Introdução as Doenças do Aparelho Locomotor Tronco Comum V Faculdade de Medicina Universidade de Lisboa Ano Lectivo 2011/2012 Regente: Professor Doutor João Eurico da Fonseca Tutor: Professora Doutora Helena Canhão Alunos: António Nicolau Fernandes, 12218 Diogo Mendes Pedro, 12107 Marta Duarte Samartinho, 12293 Miguel Martins Bernardo, 12237 HISTÓRIA TEMPLATE CLÍNICA 3 Abril 2012 Introdução às Doenças do Aparelho Locomotor TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA página 2 Índice 1. A Estrutura de uma história clínica...................................................................................................................pág. 3 2. Template explicativo de uma história clínica................................................................................................pág. 4 3. Template exemplificativo ‐ Caso clínico........................................................................................................pág. 22 4. Template minuta de uma história clínica: para preencher...................................................................pág. 37 TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA 3 Abril 2012 página 3 Introdução às Doenças do Aparelho Locomotor A Estrutura de uma História Clínica 1. "Data do internamento/consulta"/ "Data de colheita da história"/ "Local de colheita da história"/ "História fornecida por" 2. Identificação do doente 3. Motivo de internamento/consulta 4. História da doença actual 5. Antecedentes pessoais 6. Antecedentes sociais 7. Antecedentes familiares 8. Revisão de sistemas 9. Exame objectivo 10. Resumo 11. Lista de problemas activos e passivos provisória 12. Hipóteses de diagnóstico 13. Discussão das hipóteses de diagnóstico 14. Diagnóstico(s) provisório(s) 15. Exames complementares de diagnóstico 16. Resultados dos exames complementares de diagnóstico 17. Lista de problemas activos e passivos definitiva 18. Diagnóstico definitivo 19. Proposta terapêutica 20. Prognóstico TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA 3 Abril 2012 página 4 Introdução às Doenças do Aparelho Locomotor Template explicativo de uma história clínica Data do internamento/consulta: Local de colheita da história: Data de colheita da história: História fornecida por: próprio/cônjuge/etc. IDENTIFICAÇÃO DO DOENTE Nº de processo: Nome completo: Sexo: M/F Data de nascimento: Local de residência: Profissão: actual (e passadas, se relevante para a história) Principais Alergias: Raça: Local de nascimento: Estado civil: Sol/Cas/Viúv/Divor Contactos: e‐mail e/ou telefone Negação em relação a tratamentos: MOTIVO DE INTERNAMENTO/CONSULTA Motivo de consulta: principais queixas que levaram o doente à consulta e a sua duração; Motivo de internamento: principal(ais) queixa(s), após interpretação do médico, mesmo que não aquela que o doente verbalizou, que determinaram o internamento e a sua duração. Exemplos: "Epigastralgias e vómitos pós‐prandiais desde há três semanas" "Ataxia da marcha, vertigens e confusão mental com desorientação têmporo‐espacial, com cinco dias de evolução" HISTÓRIA DA DOENÇA ACTUAL 1º: Dados da identificação do doente: repetir os dados da identificação, usando as iniciais do doente; 2º: História da doença actual: os eventos devem ser organizados por ordem cronológica. Referir apenas os antecedentes pessoais, familiares, hábitos e/ou medicamentos relevantes para a doença actual; a) caracterizar e descrever exaustivamente todos os sintomas e queixas que o doente refere ter, as observações médicas, exames complementares e todos os tratamentos realizados nesse contexto. b) utilizar palavras exactas do doente (informação ipsis verbis colocada entre aspas e com "sic." à frente), se não houver tradução em linguagem médica; usar termos como "o doente refere..." ou "o doente diz...", não "o doente tem...". c) mesmo que o doente refira não ter determinados sintomas perguntados, é fundamental negar esses sintomas relevantes; TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 5 d) se o doente for portador de exames complementares ou outros relatórios relevantes para a situação deve‐se transcrever a informação; e) a doença actual termina, cronologicamente, na altura em que se está a colher a história ao doente; f) a descrição cronológica deve ser sempre a mesma ao longo da história (ex: há 20anos, há 10 anos...., há 15 dias...; vs: aos 45 anos..., aos 54 anos...., aos 65 anos; vs em 1995..., em 1998..., em 2005...; etc.). ANTECEDENTES PESSOAIS 1º ‐ Doenças de infância e de adultos: papeira, sarampo, varicela, difteria, poliomielite, tosse convulsa, escarlatina, febre reumática, artrite reumatóide, reumatismo, coreia, pneumonia, tuberculose, diabetes, doença cardíaca, doença renal, hipertensão, icterícia, sífilis, neoplasias, outras; a) colocar também o que for negado; b) descrever os episódios passados; c) se o episódio anterior já tiver sido descrito na História da Doença Actual basta referir o episódio e colocar "vidé história da doença actual". 2º ‐ Vacinas: referir se cumpre PNV, referir outras vacinas que possa ter tomado; 3º ‐ Cirurgias/Hospitalizações: indicar local, data, duração e causa; 4º ‐ Acidentes: 5º ‐ Transfusões: 6º ‐ Terapêuticas já realizadas: 7º ‐ Alergias e reacções medicamentosas conhecidas: alimentos, produtos, medicamentos, etc.; 8º ‐ Hábitos: a) Alimentares: ingestão de sal, gordura, etc.; b) Medicamentosos: para cefaleias, azia, obstipação, angina, etc.; c) Toxicofílicos: álcool e tabaco (indicar gramas de álcool por dia, nº de cigarros por dia e duração aproximada do hábito), drogas (marijuana, heroína, etc.), outros; d) Exercício físico: desportos praticados, duração e frequência de exercício, intensidade do exercício, etc. ANTECEDENTES SOCIAIS 1º ‐ Nível educacional: 2º ‐ Profissões: que tem e teve, tipo e regime de trabalho, outras informações importantes; 3º ‐ Local de nascimento: 4º ‐ Local de residência/morada: que tem, teve, outras informações importantes; 5º ‐ Estado actual: a) civil: b) filhos: nevus. diplopia. convulsões. o que pode condicionar o tratamento/evolução da doença. contacto com animais. ataxia. vive sozinho/acompanhado. gota/artrite. sobrancelhas.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 6 6º ‐Qualidade de vida: estilo de vida. 4º‐ Sistema nervoso central: cefaleias. suores nocturnos. AVC. anemia. vertigens. etc. capacidades económicas. d) procurar diabetes. lipotímias/síncopes. miopia. otorreia. doença cardíaca. língua. hiperlipidemia. otoráquia. 6º‐ Ouvidos: zumbidos. escotoma. nevralgias. indicar. por exemplo. 5º‐ Olhos: visão. tendência para hemorragias e equimoses. b) mesmo se desconhecer informação em relação a familiares de 1º grau ou outros importantes. por vezes. fadiga. 3º‐ Hematopoiético: anemias. inflamações. neoplasias. data da última observação oftalmológica. por medo ou vergonha do doente. surdez. tumores (benigno/maligno). doença renal. REVISÃO DE SISTEMAS 1º‐ Geral: astenia. outros). asma/alergias.. esplenomegalia. febre. urticária. entre outros. alterações do sistema piloso (cabelo. glaucoma. epilepsia. disestesia. sono. c) indicar idade. lacrimejar. arrepios. paralisias/parésias. alterações das unhas. 2º‐ Pele: alterações da coloração. otorragia. dor. tuberculose. amaurose. qualidade e descrição da residência. estado de saúde ou causa de morte. surdez. ou pode ocultar ou mentir sobre outros aspectos importantes. 8º ‐ Outras notas: outros achados relevantes. alterações do peso (+/‐ x Kg em y meses/anos). psoríase. dermatoses. obesidade. óculos/lentes de contacto. estado de dependência. 7º ‐ Viagens recentes: data e local. fraqueza muscular. apetite. HTA. prurido. ANTECEDENTES FAMILIARES 1º ‐ Diagrama com árvore genealógica: 2º ‐ História familiar: a) analisar estado de saúde e causas de morte/morbilidade em familiares genealogicamente próximos. particularmente de 1º grau (pelo menos três gerações). reacções transfusionais. infecções. psoríase. tremor. edema palpebral. o doente pode não cumprir o plano terapêutico devido a problemas económicos. . etc. outras massas. número de cigarros/charutos/cachimbo/outros por dia). ritmo (regular/irregular). hemorragias pós‐ menstruais. diafragma. nº de partos. disfagia. polaquiúria. alterações da tosse. tenesmo. urgência em urinar. nº de abortos. litíase renal. rouquidão.2) história obstétrica: nº de gestações. fístulas. DIU. líbido. angor pectoris (típico/atípico). inflamação. síncope. amenorreia. 11º‐ Respiratório: tosse (produtiva/não produtiva). tromboflebites. dor. uso de substâncias toxicofílicas inaladas. poliúria. 13º‐ Gastrointestinal: náuseas. obstipação. infecções. corrimento. hematúria. dispneia paroxística nocturna. quantidade e características da expectoração (cor. icterícia. . exames serológicos.3) métodos de contracepção: anovulatórios. data do último período menstrual. infertilidade. ortopneia (nº de almofadas com que dorme). densidade. incontinência. dispepsia. dispneia de esforço (por exemplo. pieira. corrimento nasal. palpitações. menorragias. coito interrompido. nictúria. retracção mamilar. cervicite. faringites. sopros (apenas se o doente referir). pré‐síncope. melenas. vómitos. b) feminino: b. dor abdominal. hemorragias pós‐coito. edemas maleolares. garganta e seios: epistaxis. varizes. hemorróidas. data da última observação ginecológica. 10º‐ Mamas: massas. claudicação intermitente. prurido. dor testicular.1) história ginecológica: idade da menarca. uso de laxantes. complicações da gravidez. dismenorreia. lesões do pénis. teste tuberculínico positivo. frequência das micções (dia/noite). rectorragias. uso de antiácidos. fenómeno de Raynaud. ao fim do lance de escadas). sinusite. leucorreia. história de doença venérea. piorreia. idade da menopausa. alterações do trânsito intestinal. preservativo. b. 15º‐ Sistema génito‐reprodutor: a) masculino: corrimento ureteral. bócio. líbido. tabagismo (duração do hábito. outros. dispareunia. intervenção cirúrgica. exames serológicos. próteses. tumores. infecções respiratórias de repetição. jacto urinário. laringites. aspecto das fezes. 9º‐ Pescoço: adenopatias. amigdalites. história de doenças venéreas. massas testiculares. 12º‐ Cardiovascular: dor torácica. 14º‐ Tracto urinário: disúria.). hérnia. nº de filhos vivos. intolerância às gorduras e outros alimentos.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 7 7º‐ Nariz. metrorragias. impotência. meteorismo e flatulência. hipermenorreia. diarreia. infertilidade. 8º‐ Dentição: cáries. duração da produção de expectoração. hematemeses. b. halitose. hemoptises. intolerância ao frio. com o doente sentado ou deitado.2) medir a tensão arterial no membro superior com a tensão arterial sistólica mais elevada com o doente deitado. rigidez. basta referi‐lo e colocar "vidé [local onde foi descrito]". . descrever e comparar os restantes pulsos. 18º‐ Psiquiátrico: hiperventilação. linfedema. irritabilidade. vigil. depressão. dureza. se tiver medir apenas no contralateral. axilar ou rectal. b. b) pulso: b. polifagia. coloração. orientação (em relação ao espaço. intolerância ao calor. altura (em cm). nervosismo. particularmente para a revisão de sistemas. ao tempo e ao próprio). alterações da voz. e.2) verificar a existência. perdas de memória.1) descrição do pulso carotídeo (frequência. regularidade. b) músculo: mialgias. peso (em Kg). insónia. c) Pode haver outros aspectos importantes que não os indicados nesta lista. deformações. ritmicidade. idade aparente. 2º‐ Geral: estado geral e de nutrição. igualdade. oral. não sendo incluídos sinais ou outros aspectos indicados pelo exame objectivo ou meios complementares de diagnóstico. impotência funcional. 19º‐ Outros dados da história: NOTA: a) Todos os aspectos da revisão de sistemas são indicados pelo doente. 17º‐ Endócrino: bócio. rubor. sudação. força muscular. cateteres venosos. outros. Entra apenas o descoberto na colheita de dados da história clínica. edema. fístulas arterio‐venosas. e) tensão arterial: e. calor.1) medir a tensão arterial nos dois membros superiores e nos dois inferiores. posição na cama. EXAME OBJECTIVO 1º‐ Sinais vitais: a) estado de consciência: lúcido. polidipsia. c) frequência respiratória: d) temperatura: timpânica (mais frequentemente usada). simetria). desde que o membro em questão não tenha achados como cicatrizes cirúrgicas. amplitude. pesadelos. IMC. tipo constitucional. colaborante. etc. b) Se o aspecto já tiver sido descrito anteriormente. não esquecer de comparar o pulso radial com o femural do mesmo lado.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 8 16º‐ Músculo‐esquelético: a) articulações: dor. sentado e em pé. poliúria. artérias. lateralização. vibrações vocais ou percussão anormal) . pálpebras (movimentos. seios perinasais. glândula tiroideia. sopros. petéquias. mucosa nasal. canal auditivo externo. roncos. outros. escleróticas. cristalino. exantemas.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 9 3º‐ Pele: grau de hidratação. nariz e orofaringe: dentição. tímpano. uso dos músculos acessórios (sim/não). lesões. amígdalas. sibilos. mímica facial. microaneurismas. outros. icterícia. reflexo fotomotor directo e consensual. pestanas. ritmo respiratório (regular/irregular/periódico. 9º‐ Boca. língua. conjuntivas. gengivas. assimetria. supra‐hioideias. 10º‐ Pescoço: mobilidade. 11º‐ Mamas: massas. mastoideias. grau de audição. mamilos. parede torácica (deformações.). cicatrizes. auscultação (fervores. outras alterações. mobilidade). edemas. assimetria da traqueia. pupilas. íris. 8º‐ Ouvidos: tofos. parotidianas. 4º‐ Adenopatias: suboccipitais. hemorragias. submaxilares. unhas. cianose (central e periférica). ulnares. inguinais. corrimento. 12º‐ Tórax: amplitude respiratória (diminuída/aumentada/normal). índice inspiração/expiração). glândulas salivares. alterações da distribuição pilosa. exsudados. exoftalmia. diáteses hemorrágicas. sopros. púrpura. sinais de cruzamento arterio‐venoso. (diagrama de localização do murmúrio vesicular anormal. textura. frequência de pestanejo). ginecomastia. etc. outros. 5º‐ Cabeça: traumatismos. outras. 6º‐ Olhos: glândulas lacrimais. córnea. telangiectasias. retro‐ auriculares. neovascularização. condução óssea. mucosas (estigmas de doença hepática). pigmentação. mobilidade lateral (boa/razoável/ausente). condução aérea. infecções. axilares. canal lacrimal. equimoses. murmúrio vesicular (Aumentado/Diminuído/Normal). faringe. grau de visão. 7º‐ Fundoscopia: pupilas. supra‐claviculares. fácies. septo nasal. veias. massas. b. próstata (toque rectal). etc. massas. . d) percussão: macicez. cheiro. outras alterações. fezes (coloração. frequência cardíaca central (y batimentos por minuto). outros. Click. massas. tónus do esfíncter. cicatrizes. rins. corrimento. presença de sangue ou pus. b) auscultação: sons intestinais anormais. bordo liso/irregular/nodular. cheiro. 14º‐ Abdómen: a) inspecção: obesidade. fezes (coloração. bexiga.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 10 13º‐ Sistema cardiovascular: veias jugulares externas ingurgitadas (em cm. S1.I. b) mulher: b. ruídos hidro‐aéreos ausentes. outros. S3). sopros diastólicos. massas. ascite. simetria. y cm abaixo do rebordo costal). forma. S2. c) palpação: dor à palpação. anexos. uretra. em que o ponto de impulso é máximo. galopes (S4. presença de sangue ou pus. acima do ângulo de Louis. obstructivos. consistência. defesa. sopros sistólicos. hemorróidas. 15º‐Períneo: a) homem: a. E. com x graus de elevação do tronco em decúbito dorsal).C. etc.2) genitais internos: vagina. baço. testículos. configuração. onda líquida. b. timpanismo.). vesícula). hemorróidas. períneo. consistência. perdas de sangue.1) genitais externos: lábios. dor à palpação do fígado. atrito pericárdico.1) genitais: pénis. hipoactivos. ascite franca. forma. hiperactivos.).2) região anal e peri‐anal: períneo. pontos de sensibilidade visceral. fundos de saco. clítoris.3) região anal e peri‐anal: períneo. escroto. tamanho do fígado (x cm total de macicez. organomegálias (fígado. hérnias. próstata (toque rectal). circulação colateral. introito. perdas de sangue. epidídimos. massas. tónus do esfíncter. a. cérvix (toque vaginal). volume. Observar: a. coerente.1) Acuidade Visual 1) Posicionar o doente a cerca de 6 metros de um quadro com a escala de Snellen. Pedir ao doente para copiar o desenho ou para desenhar um mostrador de relógio (estas acções são difíceis no caso das apraxias de construção. espaço e pessoa. 2) Avaliar um olho de cada vez e depois em simultâneo. estase.6) Processo de Pensamento: Capacidade para ser lógico. a. usando qualquer figura impressa. cultura geral. 4+ hiperactivo/aneurismático 18º‐ Sistema Neurológico: a) Avaliação do estado mental – A maior parte da avaliação do estado mental é realizada durante a anamnese. Se não existir uma escala de Snellen Escala de Snellen comparar a visão do doente com a do examinador. memória (Imediata. estado da pele. a. capacidade para aprender factos novos. a. 3) Anotar a última linha que o doente consegue ler. relevante e com expressão dirigida a um objecto específico. cálculo. b. a. alucinações. a. raciocínio abstracto. 3+ normal.5) Discurso: quantidade. ulceração. a.2) Grau de consciência: alerta/ sonolenta/ semi‐comatosa (parcialmente acordada)/ coma ligeiro (reflexos intactos)/ coma profundo (não há reflexos).2. distribuição pilosa.8) Discernimento – capacidade de perceber e compreender‐se a si mesmo de forma realista.9) Funções Cognitivas – Capacidade de concentração. b.2) Fundoscopia b. a.2) II ‐ Óptico: b. cianose. Uma perda unilateral é especialmente significativa.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 11 16º‐ Extremidades: edema. hipocratismo digital. b) Pares cranianos b. a.2. Deve ser sempre adequada à idade e nível de instrução do doente.11) Capacidade de Construção: Desenhar dois pentágonos que se intersectam.7) Conteúdo do pensamento: compulsões.4) Humor: tipo. cabelo.3) Orientação no tempo.10) Discernimento (social e moral): “Que faria se encontrasse um envelope estampado e selado na rua?”. pois estimulam a mucosa nasal que é inervada pelo V par craniano. 2+ diminuído.1) Aparência geral: aparência e higiene pessoal. enquanto uma perda bilateral é normal com a idade. unhas e dentes.3) Determinação de campos visuais . muitas vezes com lesão do lobo parietal). Garantir a permeabilidade da cavidade nasal e testar cada narina individualmente. que esteja por perto. velocidade. a. articulação. expressão facial. Remota). 17º‐ Pulsos periféricos: não esquecer a descrição do pulso.1) I ‐ Olfactivo: odores – utilizar odores vulgares como o tabaco. 0 ausente. a.2. obsessões. evitar odores activos como perfumes ou amoníaco. lascas de sabão ou café. etc. Recente. 1+ filiforme. ritmo e inflexão. intensidade da emoção e sua adequação. vocabulário.. b.4) V ‐ Trigémio: b. simetria.3.3. .3) III – MOC.1) Componente sensitiva: Avaliar o reflexo corneano. próximo. O doente deverá indicar se. mantendo‐se sempre aberto (lagoftalmo). 9 e 12 horas e nas posições intermediárias a estes. que é deslocado da periferia para o campo visual.1) Observar a pupila do doente observando o seu diâmetro. Pede ao doente que diga “sim” quando o vir.5.) no lado afetado. b. 2)Repetir o exercício agora com o doente com ambos os olhos abertos e estando atento à pupila contralateral ‐ reflexo fotomotor consensual.5) VII ‐ Facial e Intermediário de Wrisberg: b. dobrar. O olho habitualmente não pestaneja.1) Método de confrontação Método muito grosseiro de avaliação dos campos visuais: 1) O examinador coloca‐se a cerca de 60 cm do doente. forma e NOTA: anisocória: diz‐se quando as pupilas têm diâmetros diferentes). p.3. contorno. Sensibilidade térmica (tubos de ensaio com agua quente e agua fria). Atentar a um eventual repuxamento da face para o lado são e ao apagamento dos relevos cutâneos (sulco nasogeniano. avaliar ainda os movimentos da mandíbula e a abertura da mandibula contra resistência. Testar os 3 ramos do trigémio (oftálmico.3.2) Avaliar os reflexos pupilares : Reflexo da acomodação 1) Verificar contração da pupila quando o doente converge os olhos para observar um objeto b.2. ex. 2) Percorrer as 9 posições do olhar.4. b.3) Avaliar movimentos extraoculares 1) Pedir ao doente para seguir apenas com o olhar um lápis ou o dedo do examinador. b. IV – Patético e VI ‐ MOE b. está a ver a 3) Registar quaisquer restrições ou assimetrias nos movimentos oculares.4. 6. maxilar e mandibular) quanto à: Sensibilidade álgica (por exemplo um alfinete esterilizado). 2) O doente cobre um dos olhos e o examinador cobre o olho do mesmo lado. Proceder da mesma forma em relação ao outro olho. Reflexo fotomotor 1) Incidindo um pequeno foco luminoso na pupila. olhando diretamente para o doente com o outro. O teste deverá ser feito em oito direções diferentes em cada olho: nas posições dos ponteiros do relógio às 3.1) Avaliar a força dos músculos da mímica facial em repouso e em ação voluntária: 1) Em repouso: olhar para a cara do doente enquanto este olha para o horizonte de uma forma indiferente. 3) O examinador utiliza um objecto. Nota: Não apontar diretamente à pupila mas sim fazendo um trajeto suave desde a região temporal ou pavilhão auricular até ao olho.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 12 b.3. em alguma ocasião. Sensibilidade táctil (por exemplo um pedaço de algodão).2) Campimetria Visual b. observar a reação pupilar ‐ reflexo fotomotor direto. com o seu olhar ao mesmo nível deste.2)Componente motora: avaliar a força dos músculos mastigadores procedendo à palpação do masséter e do temporal com oclusão mandibular mantida. b. uma caneta por exemplo. Se o objecto estiver no campo visual do examinador e o doente não o conseguir ver então o doente terá provavelmente uma diminuição do campo visual.2. seguidamente.7. . Testar a condução pela via aérea e via óssea utilizando um diapasão: testes de Rinne e Weber.7.3) pesquisar a presença do reflexo faríngeo: 1) Com uma espátula ou um aplicador de algodão.7.6) VIII ‐ Vestíbulo‐Coclear: b.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 13 2) Movimentos voluntários: pedir ao doente para.8. força.6.7) IX – Glossofaríngeo e X ‐ Pneumogástrico: b. atinge quase exclusivamente o andar inferior da face. 3) O processo repete‐se para o músculo contra lateral.8) XI ‐ Espinhal: b. é menos acentuada do que a periférica. pedir ao doente para expressar um sentimento com a mímica facial. b.2) Avaliar a posição da úvula na fonação b. desaparecendo a pupila sob a pálpebra superior.8.1) Avaliar as funções auditivas: Avaliar a acuidade auditiva à voz falada e à voz ciciada. Se não for possível até este ponto observar alguma expressão facial emocional (alegria. tocar suavemente em cada uma das regiões amigdalinas: a úvula deve mover‐se rapidamente para cima e a faringe posterior move‐se para a frente. Paralisia central vs. b. raiva.1) Pesquisar a simetria e dimensão dos músculos esternocleidomastoideu e trapézio NOTA: A paralisia do trapézio produz achatamento e alargamento da nuca. Utilizar a mão esquerda para avaliar a contração muscular. sorriso).7. sendo rara isolada. fechar os olhos. A resposta pode estar diminuída em doentes com uso de próteses dentárias ou hábitos tabágicos marcados. periférica: A central surge num contexto neurológico mais vasto. 2) O examinador apoia. b.6.3) Pesquisar a força muscular dos músculos esternocleidomastoideus: 1) A avaliação do esternocleidomastoideu direito realiza‐se indicando ao doente para rodar a cabeça para o lado oposto. colocando‐se o examinador por trás dele. abaixamento da espádua e depressão da região supraclavicular b.1) Pesquisar a simetria do palato mole. Estas diferenças estão relacionadas com o facto de o andar superior da face receber inervação bilateral. as mãos nos ombros do doente e pede‐lhe que os eleve com 3) A resposta normal é o vencimento da resistência exercida pelo médico. os movimentos emocionais são menos afetados.4) Avaliar a fonação e capacidade deglutória pesquisando sinais de disartria ou engasgamento.3) Avaliar a sensibilidade táctil do terço posterior da língua (IX par) b.2) Pesquisar a força muscular do musculo trapézio: 1) Pedir ao doente para se sentar. b. abrir a boca. enrugar a testa. de seguida. Como as pálpebras não se aproximam por não contraírem na paralisia que envolve o andar superior da face. sistematicamente. 2) O examinador aplica.8. b. tristeza.2) Avaliar a componente vestibular: Prova de Romberg. vê‐se o globo ocular rodar para cima e para fora. b. b. mostrar os dentes e assobiar. exercendo alguma força e pedindo‐lhe para contrariar o movimento.7. a sua mão direita no mento do doente. NOTAS: Sinal de Bell: Pedir ao doente para fechar os olhos. NOTA: A sensação necessária para o reflexo faríngeo é conduzida pelo IX par e a resposta motora é mediada na sua maioria através do X par. c.7) Sinal de Laségue d) Reflexos: comparar sempre com contra lateral. discriminatória (estereognosia.2) sinal de Romberg: presente. prova dedo‐dedo.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 14 b.1.2.1. outras.9.2.1. localização de um ponto. Reflexo Radial. agnosia. NOTA: O XII par inerva os músculos da língua dada a importância da língua na articulação verbal.2. e)Funções Sensitivas: sensibilidade álgica. 1+ ‐ Diminuído. Reflexo Aquiliano. Eminencias tenar. f) Funções associativas: discurso. 6 ‐ Normal.2) Movimentos anormais: tremor.1) Avaliação motora da língua: 1)Pedir ao doente para abrir a boca e fazer protusão da língua. A ponta da língua desvia‐se para o lado paralisado. 4 ‐ Como em (3) e contra resistência parcial. parkinsónica. Escala: 0 ‐ Ausente com facilitação. a sua avaliação foi iniciada empiricamente desde que se cumprimentou o doente no início da consulta. c) Sistema Motor c. barestesia). 2+ ‐ Normal.2.1) Reflexos tendinosos profundos: Reflexo Bicipital.2. escrita. Reflexo Cremastérico. fasciculações.4) Força Muscular: Escala de 0‐5 (Ajustar resultados à idade. grafestesia. c.4) Pedir ao doente para se levantar de uma cadeira sem auxilio do braços ou pedir que suba a uma branco ou ao degrau da marquesa. para a esquerda.3) Prova dos braços estendidos c. 2)De seguida solicitar ao doente para movimentar a língua para cima. postural. adiadococinésia.2. Quadricipedes. c. ESB‐ esboçado.2. 5 ‐ Como em (3) mas contra uma resistência total e sem fadiga obvia. c. observar a postura. apraxia. prova dedo‐nariz. 3 ‐ Movimentos activos contra a gravidade. térmica. steppage.6) Sinais Meningeos: Sinal Brudzinski e Sinal de Kernig. prova calcanhar‐joelho. leitura. c. d. Reflexo Tricipital.2) Reflexos superficiais: Reflexo Abdominal. Inspecionar eventuais desvios. 1 ‐ É detectada uma contração quase imperceptível. atáxica. para a direita e em movimentos circulares.9) XII ‐ Grande Hipoglosso: b. plégias. 3+ ‐ Hiperactivo. para baixo. deltoides. Reflexo Rotuliano. Interósseos dorsais.1) Exame Geral c. c. c. descriminação de dois pontos. c. c.1. 2 ‐ Movimentos activos com a gravidade eliminada. ausente. 4+ ‐ Clónus mantido.2) Exame Detalhado: c. 3)Pedir ao doente para empurrar a língua contra a bochecha tanto à esquerda como à direita e ainda que simule a mastigação e a deglutição. enrugamento e contrações fasciculares. . vibratória. sexo e constituição física): 0 ‐ Não há contração muscular detectável. d.3) Atrofia muscular: Músculos tibiais anteriores. Reflexo Plantar. zonas de atrofia.1) marcha: normal. anormal. extinção.1) Movimentos activos e passivos: parésias.5) Coordenação: movimentos alternados rápidos. Num doente com EA esta diferença estará diminuída.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 15 19º‐ Sistema Locomotor: a) Estudo da marcha: vidé "18º‐Sistema Neurológico. dismetria dos membros (ombros ou espinhas ilíacas desniveladas). d. irradiação de dor para membros superiores. realizar inclinação lateral forçada da coluna cervical.3) Coluna dorsal: rotação limitada. 3) Pedir ao doente para flectir a coluna. articulações esternoclavicular e acromioclavicular. d. goteira bicipital. >Teste do Arco Doloroso Testa‐se a abdução do braço (0‐180º): 1) Pedir ao doente para realizar a abdução do braço. 2) Num teste positivo para escoliose. valgos. transversos. D3. cavos. com o doente em ortostatismo e com a coluna flectida deve ser 3 a 5cm. >Manobra de Spurling Detecção de compromisso radicular cervical: 1) Com o doente sentado. sem flectir os joelhos. >Teste de Schöber Estudo da flexão da coluna lombar: 1) Com o doente em pé. coifa dos rotadores. 2) Marcar um ponto 10cm acima do ponto 0cm. >Teste de Adams Realiza‐se para distinguir atitude escoliótica de escoliose: 1) Pedir ao doente em ortostatismo e de costas voltadas para o médico para flectir a coluna de modo a chegar com as mãos ao chão.5) Ombro: dor no ponto coracoideu. 2) Positivo quando desperta dor.2) Coluna cervical: movimentos limitados. >Teste da flecha lateral Estudo da lateralização da coluna: 1) Pedir ao doente para realizar a flexção lateral da coluna lombar.1) ATM: atrito audível. 4) Num teste normal." b) Estudo da estática: alterações nas curvaturas da coluna (hipercifoses dorsais.4) Tórax: perímetro torácico (com fita métrica acima dos mamilos e em inspiração e expiração total ‐ diferença normal entre as duas fases: 8‐10cm) d. D7 e L4. extensão e flexão). hiperlordoses lombares. motilidade passiva e activa da coluna lombar (lateralidade. traçar uma linha horizontal. d) Exame reumatológico com o doente sentado: d. imaginária. planos). 2) Se surgir dor ou limitação de movimentos entre os 60º e os 120º é muito provável uma tendinite da . d. movimentos limitados. não fazendo flexão nem rotação do tronco. ou inclinação da pelve. escolioses e atitudes escolióticas). longa porção do bícipete. a diferença entre variação das distâncias entre os dois pontos. as curvaturas anormais não desaparecem. alterações nos pés (varos. c) Exame sumário da coluna vertebral: reconhecer e palpar C7. 2) Medir a distância dos dedos ao solo de ambos os lados e fazer a média. que passe nas duas cristas ilíacas póstero‐superiores e marcar o ponto 0cm na sua intersecção com a coluna lombar. nódulos subcutâneos. >Teste de Jobe Usado para verificar patologia do músculo supra‐espinhoso: 1) Pedir ao doente para realizar abdução do membro superior em teste. até aos 70º. é provável patologia do tendão da longa porção do bicípete.6) Cotovelo: placas de psoríase. é bastante sugestivo de irritação radicular lombar. e) Exame reumatológico com o doente em decúbito dorsal: e. principalmente com irradiação no território do ciático popliteu externo. sinovite (palpação dolorosa das goteiras). 2) Se provocar dor. epicondilite (dor com extensão contrariada do punho). d. e. 3) Verificar a quantos graus provoca dor. dedos em fuso.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 16 >Manobra Palm‐Up Usada para verificar dor no tendão da longa porção do bicípete braquial: 1) Pede‐se ao doente para realizar a flexão do membro superior a ser testado. Se. artrite psoriática (IFD com consistência elástica).7) Punho e mão: síndroma do canal cárpico. ou até doer. 2) Realizar flexão passiva do membro inferior. mão em dorso de dromedário. 2) Positivo se provocar dor no estiramento do tendão do longo abdutor do 1º dedo. 4) O Laségue é positivo quando há dor.. d.. realizar elevação do membro superior em bloco. tendinite de De Quervain. >Manobra de Phalen Detecção do síndroma do canal cárpico: 1) Realizar hiperflexão do punho. podendo retratar a normalidade ou patologia de outra região.2) Coluna lombar: >Sinal de Laségue Pesquisa de irritação radicular lombar: 1) Pedir ao doente para se deitar em decúbito dorsal e não fazer força. olecraneíte. partindo da posição de abdução a 60º e flexão a 30º. deformações das IFP e IFD. 2) Positivo se provocar dor e/ou parestesias no território do nervo mediano. . pode indicar patologia do supra‐espinhoso. epitrocleíte (dor com flexão contrariada do punho). >Sinal de Tinel Detecção do síndroma do canal cárpico: 1) Percutir ao longo do trajecto do nervo mediano ao longo do canal cárpico. 2) Se esta for dolorosa. Frequentemente pede‐se ao doente para juntar as faces dorsais das mãos e fazer força. 2) Positivo se provocar dor e/ou parestesias no território do nervo mediano. dedos em pescoço de cisne. unhas. então é inespecífica. desvio cubital dos dedos. com o antebraço em extensão e supinação. bursites.1) Medição dos membros inferiores : entre a espinha ilíaca ântero‐superior e o maléolo interno. tofos gotosos. Se esta dor for para valores até 30º/40º.. flectindo amobos os punhos em simultâneo. dedos em botoeira. com 1º dedo para baixo. com possível hérnia discal. com o joelho em extensão. a dor for para valores superiores a este limiar. fazendo desvio cubital da mão. ou seja. . como a anca. por outro lado. tofos gotosos. >Manobra de Finkelstein Detecção de tendinite de De Quervain: 1) Pedir ao doente para cerrar a mão segurando no 1º dedo. aplicando resistência. contra resistência. movimentos limitados. patologia meniscal. com o membro inferior em extensão. 2) Aplicar pressão ao nível da espinha ilíaca ântero‐superior contra‐lateral. com o joelho em flexão para 30º. 2) Observar a perna contralateral. seguidamente. bursite pré‐patelar. patologia dos ligamentos cruzados. >Manobra de Volkman Pesquisa de sacroileíte: 1) Pedir ao doente para se deitar em decúbito dorsal. colocando o pé acima do joelho contra‐lateral. >Teste de Thomas Pesquisa de contracturas de flexão da art. 3) A manobra é positiva quando existe um movimento excessivo da tíbia em relação ao fémur. coxo‐femural. >Teste de stress em varo e em valgo Avalia a estabilidade dos ligamentos laterais: 1) Pedir ao doente para se colocar em decúbito dorsal.3) Articulações sacroilíacas: dor. da rótula com o 2º dedo. varo. derrame intra‐articular. 2) A manobra é positiva quando desencadeia dor na região destas articulações. art. coxo‐femural em flexão a 90º e rotação externa.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 17 e. enquanto se força a rotação externa da art. >Manobra de Fabere Pesquisa de sacroileíte: 1) Pedir ao doente para se colocar em decúbito dorsal. se a manobra for positiva. 3) Positivo se houver movimento excessivo da tíbia em relação ao fémur.5) Joelho: valgo. repetir o procedimento para o lado oposto. 2) Realizar compressão numa face lateral da perna e na face contralateral da coxa. ao nível da articulação. primeiro com o membro inferior em extensão completa. deve provocar dor na articulação sacroilíaca homolateral. >Manobra do Choque da Rótula Detecção de líquido intra‐articula: 1) Pedir ao doente para se deitar em decúbito dorsal. >Teste da gaveta anterior e posterior Avalia a estabilidade dos ligamentos cruzados: 1) Pedir ao doente para se colocar em decúbito dorsal. exerce‐se pressão nas espinhas ilíacas ântero‐ superiores. bursite anserina. afastando as cristas ilíacas (báscula da bacia). 3) Se a manobra for positiva. coxo‐femural homolateral. o doente será incapaz de manter a perna contralateral em extensão. quisto de Baker. enquanto que com a outra efectuar pressão seca 3) Se positivo sente‐se o choque da rótula no fémur.4) Anca e Articulações coxofemorais: bursite trocantérica (dor na face externa da anca). com o joelho flectido a 90º. 2) Realizar movimentos anteriores e posteriores. e. . junto ao joelho. coxo‐femural: 1) Pedir ao doente para se deitar em decúbito dorsal. bursite iliopectínea (dor na virilha) e bursite isquiática (dor na tuberosidade isqueática). realizando uma hiperflexão forçada da coxa sobre o tronco. 2) Comprimir a bolsa supraquadricipital com uma mão. com o joelho em flexão a 90º. e. ou apresentará uma contractura de flexão (flexo) da art. artrose da anca (movimentos limitados: cruzar a perna e apertar atacadores). e. f) Exame reumatológico com o doente em decúbito ventral: f. síndroma do canal társico.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 18 >Manobra de McMurray Pesquisa de lesão meniscal: 1) Pedir ao doente para se colocar em decúbito dorsal. b) Enquanto se examinam todas as articulações devem‐se procurar sempre sinais inflamatórios (dor. metatarsalgia. que sugere irritação de raízes lombares altas (lombocruralgia). talalgia. Pode ser realizada a manobra do tripé e o sinal de Laségue invertido. aplicar movimento de retação da perna.. Nota: a) Existem mais testes.1) Coluna vertebral: palpação de toda a coluna vertebral e art. sacroilíacas. além dos explicitados acima. e. exercendo peso na região do calcâne.2) Membros inferiores: palpação da tuberosidade isquiática e escavado popliteu. a manobra deverá despertar dor. coxo‐femural em flexão.6) Tibiotársica e pés: tendinite aquiliana. rubor e perda de função). respectivamente) . com joelho e art. acompanhada de extensão do joelho. Pode‐se ir preenchendo o seguinte homúnculo: (Indicar as articulações afectadas por dor e edema nos homúnculos da esquerda e da direita. plantalgia. coxo‐femural é também possível nesta posição. tofos gotosos. no entanto. calor. edema. 2) No caso lesão meniscal. hallux valgus. avaliação da extensão da art. 2) Se for positiva existe um ressalto grosseiro da entrelinha correspondente ao menisco lesado quando se aplica um movimento rotacional da perna no sentido oposto. estes são os mais frequentemente utilizados. f. exercer compressão nos meniscos por rotação e pressão. decubito ventral Detecção de patologia menisca: 1) Pedir ao doente para se deitar em decúbito ventral. >Teste de Apley ‐ joelho. mas sim vocabulário médico resultante da interpretação do profissional de saúde dos sintomas descritos durante a colheita de informação. as iniciais do doente. em princípio. à medida que vão surgindo novos dados. exame objectivo.). é neste local que o médico faz o ponto da situação. vamos necessitar de realizar duas listas pelo simples facto de que.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 19 (Preencher as escalas acima de acordo com o observado) ATENÇÃO Por diversas razões. trata‐se da mesma lista que é actualizada ao longo do tempo. Desta forma. sexo e idade). A leitura do resumo por outro médico deve permitir que este tenha um panorama completo do quadro clínico do doente e das suas características. De facto. em situações de exame. Por isso. antecedentes familiares. é necessário copiarmos a nossa primeira lista de problemas para uma segunda página que completaremos posteriormente. RESUMO O Resumo deve conter as informações mais importantes até ao momento. já não se utilizam as expressões referidas pelo doente ("sic"). Aqui. na realidade. Num processo clínico de enfermaria. já não teremos acesso à parte da história clínica que acabámos de escrever. Na história clínica devem ser apontados os exames que não foram feitos. . apresentando os dados já de forma tratada. que lhe permita formular hipóteses diagnósticas.ex. o estudante/médico deverá optar pelos exames e manobras mais pertinentes para o caso clínico. passando depois para os restantes tópicos da história clínica (motivo de consulta/internamento. Deve iniciar‐se com os dados relevantes da identificação do doente (referindo‐se sempre. pelo menos. P. LISTA DE PROBLEMAS ACTIVOS E PASSIVOS PROVISÓRIA Existem duas listas de problemas activos e passivos. nem sempre é possível efectuar todo o exame objectivo. história actual. definitiva. etc. colocando as suas ideias em ordem. referindo‐se apenas informação que possa ser relevante para o estabelecimento de um diagnóstico e/ou para dar informação mais completa e relevante sobre o doente. No entanto. no momento em que nos são fornecidos os exames diagnósticos do doente. "não foram efectuados os exames ginecológico e proctológico". constituindo esta a nossa segunda lista de problemas (ver tópico mais à frente). se apresenta entre as várias hipóteses como a mais plausível e consistente. DIAGNÓSTICO(S) PROVISÓRIO(S) O diagnóstico provisório é aquele que. Não esquecer os restantes diagnósticos clínicos de que o doente pode já ser portador (pex. já resolvidas. após a discussão das hipóteses diagnósticas. Estes devem fazer parte da lista de problemas activos.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 20 Na primeira lista de problemas devemos assim colocar todos os problemas de saúde do doente. Não esquecer as restantes patologias de que o doente pode ser portador. como a hipertensão arterial. justificando também o posterior pedido de exames complementares de diagnóstico. há problemas activos que podem passar a passivos e vice‐versa. Assim. desde os sintomas da história actual a doenças crónicas. Colocar por tópicos. No entanto. Estes correspondem àquelas hipóteses diagnósticas que subsistiram como plausíveis após a discussão. É com base no diagnóstico provisório que se pedem os exames complementares de diagnóstico. pode haver mais do que um diagnóstico provisório. enquanto que situações como infecções ocorridas no passado. devem fazer parte da lista de problemas passivos. A justificação é feita com tudo o que se sabe do doente até ao momento. com o objectivo de confirmar ou infirmar o(s) diagnóstico(s) provisório(s). colocar as hipóteses de diagnóstico que podem ter sido responsáveis pelo internamento/consulta. HIPÓTESES DE DIAGNÓSTICO Com base no que foi descrito anteriormente. procurando a sua confirmação. do mais para o menos provável. EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO Esta secção tem como objectivo indicar os exames complementares diagnósticos que deverão ser pedidos. os problemas passivos são aqueles que não carecem de tratamento (incluindo terapêutica crónica) nem monitorização no presente momento. artrite reumatóide em doente com HTA e Diabetes mellitus tipo II). Em qualquer momento. . DISCUSSÃO DAS HIPÓTESES DE DIAGNÓSTICO Nesta secção apontam‐se os argumentos que afirmam ou infirmam as hipóteses diagnósticas colocadas anteriormente. esta lista consiste em não mais que uma actualização da lista de problemas activos e passivos de acordo com as novas informações obtidas através dos exames complementares de diagnóstico. DIAGNÓSTICO DEFINITIVO Diagnóstico definitivo de acordo com as novas informações dos exames complementares de diagnóstico. Este parâmetro também dependerá bastante da compliance do doente face à terapêutica. Pode existir a possibilidade de que nesta fase ainda não haver uma certeza absoluta quanto ao diagnóstico. dieta. Numa situação de exame académico. Estão incluídas medidas farmacológicas. mesmo que não 100%. nesta fase. Indica‐se os resultados dos exames complementares de diagnóstico pedidos (transcrição de relatórios de imagiologia.). Também é importante referir a probabilidade de existência de sequelas ou morbilidades permanentes. . Existem medidas "life saving" ou de alívio de sintomas que têm de ser tomadas.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 21 RESULTADOS DOS EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO Aqui. pelo que este consiste naquele com a probabilidade mais forte. PROGNÓSTICO Final da história clínica. cirúrgicas. juntamente com interpretação feita pelo médico desses mesmos exames. Não esquecer as restantes patologias de que o doente pode ser portador. apontamento dos parâmetros de análises bioquímicas. etc. mesmo sem diagnóstico definitivo. Dependendo do diagnóstico definitivo. sem relacionar com nenhuma das hipóteses de diagnóstico. aprecia‐se se o doente terá um prognóstico reservado. Deve abranger tanto o motivo de internamento/consulta como outras doenças de base. esta lista é assim o único documento que temos. PROPOSTA TERAPÊUTICA Elaboração do plano terapêutico de acordo com o diagnóstico definitivo. resultante da parte inicial da nossa história clínica. LISTA DE PROBLEMAS ACTIVOS E PASSIVOS DEFINITIVA Como já referido. se a sua sobrevida será baixa ou elevada ou se o caso estará resolvido num determinado espaço de tempo. mudanças no estilo de vida. etc. à consulta do seu médico de família referindo o aparecimento de gonalgias à direita.G. caucasiana. sem irradiação. sem factores de agravamento ou de alívio. durante este . Sexo: Feminino Raça: Caucasiana Data de nascimento: 19/01/1994 Local de nascimento: Lourinhã Local de residência: Lourinhã Estado civil: Solteira Profissão: Estudante (frequenta o 11º ano do Ensino Secundário regular) Contactos: Telefone XXXXXXXXX E‐mail XXXXXXXXXXXXXX Principais Alergias: Nega Alergias Outras Informações Relevantes: MOTIVO DE INTERNAMENTO/CONSULTA Motivo de consulta: Consulta de rotina após aparecimento de artralgias nos joelhos. A doente diz não ter notado aumento de volume. 17 anos. de forma aditiva. em moinha. estudante do ensino secundário.G. acompanhada de impotência funcional ("houve uma altura em que não conseguia agarrar na caneta para escrever" sic).A.. com impotência funcional associada ("tinha de parar de andar ou correr porque não conseguia. punhos.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 22 Template exemplificativo ‐ Caso clínico Data do consulta: 20/03/2012 Data de colheita da história: 20/03/2012 Local de colheita da história: Serviço de Pediatria do Desenvolvimento. de aparecimento e desaparecimento espontâneo. Há dois anos diz ter‐se dirigido novamente ao médico de família por tumefacção de ambas as mãos.I.I. rubor ou calor articular. HISTÓRIA DA DOENÇA ACTUAL H. Refere ter‐lhe sido prescrito paracetamol (desconhece a dose) para as dores. Marta Duarte Samartinho e Miguel Bernardo IDENTIFICAÇÃO DO DOENTE Nº de processo: XXXXXX Nome completo: H.A. desde há sete anos. A doente refere ainda. nas aulas de educação física" sic). há sete anos. menciona ter recorrido. de duração variável entre 10 minutos e 24 horas.I. sexo feminino.A. e mãe História colhida por: António Nicolau Fernandes. coluna cervical e tornozelos. de intensidade 8 (numa escala de 0 a 10). mencionando ainda referenciação para realização de radiografia ao joelho. que afirma não ter mostrado qualquer alteração. Diogo Mendes Pedro. com uma semana de evolução. de aparecimento súbito.G. HSM História fornecida por: H. quando associada a esforços físicos ou posição corporal. uma a duas vezes por mês. Regressa hoje à consulta para seguimento. dor na mão direita tipo moinha.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 23 período. de intensidade 7 (numa escala de 0 a 10). "falta de força. aliviando com a cessação do exercício ou alteração da posição. em que a sintomatologia se mantinha. de duração variável entre 10 e 20 minutos. A doente menciona também que nos casos de maior duração. acompanhada de tumefacção local. com características idênticas às dores nas mãos. de intensidade 7. não consigo abrir tampas de embalagens. Consta ainda a realização do estudo imagiológico das articulações sacroilíacas. A doente não diz ter notado aumento de volume. nem consigo agarrar nas coisas pesadas" (sic). com características semelhantes às previamente descritas mas de menor intensidade (4 numa escala de 0 a 10). extremidades frias e parestesias frequentes nas mãos. estando descrito no processo clínico desta consulta constar de cirurgia para tratamento de chalazion de grandes dimensões da pálpebra inferior do olho esquerdo. acompanhada de impotência funcional ("quando doía tinha de parar de escrever e esperar que passasse" sic). onde diz ter sido vista pela primeira vez dois meses depois. Há cerca de um ano. aliviando assim a sintomatologia. sendo aí seguida desde então pelo Professor Doutor João Eurico da Fonseca. geralmente associada a esforços mecânicos durante as aulas de educação física. de aparecimento e desaparecimento espontâneo. sem factores de agravamento e com alívio após a toma de paracetamol (desconhece a dose) por prescrição nesta mesma consulta. de duração de apenas alguns minutos (não sabe quantificar mais especificamente). referindo melhoria da sintomatologia em todas as articulações previamente afectadas. que . inicialmente apenas do lado direito (não sabe referir quanto tempo depois se iniciou a sintomatologia do lado esquerdo). sem factores de agravamento e com alívio espontâneo. respectivamente. a determinadas posições ("quando estou muito tempo de joelhos" (sic)) ou de forma espontânea. refere melhoria da sintomatologia nas restantes articulações. à excepção dos joelhos. Menciona ainda rigidez da coluna lombar que se tem acentuado desde pequena ("quando era pequena acho que conseguia chegar com as mãos aos pés mas agora não" (sic)). AFL negativo e hemograma normal. que indicaram ser HLA‐B27 positiva. "quando está mais frio" (sic). Apesar disto. especialmente de manhã. A intensidade (8) e duração (10min ‐ 24h) são as mesmas dos episódios iniciais de gonalgias. toma de 400mg ibuprofeno. com irradiação para os dedos dos pés mas não para a perna. sendo que o acesso ao registo clínico de consulta da doente mostrou análises com ANA1/320A e HLA‐B27 positivas. A doente afirma ainda ter realizado análises. inicialmente com radiografia e posteriormente com tomografia computorizada. A doente menciona ter sido referenciada para a Consulta de Reumatologia Pediátrica do HSM. e aparecimento de dor cervical bilateral ("tinha sempre muitos torcicolos" sic). mencionando apenas ocasional dor nos joelhos (duas a três vezes por mês). com irradiação para a articulação do punho mas não para o antebraço. tendo‐lhe sido diagnosticada Artrite Idiopática Juvenil associada a entesite. Refere ter sido submetida a cirurgia. A doente refere ainda dores nos punhos ocasional aquando da prática de exercício físico. de aparecimento e desaparecimento espontâneo. Anti‐DNA negativo. Refere ainda persistência das gonalgias com as caraterísticas previamente descritas. refere ter sido reencaminhada (pela Reumatologia Pediátrica) para a Consulta de Oftalmologia por inflamação da pálpebra inferior do olho esquerdo. aí solicitadas. Refere ter‐lhe sido prescrito 400mg ibuprofeno para quando tivesse dores. Também há cerca de 1 ano diz ter iniciado tarsalgias em moinha. análises do complemento normais. Encontra‐se ainda referida a ausência de uveíte. que revelaram ausência de alterações articulares e peri‐articulares. rubor ou calor articular. sem irradiação e. Nega xerostomia. sífilis. sensação de olhos secos e pele seca. artrite reumatóide. pieira e farfalheira. cheiro. nomeadamente: dor. polaquiúria. e calor. rash cutâneo. Nega fotosensibilidade. emagrecimento e falta de apetite. dor torácica. A doente menciona ainda o aparecimento frequente de "frieiras" (sic). Sem outras complicações. Nega cansaço. disuria. doença cardíaca. nomeadamente dor. Cumpre o calendário de vacinação do PNV. Predniftalmina. diabetes. tosse convulsa. ardor miccional. aftose oral e episódios de herpes labial. melenas. alteração da cor. febre reumática. hematoquésias. Nega dor ao longo dos percursos vasculares. deformações. palpitações e HTA (após medição em consulta de MGF). hemoptises. alta cirúrgica a 19/05/2011. poliomielite. durante os episódios de agudização das queixas articulares. contudo. rubor. Nega alterações no desenvolvimento dos dedos dos pés. pneumonia. alterações do estado de consciência (nomeadamente: perdas transitórias de consciência e tonturas). doença renal. Clorocil (pós‐operatório oftalmológico). durante o Inverno. Nega febre. Nega outras alterações do sistema osteo‐articular. calor. coreia. alteração no número de dejecções. manchas na pele. tosse. náuseas. difteria. máculas cor de salmão.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 24 relaciona com a manutenção de uma mesma posição durante alguns minutos. Nega papeira. assim como rubor. em outras articulações. ANTECEDENTES PESSOAIS A doente refere infância saudável até ao surgimento dos primeiros sintomas reumatológicos (vidé história da doença actual). escarlatina. As terapêuticas já realizadas são as seguintes: Paracetamol e Ibuprofeno (em SOS para dores articulares). hipersensibilidade cutânea. . edema. 27/04/2011: Cirurgia para remoção de chalázion no olho esquerdo. rubor. Nega dor abdominal e abdómen inchado. forma e consistência das fezes. impotência funcional. para as quais não realiza qualquer tipo de terapêutica. neoplasias. Nega sinais inflamatórios ao nível os lábios e região peri‐labial. 11/05/2011: Cirurgia para remoção de chalázion no olho esquerdo. antes dos episódios de agudização das queixas articulares. A doente refere as seguintes cirurgias: 2009: Remoção de um nevus na asa direita do nariz. queda de cabelo. vómitos. A doente refere envolvimento em acidente de moto em Agosto de 2011 do qual resultaram apenas escoriações nos membros inferiores. cefaleias. edema. tuberculose. sarampo. A doente nega transfusões e ainda reacções medicamentosas adversas. edema e calor. icterícia. Nega febre. expectoração. varicela. Refere. Foi medicada com Ibuprofeno para analgesia. Nega dispneia. hipertensão. alergia ao pó na infância. epilepsia. glaucoma. Hábitos toxicofílicos: refere consumo esporádico e moderado de álcool em ambientes sociais. e legumes e frutas. negando a doente outros consumos. 180 minutos no total ‐ sendo referidas limitações ao nível de exercício de resistência e de flexibilidade por dor. tradicional.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 25 Hábitos alimentares: refere ter alimentação equilibrada com correcta ingestão de sal. tuberculose. A doente nega viagens recentes. com o 10º ano de escolaridade completo. A doente possui um estilo de vida activo. com nível socioeconómico médio. Encontra‐se inserida numa família nuclear. doença cardíaca. ANTECEDENTES FAMILIARES A mãe da doente refere: (ver árvore genealógica) Nega história familiar de diabetes. Filha única. miopia. asma e alergias. Actividade física: refere restringirem‐se aos períodos de educação física na escola – duas vezes por semana. obesidade. neoplasias. frequentando o 11º ano de escolaridade com bom aproveitamento. doença renal. Solteira. A sua habitação possui saneamento básico. anemia. surdez. gota. ANTECEDENTES SOCIAIS Estudante de ensino secundário. Natural e Residente da Lourinhã. gorduras. electricidade e é descrita como sendo confortável. Genograma Familiar . amigdalites. vidé história da doença actual. alterações das unhas e psoríase. faringites. Nega outras alterações de visão. 4º‐ Sistema nervoso central: Doente nega cefaleias. lipotímias/síncope. Não foi perguntado a realização de teste tuberculínico prévio. Não foi perguntado a presença de convulsões. tremor. arrepios. corrimento nasal. dor. ataxia. 3º‐ Hematopoiético: Doente nega anemias. escotoma. urticária. 11º‐ Respiratório: Doente nega tosse. inflamações e edema palpebral. corrimento. Não foi perguntado a presença de prurido. sono. tumores e dermatoses. sinusite. vertigens. 9º‐ Pescoço: Doente nega adenopatias. pieira. apetite. hemoptises. paralisias ou parésias. lacrimejar.) inespecíficos na infância. alterações de pilosidade. laringites.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 26 REVISÃO DE SISTEMAS 1º‐ Geral: Doente refere astenia de predomínio matinal. Nega alterações do peso. Refere acne e frieiras nas mãos. retracção mamilar ou inflamação. reacções transfusionais e esplenomegalia. amaurose e diplopia. . infecções respiratórias de repetição e uso de substâncias toxicofílicas inaladas. disestesia e nevralgias. vidé Antecedentes Pessoais. Não foi perguntado a presença de fístulas e bócio. rouquidão. infecções. 10º‐ Mamas: Doente nega massas. Não foi perguntado a presença de tendência para hemorragias e equimoses. 7º‐ Nariz. vidé Antecedentes Pessoais. dor. otoráquia e otorragia. vidé história da doença actual. tabagismo. Cirurgia para remoção de Chalazion: 27‐04‐2011 e 11‐05‐2011. Nega alterações da coloração. 2º‐ Pele: Doente refere cirurgia para remoção de nevus na asa direita do nariz em 2009. 5º‐ Olhos: Doente refere última observação oftalmológica: 19‐05‐2011. febre ou suores nocturnos. Nega epistáxis. Não foi perguntado a presença de otorreia. garganta e seios: Doente refere "Problemas de garganta" (sic. 6º‐ Ouvidos: Doente nega zumbidos e surdez. 8º‐ Dentição: Doente nega cáries. uso de óculos/lentes de contacto. piorreia ou próteses. pesadelos e perdas de memória. dispneia paroxística nocturna.A. uso de laxantes. dispareunia. amenorreia. infecções e incontinência. G0P0. e antecedentes pessoais Nega deformações. palpitações. Menstruações com ciclos regulares Nega intervenções cirúrgicas. melenas. respiratória: 15 cpm Temperatura: não medida T. 13º‐ Gastrointestinal: Doente nega náuseas. poliúria. tenesmo. 15º‐ Sistema génito‐reprodutor: Doente. amplitude 3+. hipermenorreia. angor pectoris. obstipação. dismenorreia. urgência em urinar. Não foi perguntado a presença de menorragias. exames serológicos. fenómeno de Raynaud e síncope ou pré‐síncope. intolerância ao frio. insónia. dor abdominal e icterícia. sopros. simétrico. rítmico. hemorragias pós‐coito. alterações do trânsito intestinal. polidipsia. história de doença venérea. alterações da voz. hematemeses. alterações das fezes. 14º‐ Tracto urinário: Doente nega disúria. Não foi perguntado a presença de edemas maleolares. dureza normal. EXAME OBJECTIVO 1 ‐ Sinais vitais: A doente apresenta‐se vigil. ortopneia. É colaborante. uso de antiácidos. dispneia de esforço. refere menarca aos 14 anos. intolerância às gorduras ou outros alimentos. poliúria. Freq.: não medida . dispepsia. leucorreia. hemorragias pós‐ menstruais. intolerância ao calor. prurido. hematúria. cervicite e tumores. Pulso carotídeo: 80 bpm. igual. polaquiúria. 17º‐ Endócrino: Doente nega bócio. sudação e irritabilidade. 18º‐ Psiquiátrico: Doente nega hiperventilação. no tempo e em relação à própria. tromboflebites e claudicação. hérnia e halitose. vidé antecedentes pessoais. Desconhece data do último período menstrual e data da última observação ginecológica. nervosismo. regular. varizes. diarreia. nictúria. Não foi perguntado a presença de litíase renal. vómitos. metrorragias. orientada no espaço. 19º‐ Outros dados da história: Doente refere acidente de viação. disfagia. Não foi perguntado a presença de hemorróidas. polifagia. 16º‐ Músculo‐esquelético: vidé história da doença actual. meteorismo e flatulência.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 27 12º‐ Cardiovascular: Doente nega dor torácica. Doente não questionada acerca do uso de métodos contraceptivos. depressão. rectorragias. Pestanas com pilosidade adequada ao sexo e à idade. . Amígdalas e mucosa faríngea sem alterações aparentes à observação. petéquias. córnea transparente e sem lesões. Unhas. diáteses hemorrágicas. glândulas lacrimais sem sinais inflamatórios e indolores à palpação.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 28 2‐ Geral: Peso: 56 Kg Altura: 163 cm IMC: 21. telangiectasias. canal lacrimal permeável. isoreactivas. Seios perinasais não dolorosos à palpação. Sem icterícia. nariz e orofaringe: Fossas nasais desobstruídas e sem rinorreia. equimoses. Sem adenomegálias. exantemas. Coloração mantida das mucosas labial. Coloração mantida das mucosas labial. edemas. A idade aparente coincide com a real. fototipo III. parotidianas. 9 ‐ Boca. reflexo fotomotor directo e consensual não foi pesquisado. supra‐claviculares. 5 ‐ Cabeça: Crânio normocéfalo. infecções. sem dismorfias. supra‐hioideias. Sem desvio do septo nasal. escleróticas anictéricas e sem lesões. Língua húmida e papilada. úvula móvel e sem desvios. frequência de pestanejo normais. gengival e bucal. fácies e expressão incaracterística. gengival e bucal. retro‐auriculares. textura normal.077 Doente com aparente bem estar geral. Sem alterações na dentição. Sem alterações do canal auditivo externo e no pavilhão auricular. mucosas e distribuição pilosa de acordo com o sexo e idade do indivíduo. 4 ‐ Adenopatias: Sem adenopatias suboccipitais. Mímica facial conservada. 3 ‐ Pele: Pele hidratada. submaxilares. 7 ‐ Fundoscopia: Não foi realizada fundoscopia. pupilas isocóricas. íris de cor castanha. úvula móvel e sem desvios. 8 ‐ Ouvidos: Não foi realizada otoscopia. sem cicatrizes nem deformações. Língua húmida e papilada. Amígdalas e mucosa faríngea sem alterações aparentes à observação. Sem desvio do septo nasal. Fossas nasais desobstruídas e sem rinorreia. 6 ‐ Olhos: Pálpebras sem lesões com movimentos conservados. púrpura. lesões. sem traumatismos. conjuntivas coradas e hidratadas. axilares. sem cianose. ulnares e inguinais. mastoideias. Pálpebras com movimentos conservados. esquerdo. 14 ‐ Abdómen: Abdómen normo‐esplâncnico. Não se identificam ruídos adventícios. Não foi realizado exame proctológico. Glândulas salivares não tumefactas nem dolorosas. junto à linha médio‐clavicular. traqueia centrada. 12 ‐ Tórax: Não foi feita observação torácica. À auscultação não há sopros audíveis. Sem achados à auscultação. ou outras lesões. Sem dor com o movimento. pulsos carotídeos normais (vidé sinais vitais). Sem sopros.I. loca esplénica ou na área hepática. 15 ‐ Períneo: Não foi efectuado exame do aparelho génito‐urinário 16 ‐ Extremidades: A conformação anatómica dos membros superiores é correcta e simétrica. esquerdo. 11 ‐ Mamas: Não foi feita avaliação mamária. junto à linha médio‐clavicular. Auscultação pulmonar: murmúrio vesicular mantido e simétrico. sem ascite. artéria renal. Não são audíveis atritos hepáticos ou esplénicos. Mobilidade com os movimentos respiratórios normal e simétrica. traumatismos. sem sopros nem extrassons. A percussão dos diferentes quadrantes revelou heterogeneidade normal. abdómen mole e depressível. À palpação não se detectam massas anormais. Não se identificam massas anormais palpáveis. sem cicatrizes. S1 e S2 normais. Os movimentos activos e passivos estão conservados e são não dolorosos.I. A palpação superficial e profunda é indolor. Frequência cardíaca: 80bpm. Frequência cardíaca central: 80bpm. Auscultação abdominal revelou ruídos hidroaéreos presentes. Não há alterações cutâneas À inspecção. Sem organomegálias e hérnias. sem gânglios palpáveis. não foi realizada medição.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 29 10 ‐ Pescoço: Movimentos conservados. sem sopros. Não foi feita realização da medição do engurgitamento jugular. Ausência de pulsações na fúrcula esternal e fossas supra‐claviculares. Frequência respiratória de 15 cpm. Impulso apical máximo no 5º E. sendo a coloração . Não se identificam sopros sobre a aorta abdominal. Sem pontos de sensibilidade nem reflexo de defesa. Não foi feita observação. ritmo regular. Auscultação cardíaca: realizada com a doente deitada em decúbito dorsal. S1 e S2 normais. A glândula tiróide não é palpável. impulso apical máximo no 5º E. Sem achados à auscultação. 13 ‐ Sistema cardiovascular: Veias jugulares aparentemente não ingurgitadas. extrassons ou atrito pericárdico. À palpação as pregas cutâneas apresentam a espessura normal a tonicidade muscular está conservada. A circulação no leito ungueal é normal. com discurso lógico. massas ou varizes. Manobra de Volkman sem dor nas articulações sacroilíacas. 4+ hiperactivo/aneurismático 3+ 3+ 3+ 18º ‐ Sistema Neurológico: Em relação ao estado mental há a referir uma aparência geral e higiene adequada. A circulação no leito ungueal é normal. Movimentos coordenados. Não são observáveis quaisquer deformações localizadas. rítmicos. Na avaliação do sistema motor há a referir presença de marcha normal. rotação e inclinação lateral mantidos e não dolorosos. de acordo com o sexo e a idade do doente. Pele. extensão. Não foram palpados os ombros. A distribuição pilosa está de acordo com o sexo e a idade. Funções cognitivas aparentemente normais. Tesde de Schöber de 10‐13. punho. tempo e pessoa. Doente alerta e orientada no espaço. esta apresenta as curvaturas normais e movimentos de flexão. relevante. sendo a coloração e a temperatura normais e simétricas. . sem cianose. de dureza normal e simétricos. massas ou hipocratismo digital. unhas. Não foram palpadas as apófises espinhosas. 2+ diminuído. sendo esta correcta e simétrica. Não foram realizadas outras manobras semiológicas. Os punhos.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 30 e a temperatura normais. Funções associativas normais. coxo‐femoral. Não há alterações cutâneas à inspecção. iguais. À palpação a tonicidade muscular está conservada. joelhos. Reflexos tendinosos profundos normais. cotovelo. Tónus muscular mantido. Não se pesquisaram sinais meníngeos nem sinal de Lasègue. tornozelos e pés. 19º ‐ Sistema Locomotor: Na avaliação da coluna vertebral. Os movimentos activos e passivos das articulações do ombro. tremor ou fasciculações. 1+ filiforme. à inspecção não se verificaram alterações na conformação anatómica. Os reflexos superficiais não foram testados. Distribuição pilosa normal. Na avaliação dos membros. 3+ 3+ 3+ N/E 3+ 3+ 3+ N/E 3+ 3+ 3+ 0 ausente. ausência de parésias e plégias. Não foi realizada avaliação dos pares cranianos. edema. joelho e tornozelo estão conservados e não são dolorosos. e as articulações IFP. ulceração. coerente. 17 ‐ Pulsos periféricos: Os pulsos pesquisados revelaram‐se regulares. cabelo e dentes saudáveis e bem tratados. Não são visíveis edemas. 3+ normal.5cm. Força muscular grau 5 nos membros. articulado e rítmico. O desenvolvimento das massas musculares está de acordo com a idade e sexo. IFD. MCF e cotovelos são indolores à palpação. TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 31 (Indicar as articulações afectadas por dor e edema nos homúnculos da esquerda e da direita. respectivamente) X X X X (Preencher as escalas acima de acordo com o observado) RESUMO H.. aparentemente saudável até há 7 anos atrás. em moinha. sexo feminino. com história familiar de psoríase.A. de intensidade 8 (numa escala de 0 a 10). altura em que iniciou artralgias nos joelhos. de duração variável entre 10 minutos e 24 horas. . sem factores de agravamento e com alívio espontâneo. estudante do ensino secundário. sem irradiação. coluna cervical e tornozelos. artrite psoriática e espondilite anquilosante. punhos. com impotência funcional associada. Referia como principal queixa gonalgias. 17 anos. de aparecimento e desaparecimento espontâneo. de forma aditiva.I.G. não tem tido queixas recentes à excepção de ocasional dor nos punhos. com um teste de Schöber de 10‐ 13. e apenas associadas a esforços físicos mais intensos.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 32 Foi há dois anos referenciada para a consulta de Reumatologia Pediátrica do HSM. com início de evolução para Espondilite Anquilosante ‐ Artrite Idiopática Juvenil associada a Entesite. continuando medicada com 400mg ibuprofeno em SOS. com Síndrome da Dor Anterior Idiopática do Joelho do Adolescente ‐ Artrite Ideiopática Juvenil associada a Entesite. Registou‐se melhoria do quadro clinico e a terapêutica com ibuprofeno passou a ser prescrito em SOS. não evoluindo para nenhuma das típicas doenças reumatológicas que geralmente precede. Referia nessa altura o aparecimento de dor a nível da coluna cervical bilateralmente. com início de evolução para artrite psoriática DISCUSSÃO DAS HIPÓTESES DE DIAGNÓSTICO ‐ Artrite Idiopática Juvenil associada a Entesite. aquando da prática de exercício físico Há sete meses. nalguns casos. assim como artrite da mão direita e tumefacção da mão esquerda sem outros sinais inflamatórios associados. referindo apenas ocasionais gonalgias. agora com 17 anos. a doente refere a ocorrência de um acidente de mota do qual resultam apenas escoriações nos membros inferiores. com prescrição de 400mg ibuprofeno. Há 1 ano. em remissão É possível. sendo que a . onde é seguida desde então. com menor frequência que anteriormente. posições álgicas ou à diminuição da temperatura ambiente. duas a três vezes por mês.5cm. HIPÓTESES DE DIAGNÓSTICO ‐ Artrite Idiopática Juvenil associada a Entesite. em remissão. Recorre agora à Reumatologia Pediátrica do mesmo hospital para consulta de rotina. Como queixas actuais refere gonalgias que têm ocorrido ao longo dos 7 anos de evolução da doença e que surgem agora com menor frequência. O exame objectivo era normal. e que efectua cerca de 1x/mês. resolve‐se em cerca de 80% dos casos que recuperam funcionamento normal. tem vindo a diminuir a sintomatologia da Artrite Idiopática Juvenil associada a Entesite. tendo‐lhe sido diagnosticada Artrite Idiopática Juvenil associada a entesite. em remissão ‐ Artrite Idiopática Juvenil associada a Entesite. Nessa altura foi referenciada para a consulta de oftalmologia do HSM. registaram tarsalgias bilaterais. incluindo a avaliação da coluna lombar. Da restante sintomatologia descrita. afirmando ter sido medicada com 400mg ibuprofeno para analgesia e negando posteriores complicações. De facto. A doente. que a Artrite Idiopática Juvenil associada a Entesite se resolva com a entrada na idade adulta. A doente apresentava HLAB‐27 e ANA1/320a. tendo sido excluída a presença de uveíte. apesar de não apresentar uma diminuição considerada patológica. verificou‐se ainda rigidez da coluna lombar ao exame objectivo. já foram apresentadas as razões que apoiam ou não esta hipótese no tópico anterior. tendo características de índole mais mecânica. variando de intensidade de joelho para joelho. No entanto. Apesar disto. estão ausentes antes do início da cronicidade da patologia. Acresce agora a hipótese de as gonalgias mais recentes já não se deverem à Artrite Idiopática Juvenil associada a Entesite. Para além disso. com Síndrome da Dor Anterior Idiopática do Joelho do Adolescente No que respeita à possível remissão da Artrite Idiopática Juvenil associada a Entesite. é o não envolvimento (ainda) das articulações sacro‐ilíacas pois. mas sim à presença de Síndrome da Dor Anterior Idiopática do Joelho do Adolescente.5cm) que. No entanto. Esta síndrome caracteriza‐se por dor peri‐rotuliana anterior generalizada. mais longos que o habitual. afeção de articulações do esqueleto axial. é possível que esta diminuição da sintomatologia corresponda ao início da remissão da Artrite Idiopática Juvenil associada a Entesite. sem história de trauma ou queixas de bloqueio. esta Síndrome começa geralmente no início da adolescência. com a realização do teste de Schober (10‐ 13. nomeadamente da coluna cervical. Para além disso. ‐ Artrite Idiopática Juvenil associada a Entesite.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 33 própria natureza das suas queixas mais recentes parecem diferir das iniciais. é inferior ao considerado normal. Um outro ponto que não exclui esta hipótese. instabilidade e derrames recorrentes. é típico nesta patologia a existência de longos períodos de aparente remissão. Adicionalmente. é típico da Artrite Idiopática Juvenil associada a Entesite a existência de longos períodos de aparente remissão. Para além disto. com início de evolução para Espondilite Anquilosante Como já foi referido. ser um destes períodos sem sintomatologia. Para além disso. de facto. esta situação não é clara ainda. pelo que não devemos descurar do facto de a doente nunca ter tido queixas do joelho esquerdo até aos últimos meses. algo que até poderia ter sido mascarado pela Artrite Idiopática Juvenil associada a Entesite caso a doente já tivesse referido queixas do joelho esquerdo previamente. ao contrário da normalidade. normalmente resultante de actividade física intensa como a corrida. em remissão. eventualmente. sendo a dor sempre de maior intensidade do lado direito. verifica‐se ainda a presença de história familiar (tio materno) de Espondilite Anquilosante. Para além disso. ter surgido recentemente (já no final da adolescência). as gonalgias são geralmente simétricas. apesar de aparentemente menos provável. é de não esquecer o facto de a doente ser HLA‐ B27 positiva. Desta forma. algo verificável em certa de 90% dos doentes com Espondilite Anquilosante. ‐ Artrite Idiopática Juvenil associada a Entesite. já houve. não sendo esta uma hipótese a excluir. . não devemos colocar de parte a hipótese desta Síndrome. O caso da doente pode. sendo importante ter em conta o facto de a doente ser HLA‐B27 e ANA1/320A positiva e ter forte história familiar de doenças reumatológicas (na idade adulta). muitas vezes. TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 34 Contra esta hipótese temos o facto de as queixas relativas à coluna cervical não se manterem. Para além disso. dactilite e psoríase. que a doente não apresenta. Um outro aspecto contra esta hipótese. ‐ Artrite Idiopática Juvenil associada a Entesite. DIAGNÓSTICO MAIS PROVÁVEL Artrite Idiopática Juvenil associada a Entesite. são menos frequentes os doentes HLA‐B27 positivos com Artrite Psoriática (geralmente são HLA‐B27 negativos). a doente é ANA1/320A positiva. sendo que esta positividade se encontra muitas vezes associada a sacroileíte. que não é o caso. ‐ Análises sanguíneas (para monitorização): Hemograma Parâmetros de fase aguda: PCR. quer até ao presente momento (comparativamente com exames passados). Adicionalmente. a ausência de agravamento das dores articulares durante a noite. os doentes com psoríase geralmente apresentam depressões ungueais. apesar da grande prevalência de indivíduos com Espondilite Anquilosante HLA‐B27 positivos (frequentemente são HLA‐B27 negativos). é de não esquecer o facto de a doente ter história famíliar de psoríase e artrite psoriática. . o que não é o caso. com início de evolução para artrite psoriática Como já foi referido. é típico da Artrite Idiopática Juvenil associada a Entesite a existência de longos períodos de aparente remissão. VS ‐ Exames imagiológicos: Raio X/Ecografia das articulações dos joelhos. eventualmente. para verificar se não há alterações morfológicas e se a entesite se mantém. No entanto. que não é o caso. ser um destes períodos sem sintomatologia. e o facto de ser mais frequente no sexo masculino. Para além disso. que a doente não tem. quer a sua evolução daqui para a frente. reside no facto de as articulações serem geralmente afectadas de forma assimétrica. mais longos que o habitual. sendo que estão presentes ANAs em 50% das crianças com artrite psoriática. O caso da doente pode. e de esta positividade estar muitas vezes associada a sacroileíte. a doente também é ANA1/320A. Para além disso. em remissão EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO Neste momento o importante é vigiar e monitorizar alterações na doente. o que não apoia este diagnóstico. a ausência de uveíte. incluindo um familiar de primeiro grau (mãe com psoríase). A prática de equitação também não é aconselhada. problemas sociais ou psiquiátricos Artrite Idiopática Juvenil associada a entesite 2010 2 Gonalgias 2005 3 Acne Juvenil ? 1 PROBLEMAS PASSIVOS RESOLUÇÃO DATA INÍCIO PROBLEMA NÚMERO Principais doenças anteriores ou hipersensibilidades (problemas que não requerem cuidado activo) ‐ Chalázion na pálpebra inferior esquerda 2011 ‐ ‐ DIAGNÓSTICO DEFINITIVO Não nos é possível chegar a um diagnóstico definitivo sem os resultados dos exames complementares. sinais. a doente deverá praticar exercício físico regular. exames complementares. preferencialmente hidroginástica e natação. as medidas terapêuticas serão centralizadas na educação da doente. Desportos como futebol. PROPOSTA TERAPÊUTICA Tratando‐se de uma Artrite Idiopática Juvenil associada a Entesite em período de remissão. à excepção da ecografia que ainda poderia mostrar sinais de entesite. A realização conjunta de fisioterapia é altamente aconselhável. seriam de esperar resultados normais a todos os exames requeridos. Assim. LISTA DE PROBLEMAS ACTIVOS E PASSIVOS PROBLEMAS ACTIVOS Sintomas. deverá praticar regularmente exercícios de amplitude da coluna e alongamentos para a flexibilidade tendinosa. . caso os resultados fossem os acima indicados. andebol ou outros que requeiram bastante contacto físico e esforço articular exagerado devem ser evitados. basquetebol. Para além disto. manteríamos a nossa hipótese diagnóstica de Artrite Idiopática Juvenil associada a Entesite. em remissão.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 35 RESULTADOS DOS EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO Caso se verificasse o diagnóstico mais provável. quando necessárias. terapêutica física e terapêuticas de alívio sintomático. No entanto. TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 36 Aconselha‐se ainda a utilização de plantares adequadas (para evitar enteses dolorosas dos pés). deixando em aberto a possibilidade de evolução para espondilite anquilosante ou artrite psoriática aquando da entrada na idade adulta. Em SOS deverá tomar Ibuprofeno (400mg. PROGNÓSTICO Caso se trate de um caso remissivo de Artrite Idiopática Juvenil associada a Entesite. é esperada a completa melhoria sintomática da doente e a entrada na idade adulta sem queixas reumatológicas. o curso da doença é bastante imprevisível. . Contudo. assim como uma dieta equilibrada e controlo de peso. 2 a 3 vezes /dia). sendo possível que este seja apenas um período de aparente remissão da doença. TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 37 Template minuta de uma história clínica Data do internamento/consulta: // Data de colheita da história: // Local de colheita da história: _____________________________________________________________ História fornecida por: ____________________________________________________________________ História colhida por: ______________________________________________________________________ IDENTIFICAÇÃO DO DOENTE Nº de processo: _________________ Nome completo: _________________________________________________________________________ Sexo: Masculino Feminino Data de nascimento: // Local de nascimento: ______________________ Local de residência: ______________________ Estado civil: ______________________________ Profissão: ________________________________________________________________________________ Contactos: Telefone _________________ E‐mail ____________________________________________ Principais Alergias: ______________________________________________________________________ Outras Informações Relevantes: _________________________________________________________ MOTIVO DE INTERNAMENTO/CONSULTA Motivo de consulta/internamento: _____________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________ Duração ____________________________________________________________________________ HISTÓRIA DA DOENÇA ACTUAL ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ . TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 38 ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ . causa e duração): ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 4 ‐ Acidentes: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 5 ‐ Transfusões: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 6 ‐ Terapêuticas já realizadas: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ .TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 39 ANTECEDENTES PESSOAIS 1‐ Doenças de infância e de adultos: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 2 ‐ Vacinas: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 3 ‐ Cirurgias/Hospitalizações (local. data. TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 40 7 ‐ Alergias e reacções medicamentosas conhecidas: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 8 ‐ Hábitos (Alimentares/Medicamentosos/Toxifílicos/Exercício Físico): ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ANTECEDENTES SOCIAIS 1 ‐ Nível educacional: ___________________________________________________________________________________________________________________________ 2 ‐ Profissões: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 3 ‐ Local de nascimento: ___________________________________________________________________________________________________________________________ . TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 41 4 ‐ Local de residência/morada: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 5 ‐ Estado actual (Estado civil/número de filhos): ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 6 ‐ Qualidade de vida: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 7 ‐ Viagens recentes (indicar data e local): ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 8 ‐ Outras notas: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ANTECEDENTES FAMILIARES ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ . TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 42 ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ Genograma: . TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 43 REVISÃO DE SISTEMAS 1 ‐ Geral: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 2 ‐ Pele: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 3 ‐ Hematopoiético: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 4 ‐ Sistema nervoso central: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 5 ‐ Olhos: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 6 ‐ Ouvidos: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 7 ‐ Nariz. garganta e seios: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 8 ‐ Dentição: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ . TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 44 9 ‐ Pescoço: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 10 ‐ Mamas: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 11 ‐ Respiratório: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 12 ‐ Cardiovascular: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 13 ‐ Gastrointestinal: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 14 ‐ Tracto urinário: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ . TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 45 15 ‐ Sistema génito‐reprodutor: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 16 ‐ Sistema músculo‐esquelético: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 17 ‐ Endócrino: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 18 ‐ Psiquiátrico: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 19 ‐ Outros dados da história: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ EXAME OBJECTIVO 1 ‐ Sinais vitais: Estado de consciência: ______________________________________________________________________ Pulso: _______ bpm . respiratória: _____ cpm Temperatura: _____ o T.: _____/_____ mmHg 2‐ Geral: Peso: _______ Kg Altura: _______ Cm IMC: _______ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 3 ‐ Pele: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 4 ‐ Adenopatias: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 5 ‐ Cabeça: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 6 ‐ Olhos: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ .TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 46 Descrição: _____________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________ Freq.A. TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 47 7 ‐ Fundoscopia: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 8 ‐ Ouvidos: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 9 ‐ Boca. nariz e orofaringe: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 10 ‐ Pescoço: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 11 ‐ Mamas: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 12 ‐ Tórax: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ . TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 48 (Indicar no diagrama a localização do murmúrio vesicular e/ou. vibrações vocais e/ou percussão anormais) 13 ‐ Sistema cardiovascular: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 14 ‐ Abdómen: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ . 4+ hiperactivo/aneurismático 18 ‐ Sistema Neurológico: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ . 3+ normal.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 49 15 ‐ Períneo: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 16 ‐ Extremidades: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 17 ‐ Pulsos periféricos: 0 ausente. 2+ diminuído. 1+ filiforme. TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 50 ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ 18 ‐ Sistema Locomotor: ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ . respectivamente) (Preencher as escalas acima de acordo com o observado) .TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 51 ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ (Indicar as articulações afectadas por dor e edema nos homúnculos da esquerda e da direita. TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 52 RESUMO ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ HIPÓTESES DE DIAGNÓSTICO ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ DISCUSSÃO DAS HIPÓTESES DE DIAGNÓSTICO ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ . TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 53 ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ DIAGNÓSTICO(S) PROVISÓRIO(S) ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ . TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 54 EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ RESULTADOS DOS EXAMES COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ . TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 55 DIAGNÓSTICO DEFINITIVO ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ PROPOSTA TERAPÊUTICA ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ PROGNÓSTICO ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________________________________ . exames complementares. problemas sociais ou psiquiátricos PASSIVOS RESOLUÇÃO INÍCIO Principais doenças anteriores ou hipersensibilidades (problemas que não requerem cuidado activo) . sinais.TEMPLATE HISTÓRIA CLÍNICA Abril 2012 Reumatologia página 56 LISTA DE PROBLEMAS ACTIVOS E PASSIVOS DEFINITIVA/TEMPORÁRIA DATA PROBLEMA NÚMERO PROBLEMAS PROBLEMAS ACTIVOS Sintomas.