PROFISSÕESMARÍTIMAS ARMADOR homem que prepara navios para viagens, dotando-o de equipamento e de tripulação, nem sempre foi o comerciante marítimo ou proprietário do navio, no entanto, na Antiguidade o mais comum era ser as três coisas ao mesmo tempo. COMANDAN TE MARINHEI RO muitas vezes iniciado na comandante do profissão à navio, força. homem vulgarmente inculto que só chamado de conhecia bem a capitão, era sua profissão geralmente um experimentado A bordo cuidava das velas, dos marinheiro. cabos e fazia um sem-número de funções variadas. MESTR E era um experimentado marinheiro cuja atribuição principal era a manobra do velame e a supervisão geral do convés. PILOTO que às vezes era o próprio capitão; seu mister era a navegação e, para isso, tinha conhecimento s técnicos acima da maioria do pessoal. Comparação entre o Navio Mercante e o Navio de Guerra Antigo: O NAVIO MERCANTE era lento e bojudo o NAVIO DE GUERRA era rápido e esguio. O Mercante pretendia transportar o máximo possível de carga com um mínimo de custo operacional, o Navio de Guerra queria chegar o mais rapidamente junto do inimigo para combatê-lo, pouco importando quanto custasse isso em termos de dinheiro. Mercante tinha uma tripulação pequena, Navio deCcombate levava, em média, 200 (GRANDE). Navio de Guerra era caro, que só os governos podiam manter. Os Mercantes eram conhecidos por “navios redondos”. Os Navios de Guerra conhecidos com “navios compridos”. O navio de guerra egípcio, do qual temos a melhor descrição entre os mais remotos, tinha pouca boca, o que lhe valeu ser chamado de “navio comprido”, pois, ao contrário do mercante, era bem mais estreito. Tinha o fundo chato, fazia com que oferecesse pouca resistência à água. Sua propulsão principal era o remo. possuíam também velas, cujos mastros eram arriados na hora da batalha para evitar que sua queda atingisse os ocupantes do navio. As velas eram usadas nas travessias longas, longe do inimigo, na necessidade de bater em retirada para aumentar a velocidade de fuga; de fato, “içar as velas” era, no combate, sinônimo de “fugir”. Por causa do seu fundo chato e de sua pouca resistência aos temporais, os navios de guerra não fundeavam como os mercantes; eram puxados para terra, ficando em seco. Essa circunstância ocasionou algumas “batalhas navais” travadas em terra, quando acontecia de um inimigo atacar a esquadra antes que os navios pudessem ser postos a flutuar. Os principais eventos ocorreram na Batalha de Micale (479aC), na qual os gregos venceram os persas, e na Batalha de Egos-Pótamos (405aC) em que os espartanos venceram os atenienses. O mais importante navio de guerra eram os Trirremes. (25 metros de comprimento por apenas seis metros de boca.) A principal arma eram os “ESPORÃO”, “ARÍATE” OU “ROSTRUM”. ESTES FORAM APERFEIÇOADOS PELOS POVOS FENÍCIOS QUE AS REVESTIRAM DE BRONZE. O ateniense Formion foi o primeiro General do Mar “primeiro Almirante”. Vencedor dos espartanos e seus aliados em vários combates, principalmente na batalha do golfo de Corinto (429 aC), quando fez inteligente manobra antes de atacar. É considerado o pai da tática naval, que, depois dele, passou a ser feita pela que depois de estudar um dos navios fenícios. . isto é. o canhão. o fogo. A abordagem era a principal técnica utilizada nos combates navais na Antiguidade. A hegemonia da arma ESPORÃO foi quebrada pelos romanos. construíram o “CORVO” que era uma espécie de prancha com um bico curvado que ao se aproximar do navio inimigo jogava-se essa prancha que então prendia o navio inimigo ao seu navio e que ainda servia para passar seus soldados embarcados para a bordo do navio inimigo. só no século XIV surgiu o terceiro elemento.combinação de choque e movimento. compreendendo os povos fenícios. situados na Arábia Meridional. Mesopotâmia (“Terra entre Rios” – Tigre e Eufrates) denominada de Oriente Próximo. devido a transferência da capital para a cidade de Saís. Sociedades hidráulicas usava a irrigação. que possuía regimes de cheias que fertilizava as terras às suas margens. o linho e o papiro. egípcios e a Mesopotâmia. Servidão coletiva – a população trabalha para o seu governo. e Antiguidade Ocidental ou Clássica. partindo de Lisboa. Após as conquistas realizadas nas costas asiáticas. Esse período foi conhecido como Renascimento Saíta. onde navegadores fenícios fizeram o périplo africano. persas. com o fim de estabelecer relações diretas de troca com os países do Ponto (Ponto Euxino ou Mar Negro). em 1498. Agropastoris (cereais e animais) Comécio mercantilismo (primeiro capitalismo) Centralização do Poder. mas se beneficiando das margens do rio Nilo. Egito (Faraó). ex. Seu filho com o imperador romano Júlio César foi o último faraó ptolomaico. Asiático e Europeu (3 CONTINENTES). abrangendo o continente Africano. sendo os principais produtos o trigo. com Ramsés II. por força do próprio progresso. Antiguidade Oriental. A expedição naval mais importante foi favorecida pelo Faraó Necao. para o Norte. O Egito antigo se caracteriza. CARACTERÍSTICAS COMUNS ENTRE OS POVOS DO ANTIGO ORIENTE: fenícios. Religião – politeísmo (exceto hebreus que eram monoteístas). Artesanato: cerâmicas e foi a primeira indústria da história. o governo interveio por diversas vezes no comércio por meio de expedições navais em que o faraó tomava a iniciativa. foi o cenário para o florescimento das principais nações que compreenderam este período. Esse domínio por Alexandre “O Grande”.CARACTERÍSTICAS DOS POVOS DA ANTIGUIDADE (ORIENTAL /LESTE) A região compreendida pelo Mar Mediterrâneo. egípcio E Mesopotâmia. ou mais exatamente para o delta Oriental. hebreus. à qual pertenceu Cleópatra. a Leste ou ao Oriente. tendo todo o Egito caído nas mãos dos romanos de modo definitivo. Repetido vinte séculos mais tarde por Vasco da Gama. participando povos como os gregos e romanos. o algodão. persas. o centro político do Egito se transportou. a Oeste. As primeiras civilizações 4 surgiram nesse cenário até a região compreendida pela Mesopotâmia (“Terra entre Rios” – Tigre e Eufrates) denominada de Oriente Próximo. Oriente médio/ norte da África (crescente fértil). A principal atividade do povo egípcio foi sempre a cultura dos campos e a criação de animais. como uma nação continental que se desenvolveu inicialmente livre da influência das rotas oceânicas e que. . sob o ponto de vista marítimo. um animado tráfego interior cujo centro foi Pelusio. navegador português. hebreus. O Mediterrâneo (terra do meio) foi a principal via de formação das culturas ocidentais e de várias asiáticas e africanas. cidade solidamente fortificada que ficava perto da fronteira oriental. Escravidão – por guerras ou dívidas A Civilização Egípcia: Instalada no extremo nordeste da África em região desértica. instaurou uma dinastia de origem macedônica chamada ptolomaica ou lágida. foi levada a participar cada vez mais das atividades nos mares. Conquistaram os amonitas e trocaram a capital Babilônia por Níneve. SUMÉRIOS – invenção da escrita cuneiforme. Em termos políticos principal fator de unidadena Mesopotâmia esse fator era a cidade. Fenícios. ACADIANOS . nomos e o faraó acima de tudo. Receberam em troca dos egípcios o monopólio do comércio marítimo sobre o mediterrâneo e o mar vermelho. Religião dualista – deus bom e deus mau. Povo mais antigo que achou na indústria e no comércio seu principal interesse econômico. hoje a Grécia. AMONITAS – fundou a primeira Babilônia. Povo marítimo. Cativeiro dos hebreus. O monte Líbano fornecia madeira de construção naval. que incluía aldeias. Herdou as terra de CRETA (ilha Creta). Logo. Unidade – Cidades.seu rei Sargão I. conquistou e unificou a Suméria. Dominaram o mediterrâneo ORIENTAL até o estreito de Gibraltar (colunas de Hércules). sendo resultado de uma divisão conhecida com Diáspora. ligando o povo hebreu ao mar. BAIXO E ALTO EGITO: no período do faraó Menés que unificou o Egito. na Mesopotâmia a identidade era dada pela cidade à qual os indivíduos pertenciam. Já seu filho sucessor Cambrises deu início ao período de centralização do Poder autoritária e de submissão aos povos conquistados. As Costas oferecia uma série de portos naturais. Sidon tornou-se metrópole do seu império marítimo. Alto Egito na parte Sul do Egito conquistou o Baixo Egito na parte Norte. CALDEUS – medos e persas – rei Nabucodonosor. Os judeus são parte do povo hebreu. na região conhecida como Crescente Fértil. onde construíam suas cidades. Arte bélica muito forte. 1º código de leis conhecido como Código de Hamorabi. PRINCIPAIS POVOS DA MESOPOTÂMIA: SUMÉRIOS – PERSAS – HEBREUS - ACADIANOS – AMORITAS – ASSÍRIOS – CALDEUS. que ficam no atual Iraque. Atual Irã. Ex. Povo fenício Local Mar Mediterrâneo – Líbano (Ásia Menor). tornaram-se ponto de apoio mercantil. HEBREUS – como legado o monoteísmo e raíz do pilar para o cristianismo e islamismo. através do conflito entre Alto e Baixo Egito. Criadores do alfabeto fonético. CIVILIZAÇÃO MESOPOTÂMICA A Mesopotâmia se situa no Oriente Médio entre os rios Tigre e Eufrates. enquanto os egípcios entendiam-se como parte de algo maior.Estados Política – TALASSOCRACIA ( governo de homens do mar (comerciantes marítimos – elite)). Principais cidades-estados – Beirute – Tiro – Sidon – Aca. PERSA – maior florescimento no período de Dario –I. . Que com a lei de Talião (olho por olho). Rei Ciro (559 – 529 aC) tinha ideias expansionistas que convivia com seus inimigos depois das conquistas. ASSÍRIOS – violentos com os inimigos. que dividiu o império em Satrápias (sátrapas eram encarregados da cobrança de impostos ao imperador). Motya e Solans. Muitas vezes. e conservaram entre si uma autonomia. os fenícios resistiram ferozmente às invasões. A potência econômica fenícia foi arruinada pela conquista macedônica e pela fundação de Alexandria cerca de 332aC. Para a guerra construíam navios longos e afilados. e à intensa atividade comercial exercida por seus habitantes. Na Sicília. As cidades fenícias não se comunicavam facilmente uma com as outras. . os fenícios estabeleceram numerosos empórios na parte ocidental do Mediterrâneo. que estavam bem colocadas para curtas travessias à vela em direção a Cartago. do lado ocidental do Mediterrâneo e de frente à península 17 Itálica. Gália. Cartago se tornou a mais poderosa das colônias fenícias do Ocidente. Cartago. Forçados mais tarde pelos progressos da Marinha grega a se retirarem. Sicília. constituindo mesmo cada centro urbano uma unidade política independente. provocou a retirada gradual dos fenícios para o noroeste da ilha onde eles conservaram as cidades de Panormium (mais tarde Palermo). Depois que Tiro perdeu a primazia comercial e política em consequência do desastroso domínio assírio. pouco a pouco. nos pontos do litoral onde havia os melhores portos naturais. na Espanha. Sardenha e ilhas Baleares. a não ser por mar. Cartago a substituiu na proteção das colônias fenícias e se converteu no centro de um verdadeiro império marítimo e comercial. A própria Cartago. porém. Para proteger a rota mercantil de Gades (Cádiz) e de Malaca (Málaga). foi fundada por imigrantes que fugiam ao domínio estrangeiro ou a lutas internas. Itália. no norte da África. A Civilização (Fenícia) Cartaginesa: Graças à sua situação geográfica favorável. Malta. Também foram em navios fenícios que os persas procuraram disputar aos gregos o domínio do mar Egeu no decorrer das Guerras Medas. Córsega. favorecidas pela posição de suas cidades. A opressão de estados mais poderosos talvez tenha concorrido para incrementar a expansão marítima fenícia. Ela era o único grande centro africano ao qual afluíam as caravanas do interior do Continente Negro. criaram estações marítimas na Sicília da mesma forma que na Tunísia. o avanço dos colonos gregos no começo do século VIII aC. Venciam o vento contrário por meio de velas largas e grandes remos. herdou o comércio fenício. que já possuía o comércio do Mediterrâneo Ocidental. Ainda foram os fenícios os primeiros a aproveitarem no mar as observações astronômicas de que os outros povos se serviam para adivinhações. a mais importante de suas colônias. geralmente construídas em ilhas ou em penínsulas de fácil defesa. das ilhas dos arquipélagos do mar Egeu. esta já uma cidade florescente. ao que parece. favorecendo o contato marítimo destas comunidades e levando ao atraso as comunidades continentais. na Sardenha. nas costas meridionais da Espanha e em toda África do Norte até a Cirenaica. Estado Púnico possuir uma frota mercante e militar inteiramente nacionais. A Civilização Grega: Uma das características físicas fundamentais da Grécia é a íntima penetração entre o mar e a terra. por sua vez. tornando uma necessidade de primeira ordem. Assim. atraiu bem cedo o favor e o apoio das populações submetidas ao jugo marítimo de Cartago. habitantes do norte da península Balcânica. A esse respeito. com grande dano para esta. As invasões dórias impuseram um violento domínio. que eram constituídas por mercenários. eólios e jônios. posteriormente. considerando que os gregos no século VaC não se aventuravam no Mediterrâneo Ocidental. Pode-se dizer que a política cartaginesa do monopólio do mar deu resultados surpreendentes. ao contrário das forças de terra. colônias e portos estrangeiros. As forças de Cartago aumentaram mais ainda nas sucessivas lutas e era espantosa a rapidez com que suas perdas eram substituídas. Cartago exercia hegemonia na Sicília Ocidental. convém notar a viagem marítima realizada por Hannon ao longo da costa ocidental da África. A sua base principal era a própria Cartago. avança no elemento líquido. sobretudo marítimo. pregado pelos romanos durante a luta com o estado cartaginês (Guerras Púnicas). foi o elemento mais importante da economia cartaginesa. dedicando-se às atividades rurais. graças à padronização dos meios navais. em incontáveis ilhas e penínsulas. O relevo e o isolamento das localidades facilitaram a organização de cidades-estados autônomas. pelos dórios. a terra firme. A consequência desse fato foi o desenvolvimento marítimo das comunidades insulares e o atraso para as comunidades peninsulares ou continentais.. O que faltava era . nas ilhas do mar Egeu e no litoral da Ásia Menor. forçando a população a um processo que ficou conhecido como Primeira Diáspora Grega. É fácil compreender como o princípio do mar livre (mare nostrum). Enquanto pelos golfos sumamente ramificados que oferecem admiráveis ancoradouros o mar penetra profundamente no país montanhoso. no sul do mar Egeu. No século XV aC ocorreu uma onda invasora formada pelos aqueus e. retirando grande parte da população grega do continente para as ilhas. principalmente trigo. A origem da civilização grega está intimamente ligada à ilha de Creta. Para ele afluíam todos os produtos transportados dos empórios. o porto de Cartago se tornou o grande mercado do Mediterrâneo Ocidental e o ponto de cruzamento de todas as vias marítimas pelas quais refluíam em seguida para a periferia as mercadorias importadas. Cartago herdou todo o comércio fenício porque a potência econômica fenícia foi arruinada pela conquista macedônica e pela fundação de Alexandria cerca de 332 aC. com solo pobre e difícil à comunicação interna. foi pelo comércio que desempenhou papel proeminente na história do Mediterrâneo Ocidental. Foi graças ao intercâmbio que Cartago teve prosperidade. V aC não conquistou o Mar Negro. Para atingirem o império absoluto do comércio do Mediterrâneo. No séc. Por outro lado. os cartagineses fizeram de sua cidade um porto privilegiado. O baixo rendimento da agricultura grega tornou na antiguidade a importação de grãos. obrigando a deixarem a vida urbana e comercial. se concentrou no sul da península Balcânica. não é menos certo que o tráfego. Os novos itinerários marítimos descobertos pelos exploradores cartagineses eram mantidos secretos. nas ilhas Baleares. a Grécia sempre foi um país de escassa extensão. de importância capital para Atenas. atingiram o Ponto Euxino (mar Negro). foram repelidos pelos gregos para fora do mar Egeu. antigos senhores do tráfego marítimo do Oriente para o Ocidente. da costa da Trácia e à grande rota dos estreitos do Ponto Euxino. selou o destino dos persas. Esta Batalha foi a primeira batalha naval de larga envergadura registrada na história humana. A consequência desse fato foi a difusão da cultura grega (helenismo) por todas as áreas do entorno da península e dos conhecimentos náuticos das populações marítimas que viviam nas ilhas gregas. Saindo das ilhas e passando para o continente. Tal atividade marítima não se explicaria se a arte de navegar e a organização material dos portos não tivessem atingido certo desenvolvimento. do Ponto Euxino e do mar Jônio. O mar Tirreno assistiu a luta dos gregos contra os cartagineses e etruscos. sendo chamado esse processo de Segunda Diáspora Grega. No século VaC. Fundaram numerosas colônias no Mediterrâneo Oriental e no Mediterrâneo Central. pois assegurava em grande parte seu abastecimento de cereais e de peixe seco. diante de Atenas. O desenvolvimento do tráfego marítimo acarretou. sendo chamado esse processo de Segunda Diáspora Grega. logicamente. não guardando a supremacia naval a não ser na costa da África e oeste do Grande Syrte e nas paragens das Colunas de Hércules (Cartago). em um processo de colonização grega na península balcânica e no mar Negro. A continuidade da expansão demográfica e a permanente escassez de terras na Grécia fizeram com que os excedentes populacionais buscassem outras áreas para sua sobrevivência. ou menos até o fim do século VIIaC. fundando a cidade de Veneza. ou penetrarem no Adriático e avançarem até Hadria e o país das Bocas do Pó . Marselha e seus vizinhos. que. Para leste. marcavam os pontos extremos do comércio helênico a Oeste. que as colônias se comunicavam com a mãe pátria. os navegantes podiam rumar direto para oeste em direção à Sicília. os gregos saíam do mar Egeu entre Creta e Rodes. escalonados entre Nice e Rosas. Em direção ao sudeste. Para o Nordeste seguiam as linhas de cabotagem que serviam as colônias da Macedônia. pelos Dardanelos e o Bósforo. a cidade e porto de Pireu havia se transformado no centro de um sistema de vias marítimas. principal rio da parte oriental da Itália onde floresceu uma das principais comunidades pertencentes a este povo. ou aproar a Noroeste para atingirem a Grande Grécia. mais uma vez. a Grécia asiática que se ocupava do litoral ocidental da Ásia Menor. os gregos se espalharam em todos os sentidos no Mediterrâneo. cujas cidades se agrupavam no sul da Itália e na maior parte na Sicília. da Calcídia. através do mar Egeu e das Cícladas os navios que saíam do Pireu ganhavam as ilhas e os principais portos da Ásia Menor. a prosperidade das cidades portuárias. Essa supremacia das esquadras nas rotas marítimas teve por efeito transformar a economia grega superando a sociedade fenícia. os atenienses trocavam o azeite da Ática pelos cereais da Cítia. . Paulatinamente. podendo-se dizer quase de linhas de navegação regular. A derrota na grande Batalha Naval de Salamina. Depois de dobrarem os pontos meridionais do Peloponeso. Era pelo mar. penetraram além do estreito de Messina no Mediterrâneo Ocidental. e a Grande Grécia. aos portos fenícios e ao empório ativo e próspero de Neucrates. iam a Chipre. A ardente rivalidade das potências marítimas e coloniais deu então um vivo desenvolvimento à navegação. saindo das ilhas e passando para o continente. Rio Pó. e só por ele. se retiraram sem terem conseguido tomar a Grécia. conhecida como La Serenissima. importado quase exclusivamente por via marítima e provinha do Ponto. os fenícios. particularmente entre os anos de 461aC e 429aC. quando Esparta venceu. Assim como a ruptura das linhas de comunicações marítimas pode implicar a derrota de forças terrestres. como das cidades-estados fenícias e de localidades gregas da Ásia Menor. Durante anos espartanos e atenienses se enfrentaram. cada uma com os respectivos aliados. Após o término das Guerras Medas. por fim. para conquistar o império persa. Atenas passou a administrar os recursos de Delos. mas também entre as cidades aristocráticas que não se alinhavam com Atenas. quando saiu para a Ásia Menor. Esparta foi. . que testemunhou a total destruição da gigantesca. Temístocles. Durante as guerra medas. tendo Esparta à frente delas. os gregos perseguiram os persas até a Ásia Menor. A vitória na batalha de salamina representou o domínio ateniense sobre a península Balcânica até o fim do século VaC. potência terrestre. e o curto império de Atenas pereceu. uma união militar contra os persas e adquiriu esse nome porque as cidades membros da Liga pagavam tributos e impostos que eram depositados na ilha de Delos. a frota grega foi primeiramente dirigida contra Chipre e Bizâncio a fim se perseguir os persas. Sob o comando de Cimon. se tornando líder da Liga. e o século VaC. 449aC). encerrando o conflito em 404aC. assim. a fim de sustentar a frota e os exércitos conjuntos de todas as cidades-estado. o Grande. Dois grandes desastres: o primeiro foi a perda nas batalhas em Siracusa (413aC) e o segundo em Egos-Potamos (405aC) causaram a desgraça. a batalha decisiva foi o grande encontro naval de Salamina (480aC). pode-se neutralizar ou eliminar a ação marítima por operações terrestres bem orientadas. as pólis gregas formalizaram uma aliança conhecida como Liga de Delos. exemplo disso é a campanha de Alexandre. libertando diversas cidades gregas da região. A insatisfação contra o domínio ateniense existia não apenas nas cidades da Liga de Delos. O controle dos recursos de outras cidades abriu caminho para o apogeu ateniense. mas heterogênea27 armada de Xerxes pela frota dos atenienses. Batalha de Salmina. se distinguiu então no estabelecimento da supremacia naval ateniense. ficou conhecido como a Idade de Ouro de Atenas. e Esparta. Temístocles fez fortificar o Pireu porque havia reconhecido a comodidade de seu porto. impondo-lhes um tratado de paz (Paz de Cimon. Um vulto histórico. à chamada Guerra do Peloponeso entre Atenas. Estas logo se organizaram em aliança. por via terrestre. Essa transformação conduziu. império marítimo. quando a cidade era dirigida por Péricles. A Armada de Xerxes era composta pelos navios pertencentes às diversas nações que eles haviam conquistado. a primeira potência nitidamente terrestre cujos guerreiros bem aquilataram29 a importância da Marinha na luta contra o inimigo cuja principal fonte de recursos residia no mar. formando a Liga do Peloponeso ou Liga Espartana. a que substituiu os etruscos e os gregos. A criação de colônias reafirmou o caráter agrícola da política de Roma. que culminaram com a destruição de Cartago e o controle romano de vastos territórios espalhados por todo o Mediterrâneo. Exportava poucas mercadorias: madeira para a construção de navios e sal. acabou por vir chocar-se com a expansão militar e agrícola de Roma. porém. Entre 264 e 146aC. os gauleses da costa do Adriático e as milícias gregas de Pirro vindas de Taranto Roma adquiriu. Assim. Atenas faminta se rendeu pondo fim a um período que ficou conhecido como Guerra do Peloponeso. inclusive o pão e as vestimentas para os escravos e as mulheres. e que deveria bem cedo entrar em luta com o Estado de Cartago. Roma combateu: os ossos. Os romanos. produtores de trigo. a guerrear durante o fim do quarto século e a primeira metade do terceiro os sanitas. O apogeu dessas conquistas ocorreu com as Guerras Púnicas. esse período o Estado esforçou-se por criar uma base econômica essencialmente terrestre. Dessa forma. A civilização Romana: Possuíam poucos metais preciosos e faziam quase tudo em casa. o que Roma comprava no exterior era pouco. ocorreram três grandes guerras. Datam dessa época vários tratados firmados entre Roma e Cartago e as colônias gregas acerca das zonas de navegação para os respectivos navios. os etruscos. com o fito de assegurar a existência de uma massa demográfica de tendências conservadoras das quais. que a nobreza romana pôde vencer uma primeira vez Cartago. contra Cartago. fundada na pequena propriedade rural. ao mesmo tempo. A estratégia de Alexandre aí foi inversa da de Temístocles em Salamina. permitindo aos espartanos impor um bloqueio naval à Atenas. a partir de então. volscos e etruscos numa série de guerras que lhe permitiram estabelecer quatro novas tribos no seu território aumentado. antes que Roma se apoderasse dela. Guerras roma x cartago: Cartago logo pressionou os gregos da Sicília. em suma. Roma conquistou toda a península Itálica. Avançou sobre o litoral persa e dominou as bases da marinha inimiga. nessas guerras a alta soberania sobre toda a Itália. Roma pôde espalhar na Itália não somente sua influência e suas leis. passaram a participar do comércio do mundo e a procurar os refinamentos da civilização helênica melhor conhecida por causa das trocas mais frequentes com as colônias gregas da Itália meridional. em 406aC. as necessidades mais imediatas fossem satisfeitas. enquanto o rei espartano Pansanias cercava a cidade por terra. entregando-os aos generais adversários de Alcibíades que era o então comandante. Cartago estava situada no norte da África e dominava a ilha da Sicília. mas também sua raça e sua língua. que as consequências políticas foram as consequências econômicas e sociais dessas guerras. Esses generais levaram a esquadra para Aegospotami (Egos Potamos) onde foram massacrados pelo almirante espartano Lisandro. Mais importante. Já os romanos viam a Sicília como um prolongamento da península e tinham interesse em suas terras férteis. Após a batalha naval de Arginusa. impedindo-a de dispor dos recursos que só nesses pontos encontraria. a fim de manter essa ilha sob sua tutela. A ameaça . os membros rebeldes da confederação latina. os atenienses envoltos em confusões políticas internas executaram os comandantes de seus navios. o choque de imperialismos entre Roma e Cartago acabou por desencadear a guerra. Foi com esses camponeses que eram ao mesmo tempo soldados. os sabinos. Após seis meses de sítio. Entre os séculos V e IIIaC. pelo qual muito azeite e cereais eram exportados. por incúria. depois de vergonhosas derrotas. A conquista da Grécia. O primeiro triunvirato era formado pelos generais Júlio César.131aC. O período de 133. 1º triunvirato: e apenas Em 60aC. tão indispensáveis à Itália. Face ao perigo. Pompeu libertou o Mediterrâneo da ameaça pirata. e seu comércio passou para as mãos dos mercadores romanos. e enfim do Egito favoreceu uma importação considerável de cereais feita através dos portos da foz do rio Tibre. cartaginesa. Então os bandidos da Cilícia e da Fenícia entraram em ação. Feriram-se nos anos seguintes várias batalhas navais. como o da guerra contra Mitridate. mais tarde. pois perceberam que os cartagineses recuperavam rapidamente suas terras tomadas através de sua grande esquadra. a costa e as cidades contra a frota cartaginesa. nasceu o que se pode chamar o verdadeiro imperialismo romano. pondo a saque numerosas cidades costeiras. que agitou a República com problemas gerados pela sua própria expansão. A anexação ao Estado romano da Sicília. permanecendo remanescentes dos antigos ladrões dos mares em regiões afastadas. favoreceu em geral aos romanos. a derrota dos soberanos orientais Antíocus. foram inventados os "corvos". passou dos cartagineses para os mercadores italianos e romanos. gerou a grande crise que se iniciou em 264aC. Tornou-se a aglomeração tumultuosa onde a indústria. foram quase paralisados pela ação dos piratas. a vitória pertenceu aos que se deslocavam mais facilmente e mais rapidamente de um . da Ásia Menor. lhes aumentado o número e a riqueza. Essa política foi inaugurada pela terceira declaração de guerra a Cartago (149aC) e pela conquista da Macedônia e da Grécia. romanos tinham que se transformar em nação marítima. os quais reduziam a luta a combates corpo a corpo como em terra firme. levando Pompeu e Júlio César ao choque armado na disputa pelo poder. sobretudo porque acarretou na Itália o aparecimento da era mercantil na antiga sociedade agrícola. da Sardenha e. Com a conquista da Sicília. A serem fragorosamente derrotados por Cartago. que resultou na vitória de César. Sendo uma ilha (Sicília) o pivô da disputa. tais como as de Mile. os comboios de trigo. que dividiram entre si os territórios controlados por Roma. a guerra a se travar tinha que ser marítima. bem cedo os romanos compreenderam que era impossível conquistar e conservar a Sicília. Uma galera cartaginesa naufragada na costa romana serviu de modelo a copiar 30. e as encostas dos montes Apeninos forneceram a madeira necessária. aristocrática e guerreira. A fim de neutralizar a habilidade superior dos adversários. Roma cessou de ser a capital de um povo essencialmente agrícola em que a riqueza era fundada principalmente na propriedade rural e nos recursos agrícolas. o comércio dessa ilha. Cnemo. Mitridate e mais tarde Cleópatra asseguraram sua hegemonia nos mares orientais. Com essa guerra começou uma nova história de Roma e do mundo. depois de muitos esforços e de três anos de guerra. espécie de pontes com grampos que prendiam um navio ao outro. Não sendo a produção local bastante copiosa para atender a todas as exigências. Após uma pérfida declaração de guerra. Trepano e Egatas. Pompeu e Crasso. deixado suas frotas ao abandono. A vitória sobre Cartago fez Roma senhora do Mediterrâneo Ocidental. foi acidentado pela guerra civil. o comércio. dos territórios de Cartago. A morte de Crasso rompeu o equilíbrio. Cartago foi incendiada por Cipião Emiliano. o Senado elegeu uma verdadeira junta militar. a Marinha romana foi restaurada em regime de urgência. o Governo Senatorial de Roma tinha. aproveitando as ocasiões propiciadas por qualquer grave conflito. o tráfico e o dinheiro adquiriram uma importância antes desconhecida. entretanto. A primeira guerra Púnica durou cerca de vinte e três anos (264-241aC) e se desenrolou quase toda na Sicília. e Cartago tinha a vantagem. sem terem navios para se opor. foi necessário procurar fora do Lácio 31 o suprimento de farinha indispensável à alimentação das cidades. Em particular. Marco Antônio. Em 31 aC. Otávio conseguiu derrotar seus rivais. arrogando para si o título de (divino). em Constantinopla. a leste e junto ao mar Negro. desde os desertos da África e do Oriente Médio até as florestas do Europa Central. a luta suprema que presidiu e fundou o regime imperial foi decidida em uma batalha no mar. Pax Romana. Constantino (313-337): por meio do Édito de Milão. centralizando todo o poder político em suas mãos e. numa parte do império menos atingida pela crise do escravismo. Otávio e Lépido. Otávio inaugurou o Império Romano. As nações Felipe II tinha. A grande ação externa do rei Felipe II rei da Espanha após a União Ibérica com o pretexto de vingar a morte de Maria Stuart e reclamando direitos ao trono inglês. na Europa. e da distância. logo também entraram em conflito entre si. caracterizando assim o Baixo Império. comandadas por Agripa. Estabeleceu também uma segunda capital para o império. assim. e de Antônio. a Espanha perdeu. Dividiu o Império Romano em duas partes: do Ocidente (com capital em Roma) e do Oriente (com capital em Constantinopla). que contava com a participação de Cleópatra e de navios egípcios. Felipe II da Espanha enviou contra a Inglaterra a Invencível Armada em 1588. que por seu turno asseguravam a grandeza e o poderio de Roma. oficiais do exército. Ainda nos séculos XVI e XVII. a que se realizou em Ácio ou Actium. quase todo o território extra-peninsular e algumas ilhas nas Antilhas. portanto. Foi essa uma das grandes vantagens com que contou César. encerrando a violenta perseguição que lhes era impingida. entre outras coisas. Teodósio (378-395): transformou o cristianismo em religião oficial do império (Édito de Tessalônica). Esse esgotamento ocorreu em virtude. “o império onde o Sol nunca se punha”. . nomeando-se chefe da religião organizada. a civilização romana entra em crise. 2º triunvirato: Seus membros. entre as esquadras de Otávio. da própria dimensão territorial alcançada. Júlio César acabou sendo vítima de uma conspiração da elite e foi assassinado nas escadarias do próprio edifício do Senado. da pressão dos povos dominados e vizinhos.extremo ao outro do Mediterrâneo. Foi o período da período onde Roma realmente esteve acima das outras nações. a nova religião passou a ter um caráter subversivo para a estrutura política romana. custos e inviabilidade de novas anexações. pois em todos os continentes conhecidos da Terra havia áreas em que tremulava uma de suas bandeiras. Proclamando-se ditador vitalício. declarou a liberdade de culto aos cristãos. um A partir do século III da era cristã. na medida em que surgiam obstáculos naturais detendo os romanos. As Augustus rotas marítimas favoreceram os deslocamentos estratégicos. após o desastre da "Invencível Armada”. recebendo do Senado os títulos de Princeps (primeiro cidadão) e Imperator (o supremo). enfraquecendo o Senado. a captura de Gibraltar por Rooke e Shovel . quem ganhou foi a Inglaterra. originaram uma guerra de libertação que acabou sendo vitoriosa para os holandeses. isto é. todavia. e a França. acabou envolvendo diversos países europeus. A Questão de Sucessão do Trono Espanhol. Grã-Bretanha Um sistema complexo de sinais por meio de bandeiras ou luminosos. o mar do Norte a leste e o canal da Mancha ao sul deram à Grã-Bretanha condições privilegiadas para constituir-se como Império a partir de 1815 por ser uma grande potência naval. era um golpe muito sério para a Holanda. esgotados por tantos anos de luta. que havia auxiliado a Holanda na guerra anterior. baixado nesse ano. que Guerra de Sucessão do Trono Espanhol: O ataque ao Rio de Janeiro por Dugay Troin . ao desembarque de tropas no continente. a futura Holanda. apoiadas por uma forte marinha de guerra. os holandeses. ocorre a terceira e última guerra entre a Inglaterra e a Holanda. era muito desfavorável: fronteiras terrestres muito abertas e as principais rotas de navegação passando junto às costas inglesas. A França. .A supremacia comercial inglesa sobre os mares . cortar as linhas do inimigo dava imensa vantagem na batalha com navios de linha. O Atlântico a oeste. para manter abertos os portos ingleses e garantir o comércio marítimo. com a possibilidade de ascensão ao trono de Filipe Danjou.Os Trados de Utrecht. comandada por Lord Nelson . feitos do navio capitânia. a Inglaterra só organizou sua marinha de guerra como força militar independente e regular no reinado de Henrique VIII. Sua posição geográfica. desencadeou uma guerra entre a França e a Inglaterra. Na série de lutas entre a Inglaterra. foram obrigados a negociar a paz. Tendo relação com os fatos da duas correntes de pensamento estratégico [no início da Primeira Guerra Mundial]: Lorde Kitchener favorável à estratégia direta. Como exemplo dessa A Batalha Naval de Trafalgar. restringiu os direitos de outros países em favor da marinha mercante inglesa. no decorrer desses séculos. Holandeses: A inabilidade com que o Rei Filipe II tratou o problema religioso nos Países Baixos e debilidade da coroa espanhola após a derrota da Invencível Armada para a Inglaterra. príncipe francês. Apesar de brilhantes vitórias obtidas por Ruyter. potência terrestre. a Inglaterra era governada por Oliver Cromwell após a deposição temporária da monarquia. entre o final do século XVIII e começo do XIX. O emprego da Royal Navy seria secundário. Presente nos cinco continentes. país que vivia principalmente do comércio marítimo. Em contraposição as regras formalistas. era o fator vital que comandava a expansão europeia. Após dois períodos de guerra aberta. O Ato de Navegação. Nascia um novo país. a República das Províncias Unidas dos Países Baixos. para lutarem ao lado dos franceses. Em 1651. potência marítima. graças ao domínio dos mares. Tais fatos demonstram que O poder marítimo. A Holanda possuía nessa época as maiores frotas mercante e pesqueira da Europa. a Inglaterra teve seu poder ameaçado Nas ações dos Impérios Centrais a partir de 1914. guiava as diversas unidades. de caráter defensivo. aliou-se à Inglaterra. e em franca rivalidade com a Espanha. A guerra era um jogo ao qual verdadeiros profissionais se dedicavam por gosto. Aí travou-se a luta pelo mais amplo uso do mar entre dois países que já o utilizavam em grande escala Pode-se dizer que essa foi uma guerra em que o objetivo era grandemente econômico. finalmente. No dia 21 de outubro daquele ano. A França. Nelson bombardeou Copenhague e. e a da esquerda. entre o porto fortificado da também península e baía de Cádiz e o grande rochedo-fortaleza da baía de Gibraltar. a França procurou não disputar a hegemonia naval. encerradas em 1815. a Guerra de Independência Americana. potência marítima. à altura do cabo Trafalgar. no norte do Oceano Atlântico e ao sul da Península Ibérica. deu-se a Batalha de Trafalgar. a da direita. O resultado era inevitável. A outra pelo Almirante Barão Fisher de Kilverstone. depois de 100 anos de guerra no mar. seguindo um princípio mais centralizado. Os destinos da França e seu Império foram traçados na Batalha Naval de Trafalgar. Ele foi o primeiro a compreender a importância do poder marítimo para garantir a influência internacional da França. mas obter uma superioridade momentânea no canal da Mancha. por Richelieu quando ministro de Luiz XIII. navegava Villeneuve. Depois do exílio de Napoleão surgiu um novo período imposto pela marinha inglesa aos povos denominado Pax Britannica. que é o mais característico das diferentes medidas tomadas por Richelieu. onde puseram em debandada as forças franco-espanholas e retomou o domínio dos mares. Entre suas ações administrativas está A criação do Regulamento Marítimo. França: O primeiro monarca francês que se interessou pelas aventuras ultramarinas foi Francisco I. iniciando um período de supremacia naval inglesa absoluta por cem anos. Durante a investida francesa sobre a Inglaterra. Em meados do século XVIII. o triunfo da Inglaterra parecia garantido. por ocasião de qual conflito das Guerras Napoleônicas. começou um novo período de adversidade. para estimular e proteger eficazmente o comércio francês. onde a vitória da Inglaterra acabou com as pretensões da Armada Franco-Espanhola. o comércio ultramarino britânico expandiu-se extraordinariamente a despeito dos corsários franceses. em linha. cuja marinha estava outra vez no apogeu. Os franceses. a partir de então. um fato foi notadamente responsável pelos rumos da guerra. Lorde Fisher encontrava no emprego da esquadra britânica a chave do êxito para a grande luta. levou à guerra duas das maiores potências marítimas da Europa no século XVII. próximo da costa da Espanha. A atividade desenvolvida por Henrique IV no domínio econômico foi continuada. relacionado à história marítima de Portugal: Os armadores franceses iniciaram um vigoroso contrabando de pau-brasil no Atlântico Sul. O problema da terceira bandeira e o protecionismo inglês traduzido no Ato da Navegação. quando foram surpreendidos por Nelson. Aproavam as grandes . opunha-se à Inglaterra. Na Batalha Naval da Jutlândia ocorreu a tentativa do encontro decisivo entre as esquadras inglesa e alemã durante a Primeira Guerra Mundial. vindo a dominar o tráfego marítimo. comandou forças navais para os patriotas norte-americanos. Inglaterra e Holanda estavam voltadas para o mar e incrementaram suas marinhas mercante e de guerra. vindo do oceano com duas colunas paralelas em ortogonal. comandada por ele mesmo. pelo ViceAlmirante Barão Cuthbert Collingwood. de 1651. mais o espanhol Almirante Frederico Gravina. Fisher via a grande ameaça que a marinha alemã causava aos interesses ingleses. em 1805. vindo Nelson a morrer no campo de honra. em 1775 as colônias norte-americanas se revoltaram. Ele determinou em 1523 as viagens à América de Verazzani. potência terrestre. Durante os dez anos de guerra da Primeira Coligação (1792-1802). Quando. Em 1801. florentino a serviço da França. onde. a superioridade naval absoluta da Inglaterra só foi conquistada séculos mais tarde. porém. o declínio do comércio mediterrâneo e o monopólio comercial marítimo das cidades italianas foram fatores que forçaram a busca de novas rotas de comércio paras as nações em desenvolvimento.a incursão do navegante de Florença Filippe Strozzi. em Londres. as senhoras dos mares da época. que logo resultou .a invasão do Rio de Janeiro por Villegagnon em 1555 . o que não o impediu de realizar verdadeiros milagres até a data de sua morte.a França Equinocial. os reis tentaram preservar o status político da nobreza.No Antigo Regime. Outros territórios europeus também se apresentavam fragmentados. começou-se a armar navios para ousadas expedições que seguiam nas esteiras das frotas portuguesas e espanholas. com o título de condestável. a guerra. forçando um confronto de navio contra navio. embora debalde. . inclusive os vastos territórios que faziam parte do Sacro Império RomanoGermânico. Como parte da história da França a esse respeito temos como exemplo: as viagens em 1523 à América do navegante de Florença Verazzani . por meio de seus representantes. o que tornou a centralização monárquica um verdadeiro prérequisito para a expansão marítima. para o Brasil. em 1683. os interesses da burguesia comercial. 2. a unificação precoce de Portugal contribuiu decisivamente para as primeiras iniciativas na expansão marítima europeia. depois da Inglaterra. no Rio de Janeiro .Com o declínio da Holanda. e mais uma fileira britânica fechava a saída para o norte. em 1583. assinava. D. desde a Guerra dos Cem Anos. Uma dessas expedições foi aprisionada pela esquadra portuguesa de Antônio Correia na costa espanhola da Andaluzia. criar uma esquadra para seu país. fechando os portos do Reino aos navios ingleses e resolvendo mandar o primogênito. em 1660. Em 22 de outubro. “França e Inglaterra estiveram envolvidas na Guerra dos Cem Anos até o século XV. por intermédio de seu representante M.” 1. nas cidades marítimas francesas da Normandia e da Bretanha. encontrou-se perante uma marinha praticamente inexistente. somente expulsos completamente da península Ibérica em 1492.embarcações inglesas sobre as francesas e espanholas. A partir do século XVI. ao mesmo tempo em que acomodavam. o princípio do "Uti Possidetis" (usucapião). a França tornou-se a segunda potência marítima do mundo.Inglaterra e França sempre foram rivais em terra e no mar. Napoleão Bonaparte intimou a 12/08/1807. Travou-se a formidável batalha de Trafalgar que representou O início do domínio marítimo da Inglaterra sobre todos os mares do globo.. sobre o desenvolvimento naval francês: A marinha francesa lutou contra a Holanda no final do séc.A empreitada de enfrentar a desconhecida navegação no oceano Atlântico exigia investimentos de vulto. Pedro. de Rayneval. núcleo de colonização efetuado em 1612. o Cardeal Richelieu tinha tentado. por espírito de aventura e desejo de lucro. 3 . Portugal e Espanha ainda afirmavam que a posse da terra descobertsa só se concretizava quando a nação que a reivindicasse a ocupasse efetivamente. Assim. sendo aprisionada a nau: La Pélerine. que Portugal aderisse ao bloqueio. na estrutura de poder vigente. uma Convenção Secreta com a Inglaterra. João respondeu-lhe com evasivas e procurou ganhar tempo. XVII. Colbert subiu ao poder. Quando. o que retardou o processo de centralização monárquica nos dois países.A peste. Na primeira metade do século XVII. . D.As pretensões francesas de poder no mar sempre esbarraram em sua continentalidade. onde permaneceria resguardado. A Espanha ainda enfrentava os muçulmanos. cujas finanças se mostravam cada vez mais necessárias aos negócios do Estado. assinou com a Espanha o Tratado de Fontainebleau.em ocupação da ilha da Madeira pelos ingleses. A 27 de outubro de 1807. extinguindo a monarquia portuguesa. . a ação do Estado francês.” Em face da indecisa atitude do regente português. Napoleão deliberou invadir o Reino luso.