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May 13, 2018 | Author: Fabiano Cordeiro Silva | Category: Postharvest, Food Preservation, Extraterrestrial Life, Metabolism, Aluminium


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TÍTULO DO PROJETO: CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE ANONÁCEASCOM USO DE 1-MCP, ATMOSFERA MODIFICADA E REFRIGERAÇÃO Região: Semi-árido Categoria: Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (P&D) Tema: Fruticultura Atividade: Fisiologia e manejo pós-colheita de frutos I - ENTIDADE DE PESQUISA Entidade Proponente: Universidade Federal de Viçosa Sigla: UFV CNPJ: 25.944.455/0001-96 Natureza Jurídica: Fundação de Direito Público Fone: (31) 3899-2100 FAX: (31) 3899-2108 Site na Internet: www.ufv.br Titular: Carlos Sigueyuki Sediyama Cargo: Reitor ENDEREÇO: Logradouro: Reitoria - Av. P. H. Rolfs Número: s/n Complemento: Campus Universitário Bairro: UFV Cidade: Viçosa Estado: MG CEP: 36.570-000 II - ENTIDADE PARCEIRA Nome: Universidade Estadual de Montes Claros Sigla: UNIMONTES CNPJ: 22.675.359/0001-00 Fone: (38) 3821 2756 Fax: (38) 3821 2756 Site na Internet: www.unimontes.br Titular: Paulo César Gonçalves de Almeida Cargo: Reitor RESUMO A pinha apresenta uma vida útil pós-colheita muito restrita, sendo importante a adoção de técnicas de conservação que minimizem o seu intenso metabolismo e, por conseguinte, reduzam as perdas pós-colheita. Desta forma o presente trabalho teve por objetivo prolongar o período de conservação pós-colheita de pinhas produzidas na região Norte de Minas Gerais, por meio do uso de 1-metilciclopropeno (1-MCP) e da atmosfera modificada com o uso de poli cloreto de vinila (PVC), em associação com armazenamento refrigerado. Os frutos foram colhidos e transportados para o Laboratório de Pós-colheita da Universidade Estadual de Montes Claros/Campus de Janaúba, onde foram selecionados. Em seguida, os frutos foram colocados em caixas plásticas herméticas de 0,186m 3 e submetidos a 0, 250, 500 e 750 ηL.L-1 de 1-metilciclopropeno (1-MCP), por 8 horas, a temperatura ambiente. Após, metade dos frutos foi acondicionada em grupos de três, em bandejas de poliestireno, envoltos por filme de PVC de uso doméstico, seguindo-se de armazenamento a 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR em câmara fria, onde permaneceram armazenados por 20 dias (frutos sem embalagem) e 28 dias (frutos embalados). Os frutos foram retirados da câmara em intervalos de quatro dias e utilizados para análises quanto à perda de matéria fresca, produção de CO2, teor de sólidos solúveis totais, acidez total titulável, consistência da polpa, vitamina C, açúcares solúveis e amido. O experimento foi conduzido em parcelas subdivididas, tendo-se nas parcelas as quatro doses de 1-MCP , nas subparcelas, os seis períodos de amostragens para frutos sem embalagem e oito períodos para frutos embalados, sendo a unidade experimental constituída de três frutos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com três repetições. Os dados foram analisados pelo programa SAEG por meio das análises de variância e regressão. O uso do filme plástico associado à refrigeração e as doses mais elevadas de 1-MCP (500 e 750 ηL.L-1) permitiram a conservação de pinhas até o 28ºdia de armazenamento. Frutos tratados nas doses mais altas de 1-MCP sob refrigeração sem utilização da embalagem permaneceram em boas características para consumo até o 20° dia de armazenamento. O uso de 1-MCP em ambos os tratamentos, frutos embalados ou não, foi eficaz na retenção da firmeza e evolução dos teores de sólidos solúveis totais. 1. INTRODUÇÃO O Brasil ocupou a terceira colocação na classificação dos principais países produtores de frutas em 2005, com a quantidade de 41,2 milhões de toneladas, representadas principalmente pelas culturas da laranja, banana, coco, abacaxi, mamão, castanha-de-caju, caju e castanha-do-brasil, perdendo apenas para a China e Índia, primeiro e segundo maiores produtores mundiais de frutas, respectivamente. (FAO, 2006). Atualmente, o cultivo da pinha representa uma excelente atividade econômica para muitos municípios da área de clima semi-árido, contribuindo para fixação de trabalhadores rurais no campo, garantindo emprego e receita para esses municípios (BRAZ, 2004). A pinha, ata ou fruta-do-conde (Annona squamosa L.) é cultivada em escala comercial em várias regiões brasileiras, com 6.625 há cultivados, sendo a região Nordeste responsável por 93,23% deste total. O principal produtor nacional é o Estado da Bahia, seguido de Pernambuco e Alagoas (IBGE, 2005). O cultivo comercial das anonáceas se dá de forma bastante regionalizada em decorrência das exigências climáticas de cada espécie e, até de hábitos de consumo no país. (NOGUEIRA et. al, 2005) O norte de Minas Gerais se destaca cada vez mais no cultivo de fruteiras, seja pelas suas condições climáticas, seja pela disponibilidade de água para irrigação. Dentre a diversidade de frutas produzidas na região, é notável a crescente demanda pela pinha como resultado dos excelentes preços obtidos pela fruta no mercado e pela excelente aceitação pelos consumidores. Por ser climatérica e apresentar metabolismo intenso, a pinha apresenta uma vida útil pós-colheita muito restrita, sendo importante a adoção de técnicas de conservação que minimizem o seu intenso metabolismo e, por conseguinte, reduzam as perdas pós-colheita, que atingem até 20% do volume produzido no Brasil (SOUSA, 2005). Na redução dos processos metabólicos em frutos, a refrigeração é o método mais eficaz, pois reduz a respiração e a biossíntese de etileno, hormônio produzido naturalmente durante o amadurecimento do fruto, além de reduzir a taxa de crescimento de microrganismos (DANTAS et al, 2005). Paralelamente à refrigeração, convém destacar o uso da atmosfera modificada, amplamente utilizada na preservação da qualidade de produtos vegetais, contribuindo também para o decréscimo de perdas pós-colheita, através da redução da atividade metabólica e da perda de água, melhorando seu aspecto comercial (LANA & FINGER, 2000). Todas as técnicas utilizadas para prolongar a vida útil dos frutos estão baseadas no controle do etileno. O 1- metilciclopropeno foi adicionado à lista de opções utilizadas para a manutenção da qualidade e extensão da vida útil pós-colheita de produtos vegetais, por agir como antagonista da ação ao etileno ocupando seu receptor e impossibilitando sua ação (DANTAS et al., 2005). A associação de várias técnicas de conservação poderá ser eficiente para assegurar a qualidade da pinha e possibilitar o seu transporte para mercados mais distantes. 2. OBJETIVO Prolongar o período de conservação pós-colheita de pinhas produzidas na região Norte de Minas Gerais, por meio do uso de 1-metilciclopropeno (1-MCP) e da atmosfera modificada com o uso de poli cloreto de vinila (PVC), em associação com armazenamento refrigerado. 3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1- Descrição do fruto A pinha é um sincarpo arredondado, ovóide, esférico ou cordiforme, tem de 5 a 13 cm de diâmetro, composto por carpelos muito proeminentes na maioria dos cultivares, cobertos externamente de saliências achatadas em forma de tubérculo regularmente exposto, mas existem exemplares com frutos mamelanados e ainda lisos. Os carpelos são separados na base por uma linha creme alaranjada ou roxa, característica do cultivar. A superfície é verde-escura, coberta no início do desenvolvimento do fruto por um pó esbranquiçado. Podem existir frutos de coloração amarela ou roxa (MANICA, 2003). 3.2- Desenvolvimento dos frutos De acordo com Alves et al. (1997), a graviola e os frutos de anonáceas apresentam um padrão de desenvolvimento sigmoidal duplo. Para a pinha, Pelinson et al. (2002) observaram uma primeira fase de crescimento uniforme e acelerado do florescimento até o 49º dia após a polinização, atingindo 77% do tamanho máximo. A seguir, houve uma fase intermediária, do 49º até 77º dia, com taxa de crescimento reduzida e uma última fase, com desenvolvimento acelerado, no período compreendido entre 77º dia até a colheita, que ocorreu no 91º dia após o florescimento. Pal e Kumar (1995), citados por Alves et al. (1997), estudando o desenvolvimento dos frutos de pinha dos cultivares ‘Barbados Seedling’ e ‘Washington 97’, na Índia, observaram que, da abertura da flor até a completa maturação, decorreram de 16 a 18 semanas. Worrell et al. (1994), relatam que o tempo necessário para o fruto da gravioleira desenvolver-se, variou de 15 a 21 semanas. A primeira fase do crescimento, que persistiu até o fruto atingir a metade de seu tamanho máximo, foi rápida. Seguiu-se uma fase de estagnação e, depois, outra de crescimento rápido que foi até a 20ª semana após a fertilização dos óvulos. Em trabalhos realizados no estado do Ceará o ciclo de desenvolvimento da graviola foi de 13 semanas até atingir sua completa maturação (MANICA, 2003). 3.3- Amadurecimento dos frutos A pinha é um fruto climatérico que apresenta uma alta taxa de respiração durante seu processo de maturação, podendo completar a maturação mesmo após a colheita. Durante o amadurecimento da pinha, observa-se apenas um pico respiratório, ao contrário do observado nos frutos de outras anonáceas, em que ocorrem dois picos. No amadurecimento da pinha o climatério respiratório precede o de etileno, embora a produção de etileno comece a aumentar antes do máximo respiratório (ALVES et al., 1997). O aumento na atividade respiratória nas anonáceas é acompanhado por modificações rápidas na composição química dos frutos, tornando o sabor e o aroma muito agradáveis, e há um decréscimo muito rápido na firmeza da polpa (SÃO JOSÉ et al., 1997). Há um aumento do teor de sólidos solúveis, principalmente açúcares e ácidos orgânicos, e de compostos voláteis. A qualidade máxima para consumo é atingida do primeiro pico respiratório e coincide com os máximos de sólidos solúveis e acidez titulável (LEAL, 1990; LIZANA E REGINATO, 1990; TAYLOR, 1993). O teor de sólidos solúveis nos frutos de anonáceas é elevado, constituindo-se principalmente de açúcares solúveis (ALVES et al., 1997). Em pinha, os sólidos solúveis ultrapassam 20º Brix, atingindo a média de 26º Brix na região do Norte de Minas Gerais (NIETSCHE, 2002). A proporção elevada de frutose, que em pinha supera a de sacarose, contribui para o sabor extremamente doce deste fruto, uma vez que o poder adoçante da frutose é 1,7 vez superior ao da sacarose (ALVES et al., 1997). A casca e a polpa dos frutos também mudam de cor e aspecto com o amadurecimento. Em geral, há uma tendência de escurecimento da casca no final desta etapa, principalmente em graviola e cherimólia, embora esse problema possa ocorrer também em pinha (SÃO JOSÉ et al., 1997). Essa alteração começa com o climatério respiratório (WORRELL et al., 1994). 3.4- Colheita e Manuseio Pós-colheita As tentativas de aumentar a vida útil de frutos de anonáceas seja para comercialização in natura seja para transformação industrial em polpas, sucos, etc., devem levar em consideração as peculiaridades dos frutos, desde a sua formação até a maturação, além de seus atributos físicos e químicos, pois, por meio desses parâmetros é que podem ser definidos os procedimentos de colheita e pós-colheita (BRAZ, 2004). Para as anonáceas, os frutos são colhidos no estádio "de vez", ou seja, quando estão completamente desenvolvidos, mas ainda firmes. Procedendo-se dessa forma, os frutos amadurecem completamente e chegam ao mercado consumidor sem lesões externas, com a casca de cor atrativa, com textura firme e contendo elevados teores de açúcares (BRAZ, 2004). De acordo com Manica (2003), o critério mais usado para se determinar o ponto de colheita de frutos é a mudança de cor da casca, o qual também é usado para pinha. Nesta espécie, o afastamento dos carpelos e a coloração amarelada dos tecidos intercarpelares são indicadores físicos do ponto de colheita dos frutos. Além disso, a casca torna-se verde-amarelada no início do amadurecimento. A colheita deve ser manual para evitar rachaduras e danos provocados pela queda de frutos da árvore. Dentre as anonáceas, as pinhas são as mais difíceis de colher devido à tendência de rompimento pela separação dos carpelos (LEAL, 1990). Uma recomendação comum a todas as anonáceas é que os frutos sejam colhidos com tesoura de poda, deixando entre 0,5 e 1 cm de pedúnculo, o que evita a perda de peso e penetração de patógenos. Qualquer dano superficial na colheita promove rápido escurecimento da área afetada, e pode servir de porta de entrada para infecções durante o armazenamento (BRAZ, 2004). A época de colheita dos frutos pode sofrer alterações em função das condições climáticas locais, podendo adiantar-se quando as temperaturas são mais elevadas, ou atrasar-se quando as temperaturas são mais baixas no decurso do desenvolvimento dos frutos (MANICA, 2003). A distância do mercado consumidor também irá interferir na colheita. Para produtores mais distantes do local de consumo, ou para sistemas de comercialização mais complexos, os frutos devem ser colhidos com maior antecedência, o que pode comprometer sua qualidade final (MANICA, 2003). 3.5- Pós-colheita e Armazenamento Para melhoria da qualidade e conservação dos frutos de anonáceas, é necessário que sejam geradas e, ou adaptadas tecnologias de manejo pré e pós-colheita tais como: nutrição mineral (Ca, K, B e etc.); controle de fitopatógenos em pré-colheita; determinação do ponto de colheita ideal para cada espécie nas diferentes regiões; identificação de tipos e variedades que apresentem maior conservação pós-colheita; técnicas de colheita, manuseio e transporte de acordo com as características dos frutos; sistemas de conservação sob refrigeração associada ou não a modificação e ao controle atmosférico; uso de reguladores de crescimento, retardantes de senescência; irradiação; agentes químicos e biológicos no controle e doenças pós-colheita; métodos que visem a diminuição de problemas de escurecimento causados por danos mecânicos ou injúria pelo frio, entre outras (SÃO JOSÉ et al., 1997). A temperatura elevada estimula o amadurecimento, acelera o climatério respiratório e, conseqüentemente, reduz a vida útil dos frutos. Todos os frutos de anonáceas têm atividade metabólica intensa após a colheita, o que faz com que a maturação se processe em curto espaço de tempo, limitando a vida útil. Dentre eles, a graviola parece ser a de menor vida pós-colheita (SÃO JOSÉ et al., 1997). A refrigeração é o método mais econômico para o armazenamento prolongado de frutas e hortaliças. Baixas temperaturas retardam a ação de vários fatores, tais como: envelhecimento devido ao amadurecimento (que conduz mudanças na textura e na cor), mudanças metabólicas indesejáveis e produção de calor vital pela respiração, perda de umidade e conseqüente murchamento, além da deterioração devido a bactérias e fungos (CHITARRA & CHITARRA, 2005). Entretanto, como a maioria dos frutos de origem tropical, as anonáceas são sensíveis a baixas temperaturas de armazenamento, manifestando sintomas como escurecimento da casca e da polpa e bloqueio do amadurecimento, entre outros (SÃO JOSÉ et al., 1997). Os estudos sobre armazenamento de anonáceas são escassos na literatura científica. Segundo Leal (1990), as condições recomendadas para o armazenamento da pinha são de 15ºC, com umidade relativa de 85-90%. Temperaturas inferiores a 15ºC causam sintomas de injúrias pelo frio, enquanto o amadurecimento normal ocorre entre 15 e 20ºC e umidade relativa de 85-95%. Apesar disso, o armazenamento a 4ºC conserva a polpa em boas condições por seis semanas, porém, a casca escurece. Entretanto, em ensaios preliminares realizados na Unimontes, foi possível armazenar a pinha em boas condições, por 15 dias, em embalagens de PVC e temperatura de 12°C, sem ocorrência de sintomas de injúria por frio (MIZOBUTSI et al., 2004). Para a cherimóia, temperaturas abaixo de 7 a 10°C causam injúria por frio, dependendo da variedade (PALMA et al., 1993). Manica (1994) recomenda as temperaturas de armazenamento de 15 a 16°C por 14 dias para atemóia, 9 a 11°C para cherimóia e 12,5°C por sete dias para graviola. O papel do etileno também é incerto nas anonáceas e o uso de absorvedores químicos de etileno carece de maiores estudos. O 1-metilciclopropeno (1-MCP) é um inibidor da ação do etileno que vem sendo testado, com resultados promissores para várias frutas e hortaliças. Apresenta as vantagens de poder ter seus efeitos revertidos pelo etileno endógeno ou pela aplicação de etileno exógeno. Além disso, não há restrição ao seu uso em frutos e hortaliças destinados aos mercados norteamericano e europeu. Outro mecanismo utilizado para retardar a deterioração do produto e prolongar o período de armazenagem é o uso de atmosfera modificada, que consiste em criar uma barreira ao redor dos frutos que restringe a troca de CO 2, O2 e vapor de água com o ambiente externo. Esta atmosfera modificada deve reduzir a respiração e inibir a produção e a ação do etileno (BALDWIN et al. 1999). Geralmente, a modificação da atmosfera é feita com filmes de PVC, polietileno de baixa e alta densidade, cera, parafina, etc. (OLIVEIRA, 2004). Nesse ambiente, a respiração dos frutos reduz a concentração de O 2 e aumenta a de CO2 até níveis que dependem do tipo de embalagem, variedade, peso, estádio de maturação e temperatura dos frutos e das características do material utilizado (estrutura, densidade e espessura) (BENYEHOSHUA, 1985). 4. MATERIAL E METODOS Os frutos foram obtidos de pomar comercial no município de Verdelândia (latitude: 15º35’21”S; longitude: 43º36’10”W e altitude: 480 m), Região Norte do Estado de Minas Gerais. Pinhas foram colhidas no ponto de colheita comercial, ou seja, no início do afastamento dos carpelos e da coloração amarelada dos tecidos intercarpelares, na manhã do dia 15 de agosto de 2007. Após a colheita, os frutos foram transportados para o Laboratório de Pós-colheita da Universidade Estadual de Montes Claros/Campus de Janaúba, onde foram selecionados quanto à presença de brocas, defeitos físicos e distúrbios fisiológicos. Após, os frutos foram embalados individualmente em papel-jornal, acondicionados em contentores plásticos e transportados em caminhonete até o Laboratório de Análise de Frutas do Setor de Fruticultura do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa, onde chegaram no dia 16 de agosto de 2007, às 16 h 30 (aproximadamente 30 h após a colheita). No laboratório, nova seleção e padronização foram realizadas, utilizando frutos com massas semelhantes (273 ± 25,5 g). Em seguida, os frutos foram colocados em caixas plásticas herméticas de 0,186m3 e submetidos a 0, 250, 500 e 750 ηL.L-1 de 1metilciclopropeno (1-MCP) , por 8 horas, a temperatura ambiente. Após, metade dos frutos foi acondicionada em grupos de três, em bandejas de poliestireno, envoltos por filme de PVC de uso doméstico, seguindo-se de armazenamento a 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR em câmara fria, onde permaneceram armazenados por 20 dias (frutos sem embalagem) e 28 dias (frutos embalados), visto ser esse período suficiente para realizar transportes a longas distâncias, por exemplo, a exportação, via navio, para o mercado europeu. Os frutos foram retirados da câmara em intervalos de quatro dias e utilizados para análises quanto à perda de matéria fresca, produção de CO 2, teor de sólidos solúveis totais, acidez total titulável, consistência da polpa, vitamina C, açúcares solúveis e amido. O experimento foi conduzido em parcelas subdivididas, tendo-se nas parcelas as quatro doses de 1-MCP , nas subparcelas, os seis períodos de amostragens para frutos sem embalagem e oito períodos para frutos embalados, sendo a unidade experimental constituída de três frutos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com três repetições. Os dados foram analisados pelo programa SAEG por meio das análises de variância e regressão. 4.1- Análises 4.1.1- Produção de CO2 A produção de CO2 pelos frutos foi determinada por cromatografia gasosa somente nos frutos não embalados com PVC. Para isso, os frutos foram acondicionados em frascos de vidro herméticos com volume de 3270,9 mL no interior da câmara fria. A produção de CO2 foi quantificada sempre nos mesmos frutos. Sessenta minutos após o fechamento dos frascos, alíquotas de 1 mL de sua atmosfera foram retiradas com uma seringa hipodérmica e injetadas em um cromatógrafo a gás GOW MAC Série 550, com detector de condutividade térmica, equipado com uma coluna de alumínio preenchida com Porapak Q. As condições de trabalho foram: fluxo de 40 mL por minuto de gás de arraste hélio; corrente elétrica de 150 mA; temperaturas da coluna, do detector e do injetor de 50, 70 e 80oC, respectivamente, e temperatura 16ºC ± 0,3. A quantificação de CO2 foi feita por meio de comparação dos picos produzidos pela amostra, no cromatograma, e os produzidos pela injeção de uma alíquota-padrão composta de 6,02 mol de CO2 por mol de mistura CO2 + N2. Os resultados foram expressos em mg de CO2/kg/h. 4.1.2- Perda de massa da matéria fresca Os frutos foram pesados em balança eletrônica com precisão de 0,1 g no início do armazenamento e em cada período de amostragem. Os resultados foram expressos em percentagem, considerando-se a diferença entre o peso inicial do fruto e aquele obtido em cada período de amostragem. 4.1.3- Consistência Foi retirada uma porção da casca na região mediana dos frutos, em ambos os lados. A seguir, a polpa de cada fruto foi submetida a uma força até que o tecido não apresentasse mais resistência. A força foi aplicada entre as sementes por meio da ponteira (12 mm de diâmetro) de um penetrômetro digital SHIMPO modelo DFS 100 (Digital Force Gauge). Os resultados foram dados pela média da força aplicada aos três frutos da parcela, sendo duas penetrações por fruto (uma em cada lado), e expressos em kPa. 4.1.4- Teor de Sólidos Solúveis Totais (SST) Para determinação do teor de sólidos solúveis totais foi retirada uma amostra composta por fruto da unidade experimental. As amostras da polpa de cada fruto foram maceradas em cadinhos de porcelana e feitas duas leituras por amostra. O teor de SST foi determinado com o auxílio de um refratômetro digital Atago modelo N1, com leitura na faixa de 0 a 32 oBrix. 4.1.5- Acidez Total Titulável Foram retiradas amostras compostas da polpa dos frutos, com massa de aproximadamente 10 g, que foram acondicionadas em papel alumínio, congeladas com nitrogênio líquido e mantidas em congelador na temperatura de -20 oC até o momento das análises. As amostras foram maceradas em cadinhos de porcelana. Posteriormente, foram transferidas para erlenmeyers, completando-se o volume para 100 mL, com água destilada. Adicionou-se a esta solução, três gotas de indicador fenolftaleína 1 %, procedendo-se as titulações, sob agitação manual, com solução de NaOH 0,05 N, previamente padronizada com biftalato de potássio. Os resultados foram expressos em g de ácido cítrico por 100 g de polpa. 4.1.6- Vitamina C A metodologia utilizada para determinação do teor de vitamina C, foi segundo AOAC, 1984. 4.1.7- Amido O amido foi quantificado a partir do resíduo remanescente das extrações etanólicas, mediante a metodologia descrita por McCready et al. (1950), e modificado por Patel (1970). 4.1.8- Açúcares solúveis Foram retiradas amostras compostas da polpa dos frutos, com massa de aproximadamente 500 mg, que foram acondicionadas em papel alumínio, congeladas com nitrogênio líquido e mantidas em ‘Freezer’ na temperatura de -20 oC até o momento das análises. Os açúcares solúveis totais foram extraídos em etanol, a partir de 200 mg de amostras, segundo a metodologia utilizada por Salomão (1995). A partir da reação do extrato com o reagente de antrona, foi determinada a absorvância, a 620 nm. 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1 - Produção de CO2 Os frutos apresentaram taxa respiratória de 25,67 mg CO 2.Kg-.1h-1, seguido de uma leve ascensão no 4º dia de armazenamento. Posteriormente, apresentaram um rápido acréscimo que resultou num pico climatérico no 8º dia após aplicação de 1-MCP (Figura 1). Como antagonista do etileno, o 1-MCP, compete pelo mesmo sítio de ligação nos receptores das membranas (SISLER et al., 1999), evitando a ligação do etileno, que é considerado o hormônio do amadurecimento e está intimamente associado às alterações fisiológicas e bioquímicas que ocorrem durante essa etapa do desenvolvimento dos frutos climatéricos (CHITARRA & CHITARRA, 2005). No entanto, a aplicação de 1-MCP não alterou o tempo de ocorrência do pico respiratório, embora as taxas respiratórias médias tenham sido, em geral, inferiores nos frutos tratados com 750 ηL.L-1, em relação aos demais. Lima et al. (2001), constataram que a aplicação de 1-MCP em graviola promoveu atraso no tempo de ocorrência dos dois picos respiratórios característicos da maturação desta fruta. O primeiro pico respiratório, que, segundo Worrel et al. (1994) não corresponde ao climatério, ocorreu aos quatro dias após a colheita nos frutos que não receberam 1-MCP. Nos frutos tratados com 200, 400 e 600 ppb, o primeiro pico ocorreu, respectivamente, aos 5,4 e 5 dias. Enquanto Mosca et al. (2003) verificaram inibição do pico respiratório em pinhas tratadas com 1-MCP somente quando estas ficaram armazenadas a 15ºC por um período maior que três dias, antes de ir para a temperatura ambiente. 0 Col ηL.L1-1vs Col 2 -1 250 ColηL.L 1 vs Col 3 -1 500 ηL.L Col 1 vs Col 4 ColηL.L 1 vs-1Col 5 750 Produção de CO2 (mg CO22 /kg/hora) 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 0 4 8 12 16 20 Dias após aplicação de 1-MCP Figura 1– Produção de CO2 em pinhas tratadas com diferentes doses de 1-MCP e armazenadas 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR, sem revestimento de PVC. 5.2 - Perda de matéria fresca A perda de matéria fresca aumentou gradativamente no decorrer do tempo apresentando valores máximos no último dia de armazenamento. A aplicação de 1-MCP associada à atmosfera modificada pelo uso do filme de PVC proporcionou baixa perda de matéria fresca com destaque para a dose de 500 ηL.L-1. Essa mesma dose foi eficaz em retardar a perda de matéria fresca para frutos embalados, embora nesse tratamento os valores foram superiores aos frutos tratados. Segundo Rocha (2005), isso pode ser explicado pelo uso da baixa temperatura, que desacelera o metabolismo e, além disso, torna o filme plástico mais denso e menos permeável ao vapor de água; conseqüentemente, a umidade relativa torna-se mais elevada no interior da embalagem, reduzindo a transpiração. Silva et. al (2005) trabalhando com pinhas embaladas com polietileno de baixa densidade à 15ºC, constataram perda de matéria fresca de 3,19% no 8º dia de armazenamento. Neto & Silva (2005), verificaram perda de matéria fresca em torno de 2% em pinhas acondicionadas em bandejas de poliestireno expandido envolvidas com filme flexível sob 13ºC no 10° dia de armazenamento. Esses resultados levam a entender que o uso de 1-MCP influencia o metabolismo da pinha, fazendo com que a taxa metabólica durante o período avaliado, desacelerasse e estendesse assim o tempo de conservação deste fruto. É importante salientar que, mesmo sem uso de filme plástico, os valores médios de perda de matéria fresca encontraram-se abaixo do limite aceitável para comercialização, até 10% de perda para frutos em geral. (CHITARRA & CHITARRA, 2005). Comportamento semelhante foi observado em pinha (SANTIAGO et al., 2004) e atemóia cv. PR3 (YAMASHITA et al., 2002), onde frutos armazenados sob refrigeração, sem a utilização de embalagem de polietileno de baixa densidade, apresentaram maiores perdas de massa fresca em comparação aos frutos embalados. -1 0 ηL.L Ŷ=Col 0,311042**D r2= 0,7897 Col 1 vs 2 -1 250 ηL.L Ŷ=Col 0,308466**D r2= 0,9488 Col 1 vs 3 -1 500 ηL.L Ŷ=Col 0,338341** D r2= 0,8039 Col 1 vs 4 -1 Col 1 vs 5 750 ηL.L Ŷ=Col 0,298546**D r2= 0,8534 Perda de matéria fresca (%) 10 A 8 6 4 2 0 0 4 8 12 16 20 Dias após aplicação de 1-MCP 24 28 0 ηL.L-1Col 1 Ŷ= 0,139005**D r2= 0,9784 vs Col 2 -1 250 ηL.L r2= 0,8905 Col 1 Ŷ= vs Col0,593717**D 3 -11 vs Col 4 Col 500 ηL.L Ŷ= 0,740841**D r2= 0,9022 Col-11 vs Col 5 750 ηL.L Ŷ= 0,219568**D r2= 0,9506 16 Perda de matéria fresca (%) 14 12 10 8 B 6 4 2 0 0 4 8 12 16 20 Dias após aplicação de 1-MCP Figura 2 – Estimativa da perda de matéria fresca de pinha acondicionada em bandeja de poliestireno revestida (A) ou não (B) por filme de PVC e mantida a 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR, em função do número de dias após a aplicação de 1-MCP. (*significativo a 1% de probabilidade, pelo teste “t”). 5.3 – Consistência Com o decorrer dos dias houve decréscimo da consistência enquanto que, com o aumento das doses a consistência teve comportamento contrário. Isso significa que o 1MCP tem efeito na retenção da firmeza. A resposta sugere um atraso na maturação, com menor degradação dos componentes da parede celular. No tratamento sem uso de filme plástico, o modelo teve comportamento semelhante ao acima descrito. Embora seja possível observar que o uso do filme plástico contribuiu para atrasar a queda da firmeza que decresceu apenas a partir do 8° dia, enquanto no tratamento sem embalagem essa queda ocorreu a partir do 4° dia após a aplicação de 1MCP. Resultados semelhantes foram encontrados por Dantas et al. (2005) e Benassi et al. (2003), que verificaram que pinhas tratadas com 1-MCP com doses de 400 ppb e 810 ppb, respectivamente, apresentaram-se mais firmes que as não tratadas. O amolecimento dos frutos é um dos processos do amadurecimento mais sensíveis ao etileno (Lelièvre et al., 1997). A firmeza de polpa do fruto é determinada pela força de coesão entre as pectinas. Com a evolução do amadurecimento ocorre atuação de enzimas pectinolíticas, que transformam a pectina insolúvel em solúvel e promovem o amolecimento dos frutos. A maior firmeza dos frutos tratados com as maiores concentrações de 1-MCP está provavelmente associada à redução da atividade das enzimas pectinolíticas, causada pela redução da ação do etileno (JACOMINO et. al, 2002). -1 0 ηL.L Ŷ= 1489,7799/(1+e(-(X-13,7068)/(-4,6888))) R2= 0,7245 Col 1-1 vs Col 2 (-(X-16,0047)/(-3,1178)) 250 ηL.L Ŷ=Col 1537,1067/(1+e ) R2= 0,6902 Col 1-1 vs 3 (-(X-19,3554)/(-4,4397)) 500 ηL.L Ŷ=Col 1721,0114/(1+e ) R2= 0,6084 Col 1 vs 4 -1 (-(X-16,7455)/(-2,1828)) 750 ηL.L ) R2= 0,8208 Col 1 vsŶ= Col1892,1248/(1+e 5 2000 A Consistência (kPa) 1500 1000 500 0 0 4 8 12 16 20 24 28 Dias após aplicação de 1-MCP 0 ηL.L-1 Ŷ= 1828,9816/(1+e(-(X-8,0791)/(-1,8449))) R2= 0,7352 250 ηL.L-1 Ŷ= 1662,7598/(1+e(-(X-11,8789)/(-1,4887))) R2= 0,8564 500 ηL.L-1 Ŷ= 11845,7553/(1+e(-(X-10,8224)/(-3,6475))) R2= 0,7314 750 ηL.L-1 Ŷ= 1610,6709/(1+e(-(X-13,6311)/(-1,6472))) R2= 0,8719 Col 1 vs Col 2 Col 1 vs Col 3 Col 1 vs Col 4 Col 1 vs Col 5 2000 B 1800 Consistência (kPa) 1600 1400 1200 1000 800 600 400 200 0 0 4 8 12 16 20 Dias após aplicação de 1-MCP Figura 3 – Estimativa da consistência de pinha acondicionada em bandeja de poliestireno revestida (A) ou não (B) por filme de PVC e mantida a 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR, em função do número de dias após a aplicação de 1-MCP. 5.4 - Teor de sólidos solúveis totais O teor de sólidos solúveis indica a quantidade, em gramas, dos sólidos que se encontram dissolvidos na polpa das frutas. Corresponde a todas as substâncias que se encontram dissolvidas na água (CHITARRA & CHITARRA, 2005). O conteúdo de SST aumentou de forma gradativa ao decorrer do tempo atingindo valor máximo no último dia de armazenamento. Contudo, é possível observar que a aplicação de 1-MCP, em qualquer dose e em ambos os tratamentos, propiciou uma lenta evolução dos teores de SST mostrando o efeito do 1-MCP em retardar o amadurecimento dos frutos quando comparada a testemunha. O incremento nos teores de SST é devido provavelmente, a conversão do amido em açúcares solúveis, uma vez que esta variável apresentou comportamento semelhante. 0 ηL.L-1 Ŷ= 27,1567/(1+e(-(X+2,1046)/(5,8105))) R2 = 0,8926 ColηL.L 1 vs -1Col 250 Ŷ=2 87,9229/(1+e(-(X-64,4541)/(42,9363))) R2 = 0,9107 -1Col 3 Col 1 vs 500 ηL.L Ŷ= 21,8247/(1+e(-(X+6,0027)/(7,1307))) R2 = 0,7186 ColηL.L 1 vs -1Col 750 Ŷ=4 209,0845/(1+e(-(X-125,3236)/(49,9436))) R2 = 0,8853 Col 1 vs Col 5 30 25 SST (°Brix) 20 15 A 10 5 0 0 4 8 12 16 20 24 28 Dias após aplicação de 1-MCP 0 ηL.L-1 Ŷ= 28,3715/(1+e(-(X+1,0667)/(4,4301))) R2 = 0,7021 Col 1 vs Col 2 250 ηL.L-1 Ŷ= 28,1622/(1+e(-(X+1,15651)/(7,6219))) R2 = 0,6765 Col 1 -1vs Col 3 (-(X-11,5320)/(15,3712)) 500Col ηL.L 43,8788/(1+e ) R2 = 0,7186 1 -1vsŶ= Col 4 (-(X-11,6774)/(14,2765)) 750Col ηL.L 47,1500/(1+e ) R2 = 0,8853 1 vsŶ= Col 5 35 30 SST (°Brix) 25 20 15 B 10 5 0 0 4 8 12 16 20 Dias após aplicação de 1-MCP Figura 4 – Estimativa do teor de sólidos solúveis totais (SST) de pinha acondicionada em bandeja de poliestireno revestida (A) ou não (B) por filme de PVC e mantida a 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR, em função do número de dias após a aplicação de 1-MCP. A dose 500 ηL.L-1 foi a mais efetiva em retardar a evolução dos teores de SST tanto em frutos embalados com filme de PVC quanto em frutos sem embalagem. Resultado semelhante foi encontrado por Maro et al. (2007) trabalhando com pinhas embaladas ou não com sacos plásticos de polietileno de baixa densidade e armazenadas a 12 ± 1° C verificaram que a elevação do teor de sólidos solúveis foi mais lenta na dose de 500 ηL.L-1. Dantas et al. (2005) constataram que pinhas tratadas com 200 e 400 ppb de 1-MCP e mantidas a 15 ± 0,5°C apresentaram as menores variações do teor de SST ao final do armazenamento (19° dia). Já Benassi et al. (2003) verificaram que a aplicação de 1-MCP em pinhas mantidas em temperatura ambiente por um período de 4 dias não interferiu significativamente no conteúdo de SST. 5.5 - Acidez Titulável Observa-se um decréscimo da acidez titulável com o passar dos dias em ambos os tratamentos. É possível notar que os frutos tratados com 1-MCP não tiveram grandes diferenças na acidez titulável em comparação aos frutos não tratados. A redução nos valores de acidez titulável pode estar possivelmente associada a um maior consumo de ácidos orgânicos, neste caso o cítrico (MOURA et al., 2000), em decorrência do processo respiratório. Silva et al. (2005) trabalhando com pinhas armazenadas a 15°C envoltas ou não por embalagem de polietileno de baixa densidade, constataram tendência de diminuição nos valores de acidez titulável. Já Vila et al. (2005) trabalhando com a geração de atmosfera modificada pelo uso da fécula de mandioca em pinhas armazenadas a 18ºC, observaram aumento nos valores médios de acidez titulável até o 4º dia de armazenamento, seguido de queda até o último período de avaliação (8º dia). (-(X+4,8170)/(-16,1197)) 0 Col ηL.L1-1vs Ŷ=Col 0,6845/(1+e ) 2 -1 (-(X+36,8915)/(- 22,2795)) 250 Col ηL.L1 vs Ŷ=Col 1,8441 /(1+e ) 3 (-(X-8,6737)/(-14,2011)) 500 Col ηL.L1-1vs Ŷ=Col 0,4476/(1+e ) 4 (-(X-6,2594/(-13,0574)) 750 Col ηL.L1-1vs Ŷ=Col 0,4913/(1+e ) 5 R2= 0,9439 R2= 0,8956 R2= 0,9568 R2= 0,9181 0,35 A g ácido cítrico.100g-1 0,30 0,25 0,20 0,15 0,10 0,05 0,00 0 4 8 12 16 20 24 28 Dias após aplicação de 1-MCP -1 (-(X-8,1967)/(-8,3816)) 0 ηL.L Ŷ=Col 0,4179/(1+e ) Col 1 vs 2 -1 (-(X-15,4338)/(-6,0326)) 250 ηL.L Ŷ= 0,3373/(1+e ) Col 1-1 vs Col 3 (-(X-13,2342)/(-5,9959)) 500 ηL.L Ŷ= 0,3520/(1+e ) Col 1-1 vs Col 4 (-(X-11,8875)/(-9,3305)) 750 ηL.L Ŷ= 0,3765/(1+e ) Col 1 vs Col 5 R2= 0,7700 R2= 0,6785 R2= 0,7552 R2= 0,5619 0,35 B g ácido cítrico.100g -1 0,30 0,25 0,20 0,15 0,10 0,05 0,00 0 4 8 12 16 20 Dias após aplicação de 1-MCP Figura 5 –Estimativa da acidez titulável da polpa de pinha acondicionada em bandeja de poliestireno revestida (A) ou não (B) por filme de PVC e mantida a 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR, em função do número de dias após a aplicação de 1-MCP. 5.6 - Vitamina C A determinação do conteúdo de ácido ascórbico em vegetais é muito importante, pois além de seu papel fundamental na nutrição humana, sua degradação pode favorecer o escurecimento não enzimático, e causar aparecimento de sabor estranho. Além disso, o ácido ascórbico é um importante indicador, pois sendo a vitamina mais termolábil, sua presença no alimento, indica que provavelmente os demais nutrientes também estão sendo preservados (CARDELLO & CARDELLO, 1998). Para os teores de vitamina C de frutos envoltos por PVC, o modelo que melhor se ajustou teve comportamento quadrático em função dos dias (T) e em função da dose de 1MCP (D), porém apenas o tempo teve efeito significativo a 1% de probabilidade, pelo teste “t”, com o R2 = 0,8165 (Ŷ = 3,57163 – 0,00547579 NS D + 0,00000671723 NS D2 – 0,444811**T + 0,0266683**T2) (Figura 6A). As doses de 1-MCP não foram significativas. Nos tratamento sem utilização de filme plástico, observou-se comportamento linear em função dos dias (T) e da dose de 1-MCP (D), sendo os efeitos significativos a 5 e 1% de probabilidade, respectivamente, pelo teste “t”, com o R2 = 0,6175 (Ŷ = 2,77167 – 0,00506811*D + 0,601114**T) (Figura 6B). Os teores de vitamina C aumentaram no decorrer dos dias de armazenamento e mantiveram-se mais baixos com o aumento da dose. Os teores de ácido ascórbico na polpa de pinha encontrados no presente trabalho se aproximam dos observados na literatura. De acordo com Moura et. al (2000), os teores médios de vitamina C em polpa de pinha madura, encontram-se próximos de 28,35 mg/100g. Os resultados encontrados no presente trabalho sugere elevação nos teores de vitamina C ao decorrer do processo de amadurecimento. Assim, a redução desses teores com o aumento das doses indica retardamento do amadurecimento o que evidencia o efeito positivo do 1-MCP. Ŷ = 3,57163 – 0,00547579 NS D + 0,00000671723 NS D2 – 0,444811**T + 0,0266683**T2 R2 = 0,8165 A 25 20 0g rbico.10 g ác. ascó de polpa 5 10 15 750 5 500 8 12 Temp o 16 20 24 (dias ) 28 0 de 250 4 Do se s 0 1-M 0 CP (pp 10 b) 15 0 4 8 12 16 16 750 ) 12 8 500 0 0 250 4 8 12 Temp o (dia s) de 1-M 4 Do ses g rbico.100 g ác. ascó B CP (pp b -1 de polpa Ŷ = 2,77167 – 0,00506811*D + 0,601114**T R2 = 0,6175 16 20 0 Figura 6 –Estimativa do teor de vitamina C de pinha acondicionada em bandeja de poliestireno revestida (A) ou não (B) por filme de PVC e mantida a 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR, em função do número de dias após a aplicação de 1-MCP. 5.7 – Amido À semelhança do que se observou em outras características, o fruto amadureceu com o tempo, indicado pela redução do teor de amido. A degradação do amido nos frutos embalados e tratados com 1-MCP ocorreu de forma gradativa no decorrer do tempo atingindo valores mínimos no último dia de armazenamento. Com o aumento das doses percebe-se uma diminuição da degradação dos teores de amido indicando desta forma que a dose mais alta propiciou a conversão do amido em açúcares solúveis de maneira mais lenta e, consequentemente, atrasou o processo de amadurecimento. O mesmo comportamento pode ser observado nos frutos não embalados, embora neste tratamento fique ainda mais nítida a eficiência da dose mais alta de 1-MCP em desacelerar a degradação do amido. Observa-se queda brusca nos teores de amido de frutos não embalados no 4° dia após aplicação de 1-MCP enquanto para frutos com filme plástico, essa redução aconteceu no 8° dia. Neto & Silva (2005), estudando o efeito da atmosfera modificada pelo uso de filme flexível em pinhas armazenadas a 13ºC, verificaram decréscimo nos teores de amido de forma gradativa ao mesmo tempo em que o teor de sólidos solúveis foi aumentando. Constataram ainda que, os valores mínimos de amido foram atingidos aos 10 dias de armazenamento e que as duas atmosferas modificadas (frutos embalados ou não) apresentaram comportamento semelhante durante o armazenamento quanto à degradação do amido. -1 0 ηL.LCol Ŷ= 17,8727/(1+e(-(X-11,6753)/(-1,9726))) R2= 0,7239 1 vs Col 2 -1 (-(X-7,3701)/(-4,5511)) 250 ηL.L 27,5085/(1+e ) R2= 0,9883 Col 1Ŷ= vs Col 3 -1 (-(X-7,5864)/(-5,3245)) 500 ηL.L 28,2202/(1+e ) R2= 0,9808 Col 1Ŷ= vs Col 4 (-(X-6,0909)/(-8,1451)) Col-11Ŷ= vs Col 5 750 ηL.L 28,5029/(1+e ) R2= 0,9720 25 A Amido (mg.100g polpa) 20 15 10 5 0 0 4 8 12 16 20 Dias após aplicação de 1-MCP 24 28 0 ηL.L-1 Ŷ= 24,9207/(1+e(-(X-6,7295)/(-2,5183))) R2= 0,9814 Col 1 vs -1 Col 2 250Col ηL.L Ŷ= 324,1744/(1+e(-(X-8,6163)/(-3,5289))) R2= 0,9750 1 vs Col -1 500Col ηL.L Ŷ= 421,9176/(1+e(-(X-12,0536)/(-2,9751))) R2= 0,9683 1 vs Col -1 Col 5 1 vs 750Col ηL.L Ŷ= 22,9315/(1+e(-(X-12,3486)/(-3,1989))) R2= 0,9819 25 B amido (mg.100g -1) 20 15 10 5 0 0 4 8 12 16 20 Dias após aplicação de 1-MCP Figura 7– Estimativa do teor de amido de pinha acondicionada em bandeja de poliestireno revestida (A) ou não (B) por filme de PVC e mantida a 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR, em função do número de dias após a aplicação de 1-MCP. 5.8 – Açúcares solúveis O aumento dos teores de açúcares solúveis foi gradativo com o passar dos dias em ambos os tratamentos, concomitantemente com a evolução dos teores de sólidos solúveis. Quanto às doses de 1-MCP, para frutos embalados, observa-se apenas uma leve tendência no retardo do aumento dos açúcares solúveis na dose 750 ηL.L-1. Para frutos sem embalagem é possível verificar que as doses de 500 ηL.L-1 e 750 ηL.L-1 foram efetivas na retenção da conversão do amido em açúcares solúveis. 0 ηL.L-1 Ŷ= 26,2130/(1+e(-(X-7,4064)/(3,4369))) R2 = 0,9797 Col-11 vs Col 2 250 ηL.L Ŷ= 26,6128/(1+e(-(X-7,1259)/(3,6974))) R2 = 0,9631 Col-11 vs Col 3 500 ηL.L Ŷ= 26,6164/(1+e(-(X-7,7834)/(4,2955))) R2 = 0,9526 Col-11 vs Col 4 750 ηL.L Ŷ= 28,1601/(1+e(-(X-10,0333)/(5,0087))) R2 = 0,9729 Col 1 vs Col 5 açúcares solúveis totais (mg.100g-1) 30 25 20 15 10 A 5 0 0 4 8 12 16 20 24 28 Dias após aplicação de 1-MCP 0 ηL.L-1 Ŷ= 27,3499/(1+e(-(X-1,9514)/(2,7410))) R2= 0,9648 Col 1 vs -1 Col 2 250Col ηL.L Ŷ= 29,0194/(1+e(-(X-3,7794)/(6,4907))) R2= 0,9745 1 vs Col 3 -1 (-(X-37,2374)/(16,5712)) 500Col ηL.L ) R2= 0,9651 1 vsŶ= Col 98,6385/(1+e 4 -1 (-(X-13,7093)/(9,3191)) 750Col ηL.L ) R2= 0,9713 1 vsŶ= Col 38,0222/(1+e 5 açúcares solúveis totais (mg.100g-1) 30 25 20 15 B 10 5 0 0 4 8 12 16 20 Dias após a aplicação de 1-MCP Figura 8 – Estimativa do teor de açúcares solúveis de pinha acondicionada em bandeja de poliestireno revestida (A) ou não (B) por filme de PVC e mantida a 16 ± 0,3 ºC e 91,4 ± 8,3% UR, em função do número de dias após a aplicação de 1-MCP. Os frutos tratados com as maiores dose de 1-MCP (500 ηL.L -1 e 750 ηL.L-1) encontravam-se em boas condições de consumo ao final do período de armazenamento. Entretanto, em algumas amostras observou-se infecção fúngica, que provocou a deterioração dos frutos. Isso indica a necessidade de tratamento fungicida complementar para armazenamentos mais longos. 6. CONCLUSÕES  O uso do filme plástico associado à refrigeração e as doses mais elevadas de 1-MCP (500 e 750 ηL.L-1) permitiram a conservação de pinhas até o 28ºdia de armazenamento.  Frutos tratados nas doses mais altas de 1-MCP sob refrigeração sem utilização da embalagem permaneceram em boas características para consumo até o 20° dia de armazenamento.  O uso de 1-MCP em ambos os tratamentos, frutos embalados ou não, foi eficaz na retenção da firmeza e evolução dos teores de sólidos solúveis totais. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, R.E.; FIGUEIRA, H.A.C.; MOSCA, J.L. Colheita e pós-colheita de Anonáceas. In: SÃO JOSÉ, A. 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