revisao integrativa

March 29, 2018 | Author: Gimene Braga | Category: Methodology, Nursing, Science, Science (General), Science And Technology


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REVISÃO INTEGRATIVAPRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS Os enfermeiros devem manter a busca constante por conhecimento científico a fim de promoverem a melhoria do cuidado ao paciente. Um dos propósitos da Prática Baseada em Evidências (PBE) é encorajar a utilização de resultados de pesquisa junto à assistência à saúde prestada nos diversos níveis de atenção, reforçando a importância da pesquisa para a prática clínica. PBE  As REVISÕES DA LITERATURA são oriundas do movimento da prática baseada em evidências, que vem sendo discutido, principalmente no Canadá, Reino Unido e Estados Unidos da América.  No Brasil, esse movimento desenvolveu-se na medicina, em Universidades dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, sendo já emergente na enfermagem brasileira. REVISÃO INTEGRATIVA A revisão integrativa de literatura (RIL) é uma revisão planejada que utiliza métodos explícitos e sistemáticos para analisar tendências, sintetizar resultados, identificar, selecionar e avaliar não só estudos primários (pesquisas), como revisões teóricas, relatos, e outros tipos de estudos quantitativos e qualitativos que são incluídos. RIL  A revisão integrativa é um método que proporciona a síntese de conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática. RIL  É uma abordagem para subsidiar tanto o cuidado clínico como o ensino/pesquisa, principalmente para evidenciar o “estado da arte” de um assunto-tema fundamentadas no conhecimento e qualidade da evidência científica. RIL  A RIL integra artigos científicos (estudos primários), e outras modalidades de produção, como artigos de revisão, artigos de relato de experiência, trabalhos de conclusão de curso, e integra estudos com abordagens qualitativas. RIL  Determina o conhecimento atual sobre uma temática específica, já que é conduzida de modo a identificar, analisar e sintetizar resultados de estudos independentes sobre o mesmo assunto, contribuindo, pois, para uma possível repercussão benéfica na qualidade dos cuidados prestados ao paciente.  Pontua-se, então, que o impacto da utilização da revisão integrativa se dá não somente pelo desenvolvimento de políticas, protocolos e procedimentos, mas também no pensamento crítico que a prática diária necessita. 1ª FASE: ELABORAÇÃO DA PERGUNTA NORTEADORA  A definição da pergunta norteadora é a fase mais importante da revisão, pois determina quais serão os estudos incluídos, os meios adotados para a identificação e as informações coletadas de cada estudo selecionado. FASES DA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA 2ª FASE: BUSCA OU AMOSTRAGEM NA LITERATURA  a busca deve ser ampla e diversificada: base de dados eletrônicas, em periódicos, as referências descritas nos estudos selecionados, o contato com pesquisadores e a utilização de material não-publicado;  discutir claramente os critérios de inclusão e exclusão de artigos 3ª FASE: COLETA DE DADOS  Para extrair os dados faz-se necessária a utilização de um instrumento previamente elaborado capaz de assegurar que a totalidade dos dados relevantes seja extraída, minimizar o risco de erros na transcrição, garantir precisão na checagem das informações e servir como registro.  Os dados devem incluir: definição dos sujeitos, metodologia, tamanho da amostra, mensuração de variáveis, método de análise e conceitos embasadores empregados. 4ª FASE: ANÁLISE CRÍTICA DOS ESTUDOS INCLUÍDOS A PBE cria sistemas de classificação de evidências caracterizados de forma hierárquica, dependendo da abordagem metodológica adotada.  Nível 1: evidências resultantes da meta-análise de múltiplos estudos clínicos controlados e randomizados;  Nível 2: evidências obtidas em estudos individuais com delineamento experimental;  Nível 3: evidências de estudos quase-experimentais;  Nível 4: evidências de estudos descritivos (não-experimentais) ou com abordagem qualitativa;  Nível 5: evidências provenientes de relatos de caso ou de experiência;  Nível 6: evidências baseadas em opiniões de especialistas. 5ª FASE: DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A partir da interpretação e síntese dos resultados, comparam-se os dados evidenciados na análise dos artigos ao referencial teórico. - Identificar possíveis lacunas do conhecimento - Limitar prioridades para estudos futuros - Salientar suas conclusões e inferências e explicitar os vieses 6ª FASE: APRESENTAÇÃO DA REVISÃO INTEGRATIVA  A apresentação da revisão deve ser clara e completa;  Ter informações pertinentes e detalhadas, baseadas em metodologias contextualizadas, sem omitir qualquer evidência relacionada;  Redução, exposição, comparação, conclusão e verificação dos dados;  Os modos de visualização dos resultados podem ser expressos em tabelas, gráficos ou quadros, nos quais possível a comparação entre todos os estudos selecionados e, logo, a identificação de padrões, diferenças e a sublocação desses tópicos como parte da discussão geral. REFERÊNCIA SOUZA, Marcela Tavares de; SILVA, Michelly Dias da; CARVALHO, Rachel de. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein, v. 8, n.1, jan.-mar. 2010.
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