Terapia Ocupacional No Brasil - Marysia Prado

March 17, 2018 | Author: fervogler | Category: Occupational Therapy, Hospital, Sociology, Psychiatry, Medicine


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TERAPIA OCUPACIONAL NO BRASIL Fundamentos e Perspectivas Marysia Mara Rodri ues do Prado !e Car"o e Ce"ina Camar o Barta"otti Plexus 2001 Dedicamos este livro a nossos familiares, que tanto nos apoiaram no intuito de conseguirmos concluir este trabalho. Também o dedicamos a nossos alunos da !niversidade de "#o Paulo e do $entro !niversit%rio "#o $amilo e a todos os estudantes de Terapia &cupacional do 'rasil. (oi pensando em todos eles que visamos organi)ar e por fim reali)amos este livro. * todos os terapeutas ocupacionais que constroem, cotidianamente, nossa profiss#o, que est#o desbravando novos campos de atua+#o e desenvolvendo referenciais te,rico metodol,gicos e pr%ticas inovadoras, passados quase cinq-enta anos do in.cio da nossa profiss#o no 'rasil. *gradecemos, ainda, a todos os colegas terapeutas ocupacionais que colaboraram com nossos autores, para que pudessem construir esse panorama t#o amplo e, ao mesmo tempo, t#o profundo sobre a configura+#o de m/ltiplas tend0ncias da Terapia &cupacional em nosso pa.s, neste in.cio do século 112. Pre#$cio 3uando $elina e 4ar5sia me convidaram para escrever o pref%cio deste livro senti me muito satisfeita. * presente publica+#o constitui se excelente oportunidade para todos os profissionais e estudantes de Terapia &cupacional, uma ve) que reflete o desenvolvimento do conhecimento e as inova+6es nesse campo. 7em também suprir a car0ncia de bibliografia espec.fica e aprofundada sobre o referido assunto, sobretudo no que concerne 8 Terapia &cupacional brasileira. 9% contamos com algumas obras sobre Terapia &cupacional circulando em nosso meio, fruto de contribui+6es pioneiras, oriundas de monografias de mestrado e teses de doutorado. Todavia, a pesquisa em Terapia &cupacional, geradora de conhecimento, vem se expandindo cada ve) mais e em v%rias dire+6es. 2sso nos leva a crer que o terapeuta ocupacional necessita de uma s,lida bagagem de conhecimento, cientificamente comprovada, que o a:ude no exerc.cio de sua profiss#o, que se centra em algo t#o ,bvio quanto a atividade humana, mas que resulta em inter rela+6es 8s ve)es dif.ceis de se compreender e mane:ar por serem muitos os fatores que interv0m em sua din;mica. como professoras de cursos de gradua+#o em Terapia . as transforma+6es e o alcance da Terapia &cupacional.rica. principalmente. = um livro de suma import. docente e<ou de pesquisa.nico. que aqui t0m a oportunidade de ressaltar as vantagens de melhorar a qualidade de vida de pessoas especiais.ncia. pesquisa cl.s meio século de desenvolvimento da Terapia &cupacional no 'rasil. Terapia Ocupacional no Brasil: fundamentos e perspectivas foi escrito nesse esp. o que implica conservar a dignidade e os direitos humanos. este:a ligada 8 sabedoria de pessoas em diversas %reas de atividade.rito de colabora+#o na esperan+a de ser /til nessa tarefa comum. Porém. da educa+#o e<ou da inser+#o social.das. como profissionais atuantes na %rea e. por terapeutas ocupacionais especiali)ados e competentes. e exige que a Terapia &cupacional.rias foram constru. quer se:a no ambiente da sa/de. anos de estudo cont.nuo.vel. Dese:o muito 0xito e cumprimento todos que organi)aram e escreveram este livro. =le testemunha as mudan+as.nica e inova+6es na forma+#o profissional. Maria Auxiliadora Cursino Ferrari $oordenadora do curso de Terapia &cupacional do $entro !niversit%rio "#o $amilo Apresenta%&o *p. escrito de forma cient. provenientes de diversas institui+6es.fica e acess. *s organi)adoras e seus colaboradores s#o profissionais altamente reconhecidos na %rea pelo seu trabalho cl. visando desenvolver todo seu potencial. muitas hist. formula+#o te.* demanda de profissionais nessa %rea é crescente. gicos. voltando se. !tili)amos também muitos dos trabalhos produ)idos por terapeutas ocupacionais em programas de p. é a falta de obras especiali)adas. que traga uma discuss#o consistente sobre seus fundamentos hist. !m dos problemas enfrentados por terapeutas ocupacionais e pelos cursos de forma+#o profissional em Terapia &cupacional. =ssa situa+#o tem nos levado a utili)ar material produ)ido em outros pa. contudo acabam. em geral. nem fa)er relatos de experi0nciasA esses trabalhos podem ter seu valor técnico e de divulga+#o cient. mas que. @osso ob:etivo aqui n#o é simplesmente elencar fatos hist.rico epistemol. a um enfoque espec.ricos ou apresentar teorias desenvolvidas na profiss#o. se n#o s#o publicados como livros ou artigos de peri.rico metodol.neas na %rea. permanecem restritos ao . Pretendemos apresentar um panorama de como vem se constituindo a Terapia &cupacional em nosso pa. cada um de sua maneira. *ssim.fica.fico na sua %rea de abrang0ncia e de atua+#o. correlacionados 8 pr%tica profissional com . a partir de diferentes pressupostos e correla+6es te.ria est% escrito. este livro apresenta diferentes enfoques te.dicos.rico pr%ticas.s gradua+#o. construindo uma vis#o sobre o campo da Terapia &cupacional a partir das principais >e mais consolidadas? tend0ncias contempor.mbito de atua+#o de seus autores.ses que. material produ)ido e publicado no 'rasil. observamos que pouco dessa hist.neas. para o desenvolvimento dos seus trabalhos e pesquisas.gicos. bem como aborde as diferentes pr%ticas profissionais contempor.&cupacional >!niversidade de "#o Paulo e $entro !niversit%rio "#o $amilo?.s. embora possa enriquecer nossa compreens#o sobre a profiss#o. n#o reflete o que vem sendo produ)ido a partir de nossa realidade. rico de constitui+#o da profiss#o como das m/ltiplas pr%ticas contempor.veisA consideramo la suficientemente abrangente para permitir a apresenta+#o e an%lise de diversos Bfa)eresB em Terapia &cupacional. mas acreditamos que estamos. =ste trabalho muito contribuir% para a compreens#o.do tem sempre um car%ter hist. * forma pela qual organi)amos esses enfoques é apenas uma das muitas poss. apresentamos diversos enfoques te. imersas no cotidiano.gicos e abordagens pr%ticas. partindo também de um enfoque hist. 2niciamos com um olhar hist. as autoras apresentam a discuss#o sobre a atividade no contexto da Terapia &cupacional. 2niciamos com as .gica que apresenta as atividades como produtos de um universo cultural. a fim de construirmos um panorama amplo. ent#o. no intuito de escreverem sobre o que mais t0m pesquisado e produ)ido. aqui. @#o temos a pretens#o de abranger tudo o que se fa) e produ) em Terapia &cupacional no 'rasil. observando que o conhecimento constru.diversas clientelas. Partir da hist.tulo D.ria.rico sobre a profiss#o. @a Parte 2 apresentamos o que consideramos os fundamentos da profiss#o.rico. =m seguida discute se o que tem sido considerado Bpedra fundamentalB de nossa profiss#oC o conhecimento sobre as atividades humanas.rico metodol.rico para expor uma perspectiva te..neas no 'rasil. * partir da. enfocando sua origem e seu desenvolvimento. convidamos para a elabora+#o desse trabalho profissionais de v%rias universidades e tend0ncias. * partir do $ap.rico metodol. Para isso. tanto do processo hist. profundo e diversificado sobre a Terapia &cupacional no 'rasil. é um passo necess%rio. apresentando grande parte do que h% de mais significativo no campo. organi)ados a partir dos pressupostos que os norteiam. vemos a constru+#o te. enfati)ando a a+#o do terapeuta ocupacional como profissional envolvido nos processos que visam a constru+#o de uma sociedade mais :usta e 8 assun+#o. pelos diversos grupos sociais. (inalmente.rio motores ou neuromotores.tulo E. atualmente.pria vida e da sua comunidade. & pr. mostrando a diversidade do olhar sobre a crian+a e suas implica+6es sobre a a+#o do terapeuta ocupacional.ximo texto volta se para as abordagens que privilegiam os processos socio educativos.abordagens que privilegiam os processos psicossociais. campo que historicamente pode ser considerado um dos constitutivos da Terapia &cupacional e no qual.sica. @o $ap. as abordagens que privilegiam as rela+6es entre sa/de e trabalho. principalmente. "egue se o olhar sobre as abordagens que privilegiam a atua+#o na comunidade. com destaque para as que privilegiam os aspectos sens. preocupadas com aspectos preventivos e com . apresentamos as abordagens que privilegiam os recursos técnicos e tecnol.rico pr%tica de atua+6es fortemente coadunadas com as mais modernas vis6es sobre trabalho. trabalhando com as rela+6es entre Terapia &cupacional e educa+#oA a partir de um referen cial da perspectiva hist. tra)endo uma an%lise aprofundada sobre as a+6es da Terapia &cupacional na sa/de mental.rico cultural. que se apresenta como a perspectiva de futuro em rela+#o 8s pessoas consideradas Bcom necessidades educativas especiaisB. =m seguida. de seu papel de agentes transformadores de sua pr. analisa ainda as a+6es do terapeuta ocupacional diante dos processos educacionais e. perante o paradigma de inclus#o social.gicos na %rea da reabilita+#o f. as abordagens se voltam para a compreens#o do desenvolvimento infantil. enfati)ando a promo+#o do desempenho funcional<ocupacional na vida cotidiana. dos pelo demGnioB. do Prado De $arlo $elina $amargo 'artalotti @a literatura de Terapia &cupacional h% obras que apresentam uma hist. e a todos os doentes eram oferecidas ocupa+6es. exerc. F. em geral. segundo 4edeiros. Marysia e Celina PARTE I Fundamentos ' Camin(os da Terapia Ocupaciona" 4ar5sia 4.cios sobre o uso Bterap0uticoB das atividades desde a *ntiguidade?. sendo que as concep+6es de sa/de. a origem da Terapia &cupacional n#o é t#o remota como sugerem os autores Bcl%ssicosB >que referem haver ind. Desde seu princ. remonta 8 *ntiguidadeA nessa perspectiva. artes e artesanatos poderiam BcurarB aqueles que estivessem Bpossu.s nos sentimos ao organi)% las.sito de manter o ambiente tranq-ilo e favorecer o contato com os BdeusesB.aqueles fortalecedores da busca pela qualidade de vida dos trabalhadores.ria sobre o uso terap0utico das ocupa+6es que. a profiss#o encontra seus precursores hist.ricos entre gregos e romanos.pio. doen+a e terap0utica relacionam se historicamente 8 produ+#o . =speramos que todos nossos leitores possam se sentir t#o enriquecidos com tais leituras quanto n. com o prop. a Terapia &cupacional caracteri)ou se como profiss#o da %rea da sa/de surgiu como recurso. instrumento e ato médico.cios. =ntretanto. *creditava se que os trabalhos. fossem estes vincula dos a formas de desvio familiar. Os movimentos precursores da Terapia Ocupaciona" @os séculos XVII e XVIII acreditava se que todos os indiv. considerados como amea+as 8 sociedade. mas.do saber. deviam ser afas tados e confinados num espa+o isolado do conv. pois estavam sob um mesmo . Todos eram reunidos nos mesmos estabelecimentos.vio social. loucos. para proteger a sociedade contra a desordem dos loucos e dos diferentes e dos perigos que eles representavam. n#o h% uma hist. dentro de um regime semipenitenci%rio e semi caritativo. se:am elas de ordem pessoal ou profissional. que foram os antigos lepros%rios da 2dade 4édia. pregui+osos.rias que s#o constru. *ssim. mais tarde reconhecidos como doentes? sofriam a+6es punitivas. @esses asilos. vagabundos. =les eram recolhidos para que fossem cuidados.ricos e contextos socio culturais. na cotidianidade das rela+6es sociais. velhos. na verdade. o que se praticava era seu isolamento e exclus#o. prostitutas. inclusive para poder entender as diversas caracter.sticas assumidas pela profiss#o Terapia &cupacional em diferentes momentos hist. mas hist. de um modo geral. dialeticamente. os marginali)ados sociais >s. *s disposi+6es de corre+#o e repress#o dos delitos valiam para todas as categorias de BmarginaisB. deficientes . Dessa forma.das.ria da Terapia &cupacional.fica apartada das ci0ncias da sa/de e educa+#o. = importante compreender a utili)a+#o da atividade humana em diferentes épocas. n#o h% linearidade evolucionista na hist.ria espec.duos que suscitavam repuls#o ou temor indigentes. incapa)es. de indisciplina militar ou reli giosa ou a amea+as 8 seguran+a p/blica. =mbora o surgimento do hospital como instrumento terap0utico tenha ocorrido no final do século 17222. com a pretens#o de salvar a alma do pobre e a sua pr. até que o hospital se converteu em espa+o médico e seu funcionamento foi reorgani)ado segundo critérios médicos. * instala+#o dos asilos :ustificava se mais pelas exig0ncias de ordem social que pelas necessidades terap0uticas de isolamento para o tratamento do doente. propriamente. foi somente a partir do in. $om fun+#o de car%ter mais religioso que médico. mas mantiveram as mesmas caracter. propunham n#o s. como também a divis#o e enclausuramento dos doentes segundo os tipos de comportamentos patol.sticas de discrimina+#o social da velha organi)a+#o hospitalar. o hospital devia ser lugar também para a transforma+#o espiritual de uma diversificada popula+#o marginal. $om a mudan+a do car%ter e dos ob:etivos do hospital. a pr%tica médica tinha car%ter n#o hospitalar.cio do século 121 que surgiu a medicina hospitalar e o hospital terap0utico como o compreendemos atualmenteA até ent#o. foram reorgani)ados como estabelecimentos especiais. * equipe hospitalar tinha como ob:etivo reali)ar trabalho caritativo. Havia agentes institucionais que. *o serem propostos como Bmeios terap0uticosB. o médico adquiriu o poder e a responsabilidade pela organi)a+#o . contr%rios 8 presen+a de ali enados nas casas de deten+#o. para a promo+#o da sa/de. a cria+#o de espa+os médicos dentro daquelas institui+6es.sticos ou tratamentos.estatuto legal e enquadrados na categoria geral de insanosA as diferencia+6es que ocorriam no interior do enclausuramento deviam se 8s exig0ncias disciplinares e n#o estavam associa das 8 preocupa+#o de reali)ar diagn.gicos >o que é a base da tecnologia asilar?.priaA a presen+a do médico era mais para :ustificar a exist0ncia institucional que. o louco e o idiota foram reconhecidos por suas caracter. a guerra e a fome s#o os atores principais.M & Btratamento moralB preconi)ado por Pinel >1N01?. vagabundos. @aquele tempo. os recursos próprios aos hospitais diminuem fortemente.sticas.ria do seu pa. por mecanismos disciplinares introdu)idos na co tidianidade.stico médico e :ustificado pela racionali)a+#o terap0utica. *s transforma+6es do saber e da pr%tica médicos procuraram eliminar as desordens decorrentes das enfermidades e de sua estrutura econGmico social. como =squirol. apareceu como uma espécie de san+#o que deveria ser disfar+ada.hospitalar. mendigos e dementes em geral eram confundidos. social e religiosa. depois aplicado pelos seus disc.pulos.sica e de moral. de coer+#o f. séculos XIV e XV... quando uma profunda crise demogr%fica. P. mas essa identifica+#o carecia de status cient. ao passo que a demanda cresce sensivelmente.s.[. os comportamentos e os discursos. 2sto se passa na (ran+a. com a medicali)a+#o e diferencia+#o dos aparelhos de tratamento. imposto pelo diagn.M a filosofia do século do 2luminismo aspira a aperfei+oar a nature)a humana em geral. tratados todos como BmarginaisB e assistidos indistintamente. a peste..fico. & pesquisador franc0s 9. * no+#o de trabalho ou de atividade penetra o mundo hospitalar. controlar minuciosamente os corpos.] @a Paris revolucion%ria >1EJK? L.. & tratamento. a partir do século 121.. decorre da . n#o como meio terap0utico. com rela+#o 8s transforma+6es no campo da assist0ncia 8quelas popula+6es BmarginaisB. "e até o século 17222 os criminosos. e encarrega 8 4edicina de pesquisar os meios. mas como modo de educa+#o.. que deveria tornar se um meio terap0utico inteiramente medicali)ado. Ioubert tra) interessantes es clarecimentos sobre a hist. L. ndices de BcuraB.no+#o de doen+as mentais. DE J? & Btratamento moralB. pois. o problema central é o ambiente f. por intermédio das primeiras terapias ocupacionais. 2P? Para a =scola de Tratamento 4oral.gicas do cérebro. >1JO2. das quais se pensava que provinham de altera+6es patol. >1JJJ. é interessante apontar a seguinte afirma+#o de =lso *rruda.sico e social e a situa+#o de vida do paciente >aspectos que devem ser modificados?. pelo funcionamento institucional. de forma autorit%ria. sim. a partir do seu isolamento do ambiente sociofamiliar. como parte integrante da sua reforma. que era a ess0ncia da atividade terap0utica asilar.rbidos. !ma tranca se abriuC a dos hospitais pris#o para os loucos. pp. p. o que se pretendia era o recondicionamento do doente para impedir a desordem. 2sso vai permitir tratar de forma firme e benevolente os BalienadosB e de tentar dialogar com eles. &s resultados ou efic%cia terap0utica dessa estratégia disciplinar n#o poderiam ser avaliados por . mas.cio e. referindo se a PinelC * terap0utica ocupacional foi ent#o introdu)ida. mantém a ordem num agrupamento qualquer de alienadosB. fixa as faculdades do entendimento. trouxe a idéia do asilo como uma casa de educa+#o de car%ter especial. os h%bitos errados e as rea+6es ao estresse >considerava se que o doente apenas sucumbira 8s press6es externas.. @essa perspectiva. cabendo 8 sociedade a obriga+#o moral de a:ud% lo a . por si s.rito do doente. *firmou PinelC Bo trabalho constante modifica a cadeia de pensamentos m. onde se deveria reformar o esp. a desorgani)a+#o do comportamento. dando lhes exerc. inculcando lhe as normas de conduta mediante técnicas disciplinares de car%ter coercitivo. M o trabalho produtivo passa a ser enfati)ado e é também por meio dele que se espera alcan+ar a reinser+#o social. marcado pela compaix#o pelos insanos.. que proporcionassem uma vida saud%vel ao doenteA preconi)ava o uso de BremédiosB morais. "eus ob:etivos eram a modifica+#o e corre+#o de h%bitos errados e a cria+#o e manuten+#o de h%bi tos saud%veis de vida.xima da laborterapia?. com a utili)a+#o ordenada e controlada do tempo. & trabalho como instrumento de terap0utica ocupacional médica. portanto.voltar 8 vida normal?. foi a introdu+#o do trabalho. entre psiquiatras e terapeutas ocupacionais. para normali)ar o comportamento desordenado do doente mental. com formas de chantagem como a distribui+#o ou reten+#o de pequenos privilégios.brio financeiro dos asilos. 22? *ssim. como :ogos e o trabalho. (oi concebida uma estratégia com o ob:etivo de alcan+ar o equil. !ma das formas de su:ei+#o dos doentes. L. pretensamente Bressociali)anteB por favorecer a aprendi)agem da ordem e disciplina. 1JJJ. prescrito e orientado pelos médicos. até ho:e conservada. baseada tanto na admiss#o de internos pagantes como no trabalho gratuito dos internos. prevalece o movimento alienista. sendo n/cleo central do Tratamento 4oral. determinou a rela+#o estreita. p. * metodologiaC programa com 0nfase nas atividades de vida di%ria >*7Ds? consideradas normais. :% vistos como doentes que deveriam ser submetidos a interven+6es . dentro das estratégias do tratamento moral. até meados do século 121.. de educa+#o e atividades cotidianas. visando 8 normali)a+#o do compor tamento desorgani)ado do doente. e como forma de rentabili)a+#o econGmica do asilo. >'enetton. em ambiente alegre e de apoio. como recurso terap0utico >uma a+#o mais pr. a qual estava baseada nas rela+6es entre padr6es de h%bitos e doen+a mental. bioqu. de origem norte americana. o que .micos ou end. $ontudo. recrea+#o e disciplina+#o. aliadas 8 emerg0ncia da nova BTeoria da PsicobiologiaB de *dolf 4e5er. Passou a predominar a concep+#o organicista da doen+a mental. que era explicada por conceitos anatGmicos.crinos. foi a escola precursora da Terapia &cupacional. e a etiologia da doen+a mental passou a ser identificada na patologia do cérebro.nicos e cir/rgicos para locali)ar altera+6es encef%licas que seriam respons%veis pelas condutas do doente mental. =mbora Ioubert afirme que 4e5er.fico.terap0uticas. com a reali)a+#o de estudos cl. "em um forte comprometimento social para tratar o doente mental e com institui+6es superlotadas >fato agravado pelo afluxo de imigrantes?. $om a implanta+#o do racionalismo experimentalista e a afirma+#o do cientificismo como atitude intelectual. criou se uma :ustifica+#o médica para a explora+#o dos doentes. proposta pelo movimento alienista.odo de obscurantismo no uso das ocupa+6es?. n#o se inspirou nos princ. na explica+#o e tratamento da doen+a mental. o tratamento moral declinou no século XIX >per. & ob:eto do enfoque. baseado na filosofia humanista. * B=scola do Tratamento 4oralB. passou a ser o cérebro humano >em ve) do ambiente?. no in. se d% o advento da (ilosofia Positivista e a =scola do Pensamento $ient. & individualismo substituiu a filosofia humanit%ria que apoiava o tratamento moral. associando o ob:etivo econGmico >o trabalho dos internos como fonte or+ament%ria para a manuten+#o da institui+#o? ao ob:etivo de ocupa+#o. "egundo Qielhofner e 'urRe.cio do século XX houve a re emerg0ncia das idéias do tratamento moral.pios do tratamento moral >que estavam muito mais associados 8s pr%ticas profissionais exercidas na psiquiatria francesa?. sicas para a atividade. vivendo e agindo no seu tempo.gico. a ser visto como um organismo complexo >psicol.e. estando em vida ativa e uso ativo. 2J? . em intera+#o com o mundo social?.. $alcado nos princ. ent#o. & enfoque. @ossa concep+#o de homem é de um organismo que se auto mantém e se auto equilibra no mundo da realidade.sico como mental. ent#o.pios da psicobiologia e em ra)#o de dois fatos na %rea médica o crescimento da preocupa+#o com a preven+#o de ocorr0ncias e recorr0ncias de doen+as e o aumento do n/mero de pessoas incapacitadas pela guerra . usando. la)er e sonoA o ob:etivo é organi)ar o comportamento.s mesmos que d% a marca definitiva a todos os nossos . o treinamento de h%bitos adequados de auto cuidado e de comportamento social mediante gradualismo de demandas f. p. 1J22.pria nature)a e a nature)a 8 sua volta.gico e biol. o tratamento por intermédio das ocupa+6es propunha. em harmonia com sua pr. surgiu o movimento denominado Breabilita+#oB. $om ele.se tem é que o homem passou. apud Qielhofner. repouso. é sobre os mecanismos de organi)a+#o do comportamento e estilo de vida >menor 0nfase sobre o cérebro?A o problema é a desorgani)a+#o do papel socialA a metodologia de interven+#o baseia se na utili)a+#o ativa e intencional do tempo. dividido equilibradamente entre trabalho.rg#os. 1JJ2. agora. S o uso que fa)emos de n.s guerra. 7isando # reabilita+#o e reinser+#o social do indiv. cresceu o reconhecimento do tratamento pela ocupa+#o no atendimento tanto ao doente f.duo pela restaura+#o de sua capacidade e compet0ncia para um papel produtivo em sociedade. 8 medida que havia a necessidade de pessoas capacitadas e produtivas para a reconstru+#o social no p. i. >4e5er. @a hist. situado entre Dusseldorf e Hanover. sobretudo pelos trabalhos de Tui) $erqueira e !lisses Pernambucano. p.pio que rege tanto a vida corporal como a mental. também. foram determinantes na constitui+#o te. "imon praticava a ocupa+#o terap0utica. na *lemanhaA seu método. t#o em voga no seu tempo. dado que o homem nunca permanece sem fa)er nadaA se n#o fa) algo /til. $omo psiquiatra. "uas idéias. deve se fa)er refer0ncia. baseadas no princ. da *lemanha. fa) algo in/tilB >1JDE. assim. Para o dr.4e5er muito influenciou =leonor $larR "lagle. que veio a ter forte influ0ncia sobre a assist0ncia psiqui%trica brasileira. no Hospital de Uarstein e depois em I-tersloh.pio de que o comportamento s. a outro médico Hermann "imon. (oi em 1J0P. desde 1J0P. deve ser dado o crédito primeiro pela utili)a+#o das ocupa+6es.ria da Terapia &cupacional. * energia e o sucesso de . americana que veio a ser uma das fundadoras da primeira escola regular de Terapia &cupacional nos =stados !nidos e da *ssocia+#o *mericana de Terapia &cupacional. princ.rico pr%tica de uma nova profiss#o a Terapia &cupacional. baseados em resultados finais curativos. "imon. e depois pela ocupa+#o industrial praticada em todos os hospitais psiqui%tricos e oficinas especiais. partia da idéia de que Bvida é atividade. &punha se. poderia ser organi)ado pelo agir. que "imon desenvolveu seu esquema de terapia ocupacional e o aplicou sistematicamente em todo o hospital. pois acreditava que o repouso do encamamento acarretava a aboli+#o da atividade mental e a dem0ncia. com um sistema e plane:amentos definidos. denominado BTratamento *tivoB. 8 clinoterapia >tratamento do leito?. pela utili)a+#o ativa e intencional do tempo no contexto de uma vida normal. no Uestphalian "tate 4ental Hospital em I-tersloh. 2K?. p.Occupational Therapy: a manual for nursesA os primeiros trabalhos te. $ontudo. psiquiatria etc. a idéia do uso terap0utico das ocupa+6es como pr%tica médica >na realidade. em um sentido terap0utico. exercida por enfermeiras e assistentes sociais? apareceu na literatura médica a partir do século XVIII. geriatria. JNV de seus pacientes. resultou da compartimentali)a+#o do co nhecimento. >&W"ullivan. E? =nfim. & método de "imon foi copiado com sucesso no "tate Hospital of 'aden. e seu alcance profissional continua. mas na =uropa em geral. cu:o primeiro presidente foi Ieorge =dXard 'arton.sico e social complexo. n#o somente em outros hospitais psiqui%tricos da *lemanha. o primeiro manual completo de instru+6es de Terapia &cupacional . "egundo refer0ncia de alguns manuais de Terapia &cupacional. foi somente no século XX que se deu a aceita+#o da utili)a+#o terap0utica da ocupa+#o. "ua reputa+#o se espalhou. neurologia. em grande medida. Uilliam Fush Dunton foi quem lan+ou.duo est% ligada 8s complexidades das experi0ncias di%rias. em 1J1P.seus esfor+os podem ser avaliados pelo fato de que ele conseguiu ocupar. * profiss#o Terapia &cupacional.ricos em Terapia &cupacional foram indicados especialmente para enfermeiras. a partir do reconhecimento de que a sa/de do indiv. assim como em muitos outros.?. 1JPP. variando segundo o campo médico ao qual ela est% associada >ortopedia. com a conseq-ente especiali)a+#o do trabalho. =m 1E de outubro de 1J1E foi fundada nos =stados !nidos a @ational "ociet5 for the Promotion of &ccupational Therap5. num mundo f. em Fichenau e também no "outh Ierman 4ental Hospital em $onstan). de ser respeitado e de se auto satisfa)er. um . e da afirma+#o sobre o direito do homem de se livrar de doen+as. que surgiu na segunda década do século XX. a qual provocou o aumento dos incapacitados e neur. exigia também interven+6es mais definidas. @a realidade. &s cursos e programas de Terapia &cupacional eram condu)idos e supervisionados por médicos com aux. como categoria profissional e como profiss#o da %rea da sa/de. (oram elas. o que pressionou a Terapia &cupacional a adotar novas estratégias de tratamento foi a necessidade de responder .sse do senso comum e alcan+asse status cient. principalmente quando se fala de uma Bperspectiva reducionistaB da profiss#o. * organi)a+#o da Terapia &cupacional.arquiteto que havia experimentado os efeitos benéficos do trabalho durante sua pr. est% bastante ligada ao per.fico. a Terapia &cupacional viveu uma press#o do desenvolvimento do conhecimento cient. as mulheres eram escolhidas para exercer a profiss#o. * primeira escola profissional nos =stados !nidos foi criada em 1J1E. ao definir melhor as patologias.fico. =ssas interpreta+6es sobre a hist.duos incapacitados.odo da Primeira Iuerra 4undial.lio de enfermeiras e assistentes sociais.ses >como 2nglaterra? a profiss#o foi inaugurada com o in. @aquela época. De acordo com Qielhofner e 'urRe. que muitas ve)es acabaram se transformando em terapeutas ocupacionais.fico na %rea da sa/de que. para que sa.ria da profiss#o apontam para uma representa+#o da Terapia &cupacional como Bv. pois acreditava se que suas caracter. pois o tratamento pela ocupa+#o >nos moldes do BParadigma da &cupa+#oB? era considerado n#o cient. recebendo a denomina+#o de Bauxiliares de reconstru+#oB.pria doen+a.sticas maternais fossem muito benéficas no tratamento dos doentes mentais.ticos de guerra. nas décadas de 1JD0 e K0. nos =stados !nidos. enquanto em outros pa. as pioneiras no trabalho com indiv.timaB das press6es da medicina.cio da "egunda Iuerra 4undial. também. sobretudo na %rea do tratamento das incapacidades f. tanto a profiss#o como os primeiros servi+os especiali)ados v#o surgir dentro de locais tais como asilos e hospitais gerais que. foram se transformando em entidades de reabilita+#o. $om isso. abre se espa+o para a readapta+#o e reabilita+#oA come+am a ser criadas as precondi+6es para uma tend0ncia que. alteradas pelas novas descobertas e formas de trat% las. exigir% algum preparo um pouco mais técnico.nimos para os cursos? e uma expans#o consider%vel da Terapia &cupacional. da terapia ocupacional com a categoria médica. e particularmente na terapia ocupacional.sicas. . com a "egunda Iuerra 4undial surgiu a necessidade de terapeutas ocupacionais em hospitais civis e militares. assim como foram sendo desenvolvidos novos recursos técnicos e tecnologias. 1JJ1. h% aproxima+#o gradativa. mais cient. ainda que subalterna. para além da BmoralB e do Bcar%terB. um certo status profissional especiali)ado. >Topes. com o que busca se auto conferir. bem como as demandas das popula+6es.odo da depress#o?.a novas quest6es que se apresentavam. o que provocou a quase extin+#o dos programas de recupera+#o dos incapacitados. Y medida que as demandas das popula+6es se tornavam mais complexas. perante a sociedade. Togo. os profissionais buscavam formas melhores e mais eficientes de responder e tratar os problemas.fico e é nessa linha que. @a sa/de. p. ao longo das décadas de 1J20 e D0. 2P? *pesar da grave crise econGmica que atingiu os =stados !nidos no final da década de 1J20 e se espalhou pelo mundo >per. houve um aumento desordenado do n/mero de escolas >o que exigiu a elabora+#o dos padr6es m. no decorrer do tempo. 7alores. Y medida que diminu. dessa forma. idéias e atividades relativas ao incapacitado foram alterados concomitantemente ao movimento de reabilita+#o.& aperfei+oamento dos conhecimentos na %rea da sa/de exigiu o desenvolvimento de novos procedimentos de tratamentoA o holismo de 4e5er >com a perspectiva do homem interagindo no ambiente?.fico. (oram estabelecidos programas especiais de acordo com as categorias de doen+a. * Terapia &cupacional passou a privilegiar o cuidado diretamente dos problemas motores da incapacidade f.sicas. perdeu influ0ncia e entrou em decad0ncia. Por exemploC foi dada 0nfase 8 movimenta+#o precoce e exerc.a a massa de veteranos incapacitados.sica e da patologia intraps. Durante as décadas de 1JK0 a O0. nascido de uma necessidade da popula+#o de atendimentos em especial na %rea das disfun+6es f. como se pode observar pelo texto. considerado como n#o cient.odo de intensas transforma+6es na %rea da sa/de. de 4ose5.cios de recondicionamentoA materiais novos e experimenta+#o levaram a aparelhos protéticos e ortopédicos melhores e adaptados ao indiv.duoA foram desenvolvidas novas técnicas. Pessoas interessadas em psiquiatria come+aram a formula+#o da teoria de que a doen+a mental surgia de rela+6es interpessoais errGneas.quica da doen+a mental. gra+as ao conhecimento maior do sistema neuromuscularA orienta+#o psicossocial e o treinamento vocacional foram considerados uma parte significativa da reabilita+#o. grupos preocupados com um grande n/mero de condi+6es incapacitadoras procuravam reabilita+#o. a Terapia &cupacional foi fortemente influenciada pelo 4ovimento 2nternacional de Feabilita+#o. (oi um per. adquirir maior reconhecimento profissional e social. adaptando se ao novo modelo médico para. a seguir. *s portas dos hospitais foram . *silo Provis.. é importante a refer0ncia 8 vinda da . "#o Paulo e 4inas Ierais foram os pioneiros. * 0nfase estava na técnica mais do que na teoria. sensoriais ou mentais foram criadas a partir da segunda metade do século XIX. *s pessoas come+aram a reconhecer que a comunidade era importante L.s. 4uitos desses hospitais.odo que se constitu. Havia muita explora+#o de formas mais novas e breves de terapia. &s estados do Fio de 9aneiro.M 9untamente com outros grupos profissionais emergentes. existem até os dias atuais. >1JEJ. pois foi :ustamente nesse per.sicas.M * base te. KN J? =ssas informa+6es s#o muito relevantes para a compreens#o da hist.rio de *lienados e o 2nstituto Padre $hico (SP). comoC o 2mperial 2nstituto dos 4eninos $egos e o 2mperial 2nstituto dos "urdos 4udos (RJ). a terapia ocupacional associou se ao movimento de reabilita+#o L. embriGnica. na melhor das hip.teses. fundados naquele tempo.odo era.ria da utili)a+#o das ocupa+6es como forma de tratamento no 'rasil.ria da Terapia &cupacional no 'rasil.. A Terapia Ocupaciona" no Brasi" *s primeiras institui+6es brasileiras que atendiam pessoas com incapacidades f.rica usada conscientemente pelo terapeuta ocupacional durante esse per. *s drogas come+aram a ser usadas quase universalmente na assist0ncia a pacientes psiqui%tricos... pp.abertas.ram os primeiros cursos de forma+#o de terapeutas ocupacionais no pa. @a hist. com a funda+#o de hospitais >especiali)ados em atender deficientes visuais e auditivos e doentes mentais? e de escolas especiali)adas para deficientes mentais. iniciou se com a funda+#o do Hosp. * forma de tratamento era pela ocupa+#o dos pacientes internados.pria institui+#o. estava baseado no tratamento moral. como era comerciali)ada.cio D. marcenaria. entre outras.ximo 8 cidade de "#o Paulo. mec. como as de ferraria. atualmente chamado de Hospital (ranco da Focha. Henrique de &liveira 4atos redigiu sua tese inaugural da cadeira de Psiquiatria da (aculdade de 4edicina da USP: Labortherapia nas Affecções Mentaes um estudo fun damentado no tratamento moral sobre a terap0utica pelo tra balho desenvolvida no Hospital do 9uqueri. no 'rasil.s. propostas pelos médicos e acompanhadas pela equipe de enfermagem. destacando se a agropecu%ria.fam. no Fio de 9aneiro. =sse tipo de tratamento. (ranco da Focha e Pacheco e "ilva l% introdu)iram o tratamento pelo trabalho intitulado BpraxiterapiaB. =m 1NJN iniciou se o funcionamento do Hospital do 9uqueri.nica.K00 alqueires pr. para atender os doentes mentais de todo o pa. num terreno de 1.pio de que a organi)a+#o do ambiente e das ocupa+6es leva 8 reorgani)a+#o do comportamento do doente mental.lia real portuguesa >século XIX). principalmente depois da 2ndepen d0ncia. como a $olGnia 9uliano 4oreira e o "ervi+o de Terapia &cupacional em =ngenho de Dentro. no Fio 9aneiro. com o uso da ocupa+#o terap0utica.cio do século 11. partindo do princ. que deu impulso 8 reestrutura+#o psiqui%trica. em atividades rurais ou oficinas. elétrica. * utili)a+#o do trabalho como forma de tratamento. @o in. com @ise da "ilveira. Pedro II em 1NP2. sendo que a principal atividade desenvolvida pelos pacientes era de cunho rural. surgiram novos trabalhos baseados nas ocupa+6es. & Hospital do 9uqueri chegou a ter mais de mil pacientes internados. cu:a produ+#o n#o apenas supria as necessidades da pr. =sse trabalho . =m 1J2J. no 'rasil havia uma maior preocupa+#o com pacientes crGnicos >como os portadores de tuberculose?. mediante a cria+#o da *ssist0ncia a Psicopatas. S nesse contexto que surgem muitos profissionais. =nquanto o 4ovimento de Feabilita+#o se originava. !lisses Pernambucano introdu)iu a ocupa+#o terap0utica no @ordeste do 'rasil. pelos médicos brasileiros. curativa e de reabilita+#o >principalmente trabalho agropecu%rio?. ocorreram certas mudan+as na concep+#o de sa/de vigente.sica no 'rasil. defici0ncias cong0nitas.fica nacional sobre a terap0utica ocupacional >como era denominado.ses que participaram das duas Irandes Iuerras. * obra de "imon Tratamiento Ocupacional de los enfermos mentales >tradu+#o espanhola de 1JDE? era considerada a base te.ria para todos. acidentados no trabalho. a &rgani)a+#o 2nternacional do Trabalho (OIT) e a !nesco. $om a introdu+#o dos servi+os de reabilita+#o f. difundindo leis protecionistas aos deficientes mentais e deficientes f.tornou se o marco inicial da produ+#o cient. seguindo modelos estrangeiros de reabilita+#o.sicos. =mbora em . no 'rasil. de tr.sicos e propondo a implanta+#o de programas especiais para essa popula+#o. =m 1JD1. sobretudo nos pa. domésticos ou por doen+as ocupacionais. &s programas para incapacitados f. apenas na década de 1JK0. como fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. o tratamento pelas ocupa+6es?. &s .sicos surgem. como a ONU. decorrente do 4ovimento 2nternacional de Feabilita+#o. integrando aten+#o preventiva.nsito. =le propunha uma a+#o multiprofissional intra e extra hospitalar.rica do seu trabalho e leitura obrigat.rg#os respons%veis pela divulga+#o e pela implanta+#o de servi+os de reabilita+#o eram entidades governamentais e n#o governamentais. como conseq-0ncia do aumento significativo de incapacitados f. pela *ssocia+#o 4édica *mericanaA o Hospital das $l. em especial por influ0ncia norte americana.sico e recursos financeiros. houve a implanta+#o dos cursos de forma+#o de Terapia &cupacional preferencialmente na %rea da reabilita+#o f. pela demonstra+#o de técnicas de reabilita+#o em centros que seriam respons%veis pela reali)a+#o de atividades. . por intermédio da concess#o de espa+o f. Desde 1JP1. o $entro 4édico e a faculdade eram os /nicos classificados como grau *.s :% houvesse experi0ncias de uso das ocupa+6es com ob:etivo terap0utico nos manicGmios psiqui%tricos. a ONU enviou para a *mérica Tatina. =m 1JP1. emiss%rios respons%veis por encontrar um local adequado para a implanta+#o de um $entro de Feabilita+#o.nicas da (aculdade de 4edicina da USP já reali)ava um programa de laborterapia com os pacientes internados.nicas estava ligado 8 !niversidade de "#o Paulo centro universit%rio de renome internacionalA situava se num grande centro urbano industrial a cidade de "#o Paulo que apresentava uma grande demanda de incapacitados.sica. & Hospital das $l. esse hospital já se preocupava com a reabilita+#o de incapacitados. bem como assist0ncia para a popula+#o.nicas da (aculdade de 4edicina da !niversidade de "#o Paulo foi escolhido para a implanta+#o de um $entro de Feabilita+#o por diversas ra)6esC :% existia um setor de recupera+#o vinculado ao $entro 4édico da FMUSP. * ONU assumiu uma estratégia mais efetiva para a implanta+#o de pro:etos de reabilita+#o nos quatro continentes. podendo possibilitar a recoloca+#o profissional dessa popula+#oA era apoiado pelo governo local e federal. sob os cuidados do "ervi+o "ocial. ob:etivando a forma+#o de profissionais.nosso pa. a fim de redu)ir os efeitos da hospitali)a+#o. @a década de 1JK0. o Hospital das $l. & campo da reabilita+#o era considerado. :% se reconhecia a import.sticas dos servi+os de Terapia &cupacional na década de 1JP0.amos festas na enfermaria. @essa época.&s técnicos. verificamos que os pacientes tinham problemas de adapta+#o e ficavam na ociosidade.. shoXs.nicas.s. teatro. p. Dentre esses profissionais. 1JNOC1. pode se destacar @e5de HaucR. cinema.cio da década de 1JP0. * Terap0utica &cupacional era definida como o Bemprego cient. apud "oares. 1JJ1.ria e caracter. melhor seria reabilitar do que manter uma pessoa dependente dos recursos do =stado. =ncontramos num registro feito por $arvalho. no in. que havia sido inaugurada em 1JPD e onde era desenvolvido um amplo programa de reabilita+#o. que tinham inicialmente um ano de dura+#o. 1J?. come+amos a desenvolver um programa de laborterapia com os pacientesC trabalhos manuais. >HaucR.nica de &rtopedia e Traumatologia. =la era assistente social e enfermeira do Hospital das $l. 12K? &s técnicos que retornavam iam para a $l. p. informa+6es interessantes sobre a hist. n. *. * partir desses programas. come+aram a surgir v%rios cursos de forma+#o técnica. médica assistente do Hospital das $l. como o de (isioterapia e de Terapia &cupacional. =nt#o. inclusive fa). que estudou Terapia &cupacional na @eX ZorR !niversit5. na reabilita+#o do incapacitadoB >1JPD.ncia da Terapia &cupacional na reabilita+#o e reinser+#o no trabalho do traumati)ado de guerra e reconhecia se que. um dos campos . na época. financeiramente.nicas. do "ervi+o "ocial. eram enviados aos =stados !nidos para estudar técnicas de reabilita+#o e para tra)er ao 'rasil novas abordagens.fico de qualquer tipo de ocupa+#o ou trabalho. e o ensino. sendo respons%vel por tal curso de prepara+#oA ap. que l% permaneceu durante um ano >1JOK OP?.lio da &rgani)a+#o 4undial da "a/de. respons%vel pelo servi+o de Terapia &cupacional da $l.nica de &rtopedia e Traumatologia no Hospital das $l. nesse per. assumiria o servi+o. . tendo um potencial elevado para transformar o inv%lido em m#o de obra atuante.nica de &rtopedia e Traumatologia. passou a se chamar apenas 2nstituto de Feabilita+#o >2F?A este funcionou até 1JON.cio. De 1JPO até 1JOP. para o 2nstituto de Feabilita+#o. funcionava com técnicos de que a $l.odo. que. & 2F tinha duas finalidadesC assistencial. que consistia no atendimento aos deficientes mediante programas de reabilita+#o. Dentre os técnicos que vieram ao 'rasil. terapia ocupacional. posteriormente. para a prepara+#o de um técnico local que.lio técnico internacional. logo em seguida >1JPN?. =m 1JPO. @o in. promovendo cursos regulares para a forma+#o de profissionais em diferentes campos da reabilita+#o >cursos de fisioterapia.rteses e pr. em especial nos =stados !nidos. a &@! implantou o 2nstituto @acional de Feabilita+#o >2@*F?.s o término do curso. que tiveram sua forma+#o no exterior. * terapeuta ocupacional @e5de HaucR era. uma pessoa que havia participado dele foi escolhida para ser respons%vel pela forma+#o de outros profissionais e pela assist0ncia no 2nstituto de Feabilita+#o. * profissional escolhida foi 4aria *uxiliadora $ursino (errari. estava =li)abeth =agles. tendo papel relevante na forma+#o de profissionais da %rea de reabilita+#o. na $l. o 2nstituto de Feabilita+#o recebeu aux.nicas da (aculdade de 4edicina da !niversidade de "#o Paulo.mais recentes da medicina. .teses?.nica de &rtopedia :% dispunhaA esses técnicos. recebiam bolsa aux. teses e locomo+#o de cegos.*té mar+o de 1JOD. embora o 2F solicitasse a continua+#o da forma+#o apenas técnica desses profissionais.nica.K02 casos.pios de indica+#o terap0utica etc. deu se a aprova+#o do curr. o curso de Terapia &cupacional da !"P passou a ter dura+#o de tr0s anos.sica. do Fio de 9aneiro. * partir de 1JPJ. o 2nstituto n#o se preocupava com a forma+#o dos profissionais com conhecimento mais amplo. * forma+#o era restrita e espec. 9% nessa época a forma+#o de terapeutas ocupacionais estava muito mais ligada 8 Feabilita+#o (.rteses.1V eram acometidos por afec+6es do aparelho locomotor. segundo Topes. mas em cumprir com as exig0ncias da &@!. "omente . ou mesmo o curso de reabilita+#o de curta dura+#o oferecido pelo pr. aos princ. sob dire+#o do professor Foberto Taliberti. 8 interven+#o médica espec.culo foi aprovado com 2.nimo do curso de Terapia &cupacional e (isioterapia da *ssocia+#o 'rasileira 'eneficente de Feabilita+#o >*''F?. iniciou se a forma+#o de Btécnicos de alto padr#oB em (isioterapia e Terapia &cupacional. * partir de 1JOK.vel universit%rio.1O0 horas. pr.culo m. que n#o dese:ava esse tipo de emancipa+#o.?. $ontudo.fica das profiss6es técnicas de reabilita+#o >eminentemente cl. sendo a Terapia &cupacional respons%vel somente por membros superiores e pelas técnicas em atividades de vida di%ria. para tr0s anos letivos de dura+#o e em n. 2sso veio de maneira a substituir cursos anteriores.prio 2@*F. & curr. =m 1JO0 foi inaugurado o curso técnico de . por intermédio de um curso com dura+#o de dois anos. o 2F atendeu 2. referente 8 sintomatologia. =m 1JOD. NE. como os de forma+#o em servi+o oferecidos pelo "esi em "#o Paulo.fica. Desse total. 2sso representou uma grande conquista para as profiss6es e o desagrado da classe médica. foi reconhecida como de n. existem 29 escolas de Terapia &cupacional no 'rasil. a profiss#o de Terapia &cupacional. (onoaudiologia e Terapia &cupacional.alguns anos depois é que tiveram in. passou a compor o novo Departamento de (isioterapia. >*lvarenga [ (errari. e n#o mais ao Departamento de &rtopedia e Traumatologia.cio os est%gios supervisionados em outras %reas. 4aranh#o. o 2nstituto de Feabilita+#o propGs que o IR passasse a ser uma divis#o ligada diretamente ao Hospital das $l. 1O1? $om a extin+#o do IR. in "oares.cio da década de 1970. =m 1JOJ. sendo que. da (aculdade de 4edicina da USP. sendoC sete na Fegi#o @orte<@ordeste >Par%. como o da psiquiatria. com conseqüente dispersão dos técnicos para outras unidades do HC e para outras instituições. Pernambuco. @essa mesma época. até sua desativação total. 'ahia e *lagoas?A duas na Fegi#o $entro &este >4ato Irosso do "ul e Ioi%s?A 16 na Fegi#o "udeste >4inas Ierais. 1JJ1. no in. Fio Irande do @orte. "anta $atarina e Fio Irande do "ul?. con:untamente com a (isioterapia. "#o Paulo. as quais se tornaram bastante prec%rias na parte de aplica+#o. Fio de 9aneiro e =sp. com o processo de Feforma !niversit%ria. 1JEKCO. a partir de 1JO0. o curso de Terapia &cupacional da USP foi reformulado e passou a fa)er parte da (aculdade de 4edicina da !niversidade de "#o Paulo. as funções de reabilitação e treinamento de pessoal do IR foram se dissolvendo.rito "anto?A quatro na Fegi#o "ul >Paran%. *tualmente (2001). $ear%. p. s. restavam as fun+6es de ensino. .nicas (HC). =m de)embro de 1999. Dessa forma foram suspensas gradativamente as fun+6es assistenciais do 2nstituto de Feabilita+#o.vel superior. como conseq-0ncia da supress#o das atividades pr%ticas do 2nstituto de Feabilita+#o. $om isso. no fato de constituir o elo inicial de uma cadeia evolutiva para a comunidade terap0utica. *.mica em Terapia &cupacional.odo emblem%tico da hist. p.s e de cada cultura tenham dado origem a diferen+as hist. aquele foi o per. a busca de defini+#o de fun+6es em rela+#o a outras profiss6es e de crescimento do espa+o profissional no mercado de trabalho acabou por fa)er deste um per. Para alguns autores. desde a década de 1JE0. 9. grande impulso foi dado 8 Terapia &cupacional pelos estudos da terapeuta ocupacional 4. 1JJ1. entre outros. I. @o 'rasil.rico metodol.odo de Bcrise de identidade da profiss#oBA para muitos. para n. 4ose5. a ambientoterapia que nutre e desenvolve todo o processo evolutivo da reabilita+#o. *.odo muito fértil em termos da produ+#o cient.gicos e do seu campo de atua+#o. a TO :% pode propiciar.s.ricas relativas 8 constitui+#o da profiss#o. =ntretanto. pois ra)oavelmente colocada. * import. $.fica inovadora em Terapia &cupacional.vel. 'enetton que se dedica. Qielhofner. sem que a categoria tenha conseguido chegar a um consenso sobre defini+6es.ficas de cada pa. essa crise se perpetua até ho:e. ao desenvolvimento de uma abordagem psicodin. Feill5.sticas espec. 9. 11E? . \)ima [ \)ima. >$erqueira. dos seus pressupostos te. (oi a partir dessa época que se tornaram conhe cidos os trabalhos de (idler [ (idler. pela cria+#o de servi+os extra hospitalares de sa/de mental. e pelo médico Tui) $erqueira um dos primeiros defensores da necessidade de moderni)a+#o da assist0ncia psiqui%trica. a década de 1970 pode ser considerada um per. identidade profissional etc.ria da Terapia &cupacional.ncia da terapia ocupacional est%. em seu n. *5res.*ssim. apud @ascimento. embora as caracter. 4. =sse processo vem acontecendo. desencadearam se experi0ncias transformadoras em diversas institui+6es por todo o pa."egundo @ascimento. a pr%tica da Terapia &cupacional se constituiu sempre vinculada ao uso de ativida des. muitos terapeutas ocupacionais brasileiros que trabalhavam na %rea da sa/de mental enga:aram se. =m seu trabalho de doutoramento. procuraremos configurar quais s#o as tend0ncias atuais do campo da Terapia &cupacional. se:am elas de autocuidado.cio dos anos 1JN0. como decorr0ncia da necessidade de abertura e democrati)a+#o vivida pela sociedade brasileira desde o final dos anos 1JE0 e do crescimento dos movimentos sociais.sicos em programas multidisciplinares de reabilita+#o. de la)er ou produtivas. no in. n#o sem resist0ncias. a partir da década de 1JN0. sendo que. em pro:etos de transforma+#o institucional e na Bluta antimanicomialB. mas contando com a participa+#o efetiva de muitos terapeutas ocupacionais. discutindo as din. domina+#o e controle dos doentes mentais nas e pelas institui+6es manicomiais. de modo geral. discutindo as perspectivas mais recentes da profiss#o Terapia &cupacional no cen%rio . a profiss#o sofreu dois processos distintosC um. Perspectivas atuais no campo da Terapia Ocupaciona" Historicamente. mediante ocupa+#o dos doentes crGnicos em hospitais de longa perman0ncia com base em programas recreativos e<ou laborter%picosA outro pela restaura+#o da capacidade funcional de incapacitados f. Dos muitos eventos reali)ados nessa época. press6es e boicotes de grupos conservadores. * seguir.micas de exclus#o.s. seguindo o movimento internacional de desinstitucionali)a+#o e democrati)a+#o da assist0ncia psiqui%trica. * pr%tica privada tem crescido em diversos pa. Topes refere que a partir da segunda metade da década de 1JE0.ses. @esse processo. nos /ltimos anos. acentuou se o processo de redu+#o dos custos da assist0ncia 8 sa/de. como par. $ontudo.metros para o corte de recursos. a redu+#o das interna+6es hospitalares trouxe a necessidade de novos servi+os comunit%riosA isso fe) crescer a procura pelo trabalho dos terapeutas ocupacionais e. contrapondo se 8 abordagem curativa que predominara até ent#o.internacional. como na Ir# 'retanha. *pesar de as pol. devido ao refluxo da economia capitalista mundial. aumentou o n/mero de estudantes e de profissionais. a reabilita+#o. e levou a um movimento de crescente press#o para que os terapeutas ocupacionais se tornassem mais pragm%ticos. foram definidas também medidas de qualidade dos servi+os oferecidos. da década de 1JN0 na 2nglaterra e um pouco mais recentemente também no 'rasil. especialmente nos =stados !nidos. para serem mais competitivos no mercado de trabalho. 2sso teve reflexos nos mercados de todas as profiss6es da %rea da sa/de. inclusive da Terapia &cupacional. desenvolvendo pr%ticas Bcomprovadamente efica)esB >enfati)ando os aspectos mensur%veis do seu trabalho? e BcompetentesB >em rela+#o 8 promo+#o da melhoria da independ0ncia funcional e inser+#o dos pacien tes?.ticas governamentais serem francamente favor%veis 8 redu+#o dos gastos p/blicos na %rea da sa/de. conseq-entemente. a partir das décadas de 1JO0 e E0 na *mérica do @orte. mas ainda h% falta deles no mercado de trabalho. iniciou se uma discuss#o sobre a necessidade de servi+os co munit%rios e de a+6es de car%ter mais preventivoA buscar a preven+#o e manuten+#o da sa/de e n#o s. =ssa aparente contradi+#o teve conseq-0ncias significativas na Terapia &cupacional e nas v%rias formas de olhar e de . coexistem servi+os altamente baseados em técnicas e tecnologias assistivas. os doentes crGnicos. 1JJJ. um processo de crescimento e fortalecimento da profiss#o Terapia &cupacional. &s pr.atuar do terapeuta ocupacional. por aqueles considerados BdiferentesB >as pessoas com defici0ncia.gicos. cremos que mesmo assim tem ocorrido. iniciando se pela discuss#o sobre a atividade . de aumentar nossa representatividade dentro das equipes de sa/de e de tornar a Terapia &cupacional mais conhecida socialmente. de fato. a partir de preconceitos vinculados 8 composi+#o predominantemente feminina dos terapeutasB >Topes. novas popula+6es t0m sido atendidas por meio de a+6es inovadoras dos terapeutas ocupacionais. praticada sob diferentes denomina+6es por outros grupos profissionais. p. em sua maioria. se:am su:eitos em condi+#o de risco pessoal e<ou social. com diferentes popula+6es. $ontinua existindo a necessidade de superar Ba estereotipa+#o da profiss#o. se:am pacientes com quadros cl.nicos agudos e de recupera+#o mais r%pida.ximos cap. $ontudo. 1KD?. buscando incrementar estratégias para a melhoria da qualidade de vida e de sa/de dessas popula+6es.da.nea.rico pr%ticas existentes no amplo campo da Terapia &cupacional contempor. atualmente. como de baixo status profissional. os loucos etc.tulos tratar#o de algumas das diversas e mais significativas abordagens te. com trabalhos que se voltam 8s comunidades mais carentes.ficos e tecnol. Persistem as restri+6es or+ament%rias e o fato de que o n/mero limitado de terapeutas ocupacionais no mercado de trabalho levou 8 cria+#o de uma Bpseudoterapia ocupacionalB. utili)ando os /ltimos avan+os cient. =mbora a clientela da Terapia &cupacional ainda se:a constitu.?. Delineou se um campo de trabalho em que. gica asilar. basicamente sob a orienta+#o de médicos. desde que a psiquiatria . as mais diversas. encontramos na hist. em seguida. pela rela+#o com a pr%tica que se tem desenvolvido. procurar se % ilustrar essa perspectiva e apontar as principais tend0ncias que em nossa época se constelam.tulo abordar se % a quest#o das atividades no campo da Terapia &cupacional. @#o é de estranharA atividades. Breve (ist*rico =mbora a Terapia &cupacional tenha surgido no 'rasil no final dos anos 1JP0 e in. refer0ncias sobre o Buso terap0utico das ocupa+6esB. ) Atividades (umanas e Terapia Ocupaciona" =liane Dias de $astro =li)abeth 4. optou se por se iniciar com um breve hist. :% em meados do século xix e in. com a cria+#o do primeiro curso de gradua+#o na !"P e o posterior reconhecimento da profiss#o.cio do 11. s#o importantes elementos da l. apresentar a perspectiva te. de *ra/:o Tima 4aria 2n0s 'ritto 'runello @este cap.ria da Terapia &cupacional. Por ser esta uma discuss#o vasta.cio dos O0. Por fim. (.rico da utili)a+#o de atividades na Terapia &cupacional brasileira. que eram aqui desenvolvidas principalmente em institui+6es asilares para doentes mentais. para. nosso instrumento ou recurso fundamental de interven+#o.rico metodol.gica com a qual se tem trabalhado e que redimensiona o tema.humana. basicamente.gico. 1 Segundo Soares. veio somar se. em quase todos eles foram mantidas atividades mon.duos 8s atividades da vida di%ria. "a Terapia Ocupacional surgiu. que as atividades desapareceram do asilo. na psiquiatria. por outro. "eu desenvolvimento se deu inicialmente nos =stados !nidos. essas pr%ticas entraram em decl.fico para a profiss#o e estava fundamentada no modelo médico e psicol. transformando a em doen+a mental.sicaA os terapeutas tornaram se especialistas no tratamento de certas les6es e precisavam estar habilitados para lidar com adapta+6es. serviam de combate 8 ociosidade e ao va)io provocados pela situa+#o de interna+#o a que estavam submetidos os pacientes e. auxiliavam na manuten+#o da pr. no final dos anos 1JK0 e durante toda a década de 1JP0.odo.s a uma expans#o de técnicas e conhecimentos em reabilita+#o na %rea da disfun+#o f. porém. p. @o entanto.pria institui+#o. "egundo @ascimento. na (ran+a. em conseq-0ncia de uma especiali)a+#o crescente no campo da ci0ncia e de reformula+6es te. Durante esse per. e os hospitais psiqui%tricos brasileiros que surgiram a partir de meados do século 121 procuravam seguir os moldes dessa proposta de interven+#o.cios e outros recursos que >re?adaptassem os indiv.teses. pr. outra forma de compreender e lidar com as atividades no campo da Terapia &cupacional.nio.gicas foram se tornando hegemGnicas nesse campo. o que n#o indica. por um lado. assiste se naquele pa. de dois processos: a ocupação de doentes crônicos em hospitais de longa permanência e a restauração da capacidade funcional dos incapacitados físicos" (1991.ricas de v%rias pr%ticas de sa/de da. 8 medida que concep+6es biol.surgiu como um saber médico em rela+#o 8 loucura. 139). exerc. =sta era a base do tratamento moral proposto por Pinel. nos anos 1JO0. decorrentes.1 =ssa outra concep+#o buscava um reconhecimento cient. * essa heran+a do tratamento moral. *ssim.tonas e repetitivas que. . =m conseq-0ncia a esse panorama. @a tentativa de transformar as atividades em instrumento de uma ci0ncia exata. redu)idas a exerc. associadas. ob:etivando se conhec0 la previamente a fim de adapt% la.cios de um tratamento moral ou. encontraram ali pr%ticas e concep+6es do uso de atividades :% determinadas. havia a possibilidade de tomar esse con:unto de pr%ticas e saberes :% constru. muitos profissionais buscaram repen sar a profiss#o sobre outras bases te.duo ao seu meio social e 8 tentativa de efetivar um retorno funcional deste 8 fam. n#o para neg% los. pesquisar os componentes de cada a+#o.dos e acumulados. 7endo as atividades contaminadas por esses resqu. foi introdu)ida a abordagem psicodin. buscou se.cios f. Para estes.ricas. muitas ve)es. a forma+#o que se estabeleceu no 'rasil visava preparar um profissional com capacidade para definir ob:etivos e técnicas terap0uticas diferenciadas segundo a patologia do paciente e a especialidade médica 8 qual estava associado.tonas e repetitivas. mas para reconstru. muitas ve)es. sua nature)a. que estavam comprometidas com a manuten+#o ideol. sua potencialidade como meio de tratamento. enfrentando as contradi+6es de uma reformula+#o e propondo modos de operar e pensar . Por outro lado.lia e 8 comunidadeA além disso. a partir de tarefas mon. gradu% la e indic% la 8s pessoas atendidas de acordo com seu diagn.mica na Terapia &cupacional. nessa época. mediante uma an%lise pormeno ri)ada.o tratamento do paciente psiqui%trico também se modificouC uma 0nfase maior passou a ser dada 8 adapta+#o do indiv. a uma Bocupa+#oB esva)iada de significado e distanciada das necessidades reais dos pacientes.gica desses locais.sicos ou treinos de fun+6es e habilidades.stico ou dis fun+#o. quando os terapeutas ocupacionais come+aram a atuar nas institui+6es. ideol. los.gicas e pr%ti cas. quaisquer que fossem. @essa tarefa tomavam como aliados muitos dos autores brasileiros que buscaram aprofundar os estudos sobre a utili)a+#o de atividades com ob:etivos terap0uticos. do papel do terapeuta ocupacional. =ra preciso desconstruir aquilo que @ascimento >1JJ0? chamou de Bmito da atividade terap0uticaB. s#o alguns dos citados como refer0ncia nesse processo de retomada do valor das atividades. *ssim.rio $ésar. ocorria na %rea da sa/de um forte movimento de questionamento cr. gerando um redimensionamento. era preciso repensar algumas pr%ticas e concep+6es a elas vinculadas. o terapeuta ocupacional passa a questionar as 2 Para conhecer mais sobre esses autores. nos anos 1JE0 e N0. .amos desenvolver.tico do papel dos técnicos nas institui+6es e popula+6es atendidas. 1991. que estaria encobrindo os reais ob:etivos e efeitos das a+6es dos terapeutas ocupacionais. ent#o.s $erqueira. &s.2 entre outros. na tentativa de reelaborar este BmitoB. @ise da "ilveira e Tu.essa atua+#o que respondessem de forma mais adequada 8 demanda que a pr%tica e o encontro com os pacientes colocava cotidianamente. para se perguntar sobre que BterapiaB quer. * atividade é. Novas perspectivas $oncomitantemente a esses fatores presentes no interior do campo da Terapia &cupacional. reali)ando uma reabilita+#o voltada para a adapta+#o do su:eito a uma realidade dada ou um modo dominante de exist0ncia. que impregnavam as atividades. De uma pr%tica que muitas ve)es era de amorti)a+#o de conflitos e manuten+#o do status quo. para enxergar nelas novas potencialidades. ver Nascimento. questionada como recurso principal da pr%tica da terapia ocupacional. desfa)endo a liga+#o imediata. f%cil e ideol.gica entre atividade e terapeuticidade. de um lado. assegurando a oportunidade de usarem o potencial criativo. psicol. de outro. materiais.stico e intelectual.rico pr%ticas singulares para lidar com a complexidade das demandas que o trabalho com a psiquiatria exige. contemplando um movimento pelos direitos civis. que tem como sentido a constru+#o dos direitos substanciais >afetivos. o que possibilitou a introdu+#o de novos conceitos e propostas de abordagem desta quest#o.das e participassem da vida social numa base igualit%ria. =sses fatores trouxeram a necessidade de produ+#o de possibilidades concretas a essas popula+6es. sensoriais. habitacionais.sicas.gicas. garantindo que pessoas que apresentavam problem%ticas espec. de desenvolverem habilidades e de terem acesso a eventos e servi+os socioculturais. entre uma fun+#o terap0utica. *liada a essa necessidade est% uma nova no+#o de Feabilita+#o. bem como produ)iram novos sentidos para as atividades e para as pr%ticas da Terapia &cupacional. e uma fun+#o de controle social. & primeiro iniciou se com a organi)a+#o das pessoas com defici0ncia e a luta por direitos 8s mesmas oportunidades de outros cidad#os. * essa problemati)a+#o do papel desempenhado pelos profissionais somaram se dois movimentos no interior das propostas de aten+#o 8 sa/de que fortaleceram atua+6es interdisciplinares. relacionais. influenciando assim a atitude dos técnicos e da popula+#o em geral. assim como pela melhoria das condi+6es de vida e do ambiente em que vivem.prio ocupa. mentais e<ou sociais? fossem inclu.ficas >f. construindo propostas de transforma+#o concreta da vida dos pacientes e auxiliando na reconstru+#o plena da cidadania. .condi+6es em que se encontram seus pacientes e o espa+o de contradi+#o que ele pr. art. & segundo refere se 8s propostas de desinstitucionali)a+#o psiqui%trica que introdu)iram experi0ncias te. = também nesses . representando. embora a constru+#o das novas pr%ticas em Terapia &cupacional estivesse centrada no con:unto das necessidades expressas pelos su:eitos. culturais. no sentido de ser no social. &utros sentidos s#o dados 8s atividades.ria da sa/de e das propostas de reabilita+#o psicossocial que as atividades passam a ser elementos importantes no movimento de desconstru+#o de uma l. com o desenvolvimento da vida. de fato. que passam a ser vistas e valori)adas como elemento articulador entre o su:eito e sua comunidade.dasB. a ser enfrentado. em seus Bfa)eresB cotidianos. uma reavalia+#o do sentido das atividades exercidas por todo cidad#o. de reabilitar os espa+os vividos a comunidade e a cidade.micas sociais. que envolvem um su:eito inserido em determinado tempo e espa+o. depara se. com esse campo de novas reflex6es e experi0ncias desenvolvidas a partir dos anos 1JN0.produtivos e culturais? dos pacientes e um interesse.duos da sociedade e possibilitando a emerg0ncia de produ+6es significativas e desalienadoras. em pesquisar a transforma+#o ocorrida nas din. S a partir dessa nova perspectiva na hist. de fato. & compromisso reabilitacional passa a ser. econGmicas dos doentes mentais. "egundo essas idéias. H% aqui uma mudan+a de proposta que envolve um redimensionamento das pr%ticas. em a+#o. viabili)ando a constru+#o social de espa+os de vida e de express#o da diversidade.duo e seu grupo social. criam se outras formas de ver o corpo em movimento. na trama do cotidiano. toda interven+#o seria voltada para o indiv. *lém disso. de forma que se pudessem criar condi+6es de bem estar e autonomia 8 pessoa que vive 8 margem. dos deficientes e das popula+6es chamadas Bexclu. com o problema. nos anos 1JJ0. *ssim. oportunidades de encontro e di%logo entre os diferentes indiv.gica excludente e alienante. assim. a interven+#o do técnico apresenta um compromisso com o potencial de renova+#o da concep+#o de sa/de. @a atualidade. mas como produ+#o de vida.nico. além do campo cl. a partir da qual s#o definidas as possibilidades concretas de aquisi+#o de novos conhecimentos. novas linguagens. * nova dire+#o da pr%tica da Terapia &cupacional prop6e uma atua+#o no campo das possibilidades e recursos. que passa a ser respons%vel pela cria+#o de novas possibilidades e novas configura+6es dessas pr%ticas. descombina e recombina a ordem. o corpo.espa+os. ocorrem a transforma+#o e a constru+#o de uma nova realidade. e vastos s#o seus sentidos. cu:o paradigma é de supera+#o do modelo médico psicol. e envolve uma compreens#o de novos valores. a reorgani)a+#oB. indeterminado. a desordem. irrevers. uma nova vis#o que. que se promove o encontro entre recursos e necessidades dos su:eitos em sua rela+#o com o momento e o lugar em que vivem. * sa/de passa a ser compreendida n#o como repara+#o do dano ou como genérico bem estar f. s#o v%rias as atividades poss. @esses espa+os de produ+#o e amplia+#o da rede relacional. =ssas novas perspectivas na pr%tica do terapeuta ocupacional distanciam se de um sentido positivo de ci0ncia para se aproximar de um campo conceitual.vel. o que implica uma multiplicidade de interven+6es.gico. de entrada no circuito de trocas sociaisC o l/dico. que. sempre marcado pela auto organi)a+#o que combina. os estudos e o conhecimento. a . a cria+#o de ob:etos. além de considerar o potencial terap0utico das atividades. H% uma mudan+a significativa do papel do profissional. quando destitu. a arte.da de qualquer inten+#o prometéica. passa a entender o sistema vivo como Bincompleto.sico ps. *ssim.veis. de conviv0ncia e emancipa+#o sociocultural e de cria+#o de pro:etos de vida. opera uma transforma+#o cultural.quico social. 1997). *qui a atividade humana é considerada o elemento centrali)ador e orientador na constru+#o complexa e contextuali)ada do processo terap0utico >(older do $urso de Terapia &cupacional da USP. promovem transforma+6es. =las podem ser desdobradas em etapas.nsecos ao processo de reali)a+#o de atividades nos atendimentos de pessoas neste campo. & que se estabelece no decorrer da reali)a+#o de atividades em .organi)a+#o dos espa+os e o cuidado com o cotidiano. sendo reconhecidas como importante recurso a ser estudado e investigado. *s atividades humanas s#o constitu. configurando um processo na experi0ncia da vida real do su:eito. as festas. de pesquisa e reflex#o fecundo. as viagens. Atividades+ vida cotidiana e produ%. o mundo.neas em Terapia &cupacional. os cuidados pessoais. * linguagem da a+#o é um dos muitos modos de conhecer a si mesmo. produ)em valor.ficos das pr%ticas contempor.rica podemos nos aproximar de alguns aspectos espec. materialidade e estabelecem mecanismos internos para sua reali)a+#o. =la se apresenta como uma experi0ncia organi)ada em estruturas definidas cu:as bases referem se 8 realidade do homem como ser social e ao seu relacionamento com seu Bem tornoB material.das por um con:unto de a+6es que apresentam qualidades. o espa+o e o tempo em que vivemos. as atividades passaram a constituir na Terapia &cupacional brasileira um campo pr%tico. e a nossa cultura. as diversas formas produtivas. os passeios. a vida cultural. demandam capacidades.es cu"turais * partir da contextuali)a+#o hist. Dessa forma. de conhecer o outro. e apontar fatores intr. conectam e agenciam experi0ncias. potenciali)am a vida. s#o alguns exemplos de temas que referendam. a troca de informa+6es e a participa+#o dos su:eitos no mundo.i na rela+#o terap0utica. buscando novas formas de conhecimento. "#o elas que dar#o forma e estrutura ao fa)er dos su:eitos atendidos. o que fa) com que associemos ao conceito de bem estar um vasto campo de atividades humanas no qual as necessidades parecem estar imbricadas numa rede multifacetada de extrema complexidade e dependente de uma série de viv0ncias culturais e sociais. estabelecendo um sistema de rela+6es que envolve a constru+#o da qualidade de vida cotidiana.ria peculiar.mbito trabalha se com o conceito de produ+#o de vida. Por isso s#o valori)ados momentos de aten+#o individual e grupal com a finalidade de potenciali)ar a comunica+#o. aqui. que se constr. . * vida se mostra como um leque de a+6es rotineiras. de utili)a+#o de formas coletivas de conviv0ncia. a cada momento ou situa+#o. =nvolve também o trabalho para uma organi)a+#o coletiva na estrutura+#o dos direitos e na constru+#o da cidadania da popula+#o atendida nesse campo.quica. de desconstru+#o e enfrentamento de problemas e de recomposi+#o e ressignifica+#o dos pro:etos de vida. @esse con:unto de a+6es n#o podemos deixar de lado nem a realidade exterior nem tampouco a ps.mico. de modo sempre singular. =la é pessoal e coletiva. artesanal.Terapia &cupacional é um campo de experimenta+#o. no qual se instala um processo din. 2sso significa constituir um trabalho gradual. @esse . solidariedade e afetividade. * qualidade de vida envolve a percep+#o sub:etiva dos indiv.duos sobre seu bem estar e suas condi+6es de vida. de relacionamento e de a+#o sobre o mundo. pois as necessidades humanas est#o relacionadas tanto 8s quest6es b%sicas e concretas de exist0ncia incluindo. de sociabilidade. caracteri)ado como o fio condutor de uma hist. a linha de refer0ncia pela qual podemos nos orientar. trabalho. * vida cotidiana é vista como o pano de fundo. = como nos di) Heller. transporte. = isso s. quanto 8 sub:etividade inerente ao homem como o gosto pela vida.sito de vida e felicidade. é a vida de todos os dias. * constru+#o da qualidade da vida cotidiana refere se 8 transforma+#o concreta da realidade. a percep+#o de seu estado de bem estar e pra)er. e pode ser pensada nas v%rias esferas que comp6em a consist0ncia vital. la)er. sa/de. "#o as atividades e quest6es rotineiras que comp6em os acontecimentos di%rios da vida dos indiv. um universo cu:a participa+#o ocorre com outros homens. o cotidiano se forma e é produ)ido. as oportunidade de trabalho significativo e a reali)a+#o de talentos e habilidades pessoais. o prop. Para $ertau. o cotidiano de qualquer pessoa. =st% ligada 8s atividades de autocuidado e manuten+#o da vida.alimenta+#o. =m suma. . educa+#o. a satisfa+#o e o envolvimento emocional com pessoas e atividades. o homem nasce inserido em sua cotidianidade e aprende no grupo os elementos desta. mas consider% las sempre na sua plenitude do que significa a vida. * vida é uma rede de trocas e de rela+6es humanas. &u se:a. visando satisfa)er as exig0ncias e necessidades dos su:eitos. seguran+a etc. se constitui porque ela se apresenta como um mundo intersub:etivo.ncia social. o cotidiano é aquilo que é dado a cada dia.duos. . 2nclui se aqui também a sua participa+#o social. e de todos os homensA é o mundo da rotina em que a repeti+#o das atividades permite a recria+#o permanente da vida social. moradia. Para a autora. toda tentativa de dimensionar o significado de qualidade de vida deve tomar cuidado para n#o redu)i lo apenas 8s condi+6es materiais da exist0ncia. a vida cotidiana é a verdadeira ess0ncia da subst. que comunicam constantemente os valores de seu grupo social mais amplo. portanto a. duo se move. a esse con torno e contexto no qual o indiv. e ao mesmo tempo favorecem uma instrumentali)a+#o técnica dos su:eitos. no qual se descobrem interesses. &s acontecimentos cotidianos marcam a passagem do tempo. configuram se como redes de sustenta+#o para a constru+#o da autonomia e da independ0ncia. da nature)a e do meio ambiente. no sentido da constru+#o do bem estar pessoal e do empreendimento de lutas para tudo o que implica a constru+#o da qualidade de vida.ria de vida dos su:eitos. habilidades e potencialidades que delineiam caminhos poss. ser sens.Devemos.ria pessoal é contada aos poucos. @a Terapia &cupacional. capacitam para a vida. est#o aprisionadas. * partir do encontro inicial entre terapeutas e pacientes estabelece se um resgate biogr%fico no campo das atividades. @o desencadear dos encontros um novo v. * hist. 8 complexidade que determina as formas de vida que a. logo.veis no rol das atividades e produ+6es humanas.nculo e um novo conhecimento se constelam. d#o consist0ncia 8 experi0ncia existencial e a singulari)am. . promovendo a conviv0ncia e a contextuali)a+#o do su:eito na cultura e na sociedade. =ssas pr%ticas visam 8 conquista da independ0ncia e 8 organi)a+#o de um cotidiano potenciali)ado e vivificado. *s atividades auxiliam no trabalho de organi)a+#o e cuidado do cotidiano.vel mapear também necessidades e possibilidades que estabelecer#o um con:unto de pr%ticas centradas no fa)er humano. as atividades possibilitam a cada um Bser reconhecido e se reconhecer por outros fa)eresBA elas permitem conhecer a hist. aqui entendida como campo de possibilidade concreta de acesso 8s condi+6es de preserva+#o humana. e nesse acompanhamento e nessa escuta é poss. v#o se desenrolando ou que a.veis a essa ambi0ncia. chegando mesmo a apresentar a fun+#o de sua estrutura+#o. que poder#o ser reali)adas individualmente ou em grupo. Promovendo. . a retomada da unidade interna da nature)a humana. & ato de reali)ar atividades promove mudan+a de atitudes. pela a+#o e pelo fa)er. n#o importa quantos itens se:am distingu. do mecanicismo e do isolamento nos imp6e. apresentando se como um fator ativo de organi)a+#o social. tem a possibilidade de reunir fragmentos de suas experi0ncias e transform% los em novos elementos. um fator fundamental nos processos de restabelecimento da sa/de. * proposi+#o de uma atividade denota o quadro de uma estrutura a estrutura de um estado de coisas. ampliando sua vida pr%tica e concreta e complementando a com conte/dos pessoais.nico e é. pois é também por meio de atividades que podemos estimular o organismo e ativar um novo potencial de vida. que comp6e uma cena.veis em seu interior. * unidade de uma proposi+#o é a mesma espécie de unidade que caracteri)a um ob:eto. em seu processo de concentra+#o para a a+#o. fornece experi0ncias e viv0ncias.prio meio.brio emocional e atua na estrutura+#o da rela+#o tempo espa+o. = um fenGmeno de envolvimento org. e permite aos su:eitos agirem sobre seu pr. de maneira sutil. que apresenta uma narrativa. pensamentos e sentimentosA restabelece. * reali)a+#o de atividades procede da experi0ncia vivida. o equil. =sse fa)er est% ligado também aos valores espirituais de su:eitos e grupos e pode representar o processo cultural de um grupo social. ampliando esses campos. @a aten+#o em Terapia &cupacional.* pessoa que reali)a atividades. h% a necessidade de resgatarmos a unidade nas atividades dos su:eitos. a reali)a+#o de atividades permite aos su:eitos reunirem fragmentos que a época da especiali)a+#o. 4ediante as atividades podemos mergulhar na significa+#o dos gestos e das a+6es e estabelecer rela+#o com aspectos materiais. =m qualquer atividade é poss. ao reali)ar uma atividade o indiv.duo adentra o campo ling-.stico e cultural. intui+#o e a+#o. de promover trocas sociais e de romper com o isolamento e a invalida+#o dos su:eitos. os procedimentos e as metodologias de ensino de cada atividade apresentam especificidades. &s materiais. sentimento.dos 8 aquisi+#o de um sistema de linguagem e de participa+#o na vida sociocultural. Para ele. pensamento.vel tomar a técnica mais b%sica e simples. Toda a+#o pode ser praticada como arte. construtiva. do que algo que liberta as capacidades de uma pessoa e lhe permite crescer e pensar. as técnicas.também.ria da civili)a+#o humana e identifica para n. 8 lu) de ob:etivos formulados. abrindo com isso um caminho de humani)a+#o. mas seus princ. um mecanismo orientador profundamente relacionado ao processo real de percep+#o. como of. "imultaneamente a esses aspectos. interesses e pra)er em resolver .ficos. que cria a possibilidade da atividade produtiva. *s atividades atuam como outra forma de di)er da condi+#o humana. engendrando curiosidade. *ssim temos que as atividades se estruturam e se reestruturam em ra)#o de pro:etos espec.cio ou como obriga+#o. modific% la e personali)% la até transform% la em algo que motive o fa)er e crie possibilidades de percep+#o de como fa)emos. conte/dos em estados embrion%rios s#o processos fundamentais que se apresentam como progressos em todo o ser do su:eito e podem ser atribu. anseios e buscas que ocorrem segundo as experi0ncias culturais e a vida social.pios ordenadores s#o an%logos. & estudo das atividades nos prop6e o contato com a hist. de apresentar um compromisso real com a exist0ncia. &liver "acRs esclarece sobre a intricada trama que se estabelece nesse contexto quando afirma que nada é mais prodigioso. ou mais digno de celebra+#o.s um campo de valores. o trabalho. Tomemos. estabelecendo relacionamentos diretos. imagens e emo+6es. possibilidades e a+#o. intensidades. 8 constru+#o de linguagens para enriquecer a comunica+#o humana. dos relacionamentos que usamos ao tecer a intricada teia do significado que é a Btessitura real da vida humanaB. para pensar de forma mais pontual.sticas possibilitam a recomposi+#o de universos de sub:etiva+#o e de ressingulari)a+#o dos su:eitos. as necessidades produtivas e a constru+#o do la)er. *s atividades expressivas e art. as atividades l/dicas.qualquer desafio com envolvimento.mbito. que permitem compartilhar experi0ncias e facilitam a comunica+#o entre as pessoas. @arrativas. pessoais e interativos aqui a import. sobretudo quando a linguagem comum é insuficiente para exteriori)ar viv0ncias singulares. & desenvolvimento do . facilitadores da cria+#o de uma nova realidade. expressivas e art. elementos da realidade numa nova configura+#o. condensa+#o de informa+6es e viv0ncias. Fitmos. n#o podemos perder a perspectiva de que o desenvolvimento das produ+6es culturais ocorre no interior da estrutura cotidiana e podem enriquecer a trama de significados encontrados na vida dos su:eitos. que podem transformar. que envolvem aspectos complexos relacionados 8 forma+#o do conhecimento humano. :ogos. em es s0ncia.vel e pl%stica. como as produ+6es culturais. por meio da imagina+#o.sticas apresentam possibilidades diversificadas de experi0ncias para o su:eito. pois elas se constituem em linguagens de estrutura flex. constru+#o de ob:etos e diversificadas produ+6es s#o elementos que podem ser compartilhados e participam. podem ser trabalhados nessa estrutura.ncia do terapeuta ocupacional como facilitador desse processo que fornecer#o a liga+#o entre conhecimento. habilidades. =ntretanto. algumas esferas da vida. a vida criativa. entre outros conte/dos. @esse . D a participa+#o em atividades corporais e art. para que estes adquiram significa+6es coletivas e se articulem a uma rede de sustenta+#o. verdadeiros universos nos quais o corpo e diversos materiais pl%sticos oferecem possibilidades para o processo de cria+#o fluir.duo em grupos e redimensionam a interven+#o em sa/de. desenvolve se a possibilidade de reformula+#o da pr. fa)endo sentido para alguém ou para um grupo. simultaneamente. 2001. em que o fundamental é a comunica+#o e o di%logo com novas formas e configura+6es. que t0m um lugar na cultura. possibilitando aos su:eitos reconectarem necessidades concretas a aspectos globais do seu desenvolvimento e 8 produ+#o de uma sa/de din. complexa. porque h% uma forte identifica+#o da pessoa com sua produ+#o e.fa)er art. *s atividades art. instaura se um estado de cria+#o permanente.sticas.mica.prio viver um sentido de viv0ncias do criativo. de si mesmo. e a seriedade no acompanhamento de um trabalho de cria+#o e de explora+#o de novas vias existenciais propiciam a inclus#o do indiv. dentro de uma processualidade pr. e proporcionam uma experi0ncia de transforma+#oC dos materiais.pria exist0ncia.. .sticas ocorrem dentro de limites amplos. do cotidiano e das rela+6es interpessoais. & pra)er da forma cria caminhos para o outro. podendo vir a criar novos territ.pria.stico proporciona a cria+#o de ob:etos e obras que ser#o Bcria+#o sobre o mundo realB.sticas e Terapia &cupacional do $urso de Terapia &cupacional Pacto da !"P.rios de tr. bem como ele é potenciali)ador da experi0ncia de uma nova realidade que fornece ao pr. indeterminada. @esse campo é fundamental o cuidado com os produtos. da nature)a. =m propostas como a desenvolvida no Programa Permanente de $omposi+6es *rt. como pr%tica social. @esse contexto.nsito e troca com as 3 Para conhecer mais sobre esse programa. ver Canguçu et al. "abemos que este é um desafio atual na pr%tica do terapeuta ocupacional. aceitando a terapeuticidade como efeito secund%rio. além disso. * quest#o relativa ao produto das atividades é. Para responder a essa demanda é preciso.cio de um direito e a amplia+#o e fortalecimento das redes de troca com o corpo social. chegando a tocar a quest#o de inclus#o no campo da troca de valores na rede social. sua inser+#o na trama social. n#o poderia se furtar a enfrentar a dif. a formar uma unidade de sentido. confrontado com a vida concreta dos usu%rios e chamado a criar novas condi+6es de inclus#o social e novas respostas 8s necessidades que se apresentam nas diversas esferas da vida.dos. =ssas situa+6es produ)em efeitos nos expositores e no p/blico. Trabalho para quem dese:a ou precisa trabalhar.cil quest#o do trabalho no mundo contempor. que. enfim. para indiv. nessa esfera da vida social. afirmar o car%ter econGmico do trabalho produtivo. feiras. Promover exposi+6es. S preciso.duoA e se o movimento para inseri lo em alguma atividade produtiva responde a uma exig0ncia social de normati)a+#o. em primeiro lugar. permite a constru+#o de um novo cotidiano e auxilia na transforma+#o cultural. de valores de troca. Processo e produto passam.neo e buscar alternativas de inser+#o. se perguntar que sentido o trabalho tem para determinado indiv.sticas s#o reali)adas.duos que est#o dela exclu.nsito social. participa+#o em eventos. . fundamental quando se considera a atua+#o do terapeuta ocupacional na esfera da vida de produ+#o. festas. experi0ncias em espa+os de maior liberdade e tr. ou se representa o exerc.formas vigentes e as que v#o sendo engendradas. nesse contexto. também. transformando as rela+6es entre eles e redimensionando o trabalho nos grupos de atividades em que as produ+6es art. 7%rias propostas de recolocar o trabalho no interior das pr%ticas em reabilita+#o s#o ho:e desenvolvidas no 'rasil. !ma dessas propostas concreti)ou se na forma+#o de Bfrentes de trabalhoB, Bgrupos produtivosB e BcooperativasB, modalidades de interven+#o desenvolvidas de forma pioneira pelo Programa de "a/de 4ental de "antos, a partir de 1JJ0. =ssa experi0ncia propunha um trabalho desenvolvido grupalmente, visando possibilitar o exerc.cio da autonomia e da solidariedade. @este sentido as atividades produtivas a serem desenvolvidas eram escolhidas a partir da intera+#o entre tr0s fatoresC a escuta das necessidades e possibilidades dos usu%rios, as brechas do mercado e as possibilidades de se levantar recursos para sua implanta+#o. 'uscava se produ)ir bens e servi+os em quantidade e qualidade suficientes para a sobreviv0ncia no mercado e, ao mesmo tempo, respeitar os ritmos diferentes de cada um e valori)ar suas capacidades e saberes, na constru+#o de uma rela+#o de trabalho mais saud%vel, singulari)ada e autogerida. Por fim, é preciso inserir essa discuss#o num espectro mais amplo e pensar essas pr%ticas no atual mundo do trabalho e do mercado, como nos prop6e (ernando QinRerC o trabalho, tal como organi)ado nas sociedades capitalistas, é algo a ser discutido, questionado ou reinventado, pela sociedade como um todo. =xperi0ncias como a citada aqui podem, inclusive, desembocar na inven+#o de novas formas de produtividade e de outra rela+#o sub:etiva com o trabalho. 3ue pese o significado que t0m, para cada um de n,s, nossas produ+6es, sua tra:et,ria em um coletivo, seu valor de troca e de interven+#o no universo cultural e social do qual fa)emos parte. Fepensar o trabalho nos coloca a prem0ncia de também reinventar o la)er e as pr%ticas a ele vinculadas e redimensionar a rela+#o entre essas esferas, levando em conta as configura+6es contempor;neas.K *o lado da constru+#o de alternativas que viabili)em o exerc.cio do Bdireito ao trabalhoB, é preciso afirmar o Bdireito ao la)erB. @o entanto, em nossa sociedade a valori)a+#o do tempo da produ+#o, para determinados grupos sociais, é acompanhada de uma desvalori)a+#o do tempo livre, muitas ve)es confundido com desinvestimento e abandono. Feconhecemos esse desinvestimento no tempo da aposentadoria e no tempo longo que muitas ve)es constitui os fins de semana e as férias dos usu%rios de servi+os de sa/de. =sse va)io de sentido é agravado pela escasse) de espa+os de encontro e sociabilidade, em especial nas grandes cidades, nas quais, nos /ltimos anos, Bo espa+o p/blico vem se constituindo em um espa+o inimigo, ou, na melhor das hip,teses, numa terra de ninguémB >Tima [ Pasetchn5, 1JJN, p. DN?. Dessa forma, é preciso criar espa+os de la)er e sociabilidade, tais como os grupos de sa.da, os lanches coletivos, as festas, as viagens, as visitas a espa+os p/blicos da cidade. Por outro lado, n#o podemos confundir essas atividades com uma forma de encobrir a exclus#o e o desemprego, nem com a ocupa+#o de um tempo sem significado. & tempo do la)er é um tempo amplo que compreende escolhas e prepara+#o, mas também surpresa, mobili)a+#o e transforma+#o. Trata se, em suma, de abrir se ao tempo, abrir se ao acontecimento. & sentido fundamental das atividades é ampliar o viver e torn% lo mais intenso, nunca diminu. lo ou esva)i% lo. =las nos enriquecem, nos permitem reestruturar a experi0ncia em n.veis de consci0ncia sempre mais integrados, tornando nossa compreens#o mais abrangente, intensificando, assim, o 4 Sabemos que a divisão entre tempo da produção, tempo do lazer e tempo da criação está prestes a se dissolver, o que pode ser percebido pela crescente valoriza ção de certo "ócio criativo" e pelo deslocamento do espaço da produção de valor, que passa hoje a cobrir um campo cada vez mais amplo de atividades sociais. sentimento da vida. =las abrem um campo de aquisi+6es, habilita+6es e preven+6es e podem operar como fatores de fortalecimento nos processos de potenciali)a+#o da inclus#o sociocultural. $ada atividade reali)ada d% origem a novas proposi+6es, e nesse sentido é preciso entend0 las como altamente integradoras de outros campos das atividades das pessoas. Considera%,es #inais *s atividades s#o sempre produ+6es do universo cultural humano, s#o produ)idas, reali)adas e significadas num campo cultural. * no+#o de cultura é central para esse campo. S, portanto, num Bcaldeir#o culturalBP que se delineia o territ,rio de produ+#o sub:etiva e da inclus#o social espa+o de produ+#o e amplia+#o da rede relacional num terreno social contradit,rio. Por um lado, ele exige a presen+a de um técnico, nesse caso o terapeuta ocupacional, exercendo um papel de interlocutor dos su:eitos, mediador entre as institui+6es, os pro:etos e a singularidade dos su:eitos, e, por outro, apresenta possibilidades de aquisi+#o de novos conhecimentos, novas linguagens, novas culturas e pr%ticas para constitu.rem os pro:etos de vida. *s atividades, por sua inser+#o no tempo e no espa+o, tra)em a possibilidade de concreti)ar e dar forma a essa conex#o entre o su:eito e seu ambiente, atuando em oposi+#o ao processo de exclus#o. @o panorama atual, no qual em algumas institui+6es o muro concreto foi superado, as atividades s#o o instrumento para a supera+#o dos muros simb,licos, ferramentas para estabelecer uma via de dupla m#oC tra)er para as popula+6es exclu.das o que se produ) no 5 Expressão utilizada por Kagan para expressar as diversas manifestações relacionadas com a cultura. das rupturas ocasionadas pelos estados cl. 4/ltiplas s#o as atividades e ampla a trama de significados e sentidos que nos apresentam. de diferentes concep+6es de mundo e. no con:unto de experi0ncias vividas e nas tramas significacionais. * partir da reali)a+#o de atividades é poss.prio uso. @a interven+#o desse profissional pode se restaurar ou instaurar viv0ncias de processualidade e. ampliando a comunica+#o.panorama cultural contempor. autonomia.vel introdu)ir novos universos de refer0ncia. intera+#o social e inclus#o cultural. auxiliar no processo de compreens#o de padr6es de viv0ncias que precisam ser completadas e integradas plenamente na experi0ncia de vida dos su:eitos.vel a cria+#o de novas possibilidades e finalidades na interven+#oA garantir formas m/ltiplas de a+#o e express#o e novas formas de vida. as atividades s#o recursos que proporcionam um conhecimento e uma experi0ncia que auxiliam na transforma+#o de rotinas e ordens estabelecidas e oferecem 8s pessoas instrumentos que se:am para seu pr. * efici0ncia deste instrumento e dessa atua+#o profissional reside essencialmente na capacidade de promover rupturas ativas. permitindo crescimento pessoal. com isso. processuais.neo e incluir nesse panorama aquilo que essas popula+6es produ)em. uma nova processualidade que apontar% novas configura+6es na constru+#o da sa/de. Pelas atividades é poss. a partir do que é poss. mais ainda. . esse fa)er permite acessar também o inconsciente.das de sentido e significado ou criar novos sentidos e significados para as experi0ncias vividas e. principalmente.nicos ou pela exclus#o social. & acompanhamento na reali)a+#o de atividades fornece o entendimento da diversidade entre os su:eitos. @a Terapia &cupacional.veis. das m/ltiplas experi0ncias poss.vel completar experi0ncias que ficaram destitu. um pro:eto de vida.nsitos novos.*ssim. bulas. =sse con:unto de fatores constitui os ob:etivos da Terapia &cupacional no atendimento dos su:eitos e ser% sempre complementado pela particularidade do con:unto de necessidades expressas pelo momento pessoal e pela hist. configurando. mas de construir com cada paciente. uma nova entrada social. Terapia Ocupaciona" em Sa/de Menta"0 tend1ncias principais e desa#ios contempor2neos =lisabete (erreira 4.ria singular. uma forma de sair das malhas aprisionantes de uma vida relegada a espa+os muito restritos e estreitos. uma tra:et. Trata se de ampliar a vida. indica+6es de atividades. nessa nova perspectiva de atua+#o que compreende a conex#o de espa+os diferentes. é que se pode recolocar em quest#o as atividades em Terapia &cupacional. assim. @#o se trata de construir modelos. empreender um con:unto de a+6es que se tornar#o uma nova BponteB de intera+#o do su:eito com a época e o local no qual vive.es Te*rico-Pr$ticas em Terapia Ocupaciona" . possibilitar tr. PARTE II Corre"a%. receitas. pro:etos singulares e a aproxima+#o de culturas diversas. :unto com ele. a partir das atividades. associadas 8 necess%ria reconstitui+#o de uma multiplicidade de a+6es para a constru+#o da sa/de. su:eitos diferentes.ngia (ernanda @ic%cio . favorecer encontros. buscar interlocu+6es.ria de vida de cada um. conex6es. ram o pensamento psiqui%trico e sua crise contempor. é. a partir da cr. reconhecer as novas quest6es presentes nos processos de supera+#o das institui+6es asilares e de constru+#o de redes territoriais de aten+#o em sa/de mental e nos percursos de reabilita+#o. suas formas de pensar e agir diante das quest6es colocadas pelas transforma+6es das institui+6es e pol.ticas de sa/de e pela popula+#o atendida. especialmente aquela com transtorno mental grave. finalmente. & problema representado pela loucura pode ser inicialmente locali)ado no contexto de uma grave crise social .ria do pensamento ocidental. A constitui%&o do paradi ma da Psi3uiatria * identidade entre loucura e doen+a mental.pio pode nos parecer t#o natural. na verdade. que a princ.ricas da Terapia &cupacional em "a/de 4ental é fundamental refletir sobre as estratégias e concep+6es que constitu.tica ao modelo tradicional da institucionali)a+#o psiqui%trica e da concep+#o de doen+a mental.Para entender a configura+#o das tend0ncias pr%ticas e te. uma constru+#o muito recente na hist. nem fa)iam parte das preocupa+6es do pensamento médico.cio da 4odernidade os loucos n#o eram considerados doentes. *s proposi+6es da Terapia &cupacional no campo da "a/de 4ental t0m acompanhado e respondido 8s influ0ncias e aos desafios de um contexto que envolve. *utores como 4ichel (oucault e Fobert $astel nos mostram que até o in. uma série de deslocamentos no con:unto das proposi+6es e desenvolvimento da capacita+#o das diversas categorias profissionais que atuam nesse contexto.neaA os resultados dos investimentos reali)ados no campo da transforma+#o das institui+6es psiqui%tricasA a emerg0ncia da no+#o de "a/de 4ental e. fico de sensibilidade social e foi :ustificada pela suposta periculosidade daqueles vistos como loucos e sua evidente incapacidade para o trabalho. expulsa da terra. tais como os loucos e doentes. no processo da Fevolu+#o 2ndustrial. logo. deficientes. doentes. entre elas os loucos. doentes ou deficientes. esse tipo de internamento foi avaliado como erro econGmico e as institui+6es esva)iadas. a necessidade de interna+#o e o perigo representado pelo louco s#o .presente na =uropa nos séculos 1722 e 17222. desde que livres no mercado de compra e venda de for+a de trabalho. pois a popula+#o passou a ter valor num mercado de trabalho em constitui+#o. crian+as. @esse contexto identificamos a organi)a+#o do hospital moderno e do asilo especialmente destinado ao internamento de loucos. & pensamento econGmico inaugurado nesse per. ou se:a.dicas cu:a proposta era a de subordinar a popula+#o confinada a uma ética do trabalho vista como capa) de combater a pobre)a e a ociosidade. =sses elementos. *s casas de internamento recolhiam mendigos. Para responder a esse problema social muitos estados europeus adotaram como medida o confinamento em institui+6es semi:ur. apenas sua reclus#o e subordina+#o ao trabalho. =m meados do século 17222. e identificado como o problema da desocupa+#o de uma grande popula+#o que. (oi no processo de fechamento dessas institui+6es que algumas popula+6es. passou a se condensar nas cidades. velhos. uma gama muito grande de popula+6es. S importante assinalar que a defini+#o sobre a necessidade do confinamento dos loucos esteve relacionada a um tipo espec. com estruturas e proposi+6es distintas.gica médica.odo considerava os pobres essenciais para a produ+#o da rique)a de uma na+#o. e n#o estavam orientadas por uma l. n#o visavam 8 cura de loucos. passaram a demandar medidas de outro tipo. ncia e disciplinari)a+#o. passar% a operar no con:unto das pr%ticas modernas de vigil. essencial para o funcionamento da sociedade contratual. =ssa foi a forma encontrada para inscrever a loucura na sociedade moderna. =ssa rela+#o indica a impossibilidade de o indiv. ao lado da :usti+a.dicas. e :% estavam presentes no contexto social em que esta disciplina emergiu. posteriormente. considera que ela e o asilamento psiqui%trico tornaram se pos s. o louco deve ser assistido. a tutelari)a+#o substituindo a rela+#o de contratualidade. criando assim um novo campo de legitimidade. ao estudar o nascimento da psiquiatria na (ran+a.dico policial direta. cabe 8 filantropia2 dele se encarregar.dos ap. mas que n#o pode ser reali)ada pelo Poder 9udici%rio. depois de esgotadas todas as possibilidades de rearran:o dos poderes :% constitu. para poder ter respeitados seus direitos.s a queda do poder real. ser capa) de participar de uma sociedade regida por leis e assu:eitar se aos seus deveres de cidad#o. como a %rea de especialidade médica.mbito de uma nova partilha do poder de governar os marginali)ados na sociedade moderna. $astel. porém sua gest#o se d% baseada em critérios técnico cient. a rela+#o de tutela. que. ou se:a. . * medicina pGde reali)ar essa tarefa.anteriores 8 configura+#o da psiquiatria.veis no .duo assumir o contrato.mbios racionais.ficos que estabelecem uma nova rela+#o social com o louco. pois suas manifesta+6es n#o se configuram como viola+#o do contrato social. mas como escapa das categori)a+6es :ur. !ma ve) incapa) de dedicar se a interc.O * interven+#o sobre o louco n#o se opera mediante uma a+#o :ur. para a qual a repress#o da loucura ainda é assumida como necess%ria. =ssas reflex6es nos fa)em perceber que a disciplina psiqui%trica ocupa uma regi#o de fronteira em rela+#o ao 6 O que caracteriza a intervenção legal sobre os criminosos e vagabundos. tanto na literatura que trata da hist. na (ran+a. "uas estratégias. e TuRe. e o cuidado e seu desenvolvimento e crise contempor. *ssim. se:am elas exercidas por quaisquer profissionais.rias de Pinel. o tratamento moral.ria da psiquiatria quanto na que trata da hist. s#o as tra:et. est% ancorada num con:unto de fatores indissoci%veisC a apreens#o da loucura como doen+a mentalA a necessidade do estabelecimento de uma institui+#o especialmente encarregada de seu internamento o hospital psiqui%tricoA a mudan+a do sentido do internamentoC de medida punitiva e de exclus#o para medida de tratamentoA a idéia de que o doente mental representa. como :% apontamos. *mplamente conhecidas.controle social. também. o que :ustifica sua interna+#oA o estabelecimento de uma especialidade médica e o desenvolvimento de um corpo de conhecimento necess%rios para a administra+#o da doen+a mental a psiquiatria.cio de uma contradi+#o. ao mesmo tempo que desenvolvem um saber que passa a :ustificar a medida de interna+#o como necess%ria ao . refletir sobre o lugar das pr%ticas assistenciais no campo da psiquiatria.nea est#o ligados ao exerc.ria da Terapia &cupacional.es do tratamento mora" como primeira moda"idade de interven%&o terap1utica =ssa nova forma de gerir a loucura. s#o herdeiras de uma demanda social que exigia a exclus#o dos loucos que incomodavam o bom funcionamento social. perigo e amea+a para si mesmo e para o grupo social. As proposi%. na 2nglaterra. requer o necess%rio reconhecimento dessa problem%tica. considerados os fundadores da psiquiatria e propositores de seu primeiro modelo de interven+#o terap0u tica. que configura o que convencionamos denominar de paradigma da psiquiatria. Para os primeiros alienistas a doen+a mental estava relacionada 8 vida nas cidades e seu excesso de est. seria necess%rio o isolamento do doente em um meio que pudesse fa)0 lo retornar a uma vida mais BnaturalB. @esse per. a centralidade adquirida pelo trabalho no interior da pr%tica asilar.neos. =m seu momento inicial a psiquiatria ainda n#o estava ancorada no modelo cl.mulos. ao adotar o modelo cl.gico?. a retomada das proposi+6es e valores do tratamento moral. caracter.nico >an%tomo patol.dos ao nascente mundo industrialA assim. assumiu uma posi+#o pessimista sobre a possibilidade de tratamento e curas dessas doen+as. S também esse o modelo presente nas estratégias desenvolvidas. tendo sido por seu intermédio que a Terapia &cupacional construiu seu primeiro modelo de interven+#o. =m linhas gerais. por parte da psiquiatria. durante o cha mado processo de reemerg0ncia do tratamento moral. que no caso da sociedade industrial nascente implicava o desenvolvimento de estratégias que pu dessem recondu)ir o doente ao desempenho do papel do trabalhador. e sim numa concep+#o social sobre a doen+a mental e suas causas. pelas perspectivas behavioristas que .odo. em termos contempor. ocorrido em torno da década de 1J20. o doente mental era visto como alguém que n#o suportou a press#o ou as influ0ncias de seu meio social.tratamento da doen+a mental. =sse primeiro modelo ainda est% presente nas pr%ticas asilares. =ssa vis#o social do problema também determinou que a terap0utica empreendida visasse 8 recondu+#o do doente a um papel socialmente aceito.stico da medicina moderna. da. esquecidos ao longo do desenvolvimento da disciplina psiqui%trica que. tanto na =uropa como nos =stados !nidos houve.nico centrado na locali)a+#o cerebral das doen+as mentais. e aos efeitos danosos atribu. @esse contexto a sa/de foi assumida como direito e foram propostas reformula+6es na oferta assistencial ao doente mental. nos . tendo sido.lia. a necessidade da melhoria das condi+6es de tratamento. seus efeitos de viol0ncia e exclus#o social. na (ran+a. A crise da institui%&o psi3ui$trica =mbora identificadas historicamente como espa+os em crise permanentemente e que n#o cumpriam sua miss#o de tratamento e cura. o deslocamento da assist0ncia do asilo para servi+os na comunidade etc.odo que sucedeu as duas grandes guerras mundiais. o desenvolvimento de novas formas de tratar. passaram a ser alvo de cr.ses. comparadas aos campos de concentra+#o.tica mais efetiva no per. em muitos pa.ricas das diferentes disciplinas e campos profissionais que se dedicam ao cuidado dos doentes mentaisC a democrati)a+#o das rela+6es entre equipe e pacientes. & cen%rio do p.entendem o tratamento como treino de habilidades e comportamentos n#o apreendidos no processo de sociabili)a+#o prim%rio de pessoas com transtornos mentais e deficientes mentais. @esse contexto foram questionadas por sua baixa efic%cia terap0utica e pelo seu alto custo. da Psicoterapia 2nstitucional. &s movimentos da $omunidade Terap0utica iniciada na 2nglaterra. @os chamados processos de reforma da psiquiatria identificamos os elementos que ainda est#o presentes nas novas proposi+6es técnicas e te. posteriormente a Psiquiatria $omunit%ria ou Preventiva. as institui+6es psiqui%tricas s. o desenvolvimento das terapias de grupo e de fam.s guerra revelou também a necessidade da repara+#o dos efeitos devastadores da guerra e redefiniu o papel do =stado no asseguramento de direitos antes n#o reconhecidos. =m 1JOD. =ssa mudan+a foi especialmente importante na configura+#o da psiquiatria preventiva nos =stados !nidos. o governo norte americano estabeleceu um Programa @acional de "a/de 4ental.pria institui+#o psiqui%trica e seu paradigma em xeque. no caso da psiquiatria. =ssa nova orienta+#o n#o mais admite a persist0ncia da interna+#o psiqui%trica asilar e a conviv0ncia entre esta e os servi+os na comunidade. que ao identificar doen+a mental como dist/rbio emocional instaurou a cren+a de que as doen+as mentais poderiam ser prevenidas ou detectadas precocemente. A psi3uiatria preventiva comunit$ria e a emer 1ncia da no%&o de Sa/de Menta" Para muitos autores essas mudan+as definiram um deslocamento do ob:eto de aten+#o médica da doen+a para a promo+#o da sa/de e.ria da Psiquiatria reformada desenvolveu na 2t%lia seu est%gio mais radicalA nesta. foram marcos importantes nesse processo. colocou se como tarefa central a desconstru+#o do hospital psiqui%trico e dos aparatos que o sustentam. (ran+a e 2nglaterra. que definia o abandono das propostas de reformas hospitalares e propunha . *o propor a desconstru+#o do manicGmio. * tra:et. como vinha aconte cendo nos demais processos.=stados !nidos. ela colocou a pr. =sses processos tomaram inicialmente como meta a reno va+#o do potencial terap0utico da psiquiatria e a humani)a+#o e melhor gest#o de suas institui+6es e identificaram a necessidade de cria+#o de servi+os na comunidade. e finalmente a Psiquiatria de "etor (rancesa. a promo+#o da sa/de mental. diferentemente do ocorrido nos =stados !nidos. buscando reali)ar a utopia de uma sociedade capa) de construir uma nova forma de rela+#o com a loucura. tornado refer0ncia para todo o mundo. De acordo com essa perspectiva. 1JJJ.logos.brio. passaram a dividir fun+6es antes s. * enfermidade passou a ser detectada mediante no+#o de crise. a fim de evitar a eclos#o da enfermidade. psic. Para a Terapia &cupacional essa no+#o também passou a constituir um importante eixo. a sa/de mental poderia ser entendida como um campo complexo. evitando que ha:a rompimento dos mecanismos de intera+#o considerados adequados. a "a/de 4ental inclui a Psiquiatria e a abordagem biol. como momento de desa:ustamento social. superando a dicotomia entre os . atribu.pria configura+#o ou divis#o em %rea de interven+#o. * idéia de promo+#o da "a/de 4ental redimensionou o campo da interven+#o e ho:e aparece como um referencial ori entador das pr%ticas assistenciais.o alargamento da a+#o técnica e seu deslocamento para a B$omunidadeB. anteriormente configurada pelo campo psiqui%trico. promover a "a/de 4ental implica adaptar e equilibrar as tens6es presentes na comunidade.das aos médicos e ao mesmo tempo reconhecer novas fun+6es no cen%rio da assist0ncia. @essa perspectiva. p. 1KP?. *o ser assumida como no+#o de refer0ncia. e a pr. terapeutas ocupacionais. & alargamento do .mbito da interven+#o técnica foi acompanhado pela amplia+#o da compet0ncia terap0utica de novos grupos profissionaisA enfermeiros. entendida como indicador do rompimento do equil.gica como aspectos do grande campo por ela circunscrito. Bque considera as dimens6es psicol. assistentes sociais. entre outros. * interven+#o deveria ocorrer nos momentos que antecederiam a crise. tende cada ve) mais a ser definida mediante a no+#o de "a/de 4ental.gicas e sociais da sa/de e os fatores psicossociais que determinam sa/de e doen+aB >"araceno. Desses referenciais destacamos dois que se tornaram muito importantes para o campo da sa/de mental. sendo esse o campo privilegiado tanto para o processo de tratamento da pessoa como para o processo de transforma+#o das institui+6es.gicos de apreens#o do sofrimento ps. A perspectiva socioter$pica * $omunidade Terap0utica e a Psicoterapia 2nstitucional. as pr%ticas de sociabili)a+#o.quico. *s abordagens grupais.ticos e psicossociais que passaram a se colocar como alternativas aos modelos biol. o trabalho . @esse contexto de mudan+as é importante destacar o papel especial. é num contexto de mudan+as que a Terapia &cupacional desenvolve seus referenciais. as terapias individuais. Os percursos da Terapia Ocupaciona"+ da Psi3uiatria para a Sa/de Menta" $omo :% assinalamos. no interior dos pro:etos de transforma+#o institucional.modelos biol. compartilhando o ideal de transforma+#o do ambiente hospita lar em ambiente terap0utico. e continuam ativos na atualidadeC a socioterapia e a psicodin.mica. desenvolveram estratégias orien tadas por princ. articulando novas formas de pensar e agir nos pro:etos institucionais e de cuidados aos transtornos mentais.gicos e psicol. $omo resultado temos a compreens#o do sofrimento mental contextuali)ado no plano das rela+6es pessoais e sociais e a concep+#o de que é no campo relacional que o su:eito se constitui e readquire sentidos para o viver.pios que mesclaram as abordagens psicossocial e psicanal.gico e condutivista.tica. dos referenciais psicanal. numa perspectiva praxiter%pica. mas organi)adora da din. n#o se configurando como técnica isolada. que nos anos 1JO0 e E0 foi um importante defensor da implementa+#o de uma Pol.gico e normativo e orientar as mudan+as institucionais. aderindo ao preconi)ado pela &4" desde 1JPD. houve a penetra+#o.tica de "a/de 4ental orientada para o desenvolvimento de servi+os na comunidade e para a transforma+#o dos hospitais em $omunidades Terap0uticas. especialmente a partir da década de 1JO0.s $erqueira.mica institucional. A perspectiva psicodin2mica $on:untamente aos deslocamentos mais gerais do paradigma psiqui%trico tradicional e a discuss#o das Pol. $erqueira considerava que as a+6es desenvolvidas pela Terapia &cupacional poderiam constituir o principal eixo estruturador de mudan+as no ambiente e nas pr%ticas institucionais.com fam.quicos e abord% . "ua forma de compreender os fenGmenos ps. ateli0s.tica. e do Bclube terap0uticoB. "uas idéias ainda se constituem em importantes eixos norteadores dos trabalhos de transforma+#o institucional. =ntendia. entre outras estratégias do trabalho institucional. tiveram origem nesses processos recentes. oficinas.lias. @essa perspectiva ele propunha o desenvolvimento de grupos operativos. @o 'rasil. Fecomendava o acompanhamento em Terapia &cupacional aos pacientes agudos. a redefini+#o dos papéis profissionais dos terapeutas. como um saber capa) de superar os limites do pensamento psiqui%trico biol.ticas de "a/de 4ental. nesse cen%rio. da cultura psicanal. ainda. a influ0ncia desses referenciais e sua rela+#o com a Terapia &cupacional estiveram presentes nas proposi+6es de Tu. que a Terapia &cupacional pudesse orientar a personali)a+#o dos espa+os e o respeito 8 identidade dos internos. tica ao tratamento moral. no mane:o din.mica estabelecida pela tr.ncia da utili)a+#o de atividades expressivas. =mbora reconhecendo as contribui+6es dos autores da psicodin.ria. definiram a Terapia &cupacional como um processo de comunica+#o que se estabelece na rela+#o terapeuta paciente atividade. De modo geral a abordagem psicodin. a divulga+#o e o dimensionamento dessa perspectiva tem ocorrido pelo trabalho desenvolvido por 'enetton e colaboradores e tra)ido importantes contribui+6es para a Terapia &cupacional.tica.los foi lentamente.ade terapeuta paciente atividade comp6e um campo transicional no qual é poss.mica introdu)ida. @o 'rasil. no car%ter terap0utico da rela+#o e do processo. construir e reconstruir sua hist.mica contribuiu. relacional e hist. 8 ergoterapia e a . mesclada ou n#o com outros referenciais.gica para uma compreens#o din. apoiados na teoria psicanal.vel ao paciente.mico das rela+6es dual e grupai. 'enetton critica o tipo de utili)a+#o que os autores fa)iam das no+6es psicanal.mica. por meio do trabalho associativo com as produ+6es reali)adas nos settings terap0uticos. para a constru+#o de aspectos da cr. pelas formula+6es de Iail e 9a5 (idler que. no agenciamento de pr%ticas psicoter%picas grupais e individuais.micas institucionais e seu funcionamento. incorporada nas pr%ticas inovadoras em muitos aspectosC no deslocamento da abordagem biol. na import. nos =stados !nidos.ticas e passa a desenvolver uma metodologia de trabalho atualmente conhecida como Btrilhas associativasB. em con:unto com outros referenciais. @a Terapia &cupacional essa influ0ncia se configurou na chamada abordagem psicodin. =ssa metodologia tem como princ.mica norte americana na reconfigura+#o da Terapia &cupacional.rica do sofrimento mental.pios norteadores a concep+#o de que a din. na compreens#o das din. Tarefa que temos desenvolvido a partir do referencial da desinstitucionali)a+#o e em di%logo com as pr%ticas inscritas nos processos de supera+#o das institui+6es . * import.ncia de um novo perfil relacional entre terapeuta paciente. * 0nfase no desenvolvimento de experi0ncias com pessoas com graves desabilidades ou problemas de integra+#o social como perspectiva privilegiada da constitui+#o da legitimidade das pr%ticas de Terapia &cupacional.sticas de parceria e co participa+#o. = nesse contexto que temos buscado compreender e situar as proposi+6es da aten+#o em Terapia &cupacional no campo da "a/de 4ental. apontam para a necessidade de reflex#o sobre importantes quest6es.todas as modalidades de ocupa+#o do tempo ocioso desenvolvidas nos ambientes hospitalares e para a compreens#o das viola+6es do =! presentes na situa+#o de confinamento. servi+o usu%rio que envolva caracter. * import. . das quais destacamosC . Discuss6es atuais sobre as orienta+6es da terapia ocupacional.ncia do desenvolvimento dos processos terap0u ticos nos espa+os reais de vida da pessoa e em atividades que lhes se:am significativas e respondam a necessidades presentes no cotidiano. . permitindo que o paciente se aproprie da defini+#o de seu pro:eto terap0utico. A Terapia Ocupacional no contexto dos processos de desinstitucionalização @o 'rasil convencionou se denominar de Feforma Psiqui%trica o processo de cr.tica 8s institui+6es asilares e de busca de alternativas de transforma+#o que emergiu no final da década de 1JE0. no campo da sa/de mental. em que o terapeuta adota um papel n#o diretivo. de forma simplista. * perman0ncia de diferentes pr%ticas de ocupa+#o pelo trabalho. como um atraso te.asilares e de produ+#o de novas formas de interagir com as pessoas com a experi0ncia do sofrimento ps. a implementa+#o da Pol. Diversos trabalhos de terapeutas ocupacionais se inscreveram nas experi0ncias de transforma+#o institucional. Pautados na transforma+#o da l. podem se verificar dois movimentos importantesC a participa+#o dos terapeutas ocupacionais na transforma+#o das institui+6es asilares e a inser+#o nos *mbulat.gica asilar. dentre as quais a laborterapia e as diversas formas de ocupa+#o.rico ou técnico. . @esse contexto. a supera+#o da condi+#o de ob:eto das pessoas internadas e da viol0ncia como forma de rela+#o.quico e em situa+#o de exclus#o social. =sses processos colocaram em cena diversas quest6es.tica =stadual de "a/de 4ental enfati)ou a assist0ncia extra hospitalar e o trabalho em equipes multiprofissionais como alternativa ao modelo asilar. eles tomaram como eixos condutores fundamentaisC a compreens#o do significado da institui+#o psiqui%trica na organi)a+#o social. @a década de 1JN0. a exemplo dos pro:etos reali)ados no 9uqueri e no 2nstituto de Psiquiatria do Hospital das $l. o entendimento do papel dos técnicos como portadores de mandato social e a compreens#o sobre a popula+#o atendida em Terapia &cupacional a partir de sua condi+#o de exclus#o social e de aus0ncia de direitos. n#o pode ser analisada como um elemento isolado ou. ou simplesmente ocupa+#o nas institui+6es asilares até os nos sos dias.nicas. De acordo com essa perspectiva e a partir da amplia+#o e redimensionamento dos settings de Terapia &cupacional e da no+#o de atividade. buscava se construir espa+os m/ltiplos de agrega+#o.rios de "a/de 4ental. no estado de "#o Paulo. express#o e reflex#o que viabili)assem a transforma+#o do cotidiano institucional. de sua pro:etualidade.mbio. Diferentemente dessa compreens#o. Tarefa que permanece absolutamente priorit%ria na atualidade. de diferentes formas.gica de controle. s#o vivenciadas como naturais pelos pr. a evidenciam. se inscreve nos processos de transforma+#o e supera+#o das institui+6es asilares e da rela+#o de Btutela como expropria+#o dos corposB.Pr%ticas que. conservando a l. de rela+6es.picas de controle asilarA romper.prios pacientesC no cotidiano de regras. elas n#o se constituem numa oposi+#o a essa situa+#o pelo contr%rio.gica asilar. dentre outras a+6esC eliminar os meios de conten+#o e as formas t. o isolamento das pessoas internadasA restituir o direito 8 express#o. o trabalho<ocupa+#o se apresenta muitas ve)es para o internado como /nica sa. e quando. 8 palavra. su:ei+#o e exclus#o da pr.da da situa+#o em que se encontra. de seus v. disciplina e viol0ncia das institui+6es asilares. =sse processo implica. express#o do BmanicGmio como lugar )ero da trocaB.pria institui+#o. a perspectiva institucional de an%lise revela que o va)io institucional n#o é produto da falta de ocupa+#o. anteriormente anulada e<ou restrita pela interna+#o. compondo os desafios do campo da aten+#o em terapia ocupacional. como pr%ticas consubstanciais 8 l. freq-entemente a ocupa+#o se apresenta também como uma resposta 8 ociosidade. aos ob:etos pessoaisA . remete ao Bprocesso de institucionali)a+#oB e 8 aus0ncia de interc.nculos com o mundo. de sua rela+#o com o processo de adoecimento. =ntretanto. possibilitam uma gradual transforma+#o de seu estar no mundo. sim. @os processos de transforma+#o das institui+6es asilares. a supera+#o das diversas formas de ocupa+#o. e. *s diversas a+6es de ruptura com o cotidiano asilar agem profundamente nas rela+6es com a pessoa internada se. muitas ve)es. de reapropria+#o de si. Dessa forma. possibilitar rela+6es com o mundo.nculos. consistiu no desafio de desenvolver programas multiprofissionais visando atender as pessoas com transtornos mentais graves. @o contexto das pr%ticas desenvolvidas nos *mbulat. transformar a est%tica da separa+#o entre o dentro e o fora.criar acolhimento. uma nova forma de compreens#o da rela+#o paciente terapeuta atividade. contribu.ram para a constru+#o de um novo lugar para a assist0ncia prestada em Terapia &cupacional nos . da interna+#o hospitalar.rios de "a/de 4ental.odo.ncia da abordagem grupai e do trabalho em equipe. a implanta+#o dos denominados Programas de 2ntensidade 4%xima >P24? buscou viabili)ar modalidades de interven+#o que prescindissem. *s propostas desenvolvidas expressaram um novo perfil relacional entre terapeutas e pacientes.riaA compreender e validar afetos. mensagens e produ+6esA transformar os espa+os e as rela+6es cristali)adasA aproximar se dos familiares. a relev. institucionais e técnicos que emergiram no curso do processo de concreti)a+#o das novas orienta+6es e. Desta forma.tica =stadual de "a/de 4ental e da implanta+#o de suas propostas. ressignificar a hist. *pesar dos diversos obst%culos pol. de inven+#o de contextos de trocasA possibilitar a produ+#o de novos v. reativar recursos. alguns terapeutas ocupacionais participaram ativamente da elabora+#o das diretri)es da Pol.micas. possibilidade de escutaA produ)ir possibilidades de grupali)a+#o. de forma evidente.rios. daquele per. construir aberturas reais e virtuais nos muros. é fundamental destacar que esta atua+#o foi o marco inicial da constru+#o de uma nova identidade profissional. efetivamente. a tarefa principal. Partindo sobretudo das proposi+6es e abordagens psicodin. interferindo também na aten+#o em terapia ocupacional. restituir direitos. =m alguns ambulat.ticos. das do setor p/blico e propiciaram a efetiva participa+#o dos terapeutas ocupacionais na elabora+#o de pro:etos e nas pol. até ent#o.ticas municipais.ticas de sa/de mental voltados para a transforma+#o do modelo assistencial. oficinas terap0uticas. no percurso de busca de efetiva universali)a+#o da aten+#o 8s parcelas da popula+#o tradicionalmente exclu. cooperativas sociais. * experi0ncia santista pode ser compreendida como processo social complexo que. emancipa+#o e reprodu+#o social. no estado de "#o Paulo. a transforma+#o das institui+6es asilares e a produ+#o das institui+6es como os centros e n/cleos de aten+#o psicossocial CAPS e NAPS .pios de $ampinas.rio de cidadania. @o curso desse processo.pios passaram a assumir a constru+#o de novas pol. alguns munic. @esse percurso destacaram seC a produ+#o dos servi+os territoriais.ticas p/blicas.ticas p/blicas potenciali)adoras de cultura de valida+#o. "antos e "#o Paulo.quico. @o final dos anos 1JN0 e principalmente na década de 1JJ0. *ncorado na perspectiva da desinstitucionali)a+#o. a constru+#o de . também. destacaram se as experi0ncias dos munic. moradias se inscreveram. centros de conviv0ncia. a implementa+#o de uma rede de aten+#o e a garantia e constru+#o de direitos das pessoas com transtornos mentais. a partir da desmontagem do manicGmio. a produ+#o de pro:etos culturais por meio de m/ltiplas linguagens e de formas de associa+#o e participa+#o na vida p/blica. uma nova forma de compreender e intervir na quest#o dos pro:etos de inser+#o no trabalho com a cria+#o da primeira cooperativa incluindo pessoas com a experi0ncia do sofrimento ps.servi+os p/blicos de aten+#o psiqui%trica e em sa/de mental vinculado. 8 institui+#o asilar. pro:etou a "a/de 4ental como territ. @o que di) respeito 8s pol. esse processo propiciou e exigiu a produ+#o de pol. no contexto do processo de municipali)a+#o da sa/de. rico e pr%tico da desinstitucionali)a+#o. bases fundamentais para o con:unto de reflex6es que temos desenvolvido. construir os itiner%rios que visem 8 emancipa+#o. @o percurso te. =ssa proposi+#o requer a ruptura com as formas contempor.neas de codifica+#o da experi0ncia de sofrimento. também. as formas de intera+#o constru. =m outras palavras. transformar o modo pelo qual as pessoas s#o tratadas para transformar seu sofrimento e. as institui+6es.cio de diferentes profissionalidades. neste processo. a desinstitucionali)a+#o prop6e. o exerc.quico e inventar novas possibilidades. de diversidade e a supera+#o das institui+6es e formas de interven+#o coerentes com este novo estatuto epistemol. @essa perspectiva. >re?contextuali)ar o problema representado pelo sofrimento ps. romper com o olhar. mas a Bexist0ncia sofrimento das pessoas e sua rela+#o com o corpo socialB. temos trabalhado com a no+#o de pro:eto com o sentido de intera+#o entre as pessoas. também. isso implica. Dessa forma. processo que. * desinstitucionali)a+#o inscreve a necessidade de desmontar as solu+6es existentes para >re?conhecer. permeia as diferentes disciplinas. Fotelli toma como ob:eto n#o mais a doen+a.novos quadros de refer0ncia. as modalidades de interven+#o. os contextos e os recursos. de mal estar. necessariamente. Pro:etos singulares pautados em uma profunda transforma+#o do olhar constru. da de fici0ncia e da incapacidadeC que tenham como ponto de . as pr%ticas de aten+#o em Terapia &cupacional pautadas na desinstitucionali)a+#o t0m exigido e propiciado novas formas de olhar. conhecer e interagir com a experi0ncia do adoecer e da exclus#o social.gico. a inven+#o de modalidades de cuidado e de formas de intera+#o. @essa perspectiva.das em torno da Bdoen+aB e da Bdefici0nciaB como ob:eto abstrato e isolado que permeiam o campo da Terapia &cupacional.do em torno da doen+a. essa forma de pensar requer o desenvolvimento de pr%ticas nos contextos reais de vida colocando em cena as atividades e as redes de rela+6es que tecem a vida cotidiana. * produ+#o te. Dimens6es que se entrela+am e s#o conexas e. o territ. de reapropria+#o das hist.ticos que se desenvolveram a partir do trabalho da equipe coordenada por (ranco 'asaglia em Iori)ia convidam. implicam respostas que superem a fragmenta+#o e a descontextuali)a+#o dos instrumentos e recursos terap0uticos.rias de vida das pessoas em seu contexto e sua rede de rela+6es. a recusar a reclus#o e exclus#o como resposta natural e imut%vel. a negar as diversas formas de ob:etiva+#o do homem. podemos di)er que os caminhos e percursos te. a ativa+#o de novas formas de sociabilidade. a arriscar o encontro com o outro na complexidade da exist0ncia das pessoas e a inventar novos percursos e novas realidades. de linguagens. o trabalho.ricos. o conhecimento e di%logo com as hist. sociais e culturais que viabili)em os diferentes modos de estar no mundo. * partir da aten+#o centrada nas pessoas. o habitar. . Pro:etos orientados para o cuidado do sofrimento. sobretudo. pro:etos de produção de sentido.rias e narrativas de vida cria+#o de novos contextos. a buscar a supera+#o das institui+6es da viol0ncia. inscrita nas intera+6es entre as pessoas e os contextos. produ+#o de redes de trocas. =m uma an%lise do con:unto de reflex6es e inova+6es que a comp6e. a comunica+#o. Percursos e itiner%rios que propiciam ressignificar a no+#o de atividade. inven+#o de vias para viver na cidade. sub:etivas. a fantasia. na produ+#o das possibilidades materiais.rica sobre a desinstitucionali)a+#o é extensa e transcende os ob:etivos deste trabalho. pr%ticos e pol. assim. o l/dico. transforma+#o do cotidiano de vida .rio.partida a valida+#o do outro. * perspectiva da desinstitucionali)a+#o possibilita, também, redefinir os ob:etivos da aten+#o em Terapia &cupacionalC n#o se trata de independ0ncia como norma ideal abstrata e atributo dos indiv.duos ou de reinser+#o como equivalente de normalidade produtiva, porém de processos orientados para a produ+#o de autonomia e de itiner%rios que enfrentem a exclu s#o social. &s novos hori)ontes delineados que se expressam ent#o como intencionalidade de nossa interven+#o implicam, também, poder superar o conceito de sa/de como repara+#o do dano e compreend0 la como produ+#o de vida. * vis#o de repara+#o do dano norteia também diferentes concep+6es de reabilita+#o presentes no campo da Terapia &cupacional. "araceno critica a vis#o que define a reabilita+#o Bcomo a melhoria dos atributos danificados >desabilidade? a fim de que o su:eito possa estar a par com os outrosB. = prop6e que esse processo se:a entendido comoC L...M um con:unto de estratégias orientadas a aumentar as oportunidades de troca de recursos e de afetosC é somente no interior de tal din;mica das trocas que se cria um efeito habilitador [...] é um processo que implica a abertura de espaços de negociação para o paciente, para sua família, para a comunidade circundante e para os serviços que se ocupam do paciente. (Saraceno, 1999, p. 112) =ssa forma inovadora de pensar delineia, também, uma nova pro:etualidade para as interven+6es em Terapia &cupacional, indicando a produ+#o de redes de negocia+#o articuladas e flex.veis, tecidas na cria+#o e multiplica+#o das oportunidades das trocas materiais e afetivas que possibilitem ampliar o poder contratual das pessoas em situa+#o de desvantagem. Habitar, trocar as identidades, produ)ir e trocar mercadorias e valores delineiam os cen%rios, contextos e rela+6es que revelam a rique)a e a banalidade da vida cotidiana e se configuraram como eixos fundamentais para gerar o enriquecimento de rela+6es de trocas e a potenciali)a+#o de contratualidades. * problemati)a+#o e redefini+#o dos conceitos e no+6es que norteiam a constru+#o do olhar, dos processos, dos lugares e das modalidades de interven+#o, dos ob:etivos e pro:etualidades comp6em algumas das quest6es presentes nas formas de pensar e fa)er a Terapia &cupacional na perspectiva da desinstitucionali)a+#o. @ovas indaga+6es te,ricas e pr%ticas emergem, inscritas nos desafios que, cultivando saberes, pr%ticas, culturas e pol.ticas inovadoras, ousem compartilhar a produ+#o de possibilidades de pro:etos de vida para todos. $ompreendemos que essa complexa tra:et,ria de transforma+#o da forma de pensar a quest#o da loucura e a assun+#o dos direitos de todos 8 cidadania plena abre caminhos para Bconhecer o conhecimentoB, para o di%logo e a complexifica+#o dos saberes e das formas de interven+#o, se inscrevendo, de forma mais ampla, no desafio de produ)ir ci0ncia com consci0ncia. 4 A5orda ens comunit$rias e territoriais em rea5i"ita%&o de pessoas com de#ici1ncias0 #undamentos para a Terapia Ocupacional 4arta $arvalho de *lmeida (%tima $orr0a &liver Apontamentos estrutura%&o so5re um campo em processo de *o encontrar as palavras Bterrit,rioB ou BcomunidadeB na defini+#o de um campo profissional, pode se supor que se trata de pr%tica cu:o espa+o privilegiado de produ+#o de a+6es terap0uticas n#o é a sala de Terapia &cupacional. 2sso é correto] "im e n#o. "im, porque o uso da palavra territ,rio quer expressar a exist0ncia de rela+#o direta entre a+#o profissional e contexto concreto em que vive o su:eito alvo da a+#o, o que, sem d/vida, extrapola a sala de TO. De fato, esse nexo é um dos elementos que caracteri)a essa pr%tica, pois a diferencia daquelas que tomam o Bsu:eitoB como unidade essencial de an%lise e interven+#o, trabalhando sobre a realidade ob:etiva em que este vive de forma indireta >pela poss.vel a+#o do pr,prio su:eito? e<ou pontual >tratando de algum problema espec.fico? e<ou eventual >em momento espec.fico?. 4as pode se di)er que essa suposi+#o é incorreta, se dese:ar expressar a idéia de que o trabalho no territ,rio é essencialmente definido pela mudan+a de locali)a+#o espacial da a+#o terap0utica. "e assim fosse, a aten+#o no domic.lio do su:eito, independentemente de que problemas estivessem sendo abordados por meio da a+#o profissional, deveria ser considerada sempre pr%tica territorial, o que n#o est% correto. 2sso, além de representar um equ.voco, seria redu)ir a nature)a das pr%ticas territoriais ou das pr%ticas comunit%rias ao aspecto Bgeogr%ficoB. Pode se di)er que, em parte, essa interpreta+#o redutiva encontra sua ra)#o na flexibilidade do emprego do conceito BcomunidadeB. Por comunidade entende se um grupo de pessoas que se identificam por apresentar caracter.sticas comuns a todos >como em Bcomunidade portuguesaB?. S poss.vel, ainda, usar a palavra para definir uma cultura mais ou menos particular, algumas ve)es definida pelo tipo de atividade produtiva desenvolvida pelos membros do grupo >como Bcomunidade ruralB ou Bcomunidade art.sticaB?. $ontudo, na maior parte das ve)es o emprego da palavra BcomunidadeB leva 8 considera+#o, em maior ou menor grau, no sentido oposto. ou territorial. ou que enxergam na pobre)a da popula+#o a impossibilidade de autodetermina+#o. (req-entemente. viabili)am uma participa+#o diferenciada da popula+#o. & trabalho comunit%rio. tal como em outros campos nos quais as pr%ticas comunit%rias acontecem. =sta se refere 8 caracteri)a+#o econGmica da popula+#o alvo ou mesmo da regi#o que sedia essa a+#o. com as mais diferentes configura+6es.rico metodol. apresenta se como uma a+#o aplic%vel a quaisquer situa+6es de pobre)a ou grupos carentes. & problema é que ao se considerar apenas esse atributo para delimitar o que se trata por trabalho comunit%rio.cil. &utra associa+#o de idéias surge logo que se encontra a palavra comunidade qualificando determinado trabalhoC Btrabalho comunit%rioB. &s fatores .gicos pode ser uma tarefa dif. nesse sentido. a diversidade de configura+6es e seus respectivos suportes te.tica. =ssa car0ncia di) respeito tanto aos elementos materiais b%sicos que garantem uma sobreviv0ncia digna quanto ao acesso a diferentes servi+os relacionados 8 produ+#o de vida.ricos é uma realidade. Delimitar o campo das pr%ticas comunit%rias buscando registrar seus elementos de identifica+#o te. entre outros. * no+#o de trabalho comunit%rio pode aparecer aplicada a pr%ticas bastante assistencialistas. até a pr%ticas que.da exist0ncia de uma delimita+#o espacial pr. tanto no plane:amento quanto na implementa+#o de a+6es geradas com o ob:etivo de contribuir com sua organi)a+#o e emancipa+#o pol. como educa+#o. @o campo da sa/de. pode se elencar um sem n/mero de a+6es. o Btrabalho comunit%rioB é entendido como uma interven+#o sobre grupos ou popula+6es locali)adas em que o fundamental é partilhar uma situa+#o social em que a car0ncia econGmica imp6e limites importantes na qualidade de vida. sa/de e la)er.pria a um con:unto de pessoas. busquem se maiores informa+6es. também s#o v%rios. para além da qualifica+#o tra)ida pelo termo Bcomunit%riaB ou BterritorialB. em especial. = outras. &utras emergem de uma avalia+#o técnica e da necessidade que os profissionais v0em de atuar sobre determinado problema. que querem difundir a idéia de que as pr%ticas comunit%rias. =xistem aquelas que partem de organi)a+6es n#o governamentais especiali)adas em determinados problemas e tipos de a+#o.rio no pro:eto.tico ideol. portanto. ao se escutar refer0ncias sobre determinado trabalho comunit%rio. possibilitar#o realmente registr% la em determinada perspectiva te. H% pr%ticas. 4uitos pro:etos dessa nature)a n#o alcan+am .gico. mobili)ada por um problema sanit%rio.gica. "#o essas informa+6es que. @o 'rasil. por exemplo. elementos importantes para sua caracteri)a+#o. dado seu suposto baixo custo. que. que t0m origem na reivindica+#o da popula+#o organi)ada. bem como apreend0 la em seu sentido pol. ainda. (req-entemente.rio ou comunidade. no campo da sa/de e reabilita+#o de pessoas com defici0ncia. principalmente os internacionais.ses em desenvolvimento. tem se um retrato dessa diversidade. S interessante.que condicionam ou motivam essas pr%ticas. gest#o e avalia+#o das a+6es desenvolvidas. embora os canais de divulga+#o formal indiquem um n/mero redu)ido de experi0ncias. o que também indica o conceito que se tem do termo territ.rico metodol. sobre como se trata a comunidade ou o territ. criadas pela necessidade de se respeitar a orienta+#o de ag0ncias ou grupos financiadores. s#o as mais adequadas para a solu+#o de problemas apresentados pelos pa. as diferentes inspira+6es relacionam se diretamente com um aspecto central da configura+#o concreta dessas pr%ticasC a participa+#o que a popula+#o interessada tem na constru+#o. n#o apenas sobre seus ob:etivos. mas sobre seus métodos pr%ticos e. tanto materiais quanto humanos. sendo mais conhecidos na pr. a+6es na comunidade que partem de unidades hospitalares p/blicas que. a equipe pode contar com profissionais mais especiali)ados. das diferentes pr%ticas. porém. =m algumas. de forma paralela e n#o substitutiva 8s a+6es institucionais tradicionais. =ntretanto. & primeiro é pensar que as pr%ticas comunit%rias ou territoriais podem ser implementadas mesmo quando n#o se conta com nenhum recurso. atuam com esse enfoque sobre algum>ns? problema>s? que ocorre>m? na regi#o sob sua responsabilidade.veis e volunt%rios articulam se em diferentes aspectos da proposta. ou BextramurosB. =m outras. com caracter. também. devem se evitar dois equ. desenvolvendo programas de interna+#o ou de acompanhamento domiciliar de seus pacientes. De forma geral.ficos de a+#o comunit%ria. $omo apontam 4omm e Qonig. pode se di)er que as pr%ticas comunit%rias t0m em comum o fato de serem economicamente menos onerosas. de algumas estruturas tradicionais no tratamento institucional da pessoa com defici0ncia. o trabalho se reali)a principalmente por intermédio de volunt%rios. principalmente por agregarem menos tecnologia. em que as equipes de trabalho contam com poucos profissionais e estes. =ssas v0m criando programas espe c. S poss. profissionais de diferentes n. =m outras. * diversidade de propostas também se expressa na composi+#o de recursos.vocos.amplos n. H% pr%ticas de sa/de. por exemplo.pria %rea em que acontecem. ainda.voco é supor que essas pr%ticas. por ra)6es estratégicas.sticas generalistas. do "istema ^nico de "a/de (SUS). com algum apoio técnico. boas pr%ticas sempre implicam custos. por . universidades.veis de divulga+#o. organi)a+6es n#o governamentais e. *s iniciativas dessa nature)a partem de diferentes agentesC !nidades '%sicas do sistema p/blico de sa/de. & outro equ. ainda. ou se:a.vel encontrar se. @os servi+os de sa/de s#o expressas as contradi+6es impostas pelo modo de produ+#o e de sociabilidade vigentes.cua. numa rela+#o direta entre morte.pria. @esse sentido. nem tampouco a complexidade implicada no campo. *o contr%rio. algumas pr%ticas de Terapia &cupacional atualmente em curso.rica e metodologicamente. por acidentes de trabalho. A pro5"em$tica da popu"a%&o com de#ici1ncia no Brasi" =studos sobre as principais causas de morte e adoecimento demonstram a coexist0ncia de padr6es de mortalidade e morbidade de doen+as infecto parasit%rias. pelas conseq-0ncias da fome ou ainda pela mudan+a do perfil et%rio da popula+#o.rios. H% tempos se evidencia . mortes por viol0ncia. que n#o pode ser despre)ada sob o risco de torn% la in. S com essa preocupa+#o que ser#o apresentados alguns elementos que v0m orientando. doen+as cardiovasculares. deve ser lembrado que n#o podem esgotar nem a diversidade. te. exigem articula+#o e di%logo entre diversos campos de conhecimento. =sses padr6es de morbi mortalidade tradu)em também as defici0ncias a eles associadas. por identificarem e atuarem sobre problemas muitas ve)es desconhecidos das salas e consult. a pr%tica comunit%ria encerra uma complexidade pr.gica. sobreviv0ncia e qualidade de vida. requerem menos conhecimento por parte de quem as executa. quando se trata de discutir acesso a servi+os. o que pode n#o ser parte da forma+#o acad0mica dos profissionais envolvidos.contarem com menor densidade tecnol. =stes servem 8 fundamenta+#o da a+#o dos terapeutas ocupacionais nas pr%ticas comunit%rias ou territoriais. contrapondo de maneira contundente modos de vida e acesso a bens e servi+os. @o entanto. e seus desdobramentos. que a maior parte da popula+#o com defici0ncia nos pa. desastrosamente. bem como para a Bparticipa+#o plenaB das pessoas com defici0ncia na vida social e no desenvolvimento. por essa tarefa. outros setores sociais. sobre os planos material e psicossocial da vida dos su:eitos com defici0nciaA tem sido apontada como eixo central em torno do qual se deve processar a compreens#o das condi+6es complexas de exist0ncia desses su:eitos.stico e interven+#o até servi+os de reabilita+#o profissional >inclusive orienta+#o profissional. de 1JN0. As mudan%as no campo da sa/de e da rea5i"ita%&o Desde 1JO0 est% em discuss#o o modelo assistencial em reabilita+#o.mbito. * falta de participa+#o social incide. @esse . diagn. a reabilita+#o compreenderia desde servi+os de detec+#o precoce. 4esmo aqueles que conseguem assist0ncia permanecem com grande parte de seus problemas n#o solucionados. * &rgani)a+#o 4undial de "a/de >&4"? e a &rgani)a+#o 2nternacional do Trabalho >&2T? t0m colocado o modelo convencional fundado no paradigma biomédico sob questionamento. gerando orienta+6es que.ses em desenvolvimento n#o tem acesso a servi+os de sa/de e reabilita+#o. indicando a necessidade de se promoverem medidas efica)es para a preven+#o da defici0ncia e para a reabilita+#o. além da sa/de. =sse aspecto foi tratado detalhadamente no BPlano de *+#o 4undialB. coloca+#o no emprego aberto ou abrigado?. responsabili)am. 8 medida que a assist0ncia é predominantemente de nature)a médica. além de enfati)ar a necessidade de mudan+as abrangentes na forma de se entender e implementar a reabilita+#o. * necessidade de amplia+#o de cobertura assistencial em reabilita+#o foi um dos aspectos que levaram os organismos . também. tais como Oliver.tica a ser priori)ada.ses membros a adot% la amplamente.odo compreendido entre 1JN0 e 1JJ0 foi marcado por intenso movimento da sociedade. 4ediante proposi+#o e apresenta+#o da Feforma "anit%ria.internacionais a discutir alternativas 8s institui+6es especiali)adas. =ssa proposi+#o pode ser tomada como um modelo que visa 8 expans#o da assist0ncia 8s pessoas com defici0ncia pela simplifica+#o das a+6es e otimi)a+#o dos recursos locais. Tissi. de atenção às pessoas com deficiências e sua interface com a Reforma Sanitária e com o . @o 'rasil. apresentando a Feabilita+#o 'aseada na $omunidade >F'$? como estratégia pol. Formagio e Almeida. Almeida. 8 São diversos os estudos existentes sobre o desenvolvimento de pol ítica de saúde mental. o per. apresentaram se alternativas para o papel do =stado na organi)a+#o e gest#o de servi+os de sa/de. & "!" reconheceu a F'$ como estratégia a compor as modalidades de reabilita+#o. n#o se pode di)er que isso aconteceu. =sses pressupostos também influenciaram a proposi+#o pol.dos e outros est#o em andamento. amparados na diversidade :% comentada das pr%ticas comunit%rias. registram se pro:etos dessa nature)aAE alguns foram conclu. =mbora esse organismo tenha orientado os pa. * idéia central foi a de efetivar a sa/de como direito de cidadania e servi+o p/blico voltado para a defesa da vida individual e coletiva. Castro.N & terapeuta 7 A RBC é tema de reflexão de alguns trabalhos de terapeutas ocupacionais. @o 'rasil. para o uso e a incorpora+#o da tecnologia e para a participa+#o da popula+#o e dos profissionais de sa/de na distribui+#o de recursos e na defini+#o de prioridades assistenciais. da &4".tica e o desenvolvimento da aten+#o 8s popula+6es com as quais trabalha se em Terapia &cupacional. discutiu se o modelo assistencial existente. de forma coerente 8s orienta+6es mais gerais para a sa/de particularmente a expans#o da *ten+#o Prim%ria que integravam o Programa "a/de Para Todos no ano 2000. pelas quais dialoguem as necessidades e demandas de sa/de e reabilita+#o das pessoas com defici0ncia e as contribui+6es dos técnicos de sa/de. em n/cleos e centros de aten+#o psicossocial. presentes no cenário europeu e americano. 2sso redimensionou a pr%tica assistencial na %rea e sensibili)ou profissionais para novos desafios te. sendo acompanhados em suas diferentes necessidades de sa/de >aten+#o integral. 1998). bem como naquelas que.gicos que se apresentaram. *lgumas delas ser#o discutidas nos pontos seguintes. Esses estudos são fundamentais para a compreensão do contexto de criação de estruturas assistenciais de não-internação. Podemos citar Lopes (1999) e Oliver (1990. e n#o apenas curativa?.lio >princ. movimento internacional pela desinstitucionalização de pessoas com transtornos mentais e com deficiências.ricos e metodol. independentemente de seu perfil de sa/de ou doen+a. =sse processo gerou e continua gerando reflex6es e proposi+6es acerca de estratégias de interven+#o complexas. se voltaram para a aten+#o 8s necessidades inte grais de crian+as e de pessoas com doen+as crGnicas ou degenerativas. desencadeou articula+6es conceituais e diretri)es pr%ticas importantes. o terapeuta ocupacional passou a ser previsto nas equipes de sa/de que atuam em unidades b%sicas de sa/de.pio da regionali)a+#o e hierarqui)a+#o dos servi+os e da aten+#o?. pr. no qual todas as pessoas. em centros de conviv0ncia.ocupacional passou a compor equipes de sa/de chamadas a desenvolver um modelo assistencial centrado na universali)a+#o da assist0ncia. .ximos do seu domic. hospitais e centros dia. * a+#o da Terapia &cupacional em unidades extra hospitalares. * partir das contribui+6es concretas que :% havia demonstrado em programas e pro:etos assistenciais nos anos 1JN0. devem ser atendidas por servi+os p/blicos de sa/de. fundadas no respeito e na conquista dos direitos da popula+#o assistida. nas unidades hospitalares. visto assim.gico. ainda.rio. tratando se de processo. a partir desses aspectos.mica socioeconGmica e pol. =le n#o pode estar acabado. porque o territ.gico. social e pol. bem como de produ+#o de cultura e de valores.rio. a a+#o que pretende operar com a realidade do territ. Para o trabalho da Terapia &cupacional. Todos esses elementos s#o essenciais. *inda que esta se:a tomada como uma de suas dimens6es. exclusivamente.rio se define. que se busca discutir aqui. nunca se esgota o conhecimento sobre um territ. tecnol.fico de produ+#o e difus#o de saber. econGmico.cie solo.rio processoB. =ssa perspectiva se op6e 8 idéia de que o territ. que abrangem os su:eitos e seus contextos.rio mesmo nunca est%. &utro aspecto a ser destacado é que. epidemiol. diferentes su:eitos se articulam em torno de suas necessidades e interesses. o territ. *lgumas pr%ticas de Terapia &cupacional t0m dado prefer0ncia 8 utili)a+#o do conceito de territ. articula se a compreens#o a respeito dos poderes locais. amplia se o conceito de territ. uma ve) que as pr%ticas territoriais buscam construir mudan+as multidimensionais.rio deve . visto que. redes de solidariedade e conflitos elementos fundamentais para o trabalho em territ. por sua superf. inserido numa totalidade hist.O conceito de territ*rio-processo Para construir a+#o sobre a comunidade ou o territ. que. 8 medida que este se apresenta de forma mais delimitada e articulada a no+6es que sustentam o estofo pr%tico das a+6es. tem sido essencial a idéia de Bterrit. que se manifestam em alian+as.tico. Por isso. S preciso lembrar.rio é espa+o técnico cient.tica t0m lugar central no conceito. * estrutura e a din.rio.rica na qual.rio é essencial adotar se defini+#o para o termo.rio e sua operacionali)a+#o ao se incorporar a ele elementos que o qualificam também como espa+o demogr%fico. a restaura+#o ou o desenvolvimento de fun+6es. o compromisso é promover a reabilita+#o na participa+#o social. no caso. que muitas ve)es est#o comprometidos nas pessoas com defici0ncias. deve acontecer no decorrer da. 1JJJ. p. a complexidade da condi+#o de vida dos su:eitos que se busca atender.estar sempre sens.tica p/blica. 112?. * participa+#o social n#o é ob:etivo do processo. ou se:a. e n#o previamente 8.vel 8s mudan+as. para quem o processo de reabilita+#o n#o é o Bprocesso de substitui+#o da desabilita+#o pela habilita+#o. apresenta princ. O conceito de reabilitação no território $onstruir propostas de aten+#o voltadas para a garantia de direitos significa que é necess%rio estabelecer<construir o direito 8 sa/de e. denominada Breabilita+#o psicossocialB.vel e flex. portanto.nua. das propostas de aten+#o. mas um con:unto de estratégias orientadas a aumentar as oportunidades de troca de recursos e de afetosC é somente no interior de tal din. =ssa abordagem. @esse sentido. origin%ria do campo da aten+#o em sa/de mental. é necess%rio tra)er para dentro do processo de reabilita+#o.mica das trocas que se cria um efeito habilitadorB >"araceno. integrada ao desenvolvimento cultural e pol. a aten+#o é desencadeada mediante o estabelecimento de possibilidades de participa+#o social. =ssa percep+#o compartilha idéias desenvolvidas por "araceno. constru+#o do processo .tico. Trabalhar com ela de forma cont. 8 reabilita+#o como pol. e.pios que podem ser estendidos para v%rios campos de aten+#o em sa/de. 2sso implica a considera+#o de que a facilita+#o. possibilitando oportunidades para a redu+#o de desigualdades sociais. e sim condi+#o para seu estabelecimento. que n#o param de ocorrer. =m outras palavras. .rio tem como princ. que tem concep+6es sobre doen+a. $onhecer e atuar sobre as demandas e necessidades desse grupo. as categorias BmorarB. apresentadas na reabilita+#o psicossocial. Bprodu)ir e trocar mercadorias e valoresB. Feabilitar com e na participa+#o social requer a cria+#o e<ou vitali)a+#o de espa+os concretos de trocas e possibilidades com e para além da defici0ncia.de amplia+#o de trocas e redes sociais. Desse modo.rio. ou se:a. também. o trabalho da equipe de profissionais e. 2sso implica a compreens#o de que pessoas com defici0ncias s#o su:eitos<atores produ)idos socialmente. Princ6pios e ações da Terapia Ocupacional no território & deslocamento das a+6es profissionais da institui+#o para o territ. pois a a+#o e intera+#o real do su:eito no seu contexto dar% sentido ao processo. individualmente compreendida. apostando Bna constru+#o de redes m/ltiplas de negocia+#oB >"araceno. no que di) respeito 8s condi+6es de vida. suportam a promo+#o de possibilidades de trabalho e sentido da reabilita+#o de pessoas com defici0ncias em territ. para Ba pessoa com defici0ncia em seu contextoB. reabilita+#o.rio. 2dentificar e locali)ar as pessoas com defici0ncias do territ.pio a mudan+a de ob:eto de reabilita+#o da Bpessoa com defici0nciaB. defici0ncia. 1JJJ. oportunidades e direitos desse grupo. p. Btrocar identidadesB. autonomia e . @esse sentido. cuidados. do terapeuta ocupacional compreender%C . possibilidades de participa+#o entre as pessoas. =ssas concep+6es est#o em permanente di%logo com aquelas sobre direitos e oportunidades para todos do contexto. pertencem a um contexto sociocultural. 11D?. Para ser coerente com os pressupostos do trabalho.rico utili)ado para estrutura+#o das interven+6es ou programas de aten+#o. mas prioritariamente na pessoa e no seu contexto familiar e sociocultural. Ava"ia%&o0 por 3ue e para 3ue #a7er8 &s instrumentos de avalia+#o de necessidades e demandas em Terapia &cupacional. pois é neles que as incapacidades ou problemas funcionais ganham sentido. . problemas funcionais decorrentes das defici0ncias ou de suas seq-elas. como em outras %reas de interven+#o. . bem como com seus ob:etivos. $ompatibili)ar tecnologias de aten+#o em sa/de. reabilita+#o e a+#o social com as demandas e necessidades de aten+#o colocadas pelas pessoas com defici0ncias e demais grupos. a proposi+#o de estratégias de estudo e acompanhamento de casos e de modalidades de aten+#o em Terapia &cupacional. cultural e arquitetGnica dos servi+os e equipamentos sociais. @o delineamento da aten+#o se incluem a constru+#o de instrumentos de avalia+#o das necessidades individuais de sa/de e reabilita+#o. dependem do referencial te. & enfoque n#o estar% em avaliar incapacidades.possibilidades de emancipa+#o. =studar e agir para que ocorram mudan+as nas condi+6es de acessibilidade geogr%fica.rio. n#o podem estar voltados apenas para conhecer esse su:eito a partir das condi+6es relativas 8s incapacidades ou defici0ncia ou de inser+#o no n/cleo familiar. ou se:a. lembrando que essas necessidades e demandas est#o em estreita rela+#o com as dos demais grupos que habitam o territ. os instrumentos de avalia+#o dever#o ser capa)es de contribuir para a percep+#o da complexidade do su:eito no contexto. *valiam se as . prio territ. na pr%tica cotidiana da aten+#o territorial é comum que as pessoas com defici0nciasC . e<ou as possibilidades de aten+#o a sua problem%ticaA . $omo apresentado no trabalho de &liver et al. 3uando a participa+#o direta do su:eito est% impossibilitada por sua idade e<ou condi+6es cognitivas.rio que habitam é desprovido de oportunidades de acesso a diferentes espa+os em que se efetivam as trocas sociaisA . @esse processo a participa+#o do su:eito é decisiva. n#o tenham acesso a servi+o de aten+#o em reabilita+#o e 8 sa/de. é constru+#o permanente. se:a para o contexto ou o entorno. 8s ve)es presentes no pr. independentemente de idade ou de tipo de defici0ncias.. restringindo se na maior parte das ve)es ao acesso a servi+os de emerg0nciaA .condi+6es da pessoa e do entorno para se ter elementos para a defini+#o de ob:etivos e estratégias de aten+#o >plano de interven+#o?. pois o territ.veis estratégias de aten+#o.rio. se:a com o su:eito. se:am alvo de algum programa assistencial local ligado a institui+6es religiosas ou outros grupos solid%rios. &u se:a. na indica+#o das demandas emergentes a serem trabalhadas e na defini+#o de poss. ou se:a. *credita se que a avalia+#o de demandas e necessidades da pessoa e do entorno em programas de aten+#o territorial se d% em processo. este:am confinadas nos domic. que ap. a inser+#o no territ.iam materialmente aqueles com maiores dificuldades para garantir a sobreviv0ncia.lios. pelo confinamento . motoras. desconhe+am os dispositivos assistenciais. os cuidadores diretos participar#o do processo. sensoriais ou intelectuais.rio é caracteri)ada pela falta de acesso a servi+os de sa/de e reabilita+#o. que dever#o ser ressignificadas. e sua avalia+#o ser% reali)ada. revelando que a pessoa é parte de um territ. Pode ocorrer que a /nica maneira de acompanhar a pessoa se:a em seu domic. entende se que é prematuro iniciar a avalia+#o funcional das condi+6es das pessoas com defici0ncias em %reas espec. de oportunidades e de cuidado.ficas nos primeiros momentos do acompanha mento. . & mesmo ocorre com as tecnologias de aten+#o de que se disp6e. =ssas considera+6es devem ser parte do estudo das condi+6es de pessoas com defici0ncia e estar agregadas 8s demais informa+6es sobre a hist. paternalista. *s informa+6es sobre a pessoa com defici0ncia podem ser levantadas a partir de relatos orais durante acompanhamento em servi+os ou em domic. @esse sentido.ria do su:eito. * melhoria do desempenho funcional ou o uso de tecnologias de a:uda s#o meios a se utili)ar para facilitar processos reais e n#o s. o funcionamento de equipamentos sociais locais e as barreiras arquitetGnicas ou geogr%ficas existentes.lio. pro:etados de participa+#o social. adaptadas 8s condi+6es e prioridades e consideradas parte da aten+#o e do direito das pessoas. padroni)ados ou elaborados especificamente para determinada proposta de a+#o. em confronto com diferentes concep+6es de mundo.lio e pelo assistencialismo. geogr%ficas ou psicossociais?. dadas suas condi+6es ou a exist0ncia de barreiras >arquitetGnicas. s#o parte das estratégias de aten+#o.no espa+o do domic. convencionais. &s recursos de avalia+#o. devem contribuir para que a pessoa recupere ou construa a possibilidade que tem de ser su:eito.lio. * complexidade dessa situa+#o vai nos colocar. * facilita+#o do desempenho funcional é ponto impor tante na interven+#o. mas esta n#o se constitui em um fim em si mesmo. como profissionais.rio que cria alternativas de a+#o solid%ria que reiteram o lugar social ocupado por parte desse grupo social. rio ou possibilitar oportunidades de conviv0ncia em outros espa+osA d. exist0ncia de barreiras psicossociais que promovem o isolamento no espa+o doméstico.lia para prover aten+#o 8 sa/de ou reabilita+#o em equipamentos sociais existentes. se:a porque condicionam a falta de motiva+#o e de sentido para a circula+#o social. Por esse motivo a separa+#o em modalidades é apenas did%tica.Se a ava"ia%&o 9 pecu"iar+ as moda"idades assistenciais também o são? *s modalidades assistenciais apresentadas est#o centradas no desenvolvimento e na facilita+#o da participa+#o social e da emancipa+#o.veis para facilitar deslocamentos no territ. a. . n#o disponibilidade<condi+6es da fam. inexist0ncia de cuidadores dispon. ambientes de conviv0nciaA b. escolas. se:a porque impedem a constru+#o de perspectivas de inclus#o ou de retorno 8 atividade socialA c. Pode se intervir utili)ando se diferentes procedimentos tais comoC Atendimento+ acompan(amento ou interven%&o so5re a realidade sujeito-domicílio *s experi0ncias t0m demonstrado que s#o freq-entes as seguintes situa+6esC presen+a de barreiras arquitetGnicas ou geogr%ficas >como terrenos acidentados? que impossibilitam o acesso a servi+os de sa/de. eixo estruturador da aten+#o territorial proposta até aqui. adquirindo sentido no delineamento da inter ven+#o com e para su:eitos e situa+6es espec.ficas. vel para o su:eito e cuidadores reconhecerem o espa+o de conviv0ncia com outros como potenciali)ador de solu+6es para demandas colocadas pelas pessoas individualmente. 4ediante essa considera+#o. de seus problemas e de seu contexto.=ssas s#o ra)6es suficientes para a cria+#o de estratégias de aten+#o domiciliar. levando se em conta que no domic. & fato de estas n#o serem dimensionadas em servi+os de aten+#o territorial implicaria deixar de prover aten+#o a grupos de pessoas com defici0ncias de maior vulnerabilidade e no n#o conhecimento de parte das condi+6es de vida da pessoa. se:a pelo acesso arquitetGnico ob:etivo.vel para a pessoa com defici0ncia vincular se a servi+o. a aten+#o territorial deve prover aten+#o domiciliar como parte do processo de avalia+#o de demandas e necessidades e do processo de interven+#o. @esse sentido. tra)endo nova configura+#o para a abordagem da pessoa. Acompan(amento em rupos *contece sempre quando é poss. que subsidiariam a aten+#o a lhes ser oferecida.lio participar#o a pessoa com defici0ncia e os demais interlocutores que habitam o espa+o. pode se indagarC de que maneira é poss.vel estruturar grupos para desenvolver interven+6es em sa/de] Por sexo] Por . Acompan(amento individua" na unidade de sa/de ou outro e3uipamento socia" "oca" * ser reali)ado quando for poss. se:a pelo reconhecimento sub:etivo da pessoa ou de cuidadores de que o servi+o pode ser provedor de assist0ncia. idade] Por demandas relativas 8s incapacidades, caracter.sticas das defici0ncias] Por interesses] Por tecnologias de aten+#o a serem propostas] S necess%rio estabelecer ob:etivos para a constitui+#o de aten+#o grupai. &u se:a, a que demandas se busca responder com sua apresenta+#o e constitui+#o] (undamental é propG la como potenciali)a+#o do processo de aten+#o, pois acompanhando se simultaneamente diferentes su:eitos devem se construir possibilidades de trocas sociais significativas. * princ.pio podem constituir se a partir de demandas pontuais que poder#o se ampliar, tra)endo para dentro da modalidade assistencial a complexidade das rela+6es interpessoais, sociais e das rela+6es de a:uda entre participantes. Como reunir pessoas8 Deve se considerar que, na aten+#o territorial, trata se de identificar su:eitos e seus grupos sociais de pertencimento. *rticular as demandas dos su:eitos e as possibilidades de interven+#o que os recursos locais possibilitem pode significar trabalhar comC _ grupo de gera+#o de renda e trabalhoC pela necessidade que as pessoas t0m de se constituir como su:eitos e pelas possibilidades de trocas sociais e cria+#o de redes de apoio que a gera+#o de renda e trabalho implicamA . grupo de m#es de crian+as com defici0ncias gravesC o que implica possibilitar espa+o de escuta e de trocas sobre o cotidiano dos cuidados, a necessidade de espa+o sociocultural para m#es submetidas a afa)eres e cuidados permanentes com o outro, a pessoa com defici0ncia ou os demais familiaresA . grupo para promover o desenvolvimento infantil >neuropsicomotor e social?A . grupo de interven+#o sobre as dificuldades no desempenho escolar formalA . grupo para possibilitar a conviv0ncia e o desenvolvimento de atividades sociorrecreativasA . grupo de :ovens para possibilitar a cria+#o de espa+os de express#o e de autonomia no territ,rioA . grupo de adultos para desenvolver autocuidado e autonomia pessoalA . grupo de vigil;ncia das condi+6es de desenvolvimento integral de menores de cinco anos. &u ainda, grupos para possibilitar discuss#o de direitos fundamentais da pessoa, com a participa+#o destas, de seus familiares ou cuidadores em busca da melhoria das condi+6es de acesso arquitetGnico a equipamentos sociais locaisA para facilitar a participa+#o de crian+as e :ovens nos equipamentos sociais existentesA para acessar tecnologias de a:uda ou para vigil;ncia de aten+#o a crian+as com transtornos graves, que podem, por ve)es, ser submetidas a maus tratos ou nega+#o de cuidados. =nfim, s#o in/meras as possibilidades diretamente vinculadas 8s demandas que se apresentarem para o desenvolvimento da aten+#o territorial. =sses grupos podem se reali)ar nos servi+os de sa/de, equipamentos sociais locais como escola, creche ou organi)a+6es n#o governamentais. Podem ser abertos, sem n/mero fixo ou r.gido de participantes, nos quais é poss.vel entrar e sair continuamente, ou, ainda, com n/mero previamente determinado de participantes. O terapeuta ocupacional realiza intervenções sempre mediante a utilização de atividades? *s interven+6es podem ou n#o se caracteri)ar pelo uso permanente de atividades >artesanais, art.sticas, sociorrecreativas, l/dicas, de autocuidado, culturais, profissionais, entre outras?. &s grupos de discuss#o verbal ou de operacionali)a+#o de solu+6es de problemas percebidos como fundamentais para o desenvolvimento da aten+#o em reabilita+#o ser#o reali)ados de maneira integrada. &s princ.pios e a+6es apresentados s#o elementos para reflex#o permanente, representam parte de um campo profissional para terapeutas ocupacionais. Campo pro#issiona" e de con(ecimento0 uma constru%&o necess$ria @o 'rasil, as abordagens territoriais e comunit%rias em reabilita+#o de pessoas com defici0ncias s#o um campo profissional e de conhecimento em constitui+#o. * participa+#o direta de terapeutas ocupacionais em sua estrutura+#o possibilita desenvolvimento e estudo de estratégias de aten+#o com pro:etos de interven+#o singulares, que buscam articular necessidades individuais contextuali)adas. Por outro lado, esse campo é desafio para os técnicos da sa/de em geral e para as institui+6es de forma+#o, capacita+#o e de presta+#o de assist0ncia, em particular. Trata se de indagar sobre a reabilita+#o de pessoas com defici0ncias, articulada ao contexto sociocultural brasileiro, reconhecendo a diversidade e as dificuldades colocadas para o campo no pa.s. : pios pudessem ser efetivados. nem explicitam suas necessidades.gicos. =ssas classifica+6es. do Prado De $arlo @os espa+os socioeducacionais. Para que esses princ. as popula+6es atendidas v0m. a partir da avalia+#o do n.duos nos mesmos est%gios evolutivos?. em geral.stico cl.ficas e os mecanismos implicados no processo de constitui+#o da sua organi)a+#o ps. mas n#o se prop6em a esclarecer as caracter.gico >segundo os n. sob as denomina+6es de diagn.vel de acertos alcan+ado na reali)a+#o de certas tarefas. historicamente. que mostram as BanormalidadesB ou BdesviosB em rela+#o ao que é considerado BnormalB >padr#o?.gica da homogeneidadeA acredita se que é preciso organi)ar o trabalho pedag. em geral baseados em an%lises do comportamento. foram criados diferentes tipos de classifica+6es.sticas espec. mostram se o indiv. e mesmo os procedimentos terap0uticos.veis de desenvolvimento cognitivo emocional?. criaram uma hierarquia segundo as compet0ncias individuais e levaram a uma divis#o das popula+6es atendidas nos diferentes espa+os e programas educacionais. . &s testes psicol.nico >segundo a patologia? ou psicopedag. sendo organi)adas pela l.gico.quica.Terapia Ocupaciona" e os processos socioeducacionais $elina $amargo 'artalotti 4ar5sia 4. entre iguais >indiv. F. seus processos e recursos especiais necess%rios 8 sua aprendi)agem. * defini+#o de normalidade ou debilidade do su:eito vem sendo feita de forma essencialmente psicométrica. para que se obtenha sucesso.duo adquiriu ou n#o determinados instrumentos cognoscitivos. sendo que o enquadramento das estruturas org. e o comportamento e as habilidades s#o governados por processo de matura+#o biol. a seguir.=sses fatos v0m demonstrar a impurt. Fefletir sobre as rela+6es entre a Terapia &cupacional e os processos educacionais implica a necessidade da an%lise sobre aquilo que é central nos debates educacionais o processo de ensino aprendi)agem em suas rela+6es com o desenvolvimento infantil.gica em padr6es quantitativos constitui critérios de avalia+#o comparativos para toda a espécie humana. as aptid6es individuais e a intelig0ncia s#o determinadas biologicamente e herdadas geneticamente. @essa vis#o. Desse modo.gicas para a elabora+#o das propostas pedag. das diferentes teorias psicol. A5orda em inatista-maturacionista =m psicologia esta abordagem confere um papel central aos fatores biol.gicos >heredit%rios e de matura+#o? no desenvolvimento humano.gicas e defini+#o das estratégias terap0uticas para promo+#o do desenvolvimento infantil.ncia das diferentes concep+6es a respeito do desenvolvimento humano e. $onsidera se que o desenvolvimento individual segue um processo de evolu+#o linear e crescente de fun+6es parciais. $omo conhecimento fundamental para todos que trabalham em programas socioeducativos. como mais importantes na defini+#o das capacidades da crian+a do que a aprendi)agem e a experi0ncia. o que indica certo . alguns dos aspectos mais importantes de quatro abordagens da psicologia sobre as rela+6es entre desenvolvimento humano e aprendi)agem. por outro existem muitas semelhan+as nas etapas do desenvolvimento entre diferentes crian+as. fundamentalmente.gica.nica e psicol. apresentaremos. se por um lado existem as diferen+as individuais. as formas inatas Bdesabrochar#oB como resultado da matura+#o org.gica da crian+a é determinada biologicamente e os fatores maturacionais s#o mais importantes na evolu+#o do comportamento da crian+a do que a aprendi)agem ou a experi0ncia. desenvolvimento e aprendi)agem se confundem. mediante um olhar individualista. & papel do ambiente social é apenas de limitar ou facilitar o processo de matura+#o.ximo. a evolu+#o psicol. de um lado.cias ao desenvolvimento se:am preenchidas. o norte americano *rnold Iesell >1NN0 1JO1? dedicou se 8 cria+#o de uma Bci0ncia do desenvolvimento humanoB. * educa+#o seria um processo pelo qual ocorre a passagem de fatores inatos de dentro para fora. pois.staB?.picos de cada faixa et%ria por exemplo. desde . muito utili)ados até ho:e. e esses estudos. a idade e a matura+#o.nica >vis#o que podemos chamar de Bespontane. Para ele. desde que condi+6es prop. que seria superior em rela+#o ao anterior. =ntretanto. a capacidade da crian+a de manter se sentada com ou sem apoio.padr#o de desenvolvimento humano entre a maioria das crian+as. e a aus0ncia de conflitos. =m outras palavras. do outro. @a concep+#o inatista maturacionista.vel que se criassem compara+6es entre as crian+as de uma mesma faixa et%riaA é o grau de adequa+#o ou n#o a esses padr6es que define o n. Iesell estabeleceu padr6es de comportamento que permitem avaliar a intelig0ncia e o desenvolvimento infantil.vel de normalidade ou anormalidade do indiv. $onsiderado como o primeiro te.duo. foi poss. estariam possibilitando a passagem de um est%gio de desenvolvimento para o pr.rico da matura+#o. trouxeram contribui+6es para a compreens#o de como evoluem os comportamentos t. estabelecendo o que seria esperado de uma crian+a em um ritmo e seq-0ncia BnormaisB de desenvolvimento. n#o h% nada nela em termos de conte/doA a mente infantil vai se desenvolvendo 8 medida que as percep+6es sensoriais e a experi0ncias v#o acontecendo. & conhecimento que vem de fora para formar o conte/do mental e para fa)er a liga+#o entre conte/dos novos e os :% existentes tem por base as percep+6es sensoriais.que ha:a um ambiente prop. a posi+#o empirista de TocRe foi reelaborada e ampliada por David Hume >1E11 EO?. A5orda em empirista-associacionista *s idéias empiristas datam da *ntiguidade. ao nascer. que passam pelo processo de associa+#o. *ssim. que sistemati)ou o que ficou conhecido como BassociacionismoB. Para os empiristas.cio para que tudo aconte+a espontaneamente. o qual é facilitado quando os est. Posteriormente. no século XIX. mas s. *o combater a posi+#o racionalista das idéias inatas. prop6em como formas b%sicas de aprendi)agem os condicionamentos e a aprendi)agem por . 9ohn TocRe >1OD2 1E0K?. a mente da crian+a. defendia que a principal fonte do conhecimento é a experi0ncia e introdu)iu a no+#o de associa +#oA eventos vistos ou ouvidos repetidamente :untos tornam se ligados. fil. facilitando nos a recorda+#o. associados em nosso pensamento. &s associacionistas enfati)am o tema da forma+#o de idéias como ob:eto de pesquisa e defendem que a aprendi)agem e a reten+#o dos conte/dos se efetivam quando as condi+6es de ensino favorecem as associa+6es entre a novidade ensinada e o material :% aprendido. ou se:a.mulos ocorrem em con:unto ou na seq-0ncia que devem ser aprendidos. nos séculos XVII e XVIII foram sistematicamente desenvolvidas.sofo ingl0s. é uma Bt%bula rasaB. logo por forma+#o. sendo que o primeiro é precondi+#o para o segundo. intelectual. 3ualquer que se:a o aspecto considerado. A a5orda em construtivista . aprendi)agem e desenvolvimento s#o processos distintos.rio de situa+6es de aprendi)agem variadas. & condicionamento. o maior representante desse pensamento foi "Rinner. o desenvolvimento é sempre entendido como processo resultante de associa+6es impostas pelo meio por intermédio de condicionamentos e refor+os. =nfim. tornou se psic.tese de que os conhecimentos evoluem de fora para dentro. ir% conquistando uma das formas escolhidas pelo meio em que a crian+a est% inserida. é usado como recurso eficiente para fixar a aprendi)agem de respostas certas e. que era bi. social ou emocional. "e esses procedimentos forem devidamente usados. ao mesmo tempo. dificultar o surgimento daquelas consideradas erradas >a partir do critério do professor?.gicas relacionadas 8 aquisi+#o de conhecimentos e enfati)ou o aspecto qualitativo . ou se:a. o comportamento infantil ser% pouco a pouco modelado. os empiristas associacionistas consideram que as influ0ncias sociais determinam todo e qualquer aspecto do comportamento da crian+a.observa+#o >ligada 8 imita+#o?. deve seguir imediatamente a resposta da crian+a. como técnica necess%ria para modelar uma resposta qualquer. Partid%rios da hip.pia etiana< Piaget. 3uer se:a um refor+o positivo ou negativo >o que varia em ra)#o do estilo do adulto para lidar com a crian+a?.logo para estudar quest6es epistemol. 3uanto ao refor+o. depende da repeti+#o cuidadosa de uma mesma situa+#o de aprendi)agem. @a educa+#o. como o desenvolvimento é entendido a partir de um somat. um ac/mulo de aprendi)agens sucessivas ou uma sucess#o de atuali)a+6es de estruturas preexistentes. o desenvolvimento cognitivo. com sua . Distinguindo um certo n/mero de est%gios e subest%gios sucessivos no desenvolvimento cogniti vo. é necess%rio que o su:eito fa+a sucessivas aproxima+6es. o termo Bconstrutivismo genéticoB pela intera+#o entre os esquemas de assimila+#o e as propriedades do ob:eto. $onsidera o desenvolvimento ps. também. $omo o processo de conhecimento é fundamentalmente interativo e se produ) pela intera+#o entre o indiv. que dependem . em que a experi0ncia n#o tem papel algum. destacando os aspectos univer sais >de apoio mais biol. que estuda os mecanismos pelos quais a crian+a passa do estado de conhecimento menos avan+ado 8quele de conhecimento mais avan+ado. Partindo da biologia e levando em conta a filog0nese >salientando as particularidades humanas?.quico um processo de constru+#o progressiva da.fico. o que se caracteri)a de acordo com sua maior ou menor proximidade do conhecimento cient. para conhecer o ob:eto. essencialmente.duo e seu meio.gico? e a forma+#o de esquemas >de a+#o ou conceituais?. * concep+#o piagetiana é de uma g0nese do psiquismo da. ele se preocupou em precisar as transforma+6es estruturais que caracteri)am cada etapa.quica da crian+a >procurou explic% la e n#o s.da evolu+#o ps. &pGs se. 8 concep+#o do desenvolvimento como uma reali)a+#o progressiva de fun+6es predeterminadas. opondo se 8queles que consideram que as altera+6es que se produ)em durante o desenvolvimento da crian+a s. o termo B=pistemologia genéticaB. interessou se pela evolu+#o e a organi)a+#o formal do desenvolvimento. descrever as etapas da evolu+#o ps.ntima conex#o com a aprendi)agem.quica?. Piaget estudou. podem ser apreendidas de modo quantitativo. A5orda em (ist*rico-cu"tura" 75gotsR5 constr. como n#o é f%cil determinar com exatid#o as compet0ncias cognitivas que s#o requisitos na aprendi)agem de conte/dos escolares concretos. Porém. "uas teses acerca das rela+6es entre pensamento e linguagem est#o baseadas no princ.gicos superiores e os mecanismos de media+#o instrumental e semi. basicamente.pio da inter rela+#o entre a vida ps.quica.rica e desenvolve. *pesar do fato de que Piaget n#o tinha um interesse espec. a teoria de Piaget levou 8 organi)a+#o dos programas escolares e 8 defini+#o dos conte/dos do ensino de acordo com os n. Tendo proposto que a aprendi)agem depende do n.dos esquemas mentais do su:eito e mudam ao longo do desenvolvimento. que s.tica dos processos mentais.vel de desenvolvimento cognitivo do su:eito >est% limitada por seu n. a sequencia+#o dos conte/dos pode ser inadequada em casos particulares.veis médios de desenvolvimento e de compet0ncia cognitiva. =m todo caso.fico por problemas educativos ou pela aplica+#o de sua teoria 8 educa+#o. o aluno n#o é um receptor passivo do conhecimento. o contexto social e as condi+6es concretas de . podem ser compreendidos mediante sua rela+#o m/tuaC o método genético ou evolutivo.i sua obra sobre uma concep+#o filos. a psicologia genética muito contribuiu para as pr%ticas educativas. e sua constru+#o pelo aluno se d% pelas a+6es efetivas ou mentais que ele reali)a sobre os conte/dos aprendidos. a origem social dos processos psicol.fica materialista hist. tr0s temas principais.vel de desenvolvimento cognitivo?. numa esfera biol.rica e social da humanidade. principalmente. com a fixa+#o das conquistas das atividades humanas na experi0ncia hist.rico da humanidade.nica. o desenvolvimento humano se d% de forma sociobiol.duo.lico comunicativas da atividade como a linguagem e outros sistemas de signos . 75gotsR5. que é produto da vida social e que nos coloca diretamente no plano social do desenvolvimento. é o meio cultural.gica? com aqueles ligados ao enrai)amento da crian+a 8 civili)a+#o >esfera da cultura?. mas. @essa perspectiva. na esfera da vida social humana. isto é. provoca uma reelabora+#o da conduta natural da crian+a e um redirecionamento do curso do desenvolvimento humano. algumas das formas mais fundamentais de vida social est#o nas esferas simb.nica >esfera biol.rico. sendo que a interliga+#o entre o substrato material dos processos cerebrais e a experi0ncia cultural se d% pela intersub:etividade >o papel do outro?. enquanto Piaget destaca os BuniversaisB >de apoio mais biol. a evolu+#o da espécie ocorreu n#o s. o que deixa clara a import. Piaget e 75gotsR5 compartilham a no+#o da import. "em negar a import. mas a cultura.gica. & coletivo é fator fundamental no processo de desenvolvimento humano. nas quais os seres humanos produ)em coletivamente novos meios para regular seu comportamento.gico inalien%vel. @uma perspectiva hist. ou se:a.ncia da qualidade das intera+6es que se estabelecem ao longo da vida do indiv.ncia dessa base org.gica. as experi0ncias de intera+#o que possibilitam 8 crian+a se construir como su:eito hist.rico cultural. =ntretanto. pela sua . @o progresso hist.gico?. se d% pela uni#o dos processos de crescimento e matura+#o org. Tem um substrato biol.inser+#o na cultura >rela+#o genética entre os processos individuais e sociais?.ncia do organismo ativo. adquirindo os meios para intervir de forma competente no seu mundo e em si mesma. $ontr%rio 8 idéia dos incrementos quantitativos.ricos em transforma+#o. "endo assim. que determinam com intensidade as oportunidades para a experi0ncia humana. caracteri)ado por transforma+6es qualitativas que ocorrem numa periodicidade m/ltipla. a crian+a n#o s. ele :amais identificou o desenvolvimento hist. porém. se ocupa mais da intera+#o entre as condi+6es sociais em transforma+#o e os substratos biol.rico da humanidade com os est%gios do desenvolvimento individualA sua preocupa+#o est% nas conseq-0ncias da atividade humana na medida em que esta transforma tanto a nature)a como a sociedade.odo est%velB do desenvolvimento infantil.gicas por outras. um processo complexo caracteri)ado pela periodicidade. $ontudo. gerando novos instrumentos e substituindo suas fun+6es psicol. desigualdade no desenvolvimento de diferentes fun+6es. tendo em vista a supera+#o de dificuldades e a adapta+#o.concep+#o do organismo com alto grau de plasticidade e pela sua vis#o do meio ambiente como contextos culturais e hist. .gicos do comportamento. a cada novo Bper. 75gotsR5 prop6e que o desenvolvimento humano se:a visto como um processo dialético complexo.ricas. Para este autor. em ra)#o da constante mudan+a das condi+6es hist. n#o pode haver um esquema universal que represente adequadamente a rela+#o din. sim. Para 75gotsR5. transforma+#o qualitativa de uma forma em outra. o desenvolvimento infantil n#o é um processo de acumula+#o lenta e gradual de mudan+as isoladas. muda suas respostas como também as reali)a de maneiras novas. baseadas numa intrincada rela+#o entre fatores internos e externos e numa despropor+#o no desenvolvimento das diferentes fun+6es.mica entre os aspectos internos e externos do desenvolvimento. . Teontiev. como a formal da escola e<ou outros sistemas educacionais?. =mbora possa haver semelhan+as em certos est%gios do desenvolvimento.i ao longo do processo. pode ser determinado se forem revelados seus dois n.mico de desenvolvimento da crian+a?. processos adaptativos que superam os impedimentos que a crian+a encontra e por uma altera+#o radical na estrutura comportamental. mediante intera+6es sociais. em um sentido amplo >tanto a informal do cotidiano .vel de desenvolvimento consolidado amanh#.gica.veisC o do desenvolvimento real >que define fun+6es que :% se consolidaram. criando )onas de desenvolvimento proximal.embricamento de fatores internos e externos. entre outros.veis de desenvolvimento real e potencial. a educa+#o. o sistema funcional de aprendi)ado de uma crian+a pode n#o ser id0ntico ao de outra. *ssim. sendo que aquilo que é proximal ho:e ser% o n. mas uma forma qualitativamente nova que se constr.rico cultural do ser humano. * )ona de desenvolvimento proximal é o intervalo entre os n. com a obra de 75gotsR5 e de outros autores que se dedicaram 8 continuidade do seu trabalho como Turia. & estado de desenvolvimento mental de uma crian+a s. o que seria indicativo de seu desenvolvimento potencial. caracteri)ando o desenvolvimento mental prospectivamente e permitindo delinear o futuro imediato e o estado din. nem a soma de processos elementares. & resultado do desenvolvimento n#o ser% uma estrutura puramente psicol. caracteri)ando o desenvolvimento mental retrospectivamente? e do proximal >considerando aquilo que a crian+a consegue fa)er nas intera+6es sociais. sendo que o bom aprendi)ado é aquele que se adianta ao desenvolvimento. deixa de ser um simples campo de aplica+#o da psicologia e se constitui num campo fundamental para o desenvolvimento hist. @o 'rasil.duo com defici0ncia como se fosse uma variedade humana patol.gicas muito diferenciadas. ao fornecerem indicadores de sua "imaturidade" ou de seus "déficits" de inteligência.O desenvolvimento humano e as necessidades educativas especiais 4uitos dos estudos reali)ados acerca do desenvolvimento infantil. p. e vem . queC &s resultados de tais testes de intelig0ncia t0m. esse procedimento cristali)ou a idéia do indiv. que são retidas na pré-escola ou permanecem nos exercícios preparatórios. na década de 1J20. partiram de necessidades do meio educacional.gicosA o primeiro teste foi desenvolvido pelo educador Touren+o (ilho e tinha como ob:etivo avaliar a prontid#o de crian+as para a alfabeti)a+#o. em especial relacionadas 8 identifica+#o das crian+as com defici0ncia e 8 elabora+#o de métodos educativos acess. laborat. reconhecendo os quadros sintom%ticos de cada s. às vezes um ano inteiro.pria escolarização. Há crianças. porque "não estão prontas" para aprender a ler e escrever. pelos quais foram introdu)idos os primeiros testes psicol.gica. 1997.gica. impedido que in/meras crian+as tenham acesso ao conhecimento e 8 pr. S not. teve seus frutos. sobretudo relacionados ao conhecimento mais aprofundado dos v%rios quadros cl.ndrome. outras são enviadas às classes especiais porque "não têm condições" intelectuais de seguir o curso normal da escolaridade.nicos e diagn. 21) Todo o esfor+o em classificar as anomalias mentais a partir do estabelecimento de categorias nosol. por exemplo.sticos.rio. Porém. como os testes de intelig0ncia de 'inet e "imon e os trabalhos de Iesell. (Fontana & Cruz. no entanto. historicamente.rios de Psicologia =xperimental e Psicologia Pedag. caracteri)ada por sua insufici0ncia.veis a elas. foram educadores que implantaram em escolas. * psicologia hist.duos. que n#o basta proporcionar ao su:eito situa+6es de intera+#o.servindo mais para formar grupos de entidades patol. @esses contextos.fico de experi0nciaC a da constru+#o do conhecimento sistemati)ado. em suma.rico cultural apresenta se como uma forma transformadora de entender<explicar o desenvolvimento humano.gicas que t0m. entre outros?. @os diversos contextos socioeducacionais >escolas. aprendi)agem. é o aprendi)ado que possibilita e movimenta o processo de desenvolvimento. para que o indiv. S fundamental compreender. viv0ncia de novas experi0ncias. em geral. assim como n#o basta conhecer o substrato biol. creches. "egundo 75gotsR5. mas n#o é qualquer media+#o que produ) resultados efetivos.gico do desenvolvimento humano para conhecer o caminho do desenvolvimento da espécie. = preciso que se conhe+am os caminhos percorridos por aquele indiv. desafios.duo >prospectivamente? a possibilidade de desenvolvimento real. para criar novos e melhores métodos de interven+#o educativa e terap0utica. *o proporcionar situa+6es de intera+#o. terapeutas ocupacionais . troca com outros indiv.gicas e distribu.nicas. no entanto. colocamos ao indiv. efetivamente. las nos espa+os institucionais que. maturacionais. 2sso quer di)er que n#o bastam as condi+6es org.gico. comprometido ou n#o pela defici0ncia. * rela+#o educativa se constitui em um processo no qual as media+6es s#o plane:adas de forma a possibilitar a aprendi)agem. escolas especiais. um car%ter psicopedag. cursos profissionali)antes. encontramos um tipo bastante espec. em seu meio social.duo em sua cultura. suas experi0ncias. S preciso que ha:a intera+#o social. por meio de estra tégias metodol.duo se desenvolva. para que se possa construir uma rela+#o de ensino aprendi)agem eficiente no que se refere ao processo de desenvolvimento como um todo. e em pré escolas. uma ve) que.nima de tr0s anos?A a educa+#o superior >oferecida nas institui+6es de ensino superior. emocionais etc. particularmente das pessoas com defici0ncias. para crian+as até tr0s anos de idade. o terapeuta ocupacional que atua com pessoas que freq-entam equipamentos e programas socioeducacionais precisa saber como se estrutura. basicamente. formada pela educa+#o infantil >oferecida em creches ou entidades equivalentes. 8 ci0ncia e 8 tecnologia? e a educa+#o especial >modalidade de educa+#o escolar oferecida. $ontudo. para reali)ar uma a+#o integrada em que o foco do trabalho n#o é a patologia. o tempo de dura+#o da forma+#o depende da carreira profissional escolhida?A a educa+#o profissional >modalidade de ensino que visa 8 forma+#o técnica e deve ser oferecida de maneira integrada 8s diferentes formas de educa+#o. =m ra)#o da particularidade da nossa clientela.sicas. para as crian+as de quatro a seis anos de idade? e ensino fundamental >com dura+#o m.t0m sido chamados a atuar ao lado daqueles que apresentam dificuldades de v%rias ordens >se:am f. s#o as seguintes as modalidades previstas de =duca+#oC a educa+#o b%sica.rio e gratuito na escola p/blica?A o ensino médio >tem dura+#o m. o sistema educacional. para educandos portadores de necessidades especiais?. principalmente. a partir dos espa+os socioculturais que ele ocupa. ao trabalho. .?. dedicaremos a essa /ltima nossa maior aten+#o. deve compreender o su:eito. preferencialmente na rede regular de ensino. intelectuais. As di#erentes moda"idades educativas "egundo a nova Tei de Diretri)es e 'ases da =duca+#o @acional >TD'? >Tei nJ JDJK<JO?.nima de oito anos e é obrigat. as escolas especiais. de prefer0ncia. ho:e.sticas e necessidades educacionais especiais e que se:am capa)es de satisfa)0 las. por intermédio dos delegados da $onfer0ncia 4undial de =duca+#o =special. devem se adaptar 8 diversidade das crian+as. n#o quer di)er exclusivamente.ncia de se analisar a educa+#o especial de maneira integrada 8s demais modalidades de ensino. extrapola a escola. numa pr%tica .pios. &s processos de aprendi)agem. *ssim. mas.pios b%sicos do que se define como =duca+#o 2nclusiva. na rede regular de ensino. as classes especiais nas escolas regulares. destacamos que h% uma 0nfase sobre o direito das crian+as de acesso a sistemas educacionais regulares. est#o definidos os princ. as salas de apoio e as salas de aula inclusivas. pois envolve todos os segmentos sociais. o que. como :% dissemos. Uma mudan%a #undamenta"0 do paradi ma rea5i"ita%&o ao paradi ma da inc"us&o socia" da =m 1994 a ONU.nicos relacionados 8 sua clientela. =m todos esses espa+os o terapeuta ocupacional pode atuar. 1994. e n#o as crian+as se adaptarem a Bassun+6es preconcebidas a respeito do ritmo e da nature)a do processo de aprendi)agemB (ONU. portanto. necessita ter um amplo conhecimento n#o apenas dos aspectos cl. * sociedade inclusivista. a partir do momento em que afirma que o aluno com necessidades educativas especiais deve ser atendido.* LDB aponta para a import. no entanto. fa) publicar a Declara+#o de "alamanca. mas também dos processos educacionais nos quais ela se insere. que levem em conta a vasta diversidade de caracter. Dentre seus princ. * base do paradigma inclusivista é a cren+a na sociedade para todos os seus cidad#os é uma proposta de constru+#o de cidadania. par%grafo 4). portanto. *. na educa+#o especial convivem. em . Desse modelo derivam os conhecidos trabalhos de reabilita+#o. fundamentalmente. o indiv.de n#o exclus#o. profissional. que busca envolver as pessoas com defici0ncia >sobretudo crian+as em idade escolar? na corrente principal da comunidade. buscar o seu desenvolvimento pessoal. ainda predomina o modelo médico. em sala de aula com as demais crian+as. & modelo médico tem sido responsável. da maneira que fosse poss. =mbora as idéias inclusivistas :% viessem. em geral. p.vel participar. & que a pr%tica mostra é que raramente essa integra+#o se efetiva.vel. inseridas nas atividades que lhes era poss. @o in. h% muito tempo. aparecendo mais fortemente como uma tend0ncia mundial a partir da década de 1JN0. 1998.pio. em parte. buscam Bminimi)arB a diferen+a para que essas pessoas possam ser aceitas na sociedade e Bnormali)arB os seus comportamentos. que. aí sim.s a reabilita+#o. que deve ser tratado como uma patologia. social. de maneira segregada. na hora do recreio. no entanto. ou se:a. dentro das rotinas da escola. (Sassaki. nas institui+6es especiali)adas. que a v0 como um problema individual.cio da década de 1JN0 surge a idéia do mainstreaming. pois as pessoas n#o deixam de ser deficientes e dificilmente estar#o prontas para se adaptar totalmente a uma sociedade estruturada para os BnormaisB ou competir em condi+6es de igualdade. 29) Teoricamente. o movimento da Binclus#o socialB é recente. elas eram. espera se que.duo >reabilitado? este:a pronto para assumir seu lugar na sociedade o momento da Bintegra+#o socialB.dos. =sse processo se d%. a princ. ap. @o que se refere 8 defici0ncia. pela resistência da sociedade em aceitar a necessidade de mudar suas estruturas e atitudes para incluir em seu seio as pessoas portadoras de deficiência e/ou outras condições atípicas para que estas possam. perpassando v%rias propostas referentes aos cha mados exclu. & que se pode observar é que. *van+ando no processo de constru+#o de uma sociedade que respeite a diversidade. . @o entanto. conviv0ncia na diversidade humana e aprendi)agem pela coopera+#o. volta se 8 reabilita+#o. muito ligada 8s compet0ncias particulares. é interessante que se fa+a uma reflex#o sobre o papel do terapeuta ocupacional diante dos processos de inclus#o<exclus#o da popula+#o classificada como portadora de defici0ncia. firma se o movimento de Binclus#o socialB. Porém n#o se tra)ia a discuss#o sobre as mudan+as que deveriam ocorrer na sociedade para receber essas pessoas. a pr%tica profissional acaba por legitimar a exclus#o mediante a confirma+#o da necessidade de Blugares especiais para pessoas especiaisB. ainda. tradicionalmente. muitas ve)es. =ssa é uma pr%tica consolidada e importante para a clientela que dela se beneficia.atividades extracurriculares etc.pio da aceita+#o das diferen+as. dependente das capacidades individuais para dar conta das demandas do meio. e a idéia da integra+#o estava. que deve ser considerado um processo no qual n#o apenas a pessoa com defici0ncia deve se modificar. (alava se da pessoa com defici0ncia Bcapacitada paraB é o modelo médico de defici0ncia ainda imperando. Parte do princ. A Terapia Ocupaciona" e a inc"us&o socia" por processos socioeducacionais . =stes profissionais t0m desenvolvido sua pr%tica a partir dos pressupostos da minimi)a+#o de seq-elas e dificuldades e promo+#o do desempenho funcional. mas também a sociedade precisa se modificar para receber todos os seus membros.caminhos para uma pr tica trans!ormadora * atua+#o da Terapia &cupacional. "molRa fala da produ+#o social da patologia se gundo a institui+#o escolarC Produ+#o esta que fica sistematicamente oculta. para os terapeutas ocupacionais. "endo a pessoa com defici0ncia vista como enferma. o fator terap0utico impregnou também a escola e passou a determinar seu trabalho. no mercado de trabalho. a suposta incapacidade do seu cliente. para ser trabalhado na cl. impl.nica e tentar minimi)ar aquelas dificuldades que se manifestaram na escola.*s institui+6es especiali)adas em educa+#o especial sempre se configuraram como importantes espa+os.mbito de sua vida ocupacional. se a inser+#o profissional for reali)ada de maneira acr.vel da prepara+#o profissionali)ante em institui+6es de educa+#o especial. muitas dessas dificuldades s#o. na verdade.?. originadas no campo das intera+6es sociais >entre pais e filhos. se a atua+#o do terapeuta ocupacional focali)ar.cita no :ogo de for+as das rela+6es sociaisC porque n#o funcionam de . =mbora se deva considerar que existem especificidades na condi+#o de defici0ncia que necessitam de uma abordagem cl. pode colaborar para que ele se:a retirado dos contextos educacionais regulares. promovendo a inser+#o das pessoas com defici0ncia nesse . no n. legitimando a segrega+#o como uma estratégia para o cuidado dos que apresentam necessidades educativas especiais. *ssim. sen#o estar% na contram#o da Hist.ria pensando a atua+#o s. Porém. tratando a diferen+a ou defici0ncia como uma Bdoen+aB do indiv.tica. como problema a tratar. entre alunos.prio processo de inclus#o social das popula+6es por elas atendidas. pode se configurar como um entrave para o pr.duo >patologi)a+#o da diferen+a?. * Terapia &cupacional deve se incorporar 8 discuss#o sobre educa+#o inclusiva e pensar sua atua+#o na escola regular.nica. entre alunos e professores etc. na realidade.?. >1JJJ. L. Para superar esse impasse. 2N1? &s servi+os de sa/de n#o podem ser legitimadores da patologi)a+#o da defici0ncia. cognitivas e sociais.gica mais do que a:udam o desenvolvimento dos processos de aprendi)agem. por exemplo. p.sicas. que favore+a o desenvolvimento da crian+a em todas suas necessidades. de linguagem.rio L. a idéia da causalidade individual do problema e reafirmam sua patologi)a+#oA passam a ser criadores de doen+as e estigmati)adores das crian+as Bdif. Por outro lado. que complicam a din. refor+am o isolamento. cl.?. pobre)a. se:am elas f. & que se prop6e é que tanto as escolas como as unidades de reabilita+#o se abram e incorporem nos seus pro:etos a+6es que viabili)em um trabalho de coopera+#o.. ambulat.ceisB >por defici0ncia. e não necessariamente à criança que a freqüenta. como di) "u)ana TimaC @#o se est% advogando uma escola ambulat.logos.nica etc.M a escola deve estar aberta para que os especialistas possam contribuir 8 medida que as necessidades apare+am..acordo com o BesperadoBA porque n#o se BenquadramB no sistema escolarA porque apresentam Bcomportamentos desviantesBA porque subvertem a BordemBA >porque a escola prioriza a "igualdade" e a "homogeneidade" e não sabe o que fazer com as diferenças).mica pedag. psic. (1989. mau comportamento etc. A escola falha na sua tarefa pedagógica e o que estabelece. se retiram os alunos Bcom mais dificuldadesB do seu grupo >levando o ao hospital.rio. nem c/mplices da exclus#o dessas popula+6es com defici0ncias do contexto social e do . 4as n#o é a escola que dever% responder 8s quest6es médicas. p.M * escola n#o prescinde dos outros profissionais como médicos. as crianças são encaminhadas para os "serviços de apoio" e "reeducação". é uma rede de apoio à escola como tal... emocionais. 45) &s profissionais da sa/de costumam ser vistos como BinvasoresB da sala de aula. 1E? . >2000.M por educa+#o especial entenda se o con:unto de recursos que todas as escolas devem organi)ar e disponibili)ar para remover as barreiras para a aprendi)agem de alunos que.sitoB de pessoas com defici0ncia. $onforme afirma $arvalhoC L. Devem desempenhar suas fun+6es de modo con:unto com os servi+os educacionais.. para colaborar. mesmo em nome de uma pol. relegadas 8 reali)a+#o de simples tarefas para passar o tempo. Porém. sem apoio e acompanhamento adequados. se:a preparando as para sua inser+#o na escolaridade regular.veis na via comum da educa+#o regular.. S preciso considerar que os diferentes servi+os relacionados 8 educa+#o especial t0m sua fun+#o e podem ser necess%rios.sistema educacional.tica educacional inclusiva.sticas biopsicossociais. com os su:eitos com defici0ncia.vel satisfat. se:a encaminhando as para fun+6es profissionais na comunidade. tratando se de pessoas que t0m maiores comprometimentos f. p. mentais ou sensoriais.sicos. * escola regular tampouco pode ser convertida em Bdep. "eria mentiroso afirmar que estas pessoas. necessitam de apoio diferenciado daqueles que est#o dispon. colocadas numa sala de aula comum superlotada. as institui+6es especiali)adas n#o podem ser convertidas em Bdep. est#o realmente Binclu.dasB no processo educacional. para que eles construam seu caminho de integra+#o social e para que encontrem um n.sitosB de pessoas com defici0ncia e devem ser eficientes como intermedi%rias no processo educacional. de forma técnica e eficiente. por caracter.rio de qualidade de vida. oferecendo pessoal especiali)ado para o atendimento de pessoas segundo suas necessidades. e principalmente.lias dos alunos com necessidades educativas especiais. por exemplo. sua atua+#o n#o deve ser plane:ada apenas como um oferecimento de recursos técnicos ou tecnol. o terapeuta ocupacional pode. portanto.gicos para a inclus#o da pessoa com defici0ncia no espa+o f.nico. mais baseadas no treinamento sens. visando # sensibili)a+#o para o respeito 8 diversidade. :unto com a fam. S preciso. técnicas e equipamentos especiali)ados. @esse sentido.fico do aluno.sico da escola. que possa superar as . trabalhos envolvendo a comunidade escolar como um todo. nisso incluindo adapta+6es ambientais e de mobili%rio e utili)a+#o de diversos recursos de tecnologia assistiva. que quase nada contribuem efetivamente para o desenvolvimento humano globalA diferenciar os aspectos complexos da defici0ncia e estruturar um atendimento n#o homogenei)ador. superar as formas tradicionais de interven+#o.rio motor e nas ocupa+6es simples. que envolve construir.@o contexto socioeducacional. que envolvem desde o atendimento espec. orienta+#o e assessoria 8 equipe educacional. entre outros. instrumentali)ar o aluno e a escola para uma a+#o pedag. cu:a atua+#o volta se para as quest6es surgidas ao longo do processo educacional.lia. $ontudo. em um contexto cl. @#o menos importante que a a+#o direta no contexto educacional est% a atua+#o em rela+#o 8s fam. =sse apoio deve estar associado a uma reestrutura+#o das escolas e das classes e precisa incluir instrumentos. =sse acompanhamento pode se dar pela participa+#o nas atividades escolares. o terapeuta ocupacional deve ser um profissional de apoio. o acompanhamento desse aluno no espa+o socioeducacional. até.gica efetiva. 7%rias s#o as possibilidades de inser+#o do terapeuta ocupacional. um meio social que permita a este su:eito viver situa+6es ricas em experi0ncias e oportunidades. * educa+#o especial deve ser socialmente v%lida e precisa estruturar se como uma pr%tica hist. pois ela n#o est% condenada 8 inferioridade. de modo que a pessoa com defici0ncia possa superar os limites que parecem ter sido postos pela nature)a ao seu desenvolvimento e conquistar uma posi+#o social mais elevada. mas é preciso transformar a sociedade e a cultura. como for+as motri)es do desenvolvimento. * diversidade é a marca fundamental do desenvolvimento da humanidade e deve ser respeitada em todas as rela+6es humanas. partindo do pressuposto inclusivista. aliada ao conhecimento sobre a a+#o humana em geral. * compreens#o do processo de ensi no aprendi)agem.rica de produ+#o cultural. sobre o desenvolvimento humano e as rela+6es socioculturais. Togo. a atua+#o da Terapia &cupacional em contextos socioeducativos tem de ser maior que uma aten+#o individuali)ada deve configurar se como uma a+#o que envolve a pessoa com necessidades educativas especiais e o meio sociocultural no qual ela est% inserida. . que v0m se construindo as pr%ticas de Terapia &cupacional que chamamos transformadoras considera se que n#o basta atuar sobre o indiv. programas e recursos educacionais.duo.aspira+6es minimi)adas e estratégias empobrecidas e eliminar os aspectos mais débeis que a comp6emA posicionar se claramente contra todas as pr%ticas que instituem a simploriedade nos trabalhos na %rea educacionalA trabalhar sobre as possibilidades que se apresentam >pontos fortes?. permite ao terapeuta ocupacional colocar se como um parceiro essencial para o desenvolvimento dos trabalhos nos v%rios espa+os. S nesse contexto. Pensar na cl. possibilitando um exerc. =studar a Terapia &cupacional pensando em seus procedimentos é refletir sobre como construir a assist0ncia.rica da profiss#o e dos caminhos para sua evolu+#o. mas apresentar uma das poss. atividades.veis formas de reali)ar a cl.= A assist1ncia em terapia ocupacional sob a perspectiva do desenvolvimento da criança 4argareth Pires da 4otta 4arisa TaRatori !s conseguiremos entender os pensamentos do outro se esti"ermos despro"idos dos nossos pensamentos. necess%rio para analisar seu alcance e definir quais técnicas podem ser delineadas.nica da Terapia &cupacional a partir de conhecimentos que foram sendo constru.nica e das teorias existentes no campo.cio de pensar a partir da cl. & olhar da Terapia &cupacional sobre a crian+a deve considerar as bases te.ricas que abordam o processo do .tulo é falar da assist0ncia em Terapia &cupacional com a popula+#o infantil referindo se 8 teoria do neuro desenvolvimento e da 2ntegra+#o "ensorial. propondo aos leitores uma reflex#o con:unta. materiais.dos ao longo de nossa forma+#o. Fudolf "tein * proposta deste cap. espa+os para o acontecer da Terapia &cupacional contribui para a constru+#o te. @#o se tem a inten+#o de definir a atua+#o do profissional com essa popula+#o.nica a partir do que nela existe pacientes. sico.gica. na pr%tica profissional. sensoriais e sociais por altera+6es neurol. técnicas que d#o 0nfase ao tratamento do patol. @o entanto. para o qual as a+6es do terapeuta ocupacional est#o voltadas] * popula+#o da Terapia &cupacional em pediatria inclui os recém nascidos. A Terapia Ocupacional em pediatria" pensando na população e no sujeito da assist#ncia * Terapia &cupacional tem como instrumento de suas a+6es as atividades que se locali)am no contexto da rela+#o paciente terapeuta atividades.nica. considerando sua matura+#o neurol. que apresenta determinadas necessidades.ncias de ordem org.desenvolvimento e a rela+#o da crian+a com o mundo externo. logo ap.ntegro. em sua forma+#o. * assist0ncia em Terapia &cupacional procurar% ressaltar as capacidades da crian+a. * maioria dos profissionais de sa/de e da reabilita+#o recebe. principalmente quando vis. 3uando o foco das aten+6es é o beb0 ainda pequeno. decorrentes de circuns t. pensamosC de que paciente estamos falando] 3uem é esse su:eito. pensamos que se trata de alguém que n#o somente se encontra numa fase rica de transforma+6es e amplia+6es de possibi lidades.s o nascimento ou du rante a inf. e n#o suas dificuldades. os beb0s e as crian+as que apresentam riscos ou altera+6es no seu desenvolvimento.ncia. $rian+as com defici0ncias motoras. como tam . daquilo que é problema ou parte do problema. @esse sentido.gicas constituem uma parte significativa dessa popula+#o atendida.gico. adaptar o ambiente para que este possa ocorrer. e executa. como é o caso do dist/rbio f. buscando intermediar e facilitar esse encontro e. durante. quando necess%rio.vel. o BolharB a que nos referimos contempla a crian+a como ser /nico e . emocional e<ou social que podem estar presentes antes. 3uando a crian+a integra as informa+6es recebidas pelo sistema sensorial. que tem que ser suficientemente boaB >1JEP. execu+#o do movimento e mem. plane:amento.ntegro permite que se forme no sistema nervoso uma imagem interna do mundo externo. para um desenvolvimento normal do programa genético b%sico. *s mais complexas fun+6es. & interessante desse processo é o fato de que a estimula+#o ou priva+#o periférica pode deflagrar informa+6es sensoriais. ao nascer. an%lise. uma condi+#o humana org. . o sistema motor estar% preparado para plane:ar. sem que este:a em con:un+#o 8 provis#o ambiental. ordenar e executar os movimentos.rdios de seu desenvolvimento emocional.ncia dos est.mulos sensoriais obtendo dedu+6es. adequadas ou n#o. considerando esses processos como o aumento de tamanho. & canal respons%vel pela comunica+#o com o meio externo por intermédio dos movimentos é o sistema sensitivo. o beb0 necessita crescer e amadurecer. peso e volume e o con:unto de transforma+6es que sofrem os . estruturas e fun+6es org. como agimos. Da mesma forma. pensamos e fa)emos depende do funcionamento do nosso sistema nervoso. =sse sistema . por exemplo.rg#os. & que somos. s#o resultados de intera+6es precisas do sistema nervoso com o meio ambiente.ria. Bh% genes que determinam padr6es. como percep+#o. é dotado de determinado potencial org. =m seu desenvolvimento.bém se encontra nos prim. nada se reali)a no crescimento emocional. coordena+#o. 1NN?. (alamos do su:eito que. $omo refere Uinnicott. p.nica que ir% se desenvolver na intera+#o com o ambiente. analisa e avalia o grau de import.nico herdado. ela estabelece compara+6es. e uma tend0ncia herdada a crescer e a alcan+ar a maturidadeA entretanto.nicas. *ssim como h% uma tend0ncia inata ao desenvolvimento que corresponde ao crescimento do corpo e ao desenvolvimento de fun+6es seguindo um tempo cronol. 1JJD.rio motores. * crian+a pequena reali)a por volta de P. Por isso podemos compreender Bque ser capa) de conseguir fa)er algo é o motor da aprendi)agemB >Ianem [ He5me5er.K00 movimentos diante de um ob:eto novo para explor% lo.ria os dados desse ob:eto. Portanto. & processo de aprendi)agem depende da maturidade neurol. 3uando a crian+a aprende a fa)er algo e sente pra)er com isso. @o processo de constitui+#o. da cogni+#o e da percep+#o. J?.gica. e essa repeti+#o a torna competente.nicos.mulos sens. influenciar% na sua aprendi)agem e adapta+#o. o su:eito torna se uma unidade integrada. pelos est.cio do desenvolvimento.gico. como a capacidade de andar por volta do primeiro ano de vida. . psicol. explora+#o dos ob:etos com as m#os? dependem o conhecimento e o desenvolvimento cognitivo.gica e social. s#o fundamentais no desenvolvimento do pensamento. vemos. vai querer repetir sua a+#o. @esse in. que depende de uma provis#o ambiental que ofere+a condi+6es para esse processo se dar no caminho da sa/de. portanto.vel na rela+#o com o outro e com o mundo que a cerca.gico. isto é. do n. garantindo lhe o aprendi)ado. também h% um processo evolutivo no desenvolvimento emocional.rio motor. integrar as informa+6es e arma)enar na mem. das condi+6es do sistema visual >capacidade para ver? e do sistema motor >por exemplo. *ssim. aquisi+6es fundamentais inter relacionadas com os processos org.*s primeiras intera+6es. do ponto de vista psicol. a percep+#o leva a crian+a 8 integra+#o de conhecimento. & estado emocional.vel intelectual. o quanto a crian+a est% segura e dispon. p. da motiva+#o e da integridade do sistema sens. sentindo se numa continuidade ao longo do desenvolvimento. pelos cuidados ambientais como o carregar. cultural e emocional que possibilitar% percorrer da depend0ncia em dire+#o 8 independ0ncia. a qual. o desenvolvimento infantil est% em constante evolu+#o em virtude dos fatores genéticos. afetivo e social. @esse sentido. e as correla+6es entre as etapas de amadurecimento do sistema nervoso permitem ao terapeuta ocupacional dominar o conhecimento sobre o processo de desenvolvimento e estabelecer os par.quico que possibilita o seu desenvolvimento. trocar. como processo. . segundo Uinnicott >em #a depend$ncia % independ$ncia no desen"ol"imento do indi"&duo'. como um contexto f. "abemos que.rio motor. o processo de desenvolvimento continua no encontro do su:eito com o ambiente que vai sendo. como sens. idoso. como no caso do beb0. que :% n#o se encontra num estado de depend0ncia absoluta.nica pedi%trica. estamos falando também do ambiente f. dar banho.sico. Por meio desses atos f. amamentar.metros que v#o nortear sua pr%tica com crian+as. cognitivo. Uinnicott nos di) que n#o existe um beb0 so)inho.sico e ps. o beb0 vai organi)ando suas sensa+6es corporais e sua motilidade. $om sua vasta experi0ncia na cl. pouco a pouco. mas devido. segurar. sobretudo. adulto. nunca é totalmente alcan+ada. &s estudos sobre os aspectos do desenvolvimento infantil. mas continua fundamental para o desenvolvimento da crian+a. & ambiente aqui n#o tem mais a fun+#o de prover de modo pleno o indiv.sicos com implica+6es psicol. 3uando o su:eito da assist0ncia é a crian+a maior. social. 8s mudan+as nas rela+6es do su:eito com o ambiente externo que podem facilitar ou até pre:udicar esse processo. quando falamos do beb0.gicas.duo. descoberto e conhecido. odos ou idades em que os eventos ocorrem. pois muitos estudiosos :% se ocuparam disso. *ssim. mas ressaltar que o terapeuta ocupacional.gica.=mbora ha:a uma seq-0ncia para as aquisi+6es ocorrerem. apresentando as defini+6es de defici0ncia. 3uando a crian+a apresenta uma altera+#o org. mas também no desenvolvimento emocional e das rela+6es sociais dessa crian+a. temosC . como no caso de uma les#o neurol. em que os receptores e vias sensitivas est#o captando e enviando os est.sicos do ambiente observando seu comportamento em atividade. porém a interpreta+#o desses sinais em sensa+6es est% comprometida. em 1JN0. sendo que para handicap foi proposto o termo desvantagem. acredita. as respostas aos est. @esse sentido. Para compreender essas m/ltiplas implica+6es a partir da ocorr0ncia de uma doen+a ou defici0ncia. recorremos aos conceitos apresentados pela &rgani)a+#o 4undial de "a/de. seguindo um tempo cronol.mulos f. marcado por um ritmo pr. melhor atingir% os ob:etivos terap0uticos.prio. estamos falando do desenvolvimento sob dois aspectosC um conhecimento necess%rio ao terapeuta ocupacional e o processo de determinada crian+a que chega 8 Terapia &cupacional e apresenta um desenvolvimento singu lar. n#o estamos priori)ando definir os per.nica. incapacidade e handicap.ria de vida da crian+a com os fatores genéticos e epigenéticos. isto é. ao considerar em seu trabalho a hist. decorrente da tradu+#o oficial desse manual para o portugu0s.mulos até o cérebro. disabilities and handicaps: a manual of classification relating to the consequences of disease >& $orreio da !nesco?. o manual International Classification of Impairments. *maral também utili)a essas mesmas defini+6es. que publicou. poder% escolher a abordagem que.gico de certa forma comum no de senvolvimento infantil. poder% haver conseq-0ncias n#o somente motoras e sensoriais. isto é. progressiva ou n#o._ defici0ncia >impairment?C refere se a toda altera+#o do corpo ou apar0ncia f. * deficiência de um . * desvantagem. revers. "egundo Plaisance e *maral.vel ou irrevers.vel org.rg#o. sendo marcada pela dist. a desvantagem é compreendida como a situa+#o social em que se encontra a crian+a com altera+6es no desenvolvimento decorrente da leitura que o meio ambiente externo reali)a dessa crian+a. b%sicas e outras situa+6es do cotidiano. indicando perturba+#o em n. alterando a capacidade de reali)a+#o de diversas ativi dades di%rias. 8 restri+#o ou excesso de uma fun+#o. qualquer que se:a sua causa. =ssas defini+6es permitem esclarecer tr0s fenGmenos que podem ocorrer interligados ou n#o.duo experimenta devido 8 defici0ncia e 8 incapacidade. refletindo em sua adapta+#o e intera+#o com o meio.nico herdado e a tend0ncia inata para o desenvolvimento devem ser considerados a partir dessa situa+#o >a presen+a de uma defici0ncia.)os que o indiv. de um .nica um beb0 ou uma crian+a que apresenta riscos ou altera+6es no seu desenvolvimento.sica.ncia entre a experi0ncia e o desempenho do indiv. quando pre sente. que podem levar 8 incapacidade ou n#o. de uma fun+#o ou de uma parte do corpo indica manifesta+6es decorrentes de uma doen+a ou um acidente. doen+a ou .rg#o ou de uma fun+#o. desvantagem >handicap?C di) respeito aos pre:u.vel.duoA .duo com defici0ncia e as expectativas do grupo social ao qual pertence. incapacidade >disability?C reflete as conseq-0ncias da defici0ncia em termos de desempenho e atividade funcional do indiv. * inca pacidade pode ser tempor%ria ou permanente. 3uando recebemos na cl. pensamos que o potencial org.nicoA . pode resultar da defici0ncia ou dessa associada 8 incapacidade. Pessoa saud%vel é aquela que vive o sentimento de se sentir real. enfati)amos que o alcance e a manuten+#o de uma vida saud%vel dependem. nesse momento. ou se:a. propicie o seu desenvolvimento. a partir desse reconhecimento. a crian+a que tem defici0ncia pode se manter saud%vel. p. ela pode.prios. contribuindo de forma determinante para o processo de constitui+#o pessoal. ritmo e tempo pr. deliciar se com a conquista de pegar um ob:eto e lev% lo 8 boca. desde que ha:a um ambiente que considere suas incapacidades e possibilidades e. concretamente. construindo uma trilha pessoal dentro de seu ambiente social e cultural. >TaRatori. PN? * partir dessa concep+#o. com a presen+a de alguém que trilhe com ela esse caminho e perceba seu ritmo e movimento. mas havendo desvantagens. o que pode acontecer com a crian+a que tem defici0ncia. =mbora. da possibilidade de reali)ar atividades que v#o compondo um dia a dia no qual o su:eito possa se reconhecer e ser reconhecido pelo contexto social. aos tr0s anos. entre outros fatores. mas como a possibilidade de ser no mundo e de estar em uma continuidade de exist0ncia. uma ve) que. devido a altera+6es no desenvolvimento. $onsideramos a sa/de em seu aspecto positivo. 1JJJ. n#o a partir da aus0ncia de doen+a. mesmo n#o havendo defici0ncia. .fatores de risco? e de como o ambiente se apresenta e responde 8s necessidades dessa crian+a. Da mesma forma. apesar das limita+6es que a defici0ncia. revelando nos sua forma de ser. n#o consiga andar. possa estar determinando. ela estava preparada para viver essa experi0ncia. pode ter suas atividades comprometidas. aquela que se encontra em situa+#o de risco em seu desenvolvimento.ria que nos permite ter uma vis#o da situa+#o atual do paciente e dos pre:u. vivenciando desvantagens nas situa+6es do cotidiano. ou que apresenta uma defici0ncia em ra)#o de uma doen+a ou acidente. estamos nos referindo aos aspectos que consideramos da sa/de desses indiv. sensorial. abrindo caminhos para a percep+#o de suas necessidades. & olhar do terapeuta ocupacional recai sobre a percep+#o da crian+a em sua forma de ser e fa)er. mas a um con:unto de elementos de sua hist. cognitiva. & banho. entre outras. condi+6es n#o favor%veis ao desenvolvimento.duos e que nos orientam na compreens#o de suas necessidades. permanente e de intensidade continuamente variável.)os dessa situa+#o nas suas atividades.stico em Terapia &cupacional a partir do qual os ob:etivos terap0uticos ser#o delineados. de um nascimento com intercorr0ncias. A hipotonia caracteriza-se pela resistência . ser carregado no colo. incapacidades de diversas ordens >motora. necessitar de cuidados especiais.nica ou ao criar um programa de assist0n cia para determinada popula+#o. alimenta+#o. perceptiva. do músculo em repouso. & diagn. ser trocado ou brincar s#o exemplos de atividades que podem estar comprometidas no dia a dia de um beb0 que apresenta uma organi)a+#o diferente em ra)#o de um tGnusJ aumentado ou 9 Tônus muscular é a quantidade de tensão. A lesão em qualquer ponto do sistema motor pode alterar a capacidade de regulação do tônus muscular.stico aqui n#o se refere 8 patologia em si nem a uma categori)a+#o do paciente. decorrente. * crian+a de que falamos. =sse olhar define como o processo terap0utico pode ser direcionado pela constru+#o de um diagn. social?. por exemplo.A ava"ia%&o e a constru%&o do dia n*stico terap1utico ocupaciona" 3uando enfati)amos o olhar do terapeuta ocupacional para o su:eito da nossa cl. &bservar e perceber a crian+a em seu modo de ser e fa)er facilita a percep+#o de suas necessidades. é compreendido como a realidade externa.rio motoras que resultam em informa+6es para o conhecimento de si e do ambiente.rdios do desenvolvimento. reconhecido na m#e ao oferecer os cuidados de forma adaptada ao beb0. ou gosta de fa)er.lia e outras pessoas que participam do seu cotidiano. .do ou pela presen+a de reflexos anormais. a princ. De um lado. por exemplo? que a crian+a vai alcan+ando ao longo do seu desenvolvimento.pio. a pr.pria crian+a pode encontrar dificuldades na sua intera+#o com a realidade externa decorrentes de altera+6es sensoriais e<ou motoras. Os reflexos arcaicos estão presentes nas atividades motoras dos recém-nascidos. 10 O reflexo é uma resposta involuntária perante um estímulo específico. =ssas informa+6es podem ser obtidas na rela+#o terap0utica. =sse /ltimo. progressivamente. muito mais ampla. $onseq-entemente a esse crescente ingresso na realidade externa. como fa). *o construir o diagn. de outro. &utras informa+6es sobre as possibilidades da crian+a podem também ser avaliadas por instrumentos como os testes. devemos considerar anormalmente baixa ao estiramento passivo e a hipertonia pelo aumento dessa resist ência.stico em Terapia &cupacional. conhecendo suas possibilidades e dificuldades. A atividade reflexa anormal caracteriza-se pela presença de reflexos que ocorrem de forma exacerbada ou se apresentam no desenvolvimento da crian ça numa época em que não seriam mais esperados. 10 "#o atividades fundamentais nos prim. o ambiente que pode n#o facilitar o desenvolvimento dessa crian+a que se apresenta diferente em alguns aspectos e. *lém disso. pois proporcionam experi0ncias sens. ao se propor e fa)er atividades com a crian+a e mediante a fam.diminu. proporcionado pela amplia+#o dos espa+os sociais >a escola. constituindo-se de experiências importantes para as atividades voluntárias do bebê que surgirão mais tarde. outras atividades podem ser vivenciadas com dificuldades. o terapeuta busca informa+6es sobre o que a crian+a fa) no seu dia a dia. com quem fa). em alguns casos. com sua aus0ncia. a incid0ncia pelo aspecto de diferen+as sexuais.stico na Terapia &cupacional necessitam de constante atuali)a+#o. =sses elementos iniciais que comp6em o diagn. ou se:a. o diagn. o local e a extens#o do dist/rbio ou les#o. a hist.ria de vida dessa crian+a desde a gesta+#o.stico médico. bem como as condi+6es ambientais favor%veis ou n#o. &s componentes da biografia s#oC as diferen+as individuais da crian+a. que podem auxili% la na reali)a+#o de suas atividades.lia. o terapeuta ocupacional vai estar atento 8 faci lita+#o do ingresso dessa crian+a nas experi0ncias. pois indicam determinada situa+#o num momento da vida do su:eito e que pretende ser modificada na dire+#o da sa/de e da melhoria da qualidade de vida por profissionais envolvidos com sua assist0ncia. (oi fundamentada a partir de outras teorias comoC estimula+#o sensorial. mas n#o devido 8s suas les6es. com a proposta de estudar formas de entender as disfun+6es do "istema @ervoso $entral (SNC). Preocupado com as possibilidades e dificuldades que a crian+a apresenta no seu cotidiano ou. das técnicas como a 2ntegra+#o "ensorial e do neuro desenvolvimento. utili)ar se %. treinamento perceptual motor e sens. a idade em que apresentou o problema. Diante desse perfil o terapeuta ocupacional poder% definir as condutas terap0uticas necess%rias. facilitando o seu processo de desenvolvimento. A5orda em da Inte ra%&o $ensorial * teoria da 2ntegra+#o "ensorial (IS) surgiu com a terapeuta ocupacional *.rio motor de . o estado de motiva+#o da crian+a e da fam. quando necess%rio.os fatores que comp6em a biografia da crian+a. 9ean *5res. nas décadas de 1JP0 O0. Para tanto. prio corpo.gico de organi)a+#o de informa+6es. tendo sido inicialmente utili)ada com crian+as a partir de cinco anos com dist/rbios no desenvolvimento que interrompessem a espiral de adapta+#o ou nas quais os problemas fossem de aprendi)agem >reter. =.pio b%sico considera o desenvolvimento como uma espiral em que existem liga+6es entre a entrada > input? sensorial e a sa. a habilidade para receber as informa+6es sensoriais do corpo e do ambiente. a integra+#o das informa+6es é um processo que ocorre desde a fase intra uterina e se perpetua até que todas as fun+6es do sistema nervoso este:am estabelecidas por volta da adolesc0ncia. @a 2ntegra+#o "ensorial importa a qualidade do est.da >output? motora levando 8 percep+#o. que incluem a pele. a crian+a n#o est% pronta a integrar suas sensa+6es. portanto. em qualquer canal sensorial a informa+#o recebida no sistema nervoso central precisa ser integrada e organi)ada. "egundo *. poder organi)ar essas informa+6es e utili)% las de maneira funcional na vida di%ria. IS é um processo neurol. permitindo a sobreviv0ncia do indiv. 9ean *5res.Food. os m/sculos e as articula+6es. &corre de forma autom%tica 8 medida que a pessoa capta sensa+6es nos receptores sensoriais. * aplica+#o da teoria pressup6e a participa+#o ativa da crian+a. ou se:a. da neuroci0ncia e do papel do brincar como ocupa+#o e modalidade de tratamento. & princ. Doman Delacato e Qabat. * integra+#o sensorial é uma das fun+6es do sistema nervoso central e. dando sentido ao mundo e significado 8s intera+6es com o ambiente. Portanto. provenientes do meio ou do pr. & ob:etivo é aumentar o processamento das informa+6es no .mulo. da psicologia >Piaget?. o ouvido interno. ao nascer.duo. para que possam vir a ser utili)adas de maneira eficiente. processar e produ)ir informa+#o? e comportamento. sistema nervoso central pela interven+#o direta do terapeuta e do ambiente. dos mecanismos de feed(ac) e feedfor*ard. estabelece se a rela+#o entre as habilidades.gicos na paralisia . A5orda em do tratamento do neurodesenvo"vimento *s técnicas. dos componentes do movimento e do desenvolvimento motor at. Qarel 'obath e pela fisio terapeuta 'erta 'obath. nessa abordagem. vestibulares e proprioceptivas que resultam do movimento com prop.ficas. & trabalho desenvolvido pelo dr.pico.ricas o conhecimento do desenvolvimento motor normal. por isso requer que se utili)em as avalia+6es espec. atividades essas que devem ter significado para a crian+a e ser um convite a plane:ar e produ)ir respostas adaptativas. * motiva+#o advinda do movimento normali)a a percep+#o sensorial e o desenvolvimento. $om a melhora do processamento sensorial e motor haver% melhora da resposta da crian+a no ambienteA é o que foi denominado por 9ean *5res como respostas adaptativas. pois a terapia fa) uso de atividades que promovem estimula+#o sensorial.pios do neurodesenvolvimento tendo como bases te. seguem os princ.sito. & ambiente ser% o motivador para que a crian+a experimente as sensa+6es t%teis. desde a década de 1JK0. * terapia de 2ntegra+#o "ensorial pressup6e que o indiv. o comportamento e as afer0ncias sensoriais modificando a efici0ncia e a capacidade neuromotora da crian+a. "#o amplamente usadas por terapeutas ocupacionais no tratamento de pacientes com altera+6es neuromusculares. levando ao plane:amento motorA dessa forma. em geral envolvendo equipamentos suspensos. a partir de estudos sobre os mecanismos neurofisiol.duo apresente um dist/rbio de integra+#o sensorial. os autores preconi)am que a sensa+#o >proprioceptiva e t%til? do movimento deve ser aprendida pela movimenta+#o ativa.cerebral11 e sobre o desenvolvimento motor nos diferentes tipos de paralisia cerebral. e tem como princ. Posteriormente. em especial aquelas com o diagn. Pode ser adquirido comercialmente. foi desenvolvida e utili)ada com crian+as que apresentavam altera+6es neurol. como nos casos de bebês prematuros. e n#o se basear somente no movimento em si. andar etc.stico de paralisia cerebral.12 $onsiderando que a aprendi)agem do movimento volunt%rio depende da pr. hoje. que podem ter origem nos per íodos pré.pio b%sico a facilita+#o do desenvolvimento motor normal. Pressup6em que o desenvolvimento ocorre por est%gios que se relacionam com a aquisi+#o das habilidades sens. pela inibi+#o dos reflexos primitivos e das posturas anormais o mais precoce poss. caracterizando-se pela presença de comprometimento motor de origem cerebral como componente principal. aumentando. 11 Paralisia cerebral é um termo utilizado para descrever as en. imaturidade do sistema nervoso central. E. *ssim. resultou numa técnica de tratamento que leva o nome de seus criadores. * base desse tratamento. originalmente.cefalopatias crônicas infantis não progressivas.vel. pós e perinatais. arrastar se primeiro para depois pGr se em pé.gicas.pria execu+#o do movimento. tumores ou traumas. ser modificado ou feito sob medida segundo as necessidades de cada um. mantendo ou melhorando suas habilidades funcionais. e outras intercorrências no desenvolvimento. *s posturas b%sicas e os padr6es de movimento s#o aprendidos para tornarem se padr6es funcionais. aplica-se a pacientes com alterações musculares. padr6es de movimentos anormais e deformidades conseq-entes.rio motoras. 12 As causas mais freqüentes da hemiplegia no adulto são lesões vasculares. aproveitando a maior plasticidade cerebral e prevenindo fixa+6es de posturas. é preciso que a crian+a primeiro adquira o controle cervical para ent#o poder conseguir permanecer na posi+#o sentada. foi utili)ada no tratamento de adultos com hemiplegia. O equipamento assistivo visa facilitar as atividades do indivíduo. . o interesse e a iniciativa na crian+a. ao conhecimento. o terapeuta ocupacional deve considerar fator importante a possibilidade de utili)ar. deve pensar em atividades que proporcionem o desenvolvimento de habilidades motoras finas para a manipula+#o e preens#o.rio motoras na linha média. *o adotar essa abordagem. condi+6es essas que levar#o 8 percep+#o. facilitando a movimenta+#o normal e a dissocia+#o dos movimentosA e desenvolver as rea+6es de equil.cio das formula+6es te. Preconi)a evitar posturas compensat. e.ricas dessa técnica de tratamento ainda n#o havia sido reconhecido. dirigir e coordenar o movimento e a postura durante as atividades por uma prepara+#o postural que precede a a+#o. a capacidade de interagir. em sua pr%tica.rias e prevenir contraturas e deformidades por meio da manipula+#o. ao estabelecer como meta atividades funcionais. tem como ob:etivos normali)ar o tGnus mediante input t%til. a participa+#o. descobrir e compreender o mundo.brio e endireitamento. como :% mencionado. oferecendo condi+6es . Pode.& ato motor necessita das afer0ncias informa+6es sensoriais recebidas do ambiente (feedback) que ir#o guiar. ainda. outro importante conceito que no in. estar relacionado 8s experi0ncias anteriores que permitir#o a antecipa+#o do ato >feedforward?. * atitude do terapeuta deve facilitar o envolvimento. @#o adianta facilitar o movimento se este n#o condu)ir a um ob:etivo finalC a reali)a+#o de atividades importantes no desenvolvimento e de interesse da crian+a. proprioceptivo e cinestésicoA estimular a simetria das posturas e a reali)a+#o das atividades sens.rteses. do posicionamento e do uso de . & papel do terapeuta ocupacional é o de facilitar. & terapeuta ocupacional. Pela inibi+#o de padr6es de reflexos posturais anormais e rea+6es associadas. com a assist0ncia. atividades que se:am funcionais. fundamentais na independ0ncia das atividades de vida di%ria. mas fa)er com a crian+a e intermediar a a+#o. podem encontrar se ainda comprometidas em ra)#o de uma limita+#o org. e n#o somente pensando na recupera+#o ou na melhora das limita+6es que a crian+a possa apresentar. & fa)er atividades no dia a dia en volve outros aspectos além da ra)#o motora. Portanto. a técnica 'obath enfati)a o controle motor >postura. por meio de atividades de interesse. na assist0ncia em Terapia &cupacional. pela sua intencionalidade. os aspectos do desenvolvimento emocional e o contexto socio cultural no qual a crian+a vive.sito de facilitar a a+#o da crian+a na realidade externa. e nosso olhar investigando o fa)er da crian+a em seu cotidiano. @o entanto. instrumento da Terapia &cupacional. Por isso enfati)amos. enquanto a 2ntegra+#o "ensorial enfati)a o processamento sensorial dando como base um apoio vestibular.s um trabalho com ob:etivos no desenvolvimento de habilidades espec.ficas. o papel n#o é o de fa)er pela crian+a. $om as atividades.mulos sensoriais que levam 8s respostas motoras.ambientais que levem a crian+a. mesmo ap. despertando seu interesse e sua curiosidade e encora:ando sua participa+#o. A assist1ncia em Terapia Ocupacional *s duas abordagens t0m como ob:etivo melhorar as respostas adaptativas mediante a oferta de est. Temos o prop. =m ambas o papel do terapeuta é o de facilitar as a+6es da crian+a. t%til e proprioceptivo. 8 descoberta e transforma+#o das rela+6es com o ambiente. pensamosC quais atividades do beb0 ou da crian+a s#o . compreendendo uma posi+#o de mediador entre a crian+a e o meio externo.nica. sensorial ou da capacidade cognitiva que. tGnus?. no intuito de que elas possam ser significadas no cotidiano da crian+a e se:am importantes para o seu desenvolvimento. o aumento da capacidade adaptativa est#o presentes na reali)a+#o da atividade. &s brinquedos s#o usados n#o para compor a brincadeira. * aprendi)agem.rio motoras. considerando o momento em que se encontra nesse processo. o seu brincar. facilitando o uso das técnicas do neurodesenvolvimento.ria e seu contexto sociocultural] "e as ra)6es que levaram a fam. como um meio para motivar a crian+a durante o processo terap0utico. sua hist. e o terapeuta ocupacional estar% atento na aplica+#o de seus conhecimentos técnicos que possam facilitar esse fa)er. para o uso das atividades. por exemplo. quando necess%rio. o desenvolvimento de habilidades espec.lia dessa crian+a a ir em busca da Terapia &cupacional prov0m de altera+6es ou aus0ncia do brincar. acreditamos que podemos proporcionar essas atividades. uma ve) que o ob:etivo é que a crian+a venha a desenvolver esse fa)er no seu dia a dia. para facilitar o fa)er dessa crian+a. mas escolhidos pelos terapeutas para estimular determinada habilidade. * literatura em Terapia &cupacional na pediatria aponta. mas com prop. constituintes da rela+#o terap0utica e inseridas no processo terap0utico.ficas. "e a necessidade da crian+a com incapacidades motoras e sensoriais é brincar para continuar se desenvolvendo de modo saud%vel. coordena+#o motora ou outras %reas com .sitos que possam levar a transforma+6es dessas mesmas atividades ou outras e das rela+6es sociais dessa crian+a tendo a possibilidade de se tornarem parte do seu cotidiano. incluindo. a indica+#o de equipamentos assistivos.fundamentais para o seu desenvolvimento. o brincar. das atividades sens. podemos utili)ar a abordagem do tratamento do neurodesenvolvimento ou da 2ntegra+#o "ensorial na rela+#o terapeuta atividades paciente. da exclus#o escolar e de outros espa+os sociais importantes para o desenvolvimento da crian+a. das com prop. estamos observando a presen+a ou aus0ncia da brincadeira. mais do que a habilidade. fundamentalmente. n#o devemos perder de vista que nosso olhar n#o est% voltado somente para o desenvolvimento motor e sensorial da crian+a.defici0ncia. essas técnicas t0m seus alcances.ria. mas como ela pode. é necess%rio. dependendo da extens#o da les#o. todavia n#o impede. treinar habilidades e desenvolver fun+6es n#o implica que a crian+a desenvolva o seu brincar. De um lado. sinal de sa/de em seu desenvolvimentoA de outro lado. reali)ar atividades que componham um dia a dia e sua hist. do tempo decorrido do seu aparecimento até o in. Para esses prop. compreender que. "#o experi0ncias como a citada. 4as quando utili)amos essas técnicas na assist0ncia em Terapia &cupacional. * presen+a ou aus0ncia dessas habilidades é algo importante a ser registrado. $onforme relatos de Uinnicott em sua obra A criança e seu mundo. é muito mais que habilidades presentes numa época esperada do desenvolvimento neuromotor.sitos. n#o garante que o su:eito reali)e suas atividades. porém esse processo por si s. pensando na melhora e na preven+#o das disfun+6es sens. podemos facilitar o desenvolvimento das habilidades que se encontram com defici0ncia ou descobrir novas habilidades. Diante da exist0ncia das incapacidades.cio do tratamento e de outros fatores. entre tantas .sitos espec. explor% lo e depois abandon% lo.rio motoras do paciente decorrentes de situa+6es que caracteri)am altera+#o no seu desenvolvimento. a impossibilidade de desenvolver essa habilidade decorrente de uma defici0ncia dificulta. pois o fa)er n#o depende somente das estruturas sens. a experi0ncia da brincadeira.ficos. $omo dissemos. tendo incapacidades motoras e sensoriais. o que vemos quando ela pega um ob:eto para lev% lo 8 boca.rio motoras e cognitivas. a técnica 'obath e outras foram constru. contudo. * crian+a com uma organi)a+#o corporal diferente em ra)#o de altera+#o de tGnus muscular.quica? desse su:eito. & processo terap0utico possibilita a integra+#o das experi0ncias.mulos periféricos oferece a possibilidade de ocorrer rearran:os dos circuitos neuronais >plasticidade? relacionados 8s fun+6es perceptivas. altera+6es sensoriais. defici0ncia mental. levando 8 curiosidade.nica e ps.ncia como a+#o preventiva contra complica+6es cl. estabelecendo um sentido para o ato motor. tem o prop.nicas e seus reflexos na constitui+#o >org. & terapeuta ocupacional ao utili)ar se da atividade do brincar.outras. .sito de condu)ir 8 aprendi)agem das habilidades pelas experi0ncias novas e pra)erosas. & gesto. &utro aspecto a ser considerado é a busca da independ0ncia nas atividades da vida di%ria. =ssa disfun+#o neuromotora ou sensorial pode levar a crian+a a ficar presa a determinado padr#o ou comportamento cu:a repeti+#o mec. que permitem 8 crian+a se desenvolver. 8s ve)es.timo recurso para a express#o da funcionalidade est% na experi0ncia e satisfa+#o das necessidades b%sicas.cio de sua autonomia. proporcionar um ambiente facilitador para o desenvolvimento tem fundamental import. de um ambiente adequado e. & fornecimento de est. 8 espontaneidade e 8 tomada de decis6es. motoras e cognitivas da crian+a. por n#o ser olhada como de fato é.nica n#o lhe permite estabelecer novas rela+6es com o ambiente e plane:ar suas a+6esA muitas ve)es seus movimentos s#o autom%ticos e n#o volunt%rios. @esse sentido. que é pr. pois a repeti+#o do auto cuidado é incorporada como aprendi)ado e como h%bito no contexto social da crian+a. é compreendido como a inten+#o da crian+a e o exerc. !m . aqui. da percep+#o e motoras. o que dificulta sua aprendi)agem e descoberta. pode n#o ter uma vi v0ncia adequada por falta de estimula+#o.prio da crian+a. como discutidos ao longo do cap. portanto.gica. em sua interven+#o com crian+as. promovendo a motiva+#o na dire+#o .sito de facilitar a >re?organi)a+#o do cotidiano para ser e fa)er. enfati)amos que s#o as necessidades da crian+a que v#o orientar os caminhos da assist0ncia. incluindo aqui. tem incorporado muitos modelos te. esse desenvolvimento saud%vel ocorre no encontro da crian+a com seu ambiente. referindo se 8 popula+#o infantil. com o prop.duo v#o além da sua disfun+#o fisiol.do deve ser incentivado na esfera familiar. pensando na crian+a e seu contexto. a partir das suas possibilidades. =ssas necessidades s#o aquelas relacionadas 8 sa/de dessa crian+a que. considerando sua defici0ncia e<ou incapacidades. quando diversas atividades ser#o reali)adas permitindo a essa crian+a ter uma continuidade de exist0ncia pessoal e social. Conc"us&o @o processo da Terapia &cupacional. 7imos que a Terapia &cupacional. sendo necess%rio garantir sua inser+#o social. (a) parte da realidade social vivida pelo terapeuta ocupacional assistir uma clientela menos privilegiada.& modelo de rela+#o constru. por diferentes motivos.ricos. na tentativa de buscar facilitar o desenvolvimento mediante as atividades.tulo. 2sto se fa) necess%rio. apresenta pre:u.lia. principalmente o brincar. pois as necessidades do indiv. $omo dissemos. @a Terapia &cupacional propomos experi0ncias e facilitamos 8 crian+a viv0 las de modo completo. demandando uma a+#o que inclua seu ambiente social. sua fam.)os em seu processo de desenvolvimento buscando na Terapia &cupacional uma assist0ncia. gicas é fundamental para que o terapeuta ocupacional possa compreender o risco ou a exist0n cia de incapacidades de ordem motora.ndida de 4iranda Tu)o 4ar5sia 4. eles necessitavam de intensa terapia f. mas nossa investiga+#o recai nas desvantagens que essa crian+a est% vivendo em seu cotidiano. da sua crian+a. nesse momento. no fim da Primeira Iuerra 4undial. na possibilidade de inser+#o e participa+#o social dos su:eitos.da a+#o para a auto percep+#o e da melhora do relacionamento com o seu ambiente. cognitiva e outras. S :ustamente nesse ponto. e. que a Terapia &cupacional com seu conhecimento e técnicas tem muito a contribuir. > Terapia Ocupacional .lia que nos colocou no lugar privilegiado de cuidar. um mesmo olhar sobre a crian+a e seu desenvolvimento. reconhecer a necessidade de compartilhar esse trabalho com a fam. e n#o somente utili)ando a mesma técnica.sica ou . F. sensorial. oficialmente.princípios% recursos e perspectivas em reabilitação !ísica *na $ristina $amillo Iolleg# 4aria $. do Prado De $arlo * profiss#o Terapia &cupacional teve origem. Ter conhecimento sobre as condi+6es e evolu+#o cl. Devido ao longo tempo de hospitali)a+#o e por sua incapacidade funcional. estabelecendo uma linha comum. respeitando as particularidades de cada um.nica das doen+as e altera+6es neurol. nos =stados !nidos. sobretudo. quando veteranos retornaram de suas atividades militares com diversas seq-elas e necessidades de reabilita+#o. Trata se de um trabalho que necessita de uma equipe de profissionais que saibam atuar de modo interdisciplinar. *o abordar de modo mais direto a disfun+#o motora do paciente. @ossas ra. reabilitare >em latim?. caracter.. como decorr0ncia de diferentes condi+6es patol.odo foi chamado de Breconstru+#oB. o terapeuta ocupacional fa) uso de diversos tipos de atividades. quando o pa.gicos da %rea da sa/de. p. ainda permanece. *tualmente. mas o n úmero crescente de deficientes crônicos também. tornando o menos independente. Porém seu ob:etivo fundamental de atingir o potencial funcional e ocupacional m%ximo de cada indiv. 2sso levou 8s Auxiliares de Reconstrução e a um grande programa de reconstrução e reabilitação de guerra e pós-guerra. [. & terapeuta ocupacional que trabalha na %rea da reabilita+#o f. 33) *p. vamos muito além das atividades puramente ocupacionais e de recrea+#o. (Woodside. de modo que ele alcance autonomia e independ0ncia na sua vida cotidiana e efetiva inclus#o social.)es mais concretas estendem se 8 Primeira Iuerra 4undial. o que fe) com que a atua+#o profissional do terapeuta ocupacional assumisse dimens6es novas e importantes. grande n/mero de feridos necessitaria de um programa ativo de reabilita+#o e que isso exigiria pessoal treinado.sica tem por ob:etivo habilitar ou reabilitar o indiv.] Hospitais militares e civis requisitavam práticos treinados para reabilitar não apenas pacientes psiquiátricos e os feridos da guerra.sticas dos primeiros tempos da profiss#o. com as técnicas médicas e cir/rgicas aperfei+oadas.. que est% relacionado ao termo reabilita+#o.duo. que significa restaurar.s antecipava que. o que interfere direta ou indiretamente em suas atividades cotidianas.duo que apresenta uma limita+#o ou defici0ncia em seu desempenho.gicas. =sse per. & surgimento das especialidades refor+ou e acompanhou os avan+os tecnol.s mais de oitenta anos do seu nascimento. a Terapia &cupacional evoluiu e ampliou se seu campo de atua+#o.ocupacional. 1979. como os . o aprendi)ado do paciente sobre sua vida di%ria e seu desempenho ocupacional.sica. para que o terapeuta ocupacional possa desenvolver uma pr%tica profissional consistente e efica) em reabilita+#o f. $ontudo.)o no todo.ficos.exerc.stica do ser humano e do trabalho de rea bilita+#o. Todos estes aspectos est#o constantemente interagindo. continuam sendo seus ob:etivos fundamentais. como :% mencionado anteriormente. necessita. @uma vis#o hol. compreendemos que o terapeuta ocupacional. como os usados para a mobili)a+#o.. nesse todo. De qualquer forma. 4esmo nessa perspectiva mais técnica e especiali)ada de processo terap0utico.brio.sica. acompanhando os avan+os da cirurgia e dos cuidados . que tradu)em a ob:etividade da sua proposta e dos seus procedimentos de tratamento. disp6e de recursos e desenvolve procedimentos terap0utico ocupacionais que atuam também sobre sua mente e podem promover sua inser+#o social. mas os esfor+os terap0uticos podem promover um reequil. fisiologia. principalmente os que atuam nessa %rea de reabilita+#o f. técnicas de manipula+#o corporal ou de reabilita+#o propriamente ditasA de equipamentos espec. a promo+#o da qualidade de vida.cios. a se especili)arem e dirigirem seus esfor+os terap0uticos mais para a promo+#o da fun+#o do membro superior. tanto no seu desempenho funcional quanto ocupacional. é preciso observar que as tend0ncias do mercado de trabalho e algumas das demandas das popula+6es atendidas levaram muitos terapeutas ocupacionais. na sua forma+#o. estabili)a+#o. técnica de reparos. adapta+#o etc. a autonomia e a independ0ncia do paciente. sendo que qualquer altera+#o em um destes componentes poder% acarretar um pre:u.ficos de anatomia. se forem orientados no sentido de se alcan+ar uma melhor qualidade de vida. mesmo agindo ob:etivamente sobre o corpo. de conhecimentos cient. p. Posteriormente. & estudo sobre a motricidade humana e. ortopedistas e neurologistas.emergenciais. patologias cong0nitas e pequenas les6es. segundo Woodside. os quais direcionam e facilitam a reali)a+#o dos procedimentos de reabilita+#o. (Woodside. a Terapia &cupacional foi se aperfei+oando.gica em rela+#o 8 abordagem de seus pacientes. os terapeutas ocupacionais foram se tornando subservientes à sua liderança.prias pr%ticas assistenciais dos terapeutas ocupacionais. ho:e aquela condi+#o de subalternidade em rela+#o aos profissionais médicos n#o é mais verdadeira. & terapeuta ocupacional tornou se um profissional high-touch. pode se comprovar a . . ao mesmo tempo que se beneficiaram do conhecimento médico e da sua estrutura organizacional. Togo. demonstrando compet0ncia cl. como as amputa+6es de extremidades. * Terapia Ocupacional foi fundada e logo teve apoio de médicos. principalmente psiquiatras. em particular. com fraturas.nica e tecnol. entre outros. Assim. sobre a funcionalidade do membro superior tornou se cada ve) mais minucioso e necess%rioA com isto. mas eles também muito questionaram seus conhecimentos e habilidades. 2nicialmente.tima evolu+#o dos pacientes submetidos a programas intensivos de reabilita+#o exercidos por terapeutas ocupacionais. patologias reum%ticas. grandes amputa+6es e traumas raquimedulares.sica se estendeu para pacientes neurotraumato ortopédicos. o programa de reabilita+#o f. maximi)ando seu potencial funcional de aplica+#o. a maioria dos casos diagnosticados e tratados pelos terapeutas ocupacionais referia se a traumatismos cranianos. sobretudo em ra)#o da necessidade de aprofundamento e consolida+#o das pr.prio sentido de independ0ncia. com a miss#o de auxiliar seus pacientes a resgatar sua autonomia e seu pr. as rela+6es entre terapeutas ocupacionais e médicos foram sendo estabelecidas ao longo dos anos. 156) =ntretanto. Y par com os avan+os das ci0ncias médicas. 1979. . como membro de uma equipe de reabilita+#o. ao apresentar um corpo dotado de alguma anormalidade. 1JJ1. Porém.. 1NP? *lém das exig0ncias sociais quanto 8 apar0ncia e 8 constitui+#o f.stico futuro. O corpo como centro do processo terap#utico @a %rea de reabilita+#o f. acompanhando o até a sua efetiva reinser+#o social. h% outros dois aspectos fundamentais a se considerar. fundamentalmente. >Focha. foge aos padr6es estéticos de bele)a. o terapeuta ocupacional tem.M viv0ncia impossibilidades e incapacidades corporais.rios em rela+#o ao transgressor e sentimentos de inadequa+#o por parte deste.sica. =m primeiro lugar. sendo que uma transgress#o dessas gera sentimentos discriminat. =sse profissional tem um importante papel no desenvolvimento desse programa. * pessoa deficiente f. como ob:eto central de seu trabalho o corpo do su:eito que est% em reabilita+#o. consumo e pra)er. é um corpo que n#o est% adequado aos padr6es estéticos e de produtividade estabelecidos socialmente. p. transgride tais tabus. efici0ncia e bele)a.sica do corpo da pessoa com defici0ncia >do ponto de vista estético?.sica.* reabilita+#o da m#o e os programas de retorno ao trabalho s#o bons exemplos de como o terapeuta ocupacional. pode tratar ob:etivamente seu paciente. & padr#o corporal de nossa sociedade est% ligado aos atributos de independ0ncia. L. direcionando o enfoque da equipe ao informar e enfati)ar constantemente a condi+#o funcional e ocupacional do paciente e seu progn. laboral e independ0ncia na sua vida cotidiana. em geral. que exige um corpo m%quina perfeito e eficiente. a representa+#o social que se tem sobre o corpo da pessoa deficiente como aquele que . que além de indese:%veis a partir do padr#o de produtividade. BinadequadoB.é.prio pacienteA ele. Bdeficit%rioB ou BimprodutivoB busca cuidados profissionais do terapeuta ocupacional. como alguém Bcapa)B de ser autGnomo e de reali)ar diferentes atividades. independentemente do problema que o afetou. & processo terap0utico ocupacional é também um processo de autoconhecimento e de constru+#o de um novo olhar sobre si mesmo. necessita aceitar e adaptar se a uma nova estrutura f. . por ve)es.vel. =sse corpo considerado BimperfeitoB. até porque isso pode ser imposs. também.sica >no caso de les#o adquirida?. H%. embora partilhe ou n#o da no+#o de Bperfei+#oB que a sociedade >ideologicamente? imp6e. aprendendo a lidar com ela e com as limita+6es que sua nova condi+#o lhe impGs. muitas ve)es por n#o acreditarem que podem se recuperar. com rela+#o 8 sua vida ocupacional.gicos dispon.veis. algumas pessoas conseguem investir sua energia na recupera+#o dos movimentos poss. a atua+#o profissional n#o deve nortear se pelo simples ob:etivo de tornar o corpo BadequadoB 8queles padr6es culturalmente predominantes. incapa) para tudo. dependendo do problema ou necessidade apresentados pelo su:eito. ainda que se valendo de recursos assistivos para isso >os quais abordaremos posteriormente?. por meio de todos os recursos técnicos e tecnol. * meta deve ser auxiliar e apoiar o paciente. $ontudo.s a les#o?. nem que podem conseguir utili)ar meios ou recursos alternativos para superar suas dificuldades ou incapacidades. aproveitando os recursos terap0uticos que estiverem ao seu alcanceA outras n#o conseguem fa)0 lo. de maneira genérica.veis. a fim de encontrar seu n.vel m%ximo de satisfa+#o pessoal. a quest#o do significado do corpo para o pr. "uperado o choque e a perplexidade iniciais >ap. seus limites funcionais e as poss. *lém de compreender a estrutura articular e sua rela+#o com o movimento. 1JJ2?. para poder avaliar as respostas motoras. deve estudar a musculatura e com preender a estrutura neuroanatGmica. Etapas e procedimentos ocupaciona" no processo terap1utico- Para que o terapeuta ocupacional possa obter informa+6es fidedignas sobre seu cliente e possa inform% lo.sica. da condi+#o cl.veis adapta+6es que ser#o necess%rias para que a funcionalidade se:a resgatada. realisticamente e com seguran+a.fico e a exist0ncia de equipamentos e técnicas de observa+#o e mensura+#o permitem uma avalia+#o profunda e ob:etiva do paciente em reabilita+#o f. as altera+6es sensitivas relacionadas ao sis tema nervoso periférico ou central.sica nas diferentes les6es neurotraumato ortopédicas depende. $om base nos conhecimentos anatGmicos e fisiol. pois o conhecimento cient. por exemplo (ASHT. como etapa importante do processo terap0utico para o delineamento do melhor tratamento a ser desenvolvido. n#o é mais aceit%vel.ficas para a medi+#o da amplitude articular de movimento. o sucesso dos programas de reabilita+#o f.*ssim. ele deve desenvolver procedimentos consistentes de avalia+#o. fa)endo o compreender sua les#o. a cinestesia e a propriocep+#o e para adequar as medidas de . a avalia+#o sub:etiva superficial.nica e evolu+#o do paciente. o terapeuta ocupacional pode usar técnicas espec. *tualmente. em grande parte. do suporte e da motiva+#o que o terapeuta ocupacional pode oferecer ao paciente.gicos. a percep+#o da dor. sobre suas possibilidades futuras. suas possibilidades reais de recupera+#o. por exemplo.cios terap0uticos. ap. diapas#o. prevenir uma deformidade é mais f%cil que corrigi la. 4oberg?. a volumetria e testes sensoriais >monofilamentos "emmes Ueistein. de m%quinas de mensura+#o. =sse programa de reabilita+#o f. como o 'altimore Therapeutic =quipment (BTE) e o UorR "imulator.dos e da an%lise das condi+6es posturais patol. 2ndependentemente da op+#o do médico pelo tratamento terap0utico ou cir/rgico.for+a muscular e preens#o aos n. Para uma avalia+#o ob:etiva da efic%cia do programa de exerc. resultando numa perda de tecido el%stico. =ssa . com condutas terap0uticas de acordo com as necessidades espec. podemos fa)er uso.s o estudo minucioso dos dados constru. a dinamometria. os procedimentos terap0uticos voltados # preven+#o de deformidades s#o t#o fundamentais e necess%rios para evitar as seq-elas do imobilismo quanto o processo de restaura+#o funcional. como exemplos destas técnicas que nos oferecem dados ob:etivosC a goniometria. o terapeuta ocupacional reali)a o plane:amento do tratamento e estabelece um programa. entre outros aspectos. aos ob:etivos de preven+#o de deformidades e de prepara+#o para a fun+#o e promo+#o da independ0ncia.ficas do paciente.sica est% relacionado.veis de les#o e 8s defici0ncias funcionais. discriminador de dois pontos. Temos. A preven%&o de de#ormidades @o processo de reabilita+#o.gicas apresentadas e o impacto desse status no desempenho funcional. munido de dados de avalia+6es qualitativas e quantitativas. @a pr%tica. que ser#o apresentados a seguir. & tecido conectivo submetido 8 imobili)a+#o e ao estresse da priva+#o do movimento natural do corpo perde a a+#o da colagenase. basicamente. como . independentemente da presen+a do terapeuta ocupacional.altera+#o do tecido col%geno se inicia em poucas semanas.cios de movimenta+#o ativa e a mobili)a+#o passiva. implicando uma perda funcional com poss. prevenindo posturas inadequadas e potenciali)ando os efeitos dos exerc. teremos uma defici0ncia de movimento.vel e abreviando o tempo de . quando a movimenta+#o ativa n#o é suficiente ou poss. Pela import. é fundamental para a preven+#o da rigide) e da retra+#o dos tecidos moles e cicatriciais.ncia das .rteses como recursos tecnol. * . equipamentos adapt%veis ao leito. $aso a contratura instalada se:a irrevers.rteses. * manuten+#o do posicionamento adequado ao longo do dia. requer um trabalho terap0utico intenso ou uma interven+#o cir/rgica para a revers#o do quadro.veis complica+6es para a independ0ncia do paciente. porém. em alguns casos meses de acompanhamento sem garantias de restitui+#o da mobilidade plena da articula+#o afetada. * utili)a+#o de recursos de tecnologia assistiva. mobili%rio e cadeiras de rodas.cios e manobras reali)adas na sess#o de terapia ocupacional. Desse modo. para revertermos esse processo é necess%rio o tratamento por um tempo prolongado. com aten+#o para as extremidadesA o controle do edemaA os exerc. auxilia no posicionamento adequado do paciente. daremos um destaque especial ao tema. até a forma+#o de contraturas. o tratamento de reabilita+#o inclui v%rios procedimentosC o posicionamento adequado do corpo e membros.vel. 1.rtese aplica um estresse externo 8 articula+#o de forma suave.vel. auxiliando na obten+#o de resultados terap0uticos o mais precocemente poss.gicos no processo terap0utico ocupacional. * estrutura+#o da rigide). de maneira pr%tica e utili)ando uma terminologia menos colo quial.tratamento. *s . em 1JJ2. se pudesse descrever as propriedades destas. =ssa defini+#o foi feita baseada numa série descritiva de quatro aspectosC . * falta de uma padroni)a+#o da nomenclatura sempre representou uma dificuldade no entendimento entre quem prescreve a .rteses para que. (igura 2 `rtese din.micas >figura 2?. a Bdire+#o do movimentoB define o sentido do movimento >flex#o.rteseA . 1JJ2? adotou um sistema de classifica+#o de . extens#o?A .rteses podem ser classificadas como pré fabricadas >padroni)adas? ou feitas sob medida >para atender a necessidades individuais?. preservar. a *merican "ociet5 of Hand Therapists (ASHT. (igura 1 `rtese est%tica. modificar e influenciar a mobilidade.mica. e ainda podem ser est%ticas >figura 1? ou din. sendo que a defini+#o sobre qual tipo é o mais adequado se d% em ra)#o do ob:etivo terap0utico estabelecido. S utili)ada para controlar.rtese e o profissional que a confecciona. Por essa ra)#o.sitos. o Bfoco anatGmicoB ou a articula+#o que é o foco da aplica+#o da . conside rando seus ob:etivos e prop. n#o estimula esse trabalho muscular ou n#o resolve as contraturas e retra+6es que afetam a mobilidade articular. utili)ando a for+a gerada pelo trabalho muscular. as Barticula+6es secund%riasB indicam o n/mero de articula+6es que ser#o inclu.cio terap0utico. mediante uma interven+#o terap0utica apropriada e com o uso de . .rteses s#o utili)adas para posicionar ou tracionar. pode ser controlado o encurtamento da unidade musculotend. contraturas articulares e para aumentar ou manter a amplitude de movimento ativa e passiva das articula+6es. a Bfun+#o prim%riaB descreve se o intuito é mobili)ar. por si s... !m paciente com traumatismo craniano. *s que t0m por ob:etivo principal a imobili)a+#o s#o utili)adas para bloquear os movimentos. bastante perniciosas 8 recupera+#o e independ0ncia funcional do paciente. para prote+#o. as . também pode se obter o alongamento dos tecidos. n#o é poss. $om o uso de .rteses. repouso ou preven+#o de movimentos indese:ados.rtese. *s .neas e cicatriciais.das na . imobili)ar ou restringir o movimentoA . quando a manuten+#o ativa da postura dese:ada. para redu)ir a inflama+#o e a dor e para substituir em perdas da fun+#o muscular. De maneira geral. @esse caso.rteses que t0m por ob:etivo prim%rio a mobili)a+#o promovem ou aumentam a mobilidade das articula+6es envol vidas e est#o indicadas para os casos de retra+6es tend. por exemplo. apresenta espasticidade que pode ser exacerbada pela presen+a de reflexos anormais dominantes.nea e evitadas as contraturas. *s restritivas permitem mobilidade parcial da articula+#o numa amplitude predeterminada. uma hiper resposta central e do sistema nervoso autGnomo.vel ou suficiente e quando o exerc.rteses. a composi+#o e resolu+#o de for+as. 'aseado nos dados coletados e no estudo dos materiais dispon.pios anatGmicos e biomec. movimentos circulares e momentum? 8 habilidade manual de modelagem de um artista. dessa forma. elas devem ficar liberadas. as estruturas ligamentares. princ.ncia para que o produto final este:a correto do ponto de vista técnico e satisfa+a as expectativas tanto do cliente quanto do seu médico.nicos devem ser respeitados. o terapeuta ocupacional pro:eta a . permitindo. associando conceitos de f.Para o plane:amento e confec+#o de uma .sseas. o estudo dos bra+os de alavanca. os arcos da m#o. as proemin0ncias .sica b%sica >como as leis da inércia e da gravidade. provocando desvios lineares devido aos exageros de tens#o durante o posicionamento. que s#o marcas de superf.cie que mostram os movimentos das estruturas sub:acentesA durante a confec+#o. que s#o respons%veis pelo alinhamento e estabili)a+#o das articula+6esA essas podem ficar expostas a tens#o desigual. que ficam expostas 8 concentra+#o de press#o e ao atritoA . pois s#o de fundamental import. &s aspectos anatGmicos mais importantes a serem considerados s#oC . Desse modo.rteses tornaram se os recursos terap0uticos de Terapia &cupacional mais largamente conhecidos e utili)ados na reabilita+#o das afec+6es do aparelho locomotor. . cu:a mobilidade permite que a m#o se espalme ou se enconche para acomodar os ob:etos durante a preens#oA . as . a mobilidade das articula+6esA .rtese.veis.rtese com criatividade e cientificidade. as pregas da m#o. com perda da fun+#o.neas de defesa 8 %rea afetada.(igura 3 . gera se um aumento da vasculari)a+#o locali)ada por dilata+#o dos vasos. 2. tornando as estruturas mais resistentes ao alongamento no sentido longitudinal >figuras K* e K'?. permitindo um maior aporte de células sang-. 3uando o processo inflamat. atuando no lado cGncavo da articula+#o.quido sinovial ao redor das fibras musculares. &utro fator que pode levar 8 instala+#o definitiva de deformidades. representa um obst%culo direto 8 mobilidade.O edema representa um obst%culo direto 8 mobilidade. Por sua ve). & acréscimo do volume das estruturas também aumenta a alavanca de torque e a excurs#o da pele necess%ria para reali)ar determinada amplitude articular e produ) uma orienta+#o no sentido transversal das fibras do tecido conectivo. . o edema contribui de v%rias maneiras na forma+#o da rigide) articular. pois.rio acomete um tecido. é o edema. resultando em edema e aumento do l. pode exercer press#o sobre nervos. causando dor e a perda da mobilidade articular.neos.neas. ocorre a deposi+#o de fibrina nesse sistema. estruturas articulares. pois levam ao enri:ecimento da articula+#o. &rienta+#o longitudinal das fibras. enfaixamentos compressivos e luvas de compress#oA a reali)a+#o de atividades com ob:etos gelados ou submersos em %gua a baixas temperaturas. retardando a recupe ra+#o. *. para a absor+#o dos fluidos e mobili)a+#o tecidualA a eleva+#o do membro e prescri+#o de atividades com os membros elevadosA a compress#o dos tecidos por meio da massagem retr. entre as v%rias técnicas utili)adas. @a tentativa de redu)ir o edema. :% que a musculatura perde o potencial de contra+#o e relaxamento. &rienta+#o transversal das fibras devido ao edema. podemos citar como as mais efetivasC a reali)a+#o de exerc. maior a probabilidade de se desenvolver uma contratura. para a coagula+#o das células sang-. fatores ainda mais deletérios 8 articula+#o. 3uanto maior essa ader0ncia. 3uando esse edema n#o é tratado adequadamente.(igura K !tili)a+#o de faixa el%stica para ilustra+#o da a+#o do edema na orienta+#o das fibras. Para o controle do edema.grada. vasos sang-.cios ativos de amplitude de movimento articular. . '. visando 8 vasoconstri+#o. que promove ader0ncias intersticiais. o ato de andar facilite a corrida. * movimenta+#o precoce ativa é extremamente importante para diminuir a forma+#o de ader0ncias cicatriciais. o terapeuta ocupacional consegue atuar visando .gicos. com base nos conhecimentos de cinesiologia.cios b%sicosA isso fa) com que. e para permitir a forma+#o de um tecido mais forte e resistente conforme estudos reali)ados por Ielberman. S preciso compreender que n#o existe no corpo humano um m/sculo que atue isoladamenteA h% uma rela+#o estreita entre agonistas e antagonistas. as mobili)a +6es passiva e<ou ativa s#o sempre aplicadas para que um efe tivo trabalho musculoesquelético possa ser desenvolvido. envolvendo o no processo terap0utico para a conquista de sua autonomia e independ0ncia. *ssim. relacionada 8 execu+#o de exerc. 4ediante a an%lise da atividade motora.cia e aprendi)ado.licas conhecidas quanto para vencer a resist0ncia de seu antagonista. o desempenho humano é altamente espec. =xiste uma certa facilita+#o dos movimentos em n. Durante as sess6es de Terapia &cupacional. para ativa+#o muscular e produ+#o de determinado movimento.fico para determinada tarefa. por exemplo. limitadoras de movimento. de per.D. que é modulado por diversos componentes neurol. uma ve) que favorece a cicatri)a+#o intr. sistemati)ando o e motivando o paciente. Por mais simples que se:a a a+#o de um m/sculo na execu+#o de um exerc. *pesar de diversas atividades utili)arem movimentos b%sicos comuns. que interagem para a reali)a+#o de um movimento. certa quantidade de energia é gasta tanto nas rea+6es metab.nseca do tecido lesado.cio. o terapeuta ocupacional pode desenvolver um programa de reabilita+#o individuali)ado para cada pessoa. identificando o problema.vel periférico e central. que por sua ve) facilita o saltar. durante a sua atividade. 9% as . situa+#o na qual o m/sculo se alonga durante a contra+#o. & surgimento recente do $ontinuous Passive 4otion >$P4? L4ovimenta+#o Passiva $ont.pio da sobrecarga. facilitou o direcionamento e a aplica+#o da mobili)a+#o passiva na preven+#o de rigide) articular e retra+#o muscular. nem sempre esse recurso est% dispon. que apresentam mobilidade e dispositivos de tra+#o.sica >figura P?. & fortalecimento de um grupo muscular é reali)ado pelo aumento da resist0ncia a ser vencida por esses m/sculos. =sse aparelho pode ser utili)ado pelo paciente além do per. para ganho de for+a muscular a resist0ncia deve ser maior que a capacidade do m/sculo.micas. utili)ando for+as intr.rteses din. porém.odo da terapia com maior seguran+a e efic%cia. cumprem o mesmo papel do $P4 e a um custo menor.nsecas ou extr. como um recurso na reabilita+#o f. lan+ando m#o do posicionamento articular.nuaM.facilitar a execu+#o de um movimento.nsecas para vencer as resist0ncias teciduais. . "eguindo o princ. devido ao seu alto custo. fa)endo com que este. permitindo uma mobili)a+#o ativa dirigida que facilita ainda mais o retorno venoso e intensifica a movimenta+#o precoce. recrute um n/mero cada ve) maior de unidades funcionais. & tipo de contra+#o muscular também influencia o desenvolvimento de for+a a maior produ+#o de tens#o muscular ocorre na contra+#o exc0ntrica.vel para o uso. pio e da expectativa que o terapeuta criou para o paciente em rela+#o a suas poss. otimi)a o uso dos espa+os f. $ontudo.(igura P * movimenta+#o passiva cont. para que o terapeuta ocupacional alcance a manuten+#o dos resultados obtidos pela sua interven+#o durante a sess#o de terapia. além do hor%rio da terapia. banheiro. %rea de trabalho e la)er.ficos. :ardim.nua promove a mobili)a+#o intermitente das articula+6es prevenindo a instala+#o da rigide) articular. =le deve elaborar o programa e acompanhar criteriosamente a evolu+#o do paciente para que este alcance seus ob:etivos de tratamento. provendo o de condi+6es para que desempenhe suas . com o ob:etivo de levar seu cliente a ser uma pessoa mais independente do ponto de vista funcional e ocupacional.veis conquistas e limita+6es. Devemos ser realistas e analisar o contexto de vida do paciente.lios espec. por meio de adapta+6es ambientais e de utens. principalmente em casa e no trabalho.sicos. ele deve orientar seu paciente para que se:am mantidos os movimentos corporais dese:ados. de modo que o su:eito possa alcan+ar maior funcionalidade e independ0ncia em sua cotidianidade. priori)ando suas necessidades no desempenhar das fun+6es em todas as dimens6es de sua vida ocupacional. s#o partes fundamentais da abordagem do terapeuta ocupacional. & sucesso do processo terap0utico depende muito da condu+#o do caso desde o princ. o porqu0 de serem reali)ados e de que forma adequada dever#o ser feitos. & terapeuta ocupacional. Prepara%&o para a #un%&o e promo%&o da independ1ncia & estudo da vida ocupacional do paciente e a estrutura+#o de um programa terap0utico. como co)inha. ficas e tecnol. mais relacionadas 8 automanuten+#o individual.gicos e se valido de sua capacidade de cria+#o de novos instrumentos para modificar a vida do homem que teve suas habilidades e capacidades comprometidas.picas ou at. para melhorar o seu desempenho.duo no seu desempenho funcional<ocupacional e. desenvolve e aplica técnicas e . n#o s#o s. =ntretanto. *s inova+6es cient. & terapeuta ocupacional é o profissional que. $om os recursos da tecnologia assistiva o terapeuta estuda. as quais fa)em parte do cotidiano e variam de pessoa para pessoa. h% terapeutas ocupacionais que t0m baseado suas a+6es pr%ticas nesses desenvolvimentos tecnol. constante e acentuadamente. indicar e aplicar artigos de tecnologia assistiva com a maior compet0ncia e efic%cia.gicos da vida moderna. tendo tido forma+#o para analisar a atividade humana em condi+6es t. de acordo com as condi+6es individuais e socioculturais da vida de cada um. a vida ocupacional é composta por todas as atividades que reali)amos no dia a dia. Dentre elas.gicas t0m modificado. contribuindo para o aumento dos recursos terap0uticos utili)ados pelos profissionais. est#o as atividades de vida di%ria >*7Ds?.atividades no seu m%ximo de independ0ncia.vel resgatar as fun+6es normais com as técnicas de reabilita+#o.picas de desenvolvimento. @a realidade. @esse sentido. pode desenvolver. é mais do que a rotina. Denominamos tecnologia assisti"a os recursos externos usados pelos terapeutas ocupacionais para substituir as perdas de fun+6es motoras durante o processo de tratamento ou quando :% n#o é poss. também as técnicas e tecnologias de reabilita+#o. por isso mesmo. desde o levantar pela manh# até a noite. porém o cotidiano é muito mais do que isso. as atividades da vida di%ria que t0m sido alteradas pelos avan+os tecnol. é capa) de explorar ao m%ximo o potencial do indiv. =ssas solu+6es tecnol. podem ser simples ou complexos. modificados ou feitos sob medidaA utili)ados para aumentar. equipamentos de tecnologia assistiva s#o utili)ados para promover uma vida mais independente. *inda segundo o 2D=*. melhorar o desempenho funcional do indiv. produtiva e pra)erosa. quer se:am adquiridos comercialmente.duo com incapacidadesB >httpC<<XXX. construtivo e pode ser reali)ado.ficas.nio de seu ambiente f.duo com limita+6es funcionais na sele+#o.gicas melhoram as habilidades do indiv. pe+a de equipamento ou sistema de produto.duo com limita+6es ou defici0ncias funcionais a aumentar sua independ0ncia e melhorar o dom.vel. mas o que é poss. modificados para ser personali)ados ou confeccionados sob medida para atender a necessidades espec. aquisi+#o ou no uso de um dispositivo de tecnologia assistiva.org?. aqueles de tecnologia bastante simples e os softXares. Tecnologia assistiva foi definida pela tech act legislation e adotada pelo 2ndividuais Uith Disabilities =ducation *ct >2D=*? comoC B3ualquer item. focando n#o o que foi perdido. trabalhar e interagir no ambiente social. =la a:uda a compensar os efeitos das disfun+6es de maneira ativa e positiva.procedimentos que possam diminuir o impacto das perdas funcionais. . um servi+o de tecnologia assistiva é qualquer servi+o que auxilie diretamente um indiv. =ssas defini+6es s#o abrangentes e incluem dispositivos de alta tecnologia. produ)idos em série. manter. tempor%rias ou n#o. por intermédio de recursos que auxiliem o indiv. =m todo caso.ideapratices. competir.duo para aprender.sico e social. associada 8 evolu+#o do conhecimento na %rea da sa/de. a compreens#o de suas defici0ncias e suas limita+6es e o porqu0 de todas as fases do seu tratamento.ficas. em fase de recupera+#o p. =ssa realidade. vem sendo reconhecido e considerado imprescind. a partir de seu aprimoramento técnico cient. pelo envolvimento do paciente no processo terap0utico. *ssim. o terapeuta ocupacional vem conquistando um lugar de destaque na equipe de sa/de. entre outros. reconhecendo que o envolvimento terap0utico e a motiva+#o s#o fundamentais para a reabilita+#o.fico.fico de atua+#oA encora:a o para a descoberta de novas técnicas mais cient.s cir/rgica.vel 8 recupera+#o de pacientes lesionados. para uma abordagem cada ve) mais dirigida para as necessidades e possibilidades de cada pessoa.fica e tecnologicamente embasado. Para isso. n#o devemos esquecer do seu papel como educador em que. muitas ve)es por uma maior especiali)a+#o no seu campo mais espec. preparar e promover o desenvolvimento humano. novos protocolos e novas op+6es diferenciadas.Perspectivas & terapeuta ocupacional. em especial na %rea da reabilita+#o f. Todo profissional que contribui para o processo de reabili ta+#o deve aprender a prevenir. & paciente deixa a condi+#o passiva de receber as técnicas de tratamento .sica. impulsiona o profissional de Terapia &cupacional a buscar o aprofundamento de seus princ.pios e procedimentos. o fa) se apropriar do ob:etivo da cura. depende de sua habilidade técnica e da resposta do paciente para alcan+ar seu ob:etivo terap0utico. v%rias pr%ticas v0m se destacando no campo da Terapia &cupacional. @esse sentido. como todos os profissionais de reabilita+#o. cient. cu:o profissional. novos métodos de tratamento. a 0nfase com que esse profissional BolhaB seu paciente a partir da dimens#o da sua vida cotidiana. sobretudo pelo advento dos dist/rbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT). a Terapia &cupacional vem oferecendo importantes contribui+6es no campo da "a/de e do Trabalho. !m artigo recente da *ssocia+#o *mericana de Terapia &cupacional >2001? aponta a consultoria em ergonomia como uma das de) novas %reas emergentes de atua+#o na profiss#o. sendo a atividade terap0utica o meio de sua a+#o dirigida e coordenada pelo terapeuta ocupacional. como diferencial da Terapia &cupacional na %rea da reabilita+#o f. a inclus#o social da sua clientela.veis na vida ocupacional. ? A Terapia Ocupacional na inter!ace da sa&de e do trabalho 4arisol Uatanabe "tella 4aris @icolau *tualmente. . Devemos observar. tanto no 'rasil como na *mérica do @orte. inicialmente denominados les6es por esfor+os repetitivos (LER).e torna se ativo.sica. além da necessidade de as empresas investirem em programas preventivos como forma de se precaverem de poss. 9ustifica tal demanda pela crescente consci0ncia das rela+6es entre os fatores ocupacionais e o adoecimento. qual se:a. tendo por base >mas indo além? as técnicas de reabilita+#o funcional. participativo. colocando as como meio para que se atin:a um ob:etivo maior.veis indeni)a+6es trabalhistas por parte dos lesionados. a partir da conquista da m%xima independ0ncia e autonomia poss. sem qualquer reflex#o cr. DaRu)aRu. "oares. produ)em um discurso mais consistente acerca da rela+#o trabalho sa/de. . ou melhor. portadores de defici0ncias mentais e até pessoas em institui+6es penitenci%rias.=studos t0m apontado a crescente valori)a+#o da pesquisa em ergonomia pelos terapeutas ocupacionais que se utili)am dos rigorosos modelos conceituais e de an%lise dessa disciplina cu:os procedimentos s#o semelhantes aos da an%lise de atividades em Terapia &cupacional. essa pr%tica reali)ava se inicialmente sob uma perspectiva bastante reducionista.sicas e<ou sensoriais. de defici0ncias f. Diversos profissionais. &s anos 1JN0 e J0 tra)em novos ares para a Terapia &cupacional.duo e as exig0ncias de dado posto de trabalho. antes.ncia desse profissional nos programas de preven+#o e reabilita+#o profissional desenvolvendo métodos de avalia+#o que permitam relacionar as capacidades de trabalho de um indiv. $ontudo. como *lves. fa) se necess%rio contextuali)ar e refletir sobre o termo BtrabalhoB. "truffaldi e Tissi.tulo visa fornecer um panorama geral do que vem sendo reali)ado em Terapia &cupacional na interface sa/de e trabalho. @unes. Porém. !m artigo da revista canadense Dion-Hubert & Therriault ressalta a import. =ste cap. *final. mas poucos abordam especificamente a atua+#o da Terapia &cupacional nesse campo. se treinava a clientela atendida. a profiss#o nasceu para habilitar e<ou reabilitar e inserir no mundo do trabalho uma popula+#o que dele estava ali:adaC portadores de dist/rbios mentais. paternalista e mesmo segregativa.ria da profiss#o.tica acerca da organi)a+#o do trabalho para o qual se preparava. * rela+#o da Terapia &cupacional com o trabalho permeia toda a hist. 4agalh#es. "er% que ela pode ser considerada uma atividade que o trabalhador executa para si mesmo] &u uma atividade que ele pode controlar] &u. com o passar dos anos. mostrando se diferente de cultura para cultura.gica?. mesmo. =sse processo requer a cria+#o de instrumentos e o desenvolvimento de la+os de coopera+#o social para que a vida humana se:a mantida e reprodu)ida. & capitalismo industrial instituiu a produ+#o de mercadorias em série. uma nova maneira de os homens organi)arem o processo produtivo para garantir a sobreviv0ncia e para gerar rique)as. doméstico e de auto produ+#o] Tudo indica que n#o.ticas. uma atividade em que ele é capa) de expressar a autonomia e para a qual é insubstitu. econGmicas. & trabalho pode ser compreendido como a atividade que possibilita ao homem diferenciar se das outras espécies animais na medida em que transforma elementos da nature)a para suprir necessidades biol. por isso.Tra5a"(o0 conceitos e re#"e@. a que se instalou com o advento da industriali)a+#o. o conceito sobre o trabalho foi se transformando e acompanhando as mudan+as pol. um trabalho art. sociais. é uma inven+#o da modernidade. ainda. remunerada. =nt#o. o que é o trabalho ho:e] Pode se di)er que é uma atividade reconhecida por outros como /til e. isto é. ainda.gicos e. em que cada .gicas mediante a+6es conscientes e plane:adas.stico. somente o homem tem a capacidade de delinear antecipadamente um plano de a+#o para em seguida reali)% lo >racionalidade estratégica teleol. * forma de trabalho que mais se conhece. & trabalho na f%brica caracteri)a se por uma divis#o bastante especiali)ada das tarefas.vel] &u. a sociologia do trabalho e outras ci0ncias humanas comprovam que.ria. isto é. organi)acionais. os avan+os tecnol.es * hist. trabalhador reali)a um fragmento de determinado produto sob um ritmo imposto pela m%quina. posto de trabalho e método ta5lorismo<fordismo. um estudioso do sistema capitalista de produ+#o. !ma parte do dinheiro obtido nessa venda é utili)ada para pagar as despesas com os meios de produ+#o e compra de matérias primas. emprega outros homens em seus estabelecimentos para usufruir de sua for+a de trabalho na produ+#o de mercadorias.prios. n#o tem poder sobre o processo de trabalho e sobre o destino da coisa produ)ida. e o valor de troca refere se ao que a mercadoria vale . *s mercadorias possuem um valor de uso e um valor de troca. outra parte é paga aos trabalhadores sob forma de sal%rio e outra parte fica em poder dos capitalistas. =ssas mercadorias s#o vendidas e por isso geram rique)as. Tal organi)a+#o n#o leva em conta as particularidades e a personalidade do trabalhador. porém para ser vendida e produ)ir rique)as aos donos dos meios de produ+#o. & trabalho se torna estranhado. & trabalho assalariado é uma inven+#o t. os bancos?. aquele que possui o capital e os meios de produ+#o >as f%bricas. 4arx. bem como seus ob:etivos e dese:os pr. tornando a atividade de trabalho mais empobrecida. & capitalista. pelo tempo. & valor de uso refere se a sua utilidade >uma blusa vale pela sua utilidade. denomina de mais valia a diferen+a entre o que o trabalhador efetivamente produ)iu e mereceria receber pelo tempo de tra balho e o que fica nas m#os do capitalista. pois o trabalhador n#o se reconhece naquilo que produ). &s produtos do trabalho no capitalismo s#o chamados de mercadorias porque tanto a produ+#o na f%brica como na terra n#o é mais dedicada 8 subsist0ncia.pica do modo capitalista de produ+#o. pela sua capacidade de aquecer e embele)ar quem a veste?. que é o que denominamos lucro. que é o tempo socialmente necess%rio para produ)i las. a abertura de mercados em moldes neoliberais. a Bvestirem a camisaB da empresa para que esta se mantenha competitiva no mercado. mas. sobrep6e se 8 l. ele deve competir . a produ+#o reflexiva requer uma racionalidade sist0mica >é preciso conhecer o todo? que se materiali)a em grupos autGnomos de produ+#o. Portanto. =sse envolvimento é paradoxalC por um lado o trabalhador deve trabalhar em grupo. aumento da autonomia e polival0ncia. * l. programas de melhorias dos processos de comunica+#o. ser cooperativo e investir afetivamente na empresa.gica do capital. através de novas tecnologias da gest#o da produ+#o e da gest#o do trabalhadorB >*ra/:o.vel que confere maior autonomia aos trabalhadores. pois este é o que permite redu)ir todas elas a um denominador comum. arran:os celulares de produ+#o. demandou se uma reestrutura+#o produtiva profunda. & capitalismo priori)a o valor de troca das mercadorias. &s empres%rios come+am a pensar em como enxugar os custos da produ+#o modelo japonês.em compara+#o com outras mercadorias >define se o valor de uma blusa pela quantidade de tempo e pelo disp0ndio de for+as necess%rio para produ)i la?. S o momento da acumula+#o flex. com a crise do ta5lorismo<fordismo e Bas mudan+as introdu)idas pela ent#o nascente Wterceira revolu+#o industrialW. da rob. que doravante necessitam ser mais bem qualificados para compreender e responsabili)ar se pelo processo produtivo que :% se serve dos avan+os tecnol. por outro. p. compelindo os trabalhadores a envolverem se. 1JJE. 1E2?.veis hier%rquicos. Todavia. que rege a globali)a+#o da economia.tica e da microeletrGnica. @os anos 1JJ0 h% um redescobrimento do trabalho em grupos que preconi)amC redu+#o dos n.gica do trabalho.gicos advindos da automa+#o. 8 sa/de e 8 seguran+a no trabalho. exercendo diferentes papéis >funcion%rio da empresa ou institui+#o.brio entre a necessidade de produtividade e o bem estar do trabalhador. os terapeutas ocupacionais brasileiros v0m desenvolvendo diversos trabalhos. porém. conscienti)ando os sobre os processos de trabalho. vale ressaltar algumas premissas e compromissos do terapeuta ocupacional. ao cumprimento das @ormas Fegulamentadoras da "eguran+a do Trabalho >@Fs? e aos acordos coletivos firmados entre empresa e trabalhadores.gicas dispensam grande contingente de for+a de trabalho humano. investem no aprimoramento técnico de seus funcion%rios e est#o buscando um equil. Tais programas acabam sendo abandonados em momentos de crise.tica dos trabalhadores. como conhecer os postos de trabalho e o trabalho real pela . pois as inova+6es tecnol. quando se fa) necess%rio redu)ir custos. . e garantir o cumprimento de deveres da empresa em rela+#o aos aspectos previdenci%rios relativos 8 $onsolida+#o das Teis Trabalhistas >$TT?.? e atuando. portanto. em uma equipe multiprofissional. parceiro e colaborador de pesquisa e interven+#o etc. *ntes. consultor. menor oferta de postos de trabalho. havendo. atuar na promo+#o da sa/de. Porém h% empresas que também lan+am m#o de programas de requalifica+#o profissional.com os colegas para manter se empregado. basicamente. assessor. com tr0s enfoquesC reabilita+#o e reeduca+#oA preven+#o de doen+asA promo+#o da sa/de e promo+#o social. prestador de servi+os. O terapeuta ocupacional no contexto empresarial e institucional @esse contexto. sendo que a doen+a. o resgate do pra)er. conhecendo os determinantes da carga de trabalho. fornecendo subs. da espontaneidade. se d% via trabalhoB >Pinto.dios técnicos sobre os cuidados com o corpo e facilitando a comunica+#o interpessoal no trabalho. * sa/de deve ser promovida. no conflito e na busca de solu+6es.do socialmente devido 8 necessidade de produ)ir materialmente a vida. preservada e discutida socialmente em uma vis#o hol. pela pesquisa de campoA adequar o trabalho ao indiv. na sua rela+#o consigo. . E2?. 1JJ0. da cria+#o e do controle sobre suas a+6es. além da rela+#o de interdepend0ncia para perceber a dimens#o do trabalho na sua vida pessoal. conscienti)ando se sobre o seu papel e suas responsabilidades no processo.sica.& terapeuta ocupacional pode ter como miss#oC estimular a reflex#o dos trabalhadores acerca de seus direitos e deveres no que se refere a sua sa/de e seguran+a no trabalho. @unes. a partir da compreens#o e da transforma+#o das rela+6es de poder.? e empresa<institui+#o >cultura e pol. evidenciando os seus direitos e deveres.stica. as condi+6es. reportam como ob:etivos da sua atua+#o investigar as atividades laborais. Ficiotti. "iqueira et al. p. método. 4edeiros et al. com o seu trabalho >material. em rela+#o a sua sa/de f. *lguns terapeutas ocupacionais . pois parte se de uma vis#o de homem Bconstru.duo e reorgani)ar essas rela+6es. posto. além dos fatores est%veis da produ+#o. a organi)a+#o e as rela+6es do trabalho. e Uatanabe .tica vigente?. postos. cidad#o e profissional. resultado do desgaste do trabalhador na rela+#o com o processo de produ+#o >cargas de trabalho?.. tem também um car%ter social. 2nclui se como preocupa+#o de sa/de. ambiente etc. favorecer ao trabalhador autoconhecimento como pessoa. o que s. entrevistas com os trabalhadores. & terapeuta. podendo prevenir doen+as ocupacionais e acidentes de trabalho. discuss6es. a atua+#o do terapeuta ocupacional est% essencialmente baseada na reali)a+#o da an%lise das atividades dos trabalhadores e dos postos de trabalho para avalia+#o. . atividades corporais. seu principal recurso.sticas e artesanaisA grupos operativos e de reflex#oA atividades psicodram%ticas. relaxamento. deve possibilitar aos trabalhadores< clientes perceberem. sobre a rela+#o do trabalhador e seu trabalho. p. conhecerem e sentirem as suas necessi dades. espiritual e social. =nfim. ent#o.ria. grupos de retorno ao trabalho. elabora+#o e aplica+#o das atividades gerais e terap0uticas como meio e<ou fim (AVD. :ogos cooperativos. an%lise de atividades de trabalho. interven+#o no posto. observa+#o livre e sistem%tica. isto é.? e adapta+6es. filmagens. via concomitante tentativa de transforma+#o do pr. contextuali)ado no ambiente e na cultura organi)acional. an%lise ergonGmica do trabalho.duos em cidad#os. grupos terap0uticos. palestras. art. atores e autores da hist. discuss6es de grupos. & terapeuta ocupacional intervém. institucionais. atitude. aspira+6es. limita+6es e habilidades. * metodologia comumente utili)ada abrange diferentes abordagens da problem%tica sa/de trabalhoC levantamento bibliogr%fico. produto. 1JJ0. considerando a avalia+#o e a an%lise da atividade laboral. sobre ou pela a+#o. portanto. fa)er.mental. EP?. an%lise do mobili%rio. mapeamento da incid0ncia das queixas por setores de trabalho etc. domiciliares. abordagens. pois alme:a se Ba transforma+#o dos indiv. grupos de reflex#o. AVP. aplica+#o de question%rios. organi)a+#o e ambiente de trabalho etc.prio trabalho produtivoB >Pinto. visitas setoriais. compreensão e comprometimento dos funcionários na interdependência do processo de trabalho. nas AVDs e AVPs e no lazer. divisão de tarefas. de reflexão etc. autonomia. .sica e mental. reinser+#o social e profissional da pessoa.) com os funcionários portadores de doenças ocupacionais e acidentados ou mesmo de determinado setor. . segundo @unes. qualidade de vida. de manutenção e adaptação de mobiliários. na prática de atividade física regular e de exercícios de relaxamento. de melhoria da organização. na interface sa/de e trabalho. como um direito de cidad#o e trabalhador. como produtividade social. .* interven+#o. plano de pausas etc. de envolvimento. objetivando a reabilitação profissional e/ou a compreensão e transformação do trabalho. rodízios. p. a ergonomia caminha ao lado da Terapia &cupacional. buscando hábitos e atitudes pessoais e profissionais mais salutares em relação aos fatores de risco. 102?. est% na busca de uma pr%tica terap0utica que ob:etive promover sa/de. a fim de que se redescubra e reafirme suas habilidades. desde a an%lise de seus pressupostos b%sicos até . orientação e ação. 1JNJ. condições e ambiente de trabalho (ritmo de trabalho. o terapeuta ocupacional poder% intervir no coletivo. Diante disso. o que ocorre reapropriando se dos ob:etos de trabalho. como meio para reconstru+#o de uma identidade em rela+#o a capacidade de trocaB >@ic%cio. contribuindo na construção da identidade e responsabilidade profissional e motivação para com a saúde e trabalho. à postura nas atividades estáticas e dinâmicas.). de conscientização. além de exercícios compensatórios. ent#o. Bcomo uma resposta a uma necessidade de re constru+#o sub:etiva. equipamentos. respeitando as diferen+as individuais e ameni)ando ou evitando sobrecarga f. de promoção de grupos (operativo. respiração e alongamentos. . ferramentas e layout. mediante atividades gerais e terap0uticasC . $omo se pode perceber. ncia das condi+6es e postos de trabalho nas empresas e educa+#o em sa/de e trabalho. f. pela an%lise da atividade.rica. buscando produtividade dentro de padr6es que preservem a sua sa/de e qualidade de vida. portadores de doen+as ocupacionais agravos provocados pelo trabalho e<ou ambiente de trabalho . 8 preven+#o de futuras seq-elas e 8 promo+#o social e de sa/de. visando 8 reabilita+#o. utili)ando se do recurso da an%lise e aplica+#o das atividades.mica do trabalho em uma perspectiva materialista hist. *final. profissional. auxiliando no desbloqueio de condicionamentos para se atingir a sa/de do trabalhador. trabalha a intera+#o com o real implicando a reorgani)a+#o dos fatos. O terapeuta ocupacional nos serviços p&blicos de sa&de & terapeuta ocupacional nos $entros de Fefer0ncia do Trabalhador >$F"T? est% articulado com as demais a+6es de sa/de em uma equipe multidisciplinar. seus sintomas e suas conseq-0ncias sobre os diversos aspectos de sua vida >social. Para tanto.sua metodologia de interven+#o.sico e mental >atividades de descontra+#o e al. as atividades possibilitam.sico e emocional?. ent#o. reali)ando em geral tr0s atividades meioC assist0ncia aos trabalhadores.vio das tens6es cotidianas? e mobili)am percep+6es e reflex6es. que é pautada na an%lise da atividade real de trabalho. além da avalia+#o. tra+ando um plano de atendimento e prestando atendimentos individuais e grupais >principalmente pelos portadores de T=F<D&FT?A vigil. & terapeuta ocupacional. a express#o e transforma+#o do sofrimento f. & terapeuta ocupacional pode ter como ob:etivo geralC capacitar o paciente para encontrar formas de enfrentar a doen+a. . ele também vem se utili)ando da psicodin. podem ser confeccionadas .nicoA esti mular uma reflex#o social >familiar e cultural? sobre o papel desempenhado pelas mulheresA e Bdiscutir com os trabalha dores as formas de adoecimento presentes no seu processo de trabalho e como preveni lasB >"iqueira et al.rios. mobili%rios. aplica+#o de moxibust#o.mbitos sociais. bem como seguir as orienta+6es funcionais nas atividades di%rias e pr%ticas associadas a adapta+6es de utens. como a massagem.pria sa/de.lios domésticos.@os atendimentos grupais. @os atendimentos grupais e individuais. os ob:etivos podem serC promover a integra+#o socialA possibilitar a troca de experi0ncias entre as pessoas com a mesma patologia. auto massagem. que propiciem maior consci0ncia corporal e auto cuidado. alongamento suave da musculatura afetada. o paciente é incentivado a se comprometer com a sua pr. reali)ando os exerc. segundo 4agalh#es e Tima [ "iqueira. @os atendimentos individuais de portadores de LER/DORT. caminhadas di%rias e repouso.cios respirat.. podendo ser mais enf%ticos na orienta+#o com rela+#o ao posto de trabalho e<ou 8 atividade profissional reali)ada e na utili)a+#o dos recursos e técnicas terap0uticas.gicos e previdenci%riosA fornecer informa+#o técnica e orienta+#o sobre a patologiaA discutir as repercuss6es da doen+a no cotidiano do paciente. os ob:etivos s#o semelhantes aos dos atendimentos grupais. 1JJJ?. em diferentes . *lém disso. ferramentas e m%quinas que estimulem posturas adequadas e a conserva+#o de energia durante a reali)a+#o destas. conscienti)a+#o corporal e relaxamento aprendidos no grupo. psicol.rteses de posicionamento e est%ticas para posicionamento correto das . construindo em con:unto formas de enfrentamentoA preparar o trabalhador para a altaC expectativas para o futuro profissionalA reorientar com rela+#o às AVD/AVPs para evitar o agravamento do quadro cl. que difere dos modelos usados por outros profissionais. =m rela+#o 8 vigil. podendo rever seus padr6es de relacionamento intra e interpessoal. causas e conseq-0ncias? e da problem%tica psicossocial.ncia das condi+6es e postos de trabalho nas empresas. direitos trabalhistas?. & ob:etivo é promover um estilo de vida mais saud%vel.. do grupo e da a+#o con:unta da empresa<institui+#o e trabalhadores para efetivar as mudan+as necess%rias no trabalho.cio da Terapia &cupacional.cia e certifica+#o >nexo causal? o que implica in/meras dificuldades para o exerc. entendida como reali)a+#o plena da potencialidade dos pacientes.gica da atividade em sa/de do trabalhador. o ob:eto de aten+#o é a promo+#o de sa/de no trabalho.mbito do SUS. 8 organi)a+#o do trabalho. * abordagem grupal >Irupo de 3ualidade de 7ida e de Terapia &cupacional? permite a relativi)a+#o dos problemas vividos e encora:a a constru+#o coletiva de alternativas. a avalia+#o terap0utica ocupacional reali)ada . segundo 4elo. por desenvolver discuss6es acerca da doen+a >informa+6es cl. ex. "endo assim.nicas. existente na vida pessoal e profissional ao expressarem suas d/vidas >p. est% permeada pelo paradigma da per. * l. atuando na transforma+#o e adapta+#o do trabalho ao homem.sicas e emocionais do trabalhador para analisar e elaborar propostas de mudan+as relacionadas ao mobili%rio. expectativas e emo+6es.articula+6es e repouso de grupos musculares afetados pelas les6es. aos equipamentos. @o tocante ao trabalho desenvolvido pelo terapeuta ocupacional nas !nidades de Fefer0ncia Feabilita+#o Profissional (URRP/UERP) em que existe o profissional. no . o terapeuta ocupacional coleta os dados perti nentes aos aspectos do trabalho >organi)a+#o e ambiente?. das condi+6es f. o posto de trabalho e as atividades inerentes 8 fun+#o de readapta+#oA estimular a capacidade laborativa residualA e dar orienta+6es espec. habilidades e aptid6esA avaliar. e adapta+#o destas com ou sem gancho funcional?. 7ale ressaltar que o terapeuta ocupacional pode ter outros ob:etivos. . o terapeuta ocupacional poder% vir a exercer a fun+#o de &rientador Profissional >&P?.prios h%bitos funcionais e posturais.stico para retorno ao trabalho. possibilitando a troca entre seus participantes do que foi expe rimentado e o conhecimento dos pr. orienta+#o e treino de pr. apesar dos limites e dificuldades. orienta+6es de padr6es posturais e funcionais etc.individualmente com o segurado visaC determinar perdas funcionais e fun+6es que se mantiveram conservadas. contra indica+6es.nica ou elétrica. estimula se o reve)amento de tarefas e pausas e se utili)a de atividades n#o repetitivas e n#o normati)adas. como as atividades l/dicas. compensando a limita+#o funcional pelo uso do potencial residual. avalia+#o da funcionalidade do membro dominante. @essas avalia+6es. nesse momento de transi+#o. expressivas e de relaxamento. Para tanto. pode se observar que o segurado mantém os mesmos padr6es funcionais >postura inadequada e o uso inadequado dos segmentos corporais? e reali)a as atividades de forma repetitiva.ficas e gerais para melhor adequa+#o no retorno ao trabalho. o terapeuta pode desenvolver atividades de troca de lateralidade. estética. podendo modific% los.tesesC funcional. com a proposta para um @ovo 4odelo de Feabilita+#o Profissional. progn. potencialidades. sem consci0ncia dos movimentos reali)ados e da carga emocional presente. Todavia. Diante disso. tais comoC orientar quanto ao uso do potencial residual.tese >tipos de pr. utili)ando se de outros recursos. ainda. =xemplosC avalia+#o e treino do segurado portador de vis#o monocular. mec. dentro do contexto da Previd0ncia "ocial. assim como outro técnico de n. simulam um ambiente de trabalho em que os profissionais especiali)ados atuam como tutores. avalia+#o e defini+#o do potencial laborativo residualA orienta+#o e acompanhamento da programa+#o profissionalA e articula+#o com a comunidade. * remunera+#o obtida pelo trabalho assume muitas ve)es um car%ter simb. poder#o incluir a avalia+#o e defini+#o do potencial laborativo. *s atribui+6es do OP e o parecer que poder% ser solicitado ao terapeuta. de acordo com o documento do INSS. =m geral. em . ou poder% reali)ar uma avalia+#o para concluir o parecer de outro profissional que este:a na fun+#o de &P. f. o terapeuta ocupacional na fun+#o de orientador profissional ser% Brespons%vel pelo acompanhamento dos programas de reabilita+#o profissional e sele+#o dos casosB >2@"". quando solicitado. controlando hor%rios e instituindo regras de comportamentos. E? e pela *n%lise da (un+#o e Posto de Trabalho >*PT? con:untamente com o médico perito.vel superior. ou se:a. Diante das fun+6es b%sicas da reabilita+#o profissional. com vistas ao reingresso no mercado de trabalho. A terapeuta ocupaciona" nas o#icinas peda * icas pro#issiona"i7antes+ nas o#icinas prote idas e nas cooperativas de tra5a"(o0 da tute"a A autonomia *s oficinas abrigadas ou oficinas protegidas de trabalho surgem como um dispositivo terap0utico educativo que se utili)a da atividade de trabalho com as pessoas portadoras de defici0ncias mentais.lico. fun+6es que se mantiveram conservadasA contra indica+6es e potencialidades >potencial laborativo residual?. analisando habilidades e aptid6esA perdas funcionais. p.sicas e<ou sensoriais. com vistas 8 defini+#o da real capacidade de retorno do segurado ao trabalho. bem como o progn. 2001.stico para retorno ao trabalho. *lgumas experi0ncias em programas de sa/de mental res gatam a import. (Bartalotti. cooperativas de trabalho >grupos de pessoas. equipes de trabalho terceiri)ado >grupos de pessoas.ticas a esses empreendimentos. que prestam servi+os 8 comunidade?. em que pudessem exercer efetivamente o direito ao trabalho. em sistema de cooperativa?. S um desafio 8s atuais propostas inclusivistas fa)er com que o trabalho da pessoa com defici0ncia mental se:a uma possibilidade e uma realidade no seu contexto social. tais como o trabalho domiciliar. sobretudo pelo seu car%ter segregativo e sua pr%tica desarticulada com o contexto socioeconGmico mais amplo. s/d) H% muitas cr. as microempresas familiares e as cooperativas de trabalho.lias muitas ve)es pagam para que essas pessoas possam trabalhar. fato que acaba por subestimar as potencialidades dessas pessoas. trabalho domiciliar >reali)a+#o de atividades produtivas no lar alternativa que vem sendo adotada por v%rias parcelas da popula+#o por diferentes motivos?. &bserva se também a necessidade de apresentarem outras alternativas de trabalho. deficientes ou n#o.que as fam. quais se:amC o treinamento em servi+o >aprendi)agem do trabalho no pr.prio local?.ncia do trabalho como elemento fundamental . deficientes ou n#o. que articuladas na sociedade poderiam desenvolver alguma atividade de real utilidade. =ssa perspectiva abre espa+o para novas propostas de trabalho. *s institui+6es de reabilita+#o profissional necessitam atuar de modo mais conectado 8s atuais demandas do mercado de trabalho e atualmente carecem de pesquisas quanto aos empregadores que recebem a clientela egressa de seus programas. para que a popula+#o psiquiatri)ada possa deixar gradativamente de ser tutelada, conquistando autonomia a partir do trabalho em grupo sob o regime cooperativo, desenvolvendo atividades produtivas diversificadas, apontadas a partir da intera+#o entre a escuta das necessidades e brechas do mercado e as possibilidades de se levantar recursos >humanos, materiais e parcerias? para seu desenvolvimento. =ssa diversidade enfati)a a multiplicidade de experi0ncias poss.veis e a amplia+#o das possibilidades de escolha e de inser+#o participativa. >QinRer, 1JJE, p. K2? &utro tipo de experi0ncia que atualmente conta com a participa+#o de terapeutas ocupacionais é o est.mulo ao trabalho em grupos autogestionados. Trata se de programas de extens#o universit%ria que formam uma Fede !niversit%ria de 2ncubadoras Tecnol,gicas de $ooperativas Populares que se prop6e a profissionali)ar pessoas pouco escolari)adas e exclu.das do mercado de trabalho mediante esp.rito do cooperativismo, em que a universidade oferece apoio tecnol,gico, mercadol,gico, gerencial e :ur.dico para que os grupos possam desenvolver alguma atividade econGmica. *s contribui+6es da Terapia &cupacional para esses grupos os enriquece bastante e caracteri)a se por um processo educativo de intera+#o com a comunidade visando o desenvolvimento de habilidades numa cultura cooperativista. 2sso Bexige rela+6es diferenciadas da encontrada na rela+#o capitalista do mercado. Pensar e agir coletivamente, deixando de lado o individualismo, e valori)ar a participa+#o para o processo do pr,prio grupo s#o exemplos da cultura cooperativista a ser apreendidaB >DaRu)aRu, 2000, p. 2D?. Conc"us,es & trabalho humano sempre foi uma atividade altamente valori)ada pela Terapia &cupacional a ponto de ser quase comparado a um remédio, a algo benéfico em si mesmo. * inser+#o do homem no mundo do trabalho acaba por ser um dos principais ob:etivos em nossas interven+6es, a:udando a sustentar por muito tempo na hist,ria da Terapia &cupacional a idéia de que o homem saud%vel é aquele que trabalha, aquele que é /til e produtivo ao sistema econGmico vigente. Porém um olhar mais atento e cr.tico ao trabalho reali)ado nas sociedades industriali)adas revela o quanto o trabalho pode ser causa de sofrimento e adoecimento, de aviltamento e de explora+#o do homem pelo homem. @esse sentido, fa) se necess%rio refletir sobre que formas de trabalho podem ser desumani)adoras e nocivas, visto a intensifica+#o do trabalho e a pol.tica de redu+#o de custos, deixando os trabalhadores menos protegidos e assegurados pelos seus direitos, e quais as que podem promover autonomia e sa/de a estes, como a sua valori)a+#o n#o somente na produ+#o, mas também quando fa)em parte do que é plane:ado, pensado e ideali)ado para a organi)a+#o e para a vida coletiva de todos. * Terapia &cupacional est% contribuindo para essa sa/de, como se pode perceber na série de experi0ncias e conhecimentos que apontam para novos rumos no campo da sa/de trabalho, sendo uma tend0ncia em ascens#o, construindo e instrumentali)ando a autonomia social e a cidadania dos trabalhadores. 4uitas pr%ticas v0m sendo negadas e reformuladas, como a laborterapia dos hospitais psiqui%tricos, o mero treino de fun+6es e as habilidades das oficinas abrigadas e dos centros de reabilita+#o profissional. *ssim como outras pesquisas v0m estruturando métodos de investiga+#o e interven+#o na rela+#o do trabalho e as suas repercuss6es sobre a vida dos trabalhadores, novas perspectivas de trabalho est#o se constituindo com a ergonomia. & que outrora denomin%vamos de habilita+#o<reabilita+#o profissional ganhou consist0ncia te,rica e ampliou se para "a/de do Trabalhador, em que se inclui o entendimento do mundo do trabalho em suas dimens6es hist,ricas, econGmicas e sociais, sendo a a+#o do terapeuta ocupacional reconhecida tanto em institui+6es de sa/de como em empresas e organi)a+6es comunit%rias, enga:ando se e comprometendo se n#o s, com a conquista do direito ao trabalho de popula+6es exclu.das, mas também com a constru+#o de um mundo do trabalho mais :usto e solid%rio, em que a vida humana possa sobrepor se ao capital. Perspecticas $elina $amargo 'artalotti 4ar5sia 4. F. Doo Prado De $arlo * constru+#o do campo da Terapia &cupacional se d%, continuamente, no contexto s,cio hist,rico, como pudemos analisar ao longo de todos os cap.tulos deste livro, segundo as mais diversas perspectivas e abordagens. =m cada momento hist,rico e em cada realidade social, terapeutas ocupacionais depararam com transforma+6es que se por um lado influenciaram suas a+6es, por outro exigiram que novas a+6es fossem propostas, novos olhares fossem constru.dos. * Terapia &cupacional que se constr,i é uma profiss#o imersa na complexidade de seu ob:eto de estudoC o fa)er humano. &lhar a realidade pela ,tica da complexidadeC por um lado. C. . BclienteB.fico.13 *creditamos que essa multidimensionalidade de que nos fala 4orin pGde ser expressa nas falas dos v%rios profissionais que compuseram este livro. 2sso porque a realidade que vivemos é bastante desigual. uma express#o da dificuldade de se estabelecerem socie dades realmente democr%ticas. histórica .gico. muitas ve)es. =ssa desigualdade nada tem a ver com diversidade. nas v%rias formas de olhar e de atuarC desde os trabalhos altamente baseados na tecnologia. Vozes.nico mais tradicional. Bsu:eitoB de nossa interven+#o terap0utica. as propostas e discuss6es apresentadas também revelaram diferentes realidades sociais e culturais.. o mistério do real. buscando oferecer apoio e criar condi+6es de estabelecimento de sociedades mais :ustas. as diversas vis6es sobre o campo. 1995.L. que se assentam sobre o que h% de mais moderno em termos do avan+o cient. é também um momento em que grande parte da humanidade n#o tem acesso a ele. "e. apud PETRAGLIA. de pessoas que vieram a assumir este lugar chamado de BpacienteB. * maior parte de nossos clientes ainda é composta por aqueles considerados BdiferentesB. cultural. nem sequer aos recursos b%sicos de sobreviv0ncia com dignidade. e de saber que as determinações cerebral. incrementando a qualidade de vida e a consci0ncia social dessas popula+6es. pautada por um olhar cl. e nossa atua+#o continua sendo.. 13 Morin. até trabalhos que se voltam 8s comunidades mais carentes. 1980. São Paulo. mas é. social. sim.M é a viagem em busca de um modo de pensamento capaz de respeitar a multidimensionalidade. A educação e a complexidade do ser e do saber. * Terapia &cupacional deve ter clare)a sobre essa realidade.rico de extremo avan+o tecnol. Morin Edgar. mas n#o se restringe a elas. I. este é um momento hist. $ontudo.que se impõem a todo o pensamento co-determinam sempre o objeto de conhecimento. a riqueza. reflitam a produ+#o do campo.ncia. *s a+6es preventivas e os trabalhos mais diretamente desenvolvidos com popula+6es em situa+#o de risco pessoal e social. S preciso que esses cursos se voltem para a forma+#o de profissionais. entre outros. solidamente embasados pelo conhecimento e voltados para a import.=ntretanto.pria vida. por exemplo. cr.gicos e tantas outras %reas apontam para a necessidade de novas obras que. assim como os trabalhos que se voltam 8 tecnologia. esse profissional assume um papel social de extrema import.prio e. S preciso que as pr%ticas em Terapia &cupacional se:am. assim como a reabilita+#o cognitiva. $ertamente neste livro n#o foi poss. nos moldes desta. pela consolida+#o de um saber pr. & que :ulgamos fundamental ressaltar é que. cada ve) mais.vel abordar todas as %reas nas quais a Terapia &cupacional brasileira se destaca. =sse é um processo em curso.ncia. pela sociali)a+#o desse saber.ticos e atentos 8 sua realidade e. @#o basta. os trabalhos com pacientes oncol. abrem se como novas possibilidades no campo de atua+#o do terapeuta ocupacional. por um lado. que deve ser mais e mais incrementado. embora se:a de grande import. referendadas pela pesquisa cient. em uma realidade desigual como a nossa. a multiplica+#o de cursos de Terapia &cupacional no 'rasil.nicos agudos. fa)endo se parceiro de seu cliente na recupera+#o e<ou aquisi+#o do poder sobre sua pr. sobretudo. o lugar do terapeuta ocupacional que se prop6e a uma pr%tica transformadora se fa) claro e efetivo. ao atendimento daqueles que se encontram com quadros cl. & campo da gerontologia. apontando para um crescimento e fortalecimento da profiss#o. Trabalhando pela qualidade de vida e pela inclus#o social. por outro.ncia da .fica. na realidade brasileira novas popula+6es t0m sido alcan+adas pela a+#o do terapeuta ocupacional. entretanto acreditamos que caminhos foram abertos para a reflex#o.vel abranger tudo o que se fa) e pensa sobre nossa profiss#o no 'rasil. .constru+#o da profiss#o para além das antigas Bcrises de identidadeB e das a+6es baseadas no Bbom senso e na intui+#oB. Temos consci0ncia de que n#o foi poss. =ssas s#o as perspectivas que se abrem para a Terapia &cupacional e que tentamos mostrar neste livro.
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