MATERIALOPÇÕES Veja abaixo os tipos de parede sem função estrutural (paredes de vedação) Bloco e tijolo de solo-cimento PRODUTO Bloco e tijolo de solo-cimento para alvenaria sem função estrutural (Bloco e tijolo de solo-cimento para alvenaria de vedação). e H > > > > > > > ALVENARIA DE BLOCOS E TIJOLOS DE SOLOCIMENTO ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO ALVENARIA DE BLOCOS CERÂMICOS PAREDES DE CHAPAS DE GESSO ACARTONADO (DRYWALL) ALVENARIA DE BLOCOS SÍLICO-CALCÁRIOS ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO CELULAR AUTOCLAVADOS ALVENARIA DE TIJOLOS CERÂMICOS MACIÇOS DEFINIÇÃO Segundo a NBR 10834, de outubro de 1994, define-se o Bloco vazado de solo-cimento como componente para alvenaria de seção transversal útil entre 40 e 80% da seção transversal total, constituído por uma mistura homogênea de solo, cimento Portland, água e, eventualmente, aditivos. Conforme a NBR 8491, de abril de 1984, define-se o Tijolo maciço de solo-cimento como tijolo com volume real não inferior a 85% de seu volume total bruto, constituído por uma mistura homogênea de solo, cimento Portland, água e, eventualmente, aditivos. L C Figura 1 – Bloco vazado comum de solo-cimento H CHECK-LIST Verifique os itens a serem considerados no momento da especificação Absorção de água Aspecto Características específicas do projeto Consumo Controle do serviço Desempenho Dimensões e tolerâncias Disponibilidade Forma de pagamento/ medição Interfaces alvenaria x estrutura Juntas de controle Massa da parede Modulação Preços Recebimento em obra e armazenamento Resistência à compressão C L PRODUÇÃO ANUAL ESTIMADA Conforme consulta realizada em um dos fabricantes, a produção anual de blocos vazados especiais de solo-cimento é de 804 mil peças em prensa hidráulica industrial. Fonte: Santana Pré-Fabricados, janeiro de 2007. Figura 2 – Bloco vazado especial de solo-cimento H TIPOS Os blocos e tijolos de solo-cimento são classificados da seguinte forma: Blocos vazados de solo-cimento Blocos comuns Possuem formato retangular e dimensões nominais definidas conforme a NBR 10835/1994. C L Figura 3 – Tijolo maciço de solo-cimento Blocos especiais Possuem formas e dimensões nominais diferentes das que constam na NBR 10835/1994. As especificações são feitas de comum acordo entre o fabricante e o comprador. Tijolos maciços de solo-cimento Componente maciço de solo-cimento, de formato retangular e com reentrância, com dimensões que constam na NBR 8491/1984. resistência ou durabilidade da construção. compacto e arestas vivas.0 18. o comprador deve informar o local da entrega do material. Segundo a NBR 8491/1984. a absorção de água para blocos vazados de solocimento deve ser menor ou igual a 20% para valores médios. a resistência à compressão para blocos vazados de solocimento deve ser maior ou igual a 2. Absorção de água De acordo com a NBR 10834/1994.3 ≤ 1. A B C 90 140 190 140 140 140 390 390 390 190 190 190 Nota: A espessura mínima em qualquer parede do bloco comum deve ser de 25 mm conforme NBR 10834/1994. 2. a resistência à compressão para tijolos maciços de solocimento não deve ser inferior a 2.5 H h A Figura 4 – Planta e elevação lateral do tijolo maciço de solo-cimento CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Resistência à compressão De acordo com a NBR 10834/1994. Segundo a NBR 8491/1984. NBR 10834/1994 e NBR 8491/1984. o tipo e dimensões dos blocos ou dos tijolos. bem como devem ser isentos de fissuras ou outros defeitos que possam prejudicar seu assentamento.5 L .0 ≤ 1.5 11 5 5 20 23 4.7 MPa para valores individuais. Tolerâncias Dimensionais A tolerância permitida para blocos e tijolos de solo-cimento é de 3 mm para cada uma das três dimensões. e maior ou igual a 1. No momento da cotação de preços.DIMENSÕES Blocos vazados de solo-cimento Dimensões nominais dos blocos vazados de solo-cimento comuns TIPO DIMENSÕES NOMINAIS DOS BLOCOS (mm) LARGURA ALTURA COMPRIMENTO BLOCO MEIO-BLOCO FORMA DE COMERCIALIZAÇÃO A forma ideal de entrega é com paletes protegidos. a resistência à compressão. e superior a 22% para valores individuais. com idade mínima de sete dias.7 MPa para valores individuais. Tijolos maciços de solo-cimento Tipos e dimensões nominais dos tijolos maciços de solo-cimento DESIGNAÇÃO DIMENSÕES NOMINAIS (cm) L H C A B h Tipo I Tipo II 9.0 MPa para valores médios. a absorção de água para tijolos maciços de solo-cimento não deve ser maior do que 20% para valores médios. e menor ou igual a 22% para valores individuais.0 15.5 B 2.5 6. aos 28 dias de idade. Aspecto visual Os blocos e tijolos de solo-cimento devem apresentar aspecto homogêneo.5 2. aos 28 dias de idade. conforme especificado em suas respectivas normas.0 MPa para valores médios e 1. o valor de absorção de água e outras características particulares de projeto.3 C 2. 15 cm de largura e 30 cm de comprimento. Entretanto. Blocos especiais Estima-se como consumo médio de blocos especiais de solo-cimento o valor de 44 blocos/m².70 Total de blocos inteiros: 36 Total de meios-blocos: 18 Figura 6 Parede de 3.7 blocos/m². considerando-se blocos inteiros e meios-blocos.5 cm de altura. Consumo de argamassa para blocos e tijolos de solo-cimento Blocos comuns Adotando como referência o consumo de argamassa para blocos de concreto sem função estrutural com dimensões de 19 cm x 19 cm x 39 cm. > Destinação do resíduo: esses resíduos são destinados a aterros de resíduos da construção civil.QUESTÃO AMBIENTAL CONSUMO DE MATERIAL Consumo de blocos e tijolos de solo-cimento Blocos comuns Estima-se como consumo médio de blocos comuns de solo-cimento o valor de 16. 19 cm de largura e 39 cm de comprimento. tem-se: C 19 1 14 300 15 39 39 1 270 medidas em cm 270 7. Nota: verifique se não houve incorporação de outro resíduo ao processo original de produção dos blocos e da argamassa. recomenda-se fazer a quantificação de peças em função do projeto de produção da alvenaria. apresentado no TCPO (Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos) 12ª edição.00 x 2. Não foram encontrados estudos referentes à utilização de agregados de blocos e tijolos de solo-cimento. > Classificação do resíduo: conforme resolução Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) 307 de 5-72002. os resíduos de blocos e tijolos de solocimento podem ser considerados de classe A. Tijolo maciço O consumo de tijolos sem considerar perdas é de aproximadamente 80 unidades para o Tipo I e 70 unidades para o Tipo II. sem considerar perdas e adotando-se blocos com 7. Entretanto. recomenda-se fazer a quantificação de peças em função do projeto de produção da alvenaria. como ilustrado na figura 5. como ilustrado na figura 6.00 x 2. considerando-se blocos inteiros e meios-blocos.70 Total de blocos inteiros: 342 Total de meios-blocos: 36 medidas em cm .5 Figura 5 Parede de 1. sem considerar perdas e adotando-se blocos com 14 cm de altura. Os consumos dos itens envolvidos ficam assim distribuídos: cola branca de PVA. ARMAZENAGEM Recomenda-se que os blocos e tijolos de solo-cimento sejam armazenados em locais limpos. Anexo E.000)* Nota: * Para exemplificar. apresenta-se: 0.01-001/1 de 10-11-2006. devem manter sua funcionabilidade durante toda a vida útil de projeto. planos. Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho. apresentado no TCPO (Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos) 12ª edição. AMOSTRAGEM E INSPEÇÃO Blocos vazados de solo-cimento Amostragem de blocos vazados de solo-cimento Nº DE PEÇAS DO LOTE (N) Nº DE BLOCOS INTEIROS QUE CONSTITUIRÃO A AMOSTRA (A) N ≤ 10. > Consumo variável baseado nas réguas de produtividade do TCPO. Preço de blocos especiais (R$): LARGURA (cm) ALTURA (cm) COMPRIMENTO (cm) UN SP 15 15 7. O Projeto de Norma 02:136. > Consumo variável baseado nas réguas de produtividade do TCPO.80 m de altura e pilares espaçados a cada 1. mostra-se: DESEMPENHO Vida útil de projeto As alvenarias externas e internas. que visam não permitir o progresso de pequenas falhas que poderiam resultar em extensas patologias. em virtude da maior ou menor racionalização dos processos construtivos das empresas construtoras. Uso e Manutenção” fornecido pelo incorporador e/ou construtora. 0. considerando paredes de 2.5 7. os blocos especiais de solo-cimento. 0. arejados e protegidos de intempéries. considerando-se perda de 10% é de 0. como conseqüência da exposição ao calor e resfriamentos periódicos. Parte 1: Requisitos gerais. Ainda conforme a publicação acima mencionada.31 Fonte: Santana Pré-Fabricados. considerando-se perda de 5%. bem como seus componentes constituintes.0147 (m 3/m 2 ) Mediana 0. desde que sejam respeitadas as condições de uso conforme previsto em projeto e submetidas a manutenções periódicas e conservação especificada pelos respectivos fornecedores. fissurações e falhas.000 N > 10.> Consumo médio baseado nas composições do TCPO para blocos de solo-cimento com dimensões de 19 cm x 14 cm x 39 cm. de acordo com informações fornecidas por fabricantes. devem ser limitados os deslocamentos. A ≥ 10 A ≥ 10 + (N/10. As manutenções preventivas e as de caráter corretivos.016 m³/pilar ou pilarete.5 30 15 unidade unidade 0.0284 m³/m² para o Tipo II. é de 0. argamassa de enchimento.80 m.037 (m 3 /m 2 ) Máximo Blocos especiais Devido às suas características.0251 m³/m² para o Tipo I. as alvenarias de vedação têm prazo de garantia mínimo de cinco anos no que diz respeito à segurança e integridade.0022 (m 3/m 2 ) Mínimo 0. secos.000 de 10 + (47. devem ser realizadas de acordo com o “Manual de Operação.60 0. janeiro de 2007. em virtude da maior ou menor racionalização dos processos construtivos das empresas construtoras. inclusive nos seus revestimentos. indica o valor mínimo de 15 anos para a vida útil de projeto de paredes de vedação. 400 g/m². Tijolo maciço Adotou-se como referência o consumo de argamassa para tijolo comum com dimensões de 5. No caso de paredes expostas às intempéries.0140 m³/m².000/10. uma barra de aço de Ø 5/16” para cada pilar. janeiro de 2007. A quantidade de peças a serem ensaiadas será . Fonte: Santana Pré-Fabricados.077 (m 3 /m 2 ) Máximo PREÇOS UNITÁRIOS Para fins de comercialização adota-se a unidade para blocos e milheiro para tijolos.000) = 15 blocos. tem-se: > Consumo médio baseado nas composições do TCPO para tijolos maciços de solocimento.7 cm x 9 cm x 19 cm. adotamos um lote de compra com 47 mil unidades. e 0. são assentados com cola branca (PVA).0053 (m 3/m 2 ) Mínimo 0.043 (m 3 /m 2 ) Mediana 0. tolerâncias dimensionais e/ou os aspectos físicos dos blocos não sejam atendidos. O lote é aceito caso todos os resultados satisfaçam às exigências de resistência à compressão e absorção de água. o lote pode ser recusado. exemplificada anteriormente. se houver algum resultado de ensaio que não satisfaça às exigências da norma.Da amostra a ser enviada ao laboratório. Tijolos maciços de solo-cimento Amostragem de tijolos de solo-cimento Nº DE PEÇAS DO LOTE (N) Nº DE PEÇAS DA AMOSTRA N ≤ 25. a quantidade maior de blocos é destinada ao ensaio de compressão. Tijolos maciços de solo-cimento Para que um lote seja aceito. independentemente dos ensaios a serem feitos nas peças. temos que: oito unidades são direcionadas ao ensaio de compressão e sete ao de absorção de água. Caso o número da amostra seja ímpar. o lote pode ser rejeitado. o lote pode ser rejeitado total ou parcialmente. > Se menos da metade dos resultados individuais não satisfizer às exigências de resistência à compressão e absorção de água. Caso 20% ou mais dos blocos não atendam a tais requisitos. Adotando a quantidade de peças a serem ensaiadas. a amostra deve atender os requisitos da NBR 8491/1984 no que diz respeito às dimensões. deve-se retirar do lote outra amostra representativa. vide critérios da NBR 8491/1984 13 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO Blocos vazados de solo-cimento De acordo com a NBR 10834/1994. resistência à compressão e absorção de água. metade é submetida ao ensaio de compressão e a outra metade ao de absorção de água. e refazer os ensaios. > O lote é rejeitado se mais da metade dos resultados individuais não satisfizer às exigências de resistência à compressão e absorção de água.000 Nota: N > 25 mil. parte do lote pode ser substituída. Normas técnicas diretamente relacionadas NÚMERO DA NORMA DATA DA ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO DESCRIÇÃO DA NORMA TIPO DE NORMA NBR 10834 NBR 10835 NBR 8491 NBR 10836 NBR 8492 NBR 10832 NBR 10833 out/94 out/94 abr/84 out/94 abr/84 nov/89 nov/89 Bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural Bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural – Forma e dimensões Tijolo maciço de solo-cimento Bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural – Determinação da resistência à compressão e da absorção de água Tijolo maciço de solo-cimento – Determinação da resistência à compressão e da absorção d’água Fabricação de tijolo maciço de solo-cimento com a utilização de prensa manual Fabricação de tijolo maciço e bloco vazado de solo-cimento com utilização de prensa hidráulica Especificação Padronização Especificação Método de ensaio Método de ensaio Procedimento Procedimento . caso contrário. conforme a NBR 10834/1994. as condições são as seguintes: > O lote é rejeitado se a amostra ensaiada não satisfizer às exigências de resistência à compressão e absorção de água médias. tolerâncias dimensionais. Nesse caso. No caso de ensaios. com o dobro do número de peças da primeira amostra. caso as dimensões. PILARETES NA ALVENARIA (No caso de blocos especiais) Utilizam-se barras de aço engastadas desde a fundação até a extremidade superior da cinta de amarração. argamassa ou outro material de assentamento e rejuntamento. No caso de panos de alvenaria relativamente grandes ou consideravelmente deformáveis. constituídos de barras de aço. contendo blocos. recomenda-se o uso de tela metálica na argamassa de revestimento (nas interfaces da alvenaria com pilares e vigas) ou o uso de selantes elastoméricos nas juntas. pelo menos: > Plantas de locação da primeira e segunda fiadas. ESPECIFICAÇÃO DOS PRODUTOS Blocos. > Características das juntas entre blocos. o projeto de alvenaria sem função estrutural deve contemplar. singularidades. da argamassa de assentamento ou outros produtos aplicáveis e dos produtos responsáveis pela interface alvenaria x estrutura. > Detalhes típicos de pilaretes no caso de blocos especiais de encaixe. preenchendo-se. embutimento de instalações e vãos ou aberturas. a colocação de ferros cabelo não conseguirá impedir o destacamento das paredes junto aos pilares. como na figura 7. barras de aço. > Detalhes típicos de cintas. > Juntas de controle ou de movimentação quando necessárias. > Detalhes típicos das interfaces entre alvenaria e estrutura. principalmente quando os pilares ficarem aparentes ou em relevo na fachada. > Elevação (paginação) das paredes. INTERFACE ALVENARIA X PILAR (No caso de blocos comuns e tijolos maciços) Em geral são empregados ferros cabelo. ou telas metálicas fixadas com pinos ou parafusos. os furos dos blocos especiais com graute ou argamassa. posteriormente.SERVIÇO ETAPAS DO SERVIÇO A execução divide-se nas seguintes fases > Locação da alvenaria > Execução da 1 a e 2 a fiadas > Elevação das paredes > Juntas de controle > Vergas e contravergas > Cintas de amarração (eventualmente) Alvenaria sem função estrutural com blocos ou tijolos de solo-cimento DEFINIÇÃO Execução de alvenaria sem função estrutural com blocos e tijolos de solo-cimento. grampos e grapas para encontro de paredes. meios-blocos. tijolo. vergas e contravergas com respectivas armaduras. DADOS DE PROJETO Para atender às necessidades da produção. Figura 7 – Pilarete . > Especificação do bloco. tijolos. Deve-se evitar os vazios durante a concretagem executando o preenchimento dos furos dos blocos especiais por etapas. Nesses casos. São Paulo 2003.8 mm (nº 4) Passando na peneira 0. isso só é possível quando a largura do bloco é a metade de seu comprimento.075 mm (nº 200) Limite de liquidez Índice de plasticidade 100% 10 a 50% ≤ 45% ≤ 18% Normas e referências técnicas diretamente relacionadas NÚMERO DA NORMA DATA DA ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO DESCRIÇÃO DA NORMA TIPO DE NORMA NBR 10832 NBR 10833 NBR 8545 Qualihab nov/89 nov/89 jul/84 mai/03 Fabricação de tijolo maciço de solo-cimento com a utilização de prensa manual Fabricação de tijolo maciço e bloco vazado de solo-cimento com utilização de prensa hidráulica Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos Programa Qualihab CDHU Procedimento Procedimento Procedimento - . A. Fonte: Recomendações práticas para uso do tijolo furado de solo-cimento na produção de alvenaria. A ligação pode ser feita por meio de grampos colocados nos furos e preenchidos com concreto como na figura 8 ou com o transpasse dos blocos sem cortes ilustrado na figura 9 – neste último caso. L. Pecoriello. Pecoriello.ENCONTRO ENTRE ALVENARIAS (No caso de blocos especiais) O encontro entre alvenarias garante rigidez e estabilidade do conjunto. São Paulo 2003. L. A. As NBR’s 10832/1989 e 10833/1989 informam que os solos mais adequados para a fabricação de blocos e tijolos de solo-cimento são os que possuem as seguintes características: Passando na peneira 4. Figura 8 – Grampos Figura 9 – Transpasse dos blocos FABRICAÇÃO DOS BLOCOS E TIJOLOS Tipo de solo Para o tipo de solo a ser utilizado na fabricação dos blocos e tijolos de solo-cimento foi considerada a especificação proposta pelo Ceped (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento do Estado da Bahia) na tabela abaixo: Teor de areia Teor de silte + argila Teor de argila Limite de liquidez 45 a 90% 10 a 55% < 90% < 45% Fonte: Recomendações práticas para uso do tijolo furado de solo-cimento na produção de alvenaria. 1 – 0. L.1 – 2.0 2. Téchne 87 junho/2004.3 – – 1. normalmente a responsabilidade técnica é compartilhada com a empresa projetista.0 1. além da: .3 – 3. acessórios) e mão-de-obra para o serviço de alvenaria. L. São Paulo 2003. Por outro lado.5 – 3. L. água e aditivos. a empresa construtora define e gerencia os fornecedores de mão-de-obra. tendo uma resistência igual ou inferior à resistência dos tijolos. argamassa. L.1 2.0 0 – 0 – – 0.5 – 3. Pilaretes Para os pilaretes usa-se argamassa ou graute conforme a tabela abaixo: TIPO CIMENTO PORTLAND CAL HIDRATADA MÍNIMO MÁXIMO AGREGADOS FINO GROSSO Graute Fino Graute Grosso 1. o controle da qualidade dos serviços e a administração dos materiais (especificação. São Paulo 2003. com mão-de-obra própria ou terceirizada. 1:12 e 1:14 (cimento:solo) com a mistura na umidade ótima > Homogeneização e conformação da mistura > Cura úmida > Secagem do produto final > Ensaios de absorção.0 2. cal e solo no traço 1:3:12. FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS PARA A EXECUÇÃO DO SERVIÇO > Acessório para iluminação (rabicho e lâmpada). São Paulo 2003. o processo de produção.3 – 3. Juntas de controle ou movimentação Devido à retração do solo-cimento.2 Fonte: Recomendações práticas para uso do tijolo furado de solo-cimento na produção de alvenaria. negociação. pode incluir no contrato o fornecimento de materiais (blocos.3 2. FORMA DE PRESTAÇÃO DO SERVIÇO (Garantias) Quando o processo de execução é conduzido diretamente pela empresa construtora. São Paulo 2003. Nessa situação. A. as distâncias máximas entre juntas ou comprimento máximo de parede são de 4 ou 5 m. Fonte: Recomendações práticas para uso do tijolo furado de solo-cimento na produção de alvenaria. quando a empresa construtora contrata outra empresa especializada. também conhecido como “gambiarra” para iluminação > Andaime metálico ou de madeira > Betoneira ou argamassadeira > Bisnaga aplicadora ou meia-desempenadeira especial (palheta ou tabuinha) aplicadora de argamassa de assentamento > Brocha ou trincha para aspergir água > Caixa ou caixote para argamassa (argamassadeira manual) > Carrinho de mão ou gerica > Colher de pedreiro > Desempenadeira de madeira > Escada de sete degraus > Escantilhão > Esquadros de 45º e 90º > Fio de prumo > Gabarito para vão de porta (opcional) > Lápis de carpinteiro e giz de cera > Linha de náilon > Nível de bolha > Nível de mangueira > Nível laser (opcional) > Régua de alumínio de 2 m > Trena metálica de 3. resistência e durabilidade após 28 dias de fabricação Fonte: Recomendações práticas para uso do tijolo furado de solo-cimento na produção de alvenaria. Pecoriello.0 1. A. quando do assentamento de blocos e tijolos. Revestimento das paredes Recomenda-se revestir as paredes com pintura impermeável ou argamassa de revestimento.0 – 2. Vergas e Contravergas São empregadas nas aberturas de portas e janelas.Principais fases de fabricação > Armazenamento de matérias-primas > Secagem > Destorroamento para separar ao máximo partículas de solo > Peneiramento > Dosagem de solo. A. 5 e 20 m CONSTRUÇÃO (Execução de alvenaria) Argamassa de assentamento A mistura precisa ser plástica e coesa. Pecoriello. contratando também o projeto de produção e especificando os materiais. A. Fonte: Alvenaria de tijolos de solo-cimento. Pecoriello. Pecoriello. compra e perdas). podem ser utilizados dois tipos de argamassa: cimento mais solo no traço 1:14 ou cimento. recomenda-se moldar os tijolos nos traços 1:10. Fonte: Recomendações práticas para uso do tijolo furado de solo-cimento na produção de alvenaria. que comercializa o pacote de serviço. O uso de EPI’s faz-se necessário quando da execução de serviços como: > Aplicação de chapisco: utilização de óculos de segurança. > Verificação dimensional do posicionamento de singularidades como tomadas. O valor poderá ser usado para eventuais correções de falhas verificadas ou até mesmo para alguma despesa administrativa não paga e de responsabilidade do empreiteiro como impostos. ferramentas de verificação e tolerâncias. com elaboração de cronogramas detalhados.> Definição do sistema a ser adotado. a medição pode ser feita considerando a área de alvenaria executada no andar ou no meio-andar. caracteriza o trabalho de alvenaria como um serviço de cuidados simples no que diz respeito ao uso de ferramentas. > Verificação de vergas e contravergas. equipamentos e métodos construtivos para a execução dos serviços. a queda de pessoas ou materiais. nível e alinhamento. carrinhos de transporte e EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual). além da alvenaria propriamente dita. > Equipamentos de execução. os pagamentos ou medições são feitos considerando-se a quantidade de serviço concluído por área de alvenaria. Os operários devem utilizar sempre cintos de segurança. incluindo fornecimento de materiais e mão-de-obra. conforme os critérios de medição definidos na contratação.00 m: é necessário o uso do cinturão de segurança tipo pára-quedista. recebimento e controle das perdas. em geral de 5%. com levantamentos quantitativos. desta forma. uma no início do mês (em torno do dia 5) e outra no final do mês (em torno do dia 20). escrito por José Carlos de Arruda Sampaio e publicado pela Editora PINI. plataformas etc. elaboração de pedidos. A mão-de-obra para execução da alvenaria deve contemplar também transporte horizontal e vertical dos materiais. incluindo especificação de materiais. dosagem dos materiais para argamassa e confecção das vergas e contravergas. como: > Desvios ou tolerâncias para marcação. > Desvios de espessura incluindo revestimento. Em qualquer dos casos é importante que a construtora aplique a sua metodologia de controle na aceitação dos serviços antes de efetuar a liberação do pagamento. As medições normalmente são feitas quinzenalmente. Na contratação de empresas especializadas pode ser exigida a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) para os serviços executados. evitando. > Administração dos materiais fornecidos. etc. > Trabalhos em alturas superiores a 2. sendo que muitas construtoras já dispõem de fichas de verificação de serviços incluindo os itens a serem conferidos. paredes e fachadas. normalmente 90 dias após a conclusão de todos os serviços contratados. interruptores. em função das dimensões da obra e quantidades de serviço. > Verificação do preenchimento das juntas entre blocos. incluindo o fornecimento de materiais. papeleiras. de abril de 1999. Nas bordas das lajes ou nas aberturas de piso faz-se necessária a instalação de proteções coletivas. a contratação é feita normalmente em regime de preços unitários. de cada medição. como guarda-corpos. As medições são feitas quinzenalmente e o pagamento é realizado segundo as quantidades de serviço executado no período. prumo. > Gestão dos serviços. . > Acabamento de juntas no caso de alvenaria aparente. Pode ser feita retenção. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA O livro NR-18 Manual de Aplicação. FORMA DE PAGAMENTO Em geral. Dependendo do caso. > Projeto de produção com planta de 1ª fiada e elevações das paredes. a ser paga posteriormente. No caso de empresa que comercializa o pacote de serviço. > Preparo da argamassa e assentamento dos blocos ou tijolos: uso de luvas impermeáveis. O início dos serviços de assentamento dos blocos ou tijolos deve ocorrer após a instalação de proteções em todas as aberturas de pisos. encargos sociais e possíveis causas trabalhistas. planejamento do canteiro e proposição de soluções logísticas para o serviço. + 20 mm ± 20 mm – 20 mm. ou por meio de elevadores de materiais. máximo de 5 cm ± 15 mm/pavimento ≤ 5 mm / régua de 2 m (tolerância Qualihab/CDHU) Máximo de 15 mm entre paredes do mesmo pavimento ± 25 mm 5 mm (alvenaria sem revestimento) 8 mm (alvenaria a revestir) 5 mm no máximo Máximo de 15 mm no comprimento total das paredes do ambiente – 0. + 5 mm ± 2 mm/m em relação à altura. Entretanto.00 CONTROLE DE ACEITAÇÃO DO SERVIÇO Referências e tolerâncias FATOR REFERÊNCIA VALOR ESPECIFICADO TOLERÂNCIAS Alinhamento referente ao eixo de locação Espessura das juntas horizontal e vertical Alinhamento vertical da parede (prumo) Planeza Nível de alvenaria Pé-direito Irregularidade superficial gradual Irregularidade superficial abrupta Desvio de esquadro Abertura de vãos (horizontal e vertical) Posicionamento dos vãos (horizontal e vertical) Comprimento de vergas e contravergas Altura de vergas e contravergas Qualihab/CDHU NBR 8545/84 Qualihab/CDHU NBR 8545/84 Qualihab/CDHU Qualihab/CDHU Qualihab/CDHU Qualihab/CDHU Qualihab/CDHU Qualihab/CDHU Qualihab/CDHU NBR 8545/84 NBR 8545/84 Projeto executivo ≤ 10 mm Projeto executivo ≤ 5 mm Projeto executivo – – – – Projeto executivo – ≥ 20 cm de cada lado da largura do vão ≥ 10 cm 5 mm/régua de 2 m Máximo de ± 10 mm em relação ao comprimento total da parede – 3 mm. em relação à altura de projeto) . de raspa) > Óculos de segurança > Protetor auricular ÁGUA E ENERGIA Não é comum a apropriação do consumo de água e energia elétrica. em relação ao comprimento de projeto) – 20 mm. verificação nas fachadas.00 11. +0 (tolerância Qualihab/CDHU. Quando do içamento dos blocos ou tijolos. este poderá ser feito por gruas ou guinchos.50 12. veja uma relação dos equipamentos de proteção coletiva necessários à execução do serviço: > Bandejas primárias e secundárias > Cancelas para bloqueio de circulação > Tela de proteção para fachadas > Telas de proteção do andar RELAÇÃO DE EPI’S UTILIZADOS > Bota de segurança com bico de aço > Capacete de segurança > Cinto de segurança com trava-quedas (preso em cabo de aço ou corda de segurança auxiliar) > Luva de proteção (vinílica. é importante a verificação do perfil de consumo para cada obra ou serviço.No que diz respeito ao armazenamento de materiais. a carga máxima suportada pelo equipamento tem de ser respeitada. além de serem tomadas todas as cautelas necessárias para que não haja quedas de materiais. PREÇOS MÉDIOS DO SERVIÇO Preços de mão-de-obra DESCRIÇÃO DO SERVIÇO UN EQUIPE TERCEIRIZADA (R$) Alvenaria sem função estrutural com bloco comum de solo-cimento de 9 x 14 x 39 cm Alvenaria sem função estrutural com bloco comum de solo-cimento de 14 x 14 x 39 cm Alvenaria sem função estrutural com bloco comum de solo-cimento de 19 x 14 x 39 cm Dados referenciais para São Paulo. este deverá ser feito de forma a não obstruir as passagens e acessos. Além dos já citados. data-base janeiro/2007. no caso de materiais paletizados. +0 (tolerância Qualihab/CDHU. do ponto de vista da sustentabilidade da construção. m2 m2 m2 11. Em qualquer situação.