Sistemas de Refrigeração

March 18, 2018 | Author: rodolphofurtadovieira | Category: Refrigeration, Heat, Refrigerator, Temperature, Thermodynamics


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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO AUXILIUMEngenharia Mecatrônica Sistemas de Refrigeração Disciplina: Sistemas Térmicos Professor: Odilon Caldeira Filho Fabrício Marqui Sanches...... ................................................................ 191528 Luiz Otacilio Ferreira de Andrade ........................................................ 190673 Rafael Massaroto de Castilho ............................................................... 190617 Zabdiel Rodrigues de Moura ............................................................... 190627 Março 2010 Lista de Ilustrações Figura 01 – Exemplos de sistemas de aplicação de refrigeradores.................................11 Figura 02 - Esquema Simplificado do Ciclo de Refrigeração por compressão de vapor................................................................................................................................18 Figura 03 - Sistema simples de refrigeração de aplicação industrial..............................19 Figura 04 - Compressor de parafuso rotativo..................................................................20 Figura 05 - Semi-hermético parafuso com separador de óleo externo, 240 HP..............20 Figura 06 - Pistões rotativos............................................................................................20 Figura 07 - Princípio de funcionamento de um compressor alternativo..........................21 Figura 08 - Semi-hermético do tipo alternativo SRC-M (8 Cilindros), 160HP..............21 Figura 09 - SMC 106 L (6 cilindros) (Fabricante: SABROE) .......................................21 Figura 10 - Compressor Scroll em corte..........................................................................21 Figura 11 - Processo de compressão em um compressor Scroll......................................22 Figura 12 - Compressor Scroll 48.000 Btu/h (Fabricante: SANYO)..............................22 Figura 13: Exemplo de um compressor centrifugo.........................................................22 Figura 14 – Compressor tipo centrifugo (80 bar e 20.000 HP) (Fabricante: FSELLIOT) .........................................................................................................................................23 Figura 15 - imagem de um condensador.........................................................................24 Figura 16: condensadores resfriados a ar........................................................................24 Figura 17 - Condensador resfriados a água....................................................................25 Figura 18 -Condensador tubo em tubo (tubo duplo) ......................................................25 Figura 19 - Carcaça e serpentina.....................................................................................26 Figura 20 - Carcaça e tubo...............................................................................................26 Figura 21 - Condensador evaporativo.............................................................................27 Figura 22 - Esquema do condensador evaporativo..........................................................27 Figura 23 – Funcionamento Evaporador.........................................................................29 Figura 24 – Comparação do sistema de expansão direta com o indireto........................29 Figura 25- Evaporador inundado.....................................................................................30 Figura 26 – Esquema de circuito com evaporador inundado..........................................30 Figura 27 – Evaporador Seco de Superfície Primária.....................................................31 Figura 28 – Esquema de circuito com expansão seca.....................................................31 Figura 29 – Esquema de um Evaporador de Superfície Estendida..................................31 Figura 30 – Evaporador tubo liso....................................................................................32 Figura 31 - Evaporador tipo tubo e aletas........................................................................32 Figura 32 – Evaporadores de Placas Conformadas.........................................................33 Figura 33 - Imagem de um pressostato............................................................................33 Figura 34 - Vista externa de um termostato....................................................................34 Figura 35 - Chave seletora...............................................................................................34 Figura 36: exemplo de um protetor térmico....................................................................34 Figura 38 – Filtro secador comercial...............................................................................35 Figura 39 – Ilustração de um filtro secador.....................................................................36 Figura 40 - Dutos de ar de chapas de aço galvanizado, (alumínio ou lã de vidro)..........36 Figura 41 - Dutos em aluminio ou aço galvanizado, com isolantes................................37 Figura 42 - Válvula reguladora de pressão......................................................................37 2 Figura 43 - Imagem de uma válvula controlada eletronicamente...................................38 Figura 44 - Válvula esfera...............................................................................................38 Figura 45 - Válvula de retenção OCV utilizado em alguns sistemas..............................38 Figura 46 - Válvula shut off............................................................................................38 Figura 47 - Válvula de expansão.....................................................................................39 Figura 48 - Válvula solenóide.........................................................................................39 Figura 49 - Exemplo de uma válvula de retenção...........................................................39 Figura 50 - A geladeira doméstica: um exemplo de ciclo de compressão de vapor........40 Figura 51 - Ciclo ideal de compressão de vapor.............................................................42 Figura 52 - Ciclo de compressão de vapor ideal no diagrama de Mollier.......................42 Figura 53 - Diferenças entre o ciclo teórico e o real de refrigeração..............................43 Figura 54 - Processo de transferência de calor no evaporador........................................44 Figura 55 - Processo de compressão adiabático reversível no compressor.....................45 Figura 56 - Processo de transferência de calor no condensador......................................45 Figura 57 - Processo no dispositivo de expansão............................................................46 Figura 58 – Influência da temperatura de evaporação no COP do ciclo teórico.............47 Figura 59 - Frigorífico de produtos por compressão de vapor por expansão direta........48 Figura 60 – Sistema frigorífico típico de supermercados (Multiplex ou paralelos)........49 Figura 61 – Compressores em paralelo – equalização de óleo........................................50 Figura 62 - Sistema Frigorífico típico de expansão indireta...........................................50 Figura 63 - Ilustração esquemática de um sistema de refrigeração – Ar condicionado residência.l.......................................................................................................................51 Figura 64- Ciclo básico de refrigeração por absorção e seus componentes principais...54 Figura 65 - A unidade de absorção básica.......................................................................56 Figura 66 - Máquina de Refrigeração por absorção........................................................57 Figura 67 - Sistema de absorção intermitente.................................................................59 Figura 68 - Sistema de absorção contínua.......................................................................59 Figura 69 - Sistema de absorção contínuo utilizando uma bomba para manter a diferença de pressão interna............................................................................................61 Figura 70 – Sistema de absorção com trocador de calor.................................................61 Figura 71 – Um arranjo de componentes em uma unidade de absorção comercial........62 Figura 72 – Unidade de refrigeração por absorção comercial.........................................62 Figura 73 - Esquema para refrigeração através de placas solares...................................63 Figura 74 – Ciclo de refrigeração utilizando placas solares como fonte de calor...........63 Figura 75 - Torre com enchimento tipo grade com bacia de água fria............................64 Figura 76 – Torre de resfriamento portátil......................................................................64 Figura 77 – Representação do funcionamento de uma Torre de Resfriamento...............65 Figura 78 - Balanço da água da Torre de Resfriamento..................................................65 Figura 79 - Remover os sólidos.......................................................................................67 Figura 80 - Filtro total (Full Stream)…………………………………………………...68 Figura 81 - Filtro parcial (Side Stream)...........................................................................68 Figura 82 - Esquema de um “chiller” de água.................................................................71 Figura 83 - Chiller compacto 2000KW; (amônia como fluido refrigerante), (Fabricante YORK).............................................................................................................................71 3 Figura 84 - Sistema de dois estágios para Supermercados (120KW – LT).....................72 Figura 85 - Sistemas com NH3/CO2 para Supermercados...............................................72 Figura 86 – Aplicações de sistemas paralelos.................................................................73 Figura 87 – Rack com configuração em paralelo............................................................73 Figura 88 – Ciclo Cascata CO2/Amônia.........................................................................73 Figura 89 - Sistema Cascata com CO2/R-404ª................................................................74 Figura 90 – Ilustração dum equipamento de refrigeração R744/R717 – Cascata (Vista Traseira)................................................................................................................74 Figura 91 – Ilustração dum equipamento de refrigeração R744/R717 – Cascata (Vista Frontal) .................................................................................................................75 Figura 92 – Equipamento de refrigeração R744/R717 – Cascata...................................75 Figura 93 – Refrigeração em Shopping...........................................................................75 Figura 94 – Exemplificação de uma câmara frigorífica..................................................76 Figura 95 - Resfriados, armazenagem de xarope............................................................77 Figura 96 - Resfriados, World Courier, operador logística – farmacêuticos...................77 Figura 97 – Resfriamento de alimentos...........................................................................77 Figura 98 – Exemplo de Túneis Lineares de Resfriamento.............................................78 Figura 99 – Esquema do túnel de Resfriamento..............................................................78 Figura 100 – Componentes do túnel de resfriamento, módulo (a) e Unidade Frigorífica (b).....................................................................................................................................78 Figura 101 – Sistema de refrigeração (Supermercado Wal-Mart, bairro do Morumbi, na capital paulista)................................................................................................................79 Figura 102 – Unidade de refrigeração, Sistema chiller (racks house).............................79 Figura 103 - Unidade de cogeração instalada e operada pela ECOGEN (Caxias Shopping, Duque de Caxias - Rio de Janeiro).................................................................80 4 ..............................................14 Tabela 04 ...... segundo os padrões de segurança da norma ASHRAE 34-92.........16 Tabela 08 – Classificação dos refrigerantes...................................................14 Tabela 03 – Refrigerante hidrocarbonos.49 Tabela 11 ................Algumas misturas de fluidos refrigerantes aprovadas para uso com 16 os compressores Embraco............................................................13 Tabela 02 ...........15 Tabela 05 ......................................................17 Tabela 09 – Características principais dos principais tipos de compressores.......................19 Tabela 10 .........................................COP de máquinas de absorção.........................................................................15 Tabela 07 ................................................Comparação entre os sistemas em paralelo e os sistemas convencionais individuais..................................................Impactos de cada refrigerante hidrocarbono sobre o compressor e o dispositivo de expansão dos sistemas de refrigeração..............................................................................................57 5 ............Compatibilidade de alguns fluidos com óleos lubrificantes.......................compostos inorgânicos...15 Tabela 06 ......................................... R600).......................Lista de Tabelas Tabela 01 – Exemplo de Refrigerantes e algumas características...Impacto ambiental dos refrigerantes hidrocarbonos (R290.. ..........................7-Evaporador de superfície de placas.........................3......21 2.................................2-Classificação dos Fluidos Refrigerantes..........................5...........4-Evaporadores de expansão seca..........1........24 2..1-Fluidos refrigerantes...................................1-Introdução.........................2-Condensador resfriado a água.........................................1....................1..........4-Compressor Scroll................34 6 ...........3............................INDICE 1-Histórico...............28 2...........................................................................................................1...........................20 2....................................................................2-Inflamabilidade....3-Principais tipos e características de fluidos refrigerantes.3.......15 1.................18 2.1-O Processo de Evaporação..................12 1.................................2-Evaporadores de expansão seca (expansão direta ou expansão D-X) ..............6-Chave seletora...1.......1...................................................19 2.................5-Controle de capacidade do condensador.1.....1....5-Compressor centrifugo............23 2......................1........3................................................29 2.............20 2..........2.....14 1...................................................7-Protetor térmico (ou de sobrecarga)..................3-Alguns fluidos alternativos substitutos........1-Imagens e esquema de compressores..............5-Classificação dos Refrigerantes quanto ao nível de Toxicidade e Inflamabilidade segundo a ASHRAE 34-92.....................................................22 2.........................................................................6-Evaporador tipo tubo e aletas.................24 2................1.....17 2-Componentes de um sistema de refrigeração.................25 2....2..............4..........5....1...................32 2........31 2..12 1................................13 1.............................................1.2..4.................................5-Evaporador tubo liso...................................................................................17 1.................27 2...........1.....................................3........................................................................................2.......................1-Compressor de parafuso rotativo.....................1.................................................3-Compressor alternativo.....................................................4-Fluidos alternativos..................4-Pressostato.............1.................................1...................................................3-Condensador evaporativo..............................................................11 1.....................................................................................10 1...............3...2-Inorgânicos...1-Compressor.........6-Nomenclatura dos refrigerantes segundo a ASHRAE...................1...................30 2.....2.......30 2..............................................................................3-Evaporador.....32 2.........................1.............................9 1........1.....16 1......................16 1...............................3-Evaporadores inundados.....................................4-Transferência inadequada de calor pelo condensador.......1-Hidrocarbonetos.28 2...................33 2.................1....33 2...........1...........2-Compressores de pistões.........1................................................................................2-Condensador..............................28 2....2-Óleos de lubrificação......26 2........4.................................1-Toxicidade...........21 2...20 2.......................................................................................1.........16 1..............................................34 2...............3....1-Condensador resfriado a ar.....5-Termostato................ ..............................................................................10........Calor rejeitado no condensador................................Potência teórica de compressão........................Capacidade frigorífica.......................3-Válvula Esfera....10.........................Influência da temperatura de evaporação no COP do ciclo teórico...............................................1 ..................41 3....................59 4..................39 3 ...........8-Filtro secador..............46 3...6-Válvula de Expansão...........10...........1..........Aplicação residencial.......2-Princípios do sistema de absorção contínuo....................................Aplicações do ciclo de compressão a vapor..........................................................................3....................................48 3....53 4....57 4......................................................1.........Refrigeração por Compressão de Vapor...1...............1....3.....................................................9...................10.........4-Válvula de Retenção Diferencial de Óleo OCV..........2-Amônia-água-hidrogênio – Difusão...53 4...........5.......2..............4...3-Água-brometo de lítio..........................1-Amônia-água.....5.......41 3..........................5.................2-Válvula de Expansão Elétrica............57 4...............2 ....................................................48 3.......39 2...............................................39 2............38 2.....4 ........5 ...........................................56 4..........Sistema de refrigeração com múltiplos compressores (multiplex)......45 3.......1-Sistemas de absorção contínuo com bomba........47 3........................51 4-Refrigeração por absorção...................................40 3...............10..36 2.................................................1.............10-Válvulas utilizadas em refrigeração................4-Desvantagens das máquinas de refrigeração por absorção.56 4........................Aplicação Industrial.....3 ..Coeficiente de performance do ciclo.............................37 2....58 4..............................................................................................2...............Dispositivo de expansão....................1-Classificação....4..............1 .......3.............3 ...........55 4...1-Ciclo básico do sistema de refrigeração por absorção.............................................10...............Ciclo Teórico de Refrigeração por Compressão de Vapor.9-Dutos.........................Princípio da Compressão de Vapor.1.......1-Válvula Reguladora de Pressão..................10......45 3.....5.....................5-Válvula Shut-off.........1 .........................................1 ....46 3.......44 3..................37 2.........58 4.............4 ................3-Vantagens das máquinas de refrigeração por absorção......10..........55 4...................1......5-Tipos de sistemas de absorção................................2 .......1....3..........................8-Válvula de Retenção..5.............................1.....................2 .............................................2 .....................7-Válvula Solenóide..............5.............2-Aspectos gerais do sistema de refrigeração por absorção.......................................................36 2............................Ciclo Real de Compressão de Vapor...47 3..48 3.............35 2..........38 2....................................................................................38 2.................1-Princípios de sistemas de absorção intermitente.1-Perdas devido à fricção nos dutos.................................43 3....................................................60 7 .55 4.......................................Parâmetros que Influenciam o COP do Ciclo de Refrigeração........37 2. ......................................................1............................................................................................................72 6..5...............1........................79 7-Conclusão..............................................................5....5..........................................1-Exemplos de câmaras frigoríficas e aplicações.........................75 6..70 6.1...............5..................................................................1....................1-Blow-down (Drenagem) ................................................................................................................66 5..................................1....................5-Aplicações Industriais/comerciais..1.............................................................63 5-Torres de Resfriamento...........1-Câmaras Frigoríficas.................1-Vantagens e Desvantagens................66 5................5...77 6...........................................................................5.................................1..............7-Aplicações Práticas..............................................................................3-Supermercado........................................1...........................82 8 .66 5........................4.............66 5...........61 4.......................66 5............................65 5......................................................................................70 6............2-Solução as diferenças...........3-Sistemas Paralelos.1-Opções de Filtragem................1-Balanço da água.......................62 4.........................1..........................77 6...........................................................................................................78 6.....................3-Ciclo de absorção com trocador de calor......2-Perda por respingo...6-Unidades de Absorção Comerciais..........70 6............................................64 5.......................................................2-Túneis Lineares de Resfriamento..............................................4-Shopping center.......3-Make-up (água de reposição)............1........................................................68 6-Equipamentos e aplicações de sistemas de refrigeração......67 5............76 6...........1-Controlando o Blow-down.67 5..........................4-Tratamento da água................4-Sistemas com ciclo cascata ......................................5-Fontes alternativas de água de make-up......................73 6................81 8-Referências Bibliográficas....6-Filtragem..6..................................... Nos setores comercial e residencial. mas sim as fábricas de gelo. A refrigeração era. Somente em 1931 começou a comercialização do Refrigerante 12. tão importante para barrar o excesso de radiação solar ultravioleta na superfície da Terra: A solução foi banir os CFCs (Regulação a nível mundial com o Tratado de Montreal/Viena (1987). devido limitação tecnológica da época. A saída foi voltar ao inicio. A partir dessa época. um processo perigoso. pois não exigem modificações no sistema ou no projeto e seu efeito é semelhante ao dos CFCs. R502 ). sujeitas a explosão. HFCs e HCFCs. não é tóxico e não corroem metais. então. mais conhecido como CFC 12. Os gases refrigerantes usados neste início da história da refrigeração eram a amônia. Que por um lado são bons substitutos. os grandes entrepostos frigoríficos. tem início a atividade comercial de conservação de alimentos em grande escala. necessitavam de pressão elevada para atingir capacidade criogênica necessária à fabricação econômica de gelo. descoberto pelo cientista Thomas Midgely Jr e sua equipe. A desvantagem é a mesma de 80 anos atrás. Além do que.1-Histórico Em meados do século XIX o homem descobriu a propriedade criogênica de gases (capacidade de retirar calor de um sistema quando submetido à expansão). O Freon não é inflamável. explosivo. usando outros gases refrigerantes. Os compressores frigoríficos de então. Sherwood Rowland e o Dr. industrialmente. más agravam o efeito estufa. ou não afetam a camada de ozônio. R290. ou seja. A teoria da redução da camada de ozônio fora comprovada em 1985. o dióxido de enxofre e o cloreto de metila. os HFCs e os HCFCs (R134a. R404a.R1270) e o R744 (dióxido de carbono). eram tidos como máquinas perigosas. esses fluidos são inflamáveis e explosivos. Não havia. este gelo industrial era usado para fazer essa conservação dos alimentos em pequena escala. usar refrigerantes naturais os HCs. Contudo descobriu-se que esses refrigerantes quase. sequer. Mario Molina por causa do CFCs. E começou a fazer gelo. não é explosivo. (R600a. que regula a produção e o consumo de produtos destruidores da camada de ozônio). pelo Prof. inflamável e tóxico. em grande escala. 9 . assim. os equipamentos industriais são maiores que os comerciais (em tamanho) e têm como característica marcante o fato de requererem um operador de serviço.Queda de temperatura provocada pela rápida expansão dos gases Pode-se chamar de Ciclo de Refrigeração. cervejarias. para transporte e para condicionamento de ar. o gás refrigerante. por exemplo. A refrigeração de transporte relaciona-se com equipamentos de refrigeração em caminhões e vagões ferroviários refrigerados. Em termos gerais. laboratórios. industrial. aves). comercial. açougues. A área de refrigeração para conveniência de estudos devido às aplicações pode ser classificada dentro das seguintes categorias: doméstica. através de um ciclo termodinâmico. peixes. entre -5C a -30C. em circuito fechado. A refrigeração doméstica abrange principalmente a fabricação de refrigeradores de uso doméstico e de freezers. o calor é extraído do ambiente a ser refrigerado e é enviado para o ambiente externo. . Para diminuir a temperatura é necessário retirar energia térmica de determinado corpo ou meio que se deseja resfriar. uma situação onde. grandes instalações de empacotamento de gêneros alimentícios (carnes. os princípios da refrigeração se baseiam em três tipos de efeitos físicos observados em fenômenos naturais: . . de processamento de bebidas concentradas e outras. com temperaturas na faixa de -8C a -18C (no compartimento de congelados) e +2C a +7C (no compartimento dos produtos resfriados). bares. possa absorver calor a baixa temperatura e pressão pela sua evaporação e rejeitar calor a alta temperatura e pressão pela condensação.1-Introdução Define-se refrigeração como a parte da ciência que trata do processo de redução e manutenção de temperatura de um espaço ou material abaixo da temperatura ambiente. fábricas de laticínios. geralmente. A refrigeração marítima refere-se à refrigeração a bordo de embarcações e inclui.Aumento de temperatura provocada pela evaporação de certas substâncias. a refrigeração para barcos de pesca e para embarcações de transporte de cargas perecíveis. As temperaturas de congelamento e estocagem situam-se. A capacidade dos refrigeradores domésticos varia muito.Transmissão termodinâmica que provoca o resfriamento de substâncias postas em contato com corpos a baixas temperaturas. transformando-se sucessivamente em líquido e vapor. Como regra geral. São aplicações típicas industriais as fábricas de gelo. A refrigeração comercial abrange os refrigeradores especiais ou de grande porte usados em restaurantes. Entende-se que é todo processo de redução de temperatura de uma substância dentro de um espaço fechado. 10 .1. etc. sorveterias. sem tendência a se decompor nas condições de funcionamento.  Evaporar-se a pressões acima da atmosférica.  Não ser tóxico. denominadas agentes refrigerantes. O bom refrigerante é aquele que reúne o maior número possível de boas qualidades. um refrigerante considerado bom para ser aplicado em determinado tipo de instalação frigorífica nem sempre é recomendado para ser utilizado em outra. 1. de modo que. 11 .  Existir em abundância para seu emprego comercial.  Ter um custo razoável.  Condensar-se a pressões moderadas.1.  Apresentar temperatura crítica bem acima da temperatura de condensação.  Não deve contribuir para o aquecimento global e atacar a camada de ozônio.  Ter pequeno volume específico (menor trabalho do compressor para sua compressão à pressão de condensação).  Ter um odor que revele a sua presença. não deve atacar ou deteriorar os alimentos.  Deve permitir fácil localização de vazamentos. As principais propriedades de um bom refrigerante são:  Produzir o máximo possível de refrigeração para um dado volume de vapor.  Ter miscibilidade com óleo lubrificante e não deve atacá-lo ou ter qualquer efeito indesejável sobre os outros materiais da unidade.  Não ser corrosivo.1-Fluidos refrigerantes Fluido refrigerante é o fluido que absorve calor de uma substância do ambiente a ser resfriado.  Ter elevado calor latente de vaporização. relativamente a um determinado fim. Não há um fluido refrigerante que reúna todas as propriedades desejáveis. absorverem grande quantidade de calor quando passam do estado líquido para o gasoso(figura 01).Figura 01 – Exemplos de sistemas de aplicação de refrigeradores.  Ser estável. Os sistemas de refrigeração industriais atualmente utilizados em larga escala nesses e em outros setores econômicos fundamentam-se na capacidade de algumas substâncias.  Não ser combustível ou explosivo nas condições normais de funcionamento.  Em caso de vazamentos. refrigeração comercial. split. tem compatibilidade com os materiais utilizados e tem propriedades físicas e termodinâmicas adequadas. R404A. etc. Utilização: ar condicionado automotivo.1. devido ao menor tempo de vida na atmosfera. . R-502. etc. Pertence ao grupo dos HFC’s Fluorcarbonos parcialmente halogenados. é não inflamável. O R-134a (Tetrafluoretano) tem propriedades físicas e termodinâmicas similares ao R-12. Testes de armazenamento com refrigerante úmido apresentaram boa estabilidade à hidrólise e nenhum ataque corrosivo em metais como aço inoxidável. possui alta estabilidade térmica e química. .).HFC . R-407C. que refrigeram o ambiente diretamente.2-Classificação dos Fluidos Refrigerantes Os refrigerantes podem ser classificados quanto a sua utilização nos sistemas de refrigeração. flúor e carbono. R-12. Refrigerantes primários São fluidos usados em sistemas de refrigeração como fluidos principais.1. Utilização: ar condicionado de janela. ou outro fluido para esse fim. magnésio.). As indústrias químicas nacionais cessaram a produção de CFC’s e a importação destas substâncias virgens está controlada. Os CFC’s destroem a camada de ozônio. 1.CFC . refrigeração comercial. Refrigerantes secundários São líquidos usados para transportar energia térmica a baixa temperatura de um local para outro. refrigeração doméstica (refrigeradores e freezers) etc. Além disso. etc. cobre. Deve-se evitar o uso de zinco. chumbo e ligas de alumínio com mais de 2% de magnésio em massa. 12 . apresenta uma redução no potencial de efeito estufa de 90% comparado ao R-12. O R-134a é compatível com todos os metais e ligas normalmente utilizados nos equipamentos de refrigeração. com potencial de destruição do ozônio (ODP) igual a zero. etc.HCFC . (Exemplos: R11.Alguns átomos de cloro são substituídos por hidrogênio (Exemplos: R-22.3-Principais tipos e características de fluidos refrigerantes . R141). Os sistemas de absorção utilizam duas substâncias que formam a combinação de refrigerantes. refrigeração doméstica (refrigeradores e freezers).1. A camada de ozônio sendo danificada permite que raios ultravioletas (UV) do sol alcancem à superfície da Terra. latão e alumínio. não tóxico.São moléculas formadas pelos elementos cloro. Utilização: ar condicionado automotivo.Todos os átomos de cloro são substituídos por hidrogênio (Ex: R-134a. etc. conhecidos como anti-congelantes e salmouras. câmaras frigoríficas. é uma boa alternativa para a conversão de equipamentos que estão em operação no campo. modernos e econômicos.) 13 . também chamada de “blends”.1. Na refrigeração a palavra Retrofit (abreviatura da expressão inglesa “retroactive refit” que significa “readaptação posterior”) vem sendo empregada para designar as adaptações que são realizadas em equipamentos que trabalham com CFC’s para que esses possam trabalhar com os fluidos alternativos. A linha de fluidos alternativos. pois exigem mínimas alterações no sistema original e na maioria dos casos não é necessária a substituição do compressor. bem como algumas de suas características. A tabela 01 mostra uma serie de refrigerantes que foram e são utilizados em sistemas de refrigeração dentre outras aplicações. apresenta boa compatibilidade com elastômeros. Tabela 01 – Exemplo de Refrigerantes e algumas caracteristicas 1. por isso.4-Fluidos alternativos São utilizados nos equipamentos de refrigeração não havendo necessidade de troca de componentes (dispositivo de expansão. compressor.O R-134a é isento de cloro e. etc. tornando-os eficientes. mais conhecido como efeito estufa. estão os hidrocarbonos (HCs).(vide tabela 02 ) Mais recentemente. na sua estrutura molecular por isso são menos agressivos ao meio ambiente. óleo alquilbenzeno e com os materiais existentes. não menos importante que a destruição da camada de ozônio. tem sido considerado o substituto do R12 nas suas aplicações.1-Hidrocarbonetos Dentre os refrigerantes alternativos que atendem ambas as características ambientais.Compatibilidade de alguns fluidos com óleos lubrificantes Durante os últimos anos. outro fator ambiental.: A carga do fluido refrigerante deve ser feita somente na forma líquida. Obs. 1. Obs: somente na aplicação do R-407C. tem sido considerado: o potencial de aquecimentoglobal. deve ser trocado o óleo mineral por óleo Poliolester. vários refrigerantes alternativos foram avaliados e o R134a.4. Estes refrigerantes (tabela 03)não tinham até então sido considerados uma alternativa à substituição do R12. A carga de fluido refrigerante do equipamento com fluido alternativo é 80% da carga de fluido original. Tabela 03 – Refrigerante hidrocarbonos Os refrigerantes hidrocarbonos por não apresentarem halogênios (cloro. Tabela 04 . Tabela 02 . R600) 14 .1. pois são inflamáveis.Impacto ambiental dos refrigerantes hidrocarbonos (R290. por apresentar propriedades físicas e termodinâmicas relativamente semelhantes às do R12 e por não conter Cloro. como mostra a tabela 04. flúor).São compatíveis com óleo mineral. Refrigerating and Air Conditioning Engineers). Tabela 05 . Principais impactos de cada refrigerante hidrocarbono sobre o compressor e o dispositivo de expansão dos sistemas de refrigeração.3-Alguns fluidos alternativos substitutos 15 .1.Impactos de cada refrigerante hidrocarbono sobre o compressor e o dispositivo de expansão dos sistemas de refrigeração 1. Outro fator ambiental favorável aos refrigerantes propano e butano é seu menor tempo de vida na atmosfera.A.Os refrigerantes propano e butano exercem efeito desprezível (GWP < 5) sobre o aquecimento da Terra.2-Inorgânicos Muitos dos primeiros refrigerantes eram compostos inorgânicos e alguns mantiveram sua proeminência até o presente. (ver tabela 06) Tabela 06 . ao contrário do R12 e R134a.4.4. são resumidos na tabela 05. 1.1. baseados na análise teórica do ciclo ASHRAE (American Society of Heating.compostos inorgânicos DuPont do Brasil S. R-502: R-402A. R-134a e R-600a. R-410A . poliolester e aquilbenzeno. porém requer uma reavaliação do projeto do sistema.Mistura de fluidos refrigerantes tais como R-134a. R-401B. é compatível com óleo lubrificante mineral.5.R-12: R-401A.Mistura de fluidos refrigerantes tais como R-218.Mistura de fluidos refrigerantes de alta pressão tais como R-32 e R125. possui melhor capacidade de resfriamento. poliolester e aquilbenzeno.1. tem performance similar ao R-12.1-Toxicidade Classe A .(tabela 07) Tabela 07 .2-Inflamabilidade 16 . R-134a e R-125. R-32 e R-125.1.Mistura de fluidos refrigerantes tais como R-22. R-413A .Foram identificadas evidências de toxicidade 1. R-410A e R-417A R-407C . possui propriedades e desempenho similares ao R-22. R-402B.1. possui performance similar ao R-502 e é compatível com óleo lubrificante mineral.5-Classificação dos Refrigerantes quanto ao nível de Toxicidade e Inflamabilidade segundo a ASHRAE 34-92 1.Algumas misturas de fluidos refrigerantes aprovadas para uso com os compressores Embraco: 1. R-408A e R-403A R-408A .Mistura de fluidos refrigerantes tais como R-22. R-22: R-407C. R.142b e R-124. poliolester e aquilbenzeno. tem propriedades similares ao R-12 e podem ser utilizados com óleo lubrificante mineral. porém é necessária a mudança do óleo lubrificante.Compostos cuja toxicidade não foi identificada Classe B .5. R-409A e R-413A R-409A . 3. Segundo a ASHRAE os refrigerantes são classificados por 3 algarismos: 1. 17 . Para os compostos inorgânicos a nomenclatura começa com o número 7 seguido do seu peso molecular. o Etano (CH3CH3) = R-170.Classe 1 – Não se observa propagação de chama em ar a 18oC e 101.000 kJ/kg Classe 3 – Inflamabilidade elevada. o Tetrafluoretano (C2H2F4) = R-134a. o Metano (CH4) = R-50. o Água (H2O) = R-718. o Dióxido de carbono (CO2) = R-744. Ex: o Diclorodifluormetano (CCl2 F2) = R-12.325 kPa. Número de átomos de Carbono menos 1 (omitir o zero). o Monoclorodifluormetano (CHClF2) = R-22. Ex: o Amônia (NH3) = R-717. Número de átomos de Flúor.1.325kPa.10kg/m3 a 21C e 101. Para um Hidrocarbono usa-se a mesma regra com o zero no final.6-Nomenclatura dos refrigerantes segundo a ASHRAE Segundo a norma internacional (ANSI/ASRAE 34-1989 – Number Designation and Safety Classification or Refrigerantes). Ex: o Propano (CH3CH2CH3) = R-290. Número de átomos de Hidrogênio mais 1. Tabela 08 – Classificação dos refrigerantes.000 kJ/kg. Poder calorífico inferior a 19.325 kPa Classe 2 – Limite inferior de inflamabilidade (LII) superior a 0. 2. segundo os padrões de segurança da norma ASHRAE 34-92 1. a nomenclatura se dá da seguinte forma. caracterizando-se por LII inferior ou igual a 0.10 kg/m³ a 21C e 101. Poder calorífico superior a 19. o ciclo de refrigeração. passando ao estado líquido. 18 . iniciando-se um novo ciclo. onde. Tubo Capilar ou a Válvula de Expansão. tornar-se mais fácil olhar para detalhes que diferenciam um sistema de outro. que abaixa a pressão do sistema por meio de uma expansão teoricamente isoentálpica e controla o fluxo de refrigerante que chega ao evaporador e 4.Condensador. Evaporador. o gás refrigerante. Eles têm uma grande variedade de formas. em circuito fechado. 2. No entanto. 3. Na prática. atribuindo a eles elementos para melhorar sua eficiência frigorífica com um determinado fluido refrigerante.2-Componentes de um sistema de refrigeração São muitos os tipos de sistemas de refrigeração mecânica.Esquema Simplificado do Ciclo de Refrigeração por compressão de vapor Através de um ciclo de refrigeração é possível se constituir sistemas de refrigeração de forma simples ou bem mais complexa. onde o vapor refrigerante é condensado. possa absorver calor a baixa temperatura e pressão pela sua evaporação e rejeitar calor a alta temperatura e pressão pela condensação. e aumentando seu controle e conseguintemente a segurança de operação desses sistemas através de componentes e equipamentos para esse fim. Figura 02 . tamanhos. isso é conseguido a partir de quatro elementos fundamentais: 1. podemos aprender a refrigeração estudando o que todos eles têm em comum. O ciclo de refrigeração mais simples é o de compressão de vapor (figura 02). que aspira e comprime o vapor refrigerante. Depois do conhecer bem o ciclo de refrigeração. arranjos dos componentes e usos. transformando-se sucessivamente em líquido e vapor. o princípio da refrigeração mecânica e os componentes essenciais são os mesmos onde se volta aos elementos básicos de um sistema de troca de calor. onde o calor latente de vaporização é absorvido e enviado ao compressor.Compressor. permitindo assim que ele absorva calor. Figura 03 . criando o fluxo do refrigerante ao longo dos componentes do sistema. Junto com o tubo capilar (ou outro dispositivo de expansão).Esses sistemas de refrigeração (figura 03) de maior eficiência e controle são utilizados principalmente em escala indústrias. Existem cinco tipos de compressores. e eleva o vapor até uma pressão e temperatura maior. cujos nomes vêm da ação de suas partes mecânicas: Tabela 09 – Características principais dos principais tipos de compressores 19 .1-Compressor O compressor atua como o coração do sistema de refrigeração.Sistema simples de refrigeração de aplicação industrial A figura 03 representa um sistema de refrigeração básico. o resultado é que no evaporador a pressão e temperatura do refrigerante são reduzidas. No processo. onde se agregam elementos ao sistema de acordo com a cada necessidade. 2. recebe vapor refrigerante em baixas temperatura e pressão. com seus componentes essenciais de funcionamento e alguns elementos de controle e componentes adicionais para melhoria de sua eficiência. 75 kW e 420 kW (1cv a 563cv).1-Compressor de parafuso rotativo A gama de parafuso rotativo (figura 04) (figura 05) CompAir tem potências entre 4 kW e 250 kW (5cv a 535cv).1-Imagens e esquema de compressores 2. produzindo pressões operacionais entre 5 e 13 bar (72 a 188 psi).2-Compressores de pistões A gama de compressores de pistões CompAir tem potências entre 0.5 e 414 bar (21 a 6004 psi).1.2. Figura 06 . Figura 04 . produzindo pressões operacionais entre 1.Compressor de parafuso rotativo Figura 05 .Pistões rotativos 20 .1.1. Os esquemas de pistões podem ser representados pelos desenhos abaixo figura 06. 240 HP (Fabricante: RefComp) 2.1.Semi-hermético parafuso com separador de óleo externo.1. 160HP (Fabricante: RefComp) Figura 09 .2.Semi-hermético do tipo alternativo SRC-M (8 Cilindros).1.3-Compressor alternativo Figura 07 .Compressor Scroll em corte 21 .Princípio de funcionamento de um compressor alternativo Figura 08 .4-Compressor Scroll Figura 10 .1.SMC 106 L (6 cilindros) (Fabricante: SABROE) 2.1.1. Compressor Scroll 48.1.000 Btu/h (Fabricante: SANYO) 2.Figura 11 .5-Compressor centrifugo Figura 13: Exemplo de um compressor centrifugo 22 .Processo de compressão em um compressor Scroll Figura 12 .1. os lubrificantes não devem apresentar floculaçâo em temperaturas encontradas normalmente no sistema de refrigeração. Os flocos de cera podem depositar-se no elemento de controle de fluxo. O sistema deve permitir o retorno da mesma quantidade de óleo para o compressor da que está saindo Os óleos lubrificantes para refrigeração e suas características: Viscosidade: diminuir com a elevação da temperatura.1. os resíduos de carbono favorecerão a formação de borra que pode provocar obstrução no sistema além da deficiência na lubrificação ocasionada pela decomposição.2-Óleos de lubrificação A função dos óleos lubrificantes em compressores é diminuir o atrito. Umidade: o óleo para refrigeração deve possuir teor de umidade inferior ou igual ao especificado pelo fabricante. Resíduo de carbono: Ao se especificar um óleo deve-se ter em conta as temperaturas normais de trabalho do compressor para evitar a carbonização do óleo. principalmente na placa de válvulas. Miscibilidade: a viscosidade do lubrificante diminui a medida em que aumenta sua solubilidade com o gás refrigerante. Do contrário.      Nota: Estas características e outras (ponto de fluidez. e se a temperatura de operação e pressão estiverem corretas. ponto de fulgor.000 HP) (Fabricante: FSELLIOT) 2. a fim de evitar formação de sedimentos. O óleo deve ter uma característica que permite a ele.Figura 14 – Compressor tipo centrifugo (80 bar e 20. garantindo bom retorno ao compressor. diminuindo a transferência de calor. Já quando submetido a baixas temperaturas. Floculação: a cera contida nos lubrificantes possui á tendência a precipitar-se quando submetida a baixas temperaturas (floculação). obstruindo a passagem do refrigerante. 23 . quando submetido a altas temperaturas. resistência dielétrica. separação de fase) podem ser checadas em testes específicos de laboratório. circulando pelos componentes do ciclo de refrigeração. ácidos ou mesmo congelamento da umidade no interior do sistema. A completa miscibidade permite ao lubrificante fluir através do sistema junto ao gás. ponto de combustão. que não afine demais sem formar uma camada protetora. evitando o desgaste prematuro das peças e um aquecimento excessivo desde a ausência de substâncias contaminantes a lubrificação permanecerá. É o óleo se mistura ao gás refrigerante. Portanto. ou depositar-se no evaporador. resistência à oxidação. cor. ele não deve ficar pastoso. Figura 16: condensadores resfriados a ar Para equipamentos comerciais. em líquido.O Btu (1Btu/h ≈ 0. Comparado com um condensador a água. Para isso. esse sistema requer uma diferença maior de temperatura entre o refrigerante e o ar externo.000 BTU) e comerciais de até 50 TR (600. uma medida de potência de refrigeração. 1 TR é potência que fornece a quantidade de calor necessária para derreter uma tonelada de gelo em 24 horas. Conversões:1 TR = 12.2.imagem de um condensador 2.8 W Btu .2-Condensador Condensador são os elementos do sistema de refrigeração que têm a função de transformar o gás quente.000 BTU/h = 3.British thermal unit . seu projeto simples permite baixos custos de instalação e manutenção.000 BTU) utilizam condensadores a ar. que é descarregado do compressor a alta pressão. conhecido como condensador evaporativo. Por essa razão é que a grande maioria dos equipamentos residenciais de até 5TR (60. Essa característica os torna menos eficientes em termos energéticos. devido a maior freqüência de abertura de portas: isso é conseguido através de um motor forçando ar contra o aletado.2.516. Numa condição normal de projeto e funcionamento (carga máxima do sistema). São identificados de acordo com o fluido para o qual transferem calor.1-Condensador resfriado a ar Condensadores a ar (figura 16) transferem o calor absorvido diretamente para o ar externo. torna-se necessário aumentar a circulação de ar através do condensador. se rejeita o calor contido no fluido refrigerante para alguma fonte de resfriamento. o refrigerante está aproximadamente de 14 a 16C mais quente do que o ar externo. Figura 15 .293 W) – 1.05585J 24 .024 kcal/h = 3. Nota : TR Tonelada de Refrigeração. O condensador (figura 15) é o componente do ciclo de refrigeração responsável por transferir o calor do sistema para o ar ou água ou para uma combinação dos dois.055. O calor é absorvido pelo evaporador e deslocado até o condensador pelo compressor. Em condições normais de projeto a temperatura do refrigerante no condensador é de aproximadamente 40.5C) e sobe aproximadamente até 5. Esse condensador tem um layout flexível. ele também é mais eficiente em termos energéticos. fazendo com que o compressor trabalhe com uma pressão menor e. A água é transferida de dentro do condensador para fora.5C a medida que absorve calor do refrigerante. A temperatura de entrada de água no condensador é de aproximadamente 11C a menos (29.Condensador resfriados a água Existem três tipos básicos de condensadores resfriados a água:  Tubo em tubo: Chamado às vezes de condensador de tubo duplo ou coaxial: um tubo é colocado dentro de outro tubo maior e os lados desse tubo maior são fechados (figura 18). além de exigir uma manutenção maior do que os sistemas resfriados por ar. A temperatura do refrigerante no condensador fica aproximadamente 8C a menos do que nos sistemas resfriados por ar. através de uma tubulação e uma bomba.2. para a água que circula no mesmo. São utilizados em equipamentos com capacidade de 5 até 20 TRs. A água circula num dos tubos. portanto. Embora esse sistema de condensação seja mais complicado e mais caro. Figura 17 . enquanto o refrigerante circula noutro. a torre de resfriamento rejeita o calor da água para o ar externo.2-Condensador resfriado a água Os sistemas resfriados a água (figura 17) fazem isso em 3 estágios para transferir o calor: O calor é transferido do refrigerante. Figura 18 -Condensador tubo em tubo (tubo duplo) 25 . no condensado.   2. Por fim. que a leva para a torre de resfriamento.5C. com um consumo de energia menor. que contém o vapor de água. tantas vezes quanto o projeto dele permitir. desde que o ar externo e o ar de descarga sejam dutados até ele. A água do condensador evapora diretamente sobre os tubos do condensador. Costumam ser encontrados combinados com um compressor. A superfície externa dos tubos da serpentina e suas aletas estão em contato com o refrigerante. 26 . a seguir. com água circulando dentro de tubos e o refrigerante fluindo fora dos tubos. com capacidade variando de 10 a 100. que direcionam a água para recircular. São utilizados em equipamentos com capacidade de 20 a 60TR. Cada libra de água evaporada remove aproximadamente 1. chamados coletores. As extremidades desse condensador são cabeçotes de água. fiação e tubulação e devem ser limpos com produtos químicos pois não podem ser desmontados. da água para o ar externo. Figura 20 . Podem ser instalados externamente para permitir o acesso direto do ar externo o internamente. é rejeitado para fora e ar novo é aspirado para substituí-lo. Figura 19 . Em ambos os tipos a água está dentro do tubo condensador enquanto o refrigerante está no lado da carcaça (figura 20). Operam com o mesmo princípio dos condensadores carcaça e serpentina.Carcaça e serpentina  Carcaça e tubos: Versão de maior capacidade dos condensadores resfriados por água.000 BTUs do refrigerante que flui nos tubos. os evaporativos (figura 21) transferem primeiro o calor até a água e.Carcaça e tubo 2.3-Condensador evaporativo Igual aos condensadores resfriados por água. A água passa várias vezes através do condensador. A água circula nos tubos da serpentina enquanto o refrigerante passa na parte externa da mesma.000 TR.2. Carcaça e serpentina: Contam com uma carcaça externa contendo uma serpentina contínua feita de tubos de água aletados (figura 19). O ar de descarga do condensador. Esquema do condensador evaporativo A figura 22 apresenta um esquema de um condensador evaporativo. Figura 22 .Condensador evaporativo São os menos populares dos três tipos de sistemas de refrigeração. compressores e evaporadores estão interligados.4-Transferência inadequada de calor pelo condensador O que se deve a transferência inadequada de calor pelo condensador.000TRs. Quando o condensador transfere uma quantidade de ar menor do que a necessária normalmente existe cinco causas: 27 . e acessórios. Se um funciona incorretamente. Sua capacidade vai de aproximadamente 10 a 1. 2.2. todo o sistema sente o reflexo.Figura 21 . dependendo um do outro para uma correta operação. onde são citados seus componentes. de baixa pressão vindo do dispositivo 28 . em sistemas resfriados a água. instalado e operado com o único fim de retirar calor de algum meio. Redução do fluxo de ar. que danifica o compressor.1-O Processo de Evaporação O evaporador é um trocador de calor que absorve o calor para o sistema de refrigeração. podendo ocasionar até o temível "golpe de líquido". 2.3. desde que o sistema tenha um acumulador de sucção (separador de líquido).     Seleção incorreta do condensador que está mal dimensionado. para os modelos resfriados a ar.2.5-Controle de capacidade do condensador Com a queda da temperatura externa ocorre também uma queda da pressão num sistema resfriado por ar. eventual retorno de refrigerante líquido é aceito. ele é realmente a parte mais importante do sistema. Embora o evaporador seja às vezes um dispositivo muito simples. 2. Possui palhetas com formato aerodinâmico que reduzem a resistência ao ar que passa através do damper). Ele recebe líquido refrigerante frio. Nota: Problemas não solucionados no condensador quase sempre resultarão numa falha no compressor. Para controlar um condensador evaporativo podem ser utilizadas várias maneiras: fechar os pulverizadores de água. Nota: Golpe de liquido (fenômeno que ocorre quando o refrigerante retorna ao compressor sem que tenha vaporizado totalmente. há um limite que a pressão de descarga pode cair antes do dispositivo de expansão parar de funcionar corretamente. Embora essa redução de pressão seja benéfica para a eficiência energética do sistema. para os modelos resfriados a ar. sendo utilizado para controle de:fluxo de ar em entradas de ar externo. o que o transforma em um condensador resfriado a ar. saindo da fase líquida para a fase gasosa. Redução do fluxo de água. vazão do ar em dutos e ramais de insuflação. Pode-se também utilizar dampers na descarga da unidade e modulá-los para produzir a vazão de ar desejada. vazão do ar de retorno.3-Evaporador Evaporador é a parte do sistema de refrigeração onde o fluido refrigerante sofre uma mudança de estado. 2. Qualquer sistema de refrigeração é projetado. Em sistemas de refrigeração. Redução do fluxo de água e/ou ar para os modelos evaporativos. Serpentina suja para qualquer modelo de condensador. Da mesma forma a temperatura da água do condensador é diminuída. Nota: DAMPERS (Possibilita um perfeito balanceamento do sistema instalado. diminuindo por conseqüência a pressão do refrigerante. ciclar o motor ventilador ou modular sua velocidade. porém sai dele na forma gasosa. 29 . Descrito na ( figura 23) Essa substância pode ser o ar. água. outro fluído ou até mesmo um sólido. Ele entra líquido. mas com um pequena quantidade de gás (“flash gás”). Num evaporador D-X o fluxo de refrigerante é controlado de maneira tal que o refrigerante é essencialmente líquido ao entrar no evaporador. Figura 24 – Comparação do sistema de expansão direta com o indireto A figura 24 apresenta uma comparação entre um sistema direto (a).3.de expansão e através da absorção do calor de alguma substância. Figura 23 – Funcionamento Evaporador 2. Não existe um ponto claramente definido de separação entre os estados líquido e gasoso do refrigerante num evaporador D-X.2-Evaporadores de expansão seca (expansão direta ou expansão D-X) Os evaporadores D-X são utilizados na maioria dos sistemas de refrigeração com menos de 100 TRs e em certos equipamentos de refrigeração industriais. e gradativamente a medida que vai percorrendo o evaporador vaporiza-se até estar totalmente gasoso na saída do evaporador. vaporiza-o em seu interior. e um indireto (D-X) de refrigeração. Nota: FLASH GÁS (gás resultante da evaporação instantânea de refrigerante em uma pressão de redução de dispositivo para resfriar o refrigerante para obter a temperatura de evaporação à pressão reduzida). Num evaporador inundado (figura 25). enquanto o vapor é "puxado" pela sucção do compressor. O vapor gerado é separado do líquido na câmara de separação e este último é recirculado novamente no evaporador. O evaporador inundado regula o fluxo de refrigerante através de uma válvula bóia ou dispositivo semelhante (vide figura 26).4-Evaporadores de expansão seca O evaporador “seco” (figura 27 e figura 28).3. Figura 25. Todo refrigerante sai da serpentina em estado seco. 30 . O refrigerante líquido entra nessa câmara através do dispositivo de expansão e devido à gravidade se concentra na parte de baixo. Ocorre a recirculação do refrigerante dentro do evaporador devido a adição de uma câmara de separação. A contrapartida é que os evaporadores inundados são maiores e requerem uma carga muito maior de refrigerante.3-Evaporadores inundados São utilizados em sistemas voltados para conforto. o refrigerante é basicamente líquido (inundado) desde o início do evaporador até a sua saída. possui um dispositivo de controle do refrigerante que admite apenas a quantidade de líquido suficiente para que ele seja totalmente evaporado até atingir a saída da serpentina. acima de 100TRs.2.Evaporador inundado Figura 26 – Esquema de circuito com evaporador inundado A totalidade do evaporador está em contato com o refrigerante gerando uma excelente transferência de calor. 2.3. título que não esclarece bem o sistema. como vapor seco. 3. 31 . é a única utilizada para transferir o calor. Evaporadores de superfície estendida também são feitos de canos ou tubos lisos mas possuem extensões da superfície feitas de chapas ou placas metálicas ou ondulações fundidas ou usinadas na superfície da tubulação (aletas). porque sua superfície primária.5-Evaporador tubo liso Nada mais são do que simples tubos de cobre com uma forma que melhor atenda a necessidade. São comumente chamados de serpentinas de superfície primária (figura 30). os evaporadores são classificados em evaporadores de “superfície primária” e de “superfície estendida”. 2. Figura 29 – Esquema de um Evaporador de Superfície Estendida Existem três categorias básicas de classificação dos evaporadores conforme são construídos: tubo liso. Os evaporadores de superfície primária são feitos apenas de canos ou tubos lisos.Figura 27 – Evaporador Seco de Superfície Primária Figura 28 – Esquema de circuito com expansão seca A figura 28 apresenta um esquema de circuito com evaporador de expansão seca Segundo a superfície de troca de calor. tubos e aletas e superfície de placa. o tubo. As aletas melhoram a eficiência da transferência de calor. 2.7-Evaporador de superfície de placas Costuma ter formas diversas e também são conhecidos como evaporadores de 32 . mais espaçadas estarão as aletas. São conhecidos como tubos aletados.3. São utilizados na maioria das vezes para trabalhos onde a temperatura é mantida abaixo de 1C. Outra forma é fazer um aletamento em espiral semelhante a uma rosca de parafuso.6-Evaporador tipo tubo e aletas Esse é um tipo de evaporador tipo tubo que tem placas finas de metal fixadas entre os seus tubos.Evaporador tipo tubo e aletas Devido a essa maior área.Figura 30 – Evaporador tubo liso Eles funcionam bem tanto em evaporadores D-X ou inundados. esses evaporadores podem ser mais compactos que os de tubo liso sem prejudicar a capacidade de absorção de calor. Figura 31 . 2. Inserir aletas internas ou externas ao tubo de cobre é um desses métodos. devido a aumentarem a área global de troca de calor (figura 31). Os evaporadores de ar natural (convecção) utilizam um espaço maior entre as aletas do que um de ar forçado.3. na parte externa do tubo. O material utilizado nas aletas deve ser um bom condutor de calor tal como o alumínio ou o cobre e deve estar fixado firmemente nos tubos do evaporador. Isso é necessário porque o gelo bloqueia com facilidade a circulação do ar no evaporador quando elas estão muito próximas umas das outras. Freqüentemente são submersos em tanques de resfriamento ou congelamento de líquidos. Quanto menor for à temperatura do evaporador. Foram desenvolvidos vários métodos para melhorar a eficiência de evaporadores de tubo liso. A maioria dos evaporadores com tubo liso em uso hoje em dia tem projeto com tubos aletados. aumentando a área do mesmo que entra em contato com o refrigerante. Podem haver entre 1 a 14 aletas por polegada. Existem modelos mais sofisticados que mudam a resistência elétrica conforme a 33 . A superfície da placa é muitas vezes utilizada com uma estante de alimentos (figura 32). planas. Sua fabricação é econômica.Imagem de um pressostato Eles avaliam a pressão do lado de alta e do lado de baixa e em compressores semi-herméticos. automaticamente (figura 34). A variação do nível de pressão do fluído refrigerante no ciclo fazem atuar os contatos elétricos do pressostato que podem controlar ventiladores. mas não de forma tão eficiente quanto às aletas. 2. alarmes e até mesmo o compressor. Figura 33 . Figura 32 – Evaporadores de Placas Conformadas 2. A placa adiciona uma área de transferência de calor ao evaporador. uma com forma de tubos prensoldados nela enquanto a segunda é plana. Por isso é muito utilizado em refrigeradores. Consiste em duas folhas de metal. A função básica deles é proteger os componentes do ciclo de refrigeração contra a sobre pressão (pressão mais alta do que a aceitável) ou subpressão (mais baixa do que a aceitável) durante o funcionamento do equipamento. através do contato direto com o produto. Normalmente é constituído de um bulbo. quando passa de certos limites. pode danificar alguns componentes. também a pressão do óleo. Ele atua parando ou colocando em funcionamento o compressor. Para evitar que isso ocorra são utilizados pressostatos (figura 33).5-Termostato É um componente cuja função é a de controlar a temperatura ambiente (interna ou externa) mantendo-a o mais estável possível. Ambas são soldadas juntas para formar um circuito no qual circula o refrigerante.4-Pressostato A variação de pressão.superfície plana. fácil de limpar e degelar. um capilar e contatos elétricos. Figura 35 . Apesar de haverem diversos tipos de chaves seletoras. A dilatação ou contração das moléculas do gás transmite este movimento a um fole acoplado a uma peça móvel que atua fechando ou abrindo os contatos e. as características de funcionamento são iguais em todas.6-Chave seletora É o componente cuja função é a de selecionar o contato entre os diversos componentes elétricos (figura 35). enviando um sinal para a placa eletrônica que controla o aparelho colocar o compressor em funcionamento. ligando ou desligando o compressor. O defeito mais comum que apresentam em seus contatos ficarem permanentemente abertos ou fechados (colados).temperatura aumenta ou diminui. dessa forma.Vista externa de um termostato Seu funcionamento baseia-se no princípio da dilatação dos corpos.Chave seletora 2. gás utilizado no sistema ou outro similar. cloreto de metila. Figura 36: exemplo de um protetor térmico 34 .7-Protetor térmico (ou de sobrecarga) Os sistemas de refrigeração são equipados com dispositivos térmicos de segurança que o protegem contra um excesso de corrente. O termostato contém em seu capilar um gás que pode ser dióxido sulfúrico. Figura 34 . 2. É ligado em série com o circuito que alimenta o compressor. diminui a quantidade de fluido refrigerante que passa pelo sistema. Com a restrição de fluxo.Imagem interna de um protetor de sobrecarga Constituídos Internamente por dois tipos de metais com coeficientes de dilatação térmica diferentes. podem causar o entupimento da telinha do filtro secador e obstrução total ou parcial do capilar pelas próprias partículas do filtro. Misturada ao óleo éster. prejudicial aos dessecantes e aos componentes do sistema. O filtro secador é composto por partículas dessecantes e deve ser escolhido de acordo com sua aplicação. São construídos em cobre ou ferro.8-Filtro secador Filtros secadores têm como função reter a umidade e partículas sólidas que poderiam causar obstrução ou danos às partes mecânicas do compressor (figura 38). Quando esta posição não for possível. a umidade forma um ácido corrosivo. Por isso. levando em conta fluido refrigerante. Os filtros dimensionados para trabalhar com R600 são frágeis demais para serem usados em R134a. entre as telas são colocados dessecantes que podem ser molecular Sieves ou Silicagel que absorvem umidade em um sistema de refrigeração. devido à diferença de pressão de trabalho que existe entre esses dois refrigerantes.Figura 37 . causada pelo excesso de impurezas no sistema ou por ter sido escolhido um componente com pequena área de filtragem. pressões de trabalho e fluxo de massa (figura 39). Um aquecimento sofrido por um excesso de corrente causara uma dilatação maior em um dos metais. pode-se montá-lo na horizontal. porém jamais deve ser montado na vertical com a saída para cima. Figura 38 – Filtro secador comercial 35 . Internamente possui uma tela grossa na entrada e uma tela fina na saída. abrindo o circuito . Deve ser instalado na posição vertical com a saída para baixo. Isso se deve à obstrução de parte do filtro secador. 2. reduzindo assim a capacidade de refrigeração do sistema. Outra possível causa desse problema é a elevada umidade no sistema. 9-Dutos Um sistema de distribuição de ar tem como função levar o ar desde o equipamento de ar condicionado para o espaço condicionado e retomá-lo novamente ao equipamento. curvas. O duto deve possuir o mínimo de curvas e mudanças de seção e seu retomo neste sistema deverá ser reto. menos eficiente. duto e grelhas que consiste em um ventilador com sua saída conectada a um trecho de duto e uma grelha localizada na extremidade de saída deste último (figura 40). e outros elementos são adicionados. usada para esticar e peneiração. como um antiaglomerante em cosméticos e em cromatografia. O melhor sistema é o resultante de um projeto simples de ventilador. 2. Um projeto simples toma-se mais complexo e sem os devidos cuidados. até a entrada do ventilador. são os fatores mais importantes na determinação do tamanho e potência do ventilador e respectivo motor elétrico. Cada um dos componentes constitui uma nova resistência adicionada ao sistema. (alumínio ou lã de vidro) 2. além da resistência devida à fricção do ar sobre a superfície interna dos dutos. venezianas. Esta perda devido à fricção ou perda de carga 36 . como também da pressão necessária do ar. como um catalisador e transportadora catalisador. Silica gel : Sílica amorfa que se assemelha a areia branca e é utilizado como um agente de secagem e desumidificação. Figura 40 .Dutos de ar de chapas de aço galvanizado.Figura 39 – Ilustração de um filtro secador Sieves Um utensílio de malha de arame ou metal perfurado.9. reduções de seção e outras restrições tais como registros. quando cotovelos. A resistência total destes componentes ao fluxo do ar.1-Perdas devido à fricção nos dutos Quando o ar flui através de um duto verifica-se uma perda de pressão devido à fricção do ar contra as paredes do mesmo. desde a saída ou grelha de retomo. 37 .2-Válvula de Expansão Elétrica Válvulas de motor de passo operadas eletronicamente. Disponíveis em diversos tamanhos e com recursos opcionais para atender as necessidades da indústria. proporcionando um controle preciso de fluxo do fluido refrigerante.  Mudanças na direção do fluxo de ar. seu projeto vai depender tanto do porte quanto de sua sofisticação.  Contrações ou expansões súbitas da corrente de ar.  Comprimentos longos de dutos.1-Válvula Reguladora de Pressão Válvulas para diversas aplicações como controle de pressão de evaporação. com isolantes A figura 41 são dutos de um sistema de refrigeração com amônia e dióxido de carbono 2. Os conceitos acima são importantes para a correta dimensão dos dutos.  Pequenos diâmetros de duto. Figura 41 . Figura 42 . Onde se leva em conta suas normas e padrões legais dependendo do sistema utilizado. gelo gás quente entre outras. 2. Ampla faixa de capacidade: de 1/2 a 175 TR.  Elevado fluxo de ar. sucção. As perdas de pressão existentes em todos os sistemas de condução de ar aumentam quando há existência das seguintes condições:  Altas velocidades do ar.aumenta ao aumentar o fluxo de ar. Podem ser instaladas em diversos sistemas de refrigeração e ar condicionados.10-Válvulas utilizadas em refrigeração Apenas citamos alguns tipos de válvulas devido algumas serem utilizadas em sistemas de refrigeração de grande complexidade e outras em sistema de uma maior simplicidade.10.10.Dutos em aluminio ou aço galvanizado.Válvula reguladora de pressão 2. 3-Válvula Esfera Válvulas de esfera para serem utilizadas como válvulas de serviço em linhas de líquido.4-Válvula de Retenção Diferencial de Óleo OCV Válvulas com diferencial fixo de 5.Figura 43 . Para fechar. sucção e gás quente. O diferencial criado pela OCV assegura que o óleo flua do reservatório até o controle de nível de óleo (bóia). isolar: solitários. 2. sempre que houver óleo suficiente no reservatório. em sistema de refrigeração e ar condicionado.Imagem de uma válvula controlada eletronicamente 2. em sistemas de ar condicionado e refrigeração. 1. 30 psi. 10. 20.10. sucção e gás quente. fechando uma válvula. Observação: shut off=desligado Figura 46 . que se fecham fora da comunidade.Válvula esfera 2. Figura 45 . Figura 44 .5-Válvula Shut-off Válvulas de serviço manual usadas em linhas de líquido. Podem ser utilizadas em todos os refrigerantes fluorados. Para parar o fluxo ou passagem.Válvula shut off 38 . shut off: desligar a água quente.10.Válvula de retenção OCV utilizado em alguns sistemas 2.10. com acionamento direto ou com orifício piloto.2.Válvula solenóide 2. Podem ser utilizadas nas linhas de líquido.7-Válvula Solenóide Normalmente fabricadas com as versões aberta ou fechada. 2. Figura 49 .Exemplo de uma válvula de retenção 39 . Figura 47 .8-Válvula de Retenção Projetadas para assegurarem um único sentido de fluxo. As bobinas são fornecidas para corrente alternada ou contínua. sendo compatível com todos os refrigerantes fluorados.10. mantendo um superaquecimento constante independentemente das condições do sistema. O bulbo termostático deve ser instalado na saída do evaporador.Válvula de expansão O funcionamento da válvula depende da pressão do evaporador e da pressão de comando do bulbo termostático. de modo a captar continuamente a temperatura do fluido refrigerante que sai do evaporador. em contato térmico com a tubulação de sucção. Figura 48 .10. sucção e gás quente.10. evitando assim a entrada de líquido no compressor.6-Válvula de Expansão A principal finalidade deste dispositivo é proporcionar a redução da pressão do fluido refrigerante e controlar o fluxo de massa que entra no evaporador. vamos começar comentando um pouco de como se da o ciclo de refrigeração a partir dos princípios piscométricos. comerciais e residenciais. ciclos de compressão modernos já estão utilizando refrigerantes “ecológicos”. A evaporação do líquido no evaporador. Vale 40 . pois refrigerantes cloro .flúor . ambos devem funcionar com o Refrigerante 22. da sala de aula. na figura acima). Como em toda análise de ciclos. por exemplo. também conhecido por Freon 22 (em tempo. A expansão do líquido após o condensador.carbonos destroem o ozônio O3 da atmosfera). industriais. o ar-condicionado de seu carro. posteriormente analisando um ciclo ideal de compressão de vapor e comparando com o ciclo real.3-Refrigeração por Compressão de Vapor Figura 50 . O ciclo é constituído dos seguintes processos: 1. que não afetam a camada de ozônio da atmosfera. 3. A geladeira da sua casa. denominado de refrigerante. Assim como o ciclo de compressão de uma geladeira de boteco. que ocorre na válvula termostática ou em um tubo capilar.A geladeira doméstica: um exemplo de ciclo de compressão de vapor Efetivamente. 2. que ocorre no condensador (o trocador de calor à direita. um compressor realiza trabalho sobre o vapor. e vários outros. e o aparelho de ar condicionado. 4. o que é o ciclo frigorífico de compressão de vapor? Ele consiste de uma série de processos executados sobre e por um fluido de trabalho. transfere potência a ele. o mais comum. isto é. de um “shopping Center”. o sistema de condicionamento central de um edifício. A condensação do vapor. Compressão de vapor. a pressão dentro do vaso aumenta até atingir. os quais se encontram a uma temperatura. Depois disto nenhuma quantidade de líquido evaporará e. 3. chamado de evaporador. que será usado para injeção de líquido no evaporador. por ser este o ciclo de maior rendimento térmico possível. mais elevada do que a temperatura reinante no evaporador. E. O aumento desejado de pressão é promovido pelo compressor. a pressão tenderá a cair isto provocará uma evaporação adicional do líquido. onde é condensado. eventualmente. para tal. um objetivo a atingir (apesar de inalcançável. Qualquer quantidade adicional de líquido introduzido permanecerá neste estado. isto é. 3. À medida que o líquido se evapora. o calor latente de vaporização. no qual os processos são mais próximos aos do ciclo real e. e um elemento para remoção do vapor. um recipiente resfriado externamente pelo ar ou água. ou seja. O sistema apresentado até agora não é prático. A pressão de vapor correspondente à temperatura de condensação deve. naturalmente. através da melhoria de cada processo que o constitui. torna-se mais fácil comparar o ciclo real com este ciclo teórico 41 . pois envolve um consumo contínuo de refrigerante. o mesmo deve ser resfriado e condensado. substancialmente. inicialmente. mas engenheiro tem um quê de alquimista. um grau de vácuo e cujas paredes são mantidas a temperatura constante. O gás refrigerante quente (superaquecido) com alta pressão é conduzido do compressor para o condensador. essencialmente. dado as peculiaridades do ciclo de refrigeração por compressão de vapor. No processo.1-Princípio da Compressão de Vapor Se um líquido for introduzido num vaso onde existe. ser bem mais elevada do que a pressão no evaporador. o refrigerante. A liquefação do refrigerante é realizada num condensador que é.2-Ciclo Teórico de Refrigeração por Compressão de Vapor Um ciclo térmico real qualquer deveria ter para comparação o ciclo de CARNOT. portanto. isto é. chamado de compressor. Usualmente. que ciclos reais desviam-se dos ciclos idealizados. Este é um componente essencial de uma instalação de refrigeração e é chamado de válvula de expansão. como meio de resfriamento. um recipiente onde a vaporização e o resfriamento sejam realizados. o calor necessário para a mudança do estado líquido para o estado vapor é fornecido pelas paredes do vaso. Para fazer o vapor retornar ao estado líquido. com o líquido no fundo do vaso. Neste aspecto. como uma referência. utiliza-se a água ou o ar. Resta agora completar o ciclo. o ciclo ideal serve.lembrar. o que pode ser feito pela inclusão de uma válvula ou outro dispositivo regulador. Entretanto. o efeito de resfriamento cessará. para nossa análise do ciclo real. a pressão de saturação para a temperatura considerada. o processo de resfriamento pode ser considerado contínuo. Se for removida parte do vapor do recipiente conectando-o ao lado de sucção de uma bomba. necessita-se: de um fluido adequado. que será examinado logo a seguir. ele se evaporará imediatamente. e segue em frente). portanto. Para evitar este problema é necessário converter o processo num ciclo. O efeito de resfriamento resultante é o ponto de partida do ciclo de refrigeração. define-se um outro ciclo que é chamado de ciclo teórico. como o ciclo ideal de Rankine. etc).(existem vários ciclos termodinâmicos ideais. genericamente. e a Figura 52 representam o seu respectivo ciclo teórico construído sobre um diagrama de Mollier. o ciclo padrão ar Brayton. Este ciclo teórico ideal é aquele que terá melhor desempenho operando nas mesmas condições do ciclo real. no plano P-h Figura 52. o ciclo padrão ar Otto. A energia interna se transforma 42 . para os motores de combustão interna a gasolina e álcool. das turbinas a gás.Ciclo de compressão de vapor ideal no diagrama de Mollier A Figura 51 mostra um esquema básico de um sistema de refrigeração por compressão de vapor com seus principais componentes. sendo um processo adiabático reversível (onde adiabático é um processo de transformação termodinâmica na qual não há trocas de calor com o ambiente. Para maior fixação do conceito segue ilustração do ciclo ideal de compressão de vapor com seus respectivos equipamentos Figura 51 e o ciclo teórico construído sobre umdiagrama de Mollier. apesar de haver variação térmica. dos sistemas de potência a vapor. qualquer dispositivo capaz de realizar os respectivos processos específicos indicados. Ocorre no compressor. Os processos termodinâmicos que constituem o ciclo teórico em seus respectivos equipamentos são: a) Processo 1→2.Ciclo ideal de compressão de vapor Figura 52 . no plano P-h. diferentes do ciclo de Carnot. Figura 51 . os equipamentos esquematizados representam. Ocorre no condensador.3-Ciclo Real de Compressão de Vapor As diferenças principais entre o ciclo real e o ciclo teórico estão mostradas na Figura 53. ao sair do compressor está superaquecido à temperatura T2. há aumento de temperatura e sofrimento de trabalho (diminuição de volume).W. Com o ganho de energia interna. condensado até se tornar líquido saturado na temperatura T3. Neste processo o fluido frigorífico é resfriado da temperatura T2 até a temperatura de condensação TC e. há diminuição da temperatura e realização de trabalho (aumento de volume). a seguir. 3. e o reversivel é algo possível voltar ao estado inicial cambiando as condições que provocaram tais alterações). portanto. sendo um processo de transferência de calor a pressão constante (Po). até a pressão de vaporização (Po). Ocorre no evaporador.Diferenças entre o ciclo teórico e o real de refrigeração. O refrigerante é então comprimido até atingir a pressão de condensação (Pc) e. à pressão constante. Ocorre no dispositivo de expansão. Com a perda de energia interna. c) Processo 3→4.em trabalho diretamente (U =Q . Observe que o calor transferido ao refrigerante no evaporador não modifica a temperatura do refrigerante. b) Processo 2→3. desde vapor úmido (estado 4). conforme segue abaixo: Figura 53 . conseqüentemente a temperatura constante (To). O refrigerante entra no compressor à pressão do evaporador (Po) e com título igual a 1 (x =1). Observe que o processo é irreversível e. até atingir o estado de vapor saturado seco (x=1). mas somente muda sua qualidade (título). a entropia do refrigerante na saída do dispositivo de expansão (s4) será maior que a entropia do refrigerante na sua entrada (s3). Q=0 Logo U= -W). sendo uma expansão irreversível a entalpia constante desde a pressão PC e líquido saturado (x=0). sendo um processo de rejeição de calor. que é maior que a temperatura de condensação TC. d) Processo 4→1. que é igual à temperatura TC. 43 . do refrigerante para o meio de resfriamento. tem-se: Figura 54 . principalmente quando são utilizados os refrigerantes R717 e R22. tornando-se um problema para os óleos lubrificantes usados nos compressores frigoríficos. pode-se determinar o fluxo mássico que circula através dos equipamentos. Outra diferença é o sub-refriamento do refrigerante na saída do condensador (nem todos os sistemas são projetados com sub-refriamento). e o superaquecimento na sucção do compressor.3. (com baixas temperaturas de evaporação). exige o resfriamento forçado do cabeçote dos compressores. por unidade de tempo. Normalmente. A temperatura de descarga não deve ser superior a 130 °C. pois as entalpias h1 e h4 são conhecidas e. para operação em regime permanente. líquido e de sucção assim como no condensador e no evaporador. retirada do meio que se quer resfriar (produto). Este processo está indicado na Figura 54. se conhece a capacidade frigorífica deve do sistema de refrigeração. a qual deve ser igual à carga térmica.Uma das diferenças entre o ciclo real e o teórico é a queda de pressão nas linhas de descarga. podem introduzir diferenças significativas além das citadas até aqui. o que.1-Capacidade frigorífica A capacidade frigorífica (Q0 ). conseqüentemente o compressor fica determinado. Se for estabelecido o ciclo e o fluido frigorífico com o qual o sistema deve trabalhar. por vezes. Estas perda de carga ΔPd e ΔPs estão mostradas na Figura 53. Muitos outros problemas de ordem técnica. através do evaporador do sistema frigorífico. é a quantidade de calor. Considerando-se que o sistema opera em regime permanente e desprezando-se as variações de energia cinética e potencial. Devido ao superaquecimento e ao processo politrópico de compressão a temperatura de descarga do compressor (T2) pode ser muito elevada. e no processo teórico é isentrópico. dependendo do sistema e sua aplicação. 3. Outro processo importante é o processo de compressão. sendo este também um processo importante que tem a finalidade de evitar a entrada de líquido no compressor. que no ciclo real é politrópico (s1 ≠ s2). pela primeira lei da termodinâmica.Processo de transferência de calor no evaporador. 44 . em regime permanente. Este fluxo de calor pode ser determinado através de um balanço de energia no volume de controle da Figura 56. tem-se: Figura 56 .Processo de transferência de calor no condensador. entretanto. por unidade de tempo. Neste ciclo o processo de compressão é adiabático reversível (isentrópico). a função do condensador é transferir calor do fluido frigorífico para o meio de resfriamento do condensador (água ou ar). 3. No sistema de refrigeração real o compressor perde calor para o meio ambiente. no compressor. considerando o regime permanente. que deve ser fornecida ao refrigerante. 45 . este calor é pequeno quando comparado à energia necessária para realizar o processo de compressão.Potência teórica de compressão Chama-se de potência teórica de compressão à quantidade de energia. 3.3-Calor rejeitado no condensador Conforme mencionado. Assim.3.Processo de compressão adiabático reversível no compressor.2 .A quantidade de calor por unidade de massa de refrigerante retirada no evaporador é chamada de “Efeito Frigorífico” (EF). para se obter a elevação de pressão necessária ao do ciclo teórico. e é um dos parâmetros usados para definir o fluido frigorífico que será utilizado em uma determinada instalação. no volume de controle da figura baixo e desprezando-se a variação de energia cinética e potencial tem-se : Figura 55 . Aplicando-se a primeira lei da termodinâmica.3. como indicado na Figura 55. Processo no dispositivo de expansão. em regime permanente. 46 . COP. para as mesmas condições de operação. desprezando-se as variações de energia cinética e potencial. Para o ciclo real. o COP é definido por: Pode-se inferir da equação acima que.4-Coeficiente de performance do ciclo O coeficiente de performance. Embora o COP do ciclo real seja sempre menor que o do ciclo teórico. neste caso. entretanto. verificar que parâmetros influenciam no desempenho do sistema. como mostra a Figura 57. que pode ser de vários tipos. com o ciclo teórico. aplicando-se a primeira lei da termodinâmica. a qual depende da carga térmica do sistema e da potência de acionamento do compressor.4-Dispositivo de expansão No dispositivo de expansão. do próprio compressor e dos demais equipamentos do sistema. para ciclo teórico. Assim. depende das temperaturas de condensação e vaporização. o processo teórico é adiabático. 3. o COP é função somente das propriedades do refrigerante. o condensador a ser especificado para o sistema de refrigeração deve ser capaz de rejeitar a taxa de calor calculada pela equação acima descrita.Assim. 3. tem-se: Figura 57 . como será visto adiante. e. o desempenho dependerá em muito das propriedades na sucção do compressor. conseqüentemente. pode-se. é um parâmetro importante na análise das instalações frigoríficas.3. 3.4.1-Parâmetros que Influenciam o COP do Ciclo de Refrigeração Vários parâmetros influenciam o desempenho do ciclo de refrigeração por compressão de vapor. A seguir será analisada a influência de cada um deles separadamente. 3.4.2-Influência da temperatura de evaporação no COP do ciclo teórico Para ilustrar o efeito que a temperatura de evaporação tem sobre a eficiência do ciclo será considerado um conjunto de ciclos em que somente a temperatura de evaporação (To), é alterada. Estes ciclos estão mostrados na Figura 57. Nesta análise utilizou-se R22 como refrigerante, o qual é típico de sistemas de ar condicionado. Como pode ser observada, uma redução na temperatura de evaporação resulta em redução do COP, isto é, o sistema se torna menos eficiente. Figura 58 – Influência da temperatura de evaporação no COP do ciclo teórico. 47 3.5-Aplicações do ciclo de compressão a vapor 3.5.1-Aplicação Industrial O ciclo de compressão de vapor é o mais utilizado em equipamentos frigoríficos para produção de frio: para conforto térmico ambiente e para resfriamento e congelamento de produtos. Figura 59 - Frigorífico de produtos por compressão de vapor por expansão direta O esquema acima representa um sistema frigorífico para produtos: os ovos estão na câmara frigorífica, que é mantida à temperatura baixa pela troca de calor que ocorre no evaporador. O evaporador é um trocador de calor (no caso, de tubos aletados) que resfria o ar que circula na câmara, movimentado pela ação do ventilador. No evaporador ocorre a evaporação do fluido refrigerante, idealmente um processo isobárico (na realidade, com pequena variação de pressão). Ainda no interior da câmara, próximo do evaporador, está o dispositivo de expansão (a válvula termostática). Este então é um dispositivo frigorífico de expansão direta: a expansão ocorre no ambiente a ser resfriado. No exterior da câmara estão o compressor e o condensador (e outros dispositivos auxiliares, como o vaso acumulador e o filtro). Esse é exatamente o esquema de uma geladeira comum, por compressão de vapor. 3.5.1.1-Sistema de refrigeração com múltiplos compressores (multiplex). Os compressores são montados rack. As tubulações de descarga e sucção são conectadas a manifolds comuns, e os compressores operam à mesma pressão de sucção. O uso de múltiplos compressores em paralelo pode ser um método de controle de capacidade bastante eficiente, uma vez que os compressores podem ser selecionados e acionados conforme a carga de refrigeração da instalação. Estes sistemas são particularmente vantajosos para sistemas que apresentam grande variação de carga, como é o caso de supermercados, onde aspectos operacionais e meteorológicos podem reduzir a necessidade de frio da instalação a até 10% da nominal. 48 Figura 60 – Sistema frigorífico típico de supermercados (Multiplex ou paralelos) A Tabela 10 apresenta uma comparação destes sistemas com as unidades individuais convencionais. Tabela 10 - Comparação entre os sistemas em paralelo e os sistemas convencionais individuais Estes sistemas requerem, no entanto, cuidados especiais quanto ao retorno de óleo, de forma que se garanta equalização de nível entre os caracteres dos compressores. A figura 61 mostra uma forma eficiente de se garantir esta equalização, 49 Figura 61 – Compressores em paralelo – equalização de óleo. Sistemas de refrigeração indiretos podem assumir diversas formas, mas geralmente empregam um ou mais chillers para refrigerar um fluido intermediário, o qual é bombeado até as câmaras frias ou displays, onde refrigera os produtos. A Figura 62 mostra os elementos básicos de uma instalação com fluído intermediário. Neste caso os chillers, fornecem fluidos intermediários resfriado aos consumidores de frio. A descarga dos compressores ocorre em um manifold comum, de onde os gases são conduzidos para um condensador remoto, o qual geralmente está instalado no teto da casa de máquinas. Os sistemas com fluidos intermediários têm características que tendem a melhorar a eficiência do sistema primário. Estas incluem a proximidade dos compressores com o trocador de calor intermediário, a possibilidade de subresfriar o refrigerante primário com o fluido secundário (salmoura) e a utilização do fluido intermediário, levemente aquecido para descongelar os trocadores de calor (serpentinas de resfriamento). Figura 62 - Sistema Frigorífico típico de expansão indireta 50 5.2-Aplicação residencial Figura 63 . para que o fluido refrigerante passe para o estado líquido. O fluido refrigerante que está a uma temperatura superior à temperatura ambiente.3. Assim segue: 51 .Ilustração esquemática de um sistema de refrigeração – Ar condicionado residencial O compressor durante o seu funcionamento cria uma diferença de pressões entre o evaporador e o condensador. ao passar pelo condensador transfere uma quantidade de calor para o ar que passa pelo condensador. Essa massa através do trabalho de compressão sofre uma variação na entalpia. conforme equação abaixo. resultando numa diminuição na pressão de sucção. resultando também num aumento nas propriedades de temperatura e pressão. Este retira fluído refrigerante (em estado gasoso) ao evaporador. essa quantidade é quantificada pela equação abaixo: A mesma deve corresponder ao calor latente da substância refrigerante. Onde. apesar com uma pressão e temperatura mais baixa. E desta forma consegue absorver o calor do ar que passa pelo evaporador. ou de calor de evaporação. Mas é com este valor de entalpia. Lv. Lf. recuperando grande parte da sua entalpia passando do estado líquido para o estado gasoso. O resultado da passagem do fluido refrigerante pelo condensador foi uma diminuição na sua entalpia. Em refrigeração. que o fluído refrigerante possui ao passar pela válvula de expansão ou tubo capilar. L é denominado de calor de fusão. 52 . usando o par amônia e água.4-Refrigeração por absorção Os sistemas de refrigeração por absorção de vapores são ciclos de refrigeração operados a calor. Pela figura pode. cuja esta energia térmica pode ser obtida a partir dos seguintes meios:     Aproveitamento de rejeitos de calor de processos industriais e comerciais. respectivamente. Em situações especiais. porque a energia responsável por operar o ciclo é majoritariamente térmica. Um esforço considerável de pesquisa tem sido investido no estudo de sistemas de refrigeração desse tipo. tal como um queimador a gás. que em 1859 nos Estados Unidos patenteou a primeira máquina de absorção de funcionamento contínuo. fazendo com que o refrigerante retorne para a fase líquida à temperatura de condensação TC. na forma de vapor. e se separe da solução. biodiesel. No gerador. As setas indicam o sentido de escoamento do refrigerante e da solução. Quando a refrigeração tem de ser fornecida de maneira ininterrupta. Esse vapor do refrigerante segue para o condensador. estabelecidos pelas temperaturas de evaporação TE e condensação TC. 4.VEX. onde a preservação do ambiente é prioridade. o circuito da solução e o circuito de refrigerante. Levando em consideração aspectos econômicos e ambientais houve interesse nos refrigeradores alimentados por uma fonte de calor. Queima direta (biomassa. Energia solar. e também o sentido do fluxo de calor entrando ou saindo do ciclo. à alta pressão. A figura 64 mostra um esquema de um ciclo básico de refrigeração por absorção e seus componentes principais. biogás). tais como gases quentes expelidos por outros sistemas. Ciclos de refrigeração operados a calor são assim definidos. ou mesmo energia solar. onde o calor de condensação é removido do ciclo. a refrigeração solar é uma alternativa na conservação de alimentos e suprimento médico. fazendo com que parte do refrigerante vaporize à temperatura de geração TG. torna-se necessário estabelecer uma fonte de energia suplementar. onde ocorre uma brusca queda de pressão associada com a evaporação de uma pequena 53 . O No refrigerante líquido. ainda assim se apresentando como uma boa alternativa. onde um fluido secundário ou absorvente na fase líquida é responsável por absorver o fluido primário ou refrigerante. Cogeração. O primeiro uso do sistema nos Estados Unidos foi provavelmente feito pelos Estados Confederados durante a Guerra Civil para suprimento de gelo natural que havia sido cortado pelo norte. a uma taxa .1-Ciclo básico do sistema de refrigeração por absorção O ciclo básico de refrigeração por absorção opera com dois níveis de pressão. são algumas das fontes de calor que podem ser utilizadas para operar equipamentos de absorção. a refrigeração por absorção tem por "pai" o francês Ferdinand Carré (1824-1900). por meio de água ou ar. Descoberta pelo escocês Nairn em 1777. Água quente. passa por uma válvula de expansão .se observar que o ciclo contém dois circuitos. gás natural. calor de uma fonte a alta de temperatura é adicionado ao ciclo a uma taxa . Esses sistemas podem utilizar fontes de energia renováveis. vapor (baixa pressão e alta pressão) e gases de combustão. pressão de baixa do sistema. a solução absorve vapor de refrigerante oriundo do evaporador. Essa solução pobre. em alguns equipamentos comerciais. o calor de absorção precisa ser removido do ciclo a uma taxa . tem sua pressão reduzida ao nível da pressão de evaporação e segue para o absorvedor. Vale destacar que o condensador e o gerador estão submetidos à uma mesma pressão. O processo de absorção é exotérmico. pressão de alta do sistema. a uma alta temperatura e a uma alta pressão. faz cair a temperatura do refrigerante. após a separação de parte do refrigerante. No absorvedor. retornando novamente para a fase de vapor à temperatura de evaporação TE. o evaporador e o absorvedor estão submetidos à mesma pressão. a uma baixa pressão e a uma baixa temperatura. OBS. e eventualmente abrigados em um mesmo vaso. requer-se resfriamento do condensador e do absorvedor.: Num sistema de refrigeração por absorção. tornando-se uma solução forte ou rica em refrigerante.parcela do refrigerante. Figura 64. o que pode ser feito através da água de uma torre de resfriamento. elevar a pressão e retornar a solução rica para o gerador. Da mesma forma.Ciclo básico de refrigeração por absorção e seus componentes principais.BSC é responsável por. retira calor do meio que se deseja resfriar a uma taxa . garantindo assim a continuidade do ciclo. simultaneamente. No gerador. e por isso. passa por uma válvula redutora de pressão – VRP (que tem objetivo de manter a diferença de pressão entre o absorvedor e o gerador). de forma a manter constante a temperatura de absorção TA. e para que esse processo não sofra interrupção. o refrigerante líquido. 54 . são abrigados em um mesmo vaso. que segue então para o evaporador. geralmente o meio para resfriamento é água ou ar . No evaporador. Uma bomba de recirculação de solução . Esse fenômeno. a solução remanescente torna-se uma solução fraca ou pobre em refrigerante. conhecido como expansão. 1. o uso da solução amônia-água se estendeu a partir das décadas de 60 e 70. 55 .1.Taxa que o calor é removido do ciclo. 4.Bomba de recirculação de solução. passaram a ser empregados comercialmente.1-Amônia-água Os sistemas de refrigeração por absorção. VRP . também conhecido como sistema de difusão. cuja temperatura de congelamento é de -77°C.  Amônia-água-hidrogênio.Taxa de calor absorvida do meio onde se deseja resfriar.Válvula redutora de pressão. TE – Temperatura de evaporação. 4.  qa.2-Amônia-água-hidrogênio – Difusão O sistema de refrigeração por absorção utilizando amônia-água-hidrogênio. que requeiram temperaturas inferiores a 0°C. Nesses sistemas. por meio de água ou ar.1. Empregado em refrigeradores residenciais e veiculares. foi desenvolvido em 1920 pelos suecos Baltazar Von Platen e Carl Munters. 4.Taxa que o calor de absorção precisa ser removido do ciclo.  Água-brometo de lítio (refrigerante-absorvedor). o ciclo não possui bomba de recirculação de solução. Contudo. tais sistemas são hoje normalmente empregados no campo da refrigeração. ocorreu a partir de 1946 com a disseminação do uso do condicionamento do ar para resfriamento e calefação de ambientes. com a adição de hidrogênio para equalizar a pressão em todo o sistema. a água desempenha o papel do refrigerante. para equipamentos de ar condicionado de pequeno a médio porte (10 a 90 kW).Taxa que o calor de uma fonte a alta de temperatura é adicionado ao gerador. Tem como base o ciclo amônia-água. Por utilizarem amônia como refrigerante. BSC . é responsável por absorver os vapores de amônia. fazendo com que esses equipamentos sejam extremamente silenciosos. a água faz o papel do fluido secundário. ou seja.TE – Temperatura de evaporação TC – Temperatura de Condensação  qg .1-Classificação Os sistemas de refrigeração por absorção podem ser classificados segundo os fluidos de trabalho empregados. 4. VEX .1.3-Água-brometo de lítio A utilização da absorção com solução de água-brometo de lítio.Válvula de expansão  qe.1. com o intuito de produzir gelo.1. a partir de 1859. com condensação a ar.  qc. utilizando a solução binária amôniaágua. São três as tecnologias comercialmente consagradas:  Amônia-água (refrigerante-absorvedor).1. no resfriamento e na calefação de instalações residenciais e comerciais. Nesse sistema. em grandes instalações industriais. 275 kW. Na verdade existe a necessidade de algum trabalho para acionar a bomba no ciclo de absorção. opera com um condensador. o calor precisa ser rejeitado durante o processo. desde que esse processo é similar ao de condensação. O ciclo de absorção. Os fluxos de calor em um sistema de absorção para os quatro componentes (Gerador. instalações centrais de ar condicionado em grandes edifícios. utilizam equipamentos de absorção. Incorporado no processo de absorção há a conversão de vapor em líquido. O passo seguinte é elevar a pressão do líquido com uma bomba. cuja temperatura de congelamento é 0°C. é referido como ciclo operado a calor porque a maior parte do custo de operação é associada com o fornecimento de calor que libera o vapor do líquido de alta pressão. comparada com aquela que seria necessária no ciclo de compressão de vapor. O ciclo de compressão de vapor é descrito como um ciclo operado a trabalho por que a elevação da pressão do refrigerante é conseguida por um compressor que requer trabalho. Atualmente. 4. O sistema de compressão de vapor usa um compressor para esta tarefa. com condensação a água. fabricados nas capacidades de 352 a 5. mas a quantidade de trabalho para uma dada quantidade de refrigeração é mínima. A rejeição de calor do ciclo ocorre no absorvedor e condensador a temperaturas tais que o calor possa ser rejeitado para a atmosfera. 56 . Evaporador e Absorvedor) ocorrem da seguinte forma: o calor de uma fonte de alta temperatura entra no gerador. ar condicionado. tanto por absorção ou compressão.2-Aspectos gerais do sistema de refrigeração por absorção O ciclo de refrigeração por absorção é similar em certos aspectos ao ciclo refrigeração por compressão de vapor. válvula de expansão e evaporador se o vapor de baixa pressão do evaporador puder ser transformado em vapor de alta pressão e entregue ao condensador. e o passo final é liberar o vapor do líquido absorvente por adição de calor. Condensador. por exemplo. Abaixo segue figura 65 exemplificando uma unidade de absorção básica e a figura 66 de uma máquina de refrigeração por absorção. enquanto que o calor a baixa temperatura da substância que está sendo refrigerada entra no evaporador. sua utilização é restrita a aplicações com alta temperatura de evaporação. Por utilizar água como refrigerante. por outro lado. O ciclo básico de refrigeração. já o sistema de absorção primeiro absorve vapor de baixa pressão em um líquido absorvente apropriado.enquanto uma solução de água-brometo de lítio é o agente absorvente. A unidade de absorção básica Figura 66 .Figura 65 . 4. variando de acordo com o tipo de equipamento.Máquina de Refrigeração por absorção.4-Desvantagens das máquinas de refrigeração por absorção 1. 3. Alto consumo de energia. conforme mencionado abaixo. pela sua simplicidade. As instalações de absorção se caracterizam. 3.3-Vantagens das máquinas de refrigeração por absorção 1.COP de máquinas de absorção 57 . por não apresentarem partes internas móveis (as bombas são colocadas à parte). Pelo alto consumo. o seu baixo COP. Utilizam a energia térmica (calor) em lugar de energia elétrica que é mais cara e mais nobre. como mostrado na Tabela 11. podem consumir uma quantidade de energia superior a sua produção frigorífica. Sua principal desvantagem é o elevado custo inicial. Permitem também a recuperação do calor perdido no caso de turbinas e. o que lhes garante um funcionamento silencioso e sem vibração. 2. variando de 550 a 900 US$/TR (GPG-256. 1999) e. 2. outros tipos de instalações que utilizam o vapor d’água. 4. Tabela 11 . A água contida no tanque refrigera o vapor de amônia contido no condensador que se condensa a uma pressão alta. O processo continua por um curto espaço de tempo até que o querosene acabe.  Vapor.  Veículos. se ela for líquida. A absorção irá acontecer quando uma dessas estiver em uma temperatura mais baixa e a separação quando esta estiver numa temperatura mais alta. O absorvedor esfria até a temperatura do sistema. O calor vindo do queimador retira a amônia da mistura na forma de vapor.  Industrial.  Hotéis.  Energia solar.  Condicionamento de ar.  Gás natural. entretanto a amônia evapora em temperaturas mais baixas no evaporador. Esta amônia líquida flui através de um cano para um tanque (na figura: "liquid receiver"). Estes sistemas possuem várias aplicações. Se essa substância for um sólido o processo será chamado de adsorção. Em seguida um queimador a querosene o aquece.  Energia elétrica. 4. Na figura 67. são elas:  Doméstica. isto ocorre porque como o gerador o esfria. Os sistemas de absorção são classificados como:  Sistemas intermitentes.1-Princípios de sistemas de absorção intermitente O ciclo usado no sistema de absorção intermitente é similar ao princípio de Faraday. O tanque é isolado termicamente. mas tem algumas propriedades diferentes.  Sistemas contínuos.5. O condensador fica imerso em um tanque de água no alto do refrigerador. Também podem ser classificados quanto a sua fonte de calor:  Querosene. Este vapor é forçado pra cima por uma bomba através de um condensador. A partir daí ela passa para o evaporador. a amônia misturada com água em um tanque vedado ou gerador.5-Tipos de sistemas de absorção Sistemas de absorção são baseados em combinações de substâncias que possuem propriedades não usuais: Uma substância irá absorver a outra sem interação química entre elas. tende a reabsorver o vapor de amônia.4. que é imerso em sal moura. absorção. Esta ebulição causa o efeito de refrigeração desejado. Portanto isso reduz a pressão e permite que a amônia líquida no evaporador entre em ebulição a uma temperatura baixa. 58 . 4) até o condensador. Então a amônia condensada cai no evaporador. O queimador é aceso e seu calor é fornecido para o gerador (Fig. amônia e hidrogênio.1).68 . 59 .68 . Quando o sistema refrigera continuamente é chamado de sistema de absorção contínua. Figura 68 . A maior parte da solução líquida é depositada no fundo do separador e flui para o absorvedor. 68 .5. Muitas empresas possuem variações do sistema básico. assim ele sobe através de um tubo (Fig.68 .Figura 67 .2). No entanto o princípio de operação é sempre o mesmo. então flui para cima através do tubo coador (Fig.Sistema de absorção contínua. Vapor de amônia é separado da solução.3).2-Princípios do sistema de absorção contínuo O sistema geralmente mais construído utiliza água. Um ciclo de refrigeração contínua opera automaticamente através do uso de controladores automáticos. Essa solução é levada para cima até atingir o separador (Fig. O vapor de amônia está com uma densidade menor.Sistema de absorção intermitente 4. O sistema opera sob duas pressões. a solução encontra a mistura de gás hidrogênio e vapor de amônia vinda do evaporador. No condensador é removido calor do vapor para o ar. repetindo o processo. O sistema operacional pode ser dividido em quatro partes sendo elas gerador. Durante a evaporação a amônia retira calor do compartimento de refrigeração. O gerador é aquecido por um queimador vertical o calor faz o líquido ferver e a amônia que estava dissolvida evaporar. 60 . O gás hidrogênio fica livre visto que não se mistura com a água. Como o hidrogênio também possui uma densidade pequena ele sobe até a parte superior do absorvedor.A grande quantidade de hidrogênio presente no evaporador permite que a amônia evapore. dali ele retorna para o evaporador. Na parte superior do absorvedor. O resfriamento da solução fraca ajuda a reabsorção de gás amônia da mistura gás hidrogênio-vapor de amônia. em 3. Este vapor de amônia se mistura com o hidrogênio que estava no evaporador. entretanto os mais comuns são gás natural. O absorvedor possui aberturas para troca de calor com o ar. A alta pressão é entre 1484kPa e 2174kPa. Ela desce para o topo do absorvedor (Nota :Uma solução "fraca" possui pouco vapor de amônia absorvido. Eles usam uma solução aquosa de amônia como absorvedor. vapor ou GLP. Dali o refrigerante líquido é então bombeado de volta para a solução no gerador. O refrigerante que evapora no evaporador desce para o absorvedor. Uma solução forte possui uma grande quantidade de vapor de amônia dissolvido). A fraca e razoavelmente fria solução absorve o vapor de amônia. figura 69. Isto ocorre a uma baixa pressão e uma baixa temperatura (princípio de Dalton).5. 4. A mistura líquida de água e amônia volta para o gerador e o ciclo recomeça.2. A água nos tubos que estavam a baixa temperatura retorna para a área a ser resfriada podendo absorver calor dessa área. condensando o vapor que então atua como refrigerante. O vapor sobe através de um tubo para o condensador ventilado. No evaporador água carregando calor da área a ser resfriada passa através de tubos. uma bomba ou outros equipamentos de controle. A baixa pressão é entre 380kPa e 518kPa. Então a fraca solução de amônia flui por gravidade pelo o separador. geralmente utilizam amônia como refrigerante. evaporador e absorvedor. As partes de alta e baixa pressão são separadas por válvulas de estrangulamento. O líquido refrigerante passa agora a uma alta pressão para o evaporador. Quando a água absorve vapor de amônia uma quantidade considerável de calor é liberado. também podendo utilizar calor residual de alguma fonte. Qualquer trocador de calor pode ser usado. que evapora. As aberturas de ventilação removem esse calor permitindo que a refrigeração continue. O calor da água nos tubos é transferido para o refrigerante. condensador.1-Sistemas de absorção contínuo com bomba Os sistemas de refrigeração por absorção contínua com bomba. Este trocador de calor aquece a solução fria do absorvedor em seu caminho para o gerador e esfria a solução que retorna do gerador para o absorvedor.3-Ciclo de absorção com trocador de calor O exame do ciclo de absorção e das temperaturas de operação mostrados na figura 70. Similarmente a solução no ponto dois deixa o gerador a 100ºC e precisa ser resfriada até 30ºC no absorvedor.5.Uma adição lógica ao ciclo simples é a de um trocador de calor como mostrado na figura 70 para transferir calor entre as duas correntes de soluções. Um dos maiores custos de operação do sistema está no calor adicionado no gerador “qg”.Sistema de absorção contínuo utilizando uma bomba para manter a diferença de pressão interna 4.Figura 69 . e realisticamente haverá algum custo associado com a remoção de calor do absorvedor “qa” . Figura 70 – Sistema de absorção com trocador de calor 61 . revela que a solução no ponto 1 deixa o absorvedor a uma temperatura de 30ºC e precisa ser aquecida a 100ºC no gerador. Note-se que a água gelada que serve a carga de refrigeração é um circuito separado da água que serve como refrigerante na unidade de absorção. Similarmente. extraindo calor de ambos os componentes. estes componentes também podem ser instalados em um mesmo vaso.4. Figura 71 – Um arranjo de componentes em uma unidade de absorção comercial Para aumentar a taxa de transferência de calor no evaporador uma bomba de recirculação pulveriza a água a ser evaporada sobre os tubos do evaporador para resfriar a água da carga de refrigeração. desde que o evaporador e o absorvedor operam a mesma pressão. No vaso de alta pressão o vapor de água do gerador deriva para o condensador.6-Unidades de Absorção Comerciais A construção de uma instalação de absorção comercial tira proveito do fato de que o condensador e o gerador operam à mesma pressão e combinam estes componentes em um mesmo vaso. como mostra a figura 71. enquanto que no vaso de baixa pressão o vapor de água liberado no evaporador escoa para baixo para o absorvedor. A manutenção de circuitos separados de água ajuda a manter uma maior pureza na unidade de absorção e permite a água que serve a carga de refrigeração operar a pressões acima da atmosfera. Outro aspecto mostrado na Figura 71 é que a água da torre de resfriamento passa em série pelo absorvedor e condensador. Figura 72 – Unidade de refrigeração por absorção comercial 62 . onde é liquefeito. Na fotografia da unidade de absorção da Figura 72 os vasos de alta e baixa pressão podem ser distinguidos. Esta figura mostra um dos tipos de construção possíveis para unidades de refrigeração por absorção. Abaixo temos um esquema de montagem de um painel solar para regrigeração utilzando-se do ciclo de absorção. sendo que esta é uma unidade que já foi comercializada. Entre as vantagens do ciclo de refrigeração por absorção em relação aos outros tipos de tipos de refrigeração podemos citar: 1. Este ciclo é parecido com os outros tipos de ciclos refrigeração. Figura 74 – Ciclo de refrigeração utilizando placas solares como fonte de calor 63 . 2. o calor. 4. apenas precisam de uma pequena bomba para fazer circular o fluido. quando comparado com o ciclo frigorífico. Os ciclos de absorção têm um consumo mecânico extremamente reduzido. É possível também combinar todos os componentes em um único vaso com um separador interno entre as câmaras de alta e baixa pressão.Esquema para refrigeração através de placas solares É realmente possível produzir frio com ajuda de painéis solares.7-Aplicações Práticas  Produção de frio com painéis solares Figura 73 . contudo apresenta uma importante diferença. já que os chillers de absorção. enquanto os ciclos de refrigeração precisam de um compressor (energia em forma de trabalho). Outro ponto interessante é a possibilidade de aproveitar uma fonte de calor residual (aproveitar vapor ou agua quente residual de um processo industrial) ou renovável (recorrendo a painéis solares). utilizando o ciclo de absorção. os ciclos de absorção precisam de outra forma de energia. Figura 75 . elas ainda podem consumir de 20% a 30% do volume total de água do sistema. Uma operação otimizada e uma manutenção adequada dos sistemas de torre de resfriamento podem proporcionar significante economia no consumo de água. como por exemplo. (figura 76) tem como finalidade remover calor de sistemas (ar condicionado e de uma enorme variedade de processos industriais que geram calor excessivo). para a torre de resfriamento.5-Torres de Resfriamento As torres de resfriamento (figura 75). Figura 76 – Torre de resfriamento portátil 64 . um sistema de ar condicionado ou de equipamentos de processo.Torre com enchimento tipo grade com bacia de água fria A água aquecida é continuamente recirculada de uma fonte quente. Embora toda torre de resfriamento reutilize continuamente a água. Figura 77 – Representação do funcionamento de uma Torre de Resfriamento Na maioria dos sistemas de torre de resfriamento. Figura 78 . O ar pode ser puxado. O ventilador da torre puxa o ar através da água que está caindo sobre a colméia para provocar a evaporação.A torre de resfriamento portátil tem capacidade para resfriar 40. 5. mais eficiente será o resfriamento. fabricada em fibra de vidro. Quanto maior for à mistura entre o ar e a água.000 kcal/h de água composta com suporte. transversal ou paralelo ao fluxo da água aquecida que está caindo na torre. através das venezianas em um fluxo contrário. respingo e blow-down (Figura 78). pelo ventilador. registros e manômetros. (figura 77) a água quente (ou água a ser resfriada) é bombeada para o topo da torre onde é distribuída por tubos ou calhas sob o material de enchimento interno. chamado colméia. A colméia permite que água aquecida seja espalhada de forma uniforme por toda área da torre. evaporação.1-Balanço da água Um simples balanço da água em um sistema de torre de resfriamento pode ser determinado se três dos quatro seguintes parâmetros forem conhecidos: make-up. bomba.Balanço da água da Torre de Resfriamento 65 . 5. Eficiência térmica.1.1. na forma de névoa. bem como minimizar o consumo de água e encontrar limites de descarte. O volume de água de make-up adicionado afeta diretamente a qualidade da água no sistema.2-Perda por respingo O termo “respingo” é usado para qualificar a perda da água. blow-down e respingo. 5. 5. Os analisadores permitem ao operador controlar cuidadosamente o uso da água.1-Controlando o Blow-down Para controlar melhor o blow-down e o ciclo de concentração. resfriadores e trocadores de calor do processo.1.05% a 0. que é carregada pelo vento para fora da torre. A redução no respingo através da instalação de venezianas ou eliminadores de gotas conserva água.4-Tratamento da água O objetivo deste tratamento é manter limpa a superfície dos trocadores de calor. Uma taxa típica de respingo é de 0. Promovendo o dreno (blow-down) e adicionando água nova (make-up). as instalações podem utilizar analisadores na linha de alimentação da água de make-up e na linha de blow-down. condutividade. alcalinidade.5. drenando volumes determinados de água. nos condensadores.1-Blow-down (Drenagem) Termo utilizado para a água que é drenada da bacia da torre de resfriamento visando reduzir o acúmulo de contaminantes na água circulante. drenar e reabastecer o sistema com água.1. Os parâmetros químicos críticos da água que requerem revisão e controle incluem PH.1. 5. Com a evaporação ocorre a concentração dos contaminantes da água. crescimento microbiológico. como os sólidos dissolvidos. são itens diretamente relacionados com a qualidade da água circulante na torre. dureza.1.3-Make-up (água de reposição) Água adicionada na torre de resfriamento destinada a repor a água perdida por evaporação. retém químicos do tratamento de água no sistema e melhora a eficiência de operação. biocidas e inibidores de corrosão. continuamente. O melhor caminho é usar um controle de condutividade para. perfeita operação e vida da torre de resfriamento. O blow-down dos sistemas de água de recirculação é realizado quando a condutividade da água alcança um nível pré-estabelecido.2% da vazão da torre. o nível de sólidos dissolvidos na água pode ser mantido. O blowdown pode ser controlado manualmente ou automaticamente por válvulas atuadas por temporizadores (timers) ou por medidores de condutividade (condutivímetro). 66 . reduzindo assim a formação de incrustação mineral e de outros contaminantes na torre. O blow-down é feito em um processo de batelada. A relação entre a qualidade da água de blowdown e a qualidade da água de make-up pode ser expressa como “ciclo de concentração”. 6-Filtragem Usada basicamente para remover os sólidos (figura 79) existentes na água de recirculação e em alguns casos na água de make-up. Similarmente. juntamente com bactericidas. Existem casos onde a água considerada como rejeito no sistema terceário do tratamento de efluentes pode ser utilizada como água de make-up. Exemplo: Em alguns casos. 5.  Areia e terra contidas na água de make-up 67 .  Poeira carregada pelo ar e que é puxada para dentro da torre pelos seus ventiladores. Figura 79 .  Os minerais precipitados pelo uso de produtos químicos ou de condicionadores magnéticos. os programas de tratamento devem incluir inibidores de corrosão e incrustação.1. 5. o efluente tratado é usado como make-up na torre de resfriamento se o ciclo de concentração for mantido baixo. destacam-se:  As partículas metálicas e incrustações desprendidas dos equipamentos e das tubulações.Dependendo da qualidade da água de make-up. Estes produtos químicos normalmente são adicionados ao sistema através de dosadores automáticos controlados por medidor de PH.1.5-Fontes alternativas de água de make-up Algumas instalações utilizam água residual de outros processos para água de make-up na torre de resfriamento. quando há alto teor de sólidos suspensos. Os dosadores automáticos de produtos químicos tendem a diminuir a quantidade de produtos químicos requerida. o blow-down pode ser corretamente utilizado como água de processo em algumas aplicações.Remover os sólidos Dentre os sólidos que causam problemas em um circuito de resfriamento e que podem ser removidos através de filtração. Isso se deve ao tamanho. tipo cartucho.1. Figura 80 . melhor será a qualidade da água da torre de resfriamento. Não existe um número “exato” para determinar a taxa de filtração de uma torre. chillers e outros equipamentos do sistema de resfriamento. nos trocadores de calor. tipo bag e o filtro de areia Fabricantes dos filtros quase sempre indicam.  Economia de Energia – melhor troca térmica nos trocadores de calor e chillers. tais como:  Redução nos Custos de Manutenção – menos paradas para limpeza na bacia da torre. a Filtração Parcial ou Lateral (Side Stream) (Figura 82). porém sabemos que quanto maior for este número. Usam filtros tipo cesto (strainer).1-Opções de Filtragem A filtração pode ser feita na Vazão Total da torre (Full Stream) (Figura 81 ) ou em uma parcela da vazão. custo de manutenção e principalmente custo inicial de instalação destes filtros para grandes vazões.Filtro parcial (Side Stream) 68 . a Filtração Lateral numa taxa de 5% da vazão total da torre como sendo um número “ideal” para o dimensionamento de um sistema de filtração lateral. com isso pode-se obter diversos ganhos econômicos.  Sensível Redução no Consumo de Produtos Químicos – devido à redução de blow-down e make-up e ao ganho de eficiência dos bactericidas. 5.Removendo estes sólidos da água da torre de resfriamento será garantida uma melhor qualidade da mesma.Filtro total (Full Stream) Figura 81 .6.  Redução no Consumo de Água – redução no blow-down e no make-up. Atualmente o mercado dispõe de uma tecnologia de filtração mais moderna. Se considerarmos o custo benefício do Filtro Separador Centrífugo. Tem diferenças técnicas que garantem uma série de vantagens sobre os filtros convencionais de barreira.  Dispensa retrolavagem. gerada simplesmente pela velocidade de bombeamento da água. o que permite ter uma água de recirculação de melhor qualidade.  Perda de carga (DP) baixa e constante – só varia em função da vazão. sugere uma taxa de filtração entre 5% e 20% da vazão total da torre de resfriamento. tais como:  Não necessita de equipamento reserva (stand-by). ele pode ainda ser mais econômico do que os filtros convencionais de barreira.  Sólidos separados são purgados em local adequado.  Não utiliza elementos filtrantes. 69 .  Dispositivos que permitem perda “Zero” de líquidos. mesmo que filtrando a vazão total de uma torre de resfriamento. amplamente utilizado no mundo para filtrar água de torre de resfriamento.  Sem paradas para limpeza e/ou manutenção. o qual remove sólidos sedimentáveis por meio da ação centrífuga. trata-se do Filtro Separador Centrífugo. O fabricante deste sistema (DBD Filtros). por sua vez.Sistemas onde o absorvente é o brometo de lítio: representa o sistema mais utilizado nos casos de integração com sistemas de micro-cogeração.energia solar e processo de purga quente. Existem essencialmente dois tipos de chillers de absorção de queima indireta: . 6. tipicamente gás natural. .Chiller de absorção Os chillers de compressão utilizam um compressor mecânico (figuras 83.1. Os chillers de absorção permitem produzir água gelada a partir de uma fonte de calor.Chiller de absorção de queima indireta: nestes sistemas o calor necessário é fornecido na forma de vapor de baixa pressão. através de um ciclo termodinâmico.Consumo elétrico do chiller de absorção é tipicamente cerca de 10% do consumo dos chillers de compressão elétricos. enquanto nos chillers de compressão o valor pode subir até de 6.5 e 2. Os chillers de absorção. e um chiller de absorção funcionando durante os períodos de cheia e de ponta.Equipamentos e aplicações de sistemas de refrigeração Um chiller é uma máquina que tem como função arrefecer água ou outro líquido em diferentes tipos de aplicações. água quente. devido a uma melhor relação entre o seu custo e a sua eficiência energética. .Chiller de absorção de queima direta: nestes sistemas o calor necessário ao processo é obtido queimando diretamente um combustível. 6.Chillers de absorção representam um investimento inicial muito superior (entre 1. de forma a aumentar a pressão em determinada fase do ciclo termodinâmico do sistema.5 vezes mais caro). Tipo de chiller mais apropriado para a integração com sistemas de microcogeração. . já que estes produzem água quente com temperaturas adequadas ao chillers.87).2-Solução as diferenças Uma solução alternativa consiste em usar um sistema híbrido integrando os dois tipos de chillers: um chiller elétrico como base.Chillers de absorção apresentam COPs de 1.0. água quente ou de um processo de purga quente. . sendo normalmente aplicados apenas em instalações de grande capacidade. Os dois principais tipos de chiller são: . aumentando o número de horas de funcionamento anual do sistema.1-Vantagens e Desvantagens . subdividem-se em dois tipos: .6 .Chillers de absorção de queima indireta funciona com uma ampla gama de fontes quentes: vapor de baixa pressão. .Sistemas onde o absorvente é o amoníaco: Estes sistemas representam um investimento relativamente elevado. utilizando um refrigerante num processo termoquímico de absorção. A desvantagem deste processo reside no seu relativamente elevado consumo energético Já os chillers de absorção têm como princípio de base um “compressor termoquímico” (fonte de calor).Chiller de compressão ou elétrico . Esta utilização combinada poderá 70 . Nas aplicações de micro-cogeração. a água quente produzida. (Fabricante YORK) 71 . Aplicações      Indústria Alimentícia (Laticínios. etc) Indústrias Química e Petroquímica Sistemas Cascata – R-744/R Supermercados Sistemas de Ar Condicionado Figura 82 . (amônia como fluido refrigerante).Esquema de um “chiller” de água A figura 82 se trata de um esquema simplificado de um chiller. Figura 83 . operando com um fluido qualquer e água. Abatedouros. onde existem necessidades de calor para aquecimento ambiente no Inverno. Bebidas.ser interessante em edifícios de escritórios.Chiller compacto 2000KW. e grandes necessidades de frio para arrefecimento ambiente no verão. Um Sistema Paralelo Compacto pode ser instalado dentro do Salão de Vendas sem necessidade da Sala de Máquinas. devido ao êxito e ao crescimento contínuo de seus principais usuários finais. também. graças ao seu nível baixo de ruído e vibrações (Figura 86 (a)). “Lojas de Conveniência” ou Mercearias). além da possibilidade da montagem com compressores semi-herméticos.Sistema de dois estágios para Supermercados (120KW – LT) A figura 84 representa um chiller com sistema de dois estágios do equipamento mostrado na figura 85 (equipamentos com (R717/NH3)) Figura 85 . “Hard Discount”. cadeias de supermercados pequenas (Mini-Mercados. scroll ou herméticos (Figura 87).3-Sistemas Paralelos Os sistemas paralelos compactos são cada vez mais requeridos. proporcionando baixo consumo de energia com alto desempenho. pode-se montar sobre o teto do local.Sistemas com NH3/CO2 para Supermercados 6. combinando todas as vantagens mencionadas. 72 . abertos.Figura 84 . graças ao seu peso menor (Figura 86 (b)) ou sobre uma parede externa apropriada. Sistemas paralelos permitem vários pontos de refrigeração com uma única Unidade Central. cada um com o seu próprio fluido refrigerante (mais comuns. porém com um trocador de calor comum aos dois ciclos. Figura 88 – Ciclo Cascata CO2/Amônia 73 .4-Sistemas com ciclo cascata O sistema com Ciclo Cascata constitui-se de dois (ou mais) ciclos de refrigeração independentes. CO2 e Amônia).(a) (b) Sistema Compacto instalado na Sistema Compacto de telhado Sala de Vendas Figura 86 – Aplicações de sistemas paralelos Figura 87 – Rack com configuração em paralelo Dados da: Bandeirantes Refrigeração 6. (Figura 88). ) ou sintético (HFCs.Sistema Cascata com CO2/R-404A A Figura 92 mostra um exemplo de aplicação em cascata para o uso com o Dióxido de Carbono (R-744). as temperaturas de evaporação no lado de baixa variam de 55ºC a -30ºC e as temperaturas de condensação variam desde -18ºC até 0ºC.5 kW a –35/-5ºC.71 a 46.O trocador de calor “Cascata” tem a função de condensador no ciclo de baixa temperatura e a função de evaporador no ciclo de alta temperatura. São empregados em aplicações com temperaturas abaixo de -60ºC. etc.). A potência frigorífica vai desde 4. no caso do sistema cascata com CO2. No sistema primário utilizado para condensar o CO2. com a aplicação de um único fluido em um ciclo de compressão de vapor. Figura 90 – Ilustração dum equipamento de refrigeração R744/R717 – Cascata (Vista Traseira) 74 . pois estará confinado somente no circuito que envolve o compressor. condensador e evaporador (trocador de calor cascata).9 m³/h de deslocamento. para aplicações subcríticas com o CO2 abrange 16 modelos de compressor desde 2. R-404A. com temperatura de condensação limite de operação em torno de +5ºC (em função da pressão de projeto de 40 bar para os compressores de CO2 disponíveis no mercado). R-717. porém em menor quantidade.8 kW até 86. por exemplo: R-134a. o fluido refrigerante poderá ser do tipo natural (R-290. a água ou a ar). no qual o mesmo é utilizado no sistema secundário para média e baixa temperatura de evaporação. etc. Os sistemas com ciclo cascata normalmente são utilizados em aplicações onde não é possível retirar o calor do nível mais baixo de temperatura requerido (para resfriar o produto do processo) e rejeitá-lo para a atmosfera (através de condensador evaporativo. Figura 89 . Dotados de compressores semi-herméticos alternativos. Figura 91 – Ilustração dum equipamento de refrigeração R744/R717 – Cascata (Vista Frontal) Figura 92 – Equipamento de refrigeração R744/R717 . lojas ou edifícios públicos. o produto ou o processo de produção exigirem uma temperatura e umidade (baixa) constantes. Enquanto que no passado a refrigeração apenas se revelava rentável em escritórios. Figura 93 – Refrigeração em Shopping 75 . atualmente os sistemas também podem ser utilizados permanentemente em empresas produtivas de grande dimensão. as condições de trabalho. a refrigeração pode ser a solução mais adequada.Cascata Nota: Dados obtidos de: Revista Nova técnica Editorial 6.5-Aplicações Industriais/comerciais Sempre que o ambiente. 6. 4) Acessórios: Cortina. Pallet. Figura 94 – Exemplificação de uma câmara frigorífica O equipamento de refrigeração permite selecionar a temperatura de trabalho (set point) numa faixa entre +20C até . entre outras. boqueta exaustora). 2) Porta frigorífica: Giratória.45°C podem ser atingidas mediante a utilização do equipamento em sistema cascata (primeiro estágio refrigera o segundo estágio mantém a temperatura da câmara dentro do pretendido).45C.Câmara frigorífica para ensaios climáticos (agrega refrigeração. A câmara fria atende a todas as aplicações. agregando os acessórios adequados será apropriada para aplicações especiais.5.Câmara frigorífica para amadurecimento artificial (agrega umidificador.Câmara frigorífica para sementes (agrega desumidificador) . na versão standard basicamente para produtos perecíveis. 3) Equipamento de refrigeração: Split system (remoto) ou Plug-in (fixado na lateral da câmara). registro gráfico). Guilhotina. Estantes. tais como: .Câmara frigorífica para Ostras (agrega sistema de aspersão) . Estrado. 76 . circulando o ar quente no compartimento e mantendo a temperatura desejada. Para temperaturas superiores a + 20C utiliza-se o equipamento para produção de calor (banco de resistências). entre outros. rede de etileno. aquecimento.1-Câmaras Frigoríficas Uma câmara frigorífica (câmara fria) é composta basicamente por: 1) Modulo frigorífico: Painel frigorífico (portátil e desmontável) ou Alvenaria (requer paredes/laje para fixar o isolamento térmico). Correr. umidificador. Temperaturas inferiores a . . obedecendo sempre às mais severas normas sanitárias. São construídos em robustas estruturas metálicas modulares (módulos de 2m cada). World Courier. em linhas de chocolates. limpeza e manutenção.5. armazenagem de xarope Figura 96 . Em sua extensão os túneis são providos por uma ou mais unidades frigoríficas cuja função é resfriar e insuflar o ar no interior do duto. os túneis lineares de resfriamento destacam-se sobretudo na indústria alimentícia. construído em poliuretano expandido. dividido internamente em duas câmaras onde ocorre o fluxo de ar de resfriamento e o apoio da esteira transportadora de produtos. 6.5. sobre a qual é apoiado um duto hermético. associado a um alto rendimento frigorífico.2-Túneis Lineares de Resfriamento Presentes em vários segmentos de negócios.Resfriados. sistema projetado visando excelente controle de temperatura e umidade.1.Resfriados.1-Exemplos de câmaras frigoríficas e aplicações Figura 95 . biscoitos e classes similares de produtos.farmacêuticos Figura 97 – Resfriamento de alimentos Nota: Os dados técnicos e produtos obtidos acima são da TECTÉRMICA tecnologia Térmica Ltda. pois seu projeto permite uma fácil operação.6. 77 . operador logística . tanto para o sistema de ar condicionado como para refrigeração/conserva de produtos. O exemplo a seguir é do supermercado Wal-Mart. dimensionados por projetos específicos para cada caso. 6.Figura 98 – Exemplo de Túneis Lineares de Resfriamento Figura 99 – Esquema do túnel de Resfriamento (a) (b) Figura 100 – Componentes do túnel de resfriamento. 78 .5. no bairro do Morumbi. A tabela abaixo especifica alguns parâmetros. na capital paulista inaugurado em 28 de abril de 2009.3-Supermercado Sistemas de refrigeração são comumente utilizados em supermercados. largura e capacidade frigorífica dos túneis estão relacionados com o tipo de produto e produção desejada. módulo (a) e Unidade Frigorífica (b) O comprimento. Fato existente em shopping centers. nos congelados a solução aquosa de tyfoxit 80% a -26ºC. um para cada regime. com compressores semi-herméticos. e ar condicionado água a +7ºC. média e alta temperatura. Sistema chiller (racks house) 6. são as de absorção de calor. principalmente para grandes construções que demandam grande utilização da refrigeração. onde a fim de reduzir a dependência tanto do fornecimento de energia elétrica. a expectativa de redução no consumo de energia do sistema de refrigeração da loja será de 12%. Cada chiller (figura 102)resfria um fluido secundário compatível com sua temperatura de operação.Figura 101 – Sistema de refrigeração (Supermercado Wal-Mart. quanto do gás natural estão sendo implantadas unidades de cogeração. Comparando com sistemas de refrigeração convencionais.5. nos refrigerados a solução aquosa de dowfrost propilenoglicol 25% a -4ºC. na capital paulista) O sistema utiliza três chillers (figura 101).4-Shopping center Uma alternativa a sistemas de refrigeração por compressão. que utilizam R-22 em expansão direta. O sistema de ar condicionado é por meio de água gelada. condensadores a ar. 79 . Figura 102 – Unidade de refrigeração. bairro do Morumbi. com capacidade de 400 TR e atende as áreas administrativas e salão de vendas. baixa. evaporadores do tipo placas e refrigerante primário R-507A. Chiller é elétrico. enquanto o chiller de queima direta complementa a carga térmica necessária. O chiller elétrico pode entrar em funcionamento para atender a carga térmica em picos de consumo de fim de ano.As instalações e dados deste exemplo são do estabelecimento Caxias Shopping. havendo necessidade. entra em funcionamento o motor a diesel de 725 kW a fim de suprir o pico de demanda. Onde esta planta atende 95% da demanda elétrica do Shopping e 100% da demanda térmica. cobrindo uma eventual pane em qualquer um dos grupos geradores. O shopping reúne um grupo gerador a gás natural. e outro grupo gerador de 725 kW. a transferência da carga se dá a qualquer momento de forma suave e imperceptível aos olhos dos usuários. com capacidade de 300 TRs.Unidade de cogeração instalada e operada pela ECOGEN (Caxias Shopping. por questões de confiabilidade. Figura 103 . no estado do Rio de Janeiro. tem capacidade de 500 TRs. a diesel. O regime de funcionamento dessa planta compreende o grupo gerador de 1. estes gases passam por uma caldeira de recuperação que produz água quente e que. paralelos com a rede da concessionária. No horário de ponta.3 MW e o chiller de absorção a água quente funcionando na base. 80 . Chiller. atende a demanda deste mesmo chiller. Importante:   Como o sistema de controle é totalmente automático. de 1.3 MW. por sua vez. eles ainda recebem da concessionária 100 kW de potência a fim de ter o paralelismo sincronizado.3 MW. de queima direta de gás natural. Duque de Caxias .Rio de Janeiro) A parte de climatização possui três equipamentos:    Chiller de 368 TRs que aproveita a energia térmica dos gases de espace do motor de 1. instalações industriais e o meio ambiente as funções dos refrigerantes utilizados e a capacidade dos componentes devidos sua utilização a cada tipo de ciclo de refrigeração. Sendo assim este trabalho foi muito proveitoso para todo o nosso grupo. Ao desenvolvermos este trabalho ganhamos com as pesquisas e os estudos dos respectivos assuntos.7-Conclusão Através do estudo deste foi possível adquirimos e aprimoramos nossos conhecimentos sobre os tipos e finalidades dos sistemas de refrigeração e os tipos existentes para se chegar ao objetivo de refrigeração. Ao termino podemos aprender boa parte dos sistemas e verificamos o quanto é importante para residenciais. 81 . pois adquirimos muitos conhecimentos até então pouco conhecidos na área. 2. 62p.com/2009/05/05/producao-de-frio-compaineis-solares/&usg=__qTlByH4qqT7VJ4111M8Rhotc1w8=&h=348&w=5 00&sz=76&hl=pt-BR&start=5&itbs=1&tbnid=jVX6xEoGjP-waM:&tbnh= 90&tbnw=130&prev=/images%3Fq%3Dciclo%2Bde%2Babsor%25C3%25A7%25C3 %25A3o%26hl%3Dpt-BR%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1 (Acesso em 21/03/2010) ALVES. Wikipédia.sj. 2007.htm (acesso em 25/02/2010). São Paulo-SP: Editora Edgard Blucher LTDA. Ciclo aberto x ciclo fechado de refrigeração. 2002. Disponível em : http://hlagido.wordpress. Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFET-MG JESUS Anastácio.org/wiki/TR (acesso em 10/03/2010). J. SAIZ JABARDO. Linha de refrigeração. a enciclopédia livre.br/produtos.oxiclima. Disponível em: http://www.com. ciência e tecnologia. a enciclopédia livre.br/~jesue/Valvulas%20expansao. 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