoal conhecedor do assunto para classificar. de honrar a veste sacerdotal. retenhas por mais tempo a tua colecção arcaica. o numismata. o epigrafista. um seminário nunca pode servir para museu. a não ser que reuna condições tão excepcionais que nunca talvez se encontrem nos portugueses. quantos exercem a arte com intuitos de perfectibilidade. o serralheiro. onde vai inspirar-se. por brevidade. do seminário em Bragança e não em outra parte. como preconizam os amoucos da infeliz fariolatria bragançófoba. manuscritos e livros raros para arrancar o ornato característico. A tua grande inteligência. Um museu não é um armazém de velharias: é uma aula de estudo pela imagem. Mas não se compreende que tu. galerias e terraços. que a querias dar a um museu a fundar no Seminário Diocesano. bordados. meu velho e grande amigo Tavares. depositando-os depois num museu para não privar egoisticamente outros dos ensinamentos adequados ao adiantamento científico. dispor e auxiliar os visitantes. precisa de amplas salas. o marceneiro. prometia dotar cada uma das províncias do país com um Camões para cantar seus feitos em outros tantos Lusíadas!. a página interessante. omitimos. mobiliário. a iluminura. aprender o pintor. ferragem. de amar a classe o melhor que posso e como posso.. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . desinteresse e amor à ciência brigam com tal resguardo. privando assim estupidamente o progresso mental de grandes elementos de estudo: não sabe o que faz e os governos não têm olhos nem mente para decretar uma lei eficaz que faça remover para lugares adequados tais tesouros. Mas o seminário. mas só para isso. Agenda Brigantina e Boletim da Diocese de Bragança.548 TOMO VII TAVARES E tanto é assim. a quem este dedicou o poemeto atrás mencionado. Correio Nacional.os VIII e IX. Novidades. O Moncorvense. incontestavelmente em melhores condições em tudo que o de Bragança. E um dia vinham por ali os alunos e as alunas da Escola Industrial copiar desenhos dos tapetes. preferiu iniciar o famoso Museu Machado de Castro. A Palavra. algumas das quais ainda não tinham similares em português. Carolina Michaëlis de Vasconcelos. Torre de Moncorvo. e as Monografias de Carviçais. além de improfícuas. bem cego é o que não vê por um crivo – Sego non ego et inrabazabo cordumzil. Porto. O doutor em direito Manuel Jacinto Tavares.) Tem em manuscrito: Crepúsculos (versos). Novo Almanaque de Lembranças. das faculdades de letras. e lá se ia a paz espiritual que deve reinar nestas casas. A Época. O Nordeste. do Curso Superior de Letras. 211 e 227. Manuel Correia de Bastos Pina. refere-se elogiosamente ao Romanceiro Trasmontano publicado pelo abade Tavares na Revista Lusitana. levando.. resistindo a veleidades injustificáveis. Diário de Notícias. Folclore trasmontano. de Ligares. Ilustração Trasmontana. A fecunda escritora D. O padre José Augusto Tavares escreveu: Etnografia transmontana – Agricultura do concelho de Moncorvo.. O Século. Penumbras (idem). O Brigantino. O mesmo fez no século passado o célebre bispo Cenáculo. E em prosa: Superstições populares trasmontanas. e Devaneio poético popular – Colectânea (versos). Correio de Lamego. Um museu no seminário?!. segundo a versão macarrónica popular. O Arqueólogo Português. de Nossa Senhora da Teixeira (Moncorvo) e de Santo Ildefonso (Souto e Felgar).. É que o hic homo cepit aedificare et non potuit consumare é uma verdade evangélica e um conselho a tentativas menos ponderadas. O Mirandelense. e um dia vinham por ali os alunos e alunas das escolas de belas-artes. A Vida Moderna. 1908. D. em nossos dias. Portugália. podendo fundar um museu no seu seminário. O noivado do sepulcro (poemeto à morte de seu irmão doutor Manuel Jacinto Tavares). (É uma separata do tomo II da Portugália. n. copiar a tecitura dos panos. 104. Correio de Macedo. que homens da envergadura mental e moral do bispo-conde. 7.. 1907-1909. nasceu na freMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 4.º de 16 págs. Revista Lusitana. o qual consta de diversas romanças coligidas por este diligente investigador. págs. dos bordados. das pinturas. tão memorado nas belas páginas da literatura portuguesa. Legionário Trasmontano. das ferragens. irmão do nosso biografado. algumas vocações sacerdotais e. nos seus Estudos sobre o Romanceiro Peninsular. talvez. A Voz do Tua. Tem colaborado nos seguintes periódicos: Gazeta de Bragança. Boletim Diocesano. O Tua. manuscrito in-fólio (868). 1648. TEIVE (Diogo de) – Natural de Braga. Francisco Manuel de Melo. a 13 de Junho de 1916. lente de humanidades nas Universidades de Bordéus e Coimbra e nesta reitor do Colégio das Artes. Há a seu respeito a seguinte obra: Relação das muitas.. 589. (870). (870) Ibidem. fol. onde era professor da Escola Comercial Seixas. vice-rei e capitão-general do Estado da Índia. doutor em direito pela Universidade de Paris. por Álvaro Pires de Távora. 1916. pág. filho de António Colmieiro de Morais. p. João Terceiro a esta parte. como se vê nos Apólogos dialogais. (869) Ver tomo I. também cavaleiro da ordem de Cristo. Na composição desta história teve grande parte D. com relação de todos os sucessos. Angélica de Moura Coutinho de Almeida de Eça. TÁVORA (Francisco de Assis e) – Marquês de Távora. e de D. Recolhida pelas memórias originais de seus passados. e publicada por Rui Lourenço de Távora. 1754. 4. Angélica de Sousa de Távora.. Colaborou no Imparcial de Coimbra. p. TÁVORA (Baltasar de Sousa Colmieiro Teles de) – Fidalgo da casa real. e Aparato Bélico. Escreveu: História dos varões ilustres do apelido Távora – Continuada em os senhores da casa e morgado de Caparica. destas Memórias. e singulares vitórias. públicos deste Reino e suas Conquistas desde o tempo do Senhor Rei D.º de 8 págs.. que contra o Rei Sunda e outros Régulos confinantes tem alcançado o incrível esforço do Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor. tanto em prosa como em verso [15].. TÁVORA (Álvaro Pires de) – Senhor do Mogadouro. na Vida Nova e noutros jornais.. que se distinguiu nas guerras da aclamação – 1640-1668 (869).. de IV-365 págs. 116 e 118. destas Memórias. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Escreveu: Famílias de Trás-os-Montes. Pompa. conde de Alvor. TÁVORA (Bernardino de) – Comissário-geral. 98. para onde veio em 1547 a con- (868) SOARES. p. Ver tomo VI. 407. na antiga freguesia de S. Eduardo de Campos de Castro Azevedo (Carcavelos) –Bibliografia Nobiliárquica Portuguesa. João Baptista (hoje Sé) a 30 de Abril de 1693 e casou em 1738 com D. e Político com que Sua Excelência foi recebido na cidade de Goa.TAVARES | TÁVORA | TEIVE 549 TOMO VII guesia da Lousa a 18 de Março de 1888 e faleceu em Moncorvo. Nasceu em Bragança. cavaleiro da ordem de Cristo e capitão de cavalos de Trás-os-Montes. Bragança. do nosso distrito. Para a sua biografia ver: GUICHERAT – Histoire du Collége de Sainte-Barbe. Tip. 4. «Foi um dos mais celebres professores da renascença. de Bragança. filho de António Albano Teixeira. concelho de Chaves [16] (mas criou-se em Bragança). Manuel Ferreira – Educadores Portugueses. perseguido pela inquisição. onde vivia pelos anos de 1565 e parece ter falecido. Bragança. Fez os estudos liceais em Bragança e o curso teológico no seminário da mesma cidade. artigo «Teive».º de 8 págs. pela entrega deste estabelecimento aos jesuítas. neto paterno do velho administrador do concelho de Bragança António José Teixeira. filho de José da Encarnação Teixeira e de D. Olívia Rosa de Sá P. 1907. Teixeira. Capelão-militar em 1885. condecorado com a medalha de oiro de exemplar comportamento. dizem os seus biógrafos. vai em mais de vinte anos. GAULLIEUR. Bragança. substituto. regendo várias disciplinas. Portugal: Dicionário histórico. mas nenhuma notícia encontrámos a tal respeito no arquivo do cabido de Miranda. esteve nos carceres de Lisboa em 1550.º de 8 págs. 8. Paris. 8. Artística. d’aprés un grand nombre de documents inédits. 1874. senador em 1919 e governador civil. TEIXEIRA (António José) – Major de infantaria. Minerva.550 TOMO VII TEIVE | TEIXEIRA vite de el-rei D. combatente da Grande Guerra na África e em França. cavaleiro da ordem de Cristo. ordenando-se de presbítero. Ernest – Histoire du Collége de Guyenne. Tip. ambos de Lebução. TEIXEIRA (Padre António) – Nasceu na freguesia de Lebução. Serviço de patrulhas na infantaria. 1916. comendador das ordens de Cristo. Deixou várias obras publicadas.º peq. aquela por decreto de 25 de Setembro de 1922 e esta por decreto de 5 de Outubro seguinte. e de D. e Sumário da Biblioteca Lusitana. e de Avis. Lição de Heróis – Alocução proferida no regimento de infantaria nº 10. Em 1555 era o principal reitor do Colegio das Artes» (871). a 12 de Novembro de 1858. Nasceu em Bragança a 28 de Abril de 1880. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . segundo oficial das alfândegas. João III e. (871) DEUSDADO. cónego da Sé de Miranda do Douro. em comemoração dos mortos pela Pátria nos campos de batalha na Grande Guerra (1914-1918). com palma de oiro. no dia 9 de Abril de 1921. governador civil de Angra do Heroísmo por decreto de 3 de Outubro de 1923 e depois de Aveiro por outro de 8 de Agosto de 1924. farmacêutico. Maria Rosa Teixeira. Tip. Adriano Rodrigues. professor provisório do Liceu Central Emídio Garcia. de 84 págs. Escreveu: Discurso proferido na abertura das aulas do regimento de infantaria nº 10. p. representando esta vila tal como era em 1870. bispo da mesma diocese. Foi pároco de Espinhosela. destas Memórias. a 5 de Fevereiro de 1875. desde 1919. sendo demitido e substituído pelo brigadeiro Francisco António (872) Ver tomo I. Faleceu em Lisboa. vigário-geral da diocese de Meliapor e. deixando filhos. Teve durante bastante tempo a direcção artística da Ilustração Portuguesa. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Pintou algumas telas de merecimento e um pano de boca para o teatro de Mirandela. TEIXEIRA (Gaspar) – Era governador das armas da província de Trás-os-Montes em 1823 quando rebentou a contra-revolução ao movimento de 1820. Residiu durante a maior parte da sua vida em Lisboa. TEIXEIRA (D. onde se dedicou à pintura. Tem em manuscrito: Infantaria de Trás-os-Montes na Flandres e Elementos de topografia prática. onde terminou o curso em 1908 e o de preparatórios e teologia no liceu e seminário de Bragança. TEIXEIRA (Francisco) – Natural de Mirandela e filho de Manuel Maria Teixeira e de D. António Maria) – Natural de Freixo de Espada à Cinta. Teotónio. concelho de Bragança. 113. Bragança. inumeradas. TEIXEIRA (Duarte) – Mestre-de-campo de um terço de Bragança. que se distinguiu nas guerras da aclamação em 1667 (872). filho de Manuel António Teixeira e de D. de quem fora secretário. o director da agência do Banco Nacional Ultramarino em Bragança. 1929. em Junho de 1928 (contando cinquenta anos de idade). exercendo também por sua nomeação o cargo de reitor do seminário. Prazeres de Jesus da Silva Pires. freguesia da Sé. nomeado bispo coadjutor e futuro sucessor de D. merecendo ser retratado pelo mestre. Maria da Conceição. Por ocasião do Congresso Eucarístico de Madrasta foi agraciado com o título de «Prelado Doméstico de S. foi discípulo e amigo de Rafael Bordalo Pinheiro. Santidade» por proposta do mesmo bispo. Tip. missionário da Índia. TEIXEIRA (José Eugénio) – Nasceu em Bragança. Fólio pequeno de 20+2 págs.TEIXEIRA 551 TOMO VII Regimento de infantaria nº 10 – Breve resumo dos seus factos mais notáveis. Académica. onde se criou desde os dezasseis anos. Padre e doutor em direito pela Universidade de Coimbra. advogado em Macedo de Cavaleiros e deputado e é. publicação semanal editada pela empresa do jornal O Século. (876) Sumário da Biblioteca Lusitana e Portugal: Dic. porém. Mas este governo foi curto. 406. Parece-nos. Seguiu depois a magistratura e foi sucessivamente delegado do procurador da República em Santa Maria (Açores). artigo «Geraz de Lima». tomando posse a 2 de Agosto de 1929. TEIXEIRA (D. p. de 16 de Dezembro de 1927. Maria) – Fundadora do convento de S. Helena da Costa e nasceu em Bragança a 11 de Maio de 1567. TEIXEIRA (Raul Manuel) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. J. IV. TEIXEIRA (Padre Manuel) – Jesuíta. Escreveu: Nove cartas sobre a Missão. Nasceu em Bragança (freguesia da Sé) a 13 de Agosto de 1884 e é filho (873) ARRIAGA. que foram traduzidas em várias línguas e algumas andam nas colecções (876).ª série. Era filha de Gonçalo Teixeira e de D.552 TOMO VII TEIXEIRA Pamplona (873). Foi reitor do colégio de Cochim e de Baçaim e eleito provincial em 1573 e embaixador de Portugal na China em 1568. passando depois ao quadro da inactividade pela sua nomeação de secretário-geral efectivo do governo civil deste distrito. Veja-se a biografia que dele damos no artigo respectivo. professor interino do liceu de Bragança desde 1908. 265. tenente-general. vol. histórico. adjunta ao museu regional da mesma cidade. e tomo II. nasceu em Bragança em 1538 e faleceu a 15 de Março de 1590 na Casa Professa dos Jesuítas de Goa. 1. onde nasceu em 1777 e também faleceu em 1840 (874). Miranda do Douro. p. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . p. cargo que actualmente desempenha. Bento em Bragança em 1590 (877).º visconde de Geraz do Lima. p. – História da Revol. onde terminou o curso em 1907. porque triunfando a Vilafrancada em 5 de Junho de 1823. que antes deste assumiu esse comando Luís do Rego Barreto. 324. Claudino foi demitido e desterrado para a ilha do Faial. António Pinheiro. (877) Ver tomo I. (874) Portugal: Dicionário histórico. nº 283. natural de Viana do Castelo. bispo de Miranda. 140. Vinhais. sendo seu padrinho D. Também em ofício de 24 de Março de 1823 este propôs ao governo que confirmasse a nomeação que havia feito do general António Claudino de Oliveira Pimentel para governador interino das armas da mencionada província (875). Júlio Máximo de Oliveira – Memorial biográfico de um militar ilustre. 2. bem como o de director da Biblioteca Erudita de Bragança. destas Memórias. Santiago do Cacém e Ponte de Lima. (878) Diário do Governo. (875) PIMENTEL. para que foi nomeado pela portaria de 25 de Novembro de 1927 (878). Portuguesa de 1820. Em 1924 foi promovido a juiz e serviu em Carrazeda de Ansiães. Sobre a importância dessa exposição ver. de que já até as pedras tinham desaparecido. p. conseguindo reavê-las após largas pesquisas. chamados pelourinhos. além de outras publicações. diremos apenas dos esforços tendentes à restauração desses velhos monumentos de arte e de história. em prol da nota característica etnográfica e tradicionalista. sitos em Vinhais. de Carrazeda de Ansiães. onde se encontra a sua biografia. uma exposição de arte concelhia. em Setembro de 1921. de que a imprensa se ocupou com louvor» (880). São filhas deste matrimónio: D. 150. Fez os estudos liceais em Bragança e no colégio de Lamego. Guilhermina Maria. Sem pretender resenhar todas as suas benemerências orientadas pelo critério supra. ficou assinalada por luminoso facho de restauro e conservação em prol dos monumentos históricos e artísticos. Maria Guilhermina da Cunha Lima Teixeira. Alice Rocha da Cunha Lima. símbolos da autonomia municipal. com a dedicação de etnólogo consciente que é. nascida a 18 de Fevereiro de 1918. nascida a 21 de Março de 1915 e D. a Democracia do Lima de 25 de Setembro de 1921 e O Comércio do Porto de 24 do mesmo mês e ano. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 288. 1923. Maria Alice da Cunha Lima Teixeira. de verbe cáustica relevada pela blague esfuziante da hilaridade. pág. nascida na mesma cidade e freguesia a 28 de Setembro de 1853 – por diploma pontifício de 18 de Agosto de 1930 foi agraciada com a Cruz de Latrão (medalha de prata) –. O Raul – assim é tratado na roda dos seus admiradores – marca fundamente pela sua individualidade literária assaz comprovada no jornalismo e em produções de maior fôlego impressas. nascida a 25 de Janeiro de 1894. cheias de fino espírito. E marca de modo especial pela modalidade de culto esteta e crítico de arte. mixto (879) Ver o artigo Pires (D. (880) Almanaque de Ponte de Lima. «Durante a sua permanência em Ponte do Lima tanto se identificou com a vida e meio. igualmente destruído.TEIXEIRA 553 TOMO VII de Francisco Inácio Teixeira. faz-se uma apreciação da obra do doutor Raul Manuel Teixeira «culto espírito. Casou com D. As suas aptidões artísticas levaram-no a promover. Na publicação de onde extraímos esta notícia. em prol do melhoramento útil e embelezador. A sua passagem através das comarcas em que tem servido como magistrado. e de D. nascida a 5 de Agosto de 1913. Justina dos Prazeres). que se tornou muito querido na roda intelectual e artística da terra. D. ricos proprietários (879). também nascido nesta cidade a 18 de Dezembro de 1856. Maria Sofia de Lurdes da Cunha Lima Teixeira. alavancas máximas das liberdades cívicas. onde o seu espírito se destacava superiormente. da monografia que conseguiu ver escrita referente a este concelho cheio de atracções arcaicas e dos esforços atinentes ao restauro da veneranda jóia românica que é a igreja intramuros de Ansiães. do Porto. . e que ela é. há quase meio século reclamada e levada a efeito em 1928. Ao Sr. com seus hábitos coimbrões de boémia esturdia e seus óculos de profundo estudioso».... entre as quais as artes regionais da talha. Aumenta-se agora com uma sala etnográfica o seu capital de preciosidades. tecelagem e tapeçaria.. de Malta. para vergonha de todos nós. cerâmica. vale contudo como um bom documentário de artes decorativas. Eis o que a tal respeito diz o notável homem de ciência doutor Virgílio Correia. . porque não podia ser. p. duas raridades que. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . a cujo talento.554 TOMO VII TEIXEIRA de João da Ega e de professor da Universidade de Bonn. (882) Livro dos visitantes do Museu Regional de Bragança. 27 de Fevereiro de 1930» (882). um grande museu de Artes plásticas.. As colecções reunidas avultam num quadro digno da sua ancienidade e valor artístico.. 446. Bragança deve-lhe: a iniciativa do coreto da praça da Sé. Gostosamente ponho em relêvo que esta sala representa a primeira tentativa de reconstituição de um conjunto etnográfico regional.. andava aos trambolhões no cemitério público.. além de várias outras preciosidades em epigrafia. em que acaba de ser inaugurada a Sala de Miranda do Douro. gôsto e saber se deve a organização das colecções. lente da Universidade de Coimbra: «O Museu Regional de Bragança. dado o seu processo de formação. O doutor Raul é a alma artística do Museu Regional de Bragança. a do restauro do artístico cruzeiro na mesma praça. especialmente a das estelas. O que seria a restauração da Domus Municipalis de Bragança. despedaçado. ao Sr. Alfredo Dias – Os Celtas e os povos com eles relacionados.. justificariam a existência do mesmo (881). Dr. apesar-de pouco guarnecida ainda. Raúl Teixeira. sem a sua teimosia propugnadora? Além do mais.. sendo por seu intermédio que nele entraram a estátua jacente de Freixiel e a lápide votiva do Deus Aerno.. É sem favor um magnífico Museu Arqueológico. uma amostra graciosíssima de bom-gosto e meticulosidade na reposição de tipos e mobiliário.. Se não é. Vergilio Correia. que. só por si. fol. ao grupo dos Amigos do Museu de Bragança na pessoa de seu dedicadíssimo tesoureiro José Montanha endereço saúdações pela obra realizada.. a dessas educadoras placas de mármore e de azulejos que comemoram o (881) Ver PINHEIRO. 1928. serralharia. A colecção de estelas.. latoaria e serralharia teem um lugar de eleição.. aras e marcos miliários do distrito é notável.. 32 v. foi para mim uma revelação. marcenaria. Coplas da revista em 1 prólogo. o painel em azulejos historiados. a XXIV-XII-MCMXXIX.TEIXEIRA 555 TOMO VII arco de Santo António. o histórico batalhão de caçadores nº 3 e o restabelecimento da estrela iluminada nos dias de feriado nacional.. correspondentes a cada uma das sedes concelhias do distrito. sem indicar lugar de impressão. 3 actos e 6 quadros: Bragança por um canudo (versos). Aleixo – Romance. 8. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . nas muralhas da cidadela. Adeus que à vida diz António Plácido. Bragança deve-lhe a atitude de Argus vigilante. Ponte de Lima. por conde de Aurora. Minerva. a do ínclito filho de Bragança Oróbio de Castro. inumeradas. Bragança deve-lhe: a iniciativa para o monumento aos mortos da Grande Guerra e a valiosa cooperação para a erecção do busto ao conselheiro Abílio Beça. de Ferreira Soeiro. 8. Porto. de S. 4 págs. Folha solta.º de 8 págs. no dia 27 de Novembro de 1929. Escreveu: O Judas. 1900. representando o bravo general Sepúlveda no memorável dia 11 de Junho proclamando ao povo e soltando o grito de revolta contra os franceses. a iniciativa da brilhante exposição de Arte realizada em Bragança em 1924.. caracterizados ou pela vista geral da terra ou por algum monumento da mesma. 1922. e mais duas inumeradas. sem indicar ano de impressão. Palavras proferidas por Artur Águedo de Oliveira e Raul Teixeira. perante a Academia.. 1908. sempre pronto a zurzir implacavelmente quantos se afastam do cânon esteta sugestionados por chochos europeis. Anónimo.º de 17 págs. pois foi em Dezembro daquele ano que a bailarina esteve em Bragança. à beira da sepultura do doutor António Alberto Charula Pessanha. Bragança. Contém o ex-libris e o retrato do autor. Versos. João de 1922. momentos antes de ir morrer gloriosamente e em beleza nas hastes dum toiro. 8.º de 21 págs. original de. 30 dias depois do da morte do doutor António Alberto Charula Pessanha». mas deve ser de 1909 ou princípios de 1910. Ponte de Lima. inumeradas. tão memorada na imprensa. A Lola Currita – Número único de homenagem dos seus admiradores em Bragança. Vicente. No I centenário da Guerra Peninsular – Alocução proferida no Liceu Nacional de Bragança no dia 11 de Junho de 1908. como apaixonado e fervoroso cultor da arte de Montes em Ponte de Lima e no S.. D. e mais dois representando os interessantes monumentos românicos de Castro de Avelãs e Domus Municipalis de Bragança. 1908. No registo final diz: «Acabou de imprimir-se em Bragança na Tipografia de Geraldo da Assunção. no cemitério de Macedo de Cavaleiros. 8. os doze painéis de azulejos do átrio do governo civil. 1922. Tip.º de 16 págs. 8.. em Bragança. Bragança.º de 7 págs. Tip.. Anónima. governador do forte de S. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .º de 11 págs. onde concluiu o curso em 1920. também conhecido por Júlio do Carvalhal de Sousa Silveira Teles e Meneses – Capitão. TELES (Júlio do Carvalhal de Sousa). Exerceu. e 3 inumeradas. É uma paródia burlesca. TELES (Padre Baltasar) – Natural de Lisboa. no Rio Lima. O fino espírito do doutor Raul Teixeira é tão fundamente vazado na ironia que nem a ele próprio se poupa. De resto.556 TOMO VII TEIXEIRA | TELES Bragança nas suas relações com a arte de Talma – Conferência lida pela primeira vez na noite de 20 de Fevereiro de 1925. TEIXEIRA (Vítor Maria) – Irmão do antecedente. o tal Piçarro. 8. grandes Mecenas. que a leu. recitada no Entrudo. 8. doutor em medicina pela Universidade do Porto. O doutor Raul Teixeira fundou e dirigiu o Jornal de Bragança e tem colaborado em O Nordeste. falecido em 1675. da Sociedade de Geografia e da Sociedade Cooperativa de Consumo e Crédito de Bragança. a 20 de Fevereiro de 1893 (os nomes dos pais estão indicados no artigo anterior).º de 51 págs. 1925. à conferência que o mesmo doutor Raul Manuel Teixeira leu no citado teatro na noite de 29 de Agosto de 1924. Em Outubro de 1929 foi para Lisboa. da Sociedade Protectora dos Animais. com grandes créditos. Tip. Pertence ao grupo dos seis devotados regionalistas. O Primeiro de Janeiro. Nasceu em Bragança (freguesia da Sé). 1920. sócio da Academia Real das Ciências. empenhados em levar a cabo a publicação das Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança. escreveu: Família dos Morais de Bragança historiada. etc. Para os pobres de Ponte de Lima – Homenagem a Amélia Rey Colaço. no Teatro Camões. Manuscrito (883). em Bragança. no jornal que fundou. onde é professor da Escola Industrial e médico apreciado. 1922. de 23 de Março de 1922. por Artur Teixeira Piçarro (Cachachoilas). semanário de Ponte de Lima. Porto. cheia de graça. nem é sócio da Academia nem letrado. Artística de Bragança. Nesta publicação inseriu o soneto «Marianela». (883) Sumário da Biblioteca Lusitana. Escreveu: Sobre a insuficiência aórtica de origem reumatismal (monografia clínica) – Dissertação inaugural apresentada à Faculdade de Medicina do Porto. provincial dos jesuítas e seu cronista. Entre outras obras. que também saiu no Cardeal Saraiva. a clínica em Bragança e foi professor da Escola Industrial Emídio Garcia da mesma cidade. Ilustração Portuguesa (em verso). Para a sua biografia ver: Memorandum de Chaves. que traz os extractos das sessões de 21 de Abril. 23. concelho de Chaves. Inglaterra e ilha Terceira. então deputado. como pode ver-se no Diário do Governo de 10 de Março de 1861. e segunda vez por decreto de 23 de Maio de 1856. 11 de Abril de 1866 e seguintes. esposo. Em 1860 foi eleito pela primeira vez deputado pelo círculo de Valpaços e reeleito sucessivamente até à sua morte. Que descance em paz». era moço-fidalgo e cavaleiro da casa real e administrador do vínculo de Nossa Senhora dos Remédios de Veiga de Lila. emigrando depois para a Galiza. Como seu pai. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . p. pai e amigo exemplar. (884) Nobiliário da Ilha Terceira. pág. cargo de que tomou posse a 21 de Maio de 1846. instituído por Gaspar Vaz Teixeira. que primeiro se lembrou da construção de uma linha férrea no distrito de Bragança. I. irmão. capitão de cavalos na guerra da aclamação. No Diário de Lisboa de 28 de Fevereiro de 1862. concelho de Valpaços. condecorado com a medalha de oiro de comportamento exemplar. Fez parte do batalhão académico. Braga. respectivamente bispos de Viseu e de Bragança. Ana de Sousa Pereira. por Inácio Pizarro de Morais Sarmento. deputado da nação. 2 de Dezembro de 1865. e por herança de seus maiores. nasceu em 10 de Março de 1810 e morreu dia 9 de Junho de 1872. e por sua mulher D. cavaleiro da Torre e Espada. organizado quando estudante da Universidade de Coimbra. Foi Júlio do Carvalhal de Sousa Teles. Nasceu em Veiga de Lila. exerceu o cargo até 13 de Julho de 1857. em cuja campa se lê este epitáfio: «Aqui jaz um dos bravos do Mindello. 267. Julio do Carvalhal de Sousa Telles.TELES 557 TOMO VII Neutel de Chaves. juntamente com os seus colegas António Alves Martins e José Luís Alves Feijó. tomando posse a 23 do mês imediato. exercendo essas funções até 8 de Outubro seguinte. 2. de onde desembarcou com os mais conjurados nas praias do Mindelo. encontram-se documentos referentes aos serviços que Sousa Teles prestou como deputado. e faleceu em Nantes. Foi filho. 1908. fazendo seguidamente toda a campanha da liberdade até à convenção de Évora-Monte. 19 e 25 de Maio e 14 de Junho desse ano. No Diário do Governo de 6 de Junho de 1846 diz-se que a nomeação foi por decreto de 6 desse mês e ano. Foi governador civil do distrito de Bragança. sendo o seu cadáver trasladado para a capela da sua casa de Veiga de Lila. 9. vol. Eduardo de Campos de Castro Azevedo Soares (884) diz menos exactamente que Júlio do Carvalhal nasceu em Nantes a 5 de Março. bem como no Diário do Governo de 12 de Abril de 1860 e 30 de Janeiro de 1861. e fazêdose como esta a ygreja velha ficam casy escondidas as portas por não aver lugar abastãte por onde se extenda a obra sem derribar casas principays. 8.558 TOMO VII TELO | TIERNO | TORRALVA TELO (António José Monteiro da Fonseca Caldeira) – Da freguesia de Azinhoso. 1904. por que todos acudem a praça e da praça a ygreja que he o camynho dereyto por o terreyro e frõteria della. A. porque sendo asy fica ho terreiro grãde. e como cousa ordenada per mãdado de V. A. A. em 1825. que foi ele o arquitecto da Sé de Miranda. de modo que todos ho entendemos e demays disto cordeo e abaliso [cordeou e abalisou. de 18 de Março de 1548. datada de 15 de Dezembro de 1547. que trata com notícias interessantes referentes a Miranda do Douro e região. no estylo classico. TIERNO (João Francisco) – Escreveu: O gado bovino mirandês. fazêdose como diguo. nº 1.. despejado e muy grãdioso como elle he e as portas e fronteria e magestade da obra: a vysta do dito terreyro e a vysta do principal da cibdade a da parte por donde commûmente vay a gente toda a ygreja e asy os estrangeiros que aquy vem. diocese de Coimbra. Por outra do mesmo bispo. É uma separata do Boletim da Direcção Geral da Agricultura. diz Sousa Viterbo abaixo citado. seja servydo mãdar que esta obra se asente de maneyra que a capela mor fique casy ao sul como Torralva dyra.º de 43 págs. TORRALVA (Gonçalo de) – Parece. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . a julgar pela carta abaixo transcrita do bispo de Miranda. ho que nã cõvem. que Gonçalo de Torralva me deu com o debuxo e apontamentos para a obra desta see de Myrãde: ho que tudo pratico comyguo e depoys com o dayam e beneficiados da se. 4. mediu] a dita obra por duas vezes em presença de todos e do corregedor e muytas pessoas da cibdade dos que andam na governãça della e de outras pessoas onrradas do povo e a todos pareceo bem. de onde passou. para prior de Sandomil. E porem todos beyjaremos as mãos a V. Imp.º ano. Nacional. pois n’elle se observa já o estylo do renascimento italiano destituido de toda a influencia do chamado estylo manuelino». Eis a carta desdobrada das muitas palavras em breve que apresenta: «Sñor. – Aos XIII do passado receby a carta de V. mostra-se que chegaram a Miranda Jorge Gomes com os oficiais para a obra. Lisboa. foi provido na reitoria da mesma povoação em 1795. «A Sé de Miranda. Esplêndida monografia sobre a especialidade. é um monumento interessantissimo para a historia da arquitectura em Portugal. No artigo Velasquez se diz dos privilégios concedidos a este em 1560 como empreiteiro da obra da Sé da cidade de Miranda. . avera tanta gente nella que V.. Tambem por ser esta terra fria parece incõveniente aver tantas janellas. S. Torralva nestes dias se a mostrado em sua conversação ome manso. e pera ysto evytar. A. e asy os contra preços que em a verdade parese se daram as ditas achegas. chamar a Gonçalo de Torralva pera se conformar delle disto e de outras muytas cousas e com sua emformação e com o papel em que vay tirada a cibdade vera muito craro ho que diguo. e quando depois de feyta parecerem muytas se podiam tapar as que convyer e fazeremse pequenas…… Pera se ynformar disto e dos preços dos materiaes e servidores e achegas mande V. finalmente mandenos V.. poderiam. etc.TORRALVA 559 TOMO VII Mãde V. muyto menos: e com sua informação vossa A. e cá o cabydo e eu prosseremos conforme a como esta na creação da see. A. fez ja merce pera outras partes como pera Freixo: esta cibdade me advertio de fazer lembrança a V. sendo elles para yso. que esta see e sua e he planta de suas mams e com seu favor e ajuda se ade fazer e por em perfeyção... Tem V. e ainda segundo a muytas pessoas tenho ovydo o vagar da obra de Freixo.. Burgos e Medina. trazer cargo das obra que por acaso ofrecessem. A. porem mas fria he Salamãca. e eu folguaria com este por sua mansidão e porque dá muy bem a entender he pratico desta obra e ate agora parece vertuoso: e porem nan sayba elle ysto por que se nan encareça. porque fez en tudo muyta deligencia e mostrara os preços do que dizem dos que nysso pretendem ynteresse e do que costara cada cousa. da qual V. porem cõforme a meos desejos espero em noso senhor que esta cibdade yra em muyto crecimento e que em vyda de V. syquer pera que nan se fezessem com o vagar do que neste castello se a feyto e faz... se elle tomar a obra em o preço que convem parece omem pera yso. que faça merce della a esta só pollos MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .. e pera yso a vydraças. A. Tambem lembro a V. merce que nan nos mando feytores nem escrivãos della nem provedores dobras: nan se vay a tudo en oficiais e en mantimentos. A. chamar a Gonçalo de Torralva. nos faça V.. A. por amor de N. de bon juyzo e entendimento para o que convem a esta obra. folgue de se aver feyto a see do mesmo tamanho que esta no debuxo. ao parecer. poys esta se se ade dar de empreytada.. A.. que seram. A.. aquy hûa terça que dizem que rende XXX [30$000 réis] poco mays ou menos. A.. porque os que de lla vyerem custaram muyto.. E por que elle dos oficiais della se ande a encarecer parecendo-lhes que se desterram a vyr ca tan longe a soo esta obra. fará muy grande mercê a esta cibdade e ao cabydo e a mym em que com muyta brevydade mande começar esta obra. Tambem parece a algûas pessoas que a ygreja se podera fazer alguo mays pequena sem yr contra a ordem do debuxo. A. a elle ou outro que seja pera ysto poys la os a e seja loguo. A. e estes me fazem cuidar tanto nos gastos que cada dia se oferecem á fabrica nos custos da obra da see.. onde a carta vem na íntegra tirada do Corpo Cronológico (Torre do Tombo). e por que este ano pasado foi mui seco nesta terra» adoeceu e pediu licença para ir convalescer a Lisboa. A. como da fabrica». querer ouuir a Julião dalva (887) a quem sobre isto escreuo largo. que vay assaz encarecida. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . necessarios. Eu sam já importuno com os desejos de ver começada e acabada esta see. III... doc. com pouco dinheiro nem os tempos presentes nem os vindoiros se vam dispondo pera começarmos obras tam suntuosas. O mesmo bispo em outra carta.... 1922.. e o mestre a quem se houver de dar a dita obra traga provisões e alvaras de V. onde não he necessaria como aqui. conego desta sua see de Miranda». fazendose pello estilo comum de outras sees e cidades antiguas e de muyta mais calidade que esta. Em outra carta datada também de Miranda a 31 de Maio de 1549.. na qual serviu de cantor desde o primeiro dia «que todos começamos servir esta see até ho primeiro de setembro do ano proximo pasado. 134. o qual mostrara a V.. hum debuxo que vai pera igreja de (885) VITERBO. onde suplica a el-rei lhe faça mercês como suas boas qualidades merecem (886). que de mais de se não acabar em nosos dias nem de nenhum dos presente desta cidade.560 TOMO VII TORRALVA annos que for servydo pera ha obra della.. Ho Spirito Sancto reyne sempre na alma de V. e. Beijarei as mãos a V. e assi tambem traga provisão de V. pera qual nos bastara fazer hûa see tan grande e tan lustrosa como a see de Evora. dirigida a el-rei e datada de Miranda a 4 de Fevereiro de 1549. mandou fazer. artigo «Torralva». diz-lhe: «. vol. De Myranda XV de Dezembro 1547. A. p.. o qual he tam suntuoso que pertence mais pera templo e see que tenha um conto de fabrico e pera cidade de mais calidade que pera esta see e cidade. A.. Diz que o portador da carta é Jerónimo Pires «capellão e cantor de V. e que se fará. amen. A. por falta de dinheiro. parte I. maço 79. (887) Foi depois também bispo de Miranda. A. e se podera dizer asaz sumtuosa de obra comum conforme a outras ygrejas catedraes de mais calidade.. mormente fazendo-se pelo debuxo que V. 142. (886) Ibidem. A. e lhe de luz como sempre faça a vontade de Deos. não sei quam licito sera fazer obra tam suntuosa. Sousa – Dicionário histórico e documental dos Arquitectos…. respective. de Miranda» (885). O bpo. pede-lhe que «emvie os mestres que am de fazer ha obra da dita see pera que a comecem logo. pera lhe ser entrege todo o dinheiro que hi ouver asi de deposito. filho de Graciano Gualter Fernandes e de D. adiante mencionado. 8. É condecorado com as (888) VITERBO. Joana Rosa Torres. Nasceu em Morreira. Setembro de 1918. Sousa – Dicionário…. TORRES (D. onde concluiu o curso em 1917. e em 1819 ingressou no quadro dos médicos militares efectivos. Em 1918 foi mobilizado como médico miliciano para Angola. onde terminou o curso em 1917. 1918. Porto. tendo presentemente (Maio de 1930) o posto de capitão-médico. A. Desde 1921 exerce o cargo de médica da enfermaria de mulheres no Hospital da Misericórdia de Bragança e desde 1925 o de médica municipal da mesma cidade para doenças de mulheres e de crianças. for seruido.TORRALVA | TORRES 561 TOMO VII tres naves ficando enteira a torre e igreja que aguora estaa com acrecentar a dita igreja hûa pouca cousa que se pode mui bem fazer. a 9 de Dezembro de 1893. e represente-se-lhe as necessidades de muitos gastos que alem da obra tera esta see sendo convertida de hûa igreja porochial mui desolada em see catedral» (888). TORRES (Manuel de Jesus Fernandes) – Doutor em medicina pela Universidade do Porto. Nasceu em Castelãos. tam afeito a debuxos e obras illustrissimas e tam sumtuosas que a de zombar e rir deste debuxo que lhe mostrara Julião dalva. 136. A. e aja piedade derribar obra que custou mais de tres mil cruzados podendo seruir mui bem. concelho de Braga. p. Maria Joaquina Gomes Lopes. os olhos as obras de sees mui antiguas e a perguntar pella see que aguora serue em Salamanca e em outras cidades de Castella. a 18 de Abril de 1892. A. e porem deite V. onde exerceu o cargo de chefe dos serviços de saúde da coluna de operações ao Libolo. e parecerlhea que sobeja esta pera qui. por amor de nosso Senhor seja seruido mandar execuçam. Casou com o doutor Manuel de Jesus Fernandes Torres. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Escreveu: Breves considerações sobre o tratamento cirúrgico do cancro uterino (operação de Wertheim) – Tese de doutoramento apresentada à Faculdade de Medicina do Porto. Exerceu o cargo de médica interna nos hospitais de tifosos do Sardão (Gaia) em 1918 e do Espírito Santo em Braga em 1919. Laura Domingues Lopes) – Doutora em medicina pela Universidade do Porto. e disso peço a V. concelho de Macedo de Cavaleiros. E sobre tudo notorio estaa que se a de fazer o que V. E bem sei que estaa V. A. tomo III. que vay feito por mãos mui grosseiras e empotadas de trazer ho piquo e escada nellas. tirada igualmente do Corpo Cronológico. onde a carta vem na íntegra. e uma de bibliografia.º de 84 págs. filha de José Domingues Lopes e de D. 1918-1919. fol. Este frade era muito aceito ao bispo D. TORRES (Manuel de Saldanha Gama) – Foi governador civil do distrito de Bragança por decreto de 13 de Dezembro de 1892. Nasceu em Bragança (freguesia da Sé) a 21 de Setembro de 1863 e faleceu no Mogadouro. manuscrito. TRANSFIGURAÇÃO (Padre Caetano da) – Frade dos menores observantes da ordem de S. Escreveu: Paludismo – Tese de doutoramento apresentada à Faculdade de Medicina do Porto. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .562 TOMO VII TORRES | TRANCOSO | TRANSFIGURAÇÃO seguintes medalhas: Quanza Sul. TORRES (Manuel Madureira) – Natural de Moncorvo. 1917-1918.. I.º de 104 págs. aspirante de 1. jornal que se publicou nesta vila após a proclamação da república. 8. 38 e seguintes. Secularizou-se depois e foi capelão-militar. e de D. Maria Joaquina Fernandes. Francisco do convento de Bragança. Tip. outro estabelecimento educativo fundado pelo mesmo bispo. António da Veiga Cabral da Câmara. de outras honrosas comissões. Porto.º Colaborou e foi director do Mogadouro. Porto. tornando a estar em Bragança em 1823 quando o general Rego veio a esta cidade em perseguição do general Silveira. Escola Tipográfica da Oficina de S. Escreveu: Etiologia e patogenia da púrpura – Dissertação inaugural apresentada à Escola Médico-Cirúrgica do Porto. em Março de 1930. Na Torre do Tombo. críticas. (889) Estas notícias são tiradas das Memórias históricas. e a da Vitória. Morgado. onde era médico municipal. Filho de Firmino António Trancoso. 8. 158. vol. pág. Lisboa. destinada a educar e instruir intelectual e moralmente aspirantes ao sacerdócio e também seu confessor e capelão das Recolhidas do Loreto. Encontramos nos nossos apontamentos esta referência sem mais esclarecimentos. 1 vol. incumbindo-o. instituída por aquele prelado no Paço Episcopal. das acções e vida pública de D. José. Inventário dos Livros Ant. 1897. TRANCOSO (Alípio Augusto) – Doutor em medicina pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto. além disso. Também foi professor interino do liceu de Bragança durante cinco anos. por Francisco Xavier Gomes de Sepúlveda. natural de Faílde. António Luís da Veiga Cabral da Câmara. tomando posse no dia 24. Fez o curso liceal em Bragança e o da especialidade nesta última cidade. 1909. há notícia deste moncorvense. que o nomeou director de uma Congregação do Eclesiástico.ª classe do governo civil de Bragança. terminando-o em 1897. Angola. Parece que faleceu depois desta sua estada em Bragança (889). 1919. onde a intriga e. concelho de Carrazeda de Ansiães. P. Era filho de lavradores que o mandaram educar. Conquanto seja este o título que figura na frente do volume. o verdadeiro vem na pág. É agora traduzida para benefício dos Fiéis pelo R. em 1537 e faleceu no convento da sua ordem em Lisboa a 10 de Agosto de 1627. que nos ensina Cristo a pedir-lhe no Padre Nosso como Pão quotidiano da Alma. Obs. D. se ordenou de presbítero e obteve o curato da igreja de S.º de 74 págs.º pequeno de 199 págs. talvez. e Escalés. e acabado o triénio em 1588 veio para Portugal. 8. a inveja parece lhe prepararam alguns desgostos. Concílios. Fr. e quatro macacos (bugios. 61 e 516. Men. tirada das que recolheu o R. Escreveu: Duas palavras sobre a medicação vomitiva nas doenças brônquicas – Dissertação. aborrecido das chicanas do mundo. Lázaro. pelos anos de 1570. João Falconi. Qualificador da Suprema. C. foi nomeado prior (890) Ver os artigos: Câmara (D. Deputado Primeiro do Reino de Valença. Concluiu o curso em 1900 e é médico municipal na terra da naturalidade. António Luís da Veiga Cabral da) e Sepúlveda (Francisco Xavier Gomes de). P. também como prior. onde depois foi prior. voltando a Portugal. Este é o Santíssimo Sacramento do Altar. filho de António Trigo Moutinho e de D. vendo um seu amigo morrer na flor da idade.mo Fr. Dedicado a Jesus Cristo Sacramentado». na freguesia de Mogo de Malta. estudando latim até aos quinze anos. mesmo nessa cidade. concluídos os estudos. 8. (890). Santos e Doutores da Igreja. mesmo enquanto ele lhe encomendava a alma a Deus. não teve mão em si e meteu-se frade no convento da ordem dos carmelitas descalços de Mancera.TRANSFIGURAÇÃO | TRIGO | TRINDADE 563 TOMO VII Traduziu: Obra espiritual do V. depois foi para Salamanca cursar cânones. mas. Roma. Senhor das Baronias de Algaz. da Real e Militar Ordem de Maria Santíssima da Mercê e Redenção dos Cativos. Augusta de Jesus. governar o convento da sua ordem em Lisboa. Salamanca. Nella Stamperia di Michele Puccinelli. respectivamente a p. Assim o ensina a Escritura. Porto. 1900. onde. etc. Tornou depois a ser mandado pelo geral da ordem para Espanha servir de reitor no colégio de Barcelona. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 19 e inscreve-se: «O Pão Nosso de cada dia. José Sanches. Presentado Fr. concelho de Bragança. TRIGO MOUTINHO (João) – Doutor em medicina pela Escola Médica do Porto. Mestre Geral de toda a dita Ordem. sem nos declarar se seriam diabos disfarçados) arrebatarem o cadáver de um seu paroquiano. T. Nasceu a 24 de Março de 1873. TRINDADE (Frei Baptista da) – Nasceu em Donai. diz a crónica. de muita austeridade e rigor na penitência.. Tip. Era muito caridoso. (891) SANTA ANA. reconhecendo as grandes virtudes do nosso biografado. tomo I. Pelo que toca aos fogos lúbricos. pelo menos aí tinha família. particular. livro III. Recolheu em seguida ao convento de Lisboa. onde faleceu com noventa anos de idade. que então ali grassavam. com os noviços acarretava a pedra e cal para ella. pela segunda vez. Belchior de. Fazendo-se obra no convento. mandou recolher a Castela o provincial e continuar no exercício do seu cargo Frei Baptista da Trindade. pronto em desculpar as ofensas que lhe faziam. p. de Portugal e província de S.. e como do seu lado estava a razão. apenas nos disseram que morrera em Lisboa pelos anos de 1856 do cólera-morbo ou 1857 da febre amarela. caps. ainda os mais impertinentes. Ignoramos as particularidades da sua vida. também uma pecadora de Salamanca «o foi buscar ao seu aposento uma noute para o provocar á luxuria. de notável fervor na oração. foi ele o seu primeiro prelado. Escreveu: A órfã ou as duas amigas – Drama em quatro actos. Frei – Crónica dos Carmelitas Descalços. deixando notável fama de virtude. Parece que fora para a capital como empregado do governo civil. depois. Filipe. Acabado o triénio do seu priorado em Lisboa foi exercer essa dignidade no convento de Aguilar em Castela até ao ano de 1607. 4. Estava mui persuadido que os lanços humildes não prejudicavam a auctoridade de Prelado». Apre com as meninas de Salamanca!.564 TOMO VII TRINDADE do convento de Cascais em 1597. 729 e seg. XLV a XLVIII. 1851. e acabado o triénio voltou novamente a exercer. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .º de 104 págs. essa dignidade em Lisboa em 1600. Foi durante este seu segundo governo que teve certas desavenças com o vigário provincial Frei José de Jesus Maria. TRINDADE (Francisco Manuel) – Natural de Bragança. ou como tenente do batalhão móvel. «Sendo prior de Lisboa. isso então era de gelo. fundando-se o convento de Viana em 1618. foi por vezes buscar agua á fonte da horta em um macho com cangalhas e acompanhado de outros religiosos trouxe ás costas por grande espaço da rua publica a lenha que vinha de outra parte do rio em barca. onde sentia consolos espirituais. Felizmente que encontravam transmontanos quais icebergues. segundo alguém nos disse. elle accendeu umas folhas de papel que diante tinha e lhe quis queimar a cara e cabello. Como ao nosso Frei Gonçalo de Santo Alberto. de grande humildade e docilidade aos mandados da obediência. Assim o diz a Crónica da sua ordem. de Bragança. mas o geral da ordem. ella fugiu» (891). Trindade». do qual possui o primeiro drama acima mencionado. e casou com Maria Teresa de Jesus. a arteria temporal esquerda. pág. M. Isto mesmo refere a tradição da família. com sessenta anos de idade. Na capa deste opúsculo há uma nota onde se lê que outro «Livrete» idêntico de poesias sairia em havendo número suficiente de assinaturas.e a Senhora D. Francisco Trindade casou em Gimonde (concelho de Bragança). se mandou sangrar MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e sendo exposta no choro alto passadas 24 horas. O meu álbum – Primeiros sons duma lira – Estudos poéticos. TRINDADE (Isabel da) – Freira no convento de Santa Clara de Vinhais. onde se encontra o respectivo assento.. 8. do medico do partido. Neste que descrevemos. e minha. vem uma poesia com esta epígrafe: «No dia 4 de Abril de 1852 recitada no Teatro de Bragança». 218. a 1 de Junho de 1848.. foi um casamento de fugida e de coração: serem naturais desta cidade e irem casar a Gimonde. Na pág. «depois de muitas e repetidas doenças. Por esta causa. Seu neto. que supomos ser deste escritor. padre Jaime Constantino dos Santos. com hûa hydropesia universal.to Rd. e na pág. Tereza Maria de S. do confessor da mesma defuncta.º francês. do Instituto Agrícola e Escola Regional de Lisboa».. Neste assento declara-se que o mesmo se fez com fiança a banhos. 1855. certa religiosa lhe rompeo com hum alfinete. Joseph dignissima Prelada d’aquelle religiosissimo convento na sua presença da mayor parte da communidade do seu capelam. 35 vem outra «À memória de S.. e disse-nos que ainda escrevera e publicara mais obras. Primeiro livrete. que ele é filho de António Trindade e de Marcelina de Jesus. 61 há outra assim epigrafada: «Canção aos meus condiscípulos alunos.. todos igualmente de Bragança. e por ella lançou quantidade de sangue. foi quem nos forneceu os poucos elementos que apontamos referentes a este escritor. filha de Parcesso Justino e de Bárbara Maria. 8. porquanto no Museu Regional de Bragança existe o processo referente às ordens menores que chegou a receber em 1843. Como se vê.º de 64 págs. Parece que Francisco Trindade se destinava ao estado eclesiástico. M. 33. a Senhora D. no dia seguinte terceiro do dito mez com permissão da M. por ocasião das suas exéquias em Bragança». No Almanaque de Lembranças Luso-Brasileiro para 1856. todos naturais de Bragança. Lisboa. pároco de Gimonde. a pág. Maria 2. de Galhardo.a M. vem um artigo sobre Castro de Avelãs assinado por «F. na Tip.TRINDADE 565 TOMO VII A amizade ou a pobre órfã – Drama.ª. Este não o vimos mas sabemos que se publicou. 39 outra à mesma rainha por ocasião das suas exéquias em Mirandela.. Na pág. onde faleceu às duas horas da tarde de 1 de Dezembro de 1750. tudo no mesmo género. filha de Domingos da Silva e de Mécia de Morais. é fácil calcular quando teve lugar). virtudes e milagres da Madre Isabel da Trindade. corria athé as costas. de nove fólios não paginados. lançando hûa limitada quantidade de lympha. bem como sua irmã Francisca das Chagas. e do mesmo modo o sangue que saio com a picada do alfinete». entregando seu coração e todos seus pensamentos (892) Conserva-se no Museu Regional de Bragança. e tambem na arteria temporal do mesmo lado. Conservou-se assim athé o dia sexta feira. que abrange oito fólios de papel branco liso. em que sem signal algum de corrupção. este manuscrito vem assinado por José António de Morais Sarmento e é datado de Vimioso em 1751. desatada a ligadura. e habito. ainda antes das suas enfermidades. principiou o sangue a sair em tanta quantidade que a pouco espaço encheo a camisa. de cuja cesura. que termina por lhe parecer o mesmo sobrenatural (892). depois da sua morte. lançou tambem sangue por hûa ferida. Varias partes do seu corpo se observarão calidas mais de 24 horas depois que falleceo. nem saiu sangue: o mesmo succedeo sangrando-a perto do pulso do braço direito. Passado hum breve tempo. que conservava havia muitos annos no peito direito. segundo as praxes canónicas. datada de Moncorvo a 12 de Janeiro de 1751. e com a mesma côr do rosto. mas como aquele acto costumava. que tinha no primeiro dia em que expirou. e como estas confessarão. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . há um manuscrito. que tendo-se dedicado a Christo pelos votos da profissão. e não admira entre tantas. No fim. se esqueceu totalmente d’esta promessa. porem por estas duas ultimas sangrias nada correo. Contrastando com a vida desta religiosa temos a seguinte: no convento de Santa Clara de Vinhais «houve uma. maço citado. Noviciou em 1710 no convento de Santa Clara de Vinhais. Em todo o tempo que esteve exposta athé se enterrar. perfeitíssima Religiosa que foi no convento de Santa Clara. maço Frades e freiras. e também quarto. e outros lenços que nelle ensoparão varias religiosas. que tem por título: Vida. mais nova dois anos. em papel liso. quarto do mesmo mez. e conforme a opinião de muitas religiosas era a propria de quando viva. Sobre este caso escreveu uma dissertação José Ruivo Salgado. celebrar-se dentro de oito dias. nem esta continuou. Isabel da Trindade era natural de Vilar Seco de Lomba. No Museu Regional de Bragança. foi baptizada a 1 de Março de 1688 (o respectivo assento não menciona a data do nascimento. se conservou flexivel.566 TOMO VII TRINDADE em outras partes pelo cirurgião Sebastião Pereira o que primeiro executou em hûa vea do braço esquerdo. que o despresou na vida. porque não tinha filhos nem herdeiros forçosos e era viúvo de D. todos filhos de Baltasar de Morais Sarmento e de Francisca Osores. a grande advertencia de que a morte corresponde á vida. VALE DE FLORES – A 8 de Agosto de 1646 fundou um morgadio Francisco de Morais Sarmento. Frei – Crónica da História Seráfica. de Tuizelo. será também despresada d’elle na morte» (893). proferindo aquelle terrivel Nescio vos para confusão maior da sua fatuidade. de onde aquele era natural e esta de Bragança. 588. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Junto ao processo de habilitação de genere para abade há as de seus irmãos: Inácio de Morais Sarmento. foi provido em 1699 na abadia de Vale da Porca. p. moradores em Tuizelo. Juliana de Sá. licenciado em cânones. Entre (893) ESPERANÇA.TRINDADE | TUIZELO | V(B)AÍA | VALE DE FLORES 567 TOMO VII a uma pessoa que vivia no seculo. VIII. as portas da sua gloria. sua prima. Pinheiro – História de Portugal. como a virgem louca. Foi este o denunciante do infeliz general Gomes Freire de Andrade. destas Memórias. e lhe ganhou tal odio que apparecendo ella virava o rosto para outra parte. professo na ordem de Cristo. e que antes de entrar com ella em juizo lhe cerrara. fidalgo-capelão da casa real. neto paterno de Rodrigo de Morais Sarmento e de Maria de Mariz e materno de António Malheiro da Cunha e de Maria de Morais. vol. Disse-lhe uma religiosa com muita compaixão e ternura que tratasse do bem da sua alma. justiçado em 1817 (894). TUIZELO – António Malheiro da Cunha. fidalgo da casa real. deixando no mesmo assombro que a todos causou. Entre as testemunhas do processo. tomo V. Gonçalo António Osores e André de Morais Sarmento. 138. O que se seguiu a esta desordem foi achar-se na hora da morte com quem amara na vida. morador em Bragança. figura António de Morais Colmieiro. p. Evidentemente se conheceu que lhe faltavam os favores e assistencia do Divino Esposo. nem quiz pronunciar a Protestação da Fé e com estes desamparos do Ceu acabou miseravelmente. Ver tomo VI. Não foi possivel consentir que a ajudassem a bem morrer. e que a Esposa de Christo. 1721. morador em Bragança. V V(B)AÍA – O brigadeiro Baía foi governador militar da província de Trás-os-Montes pelos anos de 1817 e o capitão Pedro Pinto de Morais Sarmento era seu ajudante-de-campo. Manuel da. (894) CHAGAS. tomo II. composta «de casas. Coimbra. falando a propósito de Simão Varejão. A capela de Santo António já existia na quinta. VALE DA PORCA – Em 1634 os moradores de Vale da Porca. subúrbios de Bragança. (899) SILVA. arbores. a capela de S. 764. Inocêncio F. Mais vinculava ao morgadio todo o direito que «tenho na Granja por ser prazo de vidas de nomeação». o meu consciencioso e erudito antecessor. (896) Ibidem. pombal. com referencia á carta recebida do fallecido bibliophilo Telles de Mattos. 1577. (898) Documentos para a história das Cortes Gerais da Nação Portuguesa. mudaram. (897) Gazeta de Lisboa de 11 de Julho de 1827. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .568 TOMO VII VALE DE FLORES | VALE DE FRADES | VALE DA PORCA | VALENÇA | VAREJÃO os bens doados ao morgadio figuram as casas «que foram de Joam Fernandes em que viveo Catherina Fernandes a pecheleira». concelho de Macedo de Cavaleiros. moinho. Depois. concelho do Vimioso (895). que tantas investigações fez na bibliotheca de Evora. ano de 1826. da – Dicionário Bibliográfico. para dentro da mesma (896). Bartolomeu. tomo VII. soutos. p. Mas em 18 de Dezembro seguinte o marquês de Chaves. que estava distante da povoação. diz: «Segundo uma nota manuscripta de Innocencio da Silva. VALE DE FRADES – Em 1767 mandou-se fazer o arco da capela-mor e tecto da igreja de Vale de Frades.º Barbosa diz que esta obra foi vertida do latim. segundo lhe fora ordenado em visita pastoral do prelado. 8. nomeou para o referido cargo o brigadeiro visconde de Canelas (898). VAREJÃO (Simão) – Natural de Freixo de Espada à Cinta. Brito Aranha. general-em-chefe do exército realista. Martinho de Seabra dezasseis almudes de vinho. no tomo XII do citado Dicionário. «Nunca vi d’ella exemplar algum» (899). a qual quinta da Granja pagava de foro aos frades de S. vinhas. montes. VALENÇA (Marquês de) – Por carta régia de 7 de Julho de 1827 foi nomeado governador das armas da província de Trás-os-Montes o marquês de Valença (897). o equivoco em que incorreu o considerado auctor da Biblio(895) Museu Regional de Bragança. prados e tudo o mais que se achar do pontão do Rio de Fonte arcada thé Meixedo the o Rio Sabor the a estrada de Carragosa». Escreveu: Manual de orações. terras. O morgadio era constituído na quinta de Vale de Flores e chamava-se «Morgadio de Santo António» por ser constituído na capela deste santo que havia na dita quinta de Vale de Flores. maço Capelas. º O dito exemplar tem XVI-246 folhas. Ao illustre Innocencio não restava duvida de que era esta a que Diogo Barbosa mencionara sem a ter visto. por decreto de 15 de Março de 1854 (900). é filho do doutor José Marcelino de Sá Vargas (rico proprietário. que o teem seguido e copiado. cargo de que foi exonerado. É provável que o pedido de demissão fosse motivado pela supressão então da comarca de Chacim. Foi governador civil do nosso distrito por decreto de 30 de Março de 1871. de que não quereria separar-se. Maria Augusta Ledesma Pereira de Castro. Nasceu em Bragança a 13 de Janeiro de 1883. consultarão com fruto. Escreveu: Memória acerca de Balsemão. de 144 págs.VAREJÃO | VARGAS 569 TOMO VII theca Lusitana e outros. porem faltam-lhe no fim uma ou duas folhas com o resto da “tabuada”. sob o titulo Livro de rezar por mestre Simão Verajao. em cuja área. É um trabalho interessantíssimo. VARGAS (Diogo Albino de Sá). 705. p. antigo deputado da nação e antigo assistente da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e actual professor do Liceu Nacional Central de Pedro Nunes da mesma cidade. Tip. p. que os amadores de antiguidades. livrando-se de averiguação propria. mas criou-se em Bragança. de Bragança. dá-se á obra o nome Manual de orações. e também como protesto. irmão do antecedente – Conselheiro de Estado por decreto de 26 de Dezembro de 1865. 12. 1596. (901) Ver tomo VI. desejosos de conhecer o passado do santuário de Balsemão. VARGAS (Diogo Albino de Sá) – Doutor em direito. junto a Chacim. Tanto no privilegio. António Júlio tinha um grande casal. na povoação de Lombo. concelho de Macedo de Cavaleiros. cargo de que tomou posse a 1 de Abril seguinte (901). (900) Diário do Governo do dia 18. e por isso inexactamente». por Simão Lopes. de laboriosa erudição. neto paterno do conselheiro Diogo Albino de Sá Vargas. que por várias vezes exerceu o cargo de reitor do liceu de Bragança) e de D. Por decreto de 28 de Agosto de 1845 foi nomeado delegado da comarca de Chacim. Ver tomo VI. diz que se formou em direito a 22 de Junho de 1837. era filho de José de Sá Vargas. que vimos em poder da família. distrito de Bragança. a 22 de Outubro de 1880. Faleceu em Bragança a 21 de Junho de 1872. 1859. e faleceu na freguesia de Lombo. como nas licenças. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . A carta da sua formatura. 8. Lisboa. a seu pedido. foi decerto por saberem da existencia de um livro n’aquella bibliotheca. 705 destas Memórias.º peq. VARGAS (António Júlio de Sá) – Nasceu em Murça. destas Memórias. Foi delegado do Procurador Régio e juiz de direito. e como o dito Vargas deu successivas provas nos ocultos mas relevantes serviços que por minha ordem há feito n’esta cidade de Bragança. Em desagravo – Resposta à tentativa difamatória do major-médico Francisco José Martins Morgado. O general Jorge de Avilez. era filho do capitão José de Sá Carneiro Vargas. tanto antes como depois da minha evasão para a villa de Alcaniças. 8. Lisbonne. servindo-lhe esta de título» (904). Tip. e de D. Foi escrita de colaboração com A. que estivera preso em Bragança e conseguira fugir para Espanha. onde estive organizando tropas para destruir o jugo da usurpação. às quais foi deputado. (Separata do Boletim da Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais). 1922. F. e sobrinho-neto do antigo ministro José Marcelino de Sá Vargas. VARGAS (José Marcelino de Sá) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. a seguir memorado (902). e materno de Henrique José da Silva e de D. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 705. como dizem alguns escritores) e faleceu em Lisboa a 26 de Agosto de 1876 (no assento de baptismo apenas se indica o nome de José). fólio 17. neto paterno de Álvaro Carneiro Henriques e Luísa Angélica. naturais de Murça (903). em carta datada do quartel-general em Bragança de 18 de Abril de 1834 «participou a José Marcelino de Sá Vargas que sendo necessario eleger pessoa idonea e de lettras para exercer o logar de corregedor d’esta comarca de Bragança e que ao mesmo tempo seja affecta á justa causa que defendemos da legitimidade da nossa augusta e idolatrada soberana e ao systema constitucional. natural de Murça. de Seabra. Limitada. com uma gravura. mando que V. Nasceu em Bragança (Santa Maria) a 14 de Agosto de 1802 (e não 13. Leu no extinto Desembargo do Paço em 6 de Maio de 1825 e foi corregedor de Bragança por nomeação de 18 e posse de 19 de Abril de 1834 até à reunião das cortes. Maria Joaquina Rosa de Campos.º de 7 págs. (902) Ver tomo VI. (903) Ibidem. (904) Livro do Registo da câmara de Bragança. par do reino.570 TOMO VII VARGAS atrás mencionado. natural de Bragança. presidente da câmara dos deputados. p. conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça e ministro de Estado. 8. S. Escreveu: Note sur le hérisson du Portugal.ª passe immediatamente a tomar posse do dito logar. de Bragança. onde concluiu o curso em 1822. da Coimbra Editora.º de 76 págs. Antónia Luísa de Campos. destas Memórias. ª classe da ordem da Coroa de Ferro. com que foi agraciado por sua majestade real e apostólica (913). fol. que é onde vem esta exoneração. (907) Diário do Governo de 14 de Dezembro de l861. Deputado na legislatura de 1848. (909) Diário do Governo do dia seguinte. traz uma longa lista dos indivíduos perseguidos por aquela facção política. (911) Notícia dos Ministros e Secretários de Estado…. Sendo juiz do Supremo Tribunal de Justiça. Idem da Relação de Lisboa por decreto de 18 de Julho e posse de 21 de Agosto de 1855. por decreto de 31 de Dezembro de 1874. Deputado às cortes na legislatura de 1861 (907).ª vara de Lisboa por decreto de 7 de Janeiro e posse de 14 de Julho de 1841. sendo exonerado a 4 de Julho do mesmo ano (910). foi. Foi deputado às cortes nas legislaturas de 1836 e 1840. Eram as perseguições políticas dos setembristas exercendo-se fanaticamente (906). (912) Diário do Governo de 5 de Janeiro de 1875. (913) Diário de Lisboa de 5 de Agosto de 1872. 20 v. Juiz da Relação do Porto por decreto de 14 e posse de 23 de Julho de 1843. (905) Livro do Registo da Câmara de Bragança. porque logo a 27 de Maio do mesmo ano aparece outro corregedor a tomar posse do mesmo (905). cargo que exerceu até 13 de Setembro desse ano. e exonerado por decreto de 12 de Outubro de 1836. Foi nomeado juiz de direito de Bragança por decreto de 7 de Agosto de 1835. (908) Ibidem. ministro e secretário de Estado honorário por decreto de 10 de Janeiro de 1850 (909). p. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . tomando posse a 7 do mês seguinte. Por diploma de 29 de Julho de 1870 foi-lhe concedida licença para aceitar a condecoração de cavaleiro de 1.ª vara de Lisboa por decreto de 9 de Novembro desse ano. Reintegrado no quadro da magistratura conforme a lei de 27 de Agosto de 1840. Ministro e secretário de Estado dos Negócios Eclesiásticos e de Justiça desde 29 de Janeiro até 18 de Junho de 1849 (908). nomeado conselheiro de Estado efectivo na vaga aberta pelo falecimento de Filipe Folque (912). (906) O Diário do Governo de 14 de Setembro de 1844. (910) Ibidem de 2 de Maio de 1860. e ministro da Justiça por decreto de 1 de Março de 1871 (911). 16.VARGAS 571 TOMO VII Devia ter sido curta a sua permanência neste cargo. Juiz de direito da 4. ministro da Marinha e Ultramar por decreto de 1 de Maio de 1860. ministro do Reino (interino) desde 1 a 14 de Junho de 1849 por doença do duque de Saldanha. Juiz de direito da 2. discutindo-se uma nova reorganização administrativa do reino. (916) Diário do Governo de 6 de Abril de 1853. José de Morais Pinto de Almeida. sede de um bispado. solar da dinastia reinante. 72. que Bragança era uma cidade populosa e importante. (915) COLEN. que nela se achavam aquartelados um corpo de caçadores e um regimento de cavalaria. mas que isso era injusto. como o classifica Barbosa Colen (915). Na sessão da câmara dos deputados de 28 de Abril de 1849. unindo-o ou anexando-o ao de Vila Real. Pessanha fez emenda honorable e Pontes. (917) Diário de Lisboa de 17 de Novembro de 1865. não teve tempo para isso. Igual proposta fez na sessão de 1 de Maio seguinte o deputado João Pedro de Almeida Pessanha quanto à localização da sede no mesmo concelho (914). situado em terrenos montanhosos. fazendo ao mesmo tempo honrosas referências à sua nobreza de carácter. pois faleceu em Braga a 25 de Março de 1853. Pontes havia sido eleito deputado por Trás-os-Montes em três legislaturas sucessivas. João Pedro de Almeida Pessanha. (914) Diário do Governo de 30 de Abril e 2 de Maio de 1849. p. como o comunicou à câmara o mesmo Pessanha (916). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de 25 de Maio de 1857 o deputado por Bragança. cortado de rios e ribeiros. de trânsito difícil e perigoso. propôs o deputado Joaquim Rodrigues Ferreira Pontes que os distritos administrativos do continente de Portugal se deviam reduzir a dez. pois. que essa anexação tornaria esses inconvenientes e essas dificuldades muito mais penosas. A que estado ficaria reduzida Bragança se as propostas destes dois homens vingassem!? Valeu-lhe o ministro José Vargas. que a isto acrescia a dificuldade das vias de comunicação. Posteriormente. apresentou a seguinte proposta: «Renovo a iniciativa da proposta de lei nº 118. Diziam essas representações haver constado pela imprensa periódica que o governo projectava suprimir o governo civil deste distrito. pela qual o governo é auctorisado a supprimir os governos civis de Aveiro. pelas oito horas da manhã. e que por todas estas considerações seria para lamentar que fosse despojada da categoria gozada por essa cidade. Bragança. 1848-1851. Barbosa – Entre duas Revoluções. inconveniente e inexequível. que era um orador de argumentação cerrada. porquanto o distrito de Bragança era muito extenso. apresentou duas representações – uma do conselho de distrito de Bragança e outra dos seus habitantes. Vianna. formando um deles a província de Trás-os-Montes com a sua sede em Mirandela. Guarda e Horta» (917). Ainda em 1865 o deputado pela Figueira da Foz. de 3 de Julho de 1852 da commissão de fazenda.572 TOMO VII VARGAS São importantes os serviços que a nação em geral e o distrito de Bragança em particular deve a este seu distinto filho. Na sessão. de grande alcance social e largo alcance de vistas (921). ignorando certamente os deputados daquele distrito as intenções do governo a tal respeito. e estando vaga a diocese de Bragança.VARGAS 573 TOMO VII Mais acrescentou o deputado que não sabia os motivos porque o jornalismo atribuía aos ministros semelhante propósito. (921) Ibidem de 24 de Maio de 1850. porque os bispos actuaes podiam reger todas as dioceses. onde desempenhou papel brilhante. era natural que estas circunstâncias. Na legislatura de 1848 foi José Marcelino de Sá Vargas eleito secretário da câmara dos deputados. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . O ministro Vargas aproveita a ocasião para tecer grandes elogios aos novos bispos eleitos e particularmente ao Ferraz. sem juiz de direito e sem governador civil nem secretário-geral (918). Em Maio de 1850 apresentou ao governo uma proposta de lei. com o competente preâmbulo. (920) Diário do Governo de 19 de Janeiro de 1848 e demais.. em resposta ao deputado Pereira dos Reis. juntas aos boatos espalhados pelos jornais. e CHAGAS. inopportunas. regulando a sucessão dos filhos naturais. similhantes nomeações eram realmente inadmissiveis». para onde também despachou bispo. como pode ver-se nos extractos das sessões desse tempo (920). popular e ilustrada. XI. produzissem o sobressalto em que se achavam os habitantes do distrito de Bragança. O mesmo deputado apresentou ainda na sessão de 9 de Junho outra representação da câmara de Vinhais em idêntico sentido. que tendo um dos ministros declarado em uma das sessões passadas que se poderiam fazer economias na supressão de alguns distritos administrativos e achando-se distribuído na câmara um projecto de lei concedendo ao governo a mais ampla autorização para proceder à divisão do território. vol. e de certo o governo tem a consciencia de ter nomeado para elles as pessoas mais capazes». (918) Diário do Governo de 26 de Maio de 1857. apressou-se a nomear prelado para ela. (919) Diário do Governo do dia 12 de Maio de 1849. pois então havia no governo a intenção de suprimir esta e outras dioceses. Que a isto acrescia o abondono em que esta cidade se achava há muito tempo. etc. porquanto – dizia ele – «estes bispados não estão nas circumstancias de serem supprimidos. extracto da sessão do dia 11. que sustentava que essas nomeações eram «desnecessarias e inopportunas: desnecessarias. Pinheiro – História de Portugal. como Beja. cuja escolha – terminou ele – «tem sympathias universaes» (919). porque as circumstancias actuaes. quando se tratava da necessaria reducção de alguns bispados e quando os apuros do thesouro tinham chegado ao ultimo ponto da escala. porém. 417. Outro benefício lhe deve Bragança: sendo ministro da Justiça e Negócios Eclesiásticos. p. furiosamente perseguido pelos cabralistas. O nº 33 da Galeria Contemporânea do Suplemento burlesco ao Patriota traz a caricatura de Sá Vargas com esta legenda: A «preguiça Vargas». Ver também O Primeiro de Janeiro de 1 de Março de 1907. Na pág. concorrera para o desempenho de tão importante trabalho» (922). com aqueles furibundos artigos que só Sampaio sabia escrever. caía em toda a parte. 465 deste tomo algo fica dito acerca do pouco crédito que merecem algumas informações de Pinheiro Chagas. sem se saber como. que tinha em Sá Vargas um dos seus mais dedicados esteios. 403. que diz em nota àquela página: «Embora poucas. facultando-lhe meios de imprimir e talvez de distribuir este último jornal (quiçá no prelo que possuía. inclusive as secretárias dos próprios ministros. 1873. como um raio. qual espectro esmagando os adversários a tagantadas brilhantíssimas de prosa inimitável. vol. (923) Dicionário Popular. diz-se nesse Proémio que José Marcelino de Sá Vargas era mação com o grau (922) CHAGAS. na qualidade de membro da commissão encarregada de elaborar e redigir o Codigo Penal Militar. Sá Vargas. Em A Franco-Maçonaria e a Revolução pelo padre Francisco Xavier Gautrelet. que como político era quase fanático cabralista. pois que não se recomendam pelo chiste nem pela significação». Pinheiro – Diário do Governo de 21 de Janeiro de 1867. escondendo em sua casa António Rodrigues Sampaio quando era perseguido pelo governo cabralista. hoje pertença do Museu Regional de Bragança por dádiva de seu sobrinho-neto doutor Diogo Albino de Sá Vargas). Sampaio nunca esqueceu esse acto cavalheiresco de um homem que não tinha o habito de os praticar» (923). da História de Portugal de Pinheiro Chagas. precedida de um Proémio do tradutor a respeito da «Maçonaria Portuguesa».574 TOMO VII VARGAS Também por decreto de 15 de Novembro de 1866 foi elevado à dignidade de grã-cruz da ordem militar de Nosso Senhor Jesus Cristo «pelos distintos serviços que havia prestado ao paiz no desempenho de superiores cargos do Estado. que. e especialmente pelo reconhecido zelo e intelligencia com que. que fora um político extremamente faccioso – mas que apezar d’isso soubera praticar um acto de generosidade. não reproduzimos as palavras que no texto d’aquelle jornal (Galeria Contemporânea) são consagradas ao ministro caricaturado. o célebre redactor da Revolução de Setembro e do Espectro. Porto. depois reproduzida na pág. «Era homem de pouco valor – diz Pinheiro Chagas. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . soube ser generoso em grau máximo quando escondeu em sua casa António Rodrigues Sampaio. tradução do francês pelo conde de Samodães. XI. artigo «Vargas (José Marcelino de Sá)». professou na ordem de S. 8. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Era filho de Francisco Botelho de Morais (ver o respectivo artigo) e de D. Tradução do latim «em boa e vernacula linguagem» (924). num rico casal pertencente a sua família. «morto no assalto de Valença de Alcântara». 1627. Pinheiro – Dicionário Popular. Paraíso da alma. consagrado a este santo. sendo avultado o número de estudantes que habilitou e todos unânimes em lhe reconhecerem grande competência. VASCONCELOS (Carlos José Botelho de Sousa e) – Nasceu em Almeida em 1804 e faleceu em Felgueiras.VARGAS | VAR(E)JÃO | VASCONCELOS 575 TOMO VII 33 ou cavaleiro Kadoschi. Escreveu: Sermão de São Martinho. em 1747. concelho de Bragança. neto paterno de Paulo (924) CHAGAS. Domingos. 131. VASCONCELOS (Bernardo Tomás de Gouveia e) – Capitão. artigo «Varjão». desde muito novo. mas não deixou sucessão. destas Memórias. Em Felgueiras. mestre de teologia no convento da mesma ordem de Évora. numeradas só de frente. 1636. dedicou-se ao ensino das disciplinas que então constituíam o curso de humanidades – hoje preparatórios liceais – no que era exímio. Escreveu: Primeira parte da dialecta. A mesma afirmação temos visto em livros e publicações impressas com listas de mações. era filho do marechal-de-campo José António Botelho de Sousa Vasconcelos. VASCONCELOS (Francisco Botelho de Morais e) ou só Francisco Botelho de Vasconcelos – Nasceu em Moncorvo. onde Carlos José Botelho estabeleceu residência. em 1875. em latim. p. VARGAS (Mateus Barreira Loução) – De Chaves. que militou na revolta de Bragança contra os franceses em 1808 (925). foi provido em 1665 na reitoria da Carragosa. Beatriz (outros dizem Brites) Vasconcelos Saraiva. cheias de tradições etnográficas. da – Dicionário Bibliográfico . VAR(E)JÃO (Frei António) – Nasceu em Moncorvo. de Alberto Magno. mas foi baptizado a 6 de Agosto de 1670 (os baptizados. cunhado de Jácome de Vargas Carneiro. Évora. Lisboa. Consta de facécias burlescas alusivas às festas báquicas.º de XI-158 págs. ignora-se o dia. com que o povo comemora o dia 11 de Novembro. Inocêncio F. Sendo já de avançada idade. como atrás referimos. e SILVA. Espanha. contraiu matrimónio. concelho de Moncorvo. (925) Ver tomo I. regulavam então por oito dias após o nascimento) e faleceu em Salamanca. Obra rara. filha de Fernando de Morais. Estas três edições diferem notavelmente por causa das modificações que sofreu o poema. Deste fez-se 2. cavaleiro da ordem de Santiago. filho de Pedro Botelho de Matos. 12. princeza de las Asturias. cavaleiro da ordem de Cristo. Pedro de Castro. regressando depois a Portugal. Com XX-284-VIII págs. con las alegorias de D. Luísa de Morais. etc. que em África. foi armado cavaleiro pelo seu parente Francisco Botelho.º de 386 págs.º grande de 365 págs. etc. no conselho de Portugal. na Notícia. assegurado y perfecto en la conquista de Lisboa. o la fundación del reino de Portugal. natural de Moncorvo. Desde tenra idade foi para a companhia de um tio em Madrid. segundo o uso do tempo. Pelo lado materno não é menos nobre a sua ascendência. 8. 1701. e de sua prima D. 4. Helena de Morais. onde viveu retirado numa sua quinta. esteve em Roma. João V com o hábito de Cristo em atenção aos seus méritos literários.ª edição em Madrid em ano incerto (926). Consta de dez livros ou cantos em oitava rimada. Dirigele su autor a la presencia de la serenissima Doña Maria. onde fez a sua educação literária. e de D. A segunda edição deste livro fez-se em 1731 na cidade de Salamanca. conforme escreveu Bernardino Pereira de Arosa. e quarto neto de Estêvão Mendes de Távora. secretário de Estado de Filipe II. José Augusto em A Torre de Moncorvo de 5 de Outubro de 1903. marquês de Abrantes. Isabel Coelho. Juan el V. que anda adjunta em algumas edições de El Alfonso. Poema épico. capitão-general de Tânger. As suas obras gozaram de grande aceitação no seu tempo. Barcelona. Paris. da Silva – por sua originalidade e por mostrarem bem claramente o engenho de seu autor. sendo então agraciado por D. caballero andaluz. voltou a Portugal e desgostos vários passados na corte obrigaram-no a regressar a Moncorvo. bisneto de Francisco Botelho de Matos. Escreveu em castelhano: El nuevo mundo.. senhor do Vimioso. cavaleiro da ordem de Cristo.576 TOMO VII VASCONCELOS Botelho de Morais. e de D.º de XXVIII-476 págs. que na primeira consta de doze cantos em oitava (926) TAVARES. tem o título igual ao da segunda e traz no fim uma sátira em latim que não vem nas outras. e o irmão primogénito do nosso biografado desfrutava em Moncorvo dois opulentos morgadios. em 1711. Poema heroico. em casa por ele mandada edificar pelos anos de 1730. em 4.º com este título: El Affonso. Fez-se terceira edição em 1737. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Viajou pela Europa. rey de Portugal. Tem por assunto a descoberta da América por Colombo. El Alfonso del caballero Don Francisco Botelho de Moraes y Vasconcelos. Dedicado a la Majestade de D. Foi secretário do embaixador a Roma. 1712. e mesmo hoje não desmerecem totalmente – diz Inocêncio F. Alguns legisladores da poetica lhe fizeram varios reparos sobre a contextura. pág. a que elle talvez respondeu no “Prologo” da ultima impressão. A propósito desta obra diz o Mapa de Portugal: «O autor teve furor e enthusiasmo poetico de grande elevação e especie maravilhosa. professor de filosofia no liceu de Santarém. Salamanca. No fim diz que a segunda parte desta obra já estava composta e que se ia imprimir brevemente. abreviada e traduzida em português. 339. na sua Poetica. Salamanca. 1838. sem ano de impressão.. Um exemplar desta obra em espanhol que vimos tinha este título: Las cuevas de Salamanca registradas.º de 22 págs. João Baptista de – Mapa de Portugal…. feliz imitação de Lucano. histórico e crítico. segundo a intelligencia do autor. dele diz o Mapa de Portugal: «Esta producção. Joaquim Manuel de Araújo Correia de Morais. pois isto era empenho proprio do heroe e de seus soldados. era muito do seu agrado. da Universidade. do cavaleiro Francisco Botelho de Morais e Vasconcelos. trasgos e feiticeiros. maquina e artificio do poema. nota de impropriedade n’este poema. mas as licenças para se imprimir são de 1732. sobre alguns abusos que notou em Portugal. Imp. deixou impressa a seguinte obra: História das covas de Salamanca. 1752. livro IV. que os versos são duros e que em todo o poema reina uma escuridão insofrivel» (927). (928) Ibidem. cronista-mor dos estudantes. onde diz que este poema não tem artificio algum de epopêa.º É uma espécie de romance. A verdade é que similhante obra bem indica o genio e engenho do autor fecundo e erudito» (928). tomo I. Maior critica e mais rigorosa é a que lhe faz o autor do Verdadeiro Methodo de Estudar. 8. que as fabulas são affectadas e com bastantes inverosimilidades. tomo II. que os anjos assaltem as muralhas de uma cidade. acreditou o parnasso. Pela data da impressão parece ter saído póstumo. p. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . a nação e o autor. O seu poema epico intitulado El Affonso. passando deste reino para o de Espanha.º Discurso político. por Francisco Luís Ameno. Lisboa. enobreceu a lingua castelhana. y descritas por el caballero. Coimbra. «Escritores». y dedicadas por el mismo al preclaro y mas que heroico Amadis de Gaula. valendo-lhe mais esta benignidade do soberano.VASCONCELOS 577 TOMO VII rimada e nas outras apenas de dez. (927) CASTRO. pois por elle mereceu que D. D. 269. p. 4. 8. Historia de las cuevas de Salamanca. Ignacio de Luzan. João V lhe fizesse mercê do habito de Christo com uma pensão na commenda de Folgosinho. Luiz Antonio Verney. O autor da Biblioteca Lusitana ainda menciona outra edição feita em 1716 que ficou incompleta. que em forma de carta escreveu a certo amigo. do que se o mesmo Apollo coroasse o autor de louro. 1734. 310.. como filho gerado na sua velhice e filho travesso e faceto que muito o fazia rir. e que tambem o seriam da de Lisboa». 1715. é preciso que me paguem». «Não digo isso – objectou-lhe o conde –.578 TOMO VII VASCONCELOS Carta de Francisco Botelho de Vasconcelos a seu primo. ou um jogral. fez-lhe mercê do hábito de Cristo. 4. ou um pedante. liber unicus. Córdova. 4. como lhe não pagassem a pensão. Francisco Xavier de Meneses. histórico e crítico. João V. Relação de como se ensinam em Salamanca as três línguas. Este ilustre fidalgo tinha-se em conta de grande poeta e perguntou a Botelho: «Que dizem de mim lá em Castela?» «Que sois um grande cá de Portugal» – volveu-lhe Vasconcelos. Lisboa. extraímos as seguintes notas. volveu-lhe o poeta. Juan de Sabagun. por conterem espécies interessantes: (929) SILVA. Pinheiro Chagas (no Dicionário Popular.º Tres Hymnii in Laudem Beati Joanni a Cruce. que não nos parece extremamente justificada». acerca do poema «El Alfonso». e quanto às anedotas. D. falo a respeito dos meus versos». Inocêncio F. duas para amostra: numa das suas vindas a Lisboa encontrou-se com o conde da Ericeira. seguidas de Notae doctoris Domini Joannis Gonzalez de Dios. artigo «Vasconcelos») acha que este escritor «disfructou no seu tempo uma reputação. O Sumário da Biblioteca Lusitana atribui-lhe mais estas obras: Loa para la comedia. Satyranom equitis Domini Francisci Botello de Moraes et Vasconcellos. etc. Inocêncio refere como deste autor algumas anedotas que bem provam o seu grande espírito. Vida de um sargento-mor de dragões. Estas notas vão de pág. e aparecendo um dia sem ele no Paço perguntou-lhe el-rei por que o não trazia. pois ao exemplar que vimos faltavam as restantes. «Para ser cireneu.º Poema en loor de S. como fica dito. Romae. que eram por esses tempos a gloria e o encanto da côrte de Paris. Luca. Do Discurso político. diz que «denunciam antes um malcreado.º de 55 págs. porém. atrás mencionado. da – Dicionário Bibliográfico . 55 até além da 101. Deixou escritas mais outras obras mencionadas na Biblioteca Lusitana (929). autor da Henriqueida. do que um d’esses cortezãos de agudo engenho e de esmerada cortezia. Compreende nove folhas. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Quando ofereceu El Alfonso a D. 1709. o monarca. Panegírico historial da família de Sousa. «Ó! isso é cousa em que ninguém fala!» – tornou-lhe o nosso biografado. 8. in Salmanticensi Academia primarii Humaniorum Literarum Magistre. que lhe atribuem. Botelho não fez caso do hábito. Gratas expresiones a Clemente XI. 1716. que determino passar a Salamanca. e não sem difficuldade consegui. onde nasci. Estes empregos. e nenhum portador será mais effectivo. que assim havião de chamar-se. e convenientes. e assim havião de ser. e foy o meu primeiro cuidado ser util aos meus Compatriotas em tudo o que me fosse possivel. e mais affectuoso do que eu. passey pela Torre de Moncorvo. e o seu Regimento. e verso papeis eruditos. em que devião escrever em prosa. Achey-os discordes. se me representou indecorosa a minha permanencia em Castella. e nelle não desajudarão a publica felicidade a sua Pessoa. porque na nossa Provincia. que edifiquey. dizendo-lhes. Fundey também uma Academia dos Unidos. que o Lente de Prima Português. quando pelos actuaes rumores. e de boa amisade avisar a Vossa Mercê. o qual de ordem de Filippe IV marchava a Catalunha. e como não careceria de culpa insinuallas fóra do Reyno. Alli lhes dava abundantes merendas. onde passey a melhor parte da minha vida. por ser expressão de despedida. e prevenções militares. seguem sem repugnancia aos impulsos da minha obrigação as resignações do meu animo. como louvaveis. dias em que se exercitassem no manejo dos cavallos. e desapplicados. Nestas jornadas. e das mayores virtudes. Pelos estatutos da referida Academia deputey dias. quem como eu gosta da conversação. ou Vossa Mercê mesmo quizessem alguma cousa para aquella Cidade. e dias para o exercicio da Musica. que depois de apprehendidas as tenha em silencio. Poderia ser. Digo prejuizos. e na mesma Italia em Collegios dirigidos por sujeitos do mayor talento. Tambem intentey. e onde tenho algumas fazendas. e o meu gosto. é melhor dizellas a Vossa Mercê: sendo muito dificultoso. e onde vivi alguns meses. Porém peccará em dilatada. mas não violencias. se restituio a Portugal. Devera ser breve esta carta. e Dança. em que com muita reiteração nos acompanhou o Senhor de Villa Flor. Como Vossa Mercê pela minha mão remeteo ao Lente de Prima de Leys da Universidade de Salamanca huns livros de outro Lente da Universidade de Coimbra. se aprendem fóra de Portugal. Em ambas occasiões imitei a meu avô Paulo Botelho. e outras. de donde quero sair. estranhey algumas cousas. pois amando com a mais exacta fidelidade ao meu Rey. João IV. e tendo noticia da Acclamação do nosso grande Rey D. Estando contente e respeitado em Madrid. e para o remedio os juntava em uma casa de campo. onde assisti cinco annos. deixey as minhas commodidades. De sorte que duas vezes o nosso Reyno me causou os prejuizos de me desterrar das Nações estrangeiras para o nosso Reyno. amigo de Vossa Mercê. que se renovasse a deixada imagem da equestre batalha entre duas oppostas Nações. me parece da minha obrigação. que vulgarmente chamamos MouMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e discretos. E estando da mesma sorte em Salamanca. commandando um regimento de Infantaria (então se chamavão Terços). e á minha Patria. nobres.VASCONCELOS 579 TOMO VII «Meu amigo. voltey a Portugal ao principio da guerra passada. onde residiu algum tempo. E como hoje. 84. que era de outro a minha Academia. Tinha apenas dezassete anos de idade quando foi feito alferes da guarda do marquês de Pombal. Rodrigo de Castro fosse logo nomeado como sucessor de Joane Mendes. que daquelle nada tornassem a sahir à luz. Era natural de Évora. págs. que gozava de grande fama de hábil general e mais tarde a perdeu governando as armas da província do Alentejo. Passando eu a Salamanca. sem que para a conseguir me fosse necessaria a gazeta de Portugal. como lhe chamou Pinheiro Chagas. VASCONCELOS (Joane Mendes de) – Marechal-de-campo. faltão os cavallos. 92. Esta ultima vez. ingratidão de que facilmente me esqueci. livros X. mas tinha uma quinta perto de Chaves. mestre de campo. e Comedia de tarde. Nasceu em Lisboa nos meados do século XVIII e faleceu em Moncorvo a 3 de Julho de 1829. festejo antiquissimo. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que vim á minha Patria. XI e XII. caibão. VASCONCELOS (Joane Mendes de) – O eterno descontente. estavão os meus Patricios adormecidos de novo em outra desapplicadissima inacção. vivão. e se acommodem sessenta e uma pessoas occupadas no ministerio judicial. Disse em Lisboa huma das mayores Pessoas do Reyno. por onde se vê que já a essa data ele era governador das armas da nossa província. Tambem me admirou ver na Torre de Moncorvo. com Mourisca de manhã. ver também o tomo I. ou administração da justiça». 94 e 95. mas não veio tomar conta (930). cujo governo durou mais de um ano. se não dedignasse das applicações á Comedia. Na nossa província sucedeu-lhe António Jaques de Paiva.580 TOMO VII VASCONCELOS risca. passando a seguir para o mesmo governo da do Alentejo. pelos marciaes aprestos. povoação de pouco mais de trezentos visinhos. pois o mundo me sabe o nome com estimação. que não havia festa comparavel a hum dia de S. aconselhey á Nobreza da Nossa Villa. Governou desde 1652 até fins de 1656 a província de Trás-os-Montes. fizeram os meus Patricios se pozesse na gazeta de Portugal. lhes trouxe á memoria. se bem que D. dali passou ao regimento de cavalaria nº (930) MENESES. datada de 28 de Abril de 1651. ou o titulo de Fundador da Academia da Torre de Moncorvo. No Museu Regional de Bragança há uma carta de Joane Mendes de Vasconcelos ao cabido de Miranda. em que já Virgilio deu adulto louvor á idade não adulta do seu Ascanio. E desejando eu. 538 do IV tomo destas Memórias. e a Musica. em nota. que a Torre de Moncorvo se fez conhecida (entre outras boas qualidades) pelos seus genios festivos. João da Torre de Moncorvo. Luís de – Portugal Restaurado. Vem dela extracto na pág. que sem deixar a Dança. VII. João VI a Vila Franca de Xira. in Recensioni. Traz em mirandês a versão das oitavas XX e XXI do canto III dos Lusíadas. em 1808 levantou naquela vila o grito da Restauração. doutor José Leite de) – Médico pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto. tomo XIII. É enorme a bibliografia deste erudito e profundo escritor. Porto. filho de José Leite Pereira de Melo Cardoso e Vasconcelos e de D. págs. VASCONCELOS (Doutor José Leite de Vasconcelos Cardoso Pereira de Melo e. emigrou para Espanha (931). compreendendo poesias em mirandês e notas glotológicas. etc. ambos de nobre estirpe. Teza.. 108 a 112. de A. 8. e em outras publicações da especialidade. und Roman Philologie. sócio de várias associações científicas e literárias nacionais e estrangeiras. Livraria Portuense.. 108 e 109 e in Revue des langues romanes.º de 40 págs.. tem escrito: O dialecto mirandês. de 40 págs. págs. além de vários artigos em publicações esparsas. etc. 8. 1883. por E. etnólogo e arqueólogo e um dos maiores polígrafos e eruditos contemporâneos. artigo «Botelho e Vasconcelos (José António)». Em 1823 acompanhou D. Línguas raianas de Trás-os-Montes – Sucintas notas filológicas. Com (931) Portugal: Dicionário histórico. 1882. onde serviu e foi comandante. 17 a 19 (932). I – Notícia das línguas de Riodonor e Guadramil. Com referência ao distrito de Bragança. in Boletín de la institución libre de enseñanza de Madrid. Editora.ª 8. págs.VASCONCELOS 581 TOMO VII 11. lente aposentado da Faculdade de Letras da mesma cidade. antigo professor do Curso Superior de bibliotecário-arquivista e conservador da Biblioteca Nacional de Lisboa. a 7 de Julho de 1858. e por G. Nasceu em Ucanha. 182 e 183. Flores mirandesas. págs. Porto. fundador e antigo director do Museu Etnológico Português. J. 1884. Titré in Arch. mas seguindo as ideias do partido absolutista. em 1827 foi nomeado governador das armas da província de Trás-os-Montes. Maria Henriqueta Leite de Vasconcelos Pereira de Melo. (932) Dicionário Bibliográfico. tomo XIII. XXIV. Porto. Sendo marechal-de-campo e vivendo retirado em Almeida. literariamente. 1886. Esta obra obteve prémio no concurso filológico da Sociedade das Línguas Românicas de França em 1883 e foi favoravelmente apreciada pelo doutor Hugo Schuchardt in Literaturblat für Germ. II – Observações sobre o dialecto sendinês.º gr. profundo filólogo. concelho de Mondim da Beira. onde terminou o curso em 1886. antigo delegado de saúde e médico municipal do Cadaval. que os curiosos poderão ver no Dicionário Bibliográfico. Livraria Portuense de Clavel & C. prop. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . per le Trad. da Silva Teixeira.º de 15 págs. Tip.. 1903.º gr. de onde foi apresentado governador civil do de Bragança por decreto de 12 de Março de 1860. concelho de Vinhais. de 23 págs. Lisboa. VII). António Carvalho da – Corografia Portuguesa.. 8. em Bragança. etnográficas. Faleceu pelos anos de 1640. Contém notas filológicas. António Luís da Veiga Cabral e Câmara. 4. vol..º Tratado de boa amizade. biográficas. Imp. VASCONCELOS (Lourenço Carneiro) – Natural de Moncorvo.582 TOMO VII VASCONCELOS | VAZ vista aos camonianos. Tip. filho de António Vaz e de Inês Gomes. Entrando os holandeses nessa província e pretendendo profanar a sagrada hóstia conservada no sacrário. «do que indignados os herejes o mataram. nasceu em Dine. Escreveu: Poesias várias (manuscrito). VAZ (D. VAZ (Padre Amaro) – Jesuíta. Silva mirandesa (Separata da Revista Lusitana. de XIX-488-344 págs. Domingas de Jesus) – Primeira abadessa do Recolhimento do Loreto. Professou em Portugal. no frontispício de cada um. (935) COSTA. Porto. (934) Diário do Governo de 12 de Abril de 1860. uma gravura comemorativa do quarto centenário do descobrimento da Índia. filha de Francisco Vaz e de Isabel Afonso. Nacional. Seu capitão-mor e governador de Freixo de Espada à Cinta. Suc. Dois vols. o virtuoso sacerdote acudiu diligente a consumi-la. Tradução do francês (933). com duas cartas geográficas e. natural de Moncorvo. no Maranhão (Brasil). fundado a 5 de Agosto de 1794 pelo bispo desta diocese D. a 31 de Agosto de 1764. F. 1900. partindo-lhe a cabeça junto ao altar pela qual razão se venera como martyr» (935). pois esta menção não se encontra no Dicionário Bibliográfico. canções e contos populares e uma notícia da área em que se fala o mirandês. indo depois para o convento da sua ordem. tomando posse a 20 de Junho seguinte. que se lhe abriam nas (933) Sumário da Biblioteca Lusitana.º gr. VAZ (Alexandre Pinto da Fonseca) – Secretário-geral do Governo Civil do Distrito de Leiria (934). Nasceu em 1663 e faleceu em 1732. in-8. de A. Estudos de filologia mirandesa. Vasconcelos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Tornou-se notável pelas sobrenaturalidades e vida ascética sobrevindo nela os êxtases e estigmas das chagas de Cristo. Acusada de ilusa e de fingimento no seu extraordinário proceder com o fim de iludir a boa fé do bispo fundador. que extinguiu o instituto confiscando-lhe os bens. nos braços da qual expirou em 1830. primeira abadessa do Recolhimento da Mofreita. (938) Diário de Lisboa de 31 de Agosto de 1872. Concluído o curso teológico em 1874 e ordenado presbítero em Maio de 1875. lado e face. Francisco de Assis. O padre Bernardo Rodrigues de Sarzeda. mulher de D. em 1822.VAZ 583 TOMO VII mãos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . sendo transferidas para os cárceres inquisitoriais de Coimbra. como a S. foram chamadas para o palácio real por D. de onde. Carlota Joaquina. Isabel Maria da Conceição.º grupo (geografia. vindo residir para Bragança. 175. p. a 20 de Fevereiro de 1797. de onde. pés. João VI. vindo também ela a morrer no mesmo palácio real (onde continuou a residir) com opinião de santidade. as religiosas deixaram o Recolhimento do Loreto e foram residir para Fornos de Ledra. 189 e 204. foi missionar para a África. capelão do Recolhimento do Loreto. Por decreto de 17 de Abril de 1890 foi despachado professor para as disciplinas do 3. VAZ (Padre Francisco Manuel) – Nasceu em Bragança a 21 de Junho de 1852 e aqui faleceu a 9 de Setembro de 1918. condenadas por ilusas e fingidas e as sentenças lidas na Sé de Bragança e na igreja da Mofreita por ordem do Santo Ofício (936). sendo depois transferidas para um convento de religiosas de Coimbra. escreveu a vida de Domingas de Jesus Vaz. no impedimento do professor efectivo padre João Domingos Fernandes. voltou a Portugal. António Luís da Veiga Cabral e Câmara. a 17 de Setembro de 1837 (937). sendo ainda estudante de teologia. conde de – Monumento à memória de D. Estiveram alguns anos encerradas na prisão celular do castelo de Lisboa. conhecendo as suas grandes virtudes. p. 175. também chamada Maria Manuela. concelho de Vinhais. que. concluído o tempo de missionário a 22 de Março de 1886. foi presa à ordem da Inquisição. depois de brilhantes provas dadas em concurso público. Era filho de Manuel António Vaz e de D. em determinados dias. bem como a sua colega Maria de Jesus. (937) Ibidem. a 20 de Maio de 1819. regendo já interi- (936) SAMODÃES. por último. Regeu a cadeira de latim e latinidade desde 1874 a 1875 em Cernache. Cursou as aulas do liceu em Bragança e depois em Cernache do Bonjardim. 1889. bispo de Bragança. onde se conservaram até à vinda da República em 1910. completando os estudos teológicos em que obteve accessits (938). se submeteu à direcção espiritual de Domingas de Jesus Vaz. história e filosofia) do liceu de Bragança. Depois. Também desde 1880 a 1885 foi professor de preparatórios no colégio de Cernache do Bonjardim. 2. 702 págs.º francês. Tip.º de VI (inumeradas)-624 págs.º de 31 págs. um dos quais foi o finado bispo do Porto.º vol. 5. 1889-1891. onde vem a dedicatória do tradutor a três dos seus companheiros de missão.. – 4. Dois vols. Porto. Tip. 8.. Anuário do Liceu Nacional de Bragança – Ano escolar de 1909-1910. e em cada volume uma de erratas. O mesmo editor. Porto. Tip. 8. 16.º de 571 págs. 4. foi nomeado professor efectivo. professor no colégio da Formiga. Tip. O Ano Cristão ou Exercícios devotos para todos os dias do ano pelo Padre João Croiset da Companhia de Jesus.º de 61 págs. Vicente de Paulo. e 157 de apêndice e índice (vol. publicados em Lisboa.º – 3. de A Palavra. 4. Editor. Empresa de Obras Populares Ilustradas. I). Jubileu sacerdotal de Leão XIII – Discurso proferido na cidade de Bragança por ocasião dos festejos para solenizar naquela diocese o quinquagésimo aniversário da ordenação sacerdotal de Sua Santidade Leão XIII. trasladado a castelhano e adicionado com mais algumas vidas dos santos e com o Martirológio pelos Padres José Francisco de Isla da mesma Companhia e D. Neste trabalho ajuntou o autor ao texto notas de muito merecimento.. 1889. 8. in. Porto. 8. mais o seguinte: Os Esplendores da Fé – Acordo perfeito da Revelação e da Ciência da Fé e da Razão pelo Reverendo Moigno. Além disso. 756 págs. 4. além de alguns fascículos de A obra da Santa Infância da Propaganda da Fé. Justo Petano. de 463-508 págs.. Editor António Dourado.º de 537 págs. quando estava em Sernache. Quatro vols. O primeiro volume foi traduzido por Dias Freitas. de IX (inumeradas)-738 pág. Porto. 1887. 1887. e 134 de apêndice e uma de erratas (vol. António José de Sousa Barroso. Estudos filosóficos. parte numeradas e parte sem numeração. e 650 (IV). Porto. de José da Silva Mendonça. D. 1888. 4. química e história natural no Seminário Diocesano. 1900.º vol. Porto.584 TOMO VII VAZ namente desde 1886 as cadeiras de física.º francês. Respeita à sua gerência de reitor no mesmo estabelecimento de ensino. que tantos benefícios tem dispensado à pobreza envergonhada da terra e é ainda hoje o seu sustentáculo (ver o Nordeste de 22 de MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 1897. Porto. de José da Silva Mendonça. Foi o padre Francisco Vaz o fundador em Bragança da Conferência de S. 1910. II). Porto.º de 29 págs. e 109 de apêndice e índice e uma de erratas (III).. Mendonça. Reforma da instrução secundária. de António Dourado. Porto. 1886. António Dourado. de 209 págs. para onde. Tip.º vol. Traduziu do francês.º vol. o primeiro volume compreende mais XXIII págs. em 1 de Outubro de 1889. Francisco Vaz protestou e reclamou do bispo as providências que os cânones recomendam ou. onde aportou depois de tormentosa viagem. Novidades e O Primeiro de Janeiro e em várias outras publicações. à qual. Após dois anos e alguns meses de paroquialidade em Chiloane. ao tempo militar. bispo Martens Ferrão. que dera a igreja onde o padre Vaz devia celebrar actos do culto como perigosa para isso. O padre Francisco Vaz aproveitou esta popularidade para apresentar a sua candidatura a deputado por aquele círculo eleitoral. e a sua caridade levava-o a ir um dia por semana a ensinar a doutrina cristã aos presos da cadeia. mas o governador. veio juntar-se o ciclone de 16 de Janeiro de 1880. pois não havia outra igreja a menos de dois quilómetros e a fenda não ameaçava ruína iminente. Mas sucedendo enterrar-se um mação no cemitério público. da mesma cidade. por causa de uma fenda que abrira no arco cruzeiro. Maria da Cunha. abrindo ao mesmo tempo escola mista de instrução primária. privações. onde tundia Caldas Xavier e outros com uma energia e desassombro tais que aquelas regiões. que chegou a ser frequentada por setenta e tantos alunos. «o que lhe mereceu elogios no Boletim Provincial pelo muito zelo empregado na instrucção». foi transferido para Inhambane. depois de uma viagem de tormentas. evidenciadas num periódico de Quelimane. para que nada faltasse de horroroso. encontrou como resultado ser desterrado dentro de quinze dias para Chiloane. Francisco Manuel Vaz. conseguiu a sua transferência imediata para Moçambique. não estavam habituadas a ver. valeu-lhe certa popularidade posta em relevo pelo seu bom comportamento e notáveis qualidades de jornalista. e dedicou-se ao ensino da catequese. apesar de estudar preparatórios no liceu de Bragança e ainda frequentar teologia no seminário da mesma diocese. pelo menos. onde aportou a 27 de Agosto de 1885. onde continuou as mesmas ocupações. O denodo com que ali atacou Caldas Xavier. a 31 de Maio deste MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Ali foi nomeado examinador sinodal e capelão do hospital. sendo pelo superior do colégio. Em Abril deste ano deixou Moçambique e veio para Portugal. acostumadas a governos despóticos. facto em que ele via intenções de o incomodar. onde se ordenou de presbítero. encarregado das obras públicas. onde também foi professor de ensino livre e catequista dos presos. fome e frio. F. Nordeste. que a vingar seria um benefício para a região. nomeado professor de preparatórios. a declaração de que o cemitério ficava poluto. Entretanto. onde esteve até Julho de 1885. lá se apresentou em princípios de Outubro de 1875. foi concluir esta no colégio de Cernache. e sendo mandado para a missão de Moçambique. Colaborou na Gazeta de Bragança.VAZ 585 TOMO VII Março de 1899). e padre João Domingos Fernandes. perseguições. Prelados Diocesanos como sacerdote de bons costumes. não podendo suportar o zelo com que o padre Vaz olhava pelas coisas e interesses eclesiásticos. cujo desempenho naquela província foi elogiado por uma portaria do seu superior hierárquico. Tomé exerceu ali o cargo de vigário capitular. podemos considerá-la de suma honra. obtendo as classificações devidas aos seus méritos provados. natural de Varge. apesar de só lhe faltarem seis meses incompletos para concluir o tempo da missão. tendo findado o seu tempo de missionário. vergonhosa farsa da nossa incompetência administrativa colonial. Foi por essa mesma ocasião que fez a sua profissão de fé republicana. naturais de Bragança. Tomé e voltou a Portugal. padre António Caetano Vaz Pereira. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de probidade e intelligencia» (940). concelho de Bragança. onde também teve desinteligências com o governador Custódio de Borja. que iniciou o seu governo por uma série de contrariedades ou. Francisco Vaz.mos e Rev. Cândido da Silva – O colégio das Missões em Cernache do Bonjardim. que. e no qual se mostra favorável à doutrina de Kant. A 22 de Março de 1886 saiu de S. exerceu ali o cargo de pároco e. do mesmo concelho.mos Snrs.586 TOMO VII VAZ | VEIGA ano. melhor dizendo. Enquanto estudante deu sempre provas de grande inteligência e dedicação ao estudo. p. natural de Parada. Como houvesse falta de clero em S. tomara posse como superior daquele estabelecimento de ensino o doutor-cónego António José Boavida. onde pode ver-se mais por extenso o serviço deste nosso distinto missionário. na qual se lê: «O louvamos pelo interesse e zelo que ali tomou pelas cousas da religião e o recommendamos aos Ex. abriu na sua residência uma escola que regeu gratuitamente. 89. coexistiram como professores de inexcedível competência no colégio de Cernache do Bonjardim. concelho de Bragança. teve de voltar a ela e indo para S. publicado quando frequentava o terceiro ano do curso. tendo redigido um semanário intitulado República Portu- (939) Padre Francisco Manuel Vaz e padre Camilo da Fontoura. desejando ser útil à instrução. Era nesta época muito dado a estudos filosóficos e mitológicos. (940) TEIXEIRA. de que é modelo um trabalho escolar. Tomé. Nasceu em Mirandela em 1850. que em vista da atitude patriótica que Vaz tomou na questão do protectorado de Daomé. tendentes a desgostar os bragançanos que há muito haviam honrado a casa como membros do seu corpo docente (939). onde terminou o curso com distinção em 1874. era filho de abastados lavradores naturais de Izeda. conseguiu que o ministro da Marinha descarregasse sobre ele uma portaria de censura. VEIGA (Augusto Manuel Alves da) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. VEIGA (Gaspar Álvares) – Natural de Freixo de Espada à Cinta. tomou parte em quase todos os comícios e reuniões que por esse tempo se realizaram no país. Álvaro de Mendonça. Orador eloquente. Foi companheiro de Magalhães Lima numa viagem ao estrangeiro em 1890 (questões de maçonaria?). (942) 8. continuando sempre entregue aos seus estudos predilectos (941). Almeida Ribeiro (ainda estudantes). Quando ardeu o teatro Baquet em 1888 recebeu em sua casa a rainha D. Na revolta de 31 de Janeiro de 1891. Silva Pinto e Álvaro Coutinho (Alves de Morais e Álvaro de Mendonça têm biografia neste livro). 1619. Lopes de Melo. jornal que se publicou para se fundar o Centro Eleitoral Republicano. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Escreveu: Discurso pronunciado na assembleia geral do Centro Eleitoral Republicano Democrático do Porto. No começo da sua vida de estudante redigiu igualmente um periódico chamado O Liceu. Alves Morais. mas perdeu a eleição. A sua palavra era escutada religiosamente e aplaudida como a de um apóstolo. professor de latim na Universidade de Salamanca. de que foi uma das figuras primaciais. Dedicou todos os sacrifícios à propaganda republicana. Nem uma hora sequer deixou de cumprir o seu dever de democrata sincero e devotado. para cujo fim fundou a Discussão. (941) Portugal: Dicionário histórico. que durou pouco tempo. que foi ver ali uns desgraçados órfãos que ele recolhera.VEIGA 587 TOMO VII guesa. artigo «Alves da Veiga». Maria Pia. foi estabelecer banca de advogado no Porto. Tendo-se malogrado a revolução emigrou para Paris. Salamanca.º . Manuel de Arriaga. (942) Sumário da Biblioteca Lusitana. Escreveu: Comienza el exercicio de principiantes. em que também colaboraram: Magalhães Lima. Concluído o curso. quando fixou a sua residência no Porto. Em 1875 e 1876. foi um dos redactores da Actualidade. onde casou e leccionava as disciplinas do liceu. e na lista do governo provisório da República figura o seu nome. etc. leu das janelas da câmara municipal a proclamação do novo governo ao povo. Ver o artigo «Cardoso». onde vem o seu retrato. em a noite de 20 de Outubro de 1877. 78 deste tomo. p. No extinto regime propôs-se como deputado republicano. onde foi advogado dos consulados portugueses e brasileiros. Só regressou a Portugal depois da vitória do ideal por que tão denodadamente combateu. mas realmente é de Francisco Velasques. dignidade do Cabido. traz o epitáfio de João Moreno. como se conclui dos documentos. et que vous ne reparoissiez point à l’armee. num deles. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .588 TOMO VII VEIGA CABRAL | VELASQUES VEIGA CABRAL (Francisco António da) – Numa nota que nos enviou o erudito investigador Ernesto Augusto Pereira Sales há o seguinte: «A fols. pág. Au Quart. e muitas vezes. Sé. existente na sua sepultura no mosteiro da Batalha. na pág. e a 9 e 20 de Maio desse ano obteve duas cartas de privilégios. 257 traz dois epitáfios em que se dá. intitulado Papéis do Marechal Böhm. lê-se o seguinte: “Quartel General de Abrantes le 23 de Septembre de 1762. durant cette guerre.. mestre e êprey- (943) Ver tomo VI. 54). brasonada (944). destas Memórias. de carpinteiro. nos documentos. muitas vezes só indicada com o título de «Mestre». 1576. onde se aprecia mui desfavoravelmente Veiga Cabral. cavaleiro fidalgo da casa de el-rei mestre arquitecto das obras desta Sé [de Goa] e de sua mulher Catarina de Bustamonte e herdeiros (ver o artigo Bustamonte..r le Marechal General ordenne que vous vous retiriez tout de suite d’ici sur vos terres. dada a estranheza de um mestre-de-obras ter brasão. p. o título mestre das obras de pedreiro ou de pedraria. etc.r le Marechal General. Fran / cisco Vellasq / . que foi desta. O Dicionário histórico e documental dos Arquitectos. Mestr / e. pág. 74). transcritos na mesma obra. Au major de cavalerie du Ragiment de Bragança Francisco Antonio da Veiga Cabral. Pinheiro– Dicionário Popular. e na pág. só o título de mestre ao arquitecto sepultado debaixo da campa funerária. Gen. 58 transcreve o epitáfio de Júlio Simão. 390. 42 do códice nº 2816 da Biblioteca Nacional de Lisboa.al le 23 Septembre 1762”» (943). (944) Ver tomo VI. mestre que foi da obra desta sé. em que el-rei. atendendo à petição de «Francisco Velasques. 162. é sinónimo de arquitecto (ver artigo Camelo. 765. Monseg.. pág. escudo nº 76. e no outro o de mestre das obras do reino. o Mestre. p.» Supusemos a princípio que se tratasse de algum mestre-escola. de Sousa Viterbo. Velasques era o mestre e empreiteiro que em 1560 trabalhava na obra da Sé de Miranda. tomo III. se encontra frequentemente o título de mestre das obras de pedreiro. si vous n’en avez pas que vous alliez demeurer à quelque endroit au delá de Lisbonne. destas Memórias e CHAGAS. Também em várias cartas régias e outros documentos. que se trata. VELASQUES (Francisco) – No pavimento da Sé de Miranda do Douro há uma campa de granito. com o seguinte epitáfio: «De. mestre(-de-obras) que foi desta Sé (falecido em 1576). Par ordre de Monsg. mas já no artigo Vargas (José Marcelino de Sá) fica dito acerca dos seus juízos. ou. mas temos de reconsiderar e de emendar a mão. se havia então um estilo predominante ou se os mestres que as construiram seguiam escolas diferentes. vol. 1922.. que parece ter sido o autor desse debuxo e portanto seu primeiro arquitecto. Falando desta obra. p. no artigo relativo a Jorge Gomes. pág. por conseguinte contemporâneas as duas respectivas catedrais. sem demora. 170. destas Memórias transcrevemos outros documentos.. comprados à custa do mesmo mestre. II. (946) Ibidem. No tomo IV. João III acedeu efectivamente ao pedido do bispo não sabemos. muito provavelmente espanhol. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . pelos preços da terra. em que lhe acusa a recepção de uma carta sua com o debuxo da obra. que pagarão por seus dinheiros (945). mestre da obra da Sé da cidade de Mirãda». por onde se conclui que nem Jorge Gomes nem Gonçalo de Torralva foram os arquitectos do debuxo (planta) da Sé de Miranda. III. manda el-rei. pois na correspondência episcopal não tornamos a encontrar vestigios dele. Em 1560 era mestre empreiteiro da obra da Sé de Miranda Francisco Velasques ou Velhasques. vol. Pela carta de 20 de Maio. procurador e almotacés da cidade lhos dêem. e manda ao juiz. Esta circunstância é muito importante para a história da arquitectura no nosso paiz. vereadores. atendendo à petição de «Francisco Velhasques.VELASQUES 589 TOMO VII teiro da obra da Sé da cidade de Mirãda». O bispo encarece-o muito e recomenda-o a el-rei como competentissimo para ser encarregado da direcção da obra. em Belem. p. Em carta de 18 de Março de 1548 participa o bispo a chegada de Jorge Gomes com os mestres de pedra e cal e cavouqueiros. Se D. erroneamente denominado dos Filipes. De 15 de Dezembro de 1547 existe uma extensa carta assinada pelo bispo e dirigida a Sua Alteza. ordena lhe sejam fornecidos em Miranda os mantimentos necessários. XXI.. Sousa – Dicionário dos arquitectos…. pois o seu estudo comparado nos pode comprovar se elas obedeceram aos mesmos principios técnicos. para si e oficiais enquanto a obra durar. a quem foram concedidas duas cartas de privilégio» (946) [atrás mencionadas]. No primeiro volume deste Dicionário.. Seria este Jorge Gomes o arquitecto que em 1559 estava tirando a planta de Tanger? Quem era Gonçalo de Torralva? Muito provavelmente irmão de Diogo. e construtor do belo claustro de Tomar.. que foi mestre das obras do mosteiro dos Jerónimos. mas sim (945) VITERBO. uma e outra cousa trazidas por Gonçalo de Torralva. 521. artigo «Velasques». aventamos a opinião de que ele seria o primeiro arquitecto da obra. que lhe dêem para ele e oficiais casas de aluguer enquanto trabalharem na obra. diz Sousa Viterbo no já citado Dicionário: «A diocese de Miranda foi criada aproximadamente pelo tempo da de Leiria. I. p. 1922. Seria este retábulo aquele que Alonso de Remessal pintou por 255$000 réis pelos anos de 1627 e o «retabolo da Samcristia»? (949). artigo «Arruda». 528. 131 e 143. faleceu em Lisboa. Nasceu em Gebelim. Havia concluído a sua formatura em direito na Universidade de Coimbra em 1859. de quem falámos nos respectivos artigos. irmão de Pedro de Arruda. entrando na magistratura em 1866. (949) Ibidem. e próximo parente de mais quatro arquitectos de apelido Arruda. destas Memórias. Almeida e Muge e em várias outras obras de valor artístico. (950) Ibidem. na sua residência de Pedrouços. (951) Registada no livro nº 8 do Registo maior da Câmara de Bragança. VERGUEIRO (José Alberto) – Tenente-coronel de infantaria. 130. como arquitecto. em Lisboa. as fortalezas de Ceuta. superintendeu nas obras dos paços reais de Santarém. da ilustre família Vargas. também não menos notável. p. vol. nº 129. foi nomeado cavaleiro da ordem de Cristo por carta régia de 2 de Maio de 1864 (951). tomo I. tomando posse dia 16. Era filho do capitão-mor de milícias da vila de Chacim. Casou com D. p. Em 1541 e 1543 Miguel de Arruda foi. Foi governador civil do distrito de Bragança por decreto de 7 de Abril de 1892. Não deixou descendência. de Bragança. feito pelos anos de 1611 (948). a 8 de Dezembro de 1851 e faleceu a 5 de Julho de 1908. por missão régia. pelos serviços como presidente da comissão-gerente da Confraria do Santo Cristo do Outeiro. inspeccionar.590 TOMO VII VELASQUEZ | VENEIROS | VENTURA | VERGUEIRO Miguel de Arruda (nos documentos lê-se «da Ruda»). concelho de Alfândega da Fé. VENTURA (José Gonçalves da Costa) – Juiz da Relação dos Açores. Fortunata Augusta de Sá Vargas. VELASQUEZ (Tomás) – Mestre do retábulo do altar-mor da Sé de Miranda. VENEIROS (António Afonso Dias) – Médico. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que muito se distinguiu aquando do grito emancipador soltado em 1808 em Bragança contra os franceses (950). VERGUEIRO (João Evangelista) – Beneficiado da Sé de Bragança. (948) Ver tomo IV. famoso arquitecto do mosteiro da Batalha em 1533. Traçou o plano da fortaleza de Moçambique. largamente notificados por Sousa Viterbo (947). concelho de Bragança. José Manuel (947) Ibidem. 537 e 538. fólio 4 v. VERGUEIRO 591 TOMO VII Vergueiro (e não João Manuel Vergueiro. deputado. membro da regência provisória e ministro do império brasileiro. a ponto de não querer assinar a Constituição e de se retirar para o Brasil. Nasceu na «freguezia de São Vicente Ferrer de Valporto. em que defendeu a independência do Brasil. termo de Bragança» (dizem os seus biógrafos. Nicolau Vergueiro foi um dos que tomaram a iniciativa da representação dirigida ao imperador D. onde exerceu a advocacia. Fez serviço em Bragança e depois como subdirector da Escola Prática de Infantaria e Cavalaria em Mafra. por lapso. em que prestou notáveis serviços. manteve-se firme nas ideias liberais anteriormente manifestadas e foi um dos chefes deste partido. dedicou-se à agricultura. Tiago. sendo preso e conduzido para o Rio de Janeiro juntamente com o seu grande amigo padre Diogo MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . VERGUEIRO (Nicolau Pereira de Campos) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. destas Memórias). foi também senador em 1828 por Minas Gerais. mas. Maria Angélica de Vasconcelos. primeira legislatura ordinária. casando com a rica paulista D. Paulo. Depois de 1822 tomou assento na constituinte brasileira. agraciado com a ordem de S. Paulo. filha do capitão José Andrade Vasconcelos. por isso. sendo preso após a dissolução desta. Tomou parte em 1842 na revolta de S. Paulo.ª classe e com a medalha militar de prata da classe de comportamento exemplar. senador. 412. com a cruz da Bélgica de 1. pág. não há tal freguesia. escrevemos no tomo VI. em que se mostrou liberal avançado. Laura Faustina. porém. A revolução do Porto em 1820. Pedro I no dia 17 de Março de 1831 em que pediam a sua abdicação. estabelecendo-se em S. inteligência e zelo. hoje concelho de Macedo de Cavaleiros e então de Bragança) a 20 de Dezembro de 1778 e faleceu a 17 de Setembro de 1859. Foi um oficial muito distinto e possuía larga folha de serviços. e deve entender-se Vale da Porca. onde terminou o curso em 1801. e depois deputado às constituintes portuguesas. com o hábito de S. juntamente com o marquês de Caravelas e com Francisco de Lima e Silva. Bento de Avis. tendo sido. Em 1832 foi nomeado ministro do império e em 1840 sustentou energicamente a causa da maioridade de D. que teve eco em S. Deputado em 1826. chamou-o à vida política e foi nomeado membro do governo provisório da província. Em 1802 foi para o Brasil. Notabilizou-se com a modificação que introduziu na arma Mauser. e realizada esta a 7 de Abril fez parte da regência provisória. que muito deveu ao seu esforço. adoptada no exército com o nome de «Mauser-Vergueiro». Pedro II. Em Lisboa foi director da carreira de tiro de Pedrouços. pondo de parte aquela profissão. e de D. como. que era um dos melhores da época. forçando-o ao abandono das lutas políticas. que o corpo da igreja de S. fez o curso de oficiais milicianos e serviço da administração militar e fez parte do Corpo Expedicionário Português à França. a 16 de Junho de 1889. Faleceu em Lisboa. visto o perigo de muitos morrerem sem sacramentos. Jorge. dirigiu o curso de direito de S. onde esteve vinte e dois meses. Carlota Joaquina Fernandes. órgão regionalista da província trasmontana. Fez os estudos liceais em Bragança e os de teologia no seminário diocesano da mesma cidade. ordenando-se de presbítero.592 TOMO VII VERGUEIRO | VIANA | VILA | VILA NOVA António Feijó. que continua publicando-se. filho de Luís dos Santos Vila. ao cabido dizendo que a sua igreja matriz de S. a 3 de Setembro de 1928. conservando apenas a capela-mor. o quinzenário Trás-os-Montes. O (952) CHAGAS. contanto que o cabido contribuísse com alguma coisa (953). Paulo desde 1837 a 1842 e teve várias condecorações científicas. VILA (António Manuel dos Santos) – Padre e doutor em direito pela Universidade de Lisboa. VILA NOVA – Em 1794 requereram os moradores de Vila Nova.º cabo (reformado) da guarda fiscal. a cuja conservação eles se obrigavam. Mobilizado para a Grande Guerra. concelho de Bragança. Pedro dos Sarracenos. Pinheiro – Dicionário Popular. director do mercado geral dos gados e da Empresa Agrícola do Príncipe. VIANA (Júlio Augusto Petra) – Conselheiro. onde pouco se demorou. com sessenta e sete anos de idade. artigo «Vergueiro». agradecemos as informações para este artigo. Nasceu em S. e de D. 1822. bibliotecário do Instituto Geográfico Brasileiro. Escreveu uma interessante Memória sobre a fundação da fábrica de São João de Ipanema. deputado por Bragança. Em 1847 foi ainda nomeado ministro da Justiça. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .ª edição em 1858 (952). devido aos sintomas de ataque cerebral que começaram a manifestar-se-lhe. Jorge (o corpo das igrejas era da conservação e obras dos povos e as capelas-mores dos padroeiros) se lançasse abaixo. concelho de Bragança. Presentemente exerce a advocacia em Lisboa. em 1 de Novembro de 1924. Teve 2. Foi professor do liceu de Vila Real e nesta cidade fundou. mas foi absolvido pelo senado. maço Obras. literárias e políticas. Ao doutor Figueiredo. Durante o seu ministério em 1832 foi publicado o Código Comercial. e por isso pediam que o Sacramento se transferisse para a capela que eles tinham na povoação. Lisboa. ambos daquela povoação. estava indecente e arruínada. (953) Museu Regional de Bragança. de que ele era padroeiro. Consagrou os seus últimos anos ao estudo de diversos sistemas de colonização. obrigando-se às despesas respectivas. 1. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 8. com outros alunos. mas esta escola não chegou a funcionar. Monografia do concelho de Alfândega da Fé. Ali fundou um clube para instrução e recreio. Reorganizou também a Caixa de Assistência Escolar para os alunos pobres. 1926. Em Sambade promoveu duas récitas teatrais infantis destinadas à compra de material escolar. Escreveu: Para a história da Traulitânia – Um voluntário da República na defesa de Mirandela. ainda hoje por concluir. onde se conservou até Setembro de 1924. e foi sempre o representante do professorado do mesmo concelho nos congressos pedagógicos de Coimbra.º de 24 págs. aonde semanalmente fazia conferências sobre agricultura. Mais lhe deve a criação de uma escola móvel feminina para crianças e mulheres. Leiria e Braga. Ainda em 1920 foi nomeado professor da Escola Primária Superior de Macedo de Cavaleiros. Fez os seus estudos na Escola Normal de Bragança. passando em Julho de 1921 para a 2. precedidas de conferências pedagógicas. Tinha uma orquestra e curso nocturno para adultos. Gebelim deve-lhe alguns melhoramentos: empedramento de ruas. sendo. que promoveu diversas conferências feitas por alunos e outras entidades estranhas à Escola e algumas excursões. etc. Dos documentos vê-se que a capela do povo já existia ao tempo e que só neste ano de 1794 é que passou a ter sacrário e conseguintemente a servir de igreja paroquial. etc. nasceu em Sambade. sua terra natal. freguesia do mesmo concelho. 8. É trabalho de valor e interessante. bem como presidente do núcleo escolar. dirige o núcleo escolar de Alfândega da Fé e é o representante do professorado do distrito junto da União dos Professores Primários de Portugal.ª cadeira da Póvoa de Varzim. dotação da escola com diverso material. Durante o tempo que frequentou a Escola Normal fundou. em que foi transferido para Sambade. nomeado professor para Gebelim. a Associação dos Normalistas. que concluiu em 1918. iniciou uma subscrição pública para reparar a bela igreja paroquial.VILA NOVA | VILARES 593 TOMO VII cabido concordou. a 17 de Novembro de 1888. ali se realizaram diversas festas de confraternização entre povos vizinhos e subscrições para melhoramentos públicos. mas esta Associação acabou após a saída dos seus fundadores. 1924. higiene rural. que funcionou desde 1913 a 1917.º de 285 págs. Durou desde 1913 a 1923. construção de um edifício escolar. a 5 de Novembro desse ano. Póvoa de Varzim. Na Póvoa de Varzim promoveu duas exposições de trabalhos escolares de todas as escolas do concelho. Porto. VILARES (João Baptista) – Professor primário. concelho de Alfândega da Fé. e uma de índice. concelho de Miranda do Douro. que concluiu em 1902. referente ao dia 27 de Fevereiro. Auxiliado pelo médico Luís Manuel da Costa Pessoa descobriu um remédio eficacíssimo para a cura das sezões. filho de Leonardo da Assunção Vinhas e de D. o que tudo lhe mereceu ficar a sua memória honorificamente apontada entre os varões de virtude (954). VILARES (Manuel José) – Farmacêutico pela antiga Escola Médico-Cirúrgica do Porto. juntamente com Tito Sendas. Nasceu em Sambade. concelho de Mirandela. e o da Escola Industrial e do Comércio. onde se tornou notável pelas penitências extraordinárias que praticava e pelo rigor com que fazia observar a disciplina. em 1815 e aí faleceu em 1905. Fez o curso da Escola Normal do Porto. a sua fama estende-se por todo o país e não há exemplo de se aplicar sem produzir a cura dos doentes. cinzelador e entalhador. Hoje prepara este específico seu filho. o farmacêutico António Manuel Vilares. Morreu em Zamora. págs. Era já sacerdote e de segunda profissão na companhia jesuítica quando passou à ordem franciscana. Federação Escolar. Nasceu em Ifanes. Professor Primário. concelho de Alfândega da Fé. Escola Moderna e Trás-os-Montes. (954) CARDOSO. São obra dele os desenhos das cento e sessenta e duas pedras de armas que demos no tomo VI. Progresso. o semanário Escola Trasmontana. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . inspector escolar. José. a 27 de Fevereiro de 1595. Genoveva Joaquina Alves Martins. 741 e seguintes. que se publicou no Mogadouro. O médico Pessoa era natural de S. falecendo pelos anos de 1894. Exerceu vários cargos honoríficos na sua ordem. no convento dos Capuchos da província de S. Instrução. Ver a sua biografia no tomo II destas Memórias. notável pintor. Salvador. e tem colaborado no Comércio da Póvoa de Varzim. e durante muitos anos exerceu clínica em Alfândega da Fé.594 TOMO VII VILARES | VIMIOSO | VINHAS Em 1912 fundou. que durou apenas alguns meses. Há quem diga que a descoberta inicial do famoso remédio partiu do célebre bispo de Bragança D. a 25 de Fevereiro de 1884. destas Memórias. VIMIOSO (Frei Gaspar do) – Natural da vila que lhe deu o apelido. António Luís da Veiga Cabral e Câmara. VINHAS (Domingos Bernardo Martins) – Professor das Escolas Primárias Superiores de Bragança. da mesma vila. É conhecido pelo «Remédio de Sambade». Jorge – Hagiológio Lusitano. impresso em Bragança. que nas regiões próximas da Vilariça imperam endemicamente. Existe no Museu Regional de Bragança o processo (impresso) para a sua beatificação e canonização. pessoas nobres. Servi Dei / Patris Casimiri / A S. ao alto. raro. et Canonizationis / Ven. em véu de cálix. Fundou o convento da Congregação da Imaculada Conceição em Balsemão. mas certamente entre 1763 e 1770. falecendo ali a 21 de Outubro de 1755. sobre a sua geral fama de santidade MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . VITÓRIA (Frei Didacus de) – Há dele no Museu Regional de Bragança uma tese filosófico-teológica. Notícias de Bragança. por mostrar a complicada ornamentação das produções salamanquinas com a singeleza bela das portuguesas. Tem em manuscrito algumas pequenas obras de carácter didáctico.. segundo indica o respectivo letreiro. talvez exemplar único. O Ensino do Povo. Instrução. O Bragançano. Temperança e correlativos: sobre os dons sobrenaturais. Era filho de João e de Edwiges Wiszynski. que tem por título: Brigantinen. etc. Recebeu a ordem de presbítero em 1726 e. W WISZYNSKI (Frei Casimiro de São José) – Presbítero. Vniver. Salmãtica apud Viduam Luçae Perez Typogr. O Leste Trasmontano. / Beatificationis. Esperança e Caridade para com Deus e com os homens. sem indicar lugar nem ano de impressão. envolta por uma portada profusamente ornamentada com cercadura de águias de duas cabeças coroadas. é interessantíssimo. primário superior e primário normal e em Moncorvo inspector escolar. Fortaleza. veio em 1754 fundar o citado convento. Educação Nacional. impressa numa só plana. V. A Pátria. Fólio de 85 págs. seda branca. e no meio. a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. depois de exercer vários cargos da sua ordem. Terras de Bragança. onde nasceu a 4 de Outubro de 1700. pois foi neste ano que se fez o interrogatório das respectivas testemunhas. Justiça.VINHAS | VITÓRIA | WISZYNSKI 595 TOMO VII Foi professor em Deilão e em Bragança de ensino primário geral. de Lisboa. O Jornal da Mulher. Mariœ Clericorum Regularium Marianorum Defunctis et Parochis / in Cura Animarum Suffragantium / Ex-Praepositi Generalis. Anno Domini 1693. Prudência. Tem colaborado: na Pátria Nova. concelho de Macedo de Cavaleiros. natural da Polónia. Este livro. Josepho Wiszynski / Ordinis sub titulo Immaculatœ Conceptionis / B. por mostrar os quesitos pelos quais as testemunhas eram interrogadas no caso de canonização. Essas interrogações versavam sobre a Fé. É interessante como documentação gráfica este exemplar. destas Memórias. seguindo mais tarde para Lisboa. filho de Manuel António Zilhão. Ana Joaquina Massa. das quais oitenta e cinco pertencentes à diocese de Bragança. Mais compreendiam a fama de santidade depois de morto. 166. frequentando ao mesmo tempo a escola normal. de Freixo de Espada à Cinta. Erro judiciário ou um crime político. que estava na praça de Almeida quando se deu o trágico desastre (956). cujo curso concluiu em 1884. e 107. Ver documento nº 57 e tomo VI. agradecemos as informações referentes a estes dois bragançanos. (956) Ver tomo I. obra aprovada oficialmente para uso das escolas. 720. ZILHÃO (Augusto Luís) – Irmão do antecedente. onde serviu como guarda-livros de uma importante casa comercial do Rio de Janeiro e lá faleceu a 25 de Julho de 1921. e de D. Escreveu: Noções Elementares de Aritmética. ZILHÃO (António Manuel) – Nasceu em Carviçais. Escreveu: Os amigos ursos. nascido em Carviçais a 1 de Fevereiro de 1861. Camorra política. p. Colaborou em vários jornais. Aos doze anos foi para o Brasil. Contém a defesa do português Oliveira Coelho. (955) Livro do registo da Câmara de Bragança. que conta mais de onze edições e é muito conhecida em todo o país (957). As testemunhas interrogadas foram cento e duas.596 TOMO VII WISZYNSKI | WREY | ZAGAL | ZILHÃO e sobre as circunstâncias da última enfermidade e preciosa morte do servo de Deus. reverendo José Augusto Tavares. Aos treze anos foi para Setúbal. destas Memórias. concelho de Moncorvo. a 12 de Junho de 1849. onde se dedicou ao comércio. Z ZAGAL (João Carlos da Costa) – Oficial de infantaria nº 24. Em 1888 foi nomeado professor da Escola Central de Lisboa. assinando alguns artigos com o pseudónimo de «Diógenes de Carviçais». (957) Ao erudito abade de Carviçais. a devoção dos fiéis para com a sua memória e a notícia dos milagres praticados. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . WREY – O brigadeiro Roberto Wrey governava as armas da província de Trás-os-Montes quando Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda foi nomeado governador da cidade de Bragança em 28 de Novembro de 1783 (955). p. que matou a esposa a bordo de um navio inglês. de Carviçais. fólios 105 v. SUPLEMENTO . AFONSO (Simão) – Há dele uma tese de direito canónico. esta da Lagoaça e aquele de Carviçais. Luciano – Soror Mariana. Alexandre Herculano e Camilo Castelo Branco entendem que as MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . porém. 91 e 285. Lisboa. 1920. Rousseau. Conimbricæ: apud Franciscum de Oliveira Univers. concelho de Bragança. que não menciona os avós da freira. cum Facultate Superiorum. que serviu em Portugal nas Guerras da Restauração (1640-1668).º de 42 págs. 8. ALCOFORADO (D. 1738. ignorando. in CORDEIRO. e uma de «Conclusões» e outra de «Bibliografia». autora. Nasceu no Parâmio. Escreveu: O melhoramento do bovino mirandês – Tese de doutoramento. Fez o curso liceal em Bragança e Porto. Offic. Josefa Marcelina Aires. impressa em três planas e dedicada a Nossa Senhora do Rosário. defendida no seu 5. Ver adiante o artigo Esteves. apontado na página 1. et.ABREU | AFONSO | AIRES | ALCOFORADO 599 TOMO VII A ABREU (José António de) – Engenheiro. Junho de 1920. Vicente. p. concluindo-o em 1919 com atraso de dois anos por tomar parte na conflagração europeia. pelos anos de 1668. filho de José Francisco Aires e de D. província de Moçambique. a Freira Portuguesa. bem como o de engenharia nesta última cidade. exercendo a sua profissão de veterinário. onde se transcreve a certidão de baptismo. Está em Lourenço Marques. e autor do Monumento aos Mortos da Grande Guerra erecto no largo de S. das célebres Cartas amorosas dirigidas ao cavaleiro de Chamilly. 1888. Anno Dñi.º ano. Foi vereador da Câmara Municipal de Lisboa e secretário de um ministro.. Tem desempenhado altas comissões de serviço público. mas nos nossos apontamentos achámos a informação de que era neta paterna de Baltasar Vaz Alcoforado. da mesma cidade. fólio 14 v. É irmão do doutor Alípio Albano de Abreu. de onde a tirámos e se tem algum fundamento. de seda branca. Nasceu em Beja e foi baptizada na freguesia de Santa Maria da Feira. exercendo as funções de chefe de gabinete. subchefe de serviços da Companhia dos Caminhos-de-Ferro Portugueses. a 3 de Fevereiro de 1892. AIRES (António Augusto) – Doutor em medicina veterinária pela Escola Superior de Lisboa. segundo alguns escritores afirmam. a 22 de Abril de 1640 (958). S. em véu de cálix. conde de Saint-Leger. Nasceu em Freixo de Espada à Cinta a 29 de Março de 1892. desta cidade. Era filha de (958) «Livro dos baptizados de Santa Maria da Feira». Mariana ou soror Mariana) – Freira do convento da Conceição de Beja. Typ. fólio 425. livro nº 35 da ordem de Cristo. mas Boissonade demonstrou em 1810 (diz Pinheiro Chagas no seu Dicionário Popular. e mais partes. e. Luciano – Soror Mariana. numa alçada em que foi como meirinho a Beja. que foi freira. feito em 1660: Baltasar Vaz Alcoforado. e os serviços.ª de infant. explorado literariamente para reclame de livraria. onde vem transcrito na íntegra o documento régio. da conquista. que foi freira e na clausura tomou o nome de Peregrina Maria Alcoforado.ª que no terço de que na provincia de Traz-os-Montes he mestre de campo Sebastião da Veiga Cabral vagou por falecim. e dalem mar. Afonso o alferes Baltasar Vaz Alcoforado a «capitão da Comp. que serviu nos annos de 1663 até 1667». etc. O documento seguinte. actualmente. Deste casamento vieram os seguintes filhos. lança alguma luz sobre o assunto: «Dom Pedro por graça de Deos Rey de Portugal. etc. doutor provavelmente em teologia. Francisco Alcoforado – dizem os genealogistas D. a freira das Cartas. mas somente o amor sentido.ª edição em 1891). 1888 (teve 2. o Torto. Miguel da Cunha Alcoforado (era coronel em 1716). com os demais livros do conselho de guerra. que tendo respeito aos merecimentos. de Patentes. – que apresentou na tese de conclusões magnas em Coimbra. e casando com a referida Leonor Mendes.. a Freira portuguesa. Leonor Mendes. artigo «Alcoforado») que eram dela e esta opinião é geralmente seguida. Alvarás. e dos Algarves daquem. célebre pela picaresca décima – Culpa fuera Brites bella. commercio de Ethiopia. Branco – era criado do fidalgo Tristão da Cunha.º de A.. Francisco da Costa Alcoforado. Mariana.600 TOMO VII ALCOFORADO Francisco da Costa Alcoforado e de D. pai de Pedro da Cunha de Mendonça. Faço saber aos que esta minha carta patente virem. onde não aparece o processo de habilitação de genere ) foi nomeado cavaleiro da ordem de Cristo. Arabia. que diz estar no fólio 143 do livro nº 32 do «Registo da Secretaria da Guerra. que concorrem na pessoa de Balthazar Vaz Alcoforado.. A 28 de Junho de 1665 promoveu el-rei D. p. 325. como consta do testamento de Francisco Alcoforado. e Maria. António de Aguiar e José Freire de Montarroio. e da India.. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Por alvará régio de 15 de Dezembro de 1647 (Arquivo Nacional. que casou com Rodrigo de Melo e Lobo. Cartas e Ordens. (959) CORDEIRO. Ana Maria. em Africa senhor da Guiné. que me tem feito na Provincia de Tras os Cartas não são da freira. aí se estabeleceu. que tivemos a fortuna de encontrar. Persia.miz». Catarina. em atenção aos seus «merecimentos e mais partes» (959). navegação. prior em 1716 de Beringel (antiga vila a dez quilómetros de Beja). segundo informa o grande romancista Camilo C. no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. exercendo o cargo de executor do almoxarifado. no de seis centos.ALCOFORADO 601 TOMO VII montes demais de vinte e quatro annos a esta parte. e com a mesma se houve nas levas da gente que foy fazer por ordem de seus mayores. em que se lhe derrotarão trezentos cavallos no choque de São Mamede. aonde ajudou a fazer muitas hostilidades. por sella dever. e me praz de o nomear. e marchando de socorro a provincia de Alem-Tejo. Hey por bem conce(960) Museu Regional de Bragança. para se reencher o seu terço. e sessenta. e na vespera de São Lourenço até se acabar a campanha. e ataques do castello de lapela na opposição que o nosso exercito fez ao do Inemigo. Francisco da Sylva a fez anno do nascimento de nosso senhor Jhsu Christo de mil.. procedendo em todas as occasiões referidas com valor. e esperar delle Balthazar Vaz Alcoforado. em que el-rei. que na provincia de Tras os montes vagou por fallecimento de Francisco da Sylveyra Vasconcellos. e sessenta e tres se fez pelo interior de Galliza. atendendo «ás razões que me aprezentou Pedro Ferreyra Sarmento por hûa petição. que vagou por fallecimento de Balthazar Vaz Alcoforado. e hum. Registo maior I da Câmara Municipal de Bragança. que actualmente exercita no terço pago da guarnição da praça de Bragança achando-se na provincia do Minho os annos de seis centos. assim em praça de soldado. e oitenta e sete» (960).. e sete na facção e choque da villa de porqueira. por todos estes respeitos hey por bem. e sessenta. No fólio 173 v. se achou na tomada de valença de Alcantara. e no presente da paz. e sessenta. que em tudo o mais de que eu o encarregar me servirá muito a meu contentamento. e cinco. e a levantar hum forte. e seis centos. e capitão de Infantaria no tempo da guerra. para o haver de premudar para o mesmo posto de Sargento maior da comarca da cidade de Bragança. e passando no mesmo anno á provincia do Minho obrar muyto como devia. e sessenta. sargento mayor da comarca de Villa real. se achou na entrada. encontra-se o alvará de 31 de Maio de 1697. e bem assim no sitio. e dous na occupação da noite de Santiago. do citado Registo. e lugar de São vicente de que sahio ferido de hûa balla em hum hombro no anno de seis centos. e boa satisfação. como nos postos de Alferes. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Dada na cidade de Lisboa aos dous dias do mez de Junho. e seis centos. e voltando para a provincia de Tras os montes. de lhe entregar outra leva de gente. fólio 43 v. nas entradas que fizerão pelo Reyno de Galliza até ficar em nosso poder o forte da guarda. e na pelleja de matança. e sessenta.. rendimento do castello ne mayorca. e na do monte de Labreco. e no de seis centos.. e quatro foi fazer huma leva de soldados. que no anno de seis centos.. de onde extraímos este documento. como por esta carta o nomeo por sargento mor da Ordenança da Comarca de Bragança. que acompanhou o monarca restaurador. vivendo algum tempo nos Cortiços. residentes nos Cortiços em tempo que bem podiam ser ascendentes da freira – avós. Essa tradição aponta ainda uma capelazinha contígua ao povoado. esquecendo o que devia ao seu nome português. destas Memórias mencionámos a tradição corrente ainda hoje nos Cortiços. sob as suas bandeiras. que serviu em Itália como capitão. Falando da família Alcoforado. povoação trasmontana a pouca distância de Macedo de Cavaleiros» (961). um casal pertencente à sua igreja. militar distinto. diz Asdrúbal de Aguiar: «Foi a nobilissima casa dos Alcoforados notável pelos guerreiros e jurisconsultos que deu a Portugal. sendo aprisionado em Montes Claros. No intuito de justificar a possibilidade da tradição. afora outros representantes que demoravam pelo norte. este Baltasar Vaz Alcoforado bem podia ser avô da freira. por se achar implicado na conspiração do duque de Caminha. (961) AGUIAR. veio ao Alemtejo combater o rei D. êste foi fiel à pátria e ao seu rei. que ainda em 1611 aparece como padrinho de uma criança. e na Flandres. ia buscar as cartas depositadas a ocultas pela sublime louca de amores. ou o seu intermediário. e. vamos encontrar um Diogo Correia Alcoforado. 12-13. No tomo VI. e outro que vivia em Beja e se chamava Francisco da Costa Alcoforado. 1926. Ana da Cunha. tornando-se porém reu suspeito de lesa-magestade. que andando ao serviço do rei de Espanha. Minho e Trás-os-Montes. por sessenta alqueires de pão meados. um Bento de Mesquita Alcoforado. mencionamos a seguir alguns indivíduos de apelido Alcoforado. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . a freira das Cartas amorosas. por exemplo: BALTASAR VAZ ALCOFORADO. nomeando-o por Sargento mayor da ordenança da dita comarca da cidade de Bragança». marido de D. Pelo mesmo alvará manda ao «General de Artelharia Sebastião da Veiga Cabral a cujo cargo está o governo das armas de Tras-os-Montes» que lhe dê inteiro cumprimento. Asdrúbal de – Soror Mariana – Estudo sobre a religiosa portuguesa. ao chegar a 1640. deixando por testamenteiro o dito Baltasar. Era filho de Baltazar Vaz Alcoforado. p. 223. na época do rei Filipe. Este reitor faleceu naquela povoação em 1614. onde o brutamontes do Chamilly. dos Cortiços. que dá como natural dessa povoação Mariana Alcoforado. pág. emprazou em 1592. Quanto ao tempo e concordância de apelidos. a quem o licenciado Manuel da Cunha (certamente irmão ou parente daquela). reitor dos Cortiços.602 TOMO VII ALCOFORADO der-lhe a dita premuta. Ao contrário dos dois anteriores. concelho de Macedo de Cavaleiros. João IV. general de cavalaria. berço da casa. em 1665. nascido em 1648. que mostram como a família Vaz Alcoforado perdurou na povoação: AMADOR CARMONA ALCOFORADO. de quem foram padrinhos Nicolau da Cunha Alcoforado e D. Parece-nos que estes Carmonas são os representantes dos Carmonas de Chaves. damos mais os seguintes nomes. para concluir os seus estudos (962). nascida em 1650. casamentos e óbitos. idem. fólio 45. nascido em 1644. dos nobres. tomavam-se notas genealógicas. Filipa de Campilho foram padrinhos em 1672 de um Brás. anteriormente. por causa da sucessão dos vínculos. São deste livro os demais nomes que apontamos. nascido em 1639. quando não citarmos outra fonte. que já era alferes em 1663 e faleceu pelos anos de 1697. filha de Pero da Cunha e de Maria de Morais. actual Presidente da República. livro dos Óbitos. de Alvites. ANTÓNIO TEIXEIRA ALCOFORADO e sua mulher Serafina Freire tiveram os seguintes filhos: 1 – Bento Teixeira Alcoforado. Bernarda tiveram um filho de nome Domingos. concelho de Bragança. mui provavelmente natural dos Cortiços. em 1627. (963) Ibidem. «Livro dos baptizados dos Cortiços de 1612 a 1674». mas só foi lei do reino em 1569. formou-se em leis no ano lectivo de 1719-1720. os mais antigos (Igreja dos Mártires de Lisboa) remontam a 1524. BALTASAR VAZ ALCOFORADO e sua mulher D. em 1618. natural dos Cortiços. 4 – Ana Teixeira Alcoforado. abaixo mencionado. filho de Nicolau da Cunha Alcoforado. 2 – José Teixeira Alcoforado. mencionado nos documentos atrás citados. Valentina. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . O pai faleceu a 19 de Outubro de 1651. a Filipa. mulher de António Borges. ANTÓNIO TEIXEIRA ALCOFORADO e sua mulher D. sendo já viúvo (963). (962) Museu Regional de Bragança. Anteriormente. ANTÓNIO ALCOFORADO. filho de António de Lemos Costa. ascendentes do general Carmona. faleceu nos Cortiços a 26 de Outubro de 1649. com a classificação de «suficiente» (964). baptizou na igreja paroquial desta povoação. também licenciado. O «Registo paroquial» foi instituído pelo Concílio de Trento (1545-1563) por proposta dos bispos portugueses. licenciado. nascido em 1645. BALTASAR VAZ ALCOFORADO. e em 1631 a Francisco.ALCOFORADO 603 TOMO VII Ampliando a lista. embora se fizessem alguns assentos de baptizados. uma filha de Francisco Borges de Crasto e de Filipa Taveira. abade de Espinhosela. e. (964) Livro das informações gerais (1719-1720) da Universidade de Coimbra. 3 – Gaspar Teixeira Alcoforado. e no ano seguinte tiveram um filho que recebeu o nome de Leonardo. BALTASAR VAZ ALCOFORADO é o sargento-mor da comarca de Bragança. deixando o terço dos seus bens a seu filho Bartolomeu Carmona. natural dos Cortiços.º de Crasto e sua mulher alcoforado» foi baptizado a 14 de Abril de 1618. filho de Leonardo da Cunha Morais Alcoforado e de D. e ainda o Nicolau da Cunha Alcoforado. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Maria de Morais Pinto de Vinhas. NICOLAU «filho de R. FRANCISCO JOAQUIM DE SOUSA PINTO ALCOFORADO. acima referidos. (966) Ibidem. pai de Baltasar Vaz Alcoforado. falecido a 19 de Maio de 1651. dos Cortiços. (965) Museu Regional de Bragança. bem como o Nicolau da Cunha Alcoforado. Filipa de Campilho. das Arcas. era casado com Isabel de Morais e esta foi madrinha em 1657 de uma criança de nome Luísa. recebeu ordens menores em 1777 e de subdiácono em 1787 (966). dos Cortiços. que também assinava Domingos Teixeira Pinto.º – Que Francisco da Costa Alcoforado. acima mencionado. casou. Era filho do doutor Manuel Alcoforado de Faria. Manuel de Faria Borges. serviu de testemunha em 1806 no processo de colação na mesma freguesia do reitor Caetano José Nunes Castro (965). e de D. pai da sublime e inexcedível literata em questões de psicologia amorosa. Bernarda Maria de Morais Osório. natural dos Cortiços. nesta cidade. e de Mariana Soares de Andrade. nascido em 1667. FRANCISCO DE LEMOS DA COSTA ALCOFORADO. MANUEL DE FARIA ALCOFORADO. faleceu a 18 de Setembro de 1651. não era natural de Beja. Ignoramos se é este o Nicolau da Cunha Alcoforado. filho de João Loureiro de Mesquita e de D. natural dos Cortiços. DOMINGOS TEIXEIRA ALCOFORADO. JOSÉ ANTÓNIO DE SOUSA ALCOFORADO. Filipa. de Santa Cruz da Castanheira de Monforte de Rio Livre. de quem foram padrinhos Baltasar Vaz Alcoforado e sua mulher D.604 TOMO VII ALCOFORADO DOMINGOS DE CRASTO ALCOFORADO e sua irmã ANA ALCOFORADO foram padrinhos em 1650 de uma criança de nome José. maço Concursos paroquiais – Provimento de freguesias. e materno de Vasco Anes Teixeira Sarmento. que era neto paterno de António de Lemos. faleceu em Bragança a 18 de Agosto de 1667. e sua mulher D. alferes de infantaria. casado com Antónia de Miranda. onde constituiu família. que em 1638 foram padrinhos de um José. porém. dos Cortiços.º – Que os Alcoforados são de origem trasmontana. 2. Tiveram dois filhos: 1 – Domingos. tiveram um filho de nome Vasco José. mestre-de-campo. nascido nos Cortiços a 5 de Agosto de 1746. Do exposto entendemos poder concluir-se: 1. nascido em 1672. maço Ordinandos. do hábito de Cristo e fidalgo da casa real. de Vinhais. Francisca Teresa de Sousa Pinto. 2 – Brás. e ao irresistivel e persistente encanto que sempre tem exercido sobre nós aquella catastrophe de uma alma ingenua e ardente que se afunda na fria obscuridade das coisas sem nome. págs. reitor dos Cortiços. dada a coincidência dos apelidos Costa e Vaz Alcoforado. apelidos que se têm mantido até hoje (ver tomo VI. Justamente colocada a par de Heloisa e superior a Lespinasse. deixando ver que a freira viesse a ares. se é que alguma marcha militar das tropas do Chamilly para estes sítios.ALCOFORADO 605 TOMO VII Ora. diz Luciano Cordeiro: «Não declinamos. que são os do pai e irmão da freira. a parte que deve averbar-se á profunda sympathia que nos inspiram as Cartas . a espairecer a paixão para o solar de seus maiores e tios nas faldas da serra de Monte Mel. teria ido em serviço do fidalgo Tristão da Cunha. Ana da Cunha. 223. Assim. genial da paixão e da desgraça. parece não destituída de base tal tradição. aparecerem nos Cortiços em pessoas que muito bem podiam ser seus pais ou ascendentes. provável filho de Baltasar Vaz Alcoforado (nome repetido no neto jurista. nobre e fundador de um morgadio. talvez parente de sua mãe D. 383 e 756 destas Memórias) numa família nobre e rica desta antiga vila bragançana. e à influência protectora da mesma. porém. tão afamada pela pureza reconstituinte de seu clima. dada a repetição dos nomes Baltasar Vaz Alcoforado e Francisco da Costa Alcoforado. irmão da freira. deixando na historia da expressão humana o rasto fulgurante das coisas immortaes. levantando-o rapidamente de pobre. quando se sabe que foi em Beja. como inculcam os seus começos de vida e os seus biógrafos constatam. e no outro jurista de 1719-1720) a quem o licenciado (rotação dos juristas na família) Manuel da Cunha. verdadeira. justapondo-se. nada invalidada pelo facto de a dar como nascida nesta vila. coisa naturalíssima naqueles tempos de guerra. onde se estabeleceu. devido talvez aos bens patrimoniais da fidalga e brasonada casa dos Cortiços. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . pois as tradições sempre manquejam em circunstâncias acidentais. ampliando-se. transferidos para a nova residência. a rico. dada a circunstância destes apelidos se não encontrarem unidos noutra família conhecida. para Beja. Falando do valor da obra de Soror Mariana. a julgar pela muito para notar coincidência dos apelidos. concernente à natalidade aí da freira. dada a tradição ainda tão viva nos Cortiços. na expressão vibrante. a não atraía de modo especial. atrás referida. Francisco da Costa Alcoforado. que parecem nomes usuais de família transmitidos em uso de geração em geração. englobando-se. paralelipondo-se umas a outras. E assim se explica a tradição. aforou certos bens em 1592. Desta forma já não causa estranheza o incremento rápido da sua fortuna. rica proprietária em Alfândega da Fé. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que tanto figura nos documentos do nosso distrito. 82. Maria Luísa de Vasconcelos Doutel de Figueiredo Sarmento. Antónia Ludovina de Oliveira Malafaia. e em segundas núpcias com sua cunhada D. do condestável e de quatro pidicipes.º Congresso de Medicina Tropical. Esta alta distinção. comissário da bula da cruzada e censor régio. que lhe dá o título de príncipe. p. deixando viúva D. com as honras de alteza. Luciano – Soror Mariana…. pág. lente de teologia na Universidade de Coimbra. jamais foi concedida a europeu algum e torna-o comparticipante do conselho do rei. atravez de tantas evoluções do gosto e do sentimento artistico» (967). sobrinha do célebre corregedor Malafaia. dom-abade e reformador da ordem de S. Casou com D. e tão bons serviços prestou que D. sobrinha de Bernardo Doutel de Figueiredo Sarmento. 12 – Faleceu em Macedo de Cavaleiros a 18 de Novembro de 1909. Elisa Paradinha de Almeida. Bernardo. em obediência ao voto emitido pelo 1. ALMEIDA (António Maria Pereira de). ALMEIDA (José Doutel de) – Doutor. destas Memórias. a religiosa portugueza glorificada por dois seculos de admiração.606 TOMO VII ALCOFORADO | ALFÂNDEGA DA FÉ | ALMEIDA em que as excede a ambas. Ana Carolina Malafaia. conselheiro de sua majestade e seu esmoler-mor. falecido pelos anos de 1912. ALFÂNDEGA DA FÉ – José Maria de Morais Sarmento. natural de Pinheiro da Bemposta (Estarreja). rei do Congo. Está em Moncorvo um retrato a óleo deste lente com estas notícias em casa de D. Pedro VII. Nem de uma nem de outra deixou descendência (968).. filho de Carlos Lima e Almeida e de D. ALMEIDA (Carlos Leopoldino de) – Doutor em medicina. (968) Ver tomo VI. era natural de Vilar do Ouro. Luísa Pimentel Martins. composto dos anciãos. p. Inês do Rosário. foi mandado de Luanda para o Congo a fim de combater a doença do sono.. concelho de Mirandela. Nasceu em Bragança a 10 de Fevereiro de 1894. o agraciou com o título de Pidicipe Vunda (Príncipe do Congo). Nasceu em Moncorvo (?) a 14 de Julho de 1760. nº 2. e filho de João José de Morais Sarmento e de D. (967) CORDEIRO. 739. Em 1923. último morgado de Alfândega da Fé. Dom Jeronymo de Menezes Bispo de Myranda do douro e asi Maria de S. há dele em véu de cálix. por oferta do benemérito José Montanha. ÁLVARES (António) – Licenciado. na revista crime nº 19. dedicadas a Nossa Senhora do Rosário. alem de gastar muito do seu no que estava conprido e feito e agora de novo gastara trezentos cruzados na casa e deixara muitas cousas para substentação da caza com duzentos cruzados mais para irem gastando.ALMENDRA | ÁLVARES 607 TOMO VII ALMENDRA (António Augusto Gomes de) – Juiz de direito. Com facultate Regiæ Curiæ Censoriæ. Boaventura e religiozas da ordem de Santa Clara que com patente. 1916. ver tomo VI.. 8.. A 30 de Agosto de 1587. 414. em Vinhais.. devido talvez a estúpidas lavagens do véu. tomou o sello e regra da ordem e da sua mão os deu a madre maria de sam boaventura e a fez e constituiu abbadeça do convento conMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Lisboa. pág. conforme a hû breve do Papa Gregorio decimo tercio então presidente na igreja de Deus. Porquanto pello Bispo seu antecessor de louvada memória fora dada licença para edificar mosteiro avendo por conveniente a substentação que offerecião e que posto que so o licenciado Antonio Alvares dava dozentos e tantos alqueires de pão de renda e se obrigava a dar e comprar a outros dozentos alqueires dentro um anno. 2. concelho de Mirandela.999. lhes tomasse a obediencia conforme o breve. de seda branca.. e licença do seu ministro vinhão a fundar hû Mosteiro de Santa Clara na villa de Vinhais. Para as demais circunstâncias pessoais. vindo dos Avidagos.mo Sr.°.º de 12 págs. Alexandre de Lemos e Melo. Conimbriçæ: ex Architypographia Academico Regia. ÁLVARES (António) – No Museu Regional de Bragança. Não se percebem os dois algarismos finais do ano da impressão. destas Memórias. bem como a maior parte do texto e mais pertenças das conclusões. Bispo como obediente aos mandados apostolicos. em três planas.mo Snr.. Anno Domini 17. No qual dizia como o licenciado Antonio Alvares com algumas outras pessoas nobres determinavão fundar hum mosteiro da ordem de Santa Clara na villa de vinhais por ser obra de muyto serviço de Deus e mui importante para agazalhar donzelas de limpa geração e bons costumes as quais serião da obediencia do Bispo que fosse e dos successores sojeitas em tudo a sua jurisdição ordinaria. Escreveu: O crime de Alcabideche – Sustentação da sentença recorrida em face da decisão do júri e crítica aos censores.. umas conclusões canónico-civis. pelo juiz recorrido. estando ay presente o Il. «dentro nas casas ordenadas para mosteiro. Dr. o que visto pello snr. Relator Ex. pedião a Sua S. um carneiro e 800 réis em dinheiro. e claustros. António de Abreu Ferreira. (970) Ibidem. e o mesmo fizerão as duas companheiras vigairas e tangedora dando sua obediencia a elle como a seu superior» (969). e achou estava a dita obra em forma porem sendo feitas e faltas que abaixo se declarão». No documento faz-se a resenha descritiva dos bens doados. sede vacante. Em 1650. Acharam «que a egreja está feita em forma que se podia benzer. e mais gente de seu termo assi seculares como Ecclesiasticos» fizessem essas obras. acima citado.608 TOMO VII ÁLVARES forme a ordem e regimento dos mosteiros de Santa Clara neste Reino e ella lhe deu obediencia e tomou o cargo da mão de sua Ill. abade de Vinhais. Fagundo. moradores em Vinhais. deu licença a sua mulher Helena da Nóvoa para esta doar. autorizadas pelo despacho. A 9 de Junho de 1650 Pero Moniz da Silva. O cabido encarregou a 13 de Setembro de 1650 o mesmo cónego-dou- (969) Museu Regional de Bragança. e officinas. requereram ao cabido para que mandasse vistoriar as obras feitas no convento de Santa Clara de Vinhais. capitão-mor. em que gastaram passante de 600$000 réis. (972) Ibidem. como se fez. (971) Ibidem. O cabido encarregou a 16 de Junho de 1650 desse exame o doutor João Álvares de Carvalho. abade de Mofreita. abade de Celas. maço Frades e freiras. e vio a obra feita da dita casa e a mais que de antes avia. cura da freguesia de Nossa Senhora da Assunção de Vinhais. Francisco Dourado. e Francisco Colmieiro de Morais. fez doação ao mosteiro de Santa Clara da mesma vila de trezentos e cinquenta alqueires de trigo. juiz de fora da cidade da Guarda. comarca de Tomar (970). que lhe lançou a benção. de 4 de Julho de 1648. Gaspar Álvares de Carvalho. como pediam e estavam dispostos. Segue-se a resenha das imperfeições que se deviam remediar. a fim de ver se estavam em condições. o licenciado Pedro Mendes da Silva. para que «os moradores da Villa de Vinhaes. que ele recebia anualmente de foros na vila de Penela. e porque também era necessário ampliá-lo para recolher mais noviças. licenciado. Jerónimo de Morais Valcacer. Na mesma resenha vem a licença dada a Rui Dourado de Morais para fazer uma capela para sua sepultura na sacristia ou arrumada a ela (972). de Vinhais. a 4 de Julho de 1648 deu licença o cabido de Miranda. abade de S. cónego-doutor da Sé de Miranda. e João Pereira. A 24 de Junho de 1587. como doou. Pelo tempo adiante arruinou-se o convento. dezoito galinhas.ma S. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . todas de pouca monta. os «uzos fruitos dos bens que fiquarom de afonso da noboa e de sua molher ja defuntos» (971). e nella dizer missa. ao convento de Santa Clara de Vinhais. licenciado. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Fagundo de Vinhais. o bispo. António Pinheiro de Sá e Pedro Moniz da Silva. maço Frades e freiras. Ao mesmo tempo diz também constar-lhe que a única religiosa que existe no convento está um pouco dementada. de harmonia com o cabido e gente da terra. Ao tempo havia só duas: Catarina da Trindade. damos mais o seguinte informe: D. porque a maior parte dos religiosos fossem espanhóis. de setenta e quatro anos. religioso da província de Castela. sendo frei Álvaro Português. mandou el-rei expulsá-los e demolir o convento. em que diz ter oficiado ao governador civil do distrito de Bragança para que. como pediam. João de Morais Valcacer. e. de acordo com a autoridade eclesiástica. que lhe consta estar em ruínas. que tivesse dez frades. chamou frades trinos descalços para esta cidade. o contratador. como concedera à cidade de Miranda. abade de S. Em 1756. Francisca da Conceição. Jerónimo de Morais Sarmento. abadessa. A abadessa no seu depoimento disse: que as religiosas viviam em clausura sem dar escândalo. abade de Celas. sendo por isso necessário que tome providências nesse sentido. há uma carta datada de 26 de Novembro de 1878 do ministro da Justiça. (973) Museu Regional de Bragança. Das testemunhas que foram inquiridas para avaliar do estado religioso do convento citaremos: Rui Dourado de Mariz. a fim de se orçamentarem as despesas necessárias aos reparos. cabido e povo representaram-lhe pedindo a sua conservação pelo bem espiritual que faziam (973). e D. No Museu Regional de Bragança. aos moradores de Vinhais para fundarem um Seminário de religiosos reformados. sendo certo que quando aquela professou havia catorze freiras. «sem té hoje aver cousa em contrario. Visto ter alguma relação com o assunto do citado convento. João de Sousa Carvalho. sendo seis confessores.ÁLVARES 609 TOMO VII tor João Álvares de Carvalho de ver o estado moral das religiosas e se deviam entrar mais freiras. construíram-lhe pelos anos de 1718 uma pequena igreja e casa de residência. por parte dos frades. maço Correspondência Episcopal especial. porém. visto fazerem falta para atenderem às necessidades espirituais da terra. três pregadores e um só leigo. de sessenta anos. de que resulta terem desaparecido muitos haveres do mosteiro. mande vistoriar o convento de Santa Clara de Vinhais. A 7 de Janeiro de 1740 deu el-rei licença. para se estabelecerem em Miranda. António Ferreira de Sá. Francisco Colmieiro. cavaleiro do hábito de Cristo. Neste documento faz-se a demarcação por varas da largura e comprimento que devia ter o terreno para a construção do convento. salvo hûa que se emputou a certa religiosa». bispo de Miranda. dirigida ao governador deste bispado. nunca encontrei quem as faça como êle as fez em Valpassos. à hora compeMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Tanta minúcia. Almeida. acabo de fazer a tão ilustre Juiz». conhecimentos tão profundos da Legislação Pátria. e continua sendo Juiz da comarca de Valpassos.ª vara comercial do Porto. tanto nos modos e falar como no vestir. tão ponderados conselhos e tão preciosas indicações. exame tão cuidadoso nos processos. Diz-se que quando se apresentou no Porto. sem ofensa para nenhum colega. celebrado em Lisboa a 21 de Dezembro de 1927 e assinado pelos juízes Carvalho de Abreu. creio que não será fácil tarefa encontrar quem melhor possa desempenhar tão espinhosos encargos. que tomou posse em treze de Dezembro de 1923 e actualmente serve na comarca de Chaves. que corre impresso em dois fólios avulsos. digo Colendíssimo Conselho. o Doutor António Carlos Alves. nunca vi! Em matéria controvertida. que vem impresso no segundo fólio. O ilustre magistrado é a modéstia encarnada.mo Conselho.as. a apreciação que. que se encontram a folhas quatro e quarenta e nove. em Outubro de 1927. e o Doutor Alvaro Júlio Barbosa. conforme me informa. transcrevendo mesmo as suas palavras e classificando de «Muito bom» o juiz Carlos Alves. porque. que tomou posse em dezasseis de Agosto de 1926. feito no referido mês pelo inspector conselheiro Joaquim Augusto Alves Ferreira. Pode dizer-se que o Doutor Carlos Alves encarna todas as qualidades de um grande Juiz. 15 – Juiz de direito. de uma probidade e honestidade extraordinárias e de uma grande bondade. de uma cultura jurídica excepcional. Acerca da competência deste ilustre bragançano é-nos grato transcrever a parte respectiva do Relatório da inspecção judicial à comarca de Valpaços. A. O Acórdão no Conselho Superior Judiciário. concorda em absoluto com as apreciações do Relatório acima reproduzidas. peço licença para juntar a êste Relatório as sete sentenças por êle proferidas na comarca de Valpassos. em ligeiros traços. serviram. pág. como Juizes de Direito. Brandão e Ferreira Lima. Diz ele: «Na comarca de Valpassos.610 TOMO VII ALVES ALVES (António Carlos). É-me grato assumir a responsabilidade de o indicar ao Ex. bastante precária. permitindo-lho a saúde. cuja inspecção fiz quanto ao serviço judicial do último triénio. emfim. Ex. Em 1929 foi nomeado juiz da 2. O Doutor António Carlos Alves gosava de um altíssimo conceito como Magistrado inteligentíssimo. como um dos Magistrados a escolher para inquéritos ou sindicâncias de delicado melindre. e creio que elas confirmarão. Em matéria de correições. sendo difícil encontrar na Magistratura portuguesa quem se lhe avantage em virtudes e merecimentos. no juizo de VV. escolhidas de entre muitos trabalhos seus de reconhecido merecimento. pág. desfazendo-se em barretadas e desculpas. 24. 1929. e deles se eleva a águia ao píncaro das sumidades. e quando estes chegaram.º de 262 págs. concelho de Moncorvo. despacho tanto mais para agradecer quanto é certo que as nossas relações pessoais estavam cortadas por muito o combatermos na imprensa durante as lutas que sustentou com o bispo. tendo de esperar bastante tempo. Pequena colecção zoológica para o estudo da fauna portuguesa – Alguns títulos e variedades. Filho de José António Nunes de Andrade e de D. neles é que o rouxinol solta seus divinais trinados. ainda não estava no tribunal nenhum dos empregados. Sentimos necessidade de confessar que lhe devemos o nosso despacho para director-conservador do Museu Regional de Bragança. que supomos natural de Urros. 24 – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. observando-lhe: «Que quer V. Pátria Nova. Nesta publicação vêem-se os MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Escreveu: Os i i sem os pontos – Jornal litografado. Governador civil do distrito de Bragança. Montanhês do Norte. Publicaram-se apenas dois números. ANDRADE (Eugénio Guedes de). e uma (inumerada) de índice. de caricaturas. O inexcedível perfume das violetas germina no mais profundo dos recôncavos vales. conservador do registo predial em Mirandela. onde nasceu a 12 de Junho de 1865. Saiu em 1885 e não em 1881. Então o homem. Era a copiógrafo e foi publicado em Macedo de Cavaleiros. AMADO (Josino) – Por mais diligências que empregássemos não nos foi possível obter os dados biográficos deste poeta. evaporou-se. confuso. espécimes raros obtidos em 1889. 80 págs. onde o autor. ao querer entrar na sala. Labor e outros jornais. ao tempo. era conservador do registo predial. Tem colaborado no Nordeste. e ainda porque nem sequer nos consultou para o conseguir.ª vara de juiz». 8. AMADO (Adrião Martins) pág. com os políticos do tempo em evidência no concelho de Mirandela. Rebate. como por engano dissemos na pág. As Injustiças do bispo de Bragança tiveram mais outro volume editado no Porto em 1909. um empregado menor deteve-o. 20 págs. Lisboa. franqueando todas as portas. nem jamais nos deu conhecimento da sua interferência no caso. Escreveu: Emigrado (versos). 20 – Doutor. 1890 e 1891.ALVES | AMADO | ANDRADE 611 TOMO VII tente para tomar posse do cargo de juiz. Maria Emília da Fontoura. Ao tempo o autor era ainda estudante de direito. p’raí?» «Quero tomar posse da 2. com dez ilustrações de Rocha Vieira com costumes e panoramas populares. Ut quisque est modestissimus ita est sapientissimus. industrial. padre Faria. grupo de cavaqueadores que todas as noites se reuniam na farmácia Figueiredo. renda de casas e sumptuária. com dez fotografias. visconde das Arcas.. Continha o formulário de reclamações e recursos sobre contribuição predial. doutor José Eugénio Teixeira e outros. Porto. 1920. doutor Pimentel Martins e vários outros. Elucidário Popular. 30 págs.612 TOMO VII ANDRADE retratos de Agostinho Valente. legislação eleitoral. tem 26 págs.º ano. Ensina a construir a colmeia horizontal. Produção intensiva de mel e cera. 30 págs. Saiu em Fevereiro de 1916. com o uso do papel químico.. Entre os caricaturados figuram: Luís Lemos. com desenhos à mão. Foi recompensado com o 1. 1913.. doutor Abílio Oliveira.. É uma carta-aberta aos habitantes de Odemira a propósito dos actos do juiz Crispiniano em Macedo de Cavaleiros após a sua transferência para aquela comarca. Alexandre Cordeiro. com cento e quarenta ilustrações. homenagem de. 20 de Outubro de 1928. Anuário Jurídico Popular – Era destinado a indicar durante cada ano os prazos em que as leis coagiam ao cumprimento de obrigações. era dactilografado. e de José Martins Ribeiro. Os Vinagreiros – Recordação do sensacional espectáculo cómico na Farmácia Figueiredo. Baltasar do Lago. Foram impressos no Porto. Porto. com dez fotografias. recenseamento de jurados. recrutamento militar..º ano. Porto. Saiu em O Comércio do Porto.. 1896 com 36 e 1897 com 36 páginas. Porto. 1926. Porto. perdão e comutação de penas. Teve segunda edição. 2. Tem 22 págs. fixa e de observação. Contém o retrato à pena do homenageado e um soneto oferecido ao mesmo na data indicada. produto da subscrição do distrito como preito às suas benemerências em prol do mesmo. com dez fotografias. 1. imposto de minas. Álvaro de Castro.º de 320 págs. vertical. José Pegado. Idem. Contém uma crítica aos «Vinagreiros». Porto. reproduzindo sessenta e quatro fotografias e setenta e seis desenhos. Estas três publicações foram premiadas com medalha de prata na Exposição Internacional do Rio de Janeiro em 1924. Ilustre Governador Civil do distrito de Bragança. 1920.. Álbum de construções apícolas. formato 21x27 cms. Ao Excelentíssimo Senhor Tomás Fragoso. Mudança directa do conteúdo de um cortiço para colmeia móvel. e outros utensílios agrícolas. 100 págs. 1920. 30 págs. extractor e purificador de mel. 1895. Mirandela.º prémio na Exposição Internacional de Agricultura de Namur (Bélgica) em 1927. 8. Saíram os correspondentes a três anos: 1895 com 16 páginas. por ocasião de lhe ser igualmente oferecida a rica salva armoriada de prata e uma pasta. edição de luxo. em papel couché. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . O Crispiniano. em Macedo de Cavaleiros. Constança Augusta Doutel de Andrade. ARANHA (D. Nem Fortunato de Almeida (976) nem outros autores que consultámos mencionam este bispo. e tomo VI. de Izeda. e nada sabemos da sua biografia. filho de António Pereira de Andrade e de D. de quem nos ocupámos na p. Também. p. Foi presidente da câmara municipal daquele concelho. no qual se lê este dístico: «D. p. destas Memórias. Era filho de José António Nunes de Andrade e de D. Escreveu: Viva Jesus Filho instruído pelo melhor Pai – Reflexões morais. Tem em preparação um livro de versos. Maria Emília da Fontoura. tomo IV.mo Senhor Dom João de Sousa Carvalho. Nasceu em Mirandela a 19 de Novembro de 1861 e aí faleceu a 26 de Dezembro de 1917. 1926. por oferta da mesma senhora. pág. Pernambuco (974). (976) ALMEIDA. Francisco Xavier) – Bispo de Olinda. Ália Cândida Vaz de Quina de Ochoa. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . dedicado ao Ilustríssimo e Rev. Fortunato – História da Igreja em Portugal. 8. 593. p. (975) Descendente da família Venâncio Bernardino de Ochoa. Nasceu em Mirandela a 25 de Fevereiro de 1894.ANDRADE | ARANHA 613 TOMO VII ANDRADE (João Silvério Doutel de) – Doutor em medicina. veio para o museu outro grande quadro pintado a óleo com um retrato que diz na legenda: «Manoel Bernardo / bispo em Pernambuco em 1758 / retratado em 1758 na mesma data». (974) Ver tomo II. 633. Salamanca. onde muito se distinguiu propugnando pelos interesses locais. de Izeda (975). e místicas sobre o segundo capítulo do Eclesiástico. a não ser que era bragançano e da família Ochoa.º de 45 págs. Franciscus Xaverius Aranha / ex patria Arronches / Decanus Miranda Episcopus / de Paranambucem / Etatis 65 vivit Sinden anno 1758». 359. bispo de Miranda. e fundou e dirigiu o semanário O Mirandelense. 24 (inumeradas)+184 págs. Escreveu: Sobre eczemas – Tese de doutoramento apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. por oferta gentil de D. 1731. Coimbra. 25 – Frade da Congregação do Oratório da vila de Freixo de Espada à Cinta. do conselho de sua majestade. ANDRADE (Matias de). um grande quadro pintado a óleo com o retrato deste bispo. ANDRADE (Olímpio Guedes de) – Doutor em direito. 59. No Museu Regional de Bragança deu entrada em Maio de 1930. fazendo depois serviço no caminho-de-ferro do Porto à Póvoa e Famalicão. mais tarde transformado na Era Nova. concelho do Vimioso.º oficial) da antiga Direcção-Geral do Ultramar. em 1913 foi nas mesmas condições às nossas colónias e por várias vezes tem dado prémios pecuniários aos estudantes pobres mais classificados da Escola Superior Colonial. secretário da Comissão Africana da Sociedade de Geografia de Lisboa e da Comissão de Protecção aos Indígenas da mesma sociedade. dos Arcos de Valdevez. A Opinião. Antónia Pires. 2. Em 1897 foi despachado amanuense (3. e foi redactor de O Jornal. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . frequentou os institutos industriais e comerciais de Lisboa e Porto. 1915. em 1924. é director da publicação histórica Arquivo das Colónias e da Legislação Colonial.º Congresso Colonial Nacional da Sociedade de Geografia de Lisboa. A República. a Escola Superior Colonial e o Estágio de Bibliotecário-Arquivista na Torre do Tombo e Biblioteca Nacional de Lisboa. Portugal. Liberal.614 TOMO VII AVELANOSO AVELANOSO (António José Pires) – Bibliotecário-arquivista do Ministério das Colónias. com 1160 págs. Luta. Palavra. filho de João Pires Pinelo e de D. o Curso Superior de Letras.º oficial em 1907. Diário de Lisboa. a Tribuna. a Escola Industrial de Pintura Decorativa desta última cidade. semanário que se publicou em Lisboa. Época. Novidades. Estatística geral das Colónias. Tem escrito: Anuário Colonial de 1916. Dois vols. Nordeste (estes dois de Bragança). de que foi proprietário. que teve grande voga no seu tempo. a 15 de Maio de 1861. e de 1926-1927 com 900 págs. A Voz. Tem colaborado: no Correio Nacional. Fez os estudos liceais em Bragança e Coimbra.. Revista Colonial e Marítima. Gazeta das Colónias. Brigantino. Concórdia. O Século. Nasceu em Avelanoso (de onde tomou o apelido). Comércio de Benguela. Em 1889 foi nomeado fiscal do governo na construção do caminho-de-ferro da Beira Baixa. nas mesmas condições. 1. Tarde. Luso Colonial e Boletim da Sociedade de Geografia. Beira Baixa. Arquivo administrativo das Colónias – Tese apresentada ao 2.º em 1911 e bibliotecário-arquivista em 1920. com 378 págs. Acaba de aparecer o de 1927-1929. em 1899. com 557 págs. Fundou e dirigiu o semanário Norte Trasmontano. Revista Colonial Portuguesa. Bélgica e Holanda estudar as organizações das escolas coloniais e institutos de propaganda. Portugal. Idem de 1917-1918. Fundou em 1911 a «União Colonial Portuguesa». que se publicou em Bragança nos anos de 1895 a 1897. do Rio de Janeiro. Em 1912 foi em visita de estudo oficial e gratuita a França. diário da manhã. Saudade – Trovas. professor da Universidade de Lisboa. Lisboa. Nuno Álvares Pereira. Orações à Virgem e a Nun’Álvares – Lembrança da peregrinação da Cruzada Nacional Nun’Álvares a Fátima e aos campos de Aljubarrota em Agosto de 1929.. organizada em 1926. secretária da Grande Comissão de Homenagem a Fialho de Almeida. 163. general de infantaria. 167-IV) – Bacharel em matemática e filosofia. de que falámos no tomo VI. Lisboa. 1925. Beatriz Arnut) – Nasceu em Chacim. BACELAR (José de Meireles Vaz Guedes Pereira Pinto) – Ver tomo II. que casou com D. e presidente da comissão de senhoras da Cruzada Nacional D. de onde passou para os serviços técnicos da Biblioteca Nacional. A propósito desta família Bacelar. 8. 1924. II – AMÉLIA VAZ DUARTE BACELAR. 1917. com 104+2 págs. Foi funcionária do Arquivo do Ministério da Agricultura. 8. Sorrisos cor-de-rosa (versos para as crianças). destas Memórias. Tem escrito: Mágoas da mocidade (versos. seu tio paterno – Últimas palavras de gratidão de seu sobrinho. BAPTISTA (D. concelho de Macedo de Cavaleiros. 8.º de VII+14 [1] págs. 524. filha de D. condecorado com a Torre e Espada e com serviços distintos no exército. Felismina da Conceição Duarte e teve: I – MIGUEL VAZ DUARTE BACELAR. com prefácio de Avelino de Sousa.BAÇAL | BACELAR | BAPTISTA 615 TOMO VII B BAÇAL – Ver adiante o artigo Manuscritos. actual comandante do batalhão de Sapadores do Caminho-de-Ferro. a 10 de Janeiro de 1892. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 733.º pequeno de IX págs. em Santo Tirso. Cacilda de Matos Ferreira de Lemos. 28. págs. casou com D. 163.º de 72+2 págs. seguidos de um conto em prosa). com o retrato da autora quando criança. capitão de engenharia. 733 e 731 destas Memórias. Sem descendência. 521. Escreveu: Ao visconde da Bouça (Manuel Pinto Vaz Guedes Bacelar). Lisboa. Cândida Amália Arnut. com o retrato da autora. que casou com o doutor Fernando Frade Viegas da Costa. de que era presidente de honra o ministro da Instrução doutor Alfredo de Magalhães. aditamos mais o seguinte: MIGUEL VAZ GUEDES BACELAR (pág. e o retrato da autora. pág. 1918. 521. Com descendência. Contém dois primorosos sonetos. Nesta sessão. Diário de Lisboa. suplemento ao nº 28 da Ilustração Trasmontana. Modas e Bordados. levantando-lhe. acompanhada do seu retrato. do Rio de Janeiro. 1930. Pátria. Jornal de Moura. Nuno Álvares Pereira. Com uma carta-prefácio do notável homem de letras e ilustre presidente da Academia de Ciências de Lisboa o Ex. Lisboa. se destacaram dois nossos conterrâneos. com o retrato da autora. do culto do santo Condestável e a sessão solene no cine-teatro. Torrense.º de 134 págs. colocado na esquina de uma casa fronteira. o arrojado empreiteiro do mesmo caminho-de-ferro. que passou a denominar-se «Rua João da Cruz». como vemos. Ecos da Avenida. Correio da Noite. La Chiosa. Beatriz Arnut e pelo coronel Domingos Patacho e doutor Costa Lobo. alfim. Na mesma data foi descerrada a lápide de mármore com o retrato em bronze (baixo relevo) de João da Cruz. ao cimo da rua dos Oleiros. América Portuguesa. Beatriz Arnut. Júlio Dantas. Pirilampo.. BEÇA (Abílio Augusto de Madureira). um busto em bronze. O Comércio do Porto. em Ourém.mo Sr. erecto na avenida em frente da estação do caminho-de-ferro de Bragança. brilhou ainda outro: o doutor Domingos Ferreira Deusdado. O Jornal do Domingo. colocando-se no mesmo dia uma lápide de mármore na estação ferroviária de Salsas. 8. de Cambridge. Chorando. Voz Pública. a que presidiu o bispo de Leiria secretariado por D. Eva e Revista Feminina. Trás-os-Montes. de Beja. a propósito do monumento ao Condestável D. Tardes e Noites. obra do notável escultor José Francisco de Sousa Caldas. convertida em realidade pelo governador civil capitão Tomás Augusto Salgueiro Fragoso. que pronunciou um magnífico discurso.616 TOMO VII BAPTISTA | BEÇA Altar de luz – Sonetos. Pátria Portuguesa. Diário da Tarde. Alma Nova.º de 120+5 (inumeradas) págs. comemorativa da trágica morte do conselheiro Abílio Beça. Dr. que o referido jornal publica. e A Voz de 6 de Novembro descreve a inauguração. Portugal. a justiça que profetizámos (977) no necrológio publicado por ocasião da sua morte em 1910. em que. de quem falámos no respectivo artigo. de Itália. Vida. pág. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . As Novidades de 18 de Novembro de 1928 inserem uma entrevista com D. glorioso (977) O Trasmontano. Tem em preparação Gélido pranto e é colaboradora dos seguintes jornais: Diário de Notícias. coadjuvado eficazmente pelo ferrenho regionalista doutor Raul Manuel Teixeira e pelos membros da respectiva comissão. A inauguração do busto teve lugar a 1 de Dezembro. Lisboa. 8. por subscrição pública. por iniciativa do doutor Francisco Felgueiras Júnior. 1929. 41 – Em Dezembro de 1929 fez-se. do que se segue não haver emmenda. Vicente aonde está vago hû sitio. tendo em vista as muitas e repetidas ordens que por este mesmo Ministerio se tem expedido sobre a materia de que se trata. fólio 156. Neste solene acto de justiça tomaram parte todas as câmaras do distrito e tudo que no mesmo havia digno de representação social. remettendo com a informação cópia da Tabella de emolumentos. em 5 de Janeiro de 1848» (980). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . BORNES – A 12 de Setembro de 1775 despachou el-rei favoravelmente o pedido de Francisco Inácio de Morais Frias Sarmento.BEÇA | BORNES | BRAGANÇA 617 TOMO VII bragançano que sacrificou toda a sua grande fortuna. pelo que me parece necessario que se ordene logo fazer outra cadea tam forte que os prezos estejão nella seguramente. nem temor á justiça. ficando na pobreza. CADEIA – A 2 de Dezembro de 1594 mandou o duque de Bragança à câmara da mesma que. fogem ordinariamente os prezos. afim de que elle. Manuscritos antigos 5. faça averiguar com todo o escrupulo o que ha em verdade a respeito da exigencia contra que se reclama e informe depois com urgencia o que souber. «legitimo successor e administrador do Morgado que instituhio Manuel da Costa e sua mulher D. hoje concelho de Macedo de Cavaleiros. termo da cidade de Bragança». que ha para isso muito bom» (979). entendo que se deve fazer no meyo dessa cidade por cima de S. foi despachado escrivão da Câmara Eclesiástica de Bragança por decreto de 31 de Janeiro de 1848 (Diário do Governo de 8 de Fevereiro seguinte). e pela enformação que tenho. além do povo da cidade e aldeias. CÂMARA ECLESIÁSTICA – «Ministerio dos Negocios da Justiça – Repartição dos Negocios Ecclesiasticos. BRAGANÇA. atinente a fazer-se tombo dos bens do morgadio (978). que na Camara Ecclesiastica do bispado de Bragança se exigem emolumentos exorbitantes nos Autos de Collação dos Presbyteros apresentados por Sua Magestade em Beneficios curados: assim o manda a mesma Augusta Senhora communicar ao Vigario Capitular da referida Diocese. e estar no cabo della. (978) Registo maior III da Câmara Municipal de Bragança. que pressuroso acorreu a prestar homenagem ao egrégio conselheiro Abílio Beça. porque na Camara Ecclesiastica se regulam actualmente. do lugar de Bornes. (980) Diário do Governo de 8 de Janeiro de 1848. Paço das Necessidades. Tendo-se representado a este Ministerio. (979) Museu Regional de Bragança. fólio 298 v. para levar a cabo tão grande melhoramento. «por ser muito fraca a cadea dessa cidade. e por isso senão pode fazer justiça dos malfeitores. Maurício José de Sousa e Silva. Margarida Ferñ. reitor de Mascarenhas. por todos os representantes das differentes classes sociaes d’esta cidade. José Joaquim Pinto. «Aos vinte dias do mez de Julho do anno de mil novecentos e três. taes como. Conselheiro Governador Civil do districto foi transportada a primeira carreta removendo terras que os operarios se apressaram a esparzir no local da estação projectada para o serviço da linha ferrea de Mirandella a Bragança.a Rev. Abilio Augusto de Madureira Beça. De tudo o que fica exposto mandou a Camara Municipal lavrar este auto que vae ser assignado por Sua Ex. Simão Marques Pinheiro. Carolino Abel Rodrigues Serrano.a Rev. nos termos da legislação portugueza em vigor e dos respectivos contractos. engenheiro-chefe da Fiscalisação da construcção do caminho de ferro de Foz Tua a Bragança. commercial. em seu nome e como representante da Camara do Vimioso. industrial e artistica. Affonso do Vale Coelho Pereira Cabral. campo de Santo Antonio e no local previamente designado para a estação do caminho de ferro a terminar n’esta cidade. como representante do Governo. fiscaes e militares.618 TOMO VII BRAGANÇA CAMINHO-DE-FERRO – Acta da inauguração dos trabalhos da construção do caminho-de-ferro de Mirandela a Bragança – 20 de Julho de 1903.mo Sr. Manuel Francisco da Costa Serrão. Simão Marques Pinheiro. Affonso Pereira Cabral. Padre Avelino Antonio Pires Diegues. compareceram na presença da Camara Municipal d’este concelho. judiciaes. Cyriaco do Nascimento Affonso. judiciaes.ma o Sr.mo Sr. n’esta cidade de Bragança. e representantes das diversas classes sociaes d’esta cidade. João Lopes da Cruz. como representante da Companhia Nacional de Caminhos de Ferro. secretario que o subscrevi. – José. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . empreiteiro geral da construcção do caminho de ferro de Mirandella a Bragança. e perante todos foi declarado que. com assistencia de Sua Ex. como Governador Civil d’este districto. pelas auctoridades civis. pelas entidades referidas que directamente intervieram n’este acto solemnissimo. e bem assim por todos os cidadãos que queiram ligar o seu nome a este acto de elevado patriotismo e de auspiciosa regeneração economica d’esta região. João Lopes da Cruz. Alvaro José de Oliveira Moz. engenheiro-director da construcção do caminho de ferro de Mirandella a Bragança. fiscaes e militares. José Alves Mariz. reunida em numero legal sob a presidencia do vice-presidente Sebastião dos Reis Macias e de mim secretario de seu cargo. Bispo de Bragança. dando-se por esta forma por inaugurados os trabalhos da referida construcção ao som do hymno nacional e de girandolas de foguetes. Manuel Francisco da Costa Serrão. depois de lido por mim José Valentim Carneiro. Bispo d’esta diocese D. se ia n’este momento proceder á inauguração dos trabalhos da construcção do caminho de ferro de Mirandella a Bragança. o Ex. E logo pelo Ex. inspector da linha ferrea de Foz Tua a Mirandella. Francisco Diogo de Moraes. e mais auctoridades civis. Julio do Nascimento Affonso. Sebastião dos Reis Macias. Abilio Augusto de Madureira Beça.ma o Senhor Bispo desta diocese. promotor do bispado. Abilio de Jesus Ramos Zoio. Luiz Ferreira Real. prior de Santa Maria. Abel Annibal de Azevedo. José Manuel da Costa. Francisco Antonio Falcão. Carlos Leitão Bandeira. DOMUS MUNICIPALIS. A inauguração do primeiro comboio chegado a Bragança teve lugar a 30 de Novembro de 1906. – Está conforme. Albano da Ressureição Costa. Conego Antonio Manuel Santiago. Belisario José Fernandes. João da Mata. Manuel Moraes. João de Deus Fernandes de Azevedo. José dos Santos Montanha. Segismundo Eduardo Lopes. José Antonio Fernandes. José Baptista da Cruz. Francisco José Ferreira de Castro. Narciso Augusto de Moraes. José Barradas. Guilhermino Lopes. Ruy Betancourt da Camara. Carlos Augusto da Silva Leitão. Francisco do Patrocinio Felgueiras. José Augusto Ferro. Olympio Arthur de Oliveira Dias. José Manuel Montes. official do Governo Civil. Carlos Alberto de Lima e Almeida. Antonio Augusto Gonçalves Braga. João Baptista Olimpio Ramires. Antonio Joaquim Alves. Julio Augusto Soares.BRAGANÇA 619 TOMO VII Manuel Maria Lopes Monteiro. José Montanha. Antonio Thiago Teixeira Lopes. de Sá Vargas. Accacio Augusto Vidal. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Francisco de Paula. Manuel Joaquim Pereira da Silva. Albino Augusto de Sá Leão. 20 de Julho de 1903. Antonio Manuel Gomes. Adelino Augusto Esteves. José Miguel Fernandes. Antonio Augusto Lopes Mendes Saldanha. João Manuel Mendes Saldanha. José Manuel. Joaquim Guilherme de Sá. Francisco José Martins Morgado. José Julio Chaves de Lemos. José Joaquim de Almeida. Bragança. Albano Nogueira Pereira Lobo. Gaudencio Benigno Rodrigues. Alberto Castelhano. Conego Manuel da Novoa. Filippe Gonçalves. Eduardo Ernesto de Faria. Augusto Cesar Moreno. Augusto Cesar Gil. TORRE DO RELÓGIO E IGREJA S. Agostinho Paulino Pires. Alipio Albano Pires. Augusto Cesar Affonso. Antonio Manuel Vilares. Padre José Maria da Cunha. José Valentim Carneiro» (981). Antonio José Parente. Antonio Caetano de Sousa. José Joaquim Fernandes. Manuel Joaquim de Sá. Luiz Antonio Pinelo. Antonio dos Santos Cruz Rocha. Antonio dos Santos. José Joaquim de Figueiredo Pimentel. dizendo-lhe: «Sou informado que nessa cidade ha algûas cousas poucas muito daneficadas que he necessidade de se repairarem para que se não acabem de DE (981) Ao erudito escritor Ernesto Augusto Pereira Sales agradecemos a cópia que nos mandou deste documento. Miguel Antonio Carneiro. Francisco Antonio de Almeida. Domingos Vinhas. Julia Maria Chaves de Lemos. José M. Virginio Gomes Garcia. SEBASTIÃO. FRANCISCO – A 24 de Dezembro de 1588 escrevia o duque de Bragança à câmara da mesma. Augusto Maria de Barros. José Augusto. Anthero Arthur Lopes Navarro. José Antonio Pires. Prior Abilio Alberto Alves de Moraes. José Luiz de Carvalho. José de Sá. ERMIDA DE S. . encomendovos que procureis que se faça hûa casa accomodada para a Camara. e não he conforme á que convem aber nella. sino de correr. e audiencia em lugar publico para bem dos cidadãos e povo pois a cidade tem rendas de que se possa fazer a milhor que ouver nessa comarca para que fique mais emnobrecida. EMIGRADOS POLÍTICOS ESPANHÓIS – Há cinquenta e sete anos. fólio 122. 12 de Agosto de 1873: «Em Pinheiro Velho. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ... e ermida de São Sebastião. O governo tem tomado as medidas necessarias para evitar quasquer consequencias que possam produzir a entrada dos emigrados». E ao meu ouvidor escrevo que quando for em correição a essa cidade saiba particularmente de como vos ouvestes nestas cousas. e as pontes do rio de fervença. e as que se não poderem acabar nelle fiquem principiadas para as acabarem os soccessores que ouverem de servir o anno que bem... e fontes. E que á defeza do sardoal.. e me avise do que nisso achar. e confio de vos que no outro anno pensareis dar ordem a que as mais destas obras se acabem. Tambem sou informado que a casa da Camara e audiencia dessa cidade he pequena.... e tempo. Consta-nos que por outros pontos do reino também teem entrado mais emigrados.. sendo a milhor cousa que a cidade tem e mais proveitosa pera os moradores della se corta e destrue sem se lhe acudir... entraram ante-hontem perto de trezentos emigrados. Quanto aas casas da Camara o que quero he que me aviseis do lugar em que estão fazendo hû desenho dellas e das que estiverem ahy perto e que vejaes aonde fica bem fazer-se outras... torre do relogio... e guarda dellas. E avendo hua provisam del Rey meu Senhor para se devassar sobre aquelles que nella cortão se não dá á execução e dado que por bem do dito Regimento sois obrigados a olhar pollas tais cousas.. districto de Bragança. todavia vos quiz advertir disto para que tenhais particular cuidado. Manuscritos antigos 5. Do Diário de Notícias de terça-feira. senão poderão depois reformar sem grande despesa das rendas della. e o que poderão custar e que me aviseis de tudo com brevidade com vosso parecer para vos eu avisar do que nisso assentar o desenho que se fizer hade ser da praça e do lugar em que assentardes que he bem fazer se» (982).. e prover no repairo... As quais são as casas da audiencia.. concelho de Vinhaes. fugidos á perseguição do governo hespanhol. para acudirdes a ellas. armados.... (982) Museu Regional de Bragança.620 TOMO VII BRAGANÇA perder e que não se entendendo com brevidade no repairo dellas.e que está em lugar escuso.... e a igreja de São francisco que se concerta á custa das rendas dessa cidade. como se deve. (983) Museu Regional de Bragança. e sendo. estabeleceram-se fortes piquetes em volta da cidade. acompanhada por uma força de cem praças de infantaria nº 6 e cavallaria. não avera agora mais que dez e enobrecia isto tanto essa cidade que não he bem que se deixe perder por se não executar a ley que ella tem firme em cortes que diz que nehûa pessoa possa tratar em cedas sem fazer as duas partes para os teares. 15 de Agosto de 1873: «Escrevem de Bragança que por participação das auctoridades de Vinhaes soube-se ali no dia 9 que uma força de cêrca de setecentos homens de voluntarios da republica hespanhola. regularmente armados. Essa força entrou ali no dia seguinte. e que tendo regressado a Hespanha haviam voltado a Portugal. menos explicitamente porém. devendo chegar a Lisboa por estes dias». Manuscritos antigos 5. porque de quarenta teares que nella avia. Ignorava-se a direcção exacta que trazia aquella força. O dia seguinte amanheceu mais pacifico. SEDA – Em carta de 21 de Agosto de 1516 do duque de Bragança à câmara da mesma cidade dizia-lhe: «Soube agora como o trato que avia nessa cidade da ceda hia em tanta diminuição que se se não acodia a isso com o remedio necessario se acabaria de todo. incendios e os mais artigos das “festas” de Alcoy. não podia dividir-se em columnas que partissem por estradas differentes. fólio 40. Dez soldados e dois officiaes dos emigrados hespanhoes entraram em Bragança ás sete horas da manhã. O susto foi ali grande. A força hespanhola ali recolhida deve vir já em marcha para o Porto. mas essa força acha-se dividida em fortes destacamentos. tendo primeiramente entregado as armas em uma das povoações da fronteira. Contavam-se dessa força excessos incriveis. commettidos em territorio hespanhol: roubos. numerosa a guarnição. Posteriormente soube-se que o resto d’aquella força entregara as armas a uma pequena columna de caçadores e cavallaria que de Vinhaes marchava para o ponto invadido. como era. A guarnição de Bragança consta do regimento de cavallaria nº 7 e do batalhão de caçadores nº 3. Na p.BRAGANÇA 621 TOMO VII Do Diário de Notícias de sexta-feira. Encomendovos muito que a façais executar» (983). os quaes fazem immensa falta para guarnecer. Era ao fim da tarde. os principaes pontos da raia. sentinellas avançadas nas differentes avenidas e patrulhas de cavallaria em ronda permanente. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 453 do tomo II destas Memórias já aludimos a este documento. E assim se passou a noite. N’estes termos. tinham passado a fronteira ao pé de Moimenta. dirigindo-se sobre Bragança. O snr. da egreja. e das antiguidades de Castro de Avelans. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . famoso templo que os commissionados visitaram no seu regresso da provincia de Traz-os-Montes. Alfredo de Andrade fez seis desenhos da villa velha de Bragança. o drama Dever e natureza (985).º de 78 págs. Emilio Hubner. cento e vinte lugares de plateia e doze varandas (984). natural de Mirandela. 1909. da villa de Vinhaes e seu curioso pelourinho. TRÁS-OS-MONTES MONUMENTAL – Com esta epígrafe publicou o Diário de Notícias de 22 de Agosto de 1880 a seguinte informação: «O snr. BRAGANÇA (Cândido Baptista) – Doutor em medicina pela Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa. Andrade e Rangel de Lima em Castro de Avelans. de S.622 TOMO VII BRAGANÇA TEATRO – O teatro de Bragança foi mandado construir pela câmara municipal da mesma cidade em 1848 e continha vinte e nove camarotes. dr. Alfredo de Andrade. A este respeito dirigiu o sabio allemão uma interessante carta ao snr. TELÉGRAFO – A 4 de Setembro de 1874 foi arrematado o fornecimento dos postes de madeira para a montagem da linha telegráfica de Bragança para o Vimioso (986). destas Memórias. 395. deu nova interpretação áquella de que fala nas suas interessantes Noticias archeologicas de Portugal e interpretou outra que era inedita. «anniversário da Carta Constitucional». do castello da mesma villa. nos suburbios do Porto. Estes desenhos acompanham o relatorio ácêrca do convento de Vinhaes. e de Leça de Bailio. p. Lisboa. Facundo. tendo conhecimento das inscripções calcadas pelos snrs. 8. n’esta villa. (985) Ibidem. proximo d’aquella cidade. o qual inventaria e aprecia as principaes riquezas artisticas e archeologicas de Bragança. Escreveu: Breves considerações sobre o paludismo – Dissertação inaugural. visto a auctorisação que os commissionados tiveram para se servirem d’ella publicamente». celebre antiquario de Berlim. de Castro de Avelans. parte da qual vae transcripta no relatorio. Ver tomo II. (986) Ibidem. Em 26 de Janeiro de 1851 a Sociedade «Recreio Instrutivo» de Bragança participava ao administrador do concelho que tencionava levar à cena no dia seguinte. (984) Museu Regional de Bragança. maço Correspondência especial do Governo Civil. de uma antiga casa proximo do castello. Não nos foi possível ver nenhuma destas publicações nem arrancar ao virtuoso sacerdote os dados bibliográficos que faltam e muito diligenciámos obter. sendo pouco depois nomeado director espiritual do Seminário do Porto. 1927. maço Casamentos. meu caro António José de Morais. faleceu a 27 de Setembro de 1792 no hospital da Misericórdia de Bragança (988). CALDEIRÃO (Romão) – «Mestre pintor da cidade de Santiago da Galliza». destacando-se sobremodo pela sua extraordinária virtude. CABRAL (Francisco da Conceição Pereira) – Presbítero. Estudou preparatórios no colégio do padre Roseira em Lamego e o curso teológico no Seminário de Braga. Maria Esteves Pereira. CABRAL (Henrique Maria Pais) – Doutor em direito. Tem já doze edições. Foi depois professor no colégio de Lamego e no Seminário dos Carvalhos de Braga desde 1889. e não dizemos mais por se tratar de tão respeitável personagem. filho de Alberto Pais Cabral e de D.CABRAL | CALDEIRÃO 623 TOMO VII C CABRAL (Dário) – Doutor e professor. digno pároco de Vila Flor. Escreveu: Gramática Francesa. A certidão de óbito está junta ao maço dos Casamentos de Bragança. Que nos perdoe o sr. padre Pereira Cabral. (988) Museu Regional de Bragança. onde ensinou francês e literatura. Lisboa. onde se conserva. Palavras de ouro endereçadas à mocidade. (987) Ver a sua biografia no Portugal Antigo e Moderno. até à proclamação da República em 1910. 8. honra do clero bragançano. aborrecendo por isso vários amigos. A ti.º de 20 págs. O dia mais feliz da minha vida. mas a modéstia em excesso também é vício. caridade e abnegação. cujo curso terminou em 1914. artigo «Vila Flor». Nasceu em Vila Flor a 7 de Maio de 1855. Florilégio dos levitas do Senhor. Escreveu: Conferência feita na sede da Sociedade Portuguesa de Instrução e Educação no dia da sua inauguração (Dia 4 de Junho de 1927). Foi deputado por Moncorvo em 1926. Nasceu no Mogadouro a 25 de Dezembro de 1886. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . um abraço de profundo reconhecimento pela paciência com que tens aturado as nossas impertinências (987). abade de Negreda. destas Memórias apontámos o ano de 1662 por assim o encontrarmos nos documentos de onde extraímos a notícia. de André de Morais Sarmento e de José Sarmento e tio de João de Morais Sarmento de Miranda. Canameira e Lobagueiras. André de Morais Sarmento. requereu uma pública-forma do vínculo de morgadio de que era representante. Os casamentos realizaram-se. requereu em 1720 pública-forma do mesmo morgadio fundado pelo aludido abade. freira no convento de Vinhais. com autoridade de seu marido Pedro José Sebastião de Morais Sarmento. Maria Eugénia de Morais Castro Sarmento. podendo todavia viver em Bragança onde exercia a sua arte. administrador do morgado que ele e seus irmãos fundaram. arcediago de Mirandela. Francisco de Morais da Silva. requereu em 1800 pública-forma do vínculo de morgadio fundado a 26 de Maio de 1730 por D. que herdaram de seus pais. Em 6 de Novembro de 1744 fez testamento Lourenço da Silva Sarmento. noviça no convento de Vinhais. vê-se que em 1677 era já falecido o abade fundador. D. O abade fundador era irmão de D. p. também ajustada para casar com Cristóvão da Silva Sarmento. Coutada. do qual era ao tempo senhora. Rita. Por outro documento. licenciado. sargento-mor. Maria Eugénia da Conceição. Isabel. capitão-mor e governador de Vinhais. Rosa de Morais Sarmento. e nessa altura Estêvão de Mariz Sarmento era cavaleiro professo na ordem de Cristo. nos bens do casal do Bairro do Eiró. com autorização de seu marido Pedro José Sebastião de Morais Sarmento. Corujeira. de Vinhais. e de D. João Baptista de Morais Sarmento. Estes bens eram agregados (989) No tomo VI. que vem junto a este. a favor de suas sobrinhas (eram dois os morgadios que fundava) Francisca de Morais. todos irmãos. fundado a 2 de Janeiro de 1672 (989) por João de Morais de Valcacer. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . abade de Candedo. ajustada para casar com Estêvão de Mariz Sarmento. de João de Macedo de Madureira.624 TOMO VII CALDEIRÃO | CAMPILHO Parece-nos que a cláusula «mestre pintor da cidade de Santiago da Galliza» deve entender-se como sendo ele natural dessa cidade. Os bens vinculados estavam situados. entre outros lugares. deixando herdeiro universal dos bens seu sobrinho Lourenço da Silva Sarmento. padre Pedro de Morais Sarmento e padre Lourenço da Silva Sarmento (este ausente em Lisboa. e Isabel de Morais. nos seguintes: Pelames. morador em Vinhais. abade encomendado de Vinhais e comissário do Santo Ofício. D. mas representado por procuração). 624. vigário da igreja do Pinheiro Novo. irmã do abade fundador. ambas filhas legítimas de Maria de Valcacer. CAMPILHO – Em 1720. in Instituto. e na destes. onde se publica na íntegra o processo da identificação. CARVALHO (Abraão de) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. sem saber o que dizia. A 4 de Fevereiro de 1706 João da Rocha Figueiredo. antigo professor de história e geografia do liceu de Chaves. Perpétua da Rocha Figueiredo. filho ilegítimo do padre António de Morais Sarmento e de Rosa de Gouveia. veio a saber-se: que o nosso conterrâneo não era o réu procurado. irmão dos instituidores na capela de Nossa Senhora da Conceição. Lourenço. de trinta e sete anos de idade. 8. que ia a Roma visitar seu tio. do auto de identificação a que procederam dois emissários do governo português. Afinal. fundou um vínculo de morgadio com capela dedicada a Santo António (não se percebe bem se é a este santo). de – Em volta do processo dos Távoras.. (990) CAMPOS (D.. de Vinhais. empregado na igreja de S. Adelina Augusta de) – Escreveu. pelo menos corre com o seu nome: Memória apresentada por. foi preso em Perpinhão José António de Morais Sarmento. mulher de Manuel d’Armida (da Ermida?). destas Memórias. que confessou ser ele o tal José Policarpo. 1929. sargento-mor da comarca de Moncorvo. de que tratámos no tomo VI.. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 617. por confessar que era ele o regicida José Policarpo. embora se saiba que é recente e os interessados naturais do Mogadouro. Perpétua. delegado do procurador da República em Lisboa. chama para sucessores os filhos de seu irmão Pedro de Morais Sarmento. Em Outubro de 1759. tão avidamente procurado pelas iras pombalinas. edificado na capela de S. na falta destes. quando mais acesas andavam as iras do marquês de Pombal contra os regicidas. Na falta de descendentes seus. p. os de sua irmã D. cujo círculo representou em cortes (990) SAMPAIO. casada com Jácome de Morais Sarmento.º de 23 págs. 501. Que grande patusco! a caçoar com o senhor de Pombal!.. e a outra parte à família Ferreira Sarmento. digno de ficar arquivado nestas páginas. das Aguieiras (pág. Não alcançamos a relação que há entre esta família e o facto que vamos relatar. sem indicar ano nem lugar de impressão. os de sua irmã D. Luís T. Joana de Morais Sarmento. e que fora por borracheira. pág. Parte dos bens destes morgadios ainda hoje pertencem à família Campilho. O instituidor era filho de Francisco da Silva Barreto e de D.CAMPILHO | CAMPOS | CARVALHO 625 TOMO VII ao morgado administrado por Francisco de Morais da Silva. 625). para ser junta ao processo-crime por homicídio voluntário em que é réu Aníbal Artur Marcelino e em que foi vítima o marido daquela Senhora. naturais de Vinhais. João de Latrão. o padre Francisco da Silva de Morais Sarmento. na província de Trás-os-Montes.. residente em Lisboa. Era filho de António Manuel da Silva e de D. Um condenado e Figos do Algarve. ricos proprietários de Valbom de Mascarenhas. 1915. É irmão do doutor Alberto Feliz de Carvalho. cheia de guitarradas. pág. em que era exímio. Capital. 8. ver Alma Trasmontana) com o fim humanitário de angariar donativos para o hospital de Moncorvo. CASTELÃOS – A 15 de Abril de 1771 despachou el-rei favoravelmente o pedido de Bernardo dos Santos Pereira. (É de colaboração com Artur Ribeiro Lopes). revista de Coimbra. Dois raptos numa hora. onde usava o pseudónimo de «Silvalho». Fez os estudos liceais em Braga. Contém episódios galhofeiros da vida coimbrã. memorados todos nesta obra. Cervantes (espanhola) e outras. habilíssimo diplomata e brilhante literato. 87 – Faleceu no Porto a 12 de Janeiro de 1927. idem. Deixou manuscritos os seguintes trabalhos: De capa e batina. A ceia dos quintanistas. idem. Colaborou na Estrela ao Minho. 8. Muito amigas. Casa com escritos. na sua secção permanente intitulada «Sal e Pimenta». como Rajada. 8. lídimo carácter.626 TOMO VII CARVALHO | CASTELÃOS na legislatura de 1915-1917. CARVALHO (Dr. Coimbra. no Reboredo. Alberto Feliz de) – Cônsul-geral de Portugal em Madrid. filho de João Bento de Carvalho e de D. Escreveu: Função da polícia judiciária. 1913. Nasceu em Macedo de Cavaleiros a 18 de Agosto de 1883. Nasceu em Macedo de Cavaleiros a 10 de Dezembro de 1889. As comédias: Meninos da moda.º de 46+3 (inumeradas) págs. Concluiu a formatura em direito no ano de 1902. 1903. Lisboa.º de 245 págs. Escreveu: Água lustral – Arte e crítica. E a farsa em dois actos Javardo. Norma e em O Comércio do Porto. Maria Elisa de Carvalho. Tem colaborado em vários jornais e revistas portuguesas e estrangeiras. do ministério público e do juiz de instrução criminal. irmão do notável jurisconsulto Abraão de Carvalho e cunhado do major Joaquim Maria Neto. a propósito de uma montaria dos caçadores de Moncorvo ao javali.º de 31 págs. CARVALHO (Constâncio Arnaldo de). Relatório e proposta de lei sobre a reorganização judiciária. Todas estas peças foram representadas (e muito aplaudidas. Pombal. concelho de Mirandela. cavaleiro professo na ordem de MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Eugénia da Anunciação Afonso de Carvalho. a quem nos referimos no artigo respectivo. inumeradas. licenciado. figura também no processo. CASTRO DE AVELÃS. Também em 1687 houve demanda sobre o mesmo caso e era Lopo Aires Ferreira procurador do mosteiro de Castro de Avelãs. escudeiros. existente em Vinhais em poder de Viriato Ferreira de Castro e de sua irmã D. segundo diz no fólio 1. no lugar das Coladras. (992) Registada no livro nº 8 do Registo maior da Câmara de Bragança. No fólio 31 do mesmo livro vem o auto de demarcação do termo de Bragança e da povoação de Gostei. reitor e procurador do mosteiro de Castro de Avelãs. juízes ordinários da cidade de Bragança. escudeiro. Escreveu: Breve notícia dos Imperadores Romanos. D. concelho de Bragança. tudo limite de Castelãos (991). António Ferreira de Castro. e por sua vez deixou também um filho de nome João Ferreira de Castro. fólios 16 v. segundo a posse imemorial em que estavam. Gostei e Castanheira o direito de «pastar. Fólio manuscrito encadernado de 18 págs. e athe a Peneda da Graça e Pedra Rachada e tudo agoas vertentes ao rio e de tras do Forte te agoas vertentes a Britelo».CASTELÃOS | CASTRO | CASTRO DE AVELÁS 627 TOMO VII Cristo. CASTRO (António Ferreira de) – Cavaleiro professo na ordem de Cristo. Cândida Florinda Ferreira (ver o artigo respectivo neste «Suplemento») guiou-se por este códice no seu trabalho A Guerra da Sucessão no distrito de Bragança. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Esta sentença é de harmonia com outras dadas já em 1497 e 1694. a 25 v. pág. reconhecendo aos moradores de Castro de Avelãs. autor do manuscrito citado. Na de 1497 eram João Leite e Rafael de Sá. Em 1860 houve nova demanda pelo mesmo motivo. sargento-mor da vila do Vimioso e dela natural. familiar de número do Santo Ofício. morador em Castelãos. (991) Registo maior III da Câmara Municipal de Bragança. sendo dada sentença a favor dos moradores desta povoação (992). hoje concelho de Macedo de Cavaleiros. 91. Reis de Castela e Portugal: Descrição do Vimioso oferecida ao glorioso São João Baptista. como declara nos fólios 9 e 15 v. Ano de 1748. era filho. que reconhecem aos moradores de Castro de Avelãs. «nos sitios de Campo Redondo e Lamalonga athe de tras do Forte. que pretendia trocar um prado que possuía no sítio do Mosqueiro por outro. montear e estouçar» no terreno indicado. Maria Eugénia Ferreira de Castro. 1748. termo da cidade de Bragança. Ver o artigo Castro (João Ferreira de). mais 1112 numeradas dos dois lados e mais 12 inumeradas. Gregório Rodrigues. do mesmo. morador em Bragança. o direito de pastorear seus gados no termo desta cidade. fólio 298. GOSTEI e CASTANHEIRA – Sentença dada a 26 de Abril de 1722. descendentes do autor. e Lopo Ferreira. pertença do concelho. de João de Castro Ferreira. não encontrámos o nome de tal padre. devido às perseguições políticas: o abandono dos parentes que bem podiam protegê-lo. Aparece ainda um José Maria de Morais Cameirão. poucos. mas. a quem o manuscrito pertencia e agora a nós. sim. os benefícios de alguns amigos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que igualmente não pode ser aquele pelos motivos deduzidos do contexto do códice. também de Izeda. filho de Luís de Choa. Com a narração histórica da vida de um infeliz caipira [nesta altura está o monograma] demonstração de amizade. (993) Ver tomo VI. Serdla B (995). que recebeu ordens de missa em 1847. tesoureiro-mor da Sé de Miranda. segundo nos informa o tenente-coronel de infantaria Carlos António Leitão Bandeira (993). feito às Escuras. fez segunda resignação em outro sobrinho de nome Sebastião de Morais. com certa arte. 636. O autor narra em prosa e verso os trabalhos que passou durante vinte e sete meses de prisão por vinte e nove cadeias e no exílio. Aparece. descendente colateral do autor. Entendemos que o autor do manuscrito será António Manuel Choa.e (padre). do conjunto do M. Este. (995) Anagrama evidente de Baldres. 4. de Gralhós. não pode ser nenhum destes. destas Memórias. que recebeu ordens de diácono em 1827. p. casado em Izeda com D. Maria do Coração de Jesus Cameirão Afonso. em 1758 (994). (994) Ibidem. povoação do concelho de Macedo de Cavaleiros. cónego.628 TOMO VII CHOA CHOA (António Manuel) – Padre. Examinando no Museu Regional de Bragança o maço Ordinandos. pois a maior parte voltou-lhe as costas. que muito agradecemos. de Izeda. tendo por cima de todas elas um e precedido de P. António Manuel Cameirão. sim: padre novo. principalmente um deles – Venâncio Bernardino Ochoa – então governador civil do distrito de Bragança e grande potentado. que resignou o canonicato em seu sobrinho António Bernardo Afonso Cameirão. um padre António Afonso Cameirão. por oferta generosa do marido. reconhecido. p. que sai. de Izeda. e de Catarina Joaquina Pereira. nem será o padre Manuel Joaquim Choa. reitor de Izeda em 1858. desta povoação. No manuscrito abaixo descrito. e memora. com o sangue na guelra.º de 46 folhas paginadas de frente. subdiácono. escreveu o autor o seu nome num monograma formado por um M em que se vê cortado ao meio o ângulo das primeiras duas pernas e a terceira semelha um C. O título do manuscrito é: Divertimento Crítico e Satírico. 728. como este morresse em vida do outorgante. Com o trágico curso de males em que a Revolução faz naufragar o homem. Portanto. Dado em lugar oculto aos 6 de Janeiro de 1837. e ingratidão no tempo contrario. O monograma diz: Pe. é que estava em condições de se meter na aventura da guerrilha miguelista que relata. abreviatura de P. de que resultou uma morte e três feridos. ajudante de ordens do brigadeiro Baía. de Vinhais. 100 – Entrou na conspiração de Gomes Freire de Andrade e foi preso. 202. amanheceram cercados no dia 7 de Maio e só a muito custo escaparam. prelado (cónego) da Sé de (996) Ver o artigo Criminosos. Os poucos que se reuniram aí ao autor do manuscrito e ao capitão-mor de Algoso. 122. «sendo esta a ultima acção e onde teve fim o brioso e valleroso [sic] Batalhão». Raul – A conspiração de Gomes Freire de Andrade. A 18 de Maio desse ano de 1834 foi o autor preso e remetido para a cadeia de Bragança. por nela abundarem os apelidos Morais Sarmento e até membro da família Buiça. perseguidos de perto pelos constitucionais. pondo-lhe cerco. num total de duzentos homens. 3.. sendo os miguelistas postos em fuga desordenada de «salve-se quem puder». p. «ponto central de reunião». pág. mas Raul Brandão (998) diz que ele era natural de Lisboa e filho de Pedro Caetano Pinto de Morais Sarmento. da 5.. afichando as Proclamações do nosso Monarcha nos pellourinhos e portas das Igrejas com exultantes repiques de sinos. verdadeiramente interessante do códice é a história da guerrilha miguelista de que foi organizador. o padre debaixo de uma cama e o capitão-mor na ponta de um corpulento negrilho coberto de folhagem. Izeda e Bagueixe. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . lançando por terra as governativas usurpadas. CIRNE (Padre Manuel António de Madureira) abade de Carrazedo. passando alguns por Santulhão. porém. (997) BRANDÃO. onde o autor servia de cura do reitor Pistolas. p. denunciante da conspiração de Gomes Freire em 1817. «constituindo segunda vez as antigas autoridades [miguelistas]. Era irmão de José Maria Pinto de Morais Sarmento. começando por assaltar a vila de Algoso. Marcharam seguidamente sobre Miranda do Douro.ª brigada de infantaria de Trás-os-Montes. para se apropriarem de alguns armamentos que lá havia. (998) Ibidem. 588. destas Memórias aventámos a suspeita de que o capitão Pedro Pinto de Morais Sarmento. No dia seguinte. apareceu a cidade sitiada por duzentos carabineiros espanhóis e pelas tropas constitucionais de Bragança e Freixo de Espada à Cinta. intitulada «Batalhão da União Restauradora dos Direitos de D. No tomo VI. e festivas acclamações». fosse natural desta província.ª edição. armados alguns de espingardas e a maior parte de paus e roçadouras.CHOA | CIRNE 629 TOMO VII A parte. mas solto por falta de provas (997). houve tiroteio. iniciando assim a tragédia dos seus. errores. Miguel I». onde se acolheram em casa do «Senhor Quintanilha e Canedo» (996). juntamente com o capitão-mor de Algoso a 1 de Maio de 1834. pág. 5. que se entregou sem derramamento de sangue no dia 4 de Maio. foi feita por seu pai Álvaro Lino de Morais pelos anos de 1860 pela quantia de quinhentos escudos. maço Correspondência especial do Governo Civil. memorado no respectivo artigo (pág. 792. a quem aludimos na pág. estabelecidos em terra de Chaves. que foi desterrado para o Vimioso. que mui bem os conheceu. como na constituição do morgadio da quinta das Carvas entrava João da Rocha Pimentel. como nos informou o padre António Augusto Teixeira. 550). (999) Museu Regional de Bragança. facto que entendemos conveniente esclarecer. A compra do casal dos Vassouras. pois. que em 1822 foi desterrado para a comarca de Ourique por implicado numa tentativa de revolução absolutista. bem como José Quina. o artigo Rocha (Jaime Augusto Vieira da). e Teles Jordão. 708). destas Memórias e. de quem falámos no respectivo artigo (pág. prováveis descendentes colaterais do padre fundador. 792) casou com um dos Sarmentos de Santo Estêvão. havida do segundo matrimónio. como fica feito. que tanto trabalho nos tem dado. apesar de a concordância dos apelidos inculcar costela trasmontana. Ora. de Coelhoso. sabido que o capitão Pedro Pinto de Morais Sarmento não nasceu em Trás-os-Montes. segundo nos disse o doutor Manuel José Alves de Morais. pouco mais ou menos. destas Memórias). agora ramificados para Vila Verde da Raia e outras terras. Não há dúvida de que os fidalgos conhecidos pela nomeada de Vassouras eram estes Rochas. sua terra natal. é de crer que deste viessem os bens desta povoação. pág. por estacionarem na sua casa em Bragança. Maria (tomo VI. mãe do padre Francisco Manuel da Rocha. depois nobilitados pelo brasão agora na posse dos Rochas. concelho de Chaves. pág. pág. como também nos informou o doutor Manuel José Alves de Morais. também sua terra nativa. 346. Maria dos Prazeres de Morais. dos quais uma senhora de nome D. O escudo de Coelhoso. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . em Coelhoso. estava. e deste passou para sua filha D. 51. confirmado de Coelhoso (tomo VI. COELHOSO – A 17 de Agosto de 1860 escrevia do concelho de Chaves Francisco José de Morais Castro Lobão ao administrador do concelho de Bragança. próximo de Bragança (999). 450. pertencente ao casal. 450) e no tomo VI destas Memórias (pág. Marcelina Ermelinda da Rocha era administradora do morgado de Santo António das Carvas. Ver tomo VI. pág.630 TOMO VII CIRNE | COELHOSO Lisboa. numa casa arruinada. para a Guarda. o famoso propugnador do absolutismo. Fica. dizendo que sua mulher D. quando vinham receber as rendas das propriedades. neste tomo. Em 1827 pertencia a mesma à condessa de Alva (1006). Vasco António de Figueiredo Cabral da Câmara. maço Correspondência do Governo Civil. escrivão da puridade de el-rei D. Manuel Severim de – Notícias de Portugal. (1005) Portugal: Dicionário histórico. foi comendador de Santa Maria de Gimonde. BORNES – O cardeal D. conde de Belmonte. GIMONDE – D. primeiro aniversário da proclamação da República. nascido em Lisboa em 1726 e falecido em Paris em 8 de Maio de 1792. concelho de Bragança (1000). concelho de Macedo de Cavaleiros (1003). I. II. idem. e Museu Regional de Bragança. Era donatário vitalício da comenda (1002). foi comendador de Bornes. Pedro de Macedo de Cavaleiros a Fernão Rodrigues de Brito.COMENDAS | CONSPIRADORES 631 TOMO VII COMENDAS. maço Correspondência Episcopal especial. Vicente Roque José de Sousa Coutinho Monteiro Paim. (1006) Museu Regional de Bragança. da ordem de Cristo. João IV. Pedro de Babe. entrava Henrique de Paiva Couceiro. maço Correspondência Episcopal especial. BABE – António Cavide. concelho (1000) Portugal: Dicionário histórico. e D. (1003) FARIA. chefe da conspiração monárquica. Visconde de – Resenha das Famílias titulares e Grandes de Portugal. em Portugal pelo termo da povoação de Soutelo da Gomoeda e Cova de Lua. falecido a 8 de Setembro de 1870 no seu palácio da quinta da Ota. artigo «Cavide». José Maria de Figueiredo Cabral da Câmara. ao conde de Alvar (1004). (1001) SANCHES DE BAENA. fidalgo da casa real (1007). nascido em Lisboa em 1664 e falecido a 14 de Dezembro de 1750. Na madrugada de 4 para 5 de Outubro de 1911. MACEDO DE CAVALEIROS – Em Junho de 1641 pertencia a comenda de S. p. vol. bem como D. (1007) Ibidem. nascido em 1800 e falecido a 5 de Abril de 1834 (1001). p. ex-capitão de artilharia. concelho de Bragança (1005). Nuno da Cunha de Ataíde. CONSPIRADORES – Lista dos indivíduos pertencentes ao distrito de Bragança que foram processados por conspiradores ou sofreram perseguições do governo republicano. 268. segundo conde de Belmonte. FREIXEDA – Em Maio de 1701 pertencia a comenda de Santo André de Freixeda. artigo «Paim». idem. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . falecido pelos anos de 1675. vol. com a sua gente (que havia concentrado em Puebla de Sanábria. (1002) Museu Regional de Bragança. 243. possuiu a comenda de S. (1004) Museu Regional de Bragança. Espanha). que quase foi tomada sem resistência. caindo na noite de 18 para 19 desse mês sobre Bragança. os republicanos estacionaram em Valpaços. veio de Espanha. chefe desta segunda incursão. naturais de Bragança. além de várias prisões. pernoitar a Sacóias. contra o parecer de Homem Cristo. com que contava. marchando depois para Vinhais. onde houve alguns feridos de parte a parte. e de outros homens de valor que o acompanhavam e logo o deixaram. secundado logo em Bragança com a aderência dos comandantes dos dois regimentos da guarnição – infantaria n. sem mais tentativas monárquicas pelo território bragançano. a cadeia de Macedo de Cavaleiros foi arrombada pelo povo amotinado. Adriano Beça foi preso antes de entrar na cidade e o movimento nada deu. Ao mesmo tempo. em que o coronel Adriano Beça. já abandonada pelos monárquicos desde a meia-noite desse dia 5. a atacar Vinhais. visto a guarnição de Bragança.632 TOMO VII CONSPIRADORES de Bragança. soltando os dezassete presos políticos que lá estavam. não aderir. dada a carência de elementos defensivos. até Outubro de 1914. de Chaves. onde estava homiziado. na via férrea de Mirandela foi cortado um troço da linha. porque o capitão Rodolfo São Boaventura Andrade. que marcharam ao longo da raia. entre os quais um filho do grande escritor Eça de Queirós. Nas suas marchas. Assim ficaram as coisas. enquanto os ingénuos expunham a vida e pagavam depois na prisão a sua leviandade. quatrocentos dos quais bem armados. à frente de dois mil homens. era o coronel Rego Baião. Edral e Sendim. Curopos. Salgueiros. De Espinhosela seguiu por Soeira e Prada e. se retirou a tempo. sucedendo-lhe depois o coronel Matos Cordeiro. O comandante do 10 era o tenente-coronel CarMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . por verem que as prometidas adesões daqui falhavam. voltando depois com reforços de cavalaria nº 6. às três da tarde de dia 5. vindo mais tarde atacar Chaves. O governador militar de Bragança. pai e filho. e no dia 7 tiveram um combate no lugar da Quadra com esses reforços. que ao mesmo tempo devia estalar em todo o país. Logo que se deu a entrada dos monárquicos a 5 de Outubro. A 19 de Janeiro de 1919 rebentou no Porto outro movimento monárquico. sem nada tocar ao território bragançano.os 10 e 30 – e a monarquia foi proclamada na cidade. Seguiram depois pelo Pinheiro Velho e Segirei onde chegaram no dia 11 internando-se em Espanha e indo surgir a Montalegre. para soltar o grito da revolução. que guarnecia a vila com setenta homens. onde se demorou duas horas. atacou Vinhais. mas já no ano de 1912. entre os quais o padre José António de Castro e seu pai. quando da incursão. pertencente às hostes monárquicas. tendo apenas servido para alguns se encherem de dinheiro à tripa-forra. e ia descansar a Espinhosela. ABÍLIO FERNANDES VILA. Coimbra. Por decreto de 18 de Março de 1919 foi conferido à cidade de Aveiro e às vilas de Chaves e Mirandela o grau de oficial da ordem da Torre e Espada. Por outro de 2 de Maio desse ano foi dada a mesma condecoração às cidades do Porto. concelho de Vinhais. Além deste decreto. que amnistiou todos os crimes políticos. Álvaro e Mário Pinheiro Chagas e outros. Respondeu à revelia no tribunal marcial de Braga. p.CONSPIRADORES 633 TOMO VII los António Leitão Bandeira (1008) e o do 30. em que. ver o respectivo artigo. Este movimento monárquico ficou conhecido pelo nome de Traulitânia e os seus adeptos pelo de trauliteiros. e o republicano Eugénio das Neves Vilares. abandona esta vila. Como companheiros. condenado em 8 de Agosto de 1912 pelo tribunal marcial de Chaves a quatro anos de prisão celular. da Lealdade e Mérito. marchava sobre Mirandela. nenhum dos quais pertencente ao distrito de Bragança. teve lugar o combate de 9 de Fevereiro de 1919. civismo e amor que manifestaram na mesma altura em manter as instituições republicanas. das Beiras. Ferreira Machado. presbítero. natural de Sambade. pouco antes da primeira incursão de Paiva Couceiro e foi julgado como ausente pelo tribunal marcial de Chaves em Dezembro de 1912. estudante do liceu de Bragança. receosa das forças do general Abel Hipólito. teve o padre Ferreira no julgamento muitas das maiores mentalidades monárquicas. houve o de 22 de Fevereiro de 1914. lavrador. A 13 de Fevereiro restaura-se novamente no Porto a República e a coluna monárquica. retirou para Espanha. além de outros. filho do lente do mesmo apelido. destas Memórias. também ausentes. Sobre o coronel Adriano Beça. com excepção de alguns chefes. Na ponte de Mirandela. e interna-se em Espanha pela estrada de Rabal. segue para Bragança. que. Évora e Bragança pelo heroísmo. 728. já assinalada por acontecimentos idênticos. Foi também (1008) Ver tomo VI. seguidos de oito de degredo. onde Hipólito chegou pouco depois. pai e filho. 46. por conspirador. em Janeiro de 1913. por tomar parte na segunda incursão de Paiva Couceiro. natural de Vinhais. pág. morreu o alferes monárquico Costa Alemão. Segue a lista dos prisioneiros das duas tentativas de restauração: ABEL ASSUNÇÃO NAZÁRIO. pároco de Travancas. diocese de Bragança. pelo modo corajoso como se portaram nesta revolução monárquica. ABÍLIO FERREIRA. tais como: Joaquim Leitão. natural e residente em Edral. solteiro. tendo sido indultado por decreto de 3 de Outubro de 1913. concelho de Chaves. Homem Cristo. de vinte e sete anos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . José A. jornaleiro. proprietário. Foi indultado por decreto de 3 de Outubro de 1913. Retirou-se para Espanha pouco antes da primeira incursão couceirista e por lá se demorou até pouco antes da segunda. Respondeu à revelia. natural de Bragança. ALFREDO JOSÉ FERREIRA. condenado em 2 de Agosto de 1912 pelo mesmo tribunal a quatro anos de prisão celular. foi condenado a 26 de Novembro de 1913 pelo tribunal marcial de Chaves a seis anos de prisão celular. secretário do bispo de Bragança D. presbítero. capelão da Misericórdia da mesma cidade. residente em Izeda. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . emigrou para o Brasil. pois pouco antes da segunda incursão de Paiva Couceiro fora juntar-se-lhe a Espanha e. deu entrada na cadeia a 19 de Maio de 1919. AMADOR DE JESUS PIRES DIAS. Eduardo Borges. natural dos Cortiços. foi condenado por conspirador no tribunal marcial de Braga a 20 de Fevereiro de 1913. de Sendim. natural de Vinhais. seguidos de dez de degredo. presbítero. ALBINO EZEQUIEL. seguidos de dez de degredo por conspirador. residente em Vila Nova. de vinte e quatro anos. Estava em Fevereiro de 1912 na Trafaria em Lisboa preso por conspirador. concelho de Miranda do Douro. professor da Escola Central de Chaves. pelo tribunal de guerra da 1. 1. AMADEU SÁ MIRANDA. de Mirandela. solteiro. ÁLVARO DE JESUS. de Parada. José Alves de Mariz. Respondeu como ausente. seguidos de oito de degredo. por conspirador. pois havia seguido na emigração as hostes de Paiva Couceiro. É irmão do padre Ernesto Baptista Cangueiro adiante mencionado. ALFREDO DA RESSURREIÇÃO CANGUEIRO. ALBINO AUGUSTO GONÇALVES RODRIGUES. solteiro. ALBINO FREDERICO. preso no castelo de S. concelho de Macedo de Cavaleiros. filho de Miguel Pires Dias e de Maria do Carmo Pires. Foi condenado por conspirador. que vai adiante mencionado. deu entrada na cadeia a 22 de Março de 1919.ª divisão militar. ALFREDO DA CARDANHA. presbítero. de Bragança. do Porto. concelho de Moncorvo.º cabo de infantaria nº 2. Jorge e em 4 de Abril de 1913 transferido para o Limoeiro. Era filho de José Miguel de Carvalho (o Lamalonga) e de Júlia dos Anjos. Estava em Fevereiro de 1912 preso por conspirador na Trafaria em Lisboa. de Espinhosela. de Cardanha. em que emigrou para o Brasil. chefe militar da conspiração. a quatro anos de prisão celular. AMÉRICO ANTÓNIO CARVALHO.634 TOMO VII CONSPIRADORES no tribunal marcial de Chaves que respondeu Paiva Couceiro. após o insucesso desta. Confessou o crime e declarou que fora aliciado pelo criado do bispo de Bragança. Foi condenado pelo tribunal marcial de Chaves em 26 de Novembro de 1913 a seis anos de prisão celular. de Rebordainhos. concelho de Bragança. Por aviso publicado no Diário do Governo de 2 de Maio de 1913 foi proibido de residir durante seis meses no seu concelho por infringir a lei da separação da Igreja do Estado. adiante mencionado. pedreiro. de Mirandela. filho de José Benedito Rodrigues e de Maria Luísa. soldado de infantaria na mesma cidade. agenciário. solteira. 701. Em Fevereiro de 1912 estava preso por conspirador na Trafaria. de Samil. Foi julgado à revelia pelo tribunal marcial de Braga em Março de 1913. Respondeu como ausente ante o tribunal marcial de Braga em 22 de Julho de 1913. ANTÓNIO AUGUSTO DE CASTRO. em Lisboa. natural de Bragança. freguesia de Edral. ANTÓNIO JOAQUIM ESTEVES. pelo tribunal marcial de Braga. ANTÓNIO BENEDITO RODRIGUES. solteiro. Jorge em Lisboa e em 4 de Abril de 1913 transferido para o Limoeiro. ANTÓNIO RAFAEL ALVES. ANTÓNIO JOSÉ AFONSO CARRAZEDO. filho de Francisco Meia e de Miquelina Rosa Alves. correeiro. de trinta e oito anos. concelho de Vinhais. filho de Josefa Rosa. ANTÓNIO AUGUSTO SOARES. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Faleceu em Lisboa a 1 de Abril de 1930. destas Memórias. filho de pai incógnito e de Maria do Carmo. Foi condenado por conspirador a quatro anos de prisão celular pelo tribunal de guerra da 1. solteiro. ANTÓNIO CARLOS SARMENTO COLAINHO DE AZEVEDO. natural de Mirandela. pároco de Paradela.CONSPIRADORES 635 TOMO VII ANTÓNIO AUGUSTO. de onde desertou indo apresentar-se a Paiva Couceiro. ex-cabo. preso no castelo de S. de Moncorvo. Foi condenado a 27 de Fevereiro de 1913. Respondeu à revelia. de vinte anos. solteiro. sendo condenado em oito anos de prisão celular ou na alternativa em doze anos de degredo. ANTÓNIO JÚLIO SALGADO. ANTÓNIO AUGUSTO. casado. de Bragança. ANTÓNIO MARIA ESTEVES. Estava preso na Trafaria em Fevereiro de 1912. perante o tribunal marcial de Chaves em Novembro de 1913. de vinte e dois anos. do mesmo concelho. Respondeu à revelia perante o tribunal marcial de Braga em Julho de 1913. (1009) Ver tomo VI. solteiro. por conspirador. engenheiro civil (1009). abade de Agrochão. pai do padre José António de Castro. concelho do Mogadouro. de vinte e um anos. de Bragança.ª divisão militar. de Bragança. Foi julgado à revelia no tribunal marcial de Braga em Fevereiro de 1913. p. sapateiro. de vinte e um anos. natural de Sendim. a um ano de prisão correccional e trinta e seis dias de multa a 100 réis por dia por tomar parte na segunda incursão couceirista. AUGUSTO CÉSAR DE SÁ MIRANDA. sendo depois atraído traiçoeiramente à raia. Estava na cadeia de Braga. aspirante dos correios. filho de João Pires e de Beatriz de Jesus. ARMÉNIO AUGUSTO. mas. AUGUSTO DAVID DE SÁ LEÃO. de trinta e cinco anos. de Macedo de Cavaleiros. no tribunal marcial de Braga. natural de Travanca. Foi indultado por decreto de 3 de Outubro de 1913. solteiro. sendo condenado em oito anos de prisão celular ou na alternativa em doze de degredo. concelho do Mogadouro. solteiro. Pedro Velho. casado. jornaleiro. Respondeu à revelia por conspirador ante o tribunal marcial de Braga em Fevereiro de 1912. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . a seis anos de prisão celular.636 TOMO VII CONSPIRADORES ARMANDO CORREIA DA ROCHA. solteiro. preso por conspirador na Trafaria. casado. natural de Sendim. BASÍLIO BARREIRA. AUGUSTO CÉSAR DE SÁ MIRANDA. ARTUR LOBATO PEREIRA. AUGUSTO DAVID DE SÁ LEÃO. filho de José Barreira e de Ermelinda Vaz. Foi indultado por decreto de 3 de Outubro de 1913. a 20 de Fevereiro de 1913. concelho de Vinhais. de Lamego. no tribunal marcial de Braga. seguindo para o Brasil em Junho de 1911. AUGUSTO DE SOUSA DE SÁ MIRANDA. indo apresentar-se a Paiva Couceiro. Estava em Fevereiro de 1912 preso por conspirador na Trafaria. a um ano de prisão correccional e trinta dias de multa. filho de José Augusto Pereira e de Joaquina Rosa Lobato. de Bragança. de vinte e dois anos. Foi condenado a 8 de Agosto de 1912. filho de Bernardo José Luís de Sá e de Antónia de Sá Miranda. estudante. deu entrada na cadeia a 4 de Março de 1919. Estava na Penitenciária de Lisboa. em Lisboa. jornaleiro. de trinta e sete anos. em Lisboa. e agora pároco de Miranda do Douro. concelho de Mirandela. soldado de infantaria na mesma cidade. de Bragança. casado. de Meixedo. de Carrapatas. deu entrada na cadeia a 20 de Fevereiro de 1919. proprietário. Era pároco de Mairos. quando fugiu para Espanha por conspirar. comerciante. concelho de Bragança. AUGUSTO CÉSAR PAIS. de Mirandela. Foi julgado à revelia no tribunal marcial de Braga em 22 de Junho de 1913. Respondeu à revelia no tribunal marcial de Braga em Fevereiro de 1913. porém o governo espanhol reclamou-o por via diplomática e foi-lhe entregue. professor de instrução primária em S. seguidos de dez de degredo por tomar parte na segunda incursão couceirista. freguesia de Edral. filho de Custódio Rocha e de Maria Cândida. pelo tribunal marcial de Chaves. foi preso. de onde desertou. de Bragança. Foi condenado por conspirador. Foi condenado por conspirador. concelho de Chaves. concelho de Macedo de Cavaleiros. proprietário. em Fevereiro de 1912. BALTASAR REIS. mas residente em Bragança. faziam parte do mesmo complot. como noticiaram os jornais (Diário de Notícias de 17 de Julho de 1913). Confessou o crime e declarou que fora aliciado. preso em Coimbra a 11 de Janeiro de 1913. e que foram condenados. Ver tomo VI. CARLOS AUGUSTO DE FIGUEIREDO SARMENTO. o seu patrono. presbítero. condenado em 2 de Agosto de 1912 pelo tribunal marcial de Chaves em quatro anos de prisão celular. Estava em Fevereiro de 1912 presa por conspiradora. juntamente com outros cinco homens e duas mulheres. de Codeçais. do Porto. criada de servir. casado. 125. mas na madrugada de 16 de Julho de 1913. de vinte e dois anos. de Bragança. Ao perguntar-lhe o juiz quem era o seu advogado. que fica ao norte do edifício).CONSPIRADORES 637 TOMO VII CÂNDIDA AUGUSTA RIBEIRO. a um ano de prisão e trinta e seis dias de multa a 100 réis por dia por implicado no complot monárquico daquela vila (1010). trolha. de Carrazeda de Ansiães. Levava na boutonière o emblema monárquico e ao ser-lhe lida a sentença levantou «vivas» ao rei e à monarquia. pelo tribunal marcial de Braga. e Francisco José Gomes. de Bragança. respondeu: «O meu advogado? D. do Mogadouro. Com os presos fugiu também a sentinela que os guardava. juntamente com os presos políticos Amâncio dos Santos. CÉSAR AUGUSTO DE AZEVEDO. envolveram-se no caso doze pessoas. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Augusto Cardoso de Oliveira. Foi capelão das hostes de Paiva Couceiro. seguidos de doze de degredo. alferes. (1010) Além destes. CÉSAR AUGUSTO DE AZEVEDO. No acto da prisão foi-lhe apreendida uma carta do presidente da Liga Monárquica do Rio de Janeiro. filho de António de Azevedo e de Maria das Dores. funileiro. que foram absolvidos. É notável a coragem com que o padre Neri Sanches se apresentou a julgamento no tribunal. Manuel II». serrando vários ferros de uma janela e descendo por uma corda amarrada à mesma. pág. de Famalicão (que estavam na cela nº 44. das quais apenas foram condenadas cinco. solteira. Ao todo. CÂNDIDO FILIPE NERI SANCHES. em que este lamentava o insucesso da incursão couceirista. evadiram-se da cadeia civil de Braga. Foi condenado a 29 de Março de 1913. mais quatro indivíduos adiante nomeados. por haver tomado parte na segunda incursão de Paiva Couceiro. sendo condenado pelo tribunal marcial de Braga na pena de vinte anos. destas Memórias. de Vinhais. Joaquim Ferreira. «As suas testemunhas de defesa?» «Só tenho uma – disse ele – é Paiva Couceiro». CÉSAR AUGUSTO. pertencente à dita cela nº 44. de Ribeira de Pena (que estava na cela nº 34). Foi indultado por decreto de 3 de Outubro de 1913. Respondeu por conspirador ante o tribunal marcial de Braga em Fevereiro de 1912. EDUARDO MARIA DOMINGUES. Foi indultado por decreto de 3 de Outubro de 1913. ex-criado do bispo D. do Mogadouro. Por determinação publicada no Diário do Governo de 2 de Maio de 1913 foi proibido de residir durante quatro meses no seu concelho. concelho de Macedo de Cavaleiros. natural de Sendim. seguidos de oito de degredo. atrás relacionado). deu entrada na cadeia a 19 de Maio de 1919. de Lamalonga. residente em Bragança. mas já por outra vez fora preso nesta cidade a 30 de Maio de 1913. casado. carregador de Moncorvo.ª divisão militar em Abril de 1913. condenado a quatro anos de prisão celular. ERNESTO BAPTISTA CANGUEIRO. casado. pelo tribunal marcial daquela cidade. jornaleiro. condenado a 8 de Agosto de 1912. de Vinhais. seguidos de oito de degredo. a seis anos de prisão celular. de Macedo de Cavaleiros. filho de João Daniel e de Alexandrina da Conceição. EUSÉBIO DOS SANTOS GOMES. EDUARDO AUGUSTO CORDEIRO. filho de Francisco António e de Amélia Carolina Morgado. deu entrada na cadeia a 15 de Junho de 1919. Por aviso publicado no Diário do Governo de 2 de Maio de 1913 foi proibido de residir durante quatro meses no seu concelho por transgredir a lei da separação da Igreja do Estado. sendo condenado e recolhido à Penitenciária de Coimbra e indultado a 3 de Outubro desse ano. por conspirador. por haver tomado parte na incursão de MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . concelho do Mogadouro. DIOGO PINTO DA SILVA. de vinte e seis anos. em Lisboa. EDUARDO DOS SANTOS BORGES. estudante. residente em Bragança. natural de Grijó. DAVID DOS SANTOS (também conhecido por David dos Santos Morgado). natural do Campo de Víboras. Respondeu como conspirador ante o tribunal da 1. seguidos de oito de degredo. comarca de Bragança. pelo tribunal marcial de Chaves. DOMINGOS DO PATROCÍNIO PIRES PINTO. por ter transgredido a lei da separação da Igreja do Estado. Estava em Fevereiro de 1912 preso na Trafaria. de Bragança. de Podence. de trinta e sete anos. concelho de Miranda do Douro (irmão do padre Alfredo da Ressurreição Cangueiro. em quatro anos de prisão celular. EUGÉNIO DOS SANTOS PINTO. Foi julgado à revelia pelo tribunal marcial de Braga. de vinte e dois anos. abade de Bemposta.638 TOMO VII CONSPIRADORES DANIEL JOSÉ DA COSTA LEÃO. guarda-portão na rua Alexandre Herculano em Lisboa. Estava na Penitenciária de Lisboa. Foi indultado por decreto de 3 de Outubro de 1913. pároco de Urros. capitalista. filho de Luís Maria Domingues e de Maria Rosa. foi condenado por conspirador em 8 de Janeiro de 1913. José Alves de Mariz. concelho do Mogadouro. nº 812 da polícia cívica de Lisboa. natural de Mirandela. tomando em seguida conta dos livros e não havendo então resistência alguma». porém. pelo que o conflito se tornou mais grave. destas Memórias. Tendo chegado a esta cidade a guarda republicana. por haver transgredido a lei da separação da Igreja do Estado. deu entrada na cadeia a 22 de Março de 1919. foi condenado a 26 de Novembro de 1913 pelo tribunal militar de Chaves. segundo determinação publicada no Diário do Governo de 2 de Maio de 1913. indo apresentar-se a Paiva Couceiro com o armamento do corpo a que per(1011) Ver tomo VI. guarda-fiscal reformado. de Bragança. efectuando apenas algumas prisões de mulheres. Respondeu à revelia. especialmente as mulheres. FRANCISCO ANTÓNIO VALE DE PRADOS. porém. filho de António Joaquim Pilão e de Maria Angélica. Por determinação publicada no Diário do Governo de 2 de Maio de 1913 foi proibido de residir durante oito meses no seu concelho. Aconteceu. Em correspondência de Miranda do Douro do dia 12. p. foi proibido de residir durante seis meses no seu concelho. pároco da Póvoa. de Baçal. não havendo. filho de Francisco Claro e de Luísa Vaz. contador do registo predial em Bragança. Estava também na Penitenciária de Lisboa. machados. por conspirador. FERNANDO GUEDES BACELAR. concelho de Vinhais. lê-se: «Tendo sido expulso o pároco da freguezia da Póvoa [Félix Francisco Pires]. pároco de Travanca. que a povoação se opôz. em seis anos de prisão celular. de onde desertou. soldado de infantaria nesta cidade. dêste concelho. de vinte e um anos. concelho de Bragança. publicada no Diário de Notícias do dia 17 desse mês e ano. seguidos de dez de degredo. de cinquenta anos. Foi indultado pelo decreto atrás citado. amotinando-se. sapateiro. concelho de Chaves.CONSPIRADORES 639 TOMO VII Paiva Couceiro. que para a rua sairam armadas de espetos. O administrador de Miranda do Douro era o padre Eduardo António Falcão. 524. não conseguindo o administrador realizar o seu fim. natural de Edral. FRANCISCO ANTÓNIO. forcados e outros instrumentos. pois havia seguido na emigração as hostes de Paiva Couceiro (1011). por conspirador. o respectivo administrador ali se dirigiu com um oficial para tomar conta dos livros do registo e fazê-los conduzir para esta cidade. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Foi julgado à revelia. desastres a lamentar. FÉLIX FRANCISCO PIRES. casado. residente em Vilarelho da Raia. doutor em direito. concelho do Mogadouro. FRANCISCO ANTÓNIO PILÃO. concelho de Miranda do Douro. em Julho de 1913. FRANCISCO ANTÓNIO DE OLIVEIRA. o administrador com ela ali voltou para o mesmo fim. além de perder os benefícios materiais do Estado. casado. foram absolvidos. em Lisboa. soltou apoiados em pleno tribunal. de vinte anos. um farmacêutico. teve afirmações destas: «O processo dos supostos conspiradores de Coimbra é um verdadeiro monstro. por conspirador. um chauffeur e um empregado público. ante o Tribunal Marcial de Braga em Julho de 1913. Foi julgado no tribunal militar de Coimbra (em cujas prisões estava detido) e absolvido. na sua maior parte. a 22 de Abril de 1913. sendo condenado em oito anos de prisão celular ou na alternativa de doze de degredo. solteiro. que em virtude das convulsões políticas transferiu o colégio-liceu para Huy. formado em matemática e filosofia pela Universidade de Coimbra. de vinte e um anos. indo apresentar-se a Paiva Couceiro. soldado de infantaria na mesma cidade. salientando a violência feita aos réus. natural de Mirandela. de onde desertou. GUILHERMINO AUGUSTO ALVES. O julgamento durou onze dias. GERMANO AUGUSTO. Foi julgado à revelia no tribunal marcial de Braga em 22 de Julho de 1913 e condenado em oito anos de prisão celular ou na alternativa em doze de degredo. para onde o acompanhou o doutor GuiMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . o republicano histórico bem conhecido doutor Cunha e Costa. antigo professor da mesma Universidade. filho de Sebastião Vale de Prados e de Maria Augusta. é filho de Manuel José e de Filomena Margarida. que. de Vila Franca de Sendas. Estava preso na Trafaria. distintíssimo intelectual e erudito. Está cheio de defeitos». na Bélgica. filho natural de Maria Cândida Fernandes. concelho de Bragança. FRANCISCO MESSIAS. Juntamente com ele responderam mais trinta e quatro co-réus. natural de Bragança. negociantes. sendo condenado em oito anos de prisão celular ou na alternativa em doze de degredo. Foi julgado à revelia no tribunal marcial de Braga em 22 de Julho de 1913. desertou e foi juntar-se às hostes de Paiva Couceiro. doutor pela Universidade Gregoriana de Roma. soldado de infantaria nesta cidade. Respondeu à revelia. da Figueira da Foz. filho natural de Amélia de Jesus. sapateiro. FRANCISCO AUGUSTO FERNANDES ISIDORO. advogados. Foi julgado à revelia no tribunal marcial de Braga em 22 de Julho de 1913. Um dos advogados de defesa. em Fevereiro de 1912. de vinte e três anos. empregado do caminho-de-ferro. estabelecimento dirigido pelo doutor José Luís Mendes Pinheiro. concelho de Bragança. entre os quais havia médicos. dois dos mais importantes centros científicos da Europa. achando justas as censuras deste advogado à forma seguida pelas autoridades no processo. solteiro. O doutor Guilhermino Augusto Alves. natural de Bragança. solteiro. proprietários. era professor no Colégio-Liceu Figueirense. FRANCISCO DA SILVA RAMOS. supostos conspiradores pertencentes ao complot de Coimbra. perto de Liège e Lovaina. estudantes. Mais de uma vez o auditório. de Meixedo.640 TOMO VII CONSPIRADORES tencia. JOÃO BAPTISTA LOPES. pedreiro. na Trafaria. de Bragança. de Bragança. deu entrada na cadeia a 20 de Fevereiro de 1919. concelho do Mogadouro. solteiro. GUILHERMINO DA SILVA. de Mirandela. filho de Francisco António Cabral e de Amélia Augusta Galhós. de Bragança. de Mirandela. JOÃO BAPTISTA. sendo condenado a sete meses de cadeia. Em Agosto de 1930 é reitor e professor do Seminário Diocesano de Bragança. JOÃO ANTÓNIO PEREIRA. por haver infringido a lei da separação da Igreja do Estado. pároco de Sanhoane. condenado em 27 de Fevereiro de 1913. pelo tribunal marcial de Braga. 2. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . em 8 de Janeiro de 1913. JOÃO BAPTISTA. mas levando-lhe em conta o tempo de prisão sofrida. estudante. respondeu a 25 de Fevereiro de 1913 no tribunal marcial de Braga. JOÃO CARNEIRO FERREIRA. filho natural de Maria do Carmo Martins. respondeu na mesma cidade a 21 de Junho do dito ano. de vinte e seis anos.CONSPIRADORES 641 TOMO VII lhermino Augusto Alves no desempenho das suas funções do magistério. de Mirandela. foi condenado por conspirador. por tomar parte na segunda incursão couceirista. Era filho de Manuel Reis e de Carolina Augusta. filho de José Manuel Carneiro e de Ricardina Augusta Pimentel. Respondeu à revelia perante o tribunal marcial de Braga em Junho de 1913 e foi condenado a oito anos de prisão celular ou doze de degredo. JOÃO BAPTISTA CABRAL. Foi julgado no Porto em audiência geral de 15 de Julho de 1913 por. em 4 e 5 de Julho de 1911. a um ano de prisão correccional e trinta e seis dias de multa a 100 réis por dia por tomar parte na segunda incursão couceirista. natural de Rebordainhos.º cabo-corneteiro. do mesmo concelho. Em Fevereiro de 1912 estava preso. ex-guarda nº 1554 do corpo de polícia de Lisboa (esquadra do Rato). alfaiate. seguidos de oito de degredo. HORÁCIO AUGUSTO MARTINS. Havia sido preso a 25 de Agosto de 1912. pároco de Chacim. sendo absolvido. HERMÍNIO AUGUSTO. Preso no Porto a 4 de Março de 1912. solteiro. de Bragança. Foi julgado à revelia pelo tribunal marcial de Braga em Março de 1913. em quatro anos de prisão celular. pároco de Vale de Asnes. de dezanove anos. JOÃO BAPTISTA LOPES. espalhar boatos alarmantes contra as instituições republicanas. trabalhador. de Bragança. segundo aviso publicado no Diário do Governo de 2 de Maio de 1913. JOÃO BAPTISTA RODRIGUES. por conspirador. e foi condenado a três anos de prisão celular. seguidos de quatro e meio de degredo. foi proibido de residir durante seis meses no seu concelho. em Lisboa. de Bragança. deu entrada na cadeia em 22 de Março de 1919. pelo tribunal marcial daquela cidade. em Fevereiro de 1912. Em algumas partes aparece com o nome de José Augusto Cabanelas. natural do Castanheiro. como ausente. casado. preso no Castanheiro. Estava preso como conspirador. pelo tribunal marcial de Braga. JOSÉ EDUARDO FERNANDES. J OSÉ ANTÓNIO FERNANDES. Estava preso por conspirador. JOSÉ FRANCISCO DE SOUSA. canteiro. foi depois transferido para a de Macedo de Cavaleiros. idem em 22 de Março de 1919. ex-polícia. filho de Luís António Lopes e de Isabel Maria Rego. concelho de Carrazeda de Ansiães. em Lisboa. na cadeia civil desta cidade. foi preso por envolvido na conspiração monárquica de 21 de Outubro de 1913. de trinta e cinco anos. natural de Donai. mas o padre Castro emigrou de Espanha para o Brasil e não voltou a Bragança. JOSÉ AUGUSTO CARVALHO. solteiro. a 27 de Agosto de 1912. no castelo de S. por tomar parte na segunda incursão couceirista. JOSÉ AMARO. servente. presbítero. Preso logo desde o princípio. natural de Rebordãos. de Alfândega da Fé. residente em Serapicos. de vinte e sete anos. condenado em 27 de Fevereiro MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Em 1930 voltou aquele do Brasil a pedido do Patriarca de Lisboa. concelho de Carrazeda de Ansiães. filho de Maria Rosa da Cruz. JOSÉ ANTÓNIO DE CASTRO. de Quintanilha. pelo citado tribunal. de Bragança. JOÃO MOURA. Respondeu à revelia. presbítero. ex-guarda do corpo de polícia civil de Lisboa. idem. filho de Lázaro Manuel Fernandes e de Ermelinda Fernandes. juntamente com seu pai. de Mirandela. JOAQUIM DO CARMO RODRIGUES. idem. onde seu pai regressou. Ver neste tomo o artigo respectivo. pág. pelo tribunal marcial de Braga em Novembro de 1913 para responder pelo crime de conspirador. de Macedo de Cavaleiros. concelho de Macedo de Cavaleiros. JOSÉ ANTÓNIO MONTEIRO FILIPE. de quarenta e sete anos.642 TOMO VII CONSPIRADORES JOÃO DE DEUS. JOÃO MANUEL MORAIS. foi citado. onde fixou residência e se tem notabilizado tanto no jornalismo como no púlpito. deu entrada na cadeia a 22 de Março de 1919. Jorge. a um ano de prisão correccional e trinta e seis dias de multa a 100 réis por dia. em Fevereiro de 1912. concelho de Bragança. abade dos Cortiços. foram absolvidos. de Bragança. 92. guarda-freio da Companhia Carris de Ferro de Lisboa. natural de Bragança. concelho de Bragança. JOÃO FRANCISCO LÁZARO. em Lisboa. no tribunal marcial de Braga. canteiro. na Trafaria. condenado em 27 de Fevereiro de 1913. de onde se evadiram por ocasião da primeira incursão de Paiva Couceiro em Vinhais. de Mirandela. filho de Manuel Joaquim Fernandes e de Miquelina de Jesus. por conspirador. Julgados à revelia em Março de 1913. idem em 19 de Maio de 1919. filho de António Augusto de Castro e de Maria da Conceição. em Junho de 1913 e foi condenado em oito anos de prisão celular ou doze de degredo. filho de Francisco Beiragrande e de Luísa Gonçalves. concelho de Carrazeda de Ansiães. jornaleiro. JOSÉ FRANCISCO VAZ. em 30 de Maio de 1913. de Parada.º cabo de infantaria nº 17. a quatro anos de prisão celular. de quarenta anos. sendo-lhe comutada a pena em vinte meses de prisão correccional e seis meses de multa a 100 réis por dia. pelo tribunal marcial de Braga. residente em Calvelhe. professor primário aposentado. concelho de Bragança. foi condenado em 8 de Agosto de 1912. pelo tribunal marcial de Braga. em quatro anos de prisão celular. filho de António Ferreira e de Maria Rodrigues. a um ano de prisão correccional e trinta e seis dias de multa a 100 réis por dia. jornaleiro. de Sortes. de Vinhais. foi condenado por conspirador. Requereu revisão do processo e foi novamente julgado no tribunal marcial de Coimbra. 1. por tomar parte na incursão de Paiva Couceiro. de quarenta e seis anos. em 3 de Novembro de 1912. de trinta e três anos. pelo tribunal marcial de Lisboa. e residente na de Agrochão. do Vimioso. casado. JOSÉ JOAQUIM. por tomar parte na segunda incursão couceirista. em quatro anos de prisão celular. Respondeu à revelia. seguidos de oito de degredo. respondeu como ausente. de quarenta e dois anos. casado. 2. pároco de Vale de Prados. de vinte e nove anos. casado. pelo tribunal marcial de Chaves. ante o tribunal marcial de Braga em Fevereiro de 1913. no citado tribunal. filho de Domingos Manuel Pires e de Maria Joaquina Rodrigues. JOSÉ MARIA BEIRAGRANDE. JOSÉ MARIA. a 3 de Novembro de 1912. concelho de Vinhais. concelho de Macedo de Cavaleiros. JOSÉ MARIA. Foi indultado por decreto de 3 de Outubro de 1913. natural de Travanca. foi condenado a 29 de Março de 1913. seguidos de oito de degredo. freguesia de Edral.CONSPIRADORES 643 TOMO VII de 1913. casado. em Março de 1913. no tribunal marcial de Braga em Fevereiro de 1912. e foi condenado em oito anos de prisão celular ou doze de degredo. Respondeu à revelia por conspirador. foi julgado à revelia. filho de Francisco Vaz e de Maria Matilde da Conceição. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . no tribunal marcial de Lisboa. a um ano de prisão correccional e trinta e seis dias de multa a 100 réis por dia. JOSÉ MARIA CARDOSO. por fazer parte do complot monárquico daquela vila. de Carrazeda de Ansiães. de Castanheira. foi condenado por conspirador. JOSÉ MARIA PIRES. casado. JOSÉ MANUEL FERREIRA. do mesmo concelho. deu entrada na cadeia a 22 de Março de 1919. por conspirador. em Junho de 1913. seguidos de oito de degredo. natural de Frades. JOSÉ MANUEL PINTO. do mesmo concelho.º cabo de infantaria nº 17. natural de Bragança. pelo tribunal marcial de Braga. por conspirador. JOSÉ VAZ DE SOUSA PEREIRA PINTO GUEDES BACELAR. pelo tribunal marcial de Braga. casado. sendo pois julgados à revelia (1012). de Bragança. guarda-portão na rua Alexandre Herculano em Lisboa. ex-cabo da polícia cívica nº 1594. natural de Mirandela. morador.º sargento reformado de infantaria nº 10. Acompanhou logo. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de Bragança. de Macedo de Cavaleiros. de Mirandela. pág. em seis anos de prisão celular. seguidos de oito de degredo. seguidos de doze de degredo. ex-empregado da Fábrica de Tabacos de Portugal. por conspirador. e não sabemos se natural. foi condenado a 22 de Março de 1913. desde o princípio. por fazer parte do complot monárquico daquela localidade. filho de Agostinho Alves Branco e de Maria Antónia Jorge. em um ano de prisão correccional e trinta e seis dias de multa a 100 réis por dia. respondeu à revelia. Em Fevereiro de 1912 estava preso por conspirador no castelo de S. deu entrada na cadeia a 22 de Março de 1919. doutor em direito. Maria dos Remédios Mendonça. no tribunal marcial de Braga.644 TOMO VII CONSPIRADORES JOSÉ MENDONÇA TRIGO DE NEGREIROS. as hostes de Paiva Couceiro e. cónego da Sé de Bragança e ex-professor do Seminário Diocesano e do Liceu Nacional da mesma cidade. e Alípio José Pontes. p. Ver o respectivo artigo neste tomo. sua terra natal. Manuel Maria Fernandes. de vinte e seis anos. por conspirador. respondeu como ausente. concelho de Bragança. após o insucesso. pelo tribunal marcial de Chaves. jornaleiro. em Vila Nova. doutor em teologia pela Universidade de Coimbra. destas Memórias. de Carrazeda de Ansiães. JOSÉ DO ROSÁRIO GONÇALVES. Jorge. Preso em Nisa. filho de Manuel José Trigo de Negreiros e de D. em Lisboa. solteiro. de trinta anos. foi julgado e condenado no tribunal marcial de Lisboa em quatro anos de prisão celular. JOSÉ DO NASCIMENTO ALVES. Hermínio Augusto. natural de Abreiro. JOSÉ SILVEIRA. concelho de Carrazeda de Ansiães. juntamente com os co-réus (condenados em igual pena) Eugénio dos Santos Pinto. a 25 de Agosto de 1912 e conduzido ao Limoeiro. 524. filho de Silvério Cabral e de Mariana Gonçalves. mas não foi atendido. 2. JOSÉ SILVÉRIO ou JOSÉ CABRAL. ante o tribunal marcial de Braga em Fevereiro de 1912. foi condenado a 26 de Novembro de 1913. JOSÉ DE OLIVEIRA. por conspirador. presbítero e doutor em teologia pela Universidade de Coimbra. emigrou para o Brasil juntamente com seu irmão Fernando Guedes Bacelar. dos Pereiros. conservador do registo predial em Miranda do Douro. de trinta anos. ex-polícia nº 1554. em Fevereiro de 1912. de trinta e sete anos. 367. O padre Oliveira requereu o indulto no perdão que houve por decreto de 3 de Outubro de 1913. (1012) Ver tomo VI. barbeiro. MANUEL DO ESPÍRITO SANTO. Estava em Fevereiro de 1912 preso por conspirador na Trafaria. de trinta e dois anos. concelho de Bragança.ª companhia da guarda fiscal. concelho de Vinhais. JUSTINO DO ESPÍRITO SANTO LOPES. Respondeu à revelia por conspirador. MANUEL MARIA FERNANDES. casado. de Vinhais. freguesia de Salsas. de trinta e sete anos. ex-cabo nº 1594 da Polícia Cívica de Lisboa. ante o tribunal marcial de Braga. no tribunal marcial de Braga. solteira. respondeu no tribunal de Santa Clara em Lisboa. seguidos de dez de degredo. Foi indultado por decreto de 3 de Outubro de 1913. casado. MANUEL PESSANHA. filho de Manuel Domingos Lopes e de Ludovina Augusta. concelho de Vinhais. sendo punido com vinte meses de prisão correccional. freguesia de Carragosa. pároco de São Jomil.CONSPIRADORES 645 TOMO VII JÚLIO QUEIROGA. estava presa por conspiradora em Fevereiro de 1912. concelho de MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Esteve preso na cadeia civil de Bragança. criado de servir. solicitador. de Mirandela. de Aveleda. ante o tribunal marcial de Braga em Fevereiro de 1913. em Fevereiro de 1913. Confessou o crime e disse que fora aliciado. respondeu a 25 de Fevereiro de 1913. pelo tribunal marcial de Chaves. MANUEL JOAQUIM BERNARDO. no Aljube do Porto e no Limoeiro e Trafaria de Lisboa. pelo tribunal marcial de Braga. foi condenado a 8 de Janeiro de 1913. respondeu em Lisboa no tribunal das Trinas em 6 de Março de 1912 e foi absolvido. natural de Vale de Nogueira. a seis anos de prisão celular. LAURA DOS REIS. de Mirandela. de Vinhais. de trinta e dois anos. Preso a 23 de Outubro de 1911 por haver auxiliado a primeira incursão de Paiva Couceiro. como conspirador. pelo tribunal marcial da mesma cidade. MANUEL LOPES. padeira. MANUEL ANTÓNIO. respondeu à revelia no tribunal marcial de Chaves a 26 de Novembro de 1913 como conspirador monárquico e foi absolvido. por fazer parte das hostes couceiristas. MANUEL ANTÓNIO FERNANDES. Foi julgado à revelia. MANUEL ANTÓNIO RODRIGUES. em quatro anos de prisão celular. soldado da 1. em Lisboa. concelho de Bragança. condenado em 2 de Agosto de 1912. por conspirador. de Mirandela. natural de Vila Verde. e residente em Vidoedo. de Soutelo da Gamoeda. de quarenta e três anos. em Março de 1913. Foi absolvido. concelho do Vimioso. por tomar parte na segunda incursão de Paiva Couceiro. a 8 de Novembro de 1913. por conspirador e abandono de posto. natural de Carção. respondeu como ausente. filho de João Lopes e de Maria José Dias. natural dos Cortiços. de Vinhais. seguidos de oito de degredo. abade de Meixedo. MANUEL ANTÓNIO LOPES. proprietário. por conspirador. preso na cadeia civil de Bragança desde 26 de Julho a 15 de Agosto de 1912 por falsas denúncias. por tomar parte na segunda incursão couceirista. natural de Varge. jornaleiro. por conspirador. concelho de Bragança. pároco de Vilar de Peregrinos. Julgadas sem fundamento as acusações. concelho de Carrazeda de Ansiães. condenado. lavrador. Respondeu à revelia no mesmo tribunal em igual mês e ano. de sessenta anos. ante o tribunal marcial MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . MANUEL RAMOS BARREIRA. MANUEL SEBASTIÃO FERNANDES. Foi julgado à revelia. condenado a 8 de Agosto de 1912. Respondeu por conspirador. respondeu à revelia como conspirador. solteiro. de Carrazeda de Ansiães. casado. por conspirador. Ignoramos se é este o Narciso Augusto. natural e abade de Podence. de Vinhais. proprietário. em Novembro de 1912. MANUEL DOS SANTOS. concelho de Vinhais. de Vinhais. jornaleiro. MARIA CÂNDIDA DE SEIXAS. em quatro anos de prisão celular. Foi indultado por decreto de 3 de Outubro de 1913. natural e residente em Sendim. como implicado no complot monárquico daquela localidade. concelho de Macedo de Cavaleiros. de Bragança. jornaleiro. ante o tribunal marcial de Chaves. filho de Miguel Alves Vaz e de Ana Domingues. Respondeu como ausente. de Trevões. condenado em 29 de Março de 1913. NAZÁRIO DO NASCIMENTO GÂNDARA. NARCISO VICENTE ou NARCISO AUGUSTO. seguidos de doze de degredo. de trinta e quatro anos. Foi indultado por decreto de 3 de Outubro de 1913. a seis anos de prisão celular. de vinte e dois anos. que encontrámos mencionado em algumas listas. casado. casada. acusada de conspiradora. MANUEL RODRIGUES POÇAS. MÁRIO DOS SANTOS FERREIRA. concelho de Carrazeda de Ansiães. filho de Manuel dos Santos e de Carolina Rosa. de sessenta anos. de Vinhais. de Vilarinho da Castanheira. concelho de Vinhais. a um ano de prisão correccional e trinta e seis dias de multa a 100 réis por dia. estava presa em Fevereiro de 1912 na Trafaria. no tribunal marcial de Braga em Fevereiro de 1912. seguidos de dez de degredo. filho de António Mendes e de Alexandrina Rosa. concelho de Vinhais. em Lisboa. MARIA BENIGNA. ante o tribunal marcial de Braga em Fevereiro de 1913. residente em Codeçais. no mencionado tribunal em Fevereiro de 1913. pelo tribunal marcial de Chaves. respondeu à revelia. por conspirador. padeira.646 TOMO VII CONSPIRADORES Macedo de Cavaleiros. freguesia de Edral. respondeu à revelia no tribunal marcial de Braga em Fevereiro de 1912. filho de José Rodrigues Poças e de Carolina Pires. de quarenta e quatro anos. pároco de Gostei. natural e residente em Vilar de Peregrinos. deu entrada na cadeia a 5 de Março de 1919. no citado tribunal. MARTINHO JOSÉ DUARTE. PEDRO VICENTE CARNEIRO. foi posto em liberdade. solteira. Lisboa. I vol. de vinte e oito anos. 131 – Publicou mais: Estados Unidos da Europa – Conferência feita a 11 de Dezembro de 1929 na Academia de Ciências de Lisboa. Lisboa.º de 29 págs. Lisboa. pág. residente em Amedo. A seu pedido foi exonerado dos cargos de director do Instituto Superior de Comércio de Lisboa e do de chefe de serviço das Alfândegas para aceitar o de ministro plenipotenciário de 1. residente em Bragança. 1886. a um ano de prisão correccional e trinta e seis dias de multa a 100 réis por dia por se achar envolvido no complot monárquico do aludido concelho. Processo inédito do século XVII. 1887.. 1897. condenado a 29 de Março de 1913. TOMÁS ANTÓNIO DE SÁ CARDOSO. CORDEIRO (Luciano). 124. além destes. como Aníbal Raimundo e José Palmeiro (Varelo). perante o tribunal anteriormente citado. Vésperas do centenário – A Igreja de Sant’Ana e a sepultura de Camões. como conspirador. pelo tribunal marcial de Braga. e traz em preparação o II. mas não alcançámos o respectivo documento autêntico. Separata do «Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa».º de XV-296-1 págs. jornaleiro. e que contra muitos outros se passaram mandados de captura. concelho de Carrazeda de Ansiães. em Junho de 1913 e foi condenado em oito anos de prisão celular ou doze de degredo.CONSPIRADORES | CORDEIRO | CORREIA 647 TOMO VII de Braga. de Carrazeda de Ansiães. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . VALÉRIO ACÁCIO PAVÃO. em Julho de 1913. de que falam várias listas de conjurados. Não sabemos se é este o Porfírio Madureira. natural de Mirandela. deu entrada na cadeia a 1 de Março de 1919. 1929. No Diário do Governo de 20 de Agosto de 1929. 8. Sabemos que. por conspirador. PORFÍRIO MADUREIRA. Lisboa. solteiro. de dezanove anos. filho de pais incógnitos. solteiro. História Económica de Portugal..º de 28 págs. Lisboa. 8. foi julgado à revelia. de Sacóias. 32 págs. – À sua enorme bibliografia há a acrescentar: Primeiros documentos para a história do jubileu nacional de 1880 – Edição comemorativa do sétimo aniversário. pág. filho de Carolina da Piedade Pereira. sapateiro. os prisioneiros políticos foram alguns mais. onde vem o decreto referente a este último cargo. Batalhas da Índia – Como se perdeu Ormuz. foi julgado no tribunal marcial de Braga. 304 págs. 1929. 8. as quais se não realizaram por eles haverem fugido.ª classe e director-geral dos negócios comerciais do Ministério dos Negócios Estrangeiros. CORREIA (Francisco António). em Fevereiro de 1912. 61. Em testemunho desto lhes dei esta minha carta dante em santarem a X dias de janeyro. aditando. participando-lhe que. maço Correspondência do Governo Civil. e paguem ende a mim em cada hum anno vinte soldos de casa e senhas oitavas de centeo e vinte libras de serviço quando eu for em terra de bragança. «São temi(1013) Este documento. como declara uma carta confidencial do administrador do Vimioso de 20 de Fevereiro de 1863 para o governador civil.648 TOMO VII CORREIA | CORTIÇOS E CERNADELA | CRIMINOSOS encontram-se honrosíssimas apreciações da acção social e científica deste notável bragançano. fol. cometeram um crime no dia 14 na feira de Outeiro. ano de 1876. foi copiado do traslado existente na Torre do Tombo feito em 1496 a pedido dos moradores dos Cortiços e de Cernadela. conferida pelo governo italiano. Maurício. e agora. 188 e seguintes apontámos vários criminosos célebres do distrito. Joham vicente e Lourenço gomes a vyo» (1013). de nome António Martins Padrão. juntamente com Sebastião Chumbo. «homem valente e destemido» (1014). acrescentamos: O Canedo (pág. Afonso IV. pelo tipo do de Bragança. e a 8 de Maio de 1930 outra sobre O tratado de Methuen – Os seus detractores – As suas vantagens efectivas para Portugal e para a Inglaterra – A política comercial contemporânea do tratado – Os vinhos do Porto. por não possuírem exemplar algum do respectivo foral. CORTIÇOS E CERNADELA – Foral desta vila dado. CRIMINOSOS – Na pág. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . afonso anes a fez era de mill e trezentos e sesenta e nove años. A 14 de Março de 1929 fez na Academia de Ciências de Lisboa uma notável conferência sobre As antigas leis da pragmática e as indústrias do luxo. 190). de Argozelo. El Rey o mandou por Joham vicente seu creligo e per Lourenço gomes de porto de moos seu vassalo. por que mando e defendo que nom seja nem hum ousado que contra elles vaa nem lhes faça mal nem força sob pena dos meus encoutos. na era de 1369 (ano de Cristo 1331): «Dom Afonso pella graça de Deos Rey de Purtugal e do alguarve A quantos esta carta virem faço saber que eu querendo fazer graça e mercee aos poboradores e moradores das minhas pobras das cortiças e de cernadella que elles ajam os ditos lugares com todos seus termos novos e velhos e ajam taaes foros e taaes custumes como os de bragança. ultimamente condecorado com o grande oficialato da ordem de S. Também se encontra no Livro das graças e doações de el-rei D. que saiu na Revista do Instituto Superior de Comércio de Lisboa. também conhecido por António Canedo. Tiago da Espada e com a comenda da ordem de S. que devemos à gentil obsequiosidade do fecundo investigador trasmontano Ernesto Augusto Pereira Sales. (1014) Museu Regional de Bragança. conhecido pelo Bragança.. (1016) Ibidem. maço Correspondência do Governo Civil. e chamavam-se José Luís. pág. Os assassinos Carrégas eram naturais de Vila Franca. filho de Júlia Correia. de que falámos na página 188. (1017) Ibidem. fazia parte da «quadrilha do célebre José do Telhado» e foi preso em Vila Real em 1859 (1018). e tendosse espalhado hontem e hoje que o dito criado apareceu morto no Adro da Igreja da Senhora da Serra. Parece que o tal apodo: capadeiras de Rebordãos. quando apregoava carne fresca e barata para o dia seguinte nos Alvaredos. António Bento Gomes e Manuel Bento Gomes.. João. mais conhecido pela alcunha de Pombelíca... assassinado em 12 de Janeiro de 1870 por motivos políticos.... na procissão da festa!. Correspondência especial do Governo Civil. Diz ela: «Ill. Correspondência do Governo Civil (1018) Ibidem. deixando terrífica fama pela série de espancamentos praticados à sombra de uma facção política que o mantinha como mastim de alma danada.ª já procedera a varias averiguações a tal respeito. na noite de S. S. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . estes dois últimos guardas da Alfândega de Chaves (1017). por causa de hum acontecimento que entre ellas e hum criado do Estafeta de Rebordãos houve. Bragança 16 de Agosto de 1855. S.CRIMINOSOS 649 TOMO VII veis e lestos». Por este tempo celebrizou-se tristemente um tal António. – Tendosse instaurado hum processo crime contra hûas mulheres de Rebordãos. Foi assassinado a golpes de machado em plena vila.al de M.. de que falámos no tomo I. destas Memórias. por assim o exigir o andamento do processo.meu Car. o Carréga. natural de Quintela de Lampaças. Foram julgados e condenados em Bragança em Abril de 1894. onde iria matar o pároco.» (1016). chamava-se José Manuel de Sousa Figueiredo e como réus foram acusados João Atanásio. B. O professor de Vinhais. diz o administrador (1015). O Juiz de Direito. tidos como «homens temíveis».es Th. filho de José Marcelino e de Maria Violante. rogo a V.mo Snr. ano de 1876. (Seguem mais letras imperceptíveis). teve origem no facto relatado numa carta do juiz de direito da comarca de Bragança ao administrador do concelho. terrorista contra os adversários. 230. Também pelos anos de 1886 se celebrizou em Bragança o burlão espa- (1015) Museu Regional de Bragança. e constandome que V. Correspondência especial. José Valentim e João António Frei. João Gonçalves. idem. José Nicolau. mesmo debaixo do pálio.ª que com a maior brevidade me informe sobre o resultado das suas averiguações. A tradição diz que o Canedo era tão valente que partia as algemas com que o manietavam e que por mais de uma vez arrebentou as grades da cadeia do Vimioso.. como foi. de quem ignoramos as circunstâncias pessoais. D DEUSDADO (Domingos Augusto de Miranda Ferreira) – Doutor em direito. ainda hoje memoradas com espanto na lenda popular. CRUZ (Padre Francisco Nogueira da) – Natural de Izeda. Pede ao administrador que intervenha no sentido de se efectivar essa gratificação. concelho de Bragança. CRUZ (João Lopes da). A memória deste benemérito sacerdote. na igreja de Santo Ildefonso. natural d’Izeda e fallecido no imperio do Brazil». Em Maio de 1918 regressou a Portugal. Cometeu.650 TOMO VII CRIMINOSOS | CRUZ | DEUSDADO nhol Manuel Peres Herbela. Diz a parte respectiva: «A professora official d’Izeda. Casou no Porto. Maria da Natividade Cruz. ao administrador do concelho de Bragança. é filho de Manuel Maria de Miranda Deusdado e de D. de 6 de Julho de 1891. concelho de Carrazeda de Ansiães. porém. também natural de Linhares. officiou a esta Inspecção. pág.º dos estatutos da mesma Confraria. desempenhando ali também o cargo de provisor do batalhão de Sapadores dos Caminhos-de-Ferro. Em 1919 inscreMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que obteve carta de cirurgião-dentista passada pela Escola Médica do Porto e autorização do governador civil deste distrito. Nasceu em Rio Frio. maço Correspondência do Governo Civil. falecido no Brasil. dizendo que a Confraria das Almas se nega a satisfazer uma gratificação (60$000 reis anuaes) a que é obrigada pelo artigo 16. para exercer a sua profissão. e em cumprimento e satisfação de um legado do benemerito presbytero Francisco Nogueira da Cruz. concluindo o curso de direito na Universidade de Lisboa em 20 de Julho do mesmo ano. 143 – Nasceu em Linhares. Felicidade de Sousa. a 2 de Abril de 1884. a 20 de Janeiro de 1881 com D. Em 30 de Junho de 1917 foi para França. tantas traficâncias. hábil curandeiro. consta de um ofício existente no nosso Museu. Candida dos Prazeres Moz Pires. Foi licenciado em 1 de Março de 1919 e promovido a tenente miliciano em 1928. a 4 de Agosto de 1851. dirigido pelo inspector primário António dos Reis. em 6 de Setembro de 1890. concelho de Bragança. e era filho de Manuel Lopes da Cruz e de D. Maria Antónia Ferreira Deusdado. onde fez parte do Corpo Expedicionário Português até 23 de Abril de 1918. tal a arteirice com que se havia nas suas escroquerias. que os políticos se viram obrigados a depor as rivalidades que os separavam para ele ser escorraçado. Etiologia e profilaxia [17]. n. exercido a advocacia em Lisboa. como aparece noutros documentos. parte a cabeça do próximo. depois de haver prestado declarações ao Natural. nasceu a 23 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Vila Real. (1019) Ver tomo VI. padre-mestre. abade do real mosteiro de Seiça. 2. nº 6. desde então. 1925. censor da real repartição. 4. 18 págs. destas Memórias. A Rápida. Lisboa.os 1 e 27. 1924.DEUSDADO | DOUTEL 651 TOMO VII veu-se como advogado no Supremo Tribunal de Justiça. DOUTEL (José) – Doutor em teologia pela Universidade de Coimbra. Lisboa. tendo. Saiu também em A Voz de 21 de Fevereiro de 1930 e seguintes. símbolo das três virtudes: Fé. por ocasião da festa comemorativa daquela batalha. 8. Imprensa Lucas. na comemoração do falecimento do Santo Condestável. 1930. 1928. p.º de 12 págs. Tip. Revista Insular e de Turismo. Um Rachador que. 1929. Lisboa. Lisboa. se desdiz e contradiz e presta declarações com «mayonnaise» de Limoeiro. Colaborou na revista jurídica O Direito. 162. A Voz.º visconde de Mirandela (o 1. do conselho de sua majestade e fidalgo-cavaleiro da casa real. Lisboa. comissário da bula da cruzada. Bernardo. Publicou os seguintes trabalhos: Minuta de agravo nos autos de injusta pronúncia de António Henrique de Sousa Antunes. 1931. e p. justificando o nome. 8 págs. O Trás-dos-Montes. 1925. Renascença das indústrias domésticas em Trás-os-Montes – Tese apresentada ao primeiro Congresso Trasmontano. onde terminou o curso em 1809. dom abade geral e reformador da ordem de S. esmoler-mor de sua alteza real na corte do Rio de Janeiro. Esperança e Caridade – Conferência pronunciada no salão nobre da Câmara Municipal de Lisboa na sessão solene comemorativa do aniversário da batalha de Aljubarrota. Internacional. A onda do crime. mas com ilustrações e leves diferenças no texto. Nun’Álvares. 100 págs.os 16 a 24. irmão de António Doutel. António Doutel. Nuno Álvares – Discurso proferido em Vila Nova de Ourém. 8º de 160 + 1 págs. n.º de 54 págs. 6 de Novembro de 1928. Lisboa. protonotário apostólico. 60. ou António Doutel de Almeida Machado e Vasconcelos. 1928. Lisboa. Tip.º foi Francisco António da Veiga Cabral da Câmara (1019). Batalha de Aljubarrota – Discurso proferido na Sala de Capítulo do mosteiro da Batalha. Lisboa. Um acusado que se arvora em acusador e que. Trás-os-Montes – Conferência realizada na Sociedade de Geografia de Lisboa em 25 de Janeiro de 1930. foi. Ver Portugal: Dicionário histórico. irmão do esmoler-mor primeiro mencionado. deixando viúva D.º barão de Portela. existentes em Moncorvo em poder da família Doutel. Bernardo. 2. Foi padrinho Frei José de Morais. 1. António Venceslau Doutel de Almeida. Sua mulher era irmã do 1. 60. sendo-lhe renovado o título na segunda vida por decreto de 13 de Maio de 1815. que obtivemos graças à interferência do nosso bom amigo tenente João José Vaz de Morais de Abreu e Sarmento. Em 1760 era morgado de Cabanelas. Este 2. religioso da congregação de S. que também aparece com os apendículos de Machado e Vasconcelos. e de D. nº 5-I. 171).652 TOMO VII DOUTEL nasceu em Rio Bom. «que vive em sua companhia». naturais de Bragança. (1021) Ver tomo VI. e de D. destas Memórias. 60. Joana Francisca Maria Josefa da Veiga Cabral da Câmara. (1023) Documentos originais. concelho de Mirandela. comendador da ordem de Cristo e grande do império do Brasil. irmã do 1. p. Maria Joaquina de Morais Sarmento. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . artigo «Mirandela (Francisco António da Veiga Cabral da Câmara. António Xavier Doutel. natural de Rio Bom. também conhecida por D. com quem casara em 1804. freguesia de Cambres. Bernardo Doutel de Almeida (ver p. (1022) Ibidem. por decreto de 29 de Setembro de 1823. acima mencionado. destas Memórias. nomeado cavaleiro supranumerário da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. nº 7. de Abril de 1775 e faleceu em Mirandela a 1 de Julho de 1840. e materno de Francisco de Morais Madureira. p. neto paterno de [António] Henrique Doutel de Almeida (1021) e de D. natural de Bragança (1020). natural de Rio Bom. mês e ano do nascimento) e foi baptizado a 14 de Julho de 1767 (como então os baptizados se faziam a menos de um mês do nascimento – observação por nós já feita em casos idênticos – é de presumir que nasceu pouco antes). Francisco Doutel de Morais Sarmento. Por carta régia de 15 de Maio de 1812. nº 6. comarca de Lamego (a sua certidão de idade não indica o dia. Inácia Clara Doutel Machado e Vasconcelos (1022). como consta do Tombo dos prazos da mitra. ao qual sucedeu na casa e títulos em 31 de Maio de 1810 por falecer sem descendência. foi governador de Chaves e faleceu a 19 de Outubro de 1816. «para entrar como effectivo quando houver vaga» (1023). Era filho de António Venceslau Doutel de Almeida. que também foi esmoler-mor da casa real. (1020) Ver tomo VI. tio do baptizado. existente no Museu Regional de Bragança. atendendo às moléstias de que sofria no Rio de Janeiro o esmoler-mor Frei José Doutel.ª viscondessa de Mirandela. natural de Tarouca. fidalgo-cavaleiro da casa real.º visconde de)». Maria Caetana Joaquina de Carvalho.º visconde de Mirandela foi brigadeiro. foi nomeado para servir no seu impedimento seu sobrinho Frei José Doutel. Joana da Veiga Cabral de Morais Pimentel.º visconde do mesmo nome. do conselho de sua majestade. Maria Bernardina Pinto. 172 o artigo «Doutel de Figueiredo Sarmento» e as notas do artigo anterior. Em 1861 foi nomeado comandante da guarda municipal do Porto. que casou com D. Nasceu em Évora a 16 de Março de 1897 e casou no concelho de (1024) Ver na p. Maria Miquelina Doutel de Figueiredo Sarmento. que casou com D. 338. Esteve no cerco do Porto e fez todas as campanhas constitucionais e em 1847 no combate da ponte de Mirandela contra os patuleias. pertencentes hoje. destas Memórias e neste a p. Maria José do Espírito Santo de Torres Portocarreiro. depois de Trás e agora rua do conselheiro Abílio Beça. filha de Joaquim José Torres Portocarreiro e de D. nº 14.DOUTEL | ESTEVES 653 TOMO VII DOUTEL DE FIGUEIREDO SARMENTO (Manuel) – Natural das Aguieiras. p. 2. doutor em direito pela Universidade de Coimbra. concelho de Mirandela. nasceu em 1801 e faleceu em Moncorvo em 1864. de Bragança (1024). que casou com António Augusto de Sampaio e Melo. (1025) Ver tomo VI. destas Memórias. Tem sete filhos. pois de outra forma não se compreende que fossem colocar o escudo na padieira da porta do quintal voltado para dentro do mesmo em vez de ser para a rua. Em Bragança. já falecida.º – Bernardo Doutel de Figueiredo Sarmento. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . pois é tudo da mesma família. ficam as casas grandes de que falámos no tomo I. na antiga rua da Carreira ou da Corredoura (aparece com estes dois nomes). Era filho de Miguel Pires Doutel de Figueiredo e de D. Tiveram: 1. Era condecorado com o hábito de Avis. por compra. já feita por estranhos. ao professor do liceu Daniel Rodrigues (ver pág. 62 e 161. de Moncorvo. general de cavalaria.º – D. Tiveram: I – Manuel Doutel de Figueiredo Sarmento. Teresa Salgado de Negrão. Josefa de Macedo Gouveia e Vasconcelos.º sargento-maquinista da marinha de guerra. de Felgar. 453) e na verga da porta do quintal que deita para a Estacada há um escudo com as armas dos Doutéis (1025). já falecido. também em certo tempo chamada rua do Espírito Santo. 57. Casou em Moncorvo com D. provável reconstrução da primitiva vivenda daquela família. já falecido. E ESTEVES (Francisco António) – 2. pág. medalha de Torre e Espada. Sem descendência. Esta casa tem aspecto de ser obra do século XIX. ordem de Cristo e medalha das nove campanhas da Liberdade. Maria Josefa de Almeida. Ana Rita Coelho. 11 págs. onde terminou o curso em Julho de 1908. deste concelho). Não indica o ano de impressão. Logo que regressou de Roma em 1908 foi nomeado professor de teologia no Seminário Diocesano de Bragança. onde partiu uma perna. Dos dez aos catorze anos estudou num colégio em Lisboa. apreciados pelo escultor Teixeira Lopes e bem conhecidos do público nas diversas exposições de arte que se têm feito. Cândida Florinda) – Aluna distinta da Universidade de Lisboa. a 24 de Junho de 1893. a grade que fez para o monumento aos mortos da Grande Guerra na praça de S. Tem o curso da Escola Industrial «Afonso Domingues». nas minas de Coelhoso. filho de José Maria Fernandes e de D. concelho de Macedo de Cavaleiros. aumentado ainda pelas muitas soldaduras que tem a autogéneo.654 TOMO VII ESTEVES | FELGUEIRAS JÚNIOR | FERNANDES | FERREIRA Vila Flor. onde deixou trabalhos notáveis em serralharia artística antiga. Académica. Como trabalho técnico de ferro batido. filha de António Augusto Ferreira. de Bragança (trabalhando agora. mas é o de 1930. 178 – Escreveu mais: O melhor amigo do homem (Conferência). Tip. depois aos quinze noutro colégio do Porto e aos dezasseis fez exame de admissão em Bragança. Perpétua da Assunção Ferreira. de Izeda. concelho do Mogadouro. ordenando-se de presbítero em 1904. que terminou em 1901. de Talhinhas. seguindo nesse mesmo ano a frequentar a Universidade Gregoriana. Fez os estudos preparatórios no Liceu e Seminário de Bragança e neste os de teologia. Vicente em Bragança é de notável valor. onde cursou a Escola Normal de habilitação ao Magistério MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . cónego da Sé de Bragança. oficial da cúria diocesana e director do Boletim da Diocese de Bragança. Angélica da Natividade Pereira. Nasceu em Sanhoane. a 2 de Abril de 1882. mas seus pais residem em Bragança. Agosto de 1930. filho de Francisco António Esteves e de D. e de D. pág. FERNANDES (Manuel António da Ressurreição) – Doutor em teologia e filosofia pela Universidade Gregoriana de Roma. Nasceu em Talhinhas. FERREIRA (D. professor do Seminário e vice-reitor do mesmo. Bragança. esteve desde 1921 a 1929 como mestre da oficina de serralharia na Escola Industrial «Emídio Navarro». F FELGUEIRAS JÚNIOR (Francisco do Patrocínio). fez parte da expedição à África durante a Grande Guerra (1914-1918). de Xabregas (Lisboa). examinador pró-sinodal. louvados pelo antigo director-geral Álvaro Coelho. FIGUEIREDOS – No tomo VI. ostentando ao peito a comenda de Isabel. a Católica. Além de ser aluna distinta da Universidade e das distinções que obteve no curso liceal. coronel de cavalaria. que lhe permitia frequentar a Universidade de Perúgia. ao tratarmos desta importante família de Bragança não ficou bem clara a sua linhagem. ainda lhe chega o tempo para tirar da leccionação o excesso da despesa a que a obrigam os seus estudos. ou Bernardo de Figueiredo Sarmento Sepúlveda. Coimbra. Fez o curso liceal em Vila Real e Bragança e nesta cidade ainda o da Escola Industrial. 1929. e para publicar estudos de investigação histórica de valor como o seguinte: A guerra da sucessão no distrito de Bragança (Notícias inéditas). obteve a única bolsa de estudo concedida neste ano pelo governo daquele país. depois como professora interina na Escola de Habilitação ao magistério primário e seguidamente na Primária Superior. incumbida ao mesmo tempo pelo governo português de elaborar um relatório sobre o ensino primário de Itália. a óleo. após brilhante curso universitário de literatura italiana. nº 2) era o primogénito e. portanto. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . É pasmosa a energia desta senhora e a ânsia de saber que a devora. Eram filhos de Francisco de Figueiredo Sarmento. Exerceu o magistério em Talhas. 8. saindo professora em 1912 com a elevada classificação de dezoito valores. Caçarelhos (três anos) e Bragança. como aponta a lista deles arquivada no mesmo Museu. vestido à militar. por não chegar o seu ordenado de professora. destas Memórias. 124. na escola infantil. Ainda vivia em Janeiro de 1868 e era um dos quarenta maiores contribuintes do concelho. ao mesmo tempo que rege uma escola primária. nº 13). O maior contribuinte dessa lista é Diogo Albino de Sá Vargas. pág. mas não deixou descendência (1026). 124. Francisco de Figueiredo Sarmento (mesmo tomo. 125. (1026) O seu retrato pintado em tela. com divisas de tenente. para frequentar cursos especiais. de onde saiu em 1927 para ir frequentar a Universidade de Lisboa. (Separata de O Instituto). Francisca Augusta. pág. É como segue: Bernardo de Figueiredo Sarmento (tomo citado. Seu irmão. pág. Era alferes reformado e faleceu em Bragança (freguesia de Santa Maria) com setenta e oito anos de idade a 4 de Junho de 1903.os 14 e 15 mencionados na referida pág. encontra-se no Museu Regional de Bragança. para ter uma brilhante folha de serviços no magistério pelo elevado número de alunos sempre bem habilitados que apresenta todos os anos a exame. que pagava nesse ano 64$700 réis de contribuição predial. casou por último com D. Em Agosto de 1930.º de 30 págs. e ao lado o brasão dos Figueiredos Sarmentos. nº 2. mãe dos filhos n. senhor do morgadio. como também aparece em documentos.FERREIRA | FIGUEIREDOS 655 TOMO VII Primário. 125. para onde partiu. como foi em 1928 o de italiano. 193 – Por seu intermédio foram conseguidas mais as seguintes verbas para obras no nosso distrito: Estrada da Vilariça. p.. na véspera da sua segunda partida para a Alemanha. ou padre Francisco da Encarnação de Figueiredo Sarmento que faleceu em Bragança. C’est uniquement cependant aux hautes lumières de Votre Excellence que je m’en remette pour juger si le cas se peut expier avec les arrêts qu’a souffert cet officier. de Vale de Pradinhos. (1029) Ibidem. p. Cavallerie. concelho de Macedo de Cavaleiros. ponte sobre o Tua.656 TOMO VII FIGUEIREDOS | FIGUEIREDO SARMENTO | FRAGOSO reformado. 1000000$00. 191. e de D. se menciona o padre Francisco de Figueiredo. natural de Vale de Prados. e de D. p. «pouco mais ou menos». do citado tomo VI. nº 1 e seguintes. FRAGOSO (Tomás Augusto Salgueiro). et que le coupable puisse être recommendé à la clémence de Sa Majesté pour obtenir son perdon» (1030). Antónia Rita Pinto). filha de Francisco Álvares de Avelar. 135. (1030) Está na «Correspondência do Conde de Lippe com o Conde de Oeiras». MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Netos paternos de Bento José de Figueiredo Sarmento. nommé José Jorge Figueiredo qui se trouve aux arrêts depuis longtemps pour avoir été trouvé dans l’enceinte d’un Convent à Braganza. FIGUEIREDO SARMENTO (José Marcelino Jorge de) – Excerto de uma carta que o conde de Lippe escreveu ao conde de Oeiras. e de D. nº 1. Também na pág. Ver tomo IV. Ao erudito amigo Ernesto Augusto Pereira Sales agradecemos a comunicação deste documento. em Almeida aos 29 de Fevereiro de 1768: «Oserais-je recourir aux sentimens gracieux dout Votre Excellence veut bien m’honorer pour qu’il me soit permis d’intercéder en faveur d’un Lieut du Régiment de Braganza. natural da vila de Avelar. Maria Pinto. pág. na sua casa da Costa Pequena). casados a 13 de Fevereiro de 1797 (sendo ele já viúvo de D. 1200000$00 Esc. nº 14. a 25 da Julho de 1827. fidalgo da casa real. (1028) Ibidem. Ana Felícia de Avelar. e de D. existente no Arquivo Histórico Militar. 125. coronel de infantaria. cavaleiro da ordem de Cristo e governador de Bragança (onde faleceu com setenta e cinco anos. 616 e seguintes. e bisnetos de José Cardoso Borges. Clara de Figueiredo Sarmento de Bragança (1029). a 20 de Setembro de 1917. (1027) Ver tomo VI. de Miranda. Maria Inácia Correia de Sá Sepúlveda. freguesia de Santa Maria. Le Général Frazer et le Marechal de Camp Smith font beaucoup d’éloges de cet Officier par rapport à l’application avec laquelle il a toujours servi. sala A. cavaleiro da ordem de Cristo (1028). destas Memórias. nº 118. destas Memórias. falecida a 4 de Outubro de 1848 (1027). FRAGOSO | FRIAS 657 TOMO VII estrada de Lomba, 300000$00; idem de Mirandela, Bragança, 800000$00; cadeia de Freixo, 15000$00; idem de Vinhais, 12000$00, e a autorização de um empréstimo à Câmara Municipal de Miranda do Douro. FRIAS (Doutor Manuel António de Morais) – Filho do médico André de Morais Frias de Sampaio e Melo (ver este nome, pág. 301), é natural de Linhares, concelho de Carrazeda de Ansiães, onde nasceu em 19 de Janeiro de 1885. Diplomado pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto em 11 de Janeiro de 1910; onde obteve distinções, accessit e os prémios «Rodrigues Finto» e «Macedo Pinto», foi durante dois anos chefe de clínica obstétrica por nomeação do conselho escolar em sua sessão de 8 de Março de 1910, na conformidade do § 1.º do artigo 4.º da carta de lei de 25 de Junho de 1903, e 1.º assistente provisório da 6.ª cadeira – Obstetrícia e Ginecologia – por portaria de 17 de Fevereiro de 1912. Foi professor livre por despacho de 28 de Agosto de 1919 e como tal encarregado das regências de Obstetrícia e Ginecologia; por decreto de 31 de Maio de 1924 é nomeado professor ordinário da Faculdade de Medicina do Porto. Escreveu: Paratiroideias (Contribuição para o seu estudo) – Dissertação inaugural. Porto, Tip. Empresa Guedes, 1909. 3 págs. inum.+130+7 inum. Publicações diversas: Sobre raquianestesia em Obstetrícia; Um caso de operação cesariana sob raquianestesia; Dois casos de malformação uterina (1031); Um caso de transfusão sanguínea directa («Medicina Moderna», 1922); Sobre cirurgia conservadora ginecológica – A propósito dum caso feliz («Portugal Médico», 1922). Comunicações à Associação Médica Lusitana: Sobre raquianestesia em Obstetrícia (sessão de 14 de Novembro de 1912); Alguns casos de malformações genitais causadoras de distocia (14 de Janeiro de 1913); Três intervenções operatórias (29 de Janeiro de 1914); Quatro intervenções de gastroenterostomia; Falsas apendicites. Curriculum Vitae. Porto, 1922, 8.º de 11 págs., onde se encontram resenhadas todas as publicações do autor. Em 1928 apresentou ao 3.º Congresso de Medicina reunido em Lisboa um relatório sobre o Tratamento do aborto febril. Tem colaborado na Gazeta dos Hospitais do Porto, Arquivos do Instituto Bacteriológico Câmara Pestana, Anuários da Faculdade de Medicina do Porto, A Medicina Moderna e Portugal Médico (1032). (1031) Estes três trabalhos foram publicados na Gazeta dos Hospitais do Porto. (1032) Ao Ex.mo Sr. doutor Hernâni Monteiro, ilustre professor da Faculdade de Medicina do Porto, agradecemos as informações para este artigo, pois que o biografado, a quem escrevemos duas vezes, nunca se dignou responder-nos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 658 TOMO VII GARCIA | GRANDE GUERRA G GARCIA (Manuel Emídio), pág. 202 – Escreveu mais: Conferência pronunciada na «Associação Comercial dos Lojistas de Lisboa», em 4 de Novembro de 1909, acerca do teatro de D. Maria sob o regime da Adjudicação por concurso – A situação dos autores perante o programa de 23 de Abril de 1907 e mais legislação complementar. Porto, 1909. 8.º de 31 págs. GRANDE GUERRA (1033) – Relação dos militares pertencentes ao distrito de Bragança que morreram e foram prisioneiros na Grande Guerra (1914-1918), tanto nos combates em França como na África. Quando se não indique outra coisa, deve entender-se que os indivíduos mencionados são simples soldados. Nem todos morreram no campo de batalha, mas alguns em consequência de resultados dela. Há vários equívocos nas listas oficiais que nos foram facultadas e consultámos, pois vimos apontados como prisioneiros numas listas os que noutras aparecem como mortos, e não podemos remediar este inconveniente. Como vão adscritos à povoação cabeça da freguesia, pode suceder não serem naturais desta, mas de alguma povoação anexa. Também devem faltar alguns nomes nas listas oficiais, pois de diferentes mortos sabemos nós que nelas não são apontados. Pelo geral, os indivíduos mencionados pertenciam aos regimentos de infantaria n.os 10 e 30 e 6.º grupo de metralhadoras da guarnição de Bragança. O sinal †, depois do nome, indica que os indivíduos apontados estão inscritos no monumento aos mortos da Grande Guerra, erecto na praça de S. Vicente, em Bragança. Todavia, vêem-se nele, como mortos em África, os nomes de Manuel A. dos Santos Tisa, Manuel Inácio e Vítor Manuel; e em França, António E. Silva Sampaio (alferes), José Marcelino (2.º sargento), António dos Santos Rodrigues, Augusto de Jesus Rego, João do Nascimento Loureiro, Simão de Jesus Gomes e Manuel José Brás (1034), soldados, que não encontrámos nas listas, talvez por pertencerem a guarnições diferentes da de Bragança. Os que não levam a indicação de prisioneiros, entenda-se que foram mortos; os prisioneiros foram-no em França. (1033) Aos bons amigos major António José Teixeira, tenentes António Augusto Cordeiro e Guilherme Augusto Fernandes agradecemos as informações para este artigo. (1034) Com nome idêntico, há um outro em Freixo de Espada à Cinta; mas este não deve ser o inscrito no monumento de Bragança, por ser apenas destinado aos mortos do nosso concelho. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA GRANDE GUERRA 659 TOMO VII ADEGANHA (Moncorvo) – Manuel de Jesus, filho de António Baptista e de Maria Joaquina, em África; e António Júlio, filho de Manuel da Ressurreição e de Maria da Natividade, idem. AGROBOM (Alfândega da Fé) – Acácio Joaquim de Jesus, filho de Maria de Jesus, em África; e Alberto Joaquim Além-Douro, em França. AGUIEIRAS (Mirandela) – Sebastião Maria da Graça, filho de João da Graça e de Clementina de Jesus, em França; Manuel do Patrocínio Casado e João António dos Santos, prisioneiros. ALFÂNDEGA DA FÉ – António Manuel, filho de Hortênsia Olímpia, em África; António Afonso, filho de João Manuel Afonso e de Maria Palmeira, idem; Avelino António Jaldim, filho de Francisco António Jaldim e de Maria dos Prazeres, idem; e António Rego. ALGOSO (Vimioso) – José do N. Vaz, em França; Firmino António Martins, Manuel dos Santos Granado e António Augusto Pardal, prisioneiros. ALVITES (Mirandela) – Semit de Jesus, filho de Leopoldina de Jesus, em França; e Aniceto Augusto, idem. ANGUEIRA (Vimioso) – Adriano Saturnino, prisioneiro. ARCAS (Macedo de Cavaleiros) – Américo dos Santos, prisioneiro. ARGOZELO (Vimioso) – Francisco M. Rodrigues Teles, em França; António R. Português, idem; Manuel da Cruz Pires China, Domingos Martinho Gonçalves, José Manuel da Veiga, Raul de Jesus Cepeda e António da Ressurreição, de Parada, prisioneiros. ASSARES (Vila Flor) – Carolino José Correia, cabo, filho de Amélia Ricardina, em África. ATENOR (Miranda do Douro) – Isidoro da C. Delgado, em França, e Francisco Miguel Ramos, prisioneiro. AVELEDA (Bragança) – Eduardo Augusto, filho de Manuel José e de Maria da Assunção, em África. AVIDAGOS (Mirandela) – Justiniano Augusto da Silva, prisioneiro. BABE (Bragança) – Domingos António Mouro, Manuel José Alves e Baptista da Natividade Veigas, prisioneiros. BAÇAL (Bragança) – João Miguel Rodrigues, em França, e Domingos Manuel Rodrigues, prisioneiro. Este era de Vale de Lamas e faleceu, vítima dos gases asfixiantes, no hospital em Lisboa. BARCEL (Mirandela) – José Joaquim Baptista, prisioneiro. BELVER (Carrazeda de Ansiães) – Manuel Maria Lage, filho de Prazeres Lage, em África; e Luís Manuel Tavares, filho de José Tavares e de Angelina dos Ramos, idem. BEMPOSTA (Mogadouro) – Alípio Joaquim Pereira, filho de António Joaquim Pereira e de Maria da Apresentação, em África. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 660 TOMO VII GRANDE GUERRA BORNES (Macedo de Cavaleiros) – Sebastião de Jesus Morais e Manuel Maria, prisioneiros. BRAGANÇA – Vítor Luís Lopes †, 2.º cabo, da freguesia da Sé, filho de João António Lopes e de Maria do Carmo Teixeira, em África; Francisco António de Almeida, da mesma freguesia, filho de pais incógnitos, idem; Cassiano Luís Pires †, 2.º sargento, da aludida freguesia, em França; Mário Leão Lopes dos Santos Saldanha †, capitão, em França; Francisco das Graças Rodrigues, 2.º sargento, da freguesia de Santa Maria, prisioneiro; João Manuel do Nascimento, da mesma freguesia, idem; Francisco Joaquim Pinto, 2.º sargento, idem, idem; Manuel João Outeiro, da freguesia da Sé, idem; António dos Santos, idem, e António Joaquim Rodrigues, 1.º cabo, da freguesia de Santa Maria, idem. BRUÇÓ (Mogadouro) – António José Lagareiro, filho de João Baptista Lagareiro e de Isabel Maria, em África. BURGA (Macedo do Cavaleiros) – Justino dos Santos Costa, Francisco António Mendes e José Luís Fernandes, prisioneiros. CABEÇA BOA (Moncorvo) – Álvaro José Ferreira, filho de Manuel Luís Ferreira e de Amélia dos Prazeres Martins, em África; António Manuel Morais, filho de Manuel António Morais e de Ana Carolina, idem; e António José Prados, filho de Maria de Jesus Bernardina, idem. CAÇARELHOS (Vimioso) – António Maria Preto, filho de José Preto e de Maria José Marques, em França; Francisco Manuel Formariz, filho de José Manuel Formariz e de Cândida Martins, idem; Francisco A. Martins, 2.º sargento, idem; e José Maria Domingues, prisioneiro. CAMPO DE VÍBORAS (Vimioso) – António Augusto Pires, filho de Porfírio José Pires e de Joana Rosa Fernandes, em França; Manuel José Joaquim Padrão, filho de António Padrão e de Maria A. Fernandes Quintanilha, em África; e Domingos A. F. Quintanilha, em França. CANDOSO (Vila Flor) – Abílio Gomes, filho de Cândido Gomes e de Maria Felicidade, em África. CARAVELAS (Mirandela) – Abel do Espírito Santo Ferreira Miranda, prisioneiro. CARÇÃO (Vimioso) – António Manuel Valente e Francisco Joaquim Afonso, prisioneiros. CARDANHA (Moncorvo) – Álvaro Augusto Esteves, 2.º sargento, filho de Cândido Guilhermino Esteves e de Francisca Maria Baptista, em África. CARRAGOSA (Bragança) – João Brás Rodrigues e António Joaquim Lopes, prisioneiros. CARRAZEDA DE ANSIÃES – António de Oliveira Vitória, filho de Francisco de Oliveira Vitória e de Maria Cândida, em França; António Augusto Bor- MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA GRANDE GUERRA 661 TOMO VII ges, filho de António Borges e de Emília Trigo, idem; e José Evaristo, filho de Evaristo José e de Florinda da Costa, em África. CARVALHO DE EGAS (Vila Flor) – Viriato Neri Ferreira, filho de Luís Ferreira e de Rosalina de Jesus, em África. CARVIÇAIS (Moncorvo) – Luís Manuel Rei, filho de António Manuel Rei e de Maria da Conceição, em África. CASTEDO (Moncorvo) – António Francisco Alagoa, prisioneiro. CASTELÃOS (Macedo de Cavaleiros) – Alcino Júlio, prisioneiro. CASTELO BRANCO (Mogadouro) – Manuel José Afonso, 2.º sargento, filho de António A. Afonso e de Ermelinda Rodrigues, em França. CASTRO DE AVELÃS (Bragança) – António dos Santos Afonso, prisioneiro. CASTRO VICENTE (Mogadouro) – Arnaldo Augusto Sambade, filho de Francisco Manuel Sambade e de Bernardina dos Prazeres, em África; José Luciano Moreno, filho de Cândido Augusto Moreno e de Inácia Maria Vila, idem. CEDÃES (Mirandela) – João Bernardo, António Joaquim e Sérgio Augusto Raimundo, prisioneiros. CELAS (Vinhais) – José Manuel Pires, filho de Alexandrina Pires, em África; e Aniceto dos Reis Pires e Manuel da Anunciação Martins, prisioneiros. CHACIM (Macedo de Cavaleiros) – Manuel do Nascimento, filho de Felicidade de Jesus, em França; João Baptista e Francisco António Carneiro, prisioneiros. COELHOSO (Bragança) – Bernardino do Nascimento †, filho de Domingos Inácio e de Josefina da Purificação, em França; Abílio Augusto Salvador †, filho de Domingos Salvador e de Valentina da Conceição, idem; e José Maria dos Santos Martins e Evaristo Eduardo, prisioneiros. CORTIÇOS (Macedo de Cavaleiros) – Cândido Augusto Carlão e José dos Santos Pereira, prisioneiros. CORUJAS (Macedo de Cavaleiros) – João Caetano, filho de João Edmundo e de Gracinda Eugénia, em África. CUROPOS (Vinhais) – José Manuel, filho de Francisca Rosa, em África, e Manuel Basílio de Morais, prisioneiro. DEILÃO (Bragança) – José Emílio Nogal, filho de José António Nogal e de Emerenciana Lombo, em África; e Alípio Augusto Delgado, prisioneiro. DONAI (Bragança) – José Manuel Fernandes e José Manuel Buiça, prisioneiros. DUAS IGREJAS (Miranda do Douro) – José Francisco Fernandes, em França; Joaquim Maria Esteves, Manuel Maria Martins, Abílio de Jesus Martins, António José Pires Gregório e António José Alves, prisioneiros. EDROSA (Vinhais) – José António, prisioneiro. EDROSO (Macedo de Cavaleiros) – Manuel António Pereiros, prisioneiro. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 662 TOMO VII GRANDE GUERRA ERVEDOSA (Vinhais) – Francisco do Nascimento e Jacinto dos Anjos Correia, prisioneiros. ESPADANEDO (Macedo de Cavaleiros) – José Manuel dos Santos Morais, prisioneiro. ESPINHOSELA (Bragança) – João Baptista Condado, prisioneiro. EUCÍSIA (Alfândega da Fé) – Álvaro Augusto Esteves. FELGAR (Moncorvo) – Augusto dos Santos Ginja, filho de Luís Francisco Ginja e de Maria da Conceição, em África; Manuel António Raquel, filho de Francisco António Raquel e de Cândida Adelaide, idem; José Luís Martins, cabo, filho de Domingos José Martins e de Clotilde Adelina Branco, idem. FELGUEIRAS (Moncorvo) – César Augusto da Fonseca, filho de José Mouro da Fonseca e de Cândida de Jesus, em África; e Manuel dos Anjos Mendes, prisioneiro. FERRADOSA (Alfândega da Fé) – Acácio dos Anjos Feliciano, filho de Francisco António Feliciano e de Maria Joaquina, em África. FONTE LONGA (Carrazeda de Ansiães) – Camilo dos Anjos Carvalho, filho de Manuel Trigo de Carvalho e de Maria Adelaide, em África. FORNOS (Freixo de Espada à Cinta) – Manuel Joaquim Ângelo, filho de António Joaquim Ângelo e de Amália Rosa, em África; José Luís Calvo, filho de Isabel Maria Calvo, idem; e António Augusto Redondo, filho de Francisco Inácio Redondo e de Francisca Bernardina, idem. FRADIZELA (Mirandela) – António dos Santos e José Maria Alves, prisioneiros. FRANCO (Mirandela) – Inácio José Teixeira e Manuel da Conceição Branco, prisioneiros. FRECHAS (Mirandela) – Firmino, filho de Margarida Cândida, em França. FREIXEDA (Mirandela) – José Joaquim e António Júlio, prisioneiros. FREIXIEL (Vila Flor) – Carolino Augusto, filho de Manuel Morais e de Maria Borges, em África; Manuel de Jesus Fidalgo, filho de José Fidalgo e de Rosalina Augusta, idem; José Luís Carvalho, filho de Sebastião Carvalho e de Maria da Luz, idem; e Godofredo Pereira, filho de José Pereira e de Isabel Costa, idem. FREIXO DE ESPADA À CINTA – César Artur Constâncio, filho de António Constâncio e de Isabel Maria de Jesus, em África; e Manuel José Brás †, em França. FRESULFE (Vinhais) – José da Assunção Barreira e Francisco José Pereira, prisioneiros. GEBELIM (Alfândega da Fé) – João António Pereira, filho de Maria Emília Pereira, em África; Francisco António Veríssimo, filho de Adriano José Veríssimo e de Virgínia Augusta, em França; e Herculano Augusto, prisioneiro. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA GRANDE GUERRA 663 TOMO VII GENÍSIO (Miranda do Douro) – José dos Anjos Domingues, filho de António Domingues e de Ana Joaquina João, em França. GOLFEIRAS (Mirandela) – António Castro, em França. GONDESENDE (Bragança) – Alfredo dos Santos, cabo, filho de Joaquina Fernandes, em África. GRIJÓ DE PARADA (Bragança) – António Augusto da Silva, prisioneiro. GUIDE (Mirandela) – Carolino Augusto, filho de Manuel José e de Adelina Augusta, em África; José Manuel Gomes, filho de José Gomes e de Josefa Maria, em França; José Filipe, José Baptista Pinheiro, José Maria Mofreita e José Manuel Fernandes, prisioneiros. IZEDA (Bragança) – Justiniano Augusto Tomé, José Maria dos Santos e António Augusto de Sampaio, prisioneiros. LAGOA (Macedo de Cavaleiros) – Dámaso do Corpo de Deus Penadinha e António dos Santos Fernandes, prisioneiros. LAGOAÇA (Freixo de Espada à Cinta) – Francisco José Fragata, filho de José António Fragata e de Amália da Conceição, em África. LAMAS DE ORELHÃO (Mirandela) – Eduardo Alves, em França, e Elói Alves, prisioneiro. LARINHO (Moncorvo) – António Luís Caetano, filho de José Caetano e de Maria Cuca, em África. LIGARES (Freixo de Espada à Cinta) – José Joaquim Morais, filho de João Pedro de Morais e de Maria do Rosário, em África; e António Manuel Guerra, filho de José António Guerra e de Alexandrina da Graça, idem. LINHARES (Carrazeda de Ansiães) – Manuel António Gonçalves, filho de António Conçalves e de Luísa Fernandes em África. LOMBO (Macedo de Cavaleiros) – Bernardino do Nascimento Torrão, José Cândido Coelho e José Vicente Paulos, prisioneiros. MACEDO DE CAVALEIROS – Baltasar Carlos dos Santos, 2.º sargento, filho de Joaquim Augusto e de Maria dos Santos, em África; Amilcar José Sarmento, filho de Carlos Augusto Sarmento e de Florentina Eugénia Lopes, em França; Alfredo do Nascimento, 2.º sargento, idem; e Francisco António Rodrigues e António do Carmo, prisioneiros. MACEDO DO MATO (Bragança) – Samuel Augusto Barbeiro †, em França, e Domingos dos Santos Ferreira, prisioneiro. MAÇORES (Moncorvo) – João José Pavão, filho de César Augusto Pavão e de Beatriz dos Anjos Ferreira, em África; António Maria Exposto, filho de António Joaquim Exposto e de Maria da Purificação, idem; e Manuel José Caldeira, filho de Ângelo Saraiva Caldeira e de Maria Joaquina Dias, idem. MALHADAS (Miranda do Douro) – José Agostinho Artego e Francisco Amador Ferrão, prisioneiros. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 664 TOMO VII GRANDE GUERRA MASCARENHAS (Mirandela) – José António Correia e Adelino José Cristóvão, prisioneiros. MATELA (Vimioso) – Manuel da Conceição Torrão, José Francisco Lourenço, Bernardino José Afonso e José Luís Morais, prisioneiros. MAZOUCO (Freixo de Espada à Cinta) – Francisco António Martinho, filho de António Pedro Martinho e de Matia da Purificação, em África. MEIXEDO (Bragança) – José Luís Garcia †, filho de José Miguel Garcia e de Constância do Nascimento, em África. MILHÃO (Bragança) – Alípio de Jesus Pires, prisioneiro. MIRANDA DO DOURO – António A. Igrejas, em França; e Francisco dos Anjos Fernandes e Alberto Maria Lopes, prisioneiros. MIRANDELA – Luís Manuel, artífice, filho de José Augusto de Carvalho e de Leopoldina da Assunção, em África; António Costa, filho de Avelino José e de Margarida Libânia, em França; Carlos Augusto Rodrigues, filho de António Albino e de Margarida Rodrigues, idem; Mário José Seramota, cabo, filho de José Maria Seramota e de Sofia Adelaide, em África; Olímpio José Ribeiro, cabo, filho de Manuel Maria Ribeiro e de Maximina da Assunção, em França; António Costa, António José, Fernando Jaime dos Santos, Eugénio António do Nascimento, José Elói Pereira e Dinis Sancho Pereira, prisioneiros. MOGADOURO – António Augusto Henriques, filho de António Augusto de Oliveira e de Maria Beatriz, em África. MONCORVO – Alberto Augusto Pinto, filho de José Lúcio Pinto e de Júlia Beatriz, em África; Francisco António Afonso, filho de Zeferino José Afonso e de Albertina Urbana de Campos, idem; e António Manuel Correia, prisioneiro. MORAIS (Macedo de Cavaleiros) – Manuel Augusto Neves, prisioneiro. MOURÃO (Vila Flor) – António Zeferino de Morais, filho de Bernardino de Morais e de Inácia de Jesus, em França. MÓS (Bragança) – António João Gonçalves, prisioneiro. MÓS (Moncorvo) – Luís Maria Gaspar, filho de António Manuel Gaspar e de Margarida Cândida, em África; e José Joaquim Dinis, filho de Francisco António Pacheco e de Laurinda Augusta, idem. MÚRIAS (Mirandela) – Alfredo de Jesus e Albano de Jesus Morais, prisioneiros. NABO (Vila Flor) – António Augusto Garção, filho de António dos Santos Garção e de Elvira Adelaide, em África; Carlos Américo Cabral filho de José Bernardo Cabral e de Isabel Maria, idem; e Abel do Espírito Santo Veiga, filho de Lourenço Veiga e de Etelvina de Jesus, idem. NAVALHO (Mirandela) – João Igrejas, em França. NOGUEIRA (Bragança) – João Baptista Rodrigues, Maximino Augusto Barreira e João António Pires, prisioneiros. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA GRANDE GUERRA 665 TOMO VII NUNES (Vinhais) – César Augusto da Silva, filho de José Manuel da Silva e de Carmelina Augusta, em França. OUSILHÃO (Vinhais) – José Marcelino Pires, filho de Silvério António Pires e de Maria José da Cruz, em França; José Manuel, cabo, filho de Maria Micaela Laurinda, em África, e Marcelino das Neves Jorge, prisioneiro. OUTEIRO (Bragança) – Manuel dos Santos Pires †, filho de António Joaquim dos Santos e de Olinda de Jesus, em África; Alfredo Augusto Nogueiro †, em França, e Francisco Sales Tristão, prisioneiro. PARADA (Bragança) – Agostinho de Jesus Gonçalves, prisioneiro. PAÇÓ (Vinhais) – António Matias Gonçalves e Manuel dos Santos, prisioneiros. PALÁCIOS (Bragança)[18] – António Alípio Fernandes, prisioneiro. PALAÇOULO (Miranda do Douro) – Lázaro Augusto Raposo, Manuel José Esteves, Manuel António Fernandes, Serafim dos Reis Neto, José Feliciano Martins, Francisco Maria Torrão e Francisco dos Santos Monteiro, prisioneiros. PARAMBOS (Carrazeda de Ansiães) – José António Pinto, filho de Rodrigo Pinto e de Maria Gomes, em África; e José António da Silva, filho de Maria dos Anjos Silva, idem. PARÂMIO (Bragança) – António Sebastião Diz, prisioneiro. PENAS ROIAS (Mogadouro) – Domingos do Nascimento Fernandes, filho de José Joaquim Fernandes e de Emília Maria, em França. PEREDO (Macedo de Cavaleiros) – António Augusto, filho de Luís Maria e de Matilde Augusta, em África; Sebastião Maria de Campos, filho de Serafim Augusto de Campos e de Maria do Carmo Cordeiro, idem; e António Joaquim Fontoura, prisioneiro. PEREDO DA BEMPOSTA (Mogadouro) – José do Espírito Santo Silva, filho de António Joaquim Silva e de Irene Fernandes, em África. PEREDO DOS CASTELHANOS (Moncorvo) – José Joaquim Sambado, prisioneiro. PEREIROS (Carrazeda de Ansiães) – António Luís Fidalgo, filho de Francisco Fidalgo e de Bernardina Mendes, em África; António Joaquim Rodrigues, filho de António Inácio Rodrigues e de Luísa Morais Cordeiro, em França; e Joaquim dos Santos Pires, filho de José Joaquim Pires Exposto e de Maria Júlia, em África. PINELA (Bragança) – André Manuel e Júlio dos Santos, prisioneiros. PINELO (Vimioso) – José Manuel Cordeiro, prisioneiro. PINHAL DO NORTE (Carrazeda de Ansiães) – Benjamim Teixeira, prisioneiro. PODENCE (Macedo de Cavaleiros) – Francisco Manuel Camacho e João Baptista Rodrigues, prisioneiros. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 666 TOMO VII GRANDE GUERRA POIARES (Freixo de Espada à Cinta) – Francisco Manuel Caldeiro, filho de António Joaquim Caldeiro e de Antónia Joaquina Hambre, em França; e António Augusto Pereira, filho de Maria Amélia Pereira, em África. POMBAL (Alfândega da Fé) – João Francisco Morais, filho de António Inácio Morais e de Maria Inácia Urze, em África. PÓVOA (Miranda do Douro) – Lázaro Augusto Preto e Avelino António Cordeiro, prisioneiros. QUINTANILHA (Bragança) – Manuel dos Prazeres Rodrigues †, filho de Carmelinda Rodrigues, em França; e Francisco António Clérigo e João Manuel Gonçalves, prisioneiros. QUINTELA (Bragança) [19] – João dos Ramos Bousende †, filho de Maximino Manuel Bousende e de Ana da Assunção Domingues, em França; Aníbal José Espadanedo †, filho de José Manuel Espadanedo e de Angélica Maria Miranda, idem; Francisco António Freixedelo †, filho de Manuel da Anunciação Freixedelo e de Ana Maria Ferreira, em África; Hermínio Augusto Lopes e José António Domingos, prisioneiros. REBORDAINHOS (Bragança) – Honorato António Pires †, filho de José dos Santos Pires e de Perpétua Maria Pereira, em África; João Evangelista Pereira †, filho de Ermelinda de Jesus Pereira, idem; e José Maria Gonçalves, prisioneiro. REBORDÃOS (Bragança) – João Baptista Pires e José Ramos, prisioneiros. REBORDELO (Vinhais) – José Francisco, prisioneiro. RIO FRIO (Bragança) – Inácio José Rodrigues †, filho de João Manuel Rodrigues e de Alexandrina Vara, em África; Alfredo de Jesus Rego, em França; José António Alves e António Joaquim Rodrigues, prisioneiros. SALDONHA (Alfândega da Fé) – Tito Augusto Rodrigues, filho de José Joaquim Rodrigues e de Maria Cândida, em África. SALDANHA (Mogadouro) – Alípio dos Anjos Martins, filho de José da Ressurreição Martins e de Teresa Rodrigues Patrício, em África; Porfírio Augusto, filho de Augusto César e de Ana Augusta Paulo, idem; e Jacinto do Nascimento Parreira, filho de Alexandrina Rosa Parreira, idem. SALSAS (Bragança) – Benigno Augusto dos Santos, Alexandre Aniceto, João António Aragão e Agostinho Gonçalves, prisioneiros. SALSELAS (Macedo de Cavaleiros) – António do Nascimento, filho de Joaquim Avelino e de Filomena de Jesus, em França; e João da C. de Jesus, idem. SAMBADE (Alfândega da Fé) – João Elias Pereira, filho de António Augusto Pereira e de Maria das Dores, em África; Agostinho José, filho de Santana das Neves, idem; Luciano Dias, José António Almendra e Acácio Moisés Teixeira, prisioneiros. SAMÕES (Vila Flor) – João dos Santos Madaleno, filho de Francisco MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA GRANDE GUERRA 667 TOMO VII Madaleno e de Libânia de Jesus, em África; Manuel Magalhães, filho de António Magalhães e de Carlota Cândida, idem; José Maria Gomes, filho de Simplício Augusto Gomes e de Filomena Teixeira, idem; Ernesto Teixeira, filho de Francisco Maria Teixeira e de Ana Bártolo, idem; e António de Jesus dos Santos, prisioneiro. SAMPAIO (Vila Flor) – António Joaquim Cruz, filho de Justino da Cruz e de Maria Antónia, em África; e Manuel Maria, filho de Alfredo José Alfaiate e de Maria Luísa, idem. SANHOANE (Mogadouro) – Francisco Xavier Fernandes, filho de Manuel Joaquim Fernandes e de Albertina Rosa, em África; e António Augusto Rodrigues, filho de Celestino da Ressurreição Rodrigues e de Regina de Jesus Gaspar, idem. SANTA CRUZ (Vinhais) – Herculano de Jesus Gonçalves, prisioneiro. SANTALHA (Vinhais) – Adelino Augusto e José António Canado, prisioneiros. SANTULHÃO (Bragança) – João dos R. Bousende †, em França, e João dos Santos Vaz, prisioneiro. SÃO JULIÃO (Bragança) – António Miguel Conçalves, cabo, em França. SÃO MARTINHO (Miranda do Douro) – Francisco J. Pires, em França; Francisco Maria Meirinhos, João Francisco Lucas, Francisco Lourenço Curralo e Francisco Maria Fernandes, prisioneiros. SÃO MARTINHO DO PESO (Mogadouro) – Joaquim António Curralo, filho de José Francisco Curralo e de Maria da Ascenção, em África; Francisco J. Pires, em França, e José Francisco de Sousa, prisioneiro. SÃO PEDRO (Bragança) – Eduardo Abílio Fernandes, prisioneiro. SEIXO DE ANSIÃES (Carrazeda de Ansiães) – Eduardo Fernandes, filho de José Luís e de Amélia Fernandes, em África; António Júlio, filho de Carlos Júlio e de Maria Albina, idem; e Fausto do Espírito Santo Lopes, filho de Jerónimo Lopes e de Maria de Jesus, idem. SEIXO DE MANHOSES (Vila Flor) – Luís dos Santos, filho de Ana Luísa, em África; Américo dos Anjos Meireles, filho de Manuel José Meireles e de Felisbela de Jesus, idem; e Albino José, filho de Claudino Augusto e de Raquel da Assunção, idem. SELORES (Carrazeda de Ansiães) – José Zeferino de Araújo, filho de José Manuel de Araújo e de Ana Gonçalves, em África, e Luís António Teixeira, filho de António Teixeira, idem. SENDAS (Bragança) – Avelino dos Santos †, filho de Rufino António e de Delfina de Jesus, em África; Joaquim da T. Cordeiro †, em França; Maximino dos Santos, Paulo dos Santos Gonçalves, Francisco Lúcio da Conceição Escaleira, António Manuel, David da Trindade Pinela, José António Quintas e Francisco António Venâncio, prisioneiros. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 668 TOMO VII GRANDE GUERRA SENDIM (Miranda do Douro) – Domingos António Martins, filho de Francisco António Martins e de Angélica Rosa, em África; José Francisco Jantarada, filho de José do Nascimento Jantarada e de Maria José Santiago, idem; Manuel do Nascimento, em França; Abel dos Anjos Martins, Abílio Guilherme dos Santos, Manuel dos Santos Pires, Francisco José Mogrilho e José Maria Falcão, prisioneiros. SENDIM DA RIBEIRA (Alfândega da Fé) – João António, filho de Maria da Purificação, em França, e Ricardo Gonçalves Artilheiro, filho de Francisco António e de Francisca Joaquina, em África. SENDIM DA SERRA (Alfândega da Fé) – Manuel de Jesus Cordeiro, filho de Francisco António Cordeiro e de Maximina Antónia, em África. SERAPICOS (Bragança) – António Manuel de Jesus †, filho de Leopoldina de Jesus, em África, e Abílio dos Santos, prisioneiro. SESULFE (Macedo de Cavaleiros) – José António Alves, filho de António Caetano Alves e de Francisca Rosa, em África. SILVA (Miranda do Douro) – António Maria Leopoldo, António Antão Bernardo e Manuel Paulo Martins, prisioneiros. SOBREIRO DE BAIXO (Vinhais) – João dos Santos, filho de Felicidade da Conceição, em França, e Francisco Tiago, prisioneiro. SOEIRA (Vinhais) – Sebastião do Nascimento, filho de Leopoldina Augusta, em França. SORTES (Bragança) – João Manuel dos Santos, filho de Ana Joaquina de Jesus, em África; António Manuel, Álvaro Joaquim Fernandes e João da Cruz, prisioneiros. SOUTELO (Mogadouro) – Joaquim Maria Costa, filho de José da Conceição Costa e de Maria da Maternidade, em África. SOUTO DA VELHA (Moncorvo) – Francisco de Paula Carvalho, 2.º sargento, filho de António César Carvalho e de Antónia Maria da Graça, em França. SUÇÃES (Mirandela) – João Baptista e José, filho de Manuel Joaquim e de Albina Rosa, prisioneiros. TALHAS (Macedo de Cavaleiros) – Manuel António Canedo, prisioneiro. TÓ (Mogadouro) – Domingos dos Anjos Pires, filho de Francisco do Nascimento Pires e de Carolina Teresa Falcão, em África. TORRE DE DONA CHAMA (Mirandela) – Manuel António Pires, filho de João de Deus e de Maria da Glória Pires, em África, e João António Gonçalves, prisioneiro. TRAVANCA (Macedo de Cavaleiros) – Albino dos Santos, prisioneiro. TRAVANCA (Mogadouro) – José Clemente Preto, filho de Manuel Preto e de Maria Preto, em África; Manuel Maria Marote, filho de Joaquim Marote e de Ângela Martins, idem; e António Joaquim Geraldes, filho de Patrício Geraldes e de Ana Maria Meleiro, idem. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA GUERRA GRANDE 669 TOMO VII (Vinhais) – Miguel António, prisioneiro. (Vila Flor) – António Jacinto Monteiro, filho de Manuel Maria Monteiro e de Maria Augusta, em África; Constantino José, filho de Maria Alexandrina, idem; e Herculano Tito de Morais, filho de Miguel António de Morais e de Ana Cândida, idem. TUIZELO (Vinhais) – Francisco António Alves, filho de José Manuel Alves e de Teresa de Jesus, em França, e José Luís, prisioneiro. URROS (Moncorvo) – Alexandre Augusto Fonseca, filho de Manuel Joaquim Fonseca e de Maria do Espírito Santo, em África. URRÓS (Mogadouro) – Manuel Joaquim Meleiro, filho de Francisco António Meleiro e de Carolina Rosa Pires, em África; e Carlos Caneiro, filho de Francisco Caneiro e de Francisca Marcos, idem. UVA (Vimioso) – Francisco Augusto Falcão, Manuel José Pires e Abel do Nascimento Granado, prisioneiros. VALE BENFEITO (Macedo de Cavaleiros) – António Joaquim, filho de Raquel dos Anjos, em França; José Maria e António Manuel Pinto Ferreira, 1.º cabo, prisioneiros. VALE DE ASNES (Mirandela) – António Augusto Dias, prisioneiro. VALE DAS FONTES (Vinhais) – José Manuel, filho de Manuel dos Santos e de Maria Angélica, em França; Porfírio dos Anjos, Sérgio dos Santos da Graça e Manuel António, prisioneiros. VALE DE FRADES (Vimioso) – José dos Anjos Martins, filho de Manuel Martins e de Cândida Pires, em África; Veríssimo de J. Pires, em França; João Francisco Garcia, Avelino dos Anjos, Francisco João Pires e David do Espírito Santo Pires, prisioneiros. VALE DE GOUVINHAS (Mirandela) – Albano dos Santos Costa, prisioneiro. VALE DA MADRE (Mogadouro) – Germano Augusto Fernandes, filho de António do Nascimento Fernandes e de Maria do Carmo, em África. VALE DE PRADOS (Macedo de Cavaleiros) – Ernesto José, Francisco Manuel e Amaro dos Anjos Salselas, prisioneiros. VALE DA SANCHA (Mirandela) – Acácio Rodrigues, filho de Domingos José Rodrigues e de Angelina Rosa, em França. VALE DE SALGUEIRO (Mirandela) – Anselmo Domingos Borges, filho de Emílio Joaquim Borges e de Maria Emília, em França, e José Maria Carvalheiro, prisioneiro. VALVERDE (Mogadouro) – José Joaquim Pacheco, filho de Francisco António Pacheco e de Laurinda Augusta, em África. VENTOZELO (Mogadouro) – José António Ribeiro, filho de Manuel Ribeiro e de Maria Joaquina da Silva, em África; e Manuel José dos Santos, filho de Raquel Maria Manso, idem. TRAVANCA TRINDADE MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 670 TOMO VII GRANDE GUERRA VILA BOA (Vinhais) [20] – João Baptista Pires, João Baptista, Domingos Alexandre Meirinhos e João Baptista Gonçalves, prisioneiros. VILA BOA (Mirandela) – Manuel Teixeira e António Alves, prisioneiros. VILA CHà (Mogadouro) – Francisco Maria Raiano, filho de Francisco António Raiano e de Maria Emília, em África. VILA CHà DE BRACIOSA (Miranda do Douro) – Alfredo Machado, em França; João da Purificação de Oliveira, idem; José Manuel Martins, filho de José Luís Martins e de Isabel dos Santos, idem; José Manuel Louçano, José Paulo Afonso e António Augusto João, prisioneiros. VILA FLOR – Aníbal dos Santos, filho de João António da Silva e de Antónia Luísa, em África; Turíbio José dos Santos, filho de João dos Santos e de Constança Augusta, idem; Manuel Alexandre Rolo, filho de José Joaquim Rolo e de Vitória da Assunção, idem; e António Manuel da Silva, filho de Manuel António da Silva e de Leopoldina Rosa, idem. VILA VERDE (Vinhais) – José Augusto, David Augusto Silva e Manuel António, prisioneiros. VILAR CHÃO (Alfândega da Fé) – Manuel José Pereira, filho de Estêvão Augusto Pereira e de Maria Francisca, em África; e Miguel do Nascimento Pinto, filho de José Manuel Pinto e de Raquel da Felicidade, idem. VILAR DE LOMBA (Vinhais) – António da Ascenção Fernandes, filho de Domingos António Fernandes e de Felizarda de Jesus, em França; e João Manuel Alves, idem. VILAR DE OSSOS (Vinhais) – António de S. Miranda, em França; e Patrocínio Augusto Diegues e Cipriano António Afonso, prisioneiros. VILAR DE PEREGRINOS (Vinhais) – João do Nascimento Silva, prisioneiro. VILAR SECO (Vimioso) – José Joaquim Lopes, filho de António Lopes e de Maria das Neves Magalhães, em França. VILARINHO DA CASTANHEIRA (Carrazeda de Ansiães) – António Albino Favas, filho de Manuel Joaquim Favas e de Maria de Deus, em África; António Augusto Ferreira, filho de Manuel António Ferreira e de Leónia Augusta, idem; Basílio Augusto dos Santos, filho de Helena dos Santos, idem; e António dos Santos Nunes, filho de Manuel António Nunes e de Maria Cândida, idem. VILARINHO DO MONTE (Macedo de Cavaleiros) – César Augusto Ferro, prisioneiro. VILAS BOAS (Vila Flor) – Manuel dos Santos, filho de Francisco José Lopes e de Carolina de Jesus, em África; José António Mesquita, filho de João António de Mesquita Júnior e de Maria Joaquina de Oliveira, idem; e João Manuel Carvalho, filho de José Miguel Carvalho e de Ermelinda dos Anjos, idem. VIMIOSO – José Maria Vaz, filho de João António Vaz e de Maria Joaquina Pires, em África; Francisco António Rodrigues Lopes, filho de Paulo MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA GRANDE GUERRA 671 TOMO VII Rodrigues Lopes e de Antónia Emília Macedo, em França; Manuel Maria Fernandes, filho de António Fernandes e de Carlota Pires, idem; e Manuel dos Santos Rodrigues, cabo, idem. VINHAIS – Evaristo Jorge, filho de Francisco António e de Maria de Jesus Pereira, em África; João Manuel Gomes, João Pedro Garcia e Dinis Pinto, prisioneiros. VINHAS (Macedo de Cavaleiros) – João Manuel, Frederico José Rodrigues e Alfredo Augusto, prisioneiros. ZOIO (Bragança) – Júlio da Ressurreição Gonçalves e António Manuel Graça, prisioneiros. Oficiais do regimento de infantaria nº 10 na Grande Guerra (1035) Majores – Manuel de Almeida Campos de Gusmão, António Correia Soares e Guilherme Correia de Araújo. Capitães – Carlos Augusto Vergueiro (comandou o batalhão interinamente), Manuel Alexandre (na companhia) e Aníbal Gonçalves Paul (idem). Tenentes – Carlos Alberto Sequeira, Joaquim Marques, Luís Gonzaga Tadeu, Vítor Simões Dias e Raul Caldeira Garcia de Andrade. Alferes – João de Deus Martins Manso, Manuel Augusto Fernandes Cicouro, Gualter Monteiro Alves, Raul Gui da Costa Oliveira, José Monteiro Alves, Carlos Alberto Afonso, Francisco António Gonçalves, Aníbal de Carvalho Figueiredo e José de Melo Soares. Sargentos – Francisco Manuel Pires, Ilídio Aires Esteves, António Aníbal Ribeiro, Francisco António Martins, Manuel Martins Pereira, António Augusto do Nascimento, António Augusto Rodrigues, António Emílio dos Santos, Manuel Bernardo de Castro, Eugénio Augusto de Morais, Joaquim Mendes Pereira Júnior, Alberto Augusto, Alípio Brás, António dos Santos Subtil, José Abílio Geraldes, José Augusto do Nascimento, Simão de Jesus Raposo, Adriano Augusto Saldanha, José António dos Santos, Afonso Lopes Ochoa, Francisco António Gonçalves, Hermínio A. M. e Castro, Avelino António Martins, Firmino Herculano Moredo, António Joaquim Ferreira, António Augusto Vicente, António José de Castro, João Baptista Gonçalves, Francisco R. Fernandes, Claudino Manuel Garcia, José António de Morais Parra, Belmiro do Nascimento Pais, David Tiago Pires, Hermínio Augusto Nunes, Domingos António de Morais, Tadeu Augusto Gonçalves, Carlos Alberto P. Horta, Eduardo V. Gonçalves, João Maria Pavão, Francisco Cân(1035) Para evitar repetições, não apontámos os que adiante mencionamos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 672 TOMO VII GRANDE GUERRA dido Cordeiro, Basílio da T. Rodrigues, Manuel Maria da Costa, Acácio António Massa, João Manuel de Jesus, Aníbal Augusto, Alfredo Pires e António Joaquim Ferreira. Relação das condecorações conferidas a oficiais e praças do regimento de infantaria nº 10 na Grande Guerra CRUZ DE GUERRA DE 1. A CLASSE 3.ª companhia do batalhão do regimento de infantaria nº 10 – Pela bravura que demonstrou por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, guarnecendo a extrema direita do sector português em ligação com as tropas britânicas, mantendo-se com a maior firmeza nas suas posições, opondo tenaz resistência ao avanço do inimigo até ser envolvida por forças extraordinariamente superiores, demonstrando coragem, patriotismo e alta compreensão do dever. CRUZ DE GUERRA DE 2. A CLASSE Casimiro da Glória Gonçalves, alferes miliciano do regimento de infantaria nº 30, promovido a tenente e condecorado com a Cruz de Guerra de 2.ª classe, porque, tendo sido morto em combate por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918 o comandante da sua companhia, assumiu o comando desta, indo ocupar a esquerda da segunda linha do sector no momento em que o combate era mais intenso, resistindo valentemente ao avanço do inimigo sempre sereno e corajoso até que foi feito prisioneiro. Augusto José Machado, alferes do regimento de infantaria nº 30, condecorado com a medalha Cruz de Guerra de 2.ª classe, pela extraordinária coragem e dedicação de que deu provas por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, oferecendo-se ao seu comandante de batalhão para vários serviços arriscados, que executou com desembaraço e serenidade, tanto mais de louvar que muitos desses serviços não eram das suas atribuições, tais como o remuniciamento, transmissão de ordens, socorro a feridos, que prestou com risco da própria vida, debaixo de bombardeamento inimigo. Amadeu Humberto de Sá Morais, alferes, natural de Vinhas, concelho de Macedo de Cavaleiros, condecorado com a Cruz de Guerra de 2.ª classe pelo comandante do Corpo Expedicionário Português, por se encontrar nos termos do decreto nº 4403 de 1918, e «louvado porque, durante a sua longa permanência nas trincheiras como comandante de pelotão, fez um grande número de patrulhas, até em dias sucessivos por falta de oficiais, e mostrou sempre boa-vontade, muita competência, sangue-frio e abnegação no cumprimento dos seus deveres patrióticos e militares». MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA GRANDE GUERRA 673 TOMO VII CRUZ DE GUERRA DE 3. A CLASSE Capitão Augusto Adriano Pires, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, ocupando com a sua companhia o flanco direito do sector português em ligação com as tropas britânicas, tomou medidas acertadas e oportunas, dando provas de saber, serenidade, espírito militar e coragem, oferecendo uma eficaz resistência ao avanço do inimigo. Tenente Jaime Augusto Teles Grilo e alferes Felismino Augusto da Fonseca Araújo, pela coragem e dedicação que manifestaram por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, cumprindo rigorosamente as instruções da companhia relativas a transmissão de ordens aos comandos das fracções, nas trincheiras, e execução de outros serviços. Alferes Alípio Augusto, porque sendo e fazendo, portanto, parte do E. M. do Batalhão, sabendo das dificuldades nas ligações com as companhias, se ofereceu para ir à esquerda do subsector obter informações do que ali se passava, apesar do bombardeamento que então se fazia em todo o subsector, mostrando assim muito sangue-frio. Alferes José Honorato Gomes Pereira, porque, estando de serviço na 1.ª linha, manifestou excelentes qualidades de comando, coragem e dedicação, concorrendo com o seu exemplo para que as praças se mantivessem nos seus postos de combate e lutassem até serem obrigadas, por um número esmagador, a renderem-se, não sem terem produzido bastantes baixas ao inimigo. Guilherme Augusto Fernandes, alferes miliciano do regimento de infantaria nº 30, pela coragem e decisão que demonstrou por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, animando com o seu exemplo os seus subordinados e auxiliando o comandante de companhia com zelo e boa vontade. 2.º sargento Cassiano Luís Pires, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, se salientou pela sua bravura, sangue-frio e desprezo pelo perigo no desempenho de diferentes serviços que pertenciam ao cargo de 1.º sargento, que exercia, e reabastecimento de munições dos diferentes postos da 1.ª e 2.ª linhas, morrendo durante a batalha. 2.º sargento Tolentino Mendes Saldanha, porque, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, comandando um posto de metralhadoras na 1.ª linha, manifestou muita coragem e sangue-frio, dando um belo exemplo aos seus subordinados. CRUZ DE GUERRA DE 4. A CLASSE Capitão António José Teixeira, por ter demonstrado, por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918, durante nove horas que durou o bombardeamento, muita serenidade, coragem e sangue-frio, desempenhando com MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA Augusto César. 1. conservando-se sempre apto ao desempenho dos seus deveres. António Augusto Falcão.º sargento Álvaro Augusto Esteves. Abílio de Jesus Madureira. pela grande serenidade de que deu provas durante o bombardeamento de 9 de Abril de 1918. porque.674 TOMO VII GRANDE GUERRA presteza todos os serviços que lhe foram ordenados. coragem e dedicação pelo serviço. Carlos Manuel Augusto dos Reis. porque. por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918. porque. 2. António dos Santos Trigo. José Francisco Manuel G. Dias. cumprindo em condições muitas vezes perigosas os seus deveres profissionais com absoluto desprezo pelo perigo. José Maria Carvalheira. por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918. por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918. atravessando zonas batidas pela artilharia inimiga e demonstrando muita coragem. dirigindo com acerto os seus soldados.º sargento Gualdino Albano Fernandes. mostraram em todas as circunstâncias muito sangue-frio. 2. Alberto Carlos Moscoso e João Francisco Rodrigues. socorrendo feridos com risco da própria vida e demonstrando admirável dedicação. António Joaquim Lopes. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . porque.º cabo Joaquim Domingos de Almeida e Castro. acompanhou com sacrifício da vida.º cabo António José e soldados Joaquim Maria Pires. porque.os sargentos Amadeu Carlos Bornes. manifestaram energia e desprezo pelo perigo. Francisco das Graças Rodrigues e Adolfo Augusto. Soldado Francisco Maria Meirinhos. por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918. todos os feridos do posto de socorros da rue du Bois para o abrigo dos feridos. 2. por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918. dando-lhes assim um bom exemplo. carinhosa e dedicadamente. Anacleto Pires. só abandonando a estação telégrafo-telefónica. quando a mesma foi destruída pelo fogo do inimigo e recebeu ordem para retirar. da companhia e dos pelotões. da qual era chefe. Francisco António Clérigo.º cabo Sebastião Augusto Fernandes e soldados Francisco José Moquilho. por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918. demonstrou muita coragem e sangue-frio durante o combate da sua companhia. asseguraram as comunicações com a 1. porque. Basílio Alves e Francisco José Pereira. 2. João António Ferreira. 2. confirmando os excelentes créditos em que eram tidos. sendo ordenanças do comando. não se poupou a perigos.ª linha e entre os diferentes postos de combate com risco de vida. Felismino da Fonseca Araújo. três. Constantino Augusto Tavares. sargentos e soldados louvados Capitães – Augusto Adriano Pires. Jaime Augusto Teles Grilo. Tenentes – Adelino Delduque da Costa. José da Conceição Neves Martins. que. Mário da Assunção de Barros. e António Augusto Martins da Silva. Capitão Teófilo Maurício Constantino Morais. Gualdino Albano Fernandes. Alberto Prior Coutinho. José Joaquim de Castro Meireles. Tenentes – Adelino Delduque da Costa. Tenentes – Aníbal Taninho e Casimiro da Glória Gonçalves. José Maria Lopes. um louvor. António Augusto. Nicolau Tolentino Mendes (da Saldanha). quatro.GRANDE GUERRA 675 TOMO VII Prisioneiros do regimento de infantaria nº 10 na Grande Guerra Capitães – Augusto Adriano Pires. Oficiais. um louvor. Alferes – Abílio dos Reis Morais. Alberto Prior Coutinho. médico. Honorato Gomes Pereira. Artur Meireles Ramos Tarane. José Joaquim Coelho. embora não pertencentes à guarnição de Bragança. Guilherme Augusto. um. Eusébio António. Norberto Amâncio Alves. Mencionamos mais os seguintes prisioneiros. José Joaquim Machado. e Abel Augusto Estima Júnior. são contudo naturais deste distrito: Coronel Diocleciano Augusto Martins. Alípio Augusto. António Augusto de Carvalho. Delfim da Purificação Furriel. um. idem. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Artur de Brito Figueiroa. Hermínio da Assunção Castro e Jaime Augusto dos Santos Borges. idem. Lino Augusto Leão Teixeira. Sargentos – José Manuel Fernandes (faleceu). José Luís Rodrigues (de Coelhoso). Manuel do Nascimento Garcia Buiça (faleceu). dois. um louvor. Armindo Pinto Martins. Médicos – Manuel Joaquim Lourinho e Uriel João de Sousa Salvador. Alferes – Alípio Augusto. Adolfo Augusto. António Augusto Gonçalves. Alferes – Augusto José Machado. Magno Augusto de Barros. António José Teixeira e Luís Emílio Ramires. e António José Teixeira. Amadeu Carlos Bornes. Luís Augusto Soares de Sousa Sanches e Norberto de Figueiredo Salgueiro. e o soldado João Narciso de Figueiredo. Rufino dos Santos Afonso. Sargentos – Francisco Exposto e Abílio José Tavares. um dito. José da Assunção Esteves e José Caetano Mota. Luís César Rodrigues e José Manuel Chiote. dois louvores. º sargento da bateria. António Emílio. e 2.os sargentos Manuel Teixeira da Mota. 1. Sargento-ajudante – Joaquim Tomás Bramão. Albino Paulo e Sebastião de Jesus Gomes.º sargento Rocha Novo. Subalternos – Alferes miliciano Luciano Augusto Vaz Pereira. Mortos em França – Mário Mota.º cabo-servente. Joaquim Rodrigues de Carvalho. Provisor – Alferes Júlio César Prazeres. (1036 ) Ao bom amigo major Artur Pinheiro Coelho agradecemos as informações para este artigo. Artífice serralheiro-espingardeiro – 2. Comandante da 1. Ferrador – 2. soldados-serventes.º Grupo de Metralhadoras de Bragança na Grande Guerra. Comandante da 2. 1. Albertino Rodrigues. Ajudante – Tenente Salvador Nunes Teixeira. tenente Luís Dias Costa. Amadeu Acácio Salgado Dores. idem. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Médico – Tenente Alfredo Barata da Rocha. Enfermeiro hípico – 1.º sargento Eugénio Afonso. João António e Alfredo Matias (prisioneiro dos alemães). José Carlos Padrão e Manuel Cavaleiro. 1. Adérito Correia Carvalhais. e Manuel Joaquim. Joaquim Matias. Subalternos – Tenentes Eugénio Rodrigues Aresta. Francisco António Rodrigues. 2.ª bateria – Capitão Artur Pinheiro Coelho. Manuel Joaquim dos Santos Caseiro. Vagomestre – 2. em França 1.º sargento da bateria. Enfermeiro – 2. Manuel Ferreira da Silva Couto Júnior e Emílio Tito Ferreira da Silva Couto (foi prisioneiro dos alemães).º cabo-servente.º sargento Virgílio Camiler Dias. alferes António Rodrigues da Silva Braga (foi prisioneiro dos alemães).ª bateria – Capitão Teófilo Maurício Constantino de Morais (foi prisioneiro dos alemães). alferes Virgílio Varela de Sena Magalhães.º sargento António Agostinho dos Inocentes.676 TOMO VII GRANDE GUERRA Oficiais do 6. e 2.os sargentos José Joaquim Barroco. Ezequiel Gonçalves.º Grupo de Metralhadoras do Corpo Expedicionário Português (1036) Comandantes – Tenentes-coronéis Diocleciano Augusto Martins e João Maria Soares.º sargento Cunha. José Joaquim Martins. concedendo o uso dum estandarte aos grupos de metralhadoras pesadas «Tendo em atenção os altos serviços prestados durante a Grande Guerra. de 10 de Julho de 1920. patriotismo e fé republicana. pela extraordinária bravura. Considerando que essas mesmas unidades deram sempre provas exuberantes do seu valor. abnegação e valor militar com que se bateram as guarnições das suas metralhadoras durante a batalha de 9 de Abril de 1918 na defeza do sector de Neuve Chapelle. por se achar ao abrigo do § 4. mostrando à saciedade serem unidades aguerridas nos vários combates e acções em que cooperaram.ª série.ª série. lealdade. hei por bem decretar. foi o Grupo louvado também pela «Ordem de Serviço» do Quartel General da 1. que a cada grupo de metralhadoras seja concedido o uso dum estandarte conforme o padrão actual. 3 de Julho de 1920. seja louvado o referido Grupo de Metralhadoras. a medalha de ouro de «Valor militar» «Atendendo aos brilhantes feitos de armas praticados nos campos de batalha em França pelo 1. O ministro da Guerra o faça publicar. 2.. pela forma como cooperou no raid da manhã de 19 de Março de 1918. Paços do Govêrno da República.GRANDE GUERRA 677 TOMO VII Decreto inserto na «Ordem do Exército» nº 10. P. fazendo fogo mesmo depois de destruidos os abrigos até serem cercadas pelo inimigo e defendendo-se por último à granada de mão. pelas unidades de metralhadoras. O ministro da Guerra o faça publicar. Considerando que essas unidades constituem hoje. P. um factor tam importante e definido que. 27 de Janeiro de 1921. (a) João de Almeida – João Pedroso Lima». concedendo ao 1. Além deste louvor. 1. Hei por bem decretar. sob proposta do ministro da Guerra. Decreto nº 7261 – «Ordem do Exército» nº 1. contribuindo para o seu excelente resultado. em Africa e em França. dando relevantes provas do quanto amavam e honravam a sua Pátria. demonstrando assim o maior patriotismo e o mais alto espírito militar. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .º Grupo de Metralhadoras do C. E.ª Divisão do C. (a) ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA – Alvaro Xavier de Castro». sob proposta do ministro da Guerra. e conjuntamente condecorado com a medalha de ouro da classe de Valor militar. de 29 de Janeiro de 1921. Paços do Govêrno da República. sem êle. se torna impossível assegurar uma vitória.º Grupo de Metralhadoras Pesadas.º do artigo 3.º do decreto nº 3:392 de 28 de Setembro de 1917. por si e a dentro do Exército. E. criado e educado em Bragança. CRUZ DE GUERRA DE 3. de 13 de Setembro de 1917).ª divisão do C. «Ordem do Exército» do dia 10 do mesmo mês). fez carregar todos os carros com diverso material. onde vive desde 1894).ª brigada de infantaria de 14 de Setembro de 1917). A CLASSE O mesmo oficial. dando assim um belo exemplo de serenidade debaixo de fogo. durante toda a batalha de 9 de Abril de 1918. apesar do bombarMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . A CLASSE O mesmo oficial. para com ele retirar..º G. energia e dedicação na direcção do sector a seu cargo.» nº 56 da 3. vendo que começava a ser bombardeado o parque da sua unidade. vendo que começava a ser bombardeado o parque da sua unidade. porque na batalha de 9 de Abril de 1918 comandou a 2. conseguindo transferir em poucos minutos o pessoal e animal do mesmo parque para local para tal fim previamente designado. porque no dia 11 do corrente. P. abandonando só aquele para que não havia solípedes para tracção e saindo só depois desse serviço feito com todo o pessoal debaixo de forma e na mais rigorosa disciplina. zelo e extrema dedicação pelo serviço («O. coragem. CRUZ DE GUERRA DE 4. imediatamente ali acorreu conseguindo transferir em poucos minutos o pessoal e animal do mesmo parque para local para tal fim previamente designado. zelo e extrema dedicação pelo serviço («Ordem de Serviço» nº 46 da 3. de S. porque no dia 11 do corrente.678 TOMO VII GRANDE GUERRA Oficiais e praças condecorados com a Cruz de Guerra CRUZ DE GUERRA DE 4. tendo-lhe sido entregue o comando do grupo no acampamento de La Fosse. imediatamente ali acorreu. E. dando assim um belo exemplo de serenidade debaixo de fogo. CRUZ DE GUERRA DE 3. A CLASSE Capitão Artur Pinheiro Coelho (natural de Castelo Branco.ª bateria do 1.ª brigada de infantaria da 1. A CLASSE Capitão Teófilo Maurício Constantino de Morais (natural de Bragança). acto extraordinário e individual de coragem e dedicação praticado nos campos de batalha em França. o qual merece ser devidamente registado por revelar muita dedicação à causa da Pátria e da Humanidade (Portaria de 3 de Julho de 1920. demonstrou compreensão do dever. porque. de M. tendo contribuído para a admirável preparação moral evidenciada pelas guarnições das metralhadoras pertencentes ao grupo. revelando assim as melhores qualidades de coragem. porque no combate de 9 de Abril de 1918 mostrou coragem e notável zelo pelo serviço. conservando-se na sua posição apesar do forte bombardeamento que a atingiu e destruiu em parte. instalou a guarnição de duas metralhadoras e promoveu o transporte. A CLASSE Tenente Eugénio Rodrigues Aresta (natural de Moura). CRUZ DE GUERRA DE 3. transmitindo e dando ordens à sua unidade. de S. E. A CLASSE Tenente Emílio Tito Ferreira da Silva Couto (natural de Vila Nova de Cerveira). dando assim provas de valentia. de 18 de Março de 1918). solicitou que tal se não fizesse («O. deixando-se aprisionar só depois da sua secção ter sido feita prisioneira e destruída («Ordem do Exército» nº 10 de 10 de Julho de 1920). CRUZ DE GUERRA DE 4. sangue-frio e decisão («O. pela coragem que demonstrou por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918.» nº 32 do Quartel General da 3. só abandonando esse posto quando pode evacuar os feridos.ª brigada de infantaria de 18 de Março de 1918). tratando feridos sob o bombardeamento. serviço que procurou desempenhar até que foi atacado de gases. e ainda pelos grandes exemplos que sempre deu aos seus subordinados. sem cessar. logo que começou o bombardeamento. G. de S. se apresentou no posto de socorros do grupo. debaixo de um intenso bombardeamento. sendo por último atacado de gases.GRANDE GUERRA 679 TOMO VII deamento que se estava fazendo. pelo mesmo motivo indicado acima para o tenente Emílio Couto (mesma «Ordem do Exército»). pelo modo como no dia 7 do corrente. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . CRUZ DE GUERRA DE 2. Tenente-médico Alfredo Barata da Rocha. porque no dia 9 de Abril de 1918. sangue-frio e nítida compreensão dos seus deveres («Ordem do Exército» nº 1 de 14 de Setembro de 1920). conservando-se ainda no posto depois do grupo ter retirado. de munições pertencentes a outro grupo. sangue-frio e nítida compreensão dos seus deveres profissionais («Ordem do Exército» nº 15 de 14 de Setembro de 1920). A CLASSE O mesmo oficial. do C. P. atendeu os inúmeros feridos que chegavam de diferentes unidades. com a maior dedicação. solicitando executar um importante serviço de ligação com risco de vida através de um intenso bombardeamento. Alferes António Rodrigues da Silva Braga. e depois de ter sido indicado pelo médico para baixar ao hospital. onde.» nº 133 do Q. debaixo de fogo de cunhetes. demonstrando assim abnegação. só se rendendo quando o inimigo o atacou pela retaguarda (mesma «Ordem do Exército»). conseguiu salvar a sua metralhadora e fazer fogo com ela sobre o parapeito do reduto completamente abandonado pela infantaria.680 TOMO VII GRANDE GUERRA 2. não chegando com ela a executar fogo por haver sido cercado e aprisionado pelo inimigo (mesma «Ordem do Exército»). heroicidade e sangue-frio. 1. contando o tempo desde 9 de Abril de 1918. dando provas de um sangue-frio admirável na regulação do tiro.º sargento Joaquim Rodrigues de Carvalho. por este motivo. Esta praça foi. 2. impedindo o avanço do inimigo. por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918. por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918. tentou montar essa metralhadora sobre o abrigo. resistindo durante muito tempo. nunca abandonando este serviço. por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918. porque. nunca a abandonou. promovida a 2. conseguindo que duas das suas metralhadoras resistissem até às onze horas e trinta minutos. porque.º sargento Manuel Cavaleiro (natural de Bragança).º sargento Joaquim Matias. fazendo parte da guarnição de uma metralhadora. 1. porque. sobre os seus camaradas que eram levados debaixo de uma escolta para as linhas inimigas («Ordem do Exército» nº 10 de 10 de Julho de 1920). 2. Esta praça foi. nem mesmo quando o inimigo. rendendo-se quando já não tinha água para as metralhadoras e quando estavam já quase esgotadas as munições («Ordem do Exército» nº 10 de 10 de Julho de 1920). por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918. por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918. no cumprimento do seu dever. contando a antiguidade desde 9 de Abril de 1918. com artilharia e morteiros. apesar de junto dele ter caído morto um dos granadeiros que MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . por este motivo. promovida a 2. sendo destruída a posição. contando a antiguidade desde 9 de Abril de 1918. porque. porque. promovida a 1. saiu para fora da posição lançando granadas. vendo que alguns soldados de infantaria tinham retirado. demonstrou muita coragem. 2.º sargento por distinção. deixando-se aprisionar quando as munições lhe faltaram e quando recebeu uma descarga inimiga pela retaguarda («Ordem do Exército» nº 10 de 10 de Julho de 1920). Esta praça foi. por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918. vendo que uma das guarnições das suas metralhadoras tinha sido dizimada pelo fogo inimigo. destruiu a posição. tomou conta da metralhadora.º sargento por distinção.º cabo-servente Hermenegildo Monteiro. fazendo derruir a cúpula do abrigo.º cabo-servente António Joaquim Rodrigues (natural de Bragança). atirando mesmo.º cabo-servente António de Jesus Pacheco. porque.º sargento por distinção. tendo sido destruída a seteira de abrigo da posição de uma das suas metralhadoras. por este motivo. º cabo por distinção. Soldado-servente António Baptista Borges. transmitindo a ordem de fogo às metralhadoras debaixo de um intenso bombardeamento («Ordem do Exército» nº 10 de 10 de Julho de 1920).º cabo por distinção. porque. na batalha de 9 de Abril de 1918.»). com a antiguidade desde 9 de Abril de 1918. do Exército» nº 10 de 10 de Julho de 1918). Soldado-servente Joaquim. defendeu a sua posição à granada de mão. tendo sido o primeiro que abriu fogo contra o inimigo. porque. depois de grande trabalho e com risco de vida. por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918. apesar de a posição estar sendo enfiada por uma metralhadora inimiga. fazendo parte da guarnição de uma metralhadora. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918. por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918. levar a sua metralhadora à linha de fogo.º cabo por distinção. por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918.GRANDE GUERRA 681 TOMO VII o auxiliavam. retirar da mesma cinco cunhetes com pólvora que já estavam soterrados e sem os quais não podia fazer fogo («Ordem do Exército» nº 10 de 10 de Julho de 1920). Esta praça foi promovida a 1. com a antiguidade desde 9 de Abril de 1918. salientando-se depois pela bravura com que defendeu à granada de mão a posição até ser ferido («Ordem do Exército» nº 10 de 10 de Julho de 1920).º cabo por distinção. conseguiu. foi por duas vezes debaixo de intensíssimo bombardeamento do inimigo. por este motivo. combateu até ao fim com coragem e sangue-frio. Esta praça foi promovida a 1. defendendo a posição à granada de mão até cair prisioneiro (mesma «Ord. Esta praça foi promovida a 1. porque. Soldado-servente António Nunes. apesar do bombardeamento intensíssimo do inimigo.º cabo por distinção. vendo que os granadeiros de infantaria tinham retirado. Soldado-servente Manuel Joaquim. até cair mortalmente ferido (mesma «Ordem do Exército»). Soldado-servente Policarpo Mota. Soldado-servente Francisco António. porque. porque. Esta praça foi. contando a antiguidade desde 9 de Abril de 1918. não abandonando a sua metralhadora. retirando para a posição só quando foi gravemente ferido («Ord. não querendo abrigar-se. do Exérc. e sendo o único que dela restou. contando a antiguidade de 9 de Abril de 1918. Esta praça foi promovida a 1. porque. por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918. promovida a 1. que destruiu a posição. defendeu a sua posição à granada de mão. com a antiguidade desde 9 de Abril de 1918. apesar de o inimigo o atacar à granada de mão («Ordem do Exército» nº 10 de 10 de Julho de 1920). auxiliou heroicamente o sargento que tomou conta da referida metralhadora. serviço que teve de cessar quando o oficial que o acompanhava foi atacado de gases. coragem e dedicação na direcção do sector a seu cargo. acto extraordinário e individual de coragem e dedicação praticado nos campos de batalha em França. vendo que começava a ser bombardeado o parque da sua unidade. porque. quer no período de preparação na Machine Gun MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . atacado de gases. dando assim um belo exemplo de serenidade debaixo de fogo. com a antiguidade de 9 de Abril de 1918. Relação dos louvores concedidos em campanha aos oficiais e praças abaixo mencionados que fizeram parte do 1. M.). E. com risco da vida e através de intenso bombardeamento. Louvado pelo notável zelo.º G. de que fez parte. imediatamente ali acorreu. marchou com todo o sangue-frio e debaixo da barragem da artilharia para a sede do mesmo. por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918. conseguindo restabelecer as comunicações («Ordem do Exército» nº 10 de 10 de Julho de 1920). Capitão Teófilo Maurício Constantino de Morais – Louvado porque no dia 11 do corrente. durante toda a batalha de 9 de Abril de 1918.º Grupo de Metralhadoras) do C. energia. demonstrou compreensão do dever. CRUZ DE GUERRA DE 2.682 TOMO VII GRANDE GUERRA Soldado-servente Luís Silva. porque no combate de 9 de Abril de 1918 pediu para acompanhar um oficial na execução de um importante serviço de ligação. A CLASSE Soldado-ciclista Manuel João Pereira. P. (6. conseguindo transferir em poucos minutos o pessoal e animal do mesmo parque para local para tal fim previamente designado. excepcional aptidão e inexcedível proficiência que manifestou nos serviços notáveis prestados na missão de metralhadoras pesadas no Corpo Expedicionário Português em França. Esta praça foi promovida a 1. E. Louvado porque. sendo nomeado para ir substituir um dos agentes de ligação que tinha recolhido.º cabo por distinção. o qual merece ser devidamente registado. P.ª divisão do C. e teve por isso necessidade de o acompanhar (mesma «Ordem do Exército»). tendo contribuído para a admirável preparação moral evidenciada pelas guarnições das metralhadoras pertencentes ao Grupo. zelo e extrema dedicação pelo serviço («Ordem de Serviço» nº 56 da 3.ª brigada de infantaria da 1. por revelar muita dedicação à causa da Pátria e da Humanidade («Ordem do Exército» nº 10 de 10 de Julho de 1920). muita inteligência. º G. E. preparando-as para a guerra («O. dando assim provas de valentia. vendo que começava a ser bombardeado o parque da sua unidade. deu as necessárias ordens para que se fizesse a evacuação do pessoal e gado do respectivo parque. e tendo-lhe sido entregue o comando do Grupo no acampamento de La Fosse para com ele retirar. transcrita na «O. de S. de 5 de Outubro de 1917). colaboração esta que tem continuado a efectivar acumulando com a chefia da 4.. inteligência. quer no período de instrução que lhe incumbiu ministrar às primeiras unidades de metralhadoras pesadas daquele corpo. conseguindo transferir em poucos minutos o pessoal e animal do mesmo parque para local para tal fim previamente designado.). Louvado porque na batalha de 9 de Abril de 1918 comandou a 2.» da 3. até com prejuízo da sua saúde. P. E.. apesar do bombardeamento que se estava fazendo. abandonando só aquele para que não havia solípedes para tracção e saindo só depois desse serviço feito com todo o pessoal debaixo de forma e na mais rigorosa disciplina. dando assim um belo exemplo de serenidade debaixo de fogo. G. o que se fez sob a sua direcção e vigilância e com a maior rapidez («O. desembaraço e dedicação pelo serviço («Ordem do Q. Capitão Artur Pinheiro Coelho – Louvado porque no dia 11 do corrente. de S. forma brilhante e elevada com que sempre tem desempenhado os serviços de que tem sido encarregado. dedicada e inteligente colaboração na organização dos serviços a seu cargo na D. de M. de Serviço» nº 56 da 3. logo no início do bombardeamento de Laventie. Louvado pela sua inexcedível actividade e leal. C. fez carregar todos os carros com diverso material.ª divisão do C.» nº 16 de 16 de Dez.ª brigada de infantaria da 1. algumas vezes com prejuízo da própria saúde.ª brigada de infantaria. Louvado pela alta competência. colhendo todos os conhecimentos necessários ao emprego da metralhadora pesada «Vickers» na guerra de trincheiras e reunindo-os em diversos trabalhos. de M.ª bateria do 1. imediatamente ali acorreu. residente em Bragança desde 1914) – Louvado pela serenidade e sangue-frio com que no dia 23 de Setembro findo. sangue-frio e nítida compreensão dos seus deveres («Ordem do Exército» nº 15 de 14 de Setembro de 1920). e por haver sempre demonstrado excepcionais qualidades de trabalho.» do 1. desembaraço e dedicação pelo serviço. E. E. inteligência.ª secção. zelo e extrema dedicação pelo serviço («Ord.» nº 65 de 8 de Março de 1919). dos S. E. Alferes Salvador Nunes Teixeira (natural de Cernache do Bonjardim.º G. do E. E.GRANDE GUERRA 683 TOMO VII School de Saint Cecille Plage e nas primeiras linhas britânicas. P. pondo sempre em evidência as suas excepcionais qualidades de trabalho. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . do C. de 1918).» nº 2 de 5 de Abril de 1922). nunca desmentida ainda nas mais difíceis circunstâncias («Ord. C. do E. Tenente Emílio Tito Ferreira da Silva Couto – Louvado porque hoje.º G. debaixo dum intenso bombardeamento. E. G. de S. e depois de ter sido indicado pelo médico para baixar ao hospital solicitou que tal se não fizesse («O. de 29 de Abril de 1918).» nº 196 de 24 de Novembro de 1918 do 3. M. M.º G. Tenente Eugénio Rodrigues Aresta – Louvado pelo modo como no dia 7 do corrente. de S. com a maior dedicação.» do Q. de M.ª bateria deste grupo («O.). solicitando executar um importante serviço de ligação.» nº 63 do 1. que sempre desempenhou com a maior lealdade e grande competência («O. só abandonando esse posto quando pode evacuar os feridos. dando assim um belo exemplo MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Louvado pela muito boa vontade e competência com que dirigiu a construção da carreira de tiro para instrução das metralhadoras pesadas em Le Parc. de munições pertencentes a este Grupo. muita competência e absoluta lealdade como tem desempenhado as funções de ajudante do Grupo («O. E. tratando feridos sob o bombardeamento. Louvado pela sua inexcedível dedicação e boa vontade com que tem desempenhado todos os serviços que lhe têm sido confiados como subalterno desta unidade. do C. atendeu os inúmeros feridos que chegavam de diferentes unidades.» nº 117 do 1. sendo na retirada atacado de gases.» nº 196 de 4 de Novembro de 1918 do G. de S. sob um bombardeamento intenso.). M. e pela maneira como. marchou para o comando do batalhão com todo o sangue-frio e sem a menor hesitação. no combate de 9 de Abril de 1918. de 18 de Março de 1918). sob um intenso bombardeamento. P. tem comandado a 2. devido ao seu espírito disciplinador e inexcedível zelo. cumulativamente com o serviço de ajudante do Grupo. P. Louvado porque. Louvado porque hoje. de S. sangue-frio e dedicação («O.684 TOMO VII GRANDE GUERRA Louvado pelo subido zelo. da 3. serviço que procurou desempenhar até que foi atacado de gases. se apresentou no posto de socorros do Grupo onde. G. logo que começou o bombardeamento. de S. de S. sem cessar. dando assim um belo exemplo de serenidade e nítida compreensão dos seus deveres («O. demonstrando assim abnegação. de 4 de Março de 1918).» nº 15 de 14 de Setembro de 1920). revelando assim as melhores qualidades de coragem. conservando-se ainda no posto depois de o Grupo ter retirado. do C. marchou para o comando do batalhão com todo o sangue-frio e sem a menor hesitação. mostrou coragem e notável zelo pelo serviço.ª brigada de infantaria). instalou a guarnição de duas metralhadoras e promoveu o transporte. Tenente-médico Alfredo Barata da Rocha – Louvado porque no dia 9 de Abril de 1918. com risco de vida. através de um intenso bombardeamento. sangue-frio e nítida compreensão dos seus deveres profissionais («O. debaixo de fogo de cunhetes.º G.» nº 32 do Q. conservando-se na sua posição apesar do forte bombardeamento que a atingiu e destruiu em parte.).ª brigada de infantaria de 14 de Setembro de 1917). encontrando-se em serviço na MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .º sargento-enfermeiro hípico Eugénio Afonso – Louvado pela forma como no dia 11 do corrente coadjuvou os oficiais da sua unidade no serviço de evacuação do gado do respectivo parque. durante o bombardeamento de Laventie. serenidade e sangue-frio («O. sob um bombardeamento intenso. na evacuação do parque da sua unidade.GRANDE GUERRA 685 TOMO VII de serenidade e nítida compreensão dos seus deveres («O. transmitindo e dando ordens à sua unidade. com todo o sangue-frio e sem a menor hesitação. zelo e extrema dedicação pelo serviço («O. ter marchado para o comando do batalhão.» da 3. de S.ª brigada de infantaria de 5 de Outubro de 1917). revelando dedicação. 1. o oficial que a dirigiu. M. Louvado pelo muito zelo. e ainda pelos grandes exemplos que sempre deu aos seus subordinados.º sargento Joaquim Tomás Bramão (natural de Setúbal.» nº 63 de 4 de Março de 1918 do 1.º sargento Manuel Joaquim dos Santos Caseiro (natural de Babe) – Louvado pela forma como no dia 23 de Setembro findo. de S. Alferes António Rodrigues da Silva Braga – Louvado por hoje. e ainda pelos grandes exemplos que sempre deu aos seus subordinados. na evacuação do parque da sua unidade. logo de começo. M. Louvado pela coragem que demonstrou por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918.» nº 80 de 21 de Março de 1918 do 1.º G. 1. de S. Louvado pela coragem que demonstrou por ocasião da batalha de 9 de Abril de 1918. deixando-se aprisionar só depois da sua secção ter sido feita prisioneira e destruída («O. o que fez por forma a revelar serenidade debaixo de fogo. transmitindo e dando ordens à sua unidade.» nº 10 de 10 de Julho de 1918). atingiu o local do mesmo parque. residente em Bragança desde 1905) – Louvado porque. de S.» nº 62 da 3. Louvado pela forma como no dia 23 de Setembro findo. de S. competência e dedicação com que sempre desempenhou as funções de comandante de secção de metralhadoras e todos os serviços de que foi encarregado («O.» nº 10 de 10 de Julho de 1918). durante o bombardeamento de Laventie. revelando dedicação. o oficial que a dirigiu. coadjuvou. serenidade e sangue-frio («O.). 1. dando assim um belo exemplo de serenidade e nítida compreensão dos seus deveres («O. de S.º G. deixando-se aprisionar só depois da sua secção ter sido feita prisioneira e destruída («O.ª brigada de infantaria de 5 de Outubro de 1918). conservando-se na sua posição apesar do forte bombardeamento que a atingiu e destruiu em parte. de S. depois de iniciado um bombardeamento que.).» nº 56 da 3. M.» nº 63 de 4 de Março de 1918 do 1. de S. coadjuvou.º G. » nº 117 do 1. revelando valor e dedicação pelo serviço e uma perfeita compreensão dos seus deveres. e ainda por. foi espontaneamente buscá-la. debaixo de um intenso bombardeamento («Ordem» nº 32 do Q. durante a permanência de seis meses nas trincheiras. durante dezasseis dias seguidos que esteve de guarnição à metralhadora nº 12 repelir em três noites três patrulhas inimigas. manifestando sempre zelo. cumpridor e que se impõe a todos pela correcção do seu porte («O. sem se deitar. da 2. 1. 1. durante a permanência de seis meses nas trincheiras. de S. do C. que era urgente remover. 2. sendo muito cuidadoso no serviço. («O. desembaraçado e bem cumpridor dos seus deveres. conservou-se até ao fim no seu local de serviço da guarda a importantes documentos que na secretaria se encontravam. e estando a ser bombardeada a posição desta. enfim.º cabo-servente João António – Louvado pela maneira como se salientou no cumprimento dos seus deveres e como desempenhou o cargo de chefe de metralhadoras durante a permanência de seis meses nas trincheiras. com quaisquer dados. obediente. 2. pelo cuidado que tinha com a sua metralhadora.» nº 277 de 16 de Dezembro de 1917 do 1. 1.» nº 167 do Q. que tentavam aproximar-se daquela posição. G. apesar de analfabeto.º sargento Joaquim Rodrigues de Carvalho – Louvado pela muita coragem e sangue-frio revelado no dia 7 do corrente. 2. da 3. de 29 de Abril de 1918). revelando coragem. cumulativamente com as de vagomestre («O. durante aquelas dezasseis noites. ser um bom chefe de metralhadoras. transportando munições.ª divisão). pela prontidão com que assegurava as ligações em caso de raid.º cabo-servente António Augusto Rodrigues – Louvado por se distinguir.º cabo-servente José Maria Ribeiro – Louvado por.º cabo-servente Henrique Teixeira Nijo – Louvado porque. Soldado-servente Delfim Teixeira – O mesmo louvor do antecedente. aprendendo bem a colocar a metralhadora em posição. interesse e dedicação pelo serviço (a mesma «Ordem» do anterior). de S. pela maneira como mantinha no serviço as praças da sua guarnição e. de S. M. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . G. M. P. e mais ainda por ser um excelente graduado.686 TOMO VII GRANDE GUERRA secretaria do comando da sua unidade no dia 3 de Setembro findo.º G.ª brigada de infantaria de 18 de Março de 1918).). apesar de levar algum tempo a sua desmontagem. conservando-se vigilante.º G. não obstante ter sido envolvido por estilhaços de uma granada que ainda o feriu ligeiramente. sangue-frio e muita dedicação pelo serviço (mesma «Ordem de Serviço»). E. fazendo parte de uma guarnição de metralhadoras contra aeroplanos.º sargento Virgílio Camiler Dias – Louvado pelo muito zelo e competência como tem desempenhado interinamente as funções de provisor. em que o inimigo fez um bombardeamento sobre Laventie. sendo tesoureira na gerência de 1926-27. filho de Manuel do Espírito Santo Sampaio. cabo. e desempenha as mesmas funções na actual gerência. no ano lectivo de 1921-22 e efectiva em Novembro de 1922 para o liceu onde hoje se encontra. de Coimbra. Foi professora provisória e depois agregada no Liceu da Infanta D. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Foi professora provisória e depois agregada no Liceu da Infanta D. a 25 de Maio de 1893. de Lisboa. bem como o curso da Escola Normal. é filha de António Augusto dos Santos Guardiola e de D. a 13 de Janeiro de 1895. de Lisboa. Maximiana Rosa Mendonça. do Mogadouro. de Coimbra. também da guarnição de Bragança. de Nozedo de Cima. em cuja cidade fez os cursos liceal e da Escola Normal. onde se encontra. onde terminou o curso em 1919. Francisco Rodrigues. de Coimbra. alferes. Maria. tanto em França como na África. será para outro volume. e de Maria Adelaide da Silva. de Lisboa. Nasceu em Bragança. apresentou um estudo sobre Termómetro de mercúrio e para o exame de estado apresentou e defendeu a tese Uma lição de hidráulica à 3. Era nosso intuito falar da parte gloriosa que o regimento de infantaria nº 30. Em Novembro de 1926 foi nomeada professora efectiva e secretária do Liceu Carolina Michaëlis. licenciada em ciências matemáticas pela Universidade de Coimbra. de Macedo de Cavaleiros. teve na Grande Guerra.º Grupo de Metralhadoras mortos na Grande Guerra António Eugénio da Silva Sampaio †.GRANDE GUERRA | GUARDIOLA 687 TOMO VII Oficiais e praças do 6. Albino Falcão. sendo transferida em 1928 para o de Lisboa. Para o concurso da entrada na Escola Normal Superior de Coimbra apresentou e defendeu um trabalho intitulado Estudo das secções cónicas e para o exame de estado apresentou e defendeu a tese O ensino da aritmética nos liceus. Nasceu em Bragança. se as conseguirmos. licenciada em ciências físico-químicas pela Universidade de Coimbra. freguesia da Sé. Maria Baptista dos Santos). e no ano seguinte do Liceu Garrett. Bragança. GUARDIOLA (D. concelho de Vinhais. onde terminou o curso em 1928. de Nogueira (Bragança). Alice Augusta dos Santos) – Directora do gabinete de física do Liceu Maria Amália Vaz de Carvalho. do Porto. e Simão de Jesus Gomes. Faz parte da direcção da Federação das Associações dos Professores dos Liceus Portugueses.ª classe. Para o concurso de entrada na Escola Normal Superior. Fez os estudos liceais nesta cidade. GUARDIOLA (D. de que foi nomeada directora do gabinete de física em 1923. desde 1920 a 1925. mas não pudemos obter as necessárias informações. Maria. irmã da anterior – Reitora do Liceu Maria Amália Vaz de Carvalho. freguesia da Sé. da freguesia da Sé. Saiu o primeiro número a 15 de Janeiro de 1925 e terminou a 12 de Outubro de 1926. A Pátria Nova de 21 de Agosto de 1913 diz: «Recebemos hoje o primeiro número deste semanário evolucionista. O primeiro número da edição de Bragança apareceu em 2 de Junho de 1907. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Porto. que se publica em Moncorvo». começou a publicação de várias edições de um semanário religioso. sob a direcção de João Pedro de Sousa. Publicação criada pelo Regulamento de Agricultura Distrital de 28 de Fevereiro de 1877. e com o nº 29. em que acabou. publicado em Mirandela. Foi seu fundador e redactor o capelão militar João Manuel de Almeida Morais Pessanha. directores. Anais Agrícolas do Distrito de Bragança – Publicados pelo conselho de agricultura do mesmo distrito. chegando até ao nº 18. Começou em 29 de Setembro de 1886. Baixo Clero (O) – Publicação semanal. praça da Sé. que começou a publicar-se em Mirandela em 5 de Agosto de 1908 sob a direcção de João Inácio Teixeira de Meneses Pimentel. para as quais fazia edições) e no título do periódico. órgão da Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Bragança. 4. correspondente a Agosto de 1902. da Guarda. Alma Trasmontana – Semanário evolucionista. de Silva Barreto. na Tip. Dá notícia do aparecimento deste periódico o Trás-os-Montes de 1 de Julho de 1926. Aurora do Tua – Semanário independente. que já correra muito irregularmente. Tip. doutores Luís Teixeira Neves e João Doutel de Andrade.º de 75 págs.688 TOMO VII JORNAIS DO DISTRITO DE BRAGANÇA J JORNAIS E PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA Acção Transmontana – Semanário de Mirandela. 1878. que ficou sendo seu proprietário e director local. Boletim Associativo – Mensário. 10 de Setembro. na Tip. que. voltando a aparecer impresso em Lisboa. Era impresso em Bragança. referente a 24 de Junho de 1905. director da Estação Trasmontana de Fomento Agrícola e chefe da delegação da Direcção da Fiscalização dos Produtos Agrícolas naquela vila. Número único? Atleta (O) – Periódico de Macedo de Cavaleiros. tendo um fundo comum divergia apenas na última página (onde inseria notícias das diversas terras. Agricultura Trasmontana – Quinzenário. Saiu o primeiro número a 27 de Maio de 1909 e terminou em Agosto de 1910. suspendeu a publicação. em 26 de Fevereiro de 1905. Saiu à luz da publicidade a 11 de Agosto de 1899. graças aos esforços e boa vontade de José António de Castro. Alerta! – A Casa Veritas. do Jornal do Porto. Primeiro ano – 1876 a 1877. de Vila Flor. Minerva de António de Melo. o doutor Abílio de Madureira Beça e assim continuou até fins desse ano. Órgão defensor dos interesses regionais.JORNAIS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 689 TOMO VII Boletim Diocesano de Bragança – Saiu o primeiro número em Janeiro de 1898 e terminou com o número de Março de 1900. No entanto. que constituiu família em Bragança. Com esta publicação tinha o seu autor em vista. Boletim Republicano do Distrito de Bragança. Impresso em Braga. espicaçá-los e obrigá-los a tratar dos interesses da terra que lhes conferiu os mandatos. por ocasião da quermesse em favor dos pobres promovida pelo governador civil Cristóvão Aires. Boletim da Diocese de Bragança – Director cónego e doutor Manuel António da Ressurreição Fernandes. Brigantino (O) – Semanário político. Concelho de Bragança (O) – Órgão do partido republicano conservador (1037) Portugal: Dicionário histórico. Imprimia-se em Coimbra. Redactor principal. Saiu o primeiro número em Dezembro de 1928 e ainda se continua publicando. pela inserção do que no parlamento faziam os representantes do distrito de Bragança. ainda em 2 de Julho de 1893. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .º e 2. Boletim Oficial de Bragança – De 23 de Junho de 1846 a 4 de Maio de 1847 (1037).º números. que não sabemos se chegou a imprimir-se. Perdigão Júnior. saiu um número único de O Brigantino. Boletim Parlamentar do Distrito de Bragança – Mensal. Saiu o primeiro número a 17 de Fevereiro de 1901. publicado em Bragança. Em 20 de Junho de 1919 vimos nos jornais referências a esta publicação periódica. É mensal e em formato de revista. artigo «Bragança (distrito administrativo de)». Saiu em 1894. Brigantina). apenas vimos os 1. Saiu o primeiro número a 25 de Outubro de 1886 (1038). Trindade Coelho. Bragança. redactor. em que terminou. de oito páginas (impresso na Imp. Em Janeiro de 1889 passou a ter como director. Parece-nos que só saíram três números. Bragançano (O) – Quinzenário. cujo produto da venda era destinado à referida quermesse. Era mensal e em formato de revista. Tip. João Baptista da Cruz. Comércio de Mirandela (O) – Saiu em Janeiro de 1890. (1038) Ibidem. Foi seu primeiro director e principal redactor o padre João Morais Pessanha e administrador José S. Barreto do F. durou pouco. Saiu o primeiro número a 15 de Novembro de 1919. Boletim da Farmácia Morais. fundando este A Gazeta de Bragança. de que era proprietário Barreto Perdigão e director José Fernandes de Matos. sob a mesma administração. praça da Sé. publicado em Bragança. publicado em Bragança. Com o mesmo título publicou-se um número-programa em 10 de Abril de 1889. na imprensa do governo civil. Tip. cujo nome nos não recorda. Impresso na Tip. e que foi logo suspenso por falar contra os regeneradores. Correio de Mirandela – Trimensário independente. Bragança. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Mirandela. de Mirandella. Director. Bragança.. Neves. Saiu o primeiro número em 1 de Junho de 1905 e ainda se publicava em Março de 1929. literário e noticioso. Saiu o primeiro número a 15 de Março de 1905 e suspendeu a publicação em Junho de 1907.690 TOMO VII JORNAIS DO DISTRITO DE BRAGANÇA local. Ignoramos como se chamava o tal jornal e em que época se publicou. Composto e impresso na Tip. Distrito de Bragança – Semanário político. J. Saiu o primeiro número a 12 de Fevereiro de 1911 e suspendeu em fins de Abril desse ano. Correio de Macedo – 1. Distrito de Bragança – Órgão de defesa dos interesses do distrito de Bragança. Correio Brigantino (O) – Semanário regenerador-liberal. Em 1 de Maio de 1896 pediu licença para se intitular Voz da Pátria. se a memoria nos não falha. Ferreira Soeiro. rua de Santa Luzia. mas que era redigido por um fulano Lobo. cujo partido n’essa epocha estava no poder». O citado António Maria Machado. Director.º ano. conforme está escrito no auto de posse do governo civil. Semanário (?). Vimos um «Suplemento» a este jornal datado de 8 de Junho de 1892. Saiu o primeiro número a 14 de Março de 1902 e não Junho. ou. um periodico no tempo do fallecido Antonio Maria Machado. Impresso em Bragança na Tip. O Correio Brigantino de 5 de Abril de 1905 traz uma deficiente resenha dos periódicos publicados em Bragança e diz: «Veio primeiro. António Maria de Morais Machado. como traz o dicionário Portugal. artigo «Bragança (distrito administrativo de)». Neves. Era seu redactor Abel (1039) Portugal: Dicionário histórico. impresso nos baixos do Asylo. Saiu o primeiro número a 1 de Janeiro de 1911. Correio do Norte – Periódico de Carrazeda de Ansiães. João Augusto Correia. publicado em Bragança. Publicação quinzenal. foi por duas vezes governador civil do distrito de Bragança: a primeira desde 6 de Fevereiro de 1878 a 9 de Junho do ano seguinte e a segunda desde 2 de Abril de 1881 a 21 de Maio de 1884. Ferreira Soeiro. Redactor. Começou a publicar-se a 21 de Agosto de 1880 e suspendeu em 1889. fundado pelo doutor António Olímpio Cagigal. Órgão da política de Teixeira de Sousa e Alberto Charula no distrito de Bragança. Democrata (O) – O primeiro número apareceu a 18 de Janeiro de 1896 (1039). Inácio Manuel de Sousa Freire Pimentel. do Mogadouro. de Sá Vargas (Diogo Albino de Sá Vargas). Director e proprietário o professor Tito Sendas. rua Direita. Evolução (A) – Órgão da Academia. professor de francês no liceu desta cidade. no artigo «Bragança (distrito de)».°. e seu redactor Manuel José Cardoso. de D. órgão do professorado de Trás-os-Montes. Deixou de publicar-se em Junho de 1907. Impresso em Bragança na Tip. respeitante a 8 de Agosto de 1915. entre elas o Agostinho de Ceuta. Saiu o primeiro número a 4 de Janeiro de 1912 e acabou em Junho desse ano. Redacção e administração em Sambade (Alfândega da Fé). depois inspector escolar. Eco de Moncorvo – Semanário progressista publicado em Moncorvo. correspondente a 24 de Dezembro de 1900. publicado em Mirandela. começou a publicar-se em Torre de Dona Chama um semanário dirigido por Carolino Gonçalves. A. Foi o primeiro jornal que se publicou em Bragança. Saiu o primeiro número a 15 de Abril de 1905. que aponta como seu director António Gonçalves. Bragança. onde se imprimiram várias obras. na Tip. pertencente ao governo civil. de Camilo Castelo Branco. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Os últimos números trazem apenas o título Escola Trasmontana. Escola Trasmontana (A) – Semanário. Teodoro. começou a sair a 15 de Setembro de 1845 e durou até 1847. Apareceu o primeiro número a 29 de Agosto de 1908. e imprimia-se em Bragança. com duas folhas de texto ou dezasseis páginas. hoje professor no Seminário Diocesano em Vinhais. Parece que terminou em Outubro do mesmo ano. Parte do tipo desta tipografia ainda se aproveitou em 1886 na impressão de O Brigantino e o outro prelo está agora no Museu Regional de Bragança. Minerva. Temos presente o nº 20. natural de Sendim de Miranda. Foi seu fundador Benjamim Jerónimo. Neste tempo houve também outra tipografia em Bragança. (1040) O Nordeste de 3 de Outubro de 1900. O dicionário Portugal.JORNAIS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 691 TOMO VII Aníbal de Azevedo. poucos mais se publicaram. deste «semanário republicano evolucionista». em Bragança. menciona um periódico com o mesmo titulo acima. Era copiografado na rua Nova. cujo primeiro número diz haver saído a 5 de Julho de 1885. Saiu o primeiro número em fins de Setembro de 1900 (1040). sob o título com que iniciamos esta informação. Farol Trasmontano (O) – Periódico mensal de instrução e recreio. Eco de Dona Chama – A Pátria Nova de 28 de Março de 1915 diz que. então estudante. estabelecida nos baixos do asilo. A publicação era feita em 4. Não conhecemos tal periódico. Era seu proprietário o comerciante Albano Mendo Júnior. Escolar (O) – Apenas vimos o segundo número. Tip. Familiar (O) – Quinzenário. Saiu o primeiro número a 15 de Abril de 1930. União. vimos um exemplar. que diz ter visto esse exemplar na colecção que possuía o seu redactor principal. Saiu o primeiro número a 21 de Agosto de 1892. Começou a publicação a 14 do mesmo mês e ano. Bragança. o nº 11.692 TOMO VII JORNAIS DO DISTRITO DE BRAGANÇA por dádiva do neto de Diogo Albino de Sá Vargas. órgão de critica independente. conforme informa o dicionário Portugal. propriedade do Posto Agrário de Mirandela. Independente do Norte (O) – O Norte Trasmontano de 25 de Março de 1898 dá notícia do aparecimento de um jornal com este título em Moncorvo. Gazeta de Mirandela – Aponta-a Martinho da Fonseca nos «Aditamentos» ao Dicionário Bibliográfico. Imparcial (O) – Quinzenário. Director. devemos concluir que o seu primeiro número saiu em igual dia do ano citado. Tip. data que realmente concorda com a apresentada pelo periódico em seu número de 3 de Janeiro de 1904. Artística. O primeiro número publicou-se a 1 de Agosto de 1921 e o último (?) a 15 de Outubro seguinte. Gonçalves. grátis. Gaiato (O) – Quinzenário. Tip. comemorativo do seu aniversário. Gazeta de Bragança – Folha semanal. Publicação mensal. do mesmo director e tipografia? Ainda se publicava em Agosto de 1918. Júlio Moreno e T. O Dicionário Bibliográfico (1041) diz que este semanário foi fundado em 1891. publicada em Bragança. Marques da Costa. Foi seu fundador e redactor durante anos o conselheiro Abílio de Madureira Beça. para defesa dos interesses locais. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Começou a publicar-se em 5 de Outubro de 1901. de Borges & Piçarro. regeneradora. doutor em direito. Terminou a sua publicação a 19 de Outubro de 1910. de quem nos ocupámos na pág. correspondente a Outubro de 1917. 170. José António de Moura Pegado. Fomento Agrícola (O) – Órgão de propaganda e defesa da agricultura trasmontana. doutor Abílio Beça. Director e editor. mas parece haver engano. de Mirandela. Ignoramos quando saiu o primeiro número. professor de história e geografia no liceu de Bragança e antigo deputado em várias legislaturas e governador civil que foi deste distrito. p. Mirandela. Director. Norberto Lopes. Sucedeu a O Lavrador Trasmontano. redactores: Francisco de Matos. 569 deste tomo. informação que devemos ao amigo Mário. pág. e como a sua publicação se fez sempre aos domingos e este dia em 1891 caiu a 4 de Janeiro. fomos informados que o primeiro número do jornal citado saiu a 1 de Janeiro de 1892. 255. (1041) Tomo XVII. Depois de escritas estas notas. Foi seu director o padre Francisco Joaquim Neto e depois o padre-doutor José Maria Mendonça Negreiros. Leste Transmontano (O) – Órgão regionalista. como coisa daqueles dias. Distribuição gratuita. deve ter saído o primeiro em Outubro de 1913. Suspendeu a publicação após o movimento revolucionário de 14 de Maio de 1915. que temos presente. Era seu proprietário e director o doutor Raul Manuel Teixeira. rua Direita. de Melo. José António de Moura Pegado. 171. Apareceu o primeiro número a 12 de Julho de 1888 – diz o dicionário Portugal. inspector escolar. de Adriano Rodrigues. publicado em Bragança. defensor da escola e do professorado primário. Director. Norberto Lopes e Albino Valente. Redacção e administração no Mogadouro. e aquele de Meirinhos. Anuncia o aparecimento deste jornal nesta vila. José Candeias Duarte. que temos presente. Jornal de Mirandela (O) – Semanário. Era litografado e apenas saíram dois ou três números. Publicação mensal. Jornal de Bragança – Semanário independente. Saiu o primeiro número a 15 de Janeiro de 1920 e o último (?) a 14 de Abril desse ano. A Pátria Nova de 20 de Agosto de 1911. Saiu o primeiro número a 23 de Fevereiro de 1910. Era quinzenário e imprimia-se na Tip. concelho de Mirandela. impresso em meia folha e muito mal. Director. sendo impresso na Tip. Bragança. Redactores: Alberto Calejo. editor e proprietário. Lavrador Trasmontano (O) – Órgão de propaganda e defesa da agricultura trasmontana. ambos professores do Seminário de Bragança. literário. é de 4 de Julho de 1915. Luz (A) – Semanário. Redactor principal. Tip. de quem damos a biografia a pág. Judiciário (O) – Periódico de Miranda do Douro. concelho do Mogadouro. Legionário Trasmontano – Apareceu o primeiro número a 18 de Junho de 1914. hoje distinto professor primáMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Começou a publicação a 12 de Maio de 1900. O nº 2. António Baptista Rainha. União Mirandelense. oficial do registo civil em Mirandela. este natural de Abreiro. Ainda existia em Julho de 1915.JORNAIS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 693 TOMO VII Inflexível (O). Instrução (A) – Quinzenário. de A. de Mirandela – Começou a publicar-se a 17 de Setembro de 1898. Saiu o primeiro número a 27 de Maio de 1900. Liberdade (A) – Dirigida pelo doutor Adriano Fonseca. Era uma tentativa de rapazes – dos quais citaremos João Baptista da Cruz. Era semanal e publicava-se em Bragança. Director. 552. Mas a verdade é que o exemplar desse número que temos presente saiu a 29 de Abril do referido ano. A calcular pelo nº 8. Invisível (O) – Pelos anos de 1882 publicou-se no Seminário de Bragança um semanário com este título. João Baptista da Cruz. humorístico e noticioso. Director. Bragança. Madrugada (A) – Órgão académico. Publicou-se o primeiro número a 1 de Abril daquele ano e terminou a 21 de Maio de 1898. Tip. e José Matos. por diversas vezes. Tip. tinha o subtítulo de «Órgão dos interesses locais». em 27 de Novembro de 1903. O nosso biografado faleceu naquela cidade em Julho de 1912. 4. Durou pouco. que foi quem converteu em prelo a máquina de costura. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . juiz substituto. Depois. Os fundadores de A Luz foram: o nosso biografado e mais António Seca. que adaptaram a prelo. Mirandês (O) – Bimensal. Henrique (1042) Distrito de Bragança de 20 de Fevereiro de 1903. de que se publicaram apenas alguns números. poucos. Foi seu fundador o doutor Andrade (Olímpio Guedes de). Nasceu em Miranda do Douro a 27 de Março de 1859 e era filho de João Evaristo Dias de Lima e de D. Porto. Número único. presidente da câmara municipal do mencionado concelho. Bragança. literário e noticioso».. destinado à defesa dos interesses locais. naturais de Bragança. Já era força de vontade!. 15. quase ilegível. reapareceu com o título e subtítulo de O Mirandês – «Semanário político. fundado em 1894 na cidade de Miranda do Douro. O primeiro número. O primeiro número publicou-se a 5 de Abril de 1904. 1894. praça da Sé. Era regenerador e seguia a política de Teixeira de Sousa. Meio-Dia (O) – Folha académica.º de 15 págs. quinzenal. da Empresa Literária e Tipográfica. tinha o reverso da página manuscrito. Mogadourense (O) – Publicação feita a favor do bazar promovido em benefício do cofre de Nossa Senhora do Caminho. A oficina era constituída por alguns.694 TOMO VII JORNAIS DO DISTRITO DE BRAGANÇA rio. terminando a 22 de Dezembro do mesmo ano. Augusto Lima era um fanático pelo progresso de Miranda do Douro. e outros. Todos colaboravam no labor mental e material da composição e impressão tipográficas. quilos de tipo. Augusto César de Matos. Teresa de Jesus Mendes Lima. Saiu o primeiro e único (?) número a 23 de Janeiro de 1920. não se poupando a fadigas. trabalhos e despesas pecuniárias atinentes ao bem da terra. pág.. Minerva de António de Melo. Director. Mirandelense (O) – Começou a publicar-se em Mirandela a 15 de Fevereiro de 1903 (1042). e a impressão do jornal fazia-se numa velha máquina de costura. além de mal impresso. do concelho de Miranda do Douro. Mogadouro (O) – Semanário (?) republicano. provedor da misericórdia durante mais de vinte e cinco anos e chefe local do partido regenerador. administrador. Tip. Ver o artigo Alves (António Carlos). como mostrou na questão da consecução do seu caminho-de-ferro. Foi seu fundador e director Augusto César Dias de Lima. publicado em Bragança. saindo logo a 22 desse mês e suspendendo a 20 de Janeiro de 1911. O nº 2. o professor Cruz. Aníbal Valente era ao tempo amanuense do governo civil de Bragança. tomo XVII. mas desde Outubro de 1910 passou a ser impresso na Tipografia Rocha e Melo. Saiu o primeiro número a 10 de Novembro de 1912. Nordeste (O) – Órgão do partido progressista do distrito de Bragança. passando depois a ser empregado na agência do Banco de Portugal desta cidade e desde 1 de Março de 1905 aspirante de Fazenda em Lourenço Marques. Norte Trasmontano – Semanário religioso. conforme nos declarou o próprio fundador. magnificamente montada. apenas mudou de título. literário e noticioso. 145. político e literário. estando a primeira. rua Direita. editor. no número correspondente a 4 de Junho de 1902. devido às qualidades de talento e empreendedoras do seu proprietário Ferreira Soeiro. Minerva. O Nordeste terminou a 15 de Julho de 1910. 255. como nos disse o seu fundador e redactor Aníbal Augusto Rodrigues Valente (natural de Macedo. Tip. Fundador. que mais tarde se fundiu na tipografia representada hoje por Ferreira Soeiro. que gira ultimamente só debaixo do nome de António de Melo.JORNAIS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 695 TOMO VII Cabral. tem a data de 15 de Outubro de 1912. cujo primeiro número saiu a 4 de Julho de 1888. portanto. no que há evidente erro. no que há engano. ou. sob a direcção do doutor Álvaro de Mendonça Machado de Araújo. pág. político. Apareceu o nº 1 a 28 de Março de 1897. No dicionário Portugal. onde se imprimiam todos os periódicos que viam a luz em Bragança. que temos presente. de Adriano Rodrigues. se lê: «Entra hoje no decimo quinto anno de existencia este nosso semanario». padre Adriano Augusto Guerra. Vila Nova de Famalicão. hoje duas tipografias em Bragança. pois a data verdadeira é a de 4 de Julho. Moncorvense (O) – Publicou-se o primeiro número a 25 de Outubro de 1896. Montanhês do Norte (O) – Semanário independente. melhor. Bragança. saindo o primeiro número a 14 de Março de 1895. onde nasceu a 16 de Maio de 1865). Coexistem. artigo «Bragança (distrito de)». Foi MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que muito a tem ampliado. Mas o Dicionário Bibliográfico. continuando a publicar-se no mesmo formato e com a mesma redacção sob a epígrafe Notícias de Nordeste. que depois cedeu a propriedade dele ao centro progressista de Bragança em 1895. diz que o jornal em referência foi fundado em 1887. e mesmo no citado periódico. diz-se que o primeiro número de O Nordeste saiu a 1 de Julho de 1888. O Nordeste começou a imprimir-se num prelo pertencente ao governo civil deste distrito. intitulada «Tipografia Brigantina». Moncorvo (O) – Fundado pelo eclesiástico atrás citado. Tip. Povo de Mirandela (O) – Fundador. cujo último apelido lhe provem da terra da sua naturalidade. pelo menos. de Adriano Rodrigues. praça da Sé. proprietário e redactor Pires Avelanoso (António José Pires). por fim. depois de durar dois anos. Tip. pertencendo ao mesmo proprietário e redactor. impresso em Bragança na Tip. Olímpio Dias. António José Pires – Pires Avelanoso. Publicou-se até Janeiro de 1897. Notícias de Bragança – Semanário. Minerva. O primeiro número saiu no dia 31 de Janeiro de 1908 e. humorístico. Alfredo Coelho. na situação progressista de 1904-1906. O primeiro número saiu a 23 de Fevereiro de 1912. Era impresso na Tip. suprimido o O do título. Director. engenheiro civil e director da Escola de Habilitação ao Magistério Primário nesta cidade. Saboreano (O) – Quinzenário. terminou com o número correspondente a 26 de Janeiro de 1910. Pirilampo (O) – Semanário. de Silva Barreto. Oficinas de composição e impressão Tip. Bragança. José dos Inocentes.696 TOMO VII JORNAIS DO DISTRITO DE BRAGANÇA seu fundador. publicado em Bragança pelos estudantes. Proprietário e editor. Saiu o primeiro número a 27 de Novembro de 1919 e ignoramos se houve mais. e professor do Liceu Nacional de Braga). continuou a publicar-se desde 12 de Novembro de 1897 até 26 de Maio de 1898. Notícias de Mirandela – Semanário que começou a publicar-se em Mirandela a 1 de Maio de 1909. e nas mesmas condições. concelho de Miranda do Douro – foi secretário do ministro do Reino Eduardo José Coelho. director. Também foi editor-gerente da Tribuna. Avelanoso. crítico e noticioso. Patife (O) – Quinzenário literário. rua Direita. doutor João de Freitas (era natural do Pombal. Brigantina. Pátria Nova (A) – Pela República. Adriano Rodrigues. Redactor. Proclamada a República em 5 de Outubro de 1910. concelho de Carrazeda de Ansiães. pois é este o último número que vimos. Bragança. O primeiro MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Notícias de Nordeste – Ver acima Nordeste (O). Director. Saiu o primeiro número a 17 de Maio de 1902 e o último a 18 de Agosto do mesmo ano. Francisco de Matos. Acabou. sob a direcção de Francisco Ferreira. doutor José Salazar. Foi sempre impresso na Tip. Bragança. semanário publicado em Lisboa. Provinciano (O) – Publicava-se em Mirandela em 1911. reapareceu com o mesmo título a 12 deste mês sob a direcção de Júlio Rocha. sendo seu director Francisco Melo. em Maio de 1915 por causa da revolução do dia 14 desse mês. Desde 5 de Fevereiro seguinte a fins de Outubro do mesmo ano saiu com o título O Norte Trasmontano – semanário progressista. publicado na vila do mesmo nome. Torre de Moncorvo – Semanário regenerador. Era seu director António Ferreira de Sousa e redactor principal José Joaquim Lopes. cónego-doutor Manuel António da Ressurreição Fernandes. para reaparecer em 1922. Rego. Sudoeste (O) – Na situação regeneradora de Janeiro a Setembro de 1890 apareceu em Bragança este semanário defensor daquele partido a combater O Nordeste. nomeado delegado do Procurador Régio para a comarca de Carrazeda de Ansiães. Saiu o primeiro número em Bragança a 1 de Maio de 1910. Terras de Bragança – Órgão regionalista do distrito de Bragança – Semanário-quinzenário. para dar lugar à Gazeta de Bragança. Tip. proprietário. que se publicou na vila deste nome. Saiu o primeiro número a 19 de Junho de 1921 e o último (?) a 2 de Outubro seguinte. Mas depois o periódico seguiu a política progressista.°) a 30 de Junho imediato. Semeador (O) – Revista religiosa e boletim diocesano [de Bragança]. que o veio substituir nos seus fins políticos. Torre de Dona Chama (A) – Quinzenário. pertencente ao distrito de Bragança. por estar a imprensa embargada. Sorrir da Mocidade (O) – Semanário académico. O primeiro número saiu em Janeiro de 1917 e terminou com o nº 2 em Abril de 1925. Director. que concluiu a sua formatura em direito na Universidade de Coimbra a 18 de Junho de 1903. publicando-se ao todo oito números. Artística. O último número que vimos é de 11 de Setembro do mesmo ano. Um e outro não eram então impressos na cidade. Era mensal e impresso em Guimarães. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . A. cujo primeiro número saiu (1043) Gazeta de Bragança de 7 de Maio de 1900. Era seu director. diz o Portugal – Dicionário histórico. O primeiro número publicou-se a 15 de Fevereiro de 1911 e o último (o 8. sendo logo. por decreto de Julho do mesmo ano. Apareceu o primeiro número a 19 de Abril de 1900 (1043). Piçarro. de Borges & Piçarro. Artística de J. literário e noticioso. mas impresso em Mirandela.JORNAIS DO DISTRITO DE BRAGANÇA 697 TOMO VII número publicou-se a 15 de Março de 1922 e o último (?) a 21 de Maio seguinte. O Sudoeste desapareceu logo. Bragança. administrador e editor António da Assunção Teixeira. Século (O) – Periódico de Carrazeda de Ansiães. Directores: João Baptista da Cruz e Domingos Bernardo Vinhas. Bragança. Tip. Foi seu redactor principal Acácio António Camacho Lopes Cardoso. que era progressista. na Tip. que começou a publicar-se em 1 de Julho de 1876. publicado em Moncorvo. tendo cessado de se publicar em 1919. em que saíram cinco números e depois dois em 1925. filiado no partido regenerador. Trasmontano (O) – Semanário político. Brigantina à praça da Sé. Voz da Pátria – Semanário republicano do distrito de Bragança. dirigida pelo padre Manuel António Afonso. Só agora sai este artigo devido a um engano na arrumação dos linguados do referido tomo. entrou no seu 4. Voz de Ansiães (A) – O Trás-os-Montes de 15 de Janeiro de 1930 diz que começou a publicar-se em Carrazeda de Ansiães um periódico com aquele título. onde damos uma longa lista dos indivíduos desta povoação processados por judaísmo. dizia-lhe: «Neste povo grassa desde tempo immemorial ua secta. Saiu o primeiro número a 1 de Maio de 1896. onde era o seu lugar certo. (1045) Ver tomo V. de Adriano Rodrigues. que em tempo da Inquisição era isso muito occulto. Director. Cessou de publicar-se em Junho de 1905 (1044). Começou a publicar-se em fins de 1910 ou princípios de 1911 e terminou em fins deste ano. foram-nos ditadas por uma pessoa deste povo (1045). Começara a publicar-se a 8 de Agosto de 1886. Era seu director o engenheiro Agostinho Lopes Coelho. assim ha muita gente. impresso na Póvoa de Varzim. que pelo menos in confuso sabem disso. Impresso na Tip. maço Correspondência Episcopal especial) ao governador do bispado. mas de 34 [1834] a esta parte he isso muito divulgado. doutor Domingos Frias de Sampaio e Melo. Porto. Trasmontano (O) – Órgão do partido republicano em Carrazeda de Ansiães. Tip. usadas em Carção. É trimensal. p. O erro he a secta. suspendendo depois a publicação. Rego. Era impresso na Imp.º aniversário. convicta praticante da «Lei mosaica» e até director religioso. ao qual apenas se seguiram mais três. destas Memórias. Bragança. Pelo que ela nos disse. quero dizer não se escondem os sectarios como outra hora. rua Passos Manuel. (1046) Para ir com ordem. pároco de Carção (conservada no Museu Regional de Bragança. Civilização. seguimos pelo que fica dito no mencionado tomo V. Bragança. 90. Ver acima a referência a O Democrata. Mirandela.. mas seguem-na no que sabem e há muitos adeptos. Temos na nossa frente o número correspondente a 25 de Fevereiro de 1917. Era impresso na Tip.. órgão do partido evolucionista no distrito de Bragança. Assim (1046). LXXVIII. Voz do Tua – O Brigantino de 22 de Agosto de 1889 diz que este periódico. JUDEUS – As «Orações» adiante publicadas. Tua (O) – Periódico de Mirandela. concelho de Vimioso. (1044) Ibidem de 1 de Julho de 1905. espécie de sacerdote. p. conclui-se que a liturgia mosaica já está ali muito adulterada. que se publicava em Mirandela e seguia politicamente a esquerda dinástica de que era chefe o conselheiro Augusto César Barjona de Freitas. Saiu o primeiro número a 11 de Julho de 1915. Em carta de 2 de Junho de 1852. Começou a publicar-se a 9 de Abril de 1892. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . ou Lei Moisaica». Trasmontano (O) – Semanário republicano.698 TOMO VII JORNAIS DO DISTRITO DE BRAGANÇA | JUDEUS em princípios de Agosto de 1902. . dizem orações antes e depois de comer. precediam imediatamente esta cerimónia). como a Páscoa. e as mulheres por uma mestra (espécie de sacerdotisa). lembrando apenas agora que esses dias se faziam antes do casamento. celebram a Páscoa sempre no dia 14 da lua nova de Março. ignoram os preceitos da agricultura. lá no campo. pro formula. é transferido para o dia seguinte. Desconhecem também quaisquer preceitos relativos aos vestidos. No baptizado procediam da mesma forma. No casamento faziam sete dias: cinco a mulher e dois o homem (adiante diremos o que significa a fórmula – fazer um. O casamento era celebrado. nenhum outro alimento lhes é proibido senão os ovos. guiados os homens por um mestre (espécie de rabino ou sacerdote). com excepção de um ou outro trabalho de pequeno vulto. pelo menos. e acendem. guardam rigorosamente o sábado. por se não ver bem a lua. dois. para evitar um fácil engano. em casa e depois. é celebrado no dia 9 da lua nova de Setembro. Só comem pão ázimo durante esse dia 14. assim como as mulheres são dirigidas por outra mulher. O Kipur. a fim de evitar suspeitas. Também junto à cama se coloca MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . segundo a litúrgica da sua «Lei». que dirigia e recitava as orações. isto é. Além da abstenção de pão fermentado na festa da Páscoa. bem distantes um do outro esses grupos. Há homens instruídos na «Lei» que dirigem os actos espirituais das pessoas masculinas. três. ou seja carnes proibidas e permitidas. indo junto dela três vezes por dia durante esse tempo um certo número de mulheres recitar preces e orações. sete dias. em Carção o jejum é muito rigoroso – vinte e quatro horas sem comer. sob pretexto de guardar as uvas. Mortos – A cama onde alguém morreu é feita com lençóis novos e toda a mais roupa correspondente nova também ou. ou dia do Perdão. orações e bênçãos para todos os actos da vida. Têm rezas. fica para o dia seguinte. para o dia 10. mas para evitar enganos fáceis de dar-se. partindo em dois grupos – homens num e mulheres noutro – e. e por isso não se varia de pratos à mesa nem se escrupuliza em misturar na mesma refeição carne e leite. pelo menos. passavam o dia jejuando e recitando preces. fazendo primeiro a cerimónia ritualista em casa e depois. isto é. dizem que esta festa devia ser no dia 13. mas o acto aqui celebrado nada valia a seus olhos. Festejam a lua nova. e assim se conserva durante sete dias. que procedia da mesma forma com o grupo feminino. mas. pois só a rainha Ester os comeu nesse dia.. Era celebrado no vinhago. a fim de evitar suspeitas.JUDEUS 699 TOMO VII segundo ela. iam à igreja católica. iam à igreja cristã para meros efeitos civis. em bom uso. terminando no sétimo por fazer um dia. uma lâmpada. e a mais não se estende a festa nem têm qualquer outra. Desconhece-se a distinção entre animais limpos e imundos. julgavam ver. três antes da solenidade do Kipur. pão. novas. feijões e azeite suficiente para sua sustentação nesse dia e 120 réis em dinheiro (isto era antes da actual desvalorização da moeda. – Amen». A expressão fazer um dia quer dizer: jejuar um dia. a começar na véspera antes de aparecerem as estrelas até ao surgir destas no dia seguinte. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . AO DEITAR DA CAMA – «Louvado seja o Senhor e agradecido que nos livrou dos perigos do dia. Seguem as orações e preces: AO LAVAR – «Lavo minhas mãos e cara com aguas limpas e claras para que á hora da minha morte o Senhor me lave a minha alma. – Amen» (1047). Senhor». uma malga. Durante as rezas – segundo a pessoa informadora nos afirmou convictamente – via-se ou. Os dias de jejum de preceito são: três antes da Páscoa. batatas. nos guarde dos da noite para seu Santo serviço. É de preceito que cama e roupas. que ainda conhecemos: «Anjos. O jejum tem de ser acompanhado de esmolas. correspondente à silhueta do falecido.700 TOMO VII JUDEUS uma mesa com duas toalhas de linho. E seja louvado e engrandecido e Santificado por todos os séculos dos séculos. em cada um desses sete dias. um vultozinho deitado na cama. Monarcas e Patriarcas. AO TODO PODEROSO «Poderoso alto Senhor Do mundo governador Volvete meu pastor Suas ovejas á la Serra Aquelas que andam apartadas do rabanho Volvemolas Senhor Volvemas com tua mão (1047) Alguém nos ditou a seguinte oração usada. Também se pagava a seco este serviço à razão de 240 réis por dia cada rezadeira. Arcanjos. Amen. meninos da Santa Casa de Jerusalem. tudo seja a dar um louvor ao Altíssimo Senhor. por um bom velho de Bragança. um em Dezembro. ao lavar-se. mesa. ou seja estar vinte e quatro horas sem comer nem beber. além de. dois pratos com mantimento. recebem elas tudo. em geral. etc. mas como. pelo menos. uma ração de pão. as tais rezadeiras são pobres. adereços e mantimentos se dêem a um ou mais pobres. bacalhau. sete antes do casamento e um antes do baptizado. hoje equivalerão a vinte vezes mais). Num haças mal a tu companéro Num hajas obra de teu desejo. Se morrer acompanhai-me.JUDEUS 701 TOMO VII Eu como cordeira mansa Eu me sujeito a ti Perdoa-me alto Senhor Como Abrão a seu filho muito amado Tinha um cochilo na mão O braço levantado Mandou Deus do Céo Um anjo mui cortesano Tate. Adonai. tate. ORAÇÃO DO SÁBADO «Eove. Louvado seja o Senhor engrandecido que nos livrou dos perigos do dia nos livre e nos guarde dos da noite para seu santo serviço. Num saias a teu companéro Cum stilo de falsidade É atrofia que em seis dias Echó Adonai o seu dia». Abrão Não faças mal ao muchacho Já Deus está contente Satisfeito e pago Vai tras d’aquela starse Lá está um cordeiro atado Mandou Deus do Céo um aviso Que fosse sacrificado». quatro à cabeceira e Nosso Senhor na dianteira. num hurtes. Se me dormir acordai-me. Deus me cubra com o seu divino manto. com sete anjos me encontrei: três aos pés. não terei medo nem temor. Moisés Produzir só Dios Senhor del Cielo Num mates. AO LEVANTAR «Levantei-me de manhana De manhana ao alvor Ouvi cantar missa salve MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Amen». Graças a Deus que já me deitei. AO DEITAR DA CAMA – «Com Deus me deito com Deus me alevanto. se eu bem coberto fôr. tão infiel à obediência da vossa Santa Lei. alcancei-o com o desejo. sois mui suave. sois de muita misericórdia para todos os que vos chamam à divina piedade. eu vos louvo. o que não podia alcançar com a vontade. manso. a um pai tão suave. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . As orações terminam sempre por «Amen» e ainda por: «Glória sem fim ao Senhor de Israel. Males que são perversidades. Quebrantei a vossa Lei.702 TOMO VII JUDEUS Missa salve ao Senhor Que tantas graças nos deu Mais tem para nos dar Como estrelas ha no Céo E areias no mar E peixes a nadar Do nascente até ao poente Louvado seja o nome Santo glorioso do Senhor Poderoso para todo o sempre sem fim. eu glorifico o vosso Santo Nome. dai-me. tão contente de mim e do mundo. o meu coração parte-se de dôr. – Amen». A mim me pesa. peço-vos humilde Senhor que inclineis vossos Santos ouvidos de piedade para ouvir a oração e confissão deste triste e miserável pecador. a toda a mentira. vós sois tesouro da misericórdia. se quereis que tarde vos comece a amar e a obedecer. Aqui prostado diante da vossa presença. – Amen». ou desta forma: «Agora diga cada qual Com grande zêlo e amor: Bendito e glorificado seja O nome Santo do Senhor Para sempre sem fim. Vós. Até aqui me sofrestes não me confundais. a um esposo tão amoroso. Senhor. – Amen». tão soberana magestade. ó meu Deus. tão cego às vossas doutrinas. Senhor. tão poderoso. tão cego aos chamamentos. CONFISSÃO – «Todo poderoso Deus de Israel. eu me confesso. Amei o que aborreceis. dai-me sentimentos da minha má vida e mudança de toda ela. contentei-me com a fé tão fria e morta nesta alma cheia de pecados. tão esquecido de vós. – Amen». Não ha em mim senão desventuras e males. ofendi um Deus meu. com todo o afecto da alma de vos haver ofendido. antes Senhor perdoai-me nesta hora a furia com que eu desenfriei meus danados apetites a toda a vaidade. Meu Deus. Senhor. os meus olhos são duas fontes de lágrimas. despresei o que estimais. e adoravão Senhor seu Deos. Sarebias Bani. amen. lebaos Senhor ás suas terras para governarem os seus filhos que andão por partes alheias dai-le favor e amparo não permitas Senhor que nenhum padeça nesta tragedia. porém. e Sarafins. 4. tudo quanto fizestes e creastes com huma tua grandesa emensa todos Senhor tas deão agora Senhor Supremo firme piedoso e berdadeiro teo povo humilhado te rogamos deites a tua benção para gosar da vida eterna amen. quatro vezes no dia e quatro vezes bendizião. Boni. Feras. piedoso firme e verdadeiro dá libralidade aos percisos que padecem opprimidos em cadeias.º E poserão-se sobre o degrau dos Levitas. Mar. deviam ser queimados. e elles se presentavão e confessavão os seus pecados e as iniquidades de seus paes. e vestidos de saccos e cobertos de terra. e. Archanjos. Senhor. Sanabia. Josoé. amen». nas famílias possuidoras desses manuscritos havia recomendação de os conservar com todo o recato. Peixes.JUDEUS 703 TOMO VII Orações Judaicas usadas em Bragança As orações seguintes são copiadas de um caderno manuscrito que uma pessoa de Bragança nos emprestou (não quer. e deta-os Senhor a campos libres.º E os da Linhagem dos filhos d’Israel forão separados e todos os filhos estrangeiros. de onde resulta ficar interrompida a oração que no fólio sete segue desta forma (mantemos a ortografia do original): «Affronta assim permitas Senhor bingar-nos contra estes edolatras que idolatrão tua grandeza tua palavra negão. para que saibão os malsins o que pode tua grandesa. Crubins. No dia vinte e quatro de Julho de anno vigessimo se ajuntarão os filhos de Israel em jejum. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ORAÇÃO DOS LEVITAS. que lhe revelemos o nome) e nos disse haver muitos idênticos nesta cidade em poder de famílias israelitas. mas faltam-lhe os seis primeiros. Perdo-a-me Senhor por não saber alabar o teo Santo Nome e dar-te graças emenças Anjos. Brutos. Sol. Dabins. 3. Planetas. Faz-lhe como fizestes no mar bermelho que no mar fizestes hum caminho semeado de Flores para que o teu Povo passasse sem que nenhum perigo tivesse. Amen. faz-lhe como fizeste a Moisés naquella a tirar agua com a sua bara para que o seu povo bebése. Monarcas. 2. que deles se serviam para se guiar nas suas preces. e Canani e levantarão-se as suas bozes e gritarão ao Senhor seu Deus. O caderno consta de catorze fólios in-4. em caso extremo de perigo. Lua.º E levantarão-se para se porem em pé: e lerão no volume da Lei do Senhor seu Deus.º paginados de frente. «1. Senhor Supremo. Santos da Casa Santa de Jerusalem nos deão Ceos. Segundo essa pessoa nos declarou. Patriarchas. Abes. e Bano e Cedmiel. Ceos estrelas.º . Cerimonias e bons perceitos. o Senhor nosso Deos. Sebnia. 8.º E vistes a aflição de Nossos Paes no Egipto. Oclaia. e lhe dissestes que entrassem e possuissem a Terra. como uma pedra que cae em aguas profundas. Ceo dos Ceos e todo o seu exercito. Senhor. e endurecerão as suas cervises.704 TOMO VII JUDEUS 5.º Tu si és o Senhor.º E os Levitas Josoé e Cedmiel Bonni. e tu lhes fizestes arebentar agua do rochedo. e dos Ferescos e dos Jebuseos e Gergescos para dares á sua descendencia.º E obraste maravilhas e prodigios sobre Faraó. clemente. o que escolheste Abrão. as ceremonias e a Lei. 16. e ouvistes os seos clamores. e. tu não os desamparaste. que lhe darias a terra dos Cannaneos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 10.º Mas elles e nossos Pais obrarão soberbamente. 9. e de muita compaixão. e tu alcançaste para ti nome assim como no dia d’oje. porque sabias que ele os tinha tratado com soberba. e endorecerão as suas cervises e não ouvirão os teus mandamentos. tu si fizeste o Ceo. Falhahia disserão levantaivos. e cometterão grandes blasfemias. bendizei o Senhor vosso Deos de seculo em seculo e eles bendigão. e lhe destes ordenanças Justas e huma Lei de verdade. sobre o mar vermelho. Sorebia. o sublime Nome de tua gloria dandolhe toda a sorte de louvor e de benção. e fizestes concerto com ele. e do Ceo falaste com elles. os mares e tudo o que neles se contem. 15.º E achastes o seu coração fiel aos teus olhos. e lhes prescrevestes por Moisés teo servo os mandamentos. 11. 13. 14. e o exercito do Ceo te adora.º Tu tambem deceste ao monte Signai. e eles passarão em seco pelo meio do mar. a terra e tudo que há nela.º E os ensinaste a santificar o teo Sabado. e misericordioso. e tu percipitaste os seus perseguidores no fundo. e tu dás vida a todas estas coisas.º E tu dividiste o mar vermelho diante d’eles.º E tu foste o seo Condutor de dia pela columna de fogo para conhecerem o caminho por onde hião. dos Hedotheos e dos Amhorrheos. e não se lembrarão das tuas maravilhas que tinhas obrado em seo favor. quando tiverão fome.º Ainda mesmo quando elles fizerão para si hum bezerro fundido. 7.º E não quiserão ouvir. 17. 6. e que o tirastes do fogo dos Caldeos. Mas tu o Deos propicio.º Tu lhes deste tãobem Pão Nosso do Céo. e se obstinarão voltando para a sua escravidão como de teima. e sobre todo o Povo d’aquele Paiz. 18. Hasebinia. e que disserão: Este é o Deos que te tirou do Egipto.º Tu mesmo és. e lhe deste o nome de Abrahão. Sobre a qual levantaste tua mão jurando que lha darias. e tu cumpristes as tuas palavras porque és justo. Sempre paciente. e sobre todos os seus servos. 12. e Povos. e não te derão ouvidos. para os guiar pelo caminho. e tu os deixastes nas mãos de seos inimigos. 22. e segundo a multidão das tuas misericordias lhes destes Salvadores que os salvassem de seus inimigos. e elles possuirão o Paiz de Sehon. 21. 23. 25. e pecarão contra as tuas ordenanças. E no tempo da sua tribulação clamarão a ti. 31.º Mas tu pela multidão de tuas misericordias não os confundiste de MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . nem a clumna de fogo durante a noite. 20. tornarão a fazer mal diante de ti. acha nelas a vida. e elles não derão ouvidos.º E vierão seos filhos e pussoirão e tu humilhaste diante delles os Connaneos habitantes da terra.º E tu por muitos annos diferiste o castiga-los. 28. e os livrastes huma e mais vezes a effeito das tuas misericordias. e lhes entregastes nas suas mãos e os seos Reis e os Povos do paiz para fazerem delles o que lhes desse na vontade. e se retirão de ti e regeitarão com despreso a tua Lei.º E tu lhes destes reinos. e o Paiz do Rei Hesebon.º E tu lhes deste o teo bom espirito que os ensinasse. para lhes mostrar o caminho por onde devião ir. E depois elles se converterão e clamarão a ti. e tu os entregaste nas mãos dos Povos da terra. cisternas que outros tinhão edificado. e tu não retiraste o teo manná da sua boca e lhes destes agua na sua sede. que se senhorearão delles. 27.º Mas tu pela multidão das tuas misericordias não os desamparastes no deserto: a cluna de nuvem não se apartou delles de dia. e matarão os teus Profetas que os conjuravão que voltassem para ti. e possuirão casas cheias de toda a sorte de bens. as quaes se o homem observar.º Tu os sustentastes quarenta annos no deserto e não lhes faltou nada: os seos vestidos não se fizerão velhos.º E tu os entregastes nas mãos de seos enemigos e estes os oprimirão. vinhas e olivaes e muitas arvores frutiferas. 30.º E quando se virão em descanço.º Mas elles te provocarão a ira. e tu os ouviste do Céo. e lhos repartistes por sortes.º E multiplicastes os seos filhos como as estrelas do Ceo. e tu os ouvistes do Ceo. 26. e os seos pés não se trilharão. 24. e hum bom terreno.º E elles pois tomarão fortes Cidades.º E tu os solicitaste para que tornassem para a tua Lei. e os trouxeste á terra onde tinhas prometido a seos pais que elles entrarião e pussuirião. e elles te derão as costas e endurecerão a sua cervis. 29.JUDEUS 705 TOMO VII 19. e o Paiz do Rei de Bason. e comerão e fartarão-se e engordarão e abundarão em delicias pela tua grande bondade. e os exortastes com teu espirito por meio dos teus Profetas. Mas elles obrarão soberbamente e não ouvirão os teus mandamentos. e nós nos conduzimos impiamente. os nossos Levitas e os nossos Sacerdotes. Festejai os dias de alegria e rendei-lhe louvores. Eu porem o confeçarei na terra do meu cativeiro. pois.º E os seus frutos se multiplicão para os Reis. elles te não servirão. nem os teos testemunhos que nelles declarastes.º Agora. e o escrevemos.º Os nossos Reis. Bem-dizei ao Senhor todos vós os seos escolhidos. e ninguem escapa da tua mão. como tambem o é a Terra. 35. Elle nos castigou por causa das nossas iniquidades. Amen». que nos tem opprimido a nós.º Tu ves que nós mesmos hoje somos escravos. tu levas até á sepultura e tu reçuscitas. Amen. como bem lhes apraz. que tu tinhas dado a nossos Pais para lhe comerem o pão e os frutos que ella produzisse. és grande na eternidade. e aos nossos Profetas. porque és hum Deos Misericordioso e clemente. e ezaltai ao Rei dos seculos pelas vossas obras.º E tu és justo em todas as coisas. e o teu Reino por todos os seculos.706 TOMO VII JUDEUS todo. quem tem vindo sobre nós. nem se converterão das suas corrompidas inclinações. e sobre os nossos animaes. ó Deos nosso. porque elle por isso vos espalhou por entre os povos. não apartes de tua face todos os males. 36. nós mesmos tãobem somos escravos nella. que tu lhes entregastes na sua presença. filhos de Israel e louvaio diante das Naçois. Senhor. porque tu castigas e tu salvas. e nossos Pais não guardarão a tua Lei. grande. que o não conhecem. e aos nossos Princepes. que tu puzeste sobre as nossas cabeças por causa dos nossos pecados e elles dominão sobre os nossos corpos. porque manifestou a sua magestade sobre huma nação pecadora. Amen. não attenderão os teos Mandamentos. e a nossos Pais e a todo o teu Povo desde tempo do Rei d’Assiria até hoje. 34. aos nossos Reis.º E elles nos seos Reinos. 37. nós mesmos celebramos hum concerto. para que vós publiqueis as suas maravilhas e para que lhes façais saber. e nós estamos numa grande tribulação. 38. Convertei-vos pois ó pecadores e obrai justiça diante de Deos crendo que elle obrará comnosco a sua misericordia. nem mesmo os desamparaste. ORAÇÃO DE TOBIAS. e terribel que conservas o teu pacto e a tua misericordia. os nossos Principes. os nossos Sacerdotes. 33. e elle mesmo nos salvará por causa da sua misericordia. Considerai pois o que elle obrou comnosco e bendizeio em temor e tremor. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Dai louvores e graças ao Senhor. e na muita abundancia de bens que lhes tinhas dado e na terra tão espaciosa e fertil. Eu tambem e a minha alma nos regosijamos nelle.º Em atenção a todas estas cousas. e o assignarão os nossos Princepes. e aos nossos Sacerdotes. que não há outro Deos todo Poderoso senão ele. 32. «Tu. porque tu obraste segundo a verdade. e tu estabeleceste todos os teos juizos na tua providencia. e ultrajarão com affronta o poder d’uma virgem. Ditoso serei se se restar ainda algum da minha descendencia para ver o explendor de Jerusalem. Tu brilharás como huma refulgente luz. a esta viuva. porque livrou a sua Cidade Jerusalem de todos os seos males. que por huma paixão impura forão violadores. e com a tua força quebra a sua fortalesa. As nações virão a ti desde os paizes mais remotos. Assim perecerão tãobem. socorre. ORAÇÃO DE JUDITE. Lança agora os olhos sobre o campo dos Assirios. Amen. Bemaventurados todos os que te amão. Dá graças ao Senhor pelos teus bens e bendise ao Deos dos seculos para que restableça em ti o seo Tabernaculo. pela tua ira caia a força destes que se prometem violar o teo Santuario e profanar o tabernaculo do teo Nome. e serão benditos os que te edificarem. e nos escudos e nas suas flechas e lanças. e se glorião. e todos os seos despojos em partilha aos teos servos. Amen. tu porem lançaste os olhos sobre o seo campo. e que o teo Nome é o Senhor. Porque todos os teos caminhos estão preparados. Tu porem alegrar-te-has nos teus filhos. Porque invocarão o grande nome no meio de ti. trazendo-te dadivas adorarão em ti o Senhor. te rogo Senhor meo Deos. Dalma minha. e todas as extremidades da terra te adorarão. porque serão abençoados todos. bendize ao Senhor. e terão a tua terra por santuario. e se reunirão ao Senhor. Levanta o teo braço como desde o principio. que desfazes as guerras desde o principio. Senhor. e para que chame a ti todos os captivos e para que te alegres por todos os seculos dos seculos. O abismo reteve os seos pés e as agoas o cobrirão. estes que confião na sua multidão. e derrubar com a espada a Magestade do teu Altar. Porque tu fizestes as cousas primeiras e determinaste que humas succedessem a outras. e na sua cavalaria e na multidão dos soldados.JUDEUS 707 TOMO VII Jerusalem Cidade de Deos. bem como no outro tempo te dignaste lançallos sobre o campo dos Egypcios quando armados corrião atrás de teos servos. e aquilo se fez que tu quiseste. que se abrasarão em teo zelo. que lhe deste a espada para se vingar dos estrangeiros. e que suas mulheres apreza. Amen». e em todos seos bairros se cantará Alleluia. Bendito Senhor que a exaltou e o seo reino seja nelle pelos seculos dos seculos. todas as suas praças serão calçadas de pedras brancas e belas. o Senhor te castigou por causa das obras das tuas mãos. elle hé o Senhor nosso Deos. As portas de Jerusalem se edificarão de safiras e de esmeraldas. e de pedras preciosas todo o circuito dos seos muros. e os que se alegrão na tua paz. e que não sabem que tu mesmo és um Deos. «Senhor Deos de meu Pai. nas suas carroças e nos seos dardos. e as trevas os cançarão. fiando-se nas suas carroças. e suas filhas em captiveiro. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . ..708 TOMO VII JUDEUS Faze Senhor que a sua soberba seja cortada pela propria espada. almas justas de Seião Omnipotente Senhor comigo entoai a hum Santo Louvor.. exaltai. «Anjos.. Rei MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . suplicai e bem a salvação de minha alma.. velhas. Tu és Senhor de todas as cousas e não há quem resista á tua Magestade. perfeição e claridade. e de todo o creado ouve a esta miseravel que te suplica e que presume da tua misericordia. moços louvai ao Senhor por mim eternamente. Tu tudo conheces. louvai o que vos faz gloria.». AVE-MARIA. Omnipotente porque no teo poder estão postas todas as cousas. ORAÇÃO DE MARDOQUEU. Lembra-te. a quem o Altissimo ouve com tanta luz. á Santa páz sejão recolhidos para gloria exalção Bendito eternamente. Toda a terra e Ceo e mar está cheio de tua gloria.. Da-me constancia no coração para eu o desprezar e fortaleza para eu o perder. Santo Imortal. e todas as nações conheção que tu és Deos. mas sempre te agradarão agradou (sic) a suplica dos humildes e dos mansos. Santos e Serafins. e sabes que não por soberba. mancêbos. Tu fizeste o Ceo e a terra e tudo quanto se contem no ambito do Ceo. o vosso Archanjo Michael protetor do povo de Deos. nem por cubiça de gloria tenho feito isto de não adorar o altivo Amon (porque pela salvação d’Israel pronto estaria a beijar com gosto os bestigios das tuas pisadas). porque o teu poder Senhor não está na multidão. nem te comprases na força dos cavallos. Deos dos Ceos. Segue no mesmo esta outra oração sem título e de letra diversa: «Bendito A Donai Nosso Deos. Santo.. «Senhor. quando a mão d’uma mulher o derrubar. do teo Pacto e poe as palavras na minha boca e fortifica a resolução do meo coração para que a tua casa permaneça em te santificar. e preso com as palavras de meo. creador das aguas.. Deos d’Israel Miserere nobis. Fique preso em mim com laço dos seus olhos. orai. Almas justas e benditas de Israel chamadas para uma bemaventurança eterna. meninos. nem desde o principio te agradarão os cavalos soberbos. Senhor. Senhor. mulheres. virgens. por isso. homens. E assim termina no manuscrito esta oração de Mardoqueu. Coros Celestes e Corbins. Mas temo. esse seja tambem a pedir por mim la desse centro luminoso por todo o seu povo de Israel.. pedi.. devendo. seus derramados e esparados. Deos Santo forte. E não há quem possa resistir á tua vontade se tens determinado salvar Israel. e que não há outro senão tu». purificai o vosso santo nome. Amen». Este será pois um monumento do teo Nome.. Rei do Mundo que com sua força e seu poder enche o mundo. julgar-se incompleta. seus crentes e confitentes. Amai.JUDEUS 709 TOMO VII engrandeça-te o mundo. Amai. a terra. Deos de Adonai. Senhor. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . «Graças te rendo Senhor. minha alma vos entrego bendito Rei da verdade. bendito o Santo dia. concelho do Mogadouro. tudo quanto é vivente. Deos de Adonai. Amai. mas a nossa parece mais completa. E aqui termina o caderno das «Orações judaicas de Bragança». o Senhor que o guia nos dê por alegria para sabermos servir e louvar a sua santa vontade para quando deste mundo formos podermos entrar no reino da Claridade. pelo nosso culto informador doutor Casimiro Henriques de Morais Machado. bendito o Senhor que a manda. o Deos Sagrado. o Ceo. «Bendita a Santa Manhã. Deos eterno. IV. suposto vos não mereço tende de mim piedade. Samuel Schwarz publicou outra algo diferente na Revista de Arqueologia e História. Amen. bendito o Senhor que o guia. Bendito o teu Santo poder que me fizestes chegar Senhor ao amanhecer. Amen». Amen». Amai. vol. p. tudo te engrandesa com hum cantico fiel ó Deos Altissimo. a gente. Passaram o mar vermelho Para a terra da Promissão O povo aflito de sêde Ao Ceo clamava por agua Adiante vai Moisés Com a sua santa vara. ORAÇÃO DA PÁSCOA (1048) «Aos catorze de la luna Ao primeiro mez do ano Parte o povo para o Egito [21] Com Israel e seu mano Cantigas que iam cantando Ao Senhor iam louvando Louvavam o Senhor Com todo o seu coração. 76. o Deos de Israel. Amen. Por mandado do Senhor Bateu numa pedra mára E lançou agua clara Bendito seja o Senhor (1048) Colhida em Vilarinho dos Galegos. Amai». notáveis pela profundeza do conceito maléfico e pelo travo regional: (1049) Colhida em Vilarinho dos Galegos pelo mesmo diligente investigador doutor Casimiro Henriques de Morais Machado. tão fecundos em preces. não o são menos em maldições ou pragas. PRAGA DO CAVALÃO (1049) «Vai-te tigre da Hircânia A ida que fez o fumo. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Diversos autores se têm referido a esta «praga». do Mogadouro. Damos a seguir algumas destas. Os judeus. faças tu Contigo vai dar a Ru Ru Contigo á Mauritânia Aos barrancos altos subas Aos baixos venhas cair Nunca tu vejas a sege dourada Assim como tens cara de hereje O vento te leve As pedras te apedregem O fogo te queime A terra te sepulte O rio te afogue O pau te bata O cão te morda O gato te arrebunhe Te peles com um rôjo de silvas ao rabo E depois de pelado te leve o diabo».710 TOMO VII JUDEUS Para sempre engrandecido Como uma penha lançou agua Para aquele povo tão aflito. Ó Moisés profeta santo Do Senhor amado e querido Imperador da Nação Destruidor do Egito Peço-te por mesericordia Aquele Deus aflito Que nos deu o seu bem E nos leva ao seu reino E nos livra do cativeiro Para sempre Amen». colhidas em Bragança. mas nenhum conseguiu ainda apanhá-la. 1929. pedrarias e púrpuras ao longe remiradas. Na cadeia toda a vida e no hospital convalescença». pág. nem sentado nem em pé. nem de maneira nenhuma». ao pataratíca do Zé Rabugento e ao seu Carroço-Mota das sandices conferencistas. ficará. brocados. de cada lado sua e um flato por guia». porém. 8. para o seguinte. pelos beija-mãos. o matou. amaldiçoado! E tu uma nas costas. «Socêgo não tenhas. 1929. outra na barriga. «Tantas voltas dês na cama que o rabo se te enrosque ao pescoço e te afogue. «Oxalá que ao entrares em casa encontres teu pai enforcado nas tripas de tua mãe e tu com as tuas de fora sem encontrares onde as meter». Muito tínhamos escrito. nem a andar nem parado. damascos. 275 – Escreveu mais: Viagem maravilhosa. Lisboa. respeitante à sua acção prelatícia e à episcobite (1051). a 23 de Agosto de 1927. «Inocente vás p’ra Africa a esfregar cornos com o cú em cima de uma cantaria». feliz rival nos preciosismos (1050) Indivíduo a quem os pés cheiram muito mal. curvaturas profundas de joe- MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .º de 61 págs. vitimado por uma congestão. visto assim o quererem. a fim de não avolumar demasiado este. repentinamente. amaldiçoado!» «Á sêde bebas o suor dos pés do Zé Penico (1050). Á sêde bebas o sangue de teu pai». José). para sair neste volume. lhamas. Outra não digas. nem de noite nem de dia. (1051) A episcobite é causada pelas vestimentas de sedas.JUDEUS | LOBO | LOPES | LOPES LEITE DE FARIA 711 TOMO VII «Deus te dê saude na alma e no corpo bem doença. «Uma dôr tenhas. arminhos. 270 – Escreveu mais: A acção marítima dos Portugueses. LOPES LEITE DE FARIA (D. queimando-lhe o cérebro. pág. Faz parte do «Livro de Portugal na Exposição de Sevilha». bispo de Bragança – Faleceu em Vinhais. «Tamanho feruncho te nasça no cú que seja tão grande como o castelo [de Bragança] e purgue tanto como o Sabor». L LOBO (Doutor Francisco Miranda da Costa). pois também consagraremos duas palavras. nem a dormir nem acordado. «Tamanho cagalhão cagues que se enrosque em ti e te cubra». LOPES (Norberto). Livro para crianças. que. as exigências lhos em terra e restantes abusões da personolatria feudal. À episcobite só resistem os homens superiores. 3. porém. Há também vigairite e arciprestite. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . mas é péssimo e mais venenoso que uma víbora pequenina.. por exemplo.. nevroses derivadas da episcobite. Insensato.º gr. É que lá diz o lírico: «um génio que nasceu de encolhas não se meta a redactor de folhas». os que o não são. José Lopes Leite de Faria levantou contra o conselheiro José Fernando de Sousa (Nemo). não vê que as jactanciosas afectações ou irritam. e em O Semeador. Na verdade. enfim. com data de 25 de Agosto e 5 de Setembro de 1922. desastre certo. como diz a sabedoria das nações. e que tudo depende de tirar ou pôr.º ano e anteriores.712 TOMO VII LOPES LEITE DE FARIA devocionários amaneiradinhos. que nenhuma influência exercem fora dos escaninhos sacristânicos. respectivamente de 14 e 15 páginas. O outro. mas no fundo trata-se apenas da administração de um jornal católico e do suposto desafecto do clero aos bispos. não satisfazem. ne efficiaris ei similis. é claro. Não podemos deixar de aludir desde já à campanha que D.. Entendes o verso. revistecas e quejandas publicações. que levam ao desvanecimento da própria excelência e consequente combustão cerebral. ou enojam pela insolente pretensão do sapateiro que quer tocar rabecão sem saber onde se lhe põe a mão – ne sutor ultra crepidam e que Deus. não formam corrente que influa na opinião pública. que o leva a ralhar constantemente. e doutor Alfredo Pimenta. que morde o próprio rabo por não poder envenenar os outros. a sobrepeliz por cima dos ombros nesta ou naquela parte da igreja. provocando nos espíritos as terríveis reacções. incapaz de tratar com gente. o Rabugento.. tão tragicamente memoradas na História. in-4. e às chinesices que lhe ficaram da incipiente paroquialidade entre cafres e orientais. julga resolver com bizantinices de cágado o magno problema da sólida e máscula orientação católica. director de A Voz. Convém desde já frisar que o Zé Rabugento é bom homem. é menos dado a espalhafatoses teatrais. embora seja para lamentar o desperdício da cera gasta com tão ruins defuntos e apagadinhas figurinhas. os génios. na certeza de que o hábito faz o monge e não o contrário. os talentos autênticos. e em nénias semelhantes. não actuam onde deviam actuar. contenta-se com uma correcção insólita. onde se encontram estas manifestações da vesânia arremetente do prelado. Pelo contrário. a propósito e despropósito de tudo. Delfina? De quando em vez é necessário alfinetar este odre de vento e observar o conselho: responde stulto juxta stultitiam suam ne sibi sapiens esse videatur. que Nemo dirigiu ao cardeal patriarca de Lisboa. As causas dessa campanha são complexas (1052). um pouco de longe. o Carroço-Mota tem apenas aparência de bom. os católicos andam a malbaratar energias mentais. (1052) Podem ver-se nos dois opúsculos impressos (Cartas). devido ao seu génio irascível. De tudo falaremos largamente no volume seguinte. Poverelo.. superbos resistit!. físicas e pecuniárias em jornalecos. inchado como a rã da fábula com as suas tuautas congeminências clerizáceas. lhe garantiam vida desafogada noutra carreira –. Ver adiante os artigos Martins Júnior e Matos Botelho. filosófico e mesmo social que.. Haja vista o Correio Nacional e seus sucessores e anteriormente as Novidades. Dois exemplos passados connosco bastarão para se fazer ideia do que deixamos dito. lugares onde viveu. por exemplo. que se aproveite em condições. de onde resulta que os próprios católicos. demanda despesas e as larachas retóricas mesmo na cama se engendram. surgem as vaidades grafómanas. e nem tão mal. nem sequer desafecta. É que a compilação das notícias dá trabalho. Muitas vezes experimentámos esta triste realidade durante a coordenação das notícias para esta obra. raro o indicará. qual é a imprensa. as vaidades do penacho e lá se vai tudo.LOPES LEITE DE FARIA 713 TOMO VII da vida moderna. concreto. se não fosse à cata das notícias históricas que trazem. Amontoará mil adjectivos campanudos sobre o homem. onde consumiu o sangue dos seus. Muitas vezes temos dito aos senhores dessas revistecas que tais informações são indispensáveis. após dez anos de estudos seminaristas – que. pedindo-lhe que as indicasse e. o dia. mas não há levar um jornal católico a indicar num necrológio. necessitada de andar em dia com todo o movimento social nos seus múltiplos aspectos. e o mais que pode interessar à biografia desse morto. ver-se o padre.. de onde o perdermos estupidamente a maior e quase única alavanca moral do nosso tempo. melhor orientados. Não nos parece que exista no clero-povo corrente antiepiscopal. mês e ano do nascimento e óbito de um indivíduo. algumas vezes tratam magistralmente. muitas vezes nos disseram que essas informações nada interessavam ao clero!. por melhor boa vontade que tenham. As freguesias da raia – e são muitíssimas as de Portugal – têm largo comércio com Espanha e precisam de andar em dia com as oscilações cambiais. acompanhados das datas dos despachos. mas. precisam de ler outros jornais para bem se orientarem dos assuntos que lhes interessem. as vaidades dos mestres orientadores. mas facto positivo. Os dados cronológicos são o nervo da História. sendo até fina política religiosa o aproveitamento deste veículo para insinuar sua doutrina. antes de o conseguir. capaz de impulsionar a sociedade. se não é que Deus dementat quos vult perdere. privados muitas vezes do essencial à sua mantença. que ninguém leria hoje as crónicas monásticas. na verdade. é o mesmo.. No mais. reduzido a uma freguesia pobre. à excepção dos assuntos de carácter teológico. a mais literatura de igual teor e todos os seus considerandos de ordem moral. Parece fadário triste! Quando algum jornal católico progride e vai atingindo a meta desejada. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . cargos que desempenhou. A nada se move o Deus hœc otia nobis fecit da peculiar preguiça. pois longas cartas escrevemos a um jornal católico de há quarenta anos. e lucros sem dispêndios é que se querem.. em regra. é triste. que. não oferece garantias eficazes. o grande lábaro que impôs à pública consideração as ordens monásticas primitivas. granjear meios de subsistência para a velhice?! E há pseudo-teólogos bem comidos e bem bebidos. mesmo no tempo da maior piedade. exigências e obrigações. à triste condição de hilota ou servo de gleba. sindicatos ou caixas económicas. pelo sistema dos montepios. porque o clero pobre parece ser o ideal de alguns. os oprimidos recorriam a ele quando lhe minguava justiça. sem admissão de defesa sem limitação de tempo. não diremos do autêntico carinho paternal – que esse não chega para as fórmulas no final das cartas – mas pelo menos da estima. cheia de omnímodos trabalhos. determinante da irremediável desgraça do infeliz recorrente. onde só por milagre ou prodígios de economia não morre de fome. querem dominar pelo terror famélico. dependendo apenas do quero. e nunca sem rancor que jamais se extingue. como sucedeu entre nós com alguns cânones do Concílio de Trento. ciência certa e poder absoluto do bispo. e a sua obediência infrutífera. pregam a vedação do trabalho manual ao padre. despido de formalismos protocolares medievais. Pura ilusão! A reacção da miséria é pavorosa. O clero-povo ainda é castigado sem processo. que barafustam contra os que procuram fugir à ardência dos raios solares. e agora? – hominem non habemus. posso e mando. sem recear a sofismação dos mesmos. remediar o mal. é desoladoramente triste. sendo aliás fácil. Mas não se remedeia. Ver-se o clero-povo privado de personalidade jurídica no direito canónico. nos poucos casos em que o toleram. porque hominem non habemus. É triste muito triste! Durante o regime concordatário os governos e os seus jurisconsultos impunham o veto a certas soluções menos harmónicas com os direitos humanos. a reacção activa ou passiva?! Como exigir que o clero não procure. bárbaro mesmo. como se a sua decadência não viesse depois que dele se esqueceram!. sem apelação nem agravo. sem garantias de subsistência. empurrado como caco inútil ou besta esgotada para serviço lançada ao muradal. ver-se. fora da sua missão. após uma vida afanosa. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . o orgulho de S.. bem instalados na vida. a bem-dizer. empurrado dela para fora. quando se inutiliza.714 TOMO VII LOPES LEITE DE FARIA que rende. porque o recurso ao metropolita. dedicação e trato lhano. reduzido. três contos de réis anuais. com o futuro garantido. Como exigir tantos e tão complexos serviços. Paulo. sem o incentivo. em média.. que não sabendo conquistar corações. quais insofridos Jonas à sombra da fresca olaia. mesmo à custa desse trabalho. porque é inconsciente. como se ele não fosse a incude básica da virtude. porque a seu tempo não houve quem por ele fosse – hominem non habemus. a quem vê cheio de trevas caliginosas o dia de amanhã. são poucos os que assim mandam e nunca conseguem os afectos do coração. Em conclusão: se o episcopado quer o amor do seu clero. ainda para cúmulo. acabem com a hospedagem em casa dos párocos aquando da visita pastoral. mas lembram-lhe logo a necessidade de guardar as distâncias. como há anos trovejava um ante setenta sacerdotes que dele se iam despedir após uma semana de exercícios espirituais! É claro que. esgotam o clero com despesas superiores à sua capacidade económica. que desaparece mal se vêem governados. conviva com ele fraternalmente. felizmente. senão em ódio. de quando em vez. Dispensem de exame o clero de sessenta anos para cima. condimentado com o irritante ipso facto. meios de transporte para suas pessoas. não conquistam a obediência livre e consciente. porque nesta idade os estômagos já não estão para refeições de caldeirada. mas de facto e não com o irritante e deprimente Paternal afecto.LOPES LEITE DE FARIA 715 TOMO VII Falam ao clero-povo de estima. e o povo leigo foi atendido alfim. volvendo-se quase sempre em má-vontade. além de ser pouco moral aceitarem gasalhado em casa dos sindicados. contudo. e por isso. Acabem com esse vexame de exigir. que nada prestam. e. porque nesta idade já não se aprende. para evitar os desastres pouco edificantes de lá morrer um cada ano. garanta-lhe a independência diocesana. porque. fazendo o mínimo possível sob aparências de afeição. como revindicta das opressões passadas. que dá a vitória. e sujeitem-se às consequências dos ossos do ofício e à mesa frugal. muita consideração. que trata apenas de se governar. não formam um todo harmónico com os dirigidos em ordem a um plano de fomento apreciável. dispense-lhe esses salamaleques dos ajoelhamentos e beija-mãos. o que é facílimo – e só o não faz senão quiser. olhe por ele. suprimindo minúcias protocolares. comitiva e guarda-avançada de batedores em exploração. mas o povo-clero continua ainda debatendo-se exangue no ecúleo. inspectores de serviços de aldeia em aldeia. a cada passo exarado na documentação foralenga e similar. o afastamento. Dispensem os de sessenta e cinco anos para cima dos Exercícios Espirituais. procure remediar-lhe a precária situação. como aos sudras das castas indianas. canónica e jurídica. estime-o e olhe-o como irmão e não do alto da sobranceria de senhor feudal. tendo portanto razão para dizerem que lhes foge a estima do seu clero. não prescindiam das aposentadorias e comedorias esfalfantes. percebem ajudas de custo. porque até há bem pouco os prelados eram remunerados principescamente. Consultem todo o clero nas medidas administrativas a tomar e não apenas os apaniguados e MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Comam por seus dinheiros! – é o grito de todo o povo medieval contra as aposentadorias dos grandes. Nem colhe o dizer-se que muitos empregados públicos. que já passaram de moda e que degradam em vez de levantar. bem como das conferências eclesiásticas. estala o pavor do ameaço com as determinações postas em letra redonda. mas sim a hipócrita e arranjista. Aligeirem essas visitas. . pelo teor da de António da Silveira no cerco de Diu – “Eu quero que V... explicou quem eu era e o bispo. 84. 291 e 293 e vários outros destas Memórias. que. reparou no padre. a do bispo Mariz. e p’ro…” – voltando-lhe as costas e retirando-me. ver tomo I. dizem tudo nos momentos críticos. lupus – parafraseado – sacerdos. o era também do bispo. Desgostoso um pouco com a seca do pároco. passava geralmente por extremamente bondoso. 312 e 368. de braços abertos: «Ó meu caro F. disse este. 141. D.. modesto já de seu natural. e mal o bispo viu o apresentante. abandonado por todos e apenas defendido com perigo de vida mesmo por quem só lhe devia más-vontades (1053). lupissimus. se. capaz de prestigiar vantajosamente a classe. que. são aves de arribação – comem o isco e. quando. que é que quer daqui?» «Ia para responder – disse o nosso informador – uma destas frases trasmontanas incisivas. porque estes. referiu o caso a um amigo.716 TOMO VII LOPES LEITE DE FARIA palacianos. p. (1053) A propósito das queixas do povo contra as aposentadorias e comedorias. «Não é conhecido». por aqui! Que quer? que deseja? Em que lhe posso ser agradável?». o requerente tencionava desistir do intento. 243. que. cortantes. blindados por uma couraça de noli me tangere hiperexcessiva... porque hominem non habemus. ralhador e intratável nela. sem precisar da informação do pároco». lhe disse o amigo. prova o que acima dizemos: «Informe o seu pároco àcerca do comportamento moral».. lhano e risonho com os padres fora da sua diocese. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . O falecido bispo do Porto. p. mudou de rumo. no entanto. 164. obtendo este despacho. tomo III. mercenarius autem figit. recentemente e localmente. que lhe requereu licença para celebrar missa. Conhecemos um bispo que era afável. de aspecto carrancudo. há coisas que não se compreendem a não ser pelo aforismo de Hobbes: humo. rompeu risonho. e mudando rapidamente de aspecto. Foi. pelo menos.. Convença-se que com vinagre não se apanham moscas. Nisto. que não conhecia as suas ovelhas. Não esqueçam a lição da história e. quase na sombra. autor de alguns livros impressos). ficara um pouco atrás. o seguinte caso. professor de inglês e alemão dos mais distintos do liceu do Porto. sem ele o saber. talvez vendo quão facilmente podia escapar-lhe. e brusco. mais por condescendência do que por vontade própria. porque nemo nos conducit. despachando rapidamente. 257. por mero desabafo acidental. com laivos obscenos. Na verdade. sacerdoti. mas que é uma força perdida. António Barroso. como nos afirmou o paciente (padre trasmontano. com ar sereno de senhor feudal. em geral. que o servilismo é incompatível com a verdadeira dedicação e que o clero representa ainda uma enorme força. e vá à. Vamos lá os dois e verás». que é autêntico. «Estás enganado: o Barroso é um santo. mas o amigo não deu tempo. lhe perguntou em voz alta: «E V.. Consta que a maior parte são deste teor ou. 108. apesar de grosseiras. homini. 718 do tomo VI. custando pouco. bem o mereciam (nem a classe anda tão abonada de valores mentais que possa jogar de barato os que aparecem) e não podiam prestar serviços exigíveis de modo especial ao cura de almas? Os dirigentes não se cansam de recomendar ao clero que empregue todos os meios para atrair os fiéis. S. Deixaram os seguintes filhos: I – D. morigerados. Para que violentá-lo a isso de dois em dois. a nada os movem. Para que não prescindir de banais formalismos protocolares. aditamos mais o seguinte: Bernardino José da Costa Borges e Oliveira teve de sua mulher D. que. inclinados a ver naturalmente um criminoso em cada acusado. professores do liceu e capelães militares aposentados. Francisco de Sales e outros. não os toleram.LOPES LEITE DE FARIA | MACEDO DE CAVALEIROS 717 TOMO VII Tão rápidas mudanças virão do carácter ou do ofício. e não estará nas mesmas condições o superior para atrair os seus irmãos no sacerdócio? Exemplum venit ab alto. Ainda há pouco o Boletim da Diocese de Bragança (1054) repetia a instância. O clero está obrigado a ir aos exercícios espirituais. p. M MACEDO DE CAVALEIROS – A fim de completar a genealogia apontada na pág.. Josefa Rosa de Miranda: 1 – D. Cândida Augusta de Oliveira Miranda. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . (Ver tomo II. pelo menos. que casou com o doutor José Felizardo Rodrigues de Sousa. ou do tal sacerdos.. achando aliás prazer na leitura de outras obras espirituais. Maria Leopoldina de Oliveira e Sousa. à semelhança do juiz e do comissário de polícia.juiz de direito. pois a algumas – e nem por isso deixam de ser boas –. pelo teor da sua vida. este não o coadjuvava e aquele não fazia a catequese. médico municipal em Macedo de (1054) Segundo ano. sacerdoti.. 121. categorizados e desempenhavam cargos de relevo social – advogados. Eram dignos. nem todas as almas se dão bem com eles. sabendo-se que muitos não conseguem realizar economias para pagar as despesas feitas nos anteriores? Nem os exercícios pelo sistema de Santo Inácio são indispensáveis para a salvação. repugnam-lhe completamente.. destas Memórias). captando por gestos nobres almas que. como as de Bernardes. 143. pág.? Como esquecer pequenos nadas. cativam muito?! Como não lembrar o gesto do bispo Feijó?!. de três em três anos. 1930. casada com o doutor Amadeu Américo de Magalhães Cardoso. Há anos havia em Bragança seis ou mais padres suspensos por uma ridicularia: um não apresentou atestado do pároco. da tença de 40$000 réis para sua sobrinha D. sem descendência. onde se formou a 28 de Julho de 1753 (cavaleiro professo do hábito de Cristo em 1766. que casou com D. encontra-se em poder do mesmo doutor Amadeu. 3 – José Manuel de Oliveira Miranda. encontra-se em poder do doutor Amadeu Américo de Magalhães Cardoso. II – D. em atenção aos seus serviços como dama da câmara da rainha por espaço de nove anos. destas Memórias. D. filho de outro indivíduo do mesmo nome. Henrique e António. natural da freguesia do Brinço. de quem tem os filhos: D. El-rei D. que casou com seu primo Albano Augusto Pereira de Oliveira (ver pág. D. de quem há os filhos: Alberto de Sousa Cardoso. irmã de João José Vaz de Morais de Abreu e Sarmento (ver pág. concelho de Macedo de Cavaleiros. Ana de Sá (1056). 718. concelho de Macedo de Cavaleiros. Clotilde Cândida de Oliveira e Sousa. de quem houve os seguintes filhos: I – Albano Augusto Pereira de Oliveira. 76). de Vale de Asnes. Maria Elisa Isabel. natural de Macedo de Cavaleiros. o qual lhe foi lançado em Tomar). 349 deste tomo). pertencentes talvez a ascendentes desta família: João Bernardo de Oliveira Sarmento. Clotilde Cândida de Oliveira e Sousa. Lígia da Conceição de Sousa Cardoso e Manuel José de Sousa Cardoso. como fica dito. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . III – José Manuel Pereira de Oliveira e mais António Bernardino Pereira de Oliveira. ricamente iluminada. (1056) A respectiva carta régia.718 TOMO VII MACEDO DE CAVALEIROS Cavaleiros (ver pág. Beatriz Amélia de Oliveira e Sousa. professora primária em Vale Benfeito. e D. Adriano José. João Albertino Pereira de Oliveira. II – Carlos Alberto Pereira de Oliveira. Maria das Dores Lopes. que casou com sua prima D. filho de José da Costa Macedo (1055). de Ala. Adozinda Josefa de Oliveira e Sousa. Aurora Margarida de Oliveira e Sousa. que casou com D. Cândida Beatriz Leopoldina Pereira de Oliveira. na casa brasonada de que falámos no tomo VI. destas Memórias. de Macedo de Cavaleiros. D. também em pergaminho. 2 – D. 778. Maria Adriana de Nazaré. onde damos a sua genealogia) e D. e (1055) A carta de formatura. tomo VI. Ana Maria de Oliveira Miranda. residentes em Vale Benfeito. que casou com Rufino Augusto Pereira. D. Damos mais as seguintes notícias respeitantes a indivíduos de Macedo de Cavaleiros. Ana Sarmento de Morais. Maria Zélia Vaz de Morais de Abreu. El-rei D. que casou com o doutor Frederico Agostinho de Mesquita Falcão Machado. atrás citado. José por carta régia de 30 de Abril de 1760 fez mercê a Fernando Lobo de Mesquita Pimentel. em pergaminho. concelho de Mirandela. tenente do exército falecido em África. doutor em cânones e direito civil pela Universidade de Coimbra. pág. Abel Tomás de Oliveira e Sousa (que morreu delegado do Ministério Público). Pedro fez mercê a 17 de Julho de 1697 a D. José Frz. bacharel. (1058) Ibidem. Idem.a (1057) Ibidem. com declaração dos termos por onde parte – 1186 (era 1224): «In nomine domini nostri iesu christi amen. et qualiter diuidit per portelam de romeu.a IIIJ. Igitur si aliquis uenerit quod non credo tam de profinquis quam de extraneis qui hoc meum factum ad dirrumpendum uenerit uel frangere uoluerit sit maledictus et excommunicatus et cum iuda in inferno damnatus et quantum petierit pariat in dupplo et insuper sex mille solidos altri parti. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . cum suis terminis nouis et ueteribus termini scilicet prout mihi dictum est qualiter dividit cum bragancia. Ego Sancius dei gracia portugalensis Rex simul cum uxore mea Regina D. do hábito de Cristo com 40$000 réis de tença. (1061) Parece faltar aqui alguma cláusula no texto. permitindo-lhe renunciá-la em Luís Carlos de Oliveira Sarmento (1057). scilicet novis et ueteribus per ubi illos melius potuero inuenire (1061).a XX. et qualiter diuidit cum casalibus per locum qui dicitur miratorium et qualiter diuidit cum valle de asinis per uiam que uadit ad Laedram do tibi istam hereditatem superius nominatam pro tua villa de uimeoso que est in termino de miranda sub territorio de meo Castello de ulgoso. em atenção aos seus serviços militares durante dezasseis anos e aos de seu pai. facio cartam cambitionis et firmitudinis tibi Roderico bufino de hereditate mea quam habeo in laedra hereditas scilicet que vocatur Cernadela. (1060) Pino Vero (Pinho Vello). de Macedo. foi promovido a mestre-de-campo por carta régia de 12 de Dezembro de 1705 (1059). filho de Gonçalo Frz.MACEDO DE CAVALEIROS | MANUSCRITOS 719 TOMO VII natural da cidade de Elvas. em atenção aos seus serviços militares. Habeas tu igitur et omnis posteritas tua illam hereditatem concessam a me et ab omnibus illis qui sunt ex parte me pro secula seculorum.º houve a vila de Vimioso. Sancho 1. (1059) Ibidem. Facta carta cambitionis IIIJ. natural de Macedo de Cavaleiros. Isabel Maria Josefa de Oliveira e Sá Morais. em Ledra. Nota do autor.a CC. per locum qui dicitur Sãuxo qui est inter bornes et cernedela. cum suis terminis. em termo de Miranda.º idus Septembris sub Era M. MANUSCRITOS – Escambo porque el-rei D. em atenção aos seus serviços de corregedor das comarcas de Miranda e Moncorvo. cum filiis et filiabus meis. Costa Macedo. pela herdade de Cernadela. obteve mercê do hábito de Cristo com a tença do 12$000 réis anuais e mais 8$000 para sua filha D. Bento de Morais Sarmento. por carta régia de 6 de Abril de 1724 (1058). et qualiter diuidit per sumitatem montis de Auiados aquis vertentibus cum piõ uõ (1060) et qualiter diuidit cum sesulfi et cum corrientem de vides. vendere autem uel impignorare uel donare cui uolueris. A fólio 128 do nº 222 (A. São cartas e notas remetidas a D. Originais. Domnus Fernandus fernandi confirmat. livro II. Também está copiado no Livro 2 de Direitos Reais. Nº 221 (A. Hübner. a D. com desenhos à pena e inscrições. 1 vol. mandadas fazer pela câmara da dita vila – 1721. 1 – JOSÉ BOTELHO DE MATOS e outros – Documentos vários para a História eclesiástica do bispado de Miranda. pág. 6-7). Manuel Caetano de Sousa e a outros por Tomé de Távora e Abreu. Notícias Arqueológicas de Portugal. e por Pedro de Fontoura Carneiro. na obra atrás citada. fólio 283. Nº 221 (A. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . (1062) Chancelaria de D. fólio 70 v. pág. Dante apud Colimbriam iiij idus Septembris per donum Juilanum cancellarium domini Regis» (1062).os 1 a 30 estão na Biblioteca Nacional de Lisboa. 6-8). Para facilitar as pesquisas dos investigadores bragançanos. in-fólio de 137 págs. 3 – TOMÉ DE TÁVORA E ABREU – Cartas acerca da geografia e da história de Chaves – 1722-1723. Nº 154 (A. 2 – Notícias geográficas e históricas da Província de Trás-os-Montes – 1722-1723. damos a seguir a lista dos manuscritos de que temos conhecimento. In bracara archiepiscopus Martinus confirmat. A fólio 130 do nº 221 (A. Coligidos para trabalhos da Academia Real da História Portuguesa. Originais. 1 vol. in-fólio de 122 págs. e o vinho na borracha. Secção XIII – Manuscritos. 97. secretário do governo das armas de Trás-os-Montes. Domnus Rodericus menendi testis. 5 – ANTÓNIO VELOSO DE CARVALHO – Memórias da Torre de Moncorvo. Domnus Pelagius Gomecii testis. mira e anda. conforme indica a publicação oficial de 1896. Domnus Pontius alfonsi testis. 87. Originais. Jerónimo Contador de Argote. 6 – Miranda. Original. et meis filiis et filiabus qui hanc cartam cambitionis jussi facere tibi roderico bufino superius nominato eam propriis manibus roboro et confirmo. Testes autem Domnus Martinus fernandi maiordomus curie domini Regis Sancii confirmat. 4 – Padre PEDRO DA FONTOURA CARNEIRO – Notícias da vila de Chaves – 1721. Ver Hübner. Afonso III. abade de Bouçoães. Domnus Martinus petri confirmat. Com desenhos de lápides e inscrições. 4-22). 6-7) a folhas 1. Originais e cópias do século XVIII. Os de n. Domnus Alfonsus ermigii confirmat.720 TOMO VII MANUSCRITOS Ego predictus Rex Sancius cum uxore mea regina dona D. Domnus Garsia menendi confirmat. Domnus Johannes fernandi signifer confirmat. 6-7). dá-lhe o nome de João Carneiro de Morais e Castro de Fontoura. leva o pão na manga. Domnus Gondisaluus menendi confirmat. impetrada pelo mesmo rei. Dinis do padroado das igrejas de S. com suas capelas e ermidas. 14 – Doação feita aos Templários por el-rei D. João Carvalho. Consulta resolvida a favor. preso. para anulação da troca da igreja de Povos pelas do Mogadouro. sobre os dízimos que haviam de pagar. Dada em Roma. Coimbra. 12-19). Cópia do século XVI. 12-19). cópia da época. 28 v. eclesiástica do país bracarense. impetrada por el-rei D. «Coimbra». Francisco de Oliveira até D. Penas Roias e Bemposta. Era 1335 (ano de Cristo 1297). «Elvas». Vem a fólio 212 do nº 729 (B. Insere o traslado da bula. Era 1261 (ano de Cristo 1223). 12 – Inquisição de Coimbra. Vem nos fólios 211 e 212 do nº 729 (B. Consulta e informações. 1455. por engano de nome. Letra de D. com sumário explicativo. 12-12). mira além e guarte dela (Anexins populares). de Chacim. Quatro peças originais. 9 – Academia Real da História Portuguesa. Cópia moderna. e anulado por bula pontifícia. Mamede do Mogadouro e Santa Maria de Penas Roias. Manifesto do Marquês de Resende e Visconde de Itabaiana. 15 – Povos (igreja de). publicado em Londres contra D. do nº 597 (B. mandado soltar. Maio de 1713. Cópia do século XVI.os 698 a 708 (B. Sem título.MANUSCRITOS 721 TOMO VII que lá não se acha. 12-12). Miguel. Os volumes têm os seguintes rótulos exteriores: «Empregos diversos». 8-2). Onze volumes in-fólio. anulando por simoníaca a troca da igreja de Povos pelas igrejas do Mogadouro. Vem nos fólios 213 a 216 do nº 729 (B. «Évora». «Braga». Começa em data de 1721. A fólio 302 do nº 736 (B. Sentença do juiz apostólico. mandado soltar. feita entre a coroa e a Ordem de Cristo. 16 – Bula do papa Calisto. Texto português. Notícia de documentos remetidos à Academia e dos empréstimos desses documentos. «Guarda». Cópia do século XVI. «MIRANDA». Manuel Lopes da Paz. A fólio 4 do nº 489 (B. A fólio 20 do nº 682 (B. desde D. «Viseu» e «Ultramar». 10 – Inquisição de Coimbra. Duas peças originais. Está a fólio 301 do nº 736 (B. Simples notícia. 8 – Bispos de Miranda e Bragança. preso por engano. A fólio 303 do nº 736 (B. Penas Roias e Bemposta. Publicada a sentença em 11 de Janeiro de 1457. sobre expediente de serviços da Inquisição. 9-45). Registos originais. negócio feito por D. 7 – Manifesto do governo provisório de Bragança acerca dos direitos de D. Texto MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Manuel Caetano de Sousa. A fólio 41. com sequestro de bens. Bragança. «Lamego». Mirandela. Setembro de 1716. 11 – MANUEL CAMELO DE MORAIS – Carta aos Inquisidores de Coimbra. 11-12). Análise deste diptoma. Miguel ao trono de Portugal – 1826. Coimbra. Original autógrafo. Março de 1713. «Algarve». Texto latino. 11-28 a 38). Afonso V com a Ordem de Cristo. Afonso V. 13 – Escritura de concórdia entre os Templários e os moradores da vila do Mogadouro. da cidade de Bragança. Notícias biográficas incluídas na Hist. n. Bernardo Pinto Ribeiro Seixas (1700 a 1773). 12-19). 12-12). do nº 736 (B. para que dali não venham sem licença a pascer gados. Faia. Anundula. Frechas. Texto galego? Cópia do século XVI. Carrazedo. Cópia do século XVI. Belver. Ledra. para atenuação e modificação da taxa imposta a certas igrejas para rendimento das novas preceptorias. Dada em Zamora. etc. 21 – Natanor (Atenor). sumário em português. sobre direitos eclesiásticos e seculares de Vila Chã (vila plana Braciosa) e Natanor (Atenor) em Miranda. Uldrãos. sumário em português. Na mesma data (ano de Cristo 1230). Santa Ovaia. A fólio 310-311 v. Atenor. 18 – Sentença do Bispo de Zamora. Textos latinos. Toutão de Susão. para cumprimento de um breve dirigido por Leão X a el-rei D. Algoso. Texto português. 23 – Ordem de Cristo (comendas ou preceptorias novas). Carta de venda da herdade de Natanor (Atenor) aos Templários. Novaclos. em Outubro da era de 1301 (ano de Cristo 1263). A fólio 307 v. 12-19). 22 – Doação feita aos Templários por Dona Fruile Hermigues. Feita em Santarém. na era de 1268 (ano de Cristo 1230). Cinfães. na era de 1292 (ano de Cristo 1254). etc. de vários bens em Santa Marinha da Pedreira. Pamos. SanMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . cortar madeiras. Feita em Fonte Arcada. Santa Marinha de Zêzere. Avarenta. Processo executorial feito pelo Bispo do Funchal. Texto latino. feita por Fernão Melendi e Tareja Melendi. A fólio 309 v. julgando à posse dos Templários os dízimos do Mogadouro e Penas Roias. Maria Ramires. do nº 736 (B. A fólio 303 v. Cópia do século XVI. Era 1268 (ano de Cristo 1230). Vila Cira. em que se cita: Vila Chã. do nº 736 (B. A fólio 309 do nº 736 (B. Cópia do século XVI. na era de 1277 (ano de Cristo 1239). Manuel. e Trancoso. Texto latino. 12-19). Traslado incluso em um instrumento de pública forma feito em Lisboa na era de 1318 (ano de Cristo 1280). 19 – Carta de concerto e pacto entre os Templários do Mogadouro e Penas Roias e o concelho de Fermoselhe de Castela. terra de Bragança. Santa Maria de Cimares. Castelo Branco. Feita em Coimbra. Cópia do século XVI. Memorial das coisas determinadas por esta concordata. Casais de Vila Nova.722 TOMO VII MANUSCRITOS latino. Tiago de Alariz. Cópia do século XVI. 12-19). 12-19). em vista de danos e injúrias recíprocas. Ródão. 12-19). do nº 736 (B. S. Cópia do século XVI. Montenegro. Ruvais. do nº 736 (B. etc. Sem data. 20 – Carta de concórdia entre os Templários e a Ordem de Malta. sumários em português. de Monte Redondo e de Tabuaço. A fólio 315 do nº 736 (B. 17 – Carta de composição entre os Templários e o arcebispo de Braga sobre uma parte dos direitos episcopais das igrejas do Mogadouro e Penas Roias e a ermida de Santa Maria de Azinhoso. incluso na sentença do juiz apostólico de 11 de Janeiro de 1457. Paradela. Louredo perto de Caldas de Aregos e Caldas. Caria. Freande. 12-19). Penas Roias. A fólio 312 v. 12-19). São substituídas as igrejas de Mosteiro do Vandoma. A fólio 158 v. Texto latino. S. Salvador de Elvas. 1689. Manuscrito da Biblioteca de Coimbra (X 601. Santa Maria de Monsaraz. Lourenço. 29 – Itinerário da jornada que fez o sr. Teodósio. Aurriande de Lamego. Morilhe. S. S. Pedro. 4 de Maio de 1561. Sebastião. Rodrigo da Cunha. 1746. do nº 737 (B. Códice nº 179. Bartolomeu. conforme as condições da divisão feita pelo duque D. Babe. do nº 737 (B. Biade. aprovando que a comenda de S. Santa Maria das Vidigueiras. 27 – Prontuário das Terras de Portugal. Teodósio. Cristóvão da Nogueira. dado em 1516. Rivas. Montalegre. Ms. S. pelas de Castro Roupal. do nº 737 (B. Santiago de Monsaraz. Pedro de Babe. Pedro da Veiga de Lila. Insere traslado do respectivo breve. Pedro de Babe fosse dividida em duas (S. Lourenço da Pedisqueira. para sua execução. 12-20). (1516-1519). Seguem-se documentos do mesmo assunto. Manuel Severim de Faria. estão na Torre do Tombo. com declaração das comarcas a que tocam.MANUSCRITOS 723 TOMO VII tiago de Bemposta. Feito em Lisboa. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Carta de el-rei D. 100 a 120). Santa Maria. Santa Olaia. Santa Maria de Orada. Moreiras. José). Cópia de século XVI. chantre e cónego da Sé de Évora. 30 – ANTÓNIO COELHO GASCO – Antiquário discurso dedicado ao arcebispo de Braga D. Vem assim citado por Hübner nas Notícias Arqueológicas de Portugal. Caridade. em obediência a uma bula do Papa. na Biblioteca Nacional de Lisboa. Santa Maria de Alvito. Carragosa. em obediência a uma bula do Papa. Antime. S. f. S. sumário e carta em português. Cosme da Maia. A fólio 112 v. S. 12-20). Marcos. Ms. Infames. S. Carta de el-rei D. 12-20). S. Rabal. 25 – Ordem de Cristo (comendas da Casa de Bragança). Mirandela. Romão. se fizessem sete comendas (S. desde 31 a 42. onde diz que trata das inscrições de Trás-os-Montes. 26 – Ordem de Cristo (comendas da Casa de Bragança). Os manuscritos que seguem. com a lotação de cada uma delas. Basto. Bartolomeu de Rabal. Vicente de Gradamil. no bispado de Miranda. Diogo nomeou para comendas novas da Ordem de Cristo: Parada. e carta de el-rei D. conforme indica o inventário feito em 1776. Lista das igrejas que o duque D. Lisboa. comendas e mosteiros que havia nos reinos de Portugal e Algarves pelos anos de 1320 e 1321. 20 de Setembro de 1557. S. Cópia do século XVI. A fólio 167 do nº 737 (B. Santa Maria de Alter. 12-20). a Miranda. Fiães. Vilar de Vacas. Santa Locaia. Senhora de Gimonde). «Colecção Pombalina». Cópia do século XVI. 87. no ano de 1517. aprovando que da comenda de S. Macedo de Cavaleiros. Cópia do século XVII. D. no ano de 1609. pág. 24 – Casa de Bragança. do ano 1517. da Torre do Tombo. 28 – Catálogo de todas as igrejas. S. Manuel. A fólio 172 v. como pedira o duque D. N. Lisboa. S. Sebastião. Manuel. as demarcações das seguintes vilas: Freixo de Espada à Cinta. 38 – Vários documentos pertencentes à Sé de Braga. Um livro. Bento. Rei D. concelho de Moncorvo. há vários outros compreendidos debaixo dos títulos de «Inquirições». Santa Clara de Vinhais e Santíssima Trindade da Lousa. Nota – Além destes documentos. Bemposta. que abrangem os capítulos tanto gerais do país como particulares das cidades. No índice de D. «Capelas e morgados». a 2 de Fevereiro de 1256. 37 – Tombo da comarca e moradores de Trás-os-Montes. etc. que entraram em 1890. e outra Carta para feira mensal na referida vila. 40 – Composição entre a ordem do Templo e o arcebispo de Braga. 41 – Carta de mercê de herdades no termo de Vila Flor a João Fernandes e outros. Algoso. «Aclamações» e «Cartas». Outeiro. Santa Clara de Bragança. Um livro. em leitura nova. que interessam à região bragançana.724 TOMO VII MANUSCRITOS DEMARCAÇÕES E TOMBOS 31 – Das Plantas das Fortalezas do Extremo deste Reino. termo de Bragança. Um livro. «Chancelarias e doações». 42 – Aforamento do comendador do Mogadouro de meio lugar de Vilar de Coelhoso aos moradores dele. dízimos. «Perdões e legitimações». «Armário jesuítico». extremo de Castela e Galiza. 39 – Vilar Seco de Lomba. Estes livros trazem. Convenção entre MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Dinis». na região pertencente ao distrito de Bragança. Estes documentos estão na «Chancelaria de D. Fevereiro de 1227. Dinis há uma carta de escambo da aldeia de Vilar Seco de Lomba entre el-rei e a ordem de Malta pela sua igreja. Dois maços e nove documentos. Miranda. FORAIS 34 – Forais de Trás-os-Montes. 33 – Do lugar de Portelo. Um livro. para que este tenha uma só procuração das igrejas do Mogadouro e Penas Roias. 32 – Dos bens confiscados aos judeus pelo Sr. 36 – Livro do Tombo das demarcações dos lugares das comarcas de Trás-os-Montes e de Entre Douro e Minho que estão ao longo da raia. Vimioso. e outros vindos depois de 1910 referentes aos conventos de S. Vinhais. Mogadouro. «Privilégios». Dois livros. EXTRACTOS DOS RENDIMENTOS DE VÁRIAS ALFÂNDEGAS 35 – Dos portos de Trás-os-Montes. Bragança. Vilar Seco de Lomba e Monforte de Rio Livre. D. Fernando da Guerra. ilustre conservador deste arquivo. de certas quantias. e o abade de Castro de Avelãs. 48 – Sentença contra o concelho de Ansiães a favor do arcebispo de Braga sobre umas barcas no rio Tua. Lampaças.MANUSCRITOS 725 TOMO VII o comendador e Lopo Fernandes sobre fazendas. Telo confessando-se devedor a João Peres Março. 5 de Maio de 1536. Estão nas «Gavetas». Instrumento de intimação da carta anterior feito pelo tabelião de Ledra. termo de Miranda. o Velho. Sebastião de Miranda do Douro. onde estava o arcebispo. 49 – Instrumento em que o abade de Castro de Avelãs larga o governo e administração do mosteiro ao arcebispo de Braga. 28 de Dezembro de 1271. Ano de 1536. 54 – Idem à fábrica de S. 15 de Fevereiro de 1537. lã e outras coisas. agradecemos as informações para este artigo. 57 – Sentença sobre direitos reais contra os moradores de Genísio. 8 de Outubro de 1285. 1 de Agosto de 1254. 12 de Março de 1433. Miranda. 53 – Idem para a fábrica de S. sobre padroados de igrejas. Foi feita em Bragança. termo de Bragança. (1063) Ao bom amigo doutor Alberto Feio. Dezembro de 1259. 44 – Concórdia entre o arcebispo de Braga. 27 de Março de 1286. termo de Bragança. Ansiães e Panóias. 25 de Maio de 1536. 46 – Carta do arcebispo de Braga D. Telo. 5 de Março de 1295. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Pedro Sanches. Sebastião de Donai. Os que abaixo mencionamos até ao nº 129 estão no Arquivo Distrital de Braga – Documentos avulsos (1063): 43 – Carta régia de D. 45 – Carta régia de D. 55 – Idem à fábrica de S. a 23 de Janeiro de 1292. Freixo. 52 – Idem por Afonso Vaz. 13 de Maio de 1297. mercador de Bragança. 51 – Obrigação à fábrica da capela do Espírito Santo da vila de Ansiães. 2 de Outubro de 1287. Sentença a favor do comendador do Mogadouro e Penas Roias contra os concelhos dos mesmos lugares sobre os dízimos que hão-de pagar dos moinhos. 22 de Maio de 1536. Afonso III reconhecendo que a igreja de Ansiães é do concelho. terra de Miranda. D. Tiago de Bragança. 3 de Agosto de 1537. Outubro de 1434. 47 – Composição entre Martinho Peres e Francisco Peres sobre uma nova igreja em Alfândega. 56 – Idem a Nossa Senhora da Conceição. 50 – Sujeição ao arcebispo de Braga dos moradores de Pinelo. Vilariça. obrigando-se ao pagamento delas pelas rendas de Bragança. Dinis para o tabelião de Mirandela dizer aos juízes e povoador que não alterem as divisões das terras que ali tem o mosteiro de Bouro. leite. 10 de Novembro de 1536. 68 – Alfândega da Fé. concelho do Mogadouro. Tombo de 1513. 61 – Obrigação à ermida de Freixiel. S. Peredo e Maçores. 3 de Julho de 1566. 18 de Junho de 1564. 28 de Janeiro de 1538. Os documentos seguintes. Tombo da freguesia em 1592. 75 – Carrazeda de Ansiães. Capela do Santíssimo (1730). 6 de Agosto de 1590. Paio. Capela do Rosário (1675). Diogo (1712) e instituição da capela da Conceição (1684). Capelas de Santo António (1725) e Santíssimo (1675). 66 – Adeganha. Capela do Santíssimo (1761). para a capela da Assunção. Divino Espírito Santo (1661). 62 – Auto de desmembração das igrejas de Urrós e Peredo. 71 – Burga. na quinta de Carviçais (1730) e Santa Cruz (1574). Miguel (idem) e do Espírito Santo (idem). tombo da comenda de 1592. Capela da Senhora de Guadalupe (1591). Altar das Almas (1651). concelho de Moncorvo.726 TOMO VII MANUSCRITOS 58 – Vedoria para se ordenar a fábrica de Santa Maria de Cabeço de Pereiro. 72 – Cabeça Boa. de S. Tombos de 1543 e 1601. 11 de Maio de 1538. Capelas da Senhora dos Anjos. obrigações às capelas de S. Gonçalo e S. Capela do Santíssimo (1751). estão registados na íntegra: 65 – Abreiro. da Senhora da Conceição (1812). 73 – Cabeça de Mouro. Tomé (1563). 69 – Beira Grande. 80 – Castelo Branco. 67 – Agrobom. de Santo António (1594). 74 – Cardanha. 76 – Carvalho de Egas. 70 – Brunhoso. 79 – Castedo. 63 – Concórdia sobre a divisão dos padroados de Urrós. 7 de Julho de 1565. Capelas do Bom-Jesus (1757) e de S. de S. Tombo de 1542. pertencentes também ao mesmo Arquivo Distrital de Braga. quando «foi mandado fazer gente de guerra». Senhora da Conceição (1637). 64 – Inquirição sobre o procedimento de Francisco de S. Francisco (1604). 78 – Castanheiro. 59 – Licença para uma capela em Mogadouro. 10 de Junho de 1566. 77 – Carviçais. Capela da Senhora do Rosário (1599). em Vimioso. João Baptista (1625). Capela de Santa Cruz (1604). alcaide-mor de Moncorvo. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Capela do Espírito Santo (1640). 60 – Obrigação e doação dos moradores de Peredo. capelas de Santa Cruz (1586). termo de Castro Vicente. MANUSCRITOS 727 TOMO VII 81 – Coboso. na igreja matriz (1611). João (1608). 87 – Gouveia. Tombos de 1548 e 1718. Pedro para a fábrica da igreja do lugar (1609). Nicolau (1673). 89 – Lamas de Orelhão. tombo do benefício de Sebastião da C. 97 – Nabo. estatutos da confraria de Vera Cruz (1592). João (1591) e Senhora da Conceição (1591). Capela do Santíssimo (1728). Capela da Senhora do Rosário (1594). do Espírito Santo (1604) e de S. Capelas do Santíssimo (1745). Mesquita (1518). capela da Senhora da Conceição (1609). do Coração de Jesus (1755). de Nossa Senhora (1646) e de Nossa Senhora do Amparo (1609). de Nossa Senhora da Conceição (1651). capelas da cadeia (1651). Capelas da Senhora da Conceição (1783) e da Senhora do Rosário (1590). 95 – Moncorvo. de Santa Bárbara (1651) e de S. 86 – Gebelim. composição entre a câmara e os moradores de S. Capelas do Santíssimo (1663) e de Santo António (1661). Tombo de 1760. 94 – Mogadouro. 103 – Quintela de Lampaças. 96 – Mourão. 1606 e 1609) e Nossa Senhora das Flores (1611). Capelas de Santo António (1646). Capela do Santíssimo (1649). sobre a fábrica da igreja (1591). 83 – Estevais. tombo do benefício de Simão de Miranda (1518). 82 – Estevais. 88 – Lagoaça. do Nome de Jesus (1747). Tombo de 1760. Capela do Espírito Santo (1556). idêntica com os moradores de Fornos (1609). S. Tombo de 1519. de Santa Bárbara (1745) e de S. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . capelas de Santa Cruz (1563). 100 – Pinhal. Bernardino (1778) e Senhora do Rosário (1609). capelas do Espírito Santo (1604). 92 – Marzagão. 91 – Maçores. 84 – Franco. 99 – Peredo dos Castelhanos. Capela de Santa Bárbara (1661-63). 85 – Freixo de Espada à Cinta. concelho de Moncorvo. D. Tombo de 1532. Sebastião (1592). provisão do comendador da vila. Miguel de Castro (1518). Tombo de 1541. Capela da Conceição (morgado) 1750. Obrigações às capelas de S. concelho do Mogadouro. Capela de Nossa Senhora da quinta da Torre Velha (1592). Tombo do benefício do arcebispo de Lisboa D. Capela do Santíssimo (1663). capela de Santa Vera Cruz (1591). 93 – Meirinhos. Bernardino de Meneses. Capelas de S. 98 – Parambos. capelas de Nossa Senhora do Desterro (1661). 102 – Pombal. 90 – Lodões. Tombo de 1533. 101 – Podence. Caetano (1732) e de Santa Vera Cruz (1595). Santa Vera Cruz (1574. Capela da Senhora do Rosário (1594). Capelas na Senhora da Conceição (1590) e de S. Capela da Senhora na Anunciação (1617). Capelas de Nossa Senhora de Jerusalém (1591) e de S. 126 – Vilarinho das Azenhas. Capela de S. Ciríaco (1573). da quinta de Vila Nova (1786) e de S. 115 – Suçães. 106 – Saldonha. 105 – Roios. Capelas de S. Capela da Senhora do Rosário (1592). 110 – Seixo de Manhoses. 122 – Vila Flor. Roque (1611). de S. FERREIRA (Padre PASCOAL) – Nasceu em Peredo dos Castelhanos. 113 – Sendim da Serra. Tombos de 1519 e 1718. Francisco (1661) e de Nossa Senhora da Conceição (1736). da Senhora da Agonia (1768) e de S. de S. de S. Tombo de 1540. Capela da Senhora do Rosário (1588). Tombo de 1509. Capela de Santo António (1646). a 2 de Abril de 1640 e aí faleceu em 1720. Capela de S. Tombo de 1540 e capela do Espírito Santo (1553 e 1570). 117 – Vale da Madre. de S. de Santa Cruz (1604) e das Onze Mil Virgens (1673). 111 – Selores. 116 – Urrós. 109 – Seixo de Ansiães. Geraldo (1543). 124 – Vilar Seco. José (1661). na quinta de Cauquinho (1597). Gonçalo (1624). Capela da Senhora do Rosário (1589). Capela da Senhora do Rosário (1594). capelas de Santa Luzia (1766). Tombo de 1548. Martinho (1589). 123 – Vilar Chão. Roque (1617). 128 – Vinhais. Capelas da Senhora da Conceição (1590) e da Senhora do Rosário (1594). 120 – Valverde. Bernardino (1586). capelas de S. Tombo de 1766. 114 – Soeima. estatutos da confraria de 1594. 121 – Ventozelo. Bartolomeu (1656) e de Santo António. Capelas do Santíssimo (1682) e de Santa Bárbara (1760). 107 – Salsas. concelho de Moncorvo. Paulo (1673). Capela da Senhora do Rosário (1591). Tombo de 1590. Capelas da Senhora da Graça (1736). Era filho de MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Capela de Santa Ana (1661). 118 – Vale Pereiro. Capelas de Santo António (1661) e de Santa Bárbara (1544). 125 – Vilares da Vilariça. Capela do Espírito Santo (1589). 129 – Zedes. 127 – Vilarinho da Castanheira. Capelas da Senhora do Rosário (1597). Domingos (1737). da Senhora da Fé (1718).728 TOMO VII MANUSCRITOS 104 – Riba Longa. 112 – Sendim da Ribeira. 108 – Sambade. 119 – Valverde. abade de Carviçais. Migel (sic) / de Outeiro / Seco / termo de Chaves. 136 – Retiro de vãs conversações. Tirado de frei António Cartuxo. foi pároco da sua terra em 1676. Este dei ao P. 133 – Pasto Espiritual para a alma devota. Fólio pequeno de 239 folhas. concelho de Moncorvo. Tirado de frei Luís de Granada. desde 1692 até 1700 (onde começou a escrever o Livro de Rezam abaixo mencionado) e confessor durante cinco anos e meio das freiras do convento de Moimenta da Beira desde 1686. etc. concelho de Chaves. como o autor advertiu no fólio final) (1064). notícias genealógicas da sua família. e conveniência do convento de Moimenta. de Outeiro Seco. Este tirei de S. e natural do lugar do / Peredo dos Castelhanos termo da Torre / de moncorvo do Arcebispado / de Braga Primaz. Escreveu as seguintes obras. fazendo o autor a resenha das obras que escreveu e dos autores de onde as tirou. Este dei a Dona Maria de Vasconcelos da Torre. Bento em Moimenta da Beira. práticas religiosas.. «quero que fique ao convento de freiras de Moimenta da Beira». para se ler no Refeitório. e mestre da Cartuxa. Dei este livro ao R. que ficaram manuscritas: 130 – Livro de Rezam do Padre / Paschoal Ferreira / Vigairo de S. 135 – Vida perfeita na presença de Deus. que tratam de toda a matéria espiritual. Este dei às freiras de Moimenta da Beira. aponta mais as seguintes: Pasto Espiritual para a alma devota. 134 – Carta de Cristo à Alma Devota. 131 – Santidade sacerdotal. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Tirado de Dom João Lampérgio Doutor. Este dei a Dona Isabel Loba Religiosa de S. 132 – Tratado da Oração mental.MANUSCRITOS 729 TOMO VII Francisco Ferreira e de Maria Garcia. Bento. sermões. Francisco de Sales. Este dei à Dona Maria de Távora religiosa em o dito convento. Bento em Moimenta da Beira.do P. e outros graves Autores. paginadas de frente (sabemos que na realidade só tem 227. Este códice é muito interessante: contém várias notas pessoais do autor. hoje Abadessa do convento de S. com outras de interesse local pelo grande número de pessoas (presbíteros) que aponta e cargos que desempenharam.e António Gomes Ermitão de S. Tem trezentos e oitenta capítulos. notícias históricas referentes às guerras que houve no seu tempo (a da Aclamação – 1640-1668 – e a da Sucessão – 1703-1713). etc. Nos fólios 48 e 111. Paulo na serra de S. (1064) Pertence ao reverendo José Augusto Tavares. Celebrou a primeira missa em 1664.e José Luís Ramalho de Vila Nova [de Foz Côa?]. que tirei do Castro para bem morrer». e dia de S. e dous foram morrer no caminho da Torre. e lançou fogo á barca do Douro: acudio a gente de Villanova. que dei ao Pe. e se festejaram com grande festa e porcissam em o Domingo seguinte. «Em os doze dias do mes de julho de 1713 se apregoaram as pazes deste Reino com Castella.. Em especial na villa da Torre de moncorvo em os desenove dias de março de mil e seis centos e sesenta e outo annos. 139 – Tratado do Santíssimo Sacramento. Pedro se festejáram com grandes festas. E outro. Francisco. São do mesmo Livro de Rezam as seguintes notícias: «As desejadas pazes deste Reino com o Reino de Castella se celebraram em os nove dias do mes de fevereiro de mil e seis centos e sesenta e outo annos 1668. Joseph com a maior solénidade que se fes nestes tempos na mesma villa». Outro. e com as ballas fez retirar o inimigo da lauagem do douro. ficaram enterrados no convento de S. com huma dança de cada lugar do termo». e acudiram alguns homens de Villanova. A Camara se lhe entregou. «Escrevi tres tratados manuaes. athé dia de S. Domingos Fernandes. e com hum pedaço queimado da mesma barca. Outro. com as Orações do missal. a passaram pera a parte de Villa nova. Esta solénidade se festejou com grandes applausos em todos os Reinos de Castella. com missas cantadas em Acçam de graça a Deus.730 TOMO VII MANUSCRITOS 137 – Caminho da perfeição. Nicolau da Torre de m. Mataram tres castelhanos. Antonio Gomes Ermitão da Serra de S.º 138 – Princípio do Recolhimento das Religiosas da Torre de m. com as mesmas orações. «Em os outo dias de julho de 1706 o inimigo castelhano tomou a praça de Miranda do Douro! e logo por nossos peccados vejo á Torre de moncorvo. e depois da missa. Este dei à Serafina do Céu Regente do Recolhimento de S.º [Moncorvo?]. que foi servido darnos estas pazes. Bento. Idem. hum para os officios da Semana Sancta de letra grande. E se confirmaram este anno de mil e sette centos e quinze. Este livro dei a Cecília da Trindade instituidora e Regente do Recolhimento das Religiosas de Fonseca. em os deseseis dias do dito mes de julho. Joam.. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . fólio 60 v. e neste lugar do Peredo se fizeram muitas danças. em dia de S. queimou o barco. passando o rio a nado apagáram o fogo da barca com agua. comedias.d Pe. e França a som de tambor em a villa da Torre de mencorvo. sacristam da Torre. Procissão geral. hum logo ali ficou morto. E outro Tratado escrevi dos Exorcismos contra maleficios que dei ao R. Preparação para antes. ao pé de São Martinho de Mouros. e officio dos Defunctos. e Portugal. O ano de 1681 foi mui caro: em Abril vendia-se em Moncorvo o alqueire de trigo a 500 réis e o de grãos a 700 réis. de Santa Comba. ver o tomo IV. mil. falando da sua terra natal diz: «Este lugar do Peredo se começou no anno de 1530 e a igreja de S. p. Esta notícia e as anteriores foram já publicadas por D. e quatro castiçais de Nossa Senhora do Rosairo. (1065) Livro de Rezam. ficando só as custodias. Encadernado. Anos de 1766 a 1857. No fólio 52. Este manuscrito e os seguintes até ao número 150 pertencem à colecção do abade de Carviçais. 141 – Cerimonial do Seminário de Vinhais. 630. que tinha na cabeça. 223 fólios. destas Memórias. 32 fólios. porque não lhe lançassem fogo lhe prometteram. que lhas esconderam. 84 fólios rubricados por Luís Bernardo de Sampaio e Melo. e ficaram de lhas mandar athe sesta feira da mesma semana.MANUSCRITOS 731 TOMO VII Muito gente da Torre [de Moncorvo] se retirou aos montes com algum fato. e levaram toda a prata da Igreja. vinte mil cruzados. com primorosos desenhos feitos à pena. fólio 190. e outo centas moedas de ouro. A capitania abrangia três companhias: Vilarinho da Castanheira. sendo fiadores o Lecenceado Antonio Camello e Francisco Bottelho. Encadernado. 142 – Livro das Ordenanças da capitania-mor de Vilarinho da Castanheira. (1066) Ibidem fólio 59 e o nº 156 adiante mencionado. finalmente tudo o que acháram de prata levaram so deixaram a nossa Senhora do Rosairo a coroa. Lousa e Seixo de Ansiães. Alem de tudo isto levaram muitas moedas de ouro. Cândida Florinda Ferreira no seu livro Guerra da Sucessão no Distrito de Bragança. Autor padre Domingos de Almendra. que todo o lugar ardéo» (1065). Roubaram o que acharam de movens. Pedro de Santa Comba da Vilariça. comarca da Torre de Moncorvo. e Manoel Corrêa da Lapa. que lhe deram muitas pessoas particulares. doze alampadas de prata. estam tremendo que lhe venhão lançar fogo. e os thuribulos. e fizeram muito mal em todas as casas da villa. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . A propósito. como fizeram ao lugar de Carviçaes na retirada. como dizem. 140 – Estatutos da Irmandade de Sacerdotes de novo erecta na Igreja de S. E como lhe faltaram com os vinte mil cruzados. 1 de Novembro de 1708. e os que ficaram. levaram seis arrobas de prata: a cruz grande. Em 1699 vendia-se o alqueire de trigo em Chaves a 520 réis e o de centeio a cruzado (1066). seis varas do pallio. É encadernado em pergaminho. José Augusto Tavares. ano de 1611? Sem nome do autor. Julião [orago da freguesia] se fez no anno de 1563». / Senhora do Rozario da freguezia de S. 148 – Memória de Santo Apolinário de Urros. Estes dizeres estão no alto do primeiro fólio. Este códice. de Ligares. 1701 a 1709. natu / ral da mesma Freguezia. encadernado em pergaminho. Magestade / de 25 de setembro de 1785». descendente do capitão-mor acima indicado. 4. Manuscrito encadernado. João / Baptista de Marzagam. Pertenceu ao extinto concelho de Mós. reformados sendo Rei / tor da dita Freguezia. É interessante como documentação genealógica.º de 32 folhas. 152 – «Estatutos da Confraria e Irmandade de N. encadernado em pergaminho. 71 fólios. na posse da família Pavão. concelho de Mirandela. transcreve no fim um artigo do Espectro da autoria do doutor João José Dias Galas. de Moncorvo. encadernado em pergaminho. 150 – Lutas entre o pároco do Felgar e a povoação. encadernado. por Marcos. Moncorvo. com alguns dados cronológico-biográficos das pessoas que formaram as companhias das ordenanças das vilas referidas (1067). 92 fólios. 146 – Livro das arrematações dos pastos de Carviçais. Moncorvo. Anno de 1759». Vai desde 1642 a 1643. 18 fólios. dentro de uma cercadura formada de duas linhas – uma a vermelho e outra a preto – que encerram (1067) Este manuscrito encontra-se em Suçães. S. Começa em 1762. extra muros da Villa de / Anciaens.732 TOMO VII MANUSCRITOS 143 – Livro dos depósitos de compras da vila de Mós. Vai de 1811 a 1873. 10 fólios. Comarca da Torre de Moncorvo. contra a família Margarido. de 611 fólios. 60 fólios. por J. 151 – «Livro / Mestre das or / denanças do des / trito das vilas / de Mirandela e Agoa Reves de que he / capitão mór / Antonio da / Veiga de Sequeira e por demissão delle he / Francisco Manoel da Veiga de Sequeira por / decreto de S. Um livro de compras da câmara de Mós. natural de Poiares. 144 – Regimento de milícias de Moncorvo. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 149 – As minhas primeiras poesias.e Fidelissima. Arce / bispado Primás de Braga. pelo abade Pedro Gomes Machado. 145 – Recompilação das graças e indulgências e Estatutos da Confraria de N. tendo no primeiro uma portada feita à pena com as quinas de Portugal. 150 fólios. concelho de Freixo de Espada à Cinta. 1735. Doutor Antonio de Souza Pinto Capellam / Fidalgo da Caza de Sua Magest. encadernado em pergaminho. 1736 a 1753. 147 – Livro das provisões da câmara de Mós. do Rosário da Lousa. e Juiz da mesma Confraria / o R. por conter os nomes dos soldados e oficiais. Tomás Rente. São datadas de Luanda a 10 de Dezembro de 1914. de poucas páginas. a letra de imprensa. que tinha mais. Algumas são tão perfeitas que parecem bordadas em relevo sobre damasco. menos encorpado. de onde a necessidade de tratar novamente de outros. O papel dos novos acréscimos é diverso. mas imitando. toda rubricada com o apelido «Sampaio». que vem no alto do primeiro fólio. então pároco da freguesia. mas só a preto: «Estes / Estatutos mandou copiar á custa / da Santa Confraria / O R. (paginação primitiva). com a morte de Manuel Álvares Pires. Nos fólios que posteriormente lhe acrescentaram há documentos manuscritos e impressos. perderam-se os documentos concernentes à sua erecção. imitando letra de imprensa. mas imitando. dos quais as letras capitais são todas ricamente iluminadas. e por esta nova paginação. dourado por folhas e todo escrito à mão. que seria o tal Alexandre da Silva. Estes dizeres são a três tintas – verde. lavrado e assinado pelo mesmo doutor Maia. até ao fólio 18 v. e bem. muito honrando o calígrafo. o primitivo fólio 20 corresponde ao 22 da moderna. Vê-se. datado de Braga a 17 de Junho de 1759. Logo em seguida ao título atrás reproduzido. começa o texto dos Estatutos. e primorosamente. paginados de frente. Mas anterior a este fólio havia um outro em branco e nele escreveram também dentro de uma cercadura. chamado imperial. mas em 1753. encadernado em veludo vermelho. com a rubrica «Dr. embora óptimo. Maya». com fechos de prata. Tem o códice vinte fólios de papel encorpado. que abrange quarenta e quatro artigos. porém. foram arrancados alguns outros ao precioso monumento. com aprovação de Frei Jorge de Castro. Damos em seguida uma relação das principais notícias constantes dos Estatutos em referência: A confraria de Nossa Senhora do Rosário de Marzagão foi fundada em 1670. menos o ano. é um precioso monumento de arte gráfica. que é a preto e feito à mão. Tinha como capela a igreja matriz de Marzagão e altar «o colateral. O códice. mas. e no fólio 20 o termo de encerramento. embora inconsciente. ou por ignorância estúpida ou malvadez.MANUSCRITOS 733 TOMO VII o texto impresso nas diversas folhas do códice e são a tinta vermelha de imprensa. Com os novos acrescentos abrange o códice sessenta e nove fólios paginados igualmente de frente com a referida rubrica de «Sampaio». e no fundo desse fólio lê-se: «Por Alexandre da Silva / Na Torre de Moncorvo». umas a várias cores e outras só a uma. a de imprensa. vermelha e preta – feitos a letra de mão. Esta paginação foi alterada por outra moderna ao acrescentarem novos documentos aos Estatutos. que MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de Moncorvo. provincial dos dominicanos. a julgar pelo que se lê no frontispício. Reitor Antonio de / Souza Pinto no anno de 1759». Todos os indivíduos referidos assinaram o seu nome. escrivão da confraria. por se inscrever como irmão. Manoel Lira [?]. e capazes para V. que primitivamente estava na tribuna do altar-mor. que concede licença aos moradores de Marzagão para «mandar fazer na Igreja Matriz daquella Freguezia [de Marzagão]. Manoel Lopes de Carvalho» (1068). mais dois Altares de Arcos nas Naves dos Lados do Corpo da dita Igreja. lhe conceder a Licença pedida. Miguel Gonçalves Moreira [?]. em correspondencia hum do outro. Gaspar. ordenados. preparados. André Gonçalves Annes. onde já pellos nossos passados foy fundada». João V. «muito bem feitos. Francisco José de Sampaio e Vasconcelos [?]». O número de confrades passava de doze mil. S. Antonio de Meireles Capela. arcebispo de Braga. 50 réis. irmão de el-rei D. Domingos Rodrigues. porque os Estatutos exigiam que os oficiais da confraria fossem ricos. Luiz Bernardo de Almeida. No fólio 17 (paginação antiga) vêm as assinaturas autógrafas dos que então (15 de Fevereiro de 1759) superintendiam na confraria e são: «João Baptista Ramires de Carvalho. Deviam ser todas pessoas de categoria. João de Meireles. e de cruz os seguintes: «Nicolao de Moraes ou Meireles. cada um dos quais pagava anualmente uma quarta de pão e de entrada. abonados e de probidade. João Pires da Veiga. Francisco Antonio de Sampayo Veloso. conssellario. No novo altar correspondente ao lado da Epístola colocou-se uma «formozissima Imagem de vestir» de Nossa Senhora do Rosário. reitor da freguezia e juiz da confraria. João de Meireles. Luiz Bernardo de Sampayo. para se benzerem». Pe. Francisco (?) de Lima. Pedro Fernandes Pires. A. promotor. Antonio de Souza Pinto. e aprestados. Joam Moutinho. de mais do Altar Mór. Manoel da Costa. digo Antonio [sic]. Manoel Nacimento. José de Moraes. Domingos Moutinho. Domingos de Moraes. Antonio Borges. Manoel Peres. a que puseram o nome de Senhora da Natividade. que os altares de novo mandados fazer estavam concluídos. conssellario. O Vigario Antonio José de Sampayo. datado de 20 de Junho de 1759. Manoel Francisco Veiga. António de Sousa Pinto. Entre os documentos acrescentados aos Estatutos figura o despacho de D. João Lopes Mesquita. Joseph Gomes Peres. Domingos Peres da Cruz. e dos dois Collateraes». para nelles se celebrarem os Divinos Sacrificios. Em 4 de Janeiro de 1761 era o arcebispo informado pelo reitor de Marzagão. Pe. Alixandre de Crasto. «para que os moradores desta freguezia conservem a devo(1068) Os pontos de interrogação em alguns apelidos são da nossa autoria e indicam leitura duvidosa por estarem em breve esses apelidos ou nomes.734 TOMO VII MANUSCRITOS está do lado da Epistola arrumado ao arco cruzeiro da mesma igreja. Antonio Borges. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . ficam em correspondência de um e outro lado da igreja. que o mandou encadernar aos 20 d’Outubro do anno de 1851». termo da vila da Póvoa de Seabra. e herdades / q≈ pertencê ao mosteiro. pertencente à família Abílio Zoio. morador na cidade de Bragança. à qual agradecemos a gentileza de nos haver facultado a sua consulta. que seria fundado pelos anos de 1670. como consta do Tombo no / vo a folhas sessenta. q≈ os senhores / Abbade. É de saber que o manuscrito foi escrito em épocas diversas e depois encadernado tudo. / de que hé actual 4. vinhas.º Administradôr. frei Agustim de Ferreira. e por sua intercessão impétrem á divina Magestade e bondade o allivio de suas infermidades. o Mor / gado Francisco de Figueirêdo Sarmento Pinto / da Fonsêca. que o altar da confraria é o colateral do lado da Epístola. e conuento / de São Martinho da Castanheira da / ordë de São Bernardo do lago termo da villa da Pobra de Seabra. frei Pedro de Penna Fiel. é que veio a Bragança em 21 de Outubro de 1585. o qual tombo fez o Licenciado / Antonio Botelho Juiz de fora na dita / cidade por hûa prouisão. Temos. aquando da erecção primitiva da confraria. e um deles é bom exemplar do estilo chamado Luís XVI. estilo renascença-barroca. que tem / nos lugares do termo da cidade de Bra / gança. abade do dito mosteiro. Martinho da Castanheira. frei Francisco Velazquez.m José da Cidade de Bragança. juiz deste Tombo. monge professo da ordem de S. entre 20 de Junho de 1759 e 4 de Janeiro de 1761. feito como o título indica pelo licenciado António Botelho nos anos de 1585 e 1586. frei Angel de Sotto pyor. era ut supra. frei GraMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Os dois que se fizeram por esta nova concessão. encostado ao arco cruzeiro. Segue em letra diversa: «E a este vinculo pertence igualmente o fôro / de Villa meaã. com procuração de «dom frei Gaspar Gutierrez. O padre frei Agostinho Ferreira. conventual do mosteiro de S. e apegaçam / q≈ se fez dos casais. como experimentárão na grande epidemia. ao fazer a encadernação. e dez de trigo. e é uma preciosa obra de talha. e seis. de Bragança. e seguintes – Bragança. 153 – «Tombo e mediçam. em que se virão oppressos no anno de 1755 para 1756». O Tabell. que tem nella. e monges do dito mosteiro ou / ueram de sua Maiestade / o qual se fez nos an / nos de oitenta / e cinco. pois.ão Francisco Miranda Catalão». que é de quarenta alqueires de / centeio. e desde esse fólio até ao fim contém o Tombo dos mesmos bens feito em 1684 pelo doutor Francisco Gil de Torres. alteraram um pouco o título e escreveram na costaneira: «Tombo da Quinta da Granja – Esta Quinta acha-se encorporada ao Vinculo de / nominado de S. Até ao fólio 32 contém o Tombo dos referidos bens. Bernardo. Depois. de 32 fólios inumerados e mais 86 paginados de frente. Manuscrito encadernado. e oitenta e seis [1585 e 1586]». frei Pablo Guerero. frei Basilio Romano.MANUSCRITOS 735 TOMO VII çam. frei Thomas d’Aguilar. A da Veiga levava dez alqueires de trigo. frei Estevam de Lucuriaga (?). frei Benito de la Canal». A procuração dos frades foi passada em Espanha e reconhece a letra do notário espanhol António de Figueiredo. que nesta terra esta feita uma casa terreira colmada de vivenda onde vive o foreiro. Miguel. frei Agustim Rodrigues. A terra da Ladeira levava 15 alqueires de semeadura. A terra do linho ás cortinhas leva de semeadura tres alqueires de linhaça. A do caminho de Labiados pelo lado de cima levava 7 alqueires. frei Benito de Deza. A da Fava Loba dois alqueires. Aires Ferreira era cavaleiro-fidalgo e morador na dita quinta e casado com MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . todos monges do dito convento. é o título do auto da medição em 1585 (à margem.res de semeadura de trigo. A do Carregouço a q. Outra em Fava Loba. em letra moderna. Outra na Veiga do Amieiro que parte com o caminho que vae para Bragança. morador em Bragança. frei Engenio Hortiz. A outra que está pelo lado de baixo a do caminho q. lê-se Quinta da Granja). a tratar da demarcação dos bens do mesmo. Os bens eram: um casal que pagava de fôro anual quatorze alqueires de pão meados mais oito alqueires e compreendia uma terra de três alqueires de semeadura e pegava com o adro da igreja de S. no auto de medição dá o nome de Carreguedouro levava de semeadura 4 alqueires.736 TOMO VII MANUSCRITOS viele de la Torre. Outra á Ladeira. ficava em frente da outra que pegava com o adro de S. A da Cavada era terra e prado passava o caminho que vae para Bragança pelo meio e terra e prado eram campo ou levariam 14 alqueires de semeadura». Na de Valle de Linhares estava posta vinha levava 4 alqueires e a vinha de cavadura 15 homens. Quinta do Aires Ferreira. hospedando-se em casa do padre Simão Rodrigues. Outra á Portela da Cavada. com o campo do concelho e com herdeiros de A. escrivão dos órfãos em Bragança. Outra em Vale de Linhares. frei João Morauto. A da Veiga do Amieiro levava 10 alqueires de semeadura. cura do dito lugar. Outra terra á boca das Manguelinhas e parte com o adro da mesma igreja. vae para Labiados “que he ao pedragal de Valilong” levava seis alqu. As terras foram medidas com “um cordel de barmante de cem varas”. A da boca das Manguelinhas levava 4 alqueires de semeadura de trigo. Miguel. Outra no Carregouço. frei Agustim de Carrion. com o qual ela mesmo confrontava mas pela banda debaixo do caminho e pegava com o ribeiro. a 21 de Outubro de 1585. Chemeno. parte com casas de herdeiros. As propriedades são nos lugares seguintes: Varge – «Começaram a demarcação por Varge aos 6 de Novembro de 1585. Outra ao Pedragal de Valilongo que parte com o caminho que vae para Labiados. Tinham mais parte de um moinho e á margem desta verba ha uma nota que diz que levou o rio este moinho».. 4 alqueires de foro».MANUSCRITOS 737 TOMO VII D. Rabal – «Hortas na Veiga. Fragua. De todas estas propriedades recebia o convento trinta alqueires de pão meado (isto é. Malho. vinha no Rebouço. Moinho dos Antois (terra neste sitio perto do moinho). Valle Chegado. Ao mosteiro pertenciam «as terras que chamão da Granja que estão por baixo da dita quinta que correm por baixo do caminho que bem da cidade de Bragança para Meixedo. Levaria de semeadura 200 alqueires de pão menos a terra de Lopo Ferreira que levaria 6. Vinhascaes. Aveleda – Pelo que tinham em Aveleda recebiam os frades vinte alqueires de pão meado e quatro galinhas. Sebastião. Hurzedo. Os bens eram situados nos seguintes lugares: «Lombo do CarMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Caminho da Villa. Curtinhas dos Lameiros (Aleixo Rodrigues cura em Aveleda em 1585). Covelos. Vinha em Vale de Vime que levava 100 (cem homens de cava). ergo já então era Fontrecada e Granja ou terras da Granja]. dez alqueires de trigo de foro. onde viviam moradores e pegavam com o rio. Por tudo pagava de foro 16 almudes de vinho cosido». Vale de Pereira. Vale Mourim. Vinha á quinta. Sam Sebastiam. tirada uma terra que foy de Lopo ferreira seu avoo [isto em Fontearcada. Moinho do Picarelo. Isabel. Tinha mais o convento duas moradas de casas terreiras. Vale de Pontes. Vale da Igreja.. Mua. Terra no Valle Veleda. Vale de Novaes. Valinha. Martinho tinha trinta castanheiros e provavelmente o nome vinha-lhe de pertencer ao convento de S. Cabeça. Jorge acima the ão pontão da quinta e dahi caminho que vae para Meixedo até á portela dos castinheiros onde se começou. vinha a S. Vale de Maria Gonçales. terreiras. Teixugueira. assobradada somente a casa da adega he telhada e mais colmada. Seixagal. Purpulheiras. Barrosa. Sebastião.. Vinha do alto dos castinheiros até ao moinho dos Padres depois ao longo do caminho de Rabal para Bragança e dahi Ribeira de S. Meireles. Torre. colmadas.. Mais outra morada de casas junto á igreja. Freixedelo – Dos bens de Freixedelo recebia o convento dez alqueires de pão meado. terras em Falgueiras. Os bens eram: «Umas cazas terreiras. Moinhos. Valles. vinha em Vale de Novaes. Ao todo 46 propriedades. outra dentro do lugar. Babão. metade trigo e metade centeio) e vinte almudes de vinho». Vale de Laças. Souto de Sam Martinho. Fontelas. Val das Vinhas. Souto de Santa Anna. Toutelo. cortinha no Castro e Pinheiro. Vinha nas Ameixoeiras. colmadas (todas as casas do casal em Varge. Sam dozelos. Balsas. Ruimonte. vinha ao Forno. Costa. terras nestes sitios: Collelha. vinha no Vinhal. Vale das Sabes. Meixedo – «Terra no vale de Pero Loução. Martinho da Castanheira.. Rabal eram da mesma forma terreiras e colmadas) que estam pelo lado de baixo da igreja de S. A terra do Souto de S. Em todos estes sitios tinham terras». e esse foro era de quarenta alqueires de centeio e dez de trigo. que confrontam com o adro da igreja de S. fol. apontando os lugares onde estão situadas. Cachão. Hermida de S. fol. mas estes não aparecem descritos nem neste tombo nem no de 1684. outra á Portela de Vale de Pereiro. Ver o que dizemos adiante. lá menciona Vila Meão. servia-se da água da presa de outro moinho que lhe ficava em frente. Salgueiraes. não podia presenter o título q. Cibrão Alvares. Este moinho foi deixado ao convento por Bárbara Leal. Aponta este Tombo as confrontações do termo de Vila Meão. Aveleda – Este Tombo de 1684. Martinho da Castanheira. Poio. Pereiro. No Tombo de 1585 estava descrito este foro. Tombo de 1684 – «Aos 10 de Abril de 1684 appareceu em Bragança o Doutor Francisco Gil de Torres. de Aveleda. é certo que também nesse requerimento aponta a povoação de Baçal como tendo lá bens. Domingos Affonso de Barreira. Vila Meão – Neste Tombo de Vila Meão aparece a menção do foro que todo o povo desta povoação pagava ao convento. 21. 11. pois no requerimento que o dom abade do convento fez para que lhe tombem as propriedades.». fol.. fol. fol. mas por todo o termo em geral. Tinha outra em Lameiro de Urzedo. e tinha uma terra em Vale de Pereira. 20 v. não por uma propriedade em particular. nesse povo tinha o convento de S.738 TOMO VII MANUSCRITOS denhal. o qual está por cima da ponte do lado do poente. e mesmo lhe pertenciam alguns desses bens do convento. outra no Seixagal. meu quinto avô vivia em maio do 1684. 14. Martinho da Castanheira do Lago. Sebastião. mas já devia existir anteriormente. cidadão e morador na cidade de Bragança. Couso. que é no cabeço e um moinho «que está no ribeiro por cima da ponte defronte do moinho posteiro» (mais adiante escreve pateiro). menciona as propriedades fora dos casais e prazos e lá vêm apontadas as casas de Aveleda. devendo concluir-se que não existiam e que foi equívoco proveniente talvez de que alguns bens dos sitos em Varge e Aveleda confrontavam com pessoas que viviam em Baçal.. o abade do convento de S. o Tombo de 1684 é que adita mais as de Vila Meão. tinha desse casal “por se queimar no tempo das guerras pondose fogo ao lugar”. no fólio 77 v. por sua alma. Frei Chrizostomo Garcia para tratar das cousas do Tombo. Fonte de Fundo de Vila. juiz de fora de Bragança e juiz deste tombo. enfiteuta dos bens q. 22 v. declara aos 24 de maio de 1684 ao Juiz demarcante do tombo q. ouvidor que foi da praça de Mazagão. Ciprião e a tal vinha de cem homens de cava. idem. viúva. fol. Este Tombo de 1585-1586 não aponta mais propriedades do que estas nem cita outras povoações. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 21. mas no Tombo nada se diz. concelho de Chaves. Confurcos. trinta e seis almudes de vinho e quatro galinhas. Cavadas e Martim Afonso. em 1684. sinal evidente de que se perderam as vinhas no intervalo do Tombo de 1585 ao de 1684 ou pelos flagelos. de 224 fólios paginados de frente.MANUSCRITOS 739 TOMO VII Afinal. ao descrever muitas propriedades de Aveleda. Pereiro. doados à Universidade por Carta Régia de quatro de Julho de mil setecentos setenta e quatro. Veiga. Caetano de Espinhosela. a quem agradecemos a gentileza de nos facultar a sua consulta. Os bens estavam situados nos seguintes povos: Terroso – Nos locais denominados Vale da Idrade. Vale. Valtim. Sizortes. de Bragança. 273. como no nosso tempo. Fundo do Valinho. Estes bens rendiam 7$760 réis em dinheiro e sete alqueires e três quartos de pão. Raposeira. É para notar a circunstância de que o Tombo de 1684. Lavandeira. Pumarelho e Lama do Moço. diz frequentes vezes: «que foi vinha e agora terra». O emprazamento foi feito em 1784 a António José do Rego. administrados pelos jesuítas de Bragança e depois pela Universidade de Coimbra. Vilar Chão. Lama do Foeiro. era cura Simão Rodrigues. confrontação e avaliação feita judicialmente pelo doutor José Manuel de Sousa Cardoso Piçarro. setenta e sete de trigo. Cipriano Ribeiro. também em 1585. No tomo I. 154 – Emprazamento em vida feito a António José do Rego da província de Trás-os-Montes dos bens da capela de São Caetano. Bernardam. Estes bens pagavam anualmente oito alqueires de pão meado (trigo e serôdio) e dois de centeio. Veiga. 86. Maricovo. casal de Espinhosela e suas pertenças. pertencente à família Abílio Zoio. em papel branco liso. dos bens da capela de S. ou pelos incêndios da guerra a que atrás se alude. como diz o Tombo de 1585. capitão do regimento de dragões de Chaves. Fontes de Godinho. Cancela. visto este ter sido levado pelo rio. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Espinhosela – Nos lugares denominados Vesdamilo. a doação limitou-se ao lugar onde existiu o moinho. com capas de pergaminho. Ver tomo II. pág. medição. destas Memórias vê-se que Aveleda ou o seu termo deviam ter sofrido algo com a guerra. Parameo [assim vem escrito] – Nos locais denominados Portela. Manuscrito. pág. Chairas. Rendiam estes bens 1$225 réis. Contém a situação. era cura da mesma povoação Aleixo Rodrigues e de Varge. e quando se fez o primeiro Tombo. Vale de Fontes e Touça. em 1585. destas Memórias. corregedor na comarca de Bragança (professo na ordem de Cristo e fidalgo-cavaleiro da casa real). De todos os bens retro mencionados recebia o convento de foros anuais: sessenta e nove alqueires de centeio. a quem foram dados após a expulsão daqueles. Era cura de Aveleda ao tempo da factura do Tombo. natural de Bobadela. com o privilégio de só se enterrarem nela os enfiteutas dos bens de Algoso. Salgueiro. Lamises. Bom-Jesus. Maçaelos. Seara do Velho e Forçados ou Forcados (escreveram das duas formas) (1069). Crastelos. Vifureira. Bragadas e Caleira. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Valdoeiro. Ferradosa. Pereiro. Paratinhas. Ramalhosa. Moradelhos. O rendimento destes bens era de 15$070 réis e um quarto de pão. Dine – Nos locais chamados Ribeira do Lamegeiro e Escrita. Mofreita – Rendiam os bens sitos nesta povoação 1$440 réis. Pedra da Vila. à direita. Carosseiras. vê-se que se trata de Soutelo da Gamoeda ou então Soutelo de Carragosa) – Tinha bens no local denominado Nuvelos. Cabeço da Pedra. cujo rendimento era de 11$400 réis. quanto ao rendimento damos o da totalidade dos bens que eles tinham nas respectivas povoações. Devesa de Gatim. Lagoas. Lamas de Logobudo e Lagabudo (aparece escrito das duas formas). Espadanal. Cabouco. Rendiam as propriedades que a capela de S. Gargalhão. administrada pelos jesuítas e depois pela Universidade de Coimbra. Veiga. Porto. Casares. Fonte Velha. que rendiam 1$200 réis. Seixedo. Caetano de Espinhosela tinha em Fontes 56$260 réis. mas somente alguns para se avaliar da extensão das suas propriedades e que podem ter importância léxica. Carreira. Sardoal. rendiam 7$400 réis em dinheiro e cento e setenta e dois alqueires de centeio. Pardieiros. Soutelo de Gondezende (assim se lê no manuscrito. Rendiam estes bens 330 réis e dois alqueires de centeio. Maçãs – Nos locais denominados Encarvalhada. Pena. Burzagal. Tolocadas ou Tolucadas (aparece das duas formas). Burzajal. Couto. os quais bens pertencentes à referida capela de Espinhosela. Lameiros. Ponte de Melhe. Cova de Lua – Nos locais chamados Servatem ou Jardam e Sabamil. Barreiros. Algoso – No local denominado Partila de Moural. Vilar de Ozeive. Lombo. Cortinhas. Ribeira dos Moinhos. Vale de Prata. no entanto. Estes bens rendiam 1$120 réis e mais seis alqueires e dois «carapetos e meio de pão». Nogueira. Vale de Quintela. Lamelas. Martelo. Vilarinho de Cova de Lua – Nos locais denominados Pia. Tinha mais aqui uma capela sita na igreja matriz de Algoso. Castilhar.740 TOMO VII MANUSCRITOS Fontes – Nos lugares do termo denominados Forçados. Vale de Mangas. Camselhadas ou Cansolhadas (está escrito dos dois modos) e Corrula. cujo rendimento era de 860 réis. Tulicadas. Castro. Pena. Martiegos. Sepadela. Maçadas. Fontelas. pelo contexto. Fontão. Carnulos. Rio Frio de Carragosa – No local denominado Vale de Salgueiro. (1069) Não apontamos nesta nem em outras povoações todos os lugares onde os jesuítas tinham bens. Gondesende – No local denominado Batamulo. limite de Parâmio. Paçó. de que eram administradores. Grizou. Passos. Vinhal. como fica dito. Vage. com o rendimento de 10$570 réis. Carrazedo – Nos locais denominados Reimão. oito alqueires meados (metade trigo e metade serôdio) e cento e noventa alqueires de centeio com dois carapetos e meio. Oleiros – Nos locais denominados Sargossos. Rio de Fornos. rendiam de foros passante de quatrocentos e trinta e quatro alqueires de cereais (trigo. pela extinção destes. Fejoca. No concelho dos Cortiços (hoje Macedo de Cavaleiros) apontam-se propriedades em Grijó de Vale Benfeito e Quintela. propriedades em Santa Cruz.os 137 e 143. várias casas nesta cidade e na quinta de S. a Universidade de Coimbra. Pito. monta à soma de 3. Donai – Rendiam os bens situados nesta povoação 2$700 réis. Fresulfe – Rendiam os bens sitos no termo deste povo 2$300 réis. excluídos os mencionados no Diário do Governo n.MANUSCRITOS 741 TOMO VII Ozeive – No local denominado Vilanria. Babão e Lameles.os 137 e 143 do mesmo. os jesuítas de Bragança e. cujo rendimento era de 1$650 réis. segundo a referida folha oficial. nove galinhas. Bouças. e mencionam-se. Fontes. Leiguedo. mas a sua avaliação. Pradovença. Suzão. 29 e 30 de Junho de 1848 e ainda nos n. correspondente ao ano de 1851. serôdio e centeio). Caetano de Espinhosela. O rendimento destes bens era de 4$200 réis. porém não aponta os foros que pagavam. Caetano de Espinhosela foi Belchior Leite de Azevedo. Reimão. situados no concelho de Bragança. Cordedo e Bubos. Peregelos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . João de Transbaceiro. outros situados nas Casas Novas. Bragança – Os bens de Bragança rendiam 13$200 réis. Lagoa. além dos atrás indicados. Lagarelhos e no lugar de Vive (sic). O fundador da capela de S. Pode ajuizar-se do valor desses bens tendo em conta que na avaliação constante do manuscrito em referência computaram o rendimento em cinco por cento (média) do valor da propriedade. quarenta e quatro arráteis de marrã e 40$000 réis em dinheiro. 145$915 réis.400$000 réis. abade da mesma freguesia. O mesmo Diário diz que parte dos outros bens estão situados no concelho de Carrazeda de Ansiães. Isto deve entender-se como valor da propriedade e não como rendimento (1070). vêm as relações dos bens da Universidade de Coimbra que foram dos jesuítas. Só estes bens. Rendiam os bens da capela de S. No Diário do Governo de 26. Val Danta. com o rendimento de 7$230 réis. com o encargo de uma missa quoti(1070) Ver Diário do Governo de 4 de Março de 1850 e o nº 253. No de Vinhais. que agora fez Maria Lopes Veuva de João Garcia o Ligeiro». (1073) Ver tomo I. como não se fez discriminação dos bens próprios destes. Fólio pequeno em papel liso. Fólio 9 v. p. (1071) «Emprazamento em vidas» etc. representado pelo seu procurador Manuel da Nóbrega e Azevedo. o qual deu começo à demarcação a 4 de Dezembro desse ano. ouvidor da comarca de Bragança. hum cipreste. e alguns abrunheiros». dando-se para isso ao capelão 120 réis de esmola por cada missa e a cera e vinho que gastasse a missa solene no dia do santo.742 TOMO VII MANUSCRITOS diana por sua alma na referida capela. originou que fosse nomeado por alvará régio de 4 de Junho de 1674 o doutor Francisco de Abreu Godinho. e para o Norte quatro varas e parte pelo Sul com terra do mosteiro de S. «Está o ditto moinho no sitio assima ditto defronte das cazas. por cima do outro moinho que está logo junto da ponte». (1072) Este documento e os seguintes estão no Museu Regional de Bragança. Estas casas ficavam em frente da igreja de S. fólio 202. Estas terras dos Vales eram a esse tempo. no anno de mil seiscentos e quarenta e dous». – Outro moinho «na ribeira de fervença defronte da fonte da Pipa». Está entre ambos os caminhos das Eiras para o Porto de Baçal tem ao sul outenta. para servir de juiz do Tombo.. Expulsos estes. A petição do bispo da Guarda. encadernado em carneira. dous loureiros. Bento. 339. de 70 fólios paginados de frente e mais um escrito só no anverso. dos outros de que apenas eram administradores com encargos pios. mo Senhor D. destas Memórias. abade de Meixedo. – «Hua terra que está nos Valles que he quasi triangular que leva de semeadura tres alqueires de pão. Os bens são. Fólio 3 v. – Um moinho na ribeira de Fervença «alem da Ponte das Tinarias. que as herdara de seu pai Francisco Colmieiro de Morais. duas oliveiras. O mencionado abade deixou os jesuítas de Bragança encarregados da administração dos bens e fábrica da capela. possuídas por António Colmieiro de Morais. Martim Afonso de Melo Bispo da Guarda (1072).mo e Rev. Fólio 5 v. (1073). entre outros: – Umas casas na rua do Espírito Santo emprazadas a «Gregorio Roiz Boticario que foi pay dos Doutores Antonio Leitão Homem e Matheus Homem Leitão e estes as venderão ao P. Fólio 6. e oito varas. por sua morte. nunca mais se cumpriram as cláusulas instituídas pelo fundador relativas à missa quotidiana (1071). Vicente e no seu quintal havia «dous poços lavrados de cantaria. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e pello Norte com caminho do conselho e pello Nascente e Poente com os ditos caminhos».e Sebastiam Gonçalves Senteno. 1674. 155 – Traslado do Tombo do Benefício de São Vicente sito nesta Cidade de Bragança de que é Beneficiado o Il. partem pella banda debaixo com casas de Antonio Lopez torcedor».MANUSCRITOS 743 TOMO VII – Outras casas «na Rua de Ronços Valles.. Clara e então toma pelo caminho que vai (1074) À margem. Vicente». onze galinhas. em 1674. pertencia uma ao bispo de Miranda e a outra ao ducado de Bragança. Fólio 14. é a seguinte: «Começa o dito sitio na mesma igreja de S. 45. habitado ao presente pela família Miranda-Quintela... que agora se chama a rua da amargura». duzentos e oitenta e quatro alqueires de pão. Fólio 12 (1074).. em geral meados (trigo e centeio). Uma nota à margem diz que em 1744 possuía estas casas grandes da rua da Alfândega André M. – Outras casas na vila que partem «de hua parte com Manoel Roiz imaginario». – Outras casas na «rua dos Almeirezes cahirão e agora as meteo no assento da sua cortinha nas cazas novas. e partem pella banda de Sima com a Rua dos Almeirezes. A demarcação do terreno de que tinham esses dízimos. e tem duas cazas sobradadas hua sobre outra e hua logea. sitas na rua da Alfândega e as meteu numas «casas grandes» que aí tinha. isto é. – Umas casas que o doutor Domingos Carvalho trazia aforadas. – Umas casas «que estão na rua da villa. viuva do capitão José Ribeiro». Vicente» o dízimo da terça parte dos frutos dos sítios chamados Vale de Álvaro e Fonte Arcada. como por lapso saiu no tomo VI.. foram emprazados pelos anos de 1500 e rendiam 1$561 réis em dinheiro. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de Vinhais. pág. conjuntamente com os outros dois. que são as que chamão dos Balcoens. e diante da porta desta estão dous pedestaes de tijolo que tem mão no sobrado desima e se chamão os Balcoens».. diz uma nota: «Possue hoje 1744 estas cazas D. Vicente. vae pela rua da Corredoura thé á porta travessa das cazas de Antonio Colmieiro de Moraes e dahi the a Cerca das freiras de S. que fez António de Moraes Madureira que está ausente». destas Memórias. Xavier de Sá Moraes».el (não se percebe se é Manuel se Morais). Das outras duas terças. do capitão João Ferreira Sarmento. (1075) À margem há uma nota onde se lê: «Estas casas cahiram e estão hoje 1744 em quintal que possue. Esta casa deve ser o palacete da rua da Alfândega e não rua da Amargura. e pela banda debaixo com cazas de António Lopes. Estes bens pertencentes ao «Beneficio de S. Estas casas grandes eram pertença ao tempo da feitura do Tombo. pelo geral. Fólio 13 v. Fólio 13 (1075).. Izabel Maria. Pertencia mais ao «Beneficio de S.. – «Huas cazas que estão na villa na rua dos Almeirezes.. aonde chamão a fonte do Sizo por sima da fonte. aonde está hua Marra por sima do lameiro. Nogueira. de 98 fólios. Samil. faltando-lhe as restantes. A quinta das Carvas. e dahi vai partindo com o limite de Alfayam athe a encruzilhada do lombo do Carreiro. e dahi pelo caminho sempre the a ponte de fonte arcada e dahi vai caminho asima. Rabal. Paçó de Sortes. aonde se toma o Carreirão para a ponte de Valbom. e direitos do Beneficio de S. Baçal.744 TOMO VII MANUSCRITOS para Val dalvaro athe hu prado de Luiz Sanches de Castro. Há mais outro Tombo. e dahi torna a fechar na mesma igreja de S. Vale de Lamas. Vicente onde começou». era pertença ao tempo da factura do Tombo. e Alexandria. manuscrito encadernado. encadernado.mo Sr. Deste Tombo há ainda no Museu Regional de Bragança uma cópia em livro de fólio. de Aleixo da Nova da Rocha Sarmento Pimentel e fora emprazada a Faustina MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . subúrbios de Bragança. quinta das Carvas. em 1792. Tinha mais alguns prazos de que já se não achavam as propriedades sobre que incidiam os foros. Soeira.. Cabeça Boa. Rafael Pinto de Almeida. Vale de Rates – Este sítio começa «no simo de hum lameiro de Francisco Roiz Sarzedo onde está hûa Marra e da hi vai pelo fundo do rigeiro de Val de Pereiros onde está hûa Marra. Deste terreno tinha o «Beneficio de S. e dahi vai todo o caminho de carro athe a Cruz do Guieyro. de que he actual Beneficiado o Ill. de 73 págs. isto é. ainda hoje conhecida por este nome. Jorge torna a cortar pelo ribeiro que chamão Britelo a simo pelo meyo do prado de Roque de Seixas. indo para Carragoza the o simo das vinhas. que está no simo da costa. Bragança o primeiro de Setembro de 1792». dois ditos de serôdio e 748 réis em dinheiro. Sacoias. e dahi vira em direito a Villa nova pelo simo das vinhas athe o lagar de Phelipe Ribeiro e do lagar vai direito the a ermida de S.. Vicente» metade de todos os dízimos e a outra metade era dividida pelo bispo de Miranda e pelo ducado de Bragança.. e dahi vay partindo com o lemite de Gimonde dando volta por sima da lameira que está por sima da estrada. e da hi em direito a portaria da quinta da Rica fe que he dos Padres da Companhia. As propriedades que aponta compreendem os casais de Bragança. Meixedo. e dahi para o rio Sabor da outra banda. que tem no termo de abertura: «Hade servir este livro para nelle se copiarem os autos do Tombo dos bens. Lagoa e Soutelo. e campo redondo thé dar em hua preza de Roque de Seixas no rio fervença e dahi vem pelo rio fervença abaxo the a ponte das tinarias junto a cidode. Vicente desta cidade. montando estes a vinte alqueires de pão meado. a dahi vai a fechar com o lameiro de Francisco Roiz Sarzedo donde começou cortando pelo lombo abaxo entre Val de Biscaya e Val de rates». em 1685. Henrique] “e até para lhe dar as cartas e fallar. Diz depois que o tal Manuel Faleiro veio concertar e ler os pergaminhos. não compreendendo toda a quinta mas apenas parte dela (1076). Em carta datada de Évora aos 18 de Fevereiro de 1573 deu esse mestre-escola conta ao cabido da altura em que iam as coisas. cónego mestre-escola. asi de pousada como de mantimentos / a çebada val a 80 rs. porque sendo dado ao procurador da Coroa Real que Replicase Respondeo que não podia Replicar semque se exibisem certas escripturas Das quaes luys de azevedo fez mençaom na sentença en que nos pribou e que asi era necesario que hû manuel falleyro de Santarem (1077) que com certos artificios acrarou os pregaminhos do cabydo e os trelladou tornase a concertalos e a leelos perante o escribaom do feycto e do dicto procurador da coroa. / pello que se gasta muyto majs do que lla me parecia que se poderia gastar. tratar de assuntos judiciais que tinha nos tribunais superiores. (1077) Haverá algum parentesco entre este Faleiro e o geógrafo do mesmo apelido que acompanhou o circum-navegador Fernão de Magalhães? MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . destas Memórias. p. por dia. do que me espanto e as pousadas correm a cinquoenta rs. Porque é muito comprida. e não se acha por onde dou trigo a mula e hua Joeyra de palha 8 rs.MANUSCRITOS 745 TOMO VII da Rosa Pimentel. 222. vamos dela extractar alguns períodos dos mais interessantes: «Antes que fallase a suas Altezas [a el-rei e ao cardeal D. para se saber se estabaom fielmente trelladados. foy necessario ter quem me metesse na Piscina” procurey de levar sabido o estado em que estava o feyto de vale de frades [era principalmente para tratar da questão que o cabido trazia com os moradores de Vale de Frades que o mestre-escola fora à corte] do qual he procurador Manuel Alvrez não sabia majs senão que desde que fora o Doutor Sebastiam vaz nunqua majs nelle se fallara. ho cortilho do binho a 6° e a 7° o peor / o sauel a 36 a libra / e os lingados a 50 e todo outro pescado majs caro que lla. 156 – Em 1573 o cabido de Miranda mandou à corte o membro dessa corporação Afonso Luís. Falando no final da carta da carestia da vida. escreve: «Os gastos desta corte soom muyto grandes. / E jurou o procurador da coroa por non ser cançado que sen serem feyctas estas diligencias que não podia Replicar». por vinte e cinco alqueires de pão meado. 709 e 791. por falta de solicitador. 50. 684 a 686. sua ascendente. pois abrange cinco laudas de papel almaço. / E não somente he necessario ter muy contente a noso procurador para que falle nas audiencias e requeyra que seja llançado o procurador del Rey quanto (1076) Ver tomo VI. / Mas também me aconselha luys Gomes que contente e tape a boqua ao solicjtador dos feyctos del Rey. o de crastum e carneiro a quinze reis. villa franqua. diz. o de cabra. para que se calle nos outros 6e feyctos. estevão prestelo pessoa e o procurador Nicolau de Lobão se obrigarão os carniceiros a dar o arratel de vaca a dez reis. (1080) Acta da sessão da Câmara Municipal de Bragança desse dia. conforme estava declarado no contrato que com ela tinham (1081). (1081) Acta respectiva. / biduedo. falando da questão alimentícia: «Lisboa esta insofrivel de carestia o trigo ja se vay pondo a cruzado e a cevada a dos testois e a libra de carneyro tambem subiu a 28 rs. Em 1583 voltou este mesmo cónego Afonso Luís a Lisboa comissionado pelo cabido de Miranda tratar de idênticos assuntos. em que lhe dá conta do modo como corriam as coisas. juiz de fora na cidade e seu termo e os vereadores camararios Salvador mendes dantas. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . PREÇOS DOS GÉNEROS ALIMENTÍCIOS 157 – Na sessão da Câmara Municipal de Bragança de 19 de Maio de 1632. e mais dariam um touro muito bom para se cora dia do corpo de Deus e na vespora» (1080). / arufe. Na carta de 26 de Janeiro desse ano. por isso a câmara condena cada um dos três carniceiros na multa de 500 réis. e a vaqua a 18 / e hua sardinha val dos rs. ervedosa / por estarmos de posse / e para que so bal de prados cora por diante e os demajs fiquem em mortuorio» (1078).746 TOMO VII MANUSCRITOS não cumprir e Replicar en tempo. frieyra. S. (1079) O original conserva-se no mesmo museu. gostey. Pela acta da sessão da mesma câmara de 28 de Julho de 1635 se vê que as corridas de touros eram mais. figado e bofe a oito reis. pois nela se diz que os carniceiros tinham obrigação de «darem coatro touros muito bons para se corerem dia de san tiago ou coando esta camara mandasse elles os tres obrigados [carniceiros] derão coatro touros que se corerão vespera de sam tiago e tres deles não erão para se corerem por serem bois mansos que não aproveitarão para nada». e hum goraz hum testom e de pousada pago cada dia 4 reales» (1079). «estando presente o licenceado Diogo de morim e faria. (1078) Extracto da carta original existente no Museu Regional de Bragança. . apresentou as seguintes razões para não ser lançada tal contribuição: «Primeiramente – alegava ele – esta cidade e sua comarca paga todos os annos de siza a sua magestade perto de onze mil e tantos cruzados ou mais que he seu trebuto fixo e podemos dizer que perpetuo: o imposto por cabeção nos tempos do Snr.. tudo por não terem hum real que gastar. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .MANUSCRITOS 747 TOMO VII CONTRIBUIÇÕES – PREÇOS DOS GÉNEROS ALIMENTÍCIOS – DESPOVOAMENTO 158 – Na sessão da Câmara Municipal de Bragança de 27 de Fevereiro de 1636 apareceu o doutor Julião de Figueiredo... com ordem régia para proceder ao lançamento do real de água.... Rei dom Sebastião que Deus tem. e então pareceu hua soma excesiva com aver muita opulencia nesta comarca por serem os moradores della mais de vinte mil fogos e só nesta cidade aver mais de mil e seis centos vesinhos e valerem os mantimentos baratos e aver infinitos tratantes e depois por tempo ter esta cidade mais de cincoenta teares de veludo de todo o genero e otros meneios comque vinha dinheiro a terra e lhe não ficava o trebuto da siza tam pesado. que os lavradores só tem o recurso do vinho. mas. vesinhos. e por isso não dá para os gastos» (1082). provedor da comarca de Moncorvo. O licenciado Luís de Morais. a isto se junta a carestia do pão que nos presege desd o ano de seis centos e trinta e tres porque nesse anno lhegou a valer a quinhentos reis o alqueire e despois se pôz a tresentos e a duzentos réis o alqueire preços mui excesivos nesta terra e chegou a tanto estremo que os mais dos homens lavradores se sustentavão sem elle só com fazer grandes olas de nabos e castanhas e ervas de que naceu daremlhe doenças malignas causadas dos ruins mantimentos.. e a oitenta tem somente quinze e vinte por se terem os mais delles ausentes pera os reinos de Castela e andaluzia e otras partes opremidos com a carestia dos tempos e peso dos trebutos. a cem. (1082) Livro das actas da Câmara Municipal de Bragança. os vinhos nesta terra valem de ordinario mui baratos. procurador da câmara. E pelo contrario estar agora mui deminuida em moradores por não aver nella que passem de oito mil fogos e não ter esta cidade em si mais de seis centos e cincoenta vesinhos de modo que muitas aldeias della que ha menos de vinte annos tinham.... como de presente que o coartilho se vende a real e meio.. tel Joam Thome de Paiva [?] – Luiz Alverez de macedo – Alexandre de castro – João da silva dias – J..do – Ag.. Braz. Antonio de Sosa pim..to Ferr. JOÃO IV PELA CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGANÇA 159 – «Anno do nacimento de nosso senhor Jesus Christo de mil e seiscentos e corenta annos aos vinte e nove dias do mez de dezembro do dito anno nesta cidade de Bragança e na Camera della estando hi presentes o licenceado Diogo de morim e faria juiz de fora e pedro Borges da Costa e Manuel dagiar da fonsequa vreadores o licenceado Baltazar de Sequeira procurador oficiaes da Camara da dita cidade por El-Rei nosso senhor: mandarão fazer este auto em como era verdade que aos dezaseis dias deste presente anno tendo elles nova serta de como na cidade de Lisboa se tinha aclamado e levantado por Rey a El Rey Dom João que Deus guarde e como se lhe tinhão Restaurado estes Reynos.to coatro dias deste presente mes nos foi dada hua carta de El Rey nosso senhor assinada por sua mão Real a qual beijamos e puzemos na cabeça e llogo demos conta della aos cidadoens desta cidade e mais povo e aos comventos e novamente se alegrou toda esta cidade com novos vivas aclamando ao dito ssnhor por nosso Rey natural e pai e logo na mesma noite ouve muitas luminarias em todas as ganellas [sic] da cidade e torres com muitos repiques dos cinos e todos nos com mais povo aseitamos por nosso Rey natural e senhor a El Rei Dom João que Deus guarde muitos annos.nt m.o de S... João que Deus guarde continoando em todas as ruas publicas desta cidade com muito aplauzo de todo o povo sem aver pessoa que deixasse de manifestar o gosto que tinhão e na mesma noite se puzerão luminarias em todas as ganelas [sic] da cidade com nembos e bocas [?] e na mesma noite se fizerão tochas em que saiu.748 TOMO VII MANUSCRITOS ACTA DA ACLAMAÇÃO DE D.. Sarm.da Figr.es da Silva – J.. E para que a todo o tempo conste desta verdade mandarão fazer este auto que asinarão elles juiz e vreadores e procurador com os cidadoens abaixo asinados eu Francisco Gomes mora escrivão da Camara o escrevi.e Morais pr...do Sarmento – Melchior Borges Correa – Sebastião de fig. e onte que forão m..to – G.os – Francisco de Morais Sarmento – B.a – A. Gaspar.o Rib.os Melchior.a Pavão – MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de graças com toda a solenidade em que estava o senhor esposto ao povo e ouve sermão com muito aplauso e gosto dos moradores desta cidade e na dita procissão foi a Camara com o Estandarte Real no couse della.ar. Morim – Costa – Balthezar de Siqueira – Aguiar – Ambrosio de sousa pinto – Lazaro de Fig.a – D.do Sarmento – Balthazar dabreu – Francisco dalm..o fog. pero Nunes – Al.. Gast.a Sm. Logo no dito dia nos saimos desta camara com todo o povo junto dando vivas e aclamando por nosso Rey natural a El Rey D.. datada de 16 de Junho de 1664. o que não pode porquanto foi roubado do inimigo e se lhe queimou sua casa com quanto tinha nella e só vive com as esmollas dos fieis christãos e porque não tem cabedal para pagar a dita quantia p. Os cónegos perdoaram-lhe toda a dívida. que em declaração exarada no mesmo. vê-se que os prejuízos foram nas povoações de Veigas e Quintanilha e que os cónegos perdoaram-lhe na renda «quatro moedas» de 4$800 réis cada uma. (1086) Ibidem.ª avendo compaixão ao que allega em sua petição lhe perdoe a dita quantia pello amor de Deus. A carta em que el-rei participa à Câmara Municipal de Bragança a sua elevação ao trono e lhe manda que o aclamem por «Rei e senhor natural» é datada de Lisboa a 12 de Dezembro de 1640 (1084). esmolla» (1085). Diz José Antonio Saldanha. e mande ao padre cura de Rio Frio o não obrigue e R[eceberá]. afirma ser tudo verdade e que «foi roubado dos castelhanos avera 4 annos». (1083) No «Livro dos Acordos e Posturas da Câmara de Bragança» que começou a correr em 3 de Outubro de 1637. a V. S.as Sejão Servidos atender ao suplicante na quantia principal do seu arendamento. rezão porque Pe. em que o alqueire de centeio se vendia a 240 réis. Pelo despacho que vem noutro requerimento do mesmo teor. E. Francisco Nunes cura de Rio Frio o obriga por censuras a que pague o dito pam. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . (1084) Ibidem. e as dismarias de gados e mais pertencentes que lhe derão notavel porjuizo. 160 – GUERRAS DA ACLAMAÇÃO – «Diz Simão Pires morador na quinta da Refega annexa das Veigas. quantia não pequena para o tempo. 161 – GUERRA PENINSULAR – «Ill.MANUSCRITOS 749 TOMO VII João de Morais Leite – Alexandre Trigoso – João José de morais – At. S. Veigas e Quintanilha. ou sejam 19$200 réis. onde vem transcrito na íntegra. maço Para a história da Diocese. R. (1085) Documentos do Museu Regional de Bragança. que sendo elle apanhador cobrador dos foros que se pagão na ditta quinta ao Reverendo Cabbido ficou devendo dezenove alqueires (sendo vedor o Reverendo Conego Matheus Alvres) e o Pe. no lugar de Rio Frio e suas aneixas. a V. No despacho deste requerimento mandam os cónegos que informe o dito padre de Rio Frio. datado de 9 de Agosto de 1809 (o primeiro requerimento tem o despacho de 28 de Maio).mo Snr.o Doutel dalmeida» (1083). estão cosidos à folha 83 e seguintes este e os demais documentos que adiante se mencionam. que na entrada que nesta fizerão as tropas francezas lhe roubarão e bazarão vinte cargas de vinho que fazem oitenta almudes de vinho. desta cidade [de Bragança] e rendeiro de duas Provendas pertencentes á Meza Capitular. M» (1086). . não pautado. O senhor brigadeiro tem o duro pezar de não poder ampliar esta graça ao regimento 24.. se propõe pelo Natal dar licença a partidas de soldados do batalhão de caçadores 5 e do regimento 13 para poderem ir ver seus parentes e amigos. Começam em 30 de Março de 1812 e terminam em 1 de Janeiro de 1813. (1088) Ordens do dia atrás citadas. se vê obrigado a dar uma parte especial deste regimento ao marechal conde de Trancoso» (1088).os 13 e 24 e caçadores nº 5. esperando ver por fim lançado fora da Peninsula o inimigo da Europa. Declara que serão fuzilados os que forem apanhados. nunca se mostraram mais negligentes e deste modo offereceram o exemplo que deu motivo á desgraça que teve este regimento na ultima marcha em que perdeu três quartas partes da sua gente. porém sente infinitamente o confessar que.750 TOMO VII MANUSCRITOS AINDA A GUERRA PENINSULAR E INFANTARIA Nº 24 DE BRAGANÇA 162 – Na segunda «Ordem da brigada» do dia 6 de Agosto de 1812. porque na ocasião em que elles [oficiais e soldados] deviam ter posto em acção todo o esforço. comandante da brigada. O senhor brigadeiro comandante tem muitas vezes procurado por todos os meios chamar á consideração dos deveres os oficiaes do regimento 24. e depois de ter exaurido todos os esforços. Estas «Ordens do dia» formam um livro manuscrito. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . O brigadeiro não sente ver-se privado de taes homens. Há ainda outro livro. de cinco cadernos de papel branco. parece impossivel achar soldados tão faltos de sentimento.°. lê-se: «O senhor brigadeiro. in-4. mas é necessario que malvados deste genero sejam punidos» (1087). de pensar e de vergonha que larguem suas bandeiras. Na «Ordem do dia» de 10 de Dezembro de 1812 do quartel em Vila Real. Desta brigada faziam parte os regimentos de infantaria n. que seguramente fugiram como cobardes ao inimigo em um dia de batalha. tiradas algumas excepções. povos que foram sempre considerados como dos mais bravos de Portugal. nada tem conseguido. momento em que um peito leal a inflama do patriotismo. acampada entre o campo do Pinheiro de El-Rei e Segóvia. lê-se: «No momento em que o coração de todo o verdadeiro soldado que se deve exaltar com a ideia das vantagens que temos alcançado sobre o inimigo. de «Ordens do dia» que começa em 20 de Outubro de 1811 e vai até 29 de Maio de 1812. também manuscrito. (1087) Ordens do dia do Regimento e Brigada do comando de Bradford. e o que é ainda mais extraordinario é ver que esta infamia seja somente praticada pelos transmontanos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Na de 27 de Maio de 1813 no campo de Alcaniças ordena-se que «as mulheres não levem as muxilas aos soldados.cia não só prohibe que elles tenham licença. Ex. dada no acampamento de Burgos. nalgumas das quais ainda estaria a retaguarda das forças e noutras já teria retirado.cia o Marechal Beresford. pois as «Ordens do dia» é que foram datadas do quartel da brigada estabelecido nessas povoações no dia apontado. Deus Guarde a V. os moradores de Aveleda demandaram os de Baçal.a não dê licenças aos oficiaes do regimento nº 24. 163 – Aveleda e Baçal. 19. mandam-se armar «barracas para os oficiaes. Na de 16 de Outubro de 1812. 20. Outeiro. mas até lhes manda declarar que ficão inividos de terem promoção pela desordem com que o regimento se houve na retirada. Podence. S. por irem buscar lenha ao monte bravio da Campiça. datada do campo de Palhas. mas estas farão um armamento na cluna da rectaguarda e não se comunicarão com as barracas dos soldados. tudo no concelho de Bragança. Estiveram nos quartéis de Vila Real. limite do termo daquela povoação. Em 1858. Brigadeiro Bradford» (1089). e 27. Serapicos. São ainda curiosas as «Ordens dos dia» pelas espécies que fornecem relativos à vida íntima da milícia. Mirandela. Na de 20 de Setembro de 1811 recomenda-se aos comandantes que vigiem sobre a boa conduta das mulheres que acompanham os regimentos. Manda que as mulheres sigam juntas atrás das bagagens e sejam escoltadas por um sargento de cada corpo.mo Sr. Ex. S. itinerário que seguiu a brigada onde ia o regimento nº 24. porque S.a. 26 de Dezembro de 1812. soldados e mulheres que acompanhão o regimento. campo de Alcaniças. dia 26. onde se organizou um conselho de guerra e o brigadeiro passou revista a toda a brigada. Na de 9 de Julho de 1812. desde esse dia até 16 de Maio de 1813. conde de Trancoso. Ill. 22. Os de Baçal alega- (1089) Ibidem. Quartel do Calhariz.MANUSCRITOS 751 TOMO VII O seguinte ofício é ainda mais explícito: «S. determina que V. proíbe-se que os soldados conversem com os soldados inimigos quando forem à água. e a primeira que é encontrada de noute nas barracas dos soldados será logo rapada e posta fora do regimento por não obedecer a ordes [sic]». Argozelo. Dia 17 de Maio. pois que isto não é nada militar». Não é bem exacto que as tropas chegassem aos povoados nos dias indicados. onde chegaram a 7 de Dezembro de 1812. foi por ter a Junta e Regedor da parochia de Baçal allegado que tinham posse immemorial de apascentar seus gados em parte do termo de Rabal – que designavam. somente no poder Judicial pode ser discutido. entre os moradores de Baçal. para o lado direito até á marra de Santa Cruz. que aparece na sentença só com este apelido. que regulasse os mesmos pastos – responde. relator do processo. no terreno compreendido «desde o caminho de Santa Cruz. mas é somente desde o Prado do Olmo pela breia. contestando. alem doutras demarcações. Logar respectivo. O fundamento com que a Camara indeferiu a reclamação da Junta recorrente. é a rigorosa observancia das posses em que se acham as freguezias – e que não há postura antiga ou moderna que vá de encontro a qualquer posse devidamente constituida. quer sustentar o seu direito. António José Pereira Leite (este foi o que se alongou mais nos considerandos a favor dos de Baçal). até á Raia». Recurso interposto pela Junta de Parochia de Rabal. Corte Real. um requerimento em que. segundo ella. da deliberação da Camara Municipal de Bragança. vertentes á Campiça. se confirmou a dada em Bragança. que n’ella fossem encontrados a pastar. depois deste recurso estar em andamento. e da Breia de rio d’Onor. allegando novamente a posse em que está de levar seus gados ao terreno questionado. (Documento registado no livro nº 8 do «Registo maior da Câmara Municipal de Bragança». relativamente a pastagens. sustentando a sua primeira deliberação. P. e que a prática seguida. que apelaram para a Relação da Porto. A Junta de Parochia de Baçal apresentou neste Tribunal. Os de Aveleda. «Copia da acta da sessão da Conselho de Districto de 3 de Junho de 1859. fólios 41 a 47). e dahi até as fragas do Cabril. e Silva.º do Codigo de posturas municipaes fosse applicado aos gados de fora da parochia de Rabal. e designadamente aos de Baçal. e he termo mixto para uso de lenhas. em que pedia que o artigo 29. que. reconheceram que os de Baçal «tem tido posse de ir á lenha ao termo de Aveleda. 164 – Baçal-Rabal. e se havia alguma postura antiga. Ouvida a Camara sobre o recurso interposto. onde. até ao Cabouco de Vaal de Espinheiro. Foram juízes na Relação os doutores: Joaquim Pedro Judice Samosa. e sobre qual a prática seguida no Conselho com respeito a pastagens dos gados das diversas freguezias. ou moderna.752 TOMO VII MANUSCRITOS ram que tinham posse imemorial de lá irem buscar lenha. que indeferiu a pretenção de que fosse approvada uma proposta feita pela mesma Junta. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e da Aveleda». por sentença de 18 de Janeiro e 30 de Maio de 1860. Foi dada sentença pelo juiz de direito de Bragança contra os moradores de Aveleda. Bento Cardoso G. de maneira que se vai diluindo. e designadamente na que foi approvada por Decreto de 15 de Janeiro de 1855. mas com tinta mais ordinária do que a do original. Lima. como se acha já resolvido em consultas do Conselho d’Estado. CURTUMES EM BRAGANÇA (1090) 165 – «Dom Miguel por Graça de Deos Rei de Portugal e dos Algarves daquem e dalem mar em Africa Senhor de Guiné. lhe haviam novamente declarado que tinham posse antiquissima de pastorear seus gados. Está conforme. O 1. e considerando o Conselho de Districto que pela legislação moderna os gados de uma parochia não podem utilizar-se dos pastos de outra. Considerando porem. e da Conquista Navegação Commercio da Ethiopia. no presente documento não foi riscado. porque a posse allegada pela Junta e Regedor da Parochia de Baçal excede a competencia deste Tribunal pela disposição do artigo 284. que nelle não há demarcação. á questão sobre que se recorre. que foi mandado examinar o terreno questionado. tão somente á folha calva. ou dos proprios donos dos gados.MANUSCRITOS 753 TOMO VII O Administrador do Concelho. por outro lado. indica que todo elle é de individuos das duas povoações. etc.º do Codigo Administrativo. por emquanto. e que no acto da vistoria. nem campo algum concelhio. O que tudo sendo visto e examinado. Faço saber que Sebastião Mendonça da Cidade de Bragança Me representou que elle pertendia estabelecer nos seburbios da mesma Cidade. doutrina esta que se acha sanccionada em outra consulta do Conselho d’Estado. salvo se os terrenos em que a pastagem tiver logar forem concelhios. porém. approvada por Decreto de 8 de Setembro de 1853. que esta doutrina não pode ser applicada. dentro dos pontos indicados pelo Regedor e Junta de Paroquia em suas respostas. Bramão. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Por todas estas razões. e em muitos da Câmara Municipal de Bragança está realmente traçado.º official servindo de Secretario Geral – Paulo Candido Ferreira de Sousa e Castro». certamente porque o não viram. Miguel. sem que préviamente se julgue nos Tribunaes Judiciaes o fundamento da impugnação feita pela Junta e Regedor da Parochia de Baçal. Castilho e Mello. á excepção das margens do rio. que foi mandado riscar dos documentos públicos. Leão e Teijo. Arabia Persia e da India. o Conselho de Distrito accorda não tomar conhecimento do recurso da Junta de Parochia de Rabal. os moradores de Baçal. este documento é interessante por conservar intacto o nome do rei D. (1090) Além do mais. aclarando assim mais e mais o nome daquele rei à medida que o tempo passa. achando-se portanto nos termos de merecer a graça que implora.. «Primeiramente acharão que a Ponte chamada do Loreto que está no principio da cidade e a mais frequentada. ficou totalmente aruinada. com appellação e aggravo para o Dezembargador Juiz Conservador dos prevelegios do Commercio em todas as cauzas contenciosas.º Que a mesma Fabrica. Hei por bem conceder-lhe a graça pedida. 3. 4. e mais deligencias a que o mesmo procedeo. e todas as pessoas empregadas na laboração sejão exemptos de toda a jurdição civel e criminal. e tendo por seu Juiz privativo o Juiz de Fora da dita cidade. e de se declarar comprehendido na Real resolução de 25 de Maio de 1789. os seus Administradores.º Que o dito Criador possa colocar As minhas Reaes Armas no portico da mencionada Fabrica. e mais pessoal que nella se occupão gozarão d’apozentadoria passiva. e Me pedia fosse servido autorizallo para o dito fim..º Que o Senhorio da dita Fabrica.754 TOMO VII MANUSCRITOS perto do rio Fervença. TROVOADA PAVOROSA 166 – A 25 de Agosto de 1804 a Câmara Municipal de Bragança.. ao que tendo respeito. Lisboa a dois de Julho de 1830» (1091). restando somente no principio e fim della hua pequena parte que apenas pode ficar em pé quando haja de reedificar-se por ficar tremida e abalada.. que o cumprão e guardem como nelle se contem e declara sem duvida ou embaraço algum. que o supplicante tem muitos sufficientes meios para fazer prosperar o Estabelecimento a que se propoem. e constando-Me por informaçoens do Corregedor da dita Comarca. porque então neste caso cessará o Previlegio: Pelo que mando a todas as Justiças e mais pessoas a quem o conhecimento desta [pertencer].º Que lhe não poderão ser tomados nem embargados carros e cavalgaduras que se empregarem no serviço da sobre dita Fabrica. excepto quando tudo for preciso para o meu Real Serviço. monindo-o das competentes graças e exemçoens. em companhia do corregedor da comarca. (1091) Livro maior nº 7 da Câmara de Bragança.. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . huma Fabrica de Cortumes. bem como os Previlegios seguintes: 1. procedeu a uma vistoria sobre os estragos causados pela medonha trovoada que ao amanhecer do dia anterior caíra sobre a cidade. ficando emmediatamente sobordinados á Real Junta do Commercio. e demolida. El Rei Nosso Senhor a mandou. Caixeiros. 2. levando tudo. e dos residuos da mesma Ponte. e varias parreiras e ortaliças. deixando-lhe a mais esbulhada de fruto. deixando a outra cheia de pedras. Demolio inteiramente hua moenda de duas rodas com sua caza separada que hera de Domingos Fernandes moleiro. e falto de muita terra. Demolio hua preza. …………… lnnundou hua grande e estimavel propriedade de Antonio Venceslao Doutel em que havia meloaes e varias ortas de diversas pessoas. de Antonio Ferreira de Castro. e agoeira pertencente a dous moinhos de Gabriel José Ribeiro. Outra cortinha por baixo da dita Ponte que he pertença da Quinta de Santa Apolonia ficou bastantemente areada e destapada. não ficando mais indicios della do que huma pequena parte do cubo e de hua parede da dita caza. ………………………………………………………………… Rompeo outra preza e desbaratou a agoeira que dava servidão a tres moinhos dos herdeiros do Reverendo Caetano José Saraiva. havia levado toda a tapage da banda da Ribeira. e arvores de fruto que tinha em circumferencia.º Sename deixando-o privado de todos os seus compostos. levando de todo hua dellas e deixando a outra sem exercicio. e levou de todo um estimavel moinho de duas rodas que hera de Manuel Bernd. e com alguns materiaes da referida Ponte. assim como o muro que a tapava. e varias parreiras. e ainda em parte a preza. aruinando-lhe tambem a agoeira. e hua grande parte da terra. e de André Manoel Pires e hua casa de Tintoraria de (1092) As reticências indicam propriedades que omitimos por não se poderem identificar hoje. Rompeo outra preza que encaminhava a agoa a duas moendas de Francisco Antonio da Veiga. Extinguio hua Ponte de madeira. ficando o outro combatido. levando-lhe hua grande tapage e parte da terra. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . levando-lhe tambem hua boa orta que tinha da outra banda da ribeira para a qual se servia da dita Ponte que tinha feito por sua conta. e desbaratou em partes hua grande calçada que ha entre ella e a Ribeira bastantemente frequentada. e sem poder ter uzo algum. …………………………………………… Aruinou inteiramente e desipou hua grande e consideravel propriedade dos herdeiros de Francisco Ferz em que havia ortas e melões de muitas pessoas. que era consideravel.MANUSCRITOS 755 TOMO VII Acharão outrosim que em hua cortinha contigua á mesma Ponte que hé do Bacharel Francisco José Martins. levou hum dos ditos moinhos. deixando o terreno que era muito rendoso todo cheio de pedras. e em estado lastimoso e ate se intopirão duas fontes que sahião da dita propriedade. e de que se servia bem seguramente metade da cidade. Lançou por terra hum grande pedaço do muro da cerca que foi dos exJesuitas innundando-a fortemente. e excluida do fruto que tinha…………… (1092). e legumes e athe hua casa que de novo tinha feito o mesmo Thomaz Antonio. Levou toda a moenda do dito André Manoel Pires com hua boa orta e parreiras. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e toda não baixava. Levou esta caza. levou hum palheiro que estava junto a outra moenda de Antonio Ferreira de Castro. e com hua boa orta pertencente ás primeiras. parreiras. Fugio com duas moradas de cazas em que se achava emprazado João Allonso e o sargento Mor João Flores de Ordás.756 TOMO VII MANUSCRITOS cores que mandou edificar de novo João da Silva. de mil arrateis segundo o calcullo dos dous ultimos louvados que não forão os menos prejudicados. e hua excelente orta com varias parreiras. que tinha ao pé. abaixo mencionada. e o mesmo aconteceo em outras duas das Reli(1093) Ficaria o nome de Pona a estas hortas por terem sido do jurisconsulto Paiva e Pona. sem deixar resíduo algum. e os patamares quasi por terra. e muita quantidade de seda que se achava dentro. ………………………………………………………………………… Levou igualmente hua grande parte da parede das ortas chamadas do – Pona – que são de José da Silva carpinteiro (1093)…………………………… Demolio tres moradas de cazas por sima da Ponte (1094) ……………… sem lhe deixar outra cousa mais que as fronteiras de sima bem aruinadas e em termos de não poderem servir. e figueiras que estava contigua com toda a sua tapage. nem signaes de que ali houvesse taes propriedades. e levou a Ponte por baixo da cadea chamada das Tenarias. e parte de outra que havia reedificado o dito Sebastião Mendonça. deixando a moenda tremida e em parte aruinada sem poder servir. Desbaratou. deixando-lhe somente os dous arcos esbulhados. Abandonou duas excelentes ortas que herão de Sebastião Mendonça. de quem falamos no artigo respectivo? (1094) É a das Tenárias. e se achavão fronteiras de hua e outra banda da Ribeira. terra. tengida e por tingir pertencente a vários fabricantes e a que deixou ficou entulhada e estragada e nos termos de não poder servir. … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … … Extinguio igualmente duas moendas pertencentes aos herdeiros de Thomaz Antonio Leitão com suas respectivas azudas e agoeiras deixando bem poucos sinaes dellas. Extinguio hua moenda de Francisco Ferreira Sarmento Pimentel com a preza e agoeira que lhe dava servidão sem que ficasse nella materiaes alguns. levando-lhe toda a tapage. sem duvida. e bem combatidos e estragados. e Thomaz Antonio de Leão em que havião gasto bom cabedal. e a orta toda cheia de pedras. nas propriedades dos povos de Nogueira. Governador do Bispado. e Tuella abandonado alguns moinhos. e que os mesmos prejuizos acontecerão depois que as agoas da dita Ribeira sahirão do dito sitio de Palhares e entrarão nas quintas e mais propriedades que lhe ficão inferiores pertencentes tanto a esta cidade. Pasou a demolir outra moenda que ficou de Thereza Felizarda levando-a toda com sua preza. Continuou por ali abaixo arrasando e levando todas as hortas até ao pontão de Palhares. como aos lugares de Alfaião e outros athe entrarem no Rio Sabor. agoeiras e excelentes olgas em que exestião boas arvores de fruto muita latada. e agoeira e orta que tinha contigua sem deixar cousa algua dos seus materiaes. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . fólios 18 e segs. asim como hum grande numero de cargas de pão que se achavão nos ditos moinhos sem que a nada se podesse acudir ficando seus moradores em hua total decadencia» (1095). e em cujos continentes principia a Ribeira. Antonia de Moraes Antas com as suas assudes. «em que se formou a trovoada. bem como nas suas prezas.mo e EX. Iguais danos fez a enchente. havião hido todos os trastes e alfaias de que ellas se compunhão e outros interesses de consideração. Castanheira. Grandais e Fontes Barrosas. Formil. Danneficou bastantemente a outra Ponte chamada do Jorge. Gostei. antes de chegar à ponte do Loreto. NA QUARTA-FEIRA DE CINZA 167 – «Ill. E que igualmente hera voz constante que com os moinhos e cazas atras declaradas que a enchente levou nesta cidade e seus suburbios. Castro de Avelãs. roubandoa dos lados e ficando em pé o arco bem combatido.mo Snr. Pontes de madeira. – A meza da Veneravel Ordem terceira d’esta cidade tem sido solicitada para consentir que a figura da morte divague pelas ruas da cidade no dia de quarta feira de cinza.MANUSCRITOS 757 TOMO VII giosas de S. Pelas razões expostas na representação que a meza dirigio ao Ex. Constando igualmente com publicidade que na mesma noute havião os Rios Baceiro. Bento e de Francisco Xavier da Veiga das quaes nem ao menos deixou vestigios. (1095) Museu Regional de Bragança. e agoeiras. Registo maior 5 da Câmara de Bragança.………………………………………………… Dali passou a consumir hua moenda dos herdeiros de Francisco Xavier Dinne e outra de D.mo Snr. FIGURA SIMBÓLICA DA MORTE. e parte de outra ponte de pedra que estavão no termo do dito Povo de Castro de avelãs. EM BRAGANÇA. e quantidade de ortaliça». e propriedades dos moradores de outros lugares desta jurisdição alem de diferentes estragos que tinhão cauzado as agoas e trovoadas. levando hum pontão. No mesmo requerimento escreveu de sua própria letra o governador civil do distrito de Bragança o seguinte despacho: «Tendo-me informado o Snr. Administrador do concelho que em alguns annos posteriores á approvação dos estatutos da Veneravel Ordem Terceira se tem concedido a divagação pelas ruas da figura simbólica a que o requerimento se refere.758 TOMO VII MANUSCRITOS a meza é de parecer que não deve conseder-se que a figura da morte divague pelas ruas.º diz: “Expressamente prohibida a divagação pelas ruas da figura que na procissão de cinza costuma representar a morte devendo sahir e recolher com a procissão”. conforme a licença que já havia concedido baseada nas praticas anteriores. José António Pires. Mas como este assumpto está regulado na lei organica da Veneravel Ordem terceira a meza da mesma ordem não pode tomar sobre si a responsabilidade de transgredir os seus estatutos e por isso julga dever seu expôr a V. informa a V.cia como fiscal da lei resolva o que entender por melhor. João Manuel Pereira Horta.cia o conteudo dos mesmos estatutos para que V. Ex. Mas como é um grupo de individuos que insiste em pedir aquele vestuario parecendo que por esse motivo já se preparam temultos e desordens. Em vista d’isto não está nas atribuições da meza conceder-lhe o vestuario da morte.cia da situação em que se encontra e pede ou que V. Ex. a meza querendo tirar de sobre si a responsabilidade de quaesquer acontecimentos e da transgressão da lei. Assinam o requerimento: Bernardino José Pires. Ex. José Manuel dos Santos e José Maria da Cruz.cia conceda a licença que a meza não pode conceder para a divagação da morte. ficando em ambos os cazos a meza desobrigada de responsabilidades. e que a concessão tem sido feita em respeito aos uzos e costumes immemoriaes deste povo. Ex. ficando assim a meza requerente a salvo de qualquer responsabilidade. O artigo 36. Manuel António. Ex. 1 de Março de 1870».º dos referidos estatutos no § 4. e tendo a superior autoridade ecclesiastica concedido já a mesma licença para este anno. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . A autoridade ecclesiastica porem não attendeu a esta exposição e concedeu a licença requesitada. E sendo mais informado que differentes mezas da mesma Veneravel Ordem tem promovido essa licença da authoridade.cia dê as providencias para fazer cessar as assoadas ou que V. E é pelos fundamentos referidos que confirmo a licença. e não pelas suppostas assuadas que os requerentes receiam e que a authoridade em qualquer hipotese terá força de evitar. Manuel José Ferro. Bragança. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Ex. fez-se da figura da Morte uma figura carnavalesca. chantre da Sé e professor e vice-reitor do Seminário. concedo a licença pedida. que compõe a procissão de Cinza. Bragança. Pessanha» (1096). deve ser consagrada a cuidar da vida futura. e que pode abrir-se inesperadamente. natural do Azinhoso. dizendo que o governador civil concedeu licença para sair a «Morte». se isso depende da minha auctoridade. começada em quarta feira de Cinza. «Julgo da exclusiva attribuição da meza a concessão do vistuario da figura – a Morte – mas. tem lugar a figura Morte. provoca scenas de descomposta folia e não poucas vezes de desordem.MANUSCRITOS 759 TOMO VII Seja presente este despacho ao Snr. vem perante V. falecido em Bragança em 1911.cia R. Entre as figuras. Ainda junto aos mesmos documentos vem outro requerimento dirigido ao governador do bispado que diz: «A meza da veneravel Ordem Terceira. Com ella se pretende lembrar que a quadra da quaresma. et in pulverem reverteris. talves censuraveis. destinada a symbolizar o salutar avizo pulvis es. Junto ao mesmo documento vem outro requerimento da mesa da Venerável Ordem Terceira ao governador do bispado. Por um abuso e por uma condescendencia. não querendo por si só resolver uma questão que muito interessa ao respeito da Religião. Pode dizer-se que a figura da Morte tem feito de quarta feira de Cinza. que para todos é certa. Bragança. doutor em direito. do primeiro dia em que mais particularmente se celebram (1096) Era governador civil Carolino de Almeida Pessanha. Martins» (1097).ma como Governador d’este Bispado tomar conselho. 1 de Março de 1870. Administrador do Concelho para os fins convenientes. mas que ela não dá os hábitos sem permissão da autoridade eclesiástica e por isso lha pede. (1097) Era governador do bispado de Bragança Sebastião Luís Martins. O governador do bispado deu o seguinte despacho. O Governador Civil. nesta cidade. 1 de Março de 1870. natural de Mirandela e aí falecido em 1874. que. como sendo pessoa a quem principalmente incumbe o velar pelo decoro das coisas da Igreja. porque o sopro da vida é menos firme que a luz da alampada agitada pelo vento. longe de chamar as almas para ideias de piedade. E como os turbulentos podem atribuir a más intenções esta prohibição. com fatos da Morte. junto ao matadouro publico.ê Bragança. seu cara de . e sobretudo acha altamente offensivo ao respeito devido á Religião que se faça de quarta feira de Cinza um dia de carnaval. eu então corri sobre ele escapando-se-me para uma casa saindo logo por outra porta. E isto facilmente se avalia sabendo-se que os fatos daquela figura se allugavam a razão de 480 réis por hora. se for necessario.. Á meza da veneravel Ordem Terceira parece vergonhoso especular com as coisas da igreja. para que.. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Ex. e que o – pulvis es – que a Igreja manda memorar. Bragança... Ex. E.cia lhe confirme ou reprove esta deliberação. 1 de Março de 1870». e á religião. e mandando-me o cabo 10 que o prendesse dirigi-me a ele Marvão. e por essa ocasião disparei um tiro por o ter já intimado a dar-se á prizão e com o fim de o amendrontar. apoiada no exemplo d’alguns Governadores Civis que ultimamente prohibiram que pelas ruas divagasse a figura da morte. seja esquecido e offuscado por actos improprios de quem pensa na vida futura. Assinam este requerimento os mesmos atrás mencionados no dirigido ao governador civil e mais: Manuel António Martins. Martins.. Ex. Bruno Lobato e António José Diegues. possa responder aos que a calumniarem. e passados alguns momentos voltou a aparecer com as mesmas arruaças detendo-o então por essa occasião. onde estavamos de serviço para evitar a saida da Morte. O seguinte documento esclarece o assunto e mostra a perduração do costume: «Ex.760 TOMO VII MANUSCRITOS os misterios da Igreja. a meza deseja que V. 1 de Março de 1870.. fazendo-me figas com o braço e dizendo-me: olhe se se f. Governador». R.. a meza da veneravel Ordem Terceira é de parecer que esta prohibição se mantenha. M. Por isso. Comissario da Policia Civil – Levo ao conhecimento de V. á auctoridade administrativa para que providencie sobre a conservação da ordem publica.cia. firme com a respeitabilidade de V. o quarto dia do carnaval. que a mim não me prende.cia que hoje por 7 horas da manhã.mo Snr. e se commemora a paixão do Redemptor. recorrendo. O despacho da autoridade eclesiástica diz: «A meza deliberará como o julgar mais conveniente á Ordem. ali apareceu Manuel Augusto Marvão solteiro de 21 anos de idade. 15 de correspondência do governo civil. 6 de bens de mão-morta. em várias notas. em grande parte cheios de notícias de interesse máximo regional. 1 de capelas e vínculos de morgadios. além de 90 pergaminhos avulsos. Bento de Bragança e Santa Clara de Vinhais. em geral. 239 volumes do cartório administrativo (registo de testamentos).os 7 e 22 e cabo 10. 6 de habilitações de genere de cónegos. à agricultura – pecuária. 10 em pergaminho. 177. 629 e segs. e no tomo VI. Bragança. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 544. 1 de devassas (inquirições acerca do comportamento de clérigos e civis).MANUSCRITOS 761 TOMO VII Testemunhas: Manuel Barata e guardas civis n. 1 de documentos para a história da arte. 1 de breves de indulgências e altares privilegiados e 1 de demandas e sentenças judiciais. da Sucessão (1703-1714) e lutas liberais (1820-1847) há mais de mil documentos inéditos. 79 de habilitações de genere de ordinandos. 502. 468 do cartório notarial (testamentos. 193. Além destes. págs. à genealogia. 401. aos diversos ramos da ciência e letras. carbonífera. senão centenas. 51. cooperativismo sob a clássica e regional forma de montes de piedade. de documentos com notícias interessantíssimas. 1 de documentos para a história da diocese. 372 (os quatro códices aqui mencionados. 1 dito para a da nação. tocantes tanto à história do distrito como da nação. págs. tudo encadernado. desde meados do século XVIII). no tomo V. que é fácil encontrar. Cada um destes Maços encerra dezenas e dezenas. 334. maço Correspondência do Governo Civil.. 437. 1 de «Palestras e conferências eclesiásticas». 551. 562. estão agora em Lisboa na Biblioteca do Ministério da Guerra). 621 e 628. há agora no Museu Regional de Bragança [22] muitos outros manuscritos como sejam: 138 volumes em papel. do folclore. 15 maços de correspondência epistolar episcopal. ainda não exploradas. 107. 147. 557. da linguística. 369. 237. Pelos seis tomos destas Memórias ficam descritos muitos códices manuscritos referentes ao distrito de Bragança. de n. Muito interessantes também para a história da propriedade e influência das ordens religiosas e para a (1098) Museu Regional de Bragança. 546. 589. 6 de processos de habilitação de genere para freiras de Santa Clara e S. à administração pública. especialmente no tomo IV. 1 de frades e freiras. O guarda civil nº 20 – Antonio Sebastião» (1098). No respeitante às guerras da Aclamação (1640-1668).os 2686 a 2689. 465. 398. da etnografia. 23 de Fevereiro de 1914. indústria e comércio. 536. da arte. 345. 487. 216 volumes do cartório do governo civil. 21 de concursos paroquiais e provimento de freguesias. vinícola e sericícola – ao fomento e crédito rural. Contando-nos. como foi a descompostura dos tempos. 168 – ANO CALAMITOSO. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . demandas e justiças que tiveram a propósito dos mesmos termos. natural de Miranda do Douro. na occasião em que visitamos as parochias do territorio de Miranda neste nosso Bispado. como pão. nem pessoa alguma soube alcançar. arrancando arvores e levando pedras por partes que parece impossivel. arcebispo de Braga. No julho e agosto do mesmo anno fez frio tão d’uma maneira grande como no dezembro. capitão. residente em Izeda. Fr. Gaspar. do Conselho de Sua Magestade Fidelissima que Deus Guarde. Nosso Senhor. o ilustrado pároco de Vila Chã de Barciosa. reverendo Manuel Joaquim Cardoso. Prenderam-se muitos fidalgos e os irmãos infantes D. José e D. pensões. por mercê de Deus e da Santa Sé Apostolica Bispo de Bragança e Miranda. e ainda ao outro dia o passei com perigo evidente. azeite. o barbaro e intoleravel festejo com que as gentes das aldêas celebram em honra dos Santos da sua devoção e com que julgam dar culto a Deus no extravagante jogo das lutas com tanta evidencia que até quasi debaixo das nossas vistas em distancia (1099) Esta Notícia foi escrita por Bernardino Alves do Rego. Antonio e D. e desterrou-se o Nuncio. «No de 760 [1760] se viram coisas e experimentaram que a noticia dos velhos não chegou. vinho. e do original nos mandou esta cópia. A LUTA COMO MEIO PROPICIATÓRIO 169 – «D. tendo oito homens que governar a dita barca …… tormentas mui continuadas de sorte que todos os fenos e ervas se perderam e ficaram os lavradores sem elles. como adiante direi mais largamente…… todo o successo d’esta fatalidade» (1099). por cuja causa foi esterilissimo o dito anno acima de todos os fructos. porque apontam as demarcações dos termos da maior parte delas. José Maria de Sant’Anna e Noronha. mostrando em todos elles bons principios e logo a seguir-se a pouca colheita. seda e mais legumes. foros e privilégios que gozavam. que muito agradecemos.762 TOMO VII MANUSCRITOS história das povoações. a segada se fez chovendo e a colheita da mesma forma com tanta perda que em algumas terras nasceu o pão nos mornaes e em outras nas…… [eiras?] de estar já em disposição de limpar…… dito pão. Choveu em maio e junho do dito anno com tanta abundancia que chegaram os rios a crescer fóra da mãe e tanto que o Douro. que a encontrou nos livros do cartório paroquial. foi-me preciso esperar eu uma noite até que baixasse pelo muito crescido que ia. querendo-o eu passar na barca de Miranda. Aos habitantes do territorio de Miranda Paz e benção em Jesus Christo. etc. religião e crime. Habitantes das terras de Miranda salvae a Nação da nota de barbaridade. Não será possivel. que intoleravel mistura Deus e Belial. a religião da afronta que padece. Horrorisaes (?) os paes de familia a ver os vossos filhos expostos á morte ou á ruina por um delirio desventurado. que confusão para catholicos ver reproduzidos os antigos gladiadores do Paganismo entre povos meridionaes. oponde-vos com firmeza aos impetuosos desejos da mocidade indiscreta e não auxilieis um tão abominavel costume. usando do meio suave da palavra não pouparemos outros mais fortes se este não bastar. a caridade e justiça do desprezo publico que soffre a voz do desgosto que nos opprime e a El-Rei Nosso Senhor da dôr que ferirá o seu religioso coração se chegar ao seu real throno a triste noticia de que no meio dos seus vassallos grassam impuneMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . empregae as vossas forcas na cultura dos campos que vos sustentam e não priveis os vossos paes do apoio e auxilio que esperam de vós na sua cansada velhice. Pastores encarregados dos rebanhos de Jesus Christo. julgamos conveniente levantar a nossa voz pastoral contra estes gestos de gentilismo e reprehender um costume vergonhoso entre catholicos como escandaloso a todas as nações civilisadas. onde Jesus Christo é adorado com respeito.MANUSCRITOS 763 TOMO VII de meia legua se exerceu no dia 18 de setembro com bastante magua nossa. amados filhos. Descobre-se nestas lutas um verdadeiro duello disfarçado com o especioso titulo de festejo. Mancebos robustos. onde as sementes da impiedade não teem fructificado com progressos e aonde a falsa philosophia do seculo não tem superado os sentimentos da religião nem destruido o magestoso edificio da Egreja Catholica. Cumpre porem declarar-vos que Nós dirigindo-vos agora a voz de Pae que ternamente ama os seus filhos e a de Pastor que deseja encaminhar as suas ovelhas pelas veredas da verdade. que a religião o crimina. Governanças dos lugares. Que incoherencia pretender dar culto a Deus e offende-lo na mesma criminosa acção em que se pretende honra-lo. finalmente o nome de christãos de que vos honraes é incompativel com a barbaridade que exerceis. que a humanidade o reprehende. afiar-vos (sic) por mais tempo um costume que vós mesmos não podeis deixar de reconhecer criminoso. em que os mancebos ostentando de forças e buscando a victoria sobre os seus contrarios com infracção manifesta das Leis os deixam estirados sobre a terra mortos ou os inhabilitam para continuar o manejo do trabalho que lhes sustenta a vida. exortae-os com eficacia a que suspendam a carreira errada que os conduz ao precipicio. que o sangue humano derramado por irmãos em pulsos de vangloria e ostentação desafia os castigos do Céu. Não será preciso dizer-vos que elle é barbaro e oposto á caridade. que cegueira entregarem-se os homens voluntariamente á morte ou a um damno irreparavel para festejar Santos em cujos corações como discipulos d’um Deus de paz reinou a mansidão e a caridade. fé e suprestição. º de 31 págs. auctorizem ou assistam a ellas. A todos rogamos pelas entranhas misericordiosas de J. vos infflame com a sua caridade e vos arme com a sua fortaleza para resistirdes ás tentações e conservae-vos fieis na verdadeira religião que seguis. mas que certamente poremos em pratica para com os desobedientes pertinazes e teimosos. (Ordena a leitura da Pastoral e a explicar os effeitos das penas retro e registá-la).ª e a casa do fundador do convento de S. 1929. fólio 92 v. filho de António Bento Martins e de D. Coimbra. O E. Teresa Alves da Conceição. Separata de O Instituto de Coimbra. lente da Universidade de Coimbra. A confirmação completa das deficiências biográficas a que aludimos na pág. prohibimos por nossa auctoridade ordinario debaixo de pena de excommunhão a nós reservada aos leigos que continuarem estas lutas de ferocidade. fazendo a maior violencia ao nosso coração. Christo que nos não obriguem ao uso d’estas armas espirituaes que communicamos. 294 – Escreveu mais: Subsídios para a História Religiosa do distrito de Bragança – A ordem 3. 711. da vossa docilidade. que ternamente vos ama. e os ecclesiasticos debaixo da pena de suspensão dos seus officios e exercicios de suas ordens. Ao bom amigo padre Manuel Joaquim Cardoso agradecemos a cópia deste documento. que se não poupa a fidalguia (?) e trabalho por amor de vós. MARTINS (Padre Firmino Augusto). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . vos banhe com as luzes. povos mirandenses.dos Parochos. que até tem obrigação de derramar por vós a sua vida e o seu sangue. vindo acompanhado do arcebispo de Braga e do doutor Francisco Miranda da Costa Lobo. que tantas vezes temos invocado sobre as vossas almas na administração do santo Sacramento da Confirmação. bispo de Bragança – Nasceu a 5 de Maio de 1881 na freguesia de Arcos. concelho de Miranda do Douro. Acodi. Nós como vigia dos costumes. defensor da moral santa e depositario da doutrina do Evangelho.764 TOMO VII MANUSCRITOS | MARTINS | MARTINS JÚNIOR mente os costumes que o seu animo pio e santo detesta e abomina. pág. que auxiliem. MARTINS JÚNIOR (D. – Fr. António Bento). Fez a sua entrada solene em Bragança a 11 de Outubro de 1928. Francisco de Vinhais. encontrámo-la agora. Bispo de Bragança e Miranda» (1100). concelho de Vila do Conde. que veio com o unico fim de vos chamar dos caminhos do erro. José Maria. A recepção que teve foi imponente. da vossa obediencia. estes combates de horror e estes jogos de brutalidade. 8. e seja a emenda d’este tão detestavel exercicio uma prova da vossa gratidão. Dada em visita no lugar de Genizio aos 21 de Setembro de 1825. Santo... Todos os jornais católicos trataram do (1100) Capítulos de Visita da freguesia de Picote. Ordenamos aos Rev. ás vozes do vosso Pastor que se acha no meio de vós. corte da América Portuguesa. abade de Duas Igrejas. de concreto para a biografia do novo prelado. em O Saboreano. MATOS BOTELHO (Manuel de). a 9 de Setembro de 1897. MATOS (Francisco Manuel Fernandes de) – Professor primário. Resultado? Mil adjectivos campanudos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . É preciso porém atender a que a psicologia religiosa do minhoto diverge muito da trasmontana. médico municipal do mesmo concelho. E nesta pobreza nos ficamos. de que era director. MASSA (Francisco Augusto Fernandes) – Doutor em medicina pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Fez o curso liceal em Lamego e o da especialidade no Porto. Colaborou em O Leste Trasmontano. apesar das exigências excessivas no serviço e das incessantes determinações que impõe. a que já deu início – e tudo leva a crer que sim –. terminando-o em 1906. filho do doutor António Fernandes Afonso. que outros bispos. de que nada se apura de positivo. Nasceu em Freixo de Espada à Cinta a 4 de Novembro de 1882. e mais uma de proposições. chegando mesmo alguns deles a mandarem representantes a Bragança para fazerem a reportagem da recepção. 8. É cedo para falar da sua acção prelatícia. largas tiradas de retórica laudatória. de que era redactor. 299 – No Museu Regional de Bragança há um livro intitulado Relação Sumária dos fúnebres obséquios. Se D. Maria da Conceição Fernandes de Matos Pimentel.º de 70 págs. António Bento chegar a realizar a obra do nosso Seminário. Nasceu na freguesia de Rio de Onor. pág. viram clara a alma do povo desta região. Porto. 1906. fica incontestavelmente ante a história como o maior bispo desta diocese. que a iniciativa da construção do Seminário Diocesano de Bragança o nimba de superior grandiosidade e que o princípio da summa lex. que se fizeram na cidade da Baía. às memórias do reverendíssimo Senhor doutor Manuel de Matos Botelho. summa injuria não fugiu de todo da diocese. por falta de tempo. hereditariedade e sugestão – Dissertação inaugural apresentada à Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Tem exercido por várias vezes o cargo de presidente da câmara municipal da sua terra e colaborou em A Pátria sob o pseudónimo de Justus. e em O Trás-os-Montes. Escreveu: Educação.MARTINS JÚNIOR | MASSA | MATOS | MATOS BOTELHO 765 TOMO VII nosso biografado. de que era editor. em O Gaiato. filho de José Fernandes de Matos e de D. seus comprovincianos. concelho de Bragança (mas foi baptizado nesta cidade). um pouco talvez em briga com a possibilidade material de as observar. julgada a princípio de aparência torva. Maria da Encarnação Massa. e de D. Parece bom homem. etc. cónego doutoral da Santa Sé da Baía. concelho de Macedo de Cavaleiros. Metropolitano dos Estados do Brasil.. este é um deles. que se recitou nas sumptuosas exéquias. desembargador da Relação Eclesiástica e protonotário de S. cónego magistral da Santa Sé da Baía. porque os sugeitos que nascem para a eternidade.. e não lembramos o anno. e provedor actual da Santa Casa da Misericórdia. repetidas em versos portugueses e latinos. Quanto a dados biográficos positivos do homenageado abade. a 16 de Abril de 1894. e Reverendíssimo Senhor D. 8. e oração. desembargador da Relação Eclesiástica. Angola e S. dedicada. auxiliado. José Botelho de Matos. vigário-geral e governador do bispado de Miranda. apenas se diz que nasceu em Lisboa «aos dezasete de Janeiro. se limitou a arquitectar adjectivação bombástica e lugares comuns. juiz das dispensações. do conselho de Sua Majestade. Dizemos o dia. Lisboa. cavaleiro da ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. protonotário apostólico de Sua Santidade..º de 26 (inumeradas)+123 págs. em harmonia com o Título I do Decreto de 8 de Setembro de 1859. Se há livros sem título e títulos sem livro. que teve real merecimento. Santidade: com uma colecção de várias poesias. sem noção do que valem os dados cronológicos e notícias positivas e concretas. que enojam!. não tem annos de vida. que celebrou na Igreja da Misericórdia o muito reverendo doutor António Gonçalves Pereira. filho de José Manuel de Sá MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . secretário-geral do distrito de Bragança. e oferecida ao Excelentíssimo. ampliado ou modificado pelas subsequentes disposições legislativas e regulamentares. Nasceu em Grijó de Vale Benfeito. por seu autor o Doutor João Borges de Barros. Tomé. só tem dia de nascimento». num afã de louvaminhar o arcebispo da Baía. Escreveu quando estava nesta cidade: O Código Administrativo interpretado. 1745. E ainda hoje há disto. infelizmente! A tirada retórica. E fica a literatura privada de informações biográficas acerca deste abade. Em todas estas cento e quarenta e nove páginas apenas se encontram banalidades.. arcebispo da Baía. MELO (Augusto Ernesto de Castilho e) – Doutor em matemática pela Universidade de Coimbra..766 TOMO VII MATOS BOTELHO | MELO | MIRANDA provisor. porque um parvo. irmão do abade de Duas Igrejas. Que miséria de concepção!. a adjectivação campanuda e sonora e mais nada. e que o arcebispo estava a celebrar de pontifical na Sé dia 29 de Junho de 1744 quando recebeu a notícia da morte do irmão abade. cônsul de Portugal em Fall River (Estados Unidos da América do Norte) e sócio-correspondente da The National Geographic Society in Washington. o discurso balofo. MIRANDA (Carlos Alberto de Sá) – Doutor em medicina pela Universidade de Lisboa. prior de Santa Maria de Bragança. dão para uma larga monografia.MIRANDA | MIRANDA DO DOURO | MISERICÓRDIA | MOGADOURO 767 TOMO VII Miranda e de D. MISERICÓRDIA – Ver artigo Rocha (António José da). p. neto paterno de Carlos António Tomás de Aquino de Miranda e de D. parente de outro do mesmo nome. Noutra de 28 de Fevereiro de 1644 diz el-rei ao mesmo cabido «que se leve do Porto a peça de artelharia. pág. Tornou-se notável durante as lutas liberais como revolucionário Cartista contra os Setembristas de 1836. referentes às lutas liberais no nosso distrito. MIRANDA DO DOURO – Em carta régia de 20 de Maio de 1644. Ana Inês Pereira. junto à sua casa de habitação. o célebre Sampaio da Revolução de Setembro. págs. O cônsul Carlos Alberto de Sá Miranda fundou em Fall River uma escola de ensino da língua portuguesa. tenente-coronel do batalhão de voluntários da mesma cidade. MIRANDA (Manuel Inácio Romarim de) – Recebedor do concelho de Bragança. como convem». pág. 234. aquele. e empedir ao inimigo as entradas e dano que faz nessa fronteira» (1102). mandou edificar em 1841. Maria Joana de Sá Miranda. na qual daremos a biografia de Romarim de Miranda. destas Memórias. 790. sobrinho. que aly está emquanto se não poderem remediar. dirigida ao cabido de Miranda. do célebre abade de Medrões. 721). nascido no Mogadouro a 28 de Abril de 1782 e aí falecido a 20 de Abril de 1853. o que lhe valeu uma guerra implacável de António Rodrigues Sampaio. MOGADOURO – António Vitorino de Morais Machado (tomo VI. irmão de Inocêncio António de Miranda. Inocêncio António de Miranda (1101). E em carta de 21 de Maio de 1661. maço Correspondência Episcopal especial. (1103) Ibidem. datada do Porto e dirigida ao mencionado cabido por Domingos Antunes Portugal. abade de Medrões (ambos com biografia neste livro. então governador civil substituto do distrito de Bragança. Leopoldina de Sá Pinheiro e bisneto de José Manuel de Miranda e de D. (1101) Ver tomo VI. diz el-rei que tem «dado as ordens necessarias para que se enviem logo a essa praça as duas peças de artelharia polvora e munições que pedis e se levantem as companhias que dizeis são necessarias para defensa della. diz-lhe este que mande buscar duas peças de bronze que ali lhe deixou o tenente-general de artilharia para lhe serem remetidas (1103). 313 e 319). (1102) Museu Regional de Bragança. A grande cópia de documentos inéditos que temos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . também concelho de Bragança. Pedro Paulo Figueiredo da Cunha Melo. pág. Em Carrazedo. Tem a data de 13 de Junho de 1846 (1104). (1106) Portugal Antigo e Moderno. O governo constitucional. Freixo de Espada à Cinta. que fornecia pão para sementar aos moradores de Alimonde. indo algumas muito mais adiante). que manda «permanecer o altar na capella onde ainda se encontra». e passaram à direcção das juntas de paróquia (1105). Carrazedo. na ânsia iconoclasta de tudo reformar. O doutor Bernardo Teixeira de Morais Leite Velho (ver pág. fundado por um abade desta freguesia. por ali se achar «com indecencia sugeito ás intemperies. Refóios e Zoio (1106). arcebispo de Braga. de onde resultou a última portaria sobre a famosa intrigalhada. 721) publicou uma folha avulsa. ao fundador da mesma capela um altar e imagem de Santo António. pág. concelho de Bragança. Sebastião e acabaram pelos anos de 1854. mas. havia outro nas mesmas condições. José Luís Gomes da Silva. Estes admiráveis estabelecimentos de caridade cristã. foram extintos estes montepios. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . como muitos costumavam ser. No distrito de Bragança havia montepios em Algoso. MONTE DE PIEDADE – Em Frieira. maço Correspondência especial do Governo Civil. Ver neste «Suplemento» o artigo Nogueira (Francisco). bem mereciam que os nossos economistas e quantos se dedicam ao fomento agrário as tomassem por base de novo restauro. deixaram de ser administrados pelos párocos.768 TOMO VII MOGADOURO | MONTE DE PIEDADE uma capela dedicada a Santo António. Izeda. 263) chefiava os conventófilos e o doutor Francisco Casimiro de Morais Carvalho Machado (ver tomo VI. impressa no Porto em 1846. Castelãos. mediante o juro de um celamim por alqueire. e até 1846 baixaram seis portarias da rainha D. acabou com (1104) Ao nosso valioso cooperador doutor Casimiro Henrique de Morais Machado agradecemos os informes para este artigo. em razão de deverem a sua existência a um padre. 770. isto é. Fermentãos. Por despacho de 30 de Maio de 1842 concedeu D. Chacim. verdadeiras instituições de crédito agrícola. existente no extinto convento de S. havia um montepio que tinha em Dezembro de 1864 o capital de cinquenta e cinco alqueires de serôdio. fazendo ninho os passarinhos nelle». onde mostrava a má-fé das queixas enviadas à soberana. para serem fornecidos aos lavradores na sementeira. dirigida ao administrador do concelho. (1105) Museu Regional de Bragança. Maria mandando alternadamente conservar na capela ou repor no convento o altar. A política explorou largamente com o caso. certamente prometedor em vista da sua tradição nos meios populares por mais de três séculos (começaram no tempo de el-rei D. Bagueixe. nesta data. Francisco. Talhas e Vimioso. artigo «Carrazedo». É médico militar em África. 330 – Escreveu mais: As duas paixões de Sabino Arruda – Romance. onde terminou o curso em 1923.º de 358 págs. porque a solução da questão agrária. concelho de Carrazeda de Ansiães. Jorge D. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . MORAIS CARVALHO (Cristiano Augusto de) – Doutor em medicina pela Universidade do Porto. jamais chega. pág. MONTEIRO FILIPE (Gonçalo) – Doutor em medicina pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto. 1909. 1929. confrarias e misericórdias. o republicano vai na mesma e a agricultura definha a olhos vistos. Maria da Luz Monteiro Filipe. Porto. e uma de erratas. mas ainda hoje esperamos por ela. mas foi baptizado na freguesia da Cardanha. resolvida anteriormente pelos «Montes de piedade». 8. Escreveu a tese de doutoramento que ficou de enviar-nos. 8. e é filho de Francisco da Veiga Filipe e de D. filho do doutor Guilhermino Augusto de Morais e de D. MORGADIOS – Vínculos de morgadios no concelho de Bragança e seus administradores em 1862. Antónia Borges Rebelo de Ataíde e Vasconcelos Suçães Francisco de Sousa Rebelo Pavão » Manuel Pinto Vaz Guedes Bacelar Rio de Moinhos Francisco de Figueiredo Sarmento Bragança João Ferreira Sarmento » Francisco Cândido de Castro Castanheira de Monforte de Rio Livre 3 110$400 (1107) Museu Regional de Bragança.º de 78 págs. Zulmira Amélia Rodrigues de Morais Carvalho. maço Correspondência do Governo Civil. onde terminou o curso em 1909. Escreveu: Unidade patogénica da disenteria [tese de doutoramento]. Nasceu na freguesia de Castanheiro do Norte. MONTEIRO (Abílio Adriano de Campos). concelho de Moncorvo. Porto. Nasceu em Vila Flor a 19 de Dezembro de 1895. com indicação do valor dos bens: Administradores Residência Valor dos bens na matriz predial 8 446$000 6 431$520 2 444$300 8 874$460 17 486$700 7 130$080 2 338$400 (1107) Visconde da Paradinha Paradinha Viscondessa de Ervedosa S.MONTEIRO | MONTEIRO FILIPE | MORAIS CARVALHO | MORGADIOS 769 TOMO VII eles e não os substituiu. natural de Izeda. guardado no mesmo maço. Tip. maço Correspondência Especial do Governo Civil. 8. 365 – Escreveu mais: As bases essenciais da política regional. 1925. Um folheto com o pseudónimo de N. pág.. MORTE – Ver pág. O OLIVEIRA (Artur Águedo de). 757. Noutro documento. NEVES (José Maria Teixeira). tenente-coronel médico. do autor. Coimbra. N NAVARRO (António José Antunes). bem como todas as outras publicações. onde vem transcrita a cláusula acima. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Torna-se digna de menção honrosa a memória deste benemérito pelo bom uso que soube fazer da sua fortuna. Branco.º de 52 págs. Malagrida (poema heróico em oito cantos). pág. Trata de questões políticas de carácter pessoal. Bragança. Ver mapa junto. 1930. pág. 8. O jardim de Nossa Senhora ou O mês das flores. Colaboração em A Voz. e donzelas da mesma freguezia ou outras obras pias para que meus testamenteiros os aplicarem» (1108). 350 – Foi condecorado em 1929 com o grau de comendador da Ordem Militar de Cristo. 357 – Tem em preparação já muito adiantada: Horas do meu desterro. numa carta do ano de 1862. NEVES (Luís Gonzaga de Morais Teixeira). Académica. diz-se que este Monte Pio (é assim como lhe chamam oficialmente) já havia mais de cem anos em 1862 que fora instituído. concelho de Bragança. com uma estampa colorida da Virgem. 356 – Escreveu mais: O segredo dos Jesuítas. Versos. (1108) Museu Regional de Bragança. Manuscrito. NOGUEIRA (Francisco) – Presbítero.º de 61 págs. pág. Uma das cláusulas do seu testamento diz: «Deixo 800$000 reis para que sejam postos a juros na confraria das almas da minha freguezia na matriz de Izeda para com seus rendimentos se cazarem moços pobres.770 TOMO VII MORGADO | MORTE | NAVARRO | NEVES | NOGUEIRA | OLIVEIRA MORGADO (Doutor Francisco José Martins). falecido no Brasil. Dr. D.º D. Horácio António Lopes Cardoso. casado com D. Dr.º D. da Justiça e Obras Públicas. 49. Carlota Joaquina Antunes Navarro Lopes Cardoso. p. casada com Manuel Mendes Pereira. António José Lopes Antunes. António Emílio de Sá Vargas – Sem descendência. 3. Júlio de Castro Pereira. casada com Abílio de Lobão Soeiro. D. casado com D. Alexandre . D. Amélia de Freitas Cruz. Fortunata – viscondessa de Francos. Georgina Lopes Cardoso. Cândida . D. casado. Eduardo de Campos Henriques. Francisco António Lopes Cardoso. Júlio Lopes Cardoso. José Marcelino de Sá Vargas.º D. Dr. deputado da Nação. D. D. Dr. D. Antónia Margarida Antunes Navarro . Júlio da Fonseca Teles de Castro e Sola. casado com D. Dr. casada com Joaquim Lopes Cardoso. Josefina Lopes Navarro. casada com o comendador José António de Castro Pereira. 243. Dr. deputado da Nação. com uma porta à frente. casado com D. Hermínia Pereira Martins. etc. Angelina Antunes Navarro – Sem descendência. Augusto Lopes Antunes. e na segunda as armas dos Navarros: em campo azul dois lobos de oiro possantes e orla vermelha com oito aspas deste metal. Engenheiro Artur de Campos Henriques. (*) Ver tomo VI. magistrado do Ministério Público – Sem descendência. juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça. António Augusto Lopes Pereira. casado com D. Alice de Castro Pereira Faro. Adelaide de Sousa Bastos. casada com o dr.º visconde de Francos.º visconde de Lagoaça. D. condessa de Castro e Sola. delegado do Procurador-Geral da República. Conceição Valado. Raquel Lopes Navarro. Gabriela de Castro Pereira. D. Adelaide de Campos Henriques. Maria Eduarda .º visconde e 1. casada com o tenente-coronel Augusto Vergueiro. magistrado do Ministério Público. Maria Alexandrina. Helena Antunes Navarro. Dr. pág. casada com o 2. filha do 3. Cândida Ferreira. Adelaide de Castro Pereira. Amélia de Aguilar. e dr. Adriano Lopes Antunes. Artur Albero Camacho Lopes Cardoso.º conde de Lagoaça). 2. Conselheiro Amadeu da Fonseca de Castro Pereira e Sola. casada com Manuel Dias Mendes Pereira. Antónia Antunes Navarro. António. 2. Maria Augusta Pereira de Castro. Maria Angélica de Sá Osório. Emídio Navarro. destas Memórias). casada com João António Lopes Cardoso. Maria Georgina da Cunha Camacho. 4. José Joaquim Lopes Cardoso. Beatriz de Castro Pereira Pontes. 2. 2. Conselheiro Artur Alberto de Campos Henriques. Álvaro Eurico Lopes Cardoso. Amélia de Castro Pereira Pais. José António de Campos Henriques. D. Emília. Maria Helena da Fonseca de Castro Lopes. casado com D. juiz de direito. delegado em Lisboa. Elisa – Viscondessa de Foz Côa. juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça. Jorge Lopes Cardoso – Sem descendência. Carlota Joaquina Antunes Navarro. Maria Júlia Lopes Cardoso. Lopes Cardoso. Maria Adelaide Lopes Cardoso. J. director-geral do S. casada com o Dr. José Silvério de Campos Henriques. Pimentel Martins. José de Castro Pereira e Sola – 3. D. casada com o conde de Castro e Sola. juiz do Supremo Tribunal de Justiça e par do Reino.º visconde de Foz Côa. Teresa Antunes Navarro. na monarquia. magistrado do Ministério Público. Alfredo Augusto Dias de Castro Pereira. deputado em várias legislaturas. Dr. Albino de Oliveira. Álvaro Lopes Navarro. D. Ver tomo VI. Dr. Carlos Salgado de Andrade. casada com o dr. José Silvério de Campos Henriques Salgado de Andrade. Maria da Luz de Campos Henriques. presidente de ministério. casado com D. Artur Alberto de Castro P. T.Navarro (António José Antunes) (*) 1. filho de Daniel Dias de Castro Pereira. Maria da Conceição de Castro e Sola.º António José Antunes Navarro (1. Dr. Júlio César de Castro Pereira. Engenheiro Luís de Castro e Sola. 705. moço fidalgo da Casa Real. ministro da Justiça. casado com D. Lucinda de Oliveira. D. Maria Isabel de Sousa Rego. casada com o Dr. José Antunes Navarro casado com D. D. casado com D. casado com D. casada com António José de Castro Pereira. Maria Clara de Castro e Sola. Antónia Margarida de Castro Pereira – Sem descendência. destas Memórias. Acácio António Lopes Cardoso. casada com Francisco Lopes Navarro. Luísa Lopes Navarro Manuel José Antunes Navarro . Adelaide de Castro Pereira – juiz de direito. Júlio de Castro Pereira. Maria Roquete. casada com o dr. folhas 45 v.º conde de Lagoaça – Sem descendência. João António Lopes Cardoso. Dr. D.º conde de Castro e Sola. Augusto de Castro Pereira – Sem descendência. capitão-mor de Lagoaça. Maria Georgina da Cunha Lopes Cardoso. Brasão de Armas – Cartório da Nobreza . D. D.º visconde de Francos. Artur Alberto Camacho Lopes Cardoso. António José Lopes Navarro – Par do Reino. José António de Castro Pereira Lopes Cardoso. Horácio António Lopes Cardoso – Sem descendência. tudo do mesmo metal. casada com o dr. oficial do Ministério da Justiça. Maria Georgina Adelaide de Castro Pereira Lopes Cardoso. D. professor e antigo deputado. magistrado do Ministério Público. Amália Pereira da Silva – Sem descendência. ajudante do Procurador-Geral da Coroa. Alfredo de Oliveira. Alfredo Lopes Navarro. filha dos condes da Trindade. D. Josefa Antunes Navarro. D. Dr. Carlos de Castro Pereira. Fortunata de Sá Vargas Morgado. Dr. Luís Lopes Navarro. D. casada com o dr. Maria das Dores de Castro Pereira. casada com o Dr. casado com D. casada com o engenheiro Flávio Pais. Francisco Rodrigues. Adelina . casado com D. juiz de fora e corregedor – Sem descendência. Augusto de Castro Pereira Valado Navarro – Publicista. Acácio António Lopes Cardoso. D. Arminda. casado com D. casada com Fernando Soares Mendes. filha dos condes de Castro e Sola. D. Dr. 6. Francisco de Castro Pereira Lopes. Dr. D. Elisa – Viscondessa do Cilho. casada com o conselheiro José António de Campos Henriques e em segundas núpcias com A. tenente-coronel de Estado Maior. de Almeida Navarro. destas Memórias). Diogo Albino de Sá Vargas (ver tomo VI. Alberto de Castro Pereira Valado Navarro – 3º Visconde da Trindade. Dr. casado com D. João António Lopes Cardoso. D. Dr. Dr. D. D. Dr. Artur Alberto Camacho Lopes Cardoso. Partido em pala: na primeira as armas dos Antunes: em campo vermelho uma cidade de prata murada em roda. Dr. D. Dr. casada com o capitão-mor de milícias António Augusto Lopes Cardoso Pereira da Silva. Acácio Artur Lopes Cardoso. Diogo Albino de Sá Vargas. casada com o 2. Amália. D. Augusto César Dias de Castro Pereira. ministro do Reino. casado com D. D. Fortunata de Sá Vargas Vergueiro.º visconde de Foz Côa. Francisco Morgado. Álvaro de Castro Pereira. Dr. Júlia de Castro Pereira e Sola. Inácia de Castro Pereira. D. D. Guilhermina Silva. D. D. Júlio Lopes Cardoso. José Silvério de Campos Henriques. casado com D. Maria Júlia Lopes Antunes. pág. Alice Bouisson Nogueira. D. juiz de direito. casada com o dr. Dr. D. D. . Inácia Antunes Navarro. casada com o dr. D. D. Maria Inácia de Castro Pereira Lopes Cardoso. casado com D. Adelaide . José Miranda de Vasconcelos. Dr. Livro IX. 5. D. casado com D. Augusto Lopes Cardoso Pereira da Silva. Horácio António Lopes Cardoso. casada com o Dr. D. Antero Lopes Navarro . D. Júlio Horácio Camacho Lopes Cardoso. Helena de Castro Pereira Arês. António José Antunes Navarro. 2. Dr.º barão do Valado. Dr. Dr. Maria do Céu de Sá Osório Lopes Pereira Rodrigues. Júlio de Castro e Sola. destas Memórias.º Manuel José Antunes Navarro. Dr.º Francisco José Antunes Navarro. Maria Vaz – Secretário-Geral. D. João António Lopes Cardoso. ministro de Estado honorário. fidalgo cavaleiro (ver tomo VI. Ermelinda. pág. Maria Teresa Lopes Cardoso. oficial da Marinha de Guerra. D. Alberto de Almeida Navarro. António Júlio de Castro Pereira – Sem descendência. 243. Eduardo Lopes Pereira. Rodolfo Lopes Navarro. António de Castro Pereira e Sola. casado com D. OLIVEIRA | PEDRAS DE ARMAS 771 TOMO VII OLIVEIRA (Manuel Paulino de). por. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . P PEDRAS DE ARMAS – No volume VI.º quartel. dispersos à formiga pelos pedregulhos e arquivos. e aprovadas na sessão da Comissão Executiva de 10 de Outubro de 1878. 742. págs. Sem querer desculpar os nossos olhos.º de 55 págs. subúrbios (1109) Informações de Francisco Manuel de Matos. professor de Santa Comba da Vilariça. ARUFE – Concelho de Bragança. agora aditamos algumas. primacial fonte da asneira. há uma banda saindo das bocas de duas cabeças de serpes. Porto. destas Memórias apresentámos o desenho das pedras de armas do distrito de Bragança. ARCAS – Escudo nº 14. que demos em branco. Armas dos Vilhegas. 1878. como lá apontámos. fundada por António de Sá Morais (nº 1 da pág. concluir-se que esta casa é a de Domingos Teixeira de Andrade (nº 3 da pág. dificultam ou impossibilitam mesmo a leitura.º da pág. Armas dos Andrades. A capela de S. No 2. devendo. 16) está agora faceando com o frontispício do palacete brasonado do visconde das Arcas. na da direita. que as condições de visualidade no momento da observação. No 2. 695). coisa aliás bem sabida dos epigrafistas.. com a orla dos castelos. Caetano. que escaparam e corrigimos outras que saíram erradas. Armas dos Sanches de Castela? dos Sanches de Portugal. mais 3 inumeradas e uma estampa ilustrada. pág. 8. devido à maior ou menor intensidade de luz. talvez igual ao nº 24. desdobrável. 17). e muito menos a nossa estupidez. BENLHEVAI – Concelho de Vila Flor. 368 – Escreveu mais: Instruções práticas para as Comissões de Vigilância e para os viticultores. de Afonso Sanches. – Escudo nº 15. as quinas do reino. pág.. filho de el-rei D. No fecho do arco cruzeiro da igreja matriz de Benlhevai há um escudo dividido em pala: na da esquerda. pois pertencia à mesma família. 737 e seguintes. lembramos apenas. Há um escudo que ainda não pudemos ver. facilitam.º quartel a orla da cruz é formada por caldeiras. 742. pois. Francisco Pessanha Pereira do Lago (2. uma barra xadrezada com uma flor-de-lis de cada lado. Dinis? (1109) BRAGANÇA – Na parede junto à porta de entrada da casa de habitação da propriedade conhecida pelo nome de «Quinta do Branquinho».. pág. e não estrelas. °. por compra. Deve emendar-se o texto pela seguinte forma: Está em Castelãos. e na inferior uma árvore com duas flores-de-lis entre os ramos e uma de cada lado do tronco. Está posto de ilharga e o xadrez do 2. no 4. – Numa campa funerária da igreja há um escudo posto de ilharga dividido em pala. 377. no 6. as dos Sás e assim os contrários. Sacramento. há um escudo em madeira.. morador em Cova de Lua. Filipe Neri há um escudo dividido em pala. A da direita é dividida em facha. tendo na da esquerda as armas dos Freires e na da direita as dos Britos. na mesma igreja. a Ana Catarina de Morais (família dos Diogos). e no 2. que por sua vez a compraram a António Maria Álvares Martins (pág. a Francisco Manuel Sapage. iluminado.°.º quartel. Armas dos Morales? CASTELÃOS – Nº 46.º quartéis é de sete peças em facha e sete em pala. governador civil de Bragança em 1906. tendo na da esquerda as armas dos Juzartes. 757. cinco flores-de-lis de oiro postas em santor. no frontispício do palacete do visconde da Paradinha de Outeiro.772 TOMO VII PEDRAS DE ARMAS de Bragança. no 5. ao cimo da escada interior de uma casa pertencente ao morgado dos Cortiços e hoje. no 2. Ver pág. tendo no 1. É esquartelado: no 1. em campo vermelho.°. mas sem os castelos. concelho de Macedo de Cavaleiros.°. no 3. irmã do visconde da Paradinha de Outeiro. as dos Sás e assim os contrários. filho de José Caetano Saraiva Caldeira e de D. FREIXO DE ESPADA À CINTA – Nº 62. tendo na superior um leão com orla de seis animalejos. Ernestina Taborda.°. Por cima do altar-mor da capela do SS. pág.º e 4. no 2. mas o actual possuidor apeou-a e fez dela uma masseira para os porcos!. 294). iluminado. acima mencionado. Encaixado na parede da mesma capela há outro escudo esquartelado: no 1.°. viúva de Tomás de Aquino Lousada. três troncos de árvore postos em pala. conde de Almendra. – Pintado em madeira. Antónia Amélia de Miranda. em campo vermelho uma cruz de oiro. – Numa pedra da parede do convento de S.º e 3.°.°. há numa lápide de granito gravado um escudo esquartelado. por compra. Os emblemas são folhas de figueira e não as tais figuras lanceoladas que lá apontámos.º e 4. que também por compra a possuíra. 752. as armas dos Sotomaiores.º quartel. agora pertencente. hoje de José Caetano Saraiva Caldeira de Miranda. António José de Miranda. as quinas do reino com orla. Encimando a portada da mesma casa havia o mesmo escudo em cantaria. do Parâmio. as armas dos Machados. pág. xadrezado.º quartéis uma árvore.°. ao parecer cabras. há um escudo dividido em seis quartéis: o 1. Nem precisa comentários! MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . as armas dos Morais. agora no jardim de D. as armas dos Mesquitas. Há outro idêntico numa pedra que veio da casa antiga.. no 2. a / da Cunha molher / que foi do ld. oef / . MONCORVO – Em pedra solta. há gravado um escudo dividido em pala..º cinco vieiras em oiro postas em santor. Marce.. de Álvaro Pires de MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .°. vendo-se à esquerda as armas dos Cunhas e à direita cinco estrelas de oito raios postas em aspa. – Escudo nº 88. as dos Vieiras. Na referida igreja matriz do Mogadouro há. É esquartelado e não dividido em seis quartéis.°.. há um escudo dividido em pala: na da direita seis arruelas em duas palas (armas dos Castros.. no 3. em campo verde. encostada à parede do Asilo em Moncorvo. Logo por baixo do escudo há um epitáfio que diz: S.PEDRAS DE ARMAS 773 TOMO VII MIRANDA DO DOURO – Na casa do falecido Paulo de Sousa. subúrbios de Moncorvo. pelo suposto crime de regicídio.º Jm.. na fachada da casa do morgado Oliveira». gravado em madeira.º quartel as armas dos Ordazes (?).. No quartel em branco há uma cruz como a dos Teixeiras. no 2. uma banda. o que realmente está no Mogadouro. no 3. em campo de oiro. tendo à esquerda as armas dos Pegados e à direita as dos Oliveiras. no 2. pintado no tecto ao cimo da escada. MIRANDELA – Na casa de um antigo morgado de S. está todo errado. apesar de picadas por ordem do marquês de Pombal. é um escudo dividido em pala.°. Miguel há um escudo dividido em pala: na da esquerda tem uma cruz como a dos Teixeiras e na da direita seis crescentes de lua.º. com as armas dos Távoras – cinco fachas ondadas sem o golfinho – que. pertencente ao doutor António Guerra. – Junto a uma fonte na Quinta de Mendel. mesma página.º sendo / ele juiz de fora nes / ta villa a 25 de / . pág. as dos Teixeiras. iro. dizemos que há outro idêntico «no Mogadouro. existente em Macedo de Cavaleiros. No 1. postos em duas palas. Parecem as armas dos Pessoas com a orla das estrelas. as dos Mesquitas e no 4. falando do escudo nº 71. uma grande picareta ladeada por três crescentes e três estrelas.º / da Fonseca Boic / a qual falc. Francisco. 760. No fecho das nervuras da mesma capela há outro escudo dos Távoras em iguais condições de visualidade e ainda outro no fecho do arco da capela-mor do convento de S. – Escudo nº 89. – Na pág. assim como algumas letras das respectivas inscrições. iluminado. 767. gosto de 1635.. gravada numa campa.°. . à entrada da casa Oliveira Pegado.·. como ali se lê. Por baixo o seguinte letreiro: S.a de D. mas estes emblemas não estão metidos em escudo. há um escudo esquartelado: no 1. as armas dos Sobrinhos. MOGADOURO – No pavimento da capela-mor da igreja matriz do Mogadouro há duas campas de granito brasonadas.. de Belchior Sob / rinho cavalr / fidalgo e de sua / m. uma águia com uma anilha e uma estrela de sete bicos em azul e no 4. ainda se percebem. É confusão ou estupidez.º quartel. ZEDES – Escudo nº 162. pág. que não descrevemos por nada se perceber.°. Na casa que foi do conde de Sampaio.a de Lis / erco de / Magua / lhais / e: s: m: – tudo muito imperceptível. por compra. tendo: no 1. da Universidade do Porto. quatro estrelas de quatro raios e no 4. em vez de leões devem ser pássaros (aves). (1113) Registo maior nº 7 da Câmara de Bragança. a da direita dividida em facha.°. portanto. PINTO (António Miguel). com um escudo esquartelado. abade aposentado desta freguesia. que numa sala da casa da residência paroquial há um escudo dividido em pala com as armas dos Figueiredos e dos Sarmentos.°. pág. uma cruz. O escudo nº 134 está todo errado. (1112) Museu Regional de Bragança. (1111) Ao bom amigo tenente João José Vaz de Morais de Abreu e Sarmento agradecemos as valiosas informações que nos deu para este artigo. as dos Costas.°. VILA FLOR – Escudo nº 131 pág. em vez das garatujas que lá estão (1111). É o dos Sampaios. No 2. PINTO (Zeferino José). (1110) Informações do doutor Joaquim Rodrigues dos Santos Júnior. Disse-nos o nosso amigo Augusto César Vila Verde. No 2. pág. ao doutor Francisco Guerra. na da esquerda as armas dos Lemos. um castelo com três torres. hoje pertencente. assassinou dia 3 de Maio de 1863 seu sogro João Evangelista Pinto (1112). Ao lado há outra campa também brasonada. cinco cadernas de crescentes em vez de cinco vieiras que lá apontámos. de trinta anos de idade.774 TOMO VII PEDRAS DE ARMAS | PINTO Castro. Por baixo tem um letreiro que parece dizer: S.º quartel. 779.°. no 2. um crescente com as pontas voltadas à direita. sargento de cavalaria nº 6. idêntico ao nº 133. mas sem a bordadura semeada de S S. 787. o Velho) e na da esquerda um leão com bordadura semeada de flores-de-lis (armas dos Borges) (1110). e o mesmo no nº 132 em vez das armas dos Almeidas que lá figuram. – Há outro escudo numa casa em Vila Flor dividido em pala. há outro escudo igual a este.º quartel. as armas dos Mesquitas e no 4. VINHAS – Concelho de Macedo de Cavaleiros. maço Correspondência especial do Governo Civil. em branco. no 3. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 414 – Urbano José Rodrigues. Ainda na capela-mor da igreja matriz de Vila Flor há uma campa brasonada. 417 – Foi nomeado médico do partido municipal de Bragança por despacho de 18 de Fevereiro de 1850 (1113). nem o próprio epitáfio. no 3. tendo na parte superior as armas dos Pintos (?) e na inferior as dos Cardosos.º quartel. de Sonim. fólio 108. competência económica. rico proprietário e de notáveis iniciativas. Ver pág. Francisca Pires. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . também freira no da Mofreita. concelho de Vinhais. recolhida no convento da Mofreita. nascido em Bragança a 18 de Dezembro de 1856 e aqui falecido a 21 de Abril de 1908. PONTES E FONTES. a qual fôra levada no anno de mil oito centos e quatro por hua grande tempestade acontecida (1114) Ver Monumento à memória de D. Justina de Jesus dos Prazeres – Natural de Bragança. Era filha de João Manuel Teixeira (no assento de óbito. de quem houve Manuel do Nascimento Teixeira. Justina dos Prazeres). LORETO (ponte do) – Pela provisão régia de 29 de Novembro de 1814 foi «estabelecida a imposição de um real em cada arratel de carne e em cada quartilho de vinho atabernado [que se vendesse] na cidade e seu termo por tempo de dous annos» para construção da ponte do Loreto «sobre o rio fervença que corre junto aos muros da mesma cidade. venderam em 1656 aos cónegos da Sé umas casas sitas na mesma cidade (1115). que casou com Joana Catarina Pinto. pelo mesmo motivo). senso administrativo e fino espírito conciliador. onde faleceu com fama de santidade (1114). maço Correspondência especial do Governo Civil. onde faleceu com setenta e cinco anos de idade a 16 de Março de 1890. Justina de Jesus dos Prazeres tornou-se notável pela virtude. deram-lhe o nome de Manuel Pires) e de Ana Maria Pires (só Ana Maria no assento de óbito. nascida em Bragança a 28 de Setembro de 1853. CARÇÃO – Em Edital (1116) impresso. António Luís da Veiga Cabral e Câmara. 552. 169 e 173. bispo de Bragança. maço Bens do cabido de Miranda do Douro. anuncia-se que a 2 de Fevereiro seguinte se há-de arrematar a construção de uma ponte sobre o rio Maçãs. PIRES (Manuel) – Pintor. freira no Recolhimento de Fornos de Ledra. João Manuel Teixeira era natural de Vilarandelo e casou em segundas núpcias com Joana Rosa Fernandes. na clausura D. em frente de Carção.PIRES | PONTES E FONTES 775 TOMO VII PIRES (D. p. assinado pelo presidente da câmara de Vimioso e datado de 1 de Janeiro de 1853. (1115) Museu Regional de Bragança. que casou com D. moradores em Miranda do Douro. Era irmã de D. e de D. por equívoco. (1116) Museu Regional de Bragança. Marcelina Pires. Guilhermina Maria Teixeira. e foram pais de Francisco Inácio Teixeira. merecendo por isso ser eleita duas vezes abadessa do Recolhimento da Mofreita. de Bragança. que também aparece com o nome de Joana do Espírito Santo. cargo que não voltaria a exercer sem esses predicados. e sua mulher Ana Pires. D. p. e tomo III. Como esta água não chegava. Passa nesta ponte a primeira canalização de água que veio do termo para Bragança. MOINHO DOS PADRES – A 13 de Junho de 1743 despachou favoravelmente a Câmara Municipal de Bragança a petição dos jesuítas do colégio da mesma cidade. Bento. inaugurada a 22 de Dezembro de 1921. levava-os a guerrear os contrários sempre que davam um passo em favor da terra. onde agora estão as escolas primárias e o hospital da Misericórdia. sítio chamado Vale Chorido.776 TOMO VII PONTES E FONTES naquelle rio». Foi também o engenheiro francês Lucien Guerche quem dirigiu as obras. em vez de congregarem esforços para o bem-comum ou emolarem-se para mais e melhor conseguirem. 203. no largo de S. Em 1816 foi prorrogada a cobrança do mesmo imposto por mais dois anos e por mais outros dois em 1819 (1117).. contra as obras projectadas pela Câmara Municipal de Bragança e a vandálica destruição dos materiais para a praça-mercado na cerca do extinto convento de Santa Clara. tomo I. fólios 35. realizada pelo poviléu por esse tempo. e 133. (1117) Registo maior nº 6 da Câmara de Bragança. 84 v. Não foi sem protesto do partido político contrário que alguns destes melhoramentos se fizeram. que projectavam construir um pontão sobre o rio Sabor. 346. Entre estes protestos é célebre o resultante do comício celebrado a 16 de Junho de 1882. fez-se outra mais importante canalização de águas captadas no termo da aldeia de Sabariz. não fossem avantajar-se-lhes ante as urnas eleitorais.. (1118) Memórias Arqueológicas…. Estas vieram da vertente poente do cabeço de S. que se iniciaram em Agosto de 1926 e concluíram em Março de 1928 com a chegada da água e sua distribuição pelas casas dos cidadãos. distante seis quilómetros. Este mesmo engenheiro dirigira anos antes as obras da iluminação da cidade a luz eléctrica. facultadas ao público em doze marcos fontenários colocados nas ruas públicas. sítio contíguo à cidade. Desgraçada gente!. sendo a 19 de Novembro de 1879 que teve lugar a inauguração solene da conclusão dos trabalhos e da utilização da água pelo público. Bartolomeu. Foi director das obras o engenheiro francês Henrique Pollét (1118). Desgraçada concepção política!! E ainda não acabou de todo a semente de tão daninhos escalrachos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e do Loreto ou Beatas. O facciosismo e a acanhada noção que os caciques eleiçoeiros tinham do próprio prestígio. As águas de Sabariz são distribuídas pelas casas dos particulares mediante certa quantia paga por metro cúbico de água e as da primeira canalização em 1879 são gratuitas. Era esta água das Beatas ou do Loreto que séculos antes os jesuítas projectaram trazer para a cidade. p. para o administrador do concelho. destas Memórias. concelho de Mirandela (1124). 201). que se vendesse no açougue. fólio 74. tomo III. PEDRA (ibidem). no seu interior. ABREIRO (1119) Registo maior nº 6 da Câmara de Bragança. Ver tomo IV. Vale de Prados. PENACOL (Ponte do) – Em ofício da Câmara de Bragança. VALE DE TELHAS (Ponte de) – A 6 de Abril de 1737 mandou el-rei que a câmara de Bragança concorresse por meio de finta lançada aos munícipes para a «obra da ponte de Vale Telhas». Gostei e Castanheira escusados de contribuir para a ponte de Valbão. Já falámos nos tomos publicados das pontes de: (ver tomo IV. fólio 122 v. por não serem a tal obrigados segundo os privilégios de seus forais (1122). fólio 92. 351). se diz: «Tendo esta municipalidade mandado concertar a ponte do Penacol que se achava em grande estado de ruina» pede para que ordene ao regedor de Faílde que mande apenar carreiros para condução dos materiais (1120). 194. pág. Frieira. para reedificar a ponte de Valbão sobre o Sabor. e que o dito pontão hera de muita utilidade ao bem publico» (1119). e o moinho ainda é conhecido por «Moinho dos Padres». FERRARIAS (ibidem. destas Memórias. maço Correspondência do Governo Civil. pág. de 1 de Agosto de 1856. Parece que a construção desta ponte se iniciou pelos anos de 1492 (1123). que a Câmara de Bragança queria construir. fólio 327 v. GRALHÓS (ibidem). p. (1121) Livro do Registo da Câmara de Bragança. e em cada quartilho de vinho que se vendesse atabernado na cidade e termo. 351 destas Memórias).PONTES E FONTES 777 TOMO VII junto a um moinho que lá tinham. (1122) Registo maior nº 2 da Câmara de Bragança. pág. p. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . MIRANDELA (ibidem). 351). Por sentença de 9 de Março de 1507 foram o mosteiro de Castro de Avelãs e os concelhos de Vila Franca. pág. Ervedosa. (1120) Museu Regional de Bragança. tomo IV. (1124) Registo maior nº 2 da Câmara de Bragança. que estava em lamentável estado e para reparar as estradas dos lados e calçadas da cidade. 168). O lanço menor para a ponte e seus três arcos foi de três contos de réis (1121). IZEDA (ibidem. CARVAS (ibidem. «para passagem dos seus gados. João VI a Câmara Municipal de Bragança a cobrar durante quatro anos um real em cada arrátel de carne. Ainda existe a ponte solidamente construída. (1123) Ver tomo III. pág. VALBÃO (Ponte de) – Pela provisão de 14 de Novembro de 1825 autorizou el-rei D. MARZAGÃO (tomo IV. 203 e 351. . As duas amazonas ou o assalto de Marselha.º de 94 págs. in-8. Apelo dos Seminaristas de Bragança ao Clero e Católicos desta Diocese em favor da sua Liga de Propaganda da Boa Imprensa e Estatutos da mesma. 1875. mas não sabemos ao certo. Porto.778 TOMO VII PONTES E FONTES | PUBLICAÇÕES ANÓNIMAS (ibidem. Tip. Anais agrícolas do distrito de Bragança.º de 13 págs. 190. 5. 1878. Porto. que o acusava de abusar da sua autoridade para oprimir a Assembleia Brigantina. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . faltando-lhe as restantes. Porto. Ano escolar de 1916-1917. folhas avulsas ou suplementares ou adicionais de publicações periódicas: A Assembleia Brigantina e o Sr. No Porto. tomo III. Anuário do Liceu Nacional de Bragança. Adriano Rodrigues. tomo IV. 8. traduzido do francês por uma senhora brigantina. Manuscritos antigos. de Bragança. 8. 281). encommendo-vos que logo ordeneis comque se gaste isto nas cousas necessarias» (1125). fólio 107. 351). Deve andar por duzentas páginas. pág. O Governador Civil de Bragança e os colegas do colega Director da Assembleia Brigantina. pág. Anuário do Liceu Central Emídio Garcia. 8. porque o exemplar que possuímos chega só à pág. – Ano escolar de 1908-1909. Ver Vilar (João António Pires). (ibidem. TUELA (ibidem). 1849. 1908. (1125) Museu Regional de Bragança. QUINTELA RANCA PUBLICAÇÕES ANÓNIMAS – Extraordinárias. Tip. Porto. Bragança.. pág.º de 80 págs. e parecendo-lhe que «por agora se poderia escusar a ponte. Porto. 8. opúsculos.º. e aplicar estes trezentos mil reis ao repairo dos muros e cousas necessarias para a defensão dessa cidade.º de 61 págs. 8.º de 43 págs.º de 55 págs. 1875. fólio. MOIMENTA (Ponte da) – Em carta de 29 de Março de 1580 dizia o duque de Bragança à câmara da mesma: sabendo que estava lançada na cidade uma finta de trezentos mil réis para se fazer a ponte da Moimenta e que este dinheiro está recebido. e uma inumerada de Aditamento. publicados pelo Conselho de Agricultura do mesmo distrito. por Mery. 8. Ano escolar de 1907-1908. SELORES (ibidem. casa de recreio ao tempo existente em Bragança. 1908. 1 vol. Parece ser escrito pelo próprio governador civil Adriano José de Carvalho e Melo em resposta ao antecedente. 95). comemorativas de factos históricos ou de pessoas beneméritas e ilustres. Governador Civil Adriano José de Carvalho e Melo. A pendência levantada entre aquele magistrado e esta casa teve tal qual vulto. 9 e 10 de Junho de 1880 dedicadas a Luís de Camões. Raphael a D. 1861. e ao Ex. in-8. Bragança. 16.mo Emídio Augusto Garcia Pires. Académica. 1 vol. Porto. Associação dos Artistas de Bragança. mas tem como autor Francisco António Fernandes de Quintanilha. dedicados pela mesa gerente ao Ex. Porto. principia naturalia.º de 38 págs. sem nome de autor nem ano de impressão. reformado segundo as disposições da portaria do Ministério do Reino de 27 de Julho de 1852 e aprovado por alvará de 18 de Outubro de 1854. Nostra MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 1875. 8.PUBLICAÇÕES ANÓNIMAS 779 TOMO VII Apontamentos da Origem e Reparação do Templo de Nossa Senhora da Ribeira. 8. Tip. Bragança. seu juiz honorário. de Silva Barreto. Tip. Estatutos aprovados por decreto de 11 de Abril de 1870. Deste mesmo opúsculo fez seu autor nova edição em 1906.mo Sr. Compromisso da Santa Casa da Misericórdia da Vila de Vila Flor. 1880. compositum substantiale. Porto.°. 1918. Gundissalvus a D. Laurentio á Sancta Teresia Regalis Academiæ Mafrensis diversarum facultatum explicatore Seraphicæ Familiæ Generali Poenitentiario. publicadas por um Brigantino. 8. in-8. 1 vol. Anónimo. Joseph Fr. organizado conforme a lei nº 88 de 7 de Agosto de 1913. Lisboa. 1889.mo comendador António do Carmo Pires. Bragança e as festas dos dias 8. Alvarus a S. 1901. causas in communi. Bragança. Ascendência do Il. João de Seixas Caldeira da Fonseca e Lemos e da Ex.a D...°. 1924.ma Sr. Câmara Municipal de Bragança – Regulamento de cobrança e fiscalização dos impostos municipais indirectos.º de 23 págs. Joannes a D.º de 59 págs. 16. subtilis que doctoris fideliter deductas praeside Fr. Anna et Vespere Fr. Artística.º de 67 págs. Código das Posturas da Junta de Freguesia de Meixedo. Manifesto. Bragança. Maria Antónia de Morais Sarmento (aquele de Vila Flor e esta de Mirandela). Mane Fr. Joseph a D. Bernardo Fr. Extracto das Elegias XI e XII das obras do grande épico. et in particulari continentes ad mentem Principis Philosophorum. Conclusiones Philosophicas Physicam. 8.º de 12 págs. do Concelho de Bragança. 8. Bernardo Fr. Numa espécie de preâmbulo diz algo acerca da origem desta Misericórdia.º de 16 págs. na Tip.mo e Ex.º de 16 págs. Porto. artiumque Lectore defensuri in Conventu Brigantino Serapyici Parentis integra currentis mensis die 19. benemérito da confraria. Cabido da Sé de Bragança. Joseph a Verbo Divino Fr. Tip. de Ferreira Soeiro. Cópia dos Estatutos da Confraria do Santo Cristo de Outeiro. esta ciência era aqui professada com certo desenvolvimento e brilhantismo. exposta em forma de novena para os seus confrades e devotos. acerca da Regra da Ordem Terceira Secular de S. Tip. Anno Domini. Tip. de 7 págs. impressas in Civitate Virginis apud Emmanuelem Pedroso Coimbra. 26. 20 págs. sita no Colégio da Compa(1126) Memórias Arqueológicas…. da cidade de Bragança. 8. Embaixada Celeste a Maria SS. no concelho de Bragança. 1919. Papa pela Divina Providência. letras capitais em gravuras ornamentadas e no fim do folheto uma outra que contém um docel e diversos símbolos com ornatos a capricho. em 1 de Julho de 1884.º gr. p. (1127). mandada imprimir pela Mesa do Definitório da Ordem Terceira de S. 8. referente às obras dos dois pavilhões que.780 TOMO VII PUBLICAÇÕES ANÓNIMAS et Fr. 8. se acrescentaram ao hospital da Misericórdia erecto no largo do Picadouro (antiga cerca do convento de Santa Clara) e os documentos respectivos. 1884. Fólio de 7 págs. et Fr. Brigantina.º de 40 págs. Doutores (Os) Firmino João Lopes e Augusto José Pereira Leite julgados pelo Tribunal da Relação de Lisboa e pelo da opinião pública. Vê-se pois que já antes de D. mas é de 1930. Adriano Rodrigues. de 18 págs. concelho de Bragança. tomo XVII. Cópia da Acta da sessão ordinária da Junta de Paróquia da freguesia de Baçal. (1127) Dicionário Bibliográfico. 1897. Manuel Gonçalves da Trindade Miranda. Ex. Bragança. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Bragança. de maneira a permitir que as conclusões aí defendidas fossem impressas. Caetano. e antiga Confraria da Anunciada. Lisboa. Lisboa. Académica.º de 19 págs.º de 13 págs. juiz de fora de Alfândega da Fé. Maria conceder uma cadeira de filosofia aos franciscanos de Bragança (1126). Anunciada por Mãe do Divino Verbo. celebrada a dezanove de Maio de mil novecentos e doze.º gr. Oferece-se à muito nobre. Constituição de Nosso Santíssimo Padre Leão XIII. Contém uma carta do governador civil. Teresia. Documentos extraídos do «Diário do Governo» relativos aos serviços prestados à pátria pelo bacharel António Luís de Seabra. Cópia do ofício do governador civil do distrito ao antigo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Bragança. Lisboa. inumeradas. Francisco.. Não indica ano da impressão.mo Senhor Dr. 1744. Joannes à D. [Contém as Posturas Paroquiais da freguesia de Baçal]. em 1929-30. p. capitão Tomás Augusto Salgueiro Fragoso. 1886. Antonius à S. 1834. Francisco. Tip. 8. Bragança. 373. 8. tomo II. Bragança. – porque tem de se reger a muito Piedosa e Antiga Confraria das Benditas Almas do Purgatório. – da Irmandade da Misericórdia da vila de Vimioso. e grande Annunciada de Roma». 8. pois este apenas chega a (94). 1909. de Ferreira Soeiro. 1904. 8. 1901. A julgar pelos caracteres tipográficos. Estatutos da Assembleia Brigantina.10 x 0. Tip. etc. de que gozão os Irmãos da Confraria de nossa Senhora do titulo da Annunciada. 8. ano e lugar de impressão. Adriano Rodrigues. Coimbra. Porto. 1917. 8. Estatutos da Associação Comercial e Industrial de Bragança. – do Clube Brigantino. 8. 8. aprovados por alvará do Ex. 8. – Outra edição de 1893. 8. instituida no Collegio da Companhia de Jesus da Cidade de Bragança. bem como o número de páginas. como legitimamente aggregada á Primaria. fundado em 1888. distrito e diocese de Bragança.7. Porto. Tip. com seu índice das indulgências. Porto. 1864. suffragios e privilegios. e uma inumerada. no distrito de Bragança.º de 24 págs.º de 12 págs. O devocionário ou novena chega até à pág. Porto. assim marcadas entre parêntesis.mo Governador Civil do Distrito de Bragança datado de 22 de Maio de 1891. – da Confraria de Santo Antão de Matela do concelho de Vimioso. Mandados publicar pelo provedor da irmandade João José Dias. 1866. 1904. 4. concelho e distrito de Bragança. 1884. erecta na freguesia de Samil. Bragança.º de 24 págs. Porto. de 24 págs. 1891.º de 39 págs. aprovados por Carta de Lei de 20 de Março de 1865. Foi director deste colégio o reverendo Adriano Augusto Guerra. 8.º de 35 págs. Porto. este opúsculo deve ter sido impresso em meados do século XVIII. – do Colégio de Santo António em Moncorvo. aprovados por alvará de 11 de Julho de 1896. sufrágios. 1896.º de 27 págs. mas devendo ir mais além. não podendo por isso dar aqui o nome da tipografia. – da Confraria da Senhora da Saúde de Vimioso. impressa também no Porto.º de 19 págs.. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e privilégios. – da Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Bragança. de XX págs. Porto. Tip. erecta na Paroquial Igreja de Santa Maria da Cidade de Bragança. – do Clube de Caçadores de Bragança.PUBLICAÇÕES ANÓNIMAS 781 TOMO VII nhia de Jesus da Cidade de Bragança e agregada à grande Anunciada de Roma. Ignoramos se os dizeres viriam na página de rosto por faltarem no exemplar que vimos.º peq. – da Confraria do Senhor Jesus de Cabeça Boa. 8.º de 16 págs.º de 39 págs. Brigantina. 1889. É este o título de um pequeno livrinho de 0. Bragança. (66) e na seguinte inscreve-se o «Compendio das indulgencias.º de 22 págs. in-8. José António Martins. Zeferino José Pinto. Minerva. Manuel da Cunha Coelho.º grande de 28 págs. e uma inumerada.º de 29 pág. Leonardo Manuel Garcia. natural de Chaves. talvez uma das suas primeiras produções.º de 11 págs. Tip.º de 19 págs. Programa de trabalhos. António Manuel da Fonseca. É interessante este opúsculo para a história da tipografia em Bragança. 1887. Académica. 1868. António José Teixeira. Coimbra. Pereira & Filho.º de 32 págs. 1900. – da Sociedade Grémio de Instrução e Recreio em Bragança. 8. aprovadas pela Junta Geral em sessão de 1845. de André J.º de 33 págs. 1906. António Rodrigues Ledesma e Castro e Manuel Bernardo Pinheiro de Lacerda. de Bragança. Tip. 8. Os fundadores desta sociedade foram: Diogo Albino de Sá Vargas (presidente). de 31 págs. A. funcionava nos baixos do governo civil. I – Geologia. – e Regulamento Interno do Grémio Brigantino. 8.º Compreende uma porção de páginas inumeradas com documentos de contas assinados aos 30 de Junho de 1845 pelo então governador civil João Manuel de Almeida Morais Pessanha. Coimbra. Tip. antropologia e hidrologia. de Viana. falecido em Bragança a 28 de Outubro de 1911. Foi presidente e fundador desta Sociedade o doutor Aníbal Gomes Pereira. 4. Bragança. impressa na Tip. 1850. mineralogia. – da Sociedade Cooperativa de Consumo e Crédito do concelho de Bragança – Sociedade Cooperativa de Responsabilidade Limitada. 1865. – da Sociedade Promotora dos melhoramentos industriais do distrito de Bragança. de Bragança. a cuja repartição pertencia: com o material desta tipografia começou depois a imprimir-se O Nordeste em 1888. Henrique José Ferreira Lima. 1884. Lisboa. do Governo Civil de Bragança. de Sá Vargas» MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .782 TOMO VII PUBLICAÇÕES ANÓNIMAS Estatutos e Regulamento Interno do Asilo do Duque de Bragança. 1905. Tip. 1846. Imp. Albino Augusto Garcia de Lima. publicados no Diário do Governo no ano de 1904. Porto. Aprovados por alvará do governador civil de Bragança de 13 de Agosto de 1884.°. 8. Governo Civil de Bragança – Contas da despesa do distrito no ano económico de 1844-1845. Seria nesse ano de 1845 que se fundou também em Bragança a «Typographia de D. Estatutos da Sociedade Cooperativa dos Oficiais da Guarnição de Bragança. Estatutos da Sociedade Filarmónica Moncorvense.º peq.º peq. de 20 págs. Luís Manuel dos Santos Valente. Coimbra. Joaquim Álvares Falcão. distinto médico militar. 8. – Outra edição de 1880. José Maria Delarme Colaço. José António de Miranda. 8. Expedição científica à Serra de Nogueira (Trás-os-Montes). 8. 8. etnografia. António Acácio de Castro Valente. sendo as duas primeiras dedicadas à guerra europeia. pelo vice-presidente do dito governo.PUBLICAÇÕES ANÓNIMAS 783 TOMO VII (Diogo Albino de Sá Vargas). de Bragança. Mirandela. 1882. 704. Porto. Assinam no fim o opúsculo: o presidente da «Liga». 1916? Grémio de Bragança – Estatutos. 8. Manifesto do Supremo Governo Provisório. Anos lectivos de 1900-1901.mas Sr. Aprecia elogiosamente os serviços prestados por D. Tomás António Cardoso de Novais e Sá. visconde de Vila Garcia. Adelaide Machado e D.°. pelas Ex. 8. onde em Setembro se começou a imprimir O Farol Trasmontano? Grande (A) Guerra Europeia. erecto em Bragança.. José. Porto. António Caetano Vaz Pereira. Francisco Xavier e S. 2 vols. in-8. etc.as D. 1902-1904. Vem transcrito nos Documentos para a história das Cortes Gerais da Nação Portuguesa. Hino oferecido ao Il.. Berta Aragão. em defesa dos sagrados e inauferíveis direitos do muito alto e poderoso Senhor D.º de 19 págs. Seis lindas cantigas. Homenagem levantada pela cidade de Bragança no 1. capital da província de Trás-os-Montes. no seu aniversário de 7 de Outubro de 1893. 8. e duas numeradas. Incoerências e injustiças na Instrução Primária. ano de 1826. L.. Algarves. Aleixo de Miranda Henriques. Amélia Machado. Música de J. legítimo rei de Portugal. e o tesoureiro. 1909. Porto. padre José Luís Cordeiro de Sousa. numa excursão ao Mogadouro. Lisboa. cujo original ainda vimos em Dezembro de 1907. com autorização do bispo de Miranda D. o secretário. José Alves de Mariz. Letra de Cristóvão Aires. Liceu Nacional de Bragança – Anuários. págs. no dia 28 de Novembro de 1826. que sancionou a legalidade da cópia para valer MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Tip. como professora em Macedo de Cavaleiros. Tempo andado.º de 7 págs. S. Mogadouro – Aos 6 das calendas de Agosto de 1559 o papa Pio IV concedeu bula de indulgências à capela da Visitação da Virgem do Mogadouro para erecção de confraria que teria a seu cargo fundar um hospital naquela vila. Marquês (O) de Pombal – Esboço rápido da sua vida pública – 1782-1882.º centenário. 1909. 1902-1903. S. gastou-se e. todos ao tempo residentes em Bragança. etc. D. tomo II. V.°. 8 de Maio de 1882. Liga Eclesiástica consagrada ao Sagrado Coração de Jesus sob a protecção de Maria Santíssima. Anónimo.º pequeno de 16 págs. D.º de 30 págs.º de 19 págs. Tem a aprovação do bispo de Bragança D. 8. 1897.mo Sr. Laura de Beça Salgueiro. por «estar a maior parte della deficil de se lêr». 8. redigido de ordem do Governo para esclarecimento da briosíssima e fidelíssima nação portuguesa. Luís Gonzaga. Porto. Neves. Macedo. Fr. a bula.mo e Ex. Um folheto pertencente à literatura de cordel. Maria Cândida Vergueiro. Miguel 1. que a mãe os mandou para Bragança «afim de ultimarem o estudo de latinidade debaixo da inspecção de seu pae» [à vista disto parece que o pai vivia em Bragança e a mãe fora. fora coronel de infantaria. Fr. e Francisco Correia de Castro Sepúlveda oferecida a sua mãe a Il. pertenMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . que eram ambos alferes de infantaria. O opúsculo intitulado Sumário das indulgências concedidas aos irmãos e irmãs da Santa Casa da Misericórdia da Vila do Mogadouro. juiz de fora e dos órfãos da vila do Mogadouro e seu termo e provedor da Santa Casa da Misericórdia no ano de 1767-1768.ma Senhora Viscondessa de Ervedosa. era décima administradora do antigo morgado de S.º de 30+2 (inumeradas) págs. de papel almaço. a viscondessa de Ervedosa. tenente-general. que a mãe deles. cavaleiro da ordem de Cristo. de Manuel José Pereira. 1930. de Bragança. No verso do segundo fólio há iluminadas muito elegantemente a várias tintas as armas do papa. vítimas do fanatismo político. talvez em Estremoz].º de 15 págs. etc. No penúltimo fólio.784 TOMO VII PUBLICAÇÕES ANÓNIMAS como o original em 1767. que era seu avô Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda. escritos à mão.ma e Ex. pelo mesmo teor. 1858. 1878.º de 13 págs. conselheiro de guerra. A bula em referência ocupa vinte fólios inumerados. numa tarja a Visitação da Virgem a sua prima Santa Isabel. 1835. o visconde de Ervedosa. 8. as do bispo D. Porto. Oração Fúnebre dos Ilustríssimos e Excelentíssimos Senhores Manuel Jorge Teixeira de Barros Ferreira Sepúlveda. por suas avós. com o texto a duas tintas entre filetes e tarjas doiradas. Tip. que seu pai. Porto.º de 52 págs. Tip. Monumento ao Conselheiro Abílio Beça – Contas e documentos. e depois. mandadas imprimir para utilidade e conhecimento dos fiéis pelo provedor e mesários da mesma Santa Casa no ano de 1858 (Tip. 8. estão as armas reais portuguesas e no último. da mesma forma primorosamente. na parte respectiva. governador das armas da província de Trás-os-Montes.) veio extractar. Aleixo de Miranda Henriques. Novo compromisso da Santa Casa da Misericórdia de Bragança. que cursaram a Universidade de Coimbra. Deste opúsculo deduz-se: que Manuel Jorge e Francisco Correia eram irmãos. em iluminura de página. Bragança. que. que era seu bisavô paterno António Gomes de Sepúlveda. (sem nome do autor). 8. 8. filhos dos viscondes de Ervedosa. foi mandada transcrever em letra moderna (pois estava em caracteres góticos) pelo doutor Francisco Xavier de Morais. coronel de cavalaria de Almeida. Jorge. o códice de que tratamos. Vem seguidamente uma notícia histórico-biográfica do papa e do príncipe reinante ao tempo da concessão e logo o texto da bula e indulgências. Académica. fidalgos da casa real. concedidas pelo pontífice Pio IV.. que foram massacrados em Estremoz. e que outro seu bisavô fora tenente-general. em Favaios.PUBLICAÇÕES ANÓNIMAS 785 TOMO VII cem a famílias igualmente guerreiras. que as exéquias em que foi recitada esta oração fúnebre tiveram lugar num templo dedicado a S. inumeradas. onde ainda hoje a família possui um grande casal). que nesse templo havia em caracteres góticos o seguinte epitáfio: «Aqui jazem as cinzas de Pedro Teixeira. Anno 1724. Jorge em Lisboa. que este era sétimo avô. aprovado pelo Ministério da Guerra. encadernado. fidalgo da Casa Real. e este filho de Manuel Jorge de Figueiredo Sarmento.º de papel liso. o Ex. existente em poder da família Zoio. reitor que foi desta igreja. repartição (1128) Ver tomo VI. depois de viuvo de sua mulher D. dos massacrados. Tip. e este filho do coronel Salvador Correia de Sá. que outro epitáfio dizia: «Aqui descansa em paz Affonso Taveira Teixeira. que não está aqui enterrado mas em Lisboa. pois bem os mereciam. Emanuele Carneiro. do concelho de Bragança. que por sua avó materna são bisnetos de Sebastião de Figueiredo Sarmento.mo Martim Correia de Sá. morto na brecha de Alcântara combatendo em defesa da pátria. distrito de Vila Real. de mais de 200 folhas.me ad methaphisicam Pe. de Bragança. que conquistou Angola aos holandeses [23]. capitão de cavalaria. a quem por gratidão Francisco Barros Carneiro. mas não lhe gravaram os epitáfios por esquecimento. ramo legítimo dos viscondes de Asseca e todos descendentes do valoroso Sebastião Correia de Sá. talvez a capela de S. Posturas paroquiais da freguesia de Carragosa. Philosophiæ pars 3. 8. alcaide-mor de Bragança e major de cavalaria. no meio de ladrões e assassinos (1128). Minerva. sendo o pai de sua avó paterna e bisavô deles Martim Correia de Sá. marido de sua filha herdeira D. alcaide-mor e governador do Rio de Janeiro. andando de cadeia em cadeia. que este era neto do primeiro ali sepultado e filho de Manuel Teixeira. 1911. fidalgo da Casa Real. onde faleceu tendo exercício no paço. 188. que seu avô fora laureado em direito civil pela Universidade de Coimbra. entre elas o castelo de S. Maria Taveira. Catarina d’Andrade». MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . e que os dois massacrados estiveram cinco anos presos. Jorge (parece deduzir-se que esse templo era de sua mãe. porquanto seu bisavô exercera a magistratura em Sousel e Vila Real. Jorge.º de 17 págs. que dos outros descendentes dos massacrados até eles estão ali sepultados. Bragança. p. fez gravar esta inscripção». Projecto de reforma dos Estatutos da Sociedade Cooperativa dos Oficiais da Guarnição de Bragança. Sumpsii Salvator Ferreira Rebello ln Congregacione oratorii de Freixo de Espada a Cinta. Manuscrito em 4. pelo lado de sua mãe (a viscondessa de Ervedosa). destas Memórias. Bragança.º de 15 págs. com as alterações propostas pela Inspecção-Geral dos Serviços Sanitários do Reino.. Porto. in-4. pelo governador civil. 1910. Relatórios apresentados na sessão extraordinária da Junta Geral do Distrito de Bragança de 29 de Julho de 1857 e na sessão ordinária de 1862. pois traz alguns documentos datados desse ano. – das Casas de Espectáculos do distrito de Bragança.º de 8 págs. bispo da mesma diocese … … em 21 de Outubro de 1742. Bragança. Bragança. Tip.º de 4 págs. 8.º de 8 págs. – apresentado à Junta Geral do Distrito de Bragança na sessão ordinária de 1 de Maio de 1870 pela comissão distrital. da Universidade.. Imp. sem lugar de impressão. – das horas de trabalho diário do distrito de Bragança (lei nº 295 de 22 de Janeiro de 1915).º gr. em 19 de Julho de 1888. Lopes e C. Bragança. Coimbra. sem nome do autor. Regras da sintaxe latina. do Governo Civil de Bragança. de F. Porto.º de 8 págs.º de 12 págs. – do Descanso semanal no concelho de Bragança. 4. Tip. Tip. Bragança. – Geral do serviço dos abandonados. 1876. extraídas da gramática de Joaquim Alves de Sousa. fólio peq.º 1857 e 1873. Adriano Rodrigues. Tip. 8. Porto. e 62 inumeradas de documentos.ª 16. de António de Melo. 1912. Tip. 1924. Vila do Conde. 8º de 15 págs. 1928. aprovado por despacho do Ministério do Reino de 28 de Abril de 1902 e mandado imprimir por deliberação da câmara de 21 de Abril de 1904.º de 18 págs. – do Posto de Desinfecção estabelecido na cidade de Bragança. Minerva. Relação da solene entrada que na cidade de Miranda fez … … D. Artística. 8. mas como começa por uma acta da sessão da Junta Geral do distrito de 4 de Dezembro de 1872. 8. expostos e subsidiados do distrito de Bragança. sem ano de impressão. de 20+2 (inumerados) mapas+8 págs. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Coimbra. 1879. Aprovado pela câmara municipal respectiva em sessão de 22 de Novembro de 1901.º de 32 págs. é provável que fosse impresso em 1873. 4.. Relatório da Comissão Inspectora da Roda-hospício de Bragança relativo ao segundo trimestre do ano económico de 1873-1874.786 TOMO VII PUBLICAÇÕES ANÓNIMAS do Gabinete. do Jornal do Porto. 8. – do Matadouro Municipal da cidade de Bragança. – Geral da Roda-hospício e providências relativas ao serviço dos abandonados expostos e subsidiados do distrito de Bragança. Tip. 2 vols. Diogo Marques Mourato. 1904. Tip. 1742. A. de 5 págs. 8. 1895. Regulamento do Asilo Duque de Bragança a cargo da Junta Geral do Distrito. 8.e S. etc. Agostinho e da Madre S. sem nome de autor nem lugar de impressão. O tenente José de Almeida Melo e Castro deixou fama em Bragança pelas suas excentricidades e perícia de cavaleiro-picador: não havia cavalo. 8. por mais pequeno que fosse. paz e concórdia entre os príncipes cristãos. Porto. Porto. M. 8. Lisboa. Mais conhecido pela alcunha de Cazuza. e duas com a bula do papa Leão XIII de 6 de Abril de 1880 concedendo indulgência plenária durante dez anos aos fiéis que. João Baptista do Hospital de Jerusalém. 1905.º peq. Sebastião de Algoso e seu ramo de Guide. Estatutos aprovados por alvará de 16 de Novembro de 1905. Joaquim Guilherme Cardoso de Sá. contra o seu procurador-geral o grão-mestre Fr. que é da ordem e milícia da sagrada religião de S. Opúsculo nº 1. raro. Sumário das Indulgências concedidas à confraria dos Cinturados do P. mas deve ter sido em Bragança. 1742. foi concedida ao padre Luís Augusto de Moura Guerra. Sindicato Agrícola de Mirandela. Opúsculo nº 2. 1910. 8. beneficiado da Sé de Bragança e grande benfeitor da capela de Nossa Senhora da Consolação. e de tal modo se dobrava no mais vivo da carreira que apanhava do chão qualquer objecto. que morreu sendo governador de Diu. por mais bravo que fosse. Mónica sob a invocação da bem-aventurada Virgem Maria da Consolação.º gr. no bispado de Miranda deste reino de Portugal.PUBLICAÇÕES ANÓNIMAS 787 TOMO VII Resposta à defesa do Senhor Tenente José de Almeida Melo e Castro. Manuel Pinto da Fonseca. erecta nos claustros da Sé de Bragança. Cristóvão e S.°.º de 43 págs. 1910. Nicolau Mercurii da Ordem de Santo Agostinho. Porto. in-fólio. in-8. confessados e comungados. proferida na mesa das ordens militares portuguesas. Sentença a favor da comenda de S. 1 vol. Ernestina Angélica de Miranda. orando aí pelas necessidades da Santa Igreja. 12 de Agosto de 1868».. que lhe resistisse e a fugir a toda a carga. de 96 págs. – Idem. Verdade (A) – A questão do Banco de Bragança com a herdeira do falecido dr. idem. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . 27 Martii 1673 do Sumo Pontífice Clemente X novissimamente reconhecido e aprovado pela Sagrada Congregação das Indulgências por decreto de 7 de Março de 1863 publicado em Roma pelo P. fielmente extraído do Breve Ex. j infuncto Nobis det. sogra de Carlos Pessanha (de quem noutra parte nos ocupamos). era filho do conde das Galveias e casou em Bragança com D. de 16 págs.º de 8 págs. 1 vol. 1880. guiando-o apenas por fitas de seda em vez das correias e freio. A licença dada pelo geral dos Augustinianos em Roma para organizar a confraria. visitassem a capela pública de Nossa Senhora da Consolação. porque no fim traz esta data: «Bragança. Porto. diligentemente traduzido do exemplar latino por um presbítero brigantino. REBORDAINHOS – Na igreja desta povoação.º de 15 págs. que termina assim: «Bragança. Coimbra. de Silva Barreto. que tem impressa em três colunas a Bula da Santa Cruzada / concedida por Sua Santidade / o papa Pio VI / para o ano de M. povoação do mesmo concelho. João Manuel Garcia. Este opúsculo.º de 13 págs. empregado do governo civil de Bragança e natural de Quintanilha. 26 de Julho de 1912. Folha avulsa.DCCLXXXIII. Bragança. Coimbra. 1902. lente da Universidade de Coimbra. e da menor Maria Eugénia Cardoso de Sá o não menos notável causídico e lente doutor Francisco Joaquim Fernandes. 1909. 1910. Tip. de Adriano Rodrigues. pág. O Banco de Bragança na questão Joaquim de Sá. o célebre causídico. de seda. Versos – Oferecidos por um mesário da Confraria ao Benemérito Comendador António do Carmo Pires e a seu querido filho Emídio Augusto Garcia Pires. Typogr. idem. Sobre o caso ainda há mais: O Banco de Bragança e o suposto crédito de treze contos da herança Joaquim de Sá. 16. Bragança. Esclarecimento prévio. 8. juiz honorário. Opúsculo nº 3. tem como autor Francisco António Fernandes de Quintanilha. Ficou vencido o Banco. ministro da Justiça no primeiro gabinete republicano doutor Afonso Costa. cor branca. Adriano Rodrigues – Bragança». concelho de Bragança.DCCLXXVII até M. sendo defensores: do Banco de Bragança. 8.788 TOMO VII PUBLICAÇÕES ANÓNIMAS | RAPOSO | REBORDAINHOS Verdade (A). Verdade (A) – Aos leitores do opúsculo A Verdade e ao público. Tip. 8. R RAPOSO (Doutor Luís António Martins). Bragança. Tip. agradecemos os informes referentes a este exemplar. O julgamento desta questão teve lugar em Bragança a 29 de Julho de 1912. há um véu de cálix.º de 29 págs. de 95 págs.º gr. Joaquim Guilherme Cardoso de Sá. de Adriano Rodrigues. 1912. Pela parte contrária apareceu: O Banco de Bragança nas suas relações comerciais com o dr. Ao actual pároco de Rebordainhos. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Folha avulsa. apesar de anónimo. do Porto. Filinto Elísio Afonso. 433 – Em Julho de 1930 resolveu a Faculdade de Medicina de Coimbra reintegrá-lo como professor auxiliar de ginecologia e obstetrícia da mesma faculdade. É assinada pelo cardeal da Cunha e não indica ano nem lugar de impressão. º e 2. de Chacim. 377) e de D. filho de Manuel Carlos de Figueiredo Sarmento (I. pág. Beatriz de Morais Madureira Lobo. por sua morte. é filha de José Manuel de Sá Miranda e de D. 406) e de D. por tão levantado rasgo de generosidade que. José Joaquim de Figueiredo de Morais Pimentel.. RIO DE FORNOS – Torna-se digno de especial consagração nestas páginas o gesto nobre do fidalgo morgado de Rio de Fornos. propôs que. de Grijó de Vale Benfeito. que lá apontámos como sua ascendente. Maria Eugénia de Novais Sá Cardoso. como reguengueiros da casa de Bragança. desde logo começaram a subscrever largamente para ele. todas as madeiras precisas. Foi-lhe concedida (1129). D. grande trabalho Escrever de gerações! porque os fidalgos são como as cerejas: estão tão enlaçados uns aos outros (1129) Museu Regional de Bragança.º atrás citados) são (substituir o resto desse período pelo seguinte): bisnetos de Pedro José de Figueiredo Sarmento. abraçando a ideia do hospital. Luísa Maria Joaquina Pinto da Costa. 724. Também na mesma pág. para o que ofereceu vinte contos. O nobre morgado não é solteiro. e. 724 é necessário corrigir o que ali se lê e acrescentar o seguinte: D. natural de Valongo. maço Correspondência Episcopal especial. tendo o governador civil do distrito de Bragança.. Ainda no período que começa: «António Henrique e José Manuel de Figueiredo Sarmento (1. toda a sua fortuna. calculada em algumas centenas de contos. Joana de Sá. dizendo que.REFÓIOS | RIO DE FORNOS 789 TOMO VII REFÓIOS – A 24 de Setembro de 1744 representaram a el-rei os moradores de Refóios. de Rio Torto. concelho de Bragança. se fundasse um hospital. filha de José António de Miranda (II. concelho de Macedo de Cavaleiros. pág. das suas matas. pediam licença para romper os campos baldios. Emília Leopoldina de Figueiredo Sarmento. capitão Tomás Augusto Salgueiro Fragoso. que em Março de 1930. Portanto. pagavam à mesma anualmente cento e trinta e três alqueires de centeio. conseguido do governo dez contos de réis para um posto de socorros a instalar em Vinhais. em vez desta instituição. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . é apenas sua tia afim. pág. Antónia Emília de Sá Miranda. Benedita de Jesus Mazeda Pimentel. Foi enorme o entusiasmo causado em todos os vinhaenses. de Rio de Fornos. e. É filho de Francisco Bernardo de Morais Pimentel. Lá diz o nosso Sá de Miranda: É. mas sim viúvo (sem filhos) de D. destas Memórias. como o povo estava pobre. por haver casado com seu tio António de Sá Miranda. como por equívoco escrevemos no tomo VI. e de D. 720 réis em dinheiro e duas galinhas. Nasceu em Caçarelhos. doente acidentalmente na Ferradosa. reputados no melhor de sessenta contos. entre os diversos beneméritos). existente no arquivo da mesma casa de caridade. concelho de Alfândega da Fé.790 TOMO VII RIO DE FORNOS | ROCHA que não há destrinçá-los sem risco de grandes enganos. prior de Alcança. Deixou todos os seus haveres à Santa Casa da Misericórdia desta cidade. concelho de Bragança. prazos e juros. Livro das escrituras. era natural de Espinhosela. Cristina Rodrigues Martins Morgado. concelho de Macedo de Cavaleiros. do «Livro das escripturas. natural de Vinhas. ano em que se jubilou. fez testamento em 1877 e deixou herdeira universal de (1130) Santa Casa da Misericórdia de Bragança. sucede a mesma coisa. ROCHA (Monsenhor António José da) – Cónego da Sé de Bragança. concelho de Vimioso. fólio 147. valha a verdade que connosco. Pelo mesmo título das benemerências humanitárias apresentamos mais os seguintes: Francisco Joaquim Barreira. Tomou posse do canonicato na Sé de Bragança a 11 de Novembro de 1899. à Santa Casa da Misericórdia desta cidade. Faleceu em Fafe em Novembro de 1881. concelho de Vimioso. sendo filho de Quintino José da Rocha e de D. António Manuel Afonso Condado. e no fólio 144 v. vindo o seu cadáver a sepultar a Bragança. que faleceu a 28 de Fevereiro de 1882. foros. foros. com o famoso latinista abade Madureira. filho de Manuel António Barreira. como tem sucedido a todos os genealogistas. a casa de habitação e os livros religiosos ao bispo da diocese e os outros livros ao Liceu de Bragança. Foi professor de latim em Valpaços durante quatro anos. natural de Bragança. prazos e juros». Recebeu ordens de presbítero em 1839. e filho de José Afonso e Teresa Condado. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . concelho de Mafra. Deixou os seus bens. como dispusera em testamento. à qual já em vida fizera vários benefícios (e por isso se conserva o seu retrato na sala nobre da mesma. professor de latim no liceu e seminário da mesma cidade e vigário-geral da diocese. Fez os primeiros estudos em Vilar Seco. a cópia do seu testamento. Deixou à Santa Casa da Misericórdia de Bragança todos os bens que possuía em Espinhosela. Bento Manuel Gil de Figueiredo. e o curso teológico em Bragança. a 18 de Maio de 1836 e faleceu em Bragança a 25 de Fevereiro de 1930. Recebera ordens de presbítero em 1849 (1130). depois na Covilhã durante dezasseis e no liceu de Bragança desde 1878 até Março de 1906. os plebeus. prior da vila de Fafe. em cuja secretaria está o seu retrato. sendo mais tarde capelão militar. – Depois de escrita a sua biografia e apreciação matemática orientada pelo Bosquejo histórico do ilustre lente da Universidade de Lisboa. pág. p. maço Correspondência especial do Governo Civil. aplicando princípios fundamentais da análise infinitésimal sem mostrar que se verificavam as hipóteses indicadas nos seus enunciados». apesar dos esforços de Rodolfo Guimarães. nesta cidade (11133). 456 – Foi nomeado professor da escola primária de Bragança por carta régia de 17 de Julho de 1851 (1132). devido aos «reparos de pessoas competentes na matéria».ROCHA | RODRIGUES | SABÃO | SALES 791 TOMO VII seus bens a mesma Santa Casa. numa inexacta interpretação dos métodos empregados. aos elogios tecidos à Memória sobre a teoria da balística. (1131) «Livro das escrituras. que supôs ter demonstrado que essas criticas não tinham razão de ser. com ilustrações a cores. destas Memórias. residentes em Bragança. Ver tomo II. fólio 150. (1134) Museu Regional de Bragança. fólio 110. sábio lente de matemática da Universidade do Porto. em Mirandela (1134). veio este em 1930 com uma «Nota» ao Bosquejo histórico dos matemáticos em Portugal.. etc. 475. licença para montarem uma fábrica de sabão no recolhimento das Beatas. doutor Pedro José da Cunha. Teresa de Moura. 472 – Escreveu mais: Bandeiras e estandartes regimentais do exército e da armada e outras bandeiras militares (Apontamentos). Recebeu ordens de missa em 1831 (1131). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de José Manuel Rodrigues. Um destes reparos é feito pelo doutor Gomes Teixeira. a verdade é que José Manuel Rodrigues caiu em êrro. SALES (Padre Ernesto Augusto Pereira). maço Correspondência especial do Governo Civil. foros». por se basearem. Lisboa. corrigindo o que escrevera no primeiro trabalho – foi largamente criticada em Espanha e na Itália. 455. e. ao Loreto. (1132) Registo maior nº 7 da Câmara de Bragança. S SABÃO – Em Julho de 1863 requereram José Lopes e António Rodrigues Parrado. «Esta Memória – diz Pedro José da Cunha. RODRIGUES (José Manuel). Era filho de Domingos Gil de Figueiredo e de D. RODRIGUES (Manuel Gonçalves) pág. 1930. segundo dizia. (1133) Museu Regional de Bragança. pág. Em Novembro de 1876 obtiveram licença José Benedito de Araújo Soeite e irmãos para montarem uma fábrica de sabão na rua dos Arciprestes. Um volume de 92+4 (inumeradas) págs. Jacob de Castro Sarmento. antigo administrador. do Real Colégio dos Médicos de Londres. órfão de pai e mãe. as águas de Inglaterra inventadas pelo Dr. Lisboa. 1930. 8. 1931. veio para a companhia de seus avós maternos residentes em Carrazeda de Ansiães. na coluna de operações contra a incursão couceirista de Bragança e em 1912 foi nomeado secretário-geral da província de Moçambique. Lisboa. com uma fotogravada.º de 38 págs.792 TOMO VII SAMPAIO E MELO | SANTOS JÚNIOR | SARMENTO | SEDA SAMPAIO E MELO (Domingos Frias de) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. – O doutor Augusto d’Esaguy. presidente da câmara e oficial do registo civil do concelho de Carrazeda de Ansiães. O livro em que Jacob Sarmento escreveu a Dedicatória é a Matéria Médica e dedicou-a a Marco António de Azevedo Coutinho. separata de A Medicina Contemporânea. e sócio da Sociedade Real e hoje preparadas por André Lopes de Castro. 1930. É uma separata de A Medicina Contemporânea. Porto. As ruínas castrejas da Cigadonha (Carviçais). concelho de Cabeceiras de Basto. Jacob ou Henrique de Castro Sarmento. 1929. e sócio da Sociedade Real. do Real Colégio dos Médicos de Londres. Maria Isabel Frias de Sampaio e Melo.º de 13 págs. governador civil substituto do distrito de Bragança e conservador do registo predial em Moncorvo. e uma de índice. 498 – Ao que já fica dito em diversas passagens desta obra. SEDA. como voluntário. SARMENTO (Jacob de Castro). com gravuras e 4 estampas. deputado pelo círculo de Moncorvo em 1915.º de 75 págs. pág.º de 14 págs. 8. Em 1911 tomou parte. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Jacob de Castro Sarmento. SANTOS JÚNIOR (Doutor Joaquim Rodrigues dos). alcaide-mor de Vimioso.º de 52+2 págs. 495. 492 – Tem publicado mais: Notas de medicina popular transmontana. Nasceu no Arco de Baúlhe. Nótulas relativas às águas de Inglaterra inventadas pelo Dr. membro do directório do partido republicano português e actual director-geral das colónias. onde se criou. Porto. mas. onde diz que «anda a escrever um grosso e bem documentado volume» sobre o nosso conterrâneo. 1929. O doutor Augusto d’Esaguy publicou mais a respeito deste notável bragançano: Da quina quina. assistente livre da cadeira de sifiligrafia da Universidade de Lisboa. É filho do doutor António Pinto da Cunha e Sousa e de D. a 5 de Agosto de 1870. Porto. publicou em 1929 Uma dedicatória do Dr. pág. que algumas vezes governou por largos períodos. senador pelo distrito de Bragança em 1924. Pinturas megalíticas no concelho de Carrazeda de Ansiães. 8. 8. 8. pág. Paço das Necessidades. S. devendo pôr na Real Presença as Listas que appresentarem a V. 470. Deão Governador do Bispado de Bragança. Tendo presente o officio de V. convidando as camaras municipaes para similhantemente a promoverem nos terrenos da sua administração. concelho de Macedo de Cavaleiros. maço Correspondência Episcopal especial. para esta promover por intermedio do Governador Civil a remessa dos garfos ou a semente das ditas arvores. «Repartição dos Negocios Ecclesiasticos. existe um pergaminho que contém uma sentença judicial. para a creação do bixo da Seda. e neste. podem por intervenção dos seus Propostos dirigir-se á auctoridade local administrativa. dada em Bragança a 16 de Agosto de 1480. natural de Vilar do Monte.mo Snr. e vai dando para desempenho de tão importante negocio. dedicando-se á dita cultura. Deos Guarde a V.ª no Real Nome os reiterados esforços comque se presta para o adiantamento da cultura das Sedas. sinal evidente da cultura sericícola. S. conforme o methodo da cultura que preferirem. – Tendo Sua Magestade a Rainha ordenado pelo Ministerio do Reino aos Governadores Civis dos Districtos Administrativos do continente do Reino.ª tem dado. S. que se propozerem a acolher o meio lembrado. para que adoptem nas respectivas Cercas a referida plantação das amoreiras. e darem incremento a este importante ramo de Industria Nacional.ª os Vesitadores. pág. quanto lhes fosse possivel. Em poder do doutor António Henrique de Figueiredo Sarmento. aditamos mais os seguintes documentos: «Ill. S. assim como as providencias que V. S.ª de 24 do passado com o Mappa das Amoreiras. na qual se transcrevem outras duas dadas em 1477 a propósito da posse do dito lugar de Vale Benfeito e nelas se aponta já a folha das amoreiras como coisa de notável valor. em 10 de Janeiro de 1843. 16 de Agosto de 1803. á imitação do que praticam já as Freiras e recolhidas do convento d’Odivellas. 466 e 498. que promovessem. no Districto de Lisboa. que appresentou a V.ª o Visitador do Ramo de Mirandella. não posso deixar de aggradecer a V. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . – José Antonio de Sá» (1135). na intelligencia de que ás Preladas dos conventos. – José Antonio Maria de Sousa Azevedo» (1136). S.ª – Lisboa. e sendo conveniente augmentar esta plantação: Ha a Mesma Augusta Senhora por bem que o Governador do Bispado de Bragança mande insinuar ás Preladas dos Conventos de Religiosas da sua Diocese.SEDA 793 TOMO VII nomeadamente no tomo II. (1136) Ibidem. (1135) Museu Regional de Bragança. obtendo assim em seu proprio proveito a mencionada creação em ponto grande. págs. a plantação das Amoreiras. Filho de José Fernandes Caldas. Foi Sousa Caldas o autor do notável busto em bronze.794 TOMO VII SENDAS | SILVA | SOEIRO | SOUSA CALDAS SENDAS (Vespasiano Tito) – Inspector escolar.ª repartição da direcção-geral (secretaria do congresso da República). governador civil de Évora (1910). deputado pelo círculo de Vila Real (1906).ª medalha na Sociedade Nacional de Belas-Artes de Lisboa. 534 – A 14 de Setembro de 1930. É autor de notáveis trabalhos em janelas particulares. filho de Luís Maria Sendas e de D. e de D. Miguel e S. Estudou em Bragança. Rita de Sousa Caldas. oferecem os seus conterrâneos e alunos». Fez os seus estudos na Escola de Belas-Artes do Porto. A Câmara Municipal de Gaia tem-lhe conferido vários louvores por serviços prestados ao concelho. concelho onde nasceu a 18 de Maio de 1894. os vinhaenses. director-geral interino. erigido em 1929 por subscrição pública do distrito na Avenida da estação do caminho-deMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . grande oficial da ordem de Cristo (1919). senador pelo distrito de Bragança nas legislaturas de 1919. 1921 e 1922. secretário-geral da Companhia do Niassa (1911). Adelina Laura Antunes Lopes Navarro. e comendador da ordem da coroa de Itália. em edifícios públicos e em vários monumentos. Foi chefe de repartição do governo civil de Bragança e administrador de alguns dos seus concelhos. 355). concelho de Moncorvo. escultor. por iniciativa do doutor Raul Manuel Teixeira. 262). Na Exposição Internacional do Rio de Janeiro foi premiado com a medalha de honra e com a 3. nasceu na freguesia da Cardanha. comendador das ordens de S. que diz «À memória do padre José Firmino da Silva. Era filho de Miguel António Lopes Soeiro e de D. Leopoldina Fortunata de Lobão Soeiro e casado com D. a 8 de Julho de 1880. pág. que lhe dava o titulo de Sir. SOUSA CALDAS (José Francisco de) – Professor da Escola Industrial de Passos Manuel de Vila Nova de Gaia e director da mesma desde 1927. governador dos territórios da mesma Companhia (1920). quando todo o concelho de Vinhais e muitíssimas pessoas das mais categorizadas do distrito de Bragança prestavam naquela vila uma grandiosa manifestação de homenagem ao seu médico doutor Álvaro da Cunha Ferreira Leite (pág. Jorge por agraciamento de sua majestade britânica (1924). inauguraram uma lápide de mármore na fachada da escola Conde de Ferreira de Vinhais. que nesta escola ensinou desde 30-XI-883 a 31-VII-914. chefe da 1. SILVA (José Firmino da). Maria Rita de Carvalho. SOEIRO (Abílio de Lobão) – Nasceu em Freixo de Espada à Cinta a 28 de Dezembro de 1860 e faleceu a 17 de Abril de 1924. natural de Lagoaça (pág. há uma inscrição que diz: Caetanus Teyxey / ra de Bragança a fe / cit fieri 1751. A colcha de seda. deputado. fitas e outros produtos. A ele deve. 1930. colocado numa placa de mármore na esquina de uma casa na dita Avenida. natural de Freixo de Espada à Cinta. 8. a grande indústria de criação do bicho da seda e tecelagem do casulo.º de 24 págs.SOUSA CALDAS | TABORDA | TEIXEIRA | TENREIRO 795 TOMO VII -ferro em Bragança ao conselheiro Abílio Beça e também do baixo-relevo em bronze do retrato do empreiteiro do mesmo caminho-de-ferro João Lopes da Cruz (ver pág. pág. com cinquenta e cinco anos de idade. A iniciativa da consagração ao arrojado empreiteiro deve-se ao doutor Raul Manuel Teixeira (ver pág. concelho de Montalegre. produto da sua indústria manufactureira. TENREIRO (Manuel Guerra) – Doutor em direito pela Universidade de Coimbra. Ver neste Suplemento o artigo Beça. 143). negociante. Francisca Teresa Sanches. neto do nosso biografado. TEIXEIRA (António José). 552). p. Ao tenente Alfredo Augusto Guerra. TEIXEIRA (Padre Caetano) – Na padieira da porta da sacristia da igreja paroquial de Tourém. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Ainda hoje lá se fabricam panos de peneira. 550 – Escreveu mais: Glórias bragançanas – Poalhas da história regional. É digna de respeito máximo a memória do doutor Manuel Guerra Tenreiro pela energia que desenvolveu atinente à cultura sericícola no distrito de Bragança (1137). Nasceu em Freixo de Espada à Cinta a 12 de Dezembro de 1900 e é filho de Eugénio Guerra Taborda e de D. a 15 de Janeiro de 1881. Os dois melhores amoreirais que há em Freixo de Espada à Cinta foram mandados plantar por ele. como sucedeu em outras terras do distrito. esta vila o não deixar extinguir de todo. Maria Júlia Soromenho. e ainda hoje pertencem a seus descendentes. agradecemos as informações para este artigo. destas Memórias. e ali falecido. (Separata da Revista Insular e de Turismo). 464 e 465. que em 1930 aquela vila ofereceu ao Museu (1137) Ver tomo II. 402. Lisboa. Terminou o curso em 1927. onde terminou o curso em 1847. Era filho de Manuel Joaquim Guerra. em grande parte. e de D. major de infantaria. T TABORDA (Doutor Virgílio Guerra) – Assistente da faculdade de letras da Universidade de Coimbra (ciências histórico-geográficas). TRIANGULAÇÃO DE PORTUGAL – Os trabalhos geodésicos para o levantamento de cartas geográficas começaram em Portugal em 1788 dirigidos pelo doutor Francisco António Ciera. a de Montouto. p. mas este serviço marchou lentamente. e vol. no concelho de Vinhais. perto do templo. vol. 139. maço Correspondência do Governo Civil. pois «foi dispendiosa a sua construcção e nenhum mal faz á agricultura». O alvará de 9 de Junho de 1801 manda que em cada uma das comarcas do país haja um matemático que levante minuciosamente a carta da região. e a da Serra da Lagoaça. no mesmo concelho. no de Miranda do Douro. no termo da freguesia de Rebordãos. no de Carrazeda de Ansiães. ordena a construção das dezasseis ou vinte pirâmides geodésicas que faltavam (1138). II. ficavam muito distanciadas. a fim de organizar a carta corográfica do país. p. p. a de Deilão. Esta pirâmide é a que ainda se conserva no alto da Senhora da Serra. lente da Academia Real de Marinha.50 m de altura. entre os concelhos de Freixo de Espada à Cinta e Mogadouro. 1871-1893. No nosso distrito temos. Silvestre – História dos Estabelecimentos científicos. No Museu Regional de Bragança. ao passo que aquelas iam de três a dez. pois ainda o decreto de 9 de Novembro de 1852. literários e artísticos de Portugal. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . pois é toda fabricada com produtos regionais. 213. de onde a deficiência dos mapas por elas organizados. 79. há um ofício do governador civil para o administrador do concelho. no lugar mais alto da serra de Nogueira» e recomendando-lhe para avisar o regedor daquela área a fim de o povo a não danificar. concelho de Bragança. faltando porém poucas daquelas. das quais poucas restam. (1138) RIBEIRO. as de Fonte Longa e Linhares. a de Cicouro. no de Macedo de Cavaleiros. mandada levantar pela portaria de 27 de Outubro anterior. VI. a de Bornes. que deve servir nos trabalhos geodesicos do Reino. vol. IV. que regulavam por 1. em 1883 construíram-se outras mais próximas. denominadas antigas ou primitivas. idênticas a esta. construída em 1860. datado de 10 de Dezembro de 1859. comunicando-lhe que. dentro de poucos dias. Como estas pirâmides.796 TOMO VII TRIANGUALÇÃO DE PORTUGAL Regional (do distrito) de Bragança é um belíssimo trabalho artístico que muito honra a perícia das habilíssimas tecedeiras freixienses e a indústria local. devia concluir-se «a construcção de uma pyramide ou baliza de alvenaria. 26 e 685 do tomo VI destas Memórias). filho este de MANUEL DE FARIA FIGUEIREDO BORGES DA ROCHA .VALE BENFEITO 797 TOMO VII V VALE BENFEITO – O Padre JOÃO BORGES VERGUEIRO PIRES DUQUE e suas irmãs D. e a quem foi dado brasão de armas. organizada em Bragança em Junho de 1808 contra os franceses (pág. ISABEL instituíram em 10 de Junho de 1757 um vínculo de morgadio com bens em Vale Benfeito e Travanca. destas Memórias «ABREU SARMENTO»). Nomearam por administrador. mais conhecido pelo nome ANTÓNIO MANUEL DE ABREU E SARMENTO (pág. ÂNGELA e D. III – D. irmão do tenente-coronel de cavalaria JOSÉ VICENTE DE ABREU SARMENTO. BERNARDA MARIA BORGES DE MORAIS (ver pág. fez parte da brigada de Beresford. que não usa. que esteve recolhida largos anos no convento de Santa Clara de Bragança. Segue adiante. Faleceu a 4 de Janeiro de 1830 sem descendência. e outras quatro pelas almas deles instituidores e de seus pais e irmãos. tomo VI. João Baptista. cavaleiro professo na ordem de Cristo. (págs. tomo VI. junto a Bragança (1140). após a sua morte. etc. como tenente de infantaria nº 24. podendo ser de cinco clérigos. de que era administrador e que havia sido instituído em 1667 por seu bisavô MANUEL DE FARIA FIGUEIREDO SARMENTO. fidalgo da casa de sua majestade e mestre-de-campo. ISABEL MARIA DE MORAIS e faleceu a 9 de Maio de 1778. BERNARDA MARIA BORGES DE MORAIS e ANTÓNIO MANUEL DE ABREU SARMENTO tiveram os filhos: I – ANTÓNIO VICENTE DE ABREU. 131. com mercê de uma comenda. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . MARIA. saiu a mais com o apelido Afonso. D. destas Memórias) e faleceu sem descendência. 29. no seu dia. tomo I. (1139) Tomo I. com a obrigação de uma missa cantada a S. 466. MARIA DÁRIDA BORGES DE MORAIS. 490. que foi freira em Santa Clara de Bragança e faleceu a 6 de Abril de 1819. por equívoco. casou com o então tenente de cavalaria de Bragança. e que em 1826 aboliu o vínculo de morgadio «Vaso de Ouro». que fazia parte da «Junta Provisional do Supremo Governo». LEONOR VALÉRIA BORGES DE MORAIS. ANTÓNIO MANUEL DE ABREU DE FARIA FIGUEIREDO SARMENTO E DOUTEL. seu irmão o capitão de ordenanças FÉLIX BORGES VERGUEIRO PIRES DUQUE. fólio 36. onde. ficando prisioneiro no desastre da praça de Almeida em 26 de Agosto de 1810 (1139). p. mas não professou. destas Memórias). II – D. destas Memórias. Tiveram os filhos: I – D. (1140) Registo maior nº 7 da Câmara de Bragança. D. que. que casou com D. filha do morgado de Alvações. MARIA CÂNDIDA DE ABREU SARMENTO era filha de JOSÉ BERNARDO BORGES DE MORAIS DE ABREU SARMENTO. em Luanda. bem como dos que constituíam o vínculo. pertencendo hoje uma grande parte e a casa em Valbom aos doutores Abraão de Carvalho e Alberto Félix de Carvalho e a seu cunhado major Joaquim Maria Neto. neto do Dr. FRANCISCO MANUEL DELFIM. deixou dois filhos legítimos e nenhum mais deixou descendência (ver tomo VI. já referido. médico naval. ISABEL ESTEVES e de seu marido.798 TOMO VII VALE BENFEITO 2 – JOSÉ BERNARDO BORGES DE MORAIS DE ABREU SARMENTO. 489. deixando por universais herdeiros de todos os seus bens. por estes não terem descendência. morgadio que nesta família se conservou até depois da extinção dos morgadios. segundo consta. a sua sobrinha D. pág. MARIA CÂNDIDA DE ABREU SARMENTO e JOSÉ JOAQUIM DE MORAIS tiveram os filhos: MANUEL BERNARDO. MARIA CÂNDIDA DE ABREU SARMENTO (a) e a seu marido JOSÉ JOAQUIM DE MORAIS (b). preferindo sempre seus legítimos herdeiros. D. ISABEL ESTEVES. BERNARDINO CÉSAR e D. sendo mais tarde os seus bens vendidos. (a) D. que nasceu a 24 de Março de 1777 e faleceu muito novo ainda. MARIA DAS DORES ÁLVARES PEREIRA VAZ DE MAGALHÃES. a bordo da corveta Duque da Terceira. JOAQUIM JOSÉ DE JESUS. bisneto de GREGÓRIO BORGES DE MORAIS E OLIVEIRA e terceiro neto de SALVADOR BORGES DE MORAIS E OLIVEIRA ou SALVADOR DE MORAIS (pág. – D. (b) JOSÉ JOAQUIM DE MORAIS era filho do capitão de milícias e cirurgião MANUEL ANTÓNIO DE MORAIS. como capitão de cavalaria. todos biografados neste tomo. promovido por distinção a capitão e falecido a 30 de Abril de 1868. Apenas o BERNARDINO CÉSAR DE MORAIS. filhos da dita sua irmã D. LEONOR VALÉRIA BORGES DE MORAIS. que casou com D. destas Memórias). na guerra contra os franceses. LEONARDA DE JESUS FIGUEIREDO. 490 do tomo VI destas Memórias). deixando descendência. ANTÓNIO VICENTE. foi reitor de Parada e não deixou descendência. com a condição de todos estes bens passarem por morte destes aos filhos havidos de entre ambos e. sucedeu na administração deste vínculo e faleceu solteira em 11 de Maio de 1847. e de D. de Bragança. atrás referida. irmã única dos instituidores do morgadio de Valbom de Mascarenhas. destas Memórias). passou. na falta destes. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . o morgado de Vale Benfeito (SALVADOR DE MORAIS). o qual. 3 – FRANCISCO MANUEL DE ABREU SARMENTO. a seus sobrinhos. instituído em 11 de Maio de 1719 (ver tomo VI. poderiam dispor desses bens. que nasceu a 27 de Março de 1780. e que casou com D. 349. ou BERNARDINO CÉSAR DE MORAIS ABREU E SARMENTO. pág. por expressa disposição sua. nos Pirenéus (?). MARIA ROSA DA ANUNCIAÇÃO. com vinte e nove anos de idade. ANTÓNIO ALEXANDRE DE MORAIS E OLIVEIRA. A pedra de armas ignora-se o fim que teve. em papel almaço. Sanfins. a saber: Águas Frias. como é presumível. hoje quase de todo abandonada. na verga ou padieira duma porta lateral.VALE BENFEITO | VALE DE TELHAS | VILA REAL | VINHAIS 799 TOMO VII Na antiga casa. 589. É interessante para a história da fidalguia. Oucidres. E as que pertenciam ao concelho de Valpaços são: Alvarelhos. Fiães. VINHAIS – A cópia que abaixo se lê foi tirada de uma folha avulsa manuscrita. e as pirâmides que ao mesmo pertenciam estão sobre os cunhais da capela-mor de Nossa Senhora do Freixo. Barreiros. Encontra-se ainda na mesma casa. Pertenceria a algum volume de notícias que pelos anos de 1721 se organizaram a pedido dos membros da Academia? Seria seu autor Baltasar Colmieiro? (Ver tomo VI. espécie de registo do provimento dos párocos. mulher do morgado Salvador de Morais. na igreja de Santo Afonso. Bragança e Lamego. VILA REAL – A cidade de Vila Real foi elevada a sede de bispado pela bula apostólica de Pio XI de 20 de Abril de 1922 à custa das dioceses de Braga. Bouçoães. Sonim. setenta e uma da de Lamego e dezanove da de Bragança. Bobadela. de Vale de Telhas. já referidos. figura heráldica dos Esteves de Budalde. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . D. por seu pai Pedro Esteves de Mascarenhas (1141). VALE DE TELHAS – No livro do provimento dos benefícios. num total de duzentas e cinquenta e sete freguesias. há algo acerca da fundação da capela vinculada de Santo António. fólio 90. Travancas. agente do Banco de Portugal em Bragança e agora em Braga. destas Memórias). que ainda existe. um pequeno escudo gravado em cantaria. existente no Museu Regional de Bragança. pág. Lebução. Mairos. Isabel Esteves. Tinhela e Santavalha. tendo todo o campo ocupado por uma grande flor-de-lis florentina. 349) agradecemos as informações para este artigo respeitante aos seus ascendentes. Cimo de Vila. voltada a poente. elegante e bem trabalhado portal de cantaria. instituído pelo sargento-mor António Borges de Morais em 1523. que veio junta com outros papéis ter à mão do nosso amigo Francisco de Moura Coutinho. As desta última eram todas as que pertenciam ao concelho de Chaves. Paradela. Roriz. havia uma pedra de armas encimando um grande. das quais cento e sessenta e sete foram desmembradas da diocese de Braga. em frente à igreja (lado sul) do morgadio de Vale Benfeito. dos quais descenderia. de letra antiga. (1141) Ao bom amigo João José Vaz de Morais de Abreu e Sarmento (p. Tronco e São Vicente. Está em hum alto entre a villa e bairros. que fes hindo hum mouro perseguindo hum christão. Guiomar freire a que agregarão seus bens e nomearão em seu subrinho Francisco Colmieiro que acrecentou este morgado..800 TOMO VII VINHAIS «CAPITULO 2. dos Bairros do Eiró da dita villa dois altares colatrais hum de Santa Cathrina e outro de nossa Senhora do Rosario de que tem confraria. que a tradição nos mostra ser rito antiquissimo. Francisco que administra Antonio de Amaral Sarmento da dita villa. e a pesuhiu seu filho Antonio Colmieiro de Moraes Fidalgo da Casa de Sua Magestade cavalleiro da Ordem de Christo e tem a regalia julgada por sentença da Isenção do ordinario a MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Rega hum ribeiro que vem da Coutada tem duas Fontes e hum chafariz e a capella do milagroso São Vicente feita por João Serrão de Moraes e sua mulher D. e fes nella novo acrecimo Francisco Colmieiro de Moraes fidalgo da Casa de Sua Magestade cavalleiro da Ordem de Christo … … geral desta Provincia com sua mulher D. ou morgados hûa da invocação de nossa Senhora da Encarnação que administra Domingos Marques e sua mulher Maria dessa e outra de S. Vicente que hoje tem somente duas cazas em hua das quais se meterão todas as outras que he a dos Culmieiros o qual bairro he fundo e fica cara o Poente. e ainda hoje tem o abbade desta Igreja preferencia de lugar depois do de Santa Maria achandosse em Miranda a todos os mais. Facundo que hé a freguezia dos bairos sitio e cabeça da abbadia que hé do Padroado Real com as imagens nela pella maior de S. tem mais esta Igreja hua ferradura de hum cavalo estampada na parede. Facundo. mas dos Romanos se achão algûas figuras de pedra por cima da Porta Principal.° Tem a villa de Vinhaes hûa Igreja antiquissima de S. He muito antiga esta Igreja não só do tempo dos Mouros. Maria de Sousa Senhora da Caza de Vilar de Perdizes. tem mais duas capelas de vincolos. que a tradição nos mostra ser hum milagre de S. e sendo esta villa pessuida de tantas naçois. que deu hum pedreiro a quem o mesmo Santo livrou de hum lobo furioso a que os homens chamão da gente tem esta Igreja grandes fazendas com que varios cavalleiros a dotarão por devoção de tão devota e milagrosa Imagem. estão sugeitos a esta Parrochia os Bairros dalem a que agora chamão de S. tem muitas sepulturas da Nobreza dos bairros. e destruida e queimada. tem mais hum missal.. e villa... que buscava o sagrado. Facundo de muitos milagres e hum Crucifixo antiquissimo dado por hûa familia de .. Vinhão a esta Igreja todos os mais Povos dentro de seis legoas por ser a segunda Igreja que ouve neste destrito depois da Igreja de Santa Maria de Bragança e consta de alguns livros da dita Igreja. sempre se conservou a Igreja e agora se conserva tosca na mesma manifatura. Estes aparelhos chegavam a destilar nove pipas de vinho de vinte almudes (quinhentos litros) por dia. O mapa adiante junto dá ideia da colheita vinícola no concelho de Bragança. algumas vezes duas ou mais licenças para a sua criação. convindo porém advertir que nestes documentos aparecem. e dipois o acabou de estruhir o Pantoxa queimanduo. pág. Bouça. Bragança (três). Agora apontamos mais as seguintes. 448. Gimonde. Rego de Vide. Babe. advertindo que não será de mais supô-lo minguado um terço da realidade. Nada mais continha a dita folha avulsa (1142). às vezes. Armoniz. referentes à máquina do mesmo povo. na maior parte dos casos. Carção. ainda que o Bairro foi queimado pello Pantoxa nas guerras de Castella com Portugal. que hoje he quinta do mesmo morgado de S. freguesia de Milhão e Vilarinho das Azenhas. Vicente que adjudicou Affonsso de Moraes Colmieiro chantre que foi na Sé de Miranda á mesma capella para a pesuir seu irmão Francisco Colmieiro de su sobredito.VINHAIS | VINHO 801 TOMO VII tal capella e se conserva com sua antiguidade. VINHO – No tomo II. Quadraçal. dada a relutância do povo em dizer a verdade nestes casos com receio do fisco. pois crê sinceramente nunca ser para bem da grei que o governo colhe informações neste sentido. de outros diversos que houve na mesma povoação. 607 várias notícias referentes a Vinhais. Brunhosinho. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . (1142) Ver na p. constantes de documentos existentes no Museu Regional de Bragança. Nozedo de Baixo. Vilar (quintas do). Tinha o Bairro de Riaçós que hoje está extinguido e se despovoou quando o Pantoxa o queimou nas guerras de Castella com Portugal penultimas a estas. maço Correspondência especial do Governo Civil. concedidas a indivíduos diferentes em épocas diversas. Baçal. Tem outro Bairro a que chamão do Eiró com hua capella e vinculo da invocação de Santa Catherina que fese instetuhiuo Ayres Ferreira dessa cavalleiro da Ordem de Christo capitam mór de Vinhaes e ouvidor deste distrito». Tinha mais outro Bairro a que chamavão de Crespos cara nacente citio agradavel e com grandes nobrezas que se extinguiu por causa de Peste. e também. Vale de Gouvinhas. Trata-se de estabelecimentos que passavam a outros donos. destas Memórias demos notícia das máquinas de destilação de vinho para o fabrico de aguardente criadas em Alfândega da Fé. .802 TOMO VII VINHO Mostra ainda mais a influência das máquinas de destilação no desenvolvimento da cultura vinícola e na solução da crise de então (pletora viniácia). na linguagem e no mais. restauram-se monumentos e clama-se pela conservação dos existentes. mas sim a falsa. e outra coisa não são essoutras bravatas que surgem por toda a parte como tortulhos em montureira. do contrário dissolvemo-nos no anonimato equivalente da não existência. americaniza. o seu imperialismo económico. enfim. Podem objectar-nos que aquele beberrão morreu intoxicado na flor da vida e aqueloutro no meio de sofrimentos horrorosos. mas condenemos o excesso e não o uso moderado. Mas o alcoolismo. erguem-se cruzeiros. a que fala os seus interesses comerciais e nacionais. caem noutro oposto. no intuito de nos arrastar atrelados à carroça das suas conveniências. a que franceciza. outra coisa não é a lei-seca dos americanos. Não vêem que essa ciência não é a verdadeira. arquivam-se modalidades etnográficas. pelourinhos artísticos ou históricos.. Realmente... É possível. linguísticas e proverbiais. e todavia ninguém condena por isso os bons petiscos. penhor do ressurgimento nacional. querendo evitar um vício. É consolador ver a marcha ovante do regionalismo. fundam-se museus. à vida filha de todos os factores que a nossa terra pode fornecer. e vem agora a moda pseudocientífica a inspirar nos nossos intelectuais. Deixemo-nos de lérias. atrofiando e aniquilando mental e fisicamente?!. É necessário regressarmos à vida genuinamente portuguesa. de demasias alimentícias dos melhores pitéus. a essa vida que imprime carácter e fixa o tipo rácico com ideias próprias e finalidade lógica. desenterram-se documentos. Quantos hão morrido de lautas ceias. trabalha-se. em vez de andarem p’r’aí a moer-nos a paciência com panaceias quiméricas. mas não basta. de França. germaniza. orientada num plano a realizar. sob a cor de higiene e profilaxia médica. a Come la Xixa. a chiadeira contra o vinho e a aguardente. A nossa bagaceira está longe de ser álcool e o vinho tem apenas o suficiente graduado pela sábia natureza em ordem à nossa conservação. esquadrinham-se ruínas de civilizações extintas. britaniza. solução que é ainda hoje a verdadeira e eficaz. folclóricas. convertendo-a em álcool.. Evitemos a estultícia dos parvos condenados por Horácio que. com todo o seu cortejo de funestas consequências.. de MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Quantos bêbados crónicos como o Fraga. Publicam-se monografias. berratas contra o vinho! Pobres tontos!. Não bastava a epidemia da moda acorrentada à estrangeiromania que nos desnacionaliza na indumentária. indumentais. Para dar vazante à sua expansão comercial e industrial. incomparavelmente superior a toda a melaçada das partes di lá. desnacionalizando-nos. os Castros fortes e «outros em quem poder não teve a morte». o M. desde que acabaram com a cultura do nosso linho tão delicioso. conheces e nós poderíamos citar. do nosso linho mil vezes superior a quantos algodões possa haver. Então o vinho. dos Avantos e tantos e tantos outros que tu.. Cuidado. porque nunc vino pellite curas. porque é artimanha dos que tentam avançar à nossa custa. conhaque. que aniquilam e matam após torturas indescritíveis? Que marmanjos!.. já que mais lhe não deu a natureza. ia agora produzir efeitos contrários?! Não acrediteis portugueses. porque bonum vinum laetificat cor hominis. aniquilando a nossa vida económica. como a pitonisa de que Demóstenes acautelava os gregos. Mente à sombra da ciência. não mais eficazes. absinto. como aquela mentia à sombra da religião. dos belos cachos a que não podem chegar. com o seu café. pelo menos os que vos dizeis regionalistas. E a cafeína e a teína não são dois autênticos venenos. portugueses. porque é sangue de Cristo.VINHO 803 TOMO VII Bragança. descobridora de novos mares e de novos mundos. impingindo-nos em câmbio as suas beberragens lotadas de científicas. os Albuquerques. e impingem-nos cerveja. com as suas beberragens contrafeitas. que essa tal cantata. condenam o vinho que é um produto natural doseado pela natureza. ao menos os que vos dizeis regionalistas: regresMEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . mas não desdenhem. porque in vino veritas. os Cabrais. rum. pois. Eia. é o que se vê: levam-nos coiro e cabelo. porque foi sempre considerado medicinal em todos os tempos. tão salutar. ciengermaniza. Fiquem-se muito embora com o seu chá. que criou essa raça forte expulsadora dos mouros. cienbritaniza. cienamericaniza. envernizada de científica. que criou os Gamas.. uísque e quejandas mistelas essencialmente baseadas neles! E nós tão parvos que vamos na fita arrastados pela lambugem.. como a raposa da fábula. e levando os médicos que os acreditam ao mesquinho papel de quase meros caixeiros de consignações de ervanária e seus preparados. leitor. chegaram aos noventa anos. as suas. a peso de oiro. tão poético. E então com o algodão?! Desembestaram a enfiarmo-lo pelos olhos dentro por uma tuta-e-meia e. sem artifícios deletérios. que nós bem estamos com o nosso vinho. tão bom. Com o açúcar fizeram o mesmo e só pararam desde que aniquilaram a nossa apicultura. a fim de chegar a brasa à sua sardinha. O mesmo fizeram com as ervagens medicinais. levando-nos a esquecer as virtudes das que temos ao pé-da-porta para nos impingirem. o nosso mel. . . . . . . . . . . . . . . . . . Nogueira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . » (Santa Maria) . . . . . . . . . . . . . . Gimonde . . . . . . . . . . Outeiro . . . . . . . . . . Gondesende . . . . . . . . . Salsas . . França . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . São Julião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . com relação aos cinco anos anteriores a 1850 e aos cinco posteriores a 1858 (1143) Freguesias Alfaião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Faílde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Parâmio . . maço Correspondência especial do Governo Civil. . . . Carragosa . . . . . . . . Quintanilha . Samil . . . . . . . . . . Babe . . . . . . . . . . . . . . . Castro de Avelãs . . . . . . Sortes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Meixedo . Rio Frio de Outeiro . . Grijó de Parada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mós de Rebordãos . . . . Totais . . . . . Produção média dos cinco anos anteriores a 1850 50 271 303 304 327 445 61 155 87 98 44 70 140 80 130 42 132 135 51 50 75 260 50 105 104 53 51 85 76 50 130 51 32 73 71 100 70 15 100 80 41 70 10 24 260 75 50 41 49 54 5280 pipas (1144) » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » pipas Produção média dos cinco anos posteriores a 1858 60 280 320 340 370 500 65 160 90 100 50 77 150 84 140 44 140 140 55 60 80 270 54 110 111 56 55 90 80 54 145 60 35 75 80 115 80 21 115 100 45 80 12 34 280 85 55 44 54 60 5760 pipas (1145) » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » pipas (1143) Extracto de um documento oficial existente no Museu Regional de Bragança. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (1144) A 13$416 réis cada pipa. . . Parada . . . . . . . . . . . . . . Deilão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Castrelos . . . . . . . . . . . . . . . . . Gostei . . . . MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . . . Bragança (Sé) . . . . . . . . . . . . . . . . . . Milhão . . . . . . Carrazedo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Santa Comba . . . . . . . . Paradinha Nova . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (1145) Idem a 38$480 réis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Rebordainhos . Serapicos . . . . . . . . . . . . . . São Pedro dos Sarracenos . . . Donai . . . . . . Macedo do Mato . . . Quintela . . . . . . Rebordãos . . Pombares . Calvelhe . . Coelhoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Santa Combinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Baçal . . . . . . . . . . . . . . Rabal . . . . . . . . . Aveleda . . . . . . . . . . . Rio de Onor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Espinhosela . . . . . . . . . . . Zoio . Izeda . . . Sendas .804 TOMO VII VINHO Mapa da produção e preço do vinho no concelho de Bragança. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pinela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . consta estar concluído o processo para Manuel Lopes dos Santos. de Babe. (1146) Ver tomo II. a instalar uma máquina de destilação de vinhos para aguardente no sítio de Trás-do-Lagão.VINHO 805 TOMO VII semos aos moldes que a natureza da nossa terra nos talhou. Abreiro – Por resolução do Conselho de Distrito de 16 de Março de 1863 foi autorizado Pedro Monteiro Lopes a montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente na freguesia de Abreiro. concelho do Mogadouro. concelho de Bragança. p. destas Memórias. Ver adiante Pombal. residente em Bragança. uma máquina de destilação de vinho para aguardente. que fica entre as extremidades das ruas denominadas Portas da Cadeia e Moreirinhas. Esta quinta pertence hoje à viúva D. e António José Lopes. de Lagoaça. Devemos notar que já aqui havia outra fundada em 1861 (1146). sob pena de aniquilamento. com data de 12 de Setembro de 1878. 449. Havia ali mais duas: uma fundada em 1862 e outra em 1874. Babe – Por ofício do governador civil ao administrador do concelho. concelho de Alfândega da Fé. montar uma máquina de destilação de vinho na quinta do Silva. Na sericicultura e na viticultura está a vida económica da região bragançana. Havia já outra instalada em 1874. datado de 15 de Junho de 1878. Alfândega da Fé – Na sessão de 25 de Novembro de 1869 foi autorizado Manuel Joaquim de Oliveira. Barrabás. foi-lhe comunicado que Sebastião José Ferreira. Baçal – Na sessão do Conselho de Distrito de 19 de Novembro de 1867 foi autorizado Luís Aparício Dias Mendes Saldanha. de Bragança. têm licença para montar. subúrbios desta cidade. por despacho do governador civil do distrito de Bragança. por isso lhe consagramos particular atenção. Bemposta – Em Março de 1879 foi autorizado. Bragança – De um ofício do governador civil do distrito de Bragança ao administrador do concelho. de Bragança. próximo ao rio Fervença». concelho de Mirandela. de Bragança. José António de Campos a montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente em Bemposta. a estabelecer uma máquina de destilação de vinho para aguardente em Baçal. – Houve outra máquina de destilação de vinho para aguardente na quinta de Afonso Rodrigues de Paula. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . – Em ofício de 27 de Abril de 1878 comunica o governador civil ao administrador do concelho que António José Lopes. junto à ponte do rio Sabor em 1878. como requereram. Guilhermina Teixeira. tinha licença para montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente «ao sul do largo. Freixiel – Por resolução do Conselho de Distrito de 26 de Abril de 1864 foi autorizado Eduardo António de Almeida. Castanheiro – Em 1866 foi concedida autorização a Casimiro António Ribeiro da Silva. de Lagoaça. Havia outra fundada em 1866 na rua dos Pereiros. de Ervedosa. Castelo Branco – Por resolução do Conselho de Distrito de 10 de Março de 1866 foi autorizado António José de Oliveira. do Castanheiro. de Carção. limite desta cidade. limite de Ervedosa. poder montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente nesta povoação. obteve licença para estabelecer uma máquina de destilação de vinho para aguardente na referida povoação. e Luís dos Reis Pinheiro. Castro Vicente – Por igual resolução e na mesma data foi concedida licença a Francisco Manuel Cordeiro. de Castro Vicente. a montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente na mesma povoação. Ervedosa – Foram autorizados por resolução do Conselho de Distrito de 10 de Março de 1866 João Manuel Adão Branco.806 TOMO VII VINHO – Na sessão do Conselho de Distrito de 16 de Março de 1872 obteve licença Bernardino José Pires. a instalarem uma máquina de destilação de vinho para aguardente no sítio da Ribeira de São Nicolau. de Bragança. limite da referida povoação. a montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente na povoação de Castelo Branco. concelho de Vinhais. concelho de Carrazeda de Ansiães. a montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente em Coelhoso. para estabelecer uma máquina de destilação de vinho no sítio da Boavista. Carção – Em ofício de 20 de Maio de 1878. – Por alvará de 10 de Março de 1876 foi concedida licença a António MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . foi autorizado em 1876 a montar uma máquina de destilação de vinhos para aguardente no sítio da Fonte do Prado. dirigido pelo governador civil ao administrador do concelho. diz-lhe estar concluído o processo para João António Lopes. concelho do Mogadouro. para instalar uma máquina para destilação de vinho. de Freixiel. de Paçó de Outeiro. para instalar uma máquina de destilação de vinho para aguardente na quinta de Santa Ana. Edral – Em 1866 foram autorizados João Ribeiro e João Gonçalves a estabelecerem uma máquina para destilação de vinho em Edral. Coelhoso – Em Novembro de 1880 foi autorizado Afonso Martins. de Carviçais. de Chacim. Carviçais – Luís Ferreira Salgado. Chacim – Em ofício de 7 de Março de 1878 comunica o governador civil ao administrador do concelho que António Augusto Ribeiro. do mesmo concelho. concelho de Valpaços. concelho de Bragança. de Vassal. de Palácios.VINHO 807 TOMO VII Joaquim Ferreira Henriques. datado de 12 de Setembro de 1878. a estabelecer uma máquina de destilação de vinho para aguardente na mesma povoação. a montar uma máquina para destilação de vinho em Gimonde. Deve tratar-se de Grijó de Vale Benfeito. de Bragança. de Freixiel. Moncorvo – Em 1869 foi autorizado Manuel António da Costa Guimarães a estabelecer uma máquina para destilação de vinho na quinta da Formiga. poder montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente na povoação de Milhão. Grijó – Em 1866 foi autorizado Carlos António de Miranda. consta estar concluído o processo para Domingos Manuel Pires. destas Memórias MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Milhão – De um ofício do governador civil ao administrador do concelho. p. de Guimarães. concelho de Bragança. concelho de Moncorvo. Gimonde – Na sessão do Conselho de Distrito de 29 de Dezembro de 1866 foi autorizado Manuel Maria Martins. Mirandela – Na sessão do Conselho de Distrito de 24 de Novembro de 1863 foram autorizados Francisco Manuel Teixeira e seu irmão Manuel Maria Teixeira a estabelecerem uma máquina de destilação de vinho para aguardente na rua do Toural. de Mirandela. Já aqui havia outra fundada em 1858 (1147). – Em ofício de 28 de Março de 1878 do governador civil para o administrador do concelho diz-lhe que Augusto Emílio Pastor. Horta da Vilariça – Na sessão do Conselho de Distrito de 28 de Janeiro de 1869 foi autorizado Manuel António da Costa Guimarães. daquela vila. Lamalonga – Por resolução do Conselho de Distrito de 15 de Janeiro de 1864 foi autorizado José António de Morais. de Grijó. concelho de Macedo de Cavaleiros. 447. a estabelecer uma máquina de destilação de vinho para aguardente na sua povoação. Meireles – Na sessão do Conselho de Distrito de 24 de Novembro de 1863 foi autorizado Daniel Gonçalves Seixas a estabelecer uma máquina de destilação de vinho para aguardente na povoação de Meireles. de Lamalonga. concelho de Vila Flor. (1147) Ver tomo II. concelho de Vila Flor. para montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente na mesma povoação. freguesia da Horta da Vilariça. a montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente na quinta da Formiga. em Mirandela. tem licença para montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente na travessa de São Cosme. concelho de Bragança. Murçós – Por resolução do Conselho de Distrito de 3 de Novembro de 1864 foi autorizado Bento José Gomes. limite da povoação do Pombal. Navalho – Por resolução do mesmo Conselho de 23 de Junho de 1864 foi autorizado Domingos António Machado. concelho de Macedo de Cavaleiros. foi autorizado a estabelecer uma máquina de destilação de vinho para aguardente na povoação de Peredo. – Na sessão do Conselho de Distrito de 10 de Março de 1866 foi autorizado José Caetano Romão de Meneses e Melo. Pombal – Por resolução do Conselho de Distrito de 6 de Dezembro de 1866 tiveram licença António de Noronha Botelho de Magalhães e Manuel de Sousa. de Jou. dos Olmos. a montar uma máquina de destilação de vinho no sítio de Penouços.808 TOMO VII VINHO Igual licença obteve em 1871 António Caetano de Oliveira. limite de Murçós. concelho de Macedo de Cavaleiros. concelho de Mirandela. a montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente em Peredo. concelho de Alfândega da Fé. concelho de Macedo de Cavaleiros. Paradela – Na sessão do Conselho de Distrito de 12 de Dezembro de 1863 foi autorizado Romão Franqueira a estabelecer uma máquina de destilação de vinho para aguardente em Paradela. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . concelho de Carrazeda de Ansiães. bairro do Caniçal. Parada – 14 de Agosto de 1872 foi autorizado Afonso Martins a estabelecer uma máquina para destilação de vinho para aguardente em Parada. de Vale Pereiro. Nunes – Na sessão do Conselho de Distrito de 20 de Dezembro 1865 foi autorizado Francisco Martinho. para montarem uma máquina de destilação de vinho para aguardente na quinta de Barrabás. Paçó de Outeiro – Por alvará de 13 de Junho de 1871 foi concedida licença a Afonso Martins para montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente em Paçó de Outeiro. como consta da carta do governador civil do distrito de 26 de Julho de 1877. limite de Navalho. a montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente em Peredo. da mesma vila. a montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente no sítio da Quinta. Peredo – Por resolução do Conselho de Distrito de 15 de Janeiro de 1864 foi autorizado António Joaquim Lopes. a montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente no sítio de Frieira. concelho de Macedo de Cavaleiros. de Abreiro. – Manuel Maria Doutel. concelho de Bragança. concelho de Mirandela. concelho de Valpaços. concelho de Vinhais. concelho de Carrazeda de Ansiães. de Edrosa. do lugar do Amieiro. limite do lugar de Nunes. para montar outra no sítio da Corredoura. de Azinhoso. concelho de Bragança. de Moncorvo. concelho de Alijó. segundo consta da carta do governador civil do distrito de 6 de Agosto de 1877. segundo nos informou seu neto o doutor Casimiro Henrique de Morais Machado.VINHO 809 TOMO VII – Em 1866 foram autorizados o padre Joaquim da Veiga Martins. Rebordelo – Em 1876 teve licença Manuel Maria Martins. Sendim (concelho de Miranda do Douro) – Manuel Joaquim de Oliveira. Samões – Em 1873 obteve licença José Aurelino de Morais para estabelecer uma máquina de destilação de vinho para aguardente no sítio do Barracão. concelho de Vila Flor. para estabelecer uma máquina para destilação de vinho em Vale de Prados. Vale de Prados – Em 1871 foi concedida licença a Afonso Martim. Idêntica licença obtivera em 1865. uma máquina de destilação de vinho para aguardente. de Bragança. a estabelecer uma máquina de destilação de vinho para fabrico de aguardente em Rabal. de Seixo de Manhoses. Sesulfe – Por resolução do Conselho de Distrito de 15 de Setembro de 1864 foi autorizado Inácio Bernardino de Almeida. Tó – Em 1856 montou o doutor Francisco Casimiro de Morais Carvalho Machado na povoação de Tó. e António Lopes Ribeiro. limite de Samões. concelho de Macedo de Cavaleiros. Rio Frio de Outeiro – Por ofício do governador civil ao administrador do concelho de 12 de Setembro de 1878 consta estar concluído o processo para Bernardino José Pires. deste concelho. montar uma máquina de destilação de vinho em Rio Frio de Outeiro. da mesma vila. Serapicos – A 4 de Maio de 1872 foi autorizado António Manuel de Oliveira a estabelecer uma máquina de destilação de vinho para aguardente em Serapicos. de Paçó de Outeiro. concelho do Mogadouro. Vale de Telhas – Na sessão do Conselho de Distrito de 28 de Novembro MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . concelho de Carrazeda de Ansiães. Seixo de Manhoses – Em 1874 foi concedida licença a Augusto dos Santos Moutinho. de Bragança. freguesia de Milhão. de Sendim. para montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente. limite da mesma povoação. de Rebordelo. concelho de Bragança. Rabal – Por resolução do Conselho de Distrito de 17 de Outubro de 1866 foi autorizado Joaquim José de Barros. para estabelecer uma máquina de destilação de vinho no sítio da Calçada. da Samorinha. residente em Vale de Pradinhos. a estabelecerem uma máquina de destilação de vinho para aguardente no Pombal. foi autorizado a montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente nesta povoação. a montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente em Sesulfe. concelho de Vila Flor. de Carrazeda de Ansiães. de Bragança. no sítio da Batoca. tinha uma máquina de destilação de vinho para aguardente Henrique José Ferreira de Lima. concelho de Vila Flor. Vinhais – No Bairro do Campo. destas Memórias. como consta da carta do administrador deste concelho de 22 de Agosto de 1859. concelho de Vila Flor. Vilarinho das Azenhas – Na sessão do Conselho de Distrito de 2 de Abril de 1872 foi concedida licença a João Alves Calado e irmão para estabelecerem uma máquina de destilação de vinho para aguardente no sítio da Custanha. Ver a rubrica Vila Flor. pág. Vila Flor – Em 1872 foram autorizados João Alves Calado e irmãos a estabelecerem uma máquina de destilação de vinho no sítio da Curtainha. a montar uma máquina de destilação de vinho no sítio da Freixeda.810 TOMO VII VINHO de 1865 foi autorizado Miguel de Sousa Boure. concelho de Mirandela. Já em 1866 Manuel da Silva e Luís da Costa Morais tinham obtido licença para montarem outra na rua da Portela de Vila Flor e ainda outra no Bairro do Campo. termo de Vilarinho das Azenhas. limite de Vale de Telhas. Já aqui havia outra. de Sanfins. 449. em Vinhais. Vilas Boas – Por resolução do Conselho de Distrito de 3 de Novembro de 1864 foi autorizado José de Morais Botelho. Vinhas – A 13 de Agosto de 1872 foi autorizada a criação de uma máquina de destilação de vinho para aguardente em Vinhas. limite daquela povoação. como dissemos no tomo II. a montar uma máquina de destilação de vinho para aguardente. em Vinhais. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . de Vilas Boas. concelho de Macedo de Cavaleiros. abade de Podence (Macedo de Cavaleiros). MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Doutor Vítor Maria Teixeira. Doutora D. Doutor Hernâni Monteiro. Doutor António Augusto Pires Quintela. subsecretário de Finanças em Bragança. presidente da Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta. Tenente Alfredo Augusto Guerra. director da agência do Banco de Portugal em Bragança. Padre António José de Morais. Doutor Francisco Felgueira Júnior. prior de Argozelo. residente em Lisboa. lente da Faculdade de Medicina do Porto. já mencionados pelas diversas páginas deste tomo. bem como os doutores António Francisco de Meneses Cordeiro e José Vaz de Sousa Pereira Pinto Guedes Bacelar). abade de Carviçais. Padre Vicente Carneiro. professor da Escola Industrial de Bragança. Procópio Augusto Dias. concelho de Bragança. Padre José Manuel Miranda Lopes. pároco de Vila Flor.ABREU | AFONSO 811 TOMO VII Devotados beneméritos que nos forneceram ou obtiveram notícias para este tomo Além de outros. a alma desta publicação. Doutor Raul Manuel Teixeira. professor do Liceu de Bragança. a quem devemos valiosas informações e investigações. secretário-geral do Governo Civil de Bragança. natural de Quintanilha. de Bragança. intendente de pecuária em Bragança. Doutor Francisco Mós. Regina da Glória Pinto de Magalhães. (Estes quatro beneméritos regionalistas continuam sendo os grandes Mecenas. apontamos mais os seguintes: José António Furtado Montanha. Padre José Augusto Tavares. Padre António B. General Aires Osório de Aragão. Pinto.812 TOMO VII ABREU | AFONSO Doutor Alberto Augusto Ferro de Beça. Manuel António Monteiro. abade de Cicouro. Maria de Morais Madureira Machuca. residente em S. de Rebordãos. Raul Pereira Marques Marinho. José Henriques de Sousa Seco. chefe da 2.ª repartição da secretaria-geral da Universidade de Coimbra. Padre Francisco Manuel Alves. Doutor Alfredo Dias Pinheiro. autêntica glória não só trasmontana mas também portuguesa. de Santa Justa (Alfândega da Fé). Doutor Abílio Adriano de Campos Monteiro. de Bragança. escritor. António Aníbal de Almeida. de Bragança. pároco de Nogueira. pároco de Castro Vicente. de Santa Justa (Alfândega da Fé). Doutor Francisco Guerra. Doutor José Leite Pereira de Seabra. Padre Manuel António Fernandes. de Peredo (Macedo de Cavaleiros). a quem devemos mui especiais informações e investigações. do Porto. de Vale Benfeito. empregado do Governo Civil de Bragança. de Lisboa. Padre Francisco Manuel da Rocha. de Vila Flor. Simão de Morais Madureira Machuca. Monsenhor José Augusto Ferreira. de Bragança. pároco de Alfândega da Fé. professor do Liceu de Guimarães. fecundo e vernáculo escritor. de Braga. Padre Filinto Elísio Afonso. Padre António Augusto Veloso. Padre Adérito Pimentel (de Bragança). Major António José Teixeira. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . pároco de Rebordainhos. pároco de São Julião (Bragança). delegado do Procurador da República. Padre Vítor Fortunato Botelho. pároco de Coelhoso. Mamede de Infesta (Matosinhos). médico. Padre Manuel Maria de Castro Pires. pároco de Salsas. Doutor Álvaro da Cunha Ferreira Leite. chefe da secretaria de Finanças de Bragança. D. de Vila Chã da Braciosa. Tenente Francisco António Conçalves Xavier. de Vinhais. José Alves. Tenente João José Vaz de Morais de Abreu e Sarmento. Doutor António Olímpio Cagigal. Padre Francisco António Gomes. professor primário de Rebordelo. Cândida Florinda Ferreira. distinta professora em Babe. abade de Rebordãos. de Peredo (Macedo de Cavaleiros). D. Padre Abel Pires. Júlio Maria Chaves de Lemos. Padre Alípio José Alves de Morais. abade de Frezulfe. D. Doutor Amadeu Américo de Magalhães Cardoso. José Maria Pires. de Mirandela. Doutor Casimiro Henriques de Morais Machado. José Alves. de Vilar do Monte. Padre João Inácio Rodrigues da Costa. da Torre de Dona Chama. António José Pires Avelanoso. Maria Ermelinda Ferreira. Padre Domingos dos Reis Afonso. Fernando Braga Barreiros. professor em Miranda do Douro. Padre João António Martins. abade de Vilar do Paraíso. Capitão Tomás Augusto Salgueiro Fragoso. Padre Luís Alberto Cid. major de infantaria. a quem devemos mui valiosas informações e investigações. Bento da Silva Mendes. de Mirandela. António Gonçalves. David Tiago Pires. distinta aluna universitária e escritora. João António Lopes Cardoso. abade de Vila Cova de Carros. Doutor Adérito Mendes Madeira. abade aposentado de Sambade. bibliotecário-arquivista do Ministério das Colónias. descendente do nobre Daniel José Dias de Castro Pereira. João do Nascimento Pires. de Urros. cónego da Sé de Bragança. farmacêutico. José Augusto de Figueiredo. do Mogadouro. de Lisboa. Doutor Eugénio Guedes de Andrade. de Talhinhas (Macedo de Cavaleiros). empregado da Câmara Municipal de Bragança. de Macedo de Cavaleiros. pároco de Vinhais. de quem falámos no artigo respectivo. pároco de Donai. de Bragança. Ernesto Augusto Pereira Sales. pároco de Candedo. Padre António José Bartilotti. abade de Meixedo. da Torre de Dona Chama. Doutor António Henrique de Figueiredo Sarmento.ABREU | AFONSO 813 TOMO VII Padre Manuel José da Ressurreição Palmeiro. Padre Joaquim Coelho da Rocha. pároco de Alvites. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . governador civil do distrito de Bragança. onde se imprimiu este tomo. Doutor Artur Águedo de Oliveira. Doutor António de Sampaio Chaves. que exalça a benemerência científica de quem tão nobremente contribui para ilustrar a história da sua terra. Francisco Manuel de Matos. Chaves. falecido durante a impressão deste tomo. da Universidade do Porto. professor de Santa Comba da Vilariça. pároco de Mirandela. da Horta da Vilariça (Moncorvo). FIM MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .814 TOMO VII ABREU | AFONSO Doutor Francisco de Barros Ferreira Cabral Teixeira Homem. Casa de Samaiões. Américo do Sacramento Dias. À Junta Geral e às câmaras municipais do distrito de Bragança. subsídio que a posteridade culta certamente bendirá pelo grandioso intuito de acrescentar mais uma pedra ao monumento a erguer em honra do glorioso rincão bragançano. Padre Luís Praça. de Miranda do Douro. de Parambos (Carrazeda de Ansiães). secretário da Câmara Municipal de Bragança. Doutor António de Carvalho e Sá. Júlio Guedes. Padre Francisco Simão Rodrigues Vaz. de Moncorvo. a profundeza do nosso reconhecimento pelo subsídio para a publicação de mais este tomo. Doutor Joaquim Rodrigues dos Santos Júnior. engenheiro. Coisa rara em mestres de latim. Doutor Clemente Mondragão. É de santo a paciência com que este culto latinista tem aturado as nossas impertinências investigadoras. Padre Manuel Domingos Afonso Tisa. pároco de Rabal. pároco de Aveleda. gerente da Tipografia Empresa Guedes. que cheias desse acendrado civismo regionalista. [4] Norberto Lopes desenvolveu uma importante actividade no Diário de Lisboa. diz ela: Esta capela mandou mudar o princepe D. permanecendo inédito o terceiro. [3] Francisco da Costa Lobo foi director do Observatório Astronómico até 1934. de quem falámos nos tomos I e VI destas Memórias. Chaves. Pedro Governador deste reino do / sitio do Toural por perjudicar a fortificação a pedimento do adm / nistrador Gregorio de Castro Moraes comendador da Ordem de Christo fidalgo / da casa de Sua Alteza sargento maior de batalha governador das armas da provincia / Anno de 1681. Na fachada da casa contígua à capela há um escudo esquartelado com as armas dos Morais. Chaves. [6] De seu nome completo Manuel Maria Múrias Júnior. [5] A sua obra Folclore do Concelho de Vinhais era constituída por dois volumes. mas a sua produção literária ampliou-se significativamente após o abandono da direcção de A Capital. assumindo a direcção do periódico entre 1956 e 1967. Faleceu em 29 de Abril de 1945. Faleceu em 25 de Agosto de 1989.815 TOMO VII NOTAS DE REVISÃO [1] Trata-se da Beira Alta. que devemos à muita gentileza do erudito escritor Doutor Francisco de Barros. Participou na fundação da Caixa de Reformas e de Pensões dos Jornalistas. [2] Este nome consta da errata da 1ª edição. Pimentéis e Castros (seis arruelas)». aderiu ao integralismo MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . bem como no Sindicato destes profissionais que instituiu um Prémio de Reportagem com o seu nome. Em 1942 publicou o Perfil de Teixeira Lopes. acrescentando agora a seguinte inscrição existente na capela de Santa Catarina. dando à estampa vários trabalhos nas décadas de 70 e 80. Foi sócio correspondente da Academia das Ciências (desde 1977) e membro eleito do Conselho de Comunicação Social. Valcáceres e Castros (seis arruelas) e no retábulo do altar-mor da capela outro também esquartelado com as armas dos Morais. data em que lhe foi conferido o título de director de honra do referido observatório. em Chaves. Desdobrando os breves e as letras inclusas. Em 1968 fundou o diário A Capital que dirigiu até 1970. com a seguinte explicação: «Também na lista dos Governadores das armas da província de Trás-os-Montes escapou Gregório de Castro Morais. sendo agraciado com a Ordem da Liberdade em 1981. Recebeu vários prémios jornalísticos. além de diversas traduções de autores estrangeiros. Este amigo e colaborador do Abade de Baçal faleceu em 5 de Outubro de 1965. [12] O Padre Henrique Daniel Saraiva da Guerra já teve entrada neste volume das Memórias pelo seu último nome. [21] Na 1ª edição este verso constava do seguinte: «Parte o povo do Egito. Cinco anos mais tarde foi nomeado subsecretário de Estado das Finanças. que recebeu várias condecorações e fez parte da lista de sócios do Instituto de Arqueologia. Também em 1935 iniciou funções como deputado. com Hernâni Cidade. seguramente. além do dia 16. em 24 de Julho de 1960. [8] Em 1930 Artur Águedo de Oliveira foi nomeado juíz e vice-presidente do Tribunal de Contas. digo. Domingos Augusto de Miranda Ferreira Deusdado. Afonso V. em Niterói. presidente dos municípios de Moncorvo e de Vila Flor e governador civil do distrito entre 1931 e 1933. mas colaborou assiduamente em outros jornais e revistas. Foi também director da revista Ocidente. sem dúvida. [22] No Museu não há já documentação. pertencendo esta pasta a Oliveira Salazar. tendo sido transferida para o Arquivo Distrital de Bragança. O Dr. Além das citadas escreveu outras obras. a História da Expansão Portuguesa no Mundo. [14] O autor faz algumas confusões: este carmelita. professor do Magistério de Lisboa e director do Arquivo Ultramarino. à freguesia de Vila Boa de Ousilhão. ensinou na Inglaterra. sucedendo a António Sardinha na direcção da Nação Portuguesa. que será a mesma. Lourenço do Escorial. [20] Refere-se. em 10 de Abril de 1935. [11] É lapso pois trata-se do convento de S. Deixou dezenas de livros sobre variados temas. Mais à frente há referência à freguesia de S. o texto quer também referir-se aos dias 17 e 18. [13] É lapso do autor pois José Bonifácio de Andrade e Silva faleceu no Brasil. pregador e consultor de D. foi presidente da direcção do Grémio Transmontano e da Casa de Trás-os-Montes em Lisboa. vários prefácios. [7] Este Parecer estava referido nas Erratas e Adições da 1ª edição. representando o círculo de Bragança. [19] Refere-se. Faleceu em 17 de Novembro de 1961. [16] Lebução é freguesia do concelho de Valpaços. para o Egito». totalmente cego. da freguesia de S. Estudou engenharia electrotécnica e foi deputado e senador pelo partido republicano. MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . em 20 de Junho de 1962. Em 1948 foi nomeado presidente do Tribunal de Contas e entre 1950 e 1955 desempenhou o cargo de Ministro das Finanças. tendo sido professor de Teologia em Amhton e faleceu em 1486. [15] O padre José Augusto Tavares morreu em Carviçais. [17] Esta obra constava das Erratas e Adições da 1ª edição. Julião de Palácios. Julião (Bragança). ora de Angola. com toda a certeza. [18] Trata-se. sendo representante ora de Bragança. Foi deputado a partir de 1942.816 TOMO VII NOTAS DE REVISÃO lusitano. à freguesia de Quintela de Lampaças. e dirigiu. Faleceu em Lisboa. do semanário Acção e dos diários Revolução Nacional e Diário da Manhã. Faleceu na capital. João Carlos de Noronha foi deputado na legislatura de 1921. [9] Nasceu em Mirandela em 1872. [10] Pela relação que se segue depreende-se que. [23] Quem conquistou Angola aos holandeses foi Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688). ................... Aires (Rodrigo) ................... Almeida (Ricardo Rafael de)............................................ Almeida (António da Cunha e) .............................................................. Abreu (Fr.................. Alcoforado (Francisco Joaquim de Sousa)............................................ Alvaredo (António Bernardo Gonçalves)......................................................................................................................................................................................................... Alpoim (Francisco Xavier Borges).......................................................... Alorna (Marquês de) . Albuquerque (Francisco de Almeida Cardoso e)..................................................................................................................................................................... Afonso (Manuel) ..................................................................................... Alvaredo (Francisco José Gonçalves)............................................... Álvares (Padre Bartolomeu)......................................... Alves (António Carlos).......................................................... Almeida (António Caetano de) .......................................... Alarcão (Rui de Figueiredo de).......................................................................... i III A Abreu (Alípio Albano de)........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Fernando de)....................................................................................................................................... Aguiar (Gonçalo de).................................................................................................................................................................. PREÂMBULO ........................... Almeida (Humberto de) .... Almeida (António Maria Pereira de).... Abreu Afonso (António Vicente de) .......................................ÍNDICE [INTRODUÇÃO] .... 1 1 1 1 2 2 2 10 10 10 12 12 13 13 13 14 14 14 14 15 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .......................... .......................................... Amorim (João Pinheiro de)........................................................................... Alvor (Bernardo Filipe Neri de Távora.............. conde de) ... 1. 2...................................................................................................................................................... Aragão (Alexandre Manuel Ferreira Álvares Pereira de)....................................................... António de Almeida.................................................................. Andrade (Olímpio Guedes de) .......... Antas (Miguel de Morais) ................................................................... Azevedo (José Velho de) ...... Aragão (José António Ferreira de)........................... Apolinário (São) .............................................. visconde das) ................................................................................° conde de) ............... Andrade (André Manuel Freire de)..................... João Manuel de Noronha......................................................................................................................... Azevedo (Manuel António de)....................................................................................................... Araújo (Álvaro de Mendonça Machado de) ........................... Amarante (Francisco da Silveira Pinto da Fonseca........................................................................................................................................................................................ Atalaia (D........................................... conde de) ................................................................................................. Amado (Adrião Martins) ...................................................................................... Azevedo (Belchior Leite de) ..... Avintes (D........................................... 1........... Ares (António Nunes) ........... Amarante (Manuel da Silveira Pinto da Fonseca Teixeira [conde de] depois 1.............................................. Amorim (João Lopes de) .......................° marquês de Chaves)...................° conde de) ................... Arcas (Francisco de Assis Pereira do Lago........818 TOMO VII ÍNDICE Alves (Francisco Manuel)........................................................................................................................................................ Aragão (Manuel António de)..................... Alvor (Francisco de Távora.................................................... Antas (António Raimundo de Morais) ...................................... Ameno (Francisco Luís) .................. Azevedo (José Alves Pinto de).................................................................. Andrade (Matias de) ..............................................................................................................................................................................................................................................° conde de) . Andrade (Jacinto Freire de) .................................. Andrade (Eugénio Guedes de)............° conde de)............................ Andrade (Domingos Teixeira de) ....................................................................................... Atouguia (João Gonçalves de Ataíde.............................................. 2.............. 16 19 20 20 21 21 21 23 23 24 24 24 24 25 25 25 25 25 26 26 28 29 29 29 29 29 30 30 30 30 30 30 31 32 32 B Baçal (concelho de Bragança) ..... Anhaia (João de Ordaz) ................................... Araújo (Padre Miguel de) ........................................................ 33 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ................................................................ Araújo (Abel de Mendonça Machado de)........................ Antunes (Manuel) .... ...................................................................................... Bandeira (Paulo da Costa) ............................................................................................ Bandeira (Manuel António Leitão) ......................................................... Barros (Paulo de)...................................... Borges (Manuel de Morais Magalhães) ....... Beça (Desidério Augusto Ferro de)............................................. 2................ Beça (Adriano)............................................................................................................................................. Beça (Alberto Augusto Ferro de) .............................................................................. Barbosa (André Pinto) ................................ Bacelar (José Vaz de Sousa Pereira Pinto Guedes) ....................................................................................................................................................................................................................................................................... Beça (Carlos Augusto Ferro de Madureira) .......................................................... Baptista (Álvaro)............................................................................... 33 33 33 34 38 39 39 39 39 39 40 40 40 40 41 41 41 41 46 47 47 48 48 50 51 51 51 51 53 53 54 54 55 55 55 56 56 56 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ............................................ Bustamonte (João Rodrigues) ...................... Borges (Padre Bartolomeu de Castro)...............................° visconde da)............................................................................................................................................................................................... Brito (Pedro de Sousa) ............................................................................................ Barbosa (Diogo de Caldas) ................ Bragança (Padre Bartolomeu de) ............................................................ Barrassa ou Barros (Diogo) .................................. Borges (José Cardoso) ................... Beça (José António Ferro de Madureira) ....................... Borges (Manuel) ................................................................................ Barros (Bento José de Sousa Brito de).............................................................................................................................. Beça (Abílio Augusto de Madureira) ......... Bernardo Luís Xavier........................... Beça (Humberto)............................................................................................................................................................................................................................................................... Bacelar (Fernão Pinto) ......................................................................... Botelho (Bernardo de Brito) ...................................................................................... Barros (João de)....................................................................................... Bacelar (Manuel Pinto) ............................................................ Barros (Guilhermino Augusto de)............ Barros (Manuel Luís Correia de) .......................................................... Braga (António Augusto Gonçalves) ................................................ Barros (António Augusto de)................................................................................... Bouça (Manuel Pinto Guedes Bacelar Sarmento........................................... Barreira (António Joaquim da Veiga)............................................................................................................. Braga (Miguel Tobim de Sequeira)................... Beça (Sebastião António Ferro de) ................................................................................... Botelho (Manuel de Matos) ............................ÍNDICE 819 TOMO VII Bacelar (António Vaz Pereira).................................. ........................... Cardoso (Henrique José dos Santos)...................... Carvalho (Bernardo José Henriques de) ............................................................... Calado (Joaquim Ferreira Pina) .................................................................. e não Carneiro...................................................................................... 56 57 57 57 58 58 59 59 59 60 60 61 73 74 74 74 74 75 75 75 76 76 77 78 81 81 81 81 83 84 85 85 85 86 86 86 87 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .................................. Cardoso (Acácio António Camacho Lopes).. Cabral (Sebastião da Veiga)......... Carvalho (A............ Carvalho (António Veloso de) .......................................................................... Cardim (Padre João) ......................................... Carvalho (Alfredo de Morais)....................................................................................................................................................................................... Cardoso (José Silvério Rodrigues)..................... Campilho (Pedro Vicente da Silva Barreto de Morais Sarmento) .......................... Cabral (José Marcelino da Rocha)...................... Camelo (António Moreira..................................................... Carvalhais (Rodrigo Pinto Pizarro Pimentel de Almeida) ............................... António Luís da Veiga Cabral e) ................................... Cagigal (António Olímpio)...................................... Campos (Joaquim José de) ................................................................................................................................ Carneiro (Domingos Augusto) ......................................................................................... Cabral (Francisco da Veiga) .................................. Carvalho (Adriano Acácio de Morais) .......................................................................................................................................................................................................................... Câmara (D............................................................................................................................. Carneiro (Pedro da Fontoura) ... Carmona (José António de Lima) .. Carvalho (António José Fernandes de) ..................................................... Cabral (Manuel Inácio Pereira) .............................................................................................. Camões (João da Fontoura)........................................................820 TOMO VII ÍNDICE C Cabral (Francisco António da Veiga)....... Alexandrina Augusta Ferreira Sarmento de Lousada Pimentel) ................................................................. Cabral (Sebastião da Veiga)............................................................................................................................................................................ como erradamente se lê no Catálogo da Academia)........................................................... Camelo (Manuel) ................................................................................................................................................................................... Cardoso (Amadeu Américo de Magalhães) . Camelo (Padre Alípio Albano) ...................................................... Carneiro (José Paulino de Sá)................................................. Luciano de).................. Calaínho (D. Cabral (Francisco Xavier da Veiga).......................................................................... Cardoso (Artur Alberto Camacho Lopes)..................................................................................................................... Canavarro.................................... Carvalho (Alberto de Morais Faria de) ........................ Cachapuz.................................................................. ........................................................................................................................................................................................................................................................................................ 2............................................. Castelo Melhor (D....... Carvalho (Diogo) ................ Conceição (Leocádia da)........................................................................................................................ÍNDICE 821 TOMO VII Carvalho (Caetano Henrique de) ...................................................... Castro (Júlio Pires de) ..................... Castro (Padre José António de) .................................................................. Castro (António Manuel de Carvalho e).................................................................................................. Castro (João Ferreira de)......................................................................................................................................... Carvalho (Manuel de) ............................................. Carvalho (Constâncio Arnaldo de) ............................................... Charula (João José Pereira)........................ Chagas (Frei António das) ................ Castro (D............. Carvalho (José de Morais Faria de) ............................................................................................ Castro (João Baptista de) .............................................. 87 87 87 87 87 88 88 89 89 89 89 90 90 90 90 90 91 91 91 91 92 93 94 94 94 94 96 96 96 96 97 100 101 102 102 103 103 105 111 113 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ........................................................................................... Comba (Santa) e Leonardo (São) . Castro (D................................................................. Ceia (Frei António de).................................................................................... Cerqueira (Bernardo do Carmo Borges de)....................................................... Castro (António de) ................... Rodrigo de)........................................... Coelho (Agostinho Lopes) ..................... Coelho (Bartolomeu Gonçalves) ............... Casado (José Faria)........................................................................................... Castro (Columbano Pinto Ribeiro de).. Castelo (Pedro Vaz) ... Carvalho (Norberto Augusto de).° conde de) ...................................................................... Chaves (José Manuel).................................................................................................. Carvalho (Manuel António de................................................... Castelo Branco (Jacinto de Oliveira) ........................................................................................................................................................................................................ Cirne (Manuel António de Madureira)........................................................................................ Coelho (José Francisco Trindade) ...........................° barão de Chanceleiros) ................................................................... Carvalho (Gonçalo Vaz de) ............................................................... Castro (Isaac Oróbio de).. Castro (António de) ..... 1............................................................................................................................ Chamiço (Francisco de Oliveira)........... João Rodrigues de Vasconcelos e Sousa........... Jorge de)..................................................... Coelho (João Baptista Ribeiro)........................................................................................................................................... Coelho (Eduardo José) ........................................................ Chagas (Maria das)............................................................................................................... Cicouro (Manuel José Fernandes) ....................................................................................................................................................................................................................................... Coelho (Artur Pinheiro) .... ..................... Constantino José Marques de Sampaio e Melo ................. Coutinho (António Xavier Pereira).................. Coutinho (Francisco de Moura)...........................................................................................................822 TOMO VII ÍNDICE Conceição (Luís Carlos da) ...................... 113 114 114 120 121 121 124 131 131 135 136 137 137 137 137 138 138 138 138 138 138 139 139 140 140 140 140 140 140 140 141 141 141 142 142 143 143 143 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ................... Cordeiro (Luciano)............................. Cruz (João Baptista da).......................................................... Cruz (Frei Luís da) . Cordeiro (António Francisco de Meneses) .................................................... Costa (Domingos Teixeira de Lemos) ............. Couto (António Rodrigues).......... Cordeiro (Domingos José Afonso) .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Costa (Padre José Gomes da).................................................... Costa (Miguel Bernardo Rodrigues da) ........... Costa (Francisco Xavier da) ............................................................... Correia (Francisco António)...................................................................... Coutinho (Augusto Maria da Fonseca) ................................ Coutinho (D..................... Costa (António Maria da)...................................................................................................................................................................................................................................................... Costa (Gaspar Gonçalves da).............................................. Costa (André Dias de Oliveira da)........... Correia (Maximino José de Morais).................. Cunha (José Maria da) .................................................. Cruz (João Lopes da)........................................................................................................................................................................... Costa (Manuel de Novais da)................................................................................ Cotrim (João) ............................................................................ Coutinho (Diogo de Brito) .......................... Crecente (Mosee)............ Cruz (Inácio Vaz da).. Francisco Inocêncio de Sousa) . Cunha (António Malheiro da).......................................................................................................................... Contins.............. Costa (Joana da) ........................................................................................................................................................................................................ Correia (António de Sousa) ...... Constantim ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Costa (Augusto Correia Godinho Ferreira da) ...................................... Costa (Manuel Pereira da) ........................... Costa (Tomás Gomes da)............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ Costa (Bibiano e Carlos) ......................................................................................... Costa (Francisco de Lemos da)............................................. ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ Escobar (Manuel de) ................................................... Nicolau) ................ Dinis (José Caetano Teixeira) .................................................................................... 173 173 174 174 174 174 175 175 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ............................. Delgado (Joaquim Filipe Neri da Encarnação)...................... Esteves (João Baptista Fernandes) .......................................................................................... Dente de Ouro ..................................................................................................................................................... Espírito Santo (Jordão do)................................................................................................................. Duarte....................... Dias (Frei Filipe).................................. Dinis (S........................... Faria (Manuel Severim de)........... D............ÍNDICE 823 TOMO VII D Dantas (António) ................................................................................................................................................................................................. Dias (António Augusto de Oliveira)........... Doutel (António José) .............. Fábio (António do Nascimento Rodrigues)............................................. Domingos José..................................................................................................................................................................................................................................................................... Falcão (Manuel Machado) ............................................................................................................... Falcão (Antero).......................... Doutel de Figueiredo Sarmento (Manuel).................... Doutel de Almeida (Bernardo) ............................................................... Dias (Estêvão)..................... Doutel (João José) ......................... Faria (Eduardo Ernesto de)............................................................................................................................................................................................................................................................. Deputados eleitos pela província de Trás-os-Montes ao Congresso Constituinte em 1820.... 172 172 172 173 F Fabião (Francisco António) ............. 144 144 145 146 160 166 166 166 167 168 169 169 171 171 171 171 172 172 172 E Eben (Barão de)............................................................................................ Deusdado (Manuel Ferreira) ................................................................................................................................................................................... Faria (João de) ........................................................ Deputados eleitos pelo distrito de Bragança às cortes em diversas épocas ....... Doutel de Almeida (António Venceslau).................................................. Faya (Pero de la) ................ Dine (Agostinho José Lopes) ................................................... .................................................. Felgueiras Júnior (Francisco do Patrocínio) ...................... Figueiredo (Eduardo Augusto de) .............................................................................................................................................................................................................................................. Miquelina Adelaide Ferreira de Castro e) ............................................................................................................................................................. Ferreira (D...................................................... Fernandes (António) ............................................................ Figueiredo Sarmento (Lázaro de) ........... Ferreira (Albino José de Morais) ........................ Maria Ermelinda).............................................................................................................................................................................................................................................................................................................. Fernandes (Padre João Domingos)............................. 175 177 178 178 178 179 181 181 182 182 182 182 183 183 183 183 183 183 184 184 184 185 185 186 186 186 186 187 187 187 187 187 188 188 191 191 191 191 191 191 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .................................. Figueiroa (D.......................................................................................... Ferreira (Pascoal).............................................. Ferreira (Agostinho de Bem) ................................................... Figueiredo (António Esteves Pinheiro de) ............................................. Ferreira (João) ............................................................... Fonseca (Bernardo Baptista da)................................ Fonseca (António Manuel da) ................................. Ferreira (Duarte) ....................... Figueiredo Sarmento (José António de)................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. Figueiredo Sarmento (Bento José de)................................................................................................................................................. Ferreira (Padre José Maria)......................................824 TOMO VII ÍNDICE Feijó (Padre João de Morais Madureira)..... Fonseca e Sousa de Sá Morais (Bernardo Baptista da) .................. Fernandes (José Agostinho) ..................... Maria de) . Figueiredo (D......................................................................... Fonseca (Martim Velho da)................ Figueiredo (António Lopes de)........ Figueiredo (Manuel José Doutel de) ....................................................................... Ferreira (Miguel) ..................................................... Ferreira (António) ...................................................................................... Figueira (Padre José Cardoso) ................................... Ferreira (João) ....................................... Fonseca (João Ribeiro da)............................................................................................................................................................... Figueiredo Sarmento (Domingos António Gil de)...................................................................................................................................................... Figueiredo Sarmento (José de) ............................................... Figueiredo Sarmento (Bernardo de) ........... Feio (Luís António) ......... Fernandes (Pedro) ....... Ferreira (António Joaquim)..................................................................................................................................... Fernandes (António Manuel) ................................................ Félix (Francisco) ........................................................ Figueiredo Sarmento (Francisco de) .................................................... Fernandes (Albino Manuel). .......................................... Gonçalves (Manuel) ........................................................................................................... Gonçalves (José) . Fragoso (Tomás Augusto Salgueiro)........... Gouveia (Miguel Augusto)....... Guardiola (D.................................................... Gonçalves (Diogo).................................... Governadores das armas da província de Trás-os-Montes...................................................................................................... Gato (Pedro Álvares) .................................................................... 200 200 200 200 201 202 202 202 202 204 205 205 206 208 212 212 212 212 212 213 214 215 217 219 221 222 224 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ..................... Freitas (António Luís de) ......................... Gomes (Violante) ........................................................................................ Freitas (João José de)........................................................................................................... Gomes (Jorge)........................... Garcia (Diogo).................................................. Maria Baptista dos Santos).............................................................................................................................................................................. Gonçalves (Padre Garcia).................................................................................................................................................................................. Gonçalves (Garcia) ................................ Grandais (António José Pires) ... Freixo (Jerónimo Delfim de Gouveia Gama)...................................... Galas (João José Dias) .......................................................................... Gonçalves (Horácio de Assis) .......... Fontes Barrosas....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Governadores civis do distrito de Bragança................................................................................................................................................ Frazez (Simão) .............. Garcia (Claudino Augusto César)..................... Gil (Cristóvão)............................. Garcia (Manuel Emídio) ........................................................................................................................... Galego (Domingos da Ponte) ....................................................... Gonçalves (João) ................................................................................................................................ Garcia (António Augusto)..............................................ÍNDICE 825 TOMO VII Fonseca (Sebastião Gomes da)................................................................................. Gonçalves (Afonso e António)............................................................. Franco (José António)........................................................................................................................................................................................... Galas (José Joaquim Dias)........................... 192 192 192 192 193 196 198 198 199 199 G Gaia (Martim Rodrigues de)............................................................ Fontoura (Manuel de Queiroga Correia Carneiro de) ........................................................................................................................................................................ Garrido (Aires Guedes Coutinho)........................................................... Fontoura (Francisco Carneiro)........ Galvão (Joaquim de Santo Agostinho de Brito França) ................................................................................................................................ ............................. Guerra (Doutor Francisco) .................................. Hortelão (João).......................................................... Guerra (Augusto Sebastião)................................................ Guerra (Padre Henrique Daniel Saraiva da) ....................... Jesus (Frei António de)......................... Henriques (Francisco da Fonseca) ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Guerreiro (João António) .......................... Horta (Urgel Júlio) ........................................................................................................................................................ Horta (Urgel) ..................................................826 TOMO VII ÍNDICE Guerra (Padre Adriano Augusto). 227 239 241 241 241 241 241 242 242 I Ínsula (Frei Bartolomeu)................................................................................................ Jesus (Francisco de) ....................... 244 244 244 244 249 249 250 250 255 255 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .............................................................................. Joaquim (Manuel) ................................................................................................................ Henriques (Francisco de Morais) ..................................................................... Junqueiro (Abílio Manuel Guerra)............................................................. Guerra (Ramiro Máximo) ................................................................................... Frei Aleixo de Miranda)................. 224 224 225 225 226 226 226 227 227 H Henriques (D............................................................................................... José (Maria) ...................................................................................................................................................................................................................... Henriques (Manuel de Miranda)......................................................................................... Guerra (Padre Valentim)............................. Henriques (Luís)................................................................................................................................................................................... Guerra (António Emídio) ................................................................................................... Jerónimo (Benjamim dos Anjos)................................................................................................ Jorge (José)............................................................................... 243 J Jaques (António) ............................................... Guerra (Aleixo)..................................... Homem (António Leitão) .......... Jerónimo ..................... Jesus (Frei Diogo de) .............................................................................................................................. .......................................................................... Lopo (Albino dos Santos Pereira)................................................... Lemos (Manuel Parreira de) ........ Lopes (Pero)...................................... Lopes (Augusto Abreu) ................................................................. Lopes (Padre João Rodrigues)..................................................................................................................................................................................................................................................................................... Leitão (João Baptista)... Lopes (Manuel Maria)................. Lima (Leonel de) ................................................ Lopes (Norberto)............... Leal (António dos Santos)...................................................................................................................... Leite Velho (Bernardo Teixeira de Morais)............... Lima (Padre Maximiano César Gaspar)................ 259 259 260 261 261 262 262 263 264 264 264 264 268 268 269 269 269 269 269 270 270 270 270 272 272 273 273 274 274 275 275 276 276 277 277 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ............................... Lobão (Estácio Carneiro de) ............................................................................................................................... Leal (José António Ferreira)..................................................................................................................................................... Lemos (António Pinto de Seixas Pereira de)........................................................................................................................... Lozada (Pedro Ferreira de Sá Sarmento de)....................... Leal Júnior (António Bernardo de Morais) ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ Lemos (Padres João de)...................................................................................................... Lemos (Armando Augusto Chaves de).......................................................................................................................... Lemos (Luís Manuel de) ................................................................... Lobo (Francisco Teixeira).............. Lima (Jerónimo Barbosa de Abreu e).................................................................................... Levita (Aarão) ........... Leite (Álvaro da Cunha Ferreira)........................................................................................................................ÍNDICE 827 TOMO VII L Lacerda (Manuel Bernardo Pinheiro de) ................................. Lima (Francisco José Ferreira)............................................................. Lima (Henrique José Ferreira)......... Lamadeita (Francisco Gil)....................................................................... Lopes (Domingos António) ............................ Lobo (Francisco Miranda da Costa).................................................... Lemos (João de Brito) ............ Loureiro (João Baptista Rodrigues)............................................................ Lopes (Firmino João) ................................................ Lopes (José Manuel Miranda) ........................ Lemos (Mário Miler Pinto de).................................................................................................................................................................... ................................... Maltês (Manuel de Morais)......................................................................... Mariz (Joaquim de)........................ Marcelino (Manuel António) ................. Martins (Padre Firmino Augusto) ............ Mariz (Inácio Xavier de Morais Sarmento) ............................................................................... Martins (André) ................................................................................................................................................................................................................................ Margarido (Conselheiro António Joaquim Ferreira) ........... Martins (Armando Aníbal)................................................................. Manuel (Padre Inácio) ............................................. Magalhães (Padre António Pereira Pinto de)........................................................................................................ Machado (António Maria de Morais) ....................................................................................................... Madre de Deus (Frei Miguel da)................................ Machado (José Aurélio Dias Ferreira) ........ Magalhães (António de Sousa Pinto e) .................................................... Magalhães (Luís Botelho de)............................................................... Magalhães (Júlio César Garcia de) .............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. Madureira (Cândido José Aires de) ..... Manso (D............................................ Malheiro (J....................................................... Madureira (Francisco Aires) ............. Machado (Ambrósio Luís)............................................. Machado (João António) ................. Martins (Francisco)..................................................................................... Madre de Deus (Frei Faustino da)...................................................................................................................................................................................................................................................... Machado (Francisco Xavier)....................................................... 278 278 278 278 279 279 280 280 280 281 281 282 282 283 283 284 285 285 286 287 287 287 287 287 287 290 291 291 291 292 292 293 293 294 294 294 294 295 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ........................................................................... Teixeira) ........................................ Marina (Santa)............................................................................ Malafaia (Manuel José de Oliveira) .............................................................................................. Manuel Martins) ....... Maria de Jesus)............................................................................................................................................... Manuela (D....................... Magalhães (João Caetano de) .................................................... M....................................................................................................... Magalhães (José da Costa) ........................................................ Magalhães (António Pinto de)................. Machado (Rodrigo de Sousa) ...............................................828 TOMO VII ÍNDICE M Macedo (Paulo de Antas de) ................................ Martins (António Maria Álvares)......................................... Mariano (Acácio Augusto).............................. Madeira (Adérito Jaime Mendes) .......... Marcos (Manuel) ...................................................... Manuel (António Ferreira) ................................................................................................................................................ .............................................................................. Melo (André de Morais Frias Sampaio e) ............................................................................................................... Miranda................................ Mendes (Francisco) ............................................................ Melo (José Tibério de Roboredo Sampaio e)....................................................................................................................................................... Mendonça (Francisco Furtado de) ................................................................................ Miranda (José Caetano Saraiva Caldeira de) .................................................................................................................................................................... Matos (Francisco Lopes) ........................................... Miranda (Manuel Gonçalves de) .............. Melo (Manuel Pacheco de) ... Manuel de Sousa) ......................................................................................................................... Mogadouro .................................... Meireles (António Manuel) ................................................. Moniz (D....................................................................................... 295 295 297 297 298 298 299 299 299 300 300 300 301 302 302 303 303 303 305 305 306 308 308 309 309 310 310 311 311 312 313 320 320 321 321 326 326 328 328 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ... Mártires (Frei Bartolomeu dos)........................................................................................................................... Menéres (Alfredo da Fonseca) ............ÍNDICE 829 TOMO VII Martins (Manuel Rego).............. Meireles (Manuel António de)............................................. Montalegre (visconde de) ........ António Bernardo da Fonseca)............... Melo (José Correia de) ............................................................... Miranda (Inocêncio António de) . Meireles (Francisco António) ................................................................ Matos.................... Mesquita (José Maria de Morais da) ......................................................................... Mesquitela (D............................................... Miranda (João de Deus).............................................................................. Matos (Manuel Botelho de) ....................................................................................................................................................... Mesquita (Padre Pedro de)................ Montanha (António Alberto Furtado)............ Rodrigo de Castro.............................. Mergulhão (José Freire de Matos) ...................................................................................... Melo (Adriano José de Carvalho e) ........................................................................................................................................... Miranda (António José de) ......... Melo (Pedro de)........................................ Meneses (Pedro César de) ......... Martins (Sebastião Luís) ................................. Gonçalves (João Lourenço de)............................................................................................................................... Miranda (Manuel Azevedo de) ............................... Mesquita (João de) ............................................................................................................................................................................................................................... Matos (António Alexandre de) .............. (Manuel de) e (Agostinho) ........................................................................................................................................................... Medeiros (Gonçalo de)............................. Menéres (Clemente Joaquim da Fonseca Guimarães)................................ Mendonça (Miguel Francisco de)...... Meneses (D.................................................................................... conde de) .............................................................................................................................. .................. Morais (Padre José de Andrade de) .................................................................................................. Francisca de) ...................................................................................... 329 330 333 333 333 333 334 334 334 335 335 335 335 336 336 336 336 338 338 339 340 340 342 342 343 343 343 343 344 344 344 344 344 345 345 345 346 347 347 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ..................................................................................................... Monteiro (João)....................... Morais (João Tomé de)...... Morais (Manuel Amílcar Fernandes de) ................................................................................................... Morais (Miguel Ferreira) ................................ Morais (Manuel António de)..................................................... literariamente............................................... Morais (Francisco Carneiro de)............................................................................ Monteiro (Abílio Adriano de Campos) ou............. Morais (D.............. Guilhermina Flora Lopes).......................... Morais (D................................................... Morais (Inácio de) ................................................................................................................................................................................................. Morais (Cristiano de)............................................................................................................................................................................... Morais (João Sarmento de)...... Morais (José Álvares de) .......................................................................................... Morais (António Caetano da Silva Sarmento)......................................... Morais (António Trigo de)............................................................................................................................................................ Monteiro (D.................................................................................................................. Morais (Frei José de) ......................................... Morais (Manuel de).............................................................. Morais (Manuel José Alves de) ......................................................... Morais (Guilhermino Augusto de) ............................................... Morais (Francisco de) . Morais (João Eduardo Lopes de).......................... Morais (João Pinto de)...................................... Frei Gonçalo de) .830 TOMO VII ÍNDICE Montanha (José António Furtado).............................................................................................................................................................. Isabel de) .................................................................................................................................................................... Morais (Arnaldo de)................................................. Morais (Duarte Rodrigues de)...................................................................................................... Monteiro (João Baptista Lopes)..................... Campos Monteiro... Morais (Francisco Manuel de)...................................................................................................................................................... Montes (Padre Luís Baptista)............................................................................................................................ Morais (Francisco Botelho de) ................................................................................................................................................ Morais (Padre António de Sá) ......................................... Monteiro (Avelino Augusto da Silva) .......... Morais (Maria Pires de) ...................................................................................................................... Morais (D............... Monteiro (Padre António Martins) e Manuel Vitorino Raposo ..................................................................... Morais (Gil de) ............ Monteiro (Manuel de Sousa) .................................................................................. Morais (João Fernandes de).. .................................................. Nichos dos Passos ....... Neves (Luís Gonzaga de Morais Teixeira) .................................................... Natividade (João da) ....................... Neto (Padre Francisco Joaquim) .................... Mós (Padre António Joaquim de Oliveira) ...................................... Morais (Padre Paulo Miguel Rodrigues de) ........ Morais de Abreu e Sarmento (João José Pereira Vaz de) ..................................................................................................................................................................................................... Múrias (Manuel) ................................................................................................................. Neves (José Maria Teixeira)............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. Morais (Padre Sebastião Rodrigues de)....................................................................................................................................................... José Joaquim de Azevedo) .................................................................................................. Morgado (Artur Martins) ............................................................. Nogueira..... Moura (Alberto de) .....................ÍNDICE 831 TOMO VII Morais (Paulo Botelho de) ......................................................................................................................................................... Moura (Manuel António de) ........................ Mós (Francisco Inácio Teixeira) ............................................................................................. Morais (Sebastião de)................................................. Moura (Bernardo da Silva) .......................................... 354 354 355 355 355 355 356 356 357 358 358 358 O Obediência (Manuel Rodrigues da) ..................................................................................................................................................................................................................................................... Moura (D................................................................ Morgado (Francisco José Martins)..................................................................... 358 358 359 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .............................................. Neto (António João Fernandes) ........................................ Ochoa (Francisco António) ............................................................ Mourato (Jacob Marques) ............................................................................................................................................. Morais (Rodrigo de)................................ Neto (José Maria) ......................... Noronha (João Carlos de)............................. Navarro (Doutor José Antunes Lopes).................................................................. Neto (Joaquim Maria)............................. 348 348 348 348 348 349 349 350 350 351 351 351 352 352 353 353 353 N Nascimento (António Alberto Araújo do) ................... Ochoa (José António) ............................................. Mós de Moncorvo ............................... ........................................................................................ Pavão de Sousa (Amaro Vicente).............................................................. Pegado (José António de Moura) ...................................... 370 370 370 371 371 371 371 371 371 371 372 372 372 372 372 373 373 373 374 375 380 380 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ................................ Padrão (João Manuel) ..................... Oliveira (Augusto Carlos Chaves de)............................................................................................................................................................................................................................................... Pequito (Rodrigo Afonso).......................... Oliveira (Luís da Silva Pereira de)......... Pastor (João António) .......... Oliveira (André Dias de) .... Francisco)............................................................................................................................................................................................................. Pereira (António) ........................................ Pereira (Bernardo)............................................................................................................................................ Oliveira (José de) ....................... 359 364 364 365 365 365 366 366 366 367 367 367 368 368 P Paçó de Sortes ................................................................................... Oliveira (Augusto Trajano de) .......................................................................................................................................... Pereira (Caetano Joaquim) ................................................ Pavão (António Caetano)............................ Pantoja (D.......................................................................................... Pereira (Francisco da Costa) ................... Pereira (Abraão Israel) ..................................................................................................................................832 TOMO VII ÍNDICE Ochoa (Venâncio Bernardino de)................................................................................................... Paiva (António Jaques).................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. Oliveira (Manuel Paulino de) .......................................................... Pereira (D............................ Oliveira (Manuel da Cruz)....................................................... Perdigão (Jacinto António)... Pereira (António Lobo de Macedo)...................... Oliveira (Augusto César de).. Pavão (Francisco Geraldes)......................................................................... Oliveira (Doutor António de).......................... Pavão (Domingos Neves)................................................ Oliveira (António Augusto de) ........................................................................................................................................................................................................................ Baltazar) .............................. Pereira (António Pinto) ................................................ Pereira (Daniel José Dias de Castro) ....... Pereira (António Bastos)................................................... Oliveira (José Joaquim de).................................................................... Oliveira (António de)..................................................................................................................... Oliveira (Artur Águedo de).................................................................................................................................................................................... ...................... Perez (João e Pero) ......................................................... Peso da Régua (Visconde do)............................................................................................................................................. Pessanha (Carlos de Almeida) ....................................................... Pereira (Luís Machado) ......................................................................... Pereira (Manuel Lopes)...........................................................ÍNDICE 833 TOMO VII Pereira (Francisco Manuel da Costa) ........................................................... Pereira (José Manuel Martins)........................................ Pimentel (Carlos) .......... Pimentel (Acácio Rufino de Sousa Freire) ................................................... Pimentel (Emílio Claudino de Oliveira) ................................................. Pimentel (José António da Rocha Sarmento) ............. Pereira (Manuel José) ....................................... Pessanha (João Manuel de Almeida Morais) ...................................................................................... Pereira (José António de Castro) ...................................................................................................................................................................................... Nuno Álvares) ........ Pessanha (João Pedro de Almeida Morais) . Pereira (D...................................................... Pessanha (António Alberto Charula) .......................................................................... Pereira (Jacob Rodrigues) ............. Pessanha (Carolino de Almeida) ............................................................................................................... Pimentel (António José Claudino de Oliveira)................................................................................................................... Pessoa (Manuel da Costa) ................................... Piedade (Frei Diogo da) ...................................................................... Pimenta (Serafim Cardoso) ............................................................ Pereira (Manuel António Esteves) ........ Pimentel (Domingos de Morais) ................................................................... Pessanha (José Benedito de Almeida)..................................................................................... Pereira (José)...... Pessanha (João Pedro de Almeida Morais) ....................................... Pessanha (João Manuel de Almeida Morais) ............................................................................................ Pimentel (António Xavier da Rocha Sarmento) ........................................................................................................................................................................................ Pereira (João António Esteves) . João da)......................................... Pesqueira (Visconde de S............................................................................................... Pereira (Horácio Augusto Cordeiro) ....... Piedade (Gaspar da) ............................................................................................................................................................................................ Pessanha (Francisco António de Almeida Morais)........................ Pimentel (António José de Mesquita) ........................................... 380 380 380 381 381 381 382 384 384 384 384 385 385 386 386 386 386 387 387 387 388 388 389 390 390 390 391 391 391 391 392 392 393 393 393 394 394 401 402 402 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ................................................................................................................................................................................................... Pereira (Manuel de Castro).... Pereira (Joaquim Mendes) ........................................................................................................................................................................................ Pessanha (José Manuel de Almeida Morais) ................. Pessanha (Manuel de Almeida) ............................................................................ .............. João Maria Pereira Botelho de Amaral) .............. Pinto (José Borges)............................................................................................................ Pinto (Baltasar de Seixas)...................................................................................................................................................................................................................................................... Pinto (José Joaquim) .............................................. Pinto (João Duarte)........................................ Pinto (D.............................................................. Pimentel (João Carlos de Oliveira).................. Pontes (António Ferreira) ............................................................................... Pinto (Francisco) ................................................................................................ Pissarro (Rafael José Gabriel da Costa) ................................................................................................................................................ Poças Falcão (Luís Dias).................................. Pires (Augusto Adriano) ................... Pinto (António dos Santos) ......................... Pinheiro (José Henriques) ..................................................................................... Pinheiro (Francisco José) ........................................................................................................................................................................................................... Pires Vilar (João António)................................................... Pinto (João) .................................... Porto (Diogo do) ................. Pimentel (João Inácio Teixeira de Meneses) ........................................... Pinheiro (Ernesto)........................................................................................................ Pires (Manuel António) ........................................ Pinheiro (Francisco Baptista Marques)............................................................................................................................................................................................ Pona (António de Paiva e) ................ Pontes (António Joaquim Ferreira)..................... Pissarro (António Júlio Taveira Pinto).................................................................................. Pinto (António Miguel) ......................................................................834 TOMO VII ÍNDICE Pimentel (João Afonso).......................................... Pinto (João Alberto).............................................................................................................................................. Pinto (José de Azeredo)............... Pinto (Luís Vaz Pereira)......................................................... Bento) ........ Pinto (Luís de Azeredo)........ Pimentel (D.................................. Pinto (Zeferino José) ............................................................................................................................................................................................................................................ Pimentel Cardoso (Francisco Xavier de Morais Pinto)............................................. Pona (José de Barros e Morais)......................................................................................................................... Pimentel (José Ferreira Sarmento) ........................................... 402 402 402 404 406 406 410 411 411 412 412 413 414 415 415 415 415 416 416 416 416 416 417 417 417 417 417 418 419 420 420 422 422 422 422 423 423 424 425 426 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ........... Pontes (Joaquim Rodrigues Ferreira)......................................................................................... Pinto (António Ferreira de Macedo)................ Pires (Manuel António) .......................................................................................................................................................................... Pimentel (Júlio Máximo de Oliveira)....................................................................................................................................................................................................... Pinto (José Joaquim) ................... ....................................................................................... Relação dos donativos feitos pelos habitantes da cidade de Bragança e seu distrito para as urgências da guerra contra os franceses em 1809................... 426 426 426 427 Q Quaresma (Jerónimo) ............................................. Raposo (Manuel Vitorino)............................................. Prado (Conde de) ................................... Ramos (Padre António Manuel dos)..................................................................... Reis (João Manuel Rodrigues dos) .ÍNDICE 835 TOMO VII Portugal (António Rodrigues) ....................................... João Manuel de Noronha................................ pelo coronel de infantaria José de Melo................... Relação das exéquias mandadas celebrar em Bragança pela câmara à morte de el-rei D........................................................................... Relação do Sítio..................................... que chegou a esta corte em 20 do corrente mês de Março.................................................... Reimão (João Baptista da Costa).................. Rameçal (Alonso de) .............. Quaresma (Manuel) ......... Real (Joaquim Ferreira)........................................................................................................................................................................................... Rego (António Balbino)................................................. Relação das exéquias mandadas celebrar pela câmara do Mogadouro em 9 de Maio de 1826 por el-rei D..... Ramires (Adolfo Augusto Baptista)......................................................................... Quintela (José Luciano Alves)................... João VI ..................... 428 429 429 432 432 433 434 434 434 435 435 435 435 436 439 440 440 440 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ..................................................................................................................... Raposo (José António Simões) ................................................................ Prada (João de)........................................................................................................................................................................................................................................................... Relação das exéquias celebradas em Miranda do Douro por ocasião do falecimento da Rainha D.... Publicada em 24 de Março............................................................................... Relação fiel e exacta da revolução de Miranda do Douro ......................................................................................................................................................................... Raposo (Luís António Martins)....... 427 427 427 428 R Rainha Santa (Frei Simão da) ........................ Relação fiel e exacta do princípio da revolução de Bragança e Consequentemente de Portugal ............. Quintela (António Augusto Pires)............................... Maria I ...................................... e Rendimento da Praça de Miranda............................................. Portugal da Fonseca e Melo (Luís de)............................................... que mandou o Mestre-de-Campo-General D........................................................... João VI........ .......................................................................................................... Robertine (Emílio Augusto Conde)........................................................................................................................................ Relação dos «tenens» e alcaides-mores de Bragança ..... Ribeiro (Amâncio Rodolfo Pinheiro da Costa) .................. 441 444 444 444 444 444 444 444 444 444 445 445 445 445 446 446 447 447 448 450 450 450 450 451 451 451 451 452 452 453 454 455 455 456 457 457 458 458 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ......................................................................................................................................................... Rocha (Francisco Manuel da) ................................................................................................................................ Rodrigues (António Augusto) .... Rio (José António).......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Rodrigues (David Augusto) ....................................... Rodrigues (João) ...................................................................................................................... Relação dos vigários capitulares da diocese de Miranda e Bragança ................ Rocha (Manuel José da) ............ Ribeiro (António José) ................................................. Relação dos governadores de Bragança ... Rocha (José de Araújo Gomes da)........ Rés (Joaquim Ferreira).................................................... Relação dos indivíduos do distrito de Bragança presos por liberais....................................................................................................... Relação dos santos atribuídos infundadamente a Bragança ....... Rocha (Ernesto Maria Vieira da) ........................................................................................................................................................ Rocha (Manuel da Costa) .... Rodrigues (Adriano José)............................................................................................................................................. Ribeiro (Joaquim Pedro Vitorino)............ Rodrigues (Daniel José) ........................................................................................................................................................................... Pedro V..................................................... Rosa (Cláudio Mesquita da) ............................... Roboredo (Amaro de) ..... Roque (António Bernardino) ... Rodrigues (Manuel) .................. Bernardo Pinto) ............. Rocha (Filipe Trajano da) ............................................. Ribeiro Ferreira (Tomás António)................. Rodrigues (Padre Miguel José) ............................................................................................................................................836 TOMO VII ÍNDICE Relação das Festas em Bragança na aclamação de el-rei D.......................................................................... Relação dos bispos da diocese de Miranda e Bragança. Rocha (Jaime Augusto Vieira da)........... Rodrigues (José Manuel)................... Roubão (Paulo Montes de Madureira)................................................................................................. Relação dos patriotas de Bragança e distrito.................................................................................. Ribeira (Nossa Senhora da) ....... Relação dos indivíduos de Argozelo multados por liberais............................................................... Ribeiro Seixas (D........................................................................................................ Rocha (José António da) ....................... ........................... Sá (Francisco de Matos de) ................................................... Salazar (José Joaquim de Carvalho) ............................................................................................................................................................................................ Sá (António de) ............................ Sampaio (António Rodrigues)................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... São José (Frei Diogo de).ÍNDICE 837 TOMO VII S Sá (Antero Adelino Guerra e) ........................ Sá (Joaquim Guilherme Cardoso de) ................... Sampaio (Francisco Xavier Ribeiro de).................. São José (Frei Manuel de) .................................................................................... Santa Ana (Frei Diogo de)............................................. Salgado (D................................ conde de) ..................................................................................................... Sá (Manuel de)................ Santos Júnior (Doutor Joaquim Rodrigues dos) .............................................................................................................. Sampaio (Lopo Vaz de) ............................................................... Santo Ângelo (Frei Domingos de) ....... Sampaio (Manuel Diogo de Sampaio Melo e Castro)............... Santa Clara (Frei Sebastião de) ..................................... Sá (José António de)...................................................... Sales (Padre Ernesto Augusto Pereira de)................................ Santa Bárbara (barão de) .... Santo Alberto (Frei Gonçalo de)......................................... Sarmento (Alexandre Tomás de Morais) ...................................................... Sá (Tomás António Cardoso de Morais e) .................. Sarmento (Matilde Rosa) ............................ Sarmento (Francisco Caetano de Sousa).......................................... Sarmento (Jacob de Castro).............................. Sampaio (Conde de)..................................... 458 459 459 459 460 471 472 472 472 474 474 475 476 476 476 478 485 485 486 486 486 487 489 490 491 491 492 492 492 493 493 493 493 494 494 495 495 495 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ......................................................... Sarmento (Estêvão de Morais).................................................................................................................................................................................................... Santos (Bernardo Pereira dos) ........................... Santa Áquila.............................................................................................................................................................................................. Sampaio (Francisco de)........................... Sampaio (Miguel de Melo Vaz de)..................... António)........................................... São José (Frei Caetano de) ............................................................................................................... Santos (Valentim Marcelino dos) .................................................... São João (Luís Álvares de Távora.................................................................................................................................................................................................................................................................. Saraiva da Guerra ......... Salgado (Domingos)................................................................................................................................................................................................................................................................................ Sarmento (Francisco José) ............ ........................................838 TOMO VII ÍNDICE Sarmento (José Joaquim de Morais) ........................................... Sarmento de Macedo (António Maurício) ..................................................... Seabra (Antero Falcão Leite Pereira de) ............................................... Silva (João de Morais da) ................................................................................ Silva (António Alves da)........................................................................................................................................................................................................ Silva (Casimiro António Ribeiro da)................................................................ Sequeira (João António) .... Sarmento (José Vicente de Abreu)............................................................................................................................................ Sepúlveda (Francisco Xavier Gomes de) . Sepúlveda (Bernardo Correia de Castro e)...................................................................................... Sepúlveda (João António Correia de Castro e)............. Sequeira (Francisco da Veiga Baía de) .. Sarmento (Matias José) ........................................... Silva (Francisco António da)...................................................................... Silva (Carlos Augusto Magalhães e)........... Silva (João Gonçalves de Oliveira e)...................... Seixas (Adriano Zózimo de Morais)........................................ Sepúlveda (Cristóvão Aires de Magalhães) .................... Serrano (Francisco) ....................................................................................................................................................................... Silva (Joaquim Xavier Pinto da) .......................................................................... Seixas (Henrique) ................................................................................................................................................................... 495 496 497 497 497 497 497 497 498 498 498 499 500 500 502 502 502 516 521 522 527 527 527 527 528 528 528 528 528 529 530 530 530 532 532 532 533 533 533 534 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .......... Sarmento (Tomás Inácio de Morais).......................... Sarmento (Manuel Ferreira de Sá) ......................................................... Sarmento (Pedro de Mariz) .................................................................................. Silva (José Bonifácio de Andrade e) ............................................. Serrão (Manuel Francisco da Costa) ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. Seabra (Jorge Leite Pereira de Almeida e) ................................................................ Sesulfe............................................................................................................................................................................. Sarmento (Manuel António) ....................................................... Sepúlveda (António Correia de Castro) ................................................................................ Seixas (Manuel António de) ................................................................ Seda .... Silva (Francisco da) ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................. Silva (Francisco José da)............. Silva (Francisco da) ............................................................................................................................ Severo da Fonseca (Ricardo).......................................................................... Silva (Joaquim dos Santos) ............ Sepúlveda (Manuel Jorge Gomes de) ..... Silva (António Pires da) .......................................... Silva (José Alves Ferreira da).................................................... ............................................................................. Tavares (Henrique Fernandes).................................................................................................................................................................................ÍNDICE 839 TOMO VII Silva (José Firmino da)................................................................................................................................... Távora (Francisco de Assis e)........... Sousa (José Sobral de) ..................................................................................................................... Sousa (António Teixeira de)..................................................................................................................... Supico de Morais (Pedro José)............................ Sobrinho (João)............................................................................................. Soares (Álvaro Augusto Pinto)............. Teixeira (D.......................... Sousa (Lopo de).............................................................................................................................. Teixeira (António José) .................................................. Soares (Álvaro de Morais)....................................................................................... Sousa (João Pedro de) ................ Távora (Álvaro Pires de) ...... Teixeira (Padre António)................................. Soares (Romão José)......................................................................... 534 535 535 535 535 535 538 539 539 539 540 540 541 541 541 542 542 542 542 542 542 543 T Taborda (António Augusto Pinheiro) ................................................................. Sousa (Padre José de) . Sobrinho (Frei António) .................... 544 544 545 549 549 549 549 549 550 550 551 551 551 551 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ......... Teive (Diogo de) ....................................................................................................... Teixeira (Francisco) .............................................................................................. Teixeira (José Eugénio).............................. António Maria)............................................................................................................................................................................... Távora (Bernardino de) ............................... Teixeira (Duarte) ................. Sousa (Manuel Pimentel de)................................................................................................................... Távora (Baltasar de Sousa Colmieiro Teles de)........................................................................................................................ Sousa (Padre Frei Manuel Bernardo de Magalhães e) ..................................................... Sobral (Tomé Rodrigues) .......... Sousa (Manuel António Luís de) .............................................................................................................................................. António José Ferreira de) ................................................................................... Sousa (Manuel Bernardo da Fonseca e) ................................................................................................................... Sousa (Martim Afonso de)..... Tavares (Padre José Augusto) ................................................................................................................................................................................................ Sousa (António Lopes de)............................... Soeira.............................................................................................................................. Silveira (D............................................................................................................... João de Sousa da) .............................................. Sousa (D............................................ .... Trindade (Frei Baptista da) ................................... Tuizelo ................................. Varejão (Simão) .......................................................................................................................................................................................................... Torres (Manuel de Saldanha Gama).............. 567 567 568 568 568 568 569 569 569 570 575 575 575 575 575 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA .............................................................................................................................................. Laura Domingues Lopes) ........................................................................................................ Vasconcelos (Bernardo Tomás de Gouveia e) .............................................. Vale de Flores ............................................................................................. Torres (Manuel Madureira) .................................................................................................................... Teles (Júlio do Carvalhal de Sousa) .................................................................................................................................................. Teles (Padre Baltasar) ......................................................................................... Maria) .......................................................... Vargas (Diogo Albino de Sá).............. Vargas (António Júlio de Sá).......................... Trindade (Isabel da) .......................................................................................................................................................................................................................................................................... Teixeira (Vítor Maria) ..................................... Trancoso (Alípio Augusto).............................................................................................................................................................................................................................................................. Vargas (José Marcelino de Sá).................................................................. Vasconcelos (Francisco Botelho de Morais e) ...................................... Vale da Porca..................... Vargas (Diogo Albino de Sá)............... Var(e)jão (Frei António) ......................................... Transfiguração (Padre Caetano da) .... Torres (Manuel de Jesus Fernandes). 551 552 552 552 556 556 556 558 558 558 561 561 562 562 562 562 563 563 564 565 567 V V(B)aía .................................................. Trindade (Francisco Manuel) ................................................................................................................................................................................... Vargas (Mateus Barreira Loução) .............................................................................................................................. Vale de Frades ............... Trigo Moutinho (João)..................................... Teixeira (D......................................... Teixeira (Raul Manuel)...................... Torralva (Gonçalo de) ....................................................................... Torres (D........................... Tierno (João Francisco) ............................................................................................................840 TOMO VII ÍNDICE Teixeira (Gaspar) ....................................................................... Teixeira (Padre Manuel)..................... Valença (Marquês de)............................. Telo (António José Monteiro da Fonseca Caldeira).............................. Vasconcelos (Carlos José Botelho de Sousa e) ............................................................................................................................................................................................................................... ................................ Vitória (Frei Didacus de) .................................................. Vergueiro (José Alberto) .......................................................................... Vaz (Padre Amaro) ..............................................................................................................ÍNDICE 841 TOMO VII Vasconcelos (Joane Mendes de).......................... Veneiros (António Afonso Dias).............. Vasconcelos (Lourenço Carneiro) ................................................... Vila Nova................................................................................................................ Ventura (José Gonçalves da Costa). Vaz (D................................................................................................ Veiga (Gaspar Álvares) ............................................................................................................................................. Vaz (Padre Francisco Manuel) . Vinhas (Domingos Bernardo Martins) ..................................................... Zilhão (António Manuel)..................................................... Veiga Cabral (Francisco António da) ................. Zilhão (Augusto Luís) .............. 595 596 Z Zagal (João Carlos da Costa) ...... Vergueiro (Nicolau Pereira de Campos) ........................ Vergueiro (João Evangelista)... doutor José Leite de)................................................................................................................................................ Vasconcelos (Doutor José Leite de Vasconcelos Cardoso Pereira de Melo e................. literariamente.................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Vila (António Manuel dos Santos) ............................................................................................................................................................................................................................................................... Wrey ...................................................................................................................................... Veiga (Augusto Manuel Alves da) ........................................................................................................................................................................ 580 580 581 582 582 582 582 583 586 587 588 588 590 590 590 590 590 591 592 592 592 593 594 594 594 595 W Wiszynski (Frei Casimiro de São José) ............................................... Vasconcelos (José António Botelho de)..................................... Viana (Júlio Augusto Petra) ...... Domingas de Jesus) . Velasques (Francisco) ........................................................................................................................................... Vaz (Alexandre Pinto da Fonseca) ................................................... Vimioso (Frei Gaspar do) ................. Vilares (João Baptista)................... Velasquez (Tomás)..................................... Vilares (Manuel José) ....................................................................... 596 596 596 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ....... ................................................................................................................................................................................. Bacelar (José de Meireles Vaz Guedes Pereira Pinto)........................... Francisco Xavier) .................. Álvares (António) ................................................................................................ Alfândega da Fé .......................... Alcoforado (D............. Bornes ............................................................................... 615 615 615 616 617 617 622 C Cabral (Dário) ................... Andrade (Matias de) ........ 623 623 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ............................................................................................................................................................................................................. Almeida (Carlos Leopoldino de) ................................. Alves (António Carlos).............................................. Almeida (José Doutel de)...................................................................... Cabral (Francisco da Conceição Pereira) ............................................................................................................................................................................. Afonso (Simão)......................... Mariana ou soror Mariana).................................................. Beça (Abílio Augusto de Madureira) .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Amado (Josino) .................................................................. Aranha (D................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ Beatriz Arnut) .... Amado (Adrião Martins) ..................................... Aires (António Augusto) .................................... Almeida (António Maria Pereira de)................................................................................................................ 599 599 599 599 606 606 606 606 607 607 607 610 611 611 611 613 613 613 613 614 B Baçal ............ Andrade (Olímpio Guedes de) ................................................................................... Bragança..................... Andrade (Eugénio Guedes de)......................................... Avelanoso (António José Pires) ....... Baptista (D............................................. Bragança (Cândido Baptista).................................................................... Álvares (António) ......................................842 TOMO VII ÍNDICE Suplemento A Abreu (José António de) ................................. Almendra (António Augusto Gomes de) .................................................... Andrade (João Silvério Doutel de) ........................ ............................................................................................................... 653 F Felgueiras Júnior (Francisco do Patrocínio) ...................................................................................................................................... Carvalho (Constâncio Arnaldo de) .................................................................................................................................................. Carvalho (Abraão de).................... Gostei e Castanheira ......... Correia (Francisco António)................................................................ Campos (D........................................... Fernandes (Manuel António da Ressurreição) ............ Conspiradores............................................................................................................................................................... 654 654 654 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA . Carvalho (Dr.................... Cândida Florinda).......................................................................................... Criminosos ............................................................... Doutel (José)..................... Cirne (Padre Manuel António de Madureira) ....................................................................... Choa (António Manuel) ................................................... Comendas .............................................................................................................................................................................................................................................................. Castro (António Ferreira de) .................................................................................................................................................................... Castelãos.......... Cortiços e Cernadela ....................................... Cruz (João Lopes da).................................................................................................................... Cruz (Padre Francisco Nogueira da) ............... Coelhoso ............................................................................................ Adelina Augusta de)......................................................................................... Cordeiro (Luciano)........................ Doutel de Figueiredo Sarmento (Manuel)............................. 650 651 653 E Esteves (Francisco António) ...................................................................................................................................................... Castro de Avelãs................................................................................................................... Ferreira (D............................ÍNDICE 843 TOMO VII Cabral (Henrique Maria Pais)........................ Alberto Feliz de) ............... Campilho ............. 623 623 624 625 625 626 626 626 627 627 628 629 630 631 631 647 647 648 648 650 650 D Deusdado (Domingos Augusto de Miranda Ferreira)............................................................. Caldeirão (Romão). ................................... Guardiola (D................................. 655 656 656 657 G Garcia (Manuel Emídio) ............................................... José)..................844 TOMO VII ÍNDICE Figueiredos..................... Fragoso (Tomás Augusto Salgueiro)...................... Martins Júnior ..................................................................................................... 711 711 711 M Macedo de Cavaleiros................................................................................................................. Matos (Francisco Manuel Fernandes de) ......... Guardiola (D.................................................................................................. Maria Baptista dos Santos).................................................................................................................................................... Miranda do Douro ............................................................................................................................................... Figueiredo Sarmento (José Marcelino Jorge de).. Massa (Francisco Augusto Fernandes) ........................................... 688 698 L Lobo (Doutor Francisco Miranda da Costa) ............................................................................................................... Judeus ......................................... Frias (Doutor Manuel António de Morais) ......................................... Lopes Leite de Faria (D.............................................. 717 719 764 764 765 765 765 766 766 767 767 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ......................................................................................................................................... Miranda (Manuel Inácio Romarim de) ..................................................................................... Miranda (Carlos Alberto de Sá)....................................................................................................... Manuscritos .................................................................................................................... Matos Botelho (Manuel de) ......................... Martins (Padre Firmino Augusto) ................................................................... 658 658 687 687 J Jornais e publicações periódicas do distrito de Bragança......................... Lopes (Norberto).................................. Melo (Augusto Ernesto de Castilho e).............. Alice Augusta dos Santos) ................................. Grande Guerra....................................................................................... .................. 770 770 770 770 O Oliveira (Artur Águedo de).................... Monte de piedade .................................................................................................................................................. 767 767 768 769 769 769 769 770 770 N Navarro (António José Antunes) ......................................... Mogadouro .................................. Neves (Luís Gonzaga de Morais Teixeira) .................... Morais Carvalho .......... Pinto (António Miguel) ................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Morte................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................. Rebordainhos.. R Raposo (Doutor Luís António Martins) ............................ Monteiro ........................................ Publicações anónimas ...... Refóios.................................................................................................................................... Pires (D........................................... Pinto (Zeferino José) .............................................. Oliveira (Manuel Paulino de) ................................................ Justina dos Prazeres) ................................................................................................................................................. 770 771 P Pedras de armas ....................................ÍNDICE 845 TOMO VII Misericórdia........................... Neves (José Maria Teixeira)................................................................................................................................................................................................................................................................ Morgadios .......... 788 788 789 771 774 774 775 775 775 778 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ............................................................................................ Monteiro Filipe ..................................................... Pontes e Fontes ................................................... Nogueira (Francisco)....................................................................................................................................................................................................... Pires (Manuel) .......................................................... Morgado (Doutor Francisco José Martins).............. ................................................................................................................................................................................................................................................ Rodrigues (José Manuel)....................... 791 791 792 792 792 792 794 794 794 794 T Taborda (Doutor Virgílio Guerra)................................................... Teixeira (Padre Caetano)............................................................................................................................................................................................846 TOMO VII ÍNDICE Rio de Fornos................... Notas de Revisão..................................................................... Santos Júnior (Doutor Joaquim Rodrigues dos) ........................................................................................................................................................... 797 799 799 799 801 811 815 MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ............................................................................................ Tenreiro (Manuel Guerra) . Vinho....................... Rocha........................... 795 795 795 795 796 V Vale Benfeito ............................................................................................ Vale de Telhas..................................................................................................................................................... Triangulação de Portugal ...................................................... Seda .. Vinhais .............................................. Sarmento (Jacob de Castro)................. Vila Real .................................................................................................................. Rodrigues (Manuel Gonçalves) ...... Teixeira (António José) ....................................................................................................... Sampaio e Melo (Domingos Frias de)............................................................................. Soeiro (Abílio de Lobão).............. Sendas (Vespasiano Tito) ......................................................................................................................................................................................................... Devotados beneméritos que nos forneceram ou obtiveram notícias para este tomo....................................................................... 789 790 791 791 S Sabão ................................................................................................................................................................................. Sousa Caldas (José Francisco de)................................ Silva (José Firmino da)........................................................................................................................................................................ Sales .................................................................................................................................................................................. mas sim um preito de amor. completo quanto possível. de notícias respeitantes à nossa terra. por mais variados que sejam. interessantes sob todos os pontos de vista científicos. um monumento carinhosamente erguido ao torrão natal com grandes sacrifícios físicos. Todo o bragançano digno de tal nome tem obrigação moral de cooperar para o incremento e divulgação das mesmas. Tomo anterior | Menu Inicial | Tomo seguinte .As Memórias Arqueológico-Históricas do distrito de Bragança são um repositório amplíssimo. não tanto pelo autor. como pelo grupo de devotados regionalistas que omnimodamente o auxiliam. não uma tentativa mercantil. pecuniários e mentais. Representam.