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March 22, 2018 | Author: Simone Santos | Category: Human Factors And Ergonomics, Self-Improvement, Motivation, Quality (Business), Job Satisfaction


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0FACULDADE METROPOLITANA DE CAMAÇARI – FAMEC SIMONE CORREIA DOS SANTOS A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA NOS PROCESSOS PORODUTIVOS PARA AUMENTAR A PRODUTIVIDADE DAS EMPRESAS. Camaçari 2014 1 SIMONE CORREIA DOS SANTOS A IMPORTÂNCIA DA ERGONOMIA NOS PROCESSOS PORODUTIVOS PARA AUMENTAR A PRODUTIVIDADE DAS EMPRESAS. Trabalho de Conclusão de Curso I apresentado ao curso de Bacharelado em Engenharia de Produção 9° semestre 2014.1 da Faculdade Metropolitana de Camaçari – FAMEC, como requisito para obtenção da nota do semestre. Orientador: Prof. Jorge Beato. Camaçari 2014 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 3 2. DELIMITAÇÃO DO TEMA E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ...................... 4 3. JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 5 4. OBJETIVOS ...................................................................................................... 6 4.1 Geral .......................................................................................................... 6 4.2 Especifícos ............................................................................................... 6 5. QUESTÕES NORTEADORAS .......................................................................... 7 6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................ 8 6.1 Ergonomia ................................................................................................. 8 6.2 Histórico da Ergonomia ......................................................................... 10 6.3 Enfoque ergonômico do trabalho .......................................................... 11 6.4 A Função Produção .............................................................................. 11 6.5 Produtividade .......................................................................................... 12 6.6 Benefícios da Ergonomia nas Empresas e o Envolvimento do RH .... 14 7. METODOLOGIA .............................................................................................. 17 8. ORÇAMENTO ................................................................................................. 18 9. CRONOGRAMA .............................................................................................. 19 10. REFERÊNCIAS ............................................................................................... 20 3 1. INTRODUÇÃO A Ergonomia está cada vez mais presente nos produtos finais das empresas e também dentro delas mesmas, em cada processo produtivo ou empresarial. Por outro lado, a mecanização fez com que as empresas adotassem mecanismos de produção tão rápidos e repetitivos que o homem acaba sofrendo lesões com o passar do tempo. De maneira geral, não tem sido dada atenção suficiente às condições em que a atividade de trabalho é realizada, embora se saiba que um meio que exponha os trabalhadores a riscos graves pode ser a causa direta de doenças profissionais. Entretanto, sabe-se que a insatisfação decorrente de condições de trabalho não adequadas pode afetar a produtividade, em termos qualitativos e quantitativos, determinar uma rotação excessiva do pessoal e até níveis elevados de absentismo. Este trabalho pretende demonstrar a importância de utilizar os critérios de ergonomia alinhados ao aumento de produção, melhorando a qualidade de vida dos trabalhadores envolvidos e trazendo ganhos de tempo. Ou seja, visa argumentar que é possível ter uma alta produção alinhada a ergonomia gerando ganho para uma organização. 4 2. DELIMITAÇÃO DO TEMA E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA No cenário de um mercado cada vez mais competitivo, onde os preços dos produtos são ditados pelo mercado, as empresas estão procurando aumentar seus lucros aumentando a produção sem ter uma grande preocupação com os fatores ergonômicos dos processos de produção. Para conseguir altos números de produção cada vez mais as empresas procuram reduzir o talk time de produção e em consequência aumenta os movimentos repetitivos realizados pelos funcionários contribuindo para o surgimento das doenças ocupacionais. Alguns dos problemas ocasionados pelo aumento da produção sem preocupação com os critérios ergonômicos:  Lesão por Esforço Repetitivo (LER);  Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT);  Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR);  Asma Ocupacional. 5 3. JUSTIFICATIVA A aplicação da Ergonomia nos processos produtivos visa a redução de acidentes e afastamentos por Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT) e Lesão por Esforço Repetitivo (LER), aumentando o conforto dos funcionários e reduzindo os custos que a empresa sofre, pelos problemas sociais associados ao afastamento de trabalhadores e pela perda de lucratividade. O uso dos critérios ergonômicos visa que a produção necessária seja realizada e que o processo de produção do produto não afete a saúde ocupacional dos colaboradores da empresa. O ponto de partida da ergonomia é o estudo das características do trabalhador, para posteriormente, permitir projetar o trabalho que ele consiga executar, mantendo assim, sua saúde. A ergonomia estuda os diferentes fatores que contribuem no desempenho do sistema produtivo e tenta reduzir os resultados nocivos sobre o trabalhador. Sendo assim, ela procura reduzir a fadiga, o estresse, os erros e acidentes, proporcionando segurança, satisfação e saúde aos trabalhadores durante o seu relacionamento com o sistema produtivo. Faz com que a eficiência venha a tornar-se consequência (IIDA, 2005). Os resultados da aplicação de critérios ergonômicos podem traduzir-se em dois níveis: 1 - nível dos operadores: por uma diminuição da carga de trabalho e, consequentemente da fadiga, diminuição dos acidentes, melhoria do conforto no posto de trabalho, organização do trabalho e estruturação das tarefas mais adequadas; 2 - nível do sistema: por uma redução dos custos diretos e indiretos do absenteísmo e dos acidentes e, de uma maneira geral, por um aumento da produtividade, em termos quantitativos e qualitativos. 6 4. OBJETIVOS 4.1 Geral Demonstrar a importância do uso dos critérios de ergonomia para se obter o aumento da produtividade sem afetar a saúde ocupacional dos funcionários durante o processo de produção. 4.2 Específicos  Definir Ergonomia;  Descrever o histórico da Ergonomia;  Discorrer sobre o enfoque ergonômico do trabalho;  Discorrer sobre a função produção;  Definir produtividade;  Explanar sobres as razões para investir em ergonomia; 7 5. QUESTÕES NORTEADORAS O trabalho parte da suposição de que todo desvio de uma situação considerada ideal terá uma ou mais soluções e em caso contrário não poderá ser definido como problema. Nesse sentido, pode-se citar as doenças ocupacionais e afastamentos provocados por condições inadequadas de trabalho, que constituem problemas para as empresas e trabalhadores. O desenvolvimento de melhorias e aprimoramento dos processos de produção são pontos a serem avaliados de forma criteriosa, a fim de realizar a produção planejada com menor número de recursos possíveis e sem afetar a saúde ocupacional dos funcionários. Dessa forma, qual seria a abordagem adequada para transformar as condições de trabalho de modo a desenvolver um processo de produção competitivo e seguindo os critérios ergonômicos? 8 6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 6.1 Ergonomia A ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem (IIDA, 2005). O que se observa, normalmente, é a adaptação do homem ao trabalho. O inverso é mais difícil, pois o ser humano nem sempre é adaptável ao trabalho. Daí temos que o homem é o ponto de partida para projetos de trabalho, adaptando-os às capacidades e limitações humanas. Portanto, para o estudo da ergonomia é importante conhecermos características: do homem (aspectos físicos, psicológicos, sociais, assim como idade, sexo, treinamento e motivação); da máquina (equipamentos, ferramentas, mobiliários e instalações); do ambiente físico do trabalhador (temperatura, ruídos, vibrações, luz, cores, gases, etc.), além de consequências do trabalho, entre outros. A ergonomia se preocupa com todos esses fatores objetivando a segurança, satisfação e bem estar dos trabalhadores em seus relacionamentos com os sistemas produtivos. 6.1.1 O que é Ergonomia? Ergonomia tem sido recentemente considerada como a solução para os problemas relativos à saúde e segurança no trabalho, porém é necessário conhecer realmente a Ergonomia, sobretudo quais são os responsáveis pela concepção do sistema (de trabalho ou utilitários) ou pela organização do trabalho. Em termos gerais, pode-se dizer que a Ergonomia visa à adaptação das tarefas ao homem, quer se trate de um produto para consumo público ou de um posto de trabalho, a Ergonomia oferece vantagens econômicas através da melhoria do bem estar, da redução de custos e da melhoria da qualidade e produtividade. Assim, a concepção de qualquer produto ou sistema deve integrar critérios ergonômicos desde a fase de projeto, de forma a assegurar a sua eficiência. A Ergonomia é definida por numerosos autores, como uma ciência aplicada, na medida em que o seu objetivo - a atividade humana, quer seja profissional ou 9 utilitária nunca está desligado do contexto em que se insere nem dos objetivos em vista. Estes, prendem-se geralmente com a eficácia das ações, não perdem de vista a segurança e o conforto dos trabalhadores, podendo afirmar-se que este triângulo formaliza os objetivos da ação ergonômica, ou seja, a otimização das interações homem-sistema. Para alcançar este objetivo geral, a Ergonomia preconiza dois tipos de abordagem: a) Uma ação sobre os sistemas, processos ou produtos, no sentido de tornar adequados às características do homem e ao seu modo de funcionamento, eliminando todos os fatores de constrangimento, risco ou nocividade; b) Uma ação sobre o homem através da formação, no sentido de torná-lo apto para a realização das tarefas que lhe são atribuídas, e de prepará-lo para as transformações do trabalho decorrentes da evolução tecnológica. Parte-se, assim, do conhecimento da atividade do homem e dos processos a ela subjacentes, de forma a definir normas de concepção de acordo com as normas de performance pretendidas. Para tal, a atividade do homem deve, por sua vez, ser entendida como um processo desencadeado por um estímulo, que é percebido e desencadeia o tratamento correspondente ao nível do Sistema Nervoso Central (SNC) até a tomada de decisão, que se manifesta por meio de uma ação que deverá ter um resultado esperado num tempo útil. É o conhecimento deste processo e das condições da sua variabilidade que permitirá definir: a) Por seu lado, o comportamento esperado dos trabalhadores em determinado sistema, ou seja, as normas de performance; b) Por outro lado, as características do sistema, que favorecem a otimização da interação homem-sistema, ou seja, as normas de concepção. Acontece também que este processo que conduz à definição das normas de concepção e de performance, conduz também à definição de exigências e, consequentemente, das necessidades de formação. Por vezes, tudo isto decorre pacificamente, por processos de ensaio e erro, que conduzem ao aperfeiçoamento dos sistemas. Mas há inúmeras situações em que a segurança dos trabalhadores e até do meio impõe uma definição rigorosa das normas de concepção e de performance, por exemplo, os sistemas complexos, de que as salas de controle são um bom exemplo, cuja concepção impõe estudos aprofundados da performance e dos erros humanos. Estes estudos, visando à compreensão do comportamento e a 10 origem dos erros cometidos, permitem definir modelos de comportamento e de erro humano em sistemas complexos (industriais ou outros). A Ergonomia tem a responsabilidade de definir os dois tipos de normas, a ela cabe investigar o comportamento dos trabalhadores em sistemas de referência, ou seja, em cenários simulados que comportem: estímulos relevantes para a realização das tarefas pré-definidas e sistemas apropriados para o registro das performances, particularmente no que toca a erros, omissões ou transgressões. 6.2 Histórico da Ergonomia A Ergonomia remonta a criação das primeiras ferramentas, quando o homem pré-histórico provavelmente escolheu uma ferramenta que melhor se adaptasse à forma e movimentos de sua mão. A partir do século XVIII com a Revolução Industrial surgiram as primeiras fábricas, que eram sujas, barulhentas, perigosas e onde a jornada de trabalho chegava há 16 horas por dia, sem férias, em regime quase escravo. Neste século e no anterior os engenheiros Vauban e Belidor, respectivamente, tentaram medir a carga do trabalho físico nos locais de trabalho. Sugerem que cargas elevadas levam ao esgotamento e a doenças, recomendando uma melhor organização das tarefas para aumentar o rendimento. O primeiro congresso da Associação Internacional de Ergonomia (IEA) foi realizado em Estocolmo em 1961. No Brasil a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO) foi fundada em 1983 e também é filiada à IEA. Alguns conhecimentos foram convertidos em normas oficiais, com o objetivo de estimular a aplicação dos mesmos. No Brasil a Norma Regulamentadora NR 17 – Ergonomia, dispõe do assunto. A introdução das novas tecnologias e formas de organização da produção, modifica as responsabilidades dos trabalhadores, os requisitos de qualificação, o conteúdo do trabalho, as cargas físicas e mentais e as relações sociais no trabalho. O processo de negociação coletiva representa mudança significativa na solução dos conflitos nas relações de trabalho, integrando os diversos segmentos econômicos, governo e movimento sindical, viabilizando a discussão da melhoria das condições de trabalho. 11 6.3 Enfoque ergonômico do trabalho Ao referir-se ao enfoque ergonômico no trabalho, Iida (2005) diz que este tende a desenvolver estações de trabalho que minimizem as exigências biomecânicas e cognitivas, visando colocar o operador em uma postura de trabalho adequada. Os itens a serem manuseados ficam na área de alcance dos movimentos corporais, e as informações ficam em posições que facilitam a sua visualização. Em outras palavras, a estação de trabalho deve envolver o operador como uma “vestimenta” bem adaptada, que permita realizar o trabalho com conforto, eficiência e segurança. No foco ergonômico, conforme o autor descreve, as máquinas, equipamentos, ferramentas e materiais devem ser adaptados às características da atividade e às capacidades do trabalhador, focando a promoção do equilíbrio biomecânico (IIDA, 2005). 6.4 A Função Produção Para Shingo (2002), a produção é uma rede de processos e operações. Um processo é o fluxo de materiais visualizado no tempo e no espaço, onde acontece a transformação da matéria-prima em componente semiacabado e então em produto acabado. Já as operações podem ser visualizadas como a realização do trabalho para a efetivação da transformação, ou seja, a interação do fluxo de equipamento e operadores no tempo e no espaço. Para se realizar melhorias que sejam significativas no processo de produção, deve-se distinguir o fluxo de operação (trabalho) do fluxo de processo (produto) e analisá-los separadamente. Embora o processo seja um somatório de uma série de operações, é um equívoco analisá-los de uma mesma ótica, pois isso reforça a hipótese errada de que a melhoria das operações individuais aumentará a eficiência global do fluxo de processo do qual elas são uma parte. As melhorias feitas na operação para maximizar a eficiência da produção devem ser 12 profundamente estudadas antes de serem executadas, e deve-se considerar seu impacto no processo, caso contrário podem reduzir a eficiência global (SHINGO, 2002). 6.5 Produtividade Atualmente a competição entre as empresas é tão acirrada que o menor desperdício pode ser crucial para o futuro da empresa. Ao falarmos sobre manufatura enxuta, estamos fazendo referência ao termo “desperdício”, que, segundo Womack e Jones (2004), é qualquer atividade humana que absorva recursos, mas não cria valores, tais como: erros que exijam retrabalho; produção de itens indesejados; acúmulo de produtos no estoque; etapas de processamento desnecessárias; movimentação de funcionários e transporte de itens de um lugar para outro sem necessidade (logística); grupos de pessoas em uma atividade posterior que ficam esperando porque uma atividade anterior não foi realizada dentro do prazo ou tempo do processo; e bens e serviços que não atendam às necessidades do cliente. O pensamento enxuto pode ser a melhor forma de acabar com o desperdício, conforme advertem Womack e Jones (2004). De acordo com os autores, através do pensamento enxuto, podemos especificar algum valor, colocar na melhor sequência as atividades que agregam valor, fazer essas atividades sem paradas toda vez que alguém solicita as mesmas, e realizar de maneira a fazer cada vez mais com menos - menos esforço de pessoas, menos equipamentos, menos tempo e menos espaço físico – conseguindo assim ao mesmo tempo, ter um laço mais aproximado com os clientes exatamente para oferecer a eles o que desejam. O desempenho produtivo de uma organização depende das condições ergonômicas que ela disponibiliza procurando reduzir a fadiga, estresse, erros e acidentes; proporcionando segurança, satisfação e saúde aos trabalhadores para uma melhor qualidade de vida e que as atividades sejam executadas com mais motivação e empenho levando ao aumento da moral, conforto e melhoria nas comunicações entre os membros da equipe e dos fluxos de processo. 6.5.1 Os defeitos de produção e a baixa produtividade 13 Os defeitos de produção constituem uma categoria que compreende os desvios constatados em nível do produto fabricado, ou seja, do resultado previsto do trabalho. A qualidade de um produto ou de um serviço, deve ser garantida desde o início até o final do processo produtivo e não somente controlado na saída do processo. Para Rio e Pires (2001), a saúde é condição sine qua non para o desempenho e a produtividade ótimos. Fatores como motivação, treinamento e comprometimento compõem com a saúde o conjunto de condições que permitem às pessoas tornarem o trabalho um diferencial competitivo da mais alta importância estratégica para as organizações. Nesse sentido, a área de produção adota seus próprios indicadores ou medidas para quantificar se os objetivos de desempenho - qualidade, velocidade, confiabilidade, flexibilidade e custo - foram bons, maus ou indiferentes (SLACK et al., 1997). De acordo com os autores, as medidas de desempenho mais utilizadas são:  Qualidade – Número de defeitos por unidade, nível de reclamação do consumidor, nível de refugo, alegações de garantia, tempo médio entre falhas e escore de satisfação do consumidor;  Velocidade – Tempo de cotação do consumidor, lead-time de pedido, frequência de entregas e tempo de ciclo;  Confiabilidade – porcentagem de pedidos entregues com atraso, atraso médio de pedidos, proporção de produtos em estoque e desvio médio de promessa de chegada;  Flexibilidade – Tempo necessário para desenvolver novos produtos/serviços, tempo de mudança de máquina, tamanho médio do lote, tempo para aumentar a taxa de atividade, capacidade média/capacidade máxima e tempo para mudar programação;  Custo – Tempo mínimo de entrega/tempo médio de entrega, variação contra orçamento, utilização de recursos, produtividade da mão-de-obra, valor agregado, eficiência, custo por hora de operação. Nota-se que os padrões de desempenho adotados pelas empresas, estão ligados diretamente ao trabalho que as pessoas executam. Assim, torna-se evidente que se as condições de trabalho interferem na saúde e bem-estar do trabalhador, estarão interferindo também, nos padrões de produtividade planejados pela direção. 14 Para Santos e Fialho (1997), a produtividade identifica o alcance de um certo nível de produção, com a garantia de um certo padrão de qualidade. Nesse sentido, uma baixa produtividade e baixo nível de qualidade caracteriza-se como uma disfunção do sistema homem-tarefa-máquina (um dos conceitos básicos de ergonomia, enfocando a interação do homem com utensílio, equipamentos, máquinas e ambientes). 6.6 Benefícios da Ergonomia nas Empresas e o Envolvimento do RH O gerenciamento da diretriz ergonômica é chave para melhorar a saúde financeira das organizações, e hoje, a ergonomia e o seu estudo constituem-se em uma ferramenta de gestão para as empresas. O desafio é buscar sinergia entre os sistemas técnico e social. A relevância deste tema está relacionada à motivação das pessoas e à qualidade de vida no trabalho que pode ser entendida como um bem-estar relacionado ao trabalho do indivíduo e à extensão em que sua experiência de trabalho é compensadora, satisfatória e despojada de estresse e outras consequências negativas. O entendimento dos diversos fatores de melhoria das condições de trabalho poderá constituir uma base sólida para garantir a sobrevivência das organizações de forma que o trabalho possa acontecer sem impactar na saúde dos trabalhadores e, dessa maneira, assegurem uma maior satisfação no trabalho e consequentemente redução nos índices de absenteísmo e rotatividade. A Ergonomia influencia a competitividade da organização, por isso não podem ser tratados separadamente, pelo menos nas empresas que buscam uma gestão moderna e competitiva. As empresas precisam ter em mente que, garantindo boas condições de trabalho, certamente aumentarão sua lucratividade, assim melhorando o clima, pode-se reduzir o desperdício, aumentar a eficiência e, consequentemente, a produtividade. Isso tudo reflete no aumento de competitividade, ou seja, trabalhar, produzir muita eficiência e eficácia sem causar danos aos funcionários, tendo em vista que o custo dos afastamentos por problemas de saúde é alto. 15 O pesquisador Henri Savall, após diversos estudos com aplicação de um efetivo gerenciamento ergonômico em uma empresa, ratifica que a ergonomia favorece a competitividade, por exemplo: a. Redução de até 3% no absenteísmo (ausência do funcionário do posto de trabalho). Quando um funcionário não está presente para realizar as suas atividades, muitas vezes não apenas a sua produtividade fica comprometida, mas também a de outros colegas de trabalho pode ser prejudicada. b. Diminuição do desperdício da matéria-prima e dos produtos não conformes em até 25%. Vale salientar que quando se evita o desperdício, a empresa tem lucros e, muitas vezes, melhora a sua imagem junto à sociedade, principalmente quando o negócio pode causar impactos sobre o meio ambiente. O sentimento de responsabilidade social torna-se visível aos stakeholders. c. Os pedidos dos clientes chegam a ser entreguem em até 95%, dentro do prazo estimado. E cliente satisfeito resulta em novas oportunidades de negócio para a organização. d. Investimento na ergonomia significa melhoria na qualidade de vida das pessoas, pois estudos comprovam que também ocorre a queda de índices de acidentes e incidentes (quase acidentes) no dia a dia dos trabalhadores. e. Com um ambiente ergonomicamente correto para exercer as atividades, os colaboradores conseguem dar uma melhor entrega nas suas atividades. A consequência é sentida na melhoria da qualidade dos produtos e, em decorrência, acontece uma diminuição em produtos com defeitos na linha de produção. Lucro certo para qualquer empresa. f. Uma vez que os profissionais têm melhores condições de trabalho, a empresa que investe na ergonomia chega a alcançar uma queda de até 50% na taxa de retrabalho. g. Com a diminuição do retrabalho, a tendência é o crescimento natural da produtividade e, consequentemente, as chances de crescimento frente à concorrência tornam-se reais. h. Outro aspecto que merece ser destacado a partir dos investimentos ergonômicos é o sentimento de valorização do profissional. Quando as pessoas recebem suporte para exercerem suas atividades com dignidade, estabelecem mecanismos comportamentais que influenciam positivamente suas permanências no ambiente de trabalho. 16 i. Ambiente de trabalho em que profissionais atuam com satisfação impacta ainda no sentimento de harmonia entre os funcionários e isso, por sua vez, é uma das portas que se abre para que o espírito de equipe seja estimulado. j. Melhoria na qualidade de vida do trabalho também ajuda a reduzir os índices de turnover. Quando isso ocorre, a empresa retém seus talentos e o capital intelectual que recebeu investimento para o desenvolvimento de competências não sairá à procura de novas oportunidades no mercado. A decisão e a implementação de um modelo ergonômico adequada para cada empresa são notadamente de responsabilidade da área de Recursos Humanos, por ser responsável pela integridade física e mental dos funcionários, através de uma ativa participação para que esta ação estratégica e de forte ruptura ocorra adequadamente nas empresas. 17 7. METODOLOGIA Para este pré-projeto foram realizadas buscas de artigos publicados livros publicados no período de 1977 a 2005. Com base nos artigos encontrados, outras referências relevantes para o estudo que antecediam o período revisado foram incluídas. Foram pesquisados artigos em Português e Espanhol. As palavras-chave em Português e Espanhol utilizadas foram Ergonomia, Produtividade e Ergonomía. 18 8. ORÇAMENTO Tabela 1 – Orçamento do Projeto Recursos Necessários Quantidade Valor em R$ Xerox - - Compra de livro 02 R$82,00 Impressão 03 R$15,20 Encadernação 01 R$2,50 Fonte: Autoria própria 19 9. CRONOGRAMA Tabela 2- Cronograma do Pré-Projeto. JAN FEV MAR ABR MAI JUN Delimitação do tema X Discussão teórica para definir objetivos X X Identificação de fontes para obter dados X X Tratamento de dados documentados X X Análise e interpretação dos dados X X Apresentação do Pré- Projeto X Fonte: Autoria própria 20 10. REFERÊNCIAS AMARAL, Francisco Armond do. Ergonomia. Disponível em: <http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/07/o-que-e- ergonomia.pdf> Acesso em 20 de Maio de 2014. CASTRO, Eduardo. 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MORAES, Anamaria de; MONT’ALVÃO, Cláudia. Ergonomia: Conceitos e Aplicações. 4a ed., Rio de Janeiro: 2AB editora, 2010. OLIVEIRA, Ualison Rébula de. Administração da Produção. Disponível em: <www.aedb.br/faculdades/adm/download/3ANO/Apostila Administração da Produção 1º semestre.pdf>. Acesso em 27 de Maio de 2014. 21 ______. Regras e Normas da ABNT 2012 para Formatação de Trabalhos Acadêmicos. Disponível em: < http://www.trabalhosabnt.com/regras- normas-abnt- formatacao >. Acesso em: 15.mar.2014. SANTOS, Neri; RIGHI, Carlos A. R. A Ergonomia dos sistemas de produção puxada. Anais ABERGO, 2001.
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