Revista Arquitetura & Aço 01

March 24, 2018 | Author: Matheus Pedrosa | Category: Engineering, Building, Steel, City, University


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número 01março de 2003 Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço Edifícios Educacionais Escola Panamericana de Arte Escola Padrão Escola Guignard Colégio São Domingos Universidade Cruzeiro de Sul Universidade Salgado de Oliveira Universidade Rural - UPIS Colégio Rousseau Universidade Nove de Julho Complexo Educacional Alphaville Universidade Paulista: Brasília e Manaus Faculdade Teológica Sul Americana ISSN 1678-1120 n.01 edifícios educacionais 1 a construção em aço Tal como vem acontecendo em outros setores, o processo de industrialização da construção civil está alterando substancialmente a forma de se projetar e construir no Brasil. A arquitetura migra do processo artesanal para um processo industrializado, cujos elementos préfabricados são componentes de uma montagem sequencial. Resultado: melhor qualidade dimensional e menor desperdício de material e de tempo. Neste cenário, o aço é o material mais versátil e adequado a contribuir de forma decisiva para esta nova etapa da arquitetura e da construção civil brasileira. Mais do que isso, pode-se dizer que o aço associa quatro questões fundamentais: 1. PROJETO . Transparência, esbeltez e leveza; . Grandes vãos livres, permitindo espaços mais flexíveis; . Garantia de precisão construtiva. 2. ECONOMIA . Redução do canteiro de obras; . Menor peso da estrutura: fundações mais baratas; . Estruturas esbeltas: menor seção dos pilares e menor altura das vigas; . Rapidez: obras mais rápidas; . Flexibilização no projeto de instalações e equipamentos; . Facilidade de modificações futuras. 3. M EIO AMBIENTE . Menor desperdício de material de construção; . Menos barulho e poeira; . Material 100% reciclável. 4. SEGURANÇA . Material certificado: confiança na qualidade; . Conexões visíveis: checagem do comportamento estrutural; . Capacidade de absorver ações excepcionais: terremotos e colisões. Assim, estimulando a criatividade dos nossos projetistas, o aço permite associar projetos arquitetônicos arrojados segundo novas formas estéticas. Permite ainda maior racionalidade econômica, menos impacto sobre o meio ambiente e mais segurança para os usuários, oferecendo maior satisfação para clientes, usuários, arquitetos, engenheiros e construtoras e contribuindo de forma definitiva para a melhoria da qualidade e da produtividade da construção civil brasileira. 2 sumário 04. Escola Panamericana de Arte Siegbert Zanettini Siegbert Zanettini Gustavo Penna ISSN 1678-1120 06. Escola Padrão editorial Arquitetos e engenheiros, empresários e estudantes, sejam bem vindos à Arquitetura & Aço, uma revista dirigida àqueles que tenham interesse na construção em aço, e cujo conteúdo visa apresentar um conjunto da melhor produção arquitetônica brasileira na qual o aço seja um importante protagonista. Neste sentido, Arquitetura & Aço quer contribuir não só com a divulgação mas principalmente, com a participação no fomento nacional desta cultura. Afinal as taxas de consumo de aço na construção civil teêm se mostrado proporcionais aos índices de desenvolvimento socio-econômico dos países: quanto mais desenvolvido, mais o aço é utilizado na arquitetura. No salto que este país almeja dar em direção ao desenvolvimento e a uma maior justiça social, surgirão novas escolas, novos hospitais, áreas de lazer, estações de transporte coletivo, e também novos shopping centers, hotéis, agências bancárias, residências uni e multifamiliares para todas as faixas de renda, além de equipamento urbano. E o aço estará lá, conquistando cada vez mais espaço no cenário arquitetônico nacional. Arquitetura & Aço terá uma estrutura temática, na qual cada número será dedicado a um tipo ou programa arquitetônico, oferecendo ao leitor uma amostra representativa da produção nacional. Bastante adequado às pesquisas universitárias, tal recurso também permitirá a contemplação de um diversificado conjunto edificado para aqueles profissionais que buscam se atualizar, incentivando a invenção de novas formas e expressões arquitetônicas. Era de se esperar, portanto, que o primeiro número de Arquitetura & Aço fosse dedicado aos edifícios educacionais, uma vez que sabemos ser a educação a desejada alavanca para o desenvolvimento. Especialmente neste segmento o aço tem encontrado larga aplicação no Brasil, desde os campi universitários a pequenas escolas. Finalmente, cabe dizer que na multidiversidade cultural deste mundo globalizado, Arquitetura & Aço está aberta a qualquer tendência arquitetônica, sem assumir qualquer predileção por determinado estilo, apenas defendendo e apresentando o que entendemos ser uma boa arquitetura, mesmo reconhecendo a dificuldade de precisar o que isto significa. Neste sentido, não se fez questão de reconhecer uma imagem própria à construção em aço, podendo apresentar-se de modo expansivo, tímido, ou mesmo escondido sob uma pele arquitetônica. Nosso objetivo é oferecer-lhes um filtro de poros bem abertos, para que deste caldeirão possam emergir novas arquiteturas. 08. Escola Guignard 10. Colégio São Domingos Samuel Kruchin Samuel Kruchin Moacir Florido 12. Universidade Cruzeiro de Sul 14. Universidade Salgado de Oliveira 16. Universidade Rural - UPIS Antônio Carvalho Neto Ricardo Barbosa Studio Brasil 18. Colégio Rousseau 20. Universidade Nove de Julho 22. UNIP - campi Brasília e Manaus Paulo Sophia Paulo Sophia 25. Complexo Educacional Alphaville 28. Faculdade Teológica Sul Americana Rodney Montosa expediente conselho editorial Alcino Santos - CST Catia Mac Cord Simões Coelho - CBCA Paulo Cesar Arcoverde Lellis - USIMINAS Roberto Inaba - COSIPA Ronaldo do Carmo Soares - AÇOMINAS Sidnei Palatnik - CSN produção Núcleo de Excelência em Estruturas Metálicas e Mistas Universidade Federal do Espírito Santo coordenação editorial Tarcísio Bahia apoio editorial Mariana Biancucci projeto gráfico e editoração Ana Claudia Berwanger Ricardo Gomes revisão Jadir Feliciano dos Santos Arquitetura & Aço é uma publicação semestral do Centro Brasileiro da Construção em Aço. Centro Brasileiro da Construção em Aço Av. Rio Branco 181, 28o andar 20040-007 Rio de Janeiro RJ http://www.cbca-ibs.org.br e-mail: [email protected] n.01 edifícios educacionais 3 Siegbert Zanettini Escola Panamericana de Arte Uma pirâmide. com a caixa opaca marcando a esquina e interpondo-se aos volumes do túnel de acesso. A proposta estética. dois túneis-ponte. Cliente: Enrique Lipszyc 4 . Finalmente. reduzindo a necessidade de ar condicionado e iluminação artificial. reduzindo os gastos com energia.70 m2 Arquitetos colaboradores: Vista geral da EPA. a caixa de circulação vertical é o único elemento opaco do prédio. que permite a ventilação e iluminação naturais até o 3º subsolo. o edifício oferece ainda outros aspectos a partir de um contato mais direto. Érika Di Giaimo Bataglia Vanessa Soares Ludescher Estagiários: Juliana Ting Sandro Rogério Machado Projeto de Estrutura: Jorge Zaven Kurkdjian Fabricação e montagem da estrutura em aço: Pierre Saby S.A. a união entre arquitetura e design. O projeto inova ao propor um edifício inteiramente transparente.A. bem como o recuo deste em relação aos limites do terreno. transparências: impressões que saltam aos olhos nessa imponente escola de arte. da escada e dos transparentes espaços internos de atividades. resulta na criação de um espaço coerente com o conceito de ensino da Escola. cores puras. tecnológica e espacial – em que a transparência e o arrojo são elementos fundamentais – se materializa aqui através do aço e do vidro. Se esses são os principais pontos norteadores da nova EPA. As janelas permitem ventilação cruzada.326. do 3º subsolo ao 4º pavimento. Aço empregado: aço estrutural com maior resistência a temperaturas Construção: Construtora Dumez GTM S. o que além de marcar a esquina também conforma um brise juntamente com a escada externa e o bloco de sanitários. o que propicia a integração tanto entre os ambientes internos quanto entre o edifício e a cidade. A posição da circulação horizontal e das fachadas envidraçadas (que aproveita os prédios vizinhos como anteparo) também protege os ateliês do sol direto.SP Arquiteto: Siegbert Zanettini Data do projeto: 1997 Data de conclusão da obra: 1998 Área construída: 5. Local: São Paulo . em todas as fases do projeto. Construída com blocos de concreto celular e revestida com placas de alumínio. onde arquitetura e design não só interagem a favor do conjunto espacial. o aço além de sugerir uma imagem de precisão e eficiência industrial. usaram-se chapas de aço de 6.5 mm. Outro destaque é o nível de detalhamento da construção.ÁREA DE ATENDIMENTO 2 8 9 .SALA DE APOIO 7 6 13 .RAMPA PARA VEÍCULOS 3 . azul nos detalhes –.ÁREA DE EXPOSIÇÃO 12 . conduzindo os usuários a um espaço de transparência: as divisórias internas de vidro permitem a quem circula nos vários pavimentos observar o que acontece nos ateliês. 5 10 20 PAVIMENTO TÉRREO Já o acesso se faz por dois túneis-ponte metálicos sobre o fosso perimetral. No caso das escadas e túneis de acesso para pedestres. como o contravento externo que. mas tornam-se uma estrutura unívoca na qual os elementos de mobiliário e de comunicação visual foram desenvolvidos conjuntamente com o edifício.SANITÁRIO MASCULINO 5 1 A intensidade cromática do amarelo da escada externa destaca-se por trás da estrutura contraventada na cor vermelha.Siegbert Zanettini NM 2 4 Escola Panamericana de Arte 11 3 14 13 12 1. define as fachadas do volume transparente e viabiliza uma estrutura mais esbelta.SANITÁRIO FEMININO 14 .01 edifícios educacionais 5 . Neste sentido. Quanto aos aspectos técnico-construtivos. contribuindo para uma desejada integração acadêmica.TERRAÇO DESCOBERTO 4 . amarelo nas escadas. pode-se ainda destacar outras questões. forma e expressão.3 e 12. Por fim.RECEPÇÃO 8 . CORTE LONGITUDINAL 5 10 20 n. a estrutura em aço associada a componentes racionalizados viabilizou a conclusão da obra em 11 meses. A estrutura foi inteiramente executada com um aço com maior resistência ao fogo. com pilares de seção 300 x 300 mm e vigas de 200 x 400 mm.ANTE-CÂMARA 7 .RAMPA PARA PEDESTRES 10 9 ACESSO PRINCIPAL 6 . Nesse sentido. garantindo estabilidade. concilia arte e técnica.CIRCULAÇÃO 10 . seja através do cromatismo – vermelho nos túneis-ponte.SAÍDA DE VEÍCULOS 2 .SALA DE COMPUTAÇÃO 11 .ENTRADA DE VEÍCULOS 5 . seja pela forma – o tubo horizontal de acesso que se contrapõe à pirâmide metálica verticalizada que conduz o olhar obliquamente ao longo da perspectiva do edifício. vale a pena fazer menção aos contrastes insinuados pela arquitetura. que garante iluminação natural na área de circulação Vista geral da escola. os componentes industrializados produzidos pela Construtora Sanebrás (RJ). ou nas secundárias. Conforme se vê no detalhe da página seguinte.RJ Arquiteto: Siegbert Zanettini Data do projeto: 1998 Área construída: 1. em primeiro plano a rampa e as salas protegidas por toldos metálicos. permitem a adaptação e complementação dos vários elementos pré-fabricados. treliçadas. 15 ou 20 salas. Com esses componentes construíram-se escolas com 10. o projeto desta Escola Padrão adotou um modelo sistêmico que tem como resultado edifícios CORTE TRANSVERSAL distintos dentro de um limitado catálogo construtivo.Siegbert Zanettini Escola Padrão Racionalização da construção com elementos industrializados garatem economia. Aço empregado: aço patinável Construção: Sanebrás Engenharia Ltda Cliente: Prefeitura Municipal de São Gonçalo 6 . Todos os edifícios têm um lanternim central. gerando uma grande flexibilidade projetual. Deste modo. Outros elementos como rampas.242. seja nas principais que são maciças. escadas. com comprimento definido. Desenvolvido para atender a diversos programas do ensino público. sala de informática e demais salas de apoio) e postos de atendimento médico. mas cuja largura pode ser de 720 ou 520 milímetros. paredes internas ou externas. Casas do Futuro (edifício anexo de algumas escolas que abriga biblioteca. caixilhos. caixas d´água. 2. É o caso dos painéis pré-moldados de argamassa armada utilizados como lajes. a forma dos pilares de aço permite a fixação tanto dos painéis como dos caixilhos em todas as suas faces.5 5 10 Local: São Gonçalo . bancadas e portas também foram padronizados seguindo a modulação dos painéis. brises.70 m2 Estagiários: Sabrina Lapida Sandro Rogério Machado Verônica Ferriani Projetista: Elson Matos Cerqueira Estrutura Metálica: Ernesto Tarnoczy Jr. estas mantêm-se sempre com a mesma altura. No caso das vigas. eficiência e rapidez na execução. COZINHA 16 . ajudando na manutenção do conforto térmico nos ambientes internos.HALL 12 . A escola durante a fase de construção.RAMPA 13 1 3 4 5 6 14 11 2 22 15 16 23 7 3 8 9 8 17 10 18 12 19 19 21 20 5 6 5 10 20 PAVIMENTO TÉRREO n.CANTINA 14 . As junções entre elementos diferentes foram cuidadosamente detalhadas.ORIENTADOR EDUCACIONAL 21 . com destaque para o vigamento de apoio à laje da rampa.Siegbert Zanettini Escola Padrão FACE SUPERIOR DA MESA DA VIGA EM CHAPAS DE AÇO REVESTIMENTO EXTERNO COM ARGAMASSA BLOCO DE CONCRETO CELULAR FERRO CABELO PAINEL PRÉ-MOLDADO CHAPA DE ISOPOR 13.DESPENSA 15 .DEPÓSITO 9 . Esse sistema foi utilizado pelas prefeituras municipais de São Gonçalo e Duque de Caxias no Rio de Janeiro. O resultado disso são obras econômicas.COPA 8 .HALL PRÉ-ESCOLA 3 . interna e ventilação cruzada.CAIXA D´ÁGUA 2 .5 x 1 cm PILAR EM CHAPAS DE AÇO CHAPAS DE AÇO 85 x 3 mm CAIXILHO EM PERFIS LAMINADOS 'T' E 'L' DETALHE PILAR Detalhe da rampa coberta de acesso ao pavimento superior.DIRETORIA 19 . evitando improvisações na obra e eventuais problemas daí decorrentes.01 edifícios educacionais 7 .SANITÁRIO DEFICIENTE FÍSICO 17 .ÁREA DE SERVIÇO 11 .SANITÁRIO MASCULINO 7 .SANITÁRIO 20 .HALL DE ACESSO 13 .PÁTIO COBERTO 23 .SECRETARIA 10 .SANITÁRIO FEMININO 6 .SALA DOS PROFESSORES 22 . é concluído em aproximadamente 3 meses.SALA DE AULA 4 . montado usualmente sobre fundações do tipo radier. Os componentes de cada edifício são especificados no projeto e saem da fábrica prontos para serem utilizados. 1 .REFEITÓRIO 18 .VESTIÁRIO 5 . limpas e rápidas: cada edifício. através da construção em aço. por outro abre-se ao ‘belo horizonte’ da cidade que se tem diante de si. enquanto o segundo atua como praça ou anfiteatro central aberto para as ruas e para a cidade: uma referência a uma arte de caráter público tal qual as aulas que o pintor Guignard proferia nas praças A forma convexa do edifício conforma uma praça aberta. Se por um lado a construção integra-se com a serra do Curral. dos vãos livres. O primeiro se refere aos ambientes internos. da transparência. sempre em estado de contemplação com a paisagem: uma justa homenagem ao artista Guignard. lugar de convívio e contemplação. 8 . mais do que a curiosidade que motivava o uso de um material intrínseco e onipresente à realidade mineira. havia ainda uma associação de idéias: aproximar o discurso arquitetônico. Fisicamente o edifício articula-se em dois blocos concêntricos e em níveis distintos que organizam duas categorias de espaço: um fechado e outro aberto. Portanto. à experimentação que se faz no processo de criação artística.Gustavo Penna Escola Guignard NM Singelo. o edifício da Escola Guignard buscou conciliar sua natural vocação em estimular a criatividade com as características sensoriais do local. tornando-se parte da paisagem. harmonioso com o meio. simples. Ao mesmo tempo elegante. PLANTA 1º PAVIMENTO 5 10 20 Em constante diálogo com as escalas imediatas e abrangentes da paisagem. pois vários são os espaços onde o vidro permite uma estreita comunicação visual entre o interior e o exterior. B. cuja transparência do térreo tal como um pilotis contrapõe-se à opacidade dos espaços superiores. é interessante notar que sua coloração ferruginosa aproxima a edificação do pano de fundo da montanha mineira. Detalhe da rampa de acesso ao pavimento superior. uma vez que a serra do Curral apresenta o mesmo tom cromático mineral. Se o vidro é um dos materiais que conferem tal imagem ao edifício. Cardoso João Batista de Assis Fernando Arruda Guillen Norberto Bambozzi Osmar Fonseca Barros Cálculo da estrutura em aço: Leme Engenharia Fabricação e montagem da estrutura em aço: TMIL Tecnologia de Vista geral da escola: ao fundo a Serra do Curral. De qualquer modo. Mesquita Afonso Walace Oliveira Délio M. mesmo os ambientes fechados que compõem a massa edificada. não resta dúvida que muito também se deve ao aço patinável utilizado em toda a construção. Trata-se de um procedimento tão adequado quanto estratégico: em Minas.Gustavo Penna Escola Guignard de Belo Horizonte décadas antes.01 edifícios educacionais 9 . CORTE 5 10 20 n.1990 Data de conclusão da obra: 1994 Área construída: 7. Montagem Industrial Aço empregado: aço patinável Construção: Tacplan Engenharia Ltda. Local: Belo Horizonte Projeto: Gustavo Penna Data do projeto: 1989 . enfatizados pela coloração do aço patinável.500 m2 Arquitetos colaboradores: Adalgisa L. Cliente: Diretoria de Obras Especiais do DEOP MG Entrada da escola. o aço assume uma condição emblemática: ‘LIBERTAS QUÆ SERA TAMEN’. Neste caso. tampouco são totalmente cerrados. portanto. construir relações simultâneas de integração e de afirmação da diversidade de momentos históricos. lajes. a estrutura de aço. 10 .SANITÁRIO MASCULINO No caso do aço. entre outras razões. local de origem dessa instituição educacional. são objetivos inquestionáveis da arquitetura. paredes e esquadrias – daí derivassem. Nesse sentido tratava-se de estabelecer uma relação particular entre o novo projeto de escola e sua imagem tradicional.SALA DE AULA 2 . 1 5 10 2 Esse projeto corresponde a um conjunto de edificações que orbitam em torno de um núcleo central onde se encontra um antigo casarão dos anos 20. Deixada totalmente à mostra. 1 4 1 3 PAVIMENTO INFERIOR 1 .LABORATÓRIO 3 . buscou-se uma lógica construtiva integralmente industrializada onde todos os elementos construtivos – estrutura. as lajes alveolares e as vedações em isopor com revestimento jateado.SANITÁRIO FEMININO 4 . sua opção deveu-se.Samuel Kruchin Colégio São Domingos NM Superar a simples ortogonalidade dos perfis I e buscar um desenho expressivo numa estrutura movimentada e ao mesmo tempo racionalizada. Surgem. Mais do que isso. a estrutura de aço reforça o caráter de uma obra industrializada. ao desejo de se construir uma idéia de contemporaneidade num projeto que apontasse para o futuro. Associação Cultural São Paulo 1 5 10 ELEVAÇÃO n.SP Projeto: Samuel Kruchin Data do projeto: 1994 Data de conclusão da obra: 1996 Área construída: 2. o aspecto mais relevante desta opção. Cliente: PUC SP .Samuel Kruchin Colégio São Domingos Se. a rapidez da execução também justificava a solução industrializada. um desenho que acompanhasse as possibilidades técnicas já dominadas. tornou-se o objetivo do projeto. Fabricação e montagem da estrutura em aço: Exacta Aço empregado: ASTM A36 O desenho da estrutura buscou tirar partido de uma expressividade plástica do aço. incorporando movimento.940 m2 Arquitetos colabodores: Baldomero Navarro Coordenação de projetos: Samuel Kruchin Cálculo da estrutura em aço: Ernesto Tarnoczy Jr. riqueza rítmica. Local: São Paulo . Recuperar a expressividade plástica do aço.01 edifícios educacionais 11 . está no próprio desenho da estrutura. conquistando um caráter mais brasileiro. além disso. e que com sua linguagem limpa e leve permitiu uma qualidade arquitetônica surpreendente. a polaridade gera uma tensão construída que acaba valorizando ambos. trabalho e dormitórios.AUDITÓRIO 6 . Para isso. Implantado sobre uma colina voltada para o vale do Rio Imbira. Nesse sentido. num desenho que valoriza a estrutura de aço. O edifício art-decó de planta quadrada projetado nos anos 20 para fins educacionais para população pobre de São Paulo. 1 . constitui hoje a marca central da identidade do bairro. Como idéias centrais desta intervenção estão a preservação das relações entre edifício e paisagem.PÁTIO INTERNO 5 . com ênfase na colina original de implantação e na expressividade dos volumes e dos distintivos espaços internos. Encontrando-se em precário estado de conservação. buscando a geração de um espaço contemporâneo radical em sua expressividade e técnica. praça de alimentação e serviços.SALA DE INFORMÁTICA 4 .BIBLIOTECA 7 . entre outros. emprestando-lhe o próprio nome: Anália Franco. o antigo e o novo.PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO 7 1 4 3 5 6 2 10 20 40 CORTE 12 . entre arquitetura e identidade local. laboratórios de pesquisa.Samuel Kruchin Universidade Cruzeiro do Sul Antigo e novo se vêem confrontados numa intervenção que procurou valorizar aspectos educacionais e arquitetônicos.ADMINISTRAÇÃO 2 .SALA DE AULA 3 . O Pátio Central ocupa um lugar simbólico que sintetiza a idéia básica de Universidade: Detalhe da cobertura transparente. define em seu centro um amplo pátio aberto que articula todos os setores do conjunto: estudo. a opção pela estrutura de aço unindo e enfatizando os dois momentos. dispunha-se a abrigar um vasto programa de usos como prédio inaugural do novo campus universitário: auditórios. salas de aula. isto é. montagem dos pórticos de aço.MUSEU 1999 Data de conclusão da obra: 2001 Área construída: 7.SP Projeto: NM Samuel Kruchin Data do projeto: 4 5 2 2 2 5 5 5 7 2 6 8 6 6 1 .SALA DOS PROFESSORES 4 . A estrutura em aço e seu desenho particular resumem todo o novo significado: são o seu elemento nuclear. Ernesto Tarnoczy Jr. das praças tradicionais da cidade. Oito pórticos de aço. A presença natural da luz e do novo piso em mosaico retraduzem a idéia do espaço público. Pizzolato Coordenação de projetos: 10 20 40 PAVIMENTO TÉRREO Cristiane Souza Gonçalves Cálculo da estrutura em aço: o lugar eleito do Conhecimento.PÁTIO INTERNO 3 2 5 5 5 Flávia Mayumi Matsuoka Luciana Bertolini Pier Paolo B. n. intrínsecos à idéia do próprio Conhecimento. Duas ‘garras’ emergem dos pórticos. visão noturna do Pátio Central. envolvidos por uma película de vidro em seus 1200m2. lugar do encontro e da reflexão.ADMINISTRAÇÃO 3 .01 edifícios educacionais 13 .SALA TÉCNICA 9 . abarcam a totalidade do espaço.193 m2 Arquitetos colaboradores: 2 2 2 1 2 2 9 2 2 7 6 8 6 6 2 5 . Daí a decisão de se implantar ali a grande biblioteca em torno da qual distribuem-se todos os espaços que se impregnam de seu significado arquetípico. Fabricação e montagem da estrutura em aço: Fortmetal Aço empregado: ASTM A36 Coordenação de obra: Construcap CCPS Engenharia Cliente: Universidade Cruzeiro do Sul À direita. rompendo o tratamento usual das estruturas metálicas para conquistar uma expressividade contemporânea. À esquerda. permitindo antever uma honesta relação entre a construção preexistente e uma nova etapa universitária. local privilegiado destinado à biblioteca. A eles procurou-se dar um sentido de ritmo e movimento.HALL PRINCIPAL 2 .SALA DE AULA 6 .Samuel Kruchin Universidade Cruzeiro do Sul Local: São Paulo .SANITÁRIO 8 .SALA DE INFORMÁTICA 7 . definindo a biblioteca suspensa sobre o espaço original permitindo dupla leitura: uma tensão entre o espaço original que se faz reconhecer e o novo espaço que se configura permitindo uma leitura simultânea de sua integridade física original e dos novos sentidos a ele agregados. M. a unidade de Goiânia da Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO. Florido Planejamento e Projetos Cálculo da estrutura em aço: METASA S. dividida em quatro torres. Deste modo. Moacir Florido Com aproximadamente 26. Aço empregado: aço estrutural resistente à corrosão atmosférica Construção: SOCOL .Universidade Salgado de Oliveira Cores primárias/modernidade.21 m2 Coordenação de projetos: Vista da torre de elevadores panorâmicos e circulações dos pavimentos.000 m2 de área construída. Cliente: ASOEC . grandes vãos/liberdade.GO Projeto: Moacir Florido Data do projeto: 1996 Data de conclusão da obra: 2001 Área construída: 25.Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura 14 . se as cores utilizadas na estrutura aparente são marcas do grupo UNIVERSO. composto por salas de aulas.J. Fabricação e montagem da estrutura em aço: METASA S. Os quatro blocos que compõem o conjunto edificado abrigam todo o programa.A.A. associações que fazem referência ao jovem público que movimenta o complexo universitário da Salgado de Oliveira. o projeto procurou soluções próprias adequadas às necessidades locais. estrutura aparente/despojamento.947.Salgado de Oliveira Construtora Ltda. buscou no aço uma particularidade que lhe conferisse identidade própria com relação as demais universidades do grupo espalhadas pelo país. além Local: Goiânia . laboratórios. onde se percebe o cromatismo primário valorizando os vários elementos da estrutura de aço. estratégico lugar de articulação de uma ampla unidade de ensino. duas torres metálicas garantem a circulação vertical entre os seis níveis dos blocos. A agilidade na construção. mantidas aparentes. uma estrutura treliçada define uma cobertura de coroamento do edifício.01 edifícios educacionais 15 . associado com a dinâmica dos ambientes projetados e com uma expressividade contemporânea. suportam uma cobertura translúcida que protege todo o espaço do pátio. compostas por quatro pilares tubulares interligados por treliças em ‘X’. os aspectos qualitativos configurados na imagem desta unidade da UNIVERSO.CIRCULAÇÃO 3 .Moacir Florido Universidade Salgado de Oliveira FACHADA FRONTAL 5 10 20 da administração e reitoria.HALL 4 . No pátio resultante do espaço intermediário entre os blocos. que justifica a opção pelo aço.ELEVADOR 1 1 1 1 4 4 3 4 4 2 3 2 1 1 1 1 1 1 1 1 4 4 3 1 5 1 1 4 4 3 1 5 . são.SANITÁRIO 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 10 20 40 n. portanto. No terraço. Essas torres. 1 1 1 1 1 1 1 1 NM 2 5 1 3 2 1 1 3 1 1 .SALA DE AULA 1 1 1 1 2 . Nesses edifícios utilizou-se pilares e vigas metálicas duplo ‘T’. projeto integrador garante as relações acadêmicas num extenso campus universitário. mediante a racionalidade construtiva adotada neste extenso programa. Finalmente. em primeiro plano a passarela em direção à cantina. Quatro estruturas são consideradas nucleares e condicionantes da localização das demais estruturas: a Unidade Central de Ensino. 16 . Através de uma linguagem homogênea onde o aço é o elemento comum. Localizada próxima à entrada principal do campus. a arquitetura do campus da Universidade Rural mantém a unidade do conjunto edificado sem prejuízo da diversidade dos equipamentos autônomos. o aspecto tecnicicista da construção em aço busca refletir uma outra importante articulação no meio acadêmico atual: um ensino integrado à atividade empresarial produtiva. consegue-se alcançar um padrão qualitativo que assegura o modelo arquitetônico e urbanístico proposto. a Unidade Central de DETALHE PASSARELA 500 1000 2000 Vista geral do campus. a Central de Biotecnologia de Reprodução Animal e o Hospital Veterinário.Antônio Carvalho Neto Universidade Rural . o Hotel Fazenda.UPIS Em pleno cerrado brasileiro. Além disso. 01 edifícios educacionais 17 .000 m2 Arquitetos colaboradores: Thereza Chistina Couto Ana Regina Conrado Estagiários: Haroldo Ferreira Rates Raquel Holanda de Queiroz Laura Etel Bezerra Bruna de Castro Salgado Cálculo da estrutura em aço: Raimundo Calixto Neto (edifícios administrativos e edifícios de ensino) Francisco Regis de Andrade (edifícios da área rural) Aço empregado: aço estrutural resistente à corrosão atmosférica Cliente: UPIS . Outrossim. Ainda em relação à unidade do complexo universitário.Antônio Carvalho Neto Universidade Rural . laboratórios temáticos. n. foyer de exposições. que são as áreas avarandadas distribuídas por todo o campus. remete-nos a uma tradicional estrutura arquitetônica brasileira.União Pioneira de Integração Social À espera dos componentes de vedação: ocasionalmente a estrutura de aço nos oferece belas e impressionantes imagens abstratas. biblioteca. como é o caso da construção metálica.DF Projeto: Ensino compõe-se de salas de aula para 60 alunos.UPIS CORTE CANTINA 2. Detalhe da estrutura dos ambientes e da cobertura durante a fase de montagem.5 5 10 Local: Planaltina . tais espaços também conferem a apreensão das visuais da paisagem circundante que resulta emoldurada pelos pórticos de aço. Antônio Carvalho Neto Data do projeto: 1998 Área construída: 21. cabe fazer menção a um detalhe bastante pertinente aos condicionantes locais. auditório e salas de administração. Garantindo conforto térmico. aqui redesenhada segundo novos padrões. onde conforto e segurança são questões presentes numa unidade de ensino fundamental. cujos usuários são em grande maioria crianças. Tal setorização dos ambientes permitiu a disposição racional dos equipamentos. aliado à total ocupação do terreno. o aço possibilita soluções adequadas ao programa.Ricardo Barbosa Colégio Rousseau Conforto e segurança. além de determinar a circulação em eixos longitudinal e transversal. sem qualquer comprometimento da qualidade dos espaços. o aço aparece com maior plasticidade nos brises das salas de aula. CORTE 5 10 20 O projeto do Colégio Rousseau é basicamente resultado das dimensões reduzidas do terreno e da racionalização da estrutura visando rapidez na execução da obra.800 m2. Um outro aspecto programático que vale a Justificado pela rapidez de execução da estrutura. Com o aproveitamento máximo do terreno de 1. social e de recreação na cobertura. o projeto optou por posicionar as áreas de esportes. liberando os níveis inferiores para as salas de aulas. Neste sentido. 18 . são aspectos do programa que tiveram no aço uma adequada correspondência técnica. ESCADA 6 .Ricardo Barbosa Colégio Rousseau pena destacar é que as instalações do edifício são complementares às do ensino médio.01 edifícios educacionais 19 .SALA DE AULA 4 .ADMINISTRAÇÃO Enquadrando as vedações verticais.RAMPA 11 .JARDIM 4 5 10 20 PAVIMENTO TÉRREO n.HALL 2 . 1997 Data de conclusão da obra: 1998 Área construída: 2.ACESSO PRINCIPAL 12 .SANITÁRIO 7 .ALMOXARIFADO 10 .CIRCULAÇÃO 1 7 6 9 3 . além de estar presente em toda a estrutura.PÁTIO DESCOBERTO 13 . Quanto ao aço. a estrutura de aço torna-se a principal expressão visual do edifício. também é utilizado nos brises das salas de aula. localizadas em edificação vizinha.500 m2 Coordenação de projetos: Adriana Frangioni Arquiteto colaborador: NM 13 12 Flávio Ikeda Cálculo da estrutura em aço: 3 3 3 3 Maurício Nogueira Laredo Fabricação e montagem da estrutura em aço: 13 3 2 3 3 3 Laredo Construções Metálicas Aço empregado: ASTM A36 Coordenação de obra: 5 3 3 3 3 1 .DEPÓSITO / INSTALAÇÕES 8 .COPA Colégio Rousseau 4 8 4 2 10 12 9 . nas telhas tipo ‘sandwich’ da cobertura e nas grades de chapa perfurada dos pátios suspensos. 6 Francisco Fazenda Cliente: 11 5 . Local: São Paulo Projeto: Ricardo Barbosa Data do projeto: Vista superior da edificação na qual se percebe a nítida distinção dos usos. com acabamento em pintura betuminosa na cor azul marinho. Localizado em uma parcela urbana em processo de reurbanização e requalificação. o partido compacto e verticalizado desse projeto buscou não só otimizar custos.ÁREA PARA PROFESSORES 15 30 60 TÉRREO Vista da obra ainda inconclusa: a contemporânea solução em pele de vidro e painéis de alumínio revestindo a estrutura de aço dos pavimentos.ÁREA DE CONVIVÊNCIA 3 . A grande lâmina curva desta é seccionada no centro por uma estrutura 20 . estabilidade global através de treliças verticais e forma-laje de aço. se o grande volume edificado já é capaz de sugerir tal presença no meio urbano.HALL DOS ELEVADORES E ESCADAS ROLANTES 2 . conseguido pela implantação de novas atividades de comércio e serviços. portanto. O uso da estrutura metálica que traz consigo materiais industrializados e tecnologia contemporânea possibilitou. Deste modo. a ocupação do espaço simultaneamente ao andamento da obra. linhas contemporâneas refletem tendência arquitetônica. O projeto aproveitou as condições topográficas do terreno para implantar os níveis dos pavimentos e para delinear a forma do edifício com destaque para a fachada principal. os materiais de revestimento predominantes na fachada – vidros refletivos laminados e painéis de alumínio – acabam contribuindo para a renovação urbana do entorno. aproveitando ao máximo o coeficiente do terreno. como também procurou impor-se diante da dinâmica paisagem circundante. cuja rapidez se deu em grande parte pelos elementos e sistemas construtivos adotados: vigas e pilares em perfis tipo ‘I’ padronizados.Studio Brasil Universidade Nove de Julho NM Numa região urbana em processo de requalificação. 2 1 1 2 3 1 . Parte da estrutura. aço estrutural resistente à corrosão atmosférica Construção: CJW Engenharia Cliente: UNINOVE . nos quais as vigas de aço e as lajes de steel deck são visíveis. Ainda em relação aos ambientes internos e tal como a estrutura central que se deixa visível externamente. Composta por vigas perfuradas e contraventamentos tubulares.Associação Educacional Nove de Julho 15 30 60 CORTE n. exposições e convivência. vigas alveolares e contraventamentos em X. cabe mencionar que vigas e lajes de aço são mantidas visíveis em grande parte desses espaços. deixando de ser simples corredores para se tornarem espaços úteis. essa estrutura enfatiza a simetria das linhas horizontais da edificação ao mesmo tempo que a fragmenta em dois volumes interconectados.01 edifícios educacionais 21 .Studio Brasil Universidade Nove de Julho Local: São Paulo .000 m2 (existente) Arquitetos colaboradores: Vista interna: espaços generosos e bem acabados. é deixada à mostra no eixo do edifício Alessandra Hurtado Vanessa Junqueira Consultor de estrutura em aço: Marco Antonio Marine Fabricação e montagem da estrutura em aço: Pierre Saby Alufer Aço empregado: metálica que se expõe publicamente. Outra particularidade do projeto foi conceber amplos espaços de circulação nos andares. numa franca integridade entre qualidade arquitetônica e técnica construtiva.000 m2 (novo) 6.SP Projeto: Maria Regina Braga Lagonegro Marcos Paravela Data do projeto: 2000 Data de conclusão da obra: 2003 Área construída: 82. usados para eventos acadêmicos. Segundo tal premissa. vazios e reflexões. Se a diferente contextualização dos ambientes de Brasília e Manaus insinuam soluções próprias. Unip Brasília. o parentesco entre os primeiros blocos construídos em ambas as cidades configura um partido horizontalizado e simétrico no qual o eixo central articula toda a composição através de um espaço monumental organizado como uma praça de chegada. vista frontal.Paulo Sophia Universidade Paulista Campi Brasília e Manaus Dialógo entre identidade institucional e diversidade ambiental configuram a imagem de dois distantes campi da UNIP. cujos acabamentos se fazem por outros materiais e sistemas construtivos. Assim. a imagem de uma unidade institucional associada aos sistemas construtivos disponíveis viabilizou partidos arquitetônicos próximos onde pequenas nuances sinalizam a distinção da localização geográfica entre esses afastados campi de uma universidade que se expande ao longo do país. nos quais os elementos de aço são respectivamente perfis tipo ‘I’ e treliça tubular. circulação e convivência. E é neste espaço que a estrutura de aço apresenta-se diante do usuário em contraposição aos demais espaços. 22 . tanto em Brasília quanto em Manaus torres prismáticas de circulação vertical e serviços emolduram o espaço da praça suportando passarelas dos pavimentos superiores e cobertura abobadada. onde os diversos elementos e materiais impregnam uma imagem de forte dinamismo de cheios. Aqui. presente em ambos edifícios desses campi. Já em Manaus adotou-se uma simetria mais homogênea na qual os dois blocos justapostos são bastante semelhantes entre si.ESCADA PRINCIPAL 4 . um importante e complexo item do programa. distribuem-se os ambientes de longa permanência.01 edifícios educacionais 23 . Unip Brasília.FOYER 9 .Paulo Sophia Universidade Paulista Campi Brasília e Manaus 1 .PLATÉIA 13 . agora colocadas como revestimento e não mais como volumes. Se tais aspectos marcam a identidade das unidades de Brasília e Manaus. o que acontecia no caso dos brises.AR CONDICIONADO 14 .PASSARELA METÁLICA 12 . onde os diversos elementos e materiais impregnam uma imagem de forte dinamismo de cheios. que é resolvido através de faixas horizontais também de alumínio composto.ÁREA TÉCNICA .DEPÓSITO 4 8 10 10 14 10 10 6 7 2 4 5 5 5 5 11 1 6 5 5 5 5 2 3 3 10 10 13 10 11 8 1 2 9 10 10 10 10 10 NM PAVIMENTO SUPERIOR CAMPUS BRASÍLIA 10 20 40 Justapostos longitudinalmente a esse espaço. cabe ainda fazer menção aos que os particularizam. Além disso.GALERIA 2 .SANITÁRIOS 5 . nos dois prismas adotou-se revestimento externo cerâmico com faixas horizontais de brises sobrepostos às fachadas. CORTE LONGITUDINAL CAMPUS BRASÍLIA 10 20 40 n. No primeiro caso chama a atenção a fachada em vidro refletivo tipo ‘structural glazing’ superposta por grelha em alumínio composto que exerce papel de brise de sombreamento.ESCADA DE SERVIÇO 8 .SALA DE AULA 6 . não se extende totalmente no bloco que abriga o teatro. Tal solução. além de imprimir forte expressão estética. vista frontal. elementos metálicos aparecem em marquises de proteção aos demais acessos a esses blocos.APOIO 11 . administração ou mesmo no caso do teatro. contudo.PALCO 10 .HALL 3 . e uma vez mais. vazios e reflexões. sejam eles de ensino.PRAÇA CENTRAL .CIRCULAÇÃO 7 . composto por cobertura abobadada.DF Manaus . leveza e transparência através do aço e do vidro.000 m2 (Manaus) 10 20 40 CORTE CAMPUS MANAUS Arquitetos colaboradores: Passarelas do hall central de acesso de Manaus. Nasser (Manaus) Cliente: Colégio Objetivo 24 .Paulo Sophia Universidade Paulista Campi Brasília e Manaus Local: Brasília . Carla Marques Daniella Vian Matavelli Veridiana Ruzzante Daniela Gomes Guilherme Nigro (Brasília) Daniella Vian Matavelli Veridiana Ruzzante Regina Saemi Kikkawa (Manaus) Estagiários: Alessandra de Andrade Claudia Iseri Cleber da Silva Paschoa Karla de Souza Também em Manaus duas torres cerradas de circulação vertical emolduram o hall de acesso.358 m2 (Brasília) 10.AM Projeto: Paulo Sophia Washington Takiishi Marco Fogaccia Data do projeto: 2000 Data de conclusão da obra: 2001 Área construída: 8. cortina de vidro e estrutura treliçada tubular. Cálculo da estrutura em aço: Waldecyr Pereira da Silva Aço empregado: aço estrutural resisitente à corrosão atmosférica Fabricação da estrutura: Globsteel (Brasília) Construção: Toda do Brasil (Brasília) MATEC (Brasília) J. da qual se vê em primeiro plano o volume das salas de aula encobrindo o cilíndro dos sanitários.SALA DE AULA Num campus em constante transformação.SANITÁRIOS 3 . Do mesmo modo o modernismo torna-se também visível na liberação do térreo através do descarregamento de cada par das diagonais das vigas treliçadas num n. separa funções distintas em volumes distintos: o prisma principal configurando as salas de aulas. adotados tanto no bloco 16 quanto no 17 e que lhes dá unidade. Se a distinção entre estrutura e vedação e o uso de amplas superfícies envidraçadas são procedimentos projetuais vinculados ao modernismo local.CIRCULAÇÃO 2 .Complexo Educacional Alphaville Blocos 16 e 17 2 3 2 3 NM 1 3 3 1 . torna-se até paradoxal concluir já no início. Neste sentido. algumas estratégias são particulares a cada conjunto edificado. dois pequenos edifícios buscam se contextualizar através de um jogo de articulação de formas geométricas. Visão perspectivada do bloco 16. o cilíndro dos sanitários e por último o da escada. Assim. pouco freqüentes neste tipo de programa.01 edifícios educacionais 25 . 1º PAVIMENTO BLOCO 16 5 10 20 Resultado de uma progressiva depuração da linguagem técnica da construção metálica somada à vasta experiência na arquitetura educacional dos projetistas. destinado a aulas do ensino superior. usado aqui de acordo com a lógica construtiva contemporânea. mas o fato é que através de um domínio de sistemas construtivos disponíveis no mercado local esses projetos conseguem impor uma expressão próxima ao modernismo brasileiro do concreto armado sem abrir mão da eficiência e rapidez do aço. o bloco 16. os blocos 16 e 17 do campus Alphaville do Grupo Objetivo oferecem instigantes imagens. Rampa de circulação vertical do bloco 17. do ensino fundamental e médio. diversidade de perfis e desenhos dos elementos de aço organizados harmonicamente.500 m2 (Bloco 16) 1. a cobertura inclinada em duas águas nas salas de aula e o ‘chapéu’ prismático que coroa a torre circular dos sanitários garantem uma linguagem que aproxima a arquitetura aos jovens usuários do edifício. Por outro lado.200 m2 (Bloco 17) Arquitetos Colaboradores: Liliane Ferreira Novo Cláudia Yumi Inokuti Fábio Goldfarb (Bloco 16) CORTE . No caso do bloco 17.BLOCO 16 5 10 20 Carla Regina Marques Fábio Goldfarb (Bloco 17) Estagiários: único pilar. que foi posicionada externamente.Paulo Sophia Complexo Educacional Alphaville Blocos 16 e 17 Local: Santana do Parnaíba .SP Projeto: Paulo Sophia (Bloco 16) Paulo Sophia Washington Takiishi (Bloco 17) Data do projeto: 1997 (Bloco 16) 1998 (Bloco 17) Data de conclusão da obra: 1998 (Bloco 16) 2000 (Bloco 17) Área construída: 2. Engenharia e Administração (Bloco 16) Estema Construções (Bloco 17) Cliente: Colégio Objetivo 26 . e segundo uma inevitável contemporanização. gerando um espaço de pilotis. (Bloco 17) Aço empregado: ASTM A36 Construção: CEA Construção. sua identidade se faz por meio da cobertura em abóbadas de berço que se apoiam sobre uma estrutura metálica Claudia Mayumi Iseri Emerson Makuda (Bloco 16) Emerson Makuda (Bloco 17) Cálculo da estrutura em aço: Waldecyr Pereira da Silva Fabricação e montagem da estrutura em aço: Vemont Engenharia e Montagens Industriais (Bloco 16) MCM Estruturas Metálicas Detalhe de ligação da estrutura das salas de aula do Bloco 16. a estrutura de aço treliçada suporta cobertura abobadada numa imagem vinculada ao melhor modernismo brasileiro. conceitos bastante adequados num ambiente educacional desta natureza.LABORATÓRIOS 5 10 20 PAVIMENTO TÉRREO . precisão. seja nas circulações como nos ambientes didáticos. formada por perfis ‘I’.CIRCULAÇÃO 5 .DEPÓSITO 6 .BLOCO 17 n.SANITÁRIO 4 . agilidade. num campus que abrange desde o ensino fundamental ao superior. O aço é efetivamente onipresente em ambos os edifícios. Uma composição que traz na sua fachada frontal algo da escola presente no imaginário popular.01 edifícios educacionais 27 .Paulo Sophia Complexo Educacional Alphaville Blocos 16 e 17 NM 1 2 2 3 4 5 1 . isto é. configurando uma imagem de eficiência. curiosamente.RAMPA DE ACESSO 6 3 . num contexto que reproduz quase uma pequena cidade. No bloco 17.BLOCO 17 treliçada. mas sem renunciar aos aspectos demandados pelas questões pedagógicas atuais.SALA DE AULA 2 . 5 10 20 ELEVAÇÃO POSTERIOR . Localizado em área nobre da cidade. intermediadas por áreas comuns cobertas e descobertas que definem praças. buscou estabelecer certa harmonia com a natureza circundante. onde se vê a plasticidade da composiçãodos pilares de aço. Apartamentos para solteiros e Apartamentos para casais. de Ensino. além de uma área esportiva. o Centro de Ensino foi também projetado para abrigar provisoriamente diversas outras funções enquanto não se conclui o restante do campus. Centro de Convivência. Efetivamente. trata-se de uma obra que buscou uma expressividade próxima à linguagem contemporânea internacional conciliada a processos construtivos industrializados. Definidos conforme seus usos. Auditório.Rodney Montosa Faculdade Teológica Sul Americana Projeto industrializado não abre mão de personalidade própria ao servir a um ambiente de reflexão e estudos religiosos. Biblioteca. esse projeto composto por sete tipos de edificações. 28 . o uso do conceito Hall de entrada da Faculdade. Coração e mente de uma unidade educacional com capacidade para 600 alunos. com baixa densidade habitacional e desenvolvido segundo um extenso e aberto programa. caminhos e estacionamentos. Deste modo. os sete tipos de blocos correspondem ao Centro Administrativo. a arquitetura se faz por enquadramentos de vários planos.TERRAÇO 7 . Além disso. é importante ainda mencionar a particularidade dos demais blocos do campus que já se encontram concluídos.01 edifícios educacionais 29 . CPD. eletrocalhas e divisórias em gesso acartonado foi determinante para o resultado. a estrutura metálica e os componentes industrializados garatem unidade e eficiência construtiva ao conjunto edificado. O Centro de Convivência é o local da vida comum. lajes treliçadas.ADMINISTRAÇÃO 3 .DIRETORIA 5 .478.JARDIM PAVIMENTO SUPERIOR n. secretaria.Rodney Montosa Faculdade Teológica Sul Americana Local: Londrina . possibilitando inclusive futuras ampliações. restauro. além de serviços e apoio.SECRETARIA 3 6 12 6 . além de abrigar salas de estudo. a Biblioteca tem capacidade para um acervo de 60. contendo salão de uso múltiplo e onde serão feitas as refeições da comunidade acadêmica. administração.000 livros. espaços de consulta à internet.SALA DE REUNIÕES 4 . onde o aço é um dos protagonistas.PR Projeto: Rodney Garcia Montosa Ricardo Monti Valdir Humberto Secco Data do projeto: 1999 Data de conclusão da obra: 2000 Área construída: Do ponto de vista da composição. o Centro Administrativo onde se encontram a recepção.RECEPÇÃO 2 . 3. salas pastorais e para agências missionárias. Aço empregado: ASTM A36 Coordenação de obra: Rodney Garcia Montosa Cliente: ACESA . De qualquer modo.Associação Evangélica Sul Americana NM 5 6 2 1 6 3 4 4 4 7 1 . Projetada em quatro níveis.88 m2 Coordenação de projetos: Rodney Garcia Montosa Cálculo da estrutura em aço: Mário Kioshi Fukata Fernando Tunouti Fabricação e montagem da estrutura em aço: de uma construção industrializada que utiliza estrutura de aço. Finalmente. videoteca. Indústria e Comércio Ltda. Montasa Engenharia. deixando-a à vista.ÁREA COBERTA 2 .BIBLIOTECA 7 .SALA DE REUNIÕES 6 . Os espaços semi-abertos valorizam a estrutura de aço. CORTE 3 6 12 30 7 7 . pilares inclinados de aço viabilizam generosos beirais.Rodney Montosa Faculdade Teológica Sul Americana NM 1 .SECRETARIA 4 .SALA DE AULA 8 .ADMINISTRAÇÃO 3 .SALA DE PROFESSORES 5 .RAMPA 9 .CIRCULAÇÃO 9 8 1 8 2 6 12 24 6 3 6 4 4 6 4 4 4 4 4 7 4 4 4 7 7 PAVIMENTO TÉRREO 5 Cuidados quanto a insolação: além dos brises. br www.13: Antônio Carvalho Neto p. 4: Marcos Issa p. 26: Paulo Sophia / Sofia Mattos p. 25: Sofia Mattos p. Todo o material será arquivado e caso seja possível publicá-lo o autor será comunicado. impressão: Gráfica Santonio n. Rio Branco.br fotos: capa: Tarcísio Bahia (Escola Panamericana de Arte) p. O material enviado deverá ser acompanhado de uma autorização para sua publicação nesta revista ou no site do CBCA. datas de projeto e construção. 18: Evanilda Mendes p. 29: Vanessa Goulart p. 6: arquivo Sanebrás p. 16: Studio Brasil p.br www. 5: Tarcísio Bahia p.realização: produção: Núcleo de Excel ência em Estruturas Met álicas e Mista www. 24: A. cliente.br www.usiminas. Devem ser enviadas as seguintes informações: desenhos técnicos do projeto. telefone e email do remetente. Entretanto não nos comprometemos com a sua publicação. de Lima p. 7: arquivo Sanebrás p. 28: Vanessa Goulart p. 30: Vanessa Goulart material para publicação: Contribuições para as próximas edições poderão ser enviadas para o CBCA e serão avaliadas pelo Conselho Editorial de Arquitetura & Aço. 21: Luís Fernando Macian p. local. 11: Samuel Kruchin p. 22: Kim-Li-Sen p.cst.csn. 14: Evanilda Mendes p.28º andar 20040-007 Rio de Janeiro RJ próximo número: Edifícios de Múltiplos Andares É permitida a reprodução total dos textos.com.br email: [email protected] edifícios educacionais 31 . 19: Evanilda Mendes p.acominas. 27: Paulo Sophia p.com. fotos impressas da obra. exceto mediante expressa autorização do autor. 8: Tarcísio Bahia p. 23: Kim-Li-Sen / A.br www. além de endereço.ufes. 20: Luís Fernando Macian p. 17: Studio Brasil p.CBCA Av. 181 .cbca-ibs.org.F.com.br/~nexem/ apoio: www. É proibida a reprodução das fotos e desenhos.com.F. desde que mencionada sua procedência. 10: Samuel Kruchin p. de Lima p. engenheiro calculista da estrutura.br www. em versão eletrônica. 12: Antônio Carvalho Neto p. 15: Evanilda Mendes p.org.cosipa. endereço para postagem: Revista Arquitetura e Aço .com. 9: Tarcísio Bahia p. org.http://www.org.br 32 .br [email protected].
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