1) O objetivo ou principal da filosofia medieval marcada por grande influência na Igreja Católica nas diversas áreas do conhecimento os temasreligiosos prevalecem no campo filosófico seria relacionar razão e fé, a existência e natureza de Deus, fronteiras entre o conhecimento e a liberdade humana e a individualização das substâncias divisíveis e indivisíveis. Muitos pensadores defendiam que a fé não deveria ser subordinada da razão, porém Santo Agostinho se contrapõe a essa ideia afirmando que o homem e dotado de consciência moral e livre arbítrio. Na fase escolástica Platão e Aristóteles ganham notoriedade onde utilizam conhecimentos dos Greco-romanos para explicar a revelação religiosa do cristianismo entendendo-a sendo que para os escolásticos a Igreja possuía um importante papel para conduzirem os seres humanos á salvação. Já no século XII o conhecimento passa a ser debatido, organizado e transmitido de forma mais eficiente através do surgimento de Universidades na Europa. 2) As duas principais correntes medievais correntes da filosofia medieval são a Patrística e a Escolástica. Na primeira formam-se os dogmas cristãos, as verdades reveladas que exigem aceitação incondicional. A tarefa desenvolvida pelos padres da Igreja e o de encontrar justificativas racionais para as verdades reveladas, ou seja, conciliar a razão e fé. O homem sem fé, sem a iluminação divina está condenado ao erro e á ilusão; o conhecimento se dá por meio da fé que ilumina o intelecto e guia a vontade de modo que a razão chegue ao conhecimento do que está ao seu alcance e a alma receba a revelação do que não está ao alcance da razão. Já a escolástica surge através de escolas que cultivam o saber teológico e filosófico, inserido em um trabalho cooperativo coletivo. O ensino se faz por meio da leitura mantendo sua relação com a religião, mas são os problemas teológicos que levam ás questões filosóficas. Em suma a filosofia cristã desenvolveu-se na Idade Media e seu principal objetivo era conciliar fé e razão, a verdade revelada por Deus, com a razão humana. A reflexão filosófica era alimentada pelos problemas teológicos. O conceito de multiplicidade das coisas continua sendo debatido levando ás questões dos universais. Não se coloca em duvida a possibilidade do conhecimento. 3) O Renascimento não é apenas a retomada da marcha triunfal da razão e do espírito científico. O que se denomina ciência no Renascimento ainda guarda pensamentos medievais ao qual se somam misticismos orientais e judaicos. A originalidade do Renascimento está em construir uma nova imagem do mundo a partir da permanência de elementos do passado. Em nome do humanismo que o homem apesar de temeroso começa a separar-se da grande ordem do universo para ser seu espectador privilegiado. No renascimento o homem e só ele e o mesmo responsável pelos seus atos perante sua consciência e a divindade. aquilo que rompe com a tradição. Características: b. . ou seja. o conjunto de saberem acumulados e recebidos pela tradição.4) O conhecimento se dá por meio da fé que ilumina o intelecto e guia a vontade de modo que a razão chegue ao conhecimento do que está ao seu alcance e a alma receba a revelação do que não está ao alcance da razão 5) Modernidade: modo de ser e de pensar que começa a se configurar no Renascimento e na Idade Moderna. -Racionalismo: poder exclusivo da razão em lugar da fé. a. Descartes é originário de uma família conservadora. Qual seria então o critério para se tiver certeza que o conhecimento é correto? Essa seria sua principal discussão na obra O discurso do método. 6) O conhecimento seria o esforço psicológico pelo qual procuramos nos apropriar intelectualmente dos objetos. Preocupação com a consciência da consciência. O conceito se relaciona com algo novo. Aliança entre ciência e técnica. c. Podemos nos referir ao ato de conhecer ou ao produto do conhecimento: o primeiro diz respeito á relação que se estabelece entre a consciência que conhece e o objeto a ser conhecido. enquanto o segundo é o que resulta do ato de conhecer. contudo viveu em clima de efervescência cultural e política. -Antropocentrismo: o homem moderno descobre a subjetividade. 7) O filósofo francês René Descartes conhecido como pai do racionalismo foi um filósofo que tinha como objetivo descobrir um método que pudesse assegurar o verdadeiro conhecimento. Na modernidade o problema e não saber as coisas mas podemos eventualmente conhecê-la. as teorias filosóficas e científicas criadas pelos gregos tomavam força e concepções medievais eram questionadas. O problema está no sujeito que conhece não mais no objeto. Dogmatismo x Dúvida. Naquele momento. -Saber ativo: na modernidade o conhecimento não parte apenas das noções e princípios. mas das realidades observadas e submetidas á experimentação. que marcavam o Renascimento. d. ciência ou do costume. b. 10) “Penso logo existo” para Descartes seria não cair em um ceticismo absoluto duvidando de tudo. 11) Empirismo: defende a observação e a experimentação para se chegar ao verdadeiro conhecimento. c. Além disso. -Conduzir o pensamento de forma ordenada. -controlar e revisar todos os nossos passos. Por isso. os ídolos tem o alcance de incomodar no processo de instauração das ciências. -Os ídolos da caverna perturbam o conhecimento.8) Racionalismo: critério da fé e da relevância é substituído pelo poder exclusivo da razão. -Desmembrar o problema em questão para ser resolvido por parte. -Admitir como verdade somente o que for evidente. de tal forma que nada passe despercebido. 9) O método proposto por Descartes seria: a. de forma a confundir a natureza das coisas com aquilo que projetamos delas. . uma vez que mantém o homem preso em preconceitos e singularidades. Esse foi o caminho para que o filósofo projetasse o espírito da dúvida sobre todos os campos do saber e suspender todas as verdades adquiridas por via da religião. Seu objeto era fundamentar o conhecimento.Dogmatismo x Duvida. começando sempre pelas coisas simples até chegar ás complexa. d. 12) Os ídolos segundo Francis Bacon são noções falsas que invadem o intelecto e dificultam o acesso à verdade. uma vez que os homens não se disponham a combater esses ídolos. Essa era a única verdade indubitável. a função primordial da teoria dos ídolos é conscientizar os homens das falsas noções que barram o caminho rumo à verdade. -Da tribo há uma confusão mental que segundo Bacon ocorre quando o intelecto sofre influência da nossa vontade e dos afetos. a partir de um ponto de vista seguro. concebe o conhecimento se dando de duas formas: impressões e idéias.PARA LOCKE as ideias tem sua fontes: em primeiro lugar. a outra fonte a partir da qual a experiência provê de ideias o entendimento é a percepção das operações interiores da nossa própria mente enquanto se debruça sobre as ideias que recebeu. Para ele. é impossível afirmar racionalmente que um efeito sucederá a uma causa. chegamos a possuir essas ideias que temos do amarelo. O filósofo em questão se nega a aceitar a lógica da indução como meio de ampliar o conhecimento. do quente. 14) O filósofo escocês David Hume tem um importante papel dentro da filosofia moderna. Bacon chama de ídolos do teatro porque considera que sistemas filosóficos foram preparados para serem representados em um palco. uma folha de papel em branco a receber impressões pela experiência sensível. Hume nega a possibilidade de uma ciência metafísica e seu ceticismo faz com que Kant declare. As primeiras seriam percepções mais vivazes. assim. como objectos da REFLEXÃO.nos nossos sentidos. E. que foi o filósofo escocês quem o fez despertar de seu "sono dogmático". Estas duas fontes. no comércio com objectos sensíveis particulares. uma vez que ambos são eventos diferentes que nosso hábito se acostumou a perceberem unidos. Em segundo lugar. do amargo. O posicionamento cético de David Hume apresenta-se como dissolução da pretensão da ciência de obter pela razão um conhecimento universal e necessário. que nunca atingiriam o grau de vivacidade das impressões. do doce.Ídolos do Teatro: Ocorrem pela adesão a diversas doutrinas filosóficas e por causa das péssimas regras de demonstração delas. isto é as coisas externas materiais. . enquanto as últimas seriam reflexões sobre as sensações. consoante os diversos modos segundo aos quais esses objectos os afectam. Essas operações. do frio. e as operações internas da nossa mente. Empirista na linha de John Locke. do mole. do branco. quando a alma sobre elas reflecte e as considera. . em sua Crítica da Razão Pura. os ídolos do mercado existem devido a uma inadequada atribuição aos nomes. Ao afirmar que todo conhecimento só se adquire empiricamente. como objectos da SENSAÇÂO. do duro. e de todas aquelas que chamamos qualidades sensíveis. abastecem o entendimento de uma outra série de ideias que não se poderiam receber das coisas exteriores. introduzem na mente várias percepções distintas de coisas. para quem a mente seria uma tabula rasa. 13) .-Do mercado: como essa troca entre os homens se dá por meio da linguagem. A confiança excessiva do racionalismo tradicional nas capacidades da razão.15) Immanuel Kant ou Emanuel Kant (Königsberg. quer do racionalismo. insuficiente para fundamentar (mostrar como é possível) o conhecimento científico. John Locke. Kant teve um grande impacto no Romantismo alemão e nas filosofias idealistas do século XIX. Aparte essa vertente idealista que iria desembocar na filosofia de Hegel (e Marx). Responde à questão de como é possível o conhecimento afirmando o papel constitutivo de mundo pelo sujeito transcendental. é muito provável que Kant rejeitasse o relativismo nas suas formas contemporâneas. isto é. alguns autores consideram que Kant fez ao nível da epistemologia uma síntese entre o Racionalismo continental (de René Descartes e Gottfried Leibniz. enquanto pura. ao .Embora baseado num modelo do conhecimento distinto do empirista. o racionalismo tradicional revela-se. 12 de Fevereiro de 1804) foi um filósofo prussiano. tendo esta sua faceta idealista sido um ponto de partida para Hegel. A filosofia da natureza e da natureza humana de Kant é historicamente uma das mais determinantes fontes do relativismo conceptual que dominou a vida intelectual do século XX. um representante do Iluminismo. como por exemplo o Pósmodernismo. geralmente considerado como o último grande filósofo dos princípios da era moderna. Pensar que o conhecimento se baseia exclusivamente — deriva — no que é dado pela experiência ou intuição sensível e não contém nada mais é ter uma concepção errada do conhecimento. que valoriza a indução). 17) Kant não duvida em momento algum da possibilidade do conhecimento. A sua questão é saber como ele é possível. ou George Berkeley. -Kant é famoso sobretudo pela sua concepção conhecida como idealismo transcendental . indiscutivelmente um dos seus pensadores mais influentes. o empirismo — que o filósofo alemão critica referindo-se essencialmente a David Hume — conduz ao cepticismo. Para Kant. desprezando assim o contributo da sensibilidade. isto é. e a tradição empírica inglesa (de David Hume.todos nós trazemos formas e conceitos a priori (que não necessitam de experiência) para a experiencia crua do mundo. 16) A teoria kantiana do conhecimento consiste numa ultrapassagem ou superação quer do empirismo. pode conhecer. o filósofo passa a investigar a razão e seus limites. Com isso. No entanto. os quais seriam de outra forma impossíveis de determinar. 22 de Abril de 1724 — Königsberg. O que equivale a responder: "o conhecimento é possível porque o homem possui faculdades que o tornam possível". a crença de que ela por si só. o sujeito que possui as condições de possibilidade da experiência. onde impera a forma de raciocínio dedutivo). é criticada por Kant. à descrença na possibilidade do conhecimento científico ou objectivo. também segundo Kant. Toda descoberta contém. (. esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade. a busca do conhecimento não se dá a partir da simples observação de fatos e inferência de enunciados. como a filosofia havia feito até então. Menoridade esta que é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. . O entendimento. Mas quais são exatamente. por meio do qual os objetos são pensados nos conceitos. . E o culpado dessa menoridade é o próprio indivíduo. 18) Segundo Kant. mas sim uma observação intencionalizada.. fundando o “verificacionismo” epistemológico das teorias científicas.Para Popper. Esta questão pertence ao domínio pessoal. O que importa saber é como as teorias se verificam. estas faculdades ou formas a priori no homem que o permitem conhecer a realidade ou. segundo Kant. orientada e seletiva que busca criar um novo quadro de referências. “um elemento irracional”. esta nova concepção pressupõe uminteresse do sujeito em conhecer determinada realidade que o seu quadro de referências já não mais satisfaz. Não há um método lógico para descobrir idéias.. Por isso.invés de investigar como deve ser o mundo para que se possa conhecê-lo. em outros termos. 19) Na filosofia das ciências de Popper sua posição contrária ao “princípio do empirismo”. não deve interessar-nos saber como uma teoria científica é descoberta pela primeira vez. por meio da qual os objetos são dados na intuição.) Para ele. a mera observação não é levada em conta. diz Popper. o que são essas tais condições de possibilidade da experiência? Em Kant. há duas principais fontes de conhecimento no sujeito: A sensibilidade. Na verdade. Suas ideias a respeito do conhecimento se resumem na frase: "tudo e mascara. passível da interferência de valores individuais. Para o filosofo o conhecimento não passa de uma interpretação dos sentidos. o Cristianismo transformou em pecado toda a espontaneidade do homem. por exemplo. interpretação". gerando o aniquilamento de todos os princípios e valores até então propagados. a cada dia que passa contribui para aumentar a distancia entre o homem com sua interioridade.20) Rousseau acredita que as ciências e as artes são prejudicial ás pessoas. Nas palavras do filosofo. Ou seja.uma vez que a cultura predominante negligenciava a verdadeira natureza do homem. 21) A crise da razão ocorre no final do século XX. surge o individualismo exacerbado. Nesse contexto. trazem-nos vícios e costumes que não nos acrescentam contribuindo para o caos dos homens. cabendo a filosofia desvesti-las. sem jamais ser a interpretação crua da realidade e gerando dogmatismo. Assim. o narcisismo. tudo o que e tido como verdade. algum dia sofreu a interferência de uma razão individual e. As palavras. A civilização. 23)Segundo Nietzsche. avaliação. sua natureza instintiva. por vezes . todas as coisas encontram-se revestidas de algo perfeitamente estranho a sua natureza e a sua epiderme. na qual a razão era um instrumento da liberdade humana. foram criadas pelas classes dominantes e seus significados seriam meras imposições interpretativas. foi imposto. de alguma forma. e. portanto. 22) Nietzsche apresenta uma visão muito particular do conhecimento. Sua conclusão foi que elas não colaboram com o aprimoramento dos costumes. Tal pensamento diverge com a ideia iluminista. caracterizando-se como um movimento que critica o uso da razão como arma de poder e agente de repressão. e capaz de lutar contra o destino para dar o seu próprio sentido à vida Em relação à moral. o indivíduo deve buscar os conceitos de forma imparcial. que . gera no homem o sentimento de culpa. instintivo. Aquele que seguisse o Cristianismo não poderia atingir a figura do super-homem formulada por Nietzsche. impotente diante da construção de seu próprio destino e submisso ao Deus. visando domesticá-lo. maus. sendo que sua obra gira em torno do questionamento dos conceitos de bem e mal. Ensiná-lo valores como a humildade e bondade. sendo esquecida. os nobres. autônomo. plebeu. e à Igreja. deixando-o fraco. No entanto. geralmente.violenta e egoísta. pois elas proíbem ao homem a expressão de sua plenitude. Ou seja. Nietzsche aponta essa origem a partir de um interesse voltado para o presente e não para o passado. O homem passou a sentir culpa caso expressasse a sua essência natural. o filósofo propõe a transmutação dos valores. essa origem acaba. que seria a imagem do homem ideal. a invenção do pecado seria uma forma de controle sacerdotal sobre um povo. a moral se originou por aquilo que o homem considera útil para si. É por esse motivo que Nietzsche constrói sua crítica tão dura contra as doutrinas cristãs. a classe dominante associava a classe plebeia ao conceito de mal. o filosofo buscou determinar a origem dos valores morais. Nesse sentido. Dessa forma. e os conceitos passam a ser vistos da maneira na qual foram convencionados. já que ele defendia que a moral baseada em concepções metafísicas tendem ao nada. foi classificada como negativa pela Igreja. Como solução. linguístico e não-linguístico. visto que por serem vinculados ao pecado. corajoso. vulnerável ao outro. o conceito de “bom” foi formulado por aqueles que julgaram determinada ação como boa. os prazeres. Ele afirma que os valores morais do ocidente de sua época estavam invertidos devido à influencias muito fortes. Já a palavra “mau” designava o julgara o homem simples. Segundo Nietzsche. Para a classe menos favorecida era o contrário: eles eram os bons e. isto é. 24)O autor Giorgio Agamben apresenta o que seria “dispositivo” nas obras de Foucault: “conjunto heterogêneo. na qual não haja nenhuma ligação com a metafísica. Com isso inibiu-se a alegria da vida. Com isso. como “uma atividade prática que deve de quando em quando fazer frente a um problema a uma situação particular”. leis. podendo realizar intervenções racionais. fábricas.inclui discursos. escolas. . que é seria o contradispositivo que restitui ao uso comum aquilo que o sacrifício (o que realiza a separação) tinha separado.”. O autor remete ao termo oikonomia. proposições filosóficas e etc. computadores. usado pela Igreja. telefones celulares e a linguagem. Como resultado destes dois grupos. deseja usufruir do aberto. da esfera humana à divina) Problema das sociedades contemporâneas= o subjeito não age nem com subjetivação e nem com dissubjetivação (futilidade). O dispositivo engloba as prisões. 25)Agamben divide o existente em dois grandes grupos: os seres viventes e o dispositivo. manicômios. O homem procura afastar dos comportamentos animais com os dispositivos. ligado ao saber e força. se inscreve numa relação de poder. com isso. sempre ligado a estratégias concretas e. É aquilo que restitui ao uso comum. Como os dispositivos têm sua raiz no processo de “hominização”. não tem como destruir os dispositivos. 26)Profanar= resistir ao livre uso dos homens. Em latim oikonomia é “dispositio”. aquilo que havia sido separado e dividido pelo sacrifício (passagem de algo profano para o sagrado. Segundo o autor. Quebrar esta relação imediata com o seu ambiente produz para o vivente o tédio e o Aberto. que deriva o termo “dispositivo”. a estratégia que deve ser usada é a profanação (restituir ao livre uso dos homens). percebe-se a herança teológica no termo. está o sujeito. entretanto. disciplinas. ressaltando que um mesmo indivíduo pode sofrer inúmeros processos de subjetivação. instituições. O escuro é visto não como uma forma de inércia. o contemporâneo é aquele que recebe o escuro que provém de seu tempo. apreende a resoluta luz. Como conclusão. De acordo com o filósofo é contemporâneo aquele que não coincide perfeitamente com seu tempo. a razão mostrou o seu lado frio. O autor salienta que o conhecimento do presente se da pela arqueologia. a força da razão na sua tentativa de esclarecer tudo. mas sim uma habilidade. Assim o contemporâneo é aquele que dividindo e interpolando o tempo é capaz de transforma-lo em relação a outros tempos. e ao percebê-lo no presente.). O filósofo italiano Giorgio Agamben problematiza três pontos que vejo como capital para caracterizarmos um local privilegiado do qual possamos ver o contemporâneo.é necessário estar um pouco fora de foco. Jogo de Luz e Sombras . e diz necessário ver o passado no presente. Para isso. e não as luzes. Mas sabemos que o projeto iluminista fracassou em grande parte. o segundo ponto se trata de um jogo de luz e sombra.as Luzes para Agamben se tratam também do projeto iluminismo. Assim como nossos olhos enxergam o escuro como resultado das off cells-um produto de nossa retina. a partir desse afastamento e desse anacronismo. e justamente por isso.O contemporâneo é aquele que mantém fixo o olhar no seu tempo para nele perceber o escuro. é mais capaz do que os outros de perceber e de apreender o seu tempo.27)Ser contemporâneo é conseguir ver a sua própria época. O primeiro ponto é com relação ao anacronismo. . Anacronismo . O arcaico ( a origem) .e não como apenas a ausência de luz. e o terceiro é uma relação com o arcaico. os dispositivos não agem nem como produtores de sujeito nem como processo de dessubjetivação. logo. Os dispositivos não acrescentam nenhum processo de subjetivação ou dessubjetivação. a natureza poderia ser previsível e ate controlada pelos homens e passou-se a acreditar q o destino estava acima dos deuses. Mas com o tempo. como “atividade do governo que visa somente à sua própria reprodução”. O governo se deparou com um quadro inapreensível.28)Qual é o conceito de sujeito de Agamben? Na atual fase do capitalismo. porque é impossível que um sujeito de um dispositivo o use “corretamente”. que assumiu como um governo providencial que ao invés de salvá-lo leva a catástrofe. Segundo o autor. a compensação dos sofrimentos. mostrando que o problema não se reduz ao uso “correto”. 29. num contexto de “paródia da oikonomia”. Isso resulta no obscurecimento da política (sujeitos e identidades reais – movimento operário) e o vitória da oikonomia. Ambos os processos tornaram mutuamente indiferentes e não dão lugar à recomposição de um novo sujeito. O cidadão hoje deixa todos os aspectos de sua vida serem controlados por dispositivos. a vida eterna após a morte) e compensa-los pelos sofrimentos e privaçoes que a vida civilizada olhes impôs. . Esse quadro mostra a futilidade da tecnologia. Seriam elas: a de que existiria uma força superior que exorcizaria os terrores da natureza (controlaria a natureza e os protegeria). reconciliar os homens com as crueldades do destino (no caso. “as sociedades contemporâneas se apresentam como corpos inertes atravessados por gigantescos processos de dessubjetivação que não correspondem a nenhuma subjetivação real”. um leque de ideias religiosas q vieram depois tiveram como base a moralidade. De acordo com Freud como surgem as ideias religiosas? De acordo com freud as ideia religiosas surgem como uma maneira do ser humano de buscar proteção. incesto e matar). deriva dos desejos humanos e algumas aproximam-se dos delírios psiquiátricos. odiar é apenas uma forma. oq ta na questao 1). Sobre isso. necessária. Por que Freud afirma que as ideias religiosas são ilusões? (ler p. segundo esse raciocínio. Como Freud define a civilização? Para Freud. 1915/1980+).Ninguem pode ser obrigado a acha-las verdadeiras e acreditar nelas. tentaria-se controlar essa agressividade para não se perder sua liberdade/vida (pagar pelo q fez) e tornar a vida em civilizaçao mais possível. Qual é a visão de Freud sobre a agressividade humana? Seria que a agressividade humana é algo natural. incluindo todo o conhecimento e capacidade adquirida para controlar as forças da natureza e extrair riquezas para satisfazer suas necessidades humanas e os regulamentos necessários para ajustar as relações um com o outro e controlar seus instintos naturais universais (canibalismo. que viria como instinto e que a partir das regras impostas. pois sua força reside nos desejos da humanidade (proteção e tals. 32. As ideias religiosas são ilusões. Especificamente. Fica-se a impressao de que a civilizaçao foi algo imposto a uma maioria resistente por uma minoria que compreendeu como obter a posse dos meios de poder e coerçao. a agressividade seria. vale ainda notar que a polaridade entre amor e ódio é entendida como uma organização da libido. . na fase anal sádica. Ou seja. e não dão valor de verificação(não podem ou nao precisam ser verificadas para serem acreditadas).30. 107 e 108) Para Freud a ilusão se difere do erro. OUTRA POSSIVEL RESPOSTA : Em grande parte da obra freudiana. não se pode prova-las e nem refuta-las. 31. em última instância. civilização seria “tudo aquilo em que a vida humana se elevou acima de sua condição animal e que difere da vida dos animais”. uma formação reativa: o ódio seria manifestação secundária da libido. a agressão é entendida como resultado de um processo defensivo. segundo a primeira teoria pulsional (“O instinto e suas vicissitudes” *Freud. não são necessariamente falsas ou impossíveis. de amar. quando conseguir se provar que Deus não existe. cria-se a ideia de um Pai mais poderoso que tem o mesmo papel. Henry David Thoreau diz que concorda com a seguinte afirmativa: “ O melhor governo é o que menos governa. Ele acredita que em um futuro infinitamente distante. nas suas doutrinas e postulados. de forma que ele não possa ter sobre uma pessoa. as doutrinas religiosas terão que ser postas de lado. Freud afirma que quanto mais o conhecimento é difundido mais o afastamento da crença religiosa ocorre.onde o Estado estabeleça uma relação com os cidadãos.33. mas sabemos que ele nos protegera. Na obra Desobediência Civil. logo. No final da parte VII. Dessa forma. Ps: Para Freud a ideia de Deus surge de um desejo infantil de proteção. as formas de liderança justa. pois tememos nosso pai. Considerando o texto explique por que isto ocorre? Para Freud. a partir do momento que as pessoas passassem a ter acesso aos conhecimentos científicos que passarão a desacreditar inicialmente nos aparatos e objetos religiosos e com o tempo. pois nada poderia resistir à razão e à experiência. Além disso o trecho remete à necessidade da existência da desobediência civil individual como forma de oposição legítima frente a um estado injusto. para David o governo ideal possibilitaria que a população coordenasse suas ações por meio dele (uma vez que ela própria o escolheu) e seria caracterizado como sendo o governo que menos governa. Ele aborda o que seria uma discussão sobre o governo. Thoreau narra sobre a a sua prisão. .” Explique essa afirmativa. Exponha o motivo desse fato e as principais reflexões feitas pelo referido autor em relação a essa questão. Na página 37. por meio da mobilização que possibilita a formulação de novas leis que satisfaçam a demanda dos participantes.A desobediência não deve ser entendida apenas ao desrespeito ás leis. sociais e políticos. os atos de desobediência devem expressamente evitar a violência.Além disso. Juridicamente. expõe que na maioria dos casos. apenas os corpos se movimentando. Afirma que a um governo baseado nas decisões da maior parte da população não está interligado necessariamente a justiça. mas não precisa de leis para garantia. hoje. sem ações e reações. servem ao Estado também com a sua consciência . o qual se refere ao direito do povo de resguardar sua soberania quando é ofendida Conclui-se que a desobediência civil é um instituto indispensável para o exercício da cidadania e para a busca dos nossos direitos civis. Thoreau consistiria na organização de atos pelos quais as pessoas simplesmente iam a não cumprir uma determinada lei. Além disso. os patriotas e os mártires A desobediência abordada por Henry D. e que esse o governo se dá simplesmente porque a maioria é fisicamente mais forte. Em outros casos. As reivindicações em torno de direitos tendem a ser o mecanismo adequado para efetuar as mudanças essenciais nas estruturas institucionais . ou seja.mas deve ser compreendida como uma tentativa de transformar/reformar uma sociedade nitidamente injusta. não seria preciso lutar fisicamente contra um governo ou sistema político caracterizado pelo autoritarismo ou pela opressão. poucos. e assim necessariamente resistem a ele.Exponha as principais ideias de Thoreau sobre o Estado. é necessário apenas um ato efetivo da população em não apoiar a conduta de um governo pré-estabelecido. De acordo com David.essa também assinala também o papel político do cidadão ao valorizá-lo enquanto ser que pensa as leis de forma dinâmica. Importante ressaltar também que a desobediência reforça o sistema democrático á medida que defende a liberdade de opinião. como por exemplo os heróis. a Desobediência Civil é considerada uma forma de expressão do Direito de Resistência que possui cunho jurídico. A Desobediência Civil está no mesmo patamar jurídico do Direito de Greve e do Direito de Revolução. sendo muitas das vezes tratados como inimigos. associação de muitos homens ao estado leva a formação de um papel parecido ao de uma maquina. Não visam o esfacelamento do poder político. mas o aperfeiçoamento do processo social. .do Estado. representando um momento muito importante para a sociedade civil.