SPO-v43-n5

March 27, 2018 | Author: Johnny Machado | Category: Dentistry, Standard Deviation, Further Education, Science (General), Science


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Atualização científica Aplicabilidade Crescimento profissional Satisfação Qualidade de vidaVolume 43 • No 5 Setembro | Outubro 2010 ISSN 0030-5944 Qualificação: Qualis Nacional B3 - Educação Física Qualis Nacional B4 - Odontologia Qualis Nacional B4 - Engenharia II Indexação: BBO - Bibliografia Brasileira de Odontologia LILACS - Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde OrtodontiaSPO - Vol. 43, n.5 (setembro/outubro/2010) - São Paulo: VM Comunicações - Divisão Cultural, 2005 Periodicidade Bimestral ISSN 0030-5944 1. Ortodontia. 2. Ortopedia Funcional dos Maxilares. I. VM Comunicações - Divisão Cultural II. Título CDD 617.64 Black D4 SPO – Moderna desde 1959 Esta preciosa e deslumbrante edificação é fruto de uma diretoria atual, vibrante e realizadora. A SPO significa: “espaço infinito e tempo eterno”. Fachada Jairo Corrêa Presidente da SPO Jardim de inverno Sala de espera Diretoria Clínicas Laboratório Auditório Acervo SPO - Livramento 452 OrtodontiaSPO | 2010;43(5):452-3 A extensa e variada programação científica reúne inúmeros pesquisadores de nossa especialidade. Além disso. ansiosamente. a entidade também mantém. a realização das próximas edições do Congresso Brasileiro de Ortodontia com a certeza de que será cada vez maior e melhor. por meio da Revista OrtodontiaSPO.43(5):452-3 453 . além do importante contato associação/associado e indústria/cliente proporcionado nesse período. este evento tem motivo de sobra para ser tão esperado. Conforme mostra a excelente matéria da seção Acontece. um espaço agradável e acolhedor para o contato profissional. além de alguns dos melhores clínicos brasileiros. dispostos a mostrarem aos colegas o que há de mais atual e eficiente na Ortodontia. tais como o prazeroso fato de reencontrarmos amigos e colegas de profissão. Desfrute mais de nossa entidade e preserve esse clima de Congresso o ano todo! Flavio CotrimFerreira Editor Científico OrtodontiaSPO | 2010. brinda o leitor com pesquisa e atualidade clínicas a cada nova edição.EDITORIAIS Um Congresso ao longo de todo o ano Desde 1968 os ortodontistas brasileiros aguardam. a matéria também enfoca outros aspectos importantes do Orto 2010-SPO. em sua sede. Imaginem que bom seria se pudéssemos manter esse clima de renovação científica e congraçamento ao longo de todo o ano? O fato é que podemos! A Sociedade Paulista de Ortodontia. Mas. Dra. Vanda Beatriz T. Dr. Lourenço Correr Sobrinho (Unicamp/SP . [email protected]. Dr. Rívea Inês Ferreira • Assessores: Profs.00 | 6 edições anuais Exterior . Dr. Dr. Roberto Alves Torres (SLMandic/SP) Prof. Dra. Omar Gabriel da Silva Filho (HRAC/USP-Bauru/SP) Profa. Gisela Estela Rapp (UFBA/BA . Alexandre de Albuquerque Franco (ABO/SE) Prof. Dra. Dra. Dr.SP Tel.: (11) 3884-3113/9393 • Fax: (11) 3884-7575 • secretaria@spo. Vieira (diretoria. Dr. Não possui “vendedores” em domicílio. José Renato Prietsch (UFRGS/RS) Prof. Flavio Cotrim-Ferreira Editor Científico Associado: Profa. Ivo Contin (Fousp/SP . José Hermenergildo dos Santos Júnior (USP/SP) Prof. Só será permitida a reprodução total ou parcial com a autorização dos [email protected]. Sheldon Peck (Universidade de Harvard/EUA) Prof. são de inteira responsabilidade dos respectivos autores. Luiz Renato Paranhos (Umesp/SP) Prof.Dinamarca) Profa. Dra. Dra. Jairo Corrêa) SPO Central: Rua Tumiaru. Marketing e Publicidade: VM Comunicação Rua Gandavo.Fax: (11) 2168-3422 . Dra. Reynaldo Baracchini Secretário Geral: Dr. Luis Antônio de Arruda Aidar (Unisanta-Santos/SP) Prof. Renata Rodrigues de Almeida-Pedrin (Fousp/SP) Prof. Dr. Alessandra Motta Streva (Instituto Vellini/SP) Prof. Central de Relacionamento com o Assinante: Hunter Contact Center | Tel. Lucy Dalva Lopes Mauro Fundador do Boletim da Sociedade Paulista de Ortodontia: Prof. Dr.: (11) 3566-6227 assinaturas@huntercontactcenter. Luiz Sérgio Alves Machado Diretor Social: Dr. Dra. 70 . Dr. Ary dos Santos Pinto (Unesp-Araraquara/SP) Profa.Endodontia) Prof. Cláudio Luiz Sendyk (USP/SP . Dr.br) • Revisora: Vivian Arais (jornalismo. Dra. Leopoldino Capelozza Filho (HRAC/USP-Bauru/SP) Profa. Eduardo Sakai.com. Márcio de Moraes (FOP-Unicamp/SP) Prof. inseridos na revista OrtodontiaSPO. Dr. Hugo José Trevisi (APCD . Norberto dos Santos Martins. Fiuza (APCD/SP) Profa. Dr. Viviane Sarmento (UFBA/BA) • Clínica Odontológica: Profa. Dr. Ager de Lorenzo. Drs. Dr.br) • Publicidade: Executivo de Contas: Jonas Ribeiro Borges (atendimento. Luz (Fousp/SP . Julio de Araújo Gurgel (Uniceuma/MA) Prof. Andréa Trajano de Melo Ferreira (EAP-APCD Central/SP . Dr.spo. Dra. Dr. Giulio Gavini (USP/SP . Dr.fernanda@vmcom. Paulo Affonso de Freitas (gestão Dr.com.R$ 420. 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João Grimberg 1o Secretário: Dr. Ednara Mércia Fernandes de Andrade (UFPB/PB) Prof.Dentística) Prof. Dra.Materiais Dentários) Prof.ortociencia.Presidente Prudente/SP) Prof. Dr. Richard P. Marcelo Cavalcanti (Fousp/SP) Prof.com. Dr.br) • Assistente de Redação: Fernanda Macambyra (jornalismo.Odontopediatria/Ortodontia) A revista OrtodontiaSPO é editada e produzida pela VM Comunicação Editor Executivo: Haroldo J. Adalsa Hernandes (UC/Venezuela) Profa.com. Alfredo Manuel dos Santos Tesoureiro Geral: Dr. Israel Chilvarquer (Fousp/SP) Profa.04023-000 . Dra. Dr.com. Conceição Eunice Canuto (UFVJM/MG) Prof.São Paulo . Dr. Eduardo Sakai (Uniararas/SP) Prof.ATM) Prof. Dra.vivian@vmcom. Osny Corrêa Conselho Científico: Prof. Karyna Martins do Valle-Corotti Secretário de Redação: Prof.com.br • www. Jairo Corrêa 1o Vice Presidente: Dr.vmstore. Dra. Yara Pierangeli Fonseca (EAP-APCD Central/SP .US$ 280.jonas@vmcom. Fernanda de Azevedo Corrêa (SPO/SP) Prof.br) • Assistentes de Arte: Cristina Sigaud. 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Julio Araújo Gurgel.....43(5):456-7 ............Tratamento ortodôntico... 453 ARTIGOS ORIGINAIS / ORIGINAL ARTICLES Ortopesquisa Comparação cefalométrica entre dois aparelhos de distalização molar: Bimetric versus Pendulum A cephalometric comparison of two intraoral molar distalization appliances: Bimetric versus Pendulum (Fábio Alvares Saltori....... Luiz Renato Paranhos)............ 469 Estudo comparativo entre análise facial morfológica subjetiva e análise facial numérica Comparative study between subjective morphologic facial analysis and numerical facial analysis (Paulo Henrique Barbosa Stopa. 452 Um Congresso ao longo de todo o ano ........... Adriana Santos Malheiros......................... Lucila Zimermann Largura............... estética facial e confiança..................... Ricarda Duarte da Silva) ...... 478 Relação entre tempo de tratamento ortodôntico e sinais e sintomas de DTM Relationship between ortodontic treament and signs and symtoms of tjd – transversl study (Rudys Rodolfo de Jesus Tavarez.... .. Saúde... 483 Demais publicações VM Cultural: 456 OrtodontiaSPO | 2010............. 476 pág.......... Silvia Amélia Scudeler Vedovello..... Mayury Kuramae.............. Fernanda Lopes da Cunha........................ Adriano Bentes de Souza......... Larissa Carvalho Trojan....... 461 Avaliação prospectiva da eficácia de mini-implantes usados como ancoragem ortodôntica pág.... Paulo Cesar da Gama) ................... Editoriais SPO – Moderna desde 1959.......... Heloisa Viana Freitas) ........... Mário Vedovello Filho. Antonio Carlos Pereira. ....................... 501 Thiago D´Agostino Gennari.... 499 Tratamento da apneia obstrutiva do sono com Ap Grunt Obstructive sleep apnea hypopnea syndrome treatment with Ap Grunt (Carlos pág..... 533 Ortoinformação Acontece Durante três dias.. Felipe de Assis Ribeiro Carvalho. Luiz Gonzaga Gandini Júnior..... João Roberto Gonçalves) ..... com levantamento de dados nas escolas públicas e particulares de Campo Grande – MS Incidence of the early loss of deciduous teeth and its consequences... Oswaldo Luiz Cecilio Barbosa)......... Almeida....... Márcia Regina Elisa Aparecida Schiavon Gandini) ......... with datacollecting in the public and particular schools of Campo Grande – Mato Grosso do Sul – Brazil (Edna Yoshiko Ide Kohatsu......... Roberta Maria de Paula Amaral........................ 521 Aparelho de Herbst associado a aparelhos fixos . 554 Ciência Brasil Publicação de pesquisadores brasileiros na mídia internacional .. Catia Cardoso Abdo Quintão........................ pág... Ana Carla Raphaelli Nahás Scocate.....................SUMÁRIO Incidência da perda precoce dos dentes decíduos e suas consequências................... Savana de Alencar Maia............................... Savana Maia....43(5):456-7 457 ...... 491 Avaliação da confiabilidade do setup no diagnóstico e no planejamento ortodôntico Evaluation of the reliability of the setup in the diagnosis and orthodontic planning (Barbara N...................... Rhita C........... de Andrade..... G.... 540 pág................ Acácio Fuziy.....descrição de técnica Herbst appliance associated with fixed orthodontic devices – technical description (Luiz Gonzaga Gandini Jr........................ 519 Ortoclínica pág.......... Marcela Cristina Damião Andrucioli Soato.................................... 565 Normas de Publicação ....... 546 Ortodontia & Estética Alinhadores estéticos removíveis ....... Ana Paula Domingues Balizardo de Oliveira) ....... 514 Alberto de Carvalho) ... 569 OrtodontiaSPO | 2010................ 531 Ortodivulgação A influência da respiração bucal no crescimento craniofacial The influence of mouth breathing on craniofacial growth (Carla Cristina Neves Barbosa.. a capital mundial da Ortodontia .......... Marco Antonio de Oliveira Almeida) ............................ 509 Camuflagem ortodôntica com dispositivos de ancoragem temporários ou cirurgia ortognática: parâmetros para a decisão Orthodontic camouflage with temporary anchorage devices or orthognathic surgery: parameters for the decision (André da Costa Monini........... Adriano Porto Peixoto..... and post distalization of 50 patients.Aprovado em abr/2010 OrtodontiaSPO | 2010.3 meses para os pacientes do grupo 2. Recebido em fev/2010 .7) para os pacientes do grupo 1 e 2. tratados com o aparelho Bimetric de Wilson. ****Professor titular do Programa de Pós-graduação em Odontologia – área de concentração em Ortodontia – Umesp.4) e 13.08º in lower anterior facial heigth. Resultados: a avaliação cefalométrica antes (T1) e pós distalização (T2) mostrou que o aparelho Bimetric de Wilson promoveu uma distalização dos primeiros molares superiores de 1.Má-oclusão de Angle Classe II. além de analisar o efeito sobre a altura facial ântero-inferior.18º of distal inclination and an increase of 1.Trabalho original ORTOPESQUISA Comparação cefalométrica entre dois aparelhos de distalização molar: Bimetric versus Pendulum A cephalometric comparison of two intraoral molar distalization appliances: Bimetric versus Pendulum Fábio Alvares Saltori* Fernanda Lopes da Cunha** Antonio Carlos Pereira*** Luiz Renato Paranhos**** *Mestre em Ortodontia e aluno do Programa de Pós-graduação em Odontologia e doutorado em Saúde Coletiva – FOP/Unicamp.82 mm.08º. Conclusion: the treatment with both appliances revealed that there was no statistically significant difference in the comparative of the studied variables.2 meses para os pacientes do grupo 1 e 5.04 anos (+ 1. com um aumento do Afai de 1. both appliances promote an increase of lower anterior facial height.43(5):461-6 461 . However. and their effect on the lower anterior facial height.5º e um aumento do Afai de 1. who were divided randomly into two groups: Group 1 – 25 patients (9 girls and 16 boys) treated with the Bimetric appliance and Group 2 – 25 patients (13 girls and 12 boys) treated with the Pendulum appliance. Key Words . respectivamente. Ortodontia/classificação. tratados com o aparelho Pendulum de Hilgers.04º in the Bimetric group.5º and an increase in lower anterior facial height of 1. during Class II treatment. The mean initial age was 13.Aim: to compare the maxillary first molar distalization and inclination achieved with Bimetric and Pendulum appliances. Pós-doutoranda – Faculdade de Odontologia de Piracicaba – Unicamp. **Professora – Faculdade e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic – Campinas/SP. The distalization was completed after 4.82 mm.3 months in patients of group 1 and 2. Material and methods: lateral cephalograms were taken pre. Conclusão: tanto o tratamento com o aparelho Bimetric de Wilson. Corrective orthodontics. como com o aparelho Pendulum de Hilgers não apresentaram diferença estatisticamente significante na comparação das variáveis estudadas. enquanto que o aparelho Pendulum de Hilgers gerou uma distalização de 1. durante o tratamento da má-oclusão de Classe II com os aparelhos Bimetric de Wilson e Pendulum de Hilgers. divididos em dois grupos: grupo 1 – 25 pacientes. ambos promoveram o aumento da Afai.. Results: the cephalometric evaluation pre and post distalization showed that the amount of distal molar movement was 1.2 months and 5. A idade média inicial foi de 13. O tempo médio de distalização foi de 4. respectively. grupo 2 – 25 pacientes. Entretanto. ABSTRACT .Objetivo: avaliar comparativamente a distalização e inclinação dos primeiros molares superiores. uma inclinação distal de 4. an inclination of 4. RESUMO .7) of patients in groups 1 and 2.04º. Ortodontia corretiva.04 years (SD = 1.84 mm of distalization. Unitermos .4) and 13.84 mm e uma inclinação distal de 5. 5.44 anos (+ 0.44 years (SD = 0. ***Professor titular – Faculdade de Odontologia de Piracicaba – Unicamp. while Pendulum the Hilgers promoted 1. respectively. Orthodontics/classification.18º. Material e métodos: foram avaliados os cefalogramas obtidos das telerradiografias laterais antes e após distalização de 50 pacientes.Malocclusion of Angle Class II. 2 meses (DP = 1. ausência de padrão facial vertical e possuir um plano de tratamento preconizado sem extrações dentais. que pode ser conseguida com aparelhos intra e extraorais.010 x 045” de diâmetro. com parecer n. no intuito de se evitar os efeitos colaterais que eles promovem. por fim. na década de 1990 . os pacientes foram instruídos a utilizarem os elásticos de Classe II. MATERIAL E MÉTODOS Após aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa da SLMandic/Campinas/SP.040” que se encaixa no tubo bucal da banda dos primeiros molares superiores de .022” que apoia passivamente na superfície superior dos bráquetes dos incisivos centrais e laterais). Keles Slider. utilizados como reforço de ancoragem superior. atualmente.045” de diâmetro e outra a seção anterior de . passando pelos bráquetes dos incisivos inferiores. 4 3 2 1 Aparelhos distalizadores e suas ativações Aparelho Bimetric de Wilson Os aparelhos Bimetric de Wilson utilizados nos pacientes do grupo 1 são compostos pelos seguintes componentes: um arco interno que pode ser dividido em duas partes (uma seção posterior de . de 50 pacientes. com o aparecimento de vários tipos de aparelhos de distalização. avaliada clinicamente e por meio de modelos de estudo. o seu apogeu se deu. O tempo total para a correção da relação molar de Classe II para este grupo de pacientes foi em média 4. que será comprimida entre o ômega e o tubo bucal da banda molar. A ativação inicial do aparelho Bimetric consistiu na compressão da mola de NiTi em 2 mm do seu comprimento inicial. para reforço da ancoragem inferior5 e. deu-se início a esta pesquisa. Magnetos (Gianelly). um elástico. a busca dos ortodontistas pelo aparelho de distalização ideal se faz há muito tempo. Colorado). Os critérios para inclusão dos pacientes neste estudo foram a presença de má-oclusão de Classe II divisão 1ª de Angle. arcos linguais de Wilson que foram fixados nos tubos verticais do sistema 3D do mesmo autor.7) para os pacientes do 2º grupo.04 anos (+ 1. Denver. requer a distalização dos primeiros molares superiores. Ganchos para o uso de elásticos de Classe II (de 56. 462 Grandes modificações têm sido incorporadas nestes aparelhos distalizadores. Assim. segundo alguns autores . até a consulta seguinte. A idade média inicial foi de 13. passivos construídos com fio Elgiloy Azul (Rocky Mountain Orthodontics.Saltori FA | da Cunha FL | Pereira AC | Paranhos LR INTRODUÇÃO A correção da má-oclusão Classe II sem extrações. por 24 h/dia6: nos cinco primeiros dias três elásticos. First Class Appliance) com poucos estudos comparando seus efeitos. Pendulum (Hilgers).4). enquanto que no outro.4) para o 1º grupo e 13. entramos no novo século e a resposta para o mais eficiente aparelho de distalização ainda não foi respondida. como mostram as Figuras 1. o objetivo deste estudo clínico consistiu em comparar cefalometricamente as alterações dentoesqueléticas ocorridas durante a distalização com os aparelhos Bimetric de Wilson e Pendulum de Hilgers. esta colaboração é de vital importância para a correção da má-oclusão em questão. arcos utilidade de diâmetro . Bimetric (Wilson) e molas de Níquel Titânio (Gianelly) são alguns destes aparelhos . quase sempre. Concomitantemente. Jones Jig (Jones e White). porém. Sendo assim. OrtodontiaSPO | 2010. Os dispositivos intraorais. localizados na parte anterior da seção posterior do aparelho.016 x 016”. Um ômega que é utilizado para a compressão da mola de NiTi de 5 mm de comprimento e . a tradicional ancoragem nos pré-molares superiores. grupo 2 – 25 pacientes (13 do gênero feminino e 12 do masculino) tratados com o aparelho Pendulum de Hilgers. que foram divididos em dois grupos: grupo 1 – 25 pacientes (nove do gênero feminino e 16 do masculino) tratados com o aparelho Bimetric de Wilson.º 06/281. no intuito de se evitar os efeitos colaterais que eles promovem. atualmente. minimizando a frequente perda de ancoragem que estes dentes sofrem durante a distalização . apresentar convexidade de Ricketts não superior a 5 mm. Grandes modificações têm sido incorporadas nestes aparelhos distalizadores. Tabela 1. Este estudo experimental avaliou 100 telerradiografias obtidas em norma lateral direita.8 g). não requerem a cooperação dos pacientes. visto que outros aparelhos foram desenvolvidos (Distal Jet.43(5):461-6 .44 anos (+ 0. liberando uma força de 150 g sobre os primeiros molares superiores. evitando-se assim. nos cinco dias seguintes dois elásticos e nos 11 dias finais. Uma delas é a utilização de implantes intraósseo como reforço de ancoragem. Por fim. Figura 2 Aparelho Pendulum de Hilgers instalado. A magnitude desta ativação foi conferida com a utilização de um tensiômetro intrabucal. A distalização completa para os pacientes deste grupo foi em média 5. caninos e incisivos superiores (Figura 2). Ispringen.7) Idade final 13.3 meses Aparelho Pendulum de Hilgers Cada paciente do grupo 2 recebeu um aparelho Pendulum de Hilgers que foi confeccionado contendo os seguintes componentes: botão de acrílico Nance. O botão de acrílico foi a unidade de ancoragem utilizada com o intuito de impedir a mesialização dos segundos e primeiros pré-molares. B. Ormco.04 anos 13.ORTOPESQUISA A B C Figuras 1 A. tubo telescópico. ou paralelas à linha mediana do palato2. Tabela 1. OrtodontiaSPO | 2010. Glendora.09 anos 14.09”) e alças de ativação feitas com fio TMA. ASSIM COMO O TEMPO MÉDIO DE DISTALIZAÇÃO COM OS MESMOS Grupos 1. braços anteriores de apoio nos primeiros pré-molares superiores.44 anos D. Califórnia). as alças de TMA foram estendidas até formarem um ângulo de 60º com as bandas molares. Vista lateral esquerda do aparelho Bimetric de Wilson.2 meses 5.4) (+ 0. Essa ativação libera de 200 g a 250 g de força a cada dente. (Correx – Dentaurum.00 anos Tempo médio de distalização 4.7). Germany). C.3 meses (DP = 0. Pendulum Idade inicial 13.43(5):461-6 463 . (diâmetro 0. TABELA 1 – MÉDIA DE IDADE DOS PACIENTES ANTES E DEPOIS DA DISTALIZAÇÃO COM OS APARELHOS BIMETRIC E PENDULUM. Bimetric 2. Com o aparelho totalmente finalizado.P (+ 1. Vista frontal do aparelho Bimetric de Wilson. Vista lateral direita do aparelho Bimetric de Wilson.32”. (fio de aço inoxidável . 53)* As médias seguidas por letras minúsculas e diferentes na coluna e letras maiúsculas na linha indicam diferença estatística significante para um nível de confiança de 95% (Anova/p < 0. Todos os cefalogramas foram traçados utilizando-se uma lapiseira com grafite de 0. nos pacientes do grupo 2. Para a obtenção da imagem do perfil mole. O nível de significância verificado foi de 5% (p < 0. Dessa forma.20º (14.14 mm (3.77) Aa Diferença (distalização) -1. São Paulo.05).83) -1. 3 – ângulo que mede o Afai. Todos os traçados foram realizados em uma sala escura. não se observou diferença estatisticamente significante entre eles.Saltori FA | da Cunha FL | Pereira AC | Paranhos LR Análise cefalométrica Para a avaliação da distalização com os Aparelhos Bimetric de Wilson e Pendulum de Hilgers foram realizadas duas telerradiografias em norma lateral de cada paciente: uma logo antes do início da distalização molar. Brasil.08º)* Pendulum As médias seguidas por letras minúsculas e diferentes na coluna e letras maiúsculas na linha indicam diferença estatística significante para um nível de confiança de 95% (Anova/p < 0. o que poderia mascarar a má-oclusão original e influenciar a análise dos resultados.3º (8.8 x 26.05). as medidas foram testadas e repetidas quando dois fatores foram considerados. de dimensão 18 x 24 cm. Para a correta realização das radiografias. foram utilizados filtros de alumínio.8 cm.2 meses em média. proporcionando um fator de exposição de 73 Kv. Para a realização dos traçados cefalométricos.3 meses de tratamento.31º) -5. Utilizando-se o teste estatístico Anova.03º) Aa Diferença (inclin. entre os dois aparelhos utilizados. Todas as tomadas radiográficas foram realizadas pelo mesmo operador. 464 OrtodontiaSPO | 2010.58) Aa 18. a folha de papel ultraphan foi fixada com fita adesiva sobre a telerradiografia. tamanho 20. Já.60) Aa 16. Já o teste estatístico t Student comparou as diferenças entre as avaliações (antes/depois). por um mesmo observador. em um tempo médio de 5. corrigindo as falhas de posicionamento nas tomadas das radiografias. a distalização e inclinação distal dos primeiros molares superiores foi de 1.70º (14. da marca Kodak e com a utilização de chassi de metal com placas intensificadoras. respectivamente.84 mm e 5.18º. Os pacientes do grupo 1 apresentaram uma distalização e inclinação dos primeiros molares superiores de 1.05). 15 mA e tempo de exposição de menos de um segundo.5 mm. distal) -4. Em seguida. 2 – ângulo que mede a inclinação da linha que corta o longo eixo do primeiro molar superior em sua raiz meio vestibular com o plano de Frankurt. tratamento/aparelho (Bimetric ou Pendulum) e avaliações (antes/depois) no mesmo paciente.44º (4. para melhor visualização das estruturas. em relação aos aparelhos. respectivamente.60º) Aa 84. *Sem diferença entre os tratamentos pelo teste t Student.38) Aa Depois 16. Antes 81. RESULTADOS As médias e desvio-padrão obtidas nas mensurações das telerradiografias T1 e T2 para os dois grupos tratados podem ser avaliadas na Tabela 2.50º (3.43(5):461-6 .90 mm (3. como pode ser verificado nas Tabelas 2 e 3. recebendo o nome de (T2).5º.82 mm (0. utilizando-se filmes extrabucais T-MAT G. As tomadas radiográficas dos pacientes foram realizadas.74 mm (3. O aparelho de raios X utilizado foi da marca Orthooralix – Gendex. denominada de (T1) e outra no final ou logo após a obtenção da distalização total. A distância foco filme foi de 1. os pacientes foram orientados para que permanecessem com os lábios em repouso e evitassem qualquer movimentação da cabeça ou da mandíbula. o que pôde ser avaliado nas medidas cefalométricas 1 e 2 (Figura 3). *Sem diferença entre os tratamentos pelo teste t Student.51º) Aa 79.82 mm e 4. cada telerradiografia foi posicionada e fixada no negatoscópio.96 mm (3. Quando se estabeleceu uma comparação entre a distalização e inclinação dos primeiros molares superiores.88º) Aa Depois 76. TABELA 2 – MÉDIA (DESVIO-PADRÃO) DA DISTALIZAÇÃO DOS PRIMEIROS MOLARES SUPERIORES Antes 17. Tratamentos Bimetric Pendulum Análise estatística As avaliações estatísticas foram desenvolvidas utilizando-se o seguinte programa estatístico: SAS versão 9.18º (5.1. As medidas cefalométricas utilizadas neste estudo podem ser observadas na Figura 3. TABELA 3 – MÉDIA (DESVIO-PADRÃO) DA INCLINAÇÃO DOS PRIMEIROS MOLARES SUPERIORES DURANTE O TRATAMENTO Tratamentos Bimetric Figura 3 Medidas cefalométricas: 1 – distância dos primeiros molares superiores a linha PTV. O tempo total do tratamento foi de 4.52 mm. o plano de Frankfurt deveria estar paralelo à borda inferior do negatoscópio. de forma bem centralizada.84 mm (1. como pode ser visto na Tabela 4. respectivamente. enquanto alguns autores3. Já nos pacientes do grupo 2.8 encontraram 0. respectivamente. Por outro lado. que não necessitasse da cooperação do paciente. foi demonstrada uma diminuição da Afai no tratamento com o aparelho Pendulum de Hilgers16.8º. os OrtodontiaSPO | 2010. Entretanto.43(5):461-6 465 . não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os dois aparelhos (Tabela 2) quanto a distalização dos primeiros molares superiores. DISCUSSÃO Muito tem se estudado e proposto para o tratamento da máoclusão de Classe II de Angle.27 mm/mês. 2. 12. Sendo assim.5 mm. No entanto. encontraram valores superiores ao deste estudo: 0. 0.68) 1.18º.04º (0. respectivamente.43) Aa 44. Altura facial ântero-inferior Durante a distalização dos primeiros molares superiores os pacientes do grupo 1 e 2 apresentaram um aumento da altura facial ântero-inferior de 1. 3 mm. Em contrapartida. respectivamente.94º (3.54 mm/mês.59 mm/mês e 0.08º.9 mm e 4 mm. com baixo custo.08º.6.9 mm/mês e 1.43 mm/mês. Já. alguns autores10. entretanto. a quantidade de distalização foi de 0. porém.28 e apenas um estudo afirmou que a Afai não sofreu alteração13. 5. Por outro lado. 0. Entretanto.90º (3.50º.23-25 mostraram que esta inclinação também ocorre nos outros distalizadores. a literatura é realmente ampla a este respeito. valores muito próximos aos encontrados por alguns autores14.ORTOPESQUISA Durante a distalização dos primeiros molares superiores. não se observou diferença estatisticamente significante entre eles. outro demonstrou uma inclinação superior de 7. Esta diferença não é estatisticamente significante como mostrou a Tabela 4. este estudo avaliou a ação de dois destes dispositivos e. realizou uma comparação entre eles.96)* As médias seguidas por letras minúsculas e diferentes na coluna e letras maiúsculas na linha indicam diferença estatística significante para um nível de confiança de 95% (Anova / p < 0. em relação ao aparelho Pendulum de Hilgers. todos os aparelhos distalizadores citados em outros trabalhos21.8 mm/mês e 0.27 mm/mês).59) Aa 42.86º (3.84 mm. *Sem diferença entre os tratamentos pelo teste t Student. alguns afirmam que estes dentes se movimentam de corpo sem que ocorra qualquer tipo de inclinação. Um único autor encontrou uma quantidade de distalização mensal inferior ao deste estudo (0. contraditória . Ao mesmo tempo. os primeiros molares superiores sofreram uma inclinação distal de 5º. Apenas alguns2. Em relação à comparação entre a inclinação distal dos primeiros molares superiores.42 mm/mês.82 e 1.27 corroboraram a alteração da Afai encontrada neste estudo. como o aparelho extrabucal. os primeiros molares superiores inclinaram distalmente 5. Comparando com outros distalizadores. Considerando-se os tratamentos que envolvem a distalização dos primeiros molares superiores. a quantidade de distalização foi ligeiramente menor.05). 10.54 mm/mês e 2.04º e 1.66º e 13.65 mm/mês.33 mm/mês. Alguns estudos9 não apresentaram valores numéricos.1º. ainda. 3 mm. TABELA 4 – MÉDIA (DESVIO-PADRÃO) DA ALTURA FACIAL ANTERIOR INFERIOR DURANTE A DISTALIZAÇÃO DOS PRIMEIROS MOLARES SUPERIORES Tratamentos Bimetric Pendulum Antes 42. porém. coincidindo com o valor encontrado por alguns autores . Entretanto.22-23. 2.34 mm/mês.64) Aa Depois 43.08º (0. respectivamente. Distalização e inclinação dos primeiros molares superiores Quando se avaliou a distalização dos primeiros molares superiores nos pacientes do grupo 1.14º e 4.84 mm/mês. eficiente e que ocasionasse o mínimo de efeitos adversos possível.16 demonstrou uma distalização de 0. visto que os aparelhos Bimetric e Pendulum promoveram uma distalização de 1.8º encontrados em um estudo semelhante3. enquanto que em outros estudos21-23 foram demonstradas as seguintes distalizações: 3 mm.12. respectivamente. não foi apresentado diferença estatisticamente significante (Tabela 3). respectivamente.41) Aa Diferença (Afai) 1. superando os 1.19. 4. nenhum autor fez referência sobre a avaliação da Afai em estudos sobre o aparelho Bimetric de Wilson. entretanto.26 afirmaram que os primeiros molares superiores distalizaram de corpo sem apresentarem inclinação distal.18-20 demonstraram inclinações distais muito superiores: 14.02º (3. Quando se estabeleceu uma comparação entre o aparelho Bimetric de Wilson e Pendulum de Hilgers. Por fim. respectivamente.18º. observou-se um movimento distal de 0. quando se comparou os dois grupos de pacientes tratados.04º e 1.16-17: 4º. muitos autores desenvolveram uma grande quantidade de estudos sobre aparelhos distalizadores. Uma modificação no aparelho Pendulum4. outros13. Durante a distalização.74 mm/mês. em ambos os aparelhos.17 que encontraram a maior quantidade de distalização tiveram as devidas medidas: 0. vários trabalhos 12-15 10 11 9 8 7 estudos2. os pacientes tratados com o aparelho Bimetric de Wilson e Pendulum de Hilgers apresentaram um aumento da Afai de 1. O intuito de todos os autores era desenvolver um aparelho de simples confecção. Todos os estudos sobre o aparelho Bimetric de Wilson foram unânimes em afirmar que os primeiros molares superiores sofreram inclinação distal durante a distalização. confortável.7º. Burkhardt DR. Dentoalveolar and skeletal changes associated with the Pendulum appliance followed by fixed orthodontic treatment. Kinzinger G. Distal molar movement using the Pendulum appliance. Üçem TT. Gelgor L. Pisani F. J Orofac Orthop 2003. Fritz UB.33:322-8. Almeida RR. Chaqués-Asenki J.123:108-16. Macnamara JA. Kircelli BH. 6. 21. Keles A.38:505-11. Pehlivanoglu M. Fortini A.33:645-50. Darendeliler MA.64:201-13. Yuksel S. Scuzzo G. Part 1: clinical and radiological evaluation. Angle Orthod 1997. Keim RG. Sander FG. duous molars versus premolars for molar distalization with a Pendulum appliance. Mavropoulos A. AlmeidaMR. Çakirer B.110:639-46. 23. verticais e transversais decorrentes da distalização dos molares superiores com o aparelho Pendulum [dissertação].Saltori FA | da Cunha FL | Pereira AC | Paranhos LR Quanto aos outros distalizadores. Arun T. Maxillary molar distalization with a modified Pendulum appliance. Angle Orthod 1997. RMO Inc 1989:1-90. Darendeliler MA.125:8-23.22:293-8. Intraosseous screw – supported upper molar distalization. Endereço para correspondência: Fábio Alvares Saltori Rua Prof. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2005. 77 13070-120 – Campinas – SP Tel. 28.com.67:249-60. Esta rotação também é responsável pela distalização do côndilo mandibular na fossa glenoide. Clar E.67:261-70.35:254-7.65:123-36. 52 – Apto. entre a comparação das três variáveis estudadas: quantidade de distalização. 9. Wilson WL. 3. Evaluation of an intraoral maxillary molar distalization technique. Bolla L. Allaf F. Taner TU. Diedrich PR.28:361-5. Byllof FK. Hilgers JJ. Relevância clínica A rotação horária da mandíbula durante o tratamento ortodôntico é um dos fatores que dificultam a correção da má-oclusão de Classe II. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2005.22:683-95. Bauru: Faculdade de Odontologia de Baurú. 10.73:686-91. Nanda RS. 5. J Clin Orthod 1999. Wilson W. foi verificado um acréscimo da Afai durante a distalização dos primeiros molares superiores21. Unilateral distal molar movement with an implant – supported Distal Jet appliance. J Clin Orthod 1992. Gulsen A. 27. Karamouzos A. Modular orthodontic systems. Fuzyi A. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2003.128:353-65. Franchi L.12: 358-75. Kalra V. Fritz UB. J Clin Orthod 2001. Force Systems Mechanoterapy Manual – Book 2. A comparative analysis of maxillary tooth movement produced by cervical headgear and Pend – X appliance. Wilson R. Luponi M. Eur J Orthod 2001. J Orof Orthop 2004. Angle Orthod 2002. 16. pode-se concluir que a comparação entre os dois aparelhos distalizadores não evidenciou nenhuma diferença estatisticamente significativa.: (19) 3213-8178 fasaltori@terra. 8.104:556-65. Kinzinger GS. Takemoto K. Evaluation of maxillary molar distalization with the Distal Jet: a comparison with other contemporary methods. Gros U.24. principalmente em pacientes que apresentam padrão esquelético com tendência vertical. 15.14:607-25.74:838-50. CONCLUSÃO Após avaliação e comparação entre os tratamentos com os aparelhos distalizadores Bimetric de Wilson e Pendulum de Hilgers. ocasionam esta rotação da mandíbula. Darendeliler A. The Pendulum appliance for Class II non – compliance therapy. Estudo das alterações sagitais. Diedrich PR. The First Class appliance for rapid molar distalization. 12.43(5):461-6 . Angeliere F. Am J of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics 1993. 25. Angle Orthod 2003. Kircelli C. Berkman C. J Clin Orthod 1999. Eur J Orthod 2006. Poucos estudos29-30 mostraram que a Afai não se alterou durante a distalização molar. Distal molar movement using the Pendulum appliance. A comparative analysis of distal maxillary molar movement produced by a new lingual intra – arch NiTi coil appliance and magnetic appliance. Combined therapy with Pendulum and lingual arch appliance in the early mixed dentition. Angle Orthod 2004. tanto o aparelho Bimetric de Wilson quanto o Pendulum de Hilgers. 2001. Angle Orthod 2002. J Clin Orthod 1980. Parri M.72:167-74. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2004. Bacetti T. Muse R. Papadopoulos MA. Maxillary unilateral molar distalization with sliding mechanics: a preliminary investigation. Cephalometric changes following simultaneous first and second maxillary molar distalization using a non – compliance intraoral appliance. Effects of the pendulum appliance on the dentofacial complex. Effects of a three – dimensional Bimetric maxillary distalizing arch. 18. 466 OrtodontiaSPO | 2010. Fuziy A. Unilateral molar distalization with a modified slider. 19. 11.26:706-14. Eur J Orthod 2000. Anchorage quality of deci- 17. Bondemark L. Maxillary molar distalization or mandibular enhancement: a cephalometric comparison of comprehensive orthodontic treatment including the Pendulum and the Herbst appliances. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1996. Petkas ZO. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006. 22. Chiu PP. Angle Orthod 2006. Macnamara JA. 13. 4. J Clin Orthod 1978. 7.br Referências 1. Wilson R. New treatment dimensions with first phase sectional and progressive edgewise mechanics. 26. 24. Efficiency of a Pendulum appliance for molar distalization related to second and third molar eruption stage. Fritz UB. constatado pelo aumento da Afai sofrido durante a distalização molar. 14. Karaman AI. Eur J of Orthod 2000. Intra – arch maxillary molar distalization appliances for Class II correction. 29.72:481-94. Jorge Nogueira Ferraz. 20. Okay C. Sayinsu K. Diedrich PR. Como pudemos verificar. J Clin Orthod 2004. Ghosh J. Wilson W. A comparison of two intraoral molar distalization appliances: Distal Jet versus Pendulum.76:650-9. Yukay F.129:520-7. Molar and incisor changes with Wilson rapid molar distalization. Maxillary molar distalization with a bone – anchored Pendulum appliance. Byllof FK.127:314-23. Part 2: the effects of maxillary molar root uprighting bends.23:507-15. Kinzinger GS. 2. inclinação dos primeiros molares superiores e altura facial ântero-inferior. Aprovado em ago/2010 OrtodontiaSPO | 2010. Professora dos cursos de Especialização – Instituto Latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico – Ilapeo/Curitiba. as “en masse” retraction. for a period varying according to the type of movement. molar intrusion. **Mestre em Ortodontia – São Leopoldo Mandic. intrusão e distalização de molares.The purpose of this study was to prospectively evaluate the micro-screw implant used as orthodontic anchorage in inumerous clinical situations. The results of this study might support the use of micro-screw implants as orthodontic anchorage.91% tendo o período variado de acordo com o tipo de movimento indicado. *Mestre e doutora em Ortodontia – Unesp/Araraquara. Professora do de Especialização em Ortodontia – ABO/Alagoas.Mini-implantes.43(5):469-74 469 . retração de dentes anteriores. Os resultados deste estudo suportam a utilização de mini-implantes como ancoragem ortodôntica. ***Pós-graduando em Ortodontia – Ilapeo/Curitiba. O índice de sucesso foi de 90. intrusão de incisivos. success and failure rate. A total of 374 micro-screws were installed during a period of 24 months and were evaluated after the end of the idealized movement. *****Mestre e doutoranda em Odontologia Legal – USP/SP.Micro-screw implants. como verticalização. entre outras. incisor intrusion among others. Anchorage.Trabalho original ORTOPESQUISA Avaliação prospectiva da eficácia de mini-implantes usados como ancoragem ortodôntica Retrospective evaluation of the efficacy of micro-screws used as orthodontic anchorage Ana Cláudia Moreira Melo* Lucila Zimermann Largura** Larissa Carvalho Trojan*** Leandro Nicolao Buzatta**** Ricarda Duarte da Silva***** RESUMO . ABSTRACT . molar distalization. Orthodontics. Ortodontia. ****Pós-graduando em Ortodontia – Ilapeo/Curitiba.O objetivo deste estudo foi avaliar o índice de sucesso de mini-implantes instalados com finalidade de ancoragem para inúmeras situações de movimentação ortodôntica. Recebido em jul/2010 . Ancoragem. Unitermos . Um total de 374 mini-implantes foi instalado durante um período de 24 meses e avaliado após o término do movimento idealizado.91%. Professora do curso de Especialização em Ortodontia – Ilapeo/Curitiba. Key Words . The success rate was of 90. Doutorando em Ortodontia – PUC/PR. cm nos mini-implantes 1.225. como os mini-implantes3. O torque máximo de instalação foi de 10 N. como espaços edêntulos ou região retromolar.10. Contudo. A mecânica ortodôntica foi iniciada.43(5):469-74 . tais implantes só podem ser instalados em áreas restritas. Nos mini-implantes autoperfurantes foi realizada instalação direta do mini-implante em região de maxila e perfuração apenas da cortical na mandíbula. Em função dessas limitações.Melo ACM | Largura LZ | Trojan LC | Buzatta LN | da Silva RD INTRODUÇÃO O controle da ancoragem é um dos fatores mais importantes no planejamento e execução do tratamento ortodôntico1-3. Considerando-se que os mini-implantes têm sido amplamente utilizados na clínica ortodôntica. Desde então. comprimentos de 7. O planejamento foi interdisciplinar e o posicionamento dos mini-implantes determinado de acordo com a biomecânica a ser empregada e a disponibilidade do leito ósseo na região indicada. conforme recomendação do fabricante. Os mini-implantes (Neodent. O planejamento foi interdisciplinar e o posicionamento dos mini-implantes determinado de acordo com a biomecânica a ser empregada e a disponibilidade do leito ósseo na região indicada. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Paraná sob nº 5. PROPOSIÇÃO MATERIAL E MÉTODOS necessária perfuração prévia do local de instalação com broca específica. Foram O objetivo deste trabalho foi avaliar o sucesso clínico do uso de mini-implantes com finalidade ortodôntica discutindo os possíveis fatores envolvidos com a falha dos mesmos.15.3 e 1. entre elas elementos intrabucais e extrabucais. A amostra foi composta por pacientes que estavam sendo submetidos à tratamento ortodôntico completo e pacientes cujo objetivo era a reabilitação com implantes dentários. mas necessitavam de pequenos movimentos ortodônticos. provando que sob condições controladas haveria a união rígida entre o osso e a superfície do implante e esta poderia ser mantida indefinidamente mesmo na presença de forças funcionais associadas com a mastigação. assim como estudos experimentais em modelos animais11. o que limita muito sua indicação de uso9-14. necessitavam de pequenos movimentos ortodônticos. Os primeiros 257 mini-implantes instalados eram do tipo autorrosqueante. Brasil) utilizados na amostra são confeccionados em titânio Grau V e comercializados com diâmetros de 1.12-14. assim como considerar os possíveis fatores relacionados à instabilidade desses dispositivos. 9 e 11 mm e alturas de transmucoso baixa. torna-se necessário quantificar o sucesso de tal procedimento.16-17. média e alta. utilizados também mini-implantes de 2 mm de diâmetro e 5 mm de comprimento (Neodent.6 ou 2 mm. Curitiba. sendo Com o objetivo de ancoragem ortodôntica. logo após a instalação dos mini-implantes ou no máximo OrtodontiaSPO | 2010. a possibilidade do uso de implantes osseointegrados tornou-se uma realidade na Ortodontia5-6. após a introdução do conceito de osseointegração .cm naqueles de diâmetro 1. foi proposta a utilização de dispositivos temporários para ancoragem.3 mm e 20 N. 374 mini-implantes foram instalados consecutivamente durante um período de 24 meses e incluídos neste estudo prospectivo. A instalação dos mini-implantes foi realizada sob anestesia local. apesar dos implantes dentários comprovadamente permanecerem estáveis quando submetidos a forças ortodônticas7-9. Várias são as possibilidades de obtenção de ancoragem disponíveis na Ortodontia. Entretanto. Brasil) ainda utilizados apenas em pesquisas. mas 470 4 A amostra foi composta por pacientes que estavam sendo submetidos à tratamento ortodôntico completo e pacientes cujo objetivo era a reabilitação com implantes dentários.18 e mais recentemente ensaios clínicos em humanos19-23. Curitiba. preferencialmente.6 mm. vários relatos clínicos mostrando sucesso foram publicados10. após planejamento minucioso. 104 0.096 0.515 Valor de p (multivariada) 0.11 0.113 0.114 0.246 0.24% 89. Foi considerada falha dos mini-implantes qualquer evidência de mobilidade dos parafusos.527 Valor de p (multivariada) ____ ____ ____ 0.91% 94.0 1. Os resultados obtidos no estudo foram expressos por frequências e percentuais.6 1.162 0.170 0.347 Localização OrtodontiaSPO | 2010. intrusão de molares e incisivos.5% 92.348 0. As características dos mini-implantes. vestibular. assim como os respectivos índices de falha estão descritos na Tabela 1.347 0. quando da comparação de duas classes.3 mm 1.31% 95. 45 g24.ORTOPESQUISA quatro semanas após este procedimento por razões alheias ao tratamento.05% 75% 88. Os pacientes foram avaliados mensalmente.188 0. Dos 374 parafusos instalados.6 x 2.3 x 1. os mini-implantes foram removidos e o insucesso registrado. 34 apresentaram mobilidade e foram considerados perdidos.822 0. RESULTADOS TABELA 1 – CARACTERÍSTICAS E ÍNDICE DE SUCESSO DOS MINI-IMPLANTES UTILIZADOS TABELA 2 – ANÁLISE UNIVARIADA E MULTIVARIADA Variável Diâmetro Classes 1. Na análise univariada.264 0.104 0.134 0. as características morfológicas dos mini-implantes (diâmetro.88% 97.356 0.6 mm 2. Como exemplo de força utilizada pode ser citado o valor de 15 g por raiz de dente a ser intruido.153 0.035 0. Valores de p < 0.542 0. Para avaliação da influência de cada uma das variáveis sobre a perda ou não dos mini-implantes foi considerado o modelo de Regressão Logística e o teste de Wald. palatino ou no rebordo) foram registradas na ficha clínica do paciente. em média.05 indicaram significância.04 0. Nesses casos.166 0. A indicação ortodôntica.57% 87.23% 75% 87.91% (340 mini-implantes).845 0. diâmetro e cinta.27% 92. Foram realizados movimentos de retração de dentes anteriores.09% 90. distalização e verticalização de molares. como comprimento.275 0. testou-se a hipótese nula de que a probabilidade de perda do mini-implante é igual nas duas classes versus a hipótese alternativa de probabilidades diferentes.3 x 2.67% Variável Maxilar envolvido Localização Comparações Maxila x mandíbula Vestibular x rebordo alveolar Palatina x rebordo alveolar Vestibular x palatina Valor de p (univariada) 0.706 Diâmetro Comprimento Comprimento Cinta Cinta Tipo Tipo TABELA 3 – ÍNDICE DE SUCESSO DOS MINI-IMPLANTES UTILIZADOS SEGUNDO MAXILAR ENVOLVIDO E LOCALIZAÇÃO TABELA 4 – ANÁLISE UNIVARIADA E MULTIVARIADA Variável Maxilar envolvido Classes Maxila Mandíbula Vestibular Palatina Rebordo alveolar 159 215 265 66 43 No Sucesso (%) 89.8% 90. anterior ou posterior. A força utilizada esteve dentro dos valores considerados ideais na Ortodontia para tais movimentos.28 0.31% Variável Comparações 1. dessa forma para molar superior utilizou-se. comprimento e altura de transmucoso) e a localização (maxila ou mandíbula. Para cada variável.036 0. Foi instalado um total de 374 mini-implantes alcançando um índice de sucesso de 90.0 mm 7 mm 9 mm 11 mm 5 mm Baixa Média Alta Autorrosqueável Autoperfurante 64 302 8 154 147 65 8 82 220 72 257 117 no Sucesso (%) 87. quando era realizada a ativação da força ortodôntica e observação da situação clínica e radiográfica dos mini-implantes.424 0.0 7x9 7 x 11 7x5 9 x 11 9x5 11 x 5 Baixa x média Baixa x alta Média x alta Autorrosqueável x Autoperfurante Valor de p (univariada) 0.43(5):469-74 471 .31% 92.201 0.44% 90. 43%). No modelo multivariado foram incluídas as variáveis explicativas: comprimento. palatina ou no rebordo alveolar (Tabela 3) assim como a análise uni e multivariada (Tabela 4). contudo. podemos observar um índice de perda ligeiramente menor na mandíbula. Similarmente a outro estudo23 que apresentou maior índice de sucesso para os mini-implantes de 10 mm de comprimento. Em nosso estudo foi observado menor índice de perda nos implantes com diâmetro de 1. porém. maxila ou mandíbula. foi identificada a porcentagem de sucesso e falha em relação à localização.43(5):469-74 . esta hipótese foi avaliada na presença das demais variáveis.Melo ACM | Largura LZ | Trojan LC | Buzatta LN | da Silva RD Fatores como comprimento e diâmetro do parafuso muitas vezes são especulados como fatores que poderiam influenciar a estabilidade do mesmo.6 mm e naqueles de comprimento médio.12%). Foram posicionados 265 mini-implantes na superfície vesti472 bular. Esta restrição impossibilitou a presença das duas variáveis no modelo multivariado. Não foi observada diferença estatística em relação à perda em maxila ou mandíbula. esta hipótese foi avaliada considerando-se apenas a variável sob análise. Em relação ao posicionamento por vestibular. cinta. muitas são ainda as especulações a respeito dos fatores que podem levar à perda dos mesmos. observamos maior quantidade de perda quando instalado por palatina. também sem significância estatística. o que está de acordo com outros levantamentos OrtodontiaSPO | 2010. palatina ou no rebordo. 9 mm. DISCUSSÃO Os dispositivos temporários para ancoragem ortodôntica têm sido amplamente utilizados na clínica ortodôntica. Na Tabela 2 temos os resultados destes testes. Não houve diferença estatisticamente significante no índice de sucesso entre os mini-implantes instalados na maxila ou mandíbula. 43 foram instalados no rebordo alveolar e houve apenas uma perda nesta situação. Um total de 159 mini-implantes foi instalado na maxila e 215 na mandíbula. sendo que destes: 25 apresentaram mobilidade (9. Alguns autores1 relataram correlação positiva entre o índice de perda dos implantes e o diâmetro do mesmo. Contudo.91%. Já na análise multivariada. 66 foram instalados na superfície palatina sendo que oito se perderam (12. No presente estudo foi observado um índice de sucesso de 90. tipo. maxilar envolvido e localização. por vestibular. Nesta análise não foi incluída a variável diâmetro em função de que casos com diâmetro de 2 mm obrigatoriamente correspondiam ao comprimento de 5 mm. Também. Alguns autores relataram correlação positiva entre o índice de perda dos implantes e o diâmetro do mesmo. Endereço para correspondência: Ana Cláudia Moreira Melo Rua Marechal José Bernardino Bormann. Isso pode ser explicado pela característica de mobilidade e elasticidade do tecido na região de mucosa permitir que ocorra com facilidade a penetração de bactérias. 9 mm.ORTOPESQUISA publicados na literatura internacional. Nesse contexto. ocorreu antes da aplicação da força não estando. em concordância com estudos anteriormente citados. Similarmente a outro estudo23 que apresentou maior índice de sucesso para os miniimplantes de 10 mm de comprimento./Fax: (41) 3595-6000 [email protected]%). rompendo a homeostase entre o meio interno e externo.com 19 1 23 Segundo estudo promovido19 relatou-se que implantes posicionados na região posterior da mandíbula seriam mais sujeitos à perda.26. dentre os 34 parafusos perdidos.508/1. De uma maneira geral acredita-se que a qualidade óssea seja um fator decisivo para a longevidade dos implantes osseointegrados27-28. portanto.43%. além de ser mais difícil a higienização em área de mucosa3. inclusive em regiões de baixa densidade óssea (7. foi utilizado o mini-implante com cinta alta (2 mm de altura de transmucoso) e observou-se apenas quatro perdas dentre os 72 parafusos instalados em mucosa. apenas 17 foram perdidos.12%). OrtodontiaSPO | 2010. No presente estudo foi observado que a perda de 20. A área da mandíbula com menor índice de sucesso22. E. Esses mini-implantes evitam a perfuração com broca em ossos com pouca espessura de cortical. é a região entre segundo pré-molar e primeiro molar em adultos.6 mm e naqueles de comprimento médio. Desta forma. relacionado ao momento da aplicação da força. Uma unanimidade diz respeito ao maior índice de sucesso em mini-implantes instalados em gengiva inserida se comparado a áreas de mucosa1. observou-se maior índice de perda nos mini-implantes instalados na maxila (10. Outra preocupação dos clínicos diz respeito à aplicação de carga imediata ou não. onde o tecido tem características favoráveis à inflamação.19. pode ser concluída a eficácia da utilização de mini-implantes como ancoragem ortodôntica.20.69%). Desta forma. Vários autores já demonstraram a possibilidade de aplicação da força imediatamente após a instalação do mini-implante1.11.43(5):469-74 473 . nosso estudo mostrou que a utilização de mini-implantes com diferentes alturas de transmucoso pode ser responsável pela manutenção dos mesmos em áreas de mucosa.3 mm de diâmetro. Nesse caso. Da mesma forma.73%). tanto por vestibular (9. Alguns autores1 relataram 83. devido à maior possibilidade de inflamação peri-implantar. além de ser uma área em que encontramos tecido ósseo com a cortical menos espessa.8%.27. Conforme proposto pelo fabricante. 1. o parafuso de diâmetro maior. há maior retenção mecânica (estabilidade primária) e consequentemente menor instabilidade. Os dados obtidos nesse estudo mostram que dos 215 implantes posicionados na mandíbula. desde que seja realizado um planejamento cuidadoso levando-se em consideração alguns fatores de risco. outros autores concluíram não haver relação entre o comprimento do parafuso e a perda do mesmo. podendo o maior índice de perda estar relacionado a outros fatores e não necessariamente ao diâmetro. Ainda. indicou um alto índice de CONCLUSÃO De acordo com os dados registrados. É provável que a densidade óssea seja a principal responsável pelas perdas em maxila1. Fatores como comprimento e diâmetro do parafuso muitas vezes são especulados como fatores que poderiam influenciar a estabilidade do mesmo. considerando que o volume de tecido ósseo em contato com a fixação é importante na previsibilidade do tratamento. dados retrospectivos sobre uma experiência de cinco anos com uso de mini-implantes sucesso de 93.43%) como por palatina (12. outro estudo22 apresentou o índice de sucesso de 83. discutindo a localização dos mini-implantes. Deve ser ressaltado que na presente amostra. Uma provável explicação para isso é o fato de não terem sido instados mini-implantes na região retromolar. podemos extrapolar esta análise para os mini-implantes. Em nosso estudo foi observado menor índice de perda nos implantes com diâmetro de 1.004 – Bigorrilho 80730-350 – Curitiba – PR Tel.9% e 85% de sucesso com o uso de miniparafusos de 1. se comparados aos autorrosqueáveis (9.5 e 2. Em uma avaliação25 após seis meses de instalação foram observado 85% de sucesso.0 mm. respectivamente. 2. embora não instalaram na região retromolar. Por outro lado. foi pouco utilizado. como densidade do osso no local de inserção. vale a pena ressaltar que os mini-implantes autoperfurantes têm mostrado menor índice de perda. e1-e10. Moon CH. A new device for absolute anchorage for orthodontics. Assis DSFR. J Clin Orthod 2002. Takano-Yamamoto T. Orthodontic anchorage capacity of short titanium screw implants in the maxilla.Melo ACM | Largura LZ | Trojan LC | Buzatta LN | da Silva RD Referências 1. Fones D. São Paulo: Editora Santos. Lee J. Saito S. A clinical and histological evaluation of titanium mini-implants as anchors for orthodontic intrusion in the beagle dog. Friberg B. Clin Oral Impl Res 1997. Brånemark P-I. The use of small titanium screws for orthodontic anchorage. Baek SH. 24. Büchter A. Meyer U. 26. Piffko J.31(11):763-7. Jee S. Mini-implant for orthodontic anchorage.8:131-41. Uttraravichien A. 17. Steen ME. Mozsary PG. Wehrbein H. 13. Mishima K. Tseng I. Long-term follow-up of severely atrophic edentulous mandibles reconstructed with short Brånemark implants. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2003. Melsen B. Zilberman Y. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1984. Ohlsson A. Hartsfield JK. Liou EJW. J Clin Orthod 1996. Anchorage control and distal movement. Gray JB. Garetto LP. Survival analysis of surgical miniscrews as orthodontic anchorage. Bernardes SR. Load-related implant reaction of mini-implants used for orthodontic anchorage. Silva SU. 19. Thanakitcharu S. Block MS. 5. Ludwig B. 14. I. Lang NP. 474 OrtodontiaSPO | 2010. Lee S. Hoffman DR. King GJ. Kanomi R et al. Factors associated with the success rate of orthodontic miniscrews placed in the upper and lower posterior buccal region. Shimizu RH. 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Glatzmeier J. Neves FD.19(1):100-6. Ancoragem esquelética em Ortodontia.83(4):311-7. 18. 6.16:473-9. Do miniscrews remain stationery under orthodontic forces? Am J Orthod Dentofacial Orthop 2004. Sung J. Distalization of maxillary molars with a midpalatal miniscrew. Micro-implant anchorage for treatment of skeletal Class I bialveolar protrusion.78(1):101-6. Kyung H.123(6):690-4.196(5):255-63. Clin Oral Impl Res 2005. 16. Clin Oral Impl Res 2001. Brånemark PI. Verna C. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2009. Silva MAD. 4. Wiechmann D. Ohmae M. Miyawaki S. Br Dent J 2004. Short implant-an analysis of longitudinal studies. Thomé G. Breine U. Bae S. An experimental study in the dog. Smith RK. Roberts WE. Inoue M. 10. 23. Park Y. 8.35(7):417-22. Roberts WE. Lindström J. Yin JCY. Kanomi R.37(1):22-6. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2001. Kyung SH.136(2):158.86(1):95-111. Park H.126(1):42-7. Park H-S.119(5):489-97. J Clin Orthod 2003. Upper molar intrusion. Bae S. Pitiphat W. 11. Experimental studies. Development of orthodontic micro-implants for intraoral anchorage. Park H. Fernandez Neto AJ. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2003. Kyung H. Antoszewska J. Hong SG. Grondahl K. J Dent Res 2003. Intra-osseous anchorage of dental prostheses. Kok S. Lee DG. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2009. 12. Andriguetto AR. A prospective study of the risk factors associated with failure of mini-implants used for orthodontic anchorage. Sugahara T. Studies on the efficacy of implants as orthodontic anchorage. A simple method of molar uprighting with micro-implant anchorage. 15. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1995. Seki K. Koerdt S. Int J Oral Maxillofacial Impl 2006. Kyung H.11(1):24-31 22. J Clin Orthod 2003. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1983. Clark AE. Hansson O. Clin Impl Dent Relar Res 2006. Int J Oral Maxillof Impl 2004. Park YC. Factors associated with the stability of titanium screws placed in the posterior region for orthodontic anchorage. Sandy J. Melo ACM. Deguchi T.3(2):163-6. Seminars in Orthodontics 2005. Im JS. Lee HS. 28. Papadopoulos MA. Weismann HP. Kim I. 21.21(1):86-93. Adell R.107(3):251-8. Sn. In the Morfologic Facial Analysis there was a higher tendency in classifying the patients in Standard I (35% more than in the Facial Convexity Angle). ***Mestrando do Programa de Mestrado em Odontologia área Ortodontia – Uniararas/SP. RESUMO . Unitermos .Análise facial. In turn.Aprovado em set/2009 OrtodontiaSPO | 2010.Facial analysis. Based on the descriptive analysis. it was verified a significant difference between the individuals classifications (p<0. Perfil facial. suplemento do ângulo formado pela intersecção das linhas glabela/subnasal e subnasal/pogônio com valor normativo de 12º ± 4º.05). com idades entre dez e 17 anos. Standard III and the Numerical Facial Analysis of the profile made use of the Facial Convexity angle ( G. Facial profile. Standard II. II e III pela análise facial morfológica e pelo ângulo de Convexidade Facial (G. o que ficou constatado pelos testes estatísticos (p < 0. Sn. Na análise facial morfológica houve maior tendência em classificar os indivíduos em Padrão I (35% a mais do que pelo ângulo de convexidade facial).05).O objetivo deste estudo foi correlacionar a análise facial morfológica com a análise facial numérica (ângulo de convexidade facial). Key Words . Pelos resultados obtidos. Orthodontics. por meio de fotografias digitais padronizadas do perfil facial.The purpose of this study was to compare the Morfologic Facial Analysis (subjective) with the Numerical Facial Analysis (Convexity angle) using standardized digital pictures. supplement of the angle formed by the intersection of glabella-subnasalle and soft tissue subnasalle-pogonion with normative value of 12º ± 4º. followed by the Pattern II (37. the facial numerical analysis. 55% (Padrão II) e 20% (Padrão III). Baseado na análise descritiva dos dados. we concluded that there was significant difference in standards classify individuals according to facial morphological and numerical analysis.5%) and Pattern III (2.5%) e Padrão III (2.5%). Recebido em ago/2009 . individuals were classified in 25% (Pattern I).Trabalho original Estudo comparativo entre análise facial morfológica subjetiva e análise facial numérica Comparative study between subjective morphologic facial analysis and numerical facial analysis Paulo Henrique Barbosa Stopa* Mário Vedovello Filho** Silvia Amélia Scudeler Vedovello** Mayury Kuramae** Paulo Cesar da Gama*** *Mestre em Ortodontia pelo Centro Universitário Hermínio Ometto – Uniararas/SP. with ages between 10 and 17 years old. na análise facial numérica. os indivíduos foram classificados em 25% (Padrão I). and the facial morphology analysis was greater tendency to classify patients into Pattern I (60%). Foram realizadas fotografias digitais em uma amostragem de 40 indivíduos. Ortodontia. e pela análise facial morfológica houve maior tendência em classificar os pacientes em Padrão I (60%).5%).Pg’). Os indivíduos foram classificados em Padrão I. Standardized digital pictures of the facial profile was performed in a sample of 40 individuals. verificou-se diferença significativa entre as classificações dos indivíduos. Due the results. Por sua vez. concluiu-se que houve diferença significativa em classificar os indivíduos em padrões. sendo 17 do gênero masculino e 23 do feminino. **Professores Doutores do Programa de Pós-Graduação em Odontologia – Área de Concentração Ortodontia do Centro Universitário Hermínio Ometto – Uniararas/SP. seguida do Padrão II (37. where the average age was 12 years old and 5 months. de acordo com a análise facial morfológica e numérica. The Morfologic Facial Analysis classified them into Standard I.43(5):476-80 476 . Pg’). ABSTRACT . being 17 of male gender and 23 of female gender. 55% (Pattern II) and 20% (Pattern III). devendo ser avaliado separadamente. A análise facial subjetiva é um instrumento de diagnóstico no qual tem sua importância aumentada por ser o parâmetro pelo qual o paciente e as pessoas com as quais ele convive vão avaliar os resultados do tratamento14. com objetivo de qualificá-las. por meio de fotografias digitais do perfil facial. obtidos para um indivíduo. Por conseguinte. Assim. por causa da inadequação da comparação de números. aceitáveis e desagradáveis. alguns estudos realizados a partir da década de 1950 mostraram que não existe uma relação direta entre a harmonia facial e a oclusão normal. considerando o padrão de crescimento como fator etiológico primário e. com outros considerados normativos. sob o ponto de vista estético. preconizou-se o diagnóstico ortodôntico baseado na morfologia e análise facial subjetiva13. onde fotografias foram submetidas à avaliação de um grupo de ortodontistas. desenvolveu-se este estudo com o objetivo de analisar e comparar a análise facial morfológica subjetiva com a análise facial numérica através da medida do ângulo de convexidade facial. O equilíbrio facial é considerado um dos principais objetivos do tratamento ortodôntico. por meio de análise facial subjetiva. que na realidade representam O presente estudo desenvolveu-se após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Hermínio Ometto – Uniararas/SP sob protocolo n. para tanto. reconhecer a ocorrência de más-oclusões. o esqueleto facial e a harmonia da face. requerendo. Foram 477 12 3 4-5 As etnias influenciam nos padrões de normalidade das medidas do perfil facial. um novo conceito na classificação das más-oclusões foi proposto. Os conceitos atuais no diagnóstico e planejamento ortodôntico buscam equilíbrio e harmonia entre os diversos traços faciais. a média de uma larga variação numérica observada para o parâmetro atribuído a indivíduos normais. pois indivíduos que apresentam más-oclusões podem apresentar harmonia facial . pois variam em espessura e tônus . MATERIAL E MÉTODOS OrtodontiaSPO | 2010. a partir de amostra de brasileiros. artistas plásticos e leigos sem formação específica. Diante da importância da análise facial no diagnóstico e planejamento ortodôntico. levando em consideração. uma vez que a grande maioria dos indivíduos procura o tratamento por razões estéticas e não funcionais2-3. principalmente. Considerar de modo rígido os conceitos advindos da análise facial numérica para formular diagnóstico de um indivíduo em particular é um equívoco. Autores11 estabeleceram padrões de normalidade próprios para cada população. deve-se tratar a dentição. por consequência. a padronização da posição da cabeça do indivíduo. é importante empregar análises cefalométricas individualizadas a fim de obter um plano de tratamento adequado e específico para pacientes com diferentes padrões de crescimento facial. exigindo estudos individualizados para cada população9-10. artistas plásticos e leigos sem formação específica. assim como indivíduos com oclusões normais podem apresentar faces desarmônicas6. em três categorias: faces agradáveis. diversos estudos comprovaram que o tecido mole não está diretamente relacionado ao tecido duro subjacente. por meio de análise facial subjetiva. da máquina fotográfica e do tamanho das fotografias8. onde fotografias foram submetidas à avaliação de um grupo de ortodontistas. a partir de amostra de brasileiros. O equilíbrio facial é determinante na oclusão normal e cabe ao ortodontista. As etnias influenciam nos padrões de normalidade das medidas do perfil facial. aceitáveis e desagradáveis. Autores11 estabeleceram padrões de normalidade próprios para cada população. O advento do cefalostato7 estimulou os estudos das relações entre os dentes. Vários estudos de fotometria foram realizados.43(5):476-80 . Entretanto. em função da face do indivíduo e não modificar a face em função de uma má-oclusão. o perfil tegumentar. através da avaliação facial.ORTOPESQUISA INTRODUÇÃO O estudo do perfil facial é considerado um importante recurso na elaboração do diagnóstico e do planejamento ortodôntico1. quando esta estiver em harmonia . em três categorias: faces agradáveis. Entretanto. Sendo assim. com objetivo de qualificá-las.° 149/2007. exigindo estudos individualizados para cada população9-10. Método de classificação da amostra pela análise do ângulo de convexidade facial Sobre as fotografias digitais do perfil facial foram demarcados os seguintes pontos: • G (glabela tecido mole) – limite anterior no plano sagital da fronte. portanto. dentadura permanente e sem cirurgia estética facial reparadora. a posição natural da cabeça. 478 OrtodontiaSPO | 2010. Os critérios de inclusão foram indivíduos não tratados ortodonticamente.Sn.43(5):476-80 . sem uso de flash. realizou-se a análise do ângulo de convexidade facial (G. Seu valor normativo é 12º ± 4º17. pano de fundo na cor azul. Figura 1 Posição da cabeça. mocho odontológico com regulagem de altura. leucodermas. • Sn (subnasal) – ponto localizado na confluência entre a margem inferior da columela nasal e o lábio superior. que é o suplemento do ângulo formado pela intersecção das linhas glabela/subnasal e subnasal/pogônio tecido mole (Figura 2). com idades entre dez e 17 anos. com os lábios relaxados e em repouso. Os indivíduos foram posicionados sentados no mocho odontológico ajustando a altura da cabeça de acordo com a altura em que a câmera fotográfica foi posicionada no tripé. Foi solicitado que o indivíduo olhasse para frente na linha do horizonte assumindo. sendo 17 do gênero masculino e 23 do feminino.Pg’). Após a tomada fotográfica. que ficaram paralelos ao plano horizontal para evitar prováveis distorções. em Padrão I. Tókio . onde a idade média foi de 12 anos e cinco meses.Stopa PHB | Vedovello Filho M | Vedovello SAS | Kuramae M | da Gama PC selecionados 40 pacientes do curso de Pós-graduação em Ortodontia da Uniararas. Para a obtenção das fotografias digitais foi utilizada uma câmera digital Sony – Cibershot 717 (Sony Company. A análise facial morfológica visual foi realizada pelos professores do Programa de Mestrado em Ortodontia da Uniararas. as imagens foram transferidas para o computador e posicionadas usando como referência a linha do canto externo do olho direito até o limite superior da orelha. espelho. Após a demarcação dos pontos tegumentares. II e III. com idade inferior a dez anos e superior a 17 anos e aqueles na fase de dentadura mista. Método de classificação da amostra pela análise facial morfológica do perfil As fotografias de perfil impressas foram agrupadas aleatoriamente com o objetivo de reduzir a tendenciosidade na avaliação. Figura 2 Pontos tegumentares e ângulo de convexidade facial utilizados para a análise facial numérica. computador portátil e impressora. como aparência prognática devido à inclinação da cabeça para trás e ilusões retrognáticas devido a inclinação da cabeça para frente15. sendo colocadas em molduras pretas com orifício central em forma circular para evitar possível influência quanto à posição natural da cabeça. que classificaram os indivíduos de acordo com o método proposto13. Foram excluídos da amostra os indivíduos que já tinham sido submetidos ao tratamento ortodôntico. induzido pelo recorte retangular das fotografias sobre a apreciação pessoal16 (Figura 1). • Pg’ (pogônio tecido mole) – ponto mais proeminente do contorno do mento mole17 (Figura 2).Japão) montada em tripé. 5º. em sete nos Padrões II e III.43(5):476-80 479 . O valor médio desse ângulo para o gênero feminino foi 13. Além disso.5%) 0 Total 34 (42. variando entre o mínimo de 3º e o máximo de 27º. pois alterações esqueléticas e dentárias nem sempre refletem negativamente no perfil facial.04º e no masculino 18. 37. Quando realizada a análise facial morfológica. O padrão de normalidade do perfil facial nem sempre tem relação direta com a normalidade esquelética e oclusal. A convexidade da presente amostra é maior quando comparada à observada por autores21 cujos valores de normalidade para uma amostra de norte-americanos. Foi utilizada a seguinte norma17: indivíduos Classe I – ângulos entre 8° e 16°.0%) 40 (100. da posição da cabeça do indivíduo e da máquina fotográfica. variando para cada população em diferentes momentos históricos19.08º. condenando. com nível de significância de 5%.5% em Padrão II e 2. O conceito de beleza varia de acordo com a população e o momento histórico. A definição de padrões científicos para a análise facial é difícil. Com a utilização da análise facial morfológica. por meio do teste qui-quadrado para comparar o resultado observado na análise do ângulo de convexidade facial com o resultado da análise facial morfológica e o de Cochran-Mantel-Haenszel. Os resultados da análise facial morfológica do perfil mostraram que 60% da amostra foram classificadas em Padrão I.5% em Padrão III. 22 indivíduos obtiveram essa DISCUSSÃO O estudo das fotografias faciais esteve desestimulado pela dificuldade de padronização do tamanho. A análise estatística rejeitou-se a hipótese de igualdade entre as classificações para o teste de Cochran-Mantel-Haenszel (p < 0.0%) 8 (20. No gênero feminino as medidas variaram entre 4º e 25. devido a compensações realizadas pelas diferenças na espessura e no tônus do tecido mole20. enquanto na análise do ângulo de convexidade facial.5%) -7 (-17. com padrão dentoesquelético equilibrado foram 11º para o gênero feminino e 10. havendo uma diferença de 14 indivíduos. TABELA 1 – COMPARAÇÃO ENTRE ANÁLISE FACIAL MORFOLÓGICA E ÂNGULO DE CONVEXIDADE FACIAL Análise Padrão Morfológica I II III Total 24 (60%) 15 (37. enquanto no gênero masculino o mínimo foi 4.5%) 40 (100%) Convexidade 10 (25.0%) 22 (55. etnia. OrtodontiaSPO | 2010. Essa comparação mostrou que a convexidade facial desse grupo de brasileiros é significativamente mais alta que a amostra de norte-americanos leucodermas.0019). sofre alterações conforme a época e é influenciado por gênero.8º para o masculino. reduzindo assim os estudos científicos baseados nesse exame. valores da sociedade sofrendo grande influência da mídia. Na qual esta diferença representa 35% para o Padrão I e 17% para os Padrões II e III. da posição da cabeça do indivíduo e da máquina fotográfica.ORTOPESQUISA Análise estatística Após a coleta dos dados e tabulação.00%) Diferença 14 (35%) -7 (-17. dos 40 indivíduos avaliados. bem como das alterações ocorridas nessas estruturas com o crescimento e o tratamento. a utilização de padrões de normalidades universais para medidas faciais. O estudo das fotografias faciais esteve desestimulado pela dificuldade de padronização do tamanho. Na Tabela 1 verifica-se que os resultados obtidos comparando-se a indivíduos do Padrão I. reduzindo assim os estudos científicos baseados nesse exame.5%) 1 (2. Classe II – maior que 16° e Classe III menor que 8°. enquanto pela análise do ângulo de convexidade facial apenas dez indivíduos foram classificados com esse padrão.5º e o máximo foi 27º.5º. período histórico. ou até mesmo impossível18. nível cultural. leucodermas. Com a evolução da cefalometria os autores incluíram na análise cefalométrica medidas do perfil mole. assim. 15 indivíduos foram classificados como Padrão II. o conceito de beleza não é constante. Com o surgimento do cefalostato a padronização da posição da cabeça na telerradiografia em norma lateral favoreceu a avaliação esquelética e dentária. A média observada no presente estudo foi 15.25%) 80 (100%) RESULTADOS Os resultados apresentados por este estudo foram obtidos pela análise facial morfológica e pelo ângulo de convexidade facial. estes foram analisados estatisticamente.25%) 9 (11.5%) 37 (46. 24 foram classificados como Padrão I.0004) e de qui-quadrado (p < 0. 98(3):197-205. em relação à análise do ângulo de convexidade facial. Prevalência de oclusão normal e má oclusão em brasileiros. Ortop. A soft-tissue cephalometric analysis and its use in orthodontic treatment planning. nose. Auger TA. Scheideman GB. Berthold TB. Changes in relationships of points A and B during orthodontic treatment. J. Ann Plast Surg 1999. Skinazi GL. Mandetta S. Cephalometric analysis of dentofacial normals.72(4):373-85. 500 – Jd. constitui-se de um recurso valioso para o diagnóstico e planejamento do tratamento ortodôntico. Holdaway RA. Burstone CJ. Is photogrammetry of the face reliable? Plast Reconstr Surg 1980. Legan HL. Evaluation of soft-tissue morphology of the face in 1. no Padrão I. Peck S. 14. Herzberg BL. Holdaway RA. Angle EH. Malinski J. Pela análise facial morfológica. 16. 10. 2004. 12. Maximiliano Baruto.5%).7(5):15-25. concluiu-se que: • Houve diferença significativa em classificar os indivíduos em padrões de acordo com a análise facial morfológica e numérica. Classification of malocclusion. caracterizados pela normalidade de perfil facial. Facial morphology and malocclusions. Neger MN. A análise facial morfológica. o que é um erro muito elevado para comparação do método preconizado13. CONCLUSÃO Baseado nos resultados obtidos. os indivíduos foram classificados em 25% (Padrão I). Broadbent BH.tissue facial profile. Rev. À vista dos resultados obtidos e de sua análise pode-se inferir que a análise facial morfológica. Sushner NI.22(1):3-22. Part I. Por sua vez. Normal ratios in young men and women. • Pela análise facial morfológica houve maior tendência em classificar os pacientes em Padrão I (60%). 18. enquanto na análise do ângulo de convexidade facial oito indivíduos receberam essa classificação. Peck H. Universitário 13607-339 – Araras – SP vedovello@terra. Rev Dent Press Ortodon Ortop Facial 2002. Chin.78(4):404-20.84(1):1-28. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1994. portanto. Capelozza Filho L. Diagnóstico em Ortodontia.5%) e Padrão III (2.1(2):45-66. 7. a fim de obter o melhor perfil para aquele determinado paciente.14(1):7-18. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1990. 4. o Padrão II e Padrão III. 20. com uma diferença de sete indivíduos. houve uma diferença de sete indivíduos. 55% (Padrão II) e 20% (Padrão III). adultos. Claman L. A quantitative method for the evaluation of the soft .97(4):308-15. Capelozza Filho L. J. Facial esthetic in relation to orthodontic treatment. 11. Int J Adult Orthodon Orthognath Surg 1999. Dental Press Ortodon. 5. dentro de suas limitações individuais. ou seja. A new X-ray technique and its application to orthodontic. Pancherz H.11(5):159-72. Facial 2006.43(5):476-80 . Soft tissue cephalometric analysis for orthognathic surgery. a fim de que o mesmo seja reconhecido como normal. 8.Stopa PHB | Vedovello Filho M | Vedovello SAS | Kuramae M | da Gama PC classificação. Dent Cosmos 1899. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1990.050 young adults. A concept of facial esthetics.br Referências 1. and lips.19:189-233. Am J Orthod 1980. Capelozza Filho L. 17.com. A photographic study of the soft-tissue profile of the Negro population. *Resumo da dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Pósgraduação em Odontologia – área de concentração Ortodontia – Centro Universitário Hermínio Ometto – Uniararas/SP. Farkas LG. Burstone CJ. Rev. Am J Orthod 1977. Maringá: Dental Press. um indivíduo foi classificado como Padrão III.5% a menos que a análise do ângulo de convexidade facial. Angle Orthod 1970. Park YC. através de fotografias. 9. Borman H.90(1):52-62. Am. Análise Facial Subjetiva. Comparação de perfis esteticamente agradáveis selecionados entre acadêmicos de Odontologia da PUC/RS e padrões preconizados por diversos autores. Reis SAB. 21. na análise facial numérica. leucodermas.42(3):280-8. 17. resultou em 35% a mais que a análise do ângulo de convexidade facial.40(4):284-318.45(10):738-51. a necessidade de individualizar o tratamento ortodôntico respeitando as características do paciente e da população à qual pertence. The female soft tissue profile as presented in fashion magazines during the 1900s: a photographic analysis. Turley PK. Endereço para correspondência: Mário Vedovello Filho Pós-graduação – Mestrado Av.106(5):518-23. Bittner C. Orthod 1959. Orthod 1956. 3. 480 OrtodontiaSPO | 2010.42(3):176-93.66(3):346-55. Soft-tissue profile-fallacies of hard-tissue standards in treatment planning. 13. Am J Orthod 1983. Reforça-se. 15. J Oral Surg 1980. seguida do Padrão II (37. 2. 6. 19.38(10):744-51. Os resultados mostraram que houve uma diferença de classificação em 35% dos casos e a metade dos erros se concentram no Padrão I. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1986.41:248-64. Odonto Ciência 1995. Standardized portrait photography for dental patients. Am. Angle Orthod 1931. Angle Orthod 1952. O planejamento ortodôntico deve ser realizado individualizando-se seus objetivos para cada paciente. The mild TMD was most common in all groups. Unitermos .4% were non-TMD patients. ** Coordenador mestrado em Ortodontia Centro Universitário do Maranhão – Uniceuma.2% e 39.1% had moderate TMD and 5. Conclusion: there weren’t found any relation between the period of orthodontic treatment and the signs and symptoms of TMD.5% DTM leve. contendo informações pessoais e questões relativas aos sinais e sintomas de DTM. Results: the total sample was classified according to the presence and severity of TMD: 40.8% (G I). uso de apenas um lado para mastigar 32. 5.2%.Aprovado em ago/2010 OrtodontiaSPO | 2010. Os sintomas de DTM mais frequentes em cada grupo foram: dor de cabeça 47. 40. mean age from 23. Methodology: the sample consisted of 115 patients. III and VI affirmed that the orthodontic treatment was good to the signs and symptoms of TMD.3% (G III) e 45% (G IV) afirmaram serem pessoas tensas.43(5):483-8 483 . 14.0% had severe TMD. Sinais e sintomas de DTM. Tratamento ortodôntico.4% não eram portadores de DTM.Disfunção temporomandibular. 39. Os pacientes relataram ter obtidos melhoras dos sinais e sintomas de DTM com o tratamento ortodôntico nos grupos II. use of only one side of the mouth to chew 32.2 anos. 40. Orthodontic treatment. Conclusão: não foi encontrada relação entre o tempo de tratamento ortodôntico e os sinais e sintomas de DTM. Recebido em mai/2010 .2 years. ****Cirurgião Dentista – Centro Universitário do Maranhão – Uniceuma. which had personal information and subjects related to TMD signs and symptoms that allowed the definition of the level of TMD in each patient. G III (Ortodontics patients 13 to 24 months) and G IV (Pos-orthodontic patients). com idade média de 23.Trabalho original ORTOPESQUISA Relação entre tempo de tratamento ortodôntico e sinais e sintomas de DTM Relationship between ortodontic treament and signs and symtoms of tjd – transversl study Rudys Rodolfo de Jesus Tavarez* Julio Araújo Gurgel** Adriana Santos Malheiros*** Adriano Bentes de Souza**** Heloisa Viana Freitas***** *Coordenador adjunto do Mestrado em Ortodontia – Centro Universitário do Maranhão – Uniceuma.Objetivo: avaliar a relação existente entre o tempo de tratamento ortodôntico e os sinais e sintomas de DTM. 14. ***Professora – Centro Universitário do Maranhão – Uniceuma. III e IV. divididos em quatro grupos de acordo com o tempo de tratamento ortodôntico: G I (Pré-ortodônticos).8% (G I). The most common symptoms in each group were: headache 47. Key Words . *****Cirurgião Dentista – Centro Universitário do Maranhão – Uniceuma. as quais permitiam a classificação do índice de DTM em cada paciente.Objective: to evaluate the existing relationship between the period of the orthodontic treatment and the signs and symptoms of temporomandibular dysfunction (TMD). A DTM leve foi a mais comum em todos os grupos avaliados. TMJ noise.5% had mild TMD. G II (Ortodônticos zero-12 meses). divided in 4 groups according to the period of orthodontic treatment: G I (Pre orthodontic patients).3% (G III) and 45% (G IV) said reported emotional tension. G II (Ortodontics patients 0 to 12 months). Signs and symptoms TMD.1% apresentaram DTM moderada. ABSTRACT . The patients of the groups II.9%(G II e GIII).9% (G II e G III) ruídos na ATM.Temporomandibular dysfunction. Aos pacientes foi solicitado o preenchimento de um questionário. Resultados: a amostra total foi classificada quanto à presença e severidade de DTM da seguinte forma: 40. RESUMO . The patients had to fill in an anamnestic questionnaire.0% possuíam DTM severa. 39. G III (Ortodônticos 13-24 meses) e G IV (Pós-ortodônticos). e 39. Metodologia: a amostra foi composta por 115 pacientes. Tavarez RRJ | Gurgel JA | Malheiros AS | de Souza AB | Freitas HV INTRODUÇÃO As disfunções temporomandibulares (DTMs) têm alcançado grande destaque dentro da Odontologia moderna, isto devido ao grande número de pacientes que apresentam sinais e sintomas característicos, como: dor ou sensibilidade na região dos músculos da mastigação ou articulação temporomandibular, limitação dos movimentos, ruídos articulares durante a abertura e fechamento da boca, dores de cabeça, nuca, pescoço, ouvido e incorreto relacionamento entre as posições mandibulares1. A etiologia das DTMs está ligada a fatores funcionais, psicológicos, estruturais e ambientais; sendo assim, sua etiologia é relatada como multifatorial, tendo em vista que todos os fatores citados devem ser levados em consideração para chegar a um diagnóstico final. Má-oclusão, hábitos parafuncionais e estado emocional estão presentes com frequência em pacientes com sinais e sintomas de DTM . Entretanto, não é possível afirmar até que ponto estes fatores podem ser considerados predisponentes ou coincidentes. A literatura mostra também que mulheres têm uma tendência maior a desenvolver algum tipo de DTM que os homens . Outro aspecto importante e que tem sido objeto de pesquisa durante muitos anos é a relação entre o tratamento ortodôntico e a DTM; pode-se relacionar a Ortodontia como causa devido a problemas criados iatrogicamente . Por outro lado, também é sugerida a realização de tratamento ortodôntico para prevenção ou tratamento dos sinais e sintomas de DTMs, contudo, não existem dados científicos que suportem esta relação5. A prevalência de sinais e sintomas de DTMs antes, durante e após tratamento ortodôntico foi estudada em pacientes femininos . Encontrando-se uma redução da sensibilidade a palpação muscular e dos sintomas relatados durante o tratamento. Autores afirmam que o tratamento ortodôntico nem aumenta, nem diminui o risco de desenvolver DTM; posteriormente, entretanto, alguns estudos relataram sinais e sintomas menos prevalentes em pacientes que já receberam tratamento ortodôntico . Ao estudar a prevalência de DTMs em pacientes tratados e não tratados ortodonticamente, através de um índice anamnésico e um exame clínico, outros autores9 concluíram que a prevalência e severidade da DTM não mostram nenhuma relação com qualquer tipo de terapia ortodôntica fixa. Deste modo, não é possível considerar o avanço mandibular com aparelhos ortopédicos e a alteração condilar como fatores de risco para as DTMs10. A importância na associação entre as desarmonias oclusais provocadas pelas perdas dentárias e o tratamento ortodôntico 484 6-8 5 6 4 3 2 ganha, cada vez, mais interesse para a realização de pesquisas, com o intuito de contribuir para melhor entendimento destas questões, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a relação do tempo de tratamento ortodôntico com os sinais e sintomas de DTM, analisando se estes são exacerbados ou não são modificados. MATERIAL E MÉTODOS Uma amostra de 115 pacientes foi selecionada aleatoriamente do programa de cursos de pós-graduação latus sensu em Ortodontia de três instituições da cidade de São Luis – MA, com média de idade de 23,2 anos. Os seguintes critérios de inclusão e exclusão foram considerados nos pacientes participantes do estudo: • • • • Concordar em assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. Não ter sido diagnosticado ou estar em tratamento de DTM. Não apresentar doença sistêmica como artrite reumatoide. Não ter sido submentido a cirurgia de ATM ou da face. A amostra foi dividida previamente em quatro, independente do tipo de má-oclusão apresentada ou corrigida e de acordo com o tempo do tratamento – Grupo I: composto por pacientes indicados para tratamento ortodôntico; Grupos II e III incluíram pacientes com aparelho ortodôntico fixo completo; Grupo IV composto de pacientes que haviam finalizado o tratamento há menos um ano (Tabela 1). Aos pacientes foi solicitado o preenchimento de uma ficha de anamnese com informações pessoais e questões relativas aos sinais e sintomas de DTM. O índice utilizado foi baseado em questionário11 e adaptado de outro trabalho publicado na literatura12, contendo as seguintes perguntas: 1. Você sente dificuldade em abrir a boca? 2. Você sente dificuldade em movimentar sua mandíbula para os lados? 3. Você sente desconforto ou dor muscular quando mastiga? 4. Você sente dores de cabeça com frequência? 5. Você sente dores no pescoço e/ou ombros? 6. Você sente dores de ouvido ou próximo a ele? TABELA 1 - DIVISÃO DA AMOSTRA DE ACORDO COM IDADE E TEMPO DE TRATAMENTO ORTODÔNTICO Grupo Grupo I - Pré-ortodônticos Grupo II - Ortodônticos de 0–12 meses Grupo III - Ortodônticos de 13-24 meses Grupo IV - Pós-ortodônticos Percentual 20% 38% 24% 17% Idade 24,2 21,9 21,7 25,2 OrtodontiaSPO | 2010;43(5):483-8 ORTOPESQUISA 7. Você percebe algum ruído na ATM? 8. Você usa apenas um lado para mastigar? 9. Você sente dores na face ao acordar? 10. Você se considera uma pessoa tensa? Para cada pergunta foram dadas ao paciente as seguintes possibilidades de respostas sim, não e às vezes. A cada resposta sim era atribuído o valor de dois; às vezes, um; zero para cada resposta não. As perguntas quatro, seis e sete foi atribuído o valor de três quando a resposta sim correspondia a sintomas bilaterais ou intensos. A partir daí foi possível obter uma classificação quanto ao índice de DTM apresentado pelo paciente através do somatório dos valores obtidos em cada questão. • • • • Valores de zero a três: não portador de DTM. Valores de quatro a oito: portador de DTM leve. Valores de oito a 14: portador de DTM moderada. Valores de 15 a 23: portador de DTM severa. Os resultados obtidos do índice anamnésico, utilizados para classificar os pacientes de acordo aos sinais e sintomas de DTM, encontram-se nas Tabelas 2 a 5. Com a somatória dos valores obtidos no índice anamnésico, obteve-se a classificação dos grupos em relação ao índice de DTM como mostra o Gráfico 1. Além destas perguntas, os pacientes foram questionados sobre a influência do tratamento ortodôntico nos sintomas de DTM e presença de hábitos deletérios. Os dados foram registrados e submetidos à análise estatística descritiva e aplicado o teste Kruskal-Wallis para detectar diferenças entre os grupos. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Uniceuma - protocolo n.º 00437/07. RESULTADO TABELA 2 - FREQUÊNCIA PERCENTUAL DAS RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO ANAMNÉSICO PELO GRUPO I TABELA 3 - FREQUÊNCIA PERCENTUAL DAS RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO ANAMNÉSICO PELO GRUPO II Resposta Questão 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 4,3 8,7 8,7 Sim (%) Não (%) 78,3 78,3 65,2 34,8 30,4 73,9 43,5 47,8 87 43,5 Às vezes (%) 17,4 13,0 26,1 17,4 34,8 0 26,1 21,7 4,3 30,4 Resposta Questão 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 2,3 2,3 9,1 Sim (%) Não (%) 81,8 70,5 54,5 61,4 56,8 70,5 68,2 50 84,1 61,4 Às vezes (%) 15,9 27,3 36,4 25 22,7 13,6 6,8 15,9 9,1 18,2 47,8 34,8 26,1 30,4 30,4 8,7 26,1 13,6 20,5 15,9 25 34,1 6,8 20,5 Gráfico 1 Índice de DTM em cada grupo. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos (p = 0,99). OrtodontiaSPO | 2010;43(5):483-8 485 Tavarez RRJ | Gurgel JA | Malheiros AS | de Souza AB | Freitas HV TABELA 4 - FREQUÊNCIA PERCENTUAL DAS RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO ANAMNÉSICO PELO GRUPO III TABELA 5 - FREQUÊNCIA PERCENTUAL DAS RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO ANAMNÉSICO PELO GRUPO IV Resposta Questão 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 3,6 7,1 Sim (%) Não (%) 75,0 85,7 60,7 53,6 50,0 82,1 53,6 35,7 92,9 60,7 Às vezes (%) 21,4 7,1 28,6 39,3 28,6 10,7 7,1 25,0 0 14,3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Resposta Questão 10 15 15 20 15 15 35 25 10 45 Sim (%) Não (%) 85 75 80 65 65 70 50 75 75 30 5 Às vezes (%) 10 5 15 20 15 15 0 15 25 10,7 7,1 21,4 7,1 39,3 39,3 7,1 25 TABELA 6 - SINTOMAS MAIS FREQUENTES DE DTMS EM CADA GRUPO Grupo Grupo I (pré-ortodôntico) Grupo II (0-12 meses) Grupo III (13-24 meses) Grupo IV (pós-ortodôntico) Percentual 47,8% 34,1% 39,9% 45% Sintomas Dor de cabeça Utiliza um lado para mastigar Utiliza um lado para mastigar Consideram-se pessoas tensas Aplicado o teste Kruskal-Wallis, não foram observadas diferenças estatisticamente significantes quando comparados os grupos (p = 0,99; Gráfico 1). Quando foi classificada a amostra geral de acordo com as respostas do questionário anamnésico os seguintes resultados foram obtidos: • • • • 40,5% dos pacientes apresentaram DTM leve. 40,4% não eram portadores de DTM. 14,1% apresentaram DTM moderada. 5,0% possuíam DTM severa. Os sintomas mais frequentes de DTM em cada grupo encontram-se na Tabela 6. Ao questionamento dos participantes sobre o tratamento ortodôntico ter melhorado, piorado ou não modificado os seus sintomas de DTM, obteve-se os resultados apresentados no Gráfico 2. Os hábitos mais comuns encontrados nos pacientes estão apresentados no Gráfico 3. Este estudo procurou estabelecer a relação entre o tempo de tratamento ortodôntico e a DTM a partir da aplicação de um índice anamnésico. Pacientes ortodônticos e pós-ortodônticos tiveram índice de DTM similar àqueles que nunca tinham recebido tratamento. DISCUSSÃO Este estudo procurou estabelecer a relação entre o tempo de tratamento ortodôntico e a DTM a partir da aplicação de um índice anamnésico. Pacientes ortodônticos e pós-ortodônticos 486 OrtodontiaSPO | 2010;43(5):483-8 onicofagia. foi encontrada uma prevalência de DTM de 40. em um estudo com 200 indivíduos divididos em quatro grupos. Índices de DTM leve (G II 38.8% em pacientes préortodônticos. 60. Valores de DTM leve. mascar chiclete. Em relação ao tempo de tratamento ortodôntico.5%. tiveram índice de DTM similar àqueles que nunca tinham recebido tratamento. e dores musculares apareceram com maior frequência no grupo não tratado.ORTOPESQUISA Gráfico 2 Grau de satisfação dos pacientes em relação ao tratamento ortodôntico. 10.6% e 2. morder objetos. restrição aos movimentos mandibulares. respectivamente. o efeito do tempo de tratamento é pouco relatado na literatura como fator de aumento dos sinais e sintomas de DTM. este índice foi de 43. Estes resultados são similares aos encontrados na literatura. de acordo com o tipo de má-oclusão e o tratamento ortodôntico realizado. os autores encontraram que 34% dos pacientes apresentavam DTM leve. Sintomas como ruídos na articulação.8% em pacientes em tratamento ortodôntico e de 68.6%. contudo. os resultados mostraram não existir diferença significante entre os grupos em tratamento ortodôntico. moderada e severa de: (38.14 que avaliam a prevalência de disfunção temporomandibular nos pacientes antes. não coincidindo com os resultados desta pesquisa.6%) foram encontrados nos grupos em tratamento com 9 zero a 12 meses e 13 a 24 meses. Outros autores16 estudaram 51 indivíduos após cinco anos de término do tratamento ortodôntico e compararam com um grupo de 17 indivíduos não tratados. assemelhando-se aos resultados obtidos neste trabalho. durante e após tratamento ortodôntico. autores15 relatam que alguns pacientes apresentam sinais de disfunção temporomandibular durante a fase ativa de tratamento. enquanto que pacientes que não estavam em tratamento. Alguns hábitos como apertar ou ranger os dentes. De igual forma13. uso contínuo de telefone e de computador foram relatados pelos participantes da pesquisa OrtodontiaSPO | 2010.5% em pacientes que tinham finalizado o tratamento.43(5):483-8 487 . 13. Apesar de existirem vários estudos12.3%) e (50%.7% e 3. na qual os resultados foram semelhantes entre os grupos analisados. Gráfico 3 Hábitos mais comuns em cada grupo.6% e G III 50%) foram encontrados nos pacientes em tratamento ortodôntico. 8(6):79-87. telefone e sintomas como apertar os dentes foram os mais prevalentes nesta pesquisa.73(4):411-7. A literatura relata que quando estes hábitos estão presentes podem causar dor e redução da coordenação dos músculos atingidos. J Orofacial Pain 1995. Sadowsky C.78(2):201-12. A. Henriques J. 7. and temporomandibular disorders: a review. A relação entre o tratamento ortodôntico e DTM tem se mostrado inconclusiva quando estabelecida a relação causa/ efeito. The Angle Orthodontist 2003. De igual forma. Valle-Corotti KM. Acta Odontological Scandinavia 1988. Conti P. Freitas M. Eur J Orthod 2000.83:107-17. orthodontic treatment. Conti AC. Use of the Fonseca’s Questionnaire to Assess the prevalence and severity of temporomandibular disorders in brazilian dental undergraduates. Anamnestic índex severity and signs and symptoms of TDM. Begole EA. Revista Dental Press de Ortodontia e OrtopediaMaxilar 2003. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 1997. Signs of temporomandibular disosrders. Mesmo trabalhos longitudinais de pacientes submetidos ao tratamento ortodôntico concluíram que a correção de posicionamento dentário resultante do tratamento ortodôntico não previne a DTM. outros autores ratificam que o tratamento ortodôntico não pode ser considerado como fator preponderante para desenvolvimento das DTMs20. Krogstad BO. J Oral Reab 1995. 4ª ed. Pinzan A.43(5):483-8 . Dahl BL. 9.73(4):411-17. Henrikson T. Freitas M. J Oral Rehabil 1996.181-216.3(4):11-13. 8. 3. J Orofacial Pain 1995. Thilander B. Delboni ME. Okeson J P. Orthodontic treatment and temporomandibular disorders.22(8):613-8.9(1):73-90. Eckersberg T. Occlusion. one treated orthodontically and the other not.24:112-18. R Dental Press Ortodon Facial 2005. Synergic effect off malocclusion and parafunctions on craniomandibular dysfunction in children with and without unpleasant life events. Facial 2006. 4. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1992. Angle Orthod 2003. 14. Conti A. porque os sinais e sintomas de DTM ocorrem em pessoas sadias. submetidos a terapia com aparelhos ortopédicos protrusivos. Egermark-Eriksson I. Egermark I. 2. Conti PCR. Chaves T. 6.br Referências 1. 18. mas também não aumenta o risco do seu desenvolvimento19. McNamara JA. Craniomandibular disorders with special reference to orthodontic treatment: An evaluation from childhood to adulthood. Avaliação clínica de sinais e sintomas da disfunção temporomandibular em crianças. 5. Sendo assim. R Clín Ortodon Dental Press 2004. Estudo dos sinais de DTM em pacientes ortodônticos assintomáticos. Henriques J. Temporomandibular disorders in the active phase of orthodontic treatment. Nilner M. Macfarlane T.101(1):28-34. Am J Orthod 1980. A.com. Santos EC. Vanderas AP. Temporomandibular disorders in the active phase of orthodontic treatment. 12. História e análise das desordens temporomandibulares.10(4):88-96. 15. São Paulo: Artes Médicas. Conti PCR. orthodontic treatment. Ronnerman A. A oclusão e a sua relação com as disfunções temporomandibulares (DTM) em jovens com e sem tratamento ortodôntico: um estudo comparativo. Os pacientes relataram terem obtido melhoras nos sinais e sintomas de DTM através do tratamento ortodôntico.22(3):271-81. Hábitos como mastigar chiclete. Endereço para correspondência: Rudys Rodolfo de Jesus Tavarez rudysd@uol. In: Tratamento das desordens temporomandibulares e oclusão. Bevilaqua-Grossi D. aumentam com a idade e o surgimento da DTM no tratamento ortodôntico não pode ser relacionado somente ao mesmo18. 13. Semprini M. Abrão J. McNnamara Jr. 11. Seligman D. 17. Oliveira AS. 16. A prospective and longitudinal comparison with untreated class II malocclusions and normal occlusion subjects. uso contínuo do computador. Nomura K. Signs and symptoms of Craniomandibular desorders in two groups of 19 years – old individuals. Okeson JP. os hábitos parafuncionais podem ser causas suficientes para o desenvolvimento das DTMs2 . 10.9(1):73-90. 19. CONCLUSÃO Não foi possível encontrar relação direta entre o tempo de tratamento ortodôntico e os sinais e sintomas de DTM.22(8):613-8. Janson G.18(2):163-67. Relationship between Signs and Symptoms of Temporomandibular Disorders and Orthodontic Treatment: A Cross-sectional Study.3(1):61-5. 20. Janson G. in girls receiving orthodontic treatment. Oliveira. Cranio 2006. Janson G. 488 OrtodontiaSPO | 2010. Chaves T. 2000. Seligman D. Kurol J. Am J Orthod 2009. Siéssere S et al.p. Okeson J P.135:692-7. Egermark I. Braz Dent 2007. Monteiro-Pedro V. Relationship between signs and symptoms of temporomandibular disorders and orthodontic treatment: A cross-sectional study. Existe algum risco de se desenvolver Disfunção Temporomandibular (DTM) em pacientes classe II. Long-term status of temporomandibular joint function and functional occlusion after orthodontic treatment. McNnamara Jr. J Oral Rehab 1995.Tavarez RRJ | Gurgel JA | Malheiros AS | de Souza AB | Freitas HV e coincidem com os achados em outras pesquisas17. Vitti. Twenty-year cohort study of health gain from orthodontic treatment: temporomandibular disorders.11(2):29-34.42(2):89-93. Ronnerman A. and temporomandibular disorders: a review. Occlusion. R Dental Press Ortodon. Trabalho original ORTOPESQUISA Incidência da perda precoce dos dentes decíduos e suas consequências. em escolas públicas. MS. mordida profunda (3.7%). alteration in the axial inclination (31.4%). de 1. The early loss was even greater amongst boys (54.15%).7%).76%).58%). inclinação lingual dos incisivos inferiores (3. deep bite (5. extrusão (7. As consequências da perda precoce de dentes decíduos para a oclusão em ordem decrescente de prevalência foram: migração dentária (36.63%).48%. Observou-se que houve maior prevalência de perda de dentes decíduos inferiores (73. matriculadas em escolas particulares e 1. and crowding (3.89%). A ocorrência de crianças com perda precoce.Preventive orthodontics. Os segundos molares decíduos. 231 crianças apresentaram perda precoce de dentes decíduos. apresentaram maior perda dentária. ***Aluno do Curso de Graduação em Odontologia – Universidade Cidade de São Paulo – Unicid.39%). midline deviation (39. Mato Grosso do Sul. was 14. A perda precoce foi também mais prevalente para o gênero masculino (54.923 crianças da cidade de Campo Grande. The first group with 403 children belonged to private schools.60%). foi de 14. apinhamento (2. tanto superiores quanto inferiores.Ortodontia preventiva. Deciduous tooth.25%). lingual inclination of the lower incisors (4. desvio da linha média (26. in comparison to the upper deciduous teeth (26.24%.17%). It was observed a greater prevalence of lower deciduous teeth (73. 54. The percentage of early loss amongst kids coming from public schools.45%). Dente decíduo. being divided in two groups. alteração na inclinação axial (20. dividida em 403 crianças.24%. RESUMO . while from private schools it was 1. 231 children presented an early loss of deciduous teeth. this is equivalent to the percentage of 12% of the total sample. com levantamento de dados nas escolas públicas e particulares de Campo Grande – MS Incidence of the early loss of deciduous teeth and its consequences.62%). o que correspondeu a 51. Key Words . ****Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial – Associação Brasileira de Odontologia – Seção MS. Malocclusion.77%). **Professor associado do Curso de Mestrado em Ortodontia – Universidade Cidade de São Paulo – Unicid.A incidência da perda precoce de dentes decíduos e as consequências para a oclusão foram avaliadas em uma amostra constituída por 1. The second upper and lower deciduous molars presented the biggest prevalence of loss (70. The consequences of early loss of deciduous teeth over the occlusion was related to the decreasing order of prevalence: tooth migration. Má-oclusão.3%). Recebido em jul/2010 . em relação aos superiores (26.The incidence of the early loss of deciduous teeth and its overall effect on occlusion were investigated in a sample of 1923 children in schools of Campo Grande. As an overall result. equivalendo ao percentual de 12% da amostra total. Deste total.Aprovado em ago/2010 OrtodontiaSPO | 2010.72%). Unitermos . extrusion (11.60%).86% e nas escolas particulares.520 em escolas públicas.43(5):491-6 491 .08%).86%. with data-collecting in the public and particular schools of Campo Grande – Mato Grosso do Sul – Brazil Edna Yoshiko Ide Kohatsu* Acácio Fuziy** Ana Carla Raphaelli Nahás Scocate** Thiago D´Agostino Gennari*** Ana Paula Domingues Balizardo de Oliveira**** *Especialista em Ortodontia – Faculdade de Odontologia de Bauru – USP.3%). and the other 1520 came from public schools.97%. ABSTRACT . No sentido sagital. Os dentes decíduos devem permanecer na cavidade bucal de uma criança. matriculadas em instituições de ensino.43(5):491-6 . principalmente. a amostra final foi de 1. Mato Grosso do Sul. manter as funções dos dentes decíduos. quantificar se a perda é maior na maxila ou na mandíbula. provavelmente ocorrerá perda de espaço. esse alimento não será devidamente triturado para o trato digestivo e. O exame clínico foi realizado por seis cirurgiões-dentistas. 492 OrtodontiaSPO | 2010.130 alunos. dieta alimentar controlada) e. alunos do Curso de Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial da ABO – MS. verificar a existência de dimorfismo entre os gêneros. migração dos dentes mesiais ou distais ao espaço edentado. foram avaliados 2. com finalidade de: determinar se a ocorrência destas perdas são maiores em crianças de escolas públicas ou particulares. mordida profunda. matriculadas em instituições públicas e particulares da cidade de Campo Grande.Kohatsu EYI | Fuziy A | Scocate ACRN | Gennari TA | de Oliveira APDB INTRODUÇÃO E REVISÃO DA LITERATURA A perda precoce de dentes decíduos e suas consequências têm sido motivo de estudo há muitos anos1. flúor. com redução do espaço para a irrupção do sucessor permanente. inclinação lingual dos dentes anteriores. com as crianças em relação cêntrica. A manutenção do dente decíduo até a sua época normal de esfoliação equilibra as forças atuantes sobre os dentes na função mastigatória. pertencentes ao ensino fundamental. 248 foram excluídos. os dentes decíduos devem permanecer na cavidade bucal de uma criança. conduzindo ao estabelecimento da harmonia e estética facial. no sentido vestíbulo-lingual. O total de crianças de oito a 12 anos.171 alunos. principalmente no Brasil. ocorrendo: migrações dos dentes adjacentes para o espaço criado pela perda. para a amostra deste estudo. ou seja. onde a saúde bucal seja vista como parte integrante da saúde geral. interceptando fatores que o alterem. Como se pode observar. apinhamento. pois a quantidade de distúrbio no desenvolvimento do arco é proporcional à quantidade da estrutura dentária destruída4. a interação das forças derivadas do contato com o dente antagonista e a resistência das fibras do ligamento estabelecem o nível oclusal adequado e. O bom funcionamento do sistema estomatognático é de vital importância. dos quais. orientarem as crianças e responsáveis para que desenvolvam os hábitos corretos de higiene (escovação. Mato Grosso do Sul. Devem-se assim. fonação e deglutição.923 crianças. em sua total duração de tempo. sendo que. até a época da irrupção de seus sucessores permanentes. devidamente calibrados. assimetria de dentes homólogos e alteração na sequência favorável da irrupção. até o momento da esfoliação natural. o fechamento de espaço com a exodontia precoce dos dentes decíduos traz consequências significantes na dentadura permanente. movimento extrusivo do antagonista. apinhamento. se essas lesões não forem tratadas e os dentes não forem reconstruídos no seu diâmetro original. Avaliaram-se a relação sagital entre os arcos dentários5-9 e as consequências da perda precoce dos dentes decíduos. pois guiam a erupção dos dentes permanentes. públicas e privadas. com sua morfologia coronária adequada. pois este equilíbrio é resultante da interação de forças iguais e antagônicas que são exercidas próximas ao centro da coroa dentária e depende da presença de todos os elementos dentários. também. o objetivo desta pesquisa foi avaliar a incidência da perda precoce de dentes decíduos em crianças de oito a 12 anos de idade. evitando que ocorram as migrações dentárias. Logo. matriculadas nas instituições públicas municipais e particulares de Campo Grande. apresentar quais os elementos dentários mais afetados pela perda e as consequências para a oclusão. Os dentes decíduos são de grande importância para o desenvolvimento normal da oclusão. Portanto. mantém o equilíbrio entre a musculatura externa e interna3. e principalmente aos cirurgiões-dentistas. incluam uma mentalidade preventiva. encurtamento do perímetro do arco. MATERIAL E MÉTODOS Para esta pesquisa. atuam na preservação da integridade das arcadas dentárias e contribuem para o desenvolvimento da maxila e mandíbula. por meio da relação das suas raízes com os germes dos seus sucessores. com o propósito de promover o desenvolvimento normal da face. aumento do trespasse vertical. Diante da perda precoce dos dentes decíduos. inclinação axial. da zona urbana do município de Campo Grande. O formulário para o registro dos dados das crianças foi elaborado especialmente para a pesquisa. o equilíbrio muscular é rompido. cabe aos profissionais da saúde. uso do fio dental. foram selecionadas crianças em idade escolar. Mediante a importância dos fatos relatados. se a criança apresenta lesões cariosas e não consegue alimentar-se bem. sem tratamento ortodôntico e/ ou ortopédico prévio. visto que já haviam realizado algum tipo de intervenção ortodôntica ou ortopédica prévia. equivaleu a 44. Sabe-se que isso nem sempre é possível. e sua consequente impacção. Os critérios de inclusão utilizados foram: idade de oito a 12 anos. no plano vertical. onde a perda precoce alcança índices muito elevados2. Exercem ainda importantes funções. a presença do dente decíduo íntegro mantém o perímetro do arco. Por esta razão. dos gêneros masculino e feminino. como: mastigação. considerando: presença de desvio da linha média. e na mandíbula.01 13. Gráfico 2 Distribuição do número de crianças com perda precoce de dentes decíduos e suas respectivas porcentagens. com 73.00 % Gráfico 1 Distribuição da amostra.51 7. 14. devido à perda precoce de dentes decíduos. Na Tabela 1. segundo o gênero. nas escolas públicas. observa-se a distribuição percentual de perdas precoces para amostra total.23 3.24% nas escolas particulares e.36 0.51 6. Gráfico 4 Distribuição do número de crianças com perda precoce de dentes decíduos e suas respectivas porcentagens de acordo com a má-oclusão.07 19.ORTOPESQUISA RESULTADOS Das 231 crianças que apresentaram perda precoce de dentes decíduos. O Gráfico 3 apresenta as alterações oclusais decorrentes da perda precoce de dentes decíduos. com maior prevalência de crianças do gênero masculino (Gráfico 2).29 4.DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO TOTAL DE PERDA PRECOCE. obteve-se uma porcentagem de 1.33 2. ao passo que no Gráfico 4 visualiza-se o enquadramento destas crianças segundo a classificação de Angle. o segundo molar inferior esquerdo (Tabela 3). 53 54 55 61 63 64 65 73 74 75 82 83 84 85 Total TABELA 1 .43(5):491-6 493 .68 100. a maior prevalência de perda dentária foi para o segundo molar superior esquerdo (Tabela 2). segundo as escolas particulares e públicas. Na maxila.64 2.86% (Gráfico 1). Gráfico 3 Consequências observadas.23 5. sendo que a diferença percentual entre os arcos dentários (Tabela 4) foi maior para a mandíbula. OrtodontiaSPO | 2010.10 12.15 0. considerando-se todos os elementos dentários. DE ACORDO COM O ELEMENTO DENTAL PERDIDO E SUA RESPECTIVA PORCENTAGEM Dentes 19 11 27 1 16 11 32 18 53 85 1 22 61 82 439 no 4.89 18.30% de perda (322 dentes). aos resultados de outro estudo que encontrou 20% desta manifestação no total dos casos avaliados4. tais como: guia a erupção dos dentes permanentes sucessores por meio dos contatos das raízes dos dentes decíduos com as coroas dos germes dos dentes permanentes. como aplicação tópica de flúor.DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE DENTES DECÍDUOS.00 % Mesmo com a evolução da Odontologia e dos meios de prevenção. visando a prevenção e o controle da cárie.00 % 73 74 75 82 83 84 85 Total Mandíbula 18 53 85 1 22 61 82 322 nO 5. DISCUSSÃO Muitos autores são unânimes em afirmar que o dente decíduo é o melhor mantedor de espaço. Mesmo com a evolução da Odontologia e dos meios de prevenção. a perda precoce ainda existe e é um problema preocupante no Brasil13.10-12 e tratamentos desconfortáveis na vida futura do paciente14.31 6. mantém o nível oclusal adequado. fluoretação da água. na deglutição. a perda precoce ainda existe e é um problema preocupante no Brasil13.DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE DENTES DECÍDUOS.83 18.40 0. aplicação tópica de flúor. as informações sobre os meios preventivos devem ser levadas ao conhecimento da população.PREVALÊNCIA DA PERDA PRECOCE DOS DENTES DECÍDUOS EM RELAÇÃO A MAXILA E A MANDÍBULA nO Maxila Mandíbula Total 117 322 439 26. observou-se a perda precoce de dentes decíduos em 62 crianças.07 0.Kohatsu EYI | Fuziy A | Scocate ACRN | Gennari TA | de Oliveira APDB TABELA 2 . PERDIDOS PRECOCEMENTE. pois exerce importantes funções dentro do Sistema Estomatognático. aplicação de selantes em fóssulas e fissuras e orientação da dieta. NA MANDÍBULA E SUAS RESPECTIVAS PORCENTAGENS Maxila 53 54 55 61 63 64 65 Total 19 11 27 1 16 11 32 117 nO 16. pois a prevenção é condição essencial para eliminar transtornos 494 OrtodontiaSPO | 2010.40 27.60 16. palestras trimestrais sobre higiene bucal.00 % TABELA 4 . na fonação.7 73.35 100. executa a função na mastigação.85 13.95 25.46 100. Portanto. Este número corresponde. escovação supervisionada. A presente pesquisa encontrou 12% da amostra com perda precoce de dentes decíduos.45 26.70 9. e esse valor inferior talvez possa ser atribuído como resultado de um trabalho que vem sendo desenvolvido em nível de saúde pública. realizado desde 1995 pela Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Campo Grande/MS. aproximadamente.2%15.43(5):491-6 .23 9.3 100. impedindo a extrusão do antagonista 2. NA MAXILA E SUAS RESPECTIVAS PORCENTAGENS TABELA 3 . para atender crianças de seis a 14 anos e que incluem: bochechos fluoretados semanais. Em uma amostra de 292 indivíduos. . aplicação de selantes em fóssulas e fissuras e orientação da dieta. PERDIDOS PRECOCEMENTE. totalizando 21. como aplicação tópica de flúor.40 23. fluoretação da água. 14.15%). Para prevenir essa redução de espaço. A perda precoce dos dentes decíduos ocorre.55%) em relação ao feminino (45. observou-se maior prevalência de perda precoce de dentes decíduos na mandíbula. com perda do perímetro do arco. observa-se uma diferença percentual de ocorrência entre crianças da rede pública e das crianças matriculadas na rede particular. em 36.58%).br 26 15 mesialização do dente posterior e na distalização do dente anterior ao espaço da exodontia3. em outra pesquisa. inclinação lingual dos incisivos inferiores (3. apinhamento (2. CONCLUSÃO Analisada a literatura e procedido o levantamento de perda precoce de dentes decíduos na população escolar de Campo Grande. Na literatura ortodôntica. em 51. inclinação axial (20. seguida do desvio da linha média (26.15.29-30.45%). o que confirmam outros autores1.15-17. porém.58%). Neste trabalho. No presente estudo.44%.3.: (14) 3413-5845 acaciofuziy@yahoo. na escola particular.35% e. A justificativa ainda pode ser atribuída ao fator socioeconômico e acesso aos serviços odontológicos. não houve diferença entre os gêneros masculino e o feminino.08%). e na sequência. detectouse maior percentagem de crianças do gênero masculino com perdas precoces de dentes decíduos (54. Muitos autores citam a cárie como causa principal da perda dentária10.28-29.96%.08%). A cárie.72%). os primeiros molares permanentes sofrem mesialização4. OrtodontiaSPO | 2010. causando a avulsão dentária e sua prevalência pode variar de 7% a 13% na dentadura decídua.14. inclinação axial (20. em 292 crianças examinadas (sete a nove anos).28. geralmente. com 25. O traumatismo de dentes. resultando na migração dos dentes adjacentes. Considerando-se o hemiarco. Estas consequências foram observadas em outros estudos.65%.12.43(5):491-6 495 .19.63%). foi observada a perda precoce de dois incisivos (0. consequentemente. com maior frequência. verificou-se que a quantidade de perdas precoces de dentes na mandíbula é de 73. • A porcentagem de crianças com perda precoce nas escolas públicas foi de 14.com.12.15%).16-21. na literatura.8%) do que do lado esquerdo (49.3%. Os dentes anteriores representaram 98.24%. há autores que aconselham o uso de mantedores de espaço4. 26. confirmouse que 64% das perdas ocorreram no gênero masculino e 36% das perdas no gênero feminino .63%).21 e. na mandíbula15. Em função das conclusões acima.98%) e 226 segundos molares decíduos (51. A perda de dentes decíduos implica na Endereço para correspondência: Acácio Fuziy Av.86% e.16. • As consequências mais prevalentes da perda precoce de dentes decíduos foram: a migração. extrusão (7. Neste estudo observou-se também a ocorrência de: desvio da linha média (26. foi o mais perdido prematuramente. na maxila. o segundo molar superior apresentando 13.48%. sem efetuar a consideração de valores percentuais de manifestação16.28.27. mordida profunda (3.21.14. estando em acordo com os dados encontrados por outros autores15.22-25. os elementos dentários que apresentaram maior percentual foram os segundos molares decíduos. existem poucos artigos que comentam sobre a prevalência de perda precoce. com 38. São Paulo. concluiu-se que: • A porcentagem de perda precoce de dentes decíduos foi de 12%. de 1. Vale ressaltar que as impacções de prémolares ocorrem mais devido à perda dos segundos molares decíduos2.27. com 36. foi demonstrado por meio desta pesquisa que foram perdidos mais dentes do lado direito (50. 355 – Bairro Cascata 17509-190 – Marília – SP Tel.18-19. apinhamento (2. 136 primeiros molares decíduos (30.55%). sugere-se que os cirurgiões-dentistas considerem os conhecimentos e procedimentos capazes de evitar a perda precoce de dentes decíduos. Esta pesquisa apresenta alto índice de migrações dos dentes adjacentes para a região edentada após a perda precoce de dentes decíduos.45%). • Considerando-se a perda precoce.28. No presente estudo. em relação às crianças do gênero feminino (45. quando não forem restaurados adequadamente. extrusão (7. 75 caninos decíduos (17. Porém. é citada como um dos problemas que leva à perda parcial ou total da estrutura dentária.ORTOPESQUISA Entretanto. pois eles são os melhores mantedores de espaço. Avaliando a existência de dimorfismo entre gêneros na ocorrência de perda precoce de dentes decíduos.48%).7% dos casos e 76.04%.39% das crianças. é um problema que acomete a região ântero-superior.2%). promovendo uma maior prevenção e controle da cárie. seguido do primeiro molar inferior. • Em ambos os gêneros.4% dos traumas ocorrem nos incisivos centrais superiores decíduos12. no que se refere à perda precoce . inclinação lingual dos incisivos inferiores (3. • A perda precoce foi maior no gênero masculino (54. considerando-se os elementos dentários isoladamente.08%). em 73.45%). verificou-se que.72%). apesar da redução do índice de perda precoce de dentes decíduos.39%.45%). mordida profunda (3. O segundo molar inferior.46%). 48(3):1323-29. 15.46(2):17-23. Freitas SF.br/anais/ ronaldpaixao.24(7):613-25. Takayama RG. Brazil. Assistência preventiva-interceptora em escolares do município de Porto Rico. Premature loss of deciduous teeth. Silva Filho OG. Tukasan PC. 7. J Dent Child 1984. 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Unitermos . estes foram agrupados em incisivos. showing an excellent correlation (p < 0. we measured the inter-canine and inter-molar distances. 30 final orthodontic models where treatment followed what was originally planned in the setup. These teeth were grouped into incisors. Para cálculo do erro de método foram medidos. To the research. caninos (r = 0. overjet and mésio-distal diameters of the teeth. três vezes. ABSTRACT . It was concluded that the setup is a reliable method as a diagnostic tool. To compare the upper and lower final models with their setups. r = 0). inter-molar distance (r = 0. Apresentaram correlação baixa a sobressaliência (p = 0. three times.Trabalho original ORTOPESQUISA Avaliação da confiabilidade do setup no diagnóstico e no planejamento ortodôntico Evaluation of the reliability of the setup in the diagnosis and orthodontic planning Barbara N. G. r = 0. pelo mesmo avaliador.72).001) para a distância intercaninos (r = 0. RESUMO . overbite.72).001. com exceção da sobremordida e da sobressaliência.72). *****Professor titular de Ortodontia – UERJ. Orthodontics.Setup is often used in orthodontic diagnosis. Recebido em ago/2010 . em que o tratamento seguiu o que foi planejado inicialmente no setup.O setup é bastante usado no diagnóstico ortodôntico. Plano de tratamento.Diagnosis. with one week interval. mostrando uma correlação excelente (p < 0.0. five models and their setups were measured by the same appraiser. Concluiu-se que o setup é um método confiável como ferramenta de diagnóstico para todas as variáveis avaliadas. ****Professora adjunta de Ortodontia – UERJ.8).99). sobressaliência e os diâmetros mésiodistais dos elementos dentários. canines (r = 0. Overjet (p = 0.82) e pré-molares (r = 0. ***Doutorando em Ortodontia – UERJ. distância intermolares (r = 0. except for overbite and overjet.Aprovado em set/2010 OrtodontiaSPO | 2010. and can be used. r = 0) presented a low correlation. foram medidas as distâncias intercaninos e intermolares. Key Words . A Correlação de Pearson encontrou uma correlação alta (p < 0. canines and premolars for analysis. Ortodontia. com intervalo de uma semana. To calculate the error of method. as an aid in planning orthodontic treatment.82) and premolars (r = 0. r = 0.11) e sobremordida (p = 1. The Pearson correlation found a high correlation (p < 0. Modelos. Para análise.74) e para os diâmetros dos incisivos (r = 0. r = 0.99). Este trabalho teve como objetivo avaliar se o setup é um bom indicador do resultado final do tratamento ortodôntico.8).74) and the diameters of the incisors (r = 0.43(5):499-505 499 . **Doutoranda em Ortodontia – UERJ. Patient care planning. sobremordida. podendo ser usado como auxiliar no planejamento ortodôntico desde que com cautela. cinco modelos e seus respectivos setups. Almeida** Felipe de Assis Ribeiro Carvalho*** Catia Cardoso Abdo Quintão**** Marco Antonio de Oliveira Almeida***** *Graduada em Odontologia – UERJ.72). recebiam outros exames para complementar as informações do mesmo. sendo por isso bastante utilizado . que facilitariam a comunicação entre profissionais. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Pedro Ernesto (CEP/ HUPE: 2738/2010. o método mais seguro e eficiente para o ortodontista avaliar se é possível alcançar os objetivos do tratamento11. que seria o recorte e a remontagem dos dentes sobre as bases do mesmo. sobressaliência e diâmetro mésiodistal dos elementos dentários. incluindo modelos de estudo das arcadas. Uma pesquisa3.de Andrade BNG | Almeida RC | Carvalho FAR | Quintão CCA | Almeida MAO INTRODUÇÃO Estabelecer um diagnóstico ortodôntico requer a compilação de diversas informações. radiográficos e de uma análise oclusal. foram medidas as distâncias intercaninos. estabelecer um diagnóstico preciso é de suma importância para o sucesso do tratamento. . na literatura. Para a comparação entre os modelos finais e seus respectivos setups. ter sido feito um setup9 visando como a oclusão terminaria. algumas limitações dos modelos de gesso seriam eliminadas com o uso de modelos digitais 3.11. Este é um procedimento de simples confecção e de baixo custo que auxilia tanto no diagnóstico quanto no planejamento do caso. foram utilizados os seguintes critérios: pacientes na dentição permanente ao início do tratamento. Apesar de não terem sido encontrados na literatura estudos avaliando sua precisão e confiabilidade. desgastes interproximais ou exodontias. sobremordida.01 mm12. durante o planejamento do caso. Embora possam existir diversas opções de tratamento a partir do mesmo diagnóstico. possibilitando que o ortodontista tome uma decisão mais segura9. Vários trabalhos analisaram a confiabilidade da substituição dos exames convencionais pelos digitais. Em teoria. sobremordida. fotografias extraorais. Para a amostra. se haveria alguma alteração nas distâncias intercaninos e intermolares. inclusive. atualmente. em seguida. pois poderiam ser analisados a qualquer distância e a qualquer tempo. por exemplo. O objetivo deste procedimento seria prever se o caso terminaria com boa intercuspidação dentária. que são tradicionalmente feitos de gesso. MATERIAL E MÉTODOS Para esta pesquisa foram selecionados 30 modelos de pacientes em contenção na Clínica de Especialização em Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. revelou que o modelo digital teria medidas mais precisas por possuir a vantagem de utilizar as ferramentas auxiliares dos programas de computador utilizados.5-6 3-8 2 1 se a discrepância de Bolton10 influenciaria no resultado final do tratamento e. sozinho. possíveis limitações do caso. o que dificulta a utilização para muitos ortodontistas. que comparou medições em modelos de gesso e digitais obtidos simultaneamente. A distância intermolares foi calculada utilizando como referência a ponta da cúspide mésiovestibular do primeiro molar tanto no modelo superior quanto no inferior (Figuras 2). distância intermolares. agenesias e extrações forem considerados necessários para o tratamento. um estudo avaliando a utilidade dos exames de rotina pedidos pelo ortodontista. considerando as seguintes variáveis: distância intercaninos. Além das fotografias e radiografias digitais. que podem ser obtidas através de exames clínicos. o setup é considerado. Desta forma. Há. forneceu uma estratégia de tratamento compatível com o diagnóstico final estabelecido após a análise de toda a documentação. também podem vir a ser substituídos por modelos digitais.000-10). se seria necessário algum procedimento auxiliar como.0. Os avaliadores recebiam apenas o modelo e.43(5):499-505 . os modelos ortodônticos. A distância intercaninos foi medida em ambas as arcadas usando como referência a margem cervical da face vestibular dos caninos (Figuras 1). distâncias intermolares.228. buscando simular o resultado final do tratamento baseado no plano de tratamento escolhido. seria um exame com custo mais elevado e que exige a utilização do computador para sua análise. utilizando para estas medições um paquímetro digital com precisão de 0.9 OrtodontiaSPO | 2010. 500 1. o objetivo deste trabalho foi avaliar a confiabilidade do setup quando comparado ao modelo final do tratamento. no entanto. Este. aumentando a previsibilidade do planejamento1. que estão se tornando parte integral da prática ortodôntica moderna. possuir documentação final com modelo logo após a remoção do aparelho ortodôntico. sobressaliência e os diâmetros mésiodistais de todos os elementos dentários individualmente. O setup ainda possibilita a apresentação do planejamento ao paciente tornando mais fácil o entendimento dos objetivos do tratamento e mostrando. A partir do modelo de gesso é possível confeccionar um setup. que permitem a avaliação das relações oclusais do paciente sem a interferência dos tecidos moles . Os autores concluíram que em 55% dos casos o modelo de estudo das arcadas dentárias. caso positivo. Esta análise oclusal pode ser feita através de modelos de estudo das arcadas dentárias. ter sido realizado o tratamento seguindo o planejamento proposto e para o qual o setup foi realizado. radiografia panorâmica e radiografia cefalométrica lateral. A confecção deve ser priorizada em todos os casos em que desgaste interproximal. CAAE: 0183. OrtodontiaSPO | 2010. Figuras 2 Demonstração de como foram medidas as distâncias intermolares superior e inferior no setup e no modelo final utilizando o paquímetro digital.ORTOPESQUISA Figuras 1 Demonstração de como foram medidas as distâncias intercanino superior e inferior no setup e no modelo final utilizando o paquímetro digital. Figuras 3 Demonstração de como foram medidas a sobressaliência e a sobremordida utilizando régua e paquímetro digital.43(5):499-505 501 . = Incisivos. final P. Sobres.3700 6.3000 54. feita uma marcação com uma lapiseira de ponta fina no local onde a face vestibular dos incisivos superiores tocava o papel cartão e media-se esta distância (Figuras 3).= Superiores.9100 5.0001 e Legenda: DIMS = Distância intermolares superior. =Inferiores. setup Inc.2286 2. três vezes.0800 35. MÁXIMOS.1900 44.6550 5.1300 6.7700 5. Dici = Distância intercaninos inferior. TABELA 1 . setup Can. perpendicular ao longo eixo dos mesmos.2300 9.3400 10.900 2. setup P.2700 26. Sup. = Sobressaliência. incisivos inferiores. setup Sobrem.9300 43. superiores e inferiores.2660 2. inf.2000 4.8200 1. setup Inc.1700 3.9100 7. final N.8461 2. de segundo pré-molar direito a segundo pré-molar esquerdo.0000 Máximo 59.0600 7. Para avaliar a replicabilidade das variáveis analisadas também foi utilizado o Teste de Correlação Intraclasse feito pelo programa de computador βioEstat 5. então.6067 0.3800 5. DICS = Distância intercaninos superior.7229 3.0400 5.4300 3. P. sup.3900 27. Inc.7000 6. inf.0500 1.9600 1.7900 7. mínimos. Dimi = Distância intermolares inferior.1550 1.5632 1.7500 7.2064 3.M.2300 39.8600 7.0800 8. caninos inferiores. final P. pré-molares superiores e pré-molares inferiores (Figuras 4). A sobremordida foi calculada fazendo uma marcação com lapiseira de ponta de 0.7600 37.7500 49.6800 6.1275 0.7900 7.= Caninos.7500 10. então.8700 6. final Sobrem.4900 41.4700 4.5172 0. Era.7750 6.1000 8. cinco modelos e seus respectivos setups. medianas e desvio-padrão.8009 0.= Pré-molares. Análise estatística Para o cálculo do erro de método foram medidos.8401 0. Sobrem.5714 0. final Can.5157 0. inf.8000 31.M. setup Can.0.3250 5.5300 Desviopadrão 3. O maior diâmetro mésiodistal de cada elemento dentário.2200 1.8500 7.4200 6.M. sup.1700 8.5200 7.43(5):499-505 .5136 0.8000 34.1600 48.6643 0.4900 5. DESVIO-PADRÃO E MEDIANA DE CADA VARIÁVEL ANALISADA A medida da sobressaliência foi feita com os modelos articulados em máxima intercuspidação e posicionando um pedaço de papel cartão encostado na face vestibular dos incisivos inferiores.9200 4. sup. final Can.5413 3.º 25 25 23 23 29 29 29 29 30 30 30 30 110 110 118 118 58 58 57 57 87 87 87 87 Mínimo 44. = Sobremordida.3700 43.2418 2.3900 30.5989 0. setup Sobres.3 mm no modelo inferior na altura da borda incisal do incisivo superior e medindo-se.7400 9. pelo mesmo avaliador.74000 RESULTADOS Na Tabela 1 encontra-se a análise descritiva da amostra com valores máximos. Inf.6700 27.5900 2.7400 6. foi calculado.6500 5.6700 26. inf.5200 8.0700 0. setup P.5442 0.3100 5.ESTATÍSTICA DESCRITIVA COM VALORES MÍNIMOS. final Inc. sup.7900 2.1800 39.4544 0.4543 Mediana 50.de Andrade BNG | Almeida RC | Carvalho FAR | Quintão CCA | Almeida MAO Figuras 4 Demonstração de como foram feitas as medidas dos elementos dentários utilizando um paquímetro digital.M.9000 51. Os resultados da comparação entre a medida do setup e do modelo final em relação a distância intermolares superior e inferior foram estatisticamente significativos (p < 0. inf. 502 OrtodontiaSPO | 2010. Medida DIMS setup DIMS final Dimi setup Dimi final DICS setup DICS final Dici setup Dici final Sobres. a distância da borda incisal do incisivo inferior até esta marca (Figuras 3). com intervalo de uma semana entre cada medida. Can. sup. O Teste de Correlação Intraclasse demonstrou replicabilidade excelente.0400 6.5600 43.5300 7. Os dentes foram divididos nos seguintes grupos: incisivos superiores.2273 0. inf.4436 0. caninos superiores.0500 36.M. final Inc. sup. dentre outras variáveis.= Caninos. Por outro lado. Estes resultados se apresentaram estatisticamente significativos (p < 0. o setup é uma ferramenta de diagnóstico e planejamento importante na clínica ortodôntica. sobremordida4. Inf. além de permitir que o profissional planeje a mecânica a ser utilizada11.0015).0001 P = 0.18. P. Na avaliação das medidas dos elementos dentários. Tabela 2. Os autores atribuíram este achado à presença de apinhamento dentário na região posterior. Can. sup. entretanto.0 P < 0.7. demonstrando replicabilidade excelente (ICC = 0.0001 Conclusão Replicabilidade média a boa Replicabilidade média a boa Replicabilidade excelente Replicabilidade média a boa Replicabilidade ruim Replicabilidade ruim Replicabilidade excelente Replicabilidade excelente Replicabilidade excelente Replicabilidade excelente Replicabilidade média a boa Replicabilidade média a boa DISCUSSÃO Ainda que não existam muitos artigos publicados sobre este assunto.0001 P < 0.18-19. A metodologia utilizada no presente estudo foi semelhante à de outros trabalhos já realizados. a replicabilidade ruim encontrada entra em conflito com outro estudo9 que afirma que.80 0. ICC DIMS Dimi DICS Dici Sobress.72 Valor de p P < 0. DICI = Distância intercaninos inferior. = Incisivos.M. 1 buscando estética.76 0.11 0. sup. Sobrem. Inc.0001 P = 0. Inc.0001 P < 0.98 0. função e estabilidade.49 P = 1. = Pré-molares. sempre Legenda: DIMS = Distância intermolares superior. sup. também. = Sobressaliência. inf.52).0001 P < 0.72 0. Outros estudos já utilizaram esta técnica de avaliação para medirem o diâmetro dos elementos dentários3. foi encontrada replicabilidade ruim tanto na análise da sobressaliência (ICC = 0.52 0. uma representação tridimensional da oclusão do paciente ao final da terapia.RESULTADOS DO TESTE DE CORRELAÇÃO INTRACLASSE E VALORES DE P PARA CADA UMA DAS VARIÁVEIS ANALISADAS p = 0. mas com replicabilidade média a boa (ICC = 0.ORTOPESQUISA TABELA 2 . por exemplo.74 0. Sobress. para análise de casos limítrofes. para análise de casos limítrofes.0 0. Sobrem.15. para tratamentos ortodôntico-cirúrgicos e para pacientes com má-oclusão de Classe I com apinhamento severo na região de incisivos inferiores .M.13-17. O setup proporciona ao clínico. que dificultaria a utilização dos mesmos pontos na medição do diâmetro mésiodistal ou sofreria mais alteração no recorte dentário para confecção do setup. Can.7-8.16. A distância intercaninos superior também apresentou resultados estatisticamente significativos (p < 0.16. 0.82 0.64 0.74 e r = 0. Dimi = Distância intermolares inferior.72). sabe-se que a região ântero-inferior apresenta muito apinhamento dentário e no atual estudo foi encontrada replicabilidade excelente para a medida dos incisivos inferiores.43(5):499-505 503 . Sup. Tabela 2.0001 P < 0. sendo considerada precisa e confiável. todos os grupos obtiveram uma replicabilidade excelente.0004) com uma replicabilidade média a boa (ICC = 0. inf. Can. sobre- OrtodontiaSPO | 2010.0004 P < 0. por exemplo.80).0001). com exceção dos pré-molares que tiveram uma replicabilidade média a boa (ICC = 0. Ele é especialmente útil. inf.11). P. para tratamentos ortodôntico-cirúrgicos e para pacientes com má-oclusão de Classe I com apinhamento severo na região de incisivos inferiores1.M. Os resultados deste estudo quanto à pior replicabilidade na medida dos pré-molares estão de acordo com os de uma pesquisa realizada anteriormente7. P.7.64).0015 P = 0. distância intercaninos3. sobressaliência4.77 0.0001). = Sobremordida. Tabela 2.8.15. =Inferiores.0001 P < 0. Ele é especialmente útil.= Superiores. quanto na análise da sobremordida (ICC = 0). DICS = Distância intercaninos superior. o setup é uma ferramenta de diagnóstico e planejamento importante na clínica ortodôntica. Já em relação às medidas de sobremordida e sobressaliência. Já a distância intercaninos inferior também apresentou resultados estatisticamente significativos (p = 0.18.18-19 e distância intermolares3.8. Inc. Ainda que não existam muitos artigos publicados sobre este assunto. Uma possibilidade seria a forma anatômica dos pré-molares. mordida e sobressaliência poderiam ser corretamente avaliadas utilizando o setup.7. Isto inclui a manutenção das distâncias intercaninos e intermolares. o setup não deve ser feito artisticamente para ajudar a convencer o paciente a aceitar o tratamento. na moldagem. Há também o fato de que é necessário um período para que o clínico se adapte ao modelo digital para não ocorrerem erros no diagnóstico do caso ou na comunicação entre diferentes profissionais. pois foram encontradas replicabilidades boas para ambas. de Copacabana. O resultado do presente estudo pode ser atribuído à dificuldade de se reproduzir em cera o torque com que os incisivos terminarão o caso. pode-se presumir que os modelos tradicionais continuarão sendo usados por muitos anos até que a implementação dos modelos digitais se concretize e se torne uma realidade para todos os ortodontistas. Contudo. há uma ampla variedade de estudos sobre o emprego de modelos virtuais como forma de diagnóstico e planejamento ortodôntico. antecipadamente. Endereço para correspondência: Barbara Nobrega Goyanes de Andrade Av.20 manipulação dos mesmos e o fato de não necessitar de espaço físico para armazenamento. Muitos autores apontam como vantagens dos modelos digitais a fácil CONCLUSÃO Pode-se concluir que o setup se mostrou um método confiável para todas as medidas analisadas. por exemplo. De acordo com os resultados desta pesquisa. para se ter certeza de que os planos de tratamento estão sendo elaborados a partir de fontes de informação confiáveis. além do envio dos mesmos para o exterior.43(5):499-505 . Outra desvantagem é o custo elevado destes modelos.: (21) 2542-2113 barbara. . não foram encontrados artigos que avaliassem sua confiabilidade. Assim. pois é necessário usar. Devido a estas considerações. No entanto. uma vez que estes ficam salvos no computador4-7. os modelos digitais apresentam limitações como. Apesar da importância do tema e da ampla utilização dos setups na Ortodontia. reafirma-se a importância do estudo dos tradicionais modelos de gesso e setups. Mesmo assim. Nossa Sra. Com vista nos resultados obtidos pelo presente estudo. oferecendo mais segurança na aplicação do plano de tratamento escolhido11. o clínico terá maior estabilidade no tratamento ortodôntico se respeitar a forma do arco. com o avanço da tecnologia. falta de nitidez nos detalhes da anatomia oclusal ou na posição da linha média5. já que ainda não existem centros para sua digitalização no Brasil4.com 504 OrtodontiaSPO | 2010. Segundo a literatura 12. Assim. com exceção da sobremordida e sobressaliência. ele é considerado um excelente auxiliar de diagnóstico e planejamento ortodôntico por [email protected] Andrade BNG | Almeida RC | Carvalho FAR | Quintão CCA | Almeida MAO O objetivo principal do setup seria fornecer ao ortodontista uma visão realista de como terminaria o caso clínico que está sendo planejado. e pode ser usado como auxiliar no planejamento ortodôntico desde que com cautela. e sim muito criteriosamente. respeitando os objetivos do tratamento e as limitações da mecânica ortodôntica. uma visualização da oclusão do paciente ao final do tratamento. e sim muito criteriosamente. pode-se confirmar que o setup é uma ferramenta boa para avaliar se o planejamento escolhido para o caso terá boa estabilidade em relação a essas medidas. silicone de adição. 195 – Sala 713 – Copacabana 22020-002 – Rio de Janeiro – RJ Tel. o setup não deve ser feito artisticamente para ajudar a convencer o paciente a aceitar o tratamento. O objetivo principal do setup seria fornecer ao ortodontista uma visão realista de como terminaria o caso clínico que está sendo planejado. pode-se observar que um setup feito de forma criteriosa pode ser utilizado como um bom auxiliar no diagnóstico e plano de tratamento ortodôntico. Com base nisto. respeitando os objetivos do tratamento e as limitações da mecânica ortodôntica. material mais dispendioso do que o alginato. Galana AF. Domınguezc A. Angle Orthod 2004. Tavares CAE. Pair JW.101-5. Nakagaki H. Zanini LK. Evaluation of the Validity of Tooth Size and Arch Width Measurements Using Conventional and Threedimensional Virtual. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial 1999. Caldas SCFR. Santoro M. Rev Clín Ortod Dental Press 2007. 9. 18. Garino GB.53(1):95-8. Teredesai M. Luke L. Arch oral Biol 1996. Análise de modelos em ortodontia. Bolton Anterior Tooth Size Discrepancies Among Different Malocclusion Groups. 7. Am J Orthod Dentofac Orthop 1991. Seattle: University of Washington. 19. Validity.43(10):645-51. Angle Ortod 2003. Flores-Mir C. Marınb I. Sadowskyb PL. Nebbe B. Arch Oral Biol 2008. OrtodontiaSPO | 2010.73(3):301-6. Bolognese AM. Major PW.100(3):212-9. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2001. 4.43(5):499-505 505 . reliability. 15. Angle Orthod 2005.65:362-8. 16. Palagi LM. Parikakis KA.129(6):794-803. Mésiodistal crown diameters of permanent teeth in Jordanians. Vig KWL. An Evaluation of the Use of Digital Study Models in Orthodontic Diagnosis and Treatment Planning. Pendenza DC.9(3):26-34.629-38. Souki M. 12. 14. 2. 8. Rheudea B.41(7):641-5. Jacobsond A.74(5):618-23. Huggare JA. Changes in Dental Arch Measurements of Young Adults with Normal Occlusion . 5. Hanamura H. Bendeus M. 13.76(3):441-5. White S. JCO 2009. Zilberman O.75(3):300-4. Little RM. Araújo MVA. Sunga E. RBO 1985. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2003. Garino F. LP. Miguel JAM. Weintraub JA.30:288-94. Variability of study cast assessment among orthodontists. Aznara T. 11.A longitudinal Study. 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Martins. night snoring. cefaleia matutina. o paciente que apresenta estes sintomas pode ser um portador da síndrome de apneia hipopneia obstrutiva do sono (Sahos). sleepiness and excessive daytime fatigue are some evident signs of sleep disorder. known as CPAP (Continuous Positive Airway Pressure). morning headaches.Sleep apnea. Sono. por se tratar de um fator no mínimo coadjuvante destes males. Professor do Curso de Especialização em Ortodontia – Instituto Paranaense de Pesquisa e Ensino em Odontologia (Ippeo) . moderate and severe. roncos noturnos. by polysomnographic examination before and after using the Appliance. foram avaliados também a saturação da oxi-hemoglobina e a frequência cardíaca. Esta síndrome muitas vezes está associada a cardiopatias difíceis de controlar. resulted from the relaxation of the soft tissue in this region. obrigam os pacientes a estarem ligados aos aparelhos e muitos deles não aceitam ou não conseguem se adaptar com os mesmos. os resultados estatisticamente mais significantes foram dos indivíduos do grupo com apneia severa. porém. Os aparelhos que pressionam ar para os pulmões.Trabalho original ORTOPESQUISA Tratamento da apneia obstrutiva do sono com Ap Grunt Obstructive sleep apnea hypopnea syndrome treatment with Ap Grunt Carlos Alberto de Carvalho* *Coronel dentista do Exército Brasileiro. but require patients to be attached to the devices and many of them do not accept or can not adapt to them. um dispositivo intraoral que produz uma mudança de postura mandibular.43(5):509-17 509 . A amostra foi dividida em três grupos segundo a gravidade estabelecida pelo IAH (índice de apneia e hipopneia) em leve. Sleep. RESUMO . This syndrome is often associated with heart disease difficult to control. Recebido em abr/2010 . A Sahos é causada pela obstrução das vias aéreas superiores. are widely used. Unitermos . Key Words . because it is at least one factor supporting these evils. an intraoral device that produces a change in mandibular posture. The sample was divided into three groups according to severity established by AHI (apnea hypopnea index) in mild. The use of devices that push air into the lungs. Ortodontista – Hospital Geral de Curitiba. por meio de exames polissonográficos antes e após o uso do aparelho. OSAHS is caused by obstruction of the upper airways.Dificuldade de concentração. os chamados Cpap (Continuous Positive Airway Pressure). Snoring. sonolência e fadiga diurna excessiva.Concentrating difficulties. moderada e severa. são bastante utilizados. que apresentaram uma melhora em média de 70% contra 53% do grupo de apneia moderada e 40% dos que apresentavam apneia leve. Patients that present these symptoms can be a carrier of the Obstructive Sleep Apnea Hypopnea Syndrome (OSAHS). são alguns sinais evidentes de distúrbio do sono. diminuição da libido. Aparelho intraoral. Intraoral appliance. resultante do relaxamento dos tecidos moles desta região.Apneia do sono. Nosso objetivo foi avaliar a efetividade do tratamento da Sahos com o Ap Grunt.HGeC. Our objective was to evaluate the effectiveness of the treatment of OSAHS with Ap Grunt.Aprovado em set/2010 OrtodontiaSPO | 2010. The results statistically more significant were in the group of individuals with severe sleep apnea. ABSTRACT . We also evaluated the oxyhemoglobin saturation and heart rate. which showed an average improvement of 70% versus 53% among the moderate apnea and 40% of those with mild apnea. Ronco. libido decreasing. de Carvalho CA | INTRODUÇÃO Diferentemente do que se imaginava, o sono não é um estado de total inatividade do organismo e muito menos de inatividade neuronal, o entendimento de que o sono era um estado de completa inatividade do organismo se sustentava pela falta de meios para avaliar as atividades durante o sono. Os estudos sobre o sono evoluíram a partir das publicações de Azerinski e Kleitmann em 1953 com a aplicação das técnicas de eletroencefalograma e eletrocardiograma, outros parâmetros que passaram a compor o conjunto de exames chamado de polissonografia, para avaliação nos estudos do sono nos anos seguintes. Em 1965, Gastaut e colaboradores descreveram as pausas respiratórias durante o sono, conhecidas como apneia do sono. A polissonografia permitiu, aos pesquisadores em fisiologia e distúrbios do sono, estabelecer o estagiamento do sono através de um manual publicado em 1968 pelo Brain Information Service. Em 1972, Guilleminault apresentou os estudos do grupo de Stanford em pacientes normais, não obesos, com apneia obstrutiva do sono, contrariando a associação de obesidade com apneia na Síndrome Pickwickiana. O avanço do conhecimento da fisiologia do sono e de técnicas mais precisas de registro dos eventos durante o sono permitiram o reconhecimento de patologias sono-dependentes e de patologias que causam distúrbios durante o sono. Síndrome de apneia hipopneia obstrutiva do sono (Sahos) A Sahos é uma doença crônica, progressiva, incapacitante, com alta mortalidade e morbidade cardiovascular. A prevalência desta patologia avaliada em diversos trabalhos, os quais mostram que há maior prevalência nos homens do que nas mulheres, aumenta com a idade (mulheres de 30 a 60 anos 5%, homens de 30 a 60 anos 15%), em roncadores (mulheres 19%, homens 34%) e estima-se que 95% dos indivíduos portadores de Sahos estão sem diagnóstico e sem tratamento, isto explica algumas mortes súbitas durante o sono. A apneia ocorre em virtude de uma má coordenação entre os grupos musculares do tórax e da orofaringe. Os músculos da parede do tórax e o diafragma se contraem pelo estímulo vindo do SNC, criando uma pressão negativa que puxa o ar para os pulmões, essa pressão negativa é transmitida para as vias aéreas superiores onde diversos músculos, normalmente contraídos ritmicamente durante a respiração diurna, evitam a obstrução da passagem aérea. Durante o sono há uma queda do metabolismo, uma consequente hipotonicidade muscular 510 generalizada e esses dilatadores faringianos, principalmente o tensor palatino e o genioglosso perdem a capacidade de manter as vias aéreas abertas. A parada respiratória (apneia) provoca hipoxemia, hipercapnia e acidose, a qual por estimulação central provoca um breve despertar. Este breve despertar restabelece a respiração e normaliza os valores de oxigênio no sangue e a pressão arterial. Quando volta o sono, os músculos da orofarínge mais uma vez relaxam e todo o processo reinicia-se, podendo repetir-se centenas de vezes por noite. Isso se reverte em uma baixa eficiência do sono, que resulta em sonolência diurna, dificuldade de concentração, cefaleia matutina e outros sintomas frequentes nos portadores de Sahos. Tipos de apneia • Obstrutiva – decorrente da obstrução das vias aéreas superiores produzida pelos colapsos, que vão desde as fossas nasais até a porção inferior da hipofaringe, mais frequentemente a orofaringe e a hipofaringe. • Central – decorrente da inibição dos estímulos por parte dos centros de controle respiratórios no SNC, com ausência total de fluxo aéreo buconasal e de esforço ventilatório. • Mista – inicialmente não há estímulo dos centros de controle respiratório do SNC, assim que este ocorre, a apneia persiste pela obstrução das vias aéreas superiores. Manifestações clínicas Os portadores de Sahos apresentam sinais e sintomas clínicos diurnos e noturnos que ajudam a fazer o diagnóstico, a manifestação noturna mais comum é o ronco com prevalência de 95%. • Ronco – é um ruído predominantemente inspiratório causado pela vibração dos tecidos moles da orofaringe; é a tradução sonora da obstrução das vias aéreas superiores. • Despertares frequentes – os portadores de apneia obstrutiva do sono frequentemente relatam acordar com sensação de asfixia ou de angústia, caracterizando um sono inquieto. • Hipersonia ou sonolência excessiva – é a principal manifestação diurna, é consequência de um sono fragmentado, interrompido constantemente pelas apneias e microdespertares. Tais eventos impedem que se consolide o sono constante e reparador. • Cefaleia matinal – de predomínio frontal estão presentes em boa parte dos pacientes, assim como a dificuldade de concentração, perda progressiva da memória e diminuição da libido são sintomas próprios da apneia do sono. • Depressão – assim como agressividade, irritabilidade e modificação da personalidade são manifestações relatadas OrtodontiaSPO | 2010;43(5):509-17 ORTOPESQUISA Em cada apneia a pressão se eleva em maior ou menor grau, dependendo da dessaturação da oxi-hemoglobina, quando a ventilação é restaurada a pressão retorna aos níveis adequados. pelos pacientes ou seus parceiros, os quais são também prejudicados. • Hipertensão – durante o sono normal, ocorre uma queda do metabolismo e a pressão arterial apresenta uma diminuição em torno de 10% a 15%, principalmente durante o sono NREM estágios 3 e 4. Em cada apneia a pressão se eleva em maior ou menor grau, dependendo da dessaturação da oxi-hemoglobina, quando a ventilação é restaurada a pressão retorna aos níveis adequados. Quando os episódios da apneia se sucedem um após o outro sem intervalos suficientes para o restabelecimento dos níveis pressóricos normais, se instalam os quadros de hipertensão que podem causar insuficiência cardíaca. • Acidente vascular cerebral (AVC) – tem sido proposto que a Sahos em grau severo é um fator de risco importante na ocorrência de AVC, em virtude da multiplicidade de fatores cardiológicos, neurológicos e hemodinâmicos resultantes dessa síndrome que levam o paciente à morte. Pacientes que sofrem AVCs transitórios isquêmicos devem ser avaliados considerando-se a probabilidade de serem portadores de Sahos. Fatores predisponentes Existem alguns fatores que contribuem para o fechamento total ou parcial da via aérea superior, tais como: • Tônus incompetente do palato e língua durante a inspiração. • Hiperplasias amigdalianas, cistos, tumores, abscessos e acúmulo de tecido adiposo submucoso, na região da faringe. • Alterações linguais de posicionamento e função, como retroglossoptose, acúmulo de gordura na língua e hipofunções linguais. • Anomalia do palato mole e úvula, deformidades do palato duro. • Atresias maxilomandibulares como retrognatismo e micrognatismo, o deslocamento posterior da mandíbula diminue o espaço aéreo. • Desvio do septo nasal, hipertrofia de adenoides e cornetos, provocam a diminuição do espaço aéreo da naso-faringe. Nos pacientes apneicos, o colapso faringeano ocorre em algum lugar entre os cornetos nasais e a epiglote, geralmente atrás da úvula e do palato mole ou atrás da língua ou a partir do espaço retropalatal até a hipofaringe e, frequentemente, ocorre em multiplos lugares ou uma combinação desses sítios (Figura 1). É consenso na literatura a importância de se avaliar com critério os pacientes que apresentam alguns dos sinais e sintomas já citados e, particularmente, aqueles portadores de algum dos fatores predisponentes, que por vezes são a causa determinante da Sahos. Assim como pacientes portadores de cardiopatias, ainda que esta não tenha a Sahos como causa determinante, o controle desta síndrome permite ao clínico uma melhor avaliação da gravidade da cardiopatia presente. Tratamento Dada a incapacidade de se identificar qual fator está mais operante na Sahos, uma série de intervenções terapêuticas direcionadas especificamente aos diferentes pontos da cadeia de eventos anormais que causam as pausas respiratórias Figura 1 Vias aéreas superiores. OrtodontiaSPO | 2010;43(5):509-17 511 de Carvalho CA | passaram a ser propostas. Estas propostas de tratamento para Sahos levam em consideração os fatores predisponentes de alterações anatomicas das VAS (vias aéreas superiores) e de alterações funcionais. Diminuir a colapsibilidade durante o sono, aumentar o tamanho, aumentar o tônus muscular e/ou rigidez das paredes e evitar fatores específicos que diminuam a contractilidade da musculatura das VAS formam a base do tratamento. Os dispositivos intraorais têm ganhado importância, apesar das suas limitações, porque os tratamentos disponíveis hoje em dia não têm um percentual de sucesso suficiente. Assim, o tratamento com dispositivos intraorais deve ser o de primeira escolha pela melhor aceitabilidade dos pacientes, simplicidade de confecção e por apresentar efeitos colaterais controláveis. rior de todos os pacientes. Neste estudo, pudemos constatar que, a hipertrofia das conchas nasais estava presente em 100% dos pacientes; 66% dos pacientes apresentavam desvio do septo nasal; os fatores obstrutivos podem ser múltiplos e localizados na bucofaringe, nas cavidades nasais e na nasofaringe; a hipertrofia da tonsila faringiana teria de ser muito grande para afetar a resistência da via aérea nasal. Outro autor5 ressalta que está se abrindo uma nova possibilidade de trabalho para os cirurgiões-dentistas, que com um posicionamento correto frente à multidisciplinaridade do problema, uma avaliação ampla do paciente e usando os dispositivos adequados irá ganhar terreno com certeza em uma área até então ocupada apenas pelos médicos, no tratamento do ronco e da apneia obstrutiva do sono com dispositivos intraorais; porém, é preciso estar atento para o uso indiscriminado dos aparelhos, sem uma correta avaliação do paciente, pois poderemos incorrer em um grande número de insucessos, o que levará à perda da credibilidade de um tratamento que, com certeza, funciona quando bem indicado e, pior ainda, podemos estar subtratando nossos pacientes, eliminando o ronco e não eliminando a apneia, trazendo consequências sérias e podendo comprometer a vida desses pacientes. Analisando comparativamente os critérios adotados para seleção dos pacientes tratados cirurgicamente com Laup, autores6 relatam que o ronco e a apneia do sono leve podem ser tratados cirurgicamente com a Laup, sendo que os resultados dependem diretamente dos critérios adotados para seleção dos pacientes. Em um estudo clínico prospectivo randomizado, foram selecionados 44 pacientes com ronco primário e apneia leve, sendo avaliados clinicamente e pelas escalas de Epworth e Stanford (ronco e sonolência diurna) no pré e pós-operatórios. A obtenção de resultados satisfatórios depende da exclusão dos pacientes com apneia moderada, grave e central, que foi estimada com os critérios adotados e confirmada pela polissonografia. A melhora clínica foi acompanhada pela redução nos valores obtidos nas escalas de Epworth e Stanford. Em relação ao tratamento cirúrgico otorrinolaringológico, foi realizado um estudo retrospectivo7 em 223 pacientes atendidos no ambulatório de Otorrinolaringologia da Unifesp, onde todos apresentavam polissonografia basal e foram submetidos à anamnese e exame físico otorrinolaringológico. A conduta terapêutica foi dividida em cirúrgica (procedimentos faríngeos, nasais e craniofaciais) e não cirúrgica (Cpap, aparelho intraoral e medidas gerais). Quase metade dos pacientes (100 pacientes 44,8%) recebeu indicação de algum procedimento cirúrgico, em um total de 168 procedimentos, que foram indicados dependendo da gravidade da Sahos. Conclusão: o tratamento cirúrgico otorrinolaringológico é uma opção de tratamento para pacientes REVISÃO DA LITERATURA O sono é tão importante quanto à alimentação e os exercícios físicos, a falta de descanso prejudica nossa produtividade, os relacionamentos e a saúde. Segundo alguns autores1-3, desde a década de 1950, o sono vem sendo reconhecido como um processo neural ativo, absolutamente necessário à homeostase. Nesse contexto, insere-se a importância do estudo sobre a síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono (Sahos), definida como episódios repetidos de apneia e hipopneia que ocorrem durante o sono, levando à hipersonolência diurna e alterações cardiorrespiratórias. A apneia obstrutiva do sono conduz, em longo prazo, a importantes alterações cardiovasculares e neuropsicológicas, com implicações socioeconômicas graves, merecendo a atenção médica. A literatura mostra que indivíduos obesos apresentam risco maior de desenvolver diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, dislipidemia e outras doenças crônicas como a síndrome da apneia e hipopneia obstrutiva do sono (Sahos). A Sahos é uma doença crônica, progressiva, incapacitante, com alta mortalidade e morbidade cardiovascular. O diagnóstico de confirmação é feito pela polissonografia, que também estabelece critérios de gravidade. O tratamento está centrado em quatro pontos: tratamento da obesidade, tratamento comportamental da Sahos, tratamento físico e procedimentos cirúrgicos. Também, foram desenvolvidos aparelhos intraorais removíveis. Neste trabalho, os autores avaliaram as características funcionais em um grupo de 30 pacientes com má-oclusão de Classe II, divisão 1 de Angle, do sexo feminino e masculino, com idade média de 17 anos e um mês, com dentição permanente, e que não tinham se submetido a tratamento ortodôntico. Nesta amostra, utilizando a videoendoscopia, foi possível determinar os fatores etiológicos e o local da obstrução na via aérea supe4 512 OrtodontiaSPO | 2010;43(5):509-17 colapso da válvula nasal. Dentre as parassonias que frequentemente acompanham a apneia do sono temos o sonambulismo. segundo outros autores13.5% a 14% dos pacientes portadores de apneia do sono. podemos concluir que as alterações estruturais da cavidade nasal têm alta incidência nos pacientes com Sahos. Dentre as parassonias que frequentemente acompanham a apneia do sono temos o sonambulismo. Um estudo retrospectivo em 200 pacientes. os autores9 descrevem que questionários específicos incluindo avaliação da qualidade do sono. OrtodontiaSPO | 2010. transtornos respiratórios do sono e ritmo sono-vigília são utilizados. permitindo constatações do papel do sono e seus distúrbios no aumento da morbidade e mortalidade. A Sahos tem se revelado ser o mais importante e frequente distúrbio respiratório do sono. Os critérios de diagnóstico estão em constante mutação em virtude dos fatores de risco. Os procedimentos cirúrgicos devem ser indicados de forma criteriosa. 196 homens e quatro mulheres. Em relação aos procedimentos e métodos diagnósticos. ele representa a presença da atividade motora típica da vigília durante o sono. melhorando a adaptação ao Cpap. Assim. a hipertensão arterial sistêmica (HAS). todos com controle polissonográfico. O principal tratamento da Sahos é o Cpap (Continuous Positive Airway Pressure) e tem provado melhorar a sonolência diurna excessiva (SDE). com resultados satisfatórios. baseando-se na gravidade da doença e nas alterações anatômicas da VAS e do esqueleto facial. podendo causar ou agravar quadros de apneias noturnas. hipersonolência. evitar álcool e sedativos. dar preferência ao decúbito lateral. Na nova pesquisa. Vários distúrbios do sono podem acompanhar a síndrome da apneia do sono pela concomitância das síndromes ou pela existência de mecanismos fisiopatológicos comuns. de 50 mg. ele representa a presença da atividade motora típica da vigília durante o sono. pela fragmentação do sono recorrente. O uso de alguns medicamentos por portadores de Sahos podem piorar o quadro. Sua importância tem crescido desde a disponibilização em escala democrática dos recursos diagnósticos e terapêuticos que se iniciou nos anos 1980. aumento de adenoides e corpos estranhos estão entre as principais causas de obstrução nasal. destacamos a insônia. O bruxismo do sono pode estar presente em 3.43(5):509-17 513 . endoscópico e o tratamento cirúrgico com procedimentos nasais e faríngeos uvulopalatofaringoplastia ou uvulopalatoplastia e no nariz: 176 septoplastias com turbinectomia parcial (88%) e 24 turbinectomias isoladas (12%).ORTOPESQUISA com Sahos e pode ter intuito curativo ou coadjuvante a outras terapias. exame físico otorrinolaringológico. do sil- A insônia pode ser uma das queixas dos pacientes portadores de distúrbios respiratórios do sono. Os sintomas decorrentes incluem o ronco e a perda do sono.5% a 14% dos pacientes portadores de apneia do sono. O bruxismo do sono pode estar presente em 3. O uso de aparelhos que promovem o avanço da mandíbula e cirurgias é reservado para determinados tipos de pacientes. pela fragmentação do sono recorrente. o bruxismo do sono e o sonambulismo. Outro estudo retrospectivo8 demonstra que a obstrução nasal é um problema relativamente comum. Alterações estruturais como desvio de septo nasal. A insônia pode ser uma das queixas dos pacientes portadores de distúrbios respiratórios do sono. tratar doenças otorrinolaringológicas e refluxo gastresofágico. lesões traumáticas. a qualidade de vida e a cognição. o tratamento requer medidas gerais como: perda de peso. Outros autores12 afirmam que a Sahos é uma das causas mais frequentes de sonolência excessiva. foram examinados os efeitos de uma dose única. lesões neoplásicas e pólipos. respectivamente. em geral. A polissonografia e o teste múltiplo de latência do sono são considerados como métodos padrão ouro na maioria dos transtornos do sono e narcolepsia. Estudos recentes mostram que a apneia do sono contribui para o desenvolvimento da disfunção erétil. cujo manejo envolve a participação de diversos profissionais da área da saúde. idade e obesidade que nem sempre estão presentes. para triar transtornos do sono e como indicação para estudos sobre o sono. Segundo alguns autores10-11 os distúrbios respiratórios do sono constituem um tópico relativamente novo do conhecimento científico. discutiu-se o uso de aparelhos intrabucais para o tratamento dessa patologia. Os pesquisadores também verificaram que a respiração se apresentava mais desordenada. sendo o desconforto dentário. entre os homens que usaram o sildenafil antes de dormir. variando também de acordo com a oclusão inicial. Concluiu-se que a terapia com aparelhos intrabucais deve ser a de primeira escolha para o tratamento de Sahos leve a moderada. a hipersalivação e a xerostomia os sintomas clínicos mais frequentes. A B Figuras 2 Vista bilateral do Ap Grunt. em média 7. articular e muscular. destacando-se eficácia e limitações dessa terapia. que já eram portadores da apneia do sono. O aparelho – Ap Grunt O aparelho proposto é composto por duas placas confeccionadas em resina acrílica com grampos de retenção que se encaixam nas arcadas superior e inferior unidas por parafusos bilaterais colocados externamente. com bom grau de colaboração e alto índice de satisfação.7% dos casos. Alguns autores15-17 correlacionaram às mudanças oclusais observadas nos pacientes em uso do aparelho intrabucal para tratamento da Sahos. com mais falhas por hora. e sempre em nível superior ao uso do Cpap quando comparados. Na avaliação cefalométrica houve decréscimo do overjet e overbite. principais sintomas clínicos. Os resultados mostraram que a utilização do sildenafil aumentou de modo significativo a apneia do sono nestes pacientes. 514 OrtodontiaSPO | 2010. com efeitos colaterais oclusais leves que normalmente não geram A colaboração é dependente do grau de conforto obtido pelo paciente durante o uso da aparelhagem e das avaliações próprias quanto ao resultado da terapia. sendo favoráveis ou desfavoráveis dependendo da má-oclusão inicial. em uma avaliação de longo prazo. visto que é o fator de maior dificuldade para tratamento com o Cpap. versus uma dose de placebo. que permitem os ajustes de avanço (titulação) do aparelho (Figuras 2). A colaboração é dependente do grau de conforto obtido pelo paciente durante o uso da aparelhagem e das avaliações próprias quanto ao resultado da terapia. A análise do grau de colaboração do paciente deve ser feita para indicar o tratamento com aparelho intrabucal de forma efetiva. e sempre em nível superior ao uso do Cpap quando comparados. Todos os estudos mostraram um alto grau de colaboração na utilização do aparelho. Através de uma revisão de literatura 14 incômodos aos pacientes. grau de colaboração e índice de satisfação dos pacientes.43(5):509-17 . principais efeitos colaterais oclusais. Na análise de modelos ocorreram mudanças em 85. Todos os estudos mostraram um alto grau de colaboração na utilização do aparelho. no tratamento da síndrome de apneia hipopneia obstrutiva do sono (Sahos) em pacientes que procuraram tratamento no Hospital Geral do Exército de Curitiba (HGeC).de Carvalho CA | denafil (Viagra). mudanças na posição de incisivos e molares e consequentes alterações na posição mandibular. com 70 pacientes tendo seus modelos de gesso das arcadas dentárias comparados visualmente por cinco ortodontistas e 71 pacientes tendo suas radiografias cefalométricas analisadas. em 14 homens de meia-idade. Objetivos Este trabalho teve como objetivo avaliar os resultados do uso de dispositivo intraoral específico.4 anos. três dolicofaciais e um braquifacial.25. Grupo 1 Média Variância t 4. Em termos práticos o experimento provou que o tratamento foi eficiente. o valor de t na tabela é 3. o que faz com que a língua se posicione posteriormente. Como o valor absoluto Os resultados estatísticos demonstram a eficiência do tratamento nos três grupos pesquisados. os quais foram avaliados por meio de polissonografia. Os parâmetros acima citados são utilizados pelos laboratórios que realizam os exames e foram estabelecidos no I Consenso em Ronco e Apneia do Sono – São Paulo – 2000.17. desvio-padrão de 17. nível de 1%.br). com idade de 23 a 66 anos.73) é maior do que o valor da tabela (3. Eles também devem estabilizar a mandíbula impedindo que ela caia durante a noite. são elas: proporcionar avanço mandibular. dez do gênero masculino e um feminino. os resultados das médias dos parâmetros da oxi-hemoglobina e frequência cardíaca OrtodontiaSPO | 2010. conclui-se que o tratamento tem efeito significante. Grupo 3 Média Variância t 33. Grupo 1: composto por 11 indivíduos. • Sahos moderada – IAH de 16 a 30 eventos por hora de sono.18 Com nível de significância de 1% e dez graus de liberdade. a frequência cardíaca e a gravidade (IAH).17). a saber: • Sahos leve – IAH de cinco a 15 eventos por hora de sono.34 10. pois permite modificar a quantidade de avanço de acordo com a possibilidade de cada paciente e com o resultado obtido.43(5):509-17 515 . invadindo o espaço aéreo.18) é maior do que o valor da tabela (3. Somado a essas.33. essas características já foram referenciadas pela FDA e a ADSM que são os principais órgãos certificadores. impedindo que os tecidos da orofaringe colapsem. Na Tabela 1. com idade de 45 a 73 anos. Os parâmetros avaliados foram a saturação de O2. Grupo 3: composto por dez indivíduos. permitir respiração bucal. Sendo quatro indivíduos mesofaciais e três dólico-faciais. A amostra foi dividida em três grupos segundo a gravidade da síndrome estabelecida pelo IAH (índice de apneia e hipopneia). desvio-padrão de 14. nos Estados Unidos e Inglaterra. o aparelho (AP Grunt) foi instalado e as ativações realizadas nos três meses seguintes. realizado pela Sociedade Brasileira do Sono – Sociedade Brasileira de Rinologia e Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia (www. seis do gênero masculino e um feminino.47) é maior do que o valor da tabela (3.25). Como o valor absoluto de t calculado (13. atendidos na Clínica Odontológica do Hospital Geral do Exército. na confirmação do diagnóstico e no estabelecimento da gravidade da Sahos.71).35 4. Sahos leve. nível de 1%.67 163. que é o exame considerado padrão ouro pela literatura1-3. conclui-se que o tratamento tem efeito significante. Todos realizaram polissonografias prévias ao tratamento.16.ORTOPESQUISA Modos de ação Os posicionadores mandibulares trabalham pelo avanço mandibular.71. conclui-se que o tratamento tem efeito significante. Sendo seis indivíduos mesofaciais. Sendo indivíduos mesofaciais. estando o paciente perfeitamente de t calculado (4. o valor de t na tabela é 3. Como o valor absoluto de t cal- culado (8. principalmente do genioglosso.50 8. com idade de 24 a 73 anos. três dólico-faciais e dois braquifaciais. • Sahos severa – IAH acima de 30 eventos por hora de sono. Grupo 2: composto por sete indivíduos.73 8.75 Com nível de significância de 1% e seis graus de liberdade. Grupo 2 Média Variância t 11. achamos que os mesmos não devem interferir no espaço da língua e permitir um mínimo de movimentos laterais. DISCUSSÃO MATERIAL E MÉTODOS A amostra consta de 28 (vinte e oito) indivíduos residentes na região de Curitiba. Características dos aparelhos Diversos estudos já determinaram claramente as características que estes aparelhos devem ter para obterem os resultados desejados.33 Com nível de significância de 1% e nove graus de liberdade.sbsono. adaptado com o aparelho. foram realizadas as polissonografias para avaliação dos resultados.com. nível de 1%.13. através do qual afastam os tecidos da garganta e aumentam a tonicidade da musculatura da região. causando a apneia/hipopneia. seis do gênero masculino e quatro feminino. Em termos práticos o experimento provou que o tratamento foi eficiente. o valor de t na tabela é 3. Em termos práticos o experimento provou que o tratamento foi eficiente.25 11. desvio-padrão de 10. possibilitando maior conforto ao paciente. possibilitar regulagem gradual do avanço mandibular (titulação) – a característica mais importante. 0% 91. card 68 61 78 89 78 77 73 70 65 72 71 73 Freq.5 39. em face dos relatos acima TABELA 1 .1 27.0% 96.4 48.0% 91.0% 95.0% 95.4 10. apenas de cuidados básicos na confecção dos grampos. Sahos moderada.5 18 17. 2 88.2 21.PACIENTES PORTADORES DE SAHOS MODERADA COM IAH PRÉ-TRATAMENTO ENTRE 15 E 30 Sat.0% 93.0% 93.0% 93.0% 91.3 20.7 Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 Médias Sat.0% 87. card. Sahos grave. • A confecção do aparelho não depende de tecnologia e materiais sofisticados.7% Sat.2% Sat.0% 85.4 6.3 10.0% 93.2 6 4.0% 94.0% 96.5% Freq. Freq.0% 95.0% 93. 2 93. CONCLUSÃO Os resultados demonstraram que praticamente 85% dos pacientes obtiveram uma melhora significativa do quadro de apneia.PACIENTES PORTADORES DE SAHOS LEVE COM IAH PRÉTRATAMENTO ATÉ 15 podemos concluir que: • Os resultados foram estatisticamente significantes e comprovaram a efetividade do tratamento.0% 93. 2 95.3 19 23.0% 95.0% 91.0% 91. Contrariando a literatura.0% 93.0% 92.8 15 7.3 30 19.0% 94.0% 93.7 48 51.0% 87.0% 90.43(5):509-17 . card.0% 90.0% 95.0% 92.2 16 22.0% 92. Na Tabela 2.0% 92. apenas três pacientes persistiram com roncopatia leve por causas otorrinolaringológicas que foram diagnosticadas posteriormente. mesmo aqueles com idade mais avançada. card.5 6 TABELA 3 .8 48.2 2.8 5.6 6.0% 92.3 13 5.0% 89.6 6.8 12.3% Freq.5 9 8. observamos que os pacientes mais beneficiados foram aqueles portadores de Sahos grave e que tinham indicação para o uso de Cpap.0% 93. 2 94. porém. 54 69 72 60 65 64 72 65 54 67 72 60 65 64 72 64 28 IAH IAH 14 5.0% 91. três pacientes registraram piora na saturação da oxi-hemoglobina.8% Sat.0% 92. A saturação de oxi-hemoglobina e a frequência cardíaca apresentam em média uma pequena melhora.7 14.0% 98. Pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Médias Sat. exigindo apenas alguns ajustes.3 31.0% 94.0% 90.0% 81. aplicação da resina acrílica e instalação dos parafusos. o ronco foi eliminando em praticamente todos os pacientes. alguns até tentaram.0% 90. Freq.0% 89.7 15 8. mantiveram-se proporcionais aos anteriores. 62 75 62 75 57 81 73 70 66 70 69 60 72 62 73 57 78 73 65 66 70 67 48 IAH IAH 16. • Os pacientes se adaptam facilmente com o aparelho. Na Tabela 3. os resultados das médias dos parâmetros da oxi-hemoglobina e da frequência cardíaca.7 73.6 9.5 1. card.5 6.0% 98.0% 96.4 12 15.0% 95.0% 92.6 15 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Médias 47.0% 95.0% 90. card 66 58 75 80 70 75 73 70 65 68 71 70 IAH 13.3 6.0% 92.0% 93. mas não se adaptaram em virtude dos efeitos colaterais e do desconforto causado pelo aparelho.3 17.1 5.2 55.1 516 OrtodontiaSPO | 2010. 2 92. o índice de apneia e hipopneia apresentou uma redução significativa em torno de 70%.0% 92.0% 91.0% 93. mas o índice de apneia e hipopneia apresentou uma redução em torno de 50%. este resultado contraria os relatos da literatura com relação à eficácia dos aparelhos intrabucais no tratamento da Sahos grave. embora não fazendo parte do objetivo do trabalho.0% 94.de Carvalho CA | mostram ligeira alteração do índice de apneia e hipopneia.0% 92. redução de 40%.8 6.PACIENTES PORTADORES DE SAHOS GRAVE COM IAH PRÉTRATAMENTO ACIMA DE 30 Pacientes 1 TABELA 2 . mantiveram-se ainda praticamente iguais aos anteriores.0% 94.2 12.8 2. 2 94.2 IAH 4. os resultados das médias dos parâmetros da oxi-hemoglobina e frequência cardíaca.5 43.5 6.8% Freq. • O aparelho proposto cumpre os requisitos básicos necessários ao bom funcionamento e a obtenção dos melhores resultados.4 14. 16. 6.129(2):205-3. 7. Acesso em: setembro de 2001. Gregório CL. Cintra F. Métodos diagnósticos nos distúrbios do sono. Medicina Ribeirão Preto 2006. Silva GA. Revista Brasileira de Psiquiatria 2005. Sung J. deve ser eleito como primeira terapia nos pacientes portadores de roncopatia. Long-term sequellae of oral appliance therapy in obstructive sleep apnea patients: Part 1. Revista Dental Press Ortodontia e Ortopedia Facial 2001. Oliveira JAA. 11. Silva RS. Formigoni GGS. 14. Roizenblatt S. 5. Tufik S. Fava AS. Almeida F. 10. TogeiroSMGP. Endereço para correspondência: Carlos Alberto de Carvalho Rua Mal.166:1763-7. Santos RF. Disponível em: <www.com.129(2):214-1. Pachito DV. 17. Indicação Cirúrgica Otorrinolaringologica em um Ambulatório para pacientes com Síndrome de Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono. Lowe A. Bittencourt LRA. Revista da Associação Medica Brasileira 1999. Guilleminault C. os quais são perfeitamente controláveis. Apneia do Sono em Obesos. 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Mestre em Ortodontia – Unesp/Araraquara. Cirurgia maxilofacial. Key Words . Adjunct Clinical Assistent Professor – Baylor College of Dentistry – Dallas – USA e Saint-Louis University – Missouri . Mestrando em Ortodontia – Unesp/Araraquara. mas ainda se aplica de forma empírica e negligenciam-se os vários fatores envolvidos na determinação e condução do plano de tratamento.A polêmica discussão entre abordagem terapêutica ortodôntica e abordagem cirúrgica nos casos limítrofes ganha novo impulso com o surgimento dos dispositivos de ancoragem temporários. Cirurgião Bucomaxilofacial – Fellow Baylor Health Science Center .43(5):519-27 519 . *****Professor doutor – Departamento de Clínica Infantil – Unesp/Araraquara. This branch of Orthodontics has brought new treatment perspectives.Aprovado em set/2009 OrtodontiaSPO | 2010.The polemical discussion between orthodontic therapeutic and surgical approaches with relation to borderline cases receives a new impulse with the emergence of temporary anchorage devices. ***Professora – Universidade do Estado do Amazonas .ESA/UEA. TX. EUA. O objetivo deste trabalho foi identificar os diversos fatores a serem considerados nas duas formas de tratamento para subsidiar o ortodontista de informações que possam contribuir para a correta decisão. **Especialista em Ortodontia . Procedimentos de ancoragem ortodôntica.Dallas. The objective of the present study is to identify the several factors to be considered in both forms of treatment in order to provide the orthodontist with information that may contribute for the correct decision. Unitermos .Orthodontics corrective. Esta vertente da Ortodontia trouxe novas perspectivas de tratamento.Trabalho original ORTOPESQUISA Camuflagem ortodôntica com dispositivos de ancoragem temporários ou cirurgia ortognática: parâmetros para a decisão Orthodontic camouflage with temporary anchorage devices or orthognathic surgery: parameters for the decision André da Costa Monini* Adriano Porto Peixoto** Savana de Alencar Maia*** Luiz Gonzaga Gandini Júnior**** João Roberto Gonçalves***** *Especialista e mestrando em Ortodontia – Unesp/ Araraquara. ****Professor adjunto livre-docente – Departamento de Clinica Infantil – Unesp/Araraquara. RESUMO .Centrinho-Bauru. ABSTRACT . Oral surgery. but it has still been applied empirically. Orthodontic anchorage procedures. Recebido em jun/2009 . conhecida como camuflagem ortodôntica e. A decisão em casos limítrofes é frequentemente baseada na possibilidade do tratamento resultar em uma estética facial aceitável3-4. Ausência de curva de Spee excessiva ou compensação dos incisivos.Monini AC | Peixoto AP | Maia SA | Gandini Jr LG | Gonçalves JR INTRODUÇÃO Casos limítrofes apresentam difícil planejamento. apenas com uma abordagem ortodôntica.43(5):519-27 4 identificar quais pacientes podem ser tratados com sucesso. como o Envelope da Discrepância de Proffit que se baseou no grau de disparidade das relações oclusais. Antes da divulgação destes critérios. invasão das corticais das bases ósseas e a observação do espaço aéreo naso e bucofaringeano. ou seja. trespasse horizontal superior a 10 mm. esta ampliação da possibilidade ortodôntica implica em maior atenção aos limites biológicos. Relação do tecido mole proporcional e que possa responder favoravelmente à movimentação dentária. A questão importante é REVISÃO DA LITERATURA Os DAT podem ser utilizados como um método de ancoragem eliminando. altura facial anterior e inferior maior que 125 mm. são conseguidos quando suportados por DAT como. quando ainda não existiam os DAT. onde gráficos delimitados por valores numéricos em milímetros. A questão importante é identificar quais pacientes podem ser tratados com sucesso. 5. Estes números são linhas mestras e médias para orientação apenas. e quais deles necessitarão também de cirurgia ortognática. No entanto. foi sugerido que a correção ortodôntica da má-oclusão de Classe II torna-se indesejável em situações que apresentam as seguintes características: problemas periodontais prévios. pequena demais para ser tratada com cirurgia ortognática. 3. por exemplo. por meio da mecânica tradicional. ortodontia mais ortopedia e ortodontia associada à cirurgia ortognática). autoestima do paciente e estabilidade devem ser considerados na decisão da abordagem terapêutica. 4. intrusões de molares bilateralmente e retrações sem perdas de ancoragem2. ampliando as possibilidades de movimentação dentária. espessura da sínfise insuficiente. comprimento do corpo mandibular menor que 70 mm e pogônio localizado mais do que 18 mm atrás do násio-perpendicular5. e quais deles necessitarão também de cirurgia ortognática. Critérios de seleção para a camuflagem da má-oclusão de Classe II. Outros fatores como estética facial. Estes recursos trouxeram novas perspectivas de tratamento para casos antes considerados fora dos limites de um tratamento ortodôntico convencional. O dilema da decisão entre o tratamento com cirurgia ortognática ou camuflagem ortodôntica é antigo e. 1 2. A decisão em casos limítrofes é frequentemente baseada na possibilidade do tratamento resultar em uma estética facial aceitável3-4. a necessidade de cooperação dos pacientes e servindo de apoio para diversos tipos de movimentos ortodônticos. inclusive os mais complexos. Oclusão posterior topo a topo. atualmente. Altura facial anterior e inferior reduzida ou normal com algum aumento da sobremordida. em grande parte. problemas na ATM. O objetivo deste trabalho foi identificar os diversos fatores a serem avaliados nas duas formas de tratamento para subsidiar o ortodontista de informações que possam contribuir para a correta decisão. enquadram o paciente em um dos três tipos de correção (ortodôntica isolada. assimetrias esqueléticas dos arcos dentários. retrações gengivais. a possibilidade de reabsorções dentárias. . talvez. pois representam uma deformidade esquelética importante para ser corrigida apenas com a Ortodontia isolada. 520 OrtodontiaSPO | 2010. atresia transversal esquelética. não podendo ser aplicadas de maneira absoluta para todos os pacientes6. Tentativas de se definir limites de tratamento foram descritas na literatura. ganha novos horizontes com a utilização de dispositivos de ancoragem temporários – DAT (placas e miniparafusos). Suporte periodontal que permita expansão ou inclinação dos incisivos inferiores sem riscos. Movimentos dentários difíceis ou até mesmo impossíveis de serem realizados. apontando as vantagens e desvantagens de cada opção. apenas com uma abordagem ortodôntica. foram definidos : 1. Figuras 1 e 2. Somente 40% dos ortodontistas opinaram que era possível tratá-la com Ortodontia isolada. manutenção ou aumento das vias respiratórias8. más-oclusões devido a grandes discrepâncias esqueléticas devem ser corrigidas com cirurgia ortognática. a maior mordida aberta avaliada foi de 60%. Figuras 1 Tratamento ortodôntico de camuflagem sem comprometer a estética facial. solução das principais queixas Estética facial A atratividade da face tem associação com a primeira impressão que se tem das pessoas e. ou seja. oclusão funcional e estática corretas.ORTOPESQUISA Outro trabalho7 procurou identificar os limites para o tratamento ortodôntico utilizando a opinião de ortodontistas. do paciente. desta forma. na obtenção de sucesso e na estima da personalidade. estabilidade das mudanças introduzidas pelo tratamento. más-oclusões esqueléticas precisam ser adequadamente tratadas para obter uma estética facial agradável. tais como: musculatura e ATMs saudáveis. equilíbrio facial. portanto. o contorno facial e. Concluiu-se que sobressalência positiva maior que 8 mm e negativa menor que -4 mm não poderiam ser tratadas apenas com Ortodontia. em grande parte. alguns pares de modelos com diversos graus de másoclusões foram apresentados e os avaliadores deveriam opinar se o caso poderia ser tratado sem cirurgia ortognática e sem grande prejuízo para a estética facial. OrtodontiaSPO | 2010. tem um importante papel na interação social. No plano vertical.43(5):519-27 521 . saúde periodontal. Independentemente da abordagem terapêutica utilizada é importante alcançar determinados objetivos. As posições espaciais dos dentes e bases ósseas influenciam. O tratamento ortodôntico é capaz de melhorar a atratividade da face ao modificar a estética do sorriso. Figuras 2 Tratamento ortocirúrgico devido ao maior comprometimento facial. Faces mais atrativas são tratadas mais positivamente que as menos atrativas e apresentam maior autoestima. porém. quando um dente é deslocado em direção vestibular através de uma tábua cortical do osso alveolar.99 mm de intrusão do molar superior e 2. utilizando miniplacas de ancoragem esquelética para distalização do arco superior.43(5):519-27 . nenhuma formação óssea é registrada à frente deste dente12.13 . 2) lingualmente na maxila. Depois do estreitamento inicial da tábua óssea. Há muitos pacientes limítrofes que podem parecer estar dentro dos limites para o tratamento ortodôntico.13. Figura 4 Paciente com pequena quantidade de osso vestibular às raízes dos incisivos inferiores impedindo tratamento com maior vestibularização. verificando intrusão real e significante dos dentes posteriores superiores. A camuflagem da mordida aberta anterior esquelética pela intrusão de molares superiores utilizando miniplacas de titânio foi realizada em nove pacientes adultos. além de diminuição da altura facial anterior e do plano mandibular com consequente rotação anti-horária da mandíbula e alteração do plano oclusal em função da intrusão dentária posterior9. Limite alveolar Estudos experimentais em animais demonstraram que. se o caso foi tratado com camuflagem ou com correção cirúrgica.03 mm na cúspide mésiovestibular. necessitarão de cirurgia por causa da largura limitada do processo alveolar. demonstrou-se o tratamento da mordida aberta anterior por intrusão de molares utilizando miniparafusos em 12 pacientes. sob um exame mais cuidadoso de suas radiografias cefalométricas. Esses resultados foram similares aos encontrados em outro estudo10 que verificou 1. ocorrendo rotação anti-horária mandibular e diminuição da altura facial anterior sem encurtamento da coroa. associada com retração e torque radicular lingual dos incisivos superiores em pacientes com grandes trespasses horizontais positivos3. em média de 2. sem significante encurtamento radicular e da crista óssea1. 11 Outros autores2 demonstraram ser possível o tratamento ortodôntico de adultos que necessitavam de grandes retrações.Monini AC | Peixoto AP | Maia SA | Gandini Jr LG | Gonçalves JR O tratamento ortodôntico por excelência deve ser capaz de promover uma melhora tanto na estética do sorriso quanto da face independentemente da abordagem. por exemplo: 1) na região ântero-inferior devido à inclinação vestibular dos incisivos3. 522 OrtodontiaSPO | 2010. sem extração de pré-molares e sem uso de aparelho extrabucal. uma deiscência óssea vestibular é então criada12. Essa situação pode ocorrer. ou seja. A mordida aberta anterior esquelética já foi camuflada com intrusão dos primeiros e segundos molares inferiores. Com este mecanismo foram capazes de corrigir má-oclusão de Classe II e descompensar inclinação dos incisivos superiores em casos de Classe III cirúrgicos sem ocorrer perda de ancoragem e com translação distal efetiva dos molares superiores de até 6 mm. Os autores comprovaram a possibilidade de tratar os casos limítrofes com esta modalidade de ancoragem que é menos invasiva que as miniplacas e que a cirurgia ortognática . As tábuas Figuras 3 Paciente com grande quantidade de osso vestibular às raízes dos incisivos inferiores tratado com vestibularização dos incisivos inferiores. Recentemente.6º de fechamento do plano mandibular. mas que. utilizando miniplacas como ancoragem. evidencia-se a etiologia multifatorial da retração gengival. nos casos mais graves. Deste modo. quando os incisivos inferiores são vestibularizados. Com o objetivo de determinar a ocorrência de recessões gengivais pós-tratamento ortodôntico e os fatores a elas associados. Casos tratados com avanço maxilo-mandibular e rotação anti-horária do plano oclusal apresentam ganhos imediatos nas dimensões do espaço aéreo bucofaringeano médio e inferior que se mantém estáveis a longo prazo21. serem melhoradas em dentes mal posicionados que são posicionados dentro do osso alveolar16. a gengiva e o osso alveolar se 16 15 uma postura posterior da língua e palato mole aumentando as chances de dificuldades respiratórias durante o dia e. a gravidade da retração gengival ocorre de maneira imprevisível quando o dente é posicionado fora do osso alveolar como. até mesmo. Recessões localizadas podem. mas não na mesma quantidade que a destruição da tabua óssea vestibular12. como quantidade de gengiva ceratinizada prétratamento ortodôntico e alteração na inclinação dos dentes ântero-inferiores. O alvéolo pode sofrer remodelação ao nível do terço médio da raiz e na margem alveolar quando a cortical é aproximada e trespassada. Espaço naso e bucofaríngeo A deficiência mandibular nos casos de Classe II com padrão vertical pode levar a redução do espaço aéreo bucofaríngeano. Figuras 3 e 4. Recessões localizadas podem.19. causando apneia obstrutiva do sono22. A posição vestíbulo lingual dos dentes dentro do processo alveolar influencia a quantidade de gengiva ao redor dos mesmos e quando movimentados dentro do processo alveolar apresentam mínimo risco de defeitos nos tecidos moles . serem melhoradas em dentes mal posicionados que são posicionados dentro do osso alveolar16. mas o osso apical não responde da mesma maneira . 15 vais em pacientes adultos que foram submetidos a tratamento ortodôntico com vestibularização de incisivos e concluiu que a diferença de extensão da retração entre o grupo tratado e controle foi de apenas 0. Observou-se que as retrações gengivais aconteciam durante o tratamento ortodôntico e se mantinham estáveis após o término do mesmo17. Outros autores20 estudaram pacientes em crescimento que fizeram avanço mandibular e verificaram que o espaço aéreo bucofaríngeo aumentou com o tratamento ortopédico principalmente naqueles pacientes que tinham maior restrição do espaço aéreo e a face mais retrognática. ou seja. até mesmo. um estudo foi conduzido recentemente e demonstrou que a quantidade de gengiva ceratinizada previamente ao tratamento ortodôntico e a alteração da inclinação dos dentes ântero-inferiores não estão associadas ao desenvolvimento de recessões gengivais pós-tratamento ortodôntico19. mas ainda assim alguns pacientes não apresentaram alterações17. Além disto. podem representar os limites anatômicos da movimentação do dente 3. a correção é cirúrgica sendo capaz de resolver tanto o problema esquelético quanto a apneia21.ORTOPESQUISA ósseas corticais vestibular e lingual.14.17. na vestibularização de incisivos inferiores . OrtodontiaSPO | 2010. Figuras 5. para tratamento ortocirúrgico da Classe III foi demonstrada que algum grau de retração e deiscência óssea acompanha os tratamentos com excessivas vestibularizações. Em pacientes adultos. Outros autores18 estudaram a presença de retrações gengi- . A diminuição do espaço entre a coluna cervical e a mandíbula pode levar a Considerações periodontais A posição vestíbulo lingual dos dentes dentro do processo alveolar influencia a quantidade de gengiva ao redor dos mesmos e quando movimentados dentro do processo alveolar apresentam mínimo risco de defeitos nos tecidos moles . nível do ápice dos incisivos. Em descompensações da inclinação dos incisivos inferiores. retrações aparecem quando dentes são vestibularizados. Alguns trabalhos mostram que.14 14 tornam mais finos15.14 mm.23. por exemplo. principalmente nos casos mais severos20-21. A principal sequela associada à transposição das corticais ósseas é a reabsorção radicular 3. notaram que a quantidade de gengiva inserida tinha um papel menos importante que a higiene na prevenção da formação das retrações17.43(5):519-27 523 . Entretanto. de pelo menos 10º. e por isso ela pode não estar presente em incisivos vestibularizados16-17. 26. Alguns trabalhos demonstram a segurança e previsibilidade dos procedimentos cirúrgicos. também pode ser conseguida com as camuflagens ortodônticas1.26. risco de desenvolver parestesia27. Os problemas decorrentes dos tratamentos ortodônticos-cirúrgicos são conhecidos e relatados na literatura. A literatura é escassa em trabalhos que comparam trata- . de maneira menos intensa. produzidas pelo reposicionamento das bases ósseas. na maioria dos casos. Dentre estes problemas podemos ressaltar as infecções recorrentes.9. em especial aqueles utilizados para o tratamento de problemas esqueléticos. A cirurgia ortognática apresenta as vantagens da correção estética e funcional. demonstraram a possibilidade de camuflagem ortodôntica com auxílio de DAT e verificaram que havia aproximadamente 30% de recidiva na intrusão de molares inferiores um ano após o tratamento. além dos outros riscos inerentes a uma cirurgia hospitalar4. alto custo4.27 e o advento dos DAT contribuíram para a ampliação das possibilidades terapêuticas. a melhora da estética é um fator mais relevante que a função. porém. as intercorrências dos DAT. No entanto. para a maioria dos indivíduos. principalmente associadas a miniplacas. proporcionando ao paciente uma oclusão 524 OrtodontiaSPO | 2010. DISCUSSÃO De maneira geral. o que contraindica apenas o tratamento ortodôntico para a correção das discrepâncias esqueléticas com desarmonias faciais em adultos4. reposicionamento de miniparafusos por quedas ou mecânicas inadequadas e recobrimento dos DAT por tecido mole28. ainda que de forma pontual. ainda não são amplamente divulgadas. em estudo clínico.Monini AC | Peixoto AP | Maia SA | Gandini Jr LG | Gonçalves JR Figuras 5 Aumento imediato das vias aéreas após a cirurgia de avanço mandibular e rotação anti-horária do plano oclusal. inclusive com acompanhamentos a longo prazo 24-25 normal e harmonia facial. Mais recentemente. tem como desvantagens a necessidade de. Estabilidade Um importante objetivo do tratamento ortodôntico é a estabilidade.2. ter de aguardar o paciente atingir a idade adulta para operar.43(5):519-27 . ou- tros autores1. A melhora do perfil facial. a relação direta delas com invasão das corticais vestibulares ainda não foi totalmente estabelecida. Muitos pacientes que possuem apneia ou hipopneia obstrutiva apresentam redução evidente do espaço bucofaringeano e são candidatos ao tratamento cirúrgico. pois nos casos mais graves a satisfação com a estética é maior para os casos cirúrgicos25-27. Considerando 11 mm a dimensão ântero-posterior normal e 2 a 6 mm a dimensão reduzida nos pacientes suscetíveis a sintomas de apneia do sono. demonstrada pelo caráter etiológico multifatorial das recessões gengivais. sugerindo que ambas as modalidades terapêuticas são bem aceitas por eles. Resumidamente. devendo ser encarados como uma ferramenta que auxiliará o ortodontista e não a solução para todos os casos. pois os limites biológicos para o tratamento continuam os mesmos. no futuro.43(5):519-27 .21. ter sintomas de apneia. o principal problema encontrado na invasão cortical é a reabsorção radicular. Então. Tratamentos que envolvem o reposicionamento anterior da mandíbula. é prudente e necessário considerar mais este aspecto na decisão da terapia. principalmente se o ápice radicular se aproximar da cortical alveolar3. pois a maioria dos estudos é de relatos de casos clínicos ou artigos com amostras pequenas. Assim. a relação direta delas com invasão das corticais vestibulares ainda não foi totalmente estabelecida.23. observadas por um período de tempo pós-tratamento muito curto.ORTOPESQUISA mento com camuflagem e com cirurgia ortognática. além de serem recentes na literatura. está disponível para os ortodontistas e o entendimento do seu mecanismo de ação. já que mais uma ferramenta. desde que observados critérios de indicação. Outros autores29 fizeram uma revisão da literatura para identificar se existe uma relação entre vestibularização de incisivos e retração gengival e concluíram que não existem trabalhos adequados e suficientes para tal afirmação. O ganho do espaço aéreo bucofaringeano decorrente de avanço mandibular descrito na literatura é de 42% a 51%23. 525 Os tratamentos com camuflagem podem exigir o posicionamento dos dentes fora dos limites alveolares e trazer o risco de recessões gengivais. ao passo que o tratamento cirúrgico está mais evidenciado por trabalhos científicos bem controlados. No entanto. que ampliou a capacidade de movimentação ortodôntica. Um aspecto pouco discutido quando da decisão terapêutica é o espaço aéreo bucofaríngeo presente. demonstrada pelo caráter etiológico multifatorial das recessões gengivais. Não se pode esquecer que os tratamentos de camuflagem utilizando DAT. Os tratamentos com camuflagem podem exigir o posicionamento dos dentes fora dos limites alveolares e trazer o risco de recessões gengivais. seja por apresentarem situações clínicas que são óbvias para o tratamento cirúrgico ou pela dificuldade em estabelecer limites mensuráveis para estas situações clínicas. que pode ocorrer de forma severa. por movimento cirúrgico ou por rotação anti-horária da mandíbula após intrusão dos molares promovem um aumento das vias aéreas1. O Quadro 1 sintetiza os cuidados a serem observados e sugere a melhor conduta. cautela na definição da abordagem terapêutica é necessária. Assim. OrtodontiaSPO | 2010. existem casos que o problema da apneia não é a queixa principal do paciente. o ganho obtido com camuflagens ortodônticas deve ser insignificante. ainda não encontram evidência científica adequada. os DAT trouxeram novas possibilidades terapêuticas e mecânicas sendo capazes de potencializar qualidades e defeitos dos ortodontistas. Trabalhos5-6 que tentaram definir os parâmetros para camuflagem falharam. Observando-se o padrão facial e a má-oclusão pode-se avaliar a possibilidade do paciente ter episódios subclínicos ou um potencial de. Outros autores29 fizeram uma revisão da literatura para identificar se existe uma relação entre vestibularização de incisivos e retração gengival e concluíram que não existem trabalhos adequados e suficientes para tal afirmação. Assim. indicação e modo de utilização são imprescindíveis. As duas formas de tratamento têm igual nível de satisfação por parte dos pacientes. o tratamento ortodôntico-cirúrgico é o único possível de promover ganho efetivo nas dimensões das vias aéreas. Assim. podendo super ou subestimar as possibilidades do paciente. Assim. Tratamento produz pequena diminuição da altura facial1.17. Maior ganho estético. Camuflagem Pacientes com sínfises mais largas. Casos extremamente horizontais com altura facial anterior e inferior excessivamente diminuída. Critérios para indicação de cada uma das alternativas terapêuticas são extremamente importantes para o sucesso dos tratamentos e estão baseados em experiência clínica e estudos de aplicação indireta. função bucofaríngea e compatibilizar com a queixa do paciente. A sínfises mais larga e cortical palatina mais afastada das raízes diminuem riscos de reabsorção radicular e retração gengival3. Pacientes apresentam maior ganho de espaço aéreo bucofaríngeo21. Mordida aberta anterior. Melhor nos caso de retrusão mandibular25. Tratamento produz maior ganho de espaço aéreo21. Casos com maior comprometimento.br 526 OrtodontiaSPO | 2010.: (16) 3331-3800 joaogonc2002@yahoo. Cirurgia ortognática Pacientes com sínfises estreitas.43(5):519-27 . Estética facial.680 14801-903 – Araraquara – São Paulo Tel.com. Classe III. Padrão vertical. Tratamentos apresentam estabilidade24. Pacientes com retrações prévias ao tratamento. Pacientes mais exigentes4. Pacientes com qualidade e quantidade de gengiva inserida29 e boa higiene oral.CUIDADOS E CONDUTAS SUGERIDAS Caracteristicas observadas Proximidade das raízes com a cortical óssea (risco de reabsorção radicular). Tratamento produz menor ganho estético. Pacientes menos exigentes4. Risco de reabsorção condilar em 5% dos casos24. Menor ganho estético. Pacientes com espaço aéreo bucofaríngeo normal. Casos com menor comprometimento e melhor nos casos de protrusão maxilar25. Tratamento apresenta estabilidade em 95% dos casos24. Padrão horizontal severo. Associado aos DAT ainda é desconhecida.25-26. Padrão horizontal. Classe II vertical. Classe II horizontal. O tratamento deve considerar natureza e gravidade da discrepância esquelética. Risco de retração gengival na camuflagem30. Possibilidade de ganho estético ou menor comprometimento27. Recidiva de aproximadamente 30% com intrusão de molares1.13.25-26. Maior dificuldade devido a compensação incisiva inferior natural. 1. Nos pacientes verticais com sínfises mais estreitas por lingual e vestibular3. Tratamento produz melhor estética.13. Estabilidade. Periodonto (risco de retração gengival). Tratamento produz menor ganho de espaço aéreo. saúde periodontal. CONCLUSÃO Não foram localizados estudos comparativos entre as duas modalidades terapêuticas consideradas. Cortical vestibular da maxila mais próxima dos incisivos13. Conhecida. Risco de retração gengival na descompensação13. Endereço para correspondência: João Roberto Gonçalves Rua Humaitá. A sínfise estreita e cortical palatina próximas às raízes aumentam os riscos de reabsorção radicular e retração gengival3.9.Monini AC | Peixoto AP | Maia SA | Gandini Jr LG | Gonçalves JR QUADRO 1 . Pacientes apresentam e mantém maior comprometimento do espaço aéreo bucofaríngeo21. Huang CY.14(3):121-9. Ortodontics: Current Principals and Treatment. Douvartzidis N. Lindhe J.11(5):35-41. Laskin DM. Melsen B.10(11):804-22. Chagas RV. 28. Phillips C.25(4):343-52. 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A case–control study of adult orthodontic patients. 22. Nanda R. 13. Associação de fatores relacionados à movimentação ortodôntica e o desenvolvimento de recessões gengivais [tese]. Proffit WR. Ackerman JL. A comparison of outcomes of orthodontic and surgical-orthodontic treatment of Class II malocclusion in adults. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006. Krogstad O. Angle Orthod 1977. Miyamoto K. Louis: Mosby. Am J Orthod Dentofac Orthop 1987. Postsurgical stability of oropharyngeal airway changes following counter-clockwise maxillo-mandibular advancement surgery. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2006. Pita MC.47(4):293-9. Tucker MR. Almeida G. Thomas PM. Vanarsdall Jr RL. Microscrew anchorage in skeletal anterior openbite treatment. Claro CAA. 27.52(6):314-20.64(5):755-62. 3. Ten Hoeve A. Pacheco W. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2001. 25. OrtodontiaSPO | 2010. Angle Orthod 1996.129(6):723-33. 6. Steiner GG.101(6):556-65. Lowe AA. Kanzaki R. 15. Isaacson RJ. 1994. 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Wennstrom JL.53(5):572-8. Kawamura H et al.20(2):133-43. 30. Changes of the marginal periodontium as a result of labial tooth movement in monkeys. Orthodontic camouflage versus orthognathic surgery in the treatment of mandibular deficiency. Sperry TP.17(4):243-53. 9. 24. Gonçalves JR. Bailey LJ. Wolford LM. Burch JG.10(5):137-48. Diagnosis and treatment planning. Angle Orthod 2007. Am J Orthod 1980. Wolford LM. Sugawara J.126(3):273-7. Worms FW. J Oral Maxillofac Surg 2006. Baspinar E. 21. Recebido em mai/2009 . ***Professora – Universidade do Estado do Amazonas – UEA. utilizando o mecanismo telescópico do Herbst. Ortodontia corretiva.Aprovado em dez/2009 OrtodontiaSPO | 2010.Trabalho original ORTOCLÍNICA Aparelho de Herbst associado a aparelhos fixos – descrição de técnica Herbst appliance associated with fixed orthodontic devices – technical description Luiz Gonzaga Gandini Jr* Roberta Maria de Paula Amaral** Savana Maia*** Marcela Cristina Damião Andrucioli Soato**** Márcia Regina Elisa Aparecida Schiavon Gandini***** RESUMO .This paper aims at describeconstruction and installation sequences of a new design of appliance that allows continuously protraction of the mandible. Especialista em Ortodontia Gestos/Famosp – Araraquara/SP. bem como a permanência constante na boca do paciente por ser fixo. Mestre e doutoranda em Ciências Odontológicas – área de Concentração Ortodontia – Faculdade de Odontologia de Araraquara – Unesp. Unitermos . Professora adjunta clínica do Departamento de Ortodontia – Saint Louis University/USA. ABSTRACT . Apresenta como vantagem poder ser facilmente confeccionado pelo próprio ortodontista. Mandible.Angle Class II malocclusion. Corrective orthodontics. ****Mestranda em Ciências Odontológicas – área de Concentração Ortodontia – Faculdade de Odontologia de Araraquara – Unesp. Prof.Má-oclusão de Angle Classe II. Especialista em Ortodontia – Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto/SP – USP. ajunto clínico do Departamento de Ortodontia – Baylor College of Dentistry e Saint Louis University/USA. using the telescopic mechanism of the Herbst appliance. This appliance has the advantage to be easily assembled by the orthodontist.43(5):531-7 531 .Este trabalho teve como objetivo descrever a sequência de confecção e instalação de um novo desenho de aparelho protração da mandíbula e que permite a sua colocação concomitantemente ao aparelho fixo. sem a necessidade da realização de moldagens e da assistência de um laboratório especializado. adjunto do Departamento de Clinica Infantil – Faculdade de Odontologia de Araraquara – Unesp. **Mestre e doutoranda em Ciências Odontológicas – área de Concentração Ortodontia – Faculdade de Odontologia de Araraquara – Unesp. Mandíbula. *Prof. *****Professora do Curso de Especialização – Faepo/ Unesp e Gestos/Famosp. without the necessity of molding and the assistance of a specialized laboratory. as well as the constant permanence in the mouth of the patient for being fixed. Key Words . Para estes pacientes é indicada a utilização de aparelhos capazes de estimular ou incrementar o crescimento mandibular. este aparelho fixo mantém a mandíbula continuamente protruída e estimula o crescimento da mesma.43(5):531-7 . o aparelho de Herbst foi reintroduzido . e quatro conectores. utilizando o mecanismo telescópico (Flip-Lock – Tp Orthodontics). objetivando assim a redução no número de quebras16-20.019”x . Uma solução para este problema seria a utilização de aparelhos ortopédicos funcionais fixos. Segmentos de fio retangular . como elásticos intermaxilares e AEB.025” de aço. Uma ampla variedade de aparelhos ortopédicos funcionais está disponível para a correção deste tipo de desarmonia esquelética e oclusal.025” de aço com helicoides e ômegas (Figura 2). especialmente no sistema de ancoragem. como o aparelho de Herbst . utilizando uma estrutura metálica fundida21.1% disto/ oclusão. . o seu desenho sofreu sucessivas modificações. o aparelho de Herbst era confeccionado com material de prata ou ouro. como o aumento do comprimento mandibular. Próximo à década de 1980. Contudo. dois pistões. a distalização dos primeiros molares superiores e mesialização dos primeiros molares inferiores.019” x . Tubos. Mecanismo telescópico do Herbst (Flip-Lock – Tp Orthodontics): composto por dois tubos telescópicos. coroas de aço. do grau de cooperação do paciente . Em escolares de Araraquara essa prevalência é de 43. em especial. splints de acrílico. adaptados ao comprimento dos tubos e que conectam o arco superior ao inferior. Desde a sua reintrodução.3% disto/oclusão acentuada) de acordo com um estudo de 1994 .025” de aço com helicoides na extremidade (travas dos molares). mas com o objetivo de colocá-lo em pacientes com aparelhos fixos totais. que determinam a quantidade de avanço mandibular. conectores (Flip-Lock – Tip Orthodontics). Klammt. Fränkel e outros. estas afirmações não foram comprovadas cientificamente. Os resultados destes Figura 1 Componentes do mecanismo telescópico do Herbst.4% (33. que necessitam de uma menor cooperação do paciente e mantém a mandíbula ininterruptamente projetada. que unem as travas dos molares superiores aos tubos telescópicos e os pistões aos arcos inferiores (Figura 1).019” x . até a última versão. Na sequência será demonstrada a confecção de um novo desenho de aparelho que segue os princípios do Herbst. Twin Block. Uma das alterações esqueléticas encontrada com grande frequência nos pacientes com má-oclusão Classe II é a retrusão mandibular3-4. Dentre os aparelhos funcionais conhecidos. A efetividade desta opção terapêutica na obtenção de resultados ótimos está na dependência.79%. e 10. passando a ser utilizado com bandas ortodônticas. Pancherz tem avaliado as alterações dentárias e esqueléticas produzidas com a utilização do aparelho de Herbst. Descrição da técnica de confecção e instalação Componentes do aparelho 1. que proporciona o avanço mandibular durante o tratamento ortodôntico fixo indicado. para pacientes não colaboradores às diferentes mecânicas de Classe II.8-15 6 5 2 1 estudos mostram que a correção da Classe II ocorre devido a modificações dentárias e esqueléticas. com formato esférico. Bionator de Balters. 2. Arco inferior. 3. 019”x . Segundo o autor. O aparelho de Herbst foi idealizado e descrito por Emil Herbst em 1905. Inicialmente. topo a topo. Em um grande número de estudos 7 6. pistões.Gandini Jr LG | Amaral RMP | Maia S | Soato MCDA | Gandini MREAS INTRODUÇÃO A má-oclusão Classe II constitui um dos problemas mais frequentemente encontrados na clínica ortodôntica. 532 OrtodontiaSPO | 2010. Arco superior . dentre outras variáveis. destacam-se os removíveis como o ativador de Andresen.025” de aço com helicoides e ômegas. Figura 2 Arco inferior retangular . Segundo autores no Brasil a prevalência desta máoclusão atinge um percentual de 40. 019” x . Sequência da técnica de confecção 1º passo: confeccionar no arco ortodôntico inferior contornado 0.025” retangular de aço com helicoides (Figura 2). Para evitar vestibularização excessiva dos incisivos inferiores este arco deve ser amarrado justo aos tubos dos molares. fluxo para solda. em cada lado do arco.025” com helicoides nas extremidades (trava molares). Material para solda: maçarico. 5. Em seguida. Figura 5 Solda dos conectores no arco inferior e nas secções de fio para o superior.019” x . nos helicoides do arco inferior e nas travas dos molares.025” com helicoides e ômegas.019” x . 2º passo: para confeccionar as travas dos molares superiores.ORTOCLÍNICA Figura 3 Segmentos de fio . 4. Após a soldagem deve ser realizado o polimento das estruturas soldadas (Figura 7). nos quais serão soldados os conectores (Figura 3). solda. Figura 4 Solda da ponta dos conectores nos helicoides confeccionados – para facilitar o posicionamento antes da solda a prata. OrtodontiaSPO | 2010. Travas dos molares: segmentos de fio . são utilizadas duas secções de fios . utilizando a solda de prata os conectores são soldados (Figuras 4 a 6). arco inferior . 3º passo: soldar os conectores do mecanismo telescópico Flip-Lock da Tp Orthodontics. helicoides entre os caninos e primeiros pré-molares inferiores.025” de aço e nas suas extremidades são confeccionados helicoides.019” x . Desta forma. inicialmente. Figura 6 Arco inferior e travas dos molares com conectores soldados. evitam-se interferências oclusais e contato com a região gengival. Para facilitar o correto posicionamento dos conectores no arco e nos segmentos de fio no momento da solda.025” de aço.019” x 0.43(5):531-7 533 . por meio de ômegas na mesial dos tubos dos primeiros molares inferiores (Figura 3). estes são fixos utilizando-se solda a ponto. Estes helicoides devem ser construídos de forma que ao final fiquem voltados para o lado cervical e para o lado vestibular. 3º passo: adaptar tubos de acordo com o avanço mandibular desejado. Como explicado anteriormente. Vista lateral direita. Vista oclusal inferior. faz-se uma marcação no tubo ao nível do conector do arco inferior determinando o tamanho do tubo. Vista oclusal superior. D. em seguida. deve ser solicitado ao paciente para protuir a mandíbula. o arco inferior deve ser amarrado justo aos tubos dos molares. A B C D Figuras 8 Instalação do arco inferior e das travas dos molares. B.025”. as travas dos molares com os conectores são inseridas no slot acessório do tubo triplo do primeiro molar da distal para mesial e. 534 OrtodontiaSPO | 2010. até a obtenção da relação de topo a topo dos incisivos. para evitar vestibularização excessiva dos incisivos inferiores. Em seguida. realiza-se uma dobra de 90º para o travamento (Figuras 8). Vista lateral esquerda. A.43(5):531-7 .Gandini Jr LG | Amaral RMP | Maia S | Soato MCDA | Gandini MREAS Sequência da instalação do aparelho 1º passo: instalar o arco inferior. Para isso. o tubo deve ser encaixado ao conector da trava do molar superior e para determinar o seu tamanho Figura 7 Polimento dos pontos soldados. 2º passo: na arcada superior. amarrando os ômegas aos tubos dos primeiros molares inferiores utilizando fio de amarrilho 0. onde este deve ser seccionado com o auxílio de discos de carburundum. C. B. B. Lateral direita. Lateral esquerda.43(5):531-7 535 . Vista lateral – conectores superiores e inferiores soldados nos arcos. podem ser substituídas por helicoides confeccionados no próprio arco ortodôntico superior contornado 0. Os pistões são inseridos nos tubos e encaixados nos conectores do arco inferior e travados.025” de aço entre os primeiros e segundos molares superiores (Figuras 10). apertando as suas extremidades contra os conectores (Figuras 9). OrtodontiaSPO | 2010. As travas dos molares. A B Figuras 10 A. C. Vista frontal.019” x 0. nas quais são soldados os conectores que se unem aos tubos na arcada superior. Vista lateral com pistões e tubos instalados.ORTOCLÍNICA 4º passo: adaptar os pistões de acordo com o comprimento dos tubos. A B C Figuras 9 Instalação do aparelho para proporcionar o avanço mandibular. A. ficando com tamanhos semelhantes. não colaboradores. da realização de moldagens e de assistência de um laboratório para sua confecção. O aparelho de protração mandibular (APM) apresenta modo de ação semelhante ao Herbst.br 536 OrtodontiaSPO | 2010. coroas ou outras estruturas. o aparelho aqui descrito também constitui uma alternativa para tratar pacientes com Classe II. elásticos intermaxilares e aparelhos removíveis. podendo ser utilizado em pacientes em tratamento ortodôntico fixo. 7 – Jardim Paulistano 14801-261 – Araraquara – SP Tel. porém. Considerando-se que uma das grandes dificuldades encontradas pelos ortodontistas no tratamento da Classe II é a falta de colaboração do paciente quanto ao uso de aparelhos extrabucais. em tratamento com aparelhos ortodônticos fixos. mas com as vantagens de ser facilmente confeccionado pelo próprio ortodontista. sem a necessidade de bandas ortodônticas especiais. Em virtude de sua configuração. Endereço para correspondência: Luiz Gonzaga Gandini Junior Rua Profª Manoela S. permitindo o avanço mandibular ininterruptamente. seria conveniente a utilização de aparelhos fixos que independem da colaboração e que mantém a mandíbula continuamente protruída. assim como a assistência de um laboratório21. a utilização do Herbst em pacientes em tratamento ortodôntico fixo constitui um inconveniente. Porém. para a confecção a finalidade de diminuir o índice de quebras e proporcionar um maior conforto ao paciente. elásticos intermaxilares e aparelhos removíveis. podendo ser realizada com facilidade pelo ortodontista.com. relacionadas à limitação de abertura de boca e interferências oclusais. como o aparelho de Herbst. como o aparelho de Herbst. exigindo a realização de moldagens. podendo ser associado aos aparelhos ortodônticos fixos22-23. As primeiras versões deste aparelho. sua confecção requer um menor número de passos. coroas de aço ou estruturas em acrílico ou em metal fundido. A exemplo do APM. se mostrando muito eficaz na correção da Classe II. APM1 e APM2 apresentavam muitos problemas de quebra. do aparelho de Herbst é necessária a utilização de bandas ortodônticas especiais. Este aparelho é considerado um dispositivo de confecção doméstica. fabricado e instalado pelo próprio ortodontista. Costa.: (16) 3337-1352 [email protected] / [email protected] Jr LG | Amaral RMP | Maia S | Soato MCDA | Gandini MREAS DISCUSSÃO Considerando-se que uma das grandes dificuldades encontradas pelos ortodontistas no tratamento da Classe II é a falta de colaboração do paciente quanto ao uso de aparelhos extrabucais. com resultados clínicos satisfatórios. devido à necessidade de remoção de algumas peças do aparelho ortodôntico. seria conveniente a utilização de aparelhos fixos que independem da colaboração e que mantém a mandíbula continuamente protruída. Por utilizar uma estrutura pronta para adaptação e instalação.43(5):531-7 . mecanismo telescópico do Herbst (Flip-Lock – Tip Orthodontics).com. Adaptações foram realizadas na configuração deste aparelho com CONCLUSÃO O aparelho descrito neste trabalho utiliza os princípios do aparelho de Herbst. originando as versões APM 3 e 423. The bonded Herbst appliance. Differential diagnosis of class II malocclusions. The acrylic-splint Herbst. Hagg U. Ortopedia Funcional dos Maxilares. Pancherz H. J Clin Orthod 1982.6 (Suppl):8-10. 20. Facial types associated with class II malocclusions. J Clin Orthod 1995. Class II correction in Herbst and Bass therapy. Am J Orthod 1982. Howe RP. J Clin Orthod 1983. R Dental Press Ortodon Ortop Facial 2006. Eur J Orthod 1986. 4. History.17(7):456-63. Part 1.76(4):423-42. Kamache NG. and long-term dentofacial adaptations to treatment with the Herbst appliance. Estudo da oclusão dentária de escolares da cidade de Araraquara. Am J Orthod 1979. Martins JCR. 17. 8. McNamara Jr JA. Freitas SF. 23. 14. Am J Orthod 1980. The mechanism of Class II correction in Herbst appliance treatment. Malmgren O. Pancherz H. Prevalência de oclusão normal e má oclusão na dentadura mista em escolares da cidade de Bauru (São Paulo). Pancherz H.16(10):663-7. 5. 21. The Herbst appliance: a paradigm change in Class II treatment. Treatment of class II malocclusions by jumping the bite with the Herbst appliance.43:287-90. Pancherz H. Oliveira Jr JN.27(3):37-49. Howe RP. Bookstein FL. Estudo cefalométrico comparativo dos efeitos esqueléticos e dentários promovidos pelos aparelhos APM3 (Aparelho de Protração Mandibular) e Jasper Jumper nas fases inicial e imediatamente após avanço mandibular. Gandini Jr LG. Am J Orthod 1985. 15. background. Simôes WA. Occlusal changes during and after Herbst treatment: a cephalometric investigation.21(4):493-513. 2. Pancherz H. 1985.17(2):122-4. Santos-Pinto A. World J Orthod 2005. Oliveira Jr G. McNamara Jr JA. J Clin Orthod 1982. 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Mandibular Protraction Appliance for Class II treatment. Oliveira JN. Herbst appliance in modern orthodontics.78(5):477-94. Pancherz H. Littmann C.ORTOCLÍNICA Referências 1.8(4):215-28. Rev Assoc Paulista Cirurgiões Dentistas 1989. Moyers RE. 3. Mendes AJD. Howe RP. Pancherz H. Components of class II malocclusion in children 8-10 years of age. Ruf S. Semin Orthod 2003:93-11. Coelho Filho CM. Pancherz H. A cephalometric investigation. Mandibular articular disk position changes during Herbst treatment: a prospective longitudinal MRI study. Semin Orthod 1997. 19. A cephalometric investigation. 11. Pancherz H. 16. na fase da dentadura mista.16(3):173-4. J Clin Orthod 1983. São Paulo: Livraria Editora Santos. and is done by a multidisciplinary team. Recebido em jul/2010 . This alters skeletal and dental structures. who reach adulthood without treatment.43(5):540-5 540 .Aprovado em set/2010 OrtodontiaSPO | 2010. surgiu o interesse deste estudo.Respirador bucal.Trabalho original A influência da respiração bucal no crescimento craniofacial The influence of mouth breathing on craniofacial growth Carla Cristina Neves Barbosa* Oswaldo Luiz Cecilio Barbosa** * Mestre em Ortodontia e Ortopedia Facial. especially for patients who are in the growth phase. Dental face alteration. as quais impedem ou dificultam a passagem do ar pela cavidade nasal. ABSTRACT . in order to improve the patient’s quality of life. and who suffer physical and psychological limitations as a consequence. sendo a hipertrofia de adenoide e a rinite alérgica as de maiores incidências.Mouth Breathing. Odontopediatria e Clínica Integrada – Universidade Severino Sombra – USS. Growth of the craniofacial. Unitermos . Concluiu-se que inúmeras são as causas da obstrução das vias aéreas superiores. These causes impede or hinder the passage of air through the nasal cavity. This is why early diagnosis and treatment is necessary. faz-se necessário o diagnóstico e o tratamento precoce por uma equipe multidisciplinar a fim de promover uma melhora na qualidade de vida do paciente. RESUMO . Implantodontia e Cirurgia Bucal – Cevo/Valença-RS. The study concluded that there are many causes for the obstruction of the upper airways. trazendo como consequência a respiração bucal. principalmente em pacientes em crescimento. were the basis for the interest in this study.Devido à alta prevalência de pacientes respiradores bucais que chegam à idade adulta sem tratamento e apresentando um grande comprometimento físico e psicológico.The large number of mouth breathing patients. which aimed to explain the influence of mouth breathing during the development and growth of the craniofacial. ** Cirurgião-dentista com atualização em Ortodontia. Este distúrbio altera as estruturas esqueléticas e dentárias. Crescimento craniofacial. with hypertrophy of the adenoids and allergic rhinitis being the most common. Key Words . Alteração dentofacial. and lead to mouth breathing as a consequence. Por este motivo. professora de Ortodontia. visando esclarecer a influência da respiração bucal durante o crescimento e desenvolvimento craniofacial. O respirador bucal mastiga pouco. provocando uma deterioração da qualidade de vida. A respiração bucal é uma atividade funcional desviada da normalidade por suplência. Quanto às sistêmicas. Essa metodologia tem sido aplicada com sucesso nas pesquisas concernentes à auxologia do crânio e da face. dada a pouca irrigação sanguínea. as que relacionam base do crânio com maxila e mandíbula e o tecido mole em relação à linha estética. elevando a quantidade de microrganismos cariogênicos. As medidas cefalométricas alteradas são as relativas à inclinação dentária. lentidão do aparelho digestivo. ainda não está totalmente compreendida e existe controvérsia no âmbito da Ortodontia. isso causa o rompimento do equilíbrio de forças mantenedoras da oclusão. devido à falta de pressão no lábio superior sobre os incisivos e os dentes entreabertos para facilitar a respiração. otites e sinusites. gengivite crônica. obstrução nasal e uma relação oclusal de má-oclusão Classe II de Angle (retrognatismo mandibular)2-3. n. irritabilidade e/ou agressividade sem causa aparente. ou com pirâmide alargada. o termo faces adenoideanas tem sido adotado para descrever a aparência facial de um indivíduo que pode ser portador da respiração bucal. diminuição da capacidade auditiva. 1 e ressecados. dentárias e cefalométricas. caracterizadas pela flacidez destas estruturas. sorriso com exposição excessiva de gengiva. nariz pequeno. As alterações clínicas no respirador bucal podem ser descritas em nível sistêmico e psicológico 18. levando o portador de respiração bucal a manter a boca constantemente aberta. devido à atresia do arco. A síndrome da face longa é caracterizada por um acréscimo da altura vertical anterior no terço inferior da face. que dá ao paciente um aspecto geral de criança distraída e ausente. alto índice de cáries. Este estudo de revisão tem como objetivo abordar os aspectos relacionados à influência da respiração bucal no desenvolvimento crâniodentofacial. fala e voz). rotação para baixo e para trás da mandíbula. cardiopatias. Pode ter alterações na pronúncia de fonemas que utilizam a ponta da língua: t. arco dental superior estreito. plano mandibular elevado. devido à alteração da microbiota bucal. língua e bochechas. com protrusão lingual. As alterações cefalométricas frequentemente mais observadas são: profundidade sagital da nasofaringe reduzida. desatenção. volumosa. faz caretas para engolir e prefere líquidos aos sólidos19. mordida cruzada. diminuição da altura REVISÃO DA LITERATURA Dentro da linguagem ortodôntica. l. aumento da altura facial inferior. Devido ao conjunto de sinais e sintomas característicos encontrados no respirador bucal. acarretando desarmonias oclusais e apinhamento. medo de realizar tarefas (por sua impotência funcional respiratória). Não é possível predizer com exatidão quais são os efeitos deletérios da obstrução das vias aéreas superiores. anemias. halitose. palato ogival. cansaço rápido. excesso da altura dentoalveolar. um processo de envelhecimento precoce. Os sintomas mais frequentes são: estrutura facial alterada. em razão do estreitamento encontrado na maxila. tensão nasal. o organismo tende a realizar algumas modificações na postura corporal. Para facilitar a passagem do ar pela cavidade bucal. ombros. ronco. As alterações fonoaudiológicas mais comuns encontradas nos portadores de respiração bucal são: alterações na postura e na musculatura de lábios. problemas pulmonares. mento retraído. alterações das funções orais (respiração. mau funcionamento das Trompas de Eustáquio. impaciência. depressão. e mostrar as alterações faciais. em pacientes em crescimento. repousando no assoalho bucal. o indivíduo continuar respirando pela boca. z20. após removida a causa. as que determinam a direção do crescimento mandibular. diagnóstico e tratamento desta síndrome. lábios separados OrtodontiaSPO | 2010. por causa do ressecamento da mucosa oral e há um acúmulo de placa bacteriana. s. caracterizada pela anteriorização da cabeça. lábio superior hipotônico. mordida aberta anterior. o que dá um retrognatismo mandibular. d. a respiração bucal foi reconhecida como uma síndrome . batimentos cardíacos arrítmicos. uma mordida aberta anterior e um ângulo goníaco aumentado. é considerada um hábito se. afilado.3-17. mastigação. com distúrbios de crescimento e desenvolvimento. ajuda com líquidos. diminuição do ângulo do plano mandibular. Às de comportamento podem ser irritação. além de hábitos deletérios. deglutição. crescimento para cima com subdesenvolvimento do côndilo e rotação dorsal do ramo. língua hipotônica.ORTODIVULGAÇÃO INTRODUÇÃO A respiração bucal vem sendo estudada e discutida desde o século XIX. em consequência do excesso de muco aderido aos dentes. nota-se: desequilíbrios musculares torácicos e posturais. curvatura palatina alta. síndrome da apneia obstrutiva do sono1. inquietação. Um dos recursos mais utilizados para definir as características craniofaciais é a telerradiografia. mordida cruzada posterior. tenso. todavia. pois a pressão negativa do ar entrando pela cavidade bucal provoca o crescimento do palato para cima. olheiras profundas. sono agitado e com pesadelos. ansiedade. A falta de atenção na escola está associada à crônica falta de oxigenação sanguínea. a face torna-se longa e estreita. curto e elevado com alteração. Contudo.43(5):540-5 541 . distensão e flacidez abdominal. o que ocasiona mordida cruzada. más-oclusões dentárias27. modelos de estudo e análise do crânio após o sacrifício desses animais. aumento do comprimento da maxila. no complexo nasomaxilar. máoclusão de Classe II. Dois estudos realizados. identificaram que 91% das crianças apresentavam deformidades maxilares e como consequência. Em um estudo foi selecionado um grupo de 106 crianças entre seis a 13 anos de idade analisando os sinais mais comuns na síndrome da face longa e observou-se que a respiração bucal é o fator mais significante do desenvolvimento da síndrome da face longa26. Foram analisados modelos dentais de 100 indivíduos de 15 a 20 anos de idade. aumento da altura nasomaxilar. retroinclinação dos incisivos superiores e inferiores por desequilíbrio muscular. deslocamento para baixo do maxilar e excessiva extrusão dentária. foram investigados 200 pacientes onde 84% destes apresentavam algum tipo de má-oclusão25. aumento do ângulo SNGn. observaram que houve alteração no crescimento do grupo experimental . identificaram que 91% das crianças apresentavam deformidades maxilares e como consequência. foi relatado que a deformidade facial é uma realidade do respirador bucal23.16. concluíram que a respiração bucal é um dos fatores relacionados ao excessivo desenvolvimento vertical30. diminuição da posição da maxila e da mandíbula. No setor de respirador 24 bucal da Universidade Federal de São Paulo. analisaram 102 radiografias cefalométricas de pacientes entre sete a 53 anos e concluíram que não existe nenhuma associação significante entre a morfologia craniofacial e o modo respiratório22. más-oclusões dentárias27. Relacionando respiração bucal com má-oclusão dental em um grupo de 46 crianças com idade entre cinco a 12 anos com patologia respiratória alérgica. Investigando a influência da obstrução respiratória artificial nasal no crescimento craniofacial. aumento da altura total da face. resultando em perfis mais retrusivos. Comparando morfologia craniofacial e modo respiratório em 68 crianças entre 11 a 14 anos. no palato e na arcada dentária.Barbosa CCN | Barbosa OLC facial posterior. em 11 macacos. divisão 1 de Angle.43(5):540-5 . afirmaram que apesar de ocorrerem alterações craniofaciais necessitase de mais estudos longitudinais29. diminuição da largura nasal. Foram utilizadas 44 radiografias de pacientes com anomalias dentofaciais com e sem comprometimento do espaço nasofaríngeo com idade variando de oito a 12 anos e disseram que somente a determinação do espaço nasofaríngeo não é suficiente para determinar uma diferença estatisticamente significante29. 542 OrtodontiaSPO | 2010. Analisando as deformidades oriundas da respiração bucal na mandíbula. divididos igualmente em respiradores nasais e bucais. aumento da altura do palato. as análises foram realizadas por meio de radiografias cefalométricas. puderam afirmar que problemas respiratórios nasais antes e durante o crescimento puberal podem alterar o padrão de crescimento normal no complexo craniofacial16. utilizando-se cinco cães em fase de desenvolvimento e que foram submetidos à traqueotomia.4. As alterações na morfologia facial de respiradores bucais foram observadas em 35 crianças entre sete a dez anos de idade e relataram que existem alterações craniofaciais mesmo antes do surto de crescimento na adolescência28.10. diminuição da angulação do clivus. onde correlacionaram o modo respiratório e as dimensões craniofaciais verticais e horizontais. diminuição da distância transversal da maxila2. não estando limitado a uma má-oclusão específica15. diminuição da altura nasal. Relacionando respiração bucal com má-oclusão dental em um grupo de 46 crianças com idade entre cinco a 12 anos com patologia respiratória alérgica. por meio de medidas cefalométricas. Os efeitos da ausência da respiração nasal no crescimento craniofacial foram estudados. com relação à base do crânio. Comparando também as relações entre modo respiratório e morfologia craniofacial. concluiu-se que o hábito da respiração bucal pode trazer modificações na arquitetura facial e os mais variados tipos de oclusão. analisaram 102 radiografias cefalométricas de pacientes entre sete a 53 anos e concluíram que não existe nenhuma associação significante entre a morfologia craniofacial e o modo respiratório22.21-25. Comparando também as relações entre modo respiratório e morfologia craniofacial. Ao se observar 46 indivíduos com idade variável de nove a 21 anos. e observou-se que o efeito da respiração bucal era limitado para as dimensões do arco maxilar4. arco superior estreito. em um determinado momento. que se manterá em um estreito contato para proporcionar melhor qualidade de vida para o paciente e restabelecer a normalidade do padrão respiratório. é devido ao fato do estudo ter sido conduzido em humanos e diagnosticado. e consequentemente ao padrão de crescimento e desenvolvimento craniodentofacial no paciente. quando a velocidade de crescimento das estruturas faciais é maior do que a do crânio20. muitas vezes.5.20-21. alguns autores encontraram dificuldade em predizer com exatidão e quantificar o modo respiratório do paciente2. Trabalhos relatando que o coeficiente de correlação foi insignificante.43(5):540-5 543 . é justificada pela própria involução das hipertrofias adenoamigdalianas. maiores serão as deformidades dentofaciais . .20 . contudo. O grau de deformidade dentofacial observado está diretamente relacionado ao grau de obstrução das vias aéreas superiores. Há autores que acreditam que a substituição do modo respiratório provoca várias anomalias nos tecidos. A obstrução nasal temporária que acomete invariavelmente todo ser vivo. o padrão respiratório.23. DISCUSSÃO Considerando a qualificação de um hábito deletério quanto ao dano que ele poderá causar ao sistema estomatognático. onde a obstrução das vias aéreas superiores se encontrava muito comprometida. tomografia computadorizada.16. Existem diferentes critérios e métodos para se diagnosticar.26 no organismo como um todo9. quanto mais precoce se instalar.26. O tratamento é mais favorável quanto antes se inicia. A comunicação constante entre os profissionais é fundamental para elaboração de um plano de tratamento comum. com exercícios diários. a duração e a intensidade do hábito 8.3.13-14. causará menor comprometimento no complexo craniofacial1.25 .11-13. em seu grupo experimental16 observaram que no qual foi induzida a obstrução nasal.: atresia nasomaxilar que é a característica típica do portador da síndrome do respirador bucal) com aparelhos de expansão rápida ou lenta 18.17-20.25. otorrinolaringologista. Porém.ORTODIVULGAÇÃO O diagnóstico e o tratamento do paciente respirador bucal devem ser realizados por uma equipe multidisciplinar.6-7. rinoscopia anterior e posterior. principalmente nos primeiros anos de vida.29 mente. maior serão as deformidades observadas2. durante o sono. cirurgiãodentista clínico.28. a respiração bucal é considerada para alguns autores como um fator ativo e mais frequente dentre os maus hábitos8. odontopediatra. com finalidade de restabelecer a normalidade do padrão respiratório.8. da função e da estrutura dentofacial3. Muitas são as dúvidas quanto à influência da respiração bucal no crescimento craniodentofacial. alergologista. ortodontista.10. dentofacial e estético 3.28. funcional. O aleitamento materno é uma das medidas preventivas que promove o estímulo dos músculos elevadores da mandíbula e de toda musculatura facial (região buconasofaringeana) proporcionando um desenvolvimento harmônico da face e evitando a instalação de hábitos deletérios 6. durante o controle.16 demonstraram haver uma influência significativa da respiração bucal no desenvolvimento craniofacial. A terapia fonoaudiológica preconiza o aparelho de sucção.21. Para a maioria dos autores pesquisados esta afirmativa é uma realidade1.20 . Estudos bem circunstanciados com abordagem cefalométrica10.21. Dos hábitos deletérios. minimizando assim os resultados ao final do estudo. Apesar de os autores descritos afirmarem que a respiração bucal leva a alterações no crescimento craniofacial. crescimento para cima com subdesenvolvimento do côndilo e ângulo goníaco divergente. quebrando o equilíbrio fisiológico7. fisioterapeuta e professor de educação física. pois a sucção vigorosa ajuda na limpeza da região retronasal e emprega-se também o guia de vedamento labial 8-19 . Utilizam- se aparelhos ortopédicos para auxiliar na normalização da respiração por meio do obturador bucal.11-15.9. tanto qualitativo quanto quantitativo. Até exames mais complexos como: nasofibrolaringoscopia. tanto ósseos quanto musculares. restabelece o padrão respiratório nasal sem causar alterações osteomusculares18. e a mentoneira sem compressão para favorecer o vedamento labial. O diagnóstico e o tratamento do paciente respirador bucal tem necessidade de ser realizado por uma equipe multidisciplinar. é de suma importância observar-se a frequência.11-13. houve uma regressão da obstrução espontaneamente. para tal fato ocorrer. houve rotação para baixo e para trás da mandíbula. resultando em mordida aberta anterior. endoscopia nasal.27 . A respiração bucal pode se manifestar em todas as idades .23. ressonância magnética 13.30.23. A explicação. Diagnosticar e intervir precoce7 9 OrtodontiaSPO | 2010. além de restabelecer a função respiratória nasal mais rapidamente. por isto se preconiza tratamento clínico e/ou cirúrgico5-6. estudo radiográfico.6. portanto. outros não acreditam que tal fato seja verídico22. envolvendo pediatra. Utiliza-se desde o exame visual como: espelho de Glatzel.18. Como visto na literatura. O tratamento ortodôntico dispõe de métodos eficientes para corrigir anomalias dentofaciais (ex. fonoaudiólogo.18-21. Estas evidências científicas tornam claras para nós a correlação entre respiração bucal com desenvolvimento desvirtuado do padrão. prova de Rosenthal.27.18.29. prova de Gwynne Evans e busca do reflexo de Godin.9. quanto maior for o grau da obstrução. com A respiração bucal melhora com tratamento médico. mordida cruzada posterior. CONCLUSÃO Tendo como base a literatura revisada. que registra a região ocupada pelas amígdalas e adenoide. Postularam que não se pode permitir que uma criança chegue à puberdade com a respiração nasal comprometida. palato ogival. São poucos os dados longitudinais para salientar conclusivamente que o crescimento dentofacial anormal é indicativo de intervenção cirúrgica. 544 OrtodontiaSPO | 2010. Esta regressão ocorre se realizada em crianças menores de seis anos de idade20. 969/202 – Matadouro 27115-010 – Barra do Piraí – RJ Tel.Barbosa CCN | Barbosa OLC Há alteração do modo respiratório de bucal para nasal após a adenoidectomia. haverá desenvolvimento de outro hábito ou até mesmo a recidiva. A primeira providência é restabelecer a função respiratória nasal com tratamento clínico ou cirúrgico. porém.8.: (24) 2443-2152 [email protected]. Caso não exista permanência do modo respiratório nasal. maxila atrésica. devido a não remoção total do tecido linfoide proporcionando condições para que nova obstrução se instale em função de uma iatrogenia5. existe dúvida quanto ao custobenefício da cirurgia e aconselha-se cautela para se recomendar intervenções cirúrgicas 21-22 .27. ocasião em que os ossos ainda são jovens e estão insuficientemente mineralizados. Há alteração do modo respiratório de bucal para nasal após a adenoidectomia. as que determinam a direção do crescimento mandibular. o tratamento requer conscientização e responsabilidade por parte do paciente e da família. que evita os distúrbios estruturais e funcionais comuns da síndrome do respirador bucal1. Inúmeras alterações crâniodentofaciais são induzidas pela respiração bucal. gengivite crônica e alto índice de cárie. Muito embora a regressão do quadro de hipertrofia das amígdalas e adenoide ocorra na puberdade de uma forma espontânea. para o desenvolvimento normal. porém. Contudo. portanto. mostrando que 48% dos pacientes com obstrução das vias aéreas superiores 5. as deformidades maxilares oriundas da obstrução nasal somente poderão ser corrigidas através do tratamento corretivo. devido a não remoção total do tecido linfoide proporcionando condições para que nova obstrução se instale em função de uma iatrogenia5. mordida aberta anterior. Endereço para correspondência: Carla Cristina Neves Barbosa Rua José Alves Pimenta. apenas para evitar uma possível cirurgia necessitam de tratamento cirúrgico 12. O diagnóstico precoce é de fundamental importância no tratamento dos efeitos decorrentes deste hábito. as que relacionam base do crânio com maxila e mandíbula e o tecido mole em relação à linha estética.23 29 A prevenção primária é o aleitamento materno. contribuindo. principalmente nos primeiros anos de vida.20. haverá desenvolvimento de outro hábito ou até mesmo a recidiva. mas deve-se atentar que a radiografia é bidimensional e as estruturas craniofaciais são tridimensionais .6.43(5):540-5 . As medidas cefalométricas alteradas são as relativas à inclinação dentária. podendo ser fixo (de expansão rápida ou lenta da maxila) e removível6.21-22. para o desenvolvimento normal. . dentre elas temos: aumento do terço inferior da face. Caso essas obstruções das vias aéreas superiores tenham causado deformidades dentofaciais. Caso não exista permanência do modo respiratório nasal. portanto. contribuindo. as deformidades ósseas induzidas até este período poderiam ser evitadas caso fosse realizada a cirurgia em idade precoce. 2. protrusão dos incisivos superiores.18. conclui-se que: 1.25-26 . O exame radiográfico é um método diagnóstico. faz-se necessário o tratamento ortodôntico. 80(2):248-50. Angle Orthod 1990. 13. Arch Otolaryngol Head Neck Surg 1986.117(6):706-13. Rev Fac Odontol 1996.9(2):105-7.43(2):201-6.7(38):133-41. Guardo CR. Moraes LC.ORTODIVULGAÇÃO Referências 1.60(3):167-76. Ferreira MA. J Pediatr 1988. Jeirandi MT. O homem nasceu para respirar pelo nariz – A Schering-Ploug está jogando uma luz no respirador bucal. Naspitz N. Weckx LY. Rev Fac Odontol Univ Fed Bahia 1985. Weckx LLM. A síndrome do respirador bucal. Rubin RM.17(6):491-5.2(9):11-6. Tanne K. Moraes MEL. The effects of chronic absence of active nasal respiration on the growth of the skull: pilot study. Respiratory function in relation to facial morphology and the dentition. In: Petrelli E. Generoso R.22(2):84-7. Nasorespiratory characteristics and craniofacial morphology. Facial deformity: a preventable disease? Angle Orthod 1979. Alteraciones en el crecimiento craneo-facial en el respirador bucal [tese]. Aragão W. Avaliação radiográfica da altura facial anterior inferior (AFAI) em pacientes com e sem obstrução da nasofaringe. Ortodontia para fonoaudiologia.6(2):59-71. Schering-Plough 2001:3-11. Rev Bras Alerg Imunopatol 2000. Rev Odontol Unicid 1997. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2000.52(8):863-70. J Bras Ortodontia Ortop Maxilar 1997. 8. Weckx LLM. 1994. 7. 2. Respiração bucal e desenvolvimento facial – A Shering-Ploug está jogando uma luz sobre o respirador bucal. J Bras Ortodontia Ortop Facial 2002. Yang K. Arnolt RG. Alteração oclusal em respiradores bucais. Lima RMS. López CP. Sarmento LPM. 17. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997. Arch Argent Pediatr 1982. Jennings BD. 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Respirador bucal. Rev Bras Alerg Imunopatol 1994. Martins RB. Hábitos bucais no contexto da maturação.43(5):540-5 545 . 18. Linder-Aroson S.67(1):43-9.111(1):38-43. Alterações anatômicas desenvolvidas pela rinite. Becker AL. Macedo AM. Miyamoto K Yamauchi K. Queluz DP. 14. Caruso JM. Rev Paul Pediat 1995. El respirador bucal. 23. 4. 29.p. Daguere N.49(2):98-103. Rev Otorrinol 2001. Vig PS. Serrani JC. Effect of mounth breathing on dental occlusion. Shering-Plough 2001:15-7. Yu M. Trawitzki LYV. Anomalias adquiridas por maus hábitos. Nunes MM. Arch Argent Alergia Inmunol Clin 1991. Schering-Plough 2001:12-4. 19. Paul JL. Castro FFM. Zeng X. Avaliação cefalométrica e miofuncional em respiradores bucais. Nasal respiratory function and craniofacial growth.13(3):104-8. 25. 21. J Bras Ortodontia Ortop Maxilar 1997. Alterações miofuncionais do respirador bucal – A ScheringPlough esta jogando uma luz sobre o respirador bucal. 26. Cintra CFSC.129-43.37(5):385-7. 5. Rev Bras Med 1995. OrtodontiaSPO | 2010.23(2):78-83. 1990. Lima SA et al. Campos BB. Nanda RS.6(1):4-9. Vig KWL. Pereira FC. As alterações oro-faciais apresentadas em pacientes respiradores bucais.5:7-36.16(42):79-82. Ciuffi CV. 24. Castilho JCM. Schlenker WL. Angle Orthod 1973. Yamada T. Eur J Orthod 1995. Faria PM. Chin J Stomatol 2002. Interação médico-odontológicafisioterapeuta no tratamento de alterações crânio-mandibulares: apresentação de um caso clínico. Estudo clínico da correlação entre padrão respiratório e alterações ortodônticas e miofuncionais. Cravero LH. Vignau S. 12. A SPO trabalha duro na realização de seu congresso desde 1968. Durante três dias de intensa atividade científica. o Palácio de Convenções do Anhembi vai se transformar novamente na capital mundial da Ortodontia.43(5):546-53 . social e comercial. Desde então. Um prestígio tão grande em meio a uma especialidade tão valorizada na comunidade odontológica não se conquista do dia para a noite. o que faz do Congresso Brasileiro de Ortodontia um evento tão especial? 546 17a edição do Congresso Brasileiro de Ortodontia.Acontece Fotos: arquivo Durante três dias. todas as atenções estarão concentradas na Amplo. quando foi realizada a primeira edição do evento nas dependências do campus da Universidade São Paulo (USP). OrtodontiaSPO | 2010. diversificado e tradicional. os dirigentes da entidade vêm se esforçando para aprimorá-lo a cada edição. Em sua 17a edição de sucesso. a capital mundial da Ortodontia Por Adilson Fuzo A partir de 14 de outubro. qualificado. promovido pela Sociedade Paulista de Ortodontia (SPO). A preparação de um evento do porte do Orto 2010-SPO envolve pelo menos dois anos entre o seu planejamento e execução. Isso significa que. da mesma forma que. expositores. a essa altura. Em 2008.ORTOINFORMAÇÃO A cada edição. entre congressistas. antes mesmo da edição de 2008 acontecer. mais de cinco mil pessoas estiveram no Anhembi durante o Congresso. FORÇA DE TRABALHO Tamanho esforço não é exagero. o congresso tem conseguido superar o sucesso do anterior. participantes de eventos paralelos e funcionários.43(5):546-53 547 . A equipe organizadora do evento precisa deixar tudo pronto para que esse gigantesco contingente de pessoas possa aproveitar as centenas OrtodontiaSPO | 2010. ministradores. a equipe organizadora do congresso já conta com um desenho detalhado de como será o Orto 2012-SPO. coordenadores. já havia sido realizada a primeira reunião de trabalho para o congresso de outubro próximo. atingindo um prestígio ainda maior. responsável pela administração do Parque Anhembi. A equipe de coordenação científica mantém uma rotina 548 OrtodontiaSPO | 2010. Casos Clínicos e Prêmio Nacional SPO: o congresso abre as suas portas aos novos talentos. tem empreendido diversas reformas ao longo dos anos para modernizar o espaço. de atividades programadas com conforto e de maneira ordenada. outra equipe se encarrega da construção da grade de atividades científicas do congresso.43(5):546-53 . mesmo considerando os diferentes níveis de conhecimento e perfis de cada congressista. Nesta tarefa. a SPTuris. reside a maior responsabilidade pelo sucesso do evento. uma vez que o Orto 2010-SPO só conta com todo esse prestígio porque a qualidade de sua programação científica satisfaz plenamente a expectativa do público. Existe ainda toda a divulgação nacional e internacional e o processo de adesão/inscrição. extraindo melhor experiência do evento. para que tudo funcione da melhor maneira possível e o evento continue sendo um sucesso.Acontece Painéis de Pesquisa. PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA Enquanto uma parte dos organizadores direciona seus esforços para os detalhes operacionais do evento. Obviamente. a qualidade da infraestrutura das instalações locais é um ponto de fundamental importância. que começa muito antes da abertura das portas do congresso. Diante disso. aliás. evidentemente.ORTOINFORMAÇÃO permanente de pesquisa para poder trazer ao congresso as técnicas mais recentes e os ministradores mais qualificados dentro de cada um dos inúmeros temas que orbitam a Ortodontia. As técnicas inovadoras despertam um grande interesse do público. OrtodontiaSPO | 2010. os Coordenadores da Comissão Científica são Osny Corrêa. não apenas a atividade científica desenvolvida em solo brasileiro. INCENTIVO AOS NOVOS TALENTOS Outra importante atividade do congresso é a apresentação de trabalhos científicos. mas também as inúmeras linhas de pesquisa em andamento nos mais variados núcleos científicos localizados mundo afora. As técnicas consagradas também precisam ser revisadas periodicamente. Na edição 2010. mas é preciso ressaltar que esta é apenas uma parte do que a programação científica do congresso oferece. Flavio Cotrim-Ferreira e Vanda Beatriz Teixeira Domingos. que no Orto 2010-SPO estão divididos entre Painéis de Pesquisa. Casos Clínicos e o Prêmio Nacional A equipe organizadora trabalha mais de dois anos para realizar cada edição do Orto. Essa tarefa envolve. Daí a importância de se contar com um corpo de ministradores experientes e altamente qualificados. uma vez que pequenos ajustes em sua execução podem ser muito úteis no aumento de sua eficiência.43(5):546-53 549 . Acontece Qualidade da programação científica ainda é o maior diferencial do Orto. sem medo. editor chefe do Dental Press Journal of Orthodontics. “É natural que isso aconteça num congresso com tantos professores brasileiros. o Orto também está entre os melhores do mundo. Ao todo. que produz todo material impresso e digital. que a Ortodontia brasileira é uma das melhores do mundo – se é que não é a melhor. se fortaleceu muito nos últimos anos como atividade fundamentada na pesquisa MAIOR E MELHOR São esperados cinco mil congressistas para o Orto 2010SPO. a sinalização. a distribuição de materiais. com a comercialização dos espaços e montagem da estrutura dos estandes dos expositores. Se a expectativa se concretizar. uma vez que. podemos afirmar. como a responsável pela realização da ExpOrto. no que se refere à qualidade das aulas que são apresentadas”. assim como as demais áreas da saúde. “Além de estar entre os maiores. 14 professores participam da avaliação dos trabalhos. Essa evolução ficou mais visível nos últimos anos. Esse tipo de iniciativa tem como objetivo incentivar à pesquisa e proporcionar um espaço para os novos talentos da área. uma vez que o evento acaba funcionando como uma grande vitrine do que a Ortodontia brasileira é capaz. Existem ainda outras frentes de trabalho na organização do congresso. SPO.” O congresso da SPO contribui efetivamente para a imagem do ortodontista brasileiro no exterior. talvez porque o brasileiro tenha se adaptado melhor às mudanças sofridas pela especialidade. estará confirmada sua posição de segundo maior congresso de Ortodontia do mundo 550 OrtodontiaSPO OrtodontiaSPO| |2010. a equipe de comunicação. e mais uma dezena de detalhes que costumam passar despercebidos aos olhos dos congressistas. “A Ortodontia. em termos de visitantes. avaliou Jorge Faber. e de maior evento da especialidade em toda América Latina.43(4):440-2 .43(5):546-53 2010. o gerenciamento de fornecedores. pesquisa. presidente do Orto 2010-SPO e também da SPO. também tratamos pacientes adultos. esse novo nível de exigência do mercado obriga os profissionais da área a procurarem constantemente por atualização. Para Jairo Corrêa. das organizações. a maneira como a especialidade é praticada”. comentou Faber. As duas principais atividades sociais programadas para o Orto 2010-SPO são a Solenidade de Abertura Oficial. explica ele. presidente do Grupo Brasileiro de Professores de Ortodontia e Odontopediatria. o que significa que o paciente também mudou”. “O profissional tem de ter contato com sua entidade para que ele compreenda com mais clareza a realidade de sua classe e participe mais intensamente da vida associativa.43(4):440-2 551 . Hoje. Por mais inocente que pareça essa atividade. tem a expectativa de um resultado de excelência. um sorriso perfeito. REVENDO AMIGOS Nem tudo é ciência. um congresso abrangente como o da SPO leva vantagem diante dos demais por apresentar um panorama amplo de tudo que acontece no mundo da Ortodontia. esse contato entre os ortodontistas é fundamental. que pode trocar experiências com seus pares. ela representa uma importante fonte de informação para o profissional da área. Além disso. diz. estabelecer novos – e valiosos – contatos e reatar antigos vínculos. A partir do contato com outras técnicas. por sua vez. Outra motivação que atrai os congressistas. A entidade poderá orientá-lo quanto a estudo. contribuindo de maneira importante para o clima amistoso e de confraternização do evento. programado para às 20h30 do dia 15. NO RITMO DAS MUDANÇAS “Não foram só as técnicas que mudaram. Diante disso. é a possibilidade de reencontrar colegas nos corredores do Anhembi. lembra Alexandre Moro. “A realização do congresso também é um momento importantíssimo de congraçamento político. “Enquanto outros eventos dão foco num determinado tema. afirmou Faber. existem mais chances para que eles pesquisem mais sobre o assunto e se sintam estimulados até adotar a técnica para tratar de seus pacientes. incorporou com muita facilidade uma série de novas tecnologias que modificaram de modo decisivo.” Esse aspecto é extremamente benéfico para ampliar os horizontes e para o aprimoramento profissional dos congressistas que participam do evento no Anhembi. marcada para às 19h30 do dia 14 no auditório Elis Regina. “Um bom exemplo é a Ortopedia Funcional dos Maxilares (OFM). as demandas também mudaram muito. mais de cinco mil congressistas são esperados para o Orto 2010-SPO. “O adulto. porque ele dá espaço para outras técnicas menos divulgadas”. a favor do paciente.ORTOINFORMAÇÃO científica. Nas amplas dependências do Anhembi.” Para Moro. E mais: querem que os tratamentos também sejam estéticos. o congresso da SPO permite que a pessoa veja tudo o que está acontecendo. Ou seja. Um momento para articular e organizar a atividade de ortodontista do ponto de vista político”. da Odontologia.43(5):546-53 2010. que contará com a presença de diversas autoridades. invisíveis. mas que tem um espaço significativo no Orto 2010-SPO. ensino e clínica”. que nem sempre é vista em eventos menores. e o Jantar Oficial. até mesmo em um evento científico. OrtodontiaSPO OrtodontiaSPO| |2010. ele nos pede um produto que ninguém tem no mercado. “Estamos sempre atentos aos comentários do cirurgião-dentista. a orientação da nossa 552 OrtodontiaSPO | 2010.43(5):546-53 . Daí nós percebemos a oportunidade e vamos atrás. recomendam os organizadores. BONS NEGÓCIOS equipe é que aproveite o tempo não só na divulgação do nosso produto. o evento é muito mais um espaço para se estreitar o relacionamento com os clientes do que para realizar vendas pontuais. “O contato do cliente é que nos permite saber onde estamos. porque muitas delas aproveitam o Congresso para fazerem seus lançamentos”. É o nosso termômetro”. diz Marcos Cadioli. que será também o Patrono do Orto 2010-SPO. A ExpOrto 2010 contará com mais de 70 empresas que estarão oferecendo produtos e serviços.” Outra oportunidade importante é a de fazer bons negócios na área de expositores do evento. a oportunidade de estar frente a frente com o clientes propiciada pelo ExpOrto 2010 é tão valorizada. Também. mesmo que eles queiram fazer uma reclamação.Acontece Cerimônia de Abertura Oficial e Jantar Oficial são as duas principais atividades do calendário de eventos sociais do Orto.” Morelli. “Sem dúvida. Do lado das empresas. Por conta disso. como conta Oraci de Vechi Morelli. que participa do congresso da SPO desde 1992. mas principalmente para dar atenção aos clientes. da GAC. Às vezes. “Nós participamos do congresso da SPO desde que começamos no mercado de Ortodontia e sempre foi um evento muito importante para nós. conta que reclamações e pedidos dos cirurgiões-dentistas são essenciais para o desenvolvimento de novas linhas de produtos. é uma oportunidade para comprar materiais a preços menores do que a gente costuma encontrar. Hoje. Também ficamos atentos quando a procura por um determinado produto é muito grande. da Dental Morelli. é importante ver o que as empresas estão oferecendo de novidade. novas tecnologias e excelentes promoções. A mais importante delas. havia um clima de otimismo entre os ortodontistas. já que diversas iniciativas haviam levado a especialidade a um grande salto em seu desenvolvimento. OrtodontiaSPO | 2010. Hixon (Universidade de Oregon. A primeira edição do congresso da SPO A Odontologia ainda dava seus primeiros passos no Brasil quando o Congresso Brasileiro de Ortodontia foi criado. na verdade. Em sua primeira edição. A comissão científica foi encabeçada por Carlos Jorge Vogel. O nascimento do I Congresso Paulista de Ortodontia aconteceu entre os dias 28 de janeiro e 3 de fevereiro de 1968. em 1968. EUA). A abertura do evento foi feita em uma grande solenidade promovida pela SPO na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. As aulas aconteceram nas instalações do campus da Universidade de São Paulo (USP). o tesoureiro. ele ainda se chamava Congresso Paulista de Ortodontia. A comissão organizadora era toda formada por alguns dos membros mais ativos da SPO. como Allan G. EUA). aconteceu em dezembro de 1959. Tarasido (Argentina). Brodie (Universidade de Illinois.ORTOINFORMAÇÃO Cerimônia de Abertura na Assembleia Legislativa de São Paulo. quando um grupo de 22 especialistas fundou a Sociedade Paulista de Ortodontia. Naquela época. Quentin M. Ernest M. Ringenberg (Universidade de Sant Louis. o secretário. Paulo Affonso de Freitas. Já naquela época havia uma grande preocupação em se montar uma programação científica de alto nível para o evento com os melhores professores brasileiros em atividade e diversos convidados estrangeiros. e Eduardo Amaral Cezar. o que foi considerado um sucesso estrondoso para os padrões da época. Sebastião Interlandi era o presidente do evento. pelo menos no Estado de São Paulo. Flávio Vellini Ferreira e Francisco Damico. O trabalho desenvolvido por esses jovens profissionais – seja por meio da própria SPO ou individualmente – desencadeou uma série de transformações na prática da Ortodontia em todo país. reunindo 800 cirurgiões-dentistas de todos os cantos do país. EUA) e Hector A.43(5):546-53 553 . com a presença de diversas autoridades. existiam poucos profissionais que se dedicavam à especialidade e a carência de informações era muito grande. Apesar de tantas dificuldades. isto acontece pelo fato de não conhecer as opções estéticas que temos à nossa disposição 554 . Construídos com moderna tecnologia. com comprometimento social e/ou profissional no período do tratamento. “O uso do aparelho é uma necessidade e o paciente sabe que ele terá um prejuízo estético. doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo e especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela APCD-Central. destacando-se entre eles o Clear Aligner.Ortodontia & Estética Coordenação de conteúdo: Alexander Macedo Colaboração na matéria: Adriano Lia Mondelli Maurício Casa Rolf Marçon Faltin Alinhadores estéticos removíveis Os alinhadores estéticos removíveis constituem-se em um recurso de tratamento ortodôntico ideal para pacientes que não querem ou não podem ter aparelhos colados aos dentes. na maioria das vezes. tão em voga nos dias atuais. Casa informa que os bráquetes meOrtodontiaSPO | 2010.43(5):554-62 tálicos foram uma referência de status na década de 1980. Esses aparelhos realizam pequenas movimentações. somente a notícia que o paciente terá de usar um aparelho ortodôntico o faz desistir de uma consulta com um ortodontista e. como os bráquetes cerâmicos e os alinhadores ou aligners removíveis são alternativas de tratamento ortodôntico cada vez mais solicitadas pelos pacientes que priorizam a estética. Muitas vezes. os aparelhos discretos ou considerados imperceptíveis. sua clínica diária está dividida em aproximadamente 60% dos casos adultos com a utilização do Sistema Invisalign. explica. Conforme Maurício Casa. o desejo por um tratamento mais estético e confortável fica evidente”. 30% com aparelho ortodôntico fixo com bráquete estético e 10% com bráquete metálico. “A partir do momento que o paciente conhece as opções de tratamento. mas nos dias atuais isso não existe mais. o Essix Clear Aligner e o Sistema Invisalign. principalmente pessoas do sexo feminino”. começa com o ortodontista fazendo uma moldagem em PVS (silicona de adição). que será encaminhada para os Estados Unidos juntamente com um plano de tratamento. alteração e modificação do tratamento a qualquer tempo pela rapidez na produção dos alinhadores.ORTOINFORMAÇÃO hoje em dia”. o Invisalign.75 mm Clear Aligner hard) por meio da técnica de moldagem por pressão. “O sucesso ao redor do mundo OrtodontiaSPO | 2010. de protéticos especializados para confecção do alinhador e de modelos setup (troquelados). alinhador por alinhador. comenta. doutor em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru – FOB/USP e mestre em Dentística pela Faculdade de Odontologia de Bauru – FOB/USP. até o final do caso. com isto. proporcionando maior lucratividade para o ortodontista. “O processo – descreve ele –. Esta moldagem será escaneada por um tomógrafo e a imagem tridimensional obtida é encaminhada para Costa Rica. consiste em um tratamento ortodôntico que segue como base a troca quinzenal de alinhadores confeccionados em série. Cada alinhador irá fazer movimentos muito graduados.43(5):554-62 no qual podemos ver a evolução do tratamento. Após o ortodontista analisar o ClinCheck. alteração e modificação do tratamento a qualquer tempo pela rapidez na produção dos alinhadores. sem a necessidade de confecção de outro. Completando. com força precisa e controlada durante todo o tratamento. de protéticos especializados para confecção do alinhador e de modelos setup (troquelados). aponta. 0. mesmo em casos mais longos de dois ou mais anos. sem a necessidade de confecção de outro. especificamente desenvolvidos para esse sistema. transformando horas de cadeira em um trabalho estrategista. De acordo com Faltin. reativação dos alinhadores para utilização por mais de três meses. preço de custo baixo do tratamento. teremos boa adaptação dos alinhadores do início ao fim do tratamento. proporcionando maior lucratividade para o ortodontista.5 mm – Clear Aligner soft. Faltin. até a obtenção de Para conhecer melhor os sistemas. o grande diferencial do Invisalign para o ortodontista é o ClinCheck. Alemanha. segundo Casa. Adriano Lia Mondelli. relata que a porcentagem maior de pacientes que exigem aparelho estético “são os adultos e adolescentes. Rolf Marçon Faltin. “Para 555 . mestre em Biologia Celular e Tecidual pela Universidade de São Paulo e doutor e especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Universidade Ulm. ele poderá modificá-lo quantas vezes desejar. detalha. deixando o trabalho do ortodontista mais intelectual e menos técnico”. Mondelli e Casa destacam os princípios e conceitos de cada um. As vantagens do sistema Essix Clear Aligner apontadas por Mondelli foram: não necessitar de laboratório especializado terceirizado. calibrados por software e. mas sim. Em Costa Rica existe um laboratório com mais 680 técnicos que trabalharam na imagem 3D e seguindo o plano de tratamento do ortodontista irão confeccionar o ClinCheck (tratamento virtual). Portanto. confirma a tendência de os aparelhos estéticos serem procurados e exigidos de forma crescente na prática clínica. acrescenta. o princípio do Clear Aligner refere-se a setup progressivo de movimentos dentários controlados laboratorialmente em modelos de gesso por meio de equipamentos e programa computadorizado (software). a aparência do aparelho em si. Seu grande diferencial para o ortodontista não é a estética. “Estimo em 90% a 100% dos pacientes adultos e entre 50% e 60% dos pacientes adolescentes e pré-adolescentes”. se faz pela possibilidade de obtermos um tratamento virtual do caso.625 mm – Clear Aligner medium e 0. reativação dos alinhadores para utilização por mais de três meses. As vantagens do sistema Essix Clear Aligner apontadas por Mondelli foram: não necessitar de laboratório especializado terceirizado. em frente ao computador. PRINCÍPIOS E CONCEITOS preço de custo baixo do tratamento. devendo serem usados em sequência progressiva pelo paciente”. como eles são planejados e fabricados. Produzido pela Align Technology. cada setup (movimento pré-determinado) são fabricados aparelhos removíveis transparentes em três espessuras de folhas/placas termoplásticas (0. 1o setup de ClinCheck. posição final dos incisivos. Sem desgastes interproximais. aplica-se para movimentação dentária de moderada amplitude”. Pré-tratamento Invisalign. as indicações são várias. ficando contraindicado nas situações clínicas em que se faz necessário maior controle de movimentação radicular. desde 2002”. os alinhadores vão para os Estados Unidos e de lá os casos são distribuídos para todo o mundo. Imagens cedidas pelo doutor Maurício Casa. Essa fábrica. C. Invisalign é importado seguindo todas as qualificações brasileiras da Anvisa e da Receita Federal. B.43(5):554-62 . “Com muita pesquisa e muitos casos já iniciados (atualmente. alega. A. “Em outras palavras. O ortodontista poderá colocar seus conhecimentos para personalizar formato de arco. no México. pondera. garantindo total fidedignidade dos alinhadores para a boca do paciente. garante. Imagem inicial pré-tratamento. as imagens virtuais do tratamento são encaminhadas para Juarez. Após análise completa do ClinCheck e aprovação do caso. imagem de sobreposição (dentes azuis) foi solicitado para não vestibularizar incisivos e foi usado como referência o dente 41.Ortodontia & Estética um tratamento que julga ‘ideal’ para seu paciente. toda automatizada. 556 OrtodontiaSPO | 2010. de acordo com Casa. B. sobremordida etc. tem a capacidade de fabricar até 40 mil alinhadores por dia. O uso de novos protocolos de biomecânica e a combinação de Invisalign com elásticos. A. 2o setup de ClinCheck imagem de sobreposição (dentes azuis) foi solicitado para não vestibularizar. de fato? Para Faltin a aplicação e indicação clínica para esse tipo de tratamento compreende a maioria dos problemas ortodônticos. obtendo resultados favoráveis.3 milhões) podemos afirmar que Invisalign trata grande parte das más-oclusões. tem aumentado muito a quantidade de más-oclusões que podemos tratar. De fato. Total de 12 alinhadores. Anos atrás. os alinhadores estéticos podem ser utilizados em boa parte dos casos ortodônticos. Após sua confecção. mais 1. A B Figuras 1 Imagem intrabucal oclusal do arco inferior. Pós-tratamento Invisalign. sobressalência. estas devem ser INDICAÇÕES E APLICAÇÕES Com tecnologia avançada. expandir o arco e sem desgastes interproximais. com problemas transversais ou sagitais”. o tratamento com alinhadores era indicado somente para casos de Classe I com apinhamentos ou espaçamentos. inclusive para tratamentos mais complexos. Total de 21 alinhadores. A B C Figuras 2 Foram feitos dois ClinChecks para este caso. mas usar como referência o dente 31. botões e/ou mini-implantes favorecendo ancoragem e/ou rotações específicas de dentes. Mas será isso o que acontece. mas segundo Mondelli. e por meio de processo de estereolitografia. cada passo do virtual é transformado em um modelo real de resina. sendo que sobre este modelo serão confeccionados os alinhadores propriamente ditos. “Solicitamos e conscientizamos o paciente da necessidade de uso por tempo integral (menos alimentação) e percebemos que uma carga horária de uso superior a 16 horas diárias permite-nos a evolução ideal planejada de tratamento. justifica. muitas vezes. Faltin informa que para a obtenção de resultados satisfatórios estima-se uma carga horária mínima de 14 a 16 horas de uso. a Align lançou o Invisalign Teen. produto destinado a adolescentes. a Teoria das dez horas. já recomendamos a remoção precoce do aparelho fixo e indicamos a utilização dos alinhadores para finalização ortodôntica. “Já tive alguns pacientes que desistiram do tratamento por falta de colaboração. Esses botões permitem-nos avaliar a colaboração do paciente durante 557 . O uso por 10-14 horas permite uma evolução mais lenta de tratamento. quando o uso inferior a um mínimo de dez horas (por exemplo noturno) esta evolução passa na maior parte dos casos a ser insatisfatória e muito lenta”. logicamente. assegura. ressalta que o OrtodontiaSPO | 2010. Outras indicações.ORTOINFORMAÇÃO para pequenos movimentos dentários. na qualidade do resultado final. Casa. O uso por 10-14 horas permite uma evolução mais lenta de tratamento.43(5):554-62 paciente indisciplinado torna o tratamento contraindicado. RESULTADOS SATISFATÓRIOS De fato. como casamentos e festas de aniversários e até casos de pônticos suspensos temporários. removendo os alinhadores somente no período das refeições. Faltin informa que para a obtenção de resultados satisfatórios estima-se uma carga horária mínima de 14 a 16 horas de uso. “Além disso. pois é recomendado seu uso por 20 horas diárias. quanto mais o paciente utilizar os alinhadores. Em extremo. pois normalmente os pacientes já usaram aparatologia ortodôntica fixa e não se sujeitam a utilizar novamente bráquetes. mesmo sendo estéticos”. Destacando também a colaboração do paciente como ponto fundamental para o sucesso e boa evolução do tratamento. as pequenas recidivas de tratamento ortodôntico são um nicho em que a técnica se adequa muito bem. Destacando também a colaboração do paciente como ponto fundamental para o sucesso e a boa evolução do tratamento. ressalta. Porém. por outro lado. Os aparelhos removíveis são menos eficientes que os aparelhos fixos. quando o uso inferior a um mínimo de dez horas (por exemplo noturno) esta evolução passa na maior parte dos casos a ser insatisfatória e muito lenta”. Recomendamos dormir com os alinhadores e somente retirá-los para a higienização e para a alimentação. essa limitação tem de ser compreendida pelo paciente”. botões azuis na região de primeiros molares superiores. de acordo com Mondelli. são os casos em que os pacientes pedem para ficar sem aparelhos temporariamente por motivos diversos. para casos especiais na fase de finalização biomecânica”. adverte Mondelli. na Implantodontia. mas na maioria dos casos de pacientes adultos a colaboração é totalmente satisfatória. “Solicitamos e conscientizamos o paciente da necessidade de uso por tempo integral (menos alimentação) e percebemos que uma carga horária de uso superior a 16 horas diárias permitenos a evolução ideal planejada de tratamento. uma das grandes dificuldades encontradas no tratamento com aparelhos removíveis em crianças e adolescentes é a colaboração na utilização do aparelho conforme o número de horas indicado. “Em 2009. interferindo. Seu diferencial é possuir indicadores de uso. não são indicados. assegura. Em extremo. “Os tratamentos de Classe II e III e problemas transversais posteriores. Porém. “Baseamos-nos na hipótese do mentor doutor Lawrance Andrews. mais rápida e melhor a resposta biológica. é uma ferramenta diferencial ao ortodontista. ao conforto. “O ClinCheck é a possibilidade de criarmos um setup virtual com alta precisão. não muda a aparência do paciente durante o tratamento. não tem volume intrabucal e não ocupa o espaço da bochecha. portanto. com extração de quatro pré-molares. o paciente não tem prejuízo na fala ou desconforto de acessórios colados. Estética: transparente. Esta última é ressaltada por Mondelli. 4. “E também por serem aparelhos removíveis. passa muitas vezes despercebido. Conforme Casa. 3. Imagens cedidas pelo professor Adriano Lia Mondelli. A decisão do melhor tratamento para o paciente estará associado ao trabalho de diagnóstico do ortodontista baseado na cefalometria e planejamento do caso”. Figura 4 Placa utilizada no Sistema Essix Clear Aligner. De acordo com Faltin. sendo também um excelente instrumento de marketing. é claro. Conforto: tem espessura de 0.5 mm aquém da linha de gengiva. a contenção deve ser realizada com o próprio último alinhador com espessura de 0. Higiene: trabalhos científicos mostram que neste tratamento os pacientes apresentam uma melhor saúde bucal quando comparado ao tratamento convencional.75 mm (Clear Aligner hard) ou alternativas como 558 OrtodontiaSPO | 2010. Previsibilidade: esta é a principal vantagem do sistema Invisalign (para o ortodontista). à higiene e à função (menor distúrbio funcional). uma vez que desbotam conforme o uso do alinhador”. o cirurgião-dentista planeja virtualmente o caso e pode mostrar ao paciente qual o resultado final esperado. inclusive estimando o tempo total de tratamento. Faltin concorda que a vantagem da utilização de alinhadores estéticos refere-se. trabalhando principalmente com desgastes interproximais e expansão para solução do apinhamento. portanto. frisa. fundamentalmente. O alinhador fica ao redor de 0. Removível: nas refeições. principalmente para pacientes adultos que muitas vezes não estão dispostos ou não podem. poderíamos criar três setups virtuais. em casos limítrofes a possibilidade de criar vários ClinChecks com planejamentos distintos. 2. na estética. pode-se classificar cinco vantagens relevantes no caso do Invisalign: 1.7 mm CONTENÇÃO Após a finalização da movimentação dos dentes. lábio ou língua. o paciente remove facilmente os aparelhos. Por exemplo. outro com extração de um incisivo e outros sem extração. por razões profissionais. e fica sobreposto diretamente no dente. observe a estética translúcida que este sistema proporciona clinicamente. explica. não tendo incômodos ou restrições para se alimentar. VANTAGENS As vantagens do uso dos alinhadores em relação ao tratamento ortodôntico com aparelho fixo convencional não se restringem apenas à parte estética.43(5):554-62 .Ortodontia & Estética Figura 3 Foto clínica do uso do Sistema Essix Clear Aligner. pelo atributo translúcido dos alinhadores. usar aparatologia fixa”. a evolução do tratamento. sem falar. 5. é necessário colocar uma contenção para manter o resultado alcançado do tratamento com os alinhadores. determina. em casos de grande apinhamento inferior. note a translucidez do material. argumenta. “Porém. a contenção sugerida é a convencional. Mas. “No decorrer dos anos. “Para nós ortodontistas. contenções convencionais. mais produtos chegam ao mercado com avançada tecnologia. com espessura de 1 mm.0 do programa computadorizado (Capro) com novos aplicativos e melhores ferramentas de uso. “As opções dependem. produtos mais adaptados para cada fatia do mercado e melhores resultados clínicos com Invisalign. Contudo. Faltin lembra que dentre as constantes evoluções encontram-se: • Nova versão 2. Para Casa. De acordo com Mondelli. Este ano tivemos melhorias importantes no software ClinCheck e nos protocolos que os técnicos utilizam para desenhar os casos. da colaboração e da qualidade de uso das contenções”. necessita ser trocada com frequência a cada três meses ou no máximo seis meses. portanto. a Align Technology conta com uma equipe de bastidores vinculada a universidades. tenho aplicado com sucesso. A Align também fornece o Vivera Retainers que são três aparelhos de contenção iguais. pesquisar. a Align Technology conta com uma equipe de bastidores vinculada a universidades. a forma mais eficaz de contenção realmente é restabelecer ao paciente as metas terapêuticas funcionais”. Adequaram a velocidade de movimentação para cada alinhador de acordo com a necessidade de cada caso e em algumas situações que os movimentos são considerados críticos a velocidade de movimentação ficou mais lenta. direcionada a estudar.ORTOINFORMAÇÃO contenção lingual colada (3 a 3). a fim de apresentar. A cada ano. mais produtos chegam ao mercado com avançada tecnologia. isto é traduzido em constantes lançamentos de somente. os desgastes interproximais quando solicitados são feitos quando os dentes estão em melhor posicionamento. destaca Casa. confirmando DESENVOLVIMENTO A cada ano. Com os alinhadores estéticos não é diferente. ano a ano.75 mm a 1 mm de espessura). fundamentalmente. orienta. De acordo com Casa. sem movimentos dentários. Este tipo de contenção tem a tendência de lacear com o tempo. no arco superior. direcionada a estudar. • As folhas/placas (material de termomoldagem) Clear Aligner apresentam logotipo impresso a laser. OrtodontiaSPO | 2010. pesquisar. enfim há produtos diferenciados para cada tipo de caso”. para casos mais simples. a fim de apresentar. também lançaram o Invisalign Teen. tipo 3 x 3 ou placas de Hawley devem ser instaladas se houver necessidade. Com os alinhadores estéticos não é diferente. o Invisalign Lite. temporariamente. produtos mais adaptados para cada fatia do mercado e melhores resultados clínicos com Invisalign. uso barra lingual colada de canino a canino”. como contenção. Recentemente. nossa filosofia integrada de tratamento para evitar recidivas e alcançar maior tempo de preservação dos tratamentos. No caso do Sistema Clear Aligner. produtos e alterações de protocolos no tratamento. após o prazo pequeno estipulado. entre outros. ano a ano. placa de acetato a vácuo de 1 mm (cristal rígido) para uso noturno. realizar vários ensaios científicos. o mesmo sistema pode ser utilizado. esclarece. quase na totalidade dos casos. na maioria das vezes o paciente não aceita o Hawley modificado. De acordo com Casa. direcionado a adolescentes. realizar vários ensaios científicos.43(5):554-62 559 . No arco inferior. aparelho removível (Hawley) ou ainda contenção estética transparente de material termoplástico tipo Duran ou Imprelon (com 0. Figuras 7 Mordida cruzada através do sistema Clear Aligner.Ortodontia & Estética Figuras 5 Fotos intrabucais antes e depois de tratamento do apinhamento. 560 OrtodontiaSPO | 2010. Figuras 6 Espaçamento.43(5):554-62 . Imagens cedidas pelo professor Rolf Marçon Faltin. Figuras 8 Mordida profunda. planejamento financeiro mais versátil e administrável pelo ortodontista. o paciente.75 mm). informa. Invisalign prima pela alta tecnologia. “Além disso. • Economicamente vantajosos por meio de custos mais acessíveis. que exige a cada dia mais. sem a necessidade de computadores e scanner de última geração. CA. publicações científicas e materiais de alta qualidade”. “Está. Para Casa. pesquisas em vários laboratórios e universidades no mundo mostram a cada dia melhores resultados clínicos. suportado por ampla casuística clínica. Este produto tem somente 12 anos no mercado e evoluiu muito.ORTOINFORMAÇÃO O Essix Clear Aligner. “Em 2009. tratamentos estéticos. O Essix Clear Aligner. em série. o sistema de alicates termoaquecidos. o Sistema Clear Aligner. identificando a espessura dos mesmos (Logotipos: CA. desenvolvido pelo doutor Hilliard. pois isto é pensado e criado no computador.soft = 0. afirma. possibilitando ajustes e modificações durante o percurso. lembra. • Novos modelos de alicates para diferentes utilidades de conformação e confecção de acessórios dos alinhadores Clear Aligner. é um sistema que se diferencia de outras técnicas de movimentação dentária. uma vez que o diagnóstico e o planejamento são feitos pelo próprio ortodontista em sua clínica. segundo Faltin. seu processo de confecção OrtodontiaSPO | 2010. se incorporou a Dentsply. conclui Mondelli. sem a necessidade de computadores e scanner de última geração.medium = 0. • Eficiência e conforto por realizar um movimento programado (um estágio setup) através de progressiva tensão e ajuste obtidos por sequência crescente de espessura dos alinhadores.43(5):554-62 561 . • Metodologia e casuística clínica (sistemática com reprodutividade). conforme Mondelli. já ganhou prêmios na área de logística e automação e é uma empresa que consegue fazer produtos personalizados (nenhum alinhador é igual ao outro). por meio de alinhadores transparentes. sendo que atualmente existe uma grande rede credenciada no Brasil”. maior lucratividade. portanto.5 mm. originalidade e qualidade do material produzido com exclusividade pela firma alemã Scheu-Dental e respectivos aparelhos. “Além disso. pois o diagnóstico e o planejamento não mudam e o ortodontista terá menos necessidade de fazer trabalhos técnicos diretamente na boca do paciente. o cirurgião-dentista tem o total controle da técnica. o cirurgião-dentista tem o total controle da técnica. EVOLUÇÃO CONSTANTE Desenvolvido pelo professor doutor Taeweon Kim em 1998. nos Estados Unidos. é uma metodologia proposta e em evolução há mais de dez anos. assim como. Interessantes diferenciais do sistema Clear Aligner compreendem: • Controle total do ortodontista ao longo do tratamento. Desde 2000. é um sistema que se diferencia de outras técnicas de movimentação dentária. uma vez que o diagnóstico e o planejamento são feitos pelo próprio ortodontista em sua clínica.625 mm. bem como da dependência de outros profissionais externos”. começou a ser divulgado no Brasil. Tudo isto é impulsionado pela grande procura do produto pelo consumidor final. CA-hard = 0. “O Invisalign segue a evolução de uma grande parte das profissões que adotou a informática para favorecer o intelectual do profissional. bem como da dependência de outros profissionais externos”. confortáveis e confiáveis”. conforme Mondelli. • Qualidade e propriedade elástica dos materiais Clear Aligner (folhas/placas) e precisão de moldagem por pressão obtidos através das máquinas ScheuDental. por meio de alinhadores transparentes. afirma. 2007. • Ballard R. • Morris A. Di Girolamo R. Korea: MyungMun co. • Clear Aligner Manual. Journal of Clinical Orthodontics 2003.583-9.43(5):554-62 . New Orleans: Raintree Essix L.32:667-9. • Lindauer S. JCO 2009. The multipurpose use of Essix thermoformed appliances. • Giacontti A. Japan: Sunashobo co.30:385-90. Kim. Open-bite treatment utilizing clear removable appliances with intermaxillary and intermaxillary elastics. Deep-Bite Correction Using a Clear Aligner and intramaxillary elastics. A rationale for removable retainers. Journal of Clinical Orthodontics 1996. Case Report: Early treatment of Anterior Crossbite with an Essix Appliance. Sheridan J. • Kim TW. 562 OrtodontiaSPO | 2010. Korea: MyungMun co. Romanini G. Shoff R. Comparison of Essix and Hawley retainers. Kim TW. 2002. • _____.38:161-4. English version. Invisalign A to Z. Journal of Clinical Orthodontics 2000. • Giancotti A. ARS (Air Rotor Stripping) and Minor Tooth Movement (MTM) Selected Bibliography. Vogt S. Docimo R. Sheridan J. Japan 2005. An Essix intrusion appliance.540-1. Treatment of severe maxillary crowding Invisalign and fixed appliances. Journal of Clinical Orthodontics 1990. Japan: Sunashobo.21(1):23-9. Esthetic orthodontic correction of a canine crosbite. Realignment of incisors with vacuum formed appliances. Adjusting Essix appliances at chairside. Eruption guidance in the mixed dentition: a case report. 2007.14-5. 2005.66(3):219-29. • Wong BH. J Orofac Orthop 2005.30:371. Nguyen P. • Nahoum H.48-50.C. • Miethke RR. IJO 2010. 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O desgaste dentário nos indivíduos com má-oclusão não deve ser considerado patológico.137(14):E1-14. Os resultados deste trabalho demonstraram que indivíduos com oclusão normal. tomadas antes do tratamento ortodôntico. Mazzonetto R. Concluiu-se que o tratamento ortodôntico pré-cirúrgico promoveu um mínimo e uma variável de alterações dentárias e esqueléticas no resultado final.e7. O grupo 1 apresentou desgaste significantemente maior na superfície palatina dos incisivos centrais superiores e nas superfícies incisais dos caninos superiores.43(5):565-6 565 . No grupo 3. quando comparado aos grupos 2 e 3. Kuramae M. e nos valores de OJ. antes da cirurgia e pelo menos seis meses de pós-operatório. significante nas superfícies oclusais dos segundos pré-molares superiores e primeiro molar superior. os valores de AOBO foram diminuídos em 6. Da mesma forma. da qual foi avaliada três telerradiografias de cada paciente. mas sim uma consequência dos diferentes padrões oclusais.Ciência Brasil ORTOINFORMAÇÃO Publicação de pesquisadores brasileiros na mídia internacional O espaço Ciência Brasil é reservado para a divulgação das pesquisas recentemente publicadas por ortodontistas brasileiros em periódicos internacionais. má-oclusão de Classe II completa. ou seja. verificou-se desgaste dentário estatisticamente Índice de desgate dos dentes. e 1/2 Classe II. respectivamente. Confira a seguir quatro dessas pesquisas: Janson G. divisão 1.br) resumos de seu artigo com até 250 palavras. Tompson B.9°). especialmente nas medidas relacionadas à mandíbula (SNB. Braz Oral Res 2010. Para publicação: envie à revista OrtodontiaSPO (revista@ortodontiaspo. A amostra foi constituída de modelos de gesso obtidos a partir de 310 indivíduos. OrtodontiaSPO | 2010.7 para -7. houve uma redução de 3.6°. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2010. Os traçados foram realizados pelo método manual e os pontos foram digitalizados utilizando um software.24(2):189-96.23° (de 8. Para ANB. O desgaste dentário foi avaliado usando uma versão modificada do índice de desgaste dentário (IDD). além de uma imagem significativa do tema. divisão 1. houve uma redução de 5. Cephalometric evaluation of surgical mandibular advancement. Oltramari-Navarro PVP. de Oliveira RBS. Sales-Peres SHC.com.3 mm). AOBO e OJ). Lunardi N. Para os grupos 2 e 3. no total foram analisadas 45 telerradiografias.7 mm e -12. Os resultados mostraram que os valores de SNB aumentaram de 75. observou-se maior desgaste na superfície incisal dos incisivos inferiores quando comparado ao grupo 2. As medidas de BNP e PGNP foram reduzidas de -12. com resolução de 300 dpi. divisão 1) e grupo 3 (100 indivíduos 1/2 Classe II.3 mm (7. divisão 1).7 para -6. PGNP e SNPM) ou indiretamente a ela (ANB.7 mm (9-3.3 mm).1° para 4. O tratamento cirúrgico provocou importantes mudanças esqueléticas. superfícies oclusais dos pré-molares inferiores e superfícies vestibulares dos dentes inferiores posteriores quando comparados ao grupo de oclusão normal. por meio da osteotomia bilateral do ramo mandibular. BNP.6° para 78. Tooth-wear patterns in subjects with class II division 1 malocclusion and normal occlusion.6 mm. Santos-Pinto A. facial morphology and sucking habits in young children with functional posterior crossbite. Na dentição decídua. C. Maximal bite force. (Acima): alterações nucleares da citotoxicidade. de ambos os gêneros. os hábitos de sucção mostraram um importante papel na etiologia da mordida cruzada posterior. Já a sucção não nutritiva mantida até os três anos de idade mostrou estar associada à ocorrência de mordida cruzada em ambas as dentições (regressão logística múltipla). Na dentição decídua. este estudo buscou avaliar a influência de hábitos de sucção nutritivos e não nutritivos na presença de mordida cruzada e sua correlação com a força de mordida. RESUMO A manutenção de condições normais da função mastigatória é determinante para o correto crescimento e desenvolvimento de suas estruturas.5 – 7 anos). B. Angelieri F. Observou-se que crianças na fase inicial da dentição mista com mordida cruzada apresentaram menor força de mordida em comparação àquelas com oclusão normal. Bonjardim LR. Variáveis corporais apresentaram correlação significativa com a força de mordida apenas no grupo de dentição decídua com mordida cruzada (correlação de Pearson). ×100. Picnose. os raios X foram capazes de aumentar outras alterações nucleares intimamente relacionadas com a citotoxicidade como a cariorrexe. Cariorrexe Coloração Feulgen. Pereira LJ. Cariólise.43(5):565-6 . Clin Oral Invest in press. Células esfoliadas da mucosa bucal foram coletadas antes da exposição radiográfica (imediatamente) e decorridos dez dias da mesma. J Appl Oral Sci 2010. Miranda SR. Pozzi R. As variáveis avaliadas foram: máxima força de mordida bilateral. cariólise e cariorrexe) em células esfoliadas da mucosa bucal de indivíduos após a realização de uma telerradiografia em norma lateral digital. a menor força de mordida e ausência de aleitamento natural apresentaram associação positiva com a presença da má-oclusão (regressão logística univariada). Entretanto.18(2):143-8. Na dentição mista. Foram incluídas 67 crianças (3. que possuíam indicação para tratamento ortodôntico. crianças com mordida cruzada apresentaram faces proporcionalmente mais longas (teste t Student).05) no número de células micronucleadas da mucosa bucal entre as fases. RESUMO O objetivo do presente estudo consistiu em avaliar os danos ao DNA (por meio do teste do micronúcleo) e morte celular (picnose. 566 OrtodontiaSPO | 2010. Assim.1007/s00784-010-0402-1. estes dados indicam que a exposição radiográfica de uma telerradiografia em norma lateral digital pode não ser um fator que induz dano cromossômico. Gavião MB. Castelo PM. Trinta pacientes saudáveis (15 homens e 15 mulheres). Cellular death but not genetic damage in oral mucosa cells after exposure to digital lateral radiography. a qual também mostrou associação com uma menor amplitude de força de mordida e tendência à face longa. nas fases de dentição decídua completa e mista inicial com oclusão normal e mordida cruzada posterior funcional. contudo.Ciência Brasil Ribeiro DA. A. foram submetidos à exposição radiográfica de uma telerradiografia em norma lateral digital. Os resultados demonstraram que não houve diferença estatisticamente significante (p > 0. a picnose e a cariólise. morfologia facial e variáveis corporais. DOI 10. peso e altura corporais e morfologia facial por meio de fotografias frontais padronizadas (altura facial anterior e distância bizigomática). Portanto. a tendência ao padrão de face longa e a ausência de aleitamento natural por pelo menos seis meses associou-se significativamente à ocorrência de mordida cruzada (regressão logística múltipla). é capaz de promover citotoxicidade. (Ao lado): célula com micronúcleo. Conclusão: na amostra avaliada. Sannomiya EK. 2 gráficos e 32 figuras. Limites: texto com. a partir de agora. A revista OrtodontiaSPO submeterá os originais à apreciação do Conselho Científico. 2. que não seguirem rigorosamente as Normas de Publicação serão devolvidos automaticamente. relato do(s) caso(s) clínico(s). imprescindivelmente. Os trabalhos devem conter. uma vez publicado o trabalho. confira se o trabalho está de acordo com esses limites no item 3. [nome(s) do(s) autor(es)].25 cm f. total ou parcial. A revista OrtodontiaSPO receberá para publicação trabalhos redigidos em português.1. um dos autores. 3. também não serão aceitos. material(is) e método(s). Os trabalhos enviados. 2. Alinhamento do texto: justificado e.7. conclusão. NORMAS 2. contendo breve revisão da literatura e objetivos do trabalho. resumo em inglês (abstract). Cecilia Felippe Nery Editora Rua Gandavo. assinado. conclusão.2. em formato DOC ou RTF (Word for Windows). resumos de teses. Limites: texto com. adota. resumo em inglês (abstract). O material enviado. que decidirá sobre a sua aceitação. essa cessão de direitos autorais será automaticamente revogada após a devolução definitiva do citado trabalho. nome(s) do(s) autor(es). unitermos em inglês (key words) e referências bibliográficas. As informações contidas nos trabalhos enviados são de responsabilidade única e exclusiva de seus autores. Apresentação. titulação do(s) autor(es).5 cm b. titulação do(s) autor(es). discussão. Em hipótese alguma. com informações para contato (endereço. unitermos. por parte do autor. não será devolvido. desde 15 de junho de 2008. Antes de postar. não sendo permitida a sua apresentação simultânea em outro periódico. Revisão de literatura – Deverão conter título em português. 18.4. título em inglês.2. mediante o recebimento. titulação do(s) autor(es). Os trabalhos que se referirem a relato de caso clínico com identificação do paciente deverão conter o Termo de Consentimento do Paciente. acompanhados de uma cópia em papel. artigos e teses) OrtodontiaSPO | 2010. 4 gráficos e 16 figuras/imagens. Os trabalhos desenvolvidos em instituições oficiais de ensino e/ou pesquisa deverão conter no texto referências à aprovação pelo Comitê de Ética. 70 – Vila Mariana 04023-000 – São Paulo – SP NORMAS DE PUBLICAÇÃO 1. Atenção: apenas o texto do trabalho deve estar no formato DOC (Word). entre em contato com a redação pelo telefone (11) 2168-3400. Modelo de Termo de Cessão de Direitos Autorais [Local e data] Eu (nós). declaro(amos) concordar. resumo em inglês (abstract). no máximo. Todos os trabalhos enviados devem respeitar os limites máximos de tamanho de texto e quantidade de imagens/figuras. Tamanho do papel: A4 d. assinado por este. 25. das Normas de Publicação. contendo o texto gravado nos formatos DOC ou RTF (Word for Windows ou editores de texto compatíveis). no máximo. Espaçamento entre linhas: 1. Atenção: os trabalhos que não tiverem telefone para contato de. 2. autor(es) do trabalho intitulado [título do trabalho]. • Impressos completos do trabalho enviado. as imagens devem estar contidas em um arquivo DOC ou PPT (PowerPoint).43(5):569-70 – Deverão conter título em português. visando a padronização universal de expressões científicas nos trabalhos publicados. telefones e e-mails). pelo menos. APRESENTAÇÃO 3. o qual submeto(emos) à apreciação da revista OrtodontiaSPO para nela ser publicado.6. Margens superior e inferior: 2. introdução e/ou proposição. 3. Atenção: o trabalho deverá conter no máximo 5 autores.5. Limites: texto com. OBJETIVO A revista OrtodontiaSPO.7. discussão. introdução e/ou proposição. em alta resolução (300 dpi). 4. unitermos em inglês (key words) e referências bibliográficas. no máximo. O CD deve estar com a identificação do autor responsável. gravados em CD. A revista OrtodontiaSPO reserva todos os direitos autorais do trabalho publicado. em sua face não gravável. o estilo Vancouver (Sistema Numérico de Citação).1. Os trabalhos enviados para publicação devem ser inéditos. 2. unitermos em inglês (key words) e referências bibliográficas. Trabalhos científicos (pesquisas.Normas de Publicação Como enviar seus trabalhos A revista OrtodontiaSPO.9.000 caracteres (com espaço). 3.1. e as imagens (se houver) nos formatos JPG ou TIF. Estrutura 3. do Termo de Cessão de Direitos Autorais. Dados para envio dos trabalhos: Para OrtodontiaSPO Att. No caso de nãoaceitação para publicação. 2 tabelas ou quadros. Formatação de página: a.1.1. 2. resumo. promoção e intercâmbio de informações científicas. destina-se à publicação de artigos originais. 3.1. identificado. por meio deste suficiente instrumento. unitermos. O trabalho deverá ser entregue juntamente com o Termo de Cessão de Direitos Autorais. Os trabalhos deverão ser enviados exclusivamente via correio.2. em suas Normas de Publicação. 2. 2. que os direitos autorais referentes ao citado trabalho tornem-se propriedade exclusiva da revista OrtodontiaSPO a partir da data de sua submissão. Em caso de dúvida. 10 páginas de texto. título em inglês. 2. assinado pelo(s) autor(es) ou pelo autor responsável. se for o caso. artigos de divulgação e relato de casos clínicos no campo da Ortodontia e ciências afins. discussão. 3. 2.2. 2.3.1. Relato de caso(s) clínico(s) – Deverão conter título em português. 35. resumo.3. 4 tabelas ou quadros. 2. introdução. resultados. nome(s) do(s) autor(es). telefone e e-mail do autor responsável). um órgão oficial da Sociedade Paulista de Ortodontia. 4 tabelas ou quadros. de ofício específico para esse fim. nome(s) do(s) autor(es).8.10. revisão da literatura. unitermos. em envelope com: • CD.5 linhas 569 . Os nomes dos relatores/avaliadores permanecerão em sigilo e estes não terão ciência dos autores do trabalho analisado. Recuo especial da primeira linha dos parágrafos: 1. 2.000 caracteres (com espaço). Também não serão aceitos slides. sendo vedada qualquer reprodução. em qualquer outra parte ou meio de divulgação de qualquer natureza. Margens esquerda e direita: 3 cm c. sem que a prévia e necessária autorização seja solicitada e obtida junto à revista OrtodontiaSPO. Envie seu trabalho apenas pelo correio. título em inglês.000 caracteres (com espaço). bem como a divulgação. [Data/assinatura(s)] 2. com etiqueta ou caneta retroprojetor (própria para escrever na superfície do CD). todos os dados para contato com o autor principal (endereço. e do Termo de Consentimento do Paciente.1. conclusão. resumo. 4 gráficos e 16 figuras. Importante: 1. deve-se evitar o uso de iniciais. 6. The biology of tooth movement.23(8):408-9.4. Experience form a 10-year period.43(4):419-22. 3. As grandezas demonstradas na forma de barra. 4. 5. OrtodontiaSPO | 2010. Sinais ou siglas apresentados devem estar traduzidos em nota colocada abaixo do corpo da tabela/quadro ou em sua legenda. Não citar os nomes dos autores e o ano de publicação. Formatação de texto: a. Lindstrom J.16:1-13. Marginal adaptation of composite restoration with and without flowable liner [resumo]. 4.7. Quantidade máxima de 30 referências bibliográficas por trabalho. São Paulo: EVM.65:545-50. Consultar Descritores em Ciências da Saúde – Bireme (www. nome e número de registro de pacientes. A exatidão das referências bibliográficas é de responsabilidade única e exclusiva dos autores.7. 4. Glass ionomer-resin: state of art. Rev Odont Unesp 1988.28:402-4. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 4. obrigatoriamente. que devem ser seguidos pelos seus prenomes abreviados. a menos que expresse por escrito o seu consentimento.43(5):569-70 [cited 30-6-1998]. Unitermos e key words: máximo de cinco.” 4. O paciente não poderá ser identificado ou estar reconhecível em fotografias.São Paulo. p. números aleatórios devem ser separados por vírgula (exemplo: 7. Nas publicações com sete ou mais autores.1997. Osseointegrated implants in the treatment of the edentulous jaw. Devem constar sob as denominações “Tabela” ou “Quadro” no arquivo eletrônico e ser numerados em algarismos arábicos. Florida: CRC. numerados com algarismos arábicos e fornecidos. Nas publicações com até seis autores.17(1/2):183-9. 5. In: Norton. Absenteísmo odontológico. conforme orientações fornecidas pelo International Committee of Medical Journal Editors (www. 4. Oliveira MF. No texto. Titulação do(s) autor(es): citar até 2 títulos principais e. editores de texto (Word for Windows) ou planilhas eletrônicas (Excel). número (fascículo) e páginas do artigo logo após o título do periódico. 6. Illinois: Quintessence.8 avaliaram que a saúde geral e local do paciente é necessária para o sucesso do tratamento”.7.. Anais. Hallen O.8. 6.gov/tsd/serials/lji.” Correto: “Vários autores1.bireme.icmje. 5. as informações não devem ser incluídas na lista de referências. Exemplo: “1. Tipo de fonte: times new roman b. 4. Influence of a composite resin restoration on the gengival. Craniofacial prostheses: anaplastology and osseointegration. 4.br/bdj/t0182..5. 7.7. SP [tese]. editors. citam-se todos. Deve-se evitar a citação de comunicações pessoais.7.2.8.3.6. Sinais ou siglas apresentados devem estar traduzidos em sua legenda. ser enviadas incorporadas a arquivos de programas de apresentação (PowerPoint). Burstone CJ. preferencialmente.17:1-2.7. Fives-Taylor PM.7. TABELAS OU QUADROS 5. trabalhos em andamento e os não publicados. 21). Sempre indicada de forma clara e objetiva no texto ou em documento anexo. Na in vitro test model for investigation of desinfection of dentinal tubules infected whith enterococcus faecalis. Lorato DC. Resumo: Steet TC.10. seguir o Sistema Numérico de Citação.org) no “Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals”.1.2. em hipótese alguma. Meyer DH.usp. Breine U. Avaliação do desenvolvimento físico de préescolares de Piracicaba.7.” 4. Prosthet Dent 1992. em arquivo à parte. Cure opin microbial.1997. Exemplos 4. ser citadas no corpo do texto na ordem de sua numeração.2. nos formatos TIF ou JPG e largura mínima de 10 cm.5.2.1. 4. Estética em implantes de um ponto de vista cirúrgico. 4.4. em seguida.8(2):67. Livro: Brånemark P-I. Artigo sem indicação de autor: Fracture strenght of human teeth with cavity preparations. 6. J Periodontal 1994. br/decs/) 3. Braz Dent J 1997. 2.3. na ordem de sua numeração.11. 6. Devem ser. Tobaco use as a risk factor. 5. citados no corpo do texto. Bergstrom J.7. obrigatoriamente. A behavioral courses in dental school.5. Organização ou sociedade como autor: Clinical Research Associates. Resumos em português e inglês: máximo de 250 palavras cada f. Preber H. Devem constar sob a denominação “Figura” e ser numeradas com algarismos arábicos. GRÁFICOS 7. a expressão latina et al. Adell R. 2002.4.1. Editor(es) ou compilador(es) como autor(es): Brånemark P-I. A legenda deve acompanhar a tabela e ser posicionada acima. J Prosth Dent 1980. R.5.2. 4. A apresentação das referências bibliográficas deve seguir a normatização do estilo Vancouver. Não devem.5. Scan J Plastic Rec Surg 1977. curva ou outra forma gráfica devem vir acompanhadas dos respectivos valores numéricos para permitir sua reprodução com precisão. Tamanho da fonte: 12 c. 4. A vírgula só deve ser usada entre os nomes dos diferentes autores. Clin Res Assoc Newsletter 1993. Capítulo de livro: Baron. Devem. Sá JR. citam-se os seis primeiros e. Na apresentação de imagens e texto.1. As referências devem ser numeradas em ordem de entrada no texto pelos sobrenomes dos autores. J Dent Res 2000. Números sequenciais devem ser separados por hífen (exemplo: 4-5). 4. Controle de linhas órfãs/viúvas: desabilitado h. citados no corpo do texto na ordem de sua numeração. utilizando o recurso de resolução máxima do equipamento/ câmera fotográfica. Os títulos de periódicos devem ser abreviados de acordo com o “List of Journals Indexed in Index Medicus” (www.nih. 4.3. FIGURAS/IMAGENS 6. 7.41:735-37 apud Dent Abstr 1978. Devem ser autoexplicativos e. A legenda deve acompanhar o gráfico e ser posicionada abaixo deste. “Outros autores1-3 concordam. obrigatoriamente.4. com largura mínima de 10 cm.7.. Artigo em periódico on-line/internet: Tanriverdi et al. Devem ser enviadas gravadas em CD.3. A(s) legenda(s) deve(m) ser fornecida(s) em arquivo ou folha impressa à parte.72. 4. [Online] Available from Internet <http://www.79:1002. sem ponto ou vírgula. 6. 12.6.3.6.1. 7. As páginas devem ser numeradas 3. b. 7. 1989. 1998:88-95. 7. 4. o qual deve acompanhar o trabalho enviado. Mechanics and regulation on ostoclastic boné resorption. Título em português: máximo de 90 caracteres d.html) e impressos sem negrito. J Dent Educ 1977. 4. mas citadas em notas de rodapé..5. setor. 570 . Campinas: Universidade Estadual de Campinas.html>.1.7. Incluir ano. com resolução mínima de 300dpi. Sinais ou siglas devem estar traduzidos em sua legenda.4 Citações de referências bibliográficas a. 6. Artigo de periódico: Diacov NL.5. Hansson BO.7. et al. APCD . 4. 4. itálico ou grifo/sublinhado. ISSN 0103-6440. são indicados no texto. Artigo citado por outros autores apud: Sognnaes RF.nlm. caso seja estritamente necessária sua citação. Devem constar sob a denominação “Gráfico”.9. na forma sobrescrita.Normas de Publicação g.7. no qual somente os números índices das referências.7. Devem possuir boa qualidade técnica e artística.forp. Preber H2 (1994).2. LA.3. Exemplos: Errado: “Bergstrom J.4. In: 3º Congresso Internacional de Osseointegração: 2002. Trabalho apresentado em evento: Buser D. e no quadro posicionada abaixo.18. Oral pathogens: from dental plaque to cardiace disease. c. 269-73. volume. Dissertação e tese: Molina SMG.
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