Renascimentos Um Ou Muitos, por Evandro Brasil

March 24, 2018 | Author: Evandro Brasil | Category: Renaissance, Religion And Belief, Philosophical Science, Science


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ESTUDO DIRIGIDOHistória Moderna I Professor Victor Hugo Renascimentos: Renascimento um u ou muitos? Texto de Jack Goody Aluno: Marcos Evandro Teixeira Pinto Matrícula: 2500640 Renascimentos: um ou muitos? História Moderna I Discente Marcos Evandro, 2500640 Estudos dirigidos Tema: Renascimentos: Renascimento um ou muitos? Texto de Jack Goody Objetivo do Trabalho: Apresentar o entendimento sobre o texto de autoria de Jack Goody, passando pela idéia do Renascimento e aprofundando nas propostas de entendimento desse período de nossa história; tratando suas características , as influencias medievais e dentre os conceitos, também o status dos artistas da época. 1. Qual é a idéia muito comum que Jack Goody combate? 2. Qual é a proposta de JJack ck Goody para estudar o Renascimento? 3. Quaiss são as 3 características do Renascimento Italiano seguindo uma história comparada? 4. Cite algumas permanências medievais no renascimento: 5. Como se deu a relação das religiões monoteístas com as artes e as ciências? 6. Cite características do status dos pintores renascentistas medievais: 2 Renascimentos: um ou muitos? História Moderna I Discente Marcos Evandro, 2500640 Introdução: Durante os estudos, ao ser apresentado a Jack Goody, vislumbrei-me me com uma entrevista com o autor publicado no Jornal O Globo em janeiro de 2012. A jovialidade da publicação me fez imaginar o quanto seria importante compartilhar tal artigo com o nobre professor Victor Hugo – por meio deste trabalho,, como também, com os demais caçadores de notas e noticias biográficas que possam surgir a partir deste documento que de alguma forma, vem registrar a história do nosso tempo. Jack Goody e o Renascimento no plural Texto de Guilherme Freitas A revolução promovida durante o Renascimento Italiano nas artes, nas ciências, na economia e em tantas outras áreas entre os séculos XIV e XVI costuma ser des destacada como um momento singular da História ocidental e um marco inicial da modernidade. Um dos principais antropólogos em atividade hoje, o britânico Jack Goody, de 91 anos, dedica-se se a desmontar essa interpretação já no título de seu livro mais recente, “Renascimentos: um ou muitos?”, lançado em 2010 e publicado agora no Brasil pela Editora Unesp, em tradução de Magda Lopes. Professor emérito da Universidade de Cambridge e notório por suas pesquisas sobre os contrastes entre culturas orais e letradas, Goody dy argumenta que a narrativa sobre a singularidade do Renascimento Italiano (com conhecimento secularização sua recuperação clássico parcial da do greco-romano, greco sociedade e Figura 1 - Ilustração da História do Islã escrita no inicio do século XIV por Rashid al-Din (Reprodução) transição do feudalismo para o capitalismo) foi construída pelos próprios europeus, sobretudo a partir do século XIX, em obras como a pioneira “A cultura do Renascimento na Itália” (1860), do historiador suíço Jacob Burckhardt. No novo livro, Goody contrapõe a essa narrativa um ambicioso estudo comparativo para mostrar que “as origens da da modernidade e do capitalismo são mais amplas e encontram-se se [também] no conhecimento árabe [e] nos influentes empréstimos 3 Renascimentos: um ou muitos? História Moderna I Discente Marcos Evandro, 2500640 da Índia e da China”, escreve. Sem negar a especificidade do fenômeno europeu, o antropólogo destaca diversos momentos em outras culturas turas que, assim como o Renascimento Italiano, envolveram tanto um olhar retrospectivo quanto um salto adiante. E aponta que sociedades às vezes vistas como “atrasadas” foram “modernas” antes do Ocidente (o Islã adotou o papel no século X, quando na Europa ainda se escrevia com cera ou couro, e a China tinha prensas com blocos de madeira sete séculos antes de Gutemberg popularizar os tipos móveis, Figura 2 - Jack Goody por exemplo). A omissão às contribuições históricas de outras culturas para a modernidade “estimula uma superioridade falaciosa quase racista em relação ao resto do mundo”, escreve Goody. Em entrevista ao GLOBO por email, ele discute alguns dos casos estudados no livro e expõe essa dimensão política de sua pesquisa, quisa, que pode ajudar a compreender também ciclos de crescimento e crise observados no mundo contemporâneo: — O crescimento atual de China e Índia se deve menos a influências “ocidentais” do que a um retorno a suas próprias tradições de letramento e de trocas culturais e comerciais — diz. (o autor) Em “Renascimentos: um ou muitos?”, o senhor escreve que, embora o Renascimento Italiano tenha sido um evento único do ponto de vista histórico, outras culturas também tiveram momentos que envolvem tanto um olhar olhar retrospectivo quanto um salto adiante. Quais desses momentos são os mais significativos e como eles podem ser comparados ao Renascimento Italiano? JACK GOODY: O Renascimento Abássida (dinastia que liderou um Império muçulmano no Oriente Médio, no Norte da África e no Sul da Europa de 750 a 1258) resgatou a ciência clássica no século IX, influenciando não apenas a criação da ciência islâmica, mas tamb também o Renascimento Italiano, através da preservação e da tradução de muitos textos clássicos. Houve um importante Renascimento na China durante a dinastia Song (960-1279), (960 1279), após o período de domínio do 4 Renascimentos: um ou muitos? História Moderna I Discente Marcos Evandro, 2500640 budismo, que revitalizou o aprendizado do confucionismo e das artes. Na Índia as coisas são menos claras, mas durante as dinastias Máuria (321-185 185 a.C.) e Gupta (399-455) (399 olhou-se se muito para a Era Védica (1500-700 700 a.C.), sem falar no Renascimento Bengalês do século XIX, que fomentou a luta pela independência e por uma nova Índia. Todos esses Renascimentos foram possíveis, assim como o Italiano, devido à existência de culturas letradas, que permitiam um olhar retrospectivo mais preciso do que nas culturais orais. Esse processo de revisitar fontes históricas é crucial cru para qualquer Renascimento. O senhor argumenta que, ao contrário do que se costuma pensar, o Renascimento Italiano não foi a chave para a ascensão da modernidade e do capitalismo, que o senhor atribui a interações entre as culturas letradas da Europa e da Ásia. Quais são as consequências, para nossas sociedades contemporâneas, de atribuir esse processo exclusivamente ao Renascimento Italiano? JACK GOODY: Isso faz com que não notemos que as sociedades europeias e orientais contemporâneas têm mais em comum do que costuma ser admitido no pensamento e na historiografia ocidentais. A cultura letrada era um traço das principais sociedades da Eurásia, que tinham seus próprios períodos de inércia e renovação. Vemos isso hoje no crescimento de China e Índia, um fenômeno que se deve menos a influências “ocidentais” do que a um retorno a suas próprias tradições de letramento e de trocas culturais e comerciais. O senhor ressalta que o mundo islâmico se viu repetidas vezes em algum tipo de Renascimento. Qual foi a importância, para esses Renascimentos Islâmicos, do intercâmbio cultural com o Ocidente? E qual foi a contribuição do Islã para o Renascimento Italiano? JACK GOODY: O principal Renascimento Islâmico foi o que, entre outras coisas, revitalizou as conquistas científicas da Grécia Antiga e do Império Romano, numa época em que a Igreja Católica, em geral, descartava essa herança por considerá-la considerá la “pagã”. Naquele momento, textos extos filosóficos e científicos clássicos foram preservados, e mais 5 Renascimentos: um ou muitos? História Moderna I Discente Marcos Evandro, 2500640 tarde foram redescobertos na Europa durante o Renascimento Italiano. Se não fosse pelo Islã, esses textos teriam desaparecido. Muitos textos foram preservados nas grandes bibliotecas possibilitadas possibilitadas pela adoção do papel pelos muçulmanos, numa época em que os europeus tinham dificuldade de escrever, porque usavam muito o couro, a cera e, apenas para certos fins, papiro importado. Os resultados disso puderam ser vistos na Alta Idade Média em Palermo Palermo e Toledo (cidades de Itália e Espanha, respectivamente, que viveram sob domínio muçulmano), aonde europeus ocidentais iam para estudar cultura árabe e também os clássicos. Tudo isso alimentou o Renascimento Italiano. Infelizmente, o Islã depois ficou ficou para trás em relação aos meios impressos, proibindo a impressão da palavra escrita e a representação da natureza na pintura. Essa última proibição também ocorreu no cristianismo medieval e em parte do judaísmo até o fim do século XIX. Quais são as principais ncipais características do Renascimento Chinês, comparado ao caso europeu? JACK GOODY: O Renascimento Song foi um período de reflorescimento na China da ciência, da tecnologia e das artes. Isso aconteceu, assim como na Europa, depois da modificação de uma religião hegemônica, o budismo da Índia, que, a exemplo do cristianismo e de outros credos monoteístas, reclamava o monopólio da verdade, inclusive da verdade sobre a natureza. Felizmente para eles, o budismo foi apenas uma das religiões da China, que geralmente lmente encorajou o pluralismo nessa área. Figura 3 - Pintura da dinastia chinesa Song, do seculo XII (reprodução) No livro, o senhor sugere que a escrita não fonética, como a chinesa, pode ser um caminho para o futuro de todas as culturas. Por quê? JACK GOODY: Porque o sistema não fonético da escrita chinesa não 6 Renascimentos: um ou muitos? História Moderna I Discente Marcos Evandro, 2500640 está ligado a uma linguagem (fonética) específica; ele era usado para transcrever todas as linguagens. Essa era a força do sistema chinês, que podia registrar inúmeras inúmeras linguagens que eram virtualmente incompreensíveis umas para as outras. Já vi chineses que não entendiam o idioma um do outro se comunicarem usando uma mesma escrita. Eles entendiam a escrita um do outro, mas não a fala. Um sistema como esse, baseado em ícones, funciona para nós no caso dos números, que podem ser os mesmos em inglês ou japonês. O que o atraiu para o estudo da história da cultura letrada? Como esse campo evoluiu nos últimos tempos? JACK GOODY: Cheguei a esse campo de estudos através de minha formação em literatura. Mas sobretudo por causa de meu bom amigo Ian Watt (crítico literário britânico), que trabalhava com o romance inglês e a questão da cultura letrada, que considerávamos uma conquista da civilização grega em termos da adoção do alfabeto. Mais tarde, porém, entendi que, ainda que o alfabeto tenha sido muito útil, outros sistemas de escrita, como o chinês, alcançaram níveis comparáveis de letramento e criaram tradições científicas e artísticas em nada inferiores à nossa, embora a nossa tenha florescido de uma forma particular nos últimos tempos. Não foi tanto a escrita alfabética, e sim todo tipo de escrita que produziu resultados espetaculares. Isso vale também para a era da informática. Como as novas tecnologias podem transformar a cultura letrada? JACK GOODY: Acredito que, embora a comunicação eletrônica não deixe os mesmos registros que o papel, ela exige a existência prévia de uma cultura letrada e tem muitos dos mesmos resultados. Ela pode tornar mais complicado o “olhar retrospectivo”, como o do Renascimento, mas pode também facilitá-lo facilitá lo em certas ocasiões. É triste ver as livrarias desaparecerem, mas a cultura letrada está certamente se expandindo, e a tradição escrita também 7 Renascimentos: um ou muitos? História Moderna I Discente Marcos Evandro, 2500640 Biografia: Jack Goody, Nasceu em 27 de julho de 1919, cresceu em Welwyn Garden City e St Albans, onde fez os primeiros anos do colegial.. Em 1938 foi para Cambridge estudar Inglês e Literatura, onde pode conhecer vários intelectuais de visão política de esquerda, como Eric Hobsbawm. Durante a segunda grande guerra, Jack Goody, lutou no norte da Africa e posteriormente foi capturado pelos alemães e foi feito prisioneiro durante três anos. Fez estudos baseados no livro The Golden Bough de James Frazer1, assim como na obra de V. Gordon Childe2. Na vida acadêmica dedicou-se dedicou a Arqueologia e a Antropologia. Entre 1954 e 1984, lecionou antropologia social na Universidade Cambridge, servindo como professor de Antropologia Social de 1973 até 1984. Em 1976 foi eleito para a Academia Britânica, sendo, posteriormente nomeado Cavaleiro do Império Britânico pela rainha Elisabeth II. No âmbito da antropologia Goody centrou trabalhos sobre as condições causais e os efeitos da escrita na tecnologia. Ele também escreveu substancialmente sobre a históriaa da família e da antropologia da herança, antropologia de flores e alimentos. Recentemente Goody tem escrito sobre temas que dão rediscussão as ideologias de sustentação ao eurocentrismo, apontando reinterpretações terpretações na cultura européia como, por exemplo, no livro O Roubo da História. História Dentre suas obras (além além de Renascimentos: um ou muitos?) encontramos os seguintes títulos:           Religião e Ritual: O problema de definição Culinária Cozinha e Classe: Um Estudo Comparativo em Sociologia Lógica da Escrita e a Organização Organiz da Sociedade O Desenvolvimento da Família e Casamento na Europa Alfabetização nas sociedades tradicionais A domesticação do pensamento selvagem A Cultura das Flores Culinária, cozinha e classe O caráter de parentesco O Oriente no Ocidente 1 James George Frazer, foi um influente antropólogo nos primeiros estágios dos estudos modernos de mitologia e religião comparada. Nasc ceu em 01/01/1854 no Reino Unido (Escócia) e faleceu em m 1941. 2 Vere Gordon Childe foi um filólogo australiano que se especializou em arqueologia, talvez mais conhecido por suas escavações no site Neolítico de Skara Brae, em Orkney, e por suas visões marxistas sobre a pré-história. Nasceu em 14/0 04/1892 na Austrália (Sidney) e faleceu em 1957. 8 Renascimentos: um ou muitos? História Moderna I Discente Marcos Evandro, 2500640          A interface entre o escrito e o oral As consequências do letramento A Família Europeia: Um Ensaio Histórico-antropológico Histórico O mito do Bagre Representações e contradições: ambivalência em relação Imagens, Teatro, Ficções, relíquias e Sexualidade Alfabetização nas sociedades tradicionais Oriente, o antigo e o primitivo: Sistemas de Casamento e a Família nas sociedades pré-industriais da Eurásia Capitalismo e modernidade: o grande debate O Roubo da História 1. Qual é a idéia muito comum que Jack Goody combate? combate Comentário:: As origens da modernidade e do capitalismo são amplas. O autor se coloca contra a idéia de singularidade do Ocidente, um pensamento que não favorece o eurocentrismo3. Esse é o polemico pano de fundo, afirma o autor. Não vejo o renascimento Italiano como a chave para a modernidade e para o capitalismo. Isso parece uma afirmação do dos 4 europeuss com tendências teleológicas . Sua opinião difere de alguns autores, pois o mesmo afirma que as origens do capitalismo e da modernidade são mais amplas e encontram-se se não apenas no conhecimento árabe, mas destaca também os influentes empréstimos da Índia e da China. Jack, aponta ainda, que o capitalismo teve profunda influencia na Idade do Bronze5, com troca de produtos e informações. O conhecimento da leituraa e da escrita foi importante porque permitiu o crescimento tanto do conhecimento quanto da economia, vindo depois a proporcionar a troca de produtos. A leitura e a escrita tornou a linguagem visível. 2. Qual é a proposta de Jack Goody para estudar o renascimento? mento? O autor apresenta grande limitação a busca aos conhecimentos do passado, e principalmente na busca da antiguidade por meio da materialidade resultante da escrita e dos ícones. A renúncia ncia de alguns autores a oralidade expressa nas gravuras e nas marc marcas 3 Eurocentrismo centrismo é uma idéia que coloca os interesses e a cultura Européia como sendo as mais importantes e avançadas do mundo 4 É o estudo filosófico dos fins, isto é, do propósito, objetivo ou finalidad finalidade. 5 A Idade do Bronze é um período da civilização no qual ocorreu o desenvolvimento desta liga metálica metálica, resultante da mistura de cobre com estanho. Iniciou-se no Oriente Médio em torno de 3300 a.C. substituindo o Calcolítico. 9 Renascimentos: um ou muitos? História Moderna I Discente Marcos Evandro, 2500640 da antiguidade pode impedir aos estudiosos estudioso de alcançar o primórdio ainda não contemplado noutras historiografias. O autor nos propõe um olhar retrospectivo sobre épocas anteriores, ou a outro tipo de florescência, admitindo a amplitude da abordagem, tentando tentando tratar o problema de maneira mais holística. Buscando respostas a evolução do Renascimento do ponto de vista comparativo. Daí, sugere o autor entender em um numero significativo de casos, ligados diretamente ou em eventos paralelos em outras culturas letradas para evitar a singularidade das realizações realizaçõe ocidentais, buscando contextuá-las las e explicá explicá-las cuidadosamente. 3. Quais são as 3 características do Renascimento Italiano seguindo uma história comparada? Comentário: 1) As obras humanistas foram revivificadas, ou seja, a literatura antiga resgata o texto antigo as obras dos filósofos esquecidos. 2) 2 Houve uma secularização parcial. A todo odo o momento o Renascimento trabalha com o corpo nu, mas mas, sem abandonar o cristianismo. Na Europa medieval não existia o ateísmo. Não se podia imaginar o mundo sem um Deus. 3) 3 Apesar das mudanças do Renascimento à continuidade. O Renascimento esta dialogando com com o passado medieval. Este não é um corte com a idade média, mas sim um diálogo. Apesar da arte florescer a arte gótica permanecia. 1. Em primeiro lugar houve a revivificação do conhecimento clássico, como na obra dos humanistas, que durante muito tempo foi desprezado, por uma religião hegemônica. A noção de um renascimento transmitia uma sensação semelhante àquela de um “revenant” revenant”,, algo que retornava do mundo dos mortos, como disse 6 Toynbee . Foi isso que aconteceu no Renascimento Italiano, Italiano, foi uma ressurreição, uma revivificação de uma literatura que estava “morta” (os 6 Arnold Joseph Toynbee,, nasceu em Londres, 14/04/1889 — 22/10/1975) foi um historiador britânico, cuja obra-prima é Um Estudo de História (A Study of History), History) em que examina, em doze volumes, o processo de nascimento, crescimento e queda das civilizações sob uma perspectiva global. Em um estudo sugere que a civilização como um todo é a unidade adequada para o estudo da história, não o estado nacional, que ele entende de como apenas uma parte de um todo maior. Esta sua Obra, principalmente do Volume I (Gênesis) ao VI, (Decadência), influenciou a partir do final da década de 1980 a administração das grandes corporações, para as quais se avalia que seus conceitos tenham iigual valor. Isto motivou um programa conhecido como ""Visão de Empresa", ", onde se determina a "Visão" (para que existe e onde quer chegar a empresa), reforça-se reforça se a "Cultura" organizacional, e a "Motivação" (Spirit ( of winning), os três parâmetros presentes em todas as civilizações que se tornaram hegemônicas. 10 Renascimentos: um ou muitos? História Moderna I Discente Marcos Evandro, 2500640 clássicos) e foi “trazida de volta à vida”, e não um retorno do mundo dos mortos (Idade das Trevas). Jack destaca ainda a abordagem comparativa de Toynbee, do Renascimento, ilustrada com fragmentos a medida em que trata separadamente os renascimentos das idéias políticas, dos ideais e das instituições”, os “renascimentos dos sistemas legais”, os “renascimentos das filosofias”, os “renascimentos da linguagem e da literatura” e os “renascimentos “renascimentos das artes visuais”. O autor ainda cita que ao olhar de Toynbee, o Renascimento no cristianismo e no período Song7, como sendo cristão e budista respectivamente, sob uma mascara helenística e confuciana. E destaca o “florescimento” como resultado dee uma doutrina que consistia em aspectos culturais e religiosos dos fragmentos dos diversos renascimentos já citados anteriormente. 2. Em segundo lugar, houve uma secularização parcial, uma restrição do escopo intelectual da religião, imposta pela invocação de um passado pré-cristão. cristão. Não havendo portanto, um abandono da vida religiosa, mas uma reconsideração da apropriação de longo prazo da religião abraâmica8 a fim de controlar a ciência e as artes. Esses fatores promoveram a revolução cientifica e a iniciat iniciativa florentina, deixando de lado as restrições religiosas imposta na n Idade das Trevas, permitindo a prevalência às artes e ao conhecimento científico sobre o mundo, desmistificando o conhecimento e a vida em geral. 3. E, em terceiro lugar, houve, a partir da Italia, uma transformação econômica e social da Europa que foi fundamental para as realizações do Renascimento, o que conduziu a sociedade ao mundo moderno. Nesta teoria ele cita Karl Marx e Max Weber. Vivia-se então, uma era dourada evocando a antiguidad antiguidade e dando forma ao que se tornaria o Renascimento. O Renascimento é considerado o “berço do modernismo secular.” E, se esse Renascimento parece um período tão dramático para os europeus, é por causa do crepúsculo que o precedeu. 7 A dinastia Song ou Sung,, governou a China de 960 a 1279. Deveu eveu a sua existência a um jovem oficial que pensou ter tido uma visão. Essa visão significava, declarou, que um novo imperador iria tirar a China das mãos do jovem imperador Kung Kung-ti, da dinastia Chou. Os oficiais seus colegas pensaram que aquilo queria dizer que o seu general, Chão Kuang-yin, Kuang seria o novo imperador. Acordaram-no no e proclamaram proclamaramno como novo governante, Sung Tai Tsu Tsu. 8 Religiões abraâmicas são as religiões monoteístas cuja origem comum é reconhecida em Abraão ou o reconhecimento de uma tradição espiritual identificada com ele. Essa é uma das três divisões principais em religião comparada, junto com as religiões indianas (Darma) e as religiões da Ásia Oriental. 11 Renascimentos: um ou muitos? História Moderna I Discente Marcos Evandro, 2500640 4. Cite algumas permanências medievais no renascimento: Comentário: O homem pensa sobre ele mesmo. O maior milagre do Renascimento é o homem. A religiosidade esta impressa nas pinturas, na arquitetura, na escultura, no teatro... Nesta época existem peças que tratam dos santos santos católicos, sem desmerecer a arte gótica ilustrada principalmente na arquitetura da igreja católica. No que diz respeito às artes dramáticas e as ciências, fui um inicio necessário, mas ainda muito vinculado à relativa obscuridade do período anterior, quando todos esses campos eram dominados por uma religião hegemônica. O contexto religioso impedia o rompimento ou o corte com as informação do Período das Trevas. O autor cita inclusive, que mesmo o resgate do teatro, alimentando o drama popular, assisti assistiu-se o revivificação de peças exclusivamente religiosas, na forma de mistérios ou milagres. Na escultura havia a figuração em relevo na arte gótica, contudo, a representação tridimencional restringia em grande parte aos temas religiosos. 5. Como se deu a relação das religiões monoteístas com as artes e a ciência? Comentário: Abraão é o pai do judaísmo, judaísmo do islamismo e do cristianismo. Na Nas religiões abraâmicas, o judaísmo é a base, depois vem o cristianismo. O monoteísmo9 bloqueia em certa medida a arte e a ciência. Motiva a valorização da natureza, além da igreja igreja, e nesse contexto, a nobreza praticando o mecenato ou o patronato, no sustento do artista. Segundo Agostinho10 (354-430 (354 d.C.), o homem nascia em pecado e precisava de um governante para guiá-lo. lo. Alem disso a religião inibia a investigação cientifica do mundo natural, insistindo que Deus era onisciente e onipotente. Em todas as esferas o cristianismo exigia uma literatura própria, não permitindo a dos pagãos gregos ou romanos. O intuito dessa literatura não era tanto de ampliar a mente, mas, confirmar as crenças. Inicialmente, todas as três grandes religiões excluíram do ensino, grande parte da atividade e do conhecimento cientifico; a educação estava sobretudo nas mãos dos clérigos e confinados nfinados à religião. O papel das religiões monoteístas em refrear o conhecimento nto é interessante, já que freqüentemente freqüentemente se assumiam como a vanguarda dda civilização, sobretudo porque vinham da Europa e do Oriente Médio. 9 Doutrina outrina religiosa que defende a existência de uma única divindade. Santo Agostinho (354-430) 430) foi um filósofo, escritor, bispo e teólogo cristão africano, responsável pela elaboração do pensamento cristão. Suas obras mais importantes são "Confissões" e "Cidade de Deus". 10 12 Renascimentos: um ou muitos? História Moderna I Discente Marcos Evandro, 2500640 O monoteísmo podia significar naquele tempo certa coerência, com um fim de universalismo, mas era uma coerência religiosa, uma coerência do irracional, que em muitos sentidos prejudicou o desenvolvimento das ciências e das artes. 6. Cite características do “status” dos pintores renascentistas e medievais: Na idade média ele era um artesão que obedecia instruções do patrão como melhor lhe permitiam suas habilidades. No renascimento pouco a pouco emergiu um mercado de arte em que cada príncipe ou república queria para si o melhor artista. Esse me mercado alcançou o seu auge nos Países Baixos11, onde o aburguesamento do patronato foi maior. Na Itália, lia, em especial em Veneza e Florença, a aristocracia da cidade sempre se envolveu nesse processo. Se a demanda fosse suficiente o artesão poderia ter o seu próprio próprio atelier, uma oficina, onde poderia praticar, empregar e supervisionar os trabalhos de aprendizes etc. Já o pintor, era livre para escolher o tema a ser explorado, como na pintura de gênero, sem ter como o artesão uma posição estabelecida. A pintura de retratos foi parte importante da visão do Renascimento como o pai do modernismo, da noção de que ele representa o inicio do individualismo. Referência:  GOODY, Jack. Renascimento, um ou muitos?, tradução de Magda Lopes. Editora Unesp.  Editora Uniesp. Biografia do autor. < http://editoracontexto.com.br/autores/jack http://editoracontexto.com.br/autores/jackgoody.html> > visitado em 29/04/2016, as 13h08min.  GOODY, Jack. O Oriente no Ocidente. Lisboa; Difil, 2000.  GOODY, Jack. O Roubo da história. São Paulo, editora contexto, 2008. ISBN 9788572443845  O Globo, Jornal < http://blogs.oglobo.globo.com/prosa/post/jack-goody http://blogs.oglobo.globo.com/prosa/post/jack goody-orenascimento-no-plural plural-427322.html> > visitado em 29/04/2016 as 13h54min 11 Países Baixos, conhecida também como Holanda, é uma nação constituinte do Reino dos Países Baixos. Localizada ocalizada na Europa ocidental ocidental. Geograficamente, os Países Baixos são um país de baixa altitude, com cerca de 27% de sua área e 60% de sua população situados abaixo do nível do mar mar. 13
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