TCC MANUELA

March 22, 2018 | Author: Manuela Silveira | Category: Waste, Recycling, Landfill, Natural Environment, Nature


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FACULDADE DE TALENTOS HUMANOS – FACTHUS MANUELA KELLY DA SILVEIRAPLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: ELABORAÇÃO DE UMA PROPOSTA A UMA EMPRESA DO SETOR DE ALUGUEL E MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES PESADOS DE UBERABA - MG UBERABA 2010 MANUELA KELLY DA SILVEIRA PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: ELABORAÇÃO DE UMA PROPOSTA A UMA EMPRESA DO SETOR DE ALUGUEL E MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES PESADOS DE UBERABA - MG Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Talentos Humanos - FACTHUS, como requisito parcial para obtenção de título de bacharel em Engenharia Ambiental. Orientadora: Prof.ª Esp. Fabiana de Araujo Lana UBERABA 2010 MANUELA KELLY DA SILVEIRA PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: ELABORAÇÃO DE UMA PROPOSTA A UMA EMPRESA DO SETOR DE ALUGUEL E MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES PESADOS DE UBERABA - MG Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Talentos Humanos - FACTHUS, como requisito parcial para obtenção de título de bacharel em Engenharia Ambiental. Orientadora: Prof.ª Esp. Fabiana de Araujo Lana Área de concentração: Uberaba, 19 de junho de 2010 ______________________________________________________ Prof.ª Esp. Fabiana de Araujo Lana – FACTHUS _______________________________________________________ Prof.ª MS Rafaela Patrício – FACTHUS ____________________________________________________ Prof.º Esp. Paulo Henrique Lopes – FACTHUS Dedico este trabalho aos meus pais, Maria Aparecida da Silveira e Manoel Pedro Filho, que sempre estiveram ao meu lado e à minha vózinha Orestina, que tenho certeza que está olhando por mim lá do céu. me abençoar e colocar pessoas maravilhosas em meu caminho. obrigada pelas palavras de conforto. A minha mãe. Fabiana Lana que teve muita paciência e dedicação. Obrigada Pai. pelo companheirismo dentro e fora da faculdade. . Obrigada. que sempre foi meu exemplo. apoio e amizade nesses anos de graduação. obrigada pela amizade. te amo muito. Ao meu pai. Em especial à minha amiga Fabiene. enfim. que é um companheiro-namorado e amigo. Graças a ele estou aqui hoje. por ter acreditado no meu potencial e investido em mim.AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por clarear minha vida. minha companheira. que com certeza será pela vida toda. familiares e todos que me ajudaram direta e indiretamente para a realização desse projeto. Enfim agradeço aos amigos. Ao meu namorado José. amiga. que apesar das brigas sempre meu deu apoio e subsídios em tudo. pelas horas cedidas de estudo. A minha orientadora. sempre meu deu força e sempre esteve ao meu lado em todos os momentos não me deixando desistir nunca. Aos colegas de faculdade pelos momentos de descontração. Maria Aparecida da Silveira. Obrigada Mãe. Obrigada a todos os meus amigos que me apoiaram e me deram forças e que sempre torceram por mim. Obrigada pela paciência e apoio nessa fase corrida e pela ajuda na formatação do trabalho. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário. (Mahatma Gandhi) .Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome. A metodologia utilizada baseou-se em visitas técnicas no local. . MG. O trabalho demonstrou que o gerenciamento adequado reduz o impacto dos resíduos gerados na oficina mecânica. com a finalidade de se levantar a maior quantidade de dados possíveis sobre os resíduos gerados na empresa. sendo constituídos de ações simples. realizou-se pesquisa junto a literaturas para se obter todas as informações sobre todas as etapas pertinentes ao gerenciamento desses resíduos. O local escolhido como estudo foi a Oeste Minas Serviços Ltda.. Em seguida.RESUMO Diante da quantidade e diversidade dos resíduos sólidos gerados em oficinas mecânicas. situada no Município de Uberaba. Manutenção de veículos. para que estes não comprometam a saúde pública e o meio ambiente. Devido a necessidade de se ter soluções para situações como essas e a escassez de temas específicos que abordam o assunto. A proposta evidencia a redução dos impactos causados quando gerenciados de forma correta. se torna necessário uma análise mais criteriosa dos mesmos. Palavras-chave: Plano de gerenciamento. Resíduos Sólidos Industriais. de baixo custo. empresa voltada para locação e manutenção de veículos pesados. Impactos Ambientais. tanto visualmente quanto através de questionamentos aos funcionários. porém eficientes. o objetivo deste trabalho foi elaborar uma proposta de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para uma oficina mecânica. we carried out survey of literatures to obtain all information about all the steps relevant to the management of such waste. it is necessary a more careful analysis of them. The proposal highlights the reduction of impacts caused when managed correctly. The methodology was based on technical visits on site. the objective was to develop a proposal for Solid Waste Management for a mechanic. inexpensive but efficient. a company focused on leasing and maintenance of heavy vehicles. Vehicle Maintenance. MG. The study site was chosen as the Oeste Minas Serviços Ltda. both visually and by questioning employees. . The study showed that proper management reduces the impact of waste generated in the machine shop. Keywords: Management Plan. Environmental Impacts. located in the city of Uberaba.. Solid Waste Industrial.ABSTRACT Given the diversity and quantity of solid waste generated in machine shops. Then. so they do not endanger public health and the environment. Because of the need to have solutions for such situations and the lack of specific topics that address the subject. aiming to raise as much data as possible about the waste generated by the company. and made several simple. ..............................Coletores indicados para Coleta seletiva...... 62 FIGURA 5 ................................Exemplo de caixa separadora ........................ 74 .... 54 FIGURA 4 .Os três aspectos contemplados pelo Triple Bottom Line.......................Localização do empreendimento ..............................Fluxograma do processo produtivo ...LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 .......... 64 FIGURA 6 ...... 39 FIGURA 3 ...................... ..... ...... 31 FIGURA 2 ...............Fluxograma do Gerenciamento dos Resíduos Sólidos......... .................................Peças danificadas ou inutilizáveis dispostas .............................................LISTA DE FOTOS FOTO 1 ................................................................... junto com outros resíduos.............Óleos lubrificantes usados armazenados e acondicionados inadequadamente no pátio de manutenção .......................... 46 FOTO 10 .... 48 FOTO 15 ........................................................Baterias no fim da sua vida útil armazenada junto com outros resíduos......................................................................................................... 42 FOTO 3 .. 47 FOTO 12 ......................Peças danificadas ou inutilizáveis ............... 44 FOTO 7 – Resíduos armazenados de forma irregular ...................Banheiro dentro do setor administrativo ........................... 41 FOTO 2 .................................................. 43 FOTO 5 ...................................... 47 FOTO 13 – Embalagens de óleos lubrificantes ...........Acondicionamento dos resíduos ...................Acondicionamento dos resíduos ........................................ 45 FOTO 9 ...... 48 FOTO 14 ........................................ 46 FOTO 11 .............. 44 FOTO 6 .........Óleos lubrificantes utilizados e não utilizados ................. 49 ...................... 42 FOTO 4 ..... 49 FOTO 16 – Panos e estopas acondicionados de forma irregular...................Banheiro do setor de manutenção e ......................Pátio do empreendimento ......................................................................................Resíduos oriundos do setor administrativo.........Pneus novos e usados armazenados ............. 45 FOTO 8 – Peças danificadas ou inutilizáveis ......... ......... .............. 55 TABELA 7 – Caracterização do empreendimento ........................O local............. 76 ......Resíduos passíveis e não passíveis de co-processamento ........... . ............. ......................Resíduos e Quantitativos Gerados pelo Processo Produtivo............................................. .....................Veículos para alugar e para fazer manutenção........................... 37 TABELA 4 ................................................................. ........................................ ...................O local e a descrição dos resíduos gerados no setor administrativo............... 36 TABELA 3 ... 51 TABELA 6 – Metais ferrosos e não ferrosos e suas aplicações................. 72 TABELA13 ..LISTA DE TABELAS TABELA 1 ............... 68 TABELA 12 – Transportadores dos resíduos ................ descrição. 25 TABELA 2 ......... de acordo com a tipologia dos resíduos........ 74 TABELA 14 ..... 39 TABELA 5 – Materiais que podem e não podem ser reciclados.......Recursos para implantação do PGRS........................... 63 TABELA 9 .......................Cronograma de Implantação do PGRS. 65 TABELA 10 ..... .........Coloração dos recipientes segundo a Resolução CONAMA 275/01.................... ....... ............Tipos de resíduos........... órgãos regulamentadores e gestores...... 63 TABELA 8 – Caracterização do gerador... ................................... 66 TABELA 11 ......... acondicionamento e gerenciamento dos resíduos gerados no setor de manutenção.... Compromisso Empresarial para Reciclagem PVC .Policloreto de Vinilo PET .Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística NBR – Norma Brasileira ABNT – Associação Brasileira de Norma Técnicas ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária RSU – Resíduos Sólidos Urbanos FEAM .Politereftalato de etileno IBS .Fundação Estadual do Meio Ambiente CNEN .Agência Nacional de Petróleo .Instituto Brasileiro de Siderurgia ANP .Comissão Nacional de Energia Nuclear CEMPRE .LISTA DE SIGLAS PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente IBGE . ..................1..........................................................................................................1.....2 2ª Etapa – Implantação e Operação ............... 26 5....................6.........................................6....... 18 4 MATERIAIS E MÉTODOS ..............................3 Transporte ...................6.................................................. 32 5....................................... 30 5....... 26 5.............6............................................. 28 5.............................................. 17 3 OBJETIVO .......6.........2...................... 29 5...... 20 5.......................2..........6 Requerimentos Legais e outros ........................... 20 5.....5 Acondicionamento .1........2 Objetivos Específicos .......2.....................1............... 18 3.............6 Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais ............ 30 5....... 32 5..............................................SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO . 31 5................................6....2..................................... 31 5.............................................6..4 Manuseio ....................... 29 5............. 33 .........................................................6...........2 Coleta .......1...5 Resíduos Sólidos Industriais ...3 Legislação pertinente para os resíduos sólidos ......... 32 5.................................7 Educação Ambiental ............. 22 5.......................................................................................................................................6................................6................................2.................................................................... 18 3..................4 Classificação.................................................. 32 5.....1 Objetivo Geral ............7 Pré-Tratamento......................6............6. 15 2 JUSTIFICATIVA ......... 21 5................. 32 5................................................................................................2.. 29 5......... 19 5 REFERENCIAL TEÓRICO .........6 Armazenamento ..................................1 Resíduos Sólidos ................6...6.......... 33 5..................................................1 1ª Etapa: Planejamento ...................4 Classificação dos Resíduos Sólidos .....1 Objetivos e Metas ..........................6................................................................................................................1..................6.....5 Quantificação .......................................... 29 5...............................................1.... 27 5.........2.......2 Geração dos resíduos ............................... 21 5.......2.............2 Resíduos Sólidos no Brasil .......6.......................................................8 Tratamento ...3 Caracterização................1 Segregação ............................................................ ....................2...........2 Aterro Sanitário...........1..3 Incineração .........4 Coleta Seletiva ..... 63 8........................................................................ 52 7..................1................. 54 7................9.............................. 54 7...........2...............6...........................................9...... 35 5.............................................2 No setor de manutenção dos veículos .... 60 7............................6...........6 Estopas e Panos ................................6.................................................................................6......................2 Setor de Manutenção de veículos...... 43 7 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................ 63 8....1 Sucata ferrosa e não ferrosa ............ 50 7.6...................................................................................6...........2.................. 37 6 ESTUDO DE CASO .......................3 Matéria Orgânica ..........................1..................................... 35 5............................................ 34 5.............................................. 59 7..........6....1.................................. 61 8 ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DA OESTE MINAS SERVIÇOS LTDA ...................... 41 6........................1 Levantamento de dados........................................2.....2 Óleos Lubrificantes ................. 53 7.........................1 Setor Administrativo ........ 36 5................... 50 7...1 Setor administrativo ...9....................................................................... 37 5............. 38 6.........................2............9............................1.... 62 8........ 38 6.............. 56 7......5 Geração.....5 Co-processamento ...............................................................4 Pneus..............1 Caracterização do Empreendimento ...9......................9 Destinação Final ..............................2.......... 63 8.................................................. 64 8................3 Equipamentos ..5... 34 5........................................................................................... 58 7.5 Baterias.......2 Garrafa Pet .........7 Impactos sócios – ambientais ........................2 Caracterização do Gerador ..........1 Reciclagem ..3 Embalagens dos óleos lubrificantes..............1...... caracterização e classificação dos resíduos ...................................................2... 51 7.......................................2........................... 64 .............................1 Papel..................2.................Verificação e Ações Corretivas ................................................................4 Sacolas plásticas e derivados ......3 3ª Etapa ....................................................................2...2.....2..................................................................... 35 5. 50 7................4 Atividades e Serviços Predominantes ........... ................................................................................. 79 11...................................................................................12 Controle de risco ......... 77 8...... 78 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................1 Curto prazo ................................ 83 .............................................................................................................................................................13 Recursos necessários para a implantação do PGRS ..........15...... 65 8.................................................................. 66 8......................................................................................................................10 Disposição Final ..9 Coleta e transporte Externos .........6 Segregação ..... 73 8......14 Cronograma das atividades ............................... 76 8........ 75 8..................8...2 Médio Prazo ...7 Acondicionamento............ANEXOS ... 71 8.15 Resultados esperados ...................................................................................................3 Longo Prazo................................................................ 74 8................................... 77 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................... 72 8...........15................. 73 8....11 Educação ambiental ........................................... 76 8...................................................................15............................................ 71 8................................8 Armazenamento Temporário ................................ implicando junto a outros requisitos . água. Os resíduos perigosos. Na qualidade de empreendedor. e a comparação destes constituintes com a listagem de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido. ar e paisagens). visando a sustentabilidade das suas atividades garantindo com isso a qualidade de serviço sem agredir o meio ambiente.15 1 INTRODUÇÃO Os resíduos sólidos são produzidos em todos os ciclos das atividades humanas. Além disso. quando incorretamente gerenciados. da própria indústria (Resolução n° 005 – CONAMA. que tem seu início com a geração indo até a disposição final dos resíduos. 1993). As principais preocupações estão voltadas para as implicações que podem ter sobre a saúde humana e sobre o meio ambiente (solo. das suas características e constituintes. também está sujeita às leis ambientais federais. estaduais e municipais. A disposição inadequada de resíduos sólidos industriais também acarreta extensa preocupação. pois. O empreendimento escolhido para estudo de caso tem como atividade principal o aluguel e manutenção de veículos pesados. ressaltando a produção de passivos dos solos contaminados. Sendo importante ressaltar que a responsabilidade desse gerenciamento. encontrando-se em fase de regularização ambiental de suas atividades. O gerenciamento dos resíduos sólidos originados pelas indústrias é atualmente um dos principais problemas vivenciados pelas empresas no que tange a área de meio ambiente. produzidos. sobretudo pela indústria. são particularmente preocupantes. a Oeste Minas serviços Ltda. ou seja. pois a mesma auxilia a identificação do processo ou atividade que lhes originou. Uma definição e classificação pertinente de tais resíduos instituem uma ferramenta imprescindível no processo de gerenciamento. tornam-se uma grave ameaça ao meio ambiente e a saúde. o proprietário destaca a importância da necessidade de cooperação no estudo de soluções para os problemas sócio-ambientais. podendo ocorrer alteração em função dos métodos de produção e das práticas de consumo.. variando entre composição e volume. é do próprio gerador. padrões. a partir de uma reeducação por parte da empresa. Deste modo. partindo da necessidade de atendimento das normas legais em comum acordo com os proprietários. a premissa deste trabalho está voltada para planejar e elaborar o PGRS da empresa. .16 a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) que abrange todos os diversos setores que compõem o empreendimento. crenças e práticas institucionalizadas. de seus modelos de comportamento. . causadoras de impactos. Com isso.17 2 JUSTIFICATIVA A compreensão da problemática do resíduo e a busca de sua solução pressupõem mais do que a adoção de tecnologias. o presente trabalho se justifica para desenvolver um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos a fim de minimizar o impacto causado pela empresa escolhida como estudo de caso e assim estabelecer a sustentabilidade com o meio ambiente e com os funcionários inseridos. é de extrema importância encontrar uma forma de minimiza-lás. A partir do momento em que são identificadas atitudes diárias. entre outros. etc.  Após a implementação do PGRS.  Quantificar os resíduos.). visa-se: reduzir custos destinados ao setor (ex: redução de embalagens de óleos.  Identificar a destinação dos resíduos.1 Objetivo Geral Elaborar uma Proposta de um Plano de gestão e de Gerenciamento de Resíduos Sólidos gerados na empresa Oeste Minas Serviços Ltda.18 3 OBJETIVO 3.2 Objetivos Específicos  Levantar os tipos de resíduos gerados na área de manutenção de máquinas da empresa Oeste Minas Serviços Ltda. propondo direcionamento correto caso seja necessário.  Classificar os resíduos.. 3.  Identificar os resíduos. acúmulo de sucata ferrosa. reeducar as os funcionários para a prática de novos hábitos.  Diagnosticar a infra-estrutura necessária para execução do PGRS. . resoluções. realizou-se novamente uma pesquisa junto à literatura (livros. dessa vez mais específica sobre cada resíduo gerado e todas as etapas referentes ao gerenciamento dos mesmos. com o intuito de orientar-se na próxima etapa. Após o levantamento dos dados. entre outros) no período de março à junho. transporte e destinação final. a fim de elaborar uma proposta de gerenciamento dos resíduos gerados pelo empreendimento. nas quais foram levantadas todas as informações pertinentes aos resíduos sólidos gerados no local através de perguntas para o proprietário e os funcionários do local. definição. a de levantamento dos dados.19 4 MATERIAIS E MÉTODOS A primeira etapa foi realizada no período de fevereiro a março e se deu basicamente através de uma pesquisa prévia junto à literatura sobre os Resíduos Industriais de um modo geral. classificação. armazenamento. iniciou-se a etapa de levantamento de dados. que foi escolhido para estudo de caso. Em seguida. geração. para que posteriormente fosse possível a elaboração de uma proposta de Gerenciamento dos mesmos. norma.. sendo elas: segregação. realizada no período de março à junho através de visitas periódicas no empreendimento Oeste Minas Serviços Ltda. . .1 Resíduos Sólidos A expansão da urbanização e da industrialização das sociedades contemporâneas vem provocando aumento significativo da produção dos resíduos sólidos. A falta de um gerenciamento adequado dos resíduos sólidos industriais. A Norma Brasileira nº.8%. enquanto que a geração de resíduos cresceu 48% (IBGE. indesejáveis ou descartáveis. Assim. especialmente por parte dos empreendimentos. semi-sólido ou líquido. vem se tornando um problema ambiental de extrema gravidade em virtude dos diferentes compostos químicos oriundos deste meio. De acordo com as legislações específicas da Associação Brasileira Normas Técnicas e algumas resoluções. 2000). o termo resíduo sólido tem substituído a palavra lixo numa tentativa de desmistificar o produto do metabolismo social e urbano. considerados pelos geradores como inúteis. ou que não pode mais ser reutilizado em função das tecnologias disponíveis. podendo-se apresentar no estado sólido.20 5 REFERENCIAL TEÓRICO 5. a população brasileira cresceu 16. ou seja. os resíduos sólidos podem ser classificados em função da natureza ou origem e em função dos riscos potenciais de contaminação do meio ambiente. desde que não seja passível de tratamento convencional.004 da ABNT (2004) intitula o resíduo e/ou lixo como sendo os "restos das atividades humanas. A atividade industrial contribui fortemente para o desenvolvimento dos resíduos sólidos." Bérrios (2003) fundamenta que lixo e/ou resíduo podem ser considerados o produto na saída de um sistema (output). 10. aquilo que foi rejeitado no processo de fabricação. Nos últimos 10 anos. além de gerar resíduos com características que apresentam riscos ao meio ambiente e á saúde humana. 8%) e por último os aterros sanitários que equivalem a 12. somente 3.3 Legislação pertinente para os resíduos sólidos No ano de 1988. considerando o meio . Observa-se a predominância da prática de disposição final de resíduos sólidos em lixões. 5. GRÁFICO 1 .8% com usinas de reciclagem. 2000). Com relação à destinação. 2006. será apresentado abaixo um gráfico que mostra a porcentagem em relação à disposição final de resíduos sólidos dos municípios (IBGE.Disposição final dos resíduos sólidos no Brasil FONTE . a Constituição Federal Brasileira.Adaptado de ANVISA. pela primeira vez abordou com maior ênfase as questões ambientais.21 5.9% dos municípios contam com usinas de compostagem e 2. em cerca de 60% dos municípios.6%.2 Resíduos Sólidos no Brasil Considerando as práticas atuais. Em segundo lugar vem o aterro controlado (16. A maior incidência de lixões está em municípios de pequeno porte. quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. acondicionamento. o primeiro instrumento legal a ser utilizado para análise na área de resíduos sólidos foi Constituição Federal. Existem as Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente . em termos legais. a gestão de resíduos sólidos. a NBR 10. ele deve estar contido nos anexos A ou B da NBR 10004 ou apresentar uma ou mais das seguintes características: inflamabilidade. notadamente em seu Artigo 30.Aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos classe I . que estabelece competência do município para organizar e prestar assistência direta ou indiretamente sob regime de concessão ou permissão aos serviços públicos de interesse local (CONSTITUIÇÃO FEDERAL. sendo subdivididos em duas classes:  Resíduos classe I . entre outros e a Associação Brasileira de Normas Técnica – ABNT que institui Normas Técnicas sobre os resíduos e outros. reatividade.Perigosos: São aqueles. Desta forma.Não inertes . 1988). recomendando-se maior fiscalização e ação dos órgãos públicos e privados responsáveis pelo setor. que enfatiza a disposição final dos resíduos.CONAMA.Perigosos .22 ambiente como patrimônio nacional e das futuras gerações. 5. Para que um resíduo seja apontado como classe I. O saneamento básico ganhou importância nesta Constituição e os resíduos sólidos foram considerados com maior destaque.004 da ABNT (2004). corrosividade. determina que os resíduos sólidos são classificados em função dos riscos oferecidos ao meio ambiente e à saúde humana. No entanto.4 Classificação dos Resíduos Sólidos Como dito anteriormente.  Resíduos Classe II – Não Perigosos: São  aqueles que não apresentam nenhum tipo de perigo. toxicidade e patogenicidade. químicas ou infectocontagiosas podem acarretar em riscos à saúde pública e/ou riscos ao meio ambiente. está dispersa em vários diplomas federais e estaduais. cujas propriedades físicas. São subdivididos em: Resíduos Classe II A . bem como o armazenamento. papel e absorventes higiênicos. excetuando-se turbidez. alimentos. terrenos baldios. fluido de freio. nos termos desta ter Norma. e submetidos a um contato dinâmico e estático com à temperatura ambiente.  Doméstico ou Residencial Incluem-se nessa categoria os resíduos provenientes das residências. Exemplos: restos de alimentos. jornais.23 ou de resíduos classe II B - Inertes. curativos. revistas. embalagens contendo tintas. óleos lubrificantes. etc. conforme ABNT NBR 10006. córregos. praças. frascos de vidros. dureza e sabor. Os resíduos classe II A – Não inertes podem propriedades. etc. quando amostrados de uma forma representativa. animais. fluorescentes. cor. pilhas. Exemplos: papéis. pigmentos. vernizes. praias. E com relação à origem e natureza:  Público São os resíduos provenientes da limpeza pública que são descartados pela população. podendo ser encontrados em: vias públicas.  Resíduos Classe II B – Inertes: Quaisquer resíduos que. preservativos. combustibilidade ou solubilidade em água. água destilada ou desionizada. fraldas. embalagens vazias. fraldas descartáveis. galerias. feiras livres. solventes. pesticidas. não tiverem nenhum de seus superiores aos constituintes solubilizados a concentrações padrões de potabilidade de água. aspecto. lâmpadas incandescentes e . tais como: biodegradabilidade. medicamentos. segundo a ABNT NBR 10007. embalagens gerais. baterias. supermercados. clínicas médicas e odontológicas. etc. construções. demolições. etc. vacina vencida. escavações. laboratórios. entre outros. farmácias e drogarias.  Resíduos Sólidos de Saúde São todos os resíduos gerados por estabelecimentos prestadores de serviços de saúde: hospitais. telhas. agulha. restaurantes.24  Comercial São resíduos originados em estabelecimentos comerciais.  Radioativos São resíduos provenientes do serviço de saúde. etc. A composição dos resíduos pode variar de acordo com o tipo de atividade exercida. Exemplos: cultura. clínicas veterinárias e instituições de ensino e pesquisa médica relacionadas tanto à população humana quanto a veterinária. postos de coleta. instituições de pesquisa. sangue. Exemplos: Solos. Exemplo: Bares. laboratórios de análises clínicas. tijolos. ambulatórios médicos. . de modo geral. mas. placas de revestimento. unidades municipais de saúde (os postos de saúde da rede pública). lojas.  Construção Civil São resíduos oriundos de: reformas. se assemelham qualitativamente aos resíduos domésticos. entre outros e estão contaminados com substância radioativa acima dos limites de eliminação. Exemplos: lodos. metais. cerâmica. órgãos regulamentadores e gestores.  Resíduos Agrícolas Correspondem aos resíduos das atividades da agricultura e da pecuária. fibras. A composição dos resíduos varia de acordo com a atividade. Agência Nacional de Vigilância aeroportos e fronteira Resíduos agrícolas Sanitária . TABELA 1 . de papel e celulose. de aviões. terminais rodoviários e Constituem-se em resíduos sépticos que podem conter microorganismos patogênicos como materiais de higiene e de asseio pessoal. Prefeitura Municipal Estadual ou Prefeitura Municipal Resíduos de saúde Agência Nacional de Vigilância Unidade Sanitária. de ônibus e de trens. aeroportos e Resíduos de portos. os órgãos públicos fiscalizadores e regulamentadores e seus gerenciamentos. borrachas. aeroportos. restos de colheita e esterco animal ilustram esse tipo de resíduo.ANVISA Instituto de Meio Ambiente do Governo Federal Agricultores . de defensivos agrícolas e de ração. São oriundos de terminais de transporte de navios. química. originados em: Indústria metalúrgica.  Resíduos Sólidos Industriais São resíduos provenientes de atividades industriais. elétrica. Exemplos: embalagens de adubos. Estadual ou Governo Federal.25  Resíduos ferroviários de portos. Estadual e Municipal geradora e Prefeitura Municipal Portos. etc. A tabela 1 apresenta um resumo dos tipos de resíduos.Tipos de resíduos. cinzas. restos de comida e/ou cargas contaminadas. vidros. TIPO DE RESÍDUO ÓRGÃO REGULAMENTADOR GERENCIAMENTO Resíduos Urbanos Sólidos Governo Federal. têxtil. etc. 5 Resíduos Sólidos Industriais A NBR 10. resíduos alcalinos ou ácidos.004 da ABNT (2004) define resíduos sólidos industriais como os resíduos em estado sólido e semi-sólido que resultam da atividade industrial. em face da melhor tecnologia disponível. ESPINOSA. estabelece duas classes de resíduos sólidos. que estão descritos nas legislações pertinentes. quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública. podendo ser representado por cinzas. lodos. fibras. 2004). 5. metais. ou exijam para isto. os quais são de competência exclusiva da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). incluindo-se os lodos provenientes das instalações de tratamento de água residuárias. aqueles gerados em equipamentos de controle de poluição.6 Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais Gerenciar o resíduo na concepção da palavra significa cuidar dele do berço ao túmulo. plásticos. soluções economicamente inviáveis. 1993). Esta expressão. papéis. 2006. vidros e cerâmicas (ROCCA.CNEN Resíduos Industriais Unidade Geradora e CNEN Sólidos Instituto de Meio Ambiente do Indústria Estado Fonte: Adaptado de MAROUN. A NBR 10004 – Resíduos Sólidos – Classificação. madeiras. borrachas. A responsabilidade pelo manejo e destinação desses resíduos é sempre da empresa geradora (TENÓRIO. óleos. O resíduo industrial é muito variado.26 Estado Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal Resíduos Radioativos Comissão Nacional de Energia Nuclear . A classificação dos resíduos industriais requer uma série de procedimentos e testes. com exceção dos rejeitos radioativos. bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d’água. “do berço ao túmulo” define muito bem . 5. com relação a seu resíduo gerado. . até a disposição final (TENÓRIO. contemplando com isso a definição de metas e objetivos. desde a geração até a destinação final.6. coleta/segregação. 2001). 2004). caracterização (classificação e quantificação). visto que a incorreta disposição de resíduos acarreta uma série de problemas ambientais que se espelham diretamente na saúde e bem-estar da população. O crescente aumento da população induz ao avanço da produção de resíduos. a minimização dos resíduos que vão para o aterro sanitário. transporte. 5. reuso/reciclagem. Isso faz com que a necessidade de um PGRS torne-se cada vez mais indispensável.1 1ª Etapa: Planejamento Na fase de planejamento do PGRS as principais etapas estão relacionadas entre si. é a falta de incentivo e iniciativas que levem à correta disposição final dos resíduos. 2006). o aumento da vida útil deste. Geralmente são fundamentados nos princípios da não geração e da minimização da geração de resíduos. ESPINOSA. armazenamento. entre outros (MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS. pois há geração de ônus tais como. Dentre todas as etapas. acondicionamento. devem-se envolver três etapas: planejamento. manuseio. Para a elaboração eficiente do PGRS.27 como deve ser o gerenciamento dos resíduos nos dias de hoje: desde sua geração até sua disposição final (GRIPPI. há alguns itens imprescindíveis. como: geração (fontes). A importância de um plano como esse é grande. o que se vê no cenário atual de todos os municípios do país. gerando com isso a preocupação dos empreendimentos com o a destinação final do mesmo. Porém. Os procedimentos técnicos que integram o sistema de gerenciamento são utilizados para garantir a melhor forma de administrar os resíduos produzidos. a diminuição dos impactos sócio-ambientais do lixo e o incentivo da reciclagem. que aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo desde a geração. implantação/operação/verificação e ações corretivas. tratamento e destinação final. Para que o PGRS seja capaz de integrar gerenciamento de resíduos correto às oportunidades geradas bem como reduzir os riscos associados às atividades que o compõem. Estas ações podem variar de implantação de novas rotinas operacionais a alterações tecnológicas no processo produtivo. é aconselhável que ele seja elaborado na teoria dos 4 R’s:  Reduzir Implantar procedimentos priorizando a não geração dos resíduos. Um exemplo é a reciclagem de latinhas de alumínio. o PGRS deverá apresentar objetivos e metas. entre outros.1 Objetivos e Metas Como qualquer plano de gestão.  Reutilizar O reaproveitamento do resíduo sem que haja modificações na sua estrutura. As três etapas essenciais do planejamento do PGRS estão detalhadas a seguir (MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS.  Reciclar No caso da reciclagem há um beneficiamento no resíduo para que o mesmo seja utilizado em outro (ou até no mesmo) processo.28 o levantamento dos resíduos gerados. os requerimentos legais necessários. . As latinhas passam por um processo de beneficiamento para que o alumínio seja reaproveitado no processo.6. Um exemplo é a utilização dos dois lados de uma folha de papel. 5.1. 2006). . poluição da água.5 Quantificação A determinação da quantidade de cada resíduo gerado é essencial para a definição das formas de transporte e armazenamento. 5. além do agravamento das desigualdades sociais. Para que essa identificação seja efetuada fazse necessário percorrer todos os processos geradores de resíduos da empresa e mediante a análise dos processos e entrevistas com os responsáveis podese identificar os resíduos gerados. 5. 5.6. tratamento e destinação final. do solo.2 Geração dos resíduos Partindo do princípio que não se pode gerenciar o que não se conhece. a primeira etapa para implantação do PGRS é identificar os processos que geram resíduos.6. para a definição de sua periculosidade.1.6.1. do ar. classificado e quantificado. onde os resíduos identificados devem ser classificados.6. 5.3 Caracterização A caracterização de resíduos é um processo pelo qual a composição de diversos fluxos de resíduos é analisado.4 Classificação A classificação é feita de acordo com as normas e metodologias apresentadas na NBR 10004.1.1.29  Repensar Repensar sobre os hábitos de consumo e as conseqüências que este gera no planeta: esgotamento das reservas de água e minérios. PPL .6. 2001). Uma ferramenta também muito importante para dar subsídios na Educação Ambiental é o Triple Bottom Line. incorporando de uma maneira geral diariamente nas vida dos funcionários. A Educação Ambiental deve permitir a compreensão da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a interdependência entre os diversos elementos que conformam o ambiente. objetivos e processos que uma companhia deveria focar com o objetivo de criar valor econômico. O Triple Bottom Line também é conhecido como os 3 Ps (People. que é utilizado para refletir todo um conjunto de valores. a compreensão das causas das ações consumistas.6 Requerimentos Legais e outros Para definir todas as etapas do PGRS é essencial conhecer detalhadamente todos os procedimentos legais.7 Educação Ambiental Dias (2001) ressalta a importância da Educação Ambiental que se torna um agente proliferador de atos sustentáveis. A estratégia de educação está centrada na mudança de comportamento e readaptação no modo de vida. a prática de gestão dos resíduos sólidos.30 5. integrando os três lados que devem ser vistos e/ou divulgados com pesos iguais. na medida em que sensibiliza os funcionários do empreendimento quanto às ações corretas de separação e destinação do lixo.1. Planeta e Lucro). pois. desta maneira proporciona–se a formação de hábitos responsáveis quanto ao descarte de lixo.Pessoas.6. social e ambiental. bem como as legislações pertinentes ao mesm 5. para satisfazer o conceito. Planet and Proift) ou. de forma holística. que devem interagir. . na satisfação material e espiritual da sociedade. com vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio. no presente e no futuro (DIAS. um sustenta o outro. em português.1. 31 FIGURA 1 .Trata-se do lucro. de qualquer forma.Refere-se ao tratamento do capital humano de uma empresa ou sociedade. a mistura de resíduos de classes distintas de periculosidade ou incompatíveis entre si (TENÓRIO. 2004). no seu local de geração. 5.2 2ª Etapa – Implantação e Operação Após a conclusão da primeira etapa o processo de implantação e a operação do PGRS já podem ser iniciados.6.  PESSOAS .1 Segregação A segregação na fonte é feita nos seus diferentes tipos ou nas suas frações passíveis de valorização. FONTE – Memorias Cladea.  PLANETA .Refere-se ao capital natural de uma empresa ou sociedade  LUCRO .2. os resíduos que possam gerar condições perigosas quando combinados devem ser separados. ESPINOSA. Deve-se evitar. 2010. os seguintes itens deverão ser considerados. . Durante esta 2ª etapa e talvez a mais longa e difícil dentre todos. 5.6. Nos resíduos Industriais.Os três aspectos contemplados pelo Triple Bottom Line. 3 Transporte O transporte do resíduo consiste na transferência física dos resíduos coletados até uma unidade de tratamento ou disposição final.2 Coleta A coleta consiste no conjunto de atividades para remoção dos resíduos sólidos.6. já acondicionados.6.2. mediante o uso de veículos apropriados para tal.4 Manuseio Consiste no ato de manusear o resíduo. Existem duas formas de armazenamento: . 5. aumentando assim a segurança e a eficiência do serviço. 5.6. em local próximo aos pontos de geração com o intuito de facilitar a coleta dentro do estabelecimento. mediante o uso de veículos e/ou ferramentas apropriados. Acondicionar significa dar ao lixo uma “embalagem” adequada.2.6 Armazenamento Consiste em conter os resíduos numa determinada área específica atendendo às condições básicas de segurança mantendo os resíduos.2.5 Acondicionamento Acondicionamento é a fase na qual os resíduos sólidos são preparados de modo a serem mais facilmente manuseados nas etapas de coleta e de destinação final.6.32 5. 5.2. devidamente acondicionados e ofertados.2. cujos tipos dependem de suas características e de forma de remoção.6. 5. 7 Pré-Tratamento Em muitos casos.  Armazenamento Temporário Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados. química ou biológica.6. pois estes são de fundamental importância para determinados quesitos. realizada manual ou mecanicamente com o objetivo de alterar qualitativa ou quantitativamente as características dos resíduos. com vistas à sua redução ou reaproveitamento ou valorização ou ainda para facilitar sua movimentação ou sua disposição final. Caso o pré-tratamento seja conduzido dentro da empresa é necessário verificar com o órgão ambiental sobre a necessidade de licença de operação para o processo em questão.8 Tratamento O tratamento é o conjunto de atividades de natureza física.6.2. os resíduos requerem algum tipo de prétratamento antes do seu encaminhamento. 5. 5. É de grande importância a identificação de quais serão as formas de manuseio e do acondicionamento dos resíduos.2. .33  Armazenamento Externo Consiste na guarda dos recipientes de resíduos contendo os resíduos já acondicionados em abrigos externos até a realização da coleta. em abrigos internos. 6. Segue abaixo. plásticos.1 Reciclagem Reciclagem é um processo através do qual qualquer produto ou material que tenha servido para os propósitos a que se destinava e que tenha sido separado do lixo é reintroduzido no processo produtivo e transformado em um novo produto.9 Destinação Final Partindo do princípio que a destinação final consiste no conjunto de atividades que objetiva dar o destino final adequado ao resíduo.  Métodos e técnicas ambientalmente viáveis de tratamento ou disposição.6. Exemplos: Compostagem.  Resultados de longo prazo dos métodos de tratamento ou disposição. metal. seja igual ou semelhante ao anterior. . papéis. alguns tipos de destinações finais mais utilizados: 5. com ou sem tratamento. seja assumindo características diversas das iniciais (CALDERONI.  Quantidade do resíduo. sem causar danos ao meio ambiente e será escolhida dependendo de cada tipo de resíduo. As variáveis comumente avaliadas na definição da destinação final de resíduos são as seguintes:  Tipo de resíduo.9. Devendo ser realizada antes uma análise de custo/benefício dentro de todas as possibilidades viáveis.  Classificação do resíduo.  Disponibilidade dos métodos de tratamento ou disposição.2. entre outros. 2007).34 5.2.  Custos dos métodos de tratamento ou disposição. 3 Incineração Conforme Lima (1995) a incineração é definida como o processo de redução de peso e volume do lixo através de combustão controlada. gerando gases como dióxido de carbono (CO2). 8. Como lembra Marquez (2008) com o objetivo de minimizarem impactos (através da reciclagem e reutilização) e realizar a coleta seletiva da melhor maneira possível. conforme pode ser visto na tabela 3: .419 da ABNT (1987).2. al.4 Coleta Seletiva Partindo do princípio que a coleta seletiva deve ser realizada na fonte geradora. a Resolução CONAMA Nº 275/2001 aborda a padronização das cores. aterro sanitário: “É uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo sem causar danos às saúde pública e às sua segurança. criou-se a padronização internacional de cores de contêineres de resíduos sólidos. Este sistema facilita a reciclagem. 5. cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho. dióxido de enxofre (SO2). vidros. método este que utiliza princípios de engenharia pata confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível.2.9. porque os materiais estarão mais limpos e conseqüentemente com maior potencial de reaproveitamento do que aqueles encontrados em lixões.2. No Brasil.2 Aterro Sanitário Segundo a Norma Brasileira nº. (1995) afirma que a coleta seletiva consiste na separação de materiais recicláveis como papéis.6. vapor de água.9.35 5. nas suas próprias fontes geradoras. Barros et. e também sólidos inorgânicos (cinzas). 5.9. plásticos e metais do restante do lixo. minimizando os impactos ambientais.6. se for necessário”. nitrogênio (N2). Os resíduos são reduzidos os seus componentes minerais.6. ou a intervalos menores. 36 TABELA 2 - Coloração dos recipientes segundo a Resolução CONAMA 275/01, de acordo com a tipologia dos resíduos. CORES AZUL VERDE VERMELHO PRETO CINZA RESÍDUOS Papel/papelão Vidro Plásticos Madeira Resíduo geral não reciclável ou misturado não passível de separação AMARELO MARRON Metal Resíduos orgânicos FONTE: Adaptado da Resolução nº. 275 CONAMA, 2001. Os maiores estímulos para se implantar a coleta seletiva de resíduos são:  Exaustão das matérias–primas;  Custos crescentes na obtenção das matérias–primas;  Economia de energia;  A falta de disponibilidade e custo crescente dos aterros sanitários;  Custos de transporte crescentes;  Geração de renda e emprego através da venda de materiais recicláveis;  Redução dos custos de produção. A coleta seletiva pode acontecer de maneira formal, pelas prefeituras dos municípios e de maneira informal, através de cooperativas de catadores ou catadores autônomos. 5.6.2.9.5 Co-processamento É uma técnica onde os resíduos provenientes das atividades industriais potencialmente perigosos e/ou matéria são reaproveitados para originar o cimento. Eles são introduzidos em fornos em altas temperatura para 37 que a energia do processo e os elementos contidos nestes resíduos sejam aproveitados (RONALDO, 2010). Na tabela 3, pode ser visto alguns resíduos passíveis e não passaíveis de co-processamento. TABELA 3 - Resíduos passíveis e não passíveis de co-processamento Resíduos passíveis de Coprocessamento Pneus Resíduos de Tintas Resíduos de Ceras Resíduos de Óleos Solvente Elementos contidos em filtro de óleo FONTE: RONALDO, 2010. Resíduos não passíveis de Coprocessamento Resíduos Domésticos Resíduos Serviço Saúde Resíduos Radioativos Substâncias Organocloradas Agrotóxicos Explosivos 5.6.3 3ª Etapa - Verificação e Ações Corretivas Após concluído o planejamento e a implantação/operação há necessidade do acompanhamento do plano e aplicações de ações corretivas se preciso for. Esse acompanhamento se dá por meio de medições quantitativas, qualitativas e financeiras, de auditorias, ou por outro método que possa determinar a eficiência do plano de gerenciamento. 5.7 Impactos sócios – ambientais Para o indivíduo, o lixo urbano e/ou não é um problema, sobretudo porque ele acredita que a sociedade já encontrou a solução devida para o mesmo. Sua preocupação acaba no momento em que o caminhão coletor passa recolhendo o lixo de sua empresa ou da sua casa (SOARES, 2007). 38 Entretanto, a disposição final dos resíduos em locais desapropriados, causa grandes impactos no meio que o qual foi inserido a curto, médio e longo prazo. “De nada adianta termos desenvolvimento econômico, sem termos desenvolvimento social. Também de nada adianta termos os dois, sem que tenhamos um ambiente saudável, ecologicamente equilibrado. Este é o novo paradigma: desenvolvimento sustentável...” (DIAS, 2001). Barros et. al. (1995) afirma que o destino do lixo tanto industrial, quanto doméstico é inevitavelmente é o aterro sanitário. O que a população, através de seus governantes, deve decidir é que proporção do lixo vai ser aterrada e de que forma este aterro vai ser feito, visto que os impactos ambientais, sociais e econômicos da disposição descontrolada de lixo (lixões) são perigosos devido aos enormes problemas que causam:  Poluição do solo, do ar e da água;  Atração de vetores (insetos e roedores);  Risco de fogo, de deslizamentos e de explosões;  Espalhamento do lixo pelo vento e animais;  Atividades de catadores. O gerenciamento de resíduos sólidos abrange não só a importância sanitária, mas também o aspecto social, visto que quando as fases de processamento do resíduo não são solucionadas, esses são jogados a céu aberto (lixões). 6 ESTUDO DE CASO 6.1 Levantamento de dados O empreendimento escolhido como estudo de caso, denominado Oeste Minas Serviços Ltda., está localizado em Uberaba – MG, na rua Delfim Moreira, 295 – Fabrício, conforme mostra a figura 1. 39 FIGURA 2 - Localização do empreendimento FONTE – Google Earth A autorização para que o estudo fosse realizada se encontra no ANEXO 1 deste documento. Suas atividades estão voltadas para o setor locação e manutenção de veículos pesados para utilização em obras de construção civil, como: serviços de terraplenagem, pavimentação, loteamento, dentre outras utilizações. A empresa conta com 20 funcionários sendo que cinco desenvolvem o trabalho administrativo e quinze realizam o trabalho operacional. Sendo o horário de funcionamento das 7:00 h às 18:00 h de segunda a sexta e 08:00 h às 12 h sábado. Para prestação de serviços a empresa possui uma frota de 30 caminhões de acordo com a tabela 4. TABELA 4 - Veículos para alugar e para fazer manutenção. TIPO QUANTIDADE FOTO Caminhão Pipa Bombeiro 4 40 Caminhão Carroceria 2 Caminhão Basculante 8 Pá carregadeira 7 Patrol 7 Retro escadeira 2 . 1. . No banheiro foram encontrados resíduos de papel higiênico e papel toalha acondicionados de acordo com a foto a seguir: FOTO 1 .1 Setor Administrativo O setor administrativo está caracteriza fisicamente por dois escritórios. uma cozinha. 6.Banheiro dentro do setor administrativo e acondicionamento dos papéis. FONTE: Arquivo pessoal do autor (a). um banheiro e uma recepção.41 Trator Agrícola 3 Trator Esteira 2 FONTE – Elaboração própria. .Resíduos oriundos do setor administrativo FONTE: Arquivo pessoal do autor (a). entre outros. FOTO 2 . ofícios).Acondicionamento dos resíduos oriundos do setor administrativo FONTE: Arquivo pessoal do autor (a). FOTO 3 .42 Na recepção e escritórios foram encontrados resíduos de papel (memorandos. caixas de papelão (embalagens de peças entre outros). sacolas plásticas. 43 Na cozinha forma encontrados restos de comida. vidro. copos plásticos.2 Setor de Manutenção de veículos O setor de manutenção de veículos está caracterizado fisicamente pelo pátio da empresa e um banheiro de uso dos funcionários que realizam a manutenção dos veículos. sacos plásticos. entre outros resíduos provenientes da refeição realizada no local pelos funcionários. papel toalha.Acondicionamento dos resíduos oriundos do setor administrativo FONTE: Arquivo pessoal do autor (a). cujo acondicionamento é feito de acordo com a foto a seguir: FOTO 4 . 6. No banheiro foram encontrados resíduos de papel higiênico e papel toalha acondicionados de acordo com a foto a seguir: .1. 44 FOTO 5 . como os que não têm mais utilidade (resíduos) estão . Foi verificado também que tanto os materiais que serão utilizados na manutenção (novos).Pátio do empreendimento FONTE – Arquivo pessoal do autor (a).Banheiro do setor de manutenção e acondicionamento dos papéis FONTE: Arquivo pessoal do autor (a). O pátio da empresa encontra-se sem pavimentação e totalmente irregular devido ao trânsito de veículos o que pode ser observado na foto a seguir: FOTO 6 . Durante o processo de observação foram levantados os seguintes resíduos gerados no processo de manutenção: a. Peças danificadas.45 misturados e armazenados de forma desorganizada o que pode ser observado na foto abaixo: FOTO 7 – Resíduos armazenados de forma irregular na área de manutenção. FONTE – Arquivo pessoal do autor (a). disposta de forma desorganizada pelo pátio da empresa o que pode ser visualizado nas fotos a seguir: FOTO 8 – Peças danificadas ou inutilizáveis FONTE – Arquivo pessoal do autor (a). . ou inutilizáveis. 46 FOTO 9 . no pátio de manutenção.Peças danificadas ou inutilizáveis dispostas de forma inadequada. . b. FONTE – Arquivo pessoal do autor (a). O óleo usado é descartado e acondicionado em tambores e bombonas de 200l e armazenados junto com óleos que ainda não foram utilizados. FONTE – Arquivo pessoal do autor (a).Peças danificadas ou inutilizáveis dispostas de forma inadequada. Resíduos de óleos utilizados na lubrificação das peças no processo de manutenção. em local aberto de forma desorganizada e sem nenhum tipo de cuidado como: cobertura e caixa separadora de óleo cuja função é a de separação do óleo da água para que esse não venha a cair na rede de água pluvial provocando a contaminação da mesma. FOTO 10 . o que pode ser observado na foto a seguir acondicionados/armazenados inadequadamente. c. Atualmente o óleo usado é recolhido pela empresa Lwart Lubrificante Ltda. como pode ser visto pelo comprovante no ANEXO 2. armazenados de forma desorganizada no pátio da empresa e sem nenhuma cautela com relação ao risco de contaminação de acordo com a foto a seguir: . Embalagens de óleos e graxas.Óleos lubrificantes utilizados e não utilizados acondicionados e armazenados de forma irregular. FONTE: Arquivo pessoal do autor (a).Arquivo pessoal do autor (a). FOTO 12 - Óleos lubrificantes usados armazenados e acondicionados inadequadamente no pátio de manutenção FONTE .47 FOTO 11 . 48 FOTO 13 – Embalagens de óleos lubrificantes armazenadas inadequadamente FONTE: Arquivo pessoal do autor (a). Pneus novos e provenientes da troca dispostos de maneira irregular. e. Baterias provenientes da troca acondicionadas e armazenadas junto no almoxarifado do empreendimento. .Arquivo pessoal do autor (a). FOTO 14 . no meio do pátio do empreendimento sem nenhum controle. podendo vir a causar danos ao meio ambiente e à saúde.Pneus novos e usados armazenados no pátio do empreendimento FONTE . d. Estopas e panos.49 FOTO 15 . FOTO 16 – Panos e estopas acondicionados de forma irregular.Arquivo pessoal do autor (a).Baterias no fim da sua vida útil armazenada junto com outros resíduos FONTE: Arquivo pessoal do autor (a). . f. junto com outros resíduos. provenientes da limpeza das peças e higiene dos funcionários são acondicionadas. FONTE . armazenadas e destinas de forma irregular . 1 Papel É um material de suporte da informação escrita.1 Setor administrativo Analisando administrativo temos: especificamente cada resíduo gerado no setor 7. que a torna branca e pronta para ser utilizada (RUI MEIRA. ou seja. Na tabela 5.1. cabe ao empreendimento que o utiliza. matéria orgânica (Rui Meira 2002). podem ser observados alguns tipos de papéis recicláveis e outros que devido as suas características torna. separar os papéis de outros materiais com os quais possam estar associados.se impossível de ser reciclado: . transformando o papel numa pasta. Depois essa pasta é misturada com cloro. chegando a demorar de 3 meses a 100 anos para se decompor. sendo que as impurezas são removidas através de uma série de lavagens. porém. em caso de aterros com pouca umidade o processo de degradação se torna lento.50 7 RESULTADOS E DISCUSSÃO Através do cruzamento entre as informações obtidas junto à empresa e as informações bibliográficas disponíveis sobre o assunto foi possível fazer a seguinte análise: 7. fazer uma seleção adequada e correta dos papéis recicláveis. É um produto biodegradável e orgânico. Para que o processo de reciclagem do papel aconteça. O processo inicial da reciclagem dá-se na separação do papel dos demais resíduos. 2002). como por exemplo. Em seguida ocorre um banho de detergentes e solventes para retirar a tinta. 1. Apesar da embalagem de PET ser 100% reciclável. existem alguns contaminantes vinculados à ela.2 Garrafa Pet O Pet é formado pela reação entre o ácido tereftálico e o etileno glicol. destilados. por . 2002. produtos de higiene e limpeza. entre vários outros (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DO PET – ABIPET. medicamentos. cervejas. PODE RECICLAR Caixas de papelão Jornal Revistas Impressos em geral Fotocópias Rascunhos Envelopes Papéis Timbrados Cartões Papel de faz FONTE: Adaptado de Rui Meira. como o PVC. NÃO PODE RECICLAR Papéis sanitários Papéis plastificados Papéis metalizados Papéis parafinados Copos descartáveis de papel Papel Carbono Fotografias Fitas adesivas Etiquetas adesivas Papel vegetal Com isso. conclui-se que a maior parte dos resíduos gerados a partir do papel no estabelecimento principalmente na recepção e escritórios podem ser reciclados. sucos. óleos comestíveis. desde que haja uma segregação e um acondicionamento adequado. isotônicos. por isso denominado o melhor e mais resistente plástico para fabricação de garrafas e embalagens para refrigerantes. cosméticos. 7. originando um polímero termoplástico. para que este não seja contaminado tornando sua reciclagem inviável. 2009). sendo eles: os adesivos (cola) utilizados no rótulo e outros plásticos da mesma densidade.51 TABELA 5 – Materiais que podem e não podem ser reciclados. águas. uma descontaminação e adequação do material coletado e selecionado devem ser realizadas. . A grande maioria da população não tem conhecimento de que esses resíduos podem ser reciclados através da compostagem. sendo que a maioria dos processos de lavagem não impede que traços destes produtos indesejáveis permaneçam no floco de PET. os proprietários que são também donos de fazendas. apesar das garrafas pets que são utilizadas no estabelecimento atingirem uma quantidade pequena. para que haja reciclagem. para serem utilizados através de compostagem que gera o adubo ou para servir de alimentos para determinados animais.52 exemplo. 7.1. podendo ser feita pelos próprios funcionários. como por exemplo. os resíduos domésticos apresentam ainda uma elevada percentagem de matéria-orgânica. por meio da ação de agentes biológicos microbianos na presença de oxigênio. podem levar os resíduos orgânicos para a mesma. Desta maneira. denominado adubo (MARGOT WALLSTROM. facilmente degradáveis por ação dos microorganismos e são provenientes de restos de alimentos e resíduos vegetais oriundos dos jardins. Portanto. Visando diminuir o resíduo depositado no aterro sanitário. 2000). Para que isto seja possível há a necessidade de condições físicas e químicas adequadas para levar à formação de um produto de boa qualidade. podem ser destinadas a reciclagem. A compostagem é um processo de reciclagem onde ocorre a decomposição de forma aeróbica da matéria orgânica. os porcos. para que este possa ser utilizado como matéria prima na indústria de transformação (CEMPRE COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA RECICLAGEM. 2008). O puf de garrafa Pet é uma boa alternativa.3 Matéria Orgânica No Brasil. o estabelecimento pode utilizar a sacolas biodegradáveis. A partir dessas informações e com o impacto que as sacolas vêm causando ao meio ambiente há a necessidade da redução das sacolas plásticas. De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (2003). polietileno linear. transformando matéria prima utilizada em um novo produto.4 Sacolas plásticas e derivados Podem ser constituídos de polietileno de baixa densidade. dos recursos naturais. o estabelecimento pode procurar diretrizes para descartar esse material de maneira adequada. especialmente pelo fato da distribuição gratuita nos supermercados e lojas. em menor escala. Mediante a geração dos resíduos pertinentes no setor administrativo da empresa escolhida para estudo de caso. Com o passar dos anos se tornaram muito populares. até mesmo pelo fato de algumas peças chegam acondicionadas nas mesmas. 2006). E para servir de acondicionamento nos cestos de lixos. visando o tratamento que a reciclagem proporciona ao resíduo gerado. os sacos plásticos são muito prejudiciais ao meio ambiente.298/2007 que dispõe sobre a utilização de sacolas plásticas biodegradáveis – OBP’s para o acondicionamento de produtos e distribuição para a população nos estabelecimentos comerciais do Município.1. polímeros de plástico não biodegradável. são consumidas a cada ano de 500 bilhões a 1 trilhão de sacolas plásticos no mundo todo e menos de 1 % dessas sacolas são recicláveis. polietileno de alta densidade ou de polipropileno. o benefício ambiental poderá ser alcançado através da exploração. entre outros. foi aprovado o projeto de lei nº 10. Em Uberaba. bem como a reciclagem dos mesmos (MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS. ou até mesmo para carregar certos tipos de mercadorias. Como é impossível a não utilização das sacolas plásticas no estabelecimento. . Foram introduzidos na década de 70 para o transporte de mercadorias bem como o acondicionamento dos resíduos domésticos.53 7. Apesar de ser uma forma prática para o homem. Coletores indicados para Coleta seletiva.2. há a necessidade da implantação da coleta seletiva. que indica uma cor de acondicionamento para cada resíduo e pode ser visto na figura abaixo.2 No setor de manutenção dos veículos Analisando especificamente cada resíduo gerado no setor de manutenção temos: 7.54 Para que a reciclagem dos resíduos citados acima seja eficiente. a sucata ferrosa e não-ferrosa são materiais provenientes de produtos com vida útil esgotada. FONTE . FIGURA 3 . Existem vários tipos de metais. a empresa pode se basear na Resolução do CONAMA – Nº.1 Sucata ferrosa e não ferrosa De acordo com o Instituto Brasileiro de Siderurgia . prata e . 2010 7.IBS (2009). que já não podem mais ser utilizados. ferro. chumbo. cobre. 275.Grupo Fischer. Para que isso ocorra. Os mais conhecidos são o estanho. chegando ao total hoje de sessenta e oito tipos. onde os resíduos deverão ser segregados para que o processo ao final possa ser viabilizado. o gerador ainda pode ganhar algum dinheiro com o material de composição do equipamento. latas de alimentos e bebidas.IBS. FONTE – Adaptado do Instituto Brasileiro de Siderurgia . existindo três grandes vertentes de onde esses materiais são originados. aço para a construção Civil. METAIS FERROSOS APLICAÇÃO Utensílios domésticos. que são compostos por ferro e os não ferrosos. sendo elas:  Provenientes de obsolescência. A tabela 6 proporciona um demonstrativo de alguns tipos de metais e suas aplicações: TABELA 6 – Metais ferrosos e não ferrosos e suas aplicações. além de conservar o meio ambiente. peças de automóveis. Ferro peças de automóveis. esquadrias. Aço latas de alimentos. as pessoas não desejam mais tê-los em suas casas ou empresas. METAIS NÃO FERROSOS Alumínio APLICAÇÃO Latas de bebidas. preferindo seu descarte para a reciclagem e comprando equipamentos tecnologicamente mais modernos. A destinação mais apropriada para esse material é a reciclagem. etc. mas dada a evolução tecnológica. A sobra proveniente .  Provenientes de sobras de processos industriais. São caracterizadas por sobras de materiais que foram manufaturados. ferramentas. não apenas procedentes de um bem de consumo. etc. Esses metais podem ser separados em dois grupos: Os ferrosos. 2008. São materiais que ainda estão em condições de uso. Esses materiais podem ser obtidos.55 ouro. visando. estruturas de edifícios. Ainda. suas características físico-químicas continuam inalteradas. Empreendedores qualificados vêm trabalhando no desenvolvimento de produtos com maior vida útil.IBS (2009) o setor de materiais ferrosos no Brasil é composto por cerca de 3. No entanto.2. 7. no entanto. e hoje. No estabelecimento.2 Óleos Lubrificantes A ANP . crescem as dificuldades no . de uso intensivo e com demanda firme com atuação em todo território nacional. Os óleos lubrificantes estão entre os poucos derivados de petróleo que não são totalmente consumidos durante o seu uso.000 postos de trabalho quando computadas as atividades de coleta.000 empresas de pequeno e médio porte. O índice de seu consumo anual per capita já chegou a ser uma referência que revelava o grau de desenvolvimento de um país. Como visto acima. evitando assim o acúmulo das peças no pátio e gerando ainda mais uma forma de renda para o empreendimento. a utilização deste indicador continua sendo bastante intensa. segundo o Instituto Brasileiro de Siderurgia . o que tende a reduzir a geração de óleos usados. a sucata ferrosa pode ser aproveitada de várias maneiras. processamento e distribuição.5 milhões de toneladas e envolve cerca de 270. tornando-o um produto de baixo custo e. com o aumento da aditivação e da vida útil do óleo.56 do processo industrial não pode ser aproveitada para a fabricação.Agência Nacional de Petróleo (2010) define óleo lubrificante como um Líquido obtido por destilação do petróleo bruto sendo este utilizado para reduzir o atrito e o desgaste de peças e equipamentos. desde o delicado mecanismo de relógio até os pesados mancais de navios e máquinas industriais. portanto. em face da abundância dos recursos minerais ainda existentes no mercado e em função da escala de produção que se alcança. toda a sucata ferrosa gerada nos processos poderá ser vendida mediante a um contrato com empresa credenciada. reciclando normalmente 4. fato que permite o encaminhamento deste material para a reciclagem. o certo é enviá-los para um serviço de reaproveitamento do óleo básico e de todos os seus subprodutos (ANP. fora da faixa de viscosidade ou com outros pequenos problemas. O óleo lubrificante utilizado na Oeste Minas é descartado corretamente. gera emissões significativas de óxidos metálicos.004 da ABNT (2004) óleo lubrificante usado ou contaminado é considerado resíduo perigoso por apresentar toxidade. que corresponde ao método ambientalmente mais seguro para a reciclagem do óleo lubrificante usado ou contaminado de acordo com a resolução. a ser adotado na identificação de coletores e transportadores” determina que a cor de identificação dos Resíduos Perigosos é a cor laranja. A queima indiscriminada do óleo lubrificante usado. 2010). De acordo com Norma Brasileira nº 10. como a dioxina e óxidos de enxofre (REVISTA MEIO AMBIENTE INDUSTRIAL. A origem dos óleos/ graxas e lubrificantes usados é bastante diversificada e suas características podem apresentar grandes variações. 2001). Mediante à . sem tratamento prévio de desmetalização. a resolução ressalta que os recipientes para condicionamento devem ser adequados e resistentes a vazamento de modo a não contaminar o meio ambiente. 2010). Entretanto seu armazenamento é de forma irregular. sejam diferenciados (ANP. se torna imprescindível que os óleos usados de aplicações industriais e os de uso automotivo e as respectivas formas possíveis de reciclagem. A poluição gerada pelo descarte de 1 t/dia de óleo usado para o solo ou cursos d'água equivale ao esgoto doméstico de 40 mil habitantes. com isso. a Resolução nº.57 processo de regeneração após o uso. Quando os óleos lubrificantes industriais usados estão contaminados. No seu artigo 18. sendo assim a resolução do CONAMA nº 275 que “estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos. Considerando o que descarte de óleo lubrificante usado ou contaminado para o solo ou cursos de água gera graves danos ambientais. 362 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA (2005) estabeleceu diretrizes para a coleta e destinação final de óleos lubrificantes onde o produtor e o importador do óleo lubrificante deverão coletar ou garantir a coleta e dar a destinação final ao óleo lubrificante usado ou contaminado por meio do refino. além de outros gases tóxicos. pelo fato da presença do óleo residual que dificulta o processo de reciclagem convencional do plástico causando deformidade e cheiro de óleo queimado na peça final (DEPARTAMENTO MEIO AMBIENTE / SP. como por exemplo. a incineração para fins de recuperação energética.3 Embalagens dos óleos lubrificantes Alguns estabelecimentos. De acordo com a Norma Brasileira nº 10. 2007). a contaminação do solo. os postos de combustíveis. As embalagens geradas no estabelecimento a partir do acondicionamento dos óleos lubrificantes são armazenadas de forma inadequada. são classificados como classe I – perigosos. A maioria dessas embalagens são descartadas no lixo comum. o óleo poderá ser armazenado de forma adequada. ambientais e sociais de sua empresa (DEPARTAMENTO MEIO AMBIENTE / SP. A partir das . 2007). Entre os principais podem ser citados: a reciclagem. o co-processamento ou a disposição final em aterros. essa periculosidade induz a conscientização de que o descarte no lixo comum é uma prática que deve ser abolida. Existem várias as formas de tratamento e disposição final que podem ser aplicadas às embalagens plásticas usadas contendo óleos lubrificantes. essas embalagens plásticas contendo residual de óleo lubrificante. geram diariamente embalagens plásticas e outros tipos de recipientes usados. evitando com isso. observando-se os fatores econômicos. 7.004 da ABNT (2004) que determina a classificação dos resíduos.2. visto que são acumuladas no pátio de manutenção. da estratégia estabelecida pelo empresário em seu plano gerencial. contendo pequena quantidade de óleo e outros aditivos aderidos em seu interior. por apresentar características de toxicidade e. pela possibilidade de causar danos ao meio ambiente e a saúde pública. áreas de manutenção de empresas.58 informações fornecidas. Há alguns fatores indispensáveis para a forma de gerenciamento adotado que de forma única. reparação automotiva entre outros. Devido a sua composição. são descartados aproximadamente 10 milhões de carcaças de pneus inservíveis. recifes artificiais para criação de peixes e para projetos de construção de aterros sanitários que utilizem para a estabilização da manta impermeável uma estrutura de carcaças de pneus amarrados (ZULEICA NYCZ. que resulta em sério risco ao meio ambiente e à saúde pública. conseguindo parar o veículo e proteger a carga das imperfeições do solo (MARK BILEK. 2008). bem como destinados de forma correta.59 informações descritas acima. Hoje. para usos múltiplos. ambientalmente . as embalagens poderão ser armazenados. entre outros. 2010). para trás e de lado a lado. as carcaças de pneus.4 Pneus Os pneus são uma espécie de contêiner flexível de ar comprimido feito para suportar a carga do veículo. a população tem que entender que a melhor solução dos mesmos. direcioná-lo para frente. Para que haja diminuição na degradação ambiental e conseqüentemente um ganho maior para a sociedade. matéria prima para confecção de brinquedos em playgrounds. A partir dessas discussões. no que embasa a utilidade para carcaça de pneus. resolve que as empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos ficam obrigadas a coletar e dar destinação final. Estas carcaças podem servir para a contenção de encostas. quebra-mar. consiste em dar-se tratamento ao resíduo e não simplesmente o sua “destinação final adequada” (Prof. 2009). através de sua resolução n. 7. O Conselho Nacional Do Meio Ambiente.º 258 (1999) considerando que os pneumáticos inservíveis abandonados ou dispostos inadequadamente constituem passivo ambiental. no Brasil. que servem para fortalecer ainda mais a estrutura.2.ª CRISTIANA DE BARCELLOS PASSINATO. 30% de petróleo (borracha sintética) e 60% de aço e tecidos (tipo lona). podem ser utilizadas em larga escala na construção civil. A maior parte dos pneus hoje é feita de 10% de borracha natural (látex). 60 adequada. aquático e aéreo. aos pneus inservíveis existentes no território nacional. Mediante a essas informações.2. 401 do Conselho Nacional de (2008) são consideradas baterias de aplicação veicular aquelas utilizadas para partidas de sistemas propulsores e/ou como principal fonte de energia em veículos automotores de locomoção em meio terrestre. vedado a incineração em aterro sanitário. A bateria tem a função principal de fornecer a energia necessária para a partida do motor do veículo. bem como auxilia o alternador. cadeiras de roda e assemelhados. fabricação de asfalto. Sua destinação também será feita de forma regular e a empresa poderá até ganhar algum lucro com isto. Com isso os proprietários poderão negociar a venda de pneus com os locatários 7. Considerando os impactos negativos causados ao meio ambiente pelo descarte inadequado das baterias usadas. Ela também alimenta todo o sistema elétrico do veículo quando o motor não está em funcionamento.5 Baterias De acordo com a resolução nº. os pneus provenientes da troca dos veículos usados poderão ser armazenados de forma adequada. que ficarão responsáveis por sua adequada destinação ambiental. bem como a rede de assistência técnica autorizada deverão obrigatoriamente conter pontos de recolhimento adequado para receber dos usuários as pilhas e baterias usadas. através de sua Resolução nº. lançamento em céu aberto ou em corpos . 2010). ou seja. na proporção definida relativamente às quantidades fabricadas e/ou importadas. inclusive de tratores. 401 (2008) decide que os estabelecimentos que comercializem estes produtos. o Conselho Nacional de Meio Ambiente. estabilizando a tensão do sistema elétrico como um todo (ADRIANA BERNADINO. se por algum motivo ele não conseguir fornecer a totalidade da corrente elétrica necessária. visto que as obras para as quais alguns veículos são alugados são de terraplenagem. por tempo determinado. equipamentos de construção. ainda que de outras marcas para repasse aos fabricantes ou importadores. o que ocorre a utilização do pneu. 50 kg e 60 kg. Mediante as informações citadas acima. 40 kg. misturados com outros resíduos e são destinados no lixo comum. As estopas e panos são feitos com resíduos de algodão e aparas de tecidos de confecção. riscos à saúde e ao meio ambiente bem como a necessidade de serem encaminhadas aos revendedores após a utilização. as baterias que são armazenadas junto com outros tipos de resíduos serão devolvidas ao fabricante. São comercializadas geralmente em embalagens de 150 g. também de algodão. para encaminhamento a aterro de resíduos perigosos. para que esta tem um destino correto e não prejudicial ao meio ambiente. . deverão constar de forma clara e visível as informações referentes à simbologia da destinação adequada. Segundo o Guia do Lubrificante Usado (2007) as estopas e/ou panos contaminados com o óleo devem ser separados segundo seus tipos e acondicionados em embalagens resistentes. não sujeitas a vazamentos e rotuladas. fabricados no país ou importados. 7.61 d’água e outros locais não autorizados. 500 g e 1 kg e prensadas em quantidade de 35 kg . No empreendimento as estopas e panos utilizados são acondicionados de forma regular.6 Estopas e Panos As estopas e os é um produto usado para limpeza ou polimentos deixado por determinados resíduos e é produzida a partir de resíduos de fiação (algodão ou mista) advindos da indústria de tecidos ou de confecções.2. São produzidas na cor branca de primeira qualidade e dos resíduos destas são fabricadas estopas e panos coloridos. Os materiais publicitários e as embalagens destes produtos. contemplando os aspectos expostos no fluxograma abaixo: FIGURA 4 . chamado PGRS é um instrumento a ser elaborado pelo gerador dos resíduos que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos. proporcionando medidas preventivas e/ou efetivas que venham a contribuir para prevenção e minimização dos riscos ao meio ambiente e a saúde pública. FONTE – Elaboração própria. O PGRS deve ser elaborado baseado em critérios técnicos e legais.62 8 ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DE UM PLANO DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DA OESTE MINAS SERVIÇOS LTDA O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. . abordando todos os diferentes tipos de resíduos gerados em cada processo.Fluxograma do Gerenciamento dos Resíduos Sólidos. estabelecendo as diretrizes de manejo dos resíduos sólidos. Fabrício (34) 3314-7919 Jair Luiz da Silveira Manuela Kelly da Silveira Anotação de Responsabilidade Técnica.63 8.2 Caracterização do Gerador TABELA 8 – Caracterização do gerador Responsável Legal Número total de funcionários: Jair Luiz da Silveira 20 – 5 administrativo 15 operacional Horário de Funcionamento 7:00 h às 18:00 h de segunda a sexta e das 08:00 h às 12:00 h sábado. 4520-0 04.Manuela Kelly da Silveira. FONTE – Manuela Kelly da Silveira 8.848/0001-99 12/2000 Rua Delfim Moreira. FONTE . .3 Equipamentos O empreendimento dispõe de uma frota de 30 caminhões disponíveis para aluguel.1 Caracterização do Empreendimento TABELA 7 – Caracterização do empreendimento Razão Social CNAE CNPJ Data de Fundação Endereço Telefone Responsável Legal Responsável Técnico ART Oeste Minas Serviços Ltda. 295 .215. 8. no item 6. cujos modelos podem ser visualizados na tabela 5. 4 Atividades e Serviços Predominantes A empresa está dividida em dois setores totalmente distintos. caracterização e classificação dos resíduos Como descrito anteriormente.Setor responsável por manter a qualidade e o funcionamento dos veículos alugados para prestação de serviços.5 Geração. 8.Setor responsável pela administração.  Setor de Manutenção . sendo eles:  Setor Administrativo . FIGURA 5: Fluxograma do processo produtivo FONTE: Elaboração própria . realizou-se um levantamento dos principais resíduos sólidos gerados pelo funcionamento do empreendimento a fim de compreender como deve ser o manejo do mesmo.64 8. coordenação e fiscalização das atividades desenvolvidas na empresa. para sua eficácia esta será realizada o mais próximo da fonte de geração. condicionada a uma previa capacitação dos funcionários que iram realizar o serviço. SETOR CARACTERIZAÇÃO DO RESÍDUO QUANTITATIVO (Mês) CLASSIFICAÇÃO (NBR 10. os resíduos gerados.Resíduos e Quantitativos Gerados pelo Processo Produtivo. 2010. os setores de geração juntamente com seus quantitativos e sua classificação estão descritos na tabela 9: TABELA 9 .65 De acordo com este acompanhamento. Adaptado por Manuela Kelly da Silveira.004) Administrativo Administrativo Papel Caixas de Papelão e Bobinas de Papelão 1 kg 5 kg Não Perigoso Não Perigoso Administrativo Administrativo Administrativo / Manutenção Manutenção Manutenção Garrafas pet Material Orgânico Embalagens Plásticas 2 kg 3 kg 5 kg Não Perigoso Não Perigoso Não Perigoso Sucata Ferrosa Óleo lubrificante usado Embalagens 10 kg 250 l Não Perigoso Perigoso 12 unidades Perigoso Manutenção Contaminadas com óleos e graxas Manutenção Manutenção Manutenção Pneus Baterias Estopas 5 unidades 3 unidades 25 unidades Não Perigoso Perigoso Perigoso FONTE – Oeste Minas Serviços Ltda. . 2010 8.6 Segregação A segregação que consiste na separação ou seleção apropriada dos resíduos segundo a classificação adotada. O local e a descrição dos resíduos gerados no setor administrativo. (papel/papelão). 275 do CONAMA. Dentro dos escritórios e na recepção. Marrom (Matéria Orgânica). Verde (vidro). Verde (vidro). Na entrada do setor administrativo poderão ser No Banheiro do empreendimento Na Cozinha o empreendimento poderá dispostos seis coletores de 50 litros. 275 do CONAMA. Copos Plásticos. como resíduos não recicláveis. vermelho ACONDICIONAMENTO (plástico). Resíduos Orgânicos. que ressalta o acondicionamento correto para cada tipo de resíduo. Cinza (não recicláveis). A segregação deve ser de acordo com a Resolução nº.7 Acondicionamento O acondicionamento que consiste no ato de embalar os resíduos segregados em sacos ou recipientes que respeitem as características do resíduo. Sacos Plásticos e outros. Latas. poderá ser disposto um coletor de 6 litros. Papelão. vermelho capacidade azul aproximada de 6 litros (plástico). Marrom (Matéria Orgânica). no A segregação deve ser de acordo com banheiro devem ser tratados a Resolução nº. como demonstram as tabelas 8 para o setor administrativo e 9 para o setor de manutenção. Cinza (não recicláveis). respeitando as cores da coleta GERENCIAMENTO seletiva. Vidros. poderá ser disposto de um ser disposto de seis coletores rígidos recipiente rígido com tampa e com tampa de aproximadamente 35 pedal. . plástico revestida e com saco litros com as cores: amarelo (metal). Copos e Sacos Plásticos. com as cores: amarelo (metal).66 8. TABELA 10 . Papel Higiênico. Os resíduos gerados Papel Toalha. Toalha. respeitando as cores da coleta seletiva. SETOR ADMINISTRATIVO RECEPÇÃO / ESCRITÓRIO BANHEIRO COZINHA Papel RESÍDUO Papel. azul (papel/papelão). Reciclagem Resíduos Orgânicos . .Manuela Kelly da Silveira.Reciclagem DESTINAÇÃO FINAL Copos Plásticos . 2010.Reciclagem ou Aterro Sanitário Vidros FONTE .67 MODELO Papel Toalha – Aterro Sanitário Papel/Papelão .Reciclagem Sacos Plásticos .Reciclagem Aterro Sanitário Copos e Sacos Plásticos Latas . Materiais recicláveis (plástico).68 TABELA 11 . capacidade de 5000l e Reciclagem devidamente identificado. Verde (vidro). RESÍDUOS DA MANUTENÇÃO Resíduos gerados no Pátio de manutenção Recipientes rígidos com as cores: Na entrada do pátio de amarelo (metal). seis coletores de 50 litros. Cinza (não recicláveis). O empreendimento deve dispor de Os resíduos gerados deverão ser recipiente rígido composto de ferro. acondicionamento e gerenciamento dos resíduos gerados no setor de manutenção. Marrom Orgânica). um recipiente compatível com a com quantidade gerada. Sucata Ferrosa segregados e acondicionado em mais conhecido como caçamba. azul vermelho (Matéria Aterro Sanitário Reciclagem Gerenciamento Descrição do Recipiente Modelo Destinação Final manutenção poderão ser dispostos (papel/papelão).O local. descrição. . na cor laranja e devidamente das mesmas. Oléo Usado Lubrificante capacidade para 200l. com tampa. identificado Aterro Industrial Classe I Cooprocessamento Incineração . com Reciclagem . Aterro Industrial Classe I Cooprocessamento Icineração Reciclagem Pelo fato das estopas estarem O empreendimento poderá dispor contaminadas com óleos e graxas de Estopas e panos um recipiente rígido. devidamente identificado na pela empresa coletora. lubrificantes serão acondicionadas com tampa e capacidade de 1000 Embalagem de óleo Lubrificante e Graxa no container e somente retiradas litros. cor laranja. com estas devem ser tratadas como tampa.69 O óleo lubrificante usado deve 2 Recipientes rígidos composto de ser gerenciado respeitando a ferro. O empreendimento poderá dispor As embalagens dos óleos e graxas de um container de chapa de aço. na cor laranja devidamente identificado.Refino Resolução do CONAMA 362/2005. com capacidade de 240 resíduo perigoso no gerenciamento litros. Manuela Kelly Silveira.70 As baterias automotivas devem ser gerenciadas como resíduo perigoso. FONTE . 2010. podendo Baterias ser diretamente Reciclagem armazenada. O acondicionamento dos pneus se torna inviável devido as suas Reciclagem Pneu características podendo estes ser armazenados diretamente. não sendo necessário acondicionamento das mesmas. . contanto que seja eliminado o risco de contaminação do meio ambiente. Todos os resíduos gerados no estabelecimento serão armazenados no pátio da empresa para isso convém observar que para os resíduos que contenham risco de contaminação ao meio ambiente como é o caso dos óleos e das embalagens de óleos e graxas algumas medidas devem ser tomadas:  Impermeabilização do piso. 8. Para orientação da coleta. em local próximo ao ponto de geração visando agilizar o gerenciamento dentro do estabelecimento. .  Cobertura e ventilação.9 Coleta e transporte Externos Consiste na remoção dos resíduos da empresa geradora até a unidade de tratamento ou disposição final. sendo que a freqüência e os horários de coleta poderão ser acordados entre as partes levando-se em consideração a capacidade de armazenamento interno.71 8.  Sistema de combate a incêndio. os resíduos devem estar devidamente identificados.  Sinalização e isolamento quando necessário. optando sempre pela utilização de técnicas que garantam a integridade dos trabalhadores e da população bem como a conservação do meio ambiente.8 Armazenamento Temporário Consiste na guarda temporária dos resíduos previamente acondicionados.  Acesso fácil para gerenciamento dos Resíduos e  Capacidade para comportar pelo menos o dobro de resíduos produzidos diariamente.  Paredes revestidas de tijolos.  Monitoramento da área.  Drenagem de águas pluviais. 72 No transporte externo dos resíduos podem ser utilizados diferentes veículos de pequeno a grande porte dependendo das características e quantidade do resíduo. Dom Municipal de Uberaba – Luis Maria de Santa. COOPERATIVA DE CATADORES Plástico e Papel) Sucata Ferrosa COOPERU OU CÁRITAS Divino Santos. regularizada. Depende do processo escolhido pelo empreendedor. classe I – Empresa transportadora. (Reciclagem) Aterro Industrial. TABELA 12 – Transportadores dos resíduos RESÍDUO Uberaba Resíduos não recicláveis TRASPORTADOR Ambiental Prefeitura Av. Resíduos recicláveis (Papelão. km 17. Lwart Lubrificantes – São José do Rio Preto/SP. Estopa e panos FONTE: Elaboração Própria. Óleo queimado Baterias Pneus Devolver ao local de compra. podem ser visualizados alguns transportadores dos resíduos. . Os Resíduos recicláveis como papel. Na tabela 12. visando incentivar o aumento das atividades que diz respeito à coleta Seletiva. Recolhedor autônomo desse tipo de Material. 141 – Santa Marta.10 Disposição Final Os resíduos coletados pela Prefeitura Municipal de Uberaba seguem para o Aterro da cidade localizado Rodovia Filomena Cartafina. 8. plástico e papelão são coletados por catadores cooperados da cidade como citado. 2010. Tais caixas são sujeitas à ocorrência de trincas em sua estrutura ou mesmo ao extravasamento por excessivo acúmulo de resíduos. sendo um de decantação da água e outro de flutuação dos óleos. Normalmente são construídas em alvenaria. reutilizar materiais já usados. Desta forma. as quais localizam-se em frente ou nas proximidades dos locais onde é realizada a lavagem completa de veículos. A sucata ferrosa e não ferrosa. que permite a reavaliação individual dos funcionários integrado à ações ecológicas que permitem reduzir os resíduos produzidos. dividida por uma parede intermediária. 8.11 Educação ambiental A conscientização é de suma importância a fim de garantir não só a implantação de um Projeto Ambiental como a reeducação de todos que atuarem neste. citada acima e esta reutiliza o mesmo para o refino. objetivos e processos que uma companhia deveria focar com o objetivo de criar valor econômico. Divino Santos e terá como destino a reciclagem. recolhida pelo Sr. que devem interagir. 8. social e ambiental. . para satisfazer o conceito e a política dos 4 R’s. o principal programa a atingir este objetivo é a Política do Triple Bottom Line para refletir nos funcionários um conjunto de valores. aberta na sua parte inferior. As embalagens de óleos lubrificantes e estopas deveram ter destinação a empresa pode optar pelo co-processamento ou por mandar para o aterro industrial classe I.73 Os óleos lubrificantes usados serão recolhidos pela empresa designada. o empreendimento poderá construir uma caixa separadora de água e óleo com dois compartimentos. de forma holística. restaurar peças antigas e reciclar embalagens domésticas.12 Controle de risco Como controle de risco. Coletor de Resíduos com 06 repartições de 35 Litros de capacidade para a cozinha. Os separadores devem ser esvaziados e limpos com freqüência. a mistura. evitando-se o excessivo acúmulo de sólidos em suspensão e borras na caixa de sedimentação ou que o mesmo seja utilizado como reservatório de estocagem desses resíduos. 03 01 R$ 11.Exemplo de caixa separadora FONTE: Arquivo pessoal do autor (a). é a instalação de mais de um compartimento de decantação e separação das fases líquidas da água e dos óleos. TABELA13 .Recursos para implantação do PGRS. FIGURA 6 .74 Uma boa maneira para aumentar a eficiência dos separadores de água e óleo. ao máximo. DESCRIÇÃO DO MATERIAL QUANTIDADE CUSTO APROXIMADO (Unidade) Lixeira para os resíduos gerados nos escritórios e recepção. 8.00 (cento e noventa reais) .96 (Onze reais e noventa e seis centavos) R$ 190. depurando.13 Recursos necessários para a implantação do PGRS Na tabela 13 pode ser visualizado a relação dos materiais e o custo aproximado destes para a execução do PGRS do empreendimento. 00 (Duzentos e cinquenta reais) 02 R$ 13.85 (Treze reais e oitenta e cinco centavos) 01 01 01 R$ 400. etc. 2010. Material para Educação Ambiental. R$1. o cronograma de execução do Plano descrito.Manuela Kelly da Silveira.58 (Dois mil oitocentos e cinqüenta e três reais e cinqüenta e oito centavos) CUSTO APROXIMADO: FONTE . Material para construção da Caixa para 06 Litros para cada 02 R$ 250. névoas e luvas látex. folders. Coletor de 240 l na cor laranja Caçamba de 1000 l. Lixeira provida de tampa e pedal com capacidade Banheiro. abaixo. Um Contêiner com tampa. protetor auricular.500 R$ 5. óculos e botinas.14 Cronograma das atividades A fim de garantir as adequações necessárias segue.00 (Mil e quatrocentos reais) R$ 50.00 (cinquenta reais) 05 150 R$ 500. Aquisição de EPI’s: máscara de carbono ativado. 8. capacidade para 1000 Litros e duas repartições. Cartilhas.75 Coletor de Resíduos com 06 repartições de 50 Litros para a entrada da sala administrativa e manutenção. .00 (quatrocentos reais) Sem custo.00 (Quinhentos Reais) separadora de água e óleo 2.400. dreno.353. Disponibilizada pelo catador autônomo.  Aumento do volume de material reciclável recolhido.15 Resultados esperados 8. .  Redução da quantidade de lixo levado aos aterros sanitários. Capacitação Funcionários Aquisição de equipamentos Implementação do PGRS Acompanhamento eficácia implantado.  Maior adesão dos funcionários ao Programa. do da PGRS FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ X X X X X X X X X X X X FONTE: Manuela Kelly Silveira. ATIVIDADES 2010 Pesquisa e elaboração da proposta PGRS Licitação para aquisição de equipamentos.  Diversificação dos tipos de materiais enviados a reciclagem.76 TABELA 14 . aumentando a sua vida útil. 2010 8.15.1 Curto prazo  Mudança de comportamento dos funcionários do empreendimento.Cronograma de Implantação do PGRS. através de parceria com cooperativas de catadores. 8.  Reconhecimento e adesão dos clientes ao programa.  Diminuir os gastos com os resíduos sólidos (lixo). reutilizar e reciclar os materiais.  Reconhecimento regional do programa e exemplo para outras Oficinas.  Obter reconhecimento como empresa ambientalmente correta.  Aproximar a empresa da comunidade local.15.3 Longo Prazo  Fortalecer e integrar ao Plano de Resíduos Sólidos as outras oficinas da Oeste Minas Serviço.2 Médio Prazo  Colaboradores mais conscientes da importância de reduzir.15.77 8. . O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos surge como forma de integrar ações dentro do empreendimento que ajudem a sensibilizar os funcionários e promover mudanças de hábitos necessárias para o desenvolvimento de uma nova cultura de responsabilidade sócio-ambiental tornando possível a incorporação da dimensão ambiental em suas ações. plástico. visto que existe um contrato com empresas devidamente credenciadas para tal serviço. de acordo com as alternativas propostas. . a partir da mudança de hábitos por parte dos funcionários será possível a redução do volume de resíduos a serem recolhidos pela coleta pública. Os materiais considerados perigosos também poderão ser descartados para reciclagem. reaproveitar. não agregará grandes custos à empresa. no entanto proporcionará uma maior segurança na redução de impactos gerados ao meio ambiente. e dos 4R’s (reduzir. no cumprimento da legislação e na melhoria da sua imagem perante a sociedade e os órgãos de controle ambiental. será possível a execução do Triple Bottom Line. O encaminhamento dos resíduos. vidro. Com a implantação do projeto. reciclar e repensar) entre os funcionários.78 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho permitiu concluir que o empreendimento necessita de uma forma mais adequada para gerenciar seus resíduos. metais que serão destinados à coleta seletiva para que ocorra a reciclagem. visto que será estimulado internamente o reaproveitamento de materiais recicláveis como papel. Além disso. 2004. Rio de Janeiro: Out/2003. Rio de Janeiro. 2010. Rio de Janeiro. A. 2000.anp.br/. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Aterros Sanitários: solução relativa. 6. NBR 13463: Coleta de resíduos sólidos – Classificação Rio de Janeiro. 1999. et al. 1987. Belo Horizonte: Escola de Engenharia da UFMG.com.htm Acesso: Abril. 2010. GEOUSP. Disponível em: http://www.gov. Amostragem de resíduos sólidos. São Paulo: nº. Rio de Janeiro. BÉRRIOS. Mark.hsw. Pneus. BILEK.vxlpub?hnid=3 8625 Acesso: Junho. NBR 10007: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Rio de Janeiro. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.500: Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais. Manual. NBR 7. Manual de Saneamento e Proteção Ambiental para os municípios. 2004. NBR 10004: Resíduos sólidos: Classificação. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Raphael T. p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICA. NBR 12235: Armazenamento de resíduos sólidos perigosos – Procedimento. Consumismo e Geração de Resíduos Sólidos. Baterias.17-28. Óleo Lubrificante.webmotors. 29p. BARROS. 1995. Disponível em: http://carros. 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