Qualidade na construção civil

March 23, 2018 | Author: Ederson Rogerio Antonini | Category: Iso 9000, Consultant, Quality (Business), Industries, Engineering


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XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Curitiba – PR, 23 a 25 de outubro de 2002QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO RIO GRANDE DO NORTE Débora Rocha Dias da Silveira Universidade Federal do Rio Grande do Norte [email protected] Eline Silva de Azevedo Universidade Federal do Rio Grande do Norte [email protected] Dayse da Mata Oliveira de Souza, M Sc. Universidade Federal do Rio Grande do Norte [email protected] Reidson Pereira Gouvinhas, Ph.D. Universidade Federal do Rio Grande do Norte [email protected] Abstract This work aims to present the implementation of the Brazilian Program for Quality – Habitat (PBQP-H) within a Building Construction Company in the Rio Grande do Norte State. The work describes the systematic implementation of the program, the results obtained and the future actions to be taken by the company. In addition, the work presents the difficulties for implementing the program and their respective solutions in order to overcome these difficulties. Key-Words: Quality, Building Construction, PBQP-H 1. INTRODUÇÃO Com a estabilização econômica e o aumento da competitividade gerada pela globalização, tornou-se visível um problema que se escondia: a falta de qualidade e produtividade na construção civil. Em vista desses problemas, cresce, cada vez mais, a exigência por produtos e serviços com qualidade, obrigando as empresas a buscarem novas técnicas para se adaptarem a essas modificações e buscarem soluções para as exigências do mercado que se torna cada vez mais competitivo. Dessa forma, observa-se a grande preocupação das empresas da indústria da Construção Civil com esses problemas, pois desempenha um importante papel estratégico para o crescimento e desenvolvimento econômico do país, além de gerar um grande número de empregos, sejam eles diretos ou indiretos. ENEGEP 2002 ABEPRO 1 2001): “Qualidade é adequação ao uso”. ABORDAGEM DA QUALIDADE A qualidade destaca-se pela sua importância para o desenvolvimento de qualquer organização. do aumento da produtividade e da redução de custos na construção habitacional. é preciso analisar como aplicá-las e adaptá-las ao setor da construção civil. o presente trabalho procura apresentar os resultados obtidos a partir da implementação deste Programa. p. materiais. onde há necessidade de se desenvolverem estratégias que permitam às empresas não só sobreviver. Ou seja. 2001) que diz que “um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente. deverá ter a vontade de mudar. sejam eles. obtendo maiores e melhores participações no mercado.37) Com a necessidade de implantação dos sistemas de qualidade. ENEGEP 2002 ABEPRO 2 . A qualidade pode ser definida por uma palavra: mudança. • Reduzir os custos do empreendimento. de qualificação evolutiva. • Melhorar a produtividade e a qualidade dos serviços. principalmente pela garantia de proporcionar bens e serviços de qualidade para seus consumidores. • Otimizar as relações com os clientes. A implantação do sistema de qualidade nas empresas da construção civil tem como objetivo. foi lançado em 1992. Além disso. percebe-se que a satisfação do cliente é condição primordial de qualquer organização. de forma confiável. • Controlar e planejar as atividades de construção. A empresa que pretende implementá-la. Visa alcançar todos os setores da construção civil ao longo da cadeia produtiva. • Assegurar a adequação dos recursos necessários à construção. que incluem equipes. 4. na qual resume-se em condições para que a empresa sobreviva e se desenvolva em um ambiente competitivo e de rápidas mudanças. bem como as dificuldades encontradas ao decorrer do mesmo e as alternativas encontradas pela empresa perante essas dificuldades. ou a empresa muda ou ela fica defasada em relação ao mercado. equipamentos e outros insumos. 23 a 25 de outubro de 2002 2. principalmente dada a natureza e as características únicas da indústria da construção. internos e externos. como o de FALCONI (In SOUZA. de forma acessível.XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Curitiba – PR. • Melhorar a imagem da empresa. como se pode analisar no conceito de JURAN (In SOUZA. que se divide em 04 níveis de certificação (D. QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL Tendo em vista que as teorias e as ferramentas para a melhoria da qualidade existem e estão disponíveis. • Controlar e planejar as atividades do projeto. FORMOSO (1994. de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente”. 3. apoiar o esforço brasileiro de modernização por meio da melhoria da qualidade. Pode-se analisar também outro conceito da qualidade. C. B e A). OBJETIVO DO TRABALHO O objetivo principal deste trabalho foi o de descrever a implementação do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H) em uma empresa de Construção Civil do Estado do Rio Grande do Norte. mas principalmente competir. e contempla os mesmos requisitos da ISO 9000. portanto: • Regulamentar e documentar. perdendo assim competitividade. o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat – PBQP-H. Com a evolução do conceito da qualidade. no mínimo. como para o setor público e. ENEGEP 2002 ABEPRO 3 . beneficia o consumidor. além de investirem. podendo escolher aquelas empresas que produzem com qualidade. 23 a 25 de outubro de 2002 Esse programa traz muitos benefícios tanto para as empresas. otimizando o uso dos recursos públicos e solicitando. bem como a melhoria contínua dos processos e produtos. prestação de serviço em administração de empreendimentos. As empresas. a redução de desperdícios. Teve sua fundação em 1972. de incorporação imobiliária e de engenharia em infra-estrutura atendendo a clientes particulares e públicos. visto que traz grande oportunidade para sua decisão no poder de compra. federais. Hoje a empresa dispõe de 200 funcionários.XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Curitiba – PR. A sua primeira obra como construtora foi em 1975. fixação de cartazes e murais com a política em áreas estratégicas da empresa. uma melhor formação dos profissionais. Fórum de Natal. também. DALCUL (1996) mostra que as empresas. a sede se encontra em Natal. É uma empresa com atuação nas áreas de construção civil. Já para o setor público. materiais de melhor qualidade e adequação às normas técnicas. como: Adutora Central Cabugi. sempre visando o bem-estar da comunidade e preservação do meioambiente”. A diretoria da EC garante a qualidade total dos seus produtos e serviços. haver uma ação pontual. O projeto é inédito no país e disponibilizará recursos técnicos e informações a parceiros externos. entre o comitê e o subcomitê da Qualidade). A EC tem como escopo: “Construção de obras públicas e privadas em edificações. Essas entidades são: governos estaduais. nos moldes das normas internacionais da ISO 9000. é uma oportunidade para utilização do seu poder de compra como forma de selecionar os fornecedores com maior qualidade. TRE-PB. em conjunto com diversos órgãos do governo e com as várias entidades representantes do setor da construção civil no Brasil. entre outras. APLICAÇÃO DO PBQP-H EM UMA EMPRESA DE CONSTRUÇÃO CIVIL 5. no processo licitatório. com uma filial em João Pessoa (PB). através da introdução de novas tecnologias e constantes parcerias comerciais. E finalmente. A Caixa participa do desenvolvimento do Programa Brasileiro da Qualidade e da Produtividade do Habitat PBQP-H. 5. estão exigindo certificado de qualidade das empresas da construção civil. os atestados de qualificação. muitas vezes.” A difusão da política nos vários níveis da organização é realizada através de ações de sensibilização. com. Hospital Walfredo Gurgel. não vêm alcançando plenamente os seus objetivos. acesso a projetos. concursos e exibição de filmes nas obras. como: “Atingir a satisfação total dos nossos clientes externos e motivação dos nossos funcionários. reuniões periódicas (realizadas nas obras. No entanto.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA Este trabalho baseia-se em um estudo de caso na empresa de construção civil EC– Engenharia e Consultoria Ltda. estão preocupadas com a exigência de algumas entidades em relação ao PBQP-H. Atualmente. municipais e a Caixa Econômica Federal que. para a realização de financiamentos. sem a preocupação com o todo. também para o consumidor. inclusive no âmbito do Mercosul. um nível de qualificação. incorporação imobiliária. Possui uma política de qualidade definida. Assim. Para as empresas revela grandes oportunidades no aumento da sua competitividade. pelo fato de. as empresas se ajustam às disposições do Código de Defesa do Consumidor evitando certas penalidades previstas e o lançamento no mercado de produtos que não atendam às normas brasileiras. bem como a total satisfação dos seus clientes externos e funcionários. Assembléia Legislativa. visando retorno imediato e sem garantir o aperfeiçoamento contínuo e a renovação para o futuro. encontros da qualidade. Neste período. a EC realizou muitas obras importantes no Estado do Rio Grande do Norte. devido a falta de informação e de interesse por parte de outras construtoras. visto que a produção crescia rapidamente. sem nenhuma perspectiva de crescimento. Ela sempre teve uma preocupação com a questão “qualidade”. tem como objetivo a melhoria da limpeza dos canteiros de obras. A empresa já possui o certificado dos níveis D e C. contribuindo muito para a redução dos custos. B e A. é necessário a implantação de mais 9 requisitos para a empresa está apta para pleitear a certificação do sistema de qualidade NBR ISO 9000. os treinamentos e a exibição de filmes alertando-os para as questões de segurança no trabalho e. 5. Em 1993. o programa de alfabetização. obtém-se maior êxito na realização das tarefas. A partir daí. Com isso. do nível D ao nível A de qualificação. o programa é dividido em 04 níveis de certificação: D. principalmente as de qualidade. Como já foi dito anteriormente. mas. dando-lhes melhores condições. 23 a 25 de outubro de 2002 5. através de um curso de Tecnologia e Inovação na Construção de Edifícios. consequentemente. ENEGEP 2002 ABEPRO 4 . tornou-se inviável a sua implantação. o SINDUSCON-RN apresentou a idéia de se implementar o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat – PBQP-H nas empresas de construção civil do RN. a crescente preocupação dos clientes em adquirir produtos com garantia de qualidade e vários outros aspectos passaram a ter relevância nesse processo em busca da qualidade. existia na empresa Oásis Consultoria um Programa de Qualidade e a EC interessou-se em implementá-lo. O fato de algumas instituições financiadoras terem se tornado mais exigentes. Entretanto. também desenvolve um programa de conscientização. e desenvolvendo estratégias visando a padronização. maiores são as chances de sucesso da implantação e. foi solicitado junto ao Sindicato da Indústria da Construção Civil-RN (SINDUSCON-RN) que fosse encontrado uma maneira de se implantar a ISO 9000 nas empresas do setor.XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Curitiba – PR. juntamente com outras empresas. devido aos altos custos associados. além do interesse em reduzir custos de produção. no Estado do Ceará. A empresa. e motivados pela necessidade de melhorar o seu produto final. Segundo BARROS (1996) “quanto maior o nível de organização da empresa e quanto mais motivadas estiverem as pessoas que a constituem. No início de 2001 que começou a implantação do Programa na EC Engenharia e Consultoria Ltda. Anos depois. já que o trabalhador da construção civil é tratado com certo desprezo por parte das construtoras.3 EVOLUÇÃO DO PROGRAMA DENTRO DA EMPRESA Esse sistema de qualidade está sendo implantado de forma evolutiva segundo os critérios preestabelecidos no PBQP-H. a especificação e redução de desperdício. ao iniciar a implantação do programa de qualidade. diante das precárias condições de trabalho. os mercados passaram a ser mais competitivos. C. a formação profissional dos operários. Após o período de implantação de todo o sistema evolutivo.2 HISTÓRICO DO PROGRAMA A EC – Engenharia e Consultoria Ltda. Tais níveis são os seguintes: 1. teve primeiramente a preocupação com seus operários. maior o potencial de racionalização do processo de produção”. com a evolução industrial. Foco no cliente. buscando saber como estaria a qualidade de vida deles. Com o passar dos anos. a empresa percebeu que não podia continuar trabalhando com os mesmos métodos ultrapassados. visto que eles têm que se sentir úteis dentro da empresa e saber da sua importância para a conclusão do trabalho. a realização de palestras. incluindo aí a lista de serviços e materiais controlados. os objetivos. Neste momento. a estratégia de sensibilização e o organograma da empresa. Satisfação dos clientes. Análise dos dados. são implementadas ações corretivas. Para atingir-se o nível C: Foram elaborados: o procedimento operacional de recebimento. também. é preciso que haja mudanças no comportamento dos operários. segundo. Em seguida elaborou-se o macrofluxo de processos da empresa com o seu respectivo diagnóstico em relação à qualidade. 1995. o Manual da Qualidade da empresa para o nível D. 6. de coordenação de ENEGEP 2002 ABEPRO 5 . pelo Engenheiro de Planejamento e Suprimentos. 8. Roberto de. 5. o procedimento operacional de aquisição de material. 3. responsável pela difusão do programa de qualidade na empresa. O nível B acaba de ser iniciado. Comunicação no cliente.. onde os processos devem ser executados de acordo com os padrões e controlados. O próximo passo foi estruturar um plano de ação no sentido de se implantar o sistema da qualidade na empresa. 23 a 25 de outubro de 2002 2. Validação de processos. Este comitê foi formado pelo Representante da Direção e Gerente Técnico-Administrativo. ficha de verificação de serviço (FVS) para os serviços definidos para o nível C. Melhoria Contínua. pelo Engenheiro de Obras.. primeiro. por fim. 9. permitindo assim a verificação dos resultados obtidos e de sua conformidade aos padrões estabelecidos.XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Curitiba – PR. A checagem da aplicação dos padrões estabelecidas é feita através de itens de controle de qualidade dos processos. as metas e os indicadores do progresso. Ambiente de trabalho. foi elaborado o Manual de Qualidade do nível C. Esse nível serve para planejar o programa e como implantá-lo. concluindo. 4. et al. Foram necessárias algumas atribuições para a obtenção das seguintes certificações: Para atingir-se o nível D: Foi definido o comitê da Qualidade. identificar as causas da nãoconformidade ao longo do processo para tomar medidas de prevenção de repetições”. A partir daí foram definidas as diversas atribuições do comitê com um todo e também quem seria o Representante da Direção (RD) juntamente com suas atribuições específicas. de controle de equipamentos de inspeção. 98 p) Para conseguir a implantação do Programa de Qualidade na indústria da construção civil. Infra-estrutura. elaborou-se. os procedimentos de execução de serviços (PES). pela Estagiária de Engenharia de Produção e pela Compradora. Em caso de identificação de não-conformidade. “A sua implantação é feita de acordo com o ciclo PDCA. Feito o procedimento operacional de admissão e treinamento de funcionários. (SOUZA. A próxima etapa foi então elaborar o manual de descrição de funções e. a tabela de armazenamento e manuseio de materiais (TAM) e a tabela de inspeção de materiais (TIM) relativos a este nível. a política da qualidade. o procedimento operacional de controle de documentos e registros (que antes fazia parte do manual da qualidade) e. reparar a falha e. onde serão elaborados alguns procedimentos operacionais (de análise crítica da oportunidade de negócio. verificação e controle de materiais em obras. de planejamento da qualidade. medição e ensaios. 7.. pois a participação deles é fator decisivo para obtenção do sucesso. visando. Comunicação interna. foram também definidos. verificação e controle de materiais na obra .que descreve como deveria ser feito o recebimento do material dentro da obra através da tabela de inspeção de materiais (TIM) e a verificação (quantidade. granulometria. passou-se a ter um controle maior sobre os materiais e serviços controlados no nível C.XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Curitiba – PR. de análise crítica e controle de recebimentos de projetos). Eles tiveram seus respectivos treinamentos com os funcionários envolvidos. como: A redução de desperdício – que ocasionará a diminuição dos custos da empresa. ao se falar em mudanças. Padronização de processos. já se pode notar algumas mudanças na empresa. surge uma reação adversa por parte das pessoas. para muitos. 5. através da tabela de armazenamento de materiais (TAM). Enfim. o PQO (Plano de Qualidade da Obra) e o Manual da Qualidade referente ao nível B. devido aos procedimentos já existentes que foram elaborados e implantados no nível C de certificação. 23 a 25 de outubro de 2002 projetos. com que cresça a sua satisfação. a empresa espera alcançar alguns resultados. Melhoria da mão-de-obra. assim. ENEGEP 2002 ABEPRO 6 . . Os procedimentos citados são os seguintes: . inovar causa medo e insegurança no enfrentamento de novos obstáculos. pois. que serão repassados ao preço que será cobrado ao cliente. etc) e como deverá ser feito o armazenamento de todos os materiais controlados que deverão chegar à obra. assim. Ao adquirir as certificações. as reclamações e proporcionando-lhe maior satisfação. o aumento da qualidade do produto final.Procedimento Operacional de Recebimento. estado de conservação. Melhoria do atendimento ao cliente – reduzindo.4 RESULTADOS ALCANÇADOS E ESPERADOS Com a implantação do programa. como também nos escritórios e como deverão ser feitos os treinamentos externos e internos (requisição de treinamento. que passou a ser treinada para a execução dos serviços através dos PES’s e acompanhada através das fichas de verificação de serviços (FVS’s). . Com a realização desses procedimentos. não só dentro da obra.Procedimento Operacional de Admissão e Treinamento de Funcionários – relata como deverá ser feita a admissão dos funcionários. através das ficha de verificação de materiais (FVM’s) e ficha de verificação de serviços (FVS’s). Racionalização de Processos. através dos PES’s. serviços e contratos. como: Melhoria da organização da empresa e do canteiro de obras.Procedimento Operacional de Aquisição – descreve-se como deverão ser feitos a aquisição de materiais. Definição clara de atribuições relatada no manual de descrição de funções e nos procedimentos operacionais. fazendo. Tendo em vista que. Melhoria da qualidade do produto final. através dos procedimentos de execução de serviço (PES’s). lista de presença em treinamento e históricos individuais dos funcionários). que geram retrabalho. novas tecnologias Diminuir o retrabalho Diminuir em 10% a quantidade de serviços nãoconformes ou não-aprovados nos controles. que faz com que o processo de sensibilização seja mais complicado devido à falta de alternativas para um melhor entendimento e assimilação da política da qualidade e do programa como um todo. CONCLUSÃO Neste trabalho. Foi feita uma análise completa do programa. trabalho e diminuir a rotatividade (formar equipes) Tabela 1 . juntamente com a ISO 9000. Diminuir consumo de materiais Diminuir o consumo de insumos por unidade de também com a introdução de serviço executado. Reduzir custo com justiça do Reduzir 25% em 01 ano. no início do processo de certificação. 5. AÇÕES FUTURAS A EC – Engenharia e Consultoria Ltda. encontram-se alguns problemas. OBJETIVO Reduzir Custos Aumentar a produtividade META Reduzir em 5% o custo direto (m2) em 01 ano. que pretende alcançar. traçou. alguns objetivos com suas respectivas metas. foi relatado o processo de certificação de uma empresa da construção civil no Rio Grande do Norte. a partir da medição e avaliação de uma estrutura de produção. faz-se necessário definir e adotar indicadores. Aumentar a produtividade no setor de produção em 10%. bem como as ações futuras que a empresa almeja alcançar. A EC encontrou como solução para este problema a implantação de uma escolinha dentro da obra a fim de iniciar o processo de alfabetização dos funcionários analfabetos. mas somente a empresa poderá fazer a qualidade. no período de 01 ano.Principais Objetivos e Metas a serem alcançados pela empresa com a implementação do PBQP-H Ao final do ano de 2002. desde o inicio da implantação até os problemas encontrados. a empresa almeja alcançar o nível A de certificação. no período de 6 meses. incertezas e indefinições. na empresa em estudo.5 DIFICULDADES DA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA No processo de implantação do Sistema da Qualidade. na qual representam informações geradas. como: certa burocratização. conflito de responsabilidade.XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Curitiba – PR. O principal deles é o alto índice de analfabetismo dos operários. Reduzir o número de acidentes de Reduzir em 20% o número de acidentes com trabalho e afastamento afastamento. É importante lembrar que a contratação da consultoria é de fundamental importância. Estas estão descritas na tabela 1 abaixo. em 5%. no período de 01 ano. 6. ENEGEP 2002 ABEPRO 7 . dos processos que a compõem e/ou dos produtos resultantes. 7. 23 a 25 de outubro de 2002 Para medir e avaliar a eficácia e os resultados obtidos com a implantação do sistema de qualidade. Outros problemas encontrados se relacionam com a operacionalização em si do sistema. br/qualidade/fatos. (XVII: 1995: São Carlos. In: Simpósio de Qualidade da Inovação Tecnológica. Palmyra Farinazzo.P. São Carlos/SP. Roberto.htm 20/04/2002.asp. 2001.XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Curitiba – PR. 1997. 8. a implantação de um sistema de qualidade. 1997.C. ou seja. 12 h e 45m. mimeo. Dayse da Mata O. pois se o mesmo considerar que o produto não é de qualidade. Natal: UFRN. MELHADO. Carlos Torres. São Carlos/SP. Silvio Burattino. cresce a exigência dos consumidores em adquirir produtos e serviços com garantia de qualidade. Anais.br/produtos/pbqph. São Paulo. SP). 291 p. cada vez mais. Sistema de Gestão da Qualidade para Empresas Construtoras. Anais. Tecnologia. A. ele não se interessará pelo mesmo. In: Encontro Nacional de Engenharia de Produção.cte. Contribuição dos Sistemas de Gestão da Qualidade para o Desenvolvimento Tecnológico da Construção de Edifícios. FORMOSO. Tendências de Evolução no Processo de Projeto de Edifícios a partir da Introdução dos Sistemas de Gestão da Qualidade. et al. Notou-se que é de vital importância. que há várias definições para o termo qualidade. SP).L. Ana Lúcia Rocha de. (XVII: 1995: São Carlos.com. SOUZA. Apostila de Curso. Anais. Ercio. seja nas empresas de construção civil. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS THOMAZ. Visões Clássicas da Qualidade. São Paulo: Pini. 331-341 p. Silvio Burattino.com. SOUZA. 23 a 25 de outubro de 2002 Pôde-se perceber através deste trabalho. 1999. é dele a definição que interessa para a empresa. SOUZA. São Paulo: Pini. nos dias atuais. seja em outros ramos de atividade. 18 h e 30m ENEGEP 2002 ABEPRO 8 . mas que todos eles mostram que a qualidade depende da ótica do cliente. Programa de qualificação Evolutiva: www. Avaliação da Capacitação Tecnológica de Empresas Construtoras: Proposta de modelo facilitador. 1996. Gerenciamento e Qualidade na Construção. Caixa Exige Qualidade na Construção Civil: www. Gestão da Qualidade na Construção Civil.infonet. 1994. In: Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Porto Alegre: NORIE. visto que. DALCUL. MELHADO. REIS.
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