PESQUISA SOBRE RELIGIÕES INDÍGENAS BRASILEIRAS Três necessidades como justificativas do sentimento religiosoVanderlei Dallagnolo1 Blumenau, 29 de novembro de 2005 1 INTRODUÇÃO Este trabalho refere-se ao resultado de uma pesquisa sobre as Religiões Indígenas Brasileiras. A religião é um assunto extremamente controverso, sem falar nas suas implicações. Geralmente, conceitua-se a religião pelo termo latino “religare”, com o intuito de expressar uma religação do homem com Deus, princípio criador/divino ou realidade transcendental em relação à realidade mundana do cotidiano. Entretanto, isto não é um consenso e outras fontes citam que o termo religião pode ter origem em outras expressões como “reler” (do latim, relegere), “reeleger” (do latim, religere) ou “deixado pelos antepassados” (do latim, relinquere).(WIKIPÉDIA, 2006). Existem também algumas tentativas de classificação do fênomeno religioso, entretanto, também de modo arbitrário e não consensual. Uma classificação concisa e aceitável, divide as religiões em PANTEÍSTA, POLITEÍSTA, MONOTEÍSTA, ATEÍSTA e NEO-PANTEÍSTA2. (VALÉRIO, [ca. 2000]). Entretanto, também esta classificação tem suas limitações. Por exemplo, mesmo analisando as religiões monoteístas ocidentais3, veremos que elas têm componentes do politeísmo. O que significa dizer que as religiões tem em maior ou menor grau características de um ou outro tipo da classificação, não sendo puramente monoteísta ou ateísta, etc. Os indígenas brasileiros formam uma vasto grupo de povos, línguas e costumes diversos apesar da visão homogênea que lhe impõe ainda hoje o restante da sociedade brasileira. Esta multiplicidade de fatores culturais também se reflete nas manifestações religiosas destes povos, apesar de que certas tendências comuns podem facilmente ser observadas. Entretanto, essas tendências comuns não podem ser consideradas como constituintes finais do que seja a religião destes povos, pois, ao analisarmos com calma certos mitos veremos que a tentativa de classificar todas as manifestações religiosas destes povos em um único grupo seria apressado, incorreto e até tendencioso. 2 POVOS INDÍGENAS BRASILEIROS Índios brasileiros são todos os indivíduos pertencentes às sociedades remanescentes dos povos que primeiramente habitavam toda a extensão do território brasileiro, durante todo o período pré-colombiano (antes do descobrimento da América). 1 2
[email protected] PANTEÍSMO remete à idéia de que Deus é Tudo. POLITEÍSMO remete à idéia de que Deus é Muitos. MONOTEÍSMO remete à ideia de que Deus é Único. ATEÍSMO remete à idéia de que Deus é Nada. NEOPANTEÍSMO está entre monoteísmo e panteísmo, mas com algumas peculiaridades. 3 Religiões monoteístas ocidentais são CRISTIANISMO, JUDAÍSMO e ISLAMISMO. Não necessariamente são descendentes dos primeiros seres humanos a habitar nosso continente, pois segundo pesquisas os indígenas descendem de povos caçadores que chegaram ao continente sul-americano por volta de 12 mil anos atrás, entretanto existem indícios arqueológicos de que houveram migrações muito anteriores (talvez mais de 50 mil anos) de grupos humanos que não teriam ligação com as sociedade indígenas atuais. Mas, existe muita controvérsia, ainda a respeito. Segundo estimativas da FUNAI4 existiam entre 1 e 10 milhões de indígenas em terras brasileiras divididos em pouco mais de mil sociedades à época do descobrimento do Brasil. Hoje, após séculos de exploração de suas terras, massacres (por violência ou doenças) e um curto período de escravidão, restam cerca de 350 mil indivíduos destes povos distribuídos em cerca de 220 sociedades e que falam aproximadamente 180 idiomas diferentes. Existem também povos isolados dos quais pouco se sabe, grupos ainda em processo de definição quanto a sua situação como povos indígenas autênticos, bem como diversos indivíduos e grupos que estão totalmente incluídos na sociedade brasileira convencional, sem manterem mais suas características culturais próprias. Estes grupos não interessam para efeito do presente trabalho. As sociedades indígenas brasileiras eram todas originalmente ágrafas. Ou seja, desconheciam a escrita. Isto significa que toda a transmissão de sua cultura e conhecimento, incluindo aí aspectos religiosos se dava por meio da tradição oral. Após 500 anos de contato com os povos colonizadores de nosso território e depois com nossa sociedade já formada, é impossível informar que exista hoje alguma manifestação cultural nestes povos que não tenha sofrido influência ou modificação por conta deste mesmo contato. Isto não significa que elas não evoluíssem ou se alterassem por conta própria caso não houvesse este contato, no entanto, como boa parte da influência, controle e exploração sobre estes povos teve motivação religiosa (monoteísmo cristão, quase que exclusivamente) obviamente que é bem plausível a influência religiosa destes sobre os indígenas. 3 ORIGEM DA RELIGIÃO A origem das manifestações religiosas destas sociedades, provavelmente confundem-se com a própria origem deste fenômeno em todos os povos primitivos. É interessante notar que, inclusive na literatura sobre o tema, é difícil encontrar a referência específica à expressão RELIGIÃO dos povos indígenas. Mas, fala-se muito sobre os mitos dos povos indígenas. Talvez por causa do mais divulgado conceito sobre o que seja a religião, o religar-se. Não parece que é exatamente essa a conotação do próprio indígena sobre sua própria religiosidade. Não parece haver essa “necessidade” de religação a alguma coisa. Para o indígena, existe uma íntima ligação dele com a natureza e desta com Deus. Mesmo que muitas vezes eles façam algumas tentativas de personificá-lo, ainda assim essa ligação permanece. Para mim, parece que a origem das manifestações religiosas destes povos é atender algumas necessidades. Necessidade de explicar aspectos de seu mundo para os quais não 4 FUNAI - Fundação Nacional do Índio - é o órgão do governo brasileiro que estabelece e executa a Política Indigenista no Brasil, dando cumprimento ao que determina a Constituição de 1988. 2 possuia pistas objetivas ou concretas. Necessidade de justificar certas regras de comportamento que promovem o bem (no sentido de sobrevivência) do grupo. Necessidade de transmitir a cultura para as gerações futuras. Vamos exemplificar estas tentativas de atender estas necessidades relacionando-as com alguns mitos. 3.1. NECESSIDADE DE EXPLICAR ASPECTOS DE SEU MUNDO O homem moderno busca incessantemente meios de obter um controle cada vez maior sobre o mundo que o cerca. Mesmo que seja um controle aparente, ele se contenta desde que satisfaça certas necessidades que a maioria julga relevantes. Para o índigena não era assim. Ele era totalmente dependente do meio em que vivia e consequentemente dos ciclos que regem a vida e a natureza. Entre estes ciclos o mais facilmente perceptível é o da transição entre dia e noite. Mais uma vez, buscando compreender todas as dimensões, limites, características e implicações de um fênomeno tão relevante para sua vida, mas sem dispôr de meios adequados para perceber a real natureza do mesmo fenômeno, o índio cria explicações baseadas um pouco em sua imaginação, um pouco em outros aspectos que ele conhecia melhor. Daí surge, por exemplo, uma das inspirações mais comuns para a criação de mitos e lendas, o surgimento do dia ou da noite ou a simples separação entre ambos. Um destes mitos é conhecido como Tucumã e tem origem Tupi. Nele é descrita uma época onde não havia noite. Então, houve um casamento, daí a necessidade de obter a noite para os noivos deitarem-se, justificando a necessidade da noite. A “noite” estava presa em um objeto cedido por uma entidade animal, mas de poderes sobrenaturais e índole humana. Ao fim do drama, passa a existir a separação entre o dia e a noite, e justifica-se o comportamento de certos animais tanto em um e como no outro período. (ANDRADE E SILVA, 1999, p. 32) 3.2. NECESSIDADE DE JUSTIFICAR REGRAS DE COMPORTAMENTO Não faço qualquer juízo de valor a respeito das condutas de tais povos, mas cito este exemplo para ilustrar bem como povos diferentes podem ter condutas moralmente antagônicas, ambas culturalmente justificadas. No caso, o antagonismo seria referente ao que nossa sociedade considera moralmente correto. Em um mito chamado Iamulumulu, cujo objetivo maior é explicar a origem dos rios, existe um trecho que trata de certos aspectos da vida cotidiana (sexualidade, dormir, ciúme e violência), especificamente da relação entre homens e mulheres. Neste mito, temos um trecho que cita como as esposas do Sol e da Lua (espécie de semi-deuses), estavam descontentes pelos mesmos não terem ciúmes delas. Buscaram um remédio com um pajé o qual aumentou muito o ciúme do Sol e da Lua para com suas esposas. O ciúme era demonstrado através de certa violência física dos mesmos para com suas esposas. Como a violência era extremada, as esposas tiraram o remédio que haviam dado para o Sol e para a Lua, então o ciúme diminuiu. (VILLAS BOAS e VILLAS BOAS, 1970, p. 140). Segue o trecho final no referido mito com relação ao ciúme, “[...] O ciúme estava demais. Voltaram e devolveram o remédio para Ierêp. Aí o ciúme abrandou um pouco, mas na aldeia bateram novamente nas mulheres. E elas disseram: - Assim é que a gente gosta. Está bom agora.”. (VILLAS BOAS e VILLAS BOAS, 1970, p. 144). 3 Como podemos observar, fica claramente explicito que tal mito pretende esclarecer a questão do ciúme e a eventual violência resultante (justificando-a até). 3.3. NECESSIDADE DE TRANSMITIR A CULTURA PARA AS GERAÇÕES FUTURAS Esta característica fica demonstrada no modo como os mitos e lendas, abordam em seus enredos inúmeros assuntos aleatórios enquanto caminham para o desfecho ou objetivo final. Como tratam-se de sociedades ágrafas, os mitos e as lendas transmitidos pela tradição oral, são o meio pelo qual o conhecimento se propaga através do tempo pelas diferentes gerações. Por exemplo, um dos mitos sobre a origem dos gêmeos Sol e Lua (espécies de semideuses), conforme descrito por Villas Boas e Villas Boas (1999, p. 59), começa com o relato de Mavutsinim (deus criador), indo até uma parte da floresta colher material de uma planta para fazer arcos. A planta no caso, chama-se embira. Ou seja, já no início deste mito temos a descrição de qual é a árvore correta (ou mais comumente usada) para obter o material a partir do qual será confeccionado um arco. 4 PRINCIPAIS CRENÇAS Analisando os mitos e lendas destes povos temos alguns temas que são recorrentes. Estes que citamos aqui, são referentes aos descritos em obras sobre as tribos que habitam a região do Parque do Xingu (nordeste do Mato Grosso, sul da Amazonia brasileira). Podemos citar, por exemplo: a existência de uma entidade criadora (geralmente com forma humana e sexo masculino) uma espécie de vida após a morte seres com poderes sobrenaturais os animais, na verdade, tem uma organização social semelhante a dos índios, com chefe tribal, língua própria, etc o Sol e a Lua já viveram entre os índios, na forma humana, mas com poderes sobrenaturais e eram filhos diretos da entidade criadora (ou Deus) todos os seres humanos, mesmo os não índios, foram criados pela mesma divindade todos os aspectos da vida humana, sejam seus conhecimentos ou suas regras gerais e morais foram criados ou passados aos seres humanos pela entidade criadora ou outras entidades sobrenatuais. Em alguns casos menos comuns, eram seres humanos com profundos conhecimentos, verdadeiros sábios, mas esta condição, percebe-se, os colocava em espécie de posição próxima a da entidade criadora. 4 5 RITOS SAGRADOS Como dissemos, existe uma imensa dificuldade em construir uma síntese a respeito das manifestações religiosas dos índios brasileiros, devido a sua imensa pluralidade social e diversidade cultural. Podemos citar que existem inúmeros momentos onde ocorre uma certa ritualização de procedimentos. E, os momentos, em que os ritos têm caráter puramente religioso, subjetivo ou transcendental. No entanto, existem tantas semelhanças quanto diferenças entre todas as inúmeras manifestações de tão variados povos. Para exemplificar, existem os momentos em que os homens seguindo uma rotina pré-estabelecida irão coletar matéria-prima para confecção de armas, na iminência de um conflito com uma tribo rival. Sob tal circunstância, diferente da simples confecção de artefatos para caça convencional, os homens tenderão a seguir uma práxis, com cantos, procedimentos e concentração específica. Podemos dizer então, que houve uma ritualização. E, existem os outros tipos de rituais que ocorrem em momentos bem demarcados da vida social e, em relação aos fenômenos da natureza, como os casamentos, os funerais, os cultos aos deuses zoomórficos e antropomórficos, guerras e para a manutenção da saúde, cura de moléstias onde são invocados deuses representados pelos mais diversos elementos constituintes da natureza (objetos astronômicos, animais, elementos como ár, água, fogo e terra, etc). Um exemplo que merece ser destacado é a cerimônia conhecida como Kuarup (ou Quarup). Este ritual é realizado por uma das tribos de origem Tupi que habitam o Parque do Xingu. Em resumo, conforme descrito por Andrade e Silva (1999, p. 46) e por Villas Boas e Villas Boas (1970, p. 57), conta a lenda, que este ritual foi instituído pelo deus Mavutsinim com o objetivo de reviver os mortos. Eram usados troncos de madeira representado os mortos que iriam se transformando em seres humanos ao longo do ritual. Entretanto, por uma falha na observância de uma das orientações de Mavutsinim, a magia foi quebrada no ritual e os troncos não puderam ser transformados em pessoas. A falha, no caso, foi de um índio que havia tido relações sexuais e resolveu espiar a cerimônia, apesar da proibição de Mavutsinim em contrário. Mavutsinim então, muito contrariado ordenou que daquele momento em diante, os mortos não voltariam mais à vida no Kuarup e que haveria somente a comemoração. Este ritual merece destaque tanto pela peculiaridade, quanto pela importância para as tribos que o realizam, mas também por ser mais um reflexo de uma das crenças mais arraigadas em provavelmente todas as tribos, a de que a morte, não é necessariamente o fim da vida. Também é interessante notar, como diversas outras tribos da mesma região, se não participam, no mínimo, comungam da mesma compreensão em torno do ritual. 6 SÍMBOLOS É difícil notar, na cultura índigena brasileira, a existência de símbolos, no sentido mais abstrato deste termo a que estamos acostumados em nossa sociedade. Uma característica que denota muito isto é o fato de serem povos ágrafos, ou seja, não possuírem escrita. E a escrita, nada mais é do que uma forma profunda e altamente sofisticada de abstração por meio de símbolos. 5 Porém, isto não significa que eles sejam total e completamente pragmáticos em toda sua manifestação, sem utilizar de artifícios que tenham a intenção de representar outras coisas. Mas, apenas que a símbologia destes povos é, talvez mais rudimentar e menos abstrata. Provavelmente, por não haver necessidade de desenvolvimento de símbolos elaborados, de significado duvidoso ou cujo real valor seja de conhecimento de uns poucos indivíduos. Podemos citar que existe uma simbologia nos diferentes tipos de pinturas corporais que estes povos fazem em diversas situações (casamentos, guerras, funerais). Ou mesmo, nos diferentes tipos de acessórios que utilizam no corpo (brincos, colares, etc). Troncos podem simbolizar seres humanos em certas cerimônias (por exemplo, no Kuarup), pois na mitologia de diversos povos índigenas, o homem fora criado a partir de um tronco. Os verdadeiros símbolos para estes povos estão presentes na natureza. E, existem sempre em cada grupo, uma categoria de indivíduos com uma sensibilidade ou acuidade maior em perceber as influências e interpretar estes símbolos (conhecidos como pajés). É para os elementos da natureza que eles atribuem (“intuem”) novos significados. E não o contrário, como estamos mais acostumados, onde associamos nossos símbolos a aspectos da realidade que nos cerca. Por exemplo, um raio que caia em determinado lugar, o comportamento de certos animais servem de guia para a compreensão de aspectos e acontecimentos dentro da realidade humana. Muito conveniente, quando lembramos que estes povos vivem em total dependência de todos estes fatores naturais. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Muitos povos, muitas línguas, muitos costumes, muitos deuses e maneiras de explicar o mundo. Um fator em comum. A interdependência com o meio natural em que vivem, como mais um elemento, não como uma força estranha e que constrange. Observar as manifestações de religiosidade destes povos é particularmente interessante, pois promove uma importante oportunidade de introspecção e reavaliação de nossas próprias crenças. Mas, para o real aproveitamento desta oportunidade ao analisarmos estes povos, precisamos nos despir das lentes tanto da marginalização, quando da idealização e os enxergarmos como seres humanos em toda sua integralidade. Geralmente, a religiosidade é o substrato a partir do qual se sustenta uma moral. E esta moral, nos condiciona a agir desta ou daquela forma, de acordo com as circunstâncias. A partir, daí julgamos o certo e o errado. Então, ao observamos o comportamento destes povos, vemos que inúmeras vezes eles adotavam (quando possuíam maior autonomia perante o Estado brasileiro) posturas que são altamente repreensíveis. Por exemplo, o massacre de outros povos indígenas. E tudo totalmente justificável perante sua própria moral. Mais ou menos como ocorre em alguns conflitos atuais pelo mundo. De outro lado, vemos como certos aspectos tidos como altamente evoluídos também são contemplados e incentivados pelos mitos destes povos (respeito pelos idosos, não julgar outros indivíduos somente pela aparência, etc), assim como divulgado, segundo atribuímos, pelos nossos mais importantes reveladores ou fundadores dos movimentos religiosos adotados por nossas sociedades “mais avançadas”. 6 Dito isso, ressalto que através desta pesquisa, pude observar como realmente a manifestação e sentimento religioso é inerente ao ser humano. Inerente ao seu desenvolvimento, pois, vem atender certas necessidades, estaria aí justificado inclusive, evolucionariamente. Mas, também por contemplar dois opostos indissociáveis do que vem a ser o “Ser” humano, que são a capacidade e a necessidade de construir e de destruir para sobreviver. 8 REFERÊNCIAS ANDRADE E SILVA, Waldemar de. Lendas e mitos dos índios brasileiros / ilustrado com 25 pinturas de Walde-Mar de Andrade e Silva. 2 ed. São Paulo: FTD, 1999. VILLAS BOAS, Orlando; VILLAS BOAS, Claudio. XINGU: os índios, seus mitos. 3 ed. São Paulo: Circulo do Livro S. A., 1970. RELIGIÃO. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre. Wikimedia, 2006. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Portal:Religi%C3%A3o>. Acesso em: 28 de agosto de 2006. VALÉRIO, Marcus. Religião: o que é Religião. Página pessoal. Disponível em: < http://www.xr.pro.br/Religiao.html>. Acesso em: 28 de agosto de 2006. 7