Tcc - Uso Da Hipnose Como Tecnica Auxiliar Em Exodontia de Terceiro Molar Superior Incluso Submucoso (2) 2

March 27, 2018 | Author: AmcSilva | Category: Hypnosis, Dentist, Dentistry, Wellness, Psychology & Cognitive Science


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OdontologiaUSO DA HIPNOSE COMO TECNICA AUXILIAR EM EXODONTIA DE TERCEIRO MOLAR SUPERIOR INCLUSO SUBMUCOSO: RELATO DE CASO CLÍNICO Salvador – BA Maio/2014 GIANELLA ELIZABETH CALERO CABANILLA USO DA HIPNOSE COMO TECNICA AUXILIAR EM EXODONTIA DE TERCEIRO MOLAR SUPERIOR INCLUSO SUBMUCOSO: RELATO DE CASO CLÍNICO Monografia apresentada como Trabalho de Conclusão do Curso de Odontologia apresentado à Faculdade de Tecnologia e Ciências campus Salvador, como exigência parcial para obtenção do titulo de CirurgiãoDentista Orientador: Prof. Ms. Réferson Melo dos Santos Salvador – BA Maio/2014 Dedico este trabalho a minha avó Josefa Villegas de Matamoros (im memoriam), que apesar de não estar fisicamente ao meu lado, esteve nos meus sonhos me dando força quando quis desistir e me guiando quando tropecei. Obrigada por ser meu anjo, minha luz no final do túnel, minha amiga e conselheira espiritual. AGRADECIMENTOS Madeleine e Emiko. Obrigada por estar sempre ao meu lado. Obrigada por sempre ter uma palavra de força nos meus momentos de fraqueza. Isabela. pois sem ele. por ter despertado em mim uma inquietude de querer saber mais sobre a hipnose. por ter embarcado nesta aventura comigo.Agradeço a Deus. Obrigada! A Mariane. Muito Obrigada! A meu amigo e co-orientador Dr. eu não teria tido a coragem de escolher este tema. Jéssica. pela ajuda e disponibilidade para realizar este trabalho. Obrigada pelo amor e apoio incondicional! Sou eternamente grata a vocês! A minhas irmãs Grace e Gisleyn. sendo ele polêmico e rejeitado por muitos. A meus amados pais Dipsonk Calero e Grace Cabanilla. pelo amor e acolhimento da sua família. pessoas que sempre tiveram uma palavra amiga quando precisei. por enxugar minhas lágrimas quando chorei por medo a fracassar. acreditando em algo desconhecido e contribuindo com palavras sinceras para o crescimento do trabalho. Célia. por compreenderem minha ausência no convívio familiar. Em especial agradeço a meu namorado Alan. pela sua paciência e amor. obrigada pela ajuda que me proporcionaram para a realização deste trabalho. Reférson Melo. mesmo não estando perto! Aos meus amigos e colegas da faculdade. Ao meu mestre e orientador Prof. por enfrentar a quem não acreditou em mim. Carine. Luciano Almeida. minha gratidão é eterna. . obrigada por acreditarem em mim. e a minha sobrinha Giulianna. a valorizar o meu esforço e meu potencial. mesmo longe me apoiaram em todo momento. Dr. Sigmund Freud RESUMO .”A ciência moderna ainda não produziu um medicamento tranquilizador tão eficaz. como são umas poucas palavras gentis”. O presente trabalho busca resaltar a hipnose na Odontologia como um recurso auxiliar terapêutico. performing the detached tissue incision and sulcular flap lifting without using the local anesthetic at the time of tooth dislocation. the patient reported pain and gave up one cartridge of anesthetic. highlights the relevance of the knowledge of the clinical professional as underpinned by the subjectivity of the patient. In order to benefit the patient and the dental surgeon this technique not only promises to help in dental procedures. One upper third molar extraction included submucosal was performed using hypnosis as an adjunct technique. destaca a relevância do conhecimento do profissional clínico quanto do paciente calcado na subjetividade. realizando o descolamento de tecido. Extraction of third molar. indicated to modify the behavior of patients and contribution in reducing the use of local anesthetic. indicada para modificar o comportamento dos pacientes e contribuição na diminuição do uso do anestésico local. Na conclusão. In conclusion. since its implementation saves money as well as improves the quality of care in the postoperative period. incisão sulcular e levantamento de retalho sem usar o anestésico local. já que sua realização poupa dinheiro. usando a hipnose como técnica coadjuvante. Foi realizada uma exodontia de terceiro molar superior incluso submucoso. foi apagada da memória da paciente para quando acordar do transe hipnótico não se lembrar de nada. Hipnoanestesia. a mudança de olhar sobre o que a técnica proporciona a postura ativa do sujeito no processo de mudança e o paradoxo entre imaginação e memória. ABSTRACT This study search resaltar hypnosis in dentistry as a therapeutic aid appeal. como também na economia. but also on the economy. Hypnoanesthesia. na hora da luxação dentária a paciente relatou dor e se abriu mão de um tubete de anestésico. changing look at what the technique provides the active role of the subject in the change process and the paradox between imagination and memory. SUMÁRIO . KEYWORDS: Hypnosis. Exodontia de terceiro molar superior incluso. A fim de beneficiar o paciente e o Cirurgião-Dentista esta técnica não só promete ajudar nos procedimentos odontológicos. assim como também melhora a qualidade dos cuidados no pós-operatório. was erased from the memory of the patient to wake up when the hypnotic trance does not remember anything. PALAVRAS-CHAVE: Hipnose. ...................................................................................................................................... 13 3....................................................... 7 2 REVISÃO DE LITERATURA..................... 16 3..................................................................................................................................................................35 1 INTRODUÇÃO A utilização da hipnose pelo Cirurgião-Dentista pode beneficiar muitos pacientes tranquilizando-os e eliminando fobias relacionadas com o trabalho dentário assim como facilitando os procedimentos odontológicos.......................................... Segundo Nassri e cols..................................1 INTRODUÇÃO....................................... 30 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................2 HIPNODONTIA............................. acelerando a recuperação dos pacientes cirúrgicos e na orientação para adequada higienização bucal (FERREIRA..................................................................... 33 ANEXOS..............................23 6 EXPECTATIVA........... 11 3....................................................................................................2.....1 CARACTERÍSTICAS DO HIPNOTIZADOR............................................................ (2009) considera que a hipnose sempre apresentada como um tema polêmico nos traz fatores que são comprovadamente contribuintes à .... favorecendo o uso de próteses e aparelhos ortodônticos................................................ reduzindo ou eliminando o uso de anestésicos locais e bloqueios regionais.................21 4 OBJETIVO....................................24 8 RESULTADOS........................... 14 3............................................28 9 DISCUSSÃO..................................................1 SINTOMATOLOGIA DO PACIENTE DO HIPNOTIZADO...................................................................................................................................................................................4 REGULAMENTAÇÃO NA ODONTOLOGIA.23 7 METODOLOGIA... 8 3 HIPNOSE..3 HIPNOANESTESIA...20 3........................................................................................................................ 32 REFERÊNCIAS.................................................................... 2003)...................................................................23 5 JUSTIFICATIVA....................................................................... Relacionada a uma nova forma de perceber e conceber a ciência e a natureza. a sua importância e as indicações dentro da Odontologia. Ainda eles concluíram que o Cirurgião-Dentista deve procurar conhecer os benefícios que a hipnose gera aos tratamentos que envolvem principalmente a dor e os procedimentos traumáticos. Descreveu como o Cirurgião-Dentista se vê às voltas com o mais cruciante dos problemas: o problema da dor. Weissmann (1958) escritor do livro “O Hipnotismo: Psicologia. A sintomatologia dos pacientes em estado hipnótico se divide em cinco fases e suas respectivas mudanças fisiológicas espontâneas que se produzem naturalmente durante o transe com cinquenta diferentes características. Autores relevantes para a hipnose relataram e afirmaram o seu começo. Sendo assim. 2 REVISÃO DE LITERATURA A hipnose na Odontologia é utilizada como um recurso terapêutico com grande potencial para a solução ou melhoria de muitos procedimentos. com o intuito de acelerar o processo de terapia e encurtar o tempo de tratamento.sua aplicação na Odontologia. a proposta deste trabalho é apresentar mediante um caso clinico o uso da hipnose durante um procedimento cirúrgico. Seus pacientes são indivíduos que têm horror à . Ele lida com reações psicofísicas próprias do ambiente dentário. Técnica e Aplicação”. Sendo que nem todas as características são desenvolvidas durante o transe. exigindo preparo anterior o que nem sempre é possível. O paciente na hora se “esquece” de que está no gabinete dentário. mas é mascarada por uma espécie de barreira amnésica entre os estados de consciência dissociados. Para tanto. de sentir dor. A dor é registrada pelo corpo e pela consciência coberta durante a analgesia hipnótica. da hemorragia e o próprio processo da cicatrização é influenciado pela hipnose. Para Kihlstrom (2000) no seu trabalho Hypnosis in Surgery: Efficacy. Esta hipótese da dissociação da consciência tem sido demonstrada através da “escrita automática” e do fenômeno do “observador escondido”. o dentista moderno não dispensa conhecimentos de psicologia e noções de medicina psicossomática. and Utility. pois começa por remover fobias. acabando por remover a própria dor psicològicamente. já que não se limita a restaurar ou remover dentes. da náusea. De acordo com o mesmo autor. inclusive. o sujeito está no controle e pode selecionar as sugestões que ele vai aceitar. este ressaltou que o uso sistemático da hipnoanestesia é limitado. à anestesia. a escolha será ou despertarse do estado de transe ou continuar nele. mas simplesmente recusar-se a sugestão. ao motor. acrescentou que a hipnoanestesia poupa dinheiro ao mesmo tempo em que melhora a qualidade dos cuidados no pós-operatório. objeções. à broca. ansiedades. Segundo Roque e Villanueva (2001) no seu estudo onde abriram mão do uso da hipnoanestesia em um paciente que apresentava um alto risco cirúrgico . medos. Elman (1964) descreveu no seu livro Hypnotherapy que em todas as fases da hipnose. Monteiro (1980) que realizou a publicação sobre Hipnose na Cirurgia e Anestesiologia na revista ASB Hipnose. refratárias aos processos rotineiros.agulha. Specificity. dos espasmos. a qual ocorre quando a informação nociceptiva alcança os altos centros. Poucos são os dentistas que podem garantir uma hipnoanestesia cirúrgica. Por outro lado. apreensões. Se a crise de uma sugestão indesejada surge. A teoria da neo-dissociação no livro Hypnosis in the relief of pain de Hilgard e Hilgard (1994) defende que durante a analgesia hipnótica há redução da consciência da dor. Dentro dos seus limites profissionais ele tem de ser um psicólogo e um educador. Por meio de ordens pós-hipnóticas eliminam-se ainda as memórias traumáticas que normalmente persistem em estado de vigília. Assume ainda o controle da salivação. o tratamento dentário com o auxílio da hipnose torna-se mais suave e até agradável para as pessoas nervosas. hostilidades. rituais e palavras. A base fundamental da comunicação hipnótica é a sugestão sob suas diferentes formas e diferentes aspectos. desenvolvendo um método técnico e científico simples que facilitava a induzir a hipnose. as mesmas ele hipnotizou e descreveu os sintomas que cada uma delas apresentou durante o transe. Ainda. Cada cultura tem usado a hipnose de uma forma ou de outra. Admitia . com objetivo de curar pessoas. ele marcou o início do fim do magnetismo animal que passaria a ser conhecido como hipnose e o termo Mesmerismo conhecido como hipnotismo. comandava sessões de hipnose individuais e coletivas através de danças. Por volta de 1841.realizando a extração extracapsular do cristalino.. no século II a.C. James Braid (médico cirurgião escocês). Seus descobrimentos fizeram que a sua teoria do fluido magnético mudasse. cantos. O mesmo relatou que o Magnetismo e Mesmerismo foram Influenciados pelas escolas filosóficas e as ideias dos elementos primordiais da natureza. metais magnéticos foram utilizados como forma de proteção contra doenças. orações. Foi a partir dessa experiência que se tornou possível produzir anestesia por meio de sugestão hipnótica. O filósofo grego Aristóteles já registra o que acreditou ser propriedades terapêuticas dos imãs naturais e. e tem passado seus conhecimentos adiante para outras culturas. atribuía poderes aos imãs naturais de efetivar curas para as enfermidades humanas. o médico e escritor grego Galeno acreditava que ao aplicar ímãs naturais em partes do corpo. Ferreira (2003) autor do livro “Analgesia e anestesia por meio da hipnose” afirmou que com o passar do tempo o conceito de hipnose e as tentativas para explicar o que exatamente ocorre durante a esta variam. conhecido como Paracelsus. Carreiro (2008) hipnotizador que realizou uma pesquisa com dois mil pessoas. obtendo estados alterados de consciência. o grego antigo (século III a. Os mesmos autores afirmaram que o Dr.C. afirmou que na primeira metade do século XVI o médico alquimista Aureolus Theophrastus ou Philippus Theophrastus Bombast Von Hohenheim (1493-1541). definiu o termo “hipnose” como um estado de sono artificial que pode ser obtido a partir da fixação do olhar em uma fonte luminosa. Acreditava-se que os imãs possuíam vida e ao exercerem atração ao ferro dava-lhe vida também. Desde então. a dor ocasionada por numerosas enfermidades poderia ser aliviada. A prática do que hoje chamamos hipnose ou hipnotismo vem da mais remota antiguidade.). O mesmo autor relata que o estudo de Braid sobre a hipnose foi tão importante que seu método passou a ser chamado de Brandismo. identifica intervenção terapêutica e complementar para a realização de uma exodontia de terceiro molar incluso submucoso. realizou dezenove amputações apenas sob o efeito da anestesia hipnótica. do mesmo modo como poderiam causá-las e desenvolveu uma teoria segundo a qual o corpo humano teria as características de um verdadeiro ímã.a existência de um sistema que relacionava os seres humanos aos astros e que forças magnéticas. divide o estado hipnótico em cinco fases e suas respectivas mudanças fisiológicas espontâneas que se produzem naturalmente durante o transe com cinquenta diferentes características. inclusive amputações sob sono magnético. após pesquisar mais de quatro mil pessoas hipnotizadas. Em Calcutá. formou-se em medicina em 1830. ao seu tempo. além dos milhares de intervenções cirúrgicas leves e centenas de operações profundas. sendo o polo norte constituído pelos pés e o polo sul pela genitália. apresentam uma escala com trinta níveis e suas características correspondentes. médico nascido em Perth. a escala considerada como a mais completa. em 1845. Paracelsus defendia também que a fé e a imaginação pudessem curar doenças. Empregava ímãs metálicos para promover curas e esse procedimento transforma-se. na Escócia. Estes autores. conhecia os trabalhos de Ellioston e começou a clinicar na Índia onde fez. Seus pacientes sofriam as mais severas intervenções cirúrgicas. Além disso. O lugar de Esdaille na história do hipnotismo se justifica por ter sido ele um pioneiro na luta pelo reconhecimento da hipnose como um instrumento valioso na cirurgia. Essa prática só diminuiu quando surgiu o emprego do éter e do clorofórmio como agentes anestésicos. relatou que Liébeault acreditava em cinco níveis. Inspirado na leitura dos trabalhos de Ellioston realizou mais de três mil intervenções cirúrgicas com pacientes sob efeito do “sono magnético”. eram capazes de agirem sobre as pessoas através de ondas invisíveis. Este autor ainda relatou que James Esdaille (1800 – 1859). mas eram apontados pela medicina ortodoxa como “um grupo de endurecidos e renitentes impostores que sofriam sem reclamar só para provar uma mentira como verdade”. Mas. O presente trabalho apresenta o conceito da hipnose e sua aplicação na área da Odontologia. Bernheim em nove. . na base de uma nova escola médica. Ainda. e. em particular aquelas que provêm das estrelas. suas primeiras experiências de anestesia magnética com excelentes resultados. Davies e Husband. na Índia. é de Le Cron e Bordeaux. O jovem cirurgião escocês começou sua prática como médico da British East India Company. os batimentos cardíacos se aceleram a pressão arterial pode subir um pouco. O hipnotizado geralmente apresenta-se como estivesse experimentando um relaxamento geral. a hipnose é um fenômeno que se explica e se produz em função do hipnotizado. conservando-se geralmente assim durante todo o transe. Há outros que quase instantaneamente entram em transe profundo.3 HIPNOSE Segundo Carreiro (2008).10% Tabela 1. Etapas da hipnose e sua porcentagem. por isso é possível que as expectativas sejam variadas tanto para mais como para menos. De acordo com Carreiro (2008) na pessoa hipnotizada ocorrem mudanças no estado físico e mental. podendo produzir alterações no fisiologismo. no comportamento. nos sentimentos e na memória. conforme as diferentes etapas de profundidade hipnótica (TABELA 1). Alguns alcançam os níveis mais profundos no transcurso de várias sessões. não obstante também apresentar o aumento da percepção dos sentidos. a depender do indivíduo. Mas. variação de calor para mais (hipertemia) no tórax e cabeça. na percepção. seguida de vasodilatação que se vai prorrogando até o momento de acordar. nas sensações. no começo costumam haver vasoconstrição. Passos e Labate (1998) esclarecem que 95% da população normal são hipnotizáveis em maior ou menor grau. Na pessoa bem hipnotizada observa-se geralmente uma mudança na temperatura periférica. Tabela 1 Etapas Porcentagem Não Hipnotizáveis 5% Hipnoidal 95% Leve Média Profunda / Sonambúlica 85% 60% 15% . Alguns podem manifestar . Nas mudanças fisiológicas que se produzem em consequência do nível do transe. mas à medida que o transe se aprofunda tende a cair. é pela reação do hipnotizado que o hipnotista avalia a autenticidade e a profundidade do transe. associando com variação de calor para menos (hipotermia) nas extremidades das mãos e pés. crise de choro ou riso. Dará e terá. quanto ao estado de hipnose que experimentou. e aceitar coisas imaginárias como se fossem reais. · Hipnose média: a pessoa conserva uma lembrança parcial do que se passou durante o transe. 2. Ainda. de olhos abertos. ou superficial: o hipnotizado tem consciência de tudo que acontece.hipnose média. gritos. definiu que a hipnose se divide em três estágios ou níveis genéricos: 1hipnose ligeira. geralmente só se consegue hipnotizar pessoas junto às quais se tem o prestígio. de competência ou de carisma que por sua vez. Nesses níveis ocorrem as seguintes características: · Hipnose ligeira. entre outras coisas. porém. . a impressão de que nem sequer está hipnotizado. Não terá dúvida. Porém. 3. conhecimento ou atitudes de uma pessoa. ás vezes alternadamente. também chamada de sonambúlica: costuma ocorrer. O prestígio deriva quase sempre da ideia de poder. inclusive. a amnésia pós-hipnótica. 3. não sabe explicar porque seguiu corretamente as sugestões do hipnotista ou porque permaneceu imóvel enquanto durou a sessão. com base nesta afirmação questiona-se o que determina a tendência de uma pessoa agir a mando ou sob influência alheia. · Hipnose profunda. Para os psicanalistas. o prestígio se forma em virtude de uma situação de transferência. Essa explicação começa por analisar a definição da sugestão como sendo “a tendência que a pessoa tem de agir sob o mando ou a influência de outrem”.1 CARACTERÍSTICAS DO HIPNOTIZADOR Carreiro (2008) afirmou que o prestígio do hipnotista é um dos fatores decisivos na indução hipnótica. as pupilas ficam dilatadas. demanda da aparência.hipnose profunda. declara não se recordar de nada do que se passou. Ao acordar. A noção de tempo e espaço fica distorcida e.intensa excitação mental expressada através de convulsões. ou seja. 2008). Acreditar. se mesmo assim persistir em não acordar ignore-o. considerando que nesse caso o hipnotista feminino só conseguiria hipnotizar quem fosse dominado pela autoridade materna. Isso. em pacientes que tinham horror a agulhas.2 HIPNODONTIA Faz parte também da histórica da hipnose a sua aplicação em Odontologia. a . essa prática é conhecida como Odontohipnose ou Hipnodontia. mas com o passar do tempo passou a ser usada também para melhorar as reações psicofísicas. insistem em prolongar o rapport.Segundo Weissmann (1958) esse ponto de vista psicanalítico não é sempre aceito. não chega a invalidar essa tese. em hipótese alguma. Oudt iniciou a prática da hipnose nos tratamentos odontológicos para solução do problema da dor em extrações. independentemente das suas emoções pré-formadas. próprias do ambiente do consultório dentário. usava-se ainda a terminologia Mesmerista para designar o fenômeno. no transe. no fato de que uma pessoa pode ser hipnotizada praticamente por qualquer hipnotista. 3. Há pessoas que. sua relação com o hipnotista e ocorrem efetivamente casos que o ato de acordar se prolonga. deve constituir-se em motivo de pânico para o hipnotista. ainda que as reações do hipnotizado assumam proporções espetaculares. porém. nem sempre se confirma. fenômeno este que. enquanto o hipnotista masculino só induziria indivíduos habituados ao mando do pai. até que saia espontaneamente (CARREIRO. o hipnotizado deve ser surpreendido com uma ação mais enérgica do hipnotista e. na realidade. No caso do prolongamento do transe. levando em conta que o fator prestígio não se forma exclusivamente à base da experiência infantil da autoridade paternal ou maternal. Em 1837 o dentista francês Jean Tienne Oudt comunicou à Academia Francesa de Medicina haver extraído molares sob o sono magnético. 2003). além de competência e habilidade na execução dos procedimentos odontológicos. apalpando com a mão a região a ser anestesiada. O mesmo autor ainda relatou que depois de Oudt quem mais se destacou nesta área foi o dentista Aaron A. do temor e da ansiedade de estar sentado na cadeira do dentista. para obtenção de um excelente rapport. que produziram uma espécie de aversão ao dentista. pioneiro da hipnodontia na América do Norte e o terceiro presidente do Instituto Americano de Hipnose. o aprofundamento e estabelecido um sinal hipnogênico. A ansiedade e a fobia da cadeira odontológica muitas vezes são provenientes de experiências anteriores desagradáveis com dentistas. Moss. responde com clareza as suas perguntas e explica cada passo do procedimento. os pacientes submetidos ao transe de nível médio podem ser anestesiados pós-hipnoticamente. tem paciência com os pacientes ansiosos. Acentuou que a hipnose também é indicada para evitar ou eliminar a necessidade de engolir saliva frequentemente durante o trabalho dentário. exercício de respiração e sugestão especifica. Ferreira (2003) ressaltou que a utilização da hipnose em odontologia implica inicialmente uma correta comunicação com o paciente e vice-versa. A seguir é feita a indução. percebendo e entendendo a situação emocional do paciente e sabendo como lidar com suas respostas não verbais. Hilgard e Hilgard (1994) destacaram que a primeira atitude do especialista é ganhar a confiança do paciente estabelecendo um adequado rapport. à cadeira. e até do barulho produzido pelo maquinário odontológico (CARREIRO. Carreiro (2008) afirmou que na Odontologia pode-se utilizar a sugestão póshipnótica. O dentista que. Andrade (1979) constatou que durante as sugestões de relaxamento se inclui especificamente o relaxamento da língua.brocas. o que é feito quando o hipnotista (não necessariamente dentista). ao instrumental usado. Ele foi responsável. pela primeira filmagem do uso da Hipnose na Odontologia e desenvolveu um método que resulta de um ligeiro relaxamento muscular. para minimizar uma série de soluços e para eliminar náuseas e vômitos quer durante o trabalho dentário. em 1966. ou por ter escutado alguma pessoa contar suas passagens desagradáveis no consultório odontológico. Scott (1974) afirmou que o emprego inicial da hipnose em odontologia visa ao relaxamento do cliente e à redução do medo. isto é. obtém melhor comunicação com o paciente. 2008). usualmente na infância. quer após uma cirurgia bucal (FERREIRA. . Estágio preambular ou hipnoidal: Sugestões contra náuseas e sensações afins. 4. a primeira sessão demanda um pouco de tempo. Conter sangramento excessivo. apreensões. completamente anestesiada”. passando a mão no campo operatório. Preparação de cavidade e obturações leves. dos espasmos. fobias e objeções ao tratamento. 3. esta região ficará completamente insensível. 3. é dito ao paciente: “quando você assentar-se na cadeira odontológica. ansiedade. o paciente pré-induzido por sugestão pós-hipnótica administrada na sessão anterior entra em transe imediatamente ao sentar-se na cadeira odontológica. mesmo inclusos. Na atualidade a maioria dos dentistas perde o interesse pela hipnodontia pelo fato da anestesia química ser eficaz e de efeito imediato. O mesmo autor descreveu que a hipnose na Odontologia não depende sempre de um nível de transe profundo. por exemplo. independente de nova indução e na ausência do hipnotista. para o seu uso. porém sem qualquer sensação desagradável. e polpa dentária. apresentam quatro pontos: 1. Como.1 SIMATOLOGIA DO PACIENTE HIPNOTIZADO . genericamente. Devidamente hipnotizado.2. tornará a sentir esta região.sugere as condições específicas para a anestesia produzir efeito. gengivectomia e intervenções no maxilar. Passará muito bem”. Continuando é dito: “ao levantar da cadeira do dentista. Transe leve: Habituar o paciente à prótese e ao aparelho de ortodontia. Esta sugestão é repetida com a devida ênfase. relaxamento muscular e sugestões contra temores. Ainda. Dentro desta variância podem ser organizados esquemas de procedimentos e. o paciente pode ser submetido à intervenção odontológica. afirmou que influencia no pós-operatório controlando a hemorragia e a regeneração do tecido facilitando o processo da cicatrização. Transe médio: Preparação de cavidade profunda e obturações profundas. O controle da náusea. da salivação. Transe profundo: Extrações de dentes. contudo nas sessões seguintes isso não ocorre. Cada estágio ou grau de hipnose oferece suas possibilidades terapêuticas próprias. Na verdade. 2. já não quer mover-se ou mudar de posição. 15 . 14 . principalmente na escala de Le Cron e Bordeaux e em observações práticas. quando submetidos à hipnose.Aceita sugestões pós-hipnóticas simples.Contrações oculares ao despertar. a catalepsia dos membros e a rigidez cataléptica. esta fase não é considerada como um transe perfeito. foi possível identificar uma sequencia de reações espontâneas e mudanças fisiológicas no hipnotizado. Começam a sentir os membros pesados e finalmente todo o corpo pesado. evolui para esta fase.Catalepsia ocular.Sensação de alheamento parcial. Não obstante os sintomas. quando retornado transe diz que se lembra de tudo que aconteceu. Mostram uma expressão de cansaço.Fechamento dos olhos. São características dos níveis da fase II: 7 . falar.Contrações espasmódicas.Rapport entre hipnotizado e o hipnotista.Rigidez de pequenos grupos musculares. agir). porém não existe a fadiga muscular). São características dos diferentes níveis da fase I: 1 .Catalepsia parcial dos membros. frequentemente tremores nas pálpebras e contrações espasmódicas nos cantos da boca e nas mãos e aumento de batimento cardíaco. 16 .Contrações espasmódicas da boca e do maxilar durante a indução.Noventa e oito por cento dos candidatos são hipnotizáveis e. 18 .Aumento de batimento cardíaco. 11 – Lassidão acentuada (sem disposição para se mover.Aparente sonolência. 10 . 6 . O hipnotizado não tosse. 9 . tentou mover-se em vão.Transe ligeiro – Oitenta por cento dos candidatos. surgem em consequência da evolução ou aprofundamento do transe que pode ser divido em fases de I a V e na numeração de um a cinquenta: FASE I . mantém-se sério e imóvel. age como se não estivesse criticamente afetado pelo que acontece no ambiente e a respiração é mais lenta e mais profunda. Neste estágio. durante o transe. pensar. embora possa oferecer resistência às sugestões mais complicadas. .Hipnoidal . FASE II .Respiração mais lenta e mais profunda. o hipnotizado obedecerá às sugestões mais simples.Mudanças de personalidade. pouca inclinação a falar. 3 – Tremor das pálpebras. porém declara sempre que. quando submetidos à hipnose. Entre outros sintomas. 13 .Sensação de peso no corpo inteiro. 8 . Experimentam um estado de alheamento. 5 – Relaxamento mental e físico. 17 . (Os músculos do corpo ficam enrijecidos durante o estado de hipnose. apresenta-se no hipnotizado a catalepsia ocular. embora conserve ainda plena consciência de tudo que se passa ao redor. 2 .Com base no referencial teórico estudado. 12 . pelo menos se enquadram nesta fase. Essas situações não são induzidas pelo hipnotista. 4 . Neste estado são aceitas sugestões pós-hipnóticas bizarras e o hipnotista pode assumir o controle das funções orgânicas do hipnotizado. razão por que é o estágio indicado para pequenas cirurgias. 24 – Ocorrências de ilusões do gosto. sente cheiro ou gustação de algo que não existe) e positivas (não vê e não tem sensações táteis. nesta fase. Nota-se ainda. São características dos níveis da fase III: 19 . quando submetidos à hipnose. por debaixo das pálpebras. 25 – Alucinações olfativas. Embora conservem alguma consciência do que se passa. mas não aparece a íris (olhos brancos). movem-se em todos os sentidos. as alucinações pós-hipnóticas visuais e auditivas. etc. ouve. o hipnotizado ainda que reaja com maior ou menor presteza às sugestões do hipnotista. alucinações positivas e negativas dos sentidos e alucinações cinestéticas. Ocorre espontaneamente a glove anestesia.Rigidez muscular nos braços e pernas. 26 . 21 .Transe profundo ou sonambúlico .Glove anestesia (anestesia das mãos).Hiperacuidade olfativas. influindo por meio de sugestões no ritmo das pulsações cardíacas. lembra-se apenas de parte dos fatos que ocorreram durante o transe. não ouve.Setenta por cento dos candidatos. já não oferecem resistência às sugestões. A regressão de idade. a amnésia parcial. os processos metabólicos.O hipnotizado reconhece estar em transe. salvo quando estas contrariam seu código moral ou seus interesses vitais. 28. preferentemente para cima. Nesta altura se produze a catalepsia completa dos membros e do corpo. evolui para esta fase.Vinte a trinta por cento dos candidatos. são outros tantos atributos do transe sonambúlico.FASE III . é o transe no sentido superlativo do termo. 20 . 22 .Hiperacuidade das condições atmosféricas (frio ou calor do ambiente. O hipnotizado permanece com os olhos totalmente abertos.Amnésia parcial é acentuada.Rigidez geral dos membros e do corpo inteiro). Frequentemente na fase IV. Frequentemente. estão efetivamente hipnotizados. não sente cheiro ou gustação de algo que existe). o hipnotizado fica com os olhos entreabertos aparecendo a parte branca inferior da córnea.Transe médio . No aprofundamento ocorre o fechar dos olhos e o movimento não coordenado dos globos oculares. uma hiperacuidade em relação às condições atmosféricas com elevada sensação de frio ou calor. quando submetidos à hipnose evoluem para esta fase. 27 . No transe médio já se consegue efeitos analgésicos e mesmo anestésicos locais. apresentam uma expressão impressionantemente fixa com as pupilas visivelmente dilatadas. alucinações motoras. FASE IV . A isso pode ser acrescentada a . sua aparência é a de quem está submerso num sono profundo. alterando a pressão arterial. 23 – Presenças de ilusões sinestésicas. embora não o descreva. auditivas e táteis. negativas (vê e tem sensações táteis. pressão.Transe pleno . A anestesia hipnótica completa. 32 Comportam-se como um sonâmbulo (sonambulismo artificial).Sensação do desaparecimento e a aproximação da voz do hipnotista. se sentirá atraído. Atração pelo hipnotista por hiperestesia 46 – Hipersensações olfativas. apresentam movimentos descontrolados do globo ocular. da audição. andando como se fosse sua sombra ou inclinando o corpo em sua direção.Anestesia é completa. São características dos níveis da fase IV: 29 . em certas ocasiões o segue embora não o veja. mas não aparece a íris (olhos brancos). O hipnotista. quando submetidos à hipnose evoluem para esta fase. 40 -Lembrar coisas esquecidas. 34 . um olho para um lado e o outro em sentido contrário.Estimulação de sonhos durante o transe ou pós. 41 . resfriamento de parte ou do corpo todo. Assim poderá ser submetido à intervenção médicaodontológica. ou pode surgir naturalmente sem sugestão . Mantém a boca seca e entreaberta.Olhar fixo.Regressão de idade com absoluta precisão de lembranças de fatos mesmo que ocorridos na fase mais infantil. um olho move para cima e o outro para baixo. aproximando a mão. 42 . Apresentam ausência total de reação mesmo quando submetidos a fortes estímulos do tato. 43 Alucinações visuais e auditivas negativas pós-hipnóticas. 35 . no sono normal. além de ser um dos fenômenos clinicamente importantes. 44 . quando a anestesia deve produzir efeito. esgazeado e. ou ainda.O hipnotizado permanece com os olhos totalmente abertos. Encostando-se um objeto frio na pele do hipnotizado e dizendo ser uma brasa.Sugestões pós-hipnóticas bizarras. Pode ocorrer a somatização das sugestões. determina as condições específicas como o dia. FASE V . com a incidência de luz as pupilas dilatadas não contraem (midríase). Outra situação que pode ocorrer no transe sonambúlico é quando o hipnotizado “se liga” mentalmente ao hipnotista. 31 . digestão. 37 .Olhos se fecham e apresentam movimentos não coordenados. 33 . É possível sugerir-se ao hipnotizado. o hipnotizado manifesta inquietude. 38 . No entanto. alterações da pulsação. é uma das provas mais convincentes do transe profundo. 36 . 30 . indicando a região a ser anestesiada. o hipnotizado está profundamente ligado e pronto para executar as sugestões do hipnotista. a anestesia pós-hipnótica.Anestesia póshipnótica. mesmo sem ele vê.Alheamento total a tudo que ocorre no ambiente.Cinco a dez por cento dos candidatos.anestesia e. independente de nova sessão e na ausência do hipnotista. aromáticas e odores. Quando o hipnotista se afasta. da visão e do olfato. 45 .Alucinações visuais e auditivas positivas pós-hipnóticas. 39 Alterações das funções orgânicas por sugestão.Estimulação de hiperestesias. aparece a bolha como se fosse provocada por uma queimadura.Amnésia é completa ou sistematizada por sugestão pós-hipnótica. o que é mais importante. a hora ou local. ritmo da respiração. ver ou sentir através da mente. Na linguagem da parapsicologia. telecinesia é termo derivado das palavras gregas tele e kinesis. audição. Certamente deve ser tentada nesses indivíduos para os quais todas as outras variedades de anestesia são contraindicados. Manifestações hiperestesicas em forma de clarividência. significam “movimentar de longe”.Pode ser observada a ocorrência de forte hiperestesia. contorno dos olhos e unhas roxas além de mudança de voz (CARREIRO. Durante esse treinamento é aconselhável criar um sinal condicionado cinestésico para manter o paciente aprofundado (receptivo a anestesia e a hemostasia) durante todo o ato cirúrgico. a quantidade de anestésico pode ser significativamente reduzida quando é aumentada com a hipnose (ERICKSON. alta palidez. segurar o dedo indicador do paciente ou tocar na falange do dedo polegar.Inibição de todas as atividades espontâneas. é mover objetos sem contato normal. paladar e olfato. Esse sinal pode ser o toque em alguma parte do corpo do paciente. 48 . sugestões verbais para o paciente continuar receptivo a analgesia e . 49 – Somatização das sugestões.3 HIPNOANESTESIA A hipnoanestesia pode ser utilizada na odontologia como substituta ou coadjuvante da anestesia química. o estado de sonambulismo e a hiperestesia. 2008). ver a distancia e poder descrever qualquer lugar que lhe seja solicitado. Para a realização de uma cirurgia utilizando a hipnoanestesia costuma-se primeiramente fazer um treinamento com hipnose durante algumas consultas. ou mais. Em anestesia geral. Para uma cirurgia bucal pode ser um toque em determinada região da face do paciente. que significa um extraordinário aumento dos sentidos convencionais como tato. como por exemplo. visão. Embora muitos pacientes nunca consigam atingir a profundidade da hipnose em que a hipnoanestesia deve ser obtida. quatro. 3.Movimentos descontrolados do globo ocular. 50 . Isso evita o hipnólogo permanecer comunicando.específica. três. clarividência e até telecinesia associado a transfiguração de fisionomia. a curtos intervalos de tempo. clariaudiência e telecinesia (a clariaudiência é para o ouvido o que a clarividência é para a vista). 2005). São características dos níveis da fase V: 47 . esta capacidade de visão indireta significa ver além do olhar ou da visão convencional. dependendo de cada paciente e da dimensão da cirurgia. HERSHMAN e SECTER. Ouvir. . Este método ajuda na redução de doses de sedativos e analgésicos. como tocar no pulso do paciente. criar também um sinal hipnogênico para indução da hipnose que pode ser tátil. (1998). a hipnose é um benefício (MONTEIRO. Contudo. De acordo com a Lei 5. a hipnose sempre pode induzir relaxamento cognitivo (mental) e relaxamento somático (físico). Além disso. regulamentada por Decreto pelos Conselhos Federais de Medicina. como também reduzir a ansiedade e o medo do paciente aos procedimentos médicos ou odontológicos. 1980). de Odontologia e de Psicologia. decorrentes de conhecimento adquiridos em curso regular ou em cursos de pós-graduação. do que as pessoas com baixos índices. a sensação dolorosa aliviada pela hipnose pode recorrer como ocorre com muitos outros tipos de tratamento para a dor. Em pacientes alérgicos a drogas. 3. estabelece que: Art. acalma o paciente.6 .Compete ao cirurgião-dentista: l. ou verbal (FERREIRA. a hipnose pode fornecer resultados superiores á anestesia medicamentosa. sendo seu exercício profissional restrito aos profissionais da área da saúde. ao delimitar em linhas gerais atuação do Cirurgião-Dentista. 2003). A mesma reconhece e regulamenta o uso pelo Cirurgião-Dentista de práticas integrativas e complementares à saúde bucal.Empregar a analgesia e a hipnose quando constituírem meios eficazes para o tratamento. um exame endoscópico. Segundo Crawford e cols.081 de 24 de Agosto de 1966 que regula o exercício da Odontologia. VI. suprime o medo e combate a dor. Além disso.Praticar todos os atos pertinentes a Odontologia. facilitar uma cirurgia. Isto pode facilitar curativos em queimados. afirmou que dados comportamentais e neurofisiológicos proporcionam suporte para a proposta que as pessoas com altos índices nas escalas de suscetibilidade hipnótica têm o sistema de processamento da atenção mais efetivo nas experiências normais diárias e também durante a hipnose.4 REGULAMENTAÇÃO NA ODONTOLOGIA No Brasil a prática da hipnose é legal. a restauração de uma cavidade dentária. Desde que a hipnoanestesia seja usada sensata e por profissional qualificado e experiente.a hemostasia. II . III . (CARREIRO. e. ministrada pelo professor Giuseppe Mazzoni. no currículo do curso de graduação como disciplina regular. 2008).Art. VII . VIII .Atuar na adaptação e motivação direcionada ao tratamento odontológico. à reeducação alimentar. IV .Condicionar o paciente para a adoção de hábitos de higiene. São atribuições do Hipnólogo em Odontologia: I .Utilizar anestesia hipnótica em casos pertinentes. ao uso de medicamentos. Mas. V . dentre outros. até 1993.Preparar pacientes para cirurgias. adaptação ao tratamento. foi a Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia a única que manteve. 20.Tratar e controlar distúrbios neuromusculares e intervir sobre reflexos autonômicos. 1966). os medos e as fobias relacionadas aos procedimentos odontológicos e/ou condições psicossomáticas relacionadas à Odontologia. Por iniciativa da ABO (Associação Brasileira de Odontologia) a hipnose foi implantada como curso de extensão universitária em várias Faculdades. contribuindo para a melhora do quadro do paciente.Tratar e/ou controlar as ansiedades.Preparar pacientes para serem atendidos por outros profissionais. VI . . aos hábitos para funcionais.Utilizar a Hipnose em outros processos/situações relacionados ao campo de atuação do Cirurgião-Dentista (BRASIL. neste caso usando a hipnose como terapia para realização de um procedimento cirúrgico.4 OBJETIVO Utilizar a hipnose como terapia complementar de uma exodontia de terceiro molar superior incluso submucoso reduzindo o uso do anestésico local. preferencialmente. no qual um indivíduo. saiba lidar com os transtornos de ansiedade e comportamentos decorrentes do tratamento a ser realizado. . com dor e em estado de vulnerabilidade a situações de agressão física e mental requer atendimento por um profissional que. 5 JUSTIFICATIVA O consultório odontológico pode ser considerado um local potencialmente ansiogênico. 6 EXPECTATIVA Acrescentar com este trabalho novas informações para futuros estudos e assim ajudar a hipnose no seu continuo estudo. foi selecionado paciente de gênero feminino T. campus Salvador (FTC – SSA). neste também se encontram as . requerendo exodontia dos terceiros molares. Figura 1. este procedimento ocorreu em um ambiente calmo e confortável no Centro Cirúrgico da Faculdade de Tecnologia e Ciências. com indicação ortodôntica. foi requerido ao acompanhante da paciente assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. J. 16 anos de idade. N. já submetida a várias sessões de hipnose. Para realização do caso clínico.7 METODOLOGIA O método escolhido para este trabalho foi qualitativo de caráter exploratório. A unidade 28 (terceiro molar superior esquerdo) foi escolhida para realização da exodontia. Radiografia Panorâmica da paciente. no qual autoriza a utilização clínica e radiográfica do caso clínico. Foi solicitada a radiografia panorâmica e exames laboratoriais (Figura 1). Por se tratar de uma menor de idade. O Cirurgião-Dentista começou pelo descolamento do tecido com a cureta de Lucas (Figura 3). o hipnotizador usou uma cureta de Lucas dando a paciente à sugestão que estava sendo anestesia naquela região do dente. já a deixando pronta para receber qualquer sugestão durante a cirurgia (Figura 2). até esse momento a paciente não referiu dor. a técnica utilizada foi da fixação do olhar. isso antes dela comparecer na FTC. Minutos antes de começar o procedimento cirúrgico foi feito um reforço. A paciente foi hipnotizada pela primeira vez para avaliação da profundidade e facilidade de entrar em transe. com o intuito dela se familiarizar com o ambiente. Indução inicial minutos antes do procedimento cirúrgico. assim como as técnicas da escada e do elevador.assinaturas do Cirurgião-Dentista Réferson Melo e do Hipnotizador CirurgiãoDentista Luciano Almeida (Anexo 1). continuando com o levantamento do retalho (Figura 5). na hora da luxação com alavanca a paciente sentiu dor (Figura 6) e para dar continuação da cirurgia foi feita a aplicação do anestésico local sendo usado apenas . foi dada a sugestão direta e indireta de anestesia. Figura 2. seguindo de uma incisão sulcular com a lâmina de bisturi n° 15 (por se tratar de um dente incluso submucoso) (Figura 4). No Centro Cirúrgico da instituição a mesma foi hipnotizada por primeira vez. Uso de uma cureta de Lucas para descolamento do tecido. . concluindo o procedimento com uma sutura normal. No final do procedimento clínico o hipnologo deu a paciente a sugestão para quando acordar não se lembrar de nada do que aconteceu nem do que foi falado.um tubete (Figura 7). Figura 3. .Figura 4. Incisão sulcular. Luxação com alavanca de bandeirinha.Figura 5. . Levantamento do retalho Figura 6. espelho clínico. fórceps. 8 RESULTADOS Foi realizado o procedimento cirúrgico utilizando a hipnose como técnica auxiliar. como médio de precaução. afastador de minesota e de farabeuf. pinça hemostática. gazes e anestésico local. Uso de anestesia local. sindesmôtomo. espátula sete. agulha para carpule. pinça clinica. na mesa cirúrgica constavam sonda exploradora. cuba com soro. foi necessária a aplicação de um tubete de anestésico local. cureta de Lucas. não usando anestesia local a mesma durou até o levantamento do retalho e só na hora da luxação a paciente sentiu dor. tesoura. porta agulha. seringa carpule.Figura 7. Foram utilizados para o procedimento instrumentos e materiais como PVPI e clorexidina para realizar a antissepsia interna e externa. lâmina de bisturi. lima para osso. fio de sutura. descolador de Molt. seringa hipodérmica. assim a paciente parou de sentir dor e se deu continuação da . alavancas reta e de bandeira. todos esclarecidos ao paciente anteriormente. cabo para bisturi. J.cirurgia. Professor Réferson Melo. Figura 9. Figura 8. Resultado a unidade 28 fora do alvéolo. Estudante Gianella Calero e Paciente T. este terceiro molar superior esquerdo apresentou múltiplas raízes fusionadas (Figura 8). Terceiro molar superior esquerdo com múltiplas raízes fusionadas. . N. Cirurgião-Dentista Luciano Almeida. distorções de tempo de trabalho. sendo que para uma cirurgia de terceiro molar sem hipnose se faz uso de mais de um tubete. No caso clínico realizado. e só precisou da utilização de um tubete de anestésico na hora da luxação. e influir no sistema simpático e parassimpático. 9 DISCUSSÂO A hipnose como método coadjuvante pode ser usado em todos os procedimentos e/ou terapias odontológicas sem restrições. Assim. Por isso que outro autor afirmou que a hipnose em Odontologia está indicada para modificar o comportamento dos pacientes tais como: diminuir a ansiedade. nem a conversa. 2008). ruptura de hábitos bucais. A hipnose na Odontologia nem sempre depende de um nível de transe profundo. foi realmente utilizada como terapia coadjuvante. observamos que a hipnose. nem da dor. pois existem estágios ou graus de hipnose que oferecem suas possibilidades terapêuticas próprias. e higiene bucal. Para assegurar o correto acompanhamento por parte do paciente na confecção de dentaduras. 1958). 2009). Para qualificar a qualidade do aprofundamento em um procedimento odontológico. O Dentista tem que aceitar a hipnose como um acessório e não como um substituto para qualquer técnica de Odontologia (WEISSMANN. atuando nas glândulas salivares e na hemostasia (NASSRI. a potencialização de anestesia. a mesma acordou e foi feita a pergunta “Lembra-se de alguma coisa?” a mesma respondeu que não se lembrava de nada e sentia se bem. a sintomatologia do paciente será um ponto chave para perceber em que fase encontra-se o aprofundamento (CARREIRO. a recuperação pósoperatória. ajudando na incisão do tecido com a lâmina de bisturi. o hipnotizador deu a paciente à sugestão que quando acordar ela não se lembraria de nada.Antes de a paciente acordar do transe hipnótico. . nem do procedimento e que sentiria uma sensação de bem-estar e de ter amnésia de todo o procedimento realizado e de toda a conversa que foi dita. adaptação a aparelhos ortodônticos e protéticos. aparelhos ortodônticos. em especial CirurgiãoDentista tem que ser rápida e objetiva. se deve levar em consideração características e méritos da parte do paciente. sob o falso argumento de que não é importante ou não funciona. . Então se pode dizer que mesmo assim a hipnose é um auxilio para o Cirurgião-Dentista dentro do consultório odontológico. 2008). 1980). 1974). 2000). mas por diversos fatores como o ambiente novo para a paciente. Por isso é importante que muitos autores e profissionais estejam preparados para correr o risco de uma hostilidade por parte de quem tenta silenciar o debate sobre hipnose e seus efeitos no cotidiano dos indivíduos. Já outro autor afirmou que a hipnose em profissionais de saúde. A aceitação da hipnose no paciente é colocada por meio de ideias. resultando de um trabalho em conjunto do Cirurgião-Dentista e do paciente (SCOTT. do ambiente. entre outros. ocorre lamentável desconhecimento e enorme preconceito sobre a hipnose. incluindo-se aí profissionais de nível superior. Tanto na vida acadêmica quanto no conhecimento popular. foi um procedimento no qual a hipnose colaborou como complemento. Infelizmente. Bem que outros autores afirmaram que na hipnose tem que levar em conta as características individuais do paciente e do hipnotizador e como vai ir se desenvolvendo a relação entre ambos (ROQUE e VILLANUEVA. o hipnotismo é desacreditado por alguns. 1964). um primeiro contato com o Cirurgião-Dentista e pelo desconhecido.O tempo empregado para hipnotizar é uma desvantagem devida á alta complexidade e ritmo dos atendimentos odontológicos (MONTEIRO. assim como melhora o tempo e a qualidade dos cuidados no pós-operatório (KIHLSTROM. temido ou pouco conhecido para a maioria (CARREIRO. para conseguir o desejado transe profundo (ELMAN. do hipnotizador. 1980). podendo ser utilizada em um sem número de pacientes com diversos problemas. Não há porque duvidar. a hipnose é importante sim e também funciona. ainda existem resistências ao valor da hipnose na Odontologia. O ideal para a exodontia realizada sob-hipnose era não ter utilizado nenhum tubete de anestésico. equivocado na opinião de outros. por ser sempre apresentada como um tema polêmico (MONTEIRO. A hipnoanestesia poupa dinheiro ao paciente. 2001). Para a realização e obtenção da hipnose ou sugestão hipnótica. Embora faça parte do cotidiano dos indivíduos de várias formas e em diferentes situações. como em uma exodontia podendo ocorrer à diminuição ou eliminação do uso da anestesia local. É hora de abrir nossas mentes para trazer a hipnose para nosso século sem nenhuma restrição e preconceito. pois a hipnose ajudou na redução do uso do anestésico local. ajudando ao Cirurgião-Dentista na hora de um procedimento. . do ambiente e do próprio paciente. Esta técnica também acrescenta ao paciente a sensação de bem-estar e conforto após serem tratados.10 CONSIDERAÇÕES FINAIS Pode-se concluir que a hipnose é uma técnica coadjuvante na Odontologia. que foi coligado ao mérito do tempo. pois esta com certeza traz mais benefícios do que o contrario. como foi o caso deste trabalho a qual esta funcionou parcialmente. McCLAIN. C. 1. ed. Hypnotherapy. 3. cap. Disponível em http://www/mcmaster..Misconceptions Reasons and Beginnings. The Practical Application Of Medical and Dental Hypnosis. A. E. Técnicas para Obter Analgesia e Anestesia. Hipnose na prática clínica. ELMAN. São Paulo: Fiuza. L.html. p. B. 10. BRASIL. Rio de Janeiro: Livraria Atheneu. H. Hypnotherapy. INABIS 98 5th Internet World Congress on Biomedical Sciences at McMaster Univeristy. 1. p. p. v. . CA: Westwood Publishing Co. Brasília. 260. D. ELMAN. cap. VENDEMIA. v. 277 . I. In: Invited Symposium Neural Basis of Hypnosis. V. Regula o Exercício da Odontologia. 2005. Canada. 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A sua autorização é voluntária e a recusa inviabilizará a realização do procedimento já citado..... para apresentação do mesmo em encontro odontológico científico........... sendo que uma cópia será arquivada pelo pesquisador responsável..... enfocando suas indicações.. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. .................... O (A) Sr (a).. está sendo consultado (a) no sentido de autorizar a utilização de dados clínicos.. Nosso objetivo é realizar uma exodontia de terceiro molar superior usando a hipnoanestesia. assistentes e alunos da Instituição.......ANEXOS Anexo 1. e documentação radiológica que se encontram em sua ficha de prontuário odontológico.... Seu nome ou o material que indique sua participação não será liberado sem a sua permissão.. e a outra será fornecida ao (a) Sr (a). não será identificado (a) em nenhuma publicação..... Os interessados irão tratar a sua identidade com padrões profissionais de sigilo................. que será realizado pelos Cirurgiões Dentistas........ O relato do caso estará à sua disposição quando finalizado. vantagens e desvantagens em meio científico. Declaro que autorizo a utilização de dados clínico-radiográficos de meu caso. de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas.Eu. portador (a) do documento de Identidade ____________________ fui informado (a) a respeito do objetivo deste estudo. Sei que a qualquer momento poderei solicitar novas informações. Nome Assinatura participante Data Nome Assinatura Cirurgião Dentista Data Nome Assinatura testemunha Data . Recebi uma cópia deste termo de consentimento livre e esclarecido e me foi dada à oportunidade de ler e esclarecer as minhas dúvidas. _________ de __________________________ de 2014 . Salvador. __________________________________ .
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