RElato de Amyr Klink.pdf

May 12, 2018 | Author: Wendell Sena | Category: Sea, Time, Age Of Discovery, Nature


Comments



Description

Filme O mundo em duas voltas: uma Aventura daFamília Schürmann. Europa Filmes/Cedido e autorizado pela família Schürmann Relato de viagem e diário de viagem VJ_P6_LA_C05_154A187.indd 154 2/11/12 10:29 AM 5 Capítulo O que você vai aprender ## Características principais do relato de viagem e do diário de viagem ## Seleção e organização de informações ## Artigo, numeral e interjeição ## Acentuação das paroxítonas Filme O mundo em duas voltas - uma aventura da família Schürmann. Direção David Schürmann, 2007. Converse com os colegas Responda sempre no caderno. 1. A fotografia ao lado reproduz o cartaz de um filme. Observe-o. a) Em que lugar estão as pessoas representadas no cartaz? b) É possível afirmar que o filme relata uma viagem? Quais elementos do cartaz comprovam essa afirmação? c) Que tipos de situação você acredita que eles enfrentaram durante essa viagem? d) O filme foi um modo de registrar a viagem que a família Schürmann fez ao redor do mundo. Que outros tipos de registro poderiam ser usados para relatar essa experiência? 2. Imagine que você tivesse participado da viagem e quisesse relatar sua experiência, por escrito, para outras pessoas. a) Que tipos de informação você acredita que deveriam fazer parte de seu relato? b) Que recursos (fotografias, mapas com legendas, cronogramas, etc.) você utilizaria em seu texto para registrar as informações sobre a viagem? 3. Você conhece outros viajantes que têm suas aventuras registradas em livros ou filmes? Quais? 4. Que objetivos tem uma pessoa ao escrever um relato de viagem? 5. O que leva uma pessoa a ler um relato de viagem? O cartaz que acabamos de analisar se refere a um documentário que narra as aventuras vividas pelos brasileiros da família Schürmann, em uma viagem ao redor do mundo realizada em 1997. Neste capítulo, estudaremos as principais características de textos que registram esse tipo de aventura, os relatos de viagem e os diários de viagem. 155 VJ_P6_LA_C05_154A187.indd 155 2/11/12 10:29 AM LEITURA 1 AKPE/Amyr Klink O que você vai ler Relato de viagem Amyr Klink, (1955), navegador. Fotografia de 1984, Atlântico Sul. O trecho do relato de viagem que você vai ler foi escrito pelo navegador brasileiro Amyr Klink, que já realizou diversas façanhas, como passar um ano inteiro na Antártida e dar a volta ao mundo pela rota mais difícil: a circum-navegação em torno do continente antártico. O texto a seguir faz parte de um livro chamado Cem dias entre céu e mar, em que Amyr Klink relata uma viagem de travessia do Atlântico Sul. O navegador percorreu 7 mil quilômetros entre a Namíbia (África) e a cidade de Salvador, no Brasil, entre 10 de junho e 19 de setembro de 1984. Foi a primeira vez que um homem cruzou sozinho o Atlântico Sul em um barco a remo de 6 metros de comprimento. Durante a travessia, Amyr registrou, dia após dia, os desafios enfrentados e os pensamentos a respeito do que viu. Partir AKPE/Amyr Klink A situação a bordo era desoladora. O vento ensurdecedor, o mar difícil, roupas encharcadas, muito frio e alguns estragos. Pela frente, uma eternidade até o Brasil. Para trás, uma costa inóspita, desolada e perigosamente pró­ xima. Sabia melhor que ninguém avaliar as dificuldades que eu teria daquele momento em diante. Estava saindo na pior época do ano, final de outono, e teria pela frente um inverno inteiro no mar. […] Finalmente, meu caminho dependeria do meu esforço e dedicação, de decisões minhas e não de terceiros, e eu me sentia suficientemente capaz de solucionar todos os problemas que surgissem, de encontrar saídas para os apuros em que porventura me metesse. Se estava com medo? Mais que a espuma das ondas, estava branco, com­ pletamente branco de medo. Mas, ao me encontrar afinal só, só e indepen­ dente, senti uma súbita calma. Era preciso começar a trabalhar rápido, deixar a África para trás, e era exatamente o que eu estava fazendo. […] Não estava obstinado de maneira cega pela ideia da travessia, como pode­ ria parecer – estava simplesmente encan­ tado. Trabalhei nela com os pés no chão, e, se em algum momento, por razões de segurança, tivesse que voltar atrás e recomeçar, não teria a menor hesitação. Confiava por completo no meu projeto e não estava disposto a me lançar em cegas aventuras. Mas não poder pelo menos tentar teria sido muito triste. Não preten­ dia desafiar o Atlântico – a natureza é infi­ nitamente mais forte do que o homem –, ­mas sim conhecer seus segredos, de um lado ao outro. Para isso era preciso con­ viver com os caprichos do mar e deles saber tirar proveito. E eu sabia como. A preparação para a viagem. Namíbia, África. 1984. […] 156 VJ_P6_LA_C05_154A187.indd 156 2/11/12 10:29 AM Mas. em tempo de paz. Tinha um imenso e desconhecido oceano pela frente que na verdade me atraía. uma fase dura. águas escuras. até 1945. ou livre de arrebentação. percebi que o mar piorara bastante durante a noite. […] 157 VJ_P6_LA_C05_154A187. Nenhum veículo. Ao mesmo tempo. devido às ondas que me molhavam a cada cinco minutos. Cada centímetro longe dessa região era de fun­ damental importância. Por onde andariam as tranquilas águas azuis do Atlântico de que tanto ouvi falar? Sem dúvida. nada colaborava para que eu achasse normal a paisagem à minha volta. 1984. por terra. Mal me lembrava de ter deitado para dormir. […] De fato. a navegação por essas águas é dificultada por fenômenos anormais surgidos com as bruscas variações de temperatura. longe da África. Por outro lado. que isola toda a costa até Walvis Bay e onde qualquer embarcação que se aproxima não tarda a ser apreendida. qualquer aproximação. gravada na memória. deixando os diamantes à flor da superfície. tempo encoberto. Zona de ressurgência fria. ou ar. lavados pelo mar e polidos pela areia. É a “zona proibida dos diamantes”. Ondas completamente descontroladas. Por mar. com turbulên­ cias térmicas e ondas acima da altura média para sua latitude. pensando para frente. Eu queria me afastar o mais rapidamente possível da costa africana. a mesma coisa. eu não sentia o movimento do barco e só via o horizonte e as estrelas passando rápido pela janelinha. Encaixado no fundo da popa. pois não existe em enorme extensão de litoral um único abrigo ou enseada acessível. que ultrapasse seus limites pode sair dali. ao me levantar para ir ao trabalho. que movem as dunas do deserto da Namíbia e carregam a areia fina.Capítulo 5 Relato de viagem e diário de viagem AKPE/Amyr Klink Amyr Klink em alto-mar. e para trás. é impraticável. de todo o continente africano. Atlântico Sul. Não sem razão. e em tal extensão que sua exploração é fortemente con­ trolada e delimitada. dolorido após o esforço feito na vés­ pera. olhando para trás. Paciência! Agora era comigo mesmo. Sopram ali. o ano todo. ainda que de emergência. um barulho ensurdecedor.indd 157 2/11/12 10:29 AM . ventos implacáveis. eu navegava na região que detém o recorde do maior número de naufrágios junto à costa. Uma foca solitária Acordei no dia seguinte sobressaltado. E comecei a remar. Diamantes da mais alta qualidade (gem quality). da qual não sentia a mínima saudade. Avançava com dificuldade. Remar de costas. mas não podia parar. GlossáriO Arrebentação: choque das ondas ou lugar onde elas se quebram. Lembrei-me da blusa verde. p. Enseada: pequena baía na costa de mar. e dos remos – estariam ainda inteiros no seu lugar? Impossível descobrir naquele momento. Amyr Klink. Alguns segundos. dúvida. 1995. […] Naquela mesma noite fui acordado diversas vezes por ondas que golpea­ vam o barco com impressionante violência. como ima­ ginava. quase me afogando em sacolas e roupas que me vieram à cabeça. Biruta: aparelho para indicar a direção do vento. Choques tremendos. tão rápida que nem cheguei a sair do lugar. 1984. 21-22 e 47-50. Indescritível sensação. Hesitação: indecisão. que ganhei da Anne Marie. 3. em vez de mar. 158 VJ_P6_LA_C05_154A187. ed. que defende uma opinião ou propósito mesmo quando contrário à razão. que serve de porto a embarcações. o barco derivara de volta e eu me encontrava novamente junto à costa. solta no cockpit. Sem que eu parasse um minuto de acionar a alavanca da bomba.LEITURA 1 AKPE/Amyr Klink Relato de viagem No fim do dia. Salvador. Obstinado: inflexível. desamparo e aflição. São Paulo: Companhia das Letras. Não havia tempo para pensar. Precisava tirar a água primeiro. adormeci. Ressurgência: movimento ascendente de águas profundas para a superfície. e o mundo deu novamente uma volta completa. enquanto dormia. difícil. o dia começou a nascer e pude então perceber o tamanho da encrenca. inquieto.indd 158 2/11/12 10:29 AM . um barulho assustador. Popa: parte de trás de um embarcação. outra onda e tudo voltava à posição normal em total desordem! Mal tive tempo de analisar o que se passou. tudo escuro. Sobressaltado: bastante agitado. Cockpit: local destinado aos pilotos em carros de corrida ou em algumas embarcações. O mar parecia ter enlouquecido e não havia mais nada que eu pudesse fazer a não ser permanecer deitado e rezar. E acordei. olhei para o horizonte e. deitado no teto. […] Chegada de Amyr Klink ao Brasil. teimoso. Derivar: desviar da rota. Inóspito: desfavorável à vida. o que vi? As dunas do deserto! Durante a noite. Cem dias entre céu e mar. ao me levantar para amarrar os remos e jogar a biruta no mar. Desolador: que apresenta aparência de isolamento. antes de ir dormir. Tudo ao contrário: eu havia capotado. Estaria sonhando ainda? Não. Latitude: distância de um ponto do globo terrestre em relação à linha do equador. 5. deixando o navegador totalmente incapacitado para agir? ANOTE 6. é possível imaginar as situações que o navegador enfrentou nessa fase da viagem? Por quê? Nos relatos de viagem. 159 VJ_P6_LA_C05_154A187.Responda sempre no caderno.indd 159 2/11/12 10:29 AM . Mesmo sabendo das dificuldades que enfrentaria na viagem. Amyr Klink fala de seus sentimentos em determinado momento da viagem e. com base em sua experiência como navegador. 8. Relato de viagem e diário de viagem Para entender o texto De que viagem trata o relato? ID/BR 1. O texto que você leu apresenta duas partes: em uma delas. No texto. o trecho relata situações em que o autor demonstra ter sido surpreendido. Quais os títulos dessas duas partes. simplesmente decidiu que partiria e foi em busca de aventura. respectivamente? 3. a) Ele não planejou a viagem. responda. apresenta uma situação de perigo que enfrentou. b) Ele sentia confiança em seu projeto e tinha consciência dos desafios a serem superados. Quem está realizando a travessia? Quem está relatando essa travessia? Qual é o tipo de embarcação utilizado na travessia? Como é a região por onde Amyr Klink estava navegando? Fabiana Salomão/ID/BR 2. b) Amyr afirma a igualdade entre o ser humano e a natureza. Releia o título da segunda parte do fragmento. 7. c) Amyr demonstra respeito à natureza. Transcreva em seu caderno a alternativa correta em relação à viagem de Amyr Klink. Com base no trecho lido. Com base nas informações do texto e do quadro O que você vai ler. compara o poder do ser humano com o poder da natureza. Você acredita que Amyr Klink teve sucesso em sua travessia? Justifique sua resposta. a) Amyr afirma a superioridade do ser humano em relação à natureza. é importante que as informações selecionadas possibilitem ao leitor imaginar os locais e as situações vivenciadas por quem escreve. Amyr Klink. em outra. a) Como Amyr Klink se sente ao avistar as dunas do deserto da Namíbia? b) Por que ele demonstra esse sentimento? c) O que aconteceu com o barco. Transcreva em seu caderno a afirmativa que mostra a visão do autor a respeito de seu relacionamento com a natureza. c) Amyr Klink planejou apenas parte da viagem e achou que não teria muitas dificuldades e desafios. Que significado esse título adquire no texto? Capítulo 5 Estudo do texto 4. Do que tratam as informações que compõem o trecho do relato que você leu? ID/BR 4. Observe. b) Que informações cada uma dessas fotografias acrescenta ao texto? Além das informações presentes no texto. Características Local Costa da Namíbia ANOTE Mar Para que o leitor possa formar uma imagem dos espaços visitados pelo viajante. é importante caracterizá-los. Isso é feito pela seleção dos acontecimentos que o autor considera mais marcantes. 160 VJ_P6_LA_C05_154A187. no mapa a seguir. a) Essas fotografias são imprescindíveis para a compreensão dos fatos relatados? Explique. nos relatos de viagem é comum a utilização de imagens. Cem dias entre céu e mar. Copie o quadro a seguir em seu caderno. Quanto tempo durou a viagem realizada por Amyr Klink? 2. 5.indd 160 2/11/12 10:29 AM . Amyr Klink relatou em seu livro tudo o que lhe aconteceu e tudo o que viu durante a travessia? Por quê? 3. a) Escreva em seu caderno o lugar de onde Amyr Klink partiu e qual o seu destino. Observe as fotografias que acompanham o texto de Amyr Klink. b) De que modo esse mapa contribui para a compreensão da viagem relatada no texto? ANOTE 6. completando-o com as informações que foram dadas por Amyr Klink a respeito dos locais indicados.Estudo do texto Seleção e organização de informações 1. Rota percorrida por Amyr Klink na travessia ID/BR OCEANO B R A S I L 12/9 BAHIA 6-9 Salvador Praia da Espera (19/9/84) (18/9/84) 1/9 25/8 15/8 6/8 I. Santa Helena ATLÂNTICO ÁFRICA 28/7 14/7 NAMÍBIA 28/6 Trópico de Capricórnio 15/6 Lüderitz (10/6/84) 0 762 1524 km 1 cm – 762 km Mapa elaborado com base nos dados do livro de Amyr Klink. As imagens auxiliam na caracterização dos espaços e podem trazer novas informações para o leitor. para que o leitor possa compreender melhor o que está sendo relatado. a rota de Amyr Klink em sua travessia. 1995. sonhando com os olhos abertos e ouvindo outros barcos que também dormiam. Cem dias entre céu e mar. No relato que você leu nas páginas anteriores. e não tinha a menor noção de como chegar ao meu destino. Fabiana Salomão/ID/BR 11. e fiquei a dar voltas pelo porto. pior que isso. ANOTE Copie em seu caderno informações sobre as ações do autor e indicações sobre o tempo e o lugar em que ocorreram. 54-55. Completava uma semana no mar. Eram os nervos. Amyr Klink. 0 Capítulo 5 […] Os dias passaram voando e o rendimento melhorara enormemente. identifique e transcreva os trechos em que sentimentos de Amyr Klink são apresentados ao leitor. Foi uma despedida um pouco tensa. Cem dias entre céu e mar. no relato de Amyr Klink. ANOTE a) Identifique as palavras ou expressões que descrevem como se sentia Amyr Klink no momento da saída. relativos aos momentos de partida para a África e de chegada ao Brasil. Estava agora a 120 milhas da costa e a mais de 170 de Lüderitz. Da mesma forma. Localize. b) Por que ele se sentia assim? c) Os sentimentos expressos no momento de chegada são parecidos com os da partida? Em relatos de viagens. talvez. 9. encontrava tempo para tudo e não mais precisava voar sobre o jantar para terminar de lavar a louça antes que escurecesse. e fiz uma enorme festa […]. a última. eu estava preocupado. A Praia da Espera Na quietude daquela noite. Leia o trecho a seguir. também extraído do livro de Amyr Klink. São Paulo: Companhia das Letras. possibilitando saber quando e em que sequência os fatos ocorreram. Partia às pressas para um país que não conhecia. Que efeitos a ausência dessas informações produziria no texto? 0 Relato de viagem e diário de viagem 7. 161 VJ_P6_LA_C05_154A187. associando as informações do texto aos locais visitados. 25 e 204. a Namíbia […].0 8. Sentia todos preocupados e. os marcadores de tempo organizam as informações do texto. Em relatos de viagem. a objetividade e a precisão das indicações de espaço possibilitam que o leitor acompanhe a viagem. ancorado no infinito sossego da Praia da Espera. 10 . 1995. O cais da espera Não tinha sono. Leia os trechos abaixo. Amyr Klink. os sentimentos de quem escreve podem aparecer como recursos para emocionar o leitor. p. Esse foi um domingo de grandes comemorações.indd 161 2/11/12 10:29 AM . e transcreva em seu caderno expressões que marcam o tempo em que os fatos ocorreram. descobri que a maior felicidade que existe é a silenciosa certeza de que vale a pena viver. p. São Paulo: Companhia das Letras. um autor poderia ter ao escrever um relato de viagem? 2. A partida de Belém. para aformosear ou afear. b) Contar a sua história somente para outros navegantes.Estudo do texto O contexto de produção 1. pois Amyr realizou uma viagem em que houve muitos desafios e perigos. 29 e 79-80. não porei aqui mais do que aquilo que vi e me pareceu. explorados ou conquistados por determinado povo. nem pudemos ver. como Vossa Alteza sabe. César Nardelli Cambraia. Contudo. estando da dita Ilha obra de 660 ou 670 léguas. Atualmente. 162 VJ_P6_LA_C05_154A187. pois ele não tem a intenção de relatar a travessia para pessoas que não navegam e não têm a ousadia que ele teve. […]. Carta de Pero Vaz de Caminha (linguagem atualizada). Senhor. não deixarei também de dar disso minha conta a Vossa Alteza. p. de longo. […] a) Que informações aparecem nesse texto? b) Com qual objetivo a carta de Caminha foi escrita? ANOTE 3. E assim seguimos nosso caminho por este mar. Transcrição feita por Antônio Geraldo da Cunha. Fabiana Salomão/ID/BR Nela até agora não pudemos saber se há ouro. primeiro dia de maio de 1500. 1999. Relatos de viagem são produzidos em situações bastante diversas. esse gênero também tem sido. […] Deste Porto Seguro. topamos alguns sinais de terra. até que terça-feira das Oitavas de Páscoa. 9 de março […]. segundo os pilotos diziam.indd 162 2/11/12 10:29 AM . Posto que o capitão-mor desta vossa frota e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova que ora nesta navegação se achou. Historicamente. a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados. foram muitas vezes usados como registros oficiais sobre territórios descobertos. que foram 21 dias de abril. hoje. frequentemente. Amyr Klink certamente também tinha algum objetivo ao escrever o seu relato. ao retratar lugares e situações incomuns. Copie em seu caderno as possíveis razões de Amyr. foi segunda-feira. produzido e publicado com o objetivo de informar ou entreter o leitor. sexta-feira. dou aqui a Vossa Alteza do que nesta vossa terra vi. a) Relatar a sua aventura e expor a capacidade de superação do ser humano. assim como eu melhor puder […] Creia bem por certo que. São Paulo: Humanitas. […] E nesta maneira. em sua opinião. Quais seriam os objetivos que. da Vossa Ilha de Vera Cruz. prata ou outra coisa de metal ou ferro. Heitor Megale. Leia um trecho da carta que Pero Vaz de Caminha escreveu sobre suas primeiras impressões em terras brasileiras. dentre as relacionadas abaixo. c) Fornecer ao governo do Brasil um registro oficial das condições de navegação de navios brasileiros em contato comercial com países africanos. O uso dos adjetivos é importante para essa caracterização. Qual seria o motivo? ANOTE a) A que classe gramatical pertencem as palavras destacadas no trecho? b) Qual é a função dessas palavras no texto? c) Qual a importância de palavras como essas em relatos de viagem? Em geral. 5. Releia o seguinte trecho do relato. Ondas completamente descontroladas. tempo encoberto. Amyr Klink utilizou várias vezes o sinal de interrogação. No trecho “Uma foca solitária”. O relato de Amyr Klink e a carta de Caminha são narrados em primeira pessoa. a) Transcreva duas perguntas. procurando caracterizá-los. Capítulo 5 3. deitado no teto. Estaria sonhando ainda?” a) Identifique ações e pensamentos do narrador. Tudo ao contrário: eu havia capotado. de pessoas e de situações com os quais depara ao longo da viagem. nada colaborava para que eu achasse normal a paisagem à minha volta. Indescritível sensação. ƒƒ Discuta com seus colegas e com o professor a seguinte questão: de que modo a vontade de superar limites pode trazer benefícios ao ser humano? 163 VJ_P6_LA_C05_154A187. um barulho ensurdecedor. Retire do texto um trecho que comprove essa afirmação. Observe o seguinte trecho do relato de Amyr Klink. b) Na situação vivida pelo navegador. pudemos perceber a coragem do navegador para enfrentar as dificuldades do percurso. Linguagem do texto Relato de viagem e diário de viagem 1. águas escuras. quase me afogando em sacolas e roupas que me vieram à cabeça. os relatos de viagem e as cartas são escritos desse modo. Em geral. que sentimentos você acha que aquela “indescritível sensação” provocou nele? Superação dos limites humanos No relato de viagem de Amyr Klink.indd 163 2/11/12 10:29 AM . b) A quem essas perguntas se dirigem? c) O que elas expressam? 6.” Fabiana Salomão/ID/BR 4. “E acordei. 2. Vimos como ele tentou superar seus limites e não se deixou abater pelos obstáculos da natureza. “De fato. A viagem realizada por Amyr Klink é relatada por ele mesmo. nos relatos de viagem o autor registra suas impressões pessoais a respeito de lugares. Retire também da carta a respeito do “descobrimento” do Brasil um trecho que comprove que o próprio Caminha a escreveu. Selecione uma das paisagens anteriores para escrever o seu relato de viagem. Já estava escurecendo e decidimos armar as barracas. Cada aluno da classe escolherá um lugar e relatará suas aventuras. 2000. Depois de prontos. O que poderia acontecer nesses lugares? Antes de escrever o seu texto. Mirella Spinelli/ID/BR AQUecimento Uma das formas de organizar um relato é o uso de marcadores de tempo associados com as indicações dos locais. Proposta Ablestock/ID/BR Ablestock/ID/BR Você vai escrever um relato de um dia de uma viagem imaginária. No final da tarde. para passar a noite. Relato de viagem Acordei  e fui me encontrar com a equipe.indd 164 2/11/12 10:29 AM . Ao nosso redor.PRODUçÃO DE TEXTO Responda sempre no caderno. planeje os itens a seguir. 164 VJ_P6_LA_C05_154A187. 2000. deparamo-nos com a imensa montanha. Planejamento e elaboração do texto Nas imagens acima podemos reconhecer dois cenários propícios para uma viagem. A majestosa  erguia-se diante de nossos olhos. no centro da . . de onde partimos em um pequeno caminhão. viam-se arbustos baixos e retorcidos com poucas folhagens. com todas as provisões e todos os equipamentos necessários à nossa escalada. 1. Observe bem esse lugar e imagine como seria um dia dessa viagem. Para qual desses lugares você gostaria de viajar? Caribe. Reescreva em seu caderno o texto a seguir. Caminhamos durante  e pouco a pouco fomos envolvidos por uma mata espessa e escura. Praia tropical. Observe as imagens.  iniciamos a caminhada pela . os relatos de viagem serão lidos em uma roda de leitura. chegamos à reserva florestal. completando as lacunas com marcadores de tempo adequados e com indicações de lugares. antes de iniciarmos a difícil escalada. Após a leitura em voz alta. ID/BR Capítulo 5 3. Egito. Lembre-se também de usar referências de tempo e indicar a localização dos fatos relatados. copie e preencha a tabela. Fernando Moraes/Folhapress Ablestock/ID/BR Mtrapczynski/Dreamstime. Hurghanda. •• Os outros alunos comentam os textos. Imagine em qual desses locais você ficaria. O relato está em primeira pessoa? Há indicações de lugar? Há descrições dos espaços? Há marcações de tempo? 2. escreva seu texto. descreva as experiências e os sentimentos vividos por você. São Roque. como objetos. Além dos aspectos mencionados no quadro. Observe as imagens a seguir. 2000. 165 VJ_P6_LA_C05_154A187. Pousada. apontando os aspectos mais interessantes dos relatos lidos. dando maior destaque às palavras ou aos trechos que julgar mais importantes. conforme o estilo de viagem que havia imaginado: mais tranquila ou cheia de aventuras. Dicas para ler os textos em uma roda de leitura •• A sala de aula pode estar arrumada com as cadeiras em forma de círculo. 2001. •• Os alunos voluntários leem os seus relatos de modo expressivo. roupas e acessórios. de modo expressivo. Mirella Spinelli/ID/BR explorando a pontuação e a entonação.Hotel. Relato de viagem e diário de viagem Camping. Depois de terminar o relato. No caderno. pois ela auxiliará na avaliação do seu relato de viagem. cada aluno lerá o seu texto para a classe. 2007. copie o quadro e complete-o de acordo com as escolhas que você fez.com/ID/BR 2. Qual foi o lugar selecionado? Quais são as características desse local? Em qual local você ficará hospedado? É uma viagem solitária ou há mais pessoas? O que acontecerá nesse dia da viagem? Com base no planejamento.indd 165 2/11/12 10:29 AM . Eles podem utilizar outros recursos para contar a história. No caderno. Avaliação e reescrita do texto Elementos da narrativa Sim Não ID/BR 1. os demais alunos podem identificar qual lugar e qual tipo de hospedagem foram selecionados em cada relato. adquire um sentido mais definido. Bill Watterson. by Universal Uclick a) Com base nesses dois quadrinhos. as. a) A qual mundo Calvin está se referindo nesse quadrinho? b) Como você chegou a essa conclusão? ANOTE Nos dois primeiros quadrinhos. Bill Watterson. de acordo com os substantivos que eles acompanham. Os artigos variam em gênero (masculino ou feminino) e número (plural ou singular). ANOTE Observe na tira de Calvin a frase: “O mundo provavelmente é mais engraçado”. observa-se que o substantivo mundo. v. é possível saber a que mundo Calvin está se referindo? Explique. Calvin & Hobbes 1993 Watterson/ Dist. Calvin & Hobbes 1993 Watterson/ Dist. uma. uns. particular. quando acompanhado da palavra o. 166 VJ_P6_LA_C05_154A187. que é a continuação da história desenvolvida nos dois quadrinhos anteriores. pois se refere ao mundo em que vivemos. Os artigos que particularizam são chamados definidos: o. Os artigos que generalizam são chamados indefinidos: um. deverá concordar com ele. Observe os dois quadrinhos a seguir. Artigo e numeral Artigo Bill Watterson. by Universal Uclick 1. Leia o quadrinho ao lado. 1996. a. pois se refere a um mundo qualquer entre outros existentes. os. Calvin e Haroldo: felino selvagem psicopata homicida. As palavras que acompanham os substantivos indicando um sentido mais definido ou indefinido recebem o nome de artigo. No terceiro quadrinho. ou seja. 12. 2.indd 166 2/11/12 10:29 AM . b) Qual é a palavra que produz esse sentido de indefinição? Artigos são palavras que antecedem substantivos com a função de particularizá-los ou de generalizá-los. o substantivo. São Paulo: Best News. O artigo o. 2. apresenta um sentido indefinido. que acompanha esse substantivo. acompanhado da palavra um. umas. p.REFLEXÃO LINGUÍSTICA Responda sempre no caderno. A palavra mundo é masculina e está no singular. ordem ou posição. 2002. ed. Além de quantidades. os numerais podem expressar a ideia de ordenação. retirado do livro Everest: viagem à montanha abençoada. •• Multiplicativos: indicam multiplicação. […] Thomaz Brandolin. 6. ANOTE Capítulo 5 a) Quais palavras presentes no texto indicam quantidades definidas? b) O que a palavra primeira indica em relação aos viajantes? c) Que palavra do trecho se refere a uma quantidade inexata de pessoas? Relato de viagem e diário de viagem 1. •• Cardinais: definem uma quantidade de seres. no dia 31 de agosto de 1991. Numerais são as palavras que têm a função de indicar quantidades definidas. O restante da equipe permaneceria no Brasil mais duas semanas acertando os últimos detalhes. Kenvy e eu. fotografia. Observe a tabela a seguir. Éramos a primeira parte do grupo a deixar o Brasil. Tipos de numeral Algarismos ID/BR Existem quatro tipos de numerais. 34. •• Fracionários: indicam uma parte ou divisão. Numerais Arábicos Romanos Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários 1 I um primeiro – – 2 II dois segundo dobro. Fomos para os EUA somente com a bagagem de mão. •• Ordinais: definem uma sequência. filmagem e radiocomunicação. Porto Alegre: L&PM. para comprar equipamentos de montanha. Numeral Andréa Vilela/ID/BR Quando o avião levantou voo com destino a Miami. Leia o trecho a seguir. duplo. Everest: viagem à montanha abençoada.indd 167 2/11/12 10:29 AM . p. dúplice meio ou metade 3 III três terceiro triplo ou tríplice terço 4 IV quatro quarto quádruplo quarto 5 V cinco quinto quíntuplo quinto 6 VI seis sexto sêxtuplo sexto 7 VII sete sétimo séptuplo sétimo 8 VIII oito oitavo óctuplo oitavo 9 IX nove nono nônuplo nono 10 X dez décimo décuplo décimo 20 XX vinte vigésimo – – 30 XXX trinta trigésimo – – 40 XL quarenta quadragésimo – – 50 L cinquenta quinquagésimo – – 60 LX sessenta sexagésimo – – 70 LXX setenta septuagésimo – – 80 LXXX oitenta octogésimo – – 90 XC noventa nonagésimo – – 100 C cem centésimo cêntuplo centésimo 1000 M mil milésimo – milésimo 167 VJ_P6_LA_C05_154A187. levava a bordo apenas três integrantes da expedição: Barney. relativa aos numerais (palavras) e aos algarismos (sinais gráficos). Turma da Mônica. Quino. São Paulo: Martins Fontes. (a metade / o dobro / um terço) b) Cristina ganhou a corrida.REFLEXÃO LINGUÍSTICA | Na prática Responda sempre no caderno. complete as frases a seguir com o numeral apropriado. Alfredo usou  das laranjas que havia na geladeira. Toda Mafalda. p. de Mauricio de Sousa. ed. Ana chegou logo atrás dela. Leia a tira a seguir e responda às questões no caderno. Toda Mafalda. Pedro tem 14. que diferença de sentido há entre ser “o amigo” ou “um amigo” de Mafalda? 2.indd 168 2/11/12 10:29 AM . a) No terceiro quadrinho. (todas / metade / um quarto) Mauricio de Sousa Produções Ltda. (primeiro / terceiro / segundo) c) Havia meia dúzia de laranjas na geladeira. Alfredo usou três para fazer suco. Ana chegou em  lugar. a) Carlos tem 7 anos. 168 VJ_P6_LA_C05_154A187. Pedro tem  da idade de Carlos. teríamos certeza de que é o ônibus esperado? Por quê? d) Explique a diferença de sentido que há entre as frases “O ônibus já vem vindo” e “Um ônibus já vem vindo”. São Paulo: Martins Fontes. quais palavras acompanham o substantivo amigo e modificam seu sentido? b) De acordo com o pensamento de Miguelito nesse quadrinho. 67. Joaquín Salvador Lavado (QUINO). Em seu caderno. 3.1993 1. Observe a tira a seguir. 2003. a) O ônibus que está vindo em direção ao pai da Mônica é um ônibus qualquer ou é o ônibus que ele toma diariamente para ir ao trabalho? b) Quais palavras presentes na última fala da mãe da Mônica confirmam a sua afirmação? c) Caso a mãe da Mônica dissesse “Um ônibus já vem vindo!”. 6. pois existem outras montanhas mais altas que ela. vemos que há numerais que indicam quantidades definidas e há também algarismos que substituem os numerais nessa função. 6. 126. Dik Browne.com/ID/BR 1. dando-lhes uma ideia de determinação ou indeterminação. Leia a seguir outro trecho retirado de um relato de viagem. a) Por que Hagar empregou o artigo definido o para referir-se ao castelo e o artigo indefinido um para referir-se ao mágico? ANOTE b) Releia a fala de Hagar. a quinta montanha mais alta do mundo. no coração da Cordilheira do Himalaia. Nepal. 10. 2007. Porto Alegre: L&PM.A determinação e a indeterminação Responda sempre no caderno. Os numerais indicam quantidades definidas e ajudam na determinação da informação do texto. b) Quais são os números representados por algarismos no texto? Transcreva-os por extenso em seu caderno. No trecho. quase dois quilômetros abaixo. Porto Alegre: L&PM. o Horrível. aguardando os acon­ tecimentos. um americano e um brasileiro – mas com um único objetivo: fazer a primeira ascensão durante o inverno do Monte Makalu. 2006. 169 VJ_P6_LA_C05_154A187. a) Copie em seu caderno os numerais que aparecem no texto. Como ele chegou a essa conclusão a respeito do dono do castelo? Os artigos auxiliam o leitor a reconhecer o caráter geral ou particular dos substantivos que eles acompanham. ed.indd 169 2/11/12 10:29 AM . ansiosos. Leia a tira. ••Indica a ordem de grandeza da montanha. Os outros cinco alpinistas da equipe estavam no campo-base avançado. de 8 740 metros de altitude. 2002. c) O que a palavra quinta. Estava começando o ano de 1988. p. d) Por qual razão foram dadas informações tão precisas sobre a altitude do monte Makalu e sua posição na lista dos montes mais altos? e) Qual é a importância dos numerais em um relato de viagem como esse? 2008 King Features Syndicate/Ipress 2. v. 2. indica em relação ao monte Makalu? Copie em seu caderno a alternativa correta. Everest: viagem à montanha abençoada. Kai Pak Patrick Yeung/iStockphoto. Capítulo 5 Éramos quatro alpinistas de três países diferentes – dois poloneses. O melhor de Hagar. Thomaz Brandolin. ••Indica a quantidade de montanhas no Himalaia. Relato de viagem e diário de viagem LÍNGUA VIVA Monte Everest. presente no trecho lido. p. Aqui são reveladas algumas das dificuldades pelas quais os viajantes passaram e também suas descobertas sobre a região e o povo mineiro. empresário mineiro. O trajeto. Projeto Expedição Estrada Real I 5 o dia – São João Del Rey > Caquende 55 km > Carrancas Gui Figueiredo/Acervo do fotógrafo Na saída do hotel. calcu­ ladora. nos motivou para mais uma etapa. O que você vai ler agora são trechos do relato do quinto e do sexto dia. Tinha tudo. 2005. a bike: relógio de parede (grandão). Encheu a gente de ale­ gria e percebemos que para ser feliz não é só dinheiro e sim um jeito simples de ser. Tudo o que viram e aprenderam está registrado no texto “Diário de bordo — Projeto Expedição Estrada Real I”. O nome dele era: Toninho da Bicicleta ou Toni­ nho do Cavaco. uma obra de arte. na companhia de dois amigos. que percorreu de bicicleta a Estrada Real I. Toda ornamentada. Uma bicicleta não. A viagem foi idealizada depois que ele assistiu a uma palestra sobre as belezas da região e seu potencial turístico.. pura alegria. buzina. Rio de Janeiro. fazer uma filmagem e Toninho da Bicicleta colocou uma música que tinha tudo a ver com a gente e dizia assim: “Já é hora da partida”. e ele. Resolvemos Os três viajantes na Estrada Real. pronto! Estava já registrada na memória aquela raridade. Chegando próximo. Minas Gerais. figura tradicional da cidade de São João Del Rey. e também saber tudo que aprenderam com a experiência. vi que a “coisa” era uma bicicleta. 170 VJ_P6_LA_C05_154A187. Fotografia de 2007. Fez pose e. publicado em um site dedicado a relatos de viagem. Só vendo mesmo para acreditar. pergun­ tei o nome do senhor. Um abraço para o Sr. no meio da viagem. tamanha era a criatividade daquele sujeito que conseguiu trans­ formar uma barra circular em obra de arte. começou em Ouro Preto. despertador. Observando melhor. em Minas Gerais. Toninho da Bicicleta.. rádio com bateria. Nunca vi coisa parecida na minha vida. É possível perceber a emoção que ele viveu em cada lugar e a determinação dos rapazes diante dos desafios da viagem. prontificou-se a vir tirá-la com a gente. colorida. Ele disse também que era tocador de cavaco e que can­ tava. avistei uma coisa estranha.indd 170 2/11/12 10:29 AM . porque era alegre e chega de tristeza em sua vida. percorrido em dez dias. proprietário daquela “magrela”.LEITURA 2 O que você vai ler Gui Figueiredo/Acervo do fotógrafo Diário de viagem Guilherme Chaves Correa de Figueiredo. mais que depressa. e terminou em Paraty. O diário de viagem que você vai ler foi escrito por Guilherme Figueiredo. Olhei para o Juninho e nos apro­ ximamos para ver de perto tamanha beleza. Convi­ dei-o para uma foto. com o seu incentivo. barulhenta e um homem com um chapéu de cowboy. que. e legumes. [. Hoje foi um pouco mais. com toda a força. Chegando a Caquende. muitas fazendas. buscamos algumas informações no local e fomos acampar na Cachoeira da Fumaça. O local é tranquilo. Vamos descansar aqui mais um dia. avistamos a placa. imponente. Conhecemos também a Cachoeira Véu de Noiva. Estávamos mortos. mas observamos que a represa está diminuindo o seu nível de água. linguicinha defumada. do outro lado da represa. O trecho é de fácil acesso e. e já tínhamos pedalado uns 80 km. muito verde. aguardando-nos na balsa que faz a travessia para Capela do Saco. no caminho. Esse trecho não tem muitas novidades.] Nesse percurso. já estávamos alojados de frente para a belís­ sima cachoeira. muitas pessoas acampadas e (o melhor) o preço é bem baratinho. O cardápio foi: arroz.indd 171 2/11/12 10:29 AM . Durante esse trecho fomos conversando um pouco. Sem a ajuda de nos­ sos patrocinadores. Esta­ mos pedalando. Muito íngreme. mas decidimos continuar a pedalar mais uns 40 km até Carran­ cas. Achamos melhor parar em Carrancas e descansar lá por um dia. Mais adiante. Os nossos planos eram parar em Caquende. aproximadamente. A cidade tem nada mais que 110 cachoeiras. 3 a 4 horas por dia. Estávamos muito bem. Estava uma delícia.. pertinho da Cachoeira da Fumaça. Um visual belíssimo. Chegamos à cachoeira e fomos preparar o almoço. ficou totalmente empenada. Estávamos tão felizes! Nada estava dando errado. compramos alguns mantimentos. algumas delas são inexploradas. pouco inviável realizá-lo.Relato de viagem e diário de viagem Capítulo 5 Gui Figueiredo/Acervo do fotógrafo Saímos do hotel. logo encontramos o nosso apoio. pois estávamos famin­ tos. 2005. 171 VJ_P6_LA_C05_154A187. mas que requer do ciclista um preparo de atleta profissional. Encontramos. É o famoso “estradão”. uns 20 ou 25 km pedalando no asfalto. após uma bela descida. agradecendo a Deus e a todos aqueles que apoiaram nosso projeto. e desenvol­ ver a viagem melhor.. uns 20 km por hora. o Warley. Você pode impor uma velocidade razoável. rapidinho. seria um Pausa na viagem pela Estrada Real. Pegamos o asfalto e encontramos um pouco de dificuldade. mostrando a direção da nossa próxima parada. Adivinhem o que aconteceu? A roda virou um 8 na gíria dos ciclistas. aconteceu um incidente com a minha bike. Esse trecho a seguir é todo em terra e propício para o mountain bike. Paramos um pouco na praça principal. uma cobra e uma seriema. que fica a uns 6 km do centro de Carrancas. na quina do mata-burros.. às 8:30 da manhã em direção a Caquende. para depois seguir adiante para Cruzília. Pequenos desacertos que eram reparados rapidinho. O visual é belíssimo. em média. Fui pular um mata-burros e a minha roda traseira bateu. Eu e o Juninho estávamos pedalando bem a média de 60 km por dia e até agora foram 300 km aproximadamente. Não posso deixar de rela­ tar um pouco sobre a Serra do Salto. lá da Fazenda do Vau.. porque esta estrada não possui acostamento. tomamos banho. 6o dia – Cachoeira da Fumaça (acampados) Cachoeira da Fumaça. Bifurcação: ponto onde há a separação de uma rua ou estrada. estudante de Geografia que estava fotografando e colhendo amostras de material rochoso. a viagem até Cruzília vai ser dura. particu­ larmente. com perspectiva de chuva para os dias seguintes. Ele também estava encantado com a beleza local. prepa­ ramos bife de contra-filé e arroz. Seriema: ave de tamanho médio que tem um bico vermelho e um penacho. Ficamos deslumbrados com tamanha beleza! Por ser um pouco afastada do centro está impecável. 2005. Guar­ damos as bikes e saímos de carro para conhecer a famosa Cachoeira da Zilda. Ah! Esqueci de relatar o encontro com o Marcos. Guilherme Chaves Correa de Figueiredo. Em companhia de outras pessoas. Cananeas. No dia de hoje. compramos uma carne e fomos prepa­ rar o almoço. Haverá muita subida. relaxando bastante sem [nos] preocupar com o amanhã. conseguimos che­ gar até lá. isso fortalece a equipe e o grupo aprende a superar-se. acendemos uma fogueira. Vamos relaxar à tarde. mais uns 20 metros dali e encontramos outra cachoeira. GlossáriO Barra circular: tipo de bicicleta sem marchas. noite tranquila. ao anoitecer.indd 172 2/11/12 10:29 AM . história. lanchamos e nos prepa­ ramos para dormir.LEITURA 2 Diário de viagem [. Prontificar-se: estar à disposição. Realmente impressionantes! 6o dia – Tarde – Passamos no centro. Disponível em: <http://verdeminas. mas não animais. Íngreme: muito inclinado. Estava muito bom. Eu. A tarde estava chuvosa. Tomamos um belíssimo café e ficamos esperando o sol aparecer. depois de algumas bifurcações. Andamos um pouco. 172 VJ_P6_LA_C05_154A187. não conhecia cachoeiras tão belas como as daqui. Gui Figueiredo/Acervo do fotógrafo A viagem tem sido demais! Tenho aprendido muito. Voltando ao almoço. Voltamos para o acampamento. temos de tomar decisões em conjunto. Acesso em: 16 dez. O dia amanheceu nublado. Para todos que gostam de aventura. fizemos algumas filmagens e.com>. Pelo que temos informação. Mata-burros: pequena ponte feita em cima de um buraco com tábuas distantes uma das outras para que pessoas consigam passar. não sabemos o nome. 2011. para partirmos. Empenado: torto. mas nos arriscamos a dar o último mergulho na Cachoeira Véu de Noiva. Fomos até o centro de Carrancas e nos informaram que essa cachoeira ficava a 12 km do centro.. natureza. acorda­ mos.. mas parece que é continuação da Zilda. Pegamos o trecho todo em estrada de terra e. serena. fomos dormir com o som da Cachoeira da Fumaça. vale a pena conhecer a Estrada Real e os seus caminhos. ao amanhecer.] Continuando […] a nossa trajetória. Mantimento: alimentos. depois de uma noite chuvosa. A marcação do tempo é fundamental em um relato de viagem. apresentando suas impressões sobre o que tem visto ao longo do percurso. 173 VJ_P6_LA_C05_154A187. É escrito em primeira pessoa e organizado por datas. b) “O local é tranquilo. De que modo a marcação dos dias é feita nesse relato? ANOTE 6. A viagem tem sido demais! Chegamos à cachoeira Na saída do hotel Nesse percurso Andréa Vilela/ID/BR a) O narrador descreve o que vê de manhã. logo encontramos nosso apoio”. A linguagem dos diários costuma ser informal e. seu autor agrega aos textos imagens e recordações da viagem (fotografias. a passagem de tempo pode ser percebida também pela mudança de espaço. o trecho da manhã é mais longo. Em qual pessoa verbal o texto foi escrito? Capítulo 5 b. b) O narrador relata o que fizeram ao chegar ao local. ID/BR 2. Copie o quadro a seguir em seu caderno e complete-o. O diário de viagem reúne registros de fatos e acontecimentos vividos em uma viagem. o narrador tem o próprio diário como interlocutor) ou públicos. descrevendo o cardápio do dia. A partir da leitura do texto. Copie em seu caderno um fragmento que comprove essa afirmação. ingressos. a) “Chegando a Caquende. c.indd 173 2/11/12 10:29 AM . muitas pessoas acampadas e (o melhor) o preço é bem baratinho”. explique pelo menos dois benefícios que uma viagem de bicicleta pode proporcionar. Relacione os inícios dos parágrafos copiados no quadro com as informações de cada parte do texto. após uma bela descida.) Os diários podem ser confidenciais (nesse caso. etc.Estudo do texto Responda sempre no caderno. recibos. demonstrando sua admiração pelo que vê na cidade. Transcreva dois indicadores de espaço. Qual é o objetivo do texto? 3. muitas vezes. Relato de viagem e diário de viagem Para entender o texto 1. O texto que você leu é um relato de viagem. a. 5. podendo ser divulgados em suportes variados como sites e blogs. Transcreva dois indicadores de tempo. d. d) O narrador começa a finalizar o relato do dia. Que informações sobre o espaço apareceram no texto? e. c) O narrador apresenta a dificuldade pela qual passaram nesse dia. Nesse texto. No relato do quinto dia. Qual seria o motivo para o relato da tarde ser mais breve? 4. indd 174 2/11/12 10:29 AM . O narrador apresenta suas impressões a respeito dos lugares visitados e das descobertas realizadas.” c. mas. e legumes. a) A informalidade da linguagem utilizada pelo narrador está de acordo com o meio virtual de comunicação. responda às questões. Hoje. quais são os sentimentos do narrador. “A cidade tem nada mais que 110 cachoeiras. b) Que efeitos o tipo de linguagem empregado nesse diário causa no leitor? A possibilidade de diálogo entre escritores e leitores durante a produção de uma obra foi bastante ampliada com o uso dos meios virtuais. “Na saída do hotel. é comum que o autor registre seus sentimentos e suas impressões. barulhenta e um homem com um chapéu de cowboy. o site? b) Os textos publicados nesse site foram escritos durante a viagem ou depois de ela ter sido concluída? c) A comunicação entre o autor e o leitor acontecia quase ao mesmo tempo em que ocorriam os fatos relatados. lá da Fazenda do Vau.Estudo do texto O texto e o leitor Trecho Impressões e emoções ID/BR 1.htm>. uns 20 km por hora e desenvolver a viagem melhor. Em seguida. por intermédio de sites e mensagens eletrônicas. 174 VJ_P6_LA_C05_154A187. Que reação a manifestação das sensações e dos sentimentos do narrador provoca no leitor? Em diários de viagem. a. era mais demorado e efetivado somente após a publicação da obra. Observe. No boxe O que você vai ler há a informação de que o “Diário de bordo — Projeto Expedição Estrada Real I” foi originalmente publicado em um site.c ://www. avistei uma coisa estranha. : l em: <http Disponíve 1. “O cardápio foi: arroz.ve 02 jan. em cada trecho. ANOTE 4. ••Copie um trecho em que se estabelece comunicação direta entre narrador e leitor.” b. linguicinha defumada. om rdeminas. Acesso em r_ /pee 3. copie o quadro em seu caderno e complete-o. algumas delas são inexploradas. Esse registro faz com que o leitor se sinta mais próximo dos fatos relatados. a) A linguagem utilizada pelo narrador é formal ou informal? Copie no caderno trechos que comprovem sua resposta. em geral. 2012.” ANOTE 2. “Você pode impor uma velocidade razoável.” d. ••Copie um trecho do texto que comprove a proximidade do tempo entre as ações e o tempo da escrita. Com base na leitura do diário de viagem que você acabou de ler. Esse contato sempre foi possível por cartas ou por outros meios de comunicação. é possível estabelecer interações em tempo bastante reduzido. Estava uma delícia. Textos sobre viagens têm. distâncias percorridas. publicado em um site da internet e o de Amyr Klink. se ele for escrito somente após o término da viagem. são fundamentais na organização de um relato. b) Que elementos da imagem justificam sua resposta? Texto 1 Texto 2 ID/BR 2. Comparação entre os textos Relato de viagem e diário de viagem Gui Figueiredo/Acervo do fotógrafo 2 Capítulo 5 1 AKPE/Amyr Klink 1. 4. em geral.indd 175 2/11/12 10:29 AM . De que viagem trata o texto? Em que pessoa verbal o texto está narrado? Há caracterização dos lugares narrados? Há marcação precisa do tempo? As impressões dos viajantes são registradas? A linguagem aproxima o leitor ao texto? ANOTE 3. Copie o quadro em seu caderno e complete-o. O relato de viagem dos ciclistas foi. Amyr Klink estabelece uma ligação intensa com o mar. originalmente. como nomes de lugares. horários em que os fatos ocorreram. o objetivo de informar o leitor sobre as impressões e experiências de um viajante. em um livro. a) Relacione as imagens aos relatos de Amyr Klink e aos do “Projeto Expedição Estrada Real I”. fica clara a relação respeitosa do viajante com a natureza e seus moradores. ƒ ƒ Discuta com seus colegas de classe e com o professor: como podemos conviver com a natureza? 175 VJ_P6_LA_C05_154A187. Durante sua viagem. a) Você supõe que o relato sobre a travessia do Atlântico Sul tenha sido escrito durante a travessia ou após ela ter sido encerrada? Como você chegou a essa conclusão? b) Que tipo de informação Amyr Klink deve ter incluído em suas anotações durante a viagem? Os dados objetivos. é muito importante que o autor faça anotações sobre esses dados durante o percurso. Compare os motivos que levaram Amyr Klink e Guilherme Figueiredo a escrever seus relatos. Observe as imagens a seguir. Qual dos dois textos estudados consegue despertar mais o interesse do leitor em continuar a leitura? Por quê? O ser humano e a natureza Nos textos lidos. Já no texto do ciclista. Sua opinião 1. Por isso. vimos duas atitudes semelhantes na relação do ser humano com a natureza. Voltei para o interior da cova. ali do lado. no qual os textos serão reunidos. Thomaz Brandolin. ed. O Lhotse. Um violento golpe de ar  fez-me estremecer. difícil. Caso você nunca tenha feito uma viagem longa. relate algum passeio marcante. Eu estava impressionado com seu tamanho. 10. a quarta montanha mais  do mundo. O primeiro passo será decidir sobre qual viagem você escreverá: uma viagem que você fez nas férias ou em um fim de semana. p. As montanhas do Himalaia são . Agora leia um trecho do texto que Thomaz Brandolin escreveu sobre sua expedição à cordilheira do Himalaia. procure anotar suas lembranças sobre os lugares que visitou e os fatos mais relevantes. Mas o esforço valeu a pena. copie o texto em seu caderno e complete as lacunas com as palavras apresentadas no quadro abaixo. Após a elaboração do texto. rarefeito avermelhadas gigantescas alta colossal fantástica gelado monte Everest pequeno […] O ar . O céu. Everest: viagem à montanha abençoada. mas o Everest é . Thomaz Brandolin na cordilheira do Himalaia. Da entrada do túnel a vista era : o sol se pondo por trás de uma infinidade de montanhas. Porto Alegre: L&PM. Em seguida. deixando suas neves . com cores que iam do alaran­ jado ao lilás. 2002. 176 VJ_P6_LA_C05_154A187. Nesse momento pude sentir intensamente o irresistível poder de atração que ele sempre exerceu sobre os homens. Mas o que mais me interessava naquele incrível cenário era o que estava bem à minha frente: o . 6.PRODUçÃO DE TEXTO Responda sempre no caderno. Com base na imagem. O professor organizará o empréstimo desse livro para os alunos e os pais. estava começando a se encher de estrelas. Traga uma fotografia ou faça um desenho relacionado a algum episódio dessa viagem ou passeio. Preste atenção se você está sendo coerente com a imagem e com o próprio texto. frio e seco tornava o simples ato de respirar uma coisa penosa. 1991. peguei a pá e insisti novamente até o bloco ceder.indd 176 2/11/12 10:29 AM . Diário de viagem AQUecimento Cedida por Thomaz Brandolim/Acervo pessoal ƒƒ Observe a imagem a seguir. a classe vai montar um livro de viagens. Proposta Você vai escrever agora um texto como se fosse o registro de um diário de viagem. como se estivessem pegando fogo. parecia  perto dele. e quase congelava minhas vias respiratórias. por exemplo: •• O grupo 4 encadernará os textos dos alunos da classe. nesse caso. Para auxiliá-lo. Cada grupo ficará responsável por uma tarefa da organização do livro. Planejamento e elaboração do texto ID/BR Relato de viagem e diário de viagem 1. 3. Copie e preencha a tabela a seguir em seu caderno. A narração está em primeira pessoa? Há indicações de lugares? Há descrição dos espaços? Há marcação de tempo? Você apresentou suas impressões e seus sentimentos a respeito do que viu? 2. 177 VJ_P6_LA_C05_154A187. Qual será o objetivo principal do texto? Quais foram os lugares pelos quais você passou? Quais eram as principais características desses lugares? Quais foram seus sentimentos e sensações durante a viagem? Em que data os fatos relatados aconteceram? Capítulo 5 Qual foi a duração dos acontecimentos? Em que sequência eles aconteceram? 2. copie o quadro a seguir em seu caderno. Depois de avaliar seu relato. •• O grupo 2 fará a revisão de textos e imagens. completando-o com as informações que estarão presentes em seu diário de viagem. Dicas de como organizar um livro de viagem •• Os alunos serão divididos em quatro grupos. Lembre-se de colocar legendas nas fotografias. Ilustre seu relato com fotografias ou desenhos. /ID/BR •• O grupo 1 fará a organização dos textos por critérios.indd 177 2/11/12 10:29 AM . •• O grupo 3 ficará responsável pela criação de uma ilustração para a capa e de um título para o livro. Organize suas ideias e escreva uma primeira versão de seu texto. 5. 4. Avaliação e reescrita do texto Características do diário de viagem Sim Não ID/BR 1. Lembre-se de que em um diário os registros são organizados por datas e de que. lugares de praia ou montanha. seu diário não será confidencial. faça as modificações que considerar necessárias e reescreva seu texto. Combine com o professor e os colegas como será a circulação do livro. Fabiana Sa lomão região do país ou viagens nacionais e internacionais. não!. a) Quais palavras e expressões representam os sentimentos de Garfield? b) Que sentimentos essas palavras expressam? ANOTE c) Qual pontuação acompanha essas palavras e expressões? As palavras que expressam sensações. de Jim Davis. bico fechado!. Deus me livre! •• onomatopeias: pum!. na escrita. Já a locução interjetiva Que horror! expressa a ideia da aversão de Garfield. All Rights Reserved/Dist. são identificadas sobretudo pelo ponto de exclamação (!). 178 VJ_P6_LA_C05_154A187. coragem!. Inc. emoções. indignação puxa vida!. não sei. o uso da interjeição Arghh!!! procura transmitir. ó!. ei! Pedido de silêncio psiu!. viva!. olá!. que coisa! Chamamento alô!. ô!. força!. oh!. até que enfim! Irritação. sentimentos são chamadas de interjeições. by Universal Uclick 1. hã? Zombaria uuhh! ID/BR No quadrinho. tchau!. meu Deus! Despedida tchau!. oba!. Garfield.indd 178 2/11/12 10:29 AM . ui! Satisfação ou alegria eh!. boa! •• locuções interjetivas: ora bolas!. Leia atentamente o quadrinho a seguir. são reconhecidas pela entonação que o falante empre­ga ao pronunciá-las e. psiu!. cuidado! Espanto ou surpresa uau!. puxa!. até logo! Pena oh!. ora essa!.REFLEXÃO LINGUÍSTICA Responda sempre no caderno. vapt-vupt!. Interjeição Jim Davis. Na fala. O sentido das interjeições é dado de acordo com o contexto de produção do enunciado. viva!. adeus!. nossa!. o sentimento de Garfield em relação à aparência de Jon. quem me dera! Medo ou pavor uh!. oh! Alívio ou cansaço ufa!. ui!. hã!. muito bom! Dúvida sei lá…. hum…. ui!. arghh! Interjeições Sentido Interjeições Sentido Admiração ah! oh! Encorajamento avante!. bem!. As interjeições se apresentam por meio de: •• sons vocálicos: ah!. eia! Advertência opa!. Garfield 1995 Paws. eia! •• palavras únicas: olá!. olha lá!. puxa vida!. por meio da onomatopeia. ora bolas!. Leia alguns exemplos de interjeições. em frente!. coitado! Dor ai!. que pena…. quieto! Desejo tomara!. f) Chega! Eu não consigo dormir com esse barulho! g) Ai! Eu não vi esse galho no meio do caminho. Substitua a fala do segundo interlocutor por uma interjeição que você julgue apropriada à situação. Reescreva no caderno os enunciados usando as interjeições de acordo com as situações indicadas entre parênteses. explique o que elas expressam. a) – Vamos à praia no próximo fim de semana? – Fico muito feliz com o convite! b) – Foi você que fez isso aqui? – Desculpe-me. com um sorriso imenso! (saudação) i)  Pensei que você não fosse chegar mais! Está atrasado uma hora! (impaciência) 179 VJ_P6_LA_C05_154A187. a)  Esse café está muito quente! (dor) b)  Esse lugar não me parece seguro! (suspeita) c) Amanhã conseguiremos terminar nossos trabalhos!  (alívio) d)  Você está correndo muito! (advertência) e)  Justo hoje está chovendo! (frustração) f)  O sabor dessa comida está delicioso! (satisfação) g) Ele chegará a tempo?  (esperança) h) Ao vê-la. b) Oba! Amanhã iremos ao cinema.REFLEXÃO LINGUÍSTICA | Na prática Responda sempre no caderno. e) Vá em frente! Você sabe muito bem o que fazer. a) Hum… Se eu fosse você. acho que não faria isso. h) Não! O ônibus já foi embora? i) Arre! Essa gripe acabou com minha semana! Laerte/Acervo do artista 2. disse . a) Quais as interjeições que aparecem nos quadrinhos da personagem Hugo? b) O que elas expressam? 3.indd 179 2/11/12 10:29 AM . Laerte. Capítulo 5 Relato de viagem e diário de viagem 1. Leia a tira a seguir. em seu caderno. – Estou muito triste com a notícia! d) – Não vou conseguir terminar essa tarefa no prazo determinado. c) Meu Deus! Eu nunca vi uma chuva tão forte como essa! d) Ei! Cuidado! Não entre nessa sala! Você não está com o equipamento apropriado. eu não sei sobre o que a senhora está falando! c) – Ela não foi indicada para ser a treinadora do time. Identifique as interjeições abaixo e. – Acredito que você terminará a tarefa a tempo! 4. À esquerda. como estão se sentindo? c) Que palavras são usadas para expressar esse sentimento? d) Suponha que as três mães percebam que os aparelhos de vídeo não funcionam e que não há pessoas suficientes para atendê-las. temos a sala de vídeos melosos e de comédias românticas estreladas por Richard Gere […]. sejam muito bem-vindas ao paraíso. Que interjeições elas usariam para expressar seus sentimentos? 180 VJ_P6_LA_C05_154A187.REFLEXÃO LINGUÍSTICA | Na prática 5. 57. sem taxas adicionais e livre de impostos – um verdadeiro presentão: um dia de folga. finalmente. i) Recebeu elogios do seu professor pelo seu esforço e dedicação às aulas. e) Ouviu algumas pessoas falando alto na biblioteca. a) O que aconteceu com essas mães? b) Pelos comentários feitos por elas. h) Presenciou um acidente. 6. Mulheres e crianças primeiro!: humor para mães à beira de um ataque de nervos. excitadíssimas. drenagem linfática e terapia das vidas passadas – porque da atual é melhor nem lembrar! Mais à frente. 2005. […] Andréa Vilela /ID/BR […] à direita. circulam. d) Encontrou na rua uma carteira com documentos. numa bela manhã de primavera. Até que. não aguentando mais tanta reclamação. As três mães. observando tudo em volta. senhoras mães. j) Viu seu amigo do outro lado da praça. praguejar e reclamar que estavam esgotadas. Mães no paraíso Gilda. estressadas. acabadas.indd 180 2/11/12 10:29 AM . temos a hidromassagem e o ofurô. Não paravam de repetir que tudo o que queriam era um pouco de sossego. […] As três não acreditam no que ouvem. g) Deixou cair no chão a jarra que sua mãe ganhou de casamento.. c) Soube que teria de dividir seu quarto com uma pessoa que ronca muito alto. O paraíso passa a ser um tormento. FERNANDA – UAU! Vamos aproveitar! Isso é que é vida! [. reflexologia. FERNANDA – Nossa! Mas esse paraíso é o máximo! HELOÍSA – Será que eu vou.. decidiu atender às preces dessas pobres mães detonadas e oferecer a elas – totalmente grátis. a Mãe Santíssima. f) Percebeu que a sopa está muito quente. b) Recebeu um telefonema avisando-o que encontraram seu animal de estimação que estava perdido. Rio de Janeiro: Record. Fernanda e Heloísa não ficavam um só dia sem resmungar. Que interjeição você usaria nas seguintes situações? a) Encontrou na rua seu ídolo do esporte. p. […] FUNCIONÁRIA – Bom dia. Leia o trecho a seguir. conseguir assistir a um filme inteirinho sem parar pra apartar uma briga das crianças? […] GILDA – Não acredito!!! U-HU!!!! […] A funcionária sai.] Claudia Valli. a) Qual é o sentido da locução interjetiva usada no texto? b) Considerando a resposta que deu.).carlosdrummond. Poesia e prosa. nem o que ela fez.com. O menino poeta: obra completa. 2. Que doçura! ••Que horror!. 3. vai-se tocando pra frente. Relato de viagem e diário de viagem 1. 181 VJ_P6_LA_C05_154A187.indd 181 2/11/12 10:29 AM . Que bom! Ilustrações: Andréa Vilela/ID/BR a) Em que situações você usaria as seguintes expressões? ••Que caro!    • Que frieza!    • Que tarde!    • Que alívio! b) Que sentido indica cada grupo de locução interjetiva? ••Que besteira!. O que se diz Que frio! Que vento! Que calor! Que caro! Que absurdo! Que bacana! Que frieza! Que tristeza! Que tarde! Que amor! Que besteira! Que esperança! Que modos! Que noite! Que graça! Que horror! Que doçura! Que novidade! Que susto! Que pão! Que vexame! Que mentira! Que confusão! Que vida! Que talento! Que alívio! Que nada… Assim. p.LÍNGUA VIVA A interjeição e a construção de sentidos Responda sempre no caderno. Que vexame! ••Que bacana!.br Henriqueta Lisboa. Que nome! Eu não sei ao certo quem era ela. Sapato furado. Carlos Drummond de Andrade © Graña Drummond. © by Elena Quintana. Que modos!. 2008. c) “Puxa!” — dito por um estudante ao ser aprovado no vestibular. www. expressão facial. em plena floresta de exclamações. Que vida! Capítulo 5 Carlos Drummond de Andrade. 1379. São Paulo: Global. mas tenho certeza que Dona Urraca foi uma das princesas mais infelizes do mundo… Mario Quintana. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. a) Qual é o sentido da locução interjetiva usada no título? b) Em que situação você usaria essa expressão com sentido diferente? ANOTE 4. p. p. As interjeições assumem diferentes significados conforme o contexto de produção dos enunciados e o modo como são proferidas (entonação. Que susto!. etc. explique o que realmente tem valor para a voz expressa no poema. Leia estes versos de um poema de Henriqueta Lisboa: Sobre a mesa flores e pão. 18. 97. Leia. b) “Psiu…” — dito por um rapaz a uma garota em uma festa. 1983. num jardim!) Livros bem guardados e um rádio em silêncio. (Quanta riqueza se contém numa lareira. Leia o texto a seguir escrito por Carlos Drummond de Andrade. d) “Puxa!” — dito por uma mulher ao bater o carro. São Paulo: Peirópolis. 2006. Que significados as interjeições assumem nas diferentes situações a seguir? a) “Psiu!” — dito por uma enfermeira aos presentes na sala de espera de um hospital. Que graça!. Questões de escrita Acentuação das paroxítonas Responda sempre no caderno. é aquele deslumbramento. agrupando-as conforme suas semelhanças. orgãos saci lapis imovel rocha latex jovens a) A doação de  é uma atitude de solidariedade. b) Que critério você utilizou para agrupá-las? 3. Pega-se o trem em Cuzco. Com base no que você observou na atividade anterior. vestígios da antiga civilização que Macchu Picchu. Leia o texto a seguir. existiu nos Andes antes da chegada dos espanhóis. g) Muitos  fazem trabalhos voluntários. em alguns trechos do percurso. as escadarias onde se plantavam batatas. que construiu essa cidade incrível Quem nunca ouviu falar de Macchu Picchu. […] Disponível em: <http://chc. f) O  extraído da seringueira é utilizado para a produção da borracha. Chegando a Macchu Picchu. lá nas montanhas dos Andes.uol. É verdade que da antiga cidade sagrada restam apenas ruínas. copie as palavras paroxítonas que têm acento gráfico. Depois.. complete as orações abaixo com as palavras do quadro. saiba mais sobre o povo inca. e aí é um sobe-e-desce permanente: vales e mon­ tanhas se alternam no caminho e dá para ver muito bem. acentuando-as se necessário. b) A mula sem cabeça e o  são personagens do folclore brasileiro. Mas que ruínas! Dá para se imaginar o esplendor do antigo Império do Sol! Os santuários. 182 VJ_P6_LA_C05_154A187. Observe as palavras do quadro a seguir.. Acesso em: 3 jan. b) O que elas têm em comum? 2.com.br>. responda às questões. a cidade sagrada dos incas? É um passeio obrigatório para quem viaja ao Peru. íris fêmur tônus fácil álbum cáqui bônus revólver ímã tórax benefício amável júri órfã colégio córtex quórum Zelândia quadríceps necessário bíceps a) Copie as palavras em seu caderno. Einalem/Flick 1. a) Em seu caderno. 2012.cienciahoje. O lugar é belíssimo. as moradas dos guerreiros e sacerdotes.indd 182 2/11/12 10:29 AM . e) O granito é uma  muito utilizada na construção de casas. Fabiana Salomão/ID/BR d) O  ficou desabitado por muitos anos. 2008. as casas do povo.. c) Pedro comprou uma caixa com 36  coloridos.. O império do Sol No mês em que comemoramos 100 anos da descoberta de Macchu Picchu. Peru. a) tênis d) fácil. Companhia das Letras. aquário. 2007. Direção: David Schürmann. cútis. Europa Filmes/ID/BR Paratii: entre dois polos. bênção. Em busca do sonho. de Nelson Cruz. No longe dos gerais. estratégia c) âmbar f) tríceps Relato de viagem e diário de viagem São acentuadas as paroxítonas com as seguintes terminações: -l. fóssil b) órfão e) relógio. tórax -i. Leia as sílabas em desordem e combine-as adequadamente. caráter. UniverCidade. -is. vírus -ã. -ps. íons ditongo Polinésia. -ns álbum.indd 183 28/03/12 17:25 . a Livros da editora a Record/Arquivo na rquivo da editor ga UniverCidade/A ve tras/ ia. Cosac Naify. -ãos ímã. língua Capítulo 5 Veja também o conteúdo multimídia “Acentuação gráfica”. júri. sótãos -um.ANOTE 4. órfãs. de Heloisa Schürmann. Brasil. de Amyr Klink. -ãs. justifique o acento das palavras agrupadas a seguir. Com base nas informações do quadro Anote acima. glúten. -r. -ão. 183 VJ_P6_LA_C05_154A187. -x têxtil. fórceps. médiuns. das Le Companh ivo da editora qu Cosac Naify/Arq Ar uivo da editor a be Para saber mais dor Mirella Spinelli/ID/BR Descubra a palavra escondida em cada linha de quadrinhos. -us táxi. -n. ¢¢Letras misturadas ba jan vi te ven a ra lu tu co des la ber ta Filme O mundo em duas voltas. de Eduardo Emílio Fenianos. Expedições urbenauta São Paulo: uma aventura radical. Mas atenção: há sempre uma sílaba a mais. Record. amável. A galinha cor-de-rosa Cacarejava. Lavava os pés numa pocinha. escrito por Duda Machado. toda orgulhosa. n. Mas seus pés acabavam na lama. 1. Acesso em: 11 ago. 445. São Paulo: Editora 34. Esta condição se mantém devido à influência da massa de ar seco e frio que ainda atua sobre Santa Catarina. d) Como os artigos colaboram para caracterizar os substantivos? A quinta-feira segue com o tempo estável em Santa Catarina. 2005.com. 184 VJ_P6_LA_C05_154A187.br>. p. Que detestava pisar no chão /BR Duda Machado.clicrbs. Andréa Vilela/ID/BR 2. Leia a previsão do tempo publicada no Jornal de Santa Catarina: a) Localize no texto as palavras paroxítonas acentuadas e transcreva-as em seu caderno. bicava o galo” ••“E depois. Por isso também.atividades GLOBAIS | Reflexão linguística Responda sempre no caderno. b) Releia: “A quinta-feira segue com o tempo estável em Santa Catarina. Metida a chique. bicava o galo. éa dr Era uma galinha cor-de-rosa. a) Que interjeição aparece no quadrinho? b) O que expressa a interjeição usada por Cascão? c) Localize um numeral. Revista Cascão. 7. alguns bichos e Cia. 43. São Paulo. com ar de rainha. com ar de rainha” ••“Lavava os pés numa pocinha” Selecione as palavras que acompanham os substantivos galo e pés e transcreva-as em seu caderno. Ficava no alto do poleiro E quando saía do lugar. ••Quais são os artigos nesse trecho? ••Qual a função dos artigos em relação ao substantivo que os acompanha? 3. Aí armava o maior chilique. E depois. d) O que esse numeral indica? Mauricio de Sousa Produções Ltda. Leia o poema a seguir. 2011. a) Releia os versos abaixo: ••“Cacarejava. An /ID Cheio de lama do galinheiro. 1997. Leia o quadrinho do Cascão. as temperaturas seguem baixas e pode haver a formação de geada nas áreas altas do Estado.indd 184 2/11/12 10:29 AM . Globo. Histórias com poesia. com o predomínio do sol na maior parte do Estado. p. b) Essas palavras estão no masculino ou no feminino? c) Releia o título e transcreva em seu caderno a palavra que determina o gênero do substantivo galinha. com o predomínio do sol na maior parte do Estado”. a lel Vi Batia as asas para voar. Disponível em: <www. ^^ Escritos sempre em primeira pessoa. ordem ou posição.Relato de viagem e diário de viagem O que você aprendeu neste capítulo Relatos de ^^Apresentam informações selecionadas e dados objetivos. De qual deles você gostou mais? Por quê? ƒƒ Quais dúvidas você tem sobre o conteúdo estudado na parte de reflexão linguística? 185 VJ_P6_LA_C05_154A187. Diários de ^^ Também relatam fatos de uma viagem realizada por seu autor. viagem Capítulo 5 ^^A utilização de imagens auxilia na caracterização dos espaços. emoções ou intenções. ^^Marcadores de tempo organizam as informações do texto. são organizados por datas. ^^Indefinidos: generalizam o substantivo. ^^Ordinais: definem uma sequência. ^^Fracionários: indicam uma parte ou divisão. distâncias percorridas. ^^Os registros de sentimentos e as impressões do narrador promovem a aproximação do leitor ao texto. ^^Flexão de número: plural ou singular. Numerais Palavras que têm a função de indicar quantidades definidas. divulgados em suportes como sites e blogs. marcadores de tempo. ^^Definidos: particularizam o substantivo. permitindo o diálogo entre escritor e leitor. horários em que os fatos ocorreram. Interjeições ^^Palavras e locuções que expressam sensações. ƒƒ Dos assuntos tratados neste capítulo. como nomes de lugares. o que você gostou de aprender? ƒƒ Quais aspectos você considerou positivos em sua participação na roda de leitura? ƒƒ Você produziu dois textos sobre viagem. podem ser confidenciais ou públicos. ^^ Diferentemente dos relatos de viagem. ^^Multiplicativos: indicam multiplicação. ^^Cardinais: definem uma quantidade de seres. releia o quadro O que você aprendeu neste capítulo. registro de viagem sentimentos e possibilidade de utilização de imagens. Artigos Antecedem substantivos para particularizá-los ou generalizá-los. Autoavaliação Para fazer sua autoavaliação.indd 185 2/11/12 10:29 AM . Acentuação ^^Como são acentuadas as paroxítonas. ^^Flexão de gênero: masculino ou feminino. com caracterização objetiva dos espaços. e defina exatamente o que se quer informar. ƒƒ Anote em seu caderno os detalhes importantes da informação. Lembre-se de que você é o porta-voz do professor. como data e local. ƒƒ Ao ouvir o rádio. Peço um instante da atenção de vocês. No dia… às…. ou mesmo os combinados do grupo para o bom andamento das aulas. ƒƒ Sua aula foi interrompida para que fosse feito um comunicado da coordenadora. a agenda de tarefas. por isso são muito valorizados por aqueles que organizam ou coordenam uma comunidade.indd 186 2/11/12 10:29 AM . Você já viveu alguma destas situações? ƒƒ Ao assistir à televisão. você é informado por um locutor de que a programação será interrompida para o pronunciamento de um comunicado importante. 2 Em sua casa.ORALIDA DE Responda sempre no caderno. ƒƒ Faça uma apresentação para seus melhores amigos ou para sua família e peça que eles avaliem: 186 VJ_P6_LA_C05_154A187. Deve manter a clareza e a objetividade próprias para a situação. ƒƒ Pergunte a ele(a) que informação importante deve ser transmitida a todos os alunos da sala. ensaie a forma como vai comunicar a informação: ƒƒ Com base nas anotações que fez com o professor. Podem ser as datas das provas. destaque as palavras-chaves que devem ser utilizadas em seu pronunciamento e reúna-as em um papel. vai acontecer…” Preocupe-se com a maneira como vai usar a linguagem oral. converse com um dos professores de língua portuguesa das outras salas e verifique quais as informações importantes que todos devem saber. Andréa Vilela/ID/BR Comunicado Produção de texto: comunicado O que você vai fazer Você deve produzir um comunicado a ser divulgado aos alunos de outra sala de uma série posterior à sua. portanto não pode usar de informalidades. Os comunicados são muito eficazes quando precisamos que uma mensagem importante chegue rapidamente ao maior número de pessoas. ƒƒ Combine com a professora a data em que você vai visitar a sala para fazer o pronunciamento e como você será apresentado(a) aos alunos. Preparação 1 Procure o professor da sala para a qual irá divulgar o comunicado. autoridade intelectual da sala. de forma organizada. as datas de festas comemorativas. da supervisora ou da diretora. Procure iniciar sua fala com uma saudação: “Bom dia. Estou aqui hoje em nome do professor… para comunicar que…” ou “ Bom dia a todos. Para isso. uma empresa faz um comunicado para seus consumidores. ƒƒ Ensaie em frente ao espelho. Sua postura: você precisa mostrar que o momento exige seriedade. A situação pode parecer ainda mais complexa quando estamos na companhia de alguma autoridade. gírias ou repetições desnecessárias? ƒƒ Valorizou as principais informações? ƒƒ O volume da voz e a entonação estavam adequados? Você conseguiu atrair e manter a atenção da classe? Muitas vezes pode parecer difícil falar em público. ƒƒ Depois de ouvir a opinião de sua plateia. O uso formal da linguagem: utilize linguagem adequada à situação. articular bem as palavras e fazer uso de volume adequado da voz. Justifique adequadamente os motivos do comunicado. O uso de um roteiro com as palavras-chaves pode ser muito valioso nesse momento. selecionar e hierarquizar as informações e. o falante deve organizar o texto antecipadamente. A apresentação do comunicado Andréa Vilela/ID/BR No dia e data antecipadamente definidos com o professor. vá ao local combinado e faça seu pronunciamento de forma clara. ainda. reflita sobre os seguintes aspectos: ƒƒ Você manteve a seriedade adequada à situação proposta? ƒƒ Usou de linguagem formal? Seu discurso esteve livre de vícios de linguagem. mantenha a ordem lógica. lembre-se de perguntar se alguém tem alguma dúvida e responda com objetividade. ou seja. Avaliação Após a apresentação do comunicado. evite gírias e vícios de linguagem como tipo e né. A forma como você organizou seu discurso: estabeleça continuidade em sua fala. Ao final de sua apresentação. fica mais fácil controlar a possível timidez ou evitar constrangimentos desnecessários. por isso deve manter seu corpo ereto. 187 VJ_P6_LA_C05_154A187. ou seja. Dessa forma. Evite interrupções desnecessárias e destaque as informações mais importantes aos alunos.indd 187 2/11/12 10:29 AM . transmita aos alunos a importância do comunicado. modifique o que considerar mais adequado para a efetiva comunicação entre você e seu público. Por isso. planejar a maneira de comunicar oralmente o que se quer. principalmente em situações de formalidade ou quando estamos diante de pessoas com as quais não temos intimidade. o uso da linguagem nesse tipo de situação também é assunto para a escola. Para a apresentação em público. assim.
Copyright © 2024 DOKUMEN.SITE Inc.