TRICHOMONAS VAGINALIS: REVISÃO DA LITERATURAClara Conceição Martins de Souza¹; Érika Linhares da Silva¹; Lorrayne Queila Aparecida do Prado¹; Thaylon Hugo Dias Araújo¹; Arioldo Carvalho Vasconcelos Júnior² RESUMO: O parasito Trichomonas vaginalis é o causador da tricomoníase, uma doença cuja principal via de transmissão é sexual e por objetos pessoais contaminados, é uma doença cosmopolita não viral mais comumente encontrada em mulheres adultas, seu causador é um protozoário flagelado anaeróbio facultativo, se apresenta na forma trofozoítica, sendo essa sua única forma infecciosa e ativa e possui como habitats principais a vagina, uretra e a próstata do homem. Os sintomas são mais comuns em mulheres embora cerca de metade delas não os apresente, em homens esses sinais podem aparecer na forma de pequenas irritações uretrais e na glande. O Trichonomas vaginalis é um dos principais causadores da vulvovaginites e também está associado a transmissão de HIV visto que causa respostas inflamatórias na região genital facilitando e aumentando as chances de contágio do vírus, dessa forma as medidas preventivas são as mesmas tomadas para as outras DSTs. A tricomoníase embora seja uma doença curável e de fácil tratamento também esta associada à infertilidade feminina, pois estudos indicam que a probabilidade de infertilidade é aumentada duas vezes em mulheres portadoras de Trichomonas vaginalis e influencia nessas também o parto prematuro devido às lesões na membrana causando ruptura prematura. O tratamento é feito principalmente através do uso de metronidazol, que tem uma taxa de eficiência próxima a 100%. Palavras-Chave : Trichomonas vaginalis, Transmissão, Tricomoníase. ABSTRACT: The parasite Trichomonas vaginalis is the causative agent of trichomoniasis, a disease that the principal way of transmission is sexual and personal infected objects, it is a nonviral cosmopolitan disease very common found in adult women, the agent is a anaerobic protozoa optional, it is showed in the trophozoite form, being the only active and infective way, it has as principals habitats the vagina, urethra and prostate. The symptoms are more common in women although at about half of them do not show them, in the men the symptomatology shows like small urethral irritations or in the gland. The Trichomonas vaginalis is one of the principals causatives of vulvovaginites and is associated to transmission of HIV as well, since it causes a inflammatory feedback in the genital region that facilitates the transmission, thus the recommended prophylaxis is the same of the others sexual diseases. The trichomoniasis although is a curable disease and easy treatment is also associated to infertility in women, some studies indicate that the probability of infertility is twice more common in women whose carry Trichomonas vaginalis and the influence of it in the pregnancy, causing premature birth due to hurts in the membrane. The treatment is made principally through metronidazol, that has an efficient action near to 100%. Keyword: Trichomonas vaginalis, Transmission and Trichomoniaisis. ¹ Acadêmicos do Curso de Biomedicina da Faculdade Padrão - AECG ² Docente do Curso de Biomedicina da Faculdade Padrão – AECG Estudos revelam que cerca de 10% dos corrimentos vaginais tem como causa a tricomoníase e também como umas das principais causas de vulvovaginites no mundo. diagnóstico. 2004). O Trichomonas vaginalis promove a transmissão do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). roupas de cama. infertilidade e câncer cervical (NEVES et al. 2004). o não compartilhamento de objetos pessoais que podem estar contaminados. roupas intimas. de alta prevalência entre pessoas que procuram os serviços de saúde em atenção a DSTs. doença inflamatória pélvica em mulheres. medidas de tratamento e profilaxia.. etc. e em conjunto com esse sua patogenicidade é aumentada podendo causar baixo peso. parto prematuro. 2. são as mesmas adotadas para as demais DSTs.. portanto torna-se imprescindível ter conhecimento para se torna mais efetivo o combate a este parasito. (MACIEL et al. Scridb. 2000). especialmente a mucosa genital feminina. Os sites abordados foram: PubMed. Este trabalho se justifica ao passo que esta patologia é de importância clínica e de alta distribuição geográfica. INTRODUÇÃO A Tricomoníase é a DST não viral mais comum no mundo e é causada pela por um protozoário flagelado que habita a mucosa genital. As medidas adotadas na prevenção deste parasito. sendo cosmopolita.. epidemiologia. patogênese. Este parasito tem a capacidade de fagocitar hemácias com o intuito de absorver o ferro presente na hemoglobina. e uma das mais comuns DSTs a serem diagnosticadas.1. O objetivo deste trabalho é abordar as principais características deste parasito.. 2005). METODOLOGIA Esta revisão bibliográfica foi elaborada a partir de pesquisas em artigos científicos e livros disponíveis em sites acadêmicos. tais como toalhas. independente da classe social ou raça. o uso de preservativos. SciELO e . que é um composto essencial no seu metabolismo. é um parasita cosmopolita de alta incidência em mulheres adultas (NEVES et al. suas vias de transmissão. isso tem levado ao fato de que no período do ciclo após a menstruaçao a incidência de Trichomonas vaginalis seja elevada (LOPEZ et al. importância clínica. dado que é uma patologia comum. estando o parasito presente em cerca de metade dos casos relatados em clinicas de DSTs. em mulheres gravidas esta patologia esta associada a ruptura prematura da membrana. 1982). descrito por Alfred Donné após isolar o parasito de uma mulher com vaginite. 2004).. já se há registros de mais de 100 espécies do gênero Trichomonas. isso é devido a grande adaptabilidade do parasito. no entanto.. 2004). 2008) Alguns estudos abordam.. Até 1950 este parasito foi considerado comensal e a partir dai estudos comprovaram sua ação patogênica. especialmente quando o tratamento não esta . Embora o Trichomonas vaginalis seja o mais conhecido. porém apenas três destas podem ser encontradas no ser humano: Trichomonas tenax. Trichomonas hominis. 2008). no tubo digestivo e Trichomonas vaginalis no trato geniturinário (NEVES et al.1 HISTÓRICO: Em 1836 foi descoberto o Trichomonas vaginalis. que pode ser encontrado em todos os continentes.. ou doença aguda inflamatória e assintomática influenciando mais ainda na sua transmiçao e consequente diagnostico tardio classificando-a como a DST curável mais prevalente no mundo em 2012. o mesmo ocorreu com Dock em 1986 (NEVES et al. em 2008 a incidência deste protozoário era de 170 milhões de casos por ano (SOOD et al. na cavidade oral. neles foram selecionadas 63 publicações e dentre elas 47 foram usados para elaboração deste artigo entre o anos de 1971 a 2015.LILACS. além disso. sendo que estas podem se apresentar tanto na forma sintomática.2 EPIDEMIOLOGIA: Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) a infecção por Trichomonas vaginalis chega a fazer parte de um quadro preocupante. 3. que a prevalência de tricomoníase em países desenvolvidos tem diminuído nas ultimas décadas (GARNETT et al. Marchand e Miura em 1984 de forma independente também puderam observar a presença desse protozoário em um homem com sintomas de uretrite. A tricomoníase está presente em 30 a 40% dos parceiros sexuais de mulheres infectadas. 3.. como um importante causador de infecção sexualmente transmitida (PESSOA & MARTINS et at. REFERENCIAL TEÓRICO 3. afetando cerca de 180 milhões de mulheres. 000.000 habitantes.. diferente de outras DSTs cujo foco são os adolescentes e adultos jovens (SCHWEBKE. (ALVES et al..3 AGENTE ETIOLÓGICO . O Trichomonas vaginalis pode estar associado com outras DSTs. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2005 o numero de casos anuais de Trichomonas vaginalis eram de 153 milhões.000 casos de mulheres infectadas pelo parasito. A transmissão desse parasito é influenciada por vários fatores como atividade sexual. 2008).568.. raça. 2014).020 casos e em Goiânia 4. na região centro-oeste a taxa sobe para 28/100. esses casos são de aproximadamente 17/100.. condições socioeconômicas. Em Goiás os estudos apontam dentre o período de 2006 a 2012 uma incidência de 21. idade. e na maioria das mulheres contaminadas está em conjunto com uma vaginose bacteriana. 2014). 2011).2% de crianças com menos de 3 semanas. No Brasil foram registrados em 2011 118. 2004. BURGESS. 3. Esta patologia também pode desencadear processos cancerígenos. sendo a vulvovaginite um dos principais problemas ginecológicos podendo estar relacionado com o Trichomonas vaginalis (OLIVEIRA et al. 2003)..sendo bem realizado Manual de Microbiologia Clinica para o Controle de Infecção Relacionada a Assistência à Saúde. 2004).(GARCIA-ZAPATA et al. 2004). Dentre as 25 razões mais frequentes que levam as mulheres a procura de um médico esta o corrimento vaginal. BURGESS. fase do ciclo menstrual. Epidemiologicamente ela está uniformemente distribuída entre as mulheres adultas sexualmente ativas. outras DSTs. e também a presença de Trichomonas vaginalis na urina de recémnascidos. 2012). Alguns estudos indicam que a prevalência de Trichomonas vaginalis no homem é menor que nas mulheres. embora essa taxa seja pouco conhecida estima-se que seja de 50 a 60% menor (HOGNIBERG. (GARCIA-ZAPATA et al.. numero de parceiros sexuais. etc. sendo que em 2012 houve uma queda dessa taxa para cerca de 88.721 casos de tricomoníase. isso é devido ao fato de que este patógeno pode ser transmitido durante o parto normal fator que é influenciado pela ação do estrogênio materno sobre o epitélio vaginal predispondo assim os neonatos do sexo feminino a infecção pelo parasito (Hoffman et al. Alguns estudos relatam presença de corrimento vaginal em 7. é uma doença que caracteriza comportamento sexual de risco e geralmente está associada com gonorreia. 1994 MACIEL et al. prurido e escoriações no sulco bálano-prepucial. Este protozoário exige um meio rico em nutrientes pra se desenvolver e possui um crescimento lento (CUDMORE et al.5 à temperatura de 35 a 37ºC e pode se manter vivo por um tempo superior a 5 horas entre lamina e lamínula para exame a fresco. uretra e epidídimo do homem. normalmente manifesta-se como uretrite não-gonocócica clinicamente semelhante a outras infecções. Este parasito é maior que um neutrófilo. pode ser encontrados nas mucosas genitais. onde os principais utilizados são arginina. podendo ocorrer casos crônicos. 2004).. Possui tropismo em especial pelo epitélio escamoso genital. o que pode ser revertida espontaneamente em aproximadamente 10 dias... 2004. As complicações associadas à infecção pelo parasita incluem prostatite. responsável pela obtenção de nutrientes nas células. Em assintomáticos. não possui mitocôndrias alimentando-se assim por osmose e fagocitose. sua forma é geralmente ovalada assim como o núcleo.4 PATOGÊNESE Os homens geralmente não apresentam sinais e nem sintomas. medindo cerca de 15µm. 2000). Já em sintomáticos observa-se um corrimento claro ou mucopurulento e disúria. treonina e leucina (MACIEL et al. porém não se limitam a depender da condição do meio. Trichomonas vaginalis.O agente etiológico da tricomoníase. Geralmente alimenta-se de carboidratos. possui uma estrutura interna que se entende externamente chamado axostilo. balanopostite.9 e 7. O Trichomonas vaginalis é um protozoário flagelado. 2004). acompanhadas de disúria e polaciúria. principalmente a feminina. porém pode ser facilmente morto se exposto a luz solar e por dessecação (PASSO et al.. 3. provido de mobilidade devido aos seus quatro flagelos e a sua membrana ondulante antêro-lateral e anaeróbio facultativo. porém pode ocorrer uretrite e próstato-vesiculites. REY et al. podendo usar como fonte nutritiva aminoácidos. 2010). O Trichomonas vaginalis multiplica-se por divisão binária simples longitudinal (ALMEIDA et al. porém pode ser encontrado na próstata.. epididimite e infertilidade (CUDMORE et al.. com secreção matutina mucóide ou purulenta. . 2013). Sobrevive bem em pH entre 4. 2004). O corrimento apresentado nas mulheres com a vaginite aguda causada pelo Trichomonas vaginalis é devido à infiltração por leucócitos. endometrite pós parto... espumoso e mucopurulento. edema. inibindo a passagem de espermatozóides ou óvulos através da tuba uterina (NEVES et al. 2000. LEHKER et al. 1992.. Pode haver sintomas de severa inflamação e irritação de mucosa genital com a presença de corrimento.. pois infecta o trato urinário superior. natimorto e morte neonatal. 1994).. Há também odor vaginal anormal e prurido vulvar (GRAM et al. A vaginite pode variar em grau. Estudos têm relatado associação entre a tricomoníase e ruptura prematura de membrana. 2004). Os sinais e sintomas apresentados dependem das condições individuais. mostrando ser o muco cervical um dos focos do parasita. O Trichomonas vaginalis está relacionado com doença inflamatória pélvica. baixo peso de recém-nascido em grávidas com ruptura espontânea de membrana. aos quais o HIV pode se ligar ganhar acesso. ulcerações e sangramento após relações sexuais. A infecção por Trichomonas vaginalis tipicamente faz surgir uma agressiva resposta imune celular local com inflamação do epitélio vaginal e exocérvice em mulheres e da uretra em homens. ocorre em somente 20% dos casos (LEHKER et al.Nas mulheres a infecção costuma ser mais severa e geralmente ocorre vaginite ou vulvovaginites. da patogenicidade e do número de parasitos infectantes. podendo ser apenas um pontilhado hiperêmico da mucosa até um processo inflamatório intenso generalizado que tende a se agravar nos dias que antecedem ou que seguem após a menstruação. O sintoma clássico de corrimento amarelo.. A reposta inflamatória gerada pela infecção por Trichomonas vaginalis pode conduzir direta ou indiretamente a alterações na membrana fetal ou decídua (NEVES et al. A consistência do corrimento varia de acordo com o paciente. O risco de infertilidade é quase duas vezes maior em mulheres com história de tricomoníase comparado com as que nunca tiveram tal infecção. 2004). 2013). Essa resposta inflamatória induz uma grande infiltração de leucócitos. causando resposta inflamatória que destrói a estrutura tubária e danifica as células ciliadas da mucosa tubária... ZHANG et al. Trichomonas vaginalis frequentemente causa pontos hemorrágicos . como linfócitos TCD4+ e macrófagos. parto prematuro. o que leva o paciente a procurar o médico (MENDZ. queimação. incluindo células-alvo do HIV. Além disso. escoriações. (REY et al. 2002). abundante. de fino e escasso a áspero a espesso e abundante. 2000 & CARLI et al. pois o parasita tem a capacidade de degradar o inibidor da protease leucocitária secretória. 2001.. 2004). Isso resulta em aumento de vírus livres e ligados aos leucócitos. Na ocasião do parto. Similarmente em uma pessoa infectada pelo o HIV.na mucosa. há um aumento na porta de entrada para o vírus em indivíduos HIV-. 2000. Sendo assim Trichomonas vaginalis pode ter um papel crítico na amplificação da transmissão do HIV. 1998). essa forma é particularmente importante do ponto de vista epidemiológico. é vista somente em poucas mulheres (GRAMet al. pois esses indivíduos são a maior fonte de transmissão do parasito (PETRIN et al. há uma probabilidade oito vezes maior de exposição e transmissão de parceiros sexuais não infectados (NEVES et al. Desde modo.Aproximadamente 5% das neonatas podem adquirir a infecção verticalmente de suas mães infectadas. com a ejaculação trofozoítos presentes na mucosa da uretra são levados à vagina pelo esperma (NEVES et al. ZHANG et al. um produto conhecido por bloquear o ataque do HIV as células. embora essa aparência seja altamente especifica para a tricomoníase. 3. após o coito com a mulher infectada. o parasito pode sobreviver por mais de uma semana sob o prepúcio do homem sadio. dando acesso direto do vírus para a corrente sanguínea.. O homem é o vetor da doença.5 TRANSMISSÃO A transmissão do Trichomonas vaginalis acontece através do ato sexual sem uso de preservativos. A infecção crônica tem sintomas leves e secreção vaginal escassa.. LEHKER et al. É um importante co-fator na propagação do vírus e causa... quando a mãe não tomou nenhuma medida profilática contra a parasitose durante a gestação ou quando não iniciou tratamento por não apresentar sintomas. o epitélio escamoso da vagina da recém-nascida sofre .. os pontos hemorrágicos e a inflamação podem aumentar os níveis de vírus nos fluidos corporais e o número de linfócitos e macrófagos infectados pelo HIV presentes na região genital. e este fenômeno também pode promover a transmissão do vírus (SORVILLO. MACIEL.. 1992. expandindo a porta de saída do HIV. 1994). A vagina e a cérvice podem ser edematosas e eritematosas. mas. 2001). A tricomoniase na recém-nascida acontece durante a passagem pelo canal do parto em consequência da infecção materna. como erosão e pontos hemorrágicos na parede cervical conhecidos como cérvice com aspecto de morango. et al. Desse modo. 2004). 2004).. são regiões onde o Trichomonasvaginallis reside e se replicapor divisão binária longitudinal. onde ele é um organismo de crescimento lento. mães contaminadas podendo infectar as filhas durante o parto normal. como a veiculação do protozoário através de fômites. 2011). a tricomoníase tem maior possibilidade de ser resultante de transmissão sexual (MACIEL et al. piscinas.1 CICLO BIOLÓGICO O trato genital feminino e a uretra masculina e próstata.. averiguando-se as possibilidades tanto de abuso sexual quanto de outras fontes de infecção que não sexual. 2008).6. os quais explicam a existência da infecção em recém-nascido e indivíduos com ausência de relação sexual (REY. 3. 1992.. porém. Já na pré-adolescência e na adolescência (dos 10 aos 18 anos de idade). . Embora a transmissão por via sexual seja mais comum. as taxa de infecção assintomáticas são tão elevadas chegando a 50% em mulheres. HEYNEMAN. 2002. ROSSI et al. fômites de uso pessoal. 2002). porem a formação de pseudocistos foi descrita em células submetidas a estresse ambiental (REY. 2001). portanto a tricomoniase é incomum na infância e quando encontrada. 2002). assentos sanitários. que exige um ambiente rico em nutrientes para sobrevivência e os carboidratos provenientes das células são as principais fontes nutritivas para oparasito. deve ser cuidadosamente pesquisada. etc. 2004). 2000. ela pode ocorrer de outras formas como: instrumentos ginecológicos contaminados. roupas de cama. outras formas de contagio estão envolvidos e já foram relatados. em homens a infecção geralmente é assintomáticas e auto-limitada.ação de estrógenos maternos e pode permitir a colonização do parasita (MACIEL et al.. (REY. sendo nesse caso mais difícil o diagnostico (SOOD et al. As condições vaginais como baixo pH não favorecem o desenvolvimento da parasitose em crianças. roupas íntimas.passa por um período de incubação que varia de 3 a 28 dias onde um terço das pacientes assintomáticas torna-se sintomáticas dentro de seis meses (SANTOS. A transmissão não sexual da doença é rara. duchas e toalhas contaminadas. Os humanos são os únicos hospedeiros do patógeno. Quando o hospedeiro se infecta. Oprotozoário se instala na mulher e no homem e começa a se multiplicar. Não foram encontrados estados císticos desse parasito. 7. Também.1 CLÍNICO Ao diagnosticar a tricomoniase não deve ter como base somente a apresentação clínica. 1971. As mulheres não deverão realizar a higiene vaginal durante um período de 18 a 24 horas anterior à colheita do material. (MacMILLAN. há 15 dias. e não devem ter feito uso de medicamentos tricomonicidas. tanto vaginais (geléias e cremes) como orais. 1989). 1989). O organismo é mais facilmente encontrado no sêmen do que na urina ou em esfregaços uretrais.2 LABORATORIAL 3.7. 15M) em temperatura ambiente. sem terem urinado no dia e sem terem tomado algum medicamento tricomonicida há 15 dias (NEVES et al.2. A vagina é o local mais facilmente infectado e os Trichomonasvaginalis são mais abundantes durante os ..7. 3.1 MICROSCÓPICO Ao colher o material os homens deverão comparecer ao local da colheita pela manhã.7 DIAGNÓSTICO 3..3. 88% das mulheres infectadas não seriam diagnosticadas e 29% das não infectadas seriam falsamente indicadas como tendo infecção. para que a pessoa infectada possa ter um tratamento apropriado e assim facilitar o controle da proliferação da infecção (NEVES et al.. 2004). 1989). o achado da cérvice com aspecto de morango é observado somente em 2% das pacientes e o corrimento espumoso somente em 20% das mulheres infectadas. A secreção prostática e o material subprepucial são coletados com um swab molhado em solução salina isotônica (0. pois a infecção poderia ser confundida com outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). 2004). deve ser examinado o sedimento centrifugado (600x g por 5min) dos primeiros 20ml da urina matinal. MacMILLAN. Uma amostra fresca poderá ser obtida através demasturbação em um recipiente limpo e estéril (MacMILLAN. A investigação laboratorial é necessária e essencial para o diagnóstico da tricomoníase. O material uretral é colhido com swab de algodão(OATES et al. Se a clínica fosse utilizada isoladamente para o diagnóstico. tem positividade no exame a fresco onde os sinais da inflamação se mostram mais evidentes no exame de papanicolau. quando não-coradas a microscopia da secreção vaginal ou cervical dos exsudatos uretrais e do líquido prostático se torna o exame de rotina usual para a identificação do flagelado. 2000). 2004) Na prática médica atricomoníase. O material deve ser colhido. os elementos celulares tomam os corantes e contrastam com os organismos vivos não corados. Em estudo de 1008 colpocitologia coradas pelo método de Papanicolaou de mulheres brasileiras a prevalência de tricomoníase foi de 6% (BRAVO et al. Fontana.primeiros dias após a menstruação. 2004). Quando as preparações são fixadas e coradas o exame microscópico direto se tornam limitados.. A detecção por esse método apresenta uma sensibilidade de 57% e uma especificidade de 97%... azul-de-metileno e com o azul cresil brilhante. considerando-o o diagnóstico mais conveniente e amplamente usado na pesquisa dos Trichomonasvaginalis (PATEL et al. Apesar dos Trichomonasvaginalis não se corarem com a safranina. 1977).. tornando-se necessário uma observação microscópica rápida. Leishman. o verde de malaquita. pois o protozoário perde sua motilidade quando as preparações permanecem em temperatura ambiente fria. 2004). 2007). não ocorrendo o mesmo com os procedimentos de cultivo (NEVES et al. imunoperoxidase e hematoxilina férrica (DE CARLI et al. DiffQuik.alaranjado de acridina. obtiveram maior sensibilidade comparado aos swabs vaginais. ácido periódico de Schiff. . com o auxílio de um espéculo não-lubrificado (NEVES et al. Existem três tipo de preparações. a revisão expõe a vantagem do baixo custo do método direto. Os principais corantes usados são. 2010). Como objetivo de aumentar a sensibilidade do exame microscópico direto. Giemsa... é com maior frequência diagnóstica pelo exame rotineiro da colpocitologia oncótica. Pessoas que apresentam alta carga parasitária.. (CLARK et al.. As duchas vaginais diminuema sensibilidade dos esfregaços microscópicos a fresco. 1989). as preparações coradas são adicionados as montagens salinas. Verificaram que o exame direto feito com lavado cérvico-vaginal Mulheres HIV positivas. uma variedade de métodos de coloração têm sido indicados para o diagnóstico do Trichomonasvaginalis no homem e na mulher (NEVES et al. somente os flagelados mortos são corados intensamente (MACMILLAN et al. 2004). não substituindo os principais exames que são. 1957 (TYM) (NEVES et al. Muitos testes com sensibilidade e especificidade próximas a 100% têm sido desenvolvidos recentemente.7. (TASCA et al. são utilizados para o tratamento: O secnidazol. Paracultivar amostras do Trichomonasvaginalis tiveram que seradicionadas a penicilina e a estreptomicina aos meios. 1948 (STS) e o de Diamond.. do inglêsenzyme-linkedimmunosorbentassay).5MEIOS DE CULTURA Os meios de cultura líquidos ou semi-sólido. para que o diagnóstico..7.3. 1992). tinidazol. a forma livre ou inativa. fixação do complemento. como a natureza do antígeno. difusão em gel. através da aglutinação.7 IMUNOLÓGICO As técnicas baseadas na reação antígeno-anticorpotem sido utilizadas para demonstrar a presença de anti-tricomonas. o isolamento e a manutenção dos Trichomonasvaginalistornassemfácil e as culturas padronizadas. são utilizados para isolar o Trichomonas vaginalis. 1943 (CPLM). A Terapia da tricomoníase torna-se eficaz somente quando os parceiros são simultaneamente tratados (SANTOS.7. ornidazol. a concentração no local e a duração da estimulação do sistema imune. nimorazol e o metronidazol. Os anticorpos vão responder conforme os fatores. parasitológico.6 MÉTODOS MOLECULARES O advento da técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR) tornou-se uma nova alternativa diagnóstica. 3. . facilitando o diagnóstico laboratorial da tricomoníase e o controle dos resultados da terapêutica. imunofluorescência e técnicas imunoenzimáticas (ELISA. hemaglutinação indireta. Os principais meios de cultura usados são: o de Johnson &Trussel.. 2001). Johnson &Sprince.8 TRATAMENTO O tratamento mais específico e eficiente é feito através de fármacos. 3. microscópico e cultura (KARLI et al. 2011). 3. o de Kupferberg. (FONSECA et al. evitar relações sexuais durante uma semana e o(a) parceiro(a) também deve ser tratado(a). É estritamente proibido o consumo de álcool em quem está sendo tratado com uma das drogas.I na vagina durante 15 dias) e o ornidazol (1 óvulo de 500mg na vagina no periodo de 15 dias). 2000). Trata-se de estudos que não permitem conclusão definitiva sobre os riscos com o tratamento. . Em crianças o metronidazol é administrado por via oral na dose total de 80mg/kg em duas doses diárias no período de 5 a 15 dias.. Dentre os fármacos citados os mais utilizados para o tratamento são: metronidazol 2 g VO (dose única). secnidazol 2 g VO e Tinidazol 2 g VO (dose única). quando o tratamento é efetuado de forma correta.. é o que menos apresenta tava de cura. 2011)... com excelentes resultados. 2000). Isso faz com que a opção por dose única seja. em saúde pública. aumenta esses resultados (BRAVO et al. por sete dias é o que apresenta melhor taxa de sucesso clínico e microbiológico (BRAVO et. Porém quando comparados a outras vias de administração. Todavia. uma escolha acertada. Devendo associar cremes para aumentar chance de eliminação do patógeno (FONSECA et al.Para o tratamento de mulheres. Outras razões para que ocorram essas falhas são baixa concentração de zinco no soro.000 U. Estudos com o metronidazol mostram taxa de cura entre 90-95% e. Porém o uso sistêmico é feito após o parto (FONSECA et al. O tratamento do parceiro sexual. Não existem dados disponíveis de que o tratamento com metronidazol traga danos ao feto. 2000).. É possível que ocorra falhas no tratamento devido a reinfecção ou a não adesão à terapia. estão disponiveis cremes e ovulos. embora os índices de cura sejam excelentes. usando tinidazol. mesmo sendo assintomático. mesmo que esteja assintomático(a) para evitar a reinfecção.. como o metronidazol indicado (1 óvulo ou 1 aplicados de 25. 2010). sendo necessário esperar no mínimo 3 dias devido ao risco grave reação. de 86-100%. Regime terapêutico alternativo é o metronidazol 500 mg VO 2 x/dia durante sete dias. baixa absorção do fármaco. O Metronidazol dentre esses é o mais utilizado para o tratamento e é considerado alternativo porque muitas pessoas não completam o tratamento. distribuição não efetiva do fármaco na região genital ou inativação do fármaco por bactérias presentes na flora vaginal das pacientes (BRAVO et al. Em grávidas emprega-se apenas o tratamento local. Pois cerca de 70% dos parceiros de um paciente infectado também estão infectados pelo parasito (PINHEIRO. 2010).al. 2010). Alguns estudos mostram a possibilidade de aumento na prematuridade e baixo peso com o uso do metronidazol. tais como. Na abordagem dos pacientes. são estratégias para prevenir o risco de contaminação. hábitos e preferências sexuais. técnicas de diagnóstico e condições socioeconômicas. e limitação das complicações da doença através do tratamento imediato para ambos os parceiros. e aconselhamentos para auxiliar as pessoas a fazerem as escolhas sexuais mais apropriadas. exemplos como. número de parceiros sexuais. Aos pacientes infectados devem ser administrados fármacos. 1993). Convém destacar que a presença de uma IST é fator de risco para outra (AZULAY. uso recente de antibióticos e uso de anticoncepcionais. não descartando exames mais atuais. tinidazol. sendo uma doença sexual não viral. tratamento do casal. A incidência dessa parasitose depende de vários fatores. número de parceiros. são necessários os dados sobre data do último contato sexual. sendo de grande importância o tratamento do parceiro mesmo que não tenha se infectado. A transmissão sexual é rara. infertilidade.9 PROFILAXIA Prática de sexo seguro. como PCR. onde homens geralmente são assintomáticos. 1996. secnidazol. essa é a principal razão da mesma procurar um atendimento médico. outras DSTs. fase do ciclo menstrual. 4.3. entre outros. ROBERT. e também serve de porta de entrada para a transmissão do vírus HIV. imunológicos. pois tem um avanço de estudo muito grande. diminuindo assim a propagação da infecção. e quando encontrada deve ser cuidadosamente pesquisada. CONCLUSÃO Uma doença de grande importância por ter como maior causa de vulvovaginites no mundo. colpocitologia oncótica e microscópico são exames padrãoouro. entre outros. Essa doença pode trazer problemas relacionados à gravidez. e nas mulheres ocasiona sempre um corrimento vaginal. vários métodos de prevenção são utilizados. Método de cultura. uso de preservativos. A fim de diminuir a propagação. atividade sexual. . metronidazol. pratica de sexo seguro. bem como uso de preservativos. mesmo que um deles esteja assintomático (LIMA. 1994). incluindo idade. abstinência de contatos sexuais com pessoas contaminadas. O diagnóstico laboratorial da tricomoníase é essencial e indispensável para que o tratamento apropriado seja feito. 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