Inegável DesejoCynthia Rutledge Um pequeno segredo... A tímida, solitária e "gorducha" Trish nunca se esqueceu daquela noite de formatura, quando entregou sua inocência ao atraente Jack Krieger para depois descobrir que ele não a ama a e, pior, descobrir em seguida que esta a grá ida! "e# anos depois ela está de olta, transformada em outra mulher! $ais magra, elegante, com outro apelido e com um filho! A cidade inteira ficou al oro%ada com aquela hist&ria de 'inderela! $as Trish esta a interessada apenas na rea%ão de um homem!!! (or quanto tempo Trish conseguirá esconder seu segredo) * Jack) +ão perceberá a marcante semelhan%a entre o menino e ele pr&prio) * o mais difícil, at, quando ela resistirá -s in estidas rom.nticas de Jack) T í tulo original: Trish's not-so-little secret Disponibiliza çã o: Drika Digitaliza çã o: Marina Revis ã o: Josi Formata çã o: Edina CAPÍTULO I — Patty Bradley? É você? — Os dedos de Trish apertaram a haste do copo de cristal. Dez anos se haviam passado desde a última vez em que ouvira aquela voz mas reconheceu!a imediatamente. "#a$ando o primeiro impulso de $u%ir Trish tomou um %ole de vinho e virou! se. — &'us (ac) *rie%er que surpresa+ &inco anos tra#alhando em rela,-es pú#licas $oram #ons para Trish. .ua voz $orte e $irme n/o deu indica,/o do sú#ito aperto que sentira no peito ao vê!lo. — 0al reconheci você. — (ac) deu um passo atr1s e $itou!a a#ertamente admirado. — 2st1 linda+ 2 — 3ocê tam#'m n/o est1 nada mau — disse Trish $alando com voz calma. Durante todos aqueles anos ela dissera a si mesma que ele n/o era t/o atraente como se lem#rava. 0as estava a#solutamente errada. Os ca#elos cor de ca$' da 4uventude haviam mudado para um tom quente de castanho e os olhos azuis um dia da cor do c'u de ver/o a%ora #rilhavam como sa$iras escuras. Os anos acrescentaram maturidade aos tra,os de menino. .e (ac) havia sido atraente um dia estava $ant1stico em seus vinte e oito anos. " vida sem dúvida $ora #oa para (ac). .eu sorriso era autêntico e ele tinha a se%uran,a de uma pessoa que conhecia seu lu%ar no mundo. 2la devia odi1!lo. "s mentiras de (ac) a trapa,a levaram o que restava de sua inocência. 0as n/o era $1cil a Trish odiar quem quer que $osse muito menos (ac) *rie%er. &ontudo n/o era tola. 5unca se esqueceria de como a usara. Trish insistiu no olhar. (ac) tomou um %ole de vinho e sorriu pelo visto sem tomar conhecimento do olhar dela. — 5/o posso acreditar de como você mudou — a$irmou e6i#indo uma carreira de dentes per$eitos. !— 2st1 muito linda+ — O#ri%ada. — Trish aceitou o elo%io com naturalidade. 0esmo ela que nunca tivera tanta con$ian,a em sua aparência tinha de admitir que naquela noite estava #astante #em. 0uito atraente mesmo. 7evara lon%o tempo aplicando a maquia%em e vestira!se com cuidado especial tentando recuperar sua con$ian,a seriamente sacudida pela recente e inesperada perda do empre%o. 0as Trish sa#ia que o elo%io de (ac) tinha menos a ver com a maquia%em e a roupa que ela usava e mais com o corpo es#elto em#ai6o do vestido de seda. 0entalmente ele en6er%ava a menina que $ora na escola secund1ria a menina #astante #oa para com ela dividir a cama em se%redo mas n/o #oa o su$iciente para ser a namorada em pú#lico. Todos se lem#ravam da 8orda Patty. 8orda Patty. Trish suspirou. &omo aquele apelido ainda a machucava+ 0esmo os anos a dist9ncia e o sucesso na vida n/o conse%uiram apa%ar por completo a lem#ran,a do cruel apelido criado por seus cole%as de classe. 0as aquilo acontecera havia dez anos e ela percorrera e6tenso caminho desde ent/o. Trish Bradley provara ser uma vencedora. — 5unca pensei vê!la de novo — (ac) disse en$im. — Depois da $ormatura tive a impress/o de que você evaporara da $ace da terra. — 0al posso pensar que :ashin%ton se4a $ora da $ace da terra. — Para n;s era como se $osse. 5in%u'm sa#ia por onde você andava. 5unca nem ao menos escreveu. Trish sorriu e sacudiu os om#ros n/o por achar que cortar os la,os com 7ynn<ood houvesse sido $ato sem import9ncia. 5a realidade $ora a primeira das muitas decis-es di$=ceis que tivera de tomar. — >uerida n/o vai me apresentar? — Pete 0incho< o ami%o que sa=ra com Trish naquela noite aproveitou um minuto de silêncio para entrar na conversa. — Pete acho que você n/o conhece... — Trish come,ou a $alar. — 5/o me lem#ro de nos termos visto antes. — (ac) estendeu a m/o a Pete. — 0eu nome ' (ac) *rie%er sou um velho ami%o de Patty da escola secund1ria. 3 Trish teve vontade de %ritar. 71 vinha ele outra vez trazendo o passado com aquele apelido rid=culo. Por'm n/o parecia t/o rid=culo quando ele o dizia. 2n$im nunca $ora no caso dele. — Pete 0incho<. — Pete apertou a m/o de (ac). 5atural do Te6as o rapaz tinha o aspecto de um #onach/o homem do campo. 0as Trish sa#ia que so# aquele e6terior #atia o cora,/o de um esperto homem de ne%;cios. — 2 um prazer conhecê! lo — Pete acrescentou. — >ualquer ami%o de Trish ' meu ami%o. — Trish? — (ac) $ranziu a testa. — Onde $oi parar Patty? — Patty? 8osto desse nome — Pete comentou. — Bem mas eu n/o %osto — Trish protestou. — 2 se você me chamar por esse nome ser1 um homem morto. Pete primeiro arre%alou os olhos e depois disse rindo muito? — Tenho de me lem#rar disso. — 3ocê tra#alha para o %overno Pete? — (ac) per%untou como se estivesse de $ato interessado no que Pete iria responder. Tinha o mesmo olhar de quando se sentava no #alan,o do terra,o da casa de Trish em 7ynn<ood e ela lhe contava tudo o que acontecera em seu dia. Trish sentiu um aperto no cora,/o ao se lem#rar disso. — Pete ' dono do pr;prio ne%;cio. — Trish $itou o alto te6ano de sú#ito %rata por ter um homem t/o atraente a seu lado. — 5/o est1 na pol=tica nem dedica a vida inteira a esse 4o%o. — Pensei que todos nesta cidade tivessem al%o a ver com pol=tica. — &'us n/o+ — Pete deu uma %ar%alhada. — 2stou no ne%;cio de carros. &arros novos usados compro vendo alu%o $a,o qualquer coisa com carros. .omos os maiores revendedores da 80 da costa leste. — 0esmo? — (ac) comentou. — @mpressionante. "s palavras soaram sinceras e Trish concordou com o $ato. "$inal de contas estavam em uma cidade onde se comia se dormia se respirava pol=tica. Poucos pensariam em uma a%ência de carros como um #om ne%;cio. — 3ocê e Patty namoram h1 muito tempo? — (ac) per%untou. — 3ocê quer dizer Trish? — Pete olhou!a piscou e #e#eu um %ole de vinho. — >uanto tempo querida? &inco seis meses? — 0ais ou menos isso — ela respondeu %rata a Pete por n/o dizer nada so#re a natureza do relacionamento deles. 2ram apenas ami%os que se entendiam #em. "companhava!o em al%umas $estas quando ele necessitava de sua companhia e vice!versa. Aora a necessidade de entrar em contato com pessoas que poderiam lhe arran4ar um empre%o o que $izera Trish cancelar a ida ao cinema com Tommy e aceitar o convite de Pete para comparecer a uma $esta. " oportunidade era per$eita no sentido de $azer contatos e encontrar uma nova posi,/o. Bavia dois meses perdera seu tra#alho e lo%o que suas economias sumissem os co#radores #ateriam C porta. 2stava ansiosa mas atravessara tempos mais di$=ceis e so#revivera. — 2la mudou de nome depois da separa,/o. @sso $oi h1 quanto tempo? .eis sete anos? — Pete lan,ou a Trish um olhar de e6pectativa. — 0uito tempo — Trish respondeu. Pete com certeza repetia as mesmas mentiras que ela vinha contando a todos durante anos? que se casara ao terminar a escola secund1ria e se divorciara lo%o 4 depois. 2ra uma inven,/o que e6plicava $acilmente a presen,a de um $ilho de nove anos de idade a%ora e ela sem marido. — 2st1 divorciada? — (ac) inda%ou os olhos arre%alados de surpresa. — .ua av; nunca me contou que você tinha se casado. — 2nt/o aposto que nunca lhe contou que Trish tinha um $ilho tam#'m? — Pete per%untou. >uando iria Pete aprender a n/o $alar demais? Trish teve vontade de dar!lhe um soco nas costelas. Trish er%ueu a ca#e,a na dire,/o de (ac) e disse? — De meu primeiro casamento. — Primeiro casamento? — (ac) inda%ou atDnito. — &asou!se mais de uma vez? 2la nunca se casara nunca plane4ara se casar. 0as n/o era da conta dele o que $izera da pr;pria vida. — Es vezes a vida n/o $unciona do 4eito que dese4amos — Trish #ai6ou a voz para responder de prop;sito $azendo!se misteriosa. — 0as nada disso ' de sua conta. — >uerida sei que você est1 apenas se divertindo mas seu ami%o a= acha que $ala s'rio. — Pete pDs o #ra,o em volta dela e deu!lhe um apert/o. — (ac) conhe,o Trish h1 muitos anos e pelo que sei ela s; se casou uma vez. — >uer dizer que tem um $ilho um pequeno %aroto? — (ac) sussurrou. — Tommy ' um menino lindo — Pete e6plicou uma vez que Trish n/o respondia. — 0as ele n/o ' mais um pequeno %aroto. — >ue idade tem seu $ilho? — (ac) olhou para Trish. 2la pensou um pouco antes de responder. Por acaso dissera a Pete que Tommy completara nove anos recentemente? 2 se dissera ele se lem#raria? — Oito. — Tanto assim? 0as ent/o você deve ter $icado %r1vida... — Fm ano depois que sa= de 7ynn<ood. 5a primavera se%uinte. 8ra,as ao #om Deus (ac) nunca veria o menino. "lto para sua idade Tommy poderia passar por dez anos. — 3ocê 41 morava em :ashin%ton? " per%unta poderia ter sido inocente considerando!se que n/o se viam havia muito tempo. 0as quanto mais ela $alasse mais arriscaria dizer al%uma #o#a%em. — @sso aconteceu h1 tanto tempo+ — 5unca teve saudade de 7ynn<ood? — (ac) continuava $itando!a. — 5a verdade n/o. 5/o h1 nada para mim l1. — B1 ami%os $am=lia... — (ac) parou de $alar de repente. 7em#rou!se de que a av; de Trish era a única pessoa restante em sua $am=lia e morrera no come,o do ano. — Bem e seus ami%os? 5/o tem saudade deles? — Ora ora... — Trish sorriu. — "m#os sa#emos que n/o $ui uma das mo,as mais apreciadas da cidade. 5a realidade acho que n/o tenho nenhum ami%o l1. Trish er%ueu a ca#e,a e os olhares dos dois se encontraram. 8ostaria que (ac) visse em seus olhos o que n/o poderia dizer na presen,a de Pete. >ue um ami%o nunca teria $eito o que ele lhe $izera. — Onde $ica essa cidade de nome estranho a$inal? — Pete per%untou i%norando a eletricidade que pairava no ar entre eles. — 5a realidade ' 7ynn<ood — (ac) corri%iu!o. — Trata!se de uma pequena cidade no *ansas a vinte e cinco quilDmetros mais ou menos ao noroeste de *ansas &ity. Patty quer dizer Trish e eu crescemos 4untos l1. 5 — "doro essas pequenas cidades na estrada. — Pete tomou o resto do vinho. — Es vezes penso em me mudar para o Te6as para minha cidade natal. 0as a= lem#ro!me de que h1 mais carros em meu p1tio do que pessoas naquele lu%ar esquecido do mundo. 2 ponho de lado minha id'ia inicial. — 2le riu e pediu outro drinque ao %ar,om. — Di%a!me (ac) você ainda mora em 7ind<ood? Dessa vez (ac) n/o se deu ao tra#alho de corri%i!lo. — 7ynn<ood continua sendo minha cidade — disse (ac) lan,ando um olhar a Trish. — 0as a%ora moro em "rlin%ton. Fma onda $ria percorreu o corpo de Trish. 2la e Tommy moravam #em perto de "rlin%ton. — Gtimo. Tem um cart/o seu a=? — Pete sorriu. — 2u lhe tele$onarei e talvez possamos nos encontrar qualquer dia desses. — 2u adoraria. — (ac) pDs a m/o no #olso e tirou de dentro um cart/o de visita. 2screveu al%uns números antes de entre%1!lo a Pete. — " hora do almo,o ' em %eral a melhor para mim. — 0uito #om. — Pete colocou!o no #olso. — Di%a!me você 41 esteve naquele pequeno restaurante %re%o em Dupont &ircle? (ac) pensou por se%undos e respondeu ne%ativamente. — Dei6e!me ent/o dizer!lhe uma coisa — Pete continuou — pode parecer um li6o mas a comida ' a melhor que 41 e6perimentei. 3ocê vai adorar. — 2stou certo que sim — disse (ac) olhando para Trish. 2la $or,ou um sorriso. Pelo que Trish sa#ia Pete iria veri$icar tudo so#re as atividades de (ac) no instante em que che%asse em casa. 0as... de uma coisa Trish tinha certeza... Aaria $rio no in$erno antes de ela querer ter qualquer relacionamento com (ac) *rie%er outra vez. CAPÍTULO II Bem aqui estamos. — Trish $ez um movimento com os #ra,os em um %esto que a#ran%ia o espa,o todo. &heia de cai6as e malas a aparência da sala n/o tinha nada a ver com a ordem que sua av; insistia em manter naquele lu%ar reservado Cs vi! sitas. 0as a claridade que penetrava pela 4anela dava ao am#iente um ar ale%re e em#ora $ora de moda o papel $lorido das paredes n/o tinha manchas. — O que você acha? Trish virou!se para o $ilho e cruzou os dedos. " mudan,a para *ansas $ora uma decis/o nascida da necessidade. .ua conta #anc1ria reduzira!se a zero e a possi#ilidade de outro empre%o em :ashin%ton s; sur%iria em setem#ro. " única solu,/o razo1vel seria voltar para 7ynn<ood onde ela e Tommy tinham um lu%ar para morar sem ter de pa%ar um único centavo. "o herdar a casa pela morte da av; Trish plane4ara vendê!la mas qualquer coisa a impedira. 2m#ora os anos passados em 7ynn<ood n/o tivessem sido anos $elizes aquela casa $ora o único lar que conhecera. "%ora com seu mundo caindo aos peda,os a casa era como um $arol que prometia a#ri%o contra mares revoltos. 2 ao menos em 7ynn<ood n/o se preocuparia em poder encontrar (ac). O encontro em :ashin%ton dois meses atr1s tornara mais $1cil sua decis/o de voltar. 6 Trish achava divertido pensar que a%ora que (ac) estava em :ashin%ton ela voltava para 7ynn<ood. — >ue lu%ar horr=vel+ — e6clamou Tommy derru#ando no ch/o uma cai6a cheia de panelas. Trish sentiu um aperto no cora,/o. Todos os ami%os lhe disseram que ele se ressentiria com a mudan,a mas at' o momento Tommy $ora #astante compreensivo. — .ei que ' di$=cil mudar!se para um novo lu%ar. Por'm vai $icando mais $1cil com o tempo. (uro. — 5/o ' t/o di$=cil assim. 8osto daqui. — 0as você disse que o lu%ar era horr=vel. — O cheiro ' horr=vel. — Tommy respirou $undo e tampou o nariz. — 3e4a+ Hespire $undo. Trish se%uiu o conselho do $ilho e inalou o ar. 2spirrou em se%uida — 2u n/o disse? — O cheiro n/o ' t/o mau. — Trish riu e pu6ou os ca#elos dele. — " casa est1 com cheiro de mo$o por ter $icado $echada durante tanto tempo. 7o%o que a#rirmos todas as 4anelas a coisa vai melhorar. 3amos a4ude sua m/e a a#rir al%umas 4anelas e a porta. "o $azer isso Tommy olhou para $ora e viu uma quadra preparada para o 4o%o de #asquete. — "cho que posso tentar al%umas cestas antes do 4antar. — .into muito mas essa quadra de #asquete pertence aos nossos vizinhos. — Trish lem#rava!se de quando o .r. *rie%er arrumara aquilo tudo para (ac) quando ele in%ressara no curso secund1rio. — 0as nossos vizinhos n/o se importariam se eu usasse %aranto. Trish $icou hesitante. 0udar!se para a casa ao lado da casa da m/e de (ac) $ora sua única o#4e,/o em voltar a 7ynn<ood. 0as convenceu!se de que ela e Tommy estariam t/o ocupados que n/o teriam tempo de se socializar com vizinhos. — >uerido aca#amos de nos mudar. 5em ao menos conhe,o essa %ente. — Tratava!se de uma pequena mentira mas de $orma al%uma Trish pediria qualquer coisa aos vizinhos. — Posso pedir mam/e? Por $avor dei6e+ — 5/o+ — Trish so$reu com a decep,/o do $ilho. — >ue tal irmos ao parque t/o lo%o tirarmos tudo da van? 3ocê encontrar1 l1 al%uns meninos 4o%ando talvez at' #asquete. 2 4o%ar1 com eles. .e n/o poderemos colocar uma cesta em nosso quintal para você praticar. — O#ri%ado mam/e. — 2le a#ra,ou!a. — 3ocê ' a melhor das m/es. Trish adorou ser a#ra,ada pelo $ilho. Tommy n/o era mais um meninozinho. 2stava crescendo r1pido e $icando a ima%em escrita de seu atraente pai. 2la passara noites em claro receando que a .ra. *rie%er perce#esse a cone6/o de Tommy com o pai. 0as depois de al%um tempo convenceu!se de que estava sendo rid=cula. Para a $am=lia *rie%er ela e (ac) mal se conheciam. — Tommy por que n/o pe%a suas malas no carro e as leva ao quarto? — ela su%eriu. — >uanto mais cedo tudo $or descarre%ado mais cedo iremos ao parque. Tommy $ez o que a m/e mandou e Trish come,ou a recolher as panelas que ele derru#ara no ch/o da sala. — B1 al%u'm em casa? — &onnie *rie%er espiava pela porta dos $undos. — 2ntre — disse Trish. 7 2la reconheceu a m/e de (ac) imediatamente. 2m#ora 41 com quase sessenta anos de idade ainda parecia #em 4ovem. .eus ca#elos n/o eram nada %risalhos e apenas al%umas ru%as de e6press/o rodeavam os olhos muito azuis. De short e camisa p;lo poderia passar como irm/ de (ac). — Patty? — " mulher estava hesitante. — 5/o sei se se lem#ra de mim. .ou &onnie *rie%er moro ao lado. — 2 claro que me lem#ro .ra. *rie%er. — Trish estendeu a m/o e apertou a da .ra. *rie%er. — Por $avor chame!me de &onnie. — .; se me chamar de Trish. " porta da $rente $echou!se com ru=do. "m#as as mulheres viram Tommy entrar e se%uir para as escadas. — 0eu $ilho Tommy — Trish apresentou!o de lon%e. — 2le tem nove anos. — 0eu neto 0att vai completar nove anos no pr;6imo mês. Aaz tanto tempo que meu $ilho era pequeno que me esqueci de como s/o ativos naquela idade. — &onnie riu e sacudiu a ca#e,a. — 2ntendo — Trish riu. — Tommy me disse que quer 4o%ar $ute#ol e #asquete e #eise#ol. Tento e6plicar!lhe que a maioria dos meninos escolhe apenas um esporte. 0as ele me disse que n/o sa#e qual deles escolher pois %osta de todos. — .ei pelo que est1 passando — &onnie comentou com um sorriso compreensivo. — 0eu $ilho (ac) era assim tam#'m. Aelizmente em cidade pequena eles podem $azer tudo isso. Fm se%undo mais tarde Tommy apareceu de novo. — 0am/e esvaziei a van e a#ri... — 2le parou de $alar. — Desculpe!me. — Tommy esta ' a .ra. *rie%er nossa vizinha. — Trish sorriu. — &onnie este ' meu $ilho Tommy. Tommy estendeu a m/o C .ra. *rie%er dizendo? — 0uito prazer em conhecê!la. Trish encheu!se de or%ulho com as maneiras do $ilho. Desde que ele era muito pequeno ensinara!lhe como se comportar e colhia a%ora os resultados. — Prazer em conhecer você tam#'m Tommy. 0oro aqui ao lado. .e dese4ar al%uma coisa ' s; pedir. — 0ora na casa onde h1 um cesto de #asquete? — @sso mesmo. .ou#e por sua m/e que você %osta de esportes. — 2 verdade. " senhora se importaria se eu $osse acertar al%umas cestas de vez em quando em sua propriedade? .erei muito cuidadoso prometo n/o atin%ir seu carro. — >uerido+ — Trish arre%alou os olhos. — " .ra. *rie%er estava apenas sendo am1vel... — 5aturalmente que você pode aparecer — disse &onnie. — &laro se sua m/e estiver de acordo. Trish olhava da $ace cheia de esperan,a de Tommy para a $ace da av; do menino. .eria t/o $1cil dizer IsimI. 0as Trish aprendera havia muito que o caminho mais $1cil n/o era sempre o mais certo. Permitir que Tommy praticasse #asquete na propriedade de &onnie *rie%er seria pura loucura. 5ada de #om resultaria daquela intimidade a n/o ser pro#lemas. 2 ela 41 tivera o su$iciente em pro#lemas que duraria at' o $im de sua vida. 8 (ac) entrou com o carro no 4ardim da casa de sua m/e e parou com um suspiro de al=vio. O voo de :ashin%ton a *ansas &ity $ora tur#ulento e ele so$rer1 uma tempestade no tra4eto pela estrada at' 7ynn<ood. .aiu do carro e espre%ui,ou!se. 2ra #om estar em casa. 2 ver o sol #rilhar. 2sperou que a m/e aparecesse correndo a seu encontro mas notou que a porta da $rente estava $echada e que o carro dela n/o se encontrava em casa. "= lem#rou!se de que era quarta!$eira o dia de &onnie 4o%ar %ol$e. 5aquele caso ela levaria horas para voltar. Optar por um voo mais cedo parecera!lhe uma #oa id'ia mas a%ora sentia!se sem sa#er o que $azer. Poderia ir ver sua irm/. 0as com três $ilhos todos menores de dez anos a casa dela era muito #arulhenta. 2 a%ora rela6ar em um am#iente calmo lhe parecia muito mais convidativo do que #rincar com so#rinhos. 7evou al%uns minutos descarre%ando o carro. "p;s colocar as malas no terra,o pe%ou uma cerve4a na %eladeira e saiu. " chuva passara dei6ando %otas de 1%ua pin%ando das 1rvores e o ar tinha cheiro de primavera. (ac) sentou!se no #alan,o do terra,o. O#servava os so#rados da vizinhan,a. Todos #em cuidados com %ramados e a#und9ncia de $lores. &rescera naquela 1rea. "l%umas de suas melhores recorda,-es se prendiam C vizinhan,a aos terra,os das casas. Ou melhor ao terra,o de Patty sua vizinha mais pr;6ima. Olhou um pouco para a esquerda e um movimento sú#ito chamou!lhe a aten,/o. &olocou o copo de cerve4a no ch/o e $oi para a %rade divis;ria. .im al%u'm se movia na casa da Ivov;I. " av; de Patty $ora a Ivov;I de todas as crian,as do #airro. >uando ela morreu pouco depois da ida de (ac) para :ashin%ton n/o apenas Trish perdera a av; mas toda a redondeza tam#'m. (ac) $i6ou o olhar um pouco al'm mas por entre os ar#ustos e as 1rvores n/o pDde en6er%ar muita coisa. 2m um ato impulsivo $oi ao encontro de sua nova vizinha passando pelo espa,o a#erto da cerca o mesmo que costumava usar no passado anos atr1s para che%ar mais depressa. 2 viu que a vizinha era uma mulher uma mulher atraente com um short que mal lhe co#ria o traseiro e um top reduzido. Tinha pernas lon%as e pele dourada. .u#ira em uma escada e limpava em volta das 4anelas com uma $aca amolada. — Precisa de a4uda? "ssustada ela $ez um movimento #rusco e perdeu o equil=#rio. Deu um %rito de alarme. (ac) atravessou o p1tio correndo e alcan,ou!a um se%undo antes de ela atin%ir o solo. O último es$or,o de (ac) o $ez cair. 0as se%urou o corpo de Patty 4unto ao seu a $im de a#randar o choque. 2sperou al%uns minutos at' recuperar o $Dle%o e at' o ritmo das #atidas do cora,/o voltar ao normal. Por'm as curvas suaves que o pressionavam tornavam sua tare$a quase imposs=vel. " mulher moveu!se em seus #ra,os e os olhos de am#os se encontraram. O cora,/o de (ac) parou. Os $amiliares olhos verdes arre%alaram. Por se%undos (ac) sentiu!se com dezoito anos e o ar tinha mais eletricidade do que durante o temporal de *ansas. "utomaticamente arrumou uma mecha dos ca#elos louros de Patty que escapara do ra#o!de!cavalo. 2la pulou para o ch/o. — 3ocê est1 #em? — (ac) lhe per%untou. 9 — O que $az aqui? — Patty inda%ou. .eus olhos e6peliam $a=scas. — 2u poderia lhe $azer a mesma per%unta. — 0oro aqui. — Patty er%ueu a ca#e,a para responder. — 0udei!me h1 duas semanas. — 0as n/o disse nada so#re sua volta a 7ynn<ood na $esta em :ashin%ton. — .; decidi no mês passado. " $rieza no tom de voz de Patty surpreendeu (ac). "tri#u=ra a atitude $ria dela na $esta porque estava com um namorado mas por que a%ora? (ac) sentou!se antes para depois se levantar do ch/o. .ua camisa #ranca $icara cheia de relva e al%uns %ravetos e $olhas %rudaram nas man%as. 7impou tudo com a palma da m/o e em se%uida com o melhor de seus sorrisos disse? — .e4a #em!vinda Patty. — O#ri%ada. 0as ainda n/o me disse o que $az aqui. — "ca#ei de che%ar. 2stou matando tempo enquanto a%uardo a che%ada de minha m/e. — >uer dizer que est1 s; de visita? — Trish sentiu um al=vio imenso. — 5a verdade estou me mudando para c1. — (ac) sorriu $eliz. — >ue coincidência+ 3ocê e eu 4untos mais uma vez. &oincidência? Trish $icou horrorizada. (ac) na mesma cidade si%ni$icava complica,-es que ela n/o antecipara. .entiu um aperto no estDma%o. — 3ai morar com sua m/e? — (1 passei dessa idade n/o acha? — (ac) %ar%alhou. — Tenho minha casa. — 2m *ansas &ity? — Trish s; esperava que n/o $osse em 7ynn<ood. — Por que compraria eu uma casa em *ansas &ity? — ele per%untou. — Tra#alho em 7ynn<ood. Trish entrou em desespero. 5/o tinha dinheiro para uma nova mudan,a. 0as se tivesse para onde iria? — &omprei a velha mans/o dos "rm#ruster — (ac) continuou com a e6plica,/o. — &omprou a mans/o? — &omprei. 7em#ra!se da casa n/o? — 3a%amente — ela respondeu. &omo ela poderia ter se esquecido? " velha mans/o vitoriana conhecida pelos residentes da cidade como Ia mans/oI tinha sido o or%ulho do local durante anos. >uando os "rm#ruster moravam l1 o lu%ar estava sempre $eericamente iluminado e ao som de risadas. 2m muitas noites com o c'u estrelado e o ar quente ela e (ac) passeavam pelas cal,adas escuras at' o $im da quadra parando para apreciar a mans/o. Trish muitas vezes se per%untara o que havia naquele lu%ar para torn1!lo t/o tentador. .eria o $ato de a casa estar sempre cheia de %ente enquanto ela se sentia sempre isolada e s;? Ou a atra,/o pela casa residia na esta#ilidade da mesma? "$inal a mans/o permanecera no mesmo lu%ar por cem anos. 2ra um castelo uma $ortaleza e parte importante da cidade. &erta vez quando (ac) $or,ara!a $azer um pedido a uma estrela Trish dese4ara que a mans/o um dia $osse dela. 5aturalmente na ocasi/o seu sonho de 4uventude inclu=ra (ac) a seu lado. >ue louca $ora+ 10 — >uer ver a casa por dentro? — (ac) lhe per%untou tirando um molho de chaves do #olso. — 2u adoraria mostr1!la a você. Por um se%undo Trish sentiu!se tentada. 2m#ora tendo 4urado manter (ac) a dist9ncia sempre se per%untara se o lu%ar era t/o lindo por dentro como por $ora. (ac) sorriu #alan,ando as chaves na m/o. — 3amos Patty?+ O nome IPattyI $oi como uma ducha de 1%ua %elada trazendo!a de volta C realidade. Por que (ac) $izera o convite? Por um momento louco sentira!se tentada a ir com ele. 0as precisava lem#rar!se de que (ac) *rie%er era um camale/o um homem que podia mudar de cor em se%undos. Fm homem que podia sussurrar palavras de amor em um minuto e rir dela no minuto se%uinte. Fm homem que pro! vara n/o ser con$i1vel. — .into muito mas n/o quero ir (ac). — .e%uindo a etiqueta ela deveria ter acrescentado? Ioutro dia talvezI ou qualquer $rase para a#randar a recusa. 2m vez disso Trish er%ueu uma so#rancelha e repetiu? — 5/o quero. Por um momento Trish so$reu ao ver o desaponto no olhar de (ac). 2la n/o podia entender como (ac) conse%uia ser t/o sincero e t/o $also ao mesmo tempo. Aelizmente n/o precisava entender. "penas precisava se lem#rar. — 0eu nome ' Trish — ela disse. — Patty n/o e6iste mais h1 muito tempo. — Pode ter mudado de nome mas ainda ' a mesma pessoa. — "= ' que você se en%ana (ac). " doce e inocente Patty morrera quando ele tra=ra sua con$ian,a naqueles anos passados. " mesma pessoa? " mesma idiota perdida de amor? 5/o mais. 5unca mais. CAPÍTULO III 2stou t/o contente por você estar en$im em casa+ — &onnie *rie%er sorriu para o $ilho e colocou massa de panqueca na chapa. — "chei que tinha ido em#ora para sempre. — &omo pode achar que um ano se4a para sempre? — (ac) retri#uiu!lhe o sorriso. &onnie dissera ao $ilho antes de ele partir que receava que $osse %ostar tanto de :ashin%ton a ponto de nunca mais querer voltar a 7ynn<ood. 0as (ac) %arantira C m/e que n/o precisava se preocupar. "pesar de o tempo que passara tra#alhando em uma &omunidade Banc1ria ter sido valioso isso solidi$icara ainda mais sua convic,/o de que o 0eio Oeste era o lu%ar onde dese4ava viver. — 2 t/o #om estar em casa+ — (ac) acrescentou. 2le pDde notar que suas palavras haviam ale%rado a m/e. .; naquele instante os dois tiveram chance de sentar e conversar sozinhos. &onnie voltara tarde do %ol$e e (ulie a irm/ mais velha de (ac) passara por l1 com o marido e os $ilhos. " maior parte da tarde se passara com a m/e alimentando os netos e (ac) #rincando com os so#rinhos e a so#rinha. — Aalando so#re casa aposto que est1 ansioso por se mudar para a nova casa. — 0al posso esperar... Pensei em come,ar a levar al%umas de minhas coisas ho4e. 11 B1 mais ou menos cem anos a InovaI casa de (ac) er%uia!se tal qual sentinela nos limites da cidade. 2le a comprara em um ato impulsivo em leil/o pouco antes de sair de 7ynn<ood. 2 enquanto esteve $ora construtores restauraram a mans/o devolvendo!lhe seu ori%inal esplendor. — 8ostaria muito de a4udar você — a m/e dissera ao colocar diante dele um prato de panquecas $ume%antes com molho de moran%o e uma 6=cara de ca$'. — .into muito por vov; @rene estar $azendo parte de um torneio de #rid%e que a ocupar1 o dia inteiro do contr1rio estaria em sua casa a%ora. 0as vovD che%ar1 ao meio!dia. Os mem#ros do clu#e dele est/o $azendo palestras para crian,as esta semana. (ac) sorriu ao pensar em seu avD cercado de alunos da escola local. 2m#ora tendo ele sido #om para (ac) quando em idade de crescimento o anti%o Presidente do Banco sempre se sentira mais con$ort1vel conversando so#re assuntos #anc1rios com homens de certa idade do que com seus pr;prios netos. O $ilho o pai de (ac) $ora idêntico. .upervisionar #ancos $ora sua prioridade número um e desde tenra idade (ac) havia sido orientado para se%uir a carreira do pai. >uando o pai morrera em acidente de carro (ac) ainda estudava e apenas Patty entendera a press/o que ele sentira isto ' o medo de se ver lan,ado cedo demais em uma carreira que n/o tinha certeza se realmente dese4ava se%uir. (ac) comeu um peda,o de panqueca e pensou so#re a primeira vez em que realmente se dera conta da e6istência de Patty Bradley. Arequentavam a mesma escola desde os treze anos de idade. 0as entre esportes sair com ami%os e tra#alhar no #anco (ac) nunca encontrara tempo de dar aten,/o C mo,a que morava ao lado. "t' um s1#ado C noite ao voltar de uma $esta. 7utava por a#rir a porta de sua casa sem sucesso quando ouviu uma voz $eminina cham1!lo pelo nome. Orientado pelo som viu Patty sentada nos de%raus do terra,o da casa da av; com um saco de #atata $rita em uma das m/os e um re$ri%erante na outra. .eus ca#elos louros estavam presos por um el1stico em um ra#o!de!cavalo. De corpo arredondado usava camiseta $ol%ada e cal,a de %in1stica. (ac) havia tido uma #ri%a com a namorada e pretendia lo%o $azer as pazes. 0as o saco de #atata o tentou e o $ez per%untar se podia sentar!se l1 com ela. Depois de curta hesita,/o Patty convidou!o. &onversaram at' as três horas da madru%ada. Patty n/o dei6ou de impression1!lo. (ac) viu lo%o que a %arota sa#ia ouvir e era #oa na troca de con$idencias. Aicaram ami%os... em v1rios aspectos. 5a escola tudo continuara do mesmo 4eito. 2le pre$eria viver rodeado de ami%os enquanto Patty pre$eria $icar s;. Ou ao menos ele ima%inara que $osse assim. (ac) nunca se sentira culpado por isso. "t' vê!la naquela $esta dois meses atr1s nunca se considerara seu único ami%o. 0as a%ora quando pensava no caso perce#ia que ela estava sempre dispon=vel. .empre esperando por ele. Passavam quase todas as se6tas $eiras e s1#ados 4untos. Bem tarde da noite depois que sua m/e e a av; de Patty iam para a cama sentavam!se e conversavam. Aizeram disso um ritual... 2le voltava para casa ela o a%uardava no terra,o. Bavia sempre uma lata de re$ri%erante esperando por ele. Depois daquela primeira noite (ac) nunca se per%untara se Patty era #onita ou $eia. .e era ma%ra ou %orda. 2la era apenas Patty sua ami%a e con$idente. 12 — (ac)? — " voz da m/e interrompeu seus pensamentos. — 3ocê ouviu o que eu aca#ei de dizer? — 2la sacudiu a ca#e,a e riu. — 2u per%untei se você n/o achava maravilhoso o $ato de a casa da Ivov;I estar novamente ocupada. — 2 eu lhe contei que a vi em :ashin%ton? — >uem? — &onnie inda%ou con$usa. — Patty Bradley. — 3ocê a viu? — 0al pude acreditar. &omo 41 deve sa#er ela atende pelo nome de Trish a%ora e n/o se parece nada com a velha Patty. De repente (ac) perce#eu por que se pertur#ara tanto ao vê!la. Patty estava linda. Patty estava so$isticada. Patty n/o era a mulher da qual se lem#rava. — " velha Patty? (ac) você mal a conhecia. Durante todos os anos em que ela morou ao lado n/o o ouvi dizer duas palavras so#re a mo,a. (ac) come,ou a discutir quis contar que ele e Patty haviam sido ami%os =ntimos. 0as parou ao perce#er que a m/e nunca acreditaria nele. — 5a verdade conversamos mais do que você ima%ina — ele apenas disse. — Patty ' uma %rande mulher. 3ocê teria %ostado dela. 2 Patty %ostaria de sua m/e tam#'m. Patty lhe dissera tantas vezes como sentia $alta da m/e+ 2 o que $izera ele para a4ud1!la? (ac) n/o precisava $azer a per%unta a si mesmo. .a#ia a resposta. .ua $ome havia passado colocou o %ar$o de lado e a$astou a travessa de panquecas. — 2stou ansiosa em $azer amizade com ela — a m/e de (ac) comentou. — 2 com o $ilho. — 2u n/o lhe %aranto que isso se4a poss=vel. — (ac) pe%ou os pratos e colocou!os na pia. — >uando $alei com Patty ontem ela mal me deu cinco minutos para uma conversa mais lon%a. Penso que n/o este4a interessada em amizade com vizinhos. — Oh meu Deus n/o se4a a#surdo+ — &onnie riu. — .; porque ela n/o caiu em cima de você como muitas mulheres o $azem isso n/o si%ni$ica que n/o quer ser ami%a. Trish ' uma pessoa maravilhosa e tenho a impress/o de que vamos ser #oas ami%as. (ac) olhou pela 4anela da cozinha. Talvez sua m/e tivesse raz/o. Talvez ele houvesse esperado demais de Patty. Ou talvez estivesse certo e Patty %uardasse al%uma m1%oa do passado contra ele. 3oltou a olhar pela 4anela. 2m#ora n/o conhecesse todas as crian,as da vizinhan,a pelo nome (ac) as conhecia de vista. Por'm o menino moreno que tentava acertar o cesto do #asquete no quintal n/o lhe era $amiliar. — >uem ' aquele %aroto? — ele per%untou C m/e. &onnie $oi at' a 4anela. — É Tommy Bradley. 2le vem aqui todos os dias para praticar. — É o $ilho de Patty? — Dessa vez (ac) n/o pDde esconder sua surpresa. — 2sse menino ' %rande demais para ter apenas oito anos. — Oito? Trish me disse que ele tinha nove — &onnie declarou. — 2le n/o pode ter nove+ — (ac) protestou. — Talvez eu tenha escutado mal. 0as você me parece interessado demais em meu novo vizinho. 0as isso n/o pode ter nada a ver com o $ato de a m/e dele antes um patinho $eio ter a%ora se trans$ormado em um cisne. Tem? 13 — 5/o tem nada a ver com aparências — (ac) comentou. — 2 Patty nunca $oi $eia. " m/e parou de sorrir desapontada com o protesto veemente do $ilho. — Desculpe m/e. 5/o sei o que me deu para $alar assim com você. (ac) n/o era o mesmo desde a noite da $esta em :ashin%ton. " noite em que vira Patty. " noite em que velhos sentimentos e emo,-es voltaram C tona. — (ac)? 2u estava #rincando. 8osto de Trish. 5/o quis dizer nada de desa%rad1vel so#re ela. — Tudo #em m/e. .a#e $az anos que n/o acerto uma #ola sequer na cesta. — Tommy adoraria sua companhia. O menino n/o se quei6a mas sei que se sente s;. (ac) olhou mais uma vez para o vulto solit1rio. .em pensar nas cai6as esperando por ele no 4ipe para serem enchidas saiu pela porta dos $undos. Tommy $itou!o com certa preocupa,/o em seus olhos azuis. 2 disse? — " .ra. *rie%er $alou que eu poderia praticar aqui. O menino se%urava a #ola contra o peito com medo de que (ac) a tirasse dele. — Hela6e. — (ac) sorriu. — 5/o vim aqui para e6puls1!lo. .ou (ac) $ilho da .ra. *rie%er e velho ami%o de sua m/e. "chei que %ostaria de um companheiro de 4o%o. — &laro. — O olhar do menino se iluminou. "p;s trinta minutos o#servando Tommy atirando a #ola e encestando em 4o%adas di$=ceis (ac) concluiu que o menino tinha talento. Possu=a #om equil=#rio e m/os %randes al'm de natural atletismo. — &he%a — (ac) sentou!se em um de%rau. — 3amos descansar um pouco. — Depois do descanso podemos 4o%ar mais? 0inha m/e n/o terminar1 de $azer o almo,o t/o cedo. — 0as ' que eu preciso ir — (ac) declarou. — >ue tal amanh/? — 5/o posso estarei me mudando. >uem sa#e seus ami%os... — 5/o tenho ami%os. 5/o ainda de qualquer $orma. 0as tudo #em. 2stou acostumado a 4o%ar sozinho. 2m#ora o menino n/o $osse $isicamente semelhante C m/e naquele particular (ac) pDde en6er%ar qualquer coisa de Patty em sua solid/o. — 2u posso che%ar aqui Cs quatro horas. — (ac) s; pensava em Patty. 2m tudo que ela lhe o$erecera e no nada que lhe dera de volta. — 3ocê conhece meu so#rinho 0att &ullen? "cho que ele tem mais ou menos sua idade. — &onhe,o. 2le est1 na minha turma de nata,/o. — Pensei em convid1!lo e ao pai para 4o%arem tam#'m. 2m#ora seu cunhado viesse depois do tra#alho a $im de a4ud1!lo na mudan,a Dan era um homem de $am=lia e (ac) sa#ia que ele %ostaria de mudar seus planos se isso si%ni$icasse 4o%ar #asquete com o $ilho. — 2u adoraria — Tommy con$essou. — 0as e se eles disserem In/oI? — .e isso acontecer ent/o seremos apenas n;s dois. O que acha? O sorriso a#erto de Tommy $oi a resposta de que (ac) precisava. 2le retri#uiu o sorriso e uma sensa,/o de prazer o invadiu. 5unca se sentira t/o #em outras vezes na vida quando $izera o que considerara certo. 14 Trish co#riu melhor o $ilho. — Divertiu!se ho4e? — per%untou. 2la n/o sa#ia por que per%untara. 0as do momento em que o chamara para almo,ar perce#eu qualquer coisa no menino no rosto no andar no modo como lhe pedira para repetir a comida. Pela primeira vez desde que se mudaram Trish teve a distinta sensa,/o de que tudo iria ser melhor. — Aoi o melhor dia desde que che%uei aqui — ele respondeu a$undando a ca#e,a no travesseiro. — 2ncontrou um novo ami%o? — Trish tentou se manter indi$erente como se n/o se importasse. "cima de tudo n/o queria que ele pensasse que sa#er se encontrara ou n/o ami%os era $ato importante para ela. &omo acontecia com minha av;. .ua av; era uma mulher maravilhosa mas queria desesperadamente que a neta tivesse ami%os. — 5/o mas... — Tommy pensou um momento. Trish esperou. "prendera a n/o apressar o $ilho. &om o tempo Tommy diria tudo mas tinha de ser na hora certa para ele. — 0att &ullen poder1 aparecer por aqui amanh/ C tarde. — 0att? — Fma va%a ima%em de um menino louro sur%iu na mente de Trish. — Para a aula de nata,/o? — É. — Parece ser um #om menino. — 2ra a primeira vez desde que se mudaram para 7ynn<ood h1 três semanas que Tommy ia rece#er um ami%o em casa. — 2st1 ansioso? — "cho que sim. — Arequentei a escola com um &ullen. 2le era três ou quatro anos mais velho do que eu. — Trish $ez uma pausa. — .er1 o pai desse menino? — 5/o sei. — Tommy sacudiu os om#ros. — 2 tam#'m n/o importa. Aarei al%uns #iscoitos para vocês e... — ela parou de $alar de repente lem#rando!se. — Oh n/o n/o estarei aqui C tarde. — >uer dizer que 0att n/o pode vir? — Tommy $icou terrivelmente a#orrecido. — Pode sim. &laro que ele pode vir. — Patty s; rezou para que a mo,a de dezesseis anos que contratara a $im de tomar conta de Tommy enquanto ela estivesse $ora n/o se importasse de tomar conta de dois. "$inal isso at' tornaria seu tra#alho mais $1cil. — .; preciso $alar com .amantha. 2la vai $icar com você enquanto eu $or a minha entrevista. 5/o ' maravilhoso a mam/e ter um empre%o? Trish n/o lhe contou que o tra#alho era em *ansas &ity. 2la precisava pa%ar suas contas e essa posi,/o tinha uma in$inidade de vanta%ens? muitos #ene$=cios e6tras um sal1rio i%ual ao de :ashin%ton e a descri,/o do empre%o parecia #oa demais para ser verdade. — 3ocê acha que 0att vai trazer a pr;pria #ola? — 5/o sei querido. — Trish decepcionou!se. 2sperava que o $ilho $icasse mais contente com a not=cia do empre%o. — .e ele n/o trou6er a #ola — Tommy disse — n;s dois podemos usar a minha. 15 Trish sentiu o cora,/o apertado. Tommy sempre adorara sair com a m/e e ela o arrastava por toda a cidade. 2 pela primeira vez perce#eu como ele necessitava um ami%o. — .a#e como eu amo você n/o sa#e meu $ilho? Tommy riu da per%unta $amiliar. Tornara!se um ritual noturno. — 0ontes e montes? — @sso mesmo. — Trish a#ra,ou!o com $or,a. — 2 nunca se esque,a disso. 2la sentou!se na #eirada da cama at' o $ilho adormecer. 2le era t/o 4ovem t/o inocente+ "quela lon%a noite com (ac) anos atr1s mudara o curso de sua vida. 0as lhe dera um %rande tesouro. Tommy estava sendo um menino #om at' o presente. 2 se achava $alta em um pai nunca mencionara. 5/o revelar a (ac) que ele iria ser pai $ora a decis/o certa. 0as se (ac) a amava na mesma intensidade com que ela o amava Tommy teria am#os uma m/e e um pai. Trish suspirou. Por que ela se torturava com pensamentos do que poderia ter sido? 3iviam em um mundo real n/o em um mundo de contos de $adas com $inal $eliz. Fm mundo onde mesmo você amando al%u'm esse al%u'm n/o neces! sariamente a amava. Fm mundo onde Cs vezes era preciso aprender a duras penas que o Pr=ncipe 2ncantado pode ser encontrado apenas nas p1%inas de um livro de hist;rias. CAPÍTULO IV 2sse menino ' um verdadeiro pu%ilista. — " voz de Dan &ullen soou cheia de admira,/o. — 2le tem muita ener%ia. — (ac) esticou!se em uma das cadeiras pre%ui,osas que tirara da %ara%em de sua m/e. — Aico cansado s; em olh1!lo 4o%ar. — 5/o me venha com essa — disse Dan. — 3ocê ainda estaria l1 competindo comi%o se minha perna n/o me tivesse dado pro#lemas. Durante a última hora (ac) e o cunhado 4o%aram $ute#ol com os dois meninos. Depois que Dan machucara o 4oelho no ano anterior em um acidente de esqui ele come,ara a ter pro#lemas com a perna. — "credite no que lhe di%o — (ac) $alou tomando um %ole de ch1 %elado. &oncentrou sua aten,/o em 0att e Tommy e comentou? — 2sses meninos est/o %astando ener%ia demais. (ac) pulou de sua cadeira no instante em que a #ola de 0att atin%iu Tommy. (ac) atravessou o p1tio em três passadas por'm n/o $oi su$icientemente r1pido para impedir que Tommy ca=sse. — Tommy+ — (ac) a4oelhou!se ao lado dele. — 3ocê est1 #em? 71%rimas escorriam dos olhos de Tommy mas ele as en6u%ava depressa com as m/os. (ac) podia ver que o menino $azia de tudo para n/o chorar. — 2le est1 machucado? — 0att per%untou preocupado. — 5/o quis derru#1!lo. — Tommy est1 #em. 0as acho que che%a de #asquete por ho4e. — 3ocê tem raz/o. 0att e eu temos de ir — disse Dan. — (ulie 41 deve ter posto o almo,o na mesa. 16 — .into mesmo muito Tommy — 0att se desculpou. — Talvez quando você se sentir melhor poderemos 4o%ar de novo... — &laro — Tommy respondeu mordendo o l1#io. (ac) esperou at' que Dan e o $ilho sa=ssem e virou!se para Tommy dizendo? — .eu 4oelho parece #em machucado. — 2 d;i muito. — " voz de Tommy tremia. (ac) sentiu o cora,/o apertado. Detestava ver uma pessoa chorar em especial uma crian,a. 0as e6pressar muita compai6/o poderia apenas tornar a coisa pior. — .ei que d;i. — (ac) viu o $erimento no 4oelho de Tommy. — "cho que precisamos colocar um curativo a=. — 2 vai doer mais ainda. — Aarei com muito cuidado. Tommy $itou (ac) durante al%um tempo para s; depois $azer um sinal a$irmativo com a ca#e,a e se levantar. .amantha a mo,a que $ora l1 para tomar conta de Tommy arre%alou os olhos quando o viu entrar. — Oh meu Deus o san%ue est1 escorrendo pela perna dele+ — ela %ritou. — @sso sempre acontece quando se machuca o 4oelho — disse (ac) lan,ando C mo,a um olhar de censura. — 5/o sou #oa quando ve4o san%ue — comentou .amantha enquanto acompanhava os dois at' o interior da casa. — Desmaiei uma vez na aula de Biolo%ia. — 5/o precisa $azer nada cuidarei de tudo. — Onde Patty estava com a ca#e,a ao contratar aquela mo,a para tomar conta do $ilho? — Pode ir em#ora. 2u $ico aqui at' a m/e dele che%ar. .amantha $icou em dúvida. Besitava entre cumprir sua miss/o de %overnanta e o dese4o de ir em#ora. — 2le ' um velho ami%o de minha m/e — disse Tommy repetindo as palavras que ouvira de (ac) da v'spera. — 2st1 #em ent/o. Di%a C .ra. Bradley que pode me pa%ar amanh/. (ac) tirou do #olso uma nota de vinte d;lares e lhe deu. — @sso ' su$iciente? — per%untou. — 2 a quantia e6ata — a mo,a respondeu e pDs o dinheiro no #olso. — "t' lo%o .amantha — Tommy sussurrou. — Aique calmo — .amantha recomendou. — 2 n/o dei6e esse senhor machuc1!lo muito. (ac) en%oliu um protesto. "ssim que .amantha saiu ele pe%ou uma toalha úmida e sa#/o. 5otou o olhar preocupado de Tommy e tentou acalm1!lo? — 3ai arder um pouco mas precisamos limpar essa $erida. — 2u sei. Posso a%uentar. >uinze minutos mais tarde o $erimento estava limpo desin$etado enrolado em uma %aze que (ac) encontrara no arm1rio do #anheiro. Bavia aca#ado de colocar Tommy em uma cadeira pre%ui,osa com um copo de laran4ada na m/o quando a porta da $rente a#riu. — .amantha che%uei. — 2stamos aqui mam/e. Trish $oi at' a entrada da sala e parou. Olhou de Tommy para (ac). — O que você $az aqui? — ela per%untou a (ac). — 2 onde est1 .amantha? — 2la teve de sair. — O sorriso acolhedor de (ac) sumiu. 17 — O .r. *rie%er disse que cuidaria de mim — Tommy respondeu depressa pois o menino perce#era tens/o no ar. — Tudo #em n/o mam/e?+ — &laro que sim querido. .; que essa era responsa#ilidade de .amantha n/o do .r. *rie%er. — "quela mo,a era 4ovem demais para $icar cuidando dele por tantas horas — (ac) e6plicou. — "cho que sou melhor 4uiz para o caso do que você — Trish revidou de mau modo. — 5/o concordo. 2la pode servir para cuidar de Tommy enquanto você vai $azer al%umas compras ou coisa parecida... O san%ue de Trish $erveu. >uem era (ac) para insinuar que ela n/o era #oa m/e? >ue n/o sa#ia o que era #om para o pr;prio $ilho? 2le n/o estivera presente quando ainda #e#ê Tommy chorava C noite nem quando tivera catapora. 2la tra#alhava e era m/e ao mesmo tempo. — ...mas n/o tem #astante idade para a%ir em uma emer%ência como esta — (ac) terminou a senten,a interrompida. 2mer%ência. — >ue emer%ência? — Trish inda%ou. Olhou para o $ilho e pela primeira vez notou a #olsa de %elo no 4oelho. — >uerido o que houve? — &a=. 5ada de t/o %rave assim mam/e. — &omo aconteceu isso? — 2la olhou para (ac) a%uardando uma resposta. — Os meninos correram um de encontro ao outro. — (ac) sacudiu os om#ros. — Os meninos? — 0att &ullen — Tommy respondeu. — O da aula de nata,/o. — 7em#ro!me a%ora. — Trish $itou (ac). — 0as isso ainda n/o e6plica o que você $az aqui. — (o%1vamos #asquete — Tommy disse o rosto tenso de preocupa,/o. — Aoi divertido mam/e. — Tudo est1 #em Tommy. .ua m/e s; tenta sa#er como aconteceu. — (ac) procurava acalmar o menino. 0as antes que Trish dissesse que ela podia muito #em acalmar o pr;prio $ilho ele continuou? — O pai de 0att ' meu cunhado Dan. "chamos que seria interessante 4o%armos os quatro. — Haspei meu 4oelho — Tommy e6plicou. — 2 o .r. *rie%er $ez o curativo. — Aoi %rave? — Trish per%untou a ele dessa vez amavelmente pois reconhecia que (ac) cuidara de seu $ilho. — 5/o muito %rave. 2m#ora ache que a perna v1 $icar dolorida por al%uns dias. — 5esse caso n/o haver1 mais 4o%o para você Tommy. "o menos por enquanto. — "h mam/e. 5/o $oi nada assim t/o ruim. 0att n/o pode vir aqui e... Trish $ranziu a testa e Tommy parou de $alar. — Patty... quer dizer Trish — (ac) sorriu. — 0att ' um #om menino. 5/o machucou Tommy de prop;sito. Aoi uma dessas coisas de crian,a. — "contece que Tommy ' meu $ilho (ac) e eu decido com quem ele 4o%a e quando. — 0as mam/e... — Tommy %emeu. Trish $ez o menino parar de $alar com um olhar. Es vezes ela se considerava severa demais com Tommy mas vira tantas vezes m/es solteiras perder o controle dos $ilhos e n/o queria que isso sucedesse consi%o. 18 — 5/o $a,o oposi,/o a que 0att venha aqui — ela disse diri%indo!se ao $ilho. — "penas n/o acho conveniente neste $im de semana. >uero arrumar tudo na casa antes de come,ar a tra#alhar e vou precisar de você para me a4udar. Posso contar com isso? Tommy concordou em#ora com relut9ncia. — &onse%uiu o tra#alho? — (ac) lhe per%untou. — Tommy me contou que você ia ter uma entrevista. "pesar da vontade de dizer a (ac) que sua vida pessoal n/o era da conta dele hesitou pois a per%unta lhe parecera mais cortês do que produto de curiosidade. — Penso haver muita chance — Trish respondeu. — "cho que mam/e vai tra#alhar em um #anco — Tommy comentou. — 0esmo? >ue #anco? — (ac) quis sa#er. — Primeiro Banco &omercial de *ansas &ity. 2st/o e6pandindo al%uns departamentos. — Primeiro Banco &omercial? — (ac) repetiu sorrindo. — Fm ami%o de meu avD ' mem#ro da diretoria. Terei muito prazer em pedir a meu avD que a a4ude a conse%uir o empre%o. Es vezes uma palavrinha '... — O#ri%ada. — Trish $or,ou um sorriso. — Pre$iro conse%uir por mim mesma. — 5/o haveria nenhum pro#lema — (ac) insistiu. — 0esmo assim quero o#ter o empre%o por mim mesma — Trish repetiu com olhar $irme e direto. 2m#ora quisesse o empre%o e precisasse muito dele n/o queria (ac) envolvido em nenhuma parte de sua vida. &ometera esse erro uma vez. CAPÍTULO V Trish desli%ou o tele$one tentada a se #eliscar para ter certeza de que n/o estava sonhando. 5a v'spera lhe tele$onaram do #anco in$ormando!a de que n/o contratariam novos $uncion1rios por v1rias semanas. 5o dia se%uinte ou melhor naquele momento o %erente do Departamento de Hecursos Bumanos tele$onara o$erecendo!lhe a posi,/o. Por um instante ela se per%untara se (ac) havia inter$erido mas lo%o descartou a id'ia pois tinham conversado so#re o assunto apenas na noite anterior. 5/o teria havido tempo para isso. O car%o era tudo o que Trish sempre dese4ara. 2 mais importante ainda queriam que ela come,asse imediatamente. .e%unda!$eira pela manh/ rece#eria orienta,/o. "ssim teria apenas aquele $im de semana para ter a casa em ordem e... para encontrar uma companhia para Tommy durante o dia. 2 se n/o encontrasse? O que $aria? 7o%o pDs esse pensamento de lado lem#rando!se de que havia dezenas de adolescentes dese4ando al%um dinheiro e6tra tra#alhando como #a#1s durante certas horas. "penas precisava encontrar uma #oa. 2 seria interessante come,ar imediatamente essa procura. Pe%ou o tele$one e li%ou para .amantha. 19 0eia hora mais tarde Trish deu um suspiro de des9nimo. Todo o mundo em 7ynn<ood estava no #aile do parque? Tommy lhe dissera que haveria uma competi,/o entre veteranos e alunos da escola antes do #aile e que se tratava de um %rande evento. 2la n/o acreditara. "t' o presente instante. Olhou o rel;%io. O 4o%o devia estar quase terminando. .e ela $osse at' o local encontraria .amantha e conversaria com ela pessoalmente. 5o m=nimo poderia apanhar Tommy que $ora ao 4o%o com 0att e a $am=lia. "inda na esperan,a de que encontraria antes do $im do dia uma pessoa para $icar com Tommy Trish saiu de casa. "s arqui#ancadas estavam cheias e os dois times ainda 4o%avam quando Trish che%ou ao campo de #eise#ol. 3iu lo%o .amantha e as ami%as interessadas na conversa com um %rupo de 4o%adores e achou n/o ser aquela a melhor hora para se apro6imar das %arotas. 0esmo n/o sendo %rande $/ de esportes Trish decidiu assistir ao 4o%o para passar o tempo. 2ncontrou um lu%ar vazio quase na última $ila da arqui#ancada. .u#iu os de%raus i%norando os olhares curiosos. 2m#ora estando em 7ynn<ood h1 quase um mês n/o sa=ra muito. 5/o encontrara muita %ente conhecida e quando encontrava essas pessoas n/o a reconheciam. 2 al%umas vezes quando a reconheciam pre$eria que isso n/o tivesse acontecido. " .ra. Hussel@ %erente de uma lo4a e nada ma%ra anunciara a todos que Ia mo,a %orda a%ora n/o era mais %ordaI. " cai6a de um #anco 4urava que Trish n/o podia ser a neta da .ra. :atson porque essa tal neta era muito %orda e nada #onita. Deveria $icar contente com os coment1rios mas n/o $icava. 2m#ara,ava!a sa#er que todos haviam comentado so#re ela Cs suas costas. &om a sensa,/o de que estivesse acontecendo naquele momento Trish ouvia as palavras de (ac) se%uidas das risadas dos ami%os? I&omo se al%um dia eu pudesse ter um relacionamento amoroso com elaI. .o$ria s; em se lem#rar. Fma #oa 4o%ada no #eise#ol tirou Trish de seu sonho. " multid/o aplaudia de p'. Trish virou!se a tempo de ver (ac) no campo. Aora a 4o%ada dele que pusera seu time na $rente. (ac) era o homem do momento. 0ais uma vez. (ac) sempre $ora popular. Orador da turma. Presidente dos veteranos. Ja%ueiro no $ute#ol. Trish deu um suspiro e $oi ocupar um espa,o mais na ponta da arqui#ancada. .orriu para a menina a seu lado. — &omo vai? — per%untou. — "%ora tenho três. — " menina er%ueu três dedos. — *aela a senhora n/o per%untou quantos anos você tem — a m/e sorriu. — 5/o pode dizer Ivou #emI? — 3ou #em — a %arota disse e escondeu o rosto na saia da m/e. — 5/o $requentamos a escola secund1ria 4untas? — a m/e da menina de sú#ito per%untou a Trish. — .ou 0issy &#ell. 5aquela 'poca meu so#renome era "ndre<s. 0issy "ndre<s. 7em#ra!se? .e me lem#ro? &omo poderia me esquecer? Pareceu a Trish que uma $aca lhe atravessava o cora,/o. Aamosa com enorme quantidade de ami%os e admiradores 0issy "ndre<s era o tipo de mulher que Trish sempre dese4ara ser e que nunca $ora. — 2 você era... 20 — Patty Bradley — disse Trish sentindo!se estranha e com dezessete anos de novo. Trish amaldi,oou sua inse%uran,a que a $izera hesitar ao dizer seu anti%o nome. — 3izinha de (ac) *rie%er n/o '? — 0issy sorriu. — "chei que era você mas n/o tinha muita certeza. 2st1 t/o di$erente+ — Passaram!se dez anos 41. — 2 est1 linda — disse 0issy. — 5ada i%ual C Patty de que me lem#ro. — 0udei meu nome para Trish a%ora. — 8osto desse nome — comentou 0issy. — &om#ina com você. 3enho pensando tam#'m em mudar meu apelido. 0esmo que $altem ainda al%uns anos para eu completar trinta. 5/o consi%o me ima%inar atendendo pelo apelido de 0issy com essa idade. — 0udei meu nome depois que terminei o curso secund1rio. 7o%o depois — Trish e6plicou. — 2nquanto morei em :ashin%ton $ui sempre Trish mas aqui al%umas pessoas ainda me chamam de Patty. — Dê!lhes tempo. &he%ar/o l1. B1 quantos meses est1 em 7ynn<ood? .urpreendo!me n/o a ter encontrado antes. — 2stamos aqui h1 pouco mais de um mês — disse Trish. — .eu marido $oi trans$erido para esta 1rea? — 2m#ora tendo contado para todos durante anos que se casara ao terminar o curso secund1rio $icado %r1vida lo%o depois e se divorciado em se%uida por qualquer raz/o que n/o sa#eria e6plicar n/o conse%uiu contar a velha mentira mais uma vez. — .omos s; eu e meu $ilho — Trish $alou isso apenas. — &omo *aela e eu tam#'m. — 0issy reme6eu nos ca#elos da menina. — Dere) e eu nos separamos no ano passado. 0or1vamos em *ansas &ity mas depois do div;rcio decidi voltar para c1. 5/o tinha muita certeza se iria me acostumar por'm (ac) e meus outros ami%os têm sido maravilhosos. — (ac)? — Trish sa#ia que tinham sido namorados na escola portanto o $ato de continuarem ami%os a%ora n/o a devia ter surpreendido. 0as surpreendeu!a. — (ac) *rie%er — 0issy disse. — .ei que vocês dois n/o eram muito li%ados mas n/o me di%a que n/o se lem#ra dele. — 7em#rar!se de quem? — Fma voz %rave soou ao lado de Trish e ela virou! se. — "lD Trish — (ac) disse lan,ando o olhar para os om#ros nus dela. — Tio (ac)+ — *aela a#ra,ou (ac) na altura dos 4oelhos. — "lD princesa. — (ac) carre%ou *aela no colo e sorriu. — 3ocê parece uma a#;#ora com esse vestido. " menina %ar%alhou e Trish sorriu. — *aela $oi $ormid1vel durante o 4o%o — 0issy comentou. — 5;s duas %ritamos quando você $ez aquela 4o%ada. .e eu ainda estivesse na escola teria or%anizado uma equipe para aplaudi!lo. 2 pensar que tivera esperan,a de que 0issy poderia ter mudado+ Trish disse a si mesma. — É melhor que eu me v1 — ela $alou. — .e $or come,ar a tra#alhar na se%unda!$eira n/o terei muito tempo para or%anizar minha vida incluindo encontrar uma #a#1 que cuide de Tommy. — O lu%ar ' seu — (ac) declarou. — 2u sei. O %erente do Departamento de Hecursos Bumanos do Banco me tele$onou esta manh/. 21 — Para#'ns. — (ac) cumprimentou!a. — @sso ' maravilhoso. 2u sa#ia que tudo iria dar certo. — Para#'ns — disse 0issy. 2la levantou!se $oi para o lado de (ac) e deu!lhe o #ra,o. — 3ocê est1 pronto para ir ao piquenique? *aela e eu estamos morrendo de $ome. Trish perce#eu que 0issy queria a$ast1!la de (ac). Hiu ao pensar que 0issy "ndre<s estava com ciúme. .e al%u'm devia ter ciúme esse al%u'm teria de ser ela. Por'm Trish n/o tinha. Porque ter ciúme implicaria em dese4ar (ac) *rie%er. 2 n/o o dese4ava. 5/o em sua vida. 2 certamente n/o em seu cora,/o. (ac) esperou at' que 0issy e *aela entrassem em casa antes de partir. 2m#ora 7ynn<ood $osse uma comunidade se%ura 0issy 4urara que o e6!marido a se%uira quando $ora $azer compras em *ansas &ity no último $im de semana. 3ivia em espinhos desde ent/o assim dizia. >uando 0issy o convidara para entrar ele quase aceitara. 0as isso at' en6er%ar o #rilho nos olhos dela e se dar conta de que o convite tinha mais a ver com solid/o do que com medo do e6!marido. (ac) n/o estava interessado em novo relacionamento amoroso com 0issy. &onsiderava!se #om ami%o e adorava *aela... mas qualquer $o%o que no passado queimara entre os dois havia muito se e6tin%uira. .ua irm/ lhe dissera que se queria mesmo uma $am=lia %rande precisava encarar a vida seriamente. 0as era $1cil para (ulie $alar. 2la e Dan &ullen se conheceram na escola e Dan era o homem de sua vida. &asaram!se quando ainda estavam na escola e nunca pensaram em se separar. (ac) dese4ava esse mesmo tipo de amor. 0as n/o se preocupava com isso ainda. Bavia coisas muito mais importantes em que pensar. .eus pensamentos se voltaram para Trish e para como se sentia com o novo empre%o. (ac) disse a si mesmo que n/o poderia se esquecer de a%radecer ao ami%o de seu avD pela a4uda que dera. Trish precisava de uma compensa,/o. "pesar de n/o haver dito nada (ac) sa#ia que a perda do empre%o em :ashin%ton $ora um tremendo %olpe em sua autocon$ian,a. O#ter outro empre%o era um #om passo para resta#elecer a con$ian,a em si. O pr;6imo passo seria encontrar uma #a#1 para Tommy. >uando ele mencionara o $ato a (ulie ela lhe dissera que a maioria das alunas que $aziam esse tra#alho eram contratadas com meses de antecedência. (ac) parou em um sem1$oro e decidiu que daria a Trish um prazo at' o dia se%uinte para encontrar uma #a#1. .e ela n/o tivesse sucesso veria o que poderia $azer no sentido de a4ud1!la. Trish querendo ou n/o. — Temos de ir C i%re4a? — Tommy pu6ou com $or,a sua corrente. — 5/o podemos em vez disso ir s; comer $ora? — "lmo,aremos depois da i%re4a. — Trish olhou no espelho retrovisor do carro e limpou uma mancha de #atom do rosto. — "l'm disso 41 estamos na i%re4a. — "posto que sua m/e n/o mandava você ir C i%re4a quando tinha minha idade. — 5a verdade era eu quem queria ir C i%re4a. "inda n/o tinha a idade de Tommy quando ela e a m/e se mudaram para a casa da av;. 2 o que dissera a Tommy era a pura verdade. Aora C i%re4a todas as semanas. &ada semana cruzava as m/os 22 #ai6ava a ca#e,a e rezava para que o c9ncer de sua m/e $osse cur1vel e para que seu pai voltasse. 0esmo depois da morte da m/e Trish continuara a rezar. "t' o dia em que a av; lhe contara que seu pai se casara de novo e se mudara para a &ali$;rnia. &om a nova esposa. .em ela sua $ilha. Trish n/o pDs mais os p's em uma i%re4a at' se encontrar sozinha e %r1vida sem ter para onde ir. 0as com o tempo come,ara a achar que tudo o que acontecia tinha uma raz/o de ser. Por ter se mudado para 7ynn<ood encontrara (ac). Por causa de (ac) tivera Tommy. — "mo tanto você — ela disse a#ruptamente sorrindo para o $ilho. — 2st1 #em mam/e. — Tommy a#rira a porta do carro mas lo%o $echou!a de novo. — Tudo #em você dizer isso em casa mas n/o $ale se al%u'm estiver ouvindo. — 2st1 #em prometo. — Trish deu um dram1tico suspiro. — 0as ao menos di%a se me ama tam#'m. — 0am/e+ — Tommy resmun%ou e revirou os olhos. — Talvez se4a melhor eu a#rir a porta assim todos podem ouvir... — 2u amo você. — "s palavras de Tommy vieram como um tur#ilh/o. — 2st1 #em? — Per$eito. — Trish sorriu. — 3amos entrar. Pelo #em de Tommy Trish procurou a%ir com con$ian,a mas preocupava!se em como seria voltar Cquela pequena i%re4a ap;s ter estado a$astada por tanto tempo. Por'm no instante em que viu o pastor :illiams todo o seu medo evaporou! se. 2le sorriu ao vê!la e quando Trish apro6imou!se para cumpriment1!lo a#ra,ou!a. — Patty Bradley+ 2 t/o #om estar com você de novo — ele e6clamou. — .e4a #em!vinda. 71%rimas inesperadas correram de seus olhos ante a sincera recep,/o. — 2sse deve ser seu $ilho. — 2 virando!se para Tommy ele continuou? — .ua av; me contou tudo so#re você. — 0esmo? O que $oi que ela disse? — >ue você %ostava muito de esportes. Temos uma li%a de #asquete que pratica no &entro Hecreativo da i%re4a nas noites de quinta!$eira. 8ostar=amos que se 4untasse a n;s. — 5/o sei... — Tommy respondeu. — O time de 0att &ullen est1 precisando de outro 4o%ador. — 0att $requenta esta i%re4a? — .im ele $requenta. — O pastor apontou para al%uns #ancos mais atr1s. — 5a verdade ele est1 sentado com a $am=lia l1 no $undo C direita. — 3ou lhe dizer IalDI. — Tommy $oi ao encontro do ami%o sem hesitar. — 0att ' um menino maravilhoso Patty — disse o pastor. Trish n/o se importou em corri%i!lo. Tinha a impress/o de que seria sempre Patty para ele. — .into!me muito $eliz a%ora — ela con$essou ao pastor. — Bouve uma 'poca em que n/o era. — 2u sei. 0as amadureci desde ent/o. 2spero que o senhor entenda por que n/o voltei para o $uneral de minha av;. >uis mas Tommy e eu est1vamos doentes com... — 5/o precisa me e6plicar. — O pastor colocou a m/o so#re #ra,o dela. — .ei que estaria aqui se pudesse. 23 — " morte $oi t/o repentina. — "s vezes Trish tinha di$iculdade em acreditar que a av; se $ora. — >uando a visitei no ver/o passado parecia ;tima. — 5enhum de n;s sa#ia que ela estava t/o doente — ele disse. — "t' ser tarde demais. — 2u a amava muito. — 2 você era o sol da vida dela. — É #om ouvi!lo dizer isso mas... — Trish hesitou. — 0as o quê? — .ei que minha av; me amava. 0as tam#'m sei que $ui um %rande desapontamento para ela. 5/o era #onita nem ma%ra nem querida na cidade. — .ua av; apenas queria que você $osse $eliz. Es vezes era um pouco severa demais. — 2la sempre $ez o que achava o melhor para mim — Trish simplesmente disse. — "%ora que est1 de volta se precisar de al%uma coisa... — .a#erei a quem pedir. — Trish sorriu. — 2 melhor que eu procure um lu%ar e dei6e o senhor continuar com seu tra#alho. 2m#ora Trish pre$erisse se sentar #em atr1s Tommy 41 havia se sentado ao lado de 0att. &om relut9ncia ela atravessou a nave sentindo que olhares curiosos a se%uiam. — 8uardei um lu%ar para você mam/e. 3enha c1. Trish sentou!se e sorriu para os pais de 0att. O or%anista apenas e6ecutara a primeira nota quando al%u'm tocou no om#ro dela. — B1 lu%ar para mais um? 2la virou!se e deparou com (ac) muito #em vestido de terno e %ravata. Tommy respondeu antes dela? — &laro h1 muito lu%ar aqui. @n$elizmente Imuito lu%arI $ora um e6a%ero. 5o espa,o livre mal ca#ia uma crian,a. >uando (ac) se sentou Trish $icou espremida entre ele e Tommy. 5/o estivera t/o perto de (ac) desde aquela noite no dep;sito. Trish estremeceu s; em se lem#rar. Pe%ou o livro de ora,-es com m/os trêmulas. — .eu per$ume ' delicioso — ele disse. Trish lan,ou!lhe um olhar de censura. 2 (ac) riu. — 5/o vai cantar? — ele lhe per%untou. O tom da voz de (ac) era de ca,oada e Trish achou que devia responder no mesmo tom mas n/o conse%uiu. Toda a situa,/o era =ntima demais. .entava!se ao lado de (ac) na i%re4a. Fsavam o mesmo hin1rio. O $ilho deles estava ao lado. " $am=lia de (ac) #em perto. Trish sentiu o cora,/o apertado. "quela era a vida que dese4ara e rezara para ter. .onhara com isso durante tantos anos+ 0as n/o se tratava da realidade a%ora porque o homem ao lado dela n/o era quem aparentava ser. 5/o era seu marido. .e n/o tivesse ouvido a conversa entre ele e os ami%os poderia ter se%uido na vida #ei4ando o ch/o que (ac) *rie%er pisava. 0as seus olhos se a#riram naquela distante noite da $ormatura. "prendera sua li,/o so#re o que acontecia quando o amor era ce%o. Trish olhou para o homem a seu lado. Por mais charmoso atraente tentador que $osse n/o permitiria que ele a $erisse de novo. 24 CAPÍTULO VI 5o minuto em que o pastor :illiams terminou com as ora,-es e deu a #ên,/o Trish a%arrou sua #olsa para sair. " última coisa que dese4ava era $icar conversando com (ac) *rie%er. 0as na $úria de $u%ir esquecera!se de que (ac) estava entre ela e a sa=da. >uando se moveu ele imediatamente levantou!se e disse? — Bom dia. — Pelo olhar de (ac) Trish perce#eu que lhe vedara a sa=da de prop;sito. — Aiquei surpreso ao vê!la aqui. — 5esse caso a surpresa $oi mútua — Trish respondeu. — 2u poderia 4urar que sua $am=lia $requentava a i%re4a metodista em 2lm. — " i%re4a $echou h1 cinco anos 41. — Aechou? 5unca ouvi $alar em uma i%re4a $echar. — O ministro partiu. Os paroquianos se dispersaram. — (ac) sacudiu os om#ros. — Aoi isso. Trish ia come,ar a inda%ar por que ele escolhera $requentar a i%re4a do pastor :illiams mas pensou melhor e n/o disse nada. 5/o queria conversar com (ac) um minuto mais do necess1rio. — .im vai ser le%al+ — 2la ouviu Tommy dizer. — =amos comer $ora mesmo. — O que vai ser le%al? — Trish per%untou ao $ilho. — 0att convidou!nos para almo,ar com ele e a $am=lia — e6plicou Tommy. — 5/o ' maravilhoso? — .into muito — Trish retrucou depressa — mas vai ser imposs=vel. Tenho v1rias coisas a $azer e... — 0as =amos comer antes de qualquer maneira — protestou Tommy. — "ceite .ra. Bradley — insistiu 0att. — 3amos ter ham#úr%uer e salada de #atata. — Parece muito #om !— Trish murmurou. — 0as... — 0inha m/e at' assou um #olo — 0att acrescentou. — &om co#ertura de chocolate. — 0inha co#ertura pre$erida — comentou Tommy. — 3amos mam/e. Trish olhava do $ilho para 0att. >ueria que Tommy tivesse ami%os e 0att era um ;timo menino mas tam#'m so#rinho de (ac). — 5;s %ostar=amos muito que $ossem. — (ulie &ullen olhou para Trish com um sorriso ami%o. — 7amento você ter estado na cidade h1 tanto tempo 41 sem termos chance de nos ver. — 5/o quero incomodar — Trish apresentou como desculpa. — (ulie sempre $az comida para um e6'rcito — comentou o .r. &ullen. — 3ocês v/o nos $azer um $avor dizendo IsimI. Do contr1rio teremos de comer restos a semana inteira. Trish olhou para (ulie e Dan e pensou. 2les nunca entender/o o porquê de minha resposta ne%ativa. — 5esse caso — disse Trish — vamos. — Gtimo+ — " voz de (ac) soou atr1s dela. — 3amos 41 para acender o $o%o da %relha. 25 — "cender a %relha? 3ocê? — Trish per%untou atDnita. — 5/o sa#ia? — (ac) disse com e6press/o inocente. — O almo,o de domin%o ' por minha conta esta semana. — 3ocê sa#e cozinhar? — Tommy n/o teria $icado mais espantado se (ac) tivesse dito que podia voar. — .ei claro. — É di$=cil? — 5ada — disse (ac). — .e quiser pode me a4udar e eu lhe mostrarei como ' $1cil. — 2u quero — Tommy respondeu imediatamente. — Posso a4udar tam#'m tio (ac)? — 0att per%untou. — &laro que pode. >uanto mais a4uda eu tiver melhor. — (ac) lan,ou um olhar para Trish. Trish $itou!o com $rieza. 5/o tinha inten,/o de $icar t/o perto dele em uma %relha naquele dia ou em qualquer outro dia. — 2stacionei meu carro #em na porta. Por que n/o v/o os dois comi%o? — (ac) convidou!os. — 5/o o#ri%ada. 0eu carro est1 no estacionamento. — 2u sei — disse (ac). — 0as se você $or comi%o teremos chance de pDr nossa conversa em dia. — Pre$iro ir em meu carro. — Trarei você e Tommy de volta quando quiserem. Trish n/o se sentia nem ao menos tentada. 2la podia ima%inar Tommy querendo $icar mais tempo conversando com 0att antes de sair e ela sendo o#ri%ada a permanecer sozinha com (ac). — 2u vou com você — Tommy declarou com um sorriso $eliz nos l1#ios. — Tudo #em comi%o — $alou (ac). — .e sua m/e consentir. — 2st1 #em mam/e? — Tommy encarou a m/e com olhar suplicante. Trish quis dizer In/oI. 5/o queria de $orma al%uma Tommy perto de (ac). 0as calara a #oca. "prendera havia muito a aceitar as #atalhas. 2 aquela a$inal constava s; de um tra4eto de carro. 5/o se tratava de uma lon%a via%em de pai com $ilho. — 2st1 #em Trish? — 2ra (ac) $alando. — "penas veri$ique se ele aperta o cinto — Trish recomendou com calma. 2la s; pensava no que mais viria naquele dia. .entara!se ao lado de (ac) na i%re4a. @ria 4antar na casa da irm/ dele. O que aconteceria depois? &ontudo quanto mais lon%e de (ac) *rie%er $icasse melhor. (ac) recolheu o restante dos ham#úr%ueres e #ai6ou a chama. 2ntre o pedido dos meninos para mais sandu=ches e a insistência da av; para que ele preparasse o $ran%o de maneira especial (ac) passara tempo demais em $rente ao $o%o. 2 o que de $ato dese4ara $ora conversar com Trish. 2 ela mantivera dist9ncia o tempo todo. (ac) tinha a impress/o de que Trish o evitava o que n/o $azia sentido para ele considerando!se como haviam sido unidos no passado. 5a realidade tinham sido os melhores ami%os um do outro at' o dia da $ormatura. (ac) sentia!se culpado. O que acontecera no arm1rio do dep;sito $ora culpa sua. 0as n/o $izera nada de prop;sito. Deus sa#ia que ele n/o era o tipo de homem que se aproveitava de quem quer que $osse. (amais plane4ara rou#ar a inocência de Patty. 26 2le 4o%ou a $aca de lado e $icou olhando para o espa,o lem#rando!se... — Olhe quem apareceu+ — Hon Hoyer %ritara. — 2 com um namorado nada menos que isso. &hip 7indermann olhou para tr1s por'm (ac) n/o $icou nem mesmo tentado a olhar. — 5ada de novo — (ac) murmurou. — 3i 0issy dez minutos atr1s. (ac) se per%untava por que permitira que &hip e Hon se metessem em sua vida convencendo!o a $icar sozinho sem a namorada. .im ele #ri%ara com 0issy mas de qualquer $orma estavam constantemente #ri%ando. Tudo o que ele tinha a $azer depois das #ri%as era mandar!lhe $lores e ela voltaria a seus #ra,os em um se%undo. 0as a%ora queria mostrar que estava cansado desses 4o%uinhos. — 5/o estou $alando de 0issy — Hon e6plicou. — Dê uma olhada. (ac) er%ueu a ca#e,a e olhou para a entrada do %in1sio. 5/o por estar interessado em quem aparecera mas por sa#er que Hon n/o o dei6aria em paz at' ele olhar. "rre%alou os olhos e e6clamou? — 0eu Deus ' Patty+ — .a#ia que você se surpreenderia — Hon comentou com um sorriso. — 0al posso acreditar — &hip arre%alou os olhos tam#'m cheio de surpresa. — "t' a %orda Patty tem namorado. — 5/o a chame de %orda — (ac) censurou!o. 2 se per%untava? com quem estava Patty? 2 por que n/o lhe dissera que viria ao #aile naquela noite? — 5/o reconhe,o o rapaz. — &om certeza al%um caipira — disse Hon com desprezo. — 3e4a como est1 vestido. — Patty parece #em ho4e — &hip comentou. (ac) olhou de novo para Patty. &hip errara ela estava... linda. Durante todos os anos em que a conhecera raramente a vira com outra roupa al'm de 4eans e camisetas muito lar%as. 2 naquela noite em vez de ter pu6ado os ca#elos para tr1s em um ra#o!de!cavalo dei6ara!os soltos caindo so#re os om#ros. 2 em#ora o vestido n/o lhe ca=sse so#re o corpo como o da maioria das mo,as do #aile de $ormatura o tecido verde $azia so#ressair o tom esmeralda de seus olhos. " única coisa que $altava era um sorriso nos l1#ios dela. De contrapartida o rapaz que a acompanhava sorria para todas as mo,as. >uando ele dei6ou!a sozinha para ir conversar com *ammie Par)er uma %arota #em in$erior a Patty em simpatia (ac) $ranziu a testa. — 2sse rapaz ' um canalha — ele sussurrou. — Patty n/o merece ser tratada assim. — 5unca pensei que você se importasse com ela. — Hon sorriu. (ac) perce#eu qualquer coisa estranha no coment1rio de Hon e achou melhor medir suas palavras. Aez um %esto de que $alara por $alar e e6plicou? — 2la ' minha vizinha por isso. — 5/o penso que se4a s; por isso — Hon murmurou cutucando &hip com o cotovelo. — "cho que (ac) %osta da %orda. (ac) ran%eu os dentes mas $icou quieto sa#endo que Hon #e#era um pouco demais. — "cho que $az muito tempo que (ac) n/o tem uma namorada. 0as nem mesmo uma #eldade ' #oa para ele — Hon continuou. — 3ocês a= est/o $alando #o#a%em — disse (ac). — 3ou dar uma volta pelo %in1sio. 27 — 2u disse a você que o que ele tinha eram Ichi$resI — Hon disse a &hip e o som de %ar%alhadas ecoou pelo %in1sio. (ac) va%ou atrav's da multid/o conversando com ami%os e ocasionalmente dando uma olhada em Patty e no ami%o dela. 0ais ou menos uma hora ap;s o #aile haver come,ado (ac) viu o companheiro de Patty na porta da sa=da. .ozinho. Portanto n/o $icou surpreendido quando Hon lhe disse mais tarde que tinha visto Patty chorando no corredor. Hon n/o hesitou quando (ac) insistiu que o acompanhasse at' o local e levou o ami%o para uma 1rea da escola t/o lon%e do %in1sio que o som da música nem che%ava at' l1. — Tem certeza de que ela estava aqui t/o lon%e? — (ac) inda%ou. — &laro que Patty n/o queria que nin%u'm a visse — Hon declarou. 2le parou na $rente de um enorme dep;sito onde eram %uardados os equipamentos de esporte. — 2la est1 a=. 2ntre. Aale com ela. (ac) hesitou. Bavia al%o de errado. — (ac) ' você? — Patty $alou de dentro do dep;sito. (ac) entrou. Patty estava ao lado de uma pilha de cai6otes com e6press/o ansiosa no olhar. — 3ocê est1 #em? — (ac) lhe per%untou. — 2u ia lhe per%untar a mesma coisa — ela %a%ue4ou. — @a? Por quê? — Hon disse que você queria muito $alar comi%o — Patty e6plicou. — 2le estava #astante insistente so#re isso. De repente tudo $ez sentido. (ac) virou!se mas n/o $oi su$icientemente r1pido. " porta $echou!se em seu rosto. Ouviu!se uma %ar%alhada do lado de $ora. (ac) tentou %irar o trinco mas desco#riu que a porta $ora trancada. Bateu com $or,a na porta. — Hon+ @sso n/o tem %ra,a+ — (ac) %ritou. — Dei6e!nos sair daqui. — Divirtam!se+ — (ac) reconheceu a voz de &hip. — 3e4o!os amanh/ de manh/. — "manh/? — (ac) dava pontap's na porta. — 31 para os dia#os com amanh/. "#ra essa porta a%ora+ O silêncio $oi completo. 2 (ac) perce#eu que estavam sozinhos. Presos em um dep;sito. &onhecendo os ami%os como conhecia tinha certeza de que $icariam l1 at' o dia se%uinte quando os dois rapazes voltassem. Por'm (ac) n/o era homem de desistir $acilmente. — .e $izermos #astante #arulho al%u'm nos ouvir1 — ele disse a Patty que permanecia de olhos arre%alados com as costas pressionadas contra uma pilha de cai6otes. — 5/o acredito. — 2la sacudiu a ca#e,a. — 2ste pavilh/o $ica #em lon%e de tudo. Podemos %ritar e %ritar quanto quisermos e n/o $ar1 a m=nima di$eren,a. — &omo pode estar t/o calma? — (ac) lhe per%untou. — (1 pensou que pode $icar aqui a noite inteira? — Pensei. 0as o que podemos $azer? — .ua voz era resi%nada. — .ua av; ter1 um en$arte se você n/o voltar esta noite. — 2la $oi passar o $im de semana em .t. 7ouis. " irm/ dela saiu do hospital ho4e e precisa de a4uda. 0inha av; s; voltar1 amanh/ C noite. 2 sua m/e? — 2u ia passar a noite na casa de &hip — (ac) sorriu. — 2la n/o me espera. — Por que acha que seus ami%os $izeram isso? — Patty per%untou. 28 (ac) $ez uma pausa. 2m#ora n/o tivesse muita certeza suspeitava qual seria a raz/o para Hon e &hip terem trancado os dois 4untos. — 2st/o #ê#ados e s/o uns idiotas — disse (ac) como se isso e6plicasse tudo. Trish aceitou a e6plica,/o sem coment1rios. — 8ostaria que tivessem escolhido um lu%ar mais limpo — disse (ac) $ranzindo a testa C vista do vestido lindo de Trish a%ora todo empoeirado. — .into muito — (ac) sussurrou. — Odeio o $ato de eles terem estra%ado sua noite Patty. — "s coisas n/o ia muito #em de qualquer 4eito. — Patty #ai6ou a ca#e,a. — 5em mesmo tive chance de dan,ar. — "quele mo,o $oi um tolo. — Tem raz/o — declarou Patty $itando!o com seus enormes olhos verdes. — >ue tipo de homem aceita um encontro com uma mulher sem a conhecer antes? Devia sa#er que uma mo,a mesmo com muita personalidade podia ser %orda e $eia. — 5/o di%a isso Patty. 2u quis dizer que ele era um tolo por a ter a#andonado. 3ocê ' linda+ Patty corou. — 3ocê ' — (ac) repetiu. — 2 antes que a noite aca#e vai dan,ar. — É uma #oa id'ia mas n/o $uncionar1. Temos aqui #olas e tacos e esteiras mas n/o uma #anda C vista. (ac) sorriu. Pelo visto Patty n/o sa#ia nem um pouco que nada o impediria de $azer o que ele dese4ava. — Aaremos nossa música — (ac) su%eriu. 2le estendeu a m/o a Patty. 2la $itou!o duvidosa por se%undos mas depois tomou!a. 0as (ac) n/o a dei6ou se mover. 2m vez de dan,ar se%urou!a mais perto de si surpreendendo!se pela naturalidade com que Patty se sentia em seus #ra,os. 2m#ora passassem todas as noites de se6ta!$eira e s1#ado 4untos nunca se haviam tocado. Portanto (ac) n/o estava preparado para aquela onda de emo,/o que a#atera so#re ele quando Patty encostou a ca#e,a em seu om#ro. Fm aroma de #aunilha $lutuou no ar e sem pensar (ac) encostou o nariz nos ca#elos dela inalando o per$ume. — 3ocê tem um cheiro delicioso. Patty estremeceu. (ac) deu um passo atr1s. — 2st1 com $rio? — per%untou. 2le pensou em lhe o$erecer o palet;. 0as ao $itar #em os olhos cor de 4ade en6er%ou tudo menos $rio. — 5/o estou com $rio — ela respondeu. Patty passou a l=n%ua pelos l1#ios e (ac) sentiu o incontrol1vel dese4o de prov1!los de desco#rir por si mesmo se eram mesmo t/o suaves como pareciam. — 5/o estou com $rio — Patty repetiu. — 5em um pouco. — 2la acariciou! lhe o rosto com a m/o e sussurrou? — Posso #ei41!lo? — 2u adoraria se o $izesse. .em pensar uma se%unda vez $oi (ac) quem a #ei4ou. Bei4ou!a va%arosa e demoradamente desco#rindo no processo que os l1#ios dela eram t/o suaves e doces como pareciam. >uando terminou de #ei4ar #ei4ou!a de novo. 2 de novo. 5aquela última vez Patty a#riu os l1#ios e o #ei4o $oi mais pro$undo. (ac) #ei4ara uma in$inidade de 29 mo,as mas aquele #ei4o $ora di$erente. Fm $o%o queimava!lhe as veias e de repente #ei4ar n/o $oi su$iciente. .e%urou!lhe um seio contornando o mamilo com o pole%ar... — (ac)? — " voz de Trish soou em seu ouvido. "ssustado ele inclinou o corpo para tr1s e a $aca voou pelos ares. .eu cora,/o #ateu com mais $or,a no peito. — 3ocê est1 #em? — Trish inclinou!se e apanhou a $aca que ca=ra na %rama espessa. — 0enino+ Des,a 41 dessa 1rvore. 3ai cair e que#rar o pesco,o+ — " voz da av; @rene ecoou no ar. Trish olhou para a av; no meio do p1tio sacudindo um dedo na dire,/o do alto carvalho. Trish viu ent/o o pr;prio $ilho no alto da 1rvore mas ele ainda su#ia. O vento que n/o e6istira quando sa=ram da i%re4a a%ora $azia as $olhas se a%itarem e os %alhos #alan,arem peri%osamente. &omo uma leoa Trish dei6ou escapar um ru%ido. Aoi para o meio do p1tio o cora,/o aos saltos mal notando que (ac) a se%uia. — Tommy+ — ela %ritou. — Pare com isso. Tommy i%norou!a e $oi para um %alho ainda mais alto. " $úria tomou o lu%ar da apreens/o. — Tommy pare com isso imediatamente. Tommy parou de su#ir e olhou para #ai6o. — 5/o posso descer mam/e. Oreo precisa de mim. Pela primeira vez Trish notou uma %ata preta e #ranca em um %alho um pouco acima do de Tommy. — 2ssa maldita %ata+ — (ac) murmurou incon$ormado. — Tenho certeza de que ela pode descer sozinha — declarou Trish a%ora com #astante calma. Por'm Tommy n/o se moveu. — Tommy Oreo n/o precisa de sua a4uda. 2la so#e naquela 1rvore o tempo todo — (ac) $alou. — O#ede,a a sua m/e e des,a. Tommy olhava de (ac) para a %ata esta lam#endo uma pata sentada em um %alho #em perto mas ainda n/o ao alcance dele. — Tem certeza? — per%untou. — "#soluta — (ac) respondeu. " essas horas a $am=lia inteira estava so# a 1rvore incluindo 0att o#servando a movimenta,/o desusada. — O que est1 acontecendo? — 0att inda%ou. — .eu ami%o decidiu su#ir em uma 1rvore. >ue acha disso? — (ac) $alou. — 2le est1 na 1rvore? — 0att olhou para cima. — É valente mesmo. Trish estremeceu e (ac) #ateu no om#ro dela. — Tudo vai sair #em — animou!a. — 2u costumava su#ir naquela 1rvore at' o topo quando era menino. 2le mal aca#ara de $alar quando Tommy escorre%ou. Fma e6clama,/o coletiva saiu do %rupo. Trish a%arrou no #ra,o de (ac) enterrando as unhas. Durante se%undos o menino #alan,ou no ar. 0as em quest/o de minutos encontrou apoio para o p'. — 3ou su#ir atr1s dele — Trish disse. — 5/o você n/o vai — (ac) protestou. — 2u vou. — "contece que a m/e dele sou eu. 2 posso tomar conta de meu $ilho. — .ei que pode Trish. 0as sou mais $orte. 30 2m#ora Tommy tivesse apenas nove anos era um menino %rande. .e perdesse o p' ela n/o conse%uiria se%ur1!lo. — 2st1 #em. — Trish con$ormou!se. — 31 mas n/o o dei6e cair. — 5/o dei6arei. &on$ie em mim. Trish sentiu um $rio na espinha. Por'm que outra escolha tinha? .eus olhos estavam %rudados em Tommy e ela mal podia respirar enquanto (ac) ia ao encontro do menino. 2m#ora aquilo parecesse uma eternidade em poucos minutos Tommy estava no ch/o. Trish a#ra,ou o $ilho at' ele se contorcer para a$ast1!la. Depois disso Tommy correu e $oi 4o%ar com 0att com instru,-es para n/o che%ar perto das 1rvores. Trish $oi procurar por (ac). 2ncontrou!o na cozinha me6endo na %eladeira. — >uer al%uma coisa? — ele lhe per%untou. — >uero lhe dizer Io#ri%adaI. 5/o ima%ina quanto eu... (ac) sorriu e colocou um dedo nos l1#ios dela. Disse ent/o? — 5/o precisa me a%radecer. 8ostei de $azer o que $iz. O toque nos l1#ios espalhou uma corrente el'trica pelo corpo de Trish que se apro6imou mais como se o al=vio e a %ratid/o tivessem provocado um curto circuito em sua normal reserva. &olocou as m/os nos om#ros de (ac) e impulsivamente ro,ou os l1#ios no rosto dele. Trish pretendera que o #ei4o $osse impessoal de a%radecimento. Fm #ei4o que daria a um irm/o ou a um ami%o de sua av;. 0as (ac) moveu!se e ela atin%iu!lhe os l1#ios. "= ao inv's de empurr1!lo envolveu!lhe o pesco,o com os #ra,os. Aoi um #ei4o delicioso uma car=cia mais que um #ei4o. 2 quando a l=n%ua de (ac) $or,ou!lhe os l1#ios em uma persuas/o tentadora ela a#riu a #oca. 5o calor do momento n/o $ez uma pausa para considerar as consequências do ato. 5a verdade parou de pensar. &olou seu corpo ao dele em um a#andono completo. Ouviu um %emido rouco e atordoada pelo dese4o n/o sa#ia se viera dos l1#ios de (ac) ou dos dela. Por uma $ra,/o de se%undo entre%ou!se C $antasia de que ele realmente a dese4ava talvez at' a amasse. — Oh Patty+ 3e4a o que $ez comi%o+ Patty? (ac) inclinou a ca#e,a para #ei41!la de novo mas Trish a%ora a$astou!se com o cora,/o acelerado. — (ac) preciso de mais... — (ulie parou C porta ao ver (ac) e Trish e seus olhos #rilharam de espanto. — 2spero n/o ter interrompido nada. — 5ada nada — Trish respondeu resistindo C necessidade de arrumar suas roupas. — 5a verdade eu estava de sa=da. Tommy e eu precisamos ir. "manh/ terei um lon%o dia. — Trish... — O#ri%ada pelos ham#úr%ueres... — ela interrompeu (ac) e depois diri%iu! se a (ulie — e por tudo. Aoi um dia maravilhoso. Para evitar que al%u'm a interrompesse ela saiu. " última coisa que dese4ava era $alar com (ac) so#re o que acontecera. Onde estivera com a ca#e,a? &omo pudera t/o $acilmente se esquecer daquela valiosa li,/o que ele lhe dera anos atr1s? 2m#ora querendo pensar de outra maneira tinha de se lem#rar que a $elicidade 4amais seria encontrada nos #ra,os de (ac) *rie%er. 31 CAPÍTULO VII (ac) sentou!se em uma cadeira da cozinha e tomou um %ole de ch1 %elado. " se%unda!$eira estava sendo um dia tra#alhoso mas ine6plicavelmente ele sa=ra do escrit;rio mais cedo. 2m vez de ir direto C sua casa passara pela casa da irm/. — &omo vai indo seu tra#alho de #a#1? "rrependida de ter aceito? — De $orma al%uma. — (ulie sorriu. — Tommy ' um #om menino. 2 cuidar de um %aroto de nove anos n/o si%ni$ica tanto tra#alho assim. — Oito anos n/o nove — (ac) corri%iu!a. — &omo? — Tommy tem oito anos — (ac) insistia. — 2st1 errado. O menino tem nove anos — (ulie protestou com a autoridade de irm/ mais velha. — Oito. — (ac) sorriu. — 2le tem oito anos. — 3amos resolver isso 41 — disse (ulie. 2la a#riu a porta da cozinha e %ritou? — Tommy venha aqui um instante. Fm minuto mais tarde Tommy e 0att entraram na cozinha e riram ao ver (ac). — O que houve? — 0att per%untou. — Tommy você disse que seu anivers1rio era em $evereiro? — (ulie lhe per%untou. — 5/o. 2 em 4aneiro. (ac) lan,ou C irm/ um olhar de vit;ria. 2 depois $ez a per%unta? — 2 quantos anos você $ez? — 5ove — Tommy respondeu. — .ou mais velho do que 0att. — .; por al%uns meses — 0att e6plicou. — 0as continuo sendo mais velho. — 0eninos a%ora che%a. Por que n/o v/o #rincar de novo? " m/e de Tommy deve che%ar lo%o a $im de apanh1!lo. Para surpresa de (ac) os %arotos n/o discutiram. Pe%aram al%uns #iscoitos que estavam so#re a mesa e correram para $ora. — 2nt/o eu estava certa ou n/o estava? — (ulie disse. — 2le n/o pode ter nove anos. — (ac) ele tem nove. "dmita que errou. — @sso n/o $az sentido — (ac) insistia. — .e nasceu em 4aneiro Patty quer dizer Trish $icou %r1vida enquanto estava na escola. — 2 da=? — (ulie $ranziu a testa. — 5/o seria a primeira %arota em 7ynn<ood na mesma situa,/o. 2m#ora se pensar no caso n/o me lem#ro de a ter visto com um namorado. — 2u vi uma vez — (ac) declarou pensando naquela lon%a noite. — 2la compareceu C $esta de $ormatura com um namorado. — 2nt/o+ — disse (ulie. — Aoi quando aconteceu. "s datas coincidem. — &oincidem ' verdade. — (ac) sentiu um aperto no cora,/o a ponto de quase n/o poder respirar. .anto Deus e teria Patty $icado %r1vida naquela única noite em que dormiram 4untos? Por'm ela a$irmara que havia se casado. "t' o ami%o Pete de :ashin%ton 32 con$irmara que Patty havia se divorciado. Devia haver uma e6plica,/o l;%ica. Patty nunca teria %uardado se%redo se ele $osse o pai de Tommy. (ac) procurava loucamente por uma e6plica,/o. 5/o houve homens na vida de Patty antes da lon%a noite. &ontudo o que acontecera depois que ela sa=ra de 7ynn<ood era um mist'rio. 2m#ora 4ovem e vulner1vel (ac) duvidava que Patty tivesse pulado na cama do primeiro homem que visse a sua $rente. — Preciso ir — (ac) disse C irm/. — Por que n/o $ica para 4antar? — (ulie convidou!o. — O#ri%ado mas n/o estou com $ome. — Desde quando o $ato de n/o estar com $ome o impede de comer? >uando você era 4ovem mam/e e papai diziam #rincando que seu estDma%o era um saco sem $undo. "$irmava que estava satis$eito depois de enorme re$ei,/o mas comia uma torta inteira de so#remesa. — 2st1 inventando isso (ulie. — (ohn Thomas *rie%er — (ulie disse o nome dele completo para pDr mais ên$ase — Deus est1 ouvindo você mentir para sua irm/+ (ulie continuava $alando por'm (ac) mal a ouvia. (ohn Thomas. Aormou!se um n; em sua %ar%anta. Aoi C 4anela e $icou olhando para o menino de ca#elos escuros. 5/o Tommy n/o poderia ser seu $ilho. 5/o poderia. Poderia? Trish parou o carro em $rente C casa de (ulie e desli%ou o motor. Hecostou!se por al%uns instantes e rela6ou pela primeira vez desde que sa=ra da cama Cs cinco horas da madru%ada. 5/o dormira quase a noite toda. " lem#ran,a dos #ei4os de (ac) a$astaram seu sono impossi#ilitando!a de dormir. 2staria Tommy disposto a comer al%o comprado $ora? 2m#ora %ostasse de preparar re$ei,-es nutritivas para o $ilho naquele momento uma pizza resolveria seu pro#lema. "o terminar de comer 4o%ariam $ora os pratos de papel. 5ada de limpeza na cozinha. Terminado seu plane4amento para o 4antar Trish saiu do carro. "ssim que che%ou ao port/o viu (ac) sentado no #alan,o do terra,o. &orou at' o pesco,o. — (ac) que surpresa. — 2la $or,ou um tom am1vel. — 5/o esperava vê!lo de novo. — 5/o esperava ver!me de novo? — 2u quis dizer esta noite. — Precisamos conversar Trish. — 2u %ostaria muito. .into mas estou muito cansada. Outro dia talvez. (ac) levantou!se do #alan,o e em um se%undo se encontrava ao lado dela. — "%ora. 5em um minuto mais tarde — disse. Trish er%ueu a ca#e,a. 5/o tinha inten,/o de discutir estava cansada e com $ome. Por'm acima de tudo estava sem 4eito. — (1 lhe disse (ac) a%ora n/o posso. Tommy precisa 4antar... — Pode comer enquanto conversarmos. — Trish quis interrompê!lo mas (ac) er%ueu a m/o. — (1 disse a (ulie para se ocupar de Tommy um pouco mais de tempo porque n;s dois precisamos conversar. — 5/o temos nada a conversar. 2 você n/o tem direito de tomar decis-es a respeito de meu $ilho. — 5/o tenho? Tem certeza disso? 33 — "#soluta. — T/o a#soluta que entraria e arriscaria permitir que todos incluindo Tommy ouvissem o que tenho a dizer? >ualquer coisa no tom de voz de (ac) a $ez ceder. — 2st1 #em uma vez que se trata de assunto %rave suponho que posso lhe dar al%uns minutos. 0as di%a de que se trata. (ac) sacudiu a ca#e,a. — 5/o. 5ossa conversa tem de ser em particular. " escolha ' sua. Poderemos andar at' o parque ou ir a minha casa. .ua escolha? 2staria sozinha com ele em am#os os casos a menos que houvesse outras pessoas no parque... — 3amos ao parque — ela disse. — 0as n/o poderemos nos demorar muito. .ua irm/ 41 $icou com Tommy o dia inteiro ho4e. — 3amos. >uero terminar com isso lo%o. De repente tudo $ez sentido para Trish. 2le queria pedir desculpas pelo seu comportamento da v'spera e n/o dese4ava que nin%u'm o ouvisse. Pelo visto ela n/o era a única a estar sem 4eito. " tens/o de Trish diminuiu. Talvez $osse melhor esclarecer as coisas. "ssim n/o haveria em#ara,os quando seus caminhos cruzassem $uturo. "o che%arem ao parque o cora,/o de Trish 41 estava #astante leve. — 2ste #anco me parece limpo — disse (ac) indicando um #anco de pedra dentro do coreto. — Parece limpo — Trish concordou mas passou a m/o pelo #anco antes de se sentar. O vestido que usava naquele dia era um de seus $avoritos e n/o queria su41! lo. — O que h1 a$inal? — .into!me como um idiota. Bom come,o Trish pensou. "o menos am#os concordavam que se comportaram como idiotas. 2m#ora sou#esse que (ac) %ostara dos #ei4os tanto quanto ela #rincaram com $o%o. 2 n/o podiam permitir que a e6periência se repetisse. — Penso que am#os dei6amos que os hormDnios dominassem o #om senso — Trish comentou. — Do que est1 $alando? — (ac) per%untou $ranzindo a testa. — Da última noite na cozinha. 2 você do que est1 $alando (ac)? — 2stou $alando de Tommy — ele disse. — .o#re a possi#ilidade de ele ser meu $ilho. Trish sentiu o san%ue %elar nas veias. Teve di$iculdade em respirar. — Tommy? .eu $ilho? Onde $oi #uscar essa id'ia louca? — "s datas coincidem — ele respondeu com voz tensa. — O que quer dizer com isso? — Aizemos amor em a#ril. Tommy nasceu em 4aneiro. Aoi e6atamente com isso que Trish se preocupou quando decidiu voltar para 7ynn<ood. Aelizmente se preparara para a contin%ência e veio com uma hist;ria plaus=vel. — Tommy $oi prematuro — ela $alou. — 5asceu quase três meses antes do tempo. Os m'dicos disseram que $oi um mila%re ele ter so#revivido. — 5aquele caso você deve ter conhecido o pai de Tommy... — Aoi lo%o que eu che%uei em :ashin%ton. 2u era nova l1 e ele tam#'m. "m#os nos sent=amos muito solit1rios. "cho que por isso as coisas caminharam assim depressa. 34 (ac) achou a e6plica,/o l;%ica. 0as e o nome? Tommy dissera que seu nome era (ohn Thomas. — Por que lhe deu o nome de (ohn Thomas? É um nome que vem passando em minha $am=lia de pai para $ilho h1 cinco %era,-es. — O pai de Tommy sumiu antes de ele nascer. .empre %ostei do nome (ohn Thomas e n/o pude pensar em outro de que %ostasse mais... 2spero que você n/o se importe. — 5/o e entendo #em. &on$esso que $ui um idiota. — 0as aposto que est1 aliviado a%ora — Trish disse. — 2m termos — (ac) admitiu. — 0as Tommy ' um menino muito interessante. .e eu tivesse um $ilho %ostaria que $osse e6atamente como ele. — Olhou para Trish. 2m se%uida levantou!se e apertou!lhe a m/o. — O#ri%ado por ter sido honesta comi%o. 2le sa#ia que $ora duro para Trish admitir que se casara com o primeiro homem que propusera vida em comum mas $icou contente por Trish lhe ter contado a verdade. @sso porque a honestidade sempre $ora importante para ele. 2 se o relacionamento entre os dois se trans$ormasse em al%o s'rio com certeza n/o queria mentiras pertur#ando essa amizade. Trish colocou Tommy na cama a#ra,ou!o e veio a costumeira per%unta? — .a#e como amo você n/o sa#e? — 0ontes e montes. — 2 a costumeira resposta. — &erto. — 2la #ei4ou!o na testa. — 2 nunca se esque,a disso. — .aiu do quarto. .e eu tivesse um $ilho %ostaria que $osse e6atamente como Tommy. "s palavras de (ac) se%uiram!na at' a cozinha. 71 pe%ou um copo de leite e sentou!se C mesa. 2rrara em n/o ter contado a verdade a (ac)? Depois de todos aqueles anos a ne%a,/o $ora autom1tica. (urara a si mesma tempos atr1s 4amais ter qualquer li%a,/o com o homem que destru=ra sua vida com mentiras $azendo!a aprender da maneira a mais dura como a aparência podia en%anar. " lem#ran,a do passado voltou!lhe C mente... Patty colava o corpo contra o de (ac) a pele quente e suave dele 4unto a sua. 2m#ora um dep;sito n/o pudesse ser considerado um esconderi4o rom9ntico Patty n/o podia se lem#rar de ter sido t/o $eliz antes. — 2 melhor nos vestirmos. — (ac) levantou!se da IcamaI improvisada e pe%ou sua cal,a. Patty se%urou!o pelo pulso e pu6ou!a para seu lado. — Por que a pressa? 2le #ei4ou!lhe a m/o e rindo disse? — ./o quase seis horas e n/o quero arriscar que al%u'm nos surpreenda. Aazia sentido mas a noite $ora t/o maravilhosa t/o cheia de ma%ia que Patty n/o dese4ava vê!la terminada. Holou o corpo ro,ando os seios no t;ra6 de (ac). — Oh Patty+ — 2m um movimento r1pido (ac) colocou!a em cima dele. — O que vou $azer com você? 2la sorriu e respondeu? — Tenho al%umas ideias. Aizeram amor de novo e enquanto (ac) a acariciava Patty teve de lan,ar m/o de toda sua $or,a de vontade para n/o con$essar seu amor. >ueria que ele $alasse primeiro. 0as como as palavras n/o vieram consolou!se admitindo que Cs vezes atos 35 $alavam mais alto do que palavras. 2 durante a pr;6ima hora ele demonstrou de v1rias maneiras como a amava. 3estiram!se em silêncio alisando as roupas amassadas e trocando sorrisos em#ara,osos. Olhando para (ac) Patty ima%inava que uma dúzia de mulheres daria qualquer coisa para ser namorada dele. 2 ainda n/o podia acreditar que $ora a escolhida. — 5/o posso crer que 41 se4a manh/ — Patty sussurrou. — Ontem C noite pareceu!me que o amanh/ 4amais che%aria e a%ora est1 aqui. — 5ossa noite $oi linda — disse (ac) tomando!lhe a m/o. — 0as quero que você... .oaram risadas do lado de $ora e o trinco da porta moveu. (ac) lar%ou a m/o de Patty como se $osse uma #atata quente e a$astou!se dela. Hon e &hip entraram. Fsavam 4eans camiseta e riam a valer. — Divertiram!se? — per%untaram. (ac) respondeu com voz cheia de sarcasmo? — Tentem dormir em uma cama de concreto e depois di%am!me se ' #om. Os três rapazes conversaram durante al%um tempo i%norando por completo a presen,a de Patty. Aoi como se ela n/o e6istisse como se a noite n/o tivesse si%ni$icado nada para (ac). — 3ou ao #anheiro — ela disse os olhos cheios de l1%rimas. Depois de se re$rescar voltou para o dep;sito. "o che%ar C porta viu (ac) de costas para ela $alar aos ami%os? — O que vocês pretendiam com essa #rincadeira? Tenho uma namorada e sa#em disso n/o sa#em? Hon sussurrou qualquer coisa em se%uida ele e &hip riram. — 2st/o loucos? — (ac) retesou o corpo. — &omo se eu pudesse ter qualquer coisa com ela. Por um se%undo tolamente Patty supDs que ele se re$erisse a 0issy. "t' ouvir seu nome. &hip e Hon riram de novo. Patty sentiu as pernas $raque4arem e por um momento achou que iria desmaiar. 0as depois de respirar v1rias vezes melhorou. Disse a si mesma que devia ter sa#ido que (ac) n/o podia %ostar dela. 2le queria se6o apenas. 2 a situa,/o $ora conveniente. Deus como estivera IacesaI. &orou lem#rando!se do que $izera. Praticamente suplicara que (ac) $izesse amor com ela... e de todas as maneiras poss=veis. Patty controlou as l1%rimas e endireitou os om#ros. "o se encontrar com os rapazes de novo seus olhos estavam secos. — 3im #uscar meus sapatos — disse. — 7evo!a para casa — (ac) declarou. — 5/o se incomode. (1 me a%uentou a noite toda. — 0as quero... — (ac) insistia. — (ac) meu ami%o dei6e!a andar. — Hon olhou para o corpo avanta4ado de Patty com indis$ar,1vel desd'm. — .; Deus sa#e como precisa de e6erc=cio. — &he%a+ — (ac) protestou. 2m#ora a $alta de sensi#ilidade de Hon n/o $osse nada de novo seus coment1rios ainda machucavam. Por'm ao menos ela sa#ia como Hon e &hip eram. 0uito mais peri%osas eram pessoas como (ac). Pessoas que $in%iam ser ami%as. Pessoas que diziam uma coisa em sua $rente e que riam de você em suas costas. 36 — Hon tem raz/o. — Patty er%ueu a ca#e,a. — Preciso de e6erc=cio. — Dei6e!me lev1!la a casa — (ac) repetiu. — É o m=nimo que posso $azer. — O#ri%ada mas n/o. (1 $ez muito. Patty se%urou as l1%rimas at' estar de volta em seu quarto em sua pr;pria cama. Deu socos e mais socos no travesseiro at' os solu,os dilacerarem seu corpo todo. &omo pDde ser t/o idiota? .eu pr;prio pai n/o a amara. &omo pDde pensar que um homem como (ac) a amaria? — 0am/e? 3ocê est1 #em? Bavia uma ru%a na testa de Tommy e seus olhos azuis demonstravam preocupa,/o. Trish es$re%ou os olhos com o dorso da m/o. — 2stou #em querido — disse. — 0as esteve chorando. — >uando mam/e $ica muito cansada Cs vezes tem vontade de chorar. Depois $ica melhor. — 2 est1 melhor a%ora? — .im estou. — Trish se deu conta de que dissera a verdade. "chou que estivera certa em n/o dizer a (ac) que ele era o pai de Tommy. (ac) era charmoso. Fm homem que podia $azer uma mulher perder a ca#e,a com um sorriso seu. 0as Trish era uma adulta a%ora n/o uma menina in%ênua e sua tare$a com Tommy consistia no número um de suas atividades. >ueria que o $ilho se trans$ormasse em um #om homem. Fm homem que nunca a#andonaria sua $am=lia quando os tempos $icassem di$=ceis ou que nunca $izesse amor com uma mulher para depois dei61!la de lado. 5aqueles anos passados (ac) demonstrara que n/o era con$i1vel. Por isso seria uma tola se con$iasse o $ilho a ele. Ou se con$iasse a ele seu cora,/o. CAPÍTULO VIII Tommy parece ;timo — disse (ac). — 2st1 4o%ando muito #em. Trish $itou! o surpresa. 2la estava assistindo ao 4o%o de Tommy por duas semanas 41 sendo aquela a primeira vez em que vira (ac). 5a realidade a primeira vez depois que ele lhe per%untara se Tommy era seu $ilho. — O que $az você aqui? — Trish lhe per%untou. — 3im assistir ao 4o%o. .e%ure isto por $avor. 2le deu a Trish uma lata de soda e colocou sua cadeira ao lado da dela na #eirada do campo. — 0as por que assistir ao 4o%o? — Trish insistiu. — Por que... h1 uma pessoa aqui que dese4o ver. Por um #reve instante Trish teve a ilus/o de que (ac) $ora vê!la at' ele concentrar o olhar no so#rinho que esquentava o corpo um pouco mais adiante. 5aturalmente. 2le $ora ver 0att 4o%ar. Trish devolveu!lhe a lata de soda. — Olhe — disse. 37 — >uer tomar al%uma #e#ida? — (ac) lhe per%untou ao pe%ar a lata. — 5/o o#ri%ada. 5/o #e#o soda. — 0inha irm/ tam#'m n/o %osta de soda. — O %osto da #e#ida n/o ' mau. 2vito por causa das calorias. — 3ocê n/o precisa se preocupar com calorias — ele disse. — .im tem raz/o — Trish ca,oou. — .ou uma verdadeira #eleza. 5aquele dia ela se vestira rapidamente. Pu6ara os ca#elos para o alto da ca#e,a pusera um top e um short #e%e e se achara #em. (ac) e6aminou!a da ca#e,a aos p's. — Para mim est1 linda — ele comentou. — Tive saudade de você. Teria tele$onado mas... — 5/o me deve e6plica,-es (ac). — Trish riu. — 0esmo que n/o tenha tido saudade de mim — disse ele — eu tive. 5a verdade estava pensando se você e Tommy %ostariam de ir comi%o a *ansas &ity esta noite. Poder=amos 4antar? Talvez ir a um cinema? — .into muito mas Tommy tem de ir a uma $esta de anivers1rio. 5a verdade vai passar a noite na casa do aniversariante. — >ue tal você ent/o? O $ato de ter tido saudade dele impediu Trish de mentir dizendo talvez que 41 $izera planos para a noite. 2n$im o que haveria de t/o errado em passarem o $im do dia 4untos? — Fm cinema me soa #em — ela su%eriu. — 3amos escolher um $ilme? 2la e (ac) discutiram so#re que $ilme assistir durante o resto do 4o%o e o tra4eto at' a casa onde dei6aram Tommy. .e%uiram depois para *ansas &ity. Trish escolheu o $ilme e (ac) o resto do pro%rama da noite. Aoram a um local onde se servia e6celente sorvete no Plaza. — "chei que você %ostava de sorvete — disse (ac). — Por isso quis vir aqui. — 2u adoro sorvete. Por'm tomo um pouco mais de cuidado do que antes. >uando estava na escola comia uma enorme por,/o todas as noites. 5/o mais a%ora. — 3ocê sempre teve o apetite de pessoa saud1vel — (ac) comentou. — 5o passado comida era o que me a4udava a continuar vivendo. — 3ocê deve ter passado por momentos #em di$=ceis — (ac) comentou. — Perder a m/e quando era t/o 4ovem+ — 5/o pode ima%inar como $oi di$=cil. — 7em#ro de você me contar como tinha saudade de sua m/e — disse (ac). — .endo $ilha única ela n/o era apenas minha m/e mas minha melhor ami%a. >uando meu pai nos dei6ou $oi horr=vel. 0as quando minha m/e morreu... — Trish sentiu um n; na %ar%anta e vontade de chorar — ...senti!me terrivelmente s;. — 0as tinha sua av;. — .im tinha. 2 ela $ez o melhor que pDde apesar das circunst9ncias. — &ircunst9ncias? — 2ra uma mulher idosa que devia estar 4o%ando #rid%e em vez de se ocupar cuidando de uma adolescente. .ei que vov; dese4ava que meu pai $osse mais atuante mas ele n/o estava interessado em mim. >uando minha m/e morreu meu pai 41 tinha se casado pela se%unda vez e havia um #e#ê a caminho. Portanto minha av; n/o teve outro rem'dio sen/o $icar comi%o. 2u tentava n/o incomod1!la. 2studava muito a4udava!a na casa e... comia. &omida $icou sendo minha melhor ami%a. — .a#ia que sua vida n/o era #oa mas n/o pensei que $osse t/o m1. — (ac) se%urou!lhe a m/o. — .into muito você ter passado por tudo isso. 38 Trish $icou com os olhos cheios de l1%rimas. — &omo ' o velho ditado? O que n/o mata en%orda. 2 isso? — 2u %ostaria de ter estado a seu lado Trish. — 2 estava. Todas aquelas noites em que nos sent1vamos e convers1vamos no terra,o da casa de minha av; si%ni$icaram muito para mim. — 3ocê est1 sendo am1vel — (ac) disse. — Olhando para tr1s n/o penso que eu tenha sido muito #om ami%o para você. — Por que diz isso? — Primeiro sa#ia que estava achando muita $alta de sua m/e e nunca a convidei para ir conhecer a minha. — .ua m/e 41 tinha um $ilha. 5/o precisava de outra. — &ontudo... — (ac) ' verdade — Trish interrompeu!o. — 5/o pense mais no caso. — .into muito. Healmente sinto. — &omo 41 disse tudo #em (ac). — 5ada de tudo #em. >uero compensar pelo que n/o $iz. — &ompensar? De que est1 $alando? — >uero que você me dê outra chance de lhe mostrar o que um #om ami%o pode $azer — ele disse. — Podemos come,ar tudo de novo. Dessa vez n/o a desapontarei. (1 me desapontei uma vez por culpa dele. .e me desapontar uma se%unda vez ser1 por culpa minha. Trish se per%untava se iria ser t/o louca em levar em considera,/o o pedido dele. 0as todos n/o mereciam uma se%unda chance? 2 de qualquer maneira estaria de so#reaviso. 5/o ele n/o a $aria de #o#a de novo porque dessa vez n/o permitiria. — 5/o sei por que (ac) n/o vai conosco — Tommy disse pela cent'sima vez. — 2le %osta de montanha!russa tam#'m. O estacionamento do Parque de Divers-es estava repleto. O sol #rilhava e o c'u azul prometia um lindo dia. — (1 lhe disse Tommy este ' um dia especial para n;s. (ac) tem sua vida n;s temos a nossa. — 0as ele poderia... — Tommy che%a+ 5em mais uma palavra. Tommy arre%alou os olhos e Trish respirou $undo. 5/o havia necessidade de ela $icar t/o irritada. O $ato de (ac) n/o lhe tele$onar durante toda a semana n/o era raz/o para responder mal ao $ilho. (ulie lhe dissera que ele estava $ora da cidade mas Trish sa#ia que voltara na v'spera pois vira o 4ipe dele estacionado em $rente ao #anco na se6ta!$eira. 0as n/o ia pensar so#re aquilo a%ora. Tentaria se concentrar em se divertir com o $ilho. Durante toda a semana cuidara da limpeza da casa da lava%em de roupa por isso no s1#ado poderia se concentrar em Tommy. 7evantaram!se cedo para passar oito horas no Parque de Divers-es em *ansas &ity. — 3amos ter um dia muito a%rad1vel. — Trish $or,ou um sorriso. — Posso at' ir com você na roda!%i%ante. O que acha disso? — 0as você sempre vomita — Tommy $alou. — 5a última vez que $omos a um parque vomitou em cima daquele homem... 39 — Aoi porque eu tinha aca#ado de comer — Trish se de$endeu 41 sentindo en4oo s; em se lem#rar do que acontecera. — "l%od/o doce e roda!%i%ante nunca $oram uma #oa com#ina,/o. Trish n/o viu necessidade de con$essar que em outras ocasi-es andara de roda %i%ante com estDma%o vazio e sentira!se mal tam#'m. Fma hora mais tarde Trish $icou olhando para um terr=vel inimi%o? o 26presso Oriente. O aspecto era ainda mais assustador do que a roda %i%ante. Os %ritos das pessoas dentro dos carros provocaram cala$rios em sua espinha. .eu cora,/o acelerou e %otas de suor sur%iram!lhe na testa. — &'us+ — Tommy e6clamou. — 3ai ser uma del=cia. 3amos entrar na $ila depressa. — Tem certeza de que quer esperar? " $ila est1 lon%a demais Tommy. — 0as anda r1pido. — Fma voz masculina $amiliar soou atr1s de Trish. — (ac)+ — Tommy %ritou e sorriu. — >ue surpresa — disse Trish. — .urpresa mesmo — (ac) concordou. — >uem diria que nos encontrar=amos aqui? &ertamente n/o Trish. 3estira!se sem se preocupar muito com seu aspecto. Fsava short e camiseta enquanto (ac) lhe pareceu impec1vel. — 3ocê est1 linda como sempre — ele disse com um sorriso de aprecia,/o. Trish naturalmente n/o acreditou. 5a pressa de sair usara o m=nimo de maquia%em e pu6ara os ca#elos para cima. 7inda? @mposs=vel. — (ac) tem certeza de que dese4a via4ar naquela coisa? — 0issy sur%iu do meio da multid/o com um sorvete. Parou. — É você Trish? >ue surpresa. Trish teve vontade de desaparecer em um #uraco. "pesar do calor 0issy estava ele%ante com seu short verde lim/o e sand1lias. .eus ca#elos #em penteados tocavam!lhe os om#ros. — 0issy. >ue prazer em vê!la — Trish sorriu. — *aela est1 com você? — Devia estar mas $icou doente ontem C noite — 0issy respondeu. — 0inha irm/ $icou cuidando dela ho4e. 3ocê dei6ou sua $ilha doente em casa? Trish en%oliu as palavras. 2m#ora nunca tivera dei6ado Tommy em casa doente sa#ia que muitas m/es $aziam isso. — 0inha m/e sempre $ica comi%o em casa quando estou doente — Tommy se mani$estou. — 5/o ' verdade mam/e? — Bem eu... — Fma vez at' perdeu um compromisso importante. 2u tinha $e#re muito alta. >uase quarenta acho. 5/o $oi mam/e? — Trinta e oito — Trish corri%iu!o. — 0as estava #astante doente Tommy. — *aela n/o tinha $e#re — 0issy e6plicou. — Bem talvez muito pouca. 0as isso ' comum em in$ec,-es. — 2 sua irm/ cuidar1 #em dela claro — Trish disse. — .ei que cuidar1. — " tens/o do rosto de 0issy sumiu. — .a#ia que você entenderia sendo tam#'m uma m/e sozinha. (ac) e eu t=nhamos plane4ado este passeio havia muito. 5/o quis cancelar. — Por'm $oi mais para *aela do que para n;s — (ac) comentou lo%o. — 2 eu lhe disse que entenderia se você pre$erisse $icar em casa com ela. — 0as eu n/o quis cancelar. 2stou cansada de passar todos os $ins de semana em casa sem $azer nada. 2m#ora n/o adore via4ar naquele monstro. 40 — 2u adoro montanha!russa — Tommy opinou. — 0am/e prometeu que dessa vez iria comi%o. (ac) olhou para Trish e sorrindo per%untou? — 2u n/o sa#ia que você %ostava de montanha!russa. — 2la detesta — Tommy respondeu antes que Trish tivesse chance de a#rir a #oca. — 5a última vez vomitou na careca de um homem. 2le $icou t/o $urioso. 3ocê... — Tommy+ — Trish sacudiu o $ilho pelos om#ros. — &he%a+ — .e ele quiser pode ir comi%o a meu lado — (ac) se o$ereceu. — " menos que você queira mesmo ir — ele per%untou a 0issy. — 5/o $a,o a m=nima quest/o — 0issy riu. — 3/o vocês dois. Trish e eu nos sentaremos C som#ra daquela 1rvore e rela6aremos. 3enham nos #uscar quando terminarem. — Divirtam!se — disse Trish... mas Tommy 41 conversava ale%remente com (ac) e talvez nem tivesse ouvido nada. Trish e 0issy sorriram e sentaram!se no #anco mais pr;6imo. — >uer tomar um %ole de meu suco de $rutas? — 0issy per%untou. — 5/o o#ri%ada. Durante a pr;6ima meia hora as duas mulheres conversaram so#re tudo e so#re todos... e6ceto so#re (ac). 2n$im Trish n/o pDde a%uentar mais. 0esmo n/o sendo de sua conta queria sa#er o que havia entre 0issy e (ac). Por isso quando 0issy mencionou o nome dele aproveitou a oportunidade e per%untou? — O relacionamento entre vocês dois ' s'rio? 0issy demorou para responder. Tomou mais um %ole do suco e olhou a dist9ncia. Ainalmente quando Trish 41 n/o esperava mais uma resposta ela disse? — "ca#o de sair de um casamento in$eliz muito in$eliz. Heconhe,o que ' cedo demais para pensar em outro. 0as se de $ato me decidir dar esse passo tem de ser com um homem como (ac). É o melhor que 41 conheci at' ho4e. Tenho certeza de que 41 sa#e disso. Trish limitou!se a sorrir. Tinha certeza de que muita %ente concordaria com 0issy. (ac) tinha reputa,/o de ser tra#alhador um dedicado volunt1rio para o #em da comunidade en$im um %rande homem como 0issy dera a entender. Talvez tendo chance seria at' um #om pai. — 3ocê acredita que uma pessoa possa mudar? — Trish per%untou a#ruptamente. — 2m que sentido? — 0issy per%untou com uma ru%a na testa. — Di%amos uma pessoa que ' e%o=sta e e%ocêntrica quando 4ovem. "cha que uma pessoa assim pode mudar? Ou acredita que essas caracter=sticas se4am parte da personalidade #1sica do indiv=duo? — "credito que as pessoas n/o apenas podem mudar como mudam. "l%umas para melhor outras para pior. &om o passar dos tempos mostram suas verdadeiras cores. 2 s; dar!lhes corda para se redimir ou se en$orcar. 3e4a meu e6!marido por e6emplo. 2le tinha um temperamento quando nos conhecemos mas com o decorrer dos anos $icou simplesmente mesquinho maldoso. " mente de Trish voou lon%e enquanto 0issy continuava a $alar. 0issy lhe dera muito em que pensar. Talvez (ac) n/o $osse o mesmo homem e%ocêntrico que destru=ra seu cora,/o. Tommy o adorava. 0as antes de dei6ar que 41 (ac) $izesse parte da vida de seu $ilho ela $aria o que 0issy su%erira e passaria mais tempo com (ac). Procuraria conhecê!lo melhor veri$icar se realmente mudara. "$inal o que teria a perder? O quê? CAPÍTULO IX >ue #om que você tele$onou. — Trish limpou a #oca com um %uardanapo de papel. — " id'ia da pizza vem a calhar. — &om Tommy 4o%ando neste $im de semana achei que você estaria sem companhia — (ac) sorriu. — "$inal o que $aria com todo esse tempo livre? — "cho que poderia encontrar al%uma coisa para $azer — Trish respondeu. (ac) n/o pDde evitar de pensar em como Trish estava linda naquela noite. 2m#ora seu vestido n/o $osse e6a%eradamente curto dava para se ver #oa parte do colo e muito da pele cor de mel. Desde o instante em que a apanhara tudo o que dese4ara era toc1!la. >uando a#riu a porta do carro e ela entrou quis carre%1!la nos #ra,os ali mesmo. 0as aquele encontro tinha por $inalidade renovar a amizade n/o #ei4ar. 2 Trish %ostava de conversar. Bavia muito n/o rira tanto. 0as entre o convidativo aroma do per$ume dela e a maneira sensual com que passava a l=n%ua nos l1#ios tentadores (ac) estava tendo di$iculdade em se concentrar. — 2 muito #om termos a chance de renovarmos nosso conhecimento — ela disse. — 5aturalmente nos conhecemos na escola secund1ria mas as pessoas mudam. — 5/o acho que mudamos muito. "inda %ostamos de passar tempo 4untos como quando t=nhamos dezoito anos — (ac) disse. — .e %ostava tanto de passar tempo comi%o naquela 'poca por que nunca me convidou para sair? — Trish inclinou!se so#re a mesa os olhos #rilhando com intensidade. " per%unta apanhou (ac) de surpresa. Dizer que nunca pensara em convid1!la para sair soava rid=culo. @n$elizmente era a verdade. 2le demorou para responder e Trish acrescentou? — Tinha ver%onha de ser meu ami%o? Aoi isso? — 5/o claro que n/o. — 5aquele caso por que nunca me apresentou a nin%u'm como sua ami%a? Por que nunca sa=mos como namorados? Depois de todos aqueles anos (ac) n/o entendia por que isso era t/o importante para ela. 0as pelo visto era. "comodou!se melhor na cadeira e disse? — 5a verdade para ser honesto nunca pensei no caso. — 5unca pensou? — Trish arqueou uma so#rancelha. — É verdade. — (ac) duvidava ser poss=vel $azê!la entender al%o que ele tam#'m n/o entendia. — 2u tinha meus ami%os pensei que você tivesse os seus. — "h sei. — 2la sacudiu os om#ros. (ac) encheu!se de ver%onha ao pensar que $alhara. — 2u $aria qualquer coisa que pudesse para voltar ao passado. 42 Aicaram sentados em silêncio durante muito tempo. (ac) pensava como sua vida teria sido di$erente se Trish houvesse $eito parte dela no passado. .eria sua esposa a%ora? 2 Tommy seu $ilho? — 5/o podemos rodar os ponteiros do rel;%io para tr1s mas podemos come,ar de novo — Trish o#servou. (ac) re$letiu por uns se%undos. Bavia in$initas possi#ilidades. — 8osto da id'ia de come,ar de novo — ele disse en$im. — 2sta noite poderia ser um novo come,o para n;s. Fm tipo de primeiro encontro. — 2 o que aconteceria com a última semana quando 4antamos e $omos ao cinema em *ansas &ity? — 2st1 #em. 2nt/o este seria nosso se%undo encontro — (ac) disse continuando com a id'ia. Trish concordou e assim que terminou de comer a pizza $oram a um campo de esportes em 7ynn<ood a $im de I4o%ar #oliche ao luarI. Bem depressa (ac) viu que Trish n/o era uma pro$issional. >uando quase saiu da cancha com a #ola ele insistiu em se%ur1!la pela cintura para a4ud1!la. @n$elizmente n/o conse%uiu muito sucesso. Trish n/o conse%uia manter a #ola na cancha. 0as parecia n/o se importar com isso. Tampouco (ac). 2le divertia!se provocando!a e principalmente %ostava de tê!la nos #ra,os. Tiveram a impress/o de que haviam apenas come,ado quando o 4o%o aca#ou. — Talvez eu deva me sentir $eliz por n/o termos $icado mais vezes 4untos no passado — Trish $alou sorrindo enquanto desamarrava os sapatos de #oliche. — 3ocê ' o tipo do homem e6i%ente. — 5/o viu nada ainda — (ac) replicou. Aoram para o carro. — "dorei as horas que passamos 4untos (ac). .e os encontros de namorados no tempo da escola eram assim sinto muito ter perdido todos eles. — " noite est1 s; come,ando. — (ac) a#riu a porta do 4ipe para ela e sorriu. — "inda teremos outra parada. — 0esmo? 2 quase meia!noite. O que mais est1 a#erto nesta cidade? — 5/o ' na cidade. 3amos ao 8ro%anKs Point. — Aala s'rio? Todos sa#em que s; se vai a 8ro%anKs Point para concluir al%uma coisa come,ada. — Tem raz/o. 2 l1 que vamos. — Aoi onde você levou 0issy? (ac) $itou!a intri%ado. — "l%umas vezes — ele disse. — 0as %eralmente eu estava sempre com tanta pressa para ver você que 0issy teve de se contentar com um ou dois #ei4os na porta da casa dela. — Teve de se contentar? — Os l1#ios de Trish tremeram. (ac) concentrou sua aten,/o na rodovia. 5a pr;6ima esquina virou e entrou em uma estrada de pedre%ulho. — Aalou s'rio? 2st1 mesmo me levando l1? — Trish per%untou. — " menos que você n/o queira... — Podemos ir. — "s $aces dela pe%avam $o%o. — 5unca estive naquele lu%ar C noite. (ac) sorriu e acelerou o 4ipe. &om os dedos entrela,ados atr1s da ca#e,a Trish olhava pre%ui,osamente para o c'u. 43 Pensava no que (ac) tinha em mente quando a#rira a porta e tirara um co#ertor do #anco traseiro. Por'm quando e6plicara que conhecia uma 1rea %ramada mais adiante que $ornecia melhor vista das estrelas Trish rela6ou e soltou o ar dos pulm-es. 5/o sa#ia que estava se%urando a respira,/o. .entaram!se por al%uns minutos e conversaram mas no instante em que (ac) su%eriu que se deitassem seu cora,/o come,ou de novo a #ater com toda a velocidade. &ontudo at' aquele momento tudo o que haviam $eito $ora rela6ar. 2 naturalmente olhar as estrelas. — 2m que est1 pensando? — (ac) lhe per%untou que#rando o silêncio. — Pensava no que consistia o %rande pro%rama de vir aqui. — 5/o est1 %ostando? — (ac) er%ueu o corpo apoiando!se em um cotovelo. — É #om. 0as um tanto cansativo. — "h a%ora entendo. 0adame quer a,/o. .em outra palavra (ac) estendeu o #ra,o e pu6ou!a para mais perto. Trish riu sentindo!se como uma cole%ial de novo. "conche%ou!se #em respirando o aroma dele. — "ssim est1 melhor? — (ac) sussurrou!lhe ao ouvido. — "#ra,ar ' #om. — Bavia certa impaciência na voz de Trish. — Bom? .; #om? Trata!se de nosso primeiro encontro amoroso. 2u estava tentando ser cortês — (ac) se e6plicou. — 2 nosso se%undo encontro amoroso. 2 n/o precisa ser t/o cortês. Pode me #ei4ar se quiser. 5/o me importo. — 5/o precisa me pedir duas vezes. — 2u n/o ia pedir... Os l1#ios de (ac) a#a$aram!lhe as palavras e Trish decidiu n/o se importar so#re quem pedira porque conse%uira o que dese4ava. Os l1#ios de (ac) estavam quentes e suaves contra sua #oca e Trish rela6ou nos #ra,os dele sa#oreando a pro6imidade. (ac) #ei4ou!a como se tivessem todo o tempo do mundo. 2la se tornara muito e6periente com homens atrav's dos anos mas o $ato de passar al%umas horas com (ac) naquela noite a $izera se dar conta do quanto perdera estando lon%e. &omo achara $alta dele. 3irou a ca#e,a e sentiu os l1#ios de (ac) em seu pesco,o. — "inda est1 achando cansativo? — ele inda%ou. — .; um pouco. — Trish mentia. — Trata!se de 4o%o muito lento. (ac) $itou!a por al%uns minutos e com sua enorme m/o se%urou!lhe o rosto. Os olhos de am#os se encontraram. — >uero $azer tudo certo desta vez. 5/o quero me apressar. O que (ac) $alara $azia sentido. Por'm passara os últimos dez anos lon%e daquele homem e a%ora ele estava de volta sacudindo suas emo,-es com um #ei4o e suaves car=cias. Talvez aquilo n/o $izesse sentido... por'm no calor dos #ra,os dele acharia que tudo estava certo. — >uem $alou em se apressar? — Trish sussurrou. — Temos uma noite inteira. — Tem raz/o. Temos todo o tempo do mundo. 2nterrando os dedos na ca#eleira de (ac) Trish a#riu a #oca em uma atitude convidativa. Bei4aram!se at' o h1lito quente de (ac) aquecer!lhe o rosto. "t' os seios dela $icarem intumescidos. "t' tudo o que dese4ava ser apenas ele. 44 &omo se pudesse ler!lhe os pensamentos (ac) pDs a m/o so# o vestido de Trish e se%urou!lhe os seios. 2 quando ela pensou que iria morrer de pai6/o (ac) contornou os mamilos com o pole%ar. Trish arqueou o corpo a dor interior traduzia a%ora uma necessidade ardente. (ac) sorriu. 2r%ueu!lhe o vestido e com a #oca se%uiu o movimento dos dedos. Aoi descendo a m/o... — 2les devem estar em al%um lu%ar por a=. — Fma voz de homem se $ez ouvir. " m/o de (ac) pareceu con%elar. Trish enri4eceu o corpo. — &riaturas tolas. — " voz vinha da dire,/o do carro. — 3ocê tem uma lanterna? 2m p9nico Trish encarou (ac). .anto Deus n/o havia apenas um homem mas dois. Bem lentamente (ac) e Trish sentaram!se. 2la arrumou o vestido e os ca#elos. (ac) alisou o co#ertor e apertou!lhe a m/o no instante em que dois policiais apareceram. " luz da lanterna incidiu so#re Trish e depois mudou para (ac). — Ora ora (ac) *rie%er. 3i o 4ipe mas n/o pensei que $osse o seu. 5/o esperava vê!lo aqui. — 2u tam#'m n/o esperava vê!lo aqui Ared — (ac) disse rindo. — Trish e eu viemos a este lu%ar para apreciar as estrelas. 2spero que n/o ha4a nenhuma lei contra isso. — &laro que n/o — Ared respondeu. — 0as em %eral s/o adolescentes que aparecem por aqui. 2 a maioria deles tem na ca#e,a al%o mais do que apreciar as estrelas. — É verdade — o policial mais 4ovem con$irmou. — Por sinal na semana passada deparamos com um casal nu e... — Bo<ie+ — Ared repreendeu!o. — O assunto ' con$idencial. — @ncr=vel+ — (ac) e6clamou. — Di$=cil de acreditar+ Aazer isso em uma 1rea pú#lica?+ Trish corou ao se lem#rar de como estivera e6posta minutos atr1s. Ared riu muito. — >uando os hormDnios entram em a,/o as pessoas $azem isso em qualquer lu%ar. (uro. — Di$=cil de acreditar — Trish $ez eco Cs palavras de (ac). 2la se per%untava at' onde teriam ido se os policiais n/o houvessem aparecido. — Bem. Desculpem!nos por termos pertur#ado vocês. — Ared tocou a a#a do #on'. — "proveitem o resto da noite. Trish esperou at' os policiais sumirem de cena para dizer? — 2 melhor irmos tam#'m. — Tem certeza de que n/o quer apreciar as estrelas um pouco mais? — ele per%untou. — >uerer ou n/o querer n/o ' o pro#lema. Trish lem#rou!se do 4uramento que $izera sentada sozinha em um minúsculo apartamento com um #e#ê rec'm!nascido. (urou n/o ter nunca mais se6o antes do casamento. Durante todos aqueles anos n/o lhe $ora di$=cil conservar o 4uramento... at' a%ora. — 5/o n/o ' o pro#lema — (ac) con$irmou #ei4ando!a e a4udando!a a se levantar. 45 — Para onde iremos daqui? — Trish quis sa#er aca#ando de alisar o vestido. — 3ou lev1!la para casa. 0as como 41 disse n/o h1 pressa. 8osto de você Trish Bradley. Dessa vez vamos $azer as coisas da maneira certa. Dessa vez vamos $azer as coisas da maneira certa. Trish pDs na pia a lou,a do ca$' da manh/ incapaz de acreditar como tudo mudara desde a noite em que ouvira essas palavras. &ontinuaram se encontrando tentando um novo relacionamento. >uando Tommy tinha de praticar al%um esporte (ac) se encontrava com ela no campo de esportes e assistiam ao 4o%o 4untos. 5os $ins de semana ela e (ac) iam a concertos ou a um cinema. 2m#ora n/o conservassem seus encontros em se%redo Trish duvidava que al%uma pessoa em 7ynn<ood sou#esse que namoravam. "pesar de (ac) ser carinhoso com ela depois daquela noite das estrelas nunca mais nem mesmo se%urara!lhe a m/o em pú#lico. .uas dúvidas $oram con$irmadas quando Trish encontrou 0issy em um supermercado e 0issy mencionou que precisava tele$onar para (ac) a $im de com#inarem um encontro. Trish n/o dissera nada. &omo poderia dizer que ela e (ac) estavam comprometidos quando n/o houvera real comprometimento? 2n$im n/o $alara em se casarem e o dedo da alian,a continuava nu. Trish olhou para sua m/o esquerda. O que diria se (ac) a pedisse em casamento? Durante as semanas se%uintes o comportamento de (ac) mudara muito. 2m#ora Trish n/o conse%uisse entender como um dia ele pudera ser t/o cruel a%ora acreditava que o homem mudara mesmo. Tommy apareceu na cozinha. — O que houve? — a m/e lhe per%untou notando a e6press/o e6citada do menino. — Hece#i uma carta — ele disse. — De :ashin%ton. — De quem? — Trish inda%ou. — De Peter. Peter :essel havia sido o melhor ami%o de Tommy desde o curso prim1rio. 7o%o depois que se mudara para 7ynn<ood Tommy $alava constantemente so#re seu velho ami%o. 0as ao conhecer 0att pouco mencionara Peter. — B1 uma carta para você tam#'m m/e. De :ashin%ton. — Tommy entre%ou!lhe um envelope. Trish esperara se tratar de al%um pa%amento a $azer. &onsultora &arlyle. " muito respeitada $irma de consultoria em :ashin%ton havia sido sua escolha número um na procura de empre%o. 5a ocasi/o em que sa=ra da cidade n/o havia va%a para a posi,/o que pleiteava. Trish a#riu o envelope e leu a carta. "rre%alou os olhos. 7eu tudo mais uma vez e riu. — O que diz a carta mam/e? — Tommy $icou apreensivo. — "l%o errado? — 5/o ao contr1rio. — Trish sacudiu a ca#e,a incapaz de acreditar na ironia da vida. Três meses atr1s teria dado pulos de ale%ria a essa o$erta? %anhar duas vezes seu anti%o sal1rio com o direito ao uso de um carro? — 2 uma o$erta de empre%o em :ashin%ton. — 5/o vamos voltar para l1 vamos mam/e? — Tommy per%untou preocupado. — 8osto daqui. 46 — 2u tam#'m. — .orrindo Trish do#rou o papel e o recolocou no envelope. 0ais tarde quando tivesse tempo escreveria uma nota r1pida declinando a o$erta. " posi,/o o$erecida s; estaria C disposi,/o dela em al%umas semanas. Baveria portanto #astante tempo para contratar outra pessoa. — 5/o vamos a parte al%uma Tommy. — 7ynn<ood era seu lar e todas as pessoas que ela amava estavam ali mesmo. CAPÍTULO X "chei que você tinha dito que estaria livre no s1#ado. — Trish $azia es$or,o para se manter calma sa#endo que a irrita,/o n/o a levaria a nada. — .ei que eu disse. — (ac) deu uma mordida no sandu=che que Trish lhe preparara e masti%ou por al%uns se%undos. — 0as isso $oi antes de 7arry *etterer desistir de ser o mestre!de!cerimDnias do 4antar anual da &9mara de &om'rcio. — 0as por que tem de ser você o indicado? — Trish detestava pression1!lo mas havia plane4ado semanas atr1s se reunirem com al%uns de seus companheiros de tra#alho e ela a%uardava o evento com ansiedade. — 3ai de acordo com as posi,-es ocupadas anteriormente. 2 o último presidente da c9mara $ui eu. O olhar dele suavizou!se e Trish viu que (ac) perce#era sua tentativa de esconder o desapontamento. — 2stou muito a#orrecido com isso Trish. >ueria muito conhecer seus companheiros de tra#alho. 2spero que eles entendam — (ac) disse en$im quando Trish n/o protestou. — Tenho certeza de que entender/o. 0as queria que se conhecessem antes da %rande competi,/o de %ol$e. — >uando ser1? — De s1#ado a uma semana. "inda est1 plane4ando ir n/o ' mesmo? — ela per%untou um tanto alarmada. — 5/o perderia essa oportunidade por nada no mundo. — (ac) sorriu. — >uero muito conhecer seus ami%os. Trish rela6ou. Por um #reve momento suas velhas inse%uran,as ressur%iram e ela teve a impress/o de que (ac) procurava evitar ser visto com sua InamoradaI. — 3ocê n/o pode adivinhar quem eu vi no #anco?+ Hon Hoyer. — 3erdade? — (ac) $ez uma pausa. — &omo vai ele? Trish surpreendeu!se por (ac) ter se mostrado t/o indi$erente. — "cho que #em. >uer dizer ao menos me pareceu. &onversamos por al%uns minutos. 2le e a mulher moram em Overland Par). Têm dois meninos. — @sso quer dizer que ele e (ane ainda est/o 4untos — (ac) murmurou. — .e você quiser poderemos todos n;s... — 5/o penso que se4a #oa id'ia — (ac) interrompeu!a. — Hon e eu $omos ami%os na escola secund1ria. 0as isso $oi h1 muito tempo atr1s. 2m#ora o $ato n/o $izesse sentido para Trish ela dei6ou o assunto morrer. "$inal Hon nunca $ora muito seu ami%o. 2 por que dar import9ncia C resolu,/o de (ac) de n/o querer se encontrar com ele? Tudo o que dese4ava era que (ac) ainda $osse ao %ol$e. 47 .eria o primeiro %rande acontecimento dos dois 4untos como ami%os especiais. " menos que ele a convidasse para o 4antar da &9mara de &om'rcio. Trish hesitou. 0esmo depois de todo aquele tempo ainda se sentia inse%ura. — 5aquele evento da c9mara o participante pode levar sua parceira? — Trish tentou $alar com naturalidade como se para ela n/o $izesse nenhuma di$eren,a ser de uma maneira ou de outra. — .e puder n/o seria nada complicado para eu cancelar meus planos. &laro se você quiser que eu v1. — 2u adoraria que $osse comi%o mas uma vez que serei o mestre!de! cerimDnias n/o teremos muito tempo de $icar 4untos. Portanto v1 adiante com seus planos. — Tudo #em. 3ocê ir1 %ostar e se divertir1 como mestre!de!cerimDnias %aranto. — 3ocê me parece #em conhecedora desses eventos — (ac) disse em tom de ca,oada. — 0as $alando s'rio se quiser que eu v1 eu irei. — 3ocê ' muito compreensiva. — (ac) tomou!lhe a m/o. — 0as n/o lhe pediria para desistir de uma noite com seus ami%os. (1 ' #astante ruim eu ter de cancelar meus planos com você. Trish $icou terrivelmente desapontada. (ac) n/o queria mesmo que ela $osse 4unto? — " única inconveniência de ir com meus ami%os — ela e6plicou a (ac) ' que todos devem levar um par. "ssim que $alou Trish esperou uns minutos para que (ac) a convidasse. Por'm ele se manteve silencioso. — "cho que posso convidar um dos rapazes do escrit;rio para ir comi%o — Trish disse en$im. — "l%u'm me $alou que (oe da conta#ilidade poderia estar interessado em... ir. 2la esperou que (ac) protestasse mas ele tomou outro %ole de ch1 e declarou? — É sempre #om conhecer pessoas de outras 1reas da companhia. Por que n/o pede a ele? Trish $itou!o por lon%o tempo e respondeu? — Por que n/o? 2m vez de ir ao #anco depois de ter sa=do da casa de Trish (ac) $oi para casa e tirou da %ara%em o cortador de %rama. "penas ap;s duas voltas pelo 4ardim convenceu!se de que estava de$initivamente louco. >ue outra e6plica,/o para seu ato? &omo pudera convencer a mulher que amava a ter encontro com outro homem? 2 por que ter se apai6onado por Trish Bradley $ora para ele um choque t/o tremendo? Trish era tudo o que sempre dese4ara encontrar em uma mulher. Por que ent/o dera sua aprova,/o quando ela mencionara convidar (oe da conta#ilidade para ser sua companhia? Porque n/o se tratava de um encontro de namorados ele e6plicou a si mesmo. 5ada mais do que um %rupo de $uncion1rios da mesma $irma indo tomar uns drinques em uma se6ta!$eira C tarde. "l'm disso em#ora tendo Trish sido am1vel (ac) podia ver como a mo,a %ostava de sair com seus companheiros de tra#alho. Bem acertara ao encora41!la a estar com seus ami%os. De qualquer maneira seria a última vez em que o relacionamento dos dois com ami%os %iraria em torno dele apenas. 5/o aconteceria de novo. 48 >uando tivesse certeza de que Trish estava pronta a ouvir o que tinha a lhe dizer $alaria o que sentia por ela. 2 por Tommy. Pois sa#ia que os dois pertenciam ao mesmo pacote. 2 isso estava muito #em para ele. Tommy era um #om menino um menino que qualquer homem dese4aria ter como $ilho. — (ac). O som de seu nome acordou!o do sonho. 3irou!se e deparou com 0issy em p' na cal,ada linda com seu vestido de pequenas $lores azuis e amarelas. 2la acenou com a m/o. — Pode vir at' aqui um minuto? (ac) desli%ou o aparador de %rama e atravessou o p1tio. — O que h1? — 5ovidades. 3ou ao 4antar da &9mara de &om'rcio esta noite. 3ou representar meu pai. — 0esmo? — O pai de 0issy havia sido um dos mem#ros $undadores da c9mara de com'rcio de 7ynn<ood e (ac) n/o se lem#rava da vez em que o homem perdera uma reuni/o muito menos o 4antar anual. — Onde estar1 seu pai? — 2le e minha m/e $oram a Denver esta tarde — 0issy e6plicou. — 0inha irm/ deu C luz. — Dê!lhe para#'ns em meu nome. — (ac) nem sa#ia que a irm/ de 0issy estava %r1vida. — O marido de (enny ' militar n/o '? — É. 2st1 na &ro1cia a%ora... ou em al%um lu%ar parecido. 0eus pais $oram a4ud1!la e acho que $icar/o l1 por al%umas semanas. Dere) n/o me a4udou muito quando *aela nasceu mas $oi melhor com ele do que sozinha. 5/o poderia me ima%inar cuidando de tudo. Fma ima%em de Trish passou pela mente de (ac). Devia ter sido di$=cil para ela uma adolescente sozinha em uma cidade %rande com um #e#ê rec'm!nascido. — 8ostaria de sa#er se você pode me a4udar dando!me condu,/o. — 0issy a%uardava a resposta com ansiedade. — Talvez — ele respondeu. — Talvez? >ue tipo de resposta ' essa? 3ocê ou pode me levar ao 4antar ou n/o pode. — 5aturalmente que posso apanh1!la — (ac) disse amavelmente. — 0as di%a!me por que precisa de condu,/o? — Por que... 0eu carro est1 na o$icina para re%ula%em dos $reios e n/o quero andar dois quilDmetros com salto alto. — 5/o se preocupe — (ac) riu. — 2u a levarei. — 2 Trish? — O que tem Trish? — (ac) $ranziu o so#rolho. — Aala!se que você e ela vivem um romance. Tem certeza de que Trish n/o se importar1 de você me levar? — Trish n/o vai — (ac) e6plicou. — 3erdade? 5/o me di%a que 41 #ri%aram. — 2u por acaso disse isso? — (ac) $icou irritado e sua voz soou mais 1spera do que tencionara. — 5/o disse com muitas palavras mas se est/o 4untos por que ela n/o vai ao 4antar com você? — Por que... ela tem planos em *ansas &ity com ami%os. — *ansas &ity. — 0issy $in%iu tremer. — 2 #om ser ela e n/o eu. 49 — O que h1 de errado com *ansas &ity? — per%untou (ac). — >uando você estava na escola praticamente morava no Plaza. — O Plaza perdeu seu charme. 0as cada vez que vou l1 a%ora $ico apavorada com medo de encontrar Dere) em cada esquina. — 0as ele portou!se muito #em na última vez em que estivemos em *ansas &ity. — @sso porque eu estava com você. — 2le continua amea,ando!a? — >uer sa#er se ele continua me tele$onando usando tele$ones pú#licos? "queles que a pol=cia diz que n/o pode $azer nada para impedir? &ontinua todas as semanas. — 3ocê o tem visto? — 5/o. 5/o o ve4o h1 meses. 5/o desde o dia em que ele me se%uiu por toda *ansas &ity. Detesto quando meus pais n/o est/o aqui. 5/o con$io nele. 5em um pouco. — &hame a pol=cia se $or necess1rio. — "credite!me (ac) se Dere) quer se encontrar comi%o ele se encontrar1 com amea,a da pol=cia ou n/o. — .e ele aparecer chame o dele%ado. — Ared? — 0issy deu uma %ar%alhada. — 2le ' #om para res%atar %atos das 1rvores e terminar com as $estas mas n/o conte com ele em situa,-es cr=ticas. Bo<ie n/o ' muito melhor. 0issy aparentava calma mas (ac) podia ver que ela tentava se controlar. Tremia apesar de procurar ser valente e (ac) sa#ia como 0issy so$rera depois do último encontro que tivera com o marido. Aora parar em um hospital. >ue tipo de homem era o que #atia em uma mulher? (ac) 4amais toleraria tal comportamento e por isso terminara sua amizade com Hon Hoyer. " raz/o pela qual a esposa continuava a morar na casa ia al'm de sua compreens/o. Por isso n/o queria amizade com Hon. — 2u lutarei e vencerei — 0issy disse. — .a#erei como a%ir. (ac) se per%untava se ela tentava convencê!lo ou convencer a si pr;pria. — .e precisar de a4uda — ele insistiu — tele$one!me. — 3ocê tem sua vida n/o posso esperar que dei6e tudo para... — Tele$one!me a qualquer hora — (ac) disse com $irmeza cortando os protestos dela. — Tem o número de meu celular. .e precisar de a4uda tele$one!me. 2ntendido? — 2st1 certo de que n/o se importa? .er1 s; enquanto meu pai estiver $ora da cidade. — 0issy. — &om dois dedos so# o quei6o dela (ac) a $ez er%uer a $ace. — 5;s dois somos ami%os. .e precisar de mim tele$one!me. 2 al%o assim simples. — 2st1 #em. — 0issy disse $inalmente. — 0as pode me $azer um $avor? — Depende — (ac) respondeu com um sorriso de ca,oada. — Pode n/o dizer nada so#re nossa conversa a sua irm/? Ou a qualquer outra pessoa? — Por quê? 5/o h1 nada de que se enver%onhar. — 2u sei. 0as mesmo assim ' em#ara,oso. — .e ' o que você quer... — 2le n/o entendia a raz/o por'm respeitava a vontade dela. 50 — 0uito o#ri%ada por tudo. — 0issy inclinou!se para $rente os l1#ios C espera do #ei4o. (ac) contava com um #ei4o no rosto um #ei4o de ami%o para ami%a. 2m vez disso ela pressionou os l1#ios contra os dele e envolveu!lhe o pesco,o com os #ra,os. "tDnito (ac) esperou que 0issy terminasse com o #ei4o e depois deu um passo atr1s. — Por que isso 0issy? — per%untou. — Por você ser um ami%o assim t/o #om. — 2la sorriu um pouco sem 4eito. — 5unca $ez oposi,/o a que eu o #ei4asse. — @sso $oi h1 muitos anos atr1s. — .im antes de Trish. É interessante pensar so#re o caso. 5os tempos de escola eu tinha tudo Trish n/o tinha nada. "%ora ela ' a pessoa que possui tudo. — 3ocê tem *aela 0issy. Tem seus ami%os tem sua $am=lia. &hama isso de nada? — Tem raz/o eu sei — 0issy concordou depois de lon%a pausa. — >ualquer dia encontrar1 um homem que a mere,a. "l%u'm que a ame tanto quanto eu amo Trish. — 2u desisti de esperar pelo meu Pr=ncipe 2ncantado h1 muito. — 0issy deu um lon%o suspiro. — 0as você est1 t/o perto de meu cora,/o como sempre esteve e quero lhe dizer que tenho esperan,a de que este4a ainda dispon=vel quando eu come,ar a namorar seriamente de novo. (ac) limitou!se a sorrir e a sacudir os om#ros. 2le e 0issy haviam sido ami%os durante tantos anos que se al%uma coisa tivesse de sur%ir desse relacionamento 41 teria sur%ido. 2 0issy devia sa#er disso tanto quanto ele. 5/o ele e Trish pareciam ser destinados um ao outro. O que tinha a $azer a%ora era ter paciência at' Trish desco#rir tudo por si mesma. CAPÍTULO XI O #alan,o do terra,o ran%eu quando Trish se inclinou para pDr a última camada de esmalte nas unhas dos p's. " #risa da tarde acariciava!lhe as $aces e com uma das m/os ela empurrou para tr1s os ca#elos que ca=am nos olhos. 2m vez de sair con$orme $ora decidido passara a tarde com o $ilho $azendo pizza e 4o%ando 6adrez. "pesar de ter $icado um pouco triste ao cancelar os planos com seus companheiros de tra#alho a ale%ria de Tommy ao sa#er que ela n/o sairia apa%ou qualquer tristeza. 2la o#servava!o durante o tempo todo. 2m %eral considerava!o um homenzinho mas Cs vezes comparava!o a um menino como naquele instante na hora de ir para a cama suplicando!lhe que o dei6asse $icar acordado durante mais uma hora em#ora estivesse caindo de sono. 2n$im quando se deitou dormia antes mesmo de pDr a ca#e,a no travesseiro. Trish sorriu. 2m#ora al%umas vezes Tommy lhe causasse pro#lemas n/o trocaria sua vida por qualquer outra que pudesse ter. "os dezoito anos tudo o que ela o#tivera da vida $ora mal? um pai que sa=ra de casa e nunca mais voltara uma m/e que n/o conse%uira cumprir a promessa de n/o 51 morrer e uma av; a qual 4amais pudera satis$azer. "o entrar naquele avi/o ap;s sua $ormatura %r1vida e s; convencera!se de que sua vida se aca#ara antes mesmo de ter iniciado. "%ora ela come,ava a acreditar que seus sonhos poderiam se trans$ormar em realidade. Fm dia talvez os três seriam uma verdadeira $am=lia. "ntes de isso acontecer (ac) e Tommy precisavam sa#er a verdade. 0as quando e como lhes contar? O caso a pertur#ava havia dias. Parte de sua hesita,/o residia no $ato de que $icariam zan%ados por ela ter mentido. Trish suspirou. Poderia lidar com a ira mas e se pai e $ilho recusassem perdo1!la? 2 se perdesse am#os...? O desespero amea,ou tomar conta dela mas Trish a$astou a id'ia. 5/o havia nada que pudesse $azer no momento. >uando che%asse a hora a única maneira de a%ir era ser honesta e esperar que eles entendessem. Por enquanto procuraria usu$ruir todo o prazer a que tinha direito. &ontinuou tomando sua soda #alan,ando!se #em deva%ar ouvindo o canto dos p1ssaros e o cricrilar dos %rilos. Olhou para o c'u cheio de estrelas. 2m#ora reconhecendo ser um ato in$antil n/o pDde dei6ar de $azer um pedido C primeira estrela que lhe chamara a aten,/o. — Tem al%umas #atatinhas para acompanhar a soda? — (ac)+ — Trish e6clamou. Pelo modo como ele estava vestido concluiu que viera direto do 4antar da c9mara de com'rcio a seu terra,o. — O que $az aqui? — "l%u'm me disse que este era o lu%ar certo para tomar uma soda e comer #atatinhas. — Pensei que o horr=vel $ran%o que servem naqueles 4antares tivesse dei6ado você satis$eito — Trish comentou sa#endo que daria qualquer coisa para comer o tal $ran%o com ele. — "$inal n/o $oi $ran%o mas um delicioso $il' — declarou (ac). — &ontudo n/o tive prazer em comer sozinho. — Por'm n/o comeu sozinho. Devia haver cinqLenta pessoas naquele 4antar. — 0as você n/o estava l1. — Os olhos de am#os se encontraram. Trish se desmanchou em um sorriso que de acordo com sua impress/o $oi do rosto at' a ponta dos dedos dos p's de unhas pintadas. 2 continuou rindo para si mesma quando saiu a $im de #uscar uma soda para (ac) e um saco de #atatas $ritas. (ac) sentou!se no #alan,o ao lado dela. &onversaram e uma sensa,/o a%rad1vel e conhecida sua envolveu!a. "quela noite a $azia lem#rar!se do passado quando ela e (ac) viviam separados. >uando tudo o que sa#ia de (ac) viera atrav's das hist;rias contadas so#re ele. >uando $ora ami%a de um homem que ima%inara ser =nte%ro... "$astou esse pensamento idiota. O que acontecera no passado n/o tinha nada a ver com o relacionamento dos dois no presente. 5ada. (ac) colocou os #ra,os em torno dos om#ros de Trish e ela aconche%ou!se melhor inalando o aroma da colDnia masculina. — &omo $oi seu dia em *ansas &ity? — ele per%untou ro,ando os l1#ios nos ca#elos de Trish que lo%o sentiu um tremor percorrendo!lhe o corpo todo. — 2u n/o $ui — ela respondeu. — 5/o $oi? Por que n/o? 52 — >uando che%uei em casa estava e6austa. — 2la n/o viu necessidade de contar a (ac) que parte de seu cansa,o $ora por ter discutido com (oe so#re conta#ilidade a semana inteira. " última coisa que dese4ava portanto seria ir ao 4antar como namorada de (oe. — Decidi que a melhor coisa que tinha a $azer era $icar em casa com meu companheiro $avorito. (ac) deu mostras de ciúme. Trish teve inten,/o de dei61!lo so$rer um pouco mas desistiu. — Aalei al%um dia a você que meu companheiro $avorito estava no quarto ano prim1rio? >ue tinha um metro e vinte de altura ca#elos castanhos... — 2ntendi. — (ac) deu uma %ar%alhada de al=vio. — Aale!me mais so#re como $oi sua noite. Divertiu!se? — Aoi #em. 0eu tra#alho como mestre!de!cerimDnias pareceu!me ter sido muito #om. — Os dois riram. Por'm quando (ac) es$re%ou a palma da m/o dela com o pole%ar a risada morreu nos l1#ios de Trish. — Aalando s'rio senti sua $alta esta noite. 2m tal caso por que n/o me pediu para ir com você? — .a#e quando vim sentar aqui mais cedo lem#rei!me das noites em que me sentava neste mesmo #alan,o e esperava por você. — >uando entrei pensei a mesma coisa — (ac) con$essou. — &onvers1vamos durante horas. — Trish deu um pro$undo suspiro. — 2u achava que o conhecia melhor do que conhecia a mim mesma. — @ma%inava!me melhor do que eu na realidade era. 5aquela 'poca eu n/o tinha certeza de como eu era e do que queria. — 2 a%ora? — " voz de Trish soou su$ocada at' para ela. — .a#e o que quer? 5a quase escurid/o do terra,o a e6press/o dele suavizou!se. .e%urou o rosto de Trish com am#as as m/os. — .ei e6atamente o que quero — ele respondeu em um sussurro. 2 co#riu!lhe os l1#ios com os seus. Trish passou os #ra,os em torno do pesco,o dele e retri#uiu o #ei4o. (ac) era quase um menino naqueles dias. "%ora era um homem. 2 a queria. 2la errara ao duvidar do amor dele. 2ntrea#riu os l1#ios e (ac) apro$undou o #ei4o. " noite $icou silenciosa. — 3amos entrar — ele pediu. — 5/o %osta de $icar aqui $ora? — B1 mais privacidade no interior. Bavia muito que ela n/o estivera t/o perto de (ac) daquela maneira como a%ora. Fm surpreendente dese4o sur%iu e Trish n/o dese4ava nada mais do que tom1! lo pela m/o e lev1!lo escada acima em seu pr;prio quarto. 2 $azer amor a noite toda. 2ssas palavras soavam eu sua mente como o estri#ilho de uma can,/o. — Oh Trish. Tudo poderia ser t/o #om+ — (ac) #al#uciou no ouvido dela. .omos am#os adultos Trish re$letia. O que h1 de errado em lhe mostrar como o amo? " mente dela estava completamente con$usa com pensamentos e emo,-es. 2ra di$=cil resolver qualquer coisa com (ac) t/o perto. T/o perto que Trish podia sentir o calor do corpo o aroma da colDnia a do,ura do #ei4o dele. Trish umedeceu os l1#ios com a l=n%ua. Os olhos de (ac) #rilharam. 53 — Dei6e!me te amar — ele pediu se%urando!lhe as m/os. 2ssas palavras estavam muito perto do que Trish queria ouvir. 0as a quest/o era su$icientemente perto? — "l%o errado? — (ac) per%untou. — 5/o n/o h1 nada de errado — Trish mentiu. — É que eu tive uma semana lon%a demais. 2stou e6austa. &omo poderia ela dizer!lhe que n/o era muito o que ele dissera comparado com o que n/o dissera? O que ele nunca dissera? — >uer ir para a cama? .ozinha? — 2m qualquer outra ocasi/o o olhar con$uso de (ac) teria sido quase tr1%ico. Trish sentiu o cora,/o apertado. .e ao menos sua resposta pudesse ser di$erente. 0as quando dei6ara seu cora,/o conduzi!la ele terminara partido. "%ora estava #em mais velha. 0ais prudente. 5/o podia $azer o mesmo erro de novo. 5/o podia. CAPÍTULO XII (ac) tinha aca#ado de colocar a #olsa de tacos de %ol$e na traseira do 4ipe quando seu celular tocou. 2le sorriu. Trish 41 lhe havia tele$onado duas vezes e n/o eram ainda nove horas. 2m#ora ainda $altassem cinco minutos para che%ar C casa dela n/o tinha dúvida de que seria dela o tele$onema querendo sa#er se ele estava a caminho. Pe%ou o tele$one e disse? — 2stou saindo. — (ac). "qui ' 0issy. Dere) aca#ou de tele$onar. 2ncontra!se na cidade e disse que est1 vindo para c1. — 3ocê li%ou para o dele%ado? — .im mas ele n/o deu muita esperan,a de vir 41. — O tom da voz de 0issy n/o escondia seu pavor. — Ared e Bo<ie est/o ocupados com um %rave acidente na estrada. Ared me per%untou se Dere) havia me amea,ado e eu disse que n/o. "o menos n/o dessa vez. 2le disse ent/o que viria para c1 assim que pudesse mas... — 0issy? — Ared parece n/o entender que Dere) n/o me amea,ou antes e viu o que aconteceu? — " voz de 0issy tremia. — .into!me apavorada (ac). *aela e eu estamos sozinhas. — @rei para a= 41. — Tem certeza de que vem 41? — Tenho. 2le entrou no 4ipe e partiu. (ac) pensou lo%o no campeonato de %ol$e. .a#ia que Trish queria ir. Por'm haveria outras ocasi-es e a%ora tratava!se de uma emer%ência. &om certeza Trish entenderia que ele n/o poderia dei6ar uma ami%a em necessidade. 5a sede do clu#e #em aquecida Trish se per%untava que interesse podiam ter os %ol$istas em dar tacadas em uma pequena #ola em campo %elado. 54 — Por onde anda seu namorado? — (oe che%ou #em perto dela na $ila do #u$ê e per%untou. — 2le n/o pDde vir. Depois de três horas ouvindo a mesma per%unta Trish 41 respondia automaticamente. Por que mencionara que (ac) estaria com ela? — "l%uns de n;s 41 pens1vamos que você inventara esse ne%;cio de ter um namorado — (oe insistia. Trish $or,ou um sorriso em#ora n/o achasse a situa,/o nada en%ra,ada. — 5/o ele ' real — respondeu com naturalidade como se a ausência de (ac) $osse apenas uma pequena inconveniência nada mais. >uando ele lhe tele$onara naquela manh/ com o a#surdo de uma emer%ência envolvendo uma ami%a Trish respondera da mesma maneira com naturalidade. "pesar de desapontada #em no $undo n/o se surpreendera. — Trish. 3enha c1. 2la virou!se e viu Hon Hoyer perto de uma mesa cheia de %ente. 2le sorriu e apontou para uma cadeira vazia. Trish deu um suspiro. " última coisa que dese4ava a%ora era sentar!se com o velho ami%o de (ac). 0as que outra escolha tinha? .entar!se com (oe? Aazendo sua decis/o disse adeus ao desapontado (oe e atravessou o sal/o repleto. Hon apresentou!a rapidamente a todos. O nome de (ac) n/o $oi mencionado at' quase o $im da re$ei,/o. 2nt/o (ane Hoyer que at' aquele momento dei6ara o marido diri%ir toda a conversa trou6e o nome de (ac) em cena. — "l%u'm me disse que você iria trazer (ac) *rie%er como seu par ho4e. 2le decidiu n/o vir? — (ac) plane4ara vir. — Trish se per%untava quantas vezes mais iria ter de usar a palavra emer%ência antes que o dia terminasse. — 0as ent/o... — 5/o precisa e6plicar — disse Hon. — &ontei a (ane na semana passada que (ac) e 0issy haviam voltado a se entender. Pelo visto ela n/o re%istrou o $ato. .into muito (ane ter trazido o assunto. Trish mal podia respirar. (ac) e 0issy? (untos de novo? 2la sacudiu a ca#e,a. @mposs=vel. (ane encarou o marido. — 3ocê nunca me contou que (ac) e 0issy estavam namorando. — .em dúvida contei. Ontem C noite $ui ao 4antar da &9mara de &om'rcio em 7ynn<ood e vi (ac) l1 com 0issy. — 3ocê disse que 0issy estava presente e que (ac) era o mestre!de! cerimDnias — (ane e6plicou. — 0as n/o $alou nada so#re o namoro dos dois. — Disse que che%aram 4untos n/o disse? 2 que sa=ram 4untos n/o disse? — Bem disse — (ane declarou com relut9ncia. — &omo poderia ter $eito as coisas mais claras? Di%a!me como. (ane n/o respondeu. Fm estranho silêncio caiu so#re a mesa. 2m#ora Trish n/o devesse se surpreender por ser tra=da uma se%unda vez se surpreendera. 2 se esperara que se machucaria menos na se%unda vez se en%anara. 2n%anara!se redondamente. — (ac)+ — .ua m/e chamou!o da mesa da sala de 4antar surpreendida. — Pensei que você e Trish estivessem em *ansas &ity a%ora no clu#e de %ol$e. 55 — 2la est1 l1. — (ac) pu6ou uma cadeira e sentou!se. — 0as sur%iu um imprevisto e precisei cancelar minha ida. — 2spero que tenha sido importante — disse a m/e. — Trish esperava muito que você $osse com ela. — .ei disso — (ac) $alou com um suspiro. — 0as n/o tive outro 4eito. Dere) comportara!se muito #em mas (ac) n/o lamentara a escolha que $izera. 0issy tinha #oas raz-es para ter medo de seu e6!marido. 2 em#ora nada houvesse acontecido dessa vez quem poderia sa#er o que Dere) poderia $azer se 0issy estivesse sozinha? 0esmo que a visita de Dere) tivesse sido #reve na hora em que (ac) sa=ra da casa de 0issy era tarde demais para se encontrar com Trish. .entindo!se meio perdido $ora ver a m/e para persuadi!la a tomar uma 6=cara de ca$' com ele. — O que est1 $azendo? — (ac) olhou para a mesa sempre em ordem a%ora cheia de 1l#uns de $otos e de cai6as a#ertas. — Tommy est1 me a4udando a or%anizar minhas $oto%ra$ias. 2le se encontra aqui a%ora. — (ac) se esquecera completamente de que sua m/e tomava conta de Tommy naquele dia. — Teve di$iculdade em encontrar as $otos? — ela per%untou ao menino que aca#ava de entrar na sala. — 5/o. 2stavam no s;t/o perto da m1quina de costura con$orme você disse. Tommy olhou para (ac) intri%ado e per%untou? — 3ocê n/o devia estar no clu#e de %ol$e com minha m/e? — "conteceu um imprevisto — (ac) disse encolhendo os om#ros. — 3ocê tem tempo para acertar al%umas cestas de #asquete comi%o? (ac) apontou para a pilha de $oto%ra$ias que Tommy trou6era do s;t/o. — Tenho tempo — disse — mas parece que vocês dois têm muito tra#alho pela $rente. — 2 que pre$iro 4o%ar #asquete com você — declarou Tommy. — 5/o prometeu a4udar minha m/e? Tommy lan,ou um olhar de súplica a &onnie *rie%er por'm ela pareceu nem notar. .ua aten,/o estava concentrada na $oto que tinha na m/o. — (ac) $oi um #e#ê t/o lindo+ — ela e6clamou sorrindo. — Dei6e!me ver — Tommy pediu inclinando!se para ver melhor. — 7indo? — (ac) olhou para a $oto e riu. — &om toda essa %ordura como se pode sa#er? — 3ocê n/o era %ordo — a m/e protestou. — 2ra um menino %rande. O que esperava? Pesava cinco quilos quando nasceu. — 2u pesava quatro quilos e meio quando nasci. — Tommy sorriu para (ac). — Pensei que você tivesse sido prematuro. — (ac) $ranziu a testa. — O que quer dizer prematuro? — Tommy per%untou. — 5ascido antes do tempo — &onnie e6plicou. — 5/o nasci antes do tempo — Tommy protestou. — "o contr1rio custei para nascer. 0inha m/e disse que tiveram de lhe dar rem'dio para que eu viesse ao mundo. — Tem certeza? — (ac) per%untou. — Bem... $oi o que ela disse — Tommy $alou ap;s certa hesita,/o. — (ac) dei6e o menino — sua m/e disse com $irmeza. — &edo? Tarde? O que importa a$inal? 56 (ac) teve vontade de dizer a sua m/e que importava sim e muito. .e Tommy tivesse nascido na 'poca certa podia ser seu $ilho. 2 neto dela. 0as (ac) n/o disse nada. Tommy podia estar en%anado e ele n/o diria nada at' ter certeza dos $atos. — Olhe para esta $oto (ac) — &onnie pe%ou outra $oto%ra$ia em uma tentativa de mudar de assunto. — 3ocê devia estar com a idade de Tommy nesta $oto. .empre %ostei de vê!lo com $arda de escoteiro. (ac) sa#ia e6atamente quando aquela $oto $ora tirada. 2le estava cheio de medalhas que rece#era no dia se%uinte ao de seu anivers1rio ao completar dez anos de idade. Tinha os ca#elos #em curtos como os de Tommy a%ora. (ac) olhava da $oto para o menino ali diante dele. .ua semelhan,a com Tommy era inacredit1vel. 5aquele instante quaisquer dúvidas que ainda tivesse so#re sua paternidade sumira. — Dei6e!me ver. — Tommy pe%ou a $oto. — Pu6a quantas medalhas+ — .im rece#i muitas. — (ac) n/o parava de olhar para Tommy e admirava! se de sua m/e n/o ter notado a semelhan,a. — 2u $ui lo#inho um dia — Tommy comentou. — 0as nunca che%uei a ser escoteiro. 2 %ostava do escotismo. — .e %ostava tanto porque desistiu? — (ac) teve curiosidade em sa#er. — 5/o sei. — Tommy deu de om#ros. — 0as você deve ter tido uma raz/o. — De repente qualquer detalhe da vida passada de Tommy $icou sendo importante para (ac). 2le queria sa#er tudo. — "cho que $oi porque os pais come,aram a acompanhar os $ilhos nos acampamentos. 2 eu n/o tinha pai. 0as você tem pai (ac) teve vontade de %ritar. Fm pai que daria tudo para ir a esses acampamentos com você. Hemorso misturava!se com raiva na mente de (ac). Perdera tanto+ Aoram anos que n/o voltariam mais. Tempo precioso perdido para am#os para ele e para Tommy. Por que teria Trish escondido isso? 5ada $azia sentido. >uando ela voltasse de *ansas &ity teria e6plica,-es a lhe dar. "t' ent/o conservaria a #oca $echada. (ac) dese4ava dizer 41 a Tommy que era seu pai e %arantir!lhe que nunca mais ele iria se preocupar por n/o ter pai. Porque estaria presente na vida do $ilho sempre pois era e6atamente onde %ostaria de estar. 5ada nem nin%u'm os separaria nunca mais. CAPÍTULO XIII Trish mal aca#ava de a#rir a porta da $rente quando (ac) apareceu vindo de um lu%ar qualquer e com suas passadas lon%as $oi diretamente C sala. "tDnita com tanta aud1cia Trish se%uiu!o. &omo ousava ele pensar que podia entrar em sua casa na hora que #em entendesse? — 5/o concordo com sua atitude — Trish $alou em p' na porta da sala os #ra,os cruzados so#re o peito mas sentindo!se vulner1vel ante o olhar insistente de (ac). — O que est1 acontecendo aqui? Por onde anda Tommy? 57 (ac) recostou!se no so$1 por'm estava tudo menos rela6ado. — Tommy est1 na casa da av; — ele in$ormou. — Da av;? 0inha m/e morreu. — " minha n/o. — 2m#ora a voz de (ac) $osse suave e #ai6a uma onda %elada percorreu o corpo de Trish. — .into muito mas n/o entendi. — .im entendeu muito #em — (ac) insistia. — "h a%ora entendo. — Trish deu uma risada nervosa. — 5aturalmente sua m/e tem sido uma verdadeira av; para Tommy... — 2la ' av; de Tommy porque sou o pai de Tommy. — " voz de (ac) era como a,o. — 2u nunca pude ima%inar por que você teve tanta pressa em sair de 7ynn<ood depois da $esta de $ormatura. "%ora sei. 2stava %r1vida. Trish sentiu a %ar%anta $echada quase n/o podia se e6pressar. (ac) n/o $alava mais como antes com re$erência a Tommy $azendo per%untas. "%ora a$irmava. "pesar de ela ter inten,/o de contar tudo a ele n/o queria que $osse daquele 4eito. — 3amos vamos (ac). (1 conversamos so#re isso antes. O pai de Tommy e eu nos conhecemos em :ashin%ton... — Outra mentira. 3ocê tam#'m me a$irmou que Tommy era prematuro. — 2le $oi prematuro. — Trish s; esperava que o desespero que tomava conta de si n/o aparecesse na $ace. — 5asceu dois meses mais cedo. — 2 pesava quase cinco quilos Trish. Tommy me contou que o parto $oi di$=cil porque passou do tempo. — Aoi isso que você $icou $azendo enquanto eu estava $ora? @nterro%ando meu $ilho? — Trish per%untou quase %ritando. — Por Deus Trish. 2u sei a verdade. "o menos se4a honesta a%ora. Hesi%nada ao inevit1vel ela $ez com a ca#e,a um %esto a$irmativo. 0as (ac) continuou? — Di%a!me uma coisa. Depois de tudo o que compartilhamos como pDde $azer isso? &omo pDde ter meu $ilho e nem me contar? — Depois de tudo o que compartilhamos? — Trish repetiu lem#rando!se de que n/o tinha raz/o para se sentir culpada. — 2u n/o si%ni$iquei nada para você. — &omo pode dizer isso Trish? Éramos ami%os #ons ami%os. 2... — 2u n/o era sua ami%a. Aui apenas uma pessoa conveniente. 2ra uma %orda solit1ria #astante tola para passar meu último ano de escola raste4ando para conse%uir as mi%alhas de sua aten,/o. 5aturalmente apenas o conheci de verdade depois de você se ter divertido com seus ami%os C minha custa. Tinha ver%onha de ser visto comi%o. Os olhos dela encheram!se de l1%rimas. &om raiva Trish en6u%ou!as. — 5unca tive ver%onha de você... !— Os olhos de (ac) $aiscaram —... ou de nossa amizade. — 5/o sou tola (ac). — Trish deu um passo para tr1s. " ne%ativa veemente de (ac) a tomou de surpresa. — Ouvi!o da porta dizendo a seus ami%os... — " voz dela $alhou 4amais ima%inando que tivesse cora%em de revelar aquilo... que nunca se re#ai6aria para se relacionar com mulher como eu. (ac) $ez uma pausa tentando se recordar do que dissera. Trish pDde quase ver o momento em que (ac) se lem#rou. 7utando contra as l1%rimas ela disse? — Talvez eu n/o $osse a mais linda das mulheres. Por'm era uma #oa pessoa uma #oa ami%a para você. 2 n/o merecia ser usada daquele 4eito. 58 — 3ocê entendeu tudo errado — disse (ac). — 2u apenas tentava prote%ê!la. — 2 o que me diz so#re 0issy? — " voz de Trish soou cheia de sarcasmo. — 2ntendi aquilo errado tam#'m? — Do que est1 $alando? — 5e%a que a levou ao 4antar da c9mara? — 2la precisava de uma carona. — Precisava de um #ei4o tam#'m? — 0issy e eu somos apenas ami%os. — 2 ho4e? — Trish per%untou surpreendida por $alar com tanta calma quando seu cora,/o estava em peda,os. — 3ai ne%ar que estava com ela? — Dei6e!me e6plicar!lhe... — 5/o se dê ao tra#alho. — Trish $oi at' a porta e a#riu!a com $or,a. — .aia e n/o volte nunca mais. (ac) continuou sentado. — Trish você precisa me ouvir. — 2u n/o preciso $azer nada. — Tudo #em ent/o. — &om um suspiro de raiva (ac) levantou!se. "travessou a sala e $oi at' a porta. — >uando você se acalmar $alaremos. — Aique $ora de minha vida (ac). — 2la come,ou a $echar a porta. — 2 $ora da vida de meu $ilho. (ac) se%urou a porta com o p' e disse? — Dei6e!me tornar uma coisa #em clara. 3ocê pode ter mantido Tommy lon%e de mim at' a%ora mas n/o mais. 8oste ou n/o eu serei uma parte da vida dele. Passarei por aqui em outra ocasi/o e conversaremos. Trish #ateu a porta. @nclinando o corpo contra a pesada madeira escorre%ou at' o ch/o enterrando o rosto nas m/os. Durante todos aqueles meses se convencera de que (ac) havia mudado. 0as n/o. &ontinuava sendo o mesmo homem arro%ante e%ocêntrico. 2 a%ora ele sa#ia que Tommy era seu $ilho. 71%rimas quentes escorreram!lhe pelas $aces. Por que sa=ra de :ashin%ton? Tivera ami%os l1. Pessoas que %ostavam dela. 2 se houvesse demorado um pouco mais teria tido at' um empre%o $ant1stico. Trish suspirou e levantou!se do ch/o. Aoi para perto da escrivaninha. Heme6eu em uma das %avetas. 2ncontrou l1 o cart/o com o nome e o tele$one do %erente de Hecursos Bumanos. 2m#ora n/o esperasse encontrar al%u'm em um s1#ado C noite li%ou para o número do cart/o e dei6ou recado. .atis$eita por ter $eito tudo o que $ora poss=vel no momento sentou!se. "t' o $im do mês ela e Tommy estariam de volta a :ashin%ton e (ac) *rie%er para ela n/o seria mais do que uma m1 recorda,/o. .e%unda!$eira pela manh/ Trish rece#eu um tele$onema con$irmando que o lu%ar era dela. Aez planos para se mudar imediatamente. 2m#ora seu tra#alho n/o come,asse por al%uns meses ainda com as economias que conse%uira $azer desde que $ora morar em 7ynn<ood poderia viver at' o in=cio do novo empre%o. "pa%ou todos os recados encontrados na secret1ria eletrDnica. 5a v'spera (ac) tele$onara duas vezes. "chava que ainda precisavam conversar. O que mais havia para se dizerem? ela se per%untou. 59 .e ao menos pudesse $azer suas malas e sair no mesmo instante em vez de esperar at' o $im da semana... 0as consolava!se sa#endo que uma vez lon%e dali nunca mais veria (ac) *rie%er ou a cidade de 7ynn<ood. Tommy sem dúvida n/o iria $icar contente com isso. 3iera a amar 7ynn<ood. >uando ela o apanhou na casa de (ulie tudo o que ele $alou $oi so#re um campo de #asquete que ele e 0att pretendiam $requentar. 2 Trish n/o teve cora%em de lhe dizer que teriam partido de 7ynn<ood antes de ele come,ar a $requentar o campo. — 3ou encestar al%umas #olas enquanto espero o 4antar — ele disse ao entrar em casa. Trish hesitou. .eria aquela uma #oa hora para $alar com o $ilho? — 2spere. — Trish en6u%ou as m/os suadas na #lusa. — Preciso $alar com você. — (1 lhe pedi desculpas mam/e n/o pedi? Trish $itou!o intri%ada. Depois lem#rou!se de que o repreendera por ele ter dei6ado o ar condicionado li%ado o tempo todo enquanto estiveram $ora de casa. — 5/o ' do ar condicionado que quero $alar. — Do que ' ent/o? — Tommy encarou!a com impaciência. — Tenho #oas not=cias. Decidi aceitar o empre%o com a tal $irma em :ashin%ton. Tommy $ranziu a testa e naquele momento $icou t/o parecido com o pai que Trish estremeceu. — 3/o dei6ar você tra#alhar daqui? — 5/o+ — Trish $or,ou um sorriso. — O melhor de tudo ' que você e eu vamos nos mudar para :ashin%ton. — 8osto daqui. — .ei que você %osta. 0as %ostava de l1 tam#'m. 7em#ra!se? — 0att e eu temos planos. (1 desco#rimos um campo de #asquete e vamos pertencer ao mesmo time de $ute#ol. 5/o quero me mudar. — .into muito mas n/o tem escolha. 5;s dois temos de estar 4untos. Onde eu $or você ir1. Portanto comece a arrumar suas coisas. 3oaremos para l1 depois de amanh/. — 0as você %osta daqui mam/e. Disse isso muitas vezes. — Disse. 0as as coisas mudaram. — Bem ' que eu ainda %osto. 2 n/o vou me mudar. 2 você n/o pode me $or,ar. — .ou sua m/e. 2 $ar1 o que eu mandar. — 5/o vou em#ora daqui. — 2le deu!lhe as costas e entrou em casa. 2m al%uns minutos o som da porta do quarto dele que #atia com $or,a ecoou pela casa toda. Trish er%ueu os om#ros apertou os dentes e su#iu as escadas. 0as ao che%ar em cima 41 havia se acalmado. Parou C porta do quarto de Tommy e se per%untou se n/o seria interessante dar!lhe al%um tempo para pensar. &om um suspiro resi%nado voltou para a sala. Tommy n/o atendeu ao chamado dela para 4antar mesmo depois que Trish lhe dissera que havia $eito o prato pre$erido dele espa%uete com almDnde%as. 2m#ora n/o estando com $ome Trish $ez es$or,o para comer. Tentou ler mas n/o conse%uia se concentrar lem#rando!se da conversa que tivera com (ac). Olhou para o tele$one. Deveria lhe tele$onar? Dar!lhe uma chance de se e6plicar? 60 2 depois o quê? "pesar da evidência do contr1rio iria ainda acreditar nele? .eria ela a mulher mais idiota do mundo? 5/o aprendera sua li,/o no re$erente a (ac) *rie%er? 5/o aprendera que apesar do sorriso incr=vel e do rosto honesto ela n/o poderia acreditar em nenhuma palavra que ele dissesse? &om um suspiro resi%nado Trish $oi para o quarto. 5o caminho parou na porta do quarto de Tommy. 2la e Tommy nunca haviam ido para a cama #ri%ados e n/o queria iniciar um novo costume. — Tommy. — Trish #ateu suavemente na porta. — Posso entrar? 5/o o#tendo resposta #ateu de novo. — >uerido? "penas queria lhe dar #oa!noite. Dessa vez n/o esperou pela resposta. 2ntrou no quarto e $oi C ca#eceira da cama. "#riu a colcha mas encontrou apenas travesseiros muito #em arrumados na $orma de um corpo. De prop;sito Tommy tentara $azer com que a m/e pensasse que ele estava na cama dormindo. Trish lan,ou um olhar por todo o quarto. 2 viu lo%o uma $olha de papel so#re a cDmoda. "pavorada a%arrou o papel. @mediatamente reconheceu os %arranchos de Tommy. 0am/e .into muito mas n/o vou sair daqui. 5/o se preocupe. Posso cuidar de mim mesmo. &om amor Tommy. Trish sentiu um aperto no peito quase n/o podendo respirar. 7eu a nota de novo e amassou!a. Onde poderia ele ter ido? 5otou que a 4anela estava a#erta. "= o p9nico tomou conta dela. .eu menino estava $ora na escurid/o da noite sozinho. .anto Deus o que poderia ela $azer a%ora? CAPÍTULO XIV Trish desceu as escadas correndo e olhou para a rua. " casa de &onnie *rie%er estava Cs escuras mas tocou a campainha assim mesmo e #ateu na porta. >uando nin%u'm deu sinal de vida voltou correndo a sua casa e tele$onou para a pol=cia. "l%u'm atendeu ao primeiro toque. — 2scrit;rio do dele%ado se,/o de emer%ência. — >uero in$ormar o caso de uma crian,a desaparecida. — Fm solu,o a#a$ou! lhe a voz. .anto Deus o que $aria ela se n/o encontrassem Tommy? 2nquanto procurava au6=lio com os outros vizinhos Ared che%ava acompanhado de seu assistente. " per%unta dele $oi direta. — 26iste a possi#ilidade de o pai de Tommy estar envolvido? "ssustada Trish disse n/o sem pensar. 0as depois que o dele%ado se $oi come,ou a admitir que talvez Tommy tivesse ido para a casa de (ac). 7i%ou para (ac) por'm a linha estava ocupada. PDs o celular no #olso e pe%ou as chaves do carro. 2m cinco minutos estava na casa de (ac) %rata por ver as luzes acesas. "o menos ele se encontrava em casa " campainha ainda n/o tinha aca#ado de tocar quando a porta se a#riu. — Trish que #om que você veio+ — (ac) e6clamou encantado. 61 — >uer dizer que ele est1 aqui? — 2le quem? — (ac) per%untou. — Tommy. — 2la esticou o pesco,o para ver atr1s de (ac). — O que a $az pensar que ele este4a comi%o? — 3amos (ac). — " voz de Trish tremia. — "penas di%a!me. 2le est1 aqui ou n/o? (ac) come,ou a se preocupar. — 5/o o ve4o desde s1#ado. Trish se desesperou. 2m#ora n/o tivesse achado prov1vel que Tommy estivesse l1 ainda tinha esperan,a. Pensava aonde ir a%ora. O dele%ado dissera que tele$onaria se conse%uisse not=cias. 2la tirou o celular do #olso para ter certeza de que estava li%ado. — O#ri%ada de qualquer $orma — disse a (ac). 3irou!se para sair mas ele a%arrou!a pelo #ra,o. — 5/o t/o depressa assim. O que est1 acontecendo? >ue $im levou Tommy? — 5/o sei. — Os olhos dela encheram!se de l1%rimas. — 2le... ele $u%iu. — Au%iu? — (ac) empalideceu. — Tem certeza? — .im. Dei6ou um recado. — 0as por quê? — 2stava a#orrecido. — Trish mal podia encarar (ac). 0esmo sa#endo que n/o $izera nada errado a sensa,/o de culpa a perse%uia. — 0as nunca pensei que ele $izesse al%o assim. — 7i%ou para o dele%ado? — .im. 2 veri$iquei com todos os vizinhos e ami%os de Tommy. 0as... nada. 5/o pode ima%inar como tive esperan,a de que ele estivesse aqui. — >uer dizer que lhe contou que eu era seu pai. 2 ele n/o rece#eu #em a not=cia. Aoi isso? — 5/o $oi isso — Trish disse. — 2le ainda n/o sa#e nada so#re você. — 5esse caso por que estava a#orrecido? — &omuniquei!lhe que =amos voltar para :ashin%ton. (ac) arre%alou os olhos. — 5/o pode estar $alando s'rio. >uer levar meu $ilho para assim t/o lon%e? — (ac) parou de $alar de repente. — 0as isso n/o ' importante a%ora precisamos encontr1!lo. Trish n/o protestou quando (ac) passou um #ra,o por seus om#ros e conduziu!a C cozinha. .entando!se C mesa diante dela ouviu!a atentamente enquanto narrava os acontecimentos do dia. — 0inha primeira id'ia $oi que ele tivesse ido C procura de sua m/e. Por'm ela n/o estava em casa. — 0inha m/e $oi passar uns dias em Tope)a com a irm/. "dmiro!me ela n/o ter lhe contado isso. — Talvez tenha tentado — Trish respondeu lem#rando!se dos tele$onemas que n/o retornara. — 5/o importa. " única coisa importante a%ora ' encontrar nosso $ilho. (ac) tinha raz/o ela pensou. 5ada era importante e6ceto Tommy. — 3amos encontr1!lo n/o ' mesmo? — Trish per%untou. — 5aturalmente que vamos. 2le estar1 em sua cama antes da meia!noite. 0as a meia!noite veio e $oi. >uando o sol nasceu a preocupa,/o tomou o lu%ar da con$ian,a no olhar de (ac). 62 Trish retornou para casa decidida a se%uir a recomenda,/o do dele%ado Ipara o caso de o menino decidir voltarI. 0as (ac) continuou procurando o $ilho pela redondeza. Aicaria louco se apenas se sentasse esperando. Es oito horas a porta de tela dos $undos $ez um ru=do ao se a#rir. Trish virou! se. Fm raio de esperan,a sumiu no instante em que ela viu 0issy. — Posso entrar? — 0issy per%untou. — &laro. 0as se est1 procurando por (ac) ele n/o est1 aqui. — Por que estaria eu procurando por ele? 2stou apreensiva por você e por Tommy. — 3ou #uscar um ca$'. — Trish levantou!se e colocou so#re a mesa uma 6=cara de ca$' para 0issy. 5/o podia ser rude. 5/o era culpa de 0issy o $ato de (ac) %ostar mais dela. 2 0issy estava sendo uma das volunt1rias que passara a noite procurando por Tommy pela cidade. .ou#era de tudo por (ac). — (1 desco#riu al%uma coisa? — 0issy per%untou a Trish. &om o cora,/o apertado Trish respondeu? — 5em uma palavra. — 2le deve estar #em. 7ynn<ood ' uma cidade se%ura. — 2u sei mas Tommy n/o passa de uma crian,a. 2 eu o amo tanto+ — .ei que você o ama — 0issy sussurrou com suavidade. — Desculpe. — 71%rimas corriam a%ora pelas $aces de Trish. 2la en6u%ou!as com um %uardanapo de papel. — 5/o quero $icar aqui sentada me lamentando em vez de conversar naturalmente com você. — Olhe tam#'m sou m/e. 2ntendo tudo. " %ente $az qualquer coisa para prote%er os $ilhos. Por isso me apavorei quando Dere) apareceu de repente no s1#ado. Trish n/o entendia por que 0issy $alara aquilo e estava cansada demais para per%untar. — 5/o $oi s; por minha causa que me preocupei — 0issy prosse%uiu? — Bavia *aela. >uando Dere) $ica $urioso ' capaz de tudo. &om meu pai $ora da cidade eu n/o sa#eria o que $azer. 8ra,as a Deus conse%ui $alar com (ac). 2spero que ele tenha lhe contado como $iquei a#orrecida por estra%ar seus planos. — O 4o%o de %ol$e? Aoi isso? — De repente tudo $ez sentido. — 2le queria muito ir mas disse que você entenderia. 5/o sei se eu seria t/o compreensiva. — 0issy sorriu. — 0as acho que ' por isso que ele ama você e n/o a mim. — (ac) me ama? — Trish $itou!a atDnita. — Onde encontrou essa id'ia? — (ac) me disse. — >uando? — 2le me disse que te amava no dia do 4antar da c9mara. Aoi no dia em que ele me deu uma carona porque meu carro estava na o$icina. Depois levou!me para casa. — @sso $oi antes ou depois do #ei4o? — Trish dese4ou sa#er. — >ue ele me disse que te amava? — 0issy $icou ru#ra de em#ara,o. — (ac) ' um #om rapaz e n/o ' se%redo que sempre %ostei dele. Por'm o #ei4o $oi minha id'ia n/o dele. 2 nunca mais $arei isso. (ac) dei6ou #em claro que n/o est1 interessado em mim. 2le tentou me contar isso mas eu $ui uma idiota em n/o querer ouvi!lo Trish pensou. 2la enterrou o rosto nas m/os. &omo pude ser t/o teimosa? 63 0issy levantou!se da mesa e a#ra,ou!a. — Tudo vai $icar #em — disse. &omo por mila%re a porta de tela da cozinha a#riu naquele instante. — 3e4a quem eu encontrei+ — (ac) e6clamou. — Tommy+ — Trish levantou!se da cadeira e a#ra,ou o $ilho com $or,a. — Oh Tommy tive tanto medo+ — Desculpe mam/e. — O menino tinha os olhos cheios de l1%rimas. — 5/o quis preocupar você. — Preciso ir para casa — 0issy disse pe%ando a #olsa e tomando o caminho da porta. — 0issy+ O#ri%ada por tudo — disse Trish. — De nada. "$inal para que servem os ami%os? — Talvez possamos nos encontrar lo%o. Poderemos almo,ar 4untas. — 2u adoraria. — 0issy sorriu. — 8osto tanto de você meu $ilho — Trish repetia sem parar a#ra,ando!o de novo. — 5unca mais $a,a isso. (untos poderemos resolver todos os pro#lemas. 2ntendeu? — 2u adoro você mam/e. — "%ora meu querido acho que precisa de um #anho quente e comer al%uma coisa. O que acha? — 3amos ainda nos mudar? — ele per%untou. — &onversaremos so#re o caso mais tarde — Trish respondeu. — 0as... — Tommy — (ac) disse $irmemente soando como um pai — sua m/e disse mais tarde. (ac) riu para Tommy enquanto ele su#ia as escadas. Depois virou!se para Trish. — Aalei com o dele%ado dando!lhe a #oa not=cia. 2le $icou de comunicar o $ato C turma que o a4udou. — 3ocê pode $icar aqui por mais al%um tempo? — Trish lhe per%untou. — >uero sa#er todos os detalhes. — 5/o sei como n/o pensei nisso antes. — (ac) pu6ou uma cadeira e sentou! se. Parecia e6austo. — "l%umas semanas atr1s eu mostrei a Tommy e a 0att uma velha ca#ana que eu e al%uns ami%os constru=mos perto de um la%o. Os meninos $icaram $ascinados. >uando $ui l1 esta manh/ vi Tommy dormindo no local. — 5/o sei como posso lhe a%radecer — Trish con$essou. — 2u sei. 5/o volte para :ashin%ton. Trish procurou as palavras com cuidado e respondeu? — .urpreendo!me por você ainda querer que eu $ique. Depois do modo como o tratei... — 2u devia ter lhe contado que 0issy estava no 4antar em lu%ar do pai. 2 que depois $ui prote%ê!la contra Dere). — 2u ' que $ui teimosa e voluntariosa. >uando você se dispDs a e6plicar recusei ouvi!lo. Aiz a mesma coisa quando tinha dezoito anos. — Trish so#re o dia do dep;sito... — (ac) n/o precisa me e6plicar nada. — 5/o quero que ha4a mais se%redos e mal!entendidos entre n;s dois. — Tam#'m n/o quero — Trish concordou. — 2nt/o dese4o que ou,a sem me interromper. 2st1 #em? Trish n/o tinha muita certeza se queria ouvi!lo mas devia!lhe um $avor. 2 (ac) prosse%uiu? 64 — Hon e &hip nos trancaram naquele dep;sito esperando que $iz'ssemos amor. — 2nt/o $oi plane4ado? — 3ocê disse que me ouviria Trish. 5/o se esque,a de que eles me induziram me en%anaram como induziram você. — 0as por que eu? — 3ocê estava dispon=vel. — 5aturalmente. 0esmo meu parceiro n/o quis ser visto com a %orda Patty. — 5/o $ale assim. 3ocê estava linda. 3ocê era linda. "quele seu ami%o ' que era um idiota. — .e me achou linda por que $alou tudo aquilo com seus dois ami%os? — Tentava prote%er você — (ac) e6plicou. — .e eu tivesse dado a eles uma id'ia de que al%o acontecera naquele dep;sito &hip e Hon destruiriam sua reputa,/o. — >uer dizer que n/o tinha ver%onha de mim? — Trish per%untou mal ousando ter esperan,a de uma resposta a%rad1vel. — De $orma al%uma. Dei!me conta naquela noite de como você era importante para mim. — 0as n/o me procurou depois daquilo. 5unca mais apareceu. — Porque você me disse que estava muito ocupada para continuar me vendo nas noites de se6ta e s1#ado. Pude notar que $icara #rava e resolvi dar!lhe um tempo. 7o%o depois sou#e que partira da cidade. Trish reconheceu com dor no peito que (ac) tinha raz/o. 2la estivera de $ato #rava e ma%oada dez anos atr1s e evitara!o totalmente. — Bem mas a%ora acho que s/o 1%uas passadas — disse Trish com um suspiro. — "o menos a%ora est1 tudo claro. — 5/o tudo. Por que n/o me contou que estava %r1vida? — Por causa daquilo tudo que ouvi da conversa com seus ami%os. — Deve ter havido al%o mais al'm disso. — (ac) sacudiu a ca#e,a. — 3ocê me conhecia e sa#ia que eu estaria a seu lado em tal caso. — 2u n/o sa#ia nada disso. 2 mesmo que você $icasse a meu lado porque dese4aria em minha vida al%u'm que tivesse ver%onha de mim? — Tem raz/o. — (ac) suspirou. — 5/o lhe dei raz/o para con$iar em mim. Aoi como no caso de 0issy... — 5/o precisa me e6plicar nada. 2la me contou tudo. — &ontou? — 2 eu acreditei — disse Trish. — 26ceto na parte em que você me amava. — 0as ' verdade — (ac) con$essou. — 2u te amo Trish. — .e ' verdade por que nunca me $alou? — 2sperava pela hora certa. 2 acho que essa hora deve ser a%ora. (ac) a $ez se levantar. — Perce#i esta noite como a vida ' preciosa como você e Tommy s/o preciosos para mim. 5/o posso re$azer o passado mas quero construir o $uturo com você. 5;s três seremos uma $am=lia. >uer se casar comi%o Trish? — .e $icou preocupado com receio de que eu separe Tommy de você n/o $ique. — .eu cora,/o disparava mas Trish procurou medir #em suas palavras. — É o pai dele e Tommy precisa de você. 3e4o isso a%ora. 5/o vou me mudar de volta para :ashin%ton... Portanto se $oi por isso que me pediu... — " raz/o pela qual quero me casar com você ' o amor. 2u te amo querida. — (ac) $itou!a #em nos olhos. 65 2n$im vieram aquelas palavras h1 muito esperadas? .eria mesmo verdade? Trish se per%untava. — Trish? 2la en6er%ou nos olhos de (ac) tanto amor que se surpreendeu por n/o ter notado isso antes. 2r%ueu ent/o a m/o e acariciou!lhe o rosto. — 2u tam#'m te amo querido. — 2nt/o vai se casar comi%o? — 5aturalmente que vou me casar com você. — 2u a $arei $eliz Trish prometo. 2le tocou!lhe os l1#ios com os seus. Ouviram!se sons de passos. Trish e (ac) olharam para a porta. — .er1 verdade? — Tommy estava no corredor os olhos azuis parecendo maiores em seu rosto p1lido. 2 per%untou? — 3ocê ' mesmo meu papai? — O que acha disso? — (ac) lhe per%untou. — >uer dizer que n/o vamos mais nos mudar? — O menino quis sa#er. — 3amos nos mudar para um pouco mais adiante da esquina. O que acha? " e6press/o tensa de Tommy rela6ou em um sorriso e Trish s; ent/o perce#eu que estivera se%urando a respira,/o. — Posso contar tudo a 0att? — Tommy pediu. — 5aturalmente que pode. &onte a quem quiser. — 7e%al+ — Tommy su#iu as escadas correndo sem olhar para tr1s. — 2le pareceu concordar — disse Trish. 2m#ora n/o $osse aquele o modo que ela teria escolhido para contar a Tommy apavorara!se havia tanto tempo por aquele momento que sentiu um al=vio imenso pelo $ato de tudo ter terminado. — O motivo de Tommy querer contar a outras pessoas ' um #om sinal. — .ei como ele se sente. 2u tam#'m mal posso esperar para contar a todos. .e $osse poss=vel anunciaria a novidade %ritando de cima do telhado — (ac) comentou. Trish riu ao ima%inar (ac) em cima do telhado. 0as moderou o riso ao visualiz1!lo escorre%ando... — 5ada de telhado. 2 peri%oso — ela protestou se%urando!o por um #ot/o da camisa. — 5/o quero que al%o mal aconte,a a meu $uturo marido. — Promete que se casar1 comi%o lo%o? — ele per%untou #ei4ando!lhe a m/o. " resposta de Trish $oi um sorriso. 2 #ei4aram!se de novo. Trish decidiu que um casamento r1pido viria a calhar. "$inal esperara tanto pelo seu Pr=ncipe 2ncantado+ 2 a%ora que estava nos #ra,os dele n/o iria perder nem mais um minuto de seu precioso tempo separada dele. EPÍLOGO Alores decoravam cada recanto do sal/o e o som da música misturava!se Cs risadas e C conversa. — 5/o tenho palavras para lhe dizer como apreciei sua enorme a4uda no arran4o desta $esta com t/o pouco tempo de antecedência. — Trish sorria para a nova so%ra. — Aoi um verdadeiro mila%re. "penas duas semanas se haviam passado desde o dia em que (ac) a pedira em casamento. Trish olhava para a alian,a a%ora mal acreditando que seus sonhos se trans$ormaram em realidade. — 2u me diverti muito — &onnie *rie%er respondeu tirando um $iapo do vestido de noiva que Trish vestia. 2m#ora Trish tivesse sido i%ualmente $eliz 66 casando!se com um vestido simples e apenas na companhia da $am=lia &onnie insistira que ela merecia um casamento adequado. — 2 sinto!me ale%re por você ter permitido que eu $izesse parte disso. 8ra,as a &onnie o casamento adequado $ora tam#'m tal qual um conto de $adas? desde a i%re4a e o sal/o cheios de $lores ao vestido de noiva de cetim e rendas C o#ra de arte em três camadas que o con$eiteiro local chamara de #olo. Trish e (ac) $izeram os votos em uma i%re4a cheia de $amiliares e ami%os. Hespirava!se amor por toda parte. Depois do #ei4o tradicional am#os a#ra,aram o $ilho. Trish sorriu lem#rando!se de como Tommy aceitara #em a not=cia de que (ac) era seu pai. >uando o chamara de IpapaiI pela primeira vez no 4antar pr'! nupcial considerara esse o melhor presente que poderia ter rece#ido. — 2m que est1 pensando? — (ac) per%untou a Trish ao vê!la t/o calada passando o #ra,o pela cintura dela. — 2stava pensando em como sou $eliz. &onse%ui tudo que sempre dese4ei na vida. — Posso pensar em mais uma coisa. — 5o quê? — .ra. *rie%er quer me dar o prazer dessa dan,a? — (ac) conduziu!a C pista. " orquestra come,ou a tocar e os dois se moveram no assoalho de madeira #rilhante ao ritmo da música. — (1 se deu conta de que nunca hav=amos dan,ado antes? — Trish sussurrou n/o ainda $amiliarizada com a intimidade do momento. — "o menos n/o dan,amos a música propriamente dita. — B1 muitas outras coisas que nunca $izemos antes. — (ac) disse suavemente com a #oca colada ao ouvido dela. — 0uitas coisas que eu %ostaria de $azer. — 2squeceu!se (ac)? (1 $izemos amor. 7em#ra!se? Trish sentiu a m/o dele em suas costas nuas $azendo movimentos sensuais de #ai6o para cima. — 2 claro que me lem#ro. 0as h1 um limite do que se pode $azer em um dep;sito. — 2 $ora de um dep;sito? — Trish $itou!o maliciosamente com um tremor de antecipa,/o. — 3ai desco#rir esta noite. — 2le a$astou al%uns $ios de ca#elo do rosto de Trish. — 2 n/o se esque,a. Temos uma vida pela $rente. (ac) #ei4ou!a e Trish teve a distinta impress/o de que Iuma vidaI nos #ra,os daquele homem nunca seria su$icientemente lon%a. Fim 67