Fisiologia do Trato Gastrointestinal: Introdução e MotilidadeO Sistema Gastrintestinal (SGI) é formado por órgãos ocos em série que se comunicam das extremidades com o meio ambiente, constituindo o denominado Trato Gastrintestinal (TGI), e pelos órgãos anexos , que lançam suas secreções na luz do TGI. Os órgãos do TGI são: 1. 2. 3. 4. 5. 6. Cavidade oral Faringe Esôfago Intestino Delgado (duodeno, jejuno e íleo) Intestino Grosso ou cólon Ânus Esses órgãos são delimitados entre si por ESFÍNCTERES. O esfíncter esofágico superior, ou cricofaríngeo, delimita a faringe do corpo do esôfago, o qual é delimitado do estômago pelo esfíncter esofágico superior. O estômago é delimitado do intestino delgado pelo piloro, e o intestino delgado, do cólon pelo esfíncter ileocecal. A porção distal do cólon diferencia-se no reto e no ânus com seus dois esfíncteres: o interno e o externo. No sentido cefalocaudal (ou aboral), os órgãos anexos ao TGI são: 1. 2. 3. 4. Glândulas Salivares Pâncreas Fígado Vesícula Biliar (armazena e concentra a bile secretada pelo fígado) A secreção das glândulas salivares é lançada na cavidade oral e as secreções pancreáticas e biliares no intestino delgado. Resumo – Alberto Galdino LoL Fisiologia do Trato Gastrointestinal: Introdução e Motilidade 1. 2. 3. 4. Os processos funcionais do SGI são: DIGESTÃO: hidrólise dos macronutrientes pelas enzimas digestivas luminais e da borda em escova do delgado. SECREÇÂO: de água, íons e enzimas digestivas pelas glândulas salivares e gástricas, pelo pâncreas e vesícula biliar. ABSORÇÃO INTESTINAL: transporte dos produtos da hidrólise dos macronutrientes, água, íons e vitaminas da luz intestinal para a corrente sanguínea e linfática, através da mucosa intestinal. EXCREÇÃO: eliminação fecal dos produtos não digeridos e/ou não absorvidos. Anatomia Fisiológica da Parede Gastrointestinal Camadas de fora para dentro: 1. Serosa 2. Muscular Longitudinal 3. Longitudinal Circular 4. Submucosa 5. Mucosa Além disso, feixes esparsos de fibras de músculos lisos, a muscular da mucosa, encontram-se nas camadas mais profundas da mucosa. As funções motoras do intestino são realizadas por diferentes camadas de músculos lisos. O Músculo Liso Gastrointestinal -As fibras musc. Lisas individuas do TGI medem de 200 a 500 micrômetros de comp. -Se dispõem em feixes de até 1000 fibras paralelas. Na camada musc. Longitudinal, os feixes estendem-se longitudinalmente no TGI. Na camada musc. Circular, dispõem-se ao redor do intestino. Resumo – Alberto Galdino LoL Fisiologia do Trato Gastrointestinal: Introdução e Motilidade Cada camada muscular funciona como um sincício, isto é, quando um potencial de ação é disparado em qualquer ponto dentro da massa muscular, ele geralmente se propaga em todas as direções do músculo. Existem também algumas conexões entre as camadas musculares longitudinal e circular, de maneira que a excitação de uma dessas camadas geralmente excita a outra também. Sincício Morfofuncional: -Contração Fásica -Contração Tônica Atividade Elétrica do Músculo Liso O músculo liso do TGI é excitado por atividade elétrica intrínseca, continua e lenta nas membranas das fibras musculares. São dois tipos básicos de ondas elétricas: Ondas Lentas: são mudanças lentas e ondulatórias no potencial de repouso da membrana. Elas não são P.A. Parecem ser causadas por interações complexas entre as células do músculo liso e as células intersticiais de Cajal (atuam como marcapassos elétricos das células do músculo liso). Potenciais em Espículas: são os verdadeiros Potenciais de Ação. Toda vez que os picos das ondas lentas se tornam temporariamente mais positivos do que -40 milivolts, surgem as espículas. Quanto maior o potencial das ondas lentas, maior a frequência dos potenciais em espícula. Controle Neural do Trato Gastrointestinal O TGI possui um sistema nervoso próprio, denominado Sistema Nervoso Entérico. Localiza-se inteiramente na parede intestinal, começando do esôfago até o ânus. É composto por dois plexos: Plexo Mioentérico ou Plexo de Auerbach (um plexo externo, disposto entre as camadas musculares longitudinais e circular). “CONTROLA OS MOVIMENTOS GASTROINTESTINAIS”. Plexo Submucoso ou de Meissner (um plexo interno, localizado na submucosa). “CONTROLA A SECREÇÃO GASTROINTESTINAL E O FLUXO SANGUINEO LOCAL”. Resumo – Alberto Galdino LoL Fisiologia do Trato Gastrointestinal: Introdução e Motilidade Inervação Parassimpática: a estimulação dos nervos parassimpáticos causa o aumento geral da atividade de todo o sistema nervoso entérico, e faz com que a atividade da maioria das funções gastrointestinais seja aumentada. Inervação Simpática: a estimulação do sistema nervoso simpático inibe a atividade do TGI. A intensa estimulação do simpático pode inibir os movimentos motores do intestino de tal forma que pode literalmente bloquear a movimentação do alimento através da TGI. A acetilcolina excita a atividade gastrointestinal com mais frequência. A noradrenalina quase sempre inibe a atividade gastrointestinal, o que também é verdadeiro para a adrenalina, que chega ao TGI principalmente pelo sangue. Mastigação e Deglutição Mastigação: é um reflexo, sendo estimulado pelo alimento na boca, ou seja, grande parte do processo da mastigação é produzida pelo reflexo da mastigação. A mastigação inicia pela vontade própria, mas depois continua como um reflexo. Funções da mastigação: Trituração do alimento e formação do bolo alimentar que é formado através da saliva + comida que foi triturada. O bolo alimentar é formado em um tamanho ideal para que possa passar pela faringe e pelo esôfago. Separar partículas estranhas que são percebidas durante a mastigação. Durante a mastigação através do nervo vago já se tem uma estimulação para as secreções estomacais e intestinais até suas porções finais. Basicamente, tem a função de TRITURAR, UMIDECER, E MISTURAR SECREÇÕES COM O BOLO ALIMENTAR (Lipase Lingual, α-Amilase). Deglutição: é um processo complicado principalmente por que a faringe atua a maior parte do tempo para a função da respiração. Dividida em 3 fases: 1. Fase oral: voluntária que começa com o processo da deglutição. 2. Fase faríngea: involuntária (reflexa), sua função é passar o alimento pela faringe até o esôfago. 3. Fase esofagiana: involuntária (reflexa), consiste na passagem do alimento para o estômago. Resumo – Alberto Galdino LoL Fisiologia do Trato Gastrointestinal: Introdução e Motilidade -Fase oral ou voluntária: quando o alimento está pronto para ser deglutido, ele é voluntariamente comprimido ou empurrado para a faringe, como uma consequência da elevação do assoalho da língua o que pressiona o palato mole. De agora em diante o processo da deglutição passa a ser totalmente automático, em geral não podendo mais ser interrompido. -Fase faríngea da deglutição: quando o bolo alimentar penetra na parte posterior da boca e da faringe, estimula áreas receptoras especiais da deglutição que estão situadas em torno da abertura da faringe. Os impulsos gerados nesta área se dirigem até o tronco encefálico onde desencadeiam uma resposta que é uma serie de contrações musculares automáticas da faringe. Com isso ocorre o movimento peristáltico faringiano que resulta na elevação da epiglote seguindo da elevação do palato mole, fechamento da nasofaringe e abertura do esfíncter esofagiano superior. Todo este processo dura menos que 1 segundo. -Fase esofágica ou esofagiana da deglutição: no esôfago o 1/3 proximal é formado por músculo estriado esquelético, e a partir deste ponto se tem apenas musculatura lisa até os esfíncter externos do reto que é constituído de músculo estriado esquelético. A principal função do esôfago é a de conduzir rapidamente o bolo alimentar para o estomago. Os movimentos esofágicos são organizados única e exclusivamente para transportar o bolo alimentar para o estomago. Em condições fisiológicas normais o esôfago exibe dois tipos de movimentos: Movimento peristáltico primário: é simplesmente a continuação da onda peristáltica que se iniciou na faringe e se estendeu para o esôfago. No caso de esta onda peristáltica não conseguir transportar todo o conteúdo do bolo alimentar para o estomago surgem às ondas peristálticas secundarias. Movimento peristáltico secundário: é um reflexo ao alimento retido no esôfago, que distende as paredes do esôfago. Estas ondas persistem até que todo bolo alimentar chegue ao estomago. Após os movimentos esofágicos tem-se a abertura do esfíncter esofagiano inferior, após a chegada da onda peristáltica ocorre o relaxamento receptivo deste esfíncter, o que permite que ocorra a propulsão do alimento para o estomago. Resumo – Alberto Galdino LoL Fisiologia do Trato Gastrointestinal: Introdução e Motilidade O esfíncter esofágico superior é muito importante também, pois não permite que o alimento volte após sua entrada no esôfago. O alimento tem de passar rapidamente para o estomago assim as chances de uma contaminação por microorganismos diminui drasticamente, pois quando o alimento chega ao estomago seu pH diminui radicalmente para cerca de 2,5 a 3,0 o que mata quase todos os microorganismos. Motilidade Gastrointestinal -Formado por músculo liso. -Possui uma proteção ao trato digestório, pois quando o bolo alimentar chega ao estomago seu pH é de cerca de 7,4 a 7,8 o estomago então secreta HCl que diminui o pH para cerca de 2,5 a 3,0. -Tem-se então a formação do quimo que é uma mistura semilíquida formada pelo bolo alimentar + secreções gástricas. Funções motoras do estomago: 1. Armazenamento de grande quantidade de alimento, até que possa ser transportado e processado no duodeno e no trato intestinal inferior. 2. Formação do quimo. 3. Esvaziamento lento do quimo para o intestino delgado, com velocidades adequadas para a digestão e absorção eficientes no intestino delgado. Relaxamento receptivo(reflexo vago-vagal longo): o estômago relaxa para receber alimento. Ocorre no fundo e no corpo do estômago. O relaxamento ocorre a cada deglutição. Resumo – Alberto Galdino LoL Fisiologia do Trato Gastrointestinal: Introdução e Motilidade Sistole antral: Mistura, Trituração O Esfíncter Pilórico controla o “vazamento” do estômago. Controle Neural do esvaziamento gástrico: S.N. Simpático (secretomotor); S.N. Parassimpático (motilidade e secreção) --->(+)eferencias colinérgicas -acetilcolina (-) eferencias vipérgicas - noradrenalina Inervação do estômago: Simpático ↑ a contração pilórica Parassimpático ↑e↓ a contração. Gastrina, Secretina, CCK, GIP são produzidas no TGI e aumentam a cont. pilórica. Mistura e propulsão do alimento no estômago: Os sucos digestivos do estomago (suco gástrico), são secretados pelas glândulas gástricas que recobrem quase toda a parede do corpo do estomago. Durante um tempo de cerca de 20 a 30 minutos, ocorre uma serie de contrações peristálticas no estomago o que mistura o bolo alimentar com o suco gástrico formando o quimo, o que diminui o pH do alimento que era de 7,4 a 7,8 para cerca de 3,0 a 2,5. Neste momento as células G secretam um hormônio chamado gastrina através da mucosa antral, este hormônio exerce efeitos potentes como a secreção de mais suco gástrico e principalmente o efeito de aumentar a atividade da bomba pilórica ou gástrica, uma outra função deste hormônio e propiciar a abertura do esfíncter pilórico. -Bomba gástrica: durante a maior parte do tempo as contrações do estomago são fracas e funcionam apenas para misturar o alimento, todavia após a secreção da gastrina estas contrações fracas se tornam muito fortes e poderosas empurrando o quimo no sentido oro-retal. Com a abertura do esfíncter pilórico a bomba gástrica continua a todo vapor, criando a tendência natural de o quimo passar pelo esfíncter pilórico e chegar ao duodeno. Esvaziamento Gástrico-- ↑ Peristalse gástrica, Relaxamento do piloro Noradrenalina: aumenta a contração pilórica NO e VIP(peptídeo inibidor vasoativo): induzem a contração pilórica(relaxamento). Vago: Inervação Parassimpática -Peristalse GástricaSNP (vago) ↑Peristalse SNS ↓Peristalse Hormônio Gastrina ↑Peristalse Colecistocinina-CCK Pancreosinina ↓Peristalse Hormônio Secretina Resumo – Alberto Galdino LoL Fisiologia do Trato Gastrointestinal: Introdução e Motilidade O esvaziamento gástrico tem de ser adequado à capacidade duodenal em armazenar e processar o alimento, por isso logo na entrada do duodeno se tem dois tipos de células: Células I (Colecistocinina – “CCK”): detectam a presença de gorduras e peptonas, e ao detectar a presença dos mesmos secretam um hormônio no sangue a colecistocinina que promove o fechamento de esfíncter pilórico e também uma diminuição da motilidade gástrica, este hormônio atua como um inibidor competitivo, pois possui os efeitos contrários a gastrina que ainda continua a ser secretada pela mucosa antral do estomago, mas tem seus efeitos reduzidos pela ação da colecistocinina. Células S (Secretina): detectam o baixo pH e quando o faz secreta o hormônio secretina no sangue o que promove o fechamento do esfíncter pilórico. Neste momento o duodeno começa a processar o quimo, através de enzimas que quebram as gorduras e peptonas, além de aumentar o pH do quimo para cerca de 7,4 a 7,8 devido às secreções biliares, este é o pH ideal para as enzimas do duodeno. A hidrolise das gorduras e peptonas diminuem as secreções de colecistocinina e o aumento do pH diminui as secreções de secretina, como no estomago as secreções de gastrina não diminuíram a gastrina volta a se sobrepor sobre a colecistocinina e a secretina o que aumenta a bomba pilórica e promove a abertura do esfíncter pilórico. Como se pode perceber todo o processo descrito acima não passa de um ciclo, este ciclo só termina quando não se tem mais gastrina sendo secretada pela mucosa antral. Outros Hormônios: Células G (Gastrina): secretada no antro do estômago em resposta a estímulos associados à ingestão de uma refeição. Ações: -Estimulação da secreção gástrica de ácido -Estimulação do crescimento da mucosa gástrica. Peptídeo Inibidor Gástrico: é secretado pela mucosa do intestino delgado superior. Possui um efeito brando na diminuição da atividade motora do estômago e, portanto, retarda o esvaziamento de conteúdos gástricos no duodeno quando o intestino delgado superior já está sobrecarregado com produtos alimentares. Motilina: é secretada no duodeno superior durante o jejum, e sua função conhecida é aumentar a motilidade gastrointestinal. Resumo – Alberto Galdino LoL Fisiologia do Trato Gastrointestinal: Introdução e Motilidade Tipos Funcionais de Movimentos do TGI 2 tipos de movimentos ocorrem no TGI: Movimentos Propulsivos: que fazem com que o alimento percorra o trato a uma velocidade apropriada para que ocorram a digestão e absorção. Movimentos de Mistura: que mantêm os conteúdos intestinais bem misturados o tempo todo. Movimentos Propulsivos – Peristalse: o estímulo usual da peristalse intestinal é a distensão do TGI. Isto é, se uma grande quantidade de alimento se aglomera em qualquer ponto do intestino, a distensão da parede estimula o S.N. Entérico a provocar contração, o que faz surgir um anel contrátil que inicia um movimento peristáltico. A Peristalse pode ocorrer em ambas as direções a partir de um ponto estimulado, mas normalmente cessa rapidamente na direção da boca e se mantém por uma distância considerável na direção do ânus. Isso deve ocorrer devido à “polarização” do plexo mioentérico na direção anal. Movimentos de Mistura: Em algumas áreas, as próprias contrações peristálticas causam a maior parte da mistura, o que é especialmente verdadeiro quando a progressão dos conteúdos intestinais é bloqueada por um esfíncter, de maneira que uma onda peristáltica pode então apenas agitar os conteúdos intestinais em vez de impulsioná-los para frente. Resumo – Alberto Galdino LoL Fisiologia do Trato Gastrointestinal: Introdução e Motilidade Movimentos do intestino Delgado e Grosso Intestino Delgado Os movimentos do intestino delgado como em qualquer parte do trato gastrintestinal, podem ser divididos em 2 partes: Segmentação ou contrações de mistura: é um tipo de motilidade que faz com que o quimo proveniente do estomago se misture com as enzimas. Peristaltismo ou contrações propulsivas: é a propulsão do quimo ao longo de todo o tubo digestório. Segmentação: quando uma porção do intestino delgado é distendida pelo quimo, o estiramento da parede intestinal desencadeia contrações localizadas e espaçadas em intervalos ao longo de todo o intestino delgado que duram cerca de frações de segundos. Estas contrações causam os anéis de contrição que ocorrem ao mesmo tempo ocorrendo cerca de seis a nove vezes por minuto. As contrições da figura acima ocorrem o mesmo tempo em varias regiões tanto do duodeno, jejuno e íleo. Estas contrações segmentares evidentemente são capazes de fragmentar o quimo, cerca de dois a três vezes por minuto, promovendo desta maneira a mistura progressiva das partículas alimentares com as secreções do intestino delgado. Peristaltismo: o quimo é propelido por todo o intestino delgado através das ondas peristálticas. Estas ondas ocorrem em qualquer parte do intestino delgado com função de propelir o quimo no sentido anal. A atividade peristáltica do intestino delgado aumenta acentuadamente após as refeições: Ocorre pela chegada do quimo ao duodeno. “Reflexo gastroentérico desencadeado pela distensão do estomago.” Durante todo o intestino delgado o trajeto do alimento dura cerca de 6 a 8 horas. Resumo – Alberto Galdino LoL Fisiologia do Trato Gastrointestinal: Introdução e Motilidade Intestino grosso: Formação do quilo, que é pobre em água e nutrientes que vão sendo absorvidos durante o processo. Esvaziamento do intestino delgado ocorre no íleo em sua porção final, onde o quimo passa para o intestino grosso em sua porção inicial, isso acorre pela abertura do esfíncter íleocecal que só abrira quando o ceco estiver vazio. Grau de contratilidade do esfíncter íleocecal e a intensidade do peristaltismo no íleo terminal: são controlados significativamente por reflexos oriundos do ceco. Quando o ceco esta cheio, portanto distendido, a contração de esfíncter íleocecal é intensificada e o peristaltismo ileal é inibido, o que retarda o esvaziamento adicional do quimo. Qualquer irritação presente no ceco retarda o esvaziamento ileal, por exemplo, apêndice inflamado. Válvula íleocecal: sua função consiste em impedir o refluxo ou fluxo retrógrado do conteúdo fecal do cólon para o intestino delgado (íleo). Flora bacteriana do intestino grosso: nesta localidade não causa mal algum, mas caso se espalhe para outros locais podem causar problemas sérios. Geralmente estas bactérias fazem a degradação de celulose, que não é digerida nem absorvida pelo organismo. Existe um equilíbrio natural entre estas bactérias e nosso organismo, pois elas fazem a degradação da celulose enquanto isso nós fornecemos um meio ideal para viverem. Por qualquer caso que seja, quando esta flora bacteriana é prejudicada ou totalmente eliminada, a celulose não será mais digerida pelas bactérias o que aumenta a motilidade do intestino grosso causando uma conseqüente diarréia. A flora bacteriana caso prejudicada ou totalmente perdida tem de ser reposta através de medicamentos, que as contenham. Intestino grosso é dividido em 2 partes: 1. Cólon abortivo: compreende o ceco, cólon ascendente e ½ anterior do cólon transverso, sendo também chamado de metade proximal do cólon. · Absorção de H2O e eletrólitos (íons) do quimo para a formação do quilo ou fezes sólido pastosas. 2. Cólon armazenador: metade distal, que compreende a metade terminal do cólon transverso, cólon descendente e sigmóide. Resumo – Alberto Galdino LoL Fisiologia do Trato Gastrointestinal: Introdução e Motilidade · Ainda ocorre uma pequena absorção de água e eletrólitos, mas insignificante, pois a grande maioria já foi absorvida. Sua principal função e o armazenamento da matéria fecal, até o momento adequado em que ocorrera a defecação. Motilidade do intestino grosso: para as funções mencionadas acima não são necessários movimentos intensos, os movimentos são em geral muito lentos, mas apesar disto ainda exibem características semelhantes ao do intestino delgado, podendo também ser divididos em 2 tipos: movimentos de mistura (haustrações) e movimentos propulsivos em massa. Haustrações: estes movimentos têm a finalidade de virar o alimento de forma que à parte que não estava em contato com a parede do tubo, passe a estar em contato para assim melhorar a absorção. o As tênias cólicas promovem a formação de uma bolsa, pelo relaxamento de uma ou duas tênias enquanto uma outra oposta se contrai, causando a reversão do alimento. o Este movimento tem a finalidade de espalhar o alimento sobre a parede do intestino grosso, o que aumenta a absorção, no geral o volume do quimo que chega ao intestino grosso pode ser de até 1,5 l/dia, mas apenas 80 a 200 ml de fezes são expelidas diariamente. Movimentos de massa ou propulsivos: o A finalidade principal é a propulsão do alimento, ocorre mais na porção final onde já ocorreram todas as absorções necessárias, sua onda peristáltica podem se iniciar no cólon transverso e terminar no cólon sigmóide. Os movimentos de massa podem se iniciar por dois tipos de reflexos: ambos os reflexos facilitam o inicio dos movimentos de massa. Reflexos gastrocólicos: estimulado pelo enchimento do estômago, ou seja, pelas distensões das paredes do estomago. Reflexos dodenocólicos: estimulado pelo enchimento duodenal. Os movimentos de massa são mais estimulados após as refeições, pois existe um transito gastrintestinal, e conforme o novo alimento vai chegando a uma determinada região o que estava lá anteriormente tem de sair. Os movimentos de massa por sua vez estimulam a defecação. Resumo – Alberto Galdino LoL
Report "RESUMO - Trato Gastrointestinal-- Introdução e Motilidade"