TAT (teste de Apercepção Temática)

April 2, 2018 | Author: Luara Fernanda de Macedo | Category: Psychology & Cognitive Science, Emotions, Self-Improvement, Experiment, Sexual Intercourse


Comments



Description

FinalidadeO TAT tem como finalidade revelar impulsos, emoções, sentimentos, complexos e conflitos marcados em sua personalidade. Seu valor consiste em tornar potentes tendências subjacentes inibidas que o sujeito ou paciente não quer aceitar ou não tem condições de admitir por serem inconscientes. As pranchas devem ser apresentadas como um teste de imaginação, o interesse do sujeito simultaneamente com sua necessidade de aprovação e a inibição de vigilância do examinador pode fazer com que, antes de se dar conta, tenha transferido para o herói coisas que não admitiria de outra forma. Utilidade Útil a qualquer estudo abrangente da personalidade. Ex: distúrbio de conduta, doenças psicossomáticas, neurose, psicose, etc. Não deve ser utilizado em menores de 4 anos. Interessante ser aplicado em combinação com o Rorschach pois fornecem informações complementares. Especialmente recomendado como introdutório (preâmbulo) a uma série de entrevistas psicoterápicas. Fundamentos O método consiste em apresentar uma série de pranchas ao sujeito estimulando que ele conte histórias pertinentes às pranchas. As histórias contadas revelam aspectos da personalidade do sujeito e para isso depende de duas tendências psicológicas: interpretação de histórias se baseando em experiências passadas e anseios presentes; e a tendência de agir no personagem fictício como se o mesmo o fizesse (utilizar o acervo de suas experiências e expressar seus sentimentos conscientes ou inconscientes). Material do teste 20 histórias – 19 quadros com imagens e 1 em branco. . São divididos em 2 séries de 10 quadros. As experiências mostraram que as histórias produzidas revelarão maiores informações e terá maior validade se a maioria das pranchas conter pessoas do mesmo sexo que o sujeito. Limitaram-se a testar pessoas de 14 a 40 anos. é melhor que comece por uma tarefa menos exigente (Roschach.Preparação do sujeito: A maioria não precisa de preparo específico.Esta seleção aconteceu na 3° revisão da coleção original (1936). Para avaliar a eficácia de um quadro a personalidade do indivíduo deve ser estudada e compreendida com auxílio de outros métodos.Clima da situação de teste: O ambiente. Isto é. Administração: . resistentes. Só depois de considerar um montante de informações colhidas é que poderá ser feita a classificação dos quadros. desconfiados e para os que nunca passaram por testes psicológicos ou provas escolares. sexo. o que não impede que outras pranchas sem essas referências sejam usadas. já que 11 são apropriadas para ambos os sexos.Considera-se possível encontrar o resultado sem auxílio da figura porém elas são: . . fazendo com que a história contribua com o diagnóstico final. por exemplo) antes de se submeter ao TAT.Facilitadoras no estímulo da imaginação . . porém os pouco responsivos. da sua maneira como lida com situações clássicas/comuns da vida. As experiências dos autores também apontaram que a figura também não deve ser muito mais velha que o sujeito. A criatividade é um processo involuntário e que não pode ser forçado.Usar estímulos padronizados é recomendado não só nesse mas nos testes em geral. por isso . facilita a padronização.Obriga o sujeito a expor. estranhos. idade e atitude do psicólogo podem afetar a liberdade e capacidade imaginativa do sujeito. A segunda com quadros mais dramáticos. da mobília. o aspecto do escritório. Forma A: “Este é um teste de imaginação que é uma das formas de inteligência. Você compreendeu? Como você tem cinquenta minutos para os dez quadros. exceto para informar se a pessoa está atrasada ou adiantada em relação ao tempo. então pode ser dito frases de estímulo. Faça o melhor que puder”. como: “eu vou lhe dar um presente se você hoje me contar uma história comprida e bem bonita”. pessoas de outras culturas e psicóticos podem precisar de estímulo para falarem livremente. uma história com o máximo de ação possível. portanto é importante que o ambiente seja acolhedor. para estimular com elogios em alguns momentos. pois ela pode pensar que o que será avaliado é o conteúdo da história que será contada. crianças e adultos pouco inteligentes. O psicólogo deve relembrar as instruções no final da primeira história. Você tem cinco minutos para fazer uma história. Diga o que as pessoas estão sentindo e pensando e como a história acaba. Vou mostrar a você alguns quadros. De modo geral é preferível que o psicólogo não diga mais nada. dizendo: “e como termina?”. no caso de o sujeito omitir detalhes fundamentais. então aqui está o primeiro quadro.Primeira sessão do teste: O sujeito deve sentar-se numa cadeira confortável ou divã. descreva o que está acontecendo no momento e o que os personagens estão sentindo e pensando. um de cada vez. Método e instruções . Eu tenho aqui alguns quadros que vou lhe mostrar. Compreendeu? Bom. É importante que não seja dito de início que a pessoa pode usar livremente a imaginação.pode não ocorrer em um clima frio. bem como para psicóticos (forma B). Crianças. Procure expressar seus pensamentos conforme eles forem ocorrendo na sua mente. se necessário. para cada um deles. Você pode fazer o tipo de história que quiser. Aqui está o primeiro quadro” Forma B: “Este é um teste para contar histórias. intelectualmente arrogante e não-empático. Não se pode permitir que o sujeito construa várias histórias para o mesmo quadro. Diga depois como termina a história. crianças e psicóticos de costas para o examinador. Conte o que aconteceu antes e o que está acontecendo agora. e a sua tarefa será inventar. As instruções variam para adolescentes e adultos de grau médio de inteligência e cultura (forma A). respeitoso e empático. Quero que você faça uma história para cada um deles. você pode empregar cerca de cinco minutos para cada história. dizendo: “o que levou a essa situação?” e quando a história estiver muito longa. Conte-me o que levou ao fato mostrado no quadro. . pois caso contrário. etc. Suas dez primeiras histórias estavam ótimas.Entrevista seguinte: Para interpretar os dados é importante que o psicólogo saiba quais as fontes de origem para as histórias contadas. filmes. que podem ser provenientes de suas experiências pessoais. então o psicólogo deve incentivar o paciente a lembrar e dizer a fonte de suas ideias. livros. Aqui está o primeiro quadro. . de outra sala. Será mais fácil porque os quadros agora são bem melhores. como acontece num mito. Ao marcar a segunda sessão é importante que o sujeito não saiba que lhe será apresentado outros quadros. histórias de amigos. Agora eu gostaria de ver do que você é capaz quando deixa de lado as realidades comuns e põe sua imaginação para funcionar. como sucede num sonho ou num conto de fadas. Depois que o sujeito der uma descrição completa o psicólogo deve dizer: “agora me conte uma história sobre isso”. Agora quero ver você fazer algumas outras. mas você se limitou demais aos fatos do dia-a-dia. anota as falas transmitidas por um microfone oculto.Segunda sessão: É necessário um intervalo de pelo menos um dia entre a primeira e segunda sessão. porém na segunda sessão deve-se dar ênfase sobre a liberdade de imaginação. ou ainda. ele pode se preparar para contar as histórias. da melhor forma possível. Aqui está o primeiro quadro”. Só que agora você pode dar toda liberdade à sua imaginação.Quadro em branco: o quadro número 16 é dado com uma introdução especial: “veja o que você pode ver no cartão branco. Imagine algum quadro aí e descreva-o em detalhe”. Você me contou ótimas histórias outro dia. nas histórias de fadas ou numa alegoria. escrever tudo o que foi dito pelo sujeito. gerando um material mais impessoal do que o que é criado por impulso no momento. . As histórias do TAT fornecem inúmeras provocações como ponto de partida para associação livre. Forma A: “Vamos fazer hoje o mesmo que da outra vez.O psicólogo deve. mais interessantes. . A partir disso. O procedimento é semelhante à primeira sessão. Forma B: “Hoje vou lhe mostrar mais alguns quadros. o examinando deve ser recordado do enredo das histórias significativas e o psicólogo deve estimulá-lo a falar sobre elas livre e abertamente. Se puder faça-as mais emocionantes ainda do que as outras.” . pode-se utilizar um gravador a partir do consentimento do examinando. Para isso ele pode contar com o apoio de um auxiliar que. HF para homens e mulheres maiores de 14 anos e as placas sem letras podem ser utilizadas para todos. idade.Aquele personagem que mais se parece com o sujeito (mesmo sexo. H para homens maiores de 14 anos. idade e sexo dos irmãos. A interpretação do TAT deve ter fundamento em experiência clínica. da experiência do examinador e da amplitude e profundidade da pesquisa. . cujo ponto de vista adotou. RH para meninos e homens. É necessária uma intuição crítica rigorosamente formada. .Dados básicos exigidos: Para uma boa interpretação das histórias o psicólogo deve ter conhecimento dos seguintes dados: idade e sexo do sujeito. status. se seus pais estão vivos ou separados.O herói: O herói é o personagem o qual a pessoa se identificou. E para um maior aprofundamento dos conteúdos os autores recomendam um maior conhecimento em psicanálise e interpretação dos sonhos e muitos meses de treino na aplicação do teste para que o examinador consiga confrontar as conclusões com os fatos conhecidos das personalidades estudadas. F para mulheres maiores de 14 anos. O TAT oferece inúmeras oportunidades para o avaliado projetar complexos próprios e seria tolice o examinador interpretar a partir de sua imaginação. Neste teste é mais necessário o aperfeiçoamento dos examinadores do que do teste. cujo sentimentos foram retratados com mais profundidade.Descrição das placas: As pranchas são divididas entre: R para rapazes.Formação do examinador: A intuição por si só não é nada confiável. M para meninas. conseguida na observação. “ Interpretações in vácuo” causam via de regra. RM para meninos e meninas.Personagem pelo qual o sujeito se mostra mais interessado. Análise e interpretação das histórias . aplicação de teste a avaliação psicológica em diversos pacientes. Tipos de análise de conteúdo pouca normatização Para analisar as histórias é preciso definir as forças provenientes do herói e as forças provenientes do meio. etc). MF para meninas e mulheres. . A força daí originária é designada pressão. Apesar dessas classificações o psicólogo tem liberdade de escolha para a seleção das pranchas que quer exibir a depender do conhecimento prévio do paciente. Para reconhecer o herói é preciso seguir os critérios: . profissão e o estado civil do sujeito. I.. mais danos do que lucro. Personagem que desempenha principal papel na história. bem como tudo o que for incomum: diferente ou único.Liderança . . .Solidão .Superioridade (poder. A maior parte das histórias tem apenas um herói que é facilmente reconhecido pelos critérios acima.Pode haver uma história contendo outra história. mas sim de um desconhecido ou de alguém que ele não gosta e terá que lidar. .Inclinação para discussões (grau em que se envolve em conflitos interpessoais) II Motivos. respectivamente. porém o psicólogo deve estar preparado para complicações: .Sentimento de pertinência . (ex: impulso anti-social representado por um criminoso e sua consciência representada por um representante da lei). mental. inclinações e sentimentos do herói O psicólogo deve observar o que os heróis das 20 histórias sentem.. capacidade) .Pode ocorrer de o personagem principal não ser a representação do sujeito.O sujeito pode identificar-se com um personagem de sexo oposto. primário e secundário.Pode acontecer de haver vários heróis. ou comum mas incomunmente elevado ou baixo na intensidade ou frequência (para ser capaz de discernir o psicólogo .Pode haver duas forças da personalidade do sujeito representadas por dois personagens diferentes. notando evidencias do tipo de personalidade ou de doença mental.Inferioridade . O Psicólogo deve caracterizar os heróis pelos seguintes traços: . pensam e fazem. .O herói pode mudar durante a história.Criminalidade . .Anormalidade psíquica . cada uma com um herói. ridicularizar. a lista de variáveis referentes ao herói inclui alguns estados internos e emoções. 2-29). frequência e importância no enredo. sendo M a média e P a posição dos pontos atribuídos. A força de cada tipo de emoção manifestada pelo herói é computada de uma escala que vai de 1 a 5 pontos. Tudo depende do que se deseja saber sobre o sujeito. ou uma necessidade pode funcionar apenas como uma força útil. Odiar (seja o sentimento expresso em palavras em palavras ou não). amaldiçoar. O psicólogo ouve e analisa as 20 histórias pontuando de 1 a 5 cada variável. censurar. duração. Zangar-se. As necessidades podem estar fundidas de modo que uma única ação satisfaça duas ou mais delas ao mesmo tempo. sendo 5 a pontuação máxima para qualquer variável.) >>>>>>>>>> falta de padronização Ao descrever as reações dos heróis o psicólogo está livre para usar qualquer conjunto de variáveis que tenha escolhido. Além das necessidades. Envolver-se numa discussão verbal. Acedência – submissão. Uma necessidade pode expressar-se subjetivamente como tendência para um comportamento aberto. A partir da aplicação do teste o psicólogo pode fazer uma análise abrangente de toda a variável que surgir.deve ser muito experiente tendo estudado 50 ou mais conjuntos de histórias. O total de pontos de cada variável é comparado com uma pontuação padronizada (homens universitários). . ou pode limitar-se a observar apenas alguns traços.14 P. ou seguir um sentimento enraizado de sua origem.Emocional e verbal – (M. Total 36 p. reprovar. Os critérios de força de uma variável são: intensidade. criticar. Excitar agressão contra uma outra pessoa por meio de uma crítica em público. ansiedade. subsidiária à satisfação de outra necessidade dominante. 8-52) . depreciar. O psicólogo pode usar essas variáveis sem ter de adotar qualquer teoria especifica sobre elas: Agressão – (M. Na prática o teste usa uma lista de 28 necessidades (ou forças populosas) classificadas em conformidade com a direção ou objetivo pessoal imediato (motivações) de dada atividade. culpa ou inferioridade. Pode estar interessado em evidências de traços bipolares de extroversão – introversão. Solicitar ou depender de alguém para ser estimulado. nostálgico num lugar estranho. desculpar-se. Sofrer de sentimentos de inferioridade. Auto-agressão – (M. reprovar-se ou desprezar-se por cometer erros. cuidados. Ter prazer em receber simpatia. -Destruição (M. social (M. associal (M.4 P. está incluída também a Auto-ajuda.2-36) . Masoquismo. Atacar ou matar um animal. proteger.2-20) Procurar auxilio ou consolo. Começar uma briga sem causa justificada. Lutar contra o próprio país. Lutar pela pátria ou por uma boa causa.0-15). Ajuda – (M. prometer fazer melhor. Sentir-se solitário quando desacompanhado. expiar. Revidar a uma ofensa por meio de uma punição. Punir-se fisicamente. Confessar.8 P. Perseguir. apiedar-se e consolar. 4-34) Expressar simpatia na ação. Degradação – (M. Ser bondoso e respeitador dos sentimentos alheios. alimentação ou presentes uteis.-Fisica. agir totalmente ou falhar. cometer suicídio. malogro) sem fazer oposição. injuria. Sadismo.10 P. para ter clemencia. apoio. desesperado numa crise. Quebrar.0-17).10 P. dor e morte. Lutar ou matar para se defender se defender ou defender um objeto de amor. reformar-se. -Fisica. proteção. 2-25) -Recriminar-se. encorajar. 14 P. ter autopiedade. agarrar ou aprisionar um criminoso ou inimigo.9 P. Ajudar. criticar-se. punição. Sofrer uma pressão desagradável (insulto. queimar ou destruir um objeto material. culpa e remorso. Dominância – (M. Desvelo – (M.16 P. Buscar consolo na bebida e nas drogas. Render-se passivamente a condições difíceis de serem suportadas. Lutar contra autoridades legalmente constituídas. atacar. Revidar a uma ofensa com excessiva brutalidade.6-27) Submeter-se à coerção ou imposições para evitar repreensões. machucar ou matar um ser humano ilegalmente. Obter algum prazer por meio do sofrimento. consolar-se.17 P. 0-16). defender ou resgatar um objeto. Assaltar. Revidar a um insulto não provocado. esmagar. Neste item. casar.14 P. Sentir-se cansado ou preguiçoso após um pequeno esforço. Autonomia. gerir. Excitação.18 P. Ambição manifestada na ação. Criação. objetivos. os sentimentos ou as ideias alheias. Impor. Ser vacilante. Passividade – (M. desejos. Inibições paralisantes. persuadir ou liderar um grupo para criar alguma coisa. Adiantar-se em um negócio.0-31) Experimentar marcante mudança de sentimentos para com alguém. ocorrência de exaltação e depressão numa mesma história. Ter relações sexuais. inconsistente ou instável nos seus afetos. Reconhecimento. necessidades. Realização – (M. Autojustificação. selecionamos os seguintes: Abatimento – (M. Instabilidade emocional – (M. Da lista de estados interiores e emoções. tristeza.0-24) Buscar e desfrutar a companhia de pessoas do sexo oposto.26 P. desespero. etc. do relaxamento. 4-29) Estado de incerteza. 11-51) Trabalhar em alguma coisa importante com energia e persistência. Aquisição. Mostrar flutuações de humor ou de temperamento. restringir. Hedonismo. depressão.23 P.12 P. Exibição. Liderar. Conflito moral. Momentanea oposição entre impulso. aprisionar. desilusão. Sexo (M. Empenhar-se em alcançar uma posição executiva. indecisão ou perplexidade. melancolia.0-42) Sensação de desapontamento. Conflito (M. Apaixonar-se. Deferência. Outras necessidades são: Afiliação. Empenhar-se para realizar algo sério. sofrimento. Ser .18 P. governar.Tentar influenciar o comportamento. infelicidade. Submeter-se aos outros por apatia ou inércia. do sono.3-52) Gozar de quietude. Desfrutar uma contemplação passiva ou a recepção de impressões sensuais. em cada caso. . III Forças do ambiente do herói É preciso dar atenção aos objetos materiais e objetos humanos. Orgulho. perda) e também inclui distúrbios corporais com que a personalidade deve se identificar (dor física. física-associal e destruição). As variáveis são: -Afiliação (associativa ou emocional). desfiguramentos. Outros estados interiores: Ansiedade. sob os mesmos critérios. Estruturação do Ego. exaltação. Deve-se marcar os traços recorrentes de pessoas com que o herói se relaciona. desconfiança. ciúmes. Procurar novas pessoas. o cômputo é feito com base em vários critérios operacionais. doenças). em outras palavras são as necessidades das pessoas com quem o herói lida. uma nova profissão. física-social. -Ajuda. A forma de pontuação é igual a utilizada anteriormente: de 0 a 5 pontos.intolerante com a uniformidade e a constância. Além dessas necessidades e emoções. -Agressão (emocional e verbal. Ex: são amistosas ou inamistosas? As mulheres são mais ou menos amistosas que os homens? Quais são os traços das mulheres mais velhas (figuras paternas) e dos homens? Qual a relação dele com os aspectos do ambiente. novos interesses. Aqui. qual valor e qual significado eles lhe dão? Os autores utilizam na prática uma lista abrangente de pressões (tipos de forças ou condições ambientais) classificadas de acordo com o efeito que possuem sobre o herói. privação. machucados. O conceito de pressão pode significar ausência de uma pressão benéfica (falta. as seguintes e importantíssimas variáveis são computadas numa escala que vai de -3 (menos três) a +3 (mais três): Superego. Mais da metade das pressões dirigidas contra o herói são tendências de atividades provenientes de outros personagens. -Falta/perda. V Temas A interação entre as necessidades do herói. perceba como significativo. IV Desfecho O aspecto seguinte que o psicólogo deve analisar é a comparação do poder das forças do herói e do ambiente. quando outras pessoas o auxiliam ou quando se empenha por si mesmo? Em que condições fracassa? Ele é adequadamente punido quando necessário? Sente-se culpado. ele. do ponto de vista do herói. Para isso é preciso verificar as necessidades do herói e perceber a pressão com que esta se combina mais frequentemente.-Dano físico. que embora não seja tão frequente para resultar em pontuações altas. -Dominância (coerção. por alguma razão. constrangimento e indução/sedução). -Perigo físico (ativo ou acidentes). A essa lista ele pode acrescentar qualquer outro tema. Desse modo o psicólogo obterá uma lista de temas preponderantes (combinações de necessidades e pressões). admite corrige-se? Ou uma má conduta é tratada sem nenhum significado moral e lhe é permitido ser bem sucedido sem castigos ou consequências? Considerando cada interação de pressão e necessidade. Nesse momento é preciso aproximar os dois aspectos e analisá-los em conjunto. as pressões do ambiente e o desfecho (êxito ou fracasso do herói) constitui um tema simples. Até agra as forças do herói e do ambiente foram analisadas separadamente. Combinações de temas simples que são interligados ou formam uma sequência são denominados temas complexos. . Qual é o poder das forças benéficas do ambiente se comparado com as forças danosas? O caminho do herói em direção as suas realizações é fácil ou difícil? Ele se revigora ou desanima frente a oposições? O herói faz com que as coisas aconteçam ou as coisas lhe acontecem? Ele é coagido ou coage? É predominantemente ativo ou passivo? Em que condições consegue ter êxito. Depois disso observa com que necessidades a pressão exageradamente alta interage. o psicólogo deve avaliar a proporção entre desfechos exitosos e infelizes. privação. De particular importância são os investimentos de energia positiva ou negativa em mulheres mais velhas. conflitos e dilemas tem maior importância para o sujeito.Sentimentos e desejos que está tendo no momento . coerção. Assim são feitas duas pressuposições.Uma situação momentânea (pressão do examinador ou da tarefa) . passado ou futuro do sujeito: . rivalidade. etc. A segunda pressuposição concerne as variáveis de pressão do ambiente presente. VI Interesses e sentimentos Esse aspecto é tratado separadamente e refere-se a como o autor (examinando) manifesta seus interesses não os atribuindo somente aos heróis. limitação.Situações que em devaneio ou sonho imaginou encontrar-se com esperança ou medo . mas também na escolha dos tópicos e como lida com eles. de algo que gostaria de fazer ou fosse forçado a fazer. amor. juntamente com inúmeras observações do psicólogo. em problemas de realização. (figura materna) homens mais velhos.Coisas que desejou ou esteve tentando fazer . A primeira é que os atributos dos heróis (necessidades) representam a personalidade do sujeito e essas tendências pertencem ao seu passado ou ao seu futuro antecipado e por essa razão são possivelmente responsáveis pelas forças potenciais temporariamente adormecidas ou que estão ativas no presente. conflito de desejos. uma lista de temas e desfechos preponderantes.Situações que de fato se defrontou . Desse modo representam: .Coisas que o sujeito fez . por exemplo. Perceber os temas comuns centrados. os enredos principais e secundários e analisar quais desfechos. Interpretação da pontuação Do conjunto de histórias ouvidas o psicólogo fará uma lista de necessidades do herói e de pressões do ambiente.É possível fazer também uma análise sem computar as variáveis separadamente. Nessa modelo o psicólogo vai visualizar cada história como um todo e separar temas de maior e menor importância. ou ainda de algo que não pretende fazer mas sente que deveria fazer.Forças da sua personalidade das quais nunca esteve plenamente consciente . (figura paterna) mulheres do mesmo sexo e homens do mesmo sexo (que podem ser os irmãos).Antecipações de seu comportamento futuro. . e não como fatos comprovados. . cerca de 30% das historias são impessoais. desejaria ou temeria deparar-se Algum conhecimento da história do sujeito e de sua situação presente.Convém distinguir também três camadas nas personalidades normalmente socializadas: a camada interna é composta de tendências inconscientes reprimidas que nunca ou raramente são expressas em pensamentos ou ações. podendo ser confessada a uma ou mais pessoas selecionadas e podem eventualmente ser objetificadas em ações privada e secretamente. se as historias foram curtas e apenas esboçadas. A terceira camada compõe-se de tendências que são publicamente afirmadas e reconhecidas e são claramente .Se o teste foi administrado sem observar devidamente as instruções. mas não de seu comportamento manifesto.O TAT extrai vinte amostras da personalidade do sujeito.Os conteúdos impessoais também podem ser importantes. As pessoas variam no modo como suas ideias ficam objetivas em suas ações.. . presente ou futuro. .Situações com que espera deparar-se. fragmentos de livros. Ao chegar as conclusões o psicólogo deve levar em consideração os seguintes pontos: . se o sujeito não se empenhou na tarefa. A camada intermediaria é composta por tendências que aparecem em pensamentos sem disfarce. fatos testemunhados pelo sujeito. cujas histórias são indicativas de suas preocupações mentais. As conclusões a que se chega por meio do TAT devem ser encaradas como guia ou como hipótese a serem verificadas por outros métodos.Sob condições normais. são requisitos para decidir se um elemento pertence ao passado. bem como um pouco de intuição. O psicólogo deve estar preparado para encontrar sujeitos de atuação limitada. portanto não apresenta uma estrutura total de sua personalidade. ainda que dessas pode-se extrair coisas significativas. filme ou coisas inventadas no momento não representando aspectos de sua personalidade. composto em sua maior parte. o conteúdo pode ser psicologicamente irrelevante.Convém distinguir dois níveis de funcionamento: o primeiro é a conduta do sujeito em relação ao examinador e à tarefa e o segundo é o conteúdo das histórias. pois mais da metade deles são equivalentes de memorias inconscientes existentes em sua personalidade. . por elementos impessoais como elementos presentes na prancha. . já as da segunda sessão abordam questões relacionadas as camadas internas. Um exemplo disso é quando o examinando mostra hostilidade para com um sexo que é o mesmo do examinador. e assim por diante. .Pode-se dizer que o conjunto de historias do TAT revelam aspectos da segunda camada. . A influencia e atitude do examinador podem afetar. >>> normatização??? Confiabilidade Quando repetido não devemos esperar uma confiabilidade do TAT pois as respostas provenientes do teste refletem tanto o humor passageiro quanto a situação de vida presente do sujeito. Entretanto não podemos nos apoiar nesses achados globais. . Conhecendo alguns fatos sobre o sujeito. Compete ao psicólogo perceber a qual camada pertence cada variável colhida nas historias. O TAT revela. o curso de algumas historias. em certa medida. as conclusões desse teste podem ser irreconhecíveis para quem conhece o sujeito. Se um sujeito está as vésperas de entrar nas forças armadas. o TAT é um dos poucos métodos para revelar tendências encobertas. Assim.manifestadas nos comportamentos. Para melhor compreensão da personalidade é preciso analisar a personalidade manifesta com o conteúdo colhido pelo TAT. Estudos estatísticos confirmam essa suposição.Alguns psicólogos inclinam-se a admitir que as variáveis excepcionalmente fortes e fracas nas historias do TAT serão assim também em sua personalidade manifesta. possivelmente o tema guerra será presente em pelo menos duas das vinte historias. Um jovem que tenha sido deixado pela namorada terá uma incomum pontuação na variável Abatimento. já que há numerosas exceções individuais e também no caso de tendências reprimidas ocorre exatamente o oposto. muitas vezes. o psicólogo pode distinguir as partes que são conscientemente pessoais (cerca de 15%) .As historias compostas na primeira sessão estão mais relacionadas com a camada externa da personalidade. e dependendo de seu conhecimento e experiência.As experiências mostraram que o sexo do examinador deve ser levado em conta. . a personalidade escondida. Existe muitas formas de acessar a personalidade manifesta.São muito importantes a situação de vida e estado emocional momentâneo do sujeito. o oposto do que o sujeito consciente e voluntariamente faz na vida diária.
Copyright © 2024 DOKUMEN.SITE Inc.