INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA - IESAFACULDADE MARTHA FALCÃO - DEVRY NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROPSICOPEDAGOGIA E NOVA APRENDIZAGEM SÍNDROME DE ASPERGER: UMA POSSIBILIDADE DE IDENTIFICAR E CONHECER A SÍNDROME PRECOCEMENTE TATIANE DA SILVA JESUS MANAUS-AM 2016 DEVRY NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROPSICOPEDAGOGIA E NOVA APRENDIZAGEM TATIANE DA SILVA JESUS SÍNDROME DE ASPERGER: UMA POSSIBILIDADE DE IDENTIFICAR E CONHECER A SÍNDROME PRECOCEMENTE Artigo apresentada ao núcleo de PósGraduação em Neupsicopedagogia e Novas Aprendizagem da Faculdade Martha Falcão . – Walter Adriano Ubiali MANAUS 2016 .IESA FACULDADE MARTHA FALCÃO . Orientador: Prof. como requisito parcial para obtenção do título de especialização. na área de Neuropsicopedagogia.Devry.2 INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA . Dr. a arte de ensinar e aprender correlaciona-se diretamente a saúde..com Professor Orientador. Educação. Aprendizagem Mediatizada. se tornam superficiais. Para a metodologia optou-se pela Pesquisa bibliográfica numa abordagem qualitativa na medida em que se preocupou com o fenômeno e as principais dificuldades enfrentadas pelo sujeito em seu desenvolvimento social e adaptativo. Da mesma forma com que recursos são necessários ao estabelecimento de um padrão educacional Graduando do Curso de Pós-Graduação em Neuropsicopedagogia – tatianesilva. divisão completa entre a educação e os outros serviços básicos de que necessita a sociedade. das quais se cita alguns autores: Piaget (1976). porém. além disso. Graduado em.psicologia . Palavras-chave: Síndrome de Asperger. propôs-se a aprendizagem mediatizada como método de apoio na identificação da síndrome. como memorização de sequências matemáticas ou de mapas que são bastantes presentes em pessoas com essa síndrome. ao contrario. que. Não existe. . por vezes. neuropsicológia e aprendizagem. associado á dinamização das relações humanas. Docente do Curso de Pós-Graduação em Neuropsicopedagogia e novas aprendizagem da Faculdade Marta Falcão – Devry. 1 INTRODUÇÃO A educação representa o alicerce das relações sociais e estabelece parâmetros para as vivências e condutas ao longo da vida do indivíduo. e Doutor em Neurologia/Neurociências pela Universidade de medicina de Ribeirão Preto-USP.pela Universidade de Franca. dentre outros. Vigostky (1993). Os resultados apesar de não serem conclusos podem ajudar pais e professores a uma concepção inicial. O crescente fluxo de informações. sobre crianças com habilidades incomuns.ts4@gmail. partindo do seguinte questionamento: como a mediatização pode possibilitar a identificação de crianças com síndrome de asperger? No processo de investigação buscou-se examinar uma bibliografia baseada na concepção de cognição.3 SÍNDROME DE ASPERGER: UMA POSSIBILIDADE DE IDENTIFICAR E CONHECER A SÍNDROME PRECOCEMENTE Tatiane da Silva Jesus WalterAdriano Ubiali RESUMO Este trabalho apresenta uma possibilidade de identificar e conhecer no educando a síndrome de asperger precocemente. nos obriga a rever o contexto em que o ensino está inserido. á economia e a política. porém nem sempre aplicável no contexto sociopolítico brasileiro. requer interdisciplinaridade e entendimento entre o educador e o profissional de saúde. não cabe somente ao profissional de saúde acompanhar estes indivíduos. Na terceira seção discursa-se sobre a aprendizagem mediatizada visando entender fatores necessários para utilizá-los no problema de síndrome de asperger. e manejo controverso. este trabalho está estruturado da seguinte forma: Na primeira seção apresenta-se uma previa sobre educação. em 1994. O entendimento da saúde física e mental do discente é fundamental para o êxito da sua formação pessoal. ao lado de outras. A sociedade em geral educa as suas gerações mais inexperientes sem dificuldades aparentes. Na quarta seção descreve como identificar a síndrome de asperger utilizando a aprendizagem mediatizada e finaliza-se com as considerações final e a s referencia bibliográficas. bem como uma terapêutica adequada aqueles indivíduos. A síndrome de Asperger. de capacidades de transmissão e de mediatização cultural entre gerações. Ao contrario do que se possa pensar. Antes conhecida como psicopatia autístisca.4 aceitável. A síndrome de Asperger ou autismo de funções superiores foi descrita. foi relacionada pelo descritor ao autismo . mediatização e síndrome de asperger. mas que. permitiu a evolução da espécie humana excessivamente consubstanciada na sobrevivência e na reprodução de suas crias. o autismo é compreendido como protótipo de um espectro de distúrbios relacionados a desordens de desenvolvimento neurológico. em suma. A continuação da humanidade depende. mas é papel também do educador conhecer parâmetros. como qualquer transtorno do espectro de doenças mentais autísticas. por Hans Asperger. e novamente em 1979. trata-se de uma tendência da filosofia que. Assim. desde os primeiros anos de aprendizagem. 2 AUTISMO E SÍNDROME DE ASPERGER De acordo com Bryson et al. é um exemplo de distúrbio de difícil identificação e diagnóstico. foco deste artigo. de modo que seja proporcionada uma abordagem precoce e instituído um acompanhamento pertinente. diferenciar e pensar ações inclusivas para sujeitos com distúrbios de saúde mental e transtornos psicossociais. (2004). Na segunda seção apresenta-se as características da síndrome de asperger. se diferencia. falta de expressão faciais. uma vez que. Volkmam et al. prejuízo na inter-relação e interação social com o outro. que tanto pode ser enfrentada pela criança como pode ser fonte de descontentamento e piora progressiva do relacionamento com o outro. o que conduz ao comportamento de Bullying e subseqüente aumento da ansiedade pela criança. repetições de atividades e resistências a mudanças associadas ao apego a posses especificas e descontentamento quando afastados destas. genéticos e neuropatológicos. Drago (2012). Autor como Moore (apud NUNES. PE rinatal e pós-natal. os indivíduos com síndrome de asperger possuem características muito peculiares geralmente. (2006) definem a síndromes como de grande herdabilidade. de que. fatores ambientais também são descritos como colaboradores para o surgimento da síndrome de Asperger. tendo em vista que não seguem as ordens e instruções para atividades pedagógicas como os demais colegas de classe. o que se torna mais evidente em atividades provocativas. a síndrome de Asperger bem como as outras síndromes neurocomportamentais pertencentes ao espectro das doenças relacionadas ao autismo parecem ser via final de diversos mecanismos etiológicos.5 infantil de Kanner. Segundo Bailey et al. porem. associado a supostas habilidades especiais dão a impressão de se tratar de um “protótipo de professor”. ao contrario. excluindo tudo mais. tais como jogos motores. 2011) nos diz que as pessoas com . ou entendido com atitude passível de representação. Segundo Wing (1981). excelente memória e interesse obsessivo em reduzido numero de assuntos. (1996). tons monótonos e recorrências a assuntos preferidos. tais como: a insuficiência de oxigênio pré-natal. já que existem evidencias de tendências familial do distúrbios. as características clínicas do individuo com síndrome de Asperger são: desenvolvimento normal da fala com conteúdo anormal. coordenação. gostam de seguir seus próprios interesses e sua ordem própria nos afazeres. são rotulados alunos problemáticos. a despeito de esforços dos docentes. no entanto. afirma que no âmbito escolar. comportamento antisocial. motora prejudicada. o que pode ser aceito pelos colegas e incorporado ás relações sociais. excêntrico. Trata-se de uma síndrome predominante no sexo masculino. Assim. cuja prevalência exata não se conhece. exceto em situações extremas. segundo Wing e Gould (1979) a diferenciação dessa doença dentro do espectro da síndromes autísticas é difícil. ]. adaptando atividades. acima de tudo. Assim. aceitar experiências trazidas pelo campo interpessoal... isolamento social e hipersensibilidade emocional (GOODMAN. possam se organizar internamente (Drago.. a observação por idéias fixas. ou seja.] são pensadores visuais. a partir desse conhecimento. contatos externos não são capazes de influenciá-lo nas ações ou mesmo no âmbito da personalidade. em que a criança é capaz de tomar parte nas interações sociais. ilustração no quadro. considerar o ambiente social e o contexto em que o individuo está inserido. Síndrome de Asperger é uma variante de transtorno esquizóide de personalidade caracterizada basicamente pela falta de empatia nas relações interpessoais. a fala do professor pode ser mais compreendida quando suplementada com recursos visuais. é necessário. interagir devidamente e. as rotinas da escola e da sala de aula devem ser informadas e sinalizadas para que. todas estas características que compõem a síndrome de Aspeger podem estar presentes em diversos graus e. É importante ressaltar que esses recursos devem auxiliar e não competir com as informações auditivas.1987). o individuo portador da síndrome Asperger não possui essa capacidade. Estas informações possibilitam. Segundo GOODMAN(1987).174) Os alunos com síndrome de Asperger necessitam de recursos externos para manterem a organização interna. buscando assim alternativas para adaptar-se aos ambientes. 2012).6 síndrome de Asperger. ofertando materiais. á (ao) professor entender o que ocorre com este aluno e que suas necessidades educacionais especiais são decorrentes destas diferenças que afetam as suas habilidades adaptativas. mapas conceituais ou objetos concretos. segundo o autor. muitas vezes incorporando a aprendizagem ao cotidiano. Neste sentido.(p. que tendem a melhorar compreender imagem do que palavras. dificuldades e peculiaridades na comunicação. por meio de previsibilidade que irá ocorre. a observação das características individuais da criança por si só não define o distúrbio. recursos adequados que favoreçam a aprendizagem significativa e também possibilite ao aluno lidar com suas limitações. [. por isso.. pessoas e situações[. . bem como analisar a historia completa do desenvolvimento e crescimento da criança. á (ao) professor pode elaborar o seu planejamento. Uma importante etapa para o estabelecimento do diagnostico é diferenciar Asperger de um padrão de comportamento denominado “excêntrico”. pois. como slide. escolhendo estratégias. relacionais e o seu comportamento. em que o pensamento é. ancoramos nas idéias de Vygotsky (apud BREGO. nenhum deles frequenta clubes noturnos e 7% não saem de casa. Ele defende a tese da determinação histórico-social no desenvolvimento intelectual e lingüístico. que. com o tempo. 53% frequenta livrarias. Ele acredita que tanto a fala egocêntrica. 21% são assalariados livres. A fala.199). Crianças coma síndrome de Asperger são especialmente suscetíveis a doenças psiquiátricas. 7% são assalariados. o pensamento e as ações são desenvolvidas sempre mediadas entre si. em um estudo de indivíduos sindrômicos em comunidades do reino unido. 2007). influenciará tanto o pensamento autístico quanto o pensamento lógico. 14% em casa própria. então. Balfe e Tantam (2010). 4%realizam somente trabalho voluntario e 15% não realizam atividades laborais. preenchendo funções. a comunicação vai se fazendo de forma mediada [. Howlin (2000) conclui que os indivíduos apresentam não somente no aspectro social. por sua vez. como “fala interior”. síndrome do pânico e transtorno de ansiedade (BARNHILL.]. comum as idéias pré-escolares quanto á comunicativa são sociais. Segundo ele. mas também na saúde. a fala egocêntrica leva. 84% dos participantes do estudo apresentavam irritabilidade exacerbada. sendo levada cada vez mais em conta a importância das intervenções educacionais e terapêuticas especializadas. por exemplo). (p. 51% tinham . obtiveram informações interessantes a respeito da situação social e cotidiana daqueles: 69% residem com os pais. Em relação a problemas físicos e de saúde mental. criando conexões. como depressão. Para Vygotsky (1991). 24% tinham prejuízo auditivo e visual.108) Tais considerações são extremamente relevantes para a compreensão da comunicação mediada do autista ou da síndrome de Asperger. Quanto à situação financeira e empregabilidade. 48% frequenta cinemas. Em relação a estudos clínicos realizados na população portadora deste distúrbio. Até a vida adulta. 17% em outras situações (casado. o atraso no desenvolvimento cognitivo e lingüístico é fator determinante na diferenciação entre a síndrome de Asperger e os demais distúrbios autísticos. ressalta ser muito importante o papel mediacional da linguagem. ligado por palavras. em relação aos lugares visitados regularmente. mas recebem suporte familiar. á fala interior. embora suas funções sejam diferentes. A respeito do conceito de linguagem..7 Segundo Balfe e Tantam (2010).. a fala interior não é um aspecto interior da fala exterior. distinta do pensamento. mas apenas uma função em si próprio. mas também em crianças. e dependem de sucesso na abordagem familiar e interdisciplinar. a psicoterapia deve ser instituída com o intuito de influenciar os padrões de resposta comportamentais. No entanto.8 problema de ansiedade. equipe de saúde mental e educação é essencial e deve existir sempre. Ainda segundo os autores. embora a avaliação neste aspecto deva ser feita de forma individual. a descrição da síndrome de Asperger como entidade isolada dos demais transtornos esquizóides não se aplica na prática. os autores julgam ser importante a descrição pormenorizada para melhor entendimento do problema destas crianças por parte de familiares. já que estes sujeitos podem freqüentar as escolas comuns como qualquer outro indivíduo. de modo que se possa proporcionar uma melhora na qualidade de vida e nas relações sociais. segundo Goodman (1987). 2000). tendo em vista sua associação clássica a ausência e ao silêncio daquela doença. A atuação conjunta entre profissionais de educação e de saúde mental é essencial. O tratamento da síndrome de asperger e de doenças-simile (outras formas de autismos) está entre os mais difíceis (JACOBSON. também. MULICK. o termo “autismo” é considerado “pesado” algumas vezes. proporciona maior direcionamento na terapêutica e enfatiza a necessidade de cuidados. a habilidade da equipe de ensino. 40% tinham pensamento suicida e 36% apresentavam movimentos corporais involuntários. . já que os resultados são poucos previsíveis. educadores e. pois a evolução da criança deve ser observada não somente em seus parâmetros clínicos mas também em seu cotidiano educacional. Após o estabelecimento de diagnostico pelo profissional. do humor e emocionais do individuo. é composta basicamente pela diminuição das diferenças proporcionadas pela doença entre a criança e seus familiares. Autores como Wolff e seu colegas (1980). A conduta terapêutica da síndrome de Asperger. o que poderia evidenciar que a dificuldade primária reside na identificação do distúrbio. Quanto ao atendimento em serviços de saúde. de outras crianças. até mesmo. principalmente em adultos. levando em consideração as necessidades do aluno e. surgem somente a médio e longo prazo. não é necessária uma educação especial para estas pessoas. 92% tinham condições financeiras para tratamento. outra importância reside no direcionamento do tratamento e no fato de que. por se tratar de uma entidade definida. responsáveis e demais indivíduos próximos. Dunn et al. Segundo Goodman (1987). Intercâmbio de informação entre família. por analogia os professores também exercem uma função primordial no desenvolvimento holístico dos seus estudantes. Antes de educar a criança. 3 APRENDIZAGEM MEDIATIZADA Uma sociedade harmoniosamente estruturada solida e unida está na base do sucesso evolutivo da espécie humana. o oficio de educar. pouco ainda se conhece a respeito da doença em indivíduos adultos. tem uma influência crucial no desenvolvimento global dos seus filhos. Neste grupo. pode trazer prejuízos e conduzir a transtornos psicopatológicos como depressão. ás vezes. por sua vez. são os professores que temos de mediatizar. se é dos mais vivenciados. e concomitantemente na origem do desenvolvimento do potencial adaptativo das crianças e dos jovens. na medida em que o desenvolvimento psicológico e social de uma criança ( VYGOTSKY. antes de educar os estudantes. enfatizam o impacto causado pela síndrome no ambiente familiar e afirmam ser. porém. . não é possível em estudos populacionais estabelecer o diagnostico. um grande prejuízo na qualidade de vida dos envolvidos. já que a convivência diária com um individuo portador da síndrome de AspeRger pode apresentar dificuldades. Os pais. A má inserção no contexto social. apesar dos recentes avanços acerca da compreensão da síndrome de Asperger. Alem disso. primeiros educadores da criança e primeiros mediatizadores da sua aprendizagem. a triagem diagnostica é mais difícil e. muitas vezes.são os pais que temos que educar. Goodman (1987) afirma que o papel social de “professor excêntrico” destes indivíduos pode ser perpetuado e atuar inclusive como ponto positivo na vida profissional e atuar inclusive como ponto positivo na vida profissional.9 (2001). Mooham (2000) observa que o perfil social e de saúde dos indivíduos com a síndrome de Asperger que realizam acompanhamento em serviços direcionados pode ser diferente do perfil daqueles indivíduos que não recebem atendimento de rotina. e apesar dessa evidencia historico-social. em paralelo. Com relação ao prognostico. e subsequentemente educadores e professores. Balfe e Tantam (2010) afirmam que. segundo os autores. é um dos primeiros passos do desenvolvimento dos filhos e dos estudantes. 1993). Formar pais. é também um dos menos conhecidos. pelo contrario. se situa entre o organismo do individuo filho ou filha. Ela não se resume a uma exposição direta do individuo com o envolvimento. Na interação mediatizada. eventos e etc). Ele equaciona o desenvolvimento em duas linhas: uma natural e biológica. a sociogênese explica que o desenvolvimento humano emerge da dialética e da tensão entre fatores externos socioculturais e os fatores internos psicobiológicos. Para Vygotsky (1993). devem interpor-se entre a situação oriundo do mundo exterior e a criança. Assim. moldando-as e transformando-as em concordância com as suas necessidade de desenvolvimento. . e. Pelo contrário. que radicalmente transforma uma linha de desenvolvimento na outra.10 Para esse psicólogo social russo de renome mundial. o objetivo do mediatizador não é apenas proporcionar uma experiência ou uma vivencia da situação. imagens. por exemplo. utilizando estratégias interativas para produzir significação para além das necessidades imediatas da situação. os pais e os professores deverão adotar um estilo mediatizador na interação com seus filhos e com seus estudantes. o mediatizador deve proporcionar e promover situações onde o sujeito mediatizado interaja com ele de forma dinâmica e de modo a valorizar os seus processos e as estruturas cognitivas. primeiro de origem social e segundo. Assim a socialização da criança depende. os estudante e os estímulos ( ou sinais. histórica e social destacando a importância dos instrumentos liguisticos. de forma a selecioná-los. ampliá-los. outra. é efetuada por meio de ferramentas simbólicas. problemas. pondo em prática a experiência de aprendizagem mediatizada (FONSECA. a professora ou o professor. de modo que o sujeito mediatizado a sinta de forma passiva ou receptiva. tarefas. a mediatização não compreende uma exploração solitária. 2011). mudá-los. que ocorre na pessoa da criança. de origem psicológica. como infere o modelo de Piaget (1965). materializando uma internalização dos processos cultural e histórico. portanto da socialização dos adultos e os estilos de interações entre ambos condicionaram a competência social das futuras gerações. A mediatização assume-se como um fenômeno sociocultural onde decorre a aprendizagem de qualquer conduta superior. onde de certa forma se negligencia a função dos mediatizadores humanos. A aprendizagem mediatizada é uma interação na qual a mãe ou o pai. objetos. o cérebro. não como resultados de uma aprendizagem biológica reativa baseada em reflexos. permitindo níveis de atenção mais regulares. tais como: Seleção de estímulos – ajudar as crianças a reduzir o numero e a complexidade das fontes de estimulação que estão em jogo nas situações. a cognição humana aprende-se e ensina-se por meio da mediatização. ou seja. mas como resultado de uma aprendizagem psicossocial mediatizada. o órgão da cognição. Focagem nos detalhes – ajudar a criança a fixar os aspectos mais relevantes. Repetição experiencial – ajudar a criança a reapreciar a apresentação de um estimulo importante. Em situações mais complexas da síndrome de asperger. Assim. o cérebro determinou e determina assim a aprendizagem humana. Assim. os mediatizadores escolher e criam atividade que incidam sobre os princípios cognitivos da criança. Os . como a mediatização pode possibilitar a identificação a síndrome de asperger? De acordo com Fonseca (2011).11 4 IDENTIFICAR A SÍNDROME DE ASPERGER UTILIZANDO A APRENDIZAGEM MEDIATIZADA A mediatização entre seres experientes e inexperientes Poe em movimentos a capacidade cognitiva herdada biologicamente. as finalidades da pedagogia mediatizada abrangem alguns critérios básicos. os seres humanos dependem de uma relação espaçotemporal interiorizado de estímu-los sensorial e resposta motoras. baseadas em funções cognitivas. Tais mediatizações pelos mais velho e experientes ajudam as crianças aperceber que os acontecimentos. Baseado nesse contexto. Ao contrario do animal. logo interativa. mas só num contexto sociointerativo ela pode atingir a plenitude dos seus recursos. Em síntese. o mediatizador pode ajudar a criança com síndrome de asperger a criar condições ou modelos aplicativos das suas experiências que serve para organizar observações e testar a aplicabilidade dessas regras numa vasta variedade de circunstância. os objetivos e as pessoas têm significado. mas a aprendizagem contextualizada e mediatizada determinou e determina a sua plasticidade funcional. Tal interação está no órgão extremamente organizado. Provoca a generalização – ajudar a criança a fazer projeções das experiências vividas em novas situações. Solicitar justificativa mesmo para as respostas corretas. os pais e os professores no papel de mediatizadores devem apresentar às situações as crianças. Significação Os mediatizadores devem partilhar o objetivo cognitivo ou estratégias com as crianças. Transferir princípios sobre família e escola. Relatar experiência familiar e quotidiana. escolhendo atividades participativas e mais reflexivas. Os mais importantes são: Internacionalidade O mediatizador deve usar a interação com a finalidade de produzir mudança cognitiva na criança. Alguns exemplos de mediatização na síndrome de asperger . deve provocar uma mudança cognitiva estrutural que transcenda a situação imediata relacionando com acontecimento anteriores e futuros. uma iteração dada será proveitosa para promover desenvolvimento cognitivo das crianças com síndrome de asperger. Dentro dos critérios de mediatização sugerido por Haywood (1995) e Fonseca (2011). isto é.12 pais também podem ajudar nesse processo. mas sempre corrigindo as respostas incoerentes. as resposta das crianças. Usar a motivação o entusiasmos no processo de ensino. Todas as interações entre os adultos e as crianças têm algum potencial para serem uma interação mediatizada e para serem generalizadas a volta do conteúdo da situação imediata. implicando no diálogo intencional e numa reciprocidade interindividual para facilitar a transmissão cultural. quando possível. 2011): Focar mais no processo que as resposta. Estabelecer hábitos lógicos e aceitar. ela deve ser generalizável. Transcendência A mudança intentada te de superar a situação experiencial. Assim. Em síntese. levando-os a compreender por que é que uma atividade particular tem que feita. Colocar questões sobre o processo e extrair as respostas dele. com s seguintes preocupações (FONSECA. Dificuldades psicomotoras. Por exemplo. e talvez descubra outra resposta melhor.ou solicitar justificativa – Um bom mediatizador estabelece o habito de frequentimente comparar resposta corretas com incorretas. ou seja. Mas pode olhar de outra maneira. A maioria das perguntas que os mediatizadores fazem é mais frequentimente usada num processo natural. e no recortar). em vez de memorizar as sequencia e usá-las repetidamente. um professor pode pedir as crianças para pensarem em algo que elas gostam para utilizar como objeto de referencia no conceito de comparação. os bons usam sua próprias personalidades e as resposta que recebem das crianças fazer regular o seu comportamento e selecionar um estratégia singular para uma possível identificação da síndrome. A comparação deve ser acompanhada pelo máximo aceitação das resposta da criação. encorajar as crianças em pequenas conversas similares com elas próprias. . de fato. Mas quais os sinais da síndrome de asperger devem causar preocupação durante os anos da pré-escola? De acordo com algumas literaturas especializadas (JANSKY & HISRSCH 1972. Relutância em ir para escola e em aprender a ler. Por exemplo: “sim você está certo. Processo de questionamento – Questionar é um mecanismo único para o desenvolvimento cognitivo.no colorir. Processo de transfere – um dos principais mecanismo da mediatização é o transfere ( noção de ponte de relação). Problema de comportamentos. na escrita. quando se ensina o conceito de comparação. Frenquentes repetições e confusões. Dificuldades grafomotoras (na copia. Sinais de desinteresse e desmotivação pelas tarefas escolares. pode ser dessa maneira. por meio do qual a atividade gera conceito cognitivo.13 Alguns mecanismos de pedagogia mediatizada são especialmente úteis para ajudar a síndrome de asperger. FONSECA 2011) principais sinais são: Dificuldades em reconhecer e identificar sons iniciais e finais de palavras simples. Existem muitas forma especificas de mediatizar as funções cognitivas das crianças. Provocar. LENER 2003. a reunião de informação clínicas e comportamentais permite estabelecer uma suspeita. seja no contexto familiar ou na escola pode evitar muitas perturbações emocionais e comportamentais. ao mesmo tempo. em qualquer etapa da vida. educadores e profissionais de saúde neste processo. visando sempre uma abordagem objetiva quanto a qualidade de vida do indivíduo. assim. Embora se trate de um distúrbio peculiar. É de fundamental importância que profissionais da educação compreendam as especificidades cognitivas e comportamentais do sujeito com síndrome de asperger para que possam de fato desenvolver propostas de interação social e afetiva. problemas apresentados por essa população no ambiente de sala de aula. Este trabalho contribuir em apresentar caráter multidisciplinar e interdisciplinar. de identificação relativamente complexa. os pais devem investir mais na interação mediatizada para tornálos socialmente mais hábeis. . O prognóstico depende das condições do meio em que o individuo está inserido e da participação de familiares. Observa-se que a aplicação da mediatização a síndrome de asperger. podem criar futuros adultos mais solidários e mais aptos a responderem a os desafios complexos da sociedade. que pode criar crianças e jovens mais competentes. Como a vida familiar constitui a primeira escola de aprendizagem.14 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do exposto. também na escola os professores por meio da mediatização. a partir da qual devem ser exploradas todas as possibilidades (supostas impossibilidades) de ação docente/pedagógica no sentido de incluir esse sujeito ao cotidiano escolar. alegres e motivados para aprender. minimizando. deixando rasto numa infância dolorosa ou numa adolescência típica. cabe salientar que a identificação e o conhecimento precoce da síndrome de Asperger pelo educador é importante modificador no prognóstico do indivíduo portador desta síndrome. 2004.S. ARAÚJO. 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