Regência de Coral, Instrumentos e Técnicas Vocais--módulo 4

March 29, 2018 | Author: Patricia Teixeira | Category: String Instruments, Singing, Music Technology, Musical Instruments, Sound


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PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSUREGÊNCIA DE CORAL, INSTRUMENTOS E TÉCNICAS VOCAIS MÓDULO – 4 Editoração e Revisão: Editora Prominas e Organizadores Coordenação Pedagógica INSTITUTO PROMINAS APOSTILA RECONHECIDA E AUTORIZADA NA FORMA DO CONVÊNIO FIRMADO ENTRE UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES E O INSTITUTO PROMINAS. Impressão e Editoração 2 SUMÁRIO UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO ........................................................................... 03 UNIDADE 2 - INSTRUMENTOS MUSICAIS .................................................... 06 UNIDADE 3 - TÉCNICAS VOCAIS .................................................................. 12 UNIDADE 4 - REGÊNCIA DE CORAIS ........................................................... 24 UNIDADE 5 - FORMAÇÃO DE REGENTES DE CORAIS .............................. 35 UNIDADE 6 - O CANTO CORAL ..................................................................... 52 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 58 Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: [email protected] ou [email protected] Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 3 UNIDADE I - INTRODUÇÃO Iniciamos nossa apostila Regência de Coral, Instrumentos e Técnicas Vocais partindo do entendimento que arte, prática artística, pontuando aqui a música, o coro e o canto coral são direitos e não privilégios de poucos, necessidades e não ornamentos. Compondo o curso de Educação Musical, esta apostila oferece um aporte teórico para os professores que pretendem atuar na educação musical, contendo a classificação dos instrumentos musicais, técnicas vocais, as quais abrangem avaliação e diagnóstico preventivo, terapêutico, além de aperfeiçoamento vocal, o que pode vir do aquecimento das pregas vocais. Sendo este material uma compilação do pensamento de vários autores renomados que pesquisam na área. No tópico Regência de Corais veremos as considerações da literatura brasileira acerca da Regência, quais as condições, fundamentos, técnicas necessárias ao regente, bem como as habilidades e competências necessárias para essa ação. Finalizando, no capítulo sobre canto coral, apresentamos a organização desse tipo de trabalho, a criatividade, as dimensões e os níveis de atuação de um coral. O coro é uma organização com fins diversos, desde a busca por motivação pessoal, educação musical e oportunidades de lazer, até a divulgação de uma mensagem, de um repertório ou de uma instituição. É uma ferramenta muito significativa para estabelecer diversas configurações socioculturais. Na sua mais abrangente concepção, a formação e a atuação de regentes corais deve abarcar os princípios musicais, organizacionais e administrativos para o entendimento do coro em suas diversas facetas, contendo conhecimentos de diversas áreas. Desse modo, o estudo de técnicas de organização do trabalho e gestão de competências/recursos humanos de um grupo vocal permite, a partir de sua aplicação, o desenvolvimento de relações interpessoais mais agradáveis dentro do grupo e, consequentemente, de uma maior eficácia nas atividades do conjunto (AMATO NETO; AMATO, 2006). Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: [email protected] ou [email protected] Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas adquirindo a habilidade de executar passagens melismáticas1 com grande agilidade e leveza. Sataloff (2000 apud FERNANDES. atingindo grande quantidade de “cores sonoras”. no qual ele deve exercer seu papel de preparador vocal.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. KAYANA. da realização correta da afinação. facilitando a tarefa de interpretação de repertórios diversificados. Site: www. desenvolvendo um amplo espectro de dinâmicas e.com. regentes atentos ao refinamento histórico-estilístico de uma obra devem também se preocupar com a importância de se ter um conhecimento técnico vocal que viabilize os resultados buscados. ainda. parte dessa literatura volta-se para o estudo de aspectos mais técnicos e musicais do que históricos e críticos. em que cada sílaba do texto corresponde a única nota. transformar o mundo e evidentemente que todos realmente têm esse direito. nossa linha de pensamento será mostrar a importância das técnicas para 1 Melisma em música é a técnica de alterar a nota (sensação de frequência) de uma sílaba de um texto enquanto ela está sendo cantada.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . tipo de ataque e terminação. Com uma técnica vocal eficaz e saudável. OSTERGREN. as autoras concordam com Castanho (2005) quando este infere que as pessoas precisam tanto de arte quanto de alimento porque querem conhecer o mundo.08:00 as 12:00 horas / tarde . como veremos ao longo desTa apostila.13:15 as 18:00 horas . Conhecendo a pedagogia vocal. portanto. deve conceber sua própria visão da obra. Nesse sentido. “O regente influencia na técnica vocal.com.4 A execução de uma obra coral depende. assumindo sua função de intérprete. a responsabilidade de conduzir o processo interpretativo. formação vocálica.com. aspectos do legato e da articulação. entre outros aspectos. em relação à frequência com que sua prática é encontrada em estabelecimentos de ensino. Além disso. o cantor pode aprender a variar a sonoridade da voz em todos os registros. Estudos de Campos e Caiado (2007) apontam que a produção de pesquisas relacionadas ao canto coral ainda é escassa no Brasil. ao contrário de silábica. e outros fatores que possibilitam que o som seja moldado de acordo com suas intenções”. Assim. da articulação inteligível do texto. expressando-a através da sonoridade resultante deste processo. regentes podem trabalhar efetivamente para desenvolver nos cantores uma maior habilidade vocal. segundo Smith. portanto. além de outras qualidades técnico-vocais do coro moldadas pelo regente que.br ou diretoria@institutoprominas. 2006). A música cantada neste estilo é dita melismática.ucamprominas. Ao regente cabe. com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. acessível a todos e não como privilégio de poucos. Site: www.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã .com.08:00 as 12:00 horas / tarde .13:15 as 18:00 horas .ucamprominas.br ou [email protected] que o coro e o canto coral sejam vistos como arte.com. médio e agudo). eles alteraram a forma de subdivisão de suas classes e introduziram um código decimal semelhante ao código que Melvil Dewey criou para a classificação de livros em bibliotecas. com a necessidade de catalogar e expor instrumentos musicais em uma coleção do museu de instrumentos musicais de Bruxelas. altura (grave. teclados são os mecanismos que produzem o estímulo e controlam os sons produzidos.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . No século XIX. Seu sistema foi ampliado por Curt Sachs e Erich von Hornbostel. cultural ou religioso. Arcos. dependendo da época e da sociedade. bocais. o organologista Victor Mahillon criou um sistema que dividia os instrumentos de acordo com a forma de produção sonora. a parte de madeira de um violão. o cabo de um sino são os suportes destes instrumentos. a divisão pelo modo como o som é produzido.com. dando origem ao chamado sistema Hornbostel-Sachs de classificação. Além de mudar o nome da classe de autofones para idiofones. Por exemplo. Na Grécia antiga outra. O corpo é a parte que dá suporte mecânico às outras partes. A origem do primeiro instrumento musical ainda é controversa. Site: www.com. É a forma desse corpo que serve como caixa de resonância do som. Por exemplo.13:15 as 18:00 horas . cordofones e aerofones.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. sendo uma das mais comuns. Classificados de diversas formas. Cada e qualquer classificação é relevante para sua época. As cordas.08:00 as 12:00 horas / tarde . dependendo dos aspectos morfológicos do instrumento. em autofones. pois os arqueologistas tendem a debater o assunto mediante evidências de artefatos e trabalhos culturais e não simplesmente por desenhos em paredes de caverna.6 UNIDADE 2 . na Índia e Tibet existe uma classificação. martelos. Quanto às classificações dos instrumentos.ucamprominas. duração (do som ou do silêncio) e intensidade.INSTRUMENTOS MUSICAIS Instrumentos musicais são objetos construídos com o propósito de produzir música. Ao estudo dos instrumentos musicais dá-se o nome de organologia. baquetas. membranas e tubos são as partes do instrumento que produzem o som. elas podem ser de caráter histórico. membranofones.br ou [email protected]. palhetas. O som dos instrumentos musicais possuem características como timbre. Mahillon e vários outros sistemas mais recentes. Foi através dos instrumentos de cordas que alguns filósofos e matemáticos descobriram todos os princípios matemáticos que regem os intervalos. a forma como o som é produzido. de percussão. guitarra. Justamente a produção do som decorrente dessas ações é que vai dividir os instrumentos de cordas.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . usa-se um arco feito de madeira com um feixe de filamentos fixados às suas extremidades e tensionado. elétricos. na vibração de uma corda que ao ser beliscada. ou seja.com. a corda é colocada em vibração ao ser beliscada ou tangida com os dedos. baixo. porque um mesmo instrumento de corda pode produzir os três sons. friccionada ou percutida causa um som. A fonte primária dos instrumentos de cordas está no som.1 Classificação dos instrumentos musicais Instrumentos de cordas Encontramos várias classificações ou divisões para os instrumentos. Nessa classificação o critério principal é construtivo e a primeira divisão indica apenas se existe ou não ressonância.7 Frequentemente utiliza-se como critério principal em várias classificações. cada um apresentando várias subdivisões.ucamprominas. as escalas e a harmonia dos sons. Na classificação de Hornbostel-Sachs os critérios não são esses. Nos instrumentos de cordas beliscadas.com. Dentre os instrumentos de corda beliscada encontramos o violão. teclados e vocais. harpas. cerca de seis mil anos atrás. de sopro. Eles podem ser de cordas. A corda mantém a vibração por um tempo longo e decai lentamente até o silêncio. Esses filamentos geralmente são de crina de cavalo. Estes filamentos são revestidos por um breu que aumenta o atrito e produz a vibração. unhas ou palhetas. 2.br ou diretoria@institutoprominas. Essas vibrações são chamadas Site: www.08:00 as 12:00 horas / tarde .br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. a corda é levemente deslocada de sua posição de repouso e depois solta para que vibre livremente. liras e o cravo. Este é o critério utilizado por Hornbostel-Sachs. ou seja.com. Nos instrumentos de corda friccionada.13:15 as 18:00 horas . Os membranofones são aqueles que. membranofones e cordofones.com. Dentre os instrumentos de corda friccionada temos o violino. Nos idiofones é o próprio corpo do instrumento que vibra e produz o som. o violoncelo. A intensidade das notas é controlada pela força da batida. Os instrumentos de corda percutida são aqueles em que se usam baquetas. como o nome já diz.com. Instrumentos de percussão Estes são os instrumentos mais antigos que existem. Na classificação de Hornbostel-Sachs.ucamprominas. por exemplo.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. surdos.08:00 as 12:00 horas / tarde . Embora encontremos vários instrumentos produzidos.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã .br ou diretoria@institutoprominas. cuícas e banjos.13:15 as 18:00 horas . possuem uma membrana que quando tensionada vibra e produz o som. encontrados em sítios arqueológicos como. Esse som se inicia bruscamente e quando a corda não é abafada e tem longa duração. o contrabaixo e a rabeca. O piano é o instrumento de corda mais sofisticado que na forma mais moderna possui 88 teclas que controlam um sistema de martelos para percutir as cordas de cada nota de maneira independente. o agogô. Dentre eles encontramos alguns tambores.com. sem necessidade de tensão. tímpanos. os instrumentos de percussão são: idiofones. Site: www. Dentre eles temos o reco-reco. a viola. com ou sem auxílio de uma baqueta. representações de pessoas dançando em torno de um tambor. especialmente para produzir o som da percussão. Dentre esses instrumentos encontramos os tambores. estes dois últimos de origem africana. as claves e os pratos. os pratos. os triângulos. raspagem ou agitação do instrumento. qualquer batuque feito com ou em um objeto é considerado percussão. o berimbau. martelos ou o próprio arco para produzir o som.8 não harmônicas e por isso são muito diferentes do som da corda beliscada. bem como abafar cada corda para terminar o som quando o pianista solta a tecla. o chocalho. atabaques. O som dos instrumentos de percussão é obtido através do impacto. • Eletrônicos – quando não possuem nenhum mecanismo móvel de produzir som. • Digitais – quando o som é produzido através de dados guardados em uma memória digital. e algumas cítaras. sendo este gerado por processos eletrônicos. pianos e órgãos eletrônicos.com. Poderíamos classificá-los em: • Eletro-estáticos – quando a captação do som é feita através de fonocaptadores de pressão.br ou diretoria@institutoprominas. pianos e órgãos elétricos. • Foto-elétricos – quando a captação do som é feita através de fotocaptadores sensíveis à luz.ucamprominas. Possuem altura definida como o piano. Instrumentos de sopro Nos instrumentos de sopro. Órgãos Hammond e guitarras. uma corda tensionada é percutida e produz o som. o som é produzido pela vibração de uma coluna de ar. Instrumentos elétricos Nesta categoria incluímos os instrumentos que contêm um mecanismo móvel e dispositivos que transformam a energia móvel em energia acústica que posteriormente é amplificada.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã .com. Exemplo.9 Nos cardofones. Não podemos nos esquecer da bateria que é um instrumento de percussão composto. São os eletrofones.13:15 as 18:00 horas . Exemplo. • Analógicos – quando o som é produzido pela variação de uma tensão elétrica.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. • Eletro-magnéticos – quando a captação do som é feita através de fonocaptadores magnéticos. Eles podem ser classificados em metais ou de madeira (dependendo do Site: www. Exemplo. os sintetizadores.08:00 as 12:00 horas / tarde . As cordas podem ser percutidas com baquetas ou martelos com ou sem auxílio de teclados. algumas guitarras e violinos. Temos aqui as clarinetes (de palheta simples). a qual dá a afinação. o teclado é composto por um conjunto de teclas adjacentes pretas e brancas. metais. à semelhança dos pianos.com. o tubo é muito extenso em relação à sua baixa conicidade. Os teclados eletrônicos podem ser divididos em: • Arranjadores – que possuem vários estilos musicais (pop. embora não tenham tubos. Eles podem ser feitos de plástico ou metal. o som é produzido pela vibração direta dos lábios de quem “toca” o instrumento sobre o bocal. a tuba. • Sintetizadores – são utilizados para editar timbres variados. criando timbres e efeitos novos. jazz. Nos metais.10 timbre) e a afinação depende do tamanho dos tubos (quando estes existem). Temos o trombone. muito utilizados para iniciantes ou músicos que buscam performance. a trompa.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . cordas. oboés e fagotes (palheta dupla) e apitos e flautas doces (da família das flautas). e o pequeno comprimento em relação à conicidade é uma propriedade do naipe das madeiras.com.br ou diretoria@institutoprominas. a corneta de pistões. ou seja.13:15 as 18:00 horas . samba. a palheta livre. considerado temperado porque executa melodias e notas formando uma harmonia.com. Quanto maior o instrumento mais baixa é a afinação e mais grave a sonoridade. eles misturam bateria. Os teclados Instrumento musical eletrônico. o bombardino. Site: www. sendo usado nestes casos.ucamprominas. Nos instrumentos de metal.08:00 as 12:00 horas / tarde . que quando pressionadas produzem sons. Gaita e acordeão são classificados como instrumentos de sopro. o trompete. entre outros) pelos quais podem ser criados vários estilos.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. aqui entendido como fazer tudo sozinho sem acompanhamento de uma banda. o termo madeira refere-se à forma de execução e não ao material de que é feito o instrumento. Nos instrumentos de madeira. br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . barítono. • Feminino adulto – soprano. mezzo-soprano e alto ou contralto. emitindo a voz primária de uma música bem como o cantor de apoio que seria o coro de uma música. As vozes geralmente são classificadas por gênero e extensão vocal. tenor.ucamprominas. baixobarítono. baixo. • Masculino infantil – tenorino e contraltino. baritenor.com.11 A voz não deixa de ser usada como um instrumento musical! Podemos ter um cantor principal que será o solista. Por gênero temos as vozes feminina e masculina: • Feminina infantil – seria a voz pré-primária. contratenor.br E-mail: [email protected]:00 as 12:00 horas / tarde . sopranino e contraltino.com. • Masculino adulto – sopranista. Site: www.br ou [email protected]:15 as 18:00 horas .com. br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . Desta forma. e outras favorecendo mudanças Site: www. o foco é a voz dos profissionais de arte que ainda podem ser subdivididos em cantores (erudito. psicológicos e sociais. durante e depois da emissão vocal. Os exercícios são apenas sugestões de trabalho que enfatizam e privilegiam determinados parâmetros vocais. circo e televisão) e dubladores. popular. temos os fonoaudiólogos.13:15 as 18:00 horas laríngeas . De seu uso satisfatório depende o êxito pessoal e profissional (PEDROSO. os quais necessitam utilizar de maneira correta a sua voz para que produza o “som” necessário.com. 1997).12 UNIDADE 3 . acrescentando à palavra o conteúdo emocional.ucamprominas.TÉCNICAS VOCAIS A voz tem um papel fundamental na comunicação e no relacionamento humano. Para Ferreira et al (1995 apud PEDROSO. O treinamento vocal é composto por inúmeras abordagens (técnicas). No nosso estudo. a expressividade. a voz é um todo. algumas delas oferecendo alterações na qualidade vocal como um todo – os chamados métodos universais.com.br ou diretoria@institutoprominas. portanto está presente na representação dos vários papéis sociais que as pessoas desempenham no seu diaa-dia. por treinamento vocal entende-se a realização de exercícios selecionados para fixar os ajustes motores necessários à reestruturação do padrão de fonação alterado. Dentre os profissionais que fazem uso das técnicas vocais para o treinamento vocal. identificando o indivíduo tanto quanto sua fisionomia e impressões digitais. atores (teatro. todos os sujeitos que trabalham. a entoação.br E-mail: [email protected]:00 as 12:00 horas / tarde . aquela determinada pelas condições de produção de seu cotidiano profissional. Ela enriquece a transmissão da mensagem articulada. há um processo existencial complexo relacionado à produção do som. que desempenham determinada profissão. 1997). apresentam uma voz que pode ser chamada de “Voz Profissional”. que atua antes. Conforme Behlau e Pontes (1995). coral e religioso). Para tanto.com. a voz é o resultado da combinação de fatores biológicos. porém. fazem uso das técnicas vocais que são um conjunto de procedimentos facilitadores da voz. De acordo com Amim (2002). As técnicas vocais são inúmeras e diversificadas. reabilitação e aperfeiçoamento vocal. Com o entendimento da anatomia laríngea e da fisiologia fonatória é possível escolher as técnicas mais adequadas para o treinamento vocal. articulação.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. e tem como objetivo desenvolver meios facilitadores da voz através de: relaxamento.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . na prevenção. ressonância e projeção vocal. coordenação entre relaxamento e respiração. essas técnicas se convertem em um baluarte que devem aprender a desenvolver e procurar melhorar diariamente. De a cordo com Menaldi et al (1992). As técnicas vocais estão incluídas em todos os procedimentos fonoaudiológicos. respiração. as bases das técnicas vocais são constantes e universais. para os profissionais da voz. sejam faladas. pois infelizmente ainda existem muitos coros amadores (e até profissionais) que não praticam exercícios de aquecimento vocal. Métodos universais podem ser aplicados a quase todos os pacientes.08:00 as 12:00 horas / tarde .ucamprominas. É um momento de unificação de sensações através Site: www. O que se deve exigir de um indivíduo que utiliza profissionalmente a voz é rendimento e longevidade. que estão incluídos em toda a conduta fonoaudiológica: prevenção. recitadas ou cantadas. existindo algumas específicas para a voz falada e outras para a voz cantada. Técnicas vocais são pouco conhecidas e utilizadas pela maioria dos profissionais da voz.1991 apud PEDROSO. Em linhas gerais. 2000). 1997).br ou diretoria@institutoprominas. melhoram globalmente a produção vocal e ocupam boa parte da terapia fonoaudiológica. reabilitação e no aperfeiçoamento vocal. Técnicas vocais são um conjunto de procedimentos facilitadores da voz. tornando-se um fator imprescindível nos trabalhos de aperfeiçoamento vocal (PEDROSO.13:15 as 18:00 horas .com. não existem diferenças muito acentuadas no que diz respeito à educação das vozes.com.com. O conhecimento e a atualização das técnicas vocais existentes e fisiologicamente mais equilibradas proporcionam a longevidade da voz.13 específicas – as abordagens específicas. as técnicas específicas dependem em grande parte da realização de uma avaliação otorrinolaringológica dirigida à terapia e objetivam o trabalho de grupos musculares específicos (PINHO e PONTES. Heuillet . Consideram extremamente importante para médicos. Para pessoas com uma Disodia (alteração na voz cantada) é necessário e importante verificar sempre o nível de sua disfunção.Martin et al (1990 apud PEDROSO.08:00 as 12:00 horas / tarde . 3. Os fonoaudiólogos devem obter um diagnóstico preciso dos otorrinos. corporal e mental.com. No Brasil. terapêuticas e de aperfeiçoamento vocal.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . Outros autores consideram a importância da prontidão dos músculos do trato vocal para a realização de ajustes fonatórios. preventivas. cada vez mais. em recentes pesquisas. identificando possíveis disfunções na voz cantada.13:15 as 18:00 horas . filmar. procurando realizar de maneira harmoniosa uma troca de informações necessárias com o professor de canto no que diz respeito às técnicas vocais utilizadas. estudar a anormalidade e explicá-la ao cantor.ucamprominas. visibilizado em imagens de vídeo. De acordo com estes autores. sendo. Na França. descobertas novas técnicas de avaliação e diagnóstico extremamente importantes para uma conduta fonoaudiológica correta. escutada e criticada ao mesmo tempo.com. 1997) descrevem que depois da chegada das fibras ópticas combinadas ao audiovisual é possível “ver” o falar e o cantar.14 do relaxamento global. Através da análise espectrográfica (Laboratórios computadorizados de voz) esse timbre pode ser visto em gráficos e também ser verificado por fibras ópticas rígidas ou flexíveis.1 Técnicas de avaliação e diagnóstico A voz falada e cantada. têm sido motivo de muitos estudos e pesquisas. fonoaudiólogos e cantores verificar e objetivar o “timbre” e mostrar quando está bom ou não. Uma das principais razões para estes estudos consiste na seleção Site: www. proporcionando assim um clima de ensaio. Segundo estudos de Pedroso (1997). visibilizada. tem-se tentado desvendar os mistérios fisiológicos do canto e as diferenças básicas que caracterizam as diversas técnicas vocais existentes. nos últimos anos. Portanto.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. os fonoaudiólogos devem colaborar na atuação profissional de cantores. sugerem que o corpo esteja livre de tensões indesejadas. o que não significa estar relaxado. descondicionando e recondicionando o uso correto da voz. as técnicas podem ser assim classificadas: avaliação e diagnóstico. Devem tentar um tipo de correção.br ou diretoria@institutoprominas. que também deve ser filmada.com. e não apenas vocal. permitindo rendimento máximo.13:15 as 18:00 horas . a utilização de mecanismos compensatórios de língua.2 Técnicas preventivas As principais técnicas preventivas estão incluídas nos procedimentos de Higiene Vocal. movimentos mandibulares e movimentos de cabeça. 1997). os passos para o tratamento do cantor. direcionando a conduta tanto para o diagnóstico laringológico orgânico como para o diagnóstico funcional das estruturas do trato vocal durante as várias situações de fonação. musculatura facial. o fonoaudiólogo e o médico.com. sem prejuízo da estética e da saúde vocal dos cantores (PEDROSO.15 de técnicas vocais fisiologicamente mais equilibradas. que têm por objetivo verificar se podem mudar positivamente o desempenho vocal do paciente imediatamente após a avaliação. lábios.08:00 as 12:00 horas / tarde . 1997). além de dados perceptuais e acústicos (laboratório de voz quando possível).ucamprominas. Campiotto e Silva (1995 apud PEDROSO. p.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. De acordo com Pedroso (1997. após realizarem pesquisa sobre o atendimento fonoaudiológico a cantores populares. nasolaringoscopia flexível e estroboscopia da laringe.com. faringe. os autores ressaltam que o exame instrumental deve ser aliado à Avaliação Fonoaudiológica para a complementação dos dados funcionais de mobilidade das demais estruturas do trato vocal envolvidas no mecanismo do canto. como por exemplo. elaboraram alguns protocolos para a avaliação laringológica. De posse dos dados de histórico. utilizando recursos como: telescopia. 19): na conclusão do artigo. com o objetivo de facilitar a comunicação entre o cantor. Pinho e Tsuji (1996 apud PEDROSO.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . exame físico. o apoio respiratório.br ou diretoria@institutoprominas. 1997). avaliação otorrinolaringológica e fonoaudiológica pode-se traçar preferencialmente junto ao professor de canto. revestida de cuidados maiores e detalhes específicos que os habitualmente reservados a outros pacientes. Crary (1997) descreve várias técnicas rápidas e curtas para terapia diagnóstica.com. elaboraram uma Avaliação Funcional da Laringe e Estruturas do Trato Vocal em cantores. que consiste em algumas normas básicas que auxiliam a preservar a Site: www. 3. otorrinolaringológica e fonoaudiológica de cantores populares por considerarem necessário uma avaliação diferenciada. Colton & Casper (1996). principalmente por pessoas que utilizam mais a voz (BEHLAU E PONTES. Nesse manual a autora fornece informações a respeito da identificação e correção das desordens vocais. Costa & Silva (1997) e Rammage (1997) citados por Pedroso (1997) relatam as técnicas terapêuticas que geralmente estão inseridas em Site: www. Nestes procedimentos muitas vezes estão incluídas algumas técnicas de controle de postura. A Higiene vocal é um procedimento fonoaudiológico utilizado principalmente na prevenção de alterações vocais. especialmente aos participantes de canto coral. Behlau e Rehder (1997) desenvolveram um texto prático sobre higiene vocal direcionado ao público cantor. mas é também utilizado na reabilitação vocal (tratamento) e no aperfeiçoamento vocal (estética) como um fator imprescindível para a manutenção de uma voz saudável e eficiente. 3.com.08:00 as 12:00 horas / tarde .1996).br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. relaxamento e respiração que auxiliam na produção vocal. poderá ocorrer então a automatização da nova condição fonatória. Dinville (1993). professores de canto e fonoaudiólogos podem encontrar nesse livro informações úteis para o seu trabalho.13:15 as 18:00 horas .ucamprominas. prevenindo e orientando quanto aos aspectos mais importantes relativos a higiene vocal . Krook (1991).com.1993).16 saúde vocal e a prevenir o aparecimento de alterações e doenças. Regentes. Ela acredita que muitas estratégias fonoaudiológicas podem ser aplicadas para tratar o paciente com alterações vocais e laríngeas decorrentes do uso inadequado da voz e que a tarefa mais importante do fonoaudiólogo consiste na identificação das formas de abusos vocais.3 Técnicas terapêuticas De acordo com Pedroso (1997). vários autores como: Cooper (1991). Crary (1997). na eliminação ou redução desses abusos e modificando os padrões de emissão deficientes. Behlau & Pontes (1995). Contando com a colaboração do paciente. Pinho (1997) é a pioneira no Brasil a elaborar um Manual de Higiene Vocal para Profissionais da Voz especificamente.br ou diretoria@institutoprominas. sendo que para alguns autores o próprio procedimento de higiene vocal é considerado como uma técnica (COLTON E CASPER. Boone & MacFarlane (1994).com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . Para Pedroso (1997. consigo mesmo. Ressonância. chamados treinamento vocal. afirmando que a produção da voz é semelhante à produção de um som por um instrumento de sopro.13:15 as 18:00 horas . o que indica o lugar que a reeducação deve ter. através de métodos objetivos da avaliação da função vocal. quando relatam que as técnicas vocais terapêuticas devem ser conhecidas e preferencialmente experienciadas pelo fonoaudiólogo especialista em voz.Também há unanimidade dos autores ao considerarem o conhecimento e entendimento da anatomia laríngea e da fisiologia fonatória básicos para o fonoaudiólogo que atua ou deseja atuar com distúrbios da voz. Site: www. não esquecendo os aspectos psicológicos e sensoriais do gesto vocal. 1997). de acordo com o distúrbio que apresenta.com. que os próprios autores elaboram a partir de seus conhecimentos teóricos e de suas experiências pessoais de execução. Krook (1991 apud PEDROSO. intensidade vocal. Qualidade. Dinville (1993 apud PEDROSO. 21): Há unanimidade dos autores pesquisados. Volume. Dessa maneira Cooper (1991 apud PEDROSO. 1997) baseia seu trabalho de reabilitação na respiração. LTAS (long time average spectrum). Ritmo e Apoio Respiratório. A autora concluiu que após o treinamento vocal as mudanças ocorridas na voz das pessoas pesquisadas foram benéficas considerando-se a fisiologia.ucamprominas.08:00 as 12:00 horas / tarde . através de informações gerais e específicas sobre a produção e utilização da voz. para que posteriormente observe como cada paciente realiza e reage diante de cada uma delas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . O autor cita várias técnicas vocais terapêuticas que utiliza e orienta como controlar os seis principais parâmetros da voz: Tom. 1997) investigou as mudanças ocorridas na voz após um período de treinamento vocal. sendo que no final de cada um há um roteiro de perguntas e respostas sobre os assuntos descritos no mesmo. mostra como desenvolver uma voz satisfatória em seu livro Vencendo com a Voz que está dividido em dez capítulos.br E-mail: [email protected] programas de reabilitação. Aborda a técnica vocal desde as noções básicas de anatomofisiologia até sua aplicação na prática do canto. p. Utilizou-se do “Método da Acentuação” para o treinamento e os parâmetros vocais que verificou foram: frequência fundamental.br ou [email protected]. Ao contrário. que baseia os procedimentos de reabilitação na compreensão da disfonia como um distúrbio de comunicação. cada uma das vinte e cinco técnicas descritas por esses autores são discutidas a partir das quatro seguintes perspectivas: tipos de problemas para os quais a abordagem é útil. A partir de então. intensidade e qualidade devem ser considerados. 1997) consideram que uma abordagem de terapia de facilitação é uma técnica terapêutica que parece produzir uma voz ideal.br ou [email protected]. como cantora ela praticou vários métodos de canto.ucamprominas.18 De acordo Pedroso (1997). Alguns clínicos de voz experientes combinam várias técnicas de facilitação em sua busca com o paciente para encontrar a “vozalvo” (cômoda). experimentou vários professores. Conforme Pedroso (1997). mostrando a utilização da abordagem e avaliação da abordagem. A abordagem global para o tratamento das disfonias consta de três trabalhos interligados: orientação vocal. mas que preconizavam técnicas vocais diferentes e por já ter conhecimentos de fisiologia. permite que um indivíduo produza voz com menor esforço e tensão e talvez até mesmo soe melhor. aprofundou seus estudos e posteriormente ressaltou que uma técnica vocal errônea ou inadequada pode ser prejudicial à saúde e estética da voz.13:15 as 18:00 horas . os possíveis efeitos sobre os parâmetros de altura. portanto. Behlau e Pontes (1995 apud PEDROSO. de um amplo conhecimento das técnicas vocais e suas aplicações pelas pessoas que as utilizam. A seleção de uma técnica particular não deve ser uma decisão de tentativa e erro arbitrária. Boone e McFarlane (1994 apud PEDROSO. psicodinâmica vocal e treinamento vocal com o uso de inúmeras técnicas vocais e exercícios que favorecem o uso correto e satisfatório da voz. que a técnica do canto deveria ser bem diferente daquela que lhe propunham. Utilizar tal abordagem. havendo necessidade.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . geralmente. Site: www. aspectos processuais da abordagem.com. 1997) descrevem e definem a Abordagem Global em que acreditam e a qual utilizam no tratamento das disfonias como uma proposta de natureza eclética. anatomia e fonética. de maneira confusa.com. todos excelentes músicos. história de caso típica.br E-mail: [email protected]:00 as 12:00 horas / tarde . a autora sentiu. apresentando uma variedade de autotestes simples que ajudam a identificar problemas de voz existentes. 1997).com. Diferente será o foco do tratamento. Refere que a escolha de uma técnica depende da natureza do problema. Problemas de terminologia. Deve haver segundo. Eles referem que há uma importante lacuna na pesquisa vocal: a documentação da eficácia das técnicas vocais terapêuticas. pulmões.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . De modo que ao falar a pessoa utilize a quantidade correta de esforço. Na terapia Site: www. com a respiração e altura vocal corretas. alguma concordância sobre esses parâmetros. técnicas vocais terapêuticas são apenas válidas quando usadas com conhecimento e a habilidade para determinar quais procedimentos terapêuticos fazem sentido para cada paciente. o entendimento da anatomia laríngea e da fisiologia fonatória é básico para o fonoaudiólogo. 1997). Crary (1997 apud Pedroso. bem como descobrir se eles surgem do mau uso habitual do equipamento vocal ou apenas em circunstâncias especiais. esses autores. 1997) referem que a terapia vocal do cantor não difere completamente do processo terapêutico de um paciente que apresenta uma disfonia funcional.19 Segundo Boone (1996 apud Pedroso.13:15 as 18:00 horas . que o fonoaudiólogo deve entender porque escolhe uma determinada técnica conhecendo sua finalidade e aplicação. 1997) descreve uma lista de técnicas terapêuticas e quais os objetivos que se propõem. Nesses exercícios várias técnicas vocais são descritas com o objetivo de auxiliar principalmente os profissionais que possuem a voz como um instrumento básico de trabalho e necessitam de informações e conhecimentos fundamentais para desenvolverem uma voz natural. Costa e Silva (1997 apud Pedroso.08:00 as 12:00 horas / tarde . As técnicas vocais de terapia mais frequentemente utilizadas são descritas e discutidas por esses autores com um embasamento teórico de porque clinicamente elas parecem ser valiosas.ucamprominas.com. de avaliação qualitativa e quantitativa e de padrões normais bem estabelecidos atormentam o pesquisador que deseja abordar a questão. de definição de procedimentos.br ou diretoria@institutoprominas. escreveu um livro com exercícios práticos que ajudam a corrigir cada um dos problemas de voz. que permite ao corpo. Conforme Colton e Casper (1996 apud Pedroso. pregas vocais e ressonadores funcionar adequadamente.com. bem como equilíbrio de relaxamento e tensão.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. de: respiração.4 Aperfeiçoamento vocal De acordo com Pedroso (1997).ucamprominas.com. políticos. é função do fonoaudiólogo desenvolver técnicas vocais em um trabalho de esclarecimento e conscientização sobre suas potencialidades. é também função do fonoaudiólogo o aperfeiçoamento vocal. Segundo Menaldi et al (1992 apud Pedroso. telefonistas. dubladores. Junto a profissionais da voz (atores.com.). relaxamento e higiene vocal.. redondos. É fundamental o trabalho respiratório no sentido de conscientizar o papel da respiração na emissão da voz cantada. levando a uma qualidade vocal mais satisfatória para os dias seguintes do uso intenso da voz. na forma da utilização da voz. repórteres.br ou diretoria@institutoprominas. Quando se fala de uma voz bem impostada se faz referência à ação harmônica do aparelho fonador. Exercícios de resistência também são indicados para cantores que costumam cantar muitas horas por semana. homogêneos e sem vacilações no timbre. Site: www.13:15 as 18:00 horas . permitindo o movimento vertical livre nos graves e nos agudos. que consiste em um trabalho não clínico de impostação vocal. professores.br E-mail: [email protected]:00 as 12:00 horas / tarde . Esses autores afirmam que a voz está impostada quando em toda a sua extensão pode produzir sons firmes. locutores. 1997). mesmo no caso de cantores populares. Os exercícios que auxiliam no abaixamento da laringe têm mostrado um ótimo resultado. cantores.20 com cantores. mostrando preferencialmente a respiração costodiafragmática como a mais adequada para sua voz.com. O trabalho articulatório visando a uma abertura vertical e a precisão sonora dos fonemas também tem papel de destaque na rotina terapêutica. 3.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . assim como na maneira de realização dos exercícios propostos. Massagem digital na laringe depois de cantar ou antes de dormir. vibrantes. a impostação vocal é a maneira de conseguir a perfeição e pureza da voz com a máxima naturalidade e sem esforço algum. etc. postura. promove uma vasodilatação que possibilitará um maior relaxamento noturno. o ouvido adquire uma importância muito grande na condução das orientações. entre outros (QUINTEIRO. começando pelo próprio profissional.13:15 as 18:00 horas .br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . jamais transmitir a mesma mensagem. exprime estados mentais. ator e fonoaudiólogo. com esses rudimentos vocais.br ou diretoria@institutoprominas. Em compensação. acento. pois uma voz mal orientada pode apresentar graves sequelas (PEDROSO. ministrarem aulas aos companheiros de profissão. Mais comum ainda. o Teatro e a Fonoaudiologia devem se encontrar para uma troca enriquecedora e satisfatória a ambos.21 associado a um trabalho de ressonância. articulação. do cancionista. portanto. podem desenvolver técnicas favoráveis que atendam às necessidades específicas. vazão. emoção e técnica devem trabalhar juntas.08:00 as 12:00 horas / tarde . elas podem Site: www. A voz e a música não podem. baseada na análise conceitual dos estímulos. sem o menor pudor. Em outras palavras.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. precisamos falar da canção e.com. projeção vocal. no que diz respeito à linguagem. juntos.ucamprominas. sobretudo emoções e atitudes. que não divisa vantagem alguma em cuidar de seu instrumento vocal. 1997).com. tornando-se também verdadeiros “agentes funerários vocais”. A música. Por outro lado é comum no meio artístico de nosso país pessoas com pouco conhecimento na área de voz intitularem-se “especialistas” no assunto. A canção é um modo de comunicação complexo no qual as mensagens nos chegam por três fontes: do texto. com meios bastante potentes e complexos. de acordo com a autora citada. assumirem grande autoridade no assunto e. Os problemas vocais encontrados dentro do teatro são muitos e complexos. mais a leitura de um ou dois livros populares sobre voz. Para Pedroso (1997). entonação) e o nível segmental: distorção expressiva da articulação neutra (gestos articulatórios). pois.com. por conseguinte. atores que tiveram uma carga horária mínima de expressão vocal na escola de teatro. 1997). Os poucos que atinam com o problema recorrem aos professores de canto. Para finalizarmos o aperfeiçoamento vocal. A mensagem musical e vocal diferem fundamentalmente da mensagem textual.1989). do acompanhamento musical e da interpretação vocal. Considera-se necessárias nas mensagens vocais distinguir o nível prosódico (potência. o que é verdadeiramente muito bom quando o professor em questão tem efetivamente uma técnica a passar (PEDROSO. pausa. com nódulos e fenda triangular médio-posterior. Auxiliar na coordenação fonorespiratória. No quadro abaixo temos algumas técnicas e seu embasamento teórico. 1997) Baseada nesses princípios. Fornecer maior segurança e facilidade para falar ou ler em público. Liberar tensões excessivas principalmente em sistemas relacionados à fonação. o falante mais interessante. A observação de uma postura correta é de grande auxílio no trabalho com profissionais da voz. Auxiliam o paciente a identificar estados de hipercontração indesejáveis. Assegurar um fluxo contínuo de inspiração e expiração. Intensidade. Articulação e outros parâmetros para expressar o conteúdo do texto nessas canções (PEDROSO. Maior controle do aumento de volume de ar (apoio –suporte respiratório).com. aumentando sua consciência corporal. através de mudanças de: Registro. auxiliar na redução de tensões laríngeas e evitar o fechamento da glote antes da iniciação da fonação. Técnicas de expressão corporal A harmonia na inter-relação corpo/voz favorece o processo integrativo e o desenvolvimento do potencial humano.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã .22 estar em harmonia com o texto. Indicada particularmente para as disfonias orgânicofuncionais. Técnicas com emissão de consoantes fricativas sonoras Auxiliar na coordenação fonorespiratória e na sonorização.13:15 as 18:00 horas . os objetivos e finalidades: TÉCNICA Higiene vocal Técnicas de desinibição Técnica de relaxamento Técnicas respiratórias Técnicas com emissão de consoantes fricativas surdas OBJETIVOS E FINALIDADES São algumas normas básicas que visam reduzir ou eliminar abusos vocais e fornecer informações e técnicas que auxiliam no uso adequado da voz. ou seja. a voz torna-se mais agradável. 1997). (PEDROSO. A Voz pode acentuar ou ilustrar uma informação textual. laringofaríngeo.com. os cantores modulam e modificam suas vozes.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. fazendo a composição deste. É fundamental.com. revelando a exata intenção de seu discurso. Técnicas com emissão de sons nasais Utilizadas por sua característica suavizadora da emissão. Técnica do “umhummmm” Murmurar com os lábios fechados é tão natural quanto Site: www.ucamprominas. bastante efetiva nos quadros de foco de ressonância baixo.br ou diretoria@institutoprominas. Através do jogo dinâmico da flexibilidade vocal. Técnicas de flexibilidade vocal Auxiliar na entonação e na expressividade vocal. propiciando a harmonia da fonação em nível da produção do som laríngeo.08:00 as 12:00 horas / tarde . principalmente para cantores e atores. br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . • Deixar a mucosa mais solta. principalmente para cantores.13:15 as 18:00 horas . 2004) Os exercícios de aquecimento vocal têm como principais objetivos: • Possibilitar correta coaptação das pregas vocais.br E-mail: [email protected]. A vibração indica como a voz deve ser externada e que tom o indivíduo deve utilizar. realizando exercícios de respiração e de voz antes de uma atividade intensa. Ela utiliza e emissão de vogais.23 respirar. Poucas referências são encontradas mencionando outros profissionais. HANAYAMA. por exemplo.5 Aquecimento das pregas vocais Esta técnica tem por finalidade aquecer a musculatura das pregas vocais.com. como. Site: www.08:00 as 12:00 horas / tarde . O aquecimento vocal para atores de teatro difere das técnicas citadas por outros autores. resultando em uma qualidade vocal com maior componente harmônico. dar mais intensidade e projeção à voz. muitas vezes. os atores de teatro. 1996). reunindo melhores condições de produção vocal (FRANCATO et al.br ou diretoria@institutoprominas. evitando um quadro de fadiga vocal que pode levar. considerando pontos corporais (QUINTEIRO. • Permitir maior flexibilidade das pregas vocais para alongar e encurtar durante as variações de frequência. 1989).com. • Diminuir o fluxo transglótico por meio de uma inspiração rápida e curta e uma expiração controlada. Pesquisas de campo citam a efetividade do aquecimento vocal. a lesões. São fundamentais na estética vocal de profissionais da voz (AYDOS. Fonte: Adaptado de Pedroso (1997) 3. • Proporcionar uma melhor articulação dos sons.com. Em suas obras.24 UNIDADE 4 . respectivamente.com. respectivamente. Na literatura acadêmica.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . Seus trabalhos abordam.08:00 as 12:00 horas / tarde . dedicaram-se a investigar a realidade dos coros de empresa no Brasil. a formação de regentes de corais e o canto coral. Tupinambá (1993) pesquisou a evolução da linguagem coral brasileira comparando o momento histórico da época de Villa-Lobos com o momento histórico do movimento contra-cultural. do início dos anos 1980.com.br ou diretoria@institutoprominas. Numa ótica relativamente Site: www.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. Morelenbaum (1999) e Teixeira (2005). Zander (1987) e Martinez (2000) são os autores dos três mais difundidos livros sobre regência coral publicados no Brasil. mas nenhuma delas investiga especificamente as relações entre a memória e os procedimentos de aprendizado das músicas nos coros amadores. veremos nos próximos parágrafos importante pesquisa de Komosinski (2009) as quais nos mostrarão o caminho recente percorrido pelos estudiosos da regência de coral no Brasil que nos prepara para contextualizar a regência.ucamprominas.13:15 as 18:00 horas . enfocando o desenvolvimento dos jovens praticantes da arte coral do ponto de vista sócio-intelectual e do ponto de vista vocal. mas elas não trazem estratégias específicas ou aprofundamentos sobre o processo de aprendizado de repertório por cantores que não leem música (KOMOSINSKI. Mathias (1986). por exemplo.REGÊNCIA DE CORAIS 4. propriamente dita. Orientações sobre saúde e treinamento vocal. 2009). importantes pesquisas sobre a práxis coral brasileira já podem ser encontradas.1 A literatura brasileira sobre regência coral Promovendo um verdadeiro estado da arte. orientações sobre estilo e interpretação e orientações sobre interações pessoais no grupo são também ricamente exploradas nestas obras. encontramos valiosas orientações a respeito do gestual de regência e sua aplicação junto ao coro em diferentes circunstâncias interpretativas. Bellochio (1994) e Oliveira (1996) dedicaram sua atenção aos coros de crianças e adolescentes no Brasil. os benefícios da atividade coral naquele contexto e a adequação da formação de regentes no Brasil para o trabalho com este tipo de coro.com. Embora abordem questões absolutamente diferentes. além de serem extremamente pertinentes e atuais. estimularam a elaboração do problema de pesquisa da dissertação de Komosinski (2009): o funcionamento cognitivo da memória humana. Azevedo (2003) também escreveu sobre as especificidades do coro cênico. Seu trabalho acabou descortinando – com argumentos sustentados por fundamentações sociológicas e teológicas – uma relação indissociável entre a qualidade do fazer musical do coro e o real cumprimento daqueles papéis. 2009). Santos (2000) investigou a expressão na arte coral brasileira. evidenciou importantes funções destas mídias que. Oliveira (1999) escreveu sobre as características do coro cênico. uma modalidade que ganhou força no Brasil a partir dos anos 1980 e que. Schmeling (2005). Figueiredo (1990) e Campelo (1999) enfocaram a importância da atividade coral como um instrumento a serviço da musicalização de seus participantes. na prática.com.br ou diretoria@institutoprominas. estes dois trabalhos investigaram aspectos que. mas não se detiveram nas implicações cognitivas da memória no processo de leitura e aprendizado de repertório por leigos. colaboram para o desenvolvimento da autonomia e de uma autoaprendizagem.25 semelhante. destacando processos mentais que provavelmente estariam envolvidos no ato de cantar e no aprendizado de uma música para ser cantada. porém. constituiu uma verdadeira proposta de renovação da linguagem coral brasileira (KOMOSINSKI.08:00 as 12:00 horas / tarde . as vantagens educacionais desta modalidade de canto coral. segundo o autor. Dois importantes trabalhos de pesquisa merecem um destaque especial: são as dissertações de Lichtler (2001) e de Schmeling (2005). enfatizando a importância das teorias de Vygotsky para o desenvolvimento da afinação dentro do coro escolar (KOMOSINSKI.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . destacando o ritmo musical como uma importante ferramenta para a construção da interpretação. Lichtler (2001) investigou os papéis comunitário e litúrgico de um coro ligado a uma comunidade cristã no sul do Brasil. ao investigar as práticas músico vocais de cinco jovens estudantes intermediadas por mídias eletrônicas.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. enfatizando.13:15 as 18:00 horas . Sena (2002) também pesquisou questões ligadas à educação. 2009).ucamprominas.com. Segundo Komosinski (2009).com. Os trabalhos destes dois autores são vistos como os primeiros sinais na literatura coral brasileira de uma busca por uma prática de canto coral em que (1) a responsabilidade pelo cumprimento de seu papel (destacada por Site: www. que são dois processos distintos (KOMOSINSKI. Segundo estes autores. devemos distinguir falhas no input da informação (codificação) de falhas no output da informação (recuperação). O simples aprendizado “de ouvido” de uma música envolve um complexo mecanismo formado por esses três estágios. Se bem repararmos. Levitin (1999) ratifica esta afirmação enfatizando a importância de compreendermos o funcionamento de nossa memória para a prática musical e que.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . a prática diária e o próprio ato de cantar.br ou diretoria@institutoprominas. Chevitarese (1996) sintetiza os pré-requisitos necessários ao canto em uma tríade: ouvir + memorizar + reproduzir. é possível que sejam treinadas apenas as alturas desta melodia (entoando-se cada uma das notas com uma duração neutra e sempre igual) (KOMOSINSKI. neste contexto. é possível que o regente coral separe. alturas da linha melódica e pronúncia do texto literário) são Site: www.26 Lichtler) e (2) a autonomia no aprendizado das músicas (destacada por Schmeling) são considerados aspectos intimamente relacionados com o momento atual e com o dia-a-dia do fazer música em coro. que precisam acontecer da melhor maneira possível para que o cantor obtenha êxito em sua tarefa. nos dias de hoje. 2009).com. executando-se ritmicamente o texto com voz falada). não podem ser conduzidos sem que se leve em conta aqueles aspectos. pois nos leva a constatar que quanto melhor for o funcionamento de cada um desses estágios. apenas o elemento rítmico da melodia para ser treinado ou aprendido (por exemplo. é importante que se tenha a clareza de que estes três elementos (ritmo da linha melódica. A compreensão dessa estrutura básica de funcionamento da memória humana é de fundamental importância no contexto da prática do canto coral. executando o ritmo da melodia com palmas). Como um procedimento pedagógico. em um ensaio.br E-mail: [email protected]:15 as 18:00 horas . Também é possível que seja treinada apenas a pronúncia do texto literário ou.com. ainda. a tríade apresentada por esta autora traz para o terreno do canto os mesmos três estágios de atuação da memória que são classicamente conhecidos na psicologia cognitiva. Da mesma forma. 2009). Independentemente dos procedimentos didáticos adotados. tanto melhor será o resultado final da execução musical.com. a pronúncia em conjunto com o ritmo (por exemplo.ucamprominas.08:00 as 12:00 horas / tarde . então. que não estava prevista).br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . o contexto harmônico pode ser uma excelente ferramenta facilitadora nos casos em que a linha individual traz uma nota musical de difícil relação melódica com as notas que lhe seguem e/ou precedem. mas não fornece ao cantor a especificidade melódica que este necessita para não se confundir com outras vozes. Em outras palavras. no ciclo fonológico da memória e que irão compor parte da imagem sonora mental daquela música (KOMOSINSKI. é um jogo de tensões e de colorações sonoras que vão muito além da simples sobreposição das partes vocais. Estas relações harmônicas. esta ganha uma significação harmônica devido às relações intervalares e cordais que são formadas. uma execução melódica “encaixada” da melhor maneira com as outras vozes. (KOMOSINSKI. (KOMOSINSKI. Esta informação harmônica é comum a todas as vozes daquela obra. o papel da informação harmônica continua sendo o de significação tonal para um Site: www. É esta informação harmônica que rege. caso sua melodia não esteja bem armazenada na memória (ou até mesmo que altere algumas notas em sua voz e constitua uma linha melódica totalmente diferente.ucamprominas. a recuperação destas informações armazenadas pela memória conduzir-lhe-á novamente a uma entonação que esteja finamente sintonizada para um melhor encaixe com as outras vozes. (KOMOSINSKI.com.27 armazenados juntos. de maneira associada. De qualquer forma.br ou diretoria@institutoprominas. O que o cantor ouve. Por outro lado. mas pode fazer com que um cantor confunda-se e execute a linha de outra voz. futuramente.08:00 as 12:00 horas / tarde . 2009). quando ouvidas e percebidas pelo cantor. A música “de ouvido” requer algumas codificações como veremos abaixo: Codificação harmônico-agógica Quando o cantor escuta sua linha melódica juntamente com outras vozes.13:15 as 18:00 horas . quando ocorre este encaixe das vozes.com. a informação harmônica é de extrema importância para o aprimoramento da entonação. E.com. 2009).br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. 2009). podendo influenciar microtonalmente a entonação das alturas em cada uma das linhas melódicas. dão uma significação contextual para aquilo que é cantado em nível individual. 2009). Uma mesma linha melódica pode ser percebida de maneiras totalmente distintas dependendo-se de quais são as notas executadas ao mesmo tempo nas outras vozes. com. 2009).com. uma série de informações visuais pode auxiliá-lo neste processo. menos suscetível a confusões com as outras vozes do coro (KOMOSINSKI. quer esteja ela escrita em notação tradicional ou não. O diálogo que se estabelece entre as diferentes vozes promove pequenos ajustes temporais e articulatórios em função da respiração dos cantores e em função da própria significação rítmica de uma voz contraposta à outra.13:15 as 18:00 horas . não fazendo interferências negativas no armazenamento de dados auditivos (BADDELEY.08:00 as 12:00 horas / tarde . 2009).28 ajuste da entonação de uma passagem melódica mais difícil. O principal instrumento para este tipo de codificação é a própria partitura da música que se está aprendendo. facilitando a compreensão da variação entre agudos e graves que resultam na Site: www. As informações recebidas visualmente são armazenadas em um componente exclusivo da memória de trabalho. SCHENDEL e PALMER. a prática em conjunto com os outros naipes traz novas codificações em relação às durações e às articulações das notas. O autor explica que chama esse processo de codificação gráfica e não de codificação visual.br E-mail: [email protected] ou diretoria@institutoprominas. ficando.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . desta forma. A notação musical em pentagramas permite claramente a visualização dos contornos melódicos como movimentos ascendentes e descentes. pois outras formas de codificação (que veremos adiante) também utilizam o canal visual para a entrada de informações. Da mesma forma que a execução em conjunto com outras vozes permite ao cantor ouvir novas informações relacionadas às alturas melódicas.ucamprominas. É importante que se saliente o fato de que a notação musical tradicional – amplamente utilizada em nosso cotidiano – apresenta um componente gráfico muito valioso para o cantor. 1986. 2007 apud KOMOSINSKI. Também aqui. e não o papel de especificação de um determinado movimento melódico (KOMOSINSKI. 2009). Codificação gráfica Quando um cantor está formando a imagem mental daquilo que irá cantar. mesmo que este nunca tenha aprendido teoria musical ou técnicas de solfejo. este aprimoramento de natureza agógica só é possível quando o cantor tem em sua memória uma clareza da estrutura rítmica básica de sua linha individual.com. somando-se às informações sonoras que foram armazenadas. 13:15 as 18:00 horas . Da mesma forma. se comparados a uma escrita alfabética.com. pois o significante vincula-se de maneira mais direta ao significado que representa. Um aspecto importante de ser salientado é que os desenhos nas partituras permitem uma leitura mais rápida da informação durante os ensaios. podendo facilitar o ensaio de partes específicas daquela obra bem como sua memorização.ucamprominas. em uma mesma obra.29 melodia que se pretende cantar. oriundos de outras técnicas mais modernas de notação musical. Além disto. pode dar pistas ao cantor leigo para que identifique. individualmente. a própria organização das informações no papel pode auxiliar os cantores na compreensão da forma daquela música. (KOMOSINSKI.br ou diretoria@institutoprominas. (KOMOSINSKI. 2009). que encontramos nas partituras. e a partitura acaba por se transformar numa espécie de mapa visual da peça. Um aspecto importante no uso desse tipo de material é que a codificação gráfica pode ser realizada não só através de partituras tradicionais. aos elementos da forma e até mesmo às próprias relações tonais e contrapontísticas. pode realizar pequenos desenhos na partitura. podendo tornar-se mais um elemento constitutivo da imagem mental que ele está formando. 2009). A clareza da impressão no papel e a distribuição das páginas de maneira coerente com a forma daquela música. ou podem ser criados e produzidos pelo próprio regente. 2009).br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã .com. cada cantor. 2009).br E-mail: [email protected]:00 as 12:00 horas / tarde . mesmo que este cantor não tenha estudo e treinamento suficientes para saber com exatidão quais são estas durações (KOMOSINSKI. Ainda. que irão auxiliá-lo na formação da imagem mental daquela música.com. que alguns desenhos costumeiramente utilizados por cantores já estão sendo incorporados no código musical oficial. também a notação rítmica proporcional. na forma de recursos didático-pedagógicos para auxiliá-lo na tarefa de ensinar a música para os cantores. mas também através de gráficos ou desenhos que possam ser entendidos como analogias aos movimentos melódicos. atuam como informações subliminares que estão sendo captadas pelo sistema visual do cantor. estando inclusive disponíveis em softwares para edição de partituras (KOMOSINSKI. Isto fica mais claramente entendido se lembrarmos que Site: www. Estes materiais gráficos podem ter sido já previamente concebidos. por exemplo. notas que são mais longas que outras. Tanto este recurso é útil. na verdade. 2009). Então. de Mozart” podem influenciar as ideias que se tem sobre aquilo que será cantado. que busca transmitir dados conceituais que possam auxiliar na formação de uma imagem sonora mental mais precisa e mais detalhada. (KOMOSINSKI. Assim. p.08:00 as 12:00 horas / tarde . não são apenas os dados fonéticos e semânticos da explicação que são recebidos pelos cantores. captados pelos sistemas visual e auditivo Site: www. Codificação conceitual Durante o aprendizado de uma música. esta sim.com. 2009). p. que não envolve subvocalizações antes de atingirem os significados. é comum que o cantor de coro receba informações verbais do regente ensaiador. Também assim é a lógica dos ideogramas utilizados nas escritas orientais. Por serem uma representação direta dos objetos e ideias – e não uma representação dos sons das palavras correspondentes – permitem uma leitura mais rápida. ao contrário. mas sim o que está subjacente a ela (seu conteúdo) a própria maneira utilizada para se fornecer esta explicação pode colaborar neste processo. Esta codificação conceitual pode ser entendida como um acionamento possível da memória semântica. mas.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . FLETCHER. SMITH & HASEGAWA. Expressões como “esta música é um samba” ou “este trecho lembra a ária da Rainha da Noite. e só esta última é que está vinculada à ideia ou objeto que se quer representar. está associada a uma idéia ou objeto (NICOLIELO et al. a leitura de uma palavra registrada com escrita alfabética remete a uma cadeia sonora da fala. a leitura de um desenho ou de um ícone não passa por esta evocação dos sons das letras.ucamprominas. a maneira como gesticula e o entusiasmo em seu discurso. sua expressão facial. 246.com. contribuindo positiva ou negativamente com a formação da imagem sonora mental daquela música. (KOMOSINSKI.13:15 as 18:00 horas . Note-se que. 2008. o brilho em seu olhar. como não é a própria fala do regente que é memorizada pelo cantor. 554 apud KOMOSINSKI. mas com sons de uma emissão oral que. A emoção percebida na voz do regente.br E-mail: [email protected] uma palavra escrita da maneira ocidental – com um código alfabético – é. 1985. remete-se diretamente à ideia.com. Já.br ou diretoria@institutoprominas. 2009). neste exemplo. um conjunto de sinais que possuem seu vínculo direto não com o significado da palavra. Os movimentos do corpo colocam o sujeito em diálogo com a informação musical fazendo-o compreender o ritmo não através de conceitos matemáticos de proporção. a simples informação “esta música é um samba”. Phillips-Silver & Trainor (2007. o que agregará valorações e preconceitos ao seu discurso (KOMOSINSKI. justamente por isso. Site: www. do fazer musical e de sua visão de mundo.com. 2009).br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . também influenciada pela própria forma de expressão do regente. Temos os conceitos pré-existentes na mente deste cantor acerca da música. antes que estas sejam armazenadas na memória. Assim. Codificação corporal É muito comum observarmos movimentos corporais sendo realizados por cantores quando estes estão se apresentando ou simplesmente ensaiando. podem colaborar para uma compreensão de suas dimensões em um nível que não é conceitual. são elementos que também fazem parte deste processo de comunicação e concorrem para a transmissão de um conteúdo semântico. qualquer informação semântica recebida é sempre significada e codificada em nossa mente numa relação dialética com aquilo que já povoa nosso mundo interno. mas através das sensações corporais dos movimentos articulados com a passagem do tempo.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. que não são somente os sistemas visual e auditivo que atuarão como porta de entrada para as informações conceituais recebidas. então. como bater o pé mantendo uma pulsação regular ou embalar o corpo de acordo com o ritmo da música. de maneira bastante espontânea nos cantores. que sempre promovem modificações/ajustes nas novas informações semânticas que chegam.31 do cantor.com. Por isto. verbalizada pelo regente do coro.08:00 as 12:00 horas / tarde . Movimentos nada complexos. depreende-se que esta codificação de um conteúdo conceitual é. muitas vezes. 2009).ucamprominas. manifestam-se. Assim. pode ser entendida de inúmeras maneiras dependendo-se do conceito pré-existente na mente do cantor acerca do que é um samba (KOMOSINSKI.13:15 as 18:00 horas .br ou diretoria@institutoprominas. (KOMOSINSKI.com. Os movimentos corporais são uma reação ao ritmo e ao caráter da música e. 2009). É importante que se perceba. São movimentos observáveis tanto quando eles estão cantando como até mesmo nas situações em que estão apenas escutando uma determinada música. porém. considerando-se que as informações sobre o corpo em relação ao espaço. o aparelho vocal. de alguma forma. é possível valer-se dos movimentos corporais como um elemento auxiliar na formação de uma melhor imagem mental de uma música.com.br ou diretoria@institutoprominas. p. Embora sejamos da opinião de que o gestual de regência tem sua principal aplicação bem depois das partes individuais terem sido aprendidas pelos cantores.08:00 as 12:00 horas / tarde . dos movimentos típicos dos regentes – envolvendo entradas.com. estes movimentos estariam colaborando para uma codificação conceitual.com. o risco de interferências que comprometam o armazenamento das informações de natureza sonora –. colaborar com a formação da imagem sonora mental do cantor. Dançar um trecho musical com fortes características rítmicas. 2009). Bräm & Bräm (1998.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. então. cortes. são armazenadas em um componente específico da memória de trabalho (o armazenador visuo espacial) – sem que haja. Os gestos específicos de regência procuram desencadear uma resposta fisiológica no corpo do cantor. – para conduzir uma execução musical em tempo real (KOMOSINSKI. que não se está falando dos gestos que acompanham o discurso do regente quando este explica algo aos seus cantores. 148 apud KOMOSINSKI.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . Estes movimentos são captados pelos mecanismos proprioceptivos do sistema tátil e suas sensações são. 2009) Site: www. O executante transcodificará estes movimentos de braços e mãos do maestro em movimentos no seu próprio instrumento – nesse caso.ucamprominas. Assim. 2009). Codificação gestual A expressão codificação gestual refere-se aos gestos realizados pelo regente do coro quando o cantor está executando sua parte melódica. aqui. sim.13:15 as 18:00 horas . Neste caso. etc.32 p. marcar a pulsação da música com a mão ou até mesmo desenhar no ar movimentos circulares com o braço podem ser procedimentos valiosos para uma codificação corporal da informação musical. este tipo de gesto pode. então. levares. armazenadas na memória (KOMOSINSKI. 2009) demonstraram que a maneira como adultos movimentam seus corpos em função da música influencia a percepção auditiva que têm da estrutura rítmica desta música. É importante destacarmos. Trata-se. 543 apud KOMOSINSKI. 2009). da inércia. as sensações dos comportamentos da laringe.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . da língua. empuxo e rebote devem ser cuidadosamente consideradas no estudo gestual de um regente. Site: www. Contudo. É justamente por isto que leis físicas como as da gravidade. recupera esta imagem mental e.br ou [email protected] E-mail: ouvidoria@institutoprominas. é formado um conjunto de comandos motores necessários para o acionamento das estruturas anatômicas de fonação e vocalização. etc.ucamprominas. Codificação harmônico-agógica a informação sonora resultante da relação entre as diferentes vozes. a partir dos diversos armazenamentos. Codificação mecânico-vocal Todas essas informações armazenadas na memória compõem a imagem mental da música que foi aprendida pelo cantor. Quando ele decide executar a obra que tem em sua memória. do véu palatino. intuídos e decodificados em uma resposta reativa de seu próprio corpo. da boca. então. Resumindo.com.com. um novo componente formador da imagem mental em nosso modelo teórico (KOMOSINSKI. Com isto. é codificada e armazenada na memória.com. recebida pelo sistema auditivo... recebida pelo sistema visual. são também codificadas (codificação mecânico-vocal) e armazenadas na memória na forma de um esquema corporal vocal. da aceleração. o que acaba por acrescentar. serão então mais facilmente lidos pelo cantor.08:00 as 12:00 horas / tarde . Se seus movimentos forem executados coerentemente com as leis da física natural. a própria utilização destes comandos motores para cantar é também percebida pelos componentes proprioceptivos de seu sistema tátil.33 advogam que “a maioria dos gestos de regência são baseados em conexões metafóricas ou metonímicas entre aspectos da música e as experiências físicas que os seres humanos têm com objetos no dia-a-dia em suas vidas”. é codificada e armazenada na memória Codificação gráfica a informação gráfica da partitura e/ou de materiais didáticos.13:15 as 18:00 horas . 34 Codificação conceitual explicações fornecidas ao cantor são recebidas pelos sistemas auditivo e visual.13:15 as 18:00 horas . Codificação corporal os movimentos do corpo são captados pelos mecanismos proprioceptivos do sistema tátil e suas sensações são armazenadas na memória. observados pelo sistema visual.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã .08:00 as 12:00 horas / tarde .com.com.com. Codificação gestual os movimentos da regência. para só depois serem armazenadas na memória. Site: www.ucamprominas.br ou diretoria@institutoprominas. são codificados e desencadeiam uma resposta corporal reativa no cantor. mas são também influenciadas ou filtradas por sua própria sistemática musical.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. que é então armazenada na memória. guiada pelos gestos das mãos.35 UNIDADE 5 . Regência vem do latim – dirijo – que significa dirigir. Existem condições.com. do corpo e. Em música significa dirigir. • Fundamentos psicológicos  o regente se realiza através de sua vivência emotiva no seu ambiente natural. músicos ou cantores. O principal papel do regente é o de recriar a obra de arte e reapresentá-la seguindo os níveis de preparo do grupo que a recriou.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. é de grande importância o regente ter uma formação de regência e técnica vocal para um bom desempenho das atividades no que diz respeito da formação de um coral ou um grupo vocal.08:00 as 12:00 horas / tarde . fundamentos e técnicas necessárias ao regente Estudos de Santos (2009) sobre ludicidade. Site: www.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . 5. as quais merecem ser elencadas abaixo: • Condições fundamentais  ter talento e liderança de grupo. conduzir um grupo de executantes. fundamentos e técnicas necessárias para a regência de um coral bem como habilidades e competências específicas como veremos a seguir. • O regente como formador e educador de seu grupo  o importante não é só cantar.ucamprominas. os solistas e o grupo vocal.13:15 as 18:00 horas .FORMAÇÃO DE REGENTES DE CORAIS As metodologias pedagógicas foram elaboradas para facilitar o aprendizado de um sujeito e com a formação de um coral não é diferente. até certo ponto por expressões fisionômicas.1 Condições. ordenar. Ela existe e facilita bastante o aprendizado e desenvolvimento musical do coralista. mas. Para tanto. que é o seu conjunto.br ou [email protected]. o como cantar e também o porquê cantar. qualidade de vida e inclusão social no canto coral encontraram algumas condições básicas e necessárias ao regente de corais. Compasso binário 2 / 4. A empostação e a técnica da respiração: 1. Site: www.08:00 as 12:00 horas / tarde .com. 3 – Marcação métrica – a marcação métrica é a que indica os tempos do compasso e é a mais frequente. daí a regência orquestral ser mais impessoal mais abstrato e objetivo. naturais e lógicas. Esta é uma das técnicas mais orgânicas. como se fosse um metrômono.ucamprominas.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. Os ensaios corais têm um caráter mais íntimo e subjetivo. Ele tem menos contato com os músicos.A respiração diafragmática  a) Voz falada. Conforme Santos (2009).Compasso quaternário 4 / 4.36 • A importância do canto coral na sociedade  é uma atividade que além de proporcionar a educação musical também integra as pessoas direcionando-as para um mesmo objetivo que só é alcançado à base de paciência. Esta convivência já começa pela formação da voz.br ou diretoria@institutoprominas. b) Voz cantada. Os diferentes tipos de marcação de compassos simples: 1. 2 – Marcação da pulsação da unidade – Consiste num movimento ascendente e descendente da mão. Alguns tipos de regente de coral.Compasso ternário 3 / 4.com.com. determinação nos ensaios e o resultado é pura harmonia. 2. os tipos de marcação usados pelo regente são: 1 – Marcação rítmica (gregoriana) – Consiste no movimento das mãos do regente que deverão indicar todo o desenrolar do canto. b) Regência Orquestral – A orquestra é um conjunto mais neutro em relação ao regente. 3. segundo Santos (2009): a) Regência Coral – O regente coral convive mais com o seu grupo. dando a pulsação normal e constante que deverá guiar a execução da música.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã .13:15 as 18:00 horas . b) As características do coral.37 2. As várias formações corais (Disposições dos coralistas no palco): Deve ser observado o fator técnico da regência. A estrutura do programa. ambiente. • A falta de capacidade do regente em saber manter a afinação através dos gestos e da entonação. • O arpejo de acordes nas posições fundamental. humano e a estrutura das vozes na composição coral.com. • Outros fatores que são impertinentes à maneira de ensaiar o coro.br ou diretoria@institutoprominas. A respiração completa  exercício diário para a oxigenação e purificação do sangue.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. ser pesado e fazer o coro baixar. A escolha do repertório: a) A formação do regente. b) As causas musicais da desafinação: • Falta de ouvido musical de alguns componentes. além de aumentar a capacidade de ar dos pulmões.13:15 as 18:00 horas . • O ambiente onde o coro canta que pode acusticamente. assistência.ucamprominas.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . 1º e 2 inversão.). • Exercícios de intervalos partindo do lá (diapasão). o fator acústico. d) A escolha do repertório em função das características que envolvem a apresentação (data comemorativa. a apresentação no concerto: Site: www. c) Os objetivos do coral.com. A afinação: a) A técnica de passar a afinação para o coro: • O ouvido absoluto ou o relativo. etc.08:00 as 12:00 horas / tarde . com. harmonia. vamos então às habilidades e competências necessárias ao regente de corais. Pois bem.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. 2008). a fim de se obterem resultados adequados. integração e inclusão social.ucamprominas. musicais. entre outras) e práticas (canto. desenvolvimento vocal. coloca que o regente. como grupos de aprendizagem musical. exercícios gestuais e outras matérias).br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . – os quais. 2008). para reger um coral o praticante requer um conjunto de habilidades inter-relacionadas referentes não somente ao preparo técnico-musical. com desempenho social e musicalmente ativo (AMATO.38 a) Obedece geralmente a sequência cronológica de criação das peças. piano. ao mesmo tempo. considerado parte músico e parte ator. Há que se concordar com ela: corais constituem-se. contraponto. Max Rudolf (1950 apud AMATO. em sua clássica obra The Grammar of Conducting. históricos.com.com.br ou diretoria@institutoprominas. sendo ambientes permeados por complexas relações interpessoais e de ensino-aprendizagem. b) Os estilos – do Clássico para o regional e folclore. c) Os andamentos – alternados com a tendência do encerramento com a peça mais alegre (SANTOS. etc. Adjacentes a tais habilidades estão os saberes interdisciplinares – educacionais. exerce uma arte que não é facilmente definida. que é urgida para o ofício da regência.13:15 as 18:00 horas . em sinergia. Site: www. solfejo. fonoaudiológicos. A mesma autora entende que tais saberes-fazeres se conjugam à boa formação musical em disciplinas teóricas (teoria musical. Nesse sentido. conduzem a uma prática de canto em conjunto concomitantemente gratificante aos seus participantes e aos ouvintes. mas também à gestão e condução de um conjunto de pessoas que buscam motivação.08:00 as 12:00 horas / tarde . tanto do ponto de vista educacional ou sociocultural quanto sob o ângulo da qualidade performática. 2009). educação musical e convivência em um grupo social. 39 5.2 Habilidade e competências para regência de corais Diversos autores notam que os conceitos de habilidade e competência, apesar de bem enraizados no discurso de muitos setores sociais, como em escolas e empresas, não apresentam uma definição unânime, estando ainda em processo de construção teórica (Dutra, 2001; Fleury; Fleury, 2000, 2004; Garcia, 2008; Vieira; Garcia, 2004; Zacharias, 2008 apud Santos, 2008). Sant’anna, Moraes e Kilimnik (2005, p. 4) ainda acrescentam que “o conceito de competência não é recente. Na verdade, trata-se de uma idéia consideravelmente antiga, porém (re)conceituada e (re)valorizada no presente […].” No âmbito pedagógico, instituições nacionais e internacionais têm destacado os conceitos de habilidades e competências como norteadores da matriz curricular da educação básica e superior (AMATO NETO; AMATO, 2008). Em 1990, a Unesco divulgou, durante a Conferência Mundial de Educação para Todos, quatro habilidades que deveriam constituir o cerne da práxis educacional: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os outros e aprender a ser (GARCIA, 2008). Já o Ministério da Educação (MEC) explicita a necessidade de a escola desenvolver o domínio de linguagens, a compreensão de fenômenos, a construção de argumentações, a solução de problemas e a elaboração de propostas (ZACHARIAS, 2008). Ademais, também os líderes de equipes, grupos e ambientes de educação são apontados como profissionais dos quais são requeridas habilidades específicas. No caso da atuação docente, por exemplo, Silveira (2003 apud Amato Neto; Amato, 2008) releva a necessidade de este ser capaz de refletir sobre o saber, contextualizar o conhecimento que transmite, induzir uma visão ampla e crítica, trabalhar a construção do conhecimento pelo alunado, entre outras habilidades. O termo “competência” tem sua origem no latim competere, a partir da junção de com, cujo significado é “conjunto”, e petere, cujo significado é “esforço” (Rabechini Jr.; Carvalho, 2003 apud Amato Neto; Amato, 2008). Geralmente, considera-se competente a pessoa que é capaz de realizar eficientemente determinada função. Fleury; Fleury (2000, p. 19-20 apud Amato Neto; Amato, 2008) Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: [email protected] ou [email protected] Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 40 destacam o caráter dinâmico que constitui uma competência, como “inteligência prática de situações que se apoiam nos conhecimentos adquiridos e os transformam com quanto mais força, quanto mais aumenta a complexidade das situações […]”. Os autores ainda apresentam, com base em Le Boterf, a noção de que ter determinada competência implica “saber como mobilizar, integrar e transferir conhecimentos, recursos e habilidades, num contexto profissional determinado”. Garcia (2008), com base em Perrenoud, interpreta que “uma competência permite mobilizar conhecimentos a fim de se enfrentar uma determinada situação”, ou seja, consiste em um saber dinâmico, que permite a flexibilidade e adaptação do indivíduo diante de diferentes situações. Uma competência, portanto, abarcaria um sistema de conhecimentos que torna alguém capaz de “desenvolver respostas inéditas, criativas, eficazes para problemas novos”. Delimitando o que seriam habilidades e competências, Moretto (apud Zacharias, 2008) define que as habilidades estão associadas ao saber fazer, uma ação física ou mental que indica a capacidade adquirida. Assim, informações, identificar analisar variáveis, compreender situações-problema, sintetizar, fenômenos, julgar, relacionar correlacionar e manipular são exemplos de habilidades. Já as competências são um conjunto de habilidades harmonicamente desenvolvidas e que caracterizam, por exemplo, uma função/profissão específica: ser arquiteto, médico ou professor de química. As habilidades devem ser desenvolvidas na busca das competências (AMATO; AMATO NETO, 2008). Assim, a noção de habilidade se distancia do saber teórico específico de determinada área do conhecimento e é aproximada à capacidade de se adaptar e agir sobre determinada situação. Dentre as habilidades mais destacadas no contexto de organizações e grupos de trabalho, apontam-se as capacidades de trabalhar em equipes, lidar com incertezas e ambiguidades, tomar atitudes de ação e decisão, criar, comunicar-se e relacionar-se com os outros (SANT’ANNA; MORAES; KILIMNIK, 2005). As habilidades seriam constituintes autônomas de determinada competência; a habilidade verbal, por exemplo, constitui, ao mesmo tempo, as Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: [email protected] ou [email protected] Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 41 competências de advogar, efetuar um discurso religioso ou político e outras. Porém, quando estão inseridas em dada competência, as habilidades passam a se interrelacionar. Por exemplo, a habilidade de liderança complementa a habilidade de comunicação no caso de um gerente de empresa, formando um todo integrado e sistêmico a que se denomina competência de gerenciamento, constituída por habilidades inter-relacionadas. Competência pode ser definida ainda como um conjunto de saberes mobilizados em situação de trabalho. Seus componentes são os saberes ou conhecimentos específicos; os saberes colocados em prática, o saber-fazer, as aptidões; a inteligência pessoal e profissional, entre outros (AMATO; AMATO NETO, 2008). Desse modo, uma competência é formada por habilidades correlacionadas, que mobilizam um conhecimento teórico já previamente adquirido pelo indivíduo. O conhecimento teórico e as habilidades constituem, assim, determinada competência. Esta é delimitada como um grupo de requisitos – saberes e habilidades – urgidos pelo desempenho de determinada função que requer a ação do indivíduo visando à solução de certos problemas e situações (SANT’ANNA; MORAES; KILIMNIK, 2005). Cabe notar também a constituição dinâmica e flexível de uma competência, que é reorganizada em diferentes contextos, dependendo, por exemplo, dos diferentes níveis de exigência no desempenho de uma mesma função, segundo Fleury; Fleury (2004, p. 48), “a competência do indivíduo não é um estado, não se reduz a um conhecimento ou know-how específico”. Dessa forma, a competência da regência coral se funda no conhecimento musical, pedagógico e de outras áreas, e em diversas habilidades, tais como saber aprender com os coralistas, saber estabelecer metas e levar os coralistas a cumprilas (habilidade de liderança) e saber motivá-los. Entendendo-se que a competência eleva o nível de performance de grupos e organizações, pode-se inferir que a competência do regente de coro é responsável por uma grande parcela do resultado final apresentado por esses conjuntos musicais. As habilidades do regente coral abarcam uma ampla gama de atitudes interrelacionadas que este deve tomar como administrador e gestor dos recursos Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: [email protected] ou [email protected] Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 2008) também enfatiza a importância de o regente ter conhecimento teórico e prático musical. Fleury (2000). 1986 apud AMATO. 1966. execução e avaliação) do trabalho em conjunto. 1989. Zander.ucamprominas. 1950. além dessas habilidades. adaptadas e ampliadas a partir de Fleury.08:00 as 12:00 horas / tarde .147).br ou diretoria@institutoprominas. assim. é responsável pela vida coral e pelo ambiente humano”.com. 2005. como músico. 2007). para a capacidade organizacional-administrativa do regente. Habilidade 1: Saber comunicar O coral é um grupo que possui uma força única. ou seja. para quem um alto nível de capacidade de comunicação é fundamental em suas tarefas de liderança. a literatura específica de regência (Figueiredo. diante dos coralistas – e de estratégias para a organização (planejamento. Nesse sentido. psicológicos e sociológicos.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã .br E-mail: [email protected]. A seguir. própria. 2004. que se voltam. o abstrato da beleza da harmonia. McElheran. uma força vinda de uma ação comum. a habilidade de comunicação é essencial no desenvolvimento de estratégias interpretativas e educacionais por parte do regente de coro. motivação. Oliveira. delegação. o processo comunicativo deve ser iniciado com eficácia pelo condutor do grupo. Rocha. e a plenitude do transcendental (MATHIAS. para se efetivar a capacidade comunicativa do canto coral. Tal habilidade Site: www. Rudolf. conceitos filosóficos (estéticos). Para Zander (2003. orientação dos músicos e avaliação do desempenho do grupo (MAXIMIANO. p. “O regente de coros.com. dominar pedagogia musical e metodologias de ensino. o trabalho do regente se assemelha ao de um gerente. por exemplo) e dos aspectos anatômico-fisiológicos do corpo e da voz (incluindo conhecimento fonoaudiológico e de outras áreas da saúde).13:15 as 18:00 horas . ter profundo saber histórico-musicológico (para a escolha de repertório. Contudo. Oliveira. 2003 apud Amato. Vale destacar que. 2006).42 humanos grupais – ou seja. capaz de comunicar o concreto mundo dos sons. elencamos as habilidades selecionadas. o regente-intérprete precisa comunicá-la aos seus cantores. isso. vocais. 2007). entretanto. professores de técnica vocal. O processo comunicativo é de vital relevância para uma eficácia do trabalho do regente nos ensaios cotidianos com seu grupo e em apresentações. no entanto. Quanto menor o número de “funções” dentre os participantes do grupo. ou seja. 2004 apud AMATO. É sob tal ponto de vista que os caracteres expressivos gestuais. No entendimento de Fernandes.43 apresenta. se há monitores de naipe no coral. uma vez que. etc. Kayama e Östergren (2006. Assim.br ou diretoria@institutoprominas. a capacidade de se comunicar se encontra intimamente vinculada à gestão de recursos humanos.ucamprominas. verbais e corporais atuam no sentido de comunicar adequadamente os conceitos musicais e informações diversas aos coristas. empreendendo pesquisas sobre o grau de satisfação dos coralistas e buscando realizar uma gestão participativa dos processos na qual prevaleça o consenso (ROCHA. cantores (executantes) e público”. a interpretação em um coro apresenta alto grau de complexidade. tanto no âmbito dos coralistas quanto na perspectiva do público. Ou seja. duas vertentes: a expressão dos conceitos musicais e a comunicação organizacional. 35). à motivação dos coralistas.08:00 as 12:00 horas / tarde . depende da constituição do grupo: se há um líder dentre os coralistas responsável por transmitir suas opiniões ao regente.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . Por outro lado. maior será o espectro de atuação do regente. antes “de comunicar a obra ao público.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. O regente deve desenvolver forte atividade de comunicação com o grupo.13:15 as 18:00 horas . a habilidade comunicativa se dimensiona quanto à interpretação musical. Habilidade 2: Saber agir A habilidade de saber agir envolve a compreensão plena de sua função e das atribuições a esta relacionadas. Assim.com. desde a Site: www. Nesse sentido.com. regente (intérprete). p. um regente deve ter delimitadas quais as atividades que são de sua responsabilidade na condução do coro. com clareza e precisão. na recriação da música coral existem quatro agentes essenciais: compositor.com. a direção de coros se encontra intimamente ligada aos processos comunicativos interpessoais. à liderança grupal e às atitudes relacionadas à resolução de conflitos interpessoais. no carisma. a liderança exerce significativo papel na organização e condução de grupos de trabalho. já que seus integrantes podem possuir diferentes níveis de conhecimento musical. que se estruturam na tradição. 2006). na gestão dos problemas entre os coralistas – e de sua autoridade na liderança do processo de trabalho (AMATO. 2007). fundamental para a condução de um coro. segundo Maximiano (2006).com. controlador de distúrbios. fundamentando-se em bases de autoridade. Site: www. na competência técnica e nas relações políticas (interpessoais). Na capacidade de decisão. de formação intelectual. crises e conflitos. O saber agir também se constitui da capacidade de decisão do regente – na escolha de repertórios e locais de apresentação. No tocante às atividades de regência. o regente-controlador de distúrbios age de maneira pontual nos imprevistos.com. de atuação profissional e pertencerem a classes sociais distintas. tais perspectivas são bastante pertinentes: o regente empreendedor atua como ponto de partida da organização de seu grupo e também como planejador de todas as atividades. que na maioria das vezes apresenta-se como um grupo bastante heterogêneo.br ou [email protected] Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . autoriza decisões reivindicadas por outras pessoas.44 solução de conflitos interpessoais até a preparação vocal e musical. Assim. por vezes. conduzindo suas ações e induzindo seu comportamento (Maximiano. administrador de recursos e negociador. assim. 2006). e.13:15 as 18:00 horas . devendo incluir melhorias na organização e identificar as possibilidades e oportunidades para um consistente fortalecimento do grupo. AMATO NETO. a liderança pode ser entendida como um processo de gerenciamento de recursos humanos. Essa habilidade é. programa o trabalho de monitores e assistentes (quando existem) e. os papéis gerenciais de empreendedor.ucamprominas. Habilidade 3: Saber liderar Com relação à gestão de recursos humanos. finalmente.08:00 as 12:00 horas / tarde . o regente-administrador de recursos administra o próprio tempo. na autoridade formal.com. estão inseridos. o regente-negociador atua nas situações para estabelecer contratos ou apresentações com empresas ou indivíduos que não fazem parte da rotina de ensaios e concertos (AMATO.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. 2007) – na qual o regente mobiliza suas capacidades de diálogo. A necessidade de controle.com. por sua vez. o indivíduo precisa ser atendido em três necessidades interpessoais: inclusão. Enquanto o regente autoritário busca somente a sua realização. para ser motivado dentro de um grupo social. em uma visão bidimensional. o que faz o indivíduo sentir-se importante naquele grupo social. apresentando ênfase nas pessoas (recursos humanos) ou nas tarefas (produtos/concertos). a pessoa passa a estabelecer e manter um relacionamento estável com outras pessoas. estabelecimento de padrões de excelência. ouvir as ideias de seus integrantes e integrar os coralistas sem fazer uso excessivo de sua autoridade.45 Em uma análise acerca da gestão de pessoas em coros. julgamento e decisão – podem ser realizadas as seguintes ações visando à efetivação da liderança em coros: definição das responsabilidades de cada um (regente. Além da resolução de problemas em corais – como a solução e prevenção de conflitos interpessoais. 2007). reconhecimento dos trabalhos desenvolvidos e das realizações. informação e avaliação contínua sobre o desempenho de cada coralista e do grupo. finalmente. coralistas etc. que influem em seu autoconceito e desenvolvem sua sociabilidade. comuns nesses grupos e destacados por Rocha (2004 apud Amato. Para Maximiano (2006). 2007) – e da liderança situacional segundo Bergamini (1988 apud Amato.). A afeição. mantendo a organização do grupo.ucamprominas. Ao ser incluída.com.com. Amato e Amato Neto (2006) destacaram o perfil tipológico de dois regentes: o autoritário e o inovador. confiança entre os membros do grupo. tratamento das pessoas com dignidade e respeito. é um prolongamento da necessidade de Site: www.13:15 as 18:00 horas . consiste em influenciar o comportamento das outras pessoas. Habilidade 4: Saber motivar De acordo com Bergamini (1988 apud Amato. a liderança pode se apresentar. o regente inovador busca. permissão para o erro e motivação para o acerto.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. determinação dos níveis de autoridade de acordo com as responsabilidades.br ou [email protected] Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . controle e afeição. realizando trocas materiais e simbólicas.08:00 as 12:00 horas / tarde . educação musical e vocal que satisfaça aos objetivos delimitados. assim. impondo objetivos ao coro e não permitindo sugestões no processo de produção artística. 65). a técnica motivacional mais efetiva que os educadores musicais corais podem empregar é prestar atenção ao desenvolvimento pessoal e musical de seus estudantes. severidade. e a realização de jogos pedagógico-musicais. 2007. o regente tem que demonstrar uma prudente mistura de persuasão amigável.08:00 as 12:00 horas / tarde . um toque de rigidez. sua valorização. compreensão simpática. humor. Já Stamer (1999 apud Amato.com. apesar de ser uma prática que notadamente gera a motivação pessoal (Amato.ucamprominas. Ainda para Stamer (1999 apud Amato. paciência. 1986). Autores da área de administração de recursos humanos como Maximiano (2006) destacam a importância da motivação para a melhoria na performance dos grupos com o cumprimento das metas estabelecidas e a realização pessoal de cada participante.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã .46 inclusão. correção. Algumas ações que podem promover a motivação em coros são a escolha participativa de repertório musical que influi no desempenho de grupos educativomusicais. Para McElheran (1966 apud Amato.13:15 as 18:00 horas . a atenção às opiniões dos coralistas.com. o trabalho técnico-musical em corais pode se tornar cansativo quando se visa um bom nível de performance e reclama que o coralista esteja motivado para que a atividade não perca seu caráter lúdico e para que o nível de qualidade musical/vocal do coro não seja prejudicado. estas devem ser condizentes com a faixa etária dos coralistas/estudantes. fervor emocional e. ou seja.com. 2008). Habilidade 5: Ter visão estratégica Segundo Chiavenato (2003. ocasionalmente. elogio. 2008) destacou que a especificidade de cada grupo torna necessária a aplicação de diferentes estratégias motivacionais. os objetivos pretendidos por estes ao participarem do coro e as metas grupais.br ou [email protected] E-mail: ouvidoria@institutoprominas. p. 2008). a estratégia representa o destino a ser seguido por um grupo ou organização a fim de que este possa dirigir-se consciente e Site: www. ou seja. nos ensaios. a pessoa se sente amparada por outras em termos psicológicos. além do senso de pertencimento ao grupo. Mathias. Por outro lado. assim. um regente deve. 25). p. é recomendável que o regente delineie claramente suas responsabilidades frente aos coralistas. 2007). hipoteticamente. uma queda na produtividade da empresa que leva à instabilidade e susceptibilidade ao desemprego dos funcionários se manifestará no meio humano do coro empresarial. é importante o condutor de grupos vocais saber lidar com as pressões que vêm do ambiente externo ao grupo. a estratégia urge do profissional o conhecimento de suas atribuições e do grupo onde este trabalha. a identificação das oportunidades e ameaças. Na visão de Fleury. em situações de necessidade. conhecer as limitações técnico-musicais de seu coro. Sob tal ângulo.com. conforme nota Chiavenato (2003) e Maximiano (2006). Por outro lado. como a condução da aula inteira. desenvolver estratégias de ensino musical adequadas (por exemplo. baseando-se em análises realísticas e metódicas de suas próprias condições e possibilidades e do contexto ambiental. avaliá-las Site: www. Fleury (2000.47 sistematicamente para seus objetivos.com. a identificação das necessidades de mudança de direcionamento e a condução do grupo aos objetivos delineados. a carga horária destinada aos ensaios.ucamprominas. oficinas de som e movimento ou de percepção e estruturação musical) e promover a seleção de um repertório adequado às características e às metas do grupo.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã .08:00 as 12:00 horas / tarde . delegar a este outras tarefas.com. AMATO NETO. por um lado. há que se desenvolver atividades que enfatizem a elevação da autoestima destes (AMATO. Assim. Nesse sentido. Amato e Amato Neto (2007) citam que um regente que trabalhe com um preparador vocal pode delimitar quais as atividades realizadas por cada um durante os ensaios. Habilidade 6: Saber assumir responsabilidades A habilidade de saber assumir responsabilidades se vincula estreitamente ao processo de liderança e delegação (empowerment). Como ilustração.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. um regente deve assumir quais são as metas possíveis de serem atingidas pelo grupo.br ou diretoria@institutoprominas. aos possíveis músicosassistentes e à instituição que possivelmente mantenha o projeto. dos pontos fortes e fracos. as condições materiais de trabalho e. como também é capaz de. Por outro lado. Estando os coralistas mais inseguros e menos motivados.13:15 as 18:00 horas . são. dessa forma. refletindo em resultados positivos aos coralistas e aos ouvintes de apresentações do grupo musical.br ou diretoria@institutoprominas. fonoaudiológicos. Habilidade 8: Saber aperfeiçoar-se Buscando o melhor desenvolvimento da prática coral. Sendo a música uma prática artística eminentemente multidisciplinar. etc.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . em diálogo com os envolvidos na atividade coral. um regente deve ser capaz de identificar as deficiências de sua formação e buscar constantemente adquirir novos conhecimentos que implementem seu trabalho.) para a compreensão e devida transmissão do saber de estilos musicais. Amato (2008) ressalta o Site: www. os cantores de coral possuem expectativas quanto à participação no grupo e têm a necessidade de manifestar seus pontos de vista no trabalho cotidiano. que levam à motivação do cantor. Além de possíveis debates acerca de temas intrínsecos ou extrínsecos ao coro (como seminários livres para a discussão de aspectos relativos a estilos musicais ou à presença da música na sociedade. é diametralmente oposta a tal necessidade de capacitação e recapacitação.com. por exemplo). e essa participação de ser incentivada pelo regente. Nessa perspectiva.48 continuamente e flexibilizá-las quanto necessário. entretanto. 2008).com. Nesse sentido. fisiologia vocal e outros aspectos (AMATO. todos são capazes de contribuir na condução das atividades pedagógico-musicais. 2008). o profissional pode buscar qualificação específica em alguma esfera musical. seja na busca por intensificação da pesquisa científica. As necessidades de inclusão e participação no grupo. há que ser enfatizada a importância da aquisição de conhecimentos interdisciplinares (educacionais. satisfeitas (AMATO. Habilidade 7: Saber aprender com os coralistas Independentemente do nível de conhecimento musical. repertórios. históricos. a apresentação musical individual daqueles que tenham maior experiência artística.13:15 as 18:00 horas . entre outras.com.08:00 as 12:00 horas / tarde . em cursos de pós-graduação lato ou stricto sensu. podem ser efetuadas atividades como a escolha democrática de parte do repertório. seja por meio de aulas particulares.ucamprominas. A título de exemplo.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. A realidade. da participação em cursos de reciclagem ou master classes e do estudo e pesquisa de repertório. musicais. Outrossim.). peças em pequenas formações. o estímulo à pesquisa (de repertório.com. 2008). 1986 apud Amato.com. há que se delinear um planejamento relativo à qualidade performática que pode ser obtida no trabalho com dado grupo em um período de tempo determinado (AMATO. podem-se trabalhar. se o grupo é muito heterogêneo quanto ao grau de conhecimento musical dos participantes. os jogos musicais e um repertório adequado (ao mesmo tempo às aspirações dos coralistas e ao desenvolvimento da aprendizagem musical) deverão ser enfatizados. podem-se desenvolver diversas atividades. à composição de músicas (por exemplo: paródias. as atividades de convivência interpessoal. etc. que tem sido cada vez mais um fenômeno relacionado a grupos (DE MASI. este profissional deve ter consciência exata a respeito dos objetivos delineados pela organização à qual o coro pertence (no caso de corais de empresas. além de repertórios para o conjunto. Habilidade10: Saber estimular a criatividade do coral Uma das atitudes que se correlaciona à motivação é o estímulo à atividade criativa. sejam de importantes conjuntos profissionais.08:00 as 12:00 horas / tarde . sejam estes de coros amadores. canções sobre temas determinados. de teoria musical etc. faculdades. à improvisação.13:15 as 18:00 horas .ucamprominas. como a montagem de espetáculos cênicos. em nível de dificuldade adequado aos cantores (AMATO. como saúde vocal). à realização de jogos pedagógicos/musicais e Site: www.). da constituição de seu grupo e dos resultados musicais a serem alcançados (Mathias. 2008).br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã .br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. se a instituição busca essencialmente a motivação de seus trabalhadores.br ou [email protected] desconhecimento com relação aos mecanismos anatômico-fisiológicos da voz por parte da maioria dos regentes. clubes. 2008).com. Habilidade 9: Saber comprometer-se O engajamento do regente abarca sua capacidade de estabelecer metas objetivas e levar os coralistas ao seu cumprimento. Por outro lado. Assim. Com relação ao estímulo da criatividade dos coralistas. ou seja. 2003). nessa perspectiva.com. na afinação. 1993. justapondo-os e combinando-os de maneiras incomuns. inseridas no âmbito do ensino criativo (GRASSI.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . 2008).com. assim. colaborando.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. funções”. assim. Amato (2008) finaliza esta habilidade lembrando os “métodos ativos” de educação musical e as propostas que vêm tendo maior repercussão no ensino recentemente.com. destaca-se a experiência relatada por Bündchen (2005 apud Amato. 2008). 2008). Site: www. Ao desenvolver a estratégia criativa de composição utilizando o corpo como instrumento musical – possibilitando a criação de sons. a criatividade é encarada como resultado de um conjunto de mecanismos cognitivos paralelamente ao desenvolvimento intelectual. Nesse sentido. no âmbito coral.ucamprominas. Pode-se incentivar. para o aperfeiçoamento das habilidades mentais dos discentes/coralistas.br ou [email protected]:00 as 12:00 horas / tarde . atividades para descontração). também inserem a dimensão criativa como elemento ativo no desenvolvimento musical. possibilitando maior eficiência quanto à atividade educativa (em relação aos métodos tradicionais de ensino tecnicista) e performática musical. como as de Schafer (1991) e Swanwick (2003). nota-se em diversos estudos que a criatividade pode induzir a um melhor desenvolvimento da cognição musical. a autora notou que a exploração da utilização corpomovimento-ritmo culminou em uma melhoria da performance coral. ao discutir o processo criativo sob uma ótica construtivista piagetiana. 2007 apud AMATO. 2008).13:15 as 18:00 horas . inesperadas e engraçadas” (WECHSLER. movimentos e sensações diferentes –. Fernandes (2007 apud AMATO. sistemas. 73 apud AMATO. coloca que. p. descontração e expressividade do grupo. A criatividade permitiria. o exercício de diferentes “estruturas mentais. que investigou o uso do movimento corporal na composição criativa de peças musicais. “a espontaneidade e a impulsividade das pessoas […] fazendo-as brincar com as idéias e com os elementos. inserida em uma proposta de utilização do construtivismo no canto coral. esquemas.50 outras estratégias criativas (dramatização de um texto de música. Corroborando esse resultado. • Promover atividades de criação e improvisação. saber desenvolver e propiciar o desenvolvimento dos outros. • Saber o que e por que faz. fotocópias de partituras. por isso. transmitir informações e assegurando o entendimento da mensagem pelos outros. Amato (2008) ainda pontua que o regente deve: • Compreender. reconhecido. divulgação e apoio ao coral. • Estabelecer metas e levar os coralistas ao seu cumprimento. • Trabalhar o conhecimento e a experiência.08:00 as 12:00 horas / tarde . como divulgação.com. Site: www. ou seja. decidir. obter auxílios para patrocínio. segundo Fleury. • Saber engajar-se e comprometer-se com os objetivos do grupo. • Saber atender aos desejos dos coralistas e atender continuamente às expectativas. identificando oportunidades e alternativas. é requerido do regente. • Valorizar e estar aberto às contribuições dos coralistas.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã .13:15 as 18:00 horas .br ou [email protected] Habilidade 11: Saber mobilizar recursos materiais A capacidade de negociação. Além de saber se comunicar e defender os interesses e as metas do grupo. organização e obtenção de infraestrutura material. • Saber mobilizar recursos financeiros e materiais.com. escolher. conhecimentos. incentivando a criatividade.com. instrumentos necessários. Fleury (2000). processar. transporte para apresentações e outras necessidades do grupo. • Conhecer e entender as atividades do coral e seu ambiente. o estabelecimento de uma densa rede de contatos que permitam a mobilização de apoio material ao coro: boas instalações para ensaios. saber julgar. é eminentemente presente na esfera do trabalho coral e evidencia sobremaneira a função gerencial do regente.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. muitas vezes. assumindo os riscos e as consequências de suas ações e ser. um alto nível de capital social.ucamprominas. • Ser responsável. criando sinergia entre eles. Em resumo.O CANTO CORAL Figueiredo (2006.com. individual e coletivo: o desenvolvimento da musicalidade e da capacidade de se expressar através de sua voz”.br ou [email protected] E-mail: ouvidoria@institutoprominas. potencialmente.08:00 as 12:00 horas / tarde . que lhes permita resgatarem valores e resgatarem sua subjetividade. é pela possibilidade de um fazer artístico coletivo que os grupos corais têm em sua natureza um papel social de perspectiva transformadora. infelizmente.ucamprominas.com. que nos aponta para um norte a ser seguido. como produtores de um “desvio” nesse percurso histórico no qual estamos inseridos (KOMOSINSKY. na acepção de Baremblitt (2002 apud Komosinski. ela pode. Enfim. em seu papel social. em nossa realidade brasileira. p. atuar como dispositivo. ao mesmo tempo em que a atividade do canto coral faz parte desse atual contexto psicossocial. Justamente por ser uma atividade de realização coletiva. significarem. Assim. nem sempre o cantar em coro acaba por conduzir seus participantes a um desenvolvimento e a um crescimento propriamente ditos. consequentemente.com. Komosinski (2009) acredita que a compreensão acerca dos mecanismos de memória envolvidos na prática do canto coral permitirá o futuro delineamento de estratégias de ensaio e de ações que auxiliem os grupos neste seu fazer musical e.52 UNIDADE 6 . ressignificarem. potencialmente. Site: www. Consequentemente.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . produtor de uma transformação social que permita aos indivíduos simbolizarem. 2009). 2009). apesar das imensas dificuldades.13:15 as 18:00 horas . Esta afirmação. é do êxito neste fazer artístico coletivo que depende o êxito no cumprimento de seu papel social. este e outros tipos de grupos artísticos possuem características que lhes permitem atuar. explicita a consciência deste autor de que. 9) chama-nos a atenção de que “cantar em coro deveria ser sempre uma experiência de desenvolvimento e crescimento. ainda sobrevive largamente em nosso país. Destaque-se que o canto coral é uma das atividades musicais coletivas que. de forma geral. Porém têm que pagar um preço. Os papéis gerenciais que envolvem as decisões são os de: empreendedor. administrador de recursos e negociador (MAXIMIANO. as pessoas são o principal recurso das organizações. espaço.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . no caso específico. Esse preço tem que ser individualmente pago por cada um de seus membros. como famílias e os indivíduos. p. os participantes de um coral dedicam-se ao estudo com afinco e se submetem a uma atividade musical disciplinada.1 Organização do trabalho em corais O coro constitui-se em significativa ferramenta para o estabelecimento de uma densa rede de configurações socioculturais por meio da valorização da participação individual no processo de construção de ideais e objetivos comuns.08:00 as 12:00 horas / tarde . que. as “organizações são grupos sociais deliberadamente orientados para a realização de objetivos. através da sujeição de sua conduta a padrões específicos de controle de afetos (ELIAS e SCOTSON. Neste sentido.). que. p. tendo em vista o resultado almejado pelo mesmo. os processos são: planejamento. A participação na superioridade de um grupo e em seu carisma grupal singular é.com. controlador de distúrbios.. No cerne de qualquer organização social encontra-se a necessidade de adquirir competências. são as habilidades gerenciais (adquiridas ou buriladas por meio de experiências e de estudo). Site: www. se traduzem no fornecimento de produtos e serviços”. Segundo Maximiano (2006. p. e também àqueles que os integram. Nesse sentido.com. liderança. No caso particular da constituição de um coro. como coletividades. a recompensa pela submissão às normas específicas do grupo..com.26-7 apud KOMOSINSKI. quer imateriais (tempo e conhecimentos).br ou diretoria@institutoprominas. Vale ressaltar que todas as organizações podem ser desmembradas em processos.] os grupos dominantes com uma elevada superioridade de forças atribuem a si mesmos. agregadas a outros recursos. 2009). 2006. 27). móveis. como um grupo em busca de objetivos comuns. execução e controle.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. quer materiais (instalações.ucamprominas. 2000.13:15 as 18:00 horas . Todos os que “estão inseridos” neles participam desse carisma. configurando um carisma grupal [.53 6. um carisma grupal característico. equipamentos. Convém ressaltar que a essência do trabalho do líder de uma organização é tomar decisões. organização. etc. por assim dizer. culminando com a concretização das atividades grupais. 40). crises e conflitos.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. 1993 apud Amato.08:00 as 12:00 horas / tarde .com. e. • O regente administrador de recursos administra o próprio tempo.com. fatores considerados essenciais para o desenvolvimento processo criativo (WECHSLER.54 No tocante às atividades de regente. Para De Masi (2003.ucamprominas.br ou [email protected]. p. por vezes. nos corais. dimensões e níveis de atuação de um coral A criatividade também consiste em um aspecto de fundamental importância nas organizações e.13:15 as 18:00 horas . portanto. 677-678): um grupo criativo baseia a sua fecundidade na competência e na motivação dos seus membros. 2008). A criatividade. sendo um fator de grande relevância para a gestão de recursos humanos. • O regente-negociador atua nas situações para estabelecer contratos ou apresentações com empresas ou indivíduos que não fazem parte da rotina de ensaios e concertos. por meio do fomento de sua criatividade e da criação de um ambiente propício a esse desenvolvimento. 6. finalmente.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . devendo incluir melhorias na organização e identificar as possibilidades e oportunidades para um consistente fortalecimento do grupo: • O regente controlador de distúrbios age de maneira pontual nos imprevistos. constitui-se como uma habilidade a ser trabalhada em toda e qualquer organização social. autoriza decisões reivindicadas por outras pessoas. mais ainda. onde a motivação do grupo também está ligada à realização pessoal dos coralistas. essas perspectivas são pertinentes e reais: o regente empreendedor atua como ponto de partida da organização de seu grupo e também como planejador de todas as atividades. programa o trabalho de monitores e assistentes (quando existem) e. na liderança carismática capaz de indicar e fazer compartilhar uma missão inovadora num clima solidário e entusiasta. Site: www.2 Criatividade. br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. Assim. atividades que criam um padrão de consciência musical. 15 apud Amato. imanentes ao mais profundo de cada um de nós conduzirá naturalmente à vivência da Unidade. beleza. harmonia. um coral pode ser entendido em várias dimensões: • Dimensão psicológica – determinada pelo trinômio emoção (resultado da sensibilização). gerando desde oportunidades de inclusão social e integração em dadas comunidades até a realização dos objetivos musicais do grupo e a motivação e aumento da qualidade de vida de cada indivíduo.com. informando conceitos históricos. vontade (motivação interior que leva à superação de obstáculos individuais e grupais) e razão (constituída pela análise e seleção de elementos harmônicos que compõem a força interior). Site: www. o coro cumpre a função de única escola de música que essas pessoas tiveram. Beleza que transcendem o nosso espaço interior.08:00 as 12:00 horas / tarde . grupal e pessoal. de meios para seu desenvolvimento e de objetivos que visem o bem comum. p.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . 2008). na maior parte dos casos.13:15 as 18:00 horas . sociais e técnicos de música e desenvolvendo.br ou diretoria@institutoprominas. Nas práticas corais junto a indivíduos sem prévio conhecimento musical.55 Segundo Mathias (1986. Vale ressaltar que essas dimensões encontram-se compartilhadas entre os diversos níveis de ação do coral. • Dimensão política – determinada pela necessidade de organização do grupo.com. tais dimensões podem agir em nível político. social.com.ucamprominas. Para que os resultados almejados sejam alcançados. Harmonia. • Dimensão mística – determinada pela vivência da unidade. o regente acaba desenvolvendo diversos trabalhos de educação musical. A tabela a seguir ilustra algumas ferramentas que podem contribuir para o processo de ensino/ aprendizagem musical dentro do canto coral. comunitário. com a definição das funções de cada elemento. com.com.br ou diretoria@institutoprominas. cada vez mais.com.13:15 as 18:00 horas . papel de destaque dentre as iniciativas educativo-musicais promovidas para minimizar o efeito devastador causado pela grande lacuna existente no ensino de música na educação básica.ucamprominas.08:00 as 12:00 horas / tarde . Segundo Santos (2005). vale lembrar que eles têm ocupado. estadual e federal) apoiam esses projetos com o intuito de “livrar-se” da obrigação de oferecer Site: www.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã .56 Fonte: Amato (2008) Embora tenhamos reservado espaço em outra apostila para reflexões sobre a relação projetos sociais/educação musical. governos de diferentes esferas (municipal.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. 08:00 as 12:00 horas / tarde . portanto. na maioria dos casos os resultados musicais obtidos a partir dessas práticas são apenas satisfatórios. o que revela um baixo nível de aproveitamento de todas as habilidades que podem ser geradas a partir das práticas de musicalização em conjunto.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . Para Kater (2004 apud Amato. destinando pequenas verbas a essas iniciativas. O desenvolvimento dessas iniciativas de educação não formal por outros centros comunitários e instituições também tem se relevado no cenário atual. apesar da música se fazer presente nesses projetos de ação social como elemento de integração social. finalizamos deixando um questionamento e reflexão: Não seria momento da música voltar ao currículo básico? Site: www. 2008). geralmente coordenadas por ONGs.br E-mail: [email protected]:15 as 18:00 horas .57 uma educação musical de qualidade na escola regular.ucamprominas.br ou [email protected]. br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã . ____________.com. Abordagem Global na reabilitação vocal.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas. A influência do capital humano e do capital intelectual no desenvolvimento de aglomerações de empresas e redes de cooperação produtiva. CASPER. Paulo. 19. Coro universitário: uma reflexão a partir da história do Coral Universitário da PUC-Campinas. CAIADO.1. 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