SISTEMA reprodutor cães

March 26, 2018 | Author: Érica Gabriela | Category: Luteinizing Hormone, Testicle, Pregnancy, Puberty, Pituitary Gland


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INSTITUTO FEDERAL DE BRASILIA, CAMPUS PLANALTINA.PAULO ERICA JOSE TIAGO SEMINARIO SOBRE O SISTEMA REPRODUTIVO CANINO PLANALTINA - DF 2013 INSTITUTO FEDERAL DE BRASILIA, CAMPUS PLANALTINA. PAULO ERICA JOSE TIAGO SEMINARIO SOBRE O SISTEMA REPRODUTIVO CANINO Trabalho apresentado como forma de Seminário elaborado pelos estudantes da turma do STA2 do Instituto Federal de Brasília, com intuito final a obtenção de nota de avaliação semestral , sob coordenação do professor Mestre Osmar, da disciplina de Anatomia Animal. PLANALTINA - DF 2013 RESUMO O presente trabalho visa estabelecer um melhor entendimento sobre o sistema reprodutivo dos cães, para isso foi elaborado de forma bem didática e com intuito final de levar aos ouvintes informações técnicas e cientificas expostos pelos participantes de apresentação de seminário com o propósito de a.exposição temática do assunto, valendo-se para isso das mais variadas estratégias: exposição oral, quadro-negro, slides, cartazes, filmes etc.Trata-se de uma visão global do assunto e ao mesmo tempo aprofunda-se o tema em estudo; Palavras-chave: reprodução, hormônio, espermatozoides, genitais, ciclo estral, puberdade, macho, fêmea o qual abordaremos todo seu sistema de reprodução neste estudo. e a presença de pêlos (existem poucas espécies de mamíferos que não tem pêlos).200 gêneros. de acordo com o compêndio publicado por Wilson e Reeder (2005). . que se caracterizam pela presença de glândulas mamárias que. 152 famílias e até 46 ordens. distribuídas em aproximadamente 1. Dentro deste universo de números encontramos o cão (Canis lupus familiaris). ou seja. já que os embriões se desenvolvem internamente e não em ovos. tendo em vista que não são tão sensíveis a temperaturas externas. desenvolvem seus filhotes no interior do corpo materno (essa característica aumenta a probabilidade de vida da prole.1 INTRODUÇÃO Os mamíferos (do latim científico Mammalia) são uma classe de animais vertebrados. no caso dos répteis e anfíbios). nas fêmeas. produzem leite para alimentação dos filhotes. São animais endotérmicos. A endotermia amplia o leque de áreas geográficas a serem habitadas por eles. Os mamíferos incluem 5 416 espécies (incluindo os seres humanos). logo. São animais vivíparos. um mamífero canídeo e talvez o mais antigo animal domesticado pelo ser humano. que possuem mecanismos internos para o controle da temperatura corpórea. e também as glândulas sexuais acessórias (próstata.1 CARACTERÍSTICAS SEXUAIS Na época do nascimento. 1987). no cão não existem as duas últimas). que se alimentam predominantemente de carne. a vagina. Na fêmea são o ovário. 2. a vulva e o clitóris. O cão. também um grande companheiro. No macho são as estruturas armazenadoras. da ordem dos carnívoros. o útero. o chacal. Os canídeos são animais de médio a pequeno porte. que inclui o cachorro. uretra e pênis) de esperma. que são canídeos que constituem uma família de mamíferos digitígrados. Até o início da maturidade as glândulas germinativas estão em estado de repouso. As características morfológicas se dividem em genitais e extragenitais. tornando-se. glândulas bulbo-uretrais.2 FAMILIA CANIDAE Como falamos anteriormente os mamíferos pertencem a uma espécie de animais vertebrados. o coiote. o lobo. a trompa. condutoras e eliminadoras (epidídimo. que provoca o aumento na síntese e liberação das gonagotrofinas FSH e LH do lobo anterior da hipófise (adenoipófise). auxiliando o homem em caças e na guarda de seus territórios. 1987). O FSH estimula nas fêmeas a formação e maturação dos folículos . é na verdade uma subespécie do lobo: o cinzento. Vamos destacar a família Canidae. ducto deferente. de Classe Mammalia sendo que esta espécie é composta por varias famílias. O início da maturidade acontece por aumento da secreção de luliberina e GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina) no hipotálamo. vesículas seminais. a raposa entre outros. apresentam-se as características sexuais primárias (glândulas seminais) e também as características sexuais secundárias (morfológicas e comportamentais). no decorrer desse tempo. (GURTLER. Ele foi domesticado há mais de 130 mil anos. (GURTLER. também chamado de cachorro. Antes da puberdade o cão tem baixa concentração de espermatozóides com numerosas anomalias. Machos e fêmeas também se diferenciam pelo desenvolvimento do corpo e pelo comportamento.( LANNA. favorável para o parto. seguida pelo desenvolvimento de um corpo lúteo funcional (MIALOT. é o momento em que ocorre a primeira ovulação com manifestação estral. tem temperamento calmo. Na maturidade sexual os machos desenvolvem um odor sexual (ferormônio). não somente entre raças. formado nas glândulas cutâneas na maioria das espécies. O instinto de acasalamento aparece apenas no cio. 2008) No cão. Os estrógenos fazem com que a trompa. O LH estimula a síntese de testosterona (que faz com que as glândulas sexuais acessórias entrem em funcionalidade) pelas células intersticiais. As fêmeas possuem a bacia maior. 2004). De uma maneira mais específica. o FSH estimula o crescimento dos túbulos seminíferos e a maturação dos espermatozóides. 1987). a puberdade é caracterizada pelo aparecimento dos primeiros espermatozóides nas vias genitais. e atua no crescimento da glândula mamária.2 PUBERDADE Puberdade tem sido definida como um processo pelo qual uma fêmea tornase capaz de reproduzir. a puberdade nas fêmeas. (MIALOT. Na cadela ocorre de 6-12 meses de idade. que produzem estrógenos sob influência do LH. a puberdade ocorre entre 7 á 10 meses. (GURTLER.terciários. Nos machos.1988). O inicio da puberdade envolve aumento na síntese e liberação do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) pelo hipotálamo. percebido . mas também em indivíduos da mesma raça. 1988). por causa da testosterona. orientando a secreção de gonadotrofinas (CUNNINGHAM. e após o parto aparece um instinto de proteção. apresentam esqueleto e músculos desenvolvidos. são fortes e lideram manadas. O primeiro proestro pode ocorrer entre seis á treze meses de idade. elas atingem 75% do seu tamanho adulto. nesta época. impulso sexual sempre presente (maior no verão). É normal que cadelas de grande porte apresentem o primeiro ciclo estral após 18 á 24 meses. útero e vagina aumentem seu volume. Os machos. A idade da puberdade em cadelas é muito variável. (GURTLER. 1987) 2. se manifesta no fim do período de crescimento rápido dos testículos. 2.. (GURTLER. A cadela é monocíclica e sua fase luteínica é semelhante em indivíduos gestantes e não gestantes. que dura aproximadamente 3 meses.4 PROESTRO (maturação folicular) . (LANNA. O ciclo estral na cadela é consideravelmente mais longo do que na maioria dos outros animais domésticos (OKKENS. evidenciando pouca ou nenhuma influência da sazonalidade ou fotoperíodo sobre o ciclo ovariano. apresentando além disso. Depois de cada ciclo estral. Inicio da maturidade sexual do cão: 7-11 meses (GURTLER. O Proestro e o Estro são também chamadas de fases estrogênicas ou Proliferativas. 2. período de vários meses de quiescência (anestro) até o novo ciclo (OLIVEIRA. estro . 2003). em ciclos com ou sem gestação.2003). O ciclo estral na cadela consiste de 4 fases distintas. As fases de Metaestro chamados de fase progesterônicas ou Secretoras. Ainda no macho. 2008). que varia de duração. diestro e anestro. estudos dizem que cerca de um mês após este sinal o cão começa a gerar espermatozóides. 1987). 2003).3 CICLO ESTRAL O ciclo estral do cão doméstico (Canis familiaris) possui características distintas das outras espécies.pelos animais de mesma espécie. O tempo de intervalo inter estral de uma só cadela pode ser regular ou pode sofrer variações (BUTINAR et al. Cadelas apresentam estro durante todo o ano. o pró estro. 1987). A cadela apresenta geralmente ciclo monoestral. um sinal de que atingiram a puberdade é o levantar da pata para urinar. 2006). caracterizado por lenta mudança entre as fases do ciclo e um longo período variável de anestro fisiológico. No cão a puberdade tende a acontecer mais cedo em animais de pequeno porte em relação aos grandes (PINEDA. não sazonal. O intervalo entre o inicio de um ciclo estral para o outro normalmente é de 7 meses mas tem variação de 4 á 12 meses. entra a fase de anestro. No cio verdadeiro. mas não ovula (CRUSCO. Porém o estro é o período em que a fêmea permite a cópula. Pode também haver casos raros. o desenvolvimento do corpo lúteo e a proliferação do endométrio (MIALOT. variando de 3 á 21 dias. A duração do proesto varia de 3 á 17 dias . Tem sido observado que a cadela começa a exibir os sinais do estro. Estas alterações são causadas pelo aumento da concentração de estrógeno nesta fase (OLIVEIRA. 1988). em que a cadela entra no cio. Em algumas cadelas. 1998). 2. apud CHRISTIANSEN (1984). Este período tem uma duração média de 9 dias.. 2003). 2003). o endométrio espessado e há aumento na atividade glandular e no crescimento dos ductos e túbulos da glândula mamária. este influencia a formação de quantidades crescentes de estrógenos. 2003). que só chegam à ovulação no final do cio. (GURTLER.5 ESTRO (cio) A cadela apresenta duas fases no cio: a fase de preparação (4-6 dias) e o cio verdadeiro (6-10 dias). Definido como o período em que a cadela se torna sexualmente atrativa para os machos. quando a concentração de estrógeno circulante começa a declinar e a progesterona sérica aumenta (OLIVEIRA. Durante o estro a vulva começa a diminuir e suavizar e o corrimento vaginal geralmente diminui (BUTINAR et al. assim. ocorre amadurecimento de vários folículos. com a fêmea em condições reprodutivas normais. .. mas ela rejeita a cópula. 1987) A fêmea apresenta a vulva edemaciada e hipertrofiada. tornam-se agressivas. ocorrendo superfecundação (superfecundatio) (GURTLER. criadas próximas do proprietário e sem contato com outros cães. É neste período em que ocorre a ovulação.. Em cadelas que vivem livres. 2003). em média dura 9 dias (BUTINAR et al. 1987). não aceitando o macho. geralmente ocorre fecundações por vários machos. a cérvice dilatada. já se registrou duração de 27 dias. que desencadeiam o estro e promove um crescimento das glândulas uterinas e aumento do diâmetro do útero (fase proliferativa). Segundo BENETTI et al.Ocorre a maturação de um ou mais folículos no ovário sob influência do FSH e LH. somente o acasalamento neste período leva à fecundação. 2. É marcado pelo fim do cio. (2004). 2003). 1996).. tendo duração de 80-155 dias (CHRISTIANSEN. que torna a hipófise mais sensível. e persiste até que o endométrio se regenere completamente. a qual varia segundo raça.. a prostaglandina F2α. tem papel importante. a cadela não é mais receptiva ao macho (OLIVEIRA et al. ou seja. também aumenta a resposta ovariana às gonadotrofinas e a concentração de LH perto do fim do anestro. O diestro é dominado pela progesterona (OLIVEIRA. os ovários e a hipófise encontram-se ativos. Ocorre a formação do corpo lúteo após a ovulação. 2003)..7 ANESTRO Neste período o útero encontra-se em processo de involução após os efeitos de uma gestação ou pseudogestação (OLIVEIRA et al. a duração e regulação da fase lútea é a mesma na cadela prenha e na não prenha. Ocorre entre o final do diestro ou prenhez até o início do próximo próestro. A completa involução do útero ocorre os 120 dias quando não há gestação. participando na redução do suprimento sanguíneo para o ovário que contém o corpo lúteo e na redução da síntese de progesterona (GURTLER. 2003). época do ano e outros fenômenos (FELDMAN & NELSON. resultando em nova maturação folicular. Se não ocorrer fecundação. 2003). sendo importante para o começo de uma nova fase folicular (BUTINAR et al. e aos 140 dias quando houver gestação (OLIVEIRA et al. que acaba funcionando como uma glândula hormonal. . 2. e tem duração semelhante para cadelas gestantes e não gestantes (OLIVEIRA. 1984). idade. 2003). 1987). o hipotálamo secreta quantidades crescentes de GnRH. Ocorre então um aumento da formação de luliberina e síntese de FSH. tendo duração média de quatro meses e meio. De acordo com BUTINAR et al. saúde. Mesmo sendo um estágio inativo do ciclo estral.6 DIESTRO O diestro inicia-se após a última receptividade ao macho. Na atrofia do corpo lúteo. 2003). o corpo lúteo se atrofia a partir do décimo dia após a ovulação.. daí para o final do estro Primeir o estro após o parto Poucos meses (um período de metestro de 2 – 31⁄2 meses seguido de um período de anestro altament e variável) Observações Cão Monoéstr ico não sazonal Sangrame nto do proestro por 7 – 10 dias. Ovulação geralment e 1 – 3 dias após a primeira aceitação. A pseudopre nhez geralment e termina entre 60 e 70 dias .Características do Ciclo Reprodutivo Espécie Idade na Puberdade 5 – 24 meses. Mais tarde nas raças maiores Tipo do ciclo Duração do ciclo 31⁄2 – 13 meses Duração do estro 2 – 21 dias (média de 6-12) Melhor época do acasalamento A partir do segundo dia de estro e em dias alternados. Mais cedo nas raças pequenas. Óvulos eliminados antes de se expulsar o 1º corpúsculo polar. O próprio sistema reprodutivo está integrado na parte final do sistema urinário. Os canais espermáticos dos testículos do macho transportam o esperma até à uretra.3 SISTEMA URINÁRIO E GENITAL Os sistemas urinário e reprodutivo do cão estão relacionados tal como os dos restantes mamíferos. onde a uretra descarrega. da vulva. Dois rins retiram do sangue substâncias indesejadas ou potencialmente tóxicas. a vagina conduz até à vulva. . Os resíduos clarificados passam para a bexiga. nas cadelas. Na fêmea. Uma única uretra faz sair a urina através do pênis ou. 0 dias. O exame dos fluidos vaginais através de um microscópio indica quando uma cadela ovulou. seguida de um período de 15 dias de descanso reprodutivo (anaestro) até à fase seguinte. Durante o cio. Contudo. é mais produtivo durante os ciclos seguintes. no 10. ou hipófise. geralmente. nesta fase inicial da vida. Cerca de 12 dias antes do cio.0 e 12. a maior parte dos criadores acasala as cadelas duas vezes. esta descarga para e os ovários libertam óvulos nas trompas de Falópio. geralmente. mas este padrão pode variar entre indivíduos. Apenas nessa altura ela escolhe um parceiro. a gravidez daí resultante durará cerca de 63 dias. a fêmea terá uma gravidez hormonal (metestro) que durará oito semanas. as células sexuais são produzidas em massa nos testículos. por isso. .0 e 13. mesmo que não haja acasalamento. No entanto. e durante cinco dias. O macho é atraído pelo odor hormonal das fêmeas sexualmente ativas. isto por vezes conduz a ninhadas pequenas e maus cuidados maternais. Se o acasalamento acontecer. tem dois ciclos de atividade hormonal reprodutiva (cio) por ano. A partir da puberdade. a vulva incha e produz uma descarga.1 QUANDO ACASALAR A cadela torna-se sexualmente madura aos 10 meses de idade e acasala voluntariamente durante o primeiro cio. A fêmea.4 INFLUÊNCIAS HORMONAIS O macho está sempre sexualmente ativo e acasala sempre que pode. ainda não atingiu maturidade emocional e psicológica. 4. o que estimula a glândula pituitária. na base do cérebro a informar os testículos que produzam mais testosterona e esperma. mas a monitorização dos níveis hormonais do sangue é mais eficaz. O acasalamento.0 ou 11. A maior parte das cadelas ovula entre 10 e 12 dias depois do início do ciclo. os ovários ou testículos e o pâncreas. tiróide. por sua vez. O sistema endócrino é controlado pela glândula pituitária – uma glândula "principal" situada na base do cérebro. paratiróide. Esta. e supra-renais. As hormonas produzidas por estas glândulas são descarregadas na corrente sanguínea e actuam noutras partes do corpo.são responsáveis pela gestão e manutenção das funções do corpo do cão em resposta a alterações internas e externas.os mensageiros químicos do corpo . está sob o controlo de uma parte do corpo .2 RESPOSTAS HORMONAIS As hormonas . A maior parte das hormonas é produzida pelas principais glândulas endócrinas: pituitária (ou hipófise).4. uma imagem. No sistema endócrino. o termóstato liga a caldeira. Quando a temperatura sobe acima de certo ponto.produtora de químicos chamada hipotálamo. Feedback hormonal Os níveis hormonais são mantidos e ajustados pelo "feedback negativo". . se a temperatura desce abaixo de certo ponto. estimulando-as a produzir certo número de novas hormonas que atuam nos órgãos e nos músculos para fornecer uma resposta. Esta hormona viaja pela corrente sanguínea até outras glândulas. Este atua de forma semelhante à de um termóstato e um sistema de caldeira de aquecimento: o termóstato gere a temperatura do ar. um som ou um odor podem estimular a produção de uma hormona pela glândula pituitária atualmente também conhecida por hipófise. o termóstato desliga a caldeira. Esta forma de controlo recíproco ocorre constantemente para gerir e controlar as reações do corpo. . As hormonas produzidas pela pituitária estimulam as glândulas supra-renal e tiróide e regulam o crescimento. a medula produz adrenalina. 4.3 GLÂNDULA PITUITÁRIA (HIPÓFISE) A glândula pituitária produz uma variedade de hormonas que controlam diversas glândulas endócrinas e influenciam uma variedade de processos fisiológicos no corpo. a produção de pigmentos da pele. a produção de óvulos e esperma.4 SECREÇÕES SUPRA-RENAIS A parte central das glândulas supra-renaisa medula supra-renal. 4.As novas hormonas também viajam na corrente sanguínea até à pituitária e diminuem a produção da hormona estimulante original.está primeiramente sob o controlo do sistema nervoso. a concentração de urina. Quando um cão está nervoso ou sexualmente excitado. as contracções uterinas e a libertação de leite. a criação de hormonas sexuais. corpo e glande. 2011). 1975). Na parte caudal há dois corpos cavernosos e na parte cranial o osso do pênis. externos. apud SISSON & GROSSMAN. Nos animais castrados. A glande é uma estrutura que se estende por todo o osso do pênis (SISSON & GROSSMAN. e então é introduzida na fêmea pelo pênis. Epidídimo. Neste processo o bulbo da glande aumenta de tal forma que o macho não consegue retirar o pênis da vagina da fêmea. Hart (1970. A formação de gametas ocorre nos testículos e são armazanados no epidídimo. que do epidídimo vão ao ducto deferente que entra na uretra (SCHOENAU. o epitélio está distendido e as veias superficiais proeminentes. A liberação ocorre no acasalamento. As secreções das glândulas sexuais acessórias se juntam aos espermatozóides formando o sêmen. Quando o pênis está completamente ereto. Os órgãos masculinos podem se dividir em: órgãos reprodutores internos e órgãos de acasalamento. Inserido no testículo encontramos o epidídimo que estoca e transporta os espermatozóides. 5.1 PÊNIS O pênis dos caninos é composto por raiz. permanecendo “ligados” de cinco minutos à uma hora. . 1987). A ereção inicia com um ingurgitamento do bulbo da glande e uma extensão do processo uretral.5 ANATOMIA DOS ÓRGÃOS REPRODUTORES MASCULINOS Constitui-se de: Testículos. 1975). Em seguida o colo da glande começa a ingurgitar e o ingurgitamento continua nos espaços cavernosos. Os testículos estão dentro do escroto. as glândulas sexuais acessórias são atrofiadas (GURTLER. onde uma parte do esperma é liberada e misturada à secreção das glândulas sexuais acessórias (no cão. Glândulas sexuais acessórias e pênis. Ducto deferente. apenas a próstata). 1987). 1987). os testículos não descem para a bolsa escrotal (descenso). protetora e suporte das células espermatogênicas. que possuem função nutritiva. etc. 1987). os testículos de cães domésticos correspondem a 0. A função é do epidídimo na maturação e armazenamento de espermatozóides testosterona-dependente (GURTLER. mas só vão maturar e dividir com o início da maturidade sexual e influência de FSH.3 GLÂNDULAS SEXUAIS ACESSÓRIAS Assumem sua função no inicio da maturidade sexual. Armazenam a secreção e . que atua nas glândulas acessórias estimulando a produção de substâncias (glicose. (GURTLER. que se dividem novamente e formam os espermatócitos II. destes formam-se as espermátides. e estas finalmente se transformam em espermatozóides. e ficam na cavidade abdominal ou no canal inguinal (criptorquidia abdominal ou inguinal) (GURTLER.5. e vitamina A. Mn (Manganês) e I (iodo). De acordo com SETCHELL (2006). Quando existe uma secreção baixa de FSH e ICSH (hormônio estimulante da célula intesticial). as células imediatamente próximas à membrana basal (espermatogônias) dividem-se e formam os espermatócitos I.2 TESTÍCULOS Sua função consiste na formação de espermatozóides e secreção de testosterona. 1987). formando secreções com importância na nutrição dos espermatozóides. além da função fagocítica. Nos túbulos seminíferos.) importantes para a locomoção dos espermatozóides e para o tamponamento do esperma (GURTLER.13% do peso do corpo. Entre as espermatogônias localizam-se as células de Sertoli. As espermatogônias são desenvolvidas no embrião. frutose. 5. A formação de espermatozóides depende de alto teor de proteínas. (GURTLER. e entre eles ocorre a formação de testosterona pelas células de Leydig. 1987). A formação dos espermatozóides acontece nos túbulos seminíferos. (GURTLER.Glândulas bulbo-uretrais – ausentes no cão. lipídios e hexoses. aproximadamente 97% do volume . 2. 1987). na qual desemboca. Sua formação acontece nos túbulos seminíferos ininterruptamente. 1987). no cão ocorre frequentemente uma hipertrofia em idade avançada. 1987). Sua secreção também contém substancias protéicas. Os espermatozóides amadurecidos vão para o epidídimo (onde são armazenados) passando pela rete testis e ductos eferentes. (GURTLER. Percorrem cerca de 2 a 4 mm por minuto. 5. o epidídimo se contrai e leva espermatozóides para o ducto deferente e depois para a uretra. são liberados espermatozóides do epidídimo que são misturados às secreções da próstata (no cão). A movimentação dos espermatozóides é importante para atingir a célula ovo nos órgãos sexuais femininos. A quantidade do ejaculado e densidade espermática depende principalmente da freqüência de acasalamento e alimentação. na medula lombar. 1987).liberam-na na ejaculação através da contração muscular lisa. 1987). cujo aumento no soro é importante para diagnosticar tumores prostáticos (GURTLER. Maior desenvolvimento apresentado nos carnívoros. Glândulas sexuais acessórias (no cão. É rica em fosfatase acida. A coordenação desses processos é feita pelo centro genitoespinal.Próstata – situada sobre o colo vesical e na porção inicial da uretra.4 ESPERMA Na ejaculação. Os não ejaculados morrem após 3 meses na cauda do epidídimo sendo eliminados através dos espermatófagos. O sêmen é expelido pelo relaxamento do músculo esfíncter uretral e por contrações do músculo bulbocavernoso. 1. apenas a próstata). 3. (GURTLER. (GURTLER.Vesículas seminais – ausente no cão. que impede o esvaziamento da bexiga. O transporte é facilitado por contrações ondulares do útero. 1987). aonde chegam também as secreções das glândulas acessórias. (GURTLER. Em animais castrados são rudimentares. O macho ejacula um grande volume mas com baixa concentração de espermatozóide. Na ejaculação. 1987). 1998) Quantidade do ejaculado no cão = 6 ml (2-10) (GURTLER. nenhuma produção (CRUSCO. Oligospermia e Azoospermia: o primeiro caso significa produção insuficiente de espermatozóides e o segundo. 1998). acima de 70% de motilidade e menos de 20% de defeitos totais. Densidade do esperma no cão = 60-300 mil espermatozóides por mm³ (GURTLER. . (CRUSCO. Cão fértil: o normal é ter uma concentração mínima de 250 milhões de espermatozóides vivos e viáveis. a única glândula sexual acessória dos cães (PINEDA 2003).do ejaculado é constituído pela secreção da Próstata. 1987). Vagina. os óvulos.formação de hormônios do cio (estrógenos) C. e também protegem e nutrem o embrião. O ovário ainda produz o 17β-estradiol.1 OVÁRIO Os ovários são as glândulas reprodutivas que produzem os óvulos. corpo lúteo: a) Hormônio Folículo-Estimulante (FSH) – promove o desenvolvimento do folículo. 2011). que controla a liberação de FSH e LH através do hipotálamo. Vestíbulo e Vulva (SCHOENAU. 2004). corpo e cérvix). Tubas Uterinas. b) Hormônio Luteinizante (LH) – leva a ovulação. e na gestação aumenta a massa muscular uterina e espessamento da mucosa vaginal (BENETTI et al.. 2011). o ovário tem ação no desenvolvimento Participam na das maturação características do folículo e sexuais formação do secundarias. 6. Com a fecundação. que liberados desses entram nas tubas uterinas onde amadurecem e são fertilizados.6 ANATOMIA DOS ÓRGÃOS REPRODUTORES FEMININOS Os órgãos genitais da fêmea produzem as células germinativas femininas.formação dos corpos lúteos (produção de progesterona) Com ajuda dos estrógenos e da progesterona. prolactina) – estimula o desenvolvimento do corpo lúteo. Útero (cornos. Os órgãos femininos responsáveis pela reprodução são: Ovários. A.2 ÚTERO . o embrião é levado ao útero para proteção e nutrição (SCHOENAU.formação de ovócitos maduros B. 6. c) Hormônio luteotrópico (LTH. promove formação de estrógenos e estimula desenvolvimento do corpo lúteo. . e preparar o útero para a gestação. como a prostaglandina F2α (PGF2α). 6. (DYCE. 2004).4 OVULAÇÃO Receptores do hormônio LH desenvolvem-se na granulosa. podendo ocorrer entre 24 a 72 horas após a onda de LH. K.O útero é constituído de um corpo muito curto. além de transformar as células secretoras de estrógeno em secretoras de progesterona. no qual divergem dois cornos longos e finos. antes de penetrar além do arco isquiático e unir-se ao vestíbulo. 6. 2004). com a função de levar a mucosa uterina para a fase proliferativa. estas e outras desconhecidas rompem a teca (CUNNINGHAM. forma-se o corpo lúteo no lugar do folículo maduro. além de impedir a maturação de . Outra função deste pico é fazer a granulosa produzir substâncias. 2003). Corpo lúteo: Após a ovulação.3 VAGINA. entre o segundo ou terceiro dia do estro. 2004). No corpo lúteo é formada a progesterona (que no cão também é produzida em pouca quantidade durante a onda pré-ovulatória de LH. De acordo com GURTLER (1987). a ovulação ocorre cerca de 10 horas após o desaparecimento dos sintomas do cio. possibilitando um pico pré-ovulatório de LH que provoca a ovulação à partir de alterações críticas no folículo e resultando na liberação do ovócito. A cérvix também é muito curta. Alguns autores divergem do momento da ovulação. ou de 24 a 48 horas após a aceitação do macho pela fêmea (OLIVEIRA et al.M. O estrógeno é usado pelos folículos para estimular o desenvolvimento da granulosa e sinalizar o hipotálamo e hipófise anterior quanto à maturidade dos folículos para a ovulação (CUNNINGHAM. sendo importante para a receptividade sexual). VESTÍBULO E VULVA A vagina é muito longa e estende-se horizontalmente através da pelve. et al. 1987). . O LH é importante para a manutenção do corpo lúteo (CUNNINGHAM. 2004).novos folículos durante a prenhez (GURTLER. fica de costas para ela. Logo após.1 FECUNDAÇÃO . o macho lambe rapidamente a vulva da cadela antes de montá-la. o cão desmonta e. Antes da monta. Isto porque a cópula deve ser feita de maneira que os espermatozóides estejam no trato reprodutivo da fêmea perto ou próximo da ovulação.7 CÓPULA As cadelas exercem atração sobre os machos por aproximadamente 9 dias. erguendo uma pata sobre a cadela. ocorre o ingurgitamento do bulbo da glande. O cão efetua a penetração sem ereção. e os animais permanecem com os quartos posteriores em contato. preso pelo bulbo ingurgitado. que é acompanhado de fortes movimentos de estocada. segunda fração é ejaculada imediatamente após terem cessados os movimentos impetuosos. resultando na ejaculação de líquido prostático. com a cauda deslocada lateralmente. enquanto estão no proestro. em alguns casos. enquanto a terceira fração é ejaculada nesse estágio (GOMES. e na cadela é importante a exposição ao estrógeno seguida da progesterona. a cadela geralmente se mantém firmemente apoiada. A primeira fração do sêmen é ejaculada enquanto o pênis está parcialmente ereto. 7. Terminada a movimentação pélvica. Uma vez que o pênis se encontre no interior da vagina. O acasalamento ocorre quando a cadela está no cio. o macho desmonta. O sinergismo entre hormônios é importante para a receptividade. expondo a vulva. 2010). a causa mais comum de falha na concepção é o acasalamento no momento errado (GOODMAN 2001). Embora a maioria dos cães acasale em momento favorável. o que torna a separação difícil. a cadela e o macho podem se movimentar juntos para um lado e para o outro. devido à presença do osso peniano. o macho pode apresentar um procedimento de corte relativamente prolongado. mas geralmente apenas lambe rapidamente a vulva da cadela antes de montá-la. porque o estrógeno torna a fêmea atrativa. Em resposta. a receptividade é controlada pelo estrógeno e GnRH na fêmea e pela testosterona no macho. faz um giro. Antes da monta. mas não produz receptividade. 2010). passando um dos membros posteriores sobre a cadela. (INTERVET. Este “aprisionamento” pode durar de 5 a 60 minutos (média de 20 minutos) e. durante este período. 2004). os espermatozóides esperam que o ovócito se torne maduro no oviduto antes de ocorrer a fecundação (CUNNINGHAM. além da variação associada ao tamanho da ninhada: cadelas com quatro filhotes ou menos apresentam gestação signifi cativamente mais longa do que aquelas que têm cinco filhotes ou mais (Eilts et al. 7. A presença de estrógeno durante a gestação contribui para a síntese de receptores intracelulares para progesterona e promove o desenvolvimento das glândulas mamárias. transportando o esperma para as porções superiores da trompa. ele precisa passar por uma primeira divisão meiótica antes da fertilização. que na cadela não ocorre antes da ovulação.. tende a ser uma estimativa mais correta (Linde-Forsberg e Eneroth 2000). manutenção da placenta. secreção de fluidos uterinos. há necessidade de altas concentrações de progesterona (P4) (Luz ET al. pelo menos em parte. e a progesterona na cadela é produzida exclusivamente pelos corpos lúteos (CLs) (Concannon et al. 1989).. uma média de 56 a 72 dias.2 GESTAÇÃO Considera-se o período gestacional da cadela de 63 dias. 2003). . Esta grande variação se deve. Apesar disso. até a data estimada do parto. e o FSH estimula o aumento de estrógeno (OLIVEIRA. desde a primeira cobertura. Entretanto. 1987). No útero e na trompa ocorre a maturação completa dos espermatozóides para a capacidade de fecundação (capacitação) (GURTLER... 2004). inibição da motilidade uterina e eliminação da resposta leucocitária no interior do útero (OLIVEIRA.O esperma no cão é depositado diretamente no útero (CUNNINGHAM. em forma de ondas. pois ela é responsável pelo desenvolvimento das glândulas endometriais. Para o desenvolvimento da gestação. Para o ovócito poder ser fecundado. assim. 2005). 1989). a duração da gestação é notadamente constante. à longevidade do espermatozóide do cão (Concannon et al. Também existe alguma variação entre raças. 2006b). após a cobertura. ficando na marca dos 65±1 dias após o pico de LH. Sendo que a implantação ocorre 18 dias após o mesmo. 2003). No útero ocorrem contrações (estimuladas pela ocitocina) que partem da cérvix. crescimento endometrial. denominada pseudociese fisiológica.. gestação psicológica ou lactação nervosa. Cadelas não-gestantes podem fazer ninhos. 1975). 2003).. 2006b). 2001c). ocorre em associação com níveis aumentados de prolactina.3 PSEUDOGESTAÇÃO Em caninos. seis a quatorze semanas após o estro. peri e pós-parto (Gobello et al. Jöchle. Concannon Para et al. há necessidade de altas concentrações de progesterona (P4) (Luz ET al. normalmente os CLs são capazes de manter altas concentrações de P4 por pelo menos 50 a 60 dias após o pico pré-ovulatório de LH (Nett et al. entretanto. 7.. no fim do diestro.. Gobello da et al. (CUNNINGHAM. é denominada pseudociese clínica ou manifesta. 1989). que na cadela são produzidas exclusivamente pelos corpos lúteos (CLs) (Concannon et al. pode ser definida como uma síndrome observada em cadelas não gestantes.. 2004). ocorre morte embrionária ou fetal e abortamento (Luz. a regressão espontânea do CL. Quando acompanhada de sintomas e alterações físicas semelhantes aos que ocorrem em cadelas prenhes. falsa prenhez. Não é detectada em cadelas com pseudogestação (OLIVEIRA. produzir leite e cuidar de objetos durante esta época. A relaxina é essencialmente produzida pela placenta na espécie canina. 2004). A pseudogestação é uma condição apresentada por toda cadela não prenha. 2001a). A pseudogestação clínica ou manifesta ou pseudoprenhez. Caso os CLs não sejam capazes de manter adequadas concentrações de P4. Para o desenvolvimento da gestação. fenômeno conhecido como hipoluteoidismo.. dos 1997. falsa gestação. 1975. provocando a pseudogestação clínica.. Muitos autores.A relaxina é hormônio que induz a alterações necessárias para a manutenção da gestação e preparação ao parto. 1977. . o melhor compreensão mecanismos pseudociese. definem a pseudogestação como uma condição fisiológica apresentada pela cadela não castrada e neste caso denominada pseudogestação fisiológica (Edqvist et al. Tanto em cadelas gestantes como no diestro não gestacional. caracterizada por sinais clínicos e mimetização dos comportamentos pré. Essa fase é caracterizada pelo predomínio de progesterona. produzida a partir do corpo lúteo (Feldman and Nelson. 1996). Como os níveis de progesterona são praticamente os mesmos na cadela não gestante e gestante. enfocando-se principalmente a fase lútea ou de diestro.conhecimento sobre a fisiologia do ciclo estral da cadela é imperativo. O desenvolvimento do útero é similar ao de uma cadela gestante. maior na cadela gestante. Parece estar relacionada com a extrema sensibilidade do endométrio e glândula mamaria à progesterona em sinergia com outros hormônios como a prolactina. porém não há nenhum embrião presente (PINEDA. . 2003). é um método de diferenciar uma cadela gestante de não gestante (PINEDA. 2003). a determinação de concentração de relaxina. diidro-15-ceto-prostaglandina-F2_) no período préparto de cadelas indicam a síntese e liberação de PGF2_ pelo útero de cadelas gestantes. 1977). 2001).. a distensão mecânica por eles provocada desencadeia o reflexo de Ferguson. b) 2º Estágio: a expulsão fetal se dá neste estágio do parto. observa-se declínio das concentrações plasmáticas de P4 e aumento de estrógenos. . quando a cérvix está completamente dilatada. Fatores maternos e fetais contribuem para o desencadeamento do parto. É interessante salientar que se observa declínio da temperatura corpórea de 0. À medida que os fetos se insinuam no canal do parto.. 1988. sem comprometimento para os fetos (Johnston et al. formando juntamente com a vagina um único canal. Assim. sem comprometimento fetal (Johnston et al. promove-se maior força de contração para a expulsão fetal.5 a 1. 2003). aumenta a freqüência e a força de contração do útero.8 PARTO O súbito declínio na concentração de progesterona é necessário para um parto normal. este declínio ocorre provavelmente em associação com a maturação hipófise-adrenal do feto (PINEDA. As prostaglandinas estimulam as contrações uterinas diretamente ou podem ocasionar a liberação de ocitocina que. O primeiro estágio do parto dura em média seis a 12 horas. possivelmente em resposta ao aumento de cortisol fetal (Concannon et al. Nos dias antecedentes ao parto. o canal do parto. Conseqüentemente. 2001).. podendo se extender por até 36 horas em cadelas primíparas e nervosas. 2006a). podendo chegar até 24 horas.. o aumento do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) leva à subseqüente liberação de cortisol fetal.. O segundo estágio do parto dura em média seis horas.Altas concentrações do metabólito PGFM (13.14. há aumento das concentrações de prolactina em cadelas.0°C nas 12 a 24 horas antecedentes ao parto (Concannon et al. que pode ser dividido em três estágios: a) 1º Estágio: com a maturação fetal ao final da gestação. possivelmente como reflexo ao declínio de P4. fenômeno que se caracteriza pela liberação reflexa de ocitocina. por sua vez. Luz et al. c) 3o Estágio: é caracterizado pela expulsão das placentas. como as cadelas. levando até 12 semanas na cadela. o parto normal (eutócico) pode se completar de seis a 48 horas em cadelas (Johnston ET al. A involução uterina (puerpério) se processa lentamente.. 2001). Assim sendo. 2001). até que ocorra a expulsão do último feto. o 2º e o 3º estágios do parto se intercalam. . normalmente deve ocorrer a expulsão placentária alguns minutos após a saída do feto. mas o ideal é que não seja superior a duas horas (Johnston et al. A involução se da principalmente pela diminuição da irrigação sanguínea do útero (que é desviada para a glândula mamária) e pela atuação da Prostaglandina F2α (GURTLER. Em fêmeas multíparas. Não existe um intervalo constante entre o nascimento dos filhotes. 1987). De uma maneira geral.. Online. Disponível na Internet: http://www. e o intervalo entre ciclos varia entre 5 e 11 meses. podendo ocorrer a pseudogestação.9 CONSIDERAÇÕES FINAIS A puberdade. S. Capturado em 24 mai. O ciclo estral está dividido em pro-estro.. No cão. 17β-estradiol e cortisol durante o final do proestro. n. Para a receptividade sexual é necessário o aparecimento de estrógeno e de progesterona. Online. E. Capturado em 24 mai. 2003. o segundo estágio é a expulsão fetal e no terceiro estágio ocorre expulsão das placentas. MUJAGIC E. ocorre normalmente entre 6 á 12 meses de idade nas cadelas. Santa Maria. diestro (ou metaestro) e anestro. que produzem hormônios responsáveis pelas mudanças fisiológicas no ciclo reprodutivo. The oestrus cycle in the bitch: A review article. et al.34. et al. REFERÊNCIAS BENETTI.htm CRUSCO.H. CRUSCO. 2011. S. BUTINAR J. Infertilidade no macho. 2011.br/cao/index2. v. A atividade das gônadas está sob comando do hipotálamo e da hipófise anterior. que é um fenômeno fisiológico. A cadela é monoéstrica não sazonal. A progesterona durante a gestação é de origem apenas do corpo lúteo e a prolactina também é responsável pela manutenção do corpo lúteo.. GALAC S. Infertilidade na fêmea. 2004. E.asp?menu=reproducao2. Disponível na Internet: .webanimal. a puberdade é caracterizada pelo aparecimento dos primeiros espermatozóides nas vias genitais e ocorre entre 7 e 11 meses. Ciência Rural. estro. p.2. estro e diestro gestacional em cadelas.com.471-478. O parto é dividido em três estágios. momento em que ocorre a primeira ovulação. Concentrações séricas de progesterona. A duração do ciclo é semelhante em cadelas gestantes e não gestantes. A. o primeiro estágio é um período preparatório. : Elsevier. 2008. A.. 813 p GOMES. Vasculature. SCHOENAU S. Online.P. Santa Maria. McDonald’s veterinary endocrinology and reproduction.. s.16. 2003.br/cao/index2.D. Endocrinologia reprodutiva e controle da fertilidade da cadela. 42 (1996) 275-288 INTERVET .br/portal/view/uploads/setores/167/obstetricia/C%C3%A3es%20e%20gatos. Archieves of Veterinary Science. p1-12.asp?menu=reproducao3. E. s. OKKENS.abspecplan. Online.A. et al. In: NEILL. Knobil and Neill’s Physiology of Reproduction. 1996.S et al. ET al.1988. et al. 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