Rochas_apostila

March 27, 2018 | Author: Igor Santos | Category: Magma, Igneous Rock, Minerals, Rock (Geology), Volcano


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Estudodas Rochas por Exame Macroscópico Sebastião de Oliveira Menezes UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Instituto de Ciências Humanas Departamento de Geociências Estudo das Rochas por Exame Macroscópico Sebastião de Oliveira Menezes [email protected] . ÍNDICE Primeira Parte: Estudo das Rochas Introdução Espécies de corpos de rochas Métodos de estudo Principais minerais constituintes das rochas Feldspatos Feldspatóides Quartzo Micas Minerais ferromagnesianos Calcita Argilas Reconhecendo rochas Estrutura Granulação Textura Dureza Composição mineral Classificação das rochas Rochas Ígneas ou Magmáticas Características gerais Modo de formação Evolução magmática Estágios de consolidação do magma Modos de ocorrência Textura e granulometria Variedades dos tipos fundamentais de textura Composição química e grau de cristalinidade Composição mineralógica e cor dos minerais Tipos de rochas ígneas ou magmáticas Rochas Sedimentares Características gerais Origem Processos Textura Estrutura Composição e cor Classificação Tipos de rochas sedimentares Rochas Metamórficas Considerações gerais Fatores e espécies de metamorfismo Textura e estrutura Constituição mineralógica Classificação e tipos . Segunda Parte: Identificação Macroscópica de Rochas Que rocha é esta? Guia de consulta à chave Grupo 1: Rochas com estrutura maciça (não-orientada) Grupo 2: Rochas com estrutura orientada Rochas constantes da chave Rochas classificadas quanto à origem Referências Glossário . . Inclui uma série de ilustrações para facilitar o entendimento do tema e um glossário com termos de uso corrente nas geociências mencionados no texto e nem sempre definidos. Explana as linhas gerais em que se baseia o estudo das rochas e fornece uma chave para reconhecimento macroscópico de alguns de seus principais tipos. Juiz de Fora. O texto apresenta um roteiro sobre o estudo das rochas. abril de 2008. objeto de estudo da Petrografia.Apresentação A elaboração deste material teve por finalidade atender estudantes que se iniciam no estudo de disciplinas relacionadas com o meio físico. constituídas de associações de minerais. vez que ao se iniciar o estudo da ciência da Terra (Geociências). torna-se necessário conhecer mais de perto as rochas – unidades básicas da crosta terrestre. . Primeira Parte Estudo das Rochas . . O vidro natural. de um só mineral. As rochas próximas da superfície vêm sendo estudadas há muito tempo e suas características são bem conhecidas. como é o caso do calcário e do mármore. ESPÉCIES DE CORPOS DE ROCHAS De acordo com a natureza de seu conteúdo mineral. sedimentares e metamórficas. Corpos de rochas individuais comumente constituem centenas ou milhares de quilômetros cúbicos do volume da Terra. O vidro natural é conhecido como obsidiana ou vidro dos vulcões (figura 1). fratura conchoidal lisa e extremamente brilhante. porque varia de um lugar para outro na mesma massa rochosa. Rochas são. essencialmente. por causa dos diferentes processos pelos quais são formadas. embora freqüentemente seja quase homogêneo. são exemplos o calcário. Sua cor é verde-escura. tanto que é considerada uma parte integrante da estrutura da Terra. Estes três grupos são as rochas ígneas. vidro natural. Entretanto. Ela inclui a descrição e a identificação das rochas (petrografia) e uma explicação de suas origens (petrogênese). as rochas diferem muito de um lugar para outro. as rochas são classificadas em três grandes grupos de acordo com o principal processo que lhe deu origem. Qualquer um que pretenda iniciar-se em geologia deveria ser capaz de conhecer as características e inter-relações existentes entre estes três grandes grupos de rochas. A rocha monominerálica consiste. as muitas substâncias da Terra. Em geral. que. Portanto. Geralmente. Por causa da diversidade dos tipos de rochas. Uma rocha é constituída de um mineral ou da associação de dois ou mais minerais que mantêm certa uniformidade de composição e de características na crosta terrestre. ao microscópio. a associação de dois ou mais minerais forma uma rocha. ambos formados do mineral calcita (carbonato de cálcio).INTRODUÇÃO O ramo de conhecimento que se ocupa com o estudo sistemático de rochas é a petrologia. Elas são compostas das mesmas partículas. as rochas podem ser agrupadas em quatro categorias diferentes: monominerálica. o mármore e o dunito. como todos os outros materiais no universo. mas nas rochas as partículas estão tão agregadas e arranjadas que as unidades são muito amplas. algumas vezes tendendo ao negro. então. podem ocorrer rochas constituídas. essencialmente. não tem uma composição que possa ser expressa por uma fórmula química. como o vidro. em um só mineral que ocorre em escala bastante grande. não mostra nenhum elemento cristalino. a petrologia utiliza alguns métodos contrastantes de investigação. A textura da obsidiana é vítrea. . dos vários modos que elas são formadas e da enorme variação dos tamanhos das unidades que elas formam (do tamanho de batólitos até cristalitos submicroscópicos). análises químicas. ou seja. O calcário é uma rocha sedimentar. o mármore é de natureza metamórfica e o dunito é de origem ígnea. Estes métodos incluem técnicas de geologia de campo. Mesmo assim. trata-se de material amorfo de origem ígnea. matéria orgânica e um agregado de dois ou mais minerais. estudos experimentais e petrográficos (macroscópicos e microscópicos). A maioria das rochas pertence a este grupo. com ou sem massa fundamental de vidro natural. muitas destas rochas contêm uma dúzia de minerais diferentes observáveis principalmente sob grande aumento. também pode formar corpos de rochas. A matéria orgânica. o gnaisse. acumulado em certas ilhas oceânicas. Um agregado de dois ou mais minerais. recebe o nome de guano.Fig. Fig. Muitos minerais e rochas apresentam este tipo de fratura. que é uma rocha ígnea. O fosfato de cálcio proveniente do excremento de aves. 2 – Estágios da formação do carvão . que é uma rocha metamórfica e o arcósio. Estes materiais são estudados junto com as rochas sedimentares (figura 2). em geral. Turfa. Um vidro natural de origem vulcânica com característica fratura conchoidal ou concóide. hulha (carvão betuminoso). linhito (carvão marrom). São exemplos: o granito. que é um produto de origem animal ou vegetal. que é uma rocha sedimentar. e antracito são nomes dados às várias transformações pelas quais passa a matéria vegetal ao ser transformada em carvão mineral. É uma rocha de origem animal. 1 – Obsidiana. além da composição química. O estudo duma rocha nunca é simples. essencialmente. texturas e estruturas. com freqüência. deve abranger outros fatores variáveis.03 mm de espessura). do arranjo e da distribuição dos seus componentes. do modo geológico de ocorrência ou modo de jazida. essas variações não se constituem em um obstáculo insuperável para a análise e identificação. as diferentes rochas que inclui. Dentro de cada uma das classes de rochas. outros testes podem ser feitos para limitar ainda mais as possibilidades. No exame macroscópico de uma rocha é necessário observar todas as características importantes que são visíveis e registrá-las de modo a conduzir a uma descrição clara da rocha. A cor de um mineral é uma propriedade física mais facilmente notada. Para o estudo das rochas. com considerável segurança. fazer referência a questões relativas à gênese e modo de ocorrência das rochas. mesmo nas rochas de grãos mais finos. pode ser um guia valioso para a identificação do espécime. que depende do tamanho.MÉTODOS DE ESTUDO Os caracteres que distinguem cada grupo de rochas e. embora seja necessário. investigar suas relações. mas é pouco freqüente. As propriedades não são todas dignas da mesma confiança. A cor pode ser um recurso útil para a identificação de rochas. Quando tomada em conjunto com a qualidade de seu brilho. da forma. ou seja. especialmente cor e textura – propriedades físicas visíveis a olho nu. no terreno. Estes requisitos podem ser melhor consolidados se adotarmos um procedimento sistemático no exame e descrição de rochas. A identificação macroscópica das rochas é baseada quase exclusivamente em suas características externas. Textura é um aspecto menor inerente à rocha. são consideradas as composições. Entretanto. Outros podem reconhecerse pelo exame da própria rocha. O uso de uma chave para reconhecimento macroscópico de rochas comuns pode ser uma ferramenta importante. Os petrógrafos recorrem vulgarmente ao exame microscópico de lâminas delgadas de rochas (com cerca de 0. Elas têm como finalidade determinar o ambiente no qual as rochas foram originalmente formadas e a natureza e a extensão de todas as mudanças subseqüentes em sua composição química e física. ou de exemplares de mão dela talhados. Quando se trata de formações rochosas. A forma cristalina é mesmo melhor. Considera-se uma substância macia se ela pode ser riscada pela ponta de uma agulha ou pela lâmina de um canivete. Ela varia de espécime para espécime. quase sempre um indício importante para sua identificação é a textura. Alguns só podem observar-se no terreno. São estes últimos caracteres que. os minerais constituintes e. à luz natural e à luz polarizada. pelo estudo da massa rochosa em relação às massas vizinhas. se vão considerar. especialmente das rochas ígneas. são estreitamente dependentes do modo de formação. Por conjugação destes processos. As relações de campo são importantes na determinação do modo geológico de ocorrência de um corpo rochoso. tais como tamanho. mas a cor deve ser usada com reserva. Estes estudos preocupam-se com a geometria das rochas em relação aos estratos que as circundam. a ordem por que se formam etc. que permita distingui-la de outras. porque. aliado a um . O brilho é uma indicação segura. A clivagem e a dureza são excelentes critérios e podem ser testados. pode-se normalmente identificar. forma e arranjo dos componentes. dentro de cada um deles. e à análise química. Uma vez que a cor e o brilho de um mineral tenham fornecido indícios para sua identificação. dispõe-se hoje em dia de métodos muito exatos. estaurolita. quartzo e moscovita. . o traço ou risco sobre uma placa de porcelana fosca e observações de outras propriedades e/ou características comuns. geralmente. resumem-se as principais características de alguns deles. reconhecidos por estriações finas (linhas paralelas) à superfície de clivagem. leucita. Feldspatos. piroxênio.conhecimento prévio dos principais minerais constituintes de rochas e dos principais tipos de textura. é preciso observá-los com atenção e anotar todas as suas características que são visíveis. anfibólios e biotita. biotita. São silicatos de alumínio. nefelina. os segundos. argila. são os seguintes: anfibólio. Saber reconhecer os minerais comuns formadores de rochas é essencial para o estudo e exame macroscópico das rochas. de tamanhos pequenos. Isto dificulta o reconhecimento deles. geralmente. podem ser reconhecidas variedades de albita e labradorita. Já os minerais máficos são tipicamente encontrados nas rochas da crosta oceânica e do manto superior da Terra. A seguir.6. microclíneo. oligoclásio. mica (sericita). labradorita. a forma ou o modo de agregação. PRINCIPAIS MINERAIS CONSTITUINTES DAS ROCHAS Os minerais mais importantes que entram na formação das rochas pertencem a dois grupos: os minerais félsicos e os minerais máficos. sanidina. a dureza. feldspatóides. que contêm ferro e magnésio. Os minerais constituintes de rochas. calcedônia. podendo ser encontrados na maior parte das rochas ígneas. augita. a clivagem e/ou fratura. dolomita. entre outras informações. em muitas rochas metamórficas e em algumas rochas sedimentares. com potássio. moscovita. incluem piroxênios. feldspato. São. incluem feldspatos. ilmenita. Elas incluem. hiperstênio. além de uma boa iluminação. quartzo. o brilho em superfície recente. hornblenda. em geral. calcita. Os feldspatos comuns podem ser considerados como soluções sólidas de três componentes: ortoclásio. Já os plagioclásios são arbitrariamente divididos em seis subespécies: albita. Os minerais félsicos são tipicamente encontrados nas rochas da crosta continental da Terra. anortita e isomorfas dos dois membros extremos da série – albita e anortita. olivinas. Por isso. de cor escura e densidade superior a 3. albita e anortita. Analisar espécimes grandes de minerais e observar suas características é uma das formas de se obter maior segurança no reconhecimento dos minerais constituintes das rochas. Os plagioclásios são. tremolita e zeólita. os demais. Macroscopicamente. O feldspato potássico inclui o ortoclásio e o microclíneo. Os primeiros são ricos em silício e alumínio. sódio e/ou cálcio. magnetita. clorita. além daquelas observações pessoais. Tendem a ter cores claras e sua densidade é da ordem de 2.0. olivina. cordierita. As principais variedades são os feldspatos potássico e calco-sódico (plagioclásio). Eles representam mais de 50% do volume dos minerais da crosta terrestre. ortoclásio. citados na chave para reconhecimento macroscópico das rochas comuns. a cor. talco. granada. O estudo dos minerais quase sempre é apresentado como uma listagem de suas propriedades e características que podem ser úteis para identificação. andesina. egirina. Nas rochas os minerais são. Uma lupa de bolso com aumentos entre 6 e 9 vezes é um bom auxiliar para as observações. bitownita. que são devidas à germinação. somente com auxílio de métodos de análises microscópicas ou técnicas mais sofisticadas. plagioclásio. o termo argila é empregado quando se faz referência a um material terroso. Elas são encontradas em todos os três tipos de rochas.Feldspatóides. A olivina é um mineral verde-amarelado transparente. As micas formam um grupo de minerais fáceis de reconhecer pela clivagem. os anfibólios apresentam-se em prismas alongados ou cristais aciculares. Em geral. RECONHECENDO ROCHAS O objetivo do reconhecimento macroscópico de rochas é chegar ao nome do espécime pela observação de suas características visíveis. sem se importar com a classificação da rocha quanto à origem. Para o reconhecimento macroscópico de rochas é necessário saber reconhecer se o espécime a ser analisado possui uma estrutura maciça (não orientada) ou se possui estrutura orientada. alumínio e outros elementos. Argila. São silicatos de alumínio e terras alcalinas que são praticamente equivalentes aos feldspatos em relação às rochas. de estrutura em folhas. magnésio. de granulação fina. Em toda a crosta terrestre existe uma grande abundância de quartzo. É o principal mineral componente do calcário (rocha sedimentar) e do mármore (rocha metamórfica). Nas rochas em que não existem direções privilegiadas. Quartzo. É um carbonato. montmorilonita (esmectita) etc. A distinção entre piroxênios e anfibólios nem sempre é fácil. que incluem caulinita. É. sendo a maioria deles produzidos pelo intemperismo de minerais comuns como feldspatos e micas. ao passo que os prismas dos piroxênios são curtos. característico de rochas ígneas de alta temperatura. São os minerais máficos. São geralmente verdes. Micas. É um mineral muito difundido. Forma-se por precipitação direta do carbonato de cálcio ou é extraído da água pelos organismos vivos para fazer suas conchas e/ou esqueletos. Estrutura. Arenito (rocha sedimentar) e quartzito (rocha metamórfica) são rochas cuja composição é. dentre outros. ocorrendo em massas granulares ou cliváveis. ferro. São encontrados em rochas ígneas onde há ausência de quartzo. Usualmente. Ele ocorre nos três tipos de rochas (ígneas. flogopita e sericita. leucita e sodalita. biotita. castanhos ou pretos. anfibólios. contendo potássio. Os piroxênios e os anfibólios são silicatos complexos encontrados nas rochas ígneas e metamórficas. Sua composição mineralógica é dióxido de silício. que permite separá-las em lamelas flexíveis tão delgadas quanto uma folha de papel. São silicatos hidratados. As argilas são constituídas por um grupo de substâncias cristalinas conhecidas como minerais argilosos. uma das espécies mineralógicas das mais comuns. As variedades mais comuns são moscovita. Minerais ferromagnesianos. quartzo. olivinas. que se torna plástico ao ser misturado com uma quantidade pequena de água. Os minerais argilosos são importantes constituintes dos solos e de rochas sedimentares. Os principais feldspatóides são: nefelina. A estrutura de uma rocha é o conjunto de caracteres que exprime descontinuidade ou variação na textura. Incluem piroxênios. essencialmente. sem dúvida. sedimentares e metamórficas). seu aspecto . Calcita. Se a granulação é fina os constituintes minerais são reconhecíveis a olho nu e/ou com o auxílio de uma lupa e apresentam tamanhos de até 1. depois de examinado. exibem uma forma ou arranjo interno de seus constituintes definido e característico. que pode ser bandeada (gnáissica) ou xistosa (ondulada) é comum nas rochas metamórficas. As estruturas em camadas ou em faixas são compostas de anéis distintos identificados por cores e/ou texturas diferentes. Fig. ou seja. Quando a rocha se apresenta com esse atributo (falta de orientação).0 mm (granulação média) e de 10.0 mm a 10. Macroscopicamente. b) porfiróide ou inequigranular. São microcristalinas ou densas. tendo uma população de grãos de diferentes tamanhos. Neste caso. A estratificação é uma das formas mais comuns de estrutura das rochas sedimentares. (A): Estrutura maciça e textura granular porfirítica em rocha ígnea. . podemos separar as rochas. Granulação. Textura. no caso da granulação finíssima. Nas rochas ígneas podemos distinguir os seguintes tipos: a) granular ou equigranular. No grupo das rochas de granulação finíssima a fina estão incluídas aquelas que consistem de cristais em que os grãos são reconhecíveis a olho nu. ou seja. seria designado por uma das categorias de textura. No grupo das rochas de granulação média a grossa os grãos minerais variam de tamanhos entre 1. O tamanho do grão é usualmente a característica textual mais óbvia. (C): estrutura orientada e textura granoblástica em rocha metamórfica. 3 – Aspectos característicos de rochas com estrutura maciça e orientada. tamanho. quanto à sua granulação em: a) finíssima a fina e b) média a grossa. ou seja. enquanto que a foliação. com auxílio de uma lente. O espécime. (B): Estrutura orientada e textura clástica (fragmentária) em rocha sedimentar. As rochas orientadas em planos ou linhas estão separadas em macias (riscáveis com canivete) e duras (não riscáveis com canivete).é sempre o mesmo.0 a 30. com os tamanhos de grãos iguais ou semelhantes.0 mm. ou seja. arranjo entre os grãos e nas relações de contato. quer os fragmentos estejam soltos ou consolidados (unidos por um cimento). formadas de fragmentos de rochas e/ou de minerais pré-existentes. Na descrição das rochas com estrutura orientada são consideradas aquelas orientadas em planos ou linhas e as que se apresentam orientadas em camadas (estratificadas). Aspecto da textura de uma rocha ligada ao tamanho de seus constituintes. Refere-se aos grãos componentes da rocha quanto à forma. dizemos que ela é maciça. Já as rochas orientadas em camadas incluem aquelas de textura fragmentária ou clástica.0 mm (granulação grossa). As demais são orientadas. Muitas rochas de granulação fina também contêm alguns cristais grandes que podem ser úteis para fins diagnósticos. O reconhecimento do mineral quartzo é fundamental. o tamanho real de ambas as populações de cristais (grãos minerais) seriam registrados. enquanto que aqueles não riscáveis pelo canivete são considerados duros. Os minerais formam um mosaico com uma quantidade limitada de intercrescimentos. suas abundâncias relativas e inter-relações fornecem um guia claro para a identificação da rocha. ou seja. c) vítreo. (A): Textura granular ou equigranular das rochas ígneas intrusivas. Os grãos do sedimento clástico tangenciam-se mutuamente e o espaço remanescente é preenchido por algum material de ligação (cimento). na qual os cristais são de iguais dimensões.5. (C): Textura granoblástica das rochas metamórficas.os cristais maiores (fenocristais) podem estar incluídos numa massa fundamental ou matriz de grão fino ou em uma matriz de grão médio ou grosseiro. textura cristalina devido à recristalização. Em tais casos. comparada à dureza dos minerais. Usualmente até quatro minerais essenciais ocorrem em uma rocha. o número e a natureza dos principais minerais presentes.5 é que determina se ela é ou não macia (riscável) ou dura (não riscável). Nas rochas sedimentares podemos ter os seguintes tipos de textura: a) clástica ou fragmentária. Além do quartzo. Fig. Para rochas de granulação grosseira. ou seja. formados em dois tempos de cristalização. (B): Textura clástica ou fragmentária das rochas sedimentares clásticas. Composição Mineral. saber reconhecer os feldspatos e minerais ferromagnesianos é . sua presença ou ausência determina a maioria dos caminhos a seguir. Se a maioria de seus constituintes minerais possui dureza abaixo ou acima do limite 5. Ela estabelece uma série de graus de dureza variando de 1 a 10. Nesta escala. No exame macroscópico das rochas aqueles espécimes que são riscáveis ou dificilmente riscáveis com o canivete são considerados macios. Assim. a lâmina de um canivete ou faca possui uma dureza em torno de 5. na qual os cristais são de tamanhos diferentes. Ser ou não riscável pela lâmina de um canivete ou por uma ponta de agulha. no qual não se nota formação de cristais. prego ou estilete está associado com a composição mineralógica da rocha. com os últimos minerais formados encaixados nos espaços entre os que se formaram primeiro. 4 – Comparação entre texturas de rochas de origens diferentes. são dominantemente intercrescidos. b) granoblástica. por isso. Usa-se a escala de Mohs para se avaliar a dureza dos minerais. e c) porfiroblástica. As rochas metamórficas possuem também três tipos essenciais de textura: a) cristaloblástica. Os minerais cristalizam-se numa seqüência mais ou menos ordenada e. Dureza. formada pela precipitação química da matéria mineral dissolvida. na qual os grânulos se associam e b) amorfa. Todos estes fatores intervêm. tempo geológico etc. mineralogistas. nas diferenciações que as rochas superficiais podem apresentar. Cada especialista procura usar certo número de critérios de modo a satisfazer suas necessidades. O reconhecimento destes minerais conduz aos diferentes tipos de rochas. são rochas que sofrem alguma mudança química ou física. por precipitação química. c) rochas metamórficas: são formadas em profundidade. Suas diferenciações estão ligadas a uma série de fatores. em maior ou menor grau.importante. estrutura. cobertura vegetal. geógrafos e engenheiros. sob grande calor e pressão. pela alteração de quaisquer rochas ígneas ou sedimentares. vindas de regiões profundas da Terra. posteriormente à sua formação. com base nos seus modos de origem. Classificações as mais diversas são dadas por geólogos. Temos então: a) rochas ígneas: são formadas pela solidificação de massas em fusão ígnea. declive. e que se solidificam no interior da crosta terrestre ou depois de se derramarem na superfície desta. Todas as rochas podem ser divididas em três grandes grupos. b) rochas sedimentares: são formadas à superfície da Terra por acumulação de produtos de desagregação de rochas preexistentes. ou ainda. composição. CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS As rochas que afloram na superfície do globo terrestre não apresentam sempre o mesmo aspecto. A classificação mais comum das rochas está baseada na origem. textura. tais como: modo de origem. de restos de seres vivos. Alguns testes com uso de ácido clorídrico (HCl) e água (H2O) são propostos e os resultados esperados descritos. tipo de clima. isto é. Suas características estão descritas no corpo da chave. . ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS Características gerais. desde que não haja estruturas. típica das rochas ígneas intrusivas ou plutônicas. As rochas ígneas ou magmáticas são aquelas que se formam pelo resfriamento e consolidação do magma. As texturas de fluxo. não são necessários à sua definição. anfibólio. . cristais grandes em meio a uma massa de granulação mais fina – fenocristais). granulometria e estrutura. em granito. São de granulação fina até finíssima. as rochas ígneas ou magmáticas caracterizam-se pela ausência de fósseis. ou ocorrem em pequenas quantidades. Essa ausência é motivada pelas elevadas temperaturas em que são formadas estas rochas. como se crescessem ora cortando. composição mineralógica. no geral. no gabro. cor. Quando sem cristais individualizados são de textura vítrea. junto com minerais subsidiários que são menos abundantes. melanocrática se predominam (mais de 60%) os minerais escuros. As texturas afaníticas. textura. Fundamentalmente. seu aspecto é sempre o mesmo. Quando a rocha possui entre 30 e 60% de minerais escuros ela é dita ser mesocrática. A textura está relacionada diretamente com o processo de consolidação das rochas ígneas e com a granulometria dos cristais. caracterizadas pelo alinhamento subparalelo dos cristais é também típica das rochas ígneas extrusivas. A identificação dos minerais constituintes da rocha é importante. é aquela em que todos os cristais são de tamanho similar. gabro. Os constituintes minerais de uma rocha ígnea são indicativos de sua cor. Nas rochas ígneas. Minerais acessórios são de importância subsidiária em uma rocha. são chamadas inequigranulares ou porfiróides. As rochas ígneas consistem de minerais abundantes ou essenciais. ou biotita. ora sendo cortados pelos seus vizinhos. Eles são minerais abundantes. em que os cristais possuem tamanhos visivelmente diferentes (isto é. A textura fanerítica equigranular. como o óxido de Fe-Ti. Minerais essenciais são os constituintes de uma rocha necessários à sua definição. diorito e basalto. Quando a rocha se apresenta com esse atributo (falta de orientação) dizemos que ela é maciça. Aquelas com cristais identificáveis apenas sob aumento são ditas de textura afanítica (não fanerítica). A presença de vidro indica sempre uma rocha ígnea. A abundância de feldspatos. sedimentar ou metamórfica. A ausência de fósseis é insuficiente para provar que a rocha é ígnea. tipicamente. vítreas e vesiculares são características das rochas ígneas extrusivas ou vulcânicas. A estrutura é o conjunto de caracteres que exprime descontinuidade ou variação na textura. Diz-se que uma rocha ígnea é leucocrática quando é rica em minerais claros como feldspatos. como o quartzo. piroxênio e olivina. não existem direções privilegiadas. Se possuírem cavidades devidas a bolhas de gás são vesiculares e/ou amigdalóides. estas com as cavidades preenchidas. está relacionado com a velocidade de resfriamento do material magmático. As rochas ígneas com cristais identificáveis a olho nu são ditas de textura fanerítica. quartzo e moscovita. sienito e traquito. como biotita. As rochas faneríticas. saber reconhecer a presença de quartzo. nefelina-sienito e fonolito. também pode ser considerada diagnóstica. em granito. mas ajuda. como a olivina. São de granulação média a grosseira. As rochas ígneas mais comuns são as seguintes: granito e riolito. ou seja. em grande parte. principalmente. micas e minerais ferromagnesianos. os cristais mostram entrelaçamento. Eles estão presentes em pequenas quantidades. Muitas vezes. feldspato. O tamanho dos minerais presentes em uma rocha ígnea. em olivina-basalto. por causa dos modos de resfriamento diferentes e diferentes composições químicas. ou efusivas. Neste caso. vulcões com sucessivas escoadas de lavas (material fundido) que se resfriam e cristalizam. dando a possibilidade dos cristais desenvolverem-se. no caso da litosfera. em erupções vulcânicas. diz da composição química aproximada do magma. ou mesmo. normalmente. do tamanho e da disposição dos minerais que constituem a rocha. o resfriamento ocorre de forma lenta. Quando ele resfria rapidamente. sendo umas mais. e por isso é acessível à nossa observação. é suficiente para começar a produzir a fusão de material rochoso. Corpos separados de materiais rochosos fundidos têm ou adquirem composição química diferente e solidificam-se em diferentes espécies de rochas ígneas. formam-se em condições geológicas quase superficiais e ocorrem. Evolução magmática. a fusão dá-se em uma faixa de temperatura. O magma é uma mistura complexa de substâncias no estado de fusão. o resfriamento do líquido fundido é muito mais lento do que o das lavas que chegam à superfície. As rochas ali são compostas por agregados minerais de composições diferentes. formando uma rocha fanerítica. Neste caso. os cristais são extremamente pequenos e resulta uma rocha de granulação fina. O material em fusão (magma). As rochas ígneas são formadas de material rochoso fundido que se resfriou e se solidificou. se for o caso. formando as chamadas rochas intrusivas. para profundidades menores. ou abissais. b) em outras condições geológicas. para a superfície terrestre. aproximadamente. A condição geológica que interfere na textura das rochas ígneas obedece aos seguintes critérios: a) o magma pode consolidar-se dentro da crosta terrestre. A astenosfera é uma zona de fraqueza susceptível de fluir. . A elevação da temperatura. ou vulcânicas. ou plutônicas. cristais separam-se do líquido fundido. a partir. ou mesmo vidro. formam rochas de granulação grosseira. enquanto que a natureza mineralógica dos cristais. Quando resfria lentamente. o magma pode extravasar na superfície. daí não poder existir um só ponto de fusão para uma dada rocha.Modo de formação. onde se supõe estar concentrado o movimento convectivo. formando rochas extrusivas. A textura diz. Ela fica abaixo da litosfera. no sentido da superfície terrestre. Um magma é caracterizado pela composição. temperatura e mobilidade. outras menos voláteis. O material rochoso fundido origina-se dentro da Terra e sobe ainda fundido. O magma que flui através das chaminés vulcânicas para a superfície. as condições geológicas em que se formou. forma um líquido a temperaturas elevadas que sobe para os níveis superiores da litosfera. O material fundido nem sempre consegue atravessar a litosfera ficando retido em câmaras no interior. graças à sua textura. recebe o nome de lava. Então. originando assim. de 100 km da superfície da Terra e possui espessura média de 200 km. Os processos envolvidos na formação de rochas ígneas ou magmáticas começam com a fusão parcial das rochas no nível da astenosfera. das quais várias modalidades podem ocorrer. através de zonas de fraqueza estrutural. a vários quilômetros de profundidade. O magma é a matéria-prima das rochas ígneas. usualmente na ou próximo da superfície da terra. em forma de dique ou sil (soleira). c) entre os dois tipos citados ocorre um grupo intermediário de rochas magmáticas chamadas hipoabissais. de menor densidade. produzindo a fusão parcial do material rochoso. ou filonares. uma grande variedade de rochas ígneas são formadas. principalmente. neste nível de profundidade no interior da Terra. usualmente em profundidades de dezenas de quilômetros. Uma rocha ígnea expressa. apenas. admite-se que os processos de diferenciação possam ser realizados durante a fase exclusivamente líquida ou durante a fase mista.A composição de um magma constitui-se de soluções complexas. não sendo por isso incorporado às rochas. devemos imaginar que o magma é constituído de uma mistura de silicatos. em geral. contendo somente uma pequena proporção de constituintes voláteis. durante o qual somente minerais pirogênicos são formados. a este fenômeno dá-se o nome de diferenciação magmática. magma primário pode ser modificado em sua composição para gerar uma grande variedade de rochas ígneas.400o C.5% em peso de sílica. ocupando espaços definidos e individualizados. podem também ser produzidas por misturas de magmas parcialmente cristalizados. são muito raras as rochas com menos de 30% de sílica e não ocorrem rochas magmáticas com mais de 85% de SiO2. é referido como sendo o estágio ortomagmático. tão viscosa que nem chega a correr. Não pode ser feita uma separação clara entre os sucessivos estágios de consolidação do magma. Tais minerais são chamados pirogenéticos. que são chamados hidatogenéticos. de sua temperatura e de sua composição química. Estágios de consolidação do magma. diferenciação por convecção e prensagem. darse-á a assimilação deste pelo magma. variando entre 500o a 1. migração da fase fluida. as rochas mais freqüentes possuem 52. como também para a diferenciação magmática. com pouca sílica. mais rico em sílica. vão formar rochas. As rochas híbridas. freqüentemente. Nem sempre o magma está em equilíbrio com os minerais que constituem a rocha encaixante. o grau de viscosidade é de alta importância para o mecanismo de intrusão e extrusão. instáveis à alta temperatura do magma. é mais viscoso do que o magma básico. As modificações na composição de um magma podem ocorrer por diferenciação magmática. Muitos nomes têm sido propostos para estes estágios. o magma ácido. Sua formação conduz ao enriquecimento relativo de líquido residual em componentes voláteis e ainda para a formação mais tardia de minerais contendo hidroxila. entre as primeiras. que se denominam câmaras magmáticas. Alguns autores também . isto é. diferenciação por filtração. a lava ácida é. essencialmente. como os anfibólios e micas. o magma contém diversas substâncias geralmente pouco voláteis. porque o magma se diferencia em diversos tipos. mas há pouco acordo no modo de aplicá-los. a temperatura do magma pode ser medida diretamente em vulcões ativos. de líquidos com minerais já cristalizados. a viscosidade do magma depende. Os primeiros minerais que se formam do magma são. A temperatura de um magma é elevada. dando as rochas magmáticas. sendo. de magmas. que por sua vez. portanto. se o magma for capaz de dissolver um determinado mineral existente na rocha encaixante. Várias são as explicações para a formação de rochas magmáticas a partir de um ou dois tipos. estas substâncias consolidam-se pelo resfriamento. outro grupo de rochas que ocorre com grande freqüência apresenta 73% de sílica. anidros. na qual ocorrem gases dissolvidos. são as rochas do grupo dos dioritos. entretanto. que ocorrem no interior da crosta terrestre. citamos: imiscibilidade de líquidos. há casos em que a rocha encaixante é formada por mais de um mineral. além disso. diferenciação gravitativa. porque se desenvolvem em altas temperaturas. assimilação magmática e mistura de magmas. são as rochas do grupo dos granitos. pois estes minerais podem ter sido formados sob condições de baixa temperatura. e com elevados pontos de fusão na maioria das vezes. o magma contém ainda gases de diversas naturezas e substâncias voláteis que escapam em grande parte sob a forma de vapores. A mobilidade do magma é função de sua viscosidade. particularmente rochas vulcânicas e intrusivas superficiais. sendo que alguns deles podem reagir com o magma enquanto que outros não. o primeiro estágio. Em geral. em que as temperaturas giram em torno de 100-400o C. Durante o estágio final de consolidação do magma. zeolitização. são os batólitos. Modos de ocorrência das rochas ígneas. Comumente. Fig. . 5 – Bloco diagrama ilustrando os vários tipos de corpos de rochas ígneas. Dique e sil são corpos tabulares. em temperaturas de aproximadamente 600-800o C. originando as rochas ígneas intrusivas ou plutônicas. durante o qual coexistem as fases líquidas (silicatos em fusão). as quais são chamadas de metassomáticas. o sil ou soleira coloca-se entre os planos de acamamento ou de estratificação das rochas. o magma extravasa e derrama-se à superfície. entretanto. e há equilíbrio entre cristais e gás. estas alterações são difíceis ou impossíveis de se distinguir de alterações produzidas em rochas já solidificadas por introdução de soluções de fontes externas. cloritização e o desenvolvimento de intercrescimentos quartzo-feldspáticos. tanto que os minerais preexistentes são modificados ou substituídos por novos minerais. O dique corta transversalmente as camadas de rocha que atravessa. Mais tarde vem o estágio pneumatolítico. Nos corpos ígneos intrusivos. As rochas ígneas podem apresentar-se sob a forma de corpos ígneos intrusivos ou extrusivos. a consolidação do magma ocorre no interior da crosta. Tais alterações são chamadas deutéricas. quando as temperaturas são aproximadamente entre 400600o C. Finalmente. as soluções residuais ricas em voláteis podem conduzir a grandes alterações. O cone vulcânico consiste de quantidades variadas de fluxo de lava e de cinza vulcânica que foram expelidas pelo conduto vulcânico (volcanic neck). originando as rochas ígneas extrusivas ou vulcânicas. Subseqüentemente. contínuos em profundidade.incluem neste estágio o período de cristalização durante o qual se desenvolvem os minerais de pequeno teor de água. vem o estágio hidrotermal. tais como o micropegmatito. Nos corpos ígneos extrusivos. enquanto os corpos maiores. Incluem albitização. cristalina e gasosa (aquosa). durante o qual é mantido o equilíbrio entre cristais e soluções aquosas. o magma entra no estágio pegmatítico. A bossa (stock) é geralmente de forma cilíndrica e de área de exposição menor do que 10 km2. as outras são discordantes. principalmente. lapólito e facólito. Fig. As formas concordantes de intrusão incluem o sil ou soleira. seus bordos são paralelos à estratificação ou xistosidade das rochas encaixantes. 7 – Lacólito. Sil ou soleira é um tipo de intrusão concordante com as camadas de rocha.Os corpos ígneos intrusivos podem ser concordantes. pouco espessos e de forma tabular quando vistos em corte (figura 6). São corpos extensos. ou seja. de seção horizontal. que se acomodam à intrusiva. Nestes casos. Lacólito é uma intrusão de massa ígnea lentiforme. tipo de intrusão concordante em rochas estratificadas. Um tipo de intrusão de rocha ígnea lentiforme. Um lacólito pode ter 300 m de espessura e até 5 km de comprimento (figura 7). geralmente circular ou subcircular. Fig. lacólito. . 6 – Sil ou soleira. Um tipo de intrusão de rocha ígnea concordante. o magma acomoda-se entre planos de estratificação de rochas sedimentares. A rocha ígnea coloca-se entre camadas de rochas sedimentar acompanhando o plano de estratificação ou acamamento. aproximadamente concordante. de forma convexo-côncava (em forma de foice). bossa ou “stock”. Um tipo de intrusão de rocha ígnea em forma de foice.Lopólito é um corpo magmático intrusivo de grandes dimensões. Facólito é um corpo magmático intrusivo. batólito. lenticular concordante deprimido na parte central. 9 – Facólito. Localiza-se freqüentemente nas dobras do tipo anticlinal (figura 9). . freqüente nos fundos de dobras tipo sinclinal (figura 8). 8 – Lopólito. entre camadas de rochas numa dobra anticlinal. As formas discordantes de intrusão incluem dique. Fig. Fig. Um tipo de intrusão de rocha ígnea lenticular entre camadas de rochas numa dobra sinclinal. um embasamento. Em geral. preenchendo uma fenda aberta em outra rocha.Dique é uma massa rochosa de forma tabular discordante. o termo é conferido às massas ígneas subjacentes. Um corpo de rocha ígnea contínuo em profundidade com área de exposição da ordem de 100 km2. quando o dique é concordante com as camadas chama-se sil. raras vezes de sedimentos (figura 10). Fig. os diques são geralmente constituídos de rochas magmáticas. 10 – Dique. Na ilustração. Um tipo de intrusão de rocha ígnea de forma tabular discordante que preenche uma fenda em outra rocha. Batólito é uma designação aplicada a grandes corpos de rochas plutônicas contínuas em profundidades. entre camadas de rochas sedimentares. Fig. 11 – Batólito. . não possuindo. cujo afloramento se estende por mais de 100 quilômetros quadrados (figura 11). assim. de forma que se distinguem uns dos outros por exame macroscópico. mas ainda suficientemente grandes para refletirem a luz individualmente. A bomba vulcânica é formada de lava. lapilli – fragmentos entre 4. e que atingem a superfície terrestre e se derramam. . a composição química. com formas arredondadas. d) textura vítrea: ocorre quando a rocha é visivelmente formada por vidro natural que. mesmo com o auxílio da lupa. As feições topográficas produzidas dependem do tipo de lava expelida pelo vulcão (figura 5). de tamanho inferior ao de um batólito (figura 5). na maior parte dos casos. Vulcão é uma abertura na crosta terrestre. impossível macroscopicamente. podem servir de base para classificação. que dá saída ao material magmático (lavas e cinzas). conseqüentemente. torcidas. cinza vulcânica – fragmentos entre 0. os que consistem de blocos produzem as brechas vulcânicas.25 mm.0 e 32. tornam-se rochas. A textura é um dos critérios usados.25 e 4. Não interessa discutir aqui o valor e as vantagens ou desvantagens que os diversos sistemas possam apresentar em relação às questões puramente geológicas. e também a idade.Bossa ou stock é uma massa eruptiva subjacente. Há diferentes tipos de vulcões e. embora frequentemente seja quase homogêneo. difícil. b) textura microfanerítica: ocorre quando a rocha é formada totalmente ou em grande parte por grãos cristalinos de diâmetro inferior a cerca de 1 mm (rocha de grão fino).0 mm. que é sólida. A textura. TEXTURA E GRANULOMETRIA. as cinzas e poeiras vulcânicas litificadas produzem os tufos. a granulometria. c) textura afanítica: o termo significa não-fanerítica e corresponde aos casos em que a rocha é formada total ou parcialmente por grãos tão pequenos que não se distinguem uns dos outros. em estado parcial ou total de fusão. As lavas são massas magmáticas. Os materiais produzidos pelas atividades vulcânicas podem ser lavas. elípticas. mas a matéria vítrea que possa conter não se distingue por exame macroscópico. Classificação das Rochas Ígneas. cinzas e material piroclástico expelido pelos vulcões. não se apresenta cristalino. a composição mineralógica. Os materiais piroclásticos são incoerentes. As compostas principalmente por bombas formam os aglomerados.0 mm. segundo sistemas variados. São vários os critérios que podem ser adotados para a classificação das rochas ígneas. diferentes tipos de formas de relevos produzidos pelas atividades vulcânicas extrusivas. São denominados: poeira vulcânica – fragmentos menores que 0. o modo de jazida. Os materiais piroclásticos correspondem aos materiais de origem vulcânica lançados na atmosfera por ocasião das erupções vulcânicas. isoladamente ou em conjunto. mesmo. Por compactação e cimentação. Os corpos ígneos extrusivos ou vulcânicos referem-se aos derrames de lavas. Os seguintes tipos de textura podem ser considerados no estudo das rochas ígneas: a) textura fanerítica: ocorre quando a rocha é formada por grãos cristalinos de diâmetro superior a cerca de 5 mm (rocha de grão grosseiro) ou compreendido entre cerca de 1 mm a 5 mm (rocha de grão médio). e muitas vezes. resfriada no ar. o diagnóstico do grupo mineralógico a que pertencem é. pode ser holocristalina ou hipocristalina. de tamanho superior ao de um punho. materiais piroclásticos e gases vulcânicos. É através de um vulcão que se pode ter um conhecimento direto do material ígneo que se encontra sob a crosta terrestre. se constituídas essencialmente por vidro. As rochas afaníticas podem apresentar-se com: a) textura afírica. Fig. Em tais casos. 12 – Textura granular (A) e inequigranular ou porfiróide (B). As rochas vítreas podem apresentar-se com: a) textura holovítrea. O tamanho do grão é usualmente a sua característica textural mais óbvia.As rochas faneríticas podem apresentar-se com: a) textura granular. As rochas microfaneríticas podem apresentar-se com: a) textura microgranular. seria designado por uma das categorias na tabela 1. quando formadas por massa fundamental microgranulada com fenocristais. se constituídas por grãos de dimensões aproximadamente iguais. se apresentam fenocristais destacando-se na massa fundamental afanítica. b) textura vitrofírica. mas muitos espécimes são porfiríticos. caso em que são equigranulares. . se formadas inteiramente por grãos que não se distinguem macroscopicamente. quando apresentam cristais que se destacam por suas dimensões maiores (fenocristais) em relação aos que constituem a massa fundamental da rocha. b) textura porfiróide. Os termos da tabela 1 são facilmente aplicados para rochas que são mais ou menos equigranular (tamanho de grãos iguais). comuns em rochas ígneas. b) textura microfírica (microfanerítica-porfírica). tendo uma população de grãos formados mais cedo de fenocristais grandes numa massa fundamental ou matriz de granulação mais fina. o tamanho real de ambas as populações seriam registradas. as constituídas por grãos de dimensões aproximadamente iguais. e depois de examinado o espécime com o auxílio de uma lente. b) textura afanofírica. se apresentam cristais inclusos na massa fundamental vítrea. Dependendo da forma geral dos cristais. ou cortando estas formações. como mostrado na Tabela 2. geralmente angulosos e dispostos. o termo hialino pode ser usado. . pelo menos em parte. e daí a designação que se lhe atribuiu. em que um elemento (feldspato) forma fundo no qual se encontram incluídos cristais de quartzo. Em circunstâncias ideais onde as formas dos grãos de uma rocha de granulação grosseira são extremamente claras. resulta de cristalização de magma sob pressão diferencial ou orientada. Tabela 2 – Termos descritivos das texturas de rochas ígneas equigranulares VARIEDADES DOS TIPOS FUNDAMENTAIS DE TEXTURA. b) textura pegmatítica. paralelamente. Muitos limites de cristais são distinguíveis com o auxílio de uma lupa de bolso. pode ser possível classificar a trama da forma dos grãos da rocha toda. Os tipos fundamentais de textura das rochas ígneas apresentam as seguintes variedades: a) textura gnaissóide: que é caracterizada pelo alinhamento ou orientação comum de alguns ou de todos os cristais constituintes. que se encontram muitas vezes formando filões ou veios na periferia de “stocks” e batólitos. Termo Descritivo Granular Euédrica Granular Subédrica Granular Anédrica ou Granular Informe Sinônimo Granular panidomórfica Granular hipidiomórfica Granular alotriomórfica Definição Massa dos cristais são euédricas e de tamanhos uniformes. Nas rochas vítreas. Virtualmente todos os limites de cristais são distinguíveis com a vista desarmada. que corresponde aos casos em que a rocha é formada por cristais muito desenvolvidos e freqüentemente de grande perfeição morfológica. a qual é característica de rochas metamórficas denominadas gnaisses. três texturas podem ser distinguidas dentro de rochas equigranulares.Textura Granulação AFANÍTICA Fina FANERÍTICA Média FANERÍTICA Grossa Descrição Poucos limites de cristais são distinguíveis no campo ou com auxílio de uma lupa de bolso. Massa de cristais são subédricas e de tamanhos uniformes. O tamanho médio dos grãos é maior do que 5 mm. lembra o aspecto de escrita hebraica. o aspecto da textura gnaissóide confunde-se com modalidades da textura gnáissica. c) textura gráfica. o tamanho médio dos grãos está abaixo de 1 mm. é também em pegmatitos que mais freqüentemente se encontra esta textura. o tamanho médio dos grãos está entre 1 e 5 mm. é característica de rochas denominadas pegmatitos. Massa dos cristais são anédricas e de tamanhos uniforme. Tabela 1 – Termos texturais aplicados na descrição de rochas ígneas equigranulares por exame macroscópico. em elevada temperatura e com substâncias dissolvidas. Fig. em que a água. formadas por esférulas aproximadamente do tamanho de ervilhas. e) textura ofítica. que é comum nas rochas lávicas e resulta da ação de vapores que se expandem dentro da massa viscosa da lava. formados por minerais escuros. e a textura. às rochas esverdeadas cujo aspecto lembra o da pele de certos ofídios. dispostos em várias direções. ou uns escuros e outros claros. Este tipo de textura é comum em pegmatitos. donde a designação de amigdalóide. Os preenchidos são chamados amígdalas. . posteriormente a clorita preenche os espaços remanescentes. amigdalóide. em que a rocha apresenta conjuntos esféricos ou ovóides. h) textura amigdalóide. nome que se deu. em que a designação provém de ofito. é vulgar nos diabásios. g) textura vesicular. pode originar a formação de minerais nas cavidades acima descritas. cristais feldspáticos alongados. As vesículas são cavidades nas lavas. f) textura perlítica. Resulta do intercrescimento de quartzo e feldspato desenvolvido num padrão geometricamente regular. (c) Amígdalas e cavidades maiores preenchidas por sílica. 13 – Textura gráfica. As vesículas podem ser posteriormente preenchidas com minerais formados a partir de gases e soluções quentes que circulam na rocha. (a) A sílica deposita-se nas paredes das vesículas originais e. O fluxo de lava comumente mostra evidências de vesiculação. dando origem a cavidades de formas sensivelmente esféricas. a rocha apresenta então formações mais ou menos numerosas de formas semelhantes a amêndoas. originalmente. a designação textura ofítica será aplicada nos casos em que são visíveis macroscopicamente. O quartzo são as inclusões em forma de cunha. notando-se entre eles cristais de piroxênio. 14 – Textura vesicular e amigdalóide. dispostos em zonas concêntricas. distribuídas em alinhamentos paralelos num cristal de feldspato potássico. que é característica de rochas vitrosas denominadas perlitos. d) textura orbicular. (b) As vesículas preenchidas (amígdalas) são achatadas e arrastadas pelo fluxo da lava.Fig. A presença de quartzo indica um excesso de sílica no magma. por exemplo. como. isto é. Na tabela 3. que são as rochas compostas de uma parte cristalina e outra amorfa. apatita e biotita. As rochas ígneas félsicas são aquelas ricas nos minerais feldspatos (ortoclásio e plagioclásio). por exemplo. isto é usado para referir-se às análises em termos de óxidos mais do que de elementos. . É interessante notar também que na maioria dos grupos minerais ocorre variação na composição causada pela habilidade das estruturas atômicas de captar diferentes cátions num mesmo lugar. quanto à composição mineralógica. b) intermediárias ou neutras (52 a 65% de SiO2). As rochas ígneas podem ser classificadas também quanto à composição química e o grau de cristalinidade. por exemplo.COMPOSIÇÃO QUÍMICA E GRAU DE CRISTALINIDADE. sua textura e estrutura. que são as rochas compostas de cristais de grãos muito finos e d) hipocristalinas. o granito. refletem sua origem. a obsidiana. Quanto ao grau de cristalinidade da estrutura cristalina. que são as rochas compostas inteiramente de vidro. A aparência externa. estão listadas as composições químicas típicas de alguns dos principais minerais silicatos em rochas ígneas. enquanto que a presença de feldspatóides indica uma deficiência. são divididas em félsicas e máficas. As rochas ígneas. a substituição de ferro por magnésio. as rochas ígneas podem ser divididas em: a) holocristalinas. c) básicas (40 a 52% de SiO2) e d) ultrabásicas (com menos de 40% de SiO2). como piroxênios. A acidez das rochas ígneas é refletida em sua composição mineral. olivinas. quartzo e moscovita. feldspatóides (nefelina. c) criptocristalinas. em peso por cento. ou a substituição entre sódio e cálcio que ocorre em muitos grupos minerais da classe dos silicatos. dependendo do conteúdo de sílica. as rochas ígneas são classificadas em quatro grupos principais: a) ácidas (mais de 65% de SiO2). b) vítreas. A identificação de uma rocha ígnea no campo consiste na determinação de sua textura e composição mineralógica. As rochas ígneas máficas são aquelas ricas em minerais ferromagnesianos. Os minerais silicatos são constituídos de estruturas atômicas nas quais diferentes combinações de elementos formadores de cátions estão sempre ligadas ao oxigênio e. que são as rochas compostas totalmente de cristais relativamente grosseiros como. COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA E COR DOS MINERAIS. então. óxidos de ferro. Quanto à composição química. O maior ou menor conteúdo de sílica (SiO2) na rocha é refletido em sua composição mineralógica. anfibólios. leucita). 085% Melanocrática ou máfica Ultrabásica < 45% 85 .Piroxênio (Augita) 52 03 10 16 19 . eles são também aplicados livremente no campo. melanocráticas e mesocráticas. ___________________________________________________________________________ Variação do Índice Termo Descritivo Possível de Cor ___________________________________________________________________________ Ácida > 65% 05 . básico e ultrabásico sendo definidos.52% 55 . intermediária. apresenta-se na tabela 5 uma classificação simplificada das rochas ígneas.Muscovita 45 38 12 05 .65% 25 .Quartzo 100 . é melhor usar os termos leucocrático. em geral. mesocrático e melanocrático para descrições de campo.Ortoclásio 65 18 17 . Esta classificação data do período quando os minerais silicatos eram classificados.Anfibólio (hornblenda) 42 10 21 12 01 01 01 02 . exatamente em termos da abundância de SiO2 nas análises químicas das rochas ígneas (tabela 4). erroneamente.Nefelina 42 36 22 Minerais Máficos . usando seus conteúdos de sílica. as rochas ígneas são ditas: leucocráticas. por exemplo._______________________________________________________________________________________ SiO2 Al2O3 FeO MgO CaO Na2O K2O H2O + Fe2O3 _______________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________________ Minerais Félsicos .Biotita 40 11 16 18 11 04 _______________________________________________________________________________________ Tabela 3 – Composição química de alguns dos principais minerais da classe dos silicatos encontrados em rochas ígneas (% por peso) Quanto à cor dos minerais. Há similaridades óbvias entre esta classificação pelo índice de cor e a muito usada classificação geoquímica das rochas ígneas em ácida. Mesmo os termos ácido. a maioria das rochas félsicas/leucocráticos podem ser descritas como ácidas. A tabela 4 fornece uma comparação fácil dos diferentes termos usados na descrição da cor das rochas ígneas. como sais ácidos silábicos hipotéticos. intermediário. .100% Melanocrática ou máfica ___________________________________________________________________________ Tabela 4 – Similaridades entre a variação do índice de cor e os termos geoquímicos usados para classificação de rochas ígneas Termo Geoquímico Teor de SiO2 Usando alguns destes critérios.055% Mesocrática Básica 45 . básica e ultrabásica.025% Leucocrática ou félsica Intermediária 52 .Albita 69 19 12 .Anortita 43 37 20 .Olivina 40 15 45 . Sua estrutura é sempre porfirítica com abundantes fenocristais de quartzo. feldspato potássico. finamente cristalina e de composição semelhante à do granito de estrutura maciça. Aplito é um tipo de rocha filonar. Granito é uma rocha ígnea intrusiva com estrutura maciça e textura fanerítica (granular). os granitos vão desde cores claras até tons de cinza escuros. com grande predomínio de quartzo e feldspato. A cor dos granitos é dada pelo principal feldspato presente. são rochas que se apresentam com textura fanerítica granular. Os granitos são as rochas mais abundantes nos escudos continentais. Rocha mesocrática de estrutura granular. mostram estrutura de fluxo. biotita e quartzo (em pequenas percentagens). Se contém quartzo. ocorre em bossas (“stocks”). Os riolitos. Pegmatito é uma rocha de composição granítica de estrutura maciça e textura grosseira que ocorre na forma de diques. Do ponto de vista da coloração. Fig. Como têm muita sílica. Rocha ígnea extrusiva de estrutura maciça e textura afanítica. têm caráter sempre leucocrático. que são os correspondentes extrusivos dos granitos. tais como os de lítio e de tântalo e gemas minerais. aplito (B) e pegmatito (C). O de granulação muito grosseira é o pegmatito. O granito é uma rocha abundante nas áreas continentais. chamar-se-á quartzo-diorito. Vários minerais econômicos são obtidos de alguns tipos de pegmatitos. dizendo-se mesmo que estes escudos são graníticos. Os dioritos são rochas intermediárias com a seguinte composição: feldspato calco-sódico. os granitos constituem um magnífico exemplo de rochas ácidas. O correspondente extrusivo dos dioritos é o . Os granitos. constituídos de quartzo. por conseguinte.Tipos de Rochas Ígneas ou Magmáticas. É o correspondente extrusivo do granito. Fig. 15 – Granito (A). feldspato calco-alcalino e mica (biotita e/ou moscovita). apófises e lacólitos. O granito de granulação muito fina que ocorre formando veios e sem minerais coloridos é conhecido como aplito. 16 – Riolito. anfibólio. Às vezes. Os sienitos são rochas quimicamente intermediárias. 17 – Diorito (A). dando um solo muito rico em argila pela quantidade de feldspato que contêm. com as seguintes variações: o anfibólio é em geral mais sódico e está em geral associado a um piroxênio também sódico (egirina-augita). de pouca sílica. além da nefelina. Seu correspondente extrusivo é o traquito (rocha vulcânica em que os feldspatos potássicos são geralmente tabulares com arranjo subparalelo). Fig. 18 – Traquito O nefelina-sienito ou sienito nefelínico (sienito com nefelina) é constituído de maneira idêntica ao sienito normal. isto é. O quartzo-diorito é um diorito com considerável quantidade de quartzo. O seu correspondente extrusivo é o fonolito. (figura 17). Às vezes dão origem a depósitos de bauxito. (figura 18). é a hornblenda cuja cor verde-garrafa e clivagem prismática são diagnósticos. Estrutura maciça e textura fanerítica. . É o correspondente extrusivo do diorito. quando as condições são favoráveis. Sua identificação macroscópica é fácil. que é sempre porfirítico e nunca tem quartzo. Estrutura maciça e textura afanofírica. predominando em sua composição feldspato potássico e anfibólio. dada a sua cor agradável.andesito. O anfibólio. Fig. Quase sempre contém como acessório a titanita. quartzo-diorito (B) e andesito (C). em geral. O andesito é uma rocha ígnea extrusiva de textura porfirítica. Decompõem-se com relativa facilidade. Rochas predominantemente leucocráticas com feldspato de cinza-claro até vermelho-tijolo. são muito empregadas em revestimentos. O diorito é uma rocha ígnea intrusiva composta essencialmente de hornblenda e feldspato calco-sódico (plagioclásio). isto é.Fig. Sua cor é escura. O basalto é uma lava negra e densa cujas correntes se encontram largamente espalhadas em toda a superfície do globo terrestre (figura 21A). rico em vesículas que foram preenchidas. o basalto é feito de feldspato e de minerais ferromagnesianos em partes iguais. mostrando. No total. principalmente. Encontra-se também nele. alteração superficial. O fonolito é o correspondente extrusivo do nefelina-sienito. nefelina e cristais escuros de piroxênio. É constituído. Fig. 19 – Nefelina-sienito (A) e fonolito (B). O gabro caracteriza-se pela seguinte composição mineralógica: feldspato calcosódico básico (labradorita). posteriormente. neste caso. tão finamente cristalizados que não se pode identificá-lo. 20 – Gabro. piroxênio (augita) e. olivina. Quando o piroxênio augita está associado ao piroxênio hipertênio. de granulação grossa. por calcita ou zeólitas (figura 21B). por vezes. como acessório. a rocha passa a se chamar norito. É uma rocha de estrutura maciça. macroscopicamente. por piroxênio e por feldspato plagioclásio. O nefelina-sienito é uma rocha ígnea intrusiva. a magnetita (figura 20). formada de feldspatos alcalinos. A cor varia de negro absoluto a um cinzento-escuro um pouco esverdeado. O correspondente extrusivo do gabro é a mais comum das rochas vulcânicas – o basalto. cor cinza-claro (leucocrática). . de estrutura maciça. granulação fina. Rocha ígnea intrusiva de estrutura maciça e textura granular. O meláfiro é um basalto de textura amigdalóide. O tamanho dos grãos dos minerais desta rocha indica um resfriamento lento de magma basáltico em profundidade. quando o piroxênio é o único mineral essencial é chamada piroxenito (figura 22C). dunito (B) e piroxenito (C). composta essencialmente por minerais máficos. . Basalto é uma rocha ígnea extrusiva de estrutura maciça e textura afanítica (granulação finíssima a fina) de cor escura.Fig. O piroxenito é uma rocha ígnea intrusiva com piroxênio (augita) ou com predomínio de piroxênio em sua composição. O peridotito é uma rocha ígnea intrusiva. Os minerais que mais comumente preenchem as cavidades do basalto são: quartzo. com estrutura maciça. As rochas extrusivas equivalentes são extremamente raras. O meláfiro é um basalto com textura vesicular ou amigdalóide. 21 – Basalto (A) e meláfiro (B). A rocha ígnea constituída principalmente de olivinas e piroxênio é chamada peridotito (figura 22A). 22 – Peridotito (A). Fig. calcita. clorita e zeólitas. de cor escura. portanto. Quando a rocha consiste quase inteiramente em olivina é chamada dunito (figura 22B). textura granular. O dunito é um peridotito só com olivina. Uma variedade de peridotito contendo diamante é chamada quimberlito. . vento ou gelo e cujo material. As rochas sedimentares são compostas de material derivado da desagregação e decomposição. consiste na extração de compostos químicos como o SiO2. ou estão dobradas ou quebradas. CaCO3 e P. geralmente. muito difícil determinar de que modo uma dada rocha sedimentar foi realmente formada. que é precipitada por agentes inorgânicos ou orgânicos. sedimentares ou metamórficas mais antigas. Rochas sedimentares são acumulações acamadas de sedimentos. b) fragmentos sólidos. mas alguns permanecem inconsolidados. matéria química precipitada ou material de origem animal ou vegetal. O acamamento em rochas sedimentares é normalmente paralelo à superfície da terra. e suas constituições mineralógicas e aparências físicas refletem este fato. com base no tamanho dos fragmentos. composição mineralógica. uma vez que sua presença é motivada pelo modo de formação destas rochas. Eles são classificados de acordo com a granulação predominante das partículas que os constituem. que parecem ser o caminho ordinário de processos inorgânicos. alguma espécie de movimento ocorreu desde que elas foram depositadas. isto é. porque parte dos processos ocorre em torno de nós. A presença de fósseis é suficiente para provar a origem sedimentar de uma rocha. o carbonato de cálcio (CaCO3) e compostos de fósforo. ou sedimentos. se as camadas formam altos ângulos com a superfície. como ossos. o sulfato de cálcio (CaSO4). Visualizar a formação de rochas sedimentares é mais fácil do que a de rochas ígneas e metamórficas. As rochas sedimentares são aquelas que se formam à superfície da crosta terrestre. é extraído das rochas pré-existentes por processos mecânicos ou químicos. granulometria e cor. b) pela ação de plantas e animais. que se acumulam para tornar-se corpo da rocha. A matéria que está dissolvida na água pode ser removida dela por dois meios principais: a) por processos químicos inorgânicos. conchas e dentes. as rochas sedimentares são caracterizadas pela presença de fósseis. Fundamentalmente. incessantemente.00 e 20. entre as soluções lixiviadas da terra que são particularmente abundantes estão o cloreto de sódio (NaCl). É. textura.00 . Em nenhum momento durante sua formação existiram temperaturas ou pressões especialmente altas. pela ação da água. Seixo é o nome que se aplica a um fragmento de rocha ou mineral transportado pela água. outros organismos causam reações químicas para ocorrer. que lhe arredonda as arestas. sua dimensão fica entre 2. nos interstícios dos sedimentos deposita-se um cimento. bário. tornando-se um precipitado químico ou inorgânico. Os materiais sedimentares pertencem a duas categorias: a) matéria mineral dissolvida. por intemperismo e erosão de rochas ígneas. O nome cascalho é atribuído a um sedimento com tamanho dos grãos predominantes com diâmetros superiores a 2. Origem.00 mm. Camadas de areia e cascalho que se depositam nas praias ou nos rios formam arenitos e conglomerados.ROCHAS SEDIMENTARES Características Gerais. manganês e ferro. Geralmente. Os fragmentos sólidos ou sedimentos clásticos originam-se da desagregação mecânica das rochas ou são resíduos sólidos resultantes dos processos de intemperismo químico. freqüentemente. para desenvolvimento de seus suportes e estruturas protetoras duras. Os sedimentos são fragmentos de rochas ou minerais de granulação fina a grosseira. da água doce ou de mar. tornando-se um precipitado orgânico (ou biogênico). O sedimento com granulometria entre 0. é o calhau.mm (figura 23). 23 – Fragmentos arredondados (seixos). A tabela 6 mostra uma classificação dos sedimentos clásticos pelo tamanho das partículas em milímetro. em inglês).002 mm constituem a classe argila.00 mm é denominado areia. Grãos soltos que.00 mm.02 mm é o silte. .002 mm e 0. O procedimento para usar este gráfico consiste em colocar a amostra (grãos do sedimento ou partículas da rocha) na parte central do círculo (interior do círculo menor) e comparar o tamanho do grão ou partícula com aqueles especificados no gráfico. O uso de uma lupa de bolso facilita a visualização. Os fragmentos maiores são denominados por matacão (boulder. se reunidos por um cimento e uma matriz fina darão origem a um conglomerado. com dimensão entre 20. bem como o nome das frações inconsolidadas e das classes de rochas que predominam em cada uma destas frações de sedimentos. aqueles com granulometria inferior a 0.02 e 2. Fig. O material mais comum nesta granulometria é o mineral quartzo. Fig.00 e 200. O fragmento maior. 24 – Carta para determinação do tamanho de partículas de sedimentos. O sedimento com granulometria entre 0. A figura 24 mostra uma carta para comparação do tamanho dos grãos de um sedimento ou de uma rocha sedimentar clástica. desde a sua deposição até a sua consolidação recebe o nome de diagênese (figura 25). as substâncias cimentantes mais comuns são: carbonato de cálcio (cimento calcário). .002 < 0. Por este processo. A compactação dos sedimentos finos (argilas) é maior do que a dos sedimentos grosseiros (areia e cascalhos). Excluem-se da diagênese os processos de intemperismo e de metamorfismo. Quanto maior a compactação do pacote sedimentar. A diagênese é caracterizada.02 – 0. cimentação. menor a densidade do mesmo. Processos. gipso etc. pelo fato de as condições de temperatura e pressão serem semelhantes às existentes na superfície terrestre. sílica (cimento silicoso). argila. As alterações químicas incluem a redução. a substituição poderá mais tarde substituir por minerais novos e mais estáveis os formados mais cedo. óxido de ferro (cimento ferruginoso). Os materiais sedimentares tornam-se rochas compactas pelos seguintes processos: compactação. com conseqüente aumento da densidade do sedimento devido à ação da carga. de modo geral. recristalização e alterações químicas.002 Nome da fração Classe Nome de Rochas da inconsolidada de (sedimento) Rochas Classe Matacão Conglomerado Macroclástico ou Bloco Cascalho Rudito (grãos arredondados) e Brecha Calhau (grãos angulosos) Seixo Mesoclástico Areia Arenito Arenito e arcósio Microclástico Silte Lutito Siltito Argila Argilito e folhelho Grupo de Sedimentos Tabela 6 – Classificação dos sedimentos e rochas sedimentares clásticos. especialmente de compostos de ferro por matéria orgânica. com base no tamanho dos grãos. ou novos minerais que se formam em espaços abertos entre eles.Tamanho das partículas em mm > 200 200 – 20 20 – 2 2 – 0.02 0. sendo assim. Este conjunto de modificações químicas e físicas sofridas pelos sedimentos. a destilação destrutiva de matéria orgânica e as atividades de bactérias e animais fuçadores (que moram no fundo). A recristalização é um processo que permite que pequenos cristais cresçam em cristais maiores (e mais resistentes). e do que resulta a consolidação destes. A cimentação é um processo diagenético que consiste na deposição de cimento (material que une os grãos de uma rocha consolidada) nos interstícios dos sedimentos incoerentes. um processo que ocorre a baixas temperaturas (até 65° C). A compactação consiste na diminuição do volume e redução da porosidade de um corpo. os sedimentos são transformados em rochas sedimentares. semelhantes a ovas de peixe.Grãos de detritos Dissolução de feldspato – precipitação de argila (fonte interna) Dissolução por pressão gera cimentos de quartzo (fonte interna) Precipitação de calcita de fonte externa Precipitação de calcita de fonte externa Precipitação de quartzo de fonte externa Fig. As rochas sedimentares são divididas. amorfas.25 mm. para fins de reconhecimento macroscópico. Textura. formada por grãos concrecionários. A textura é o tamanho absoluto ou relativo dos constituintes que compõem os sedimentos e/ou as rochas sedimentares. Uma textura muito densa é aquela encontrada nas rochas sedimentares compostas de material não cristalino muito fino depositado por precipitação química. A textura oolítica. A textura bioclástica é produzida pela aglomeração de fragmentos de restos orgânicos. As rochas sedimentares com textura clástica são aquelas formadas de fragmentos de rochas e/ou minerais. O tamanho dos grãos individuais é um dos principais meios de distinção das rochas sedimentares que se apresentam com este tipo de textura. reunidos por cimento numa rocha coerente. Estas rochas são ditas serem fossilíferas. em rochas sedimentares clásticas ou fragmentárias. Cimento é o material que une os grãos de uma rocha sedimentar clástica. 25 – Diagênese de arenitos. não-clásticas ou cristalinas ou químicas. Estas rochas são ditas de textura amorfa. Se os cristais individuais são menores do que 0. . é comum nas rochas sedimentares compostas de carbonato de cálcio e/ou sílica. macroscopicamente). oolíticas e bioclásticas. quanto à textura. Alguns tipos de texturas sedimentares estão mostrados na figura 26. os mais comuns dos quais são fragmentos de conchas e de vegetais. Aquelas com textura cristalina consistem de cristais que se tangenciam mutuamente. a rocha terá uma textura densa (grãos indistinguíveis. moldando-se de tal forma que não existe espaço poroso intergranular visível. Alguns exemplos de diferentes fontes externas e internas de cimento. grãos angulosos mostrados por uma rocha sedimentar da classe dos ruditos (brecha). Por isto. as rochas sedimentares formadas são ditas clásticas ou fragmentárias. variações na cor dos sedimentos. Textura cristalina (C) resultante da precipitação da matéria mineral dissolvida. no tamanho das partículas ou na composição mineral evidenciam planos de estratificação. . esverdeadas e amareladas a escuras e negras. isto é. Procure sempre verificar estas alternativas. As rochas sedimentares são classificadas de acordo com a natureza do processo que predominou durante sua formação. As cores podem também ser indicativas do ambiente de formação das rochas sedimentares. tendem a serem cinza. A cor nas rochas sedimentares pode ser primária ou secundária. gipso). Estrutura. Classificação. Textura clástica ou fragmentária (A e B). sem maiores alterações físicas ou químicas. chert – forma de sílica microcristalina densa. as rochas sedimentares resultantes são ditas não-clásticas ou químicas.Fig. carbonatos (calcita e dolomita). As cores avermelhadas. de cinzaclaro a vermelho e amarelo. A predominância de um ou outro destes processos determina o tipo de rocha formado em cada depósito sedimentar. estão associadas à oxidação. Este processo chama-se diagênese (figura 25). normalmente.0 cm) e camadas (acima de 2.0 cm). evaporitos (halita. os depósitos consolidados são rochas sedimentares. nas rochas argiláceas. Em A.5 cm). você deve fazer testes para dureza e composição química para identificar a substância primária da qual a rocha sedimentar é composta. grãos arredondados mostrados por uma rocha sedimentar da classe dos ruditos (conglomerado). Em B. o arranjo em forma de lâminas (até 0. estratos (entre 0. Textura oolítica (D) formada por grãos concrecionários envolvidos por um cimento. as cores escuras. Nas rochas arenáceas as cores tendem a ser claras. diatomito). de acordo com a taxa de matéria orgânica. minerais de argila (caolinita). por exemplo. Uma das principais características das rochas sedimentares é a estratificação. fragmentos de rochas. com ambiente redutor e/ou à presença de matéria orgânica. Se predominam os processos de precipitação da matéria mineral dissolvida. 26 – Alguns tipos de texturas em rochas sedimentares. A estratificação é observada por mudança de litologia ou por uma quebra física. de animais e de vegetais. nas quais a solidificação se processou. Quando predominam os processos mecânicos. Assim.5 e 2. As seguintes substâncias são comuns nas rochas sedimentares: sílica (grãos de quartzo. Os constituintes minerais de muitas destas rochas sedimentares não podem ser identificados porque ocorrem em tamanhos microscópicos. Os depósitos não consolidados são sedimentos. As estruturas sedimentares são feições que ocorrem nos sedimentos ou são compostas por eles. as quais apresentam uma forma ou arranjo interno definido e característico. Composição e Cor. depositadas como resultado de evaporação. As rochas sedimentares clásticas incluem os conglomerados. Elas podem ser clásticas ou não-clásticas. Elas resultam do material derivado do intemperismo físico (desagregação) e químico (decomposição) de minerais e rochas pré-existentes. Os principais tipos de rochas sedimentares estão representados na tabela 8. ela é denominada brecha. Tipos de Rochas Sedimentares. A brecha de tálus origina-se de depósitos consolidados de sopé de escarpas. passa a ser denominada por tilito. depositadas logo que chegam ao mar. Se os fragmentos predominantes são de conchas. Se a sua origem estiver relacionada com gelo e apresentar seixos facetados em matriz argilosa.ROCHAS SEDIMENTARES ROCHAS PRÉ-EXISTENTES SUBMETIDAS À AÇÃO DO INTEMPERISMO INTEMPERISMO FÍSICO INTEMPERISMO QUÍMICO Fragmentos de minerais e rochas Produtos insolúveis Produtos Solúveis Removidos mecanicamente e depositados Removidos em solução por correntes e depositados Rochas Sedimentares Clásticas Rochas Sedimentares Químicas Rochas Sedimentares Orgânicas Rochas formadas de substâncias levemente solúveis na água do mar.00 mm. Rochas formadas de substâncias muito solúveis na água do mar. a rocha é denominada coquina (figura 27B). O material dos depósitos é produzido por efeito da gravidade sobre fragmentos soltos da encosta íngreme. Quando os fragmentos que compõem a rocha são angulosos. Calcáreas Silicosas Carbonosas Conglomerado Brecha Arenito Siltito Argilito Folhelho Calcário Greda Dolomito Silexito Rochas ferríferas Gipso Anidrito Sal-gema Evaporitos Calcário Diatomito Carvão Dolomito Radiolarito Petróleo Gás natural Tabela 7 – Rochas sedimentares. reunidos por um cimento (figura 27A). . que são rochas formadas por fragmentos arredondados e de tamanho superiores a 2. Quando as partículas predominantes são inferiores a 0. praticamente isento de estratificação. a rocha passa a ser denominada por arcósio. com tendência a dividir-se em folhas segundo a estratificação (figura 29A). Ao sedimento eólico consolidado.02 mm. Se além do quartzo.00 mm e maiores do que 0.02 mm podem ser formadas rochas sedimentares clásticas como o siltito. O conglomerado é uma rocha sedimentar clástica. de grãos de quartzo do tamanho areia (0. 27 – Conglomerado (A) e coquina (B).00 mm). O argilito é uma rocha argilosa muito firmemente endurecida e desprovida de clivagem (figura 29B). processada no fundo de lagos glaciais. denomina-se de löessito. isto é. Fig. O folhelho é uma rocha constituída de menos de 50% de silte e com xistosidade. mesmo caolinizados. Nem sempre a estrutura orientada é visível em amostra de mão. Da sedimentação rítmica. o folhelho etc. grãos de feldspato também estão presentes. essencialmente.Fig. O siltito é uma rocha de granulação muito fina em que mais de 50% das partículas são do diâmetro do silte (partículas de diâmetros entre 0. Pode ser de estrutura maciça ou orientada (em camadas). Quando os grãos que constituem a rocha são predominantemente de quartzo. A coquina é uma rocha sedimentar bioclástica formada pelo acúmulo de conchas de moluscos. ela é conhecida como arenito. Rocha sedimentar clástica constituída. temos o varvito (figura 30).02 a 2. A marga é uma mistura de argila com calcita em quantidades quase iguais (figura 29C). Se são abundantes os fragmentos de conchas e de outros organismos de composição carbonática.002 mm). 28 – Arenito. . de granulação fina e homogênea. a rocha é denominada calcarenito. Os arenitos são rochas sedimentares clásticas formadas por fragmentos de granulação inferior a 2.02 a 0. independentemente de os grãos serem angulosos ou arredondados (figura 28). sob condições atmosféricas (figura 31). 30 – Varvito. um mesmo tipo de rocha em que a composição química é a do mineral dolomita (carbonato de cálcio e magnésio). Se o depósito é poroso. A foto é da pedreira de Itu – SP. de partículas do tamanho argila (menor do que 0. composta essencialmente de carbonato de cálcio e o dolomito. Rocha com estrutura orientada em planos e linhas. O argilito é uma rocha sedimentar clástica constituída de argila endurecida. A marga é uma mistura de argila com calcita em quantidades quase iguais. 29 – Folhelho (A).Fig. temos o calcário.002 mm) e com um pouco de matéria orgânica. Mostra uma alternância de camadas mais grosseiras (depósitos de verão) e mais finas (depósitos de inverno). O folhelho é uma rocha sedimentar clástica constituída. O travertino é um calcário que se deposita em águas de fontes frias ou quentes. Rocha depositada em fundo de lago glacial. é chamado tufo calcário. Fig. que é uma rocha sedimentar. Entre as rochas sedimentares não-clásticas. argilito (B) e marga (C). de origem química. . Rocha sedimentar clástica de origem glacial. essencialmente. Pode ser de estrutura maciça ou orientada. O gipso. Os restos de diatomáceas não consolidados formam as terras diatomáceas. 31 – Travertino. é conhecido por geyserito ou sínter silicoso. Os depósitos fosfatados formados por restos orgânicos são denominados guanos. Um calcário precipitado em fontes. a anidrita e o sal-gema são os evaporitos mais comuns. por último. O silexito é uma rocha silicosa compacta. Rocha sedimentar não-clástica. ou de uma mistura deles (figura 32).Fig. Fig. Os evaporitos são rochas resultantes da precipitação de sais dissolvidos quando uma solução salina se evapora. 32 – Silexito. Os fosforitos são rochas sedimentares ou sedimentos em que o constituinte principal é a variedade criptocristalina da apatita. em algumas regiões vulcânicas. . às vezes. composta de opala. Os tipos de transformações sofridas pela matéria orgânica no processo de formação do carvão mineral estão ilustrados na figura 2. O carvão mineral é formado pela decomposição parcial de restos vegetais com enriquecimento em carbono. Se constituído de restos de diatomáceas. dura. calcedônia e quartzo criptocristalino ou microcristalino. o mais solúvel. fratura conchoidal. chama-se diatomito. granulação finíssima a fina. sílica opalina. Rocha compacta composta de calcita (CaCO3). É o mesmo que “chert”. O material opalino depositado por fontes termais. composta de calcedônia e. Precipitam-se em uma ordem definida: o menos solúvel. chamada colofânio (colofana). primeiramente. Tipo de sedimento CLÁSTICO Tamanho das partículas Composição mineralógica ou química Partículas grosseiras Arredondada ou mistas Angulosa > 2.02 mm fina) Argila Carbonato de cálcio Carbonato de cálcio e magnésio Sílica Origem Rocha Conglomerado Brecha Tilito Brecha de Talus Coquina Arenito Arcósio Calcarenito Siltito Loessito Varvito Argilito & Folhelho Folhelho e Marga Calcário Travertino Dolomito “Chert” e Diatomito Geyserito Carvão Evaporito Fosforito Guano Depositado pelo gelo Depósito de talus Depositado pelo vento Depositado pelo gelo Depósito de fontes NÃO-CLÁSTICO Carvão vegetal Sal Fósforo Depósito de fezes de animais Depósito de fontes quentes Tabela 8 – Principais tipos de rochas sedimentares .00 mm Conchas Principalmente de Partículas médias quartzo ou pequenas Com muito feldspato < 2.00 mm e quartzo Conchas Areia de Partículas Quartzo fina Indinstinguíveis Lama (quartzo e argila muito < 0. no qual a estabilidade das rochas pode ser mantida somente por uma mudança correspondente na sua forma. granítica ou geralmente plutônica. macroscopicamente. ou metamorfismo. As novas texturas são produzidas por recristalização.ROCHAS METAMÓRFICAS Considerações Gerais. o argilito transformar-se-á primeiro numa ardósia (rocha metamórfica) e. O metamorfismo é caracterizado pelo desenvolvimento de novas texturas. progressivamente. Logicamente. As rochas metamórficas são formadas quando os minerais das rochas pré-existentes são mudados. sob a influência de temperaturas e/ou pressões nas quais eles são instáveis. são de grau de metamorfismo baixo. Estas condições de mudanças geralmente ocorrem em determinados ambientes geológicos abaixo da superfície da Terra. Se uma argila é depositada ela passa. formam-se os xistos (micaxistos). Se as condições de temperatura e pressão são extremas. em estudos do modo de ocorrência geológica ou modo de jazida. então. granada etc. Quando os minerais micáceos e outros começam a serem bem visíveis. Migmatito é. uma rocha megascopicamente composta consistindo de duas ou mais partes diferentes. física e/ou quimicamente. Isto pode ser visto em afloramento. é o resultado de uma mudança no meio geológico. Os campos aproximados de pressão e temperatura dos vários tipos de metamorfismo estão mostrados na figura 33. Estas rochas são ditas de grau metamórfico intermediário. Uma é a rocha regional num estágio mais ou menos metamórfico. silimanita. por meio da qual os minerais crescem em cristais maiores e geralmente emprestam à rocha uma aparência laminada. Estas são rochas de grau metamórfico alto. que pode ser bandeada ou ondulada. Os novos minerais são criados por recombinação dos componentes minerais ou reações com fluidos que entram nas rochas. é função também das profundidades em que o fenômeno ocorre. ou de ambos. de novos minerais. o qual dará início ao processo de formação de rochas ígneas. com o contínuo aumento da pressão e da temperatura são formados os gnaisses. forma-se magma. Se houver a fusão total da rocha. a outra. o que. diz-se que atingiu o ultrametamorfismo e as rochas formadas são migmatitos. é de aparência pegmatítica. quase imperceptíveis. . aplítica. conhecida como foliação. petrograficamente. até certo ponto. pelo processo de diagênese (litificação) e se transforma num argilito (rocha sedimentar). com fusão parcial da rocha. com aspecto intermediário entre as rochas metamórficas e as rochas ígneas. O metamorfismo pode ocorrer com maior ou menor intensidade. são formadas principalmente por minerais micáceos muito pequenos. chamamos metamorfismo. As condições de temperatura e pressão aumentando. Estas características são freqüentemente tão diferentes das anteriores que na maioria das vezes é difícil determinar a natureza da rocha original. Estas rochas têm granulação bastante fina. A transformação. Às mudanças que sofrem as rochas e os minerais que as constituem. em função das temperaturas e pressões a que a rocha é submetida. em seguida. num filito (rocha metamórfica). nos quais são característicos minerais como feldspatos. inicialmente. Fig. o milonito (figura 34). as rochas metamórficas dividem-se em três grupos. O metamorfismo de deslocamento refere-se às mudanças produzidas por folhamento e dobramento da crosta. usualmente em regiões pouco profundas. Estão indicados os principais tipos de rochas resultantes. A água e gás asseguram a mobilidade para as mudanças processarem-se.000o C e sob pressões de 100 a 10. e podem carrear elementos de um magma próximo para facilitar as mudanças químicas. (A) Campo do metamorfismo de alta pressão e baixa temperatura. nestas condições. A pressão pode aumentar por um simples afundamento. b) Metamorfismo de contato. mas os movimentos da crosta são mais efetivos em alterar texturas. acelera a atividade química. as rochas formadas por: a) Metamorfismo regional. ou cinético. O metamorfismo regional resulta do agrupamento profundo das rochas. O processo de metamorfose se desenvolve numa faixa de 200o a 1. (B) Campo de metamorfismo regional e (C) Campo de metamorfismo de contato. A pressão confinada em maiores profundidades é suficiente. É desenvolvido sobre áreas de muitos milhares de quilômetros quadrados nas regiões profundas de montanhas dobradas e em terrenos pré-cambrianos. c) Metamorfismo de deslocamento. associada com falhas. De acordo com os fatores envolvidos. para produzir uma rocha finamente pulverizada e recristalizada. O calor de dentro da terra e de corpos de rochas fundidas. 33 – Gráfico mostrando os campos aproximados de pressão-temperatura dos vários tipos de metamorfismo. As mudanças mais drásticas envolvidas no metamorfismo são os efeitos do calor. ou seja.000 atmosferas. . bem como de pressão e fricção. A força de esmagamento freqüentemente dá às rochas envolvidas uma estrutura quebrada ou cataclástica. tal como o que ocorre quando os sedimentos são afundados em um geossinclíneo. pressão e fluidos atuando ao mesmo tempo. Fatores e Espécies de Metamorfismo. consideremos um calcário ou um dolomito com impurezas. reagiram com a rocha encaixante e formaram os minerais metamórficos de contato. formando bandas características. Calcário com impurezas Calcita + quartzo 2CaCO3 + SiO2 Dolomito com impurezas Dolomita + quartzo 2CaMg(CO3)2 + 2SiO2 metamorfismo Mármore calcita + wollastonita CaCO3 + CaSiO3 + CO2 Dolomita-Mármore Dolomita + diopsídio CaMg(CO3)2 + CaMg(Si2O6) + 2 CO2 b) o hidrotermal. o metamorfismo resulta da percolação de soluções quentes ao longo de fraturas e espaços intergranulares das rochas. . Reconhecem-se duas espécies de metamorfismo de contato: a) o termal decorrente do aquecimento da rocha encaixante pela intrusão da rocha ígnea. um calcário puro (rocha sedimentar) sendo submetido a este tipo de metamorfismo. em que as soluções emanadas da rocha ígnea. Ele se recristaliza e se transforma em mármore (rocha metamórfica). assim como o calor. por exemplo. especialmente em calcários adjacentes onde os fluidos intrusivos são mais corrosivos. O calor provocado pela intrusão da rocha ígnea pode servir para desenvolver na rocha minerais novos e característicos. O metamorfismo de contato engloba os efeitos complexos resultantes da intrusão de um magma que provoca uma alteração maior ou menor na rocha encaixante. Neste caso. O milonito surge quando rochas de grandes profundidades em áreas de movimentos tectônicos são submetidas a pressões muito fortes. sendo um importante processo gerador de depósitos minerais em veios ou filões. mas sem qualquer desenvolvimento de novas espécies minerais: Calcário (puro) CaCO3 metamorfismo Mármore CaCO3 Num outro exemplo. O atrito entre as duas faces de rocha esmaga e estica os minerais.Fig. 34 – Milonito. Consideremos. Estes efeitos alcançam sua intensidade máxima em torno dos limites superiores dos batólitos. Textura e Estrutura. porfiroblástica e cataclástica. que pode ser bandeada ou xistosa (ondulada). rochas de metamorfismo de contato. O arranjo linear de elementos de rochas chama-se lineação. estaurolita etc. A textura cataclástica é formada pela fragmentação e moagem das rochas ao longo de zonas de grandes falhas. dos cristais da rocha. Ela pode ser devida ao arranjo paralelo de cristais prismáticos (hornblenda) ou de outros elementos lineares (eixos de dobras. é definida segundo planos regulares (clivagem ardosiana). Para fins de reconhecimento macroscópico serão distinguidas as seguintes texturas para as rochas metamórficas: granoblástica. principalmente) e claras (quartzofeldspáticas) de minerais. A textura porfiroblástica é caracterizada pela presença de grandes cristais (porfiroblastos) desenvolvidos em meio a uma massa de cristais menores (massa fundamental). A xistosidade ou estrutura xistosa é própria das rochas metamórficas e muito freqüente entre elas. As rochas metamórficas geralmente possuem uma aparência laminada. quartzitos etc. É uma textura típica de mármores. granulitos. cortando a xistosidade e retendo restos dos minerais iniciais como inclusões. uma orientação segundo a qual os minerais estão orientados (alinhados). conhecida como foliação. (A) Estrutura paralela mostrando cristais desenvolvidos posteriormente à foliação. Os cristaloblastos comuns são: feldspato potássico. interseção de diferentes xistosidades ou outros planos). granada. (figura 35). (B) Estrutura paralela mostrando minerais adjacentes curvados em torno dos porfiroblastos de granada. Existem vários outros termos designativos de tipos de texturas metamórficas. Ela é caracterizada pela presença de pedaços de rochas e minerais. envoltos freqüentemente por material finamente moído e pela presença de minerais típicos desse ambiente. . produzindo uma partição mais ou menos planar da rocha (como em filitos e xistos). 35 – Textura porfiroblástica comum em rochas metamórficas. O bandeamento ou estrutura bandeada é caracterizado pela alternância de bandas ou faixas escuras (com biotita e anfibólios. Muitas rochas metamórficas exibem. sem orientação preferencial. Nas rochas de granulação mais fina (ardósias). é típica dos gnaisses. cuja cristalização força os lados e curva as micas encaixantes. em função do seu modo de formação. É caracterizada pelo arranjo paralelo de lamelas de micas ou outros minerais tabulares (textura lepidoblástica). fragmentados e deformados. Este tipo de estrutura pode ser também chamado de estrutura gnáissica. Fig. A foliação ou estrutura foliácea decorre da habilidade da rocha de se separar ao longo de superfícies aproximadamente paralelas devido à distribuição paralela das camadas ou linhas de um ou vários minerais conspícuos da rocha. A textura granoblástica é caracterizada pelo arranjo desordenado. granada-xisto (figura 37) etc. andaluzita. Existem também variedades de xistos e usam-se denominações como mica-xisto. caracterizada pelo arranjo paralelo de lamelas de mica ou outro mineral tabular. sienito-gnaisse. Um tipo de gnaisse muito conhecido na região do Rio de Janeiro é o gnaisse facional. granadagnaisse são termos usados para designar algumas destas variedades. os constituintes dominantes dos gnaisses) e escuras (ricas em biotita. clorita-xisto. estaurolitaxisto. Os pontos vermelhos são de granada. O gnaisse é o tipo de rocha mais comum no estado do Rio de Janeiro (figura 36). micas (moscovita e biotita). Granito-gnaisse. 37 – Granada-xisto. anfibólio-xisto. A tabela 9 mostra os principais tipos de rochas metamórficas derivadas de rochas ígneas (ortoderivadas ou ortometamórficas) e de rochas sedimentares (paraderivadas ou para metamórficas). O produto específico que resulta do metamorfismo depende do caráter da rocha original. granadas. wollastonita. actinolita. Fig. biotita-gnaisse. estaurolita. A constituição mineralógica. Os principais tipos de rochas metamórficas estão representados na tabela 10. anfibólio ou granada). Consiste usualmente de bandas ou lentes alternadas de cores claras (quando ricas em feldspato e quartzo. para distinguir estas variedades.Constituição Mineralógica. No gnaisse. Os xistos são rochas metamórficas que se distinguem dos gnaisses pela ausência de faixas de granulação grossa e pela presença da disposição em lâmina. tremolita. Classificação e Tipos. ao longo da qual a rocha pode ser quebrada mais facilmente. pode ser indicadora do tipo de rocha nas quais estão contidas. feldspatos. modernamente designado metatexito e que já foi muito usado para fins ornamentais. Os minerais que são particularmente característicos das rochas metamórficas são: cianita. com associações minerais diversas. clorita. a estrutura bandeada é caracterizada pela alternância de faixas claras (quartzo-feldspática) e escuras (com biotita e anfibólio). por si só. talco e epidoto. Rocha metamórfica com estrutura orientada (estrutura xistosa). serpentina. Fig. dos tipos de processo de metamorfismo envolvido e da intensidade com o qual eles tenham operado. hornblenda-gnaisse. Existem muitas variedades de gnaisses. ou “xistosidade”. . Outros minerais comuns nas rochas metamórficas são: quartzo. 36 – Gnaisse. Rocha metamórfica com estrutura orientada. os quais não servem como indicadores de ambiente metamórfico. . Isto tem permitido o seu uso comercial para fins de revestimentos. Um mármore é um calcário metamórfico. Um quartzito é uma rocha metamórfica que deriva do metamorfismo de um arenito e é constituído essencialmente de quartzo. Fig. 39 – Mármore. Rocha metamórfica com estrutura não-orientada. que lhes permite o desdobramento em lâminas delgadas e largas (figura 38). cujas superfícies mostram dobramentos minúsculos. Quando puro. portanto composto essencialmente do mineral calcita (figura 39). mas pode apresentar ampla faixa de cores em conseqüência das várias impurezas presentes. Já as ardósias são rochas de granulação extremamente fina e possuem uma propriedade notável.O filito é uma rocha com textura intermediária entre o xisto e a ardósia e tende a partir-se em lâminas. O dolomita-mármore é a rocha metamórfica resultante do metamorfismo de um dolomito ou de um calcário impuro. de granulação variável. conhecida como clivagem ardosiana. Fig. Composta essencialmente de calcita (CaCO3). 38 – Ardósia. Rocha metamórfica com estrutura orientada. A ardósia é de granulação mais fina e quebra-se segundo planos regulares (clivagem ardosiana). o mármore é branco. . Densa. cinza esverdeado até preto. Granulação fina. Aspectos diagnósticos Grãos minerais macroscópicos arranjados em bandas alternadas claras e escuras. Grãos de quartzo e cimento de quartzo. Textura ardosiana. cloritas). granada e biotita. vermelho escuro etc. grãos grosseiros a finos. castanho e vermelho. augita. Mica e outros silicatos laminados ou alongados (micas. Cores e granulação variáveis. afanítica. rósea. Minerais micáceos são dominantes. Cores variando do verde ao amarelo-esverdeado. Minerais micáceos com quartzo e outras impurezas. cor escura. Compacta. Filito Ardósia Granulito Quartzito Mármore DolomitaMármore Hornfels Antracito Serpentinito Tabela 10 – Classificação simplificada das rochas metamórficas. Textura “xistosa”. Rocha Gnaisse Xisto FOLIADA Feldspato e outros silicatos. Cores e granulação variáveis. Efervesce com HCl a frio. Cristalina. principalmente mica e anfibólio. Cor preta. às vezes grânulos grandes de granada. brilhante. quartzo e outros silicatos. vários tons de cinza. As partes escuras podem conter hornblenda.Textura Composição mineralógica Feldspato. Cor variável. composição granítica. Dura (risca o vidro) e de cores branca. granadas e com menores quantidades de quartzo e feldspato. Cristalina. Cristalina. Ocorre também com cores verde. cores claras. Representa uma transição entre o xisto e a ardósia. fratura conchoidal ou concóide. Calcita MACIÇA Calcita e dolomita Argila Carbono Serpentina Textura filítica. grãos microscópicos. Densa. Efervesce a quente com HCl. . sendo a preta e a cinza preta comuns. Untuosa ao tato. CHAVE PARA RECONHECIMENTO DAS ROCHAS COMUNS . . Destina-se a orientar no estudo das rochas à vista desarmada ou com auxílio de uma lupa. separadas pela granulação. recursos a alguns ensaios expedidos. . assunto da competência dos petrógrafos e que envolve conhecimentos de ótica cristalina. textura e mineralogia.Que rocha é esta? Pretende-se dar uma orientação geral de como se reconhecer macroscopicamente uma rocha e os meios de enquadrá-la em um determinado grupo sem se preocupar com a descrição detalhada de cada espécie e com os processos de sua gênese. àquele que pretenda um maior rendimento no uso da presente chave. dureza. Não se trata. de identificação ou caracterização das rochas. GRUPO II: Rochas com estrutura orientada. que permita distingui-la de outras. No exame macroscópico de uma rocha é necessário observar todas as características importantes que são visíveis e registrá-las de modo a conduzir a uma descrição clara da rocha. com finalidade de atender às necessidades de principiantes e para uso na vida profissional de não-geólogos. Recomenda-se. portanto. Esta chave é de cunho exclusivamente prático. A chave está estruturada da seguinte forma: GRUPO I: Rochas com estrutura maciça (não-orientada). um conhecimento prévio dos principais minerais formadores de rochas e dos tipos de texturas. separadas pelo tipo de orientação. que conduzam ao reconhecimento da rocha. físicos e químicos. dureza e textura e/ou composição mineral. Rocha sem QUARTZO. com feldspato e um ou mais minerais ferromagnesianos escuros. feldspato e mais um mineral pelo menos.0 Quanto à ESTRUTURA. 5.3 Rocha de granulação média a grossa.1 Com massa fundamental de grão fino Rocha com QUARTZO Rocha sem QUARTZO. pelo menos. Rocha com QUARTZO e feldspato . 5. Rocha com quartzo (pouco). um só elemento mineralógico. pelo menos. pelo menos. Rocha macia sem QUARTZO. Rocha sem QUARTZO. escuros.MACIÇA (Não orientada) Grupo 2 .2 Com massa fundamental de grão médio ou grosseiro Rocha sem QUARTZO. 6. Rocha com QUARTZO. Rocha sem QUARTZO nem feldspato. Rocha macia sem QUARTZO. com FELDSPATO (muito) e minerais ferromagnesianos. Rocha com FELDSPATO e um ou mais minerais ferromagnesianos. 5. 4.4.ORIENTADA ROCHAS DO GRUPO 1 2.0 Quanto à GRANULAÇÃO FINÍSSIMA A FINA 3. um só elemento mineralógico.2 Rocha de granulação média a grossa.0 Quanto à COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA 5. com feldspato e mais um mineral. com feldspato e mais um mineral. Rocha com QUARTZO.1 Rocha de granulação finíssima a fina 1. Rocha dura sem QUARTZO PIORFIRÓIDE (minerais de diferentes tamanhos ) 5. (Rocha de granulação média à grossa.) GRANULAR (minerais com tamanhos semelhantes) 5. 3.0 Quanto à TEXTURA. essencialmente minerais ferromagnesianos. essencialmente.4 Rocha de granulação média a grossa. com feldspato e mais um mineral. Rocha dura com QUARTZO 4. Grupo 1 . 2. 5. Textura GRANULAR ou EQUIGRANULAR 1.Que rocha é esta? 1. 3.4. Rocha macia com QUARTZO 2.0 Quanto à DUREZA MACIA (Riscável pelo canivete) DURA (Não riscável com o canivete) MÉDIA A GROSSA 4. Textura PORFIRÓIDE ou INEQUIGRANULAR 5. 4. Rocha dura com QUARTZO e pelo menos mais um mineral. Rocha orientada. essencialmente.0 Quanto à COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA. Rocha macia sem QUARTZO. 8. onde se poderá observar o sedimento “in loco”.0 Quanto à DUREZA.0 Quanto à COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA. Fragmentos soltos.* Fragmentária ou clástica. Rocha com QUARTZO Rocha com QUARTZO e/ou feldspato Rocha sem QUARTZO Observação: Esta orientação destina-se ao estudo de rochas em amostras de mão no laboratório e também pode ser usada para a descrição de campo em afloramento. 3.* Rocha com QUARTZO e/ou miscelânea Rocha sem QUARTZO. * Neste item considera-se o estudo feito em afloramento. 2. Rocha macia sem QUARTZO. riscável com canivete. Rocha orientada em camadas (estratificadas) Fragmentária ou Clástica. 9.0 Quanto à TEXTURA. 5. Rocha orientada.0 Quanto ao tipo de ESTRUTURA ORIENTADA Rocha orientada em planos ou linhas Rocha orientada em camadas (estratificadas) 7. Rocha orientada em planos ou linhas 1. DURA.0 Quanto à COMPOSIÇÃO MINERALÓGICA. Fragmentos soltos. deverão ser feitas observações quanto ao modo de ocorrência e/ou modo de jazida da rocha ou das rochas do local estudado. Neste último caso. Rocha orientada em planos ou linhas MACIA. 11. Rocha macia com QUARTZO e pelo menos mais um mineral.ROCHAS DO GRUPO 2 6. . Um só elemento mineralógico. Riscável ou dificilmente riscável com o canivete. Fragmentos consolidados. Rocha dura com QUARTZO. Fragmentos consolidados 10. Não riscável com o canivete. ....Sem quartzo ...Sem quartzo... com feldspato e um ou mais minerais ferromagnesianos escuros ............2 Com massa fundamental de grão médio ou grosseiro...............Com quartzo.54 a 55 ... 53 ............ 56 a 58 .... um só elemento mineralógico.... 03 a 07 1................ 28 a 30 ................. com feldspato (muito) e um ou mais minerais ferromagnesianos .......2 Rocha dura.....................2........... .................... 1..... não riscável com o canivete........Com feldspato e um ou mais minerais ferromagnesianos escuros ..........Sem quartzo..2 Rocha dura.........Sem quartzo.......... 18 a 24 ................1 Rocha macia............ 08 a 09 ...................... essencialmente ..........Com quartzo . 10 a 11 2........2.... 44 a 45 .......Com quartzo ......... 40 a 43 2.2........... ........ riscável com o canivete........................ 25 a 27 .............. Granulação média a grossa..... feldspato e pelo menos mais um mineral ....1 Com massa fundamental de grão fino.........................Com quartzo. .......................................................2........... essencialmente minerais ferromagnesianos ......Com quartzo (pouco)..... um só elemento mineralógico ..... 2..................... não riscável com o canivete..... 37 a 39 ............ .....1 Textura granular ou equigranular (minerais com tamanhos semelhantes)........Sem quartzo nem feldspato....... .......Sem quartzo..2....... com feldspato e pelo menos mais um mineral .......Chave para reconhecimento das rochas mais comuns GRUPO I: Rochas com estrutura maciça (não-orientada) 1.. Granulação finíssima a fina.Sem quartzo................. riscável com o canivete....................Com quartzo......... com feldspato e pelo menos mais um mineral ...Sem quartzo............1 Rocha macia. 46 a 52 2............................2................2 Textura porfiróide ou inequigranular (minerais de diferentes tamanhos).................Com quartzo e feldspato .. ... 01 a 02 .................. 12 a 17 2. 2.................. 2.... com feldspato e pelo menos mais um mineral.........31 a 36 ... ..Com quartzo e/ou feldspato . 101 a 102 ..........Sem quartzo................75 a 83 ... 65 a 72 .. 93 a 95 4..................................... 96 a 100 .............................. não riscáveis com o canivete....................Com quartzo ...............Sem quartzo .....1 Textura fragmentária ou clástica: Fragmentos soltos..............................Com quartzo e pelo menos mais um mineral ....... ..... Um só elemento mineralógico ... Rochas orientadas em planos ou linhas.................................. 73 a 74 3.......... 87 a 92 ..........................1 Rochas macias..................59 a 64 ...... 103 a 106 ..Sem quartzo .......... .................. 84 a 86 4........Com quartzo......... essencialmente ............................................................................... ................. ................................2 Rochas duras..... 3........................2 Textura fragmentária ou clástica: Fragmentos consolidados.........Sem quartzo ........GRUPO II: Rochas com estrutura orientada 3......... riscáveis ou dificilmente riscáveis com o canivete.......................Com quartzo e/ou miscelânea . Rochas orientadas me camadas (estratificadas): 4.....Com quartzo e pelo menos mais um mineral ... ). não riscável com o canivete. rocha maciça de cores claras.). riscável com canivete. qualquer cor (cores escuras desaparecem. 2. Cores diversas. Não efervesce com ácidos e não tem cheiro de barro. . 01 02 ARDÓSIA DIATOMITO (trípoli) . cheiro de barro quando molhada. Cores diversas. 08 SÍLEX (silexito) 09 QUARTZITO . Grãos de dolomita. recristalizados. Rocha muito dura. um só elemento mineralógico Massa finíssima. Agregado de cristais de um mineral com boa clivagem. efervesce com ácidos a quente. Carbonato finíssimo. não trinca entre os dentes. Não efervesce com ácidos e nem possui odor de argila. de cor escura (preta. geralmente com formação de silicatos de magnésio (tremolita. só depois de pulverizado. Solúvel em água. Na presença de ácidos. verdeescura. só depois de pulverizado. grosseiros. mais ou menos brilhantes. cinza-escura e marrom). macia ao tato. Recristalizados.SEM QUARTZO. risca o vidro. Granulação finíssima a fina 1. gosto nitidamente salgado. suja os dedos. Grãos de dolomita. Carbonato finíssimo. mais ou menos brilhante. não efervesce com HCl. raramente fibroso.1 Rocha macia. um só elemento mineralógico Grãos de calcita. olivina etc.SEM QUARTZO. pouco ou nenhum cheiro de barro. se convenientemente aquecia). Feldspatos e piroxênio (olivina). . escura.2 Rocha dura. Resto de plantas e animais microscópicos. sílica opalina). a frio. a frio. forte efervescência com ácidos a frio. riscável com canivete. não efervesce com ácido (HCl). a frio. recristalizados.GRUPO I ROCHAS COM ESTRUTURA MACIÇA (NÃO-ORIENTADA) 1. riscável pela unha. . desprende CO2 a frio com ácidos. essencialmente. só no material pulverizado.1 Textura granular ou equigranular . Cores variadas. borda transparente. não riscável com canivete. fratura conchoidal. forte efervescência com ácidos a frio. com cavidades vazias e/ou preenchidas (calcita. nem efervesce com os ácidos. Na presença de ácidos.COM QUARTZO Mica (sericita): massa muito firmamente granulada. Granulação média a grossa.1 Rocha macia.2. 03 ARGILA 04 05 06 07 ARGILITO CALCÁRIO MÁRMORE DOLOMITO 1. em geral plástica e com cheiro de barro quando molhada.SEM QUARTZO Feldspatos e piroxênio (olivina). rocha muito densa. Grãos de calcita. Argila solidificada. só efervesce a quente. Odor de argila ausente ou fraco. friável. Solúvel em HCl a quente.2 Rocha dura. 10 11 BASALTO MELÁFIRO 2. riscável pela unha. zeólitas etc.COM QUARTZO Calcedônia granular (às vezes. Quartzo. Carbonato finíssimo. 2. só efervesce a quente. grosseiros. sem efervescência 12 13 14 15 CALCÁRIO MÁRMORE DOLOMITO DOLOMITAMÁRMORE SAL-GEMA GIPSO (gesso) 16 17 2. 00 mm. essencialmente minerais ferromagnesianos.COM QUARTZO. cristais isolados. raramente mica. anfibólio. com feldspato (muito) e um ou mais minerais ferromagnesianos. Grãos de quartzo fortemente ligados por cimento. com biotita (e/ou moscovita) ou hornblenda. Plagioclásio. hornblenda (biotita. Grãos quase exclusivamente de piroxênio (augita). Ortoclásio pertítico. Ortoclásio abundante. Granulação média a grossa. piroxênio). predominando biotita. duas micas (biotita e moscovita) Feldspato. escuros. friável Grãos de quartzo ligados por cimento forte (silicoso). piroxênio). Plagioclásio. microclíneo. Plagioclásio. com feldspato e um ou mais minerais ferromagnesianos. Quase exclusivamente olivina. Feldspato (potássico). granulação fina. alguma olivina e magnetita. granulação média ou grossa. biotita e quartzo acima de 10%. 25 26 27 TONALITO MICROTONALITO QUARTZO-SIENITO . Proporção de feldspato inferior ou igual à de minerais ferromagnesianos. anfibólio (hornblenda). com feldspato e mais um mineral. com até 10% de quartzo. essencialmente. pelo menos. piroxênio). Granulação média a grosseira. 40 41 42 DUNITO PIROXENITO PERIDOTITO . base de granulação fina Feldspato. cor verde a negra. geralmente textura ofítica. com nefelina (feldspatóide).COM QUARTZO (pouco). que fica intacta (diferença com as duas últimas rochas). Ortoclásio abundante. Principalmente ou totalmente formado por quartzo e feldspato. com nefelina.. piroxênio). de granulação fina. Ortoclásio abundante.SEM QUARTZO.02 a 2. hornblenda (biotita. 18 19 20 21 22 23 24 GRANITO MICROGRANITO HORNBLENDAGRANITO BIOTITAGRANITO GRANITO DE DUAS MICAS APLITO PEGMATITO . piroxênio e/ou anfibólio. Granulação fina. biotita e quartzo acima de 10%. cor verde a negra.SEM QUARTZO. predominando hornblenda. anfibólio (hornblenda). Principalmente ou totalmente formado por quartzo e feldspato.COM QUARTZO. podendo ter um pouco de biotita Feldspato potássico. anfibólio. Plagioclásio. 37 38 39 DIORITO GABRO DOLERITO (diabásio) . Textura gráfica ou pegmatítica. anfibólio (hornblenda). pelo menos. Granulação média ou grosseira. 28 29 ARENITO ARENITOSILICIFICADO QUARTZITO 30 . de tal modo que pancadas de martelo fraturam os grãos e não o cimento. Granulação fina. fracamente ligados por cimento (argiloso. granulação muito grossa. feldspato e mais um mineral. Ortoclásio abundante. mais ou menos arredondados. Feldspato. biotita (pequena quantidade). com ou sem biotita e/ou moscovita. proporção de minerais ferromagnesianos igual ou superior à de feldspato. Fratura conchoidal. com biotita (e/ou moscovita) ou hornblenda. com pouco piroxênio e pequenas massas de magnetita e ilmenita. com nefelina. hornblenda (biotita.SEM QUARTZO. hornblenda (biotita. Granulação grossa. Grãos de quartzo de tamanho entre 0. cor escura. ferruginoso). Plagioclásio. às vezes. Ortoclásio abundante. nem feldspato. 31 32 33 34 35 36 SIENITO NEFELINA-SIENITO FOIAITO MICROSSIENITO MICROSSIENITONEFELÍNICO ANORTOSITO (plagioclasito) . cor amarelada. Plagioclásio. calcário. piroxênio (augita) e hornblenda (pouca). Grãos quase inteiramente de olivina. hornblenda. silicoso. Fenocristais de feldspato. . Ortoclásio e quartzo. Augita. hornblenda. fenocristais de quartzo. triturados com HCl a frio. Ortoclásio. Com pórfiros de plagioclásio. abundante hornblenda. fenocristais de olivina. 44 45 ROLITO (quartzo-pórfiro) DACITO . 56 57 58 DIORITO PÓRFIRO GABRO PÓRFIRO TONALITO PÓRFIRO . Cristais de plagioclásio com augita. fenocristais parecendo vidro (sanidina). com textura amigdalóide.2 Com massa fundamental de grão médio ou grosseiro. anfibólio (hornblenda).COM FELDSPATO e um ou mais minerais ferromagnesianos. pouco ortoclásio. 2. Proporção de feldspato inferior ou igual à de minerais ferromagnesianos.2.SEM QUARTZO. Muitos raros fenocristais de granada.1 Com massa fundamental de grão fino. cor vermelha-roxa. com feldspato e pelo menos mais um mineral. Por percussão produzem som metálico. piroxênio). proporção de minerais ferromagnesianos igual ou superior à de feldspato. 46 47 48 49 50 TRAQUITO ANDESITO DIABÁSIO MELÁFIRO OLIVINABASALTO FONOLITO TINGUAÍTO 51 52 2. fenocristais (hornblenda. Ortoclásio (muito pouco ou ausente).2 Textura porfiróide ou inequigranular. hornblenda (biotita. Ortoclásio abundante. plagioclásio. anfibólio (hornblenda). Augita. Plagioclásio. Fenocristais de piroxênio (egirina) em agulhas finas paralelas ou subparalelas. Áspero ao tato. ou de nefelina etc. plagioclásio.2.2. Plagioclásio. Feldspatóides. augita e hiperstênio). escuros. cor escura. Pórfiros de plagioclásio. biotita e quartzo acima de 10%. 54 55 SIENITO PÓRFIRO NEFELINASIENITO PÓRFIRO . . hornblenda (biotita. fenocristais. piroxênio). Plagioclásio. anfibólio. com feldspato e pelo menos mais um mineral. Fenocristais de feldspato. Ortoclásio abundante. com nefelina e fenocristais de feldspato ou de anfibólio.COM QUARTZO e feldspato. Textura ofítica.COM QUARTZO Feldspato (biotita). Fenocristais de nefelina (ou leucita) que. produzem gelatina. Plagioclásio.2. biotita. plagioclásio (hornblenda). biotita (pequena quantidade). 43 ANFIBOLITO 2.SEM QUARTZO.2. geralmente associados a biotita (e/ou moscovita). 53 GRANITO PÓRFIRO (granito porfiróide) . granulação fina.Grãos quase exclusivamente de hornblenda podendo ocorrer mica (biotita) e magnetita. desprende CO2 somente com HCl a quente. biotita).COM QUARTZO e pelo menos mais um mineral.SEM QUARTZO Micas. não riscáveis com o canivete. Mica (feldspato). argila. amareladas ou castanhas (óxido de ferro). biotita). 73 74 CALCÁRIO DOLOMITO 3. cores claras a cinza-esverdeada. Grãos de quartzo.1 Rochas macias. Grãos muito finos. um só elemento mineralógico. Às vezes possui cheiro betuminoso quando em fratura recente. quartzo. . 75 76 77 78 79 80 GNAISSE GNAISSE FACOIDAL GNAISSE A DUAS MICAS HORNBLENDAGNAISSE AUGITAGNAISSE BIOTITAGNAISSE GRANADAGNAISSE (KINZIGITO) 81 . 59 60 61 62 63 64 XISTO MICA-XISTO BIOTITA-XISTO GRANADAXISTO ESTAUROLITAXISTO FILITO . Moles. riscáveis ou dificilmente riscáveis com canivete. Grãos muito finos. Mica abundante (sericita). feldspato). Mica (biotita. Biotita (quartzo. com cristais de feldspato em forma de lentes. . riscáveis pelo canivete.GRUPO II ROCHAS COM ESTRUTURA ORIENTADA 3. Mica (biotita. Riscável pela unha. (Grãos de quartzo podem ser distinguidos em fraturas normais à xistosidade). Granada e biotita abundantes (quartzo. Componentes apenas reconhecíveis ao microscópio. 65 66 67 68 ARDÓSIA XISTOARGILOSO CLORITA-XISTO HORNBLENDAXISTO ANFIBÓLIOXISTO TALCO-XISTO FOLHELHO ARGILITO 69 70 71 72 . untuosa ao tato. Hornblenda (quartzo. moscovita). desprende CO2 com HCl a frio. divisíveis. às vezes cordierita. Augita (quartzo. com cristais de granada. Grãos de quartzo. em placas nem sempre inteiramente planas formando pacotes. cor verde-escura. esverdeadas (com clorita) e vermelhas. riscáveis pelo canivete. pouco feldspato. predominante hornblenda. feldspato). massa muito finamente granulada. Brilho forte pela abundância de mica. Mica (moscovita. Rochas orientadas em planos ou linhas 3. com cristais de estaurolita. Mica (moscovita. predominando talco. com predominância de clorita. feldspato. predominando biotita. clorita. feldspato). quartzo. sem estratificação. separável em lâminas ou placas. moscovita e biotita. feldspato. Riscável pela unha. Grãos de quartzo. às vezes muito pronunciada. Presença de disposição em lâminas (xistosidade). quartzo. feldspato. com boa estratificação. Mica (moscovita. plagioclásio. Mica (moscovita. Essencialmente anfibólio. Facilmente riscável com a unha e divisível em placas paralelas.2 Rochas duras. Argila endurecida. feldspato. Argila solidificada. feldspato. mica e anfibólio. cores cinzenta-escuras ou negras. Ausência de faixas de granulação grossa. Textura paralela. cor escura a preto. biotita). placas planas. feldspato. cor vermelho-escuro. argilas. às vezes com fósseis. microclíneo). Riscável pela unha sedosa. biotita).COM QUARTZO e pelo menos mais um mineral. geralmente de cores verdes até negras. pouco feldspato. feldspato. moscovita).SEM QUARTZO. sem indícios de metamorfismo. facilmente riscáveis e divisíveis. Rocha dura e densa. quartzo. ligados fracamente por cimento (argiloso.00 mm. Formas roladas (arredondadas). Fragmentos de minerais e/ou rochas arenosas. Grãos de quartzo.COM QUARTZO Fragmentos de quartzo e/ou de quaisquer rochas e/ou minerais. diâmetro entre 0. Areia rica em feldspato (mica). diâmetro maior do que 2 mm. efervescentes com o ácido clorídrico (HCl). grãos muito finos. Grãos pretos. Rochas orientadas em camadas (estratificadas). grãos entre 0. Fragmentos de quartzo ou de qualquer rocha e/ou mineral. Grãos de quartzo.00 mm. material muito pesado. Formas roladas e/ou angulosas. plásticas quando molhadas. Grãos de quartzo fortemente ligados por cimento. de tal modo que pancadas de martelo rompem os grãos e não o cimento.SEM QUARTZO Grãos muito finos. Grãos ligados por cimento silicoso. atraídos pelo ímã. mais ou menos arredondados. com fragmentos de conchas calcárias. 100 101 ARCÓSIO TILITO (diamictito) . silicoso. .Quartzo abundante. diâmetro maior do que 2. calcário. 87 88 89 90 91 92 MATACÃO PEDREGULHO (calhau) SEIXOS AREIA AREIA MONAZÍTICA AREIA MAGNÉTICA .COM QUARTZO e/ou feldspato. ferruginoso.20 mm.02 e 0. Partículas finíssimas.00 mm. Coloridas por óxidos de ferro. mais ou menos arredondados. diâmetro entre 2 e 20 mm. amarelos e alguns escuros. Fragmentos de quartzo ou de qualquer rocha e/ou mineral. Grãos de quartzo fortemente ligados por cimento. 4. caso em que efervescem com HCl.COM QUARTZO e/ou miscelânea. 82 83 GNAISSE QUARTZÍTICO LEPTINITO . Grãos róseos. pesados. Formas angulosas.2 Textura fragmentária ou clástica: fragmentos consolidados. Pouco feldspato e mica em quantidades mais ou menos equivalente. às vezes. Trinca entre os dentes. friável. 84 ARENITO 85 QUARTZITO QUARTZITOMICÁCEO (quartzo-sericitaxisto) 86 4. essencialmente. Cheiro de barro. calcáreo. Fragmentos de quartzo e/ou de quaisquer rochas e/ou minerais. Forma angulosas (calhau). em geral. manganês etc. arredondadas ou angulosas. Formas arredondadas (seixos). Formas roladas.0 mm. diâmetro entre 0. ligados por fraco cimento argiloso. havendo muita banda rósea. Grãos de quartzo. Partículas menores do que 2 mm.COM QUARTZO. silicoso. 95 CONGLOMERADO 96 BRECHA 97 ARENITO 98 99 CALCARENITO SILTITO . ligados por cimento. partículas menores de 2. mais ou menos arredondados. com fragmentos de conchas e/ou de outros organismos de composição carbonática. Cor clara. consolidadas com pouco cimento.02 e 2. Partículas menores do que 2 mm. de tal modo que pancadas de martelo rompem os grãos e não o cimento. às vezes. Fragmentos de quartzo ou de qualquer rocha e/ou mineral. 93 94 CALCÁRIO ARGILA 4. às vezes boa divisibilidade em placas.20 e 2. Pouco feldspato. Fragmentos de quartzo ou de qualquer rocha e/ou mineral. em cristais que sofreram compressão e por isso parecem possuir clivagem. predominantes. Grãos arredondados de quartzo. Fragmentos de quartzo ou de qualquer rocha e/ou mineral. ferruginoso).1 Textura fragmentária ou clástica: fragmentos soltos. com micas. carapaças de animais. Fragmentos com estrias. . Fragmentos de quartzo ou de qualquer rocha e/ou mineral. riscável pela unha. ligados por cimento. às vezes com fósseis. Riscável pelo canivete. Cheiro de barro quando molhada. 102 103 104 105 106 CALCÁRIO DOLOMITO COQUINA ARGILITO MARGA . Não trinca entre os dentes. Argila solidificada. efervesce com HCl. Desprende CO2 com HCl. Às vezes. Grãos muito finos. quando em fratura recente. cheiro betuminoso. ligados por cimento. Riscável com a unha. de calcita e de minerais detríticos (argila). Efervesce com HCl. Grãos muito finos. somente a quente.SEM QUARTZO Grãos muito finos.. quando em fratura fresca. Fragmentos de concha unidos por cimento. RELAÇÃO POR ORDEM ALFABÉTICA Andesito Anfibólio-xisto Anfibolito Anortosito Aplito Arcósio Ardósia Areia Areia magnetítica Areia monazítica Arenito Arenito silicificado Argila Argilito Augita-gnaisse Basalto Biotita-gnaisse Biotita-granito Biotita-xisto Brecha Calcarenito Calcário Clorita xisto Conglomerado Coquina Dacito Diabásio Diatomito Diorito Diorito-Pórfiro Dolerito Dolomita-mármore Dolomito Dunito Estaurolita-xisto Filito Foiaito Folhelho Fonolito Gabro Gabro Pórfiro Gipso Gnaisse Gnaisse a duas Micas Gnaisse facoidal Gnaisse quartzítico Granada-gnaisse Granada-xisto Granito Granito de duas Micas Granito Pórfiro Hornblenda-gnaisse Hornblenda-granito Hornblenda-xisto Leptinito Marga 47 69 43 36 23 101 01/65 90 92 91 28/84/98 29 03/94 106/72/04 79 10 80 21 61 97 99 05/12/73/93/103 67 96 105 45 48 02 37 56 39 15 07/14/104/74 40 63 64 33 71 51 38 57 17 75 77 76 82 81 62 18 22 53 78 20 68 83 95 . Mármore Matacão Meláfiro Mica-xisto Microgranito Microssienito Microssienito-nefelínico Microtonalito Nefelina-Sienito Nefelina-Sienito Pórfiro Olivina-basalto Pedregulho Pegmatito Peridotito Piroxenito Quartzito Quartzito-micáceo Quartzo-sienito Riolito Sal-gema Seixos Sienito Sienito Pórfiro Sílex Siltito Talco-xisto Tilito Tinguaíto Tonalito Tonalito-pórfiro Traquito Xisto Xisto-argiloso 06/13 87 11/49 60 19 34 35 26 32 55 50 88 24 42 41 09/30/85 86 27 44 16 89 31 54 08 100 70 102 52 25 58 46 59 66 . . Juiz de Fora: Geociências UFJF. Hurlbut. HEINRICH. Semana do Professor. New York: McGraw-Hill. São Paulo: Grêmio Politécnico USP. MENEZES. C. 1954.H.E. Jr.J. Structural geology. KUZIN. 1983.E. New York: Wiley. 1985. Introdução à geologia. The evolving earth: a text in physical geology.REFERÊNCIAS ALBILLOS. MENEZES. S. et al. 1959 LEINZ. LOBO. MEHNERT. BILLINGS. Minerais e rochas.M. Rio de Janeiro: LTC. Itaguaí: Imprensa Universitária da UFRRJ. B. Field manual of minerals. 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G. SPOCK. 1977.SCHUMANN. 1974. São Paulo: Edgard Blücher. GLOSSÁRIO Agregado: Conjunto de partículas de rochas ou de grãos de minerais, de um ou mais tipos, ligados de maneira pouco densa e que podem ser separados com facilidade. Alteração Química: Processo sedimentar que age na transformação do material sedimentar em rocha sedimentar. Pode ser por redução, por destilação destrutiva de matéria orgânica ou atividades de bactérias e animais fuçadores. Amigdalóide: Textura em que a rocha apresenta formações mais ou menos numerosas de formas semelhantes a amêndoas. Andesito: Rocha ígnea extrusiva composta de feldspato calco-sódico, com biotita, augita ou hornblenda. Aplito: Granito de granulação muito fina. Apófise: Designação de uma massa intrusiva, penetrando na rocha encaixante. Arcósio: Arenito contendo muito feldspato. Ardósia: Rocha metamórfica de granulação extremamente fina e que possui clivagem ardosiana. Areia: Comumente refere-se à composição, onde os grãos são de quartzo; refere-se também à textura, onde o tamanho dos grãos é entre 0,02 e 2,00 mm de diâmetro, independente da composição. Arenito: Rocha sedimentar clástica formada por fragmentos com granulação entre 0,02 e 2,00 mm, com grãos predominantemente de quartzo. Argila: Comumente refere-se à composição, onde os grãos são de argilominerais (caulinita, ilita etc.); refere-se também à textura, onde o tamanho dos grãos é inferior a 0,002 mm de diâmetro, independente da composição. Argilito: Rocha sedimentar argilosa, endurecida e sem clivagem, que se fende segundo superfícies paralelas à estratificação. Astenosfera: Zona de fraqueza abaixo da litosfera, aproximadamente a partir de 100 km da superfície da Terra e com espessura média de 200 km, onde a plasticidade das rochas atinge um máximo e os magmas podem ser gerados. Bandeamento: Tipo de foliação de rochas metamórficas caracterizado por faixas claras e escuras de minerais. Basalto: Lava negra e densa. Rocha ígnea extrusiva composta principalmente de piroxênio e feldspato plagioclásio, de textura afanítica. Veja meláfiro. Batólito: Grande corpo de rocha ígnea plutônica, contínuo em profundidade e sem embasamento. Bossa: Massa eruptiva subjacente de tamanho inferior ao de um batólito. Brecha: Conglomerado composto por fragmentos angulosos. Rocha sedimentar clástica que forma um aglomerado de fragmentos irregulares (angulosos) de rochas, cuja média dos diâmetros dos grãos é superior a 2,00 mm. Calcarenito: Arenito composto por fragmentos de conchas e outros organismos de composição carbonática. Calcita: Carbonato de cálcio (CaCO3). Principal mineral componente do calcário e do mármore. Calhau: Sedimento clástico com dimensão entre 20,00 e 200,00 mm. Carvão Mineral: Rocha sedimentar não-clástica formada pela decomposição parcial de restos vegetais com enriquecimento em carbono. O mesmo que hulha. Cascalho: Sedimento clástico com diâmetros dos grãos predominantes superiores a 2,00 mm. Cataclástica: Textura caracterizada pela presença de pedaços de rochas e minerais, fragmentados e deformados, envoltos freqüentemente por material finamente moído e pela presença de minerais típicos desse ambiente. Cimentação: Processo diagenético onde há deposição de uma substância nos espaços entre os grãos de um sedimento incoerente, ligando-os. Cimento: Material que une os grãos de uma rocha sedimentar clástica, consolidada. Colofânio: Variedade criptocristalina da apatita. O mesmo que colofona. Compactação: Processo de sedimentação que consiste na diminuição do volume e redução da porosidade de um corpo, com aumento da densidade do sedimento. Conglomerado: Rocha sedimentar clástica formada por fragmentos arredondados e de tamanho superior a 2,00 mm, reunidos por um cimento. Coquina: Conglomerado com fragmentos predominantes de conchas. Cristálito: Indivíduo microscópico em forma de esfera, bastonete, conta ou cabelo, que ocorre nas rochas vítreas, em grande número. O mesmo que globulito, margarito, triquito etc. Cristaloblástica: Textura peculiar às rochas metamórficas, resultante principalmente de recristalização sob condições de metamorfismo termal ou dinamotermal, dando-se as transformações no estado sólido, sem haver fusão de material. Diagênese: Conjunto de modificações químicas e físicas sofridas pelos sedimentos, desde a sua deposição até a sua consolidação. Diatomito: Rocha sedimentar composta principalmente da parte silicosa de diatomáceas. Diorito: Rocha ígnea intrusiva intermediária composta de feldspato calco-sódico, anfibólio, biotita e quartzo (em pequenas percentagens). Dique: Massa rochosa de forma tabular discordante, preenchendo uma fenda aberta em outra rocha. Em geral, a massa rochosa dos diques é de origem ígnea. Dolomito: Rocha sedimentar não-clástica composta essencialmente do mineral dolomita (um carbonato de cálcio e magnésio). Dunito: Rocha ígnea intrusiva composta quase inteiramente de olivina. Dureza (mineral): Critério relativo de identificação de minerais, baseado em sua capacidade de ser ou não riscável por um outro mineral ou objeto de dureza conhecida. Usa-se a escala Mohs para a determinação da dureza de um mineral. Estrutura: Conjunto de caracteres que exprime descontinuidade ou variação na textura. Evaporito: Rocha sedimentar não-clástica resultante da precipitação de sais dissolvidos quando uma solução salina se evapora. Facólito: Corpo magmático intrusivo, aproximadamente concordante, de forma convexocôncava (em forma de foice). Falha: Fratura ao longo da qual se deu um deslocamento relativo de blocos de modo a interromper a continuidade de uma camada. Feldspato: Nome geral para um grupo abundante de minerais formadores de rochas. São silicatos de alumínio com potássio, cálcio e sódio. Feldspatóide: Grupo de minerais quimicamente semelhantes aos feldspatos, porque são aluminossilicatos de potássio, de sódio e de cálcio, mas com quantidades menores de outros íons. Félsico: Mineral rico em silício e alumínio inclui feldspatos, feldspatóides, quartzo e moscovita. Fenocristal: Conjunto de cristais grandes, em uma rocha ígnea, envolvidos por grânulos pequenos. Filito: Rocha metamórfica com textura intermediária entre o xisto e a ardósia com tendência a partir-se em lâminas. Folhelho: Rocha sedimentar clástica de granulação fina, composta de argilas, com menos de 50% de silte e tendência a dividir-se em folhas, segundo a estratificação. Folhelho Betuminoso: Um tipo de folhelho contendo substância betuminosa, formado a partir de sapropel acumulado em meio anaeróbico, junto com material argiloso. Erroneamente, às vezes denominado “xisto betuminoso” ou “xisto pirobetuminoso”. Foliação: Qualquer tipo de paralelismo de minerais ou de massas de minerais em rocha metamórfica e ígnea. Fonolito: Rocha ígnea extrusiva, composta, cinzenta, mais ou menos escura e verde, brilho graxo, devido à nefelina. Comumente encontrada na forma de dique. Fosforito: Rocha sedimentar ou sedimento em que o constituinte principal é o colofânio ou colofana. Gabro: Rocha ígnea intrusiva composta por feldspato calco-sódico básico (labradorita), piroxênio (augita) e magnetita. Geiserito: Material opalino depositado por fontes termais em regiões vulcânicas. Geossinclinal: Relativo ao geossinclínio. Geossinclíneo: Uma depressão alongada, hipotética, situada nas bordas continentais, cujo fundo está sujeito à subsidência por tempo geológico relativamente largo, permitindo a acumulação de grandes espessuras de sedimentos que posteriormente se dobram e se elevam, originando cadeias de montanhas. Gnaisse: Rocha metamórfica que consiste de bandas alternadas de cores claras e escuras, originada por metamorfismo regional de alto grau, caracterizada pela textura orientada, granular e pela presença de feldspato, quartzo, mica etc. Granítico: Um termo genérico para designar rochas ígneas félsicas de granulação intermediária até grosseira, contendo predominantemente feldspato e quartzo. O termo granítico abrange uma gama maior de tipos de rochas do que o termo granito. Granito: Rocha ígnea intrusiva com textura fanerítica granular constituída de quartzo, feldspato potássico, feldspato calco-alcalino e mica (biotita e/ou moscovita). Rocha geralmente leucocrática e félsica. Granoblástica: Textura caracterizada pelo arranjo desordenado, sem orientação preferencial, dos cristais da rocha. Granulação: Aspecto da textura de uma rocha ligada ao tamanho de seus constituintes. Guano: Depósito orgânico de origem animal, composto por fosfato de cálcio proveniente de excrementos de animais voadores e outros restos. Lacólito: Intrusão concordante de massa ígnea lentiforme, de seção horizontal, geralmente circular ou subcircular. Lapólito: Corpo magmático intrusivo de grandes dimensões, lenticular concordante deprimido na parte central. Lava: Massa magmática, em estado parcial ou total de fusão, que atinge a superfície terrestre e se derrama. Lepidoblástica: Textura caracterizada pelo arranjo escamoso de minerais formados durante o metamorfismo. Lineação: Qualquer tipo de arranjo linear de elementos em uma rocha. Loessito: Sedimento eólico consolidado, de granulação fina e homogênea, praticamente isento de estratificação. Máfico: Mineral que contém ferro e magnésio inclui piroxênios, olivinas, anfibólios e biotita. Magma: Mistura complexa de substâncias no estado de fusão; matéria-prima das rochas ígneas. Marga: Mistura de argila com calcita em quantidades quase iguais. Mármore: Calcário metamórfico, composto essencialmente do mineral calcita. lepidolito etc. assim como o calor emanado da rocha ígnea. Petrologia: Estudo sistemático de rochas. Porfiroblástica: Textura própria de algumas rochas metamórficas (xistos e gnaisses). Rocha formada pela moagem extrema de rochas ao longo do plano de cisalhamento em regiões de falhamentos. ferro. pressão. Metamorfismo Regional: Metamorfismo que se processa em níveis mais profundos da crosta terrestre e abrange extensão consideravelmente grande. originado por intemperismo (matacão de esfoliação). Recristalização: Processo de litificação que permite que pequenos cristais cresçam em cristais maiores ou novos minerais que se formam em espaços abertos entre eles. Metamorfismo é a transformação sofrida por uma rocha sob a ação de temperatura. reagem com a rocha encaixante e formam minerais novos. Metamorfismo: Mudança sofrida pela rocha e pelos minerais que a constituem depois de consolidada para acomodar-se às condições termodinâmicas do novo meio em que ela possa se encontrar. comumente arredondado. gases e vapor d’água. biotita. resultante do crescimento de minerais novos de dimensões notavelmente maiores que o resto envolvente. novas texturas ou novas estruturas. de estrutura em folhas. de diâmetro superior a 200. formada pelo ultrametamorfismo. que inclui minerais tais como: moscovita. Obsidiana: Vidro natural de cor verde-escura ou tendendo ao negro. Norito: Gabro com o piroxênio augita associado ao piroxênio hiperstênio. magnésio. de aspecto gnaissóide. contendo potássio. Quartzito: Rocha metamórfica que deriva do metamorfismo de um arenito e é constituída essencialmente de quartzo. Peridotito: Rocha ígnea intrusiva constituída principalmente de olivinas e piroxênio. Metamorfismo de Contato Termal: Conjunto de efeitos decorrentes do aquecimento da rocha encaixante pela intrusão de um corpo ígneo.Matacão: Fragmento de rocha destacado. freqüentemente. de uma rocha pré-existente em níveis profundos da litosfera e/ou nas vizinhanças da astenosfera. Migmatito: Rocha com aspecto intermediário entre as rochas metamórficas e as rochas ígneas. marcada por uma recristalização total ou parcial. por trabalho e transporte fluvial e por ação de ondas no litoral. Petrografia: Descrição e identificação das rochas. Uma rocha mista.00 mm. por todos os métodos possíveis. Milonito: Rocha metamórfica finamente pulverizada e recristalizada. Inclui a petrografia e a petrogênese. por atividade glacial (matacão ou bloco errático). parcial ou total. resistente ao intemperismo e que se apresenta com muitas variedades cristalinas e criptocristalinas. . Metamorfismo de Contato Hidrotermal: Conjunto de efeitos de um processo de intrusão em que as soluções. Meláfiro: Basalto de textura amigdalóide. Petrogênese: Estudo da origem das rochas. Metamorfismo de Deslocamento ou Dinâmico: Resulta da ação combinada da temperatura e da pressão dirigida em regiões pouco profundas da crosta. dando. originada por mobilização magmática. às rochas envolvidas uma estrutura quebrada ou cataclástica. ou ambas. formada por metamorfismo de deslocamento ou dinâmico. Piroxenito: Rocha ígnea que tem o piroxênio como único mineral essencial. Quimberlito: Peridotito que contém diamante. associada com folhas. Mica: Um grupo de silicatos hidratados. alumínio e outros elementos. Quartzo: Mineral composto de dióxido de silício (SiO2). Porfiroblastos: Grandes cristais encontrados em textura porfiroblástica. Sedimento: Fragmento de rocha ou mineral (de granulação fina a grosseira). Travertino: Calcário que se deposita em águas de fontes frias ou quentes. É o mesmo que “chert”. . Tufo Calcário: Travertino de depósito poroso.00 mm. da forma. que depende do tamanho. Rocha Metamórfica: Rocha formada quando os minerais das rochas pré-existentes são mudados. sob a influência de temperaturas e/ou pressões nas quais eles são instáveis. Substituição: É o processo geoquímico pelo qual. matéria química precipitada ou material de origem animal ou vegetal. Silexito: Rocha sedimentar silicosa compacta. do arranjo e da distribuição dos seus componentes. Terra Diatomácea: Áreas formadas por restos de diatomáceas não consolidadas. com fusão parcial da rocha. Rocha Sedimentar: Rocha que se forma à superfície da crosta terrestre. Sienito: Rocha ígnea intrusiva de pouca sílica. Ultrametamorfismo: Metamorfismo sob condições de temperatura e pressão extremas. física e/ou quimicamente. vento ou gelo e cujo material. sua dimensão fica entre 2. tanto que é considerada uma parte integrante da estrutura da crosta terrestre. Tabular: Um tipo de hábito mineral no qual este possui uma forma de tábuas. Sil: Intrusão concordante com as camadas de rocha. pela ação da água. processada no fundo de lagos glaciais. que lhe arredonda as arestas.Riolito: Correspondente extrusivo do granito. Rocha Ígnea: Rocha que se forma pelo resfriamento e consolidação do magma. Varvito: Rocha sedimentar clástica de sedimentação rítmica. um volume de um novo mineral substitui igual volume de um mineral existente numa rocha. Rocha Sedimentar Não-Clástica ou Química: Rocha formada pela precipitação de matéria mineral dissolvida. Silte: Sedimento com granulometria entre 0. Vesicular: Textura comum em rochas extrusivas ou vulcânicas e que se forma quando um magma chega à superfície. Traquito: Rocha ígnea correspondente extrusiva do sienito. Veja Amigdalóide. formando cavidades (vesículas). geralmente. Um mineral achatado. predominando em sua composição feldspato potássico e anfibólio. Seixo: Fragmento de rocha ou mineral transportado pela água. Rocha: Agregado natural constituído de um mineral ou da associação de dois ou mais minerais que mantêm certa uniformidade de composição e de características na crosta terrestre. simultaneamente por solução e deposição. Rocha Monominerálica: Rocha que consiste de um só mineral que ocorre em escala bastante grande. composta de opala. O mesmo que metassomatismo. é extraído das rochas pré-existentes por processos mecânicos ou químicos. Textura: Aspecto menor inerente à rocha. Rocha Sedimentar Clástica ou Fragmentária: Rocha formada por fragmentos de rochas pré-existentes consolidadas.002 mm e 0. sob condições atmosféricas. Tilito: Rocha com origem relacionada ao gelo e que apresenta seixos facetados em matriz argilosa. calcedônia e quartzo criptocristalino ou microcristalino.00 e 20. ou de uma mistura deles.02 mm Siltito: Rocha sedimentar de granulação muito fina em que mais de 50% das partículas são do diâmetro do silte. Para aquisição do Livro INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS MINERAIS COMUNS E DE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA Contato com o autor sebastiao.interciencia. Xisto: Rocha metamórfica sem faixas de granulação grossa e que possui xistosidade.br [email protected] ou www. Xistosidade: Tendência da rocha a dividir-se em lâminas. que dá saída ao material magmático.Vulcão: Abertura na crosta terrestre.br ou livrariabomlivro@yahoo.
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