SÍNTESE_JONATHAN EDWARDS

March 23, 2018 | Author: Lorena Serpa | Category: Jonathan Edwards (Theologian), Belief (Faith), Religion And Belief, Science, Philosophical Science


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SÍNTESE - JONATHAN EDWARDS(Lorena Serpa de S. Ribeiro) Introdução • • Jonathan Edwards, um pastor congregacional que viveu no século XVIII, é hoje considerado pelos historiadores um dos maiores teólogos e pensadores da história dos Estados Unidos. Ele foi não somente um dos instrumentos do primeiro grande reavivamento ocorrido naquele país, mas o maior estudioso e intérprete desse fenômeno. Foi um crítico severo dos desvios, exageros e impropriedades que ocorreram. Suas principais preocupações foi mostrar quais os critérios pelos quais se pode reconhecer a autenticidade de uma experiência religiosa. 1. Contexto Religioso • • • • • Os puritanos (colonizadores) 1629-30 procuraram edificar uma comunidade verdadeiramente cristã e uma igreja composta de pessoas convertidas e consagradas a Deus. A maioria das pessoas pertencia à classe média e quase não havia pobreza. O nível educacional era relativamente alto. Todo esse progresso havia sido alcançado por causa dos valores religiosos e éticos dos puritanos, como o seu amor ao trabalho, sua disciplina de vida, sua rejeição de vícios e a preocupação em serem bons mordomos das bênçãos de Deus. Juntamente com a prosperidade material, ocorreu um declínio no fervor religioso entre as novas gerações. O cristianismo de muitos se tornou meramente nominal; o mundanismo e a apatia espiritual tornaram-se generalizados. Nesse ambiente desanimador, pastores e membros das igrejas oravam por um reavivamento. Grande Despertamento (1720s-40s). 1. Jonathan Edwards • • • • • • Jonathan Edwards nasceu em 1703, sendo filho de um consagrado ministro congregacional Edwards obteve o seu grau de bacharel no Colégio de Yale em 1720, onde continuou seus estudos teológicos e trabalhou como professor assistente por algum tempo. Após um breve pastorado numa igreja presbiteriana de Nova York, em 1726, aos 23 anos de idade, foi auxiliar o seu avô, Salomão Stoddard, o famoso pastor da igreja de Northampton, Massachusetts. No ano seguinte, Jonathan casou-se com Sarah Pierrepont, então com 17 anos de idade, filha de um pastor bem conhecido e bisneta do primeiro prefeito de Nova York. Os historiadores destacam a harmonia, amor e companheirismo que sempre caracterizou a vida do casal. Jonathan e Sarah tiveram 11 filhos, todos os quais chegaram à idade adulta, fato raro naqueles dias. Em 1729, com a morte do seu avô, Jonathan tornou-se o pastor titular da igreja de Northampton, na qual, através de sua poderosa pregação, ocorreu um grande avivamento cinco anos mais tarde (1734-35). O Grande Despertamento tivera os seus primórdios alguns anos entre os presbiterianos e reformados holandeses na Pensilvânia e Nova Jérsei, cresceu com as pregações de Edwards e atingiu o seu apogeu no ano de 1740. Em 1750, após 23 anos de pastorado, Jonathan Edwards foi despedido pela sua igreja, à razão principal sendo a sua insistência em que somente pessoas convertidas deviam participar da Ceia do Senhor. No ano seguinte, Edwards foi para Stockbridge, uma região remota da colônia de Massachusetts, onde trabalhou como pastor e missionário entre os índios. Em 1757, a sua excelência como educador e sua fama como teólogo e filósofo fez com que ele fosse convidado para ser o presidente do Colégio de Nova Jérsei, a futura Universidade de Princeton. Um mês após a sua posse, Edwards faleceu devido a complicações resultantes de uma vacina contra varíola. 1. Jonathan Edwards e o Avivamento • • • • • A maior contribuição de Jonathan Edwards para a igreja evangélica está nos importantes livros que escreveu como teólogo e intérprete do avivamento. Célebre sermão "Pecadores nas mãos de um Deus irado," que ele pregou na cidade de Enfield em 1741. A ênfase maior dos seus escritos e sermões não está na ira de Deus, e sim na sua majestade, glória e graça. Além de muitas conversões e santificação de vidas, o Grande Despertamento também aprofundou uma divisão entre os líderes que eram favoráveis ao avivamento e aqueles que não eram. Após a obra de pregadores sérios e equilibrados com Edwards e Whitefield, surgiram imitadores sensacionalistas que manipulavam emocionalmente as pessoas. O Dr. Lloyd-Jones diz que Edwards lutou em duas frentes: contra os adversários do avivamento e contra os extremistas; contra o perigo de extinguir o Espírito e contra o perigo de deixar-se levar pela carne e ser iludido por Satanás. Edwards propôs a defender o avivamento como obra do Espírito de Deus, ao mesmo tempo em que combateu os excessos e desvios que muitas vezes ocorriam. Foi nesse sentido que ele escreveu vários livros de grande valor, o primeiro deles sendo a Narrativa Fiel da Surpreendente Obra de Deus (1736-37), em que descreveu o recente Despertamento em sua cidade e regiões vizinhas. Alguns anos depois, ele escreveu Alguns Pensamentos sobre o Atual Reavivamento da Religião na Nova Inglaterra (1742). Em 1746, Edwards publicou a sua obra mais amadurecida sobre o assunto, o seu Tratado sobre as Afeições Religiosas (resultou de uma série de sermões sobre 1 Pedro 1:8), no qual argumentou que o cristianismo verdadeiro não se evidencia pela quantidade ou intensidade das emoções religiosas, mas por um coração transformado que ama a Deus e busca o seu prazer. Edwards também escreveu algumas obras em defesa das convicções reformadas acerca da incapacidade moral e espiritual dos seres humanos e sua profunda necessidade da graça transformadora de Deus: A Liberdade da Vontade (1754) e O Pecado Original (1758). 1. A Genuína Experiência Religiosa • • • • • O ponto de partida da sua pregação e da sua teologia foi o Deus soberano, em sua majestade, graça e glória. Esse Deus criou o universo e o ser humano para manifestar a sua grandeza e o seu amor. A majestade e a graça de Deus também se revelam de modo supremo no envio de Cristo para redimir os pecadores. Nenhum avivamento ou experiência religiosa é genuíno se não realçar esse Deus sublime em sua soberania, graça e amor. O critério principal é este: se quem está no centro das atenções é Deus ou o ser humano. Todas as teorias de salvação que dão ênfase às obras humanas ou à capacidade humana só desmerecem a grandeza do amor de Deus revelado a nós em Cristo Jesus e tornado real em nossos corações somente pela iluminação do Espírito Santo. Edwards crê na necessidade de transformação do ser humano. Fé simplesmente racional ou intelectual não basta. É preciso que a pessoa se aproxime de Deus não só com o entendimento, mas com os sentimentos. Cabeça e coração (luz e calor) devem funcionar juntos na vida conduzida pelo Espírito. Edwards advertiu contra dois grandes erros no avivamento. Primeiro, o mero emocionalismo: os avivalistas podem simplesmente excitar as emoções das pessoas e produzir falsas conversões. Emoções intensas não é uma evidência clara acerca de uma experiência religiosa. Edwards delineou cuidadosamente testes bíblicos quanto a uma experiência religiosa genuína; eles incluíam uma ênfase na obra graciosa de Deus, doutrinas consistentes com a revelação bíblica, e uma vida marcada pelos frutos do Espírito. • • • O segundo erro é dar ênfase não a Deus, mas às respostas humanas. Edwards insistiu em que a essência da verdadeira espiritualidade é ser dominado pela visão da beleza de Deus, ser atraído para a glória das suas perfeições, sentir o seu amor irresistível. Portanto, na verdadeira experiência cristã, o conhecimento de Deus é algo sensível, experimental. O cristão, diz Edwards, "não apenas crê racionalmente que Deus é glorioso, mas tem em seu coração o senso da majestade de Deus." Se nossos corações são transformados pelo amor de Deus, assim devem ser transformadas as nossas ações. Se somos mudados ao contemplarmos a beleza do amor de Deus, então amaremos de maneira especial todo ato de virtude que reflete o caráter amoroso de Deus. Fechamento • • • Um dos primeiros pontos a ser percebido na história de Jonathan Edwards é a questão dos valores morais e sociais, que hoje foram perdidos numa sociedade individualista e que tanto prega o EU, o que eu quero, EU posso conseguir, os valores como: respeito ao próximo, ao trabalho, disciplina de vida, rejeição de vícios, o exemplo ao outro, e a preocupação em serem bons mordomos diante de tudo o que Deus tem confiado a cada um de nós. Jonathan Edwards acreditava na importância e necessidade do avivamento. Ele viu e entendia o Grande Despertamento como uma obra do Espírito de Deus, revitalizando e capacitando a igreja para a sua missão no mundo. Ao mesmo tempo, ele estava consciente de desvios, excessos e até mesmo atuações satânicas que produziam excentricidades, descontrole emocional, ostentação e escândalos. Os critérios que realmente indicavam se as conversões e o Despertamento eram genuínos ou não eram os frutos visíveis: convicção de pecado, seriedade nas coisas espirituais, preocupação suprema com a glória de Deus, apego profundo às Escrituras, mudanças no comportamento ético, relacionamentos pessoais transformados e influência transformadora na comunidade. Fonte: http://historiacongregacional.blogspot.com/2009/07/jonathan-edwards-grandes-nomes_20.html MATOS, Alderi Souza.
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