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March 29, 2018 | Author: Magno Bernardo | Category: Natural Gas, Lightning, Nature, Energy And Resource, Science


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IBP1195_16PARÂMETROS DE PROTEÇÃO DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA DE GÁS COMBUSTÍVEL: ANÁLISE DAS INTERFERÊNCIAS COM O SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS Magno Bernardo do Nascimento Silva Copyright 2016, Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis - IBP Este Trabalho Técnico foi preparado para apresentação na Rio Oil & Gas Expo and Conference 2016, realizado no período de 24 a 27 de outubro de 2016, no Rio de Janeiro. Este Trabalho Técnico foi selecionado para apresentação pelo Comitê Técnico do evento, seguindo as informações contidas no trabalho completo submetido pelo(s) autor(es). Os organizadores não irão traduzir ou corrigir os textos recebidos. O material conforme, apresentado, não necessariamente reflete as opiniões do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Sócios e Representantes. É de conhecimento e aprovação do(s) autor(es) que este Trabalho Técnico seja publicado nos Anais da Rio Oil & Gas Expo and Conference 2016. Resumo Este estudo é voltado à análise das interferências entre o sistema de proteção contra descargas atmosféricas e o sistema de distribuição interna de gás combustível. Através da avaliação das normas vigentes e seus requisitos particulares sobre cada instalação, além das divergências nas recomendações destas sobre os efeitos causados por descargas atmosféricas, com foco na proteção da tubulação de gás. O conhecimento obtido possibilitará uma maior concepção das interferências entre os sistemas e os principais métodos para garantia de segurança da rede interna de gás combustível em edificações. Abstract This study is focused on the analysis of interference between the system of protection against lightning and the internal distribution system of fuel gas. Through the assessment of existing rules and their particular requirements of each installation, besides the differences in these recommendations on the effects caused by lightning, focused on protecting the gas pipe. The knowledge gained will enable greater design of interference between systems and the main methods for security assurance from the internal network of fuel gas in buildings. 1. Introdução 1.1. Problema Foram levantados problemas relacionados à compatibilização entre os projetos de SPDA e do sistema de distribuição interna de gás combustível, através dos quais pôde-se inferir quesitos de interferências entre ambas redes, o que se estende para as frentes de serviços e obras relacionadas. A partir de materiais equivalentes e sendo também condutores elétricos, se torna um desafio determinar um possível afastamento entre as redes analisadas, já que o produto inicial que deriva à proteção de toda a estrutura e seu interior, sejam alvenaria, mobiliário, pessoas, instalações e outros, são as descargas atmosféricas, as quais são de difícil avaliação em sua ocorrência, intensidade e danos que causarão. 1.2. Hipótese A principal hipótese levantada é a da aplicação dos conceitos de proteção do sistema de distribuição de gás combustível presentes na norma NBR 15526/2012, comparando-os com as recomendações impostas pela norma NBR 5419/2015 de proteção contra descargas atmosféricas e a partir das análises e pesquisas em outras bibliografias e empresas atreladas ao tema. Também, definir um conceito próprio que atenda aos requisitos de ambas as normas vigentes e que seja viável de sua utilização na prática, sendo avaliada a alternativa de metodologia construtiva ou de inserção de algum dispositivo que sirva como protetor dos surtos que podem ocorrer no fim da análise. 1.3. Resultados Esperados A elaboração adequada de projetos específicos para cada etapa da construção de uma edificação é necessária, todavia não é suficiente apenas a descrição, os cálculos, os desenhos e a configuração das redes de forma ______________________________ Engenheiro Civil, Técnico em Petróleo e Gás - BAHIAGÁS 2.Rio Oil & Gas Expo and Conference 2016 individualizada. as válvulas. e em turbinas a gás em usinas termelétricas. que com o impacto da descarga pode ocasionar perdas irreparáveis. sejam as tubulações. EUA (The Denver Post. entre duas nuvens próximas ou internuvens. e chamas se alastraram com o vazamento ininterrupto de gás combustível.1. como na produção de metanol ou de fertilizantes. Em prédios e demais unidades residenciais. Sistemas 3. churrasqueira e outros aparelhos. Descarga atmosférica em rede de gás em Littleton. Além destes pontos. e ainda as entre as nuvens e a terra (sendo nuvem-terra ou terra-nuvem). subsidiar a mudança do panorama nas avaliações destas duas instalações particulares. Mas na indústria são largamente utilizados.1. os medidores de vazão. além do Gás Natural e do GLP. conclusões poderão ser determinantes para o produto ou dispositivo que deverá ser utilizado para proteção dos sistemas. podendo ainda ser alterada alguma metodologia construtiva com a finalidade de garantir uma maior segurança à edificação. o gás de carvão derivado de uma destilação destrutiva do carvão ou o gás de xisto encontrado em rochas sedimentares do tipo xisto argiloso. tanto quanto intensos. em residências isto é perceptível em cozinhas e em banheiros. Figura 1. 2. o LEMP – pulso eletromagnético devido às descargas atmosféricas. 2008) 3. o gás pode ser utilizado para aquecimento de piscina e de ambiente. São vários os efeitos das descargas atmosféricas. os reguladores de pressão ou ainda os acessórios de proteção e fixação. que também é prejudicial às redes de gás. conforme exemplificado nas Figuras 2 e 3. onde uma instalação interna de uma residência foi atingida por uma descarga. Descargas Atmosféricas A descarga atmosférica pode ocorrer dentro das nuvens ou intra-nuvens. cabe sim um projeto de interpolação entre as instalações. causando dentre outros efeitos. com comercialização reduzida ou exclusiva tem-se o biogás derivado da biodigestão. pois ao atingir uma edificação desprotegida ou com o SPDA mal dimensionado. as descargas podem atingir as linhas de transmissão ou os arredores. 2. sobre principalmente um evento de descarga atmosférica e suas implicações. Após as avaliações. assim como os seres vivos presentes e todos os bens e instalações do local. principalmente as instalações de gás. Gás Combustível Os usos mais comuns de gás combustível são para cocção e aquecimento. 2 . tornando-as mais seguras quando próximas. e é isso que este trabalho consiste em fazer. o gás de nafta. como também no forno. Existem outros tipos de gases combustíveis. os abrigos. como no exemplo da Figura 1. Fundamentação Teórica 2. É utilizado também em motores de combustão interna nos veículos automotores. principalmente nas químicas e petroquímicas. Sistema de Distribuição Interna de Gás Combustível O sistema de distribuição interna de gás combustível é formado por todos os componentes necessários ao fornecimento do energético. até mesmo do piso. toda a estrutura pode sofrer sérios danos. Os bombeiros foram chamados e demoraram uma hora para controlar as chamas. desta forma o acesso à leitura mensal se encontra em apenas um local do empreendimento reservado aos medidores. muitos são os eventos relacionados a perdas. Figura 4.. "[. Central de gás de GLP (Hidratec. deve ser conforme a ABNT NBR 5419. De acordo com os vizinhos.] A Polícia e Corpo de Bombeiros de Germantown. os medidores se localizam nos andares do prédio em abrigos específicos. 14) "Um raio atingiu uma casa na tarde desta quarta-feira (14/12/2011) no bairro Novo Mundo. 18 de setembro de 2015. mas não estava na casa no momento do acidente. ou seja. Medição individual e prumada coletiva (à esquerda) e prumada individual (à direita) (Techne. Estados Unidos. Conjunto de regulagem e medição de GN A Figura 4 (à esquerda) demonstra a medição individual. 2011) Casos como o relatado são comuns em regiões com alta intensidade de descargas atmosféricas. O interlocutor 3 . a descarga elétrica teria provocado um curto-circuito na cozinha e a explosão de um botijão de gás. 2015) Figura 3. Uma família alugava o imóvel. com prumadas individuais do térreo até os pontos de consumo. principalmente quando se trata dos danos causados às instalações de gás combustível." (ABNT NBR 15526. responderam à cena de um incêndio em uma casa na manhã de sexta-feira. em Votorantim (102 km de São Paulo). 2012. porém com uma prumada coletiva." (UOL NOTÍCIAS. com relação ao sistema de proteção de descargas atmosféricas (SPDA). 2014) "A tubulação da rede de distribuição interna.. Já a Figura 4 (à direita) demonstra a mesma medição individual. p.Rio Oil & Gas Expo and Conference 2016 Figura 2. 4 . 2015) 3. Interferências Entre os Sistemas Assim como o sistema de distribuição interna de gás combustível.] A investigação determinou que um raio tivesse atingido o contador de gás da casa. denominadas por ZPR (pela sigla.. Métodos de SPDA (Legrand.." (FOX 6 NOW. (ABNT NBR 5419-1. 2009) 4. Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas Um SPDA consiste em um sistema interno e um sistema externo de proteção contra descargas atmosféricas. e tinha estendido para o sótão. Quando as equipes chegaram na cena. que são: O Método do ângulo de Proteção ou de Franklin. eles descobriram que um incêndio havia começado no exterior da casa unifamiliar. todos estes demonstrados na Figura 6. 4800 incêndios estão relacionados com descargas atmosféricas e 2100 são relacionados ao gás natural. o qual pode ser utilizado tanto no cabeamento do SPDA. 2014) Existe a possibilidade de os incidentes só aumentarem. como o cobre e o aço. (INPE. Figura 6. zona de proteção contra "raios") são responsáveis por reduzir progressivamente as sobretensões e não causar danos. As funções do SPDA externo são: interceptar uma descarga atmosférica para a estrutura (captação). o SPDA utiliza-se de materiais para condução da energia de um ponto a outro.Rio Oil & Gas Expo and Conference 2016 informou que sua casa foi atingida por um raio e que foi se enchendo de fumaça. Furo em tubulação de distribuição de gás combustível por descarga atmosférica (NBC NEWS. como ilustrado na Figura 5. 2015) Figura 5. o que causou o fogo. conduzir a corrente da descarga seguramente para a terra (descida) e dispersar esta corrente no solo (aterramento). o método das malhas ou Gaiola de Faraday. Muitos destes materiais são equivalentes a ambos os sistemas e largamente usados. quanto na tubulação de gás. tubulações do tipo Csst apresentaram furos após incidente com descargas atmosféricas nos EUA. As zonas de proteção contra descargas atmosféricas ilustradas na Figura 7. o método da esfera rolante ou eletrogeométrico. 2015) Os métodos que denominam o SPDA são determinados a partir do subsistema de captação. Enquanto que as funções do SPDA interno é evitar centelhamento perigoso na estrutura.2. "Nos Estados Unidos existem 22 milhões de 'raios' por ano. [. são cerca de 50 milhões de ‘raios’ por ano. e. com o crescimento da quantidade de usuários dos sistemas de gás." (SHARP. 2008) Já no Brasil. utilizando a ligação equipotencial ou a distância de segurança com outros elementos condutores internos à estrutura. no caso da captação até o aterramento. distância de segurança ki . portanto não requerem proteção adicional. serem aterradas particularmente ou ainda serem interligadas ao nível do solo a elementos já aterrados. que pela NBR 5419-3 é: (1) Onde: S . 2014) Em zonas de risco de explosão e qualificadas. As informações inerentes a tubulações de gás combustível em postos de abastecimento são: Atmosfera determinada onde caso exista uma instalação metálica. deve ser adotada uma distância entre as partes. como o de gás. 15 andares. entre o subsistema de captação ou de descida e as partes metálicas de outros sistemas da edificação. ao longo do subsistema de captação ou de descida. para tubulações de gás combustível em materiais metálicos. Já para certos tipos de estruturas utilizadas com a finalidade de armazenamento de fluidos inflamáveis são normalmente autoprotegidos. 5. com 3 metros por andar e com apenas uma equipotencialização a nível do solo.impulsos eletromagnéticos causados por descargas atmosféricas – (que acarretam danos às instalações). sem espaços que permitam um centelhamento.1.depende do material isolante (Tabelado) L . o aterramento e a equipotencialização. todavia dois itens básicos são mais utilizados. esta deve ser ligada à terra. E.é o comprimento expresso em metros (m).Rio Oil & Gas Expo and Conference 2016 Figura 7. equação 1. Zonas de proteção (ANTI-RAIO. Para tubulações de gás combustível em pátios ou tanques: Os tanques metálicos e afins devem ser interligados ao eletrodo de aterramento a depender de suas dimensões horizontais. O aterramento conduz e dispersa as correntes da descarga atmosférica para o solo via subsistema de aterramento de um SPDA. devem ser conectadas ao eletrodo de aterramento a cada 30 metros. Em casos onde se faz necessário e possível a isolação elétrica. que seja maior que a distância de segurança "s". (2) (3) 5 . desde o ponto onde a distância de segurança deve ser considerada até a equipotencialização mais próxima. e a equipotencialização minimiza as diferenças de potencial e pode reduzir o campo magnético. Medidas de Proteção Contra Surtos (MPS) As MPS causados por LEMP . podem incluir vários equipamentos e formas para garantia de proteção dos sistemas internos de uma edificação.depende do nível de proteção escolhido para o SPDA (Tabelado) kc .depende da descarga atmosférica pelos condutores de descida (Tabelado) km . Com a finalidade de exemplificar a fórmula e definir uma distância de segurança entre o SPDA e uma tubulação metálica de distribuição de gás combustível em um prédio com 60 unidades habitacionais. é possível uma avaliação de acordo com a classificação destas descritas na NBR 5419-3. Proteção do Sistema de Distribuição Interna de Gás 5. principalmente a tubulação de gás. estes devem ser trazidos para a zona ZPR 0B. sensores e tubulações metálicas (onde se incluem os tubos para distribuição de gás). p. Figura 9. através de condutores de ligação. esta deve ser provida de DPS Centelhador. com uso de DPS centelhadores. tem-se que d ≥ 2.1. e indiretos. evitando que no equipamento ou sistema protegido apareça uma tensão acima daquela que ele possa suportar. Equipotencialização "A equipotencialização é um conjunto de medidas que visa a redução das tensões nas instalações causadas pelas descargas atmosféricas a níveis suportáveis para essas instalações. Exemplos de DPS estão ilustrados na Figura 9. 2015) Figura 8. com o sistema de distribuição interna de gás combustível. a equipotencialização deve ser garantida. 2015) Na edificação. O princípio de funcionamento de um DPS é baseado na mudança de sua impedância interna. Quanto ao subsistema de captação Tubulações metálicas e tanques contendo misturas explosivas ou prontamente combustíveis não podem ser utilizados com o propósito de captores naturais. indireto. e obtida por meio da interligação do SPDA. e são dispostos ao longo da instalação. para as tubulações metálicas de água. estes segmentos deverão ser interligados direta ou indiretamente. Quando nestes casos for requerida a inserção de luva isolante. esquerda). a equipotencialização deve ser garantida. p.40m. como antenas. onde as conexões diretas não sejam permitidas. sendo utilizado um sistema de captação para protegê-los contra descargas diretas. Figura 8 (à direita). e outros elementos metálicos associados a estas.2. dentre outros. 6 .Rio Oil & Gas Expo and Conference 2016 Como a "d" deve ser maior que a distância de segurança calculada. que diminui com o aumento da tensão em seus terminais. Os meios de interligação podem ser: direto. Classe II e Classe III). 146) 5.4. Para a proteção de equipamentos externos. dentre outros. ou dispositivos de proteção contra surtos. equações 2 e 3.3. Exemplo de ligação direta (à esquerda) e indireta com DPS Centelhador (à direita). (DEHN. Relação Entre o Sistema de Gás e os Subsistemas do SPDA 5.4. de esgoto. 5) Como as correntes elétricas provenientes de descargas atmosféricas podem fluir para outros sistemas. DPS Centelhador (ao centro) e DPS Centelhador como proteção de junta (à direita) DPS (à Para as tubulações metálicas de gás (ou de outro produto como água) que possuam peças isolantes intercaladas em seus flanges. 2014) São divididos quanto a sua aplicação em três tipos (Classe I." (ABNT NBR 5419-4. (ABNT NBR 5410. 2008. se destinam a limitar as sobretensões e desviar as correntes provenientes de surtos. 5. (SANTOS. de acordo com o equipamento ou sistema que se deseja proteger. Dispositivo de Proteção Contra Surtos Os DPS. permitindo assim um desvio da corrente de surto para o sistema de aterramento. 2008) 5. 2015. Figura 8 (à esquerda). como observado na Figura 10. através de DPS (dispositivos de proteção contra surtos). (ABNT NBR 5410. de gás combustível. (ABNT NBR 5419-3. e conjuntamente garantida do afastamento mínimo. As medidas que devem ser tomadas são: a garantia do afastamento mínimo. dimensões estas que devem ser confirmadas através dos cálculos de limite de eficiência dos captores aplicados no SPDA projetado. Para os materiais que não possam ser ligados ao SPDA. pois a ligação direta caracteriza-o como parte do subsistema de captação. como tubos em multicamada. estas poderão ser apenas equipotencializadas indiretamente.4. somada a equipotencialização entre os sistemas através de ligação indireta. Quanto ao subsistema de descida As tubulações para distribuição de gás combustível são descartadas da possibilidade de serem usadas como subsistema de descida. pois a ligação direta caracteriza a tubulação como parte do subsistema de descida do SPDA.Rio Oil & Gas Expo and Conference 2016 Figura 10. medidores de vazão estão equipotencializados e interligados ao quadro de barramentos de equipotencialização local (BEL) que possui um ou mais DPS assim como o BEP (Principal). 7 . estes devem possuir medidas específicas para proteção de suas estruturas. Na Figura 12. a tubulação de gás deve ser equipotencializada através de DPS Centelhador (ligação indireta). terraços ou afins. não se encontrando na zona ZPR 0A onde podem sofrer impactos diretos de descargas atmosféricas. seus conectores podem ser equipotencializados e sua aplicação interna ao prédio é indicada. Na Figura 11 podem ser avaliadas tubulações de gás e subsistemas de captação sem garantia de distância de segurança e sem equipotencialização. e devem ser equipotencializadas com o SPDA. além da existência de proteção catódica. para as tubulações de gás combustível presentes em telhados. Para abrigos de armazenamento de gás combustível ou de medição no telhado.2. terraço ou afins. Proteção sob o subsistema de captação Figura 11. Instalações não conformes Portanto. 2015) Para os trechos mais altos da edificação. (ABNT NBR 5419-3. como um SPDA adequado com as devidas equipotencializações ou um SPDA exclusivo. além da existência de proteção catódica. o que não é permitido. a tubulação de gás está no interior da zona ZPR 0B e com isso protegida pelos captores. o que não é permitido. 5. Nos trechos mais baixos do prédio. Rio Oil & Gas Expo and Conference 2016 Figura 12. Figura 13 (à direita). entrando nesta pelo subsolo. no subsistema de aterramento e de descida. no exemplo do uso de tubos em polietileno de alta densidade. Todavia. o que não a impede dos efeitos de LEMP e demais danos caudados pelos raios. a tubulação de gás adentra na edificação passando totalmente engastada na alvenaria. o mínimo estabelecido na ABNT NBR 15526 é de 5m da entrada de energia elétrica (12000V) e seus elementos como "malhas de terra de pára-raios". através do BEP (Barramento de equipotencialização principal). pode-se inferir que qualquer descarga ou efeito que atingir a mesma. será imediatamente dispersado no solo. Para o terceiro caso. Figura 13. Figura 13 (à esquerda). Rede enterrada-aparente (à esquerda) e Rede enterrada e interligação através do BEP (á direita) No segundo caso. são separados três casos deste dimensionamento. as medidas de proteção do primeiro caso se adéquam perfeitamente a este. Internamente é necessária a ligação com o subsistema de aterramento visando a proteção contra LEMP.4. não o podem ser por restrição normativa. é o pior dos casos e já foi abordada a sua resolução como uma ligação indireta através de DPS centelhador (quantos forem necessários).5m do nível do solo para redes internas). a rede de gás se direciona totalmente enterrada à edificação. Equipotencialização em medidores individuais (CUTTING EDGE. como o limite de profundidade de redes para gás. é pequeno (com o permitido de 0. 2009) 5. O qual o primeiro. Conforme analisado no item de distância mínima entre as tubulações enterradas de gás e SPDA. deve-se realizar a equipotencialização através de DPS. Para tubulações metálicas enterradas. a interligação com o subsistema de aterramento do SPDA se faz necessário e é uma garantia maior de segurança para a instalação. estando totalmente protegida contra os efeitos diretos das descargas atmosféricas. Para avaliar as possíveis interferências da rede interna de gás combustível enterrada. 8 . Figura 14. pois caso não o sejam. garagem ou área comum. com início em uma casa de gás ou abrigo de medição de vazão e regulagem de pressão para o gás combustível e finalizando nos pontos de consumo no interior da edificação.3. e em casos de exposição externas. Quanto ao subsistema de aterramento As instalações de distribuição de gás combustíveis não devem ser usadas como eletrodos de aterramento em caso de tubos metálicos. NBR 5626: Instalação predial de água fria. os requisitos mínimos para a proteção do sistema de distribuição interna de gás combustível foram apresentados. NBR 5419-2: Proteção contra descargas atmosféricas. Rio de Janeiro: ABNT. o SPDA é um assunto muito complexo e técnico. NBR 5419-1: Proteção contra descargas atmosféricas. NBR 15923: Inspeção de rede de distribuição interna de gases combustíveis em instalações residenciais e instalação de aparelhos a gás para uso residencial . 2012. Rio de Janeiro: ABNT. 2015. deve possuir um SPDA completo. 7. NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão. assim como visitas técnicas a serem realizadas em empresas que já trabalham com a interligação e equipotencialização entre os sistemas e principalmente com o MPS. Abrigo em ZPR0B (à esquerda) e Abrigo em ZPR0A (à direita) 6. de estudos e técnicas que trabalhados seguindo as normas da ABNT. Rio de Janeiro: ABNT.Projeto e execução. 1995. significa que está protegido contra os efeitos diretos das descargas atmosféricas. Rio de Janeiro: ABNT. Contudo. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. desenvolve uma boa proteção para edifícios e estruturas. Casos demonstrados na Figura 15. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro: ABNT. 2015. 2014. 9 . e todo o estudo para tal necessidade deve ser realizado. NBR 5418: Instalações elétricas em atmosferas explosivas. 2015. NBR 5419-4: Proteção contra descargas atmosféricas. de métodos. Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida. comparando com as instalações do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e suas interferências. Parte 1: Princípios gerais.Rio Oil & Gas Expo and Conference 2016 Figura 14. para a determinação de uso de aparelhos e equipamentos específicos. Rio de Janeiro: ABNT. 2015. Referências ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.Projeto e execução. Por fim. NBR 5419-3: Proteção contra descargas atmosféricas. Figura 15. 2008. Rio de Janeiro: ABNT. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Parte 2: Gerenciamento de risco. NBR 15358: Rede de distribuição interna para gás combustível em instalações de uso não residencial de até 400kPa . Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura. Esta trabalho visa a implementação destas idéias nas etapas práticas e possíveis alterações em instruções de trabalho e procedimentos ligados à montagem de redes internas em empresas e concessionárias de distribuição de gás. Rede enterrada e protegida no interior da edificação Caso o abrigo ou casa de gás esteja localizado na ZPR 0B. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15526: Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e comerciais . Conclusão O Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas é um conjunto de elementos. e mesmo em sua síntese.Procedimento. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro: ABNT. 1998. Ensaios e testes com os DPS e centelhadores também são necessários. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. com subsistema de captação. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. 2011. estando na ZPR 0A. descida e aterramento. Caso contrário. alguns pontos se mostram muitos difíceis de não serem tratados de uma forma conceitual. Rio de Janeiro: ABNT. Rio de Janeiro: ABNT. com/ci_9181306>. Tarso. 2015. 2015. Acesso em: 25 out.Programa de formação técnica continuada. 2015. FOSSA. AMORIM. São Paulo: Schneider electric.denverpost.com. 2015. Alternativas energéticas: uma visão Cemig. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. 2015. Site da Liquigás Distribuidora S. CAVAZZANA. Rio de Janeiro: FIRJAN . Rio de Janeiro: ABNT. MONTEIRO. Instalações prediais de gás. SCHNEIDER. 2015.Critérios de segurança. Disponível em: <http://www. 2007.aga. Luiz. Site da Norwich Township. Gás natural aplicado à indústria e ao grande comércio. HIDRATEC.A. CREDER. Jobson.php?id=226>. 2015. 2014. Rio de Janeiro: LTC.hidratecengenharia. 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