Sistemas de Coordenadas UTM, RTM, LTM e Topográfica

March 28, 2018 | Author: Ricardo Prado | Category: Geomatics, Earth & Life Sciences, Earth Sciences, Cartography, Geometry


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Sistemas de Coordenadas UTM, RTM, LTM e TopográficaUniversal Transversa de Mercator (UTM) utiliza um sistema de coordenadas cartesianas bidimensional para dar localizações na superfície da Terra. É uma representação de posição horizontal, isto é, é utilizada para identificar os locais na Terra independentemente da posição vertical, mas difere do método tradicional de latitude e longitude, em vários aspectos. O sistema UTM não é uma simples projeção de mapa. Em vez disso, ele divide a Terra em sessenta zonas, cada uma banda de seis graus de longitude e utiliza uma projeção de mercator transversa secante em cada zona. A projeção de Mercator utiliza o desenvolvimento do cilindro. Foi concebida pelo cartógrafo belga Gerhard Kremer (1512-1594), mais conhecido pelo seu nome latinizado Mercator. O Sistema Universal Transverso de Mercator (UTM) é baseado na projeção cilíndrica transversa proposta nos Estados Unidos em 1950 com o objetivo de abranger todas as longitudes. As duas principais diferenças entre a projeção de Mercator e o sistema UTM é que, no primeiro, o cilindro é paralelo ao eixo de rotação da Terra esférica, enquanto que, no segundo, o cilindro é perpendicular ao eixo de rotação da Terra elipsoidal. O sistema UTM resulta na composição de 60 fusos distintos que representam a superfície da Terra. Cada fuso tem a amplitude de 6º de longitude. Em latitudes o sistema é limitado pelos paralelos 84 º N e 80º S, onde as deformações ainda não são significativas. Para latitudes maiores, é utilizada a projeção Estereográfica Polar Universal (sigla em inglês UPS, de Universal Polar Stereographic). Em muitos aparelhos receptores de sinal do Sistema de Posicionamento Global consta a opção de coordenadas UTM/UPS. UTM (Universal Transverse de Mercator) é um sistema de projeção que considera a curvatura terrestre e que deforma somente as distâncias medidas sobre o plano topográfico para projetá-la sobre o plano UTM. Cada Fuso UTM possui um Meridiano Central (MC) que no cruzamento com o Equador formam a origem do sistema.0000 e E=680000.0000. No Brasil temos o fuso 18 passando pela ponta do Acre até o fuso 25 passando por Fernando de Noronha. formando um conjunto de 60 fusos UTM no recobrimento terrestre total. Eles são numerados a partir do Anti-meridiano de Greenwich (longitude 180º) e de oeste para leste. próximo do E=320000. O K=1 fica aproximadamente à 180000.9996 e nos bordos laterais do fuso K=1. Esta Origem possui coordenadas E=500000. . Os limites de atuação dos fusos na latitude são 80ºS e 84ºN.001.0000m do MC para ambos os lados.0000 e N=10000000. que no Equador equivale a aproximadamente 55km. Além destes limites a UTM não é indicada.0000 para o Hemisfério Sul e E=500000. Em casos de áreas abrangidas por 2 fusos tem-se 2 soluções: 1) trabalhar como 2 mapeamentos distintos. A deformação no MC é K=0. ou seja.0000 para o Hemisfério Norte. caso a área seja muito grande 2) extrapolar o fuso em até 30' na tentativa de abranger toda a área. Sua amplitude é de 6º. É o sistema mais utilizado para a confecção de mapas.0000 e N=0. O sistema de projeção UTM é o mais utilizado no Brasil. Os fusos não são contínuos. Os fusos são numerados a partir do Anti-meridiano de Greenwich (longitude -180º) e de oeste para leste. o que para um mapeamento é inconcebível. havendo replicação de um mesmo ponto em mais de um fuso. Espírito Santo. do fuso 18. . No Brasil temos oito fusos para o recobrimento total do território. Cada fuso terá que montar um sistema próprio. até o fuso 25. orientado pelo número do fuso ou pelo Meridiano Central.Fusos e zonas da projeção UTM. Sergipe e Ceará estão totalmente dentro de um único fuso. passando pela ponta do Acre. Sua amplitude é de 6º de longitude. formando um conjunto de 60 fusos UTM no recobrimento terrestre total. passando por Fernando de Noronha. Apenas os estados de Santa Catarina. Existe ainda a possibilidade de adotar outro sistema de projeção quando trabalhamos com grandes áreas (mais de um fuso UTM). . temos o chamado fator de escala K.Trabalhar como dois mapeamentos distintos. caso a área seja muito grande. que se trata de um coeficiente de deformação linear. quando projetado um sistema de referência (SAD69 ou WGS-84). para serem . é variável conforme o afastamento em relação ao Meridiano Central. ou coeficiente de redução de escala. Em relação à deformação sofrida.Extrapolar o fuso em até 30’ na tentativa de abranger toda a área.Em áreas abrangidas por três fusos podemos ter três soluções: . . o que equivale a aproximadamente 55 km no Equador. uma vez que os fusos mapeados não são contíguos. que é a relação entre um comprimento na projeção (cilindro) e o seu correspondente no elipsóide. As distâncias medidas no terreno. O fator de escala K. temos os sistemas LTM e RTM. o mapeamento urbano não é efetuado no sistema UTM. principalmente nos limites do fuso. conhecido como Regional Transverso de Mercator (RTM) e fuso de 1º.projetadas. conhecido como Local Transverso de Mercator (LTM). em função das distorções lineares que o mesmo acarreta no mapa. . diminuindo os erros de distorções cometidos pelo sistema UTM. Para minimizar esse problema. devem ser multiplicadas pelo fator correspondente à região onde está sendo efetuada a medida. os quais proporcionam o mapeamento de áreas urbanas em grande escala. O sistema RTM é utilizado para evitar a transposição de fuso quando a região é próxima ao final do fuso de 1º (LTM). Em muitos países. Esses sistemas utilizam fuso de 2º. As coordenadas do sistema de projeção UTM produzem no meridiano central uma deformação linear que conduz a uma precisão de 1:2.000 – N’ (hemisfério sul).Fuso de 2 graus. ou então efetuar alguma modificação nesses.000.500 m para cada lado). .000 ± E’ (+E’ se o ponto se encontrar a oeste do MC e – E’ se o ponto se encontrar a leste do MC).K0=0. .E=400. Se a região não estiver nessa faixa (próxima do meridiano de secância). pode-se . . sendo que no meridiano de secância não há deformação. . Sabendo-se do comportamento da variação da precisão. .000. escolher o sistema UTM ou LTM.999995. .999995.500 metros do meridiano de secância a precisão é superior a 1:40.K0=0.500. já as do sistema LTM 1:200. se for considerado que essa precisão é suficiente para trabalhos em que se pode extrair informações das coordenadas e estas podem ser tratadas sem deformação.Características do Sistema RTM: .Meridiano Central nas longitudes ímpares. temos que para um afastamento de até 5. com a finalidade de resolver determinados tipos de problemas.N=5. .000 ± E’ (+E’ se o ponto se encontrar a oeste do MC e – E’ se o ponto se encontrar a leste do MC).Fuso de 1 grau.000. Assim.N=5.E=200.000 – N’ (hemisfério sul). Tomando um exemplo numérico. . o sistema UTM é utilizável trabalhando-se na faixa originária (meridiano de secância) de um desenvolvimento em longitude de até 11 quilômetros (5. pode-se.Meridiano Central nas longitudes de meio grau. para a posição usual de um fuso. Características do Sistema LTM: .000. Nos outros pontos do fuso essa precisão varia. Os profissionais ligados a levantamentos topográficos e geodésicos de áreas onde a informação precisa ser representada em um plano. pois é este sistema que possui o fuso com menor amplitude e estará mais próximo do elipsóide. Qualquer que seja o sistema . porém possui grandes deformações totais. devem dominar com desenvoltura os sistemas de projeção UTM. Assim. afim de que se tenha condições de decidir sobre o uso daquele que melhor resolve problemas de mensuração. levando-se o meridiano de secância para o centro da região. O sistema de projeção UTM se destaca pelo fato de um fuso abranger grandes áreas (aproximadamente 670 km no sentido leste-oeste). Sistema de coordenadas topográficas A posição relativa dos pontos da superfície terrestre é caracterizada pelas coordenadas num sistema de referência. O sistema de projeção LTM trará menor deformação. trabalha-se com um fuso particular.fazer uma rotação. podendo-se constituir um fuso regional (RTM). LTM e RTM. seja o cálculo de uma distância ou de uma área. Outro cuidado é em relação às grandes áreas situadas na transição de fusos UTM. além da determinação da orientação em relação a uma direção fixa: direção norte-sul. o plano topográfico. Um ponto é definido neste sistema através de uma coordenada denominada abscissa (coordenada X) e outra denominada ordenada (coordenada Y). No escritório as coordenadas são calculadas em função das medidas de campo. as coordenadas são referidas ao plano horizontal de referência. Em topografia.envolvido. Um dos símbolos P(x. As operações de campo para a obtenção das coordenadas topográficas consistem na medição de uma distância horizontal. tais coordenadas são: a abscissa e a ordenada. definindo a posição tridimensional do ponto.y) são utilizados para denominar um ponto P com abscissa x e ordenada y. as medidas de distâncias e ângulos horizontais permitem calcular as coordenadas planas X e Y. . a altura (cota ou altitude) junta-se às coordenadas planas X e Y. o sistema de coordenadas topográficas é definido por um sistema plano-retangular XY. um ângulo horizontal e uma distância vertical ou ângulo vertical para cada ponto. enquanto as medidas de distâncias verticais ou ângulos verticais conduzem às cotas ou altitudes. sendo que o eixo das ordenadas (Y) está orientado (é paralelo) segundo a direção norte-sul (magnética ou verdadeira) e o eixo positivo das abscissas (X) forma 90º na direção leste. Uma terceira grandeza.
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