Relatório Fitopatologia - Preparo de Meio de Cultura e Isolamento de Fungos Fitopatogênicos

March 31, 2018 | Author: Bruno Arcanjo Silva | Category: Fungus, Pathology, Agriculture, Plants, Earth & Life Sciences


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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍDEPARTAMENTO DE FITOTECNIA ENGENHARIA AGRONÔMICA RELATÓRIO PREPARO DE MEIO DE CULTURA E ISOLAMENTO DE FUNGOS FITOPATOGÊNICOS DISCIPLINA: FITOPATOLOGIA MINISTRANTE: Prof. JOSÉ EVANDO AGUIAR BESERRA Jr. BRUNO ARCANJO SILVA TERESINA, JULHO/2014. SUMÁRIO INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------------------------------3 OBJETIVO DA PRÁTICA ------------------------------------------------------------------------------------5 METODOLOGIA------------------------------------------------------------------------------------------------5 RESULTADOS E DISCUSSÃO -----------------------------------------------------------------------------7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS-----------------------------------------------------------------------8 2 . são responsáveis por perdas consideráveis em culturas economicamente importantes. de estruturas do patógeno (esporos. além de estar associados à indução do apodrecimento de frutas e verduras pós-colheita. bem como a critério do operador. solo ou de qualquer outro substrato. entre outros. diminuindo o conteúdo nutricional e aproveitamento destes alimentos. por meio. ramos secos.Introdução Em todo o mundo. Os fungos causam sintomas locais ou genéricos em seus hospedeiros e tais sintomas podem ocorrer separadamente. ou escleródios) diretamente do órgão infectado ou de outro substrato para o meio de cultura. inoculação da cultura isolada em plantas sadias. Todavia. Para provar que um dado organismo é o agente capaz de causar uma doença. é essencial seguir rigorosamente as seguintes regras do Postulado de Koch: associação constante do organismo com a doença. pelos sintomas que provocam e pelos sinais presentes no hospedeiro. podridões. ou em sequência. que são facilmente observados em campo. A obtenção do patógeno em cultura pura é essencial em estudos de morfologia. o substrato e o estádio de desenvolvimento do patógeno (vegetativo ou reprodutivo). Os fungos fitopatogênicos são identificados. tais como manchas foliares. reprodução dos sintomas e sinais típicos da doença e por fim. deste pode-se obter o organismo puro. os fungos são os fitopatógenos mais importantes. resistência genética de plantas e sensibilidade a fungicidas. os métodos básicos de isolamento são o direto e o indireto. Diferentes técnicas de isolamento são usadas conforme a natureza do órgão doente. pois eles causam a maioria das doenças de plantas que prejudicam a agricultura. O isolamento direto tem diversas vantagens. reisolamento do mesmo organismo inoculado. taxonomia. reprodução e fisiologia. isento de contaminações de microrganismos 3 . os fungos causam necrose de tecidos da planta e frequentemente causam a redução do crescimento (nanismo)de órgãos ou da planta inteira. A obtenção de um organismo em cultura pura não significa que ele seja o agente causal da doença. pois. Fungos fitopatogênicos. com o auxílio de um estilete. hifas. O isolamento de fungos fitopatogênicos consiste na sua obtenção em cultura pura a partir de tecidos doentes do hospedeiro. exsudações. rizomorfos. Em geral. bem como em testes de patogenicidade. O isolamento direto consiste na transferência. em sua maioria. isolamento do organismo em cultura pura. sendo possível saber exatamente qual organismo está sendo transferido para o meio e podem-se estabelecer comparações entre as estruturas do organismo formadas na superfície do hospedeiro e em cultura. 4 .saprófitas associados ao tecido infectado. Os métodos de isolamento indireto variam com o tipo de órgão ou tecido infectado (órgãos lenhosos ou carnosos. para o meio de cultura. A técnica de isolamento indireto consiste na transferência. não-lenhosos ou não-carnosos) ou substrato de onde o organismo é recuperado. de porções infectadas de tecido do hospedeiro ou amostras de solo e sementes infestadas. esterilizaram-se as mãos com álcool. pegou-se folhas de cajueiro com antracnose. pois lá se encontram outros fungos. a chance de isolar o fungo desejado é muito pouca. sendo que estes fragmentos são retirados de locais bem próximos à infecção. transferiu-se o meio de cultura para placas de petri. Adicionou-se 250 ml de água destilada e fechou-se a boca do frasco com tampão (chumaço de algodão + papel alumínio). esperou-se a temperatura baixar. com o auxilio de uma lâmina esterilizada através de uma chama. causador da Antracnose do cajueiro. Distribuir o meio de cultura em placas de petri para o isolamento indireto do fungo Colletotrichum gloeosporioides. foram retirados três fragmentos da folha de cajueiro com antracnose. este sendo o BDA. colocou-se os três fragmentos 5 . sendo estes saprófitas. Armazenar corretamente o meio de cultura. dentro de uma Capela de fluxo laminar.Objetivo    Realizar o preparo de meio de cultura. Autoclavou-se a 121°C por 20 minutos. Metodologia Autoclave Erlemeyer com BDA Pesou-se o meio de cultura (20g) e em seguida. com o auxilio de uma pinça. pois se for retirado do local infectado. Para o isolamento do fungo. para evitar contaminação do ambiente. retirou-se os frascos e armazenou-se os mesmo. lavou-se as folhas bem com água e sabão para eliminar patógenos indesejáveis na superfície foliar. Após decorridos os 20 minutos. a partir de folha de caju infectada. também esterilizada através da chama. lavou-se bem as mãos e antes de começar o isolamento. transferiu-se o mesmo para um Erlemeyer de 500 ml. logo após colocou-se os fragmentos mergulhados em água esterilizada durante 1 minuto. e plaqueou-se os fragmentos. esterilizou-se novamente a pinça para poder retirar um pedaço de papel filtro estéril do local onde se encontrava armazenado. retirou-se as mesmas do etanol e colocou-as em solução de hipoclorito de sódio 1% durante 1 minuto. feito isso. retirouse os fragmentos da água e colocou-se os mesmo em cima do papel filtro para retirada do excesso de água. Feito isso.em solução de etanol 70% durante 1 minuto. pegou-se a placa de petri com meio de cultura. 6 . e para corar. Esporos observados da amostra do fungo que cresceu Após observar a lâmina. assim sendo. através do tipo de esporo. análise me microscópio. para identificação do mesmo. utilizou-se o corante azul de aman. chegou-se a conclusão que eram os mesmo esporos.Resultados e Discussão Fungo crescendo em meio de cultura. material do fungo que cresceu no meio de cultura. e comparar os esporos visualizados com os esporos de Colletotrichum gloeosporioides. e observou-se amostra. foram retiradas amostras desse fungo para. era notável o crescimento de um fungo. A lâmina foi preparada com. o fungo isolado em meio de cultura era o Colletotrichum gloeosporioides. Lâmina preparada para observação de Decorridos nove dias desde o cultivo do material em meio de cultura. esporos e identificação do fungo. em meio de cultura. portanto. 7 . Esporos de Colletotrichum gloeosporioides. levou-se a lâmina ao microscópio. POR FUNGOS XILÓFAGOS.Referências Bibliográficas SILVA.embrapa. 2011.br/FontesHTML/Caju/CultivodoCajueiro/doencas. Disponível em: <http://sistemasdeproducao. 8 .htm> . Acesso em: 30 jul. 77 f.cnptia.Curso de Ciências Florestais. Universidade Federal do Espírito Santo. Antracnose.Es. JerÔnimo Monteiro . 2011. CAPACIDADE DE DETERIORAÇÃO DE CEPAS DE Eucalyptus spp. EMBRAPA. Luciana Ferreira da. 2014. Dissertação (Mestrado) .
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