Relação entre as propriedades mecânicas das ligas de alumínio e grau de recalque.PDF



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7º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃOth 7 BRAZILIAN CONGRESS ON MANUFACTURING ENGINEERING 20 a 24 de maio de 2013 – Penedo, Itatiaia – RJ - Brasil th th May 20 to 24 , 2013 – Penedo, Itatiaia – RJ – Brazil RELAÇÃO ENTRE AS PROPRIEDADES MECÂNICAS DAS LIGAS DE ALUMÍNIO E O GRAU DE RECALQUE Marcelo do Nascimento Sousa, [email protected] 1 Márcio Aurélio da Silva, [email protected] José Aécio de Sousa, [email protected] Marcos A. S. Barrozo, [email protected] Álisson Rocha Machado, [email protected] 1 Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Federal de Uberlândia, Campus Santa Mônica, CEP 38408-902, 2 Faculdade de Engenharia Química, Universidade Federal de Uberlândia, Campus Santa Mônica, CEP 38408-902. Resumo: As ligas de alumínio são de grande importância na indústria metal-mecânica, pois elas possuem excelente relação resistência-peso boa ductilidade, baixa densidade, excelentes condutividades térmica e elétrica e resistência à corrosão. Devido a estas características elas são bastante empregadas na indústria aeronáutica, automotiva, química, petroquímica, utensílios domésticos (panelas), embalagens, etc. A literatura sobre usinagem das ligas de alumínio é muito rica, mas limitando-se a investigações que levam em conta os problemas citados, principalmente sobre forças, temperaturas, controle e formação do cavaco, e normalmente são trabalhos pontuais, em processos específicos, geralmente em apenas uma determinada liga. A formação do cavaco é fator primordial e controlador de todas as variáveis do processo de usinagem e essa formação depende muito das propriedades do material. Uma maneira de avaliar o processo é por meio do grau de recalque. Ele indica a quantidade de deformação que o cavaco sofreu no plano de cisalhamento primário e, portanto, quantificando o crescimento de sua espessura. Neste trabalho determinou-se experimentalmente, por meio do torneamento cilíndrico, para um dado conjunto de combinações de condições de corte, as correlações existentes entre as propriedades mecânicas (dureza, limite de escoamento, limite de resistência, alongamento e estricção) de várias ligas de alumínio (3003 O, 2011 T4, 6351 T4, 6262 T4, 7075 T6 e 7075 T73) e as características do cavaco (grau de recalque, tipos e formas). Nas respostas a variáveis que mais influenciaram foram o avanço e a dureza. Palavras-chave Ligas de Alumínio, Propriedades Mecânicas, Condições de Corte , Grau de Recalque, Tipos e Formas de Cavaco. 1. INTRODUÇÃO O alumínio é o terceiro metal mais abundante na crosta terrestre e apresenta-se em sua forma natural combinado com oxigênio e outros elementos (Budd, 1999); tem estrutura cfc, alta ductilidade a temperatura ambiente e relativa facilidade de se usinar (Hamade e Ismail, 2005). Comparado aos outros metais de engenharia possui temperatura de fusão baixa em torno de 659°C (Callister, 2002). Desde o início de sua produção, por volta de 1886, era através do método Hall-Heroult de redução eletrolítica, sendo que que a sua produção passou de pouco mais de 45000 toneladas para mais de 25 milhões de toneladas nos dias atuais (Cock, 1999). Uma boa referência do crescimento da produção de alumínio se baseia na aplicação na indústria automobilística, que vem aumentando incessantemente. Na prática, a usinagem desse grupo de material não apresenta maiores preocupações, excetuando-se no caso de algumas ligas heterogêneas, mais duras, como as de alumínio-silício (Demir e Gündüz, 2008). Elas são consideradas, portanto, de alta usinabilidade, se comparadas com a maioria dos metais de engenharia, pois possuem menor resistência e menor dureza relativas e ponto de fusão mais baixo, que facilitam o corte. Uma das poucas características desfavoráveis é a ductilidade (Weingaertner, 1991). Comparativamente elas são bem mais dúcteis que a maioria dos demais metais, principalmente os ferrosos (Manna, 2003). Esta característica promove grandes comprimentos de contato cavaco-ferramenta, forças de usinagem elevadas e cavacos difíceis de serem controlados. © Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2013 por meio do torneamento cilíndrico. Para a montagem do PCC. 1978). sendo que o controle desses cavacos pode se tornar o principal problema na usinagem das ligas de alumínio (Demir e Gündüz. cujo os valores estão apresentados na Tab. (1).. produzindo assim cavacos contínuos. Quando muito dúctil. as correlações existentes entre as propriedades mecânicas (dureza. minimizar a variabilidade destes e minimizar a influência de variáveis incontroláveis. grandes avanços e profundidade de corte melhoram o controle do cavaco. acima de 12% tende a produzir cavacos mais curtos. Dasch et al (2009) sugerem adição de elementos de livre-corte. foi a variável de saída mais importante considerada. pois fragilizam o cavaco devido a sua baixa solubilidade na matriz de alumínio em altas temperaturas provocadas pelas altas velocidades de corte – condição esta que pode em algumas situações piorar o controle do cavaco. Dentre os parâmetros/características relativos ao cavaco. Neste aspecto Kelly e Cotterel (2002) sugerem ferramentas afiadas com grandes ângulos de saída. alongamento e estricção) de várias ligas de alumínio e as características do cavaco. 2011)..PCC. 2000). 2 – METODOLOGIA Para gerar os modelos utilizou-se um planejamento composto central . geralmente em apenas uma determinada liga. avanço (f) e profundidade de corte (ap) e as propriedades mecânicas das ligas de alumínio. pois promove a formação de cavacos curtos e segmentados nas ligas de alumínio. determinar quais variáveis são mais influentes nos resultados. São elas: velocidade de corte . tais como chumbo. 2012). 6XXX e 7XXX (Santos Jr. A relação entre a espessura do cavaco (h’) medida e a espessura de corte (h) determina o grau de recalque. este trabalho propõe contribuir com avanços nos conhecimentos desse processo. 2008). Assim.RJ A literatura sobre usinagem das ligas de alumínio é muito rica. considerando os seguintes fatores de entrada: velocidade de corte (vc). na forma de fitas longas podem se emaranhar na peça e prejudicar sua qualidade superficial (Kelly e Cotterell. avanço . para um dado conjunto de combinações de condições de corte. e medição de suas espessuras. condições de corte. 2002). A geometria da ferramenta.. acabamento superficial e desgaste de ferramenta.vc. mas limitando-se a investigações que levam em conta os problemas citados. Por exemplo. foi utilizado um planejamento composto central com quatro réplicas no centro. temperaturas.7º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 20 a 24 de Maio de 2013. geralmente na forma de fita longa. principalmente sobre forças. Desta forma qualquer medida de controle do cavaco deve beneficiar as outras características de usinabilidade. Penedo. 2009). objetivando determinar experimentalmente. pois se tornam mais quebradiços em função da maior espessura e redução do raio curvatura dos mesmos (Machado et al. consumindo muita energia.. cujos valores das variáveis de entrada são apresentados na Tab. O grau de recalque foi determinado pela medição da espessura dos cavacos gerados em cada ensaio. A formação do cavaco é fator primordial e controlador de todas as variáveis do processo e essa formação depende muito das propriedades do material. se deforma demasiadamente antes que se rompa. um dos mais utilizados para representar a usinabilidade do material. 1991). Um grau de recalque elevado significa que o cavaco sofreu grandes deformações no plano de cisalhamento primário. controle e formação do cavaco. superfícies de saídas polidas e o controle da velocidade de corte. em processos específicos. portanto. como as da série 2XXX. Este planejamento prevê um conjunto de ensaios com o objetivo de determinar a influência de diversas variáveis no comportamento de um dado sistema ou processo (Box. espessos e difíceis de serem quebrados (Trent e Wright. Itatiaia . Medidas que podem melhorar o controle do cavaco. Trent e Wright (2000) recomendam a adição de elementos de liga. x i  0 1   1  2 onde: x é o valor da variável codificada. e forma. como o grau de recalque. Menores velocidades de corte e ângulo de saída. bismuto. atribuir valores às variáveis influentes de modo a otimizar os resultados. em cada ensaio. 1978). devido à grande restrição sofrida para escorregar no plano de cisalhamento secundário. A ductilidade elevada promove cavacos contínuos. fragmentados de maior curvatura (Roy et al. sendo que normalmente são trabalhos pontuais. determinados após coleta dos cavacos produzidos em cada ensaio. tipo de revestimento e propriedades mecânicas exercem grandes influências no processo de formação do cavaco na usinagem das ligas de alumínio (Machado et al. tais como força de usinagem. (1). com quatro réplicas no centro. Isto acontece também nas ligas menos dútil. e vice-versa (Machado et al. limite de resistência. 2011). © Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2013 (1) . Esses cavacos contínuos. estanho ou antimônio em teores de até 0. classe. limite de escoamento. os níveis das variáveis foram determinados por meio dos códigos obtidos pela Eq.f e profundidade de corte – ap. O modelo foi gerado pelas ligas com as seguintes variáveis de entrada: condições de corte e propriedade mecânica codificada. A variável de saída considerada foi o grau de recalque. podem prejudicar outras características de usinabilidade. o grau de recalque é um dos mais importantes e. 2011). aumentando a espessura do cavaco e ao mesmo tempo. Para tal. (1) (Box e Hunter.5%. tais como o cobre. Presença de alto teor de silício nas ligas de alumínio. Tratamentos térmicos de amolecimento das ligas de alumínio produzem cavacos mais contínuos (Weingaertner e Schroeter. 00 390. Vc ap f Vc ap f 170.00 1.41 0.00 0.23 0.00 -1.00 0. gerou a seguinte geometria: αo (ângulo de folga) = 10°.23 0.00 0.00 ap.14 2. Tabela 1.41 0.00 0.41 0.00 0.00 -1.00 -1.23 1. -1.00 0.00 A usinagem das ligas foram executadas no torno CNC (Romi – Multiplic 35D).00 0.00 3.00 170.00 435.00 0.00 280.00 0.00 -1.32 1.23 0.00 124.00 2.00 2.00 170. As ferramentas utilizadas nos testes foram insertos de metal duro.00 1.00 0.00 0.36 0.00 -1.00 1. Tabela 2. Penedo.23 0.23 -1.00 0. (1) e (-1) valores da variável não codificada referentes ao nível 1 e –1.00 390.00 0.00 0. 0 representa o valor original no nível central.00 1.00 2.00 0.00 1.7º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 20 a 24 de Maio de 2013.14 -1.00 1.00 280.32 -1. de acordo com a codificação indicada.36 A Tabela (2) apresenta as condições de corte de cada teste derivadas do planejamento.32 -1.00 0.00 0.41 0.41 vc.00 0. © Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2013 .00 2.00 -1.00 3. composto por WC-Co (Mitsubishi: TCGT16T308-AZ HTi10) montadas em um suporte também fabricado pela Mitsubishi (ISO: STGCR2020K16Z).00 390.41 280. Planejamento dos testes para coletas de cavacos para determinação do grau de recalque Valores das variáveis de entrada Valores das variáveis de entrada codificadas.23 0.00 0.00 280.00 435.00 3.00 390. com potência de motor principal de 11 kW e rotação contínua variando de 3 a 3.00 -1.00 1.59 0.23 0.10 0.00 1.32 3.00 2.00 0.00 1.000 rpm.41 0.00 2.00 -1.00 -1.23 3.00 0. Variáveis de entrada para montagem do PCC.RJ i o valor original ou não codificado.00 1. mm (x3) 0.00 3.41 0.10 1.00 -1.00 0.00 280.00 0.00 3.41 -1 0 +1 +1. mm (x2) f.14 1.41 280.00 2.59 0.00 0. Itatiaia .00 1.00 0.00 1.00 0.00 0.00 0.32 1.00 0. Variáveis Niveis de codificação.00 390. O conjunto montado ferramenta-suporte.00 170.00 1.00 0.00 0.00 280.00 280.14 1.00 0.14 -1.00 280.00 170.00 2. γo (ângulo de saída) = 15° e χr (ângulo de posição) = 90°. m/min (x1) 124.00 1. 32 4.10 2.00 3. 6365 T6.20 2. 2011 T4.30 2.14 4.80 3.2. 6351 T4.00 280. 3.80 1. Tabela 4. 7075 T6 e 7075T73.20 1.20 0. como a 3030 O até uma liga de maior dureza e baixa ductilidade. Penedo. obteve-se os graus de recalque através da Eq.00 390.00 0.00 2.00 1.30 2.40 2. 2011 T4.79 2.50 1.50 0.85 0.10 4.50 2.00 3.80 2.88 Rc 7075 T6 2.00 170.00 280. 3.10 2.30 2.60 2.70 2.00 280.60 2.80 1.23 3.001mm de resolução.10 0.34 2. 2. RESULTADOS E DISCUSSÃO.00 280.30 2.00 2.1 RESULTADOS DOS CÁLCUOS DOS GRAUS DE REQUALQUE (Rc) DAS 6 LIGAS ESTUDAS.60 2. Itatiaia .40 1.14 5.00 f Rc 3039 0 Rc 6262 T4 Rc 6365 T6 Rc 2011 T4 0.40 2.32 4.84 2.20 2.1 Medição do Grau de Recalque Após a realização dos testes de torneamento. desde uma liga de baixa dureza e dúctil.Resultados dos graus de recalque das ligas 3030 0.RJ Na seleção das ligas de alumínio para os ensaios.00 3. Assim.00 170.23 3.30 1.40 2.30 Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2013 Rc 7075 T73 2.23 3. (4).06 1.55 0. Depois de medidos os valores de h’ com o micrômetro e calculados os h pela Eq.60 2.00 280.40 2.00 1.47 2. 6262 T4 . com a 7075 T6.00 2.20 2. com um micrômetro com 0.10 1.10 2. 7075 T73 e 7075 T6 que cobre uma boa faixa de variação destas propriedades.50 2.14 4.32 4.00 3.60 2.20 2.41 2. sendo que os resultados para as seis ligas são apresentados nas Tab.44 2.00 390.30 2.64 0.67 2.32 3.04 0.00 390.00 1.14 1. A tabela (3) apresenta as principais propriedades medidas em cada uma dessas ligas utilizadas.83 1. 2 Rc  h' (2) h Onde o valor de h é obtido pela Eq.60 3.42 0.50 2. 2. procurou-se variar o espectro de propriedades.50 2.00 2.40 2. foram selecionadas as ligas: 3030 O 6262 T4.55 2.00 390.00 ap 1. os cavacos foram coletados.56 280.30 2.11 0.67 2.40 2.60 1.66 2. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 © Vc 170.90 1.00 2. cujas médias garantiram uma melhor confiabilidade nos resultados.70 1.50 2.2.14 4.77 2.91 3.70 1.40 3. Tabela 3. Com estes valores obteve-se o grau de recalque dado pela Eq. Cada cavaco coletado em um teste foi medindo cinco vezes.70 1.70 1.24 1.30 0.77 1.45 2.00 2.36 3. h  f  sen (3) 2. para medição de suas espessuras (h’).40 2.32 2. 2.00 280.30 0.20 0.00 3.43 2. Resultado dos valores médios aproximados das propriedades mecânicas das ligas de alumínio.22 0.70 2.00 124. Propriedades Limite de resistência (Rm) Alongamento (A)** Dureza (D) Estricção (Z)** 3030 O 121 MPa 6262 T4 270 MPa 33% 38 HV 66% 24% 74 HV 53% 6351 T4 2011 T4 300 MPa 313 MPa 21% 93 HV 45% 18% 95 HV 32% 7075 T73 7075 T6 470 MPa 571 MPa 11% 132 HV 22% 7% 161 HV 15% **Ensaios de tração: amostra com diâmetro útil igual à Ø cinco mm a temperatura ambiente de 25°C.80 2.7º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 20 a 24 de Maio de 2013.65 2.00 2.44 435.59 3. em termos de dureza e ductilidade.60 0.20 1.90 2.95 2.23 4.10 2.00 2.23 4.23 3.33 0.00 0.68 1.06 1.80 2.23 3.85 .80 2.00 170.62 3.70 2. 438 121.00 6262 T4 1.Err.67 -0. e as interações dureza e profundidade.00 270.00 0. Variável Estricção (Z) % (x6) Liga Níveis de codificação.06 0. entretanto.02 0.RJ 18 280.30 2.56 -45.09 0.00 2011 T4 -0.00 0.50 -0.02 0. Tabela 8: Coeficientes do modelo de regressão com níveis de significância menor que 5%.7º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 20 a 24 de Maio de 2013.20 -0.59 -0. 6351 T4.23 3.70 0.00 0.02 -0.10 0.00 0. a fim de se obter um modelo cuja variável resposta é o grau de recalque.75 1. Estes resultados estão coerentes com a literatura.52 0.02 0.00 0.00 0.04 -12.02 0. sendo os níveis de codificação resultados dos valores encontrados na caracterização das ligas.11 0.25 0. Estas propriedades foram adimensionalizadas (codificadas) na faixa de trabalho.40 92.02 0.29 -0. i.08 0.75 -0. Para gerar este modelo utilizou-se como variáveis independentes.00 300.91 17.21 0.32 -3.44 -0. as propriedades mecânicas das ligas 3003 O.50 Para a análise dos resultados é imprescindível o uso de métodos estatísticos. A Tab.10 -3.50 94.16 -16.00 313 470.02 -0.74 1. Penedo. sendo que neste trabalho utilizouse a regressão múltipla. Variável Níveis de codificação.02 0. Itatiaia .13 94.44 Limite de resistência (Rm) MPa (x5) Liga -0.35 p-level 0.24 -0.00 7075 T6 -1 22. além das três apresentadas nas Tabs.38 15.38 -9. 0.02 0.02 0. 2.00 Neste modelo pode-se se observar que as variáveis que mais influenciaram na resposta do grau de recalque foram a dureza e o avanço lineares.10 0.18 0.42 38.02 -0.02 0.0. que considera estas variáveis muito importantes no © Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2013 . -1. estimados para o modelo de regressão.23 0.22 -0.5 6351 T4 0. Variável Níveis de codificação.70 2.5 132. -1.00 3030 O Os coeficientes do modelo de regressão foram obtidos com a utilização do software Statistica®7.e.83 2.31 -0.41 -0.67 2. avanço e profundidade de corte) consegue-se no torno CNC todos os valores exatos dos níveis estipulados.65 0. conforme é apresentado nas Tabs.72 53.00 0.92 0.00 3030 O 6262 T4 6351 T4 2011 T4 7075 T73 7075 T6 Tabela 7: Valores codificados para a propriedade estricção (Z) das ligas. (8 ) apresenta os coeficientes significativos.73 4.32 0.13 3030 O 6262 T4 6351 T4 2011 T4 7075 T73 7075 T6 Dureza (D) HV (x4) Liga Tabela 6: Valores codificados para a propriedade limite de resistência (Rm) das ligas.29 0.02 0.25 0.00 74.00 0. Beta Intercept vc ap f D ap*f ap*D ap*Rm f*Z f2 D2 -0. (6) e (7).00 571.69 0.02 -0.00 0.00 0. 2011 T4. Tabela 5: Valores codificados para a propriedade dureza (D) das ligas.44 66.02 0. 7075 T6 e 7075 T73.30 3. não há como obter valores exatos determinados pelo planejamento.00 0. 6262 T4.44 32. aqueles com níveis de significância menor que 5%. (2) e (3).17 -0. (5).13 0. (velocidade de corte.00 7075 T73 -0.00 161. Para as propriedades mecânicas das ligas.38 Std.20 1. -1.02 t(65) 91.Err. Para as três primeiras variáveis independentes.04 5.00 2. bem como entre a profundidade e o limite de resistência.02 B Std. 2011). longos predominaram na forma emaranhado destacando-se a presença de algumas formas helicoidais para a velocidade de 170 m/min e avanço 0. embora a adição de cobre na liga 2011 T4 tenha propiciado a formação de cavacos mais quebradiços conforme pode-se observar na figura 1.11f2 + 0. Observando-se a figura 2. A Eq.09.65 ap*Rm – 0. que foram predominantemente arcos e soltos e curtos.3 Tipos e Formas dos Cavacos.21ap – 0.32 mm/rot. por esta liga conter cobre como seu principal elemento de liga.RJ processo de formação do cavaco (Micheletti. verifica-se que. Itatiaia . 3). 6365 T4 e 7075 T73.18vc – 0. (Machado et al. visto que quanto ao tipo ambas se apresentaram com cavacos contínuos. que a fragiliza (Trent e Wright (2000).52 – 0.97 2 2. 1980 e Machado et al.f*Z + 0. na usinagem da liga 6365 T4 os cavacos contínuos.10ap*f + 0. Na sequência foi feito uma análise visual da forma do cavaco formado pelas ligas 2011 T4 . © Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2013 .. Rc = 2. Penedo. 4 mostra a equação de regressão gerada pelo modelo com os seus coeficientes.. Observe que o alongamento e a estricção são aproximadamente metade dos da liga 3030 O (Tab.7º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 20 a 24 de Maio de 2013. Figura 1. 2011).29D2 (4) R = 0. Os cavacos foram gerados pelas condições de corte adotadas no PCC.69ap*D – 0.70D + 0. Percebe-se ainda na figura 1 que a variação de parâmetros utilizados nestes ensaios não teve uma influência significativa na forma dos cavacos.32f – 0. Formas dos cavacos e condições de corte da liga 2011 T4. que se apresentaram mais longos nas formas emaranhado e helicoidal. Observa-se ainda que avanços menores propiciassem a formação de cavacos predominantemente longos (Smith.RJ Figura 2. CONCLUSÕES As variáveis que mais influenciaram na resposta do grau de recalque foram a dureza e o avanço lineares. mas curtos na forma de arcos e soltos. Formas dos cavacos e condições de corte da liga 7075 T73 2. Figura 2. Formas dos cavacos e condições de corte da liga 6365 T4 A figura 3 apresenta as formas dos cavacos na usinagem da liga 7075 T73.profundidade de corte e profundidade de corte .limite de resistência. © Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2013 . na forma emaranhada e helicoidal longa. Os cavacos predominantes na usinagem das ligas 6365 T4 e 7075 T73 foram contínuos.4.7º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 20 a 24 de Maio de 2013. e as interações dureza . Os cavacos predominantes na usinagem da liga 2011 T4 foram contínuos. 1989). Itatiaia . Penedo. F. J. J. 79p. Machinability study of pure aluminium and Al–12% Si alloys against uncoated and coated carbide inserts. Este trabalho mostrou a importância da utilização de ferramentas estatísticas para geração de modelos. B. permitindo arrolar concomitantemente parâmetros de corte e de propriedades de materiais. Demir. 2011. Bhattacharyya. 7th ed. J.F. Journal of Materials Processing Technology. J. 1989. Process. Ghosh. portanto uma variação nas condições de corte e das propriedades mecânicas do material se mostraram bastantes influentes no valor da resposta grau de recalque (Rc).F.. Os autores deste trabalho agradecem à CAPES. São Paulo – SP.. Da Silva. A. R. Sarangi.197 8. The effects of aging on machinability of 6061 aluminium alloy. Box. Roy. 2002. Refract.B. Coelho. D. 4638-4644. Waldo.. 2012. 4th ed. Materials science and engineering: an introduction.T. P. São Paulo: Alcan Alumino do Brasil. Advanced machining : the handbook of cutting technology. E. F.G. Gündüz.T. C. ao CNPq e à FAPEMIG. S.. Cock. Penedo. G...A Light Metal. 2. A.. European Aluminium Association.K. C. © Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2013 . Wong. John Wiley & Sons.M. Barcelona: Blume.M. 1999.1980. Chattopadhyay. C. 5 . J. Mater. Hamade. Mater. Minimal lubrication machining of aluminium alloys.. B. 426 p.. A Brief Introduction to Aluminium.M. Femec Ufu.. Metal cutting. Technol. Ang. Kelly. IFS. REFERÊNCIAS. A. ed. 2009. Boston.Tecnologia de usinagem do alumínio e suas ligas: tornerar.. M. 327-334. 166. 1991. Butterworth Heinemann.A. A case for aggressive drilling of aluminum. Cotterell.) pelo fornecimento das ferramentas utilizadas. Cheng. Santos Jr. Mg. Aluminium .C. Mater. W. T. 2005. Design. Mecanizado por Arranque de Viruta.. 1th ed. The effect of free-machining elements on dry machining of B319 aluminum alloy. 2000.. Itatiaia . 2.. J.. A.. AGRADECIMENTOS.. Budd. W. o grau de recalque. E. Editora Edgard Blucher. A. Powell.711–716 Michellete. Y. Nesta aplicação foi possível fazer isto para uma importante resposta do sistema. Birmingham: European Aluminium Association. 86-97. Hunter. Schroete. Ismail. Callister. p. T. fresar. Trent.140. Abrão. Weiner. 120. Technol. M. R.. J. Statistics for Experiments. 2009. Mater. Konca.. 2002. 2a Edição.. Wright. Smith. “Teoria da Usinagem dos Materiais”. 1999. Brasil. furar e serra. DIREITOS AUTORAIS Os autores são os únicos responsáveis pelo conteúdo do material impresso incluídos no seu trabalho. B. Manna.R. Weingaertner. Oslo. 535-544. 2003. G.Resources and Production of Aluminium. Chester. 2. 1-4. J. 2008. Technol.RJ Os menores valores de grau de recalque foram encontrados para os maiores valores codificados de dureza (D) e avanço. Study on different tooling systems during machining of Al/SiC-MMC. n. L.R. 4 .A. G. H. Metal Hard Mater. Int. A.. Tese Doutorado.. R. USA. Process. 230 pgs.K. Machado.. Uberlândia. E.. G...K. 209.. 27. S. R. Process. Printed in the United States of America. pelo apoio financeiro e à MMC Metal do Brasil Ltda (Subsidiária Mitsubishi Materials Corp.7º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 20 a 24 de Maio de 2013.. M.. Dasch.D. Emprego de Ferramentas Estatísticas para Avaliação da Usinabilidade de Ligas de Aluínio. A. S. P..M. The results showed that the work material hardness and the feed rate were the most influencing variables in the chip thickness ratio of the aluminum alloys. School of Chemical Engineering. Brazil 2 FEQUI/UFU.br2 Álisson Rocha Machado. 38408-902 Uberlândia. chemical. etc. mnascimento28@yahoo. under several cutting conditions. This work aims to experimentally determine between the mechanical properties (hardness. Federal University of Uberlândia. Cutting conditions. and they are normally about specific variable. packaging. Itatiaia . Barrozo. good ductility. automotive.7º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE FABRICAÇÃO 20 a 24 de Maio de 2013.RJ RELATIONSHIP BETWEEN THE MECHANICAL PROPERTIES OF THE ALUMINIUM ALLOYS AND CHIP THICKNESS RATIO Marcelo do Nascimento Sousa. School of Mechanical Engineering.aeciosousa@yahoo. S. 38408-902 Uberlândia. 7075 T6 e 7075 T73) and the chip thickness ratio. alisonm@mecanica. and petrochemical industries. Mechanical properties. because they have excellent strength to weight ratio. they are widely used in the aerospace. MG. keywords: Aluminum Alloys. elongation and necking) of several aluminum alloys (3030 O. but usually limited to investigations of common problems in machining. temperature. Brazil Abstract.com1 José Aécio de Sousa.br1 1 LEPU/FEMEC/UFU. 2011 T4. Chip thickness ratio. © Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas 2013 . Aluminum alloys are of great importance in the metalwork industry. They are also used to manufacture household utensils (pans). 6262 T4.com. in cylindrical turning. mainly on forces. Penedo. marcioaureliosilva10@gmail. masbarrozo@ufu. The literature on machining of aluminum alloys is huge. low density.br 1 Márcio Aurélio Silva.br1 Marcos A. MG.. tensile strength.. chip formation and chip control.com. considering only one alloy. Thus. Federal University of Uberlândia.Chip formation is a key and controlling factor of all the process variables and is highly dependent on the material properties. excellent thermal and electrical conductivities and corrosion resistance. Types and forms of chips.ufu.. 6351 T4. yield strength.
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