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March 26, 2018 | Author: Nanda Moreira | Category: Demand, Monopoly, Economics, Supply And Demand, Utility


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02/10/2013I.Introdução Economia Prof. Ângelo Cardoso Pereira Conteúdo da Aula 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Os 10 Princípios da Economia Análise Positiva x Análise Normativa Objeto da Ciência Econômica: a lei da Escassez Microeconomia e Macroeconomia Problemas econômicos básicos O Fluxo Circular da Renda Curva de Possibilidades de Produção 1. Os 10 princípios da Economia 1. As pessoas enfrentam tradeoffs Em Economia, tradeoff é uma expressão que define uma situação de escolha conflitante, isto é, quando uma ação econômica que visa à resolução de determinado problema acarreta, inevitavelmente, outro. Para conseguirmos algo que queremos, geralmente precisamos abrir mão de outra coisa de que gostamos: a tomada de decisões exige escolher um objetivo em detrimento de outro. 1 02/10/2013 1. Os 10 princípios da Economia 1. As pessoas enfrentam tradeoffs Portanto, quando as pessoas estão agrupadas em sociedade, deparam-se com tipos diferentes de tradeoffs. 1. Os 10 princípios da Economia 1. As pessoas enfrentam tradeoffs EFICIÊNCIA (máximo possível a partir dos recursos disponíveis) vs. EQUIDADE (distribuição justa) 1. Os 10 princípios da Economia 1. As pessoas enfrentam tradeoffs Exemplo 1: Como alocar o tempo entre 2 e 3:45 da tarde: estudar economia ou tirar uma soneca? Exemplo 2 : Como alocar o tempo durante o verão? Cigarra: cantando; formiga: estocando comida para o inverno 2 02/10/2013 1. Os 10 princípios da Economia 1. As pessoas enfrentam tradeoffs Exemplo 3: Eficiência versus equidade: redistribuir renda (repartir o bolo em pedaços mais iguais) pode reduzir a eficiência (o tamanho do bolo): a recompensa por trabalhar duro se reduz, as pessoas se esforçam menos e produzem menos bens. 1. Os 10 princípios da Economia 2. O custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para obtê-la Como as pessoas enfrentam tradeoffs, a tomada de decisões exige comparar os custos e benefícios de possibilidade alternativas de ação. Em muitos casos, contudo, o custo de uma ação não é tão claro quanto pode parecer à primeira vista. O custo de oportunidade de um item é aquilo de que você abre mão para o obter. Ao tomarem qualquer decisão, os tomadores de decisões precisam estar cientes dos custos de oportunidade que acompanham cada ação possível. 1. Os 10 princípios da Economia 2. O custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para obtê-la Exemplo: Entrar na universidade. Benefícios: melhores oportunidades de emprego no futuro; Custos: salário que se deixa de ganhar em um possível emprego no presente. 3 o benefício marginal da ação ultrapassa o custo marginal. após a sua formatura. a empresa pode vender um bilhete para o passageiro que se encontra esperando no saguão do aeroporto querendo pagar. A empresa pode aumentar seus lucros pensando na margem. Embora o custo médio de um passageiro seja 500. portanto. Pode-se pensar que a empresa nunca venderá um bilhete de passagem por menos de 500. O custo médio de cada passageiro é 100. As pessoas racionais pensam na margem Os economistas usam o termo mudanças marginais para descrever pequenos ajustes incrementais a um plano de ação existente. As pessoas racionais pensam na margem Exemplo 1: Fazer um curso de especialização de um ano ("margem").  Um vôo em um avião de 200 assentos custa para uma empresa aérea US$ 100. Mas numa situação em que o avião está para decolar com alguns assentos vazios.02/10/2013 1.000/200 = US$ 500. 1. Lembre-se de que “margem” pressupõe a existência de extremos. As pessoas racionais pensam na margem Exemplo 2: Standby passenger. 4 . Um tomador de decisões racional executa uma ação se. 1. Os 10 princípios da Economia 3. o custo marginal seria apenas mais um almoço servido. Os 10 princípios da Economia 3.000. mudanças marginais são ajustes ao redor dos “extremos” daquilo que você está fazendo. $ 300. digamos. Os 10 princípios da Economia 3. e somente se. já que muitas políticas alteram os custos e benefícios para as pessoas e. porque o custo de comprar uma maçã é mais alto: plantadores de maçã contratam mais trabalhadores para colher mais maçãs. Moral: sem se considerar os incentivos. 5 . as mortes aumentam com o aumento do número de acidentes. Os 10 princípios da Economia 4. 1. Em outras palavras. já que o benefício de vender uma maçã é também mais alto.  Como resultado. Os 10 princípios da Economia 4. apesar de as mortes de motoristas em cada acidente se reduzirem: para os pedestres. As pessoas reagem a incentivos Exemplo 2: Cintos de segurança. o efeito de uma política pode não ser o pretendido.02/10/2013 1. As pessoas reagem a incentivos Como as pessoas tomam decisões por meio da comparação entre custos e benefícios. as pessoas decidem comer mais peras. o número de acidentes aumenta. as pessoas reagem a incentivos. As pessoas reagem a incentivos Exemplo 1: Quando o preço da maçã sobe. 1. Os formuladores de políticas públicas nunca devem se esquecer dos incentivos. portanto. Os 10 princípios da Economia 4.  A intenção da política é obrigar o uso do cinto de segurança para reduzir o número de acidentes de trânsito: a probabilidade de sobreviver a um acidente aumenta para os motoristas: estes então alteram o seu comportamento com relação a velocidade e atenção no trânsito: dirigir devagar e com mais atenção tem custo em termos de tempo e esforço: o uso do cinto torna acidentes menos custosos para os motoristas porque isso reduz a probabilidade de morte: o benefício de se dirigir devagar e com mais atenção se reduz. alteram seu comportamento. seu comportamento pode mudar quando os custos ou benefícios mudam. .02/10/2013 1. construir sua própria casa. 1. O comércio pode ser bom para todos 6 .. cada pessoa se especializa na atividade em que é melhor. claramente uma pessoa ganha ao transacionar com outras.. Os 10 princípios da Economia 5. e isso é válido também para países. O comércio pode ser bom para todos O comércio permite que as famílias e os países e especializem naquilo que sabem fazer de melhor e desfrutem de uma maior variedade de bens e serviços. O comércio pode ser bom para todos Exemplo: Uma pessoa não estaria em melhor situação se estivesse isolada das outras: isolado. fazer todas as suas roupas. Com a troca. Os 10 princípios da Economia 5. Os 10 princípios da Economia 5. alguém teria que produzir toda a comida que come. 1. FALHA DE MERCADO (alocação ineficiente do mercado) EXTERNALIDADES (impactos em terceiros da ação de um agente) PODER DE MERCADO (capacidade de influenciar indevidamente os preços do mercado) 7 .02/10/2013 1. Os 10 princípios da Economia 6. um conjunto de compradores e vendedores dispostos a ofertar e demandar determinado produto ou serviço. Tal organização (alocação) é feita nos mercados. Os 10 princípios da Economia 6. a especialização em uma determinada função e o comércio são formas eficientes que precisam ser organizadas. Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica Como vimos. Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados Quando os mercados são ineficientes. 1. ao decidir o que comprar e vender eles (sem que se percebam) levam em conta os benefícios e custos sociais de suas ações. Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica Já que indivíduos e firmas se guiam pelos preços. os governos podem interferir tentando fazer desaparecer externalidades e assimetria de informações. 1. Os 10 princípios da Economia 7. e. Os 10 princípios da Economia 7. Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados O desmatamento produz uma externaidade negativa. 8 . aumentar a eficiência e promover a equidade. via o imposto de renda e o sistema de bem-estar. os mercados podem falhar: o governo pode organizar melhor a economia. Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados Exemplo: O mercado distribui renda a cada pessoa de acordo com sua capacidade de produzir bens que outras estão querendo obter: isso pode não gerar equidade: o governo.02/10/2013 1. i. pode procurar distribuir a renda mais equitativamente. Os 10 princípios da Economia 7. Às vezes os governos podem melhorar os resultados dos mercados Diante de externalidade e poder de mercado. Os 10 princípios da Economia 7. 1. 1. 1. Os 10 princípios da Economia 8. O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços Exemplo 1: A desaceleração do crescimento da renda americana não seria explicada pela concorrência com o Japão e outros países: a culpa seria da desaceleração do crescimento da produtividade nos Estados Unidos. Os 10 princípios da Economia 8. O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços Exemplo 2: A educação produz uma externalidade positiva. 1. O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços A capacidade de produzir bens e serviços em uma economia (Produto Interno Bruto – PIB) está diretamente relacionada com o padrão de vida da população a qual se submete a riqueza/produto formado (produtividade). Os 10 princípios da Economia 8. 9 .02/10/2013 1. Para financiar seu déficit. pode ocasionar em aumento do nível geral dos preços. Os preços sobem quando o governo emite moeda demais Exemplo 1: Alemanha do começo dos anos 1920: preços triplicando a cada mês estavam associados ao fato de a quantidade de moeda estar triplicando a cada mês. Os preços sobem quando o governo emite moeda demais Se o governo. Os 10 princípios da Economia 8. Exemplo 2: Estados Unidos: nos anos 1970. O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços Exemplo 3: Déficit orçamentário do governo (i. Os 10 princípios da Economia 9. Os 10 princípios da Economia 9. o excesso de gastos do governo sobre suas receitas) pode reduzir o padrão de vida porque pode reduzir a produtividade. nos anos 1990. inflação. a alta inflação esteve associada com o rápido crescimento da quantidade de moeda. o governo toma emprestado no mercado financeiro: isso reduz a quantidade de empréstimos disponíveis para pessoas e firmas: cai o investimento em capital humano (educação) e físico (máquinas): menos investimento hoje leva a baixa produtividade no futuro. decidir emitir moeda de maneira excessiva. 10 .e. 1. a baixa inflação esteve ligada ao lento crescimento da quantidade de moeda. 1. através da autoridade monetária. ou seja.02/10/2013 1. A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego Exemplo: Se o governo reduzir a quantidade de dinheiro as pessoas ficam com menos para gastar: como os preços não se reduzem de imediato. Os 10 princípios da Economia 10. começaremos examinando o uso da linguagem. Como cientistas e conselheiros políticos têm objetivos diferentes. Exemplo: • Analise positiva .02/10/2013 1. 3. Análise Positiva x Análise Normativa Para ajudar a esclarecer os dois papéis que os economistas desempenham. Os 10 princípios da Economia 10. 11 . as firmas vendem menos: as firmas desempregam trabalhadores temporariamente (desemprego): no curto prazo há desemprego e alguns preços ainda estão altos mas. Declarações positivas são aquelas que tentam descrever o mundo como ele é. A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego Através da Curva de Phillips podemos montar uma relação inversa entre o nível geral de preços (inflação) e a taxa de desemprego. usam a linguagem de maneiras diferentes. • Analise normativa . os preços caem o desemprego se reduz.Norma: O governo deveria aumentar o salário mínimo. no longo prazo.Polly: O salário mínimo causa desemprego. 1. Declarações normativas são aquelas que tentam prescrever o mundo como deveria ser. COMO produzir? – Isto é. a Economia é o estudo da escassez dos bens e dos recursos. PARA QUEM produzir? – Ou seja. para quem se destinará a produção. 5. Macroeconomia é o estudo dos fenômenos da economia como um todo. Problemas econômicos básicos Nas bases de qualquer comunidade se encontra sempre a seguinte tríade de problemas econômicos básicos: O QUE produzir? – Isto significa quais os produtos deverão ser produzidos e em que quantidade deverão ser colocados à disposição dos consumidores. produzir o máximo de bens e serviços a partir dos recursos escassos disponíveis a cada sociedade. Portanto. com que recursos e de que maneira ou processo técnico. dada as necessidades ilimitadas da sociedade. incluindo inflação. não importaria que uma quantidade excessiva de certo bem fosse de fato produzida. por quem serão produzidos os bens e serviços. A Lei da Escassez Em Economia tudo se resume a uma restrição quase que física: a lei da escassez. Se uma quantidade infinita de cada bem pudesse ser produzida. fatalmente para os que têm renda 12 . Microeconomia e Macroeconomia Microeconomia é o estudo de como a famílias e empresas tomam decisões e de como interagem nos mercados.02/10/2013 4. se os desejos humanos pudessem ser completamente satisfeitos. isto é. desemprego e crescimento econômico. 6. Os agentes econômicos são: •Unidades Familiares •Empresas •Governo •Resto do Mundo 13 . Fluxo Circular de Renda O Fluxo Circular de Renda é uma forma esquemática de apresentarmos as interrelações entre os agentes econômicos que compõem nossa sociedade. na realidade existem ilimitadas necessidades e limitados recursos disponíveis e técnicas de fabricação. a Economia deve optar dentre os bens a serem produzidos e os processos técnicos capazes de transformar os recursos escassos em produção. 6. COMO e PARA QUEM produzir não seriam problemas se os recursos utilizáveis fossem ilimitados. Problemas econômicos básicos Necessidades humanas ilimitadas X Recursos produtivos escassos O que e quanto Como Para quem (produzir) Escassez Escolha 7. juntamente com a organização e propriedade dos fatores de produção.02/10/2013 6. Baseada nessas restrições. QUANTO. Todavia. Problemas econômicos básicos É muito fácil entender que: QUAIS. •Resto do Mundo •Unidades familiares. •Reúnem. •Empresas: •Unidades que compõem o aparelho de produção. estadual e municipal. •Todos que recebem renda. 2) Mão-de-obra ou Trabalho: conjunto da população em idade ativa disponível na sociedade. empresas e governo de outros países. Fluxo Circular de Renda •Unidades Familiares: •Indivíduos empregados. organizam e remuneram os fatores de produção. equipamentos e instalações que a sociedade dispõe para efetuar a produção 14 . •Governo federal.02/10/2013 7. 3) Capital: conjunto de edifícios. 7. •Produtoras de bens e serviços. •Aposentados e pensionistas. máquinas. 7. •Agente coletivo que contrata trabalho das unidades familiares e parcela da produção da empresas para proporcionar serviços úteis à sociedade. Fluxo Circular de Renda Os fatores de produção são: 1) Recursos naturais ou Terra: elementos da natureza suscetíveis de serem incorporados às atividades econômicas. Fluxo Circular de Renda •Governo: •Centro de produção de serviços coletivos. obtemos alguma coisa abrindo mão de outra. Fluxo Circular de Renda 7. ou seja. É a fronteira máxima que a economia pode produzir. 15 . dados os fatores de produção e a tecnologia disponíveis. Representa o tradeoff enfrentado pela sociedade. A Curva de Possibilidades de Produção . Fluxo Circular de Renda 8. dado os recursos produtivos limitados. de que nada é de graça.CPP A CPP é um gráfico que mostra as várias combinações de produto que a economia pode produzir potencialmente. Mostra as alternativas de produção da sociedade. supondo os recursos plenamente empregados.02/10/2013 7. Produzida de X 150 200 250 8. Prod. dois bens. A Curva de Possibilidades de Produção Fronteira de Possibilidades de Produção Ponto A – Capacidade Ociosa (Ineficiência) Neste ponto o custo de oportunidade é zero. Produzida de X 8. ou mesmo. sem reduzir a produção do outro. Prod. 750 Qtd. A Curva de Possibilidades de Produção Fronteira de Possibilidades de Produção 800 700 750 700 600 450 250 Qtd. Y 450 250 A B C D Qtd. pois não é necessário sacrifício de recursos produtivos para aumentar a produção de um bem. Y Pontos B.02/10/2013 8. .C Não há como produzir mais. Y 600 500 400 300 200 100 0 0 100 0 200 300 Qtd. Posição inalcançável no período imediato. Prod.Combinações de produto (Nível de produto Eficiente / Pleno Emprego) Ponto D Nível impossível de produção. 750 450 250 A 150 200 250 Qtd. Produzida de X B C D 16 . A Curva de Possibilidades de Produção Fronteira de Possibilidades de Produção Qtd. J. A Curva de Possibilidades de Produção Finalidade: Demonstrar o conceito de escassez. A Curva de Possibilidades de Produção • Na Curva (pontos I. 17 . Para atingir este ponto a Curva tem que se deslocar à direita (níveis mais elevados de produção). Indica: Combinações máximas possíveis de produção de dois bens que podem ser obtidas quando a economia utiliza todos os seus recursos de diferentes maneiras. ou vice-versa. 8.02/10/2013 8. pois a sociedade poderia aumentar sua produção de alimentos sem reduzir a produção de automóveis. A Curva de Possibilidades de Produção 8. • Dentro da Curva (ponto G) : subemprego de fatores (capacidade ociosa). K) : níveis altamente eficientes. • Fora da Curva (ponto L) : está fora da fronteira. significa que todos os recursos produtivos estão sendo utilizados. devido à relativa e progressiva inflexibilidade dos recursos de produção disponíveis e em uso. Atividade econômica de curto prazo 2. serão obtidas quantidades adicionais cada vez menos expressivas da classe cuja produção estará sendo aumentada. A Curva de Possibilidades de Produção Lei dos custos de oportunidade crescentes Dadas como inalteradas as capacidades tecnológicas e de produção de uma economia e estando o sistema a operar a níveis de pleno emprego. a obtenção de quantidades adicionais de determinada classe de produto implica necessariamente a redução das quantidades de outra classe. Desenvolvimento econômico Qtd. Em resposta a constantes reduções impostas à classe que estará sendo sacrificada.02/10/2013 8. Produzida de X 18 . Y Fronteira de Possibilidades de Produção 750 700 600 450 250 50 100 150 200 250 Qtd. A Curva de Possibilidades de Produção Custo de Oportunidade: Mede o valor das oportunidades perdidas em decorrência da escolha de uma alternativa de produção em lugar de uma outra também possível. Prod. A Curva de Possibilidades de Produção Três conceitos: 1. 8. 8. Crescimento econômico 3. Atualidade Um resumo Mercantilismo •Volume de metais visto como principal fonte de poder.02/10/2013 II. •Só a terra tinha a capacidade de multiplicar a riqueza. Fisiocracia (François Quesnay) •A terra e a natureza representam o fator econômico produtivo. Escola Clássica 4. Ângelo Cardoso Pereira Conteúdo da Aula 1. •A ordem natural ou governo da natureza conduzem a vida econômica. •A produtividade decorre da divisão do trabalho. Fisiocracia 3. 19 . •Laissez faire. Escola Clássica (Adam Smith e David Ricardo) •Mão invisível. Mercantilismo 2. •Produtividade estimulada pela ampliação dos mercados. •A verdadeira fonte de riqueza é o trabalho.História do Pensamento Econômico (um resumo) Economia Prof. •Fomentar o comércio exterior. Estruturas do Mercado de Fatores 20 . •Qualidade de moeda disponível no mercado. Ângelo Cardoso Pereira Conteúdo da Aula 1. III.Estruturas de Mercado Economia Prof. •Preferência pela liquidez ou velocidade de troca da moeda em relação a sua garantia ou lastro (riqueza econômica existente). Introdução 2. Concorrência Monopolística 6. Monopólio 4. •Incitamento ao investimento. Oligopólio 5. •Propensão ao consumo.02/10/2013 Um resumo Atualidade (John Keynes) •Intervenção econômica do Estado. Mercado em Concorrência Perfeita 3. Racionalidade : os empresários sempre maximizam lucro e os consumidores maximizam satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem. os custos . sem custos. isto é.02/10/2013 1. Conceitos Iniciais As várias formas ou estruturas de mercado dependem fundamentalmente de 3 características: a) número de empresas que compõem esse mercado. homogêneo. o preço de mercado é um dado fixado para empresas e consumidores (são price-takers. isto é. qualidade nesse mercado. Transparência do mercado: consumidores e vendedores têm acesso a toda informação relevante. qualidade. b) tipo do produto (se as firmas fabricam produtos idênticos ou diferenciados). tomadores de preços pelo mercado) Produtos Homogêneos: todas as firmas oferecem um produto semelhante. as receitas e os lucros dos concorrentes. Assim. c) se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado. Concorrência Pura ou Perfeita Características básicas: Mercado atomizado: mercado com infinitos vendedores e compradores (como “átomos”). de forma que um agente isolado não tem condições de afetar o preço de mercado. 1. conhecem os preços. Não há diferenças de embalagem. 21 . os agentes agem racionalmente. Concorrência Pura ou Perfeita Características básicas: Mobilidade de firmas: não há barreiras para o ingresso de empresas no mercado. ou seja. 1. ou o que ele ganharia se aplicasse seu capital em outra atividade. Concorrência Pura ou Perfeita Características básicas: Obs.02/10/2013 1.: Uma característica do mercado em concorrência perfeita é que.uma única empresa produtora do bem ou serviço. a longo prazo. ou seja. Torna-se muito difícil alguma empresa conseguir oferecer a um preço equivalente à firma monopolista. mas apenas os chamados lucros normais. A empresa monopolística já está estabelecida em grandes dimensões e tem condições de operar com baixos custos. que garante ao seu titular a propriedade de explorar comercialmente a sua criação 22 . . exigindo um elevado montante de investimento. Patentes = direito único de produzir o bem. 2. 2. Compradores e vendedores em mercados competitivos são denominados tomadores de preço. Monopólio Características básicas: As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas: Monopólio puro ou natural = devido à alta escala de produção requerida. Concessão conferida pelo Estado.existem barreiras à entrada de firmas concorrentes. que representam a remuneração implícita do empresário (seu custo de oportunidade.não há produtos substitutos próximos. Monopólio Características básicas: . não existem lucros extras ou extraordinários (onde as receitas supram os custos). devem aceitar o preço determinado pelo mercado. . . protegido pela legislação. 2.: Diferentemente da concorrência perfeita. Monopólio Características básicas: Controle de matérias-primas chaves = Exemplo : o controle das minas de bauxita pelas empresas produtoras de alumínio.ou um pequeno nº de empresas domina um setor com muitas empresas. Ex.pequeno nº de empresas no setor.: Brahma e Antártica. Exemplo: empresas fornecedoras de energia elétrica.02/10/2013 2. Obs. 3. Oligopólio Definido de duas formas: . os lucros extraordinários devem persistir também a longo prazo em mercados monopolizados. Monopólio estatal ou institucional. normalmente em setores estratégicos ou de infra-estrutura. como existem barreiras à entrada de novas empresas. Monopólio Monopólio puro ou natural Uma única empresa consegue ofertar um bem ou serviço a um mercado inteiro a um custo menor do que ocorreria se existissem duas ou mais empresas no mercado. 23 . Ex. Indústria automobilística. trustes). cimento). via guerra de preços ou de promoções (forma de atuação pouco freqüente). O cartel fixa preços e a repartição (cota) do mercado entre as empresas. Oligopólio Características básicas: Devido à existência de empresas dominantes. 3. Obs. Oligopólio Características básicas: Tipos de oligopólio: com produto homogêneo (alumínio. em que os consumidores têm baixo poder de reação a alterações de preços. com produto diferenciado (automóveis). Oligopólio Características básicas: Formas de atuação das empresas: • concorrem entre si. há barreiras para a entrada de novas empresas no setor. defrontando-se normalmente com demandas relativamente inelásticas. pois as barreiras à entrada de novas firmas persistirão. assim como no monopólio. que determina a política para todas as empresas do cartel. 24 .: A longo prazo os lucros extraordinários permanecem. • formam cartéis (conluios. No oligopólio. elas têm o poder de fixar os preços de venda em seus termos. 3. Cartel é uma organização (formal ou informal) de produtores dentro de um setor.02/10/2013 3. como em concorrência perfeita. de acordo com sua preferência. • cada empresa produz um produto diferenciado. ou seja. e o consumidor tem opções de escolha. a longo prazo há tendência apenas para lucros normais (RT=CT). Concorrência Monopolística Características básicas: • muitas empresas. dado que os produtos são diferenciados. os lucros extraordinários a curto prazo atraem novas firmas para o mercado. produzindo um dado bem ou serviço.: Os formuladores de políticas usam as leis antitruste para inibir oligopólios de se comportarem de forma indesejável e reduzir a competição.: Como não existem barreiras para a entrada de firmas. • cada empresa tem um certo poder sobre os preços. mas com substitutos próximos. Síntese Características Concorrência Perfeita Monopólio nº de Empresas Muito grande Só há uma empresa Produto Homogêneo Não há substitutos próximos Pode ser homogêneo ou diferenciado Diferenciado Controle de Preços Rigidez Empresa com poder Poder c/ interdependência Pouca margem de manobra Ingresso Sem barreiras Há barreiras p/ as novas Há barreiras p/ as novas Sem barreiras Oligopólio Pequeno Concorrência Monopolística Grande 25 .02/10/2013 3. até chegar-se a um ponto em que persistirão lucros normais. Oligopólio Características básicas: Obs. 4. quando então cessa a entrada de concorrentes. aumentando a oferta do produto. Obs. na compra do fator de produção. Oligopsônio = Existem poucos compradores que dominam o mercado para muitos vendedores. Relação entre Preço e Quantidade Demanda Deslocamentos da Curva de Demanda A Teoria do Consumidor Relação entre Preço e Quantidade Ofertada Deslocamentos da Curva de Oferta Oferta e Demanda Reunidas Mudanças no Equilíbrio Estudo de Caso 3. Ex. A Oferta em um Mercado 1. Conceitos Iniciais A Demanda em um Mercado 1. 3. 2. Exercícios 26 . defronta-se com um monopolista na venda desse fator.: Indústria de laticínios.Mecanismos de Oferta e Demanda nos Mercados Economia Prof. Monopsônio = Há somente um comprador para muitos vendedores dos serviços dos insumos. 2.02/10/2013 5. 4. 5. Equilíbrio em um Mercado 1. IV. 2. Monopólio bilateral = Ocorre quando um monopsonista. 2. o que torna o preço desse fator constante. 3. Estrutura do Mercado de Fatores de Produção Concorrência Perfeita = existe uma oferta abundante do fator de produção (ex. Ângelo Cardoso Pereira Conteúdo da Aula 1.: mão-de-obra não especializada). às vezes altamente organizados. por enquanto. Só nos interessa. Conceitos Iniciais Os mercados assumem diferentes formas. 27 . são mais freqüentemente “menos organizados”. Trataremos de tais discussões sobre os diversos tipos de mercados mais a frente. um mercado em que.02/10/2013 1. Compradores determinam a demanda e vendedores determinam a oferta. 1. o que é mercado??? Mercado é um grupo de compradores e vendedores de um particular bem ou serviço. Porém. além de oferecer bens e serviços homogêneos. 1. entender que lidaremos com as forças de oferta e demanda em mercados perfeitamente competitivos. Conceitos Iniciais Mas. A Teoria da Oferta e da Demanda considera como compradores e vendedores se comportam e como interagem uns com os outros no mercado. Conceitos Iniciais Oferta e Demanda são as forças que fazem a Economia funcionar. há tantos compradores e vendedores que cada um deles tem impacto insignificante sobre o preço de mercado. Conceitos Iniciais Quando começarmos a analisar os mercados através de curvas de oferta e demanda admitiremos a hipótese CETERIS PARIBUS Ou seja. Recordando: Em um mercado. quem determina a demanda??? A quantidade que o consumidor planeja comprar de cada mercadoria depende de sua capacidade de compra e esta capacidade é condicionada pela renda que o consumidor tem e pelos preços de mercado. mas. ao se analisar como funcionam os mercados. A Demanda em um Mercado 1. 28 . 2. Muitas vezes usa-se também a palavra procura como sinônimo de demanda. todos os demais fatores estarão sendo mantidos constantes. A Demanda em um Mercado Para os Economistas. Relação entre Preço e Quantidade Demanda A quantidade demandada de um bem é a quantidade desse bem que os compradores desejam e podem comprar. 2. demanda representa o desejo de comprar bens ou serviços. Como veremos. há um determinante que representa um papel central: o preço do bem.02/10/2013 1. são muitas as características que determinam a quantidade demandada de qualquer bem. um aumento de preço (com tudo o mais mantido constante – ceteris paribus).50 Quantidade Demandada 20 15 10 7 3 0 ESCALA DE DEMANDA 29 . 2.25 R$ 1. A Demanda em um Mercado 1.02/10/2013 2.50 R$ 1.10? E agora? Quantas compraria se o preço subisse para R$ 0. Ou seja.00 R$ 1. quantas compraria se o preço fosse R$ 0. A Demanda em um Mercado 1.25? Seu desejo e vontade de comprar balas representa sua demanda pelas mesmas! A quantidade que você transaciona no mercado (que você deseja e pode comprar) representa sua quantidade demandada por balas! O que você descobriu? 2.10 R$ 0.ceteris paribus). ocasiona uma diminuição da quantidade demandada.25 R$ 0. ocasiona um aumento da quantidade demandada.se estivesse desejoso de consumir balas. Relação entre Preço e Quantidade Demanda Vejamos como funciona essa relação: Imagine você. com uma dada renda. Relação entre Preço e Quantidade Demanda LEI DA DEMANDA A QUANTIDADE DEMANDADA DE UM BEM VARIA INVERSAMENTE COM O PREÇO DO MESMO.. enquanto uma diminuição no preço (com tudo o mais permanecendo constante .. A Demanda em um Mercado 1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda Preço R$ 0. Relação entre Preço e Quantidade Demanda Preço R$ 0. Entretanto há situações atípicas.25 R$ 1. São os chamados bens de Giffen.50 R$ 1.10 R$ 0. ceteris paribus.00 R$ 1. A Demanda em um Mercado 1. 30 . São elas: 1.25 R$ 0. ou seja.25 R$ 1. a demanda por alguns produtos essenciais aumenta com o aumento dos preços. 2. ceteris paribus. pois preços e quantidades estabelecem uma correlação positiva.02/10/2013 2. A Demanda em um Mercado 1.50 R$ 1. Relação entre Preço e Quantidade Demanda Preço R$ 0. Para níveis de renda muito baixa. São os chamados bens de Veblen. se o preço sobe a quantidade demanda diminui e vice-versa.00 R$ 1. a demanda por alguns produtos superfluos ou ostentatórios.50 Quantidade Demandada 20 15 10 7 3 0 2. que denominamos excessões à lei da demanda.10 R$ 0. Relação entre Preço e Quantidade Demanda A lei da demanda define uma correlação negativa entre preços e quantidades. A Demanda em um Mercado 1. aumenta com o aumento dos preços.25 R$ 0. Para níveis de renda muito alta.50 Quantidade Demandada 20 15 10 7 3 0 2. A Demanda em um Mercado 2. • Se a demanda por um bem diminui quando a renda cai. Deslocamento da Curva de Demanda A curva de demanda do mercado por um determinado bem ou serviço depende de algumas variáveis. o bem é chamado de bem normal. • Se a demanda por um bem aumenta quando a renda cai. A Demanda em um Mercado 2. o bem é chamado de bem inferior.02/10/2013 2. a curva de demanda é função de algumas variáveis que a deslocam: a) Renda b) Preço dos bens complementares c) Preço dos bens substitutos d) Gostos e) Expectativas f) Número de compradores 2. de modo que precisará gastar menos com alguns bens. Deslocamento da Curva de Demanda a) Renda Uma renda menor significa que você tem menos renda para seus gastos totais. 31 . A Demanda em um Mercado 2.  O que acontece com a demanda por margarina se o consumidor passar a gostar mais de manteiga?  O que acontece com a demanda por carros se mais consumidores estão dispostos a dirigir?  O que acontece com a demanda por sapatos hoje se você espera que tais preços aumentem futuramente? 2. Deslocamento da Curva de Demanda Portanto. 02/10/2013 2. comprará menos cobertura de chocolate. 32 . A Demanda em um Mercado 2. Deslocamento da Curva de Demanda b) Preços dos bens complementares Se os bens X e Y são complementares. Exemplo: Se o preço do sorvete aumentar. você provavelmente comprará menos manteiga e. passará a comprar mais margarina. pois ambos os bens são consumidos juntos. como são bens substitutos. 2. muito provavelmente. Deslocamento da Curva de Demanda c) Preços dos bens substitutos Se os bens X e Y são substitutos. Deslocamento da Curva de Demanda Exemplos de bens inferiores: Salsicha e mortadela. você provavelmente comprará menos sorvete e. o aumento do preço de X leva a um aumento na demanda por Y (e viceversa). 2. A Demanda em um Mercado 2. o aumento do preço de X leva a uma redução na demanda por Y (e vice-versa). Exemplo: Se o preço da manteiga aumentar. A Demanda em um Mercado 2. A Demanda em um Mercado 2. Exemplo: Se o mercado de camisetas tiver um aumento no número de compradores. Exemplo: Se você espera que o preço dos calçados se eleve daqui a uma semana. Deslocamento da Curva de Demanda f) Número de compradores A demanda total do mercado depende da quantidade de consumidores que participam do mercado. a demanda pelo bem em questão aumentará. 2. Exemplo: Se você gostar mais de computadores do que de celulares. Deslocamento da Curva de Demanda d) Gostos O mais óbvio determinante de sua demanda (assim como da determinação da demanda de todo o mercado) são seus gostos. 33 .02/10/2013 2. você comprará mais calçados hoje. A Demanda em um Mercado 2. A Demanda em um Mercado 2. sua demanda por computadores será maior que sua demanda por celulares 2. Deslocamento da Curva de Demanda e) Expectativas Suas expectativas com relação ao preço de um determinado bem ou serviço futuramente também determinam sua demanda atual pelo bem ou serviço. A Demanda em um Mercado 2. A Demanda em um Mercado 2.. H. A Demanda em um Mercado 2. Representa um movimento ao longo da curva de demanda Desloca a curva de demanda Desloca a curva de demanda Lei Perfil Desloca a curva de demanda Desloca a curva de demanda Desloca a curva de demanda 2.Y. etc) 34 . Deslocamento da Curva de Demanda Síntese FATORES QUE INFLUENCIAM Preço do bem (Px) Renda do consumidor (Y) Hábitos e gostos do consumidor (H) Preço de outros bens (Pz) Etc FUNCÃO GERAL DA DEMANDA Qdx = f (Px. Deslocamento da Curva de Demanda Variável Preço Renda Preços dos bens relacionados Gostos Expectativas Número de compradores Uma Mudança Nesta Variável. Pz.. Deslocamento da Curva de Demanda Observe como as curvas de demanda se deslocam: D’1 D’’1 2.02/10/2013 2. de uma forma mais técnica. 2. Nos deparamos. com o princípio da utilidade marginal decrescente: à medida que se consome mais de determinada mercadoria. Para começar. Ou seja. é a variação da utilidade total pela variação da quantidade do bem que é consumida: 2. pois. quantidades adicionais que forem consumidas vão gerar cada vez menos utilidade. A Demanda em um Mercado 3. o consumidor levará em conta sua utilidade marginal para maximizar sua satisfação em consumir certa quantidade de bens. 35 . qual o motivo relacionado com a declividade para a direita da curva de demanda. A Teoria do Consumidor Portanto. agora. Trataremos da utilidade marginal. A Teoria do Consumidor A utilidade marginal (UMg) mede. a satisfação adicional obtida pelo consumo de uma unidade adicional de determinado bem. A Demanda em um Mercado 3. A Demanda em um Mercado 3. vamos distinguir entre a utilidade total obtida do consumo de certa quantidade de um bem e a satisfação proporcionada pelo último item consumido. A Teoria do Consumidor Analisemos agora.02/10/2013 2. tiver igualado a utilidade marginal por dólar despendido em cada uma das mercadorias. 2. A Teoria do Consumidor A inclinação cada vez mais acentuada da curva de utilidade total reflete a propriedade da utilidade marginal decrescente. A Demanda em um Mercado 3.02/10/2013 2. A linha orçamentária de um consumidor descreve os limites de suas escolhas de consumo. A Teoria do Consumidor A maximização da utilidade ocorrerá somente quando o consumidor tiver satisfeito o princípio da igualdade marginal. A Demanda em um Mercado 3. A Teoria do Consumidor Possibilidades de consumo As escolhas de consumo de um indivíduo são limitadas pela renda individual e pelos preços dos bens e serviços que esse consumidor compra. 36 . O indivíduo tem determinada renda para gastar e não tem como influenciar o preço dos bens e serviços que compra. A Demanda em um Mercado 3. isto é. 2. O preço de um filme é $ 6. A Teoria do Consumidor 37 . A Teoria do Consumidor 2.02/10/2013 2. o que equivale a 2 pacotes por filme. 2. de modo que o preço relativo de um filme em termos do preço do refrigerante é $ 6 por filme dividido por $ 3 por pacote. A Demanda em um Mercado 3. e o preço do refrigerante é $ 3 por pacote de 6 unidades. A Demanda em um Mercado 3. A Teoria do Consumidor Preço relativo Um preço relativo é o preço de um bem dividido pelo preço de outro. A Demanda em um Mercado 3. 38 . A utilidade total depende do nível de consumo – maior consumo em geral resulta em maior utilidade total. A Demanda em um Mercado 3. A Demanda em um Mercado 3. Em termos de refrigerantes. A Teoria do Consumidor Renda real A renda real de um indivíduo é a renda individual expressa como uma quantidade de bens que ele pode comprar. $ 3 por pacote de 6 unidades. A Demanda em um Mercado 3. O benefício ou a satisfação que uma pessoa obtém do consumo de um bem ou serviço é chamado de utilidade. Utilidade total A utilidade total é o benefício total que alguém obtém do consumo de bens e serviços. A Teoria do Consumidor 2. Essa quantidade é o número máximo de pacotes que ela pode comprar e é igual à sua renda monetária. A Teoria do Consumidor Preferências Como Lisa divide seu orçamento disponível entre filmes e refrigerantes? A resposta depende do que ela gosta e do que não gosta – suas preferências. 2. a renda real de Lisa é de 10 pacotes de 6 unidades.02/10/2013 2. $ 30. dividida pelo preço do refrigerante. A Teoria do Consumidor Utilidade total de Lisa obtida do consumo de filmes e refrigerantes Filmes Qtd/mês 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Utotal 0 50 88 121 150 175 196 214 229 241 250 256 259 261 262 Refrigerantes Qtd/mês Utotal 0 0 1 75 2 117 3 153 4 181 5 206 6 225 7 243 8 260 9 276 10 291 11 305 12 318 13 330 14 341 2.02/10/2013 2. A utilidade marginal diminui à medida que o consumo aumenta. A Teoria do Consumidor 2. A Demanda em um Mercado 3. Chamamos de princípio da utilidade marginal decrescente a redução da utilidade marginal que ocorre à medida que a quantidade consumida do bem aumenta. A Demanda em um Mercado 3. A Teoria do Consumidor Utilidade marginal A utilidade marginal é a variação da utilidade total resultante do aumento de uma unidade na quantidade de um bem consumido. A Demanda em um Mercado 3. 39 . A Teoria do Consumidor Combinações maximizadoras de utilidade de Lisa Filmes Qtd/mês Utotal A B C D E F 0 1 2 3 4 5 0 50 88 121 150 175 Refrigerantes Utotal obtida de F e R Utotal Qtd/mês 291 310 313 302 267 175 291 260 225 181 117 0 10 8 6 4 2 0 40 . A Demanda em um Mercado 3. A Demanda em um Mercado 3. A Teoria do Consumidor 2. A Teoria do Consumidor A principal hipótese da teoria da utilidade marginal é que o indivíduo escolhe a possibilidade de consumo que maximize sua utilidade total. 2. O equilíbrio do consumidor é uma situação na qual um consumidor alocou toda a sua renda disponível de um modo que. A escolha maximizadora de utilidade As linhas da Tabela a seguir mostram as combinações possíveis de filmes e refrigerantes ao longo da linha orçamentária de Lisa. A Demanda em um Mercado 3. maximize sua utilidade total. considerando-se os preços dos bens e serviços.02/10/2013 2. A Demanda em um Mercado 3. A Teoria do Consumidor Duas utilidades marginais por unidade monetária são iguais quando: UMgF/PF = UMR/PR A Tabela a seguir e a Figura no próximo slide mostram a igualdade das utilidades marginais por unidade monetária. A Teoria do Consumidor A igualdade da utilidade marginal por unidade monetária A utilidade total de um consumidor é maximizada por meio da seguinte regra: Gastar toda a renda disponível e igualar a utilidade marginal por unidade monetária para todos os bens. 41 . 2.  utilidade marginal por unidade monetária que se obtém do consumo de refrigerantes UMgF/PF. 2.02/10/2013 2.  consumo de refrigerantes PS . A Demanda em um Mercado 3.  utilidade marginal por unidade monetária de 1 filme por mês UMgF/PF . A Teoria do Consumidor Regra:  utilidade marginal que se obtém ao assistir a 1 filme por mês UMgF  preço de 1 filme PF . A Demanda em um Mercado 3. A utilidade marginal por unidade monetária é a utilidade marginal de um bem dividida por seu preço. 33 6. A Demanda em um Mercado 3.83 4.00 5. A Teoria do Consumidor 2. A Demanda em um Mercado 3. A Teoria do Consumidor TEXTOS (Pindyck): Dinheiro compra felicidade? Utilidade marginal e felicidade.50 4.33 14.00 0. 42 . A Teoria do Consumidor Igualdade das utilidades marginais por unidade monetária Filmes Refrigerantes ($ 6 cada) ($ 3 por pacote de seis) Qtd/mês A B C D E F 0 1 2 3 4 5 Umg 0 50 38 33 29 25 Umg/$ Qtd/mês 8.00 2.33 5.17 10 8 6 4 2 0 Umg 15 17 19 28 42 0 Umg/$ 5.33 9.02/10/2013 2.67 6. A Demanda em um Mercado 3. 3. 43 . A Oferta em um Mercado 1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada Se você fosse um vendedor de sapatos e percebesse que o preço do bem no mercado aumentou.. A quantidade ofertada de qualquer bem ou serviço é a quantidade que os vendedores querem e podem vender. provavelmente aumentará a quantidade ofertada de sapatos.. 3.02/10/2013 3. O que você faria: aumentaria a quantidade de sapatos ofertada ou diminuiria tal quantidade??? Como você é um maximizador de lucros. A Oferta em um Mercado Enquanto os consumidores determinam a demanda de um mercado. os produtores/vendedores determinam a oferta de bens e serviços no mesmo. são muitas as características que determinam a quantidade ofertada de qualquer bem. A Oferta em um Mercado 1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada Como veremos. novamente. Vejamos como isso funciona. o preço do bem representa um papel fundamental em nossa análise. mas. 25 R$ 0. um aumento de preço (com tudo o mais mantido constante – ceteris paribus).00 R$ 1.ceteris paribus).10 R$ 0.00 R$ 0. A Oferta em um Mercado 1. 2.25 R$ 1. A Oferta em um Mercado 1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada Preço R$ 0.75 R$ 0.50 R$ 1.50 R$ 1.50 R$ 1. enquanto uma diminuição no preço (com tudo o mais permanecendo constante . Relação entre Preço e Quantidade Ofertada LEI DA OFERTA A QUANTIDADE OFERTADA DE UM BEM VARIA DIRETAMENTE COM O PREÇO DO MESMO.50 Curva de Oferta por sapatos 10 15 20 R$ 0. Ou seja.50 10 15 20 R$ 0.75 R$ 0.25 R$ 1.25 R$ 0 5 10 15 20 Quantidades Demandadas 44 .25 R$ 1.50 Quantidade Ofertada 0 3 7 Preços R$ 1.25 R$ 1.25 R$ 0 5 10 15 Quantidades Demandadas 20 ESCALA DE OFERTA 2. ocasiona uma diminuição da quantidade ofertada.02/10/2013 2. A Oferta em um Mercado 1. ocasiona um aumento da quantidade ofertada.10 R$ 0.25 R$ 0.50 R$ 1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada Preço R$ 0.00 R$ 0.50 Quantidade Ofertada Curva de Oferta por sapatos 0 3 7 Preços R$ 1.00 R$ 1. 25 R$ 1. Relação entre Preço e Quantidade Ofertada Preço R$ 0.75 R$ 0. Deslocamento da Curva de Oferta Portanto.50 Quantidade Ofertada 0 R$ 1.25 R$ 0 5 10 15 Quantidades Demandadas 20 3. A Oferta em um Mercado 1.02/10/2013 2. a curva de oferta é função de algumas variáveis que a deslocam: a) b) c) d) Preço dos insumos Tecnologia Expectativas Número de vendedores 45 .00 R$ 1.00 R$ 0. A Oferta em um Mercado 2.25 R$ 0.25 7 10 15 20 Preços R$ 1. A Oferta em um Mercado 2.10 R$ 0.50 R$ 1. Deslocamento da Curva de Oferta A curva de oferta do mercado por um determinado bem ou serviço depende de algumas variáveis.50 R$ 0.  O que acontece com a oferta de sorvete se o preço do leite está baixo?  O que acontece com a oferta de carros hoje se as montadoras esperam que o preço dos veículos aumente no futuro?  O que acontece com a oferta de livros se mais escritores estão trabalhando? 3.50 Curva de Oferta por sapatos 3 R$ 1. pode refletir a expectativa dos vendedores amanhã. ela estocará parte de sua produção atual e ofertará menos hoje. Logo. A Oferta em um Mercado 2. aumentam a oferta do bem em questão. Exemplo: Imagine que você produza sorvetes. torna-se menos lucrativo para a empresa produzir um bem ou serviço. auferindo lucros maiores. Ou seja. 3. A invenção de máquinas que reduzem a quantidade de trabalho necessária.02/10/2013 3. de modo que a oferta diminui. o preço dos insumos está relacionado negativamente com a oferta de um bem. Se o preço do leite e do açúcar subirem substancialmente. se o preço dos insumos diminui. então a empresa estará mais disposta a ofertar tal bem. 3. Deslocamento da Curva de Oferta b) Tecnologia A tecnologia utilizada para transformar insumos em produtos é outro determinante da oferta. 46 . A Oferta em um Mercado 2. Se uma empresa espera que o preço de seus produtos aumentem no futuro. Deslocamento da Curva de Oferta a) Preço dos insumos Quando o preço dos insumos aumenta. A Oferta em um Mercado 2. Exemplo: Se novas máquinas mais eficientes para a produção de carros forem inventadas. você ofertará menos sorvetes para não incorrer em prejuízos. além de reduzir os custos das empresas. então as empresas poderão diminuir seus custos demitindo pessoal e ofertar mais carros ao mercado. Deslocamento da Curva de Oferta c) Expectativas A oferta de um bem hoje. Representa um movimento ao longo da curva de oferta Desloca a curva de oferta Desloca a curva de oferta Desloca a curva de oferta Desloca a curva de oferta Lei Perfil 47 . Deslocamento da Curva de Oferta Variável Preço Preço dos insumos Tecnologia Expectativas Número de vendedores Uma Mudança Nesta Variável. está sendo lucrativo. Deslocamento da Curva de Oferta Variável Preço Preço dos insumos Tecnologia Expectativas Número de vendedores Uma Mudança Nesta Variável. digamos o mercado de cadeiras. A Oferta em um Mercado 2. Deslocamento da Curva de Oferta d) Número de vendedores Assim como aconteceu com a demanda. Representa um movimento ao longo da curva de oferta Desloca a curva de oferta Desloca a curva de oferta Desloca a curva de oferta Desloca a curva de oferta 3. a oferta de cadeiras no mercado aumentará... maior será a oferta daquele bem e vice-versa. Exemplo: Se um setor do mercado. 3. A Oferta em um Mercado 2. então. mais empresas podem estar tentadas a entrar no mesmo e. quanto maior o número de vendedores de determinado bem ou serviço no mercado. A Oferta em um Mercado 2..02/10/2013 3.. Deslocamento da Curva de Oferta Síntese FATORES QUE INFLUENCIAM Preço do bem X (Px) Preço dos insumos utilizados na produção (Pi) Tecnologia (T) Preço de outros bens (Pz) Etc FUNCÃO GERAL DA OFERTA Qox = f (Px. os mercados são compostos de vendedores (ofertantes) e compradores (demandantes) de bens e serviços. A Oferta em um Mercado 2. Pz. Portanto. Oferta e Demanda reunidas A situação na qual o preço atinge um nível em que a quantidade demanda e a quantidade ofertada são iguais é denominado equilíbrio. Pi. devemos reunir as curvas de oferta e demanda e encontrar o ponto de equilíbrio. 48 . etc) 4. Porém. A quantidade de equilíbrio é a quantidade ofertada e a quantidade demandada ao preço de equilíbrio. Consideraremos que os mercados estudados se encontram em concorrência perfeita.02/10/2013 3. 4. T. Equilíbrio em um Mercado 1. O preço de equilíbrio é aquele que iguala a quantidade ofertada e a quantidade demandada. Equilíbrio em um Mercado Estudamos as curvas de demanda e de oferta isoladamente. 02/10/2013 4. Oferta e Demanda reunidas Portanto. um preço que não o de equilíbrio pode acarretar: a) Excesso de oferta: uma situação em que a quantidade ofertada é maior que a quantidade demandada. Equilíbrio em um Mercado 1. Oferta e Demanda reunidas Preço de Equilíbrio Observe o seguinte exemplo: Quantidade de Equilíbrio 4. a esse preço. 49 . o mercado está satisfeito: os compradores compram tudo o que desejavam comprar e os vendedores tudo o que desejavam vender. Oferta e Demanda reunidas Ao preço de equilíbrio. Equilíbrio em um Mercado 1. a quantidade dos bens que os compradores desejam e podem comprar é exatamente igual à quantidade que os vendedores desejam e podem vender. O preço de equilíbrio é por vezes chamado de preço de ajustamento de mercado porque. Equilíbrio em um Mercado 1. 4. b) Excesso de demanda: uma situação em que a quantidade demandada é maior que a quantidade ofertada. 02/10/2013 4. Chegamos à lei da oferta e da demanda: o preço de qualquer bem se ajusta para trazer a quantidade ofertada e a quantidade demandada desse bem para o equilíbrio. Oferta e Demanda reunidas Esses desequilíbrios não se verificam em uma economia considerando um determinado período de tempo. Equilíbrio em um Mercado 1. Mudança no Equilíbrio Analisaremos a partir de agora o que chamamos estática comparativa: variações nas curvas de oferta e demanda que modificam o equilíbrio de um ponto de equilíbrio inicial para um novo ponto de equilíbrio. 4. Seguiremos 3 etapas. Oferta e Demanda reunidas Excesso de oferta Excesso de demanda 4. Equilíbrio em um Mercado 2.. pois as atividades dos diversos compradores e vendedores conduzem automaticamente o mercado em direção ao preço de equilíbrio. 50 . Equilíbrio em um Mercado 1.. a demanda aumenta. Equilíbrio em um Mercado 2. Mudança no Equilíbrio Exemplo 1: Suponhamos que o tempo fique muito quente num determinado verão. Como isso afeta o mercado de sorvete? Deveremos descobrir qual curva se relaciona com o acontecimento e verificar qual efeito sobre ela. então.02/10/2013 4. 4. Mudança no Equilíbrio ODPQ 0 ++ + E2 E1 51 . 4. 2) Analisar em qual direção a curva se desloca. o que se reflete na curva de demanda. os consumidores “mudam” seus gostos temporariamente. 3) Usar o diagrama de oferta e demanda para ver como o deslocamento altera o preço e a quantidade de equilíbrio. Equilíbrio em um Mercado 2. Equilíbrio em um Mercado 2. Como consomem mais sorvete. o diagrama para ver o que acontece com o ponto de equilíbrio. Mudança no Equilíbrio 1) Analisar se o acontecimento desloca a curva de oferta ou a curva de demanda (ou as duas). deslocando-se para a direita. Como está mais quente. Usemos. deslocando-a para a esquerda. pois houve uma diminuição da oferta de sorvetes no mercado. inclusive quanto ao deslocamento simultâneo das curvas de oferta e demanda. Equilíbrio em um Mercado 2. 4.02/10/2013 4. com a elevação dos custos de produção.0+ E2 E1 4. num outro verão. Capítulo 4 para mais informações. Como isso afeta o mercado de sorvete? O açúcar é um insumo para a produção de sorvete. os vendedores reduzirão sua produção. Gregory Mankiw. Logo. Mudança no Equilíbrio ODPQ . 52 . o que afeta a curva de oferta. Equilíbrio em um Mercado 2. Mudança no Equilíbrio Exemplo 2: Suponhamos que. um furacão destrua parte da safra de cana-de-açúcar e que isso aumente o preço do açúcar. Mudança no Equilíbrio Vide livro de Introdução à Economia. de N. Equilíbrio em um Mercado 2. T.02/10/2013 4. (R: DIMINUI) c) Os engenheiros desenvolvem novas máquinas automatizadas para a produção de minivans. Equilíbrio em um Mercado 3. (R: DIMINUI) e) Uma queda no mercado de ações reduz o poder aquisitivo das pessoas. Síntese Variação na quantidade demandada Deslocamento sobre a curva (∆ Px = ∆ Lei) Variação na demanda Deslocamento da curva (∆ Pz. Equilíbrio em um Mercado 3. (R: DIMINUI) 53 . H.Y. Exercícios Exercício 1 Considere o mercado de minivans. (R: AUMENTA) d) O preço dos utilitários esporte aumenta. ( R: AUMENTA) b) Uma greve dos metalúrgicos aumenta o preço do aço. etc = ∆ Perfil) Variação na quantidade ofertada Deslocamento sobre a curva (∆ Px = ∆ Lei) Variação na oferta Deslocamento da curva (∆ Pi. etc = ∆ Perfil) 4. Síntese 5. Pz. indique se a oferta ou a demanda são afetadas e de que maneira: a) As pessoas decidem ter mais filhos. Para cada um dos eventos abaixo. Calcule o preço de equilíbrio e a quantidade de equilíbrio no mercado de barras de chocolate. Se o governo tabelar um preço mínimo de R$ 5 por barra de chocolate. o preço. Resposta: P = 2 e QO = QS = 1540 5. onde QD é a quantidade demandada e P. onde QS é a quantidade ofertada. Ângelo Cardoso Pereira 54 .02/10/2013 5. Exercícios Exercício 3 Continue considerando a escala de demanda representada pela equação QD = 1600 – 30P e a escala de oferta representada pela equação QS = 1400 + 70P. haverá excesso de oferta ou de demanda? De quanto? Resposta: Excesso de oferta de 300 V. Exercícios Exercício 2 Pesquisas de mercado revelaram as seguintes informações sobre o mercado de barras de chocolate: a escala de demanda pode ser representada pela equação QD = 1600 – 30P.Elasticidades Economia Prof. A escala de oferta pode ser representada pela equação QS = 1400 + 70P. Elasticidade da Oferta 1. antes. precisamos. não quantitativa. 55 . discutimos a direção em que a quantidade demandada se move. ou seja. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes Cálculo da Elasticidade-preço Receita Total e Elasticidade-preço Outras Elasticidades da Demanda Elasticidade-preço da oferta e seus determinantes Cálculo da Elasticidade-preço 3. 2. 2. Para medirem o quanto os consumidores reagem a mudanças dessas variáveis. Elasticidade da Demanda Quando introduzimos o conceito de demanda no capítulo passado nossa discussão foi qualitativa. os economistas usam o conceito de elasticidade. 3. mas não a dimensão do movimento. Conceitos Iniciais O preço do bem se ajusta para conduzir a quantidade ofertada e a quantidade demandada do bem ao equilíbrio.02/10/2013 Conteúdo da Aula 1. Exercícios 1. Para aplicarmos essa análise básica. 2. 4. desenvolver mais uma ferramenta: o conceito de elasticidade. Conceitos Iniciais Elasticidade da Demanda 1. A elasticidade. nos permite analisar a oferta e a demanda com maior precisão. uma medida da resposta dos compradores e vendedores às mudanças das condições do mercado. 4. 2. Elasticidade da Demanda 1. Elasticidade da Demanda 1.02/10/2013 2. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes A elasticidade-preço da demanda de qualquer bem mede o quanto os consumidores estão dispostos a deixar de adquirir do bem à medida que seu preço aumenta. A elasticidade-preço da demanda mede o quanto a quantidade demandada reage a uma mudança no preço. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes Podemos apresentar algumas regras gerais sobre o que determina a elasticidade-preço da demanda: a) Disponibilidade de substitutos próximos: bens com substitutos próximos tendem a ter demanda mais elástica porque é mais fácil para os consumidores trocá-los por outros. 2. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes A lei da demanda afirma que uma queda no preço de um bem aumenta a quantidade demandada dele. 2. Elasticidade da Demanda 1. Diz-se que a demanda por um bem é inelástica se a quantidade demandada responde pouco a mudanças no preço. 56 . A demanda por um bem é chamada de elástica se a quantidade demandada responde substancialmente a mudanças no preço. Elasticidade da Demanda 1. Elasticidade da Demanda 1. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes b) Bens necessários e bens supérfluos: os bens necessários tendem a ter demanda inelástica. uma vez que é mais fácil encontrar substitutos para bens definidos de maneira restrita. Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes d) Horizonte de tempo: os bens tendem a apresentar demanda mais elástica em horizontes de tempo mais longos (as pessoas reagirão à variação dos preços). Mercados definidos de forma restrita tendem a ter demanda mais elástica do que mercados definidos de forma ampla. c) Definição do mercado: as elasticidades da demanda em qualquer mercado depende de como traçamos os limites deste.02/10/2013 2. 57 . Elasticidade-preço da demanda e seus determinantes Exemplo de substitutos próximos/perfeitos: Manteiga e margarina. 2. Exemplo de bens necessários:consultas médicas Exemplo de bens de luxo: obras de arte. enquanto que a demanda por bens supérfluos (ou bens de luxo) tende a ser elástica. Elasticidade da Demanda 1. 2. um real em moedas de 50 ou 25 centavos (moeda é um substituto). carros esportivos. *um aumento do preço da gasolina reduz mais a quantidade demandada em três anos do que em três meses. 58 . 2. Cálculo da Elasticidade-Preço Exemplo de Demanda Perfeitamente Inelástica: O preço da insulina para o consumidor diabético. Elasticidade da Demanda 2. Elasticidade da Demanda 2. Cálculo da Elasticidade-Preço a) Perfeitamente Inelástica: A quantidade demandada não responde a variações no preço.02/10/2013 2. Calculo da Elasticidade-Preço Os economistas calculam a elasticidade-preço da demanda como a variação percentual da quantidade demandada dividida pela variação percentual do preço: 2. Elasticidade da Demanda 2. Elasticidade da Demanda 2. 2. Calculo da Elasticidade-Preço b)Demanda Inelástica: A quantidade demandada não responde fortemente a variações no preço. Elasticidade da Demanda 2. 2. 59 . Elasticidade da Demanda 2. o consumidor não tem como fugir deste aumento. Calculo da Elasticidade-Preço c) Elasticidade Unitária: A quantidade demandada varia na mesma porcentagem do preço. e por ser essencial. Calculo da Elasticidade-Preço Exemplo de uma Demanda Inelástica: Sal de cozinha: um aumento no preço desse produto vai acarretar uma diminuição no consumo. pois como não existe um substituto para ele.02/10/2013 2. porém em menor índice. 02/10/2013 2. 2. Calculo da Elasticidade-Preço e) Perfeitamente Elástica: A quantidade demandada varia infinitamente com qualquer variação no preço. 60 . Calculo da Elasticidade-Preço d) Demanda Elástica: A quantidade demandada responde fortemente a variações no preço. Elasticidade da Demanda 2. Elasticidade da Demanda 2. Elasticidade da Demanda 2. 2. Calculo da Elasticidade-Preço Exemplo: Aumento no preço da carne de boi leva o consumidor a consumir mais frango. 2. o preço e a receita total movem-se na mesma direção. se a variação da quantidade for maior que a variação do preço) um aumento no preço causará uma diminuição grande no quantidade demandada e. Elasticidade da Demanda 3. a) 61 . b) Quando a demanda é elástica o preço e a receita total movem-se em direções opostas. um aumento na receita total.02/10/2013 2. Elasticidade da Demanda 3. Elasticidade da Demanda 3. RT= P x Q A receita total varia de acordo com a elasticidade-preço da curva de demanda. Se a demanda for elástica (ou seja. Receita Total e Elasticidade-preço A receita total é a quantia paga pelos compradores e recebida pelos vendedores de um bem. c) S a demanda tem elasticidade unitária a receita total permanece constante quando o preço varia. portanto. se a variação do preço for maior que a variação da quantidade) um aumento no preço causará uma diminuição pequena no quantidade demandada e. Receita Total e Elasticidade-preço Se a demanda for inelástica (ou seja. calculada como o preço do bem multiplicado pela quantidade vendida. uma queda na receita total. Receita Total e Elasticidade-preço Ilustram uma regra geral: Quando a demanda é inelástica. portanto. 2. Elasticidade da Demanda 4. calculada assim: 62 . Elasticidade da Demanda 3. 2. Elasticidade-Renda Elasticidade-Renda da Demanda: medida do quanto a quantidade demandada de um bem responde a uma variação na renda dos consumidores.02/10/2013 2. Receita Total e Elasticidade-preço b) Quando a demanda é elástica o preço e a receita total movem-se em direções opostas. Receita Total e Elasticidade-preço a) Quando a demanda é inelástica. o preço e a receita total movem-se na mesma direção. 2. Elasticidade da Demanda 3. 02/10/2013 2. Elasticidade da Demanda 5. 2. Bens substitutos: EPc > 0 Bens complementares: EPc < 0 63 . a quantidade demandada aumenta com o aumento da renda. a quantidade demandada diminui com o aumento da renda. Elasticidade da Demanda 4. Elasticidade da Demanda 4. ou seja. ou seja. Exemplo: passagens de ônibus. Elasticidade-Renda Bens com elasticidades-renda positivas são conhecidos por bens normais. Outras Elasticidades da Demanda O fato de a elasticidade preço cruzada ser um número positivo ou negativo depende de os dois bens em questão serem substitutos ou complementares. É calculada como: 2. Elasticidade-Preço Cruzada Elasticidade preço-cruzada da demanda: mede o quanto a quantidade demandada de um bem varia à medida que o preço de um outro bem varia. Bens com elasticidades-renda negativas são conhecidos por bens inferiores. pois há muita disponibilidade desses bens. 3. 3. Elasticidade-preço da Oferta e seus determinantes Calcularemos a elasticidade-preço da oferta pela variação percentual da quantidade ofertada pela variação percentual do preço do bem. carros e bens manufaturados? São elásticos. Elasticidade-preço da Oferta e seus determinantes Por exemplo. Elasticidade da Oferta 1. E qual a elasticidade-preço de livros. A elasticidade preço da oferta depende da flexibilidade que os vendedores têm de mudar a quantidade do bem que produzem e do horizonte de tempo. A oferta de um bem é chamada de elástica se a quantidade ofertada responde substancialmente a mudanças no preço. Elasticidade-preço da Oferta e seus determinantes A elasticidade-preço da oferta mede o quanto a quantidade ofertada responde a mudanças no preço.02/10/2013 3. qual é a elasticidade-preço dos terrenos de frente para o mar? Muito inelástica. Elasticidade da Oferta 1. 64 . Elasticidade da Oferta 1. pois é quase impossível aumentar a oferta desse bem. A oferta é chamada de inelástica se a quantidade ofertada responde pouco a mudanças no preço. 02/10/2013 3. Elasticidade da Oferta 2. Cálculo da Elasticidade-preço As curvas de oferta apresentam os mesmo tipos de elasticidade das curvas de demanda, ou seja: a) Perfeitamente inelástica b) Inelástica c) Unitária d) Elástica e) Perfeitamente elástica 3. Elasticidade da Oferta 2. Cálculo da Elasticidade-preço a) Perfeitamente Inelástica: A quantidade ofertada não responde a variações no preço. 3. Elasticidade da Oferta 2. Cálculo da Elasticidade-preço b) Oferta Inelástica: A quantidade ofertada não responde fortemente a variações no preço. 65 02/10/2013 3. Elasticidade da Oferta 2. Cálculo da Elasticidade-preço c) Elasticidade Unitária: A quantidade ofertada varia na mesma porcentagem do preço. 3. Elasticidade da Oferta 2. Cálculo da Elasticidade-preço d) Oferta Elástica: A quantidade ofertada responde fortemente a variações no preço. 3. Elasticidade da Oferta 2. Cálculo da Elasticidade-preço e) Perfeitamente Elástica: A quantidade ofertada varia infinitamente com qualquer variação no preço. 66 02/10/2013 4. Exercícios 1. Suponha que os viajantes a negócios e os turistas tenham as seguintes demandas por passagens aéreas de Nova York para Boston: Quantidade Preço Quantidade demandada (viajantes a negócios) demandada (turistas) R$ 150,00 R$ 200,00 R$ 250,00 R$ 300,00 2100 2000 1900 1800 1000 800 600 400 a) b) À medida que o preço aumenta de R$ 200,00 para R$ 250,00, qual é a elasticidade-preço da demanda para (i) os viajantes a negócios e (ii) os turistas? (Use o método do ponto médio em seus cálculos) Por que a elasticidade dos turistas seria diferente da dos viajantes a negócios? 4. Exercícios 2. Os medicamentos têm demanda inelástica e os computadores têm demanda elástica. Suponhamos que um avanço tecnológico dobre a oferta dos produtos (ou seja, a quantidade ofertada a cada preço será o dobro da original). O que acontecerá com o preço de equilíbrio e a quantidade de equilíbrio em cada mercado? Que produto sofrerá uma grande variação no preço? Que produto sofrerá uma grande variação na quantidade? d) O que acontecerá com a despesa total dos consumidores com cada produto? a) b) c) 4. Exercícios 3. Para uma elasticidade-preço igual a -2, preveja se o faturamento total de um produto aumenta ou diminui quando ocorre um aumento de 10% em seu preço. Lembre que o faturamento é dado pela multiplicação da quantidade pelo preço. Faça o mesmo exercício para uma elasticidade-preço igual a 0,5 e depois, para -1. 67 Exercícios 4. Ângelo Cardoso Pereira Conteúdo da Aula 1. qual você espera que tenha demanda mais elástica e por quê? a) Livros didáticos obrigatórios ou romances. Conceitos Iniciais 2. O Excedente do Consumidor 3. Para cada um dos bens abaixo. O Excedente do Produtor 4. Eficiência de Mercado 68 .02/10/2013 4. VI.Excedentes do Consumidor e do Produtor Economia Prof. b) Aquecimento central a óleo nos próximos seis meses ou aquecimento central a óleo nos próximos cinco anos. c) Guaraná ou água. a pessoa que está pretendendo vendê-lo.00 pelo mesmo. o estudo de como a alocação de recursos afeta o bem-estar econômico. Digamos que você esteja disposto a pagar R$100.02/10/2013 1. Conceitos Iniciais Anteriormente. a chamada economia do bemestar. nas economias de mercado.00 pelo álbum. O Excedente do Consumidor Iniciemos. Observemos o exemplo: Imagine que você é fã de Bob Marley e que está interessado em comprar o primeiro álbum dele. Conceitos Iniciais “Nossa análise foi positiva (aquilo que é) e não normativa (aquilo que deveria ser)” Estudaremos. vimos como. as forças de oferta e demanda determinam o preço e a quantidade vendida dos bens e serviços. Descrevemos a maneira como a sociedade aloca os recursos escassos sem abordar diretamente a questão de que se essa alocação é desejável. 1. 2. porém. quer R$ 80. Que benefício você obtém da compra do álbum? 69 . portanto. nosso estudo do bem-estar com os benefícios que os compradores recebem por sua participação no mercado. então. 2. O Excedente do Consumidor Medimos o excedente do consumidor pela diferença entre a quantia que o comprador está disposto a pagar (a quantia máxima que um comprador pagará por um bem. o valor que o comprador atribui ao bem) menos a quantia que ele realmente paga. O Excedente do Consumidor Usaremos a curva de demanda para media os excedentes de todos os consumidores de um mercado. O Excedente do Consumidor Observe o exemplo: 70 . 2.02/10/2013 2. Já sabemos que a curva de demanda reflete o quanto os consumidores estão dispostos a pagar por uma determinada quantidade de bens e serviços. O Excedente do Produtor Medimos o excedente do produtor pela diferença entre o montante que um vendedor recebe e o seu custo de produção.00 pelo seu serviço. Se lhe é pago o valor de R$ 500. O Excedente do Consumidor Valor para o consumidor 1 Observe o exemplo: Valor para o consumidor 2 Valor para o consumidor 3 3.00. o excedente do consumidor aumentará ou diminuirá? E se o preço subir? Vejamos no gráfico a seguir: 2. Imagine que um pintor tenha um custo de produção de R$ 300. Mede o quanto o produtor se beneficia por participar do mercado.02/10/2013 2.00 seu excedente é de R$ 200. 71 . O Excedente do Consumidor Como o preço afeta o excedente do consumidor??? Se o preço cair. 3. O Excedente do Produtor 72 . O Excedente do Produtor Da mesma forma que fizemos a análise do excedente do consumidor. podemos fazer agora a análise do excedente do produtor. Observe o exemplo: 3.02/10/2013 3. O Excedente do Produtor Usaremos a curva de oferta para medir os excedentes de todos os produtores de um mercado. Já sabemos que a curva de oferta reflete o quanto os produtores estão dispostos a receber por uma determinada quantidade de bens e serviços. lembre-se de como medimos os excedentes do consumidor e do produtor. Eficiência de Mercado Para entender melhor essa medida do bem-estar econômico. medimos o excedente do produtor como: Excedente do produtor = Quantia recebida pelos vendedores – Custo para vendedores 4. que chamamos de excedente total. Eficiência de Mercado O excedente do consumidor e o excedente do produtor são as ferramentas básicas dos economistas para estudar o bem-estar dos compradores e vendedores.02/10/2013 4. Definimos excedente do consumidor como: Excedente do consumidor = Valor para compradores – Quantia paga pelos compradores De maneira similar. podemos escrever o excedente total como: Excedente total = Valor para os compradores – Custo para vendedores 73 . temos: Excedente total = Valor para os compradores – Quantia paga pelos compradores + Quantia recebida pelos vendedores – Custo para vendedores A quantia paga pelos compradores é igual à quantia recebida pelos vendedores. com isso. Uma “medida possível de bem-estar” é a soma dos excedentes do consumidor e dos excedentes do produtor. Eficiência de Mercado Quando somamos os excedentes do consumidor e do produtor. 4. Reduz a quantidade comprada e vendida. Eficiência de Mercado: impostos IMPOSTO: Conduz a uma barreira entre o preço pago pelos compradores e os preços recebidos pelos vendedores. 74 . medido por sua disposição para pagar. 4. Se uma alocação não é eficiente. Eficiência de Mercado A eficiência máxima do mercado é atingida quando oferta e demanda se igualam. Se uma alocação de recursos é eficiente. Nesse ponto. Eficiência de Mercado O excedente total de um mercado é o valor total atribuído pelos compradores dos bens. 4. então parte dos ganhos do comércio entre compradores e vendedores não está sendo obtida.02/10/2013 4. Aumenta o preço que os compradores pagam e diminui o preço que os vendedores recebem. o que maximizará o excedente total. o valor para compradores é igual ao custo para vendedores. dizemos que ela maximiza o excedente total recebido por todos os membros da sociedade. menos o custo total dos vendedores que fornecem esses bens. Eficiência de Mercado: impostos 4. Eficiência de Mercado: impostos Efeito sobre o bem estar social 75 . Eficiência de Mercado: impostos 4.02/10/2013 4. Eficiência de Mercado: impostos Peso Morto e Elasticidades 76 .02/10/2013 4. Eficiência de Mercado: impostos Efeito sobre o bem estar social 4. Eficiência de Mercado: impostos Peso Morto 4. Eficiência de Mercado: impostos Peso Morto e Elasticidades 4. Eficiência de Mercado: impostos Peso Morto e Elasticidades 4.02/10/2013 4. Eficiência de Mercado: impostos Peso Morto e Elasticidades 77 . Eficiência de Mercado: impostos Peso Morto e Arrecadação Tributária 78 .02/10/2013 4. Eficiência de Mercado: impostos Peso Morto e Arrecadação Tributária 4. Eficiência de Mercado: impostos Peso Morto e Arrecadação Tributária 4. Eficiência de Mercado: impostos Peso Morto e Arrecadação Tributária 79 .02/10/2013 4.
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