relatório 3

March 23, 2018 | Author: anizielly | Category: Norepinephrine, Synapse, Animal Anatomy, Physiology, Earth & Life Sciences


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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUICENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE BIOQUIMICA E FARMACOLOGIA DISCIPLINA: FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM PROFESSOR: JUAN CARLOS RAMOS GONÇALVES EFEITO DE MEDICAMENTOS ADRENÉRGICOS EM ANIMAIS ANIZIELLY MARIA DE JESUS FERREIRA DOS SANTOS TERESINA-PI MAIO/ 2015 1 INTRODUÇÃO O sistema nervoso tem várias propriedades em comum com o sistema endócrino, que é o outro sistmema principal, para o controle da função corporal. Essas propriedades incluem integração de alto nível no cérebro, capacidade de influênciar processos em regiões distantes do corpo e uso extenso de retroalimentação negativa. Ambos os sistemas usam substâncias quimicas para a transmissão de informações. No sistema nervoso, a transmissão química ocorre entre células nervosas, e entre elas e suas células efetoras. A transmissão química tem lugar por meio da liberação quimica de pequenas quantidades de substâncias trasnmissoras, das terminações nervosas para denro da fenda sináptica. O transmissor atravessa a fenda por difusão, e ativa ou inibe a célula pós-sináptica por ligação de uma molécula receptora especializada. Em poucos casos, podem ocorrer transmissão retrógrada da célula pós-sináptica para a porção terminal do neurônio pré-sináptico e modificação de sua atividade subsequente.(KATZUNG; MASTERS; TREVOR, 2010). O sistema nervoso simpático é um regulador importante da atividade de órgãos tais como coração e a vasculatura periférica, especialmente nas respostas ao estresse. Os efeitos finais da estimulação simpática são mediados pela liberação de a partir dos terminais nervosos de norepinefrina, que servem para ativar os adrenoreceptores nos locais pós-sinápticos. Além disso, em resposta a uma variedade de estimulos tais como estresse, a medula supra-renal libera epinerfina, que é transportada no sangue para os tecidos-alvo; em outras palavras, a epinefrina age como um hormônio.(KATZUNG; MASTERS; TREVOR, 2010). De acordo com Kalant (1991), as respostas características dos órgãos efetores às catecolaminas endógenas e drogas simpaticomiméticas podem ser bloqueadas seletivamente por antagonistas dos receptores adrenérgicos α ou β. O grau de bloqueio obtido está relacionado às concentrações relativas do agonista e antagonista presente no sítio dos receptores das células efetoras, bem como às afinidades desses locais. A seletividade da droga antagonista para os receptores adrenérgicos alfa ou beta é ainda mais acentuada devido às diferentes afinidades das drogas por subtipos dos receptores alfa (alfa1 e alfa2) e subtipos dos receptores beta (beta1, beta2 e beta3). A liberação da noradrenalina na fenda sináptica ocorre através de um potencial de ação excitatório que vai promover a abertura de canais de cálcio dependentes de voltagem. Com a sua abertura o cálcio entra na célula, essa entrada do cálcio vai ativar proteínas específicas que vão fazer com que as vesículas migrem para perto da membrana pré-sináptica e essas mesmas proteínas fundem as vesículas com a membrana e libera o neurotransmissor. Liberando a noradrenalina na fenda, podem acontecer três eventos: ligação da NOR nos seus receptores da membrana pré-sináptica (retroalimentação negativa) promovendo a diminuição da liberação de NOR ou ligação nos receptores da membrana póssináptica promovendo resposta celular; recaptação da NOR que pose ser a captação neuronal (captação 1) ou captação extraneuronal (captação 2), onde pela captação 1, na fenda pré-sináptica existem transportadores altamente seletivos para a NOR, recapturando assim a NOR da fenda pra dentro do citoplasma, e pela captação 2, a NOR capturada pelo órgão efetor, que pode ser o coração, o trato gastrintestinal ou outros. Ainda na captação 1, a NOR dentro do citoplasma pode voltar pra vesícula ou pode ser metabolizada pela MAO, enzima monoaminoxidase (somente duas enzimas podem metabolizar as catecolaminas endógenas, a MAO, monoaminoxidase, encontrada na parede da mitocôndria tanto do neurônio pré como pós sináptico e a COMT, catecol oxigênio metil transferase, somente encontrada no citoplasma dos neurônios pós-sinápticos). Na captação 2, a NOR é metabolizada pela COMT. E uma terceira via pode também ocorrer que é a sua diluição pela circulação, aonde ela vai pro fígado podendo ser metabolizada tanto pela COMT como pela MAO.(KATZUNG; MASTERS; TREVOR, 2010). O experimento teve como objetivo analisar os efeitos dos agonistas adrenérgicos nos seguintes parâmetros ; frequência cardiaca, pressão arterial, e diêmetro dos vasos vicerais e musculares, através de simulação computadorizada. 2 MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Materiais  alfabloqueador  noradrenalina  adrenalina  propanolol  efedrina 2.2 Método Inicialmente foi observada a atividade normal do coração, vasos visceral e muscular, assim como a PA. Em um segundo momento administro um alfabloquador , observou-se as alterações nos parâmetros do item anterior; Retornou ao menu inicial. Administrou noradrenalina e adrenalina e observou-se as alterações nos parâmetros; Retornou ao menu inicial. Administrou o propanolol, seguido por isoprenalina, noradrenalina e adrenalina e observou-se as alterações nos parâmetros; Retornou ao menu inicial. Administrou efedrina observou as alterações nos parâmetros. 3 RESULTADOS GRÁFICO 1.0 REGISTRO DA PRESSÃO ARTERIAL OBTIDA APÓS A ADMINISTRAÇÃO DE ALFA-BLOQUEADOR, ADRENALINA, NORADRENALINA ATRAVÉS DE SIMULAÇÃO COMPUTADORIZADA. TERESINA, 2015. Fonte : Laboratório de fármacologia,Universidade Federal do Piauí, Teresina-pi, Maio, 2015. QUADRO 1.0: REGISTROS DA PRESSÃO ARTERIAL, FREQUÊNCIA CARDÍACA E DIÂMETRO DOS VASOS VISCERAIS E MUSCULARES OBTIDOS APÓS A ADMINISTRAÇÃO DE ALFA-BLOQUEADOR, NORADRENALINA E ADRENALINA ATRAVÉS SIMULAÇÃO COMPUTADORIZADA. TERESINA, 2015. PARAMETROS FREQUÊNCIA VASOS CARDÍACA VISCERAIS MUSCULARES PRESSÃO ARTERIAL Normal Vasodilatação Vasodilatação Diminuição NORADRENALINA Taquicardia Vasodilatação Vasodilatação Aumento ADRENALINA Taquicardia Vasodilatação Vasodilatação Diminuição NIVEL BASAL Normal Normal Normal PROCEDIMENTOS ALFABLOQUEADOR Normal Fonte: Laboratório de Farmacologia da UFPI. Alunos de Enfermagem, 2015.1. GRÁFICO 2.0: REGISTRO ADMINISTRAÇÃO DE DA PRESSÃO PROPANOLOL, ARTERIAL OBTIDA APÓS ISOPRENALINA, A ADRENALINA, NORADRENALINA ATRAVÉS DE SIMULAÇÃO COMPUTADORIZADA. TERESINA, 2015. Fonte : Laboratório de fármacologia,Universidade Federal do Piauí, Teresina-pi, Maio, 2015. QUADRO 2.0: REGISTROS DA PRESSÃO ARTERIAL, FREQUÊNCIA CARDÍACA E DIÂMETRO DOS VASOS VISCERAIS E MUSCULARES OBTIDOS APÓS A ADMINISTRAÇÃO DE PROPRANOLOL, ISOPRENALINA, NORADRENALINA E ADRENALINA ATRAVÉS SIMULAÇÃO COMPUTADORIZADA. TERESINA, 2015. PARAMETROS/ FREQUÊNCIA CARDÍACA VASOS VISCERAIS VASOS MUSCULARES PRESSÃO ARTERIAL PROPANOLOL Bradicardia Normal Vasoconstrição Normal ISOPRENALINA Bradicardia Normal Vasoconstrição Normal NORADRENALINA Bradicardia Vasoconstrição Vasoconstrição Aumento ADRENALINA Bradicardia Vasoconstrição Vasoconstrição Aumento NIVEL BASAL Normal Normal Normal Normal PROCEDIMENTOS Fonte: Laboratório de Farmacologia da UFPI. Alunos de enfermagem, 2015.1. GRÁFICO 3.0 REGISTRO ADMINISTRAÇÃO DE DA PRESSÃO EFEDRINA, ARTERIAL ATRAVÉS OBTIDA APÓS DE A SIMULAÇÃO COMPUTADORIZADA. TERESINA, 2015.1. Fonte : Laboratório de fármacologia,Universidade Federal do Piauí, Teresina-pi, Maio, 2015. QUADRO 3.0:REGISTROS DA PRESSÃO ARTERIAL, FREQUÊNCIA CARDÍACA E DIÂMETRO DOS VASOS VISCERAIS E MUSCULARES OBTIDOS APÓS A ADMINISTRAÇÃO DE EFEDRINA ATRAVÉS SIMULAÇÃO COMPUTADORIZADA. TERESINA, 2015. PARAMETROS/ FREQUÊNCIA CARDÍACA VASOS VISCERIAS EFEDRINA Taquicardia Vasoconstrição Vasodilatação Aumento NIVEL BASAL Normal Normal Normal PROCEDIMENTOS VASOS MUSCULARES Normal Fonte: Laboratório de Farmacologia da UFPI. Alunos de Enfermagem, 2015.1. PRESSÃO ARTERIAL 4 DISCUSSÃO A Noradrenalina tem maior afinidade por alfa, o que causa vasoconstrição visceral e muscular, aumentando a PA e a frequência cardíaca, sendo assim uma substância altamente hipertensiva. Para BRUNTON (2006), ela é o principal mediador químico liberado pelos nervos adrenérgicos pós-ganglionares, difere da epinefrina apenas devido a ausência da substituição metil no grupo amino. Se mostra um potente agonista dos receptores alfa, enquanto acaba exercendo relativamente pouca ação sobre os receptores beta; entretando, é um pouco menos potente que epinefrina sobre os receptores alfa da maioria dos órgãos. Segundo KATZUNG (2010), como o tônus arteriolar e venoso é determinado em grande parte pelos alfa-receptores no musculo liso vascular, os fármacos antagonistas dos alfa-receptores causam a diminuição da resistência vascular periférica e da pressão arterial. Esses fármacos podem prevenir os efeitos pressores de doses usuais dos alfa-agonistas; na verdade, no caso dos agonistas tanto com efeitos alfa-quanto beta2, o antagonismo seletivo do alfa-receptor pode converter uma resposta pressora em uma depressora. Os antagonistas dos alfa-receptores frequentemente causam hipotensão postural e taquicardia reflexa. A hipotensão postural é devida a antagonismo do estimulo pelo sistema nervoso simpático dos receptores alfa1 no musculo liso; a contração das veias é um componente importante da capacidade normal para manter a pressão arterial em posição ereta. Como se observa no QUADRO 1.0 a efedrina não alterou a frequência cardíaca, mas provocou a constrição tanto dos vasos vísceras como dos musculares e também causou uma diminuição da pressão arterial. Logo após o uso do alfabloqueador, simulou-se a utilização de noradrenalina, a qual levou ao aumento frequência (efeito cronotrópico positivo) e da força de contração cardíaca (efeito inotrópico positivo), uma vez que os receptores alfa1 nãobloqueados foram ativados; moderada vasodilatação dos vasos viscerais e musculares, pois ocorre a inibição da vasoconstrição que a noradrenalina provocaria ao ativar os receptores alfa desses vasos (QUADRO 1.0). Além do mais, a noradrenalina tem baixa ação nos receptores beta2-adrenérgicos o que também contribui para a vasodilatação observada nos vasos musculares. No que diz respeito à pressão arterial, apesar da vasodilatação, houve elevação, já que ocorreu aumento do debito cardíaco devido ao aumento da frequência cardíaca. A posterior administração de adrenalina provocou aumento da frequência cardíaca e vasodilatação visceral (QUADRO 1.0), efeitos que são explicados do mesmo modo que para a noradrenalina após o uso do alfa-bloqueador. Os vasos musculares se apresentaram bem mais dilatados, pois a adrenalina ao contrário da noradrenalina é potente estimulador dos receptores beta2. A pressão arterial caiu devido à acentuada vasodilatação. Os antagonistas dos receptores beta exercem efeitos proeminentes sobre o coração. Os efeitos inotrópicos e cronotrópicos negativos são previsíveis, se considerar o papel doa receptores adrenérgicos na regulação dessas funções. No sistema vascular, o bloqueio dos receptores alfa opõe-se à vasodilatação mediada por beta2. A princípio isso pode resultar em aumento da resistência periférica, devido a efeitos mediados por receptores beta não–bloqueados, à medida que o sistema nervoso simpático reage, em resposta à pressão sanguínea baixa. (KATZUNG; MASTERS; TREVOR, 2010). Dessa forma, o diâmetro dos vasos viscerais continua normal após o uso de propanolol, pois eles não expressam receptores alfa para serem bloqueados. Já os vasos musculares sofrem constrição, pois seus receptores beta2 são bloqueados pelo propranolol, e a descarga simpática atua apenas nos seus receptores alfa, ocorrendo a vasoconstrição. A pressão arterial ficou normal, pois a bradicardia é balanceada pelo aumento da resistência periférica (QUADRO 2.0). Seguidamente, simulou-se o uso de isoproterenol (isoprenalina) que é um agonista beta nãoseletivo, e observou-se que não houve modificação nos efeitos produzidos pelo propranolol, pois os receptores encontram-se bloqueados e o isoproterenol não consegue ativá-los e produzir efeito (QUADRO 6.0). Logo após, simulou-se a administração de noradrenalina e continuou ocorrendo bradicardia, por conta de que a sua ação nos receptores beta1 está bloqueada pelo propranolol; a vasoconstrição muscular e visceral diminuiu pela ação da noradrenalina nos receptores alfa não bloqueados. A pressão arterial aumenta devido ao aumento da resistência vascular periférica (QUADRO 2.0). Em seguida fez se uso de adrenalina e os efeitos verificados foram iguais ao do uso da noradrenalina (QUADRO 2.0). Vale destacar que apesar da adrenalina ser um agonista beta2 -adrenérgico (ao contrário da noradrenalina), não ocorreu vasodilatação musculara por conta do bloqueio beta2 do propranolol. A efedrina é um agonista tanto α quanto beta-adrenérgicos. Além disso, aumenta a liberação de norepinefrina dos neurônios simpáticos. A efedrina não contém catecol e mostra-se eficaz na administração oral, estimula a frequência e o débito cardíaco e aumenta de modo variável resistência periférica, consequentemente elevando a pressão arterial e sendo um potente estimulante do SNC. Após administração oral, os efeitos do fármaco podem persistir por várias horas.” (BRUNTON, 2006). Na administração de efedrina observou que como não é uma catecolamina, tem pequena ação estimulante nos receptores alfa (vasos viscerais) e pequena ação alfa e beta2 (vasos musculares), não é metabolizada pela COMT e nem pela MAO e não é capturada pelos tecidos. No coração o receptor beta1 é pouco ativado ocorrendo uma pequena e duradoura hipertensão. Após a remoção da efedrina cessaram seus efeitos e os resultados foram de acordo com a literatura. (QUADRO 3.0). 5.CONCLUSÃO Ficou claro diante do que foi exposto na referida prática pode-se compreender mais os efeitos tanto dos agonistas e antagonistas adrenérgicos usados isoladamente ou em associação entre os mesmos como também a importância dos seus efeitos na prática clinica com relação ao uso de vários medicamentos. as substancias simpaticomiméticas (adrenérgicas) Noradrenalina, Adrenalina e a anticolinérgica Atropina apresentam efeitos estimulantes. O propanolol que é um beta-bloqueador deprime os parâmetros cardíacos e estimula a contração de vasos musculares resultando numa não alteração da pressão arterial. Foi expostosto através do presente relatório que é essencial para o enfermeiro esse entendimento. REFERÊNCIAS BRUNTON, L. L.; LAZO, J. S.; PARKER, K. L. As Bases Farmacológicas da Terapêuticas. Mc Graw-Hill Interamericana, Rio de Janeiro, 11ª ed. 2006. KALANT. V. F., Principios de Farmacologia Clínica. Guanabara Koogan,Rio de janeiro, 5ª ed. 1991. KATZUNGB.G., MASTERS S.B., TREVOR A.J., Farmacologia básica e clinica. Artmed, Porto Alegre, 12ª ed. 2010.
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