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March 26, 2018 | Author: coraline00 | Category: Democracy, Political Corruption, Capitalism, Globalization, Egypt


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http://blogdaboitempo.com.br/ Problemas no Paraíso: artigo de Slavoj Žižek sobre as manifestações que tomaram as ruas do Brasil Publicado em 05/07/2013 | Por Slavoj Žižek. Confira abaixo artigo inédito enviado pelo autor para a Boitempo publicar no livro Cidades rebeldes: passe livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil, com previsão de lançamento para o final de julho. Tradução de Nathalia Gonzaga. Em seus textos de juventude, Marx descreveu a situação alemã como aquela em que a solução de problemas particulares só era possível através da solução universal (revolução global radical). Ali reside a fórmula mais resumida da diferença entre um período reformista e um revolucionário: em um período reformista, a revolução global continua a ser um sonho que, na melhor das hipóteses, sustenta nossas tentativas para aprovar alterações locais – e, no pior dos casos, impede-nos de concretizar mudanças reais –, ao passo que uma situação revolucionária surge quando se torna claro que apenas uma mudança global radical pode resolver os problemas particulares. Nesse sentido puramente formal, 1990 foi um ano revolucionário: tornou-se claro que as reformas parciais dos Estados comunistas não seriam suficientes, que era necessário uma ruptura global radical para resolver até mesmo problemas parciais (fornecimento adequado de alimentos etc.). Então onde é que estamos, hoje, em relação a essa diferença? Seriam os problemas e protestos dos últimos anos sinais de uma crise global que está gradual e inexoravelmente se aproximando, ou seriam estes apenas pequenos obstáculos que podem ser contidos, se não resolvidos, por meio de intervenções precisas e específicas? A característica mais estranha e ameaçadora sobre eles é que não estão explodindo apenas (ou principalmente) nos pontos fracos do sistema, mas também em lugares que eram até agora tidos como histórias de sucesso. Problemas no Inferno parecem compreensíveis – sabemos por que as pessoas estão protestando na Grécia ou na Espanha, mas por que é que há problemas no Paraíso, em países prósperos ou que, ao menos, passam por um período de rápido desenvolvimento, como a Turquia, a Suécia e o Brasil? Com uma retrospectiva, podemos agora ver que o “problema no Paraíso” original foi a revolução de Khomeini, no Irã, um país considerado oficialmente próspero, na via rápida da modernização pró-ocidental, e principal aliado do Ocidente na região. Talvez exista algo de errado com a nossa percepção de Paraíso. Antes das contínuas ondas de protestos, a Turquia era quente: um modelo de economia liberal próspera combinado com um Islamismo moderado e de “rosto humano”. Apta para a Europa, mostrou-se um contraste bem-vindo em relação a essa Grécia mais “europeia”, presa em um a luta dos jornalistas e teóricos sobre o verdadeiro teor dos protestos é também uma luta “ontológica”. desfrutando da alta confiança depositada em seu futuro. mas continuaram mesmo após essa medida ser revogada.). O que a maioria das pessoas que participaram dos protestos compartilha é um sentimento fluido de desconforto e descontentamento que sustenta e une demandas particulares. a situação não resolvida dos curdos. a Turquia quente de repente se tornou uma fria. Há uma batalha acontecendo dentro dos protestos sobre o que eles representam em si: é apenas uma luta contra a administração de uma cidade corrompida? Contra o regime islâmico autoritário? Contra a privatização dos espaços públicos? O desfecho dessa situação está em aberto. em defesa das liberdades civis e da democracia…”). quem são os verdadeiros alvos de inquietação dos manifestantes sobre a corrupção e desintegração dos serviços públicos? Em suma. algo capaz de. Sendo assim. que podem muito bem trabalhar lado a lado – um sinal claro de que o “eterno” casamento entre a democracia e o capitalismo aproxima-se do divórcio. um mal-estar mais profundo foi ganhando força sob a superfície. Então sobre o que foram realmente os protestos? É crucial não limitá-los a uma sociedade civil secular impondo-se contra um autoritário governo islâmico apoiado pela maioria muçulmana silenciosa: o que complica a situação é o caráter anticapitalista dos protestos (privatização do espaço público) – o eixo fundamental dos protestos turcos foi a ligação entre o islamismo autoritário e a privatização do espaço público de livre mercado. novamente. que ocorre no centro dos próprios protestos. Então o inesperado aconteceu: explodiram os protestos da Praça Taksim. Aqui. É verdade que ocorreram alguns sinais ameaçadores (a insistente negação do holocausto armênio. ao menos de acordo com os meios de comunicação. os protestos explodiram em um país que. reduzir a sensação geral de mal-estar (“os protestos são realmente contra o capitalismo global. que afirmou estar “encantada” por eles. e será resultado do processo político atualmente em curso. aparentemente. contra o fundamentalismo religioso. Devemos evitar o essencialismo aqui: não existe um único objetivo “real” perseguido pelos manifestantes.antigo pântano ideológico e destinada à autodestruição econômica. a última coisa que se poderia esperar são protestos – eles simplesmente não deveriam ter acontecido. que diz respeito à coisa em si. E hoje todo mundo já sabe que a transformação do tal do parque que faz fronteira com a praça em um centro comercial não foi exatamente o motivo dos protestos. as exigências de uma grande Turquia que iria ressuscitar a tradição do império Osman. É o mesmo com os protestos que eclodiram no Brasil em meados de junho: foram sim desencadeados por um pequeno aumento no preço do transporte público. a prisão e acusação de centenas de jornalistas. a imposição ocasional da legislação religiosa etc. . o velho lema de Hegel de que “os segredos dos antigos egípcios eram segredos também para os próprios egípcios” mantém-se plenamente: a luta pela interpretação dos protestos não é apenas “epistemológica”. Somou-se ao mistério o fato de que os protestos foram imediatamente apoiados pela presidente Dilma Roussef. mas que acabaram todos sendo considerados como pequenas manchas que não deveriam ter sido autorizadas a borrar a imagem internacional de um país em que. Mais uma vez. no centro de Istambul. Essa ligação é justamente o que torna o caso da Turquia tão interessante e de longo alcance: os manifestantes intuitivamente sentiam que a liberdade de mercado e o fundamentalismo religioso não são mutuamente exclusivos. encontrava-se no seu ápice econômico. uma vez concretizado. que os egípcios protestaram contra o regime autoritário corrupto apoiado pelas potências ocidentais. da totalidade do capitalismo global. pois cada um deles reagia a uma situação específica: no Egito. É dentro desse contexto que os gregos protestam contra o reinado do capital financeiro internacional e contra seu próprio Estado clientelista. é claro. é falsa. e ii) a consciência de que a forma institucionalizada de democracia multipartidária representativa não é suficiente para combater os excessos capitalistas. e outra político-ideológica (que inclui desde demandas pela democracia até exigências para a superação da democracia multipartidária usual) . o movimento Occupy sugere duas ideias básicas: i) o descontentamento com o capitalismo como sistema – o problema é o sistema capitalista em si. pois ignora o fato de que o capitalismo global é necessariamente inconsistente: a liberdade de mercado anda de mãos dadas . e sim problemas locais específicos. ineficiente e corrupto. muitos comentaristas insistiam que não deveríamos tratá-los como momentos de um mesmo movimento de protestos globais. a Primavera Árabe no Egito e a Revolução Verde no Irã eram fundamentalmente diferentes: enquanto o primeiro dirigia-se contra um autoritário regime pró-ocidental e corrupto. Aqui. A alternativa de negociação pragmática com problemas particulares. É fácil observar como essa particularização de protestos ajuda os defensores da ordem mundial existente: não há nenhuma ameaça contra a ordem global como tal. até mesmo nos países muçulmanos. de maior ou menor radicalidade (de temáticas que variam de corrupção e ineficiência até outras francamente anticapitalistas). no entanto. confusas) declarações. que os iranianos protestaram contra o fundamentalismo religioso corrupto e ineficiente etc. e o que unifica tantos protestos em sua multiplicidade é que são todos reações contra as múltiplas facetas da globalização capitalista.O mesmo vale para a dimensão espacial dos protestos. uma vez que a verdadeira causa dos protestos é o capitalismo global. cultura) e ao aumento do funcionamento autoritário do poder político. educação. ou seja. cada vez menos capaz de fornecer serviços sociais básicos. que os turcos protestam contra a comercialização dos espaços públicos e o autoritarismo religioso. os manifestantes exigiam aquilo que as sociedades contra as quais o movimento Occupy protestava já tinham (a liberdade e a democracia). combinada ao enclausuramento do espaço público. Isto. O capitalismo global é um processo complexo que afeta diversos países de maneiras variadas. à diminuição de serviços públicos (saúde. quando uma onda de manifestações estava explodindo por toda a Europa e pelo Oriente Médio. A tendência geral do capitalismo global atual é direcionada à expansão do reino do mercado. pois todos lidam com uma combinação específica de (pelo menos) duas questões: uma econômica. o segundo condenava o autoritarismo islâmico). não significa que. E será que o mesmo já não se aplica ao Occupy Wall Street? Sob a profusão de (por vezes. deve-se ressuscitar o bom e velho conceito marxista de totalidade – neste caso. O que une esses protestos é o fato de que nenhum deles pode ser reduzido a uma única questão. a única solução seja sobrepor-se diretamente a ele. Já em 2011. não a sua corrupção em particular –. que a democracia tem de ser reinventada. esperando por uma transformação radical. garantindo os direitos de todos os eleitores. então esqueçamos sobre a luta anti-imperialista e vamos apenas evitar esse massacre”. abre um espaço para intervenções políticas: quando o capitalista global é forçado a violar suas próprias regras. mas uma redefinição essencial). sem esperar o colapso da ordem capitalista global”). O problema. oferecendo serviços de saúde universal.. não teríamos porque não permanecer onde estamos. mas ao longo de seu prórprio curso essa ideia passa por uma transformação profunda (não apenas uma acomodação tática. E se os problemas de funcionamento do capitalismo enumerados por Caputo não são apenas distúrbios acidentais. Recentemente. razão pela qual as reações contrárias foram tão violentas . essa necessidade de quebrar suas próprias regras. é de fato impossível. um por um (“as pessoas estão morrendo agora em Ruanda. (sobre)determinada em sua materialização [1]. abre-se uma oportunidade para insistir que essas mesmas regras sejam obedecidas. John Caputo escreveu: “Eu ficaria imensamente feliz caso os políticos de extrema esquerda dos Estados Unidos fossem capazes de reformar o sistema. porque a ideia em si é comprometida no processo. efetivamente redistribuindo a riqueza de forma equitativa e com um código tributário revisado. ou “temos de lutar contra a pobreza e o racismo aqui e agora. Um movimento político nasce de alguma ideia positiva em prol da qual ele se esforça. [Alain] Badiou e Zizek se queixassem de que um monstro chamado Capital ainda nos persegue..com o fato de os Estados Unidos apoiarem seus próprios agricultores com subsídios.). que embora definitivamente viável e legítima. tratando trabalhadores migrantes humanamente. embora completamente “realista”. pregar democracia anda de mãos dadas com o apoio à Arábia Saudita.” [2] O problema aqui não é a conclusão de Caputo de que. [. perturba o cerne da ideologia hegemônica e implica uma mudança muito mais radical. se pudéssemos conseguir tudo isso dentro do capitalismo. Em outras palavras. intervir sobre o capitalismo por meio de reformas sérias e de longo alcance. sem sintomas.] Se depois de tudo isso. ou seja. Tomemos como exemplo uma revolta motivada por um pedido de justiça: uma vez que as pessoas tornam-se de fato envolvidas.. efetivamente restringindo o financiamento de campanha. portanto. é: o que exatamente seria esse “muito mais”? A ideia liberal-pragmática é que os problemas podem ser resolvidos gradualmente. exigir coerência e consistência em pontos estrategicamente selecionados nos quais o sistema não consegue se manter coerente e consistente é uma forma de pressionar o sistema como um todo. ou seja. a arte da política reside em insistir em uma determinada demanda que. Tal inconsistência. mas estruturalmente necessários? E se o sonho de Caputo for um sonho de universalidade (a ordem capitalista universal). Era este o caso do projeto de saúde universal de Obama. percebem que é necessário muito mais para que seja feita a verdadeira justiça do que apenas as limitadas solicitações com que começaram (revogação de algumas leis etc. sem os pontos críticos nos quais sua “verdade reprimida” mostra a própria cara? . Isto é. eu tenderia a cumprimentar esse monstro com um bocejo. efetuando uma política externa multilateral que integrasse o poder norteamericano no seio da comunidade internacional etc. O problema é a premissa subjacente de que seja possível obter tudo isso dentro do capitalismo global em sua forma atual. e. devidamente sobredeterminada. contra o racismo e o sexismo. a humilhação. Seus representantes nos dizem que a liberdade democrática traz consigo sua própria responsabilidade e que esta tem um preço – logo. Por exemplo. após Suharto etc. Mas então aproximamo-nos gradualmente de escolhas mais difíceis: quando a nossa revolta é vitoriosa em seu objetivo direto.). pelo estado de bem-estar social contra o neoliberalismo. de que a democracia “normal” também pode ser uma forma de falta de liberdade).). os Estados Unidos perseguem coerentemente uma estratégia de controle de danos em sua política externa. como dar o próximo passo sem sucumbir à catástrofe da tentação “totalitária” – como ir além de Mandela sem se tornar Mugabe? . parlamentar) contra regimes autoritários. nos focar mais em nossa educação do que em diversão para que sejamos bem sucedidos. a falta de perspectiva de uma vida decente) toma uma nova forma e precisamos então admitir que há uma falha em nosso objetivo em si (por exemplo. contra a corrupção na política e na economia (empresas que poluem o meio ambiente etc. depois da queda de Marcos. especialmente contra o ódio dirigido a imigrantes e refugiados. há situações concretas em que insistir sobre o antagonismo principal significa perder a oportunidade e. que é um sinal de imaturidade esperar tanto assim da democracia. Essa descoberta – de que o princípio pelo qual lutamos pode ser inerentemente viciado – é um grande passo de pedagogia política. “contra a corrupção” etc. a corrupção social.Os protestos e revoltas atuais são sustentados pela sobreposição de diferentes níveis. Quando temos de lidar com uma luta específica. percebemos que o que realmente nos incomodou (a nosso falta de liberdade. o que à primeira vista tomamos como um fracasso que só atingia um princípio nobre (a liberdade democrática) é afinal percebido como fracasso inerente ao próprio princípio. finalmente. por novas formas de democracia que avancem além dos rituais multipartidários (participação etc. portanto. Em sentido político mais direto. nas Filipinas. desferir um golpe à própria luta capital. após a queda do regime do apartheid. Somente a política que leva plenamente em conta a complexidade da sobredeterminação merece o nome de estratégia política. todas as outras lutas são secundárias”) e o falso gradualismo (“no momento. Duas armadilhas existem aí. por meio da recanalização de levantes populares para formas capitalistas-parlamentares aceitáveis: foi o bem sucedido caso da África do Sul. todos os sonhos socialistas devem ser postos de lado por enquanto”). A ideologia dominante mobiliza aqui todo o seu arsenal para nos impedir de chegar a essa conclusão radical. por exemplo. quando decidimos. Em suma. questionando o sistema capitalista mundial como tal e tentando manter viva a ideia de uma sociedade não capitalista. e devemos inquestionavelmente mobilizar aqui as velhas distinções maoístas entre a contradição principal e as contradições secundárias – isto é.). a questão chave é: como nosso engajamento (ou a falta dele) nesta luta afetará as outras? A regra geral é que quando uma revolta começa contra um regime semidemocrático opressivo (como foi o caso do Oriente Médio em 2011). em uma sociedade livre somos todos capitalistas investindo na própria vida. na Indonésia. a serem evitadas: o falso radicalismo (“o que realmente importa é a abolição do capitalismo liberal-parlamentar. portanto. temos de lutar contra a ditadura militar e por uma democracia básica. e é esta combinação de propostas que representa sua força: eles lutam pela democracia (“normal”. os antagonismos –. É aqui que a política propriamente dita começa: a questão é como seguir adiante depois de finda essa primeira e entusiasmada etapa. ou que devemos exigir mais do que apenas a democracia política – pois a vida social e a economia também devem ser democratizadas. entre os que mais interessam no fim e os que dominam hoje. nos culpam por nosso fracasso: segundo eles. A situação é. é fácil mobilizar grandes multidões com palavras de ordem que facilmente agradam (“pela democracia”. Dessa forma. Nesse lugar Elas chegaram à conclusão de que Deus. Fazem parte de um total de dezesseis canções. mas Apenas um: o Céu. suas próprias ilhas de miséria? Em uma de suas Elegias de Hollywood. a humanidade só apresenta a si mesma tarefas que ela é capaz de resolver. os manifestantes gregos e turcos estão engajados na mesma luta. . para rejeitar as tentações “patrióticas”. e interpretadas por Krause. 2012). Grécia e Turquia. Expressão Popular. eles podem parecer totalmente diferentes: a Grécia está enroscada nas políticas ruinosas da austeridade. em seu pior modo evolutivo. do músico alemão Dagmar Krause. o que significaria isso em um caso concreto? Vamos voltar aos protestos de dois países vizinhos. Que esse. cada Turquia gera e contém sua própria Grécia. não precisou Planejar dois estabelecimentos. deixar de enxergar a Grécia e a Turquia como inimigos históricos) e organizar manifestações comuns de solidariedade. Necessitando de um Céu e de um Inferno. Para os pobres e infortunados. 2007). enquanto a Turquia goza de um boom econômico e está emergindo como uma nova superpotência regional. assim. Brecht escreveu sobre essa aldeia (como ele a chama): A aldeia de Hollywood foi planejada de acordo com a noção Que as pessoas desse lugar fazem do Céu. no entanto. After the Death of God (Nova York. 124-5. recusar-se a se preocupar com as preocupações de outros (isto é. Marx escreveu que. Nesse nível elementar. p. Mas se. [3] Compostas por Bertold Brecht em 1942. Columbia University Press. desencadeando. Talvez o próprio futuro dos protestos em curso dependa da capacidade de se organizar essa solidariedade global. que um olhar mais atento revele a semelhança subjacente entre a Turquia e a Grécia: privatizações. funciona Como Inferno. um processo imprevisível no decurso do qual a própria tarefa (objetivo) é redefinida. então. Numa primeira abordagem. a ascensão da política autoritária (basta comparar a ameaça do fechamento da TV pública na Grécia com os sinais de censura na Turquia). Somos tentados a inverter essa declaração e afirmar que a humanidade só apresenta para si tarefas que não pode resolver. gravado pela Hannibal Records em 1986. [2] John Caputo e Gianni Vattimo. [3] Será que o mesmo não se aplica à aldeia global de hoje. fechamento de espaços públicos. [1] Em seu famoso Prefácio à Contribuição à crítica da economia política (São Paulo. O verdadeiro evento teria sido então para coordenar ambas. compostas por Kurt Weill e Hanns Eisler.Então. o desmantelamento dos serviços sociais. as elegias podem ser ouvidas no álbum Supply and Demand. como os casos exemplares do Qatar ou de Dubai. onde há glamour para os ricos e quase escravidão para os trabalhadores imigrantes? Não é de se admirar. entre outros. porMarilena Chaui A criação do mundo revisitada. Lincoln Secco. Carlos Vainer. Leia o discurso de Žižek clicando aqui. Mike Davis.por Pedro Rocha de Oliveira A direita nos protestos. Silvia Viana. Ermínia Maricato. leia no Blog da Boitempo: O inferno urbano e a política do favor. João Alexandre Peschanski. de Mauro Iasi A classe média vai ao protesto e A classe média vai ao protesto (II). de Izaías Almada Tarifa zero e mobilização popular e O futuro que passou. tutela e cooptação. por Urariano Mota . Com textos de David Harvey. de Paulo Arantes Pode ser a gota d’água: enfrentar a direita e avançar a luta socialista. organizado pela Boitempo. Pedro Rocha de Oliveira. O livro está previsto para o final deste mês de julho. *** Este texto de Slavoj Žižek será um dos capítulos do livro de intervençãoCidades Rebeldes: passe livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. Felipe Brito e Paulo Arantes.Inspirado pelo discurso que Slavoj Žižek fez aos manifestantes do movimento Occupy Wall Street. Raquel Rolnik. o quadrinista Pirikart articu lou as manifestações brasileiras com os protestos globais. *** Sobre as manifestações de junho. Ruy Braga. sob influência principalmente de Karl Marx e Jacques Lacan. Eslovênia. Transita por diversas áreas do conhecimento e. É filósofo. Vivendo no fim dos tempos (2012). psicanalista e um dos principais teóricos contemporâneos. Professor da European Graduate School e do Instituto de Sociologia da Universidade de Liubliana. a Boitempo publicou Bem-vindo ao deserto do Real! (2003). de Luiz Bernardo Pericás A guerra dos panos e Técnicas para a fabricação de um novo engodo. Colabora com o Blog da Boitempo esporadicamente. depois como farsa (ambos de 2011) e o mais recente. em 1949. e é um dos diretores do centro de humanidades da University of London. Primeiro como tragédia. Dele. Em defesa das causas perdidas. Compartilhe: . depois como farsa * PDF (Livraria Cultura |Gato Sabido) Vivendo no fim dos tempos * ePub (Amazon | Gato Sabido) *** Slavoj Žižek nasceu na cidade de Liubliana.A revolta do precariado. de Ruy Braga Proposta concreta. quando o antigo pifa. efetua uma inovadora crítica cultural e política da pós-modernidade. por Ricardo Antunes Entre a fadiga e a revolta: uma nova conjuntura e Levantem as bandeiras. A visão em paralaxe (2008). com preços até metade do preço do livro impresso. Žižek preside a Society for Theoretical Psychoanalysis. de Liubliana. por Silvia Viana Fim da letargia. Lacrimae rerum (2009). Às portas da revolução (escritos de Lenin de 1917) (2005). Confira: Às portas da revolução: escritos de Lenin de 1917 * ePub (Amazon |Gato Sabido) A visão em paralaxe * ePub (Amazon | Gato Sabido) Bem-vindo ao deserto do Real! (edição ilustrada) * ePub (Amazon | Gato Sabido) Em defesa das causas perdidas * ePub (Amazon | Gato Sabido) Menos que nada: Hegel e a sombra do materialismo dialético * ePub (Amazon | Gato Sabido) O ano em que sonhamos perigosamente * ePub (Amazon | Gato Sabido) Primeiro como tragédia. por Vladimir Safatle Anatomia do Movimento Passe Livre e A Guerra Civil na Françaescritos por Lincoln Secco Esquerda e direita no espectro do pacto de silêncio e Motivos econômicos para o transporte público gratuito. por João Alexandre Peschanski *** Todos os títulos de Slavoj Žižek publicados no Brasil pela Boitempo já estão disponíveis em ebooks. por Giovanni Alves O sapo Gonzalo em: todos para as ruas.
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