Sistema Musical Grego

March 18, 2018 | Author: João Escobar | Category: String Instruments, Pop Culture, Harmony, Interval (Music), Pythagoras


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Sistema Musical GregoSistema Musical Grego Trabalho elaborado por: Cláudio Parauta, nº32684 João Escobar, nº 23466 Harmonia. Com base na análise dos pressupostos pretende-se alcanças um breve apreciar deste sistema musical e do seu desenvolvimento através dos elementos para assim deixar uma ideia clara e assumida do mesmo. a Pitagórica e a de Aristóxeno de Tarento. instrumentos dentro deste contexto. “A música é celeste. e fazer o enquadramento dos seguintes termos e elementos. monocórdio ou Kanon. modo e estilo). Intervalo (Aristóxeno de Tarento). de natureza divina e de tal beleza que encanta a alma e a eleva acima da sua condição. ritmo. “mousike”.” -Aristóteles .Sistema Musical Grego Introdução A teoria musical da antiga Grécia era uma ciência que dependia diretamente de duas correntes teóricas. Tropos (maneira. Intervalo (Pitagórico). Tonos. Com base na análise destes dois aspetos iremos abordar as suas características. a terceira corda um intervalo de quinta e a última um intervalo de oitava. havia quatro notas. no qual as terceiras maiores e menor têm mais relevância do que o intervalo de quartas. Na verdade. diferente do nosso sistema harmônico atual. que era uma mistura de música e poesia. ponto de partida para a formação de todos os outros sistemas escalares maiores e mais complexos. o intervalo de quarta será a base do primeiro sistema de notas: o tetracorde. o terceiro de 1 unidade de 1/2 (3:2) e o último de 2 unidades (2:1). realizou uma experiencia com cordas. isto é. As duas notas extremas eram fixas e estavam a uma distância de dois tons e meio uma da outra. tinha o valor de um texto acompanhado de uma melodia. o segundo de 1 unidade de 1/3 (4:3). Intervalos (teoria Aristoxénes de Tarento) Na teoria aristoxénica. Observou que a segunda corda teria produzido um intercalo de quarta perfeita em relação à primeira corda. termo que mais tarde deu origem à palavra ‘música’. Intervalos (Pitagórico) Pitágoras depois de observar que cada martelo usado por um ferreiro produzia um som diferente por causa do peso de cada um. havia um . colocou um peso na ponta de cada um. Ele teria amarrado quatro fios com as mesmas características.Sistema Musical Grego Mousike (Música) Mousike. em especial a poesia lírica. No sistema tetracordal. o primeiro de 1 unidade. esta deriva da palavra Mousa. que para os antigos gregos designava as faculdades espirituais e intelectuais que hoje nós chamamos de ‘arte’ e que estavam sob o domínio das Musas. meio-tom. por exemplo entre as notas dó e fá. o tetracorde pertencia ao género cromático. meio-tom. o hemiólico era aquele no qual o pyknon (onde as notas no tetracorde estavam mais próximas) era formado por um meio-tom mais uma diese. 4/12 de tom e 22/12 de tom. o tetracorde estava no género enarmónico. Se as notas estavam organizadas em tom. Harmonia No decorrer dos estudos efetuados por Aristóxeno de Tarento deparamo-nos com a questão das harmonias gregas. meio-tom. formado por um meio-tom. quarto de tom. ou seja. na teoria aristoxénica. um tom e meio. Se tivéssemos as notas dispostas em um tom e meio. Por fim. formado por meio-tom. nuances ou sombreamentos que eram pequenas variações na organização dos géneros. tom. tom. tom. constituído por meio-tom. Quando as posições dessas notas internas mudavam. que era a proporção chamada hemiólica. três díeses (termo usado na teoria aristoxénica para designar o quarto de tom) enarmónicas e cinco díeses. O género enarmónico tinha apenas uma forma. as harmonias não eram modos como se poderia verificar no canto gregoriano. Além destes três géneros. sendo que. formado por 4/12 de tom. alem disso a teoria harmónica dos nossos dias está . surgiam diferentes gêneros (gene). se as notas estivessem na sequência de dois tons. natural e rigoroso dos géneros). simplesmente de harmonia. O diatónico tinha duas variações: o mole (malakon). e o tenso ou agudo (syntonon). meio-tom. também chamado.Sistema Musical Grego intervalo de quarta entre as duas. 1/2 mais 1/4 = ¾. O cromático podia assumir três formas: o cromático mole. havia também as Khroai. no total eram seis nuances. o cromático tenso (toniaion). então o tetracorde estava no género diatónico (o mais antigo. simples. por fim. quarto de tom. A questão de ser o intervalo de um tom afirma-se tendo em conta que o estudo feito nesta época era na prática discriminado pela execução de instrumentos . tensionar). assim como uma organização particular dos intervalos. este mesmo termo foi mal interpretado ao longo dos tempos pelos teóricos sendo confundido com tonos. assim como nós dizemos hoje em dia. como aparece na expressão hepta-tonos phorminx. altura). colorido. tonos é a escala na qual uma harmonia pode ser colocada ou reproduzida. podia ser um sinônimo de tasis (tensão. deriva de teinō (esticar. Tonos siginifica escala de transposição e não é sinónimo de harmonia. A uma harmonia estava associado também um certo ritmo. modulação. uma harmonia era uma combinação de características. Havia ainda a possibilidade de tonos ser sinónimo de phthongos. intensidade e timbre específicos. ela tinha também altura. Denotamos que na teoria aristoxénica. O primeiro significado do termo harmonia no campo musical foi ‘afinação de um instrumento’. O Sentido de Tonos era o intervalo de um tom. maneira e estilo. É possível ainda que houvesse fórmulas melódicas que se repetiam e identificavam cada harmonia. Na Grécia antiga a hamonia centrava-se na nota central de cada acorde chamada mese.Sistema Musical Grego preocupada com a combinação de notas para a formação de acordes e com a combinação de acordes. Roosevelt (2009). Roosevelt (2009). Tonos podia significar também escala. apenas esta última relação é vista como sinónimo de tonos e de harmonia. Tropos e Tonos Tropos é um termo que representa modo. Tropos podia designar também um certo estilo de composição. a datílica-espondaica (de proporção 1:1). e a crética-peônica (de proporção 3:2). da melodia e do movimento do corpo. Segundo Platão havia três espécies (eidē) de passos. Os ritmos da dança e da melodia deveriam também adaptarse às palavras. e diz que ele se desenvolve através do texto poético. que explica a mudança do significado de palavras como harmonia e tom que. havendo esta possibilidade de confusão ou erro entre o contexto técnico e prático e o teórico. Instrumentos musicais na Grécia antiga Os instrumentos mais comuns e dos quais se possui conhecimento relativamente á época da Grécia antiga são: . a referência mais antiga a uma teoria rítmica é atribuída a Damon de Atenas. Aristóxeno definiu também a unidade de medida. Segundo Aristóxeno. Essas três espécies rítmicas eram: jâmbica-trocaica (onde há a proporção 2:1). ele define ritmo como o arranjo dos tempos. primeiro tempo. Ritmos Numa perspetiva de que tempo é o mais importante fator da música não se daria a teoria completa sem uma abordagem ao ritmo e o seu estudo na Grécia antiga. que é simples e indivisível. dos quais falaremos adiante. estavam ligadas ao ato de tensionar e afinar um instrumento. Esta separação entre prática e teoria na música grega é marcante. que diz que no estado ideal deveriam ser evitados ritmos variados e multiformes e abordados aqueles que fossem virtuosos apenas. como podemos denotar.Sistema Musical Grego musicais como a lira. a princípio. mas as características do mesmo são evidentes e similares. Harpa: Diferencia-se da Lira pelas cordas obliquas e de diferente comprimento. sambyque (arqueada(origem egipcia). era o instrumento de estudo utilizado por Pitágoras para medição de intervalos. phorminx. Para completar havia uma régua (kanōn) que ajudava na medição do comprimento da corda. variando em tensão e espessura. conhecidas são a trignon(triangular). a Lira ou Citara. tamanho idêntico. normalmente executado por mulheres.Sistema Musical Grego Cordofones: Forminx: Instrumento musical que possuía 4 ou 5 cordas. este evoluiu com o passar do tempo e deu origem ao instrumento de cordas por excelência da Grécia antiga. chythara e barbiton. De maneira semelhante ao . Lira/Citara: Vários nomes foram atribuidos a este intrumento. com dedos ou plectro (palheta). nabla (fenícia de 12 cordas) Monocórdio: Instrumento de uma corda só como o nome sugere. número de cordas vaiável. com cordas tocadas de forma solta. Em baixo da corda havia uma espécie de mesa que se deslocava de acordo com o intervalo procurado. estruturado por uma base retangular de madeira sobre o qual uma corda era tencionada em cada extremidade por cavaletes. lyra. e 4 cordas o Hélicon.Sistema Musical Grego experimento das cordas tencionadas com pesos. com orifícios soprado por uma das extremidades. com estrutura semelhante apenas diferindo no numero de cordas dedilhadas. Quando deslocada a 3/4 da corda. Alaúde: origem vinda do monocórdio. sendo que o número de cordas define a sua nomenclatura. Quando a mesa era deslocada para até o meio da corda (1/2). obtinhase o intervalo de quinta. Aerofones No contexto histórico dos instrumentos podemos classificar os instrumentos de sopro. Syrinx Polycalamos ou flauta de pan: Flauta composta por vários tubos sobrepostos de comprimento diferente. E quando deslocada a 2/3 da medida inicial. Salpinx: Trombeta entrusca direita e comprida utilizada em manifestações militares. chamados aerofones: Syrinx Monocalamos: Tubo único. também no monocórdio os intervalos eram identificados através de proporções. . aberto. três cordas a Pandoura. encontrava-se o intervalo de oitava. podia-se ouvir o intervalo de quarta. de modo a se permitir a execução de escalas. assim sendo fechamos este resumo de apreciação dos principais elementos de estudo do “Sistema Musical Grego”. .Sistema Musical Grego Conclusão Com base no nosso estudo. podemos afirmar que a teoria musical grega define o seu sistema. havendo algumas incertezas no seu processo de estudo e de formação. algo que consideramos normal tendo em conta o espaço temporal que segue dos dias de hoje até á antiguidade clássica. Maria José. Revista eletrónica Via Litterae – ISSN 2176-6800.html&bvm=bv.Sistema Musical Grego Bibliografia Borges. José Maria Pedrosa (2008). Roosevelt (2009). “Uma introdução à teoria musical na antiguidade clássica”. Rocha.br%2Fpreco-do-instrumentolira.todosinstrumentosmusicais.google.107763241.pt/search?q=sistema+musical+grego&espv=2&biw=1280&bih=7 11&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0CAYQ_AUoAWoVChMIgqXs65CcyQIViLU aCh2Qvg9r#tbm=isch&tbs=rimg%3ACVy9AyFC22msIjitVUMNCRqNiOBzeMXtGLr9f TKpsBLletT2ErpxINHvJPeBlMwa9Xoyhw8K5ZYyrMf3mzrZ8UppLCoSCa1VQw0JGo2 IETfTBjvcDMXIKhIJ4HN4xe0Yuv0R-jvwGV8eXQqEgl9MqmwEuV61BFGq0BiFEfusioSCfYSunEg0e8kEVPVFTOLmj0KhIJ94GUzBr1ejIRcbw3sDvOBO0qEgmHDwrlljKsxxHVwWH6eLhlOSoSCfebOtnxSmk sEbY2zPMU2T-i&q=sistema%20musical%20grego&imgrc=95s62fFKaSxUJM%3A . Alfragide: Sebenta. https://www.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ca d=rja&uact=8&ved=0CAcQjRxqFQoTCOX8mvHimskCFYwTGgod8MEE8Q&url=htt p%3A%2F%2Fwww.ancient.d.jpg?v=1431035673 https://www.google. História da Música.com.bGQ&psig=AFQjCNHnNsSQnKQCgsCxrr2EohV1Ri BqhQ&ust=1447963574462499 https://www. 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