Reform As

May 11, 2018 | Author: Miller Silva | Category: Paint, Mortar (Masonry), Materials, Paintings, Science


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Reforma e manutenção predialJá vimos em outros artigos que os materiais de que são construídos os edifícios têm uma determinada durabilidade, isto é, têm um período de vida útil, ao longo da qual vão se deteriorando (perdendo suas propriedades originais), até um momento em que não atendem mais as suas funções e precisam ser repostos, por isso se faz necessário o que chamamos de “manutenção predial preventiva“. Tipos de manutenção predial e sua importância para o futuro da edificação: Assim, para que um edifício possa ter todas as suas funções prolongadas ao longo da sua vida útil, é necessário que, durante esse tempo, seja feita uma série de serviços de verificações, reposições e substituições. A esses serviços damos o nome de manutenção (LICHTENSTEIN, 1985). São exemplos de tipos de manutenção predial:  repinturas;  substituição de fios;  tubos e aparelhos elétricos;  trocas de fechaduras;  torneiras, ou peças internas desses componentes, entre muitos outros. Os serviços de manutenção são rotineiros e periódicos. Manutenção predial é diferente de reparo! Isso é meio óbvio, mas necessário ressaltar. Quando realizamos a manutenção de forma correta, evitamos os indesejados reparos e reformas “emergenciais”. Note como o conceito de manutenção predial é diferente do reparo. A manutenção é feita para que o edifício mantenha suas funções, enquanto que o reparo (conserto) é feito para restituir funções perdidas ou prejudicadas. Outra diferença importante é que a manutenção tem uma finalidade preventiva, isto é, tem como objetivo evitar problemas (evitar ficar doente) enquanto o reparo é uma atividade corretiva, ou terapêutica (tratamento da doença). A manutenção, como vimos, pode ser programada, ao contrário dos reparos, que são esporádicos, muitas vezes imprevisíveis e até emergenciais. É muito comum a falta de manutenção adequada dos edifícios, e isso é uma causa importante de patologias. Uma das principais razões disso é o seu custo, dificultando ou até mesmo impedindo os usuários de a executarem. Daí a importância, quando da escolha dos materiais que serão utilizados no edifício, de levar em conta não só o custo de aquisição, mas também o custo de manutenção. Muitas vezes pode ser mais vantajoso gastar mais na obra, comprando materiais de maior durabilidade, e ter menos gasto com manutenção depois que a obra ficar pronta. O reparador é um profissional que pode realizar tanto as atividades de manutenção predial quanto as de reparos. Cerâmica soltando. pois poderá gerar patologias muito mais caras para serem reparadas. acaba por ocorrer na prática. perda de aderência sem a queda. estufamento. 1. o que. quais os sintomas: descolamento e queda das placas cerâmicas da parede. como se não fosse uma coisa importante. . deslocamento das placas em relação à posição original. Isto se deve não só à perda das funções do revestimento como também ao risco que pode trazer aos usuários. Essa atitude está ligada muitas vezes ao desconhecimento e até ao descaso com a manutenção. apresentando som cavo à percussão. e é normalmente a mais grave. podendo haver também descolamento do emboço junto com as placas. Essa “economia” pode se voltar contra o próprio usuário.0 Cerâmica Soltando: Diagnóstico.É comum também deixar de fazer manutenção predial para fazer economia. de fato. em caso de descolamento de revestimentos de fachadas. Causas e Recuperação O descolamento é a patologia mais comum desse tipo de revestimento. numa primeira investigação. Estudos complementares Deve ser examinada a possibilidade de ocorrência de outras patologias. é recomendada a realização de ensaios de aderência com equipamento apropriado. fuligens ou poeira. principalmente em revestimentos de fachada.O que faz o piso se soltar? saturação. o teste do bate-choco. no caso de serem assentadas com argamassa colante. Dependendo do caso. tanto na sua superfície quanto na sua aderência ao substrato. movimentação do substrato (estrutura e alvenaria). dosagem ou especificação incorreta da argamassa de assentamento. No caso de pisos o teste pode ser feito percutindo-o com um bastão de madeira. É comum ocorrer o descolamento somente em algumas áreas. técnica de assentamento incorreta. com bolor. quando feito com argamassa tradicional. presença de outras patologias. suja com óleos. etc. como vazamentos e umidade. o teste do bate-choco pode não ser conclusivo sobre o prognóstico das áreas não afetadas. falta de juntas de movimentação no revestimento. permanecendo outras aparentemente sãs. como umidade provocada por vazamentos e infiltrações nas paredes onde estão assentadas as cerâmicas. base (emboço) enfraquecida. sendo que as áreas que apresentarem som cavo estarão comprometidas. que podem exigir exames específicos. isto é. imersão das placas cerâmicas em água antes do assentamento. ou o oposto. assentamento sobre base (emboço) não adequadamente preparada: cura incompleta. graxas. Nesses casos. não molhar antes do assentamento. especificação incorreta do rejunte. Para isso pode ser feito. como descrito anteriormente. especificação incorreta da placa cerâmica ou não obediência à especificação definida para a placa cerâmica. . quando este se desprega junto com a cerâmica. as causas desse enfraquecimento podem ser várias (traço e execução incorreta. Nesses casos deve-se averiguar qual a dimensão total do problema e se a patologia poderá se estender a áreas ainda não afetadas. fissuração e presença de umidade. entre outros). previstas em projeto de recuperação. se houver necessidade de execução de juntas de movimentação (caso de fachadas) estas devem ser executadas conforme orientações específicas. fazendo-se o teste do bate- choco. Caso a espessura seja maior deve-se fazer o enchimento com as técnicas de execução do emboço e do contrapiso já vistas. Para isso. . conforme os procedimentos vistos no ladrilheiro. removendo-se sujeiras. conforme o diagnóstico realizado. etc. vazamentos. verificar o estado da sua superfície. com um bastão de madeira. A espessura dessa camada de regularização não deve exceder a 10 mm. Caso esteja ocorrendo desagregação. se houver necessidade de tratamento de trincas de alvenaria. dependendo da extensão da parede. Em seguida deve-se remover o revestimento cerâmico comprometido. reexecutar o emboço. observando-se os seguintes procedimentos: limpar bem a superfície. pulverulências. verificar o estado do emboço onde será reassentada a cerâmica. Como recuperar o revestimento cerâmico solto: Primeiramente devem ser sanadas outras patologias causadoras. bolor. friccionando-a com uma escova de fio de aço. executá-las conforme os procedimentos já vistos no item anterior. seguida de enxágue com água limpa. substâncias gordurosas. e reassentá-lo. escovar e remover a camada desagregada até encontrar material firme e coeso. onde necessário. eflorescências. ou contrapiso. para patologias graves de revestimentos de fachadas. escova de fio de aço. Se houver bolor deve-se fazer a lavagem com água sanitária na proporção indicada pelo fabricante.De qualquer forma. remover o emboço nesses locais. se for em área de piso realizar o mesmo teste no contrapiso. nas áreas onde o emboço ou contrapiso estiver aderido. etc. escovação seguida de lavagem com mangueira ou água pressurizada. pode-se utilizar broxa. a regularização do emboço ou contrapiso nos locais onde sua superfície foi parcialmente removida deve ser feita com argamassa colante (a mesma usada para assentamento da cerâmica). fazer o reassentamento das placas cerâmicas. conforme os procedimentos já vistos nos artigos sobre o pedreiro. deve ser consultado um profissional ou empresas especializadas. como umidade. Se forem identificadas áreas com som cavo. ou em caso de dúvida. deve-se buscar o diagnóstico nas causas possíveis de fissuração de alvenaria. Sintomas: Fissuras dispersas na superfície. Expansão da argamassa de assentamento da alvenaria. Nas áreas onde for obtido o som cavo o revestimento estará comprometido e precisará ser substituído.0 Como Consertar Rachaduras em Paredes de Alvenaria Atenção: As orientações aqui apresentadas são restritas a patologias simples. Causas possíveis e diagnóstico: Retração(encolhimento) do revestimento. causada por hidratação retardada da cal ou presença de argila na areia. podendo apresentar-se em formato de “mapa”. . Caso note fissuração também na alvenaria. causado por excesso de aglomerante (argamassa muito rica em cimento). Pode ocorrer também. para pequenas construções e que não envolvam problemas estruturais. Para qualquer situação diferente desta. Havendo dúvida sobre isso. se a causa do problema é retração. Exames complementares Deve haver certeza sobre a fissuração é só do revestimento e não da alvenaria. que o revestimento esteja fissurado mas ainda aderido. deve-se recorrer a um profissional especializado. vistos no item anterior. Para se saber qual é a necessidade de remoção. deve-se remover um trecho do revestimento e verificar se a alvenaria também não está fissurada. não precisando ser todo removido. deve-se fazer o teste do bate-choco.2. Cura incompleta do substrato (parede de alvenaria ou concreto) ou da camada anterior do revestimento. esse procedimento deverá ser estendido a toda a parede. Para os demais casos e havendo comprometimento da aderência do revestimento. . para igualá-la. Paredes externas: procedimento igual ao da parede interna.Recuperação Como consertar rachaduras em paredes Se a causa for retração de pequena intensidade e sem comprometimento do revestimento. cria uma película impermeável flexível que acompanha a dilatação e a retração de paredes de alvenaria e de concreto. prevenindo o aparecimento de fissuras. porém aplicando-se massa corrida à base de resina acrílica. da Tintas Coral. o procedimento é o seguinte: Paredes internas: aplicar camada do produto apropriado para reparos de trincas e fissuras (abaixo fornecemos um lista com diversos materiais que podem ser aplicados em cada caso). Materiais para consertar rachaduras em paredes Com formulação acrílica elástica (300% de elasticidade). Se a causa for cura incompleta ou expansão da argamassa de assentamento. posteriormente aplicar uma camada de resina PVA (massa corrida). R$ 199 a lata de 18 litros. Caso a pintura original não tenha sido feita com massa corrida. deverá ser aguardado tempo suficiente antes de fazer a recuperação. a tinta Sol & Chuva. fechando-se a fissuração e regularizando-se o revestimento. o procedimento recomendado é remover todo o revestimento e reexecutá-lo. conforme as orientações técnicas. Depois disso aplicar pintura de acabamento. da Suvinil. R$ 300 (semibrilho 18 litros). é uma resina acrílica elástica – parecida com uma goma – própria para preencher fissuras de 2 a 5 mm em alvenaria. Depois. pede massa e tinta. . previne e também cobre fissuras de até 2. O Selatrinca. a tinta Frentes & Fachadas. A bisnaga de 310 ml sai por R$ 15.Nas versões fosco (400% de elasticidade) e semibrilho (800% de elasticidade). da Tintas Renner.5 mm em lajes e em paredes externas e internas. em paredes de concreto ou de alvenaria. da Viapol. Massa acrílica indicada para vedar fissuras de até 5 mm de abertura. Após a aplicação. da Vedacit. Espere 24 horas.Fechatrinca. lixe e aplique a tinta. passe tinta. corrige fissuras entre 8 e 20 mm que atingem o reboco. internas e externas. . O selante Monopol Acrílico. o SW Restauração Complemento Acrílico Flexível. passa-se massa corrida. À base de resina acrílica.A fita Veda Trinca Scotch antimofo cobre fissuras de até 1 mm em paredes de alvenaria e de gesso acartonado. . forros de massa corrida e de gesso. da Sherwin-Williams. foi feito para ser aplicado sobre o selatrinca da marca. Sobre ela. se for o caso.  eliminar causas de aquecimento da superfície.  falta de lixamento.  aguardar a cura do revestimento.0 Descascamento Causas possíveis:  superfície mal preparada. removendo os contaminantes da superfície.  melhorar a limpeza.  umidade na superfície.  reações entre a tinta e a superfície. Correções:  remover a camada que apresenta as bolhas.  fazer a limpeza adequada da superfície.  falta de cura do revestimento da base.  eliminar as causas de umidade. superfície aquecida.  existência de umidade na superfície.  fazer o lixamento e limpeza do pó e reaplicar o acabamento. ou usar tintas especiais para . se for o caso. com presença de gorduras ou material solto.  fazer a correção da superfície se houver material solto ou desagregado. 1.Principais problemas de pintura e suas correções Causas possíveis:  acabamento aplicado sem limpeza da superfície ou com superfície oleosa. Correções:  remover a camada de pintura.  procurar usar tinta com pigmentos ou resinas mais resistentes. Correções:  usar solvente menos volátil. 5.0 Formação de mofo Causas possíveis: umidade elevada no ambiente.  diminuir espessuras das camadas.  utilizar pincel mais macio.  técnica errada de aplicação da pintura. .  pincel de cerdas muito duras. Correções: fazer a limpeza com cloro ou água sanitária. procurar também aumentar a ventilação do ambiente.  camada de tinta muito espessa. limpeza do pó e reaplicar a pintura de acabamento. 3.  corrigir a técnica de aplicação da pintura. Correções:  usar solvente de evaporação mais lenta.0 Baixa resistência à lavabilidade (a tinta se desmancha quando a superfície é lavada ou deixa sinais da lavagem) Causas possíveis:  tinta inadequada para as condições do ambiente ou da lavagem. 2.0 Marcas de pincel Causas possíveis:  solvente de evaporação muito rápida. superfícies aquecidas. Verificar se há focos de umidade e eliminá-los.  tinta não curada. 4. Correções:  deixar a pintura curar por pelo menos 30 dias. Fazer o lixamento. diluída na proporção indicada pelo fabricante. umidade na superfície. Em seguida limpar bem a superfície para remover todos os resíduos de cloro e deixar secar. Se o ambiente for muito úmido e propenso a mofo utilizar tinta látex acrílica anti-mofo.0 Enrugamento Causas possíveis:  secagem superficial muito rápida. aplicá-lo e repintar. fazendo-se a mistura da tinta na lata. Correções: remover o acabamento. reaplicar a massa em toda a superfície ou aplicar a tinta de acabamento diluída com solvente somente nos pontos onde há massa (procedimento chamado de “queimar” a massa) e reaplicar o acabamento em toda a superfície. limpeza do pó e replicação da pintura de acabamento. procurando acertar a diluição da tinta e aplicar camadas mais finas. mistura de tintas (fosca com acetinada ou com semi-brilhante. Se a causa for a aplicação de massa em pontos isolados. Correções: utilizar solvente apropriado. 9. camada de tinta muito espessa. falta de compatibilidade entre o fundo e a tinta. acertar o solvente e a diluição da tinta.6. a película ficou muito fina Causas possíveis: excesso de diluição da tinta.0 Gretamento (“pele de jacaré”) Causas possíveis: pouca diluição da tinta. aplicação de massa em pontos localizados (para reparos da parede. na diluição normal. Se houve falta de selador deve-se remover o acabamento. sem misturá-la com outras. falta de mistura da tinta na lata (o pigmento por ser mais denso tende a assentar no fundo). isto é. muita agitação na mistura da tinta. secagem superficial muito rápida do solvente. Correções: lixamento e limpeza. por exemplo). acertar a diluição da tinta e tomar cuidado para fazer a mistura sem agitação excessiva.0 Cobertura insuficiente. Correções: certificar-se de que a madeira esteja seca para a pintura. Correções: nos dois primeiros casos (problema na tinta) deve-se fazer o lixamento.0 Escorrimento Causas possíveis: excesso de tinta ou de diluição da tinta. lixar e limpar o pó. diminuir espessura das camadas. 8.0 Espuma em madeira Causas possíveis: umidade na superfície. 10. fundo e tinta apropriados. com replicação de nova pintura de acabamento. . sem diluição e tomando-se o cuidado de misturar bem a tinta na lata. 7. superfícies muito absorventes não seladas. falta de aplicação de selador na superfície. solvente inadequado.0 Diferença de brilho Causas possíveis: tinta esmalte fosca ou acetinada sem a devida homogeneização da mistura na lata. por exemplo). tinta muito diluída. reaplicar o acabamento.
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