TEX extração do óleo de abacate QU241

June 4, 2018 | Author: Luiza Martins | Category: Enzyme, Cholesterol, Ph, Titration, Mining


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1SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA ESCOLA TÉCNICA TUPY CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA EXTRAÇÃO ENZIMÁTICA DO ÓLEO DE ABACATE JOINVILLE NOV/2010 2 SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA ESCOLA TÉCNICA TUPY CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA EXTRAÇÃO ENZIMÁTICA DO ÓLEO DE ABACATE Amanda Larissa Moser Bárbara Hoffman Luiza Pires Ribeiro Martins Nayara Flores Macedo Vanessa Martins QU241 TEX- Profª Sandra Dinis Quaresma JOINVILLE NOV/2010 3 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Fluxograma básico do processo de extração do óleo de abacate por solvente 14 Figura 2 – Extrator Soxhlet...................................................................................................15 Figura 3 – Extrator Soxhlet...................................................................................................15 Figura 4 – Fluxograma do processo de extração aquosa enzimática do óleo de abacate. 16 Figura 5 – Quebra da parede celular por enzimas..............................................................18 Figura 6 – Gráficos mostrando a influência da concentração do substrato, do pH e da temperatura na velocidade da reação enzimática................................................................20 Figura 7 – Abacate após secagem..........................................................................................22 Figura 8 – Extração pelo Soxhlet...........................................................................................24 Figura 9 – Polpas de abacate diluídas...................................................................................26 Figura 10 – Centrifugação da polpa......................................................................................27 Figura 11 – Agitação da polpa...............................................................................................30 Figura 12 – Transferência do óleo.........................................................................................30 Figura 13 – Polpa seca com acetona......................................................................................31 Figura 14 – Filtração da polpa com acetona........................................................................31 Figura 15 – Frascos com óleo.................................................................................................37 LISTA DE TABELAS 4 Tabela 1 – Composição de Ácidos Graxos do óleo de abacate............................................11 Tabela 2 – Características Físico-Químicas do óleo de abacate.........................................11 Tabela 3 – Resultados obtidos da secagem..........................................................................21 Tabela 4 – Rendimento da extração por solvente................................................................24 Tabela 5 – Rendimento da extração enzimática – 0,1%......................................................28 Tabela 6 – Rendimento da extração enzimática – 0,03%....................................................32 Tabela 7 – pH e temperatura das amostras..........................................................................32 Tabela 8 – Densidade do óleo de abacate obtido através do uso do picnômetro...............33 Tabela 9 – Valores obtidos na fatoração...............................................................................34 Tabela 10 – Índice de acidez do óleo.....................................................................................35 SUMÁRIO 5 RESUMO...................................................................................................................................6 1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................7 2 ABACATE..............................................................................................................................8 2.1 COMPOSIÇÃO DA PAREDE CELULAR DO ABACATE...............................................9 3 ÓLEO DE ABACATE.........................................................................................................10 4 PROCESSOS DE EXTRAÇÃO DE ÓLEOS ...................................................................12 5 EXTRAÇÃO ENZIMÁTICA ............................................................................................15 5.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS................................................................................16 5.2 ENZIMAS...........................................................................................................................17 5.2.1 Fatores que modificam a eficiência de uma enzima...................................................18 5.3 ENZIMA A SER UTILIZADA NA EXTRAÇÃO DO ÓLEO..........................................20 6 MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................................20 6.1 DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DA POLPA DO ABACATE...................................20 6.1.1 Materiais e reagentes.....................................................................................................20 6.1.2 Procedimento..................................................................................................................21 6.1.3 Cálculo de porcentagem de umidade...........................................................................21 6.2 EXTRAÇÃO POR ÉTER COM AUXÍLIO DO APARELHO SOXHLET.......................22 6.2.1 Materiais e reagentes.....................................................................................................22 6.2.2 Procedimento.................................................................................................................23 6.2.3 Cálculo do rendimento do óleo.....................................................................................24 6.2.4 Resultados obtidos.........................................................................................................24 6.3 EXTRAÇÃO ENZIMÁTICA SEGUNDO O ARTIGO DE ABREU E PINTO (2009)....25 6.3.1 Materiais e reagentes........................................................................................................25 6.3.2 Procedimento...................................................................................................................25 6.3.3 Resultados........................................................................................................................27 6.4 EXTRAÇÃO ENZIMÁTICA SEGUNDO EMBRAPA (2010).........................................28 6.5.1 Materiais e reagentes.....................................................................................................28 6.4.2 Procedimento..................................................................................................................29 6.4.3 Resultados.......................................................................................................................32 6.5 ANÁLISE DO pH DO ÓLEO DE ABACATE..................................................................32 6.6 DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DO ÓLEO...........................................................32 6.6.1 Calibração do picnômetro.............................................................................................33 6.6.2 Densidade do óleo de abacate extraído com enzimas.................................................33 6.6.3 Resultados.......................................................................................................................33 ...............................................................46 RESUMO .....................7 DETERMINAÇÃO DA ACIDEZ.............1 Cálculo da normalidade real da solução de NaOH....41 CONCLUSÃO...........................7...43 ANEXOS....2 Cálculo do fator de correção da solução de NaOH............................................................................................................................................................1..........................6 6.............34 6.......................34 6.......................1.....................................................................................2 Procedimento..................................................39 9 CRONOGRAMA........................................................42 REFERÊNCIAS....7................................................................7.......35 7 RESULTADOS E DISCUSSÃO...........................................33 6..................................................................................................................................................................................................................................................................................35 8 PLANILHA DE CUSTOS..................... foram feitas comparações que tinham por objetivo: rendimento do óleo em relação à massa da matéria prima utilizada.7 Este trabalho expõe o processo de extração enzimática do óleo de abacate. Apesar da extração por solvente ser desfavorável ao meio ambiente. o seu rendimento foi maior em relação aos dois processos de extração enzimática que são alternativas ecologicamente corretas. a porcentagem de umidade e o índice de acidez que informam dados importantes na conservação do óleo. consequências para o meio ambiente e custos. Após os dois processos serem realizados. O óleo extraído possui substâncias medicinais que são vantajosas em relação a outros óleos. 1 INTRODUÇÃO . Também foram feitas analises físico-químicas conforme métodos validados. o que aumenta a preferência do seu uso entre as pessoas. Extração por solvente. Palavras-chave: Óleo de abacate. Extração enzimática. que foi realizado com a enzima Viscozyme L cedida pela empresa Novozymes e a extração por solvente. Além disso. esse interesse pode se prolongar às indústrias farmacêuticas e cosméticas que utilizam o óleo para adicionar qualidade aos seus produtos. onde se determinou a densidade. o pH. é mais branda. para melhorar a obtenção do óleo está sendo utilizada a extração enzimática. 2 ABACATE . 2006). os equipamentos apresentam um alto custo e alteram a qualidade do produto final. a extração enzimática. os processos de extração. prevenção de doenças cardiovasculares e aumento da imunidade. Com a finalidade de extrair o óleo de abacate será analisada a utilização do complexo enzimático Viscozyme L da empresa Novozymes. porém apresenta riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Portanto. produz um óleo de excelente qualidade e é economicamente viável. Serão descritos as características do abacate e do seu óleo. discussões e a planilha de custos para a realização do mesmo. A partir da polpa do fruto é possível extrair um óleo com propriedades medicinais para diversos tratamentos: de pele e de cabelo. sendo o Brasil o terceiro maior produtor mundial (SILVA e OLIVEIRA. resultados. O óleo de abacate possui inúmeras qualidades e existem diversos processos para extraílo.8 O abacate é um fruto tropical. como por solventes. materiais e métodos. rico em nutrientes. Além disso. consome menos energia. Visto que. E para a comparação do óleo obtido será feita uma extração por solventes. 2006). um dos maiores produtores mundiais. 2010). perceptíveis no corte e na mastigação (ERENO. Uma substância chamada d-perseitol também presente age como diurético (SILVA e OLIVEIRA. que pertence à família das laureáceas. Também é rico em vitaminas A. apresenta a enzima polifenol oxidase (PPO) que produz o . 2009). A maioria desta produção é desperdiçada.9 O abacate (Persea americana Mill) é um fruto tropical rico em nutrientes. LASZLO. O abacate também possui um carotenóide (pigmento natural) chamado luteína que ajuda a proteger o organismo contra o câncer de próstata e doenças como catarata e degeneração da mácula (crescimento anormal dos vasos sanguíneos sobre a retina). pode apresentar de 70 a 85 % de umidade e 7 a 10 % de fibras (SILVA e OLIVEIRA. composto por carboidratos (hidratado de carbono).1 COMPOSIÇÃO DA PAREDE CELULAR DO ABACATE Estão presentes no abacate os polissacarídeos: hemiceluloses. o teor de óleo varia de 5 a 35% e o teor de açúcar de 3 a 8% (KOLLER apud OLIVEIRA et al. sua árvore é uma planta perene. Além disso. que é eficaz na prevenção e tratamento de uma série de doenças como a hiperplasia prostática. ou seja. A maior parte dessa gordura é monoinsaturada. O teor de proteína na polpa varia de 1 a 2 %. As hemiceluloses são associadas à celulose nas paredes celulares e contribuem na textura rígida. 2. e é comumente encontrada na parede celular do fruto. 2008). 2010). Além disso. 2006). que contribui para a adesão entre as células. B. diminuindo o nível de colesterol ruim (LDL) e aumentando os níveis de colesterol bom (HDL) (Salgado apud Danieli. 2006). É nativo do México e da América do Sul. C e E. A celulose é um polímero de cadeia longa. inibem os radicais livres. firmeza e resistência mecânica do tecido vegetal (PAIVA. que são antioxidantes. sendo que o fruto poderia estar sendo aproveitada como alimento e para extração de óleo medicinal. 2006. Possui uma produção de ordem de 500 milhões de frutos por ano. câncer e distúrbios de colesterol (SILVA e OLIVEIRA. sendo o Brasil. Cada 100g do fruto contém cerca de 180 calorias sendo que 85% são provenientes da gordura. que reduz os níveis de colesterol total. 2006). pectina e celulose. LIMA e PAIXÃO. A pectina é um hidrocolóide natural presente na parede celular. retardando o envelhecimento (DANIELI. 2008).10 escurecimento da polpa do fruto acarretando alterações de sabor e aparência no fruto (ARAÚJO. 3 ÓLEO DE ABACATE . 198 1. pois ambos são extraídos da polpa dos frutos e em sua composição de ácidos graxos predomina o ácido oléico.90 177 . que são tão similares que o óleo de abacate pode substituir o de oliva na alimentação.0 56. Carvalho e Soares (2004) o óleo de abacate possui características muito semelhantes ao óleo de oliva.458 . 2006.4 .0 3. O óleo de abacate refinado é transparente e inodoro.d.0 .9.0 .d.0. 2010).74. Em vista disso foi descrito por Silva e Oliveira (2006). Tabela 1 – Composição de Ácidos Graxos do óleo de abacate ÁCIDOS GRAXOS Ácido Palmítico Ácido Palmitoleico Ácido Esteárico Ácido Oleico (Ômega 9) Ácido Linoleico (Ômega 6) Ácido Linolênico (Ômega 3) ESTRUTURA VALORES DE REFERÊNCIA (%) C16: 0 C16:1 C18:0 C18: 1 C18:2 C18:3 9.910 . 2006. Tabela 2 – Características Físico-Químicas do óleo de abacate ÍNDICES Peso Específico (25ºC) Índice de Refração (40ºC) Índice de Iodo Índice de Saponificação Matéria Insaponificável UNIDADES g/cm³ g I2 / 100g mg KOH/g % VALORES DE REFERÊNCIA 0.17. O óleo bruto torna-se turvo e solidifica-se em dias frios. s.apud SILVA e OLIVEIRA.11 Segundo Tango. Essa característica natural não é .0 . Na tabela 1 é apresentada a composição de ácidos graxos do óleo de abacate e na tabela 2 são apresentadas as características físico-químicas do óleo de abacate.465 85 . já o óleo bruto possui uma coloração verde muito escura.0 .1.12.0 0.1.0 < 2.920 1.apud SILVA e OLIVEIRA. s.18.0 10. um aroma característico forte e um sabor intenso (FIER.0 .0 Fonte: LASZLO.0 Fonte: LASZLO. Por esta razão é muito usado no tratamento de dermatites. Apresenta efeito de absorção dos raios ultravioleta (UV) do sol. um efeito de redução dos níveis de colesterol no sangue. Além disso. além de ajudar em alguns problemas como a queda de cabelo e a caspa (JOY. Soares e Carvalho (2004). O ß-sitosterol sozinho ou em combinação com outros esteróis tem demonstrado. sendo de fácil absorção. acne e no pós-cirúrgico para acelerar a cicatrização. De acordo com Tango. pois aumenta a proliferação de linfócitos no corpo (SILVA e OLIVEIRA. 4 PROCESSOS DE EXTRAÇÃO DE ÓLEOS . queimaduras. agindo assim como um bom filtro solar para cosméticos (SILVA e OLIVEIRA. fitoesteróis (especialmente ß-sitosterol). entre as mais ativas estão às lecitinas. na prevenção de doenças cardiovasculares. 2010). 2006). retardando a formação de marcas na pele. restringe os níveis de glicose. o óleo é empregado na indústria cosmética com o objetivo de ajudar no tratamento de pele como rugas e estrias. ajuda em dietas para perda de peso. O óleo de abacate possui em sua composição várias substâncias medicinais. aumentando sua quantidade solúvel na derme. aumenta a imunidade e auxilia no tratamento de doenças como o câncer. o que leva à remoção das propriedades que distinguem o óleo de abacate dos outros óleos vegetais (SILVA e OLIVEIRA. 2006). Estimula o metabolismo do colágeno. inflamações. prevenindo e auxiliando no tratamento do câncer. reduz a dilatação da próstata (hiperplasia prostática). HIV e infecções.12 atrativa à indústria cosmética que tende a refinar o mesmo. 2006). em estudos clínicos. É benéfico para o cabelo. pois tem uma textura leve que facilita a penetração no couro cabeludo. ABREU e Abacate PINTO. éter. O processo pode ser realizado no aparelho Soxhlet (figura 2) e consiste na sucessiva lavagem contracorrente com o solvente no material Descascamento Casca que foi previamente triturado.  . O método mais tradicional de extração de óleos vegetais é a extração com solventes. Porém. Processos enzimáticos. A figura 1 Corte em pedaço apresenta o fluxograma do processo de extração do óleo de abacate por solvente. Extração por prensagem a frio.13 Existem diversos processos de extração do óleo da polpa nas quais os rendimentos variam de 56 a 95% de óleo extraído.    bruto. 1996. 2009). há perigo de explosões devido à volatilidade dos solventes que contribui para as emissões de componentes orgânicos voláteis que reagem com outros poluentes produzindo ozônio e oxidantes fotoquímicos em excesso. alto nível de perigo devido às grandes quantidades de solvente empregadas e aos resíduos que podem permanecer no produto final. apresenta alguns inconvenientes: equipamentos com alto custo de instalação e manutenção. Segundo Silva e Oliveira (2006) são eles:   Extração por centrifugação da polpa úmida. Além disso. acetona. água. na qual não se utiliza solvente e o óleo extraído é Extração artesanal usando o calor do sol. polpa seca a 70ºC ou com Extração por prensagem hidráulica contínua ou descontínua. Os solventes mais utilizados são: hexano. O material extraído é então levado para a retirada do solvente onde este é evaporado em estufa (ROSENTHAL. PYLE e NIRANJAN. Secagem a 50-60 °C Moagem Óleo + Solvente Evaporação Solvente Óleo bruto Resíduo Seco Nitrogênio Solvente prévia fermentação anaeróbica. com adição de material Tratamento da polpa fresca com produtos químicos. 1996). Extração do óleo por solventes utilizando polpa liofilizada.  auxiliar de prensagem. São escolhidos de acordo Descaroçamento Caroço com a solubilidade do produto a ser extraído. PYLE e NIRANJAN. pois é excelente no processamento de oleaginosas que contém pouca quantidade de óleo. que são prejudiciais à saúde humana (ROSENTHAL. A figura 2 e 3 representam o extrator Soxhlet usado para a extração do óleo por solvente. A extração do óleo de abacate feita com hexano por Ortiz et al apud Abreu e Pinto (2009) apresentou um rendimento de 59% enquanto com acetona foi somente 12%. 2006. .14 Figura 1 – Fluxograma básico do processo de extração do óleo de abacate por solvente Fonte: DANIELI. 2005. D – extrator Soxhlet. B – balão de fundo redondo. consumir menos energia e produzir um óleo de excelente qualidade que pode ser usado na sua forma bruta. 2006). 2009). B – balão de fundo redondo. O óleo de abacate é extraído quando os frutos estão maduros com uma consistência mais mole. C – pacote de papel de filtro com polpa de abacate. Figura 3 – Extrator Soxhlet A – manta de aquecimento. C – pacote de papel de filtro com polpa de abacate. pois é quando apresentam maiores teores de óleo (SILVA e OLIVEIRA. E – condensador de refluxo. a extração por enzima é a mais recomendada por ser mais branda. Fonte: SILVA et al. . 2006). Fonte: Dos Autores (2010) 5 EXTRAÇÃO ENZIMÁTICA A extração enzimática é uma alternativa ecologicamente correta para o processo de extração de óleos (ABREU e PINTO. assim. D – extrator Soxhlet.15 Figura 2 – Extrator Soxhlet A – manta de aquecimento. Entre todos os métodos utilizados para a extração do óleo. E – condensador de refluxo. economizando. várias etapas do processo de refino utilizadas atualmente (OLIVEIRA e RÖDEL. 2006). entre 30 a 40ºC dependendo da disponibilidade de enzimas hidrolíticas. 2010). Tais como:  O auxílio no rompimento dos tecidos das células vegetais. . 5. Sendo que misturas de enzimas são mais eficientes que as enzimas isoladas (SANTOS e FERRARI. é feito em temperaturas.  A melhoria da qualidade do óleo dando-lhe boa estabilidade.  A redução da viscosidade do meio.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS A extração aquosa do óleo de abacate através do uso de enzimas oferece muitas vantagens relacionadas ao meio ambiente.16 A seleção dos extratos enzimáticos é o primeiro passo no desenvolvimento da técnica e depende da composição da parede celular do fruto.  O aumento do rendimento do processo de extração aquoso. Na figura 4 pode ser observado o fluxograma do processo de extração aquosa enzimática do óleo de abacate. 2006. O uso de enzimas na extração de óleos vegetais a partir de frutos como o abacate. 2009). ABACATE DESPOLPAMENTO CASCA E CAROÇO ENZIMA INCUBAÇÃO ENZIMÁTICA ÁGUA QUENTE 30 a 40ºC CENTRIFUGAÇÃO ÓLEO DE ABACATE BRUTO Figura 4 – Fluxograma do processo de extração aquosa enzimática do óleo de abacate Fonte: UFRJ apud SILVA e OLIVEIRA. segurança e aspectos econômicos (ABREU e PINTO. que fazem a lise (quebra) da parede celular (OLIVEIRA e RÖDEL.  A redução das perdas nas etapas de separação do óleo.  Concentração de enzimas. 5. Pyle e Niranjan (1996) no caso da extração enzimática do óleo de abacate. ou seja. como uma chave em uma fechadura.  Diluição.2 ENZIMAS Segundo Evangelista (2008). 2006). Na figura 5 está representado o efeito da ação enzimática e da moagem na parede celular do fruto. pois possuem uma região denominada centro ativo ou sítio ativo. São específicas. A produção de enzimas específicas para extração de óleos vegetais no Brasil poderá viabilizar a tecnologia enzimática neste segmento tão importante da indústria nacional (OLIVEIRA e RÖDEL. A desvantagem da extração enzimática é o alto custo e a não disponibilidade das enzimas extrativas no Brasil. nos substratos. 1993). enfraquecendo certas ligações. Quando a enzima se encaixa nos substratos. sendo essa a principal restrição para sua aplicação industrial na obtenção de óleos.17 Os parâmetros mais relevantes do processo enzimático são:  Incubação enzimática. diminuindo a energia de ativação (LINHARES e GEWANDSZNAJDER. composta dos polissacarídeos celulose. De acordo com Rosenthal. Isso torna a reação mais fácil. o processo enzimático é economicamente viável quando aplicado para obtenção de óleos com fins cosmetológicos e farmacêuticos.  Temperatura e pH. hemicelulose e pectina. ela é capaz de alterar a estrutura dessas moléculas. as enzimas quebram a parede celular da polpa (mesocarpo) do fruto. as enzimas são um complexo protéico que atuam como catalisadores de reações biológicas. . Segundo Oliveira e Rödel (2006). que possui um formato capaz de se encaixar nos reagentes da reação.  Catalisam reações sem produzir efeitos secundários. Em 2002.1 Fatores que modificam a eficiência de uma enzima .  São constituintes naturais e biodegradáveis desprovidos de toxidade. 5. A crescente demanda por enzimas provém das vantagens que elas fornecem nos processos industriais como mencionam Evangelista e Koblitz (2008):  Aumento da qualidade e estabilidade das reações.  Permite maior velocidade dos processos de extração.8 bilhões de dólares. PYLE. 1996. detergentes. rações. O mercado de enzimas industriais é crescente e promissor.  Possibilitam a obtenção de produtos derivados e sintéticos. chegou a 1.  Podem ser inativadas quando a reação atinge o ponto requerido. têxtil. sendo que os maiores consumidores foram às indústrias de alimentos.18 Figura 5 – Quebra da parede celular por enzimas Fonte: ROSENTHAL. de papel e de produtos químicos (KOBLITZ. NIRANJAN. 2008).2. aumenta a velocidade da reação até o momento em que todas as moléculas de enzima se encontrem “ocupadas”. Acima ou abaixo desse pH. é consequência da desnaturação da enzima pelo excesso de calor. sua atividade diminui. Esse prejuízo na velocidade. do pH e da temperatura na velocidade da reação enzimática.  pH: alterações de pH podem mudar a forma da enzima. Cada espécie de enzima tem uma acidez ou alcalinidade exata. começa diminuir (figura 6c). 1993 . dificultando o encaixe do substrato. Porém. observamos que a velocidade aumenta até certo ponto e. a velocidade da reação é máxima e. é inútil qualquer aumento de substrato (figura 6a). quando a reação é enzimática. pois a velocidade permanecerá constante. do pH e da temperatura na velocidade da reação enzimática.  Concentração do substrato: aumentando a concentração do substrato. Fonte: Linhares e Gewandsnajder. afetando sua eficiência.  Temperatura: uma elevação de temperatura também aumenta a velocidade das reações químicas. (1993). existem diversos fatores que influenciam na atividade de uma enzima. na qual sua atividade é máxima. a partir de uma determinada temperatura. Seu perfil se modifica. Nesse ponto. então. a partir desse ponto. a velocidade da reação aumenta desde que haja uma quantidade de substrato suficiente para receber as enzimas. Na figura 6 estão representados os gráficos que mostram a influência da concentração do substrato. entre eles estão:  Concentração da enzima: aumentando a concentração de molécula da enzima. Figura 6 – Gráficos mostrando a influência da concentração do substrato.19 Segundo Linhares e Gewandsnajder. 6 MATERIAIS E MÉTODOS Abaixo serão descritos os processos realizados para a extração enzimática. incluindo celulase. hemicelulose e a pectina. Posteriormente foi separada e purificada do organismo produtor (Referência: laudo de análise. Apresenta uma coloração marrom claro a escuro. β-glucanase. sendo que a enzima permanece inativa nessa temperatura.1 DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DA POLPA DO ABACATE Esse processo foi realizado para se obter a porcentagem de umidade da polpa e para a realização da extração por Soxhlet. hemicelulase e xilanase que irão degradar os respectivos componentes da parede celular do fruto que são a celulose. densidade de 1. conforme anexo n° 1). A enzima foi doada pela companhia Novozymes.1. A enzima foi produzida por fermentação submersa do fungo Aspergillus sp.21g/mL e sua temperatura de armazenamento é de 0-10ºC.3 ENZIMA A SER UTILIZADA NA EXTRAÇÃO DO ÓLEO A enzima que será utilizada no processo de extração do óleo será a Viscozyme L. É um complexo multienzimático que contém uma vasta gama de carboidrases.20 5. 6. 6.1 Materiais e reagentes . por solvente e análises do óleo de abacate. a polpa foi retirada manualmente com uma colher.21 . colocou-se em estufa a temperatura 55±5ºC. 6.Vidro de relógio. Tabela 3 – Resultados obtidos da secagem Amostra úmida (g) Amostra seca (g) Perda de peso (g) Umidade (%) . 6. Durante a secagem.Polpa do abacate Manteiga mantida no congelador: 500g. onde permaneceu por 14 horas.3 Cálculo de porcentagem de umidade Perda de peso = peso amostra úmida – peso amostra seca %umidade = perda de peso ×100 peso da amostra úmida 6. Observação: Durante a noite.4 Resultados obtidos (1) A tabela 3 apresenta os resultados obtidos do processo de secagem da polpa. foram pesadas duas amostras de 10g cada. a temperatura subiu para 70ºC.Liquidificador. Descongelou-se a polpa do abacate para que fosse possível a trituração da mesma no liquidificador.1. Após a secagem as amostras foram pesadas e mantidas em uma placa de Petri sob refrigeração de -18ºC até o início da extração por solvente. já se pode observar a presença de óleo. . obedecendo a orientações do Instituto Adolfo Lutz.1.1. . Em seguida. foram colocadas em sacos plásticos e inseridas no congelador. em vidros de relógio.2 Procedimento O abacate Manteiga foi comprado em supermercados e após estarem maduros. . porém depois de certo tempo ela foi estabilizada para 50ºC. onde lá permaneceram até o início das análises.Estufa. .Placa de Petri. Em seguida. Manta de aquecimento. .Extrator Soxhlet. .Suporte universal. 0527 7. .22 Amostra 1 Amostra 2 10 10 2. . Figura 7 – Abacate após secagem Fonte: Dos autores (2010) 6. 8109 7.5 Fonte: Dos Autores (2010) Na figura 7 pode-se observar a polpa do abacate após a secagem. . .2.2 79. 1891 2.Papel de filtro faixa branca quantitativo . .2 EXTRAÇÃO POR ÉTER COM AUXÍLIO DO APARELHO SOXHLET 6. .Balão de fundo redondo 250ml.1 Materiais e reagentes .Balança analítica.Capela.Garras e argolas metálicas.Mangueira.Fio de lã. . 9473 78. .Condensador de bolas (4 bolas). 2. foi visto que o solvente não extraía mais óleo a partir de 3 horas de funcionamento.Proveta.Chapa de aquecimento. Observação: O tempo de extração estimado era de 5 horas segundo indicações da AOAC (Association of Official Analytical Chemist) apud Crizel et al (2007). mantendo uma temperatura menor que a do ponto de ebulição do éter fazendo com que este condense e escorra através do condensador caindo diretamente na amostra.Polpa do abacate Manteiga previamente seca em estufa (20g).23 . onde se encontram o éter e o óleo. temperatura necessária para que o éter seja vaporizado. foi conectado o condensador de bolas. A extração foi feita em duplicata e realizada por 3 horas. A figura 8 representa um dos ciclos do aparelho Soxhlet. assim extraindo o óleo. . por onde havia mangueiras para a entrada e saída de água. Acima do Soxhlet.A (150mL). Em seguida. . . uma vez que o ponto de ebulição do mesmo é de 36ºC. .Água deionizada. Essa trouxinha foi colocada no interior do aparelho Soxhlet. Após a extração do óleo foi feita a evaporação do éter em banho maria realizado em uma chapa de aquecimento entre 50 e 55ºC por cerca de 2 horas.Éter P.2 Procedimento Foi pesado 10g de polpa seca que foram colocadas em uma trouxinha de papel filtro duplo amarrada com fio de lã. 6. Esta foi estabilizada até a temperatura de 40º a 45ºC. . montou-se o aparelho para a extração por solvente e adicionou-se 150mL de éter ao balão de fundo redondo que foi colocado sob a manta de aquecimento. Entretanto. 24 Figura 8 – Extração pelo Soxhlet Fonte: Dos Autores (2010) 6.2. 7437 Rendimento (%) 37.3 Cálculo do rendimento do óleo 100 × N = lipídios ou extrato etéreo por cento m/m P (2) N = nº de gramas de lipídios P = nº de gramas da amostra 6.4 Resultados obtidos A tabela 4 apresenta o cálculo dos resultados obtidos. Tabela 4 – Rendimento da extração por solvente Amostra seca (g) Massa de óleo (g) Amostra 1 10 3.2.4 . 4833 32.8 6. Essas amostras foram diluídas com 300mL de água cada. . .Pipeta 10mL. .Complexo enzimático Viscozyme L (24.Centrífuga.Estante de tubo de ensaio. .2 Procedimento Foram pesadas três amostras de 100g de polpa de abacate e colocadas em três Beckers.9mL).Papel de filtro faixa branca. foram adicionadas 8. .Suporte universal.3 EXTRAÇÃO ENZIMÁTICA SEGUNDO O ARTIGO DE ABREU E PINTO (2009) 6.3.Polpa do abacate Manteiga (300g).1 Materiais e reagentes . Em seguida.Termômetro.25 Amostra 2 Média Fonte: Dos Autores (2010) 10 10 3. . 6.Argola metálica. . . . . .Becker 500mL. .Estufa.Placa de Petri.Balança analítica. A água foi colocada numa relação 1:3 (relação substrato/água).3 34.Pêra.3.3mL de enzima em cada . . . .Acetona pura. .Geladeira. 2229 3. .Água destilada (900mL).Espátula. 1%. porém.se o volume necessário de enzima que foi de 8.1% V = volume a descobrir V’ = volume dado = 100mL Em seguida. Essa concentração foi 121g que foi multiplicado por 100. . A figura 9 representa as três amostras diluídas e com a enzima. Figura 9 – Polpas de abacate diluídas Fonte: Dos Autores (2010) Na metodologia de Abreu e Pinto (2009) a quantidade de enzima a ser utilizada era de 0. utilizando-se a fórmula C ×V = C ' ×V ' obteve.26 recipiente com o auxílio da pipeta. utilizando a densidade da enzima que é 1. já que em 1g da enzima existe uma atividade de 100FBG. determinou-se a massa de FBG que seria concentração da enzima. que é 100FBG/g (unidades de betaglucanase). A figura 10 representa a centrifugação.3 mL. Após isso.21g/mL e levando em conta um volume de 100mL. Então. Onde: C = concentração de FBG = 12100 C’= concentração dada = 1000 ppm = 0. a polpa diluída foi colocada no agitador magnético com aquecimento por 3 horas a temperatura de 36±5ºC. foi percebido que era uma porcentagem muito pequena e também não foi levada em conta a atividade da enzima. a mistura foi colocada nos tubos da centrífuga por 30 minutos numa rotação de 3000 rpm. Depois dessa incubação. o óleo sobrenadante foi colocado diretamente no recipiente destinado ao mesmo. Observação: A rotação da centrífuga foi de 3000rpm e a do agitador magnético não foi determinada. Então.27 Figura 10 – Centrifugação da polpa Fonte: Dos Autores (2010) Depois de retirados da centrífuga. pois eles se fixavam nas vidrarias. Depois de retirados da estufa. Já na massa restante foi colocado 10mL de acetona. A água e a parte da polpa não sedimentada que ainda possuía um pouco de óleo foram colocadas em placas de Petri e inseridas na estufa por cerca de 5 horas a 70ºC.3.3 Resultados . Então. Houve muitas perdas de óleo e também da polpa. pois variava muito e não havia indicações no equipamento quanto a isso. a mistura com acetona e óleo foi colocada na estufa a 60ºC para que a acetona evaporasse. com a ajuda de uma espátula a massa com o óleo e a acetona foi retirada e em seguida filtrada através de uma filtração simples. 6. os tubos foram colocados no congelador por 5 minutos para que a polpa não sedimentada ficasse com uma consistência mais firme. o óleo que ficava na parte superior do tubo foi despejado com a ajuda de um bastão de vidro no recipiente destinado ao mesmo. Após esse processo. Estante de tubo de ensaio.Papel de filtro faixa branca. . 8228 11.3 Com solvente 6.Geladeira. Tabela 5 – Rendimento da extração enzimática – 0.Agitador magnético com aquecimento.Termômetro. . .Bastão de vidro. .Espátula.5 mL). . .Água destilada (300mL). .28 O óleo foi extraído de duas formas: com e sem o auxílio do solvente. . .4 EXTRAÇÃO ENZIMÁTICA SEGUNDO EMBRAPA (2010) 6. .Becker 600 ml. 223 18. Os resultados obtidos estão expressos na tabela a seguir. .1 Materiais e reagentes .Acetona pura.Pipeta 10mL.Pêra. . .5 6.Balança analítica.5. .Suporte universal. a massa extraída equivale a “x”.Estufa. .Complexo enzimático Viscozyme L (7.Placa de Petri.Argola metálica. . . .7 Média 3.1% Massa (g) Rendimento (%) Fonte: Dos Autores (2010) Sem solvente 1. 4225 4.Polpa do abacate Manteiga. Em vista disso. o cálculo do rendimento da extração foi feito por meio de uma regra de três: 300g de polpa equivalem a 100%. . já que em 1g da enzima existe uma atividade de 100FBG.03% V = volume a descobrir V’ = volume dado = 100mL Agitou-se a solução em um agitador magnético com aquecimento. mantendo-se a temperatura entre 35 a 40ºC. Após isso. Então. 6. A figura 11 representa esta agitação. Na metodologia da EMBRAPA (2010) a quantidade de enzima a ser utilizada era de 0.5 mL.4. durante 1.21g/mL e levando em conta um volume de 100mL. determinou-se a massa de FBG que seria concentração da enzima.5mL de enzima em cada recipiente com o auxílio da pipeta. porém foi percebido que era uma porcentagem muito pequena e também não foi levada em conta a atividade da enzima. utilizando a densidade da enzima que é 1. A água foi colocada em relação 1:1 (relação substrato/água).Centrífuga.5 horas. utilizando-se a fórmula C ×V = C ' ×V ' obtevese o volume necessário de enzima que foi de 2. que é 100FBG/g (unidades de betaglucanase). Quando a polpa baixou a temperatura para 38ºC foram adicionadas 2.29 . Essa concentração foi 121g que foi multiplicado por 100.2 Procedimento Foram pesadas três amostras de 100g de polpa de abacate e colocadas em três Beckers. Essas amostras foram diluídas com 100mL de água a uma temperatura 100ºC para provocar um choque térmico na polpa.03%. . Onde: C = concentração de FBG = 12100 C’= concentração dada = 300 ppm = 0. Esse procedimento pode ser visto na figura 12.30 Figura 11 – Agitação da polpa Fonte: Dos Autores (2010) Após isso. Figura 12 – Transferência do óleo Fonte: Dos Autores (2010) . as amostras foram centrifugadas por 30 minutos a 3000rpm e deixadas sob refrigeração na geladeira por 5 minutos para que a polpa não sedimentada ficasse com uma consistência mais firme. o óleo que ficava na parte superior do tubo foi despejado com a ajuda de um bastão de vidro no recipiente destinado ao mesmo. Então. 31 A água e a parte da polpa não sedimentada que ainda possuía um pouco de óleo foram colocadas em placas de Petri e inseridas na estufa por cerca de 5 horas a 70ºC. Figura 13 – Polpa seca com acetona Fonte: Dos Autores (2010) Figura 14 – Filtração da polpa com acetona Fonte: Dos Autores (2010) . Já na massa restante foi adicionado 10mL de acetona. pois variava muito e não havia indicações no equipamento quanto a isso. o óleo sobrenadante foi colocado diretamente no recipiente destinado ao mesmo. Após esse processo. Houve muitas perdas de óleo e também da polpa. pois eles se fixavam nas vidrarias. Esses procedimentos podem ser observados nas figuras 13 e 14. a mistura com acetona e óleo foi colocada na estufa a 60ºC para que a acetona evaporasse. Então. Depois de retirados da estufa. com a ajuda de uma espátula a massa com o óleo e a acetona foi retirada e em seguida filtrada através de uma filtração simples. Observação: A rotação do agitador magnético não foi determinada. da mistura polpa com enzima dos processos enzimáticos utilizando 0.8 23.35 21. a massa extraída equivale a “x”.0105 15.4 Óleo extraído 3. o cálculo do rendimento da extração foi feito por meio de uma regra de três: 300g de polpa equivalem a 100%.46 21.1%) 4.5 ANÁLISE DO pH DO ÓLEO DE ABACATE Utilizando o pHmetro foi feita a medição do pH da polpa de abacate. .03 Média 4.6017g 13.03%) 5.8 Massa (g) Rendimento (%) Fonte: Dos Autores (2010) 6.6 Com solvente 5.03% Sem solvente 4. Os resultados obtidos estão expressos na tabela a seguir.6 DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DO ÓLEO Utilizando o picnômetro e a metodologia do Instituto Adolfo Lutz.42 26 Fonte: Dos Autores (2010) 6.1928 12. Em vista disso.18 24. Tabela 7 – pH e temperatura das amostras Polpa pH Temperatura (ºC) 6. da enzima.1 e 0. Os resultados podem ser conferidos na tabela 7.32 6.6 Polpa+Enzima (0. Tabela 6 – Rendimento da extração enzimática – 0.3 Resultados O óleo foi extraído de duas formas: com e sem o auxílio do solvente.2 Polpa+Enzima (0.4. foi determinada a densidade do óleo resultante dos dois processos enzimáticos e a 28ºC: 0.03% da enzima e do óleo resultante dos dois procedimentos enzimáticos.1 Enzima 4.97g/cm3. 97 28 Ferquima 0. densidadeágua = massapicnômetro/volumepicnômetro (5) 6.7. Deixou-se o picnômetro em um banho termostático (a 28ºC) durante 10 minutos.1 Calibração do picnômetro Pesou-se o picnômetro vazio em balança analítica.6. e então se pesou o mesmo. através do cálculo demonstrado abaixo. O processo de pesagem foi feito em triplicata. adicionou-se o óleo até que o excesso extravasasse pelo capilar da tampa e com um papel poroso enxugou-se o óleo presente na parte de fora do picnômetro. enxugou-se a parte externa. encheu-se o picnômetro com água e manteve-o em banho durante 10 minutos à temperatura de 28ºC.3 Resultados A partir desse processo.2 Densidade do óleo de abacate extraído com enzimas Após a calibração do picnômetro. 920 20 Densidade (g/cm ) Temperatura (ºC) 3 Fonte: Dos Autores e densidade referenciada pelo fabricante Ferquima (2010) 6. Retirou-se o mesmo do banho e pesou-se novamente. o mesmo foi lavado com álcool e após.6.33 6. Em seguida. Após. 908 – 0. e utilizando-se o cálculo citado acima (6. 6. Depois. Tabela 8 – Densidade do óleo de abacate obtido através do uso do picnômetro Processo enzimático 0.7 DETERMINAÇÃO DA ACIDEZ .1 Calibração do picnômetro) obtiveram-se os resultados apresentados na tabela 8.6. determinou-se o volume do picnômetro através da densidade da água. Tabela 9 – Valores obtidos na fatoração Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Biftalato de potássio (g) 0.7.1N (mL) 33.1N gastos referente a cada uma das amostras de biftalato de potássio. Em seguida as amostras foram colocadas em dois erlenmeyers de 250 ml juntamente com 100 ml de água destilada em cada.7048g / 0.7. em seguida peso-se três amostras: 0.0 Fonte: Dos Autores (2010) 6.5 33.1.1.1 Cálculo da normalidade real da solução de NaOH m = Vm × N r E (6) Onde: Vm = volume gasto (litros) de solução de NaOH na titulação m = massa de biftalato pesada Nr = normalidade real da solução de NaOH E = equivalente grama do biftalato = 204g 6.7074g de biftalato de potássio. até que as amostras estivessem totalmente dissolvidas.34 O índice de acidez é definido pelo número de miligramas de hidróxido de sódio (NaOH) necessário para neutralizar 1g da amostra.1 Fatoração segundo Trindade (1986) Secou-se 5g de biftalato de potássio na estufa a 105ºC durante duas horas. pois diferia das outras duas.7. 7053 0.1 N até adquirir uma coloração rósea.7053g / 0. 7074 Hidróxido de sódio 0. A tabela 9 a seguir apresenta a quantidade de mL de hidróxido de sódio 0.5 34. 6. foi titulado com a solução de hidróxido de sódio de 0. Posteriormente. porém a terceira amostra foi descartada. 7048 0.2 Cálculo do fator de correção da solução de NaOH . 61 P (8) Fonte: Dos Autores e a acidez referenciada pelo fabricante Ferquima (2010).1N até o aparecimento da cor rósea que permaneceu por no mínimo 30 segundos. que serviram como comparação.23mL.7. Através de cálculos. 7 RESULTADOS E DISCUSSÃO .2 Procedimento Pesou-se 2g da amostra dos dois óleos enzimáticos em Erlemeyer. o fator de correção é igual a 1. Tabela 10 – Índice de acidez do óleo Óleo Índice de acidez (mg NaOH/g) Processo enzimático 3.52 Ferquima Menor que 3 V × f ×5. 10224 Nteórica = 0.35 F = N REAL N TEÓRICA (7) Nreal = 0. 6. Então. Titulou-se a solução com hidróxido de sódio 0.1 Portanto. adicionou-se 4 gotas do indicador fenoltaleína. A titulação foi feita em triplicata. obtendo-se um volume médio gasto de NaOH de 1. determinou-se o índice de acidez do óleo utilizando-se a seguinte fórmula: Índice de acidez = Onde: V = nº de mL se solução de hidróxido de sódio 0.1N gasto na titulação F = fator da solução de hidróxido de sódio P = nº de g da amostra O índice de acidez pode ser observado na tabela 10. Adicionou-se 25mL de solução de éter-álcool (2:1) neutra. juntamente com os índices de acidez estabelecidos pela empresa Ferquima. 0224. 1% 0.5 13. Enz. Em vista disso. 1 2 0.8 11. 8228 4. Esses resultados podem ser observados no gráfico 1.36 De acordo com Koller apud Oliveira et al (2008) o teor de óleo no abacate é de 5 a 35%. Soxh. Enz. Enz. Enz. com a utilização de solvente Fonte: Dos Autores (2010) Tabela 11 – Rendimento médio das extrações Extração Soxhlet Enzimática 0.03% nat. Soxh. Enz. acet.03% nat.1% nat. = acetona. encontra-se o rendimento médio das extrações. Gráfico 1 – Rendimento da extração do óleo Rendimento da extração do óleo 40 30 20 10 0 Soxh. Acet.03% 0. Enz. onde se juntou no resultado da extração enzimática os rendimentos que utilizaram ou não o solvente. 1 Soxh.1% acet.03% Fonte: Dos Autores (2010) Massa do óleo (g) 3.03% acet. 4833 3. E abaixo desta se encontra a figura 15 dos frascos com o óleo.1% Enzimática 0. acet. 0.1% 0. os resultados obtidos estiveram dentro dessa faixa. 0. 6017 Rendimento (%) 34. 0.8 . 2 Enz. nat. E seguindo este na tabela 11. Enz. 0. o hexano que foi o solvente que seria utilizado inicialmente tem ponto de ebulição de 69ºC. Também é preciso levar em conta que a extração foi realizada em escala de laboratório. Em relação ao éter. Em contrapartida. devido a fatores como o tamanho reduzido dos tubos da centrífuga e a deficiência na retirada do óleo. Além disso. devido à quebra da parede celular da polpa que ocorreu durante o tempo de incubação e centrifugação com consequente extração do óleo. por isso deve ser manuseado em capela. todo o processo foi realizado ao longo de vários dias. Pode-se perceber que o abacate possui um alto teor de óleo.85% de óleo. não tinham dimensões industriais. extraiu-se em média 34. Porém.com uma posterior filtração simples. Além disso. deve-se considerar que este é um processo que agride o meio ambiente e a saúde das pessoas que o utilizam. com ponto de ebulição de 36ºC. porque os solventes são muito tóxicos. este foi escolhido porque é mais volátil. uma vez que tanto a polpa como o óleo permaneceram retidos nos recipientes. os equipamentos. pois quando sua polpa era aquecida já liberava uma quantidade significativa de óleo. levando-se em consideração a quantidade de polpa utilizada em cada procedimento. escolhida pela sua baixa toxicidade . é cancerígeno e deve ser manuseado em um circuito fechado. entretanto. a princípio não seria utilizado um solvente juntamente com a extração enzimática. ou seja. A extração enzimática foi um processo lento. não podendo haver vazamentos. Em vista disso. pois de cada 10g de polpa. . ocorreram muitas perdas. o mais rentável foi a extração utilizando o Soxhlet.37 Figura 15 – Frascos com óleo Fonte: dos autores (2010). foi recomendado pela EMBRAPA e Abreu e Pinto a utilização de solvente – a acetona. como a centrífuga. Outro aspecto que se deve considerar é que. liberando seus constituintes principais. pois a polpa pura tinha caráter quase neutro. ou seja os componentes responsáveis pelo seu amadurecimento tornam a polpa mais ácida. pois a temperatura do banho maria variava muito.35. Além disso.38 Sobre o índice de acidez. o pH foi mais ácido – 4. quando se utilizou mais enzima como no processo 0. Essa acidez ocorreu porque a enzima tem pH de 4. Já o da empresa Ferquima não se sabe qual o processo realizado por eles para a obtenção do óleo. na qual a faixa foi de 0. esta também foi diferente da empresa Ferquima.46. devido à temperatura em que ocorreram as determinações que foi de 28ºC e a da empresa foi de 20°C.52. 908 – 0. apresentou pH de 5. Sabendo disso. . Esta diferença pode ter ocorrido devido ao fato de que o processo realizado pela equipe foi utilizando enzimas que deixam o pH da polpa mais ácido. correspondente a pH 6. cujo valor foi de 0. ou seja a quantidade de enzima interferiu no pH. o processo 0. este indica que o óleo está sofrendo quebras em sua cadeia. O resultado da equipe foi diferente. Quanto ao pH. Não foi possível determinar a densidade na mesma temperatura que a empresa utilizou. pode-se perceber que este foi mais ácido quando a enzima estava presente.8 – e a mistura com menor quantidade. além de o mesmo ser refinado.18 e atua numa faixa mais ácida.1%. os ácidos graxos. Em relação à densidade encontrada.97g/cm 3. o resultado encontrado foi de 3. já a acidez fornecida pela empresa Ferquima foi menor que 3. e é por esse motivo que o cálculo desse índice indica o estado de deterioração do produto. o óleo não foi refinado e o abacate empregado estava maduro.03%. 920g/cm 3. 00 R$ 10.00 R$ 20.80 R$ 1.90 R$ 699.00 Quantidade 3 0.52 R$ 4.57 R$ 4.395.14 R$ 25.00 R$ 3.00 R$ 310.00 R$ 20.39 8 PLANILHA DE CUSTOS REAGENTES Abacate (Variedade: Manteiga)**** (Kg.00 R$ 3.31 R$ 0.00 R$ 47.50 R$ 6.38 R$ 0.90 R$ 47.00 R$ 2.00 R$ 24.00 R$ 47.90 R$ 699.2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 5 1 1 1 1 1 1 Custo total R$ 7.) Acetona* (L) Água destilada* (L) Álcool etílico 9* (L) Biftalato de potássio* (Kg) Éter etílico P.00 .80 R$ 105.00 R$ 3.00 R$ 540.43 R$ 8.35 R$ 60.500.35 R$ 9.22 R$ 355.00 R$ 798.52 R$ 4.00 R$ 798.78 R$ 7.70 R$ 25.00 R$ 130.50 R$ 22.14 R$ 180.00 R$ 2.00 R$ 10.1 3 0.80 R$ 1.00 R$ 2.50 R$ 1.50 R$ 22.81 R$ 18.00 R$ 1.00 R$ 8.400.015 0.36 R$ 35.00 R$ 6.83 R$ 200.385.00 R$ 130.83 R$ 200.78 R$ 7.500.35 R$ 9.80 R$ 105.385.00 R$ 4.00 R$ 10.00 R$ 0.00 R$ 24.73 R$ 13.22 R$ 355.00 R$ 16.50 R$ 0.200.00 R$ 310.005 1 0.92 R$ 2.00 R$ 2.00 R$ 15.43 R$ 8.50 R$ 6.00 R$ 6.A* (L) Fenoftaleína* (L) Hidróxido de sódio* (L) Viscozyme L (enzima)** (L) MATERIAS E EQUIPAMENTOS Agitador magnético com aquecimento* Anel de ferro com mufa de alumínio* Balança analítica* Balão de fundo redondo (250 mL)* Banho Maria* Bastão de vidro* Bécker (1000mL)* Bécker (250 ml)* Bécker (500mL)* Bureta (50ml) Capela* Centrífuga* Condesador de refluxo* Erlenmeyer (1000 mL)* Erlenmeyer (250 mL)* Erlenmeyer (500 mL)* Espátula* Estufa* Estante para tubo de ensaio* Extrator Soxhlet* Funil* Garra metálica* Geladeira* *** Liquidificador* *** Luvas* Mangueira de látex* Manta de aquecimento* Óculos de proteção* Papel de filtro* Pera* pHmetro* Picnômetro (25ml)* Pipeta (10ml)* Placa de Petri* Custo unitário R$ 2.400.00 R$ 2.00 R$ 30.02 0.91 R$ 38.62 R$ 15.62 R$ 15.395.03 0.00 R$ 540.00 R$ 16.18 R$ 4.81 R$ 0.73 R$ 13.00 R$ 30.00 R$ 2.00 R$ 8.92 R$ 2.00 R$ 20.90 R$ 47.200.00 R$ 1. 00 Custo total R$ 18.60 * Material disponibilizado pela própria instituição de ensino para a realização dos procedimentos ** Doação da Empresa Novozymes *** Material disponível para o auxílio do experimento tanto na instituição escolar como em domicílio **** Material que foi necessária compra pelos próprios integrantes da equipe R$ 24.00 R$ 64.109.00 .00 3 R$ 114.90 R$ 0.70 R$ 36.00 R$ 38.10 1 R$ 36.40 Proveta (100ml)* Recipiente do óleo bruto**** Suporte universal* Termômetro* Vidro de relógio 1 R$ 24.00 1 R$ 64.90 3 R$ 2.69 Custo total gasto R$ 9. 41 9 CRONOGRAMA . sendo este um processo viável. foi possível extrair o seu óleo por meio de dois processos de extração: processo enzimático e por solvente. fruto que é abundante no Brasil. onde poderiam ser feitos aprimoramentos nesse processo para que o tempo e o rendimento fossem melhorados. Os resultados foram além das expectativas. o custo e as implicações ambientais. As extrações de óleo de abacate nos dois processos foram satisfatórias. levando em consideração o rendimento. no entanto esse contratempo que ocorre em laboratório pode ser superado em escala industrial. sendo que a extração pelo processo Soxhlet obteve melhor rendimento.05% utilizando a mesma técnica. Diante da proposta inicial. porém apresenta desvantagens ambientais. Já as extrações enzimáticas obtiveram porcentagens de óleo maiores do que citados na literatura por Abreu e Pinto (2009) que conseguiram 12. provando que é possível extrair o óleo de abacate. a equipe obteve êxito na realização dos experimentos. O processo enzimático por sua natureza precisou de mais tempo para retirar o óleo da polpa. . foi possível uma comparação dos óleos obtidos.42 CONCLUSÃO A partir da polpa do abacate. Após as extrações realizadas em triplicata e duplicata respectivamente. Disponível em: <http://www. 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